Lição 3, Não farás para ti imagem de escultura – A Devoção e a
Reverência ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24,
Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TVPara nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, TEMA: OS
DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais
e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO 31- O SEGUNDO MANDAMENTO1.1. Entendendo o segundo mandamento 1.2. A proibição do mandamento 1.3. A explicação do mandamento 2- AVISOS E PROMESSAS2.1. A iniquidade dos pais nos filhos 2.2. A bênção para os que guardam os mandamentos2.3. DEUS quer ser ouvido, não visto 3- O CUIDADO COM AS IMAGENS3.1. Fugindo da idolatria 3.2. A idolatria da mente 3.3. A imagem que DEUS aceita TEXTO ÁUREO“Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do
Senhor é Zeloso; DEUS zeloso é ele.” Êxodo 34.14 VERDADE APLICADAIdolatria não é apenas adorar uma imagem, mas representa tudo
aquilo que pode ocupar o lugar de DEUS em nossos corações. OBJETIVOS DA LIÇÃOExplicar o segundo mandamento.Expor os avisos e promessas do segundo mandamento.Ressaltar os cuidados com os ídolos e com a idolatria. TEXTOS DE REFERÊNCIA - ÊXODO 20.4-64- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou
DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem.6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus
mandamentos. LEITURAS COMPLEMENTARESSEGUNDA | Êx 34.14 O Senhor é Zeloso.TERÇA | Is 45.20 Imagem de escultura: deuses que não salvam.QUARTA | Ez 16.38-43 A Justa Retribuição de DEUS.QUINTA l Mt 22.37 O dever de amar o Senhor de todo o coração.SEXTA | Mt 23.32-36 JESUS censura os ,escribas e fariseus.SÁBADO | 2 Co 4.3-4 A luz do evangelho da glória de CRISTO.HINOS SUGERIDOS: 173, 205, 227 MOTIVO DE ORAÇÃOOre para que nada ocupe o lugar de DEUS em seu coração.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 3
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
A Rainha dos céus
E deixaram todos os mandamentos do Senhor seu DEUS, e fizeram
imagens de fundição, dois bezerros; e fizeram um ídolo do bosque, e adoraram
perante todo o exército do céu, e serviram a Baal.
2 Reis 17:16
Era o nome da DEUS que as mulheres de Israel cultuavam, esse culto
ocorria com o apoio de seus maridos. Era lhe oferecido bolos, incensos libações
como honra a essa entidade. Li e adorava o sol, a lua as estrelas nas ruas de
Jerusalém e Judá.
Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca,
queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e
nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá,
e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres,
e não víamos mal algum.
Jeremias 44:17
Alguns falam que a A rainha do céus era a deusa Istar, outro já
afirmam que é bem provável que seja uma deusa sumariana da fertilidade
Inana, a Istar Babilônica.
DEUS já havia proibido Israel de realizar esse culto, mas eles como
sempre não deram ouvido a voz de seu criador.
Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e
as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines
perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu DEUS repartiu a todos os povos
debaixo de todos os céus.
Deuteronômio 4:19
Entendesse que o povo de Israel adquiriu os hábitos de cultuar os deuses dos povos vizinhos e até mesmo dos egípcios seus inimigos, pois adoravam a cultura dessas nações. Algo que nos primórdios da jornada de Jacó vemos Lia e Raquel lutando pelas mandrágora, uma planta usada para fazer feitiço para engravidar. E vemos Raquel, que quando saiu da casa de seu pai no corre - corre da fuga Jacó não viu que ela roubara os ídolos de seu pai. O que os levou a sofre muito e não entrar na terra prometida.
Pequena Enciclopédia Bíblica
Editora: Instituto Bíblico das Assembleias de DEUS
Manual Bíblico - Ed. Nova Vida
Dicionário Bíblico Ed. Didática
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O Legado de um Pai.
(partes das ideias foram tiradas de http://www.markmerrill.com/2010/06/14/a-fathers-legacy/ )
Muito, muito obrigado pela elevada honra de me
convidarem, é também sincera alegria para mim e minha esposa,
Valdenira, conhecermos esta família que aprendemos a amar há tantos anos
através da internet e telefones e visitas do irmão Dante Moreira. Muito
obrigado. Agradecemos a DEUS pela vida de Seu Zezo Carneiro e Sua esposa, Nita,
dois dos primeiros crentes da região dos Cariris Novos no Ceará, que deixaram
um grande impacto que se propaga até agora, conforme a biografia (há pouco
traçada por Dante) de evangelistas e ajudadores na organização primeiramente de
igrejas presbiterianas, depois de igrejas batistas regulares.
Senhores e senhoras presentes, que são (ou que brevemente esperam ser)
pais e mães: Vocês já pensaram sobre o seu LEGADO ultimamente? No caso de vocês
não terem pensado, vamos começar com o básico: O dicionário define legado como
"Algo [inclusive, mas ultrapassando o material] passado a
seus descendentes por alguém que já tenha deixado esta vida." Pais,
eventualmente deixaremos aos nossos filhos o nosso legado, quer cause ele
grande gratidão e orgulho por acharem que lhes deixamos a melhor reputação, o
melhor impacto espiritual para eles e toda a região; ou seja nosso legado
razoavelmente bom; ou mediano; ou abaixo da média; ou horrível e
vergonhoso. O modo como vivemos hoje vai influenciar muitíssimo os
nossos filhos e descendentes, por várias gerações. Deixem-me compartilhar
com vocês duas histórias que demonstram o poderoso legado (bom ou mau) que os
pais criam.
MAX JUKES e seus 540 descendentes até à 5ª geração:
Max Jukes nasceu no estado de Nova
Iorque entre 1720 e 1740, e viveu uma vida sem DEUS [isto é, na prática
vivia como se DEUS não existisse, mesmo que, se fosse perguntado, poderia
dizer que achava que DEUS existia]. Viveu embrenhado nas florestas (viveu da
caça, da pesca e do extrativismo), avesso ao trabalho continuado,
trabalhando duro somente por curtos surtos e depois preguiçando e farreando até
o dinheiro acabar. Tornou-se cego em sua velhice. Com seus amigos de
farra, defendia o sexo livre, a ausência de leis ou a não observância
delas, a ausência de educação formal e de responsabilidades.
Ainda jovem, casou-se com uma mulher que também vivia uma vida sem
DEUS.
Ambos sempre recusaram deixar seus filhos ir à igreja, mesmo
quando eles pediram para ir.
Dos 540 descendentes [sem contar os ilegítimos] da união, contando-se até à
quinta geração (filhos, netos, bisnetos, trinetos, tetranetos), houve:
- 310 que morreram na maior miséria.
Desses,
- 200 terminaram seus vivendo de esmolas ou em asilos de
caridade.
- 150 foram criminosos. Desses,
- 76 foram julgados e condenados à prisão, em média por 13
anos. Desses,
- 7 foram assassinos, 60 foram
ladrões e assaltantes.
- 18 viveram às custas de mulheres em bordéis.
- 100 foram bêbados contumazes.
- 2 foram “loucos furiosos”.
- apenas 20 aprenderam uma profissão, e 10 o fizeram nas prisões do estado.
- mais da metade das mulheres foram prostitutas ou fornicavam sem nenhum pudor,
gratuitamente. 67 delas viveram e morreram infectadas com sífilis e outras
doenças venéreas e infectaram dezenas de milhares de homens.
Nessas 5 primeiras gerações, os 540 descendentes de Max Juke
custaram ao Estado 1.308.000 (um milhão, trezentos e oito mil) dólares, em
prisões, asilos de caridade e, principalmente, tratamento médico dos homens
infectados com sífilis. [com o dólar de hoje, este total seria dez
vezes mais?]
[Extraído de vários artigos na internet, que citam livros em papel, de
respeitados historiadores e sociólogos, que levaram anos consultando cartórios
e registros policiais. Eles podem discordar um pouco entre si, em um número ou
outro, mas o quadro geral é o mesmo, trágico! Certamente discordamos dos
pesquisadores e dos que usaram esses dados com o objetivo de fazerem aprovar
leis de Eugenia que previam o extermínio de famílias assim! Mas os dados por
eles levantados são importantes para provarmos como os que vivem sem DEUS
frequentemente contaminam seus filhos com isso, e as consequências ocorrem na
trágica linha dos Jukes por causa disso desse viver sem DEUS e do contaminarem
seus filhos, não por causa do DNA deles ser pior que o de outras pessoas.]
JONATHAN EDWARDS e seus 1394 descendentes até à 5ª geração:
Jonathan Edwards nasceu em 1703 em
East Windsor, Connecticut (estado vizinho do de Jukes, Nova
Iorque), filho do casamento de um dedicado pastor congregacional com uma
dedicada moça crente, tendo papai e mamãe alimentado seus filhos com o
evangelho desde tenra idade. Desde novo Edwards sempre demonstrou grande fervor
espiritual e objetivou servir a DEUS e ser usado na salvação de almas. Começou
a estudar o latim aos 6 anos de idade e aos 13 era fluente nessa língua, no
grego e no hebraico. Aos 10 anos escreveu um ensaio [um longo artigo] sobre a
imortalidade da alma. Entrou na Universidade de Yale aos 13 anos de idade e
graduou-se com 17 anos. Foi pastor congregacional e professor de Teologia em
algumas universidades cristãs. Foi um dos mais profundos e dedicados pregadores
dos EUA, tendo um papel fundamental no primeiro Grande Despertar (o maior
reavivamento nos USA). Foi pregador entre índios, escreveu muitos dos melhores
livros teológicos de linha calvinista e puritana, e pregou, em muitas cidades,
o que muitos consideram um dos mais impactantes sermões evangelísticos escritos
depois do Novo Testamento (“Pecadores nas Mãos de um DEUS Irado”). Serviu como
reitor da Universidade de Nova Jersey (agora Princeton). Quando ele tinha
apenas 20 anos, escreveu uma famosa lista de resoluções pessoais, que seguiu
toda a vida com toda sinceridade. Talvez a mais famosa linha dessa resolução
seja "ao final de cada dia, perguntar-me-ei em que eu poderia, de qualquer
forma, ter feito melhor [no sentido de agradar mais a meu DEUS]."
Em nenhuma área foi o determinado espírito de Edwards mais forte do que em seu
papel como um pai. Edwards e sua esposa Sarah tiveram 11 filhos. (De Sarah seus
contemporâneos diziam que sua devoção spiritual a DEUS, a seu esposo e filhos,
não tinha igual, e ela foi a grande inspiração para Edwards e seus filhos.)
Apesar de um horário de trabalho rigoroso que incluía levantar-se tão cedo
quanto 04h30 (para ler, estudar e escrever em sua biblioteca); apesar de fazer
extensas viagens; e apesar de infinitas reuniões administrativas, Edwards
sempre tinha tempo para seus 11 filhos. Na verdade, ele se comprometeu a passar
pelo menos 1 hora com eles a cada dia [afora o domingo todo, dedicado à igreja
e à família]. E se ele perdia um dia porque estava viajando? Ah, quando ele
voltava, diligentemente “pagava” aos filhos as horas que lhes estava devendo.
Inúmeros livros foram escritos sobre a vida de Edwards, a sua obra e influência
na história americana e seu poderoso legado profissional. Mas o legado que Edwards
teria provavelmente mais orgulho é o seu legado como um pai. Vejam: O erudito
presbiteriano Benjamin B. Warfield, de Princeton, em cerca de 1910 rastreou os
1.394 descendentes conhecidos de Edwards (6 a 8 gerações?). O que ele encontrou
foi um incrível testamento de Jonathan Edwards. De seus descendentes
conhecidos, temos
- praticamente nenhum infrator de leis.
- mais de 100 advogados.
- 30 juízes.
- 13 reitores de universidades.
- centenas de professores, desses sendo
- 65 professores universitários.
- 62 médicos.
- 75 oficiais do exército e da marinha.
- 100 pastores, missionários e professores de teologia em seminários.
- 80 homens eleitos para cargos públicos, incluindo 3 prefeitos, 3
governadores, vários membros do Congresso, 3 senadores, ministros para países,
1 controlador do tesouro dos EUA, 1 vice-presidente (Aaron Burr, neto de
J.Edwards, foi o vice-presidente de Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos
USA).
- 60 escritores de destaque, com 135 livros de mérito.
A história de Jonathan Edwards é um exemplo do que alguns sociólogos chamam
"a regra das cinco gerações." O modo como o pai e a mãe criam um
filho - o amor que eles lhe dão, os valores que lhe ensinam, o ambiente
emocional que lhe oferecem, a educação que lhe oferecem - influencia não só o
filho, mas as quatro gerações seguintes a seu filho. Em outras palavras, o que
os pais fazem em seu tempo de vida alcança as próximas cinco gerações. O
exemplo de Jonathan Edwards mostra o quão rico tal legado pode ser.
É claro que isso não significa que as pessoas são simplesmente um produto de
sua paternidade e que o que eles são é determinado inteiramente por sua
ascendência. Há muitos que descendem de homens como Max Jukes e superaram
grandes obstáculos para ter real sucesso. Outros vieram de lares cristão
governados pela Bíblia e pelo amor, como o dos Edwards, e decaíram virando
adultos cheios de problemas. Mas esses dois casos são exceções, não a regra.
As histórias de Jonathan Edwards e Max Jukes oferecem lições poderosas sobre o
legado que deixaremos como pais. Cinco gerações a partir de agora, é provável
que as nossas realizações profissionais terão sido esquecidas. Na verdade,
nossos descendentes na 5ª (ou mesmo 4ª) geração podem conhecer pouco sobre nós
ou nossas vidas, talvez alguns nem saibam nosso nome, nada mesmo. Mas a maneira
como hoje nós somos e desempenhamos nossos sagrados deveres de pai e mãe
afetarão diretamente não só nossos filhos, mas também nossos netos, nossos
bisnetos e as gerações que se seguem.
Pais, quer queiramos ou não, nós vamos deixar um legado. Qual será o seu?
****************************
Agora, começa o sermão, que é a pregação da Bíblia para a glória de DEUS. Não
se preocupem com o tempo, vai ser curto, só vou defender 3 pontos e citar 10
versículos. (Curto, mas oro a DEUS que seja penetrante, atravesse o coração de
todos nós)
1o. Ponto: Pais, Façam Seu Máximo em Prol da Salvação das Suas 5 Gerações de
Descendentes
Ex 34:7: “7 Que [isto é, DEUS] guarda a
beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado;
que ao culpado não tem por inocente;
que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos
filhos até à terceira e quarta geração.”
Dt 6:6-9 “6 E estas palavras [isto é, a
Bíblia], que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás
assentado em tua casa,
e andando pelo caminho,
e deitando-te e levantando-te.
8 Também as atarás por sinal na tua mão,
e te serão por frontais entre os teus olhos.
9 E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.”
2o Ponto: Cada Presente, Seja Salvo, Antes e Para Poder Salvar Seus
Descendentes: - - - - TODO Homem PRECISA Ser Salvo:
Sei que todos os presentes se julgam pessoas razoavelmente boas, e sei que
realmente o são, aos olhos meus e de todos os homens vizinhos
de sua rua e cidadãos de sua cidade. Mas o padrão de DEUS é infinitamente alto,
miserável homem que eu sou! A Bíblia diz:
Ef 2:8-9 “8 (Porque pela graça sois aqueles tendo
sido salvos, através da fé). E aquela [isto
é, aquela misericórdia] não é proveniente- de-
dentro- de vós mesmos, é dom de DEUS,
9 Não é proveniente- de- dentro- das obras, para que
ninguém se vanglorie;”
Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo,
e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;
e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos
arrebatam.”
-
2o Ponto: Cada Presente, Seja Salvo, Antes e Para Poder Salvar Seus
Descendentes: - - - - DEUS Oferece Agora Salvação Completa e Eterna, a TODOS
que aceitarem Seus termos:
- Arrepender-se
Lucas 13:3 “Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de
igual modo perecereis.”
- Crer (depositar toda a confiança) biblicamente do CRISTO da
Bíblia
João 3:18: “Quem crê nele não é condenado;
mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de DEUS.”
João 54 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve [isto
é, receve e crê e obedece] a minha palavra,
e crê naquele que me enviou,
tem a vida eterna,
e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida.”
Atos 16:30-31 “30 E, tirando-os para fora, disse: Senhores,
que é necessário que eu faça para me salvar? 31 E eles
disseram: Crê no Senhor JESUS CRISTO e serás salvo, tu e a tua
casa.”
- Recebê-lo e confessá-Lo publicamente como Salvador, e Senhor- Dono-
Controlador, e o DEUS:
João 1:12 “Mas, a todos quantos o
receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de DEUS,
aos que creem no seu nome;”
Romanos 10:9-10 “9 A saber: Se com a tua boca confessares
ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Visto que com o
coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para
a salvação.”
Senhor e senhora, não importa quão bom ou tão mau todos lhe vejam, se é assíduo
membro de igreja batista ou presbiteriana ou outra, ou se anda distante de
DEUS, se você nunca se submeteu aos termos de DEUS que lhe falei: hoje é o dia,
de coração lhe suplico que se arrependa, creia, receba, confesse (com seus
lábios a alguém) CRISTO como seu Salvador, Senhor- Dono- Controlador, e DEUS.
Hoje mesmo, amanhã pode ser tarde: a oferta da salvação pode lhe estar sendo
oferecida para você pela última vez, esta pode ser sua última oportunidade de
ser salvo. Receba sua salvação do inferno (do qual eu sou o primeiro a merecer)
para o céu. Depois, fervorosamente fale de CRISTO a seus
filhos todos os dias de sua vida, deixe um legado que lhes
será uma bênção eterna, não temporária.
Hélio, mar.2013, Juazeiro do Norte, CE.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele
perfeitamente preservado por DEUS em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia
Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br.
Ou ACF, da SBTB.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em
Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS SOBRE MARIOLATRIA
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19YJMPyN6Wa2wY7DmIMtOaR
Resumo da Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas
I. PROIBIÇÃO À IDOLATRIA
1. Ídolo e imagem.
2. Idolatria.
3. Semelhança ou figura.
II. AMEAÇAS E PROMESSAS
1. O DEUS zeloso.
2. As ameaças.
3. As promessas.
III. O CULTO VERDADEIRO
1. Adoração.
2. DEUS é espírito.
3. DEUS é imanente e transcendente.
IV. AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO
1. O que dizem os teólogos católicos romanos?
2. Uma interpretação forçada.
3. O uso de figuras como símbolo de adoração.
4. Mariolatria.
TEXTO ÁUREO
"Portanto, meus amados, fugi da idolatria." (1 Co
10.14)
VERDADE PRÁTICA
O segundo mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem
de um deus ou de qualquer objeto de culto
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lv 19.4 DEUS proíbe a fabricação de ídolos e deuses de
fundição
Terça - Dt 4.12 A adoração a DEUS deve ser sem imagens e sem
figuras
Quarta - Mt 4.10 Somente DEUS deve ser adorado e a Ele devemos
servir
Quinta - Jo 4.24 DEUS é ESPÍRITO e deve ser adorado em espírito e
em verdade
Sexta - At 17.24,25 DEUS não habita em templo feito por mãos
humanas
Sábado - 1 Jo 5.21 O combate à idolatria é mantido pelo apóstolo
João
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.4-6; Deuteronômio 4.15-19
Êxodo 20.4-6
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do
que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da
terra. 5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu
DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira
e quarta geração daqueles que me aborrecem 6 e faço misericórdia em
milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 4.15-19
15 Guardai, pois, com diligência a vossa alma, pois semelhança
nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso DEUS, em Horebe, falou convosco,
do meio do fogo; 16 para que não vos corrompais e vos façais alguma escultura,
semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea; 17 figura de algum animal
que haja na terra, figura de alguma ave alígera que voa pelos céus; 18 figura
de algum animal que anda de rastos sobre a terra, figura de algum peixe que
esteja nas águas debaixo da terra; 19 e não levantes os teus olhos aos céus e
vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido
a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR, teu DEUS,
repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que DEUS se revela ao homem sem a necessidade de meras
reproduções (figuras, estátuas, imagens, esculturas, desenhos).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Os objetivos
específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Explicar a proibição bíblica quanto à idolatria - (Tudo o que é
artificial não penetra no reino espiritual - Tudo o que se coloca como objeto
de adoração, sendo material, é idolatria).
Apresentar a característica zelosa de DEUS (Juízo sobre o pecado e
bênção sobre a obediência).
Conscientizar sobre o verdadeiro culto a DEUS (em ESPÍRITO e em
Verdade - Em comunhão com o ESPÍRITO SANTO e dentro do que ensina a Palavra).
Esclarecer quanto à idolatria da teologia romana (A adoração a uma
mulher no céu sempre atraiu as pessoas - é pecado terrível quando se coloca
alguém no mesmo nível ou superior a JESUS no plano de salvação).
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, a devoção às imagens e esculturas, no Brasil, é um
fenômeno religioso. Milhares de pessoas, ano a ano, pagam as suas promessas,
subindo às mais altas escadarias das catedrais para cultuar a imagens. Mas é
importante que expliquemos aos alunos que, por trás da idolatria, há interesses
econômicos poderosos. O teólogo Lawrence Richards, comentando o capítulo 19 do
livro de Atos, explica com clareza a razão econômica da idolatria praticada em
Éfeso: "[...] Em Éfeso, Paulo arruína o negócio daqueles que fabricam e
vendem imagens da deusa Ártemis. Demétrio, presidente de um dos sindicatos
locais, inicia uma revolta entre os negociantes preocupados. 'Precisamos parar
este movimento', clama Demétrio, 'ou todos ficaremos sem emprego'.
A preocupação expressa pelas vítimas desse missionário cristão [ ou
seja, Paulo] é verdadeira. Diariamente, os cidadãos americanos gastam mais de
80 milhões de dólares com o ocultismo. Eles visitam cartomantes, com encantos e
amuletos, contratam mágicos para curar doenças ou amaldiçoar inimigos. Ora,
toda indústria turística americana está baseada nas pessoas visitando cidades
como Éfeso, onde há famosos templos e santuários.
Simplesmente falando, o império não pode dar-se ao luxo de tolerar
pessoas como Paulo, que pregam contra a feitiçaria e a idolatria. Toda a nossa
economia desmoronará se estes fanáticos forem tolerados.
Alguns podem argumentar que a mensagem de Paulo é verdadeira, e que
o poder de seu 'ESPÍRITO SANTO' e de 'JESUS' é maior do que o poder dos
espíritos dos quais eles dependem. Isso pode ser verdade. Mas, definitivamente,
não ousamos nos converter, tornando-nos cristãos. Há muita gente que ganha a
vida com o ocultismo. É uma indústria que o império simplesmente precisa
apoiar" (RICHARD. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p.275).
PARA REFLETIR
A respeito da Idolatria:
É correto afirmar que a idolatria se caracteriza apenas por imagens
de esculturas?
Não. A idolatria se caracteriza por tudo aquilo que toma o lugar de
DEUS no coração da pessoa.
Com a máxima semítica "terceira e quarta geração", o
autor bíblico quer se referir ao número exato de vezes que DEUS castigará a
geração?
Não. O objetivo é contrastar o castigo para "terceira e quarta
geração" com o propósito de DEUS de abençoar a milhares de gerações.
Por que não podemos ter uma atitude de adoração ou devoção a Maria?
Em primeiro lugar, Maria, apesar de ser a mãe de JESUS, era uma
mulher igual às outras, mas achada graciosa pelo Senhor. E ela jamais aceitaria
ser cultuada, pois a glória deve ser dada somente a DEUS.
Ter objetos decorativos em casa é idolatria?
Não. Não há nada na Bíblia que condene ter objetos decorativos em
casa.
A Bíblia proíbe as artes?
Não. Temos de ter discernimento para não proibirmos o que a Bíblia
não proíbe. Temos de distinguir os ídolos dos objetos meramente decorativos e
das artes e esculturas artísticas. DEUS mesmo inspirou artistas entre os
israelitas no deserto (Êx 35.30-35).
VOCABULÁRIO
Imagética: Que revela imaginação. Ocultismo:
Crença na ação ou influência dos poderes sobrenaturais.
SUGESTÃO DE LEITURA
Manual do Pentateuco
Neste livro, o autor faz um exame preciso e aprofundado dos cinco
primeiros livros da Palavra de DEUS, relacionando suas informações com o
contexto sociocultural da época. Excelente para pesquisas, cada capítulo possui
bibliografia para enriquecer ainda mais seus estudos.
CRISTO entre outros Deuses
Todas as religiões são iguais? DEUS é o mesmo em todos os cultos?
Como JESUS é visto em outras religiões? Todos os caminhos levam a DEUS? Essas e
outras questões são abordadas neste livro. Com argumentos irrefutáveis, o autor
leva-nos a refletir acerca dos principais temas religiosos.
Comentários de vários autores com algumas modificações do Pr. Luiz
Henrique
INTRODUÇÃO
No preâmbulo do primeiro mandamento DEUS se identifica. O segundo
mandamento é muito próximo do primeiro, ambos são de ordem espiritual e afirmam
a existência de um DEUS vivo, o único que deve ser adorado. Aqui Javé proíbe a
adoração aos ídolos e o culto a qualquer imagem de escultura ou de pintura como
objeto de adoração. É nesta forma de idolatria que o presente capítulo pretende
focar.
Os patriarcas do Gênesis e os israelitas do deserto sabiam muito
pouco sobre os atributos de DEUS. A revelação divina aconteceu de forma gradual
ao longo dos séculos, até a manifestação do Filho de DEUS (Hb 1.1). Os dois
primeiros mandamentos do Decálogo são os que maior impacto causaram em Israel.
DEUS é espírito e invisível (Jo 4.24; Cl 1.15; 1 Tm 1.17) e hoje qualquer
cristão sabe disso. Essa verdade é declarada na Confissão de Westminster. No
entanto, foi o próprio DEUS que se revelou a si mesmo sobre o seu ser e a sua
natureza e nesses mandamentos temos o esboço dessa doutrina.
No primeiro mandamento, Javé se identifica ao seu povo como o DEUS
soberano que remiu a Israel da escravidão do Egito. Aqui e no segundo
mandamento, DEUS revela a sua espiritualidade e ordena que somente ele deve ser
adorado. Javé proíbe o uso de imagem e de qualquer representação, semelhança ou
figura do próprio DEUS na adoração. Essa proibição se estende também a toda e
qualquer divindade falsa dos pagãos.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma
Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 39-40.
O segundo mandamento diz respeito às ordenanças da adoração, ou à
maneira segundo a qual DEUS deverá ser adorado, o que é adequado que Ele mesmo
indique. Aqui temos:
A proibição. Aqui somos proibidos de adorar até mesmo o DEUS
verdadeiro, em imagens, w. 4,5. [1] Os judeus (pelo menos, depois do cativeiro)
se julgaram proibidos, por este mandamento, de fazer qualquer imagem ou
pintura. Consequentemente as imagens que os exércitos romanos tinham em suas
insígnias são chamadas de abominações para eles (Mt 24.15), especialmente
quando são colocadas no lugar santo.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis
a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 292.
É lógico que o segundo mandamento (Êx 20.4-6) segue o primeiro,
desde que era difícil, se não impossível, para a mente pagã apreender a noção
de invisibilidade dos deuses que impossibilitava a representação deles em algum
material ou forma física. Contudo, é provável que seja um erro supor que os
adoradores desses deuses — ou, pelo menos, que os pensadores mais densos entre
eles — não vissem, de fato, diferença entre as deidades per se e as formas
plásticas que assumiam com o auxílio dos adoradores. Em outras palavras, os
ídolos e as imagens, com certeza, eram apenas representações de seres
invisíveis, cuja realidade só seria plenamente avaliada por meio de seu ser
visível. Ao mesmo tempo, para muitos dos devotos comuns desses deuses,
talvez para a maioria deles, não havia distinção prática entre o visível e o
invisível a ponto de considerarem que os objetos de madeira, pedra ou metal
possuíam o nome divino e eram adorados como tal.
Mesmo que essa seja uma interpretação acurada da concepção de
imagens por Israel, permanece o fato de que essas representações visíveis de
poderes invisíveis percebidos eram estritamente proibidas. E se esse era o caso
com os falsos deuses, quão mais odioso seria tentar captar o DEUS eterno do céu
e da terra em algum objeto feito por mãos humanas! Primeiro, fazer isso era
adorar um produto de criação humana ou, pelo menos, um objeto adequado para
captar a essência do ser representado. Quão pequeno deve ser um deus para poder
ser retratado em alguma forma concebida pela mente humana. Além disso, a
tentativa de iconizar o DEUS invisível sugere que ele pode ser localizado,
reduzido ao escopo de algo que pode ser manipulado. Na verdade, DEUS torna-se
prisioneiro da habilidade do artista, da substância e qualidades da
matéria-prima que ele usa e da incapacidade do adorador de imaginá-lo além do
que pode ver com os próprios olhos e tocar com as próprias mãos.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd
Publicações. pag. 326-327.
I. PROIBIÇÃO À IDOLATRIA
1. ÍDOLO E IMAGEM.
O grande desafio de Israel era vencer a idolatria e manter a
fidelidade a Javé, cumprindo o concerto do Sinai. O povo estava saindo de um
contexto sociocultural completamente politeísta. Seus ancestrais lhes haviam
falado sobre o DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó, mas agora eles mesmos
precisavam saber o que significava o compromisso de servir e adorar
exclusivamente o DEUS que os libertara da escravidão do Egito. A adoração a
Javé devia ser algo completamente diferente dos rituais idólatras. O segundo mandamento
declara: Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há
em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te
encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me
amam e guardam os meus mandamentos (Êx 20.4-6; Dt 5.8-10).
Os dois termos hebraicos pessel e temunãh dizem respeito à falsa
adoração. Da palavra pessel, "imagem", deriva o verbo pãssal,
"esculpir, entalhar, lavrar" pedra ou madeira para construir (1 Rs
5.18 [32]), escrever (Êx 34.1, 4; Dt 10.1, 3) e esculpir imagem de divindades
(Hc 2.18).
A Septuaginta traduziu o termo por eidõlon, "ídolo". O
termo temunãh, "forma, aparência, figura, representação, semelhança",
só aparece dez vezes no Antigo Testamento (Êx20.4; Dt4.12,15,16,23,25; 5.8; Nm
12.8; Jó 4.16; Sl 17.15). Cinco vezes aparece em conexão ou paralelamente a
pessel e diz respeito à proibição do uso de imagens (Êx 20.4; Dt 4.16, 23, 25;
5.8). Duas vezes é usada para esclarecer que os israelitas ouviram a voz de
Javé que falava do meio do fogo no monte Sinai, mas eles só ouviram as palavras
por ocasião da revelação do Sinai (Dt 4.12, 15). Três vezes é empregada de
maneira independente: Moisés era o único que via a temunat YHWH, a
"semelhança de Javé" (Nm 12.8). DEUS falava com ele como alguém fala
a um amigo, face a face (Êx 33.11); Elifaz usa o termo para descrever uma
revelação noturna (Jó 4.16) e, num paralelismo poético, a palavra é empregada
de forma metafórica numa visão de Davi (Sl 17.15).
O segundo mandamento diz que não se deve fazer imagem ou figura de
tudo o "que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra” (Êx 20.4; Dt 5.8). Isso envolve todas as espécies de animais,
aves, répteis, peixes, aves, corpos celestes, e inclui a imagem do próprio DEUS
(Dt 4.12-19). A menção das estátuas de macho e fêmea, "alguma escultura,
semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea" (Dt 4.16), diz respeito
às divindades masculinas e femininas. (Jr 2.27). A madeira era o símbolo da
fertilidade feminina; a deusa Aserá era a mãe dos deuses; e a pedra simbolizava
a fertilidade masculina na religião dos cananeus (Dt 4.28; Jr 3.9).
As espécies de animais mencionadas aqui (Dt 4.17-19) representavam
os deuses na antiguidade (Ez 8.10). Dagom era o deus dos filisteus (Jz 16.23; 1
Sm 5.7), e sua imagem consistia em metade forma de homem e metade forma de
peixe. Rá era o deus-sol, dos egípcios, e Sin, o deus-sol dos babilônios. O
touro, por exemplo, era um símbolo do Egito: "Por que o deus Ápis fugiu? O
seu touro não resistiu" (Jr 46.13, NVI); "Por que foi derribado o teu
Touro?" (ARA). Ápis era o boi sagrado do Egito, representação de Ptah,
deus da fertilidade de Mênfis. O culto do bezerro no deserto mostra que essa
forma de adoração dos egípcios ainda estava no coração do povo (Êx 32.4-6; Sl
106.19, 20). As estátuas de Baal eram colocadas sobre touros. Esse animal era
ideal para esses deuses, pois simbolizava força e fertilidade. O touro
representava também outros deuses, como Baal. E, durante muito tempo, o povo
judeu também se deixou influenciar pelo culto do bezerro (1 Rs 12.28-30; Os
8.5). Esses são alguns dos exemplos de divinização pagã de animais e corpos
celestes.
O segundo mandamento divide opiniões ainda hoje, e as
interpretações são diversificadas. Os templos católicos romanos estão cheios de
imagens de escultura, com fins cúlticos; por outro lado, a comunidade Amish não
permite o uso de fotografia nem se deixa fotografar, pois seus membros a
interpretam como produção de imagem, o que violaria o segundo mandamento.
Contudo, o mandamento aqui não se refere à arte como tal. Essa proibição é
específica; refere-se imagem de madeira, pedra ou metal ou forma de algum deus
ou deuses das nações com fins de adoração: "Não te encurvarás a elas nem
as servirás" (Êx 20.5; Dt 5.9).
Essa maneira de entender o segundo mandamento é confirmada ao longo
do Antigo Testamento (2 Rs 21.7; Is 40.19, 20; Jr 10.14). Aqui, é uma
referência à adoração (Êx 34.13, 17; Dt 27.15). O primeiro verbo tem o sentido
de adorar tishthaheweh, ou tishthahãweh, "prostrar-se, encurvar,
adorar". A Septuaginta traduz por proskyneo "adorar”, e o termo
aparece 60 vezes no Novo Testamento. O segundo verbo é ‘ãvad, "trabalhar,
servir". A Septuaginta traduziu por latreuõ, "prestar serviço
sagrado, servir, adorar", e é o termo que aparece em Mateus 4.10.
O contexto é religioso e remete à proibição de fazer imagens de
escultura ou quaisquer figuras e se prostrar diante delas para as adorar. Este
mandamento causou profundo impacto em Israel, de modo que a escultura é uma
arte que não se desenvolveu entre os israelitas, mesmo para fins meramente
culturais. Os grandes museus, como Louvre em Paris, o museu Britânico em
Londres, o Neues em Berlim o Metropolitan em Nova Iorque; o museu do Cairo,
entre outros, estão repletos de artes de escultura artística e religiosa,
bustos de artistas, pensadores e estadistas do Egito, Mesopotâmia, Pérsia,
Grécia, Fenícia e Roma, além de estátuas e estatuetas de deuses. No entanto,
não existe praticamente nada nos acervos judaicos dessa natureza nesses museus.
As galerias de arte estão completamente fora deste contexto.
Trata-se de coleções de manifestações artísticas, e não é a respeito disso que
fala o segundo mandamento. Os expositores da Bíblia são praticamente unânimes
quanto a esta questão. Há no Antigo Testamento diversos indícios que confirmam
esta interpretação. DEUS mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto
(Êx 35.30-35) e mandou Moisés levantar uma serpente de metal no deserto (Nm
21.8). O rei Salomão não encontrava artistas em Israel para a decoração do
templo e do seu palácio, de modo que contratou escultores e pintores dentre os
fenícios (2 Cr 2.13, 14). Ele mandou esculpir querubins na parede e touros e
leões para decorar o templo (1 Rs 6.29; 7.29) e o palácio real (1 Rs 10.19,
20). E, quando a serpente de metal que Moisés levantou no deserto veio a ser
objeto de culto com o passar do tempo, o rei Ezequias mandou destruí-la (2 Rs
18.4).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma
Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 42-46.
Não farás para ti imagem. O primeiro mandamento proíbe o
politeísmo, e a idolatria e o uso de imagens promoviam cultos politeístas.
Portanto, o primeiro mandamento também combate o uso de ídolos. Por motivos
assim é que muitos intérpretes pensam que os vss. 4-6 deste capítulo fazem
parte do primeiro mandamento.
Os vss. 4-6, para a maioria dos grupos protestantes (com a exceção
dos luteranos), constituem o segundo mandamento. É proibido o fabrico de
qualquer imagem de escultura para fins de adoração. As imagens tendem ou mesmo
promovem formas várias de politeísmo, e isso fora estritamente proibido no
primeiro mandamento. Além disso, as imagens de escultura, tal como o próprio
politeísmo, destroem a natureza ímpar de Yahweh, além de injetarem elementos
estranhos no pensamento e na adoração religiosos. Grandes segmentos da
cristandade têm uma espécie de subpolíteísmo no uso de imagens e na veneração
dos “santos”. Digo aqui “sub-politeísmo” porque, acima do mesmo, reservam uma
adoração especial a DEUS. O que temos, nesses casos, é uma forma de sincretismo
onde o antigo politeísmo alia-se ao monoteismo, A cristandade, ao entrar em
contacto com culturas pagãs, inventou várias formas de sincretismo, pelo que
desobedecem de forma crassa o primeiro e o segundo mandamentos.
O primeiro e o segundo mandamentos proibiam qualquer forma de
representação idólatra, e a adoração a essas formas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 388.
“Como o primeiro mandamento afirma a unidade de DEUS e é um
protesto contra o politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um
protesto contra a idolatria e o materialismo.” Embora certas formas de
idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a
sensualidade (Fp 3.19) —, o segundo mandamento condena primariamente a
fabricação de imagens (4) na função de objetos de adoração. Este tipo de
idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A
história de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag.
189.
Os profetas posteriores expõem o mal e a insensatez de adorar a
ídolos de formas muitíssimo sarcásticas e até mesmo jocosas. Isaías perguntou:
“Com quem vocês compararão DEUS? Como poderão representá-lo?” (Is 40.18). A
seguir, esse profeta menciona que as imagens são feitas pelo homem. Elas são
feitas em moldes e vestidas com ornamentos de ouro e prata. Se a pessoa fosse
muito pobre para fazer um ídolo tão elaborado, ela fazia um de madeira, usando
um carpinteiro que modelaria o ídolo de forma a não cair (w. 19,20)! Isso traz
à memória a imagem de Dagom, o deus dos filisteus, que caiu do pedestal na
presença da arca da aliança e perdeu a cabeça e as mãos (ISm 5.1-5). Dessa
forma, ele provou não ter conhecimento nem poder. Isaías, prosseguindo com a
idéia da impotência dos ídolos, diz a respeito do artesão que estava temeroso
por causa da humilhação do deus que fizera: “[Ele] fixa o ídolo com prego para
que não tombe” (Is 41.7). A insensatez da idolatria reflete a insensatez dos
que a praticam. Isaías comentou a respeito destes que “todos os que fazem
imagens nada são, e as coisas que estimam são sem valor. As suas testemunhas
nada vêem e nada sabem, para que sejam envergonhados. Quem é que modela um deus
e funde uma imagem, que de nada lhe serve? Todos os seus companheiros serão
envergonhados; pois os artesãos não passam de homens” (Is 44.9-11). A seguir, o
profeta, com indisfarçável zombaria, refere-se ao processo de confecção do
ídolo. Os vários artesãos habilidosos exauriam-se em seu trabalho para produzir
um deus diante do qual eles pudessem se prostrar. Eles, ao longo do processo,
tinham de preparar suas refeições sobre o fogo alimentado pela mesma madeira
com a qual esculpiam as imagens, sem entender que o bloco diante do qual se
curvavam era tão frágil e tão passível de ser queimado quanto os pedaços desse
bloco de madeira usados como combustível para o fogo. O profeta resume o
ridículo em uma nota mordaz: “Ele [o idólatra] se alimenta de cinzas, um
coração iludido o desvia; ele é incapaz de salvar a si mesmo ou de dizer: ‘Esta
coisa na minha mão direita não é uma mentira?’” (Is 44.20).
Jeremias acrescenta à descrição de Isaías da idolatria e, se nada
mais, em termos ainda mais cáusticos. Ele, como Isaías, descreve o fútil
processo de manufatura de ídolo (Jr 10.3-9), mas, depois, apresenta a
importante conclusão do ponto de vista teológico de que esses “deuses, que não
fizeram nem os céus nem a terra, desaparecerão da terra e de debaixo dos céus”
(Jr 10.11). Os produtores deles, continua ele, são “estúpidos e ignorantes;
cada ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu” (v. 14a). Quanto aos
ídolos, eles “são uma fraude, el[es] não têm fôlego de vida. São inúteis, são
objetos de zombaria.Quando vier o julgamento delas, perecerão” (w. 14b, 15). Em
contrapartida, Jeremias declara: “Aquele que é a porção de Jacó nem se compara
a essas imagens, pois ele é quem forma todas as coisas, e Israel é a tribo de
sua propriedade” (v. 16). Esse é exatamente o ponto dos dois primeiros
mandamentos. Não havia nenhum DEUS além do Senhor de Israel, e os ídolos e as
imagens que representavam outras deidades eram criações do homem e, portanto,
não representavam nada. Para Israel, adorá-las representava cometer um
sacrilégio abominável.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd
Publicações. pag. 327-328.
2. IDOLATRIA.
A revelação do Sinai aconteceu três meses após a saída dos
israelitas do Egito. Aquela geração havia nascido e vivido na terra do Nilo até
aquele momento. O Egito era um dos maiores centros de idolatria do mundo. Suas
imagens de escultura e seus obeliscos impressionam o espírito humano até hoje.
Esse país foi o berço da civilização de Israel, e os hebreus conviveram com a
cultura dos egípcios durante muito tempo, razão pela qual deviam estar bem
familiarizados com suas práticas religiosas.
O profeta Jeremias menciona os obeliscos e as casas dos deuses do
Egito em Heliópolis muitos séculos após a promulgação da lei: "E quebrará
as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do
Egito queimará" (Jr 43.13). O principal templo de Heliópolis era o de Rá,
deus representado por um homem com cabeça de falcão, cuja supremacia no Egito
durou mais de mil anos. Segundo os egípcios, Rá era o pai de uma família de
nove deuses. Implícita estava a zoolatria - adoração aos animais pois os
egípcios viam neles mais que símbolos ou emblemas; eles os consideravam
receptáculos das formas do poder divino.
Bete-Semes aqui é Heliópolis, uma antiga cidade egípcia de Om, seu
nome hebraico, e Heliópolis, seu nome grego (Gn 41.45, 50, LXX). Situa-se
atualmente 16 km a noroeste do Cairo, onde se localiza o aeroporto
internacional. O nome hebraico bêth shemesh significa "casa do sol",
e a Septuaginta emprega hêliou póleõs, "cidade do sol" [50.13]. A
Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduz como "Heliópolis". Jeremias
emprega o termo hebraico matstsêbãh para designar "estátua", que
significa "alguma coisa colocada verticalmente, coluna, pilar,
estátua". O profeta se refere aos obeliscos, que são próprios do Egito
(KOEHLER & BAUMGAR- TNER, vol. 1,2001, p. 621). Trata-se de um bloco de
pedra postado para fins memoriais (2 Sm 18.18) ou religiosos (2 Rs 3.2; 10.26;
18.4; 23.14; Os 10.1; Mq 5.13 [12]). Os obeliscos egípcios eram ídolos e também
memoriais. Essa prática era proibida em Israel (Dt 16.22).
Hoje, apenas oito desses obeliscos continuam de pé no Egito: três
no templo de Carnaque (originalmente, eram dez); um no templo de Luxor (mas
havia dois, o outro está na praça da Concórdia); um no Aeroporto Internacional
do Cairo, trazido de Ramessés, sua localidade original; um posto em um jardim
ao lado da Torre do Cairo, trazido também de Ramessés; um na praça Matariya, no
centro do Cairo, trazido das ruínas do templo do sol de Heliópolis; e o último,
da 12ª dinastia, está em Fayum, local em que, segundo se diz, Jacó viveu com
toda a família, durante a administração de José do Egito. Existem ainda mais de
dez obeliscos egípcios espalhados por locais variados na Europa, Vaticano,
Istambul, Londres, Paris e em Nova Iorque, nos Estados Unidos, resgatados desde
os romanos a partir do ano 31 a.C.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma
Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 40-42.
I. Definição e Característica Geral
1. Essa palavra vem do grego, eldolon. «idolo», e latreaeln,
«adorar». Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens,
quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode
indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição,
ambição, etc., que tome o lugar de DEUS, ou que lhe diminua a honra que lhe
devemos. Nesse sentido mais amplo, todos os homens, com bastante freqüência, se
não mesmo continuamente, são idólatras. Naturalmente, essa condição surge em
muitos graus; e um dos principais propósitos da fé religiosa e do
desenvolvimento espiritual é livrar-nos totalmente de todas as formas de
idolatria.
Paulo, em Colossenses 3:5, ensina-nos que a cobiça é uma forma de
idolatria. Isso posto, qualquer desejo ardente, que faça sombra ao amor a DEUS,
envolve alguma idolatria.
2. A idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a
prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por
algum objeto ou imagem. Esse termo usualmente inclui a idéia da dendrolatria,
da litolatria, da necrolatria, da pirolatria e da zoolatria... O estado mental
dos idólatras é radicalmente incompatível com a fé monoteísta. A idolatria é má
porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em DEUS, depositam-na
em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se
submeterem a DEUS, em algum sentido submetem-se às perversões de valor
representadas por aquela imagem».
3. Na idolatria há certos elementos da criação que usurpam a
posição que cabe somente a DEUS. Podemos fazer da autoglorificação um ídolo,
como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais.
Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode
tornar-se um ídolo para nós. A idolatria não requer a existência de qualquer
objeto físico. Se alguém adora a um deus falso, sem transformar em deus a
alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito
uma falsa divindade.
4. Uma Rua de Mão Dupla de Trânsito. A antropologia tem mostrado
amplamente que as religiões dos povos geralmente começam na idolatria, e então
progridem para uma forma de fé mais pura, que finalmente, rejeita os tipos
primitivos de conceitos que requeiram a presença de algum ídolo. Quando a fé de
um povo vai-se tornando mais intelectual e espiritual, menor se vai tornando a
necessidade de crassas representações materiais. Por outro lado, algumas vezes
a idolatria resulta da degeneração de uma fé anteriormente superior. Vemos isso
no Novo Testamento, em vários lugares, no tocante a Israel, a certas alturas de
sua história. É admirável como a crueza domina essa questão. Em muitos lugares
do mundo, da Índia à Sibéria, da Melanésia às Américas, simples toras de
madeira têm sido erigidas em memória de pessoas amadas ou de heróis já
falecidos; e, então, essa tora de madeira ou pedra torna-se um objeto de
adoração, porquanto muitos supõem que o espírito da pessoa retoma para residir
ali. Um culto religioso então desenvolve-se, quando tal imagem é alvo de preces
e oferendas, a fim de aplacar aquele suposto espírito. Na Escandinávia e nos
países germânicos, os arqueólogos têm encontrado pedras e toras de madeira
escavadas, com propósitos religiosos.
A tendência de atribuir uma residência material a alguma divindade,
ou, geralmente, de prestar culto ao espírito, em termos tangíveis é algo tão
comum que quase se torna um sinal universal da cultura humana. A idolatria está
presente na grande maioria das religiões do mundo, incluindo o hinduísmo e o
budismo. Aparentemente, não é proibida pelo zoroastrismo. Mas é proibida pelo
islamismo. O relato bíblico do povo de Israel, que adorou o bezerro de ouro, ao
pé do monte Sinai, é uma prova de idolatria no judaísmo primitivo. Os
mandamentos contra a adoração a outros deuses e contra o fabrico de imagens são
injunções especificas contra a idolatria» (AM). Esse autor, que acabamos de
citar, deveria ter incluído o fato de que o cristianismo é uma das grandes
religiões que, em alguns de seus segmentos, pratica a idolatria. Por que motivo
urna imagem de uso cristão seria prova menor de idolatria do que uma imagem
venerada no hinduísmo ou no budismo?
5. A Vasta Extensão da Idolatria. O panteão mesopotâmico
compunha-se de mais de mil e quinhentos deuses. Os mais conhecidos dentre eles
eram Samás, Marduque, Sin e Istar, a qual era a deusa do amor carnal. Nabu era
o patrono da ciência e da erudição. Nergal era o deus da guerra e da caça.
Quase todas as atividades e aspirações dos homens têm sido representadas por
alguma prática idólatra.
6. Natureza Corrompida da Idolatria. Toda idolatria é corrupta.
Paulo supunha que os ídolos representam forças demoníacas. Ver I Cor. 10:20. A
religião dos cananeus era repleta de corrupções morais, que ameaçavam
continuamente a Israel. Havia todos os tipos de abusos sexuais, corno a
prostituição sagrada, associados aos cultos de fertilidade, nos quais Baal e
Astarte eram adorados, sem falarmos em cultos onde havia orgias de bebidas
alcoólicas. Também havia o sacrifício de infantes na fogueira. A radicalidade
dessa forma de idolatria foi a razão por detrás do mandamento da eliminação de
toda forma de idolatria, com a destruição das imagens, colunas e estátuas, e
com a destruição dos lugares altos, onde esses ritos eram efetuados. (Ver Deu.
7:1-5; 12:2,3).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 206-207
Definição
Esta é uma transliteração da palavra gr. eidololatria, cujo
significado entendemos ser "a adoração a ídolos; a adoração a imagens como
divinas e sagradas". Esse vocábulo gr. é uma composição de dois termos: O
primeiro é eido (cf. o latim video), significando "ver" e
"saber"; assim ele traz em si o conceito básico de "saber por
ver". Com base nesse termo foi formada a palavra eidolon,
"imagem", que veio a significar especificamente uma imagem de um deus
como um objeto de adoração, ou um símbolo material do sobrenatural como tal
objeto. O segundo termo é latreia, significando "culto" ou, mais
especificamente, "culto ou adoração aos deuses". Idolatria, então, é
prestar honras divinas a qualquer produto de fabricação humana, ou atribuir
poderes divinos a operações puramente naturais.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD.
pag. 944.
3. SEMELHANÇA OU FIGURA.
Os egípcios adoravam toda espécie de objetos, como aves, répteis e
figuras celestes imaginárias. E não hesitavam em representar tais supostas
divindades por meio de imagens. Esse tipo de atividade foi proibida aos filhos
de Israel. A tripla designação, “em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem
nas águas debaixo da terra”, para os antigos, apontavam para a criação inteira.
A Idolatria de Todos Nós. Para todos nós há certas coisas às quais
damos grande atenção, ao ponto de transformá-las em ídolos. Existem ídolos da
mente, e não apenas de madeira, de pedra ou de metal. ídolos comuns incluem
possessões, dinheiro, sexo, fama, posição social e poder.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.
Esta condenação de imagens claramente inclui imagens do DEUS
verdadeiro, pois é bem certo que algum tipo de imagem estivera em uso entre os
ancestrais de Israel (até mesmo a tradição judaica ortodoxa admite que Tera,
pai de Abraão, era um fabricante de imagens, sem prova bíblica, porém). Os
ídolos domésticos (terafim) de Labão poderiam, é verdade, ter mais valor legal
do que significado religioso, mas os que Jacó escondeu debaixo do carvalho no “
santuário” em Siquém eram com toda certeza objetos religiosos (Gn 35:2-4). Isto
aconteceu antes da doação da lei: mesmo depois disso, imagens não eram algo
estranho em Israel (ver Jz 8:27, Gideão; Jz 17:4, Mica; 1 Sm 19:13, Davi).
Todavia, a existência de imagens mais tarde em Israel não prova a inexistência
de leis contra seu uso.
A arqueologia mostra claramente que a horda que destruiu a maior
parte da cultura cananita no século treze A.C. era basicamente “ anicônica” ,
isto é, não usava imagens em seu culto. Se a fabricação dos querubins (mesmo
que o povo não tivesse acesso a eles) fora permitida, então a proibição de
imagens se refere apenas à fabricação direta de objetos de culto, não à
representação de um objeto ou ser vivo qualquer, conforme se entendeu mais
tarde. O judaísmo mais estrito e o islamismo se limitaram exclusivamente a
desenhos e padrões abstratos em todas as formas de arte. Além disso, pelo uso
de parataxe (a colocação de duas idéias lado a lado, ao invés do uso de uma
ligação lógica entre as duas, como em sintaxe) em hebraico, este mandamento
deve ser intimamente relacionado ao que o precede imediatamente, de modo que a
tradução do sentido da passagem seria “ Não terás outros deuses na minha
presença; jamais farás tais imagens” (isto é, de tais deuses). Além dos
querubins, a lei ordena o bordado de lírios, romãs e outros objetos naturais
nas cortinas do tabernáculo, de modo que não pode ter havido uma proibição
completa da representação de objetos naturais em dias primitivos.
Este fato levanta a questão de por que tais imagens-representações
do DEUS verdadeiro (mesmo em forma humana) eram proibidas. A provável razão
talvez seja o fato de que nenhuma semelhança seria adequada, e que cada tipo de
imagem provocaria um novo tipo de falsa compreensão de DEUS. Por exemplo, touro
era um símbolo de força, mas também de virilidade e poder sexual: tal
associação seria blasfema para o israelita. As nações que retratavam seus
deuses em forma humana atribuíam com excessiva rapidez suas próprias fraquezas
humanas aos protótipos divinos. Para o israelita, o homem fora criado à imagem
de DEUS, à Sua semelhança (Gn 1:26), mas isso não significava enfaticamente que
DEUS fosse igual ao homem (Is 55:9). A localização e materialização de DEUS
também era outro perigo inerente à idolatria. Mesmo Israel, em dias futuros,
viria a crer que a presença de DEUS estava localizada e contida na arca ou no
templo; quanto mais o teriam feito se tivesse existido uma imagem? Finalmente,
teria havido o perigo das tentativas semi-mágicas de aplacar ou controlar DEUS
através da posse de uma certa localização de Sua presença, como podemos ver em
relação à arca em 1 Samuel 4:3.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida
Nova. pag. 149-150.
II. AMEAÇAS E PROMESSAS
1. O DEUS ZELOSO.
"Porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a
maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus
mandamentos" (Êx 20.5b-6; Dt 5.9b-10). O adjetivo hebraico qannã’,
"zeloso", aparece apenas cinco vezes no Antigo Testamento (Êx 20.5;
34.14; Dt 4.24; 5.9; 6.15), associado ao nome divino e/, "DEUS". As
formulações nas cinco passagens diferem em detalhes. Nos dois textos do
Decálogo e em Êxodo 34.14, as palavras ’êl qannã ’ são atributos de Javé. A
menção dos deuses não acontece em Deuteronômio 4.24; 6.15.
O zelo de Javé consiste no fato de ser ele o único para Israel e
não compartilhar o amor e a adoração com nenhuma divindade das nações. Esse
direito de exclusividade era algo inusitado na época e único na história das
religiões, pois os cultos pagãos antigos eram tolerantes em relação a outros
deuses. O termo "zeloso" contém noções de paixão e intolerância;
exprime a disposição de Javé abençoar Israel e fazê-lo prosperar, não aceitando
um coração dividido. Essa linguagem é representada no relacionamento entre
marido e esposa no casamento, na fidelidade (Ct 8.6) e na infidelidade (Os
1.2).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 46.
A adoração às imagens de escultura é proibida no segundo
mandamento. Adoração somente ao zeloso Yahweh (Êxo. 34.14; Deu. 5.9; 6.15;
32.16,21; Jos. 24.19). O povo de DEUS pertence exclusivamente a Ele, e só
deviam prestar-Lhe lealdade, não imitando os povos circunvizinhos, que contavam
com extensos panteões. A idolatria e o uso de imagens eram considerados uma tão
grave iniquidade que foram ameaçados poderosos juízos de DEUS contra os
idólatras, envolvendo até a quarta geração dos mesmos. Os descendentes dos
idólatras não podiam escapar ao desprazer de Yahweh, para quem mil anos é como
se fosse um dia (II Ped. 3.8; Sal. 90.4). Podemos ter certeza de que os juízos
de DEUS são justos, e envolvem os filhos dos idólatras porque geralmente
participam dos pecados de seus pais. Mas em casos de inocência, esses juízos
eram suspensos. Todavia, persistiam circunstâncias adversas, criadas
anteriormente. Ademais, existe aquela genética espiritual que transmite
atitudes e costumes de pais para filhos, etc., provocando assim a ira divina.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.
As razões para impor esta proibição (w. 5,6), são:
O zelo de DEUS, no que diz respeito à sua adoração: “Eu, o Senhor,
teu DEUS, sou DEUS zeloso” - especialmente em questões desta natureza. Isto
indica o cuidado que DEUS tem com as suas próprias instituições, o seu ódio à
idolatria e a toda falsa adoração, o seu desprazer com os idólatras e o fato de
que Ele se ressente com tudo, na sua adoração, que se pareça com idolatria, ou
que conduza a ela, O zelo é perspicaz. Sendo a idolatria um adultério
espiritual, como é freqüentemente retratada nas Escrituras, o desprazer de DEUS
com ela é, adequadamente, chamado de zelo. Se DEUS é zeloso, nós também devemos
ser, temerosos de oferecer qualquer adoração a DEUS de maneira diferente
daquela que Ele indicou na sua Palavra.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis
a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 293.
O decálogo afirma em termos claros por que Israel deve rejeitar a
idolatria. O Senhor é um “DEUS zeloso” (Êx 20.5). Claro que isso não tem nada
que ver com a inveja trivial que os seres humanos vivenciam em relação a outros
homens que os excedem de uma maneira ou outra. Antes, o termo hebraico (qannã
') transmite a idéia, quando descreve os “sentimentos” ou “emoção” do Senhor,
de que ele insiste em estabelecer e em manter sua singularidade em face de
todas as outras declarações conflitantes. Para o Senhor, ser zeloso no sentido
estrito do termo seria uma tácita admissão de que existiam outros deuses, algo,
conforme observamos, já totalmente refutado. Mas se existissem outros deuses,
mesmo que na percepção dos que os adoravam, uma falsa suposição dessas, por si
mesma, seria um desafio à soberania e à existência exclusiva do Senhor. Por
essa razão, não deviam ser feitas imagens, pois elas simbolizavam uma
declaração conflitante com a revelação do Senhor para seu povo Israel de que
ele, e só ele, era o DEUS deles.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd
Publicações. pag. 328.
2. AS AMEAÇAS.
As ameaças sobre as gerações daqueles que aborrecem Javé são para
os descendentes que continuam envolvidos no pecado dos pais, as sucessivas
gerações que aprenderam os pecados dos seus ancestrais e vivem ainda neles.
Este princípio aparece outras vezes no Antigo Testamento além das duas
passagens do Decálogo (ÊX34.7; Nm 14.18; Jr 32.18). DEUS não permite que filhos
inocentes sejam responsabilizados pela maldade dos pais (Dt 24.16; 2 Rs 14.6;
Ez 18.2, 3, 20). O verbo "visitar",pãqad,4i em hebraico, indica uma
visita, no sentido de cuidar e também de castigar. O profeta Jeremias emprega
esse verbo em ambos os sentidos (Jr 23.2).
A expressão "terceira e quarta geração" indica qualquer
número ou plenitude e não se refere necessariamente à numeração matemática,
pois se trata de máxima comum na literatura semítica (Am 1.3, 6, 11, 13; 2.1,
4, 6; Pv 30.15., 18, 21, 29). O objetivo aqui é contrastar o castigo para a
"terceira e quarta geração" com o propósito de DEUS de abençoar a
milhares de gerações. Outras máximas aparecem no Antigo Testamento com números
diferentes: "dois e três” (Jó 33.29); "seis e sete" (Jó 5.19; Pv
6.16); "sete e oito" (Ec 11.2; Mq 6.5), para expressar que a medida
da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina ou a plenitude de
algo positivo.
Os expositores da doutrina conhecida como maldição hereditária
costumam usar de maneira isolada uma parte deste mandamento, "visito a
maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem", para fundamentar a sua teoria. Afirmam que, se alguém tem
problemas com adultério, pornografia, divórcio, alcoolismo ou tendências
suicidas é porque alguém de sua família, no passado, não importa se avós,
bisavós ou tataravós, teve esse problema. Nesse caso, a pessoa afetada pela
maldição hereditária deve, em primeiro lugar, descobrir em que geração seus
ancestrais deram lugar ao diabo. Uma vez descoberta tal geração, pede-se perdão
por ela, e, dessa forma, a maldição de família é desfeita. Uma espécie de
perdão por procuração, muito parecido com o batismo pelos mortos, praticado
pelos mórmons.
Tal pensamento não se sustenta biblicamente; é um erro crasso. A
maldição está sobre quem continuar no pecado dos pais, sobre "aqueles que
me aborrecem", pontua com clareza o mandamento. Não é o que acontece com o
cristão que ama a DEUS. Se fomos alvejados pela graça de DEUS ainda no tempo da
nossa ignorância, quanto mais agora que somos reconciliados com ele? (Rm
5.8-10). Quando alguém se converte a CRISTO, torna-se nova criatura: "as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).
Para finalizar, convém ressaltar que, no discurso de Moisés em
Deuteronômio, na revelação do Sinai nenhuma imagem, figura, forma ou
representação foi vista pelos israelitas; eles ouviram a voz da Javé vindo do
meio do fogo, mas nenhuma representação de figura foi manifestada, unicamente a
Palavra (Dt 4.16,23,25). Os ídolos de madeira e de pedra dos cananeus são
divindades falsas cuja adoração é terminantemente proibida (Êx 34.13; Dt 12.3;
16.21-22); Javé, entretanto, é real, mesmo que invisível (Cl 1.15; 1 Tm 1.17).
"DEUS é espírito" (Jo 4.24). Cultuá-lo com a mediação de imagens é
colocá-lo no mesmo nível das falsas divindades, uma afronta ao verdadeiro DEUS.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma
Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 46-48.
3. AS PROMESSAS.
Êxo 20.6 Faço misericórdia. Misericórdia para com os obedientes.
Ezequiel 18.20 mostra o princípio da justiça. Os justos recebem misericórdia e
bênção da parte de DEUS. Mas a misericórdia estende-se a mil gerações, o que
mostra que a misericórdia é um princípio muito mais poderoso do que o da
aplicação da justiça. Seja como for, não há qualquer contradição, visto que a
ira de DEUS é uma medida de disciplina que promove a causa do amor.
Julgamento Temporal. No Pentateuco não há qualquer ensino sobre um
juízo divino pós-túmulo, um inferno para os ímpios e um céu para os piedosos. A
noção da existência da alma não entrou claramente no pensamento dos hebreus
senão já nos Salmos e nos Profetas. Assim sendo, a lei de Moisés nunca ameaça
os homens com o julgamento da alma, e nem jamais promete a bem-aventurança
celestial para os obedientes. A teologia dos hebreus mostrava-se deficiente
quanto a esse particular, deficiência essa que foi corrigida pela doutrina
cristã.
Para os antigos hebreus, observar os mandamentos era uma medida
doadora de vida. Ver Deu. 5.33. Mas não é prometida qualquer vida além-túmulo.
Contudo, mais tarde, o judaísmo acrescentou essa idéia. O cristianismo mostrou
a falência total da lei como medida salvatícia. Ver Gál. 3.21. É precisamente
aí que temos a grande e fundamental diferença entre o judaísmo e o
cristianismo. Qual era o intuito da lei, afinal?
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.
Êxo 20.6 — A misericórdia do Senhor (hb. hesed, amor leal) se
estenderia a um número muito maior de gerações das pessoas íntegras. O
contraste dos termos terceira e quarta (v. 5) com milhares demonstra que a
misericórdia de DEUS é maior do que Sua ira. Os efeitos da idoneidade se
prolongariam mais do que as consequências da perversidade. O par de palavras
amam e obedecem é também encontrado nos ensinamentos de JESUS (Jo 14.15).
EarI D. Radmacher:
Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 165.
Êxo 20.6. E faço misericórdia. No hebraico, fyesed, uma palavra
característica da aliança (cuja tradução mais exata seria, “amor leal” ). Pelos
padrões semitas de linguagem, a ênfase da frase está na segunda parte. É
verdade que DEUS punirá os que não se conformam à Sua vontade, mas o aspecto
negativo é apenas a moldura para o aspecto positivo. Mais uma vez, o teste do
amor é “ guardar os meus mandamentos” , demonstrando ainda mais claramente a
Israel que amor/ódio é mais atitude e atividade do que simples emoção. A
palavra milhares é usada vagamente, como “miríades” em português, para indicar
a extensão ilimitada da misericórdia demonstrada por DEUS.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida
Nova. pag. 150-151.
III. O CULTO VERDADEIRO
1. ADORAÇÃO.
Estas imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu,
na terra e nas águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração:
Não te encurvarás a elas (5). Os versículos 4 e 5 devem ser considerados
juntos. Não há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se
tornem objetos de veneração. No Tabernáculo 25.31-34) e no primeiro Templo (1
Rs 6.18,29) havia obras esculpidas. A idolatria consiste em transformar uma
imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa.
Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e
que sejam adorados, então elas se tornam ídolos.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag.
189.
Eles não devem se curvar às imagens ocasionalmente, isto é, mostrar
qualquer sinal de respeito ou honra por elas, muito menos servi-las
constantemente, com sacrifícios ou incenso ou qualquer outro ato de adoração
religiosa. Quando prestarem sua devoção ao DEUS verdadeiro, não devem ter,
diante de si, nenhuma imagem, para orientar, estimular ou auxiliar na sua
devoção. Embora a adoração tenha como desígnio final a DEUS, ela não o agradará
se vier até Ele por meio de uma imagem. Os melhores e mais antigos legisladores,
entre os pagãos, proibiam a colocação de imagens nos seus templos. Este costume
foi proibido em Roma por Numa, um príncipe pagão. Mas foi ordenado, em Roma,
pelo papa, um bispo cristão, mas, neste aspecto, anticristão. O uso de imagens
na igreja de Roma, hoje em dia, é tão claramente contrário ao que está escrito
neste mandamento, e tão impossível de ser reconciliado com este texto, que em
todos os seus catecismos e livros devocionais, que são colocados nas mãos do
povo, eles omitem este mandamento, unindo a sua razão ao primeiro. E assim, ao
terceiro mandamento, eles chamam segundo, ao quarto, o terceiro, e assim por
diante. E, para completar o número dez, eles dividem o décimo em dois. Assim
eles cometeram dois grandes erros, nos quais persistem, e dos quais detestam
ser corrigidos. Eles tiram algo da Palavra de DEUS, e acrescentam algo à sua
adoração.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis
a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 293.
2. DEUS É ESPÍRITO.
É certo que este mandamento proíbe a confecção de qualquer imagem
de DEUS (pois a quem o faríamos semelhante?, Isaías 40.18,15), ou a imagem de
qualquer criatura para uso religioso. Isto é mudar a verdade de DEUS em mentira
(Rm 1.25), pois uma imagem é um professor de mentiras. A imagem insinua, para
nós, que DEUS tem um corpo, ao passo que Ele é um espírito infinito, Habacuque
2.18. Ele também nos proíbe de criar imagens de DEUS, segundo nossas próprias
fantasias, como se Ele fosse um homem como nós. A nossa adoração religiosa deve
ser governada pelo poder da fé, não pelo poder da imaginação. Eles não devem
confeccionar tais imagens ou pinturas como as que os pagãos adoravam, para que
não sejam também tentados a adorá-las. Aqueles que desejam ser guardados do
pecado devem evitar as oportunidades para ele.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis
a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 292-293.
O SENHOR É ESPÍRITO (20.4-6). Cf. Jo 4.24. Ele não pode ser adorado
sob a forma de qualquer representação material, quer fosse produto da arte
plástica, quer da pictórica. Tais coisas não apenas desviam a mente do
conhecimento da espiritualidade pura de DEUS, mas inevitavelmente são
transformadas em objetos de veneração, e também provocam o aparecimento de
muitas práticas sensuais. O mandamento do versículo 4 não proíbe qualquer
escultura ou pintura. Conf. a serpente de metal, em Nm 21.8.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 47.
Jo 4.24 «...DEUS é espírito...». Aqui temos um dos grandes
pronunciamentos joaninos acerca da natureza de DEUS e que nesta passagem deve
ser aceito como algo substancial e descritivo. DEUS não tem corpo; a sua
substância não faz parte da natureza física. Não sabemos o que é um espírito,
exceto como um conceito negativo, a saber, que espírito não é matéria, ou, pelo
menos, que não pode ser definido por qualquer declaração que defina a matéria.
Porém, nosso atual estado de conhecimento não nos autoriza a saber e
dizer o que seja um espírito; e, para dizer a verdade, nem sabemos o que é a
matéria. Falamos a respeito dos átomos, mas na realidade não sabemos o que são,
nem qual seja a sua verdadeira e completa composição, e nem mesmo podemos
asseverar que o átomo é a unidade básica de que se compõe a natureza.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 328.
Jo 4.24 JESUS reitera o princípio: ESPÍRITO é DEUS, e os que (o)
adoram têm de adorá-lo em espírito e em verdade. A necessidade incondicional de
adorar em espírito e verdade está alicerçada sobre o fato de que o próprio DEUS
é ESPÍRITO. Em vista da distorção profundamente enraizada em nosso pensamento,
temos de nos deixar prevenir a respeito de um equívoco perigoso. A afirmação de
que DEUS é ESPÍRITO não significa uma idéia de DEUS intelectualizada,
filosófica, como Schiller expressa em suas Palavras da Fé: Muito acima do tempo
e do espaço paira vivamente o pensamento mais sublime. ESPÍRITO, pneuma é o ser
invisível de DEUS, sua força e divindade eternas (Rm 1.20) em contraposição à
carne decadente da criatura (cf. acima, p. 108). Até as maiores realizações
intelectuais do ser humano são e permanecem sendo carnais e não conduzem o ser
humano a DEUS (1Co 1.21). Quem pretende adorar em verdade, quem realmente
deseja estar em contato com esse DEUS vivo, poderá fazê-lo somente quando essa
vida do próprio DEUS preenche seu coração. Orar de forma aceitável, de acordo
com a vontade de DEUS (1Jo 5.14) pressupõe que a vontade de DEUS e a maneira de
DEUS esteja em nossos corações por meio do ESPÍRITO. Faz parte da verdadeira
adoração a DEUS o amor que anseia de coração: Pai, o teu nome … o teu reino … a
tua vontade…! Um amor desses, porém, é fruto do ESPÍRITO.
Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora
Evangélica Esperança.
3. DEUS É IMANENTE E TRANSCENDENTE.
IMANANCIA (IMANENTE) Essa palavra vem do latim, Immanere,
«habitar». E usada em relação a ações e princípios relativos a DEUS (sendo o
contrário de transcendência), e também relativos a outras entidades espirituais
de grande poder.
DEUS. Em relação aos conceitos do Ser Supremo ou Força Cósmica
Universal, o termo imanente fala sobre uma identificação parcial ou completa de
DEUS com o mundo. Se a identificação for absoluta, então teremos o panteísmo
(vide) ou o panenteismo (vide).
O teísmo admite a imanência de DEUS, mas não identifica o mundo com
DEUS. Em outras palavras, a essência de DEUS é distinta da essência do mundo. A
teologia bíblica admite tanto a imanência quanto a transcendência de DEUS,
porquanto ambas as coisas são ensinadas na Bíblia. O gnosticismo (vide)
procurava solucionar o aparente conflito envolvido na questão supondo que o
próprio DEUS é transcendente, mas através de muitos supostos mediadores, seria
imanente por delegação. A filosofia indiana e o misticismo, em geral, afirmam a
imanência como um aspecto importante de seus sistemas de pensamento. O deísmo
(vide) ensina a transcendência. Os teólogos cristãos, por sua vez, explicam que
DEUS é imanente em suas obras, mas é transcendental quanto à sua essência, a qual,
para nós, permanece desconhecida.
O trecho de Sal. 139 ensina a imanência de DEUS. O teísmo bíblico
requer essa imanência como um conceito fundamental. Passagens como Rom, 11:33
ss e I Tím. 6:16, por outro lado, ensinam a transcendência de DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 249-250.
I. O Termo e Suas Definições.
Essa palavra vem do latim, transcendere, "cruzar uma
fronteira". Seus elementos formativos são trans, "cruzar", e
scandare, "subir". Esse termo tem muitas aplicações na filosofia e na
teologia, conforme é ilustrado no resto deste artigo. Uma das idéias básicas é
que a deidade que o indivíduo busca está muito acima do inquiridor. A
superioridade e independência do Ser divino é contrastada com a humilde posição
do inquiridor, confinado a esta esfera terrestre. A transcendência absoluta põe
DEUS fora do mundo, e se Ele mantém qualquer interesse pelo mesmo, sem dúvida
terá de agir através de uma longa linha de mediadores ou intermediários.
Diversas teologias procuram resolver esse problema propondo os polos da
transcendência e da imanência, como qualidades divinas, cujo Ser é assim
descrito como Alguém que existe, ao mesmo tempo, "além" do mundo e
"no" mundo. A crença na transcendência usualmente envolve a aceitação
de uma dimensão transcendental do Ser, bem como de seres, DEUS e outros seres
imateriais que habitam em uma esfera totalmente diferente daquela onde vivem os
homens.
Usualmente é preciso a revelação para que o Ser transcendental
possa ser conhecido, visto que não estamos muito bem equipados para irmos além
do "próprio eu", exceto no caso dos místicos, que desenvolvem as
técnicas apropriadas e os estados de espírito conducentes a isso. A
transcendência também aplica-se ao conhecimento, bem como aos meios que estão
para além da experiência, mas que podem ser parcialmente conhecidos nos
postulados da razão, da intuição e das experiências místicas.
DEUS é transcendental.
a. Na natureza, sendo totalmente outro, por ser
"espírito", em contraste com a matéria, e por ser a forma mais
elevada de ser espiritual, bem como a fonte de todos outros tipos de ser.
b. Fora do espaço, habitando DEUS em uma dimensão imaterial e
não-espacial, DEUS tem uma espécie de existência totalmente transcendental.
c. Quanto à santidade, bem como quanto a seus outros atributos, que
são inteiramente diferentes do homem e suas manifestações.
d.Quanto ao intelecto, visto que os pensamentos de DEUS não são os
nossos. Antes de tudo, DEUS manifestou-se através do Logos, o qual, por sua
vez, revelou a DEUS, tendo então efetuado uma missão tridimensional em favor do
homem: na Terra, no Hades e no Céu.
O gnosticismo super-enfatizava a transcendência de DEUS, criando a necessidade
de uma interminável série de mediadores. A encarnação do Logos trouxe DEUS até
o homem e elevou o homem até DEUS. Destarte a própria natureza divina é
compartilhada por seus filhos, os quais adquirem a imagem do Filho. O deísmo é
uma outra teologia que enfatiza demasiadamente a transcendência de DEUS. e.
Quanto aos atributos, DEUS também é transcendental, pois apesar dos remidos
poderem participar de alguns dos atributos divinos, as qualidades de DEUS estão
acima e além dos seres humanos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 474-475.
IV. AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO
1. O QUE DIZEM OS TEÓLOGOS CATÓLICOS ROMANOS?
No tabernáculo havia a representação de querubins. Mas a figura
jamais foi adorada ou venerada pelos filhos de Israel. Se o tivesse sido, sem
dúvida teria sido destruída. Ver Êxo. 25.18,19. Yahweh, por sua vez, jamais foi
representado entre os israelitas por meio de qualquer imagem de escultura. Tal
representação teria sido um sacrilégio de primeira grandeza. E nem outros
deuses foram jamais representados por meio de imagens pelos israelitas, a não
ser pelos idólatras entre eles. Mas tais imagens detratavam do caráter úrico de
Yahweh.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.
O Catolicismo exige que todos os Católicos "venerem"
estátuas ou imagens de CRISTO, Maria e outros:
"As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas
casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no mistério de CRISTO.
Através do ícone de CRISTO e das suas obras salvíficas, é a ele que adoramos.
Através das santas imagens da santa mãe de DEUS, dos anjos e dos santos,
veneramos as pessoas nelas representadas." (P. 335, #1192). Sem levar em
conta o que as estátuas representam, uma coisa é certa - elas transgridem as
instruções de DEUS. Quando DEUS deu os Dez Mandamentos, o segundo foi:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma
do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra." Êxodo 20:4
DEUS também ordenou: "Nem levantarás coluna, a qual o Senhor
teu DEUS odeia." Deuteronômio 16:22
A Bíblia conclui que aqueles que fazem ou possuem estátuas estão
corrompidos:
"Guardai, pois, cuidadosamente a vossa alma, pois aparência
nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso DEUS, vos falou em Horebe, no meio
do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na
forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher."
Deuteronômio 4:15-16
DEUS declara novamente sua posição: "Guardai-vos, não vos
esqueçais da aliança do Senhor, vosso DEUS, feita convosco, e vos façais alguma
imagem esculpida, semelhança de alguma cousa que o Senhor, vosso DEUS, vos
proibiu." Deuteronômio 4:23
A Palavra de DEUS também proíbe expressamente as pessoas de se
curvar diante das imagens, o que é costume na Igreja Católica. Sempre que você
vir o Papa ajoelhando-se em frente a Maria, você deveria pensar sobre estes
versos da Escritura Sagrada:
"Não as adorarás nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor,
teu DEUS, DEUS zeloso…" Êxodo 20:5
Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu DEUS,
sou DEUS zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e
quarta geração daqueles que me odeiam. Deuteronômio 5:9
No Novo Testamento o apóstolo Paulo explica porque DEUS é tão
categórico contra os ídolos:
"Que digo, pois? que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou
que o próprio ídolo tem algum valor? Antes digo que as cousas que eles
sacrificam é a demônios que as sacrificam, e não a DEUS; e eu não quero que vos
torneis associados aos demônios." 1 Coríntios 10:19-20
Atrás de cada ídolo há um demônio literal, e DEUS não deseja
associação alguma com demônios. Não é de admirar que DEUS proíba o uso de
ídolos:
"Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de
fundição. Eu sou o Senhor, vosso DEUS." Levítico 19:4
DEUS odeia a idolatria:
"Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que,
dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais." 1 Coríntios 5:11
"Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou
avarento, que é idólatra, tem herança no reino de CRISTO e de DEUS."
Efésios 5:5
Aqui DEUS declara que os idólatras não entrarão no céu. Os próximos
versos alertam:
"Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por estas cousas
vem a ira de DEUS sobre os filhos da desobediência." Efésios 5:6
Será que a Igreja Católica está enganando você com palavras vãs?
Decida por você mesmo.
Origem desta doutrina O Catolicismo reconhece que esta doutrina não
veio de DEUS:
"Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos
padres, e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do
ESPÍRITO SANTO que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as
veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e
vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra maneira
apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de DEUS, sobre os utensílios
e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos..."
P. 327, #1161
Esta doutrina veio dos "santos padres" e da
"tradição da Igreja Católica". Espera-se que você creia que estes
santos padres foram "divinamente inspirados" para violar a Palavra de
DEUS? Você pode aceitar isto?
O salmista nos ensina ainda mais sobre este assunto:
"Os ídolos das nações são prata e ouro, obras das mãos dos
homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem,
pois não há alento de vida em sua boca. Como eles, se tornam os que os fazem, e
todos os que neles confiam." Salmo 135:15-18
Em outras palavras, como um ídolo é surdo e mudo, também todos os
que fabricam ídolos e neles confiam são débeis mentais.
Esta é uma admoestação poderosa de um DEUS amoroso e compassivo.
Conclusão
A Igreja Católica determina que os ídolos "despertam e
alimentam" sua fé no "mistério de CRISTO". Mas a Palavra de DEUS
proíbe o seu uso. A quem você vai obedecer? "Não fareis para vós outros
ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem poreis pedra com figuras
na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o Senhor, vosso
DEUS." Levítico 26:1
"Negligenciando o mandamento de DEUS, guardais a tradição dos
homens." Marcos 7:8 Rick Jones. Por amor aos Católicos Romanos. pag.
79-81.
2. UMA INTERPRETAÇÃO FORÇADA.
ÊXODO 25.18 — O uso de querubins sobre a arca justifica a visão
católica de que as imagens podem ser veneradas?
A MÁ INTERPRETAÇÃO: De acordo com esse versículo, Moisés recebeu de
DEUS a seguinte ordem: “Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás,
nas duas extremidades do propiciatório”. E óbvio que se trata de uma imagem
sagrada. Os estudiosos católicos argumentam que esse verso justifica a
veneração deles por imagens sagradas.
CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Esse ver só não justifica a
veneração por imagens sagradas. Por um detalhe, o contexto deixa claro que a
imagem dos querubins não deve ser venerada ou adorada de maneira alguma. Na
verdade, a posição dos querubins no lugar mais santo, onde apenas o sumo
sacerdote poderia entrar, uma vez por ano no Dia da Expiação (Lv 16), tornou-os
inacessíveis e, portanto, impossíveis de serem adorados ou venerados pelo povo.
Note também que esses querubins não foram dados a Israel como
imagens de DEUS; eles são representações de anjos. Não foram dados com o propósito
de adoração ou veneração; foram dados por motivos de decoração — como arte
religiosa. Os católicos romanos estão lendo algo nesse versículo que na verdade
não está lá.
Norman L. Geisler; Ron
Rohdes. Resposta as Seitas. Edtora CPAD. pag. 57-58.
II Reis 18.4 Removeu os altos. Destruição e Reforma Religiosa.
Nenhum ídolo escapou à ira destruidora de Ezequias. Os lugares altos foram
destruídos e queimados, e os ídolos foram destruídos. Além disso, havia um
ídolo especial, a serpente de metal, que Moisés havia feito, por ordem do
Senhor, para cura do povo (ver Números 21.5-9), e que foi quebrado e anulado. O
povo vinha usando aquele objeto em sua idolatria, chegando a queimar incenso
defronte dele.
Neustã. Esse vocábulo, no hebraico, é parecido (quanto ao som) com
as palavras hebraicas que significam “bronze" e “imundo". O rei
estava ansioso por remover todos os vestígios da idolatria, e qualquer coisa
que pudesse provocar práticas idólatras, pelo que despedaçou a serpente de
metal.
As tradições judaicas dizem que Ezequias despedaçou a serpente de
metal, moeu-a até virar pó e então espalhou as partículas ao vento (Talmude
Bab. Avodah, Zarah, foi 44.1).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 1538.
NEUSTÃ Transliteração do termo hebraico que significa «de bronze»,
referindo-se à Serpente de Metal (vide) feita por Moisés. Ver 11 Reis 18:4.
Essa serpente de metal foi despedaçada por Ezequias, rei de Judá, porque estava
servindo de objeto idólatra para muitos judeus embora não tivesse sido essa a
finalidade pela qual fora feita (ver Núm. 21:9).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 491.
Em suas reformas religiosas, removeu os altos (18:4), quebrou as
colunas sagradas e deitou abaixo o poste-ídolo. Despedaçou até a serpente de
bronze que Moisés havia feito no tempo do êxodo (Nm 21:8-9). A serpente de
bronze era uma lembrança da salvação de DEUS, mas, como as serpentes também
simbolizavam forças místicas em várias culturas, acabou se tomando um objeto de
adoração. Ezequias destruiu sem dó nem piedade essa imagem que o povo chamava
de Neustã, um termo que significa “mero pedaço de bronze”. A remoção de tantos
lugares de culto pode ter ajudado o povo de Judá a depositar sua fé
exclusivamente no DEUS de Israel.
Os atos de Ezequias nos lembram que, apesar de ser bom ter um
templo apresentável com objetos que nos lembram a bondade de DEUS, devemos
evitar tudo o que possa distrair e impedir as pessoas de manter os olhos fixos
somente em DEUS. Hoje em dia, as distrações podem assumir a forma tanto de
objetos quanto de indivíduos, como o fundador da igreja, o líder carismático de
uma congregação ou qualquer outra pessoa de influência. A fim de haver adoração
verdadeira, só DEUS deve permanecer no centro.
Tokunboh Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag. 460-461.
3.O USO DE FIGURAS COMO SÍMBOLO DE ADORAÇÃO.
O PERIGO DAS RELÍQUIAS
JESUS disse que DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24). Isto significa que adoramos e
servimos a um DEUS que não podemos ver, mas podemos crer com nosso coração.
Portanto, algumas pessoas consideram DEUS como uma abstração; outras tentam
torná-lo mais real e presente por meio de artefatos que associam a Ele.
Por mais compreensível que a adoração de relíquias possa ser, ela é
uma prática perigosa, pois pode facilmente tentar as pessoas a adorar o objeto
em si, em vez de o DEUS para quem o objeto deve apontar. Em sua essência, a
relíquia se torna alvo de idolatria.
Isso aconteceu com inúmeros itens que os israelitas adoravam,
incluindo a serpente de metal que Moisés fez durante a peregrinação do êxodo (2
Rs 18.4; Nm 21.8,9). Originalmente, a serpente no poste serviu como um meio de
prover cura às pessoas mordidas por cobra; ela as fazia buscar o Senhor para
serem curadas. Porém, após o estabelecimento do povo na terra Prometida, os
israelitas transformaram a serpente num ídolo, como se ela por si própria
pudesse curar alguém. Eles lhe queimaram incenso e chegaram a batizá-la como
Neustã.
Da mesma forma, os israelitas transformaram vestes cerimoniais, ou
um éfode, que Gideão obteve dos despojos de sua vitória sobre os midianitas,
num ídolo (Jz 8.25-27). Tempos depois, tentaram usar a arca da aliança como um
amuleto contra os filisteus, com resultados desastrosos. E, na época de
Jeremias, os cidadãos de Jerusalém se importavam mais com seu templo do que com
o Senhor de seu templo (Jr 7.12-15).
Estes exemplos mostram o perigo em valorizar objetos e lugares que
já tiveram relação com a obra de DEUS. Como seres humanos, vivemos num mundo
natural, mas adoramos um DEUS sobrenatural. Portanto, precisamos tratar
santuários e relíquias apenas como meios para esse fim, nunca como um fim em si
mesmos.
EarI D. Radmacher:
Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 621.
Sl 115.4-8. Ele prossegue em tom de ataque. Os deuses que as nações
adoram, deuses visíveis, não passam de ídolos feitos de prata e ouro (115:4).
São apenas objetos, incapazes de falar, ver, ouvir, cheirar ou agir (115:5-7;
cf. Is 44:9-20; Hc 2:18-20). Que tolice adorar a obra das mãos de homens. Há
quem argumente que as pessoas não adoram os ídolos em si, mas os deuses que
eles representam. Pode até ser o caso, mas a lei asseverava que os israelitas
não deviam confeccionar nenhum tipo de imagem para representar Javé (Êx
20:4-6). Nosso DEUS não pode ser representado por uma imagem ou estatueta. A
única representação de DEUS que temos é JESUS, descrito como “expressão exata
do seu Ser” (Hb 1:3). Ele nos mostrou como é DEUS de fato (Jo 1:14-18).
As pessoas se tomam semelhantes àquilo que adoram ou servem, daí o
salmista dizer com referência aos ídolos: Tomem-se semelhantes a eles os que os
fazem e quantos neles confiam (115:8). A mesma verdade se aplica àqueles que
adoram a DEUS: devemos tornar-nos cada vez mais semelhantes ao Senhor que
servimos.
Tokunboh Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo
Cristão. pag. 741.
A Nulidade da Idolatria (115.4-8)
Salmos 135.15-18. Os ídolos deles são prata e ouro (4). Barnes
observa: “A zombaria pretendida com essas palavras é apresentada nos termos que
vêm a seguir: obra das mãos de homens. Um ídolo de pedra pode ser meteórico e
não formado por mãos humanas; pode ser considerado como caído do céu (At
19.35); um ídolo de madeira pode ser um poste não muito bem esculpido, que
pessimamente pode ser distinguido do objeto natural, mas quando eram usados
prata e ouro, a mão do artífice se tornava visível na figura do deus
representado (Jr 10,8,9)”.24 Quando moldados na forma de um homem ou animal, os
ídolos têm boca, olhos, ouvidos, nariz, mãos, pés, garganta — e, no entanto,
são mudos, cegos, surdos, incapazes de cheirar e de apalpar, imóveis, sem
pronunciar nenhum tipo de som (5-7). Alguns comentaristas acreditam que houve
uma interpolação da primeira ou da última caracterização, visto que ambas
descrevem o aspecto da fala. Mas essa repetição é mais bem-vista como parte da
ênfase do poeta: do começo ao fim, esses são ídolos mudos que não têm palavra
alguma para anunciar aos homens. O contraste com o DEUS vivo e que fala e é
absoluto.
Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem (8). A coisa
impressionante é que aqueles que os fazem e aqueles que adoram esse tipo de
deuses se tornam como os próprios ídolos. Os pagãos fazem seus deuses à sua
própria imagem, e então se tornam como eles! Esse é o efeito sobre nós em
relação a quem adoramos. Nossos ídolos hoje podem ser dinheiro, poder, prazer
ou qualquer outra coisa para a qual inclinamos o nosso coração. Mas se adoramos
qualquer outra coisa que não seja DEUS, tornamo-nos interesseiros e duros ou
levianos e superficiais.
W. T. Purkiser, M. A,. Comentário Bíblico Beacon Salmos. Editora
CPAD. Vol. 3. pag. 288.
4. MARIOLATRIA.
Obs.: Pr. Luiz Henrique
Antes mesmo de Maria nascer, os israelitas já adoravam à uma
mulher, que diziam ser a rainha dos céus. Essa idolatria a uma mulher que
supostamente seria rainha dos céus é portanto bem antiga e bem anterior à
Maria. É uma idolatria satânica que tenta diminuir a redenção em CRISTO.
Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres
preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a
outros deuses, para me provocarem à ira. Jeremias 7:18
Temos aí uma das principais linhas divisórias entre católicos e
protestantes (e evangélicos). Para começar, o próprio termo, «mariolatria», não
é aceito pelos católicos romanos, que afirmam não adorarem a Maria.
1. Definição.
O termo mariolatria significa «adoração a Maria», devendo ser
distinguido do vocábulo mariologia, isto é, a teologia acerca de Maria. O termo
grego latreia, «adoração», encontra-se no âmago da primeira dessas palavras,
indicando uma honraria que o homem deve exclusivamente a DEUS.
2. Definição feita pelos Católicos Romanos.
O idioma latino tem varias palavras que são empregadas para indicar
a idéia de adoração, segundo as explicações dos mestres católicos romanos:
a. Latria. Essa palavra aponta para a adoração devida unicamente a
DEUS. O termo grego correspondente é latreia, «adoração», «serviço prestado a».
b. Hiperdulia, O tipo de veneração que pode (e deve) ser prestada a
Maria, em face de sua alta posição como mãe de JESUS («mãe de DEUS»), um vaso
especial, usado com o propósito divino de tomar realidade a encarnação do
Logos. De acordo com a teologia católica romana, Maria deve ser considerada o
mais sagrado e impar dos seres humanos mortais, ocupando ela uma categoria toda
própria. Ali, ela é considerada dotada de poderes como medianeira dos
pecadores, diante de seu Filho, sempre simpática ante os sofrimentos de seus
filhos. Isso explica a ansiedade dos católicos romanos, de se aproximarem de
DEUS por meio de Maria. JESUS seria augusto, inabordável; mas Maria mostra-se
justa e simpática para conosco, sempre disposta a ajudar ao homem. Em vista
dessa sua posição e missão, de acordo com a mesma teologia católica romana,
Maria merece a veneração que lhe prestam.
c. Dulia. Essa é a veneração que cabe aos santos que ocupam uma
posição inferior à de Maria, dentro da hierarquia dos poderes espirituais.
3. Mantendo as Diferenças.
Os estudiosos protestantes e evangélicos quedam-se boquiabertos
diante da ginástica da teologia católica romana, a fim de defender a
mariolatria. Em certo sentido, protestantes e evangélicos reconhecem níveis
diferentes de respeito pelos poderes celestiais. Mas, se reconhecem que aqueles
que viveram vidas dignas e santas, tomando-se exemplos para os cristãos das
gerações posteriores, são dignos de nosso reconhecimento e emulação, nunca
pensam em venerá-los ou adorá-los. Quando um crente fala em adorar limita esse
ato exclusivamente ao Senhor DEUS-Pai,'Filho e ESPÍRITO SANTO. Distinguir entre
respeitar e adorar é fácil para o cristão bíblico, mas dividir a adoração em
três níveis: a DEUS, a Maria e aos santos e anjos, é esperar demais da
capacidade humana. outrossim, os protestantes e evangélicos também objetam à
elaborada teologia que circunda Maria com excrescências extrabiblicas. Ora, é
essa exaltada, mas distorcida teologia, que arma o palco para a hiperdulia, a
veneração a Maria.
Os católicos romanos, de sua parte, pensam que aquela tríplice
distinção pode ser feita na prática, e não apenas em teoria. Para eles, a
hiperdulia é uma espécie de honraria extrema. No entanto, desde a Igreja antiga
(embora não desde a Igreja primitiva, refletida no Novo Testamento),
encontramos a veneração a Maria. Assim, nos dois escritos apócrifos,
Protenvangelium Jacobi (século 11 d. C.) e Transitus Mariae (século IV d. C),
essa veneração aparece de forma evidente. Esses antigos documentos obviamente ultrapassam
a tudo quanto os livros canônicos do Novo Testamento afirmam e ensinam a
respeito de Maria. Isso porém, não constitui problema para os católicos
romanos, porquanto eles acreditam em uma revelação progressiva, onde a teologia
foi recebendo novos elementos, pois crêem que os papas e os concílios podem
fazer adições àquilo que é ensinado na Bíblia. Para eles, o Novo Testamento
representa apenas um estágio inicial da teologia cristã, que os séculos se
encarregaram de ir modificando, ao ponto das contradições com os ensinos
bíblicos pouco ou nada significarem. Isso posto, ninguém sabe onde chegará a
teologia católica romana, se o CRISTO ainda demorar-se muito quanto à sua
parousia ou segunda vinda.
4. O Desenvolvimento da Mariolatria.
O Novo Testamento não oferece qualquer base ou razzo para os homens
prestarem hiperdulia a Maria. É sintomático o quão pouco as Escrituras dizem
acerca de Maria, considerando-se que ela foi a mãe de JESUS. O que é
indiscutível é que ela não figura na teologia do Novo Testamento. Isso posto
com base exclusiva nas Escrituras Sagradas, merente reconhecemos Maria como
mulher de grande piedade, mas não podemos prestar-lhe qualquer forma de dulia
ou «adoração» ou «serviço» - seja hiperdulia, seja veneração. Na verdade, a
veneração a Maria, pela Igreja Católica Romana, equipara-se à adoração prestada
por quase todos os povos pagãos a alguma divindade feminina, do que a história
antiga tão claramente testifica. Algumas dessas divindades femininas entravam
em conflito com suas contrapartes masculinas. Na teologia católica romana
popular, Maria é considerada praticamente divina (se não totalmente). Assim,
ela se tornou uma quarta figura componente, embora toda a cristandade sempre
tenha aceito somente uma triunidade. Além disso, algumas daquelas divindades
femininas dos pagãos eram esposas dos grandes deuses. Propagando-se o
cristianismo, foi-se ausentando esse aspecto feminino da divindade, e, por
isso, foi apenas natural que as pessoas se apegassem a Maria como uma possível
candidata a preencher o hiato. Alguns teólogos falam sobre o ESPÍRITO SANTO
como se fosse um principio feminino, como se, na trindade, houvesse os
princípios do Pai, da Mãe e do Filho - uma idéia totalmente estranha a Sagradas
Escrituras. Seja como for, o culto a Maria foi crescendo até que, por ocasião
do concilio de Éfeso, ela foi oficialmente intitulada de Mãe de DEUS. Todavia,
esse titulo merece explicação. Originalmente, o titulo era uma declaração
indireta da divindade de JESUS: Maria era mãe de JESUS; JESUS era DEUS logo,
Maria era mãe de DEUS. No entanto, nunca se pensara que Maria havia gerado
DEUS, como sua mãe o que seria realmente ridículo. Com a passagem do tempo,
entretanto, a ênfase foi passando da palavra «DEUS» para a palavra «mãe», exaltando
assim a pessoa de Maria, e ela passou a fazer parte virtual da esfera da
trindade, formando uma quaternidade conforme já dissemos. Essa noção é bastante
popular no catolicismo romano de nossos dias, ainda que difira da teologia
católica romana mais sofisticada. O fato é que a noção de "mãe de DEUS»
envolve ensinos que se chocam frontalmente com os ensinamentos bíblicos, Por
exemplo, DEUS é um Ser eterno sem principio e sem fim - como teria ele mãe?
Além disso um ser mortal (como Maria) não poderia ter gerado um ser imortal
(como é o caso de DEUS). Também poderíamos indagar: Se DEUS teve mãe,
porventura também não teria pai? E, em seguida, avôs e avós? O fato é que a
Bíblia jamais atribui a Maria o titulo de «mãe de DEUS». Essa noção é
extrabiblica, inspirada por noções pagãs.
5. Seguiram-se Outros Dogmas Relativos a Maria.
O primeiro corolário da doutrina de Maria como «Mãe de DEUS» foi o
dogma da Imaculada Conceição de 1854, que decretou que Maria é uma pessoa
distinta da raça adâmica, porquanto teria sido concebida sem a mácula do pecado
original, do qual toda a raça humana participa. Em seguida, veio o dogma da
Assunção da Bendita Virgem Maria segundo o qual se afirma que Maria ascendeu ao
céu à semelhança do que JESUS fizera. E assim ela conseguiu escapar à morte
física. Essa foi a doutrina oficializada pela Igreja Católica Romana em 1950. A
idéia de Maria como mediadora entre DEUS e os homens já vem de mais longa data,
embora também nunca figure nas Sagradas Escrituras. Estas são taxativas a
respeito: "Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens,
CRISTO JESUS, «homem» (I Tim. 2:5). Esse único Mediador é chamado, nas
Escrituras, de «nosso Senhor». Mas a cristandade inventou uma «nossa Senhora».
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 136-137.
TRADIÇÕES ECLESIÁSTICAS
1. Adoração a Maria. Não há nenhum traço, no NT, de veneração
prestada a Maria. JESUS advertiu expressamente contra tal coisa (Lc 11.27,28).
Pelo contrário, o quadro de Maria, dado no NT, é de uma mulher humilde de uma
pequena cidade, a qual tipifica tudo o que há de mais nobre e fino nas mulheres
judias. Sua pureza, simplicidade, profunda sensibilidade espiritual e completa
obediência a DEUS se destacam; o cuidado com que treinou o filho em seus
primeiros anos de vida, sua total confiança nele, demonstrada no incidente em
Caná, sua profunda lealdade, como mostrado em sua presença no Calvário, apesar
de parecer que houve momentos em que ela não o compreendia plenamente, tudo a
preparou para a posição que assumiu entre os primeiros discípulos, reconhecendo
JESUS como Senhor e CRISTO (At 2.36). Não há nenhuma evidência de orações
feitas, ou adoração oferecida a Maria durante os primeiros quatro séculos. O
culto posterior de adoração a Maria se desenvolveu sobre o tênue fundamento de
três passagens em Lucas — a saudação de Gabriel, “Alegra-te, muito favorecida!”
(Lc 1.28); a saudação de Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o
fruto do teu ventre!” (v.42) e as palavras gratas de Maria no Magiiificat:
“contemplou na humildade da sua serva. Pois desde agora todas as gerações me
considerarão bem-aventurada” (v.48). Essas passagens enfatizam o privilégio
elevado e único, concedido a esta jovem especialmente escolhida, mas de forma
alguma sugerem que adoração devia ser-lhe oferecida, a qual pertence somente a
DEUS. Acerca dos breves detalhes bíblicos de sua vida, tem sido tecida uma
intrincada rede de lendas, na maior parte fictícias e duvidosas e sobre isso
foi construída uma complexa estrutura de dogmas que se desenvolveram e
cresceram através dos séculos. Há quatro doutrinas principais baseadas nesses
dogmas: Mãe de DEUS. Virgindade perpétua. Imaculada Concepção. Assunção física.
ORIGEM DA ADORAÇÃO A MARIA
A falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona
etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a
Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome
da deusa no Egito. Muitos desse tipo de adoradores "aderiram" ao
catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o
Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial.
Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e
pagãs para a Igreja de Roma. Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos
caminhos da fé exclusiva em DEUS, os líderes do catolicismo romanos
contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por
imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos deuses cristãos (os
santos bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a santa Maria
surgiu como "Mãe de DEUS", "Senhora", "Sempre
Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus",
"Mediadora e Advogada", Co-Redentora.
A seguir, algumas inovações dogmatizadas pela Igreja Católica
Romana, aprovadas em concílios a partir do terceiro século depois de CRISTO:
Ano 270 - Origem da vida monástica no Egito, por SANTO Antonio.
Ano 320 - Uso de velas.
Ano 370 - Culto dos santos, professado por Basílio de Cesaréia e
Gregório Nazianzo.
Ano 400 - Iniciadas as orações pelos mortos e sinal da cruz.
Ano 431 - Maria é proclamada “Mãe de DEUS”.
Ano 500 - Origem do Purgatório,por Gregório,o Grande.
Ano 609 - Culto da Virgem Maria, por Bonifácio IV. Invocação da
Virgem Maria, dos santos e dos anjos, estabelecida por lei na Igreja pelo
Concílio de Constantinopla.
Ano 670 - Celebração da missa em latim, língua desconhecida do
povo, pelo Papa Gregório I.
Ano 758 - Confissão auricular, e absolvição, estabelecida como
doutrina pelo IV Concílio de Latrão, em Roma.
Ano 787 - Culto das imagens ordenado pela Igreja no II Concílio de
Nicéia.
Ano 880 - Canonização dos santos, por Adriano II.
Ano 965 - O Batismo de Sinos.
Ano 998 - Dia de Finados, Quaresma, jejum às sextas-feiras e na
Páscoa.
Ano 1000 - Sacrifício da missa.
Ano 1074 - Instituição do celibato do Clero, por Gregório VII.
Ano 1095 - Venda de indulgências plenárias,por Urbano II.
Ano 1125 - As primeiras idéias sobre a Imaculada Conceição de
Maria, combatidas por São Bernardo.
Ano 1164 - Os Sete sacramentos, por Pedro Lombardo, no Concílio de
Trento.
Ano 1184 - A diabólica INQUISIÇÃO, chamada santa, pelo Concílio de
Verona.
Ano 1200 - O rosário, por São Domingos.
Ano 1215 - Transubstanciação, pelo Concílio de Latrão.
Ano 1220 - A Hóstia e respectiva adoração, por Inocêncio III.
Ano 1229 - Proibição da leitura das Bíblia aos leigos, pelo
Concílio de Tolosa.
Ano 1264 - Festa do Sagrado Coração, papa Urbano IV.
Ano 1311 - Procissão do SS. Sacramento, papa João XXII.
Ano 1317 - Oração da Ave-Maria, papa João XXII.
Ano 1414 - Proibição de vinho aos fiéis, na Santa Comunhão, pelo
Concílio de Basiléia, determinando o uso do CÁLICE somente pelos sacerdotes.
Ano 1546 - Aceitação dos livros apócrifos, pelo Concílio de Trento.
Ano 1563 - Igualdade entre a Tradição e a Palavra de DEUS, Concílio
de Trento.
Ano 1854 - A Imaculada Conceição da Virgem, papa Pio IX.
Ano 1870 - A infalibilidade do papa, Concílio do Vaticano.
Ano 1950 - Assunção de Maria transformado em artigo de fé.
Além desses atos, as rezas da Ave-Maria chamam-na de "Sempre
Virgem", "Rainha", "Advogada", ''Mãe de DEUS",
Concebida Sem Pecado. Então, iremos examinar um por um esses títulos à luz da
verdade contida na Palavra de DEUS, lembrando que a Bíblia é a única regra de
fé e prática do cristão.
ASSUNÇÃO DE MARIA
O que diz a Tradição:
"Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda
mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo
e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu
Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo
Senhor como Rainha do universo. A Assunção da Virgem Maria é uma participação
singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos
outros cristãos" (C.I.C. p. 273, # 966).
Contestação - “Assunção de Maria” significa que Maria subiu ao céu
em corpo e alma, levada por seu Filho. Tal ensino não encontra amparo nas
Sagradas Escrituras. É claro que a santa Maria está no céu, lugar para onde vão
todos os que morrem em CRISTO. Diz o ex-padre José Barbosa de Sena Neto, em
suas "confissões": "A coisa mais espantosa dessa doutrina é que
não tem nenhuma prova bíblica". E o ex-padre conclui: "O Papa Pio XII
(que promulgou essa doutrina) disse que "qualquer um que doravante duvide
ou negue esta doutrina apostatou totalmente da divina fé católica; isto -
continua o ex-padre - significa que é pecado mortal para qualquer católico
romano recusar-se a crer nessa fantasiosa doutrina!" A Tradição diz que
Maria foi assunta ao céu de corpo e alma, e o Senhor a elegeu Rainha do
Universo. É o caso de se perguntar: Quem viu? Quem escreveu? Onde está escrito?
Que Maria está na glória não há dúvida, mas não que tenha
ressuscitado. São incontáveis os santos que se encontram no Paraíso, aguardando
a plenitude dos tempos para ressuscitarem num corpo espiritual (1
Tessalonicenses 4.16-17).
CONCEBIDA SEM PECADO
O que diz a Tradição: "Desde o primeiro instante de sua
concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu
pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida" (C.I.C. p. 143, #
508). "Pela graça de DEUS, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao
longo de toda a sua vida" (C.I.C. p. 139, # 493).
Contestação - As expressões "concebida sem pecado" e
"imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da
Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.
A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a
intervenção direta do ESPÍRITO SANTO no ventre de sua mãe, tal como aconteceu
com JESUS. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia. Contrariando a
Tradição, a Palavra de DEUS declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS
TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS
GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS"
(Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores;
todos herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos
pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção.
Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias,
Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista,
Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de
DEUS para serem justificados. No Salmo 51.5, Davi reconhece a sua propensão
natural para o pecado: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha mãe”. E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO
O MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS,
PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma
espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com a
laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens.
Somos da semente de Adão. JESUS foi o único que não herdou a maldição do pecado
porque Ele foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO.
"Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um
sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a santa
Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A
própria Maria, mãe de JESUS, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A
minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em DEUS meu
Salvador" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado
não precisa de Salvador. Ela declarou que sua alma necessitava ser salva. Ela
clamou pela graça salvadora de DEUS, pois "pela graça somos salvos,
mediante a nossa fé" (Efésios 2.8). De JESUS, porém, a Bíblia diz que
"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" (1 Pedro
2.22). JESUS era humano, contudo sem pecado (2 Co 5.21; Hb 4.15; 1 Pe 3.18; 1
Jo 3.3). A Bíblia não faz semelhante afirmação com respeito a Maria, porquanto
ela está inclusa no "Todos pecaram". Assim diz a Palavra de DEUS.
Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um
ser puro - JESUS – Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro
não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal
raciocínio, teríamos de admitir que a mãe de Maria deveria ser também pura para
carregar no seu ventre uma pessoa imaculada. A avó de Maria, por sua vez,
teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E
estaríamos dizendo que a Palavra de DEUS é mentirosa, quando afirma: Todos
pecaram e destituídos estão da glória de DEUS" (Romanos 3.23; 5.12).
Vejamos mais alguns versículos que confirmam a extensão do pecado
de Adão e Eva a todos:
"Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós;
para que nele fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Coríntios 5.21).
"Não há justo, nem sequer um" (Romanos 3.10). "Mas a Escritura
encerrou tudo sob o pecado." (Gálatas 3.22). "Não há homem justo
sobre a terra que faça o bem e que não peque" (Eclesiastes 7.20).
Airton Evangelista da Costa. A Verdade Sobre Maria. Editora A. D.
SANTOS. pag. 8-9;11-13
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
(http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ com algumas modificações do Pr. Luiz
Henrique).
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico
Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João
Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida,
Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson
EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ -
Participação do Pb. Alessandro Silva
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA 4TR24 NA ÍNTEGRA
Lição 3, Não farás para ti imagem de escultura – A Devoção e a
Reverência ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24,
Com. Extra Pr. Henrique, EBD NA TV
EBD Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, TEMA: OS
DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais
e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO 3
1- O SEGUNDO MANDAMENTO
1.1. Entendendo o segundo mandamento
1.2. A proibição do mandamento
1.3. A explicação do mandamento
2- AVISOS E PROMESSAS
2.1. A iniquidade dos pais nos filhos
2.2. A bênção para os que guardam os mandamentos
2.3. DEUS quer ser ouvido, não visto
3- O CUIDADO COM AS IMAGENS
3.1. Fugindo da idolatria
3.2. A idolatria da mente
3.3. A imagem que DEUS aceita
TEXTO ÁUREO
“Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do
Senhor é Zeloso; DEUS zeloso é ele.” Êxodo 34.14
VERDADE APLICADA
Idolatria não é apenas adorar uma imagem, mas representa tudo
aquilo que pode ocupar o lugar de DEUS em nossos corações.
OBJETIVOS DA LIÇÃO -
Explicar o segundo mandamento.
Expor os avisos e promessas do segundo mandamento.
Ressaltar os cuidados com os ídolos e com a idolatria.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - ÊXODO 20.4-6
4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou
DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus
mandamentos.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Êx 34.14 O Senhor é Zeloso.
TERÇA | Is 45.20 Imagem de escultura: deuses que não salvam.
QUARTA | Ez 16.38-43 A Justa Retribuição de DEUS.
QUINTA l Mt 22.37 O dever de amar o Senhor de todo o coração.
SEXTA | Mt 23.32-36 JESUS censura os ,escribas e fariseus.
SÁBADO | 2 Co 4.3-4 A luz do evangelho da glória de CRISTO.
HINOS SUGERIDOS: 173, 205, 227
MOTIVO DE ORAÇÃO - Ore para que nada ocupe o lugar de DEUS em seu coração.
INTRODUÇÃO
No primeiro mandamento, DEUS exige exclusividade para aqueles que
fazem parte de Sua aliança. Agora, no segundo mandamento, Ele ordena que os
ídolos sejam banidos. Ele não divide Sua glória com ninguém [Is 42.8].
PONTO DE PARTIDA – DEUS não divide Sua glória com ninguém.
1- O SEGUNDO MANDAMENTO
O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a DEUS e a mais
ninguém. Já o segundo mandamento ordena adorar a DEUS diretamente, sem mediação
de qualquer objeto. Nele, DEUS dá um basta na idolatria.
1.1. Entendendo o segundo mandamento
A diferença
entre o primeiro e o segundo mandamento é que o primeiro nos fala de uma
adoração ao DEUS certo, ele nos chama a adorar o verdadeiro DEUS e a rejeitar o
“deus falso”. Já o segundo nos ensina a adorar o DEUS certo do modo certo. Na
verdade, o DEUS Criador não pode ser comparado com ídolos feitos à semelhança
de homens. Enquanto o primeiro mandamento nos ensina a adorar o DEUS certo, o
segundo mandamento nos estimula a rejeitar e nos proíbe de adorar os falsos
deuses ou ao Senhor DEUS de maneira falsa. O uso de imagens na prática
litúrgica de adoração tende a estimular ou induzir as várias formas
de politeísmo. DEUS nos deu uma maneira certa de adorá-lo. Para DEUS importa
tanto a forma de adorar quanto a quem adorar. Não podemos adorá-lo de qualquer
forma [Dt 12.1-4).
R.
Alan Cole (Êxodo – Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 150)
comenta sobre a proibição do uso de imagens: ”Para o israelita, o homem fora
criado à imagem de DEUS, à Sua semelhança [Gn 1.26], mas isso não significava
enfaticamente que DEUS fosse igual ao homem [Is 55.9]. A localização e
materialização de DEUS também era outro perigo inerente à idolatria. Mesmo
Israel, em dias futuros, viria a crer que a presença de DEUS estava localizada
e ,contida na arca ou no templo; quanto mais o teriam feito se tivesse existido
uma imagem? Em Deuteronômio 4.12, a razão apresentada é o fato de que no Sinai
Israel não vira qualquer forma ou semelhança: o povo havia apenas ouvido a voz
de DEUS. A isso corresponde o papel dominante exercido ao longo de toda a
história da fé israelita pela “palavra de YHWH”, falada ou escrita”.
1.2. A proibição do mandamento
A ordenança era
simples: Não fazer imagens de escultura [Êx 20.4a]. E o que era um ídolo? Era
uma arte criada com ferramentas, moldada por mãos humanas e esculpida em
madeira, pedra ou metal como sendo a representação de algum ser divino [Lv
26.1; Is 45.20; Na 1.14]. O segundo mandamento não rejeita a arte de inventar
coisas, rejeita o ato de fazê-las para que sirvam de objeto de adoração. Quase
todos os deuses do Egito eram apresentados em forma de animais. O deus
Anúbis tinha corpo de homem e cabeça de chacal; o deus
Seth tinha corpo de homem com a cabeça de um cão de orelhas alongadas e
cauda ereta; o deus Hórus tinha a cabeça de falcão e assim por diante. O
mandamento informa os tipos de ídolos que DEUS proíbe: nada no céu; nada na
terra, nada no mar. Logo em seguida vemos mais proibições (encurvar e servir –
v. 5) e o porquê: “ … porque eu, o Senhor, teu DEUS, sou DEUS zeloso”.
As
palavras ordenadas pela boca de DEUS no Sinai ainda nos assustam em nossos
dias. Os ídolos de nosso século podem ser diferentes dos artefatos da
antiguidade. Não temos hoje o bezerro de ouro, mas a cobiça por fama, dinheiro
e sucesso se tornaram os ídolos de nossa geração. A sociedade vigente oferece
uma miríade de coisas atrativas, e não importa a que ídolo nos curvemos, o
resultado será sempre o mesmo: a separação do verdadeiro DEUS [1Jo 5.20-21].
1.3. A
explicação do mandamento
DEUS se recusou
a ser representado pela imagem de qualquer coisa existente na criação. Mesmo
assim, Ele declara uma razão para tal regra: o amor [Êx 20.5]. DEUS proíbe a
idolatria porque é um DEUS zeloso e ciumento. Quando retratamos o zelo divino,
não o comparamos com um sentimento doentio, invejoso, ou que deseja obter algo
que não lhe pertence. Falamos de um zelo santo, que protege sua possessão. É
como o amor de um marido que ama intensamente sua esposa e não suportaria vê-la
nos braços de outro homem [Êx 34.14). O que Ele tão zelosamente protege nesse
mandamento é a honra de Seu amor. Como Salvador, Ele tem o direito de exigir
como o adoremos. Assim como nos ama, Ele não deseja que a qualidade de Seu amor
por nós seja desprezada [Dt 7.6-8; Ez 16.38-43].
Este
zelo divino reflete a natureza profunda e exclusiva do relacionamento que DEUS
deseja ter conosco. DEUS nos ama com um amor intenso e inabalável, e esse amor
se manifesta em Seu desejo de nos manter afastados da idolatria e nos atrair
para Si.
Ele
nos chama a uma devoção exclusiva pois sabe que só Ele pode satisfazer nossas
necessidades mais profundas. O zelo de DEUS também é protetor. Ele nos guarda
dos perigos espirituais que a idolatria traz, conforme visto em Isaías 42.8:
“Eu sou o Senhor; este é o meu nome! Não darei a outro a minha glória, nem a
imagens o meu louvor. Este versículo destaca a exclusividade da glória de DEUS
e Sua determinação em manter Seu povo fiel Portanto, ao entender o zelo de DEUS,
vemos um reflexo de Seu amor protetor e santo, chamando-nos a viver em plena
fidelidade e adoração a Ele.
EU ENSINEI QUE:
O segundo
mandamento ordena adorar a DEUS diretamente, sem mediação de qualquer objeto.
2- AVISOS E
PROMESSAS
É preciso
cuidado na exposição de Êxodo 20.5-6 no que concerne à palavra de DEUS
sobre “visito a maldade dos pais nos filhos” e “faço misericórdia” pois há os
que fazem uso destes e outros textos para respaldar e defender a ideia de
“maldição hereditária”, criando confusão, principalmente em pessoas que não
valorizam o estudo contínuo e sistemático da Palavra de DEUS.
2.1. A
iniquidade dos pais nos filhos
Conforme
o Dicionário Hebraico de Strong, “maldade” em Êxodo 20.5 é uma
das principais expressões no Antigo Testamento para indicar pecado.
Esta expressão aponta para a ideia de desvio ou depravação intencional. Ou
seja, o Senhor DEUS está falando sobre aqueles que conhecem a Sua vontade que
estava sendo revelada, mas se recusam a viver de acordo com ela. Tais pessoas
serão alcançadas pelo juízo de DEUS. Assim como as próximas gerações, caso
compartilhem dos pecados de seus antepassados. Notar o final do versículo 5;
“que me aborrecem”. Portanto, o texto está enfatizando a durabilidade do juízo
divino enquanto permanecer as práticas abomináveis, as transgressões da lei.
Evidente que há decisões, comportamentos e modo de vida dos pais que podem
resultar em consequências na vida dos filhos. Mas não significa que estes
filhos estão debaixo de maldição. Vide Ezequiel 18 – DEUS não condena o filho
por causa do erro do pai e nem o pai por causa do filho [Dt 24.16; 2 Rs 14.6].
Na
Bíblia de Estudo Defesa da Fé (2010, p. 133) encontramos o comentário sobre
,Êxodo 20.5; “Nesse versículo, DEUS sugere que uma razão pela qual devemos
obedecer a Ele é o bem-estar de nossos filhos, netos e bisnetos. Como pequenas
ondas que se espalham por uma superfície de águas calmas, os nossos atos
produzem consequências para as gerações futuras. Nós podemos criar ondas de
dificuldades ou de bênçãos (v.6), conforme as escolhas que fizermos”.
2.2. A bênção
para os que guardam os mandamentos
Assim como o juízo divino viria sobre os que
se recusam a viver segundo a vontade de DEUS revelada, também o Senhor DEUS
promete agir com bondade e misericórdia para com os que O amam e obedecem [Êx
20.6). Estas expressões – amar e obedecer – nos remetem às palavras que Nosso
Senhor JESUS CRISTO proferiu pouco antes da crucificação aos Seus discípulos.
Ou seja, aquele que verdadeiramente O ama é o que aceita ou tem os Seus
mandamentos e os guarda ( ou obedece) – João 14.21. O apóstolo João escreveu
que “este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos” [2Jo 6).
Interessante notarmos a extensão ilimitada do amor de DEUS expressa nos termos
“em milhares” (“por milhares de gerações” – NTLH) em contraste com a
durabilidade do juízo expressa no versículo 5: “até à terceira e quarta
geração”.
R.
Alan Cole (Êxodo – Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 150-151)
comenta sobre Êxodo 20.6: “No hebraico, hesed, uma palavra característica da
aliança (cuja tradução mais exata seria, “amor leal”). Pelos padrões semitas de
linguagem, a ênfase da frase está na segunda parte na verdade: que DEUS punirá
os que não se conformam à Sua vontade, mas o aspecto negativo é apenas a
moldura para o aspecto positivo. Mais uma vez, o teste do amor é “guardar os
meus mandamentos demonstrando ainda mais claramente a Israel que amor/ódio é
mais atitude e atividade do que simples emoção. A palavra milhares é usada
vagamente, como “miríades” em português, para indicar a extensão ilimitada da
misericórdia demonstrada por DEUS”.
2.3. DEUS quer
ser ouvido, não visto
Vivemos um
tempo em que as pessoas para serem levadas a acreditar em DEUS necessitam de um
veículo de fé. DEUS não se revelou no Sinai de maneira visível, mas audível [Dt
4.15-16]. Estudiosos acreditam que a imagem pode ser uma distração em termos de
adoração e que precisamos ter mais cuidado em ouvirmos mais a palavra. O ponto
central do pensamento pagão era fazer ídolos para poder controlar os deuses.
Esse pensamento não difere muito de nosso tempo, porque a espiritualidade
contemporânea age do mesmo jeito. As pessoas não se comprometem com DEUS e com
Sua Palavra. Elas querem uma forma fácil de servir, querem um “deus”, mais
amigável, um deus que pode ser adaptável aos seus propósitos. Um deus que
atende aos pedidos quando é solicitado [Dt 6.5; Mt 22.37].
É
muito comum as pessoas interpretarem DEUS como sendo apenas amor e nunca fogo
consumidor. Outros já afirmam categoricamente que DEUS conhece seus corações, e
isto é claro na Bíblia. mas não justifica viver uma vida sem o conhecimento da
Palavra e apenas tendo a DEUS como um serviçal Com o passar do tempo, criamos
uma religião que apresenta um “deus” diferente para cada tipo de cristão, um
“deus” diferente até mesmo do “DEUS” da Escritura [Os 63; Mt 22.29].
EU ENSINEI QUE:
A misericórdia
de DEUS dura para sempre
3- O CUIDADO
COM AS IMAGENS
DEUS proibiu
imagens de todo o tipo. Isso é uma ordem. Ele não criou esse mandamento apenas
por exclusividade, mas com a finalidade de cuidar daqueles que são Seus.
3.1. Fugindo da
idolatria
A forma
primitiva certamente dizia: “Você não fará uma imagem esculpida”. Todos os
povos têm tendência a isso. Mas DEUS não pode ser fixado, localizado, limitado
por uma representação. A imagem tem o objetivo de conduzir ao que ela
representa, mas também tem o perigo de substituir a “meta divina” pelo próprio
objeto antes que o encontro com DEUS seja alcançado [1Co 10.14, 19 -21]. O ser
humano, rapidamente satisfeito com o que é visível e palpável, corre o risco de
não ir além das aparências, do visível, do físico, do que pode ser verificado
pelos sentidos da visão etc. A imagem tem um poder de captura quase mágico da
pessoa, por isso pode facilmente tornar-se um ídolo, isto é, uma representação
que ocupa o lugar que pertence exclusivamente a DEUS, o Senhor da história e da
liberdade [Is 45.15].
Já
vimos em toda a história como as imagens podem ser nocivas à vida espiritual
das pessoas. As religiões do mundo que crescem a cada momento são uma prova
poderosa do poder das imagens. DEUS tem sempre razão quando diz não, e, nesse
caso, Ele o faz como prevenção porque conhece o nosso amanhã [Is 46.9-10]. A
adoração de ídolos não só afastou os israelitas do DEUS vivo e verdadeiro, mas
também abriu a porta a todos os tipos de outros pecados, inclusive a
prostituição no templo, orgias e até mesmo o sacrifício de crianças.
3.2. A idolatria da mente
Nem todas as
imagens falsas de DEUS estão apenas nos templos; elas também existem nas mentes
e corações de homens incrédulos. Frases como as seguintes são frequentemente
ouvidas: “Gosto de pensar em DEUS como ‘o grande arquiteto ou artista’ ou ‘não
penso em DEUS como um juiz, mas apenas como um pai amoroso”: É importante
apontar que aqueles que se sentem livres para pensar em DEUS como quiserem
também estão quebrando o segundo mandamento. Não temos o direito de pensar em DEUS
como quisermos. A triste realidade é que todos aqueles que não conhecem o
verdadeiro DEUS fabricam ou inventam um falso DEUS em suas mentes. O mundo está
cheio de pessoas que têm ideias falsas sobre DEUS, e isso ocorre porque elas se
recusam a acreditar no que DEUS tem dito acerca de si mesmo em Sua Palavra.
Quando
DEUS deu a Sua Lei para a humanidade, Ele começou com uma declaração de quem é
[Êx 20.2]. Como podemos servir corretamente a um DEUS que não conhecemos? É por
esse motivo que muitas pessoas fabricam um “deus” segundo suas mentes, porque
entendem que por DEUS ser bom e amoroso, deverá aceitá-los da forma que são.
Assim fabricam um deus sem juízo do inferno, que existe apenas para satisfazer
seus caprichos e desejos, no deus de bolso que tem que se submeter ao suposto
livre-arbítrio dos homens.
3.3. A imagem
que DEUS aceita
A mente finita
natural não tem como entender ou captar a grandeza das coisas que DEUS realiza
[1 Co 2.14]. Quando DEUS criou todas as coisas, fez homens e mulheres à Sua
imagem [Gn 1.26-27]. Aqui está o porquê de DEUS rejeitar a imagem. Ele já tem
Sua imagem e somos nós. Nós não temos permissão para fazermos imagens que
representam a DEUS. Afinal o próprio já criou à Sua imagem e semelhança. Nossa
presença na terra já é um testemunho do poder e da glória do Criador: O pecado prejudica,
mas a perfeita obra redentora de JESUS restaura [Rm 8.29; 1Co 15.49].
Cada
um de nós tem em si o meio de fabricar imagens: a imaginação! Todos podem fazer
um deus à sua imagem e semelhança.! E como vamos fugir disso? Andando em ESPÍRITO
[Gl 5.16,25]. O fim do Evangelho é nos tornarmos semelhantes a Ele, esse é um
trabalho diário, que a cada instante vai nos moldando até que alcancemos tal
estatura. Se fizemos tudo e não nos tornamos parecidos com CRISTO, então algo
errado aconteceu e perdemos o verdadeiro foco da salvação oferecida por JESUS CRISTO
[2 Co 3.18; 1Jo 3.2].
EU ENSINEI QUE: DEUS proibiu imagens de todo o tipo.
CONCLUSÃO
Existem
princípios que jamais devem ser esquecidos ou quebrados, eles podem determinar
tanto a bênção quanto a maldição em nossas vidas. Assim é o
segundo mandamento.