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Escrita Lição 3, Betel, Não Farás Para Ti Imagem De Escultura: A Devoção E A Reverência Ao Único E Verdadeiro Deus, 4Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 3, Não farás para ti imagem de escultura – A Devoção e a Reverência ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
  

EBD Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, TEMA: OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical


ESBOÇO DA LIÇÃO 3
1- O SEGUNDO MANDAMENTO
1.1. Entendendo o segundo mandamento 
1.2. A proibição do mandamento 
1.3. A explicação do mandamento 
2- AVISOS E PROMESSAS
2.1. A iniquidade dos pais nos filhos 
2.2. A bênção para os que guardam os mandamentos
2.3. DEUS quer ser ouvido, não visto 
3- O CUIDADO COM AS IMAGENS
3.1. Fugindo da idolatria 
3.2. A idolatria da mente 
3.3. A imagem que DEUS aceita
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; DEUS zeloso é ele.” Êxodo 34.14
 
 
VERDADE APLICADA
Idolatria não é apenas adorar uma imagem, mas representa tudo aquilo que pode ocupar o lugar de DEUS em nossos corações.
 
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar o segundo mandamento.
Expor os avisos e promessas do segundo mandamento.
Ressaltar os cuidados com os ídolos e com a idolatria.
 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - ÊXODO 20.4-6
4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Êx 34.14 O Senhor é Zeloso.
TERÇA | Is 45.20 Imagem de escultura: deuses que não salvam.
QUARTA | Ez 16.38-43 A Justa Retribuição de DEUS.
QUINTA l Mt 22.37 O dever de amar o Senhor de todo o coração.
SEXTA | Mt 23.32-36 JESUS censura os ,escribas e fariseus.
SÁBADO | 2 Co 4.3-4 A luz do evangelho da glória de CRISTO.
HINOS SUGERIDOS: 173, 205, 227
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que nada ocupe o lugar de DEUS em seu coração.

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 3

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A Rainha dos céus

E deixaram todos os mandamentos do Senhor seu DEUS, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros; e fizeram um ídolo do bosque, e adoraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal.


2 Reis 17:16

Era o nome da DEUS que as mulheres de Israel cultuavam, esse culto ocorria com o apoio de seus maridos. Era lhe oferecido bolos, incensos libações como honra a essa entidade. Li e adorava o sol, a lua as estrelas nas ruas de Jerusalém e Judá.

  

Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum.

Jeremias 44:17

 

Alguns falam que a A rainha do céus era a deusa Istar, outro já  afirmam que é bem provável que seja uma deusa sumariana da fertilidade Inana, a  Istar Babilônica.

  

DEUS já havia proibido Israel de realizar esse culto, mas eles como sempre não deram ouvido a voz de seu criador. 

 

Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu DEUS repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus. 

Deuteronômio 4:19

 Entendesse que o povo de Israel adquiriu os hábitos de cultuar  os deuses dos povos vizinhos e até mesmo dos egípcios seus inimigos, pois adoravam a cultura dessas nações. Algo que nos primórdios da jornada de Jacó vemos Lia e Raquel lutando pelas mandrágora, uma planta usada para fazer feitiço para engravidar. E vemos Raquel, que quando saiu da casa de seu pai  no corre - corre  da fuga Jacó não viu que ela roubara os ídolos de seu pai. O que os levou a sofre muito e não entrar na terra prometida.

 

Pequena Enciclopédia  Bíblica

Editora: Instituto Bíblico das Assembleias de DEUS

Manual Bíblico - Ed. Nova Vida

Dicionário Bíblico Ed. Didática

 

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 O Legado de um Pai.


(partes das ideias foram tiradas de 
http://www.markmerrill.com/2010/06/14/a-fathers-legacy/ )


Muito, muito obrigado pela elevada honra de me convidarem, é também sincera alegria para mim e minha esposa, Valdenira, conhecermos esta família que aprendemos a amar há tantos anos através da internet e telefones e visitas do irmão Dante Moreira. Muito obrigado. Agradecemos a DEUS pela vida de Seu Zezo Carneiro e Sua esposa, Nita, dois dos primeiros crentes da região dos Cariris Novos no Ceará, que deixaram um grande impacto que se propaga até agora, conforme a biografia (há pouco traçada por Dante) de evangelistas e ajudadores na organização primeiramente de igrejas presbiterianas, depois de igrejas batistas regulares.

Senhores e senhoras presentes, que são (ou que brevemente esperam ser) pais e mães: Vocês já pensaram sobre o seu LEGADO ultimamente? No caso de vocês não terem pensado, vamos começar com o básico: O dicionário define legado como "Algo [inclusive, mas ultrapassando o material] passado a seus descendentes por alguém que já tenha deixado esta vida." Pais, eventualmente deixaremos aos nossos filhos o nosso legado, quer cause ele grande gratidão e orgulho por acharem que lhes deixamos a melhor reputação, o melhor impacto espiritual para eles e toda a região; ou seja nosso legado razoavelmente bom; ou mediano; ou abaixo da média; ou horrível e vergonhoso. O modo como vivemos hoje vai influenciar muitíssimo os nossos filhos e descendentes, por várias gerações. Deixem-me compartilhar com vocês duas histórias que demonstram o poderoso legado (bom ou mau) que os pais criam.


MAX JUKES e seus 540 descendentes até à 5ª geração:

Max Jukes nasceu no estado de Nova Iorque entre 1720 e 1740, e viveu uma vida sem DEUS [isto é, na prática vivia como se DEUS não existisse, mesmo que, se fosse perguntado, poderia dizer que achava que DEUS existia]. Viveu embrenhado nas florestas (viveu da caça, da pesca e do extrativismo), avesso ao trabalho continuado, trabalhando duro somente por curtos surtos e depois preguiçando e farreando até o dinheiro acabar. Tornou-se cego em sua velhice. Com seus amigos de farra, defendia o sexo livre, a ausência de leis ou a não observância delas, a ausência de educação formal e de responsabilidades.
Ainda jovem, casou-se com uma mulher que também vivia uma vida sem DEUS.
Ambos sempre recusaram deixar seus filhos ir à igreja, mesmo quando eles pediram para ir.
Dos 540 descendentes [sem contar os ilegítimos] da união, contando-se até à quinta geração (filhos, netos, bisnetos, trinetos, tetranetos), houve:

- 310 que morreram na maior miséria.     Desses,
    - 200 terminaram seus vivendo de esmolas ou em asilos de caridade.
- 150 foram criminosos.     Desses,
    - 76 foram julgados e condenados à prisão, em média por 13 anos.     Desses,
        - 7 foram assassinos, 60 foram ladrões e assaltantes.
- 18 viveram às custas de mulheres em bordéis.
- 100 foram bêbados contumazes.
- 2 foram “loucos furiosos”.
- apenas 20 aprenderam uma profissão, e 10 o fizeram nas prisões do estado.
- mais da metade das mulheres foram prostitutas ou fornicavam sem nenhum pudor, gratuitamente. 67 delas viveram e morreram infectadas com sífilis e outras doenças venéreas e infectaram dezenas de milhares de homens.

Nessas 5 primeiras gerações, os 540 descendentes de Max Juke custaram ao Estado 1.308.000 (um milhão, trezentos e oito mil) dólares, em prisões, asilos de caridade e, principalmente, tratamento médico dos homens infectados com sífilis. [com o dólar de hoje, este total seria dez vezes mais?]

[Extraído de vários artigos na internet, que citam livros em papel, de respeitados historiadores e sociólogos, que levaram anos consultando cartórios e registros policiais. Eles podem discordar um pouco entre si, em um número ou outro, mas o quadro geral é o mesmo, trágico! Certamente discordamos dos pesquisadores e dos que usaram esses dados com o objetivo de fazerem aprovar leis de Eugenia que previam o extermínio de famílias assim! Mas os dados por eles levantados são importantes para provarmos como os que vivem sem DEUS frequentemente contaminam seus filhos com isso, e as consequências ocorrem na trágica linha dos Jukes por causa disso desse viver sem DEUS e do contaminarem seus filhos, não por causa do DNA deles ser pior que o de outras pessoas.]



JONATHAN EDWARDS e seus 1394 descendentes até à 5ª geração:

Jonathan Edwards nasceu em 1703 em East Windsor, Connecticut (estado vizinho do de Jukes, Nova Iorque), filho do casamento de um dedicado pastor congregacional com uma dedicada moça crente, tendo papai e mamãe alimentado seus filhos com o evangelho desde tenra idade. Desde novo Edwards sempre demonstrou grande fervor espiritual e objetivou servir a DEUS e ser usado na salvação de almas. Começou a estudar o latim aos 6 anos de idade e aos 13 era fluente nessa língua, no grego e no hebraico. Aos 10 anos escreveu um ensaio [um longo artigo] sobre a imortalidade da alma. Entrou na Universidade de Yale aos 13 anos de idade e graduou-se com 17 anos. Foi pastor congregacional e professor de Teologia em algumas universidades cristãs. Foi um dos mais profundos e dedicados pregadores dos EUA, tendo um papel fundamental no primeiro Grande Despertar (o maior reavivamento nos USA). Foi pregador entre índios, escreveu muitos dos melhores livros teológicos de linha calvinista e puritana, e pregou, em muitas cidades, o que muitos consideram um dos mais impactantes sermões evangelísticos escritos depois do Novo Testamento (“Pecadores nas Mãos de um DEUS Irado”). Serviu como reitor da Universidade de Nova Jersey (agora Princeton). Quando ele tinha apenas 20 anos, escreveu uma famosa lista de resoluções pessoais, que seguiu toda a vida com toda sinceridade. Talvez a mais famosa linha dessa resolução seja "ao final de cada dia, perguntar-me-ei em que eu poderia, de qualquer forma, ter feito melhor [no sentido de agradar mais a meu DEUS]."

Em nenhuma área foi o determinado espírito de Edwards mais forte do que em seu papel como um pai. Edwards e sua esposa Sarah tiveram 11 filhos. (De Sarah seus contemporâneos diziam que sua devoção spiritual a DEUS, a seu esposo e filhos, não tinha igual, e ela foi a grande inspiração para Edwards e seus filhos.) Apesar de um horário de trabalho rigoroso que incluía levantar-se tão cedo quanto 04h30 (para ler, estudar e escrever em sua biblioteca); apesar de fazer extensas viagens; e apesar de infinitas reuniões administrativas, Edwards sempre tinha tempo para seus 11 filhos. Na verdade, ele se comprometeu a passar pelo menos 1 hora com eles a cada dia [afora o domingo todo, dedicado à igreja e à família]. E se ele perdia um dia porque estava viajando? Ah, quando ele voltava, diligentemente “pagava” aos filhos as horas que lhes estava devendo.

Inúmeros livros foram escritos sobre a vida de Edwards, a sua obra e influência na história americana e seu poderoso legado profissional. Mas o legado que Edwards teria provavelmente mais orgulho é o seu legado como um pai. Vejam: O erudito presbiteriano Benjamin B. Warfield, de Princeton, em cerca de 1910 rastreou os 1.394 descendentes conhecidos de Edwards (6 a 8 gerações?). O que ele encontrou foi um incrível testamento de Jonathan Edwards. De seus descendentes conhecidos, temos

- praticamente nenhum infrator de leis.
- mais de 100 advogados.
- 30 juízes.
- 13 reitores de universidades.
- centenas de professores, desses sendo
        - 65 professores universitários.
- 62 médicos.
- 75 oficiais do exército e da marinha.
- 100 pastores, missionários e professores de teologia em seminários.
- 80 homens eleitos para cargos públicos, incluindo 3 prefeitos, 3 governadores, vários membros do Congresso, 3 senadores, ministros para países, 1 controlador do tesouro dos EUA, 1 vice-presidente (Aaron Burr, neto de J.Edwards, foi o vice-presidente de Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos USA).
- 60 escritores de destaque, com 135 livros de mérito.


A história de Jonathan Edwards é um exemplo do que alguns sociólogos chamam "a regra das cinco gerações." O modo como o pai e a mãe criam um filho - o amor que eles lhe dão, os valores que lhe ensinam, o ambiente emocional que lhe oferecem, a educação que lhe oferecem - influencia não só o filho, mas as quatro gerações seguintes a seu filho. Em outras palavras, o que os pais fazem em seu tempo de vida alcança as próximas cinco gerações. O exemplo de Jonathan Edwards mostra o quão rico tal legado pode ser.

É claro que isso não significa que as pessoas são simplesmente um produto de sua paternidade e que o que eles são é determinado inteiramente por sua ascendência. Há muitos que descendem de homens como Max Jukes e superaram grandes obstáculos para ter real sucesso. Outros vieram de lares cristão governados pela Bíblia e pelo amor, como o dos Edwards, e decaíram virando adultos cheios de problemas. Mas esses dois casos são exceções, não a regra.

As histórias de Jonathan Edwards e Max Jukes oferecem lições poderosas sobre o legado que deixaremos como pais. Cinco gerações a partir de agora, é provável que as nossas realizações profissionais terão sido esquecidas. Na verdade, nossos descendentes na 5ª (ou mesmo 4ª) geração podem conhecer pouco sobre nós ou nossas vidas, talvez alguns nem saibam nosso nome, nada mesmo. Mas a maneira como hoje nós somos e desempenhamos nossos sagrados deveres de pai e mãe afetarão diretamente não só nossos filhos, mas também nossos netos, nossos bisnetos e as gerações que se seguem.

Pais, quer queiramos ou não, nós vamos deixar um legado. Qual será o seu?

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Agora, começa o sermão, que é a pregação da Bíblia para a glória de DEUS. Não se preocupem com o tempo, vai ser curto, só vou defender 3 pontos e citar 10 versículos. (Curto, mas oro a DEUS que seja penetrante, atravesse o coração de todos nós)

1o. Ponto: Pais, Façam Seu Máximo em Prol da Salvação das Suas 5 Gerações de Descendentes

Ex 34:7: “7  Que [isto é, DEUS] guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado;
que ao culpado não tem por inocente;
que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.”

Dt 6:6-9 “6  E estas palavras [isto é, a Bíblia], que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7  E as ensinarás a teus filhos e delas falarás
    assentado em tua casa,
    e andando pelo caminho,
    e deitando-te e levantando-te.
8  Também as atarás por sinal na tua mão,
e te serão por frontais entre os teus olhos.
9  E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.”



2o Ponto: Cada Presente, Seja Salvo, Antes e Para Poder Salvar Seus Descendentes: - - - - TODO Homem PRECISA Ser Salvo:
Sei que todos os presentes se julgam pessoas razoavelmente boas, e sei que realmente o são, aos olhos meus e de todos os homens vizinhos de sua rua e cidadãos de sua cidade. Mas o padrão de DEUS é infinitamente alto, miserável homem que eu sou! A Bíblia diz:

Ef 2:8-9 “8  (Porque pela graça sois aqueles tendo sido salvos, através da ). E aquela [isto é, aquela misericórdia] não é proveniente- de- dentro- de vós mesmos, é dom de DEUS,
9  Não é proveniente- de- dentro- das obras, para que ninguém se vanglorie;”

Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo,
e todas as nossas justiças como trapo da imundícia
;
e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.”
-
2o Ponto: Cada Presente, Seja Salvo, Antes e Para Poder Salvar Seus Descendentes: - - - - DEUS Oferece Agora Salvação Completa e Eterna, a TODOS que aceitarem Seus termos:

- Arrepender-se
Lucas 13:3 “Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdestodos de igual modo perecereis.

- Crer (depositar toda a confiança) biblicamente do CRISTO da Bíblia
João 3:18: “Quem crê nele não é condenado;
mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de DEUS.”

João 54 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve [isto é, receve e crê e obedece] a minha palavra,
e crê naquele que me enviou,
tem a vida eterna,
e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida
.”

Atos 16:30-31 “30  E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? 31  E eles disseram: Crê no Senhor JESUS CRISTO e serás salvo, tu e a tua casa.”

- Recebê-lo e confessá-Lo publicamente como Salvador, e Senhor- Dono- Controlador, e o DEUS:
João 1:12 “Mas, todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de DEUS,
aos que creem no seu nome
;”

Romanos 10:9-10 “9  A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10  Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.”

Senhor e senhora, não importa quão bom ou tão mau todos lhe vejam, se é assíduo membro de igreja batista ou presbiteriana ou outra, ou se anda distante de DEUS, se você nunca se submeteu aos termos de DEUS que lhe falei: hoje é o dia, de coração lhe suplico que se arrependa, creia, receba, confesse (com seus lábios a alguém) CRISTO como seu Salvador, Senhor- Dono- Controlador, e DEUS. Hoje mesmo, amanhã pode ser tarde: a oferta da salvação pode lhe estar sendo oferecida para você pela última vez, esta pode ser sua última oportunidade de ser salvo. Receba sua salvação do inferno (do qual eu sou o primeiro a merecer) para o céu. Depois, fervorosamente fale de CRISTO a seus filhos todos os dias de sua vida, deixe um legado que lhes será uma bênção eterna, não temporária.



Hélio, mar.2013, Juazeiro do Norte, CE.




Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por DEUS em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.

 

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Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas 

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos

Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança

Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 

NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS SOBRE MARIOLATRIA 

 http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19YJMPyN6Wa2wY7DmIMtOaR

 

 

Resumo da Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas 

I. PROIBIÇÃO À IDOLATRIA

1. Ídolo e imagem.

2. Idolatria.

3. Semelhança ou figura.

II. AMEAÇAS E PROMESSAS

1. O DEUS zeloso.

2. As ameaças.

3. As promessas.

III. O CULTO VERDADEIRO

1. Adoração.

2. DEUS é espírito.

3. DEUS é imanente e transcendente.

IV. AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO

1. O que dizem os teólogos católicos romanos?

2. Uma interpretação forçada.

3. O uso de figuras como símbolo de adoração.

4. Mariolatria.

 

 

TEXTO ÁUREO

"Portanto, meus amados,  fugi da idolatria." (1 Co 10.14)

 

VERDADE PRÁTICA

O segundo mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem de um deus ou de qualquer objeto de culto

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lv 19.4 DEUS proíbe a fabricação de ídolos e deuses de fundição

Terça - Dt 4.12 A adoração a DEUS deve ser sem imagens e sem figuras

Quarta - Mt 4.10 Somente DEUS deve ser adorado e a Ele devemos servir

Quinta - Jo 4.24 DEUS é ESPÍRITO e deve ser adorado em espírito e em verdade

Sexta - At 17.24,25 DEUS não habita em templo feito por mãos humanas

Sábado - 1 Jo 5.21 O combate à idolatria é mantido pelo apóstolo João

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.4-6; Deuteronômio 4.15-19

Êxodo 20.4-6

4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem  em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem  6 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

Deuteronômio 4.15-19

15 Guardai, pois, com diligência a vossa alma, pois semelhança nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso DEUS, em Horebe, falou convosco, do meio do fogo; 16 para que não vos corrompais e vos façais alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea; 17 figura de algum animal que haja na terra, figura de alguma ave alígera que voa pelos céus; 18 figura de algum animal que anda de rastos sobre a terra, figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra; 19 e não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR, teu DEUS, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que DEUS se revela ao homem sem a necessidade de meras reproduções (figuras, estátuas, imagens, esculturas, desenhos).

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.

Explicar a proibição bíblica quanto à idolatria - (Tudo o que é artificial não penetra no reino espiritual - Tudo o que se coloca como objeto de adoração, sendo material, é idolatria).

Apresentar a característica zelosa de DEUS (Juízo sobre o pecado e bênção sobre a obediência).

Conscientizar sobre o verdadeiro culto a DEUS (em ESPÍRITO e em Verdade - Em comunhão com o ESPÍRITO SANTO e dentro do que ensina a Palavra).

Esclarecer quanto à idolatria da teologia romana (A adoração a uma mulher no céu sempre atraiu as pessoas - é pecado terrível quando se coloca alguém no mesmo nível ou superior a JESUS no plano de salvação).

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, a devoção às imagens e esculturas, no Brasil, é um fenômeno religioso. Milhares de pessoas, ano a ano, pagam as suas promessas, subindo às mais altas escadarias das catedrais para cultuar a imagens. Mas é importante que expliquemos aos alunos que, por trás da idolatria, há interesses econômicos poderosos. O teólogo Lawrence Richards, comentando o capítulo 19 do livro de Atos, explica com clareza a razão econômica da idolatria praticada em Éfeso: "[...] Em Éfeso, Paulo arruína o negócio daqueles que fabricam e vendem imagens da deusa Ártemis. Demétrio, presidente de um dos sindicatos locais, inicia uma revolta entre os negociantes preocupados. 'Precisamos parar este movimento', clama Demétrio, 'ou todos ficaremos sem emprego'.

A preocupação expressa pelas vítimas desse missionário cristão [ ou seja, Paulo] é verdadeira. Diariamente, os cidadãos americanos gastam mais de 80 milhões de dólares com o ocultismo. Eles visitam cartomantes, com encantos e amuletos, contratam mágicos para curar doenças ou amaldiçoar inimigos. Ora, toda indústria turística americana está baseada nas pessoas visitando cidades como Éfeso, onde há famosos templos e santuários.

Simplesmente falando, o império não pode dar-se ao luxo de tolerar pessoas como Paulo, que pregam contra a feitiçaria e a idolatria. Toda a nossa economia desmoronará se estes fanáticos forem tolerados.

Alguns podem argumentar que a mensagem de Paulo é verdadeira, e que o poder de seu 'ESPÍRITO SANTO' e de 'JESUS' é maior do que o poder dos espíritos dos quais eles dependem. Isso pode ser verdade. Mas, definitivamente, não ousamos nos converter, tornando-nos cristãos. Há muita gente que ganha a vida com o ocultismo. É uma indústria que o império simplesmente precisa apoiar" (RICHARD. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de  Janeiro: CPAD, p.275).

 

PARA REFLETIR

A respeito da Idolatria:

É correto afirmar que a idolatria se caracteriza apenas por imagens de esculturas?

Não. A idolatria se caracteriza por tudo aquilo que toma o lugar de DEUS no coração da pessoa.

Com a máxima semítica "terceira e quarta geração", o autor bíblico quer se referir ao número exato de vezes que DEUS castigará a geração? 

Não. O objetivo é contrastar o castigo para "terceira e quarta geração" com o propósito de DEUS de abençoar a milhares de gerações.

Por que não podemos ter uma atitude de adoração ou devoção a Maria?

Em primeiro lugar, Maria, apesar de ser a mãe de JESUS, era uma mulher igual às outras, mas achada graciosa pelo Senhor. E ela jamais aceitaria ser cultuada, pois a glória deve ser dada somente a DEUS.

Ter objetos decorativos em casa é idolatria?

Não. Não há nada na Bíblia que condene ter objetos decorativos em casa.

A Bíblia proíbe as artes?

Não. Temos de ter discernimento para não proibirmos o que a Bíblia não proíbe. Temos de distinguir os ídolos dos objetos meramente decorativos e das artes e esculturas artísticas. DEUS mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35).

 

VOCABULÁRIO

Imagética: Que revela imaginação. Ocultismo: Crença na ação ou influência dos poderes sobrenaturais.

 

SUGESTÃO DE LEITURA

Manual do Pentateuco

Neste livro, o autor faz um exame preciso e aprofundado dos cinco primeiros livros da Palavra de DEUS, relacionando suas informações com o contexto sociocultural da época. Excelente para pesquisas, cada capítulo possui bibliografia para enriquecer ainda mais seus estudos.

CRISTO entre outros Deuses

Todas as religiões são iguais? DEUS é o mesmo em todos os cultos? Como JESUS é visto em outras religiões? Todos os caminhos levam a DEUS? Essas e outras questões são abordadas neste livro. Com argumentos irrefutáveis, o autor leva-nos a refletir acerca dos principais temas religiosos.

 

Comentários de vários autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique

INTRODUÇÃO

No preâmbulo do primeiro mandamento DEUS se identifica. O segundo mandamento é muito próximo do primeiro, ambos são de ordem espiritual e afirmam a existência de um DEUS vivo, o único que deve ser adorado. Aqui Javé proíbe a adoração aos ídolos e o culto a qualquer imagem de escultura ou de pintura como objeto de adoração. É nesta forma de idolatria que o presente capítulo pretende focar.

Os patriarcas do Gênesis e os israelitas do deserto sabiam muito pouco sobre os atributos de DEUS. A revelação divina aconteceu de forma gradual ao longo dos séculos, até a manifestação do Filho de DEUS (Hb 1.1). Os dois primeiros mandamentos do Decálogo são os que maior impacto causaram em Israel. DEUS é espírito e invisível (Jo 4.24; Cl 1.15; 1 Tm 1.17) e hoje qualquer cristão sabe disso. Essa verdade é declarada na Confissão de Westminster. No entanto, foi o próprio DEUS que se revelou a si mesmo sobre o seu ser e a sua natureza e nesses mandamentos temos o esboço dessa doutrina.

No primeiro mandamento, Javé se identifica ao seu povo como o DEUS soberano que remiu a Israel da escravidão do Egito. Aqui e no segundo mandamento, DEUS revela a sua espiritualidade e ordena que somente ele deve ser adorado. Javé proíbe o uso de imagem e de qualquer representação, semelhança ou figura do próprio DEUS na adoração. Essa proibição se estende também a toda e qualquer divindade falsa dos pagãos.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 39-40.

 

O segundo mandamento diz respeito às ordenanças da adoração, ou à maneira segundo a qual DEUS deverá ser adorado, o que é adequado que Ele mesmo indique. Aqui temos:

A proibição. Aqui somos proibidos de adorar até mesmo o DEUS verdadeiro, em imagens, w. 4,5. [1] Os judeus (pelo menos, depois do cativeiro) se julgaram proibidos, por este mandamento, de fazer qualquer imagem ou pintura. Consequentemente as imagens que os exércitos romanos tinham em suas insígnias são chamadas de abominações para eles (Mt 24.15), especialmente quando são colocadas no lugar santo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 292.

 

É lógico que o segundo mandamento (Êx 20.4-6) segue o primeiro, desde que era difícil, se não impossível, para a mente pagã apreender a noção de invisibilidade dos deuses que impossibilitava a representação deles em algum material ou forma física. Contudo, é provável que seja um erro supor que os adoradores desses deuses — ou, pelo menos, que os pensadores mais densos entre eles — não vissem, de fato, diferença entre as deidades per se e as formas plásticas que assumiam com o auxílio dos adoradores. Em outras palavras, os ídolos e as imagens, com certeza, eram apenas representações de seres invisíveis, cuja realidade só seria plenamente avaliada por meio de seu ser visível.  Ao mesmo tempo, para muitos dos devotos comuns desses deuses, talvez para a maioria deles, não havia distinção prática entre o visível e o invisível a ponto de considerarem que os objetos de madeira, pedra ou metal possuíam o nome divino e eram adorados como tal.

Mesmo que essa seja uma interpretação acurada da concepção de imagens por Israel, permanece o fato de que essas representações visíveis de poderes invisíveis percebidos eram estritamente proibidas. E se esse era o caso com os falsos deuses, quão mais odioso seria tentar captar o DEUS eterno do céu e da terra em algum objeto feito por mãos humanas! Primeiro, fazer isso era adorar um produto de criação humana ou, pelo menos, um objeto adequado para captar a essência do ser representado. Quão pequeno deve ser um deus para poder ser retratado em alguma forma concebida pela mente humana. Além disso, a tentativa de iconizar o DEUS invisível sugere que ele pode ser localizado, reduzido ao escopo de algo que pode ser manipulado. Na verdade, DEUS torna-se prisioneiro da habilidade do artista, da substância e qualidades da matéria-prima que ele usa e da incapacidade do adorador de imaginá-lo além do que pode ver com os próprios olhos e tocar com as próprias mãos.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 326-327.

 

I. PROIBIÇÃO À IDOLATRIA

1. ÍDOLO E IMAGEM.

O grande desafio de Israel era vencer a idolatria e manter a fidelidade a Javé, cumprindo o concerto do Sinai. O povo estava saindo de um contexto sociocultural completamente politeísta. Seus ancestrais lhes haviam falado sobre o DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó, mas agora eles mesmos precisavam saber o que significava o compromisso de servir e adorar exclusivamente o DEUS que os libertara da escravidão do Egito. A adoração a Javé devia ser algo completamente diferente dos rituais idólatras. O segundo mandamento declara: Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos (Êx 20.4-6; Dt 5.8-10).

Os dois termos hebraicos pessel e temunãh dizem respeito à falsa adoração. Da palavra pessel, "imagem", deriva o verbo pãssal, "esculpir, entalhar, lavrar" pedra ou madeira para construir (1 Rs 5.18 [32]), escrever (Êx 34.1, 4; Dt 10.1, 3) e esculpir imagem de divindades (Hc 2.18).

A Septuaginta traduziu o termo por eidõlon, "ídolo". O termo temunãh, "forma, aparência, figura, representação, semelhança", só aparece dez vezes no Antigo Testamento (Êx20.4; Dt4.12,15,16,23,25; 5.8; Nm 12.8; Jó 4.16; Sl 17.15). Cinco vezes aparece em conexão ou paralelamente a pessel e diz respeito à proibição do uso de imagens (Êx 20.4; Dt 4.16, 23, 25; 5.8). Duas vezes é usada para esclarecer que os israelitas ouviram a voz de Javé que falava do meio do fogo no monte Sinai, mas eles só ouviram as palavras por ocasião da revelação do Sinai (Dt 4.12, 15). Três vezes é empregada de maneira independente: Moisés era o único que via a temunat YHWH, a "semelhança de Javé" (Nm 12.8). DEUS falava com ele como alguém fala a um amigo, face a face (Êx 33.11); Elifaz usa o termo para descrever uma revelação noturna (Jó 4.16) e, num paralelismo poético, a palavra é empregada de forma metafórica numa visão de Davi (Sl 17.15).

O segundo mandamento diz que não se deve fazer imagem ou figura de tudo o "que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êx 20.4; Dt 5.8). Isso envolve todas as espécies de animais, aves, répteis, peixes, aves, corpos celestes, e inclui a imagem do próprio DEUS (Dt 4.12-19). A menção das estátuas de macho e fêmea, "alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea" (Dt 4.16), diz respeito às divindades masculinas e femininas. (Jr 2.27). A madeira era o símbolo da fertilidade feminina; a deusa Aserá era a mãe dos deuses; e a pedra simbolizava a fertilidade masculina na religião dos cananeus (Dt 4.28; Jr 3.9).

As espécies de animais mencionadas aqui (Dt 4.17-19) representavam os deuses na antiguidade (Ez 8.10). Dagom era o deus dos filisteus (Jz 16.23; 1 Sm 5.7), e sua imagem consistia em metade forma de homem e metade forma de peixe. Rá era o deus-sol, dos egípcios, e Sin, o deus-sol dos babilônios. O touro, por exemplo, era um símbolo do Egito: "Por que o deus Ápis fugiu? O seu touro não resistiu" (Jr 46.13, NVI); "Por que foi derribado o teu Touro?" (ARA). Ápis era o boi sagrado do Egito, representação de Ptah, deus da fertilidade de Mênfis. O culto do bezerro no deserto mostra que essa forma de adoração dos egípcios ainda estava no coração do povo (Êx 32.4-6; Sl 106.19, 20). As estátuas de Baal eram colocadas sobre touros. Esse animal era ideal para esses deuses, pois simbolizava força e fertilidade. O touro representava também outros deuses, como Baal. E, durante muito tempo, o povo judeu também se deixou influenciar pelo culto do bezerro (1 Rs 12.28-30; Os 8.5). Esses são alguns dos exemplos de divinização pagã de animais e corpos celestes.

O segundo mandamento divide opiniões ainda hoje, e as interpretações são diversificadas. Os templos católicos romanos estão cheios de imagens de escultura, com fins cúlticos; por outro lado, a comunidade Amish não permite o uso de fotografia nem se deixa fotografar, pois seus membros a interpretam como produção de imagem, o que violaria o segundo mandamento. Contudo, o mandamento aqui não se refere à arte como tal. Essa proibição é específica; refere-se imagem de madeira, pedra ou metal ou forma de algum deus ou deuses das nações com fins de adoração: "Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.5; Dt 5.9).

Essa maneira de entender o segundo mandamento é confirmada ao longo do Antigo Testamento (2 Rs 21.7; Is 40.19, 20; Jr 10.14). Aqui, é uma referência à adoração (Êx 34.13, 17; Dt 27.15). O primeiro verbo tem o sentido de adorar tishthaheweh, ou tishthahãweh, "prostrar-se, encurvar, adorar". A Septuaginta traduz por proskyneo "adorar”, e o termo aparece 60 vezes no Novo Testamento. O segundo verbo é ‘ãvad, "trabalhar, servir". A Septuaginta traduziu por latreuõ, "prestar serviço sagrado, servir, adorar", e é o termo que aparece em Mateus 4.10.

O contexto é religioso e remete à proibição de fazer imagens de escultura ou quaisquer figuras e se prostrar diante delas para as adorar. Este mandamento causou profundo impacto em Israel, de modo que a escultura é uma arte que não se desenvolveu entre os israelitas, mesmo para fins meramente culturais. Os grandes museus, como Louvre em Paris, o museu Britânico em Londres, o Neues em Berlim o Metropolitan em Nova Iorque; o museu do Cairo, entre outros, estão repletos de artes de escultura artística e religiosa, bustos de artistas, pensadores e estadistas do Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Grécia, Fenícia e Roma, além de estátuas e estatuetas de deuses. No entanto, não existe praticamente nada nos acervos judaicos dessa natureza nesses museus.

As galerias de arte estão completamente fora deste contexto. Trata-se de coleções de manifestações artísticas, e não é a respeito disso que fala o segundo mandamento. Os expositores da Bíblia são praticamente unânimes quanto a esta questão. Há no Antigo Testamento diversos indícios que confirmam esta interpretação. DEUS mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35) e mandou Moisés levantar uma serpente de metal no deserto (Nm 21.8). O rei Salomão não encontrava artistas em Israel para a decoração do templo e do seu palácio, de modo que contratou escultores e pintores dentre os fenícios (2 Cr 2.13, 14). Ele mandou esculpir querubins na parede e touros e leões para decorar o templo (1 Rs 6.29; 7.29) e o palácio real (1 Rs 10.19, 20). E, quando a serpente de metal que Moisés levantou no deserto veio a ser objeto de culto com o passar do tempo, o rei Ezequias mandou destruí-la (2 Rs 18.4).

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 42-46.

 

Não farás para ti imagem. O primeiro mandamento proíbe o politeísmo, e a idolatria e o uso de imagens promoviam cultos politeístas. Portanto, o primeiro mandamento também combate o uso de ídolos. Por motivos assim é que muitos intérpretes pensam que os vss. 4-6 deste capítulo fazem parte do primeiro mandamento.

Os vss. 4-6, para a maioria dos grupos protestantes (com a exceção dos luteranos), constituem o segundo mandamento. É proibido o fabrico de qualquer imagem de escultura para fins de adoração. As imagens tendem ou mesmo promovem formas várias de politeísmo, e isso fora estritamente proibido no primeiro mandamento. Além disso, as imagens de escultura, tal como o próprio politeísmo, destroem a natureza ímpar de Yahweh, além de injetarem elementos estranhos no pensamento e na adoração religiosos. Grandes segmentos da cristandade têm uma espécie de subpolíteísmo no uso de imagens e na veneração dos “santos”. Digo aqui “sub-politeísmo” porque, acima do mesmo, reservam uma adoração especial a DEUS. O que temos, nesses casos, é uma forma de sincretismo onde o antigo politeísmo alia-se ao monoteismo, A cristandade, ao entrar em contacto com culturas pagãs, inventou várias formas de sincretismo, pelo que desobedecem de forma crassa o primeiro e o segundo mandamentos.

O primeiro e o segundo mandamentos proibiam qualquer forma de representação idólatra, e a adoração a essas formas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 388.

 

“Como o primeiro mandamento afirma a unidade de DEUS e é um protesto contra o politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a idolatria e o materialismo.” Embora certas formas de idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a sensualidade (Fp 3.19) —, o segundo mandamento condena primariamente a fabricação de imagens (4) na função de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A história de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag. 189.

 

Os profetas posteriores expõem o mal e a insensatez de adorar a ídolos de formas muitíssimo sarcásticas e até mesmo jocosas. Isaías perguntou: “Com quem vocês compararão DEUS? Como poderão representá-lo?” (Is 40.18). A seguir, esse profeta menciona que as imagens são feitas pelo homem. Elas são feitas em moldes e vestidas com ornamentos de ouro e prata. Se a pessoa fosse muito pobre para fazer um ídolo tão elaborado, ela fazia um de madeira, usando um carpinteiro que modelaria o ídolo de forma a não cair (w. 19,20)! Isso traz à memória a imagem de Dagom, o deus dos filisteus, que caiu do pedestal na presença da arca da aliança e perdeu a cabeça e as mãos (ISm 5.1-5). Dessa forma, ele provou não ter conhecimento nem poder. Isaías, prosseguindo com a idéia da impotência dos ídolos, diz a respeito do artesão que estava temeroso por causa da humilhação do deus que fizera: “[Ele] fixa o ídolo com prego para que não tombe” (Is 41.7). A insensatez da idolatria reflete a insensatez dos que a praticam. Isaías comentou a respeito destes que “todos os que fazem imagens nada são, e as coisas que estimam são sem valor. As suas testemunhas nada vêem e nada sabem, para que sejam envergonhados. Quem é que modela um deus e funde uma imagem, que de nada lhe serve? Todos os seus companheiros serão envergonhados; pois os artesãos não passam de homens” (Is 44.9-11). A seguir, o profeta, com indisfarçável zombaria, refere-se ao processo de confecção do ídolo. Os vários artesãos habilidosos exauriam-se em seu trabalho para produzir um deus diante do qual eles pudessem se prostrar. Eles, ao longo do processo, tinham de preparar suas refeições sobre o fogo alimentado pela mesma madeira com a qual esculpiam as imagens, sem entender que o bloco diante do qual se curvavam era tão frágil e tão passível de ser queimado quanto os pedaços desse bloco de madeira usados como combustível para o fogo. O profeta resume o ridículo em uma nota mordaz: “Ele [o idólatra] se alimenta de cinzas, um coração iludido o desvia; ele é incapaz de salvar a si mesmo ou de dizer: ‘Esta coisa na minha mão direita não é uma mentira?’” (Is 44.20).

Jeremias acrescenta à descrição de Isaías da idolatria e, se nada mais, em termos ainda mais cáusticos. Ele, como Isaías, descreve o fútil processo de manufatura de ídolo (Jr 10.3-9), mas, depois, apresenta a importante conclusão do ponto de vista teológico de que esses “deuses, que não fizeram nem os céus nem a terra, desaparecerão da terra e de debaixo dos céus” (Jr 10.11). Os produtores deles, continua ele, são “estúpidos e ignorantes; cada ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu” (v. 14a). Quanto aos ídolos, eles “são uma fraude, el[es] não têm fôlego de vida. São inúteis, são objetos de zombaria.Quando vier o julgamento delas, perecerão” (w. 14b, 15). Em contrapartida, Jeremias declara: “Aquele que é a porção de Jacó nem se compara a essas imagens, pois ele é quem forma todas as coisas, e Israel é a tribo de sua propriedade” (v. 16). Esse é exatamente o ponto dos dois primeiros mandamentos. Não havia nenhum DEUS além do Senhor de Israel, e os ídolos e as imagens que representavam outras deidades eram criações do homem e, portanto, não representavam nada. Para Israel, adorá-las representava cometer um sacrilégio abominável.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 327-328.

 

2. IDOLATRIA.

A revelação do Sinai aconteceu três meses após a saída dos israelitas do Egito. Aquela geração havia nascido e vivido na terra do Nilo até aquele momento. O Egito era um dos maiores centros de idolatria do mundo. Suas imagens de escultura e seus obeliscos impressionam o espírito humano até hoje. Esse país foi o berço da civilização de Israel, e os hebreus conviveram com a cultura dos egípcios durante muito tempo, razão pela qual deviam estar bem familiarizados com suas práticas religiosas.

O profeta Jeremias menciona os obeliscos e as casas dos deuses do Egito em Heliópolis muitos séculos após a promulgação da lei: "E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito queimará" (Jr 43.13). O principal templo de Heliópolis era o de Rá, deus representado por um homem com cabeça de falcão, cuja supremacia no Egito durou mais de mil anos. Segundo os egípcios, Rá era o pai de uma família de nove deuses. Implícita estava a zoolatria - adoração aos animais pois os egípcios viam neles mais que símbolos ou emblemas; eles os consideravam receptáculos das formas do poder divino.

Bete-Semes aqui é Heliópolis, uma antiga cidade egípcia de Om, seu nome hebraico, e Heliópolis, seu nome grego (Gn 41.45, 50, LXX). Situa-se atualmente 16 km a noroeste do Cairo, onde se localiza o aeroporto internacional. O nome hebraico bêth shemesh significa "casa do sol", e a Septuaginta emprega hêliou póleõs, "cidade do sol" [50.13]. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduz como "Heliópolis". Jeremias emprega o termo hebraico matstsêbãh para designar "estátua", que significa "alguma coisa colocada verticalmente, coluna, pilar, estátua". O profeta se refere aos obeliscos, que são próprios do Egito (KOEHLER & BAUMGAR- TNER, vol. 1,2001, p. 621). Trata-se de um bloco de pedra postado para fins memoriais (2 Sm 18.18) ou religiosos (2 Rs 3.2; 10.26; 18.4; 23.14; Os 10.1; Mq 5.13 [12]). Os obeliscos egípcios eram ídolos e também memoriais. Essa prática era proibida em Israel (Dt 16.22).

Hoje, apenas oito desses obeliscos continuam de pé no Egito: três no templo de Carnaque (originalmente, eram dez); um no templo de Luxor (mas havia dois, o outro está na praça da Concórdia); um no Aeroporto Internacional do Cairo, trazido de Ramessés, sua localidade original; um posto em um jardim ao lado da Torre do Cairo, trazido também de Ramessés; um na praça Matariya, no centro do Cairo, trazido das ruínas do templo do sol de Heliópolis; e o último, da 12ª dinastia, está em Fayum, local em que, segundo se diz, Jacó viveu com toda a família, durante a administração de José do Egito. Existem ainda mais de dez obeliscos egípcios espalhados por locais variados na Europa, Vaticano, Istambul, Londres, Paris e em Nova Iorque, nos Estados Unidos, resgatados desde os romanos a partir do ano 31 a.C.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 40-42.

 

I. Definição e Característica Geral

1. Essa palavra vem do grego, eldolon. «idolo», e latreaeln, «adorar». Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição, etc., que tome o lugar de DEUS, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos. Nesse sentido mais amplo, todos os homens, com bastante freqüência, se não mesmo continuamente, são idólatras. Naturalmente, essa condição surge em muitos graus; e um dos principais propósitos da fé religiosa e do desenvolvimento espiritual é livrar-nos totalmente de todas as formas de idolatria.

Paulo, em Colossenses 3:5, ensina-nos que a cobiça é uma forma de idolatria. Isso posto, qualquer desejo ardente, que faça sombra ao amor a DEUS, envolve alguma idolatria.

2. A idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. Esse termo usualmente inclui a idéia da dendrolatria, da litolatria, da necrolatria, da pirolatria e da zoolatria... O estado mental dos idólatras é radicalmente incompatível com a fé monoteísta. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em DEUS, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a DEUS, em algum sentido submetem-se às perversões de valor representadas por aquela imagem».

3. Na idolatria há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe somente a DEUS. Podemos fazer da autoglorificação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais. Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode tornar-se um ídolo para nós. A idolatria não requer a existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora a um deus falso, sem transformar em deus a alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito uma falsa divindade.

4. Uma Rua de Mão Dupla de Trânsito. A antropologia tem mostrado amplamente que as religiões dos povos geralmente começam na idolatria, e então progridem para uma forma de fé mais pura, que finalmente, rejeita os tipos primitivos de conceitos que requeiram a presença de algum ídolo. Quando a fé de um povo vai-se tornando mais intelectual e espiritual, menor se vai tornando a necessidade de crassas representações materiais. Por outro lado, algumas vezes a idolatria resulta da degeneração de uma fé anteriormente superior. Vemos isso no Novo Testamento, em vários lugares, no tocante a Israel, a certas alturas de sua história. É admirável como a crueza domina essa questão. Em muitos lugares do mundo, da Índia à Sibéria, da Melanésia às Américas, simples toras de madeira têm sido erigidas em memória de pessoas amadas ou de heróis já falecidos; e, então, essa tora de madeira ou pedra torna-se um objeto de adoração, porquanto muitos supõem que o espírito da pessoa retoma para residir ali. Um culto religioso então desenvolve-se, quando tal imagem é alvo de preces e oferendas, a fim de aplacar aquele suposto espírito. Na Escandinávia e nos países germânicos, os arqueólogos têm encontrado pedras e toras de madeira escavadas, com propósitos religiosos.

A tendência de atribuir uma residência material a alguma divindade, ou, geralmente, de prestar culto ao espírito, em termos tangíveis é algo tão comum que quase se torna um sinal universal da cultura humana. A idolatria está presente na grande maioria das religiões do mundo, incluindo o hinduísmo e o budismo. Aparentemente, não é proibida pelo zoroastrismo. Mas é proibida pelo islamismo. O relato bíblico do povo de Israel, que adorou o bezerro de ouro, ao pé do monte Sinai, é uma prova de idolatria no judaísmo primitivo. Os mandamentos contra a adoração a outros deuses e contra o fabrico de imagens são injunções especificas contra a idolatria» (AM). Esse autor, que acabamos de citar, deveria ter incluído o fato de que o cristianismo é uma das grandes religiões que, em alguns de seus segmentos, pratica a idolatria. Por que motivo urna imagem de uso cristão seria prova menor de idolatria do que uma imagem venerada no hinduísmo ou no budismo?

5. A Vasta Extensão da Idolatria. O panteão mesopotâmico compunha-se de mais de mil e quinhentos deuses. Os mais conhecidos dentre eles eram Samás, Marduque, Sin e Istar, a qual era a deusa do amor carnal. Nabu era o patrono da ciência e da erudição. Nergal era o deus da guerra e da caça. Quase todas as atividades e aspirações dos homens têm sido representadas por alguma prática idólatra.

6. Natureza Corrompida da Idolatria. Toda idolatria é corrupta. Paulo supunha que os ídolos representam forças demoníacas. Ver I Cor. 10:20. A religião dos cananeus era repleta de corrupções morais, que ameaçavam continuamente a Israel. Havia todos os tipos de abusos sexuais, corno a prostituição sagrada, associados aos cultos de fertilidade, nos quais Baal e Astarte eram adorados, sem falarmos em cultos onde havia orgias de bebidas alcoólicas. Também havia o sacrifício de infantes na fogueira. A radicalidade dessa forma de idolatria foi a razão por detrás do mandamento da eliminação de toda forma de idolatria, com a destruição das imagens, colunas e estátuas, e com a destruição dos lugares altos, onde esses ritos eram efetuados. (Ver Deu. 7:1-5; 12:2,3).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 206-207

 

Definição

Esta é uma transliteração da palavra gr. eidololatria, cujo significado entendemos ser "a adoração a ídolos; a adoração a imagens como divinas e sagradas". Esse vocábulo gr. é uma composição de dois termos: O primeiro é eido (cf. o latim video), significando "ver" e "saber"; assim ele traz em si o conceito básico de "saber por ver". Com base nesse termo foi formada a palavra eidolon, "imagem", que veio a significar especificamente uma imagem de um deus como um objeto de adoração, ou um símbolo material do sobrenatural como tal objeto. O segundo termo é latreia, significando "culto" ou, mais especificamente, "culto ou adoração aos deuses". Idolatria, então, é prestar honras divinas a qualquer produto de fabricação humana, ou atribuir poderes divinos a operações puramente naturais.

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 944.

 

3. SEMELHANÇA OU FIGURA.

Os egípcios adoravam toda espécie de objetos, como aves, répteis e figuras celestes imaginárias. E não hesitavam em representar tais supostas divindades por meio de imagens. Esse tipo de atividade foi proibida aos filhos de Israel. A tripla designação, “em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”, para os antigos, apontavam para a criação inteira.

A Idolatria de Todos Nós. Para todos nós há certas coisas às quais damos grande atenção, ao ponto de transformá-las em ídolos. Existem ídolos da mente, e não apenas de madeira, de pedra ou de metal. ídolos comuns incluem possessões, dinheiro, sexo, fama, posição social e poder.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.

 

Esta condenação de imagens claramente inclui imagens do DEUS verdadeiro, pois é bem certo que algum tipo de imagem estivera em uso entre os ancestrais de Israel (até mesmo a tradição judaica ortodoxa admite que Tera, pai de Abraão, era um fabricante de imagens, sem prova bíblica, porém). Os ídolos domésticos (terafim) de Labão poderiam, é verdade, ter mais valor legal do que significado religioso, mas os que Jacó escondeu debaixo do carvalho no “ santuário” em Siquém eram com toda certeza objetos religiosos (Gn 35:2-4). Isto aconteceu antes da doação da lei: mesmo depois disso, imagens não eram algo estranho em Israel (ver Jz 8:27, Gideão; Jz 17:4, Mica; 1 Sm 19:13, Davi). Todavia, a existência de imagens mais tarde em Israel não prova a inexistência de leis contra seu uso.

A arqueologia mostra claramente que a horda que destruiu a maior parte da cultura cananita no século treze A.C. era basicamente “ anicônica” , isto é, não usava imagens em seu culto. Se a fabricação dos querubins (mesmo que o povo não tivesse acesso a eles) fora permitida, então a proibição de imagens se refere apenas à fabricação direta de objetos de culto, não à representação de um objeto ou ser vivo qualquer, conforme se entendeu mais tarde. O judaísmo mais estrito e o islamismo se limitaram exclusivamente a desenhos e padrões abstratos em todas as formas de arte. Além disso, pelo uso de parataxe (a colocação de duas idéias lado a lado, ao invés do uso de uma ligação lógica entre as duas, como em sintaxe) em hebraico, este mandamento deve ser intimamente relacionado ao que o precede imediatamente, de modo que a tradução do sentido da passagem seria “ Não terás outros deuses na minha presença; jamais farás tais imagens” (isto é, de tais deuses). Além dos querubins, a lei ordena o bordado de lírios, romãs e outros objetos naturais nas cortinas do tabernáculo, de modo que não pode ter havido uma proibição completa da representação de objetos naturais em dias primitivos.

Este fato levanta a questão de por que tais imagens-representações do DEUS verdadeiro (mesmo em forma humana) eram proibidas. A provável razão talvez seja o fato de que nenhuma semelhança seria adequada, e que cada tipo de imagem provocaria um novo tipo de falsa compreensão de DEUS. Por exemplo, touro era um símbolo de força, mas também de virilidade e poder sexual: tal associação seria blasfema para o israelita. As nações que retratavam seus deuses em forma humana atribuíam com excessiva rapidez suas próprias fraquezas humanas aos protótipos divinos. Para o israelita, o homem fora criado à imagem de DEUS, à Sua semelhança (Gn 1:26), mas isso não significava enfaticamente que DEUS fosse igual ao homem (Is 55:9). A localização e materialização de DEUS também era outro perigo inerente à idolatria. Mesmo Israel, em dias futuros, viria a crer que a presença de DEUS estava localizada e contida na arca ou no templo; quanto mais o teriam feito se tivesse existido uma imagem? Finalmente, teria havido o perigo das tentativas semi-mágicas de aplacar ou controlar DEUS através da posse de uma certa localização de Sua presença, como podemos ver em relação à arca em 1 Samuel 4:3.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 149-150.

 

II. AMEAÇAS E PROMESSAS

1. O DEUS ZELOSO.

"Porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos" (Êx 20.5b-6; Dt 5.9b-10). O adjetivo hebraico qannã’, "zeloso", aparece apenas cinco vezes no Antigo Testamento (Êx 20.5; 34.14; Dt 4.24; 5.9; 6.15), associado ao nome divino e/, "DEUS". As formulações nas cinco passagens diferem em detalhes. Nos dois textos do Decálogo e em Êxodo 34.14, as palavras ’êl qannã ’ são atributos de Javé. A menção dos deuses não acontece em Deuteronômio 4.24; 6.15.

O zelo de Javé consiste no fato de ser ele o único para Israel e não compartilhar o amor e a adoração com nenhuma divindade das nações. Esse direito de exclusividade era algo inusitado na época e único na história das religiões, pois os cultos pagãos antigos eram tolerantes em relação a outros deuses. O termo "zeloso" contém noções de paixão e intolerância; exprime a disposição de Javé abençoar Israel e fazê-lo prosperar, não aceitando um coração dividido. Essa linguagem é representada no relacionamento entre marido e esposa no casamento, na fidelidade (Ct 8.6) e na infidelidade (Os 1.2).

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 46. 

A adoração às imagens de escultura é proibida no segundo mandamento. Adoração somente ao zeloso Yahweh (Êxo. 34.14; Deu. 5.9; 6.15; 32.16,21; Jos. 24.19). O povo de DEUS pertence exclusivamente a Ele, e só deviam prestar-Lhe lealdade, não imitando os povos circunvizinhos, que contavam com extensos panteões. A idolatria e o uso de imagens eram considerados uma tão grave iniquidade que foram ameaçados poderosos juízos de DEUS contra os idólatras, envolvendo até a quarta geração dos mesmos. Os descendentes dos idólatras não podiam escapar ao desprazer de Yahweh, para quem mil anos é como se fosse um dia (II Ped. 3.8; Sal. 90.4). Podemos ter certeza de que os juízos de DEUS são justos, e envolvem os filhos dos idólatras porque geralmente participam dos pecados de seus pais. Mas em casos de inocência, esses juízos eram suspensos. Todavia, persistiam circunstâncias adversas, criadas anteriormente. Ademais, existe aquela genética espiritual que transmite atitudes e costumes de pais para filhos, etc., provocando assim a ira divina.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391. 

As razões para impor esta proibição (w. 5,6), são:

O zelo de DEUS, no que diz respeito à sua adoração: “Eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso” - especialmente em questões desta natureza. Isto indica o cuidado que DEUS tem com as suas próprias instituições, o seu ódio à idolatria e a toda falsa adoração, o seu desprazer com os idólatras e o fato de que Ele se ressente com tudo, na sua adoração, que se pareça com idolatria, ou que conduza a ela, O zelo é perspicaz. Sendo a idolatria um adultério espiritual, como é freqüentemente retratada nas Escrituras, o desprazer de DEUS com ela é, adequadamente, chamado de zelo. Se DEUS é zeloso, nós também devemos ser, temerosos de oferecer qualquer adoração a DEUS de maneira diferente daquela que Ele indicou na sua Palavra.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 293.

 

O decálogo afirma em termos claros por que Israel deve rejeitar a idolatria. O Senhor é um “DEUS zeloso” (Êx 20.5). Claro que isso não tem nada que ver com a inveja trivial que os seres humanos vivenciam em relação a outros homens que os excedem de uma maneira ou outra. Antes, o termo hebraico (qannã ') transmite a idéia, quando descreve os “sentimentos” ou “emoção” do Senhor, de que ele insiste em estabelecer e em manter sua singularidade em face de todas as outras declarações conflitantes. Para o Senhor, ser zeloso no sentido estrito do termo seria uma tácita admissão de que existiam outros deuses, algo, conforme observamos, já totalmente refutado. Mas se existissem outros deuses, mesmo que na percepção dos que os adoravam, uma falsa suposição dessas, por si mesma, seria um desafio à soberania e à existência exclusiva do Senhor. Por essa razão, não deviam ser feitas imagens, pois elas simbolizavam uma declaração conflitante com a revelação do Senhor para seu povo Israel de que ele, e só ele, era o DEUS deles.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 328.

 

2. AS AMEAÇAS.

As ameaças sobre as gerações daqueles que aborrecem Javé são para os descendentes que continuam envolvidos no pecado dos pais, as sucessivas gerações que aprenderam os pecados dos seus ancestrais e vivem ainda neles. Este princípio aparece outras vezes no Antigo Testamento além das duas passagens do Decálogo (ÊX34.7; Nm 14.18; Jr 32.18). DEUS não permite que filhos inocentes sejam responsabilizados pela maldade dos pais (Dt 24.16; 2 Rs 14.6; Ez 18.2, 3, 20). O verbo "visitar",pãqad,4i em hebraico, indica uma visita, no sentido de cuidar e também de castigar. O profeta Jeremias emprega esse verbo em ambos os sentidos (Jr 23.2).

A expressão "terceira e quarta geração" indica qualquer número ou plenitude e não se refere necessariamente à numeração matemática, pois se trata de máxima comum na literatura semítica (Am 1.3, 6, 11, 13; 2.1, 4, 6; Pv 30.15., 18, 21, 29). O objetivo aqui é contrastar o castigo para a "terceira e quarta geração" com o propósito de DEUS de abençoar a milhares de gerações. Outras máximas aparecem no Antigo Testamento com números diferentes: "dois e três” (Jó 33.29); "seis e sete" (Jó 5.19; Pv 6.16); "sete e oito" (Ec 11.2; Mq 6.5), para expressar que a medida da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina ou a plenitude de algo positivo.

Os expositores da doutrina conhecida como maldição hereditária costumam usar de maneira isolada uma parte deste mandamento, "visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem", para fundamentar a sua teoria. Afirmam que, se alguém tem problemas com adultério, pornografia, divórcio, alcoolismo ou tendências suicidas é porque alguém de sua família, no passado, não importa se avós, bisavós ou tataravós, teve esse problema. Nesse caso, a pessoa afetada pela maldição hereditária deve, em primeiro lugar, descobrir em que geração seus ancestrais deram lugar ao diabo. Uma vez descoberta tal geração, pede-se perdão por ela, e, dessa forma, a maldição de família é desfeita. Uma espécie de perdão por procuração, muito parecido com o batismo pelos mortos, praticado pelos mórmons.

Tal pensamento não se sustenta biblicamente; é um erro crasso. A maldição está sobre quem continuar no pecado dos pais, sobre "aqueles que me aborrecem", pontua com clareza o mandamento. Não é o que acontece com o cristão que ama a DEUS. Se fomos alvejados pela graça de DEUS ainda no tempo da nossa ignorância, quanto mais agora que somos reconciliados com ele? (Rm 5.8-10). Quando alguém se converte a CRISTO, torna-se nova criatura: "as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

Para finalizar, convém ressaltar que, no discurso de Moisés em Deuteronômio, na revelação do Sinai nenhuma imagem, figura, forma ou representação foi vista pelos israelitas; eles ouviram a voz da Javé vindo do meio do fogo, mas nenhuma representação de figura foi manifestada, unicamente a Palavra (Dt 4.16,23,25). Os ídolos de madeira e de pedra dos cananeus são divindades falsas cuja adoração é terminantemente proibida (Êx 34.13; Dt 12.3; 16.21-22); Javé, entretanto, é real, mesmo que invisível (Cl 1.15; 1 Tm 1.17). "DEUS é espírito" (Jo 4.24). Cultuá-lo com a mediação de imagens é colocá-lo no mesmo nível das falsas divindades, uma afronta ao verdadeiro DEUS.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 46-48.

 

3. AS PROMESSAS.

Êxo 20.6 Faço misericórdia. Misericórdia para com os obedientes. Ezequiel 18.20 mostra o princípio da justiça. Os justos recebem misericórdia e bênção da parte de DEUS. Mas a misericórdia estende-se a mil gerações, o que mostra que a misericórdia é um princípio muito mais poderoso do que o da aplicação da justiça. Seja como for, não há qualquer contradição, visto que a ira de DEUS é uma medida de disciplina que promove a causa do amor.

Julgamento Temporal. No Pentateuco não há qualquer ensino sobre um juízo divino pós-túmulo, um inferno para os ímpios e um céu para os piedosos. A noção da existência da alma não entrou claramente no pensamento dos hebreus senão já nos Salmos e nos Profetas. Assim sendo, a lei de Moisés nunca ameaça os homens com o julgamento da alma, e nem jamais promete a bem-aventurança celestial para os obedientes. A teologia dos hebreus mostrava-se deficiente quanto a esse particular, deficiência essa que foi corrigida pela doutrina cristã.

Para os antigos hebreus, observar os mandamentos era uma medida doadora de vida. Ver Deu. 5.33. Mas não é prometida qualquer vida além-túmulo. Contudo, mais tarde, o judaísmo acrescentou essa idéia. O cristianismo mostrou a falência total da lei como medida salvatícia. Ver Gál. 3.21. É precisamente aí que temos a grande e fundamental diferença entre o judaísmo e o cristianismo. Qual era o intuito da lei, afinal?

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.

 

Êxo 20.6 — A misericórdia do Senhor (hb. hesed, amor leal) se estenderia a um número muito maior de gerações das pessoas íntegras. O contraste dos termos terceira e quarta (v. 5) com milhares demonstra que a misericórdia de DEUS é maior do que Sua ira. Os efeitos da idoneidade se prolongariam mais do que as consequências da perversidade. O par de palavras amam e obedecem é também encontrado nos ensinamentos de JESUS (Jo 14.15).

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 165.

 

Êxo 20.6. E faço misericórdia. No hebraico, fyesed, uma palavra característica da aliança (cuja tradução mais exata seria, “amor leal” ). Pelos padrões semitas de linguagem, a ênfase da frase está na segunda parte. É verdade que DEUS punirá os que não se conformam à Sua vontade, mas o aspecto negativo é apenas a moldura para o aspecto positivo. Mais uma vez, o teste do amor é “ guardar os meus mandamentos” , demonstrando ainda mais claramente a Israel que amor/ódio é mais atitude e atividade do que simples emoção. A palavra milhares é usada vagamente, como “miríades” em português, para indicar a extensão ilimitada da misericórdia demonstrada por DEUS.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 150-151.

 

III. O CULTO VERDADEIRO

1. ADORAÇÃO.

Estas imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu, na terra e nas águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração: Não te encurvarás a elas (5). Os versículos 4 e 5 devem ser considerados juntos. Não há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo 25.31-34) e no primeiro Templo (1 Rs 6.18,29) havia obras esculpidas. A idolatria consiste em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag. 189.

 

Eles não devem se curvar às imagens ocasionalmente, isto é, mostrar qualquer sinal de respeito ou honra por elas, muito menos servi-las constantemente, com sacrifícios ou incenso ou qualquer outro ato de adoração religiosa. Quando prestarem sua devoção ao DEUS verdadeiro, não devem ter, diante de si, nenhuma imagem, para orientar, estimular ou auxiliar na sua devoção. Embora a adoração tenha como desígnio final a DEUS, ela não o agradará se vier até Ele por meio de uma imagem. Os melhores e mais antigos legisladores, entre os pagãos, proibiam a colocação de imagens nos seus templos. Este costume foi proibido em Roma por Numa, um príncipe pagão. Mas foi ordenado, em Roma, pelo papa, um bispo cristão, mas, neste aspecto, anticristão. O uso de imagens na igreja de Roma, hoje em dia, é tão claramente contrário ao que está escrito neste mandamento, e tão impossível de ser reconciliado com este texto, que em todos os seus catecismos e livros devocionais, que são colocados nas mãos do povo, eles omitem este mandamento, unindo a sua razão ao primeiro. E assim, ao terceiro mandamento, eles chamam segundo, ao quarto, o terceiro, e assim por diante. E, para completar o número dez, eles dividem o décimo em dois. Assim eles cometeram dois grandes erros, nos quais persistem, e dos quais detestam ser corrigidos. Eles tiram algo da Palavra de DEUS, e acrescentam algo à sua adoração.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 293.

 

2. DEUS É ESPÍRITO.

É certo que este mandamento proíbe a confecção de qualquer imagem de DEUS (pois a quem o faríamos semelhante?, Isaías 40.18,15), ou a imagem de qualquer criatura para uso religioso. Isto é mudar a verdade de DEUS em mentira (Rm 1.25), pois uma imagem é um professor de mentiras. A imagem insinua, para nós, que DEUS tem um corpo, ao passo que Ele é um espírito infinito, Habacuque 2.18. Ele também nos proíbe de criar imagens de DEUS, segundo nossas próprias fantasias, como se Ele fosse um homem como nós. A nossa adoração religiosa deve ser governada pelo poder da fé, não pelo poder da imaginação. Eles não devem confeccionar tais imagens ou pinturas como as que os pagãos adoravam, para que não sejam também tentados a adorá-las. Aqueles que desejam ser guardados do pecado devem evitar as oportunidades para ele.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 292-293.

 

O SENHOR É ESPÍRITO (20.4-6). Cf. Jo 4.24. Ele não pode ser adorado sob a forma de qualquer representação material, quer fosse produto da arte plástica, quer da pictórica. Tais coisas não apenas desviam a mente do conhecimento da espiritualidade pura de DEUS, mas inevitavelmente são transformadas em objetos de veneração, e também provocam o aparecimento de muitas práticas sensuais. O mandamento do versículo 4 não proíbe qualquer escultura ou pintura. Conf. a serpente de metal, em Nm 21.8.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 47.

 

Jo 4.24 «...DEUS é espírito...». Aqui temos um dos grandes pronunciamentos joaninos acerca da natureza de DEUS e que nesta passagem deve ser aceito como algo substancial e descritivo. DEUS não tem corpo; a sua substância não faz parte da natureza física. Não sabemos o que é um espírito, exceto como um conceito negativo, a saber, que espírito não é matéria, ou, pelo menos, que não pode ser definido por qualquer declaração que defina a matéria. Porém, nosso atual estado de  conhecimento não nos autoriza a saber e dizer o que seja um espírito; e, para dizer a verdade, nem sabemos o que é a matéria. Falamos a respeito dos átomos, mas na realidade não sabemos o que são, nem qual seja a sua verdadeira e completa composição, e nem mesmo podemos asseverar que o átomo é a unidade básica de que se compõe a natureza.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 328.

 

Jo 4.24 JESUS reitera o princípio: ESPÍRITO é DEUS, e os que (o) adoram têm de adorá-lo em espírito e em verdade. A necessidade incondicional de adorar em espírito e verdade está alicerçada sobre o fato de que o próprio DEUS é ESPÍRITO. Em vista da distorção profundamente enraizada em nosso pensamento, temos de nos deixar prevenir a respeito de um equívoco perigoso. A afirmação de que DEUS é ESPÍRITO não significa uma idéia de DEUS intelectualizada, filosófica, como Schiller expressa em suas Palavras da Fé: Muito acima do tempo e do espaço paira vivamente o pensamento mais sublime. ESPÍRITO, pneuma é o ser invisível de DEUS, sua força e divindade eternas (Rm 1.20) em contraposição à carne decadente da criatura (cf. acima, p. 108). Até as maiores realizações intelectuais do ser humano são e permanecem sendo carnais e não conduzem o ser humano a DEUS (1Co 1.21). Quem pretende adorar em verdade, quem realmente deseja estar em contato com esse DEUS vivo, poderá fazê-lo somente quando essa vida do próprio DEUS preenche seu coração. Orar de forma aceitável, de acordo com a vontade de DEUS (1Jo 5.14) pressupõe que a vontade de DEUS e a maneira de DEUS esteja em nossos corações por meio do ESPÍRITO. Faz parte da verdadeira adoração a DEUS o amor que anseia de coração: Pai, o teu nome … o teu reino … a tua vontade…! Um amor desses, porém, é fruto do ESPÍRITO.

Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica Esperança.

 

3. DEUS É IMANENTE E TRANSCENDENTE.

IMANANCIA (IMANENTE) Essa palavra vem do latim, Immanere, «habitar». E usada em relação a ações e princípios relativos a DEUS (sendo o contrário de transcendência), e também relativos a outras entidades espirituais de grande poder.

DEUS. Em relação aos conceitos do Ser Supremo ou Força Cósmica Universal, o termo imanente fala sobre uma identificação parcial ou completa de DEUS com o mundo. Se a identificação for absoluta, então teremos o panteísmo (vide) ou o panenteismo (vide).

O teísmo admite a imanência de DEUS, mas não identifica o mundo com DEUS. Em outras palavras, a essência de DEUS é distinta da essência do mundo. A teologia bíblica admite tanto a imanência quanto a transcendência de DEUS, porquanto ambas as coisas são ensinadas na Bíblia. O gnosticismo (vide) procurava solucionar o aparente conflito envolvido na questão supondo que o próprio DEUS é transcendente, mas através de muitos supostos mediadores, seria imanente por delegação. A filosofia indiana e o misticismo, em geral, afirmam a imanência como um aspecto importante de seus sistemas de pensamento. O deísmo (vide) ensina a transcendência. Os teólogos cristãos, por sua vez, explicam que DEUS é imanente em suas obras, mas é transcendental quanto à sua essência, a qual, para nós, permanece desconhecida.

O trecho de Sal. 139 ensina a imanência de DEUS. O teísmo bíblico requer essa imanência como um conceito fundamental. Passagens como Rom, 11:33 ss e I Tím. 6:16, por outro lado, ensinam a transcendência de DEUS.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 249-250.

 

I. O Termo e Suas Definições.

Essa palavra vem do latim, transcendere, "cruzar uma fronteira". Seus elementos formativos são trans, "cruzar", e scandare, "subir". Esse termo tem muitas aplicações na filosofia e na teologia, conforme é ilustrado no resto deste artigo. Uma das idéias básicas é que a deidade que o indivíduo busca está muito acima do inquiridor. A superioridade e independência do Ser divino é contrastada com a humilde posição do inquiridor, confinado a esta esfera terrestre. A transcendência absoluta põe DEUS fora do mundo, e se Ele mantém qualquer interesse pelo mesmo, sem dúvida terá de agir através de uma longa linha de mediadores ou intermediários. Diversas teologias procuram resolver esse problema propondo os polos da transcendência e da imanência, como qualidades divinas, cujo Ser é assim descrito como Alguém que existe, ao mesmo tempo, "além" do mundo e "no" mundo. A crença na transcendência usualmente envolve a aceitação de uma dimensão transcendental do Ser, bem como de seres, DEUS e outros seres imateriais que habitam em uma esfera totalmente diferente daquela onde vivem os homens.

Usualmente é preciso a revelação para que o Ser transcendental possa ser conhecido, visto que não estamos muito bem equipados para irmos além do "próprio eu", exceto no caso dos místicos, que desenvolvem as técnicas apropriadas e os estados de espírito conducentes a isso. A transcendência também aplica-se ao conhecimento, bem como aos meios que estão para além da experiência, mas que podem ser parcialmente conhecidos nos postulados da razão, da intuição e das experiências místicas.

DEUS é transcendental.

a. Na natureza, sendo totalmente outro, por ser "espírito", em contraste com a matéria, e por ser a forma mais elevada de ser espiritual, bem como a fonte de todos outros tipos de ser.

b. Fora do espaço, habitando DEUS em uma dimensão imaterial e não-espacial, DEUS tem uma espécie de existência totalmente transcendental.

c. Quanto à santidade, bem como quanto a seus outros atributos, que são inteiramente diferentes do homem e suas manifestações.

d.Quanto ao intelecto, visto que os pensamentos de DEUS não são os nossos. Antes de tudo, DEUS manifestou-se através do Logos, o qual, por sua vez, revelou a DEUS, tendo então efetuado uma missão tridimensional em favor do homem: na Terra, no Hades e no Céu.

O gnosticismo super-enfatizava a transcendência de DEUS, criando a necessidade de uma interminável série de mediadores. A encarnação do Logos trouxe DEUS até o homem e elevou o homem até DEUS. Destarte a própria natureza divina é compartilhada por seus filhos, os quais adquirem a imagem do Filho. O deísmo é uma outra teologia que enfatiza demasiadamente a transcendência de DEUS. e. Quanto aos atributos, DEUS também é transcendental, pois apesar dos remidos poderem participar de alguns dos atributos divinos, as qualidades de DEUS estão acima e além dos seres humanos.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 474-475.

 

IV. AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO

1. O QUE DIZEM OS TEÓLOGOS CATÓLICOS ROMANOS?

No tabernáculo havia a representação de querubins. Mas a figura jamais foi adorada ou venerada pelos filhos de Israel. Se o tivesse sido, sem dúvida teria sido destruída. Ver Êxo. 25.18,19. Yahweh, por sua vez, jamais foi representado entre os israelitas por meio de qualquer imagem de escultura. Tal representação teria sido um sacrilégio de primeira grandeza. E nem outros deuses foram jamais representados por meio de imagens pelos israelitas, a não ser pelos idólatras entre eles. Mas tais imagens detratavam do caráter úrico de Yahweh.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.

 

O Catolicismo exige que todos os Católicos "venerem" estátuas ou imagens de CRISTO, Maria e outros:

"As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no mistério de CRISTO. Através do ícone de CRISTO e das suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Através das santas imagens da santa mãe de DEUS, dos anjos e dos santos, veneramos as pessoas nelas representadas." (P. 335, #1192). Sem levar em conta o que as estátuas representam, uma coisa é certa - elas transgridem as instruções de DEUS. Quando DEUS deu os Dez Mandamentos, o segundo foi:

"Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra." Êxodo 20:4

DEUS também ordenou: "Nem levantarás coluna, a qual o Senhor teu DEUS odeia." Deuteronômio 16:22

A Bíblia conclui que aqueles que fazem ou possuem estátuas estão corrompidos:

"Guardai, pois, cuidadosamente a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso DEUS, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher."

Deuteronômio 4:15-16

DEUS declara novamente sua posição: "Guardai-vos, não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso DEUS, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma cousa que o Senhor, vosso DEUS, vos proibiu." Deuteronômio 4:23

A Palavra de DEUS também proíbe expressamente as pessoas de se curvar diante das imagens, o que é costume na Igreja Católica. Sempre que você vir o Papa ajoelhando-se em frente a Maria, você deveria pensar sobre estes versos da Escritura Sagrada:

"Não as adorarás nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu DEUS, DEUS zeloso…" Êxodo 20:5

Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. Deuteronômio 5:9

No Novo Testamento o apóstolo Paulo explica porque DEUS é tão categórico contra os ídolos:

"Que digo, pois? que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes digo que as cousas que eles sacrificam é a demônios que as sacrificam, e não a DEUS; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios." 1 Coríntios 10:19-20

Atrás de cada ídolo há um demônio literal, e DEUS não deseja associação alguma com demônios. Não é de admirar que DEUS proíba o uso de ídolos:

"Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor, vosso DEUS." Levítico 19:4

DEUS odeia a idolatria:

"Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais." 1 Coríntios 5:11

"Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de CRISTO e de DEUS." Efésios 5:5

Aqui DEUS declara que os idólatras não entrarão no céu. Os próximos versos alertam:

"Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por estas cousas vem a ira de DEUS sobre os filhos da desobediência." Efésios 5:6

Será que a Igreja Católica está enganando você com palavras vãs? Decida por você mesmo.

Origem desta doutrina O Catolicismo reconhece que esta doutrina não veio de DEUS:

"Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos padres, e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do ESPÍRITO SANTO que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra maneira apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de DEUS, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos..." P. 327, #1161

Esta doutrina veio dos "santos padres" e da "tradição da Igreja Católica". Espera-se que você creia que estes santos padres foram "divinamente inspirados" para violar a Palavra de DEUS? Você pode aceitar isto?

O salmista nos ensina ainda mais sobre este assunto:

"Os ídolos das nações são prata e ouro, obras das mãos dos homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem, pois não há alento de vida em sua boca. Como eles, se tornam os que os fazem, e todos os que neles confiam." Salmo 135:15-18

Em outras palavras, como um ídolo é surdo e mudo, também todos os que fabricam ídolos e neles confiam são débeis mentais.

Esta é uma admoestação poderosa de um DEUS amoroso e compassivo.

Conclusão

A Igreja Católica determina que os ídolos "despertam e alimentam" sua fé no "mistério de CRISTO". Mas a Palavra de DEUS proíbe o seu uso. A quem você vai obedecer? "Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o Senhor, vosso DEUS." Levítico 26:1

"Negligenciando o mandamento de DEUS, guardais a tradição dos homens." Marcos 7:8 Rick Jones. Por amor aos Católicos Romanos. pag. 79-81.

 

2. UMA INTERPRETAÇÃO FORÇADA.

ÊXODO 25.18 — O uso de querubins sobre a arca justifica a visão católica de que as imagens podem ser veneradas?

A MÁ INTERPRETAÇÃO: De acordo com esse versículo, Moisés recebeu de DEUS a seguinte ordem: “Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório”. E óbvio que se trata de uma imagem sagrada. Os estudiosos católicos argumentam que esse verso justifica a veneração deles por imagens sagradas.

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Esse ver só não justifica a veneração por imagens sagradas. Por um detalhe, o contexto deixa claro que a imagem dos querubins não deve ser venerada ou adorada de maneira alguma. Na verdade, a posição dos querubins no lugar mais santo, onde apenas o sumo sacerdote poderia entrar, uma vez por ano no Dia da Expiação (Lv 16), tornou-os inacessíveis e, portanto, impossíveis de serem adorados ou venerados pelo povo.

Note também que esses querubins não foram dados a Israel como imagens de DEUS; eles são representações de anjos. Não foram dados com o propósito de adoração ou veneração; foram dados por motivos de decoração — como arte religiosa. Os católicos romanos estão lendo algo nesse versículo que na verdade não está lá.

Norman L. Geisler; Ron Rohdes. Resposta as Seitas. Edtora CPAD. pag. 57-58.

 

II Reis 18.4 Removeu os altos. Destruição e Reforma Religiosa. Nenhum ídolo escapou à ira destruidora de Ezequias. Os lugares altos foram destruídos e queimados, e os ídolos foram destruídos. Além disso, havia um ídolo especial, a serpente de metal, que Moisés havia feito, por ordem do Senhor, para cura do povo (ver Números 21.5-9), e que foi quebrado e anulado. O povo vinha usando aquele objeto em sua idolatria, chegando a queimar incenso defronte dele.

Neustã. Esse vocábulo, no hebraico, é parecido (quanto ao som) com as palavras hebraicas que significam “bronze" e “imundo". O rei estava ansioso por remover todos os vestígios da idolatria, e qualquer coisa que pudesse provocar práticas idólatras, pelo que despedaçou a serpente de metal.

As tradições judaicas dizem que Ezequias despedaçou a serpente de metal, moeu-a até virar pó e então espalhou as partículas ao vento (Talmude Bab. Avodah, Zarah, foi 44.1).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1538.

 

NEUSTÃ Transliteração do termo hebraico que significa «de bronze», referindo-se à Serpente de Metal (vide) feita por Moisés. Ver 11 Reis 18:4. Essa serpente de metal foi despedaçada por Ezequias, rei de Judá, porque estava servindo de objeto idólatra para muitos judeus embora não tivesse sido essa a finalidade pela qual fora feita (ver Núm. 21:9).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 491.

 

Em suas reformas religiosas, removeu os altos (18:4), quebrou as colunas sagradas e deitou abaixo o poste-ídolo. Despedaçou até a serpente de bronze que Moisés havia feito no tempo do êxodo (Nm 21:8-9). A serpente de bronze era uma lembrança da salvação de DEUS, mas, como as serpentes também simbolizavam forças místicas em várias culturas, acabou se tomando um objeto de adoração. Ezequias destruiu sem dó nem piedade essa imagem que o povo chamava de Neustã, um termo que significa “mero pedaço de bronze”. A remoção de tantos lugares de culto pode ter ajudado o povo de Judá a depositar sua fé exclusivamente no DEUS de Israel.

Os atos de Ezequias nos lembram que, apesar de ser bom ter um templo apresentável com objetos que nos lembram a bondade de DEUS, devemos evitar tudo o que possa distrair e impedir as pessoas de manter os olhos fixos somente em DEUS. Hoje em dia, as distrações podem assumir a forma tanto de objetos quanto de indivíduos, como o fundador da igreja, o líder carismático de uma congregação ou qualquer outra pessoa de influência. A fim de haver adoração verdadeira, só DEUS deve permanecer no centro.

Tokunboh Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag. 460-461.

 

3.O USO DE FIGURAS COMO SÍMBOLO DE ADORAÇÃO.

O PERIGO DAS RELÍQUIAS

JESUS disse que DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24). Isto significa que adoramos e servimos a um DEUS que não podemos ver, mas podemos crer com nosso coração. Portanto, algumas pessoas consideram DEUS como uma abstração; outras tentam torná-lo mais real e presente por meio de artefatos que associam a Ele.

Por mais compreensível que a adoração de relíquias possa ser, ela é uma prática perigosa, pois pode facilmente tentar as pessoas a adorar o objeto em si, em vez de o DEUS para quem o objeto deve apontar. Em sua essência, a relíquia se torna alvo de idolatria.

Isso aconteceu com inúmeros itens que os israelitas adoravam, incluindo a serpente de metal que Moisés fez durante a peregrinação do êxodo (2 Rs 18.4; Nm 21.8,9). Originalmente, a serpente no poste serviu como um meio de prover cura às pessoas mordidas por cobra; ela as fazia buscar o Senhor para serem curadas. Porém, após o estabelecimento do povo na terra Prometida, os israelitas transformaram a serpente num ídolo, como se ela por si própria pudesse curar alguém. Eles lhe queimaram incenso e chegaram a batizá-la como Neustã.

Da mesma forma, os israelitas transformaram vestes cerimoniais, ou um éfode, que Gideão obteve dos despojos de sua vitória sobre os midianitas, num ídolo (Jz 8.25-27). Tempos depois, tentaram usar a arca da aliança como um amuleto contra os filisteus, com resultados desastrosos. E, na época de Jeremias, os cidadãos de Jerusalém se importavam mais com seu templo do que com o Senhor de seu templo (Jr 7.12-15).

Estes exemplos mostram o perigo em valorizar objetos e lugares que já tiveram relação com a obra de DEUS. Como seres humanos, vivemos num mundo natural, mas adoramos um DEUS sobrenatural. Portanto, precisamos tratar santuários e relíquias apenas como meios para esse fim, nunca como um fim em si mesmos.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 621.

 

Sl 115.4-8. Ele prossegue em tom de ataque. Os deuses que as nações adoram, deuses visíveis, não passam de ídolos feitos de prata e ouro (115:4). São apenas objetos, incapazes de falar, ver, ouvir, cheirar ou agir (115:5-7; cf. Is 44:9-20; Hc 2:18-20). Que tolice adorar a obra das mãos de homens. Há quem argumente que as pessoas não adoram os ídolos em si, mas os deuses que eles representam. Pode até ser o caso, mas a lei asseverava que os israelitas não deviam confeccionar nenhum tipo de imagem para representar Javé (Êx 20:4-6). Nosso DEUS não pode ser representado por uma imagem ou estatueta. A única representação de DEUS que temos é JESUS, descrito como “expressão exata do seu Ser” (Hb 1:3). Ele nos mostrou como é DEUS de fato (Jo 1:14-18).

As pessoas se tomam semelhantes àquilo que adoram ou servem, daí o salmista dizer com referência aos ídolos: Tomem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam (115:8). A mesma verdade se aplica àqueles que adoram a DEUS: devemos tornar-nos cada vez mais semelhantes ao Senhor que servimos.

Tokunboh Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag. 741.

 

A Nulidade da Idolatria (115.4-8)

Salmos 135.15-18. Os ídolos deles são prata e ouro (4). Barnes observa: “A zombaria pretendida com essas palavras é apresentada nos termos que vêm a seguir: obra das mãos de homens. Um ídolo de pedra pode ser meteórico e não formado por mãos humanas; pode ser considerado como caído do céu (At 19.35); um ídolo de madeira pode ser um poste não muito bem esculpido, que pessimamente pode ser distinguido do objeto natural, mas quando eram usados prata e ouro, a mão do artífice se tornava visível na figura do deus representado (Jr 10,8,9)”.24 Quando moldados na forma de um homem ou animal, os ídolos têm boca, olhos, ouvidos, nariz, mãos, pés, garganta — e, no entanto, são mudos, cegos, surdos, incapazes de cheirar e de apalpar, imóveis, sem pronunciar nenhum tipo de som (5-7). Alguns comentaristas acreditam que houve uma interpolação da primeira ou da última caracterização, visto que ambas descrevem o aspecto da fala. Mas essa repetição é mais bem-vista como parte da ênfase do poeta: do começo ao fim, esses são ídolos mudos que não têm palavra alguma para anunciar aos homens. O contraste com o DEUS vivo e que fala e é absoluto.

Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem (8). A coisa impressionante é que aqueles que os fazem e aqueles que adoram esse tipo de deuses se tornam como os próprios ídolos. Os pagãos fazem seus deuses à sua própria imagem, e então se tornam como eles! Esse é o efeito sobre nós em relação a quem adoramos. Nossos ídolos hoje podem ser dinheiro, poder, prazer ou qualquer outra coisa para a qual inclinamos o nosso coração. Mas se adoramos qualquer outra coisa que não seja DEUS, tornamo-nos interesseiros e duros ou levianos e superficiais.

W. T. Purkiser, M. A,. Comentário Bíblico Beacon Salmos. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 288.

  

4. MARIOLATRIA.

Obs.: Pr. Luiz Henrique

Antes mesmo de Maria nascer, os israelitas já adoravam à uma mulher, que diziam ser a rainha dos céus. Essa idolatria a uma mulher que supostamente seria rainha dos céus é portanto bem antiga e bem anterior à Maria. É uma idolatria satânica que tenta diminuir a redenção em CRISTO.

Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira. Jeremias 7:18

 

Temos aí uma das principais linhas divisórias entre católicos e protestantes (e evangélicos). Para começar, o próprio termo, «mariolatria», não é aceito pelos católicos romanos, que afirmam não adorarem a Maria.

1. Definição.

O termo mariolatria significa «adoração a Maria», devendo ser distinguido do vocábulo mariologia, isto é, a teologia acerca de Maria. O termo grego latreia, «adoração», encontra-se no âmago da primeira dessas palavras, indicando uma honraria que o homem deve exclusivamente a DEUS.

 

2. Definição feita pelos Católicos Romanos.

O idioma latino tem varias palavras que são empregadas para indicar a idéia de adoração, segundo as explicações dos mestres católicos romanos:

a. Latria. Essa palavra aponta para a adoração devida unicamente a DEUS. O termo grego correspondente é latreia, «adoração», «serviço prestado a».

b. Hiperdulia, O tipo de veneração que pode (e deve) ser prestada a Maria, em face de sua alta posição como mãe de JESUS («mãe de DEUS»), um vaso especial, usado com o propósito divino de tomar realidade a encarnação do Logos. De acordo com a teologia católica romana, Maria deve ser considerada o mais sagrado e impar dos seres humanos mortais, ocupando ela uma categoria toda própria. Ali, ela é considerada dotada de poderes como medianeira dos pecadores, diante de seu Filho, sempre simpática ante os sofrimentos de seus filhos. Isso explica a ansiedade dos católicos romanos, de se aproximarem de DEUS por meio de Maria. JESUS seria augusto, inabordável; mas Maria mostra-se justa e simpática para conosco, sempre disposta a ajudar ao homem. Em vista dessa sua posição e missão, de acordo com a mesma teologia católica romana, Maria merece a veneração que lhe prestam.

c. Dulia. Essa é a veneração que cabe aos santos que ocupam uma posição inferior à de Maria, dentro da hierarquia dos poderes espirituais.

 

3. Mantendo as Diferenças.

Os estudiosos protestantes e evangélicos quedam-se boquiabertos diante da ginástica da teologia católica romana, a fim de defender a mariolatria. Em certo sentido, protestantes e evangélicos reconhecem níveis diferentes de respeito pelos poderes celestiais. Mas, se reconhecem que aqueles que viveram vidas dignas e santas, tomando-se exemplos para os cristãos das gerações posteriores, são dignos de nosso reconhecimento e emulação, nunca pensam em venerá-los ou adorá-los. Quando um crente fala em adorar limita esse ato exclusivamente ao Senhor DEUS-Pai,'Filho e ESPÍRITO SANTO. Distinguir entre respeitar e adorar é fácil para o cristão bíblico, mas dividir a adoração em três níveis: a DEUS, a Maria e aos santos e anjos, é esperar demais da capacidade humana. outrossim, os protestantes e evangélicos também objetam à elaborada teologia que circunda Maria com excrescências extrabiblicas. Ora, é essa exaltada, mas distorcida teologia, que arma o palco para a hiperdulia, a veneração a Maria.

Os católicos romanos, de sua parte, pensam que aquela tríplice distinção pode ser feita na prática, e não apenas em teoria. Para eles, a hiperdulia é uma espécie de honraria extrema. No entanto, desde a Igreja antiga (embora não desde a Igreja primitiva, refletida no Novo Testamento), encontramos a veneração a Maria. Assim, nos dois escritos apócrifos, Protenvangelium Jacobi (século 11 d. C.) e Transitus Mariae (século IV d. C), essa veneração aparece de forma evidente. Esses antigos documentos obviamente ultrapassam a tudo quanto os livros canônicos do Novo Testamento afirmam e ensinam a respeito de Maria. Isso porém, não constitui problema para os católicos romanos, porquanto eles acreditam em uma revelação progressiva, onde a teologia foi recebendo novos elementos, pois crêem que os papas e os concílios podem fazer adições àquilo que é ensinado na Bíblia. Para eles, o Novo Testamento representa apenas um estágio inicial da teologia cristã, que os séculos se encarregaram de ir modificando, ao ponto das contradições com os ensinos bíblicos pouco ou nada significarem. Isso posto, ninguém sabe onde chegará a teologia católica romana, se o CRISTO ainda demorar-se muito quanto à sua parousia ou segunda vinda.

 

4. O Desenvolvimento da Mariolatria.

O Novo Testamento não oferece qualquer base ou razzo para os homens prestarem hiperdulia a Maria. É sintomático o quão pouco as Escrituras dizem acerca de Maria, considerando-se que ela foi a mãe de JESUS. O que é indiscutível é que ela não figura na teologia do Novo Testamento. Isso posto com base exclusiva nas Escrituras Sagradas, merente reconhecemos Maria como mulher de grande piedade, mas não podemos prestar-lhe qualquer forma de dulia ou «adoração» ou «serviço» - seja hiperdulia, seja veneração. Na verdade, a veneração a Maria, pela Igreja Católica Romana, equipara-se à adoração prestada por quase todos os povos pagãos a alguma divindade feminina, do que a história antiga tão claramente testifica. Algumas dessas divindades femininas entravam em conflito com suas contrapartes masculinas. Na teologia católica romana popular, Maria é considerada praticamente divina (se não totalmente). Assim, ela se tornou uma quarta figura componente, embora toda a cristandade sempre tenha aceito somente uma triunidade. Além disso, algumas daquelas divindades femininas dos pagãos eram esposas dos grandes deuses. Propagando-se o cristianismo, foi-se ausentando esse aspecto feminino da divindade, e, por isso, foi apenas natural que as pessoas se apegassem a Maria como uma possível candidata a preencher o hiato. Alguns teólogos falam sobre o ESPÍRITO SANTO como se fosse um principio feminino, como se, na trindade, houvesse os princípios do Pai, da Mãe e do Filho - uma idéia totalmente estranha a Sagradas Escrituras. Seja como for, o culto a Maria foi crescendo até que, por ocasião do concilio de Éfeso, ela foi oficialmente intitulada de Mãe de DEUS. Todavia, esse titulo merece explicação. Originalmente, o titulo era uma declaração indireta da divindade de JESUS: Maria era mãe de JESUS; JESUS era DEUS logo, Maria era mãe de DEUS. No entanto, nunca se pensara que Maria havia gerado DEUS, como sua mãe o que seria realmente ridículo. Com a passagem do tempo, entretanto, a ênfase foi passando da palavra «DEUS» para a palavra «mãe», exaltando assim a pessoa de Maria, e ela passou a fazer parte virtual da esfera da trindade, formando uma quaternidade conforme já dissemos. Essa noção é bastante popular no catolicismo romano de nossos dias, ainda que difira da teologia católica romana mais sofisticada. O fato é que a noção de "mãe de DEUS» envolve ensinos que se chocam frontalmente com os ensinamentos bíblicos, Por exemplo, DEUS é um Ser eterno sem principio e sem fim - como teria ele mãe? Além disso um ser mortal (como Maria) não poderia ter gerado um ser imortal (como é o caso de DEUS). Também poderíamos indagar: Se DEUS teve mãe, porventura também não teria pai? E, em seguida, avôs e avós? O fato é que a Bíblia jamais atribui a Maria o titulo de «mãe de DEUS». Essa noção é extrabiblica, inspirada por noções pagãs.

 

5. Seguiram-se Outros Dogmas Relativos a Maria.

O primeiro corolário da doutrina de Maria como «Mãe de DEUS» foi o dogma da Imaculada Conceição de 1854, que decretou que Maria é uma pessoa distinta da raça adâmica, porquanto teria sido concebida sem a mácula do pecado original, do qual toda a raça humana participa. Em seguida, veio o dogma da Assunção da Bendita Virgem Maria segundo o qual se afirma que Maria ascendeu ao céu à semelhança do que JESUS fizera. E assim ela conseguiu escapar à morte física. Essa foi a doutrina oficializada pela Igreja Católica Romana em 1950. A idéia de Maria como mediadora entre DEUS e os homens já vem de mais longa data, embora também nunca figure nas Sagradas Escrituras. Estas são taxativas a respeito: "Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens, CRISTO JESUS, «homem» (I Tim. 2:5). Esse único Mediador é chamado, nas Escrituras, de «nosso Senhor». Mas a cristandade inventou uma «nossa Senhora».

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 136-137.

 

TRADIÇÕES ECLESIÁSTICAS

1. Adoração a Maria. Não há nenhum traço, no NT, de veneração prestada a Maria. JESUS advertiu expressamente contra tal coisa (Lc 11.27,28). Pelo contrário, o quadro de Maria, dado no NT, é de uma mulher humilde de uma pequena cidade, a qual tipifica tudo o que há de mais nobre e fino nas mulheres judias. Sua pureza, simplicidade, profunda sensibilidade espiritual e completa obediência a DEUS se destacam; o cuidado com que treinou o filho em seus primeiros anos de vida, sua total confiança nele, demonstrada no incidente em Caná, sua profunda lealdade, como mostrado em sua presença no Calvário, apesar de parecer que houve momentos em que ela não o compreendia plenamente, tudo a preparou para a posição que assumiu entre os primeiros discípulos, reconhecendo JESUS como Senhor e CRISTO (At 2.36). Não há nenhuma evidência de orações feitas, ou adoração oferecida a Maria durante os primeiros quatro séculos. O culto posterior de adoração a Maria se desenvolveu sobre o tênue fundamento de três passagens em Lucas — a saudação de Gabriel, “Alegra-te, muito favorecida!” (Lc 1.28); a saudação de Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre!” (v.42) e as palavras gratas de Maria no Magiiificat: “contemplou na humildade da sua serva. Pois desde agora todas as gerações me considerarão bem-aventurada” (v.48). Essas passagens enfatizam o privilégio elevado e único, concedido a esta jovem especialmente escolhida, mas de forma alguma sugerem que adoração devia ser-lhe oferecida, a qual pertence somente a DEUS. Acerca dos breves detalhes bíblicos de sua vida, tem sido tecida uma intrincada rede de lendas, na maior parte fictícias e duvidosas e sobre isso foi construída uma complexa estrutura de dogmas que se desenvolveram e cresceram através dos séculos. Há quatro doutrinas principais baseadas nesses dogmas: Mãe de DEUS. Virgindade perpétua. Imaculada Concepção. Assunção física.

 

ORIGEM DA ADORAÇÃO A MARIA

A falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome da deusa no Egito. Muitos desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma. Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da fé exclusiva em DEUS, os líderes do catolicismo romanos contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos deuses cristãos (os santos bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a santa Maria surgiu como "Mãe de DEUS", "Senhora", "Sempre Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora e Advogada", Co-Redentora.

A seguir, algumas inovações dogmatizadas pela Igreja Católica Romana, aprovadas em concílios a partir do terceiro século depois de CRISTO:

Ano 270 - Origem da vida monástica no Egito, por SANTO Antonio.

Ano 320 - Uso de velas.

Ano 370 - Culto dos santos, professado por Basílio de Cesaréia e Gregório Nazianzo.

Ano 400 - Iniciadas as orações pelos mortos e sinal da cruz.

Ano 431 - Maria é proclamada “Mãe de DEUS”.

Ano 500 - Origem do Purgatório,por Gregório,o Grande.

Ano 609 - Culto da Virgem Maria, por Bonifácio IV. Invocação da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, estabelecida por lei na Igreja pelo Concílio de Constantinopla.

Ano 670 - Celebração da missa em latim, língua desconhecida do povo, pelo Papa Gregório I.

Ano 758 - Confissão auricular, e absolvição, estabelecida como doutrina pelo IV Concílio de Latrão, em Roma.

Ano 787 - Culto das imagens ordenado pela Igreja no II Concílio de Nicéia.

Ano 880 - Canonização dos santos, por Adriano II.

Ano 965 - O Batismo de Sinos.

Ano 998 - Dia de Finados, Quaresma, jejum às sextas-feiras e na Páscoa.

Ano 1000 - Sacrifício da missa.

Ano 1074 - Instituição do celibato do Clero, por Gregório VII.

Ano 1095 - Venda de indulgências plenárias,por Urbano II.

Ano 1125 - As primeiras idéias sobre a Imaculada Conceição de Maria, combatidas por São Bernardo.

Ano 1164 - Os Sete sacramentos, por Pedro Lombardo, no Concílio de Trento.

Ano 1184 - A diabólica INQUISIÇÃO, chamada santa, pelo Concílio de Verona.

Ano 1200 - O rosário, por São Domingos.

Ano 1215 - Transubstanciação, pelo Concílio de Latrão.

Ano 1220 - A Hóstia e respectiva adoração, por Inocêncio III.

Ano 1229 - Proibição da leitura das Bíblia aos leigos, pelo Concílio de Tolosa.

Ano 1264 - Festa do Sagrado Coração, papa Urbano IV.

Ano 1311 - Procissão do SS. Sacramento, papa João XXII.

Ano 1317 - Oração da Ave-Maria, papa João XXII.

Ano 1414 - Proibição de vinho aos fiéis, na Santa Comunhão, pelo Concílio de Basiléia, determinando o uso do CÁLICE somente pelos sacerdotes.

Ano 1546 - Aceitação dos livros apócrifos, pelo Concílio de Trento.

Ano 1563 - Igualdade entre a Tradição e a Palavra de DEUS, Concílio de Trento.

Ano 1854 - A Imaculada Conceição da Virgem, papa Pio IX.

Ano 1870 - A infalibilidade do papa, Concílio do Vaticano.

Ano 1950 - Assunção de Maria transformado em artigo de fé.

Além desses atos, as rezas da Ave-Maria chamam-na de "Sempre Virgem", "Rainha", "Advogada", ''Mãe de DEUS", Concebida Sem Pecado. Então, iremos examinar um por um esses títulos à luz da verdade contida na Palavra de DEUS, lembrando que a Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão.

 

ASSUNÇÃO DE MARIA

O que diz a Tradição:

"Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos" (C.I.C. p. 273, # 966).

Contestação - “Assunção de Maria” significa que Maria subiu ao céu em corpo e alma, levada por seu Filho. Tal ensino não encontra amparo nas Sagradas Escrituras. É claro que a santa Maria está no céu, lugar para onde vão todos os que morrem em CRISTO. Diz o ex-padre José Barbosa de Sena Neto, em suas "confissões": "A coisa mais espantosa dessa doutrina é que não tem nenhuma prova bíblica". E o ex-padre conclui: "O Papa Pio XII (que promulgou essa doutrina) disse que "qualquer um que doravante duvide ou negue esta doutrina apostatou totalmente da divina fé católica; isto - continua o ex-padre - significa que é pecado mortal para qualquer católico romano recusar-se a crer nessa fantasiosa doutrina!" A Tradição diz que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma, e o Senhor a elegeu Rainha do Universo. É o caso de se perguntar: Quem viu? Quem escreveu? Onde está escrito?

Que Maria está na glória não há dúvida, mas não que tenha ressuscitado. São incontáveis os santos que se encontram no Paraíso, aguardando a plenitude dos tempos para ressuscitarem num corpo espiritual (1 Tessalonicenses 4.16-17).

 

CONCEBIDA SEM PECADO

O que diz a Tradição: "Desde o primeiro instante de sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida" (C.I.C. p. 143, # 508). "Pela graça de DEUS, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida" (C.I.C. p. 139, # 493).

Contestação - As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.

A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do ESPÍRITO SANTO no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com JESUS. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia. Contrariando a Tradição, a Palavra de DEUS declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS" (Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção. Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de DEUS para serem justificados. No Salmo 51.5, Davi reconhece a sua propensão natural para o pecado: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO O MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com a laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens. Somos da semente de Adão. JESUS foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO.

"Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a santa Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A própria Maria, mãe de JESUS, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em DEUS meu Salvador" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador. Ela declarou que sua alma necessitava ser salva. Ela clamou pela graça salvadora de DEUS, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Efésios 2.8). De JESUS, porém, a Bíblia diz que "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" (1 Pedro 2.22). JESUS era humano, contudo sem pecado (2 Co 5.21; Hb 4.15; 1 Pe 3.18; 1 Jo 3.3). A Bíblia não faz semelhante afirmação com respeito a Maria, porquanto ela está inclusa no "Todos pecaram". Assim diz a Palavra de DEUS.

Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - JESUS – Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe de Maria deveria ser também pura para carregar no seu ventre uma pessoa  imaculada. A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E estaríamos dizendo que a Palavra de DEUS é mentirosa, quando afirma: Todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS" (Romanos 3.23; 5.12).

Vejamos mais alguns versículos que confirmam a extensão do pecado de Adão e Eva a todos:

"Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Coríntios 5.21). "Não há justo, nem sequer um" (Romanos 3.10). "Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado." (Gálatas 3.22). "Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque" (Eclesiastes 7.20).

Airton Evangelista da Costa. A Verdade Sobre Maria. Editora A. D. SANTOS. pag. 8-9;11-13

 

ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/  com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique).

  

Referências Bibliográficas (outras estão acima)

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.

Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.

BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.

www.ebdweb.com.br

www.escoladominical.net

www.gospelbook.net

www.portalebd.org.br/

http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Participação do Pb. Alessandro Silva

  

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REVISTA 4TR24 NA ÍNTEGRA

 

Lição 3, Não farás para ti imagem de escultura – A Devoção e a Reverência ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV

  

EBD Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, TEMA: OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical

  

ESBOÇO DA LIÇÃO 3

1- O SEGUNDO MANDAMENTO

1.1. Entendendo o segundo mandamento 

1.2. A proibição do mandamento 

1.3. A explicação do mandamento 

2- AVISOS E PROMESSAS

2.1. A iniquidade dos pais nos filhos 

2.2. A bênção para os que guardam os mandamentos

2.3. DEUS quer ser ouvido, não visto 

3- O CUIDADO COM AS IMAGENS

3.1. Fugindo da idolatria 

3.2. A idolatria da mente 

3.3. A imagem que DEUS aceita

  

TEXTO ÁUREO

“Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; DEUS zeloso é ele.” Êxodo 34.14

  

VERDADE APLICADA

Idolatria não é apenas adorar uma imagem, mas representa tudo aquilo que pode ocupar o lugar de DEUS em nossos corações.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO - 

Explicar o segundo mandamento.

Expor os avisos e promessas do segundo mandamento.
Ressaltar os cuidados com os ídolos e com a idolatria.

 

 TEXTOS DE REFERÊNCIA - ÊXODO 20.4-6

4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Êx 34.14 O Senhor é Zeloso.
TERÇA | Is 45.20 Imagem de escultura: deuses que não salvam.
QUARTA | Ez 16.38-43 A Justa Retribuição de DEUS.
QUINTA l Mt 22.37 O dever de amar o Senhor de todo o coração.
SEXTA | Mt 23.32-36 JESUS censura os ,escribas e fariseus.
SÁBADO | 2 Co 4.3-4 A luz do evangelho da glória de CRISTO.


HINOS SUGERIDOS: 173, 205, 227

 

MOTIVO DE ORAÇÃO - Ore para que nada ocupe o lugar de DEUS em seu coração.

 

INTRODUÇÃO

No primeiro mandamento, DEUS exige exclusividade para aqueles que fazem parte de Sua aliança. Agora, no segundo mandamento, Ele ordena que os ídolos sejam banidos. Ele não divide Sua glória com ninguém [Is 42.8].

 

PONTO DE PARTIDA – DEUS não divide Sua glória com ninguém.

 

1- O SEGUNDO MANDAMENTO

O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a DEUS e a mais ninguém. Já o segundo mandamento ordena adorar a DEUS diretamente, sem mediação de qualquer objeto. Nele, DEUS dá um basta na idolatria.

  

1.1. Entendendo o segundo mandamento 

A diferença entre o primeiro e o segundo mandamento é que o primeiro nos fala de uma adoração ao DEUS certo, ele nos chama a adorar o verdadeiro DEUS e a rejeitar o “deus falso”. Já o segundo nos ensina a adorar o DEUS certo do modo certo. Na verdade, o DEUS Criador não pode ser comparado com ídolos feitos à semelhança de homens. Enquanto o primeiro mandamento nos ensina a adorar o DEUS certo, o segundo mandamento nos estimula a rejeitar e nos proíbe de adorar os falsos deuses ou ao Senhor DEUS de maneira falsa. O uso de imagens na prática litúrgica de adoração tende a estimular ou induzir as várias formas de politeísmo. DEUS nos deu uma maneira certa de adorá-lo. Para DEUS importa tanto a forma de adorar quanto a quem adorar. Não podemos adorá-lo de qualquer forma [Dt 12.1-4).

 

R. Alan Cole (Êxodo – Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 150) comenta sobre a proibição do uso de imagens: ”Para o israelita, o homem fora criado à imagem de DEUS, à Sua semelhança [Gn 1.26], mas isso não significava enfaticamente que DEUS fosse igual ao homem [Is 55.9]. A localização e materialização de DEUS também era outro perigo inerente à idolatria. Mesmo Israel, em dias futuros, viria a crer que a presença de DEUS estava localizada e ,contida na arca ou no templo; quanto mais o teriam feito se tivesse existido uma imagem? Em Deuteronômio 4.12, a razão apresentada é o fato de que no Sinai Israel não vira qualquer forma ou semelhança: o povo havia apenas ouvido a voz de DEUS. A isso corresponde o papel dominante exercido ao longo de toda a história da fé israelita pela “palavra de YHWH”, falada ou escrita”.

 

1.2. A proibição do mandamento 

A ordenança era simples: Não fazer imagens de escultura [Êx 20.4a]. E o que era um ídolo? Era uma arte criada com ferramentas, moldada por mãos humanas e esculpida em madeira, pedra ou metal como sendo a representação de algum ser divino [Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14]. O segundo mandamento não rejeita a arte de inventar coisas, rejeita o ato de fazê-las para que sirvam de objeto de adoração. Quase todos os deuses do Egito eram apresentados em forma de animais. O deus Anúbis tinha corpo de homem e cabeça de chacal; o deus Seth tinha corpo de homem com a cabeça de um cão de orelhas alongadas e cauda ereta; o deus Hórus tinha a cabeça de falcão e assim por diante. O mandamento informa os tipos de ídolos que DEUS proíbe: nada no céu; nada na terra, nada no mar. Logo em seguida vemos mais proibições (encurvar e servir – v. 5) e o porquê: “ … porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso”.

  

As palavras ordenadas pela boca de DEUS no Sinai ainda nos assustam em nossos dias. Os ídolos de nosso século podem ser diferentes dos artefatos da antiguidade. Não temos hoje o bezerro de ouro, mas a cobiça por fama, dinheiro e sucesso se tornaram os ídolos de nossa geração. A sociedade vigente oferece uma miríade de coisas atrativas, e não importa a que ídolo nos curvemos, o resultado será sempre o mesmo: a separação do verdadeiro DEUS [1Jo 5.20-21].

  

1.3. A explicação do mandamento 

DEUS se recusou a ser representado pela imagem de qualquer coisa existente na criação. Mesmo assim, Ele declara uma razão para tal regra: o amor [Êx 20.5]. DEUS proíbe a idolatria porque é um DEUS zeloso e ciumento. Quando retratamos o zelo divino, não o comparamos com um sentimento doentio, invejoso, ou que deseja obter algo que não lhe pertence. Falamos de um zelo santo, que protege sua possessão. É como o amor de um marido que ama intensamente sua esposa e não suportaria vê-la nos braços de outro homem [Êx 34.14). O que Ele tão zelosamente protege nesse mandamento é a honra de Seu amor. Como Salvador, Ele tem o direito de exigir como o adoremos. Assim como nos ama, Ele não deseja que a qualidade de Seu amor por nós seja desprezada [Dt 7.6-8; Ez 16.38-43].

  

Este zelo divino reflete a natureza profunda e exclusiva do relacionamento que DEUS deseja ter conosco. DEUS nos ama com um amor intenso e inabalável, e esse amor se manifesta em Seu desejo de nos manter afastados da idolatria e nos atrair para Si.

Ele nos chama a uma devoção exclusiva pois sabe que só Ele pode satisfazer nossas necessidades mais profundas. O zelo de DEUS também é protetor. Ele nos guarda dos perigos espirituais que a idolatria traz, conforme visto em Isaías 42.8: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! Não darei a outro a minha glória, nem a imagens o meu louvor. Este versículo destaca a exclusividade da glória de DEUS e Sua determinação em manter Seu povo fiel Portanto, ao entender o zelo de DEUS, vemos um reflexo de Seu amor protetor e santo, chamando-nos a viver em plena fidelidade e adoração a Ele.

  

EU ENSINEI QUE:

O segundo mandamento ordena adorar a DEUS diretamente, sem mediação de qualquer objeto.

  

2- AVISOS E PROMESSAS

É preciso cuidado na exposição de Êxodo 20.5-6 no que concerne à palavra de DEUS sobre “visito a maldade dos pais nos filhos” e “faço misericórdia” pois há os que fazem uso destes e outros textos para respaldar e defender a ideia de “maldição hereditária”, criando confusão, principalmente em pessoas que não valorizam o estudo contínuo e sistemático da Palavra de DEUS.

  

2.1. A iniquidade dos pais nos filhos 

Conforme o Dicionário Hebraico de Strong, “maldade” em Êxodo 20.5 é uma das principais expressões no Antigo Testamento para indicar pecado. Esta expressão aponta para a ideia de desvio ou depravação intencional. Ou seja, o Senhor DEUS está falando sobre aqueles que conhecem a Sua vontade que estava sendo revelada, mas se recusam a viver de acordo com ela. Tais pessoas serão alcançadas pelo juízo de DEUS. Assim como as próximas gerações, caso compartilhem dos pecados de seus antepassados. Notar o final do versículo 5; “que me aborrecem”. Portanto, o texto está enfatizando a durabilidade do juízo divino enquanto permanecer as práticas abomináveis, as transgressões da lei. Evidente que há decisões, comportamentos e modo de vida dos pais que podem resultar em consequências na vida dos filhos. Mas não significa que estes filhos estão debaixo de maldição. Vide Ezequiel 18 – DEUS não condena o filho por causa do erro do pai e nem o pai por causa do filho [Dt 24.16; 2 Rs 14.6].

   

Na Bíblia de Estudo Defesa da Fé (2010, p. 133) encontramos o comentário sobre ,Êxodo 20.5; “Nesse versículo, DEUS sugere que uma razão pela qual devemos obedecer a Ele é o bem-estar de nossos filhos, netos e bisnetos. Como pequenas ondas que se espalham por uma superfície de águas calmas, os nossos atos produzem consequências para as gerações futuras. Nós podemos criar ondas de dificuldades ou de bênçãos (v.6), conforme as escolhas que fizermos”.

  

2.2. A bênção para os que guardam os mandamentos

 Assim como o juízo divino viria sobre os que se recusam a viver segundo a vontade de DEUS revelada, também o Senhor DEUS promete agir com bondade e misericórdia para com os que O amam e obedecem [Êx 20.6). Estas expressões – amar e obedecer – nos remetem às palavras que Nosso Senhor JESUS CRISTO proferiu pouco antes da crucificação aos Seus discípulos. Ou seja, aquele que verdadeiramente O ama é o que aceita ou tem os Seus mandamentos e os guarda ( ou obedece) – João 14.21. O apóstolo João escreveu que “este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos” [2Jo 6). Interessante notarmos a extensão ilimitada do amor de DEUS expressa nos termos “em milhares” (“por milhares de gerações” – NTLH) em contraste com a durabilidade do juízo expressa no versículo 5: “até à terceira e quarta geração”.

  

R. Alan Cole (Êxodo – Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 150-151) comenta sobre Êxodo 20.6: “No hebraico, hesed, uma palavra característica da aliança (cuja tradução mais exata seria, “amor leal”). Pelos padrões semitas de linguagem, a ênfase da frase está na segunda parte na verdade: que DEUS punirá os que não se conformam à Sua vontade, mas o aspecto negativo é apenas a moldura para o aspecto positivo. Mais uma vez, o teste do amor é “guardar os meus mandamentos demonstrando ainda mais claramente a Israel que amor/ódio é mais atitude e atividade do que simples emoção. A palavra milhares é usada vagamente, como “miríades” em português, para indicar a extensão ilimitada da misericórdia demonstrada por DEUS”.

  

2.3. DEUS quer ser ouvido, não visto 

Vivemos um tempo em que as pessoas para serem levadas a acreditar em DEUS necessitam de um veículo de fé. DEUS não se revelou no Sinai de maneira visível, mas audível [Dt 4.15-16]. Estudiosos acreditam que a imagem pode ser uma distração em termos de adoração e que precisamos ter mais cuidado em ouvirmos mais a palavra. O ponto central do pensamento pagão era fazer ídolos para poder controlar os deuses. Esse pensamento não difere muito de nosso tempo, porque a espiritualidade contemporânea age do mesmo jeito. As pessoas não se comprometem com DEUS e com Sua Palavra. Elas querem uma forma fácil de servir, querem um “deus”, mais amigável, um deus que pode ser adaptável aos seus propósitos. Um deus que atende aos pedidos quando é solicitado [Dt 6.5; Mt 22.37].

 

É muito comum as pessoas interpretarem DEUS como sendo apenas amor e nunca fogo consumidor. Outros já afirmam categoricamente que DEUS conhece seus corações, e isto é claro na Bíblia. mas não justifica viver uma vida sem o conhecimento da Palavra e apenas tendo a DEUS como um serviçal Com o passar do tempo, criamos uma religião que apresenta um “deus” diferente para cada tipo de cristão, um “deus” diferente até mesmo do “DEUS” da Escritura [Os 63; Mt 22.29].

  

EU ENSINEI QUE:

A misericórdia de DEUS dura para sempre

  

3- O CUIDADO COM AS IMAGENS

DEUS proibiu imagens de todo o tipo. Isso é uma ordem. Ele não criou esse mandamento apenas por exclusividade, mas com a finalidade de cuidar daqueles que são Seus.

  

3.1. Fugindo da idolatria 

A forma primitiva certamente dizia: “Você não fará uma imagem esculpida”. Todos os povos têm tendência a isso. Mas DEUS não pode ser fixado, localizado, limitado por uma representação. A imagem tem o objetivo de conduzir ao que ela representa, mas também tem o perigo de substituir a “meta divina” pelo próprio objeto antes que o encontro com DEUS seja alcançado [1Co 10.14, 19 -21]. O ser humano, rapidamente satisfeito com o que é visível e palpável, corre o risco de não ir além das aparências, do visível, do físico, do que pode ser verificado pelos sentidos da visão etc. A imagem tem um poder de captura quase mágico da pessoa, por isso pode facilmente tornar-se um ídolo, isto é, uma representação que ocupa o lugar que pertence exclusivamente a DEUS, o Senhor da história e da liberdade [Is 45.15].

  

Já vimos em toda a história como as imagens podem ser nocivas à vida espiritual das pessoas. As religiões do mundo que crescem a cada momento são uma prova poderosa do poder das imagens. DEUS tem sempre razão quando diz não, e, nesse caso, Ele o faz como prevenção porque conhece o nosso amanhã [Is 46.9-10]. A adoração de ídolos não só afastou os israelitas do DEUS vivo e verdadeiro, mas também abriu a porta a todos os tipos de outros pecados, inclusive a prostituição no templo, orgias e até mesmo o sacrifício de crianças.

 

 3.2. A idolatria da mente 

Nem todas as imagens falsas de DEUS estão apenas nos templos; elas também existem nas mentes e corações de homens incrédulos. Frases como as seguintes são frequentemente ouvidas: “Gosto de pensar em DEUS como ‘o grande arquiteto ou artista’ ou ‘não penso em DEUS como um juiz, mas apenas como um pai amoroso”: É importante apontar que aqueles que se sentem livres para pensar em DEUS como quiserem também estão quebrando o segundo mandamento. Não temos o direito de pensar em DEUS como quisermos. A triste realidade é que todos aqueles que não conhecem o verdadeiro DEUS fabricam ou inventam um falso DEUS em suas mentes. O mundo está cheio de pessoas que têm ideias falsas sobre DEUS, e isso ocorre porque elas se recusam a acreditar no que DEUS tem dito acerca de si mesmo em Sua Palavra.

  

Quando DEUS deu a Sua Lei para a humanidade, Ele começou com uma declaração de quem é [Êx 20.2]. Como podemos servir corretamente a um DEUS que não conhecemos? É por esse motivo que muitas pessoas fabricam um “deus” segundo suas mentes, porque entendem que por DEUS ser bom e amoroso, deverá aceitá-los da forma que são. Assim fabricam um deus sem juízo do inferno, que existe apenas para satisfazer seus caprichos e desejos, no deus de bolso que tem que se submeter ao suposto livre-arbítrio dos homens.

  

3.3. A imagem que DEUS aceita

A mente finita natural não tem como entender ou captar a grandeza das coisas que DEUS realiza [1 Co 2.14]. Quando DEUS criou todas as coisas, fez homens e mulheres à Sua imagem [Gn 1.26-27]. Aqui está o porquê de DEUS rejeitar a imagem. Ele já tem Sua imagem e somos nós. Nós não temos permissão para fazermos imagens que representam a DEUS. Afinal o próprio já criou à Sua imagem e semelhança. Nossa presença na terra já é um testemunho do poder e da glória do Criador: O pecado prejudica, mas a perfeita obra redentora de JESUS restaura [Rm 8.29; 1Co 15.49].

  

Cada um de nós tem em si o meio de fabricar imagens: a imaginação! Todos podem fazer um deus à sua imagem e semelhança.! E como vamos fugir disso? Andando em ESPÍRITO [Gl 5.16,25]. O fim do Evangelho é nos tornarmos semelhantes a Ele, esse é um trabalho diário, que a cada instante vai nos moldando até que alcancemos tal estatura. Se fizemos tudo e não nos tornamos parecidos com CRISTO, então algo errado aconteceu e perdemos o verdadeiro foco da salvação oferecida por JESUS CRISTO [2 Co 3.18; 1Jo 3.2].

  

EU ENSINEI QUE: DEUS proibiu imagens de todo o tipo.

  

CONCLUSÃO

Existem princípios que jamais devem ser esquecidos ou quebrados, eles podem determinar tanto a bênção quanto a maldição em nossas vidas. Assim é o segundo mandamento.