Escrita Lição 10, CENTRAL GOSPEL, Elias e o Verdadeiro Culto a Jeová, 3Tr24, comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 10, Elias e o Verdadeiro Culto a Jeová, 3Tr24, com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 

ESBOÇO DA LIÇÃO 10
1- ISRAEL NO TEMPO DE ELIAS
1.1. Um período sombrio
1.2. Acabe e Jezabel, um casal distante de DEUS
2- AS CARACTERÍSTICAS DE ELIAS
2.1. Um profeta de fé, coragem e autoridade
2.2. Um profeta austero e solitário
2.3. Um profeta mantido por DEUS
2.3.1. O milagre na casa da viúva
3- OS GRANDES DESAFIOS NA VIDA DE ELIAS
3.1. O desafio de Jezabel
3.2. O desafio do monte Carmelo
3.2.1. A grande lição da batalha no Carmelo
3.3. O desafio de ungir novos líderes
3.4. O desafio da morte
4- ELIAS NO NOVO TESTAMENTO
4.1. Elias e João Batista
4.2. Elias e JESUS
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Reis 17.1-9
1-  Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, DEUS de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2-  Depois, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
3-      Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4-      E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
5-      Foi, pois, e fez conforme a palavra do Senhor, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
6-      E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
7-      E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.
8-      Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9-      Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
 
 
TEXTO ÁUREO
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Tiago 5.17,18
 
 
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIO EXTRA DA LIÇÃO 10
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
Lição 4, Elias e os Profetas de Aserá e Baal
Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
Resumo da Lição 4, Elias e os Profetas de Aserá e Baal
I – O DESAFIO NO MONTE CARMELO
1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto.
2. O problema de não saber a quem adorar.
3. O desafio do fogo.
II. A ORAÇÃO DE ELIAS
1. Os preparativos de Elias.
2. Uma oração confiante.
3. A misericórdia de DEUS.
III. ELIAS EM HOREBE
1. Os feitos e a exaustão do profeta.
2. O pedido para morrer.
3. A resposta de DEUS.
 
 
Lição 4, Elias e os Profetas de Aserá e Baal
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18A69_Qax1Z1FwA5SGkKnZd (VÍDEOS SOBRE ESTE MESMO ASSUNTO EM 2013)
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18oLdTxklY9yMMJALnoA3J9 (VÍDEOS SOBRE ESTE MESMO ASSUNTO EM 2013)
Vídeo desta Lição - https://www.youtube.com/watch?v=dvrBRjtlqTI
https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-4-elias-e-os-profetas-de-aser-e-baal-3tr21-pr-henrique-ebd-na-tv
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 18.22-24,26,29,30,38,39; 19.8-14
1 Reis 18
22 - Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. 23 - Deem-se nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. 24 - Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será DEUS. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.
26 - E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.
29 - E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
30 - Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.
38- Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39 - O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é DEUS! Só o SENHOR é DEUS!
1 Reis 19
8 - Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS. 9 - E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? 10 - E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, DEUS dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem. 11 - E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; 12 - e, depois do terremoto, um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada. 13 - E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? 14 - E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, DEUS dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
 
 
Comentários BEP - CPAD
 
1 Reis 18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a DEUS ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o DEUS verdadeiro e também Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio CRISTO advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24; cf. Dt 30.19;
Js 24.14,15)
18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável lealdade ao DEUS, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a ira e determinação de JESUS, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45).
18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. Invocação da Aliança de DEUS com Abraão e seus descendentes. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal e 400 de Aserá (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em DEUS. Vemos sua confiança em DEUS na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37)
18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. Elias fala da idolatria dos hebreus com o Bezerro de Ouro no passado. O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de DEUS para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para DEUS (v. 37). Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT (ver 17.1), tinha como alvo levar muitos a buscarem a DEUS, como preparação para o advento de CRISTO.
18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou (autenticou) Elias como profeta de DEUS e comprovou que somente o Senhor de Israel era o DEUS vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o ESPÍRITO SANTO para ver a mensagem do evangelho ser confirmada por DEUS por sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16:20; ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito da matança dos profetas de Baal:
(1) A sentença de morte contra eles era justa, pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os falsos mestres (Mt 5.44), embora DEUS ordene a sua rejeição e, que nos separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4).
(2) A ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de DEUS contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por seu Senhor.
(3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também, profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal. JESUS manifestou idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl 1.6-9; ver Gl 1.9). Note, ainda, que a ira de DEUS será derramada sobre todos os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS" (Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10)
 
1 Reis 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES. Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2; 6.16).
19.11,12 EIS QUE PASSAVA O SENHOR. Para animar Elias e fortalecer a sua fé, DEUS o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o monte da revelação). Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, a revelação de DEUS veio através de "uma voz mansa e delicada". Elias pôde ver que a obra de DEUS avança e prossegue, "não por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6). De modo algum, DEUS abandonara seu profeta, nem o seu povo fiel. Pelo seu ESPÍRITO e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a justiça e a salvação eternas.

OBJETIVO GERAL - Revelar que DEUS opera milagres através de seus filhos.
 
INTRODUÇÃO
 A Tribo De Levi Migrou Para Judá Para Trabalhar No Templo Em Jerusalém.
Sacerdotes De Baal E Aserá Eram Profissionais Vindos De Sidom Junto Com Jezabel.
Os Sacerdotes Em Israel, Que Diziam Invocar O DEUS Verdadeiro, Não Eram Da Tribo De Levi.
Jezabel Mandou Matar Todos Os Profetas Do Senhor. Obadias Escondeu 100, Mas Só Elias Enfrentava Os Governantes E O Povo.
Elias Profetizou A Falta De Chuva. Profetas Falsos De Baal E De Aserá Tentaram De Toda Maneira Acabar Com A Seca, Mas Não Conseguiram Nada.
Estava Provado Que Baal E Aserá Não Faziam Chover.
A Relação Do Profeta Elias Com O Fogo De DEUS
Desafio De Elias - Fazer Descer Fogo Do Céu Sobre Sacrifício De Animal Em Um Altar Do DEUS Verdadeiro. 
DEUS Verdadeiro Responde Com Fogo. Pelo Resplendor Da Sua Presença, Brasas De Fogo Se Acendem. 2 Samuel 22:13
Elias Sabia Que DEUS Fazia Descer Fogo Do Céu. Foi Assim Com Pedras De Fogo Descendo Do Céu No Egito, Coluna De Fogo Que Guiava O Povo Pelo Deserto, Fogo Sobre O Monte Quando Moisés Recebeu A Lei, Pedras Fogo Em Gibeão Quando Josué Atacava, Fogo Na Inauguração Do Tabernáculo E Depois Na Inauguração Do Templo.
E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva, e fogo corria pela terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito. Êxodo 9:23
E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente. Êxodo 19:18
Então, virei-me e desci do monte; e o monte ardia em fogo, e as duas tábuas do concerto estavam em ambas as minhas mãos. Deuteronômio 9:15
E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Êxodo 3:2
E sucedeu que, fugindo eles diante de Israel à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras até Azeca, e morreram; e foram muitos mais os que morreram das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada. Josué 10:11
E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. 2 Crônicas 7:1
Eis que fogo desceu do céu e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinquenta, com os seus cinquenta; porém, agora, seja preciosa aos teus olhos a minha vida. 2 Reis 1:14
E respondeu Elias e disse-lhe: Se eu sou homem de DEUS, desça fogo do céu e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então, fogo de DEUS desceu do céu e o consumiu a ele e aos seus cinquenta. 2 Reis 1:12
FOGO DESCEU E QUEIMOU OS CAPITÃES E SOLDADOS ENVIADOS POR ACASIAS PARA PRENDEREM ELIAS
E respondeu Elias e disse-lhe: Se eu sou homem de DEUS, desça fogo do céu e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então, fogo de DEUS desceu do céu e o consumiu a ele e aos seus cinquenta. 2 Reis 1:12
ACABOU QUE ELIAS DEPOIS FOI LEVADO PARA O CÉU NUM CARRO DE FOGO.
E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 2 Reis 2:11
 
 
OS 850 PROFETAS FIZERAM SEU ALTAR E ALI OFERECERAM UM BEZERRO.
ELIAS REPAROU O ALTAR QUE ANTES ERA DO SENHOR E NÃO ESTAVA SENDO USADO. (1 Reis 18). UMA PEDRA PARA CADA TRIBO DE ISRAEL E UM JARRO DE ÁGUA PARA CDA ATRIBO DE ISRREL - 12 PEDRAS E 12 JARROS - ERA PARA TODO ISRAEL UNIDO. ELIAS MIOSTRAVA ASSIM A VONTADEDE DE DEUS - A UNIÃO ENTRE AS TRIBOS COM UM SÓ GOVERNANTE.
ELIAS OFERECEU A DEUS O SACRIFÍCIO DE UM ANIMAIL, UM BEZERRO E O SACRIFÍCIO DA ÁGUA QUE ERA O BEM MAIS PRECIOSO NESTA ÉPOCA, DEPOIS DE 3 ANOS E MEIO SEM CHOVER.
APESAR DOS ESFORÇOS DOS FALSOS PROFETAS NADA ACONTECEU AO SACRIFÍCIO APRESENTADO NO ALTAR DE SEUS FALSOS DEUSES. ELES TINHAM SEU PRÓPRIO ALTAR E SEU PRÓPRIO BEZERRO.
ALTAR DE DEUS NÃO ACEITA SACRIFÍCIO PARA OUTROS DEUSES.
Aos olhos dos israelitas e de do rei e dos falsos profetas a água atrapalharia o fogo queimar as ofertas, porém a água ajudou o fogo a vir, pois era a coisa mais preciosa nesta época, provavelmente foi despejada ali com muita relutância de todos.
QUANDO ELIAS CLAMOU, FOGO DESCEU DO CÉU CONFIRMANDO QUE SÓ O DEUS DE ELIAS E DOS VERDADEIROS E FIÉIS ISRAELITAS ERA O VERDADEIRO DEUS.
ELIAS COMPROVA ASSIM QUE O DEUS DE ISRAEL ERA O VERDADEIRO E ÚNICO DEUS E MATA OS 850 PROFETAS FALSOS.
VEJA QUE ELIAS FAZIA TUDO SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS
Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, DEUS de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és DEUS em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. 1 Reis 18:36.
O POVO RECONEHCE QUE O DEUS DE ELAIS ERA REALMENTE O DEUS VERDADEIRO
Só o Senhor é DEUS! Só o Senhor é DEUS! 1 Reis 18:39
ELIAS MATA OS PROFETAS DE BAAL
E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou. 1 Reis 18:40
ANTES DE ORAR POR CHUVA, ELIAS JÁ DIZ PARA ACABE COMER E BEBER PORQUE A CHUVA VIRIA - ELE VIU E OUVIU A CHUVA ANTES DELA CAIR - ISSO É FÉ - É CRER ANTES DE VER.
Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS? João 11:40
ACABE FOI COMER E BEBER E ELIAS FOI ORAR
E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. 1 Reis 18:42
DEPOIS DE SETE VEZES QUE ENVIOU SEU MOÇO A VER SE VINHA CHUVA, APARECEU UMA PEQUENA NUVEM DO TAMANHO DA MÃO DE UM HOMEM, ENTÃO ELIAS SABIA QUE A CHUVA CHEGARA. A MÃO DO HOMEM ELIAS ERA PEQUENA, MAS UNIDA A DEUS SE TORNARIA NUMA TEMPESTADE. ELIAS AMAVA TANTO A ACABE QUE O PREVENIU DA GRANDE CHUVA QUE CHEGAVA.
E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. 1 Reis 18:44
ELIAS NÃO ERA O THE FLASH E MUITO MENOS O SUPERMAN, PELO CONTRÁRIO, ERA HOMEM SUJEITO ÀS MESMA PAIXÕES QUE NÓS, PORÉM CORREU TANTO QUANTO OS CAVALOS DE ACABE E CHEGOU JUNTO COM ELE EM JESREEL, CORRENDO AO LADO DA CARRUAGEM DO REI. UM HOMEM DISSE QUE NÃO CHOVERIA E POR 3 ANOS E SEIS MESES NÃO CHOVEU. DISSE QUE IA CHOVER E A CHUVA CAIU - PORQUE DEUS O GUIAVA E LHE REVELAVA SUA VONTADE.
E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. E a mão do Senhor estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jezreel. 1 Reis 18:45,46.
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Tiago 5:17,18
ACABE VAI PARA JESREEL ONDE ESTAVA SEU PALÁCIO E ONDE ESTAVA JEZABEL. ELIAS ESPERAVA QUE ACABE PRENDESSE OU MATASSE JEZABEL, MAS, AO CONTRÁRIO, JEZABEL É QUE AMEAÇOU ELIAS DE MORTE. ELIAS FOGE DECEPCIOANDO E ENTRA EM UM PERÍODO DE BUSCA POR SOLUÇÃO DE DEUS PARA SUA VIDA QUE NÃO TINHA MAIS SENTIDO AQUI NA TERRA. ELIAS ERA HOMEM DE DEUS, TEMIDO POR TODOS, USADO COM TREMENDO PODER DE DEUS, PORÉM AGORA TERIA QUE FUGIR  DE UMA AUTORIDADE QUE SÓ DEUS PODERIA DESTRUIR.
ELIAS QUERIA ESTAR COM DEUS, POIS NADA MAIS TINHA SIGNIFICADO PARA ELE NA TERRA.
 
DEUS MANDOU ELIAS DIZER PARA ACABE QUE HAVERIA SECA - DEPOIS PARA IR AO RIBEIRO DE QUERITE - DEPOIS PARA SEREPTA DE SIDOM - DEPOIS O MANDOU A SE PARESENTAR A ACABE - DEPOIS O MANDOU IR AO MONTE CARMELO - DEPOIS O MANDOU MATAR OS PROFETAS CONFORME A LEI DIZ EM DT 18.20 - DEPOIS O MANDOU ORAR PARA QUE CHOVESSE - DEPOIS DEUS MOVE ELIAS VELOZMENTE ATÉ JESREEL - DEPOIS DEUS FALA COM ELIAS NA CAVERNA - DEPOIS DEUS DÁ AS ÚLTIMAS ORDENS A ELIAS COMO PROFETA DE DEUS NA TERRA E DEPOIS DEUS O LEVA PARA SI.
 
APESAR DE TUDO, ELIAS AINDA VÊ ISRAEL LIVRE DA IDOLATRIA - DEUS LHE DÁ ESSA ALEGRIA - E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Mateus 17:2,3
 
 
BAAL - A palavra hebraica ba'al significa “possuidor”, “marido”, “senhor”, e o sufixo í acrescenta o pronome possessivo “meu”. O termo “Baal" começou a ser aplicado a uma divindade semítica (particularmente ao deus da tempestade, Hadade) e a deuses locais da fertilidade, que eram considerados os “donos” das cidades. Existia também uma outra palavra para marido (’ish) que, em contraste, tinha sua associação cultural ao primitivo relacionamento marital (Gn 2.22-24). Em Oséias 2.16, há um jogo entre essas duas palavras com relação ao Senhor. O profeta mostrou uma época de regeneração e renovação da aliança, quando o constante amor do Senhor triunfaria sobre a infidelidade de Israel, e a nação viria a chamá-lo de “meu Marido" (’ishi). Os nomes dos baalins não estariam mais no coração do povo, e nem em seus lábios (Os 2.17-23). Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
FALSOS DEUSES
Introdução
As palavras hebraicas mais comuns para “deuses” são ’elim e ’elohim, denotando homens de poder e distinção, anjos, deuses, e (somente elohim) o Ser Supremo. É discutível o fato de que as duas palavras possam ter uma única raiz. A primeira vem provavelmente da raiz ui, “estar na frente, preceder”. Alguns acreditam que a segunda pode vir da raiz íh, “sentir medo de”. A palavra grega theoi, usada no Novo Testamento e na Septuaginta (LXX) para traduzir ’etim, ’elohim, pode ser relacionada com a raiz “suplicar, implorar”.
O significado do termo deve ser determinado pelo seu uso real. O conceito de “deuses" no antigo Oriente Próximo variava, de alguma forma, em relação às idéias modernas de “deuses", como seres sobrenaturais que eram imortais. Isto também era verdade em relação aos conceitos das nações pagãs com as quais Israel esteve em contato. Por exemplo, alguns deuses, tais como Baal e Tamuz, podiam morrer; e realmente morreram.
Para os hebreus, os “deuses” das nações ao seu redor eram simplesmente os poderes nos quais os seus vizinhos e contemporâneos acreditavam. Esses poderes eram os ativadores das forças da natureza: o sol, a luz, a tempestade, a enchente, a doença etc. Cada acontecimento tinha o seu ativador. Consequentemente, poderia haver uma multidão de deuses de acordo com as concepções pagãs e primitivas. Como não existia o conceito de um cosmos organizado, não existia a ideia de um Ser Supremo solitário, embora cada religião tivesse o seu próprio chefe, ou deus-pai. Alguns deuses eram supostamente locais (1 Rs 20.28; 2 Rs 17,26ss.) e tinham poder limitado. Outros deuses eram imaginados como geograficamente ilimitados, de modo que alguns deuses proeminentes eram adorados além dos limites políticos e culturais (por exemplo, Astarote, Baal e Hadade).
A visão bíblica com respeito às divindades pagãs afirma a sua existência subjetiva (Jr 2.28) na mente e na vida do devoto, mas nega a sua realidade objetiva (Jr 2.11). Naturalmente, onde a divindade e a sua imagem, ou o seu ídolo, estivessem fundidos em um só, o ídolo era uma realidade objetiva que os escritores bíblicos reconheceram, embora tenham negado a existência objetiva da divindade por ele representada.
No estudo dos deuses da Bíblia, deve ser feita uma distinção entre as divindades propriamente ditas e os ídolos ou os objetos de culto pelos quais elas são representadas ou adoradas. Algumas vezes, ambos se fundiam em um só, ao passo que em outras ocasiões a divindade era separada do seu objeto de culto. O baalismo, os bosques (árvores ou pomares sagrados), os bezerros, a serpente de bronze, e os terafins (ídolos do lar) eram todos objetos de adoração. É incerto que houvesse uma divindade por trás de qualquer das duas últimas. O baalismo consistia em representações dos baalins locais, possivelmente sob a forma de touros ou bezerros. Algumas vezes, a palavra é usada acerca das divindades sem nenhuma referência a uma representação sectária, O mesmo é valido para os bosques.
Os bezerros de ouro de Jeroboão (1 Rs 12.28- 30) foram considerados por alguns como tendo sido pedestais para que Jeová subisse, substituindo a arca, que seria o lugar onde ele se encontraria com o seu povo. No entanto, com o uso amplamente difundido do touro como um símbolo sectário, parece mais provável que os bezerros tivessem a finalidade de ser uma fusão da divindade com a imagem, na qual talvez a divindade fosse uma fusão entre Jeová e o Baal local. O bezerro de ouro de Arão (Êx 32) pode ter sido uma fusão de Jeová com o deus egípcio Àpis, adorado sob a representação de um touro. A adoração ao bezerro foi condenada por Oséias (8.5,6; 10.5; 13.2).
Também é necessário fazer uma distinção entre deuses e demônios. Quando uma nação conquistava outra nação, ela frequentemente classificava os deuses da nação derrotada como demônios e mitos. Podem ser encontrados vestígios de tal procedimento no Antigo Testamento, em figuras tão indefinidas como os sátiros (Lv 17.7; 2 Cr 11.15), “a bruxa" (Is 34.14) e Resefe (veja abaixo). No final, a divindade pagã degradada sobrevivia somente em uma linguagem, com meras indicações da sua existência anterior, como em um simbolismo poético (cf. Albright, Yahweh and the Gods of Canaan, pp. 183-193). Isto é evidente, por exemplo, no idioma inglês, em expressões como “love-struck" (que representa uma pessoa apaixonada), ou seja, alguém que foi “atingido(a) pelas flechas do Cupido”, Algumas referências no Antigo Testamento - como, por exemplo, ao Leviatã, à serpente primitiva, ao dragão, a Raabe e ao mar - enquadram-se nessa categoria.
Panteões Nacionais
O Antigo Testamento frequentemente menciona os deuses das várias nações vizinhas a Israel em termos gerais. Aqui podemos encontrar praticamente todas as nações com as quais Israel teve contato. Normalmente a palavra “panteão” é usada na lista e na discussão dos deuses de qualquer grupo étnico ou político. No entanto, este é um anacronismo ilusório, A expressão semita significa “a assembleia dos deuses”. Este conclave deve ser visto como uma reunião para tomada de decisões ou ações (por exemplo, o senado de alguns países pode se reunir sem a presença de todos os senadores) e não como um catálogo formal e metódico das divindades adoradas por um povo em particular. Com esta distinção em mente, podemos observar os seguintes panteões mencionados na Bíblia.
1. Os deuses dos amonitas (Jz 10.6). O principal deus era Moloque ou Milcom.
2. Os deuses dos amorreus (Js 24.2,15; Jz 6,10; 1 Rs 21.26; 2 Rs 21,11). Como pouca literatura dos amorreus chegou até nós, precisamos depender de fontes secundárias e inferências para o nosso conhecimento desse panteão. Evidentemente, era parecido com o panteão cananeu posterior. O templo de Istitar em Mari e o templo de Dagom na Babilônia eram, provavelmente, santuários dos amorreus. Dagom, Hadade e Anate parecem ter sido divindades dos amorreus, impostas por estes aos cananeus, quando invadiram a região do médio Eufrates, como se pode inferir das descobertas em Ras Shamra (Oldenburg, The Conflict Between El and Ba‘al, pp. 146-163).
3. Os deuses dos assírios (Na 1.14) passaram a fazer parte da jurisdição do Antigo Testamento entre os séculos IX a VII a.C. O principal deus deste panteão era Assur, substituindo o sumério Ea. O panteão assírio era parecido com o da Babilônia. Nas duas localidades, as divindades semitas substituíram os antigos deuses sumérios, em alguns casos absorvendo as suas supostas funções e os seus títulos.
4. Os deuses dos babilônios (Is 21.9; Ed 1.7) foram importantes para Israel nos séculos finais do período dos reis e durante o exílio. Existiam mais de 700 divindades listadas na Babilônia. Os conquistadores semitas dos sumérios aceitaram os deuses nativos e adicionaram os seus próprios. Esta situação foi posteriormente complicada pelo fato de que cada cidade-estado passou a ter o seu próprio panteão.
Em Lagash, nos tempos antigos, Anu, o deus do paraíso, era adorado juntamente com Antu, a sna esposa. Em Eridu, o deus principal era Enlil, deus da terra, que mais tarde foi sucedido por Merodaque. A esposa de Enlil era Dainkina, e o seu filho era Merodaque. Essas figuras (exceto Merodaque) eram todas sumérias. Outros deuses da Babilônia incluíam Sin (a Suméria Nanna), o deus-lua; Shamash, o deus-sol e filho de Sin; Ningal, a esposa de Sin; Ishtar (a Suméria Innina), a deusa da fertilidade, e o seu esposo Tamuz; Allatu (a Suméria Ereshkigal), a deusa do inferno; Namtar, o mensageiro do deus da morte; Irra, o deus das pestes; Kingsu, a deusa do caos; Apsu, o deus das profundezas do mar; Nabu, o santo patrono da ciência e do aprendizado; e Nusku, o deus do fogo.
5. Os deuses dos cananeus (q.v.) são mencionados juntamente com os dos demais habitantes de Canaã, em uma relação com a conquista da terra pelos hebreus. Outras tribos mencionadas em Êxodo 23,23; 34.11-17; Juizes 3.5ss., e outras passagens, incluem os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Exceto para os heteus, e possivelmente os heveus (talvez os horeus, ou hurrianos; cf. a versão grega de Gênesis 34,2; Josué 9.7), as demais tribos eram fortes aliadas dos cananeus e provavelmente adoravam as mesmas divindades. O mesmo era verdade sobre os sírios mencionados em Juizes 10.6, mas provavelmente houve alguma mudança naquele panteão nos últimos tempos (veja 11 abaixo). O panteão cananeu é o mais conhecido dos textos mitológicos de Ras Shamra, embora outras informações venham de Filo de Byblos e de fontes bíblicas, assim como de curtos textos literários em aramaico e em fenício.
O principal deus e criador era EÍ. Seu filho (às vezes chamado de seu neto) Baal (veja abaixo) era o deus das tempestades e da vegetação. Ele era chamado de “aquele que predomina”, “o exaltado, deus da terra”. Na mitologia, Baal é entronizado em uma montanha no norte. Durante o reinado de Acabe, ele tomou-se o principal deus de Israel. Aserá era a esposa de EÍ e a mãe de 70 deuses. Nos textos de Ras Shamra, a densa Anate é a irmã, e frequentemente, a esposa de Baal, mas, no Antigo Testamento, Astarote (isto é, Aserá) é normalmente a sua esposa. Em Tiro, a pátria de Jezabel, Aserá é a esposa de Baal (1 Rs 15.13; 18.19; 2 Rs 21.7; 23.4). Outros deuses cananeus proeminentes eram Dagom, Moloque, Resefe e Rimom (veja abaixo), e Mot (a morte).
6. Os deuses do Egito são mencionados na história pré-monárquica antiga dos hebreus, e novamente no período entre os séculos VII e VI a.C. (Êx 12.12; Js 24.14; Jr 43.12,13; 46.25). Como os deuses do Egito estavam em constante modificação, fusão e sincretismo, dependendo parcialmente da sorte política da província ou cidade onde uma divindade em particular era soberana, é difícil fornecer uma breve pesquisa do “panteão” egípcio. No entanto, o principal deus era conhecido por diferentes nomes em diferentes lugares e épocas. Em Heliópolis ele era conhecido como Aten-Re-Khepri; em Elefantina, como Khnum-Re; em Tebas, como Amon-Re (veja abaixo); e em Amarna {q.v,), como Aton-Re. Re, o deus-sol, era assim fundido com o deus local da província. Observam-se tríades de deuses principais em várias épocas; Ptah, Sekhmejt, Nefer Tem; Amon-Re, Mut e Khonsu; Osíris, ísis e Horus. Todas estas são tríades pai-mãe-filho.
Segundo os textos das pirâmides, o Livro dos Mortos, e outros exemplares da literatura egípcia antiga, existiam mais de 1200 divindades conhecidas pelos egípcios. As principais eram as seguintes: Àpis, o touro de Mênfis (Êx 32; 1 Rs 12.25-33 podem se referir à sua adoração); Hapi, o deus do Nilo; Hator, a deusa do amor e da beleza; Ma’at, o deus da justiça e da ordem; Sotis, a estrela do cão; Sihor, o deus do inferno; Shu, o deus do ar; Thot, o deus escrivão.
7. Os deuses dos edomitas são, às vezes, mencionados como os deuses de Seir (2 Cr 25.14; cf. versículo 20).
S. Os deuses dos heteus, embora não mencionados pelo nome no Antigo Testamento, têm uma referência indireta em Êxodo 23.23,24; 34,11-15; Juizes 3.5,6.O principal deus heteu, Teshub, era um deus das tempestades, grosseiramente equivalente a Baal. Portanto, é possível que os heteus tenham adorado as divindades dos cananeus como um resultado de seu contato com este povo, embora os nomes próprios heteus indiquem que as divindades indo-europeias foram adoradas pelo menos durante um breve período (cf, William F. Albright, Archaeology of Palestine, p. 183).
9. Os deuses dos moabitas são mencionados em Números 25.1,2; Juizes 10.6; Rute 1.15; Jeremias 48.35. O seu principal deus era Quemos, que também é chamado de Athtar. Na Babilônia do segundo milênio a.C., ele era comparado a Nergal, o deus do inferno.
10. Os deuses dos filisteus incluem Dagom, adorado em Gaza e em Asdode (Jz 16.23; 1 Sm 5.1-7; e no livro apócrifo de 1 Mac 10.83); Astarote, adorada em Asquelom (Heródoto i.105) e Baal-Zebube, adorado em Ecrom (2 Rs 1.2,6,16).
11. Os deuses dos sírios (2 Rs 17.31; 18.34; 2 Cr 28.23; Is 36.19), são provavelmente variações do antigo panteão cananeu. Nomes derivados de nomes de deuses, tais como Ben-Hadade e Tabrimom, dão testemunho da adoração a Baal sob a aparência do Hadade amorreu, também conhecido como Rimom.
12. Os panteões grego e romano não são mencionados, exceto de uma forma geral (Act 17.16,18) no Novo Testamento.
A adoração às divindades astrais é mencionada em Deuteronômio 4.19; 2 Reis 23.5; Jeremias 19.13; Amós 5.26; Atos 7.43. Uma referência indireta a essas entidades pode ser encontrada em Neemias 9.6; Salmos 148.1-4. Algumas dessas divindades astrais são tratadas, de modo separado, a seguir.
O Antigo Testamento condena frequentemente a adoração a divindades estrangeiras (Dt 6.14) e pronuncia julgamentos sobre a idolatria (Êx 20.3-5; 32.35; Nm 25.1-9; Dt 5.7-9). Por trás do terrível julgamento de Joel 1.4-20 estava a queda de Israel na idolatria (cf. Jl 2.12ss.). O cativeiro é representado como sendo o resultado da adoração a outros deuses (2 Rs 22.17).
Os deuses individuais
Adrameleque - Uma divindade adorada pelo povo de Sefarvaim, que foi assentada em Samaria pelos assírios depois de 722 a.C. (2 Rs 17.31).
Amom - A principal divindade de Tebas (Jr 46.25). Ele era representado por um carneiro com os chifres curvados para cima.
Anameleque - Uma divindade adorada pelo povo de Sefarvaim (provavelmente Sabraim, localizada entre Hamate e Damasco, 2 Rs 17.31), que foi assentada em Samaria pelos assírios depois de 722 a.C.
Anate - O nome de uma deusa popular da fertilidade em Canaã, que era selvagem e que tinha um papel importante como a irmã e consorte de Baal.
Artemis - Na mitologia clássica, a irmã de Apolo, filha de Leto e Zeus, equivalente à romana Diana, a deusa da lua, que era uma caçadora e a protetora das mulheres. A Artemis de Atos 19.23-40 era uma deusa-mãe de Lídia, adorada na foz do rio Caiter muito tempo antes que os gregos viessem a Éfeso. Em Éfeso, Artemis (ou Diana) era a deusa da fertilidade. A sua imagem (Act 19.35) era provavelmente um meteorito. O templo da época de Paulo era uma das sete maravilhas do mundo.
Aserá - Uma divindade chamada de “noiva de Anu (paraíso)”. Era a principal deusa de Tiro em aprox. 1500 a.C. No panteão de Ugarite, é chamada de “Athiratu-yammi” (“Aquela que caminha sobre o mar). Era a consorte ou esposa de EÍ, e a mãe de 70 deuses, inclusive Baal. Sacrifícios de animais eram oferecidos a ela. Ela também tinha o título de “Santidade”, inscrição de uma figura egípcia, em que ela aparece nua. Nos registros da Babilônia, Ashratum era conhecida como uma divindade. Nas tábuas de Tell el-Amama o seu nome aparece com o nome próprio “Abdi-Ashirta”. O nome também é encontrado no sul da Arábia, indicando a ampla predominância de sua adoração. No Antigo Testamento, a adoração a ela está associada à adoração a Baal (Jz 3.7; 1 Rs 18.19; 2 Rs 23.4). Gideão teve que destruir o altar que o seu pai havia erigido a Baal e à companheira Aserá, para qualificar-se como um líder de Israel (Jz 6,25-30), A adoração a ela durante a época dos reinos hebraicos é atestada pela imagem feita pela mãe de Asa (1 Rs 15.13) e pela imagem colocada por Manassés no Templo (2 Rs 21.7). Josias tentou extinguir a adoração a esta deusa (2 Rs 23.4-7).
Asima - Uma divindade adorada pelos colonos de Hamate, fixados em Samaria pelos assírios depois de 722 a.C. (2 Rs 17.30; Am 8.14b.
Astarote - Uma divindade conhecida por vários nomes, tais como Ishtar, Astarte, Vênus, e algumas vezes chamada de *rainha do céu”. Ela era a deusa da estrela vespertina, ou planeta Vênus, mas pode ter sido originalmente andrógina, e, desta forma, seria também o deus da estrela d’alva, da mesma forma que Vênus (cf, a palavra do sul da Arábia ‘attar, “deus da estrela d’alva”). Ela era principalmente a deusa do sexo e da guerra. O povo de DEUS alterou o seu nome de Astarte para Astarote, pronunciado com as vogais da palavra hebraica bosheth, “vergonha”, como também aconteceu com Moloque. A sua associação com Baal no Antigo Testamento (Jz 2.13; 10.6; 1 Sm 7.4; 12.10) pode indicar ser ela equivalente a Aserá na Palestina.
No Antigo Testamento, Astarote é mencionada como sendo adorada entre os hebreus durante a época dos juizes (Jz 2.13; 10.6); em Bete-Seã, onde as armas de Saul ficaram expostas no seu templo (1 Sm 31.10; lCr 10.10); pelos sidônios (1 Rs 11.5,33; 2 Rs 23.13); o pai de Jezabel era um sacerdote de Astarte. Filo de Biblos diz que ela era adorada em Biblos e em Tiro. O nome da cidade Asterote- Carnaim (Gn 14.5) sugere um santuário para a sua adoração que ficava a leste do Jordão. A sua fama espalhou-se pelo Egito, como foi evidenciado por roupas de Astarte e pela tradução do poema “Astarte e o dragão do mar”. Em Moabe (inscrição moabita, ANET, p. 320), o nome do seu equivalente masculino Ashtar é composto com Quemos.
Baal, literalmente, "amo, dono, marido” - o mais importante deus do panteão dos cananeus (veja Canaã). Desde o terceiro milênio até cerca do ano 1500 a.C., o título é aplicado ao deus amorreu da chuva e da tempestade de inverno, Hadade (veja abaixo). Consequentemente, no panteão dos cananeus ele tomou-se o deus da fertilidade, tendo o touro como seu símbolo.
A ampla supremacia do seu culto é comprovada pela aparição do seu nome em fontes da Babilônia, aramaicas, fenícias, púnicas, de Ugarite e do Egito. Durante o período de Remesses ele foi equiparado a Sete. Os seus títulos eram Zabül, “exaltado, senhor da terra”; Ba‘al Shamen, “senhor dos céus” (em fenício, mas não na antiga Ugarite); Rokeb ‘arufot, “o que cavalga as nuvens”. O lugar egípcio de nome Baal Saphon (lit. Baal do Norte, Baal do monte Cássio) indica que o seu culto era conhecido no Egito. O Antigo Testamento refere-se às muitas imagens locais de Baal como Baalins, a forma plural de Baal. Nos textos de Ras Shamra ele é o filho de EÍ (ou, em uma ocorrência, o filho de Dagom). Ele conquista as águas primitivas. No entanto, ele é morto por Mot e revive por Anate (fundido com Athirat/Astarte). Ele também pode ter sido identificado com Melcarte de Tiro, “o senhor da cidade". No Antigo Testamento, a sua adoração tornou-se uma séria rival à de Jeová. Ele era adorado nos lugares altos de Moabe (Nm 22.41). Havia altares dedicados a ele na época dos juizes (Jz 2.13; 6.28-32). Talvez a sua adoração tenha atingido o seu ápice na época de Acabe e Jezabel (1 Rs 16.32; 18.17-40), embora tenha havido novas ocorrências posteriormente (2 Rs 3.2ss.; 10,18-28; 18.4,22; 21.3; 2 Cr 21.6; 22.3). A sua adoração foi abolida por Joiada (2 Rs 11.18) e Josias (2 Rs 23.4,5).
A adoração a Baal era acompanhada por rituais lascivos (1 Rs 14.24; 2 Rs 23.7). Está comprovado que a sua imagem era beijada (1 Rs 19.18; Os 13.2). O sacrifício de crianças no fogo era parte do seu culto (Jr 19.5). A adoração a Baal estava associada à adoração de Astarote (veja acima; Jz 2.13). Ele também está associado à deusa Aserá (veja acima; 1 Rs 18.19; 2 Rs 23.4) e os seus altares frequentemente tinham aserás nas proximidades (Jz 6.30; 1 Rs 16.32,33). Parece provável que durante a monarquia hebraica Astarote e Aserá estivessem fundidos em um único personagem. Acaz fez imagens a baalins (2 Cr 28.2), que podem ter sido touros ou bezerros de bronze. A adoração a Baal foi condenada pelos profetas (Jr 19.4,5; Os 2.17). Além da influência direta do culto a Baal entre os hebreus, muitas das imagens aplicadas a ele são sublimadas e aplicadas a Jeová no Antigo Testamento. Jeová é aquele “que cavalga sobre as nuvens” ou céus (cf. Dt 33.26; Sl 68.4; 104.3). Como Marduque no conflito contra Tiamat, o Baal de Canaã era o conquistador das águas agitadas. Este conflito, algumas vezes com um monstro chamado Rahab ou Leviatã, é recontado por todo o Antigo Testamento onde Jeová é representado como o vitorioso sobre todos os seus adversários. O motivo do reinado de Jeová e da adoração no Ano Novo (Zc 14.16-19) foi relacionado por alguns com a ideia da revivificação de Baal, no final do combate, pela chegada da estação das chuvas.
Baal-Berite, “senhor do concerto” - Um deus amorreu com um santuário em Siquém (Jz 9.1-6). Ele é associado com os baalins locais (Jz 8.33), então talvez possa tratar-se de uma manifestação local do grande deus da fertilidade de Canaã. Talvez seja a mesma divindade El-Berite (ou Berite, Jz 9.46), e assim deverá ser equiparado ao deus semita do inferno, Haurom/Horom, cujo nome aparece em nomes próprios e de lugares em Canaã.
Baal-Peor, “o senhor do monte Peor" - Um deus dos moabitas e dos midianitas (Nm 25.1- 5; Dt 4.3; Sl 106.28; Os 9.10).
Baal-Zebube - O deus de Ecrom, cidade dos filisteus (2 Rs 1.2,6,16). A maioria dos estudiosos acredita que o nome do deus era Baal-zebul, “senhor, príncipe” ou “Baal, o príncipe”. O nome de Jezabel, cujo pai tinha o nome de Etbaal, contém o elemento zbl como um equivalente de ba‘al. Não é de surpreender que o seu filho Acazias preferisse Baal-Zebube a Jeová. Por outro lado, imagens douradas de moscas encontradas em escavações na Filístia podem indicar que realmente havia um deus conhecido como Baal- Zebube, adorado para apaziguar as incômodas moscas, ou que dava oráculos por meio do voo ou do zumbido das moscas (T. H. Gaster, “Baalzebub”, IDB, I, 332).
Bel - Nome do deus-sol nacional da Babilônia, Marduque ou Merodaque. No Antigo Testamento, Bel é associado com Nebo (Is 46.1) e com Merodaque (Jr 50.2). Outras referências a ele podem ser encontradas em Jeremias 51.44, o apócrifo Bel e o Dragão (3.22) e em Heródoto (i. 181).
Belzebu - Um nome aplicado a Satanás no Novo Testamento (Mt 10.25; 12.24,27; Mc 3.22; Lc 11.15,18,19).
Berite (Jz 9.46) - Veja Baal-Berite.
Castor e Pólux - Divindades astrais, “os irmãos gêmeos”, eram filhos de Zeus e Leda ׳esposa do rei de Esparta). Eles eram os deuses patronos dos marinheiros; o navio no qual Paulo saiu de Malta com direção a Putéoli tinha sua insígnia (Act 28.11). Posêidon lhes deu o poder sobre o vento e as ondas. O seu templo em Roma ficava próximo à Basílica Juba, no Fórum.
Diana (Act 19.24) - Veja Diana; também Artemis, acima.
Dagom - Um nome supostamente relacionado ao hebraico dagan, “grão”, por consequência, uma divindade da vegetação. Há alguma confirmação por uma referência de Ugarite a Baal como “filho de Dagom”, talvez vendo Baal como a divindade da vegetação que morre e revive. A ideia de Dagom como um deus-peixe não é encontrada antes de Jerônimo, mas é provavelmente devida a uma falsa etimologia do termo hebraico dag, “peixe”.
Dagom é comprovadamente uma divindade da Babilônia. O nome é encontrado em nomes derivados de divindades ao redor de 2200 a.C. entre os amorreus da Mesopotâmia.
Um nome de lugar baseado nessa divindade (Js 15.41; 19.27) indica a sua adoração em Canaã antes das invasões dos filisteus. No entanto, no Antigo Testamento ele era mais famoso como o deus dos filisteus (Jz 16.23, 24), que tinham sua imagem em Asdode (1 Sm 5.2-4). Ele também era adorado em Bete-Seã (1 Cr 10.10).
Estrela da manhã (Lúcifer), heb. helel, “brilhante” (Is 14.12) - Era evidentemente uma divindade que queria subir mais alto que todas as outras estrelas, mas era obrigada a vir à terra. Um esclarecimento pode ser obtido com a história ugarítica de Ashtar (a estrela de Vênus), que foi indicado para ser o ocupante do trono de Baal quando ele estava vago, durante a estação da seca. No entanto, Asntar era muito pequeno para encher o trono, e assim teve que descer (ANET, p. 140). A interpretação tradicional de Isaías 14.12 equiparou a estrela da manhã (Lúcifer) a Satanás. Isto se baseia na crença de que Lucas 10.18 refira-se a Isaías 14.15.
El-Berite (Jz 9.46), “deus do concerto" - Veja Baal-Berite acima.
Gade - Um deus da sorte ou da fortuna (veja Isaías 65.11). Em um texto bilíngue aramaico-grego de Palmira, ele é identificado com Tyche, “fortuna”.
Hadade, “o que faz trovejar” - Um deus semita também conhecido como Adade, Addu, Haddu, e Had. É equiparado a Rimom e Teshub (deus da tempestade dos heteus). Haddu/Hadade era originalmente o nome próprio de Baal. Nas artes da Babilônia e da Assíria, ele é representado como um touro. O seu nome é encontrado na inscrição Panamua, de Zinjirli, onde também havia uma estátua dedicada a Hadade. O nome Hadade pode estar por trás do nome “Hadar” na versão KJV em inglês, em Gênesis 25.15; 36.39. Era o elemento divino em nomes dados a reis e príncipes de Edom em Gênesis 36.35-39; 1 Reis 11.14-21; 1 Crônicas 1.46-51. Ele era adorado em Damasco (2 Rs 5,18). Cf. acima, sob o título “Baal”.
Hadadrimom, - ou Hadade-Rimom - Uma divindade adorada com um pranto ritual em Megido (Zc 12.11). Talvez deva ser comparada com Anate chorando por Baal, seu irmão.
Hermes - Uma divindade grega mencionada com o seu nome romano, Mercúrio, em Atos 14.12, que reflete o seu caráter como o deus da eloquência e o arauto divino. Era filho de Zeus e meio-irmão de Apolo. Como um malandro ou enganador, e deus da boa sorte (seja ela conseguida honestamente ou não), ele era o “santo” patrono dos comerciantes e dos ladrões. Na religião astral também era conhecido como Mercúrio. Na época helênica era equiparado ao deus escrivão egípcio Thot. Seu epíteto, “Hermes Trismegistus” (“três vezes grandioso”) dá uma ideia da importância que ele teve na religião hermética da época posterior ao Novo Testamento.
Júpiter - O deus do céu dos latinos, identificado como Zeus nos tempos helênicos. E mencionado em Atos 14.12,13 e no livro apócrifo de 2 Macabeus 6.2. Veja Zeus abaixo.
Kaiwan, ou Quium (Am 5.26) - É provavelmente o mesmo que Renfâ, Eompha, ou Raila de Atos 7.43 e era provavelmente uma divindade astral. Na Babilônia, o nome kaya- wanu é dado a Saturno; é traduzido como Raipkan em Amós, na Septuaginta (LXX).
Lilith - A “bruxa da noite” (ou “a bruxa do deserto”, “a bruxa”, “animais noturnos”, “fantasmas” ou “mocho”) mencionada em Isaías 34.14. Em acadiano liiitu, é um demônio da noite que tenta os homens durante o sono. Posteriormente, foi associada no pensamento semita com a bruxa que rouba crianças. Em Isaías, os seus companheiros são os pássaros impuros e os animais devoradores (ou “animais selvagens”, “feras do deserto”, ou ainda “cães bravos”).
Marduque - O deus do estado da Babilônia e o filho mais velho de Ea. Na época de Hamurabi ele foi reconhecido como a principal divindade, com as funções do sumério Enlil. Marduque é equiparado a Bel (cf. paralelismo de Jr 50.2). O nome Merodaque é o seu correspondente em hebraico (2 Ris 25.27; Is 39.1; Jr 52.31).
Meni - Um deus do destino e da fortuna (ou boa sorte), mencionado em Isaías 65.11. A palavra é traduzida como “aquele número”, “Destino” ou “Sorte”. Durante o Império Assírio, ele era equiparado a Assur, o principal deus.
Merodaque - Veja Marduque acima.
Milcom - Veja Meleque, Moloque.
Meleque, Moloque - Uma divindade amonita adorada com sacrifícios humanos (2 Rs 23.10; Jr 32.35). A primeira vocalização baseia-se na palavra hebraica bosheth, “vergonha”. Esta divindade é chamada Milcom (mesma raiz hebraica) em 1 Reis 11.5,33; 2 Reis 23.13; Jeremias 49.1,3 (LXX; a KJV em inglês o traduz como “rei” a partir das mesmas consoantes em hebraico). Isto é invertido em Amós 5.26. onde há versões que traduzem o termo como "rei” e outras como “Moloque”. Estêvão cita este trecho em Atos 7.42,43, onde
Diana (Act 19.24) - Veja Diana; também Artemis, acima.
Dagom - Um nome supostamente relacionado ao hebraico dagan, “grão”, por consequência, uma divindade da vegetação. Há alguma confirmação por uma referência de Ugarite a Baal como “filho de Dagom”, talvez vendo Baal como a divindade da vegetação que morre e revive. A ideia de Dagom como um deus-peixe não é encontrada antes de Jerônimo, mas é provavelmente devida a uma falsa etimologia do termo hebraico dag, “peixe”.
Dagom é comprovadamente uma divindade da Babilônia. O nome é encontrado em nomes derivados de divindades ao redor de 2200 a.C. entre os amorreus da Mesopotâmia.
Um nome de lugar baseado nessa divindade (Js 15.41; 19.27) indica a sua adoração em Canaã antes das invasões dos filisteus. No entanto, no Antigo Testamento ele era mais famoso como o deus dos filisteus (Jz 16.23, 24), que tinham sua imagem em Asdode (1 Sm 5.2-4). Ele também era adorado em Bete-Seã (1 Cr 10.10).
Estrela da manhã (Lúcifer), heb. helel, “brilhante” (Is 14.12) - Era evidentemente uma divindade que queria subir mais alto que todas as outras estrelas, mas era obrigada a vir à terra. Um esclarecimento pode ser obtido com a história ugarítica de Ashtar (a estrela de Vênus), que foi indicado para ser o ocupante do trono de Baal quando ele estava vago, durante a estação da seca. No entanto, Asntar era muito pequeno para encher o trono, e assim teve que descer (ANET, p. 140). A interpretação tradicional de Isaías 14.12 equiparou a estrela da manhã (Lúcifer) a Satanás. Isto se baseia na crença de que Lucas 10.18 refira-se a Isaías 14.15.
El-Berite (Jz 9.46), “deus do concerto" - Veja Baal-Berite acima.
Gade - Um deus da sorte ou da fortuna (veja Isaías 65.11). Em um texto bilíngue aramaico-grego de Palmira, ele é identificado com Tyche, “fortuna”.
Hadade, “o que faz trovejar” - Um deus semita também conhecido como Adade, Addu, Haddu, e Had. É equiparado a Rimom e Teshub (deus da tempestade dos heteus). Haddu/Hadade era originalmente o nome próprio de Baal. Nas artes da Babilônia e da Assíria, ele é representado como um touro. O seu nome é encontrado na inscrição Panamua, de Zinjirli, onde também havia uma estátua dedicada a Hadade. O nome Hadade pode estar por trás do nome “Hadar” na versão KJV em inglês, em Gênesis 25.15; 36.39. Era o elemento divino em nomes dados a reis e príncipes de Edom em Gênesis 36.35-39; 1 Reis 11.14-21; 1 Crônicas 1.46-51. Ele era adorado em Damasco (2 Rs 5,18). Cf. acima, sob o título “Baal”.
Hadadrimom, - ou Hadade-Rimom - Uma divindade adorada com um pranto ritual em Megido (Zc 12.11). Talvez deva ser comparada com Anate chorando por Baal, seu irmão.
Hermes - Uma divindade grega mencionada com o seu nome romano, Mercúrio, em Atos 14.12, que reflete o seu caráter como o deus da eloquência e o arauto divino. Era filho de Zeus e meio-irmão de Apolo. Como um malandro ou enganador, e deus da boa sorte (seja ela conseguida honestamente ou não), ele era o “santo” patrono dos comerciantes e dos ladrões. Na religião astral também era conhecido como Mercúrio. Na época helênica era equiparado ao deus escrivão egípcio Thot. Seu epíteto, “Hermes Trismegistus” (“três vezes grandioso”) dá uma ideia da importância que ele teve na religião hermética da época posterior ao Novo Testamento.
Júpiter - O deus do céu dos latinos, identificado como Zeus nos tempos helênicos. E mencionado em Atos 14.12,13 e no livro apócrifo de 2 Macabeus 6.2. Veja Zeus abaixo.
Kaiwan, ou Quium (Am 5.26) - É provavelmente o mesmo que Renfâ, Eompha, ou Raila de Atos 7.43 e era provavelmente uma divindade astral. Na Babilônia, o nome kaya- wanu é dado a Saturno; é traduzido como Raipkan em Amós, na Septuaginta (LXX).
Lilith - A “bruxa da noite” (ou “a bruxa do deserto”, “a bruxa”, “animais noturnos”, “fantasmas” ou “mocho”) mencionada em Isaías 34.14. Em acadiano liiitu, é um demônio da noite que tenta os homens durante o sono. Posteriormente, foi associada no pensamento semita com a bruxa que rouba crianças. Em Isaías, os seus companheiros são os pássaros impuros e os animais devoradores (ou “animais selvagens”, “feras do deserto”, ou ainda “cães bravos”).
Marduque - O deus do estado da Babilônia e o filho mais velho de Ea. Na época de Hamurabi ele foi reconhecido como a principal divindade, com as funções do sumério Enlil. Marduque é equiparado a Bel (cf. paralelismo de Jr 50.2). O nome Merodaque é o seu correspondente em hebraico (2 Ris 25.27; Is 39.1; Jr 52.31).
Meni - Um deus do destino e da fortuna (ou boa sorte), mencionado em Isaías 65.11. A palavra é traduzida como “aquele número”, “Destino” ou “Sorte”. Durante o Império Assírio, ele era equiparado a Assur, o principal deus.
Merodaque - Veja Marduque acima.
Milcom - Veja Meleque, Moloque.
Meleque, Moloque - Uma divindade amonita adorada com sacrifícios humanos (2 Rs 23.10; Jr 32.35). A primeira vocalização baseia-se na palavra hebraica bosheth, “vergonha”. Esta divindade é chamada Milcom (mesma raiz hebraica) em 1 Reis 11.5,33; 2 Reis 23.13; Jeremias 49.1,3 (LXX; a KJV em inglês o traduz como “rei” a partir das mesmas consoantes em hebraico). Isto é invertido em Amós 5.26. onde há versões que traduzem o termo como "rei” e outras como “Moloque”. Estêvão cita este trecho em Atos 7.42,43, onde ־Moloque” é conservado em algumas versões. Salomão construiu um santuário para Moloque (1 Rs 11.7,33), que foi destruído por Josias (2 Rs 23.13). Esta adoração foi reprovada por Sofonias (1.5) com palavras que indicam que se tratava de uma divindade astral.
A prática proibida do sacrifício humano (Lv 18.21; 20.2-5) parece ter sido muito difundida em Israel (2 Rs 16.3; 17.17; Sl 106.38; Jr 19.4,5 e muitas outras passagens). Não pareceu ser satisfatória uma tentativa recente feita por Eissfeldt (seguida por Albright na obra Yahivek and the Gods of Canaan, pp. 235-242) de remover Moloque da lista de divindades a quem se ofereciam sacrifícios humanos. Com base em inscrições púnicas, onde mlk significa um sacrifício para confirmar um voto, o autor alega que onde o Antigo Testamento diz “passar pelo fogo perante Moloque”, o significado é: “como uma oferta relacionada a um voto”. No entanto, embora isto possa explicar a associação entre Baal e Moloque em Jeremias 32.35, ainda assim Levítico 20.5 (onde a prostituição certamente se refere à adoração idólatra, e não a uma oferta) e 2 Reis 17.31 (onde Adrameleque e Anameleque certamente não significa “como”) mostram que Moloque e outros deuses que tinham nomes compostos que terminavam com “ - meleque” devem ser vistos como divindades a quem eram oferecidos sacrifícios.
Nebo - provavelmente uma transliteração do acádio nabu, “anunciar”- Esta divindade da Babilônia era vista como filho de Merodaque. Sendo originalmente uma divindade das águas, foi posteriormente associado com a escrita e com a oratória. A sua imagem era levada na procissão do Ano Novo.
Nergal, provavelmente do sumério Ne-iiru-gal, “sennor da grande cidade” - Uma divindade da Mesopotâmia (2 Rs 17.30) adorada pelos filhos de Cuta, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. Originalmente, era o deus do fogo e do calor do sol; depois, da caça e dos desastres; e finalmente, o deus do inferno, Era o consorte de Ereshkigal, a senhora do inferno.
Nibaz - Uma divindade adorada pelos colonos sírios, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.31).
Nísroque - Uma divindade adorada por Senaqueribe (2 Rs 19.37; Is 37.38), que foi morto no seu templo.
Pólux - Veja Castor e Pólux acima.
Quemos - O nome ou o título do deus dos moabitas (Nm 21.29; Jr 48.46). De acordo com 2 Reis 3.27 e a inscrição de Mesa (ANET, p. 320), ele era adorado por meio do sacrifício de crianças. Um santuário lhe foi erigido por Salomão (1 Rs 11,7) e foi destruído por Josias (2 Rs 23.13,14). Na inscrição de Mesa, ele é equiparado a Ashtar (veja Astarote acima). Falando ao rei dos amonitas, Jefté mencionou Quemos usando a expressão “teu deus" (Jz 11.24), embora a divindade amonita se chamasse Milcom/Moloque (veja acima). Mas Moloque pode ser simplesmente um título para Quemos, um deus adorado pelos dois povos mencionados. A referência de Jefté a Quemos, implicando que ele admitia a existência desse deus, foi provavelmente um argumento ao homem para apelar ao rei amonita.
Quium - Veja Kaiwan.
Rainha dos Céus - [Uma deusa pagã a quem Israel, especialmente as mulheres, oferecia sacrifício e adoração nos últimos dias de Judá (Jr 7.18). Depois da queda de Jerusalém, e da viagem desobediente de muitos judeus ao Egito por motivos deturpados, eles insistiam que durante o tempo em que adoravam a rainha dos céus tudo ia bem com eles, e que os problemas só começaram quando Jeremias os convenceu a retomarem para Jeová (Jr 44.17ss.). A falsa deusa é a assíria Ishtar ou Astarte, a equivalente a Ashirat de Ugarite. Era uma deusa-mãe e um símbolo da fertilidade. A adoração à rainha dos céus supostamente assegurava a fertilidade dos campos, dos rebanhos e da família (c£. Jr 44.17, “tivemos, então, fartura de pão, e andávamos alegres, e não vimos mal algum”). No século V a.C., a colônia dos judeus no Egito, na ilha de Elefantina (Yeb), incluiu em sua estranha adoração sincretista uma deusa chamada Anate-Betel, que pode ter sido a mesma rainha dos céus. - P. C. JJ
Renfã, ou Raifã - Uma divindade astral adorada pelos israelitas no deserto (Act 7.43). O nome deriva de Raiphan, da LXX (Am 5.26), onde é uma variante de Kaiwan (veja acima).
Resefe - Uma divindade de Canaã observada em listas de oferendas e nomes derivados de deuses de Ugarite, do Egito (Papito Harris, aprox, do século XIII) e em inscrições sírio-aramaicas do século VIII a.C.
Rimom - Supunha-se que o nome originalmente viesse do hebraico rimmort,
A prática proibida do sacrifício humano (Lv 18.21; 20.2-5) parece ter sido muito difundida em Israel (2 Rs 16.3; 17.17; Sl 106.38; Jr 19.4,5 e muitas outras passagens). Não pareceu ser satisfatória uma tentativa recente feita por Eissfeldt (seguida por Albright na obra Yahivek and the Gods of Canaan, pp. 235-242) de remover Moloque da lista de divindades a quem se ofereciam sacrifícios humanos. Com base em inscrições púnicas, onde mlk significa um sacrifício para confirmar um voto, o autor alega que onde o Antigo Testamento diz “passar pelo fogo perante Moloque”, o significado é: “como uma oferta relacionada a um voto”. No entanto, embora isto possa explicar a associação entre Baal e Moloque em Jeremias 32.35, ainda assim Levítico 20.5 (onde a prostituição certamente se refere à adoração idólatra, e não a uma oferta) e 2 Reis 17.31 (onde Adrameleque e Anameleque certamente não significa “como”) mostram que Moloque e outros deuses que tinham nomes compostos que terminavam com “ - meleque” devem ser vistos como divindades a quem eram oferecidos sacrifícios.
Nebo - provavelmente uma transliteração do acádio nabu, “anunciar”- Esta divindade da Babilônia era vista como filho de Merodaque. Sendo originalmente uma divindade das águas, foi posteriormente associado com a escrita e com a oratória. A sua imagem era levada na procissão do Ano Novo.
Nergal, provavelmente do sumério Ne-iiru-gal, “sennor da grande cidade” - Uma divindade da Mesopotâmia (2 Rs 17.30) adorada pelos filhos de Cuta, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. Originalmente, era o deus do fogo e do calor do sol; depois, da caça e dos desastres; e finalmente, o deus do inferno, Era o consorte de Ereshkigal, a senhora do inferno.
Nibaz - Uma divindade adorada pelos colonos sírios, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.31).
Nísroque - Uma divindade adorada por Senaqueribe (2 Rs 19.37; Is 37.38), que foi morto no seu templo.
Pólux - Veja Castor e Pólux acima.
Quemos - O nome ou o título do deus dos moabitas (Nm 21.29; Jr 48.46). De acordo com 2 Reis 3.27 e a inscrição de Mesa (ANET, p. 320), ele era adorado por meio do sacrifício de crianças. Um santuário lhe foi erigido por Salomão (1 Rs 11,7) e foi destruído por Josias (2 Rs 23.13,14). Na inscrição de Mesa, ele é equiparado a Ashtar (veja Astarote acima). Falando ao rei dos amonitas, Jefté mencionou Quemos usando a expressão “teu deus" (Jz 11.24), embora a divindade amonita se chamasse Milcom/Moloque (veja acima). Mas Moloque pode ser simplesmente um título para Quemos, um deus adorado pelos dois povos mencionados. A referência de Jefté a Quemos, implicando que ele admitia a existência desse deus, foi provavelmente um argumento ao homem para apelar ao rei amonita.
Quium - Veja Kaiwan.
Rainha dos Céus - [Uma deusa pagã a quem Israel, especialmente as mulheres, oferecia sacrifício e adoração nos últimos dias de Judá (Jr 7.18). Depois da queda de Jerusalém, e da viagem desobediente de muitos judeus ao Egito por motivos deturpados, eles insistiam que durante o tempo em que adoravam a rainha dos céus tudo ia bem com eles, e que os problemas só começaram quando Jeremias os convenceu a retomarem para Jeová (Jr 44.17ss.). A falsa deusa é a assíria Ishtar ou Astarte, a equivalente a Ashirat de Ugarite. Era uma deusa-mãe e um símbolo da fertilidade. A adoração à rainha dos céus supostamente assegurava a fertilidade dos campos, dos rebanhos e da família (c£. Jr 44.17, “tivemos, então, fartura de pão, e andávamos alegres, e não vimos mal algum”). No século V a.C., a colônia dos judeus no Egito, na ilha de Elefantina (Yeb), incluiu em sua estranha adoração sincretista uma deusa chamada Anate-Betel, que pode ter sido a mesma rainha dos céus. - P. C. JJ
Renfã, ou Raifã - Uma divindade astral adorada pelos israelitas no deserto (Act 7.43). O nome deriva de Raiphan, da LXX (Am 5.26), onde é uma variante de Kaiwan (veja acima).
Resefe - Uma divindade de Canaã observada em listas de oferendas e nomes derivados de deuses de Ugarite, do Egito (Papito Harris, aprox, do século XIII) e em inscrições sírio-aramaicas do século VIII a.C.
Rimom - Supunha-se que o nome originalmente viesse do hebraico rimmort, ״romã", mas agora se vê claramente que deriva do acádio ramanu, “rugir”, consequentemente, “o que faz trovejar”. O principal deus de Damasco, era adorado por Naamã e pelo rei da Síria (2 Rs 5.18). Era o deus da chuva e da tempestade, conhecido entre os assírios como Ramanu, um título de Hadade (veja acima) e identificado com o sírio Baal (veja acima). O seu nome aparece no nome sírio Tabrimom, pai de Ben-Hadade (1 Rs 15.18).
Sicute - A grafia deste nome, que se baseia no Texto Massorético (TM) hebraico, é provavelmente nma variação (“coisa abominável”) do Sakkut da Mesopotâmia (Am 5.26). A Septuaginta (LXX) assume que este nome seja alguma forma do hebraico sukkah, “tabernáculo”. Muitas versões seguem a LXX na citação que Estêvão faz de Amós (Act 7.43). Na Mesopotâmia, Sakkut tem o mesmo ideograma que Ninib, sendo assim uma divindade astral.
Sucote-Benote - Uma divindade adorada pelos colonos da Babilônia, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.30). O nome pode ter alguma relação com Sicute (adequadamente vocalizado) de Amós 5.26, que é o mesmo que o acádio Ninib.
Tamuz - Uma divindade da Mesopotâmia que deu o nome ao quarto mês judaico-babilônico (junho-julho). O nome aparece quando o profeta Ezequiel encontra algumas mulheres de Jerusalém chorando pelo deus Tamuz (8.14). Tamuz era famoso como o marido de Ishtar (veja Astarote, acima). Nos tempos helênicos, Tamuz foi equiparado a Adonis, e Ishtar a Afrodite/ Vênus. Os porcos, frequentemente associados com cultos demoníacos, eram os seus animais sacrificiais.
Tartaque - Uma divindade adorada pelos aveus, que foram assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.31).
Zeus - [o mesmo que O Júpiter romano] - O chefe do panteão do Olimpo grego, mencionado em Atos 14.12. A sua estátua no Olimpo era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Seu templo em Atenas era o maior da Grécia. Sua adoração ainda era amplamente difundida nos tempos do Novo Testamento, com representações artísticas encontradas em Tarso e em templos em Gerasa, Tannur e Salamina. No panteão latino seu equivalente era Júpiter. A referência do Novo Testamento tem em vista a figura resultante da fusão entre Zeus e Júpiter. Bois e carneiros eram sacrificados a ele. A. K. H. - Dicionário Bíblico Wycliffe
Sicute - A grafia deste nome, que se baseia no Texto Massorético (TM) hebraico, é provavelmente nma variação (“coisa abominável”) do Sakkut da Mesopotâmia (Am 5.26). A Septuaginta (LXX) assume que este nome seja alguma forma do hebraico sukkah, “tabernáculo”. Muitas versões seguem a LXX na citação que Estêvão faz de Amós (Act 7.43). Na Mesopotâmia, Sakkut tem o mesmo ideograma que Ninib, sendo assim uma divindade astral.
Sucote-Benote - Uma divindade adorada pelos colonos da Babilônia, assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.30). O nome pode ter alguma relação com Sicute (adequadamente vocalizado) de Amós 5.26, que é o mesmo que o acádio Ninib.
Tamuz - Uma divindade da Mesopotâmia que deu o nome ao quarto mês judaico-babilônico (junho-julho). O nome aparece quando o profeta Ezequiel encontra algumas mulheres de Jerusalém chorando pelo deus Tamuz (8.14). Tamuz era famoso como o marido de Ishtar (veja Astarote, acima). Nos tempos helênicos, Tamuz foi equiparado a Adonis, e Ishtar a Afrodite/ Vênus. Os porcos, frequentemente associados com cultos demoníacos, eram os seus animais sacrificiais.
Tartaque - Uma divindade adorada pelos aveus, que foram assentados pelos assírios em Samaria depois de 722 a.C. (2 Rs 17.31).
Zeus - [o mesmo que O Júpiter romano] - O chefe do panteão do Olimpo grego, mencionado em Atos 14.12. A sua estátua no Olimpo era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Seu templo em Atenas era o maior da Grécia. Sua adoração ainda era amplamente difundida nos tempos do Novo Testamento, com representações artísticas encontradas em Tarso e em templos em Gerasa, Tannur e Salamina. No panteão latino seu equivalente era Júpiter. A referência do Novo Testamento tem em vista a figura resultante da fusão entre Zeus e Júpiter. Bois e carneiros eram sacrificados a ele. A. K. H. - Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
BAAL (BAALISMO)
A palavra e seu uso. Essa é a palavra hebraica que significa «proprietário», «senhor» ou «marido». É usada em I Crô 5:5; 8:30 e 9:36 como um nome pessoal; e, de modo geral, designa a divindade Cananéia desse nome. As identificações incluem aquelas com restrições a algum mero lugar de adoração como Baal-Peor (Núm. 25:3), Baal-Gade (Jos. 11:7), Baal-Hermom (Jui. 3:3), etc. Algumas vezes, tais combinações indicam uma característica da divindade, e não algum lugar com o qual estaria associada, como Baal-Berite (Baal do pacto, em Jui. 8:33). Baal-Zebube, talvez uma corruptela de Baal-Zebul (que significa «príncipe», em II Reis 1:2). 0 próprio termo sugere que a divindade era considerada proprietária de um determinado lugar, pelo que exerceria controle ali, no tocante a certos aspectos da vida humana, mas, sobretudo, no tocante à fertilidade.
Baalismo.
COMO BAAL ERA UM deus DA NATUREZA, DEUS MANDOU A SECA PARA PROVAR QUE BAAL NÃO ERA O RESPONSÁVEL PELA CHUVA E NEM A PODIA CONTROLAR.
A adoração a Baal era, essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade. O Oriente Próximo exibiu várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo por meio de sincretismo (os hebreus incorporaram-no, ou ao menos aspectos seus, à sua fé), tendo havido uma reação profética (os profetas que reagiram contra esses elementos corruptores).
Fontes informativas. O A.T., os tabletes de Ras Shamra e Filo Bíblio.
Idéias. El seria o pai dos deuses, mas não teria muito contato com os homens. (EL também é sufixo de DEUS, exemplo: El-Shaday - DEUS todo poderoso que sustenta). Aserá era a deusa-mãe. Um filho (ou neto) de destaque deles seria Baal. Sua consorte, Astarte que no A.T. aparece como Astarote ou Astorete), era a deusa da fertilidade (ver o artigo sobre ela). Nos tabletes de Ras Shamra, Anate aparece como a consorte de Baal. Seu maior inimigo era Mote (a morte). O clima da Síria e da Palestina contribuía para a elaboração dessa religião. As chuvas cessam em março-abril. Só começa a chover novamente em outubro-novembro. e, durante o intervalo, pouca vegetação pode crescer. A menos que as chuvas voltem, a fome é inevitável. Assim, os cananeus personificaram as forças que fazem a vegetação voltar à vida. A razão pela qual as chuvas cessariam é que Baal seria morto em uma luta feroz contra Mote. E as chuvas retornariam porque os amigos de Baal (como o Sol - Shapsh ou Shemesh) e Astarte (fertilidade), lhe devolveriam a vida (princípio da ressurreição). A terra floresceria novamente porque Baal e Astarte copulavam. Assim temos nisso uma forma de religião que é, essencialmente, a adoração à natureza. Quando os homens perturbam os deuses ou deixam de agradá-los, há perturbações nas condições atmosféricas, ou nas vidas das famílias e das tribos.
Festividades. A fim de promover o sentimento religioso do povo e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso procriador e a licenciosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade. Isso prosseguia durante os períodos de festividade e fora dos mesmos.
Influência sobre Israel. Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no norte (Israel, em contraste com Judá), onde as idéias e as culturas pagãs tornaram-se parte, mais rapidamente da perspectiva religiosa dos israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Sob tais circunstâncias foi que Elias e seus sucessores postularam a pergunta se o DEUS de Israel era Yahweh ou Baal (ver I Reis 18). Os símbolos dessa adoração foram condenados pelos profetas, incluindo a árvore ou bosque sagrado, a coluna e os terafins (imagens, que incluíam figurinhas da deusa da fertilidade, que se tornaram populares e numerosas entre os israelitas). O protesto levantado pelos profetas contra esse tipo de religião pode ter sido um dos fatores que raramente permitia que DEUS fosse chamado de Pai e o A.T. não tem palavra que corresponda a deusa. Além disso, a expressão filho de DEUS, aplicada ao homem, é rara no A.T. Tais termos poderíam ser erroneamente entendidos, em termos pagãos. No judaísmo havia o cuidado de se evitar a terminologia sexual no seio da família, porquanto isso era por demais comum nas religiões politeístas e de fertilidade, entre os vizinhos de Israel.
Fatores do vigor da religião de fertilidade.
1. Israel não expulsou os cananeus de suas terras, mas antes misturou-se com eles em casamento.
2. Aqueles que tinham acabado de entrar na Terra Prometida tinham acabado de sair das experiências no deserto. Formas religiosas que fomentavam festividades e os prazeres sensuais eram alternativas tentadoras. Ou, pelo menos, elementos tomados por empréstimo dessas atividades que sem dúvida eram muito atrativos.
3. A lei de Israel era austera. Sempre será mais fácil seguir o curso de menor resistência. Assim, persistia por um lado a fé em Yahweh, e esta ia-se misturando com elementos cananeus. Esse processo sincretista é ilustrado em passagens como Juí. 2:1-5. 2:11-13,17,19; 3:5-7; 6:25. A mesma coisa se dava com combinações de palavras, como Jerubaal (ver Juí. 7:1), Beeliada (ver I Crô. 14:7), Es-Baal e Meribe-Baal (ver I Crô. 8:33,34), que surgiram de outros nomes próprios. As ostraca de Samaria (cerca de 780 A.C.) demonstram que para cada dois nomes que envolviam o nome de Yahweh, um era uma forma qualquer composta de Baal. O trecho de I Reis 18 mostra-nos que o baalismo tornou-se tão forte em Israel que somente sete mil deles permaneceram fiéis à antiga fé. Elias conseguiu evitar o colapso total da fé judaica. Embora continuassem havendo reformas e o protesto dos profetas (ver Osé. 2:16,17), parece que foi necessário o cativeiro para impor a purificação necessária.
Dois grandes mitos de Baal. Os textos de Ras Shamra contêm esses mitos, a saber:
1.O conflito com o Príncipe do Mar e Juiz do Rio (o deus das águas obtém a ascendência e, arrogantemente, intimida os outros deuses). Baal, com a ajuda de alguns outros deuses, é capaz de derrotá-lo, confiando-o à sua devida esfera de atividade. Talvez essa luta seja simbolizada pelo leviatã da Bíblia, que poderia ser o mesmo lotan, a serpente enrascada, e que possivelmente seja idêntica ao Príncipe do Mar — Alguns supõem que o Dia do Senhor (segundo originalmente concebido no judaísmo) poderia referir-se à vitória de Yahweh sobre as forças do caos. E esse conceito poderia depender do mito cananeu, acima descrito.
2. Outrossim, havia o deus que morria e ressuscitava; Baal, morto por Mote, era então ressuscitado pelo deus Sol e por Astarte. Tal suposta ressurreição era acompanhada por grandes festividades de sensualismo. Apesar de que o judaísmo, como é óbvio, nunca desenvolvesse qualquer coisa similar, excetuando casos de empréstimos diretos extraídos das religiões de seus vizinhos pagãos, alguns estudiosos supõem que o próprio conceito de ressurreição pode ter sido provocado, pelo menos em parte, por essa antiga crença. Não há como determinar até que ponto isso pode ter sido verdade. Mas a verdade do conceito da ressurreição em nada é prejudicada ainda que os povos pagãos, de maneira crua, tivessem antecipado e expressado essa ideia à sua maneira ímpia. (E ID SMIT Z) - Dicionário Champlin - Russell Norman Champlin.
 
 
 
Um encontro ousado com o rei (18:1-19). COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )
Agora DEUS dá uma ordem difícil a Elias: "Vai, apresenta-te a Acabe" (18:1). Ia chover e DEUS queria que Acabe reconhecesse este fato: a seca provinha de um castigo divino, para ver se conseguiria convencer um coração recalcitrante. Três anos e meio de seca. Tudo havia desaparecido. Acabe manda o seu mordomo, Obadias, procurar capim para os cavalos, onde quer que o encontrasse. Nisto ele se encontra com Elias. O profeta dá-lhe a incumbência de avisar a Acabe que ele tinha chegado e pedia uma entrevista com o rei. Obadias alega não haver reino ou nação onde Elias não fosse procurado. Onde ele estava, Acabe jamais imaginaria. Obadias dá o relatório de que Jezabel tinha matado os profetas do Senhor, e que ele, Obadias, havia escondido cem deles. Não se sabe quando tivera lugar esse morticínio, mas fora depois da busca de Elias. Não sendo encontrado o principal, os outros profetas pagaram com a vida. Teriam sido culpados da seca? Parece que não. O que havia era uma concorrência entre Baal e Jeová, e os dois grupos não podiam sobreviver juntos. Acabe soube que Elias estava perto e veio com esta palavra: "És tu, perturbador de Israel?" Elias responde que o perturbador era ele, o rei, que se vendera com sua família (casa), para fazerem o mal contra Jeová. Para tirar as dúvidas sobre o problema religioso, que estava sacudindo a nação, Elias propõe uma prova decisiva.
O encontro no Monte Carmelo (18:20-40).
Ali ia verificar-se quem estava com a razão e quem estava perturbando Israel. O texto é do conhecimento dos leitores dessa narrativa. Apenas não sabemos por que foi escolhido o pico do Carmelo. Talvez houvesse ali um grande santuário cananita, porque os cananeus adoram o seu Baal nos altos. Mas havia também um altar erigido ao DEUS verdadeiro e que estava quebrado, querendo demonstrar que Baal era superior a DEUS. Lá chegando, preparados os dois altares, os dois holocaustos, Elias dá a vez aos sacerdotes de Baal, 450. Todo o alto comando de Baal estava presente para a grande prova. Elias deu o primeiro lugar aos sacerdotes de Baal, para que este fosse invocado e respondesse com fogo. Esta era a prova de fogo mesmo (v. 24). Ao meio-dia Elias zombava deles, que clamavam e se retalhavam com facas, à moda selvagem dos Ídolos cananeus. Isto se prolongou até a hora do sacrifício da tarde (3 horas da tarde - hora da morte de JESUS). "Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele." Recompôs o altar de DEUS que ali havia com doze pedras, simbolizando as doze tribos agora divididas. Era necessário que tudo fosse bem testemunhado, para não haver suposição de fraude. Retalhou o bezerro, que lhe coube, dispôs as partes em cima da lenha, mandou buscar água lá embaixo no mar ou ali havia água do Mar da Galileia que estava estocada, porque no alto do morro não haveria água. O Carmelo é um dos montes mais altos da planura de Sarom. Atualmente é um encanto subir por uma estrada asfaltada até o pico. O autor destas notas pediu a um cicerone que lhe mostrasse o lugar onde Elias tinha feito o milagre. Foi levado um pouco adiante e ouviu: "Aqui, onde está este hotel, foi o pico onde Elias desafiou os profetas de Baal." Que panorama deslumbrante! Lá embaixo o Mediterrâneo, com as suas águas azuladas, e a grande cidade moderna de Haifa, com 450.000 habitantes. Que emoções, que evocações! Foi um dos momentos mais tocantes da vida deste pobre pastor, pisar o solo onde séculos antes, Elias esteve para provar que só DEUS é DEUS. 12 jarros de água (o bem mais preciosos que havia nos 3 anos e meio de seca) foram derramados também sobre o holocausto e a lenha e o rego em volta do altar também se encheu.
Tudo pronto, Elias clamou a DEUS: "Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, ó Senhor, és DEUS. . . " Mal ecoavam as suas últimas palavras "caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego" (vv. 37,38). Então todo o povo caiu de bruços e disse: "SÓ O SENHOR É DEUS! SÓ O SENHOR É DEUS!"
Seguiu-se a matança dos profetas de Baal. Por que Elias fez isto, se esses homens eram pagos para praticar a sua religião? Lá embaixo corria o ribeiro de Puisom, muito nosso familiar desde os tempos de Débora, e ali os matou a todos. Seria uma vingança pela morte dos profetas do Senhor? Seria um ato de indignação diante de tanta maldade e ignorância? Parece que Elias queria acabar de vez com a adoração a Baal e Aserá, matando seus sacerdotes, também estava obedecendo a uma ordem de DEUS quanto aos falsos profetas (Dt 13:15; 18:20).
A chuva havia três anos e meio não caía (Tg 5:17). E ela veio provar que Elias era o profeta de DEUS. Acabe subiu no seu carro e foi para Jizreel. O que mais deveria interessar agora ao governo era a chuva, que trazia a fartura. Elias, porém, cometera a grave falta de afrontar uma mulher vaidosa e senhora da situação, a qual não aceitaria a derrota dos seus profetas e da sua religião. Tão logo foi posta a par do que havia ocorrido no Carmelo, tomou as suas providências para uma desforra em ordem. É o que vamos ler em 1 Reis 19.
 
 
 
Elias no Monte Horebe (19:1-18) - COMENTÁRIO MESQUITA (AT), com alguns acréscimos meus (Pr. Henrique)
Elias esperava que Acabe matasse Jezabel, ou que a prendesse, ou pelo menos, a expulsasse do país, porém, aconteceu ao contrário - Jezabel jurou matara Elias.
Jezabel mandou uma mensagem a Elias: no dia seguinte, ele seria como um dos profetas mortos. Ela ainda não tomara conhecimento de que Elias era homem de DEUS e este cuidaria do seu profeta. A cegueira do poder obscurecia a mente da mulher poderosa. Elias teve medo, pela primeira vez (v. 3), sabia que vários profetas do Senhor haviam sido mortos a mando da rainha e ele não tinha recebido ordem de DEUS para matar Jezabel. Parecia um homem corajoso com medo de uma mulher! Ele sabia quem era Jezabel, conhecia a sua posição em Israel e o seu predomínio sobre o próprio marido. Então, para salvar a vida, pois não desejava morrer por mãos de ímpios, mas somente do Senhor DEUS que o chamara para esta tão árdua tarefa de reconduzir o povo a ELE. Lá se foi Elias para Horebe, no Sinai. O caminho era longo e o lugar deserto. Por que não procurou outro local, se havia tantos, ao sul da Palestina, que lhe poderiam servir de esconderijo? Parece, só nas montanhas se consideraria seguro. O Monte Horebe era conhecido como Monte de DEUS (1 Rs 19.8), ali DEUS falou com Moisés na Sarça (Êx 3.1) e depois lhe concedendo a Lei (Êx 24:13), e no Novo Testamento, ali DEUS falou com Paulo (Gl 1:17). Deixou o seu criado em Berseba, de Judá, lugar muito nosso conhecido, e seguiu só, pois temia pela vida de seu amigo. Deve haver qualquer relação entre a escolha deste lugar, onde Moisés recebeu a Lei e a história de Elias. Horebe era um dos montes do maciço do Sinai (cordilheira). Lá DEUS organizou o povo saído do Egito em uma nação eleita. Lá foi outorgada a Lei. Lá estavam as recordações de um passado já distante. Agora que a Lei estava em perigo, com o predomínio de Jezabel, era o caso de voltar ao lugar da origem da nacionalidade e saber que destino a aguardava. Estamos apenas supondo, porque o texto nada diz dos motivos que o levaram para tão longe. Teria recebido alguma mensagem de DEUS? Não sabemos. Talvez estivesse em sua mente procurar a DEUS ali, para lhe comunicar que o Concerto feito e tudo que se relacionava com ele estava perdido. Estamos convencidos de que havia um motivo superior para Elias vir parar tão longe. Tal como nos dias de Moisés, só ele restava de todo o passado.
Chegou cansado e desiludido. Deitou-se debaixo de um zimbro e pediu a morte, achando que bastava. Tinha lutado em vão; a sua inimiga estava viva e forte. Um dia sem comer e sem beber, estava com fome e cansado. Adormeceu. Assim acontece conosco muitas vezes: desiludidos, fatigados, parece-nos a melhor coisa pedir a morte. O Anjo do Senhor, o Anjo de tantas aparições e manifestações (JESUS CRISTO pré-encarnado), aparece. O texto diz um anjo, indicando tratar-se de um das miríades de anjos que servem ao Senhor; pelo contexto, porém, somos levados a crer que era o Anjo Jeová. Elias adormeceu e descansou da sua fadiga e desilusão. Um anjo do Senhor tocou-o, despertou-o do sono, e lhe disse que comesse, porque a caminhada e a luta não tinham terminado. À sua cabeceira estava um pão cozido em brasas e uma botija de água. Comeu, bebeu e voltou a dormir. Veio segunda vez o anjo do Senhor, literalmente, o Anjo Jeová, e o tocou e disse: "Levanta-te, e come, porque demasiado longa te será a viagem." Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força desse alimento demandou o lugar do seu destino. Viagem de 40 dias e 40 noites até Horebe. Moisés esteve quarenta dias e quarenta noites na montanha com DEUS duas vezes (Êx 34:4). Agora, eis o profeta de DEUS face a face com o passado, e pela frente, com um futuro incerto. O novo aparecimento do Senhor perguntando que fazia ali, mostra-nos a amargura de alma do profeta. DEUS estava ali com ele, pois perguntou: O que fazes aqui? Não perguntou - o que fazes aí?, como se estivesse longe. Depois de tantas experiências, tudo estava acabado. O povo de DEUS tinha falhado. Só ele restava de todo um passado glorioso (v. 10). Os altares estavam derrubados, os profetas mortos, tudo estava no fim. DEUS, porém, lhe mostra não ser assim, o quadro não era tão ruim.
14. Depois da visita de Jeová num cicio tranquilo e suave (v. 12), após o temporal de vento, terremoto e fogo, o Senhor vem numa brisa como a suave brisa da manhã. Quantas lições estas experiências do profeta nos dão! Quanta coisa temos que aprender! DEUS, sendo o senhor de tudo, o dominador da natureza, aparece num suave som, como o som de um ligeiro murmúrio. A ordem era voltar pelo mesmo caminho e realizar a missão que ainda restava, ungir dois reis e passar seu ministério para outro, a saber, Eliseu.
Elias recebe uma difícil comissão. Ungir Hazael, da Síria, como rei, ungir Eliseu em seu lugar, ungir Jeú, para ser rei e juiz de Israel. Uma revolução no mundo israelita. DEUS tinha plano superior para Elias.
 
 
 
1 Rs 18:22 (Comentário - NVI - F. F. Bruce).
Eu sou o único [...] talvez seja uma referência a esse confronto específico com os muitos profetas de Baal ou pode ser um comentário acerca da natureza corrompida dos outros profetas professos de Javé.
Os detalhes da disputa mostram poucas diferenças entre os preparativos cananeus e os hebreus para a oferta, mas o ritual violento e desvairado da mágica de imitação contrasta fortemente com a simples oração de Elias na hora do sacrifício (v. 36). O fim da seca tinha sido declarado em nome de Javé (v. 1), e para que isso não fosse atribuído a Baal a disputa deveria terminar com a resposta por meio do fogo (v. 24). A multidão, que antes esteve silenciosa (v. 21), aprova as condições: O que você disse é bom (v. 24). Elias aumenta ainda mais o desapontamento e desconforto dos sacerdotes de Baal ao usar um pouco de humor (as duas primeiras frases podem significar que Baal estava literalmente fazendo necessidades), v. 28. Então passaram a [...] ferir-se com espadas e lanças, de acordo com o costume deles (a RSV lê o mesmo verbo, gãdad, em Os 7.14 no contexto agrícola; geralmente está relacionada ao lamento pelos mortos, e.g., Dt 14.1), no tipo de desconsideração pelo sofrimento característico de algumas práticas muçulmanas hoje, enquanto continuaram profetizando em transe (v. 29, uma tradução pejorativa do verbo nãbã’ que cobre a profecia de forma bem ampla. Provavelmente “profetizaram” [entre aspas] seria a melhor maneira de representar a ironia do texto). O sombrio veredicto do v. 26 é reforçado com o lacônico: Mas não houve resposta alguma; ninguém respondeu, ninguém deu atenção (v. 29).
v. 30. Então Elias disse a todo o povo: Aproximem-se de mim - um convite totalmente honesto. Era fácil escarnecer do ineficiente Baal; agora começava o verdadeiro teste da fé. Elias reparou o altar do Senhor, que estava em ruínas, possivelmente um santuário antigo que havia caído em desuso ou sido intencionalmente destruído sob o regime de Jezabel. As doze pedras (v. 31) eram um lembrete silencioso de que o verdadeiro Israel havia sido desintegrado pelo cisma. A água provavelmente foi tirada do mar ou do mar da Galileia e fornecia uma garantia tríplice contra a trapaça. A oração breve de Elias contrasta com as horas do ritual de Baal e mais uma vez inclui a antiga aliança, v. 36. O Senhor, DEUS de Abraão, de Isaque e de Israel não somente Senhor da natureza, mas também da história e do povo. v. 37. responde-me, ó Senhor contrasta com não houve resposta alguma do v. 29, e a razão declarada não é a sua vindicação pessoal mas para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és DEUS, e que fazes o coração deles voltar para ti (a NVI deixa pouco espaço para ambiguidade. BJ: “que convertes os corações deles”; NEB: “é o Senhor que os causou a se afastarem”). A tradução gira em torno da compreensão que Elias tinha da situação. Será que ele estava otimista de que um sinal dramático iria trazer o povo de volta a Javé? E mais provável (como JESUS em Jo 2.23-25) que ele estivesse desesperançado de qualquer arrependimento genuíno e só queria que eles soubessem que a sua decadência não poderia ser atribuída a Baal ou Jezabel, mas que era obra de Javé, e que era resultado inevitável do fato de eles terem rejeitado a antiga aliança e o primeiro mandamento.
v. 38. Então o fogo do Senhor caiu em tal demonstração de poder que o povo expressou a única reação possível: Só o Senhor é DEUS! (v. 39). O destino dos profetas de Baal (v. 40) não era imprevisível. Eles e o povo sabiam da aposta que estavam fazendo. A liderança de Elias na defesa da aliança feita no deserto levou às sanções severas incluídas naquele pacto (Dt 13)
 
 
(1 Rs 19:14). (Comentário - NVI - F. F. Bruce)
um anjo - essa tradução obscurece a ambiguidade do termo hebraico mal’ãk (“mensageiro” no v. 2).
 quarenta dias e quarenta noites lembram quando Moisés recebeu a Lei (Êx 24.18). Horebe, o monte de DEUS estaria localizado a aproximadamente 160 quilômetros atravessando uma região árida. O local destaca ainda mais a volta ao local do nascimento religioso do povo de Israel e propõe a questão de como princípios universais e atemporais apresentados no deserto podem ser aplicados nas diversas condições culturais de um povo agrícola bem estabelecido (ou da moderna sociedade industrial), v. 10. Tenho sido muito zeloso (BJ: “Eu me consumo de ardente zelo”) espelha o segundo mandamento (Êx 20.5). O que Elias sentia não era uma inveja barata do lugar que Baal ocupava em Israel, mas uma preocupação ardente de que a supremacia de Javé se tornasse conhecida. Esse zelo nem sempre está de acordo com o conhecimento (v. o uso que Jeú faz da palavra em 2Rs 10.16), mas pode ser uma reação totalmente apropriada (e.g., SL 69.9 e Jo 2.17). Elias reforçou a indignidade que Javé estava sofrendo: Os israelitas rejeitaram a tua aliança (Elias expressa a Javé mais da sua preocupação pelos profetas do que mostrou a Obadias; mesmo que o testemunho tivesse sido imperfeito, a matança deles havia sido uma afronta grotesca a Javé.) Sou o único que sobrou pinta o quadro mais deplorável possível da decadência israelita, v. 11. o Senhor vai passar (mais um paralelo com a experiência de Moisés; v. Êx 34.6,7 — a comparação daquela revelação com o presente texto é instrutiva), não no vento fortíssimo, não no terremoto ou no fogo que teria combinado com os sentimentos de Elias naquele momento, mas no murmúrio de uma brisa suave (ou “no som do silêncio”, v. 12). A repetição (v. 13,14) reforça tanto a urgência da preocupação de Elias quanto o mistério da permissão divina do mal.
 
 
1 Reis 18:21-40 (Comentário Bíblico - Matthew Henry -Exaustivo - AT e NT)
O Encontro de Elias com todo o Israel no Monte Carmelo e a Execução dos Profetas de Baal
Acabe e o povo esperavam que Elias, nessa solene assembleia, abençoasse a terra, e orasse por chuva; mas ele tinha outra tarefa a fazer primeiro. O povo devia ser levado ao arrependimento e à reforma e só então eles podiam esperar a anulação do castigo, mas não antes disso. Esse é o método correto. DEUS primeiro confortará o seu coração, depois os seus ouvidos estarão abertos para eles; primeiro fará que retornemos para Ele, depois, Ele tornará para nós (Sl 10.17; 80.3). Os que abandonam a DEUS não devem esperar pelo favor de DEUS até que voltem a serem submissos a Ele. Elias podia ter olhado procurando chuva setenta vezes sete vezes, e não a ter visto, se não tivesse assim começado o seu trabalho no lado certo. Uma fome de três anos e meio não os traria de volta para DEUS. Elias se esforçava em convencer o bom senso deles e sem dúvida foi por ordem especial e direção do céu que ele colocou a controvérsia entre DEUS e Baal em um teste público. Foi muita condescendência de DEUS tolerar um caso tão evidente a ser disputado, e permitisse que Baal competisse com Ele; mas dessa forma, DEUS calaria toda boca e silenciaria toda carne diante dele. A causa de DEUS é tão incontestavelmente justa que não precisa ter medo de que as evidências da sua equidade sejam pesquisadas e ponderadas.
I
Elias censurou o povo por misturar a adoração a DEUS com a adoração a Baal. Não apenas alguns israelitas adoravam a DEUS enquanto outros adoravam a Baal; mas os mesmos israelitas às vezes adoravam a um e às vezes a outro. Ele chama isso (v. 21) de coxear entre dois pensamentos (ou opiniões). Eles adoravam a DEUS para agradar aos profetas do Senhor, mas adoravam a Baal para agradar a Jezabel e bajular a corte e agradar aos 850 profetas falsos. Eles pensavam em ficar no meio termo e jogar dos dois lados, como os samaritanos em 2 Reis 17.33. Agora Elias lhes mostra o absurdo dessa atitude. Ele não insiste na relação deles com Jeová — “Não é Ele o vosso DEUS e o de vossos pais, enquanto Baal é o deus dos sidônios? E houve alguma nação que trocasse os seus deuses? (Jr 2.11). Não, ele põe de lado a prescrição e entra no mérito da questão: — “não pode haver senão um DEUS, senão um infinito e supremo: não se necessita senão de um DEUS, um onipotente, um todo-suficiente. Qual é a necessidade de acrescentar algo ao que é perfeito? Agora, se no teste parecer que Baal é o Ser onipotente e infinito, o supremo Senhor e benfeitor todo-suficiente, vós deveis renunciar a Jeová e aderir apenas a Baal: mas se Jeová for aquele único DEUS, Baal será uma fraude, e vós não deveis ter mais nada a ver com ele”. Observe:
1. É uma coisa muito ruim coxear entre DEUS e Baal. “Em diferenças reconciliáveis (diz o bispo Hall) nada mais seguro do que a indiferença da prática e da opinião; mas em casos de tal necessária hostilidade entre DEUS e Baal, aquele que não está com DEUS está contra Ele” (compare Marcos 9.38,39 com Mateus 12.30). O serviço a DEUS e o serviço do pecado, o domínio de CRISTO e o domínio de nossa concupiscência, esses são os dois pensamentos entre os quais é perigoso coxear. Coxeiam entre eles os que não têm firmeza de suas convicções, são inseguros e instáveis em seus propósitos, prometem o que é justo, mas não cumprem, começam bem, mas não continuam, são inconsistentes consigo mesmos, ou indiferentes e desanimados em relação àquilo que é bom. O seu coração está dividido (Os 10.2), ao passo que DEUS deseja tudo ou nada.
2. Nós temos total liberdade de escolha: escolhei hoje a quem sirvais (Js 24.15). Se pudermos encontrar alguém que tenha mais direito a nós ou que seja um senhor melhor para nós do que DEUS, podemos escolhê-lo por nossa conta e risco. DEUS não exige nada mais de nós do que lhe é de direito. A esta justa proposta, que Elias faz aqui, o povo não soube dizer nada: o povo lhe não respondeu nada. Ele não podia dizer nada para justificar-se e não diria nada para se condenar, mas, como povo confuso, deixou Elias falar o que desejasse.
II
Ele se propôs dar à questão um teste justo; e era tanto mais justo porque Baal tinha todas as vantagens externas do seu lado. O rei e a corte estavam todos por Baal. Assim também o povo. Os administradores da causa de Baal eram quatrocentos e cinquenta homens, gordos e bem nutridos (v. 22), ao lado de mais quatrocentos, que eram seus apoiadores ou ajudantes (v. 19). O administrador da causa de DEUS era apenas um homem, que acabava de voltar do exílio, quase morto pela fome; de maneira que a causa de DEUS não tem nada para apoiá-la senão o seu próprio direito. Porém, é colocada essa prova: “que cada lado prepare um sacrifício e ore ao seu deus, e o deus que responder por fogo, esse será DEUS; se nenhum assim responder, que o povo se torne ateu; se ambos, que o povo continue a coxear entre os dois”. Sem dúvida, Elias tinha uma ordem especial de DEUS para sugerir esse teste, de outra forma ele teria tentado a DEUS e afrontado a religião; mas a situação era extraordinária e a decisão sobre ela seria útil, não apenas então, mas em todas as épocas. É um exemplo da coragem de Elias que ele ousasse permanecer só na causa de DEUS contra tais poderes e números; e o resultado encoraja a todas as testemunhas e defensores de DEUS a jamais temerem a face do homem. Elias não diz: “o DEUS que responder por água” (embora isso fosse o que país precisava), mas “o que responder por fogo, esse será DEUS”; porque a expiação devia ser feita através de sacrifício, antes que o castigo pudesse ser removido pela misericórdia. Por essa razão, o DEUS que tem poder de perdoar pecados e dar isso a entender ao consumir a oferta pelo pecado, deve necessariamente ser o DEUS que pode nos socorrer contra a calamidade. Aquele que pode dar fogo pode dar água (veja Mt 9.2,6).
III
O povo concorda com ele: É boa esta palavra (v. 24). Ele concorda que a proposta é justa e perfeita. “DEUS frequentemente tem respondido por fogo; se Baal não puder fazer isso, que seja banido como um usurpador”. Eles estavam muito desejosos de ver a experiência, e pareciam resolvidos a aceitar o resultado, qualquer que fosse ele. Aqueles que estavam firmes em DEUS não duvidavam que isso terminaria para a honra dele; os que eram indiferentes estavam inclinados a se decidirem; e Acabe e os profetas de Baal não ousavam se opor por medo do povo, e esperavam que eles obtivessem fogo do céu (embora nunca tivessem tido até ali), e isso porque, como pensam alguns, eles adoravam ao sol em Baal, ou que Elias não podia, porque não era no Templo, onde DEUS tinha o costume de manifestar a sua glória. Se, nesse teste, eles pudessem conseguir pelo menos um empate, as suas outras vantagens lhes dariam a vitória. Portanto, vamos ao teste.
IV
Os profetas de Baal tentam primeiro, mas em vão, com o seu deus. Eles desejam a precedência, não apenas pela honra dela, mas para que, se puderem apenas pelo menos mostrar que conseguem aquele objetivo, não será permitido a Elias participar do teste. Elias permite-lhes isso (v. 25), lhes dá a precedência para a maior confusão deles; só que, sabendo que a obra de Satanás se realiza com maravilhas mentirosas, ele toma cuidado para impedir uma fraude: não lhe metais fogo. Agora, na tentativa deles, observe:
1. Quão importunos e barulhentos eram os profetas de Baal em suas orações. Eles aprontaram seus sacrifícios; e nós podemos imaginar que barulho quatrocentos e cinquenta homens fizeram, quando todos clamaram como se fossem um homem só e com todas as suas forças: Ah! Baal, ouve-nos! Ah! Baal, responde-nos! Como aparece em uma anotação marginal: e isso por algumas horas, mais do que os adoradores de Diana fizeram no clamor deles: grande é a Diana dos efésios (At 19.34). Quão tolos, quão grotescos, eram eles ao se dirigirem a Baal! (1) Como tolos, saltavam sobre o altar, como se fossem eles próprios ser sacrificados com seu boi; ou eles expressavam sua grande seriedade. Saltavam sobre o altar ou dançavam em volta dele (assim entendem alguns): eles esperavam, através da sua dança, agradar à sua divindade, como Herodias fez com Herodes, e assim obter a sua resposta. (2) Como loucos eles se retalhavam com facas e com lancetas (v. 28) aflitos porque não eram respondidos, ou em um tipo de fúria profética, esperando obter o favor do seu deus ao oferecerem-lhe o seu próprio sangue, quando não podiam obtê-lo com o sangue do boi sacrificado. DEUS nunca exigiu que seus adoradores assim o honrassem; mas o serviço do diabo, embora em alguns exemplos agrade e mime o corpo, em outras coisas é verdadeiramente cruel, como na inveja e na bebedeira. Parece que esse era o jeito dos profetas de Baal. DEUS proibiu expressamente que seus adoradores se retalhassem (Dt 14.1). Ele insiste que mortifiquemos nossas concupiscências e corrupções; mas as penitências e os rigores corporais, como fazem os papistas, que não têm nenhuma tendência para aquilo, não agradam a DEUS. Quem requereu isso de vossas mãos?
2. Quão sarcástico Elias foi com eles (v. 27). Ele ficou por perto e pacientemente os ouviu por tantas horas orarem a um ídolo, embora com secreta indignação e desdém; e ao meio-dia, quando o sol estava mais quente, e eles esperando tanto por fogo (muito mais agora) ele os censurava por sua tolice; e apesar da gravidade do seu posto, e da seriedade do trabalho que tinha diante de si, caçoava deles: “Clamai em altas vozes, porque ele é um deus, um deus bondoso que não pode deixar de ouvir todo esse clamor. Com certeza vós pensais que ele esteja conversando ou meditando (esse é o significado da palavra), ou concentrado em pensamentos profundos (absorto em devaneios, como dizemos), pensando em alguma outra coisa e não se importando com seus próprios problemas, quando não apenas o seu crédito, mas toda a sua honra estava em risco, bem como sua influência sobre Israel. A sua nova conquista estará perdida se ele não olhar à sua volta rapidamente”. Note: O culto aos ídolos é uma coisa muito ridícula e é justo representá-lo assim e expô-lo ao escárnio. Isso não justifica de forma alguma aqueles que ridicularizam os adoradores de DEUS em CRISTO porque o culto não é realizado exatamente do jeito deles. Os profetas de Baal estavam tão longe de serem convencidos e foram tão envergonhados pela justa censura que Elias lançou sobre eles, que os fez mais violentos e os levou a agirem de maneira mais ridícula. Um coração enganado os tinha desviado, eles não podiam entregar suas almas dizendo: não há uma mentira em nossa mão direita?
3. Como Baal foi surdo em relação a eles. Elias não os interrompeu, mas os deixou seguir até se cansarem, e perderem totalmente a esperança de sucesso, isso foi até que a oferta de manjares se oferecesse (v. 29). Durante todo aquele tempo, alguns deles oraram, enquanto outros profetizaram, cantaram hinos, talvez louvando a Baal, ou encorajaram aqueles que estavam orando para que continuassem, dizendo-lhes que Baal lhes responderia no fim; mas não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. Os ídolos não podiam fazer nem o bem nem o mal. O príncipe do poder do ar, se DEUS o tivesse permitido, poderia ter feito cair fogo do céu nessa ocasião, e teria feito isso alegremente para apoiar o seu Baal. Somos informados de que a besta que engana o mundo faz isso. E faz grandes sinais de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens e isso para enganá-los (Ap 13.13,14). Mas DEUS não toleraria que o diabo fizesse isso agora, porque o teste dos seus direitos, o seu título, estava acontecendo pelo consentimento das partes.
V
Elias rapidamente obtém do seu DEUS uma resposta por fogo. Os profetas de Baal são forçados a desistir de sua causa e, agora, é a vez de Elias apresentar a sua. Vejamos se ele se dá bem:
1. Ele reparou um altar. Ele jamais usaria o deles, que tinha sido contaminado com as orações a Baal, mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu reparar aquele (v. 30), para insinuar a eles que ele não estava para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao DEUS de seus pais e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram. Ele não podia levá-los ao altar em Jerusalém a menos que pudesse unir os dois reinos novamente (o que, para a correção de ambos, DEUS determinou que agora isso não devia ser feito), por isso, pela sua autoridade profética, ele constrói um altar no monte Carmelo e assim reconhece aquele que anteriormente tinha sido edificado ali. Quando não podemos levar uma reforma tão longe quanto gostaríamos, devemos fazer o que pudermos, e é melhor aceitar algumas corrupções do que não fazer o máximo para extirpar Baal. Ele reparou esse altar com doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó (v. 31). Embora dez das tribos tivessem se voltado para Baal, ele ainda as considerava como pertencendo a DEUS, por virtude da antiga aliança com seus pais; e, embora aquelas dez estivessem infelizmente separadas das outras duas nos interesses civis, ainda tinham comunhão umas com as outras no que se referia à adoração ao DEUS de Israel, e as doze eram um só povo. Faz-se menção de DEUS ter chamado seu pai Jacó pelo nome de Israel, um príncipe com DEUS (v. 31), para envergonhar a sua semente degenerada, que adorava a um deus que eles viam que não podia ouvir nem lhes responder, e encorajar o profeta que agora estava para lutar com DEUS como Jacó fez; ele também seria um príncipe com DEUS (Salmos 24.6: a tua face, ó DEUS de Jacó; Oséias 12.4: ali falou conosco).
2. Tendo construído o seu altar em nome do Senhor (v. 32), pela orientação dele e com os olhos nele, e não para a sua própria honra, ele preparou o sacrifício (v. 33). Eis aqui o boi e a lenha, mas onde está o fogo? (Gn 22.7,8). DEUS proverá para si o fogo como proveu o cordeiro para Abraão. Se nós, com sinceridade, oferecermos os nossos corações a DEUS, Ele, por sua graça, acenderá um fogo santo neles. Elias não era sacerdote, nem seus serventes eram levitas. O Carmelo não tinha nem tabernáculo nem templo; havia uma grande distância da arca do testemunho e do lugar que DEUS tinha escolhido; esse não era o altar que santificava a oferta; porém, jamais houve qualquer sacrifício mais aceitável a DEUS do que esse. Prescindia-se com tanta frequência das instituições levíticas específicas (como no tempo dos juízes, de Samuel e agora) que se pode até pensar que eles eram mais designados para tipos que deviam ser cumpridos nos antítipos evangélicos do que leis a serem cumpridas na estrita observância delas. Assim, o seu perecimento pelo uso, como fala deles o apóstolo (Cl 2.22), devia insinuar a sua completa abolição depois de um curto espaço de tempo (Hb 8.13).
3. Ele ordenou que derramassem muita água sobre o seu altar, e para recebê-la, preparou uma vala (v. 32), e, pensam alguns, fez o altar oco. Doze cântaros de água (provavelmente água do mar, pois o mar ficava perto e essa quantidade de água potável nesse tempo de seca era muito preciosa para ele esbanjar tanto), três vezes quatro, ele derramou sobre o seu sacrifício para impedir a suspeita de qualquer fogo debaixo dele (pois, se houvesse algum, ele seria extinto) e para fazer o milagre esperado mais notável. Podemos supor que os doze cântaros fossem de água potável vindos do mar da Galileia, pois assim Elias estaria oferecendo a DEUS o que de mais precioso havia agora - água potável (obs Pr Henrique).
4. Então ele solenemente dirigiu-se a DEUS em oração diante do seu altar, suplicando-lhe humildemente: lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos (Sl 20.3), e para comprovar a sua aceitação dela. A sua oração não foi longa, pois ele não usou vãs repetições nem pensou que por muito falar seria ouvido; mas ela foi muito séria e serena, e mostrou que a sua mente estava calma e tranquila, e longe do ardor e das desordens em que se encontravam os profetas de Baal (vv. 36,37). Embora ele não estivesse no lugar designado, escolheu a hora prescrita da oferta de manjares, para testificar com isso sua comunhão com o altar em Jerusalém. Hora do sacrifício da tarde que representava JESUS morrendo por nós no calvário. Embora ele esperasse uma resposta por fogo, ainda assim aproximou-se do altar com coragem, e não temeu aquele fogo. Ele dirigiu-se a DEUS como o DEUS de Abraão, de Isaque e de Israel, colocando fé na antiga aliança de DEUS, e lembrando o povo também (pois a oração pode convencer) da sua relação com DEUS e com os patriarcas. Aqui ele argumenta sobre duas coisas: (1) A glória DEUS: “Senhor, ouça-me e responde-me, para que se manifeste hoje (pois isso agora é pela maioria negado ou desconhecido) que tu és DEUS em Israel, a quem apenas a homenagem e a devoção de Israel são devidas, e que eu sou teu servo, e que faço tudo o que tenho feito, e farei, como o teu agente, conforme a tua palavra, e não para recompensar nenhum capricho ou sentimento de minha parte. Tu me encarregaste; Senhor, manifesta que tu fazes assim” (Nm 16.28,29). Elias não procurou a sua própria glória, mas submetia-se à de DEUS, e para a sua própria e necessária defesa. (2) A edificação do povo: “Para que este povo conheça que tu, Senhor, és DEUS, e possa experimentar a tua graça; e que tu o fizeste tornar, com esse milagre, como um meio, para ti, para voltares de alguma forma com misericórdia para eles”.
5. DEUS lhe respondeu imediatamente com fogo (v. 38). O DEUS de Elias não estava conversando nem meditando, não precisava ser despertado nem avivado; enquanto ele ainda estava falando, caiu fogo do Senhor, e não apenas, como em outros tempos (Lv 9.24; 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1) consumiu o holocausto, as pedras e a lenha, em sinal de que DEUS aceitara a oferta, mas lambeu a água que estava no rego, fazendo-a evaporar e subir para a chuva a que se apontava, a qual devia ser o fruto desse sacrifício e oração, mais do que o produto de causas naturais. Compare com Salmos 135.7: faz subir os vapores das extremidades da terra, faz os relâmpagos para a chuva; ele fez ambos para essa chuva. Como para aqueles que caem vítimas do fogo da ira de DEUS, nenhuma água pode protegê-los, muito menos arbustos e espinheiros (Is 27.4,5). Mas isso não era tudo; para completar o milagre, o fogo consumiu as pedras do altar, e até o pó, para mostrar que não era um fogo comum, e talvez insinuar que, embora DEUS aceitasse um sacrifício ocasional desse altar, no futuro eles deviam demolir todos os altares nos lugares altos e usar apenas aquele que estava em Jerusalém para sacrifícios permanentes. O altar de Moisés e o de Salomão foram consagrados por fogo do céu; mas esse foi destruído para não ser usado mais. Podemos imaginar que terror o fogo produziu sobre o culpado Acabe e todos os adoradores de Baal e como eles fugiram do fogo para o mais longe, e tão rápido quanto, possível, dizendo: para que, porventura, não nos trague, fazendo alusão a Números 16.34.
VI
Qual foi o resultado desse teste justo. Os profetas de Baal tinham falhado em sua prova e não puderam dar nenhuma evidência em apoio de suas pretensões no interesse de seu deus, mas foram totalmente improcedentes. Elias tinha, pela evidência mais convincente e inegável, provado suas reivindicações no interesse do DEUS de Israel. E agora:
1. O povo, como júri, deu o veredicto sobre o julgamento, e todos concordaram com isso; o caso é tão claro que o povo não precisa recorrer a um tribunal para considerar o veredicto ou discutir a respeito dele: o povo caiu sobre seus rostos, e todos, como se fossem um só homem, disseram: “Só o SENHOR é DEUS, e não Baal; estamos convencidos e satisfeitos com isso: só o SENHOR é DEUS” (v. 39), daí, pensaria alguém, eles deveriam deduzir: “Se Ele é DEUS, será o nosso DEUS, e serviremos apenas a Ele”, como em Josué 24.24. Alguns, esperamos, tiveram seus corações voltados dessa forma, mas a maioria deles ficou apenas convencida, não convertida, cedeu à verdade de DEUS, de que Ele é DEUS, mas não consentiu em sua aliança, que Ele devesse ser deles. Benditos aqueles que não viram o que eles viram e têm crido e têm sido feitos por isso mais do que aqueles que viram. Que isso seja visto para sempre como um ponto decidido judicialmente contra todos os embusteiros (pois ele foi realizado, depois que todos foram ouvidos, contra um dos mais ousados e ameaçadores rivais por quem o DEUS de Israel foi afrontado) que só o Senhor é DEUS, o DEUS único.
2. Os profetas de Baal, como criminosos, são apanhados, condenados e executados de acordo com a lei (v. 40). Se Jeová é o DEUS verdadeiro, Baal é um deus falso, para quem esses israelitas tinham se voltado e seduzido a outros para a adoração dele; e por isso, pela expressa lei de DEUS eles deviam ser executados (Dt 13.1-11). Não eram necessárias provas do fato; todo o Israel era testemunha disso: e por essa razão, Elias (agindo ainda por uma ordem extraordinária, a qual não deve ser entendida como um precedente) ordena que todos sejam mortos imediatamente como os perturbadores da terra, e o próprio Acabe está tão aterrorizado no momento com o fogo do céu que não ousa se opor a isso. Esses eram quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos profetas de Aserá dos bosques (que, pensam alguns, eram sidônios), embora convocados (v. 19), porém, como parece, não compareceram, e assim escaparam dessa execução, um escape oportuno que talvez tenha alegrado Acabe e Jezabel; mas provou-se mais tarde que eles estavam reservados para serem os instrumentos da destruição de Acabe, encorajando-o a subir a Ramote-Gileade (22.6).
 
 
1 Reis 19:9-18 -  (Comentário Bíblico - Matthew Henry -Exaustivo - AT e NT)
DEUS Conversa com Elias e o Orienta e Encoraja
Aqui temos:
I
Elias abrigado em uma caverna no monte Horebe, que é chamado o monte de DEUS, porque nele DEUS tinha anteriormente manifestado a sua glória. E talvez essa tenha sido a mesma caverna, ou fenda na rocha, na qual Moisés foi escondido quando o Senhor passou por ele e apregoou o seu nome (Êx 33.22). O que Elias pensava consigo mesmo ao vir se abrigar aqui, eu não consigo imaginar, a menos que fosse para perder-se em sua melancolia, ou para satisfazer sua curiosidade ou assistir sua fé e devoção com a visão daquele famoso lugar onde a lei fora dada e onde tão grandes coisas se realizaram, e esperando encontrar-se com o próprio DEUS ali onde Moisés se encontrara com Ele, ou em sinal de que abandonava seu povo Israel, que odiava ser reformado (no último caso, isso concorda com o desejo de Jeremias [Jr 9.2]: prouvera a DEUS que eu tivera no deserto uma estalagem de caminhantes. Então eu deixaria o meu povo e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros) e assim sendo um mau presságio de que DEUS renunciaria a eles; ou foi porque ele pensou que não poderia estar seguro em nenhum outro lugar, e nesse exemplo de tribulação esse bom homem foi reduzido ao que o apóstolo se refere em Hebreus 11.38: errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
II
A visita que DEUS lhe fez ali e a pergunta que Ele fez a respeito dele: E eis que a palavra do Senhor veio a ele. Nós não podemos ir a nenhum lugar que esteja fora do alcance dos olhos de DEUS, de seu braço e da sua palavra: para onde me irei do teu ESPÍRITO? (Sl 139.7ss.). DEUS cuidará de seus desterrados; e aqueles que, por causa dele, são expulsos do meio dos homens, Ele encontrará, reconhecerá e reunirá com bondade eterna. João teve as visões do Todo-poderoso quando estava banido na ilha de Patmos (Ap 1.9). A pergunta que DEUS faz ao profeta é: Que fazes aqui, Elias? — v. 9 e novamente no v. 13. Isso é uma reprovação:
1. Por sua fuga até ali. “O que te traz tão longe de casa? Tu foges de Jezabel? Tu não devias depender do poder todo-poderoso para a tua proteção?” A ênfase cai sobre o pronome tu. Que tu! Um homem tão grande, um profeta tão grande, tão famoso pela firmeza — ousas tu fugir do teu país, esquecer assim os teus princípios?” Essa covardia teria sido mais desculpável em outra pessoa, e não seria um exemplo tão ruim. Um homem como eu fugiria? (Ne 6.11). Uivam, pinheiros, se os cedros forem chacoalhados assim.
2. Por ele se estabelecer ali: “Que fazes tu aqui, nesta caverna? Este é lugar para um profeta do Senhor se abrigar? É hora de tais homens se afastarem quando o público necessita tanto deles?” No retiro para o qual DEUS enviara Elias (17), ele foi uma bênção para uma pobre viúva em Sarepta, mas aqui ele não tinha nenhuma oportunidade de praticar o bem. Note: Concerne a nós indagarmos frequentemente se estamos em nossa posição e no caminho de nosso dever. “Eu estou onde devo estar, para onde DEUS me chamou, onde está a minha ocupação e onde eu posso ser útil?”
III
O que ele fala de si mesmo, em resposta à pergunta que lhe foi feita (v. 10), e que foi repetido no versículo 14, em resposta à mesma pergunta.
1. Ele dá uma desculpa para o fato de haver se retirado e deseja que isso não seja imputado à sua falta de zelo pela reforma, mas à sua falta de esperança de que teria sucesso. Pois DEUS sabia, e a sua própria consciência lhe dava testemunho, de que, até onde havia qualquer esperança de se fazer o bem, ele tinha sido em extremo zeloso pelo Senhor, DEUS dos Exércitos; mas, agora que ele tinha trabalhado em vão, e todos os seus esforços estavam sem propósito algum, ele pensava que era hora de parar e lamentar-se pelo que ele não conseguiu consertar. Abi in cellam, et dic, Miserere mei — “Entre em teu aposento, e clame: tenha misericórdia de mim.”
2. Ele se queixa do povo, da sua obstinação no pecado e do grau de impiedade a que chegaram: “Os filhos de Israel deixaram o teu conserto, e esse é o motivo pelo qual os tenho abandonado; quem pode ficar no meio deles para ver arruinado e menosprezado tudo o que é sagrado?” A isso o apóstolo chama de seu falar contra Israel (Rm 11.2,3). Ele tinha sido frequentemente, por escolha, o advogado do povo, mas agora, sente que é preciso ser o seu acusador diante de DEUS. Assim diz João 5.45: há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Aqueles que têm o testemunho e as orações dos profetas de DEUS contra eles são verdadeiramente miseráveis.
(1) Ele os acusa de terem abandonado a aliança de DEUS; mesmo retendo a circuncisão, o sinal e o selo da aliança, eles tinham renunciado à adoração e ao culto a Ele, coisas que eram a finalidade da circuncisão. Aqueles que negligenciam as ordenanças de DEUS e deixam esmorecer a comunhão com Ele, verdadeiramente abandonam o pacto e quebram a aliança que tinham feito com Ele.
(2) Por que derribaram os teus altares, não apenas os abandonaram e permitiram que se arruinassem, mas, por seu zelo ao culto de Baal, obstinadamente os demoliram. Isso alude aos altares particulares que os profetas do Senhor tinham, e aos quais as pessoas boas atendiam, as que não podiam subir a Jerusalém, mas não adoravam aos bezerros nem a Baal. Com esses altares separados, embora quebrando a unidade da igreja, porém, sendo erigidos e frequentados por aqueles que desejavam sinceramente a glória de DEUS e o serviam fielmente, o aparente cisma estava desculpado. DEUS os reconhecia como seus altares, tão bem quanto aquele que estava em Jerusalém, e colocá-los por terra é imputado sobre Israel como um pecado gritante. Mas isso não era tudo.
(3) Eles mataram os teus profetas à espada, os quais, é provável, ministravam naqueles altares. Jezabel, uma estrangeira, os matou (18.4), mas o crime é imputado sobre todo o povo porque a maioria dele consentia na morte deles, e se alegrava com ela.
3. Ele dá os motivos pelos quais se retirou nesse deserto e estabeleceu residência nessa caverna.
(1) Foi porque seu aparecimento não levaria a nada: “E eu fiquei só, e não tenho ninguém para me apoiar e sustentar com qualquer boa intenção. Todos eles disseram: só o Senhor é DEUS, mas nenhum deles ficou do meu lado ou me abrigou. Aquele ponto então ganho está atualmente perdido de novo, e Jezabel pode fazer mais para pervertê-los do que eu para reformá-los. O que um pode fazer contra milhares?” Não ter esperança de sucesso impede a muitos de começar um bom empreendimento. Ninguém está inclinado a aventurar-se sozinho, esquecendo-se que não estão sós aqueles que têm DEUS consigo.
(2) Era porque ele não podia aparecer com qualquer segurança: “Eles buscam a minha vida para ma tirarem, e eu preferia desperdiçar a minha vida em uma solidão inútil do que perdê-la em um esforço infrutífero de reformar aqueles que odeiam ser reformados”.
IV
A manifestação do próprio DEUS diante dele. Ele veio até ali para se encontrar com DEUS? Ele descobrirá que DEUS não deixará de se encontrar com ele. Moisés foi colocado em uma caverna quando a glória de DEUS passou diante dele; mas Elias foi chamado para fora dela: põe-te neste monte perante a face do Senhor (v. 11). Ele não viu nenhum tipo de semelhança, nada mais do que Israel viu quando DEUS falou com eles no Horebe. Mas:
1. Ele ouviu um vento forte e viu os efeitos terríveis causados por ele, pois ele fendia os montes e quebrava as penhas. Dessa forma, os anjos do juiz do céu e da terra tocaram a trombeta diante dele, anjos a quem Ele faz espíritos, ou ventos (Sl 104.4), e tocaram-na tão alto que a terra não apenas retumbou, mas se fendeu novamente.
2. Ele sentiu o choque de um terremoto.
3. Ele viu uma erupção de fogo (v. 12). Essas coisas deviam prenunciar a pretendida manifestação da glória de DEUS, estando anjos empregados nelas, a quem Ele faz um fogo abrasador, e que, como ministros, marcham adiante dele, para endireitar no ermo vereda a nosso DEUS. Mas:
4. Finalmente, ele ouviu uma voz mansa e delicada, na qual o Senhor estava, isto é, pela qual DEUS lhe falou, e não do vento, do terremoto ou do fogo. Aqueles lhe causaram grande temor, despertaram a sua atenção, e inspiraram humildade e reverência; mas DEUS escolheu fazer com que ele conhecesse o seu propósito no suave sussurrar, não naqueles sons espantosos. Quando ele percebeu isso:
(1) Ele envolveu o seu rosto na sua capa, como alguém temeroso de olhar a glória de DEUS e apreensivo que ela lhe ofuscasse os olhos e o dominasse. Os anjos cobriam o rosto diante de DEUS em sinal de reverência (Is 6.2). Elias escondeu o seu rosto em sinal de vergonha por ter sido tão covarde a ponto de fugir de seu dever quando tinha tal DEUS de poder para ajudá-lo nele. O vento, o terremoto e o fogo não o fizeram cobrir o rosto, mas a voz mansa fez. Almas benignas são mais atingidas pelas ternas misericórdias do Senhor do que pelos seus terrores.
(2) Ele ficou em pé na entrada da caverna, preparado para ouvir o que DEUS tinha a lhe dizer. Esse método de DEUS se manifestar no monte Horebe parece reportar às autorrevelações de DEUS anteriormente feitas nesse lugar a Moisés.
[1] Naquela ocasião, houve uma tempestade, um terremoto e fogo (Hb 12.18); mas, quando DEUS mostrou a Moisés a sua glória, Ele proclamou a sua bondade; e isso aqui também: Ele estava, a Palavra estava na voz mansa e delicada.
[2] Então, a lei foi entregue a Israel, primeiro com as manifestações de terror, depois com uma voz que emitia palavras; e Elias, sendo agora chamado para reviver aquela lei, principalmente os primeiros dois mandamentos dela, é ensinado aqui a como fazer isso; ele não deve apenas despertar e aterrorizar o povo com sinais maravilhosos, como terremoto e fogo, mas ele deve se esforçar, com voz mansa e delicada, para convencê-lo e persuadi-lo, e não o abandonar quando deve se dirigir a ele. A fé vem pelo ouvir da palavra de DEUS; milagres apenas abrem o caminho para isso.
[3] Então, DEUS falava a seu povo através do terror; mas no Evangelho de CRISTO, que devia ser introduzido pelo espírito e poder de Elias, Ele fala com uma voz mansa e delicada, cujo medo não nos deve apavorar (ver Hebreus 12.18ss.).
V
As ordens que DEUS lhe dá para executar. Ele repete a pergunta que tinha feito a Elias anteriormente: “Que fazes aqui, Elias? Aqui não é lugar para você agora”. Elias dá a mesma resposta (v. 14), queixando-se da apostasia de Israel e da ruína da religião no meio dele. A isso DEUS replica. Quando ele pediu em seu ânimo a morte (v. 4) DEUS não lhe respondeu de acordo com a sua tolice, mas estava tão longe de lhe conceder a morte que não apenas o manteve vivo naquela ocasião, mas o alimentou para que jamais morresse, antes, fosse trasladado. Mas quando ele se queixou de seu desânimo (e para onde os profetas de DEUS devem ir com queixas desse tipo senão ao seu Senhor?) DEUS lhe respondeu. Ele o envia com orientações para designar Hazael como rei da Síria (v. 15), Jeú como rei de Israel e Eliseu como seu sucessor na dignidade do ofício profético (v. 16), o que vale como uma predição que por meio desses DEUS castigaria os israelitas degenerados, pleitearia a sua própria causa entre eles e executaria a vingança do concerto (v. 17). Elias queixou-se de que a impiedade de Israel estava sem punição. O castigo da fome fora muito brando e não os tinha corrigido; ele fora removido antes que o povo fosse corrigido: “Eu tenho sido em extremo zeloso”, diz ele, “pelo nome de DEUS, mas Ele mesmo não parece zeloso pelo seu próprio nome”. “Bem”, diz DEUS, “contente-se; tudo a seu tempo; preparados estão os juízos para os escarnecedores, embora eles não sejam ainda afligidos. As pessoas são escolhidas, e agora são nomeadas, pois elas são agora em essência o que farão”.
1. “Quando Hazael se tornar rei da Síria, realizará uma obra sangrenta no meio do povo (2 Rs 8.12) e assim o castigará por sua idolatria.”
2. “Quando Jeú se tornar rei de Israel, ele fará uma obra sangrenta em relação à família real, e destruirá completamente a casa de Acabe, que estabeleceu e mantém a idolatria”.
3. “Eliseu, enquanto estiveres na terra, fortalecerá as tuas mãos; e quando partires, ele continuará o teu trabalho e será uma testemunha remanescente contra a apostasia de Israel, até que ele mate os filhos de Betel, aquela cidade idólatra”. Note: O pecador está reservado para julgamento. O mal perseguirá aos pecadores, e não haverá como escapar; tentar a fuga será apenas correr de uma espada para outra. Veja Jeremias 48.44: O que fugir do temor cairá na cova, e o que sair da cova ficará preso no laço. Eliseu, com a espada do ESPÍRITO, aterrorizará e ferirá as consciências daqueles que escaparem da guerra da espada de Hazael e da justiça da espada de Jeú. Com o sopro dos seus lábios matará o ímpio (Is 11.4; 2 Ts 2.8; Os 6.5). É um grande conforto para os homens bons e bons ministros pensarem que DEUS jamais carecerá de instrumentos para fazer a sua obra a seu tempo, de forma que, quando eles tiverem partido, outros se levantarão para continuá-la.
VI
A confortadora informação que DEUS lhe dá do número de israelitas que mantêm a sua integridade, embora ele pensasse estar só (v. 18): também eu fiz ficar em Israel sete mil (além de Judá): todos os joelhos que não se dobraram a Baal. Note:
1. Em tempos da maior decadência e apostasia, DEUS sempre teve, e terá, um remanescente fiel a Ele, alguns que guardam a integridade e não seguem o costume geral. O apóstolo menciona essa resposta de DEUS a Elias em Romanos 11.4 e a aplica aos seus próprios dias, quando os judeus em geral rejeitaram o Evangelho. Assim, diz ele, também agora neste tempo ficou um resto (Rm 11.5).
2. É obra de DEUS preservar aquele resto e distingui-lo dos demais, pois sem a sua graça, eles não poderiam se distinguir por si mesmos: também eu fiz ficar; é por essa razão que o apóstolo diz ser um remanescente.
3. É apenas um pequeno remanescente em comparação com a raça degenerada; o que são sete mil diante de milhares de Israel?
4. Os fiéis de DEUS são frequentemente os seus protegidos (Sl 83.3), e a igreja visível quase não é visível, o trigo perdido na debulha e o ouro na escória, até ser peneirado, refinado e separado naquele dia que há de vir.
5. O Senhor conhece os que são seus, embora nós não; Ele vê em secreto.
6. Há mais pessoas boas no mundo do que alguns homens sábios e santos pensam. O zelo que eles têm de si mesmos e por DEUS os faz pensarem que a corrupção seja universal; mas DEUS não vê como eles. Quando chegarmos ao céu, quando acharmos falta de muitas pessoas que pensávamos encontrar lá, então encontraremos uma grande multidão que de modo algum pensávamos ir para lá. O amor de DEUS se mostra maior e mais extenso do que a caridade do homem. Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
 
 
ESTUDOS DESTE ASSUNTO EM 2013
 
LIÇÃO 4, ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL
LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Elias e Eliseu um Ministério de Poder para toda a Igreja.
Comentário: Pr. José Gonçalves
 
Uma imagem contendo Diagrama

Descrição gerada automaticamente
 
 
TEXTO ÁUREO
"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é DEUS, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada" (1 Rs 18.21).  
 
 
VERDADE PRÁTICA  
O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.
 
 
Calendário

Descrição gerada automaticamente com confiança média
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 18.36-40 
36 Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, DEUS de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és DEUS em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. 37 Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és DEUS e que tu fizeste tornar o seu coração para trás. 38 Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. 39 O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é DEUS! Só o SENHOR é DEUS! 40 E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
 
Acabou a seca, DEUS agora mandaria chuva, pois o povo se voltaria novamente para DEUS (ELE sabia com antecedência do resultado), após acordarem de seu sono idólatra. DEUS envia Elias para desafiar ao rei Acabe e aos 850 profetas (400 de Aserá e 450 de Baal).
É hora de decidir: DEUS ou Baal? Não haveria mais chance para decidir, era agora ou nunca mais. O ultimato de DEUS foi dado ao povo.
Elias era o instrumento de DEUS para acordar o povo e confrontar Satanás e seus emissários.
Ficar em cima do muro significa escolher Satanás - DEUS exigia agora uma decisão. (Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Ap 3.16)
Elias sabia que DEUS se manifestava com fogo. A história de Israel é repleta de manifestações de DEUS em fogo.
Sarça Ardente, Pedras de fogo, Coluna de fogo, Inauguração do Tabernáculo, Inauguração do Templo, etc...
 
 
 
Imagem digital fictícia de personagem de desenho animado

Descrição gerada automaticamente com confiança média
 
 
 
I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES 
Baal e Aserá
Os deuses falsos são invenções humanas e sempre com um Pai, um filho e uma mãe lá no céu. O catolicismo faz isso aqui no Brasil, colocando Maria no lugar de Aserá, mas tudo não passa da mesma coisa.
Já na época de Jeremias, no território de Judá, existia a adoração à Aserá com o nome de Rainha dos céus.
Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira. Jeremias 7.12
E quando nós queimávamos incenso à rainha dos céus, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos, para a adorar, e oferecemos-lhe libações sem nossos maridos Jeremias 44.19
Assim fala o SENHOR dos Exércitos, DEUS de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não somente falastes por vossa boca, senão também o cumpristes por vossas mãos, dizendo: Certamente cumpriremos os nossos votos que fizemos de queimar incenso à rainha dos céus e de lhe oferecer libações; confirmai, pois, os vossos votos, e perfeitamente cumpri-os Jeremias 44.25.
É preciso romper com o mundo, é preciso confrontar tudo o que nos afasta de DEUS  - As coisas boas da vida nos amarram e nos impedem de ter comunhão com DEUS.
Josué não destruiu os inimigos e acabou fazendo aliança com eles. Como resultado todo povo se corrompeu e passou a adorar seus deuses.
Quando o mundo se refere a DEUS ou a JESUS ou ao ESPÍRITO SANTO, eles não estão se referindo ao verdadeiro DEUS, nem ao verdadeiro JESUS e muito menos ao verdadeiro ESPÍRITO SANTO.
 
El-Shaday - é interessante que esse termo é usado apenas quando se refere-se (YHWH) tetragrama... (Jeová ou Javé) - É o DEUS todo poderoso que nos toma em seus braços e nos guarda, nos protege como a galinha que esconde seus pintinhos debaixo de suas asas. A partícula EL significa todo poderoso.
Este termo deveria ser usado só para ELE.... e ninguém mais... TODO poderoso. 1 Cor 11:3.
Quando os israelitas e os povos pagãos se referiam ao falso deus El estavam imitando a adoração ao verdadeiro DEUS.
Os falsos profetas apoiados pelo governo encheram as cidades de Israel de postes-ídolos (representações gráficas e em forma de imagens de seus deuses). Um verdadeiro bosque de propaganda enganosa. Evangelização maligna com outdoor e imagens à moda antiga (antiga?)
 
 
DOIS ALTARES - 850 PROFETAS - REI E POVO COMO PLATÉIA - DOIS DEUSES INVOCADOS - UMA RESPOSTA - UM DEUS VERDEIRO - UM PROFETA VERDADEIRO - MORTE DE 850 PROFETAS FALSOS - RECONCILIAÇÃO DO POVO.
 
 
Mapa

Descrição gerada automaticamente
 
 
II.CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS 
O Diabo tem sempre uma imitação para tudo o que DEUS faz.
Em 1 Rs 18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a DEUS ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o DEUS verdadeiro e também a Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio CRISTO advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24; cf. Dt 30.19; Js 24.14,15).
Em 1 Rs 18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável lealdade ao DEUS, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a ira e determinação de JESUS, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45).
Em 1 Rs 18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em DEUS. Vemos sua confiança em DEUS na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37)
Em 1 Rs 18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de DEUS para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para DEUS (v. 37). Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT (ver 17.1), tinha como alvo levar muitos a buscarem a DEUS, como preparação para o advento de CRISTO.
Esses profetas só profetizavam o que agradava a seus senhores, ou seja, a Acabe e a Jezabel. Recebiam salário para profetizar assim (comiam à mesa de Jezabel).
O sistema político-social de DEUS é teocracia (governo de DEUS através de servos que ELE escolhe e capacita).
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:2.
Nenhum profeta pode estar comprometido com algum sistema, seja ele político, financeiro, religioso ou social. Profeta é boca de DEUS e mão de DEUS para falar e fazer o que DEUS mandar.
Isaías só passou a receber, a dizer e a escrever o que DEUS queria quando o rei Uzias morreu e ele ficou livre de sua influência.
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Isaías 6:1
Constantino, ao reconhecer o cristianismo como religião oficial do governo romano, arrasou com a fidelidade cristã a DEUS e corrompeu todo o cristianismo que antes foi construído sobre alicerces bíblicos, passando esta a aceitar, tolerar e apoiar a idolatria e a feitiçaria em seu meio.
 
 
Calendário

Descrição gerada automaticamente
 
 
Em 1 Rs 18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de DEUS e comprovou que somente o Senhor de Israel era o DEUS vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
Em 1 Rs 18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito da matança dos profetas de Baal:
(1) A sentença de morte contra eles era justa, pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os falsos mestres (Mt 5.44), embora DEUS ordene a sua rejeição e, que nos separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4)
(2) A ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de DEUS contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por seu Senhor.
(3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também, profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal. JESUS manifestou idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl 1.6-9; ver Gl 1.9). Note, ainda, que a ira de DEUS será derramada sobre todos os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS" (Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10).
 
 
Diagrama, Linha do tempo

Descrição gerada automaticamente
 
 
III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores! 
 
 

CARACTERÍSTICAS DA ADORAÇÃO

 

VERDADEIRA

 

FALSA

 

• Produz verdade;

• Produz sinceridade;

• Produz sentimento nobre;

• Produz arrependimento;

• Produz bom caráter;

• Produz entrega e voluntariedade.

• Produz mentira;

• Produz dissimulação;

• Produz sentimento egoísta;

• Produz espetáculo;

• Produz um mau caráter;

• Produz avareza e ganância.

 
 
 
A Verdadeira Adoração   (EVANGELHO DE JOÃO 4.23)
Jo 4.23- “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em ESPÍRITO e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.  
SAMARIA
Os Samaritanos devido a terem sido dominados por povos não Judeus durante muito tempo (2 Rs 17.6) e também por serem em sua maioria idólatras desde o tempo de Acabe com Jezabel (1 Rs 16.32), também fizeram alianças com idólatras (1 Rs 20.34; 2 Rs 1.3), também esta região foi habitada por várias nações gentílicas que o rei da Assíria trouxe de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria (2 Rs 17.24) ficaram com uma maioria de "Judeus mestiços", o que causou uma inimizade entre os outros Judeus que não aceitavam que Judeus se misturassem através do casamento com os gentios. Isso chegou ao ponto de os Judeus de Judá não passarem pelo território de Samaria para chegarem até a Galileia, preferiam passar por Decápolis e atravessar o Mar da Galileia. 
A inimizade dentre esses irmãos de mesma descendência perdurou por muito tempo e JESUS quebrou esta regra (Mt 5.44) passando por Samaria quando estava indo para a Galileia, evangelizando assim tanto a samaritana como toda a cidade dela; mais tarde vamos ver Filipe, o diácono e posterior Evangelista (At 6.5; 21.8), evangelizando e tendo excelentes resultados nesse território.(At 8.6).
 
 
Desenho de uma pessoa

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa
 
 
Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que trabalham na obra do Senhor, dando suas vidas pela causa do mestre; embora muitos pensam que são os exclusivamente cantores. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso ESPÍRITO “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a evangelização).  
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em ESPÍRITO e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1.Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
2.O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3.No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito;
4.O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao SANTO dos Santos (presença de DEUS);
5.No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o ESPÍRITO (“recriado”);
6.Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7.O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
8.Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é adoração).
9. Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com ESPÍRITO “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10.Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11.Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
Note que JESUS está dizendo para a mulher que os Judeus adoravam a DEUS com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os escritos do Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o coração outra. Não adoravam em ESPÍRITO, só com a verdade.
Os samaritanos adoravam em ESPÍRITO, pois não tinham nem o templo legítimo e nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes portanto a verdade.  
JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em ESPÍRITO e em Verdade, pois ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor e salvador e estes aprenderão o real sentido da adoração.
Veja que é DEUS que procura aos verdadeiros adoradores que o adoram em ESPÍRITO e em verdade.
Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem no Monte Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo construído por Herodes) - mas a verdadeira adoração a DEUS é feita onde você estiver, bastando para isso erguer o pensamento a DEUS e adorá-lo, entregando-se totalmente ao ESPÍRITO SANTO.
 
***Caim ofereceu sacrifício inferior ao de seu irmão Abel, pois Abel ofereceu sua própria vida a DEUS(verdadeira adoração), tipificada no cordeiro que foi imolado e derramado o seu sangue; Antítipo de CRISTO.(Gn 4.2-5;Hb 11.4)***Abraão por já ser velho não poderia oferecer sua vida, pois pouco lhe restava para viver aqui na terra, por isso DEUS lhe pediu uma vida mais preciosa, a de seu filho amado que já estava começando a ocupar o lugar que só era de DEUS, no coração do velho patriarca.***Moisés ofereceu sua vida quando deixou os seus 40anos de orgulho de ser filho da filha de um faraó e passar a ser pastor de ovelhas por mais 40 anos e depois passar mais 40 anos dirigindo o povo de DEUS pelo deserto, inclusive passando pelo Mar Vermelho, símbolo de batismo nas águas, morte. Se tivéssemos espaço e tempo falaríamos de tantos outros que entregaram a DEUS o melhor da adoração, suas próprias vidas. (Hb 11.4 Pela fé Abel ofereceu a DEUS mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque DEUS o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a DEUS.===17 Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas,===24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,===35 As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;36 e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões.37 Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
 
Elias sabia que DEUS se manifestava com fogo. A história de Israel é repleta de manifestações de DEUS em fogo.
Sarça, Coluna de fogo, Tabernáculo, Inauguração do Templo, etc...
 
 
Jornal com imagens de pessoas e texto ao redor

Descrição gerada automaticamente com confiança média
 
 
Davi fez o culto errado, ofereceu a adoração falsa, fogo estranho. Uzá morreu. A arca não chegou. Depois aprendeu que tudo é feito segundo a Palavra de DEUS e deu certo.
E aquele dia temeu Davi a DEUS, dizendo: Como trarei a mim a arca de DEUS? 1 Cr 13.2
Uzá era o principal personagem, o protótipo do ESPÍRITO alheio a DEUS que tomara conta daquele ajuntamento, que transformara aquele "culto pentecostal" numa reunião festiva, fraterna, barulhenta, vistosa, mas sem qualquer presença real do Senhor. O povo se divertia, o povo se confraternizava, o povo se apresentava piedoso, mas, na verdade, apenas estava seguindo seu já secular caminhar de desprezo e desconsideração ao Senhor.
 
Nadabe e Abiú fizeram fogo ao invés de pegarem o fogo que havia descido do céu, enviado por DEUS.
Nm 26.61 Porém Nadabe e Abiú morreram quando trouxeram fogo estranho perante o SENHOR. 
 
IV- CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL 
Sincretismo religioso
Se o sincretismo religioso tivesse aprovação de DEUS, Salomão não teria pecado ao oferecer culto a outros deuses. 
Uma forma de sincretismo é a mistura com outras religiões que não primam pelos bons costumes e pelas doutrinas bíblicas, principalmente as pentecostais.
O ecumenismo. Vem da palavra grega oikoumene, que originalmente significa “todo o mundo habitado” (Mt 24.14; At 17.26; Hb 2.5).
 
1 Rs 11.9 - 10 Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto seu coração se desviara do Senhor DEUS de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera, e lhe ordenara expressamente que não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o Senhor lhe ordenara.
O Sincretismo ou reunião de várias religiões ao mesmo tempo para prestarem culto a DEUS é um ardil, ou plano astucioso de Satanás no engano das denominações evangélicas que têm acreditado que assim reunidos estão promovendo a união dos filhos de DEUS em um mesmo propósito, quando na verdade é apenas emocionalismo, pois os bons costumes jamais deixarão de acompanhar a fé daqueles que acreditam que sem santificação ninguém verá ao Senhor(Hb 12.14). Não basta apenas haver paz, é preciso santificação no corpo, na alma e no espírito. Já dizia JESUS a Nicodemos: "Aquele que não nascer de novo, não verá o reino do DEUS”. Jo 3.3.
 
Êx 19.5, 6 Israel foi escolhido como propriedade particular de DEUS. Deste povo separado dos outros povos vem o salvador.
Jo 4.22 Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos Judeus.
 
1 Pe 2.9 A Igreja foi eleita por DEUS como nação santa.
Escolhidos por DEUS com a missão de evangelizar as nações.
Mc 16.15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.
Tt 2.14 Somos um povo especial para DEUS.
Fomos purificados para o trabalho. 
1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado. (veja que é condicional, se andarmos na luz).
2 Co 6.14 O problema do jugo desigual.
Não há comunhão entre pecadores e santos. 
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.
1 Tm 4.1-5 A apostasia dos últimos tempos.
espíritos enganadores, doutrina de demônios é o que existe por detrás desse ecumenismo, visando a união das Igrejas em torno de um líder único que com certeza será o Anticristo.
Gn 6.1-3 O ecumenismo marcou o fim de uma dispensação.
A ideia de ecumenismo é antiga e começou na Mesopotâmia, com a construção da torre de Babel e vem evoluindo em nossos dias com o nome de Globalização.
Ap 19.19 E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército.
 
Sincretismo religioso 
Fusão de elementos religiosos e culturais diferentes, e até antagônicos, num único culto.
 
Estamos assistindo à maior mistura religiosa que a Igreja já viveu depois da derrota pelos romanos. Os políticos têem-se infiltrado em nossas reuniões com o propósito de angariarem fundos e votos para suas campanhas. Estes são manchas em nossas festas e são em sua maioria representantes de Satanás. Infelizmente muitos são os líderes Evangélicos que já não enxergam mais os ardis de Satanás e estão fazendo acordos e pactos com estes ratos de esgoto.
2 Pe 2.2-3 E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.
 
Púlpito é lugar de onde sai a mensagem de DEUS para o povo e não lugar de político enviar sua mensagem enganosa e cheia de malícia.
 
Passeatas do dia da bíblia e Marchas para JESUS têm demonstrado na prática o que é sincretismo, lá estão vários tipos de pessoas que se dizem cristãos, mas seus atos, suas maneiras de vestir e de agir não condizem nem de longe com testemunhas de CRISTO. É uma misturada que mais promove o escárnio por parte dos descrentes do que edificação ou salvação.
 
INTERAÇÃO 
Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a JESUS. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a "vontade divina". Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de JESUS para nós em relação a estes enganadores é: "Acautelai-vos".
 
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9). 
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - A verdadeira adoração firma-se na revelação de DEUS na história.  
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O DEUS de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso. 
 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico
"O fruto  é discernido espiritualmente
JESUS deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a 'provar' ou 'julgar' os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais' (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de DEUS, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do ESPÍRITO SANTO [...]Nos dias de JESUS existiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens' (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de DEUS. JESUS comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)" (BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando DEUS está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.166).
 
 
MAIS UMA LIÇÃO SOBRE ESTE ASSUNTO EM 2013
LIÇÃO 5, UM HOMEM DE DEUS EM DEPRESSÃO
LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Elias e Eliseu um Ministério de Poder para toda a Igreja.
Comentário: Pr. José Gonçalves
 
Texto

Descrição gerada automaticamente
 
 
TEXTO ÁUREO
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos" (2 Co 4.8,9). 
 
 
VERDADE PRÁTICA 
Os conflitos de Elias o levaram a enfrentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar.
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 19.2-8
2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. 3 O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço. 4 E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 5 E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. 6 E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. 7 E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho. 8 Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS.
 
---------------------------------------------
 
Meus comentários (Pr. Henrique):
Elias não teve medo de 850 profetas, por que agora teria medo de uma mulher sem os 850 profetas que trabalhavam para ela? Estavam todos mortos. (1 Reis 18:19)
Elias poderia pedir para descer fogo do céu e queimar a rainha Jezabel, mas isso era contra os princípios dos profetas que não podiam tocar na vida dos reis ou autoridades reais (ungidos de DEUS).
Elias deixa seu servo a salvo no território de Judá, além da fronteira com o território vizinho de Israel, onde Acabe e Jezabel não penetrariam - O legítimo servo de DEUS se preocupa com seus discípulos.
Todos os servos de DEUS, logo após serem usados por DEUS em grandes milagres, se sentem frustrados por não verem a reação correta do povo diante da presença de DEUS, não sentirem uma real conversão do povo. O que deveria ser óbvio diante de tanto poder e manifestação clara de Sua existência.
Enquanto Acabe foi comer e beber Elias foi orar. Essa é a maior diferença entre um homem de DEUS e um homem pouco espiritual ou de espiritualidade nenhuma - o homem de DEUS jejua sempre, estuda a palavra de DEUS sempre, Ora sempre.
Elias orou para não chover, agora ora para chover. DEUS faria tudo sem Elias, mas queria que Elias fosse seu intercessor entre ELE e o povo. Um homem de DEUS se coloca no chão diante de DEUS e pede, não exige. DEUS confirma sua oração com sinais, prodígios e maravilhas.
Elias falou com o moço para voltar sete vezes, indicando que a oração era insistente, perseverante, com fé.
Elias se sentiu agora, sem utilidade para DEUS aqui na terra, pois já havia feito o que precisava fazer e quem não se convertera é porque não queria mesmo se converter. Desejou estar com DEUS para sempre sem ter que enfrentar os inimigos de DEUS e agora dele também, por ter sido o instrumento de DEUS para conversão do povo. Sentia um tremendo cansaço e desânimo, normais a todos os que enfrentam grandes batalhas espirituais. Elias não sentiu desejo de se matar, mas desejo de estar para sempre com DEUS, nos braços do PAI - seu desejo foi cumprido sem ele ter que passar pela morte. Elias estava decepcionado com Acabe e com o povo - ele esperava que Acabe se convertesse totalmente com os milagres realizados por DEUS. Ele correu mais do que os cavalos de Acabe para mostrar mais uma vez a superioridade de DEUS sobre os deuses. Não adiantou - Acabe continuava submisso a Jezabel que ameaça sua vida.
Elias não tinha problema com demônios, não estava doente. Sentia medo de morrer como qualquer homem normal. Qualquer crente que fez missões em algum local que havia perseguições por parte dos descrentes ou ateus sabe o que é ser ameaçado de morte e como isso dá medo. Eu mesmo passei por isso quando fazia missões tanto entre os índios como entre outros de outras cidades onde abri igrejas.
Elias subiu para um monte, pois era no monte que era mais forte - DEUS estava mais próximo dele ali - Foi de um monte que enviou fogo para destruir os soldados que o queriam prender - esperava confrontar os enviados da rainha dali - Mal sabia ele que teria ali um encontro real com DEUS. Era o monte de DEUS, onde Moisés recebeu a lei e onde Paulo recebeu revelações de DEUS (Gl 5)
 
 
Exemplos de servos de DEUS que desejaram a morte - nunca desejaram se matar, pois estariam desejando pecar - só quem tem direito sobre a vida é DEUS, eles desejavam na verdade é estar com DEUS, assim como Enoque, Moisés e Elias que subiram sem provarem da morte:
Jó - Jó 3.11, 13, 20, 21-26; 9.21 (Por que não morri eu desde a madre e, em saindo do ventre, não expirei?)
Moisés - Nm 11.10-15 (E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal.)
Davi - Sl 88.1-5 (Porque a minha alma está cheia de angústias, e a minha vida se aproxima da sepultura.)
Elias - 1 Rs 19.4; Tg 5.17 (E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.)
Jeremias - Jr 20.14-18 (Por que não me matou desde a madre? Ou minha mãe não foi minha sepultura? Ou não ficou grávida perpetuamente?)
Jonas - Jn 4.1-3 (Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a minha vida, porque melhor me é morrer do que viver.)
JESUS (como homem) - Mt 26.37-39 (Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.) Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai. João 10:18
Paulo - Porque para mim o viver é CRISTO, e o morrer é ganho. Fl 1.21-23 - Rm 9.1-3; 1 Co 9.15; 2 Co1.8 (Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com CRISTO, porque isto é ainda muito melhor. Filipenses 1:23)
 
Sinceramente não vejo Elias como alguém com depressão. Todos os servos de DEUS que são citados como depressivos por psicólogos, na verdade eram legítimos servos de DEUS que entregaram suas vidas a DEUS tão intensamente que desejavam estar com ELE o mais brevemente possível, pois enxergavam além do céu azul que vemos. Eram homens extremamente espirituais que não amavam as coisas materiais, mas as espirituais. Esses homens não podem ser compreendidos pelos amantes do mundo e da sabedoria humana. Raros são aqueles que realmente entregam-se totalmente a DEUS sem amarem o mundo e o que nele há. São os loucos, os depressivos, etc... dos quais o mundo não é digno.
os legítimos homens de DEUS não são de conversinhas tolas, não são de rodinhas políticas, não são de piadinhas, não são de banhos coletivos, não são de fofoquinhas. Tudo o que lhes causa prazer e alegria está suprido com a presença de DEUS.
Os homens citados acima sentiram o que DEUS sente, amaram o que DEUS ama, choraram o que DEUS chora, se entristeceram pelo que DEUS se entristece.
DEUS tratou com todos eles e todos eles descansaram em DEUS, se alegraram em DEUS, estão hoje na presença de DEUS.
 
Salmos 91
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará
Salmos 91:1
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Direi do SENHOR: Ele é o meu DEUS, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.
 
-----------------------------------------
 
 
Comentários BEP - CPAD
Em 1 Rs 19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI.
À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2).
(1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai).
(2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de DEUS. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).
 
Em 1 Rs 19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA.
Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial.
(1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do
(a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com CRISTO" (Fp 1.23), ou
(b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15).
(2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado.
(a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4).
(b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16).
(c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).
 
Em 1 Rs 19.5 UM ANJO O TOCOU.
DEUS cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15).
(1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6).
(2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7).
(3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13).
(4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18).
(5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21).
Noutras palavras, quando o filho de DEUS enfrenta o desânimo, no desempenho que DEUS lhe confiou, ele pode suplicar a DEUS, em nome de CRISTO, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
Em 1 Rs 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES.
Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, por duas vezes, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8).
JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2; 6.16).
 
 
Diagrama, Texto

Descrição gerada automaticamente
 
 
 
PARA MELHOR ENTENDERMOS A LIÇÃO, VEJAMOS A LIÇÃO 4 - DEPRESSÃO, A DOENÇA DA ALMA - 3º TRIMESTRE DE 2008
LIÇÕES BÍBLICAS ALUNO - JOVENS E ADULTOS - AS DOENÇAS DO NOSSO SÉCULO - AS CURAS QUE A BÍBLIA OFERECE
Comentarista: Pr. Wagner dos Santos Gaby
 
TEXTO ÁUREO
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença" (Sl 42.5).
 
VERDADE PRÁTICA:
DEUS não criou o ser humano para viver desanimado ou deprimido, mas para uma vida saudável e feliz.
 
A DEPRESSÃO ESPIRITUAL DO PROFETA ELIAS E O TRATAR DE DEUS (São Luis−MA pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com pr.vilmar.rodrigues@hotmail.com)
 
A vida do ser humano sem DEUS pode ser resumida em uma só palavra: infelicidade. Infelicidade em última instância significa − ausência eterna da presença de DEUS. Ninguém deseja isso para si; pois quem desejaria para si a morte?
Uma pessoa que entrega sua vida verdadeiramente ao Senhor JESUS CRISTO e para Ele vive, passou da morte para vida, portanto, encontrou a felicidade.  Sendo isto um fato, temos que enfrentar a questão de muitos crentes fiéis estarem em profunda depressão espiritual.
Responder esta questão não é simples. Mas a Bíblia nos norteia nesse particular através de exemplos dos santos que enfrentaram o quarto escuro e solitário da depressão. O profeta Elias é um exemplo clássico do que estamos tratando.
 Em 1 Rs 19.1−8 encontramos o profeta prostrado no chão em grande declínio espiritual. Ele chega ao ponto de pedir para si a morte (v.4). Por quê? Para responder esta pergunta temos que analisar todo o contexto que envolve a referente passagem.
Elias surge no cenário de Israel em um momento extremamente difícil. Acabe era o rei. Sobre ele está escrito:
“Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele. Como se fora coisa de somenos andar nos pecados de Jeroboão... tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, serviu a Baal, e o adorou” (16.30,31).
Acabe, por inveja e sob a influência da mulher tomou posse da vinha do falecido Nabote, morto maquiavelicamente por Jezabel e seus comparsas (21.1-16). Acabe era rei, mas não mandava; era isrealita, mas servia à Baal; queria ouvir a voz de DEUS, mas atendia as palavras dos falsos profetas; estava vivo, mas era como se estivesse morto. Acabe já era mau, mas por casar-se com uma mulher ímpia, impiedosa, idólatra e dominadora ficou pior ainda. Juntamente com sua mulher matou e perseguiu os profetas de DEUS durante os vinte e dois anos de seu reinado. Apesar de tudo, Acabe teve boas atuações, principalmente na área de construção civil (22.39).   
DEUS estava trabalhando em silêncio quando por meio de Obadias alimentou e protegeu de Acabe e Jezabel cem de seus profetas (18.5). Mas Sua paciência e seu silêncio para com os dois tinham acabado e como sinal disto enviou-lhes o profeta Elias.
Destaca-se de imediato em Elias três características indispensáveis a todo cristão: coragem no Senhor (17.1), obediência ao Senhor (v.2−5), dependência no Senhor (v.4−6). Isto tudo, observemos, em meio a um cenário de idolatria, perseguição e corrupção. Agora, para piorar, por causa do pecado, não cairia sobre a terra dos hebreus orvalho e chuva durante três anos e meio.
Até ao triunfo do Carmelo quando Elias sozinho enfrentou quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos de poste-ídolo, não se observa nele segundo as Escrituras nenhum traço de depressão espiritual. Mas depois do Carmelo e mais precisamente quando Elias aguardava à entrada de Jezreel boas notícias que dentro de um prognóstico seu viriam da casa real, tudo mudou (18.46)!
 Elias fez um prognóstico que uma vez exterminados os falsos profetas de Baal, DEUS, de imediato, enviaria o avivamento espiritual sobre toda a nação. Isto fica mais evidente quando depois da vitória sobre os falsos profetas, Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva” (18.41). A chuva era o sinal! Quando acabe deu a notícia a Jezabel, ela prontamente enviou um mensageiro dizer a Elias: “Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” (19.2). A reação imediata do profeta foi esta:     “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida, se foi e chegando a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço” (19.3). Depois de percorrer uns cento e sessenta quilômetros, ele deixou o seu discípulo e se prostrou debaixo de um zimbro de tanta exaustão. Elias não estava preparado para esta resposta da realeza, pois entendia que todo o problema em Israel se resumia aos falsos profetas. Concluiu que uma vez exterminados, não só a chuva cairia, mas a fome deixaria de assolar a nação, o pasto ressurgiria para alimentar o gado; lagos, córregos, e rios alegrariam o povo em abundância de água – que mais a realeza e a multidão queriam?
Elias caiu em depressão por se achar um fracassado em sua missão espiritual para com o povo e, sobretudo com Acabe e Jezabel. As bênçãos materiais, DEUS tinha derramado, mas as espirituais como a salvação e a mudança de atitude da realeza para com Ele mesmo e seu povo, o Senhor não realizara. Isso foi o bastante para o mundo de Elias ruir. Disse o profeta: “Basta; toma agora a minha alma, não sou melhor do que meus pais”19.4. Elias não teve poder de reação para lidar com o ocorrido. É um perigo quando objetivamos algo e em prol deste algo empenhamos toda a nossa força sem lograr êxito. Elias se sentiu assim. Julgou que seu esforço foi em vão porque DEUS não agiu na realeza de Israel conforme seu ponto de vista. A vontade do Senhor é soberana! O profeta Jonas se viu decepcionado com DEUS, pois não obteve o resultado que queria com sua pregação, resultado: entrou em depressão.
A depressão espiritual de Elias trouxe-lhe consequências drásticas.
Em primeiro lugar: medo. O texto nos diz: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar a sua vida se foi...” (19.3). O profeta valente e ousado agora estava fugindo de medo das ameaças da rainha (v.2) que poderia lhe tirar a própria vida (v.3).
Em segundo lugar: desesperança. Observemos que a Palavra é clara: “e ali deixou o seu moço” (v.3). Elias perdeu o ânimo para ensinar o seu discípulo (v.3) e o amor por si próprio (v.4).
Em terceiro lugar: esgotamento. Isto é evidente: “Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro” (v.5). Seu esgotamento não só foi físico (vs. 5-7), mas também espiritual (v.8), por isso que Elias por orientação de um anjo do Senhor foi se tratar com DEUS no monte Horebe.
Tiago bem disse que o profeta Elias foi homem semelhante a nós, sujeito aos nossos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Não só Elias, mas Davi (Sl 51.10,12), Asafe (Sl 73.2,3), Pedro (Mt 26.74,75), Paulo (2 Tm 4.9−18) entre outros personagens bíblicos caíram em depressão espiritual. DEUS tratou com todos.
DEUS não só habita no alto e santo lugar, mas também com o contrito e quebrantado de coração (Is 57.15). Jeová jamais deixaria só seus filhos no quarto escuro e solitário da depressão espiritual. O hino 193 da harpa cristã de Paulo Leivas Macalão traz a confiança inabalável em DEUS oriunda do usufruto de Sua presença apesar da depressão:
Ele intercede por ti, minh’alma;
Espera Nele, com fé e calma;
JESUS de todos teus males salva,
 E te abençoa dos altos céus.
Foi a intercessão de JESUS por Pedro, quando este lhe negou por três vezes, que o sustentou em seu choro de amargura e desespero: “Eu, porém, roguei por ti, para que tua fé não desfaleça” (Lc 22.32a). O salmista com veemência exclamou: “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e DEUS meu” (Sl 42.5). Fica claro que a cura da depressão espiritual se centraliza em DEUS. Fica claro também que todos os grandes homens de DEUS que caíram em depressão correram para o trono da graça a fim de obterem socorro em ocasião oportuna. Quando esta força de buscar o trono era inexistente, o Senhor ia ao encontro dos seus filhos, como no caso de Pedro e especificamente no caso de Elias.
O texto de 1 Rs 19.9−18 mostra como DEUS tratou e restaurou o seu profeta.
Primeiro: DEUS levou Elias à sua presença. O verso 9 diz: “Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”.
O profeta passou uma noite inteira no divã de DEUS. Foi o próprio Senhor que o conduziu à sua presença. Os versos 7 e 8 deixam claro isto: “Voltou segunda vez o anjo do senhor, tocou−o e lhe disse: Levanta−te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou−se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS”. DEUS estava em silêncio quando Elias estava prostrado no chão pedindo para si a morte. Agora, no monte Horebe é diferente, DEUS lhe dirige a palavra: “Que fazes aqui Elias?”. Quem não anela ouvir em meio às tempestades a voz inconfundível de DEUS? Feliz o homem cujo deserto termina no monte santo de DEUS!!. A palavra de Jeová é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). E mais: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl 16.11). O profeta deprimido, como qualquer outro crente, precisava da amável e confortadora presença de DEUS. Foi Somente no trono do Pai que Elias se reencontrou com a verdadeira alegria que a depressão espiritual lhe tirou.
Segundo: DEUS se revelou maravilhosamente a Elias. No verso 11 está escrito: “Disse−lhe DEUS: Sai, e põe−te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor...”
São poucos os casos bíblicos em que DEUS se revela de uma maneira especial para os seus filhos. Abraão foi chamado amigo de DEUS (Tg 2.23). Enoque andou com DEUS (Gn 5.24). Jó depois da provação, quando perdeu bens, amigos, filhos, saúde, pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino no pó e na cinza” (Jó 42.5,6). Existe um anelo em todo cristão para contemplar a grandeza do Senhor, à semelhança de Moisés que suplicou a DEUS: “Rogo−te que me mostres a tua glória. Respondeu−lhe, o Senhor: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.18,19). É na vontade soberana de DEUS que está o segredo de Sua manifestação pessoal aos seus. Isto não implica dizer não devamos pedir e orar pela bênção. Devemos sim, buscar acima de tudo o DEUS da bênção e não meramente a bênção como é corrente nos dias de hoje! Elias, assim como os outros, foi agraciado por DEUS com Sua maravilhosa manifestação.
No verso 11, DEUS não estava num grande e forte vento; muito menos no terremoto. No verso 12, o Senhor não estava no fogo, mas numa brisa suave e tranquila. À suave manifestação de DEUS, Elias “envolveu o rosto no seu manto...” (v. 13). O profeta sentiu o marcante poder santificador e renovador do Senhor. Não há depressão espiritual que resista ao tratar do Médico dos médicos. É Ele quem unicamente amassa o barro porque Ele é o oleiro!
Terceiro: DEUS deu uma lição no profeta Elias. No verso 18 DEUS fala assim: “Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”.
DEUS é o mestre por excelência. Ele ensinou ao rebelde e insensível profeta Jonas o valor do verdadeiro amor ao próximo através da morte de uma simples planta (Jn 4.6−11). O salmista aprendeu o valor da disciplina divina, pois escreveu: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que com fidelidade me afligiste” (Sl 119.67,75). Elias experimentou a correção celestial em sua vida. Mas antes disto se estribou em sua fidelidade a DEUS para reclamar Sua proteção. No verso 14 ele repete com mais intensidade o que falara no versículo 11: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar−me a vida”. O profeta ouviu no verso 18 do próprio DEUS: “Também conservei em Israel”, Elias, “sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”. Jeová mostrou ao seu profeta que estava trabalhando em secreto. Elias estava se achando o último dos profetas. Talvez imaginasse que nele se resumisse a esperança de Israel. Elias aprendeu que DEUS é DEUS. 
Que lição!
Quarto: DEUS renovou a vocação profética de Elias. O versículo 15 evidencia isto: “Disse−lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e...”
Uma vez revigorado, Elias, o tisbita, tinha que ungir Hazael como rei da Síria (v.15); Jeú como rei de Israel (v.16); e a tarefa mais difícil, que era ungir a Eliseu como profeta em seu lugar (v.17). Elias tinha agora que passar o cajado. Talvez não imaginasse que este dia chegasse nestas circunstâncias. Contudo, tinha sido renovado para tal missão! O avivamento sempre foi derramado por DEUS quando necessário sobre Israel, bem como individualmente sobre seus filhos. DEUS renovou Israel no tempo do profeta Samuel (Sm 7.1−13); do rei Josias (2 Rs 11.18); de Esdras e Neemias (Ed 10.3; Ne 13.19). É notório que de forma particularizada o avivamento desceu várias vezes sobre o melancólico Jeremias (Jr 17.14). Davi experimentou isto em meio a sua confissão de pecado de adultério ao Senhor (Sl 51). No Novo Testamento o apóstolo Paulo disse ao jovem e introvertido pastor Timóteo: “reavives o dom de DEUS, que há em ti pela imposição de minhas mãos” (2 Tm 1.6). A igreja primitiva de Atos é o modelo terreno a ser seguido. Mas ela foi uma igreja que se desenvolveu debaixo da chuva poderosa do avivamento. Sempre precisaremos do renovo de DEUS em nossas vidas. Grandes homens de DEUS precisaram! Elias necessitou! Portanto, busquemos o trono da graça do Senhor, pois de lá, somente de lá vem o reavivamento que nos curará de toda depressão espiritual.
Sempre nos lembraremos e louvaremos a estrofe do hino harpa 193:
“Por que te abates, ó minha alma?
E te comoves perdendo a calma?
Não tenhas medo, em DEUS espera,
Porque bem cedo, JESUS virá (P.L.M)”.
Ao Rei eterno e imortal, honra e glória através dos séculos. Amém!
 
 
 
  Interface gráfica do usuário, Site

Descrição gerada automaticamente
 
 
 
Depressão (http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/depressao.asp)  
Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imaginava. Estudos recentes mostram que 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam sintomas dessa enfermidade. Essas porcentagens são semelhantes ao número de casos de hipertensão e infecções respiratórias que os clínicos atendem em seus serviços. Ao contrário dessas doenças, entretanto, eles não costumam estar preparados para reconhecer e tratar depressões.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela de abaixo. Nela, cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.
Critérios para diagnóstico de depressão
(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).
1· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
2· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
3· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
4· Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
5· Fadiga ou perda de energia;
6· Distúrbios do sono: insônia ou hipersonia praticamente diárias;
7· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
8· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
9· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos;
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedonia;
2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia.
Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas característicos da doença.
Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a dois anos. Passado esse período, a maioria dos pacientes retorna à vida normal. No entanto, em 25% das vezes a doença se torna crônica.
Fatores de risco para depressão
· História familiar de depressão;
· Sexo feminino;
· Idade mais avançada;
· Episódios anteriores de depressão;
· Parto recente;
· Acontecimentos estressantes;
· Dependência de droga.
 
 
O número de casos entre mulheres é o dobro dos homens. Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de depressão nos seis meses que se seguem ao nascimento de um filho.
A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado correm 50% de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.
Como é sabido, quadros de depressão podem ser disparados por problemas psicossociais como a perda de uma pessoa querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa. No entanto, até um terço dos casos estão associados a condições médicas como câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de Parkinson, derrame cerebral, doenças da tireoide e outras.
Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, anti-inflamatórios e derivados da cortisona.
A maioria dos autores concorda que a psicoterapia pode controlar casos leves ou moderados de depressão. O método oferece a vantagem teórica de não empregar medicamentos e diminuir o risco de recidiva do quadro, desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com os problemas que a conduziram a ele. A grande desvantagem, no entanto, está na lentidão e imprevisibilidade da resposta. A psicoterapia não deve ser indicada como tratamento exclusivo nos casos graves.
Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a maioria dos autores admite que a tendência moderna é empregar medicamentos para tratar quadros depressivos.
 
 
O plano terapêutico deve compreender três fases:
1) Fase aguda: Dura seis a doze semanas, e tem o objetivo de fazer regredir os sinais e sintomas da doença. Cerca de 70% dos pacientes respondem a esta fase. Quando não ocorre resposta, o diagnóstico de depressão precisa ser reavaliado e, se houver confirmação, o esquema de tratamento modificado.
2) Fase de continuidade: Nela, a medicação deve ser mantida em doses plenas por quatro a nove meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas, com o objetivo de evitar recidivas. A descontinuação prematura aumenta o risco de recidiva em 20% a 40%.
3) Fase de manutenção: Não tem duração definida (pode ser mantida por muitos anos). Está indicada apenas nos casos de depressão grave, com alto risco de recidiva ou idéias dominantes de suicídio. Deve ser considerada nas pessoas que tiveram três ou mais episódios de depressão, ou dois episódios mais história familiar de depressão redicivante, instalação dos sintomas antes dos 20 anos de idade ou em qualquer caso com risco de morte.
Quem começa um tratamento desses deve ser alertado para o fato de que os benefícios podem não ser aparentes nas primeiras duas a quatro semanas. Nessa fase, em que alguns experimentam os efeitos colaterais dos medicamentos sem notar melhora, muitos desistem do tratamento.
Muitos portadores de depressão não se dispõem a fazer psicoterapia nem a tomar remédio. Esses devem praticar exercício físico com regularidade (melhora o humor e a autoimagem) e aumentar o número de atividades diárias capazes de lhes dar prazer. Precisam estar cientes, porém, de que depressão é doença potencialmente grave, redicivante, capaz de evoluir independentemente do controle voluntário.
Depressão na infância e adolescência
Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas.
Os estudos mostram que 60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e risco de complicações por overdose menor do que outras classes de antidepressivos. A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a resposta e os efeitos colaterais. Obtida a resposta clínica, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecido como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, as decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são consequências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que os problemas da depressão possam estar presentes.
 
 
Depressão: doença que precisa de tratamento (Ricardo Moreno - médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. É também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos que agem na condução dos estímulos através dos neurônios que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.
Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
 
 
Diferença entre tristeza e depressão
Dráuzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão?
R. Moreno - Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.
 
 
Possibilidades de prevenção
Dráuzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?
R. Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica , mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais.
 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, nossa lição trata de uma das doenças mais perniciosas de nossos dias, a depressão. Tendo como base a vida do profeta Elias, o comentarista discorre a respeito do assunto. Leia atentamente toda a história do profeta e grife os textos que assinalam suas grandes realizações espirituais, mas também suas fraquezas tal qual encontramos em Tg 5.17,18. Apresente aos alunos uma tabela com as seguintes características dos crentes esgotados: apatia, ira, ressentimento, vulnerabilidade às doenças, desilusões, antipatia, mau humor, agressividade, isolamento, intolerância e aversão aos outros. Algumas delas também estiveram presentes no profeta. Incremente o gráfico conforme suas anotações a respeito do porta-voz divino, Elias. A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a própria Bíblia menciona diversos casos de servos de DEUS que passaram por severas crises dessa doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos tempos. Como enfrentá-la? Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos estudar nesta lição.
 
 
Elias soube dizer à viúva: "Não temas", mas não soube dizer a si mesmo as mesmas palavras de fé. Assim é a vida de um servo de DEUS, não é infalível e nem um super-homem, às vezes passa por momentos mais angustiantes que os demais, mesmo tendo sido usado grandiosamente por DEUS:
 
 
 

Depressão de Elias. Tabela com as características dos crentes esgotados:

Vitórias na vida de Elias

Resumo da vida de Elias:

Apatia

Sua aparição não anunciada ante o idólatra rei Acabe a fim de anunciar uma prolongada seca, 1Rs 17:1

Três vezes alimentado por provisão divina:
Por corvos, 1Rs 17:6.
Pela despensa da viúva, que milagrosamente aumentava, 1Rs 17:15.
Por um anjo, 1Rs 19:5-8.

Os milagres realizados por Elias:






 

Ira

Foi sustentado com alimento trazido por corvos, 1Rs 17:2-6

Reformista valente, 1Rs 18:17-40.

Faz que não chova, 1Rs 17:1; Tg 5:17.

Ressentimento

Elias, por meio de grande esforço, em oração, trazer o menino de volta à vida, 1Rs 17:17-24.

Repreendeu reis, 1Rs 21:20; 2Rs 1:16.

Multiplica a farinha e o azeite, 1Rs 17:14.

Vulnerabilidade Às Doenças

No monte Carmelo, 1Rs 18:20-40. Depois da oração de Elias, o fogo divino desce e consome o sacrifício, v. 30-38 

Poderoso na oração, 1Rs 17:20-22; 18:36-38; Tg 5:17.

Ressuscita um menino, 1Rs 17:22.

Desilusões

O fim da seca. A oração de Elias pela chuva. O profeta corre adiante do rei até Jezreel, 1Rs 18:41-46.

Deixou-se desencorajar, em certa ocasião, 1Rs 19:3,4.

Consome o holocausto, 1Rs 18:38.

Antipatia

Alimentado por um anjo e continua seu caminho até o monte Horebe, 1Rs 19:1-8. 

Não era infalível ao julgar,

1Rs 19:14,18.

Consome pelo fogo os capitães e seus homens, 2Rs 1:10.

Mau Humor

Elias pronuncia sentença sobre o malvado rei e sua esposa, 1Rs 21:17-24. 

 

Faz que chova de novo, 1Rs 18:41.

Agressividade

O rei envia duas companhias de soldados para capturar o profeta, mas Elias pede fogo do céu e destrói-as, 2Rs 1:1-12.

 

Divide as águas do Jordão, 2Rs 2:8.

Isolamento

Acompanhado por Eliseu, viaja através do país até chegar ao rio Jordão, onde Elias golpeia as águas com seu manto, e ambos o cruzam em terra seca. 

 

 

Intolerância 

Enquanto conversam, Eliseu formula seu pedido de despedida. Subitamente, um carro de fogo separa os dois amigos, e Elias é levado por um redemoinho ao céu, 2Rs 2:1-11. 

 

 

Aversão Aos Outros

No monte da Transfiguração. Elias reaparece com Moisés e conversa com CRISTO, Mt 17:3. 

ELIAS, o profeta: Referências gerais: 1Rs 17:1,15,23; 18:21; 19:5,19; 21:17; 2Rs 1:3,10; 2:11; 2Cr 21:12; Ml 4:5; Mt 17:3; Lc 4:26; 9:54; Tg 5:17.

 
 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
 
Subsídio Devocional
"Lidando com o Estresse
1. Use seus recursos espirituais. Pergunte-se: 'Estou orando e estudando a Palavra? Minha vida devocional está indo bem?' Sua vida espiritual e disciplinas são seus recursos espirituais.
2. Anote num papel as situações estressantes de sua vida. Não deixe nada de fora. Podem ser conflitos pessoais, obrigações e outros assuntos que o estejam afligindo. Ore por cada item da lista e lance suas ansiedades sobre JESUS.
3. Reexamine suas prioridades. As prioridades em nossas vidas devem ser (1) nosso relacionamento com DEUS, (2) nosso relacionamento com a esposa e filhos e (3) nosso ministério.
4. Faça mudanças. Quando examinamos todas as nossas responsabilidades e exigências de tempo, frequentemente vemos a necessidade de fazer algumas mudanças. Algumas responsabilidades podem ser delegadas a outras pessoas competentes. Outras podem ser adiadas ou mesmo canceladas. Se você está dominado pela abundância de ocupações de sua agenda, análise que compromissos podem ser mudados. Foi o que Jetro comentou a seu genro Moisés: 'Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer' (Êx 18.18)."
(GOODALL, W. I. Dominando o estresse e evitando o esgotamento. In CARLSON, R. (et al) O pastor pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.173-4.)
 
 
 
 
APLICAÇÃO PESSOAL
Após muitas e incansáveis realizações espirituais, Elias cansou-se. Nem mesmo a lembrança dos milagres passados trazia refrigério àquele profeta de DEUS. A autocomiseração, a solidão, o esgotamento físico e mental, a incerteza da eficácia de suas realizações e o desânimo o dominavam lentamente (1 Rs 19.414). Esqueceu-se dos grandes milagres operados pelo próprio DEUS em sua vida. Estava, o profeta, frustrado, abatido e deprimido. Mas como julgar o sucesso ministerial? Acaso Elias não era bem-sucedido? O teólogo Silas Daniel afirma que o sucesso ministerial se caracteriza 'pelo fiel cumprimento da chamada divina e não necessariamente pela quantidade do que foi conquistado. Não deve ser medido apenas pelas bênçãos recebidas hoje, mas pelas que virão e pelo cumprimento fiel das nossas responsabilidades. Passa pela qualidade do nosso serviço a DEUS e não necessariamente pela quantidade do nosso serviço.' (Como vencer a frustração espiritual, pp.126-8.) Não desanimes! 'DEUS não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis' (Hb 6.10).
 
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
INTERAÇÃO 
No ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. É como se o seguidor de JESUS vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e "protegido" de qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras falam claramente das fragilidades humanas e descreve-as na vida dos maiores "gigantes espirituais". A história da Igreja mostra-nos baluartes dos movimentos de despertamentos e avivamentos espirituais - nos séculos XVIII e XIX - que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de usá-los por isso. Era o caso de David Brainerd, missionário norte-americano; John Bunyan, profícuo escritor cristão e pregador britânico; William Cowper, poeta e compositor britânico.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender a humanidade do profeta Elias.  
Identificar as causas e sintomas da depressão de Elias.  
Detalhar o tratamento de DEUS à depressão de Elias.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, para introduzir a lição dessa semana conceitue a depressão, suas causas e sintomas. (1) Depressão - é um transtorno psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das substâncias químicas no cérebro. Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. (2) Causas e Sintomas - genético, tipo de estilo de vida, alimentação, estresse e problemas de ordem pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isolamento social, comportamento autodestrutivo, tentativa de suicídio, delírios, etc. Essa é apenas uma sugestão para auxiliar na  preparação de sua aula. Não deixe, pois, de fazer a sua pesquisa. Use livros, revistas, internet, etc. As possibilidades são muitas.
 
PALAVRA-CHAVE - DEPRESSÃO - Distúrbio mental caracterizado por desânimo, sensação de cansaço, ansiedade em grau maior ou menos.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intempéries da vida.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - Algumas características que podem descrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e desejo de morrer.  
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O socorre divino trouxe provisão física e espiritual ao profeta Elias.  
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico
"[Uma Resposta de DEUS a Elias]
Em um determinado ponto da história, Elias, totalmente triste, disse: 'E eu fiquei só', achando que era o único israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de DEUS (1 Rs19.14). O Senhor repreende-o e afirma: 'Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal' (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo cita essa história, com queixa de Elias e a repreensão do Senhor, e acrescenta logo depois: 'Assim, pois, também agora neste tempo ficou em resto, segundo a eleição da graça' (Rm 11.5).
Por que DEUS é tão gracioso que nos escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na consagração do Templo, Salomão ora para que DEUS abençoe seu povo: 'Para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é DEUS e que não há outro' (1 Rs 8.60).
[...] DEUS chama um povo para ser seu para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é a estrada para frente e para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa, leva apenas ao declínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas escolhas, mesmo hoje, caminhem nessa direção" (DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: 2008, p.322). 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Devocional
"Distúrbios psicossomáticos
A revista Isto É, em sua edição número 2004 [...] faz uma análise do poder das emoções e os males que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É, trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser seguido para atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele envia sinais elétricos, recebidos por fibras nervosas presentes no tecido cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o ritmo cardíaco. A outra via é química. Seu principal agente são os hormônios, como a adrenalina, por exemplo, secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após receber as ordens do hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao coração.
Quando as pessoas têm raiva, irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte: as glândulas adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e provoca:
- Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. - Maior produção de fatores pró-coagulante, deixando o corpo mais vulnerável à formação de coágulos que podem entupir as artérias.
- Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos vasos. Ele produz substâncias que ajudam na dilatação das artérias e outras envolvidas em processos inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento dos vasos e produção de compostos inflamatórios.
- Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a frequência cardíaca.
- Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às várias doenças.
- A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua vulnerabilidade. Se não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.
Tudo isso aumenta as chances de infarto em portadores de fatores de risco, como alto colesterol e hipertensão.
Enfim, as emoções prejudicam terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a pele, as vias respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.
[...] A melhor prevenção de doenças é ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com tranquilidade e paz. É vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade" (FERREIRA, Israel Alves. 1. ed. As emoções de um líder: Como administrar corretamente as suas emoções. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 117-18).
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 4 DO 3º TRIMESTRE DE 2021
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Assim como Elias confrontou os profetas de Baal diante da idolatria, os servos do Senhor devem estar dispostos a confrontar todo tipo de pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Quando exercitamos a nossa fé e confiança no Senhor, Ele responde nossas orações e nos livra de qualquer adversidade.
SÍNTESE DO TÓPICO III - DEUS compreende nossos momentos de desânimo e fadiga, pois eles fazem parte da nossa humanidade.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Em sentido amplo a idolatria pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição ou ambição que tome o lugar de DEUS, ou que diminua a honra que lhe devemos. DEUS nunca admitiu outro além dEle. O Todo-Poderoso não divide seu louvor com quem quer que seja: Ele é o único. O Senhor é DEUS zeloso e requer exclusividade. Jamais repartiria seu povo com um suposto rival. Por esta razão assevera enfaticamente: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3).
Promova um pequeno debate em sua turma fazendo uma simples pergunta: “O que é idolatria hoje?”
Todas as imagens, esculturas ou quaisquer outras inovações com o objetivo de tornar o culto mais atraente pelo seu visual divergem do sincero propósito de cultuar a DEUS em espírito e verdade e, por isso, constituem um tropeço para uma verdadeira adoração.
 
 
CONHEÇA MAIS TOP2
“‘Tu és DEUS’. O deus Baal existia na mente do povo, mas ele não era DEUS. Se a teologia do povo estava errada, então sua crença forçosamente também estava. Sem uma teologia correta a fé fica deformada. Elias procura corrigir esse aleijão da fé israelita quando lhes chama a atenção para o fato de uma única divindade — essa divindade é o DEUS dos patriarcas. [...] Uma teologia deformada, onde DEUS é entendido como um grande garçom a serviço dos mais variados desejos, sem dúvida alguma é a grande responsável pelo processo de fragmentação que ora passamos.” Para saber mais leia: Porção dobrada. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.30.
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“Elias rapidamente obtém do seu DEUS uma resposta por fogo. Os profetas de Baal são forçados a desistir de sua causa e, agora, é a vez de Elias apresentar a sua. Vejamos se ele se dá bem:
1. Ele reparou o altar. Ele jamais usaria o deles, que tinha sido contaminado com as orações a Baal, mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu reparar aquele (v.30) para insinuar a eles que ele não estava ali para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao DEUS de seus pais e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram. Ele não podia levá-los ao altar em Jerusalém a menos que pudesse unir dos dois reinos novamente (o que, para a correção de ambos, DEUS determinou que agora isso não devia ser feito), por isso, pela sua autoridade profética, ele constrói um altar no monte Carmelo e assim reconhece aquele que anteriormente tinha sido edificado ali. [...]
4. Então ele solenemente dirigiu-se a DEUS em oração diante do seu altar, suplicando-lhe humildemente: lembre-se de todas as suas ofertas e aceite os teus holocaustos (Sl 20.3), e parta comprovar a sua aceitação dela. A sua oração não foi longa, pois ele não usou vãs repetições nem pensou que por muito falar seria ouvido; mas ela foi muito séria e serena, e mostrou que a sua mente estava calma e tranquila, e longe do ardor e das desordens em que se encontravam os profetas de Baal (vv. 36,37). Embora ele não estivesse no lugar designado, escolheu a hora prescrita da oferta de manjares, para testificar com isso sua comunhão com o altar em Jerusalém. Embora ele esperasse uma resposta por fogo, ainda assim aproximou-se do altar com coragem, e não temeu aquele fogo” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.519,20).
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP3
“O compromisso sincero de Elias com DEUS nos choca e nos incentiva. Ele foi enviado para confrontar — não consolar. E Elias pronunciou as palavras de DEUS a um rei que, muitas vezes, rejeitava a mensagem simplesmente porque Elias a trazia. Elias decidiu exercer seu ministério apenas para DEUS e pagou por essa decisão, sendo isolado de outras pessoas que também eram fiéis a DEUS.”
Para que seus alunos reflitam melhor sobre quem foi Elias e como desenvolveu seu ministério profético, peça a eles que relacionem no quadro as “Qualidades e Realizações” do profeta Elias, conforme o modelo abaixo. Atenção! Somente mostre o resultado depois que eles cumprirem a tarefa.
QUALIDADES E REALIZAÇÕES
• Foi o mais famoso e dramático profeta de Israel.
• Predisse o princípio e o fim de uma seca de três anos.
• Foi usado por DEUS para ressuscitar um filho morto e devolvê-lo à sua mãe.
• Representou DEUS em uma disputa com sacerdotes de Baal e Aserá.
• Estava com Moisés no episódio da transfiguração de JESUS no Novo Testamento.
(Extraído e adaptado da Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.733).
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Salientar que é necessário e urgente enfrentar o pecado;
Relatar que DEUS responde às nossas súplicas;
Expor as fragilidades do ser humano.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Antes de convocar os profetas de Baal para o grande desafio, Elias indagou ao povo: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é DEUS, segui-o; e, se Baal, segui-o" (1 Rs 18.21). Comece a aula perguntando o significado de "pensar", "coxear", e "coxear entre dois pensamentos".
Pensar para decidir ou escolher algo é como pôr as coisas numa balança para se avaliar o peso de cada uma. Ora a balança pende para um lado, ora pende para o outro. Coxear significa mancar como um coxo, capengar, claudicar, pender de um lado para o outro. Quem coxeia dá um passo e se inclina para a direita e no próximo passo se inclina para a esquerda. É por isso que "coxear entre dois pensamentos" tem o sentido figurado de hesitar, vacilar. Isso era o que Elias quis dizer sobre a situação espiritual do povo de Israel.
 
PONTO CENTRAL - O Senhor sempre intervém a nosso favor diante das adversidades.
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Elias e os Profetas de Aserá e Baal”, responda:
Qual foi o desafio lançado por Elias aos profetas de Baal? “O deus que responder por fogo esse será DEUS” (1 Rs 18.24b).
O que motivou Elias a desafiar os profetas de Baal? Mostrar ao povo de Israel que Ele era, sempre foi, e sempre será o único DEUS verdadeiro, a quem deveria servir.
Qual foi a primeira providência de Elias nos preparativos para a descida do fogo divino? A primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar do Senhor, que estava quebrado.
Qual foi o desejo de DEUS para o seu povo? O desejo de DEUS era que seu povo se voltasse para Ele através daquela demonstração de poder.
Que exemplo a vida de Elias nos deixou? A vida de Elias é um exemplo do cuidado e da fidelidade de DEUS quando o crente fiel decide seguir o que a Palavra de DEUS ensina e não o que a maioria acha que está certo.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Oração - Um Ministério Fundamental, A Oração Intercessória de JESUS, Teologia Bíblica da Oração.
 
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 38.
 
 
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
BÍBLIA DE ESTUDOS PENTECOSTAL - BEP – CPAD
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CARLSON, R. (et al) O pastor pentecostal. RJ: CPAD, 1999.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
Comentário - NVI - F. F. Bruce
Comentário Bíblico - Matthew Henry -Exaustivo - AT e NT
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
DANIEL. Silas. Como vencer a frustração espiritual. RJ: CPAD, 2006.
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Dicionário Bíblico Wycliffe
Dicionário Champlin - Russell Norman Champlin.
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer – CPAD
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 35, p.38.
SEAMANDS, Stephen. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 35, p.38.
 
 
 
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) 
 
Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
 
Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_cQTKagSYZ0QdAt8nRwsbM Vídeos de 2013 sobre legado de Elias
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_8Dfoe5CfK1RHdF_NuMHhD Vídeos de 2013 sobre Transfiguração de Elias
 
  
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 2.1-15
1 - Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. 2 - E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel. 3 - Então, os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. 4 - E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó. 5 - Então, os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. 6 - E Elias disse: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim ambos foram juntos. 7 - E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão. 8 - Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco. 9 - Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. 10 - E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará. 11 - E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12 - O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. 13 - Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão. 14 - E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR, DEUS de Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou. 15 - Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
 
 
Comentários BEP - CPAD
2.3 FILHOS DOS PROFETAS. Os filhos dos profetas (ver 1 Rs 20.35) pelo que parece, concentravam-se em quatro locais principais: Gilgal, Betel, Jericó e Jordão (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo dirigente (vv. 1,15).
2.9 PORÇÃO DOBRADA DE TEU ESPÍRITO. O termo "porção dobrada" também significa o dobro do poder espiritual de Elias; refere-se, também ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. DEUS atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor. Vemos que Eliseu recebeu o dobro (14) de ações milagrosas do que Elias (7). Alguns reconhecem 8 e 16.
2.11,12 UM CARRO DE FOGO, COM CAVALOS DE FOGO. Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24), sem experimentar a morte. (1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque, da obra, caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento, vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque e de Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17).


Resumo da Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
I – A DESPEDIDA DE ELIAS
1. O ministério de Elias termina.
2. Um profeta com grandeza de alma.
3. Gilgal, um lugar de boas recordações.
II – O PEDIDO OUSADO DE ELISEU
1. A fidelidade de Eliseu.
2. A porção dobrada.
3. Elias, a inspiração de Eliseu.
III – ELISEU TOMA A CAPA DE ELIAS
1. A comunhão de Elias e Eliseu.
2. A capa de Elias.
 
 
Pessoas andando na areia da praia

Descrição gerada automaticamente
 
COMENTÁRIOS DIVERSOS
 
Capa de Elias
Vemos Elias usando a capa para fazer milagres, como a abertura do Rio Jordão depois Eliseu fazendo o mesmo com a capa.
Vemos que Sansão usava o cabelo longo e DEIUS o usava poderosamente.
Podemos ver Moisés usando o Cajado algumas vezes para realização de milagres (Êx 4:17; 17:5.
Podemos ver Paulo usando lenços e aventais para milagres, curas e libertações.
Podemos ver a sombra de Pedro curando.
Podemos ver os ossos de Eliseu contendo algo que fez o defunto ressuscitar.
Podemos dizer que a presença poderosa do ESPÍRITO SANTO ia junto. É o que chamamos unção do ESPÍRITO SANTO.
Podemos ver o sopro de JESUS levando o ESPÍRITO SANTO aos apóstolos.
 
 
*LOCALIDADES QUE ELIAS LEVOU ELISEU PARA SEU DISCIPULADO* 
Este discipulado pode ter durado até 9 anos, segundo alguns estudiosos. Particularmente acredito que bem menos.
 
 
*GILGAL*
Lugar de aliança, circuncisão, lugar de se oferecer água a DEUS como adoração. Lugar de Páscoa.
 
Gilgal foi o primeiro acampamento de Israel depois de cruzar o Jordão, e o principal centro de operações militares durante as campanhas da conquista (Js 4.19; 9.6; 10.6,43; 14,6). Pedras retiradas do leito do Jordão foram dispostas em um marco memorial. O nome Gilgal, no entanto, que significa “círculo”, evidentemente já pertencia ao lugar, pois parece que Moisés já o conhecia (Dt 11.30). Talvez para assinalar um local de sepultamentos, como em Micenas, os cananeus tenham previamente instalado pedras es culturais em pé em um círculo nas proximidades de Gilgal (Jz 3.19); ao estabelecerem aqui um memorial ao Senhor, os israelitas neutralizaram as antigas práticas idólatras daquele lugar. Não obstante, Gilgal não teve um santuário israelita antes do século VIII a.C.; então, como em Betel, a adoração formal e ritualística resultou na condenação proferida por Amós (4.4; 5.5) e por Oséias (4.15; 9.15; 12.11). Tanto Gilgal como Betel haviam sido centros de treinamento dos jovens profetas com Elias e Eliseu (2 Rs 2.1,2; 4.38), e uma importante estrada ligava as duas cidades.
Uma vez que a palavra Gilgal pode ser derivada do verbo hebraico galai, “afastar”, a mesma palavra foi usada por DEUS, por intermédio de Josué, para servir como um lembrete a Israel, de que Ele havia afastado a reprovação ou a desgraça de toda a adoração dos ídolos egípcios e do desejo pelos produtos egípcios ainda existentes em seus corações. Como consequência, eles estavam formalmente reinstalados no relacionamento da aliança com o Senhor e cerimonialmente adaptados para tomar parte na Festa da Páscoa (Js 5.9-11). Posteriormente, Gilgal foi o lugar da coroação do rei Saul, do seu refúgio, do seu impetuoso sacrifício e da sua rejeição como rei (1 Sm 11.15; 13.4,7,12; 15.12,26,33).
É provável que Gilgal esteja localizada ao norte de Khirbet el-Mefiir, cerca de dois quilômetros a nordeste da Jericó do Antigo Testamento (cf. Js 4.19). James Müllenberg (BASOR #140 [1955], pp. 11-27) combina o testemunho das passagens do Antigo Testamento, as informações de Josefo sobre os dez estádios de Jericó, e sua própria pequena sondagem de 1954, com a cerâmica encontrada do período de 1200 a 600 a.C., para fazer desta uma identificação convincente.
 
*BETEL*
(“casa de DEUS”). Lugar de encontro com DEUS, de adoração, de Intimidade. Lugar de desafio. Convivência entre irmãos. Lugar de ex-.... e todos teem que conviver um com o outro.
Uma cidade na fronteira entre Benjamim e Efraim, cerca de 16 quilômetros ao norte de Jerusalém e ao sul de Siló (Jz 21.19), perto de Ai (Gn 12.8).
Originalmente chamada de Luz (q.v. Gn 28.19; Js 18.13), foi visitada por Abrão no início de sua peregrinação pela terra prometida (Gn 12.8). Posteriormente ele parou aqui em seu retorno do Egito e do Neguebe (Gn 13.3). Jacó teve seu sonho aqui enquanto estava a caminho de Padã-Arã (Gn 28.19). Ao retomar de Padã-Arã, Jacó construiu um altar aqui e chamou o lugar de El-Betel (q.v.; Gn 35.6,7). Débora, a ama de Rebeca, foi sepultada aqui (Gn 35.8). A cidade foi designada a Benjamim, ao lançarem sortes (Js 18.22). Depois disso, os efraimitas a possuíram (1 Cr 7.28). Era um lugar de adoração (Jz 20.18; 1 Sm 10.3). Samuel julgou Israel aqui como um dos lugares em seu circuito (1 Sm 7.16).
Jeroboão I fez de Betel um dos dois centros de adoração para Israel, erigindo aqui um dos bezerros de ouro (1 Rs 12.28,29; cf. Jr 48.13). Um homem de Judá veio a Betel para anunciar o nascimento de Josias (1 Rs 13.2). Um velho profeta viveu aqui; este pôs à prova o homem de DEUS, levando-o à ruína (1 Rs 13.11). Ambos os profetas contemporâneos, Oséias e Amós, falaram contra Betel (Os 10.15; também conhecida como Bete-Áven [q.v.], 5.8,9; 10.5,8; Am 3.14; 5.5). O rei da Assíria estabeleceu um sacerdote em Betel (2 Rs 17.27,28). Josias (cf. 1 Re 13.2) destruiu o altar e os altos de Betel (2 Rs 23.15,16). O povo de Betel retornou aqui depois do cativeiro (Ed 2.28; Ne 7.32).
Pesquisas arqueológicas foram realizadas no suposto local da antiga Betel (moderna Beitin) por W. F. Albright em 1934 e por James L. Kelso em 1954, no período de 1956- 57 e em 1960. A cidade moderna está construída na grande sessão da parte sul da antiga Betel, impedindo a escavação no local. Foi verificado que uma rua ao norte de Beitin está construída sobre o muro norte da antiga cidade. Cerâmicas de uma casa adjacente ao muro norte da antiga cidade indicaria que este nível foi ocupado pelos hicsos, em tomo de 1700 a.C. Nenhuma ruína reconhecida do lugar sagrado erigido por Jeroboão I foi descoberta. Seu santuário pode ter sido do lado de fora dos muros da cidade, no local do altar de Abraão ou de Jacó.
Em 1957 Kelso encontrou, em Beitin, um sinete de barro com a inscrição S arábica, e este era quase idêntico ao encontrado em 1900 por T, Bent em Meshed na região Hadhramaut da Arábia. O sinete era usado para selar os sacos usados como recipientes no comércio de incenso entre Israel e o sul da Arábia do século EX a.C. (BASOR # 151, pp. 9-16; # 163, pp. 15-18; #199, pp. 59-65).
Não há evidências de um intervalo na ocupação entre o início do século VIII e o século VI (BASOR # 56, p. 14). Betel foi destruída no final do século VI a.C. Há referências à cidade na obra de Josefo (Ant. xiü.1,3; IVars, iv,9.9). David Livingston argumentou que Betel deve estar localizada em el-Bireh, exatamente a leste da moderna Ramallah e, aproximadamente, a três quilômetros a sudoeste de Beitin. Ela deve ter sido dominada durante o apogeu de Ras et-Tahuneh, e Jeroboão pode ter construído seu templo, que deveria estar localizado nos cruzamentos naturais de toda a área (“Location of Biblical Bethel and Ai Reeonsi- dered”, WTJ, XXXIII [Nov., 1970], 20-44).
 
 
*JERICÓ*
Lugar de divisa entre o material e o espiritual e sobrenatural. Cidade das Palmeiras, cidade malcheirosa, muros altos, palmeiras fora e cheiro ruim dentro dos muros. Lado de fora bonito, lado de dentro ruim.
 
Jericó é onde morava Raabe, a mulher prostituta que se tornou uma mulher de fé e que se tornou da família de JESUS. Ela queria preservar sua família. Jericó caiu, mas Raabe se manteve de pé.
Hiel, o betelita, que reconstruiu Jericó (1 Rs 16.34) nos dias de Acabe (aprox. 800 a.C.) - Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou; e, morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num. 1 Reis 16:34 - E, naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó! Perdendo o seu primogênito, a fundará e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas. Josué 6:26
Eliseu transforma a água amarga em potável, em Jericó
Jericó é onde está o monte da Tentação.
Sicômoro Bravo onde Zaqueu subiu era em Jericó.
  
No estágio atual da pesquisa arqueológica, a Jericó do AT é considerada pela escavadora Kathleen Kenyon como o mais antigo exemplo de civilização urbana conhecida pelo homem. O local, situado no vale do Jordão, cerca de 13 quilômetros a noroeste da junção do rio Jordão com o mar Morto, era abastecido por um manancial excelente chamado Ayin es-Sultan e Fonte de Eliseu (baseado no incidente de 2 Rs 2.19-22). Mesmo antes que a cerâmica fosse usada, uma cultura sofisticada surgiu nas proximidades do manancial. Jericó era uma cidade murada com estruturas de pedras sólidas mostrando uma excelente técnica arquitetural, consistindo em grandes habitações e edifícios públicos. A característica mais notável desta cultura neolítica pré-cerâmica foi a presença de vários crânios humanos cobertos de argamassa moldada para formar os traços faciais, com olhos de conchas de insetos. Isto provavelmente representava uma forma de adoração ancestral, porque as feições se assemelham a retratos de indivíduos; consequentemente algum conceito da natureza espiritual do homem estava, sem dúvida alguma, presente. As fortes fortificações e evidências do comércio revelam que este povo antigo não era uma sociedade isolada.
Sobre o importante tema da Jericó da Idade do Bronze Final e da conquista de Josué, a escavação de Kenyon gerou poucas informações. As provas de uma ocupação entre os séculos XV e XIV são mostradas nas tumbas. Quanto ao monte, a erosão é novamente extensiva, Mas, na encosta leste, a erosão foi interrompida durante 150 anos através da cidade do Bronze Final de aprox. 1400 a.C. De acordo com Kenyon, não resta nenhum vestígio dos muros da época de Josué. A razão para isto parece ser que os muros eram de tijolos de barro, como era a maior parte dos muros de Jericó, e sujeitos à erosão bem como aos séculos de extração de partes dos tijolos de barro deteriorados, feitas por outros povos que se seguiram. A presença da moderna estrada sobre o lugar mais provável, onde o desgaste da erosão poderia ser encontrado, parece ser uma razão adicional para encontrar-se evidências esparsas do Final da Idade do Bronze. Também deve ser lembrado que as escavações de Garstang (1930-36) forneceram um considerável material não controverso do Bronze Final com pouca ou nenhuma cerâmica micênica que já estava entrando na Palestina em 1400 a.C. Contudo, grandes quantidades desta cerâmica foram recentemente encontradas em Deir Ali ah e em Tell es- AsTdiyeh, 48 quilômetros na subida do Jordão. Dessa forma, Garstang datou a conquista de Jericó como um evento que ocorreu, no máximo, em 1385 a.C. Kenyon datou a vitória de Josué sobre Jericó em aprox. 1350-1325.a.C. (Digging up Jericho, pp. 261- 63).
A maldição de Josué (Js 6.26-27) foi cumprida sobre Hiel, o betelita, que reconstruiu Jericó (1 Rs 16.34) nos dias de Acabe (aprox. 800 a.C.). A maior parte desta camada da Idade do Ferro também sofreu erosão, sendo que as ruínas mais antigas mostram uma comunidade próspera no século VII a.C., que foi posteriormente destruída pelo exército de Nabucodonosor e reconstruída na época de Esdras e Neemias (cf. Ed 2.34; Ne 3.2; 7.36). As escavações de J. L. Kelso e J. B. Pritchard em 1950 e 1951 descobriram um palácio de inverno de estilo romano de Herodes o Grande em um local onde já houve uma cidade, localizada pouco mais de um quilômetro a sudoeste da colina do AT. Esta era a Jericó onde Zaqueu (q.v.), o principal cobrador de impostos, vivia na época de JESUS (Lc 19.1,2). Ela dependia das águas trazidas pelos mananciais no Uádi Qelt, nas proximidades do local onde a estrada romana seguia para Jerusalém. Outros judeus estavam evidentemente vivendo em uma aldeia também conhecida como Jericó, mas muito mais próxima desta fonte abundante, pois Mateus e Marcos relatam que o cego Bartimeu (q.v.) foi curado à beira do caminho quando JESUS estava deixando Jericó (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52). Lucas, porém, declara que JESUS estava se aproximando de Jericó naquele momento (18.35). A mudança da Jericó medieval e da Jericó moderna para uma localização um quilômetro e meio mais próxima do Jordão deve nos fazer lembrar de que ela era um oásis, e não apenas uma colina do AT que recebeu o epíteto “Jericó” - provavelmente, este nome foi, em sua origem, uma referência ao deus-lua que era, ali, adorado pelos antigos habitantes cananeus.
 
*JORDÃO*
Divisa de territórios - divisa entre mundo físico e espiritual. Local da trasladação de Elias. Águas do Jordão levavam vida a toda região, mas morriam no Mar Morto (Mar e Sal) onde não há vida.
Eliseu tinha muita relação com o Jordão - Elias trasladado, Abertura do rio, Machado flutuou, Naamã curado.
 
Em hebraico, o nome do rio mais famoso da Bíblia é yarden. A maior parte dos estudiosos considera essa palavra como sendo de origem semítica, derivada da raiz “yarad” ou “descender”. Portanto, o nome significa “descendente”, que é uma fiel descrição desse rio. Outros especulam que a palavra pode ter uma origem indo-ariana, e nesse caso seu significado seria “rio perene”. A forma mais antiga desse nome é encontrada como ya-ar-du-na, em registros da Décima Nona Dinastia do Egito (Simon Cohen, “Jordan”, IDB, II, 973).
Uma série de gigantescas falhas na crosta da terra provocou um desmoronamento na região que agora forma o vale do Jordão. Dessa profunda depressão, chamada mar Morto (o mar de Sal do AT), a terra se eleva tanto para o norte como para o sul. Ela vai desde aproximadamente 860 metros abaixo do nível do mar, nas profundezas do mar Morto, até uma altitude superior a 260 metros em um dos picos na Arabá (uma área ao sul do mar Morto) e atinge uma altitude de aprox. 3.000 metros no monte Hermom, ao norte. Essa falha geológica se estende através do mar Vermelho até o interior da África oriental.
A distância aérea desde as nascentes do Jordão até o mar Morto é de aproximadamente 130 quilômetros, mas o próprio rio tem mais de 300 quilômetros de extensão por causa de seu curso sinuoso entre o mar da Galileia e o mar Morto. Pode-se dizer que o vale começa ao norte, na Bacia Huleh, uma área de cerca 5 quilômetros por 15, que culminava, antes de ser recentemente drenada, em um pântano e em um lago pouco profundo, criado por um reservatório formado por rochas naturais.
O súbito declive, de aprox. 530 metros de altitude em Merj ‘Ayun até 75 metros acima do nível do mar na Bacia Huleh, permite a dois pequenos riachos, Nahr Bareignit e Nahr Hasbani, despejar suas águas nessa bacia. As duas principais nascentes do Jordão fluem das rochas como consideráveis cursos de água sobre as encostas do monte Hermom. O rio Nahr el-Leddan se origina de fontes que nascem do solo em Tel el-Qadi, local da antiga Dã, cidade mais ao norte do pais (a antiga Laís, Jz 18.7-27). O rio Nahr Banias tem a sua origem em uma grande gruta localizada mais acima da encosta, em uma vila chamada Banias (Paneas) cujo nome deriva do deus romano Pan. Na época do NT, essa cidade tinha o nome de Cesaréia de Filipe em honra a César e também porque estava na tetrarquia de Filipe. Nessa região, JESUS perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc 8.27-29), e aconteceu a transfiguração perante três deles em algum lugar do monte Hermom (Mc 9.2). Três desses rios se encontram mais adiante, cerca de 3 quilômetros ao sul de Dã e, em seguida, dividem-se novamente para penetrar na Bacia Huleh como apenas dois cursos de água, o Tur‘ah e o Jordão.
Em um planalto que contempla a Bacia Huleh encontram-se as ruínas da cidade do AT chamada Hazor (recentemente escavada), e as da cidade de Corazim (Khirbet Kerazeh) do NT. O rio Jordão corre a partir de Huleh por 3 quilômetros até a “Ponte das Pilhas de Jacó”, onde os viajantes que percorrem a estrada entre a Galileia e Damasco podem atravessá-lo a pé. Depois desse ponto, o rio entra em uma garganta, flui com mais vigor até, finalmente, deixar esses paredões e suavemente penetrar no mar da Galileia, em uma altitude de aprox. 230 metros abaixo do nível do mar. Esse mar é, na realidade, um lago quase totalmente cercado por colinas, mas aqui e ali essas colinas se afastam criando algumas planícies, como a famosa planície de Genesaré, na margem noroeste, nas proximidades de Cafarnaum. Além da ainda desabitada Tiberíades, várias cidades bíblicas podem ser identificadas à beira dos lagos, isto é, Cafarnaum em Tel Hum, a noroeste, e Magdala em Majdal, na margem oeste, ao pé do “vale dos Ladrões”. Na época do AT, a parte norte da região do rio Jordão era controlada por uma liga de dez cidades independentes chamada Decápolis. As cidades situadas no vale desse rio ou nas suas proximidades eram Citópolis (Beisan ou Bete-Seã), Gadara (Umm Keis) e Pella (Fahil) do outro lado do rio em frente a Citópolis.
Nos primeiros 18 quilômetros, desde o mar da Galileia, o vale do Jordão nunca atinge uma largura maior que aprox. 6,5 quilômetros. Acredita-se que a cidade de Betânia, do outro lado desse rio, onde João batizava (Jo 1.28), ou Bete-Bara (q.v.) devia estar nessas vizinhanças, aprox. 18 quilômetros ao sul do lago. Se Eliseu (q.v.) vivia em Suném, no monte Carmelo ou em Dotã na época da visita de Naamã, é provável que o general sírio tenha sido enviado a esse curso do Jordão para mergulhar sete vezes em suas águas lamacentas (2 Rs 5.10,14). Na planície de Bete-Seã, o vale vai se alargando até atingir 9 ou 10 quilômetros, elevando-se no lado oeste em planaltos em direção ao nível da planície de Esdraelom.
O próprio Jordão não é mais que um sulco recortado no leito desse vale que, segundo dizem, seria um antigo leito oceânico. Seu fluxo não parece rápido, mas pode ser traiçoeiro, com a água despencando no lado norte cerca de 10 metros por quilômetro, embora a média dessa queda esteja por volta de 2 metros. A formidável barreira criada pelo rio resulta de outros fatores além da sua largura e rapidez das águas. Na verdade, ao norte o rio não forma uma barreira porque as características distintas do vale são menos pronunciadas. O próprio vale representa a verdadeira barreira que consiste em três interessantes aspectos. Ghor ou terras baixas, Qattara ou colinas estéreis de calcário, e Zor ou densa vegetação.
Ghor é a própria superfície do vale, cercada por montanhas ou elevadas planícies em cada um de seus lados, onde existem camadas de depósitos de aluvião que exigem apenas alguma irrigação para se tornar uma rica região agrícola. O resultado dessa irrigação pode ser visto atualmente ao longo do lado oriental de Ghor, onde existe disponibilidade de água. Falhas geológicas encontradas em uma das extremidades de Ghor ajudam a formar os rios que se juntam ao Jordão. No lado oriental, o rio tem dois importantes afluentes, o Jarmuque (ou Yarmuk) e o Jaboque. O Jarmuque, ao sul do mar da Galileia, despeja tanta água como o próprio Jordão. No lado norte da garganta desse rio, aprox. 10 ou mais quilômetros da sua confluência, existe a antiga el-Hammeh, uma famosa fonte de águas quentes. Nesse local, desenvolveu- se uma elevada cultura desde o quarto milênio a.C., e suas famosas águas curativas têm sido muito populares ao longo da história. Entre o Jarmuque e o Jaboque, outros nove riachos fluem, do leste, para o Jordão. Essa bem irrigada área explica porque muitas colônias se desenvolveram no lado oriental de Ghor, cidades como Pella, Jabes-Gileade, Zafom, Zaretã (ou Sartã) e Adã.
Depois de correr através da planície de Bete- Seã, cerca de 20 quilômetros do mar da Galileia, o rio Jalud junta suas águas, do oeste, ao Jordão. Nesse ponto, o Ghor aumenta a sua largura até cerca de 11 quilômetros, para se fechar novamente mais ao sul ao passar pelas colinas da Samaria. Também mais ao sul, o Uádi Fari‘a junta as suas águas a oeste, assim como o Jaboque, a leste, nas proximidades de Sucote. Foi desse local que os patriarcas entraram em Canaã, vindo de Harã e Padã-Arã mais a noroeste (Gn 12.5,6; 32.22; 33.17,18). Perto dali, os midianitas devem ter fugido através do Jordão com Gideão em sua perseguição (Jz 7.24; 8.4,5). O terreno se alarga novamente até atingir quase 13 quilômetros e continua a se alargar até pouco mais de 22 quilômetros em Jericó. ‘Ain Fari’a, na parte superior de seu canal, nas proximidades da cidade de Tirza do AT, produz uma rica quantidade de água, porém somente uma pequena quantidade desta chega até o Jordão. O mesmo acontece com o Uádi Qelt, que ajuda a criar o verdejante oásis de Jericó. A irrigação da terra precisa fluir de riachos de água doce antes de atingir o Jordão, porque esse rio também recebe sais minerais que tornam as suas águas cada vez mais impróprias para a irrigação.
Nas proximidades de Gilgal, a noroeste de Jericó, existia uma passagem ou um vau muito conhecido que Davi usou quando fugiu de Absalão (2 Sm 17.22-24), e em seu vitorioso retomo (19.15-40). Talvez esse seja o mesmo lugar onde Elias e Eliseu atravessaram o Jordão antes da transladação de Elias (2 Rs 2.7,8,13,14). Foi também nessa região do baixo Jordão que os dois espias israelitas provavelmente atravessaram o rio, que estava em plena estação de cheias (Js 2.1,23) e logo depois toda a nação miraculosamente atravessou sobre o leito seco do rio (Js 3-4).
A Bíblia utiliza vários termos para descrever o Ghor. Muitas vezes, ele é chamado simplesmente de ‘emeq, isto é vale ou terras baixas, como em Josué 13.19,27. Mas em Deuteronômio 34.3, o Ghor é descrito como “o kikkar, o biqw‘a de Jericó”. Kikkar significa um circuito e biq ‘a significa um amplo vale. Em Jericó, o Ghor tem pouco mais de 22 quilômetros de largura. O termo ‘aruba, que significa “uma planície׳’, também é usado para o vale do Jordão. O lado oriental do Ghor, do outor lado de Jericó, era chamado de “campinas de Moabe” (Nm 22.1), uma área bem irrigada e habitada desde a Era do Cobre, como em Teleilat Ghassul. Às vezes, a região do Ghor era tão densamente habitada que Gênesis 13.10 nos conta que Ló “levantou os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada... e era como o jardim do Senhor”. Quando alguém visita essa região, especialmente no verão, pode ficar impressionado com sua aridez. Entretanto, ela foi não só uma das primeiras regiões colonizadas do país, mas em uma certa ocasião uma das regiões mais ricas de toda a antiga Palestina. Nelson Glueck descobriu pelo menos 70 lugares onde, na Antiguidade, as pessoas tinham vivido e trabalhado no vale do Jordão, ao sul da Galileia.
Cerca de 30 a 50 metros abaixo do solo do vale principal, existe uma depressão com o nome árabe de Zor, por onde flui o próprio rio Jordão. Essa depressão pode chegar a ter quase 2 quilômetros de largura quando o rio faz uma volta sobre si mesmo, embora a sua largura seja de apenas 30 a 35 metros, com uma profundidade de 1 a 4 metros. Esta depressão sempre represa as águas do rio quando ele extravasa na primavera (Js 3.15; 1 Cr 12.15), mas, ao contrário do que acontece com o rio Nilo, a inundação é violenta, levando a superfície do solo e deixando para trás uma grande quantidade de entulho, de forma que os viçosos tamarindeiros, oleandros, salgueiros, arbustos e vinhas que ali se desenvolvem recebem o apropriado nome de Zor ou bosque. O AT descreve Zor como ge'on kay-yarden ou “a selva do Jordão” (“Eis que, como leão, subirá da enchente do Jordão contra a morada do forte” ‘Jr 49.19; cf. 12.5; 50.44; Zc 11.3). Na verdade, o Zor estava infestado de leões na Antiguidade, e de elefantes na época pré-histórica e era, até pouco tempo, o abrigo dos porcos do mato ou javalis. Por causa da tortuosidade do curso do Jordão, a selva de Zor se tornou uma formidável barreira onde se incluem colinas estéreis de calcário argiloso da “qattara”, que separa Ghor de Zor.
Quando o NT fala do Jordão como uma barreira, está certamente incluindo todo o complexo do vale, e não apenas o pequeno rio. Josué 22.25 expressa seu receio de que Ruben, Gade e metade da tribo de Manassés poderiam se tomar alienados por causa da fronteira natural formada pelo vale: “Pois o Senhor pôs o Jordão por termo entre nós e vós, ó filhos de Ruben e filhos de Gade; não tendes parte no Senhor”. Curiosamente, é verdade que não só na época do AT, mas também hoje, existe um curioso espírito de alienação entre aqueles que vivem de cada lado do vale do Jordão.
O rio Jordão flui para o mar Morto em uma condição de aproximadamente 430 metros abaixo do nível do mar. O mar Morto tem cerca de 70 quilômetros de comprimento por 15 de largura, e é invadido por uma saliência de terra em sua margem oriental. Em uma certa época ela formava seu limite sul, mas como o mar não tem um escoadouro, ele se elevou continuamente e cobriu cidades antigas localizadas em sua margem sul, incluindo provavelmente Sodoma (q.v.) e Gomorra. O próprio mar Morto é composto por um terço a um quarto de sais minerais provenientes em grande parte de muitas fontes de água fria e quente que se alinham no vale. Como poderíamos esperar, toda essa região forma uma área com atividades sísmicas acima do normal, com uma média de quatro terremotos por século. As encostas orientais do mar, assim como o deserto da Judéia, são quase totalmente desprovidas de chuvas para o suprimento de água, exceto algumas fontes subterrâneas (por exemplo, ‘Ain Feshkha nas proximidades de Qumran e En-Gedi, a leste do Hebrom).
Cerca de 30 a 50 metros abaixo do solo do vale principal, existe uma depressão com o nome árabe de Zor, por onde flui o próprio rio Jordão. Essa depressão pode chegar a ter quase 2 quilômetros de largura quando o rio faz uma volta sobre si mesmo, embora a sua largura seja de apenas 30 a 35 metros, com uma profundidade de 1 a 4 metros. Esta depressão sempre represa as águas do rio quando ele extravasa na primavera (Js 3.15; 1 Cr 12.15), mas, ao contrário do que acontece com o rio Nilo, a inundação é violenta, levando a superfície do solo e deixando para trás uma grande quantidade de entulho, de forma que os viçosos tamarindeiros, oleandros, salgueiros, arbustos e vinhas que ali se desenvolvem recebem o apropriado nome de Zor ou bosque. O AT descreve Zor como ge'on kay-yarden ou “a selva do Jordão” (“Eis que, como leão, subirá da enchente do Jordão contra a morada do forte” ‘Jr 49.19; cf. 12.5; 50.44; Zc 11.3). Na verdade, o Zor estava infestado de leões na Antiguidade, e de elefantes na época pré-histórica e era, até pouco tempo, o abrigo dos porcos do mato ou javalis. Por causa da tortuosidade do curso do Jordão, a selva de Zor se tornou uma formidável barreira onde se incluem colinas estéreis de calcário argiloso da “qattara”, que separa Ghor de Zor.
Quando o NT fala do Jordão como uma barreira, está certamente incluindo todo o complexo do vale, e não apenas o pequeno rio. Josué 22.25 expressa seu receio de que Ruben, Gade e metade da tribo de Manassés poderiam se tomar alienados por causa da fronteira natural formada pelo vale: “Pois o Senhor pôs o Jordão por termo entre nós e vós, ó filhos de Ruben e filhos de Gade; não tendes parte no Senhor”. Curiosamente, é verdade que não só na época do AT, mas também hoje, existe um curioso espírito de alienação entre aqueles que vivem de cada lado do vale do Jordão.
O rio Jordão flui para o mar Morto em uma condição de aproximadamente 430 metros abaixo do nível do mar. O mar Morto tem cerca de 70 quilômetros de comprimento por 15 de largura, e é invadido por uma saliência de terra em sua margem oriental. Em uma certa época ela formava seu limite sul, mas como o mar não tem um escoadouro, ele se elevou continuamente e cobriu cidades antigas localizadas em sua margem sul, incluindo provavelmente Sodoma (q.v.) e Gomorra. O próprio mar Morto é composto por um terço a um quarto de sais minerais provenientes em grande parte de muitas fontes de água fria e quente que se alinham no vale. Como poderíamos esperar, toda essa região forma uma área com atividades sísmicas acima do normal, com uma média de quatro terremotos por século. As encostas orientais do mar, assim como o deserto da Judéia, são quase totalmente desprovidas de chuvas para o suprimento de água, exceto algumas fontes subterrâneas (por exemplo, ‘Ain Feshkha nas proximidades de Qumran e En-Gedi, a leste do Hebrom).
 
 
Discipulado de Elias com Eliseu – 2 Reis 2.20 (Este discipulado pode ter durado até 9 anos, segundo alguns estudiosos. Particularmente acredito que bem menos).
O início de qualquer nova etapa na vida de uma pessoa é sempre repleto de desafios e incertezas. A falta de orientação durante o caminhar pode fazer com que haja erros com consequências desproporcionais ou mesmo irreparáveis – seja na vida profissional, sentimental, intelectual, etc. A importância de ser guiado por uma pessoa experiente em um assunto nos capacita para enfrentarmos situações que aparentemente não haveria saída. Assim também acontece no caminhar de um cristão. A vida espiritual de uma pessoal é, em geral, a área mais carente e necessitada de suporte uma vez que o propósito do cristão é de buscar primeiramente o Reino de DEUS (Lucas 12.31). Na Bíblia temos grandes discipuladores e discipulados ao exemplo de JESUS e seus 12, Moisés e Josué, Eli e Samuel. Hoje trataremos de um caso específico – Elias e Eliseu. A experiência de Elias e a direção dada a Eliseu fez com que a obra de DEUS pudesse ser ainda mais glorificada. Algumas características marcam esse relacionamento:
 
Em 1 Reis 19.16, DEUS fala a respeito de Eliseu, filho de Safate, para Elias que esse deveria ser ungido por ele. Alguns pontos importantes no discipulado envolvem (i) Direcionamento – Elias não guiou Eliseu por ele ser seu amigo, conhecido ou por carisma, mas o fez pois foi direcionado por DEUS. O discipulador deve ser orientado por DEUS, visto que cada pessoa tem suas particularidades e precisam de auxílio específico (ii) Obediência – Elias não hesitou no chamado do Senhor, assim devemos ser; se DEUS falou, pode ir, Ele capacita! (iii) Experiência – Antes de orientar, Elias passou por diversas situações para ser fortalecido e criar intimidade com DEUS. Esse é o propósito do Senhor para nós, que venhamos a conhece-lo mais de perto para que outras vidas possam ser fortalecidas através do que DEUS fez por nós
Elias fazia a diferença tanto pelos milagres que realizava, como também por ser separado do sistema pecaminoso desse mundo. Ele era reconhecido até pelas vestes que utilizava (2 Reis 1.8) com manifestação da indignação da corrupção espiritual da época. Isso não quer dizer que a maneira de nos vestir impacta na nossa separação do mundo, mas sim o nosso posicionamento diante do pecado; o discipulador deve viver em santidade e não ter impedimento do agir de DEUS sobre a vida dele.
O relacionamento de ambos profetas era com pessoas que tinham propósito com DEUS (2 Reis 2.3 – “filhos dos profetas”). Isso não quer dizer que devemos nos separar completamente daqueles que não conhecem ao Senhor e não vivem conforme seus preceitos, mas sim se apartar daqueles que se dizem cristãos, estão na casa de DEUS, no entanto vivem uma vida de pecado (1 Coríntios 5.8-11); o discipulado necessita de referências
Em 1 Reis 19.19 Elias vai de encontro a Eliseu e lança a sua capa sobre ele. O discipulador, acima de orientador e conselheiro é um pai espiritual para o seu discipulado. Isso significa intercessão e revestimento espiritual na vida daquele que é orientado; é necessário orar e ensiná-lo a buscar (algum dia ele fará o mesmo por alguém..)
Elias não tomava a glória para si, mas atribuía e ensinava seu discípulo que tudo era para honrar e glorificar o nome do Senhor. O fato de orientarmos uma pessoa, não quer dizer que somos superiores a Ela, pelo contrário, aos olhos do Senhor somos iguais; exemplo nítido era que Eliseu realizava os mesmos milagres que Elias, como abrir o rio Jordão, só foi feito pois DEUS capacitou e operou através de Eliseu (2 Reis 2.14)
Eliseu não abandonava seu discipulador por nada (2 Reis 2.2). O significado disso não é que o “aprendiz” necessita ficar 24 horas colado em seu “mestre”, mas sim que Elias tinha uma vida tão consagrada e cheia de DEUS que Eliseu tinha prazer em participar dessa graça; eis aí a importância de um líder ser um espelho de CRISTO e ensinar o discípulo viver uma vida de entrega
Ainda no mesmo versículo que o anterior (2 Reis 2.2), Eliseu era obediente e submisso; se o direcionamento de discipular vem do Senhor, então devemos honrar seu querer para que possamos viver o que Ele preparou para nós (1 Samuel 15.22,23 – “a rebelião é pior que o pecado de feitiçaria”)
O resultado da vida de submissão e de entrega de Eliseu e a vida de santidade e cuidado de Elias proporciona um resultado maravilhoso: porção dobrada de unção sobre sua vida para edificar outras pessoas (2 Reis 2.9). https://jesusavedblog.wordpress.com/2015/01/29/discipulado-de-elias-com-eliseu-2-reis-2-20/
  
 
RESUMO GERAL
O CHAMADO E A PREPARAÇÃO DE ELISEU - HUMILDADE NÃO SIGNIFICA DESEJAR POUCO DE DEUS
Eliseu, cujo nome significa “DEUS é salvação”, foi um extraordinário profeta do povo de Israel, que substituiu o grande profeta Elias e foi líder dos filhos dos profetas no reino de Israel por cerca de cinquenta anos, a partir do início do reinado de Jeorão em 852 a.C. Como Elias, ele nada deixou escrito para a posteridade, mas alguns dos seus feitos estão registrados para o nosso conhecimento e ensino nos dois livros de Reis.
Há apenas uma referência a ele no Novo Testamento, mas foi feita pelo Senhor JESUS CRISTO (Lucas 4:27), o que lhe dá plena autenticidade, se isso fosse necessário.
"E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro". Lucas 4:27
O seu chamado
Do lugar do seu nascimento, da sua linhagem, e da idade quando foi convocado para o serviço de DEUS nada sabemos, o que nos lembra que DEUS escolhe os Seus servos sem levar em conta esses e outros detalhes que às vezes julgamos tão importantes.
Mas temos informações suficientes para saber que ele era de uma família temente a DEUS e trabalhava na fazenda do seu pai, Safate. DEUS mesmo o acompanhava e tinha um plano sublime para a sua vida no meio de um povo que, naquele época, estava em grande parte longe de DEUS, governado por uma sucessão de reis idólatras e perversos.
Assim, quando o profeta Elias chegava no fim do seu ministério, desgastado com a rebeldia do povo, e pediu ao SENHOR que o levasse (1 Reis 19:4), o SENHOR ordenou que ele ungisse dois reis, um sobre a Síria e outro sobre Israel, e a Eliseu como profeta em seu lugar. Segundo o relato bíblico, Elias se apressou em nomear Eliseu no caminho entre Sinai e Damasco.
Elias encontrou o jovem e forte Eliseu lavrando com doze juntas de bois adiante dele. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Era um gesto simbólico, imediatamente compreendido por Eliseu: ele seria o sucessor de Elias, que já havia passado adiante e seguia o seu caminho. Sua submissão foi imediata: correu após Elias, sem discutir condições, pedindo apenas oportunidade para despedir-se dos pais, o que Elias lhe concedeu.
Provou que sua decisão era definitiva, ao tomar e matar a junta de bois, usar os aparelhos de aragem para cozer as suas carnes e alimentar o povo com elas. Em seguida seguiu Elias, deixando o conforto do seu lar e tornando-se o seu servo (1 Reis 19:21).
Isso pode nos lembrar daquele episódio em que alguém se prontificou a seguir ao Senhor JESUS mas pediu que Ele o deixasse primeiro despedir os que estavam na casa dele (Lucas 9:61,62). Parece um pedido igual ao de Eliseu, no entanto há uma diferença sutil, mas muito importante: a despedida de Eliseu foi curta, consistindo apenas de um jantar, sem haver hesitação da parte dele pois sacrificou os animais que usava em seu trabalho. No outro caso, o pedido significava uma protelação em seguir o Senhor, pois quem pediu queria mais tempo com a família. JESUS lhe disse: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de DEUS.”
A sua preparação
Elias estava com pressa de deixar o cargo, mas Eliseu não estava preparado ainda. Era necessário tempo para aprendizagem e durante sete ou oito anos Eliseu foi assistente de Elias, prazo em que houve silêncio sobre os dois nas crônicas bíblicas.
O seu relacionamento com Elias era de servo, descrito ao rei Jeosafá, depois que Elias se fora, como “derramar água sobre as mãos de Elias”. A humildade, apego e submissão de Eliseu ao seu mestre não podiam ser descritas de maneira mais clara e abreviada, convencendo Jeosafá a ir procurá-lo para resolver um problema sério, certo de que a palavra do SENHOR estava com ele (2 Reis 3:11,12).
Há alguns entre nós que costumam desprezar, como desnecessário, um período de aprendizagem para os que são chamados para o trabalho do Senhor. Mas um intervalo tomado em uma escola bíblica, ou seminário evangélico, desde que bem orientado, pode ser de grande importância para o obreiro inexperiente.
Não se trata de conseguir um diploma, ou profissionalização, mas esse tipo de aprendizagem ensina a humildade e a submissão aos seus mestres, pode evitar erros sérios no ministério e permite adquirir em pouco tempo conhecimentos e experiências que serão de grande utilidade o seu ministério.
A partida de Elias (2 Reis 2:1-12)
A partida de Elias foi notável e singular em toda a história. Se há uma lição importante para nós, é o apego de Eliseu ao seu mestre, e a sua nobre ambição de ser dotado com o dobro da unção do ESPÍRITO de Elias.
Elias nos dá a impressão de estar testando Eliseu. Ambos sabiam que DEUS estava para tirar Elias para que Eliseu o substituísse. Três vezes Elias disse a Eliseu que ficasse onde estava porque o SENHOR queria que Elias fosse a outro lugar. Em todas essas vezes, Eliseu insistiu em seguir junto com Elias, dizendo as mesmas palavras: “Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te deixarei”.
Eliseu aparentemente já era aceito como o eventual sucessor de Elias, e os filhos dos profetas em Betel e Jericó sabiam que haveria a substituição naquele dia. Elias já se dispunha a se afastar, mas Eliseu insistiu em acompanhá-lo até ao fim - que caráter!
Há uma tendência entre os mais jovens de hoje de fazerem pouco caso dos anciãos mais idosos em suas igrejas - ele já foi, dizem! Eliseu amava o seu mestre e ficou com ele, submisso, até que DEUS o tomasse. Foi grandemente recompensado por isso!
Após atravessarem o rio Jordão, simbolicamente terminando a missão de Elias ao afastar-se de Israel e voltar à sua origem do outro lado do rio (1 Reis 17:1), Elias perguntou a Eliseu o que ele gostaria de receber dele, e a resposta de Eliseu foi decerto inesperada: queria que Elias lhe concedesse porção dobrada do seu espírito! Uma dupla porção da herança cabia ao filho primogênito de um israelita, e a herança de Elias seria de ordem espiritual.
Elias servira a DEUS de maneira sacrificial toda a sua vida, e DEUS lhe concedera abundantes dons espirituais. Eliseu sabiamente queria o mesmo para si, e de forma duplamente abundante. É curioso notar que a Bíblia nos relata oito milagres feitos por Elias, mas dezesseis, o dobro, feitos por Eliseu.
Não era da competência de Elias conceder o pedido de Eliseu, mas prometeu que Eliseu saberia que ele lhe tinha sido concedido, se tivesse a oportunidade de ver a sua partida. Realmente Eliseu viu Elias ser elevado ao céu num redemoinho, e assim teve a confirmação.
O ministério de Eliseu
Em seu ministério, Eliseu provou ser um homem de grande energia, ativo no serviço a DEUS, falando com autoridade em nome do SENHOR, de uma integridade incorruptível, confiante no poder de DEUS, fiel em seu ministério e de grande visão espiritual. A sua influência se viu tanto na área pública quanto nas vidas particulares daqueles que tiveram o privilégio de participar da sua companhia. Foi sem dúvida, um exemplo a ser seguido por todo aquele que se dedica ao serviço de DEUS. R David Jones
 
 
2 Reis 2:1-8 - Elias Despede-se de seus Amigos, Especialmente de Eliseu - Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry
Os tempos de Elias, e os eventos referentes a ele, são tão pouco datados como aqueles de qualquer grande homem na Escritura. Não somos informados de sua idade, nem em que ano do reinado de Acabe ele apareceu pela primeira vez, nem em que ano do reinado de Jorão desapareceu, e por essa razão, não se pode conjeturar por quanto tempo ele atuou. Supõe-se que vinte anos ao todo. Aqui somos informados de:
I
Que DEUS tinha determinado levá-lo ao céu em um redemoinho (v. 1). Ele faria isso, e é provável que o fizesse saber de seu propósito algum tempo antes, que Ele iria em breve levá-lo do mundo, não pela morte, mas pela passagem de seu corpo e alma para o céu, como Enoque foi, só fazendo-o passar por uma mudança necessária para qualificá-lo para ser um habitante do mundo dos espíritos, como aqueles que serão encontrados vivos na volta de CRISTO deverão experimentar. Não nos cabe dizer por que DEUS colocaria tal honra peculiar sob Elias, acima de qualquer outro dos profetas. Ele foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós, conheceu o pecado, mas nunca provou da morte. Por que motivo ele foi assim dignificado, assim diferenciado, como um homem a quem o Rei dos reis teve prazer em honrar? Podemos supor que:
1. DEUS olhou para seus serviços passados, os quais foram eminentes e extraordinários, e quis conceder-lhe uma recompensa por eles e um encorajamento para os filhos dos profetas para andarem nos passos de seu zelo e fidelidade, e, custasse o que custasse a eles, testemunharem contra as corrupções da era em que viviam.
2. Ele olhou para baixo, para o presente estado de escuridão e degeneração da igreja, e quis dar uma prova muito perceptível de outra vida após esta, e direcionar os corações dos poucos fiéis para cima, em sua direção, e na daquela outra vida. 3. Ele olhou adiante para a dispensação evangélica, e, no translado de Elias, deu um tipo de figura da ascensão de CRISTO e da abertura do reino dos céus para todos os crentes. Elias tinha, pela fé e pela oração, convivido muito com os céus, e agora ele é levado para lá, para nos assegurar que, se tivermos comunhão com os céus, enquanto estivermos aqui na Terra, em breve estaremos lá, a alma (o ser humano) será feliz lá, e para sempre.
II
Que Eliseu tinha determinado, enquanto continuasse na Terra, apegar-se a ele, e não deixá-lo. Elias parecia querer livrar-se dele, o teria deixado para trás em Gilgal, em Betel, em Jericó (vv. 2,4,6). Alguns pensam em humildade. Ele sabia o que a glória de DEUS tinha designado para ele, mas não parecia se orgulhar disso, nem desejava que isto fosse visto pelos homens (os favoritos de DEUS não desejam ter proclamado diante deles que eles são assim, como os favoritos dos príncipes terrestres fazem), ou que ainda isto fosse para testá-lo, e fazer sua adesão constante a ele a mais recomendável, como Noemi persuadindo Rute que voltasse. Em vão Elias lhe pede para que permaneça aqui ou ali. Ele decide não ficar em lugar nenhum abandonando o seu senhor, até ele ir para os céus, e deixá-lo para trás nesta Terra. “Não importa o que aconteça, te não deixarei;” E por que isto? Não somente porque ele o amava, mas:
1. Porque ele desejava ser edificado por sua convivência santa e divina por todo o tempo em que ele permanecesse na terra. Isto tinha sido sempre lucrativo, mas, nós podemos supor, que agora fosse mais do nunca. Nós devemos fazer uns aos outros todo bem espiritual que pudermos, e conseguir reciprocamente tudo o que pudermos, enquanto estivermos juntos, porque nós estamos juntos apenas por um pouco de tempo.
2. Porque ele desejava ter certeza no que se referia à sua partida, e vê-lo quando ele fosse levado, para que sua fé fosse confirmada e seu conhecimento do mundo invisível aumentado. Ele tinha seguido Elias por muito tempo, e não o deixaria agora quando esperava pela partida abençoada. Que aqueles que seguem a CRISTO não fracassem pelo cansaço no final.
III
Que Elias, antes de sua partida, visitou as escolas dos profetas e despediu-se deles. Parece que havia muitas escolas de profetas em muitas cidades de Israel, provavelmente até mesmo na própria Samaria. Aqui nós encontramos filhos dos profetas, e um considerável número deles, mesmo em Betel, onde um dos bezerros foi erigido, e em Jericó, a qual foi mais tarde construída em desafio a uma maldição divina. Em Jerusalém, e no reino de Judá, eles tinham sacerdotes e levitas, e o serviço do templo, cuja falta, no reino de Israel, DEUS graciosamente supriu com aquelas escolas, onde os homens eram treinados e empregados na prática da religião e devoção, e às quais pessoas boas recorriam para solenizar as festas previstas com oração e o ouvir, quando eles não tinham locais próprios para sacrifícios ou incensos, e assim a religião era mantida num tempo de apostasia geral. Havia muito de DEUS entre esses profetas, e mais eram os filhos da desolada do que os filhos da mulher casada. Nenhum dos grandes sacerdotes era comparável àqueles dois grandes homens, Elias e Eliseu, os quais, até onde sabemos, nunca ministraram no templo de Jerusalém. Estes seminários de religião e virtude, cuja fundação é provável que tenha ocorrido por iniciativa de Elias, ele agora visita, antes de sua partida, para instruí-los, encorajá-los, e abençoá-los. Note: Aqueles que estão indo para os céus devem se preocupar com aqueles que vão deixar para trás na Terra, e devem deixar com eles suas experiências, testemunhos, conselhos e orações (2 Pe 1.15). Quando CRISTO disse, com triunfo: Eu já não estou mais no mundo, ele acrescentou, com ternura: Mas eles estão. Pai, guarda-os.
IV
Que os filhos dos profetas tinham conhecimento (ou pelo próprio Elias, ou pelo espírito da profecia em alguns de seu próprio convívio), ou suspeitaram pela solenidade da despedida de Elias, que ele seria logo removido. E:
1. Eles contaram isso a Eliseu, tanto em Betel (v. 3) quanto em Jericó (v. 5): Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? Isto eles disseram não o censurando pela perda, ou esperando que quando seu mestre tivesse ido ele se colocasse no mesmo nível que eles, mas para mostrar quão ocupados estavam com esse assunto e ansiosos por esse evento, e para prevenir Eliseu que se preparasse para a perda. Não sabemos que nossas mais próximas relações, e mais queridos amigos, devem em breve ser levados de nós? O Senhor os tomará. Nós os perdemos quando Ele, a quem pertencem, os chame, pois é aquele que tira e ninguém pode impedir. Ele leva embora tanto os superiores a nós quanto os inferiores, e também os que estão no mesmo nível que nós. Por isso, cumpramos cuidadosamente o dever de cada relacionamento, para que possamos refletir sobre ele com conforto quando vier a ser dissolvido. Eliseu sabia disso muito bem, e o seu coração se encheu de tristeza com esta notícia (como os discípulos em um caso similar, João 16.6), e por essa razão ele não precisava ouvir falar disso, não estava interessado em ouvir falar do assunto, e não seria interrompido em suas contemplações acerca desta grande preocupação, nem seria levado a interromper o serviço que prestava ao seu mestre: Também eu bem o sei; calai-vos. Ele não fala com raiva, ou com desprezo aos filhos dos profetas, mas como alguém que estava bem e os queria acalmar e tranquilizar, e que estava, com um silêncio terrível, esperando o evento: Também eu bem o sei; calai-vos (Zc 2.13).
2. Eles próprios foram para serem testemunhas à distância, embora não pudessem assistir de perto (v. 7): Cinquenta homens dos filhos dos profetas pararam de longe, tentando satisfazer sua curiosidade, mas DEUS assim ordenou, que eles deviam ser testemunhas oculares da honra que o céu concedeu àquele profeta, o qual era desprezado e o mais indigno entre os homens. Os trabalhos de DEUS são muito merecedores de nossa atenção, quando uma porta é aberta no céu o chamado é: Sobe aqui, sobe e veja.
V
Que a abertura milagrosa do rio Jordão foi o preâmbulo para a passagem de Elias para a Canaã celestial, como tinha sido para a entrada de Israel na Canaã terrena (v. 8). Ele devia ir para o outro lado do Jordão para ser transladado, porque lá era a sua terra natal e porque ele devia estar próximo ao lugar em que Moisés morreu, e para que assim a honra pudesse ser colocada na parte do país que era mais desprezada. Ele e Eliseu podiam ter cruzado o Jordão em uma balsa, como outros faziam, mas DEUS iria engrandecer Elias em sua saída como fez com Josué em sua entrada, pela divisão deste rio (Js 3.7). Como Moisés dividiu o mar com a sua vara, assim Elias dividiu o Jordão com seu manto, ambos, vara e manto, sendo os emblemas — os distintivos de seu ofício. Estas águas que antes cederam à arca, agora cederam ao manto do profeta, manto que, para aqueles que careciam da arca, era um sinal equivalente da presença de DEUS. Quando DEUS levar os seus fiéis para o céu, a morte é o Jordão que, imediatamente antes de sua passagem, eles deverão atravessar, e eles encontrarão um caminho através dele, um caminho seguro e confortável. A morte de CRISTO dividiu as águas para que os resgatados de DEUS possam passar. Onde está, ó morte, o teu aguilhão, a tua ferida, o teu terror?
 
2 Reis 2:9-12 - Elias É Arrebatado, e Eliseu Lamenta - Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry
Aqui:
I
Elias cumpre seu desejo, e deixa Eliseu como seu herdeiro, agora o ungindo para que seja profeta em seu lugar, mais do que quando lançou a sua capa sobre ele (1 Reis 19.19).
1. Elias, estando grandemente satisfeito com a constância da afeição e da atenção de Eliseu, lhe fez uma pergunta sobre o que ele deveria realizar para ele, que bênção deveria deixar para ele ao partir. Elias não diz (como o bispo Hall observa): “Pede-me o que queres que te faça quando eu tiver ido, no céu eu estarei mais apto a te favorecer”, mas: “Pede-me antes que eu vá”. Podemos falar com nossos amigos na Terra, e eles podem nos responder, mas não temos acesso a nenhum amigo que esteja no céu, a não ser CRISTO, e DEUS nele. Abraão nos não conhece.
2. Eliseu, tendo esta justa oportunidade de se enriquecer com as melhores riquezas, roga por uma porção dobrada de seu espírito. Ele não pede por riquezas materiais, nem por honra, nem ausência de problemas, mas pede para estar qualificado para o serviço de DEUS e de sua geração. Ele pede: (1) Pelo ESPÍRITO, não que Elias tivesse capacidade de conceder os dons e as graças do ESPÍRITO. Por essa razão ele não diz: “Dê-me o ESPÍRITO” (ele sabia muito bem que isso era dom de DEUS), mas: “Peço-te que ele esteja sobre mim, intercede junto a DEUS por mim nesse sentido”. CRISTO disse a seus discípulos que pedissem o que quisessem, não alguma coisa, mas tudo, e prometeu enviar o ESPÍRITO, com muito mais autoridade e certeza do que poderia Elias. (2) Por seu espírito, porque ele deveria ser um profeta em seu lugar, continuar seu trabalho, para gerar os filhos dos profetas e encarar os inimigos deles, porque ele deveria encontrar as mesmas dificuldades e lidar com a mesma geração perversa, de maneira que, se ele não tiver seu espírito, não terá força suficiente para enfrentar a tarefa. (3) Por uma porção dobrada de seu ESPÍRITO. Ele quer dizer o dobro do que tinha Elias. É uma ambição sagrada procurar com zelo os melhores dons, e aqueles que nos tornarão mais úteis a DEUS e a nossos irmãos. Note: Nós todos, tanto ministros quanto povo, temos que colocar diante de nós os exemplos de nossos predecessores, trabalhar a exemplo do espírito deles, e ser sérios com DEUS buscando a graça que os conduziu em seu trabalho e os habilitou a cumpri-lo.
3. Elias prometeu-lhe o que ele pediu, mas sob duas condições (v. 10). (1) Contanto que ele valorizasse e estimasse isto muito: isso ele o ensina a fazer ao chamá-lo coisa dura, não tão difícil para DEUS realizar, mas muito grande para ele esperar. Aqueles que estão mais preparados para as bênçãos espirituais são aqueles mais sensíveis ao quanto elas valem e à sua própria indignidade para recebê-las. (2) Contanto que ele se mantivesse próximo a seu senhor, até ao final, e fosse o observasse: Se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, do contrário, não. Uma atenção diligente às instruções de seu senhor, e uma observação cuidadosa de seu exemplo, principalmente agora nesta última cena, eram a condição e seriam um meio adequado de obter muito de seu espírito. Observar cuidadosamente a maneira de sua ascensão seria também de grande utilidade para ele. Os confortos dos santos que partiram, e suas experiências, ajudarão poderosamente tanto a dourar nossos confortos quanto a fortalecer nossas resoluções. Ou, talvez, isto fosse planejado apenas como um sinal: “Se DEUS te favorecer tanto a ponto de fazer com que me vejas quando eu ascender, aceita isso como um sinal de que Ele fará isso para você, e confia nisso.” Os discípulos de CRISTO o viram ascender e, por causa disso, tiveram certeza de que, em pouco tempo, seriam preenchidos por seu ESPÍRITO (At 1.8). Podemos supor que depois disso Eliseu orou seriamente: Senhor, Mostra-me esse sinal para bem.
II
Elias é levado ao céu num carro de fogo (v. 11). Como Enoque, ele foi trasladado, para não ver a morte. E foi (como Cowley o expressa) o segundo homem que saltou o fosso no qual todo o resto da humanidade caiu e ele não foi para o céu descendo. Muitas perguntas curiosas poderiam ser feitas sobre este assunto, mas não poderiam ser respondidas. Que nos baste a informação que temos aqui sobre:
1. O que o seu Senhor, quando chegou, o encontrou fazendo. Ele estava conversando com Eliseu, instruindo-o e encorajando-o, orientando-o em seu trabalho, e estimulando-o, para o bem daqueles que ele deixava para trás. Ele não estava meditando ou orando, como alguém completamente enlevado pelo mundo para o qual estava indo, mas como alguém dedicado à pregação, como alguém preocupado com o reino de DEUS entre os homens. Nós nos enganamos se pensamos que nossa preparação para os céus é feita apenas pela contemplação e os atos de devoção. A utilidade que representamos para os outros nos será cobrada como qualquer outra coisa. Pensar em coisas divinas é bom, mas falar delas (se isso vier do coração) é melhor, porque é para a edificação (1 Co 14.4). CRISTO ascendeu ao céu enquanto estava abençoando seus discípulos.
2. Que escolta seu Senhor lhe enviou — um carro de fogo, com cavalos de fogo, o qual apareceu ou descendo sobre eles das nuvens ou (como pensa o bispo Patrick) correndo na direção deles por sobre o chão: nesta forma os anjos apareceram. As almas de todos os fiéis são carregadas por uma invisível guarda de anjos para dentro do seio de Abraão. Mas, tendo Elias carregado seu corpo consigo, esta guarda celestial tornou-se visível, não numa forma humana, como de costume, embora eles pudessem tê-lo carregado em seus braços, ou o levado como nas asas de uma águia, mas isto seria carregá-lo como a uma criança, como a um cordeiro (Is 40.11,31). Eles aparecem na forma de um carro e cavalos, para que ele pudesse conduzir com pompa, para que pudesse conduzir em triunfo, como um príncipe, como um vencedor, sim, mais do que vencedor. Os anjos são chamados na Escritura de querubins e serafins, e a aparência deles aqui, embora possa parecer estar abaixo de sua dignidade, corresponde a ambos os nomes. Pois (1) Serafim significa flamejante, e diz-se que DEUS faz deles um fogo abrasador (Sl 104.4). (2) Querubim (na opinião de muitos) significa carruagens, e eles são chamados de os carros de DEUS (Sl 68.17), e diz-se que Ele montou num querubim (Sl 18.10), aos quais talvez exista uma alusão na visão de Ezequiel de quatro seres viventes, e rodas, como cavalos e carros. Na visão de Zacarias eles também são representados assim (Zc 1.8; 6.1. Compare com Apocalipse 6.2ss.). Veja a prontidão dos anjos para fazerem a vontade de DEUS, mesmo nos serviços mais desprezíveis, para o bem daqueles que devem ser herdeiros da salvação. Elias devia mudar-se para o mundo dos anjos, e por essa razão, para mostrar quão desejosos eles estavam de sua companhia, alguns deles viriam buscá-lo. O carro e os cavalos apareceram como fogo, não por queimar, mas pelo brilho, não para torturá-lo ou consumi-lo, mas para tornar sua ascensão notável e ilustre aos olhos daqueles que ficaram de longe para vê-la. Elias tinha queimado com zelo santo por DEUS e por sua honra, e agora, com o fogo sagrado ele foi refinado e trasladado.
3. Como ele foi separado de Eliseu. Este carro os separou. Note: Os mais queridos amigos devem partir. Eliseu tinha afirmado que não o deixaria, mas agora ele é deixado para trás por Elias.
4. Para onde ele foi carregado. Ele subiu ao céu num redemoinho. O fogo tende a subir. O redemoinho ajudou a carregá-lo através da atmosfera, para fora do alcance da força magnética da terra, e então, quão suavemente ele ascendeu através do puro éter para o mundo dos espíritos sagrados e abençoados que nós não podemos conceber.
“Mas onde ele parou nunca se saberá,
Até que a Natureza Fênix, envelhecida,
Aspire tornar-se um ser melhor,
Subindo ela mesma, como ele, para a eternidade em fogo.”
Cowley.
Uma vez Elias, em aflição, tinha desejado morrer. Mas DEUS foi tão gracioso com ele a ponto de não apenas não aceitar seu pedido na ocasião, mas de honrá-lo com este privilégio singular, de que ele nunca veria a morte. E por este exemplo, e por aquele de Enoque: (1) DEUS mostrou como os homens deveriam deixar o mundo se não tivessem pecado, não pela morte, mas pela trasladação. (2) Ele concedeu um vislumbre daquela vida e imortalidade que são trazidas à luz pelo evangelho, da glória reservada para os corpos dos santos, e da abertura do reino dos céus para todos os crentes, como então ocorreu para Elias. Isso também foi uma figura da ascensão de CRISTO.
III
Eliseu comovido lamenta a perda do grande profeta, mas o assiste com um elogio (v. 12).
1. Ele viu isto. Assim ele recebeu o sinal pelo qual lhe fora garantida a concessão de seu pedido por uma dupla porção do espírito de Elias. Ele olhou fixamente para o céu, de onde ele esperava receber aquele dom, como os discípulos fizeram em Atos 1.10. Ele viu por um momento, mas a visão foi prontamente tirada de sua vista. E nunca mais o viu.
2. Ele rasgou suas próprias roupas, como sinal da noção que tinha de sua própria perda e da de todos. Embora Elias tivesse ido triunfantemente para o céu, este mundo não podia dar-se ao luxo da sua ausência, e por isso sua remoção devia ser muito lamentada pelos sobreviventes. Sem dúvida, os corações daqueles cujos olhos estão secos são duros, quando DEUS, ao levar embora homens úteis e leais, pede choro e lamentação. Embora a partida de Elias tenha aberto o caminho para a eminência de Eliseu, especialmente desde que ele estava agora seguro da dupla porção de seu espírito, ele lamentou a perda de Elias, porque o amava, e poderia tê-lo servido para sempre.
3. Ele falou de Elias de forma muito honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar sua ausência. (1) Ele próprio tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai. Ele viu sua própria condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, e lamentou isto da forma adequada. Quando CRISTO deixou seus discípulos, não os deixou órfãos (Jo 14.15), mas Elias teve que fazê-lo. (2) O público tinha perdido seu melhor guardião. Ele era os carros de Israel, e os seus cavaleiros. Ele teria levado todos para os céus, como nesse carro, se não fosse por culpa deles mesmos. Eles não usavam carros e cavalos em suas guerras, mas Elias era para eles, por seus conselhos, reprovações, e orações, melhor do que a mais poderosa força de carros e cavalos, e evitou os julgamentos de DEUS. Sua partida foi como a derrota de um exército, uma perda irreparável. “Seria melhor ter perdido todos os nossos homens de guerra do que ter perdido esse homem de DEUS.”
 
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
-------------------------------------------------------------------------------------
 
 
CAPÍTULO 2 - (896 a.C.) - EXPOSITOR BÍBLIA THEWORD
 
 
A REVELAÇÃO DE TRADUÇÃO DE ELIAS
E sucedeu que, quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias partiu de Gilgal com Eliseu. (Eliseu, já chamado de DEUS, agora tinha sido com Elias durante cerca de 10 anos. O "Gilgal" mencionado aqui não é a Gilgal perto de Jericó, mas sim um outro Gilgal que estava perto de Shiloh em Samaria.)
2 E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, peço-vos; porque o SENHOR me enviou a Betel. E Eliseu lhe disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E desceram a Betel. (Eliseu sabia que Elias estava prestes a ser tomada, mas, provavelmente, nesta fase, não como ele seria levado e, consequentemente, ele não vai deixar o grande profeta fora de sua vista.)
3 E os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; segurar-lhe a sua paz (como eles sabiam disso, não nos é dito!) .
4 E Elias lhe disse: Eliseu, fica comigo aqui, peço-vos; porque o SENHOR me enviou a Jericó. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. Então chegaram a Jericó (é a alma persistente quem colhe os benefícios do que CRISTO fez por nós no Calvário, e só a alma persistente [ Lc. 11: 5-13 ]) .
5 Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sua cabeça? E ele respondeu: Sim, eu o sei; segurar-lhe a sua paz.
6 E Elias lhe disse: Fica-te aqui, peço-vos, aqui; porque o SENHOR me enviou ao Jordão. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E eles dois continuou.
ELIAS DIVIDE O JORDÃO
7 E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.
8 Então Elias tomou a sua capa e a dobrou, e feriu as águas, e eles foram divididos cá e para lá, de modo que eles passaram ambos em seco (pelo Poder de DEUS, o rio Jordão aberto) .
A PORÇÃO DOBRADA
9 E aconteceu que, quando eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede o que devo fazer para você, antes de eu ser tirado de você. E disse Eliseu, peço-vos que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim (em essência, uma dupla porção do ESPÍRITO de DEUS, que estava sobre Elias) .
10 E ele disse: Você pediu uma coisa difícil (a palavra "difícil", em hebraico, significa "você fez uma grande reivindicação"; a ruína da Igreja moderna é que fazemos uma reivindicação muito menor, ou nenhuma afirmam em tudo, como crentes, a compreensão de que estamos servindo a um grande DEUS, devemos jogo uma grande reivindicação) : no entanto, se você me ver quando eu seja tomado de ti, assim será para vós outros; mas se não for, não deve ser assim. (A grande pergunta deveria ser, até mesmo para os crentes modernos, "O que você vê?" Não vemos o milagroso poder de DEUS, ou fazer outras coisas que vemos?)
A TRADUÇÃO DE ELIAS
11 E aconteceu que, indo eles andando e falando, eis que, apareceu um carro de fogo, com cavalos de fogo, e separou os dois pedaços; e Elias subiu ao céu num redemoinho (no original hebraico, que diz: "E Elias subiu em uma tempestade para os Céus", não há menção de um "redemoinho", dois apenas da descendência de Adão, Enoque e Elias, já passamos da terra para o céu sem morrer) .
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros (Elijah tinha sido a força de Israel) . E não o viu mais, e ele pegou suas roupas e as rasgou em duas partes (Elisha rasgando as roupas retrata o fato de que ele não é mais um aluno, mas agora o Profeta) .
ELISEU DIVIDE O JORDÃO
13 Também levantou o manto (a vestimenta exterior) de Elias, que dele caíra, e voltou, e parou à beira do Jordão (provavelmente onde ele e Elijah tinha cruzado que pouco tempo antes) ;
14 E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR DEUS de Elias? e quando feriu as águas, estas se dividiram de cá para lá, e Eliseu passou (o Senhor proclamou a Eliseu que Ele estava com ele, permitindo-lhe repetir último milagre de Elias, e, assim, deu-lhe a certeza de que Ele estaria com ele desde então em seu ministério profético) .
15 E quando os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó viram, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu faz. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra (eles reconheceram o poder de DEUS sobre ele) .
 
----------------------------------------------------------------------
 
I. Fim do Ministério de Elias até Jeú – 1:1 – 9:10. - Comentário Bíblico Moody
2 Reis 1
1:1. Revoltou-se Moabe. Este versículo ficaria melhor em I Reis 22:51-53, dando uma conclusão à passagem. Era muito comum que, com a morte de um monarca reinante, houvesse uma revolta. Mesa, o rei de Moabe, conforme descobertas arqueológicas, deixou uma inscrição (conhecida por Pedra Moabita), descrevendo sua revolta triunfante contra Acabe por causa da "opressão" do rei israelita sobre Moabe.
1) Fim do Ministério de Elias até Sua Trasladação. 1:1 - 2:11.
Esta seção, que inclui a narrativa da tentativa do Rei Acazias de prender Elias e a morte do rei, ensina diversas lições importantes. Mostra que é fatal abandonar a DEUS, que é necessário honrar o seu profeta e que o poder e proteção só se encontram na obediência à palavra profética dada por DEUS.
2. Acazias . . . adoeceu. A doença de Acazias foi provocada por uma queda da janela de um quarto no segundo andar. Ide, e consultai a Baal-Zebube. De acordo com as tabuinhas cuneiformes do alfabeto ugarita, este nome deve ser soletrado Baal-Zebul. Possivelmente a soletração foi modificada por algum copista para tornar o nome ridículo. O primeiro significa Baal da mosca. O outro, Baal da habitação, isto é, o deus da vida cananita, a principal divindade cananita. Acazias tentou sincretizar o culto a Baal com o culto a Jeová. Elias prova aqui que Baal não tem poder. Acabe, por seu lado, violara a aliança introduzindo o culto a Baal, substituindo a adoração ao Senhor pela idolatria. O pedido que Acazias fez de buscar um oráculo foi um desafio ao DEUS de Israel. Se sararei desta doença. Uma doença prolongada resultante da queda despertara a preocupação do rei, levando-o a procurar um oráculo.
3. O anjo do Senhor disse. Gênesis 22:15, 16 faz do "anjo do Senhor" e do Senhor a mesma pessoa. DEUS aceitou o desafio. Não há DEUS em Israel. A idolatria do povo excluíra DEUS dos seus corações.
4b. Sem falta morrerás. Um oráculo adverso indicava que pecado público e afastamento deliberado de DEUS deviam terminar com a morte.
4c. Elias partiu. Elias foi ao encontro dos mensageiros do rei.
5. E os mensageiros voltaram para o rei. Os mensageiros, tendo se encontrado com Elias e recebido a sua mensagem, imediatamente retornaram para o rei, isto é, para Acazias – para Samaria. A idolatria tinha de tal forma obscurecido seus corações que não reconheceram a intervenção divina através de Elias.
6. Um homem nos subiu ao encontro. Os mensageiros fielmente repetiram as palavras de Elias a Acazias.
7. Qual era a aparência do homem? Não tendo se esquecido das aventuras de Acabe com Elias, Acazias conjeturou que Elias estava agindo novamente.
8. É Elias, o tisbita. A descrição de Elias confirmou suas conjecturas. As vestes de Elias eram características dos pregadores do arrependimento. Um ministério de arrependimento era oportuníssima naquele período de apostasia em Israel (cons. Mc. 1:6, 7).
9. Então lhe enviou o rei. A segunda fase desta luta entre o Senhor e Baal começou então. Acazias pretendia castigar Elias pelo insulto. Homem de DEUS... Desce. A maneira de tratar era desrespeitosa. O soldado não compreendia que o tratamento desonrava a aliança porque desonrava o profeta de DEUS.
10. Elias ... respondeu. O desacato do capitão teria de resultar em morte. É com muita frequência que o "mundo" trata os servos de DEUS do mesmo modo. O pecado e o mundo cegam os olhos dos homens. Fogo desceu do céu, e o consumiu. O Senhor DEUS confirmou a palavra de Elias e comprovou-se vitorioso no conflito.
11. Outro capitão de cinquenta. Na segunda tentativa de apanhar Elias, o rei aumentou o seu pecado acrescentando a palavra depressa.
12. Veja o versículo 10. O pecado ainda não tinha dominado essa gente.
13, 14. Indo ele, pôs-se de joelhos. O terceiro capitão, percebendo ou não o significado dos acontecimentos, convenceu-se da posição e poder profético de Elias e o tratou com o devido respeito. Ele disse, com efeito, "eu sou apenas o servo do rei, cumprindo o meu dever; por isso, por favor, conceda-me a honra de vir comigo à presença do rei".
15. O anjo . . . disse a Elias. O poder do rei era vão. Elias não devia temer Acazias, pois o Senhor defenderia o Seu profeta.
16. E disse a este. Elias repetiu a primeira mensagem já transmitida aos mensageiros.
17. Assim, pois, morreu. A palavra de DEUS nunca é enunciada em vão (veja E.R. Thiele, Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, pág. 61). Jorão . . . começou a reinar no seu lugar . . . porquanto Acazias não tinha filho. Um irmão (cons. 8:16) de Acazias subiu ao trono (cons. 3:1; 1 Reis 22: 51). O reinado de Acazias, de pouco mais de um ano, foi curto demais mais para que ele gerasse um herdeiro. No ano segundo de Jeorão. Jorão de Israel veio a ser rei no décimo oitavo ano de Josafá e no segundo ano de Jeorão, reis de Judá. Nessa ocasião havia uma corregência em Judá (cons. 3:1. Veja Introdução, Cronologia).
 
 
A Trasladação de Elias. 2:1-11
1. Em relação ao período em que se deu este acontecimento, veja I Reis 22:51; II Reis 3:1; 1:17. A trasladação de Elias obviamente ocorreu depois da morte de Acazias. Um redemoinho. Inserção retrospectiva. Nessa ocasião só se sabia da possibilidade da trasladação de Elias (2:3, 5). Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. O hebraico diz desceu. Gilgal fica acima de Betel e está em Efraim perto de Siló, a moderna Jiljilyeh. Em Amós 4:4 e Os. 4:15 ela foi citada junto com Betel, como centro de falsa adoração a DEUS.
2. Fica-te aqui. Apesar da exortação, Eliseu declarou que ele iria com Elias, que ia agora voltar as três escolas de profetas para fortalecê-las contra a invasão do culto a Baal. A existência dessas escolas indica que os profetas estavam organizados em uma espécie de associação. Agora Elias começou a testar- a vocação pessoal de Eliseu para o ofício de profeta.
3. Os discípulos dos profetas que estavam em Betel. Estudantes e seguidores dos profetas de DEUS, exercendo ministério sob a supervisão deles. Sabes ... ? DEUS revelara a Elias que logo teria de partir. E Elias transmitira a revelação a fim de preparar Eliseu e os discípulos dos profetas para a sua partida. Tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça. Eliseu ia perder seu mestre e líder. Calai-vos. Isto é, "submetam-se à vontade de DEUS e não aumentem meu fardo de tristeza". Não devemos tentar reter aqueles que DEUS chama, mas regozijarmo-nos com a entrada deles na Sua presença.
4. Veja versículo 2 com a mesma pergunta e resposta.
5. Jericó. Veja versículos 1-3. A esta altura parece que DEUS tinha o propósito definido de apresentar Eliseu como sucessor de Elias (cons. v.3), qualificado para liderar a oposição à falsa adoração e deter sua expansão entre o povo.
6. Cons. versículos 2,4. A constância de Eliseu tomou« evidente. Veja o versículo 9 abaixo sobre o que deveria estar se passando em sua mente.
7. Cinquenta homens . . , pararam a certa distância. Um grupo dos discípulos dos profetas seguia os dois e observava o que acontecia junto ao Jordão, provavelmente de uma ribanceira acima deles.
8. Elias tomou o seu manto. A vocação de Eliseu (I Reis 19:19) fez do manto de Elias um símbolo do ofício profético; aqui ele foi um símbolo do poder de DEUS (cons. a vara de Moisés, Êx. 17:9).
9. Pede-me o que queres que eu te faça. Elias abriu a porta da sucessão profética. Porção dobrada. Comparando com Dt. 21:17 indica que Eliseu pedia para ser o herdeiro - o sucessor. Veja Hb. 3:5, 6 com referência ao treinamento na "filiação" para qualificação, a fim de desempenhar um ofício em questão.
10. Dura coisa. O favor pedido não pertencia a Elias conceder. Se me vires quando for tomado de ti. O sinal pelo qual Eliseu saberia que seu pedido fora atendido. Se Eliseu tivesse a coragem de presenciar a trasladação de Elias, e a compreensão espiritual para entender o significado da partida do homem mau velho, seria o sucessor.
11. Indo eles andando. Enquanto andavam do outro lado do Jordão. O redemoinho (tempestade, seara, com nuvens negras e relâmpagos) e o carro de fogo com cavalos de fogo eram símbolos do poder de Jeová na batalha (cons. Is. 31:1; 34:8, 9; Êx. 14:9, 17; I Reis 10:29; Sl. 104:3, 4). Elias subiu na tempestade para a presença do Senhor, não no corro. Veja também Ml. 4:5, 6; Mt. 11:14.
 
 
 
--------------------------------------------------------------------
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Todo início tem um fim. Terminar a carreira possuindo mais conquistas do que derrotas é um alvo a ser alcançado.
SÍNTESE DO TÓPICO II - DEUS está pronto para conceder os pedidos que fazemos a Ele, basta que tenhamos intimidade e fidelidade para com o Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Quando somos escolhidos por DEUS para realizar uma grande obra, Ele nos legitima diante de todos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Utilizando uma técnica didática denominada “Tempestade Cerebral”, proponha à classe a seguinte questão: O que significa “porção dobrada do espírito de Elias”?
Como funciona a técnica? O professor fará a pergunta e cada aluno, um após o outro, deverá respondê-la imediatamente sem ter o tempo suficiente para estruturar ou ordenar logicamente a resposta. As ideias serão captadas em estado nascente. A partir do uso desta técnica o professor avaliará o nível de conhecimento da classe acerca do assunto. A seguir, coloque no quadro a resposta abaixo, avaliando-a com eles.
No contexto do Antigo Testamento, geralmente, o sucessor das funções familiares era o primogênito. O sucessor tinha direito a porção dobrada da herança deixada aos outros filhos (Dt 21.17). O que Eliseu estava pedindo a Elias era para ser seu sucessor no ministério profético.
 
CONHEÇA MAIS TOP2
“Eliseu seguira Elias durante muito tempo, e não o abandonaria neste momento em que aguardava a benção de sua partida. [...] As águas do Jordão anteriormente cederam diante da arca; agora, perante o manto do profeta, como um sinal da presença de DEUS. Quando DEUS leva os seus fiéis ao céu, a morte representa o Jordão que eles devem cruzar, e encontram um caminho por onde devem passar. A morte de CRISTO dividiu as águas para que passem os redimidos do Senhor. Onde está, ó morte, o teu aguilhão, o dano que podes causar, o teu terror?” Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 297
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2
“Os filhos dos profetas (ver 1 Rs 20.35 nota) pelo que parece, concentravam-se em três locais principais: Gilgal, Betel e Jericó (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo dirigente (vv.1,15).
A amizade sincera e a comunhão na igreja sempre resultam em bênçãos extraordinárias para a obra de DEUS.
[...] O termo ‘porção dobrada’ significa também ao dobro do poder espiritual de Elias; e ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. DEUS atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).
SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3
“[...] Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24),sem experimentar a morte. (1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque, da obra, do caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento, vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque e Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).
“2 Rs 2.9 DEUS concedeu o pedido de Eliseu porque os motivos de Eliseu eram puros. O objetivo principal de Eliseu não era ser melhor ou mais poderoso do que Elias, mas realizar mais para DEUS. Se nossos motivos forem puros, não teremos que ter medo de pedir grandes coisas a DEUS; pelo contrário, devemos estar dispostos a pedi-las. E quando pedirmos que DEUS nos dê grande poder ou habilidade, precisamos examinar nossos desejos e nos livrar de qualquer egoísmo que encontrarmos.
2 Rs 2.11 Elias foi levado para o céu sem morrer. Ele é a segunda pessoa mencionada nas Escrituras a ter essa honra. Enoque foi a primeira (Gn 5.21-24). Pode ser que os demais profetas não tenham visto DEUS tomar Elias porque poderiam ter dificuldades em acreditar no que veriam. Seja qual for o caso, eles quiseram procurar Elias (2 Rs 16-18). A falta de qualquer traço físico do profeta iria confirmar o que havia acontecido e fortalecer a fé destes homens. A única pessoa levada ao céu em forma corpórea foi o Senhor JESUS, depois de sua ressureição (At 1.9)” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.753).
 
OBJETIVO GERAL - Descrever o fim da trajetória de Elias e o começo do ministério de Eliseu.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expor o final do ministério de Elias;
Destacar o pedido destemido de Eliseu;
Registrar a concretização do início do ministério de Eliseu.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Converse com seus alunos sobre a importância de se ter um sucessor ministerial, e que esse sucessor seja confirmado por DEUS. A Bíblia diz que Eliseu ficou com o manto utilizado por Elias (2 Rs 2.13). Quando Elias foi levado ao céu, DEUS começou a confirmar o ministério de Eliseu através da operação de muitos milagres (2 Rs 2.13-25). Em toda Bíblia, com exceção de JESUS, nenhuma outra pessoa teve tantos milagres registrados por intermédio de seu ministério quanto Eliseu. Peça a seus alunos para fazerem uma lista dos milagres de Eliseu, e destacarem o modo de DEUS agir em cada um deles.
 
PONTO CENTRAL - Devemos nos espelhar em pessoas que possuem as características de um fiel servo de DEUS
 
PARA REFLETIR- A respeito de “Elias e Eliseu, seu Sucessor”, responda:
O que realmente Eliseu estava querendo de Elias quando pediu porção dobrada do seu espírito? Eliseu estava pedindo para ser herdeiro de Elias, para ficar no lugar dele como profeta. Ele também pediu para ter o espírito ou atitude de Elias porque queria a mesma coragem e zelo pela verdadeira adoração (1 Reis 19.13,14).
O que nos ensina o fato de as profecias de Elias serem cumpridas a curto prazo, diferente de outros profetas? Isso nos ensina que a grandeza de um profeta não é medida somente pelo tempo do cumprimento de suas profecias, mas, principalmente, pela integridade e grandeza de sua alma.
De que maneira Eliseu terminou seu ministério? Honrado pelos que temiam ao Senhor e respeitado pelos inimigos de DEUS.
Qual foi a maior herança espiritual que Elias deixou para Eliseu? A sua capa, sua unção, isto é, a sua autoridade de profeta.
O que representou a capa de Elias para o ministério de Eliseu? Ela legitimou o ministério dele publicamente, ao tocar nas águas do Jordão e dividi-las para uma e outra banda (2 Rs 2.14).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 39.
 
 
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 10, Elias e o Verdadeiro Culto a Jeová, 3Tr24, com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
 
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 10
1- ISRAEL NO TEMPO DE ELIAS
1.1. Um período sombrio
1.2. Acabe e Jezabel, um casal distante de DEUS
2- AS CARACTERÍSTICAS DE ELIAS
2.1. Um profeta de fé, coragem e autoridade
2.2. Um profeta austero e solitário
2.3. Um profeta mantido por DEUS
2.3.1. O milagre na casa da viúva
3- OS GRANDES DESAFIOS NA VIDA DE ELIAS
3.1. O desafio de Jezabel
3.2. O desafio do monte Carmelo
3.2.1. A grande lição da batalha no Carmelo
3.3. O desafio de ungir novos líderes
3.4. O desafio da morte
4- ELIAS NO NOVO TESTAMENTO
4.1. Elias e João Batista
4.2. Elias e JESUS
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Reis 17.1-9
1-  Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, DEUS de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2-  Depois, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
3-      Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4-      E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.5-      Foi, pois, e fez conforme a palavra do Senhor, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
6-      E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
7-      E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.
8-      Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9-      Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
 
 
TEXTO ÁUREO
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Tiago 5.17,18
 
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Tiago 5.17,18 O poder da oração de Elias
3ª feira - 1 Timóteo 4.1 A apostasia dos últimos tempos
4ª feira - Salmo 1.1,2 A verdadeira felicidade
  feira - Mateus 26.36 JESUS ora no Getsêmani
6ª feira - Hebreus 2.3,4 O perigo da negligência
Sábado - Marcos 16.20 A pregação da Palavra confirmada por sinais
 
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- entender que DEUS, ainda hoje, chama pessoas para se­ rem Suas porta-vozes no mundo;
- conscientizar-se de que a dependência de DEUS exige um elevado preço; no entanto, possui peso eterno de glória mui excelente;
- perceber que, para DEUS operar por nosso intermédio, nosso altar precisa estar em ordem;
levar a sua fé pessoal às últimas consequências, em renúncia e consagração.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Querido professor, Elias ficou conhecido como o profeta com­ prometido com o verdadeiro culto a Jeová. Sua pregação e ministério foram dirigidos ao combate a Baal, o principal deus do panteão fenício-cananeu, adorado como divindade suprema. A Bíblia não fornece um amplo relato sobre o passado do pro­ feta nem mesmo sobre sua origem familiar. O ministério de Elias ficou marcado por sua firmeza e coragem no combate à idolatria e pelas perseguições que sofreu da perversa Jezabel e seu marido, o rei Acabe. Por seu intermédio, DEUS operou grandes milagres e produziu um grande avivamento em Israel. E muito importante que, nesta aula, seus alunos vejam em Elias uma grande referência de compromisso com o verdadeiro culto a DEUS e assumam o propósito de viver em santificação, renúncia e compromisso com as Escrituras Sagradas. Procure evidenciar que a tolerância a todo tipo de religiosidade falsa - como a adoração a Baal - cauterizam a mente, tornando-se um obstáculo à comunhão com o verdadeiro DEUS.
 
 
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Tiago 5.17,18 O poder da oração de Elias
3ª feira - 1 Timóteo 4.1 A apostasia dos últimos tempos
4ª feira - Salmo 1.1,2 A verdadeira felicidade
  feira - Mateus 26.36 JESUS ora no Getsêmani
6ª feira - Hebreus 2.3,4 O perigo da negligência
Sábado - Marcos 16.20 A pregação da Palavra confirmada por sinais
 
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- entender que DEUS, ainda hoje, chama pessoas para se­ rem Suas porta-vozes no mundo;
- conscientizar-se de que a dependência de DEUS exige um elevado preço; no entanto, possui peso eterno de glória mui excelente;
- perceber que, para DEUS operar por nosso intermédio, nosso altar precisa estar em ordem;
levar a sua fé pessoal às últimas consequências, em renúncia e consagração.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Querido professor, Elias ficou conhecido como o profeta com­ prometido com o verdadeiro culto a Jeová. Sua pregação e ministério foram dirigidos ao combate a Baal, o principal deus do panteão fenício-cananeu, adorado como divindade suprema. A Bíblia não fornece um amplo relato sobre o passado do pro­ feta nem mesmo sobre sua origem familiar. O ministério de Elias ficou marcado por sua firmeza e coragem no combate à idolatria e pelas perseguições que sofreu da perversa Jezabel e seu marido, o rei Acabe. Por seu intermédio, DEUS operou grandes milagres e produziu um grande avivamento em Israel. E muito importante que, nesta aula, seus alunos vejam em Elias uma grande referência de compromisso com o verdadeiro culto a DEUS e assumam o propósito de viver em santificação, renúncia e compromisso com as Escrituras Sagradas. Procure evidenciar que a tolerância a todo tipo de religiosidade falsa - como a adoração a Baal - cauterizam a mente, tornando-se um obstáculo à comunhão com o verdadeiro DEUS.
 
 
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
Elias nasceu em Tisbe, no território de Gileade (1 Rs 17.1). Ele exerceu seu ministério no Reino do Norte e foi contemporâneo dos reis Acabe (1 Rs 17.8-16) e Acazias (2 Rs 1.3,4), ficando conhecido como "o profeta do fogo", sobretudo por sua atuação no grande desafio aos profetas de Baal no monte Carmelo (1 Rs 18.20-40).
 
 
1- ISRAEL NO TEMPO DE ELIAS
1.1. Um período sombrio
A época de Elias remonta a um período em que Israel afastou-se do Senhor. O povo escolhido havia perdido a comunhão com o Divino e, mais uma vez, dado lugar à abominável prática da idolatria. A situação chegou ao ponto que muitos homens eram pagos para exercerem a atividade profética. É essencial reforçar que a Bíblia condena, de modo veemente, os falsos profetas (Mt 7.15}, os falsos irmãos (GI 2.4}, os falsos mestres (Mt 24.5) e as falsas doutrinas (Mt 15.9; 1 Tm 4.1).
 
SUBSÍDIO
"A adoração a BaaI em Israel foi o que, no final das contas, pôs fim aos Reinos do Norte e do Sul (2 Rs 17.16-23; Jr 2.1 - 3.25). O pecado que Acabe e Jezabel trouxeram à nação foi uma total rejeição ao DEUS vivo." (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a).
 
 
1.2. Acabe e Jezabel, um casal distante de DEUS
Acabe, o primeiro descendente da família de Onri, subiu ao trono de Israel em 874 a.C. O monarca desposou Jezabel filha de Etbaal, rei de Tiro e grande sacerdote de As taro te ( 1 Rs 16.31); entretanto, esse matrimônio trouxe grande infelicidade para a família real e para toda a nação
israelita. Pouco a pouco, Acabe foi submetendo-se aos caprichos da rainha que, sutilmente, impôs a Israel o culto a Baal; assim, em razão da idolatria e apostasia do povo, o juízo divino veio sobre aquela nação. Seca e fome castigaram a região por aproximadamente três anos e meio - conforme profetizado por Elias - e muitas pessoas morreram (1 Rs 17.1,7).
 
SUBSÍDIO
Acabe é lembrado como o pior rei de Israel. Entretanto, não há como negar a impiedade de sua esposa; tampouco se pode ocultar sua responsabilidade no desvio de Israel. A influência nefasta de Jezabel empurrou o povo de DEUS, aceleradamente, ao declínio e naufrágio espiritual.
 
 
2- AS CARACTERÍSTICAS DE ELIAS
Pouco se sabe sobre as origens de Elias, profeta cujo nome significa "Jeová é DEUS" ou "Jeová é meu DEUS". O texto bíblico o apresenta apenas como um tisbita (uma referência à cidade de Tisbe, localizada na região de Gileade, no antigo Israel) que surgiu na história de Israel quando a nação precisava de uma intervenção divina.
 
 
2.1. Um profeta de fé, coragem e autoridade
Elias possuía um caráter reto e uma personalidade marcante. Recusando-se a admitir tanto os falsos deuses, adorados pelo povo, como os falsos profetas de seu tempo, o profeta lutou contra toda forma de idolatria e sincretismo religioso. Elias defendeu, arduamente, o culto prestado somente ao verdadeiro, santo e poderoso DEUS, que honrou seus vaticínios em diferentes momentos, tais como:
• quando esteve à frente dele no anúncio da grande fome que viria sobre Israel (1 Rs 17.1);
• quando não deixou faltar farinha nem azeite na casa da viúva (1 Rs 17.14);
• quando fez descer fogo do céu sobre o monte Carmelo (1 Rs 18.36-38);
• quando fez voltar a chover sobre Israel (1 Rs 18.41; Tg 5.17,18).
 
 
2.2. Um profeta austero e solitário
Elias era uma pessoa de hábitos austeros que viveu muito tempo em completa solidão. A rigorosidade pessoal do profeta também podia ser vista em sua vestimenta característica - era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro (2 Rs 1.8) -, o que o tornou uma pessoa diferente das demais de seu tempo.
Algumas das experiências mais notáveis vivenciadas por personagens bíblicos - como J6 e Jeremias, por exemplo - ocorreram em períodos de solicitude. Elias buscou viver separado do mundo pecaminoso de sua época, o que lhe permitiu manter estreita comunhão com o Senhor; assim, ele recebeu autoridade espiritual para o exercício de seu ministério.
 
 
2.3. Um profeta mantido por DEUS
Elias aprendeu a depender de DEUS em cada circunstância da vida. Por exemplo, no episódio relacionado à seca do ribeiro de Querite, por meio do qual se deu uma extraordinária escassez de alimentos, ele não passou fome. O Senhor concedeu ao profeta a oportunidade de ser alimentado pela provisão de corvos (1 Rs 17.4); de uma viúva pobre (1 Rs 17.8,9); e do Anjo do Senhor (1 Rs 19.5-7). Depender de DEUS exige um alto preço, mas produz sublimes consequências. Se desejamos efetivamente depender dele. não podemos escolher nosso próprio caminho. Temos de acreditar que o Senhor nos conduzirá em qualquer circunstância.
 
 
2.3.1. O milagre na casa da viúva
O Senhor é poderoso para resolver vários problemas, concomitantemente. O milagre na casa da viúva abençoou Elias por um tempo, mas abençoou a viúva para sempre (1 Rs 17.8-16). Não podemos esquecer-nos de três elementos vitais nesse milagre:
• a ousadia de Elias em determinar que a mulher fizesse um bolo para ele primeiro (v. 13);
• a obediência da mulher em obedecer à palavra do profeta, ainda que parecesse insensata (v. 15);
• a lição de que DEUS não é apenas o Criador e Provedor, mas também o Multiplicador (v. 16).
 
 
3- OS GRANDES DESAFIOS NA VIDA DE ELIAS
Os editores do "Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento" apropriadamente pontuaram: "Para confrontar um homem tão perverso quanto Acabe, DEUS enviou alguém mais do que qualificado para a tarefa: o profeta Elias. Em suma, 1 Reis é a narrativa sobre um povo guiado para dois caminhos diferentes. É a história de reis bons e de reis maus, de profetas verdadeiros e de profetas falsos, de desobediência e de obediência a DEUS." (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a).
 
 
3.1. O desafio de Jezabel
Os adoradores de Baal acreditavam que ele detinha o controle sobre a natureza, era o responsável pela fertilidade dos animas e pela produtividade agrícola. Logo, seria ele o responsável por controlar as chuvas que permitiam a fertilidade da terra e as fartas colheitas no campo. Jezabel era uma mulher ímpia, temperamental e sem temor a DEUS. Ela ordenou a morte de todos os profetas do Senhor para que o falso deus, Baal, pudesse ser honrado e adorado em Israel (1 Rs 18.4). Além disso, ela ameaçou Elias de morte (1 Rs 19.2). Garantindo que não choveria durante três anos e meio 1 senão sob sua palavra, Elias desmoralizou Baal perante o rei e demonstrou que um profeta de DEUS é superior a qualquer pretensa divindade criada pelos homens (Tg 5.17 1 18).
 
 
3.2. O desafio do monte Carmelo
A batalha no monte Carmelo entre Elias e os profetas de Baal, que durante séculos tem sido lembrada como um testemunho da fidelidade e do poder de DEUS, desenrola-se do seguinte modo (1 Rs 18): Elias desafia os profetas de Baal e o rei Acabe a provarem quem é o verdadeiro DEUS: o Senhor ou Baal. O profeta, então, reconstrói o altar
do Senhor, que estava em ruínas, e o prepara com doze pedras, representando as doze tribos de Israel. Os profetas de Baal, por sua vez, invocam seu deus, realizando rituais e clamando por fogo para consumir o sacrifício, mas Baal, obviamente, não responde. Após o fracasso dos falsos profetas, Elias ora ao Senhor, que envia fogo do céu para consumir o sacrifício, o altar e até a água ao redor. Elias, por fim, ordena a execução dos profetas de Baal. que foram exterminados ao lado do ribeiro Quisom.
 
 
3.2.1. A grande lição da batalha no Carmelo
Antes mesmo do grande fracasso dos falsos profetas de Baal no monte Carmelo, Elias teve uma atitude espiritual indispensável: ele colocou o altar em ordem (v. 30); mandou cavar um rego e despejar bastante água sobre ele (v. 32); então, clamou ao Senhor (v. 36,37). Depois disso, desceu fogo do céu, que lambeu a água e consumiu o holocausto (v. 38). Isso nos deixa uma importante lição: para DEUS agir por nosso intermédio, é preciso que o altar da nossa vida esteja plenamente em ordem.
 
 
3.3. O desafio de ungir novos líderes
Às vezes, como Elias, achamos que apenas nós estamos realizando a obra de DEUS; porém, como o Senhor revelou ao profeta, existem muitos outros que também estão comprometidos com Ele. O profeta foi informado por DEUS de que existiam, pelo menos, sete mil fiéis, os quais não haviam se curvado diante de Baal (1 Rs 19.18). Elias recebeu a tríplice missão de ungir Hazael como rei sobre a Síria; Jeú como rei de Israel e Eliseu como profeta em seu lugar (1 Rs 19.15,16). Algum tempo depois, Acabe morreu em um combate em Ramote-Gileade e foi sucedido por seu filho Acazias (1 Rs 22.34-40).
 
 
3.4. O desafio da morte
O último e maior desafio vencido por Elias foi o da morte. Ele e Enoque foram os únicos preservados pelo Senhor de experimentar o golpe do perecimento físico. Somente DEUS sabe por que poupou esses dois homens (2 Rs 2.11); entretanto, a ausência de morte física talvez seja uma indicação de que o serviço realizado por ambos - em um tempo-espaço circunscrito - é, em última análise, parte de uma missão eterna inscrita no plano divino.
 
 
4- ELIAS NO NOVO TESTAMENTO
A presença e a influência de Elias no Novo Testamento são testemunhos da continuidade da revelação divina ao longo da história bíblica e da importância de sua mensagem profética. No Novo Testamento, o profeta é mencionado em Mateus (17.3), Marcos (6.15), Lucas (1.17), João (1.21), Romanos (11.2) e Tiago (5.17).
 
 
4.1. Elias e João Batista
Malaquias falou daquele que havia de preparar a vinda do Messias, referindo-se a João, mas aludiu ao ministério do profeta Elias (MI 3.1; 4.5). Certamente isso significa que João Batista possuía um ministério profético impactante como o de Elias (Lc 1.11-17; Mt 11.10,11,14).
 
 
4.2. Elias e JESUS
Elias apareceu, acompanhado de Moisés, no monte da Transfiguração, para um encontro com JESUS antes de Sua morte (Mt 17.1-13). Moisés representa a antiga aliança, a Lei, da qual foi o grande mediador e representante; Elias, os profetas, aqueles que trabalharam para que Israel mantivesse sua aliança com DEUS e anunciaram a vinda do Messias. Ao aparecerem juntos no monte, eles testemunharam, por antecipação, a exaltação de CRISTO e Sua nova aliança, infinitamente superior à antiga.
 
 
CONCLUSÃO
Esta lição nos permite destacar alguns preciosos ensinamentos, extraídos da vida de Elias:
• DEUS tomará providências para suprir as necessidades dos que lhe são fiéis (1 Rs 17);
• o Senhor confirma Suas palavras com ações soberanas e poderosas (1 Rs 18.36-46);
• em tempos de crise e de ruína, haverá demonstração do livramento divino (1 Rs 19.1-7).
 
 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Como era a sociedade na época de Elias?
R.: Totalmente desviado da presença de DEUS e idólatra.