Slides Lição 6, A Bíblia como um Guia para a Vida, 1Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 




































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Lição 6, A Bíblia como um Guia para a Vida
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2022 - CPAD - Para adultos
Tema: A Supremacia das Escrituras, a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de DEUS
Comentário: Pr. Douglas Baptista (Pr. Pres. Assembleia de DEUS Missão, Brasília, DF)
Complementos, ilustrações, questionário e vídeos: Pr. Henrique
 
 


    
TEXTO ÁUREO
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.” (Sl 119.105)
 

VERDADE PRÁTICA
A Bíblia é um guia seguro para a nossa caminhada cristã. Alicerçados nos ensinos da Palavra de DEUS, somos instigados a viver com sabedoria e prudência.
 
 
Lição 6, A Bíblia como um Guia para a Vida
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/01/escrita-licao-6-biblia-como-um-guia.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/01/slides-licao-6-biblia-como-um-guia-para.html
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 10.4 Nossa vida deve ser edificada na rocha, que é o próprio CRISTO, e a sua Palavra
Terça - Jo 8.12 CRISTO é a luz do mundo e quem o segue não anda em trevas
Quarta - Pv 3.7 O mero conhecimento sem a prática não produz sabedoria
Quinta - Pv 2.6 DEUS é a fonte de toda a verdadeira sabedoria
Sexta - Ef 1.7,8 A graça de DEUS nos faz alcançar o perdão, e ainda a sabedoria e a prudência
Sábado - Ef 5.15 A Bíblia nos exorta a viver prudentemente, e não como néscios
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 119.97-105
97 - Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.98 - Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que os meus inimigos, pois estão sempre comigo.99 - Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.100 - Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.101- Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.102 - Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.103 - Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.104 - Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.105 - Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.
 
 
10 Benefícios Surpreendentes de Ler a Bíblia para a Vida
1) Revela ajustes
A Bíblia revela os ajustes que precisamos fazer em nossas atitudes e ações e nos ajuda a fazê-los. Da mesma forma que precisamos olhar regularmente para um espelho para ter a certeza de que a nossa aparência está correta, também, precisamos ler a Palavra de Deus sempre. Ler a Bíblia é como ficar sabendo do Seu ponto de vista sobre os assuntos e estará permitindo que Deus fale com você todos os dias.
2) Tomar decisões
A leitura da Bíblia melhorou a vida de milhões de pessoas. Por exemplo, pode ajudá-lo a tomar as decisões certas, a fazer amizades verdadeiras, a ter uma vida menos estressante, como ter um bom casamento, criar filhos, ter boa saúde, saber o que é certo e errado, trabalhar, aprender a verdade sobre Deus e outras coisas mais. Isso porque a biblia cita claramente a definição do bem e do mal.
3) Estabelecer prioridades
É preciso comprar o tempo para ler a Bíblia, mesmo que para isto sacrifique outras atividades cotidianas, como um filme. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo à nossa disposição; cabe então decidirmos como usá-lo. Priorizar a leitura da Palavra de Deus revela em grande parte o que temos no íntimo e nos ajuda a estabelecer prioridades na vida.  Você perceberá que o Deus e as pessoas ao redor estão acima do dinheiro e dos bens materiais.
4) Ter equilíbrio
Gastamos o nosso tempo ao comer e dormir porque são necessidades físicas básicas. Mas nossas necessidades espirituais também precisam ser satisfeitas. No entanto, é preciso ter equilíbrio ao ler a Bíblia. Precisamos harmonizar nosso tempo com os mais diferentes aspectos da nossa vida, como o trabalho secular.
5) Reanima o coração
A diversão deve ser mantida no seu devido lugar. O seu objetivo é reanimar-nos para as atividades espirituais. Muitos programas de televisão e videogames deixam a pessoa exausta, ao passo que a leitura e o estudo da Palavra de Deus reanimam e revigoram o corpo e coração com suas mensagens de paz. Você verá que os homens de Deus não são muito diferentes de você e a história deles ensinarão como não perder a fé diante de uma situação depressiva.
6) Ajuda na comunicação
Começar o dia com o conselho apropriado da Palavra de Deus não somente o ajudará a lidar com seus próprios problemas, mas também lhe ajudará a se comunicar com o objetivo de ajudar outros. Muitas pessoas acatam este conselho por lerem a Bíblia ou a estudarem cedo de manhã. Não importa que hora do dia escolhamos, o importante é que nos apeguemos à programação.
7) Meditação
A Palavra de Deus ajuda a pessoa a meditar na justiça de Deus e suas outras qualidades, e tem sido uma fonte de incrível força para a mente, afinal, para entendermos a Bíblia precisamos estar de mente aberta.
8) Se achegar a Deus
Além disso, quando se lê com atenção a Bíblia, tem-se frequentemente a impressão de que os pensamentos expressos se dirigem especialmente a quem as lê. Sempre o conselho e orientação divinos vêm na hora certa, habilitando a pessoa a resistir a tentações.
9) Fortalece a fé
Para tirar pleno proveito da Bíblia, as pessoas devem ter bons hábitos de leitura. Jamais lê-la de forma superficial, como que comendo às pressas. Maus hábitos de alimentação espiritual têm feito alguns enfraquecerem na fé ou até mesmo afastar-se.
10) Aumenta a esperança
Certamente, a esperança de um futuro melhor que a Bíblia traz depende de aumentar em conhecimento de Deus e de seu Filho, Jesus Cristo. Uma ótima maneira é através da leitura da Bíblia.
Você verá coisas estranhas acontencendo quando você decide ler a bíblia 
https://biosom.com.br/blog/diversos/10-beneficios-surpreendentes-de-ler-a-biblia-para-a-vida/
 
 
 
BEP- CPAD
119.98 PELOS TEUS MANDAMENTOS, ME FAZES MAIS SÁBIO. O crente pela sua dedicação à Palavra de DEUS, aprende a ver a vida como DEUS a vê, valorizar o que Ele valoriza e amar o que Ele ama. Enfim, passamos a viver em sintonia com os pensamentos de DEUS (ver 1 Co 2.16 nota).
119.105 LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS É A TUA PALAVRA. A Palavra de DEUS contém os princípios espirituais que nos ajudarão a evitar tristezas, ciladas e tragédias causadas por decisões e escolhas erradas. Portanto, devemos ter em grande estima a sua sabedoria, e sermos fiéis aos seus preceitos em todas as circunstâncias da vida (vv. 106,112).
 
 
MEDITAÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe
Os termos para meditação nas línguas originais da Bíblia são encontrados quase que exclusivamente nos Salmos e no NT. Os principais verbos hebraicos são haga e siah. O primeiro tem uma variedade de significados, e é usado em passagens como Josué 1.8; Salmos 1.2; 63.6; 77.12; 143.5; Isaías 33.18 no sentido de ״meditar” (isto é, “falar consigo mesmo”) ou “sussurrar”. O segundo termo aparece em passagens como Salmos 119.15,23,48, 78,148 e 143.5 no sentido de “meditar sobre coisas divinas” (oeja Meditar). O substantivo baseado na primeira raiz verbal acima aparece em passagens como Salmos 5,1; 19.14; 49.3, enquanto o substantivo baseado na raiz do segundo verbo aparece em Salmos 104.34; 119.97,99.
Os dois exemplos do NT são Lucas 21.14, onde o termo grego promeletao dá basicamente a ideia de “premeditação” ou “tomar cuidado antecipadamente”; e em 1 Timóteo 4.15, onde meletao ou “meditar” traz basicamente a ideia de “assistir cuidadosamente” ou “ser diligente em”. Não devemos desprezar as passagens relacionadas com esses significados, como Filipenses 4.8 e Colossenses 3.2. A passagem em Filipenses nos dá não só uma clara enumeração dos itens que merecem um lugar nas meditações como também o termo logizomai, ou “pensar”, que transmite um significado adicional de “considerar interiormente”, “pesar as razões de”, “deliberar”, “meditar sobre”. A passagem em Colossenses usa o termo phroneo com um duplo significado: “dirigir a mente para” e “lutar por”.
Um cuidadoso estudo das Escrituras serve para encorajar a meditação a respeito de DEUS, a respeito de sua lei, de suas obras e das coisas que são Celestiais e que trazem um enlevo à alma. R. E. Pr.
 
 
MEDITAÇÃO -  שיחה siychah
1) meditação, pensamento, oração, devoção, queixa, reflexão

 חשב chashab
1) pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar - refletir, considerar, estar consciente de, pensar em fazer, imaginar, planejar, contar, considerar

  חקר chaqar
1) procurar, buscar, pesquisar, examinar, investigar- esquadrinhar, explorar, examinar detalhadamente, ser buscado, ser encontrado, ser averiguado, ser examinado
 
MEDITAÇÃO NT - μελεταω meletao - GREGO
1) cuidar de, aplicar-se cuidadosamente a, praticar
2) meditar, i.e., imaginar, inventar
2a) usado pelos gregos a respeito da ponderação meditativa e da prática de oradores e retóricos
 
 
Salmos 119.105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
LÂMPADA -
As palavras traduzidas como “lâmpada” em algumas versões são os termos hebraicos lappid e ner, e os gregos lampas e lychnos. O termo heb. lappid significa “tocha” (BDB, p. 542), e é traduzido na LXX (Gn 15.17) pelo termo gr. lampas, cujo significado básico é “tocha” (Arndt, p. 466). O termo heb. ner significa “lâmpada” (BDB, p. 632), e é traduzido na LXX (Êx 25.37) pelo termo gr. lychnos, que significa basicamente “lâmpada” (Arndt, p. 484). Estas palavras uniformemente designam um pequeno vaso contendo azeite queimado por meio de um pavio de linho, nunca uma vela de cera (que era desconhecida nos tempos bíblicos).
Em várias versões, o termo lychnos é constantemente traduzido como “candeia” em muitas passagens (Mt 5.15; 6.22; Mc 4.21; Lc 8.16; 11.33,34,36; 12.35; 15.8; Jo 5.35; 2 Pe 1.19; Ap 18.23; 21.23; 22.5), mas lampas é traduzido como “lâmpada” (Mt 25.1,3,4,7,8; Ap 4.5), “tocha” ou “archote” (Jo 18.3; Ap 8.10), e “luz” (At 20.8). Trench considera que seria melhor traduzir tampas como “toena” e lychnos como “lâmpada” em todas as passagens (Trench, p. 165). Mesmo na parábola das dez virgens (Mt 25.1ss.), as lâmpadas não precisam ser designadas simplesmente como “lâmpadas”, porque eram abastecidas com óleo, “uma vez que no Oriente a tocha, bem como a lâmpada, são alimentadas desta maneira” (Trench, p. 166; cf. NBD, p. 709). No entanto, outras autoridades acreditam que o termo gr. lampas seja ambíguo, de forma que em Mateus 25.1-8 o significado é o de uma lâmpada verdadeira (BA, XXIX [1966], 4-7).
Outros termos associados incluem o gr. phanos (Jo 18.3), “lanterna”; e o heb. mlnora (Êx 25.31; et al,\ Zc 4.2,11), e o gr. lychnia (Mt 5.15;Áp 1.12, etal.), ou “castiçais* (q.v.). Forma. Não há nenhuma indicação na Bíblia quanto à forma das lâmpadas mencionadas. Seus formatos variaram de acordo com o período da história, juntamente com outros tipos de cerâmica. Na época de Abraão (Idade Média do Bronze I, 2100-1900 a.C.), as lâmpadas frequentemente possuíam quatro pavios. Durante o período da conquista da Palestina, os hebreus adotaram a lâmpada Cananéia de um único pavio para o uso comum. “Um pires para o óleo que tinha uma tampa com uma pinça para segurar o pavio” (BA, II [1939], 23). Este tipo com variações foi usado por mais de mil anos. Lâmpadas de sete bicos também foram encontradas em tumbas e nas ruínas de templos cananeus, e eram aparentemente usadas em cerimônias religiosas. Assim, o conceito de uma lâmpada sétupla para uso sagrado no Tabernáculo mosaico não era anacrônico, como os críticos do AT costumavam afirmar.
Sabe-se que lâmpadas babilônicas, de um tipo menor com um tubo fechado para o pavio, chegaram à Palestina no século VI a.C. Embora estas fossem mais econômicas com óleo, e, provavelmente dessem mais luz do que a lâmpada de pires Cananéia, não eram amplamente utilizadas na Palestina, porque não eram bem conhecidas dos oleiros hebreus. No século IV a.C., a bonita e compacta lâmpada grega foi largamente imitada na Palestina. Esta era pequena e poderia ser carregada sem derramar o óleo. Durante o curto período de intenso interesse nacional no século II a.C., os judeus rejeitaram toda influência estrangeira e usaram novamente a lâmpada de pires. No entanto, com a chegada dos romanos no século I a.C. todas as novas lâmpadas eram de confecção estrangeira, ou criadas a partir de modelos estrangeiros (BA, II [1939], 24).
As lâmpadas eram feitas quase que inteiramente de barro até que o metal se tornou abundante. Então elas também apareceram em cobre, bronze e ouro. Veja Candelabro; óleo; Cerâmica.
Ao menos uma lâmpada era mantida acesa, dia e noite, nas casas antigas, tanto para fornecer luz nas salas, que frequentemente não possuíam janelas, como para manter ao alcance um meio de acender o fogo. As lâmpadas eram frequentemente colocadas em nichos na parede da casa, bem como nas laterais das tumbas e de túneis que desciam até o suprimento de água das cidades.
Figurativo: A palavra “lâmpada” ou “candeia” é frequentemente usada nas Escrituras de um modo figurado para indicar. (1) a Palavra de DEUS (Sl 119.105; Pv 6.23; 2 Pe 1.19); João Batista, como a voz profética de DEUS era “a candeia que ardia e alumiava” (Jo 5.35); (2) a direção de DEUS (2 Sm 22.29; cf. Sl 27.1); (3) a consciência humana. “A alma do homem é a lâmpada do Senhor” (Pv 20.27); (4) salvação (Is 62.1, lit., “tocha”); (5) a vida em oposição à morte, e ao reino das trevas (Jó 18.5,6; 21.17; Pv 13.9; 20.20; 24.20); este conceito é responsável pela prática quase que universal de colocar lâmpadas em tumbas, demonstrando a crença em uma existência após a morte; (6) bênção e prosperidade (Jó 29.3); e (7) a posteridade, ou a existência duradoura da linhagem ou dinastia da família de uma pessoa (1 Rs 11.36; 15.4; 2 Rs 8.19; Sl 132.17); DEUS ordenou que houvesse uma série de descendentes de Davi, culminando com o Messias, a Luz do mundo.
Bibliografia. R. W. Funk e I. Ben-Dor, “Lainp”, IDB, III, 63ss. Robert H. Smith, “The Household Lamps of Palestine in Old Testament Times", BA, XXVII (1964), 1-31; “... in Intertestamental Times”, ibid, 101-124; "... in New Testament Times”, BA, XXIX (1966), 1- 27. G. E. Wright, “Lamps, Politics, and the Jewish Religion”, BA, II (1939), 22-24. J. McR.
 
 
LUZ - Dicionário Bíblico Wycliffe
JESUS CRISTO Como a Luz
Foi profetizado que o Messias seria a “luz dos gentios” (Is 42.6; 49.6), e o velho Simeão viu em JESUS CRISTO o cumprimento desta profecia (Lc 2.32). Como a aurora ou o sol nascente, Ele viría “para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte” (Lc 1.78,79). O verbo eterno (Jo 1.1-3) que ordenou “Haja luz” (Gn 1.3; cf. Cl 1.16), se tornou o “resplendor da sua glória” (Hb 1.3), “a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo” ÍJo 1.9). Ele referiu-se a si mesmo como a “luz do mundo” (Jo 8,12; 9.5; 12.46). Isaías havia profetizado; “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz” (Is 9.1,2); e, quando o Senhor JESUS começou a pregar na Galileia, Ele estava cumprindo essa profecia (Mt 4,12-16). No momento de sua transfiguração, a glória visível de DEUS, escondida sob a baixeza da carne, irrompeu para algumas testemunhas escolhidas. Sua face brilhou, e suas vestes resplandeciam como a luz (Mt 17.1,2). Esse era o prenúncio de seu estado de ascensão e ressurreição. Na gloriosa ressurreição de seu corpo, Ele apareceu a Paulo em uma luz brilhante (At 9.3; 22.6; 26.13) e a João em uma visão (Ap 1.12-18).
A principal revelação de JESUS CRISTO como a luz do mundo foi pela demonstração de suas obras e palavras. Aqui, a cura dos cegos tem uma importância particular, como a demonstração de sua capacidade e desejo de curar a grande cegueira espiritual dos homens (Mc 8.22-26; Jo 9.5; cf. Jo 8.12; 12,46). “Ao invés das intermitentes manifestações de luz celestial, característica de uma velha eternidade onde a Luz e a escuridão alternam-se, como na ordem natural, a luz agora está permanentemente presente em JESUS CRISTO” (IDB, III, 132), Mas, no confronto entre a luz e as trevas (Jo 3,19), os homens rejeitaram essa luz de modo que, no momento de ser preso, o Senhor JESUS disse: “... essa é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc 22.53). Mas o poder das trevas não podia conter sua pessoa, e Ele ressurgiu dos mortos para “anunciar a luz a este povo e aos gentios” (At 26,23). Esta luz continua presente ainda hoje nos evangelho “Porque DEUS, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de DEUS, na face de JESUS CRISTO” (2 Co 4.6; cf. 4.4,5; Ef 5.13-14). A vinda de CRISTO trouxe o raiar de um novo dia que nunca será sucedido pela noite (Ap 21.23; 22,5).
 
 
LUZ - Ilustrações

Beleza e Cegueira

Porque DEUS que disse: De trevas resplandecerá luz - Ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de DEUS na face de CRISTO. II Cor. 4:6.

Donald Grey Barnhouse, em seu livro Let Me Illustrate (Permita-me Ilustrar), página 156, relata um incidente que lança luz sobre o nosso texto.
Um jovem oficial ficou cego, aparentemente em uma das guerras mundiais. Enquanto convalescia, foi cuidado por uma enfermeira pela qual se apaixonou e com quem se casou mais tarde. Certo dia, ouviu por acaso uma conversa a respeito dele e de sua esposa. O cruel comentário foi mais ou menos assim: "Sorte dela que ele é cego. Ele provavelmente não teria casado com uma mulher tão feia, se tivesse visão perfeita.
Caminhando na direção daquelas vozes, ele disse: "Ouvi por acaso o que vocês disseram e agradeço a DEUS, do fundo de meu coração, a cegueira que tenho; caso contrário, eu poderia ter deixado de ver o maravilhoso valor da alma dessa mulher que é minha esposa. Ela possui o mais nobre caráter que já conheci. Se as feições do rosto dela são tais que poderiam ter mascarado a sua beleza interior, então eu sou o maior ganhador por ter perdido a visão!".

Esperança Para Cegos e Surdos-Mudos
Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão. Os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor, e os pobres entre os homens se alegrarão no SANTO de Israel. Isa. 29:18 e 19.

No livro There Are Sermons in Stories (Há Sermões em Histórias), escrito por William L. Stidger, o autor conta acerca da primeira vez que ele viu Helen Keller; fora numa palestra dela. Anteriormente Helen havia aprendido a falar audivelmente; assim, apesar de muda e completamente cega, ela proferiu uma palestra. No encerramento, houve estrondosos aplausos e Helen começou a bater palmas também, com alegre exuberância.
Era evidente que, de alguma forma, Helen havia percebido o entusiasmo do auditório. Assim, depois de os aplausos terem cessado, o presidente da reunião perguntou-lhe, por intermédio de Ann Sullivan que sempre a acompanhava, como ela fora capaz de sentir os aplausos, sendo que não podia ver nem ouvir.
"Através das vibrações nos meus pés", explicou Helen.
Alguém então lhe perguntou qual era seu livro preferido, e Helen bradou com exultação: "A Bíblia! É o livro mais maravilhoso do mundo!"
E quando perguntada por que a Bíblia significava tanto para ela, Helen respondeu: "É porque, em minhas trevas, a Bíblia me faz ver a Grande Luz!"
Em Isaías 9:2, o profeta diz que "o povo que está andando na escuridão verá uma grande Luz. Essa Luz vai brilhar e iluminar todos os que vivem na região da sombra da morte". A Bíblia Viva. A escuridão da qual Isaías fala é a escuridão espiritual, e a grande Luz não é outra senão JESUS, que Se declarou a Luz do mundo (ver S. João 9:5).
É nosso privilégio refletir a Luz do mundo, não importa qual seja nossa área de atuação. Ao partilharmos a Luz do Livro com aqueles que caminham nas trevas, quer em países estrangeiros quer em nossa pátria, minha esposa e eu nunca deixamos de emocionar-nos ao ver a luz da alegria no rosto de novos conversos. Você também pode sentir essa emoção!
 
Luzes Alinhadas
Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és o meu DEUS: guie-me o Teu bom ESPÍRITO por terreno plano. Sal. 143:10.

Em uma noite escura e sem estrelas, há muitos anos, o Dr. F. B. Meyer atravessava o Canal de S. Jorge, no País de Gales, quando começou a imaginar como é que uma embarcação viajando numa noite como aquela poderia chegar ao porto sem perder-se. O comandante estava ali por perto, de modo que o Dr. Meyer lhe fez a pergunta.
- O senhor vê aquelas três luzes? - perguntou o comandante.
- Sim - respondeu o Dr. Meyer.
- Bem, o piloto precisa manobrar o navio até que aquelas três luzes pareçam ser uma só. Quando isso acontecer, saberemos a posição exata da entrada do porto.
Algo semelhante acontece no âmbito espiritual. Quando pedimos que DEUS responda às orações, três coisas precisam estar "alinhadas":
(1) Está a nossa oração em harmonia com a vontade de DEUS revelada em Sua Palavra?
(2) A resposta à nossa oração trará glória a DEUS?
(3) Estamos dispostos a esperar que DEUS nos responda no momento certo e da maneira apropriada, segundo a Sua onisciência?
Quando essas três "luzes guia" estiverem alinhadas, poderemos descansar na certeza de que nossas orações serão sempre atendidas para o nosso bem eterno.
A Bíblia fala daqueles que oram "mal" (Tiago 4:3).
Recentemente, li acerca de um incidente que ilustra esse fato. Um pastor jovem, solteiro, estivera orando para que DEUS lhe enviasse a esposa perfeita, quando leu um artigo escrito por uma mulher, numa revista para cristãos solitários. Mil pensamentos começaram a rodopiar na mente do jovem pastor. A autora parecia encaixar-se perfeitamente dentro do ideal dele. Resolveu escrever uma carta ao redator da revista, declarando que ele tinha certeza de que a autora do artigo era a resposta de DEUS às suas orações, e pedindo o endereço dela. Você pode imaginar a surpresa e consternação dele quando o redator respondeu informando que aquela mulher já era casada!
Esse jovem pastor era aparentemente sincero. Mas, sincero ou não, ele deixou de seguir as diretrizes da oração eficaz. Não é de admirar que DEUS não tenha atendido sua oração. Quando você e eu pedimos que DEUS nos responda às orações, precisamos ter a certeza de que estamos alinhados com Suas três luzes orientadoras (antes de nos lançarmos em um curso de ação insensato).
 
ALICERCE
 
Alicerces Neotestamentários - TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON - CPAD (com algumas inserções do Pr Henrique)
O Novo Testamento registra o testemunho, não somente do ministério terrestre de CRISTO, como também do aparecimento da Igreja como a expressão mais plena do povo de DEUS. São numerosos os temas que se acham nas Escrituras que, de maneira bastante clara, fornecem as bases adequadas para qualquer tentativa séria de reflexão teológica sobre a missão da Igreja. Vários textos fundamentais ajudam-nos a compreender devidamente o assunto.
O mandato para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos. Porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a JESUS: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até ao fim dos tempos" (Mt 28.18-20 [NIV]).
"Vão" (gr. poreuthentes). Significa, literalmente, "tendo ido". JESUS toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição. É imperativo nesse trecho bíblico "façam discípulos" (gr. mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento: "Tendo ido por todo o mundo, proclamem [anunciem, declarem e demonstrem] as boas novas a toda a criação" (tradução literal).
Lucas 24-45 narra como JESUS abriu a mente dos seus seguidores "para compreenderem as Escrituras". Em seguida, declara-lhes: "Assim está escrito, e assim convinha que o CRISTO padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24.46,47). Deviam esperar, contudo, até que JESUS enviasse o que o Pai lhes prometera, até serem "revestidos de poder do alto" (Lc 24.49), o batismo com o ESPÍRITO SANTO.
No evangelho de Marcos está a ordem mais explícita: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
JESUS também disse que, "quando ele (o ESPÍRITO SANTO) vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo" (Jo 16.8). E, posteriormente, quando os discípulos viram o Senhor ressuscitado, receberam dEle esta comissão: "Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós" (Jo 20.21). Mas não teriam de ir com as próprias forças. As palavras de JESUS antes de sua ascensão confirmaram que o mandato deve ser levado a efeito no poder do ESPÍRITO (At 1.8). O ESPÍRITO, através deles, faria o trabalho da convicção e do convencimento do mundo.
Posteriormente, o apóstolo Paulo ofereceu um quadro de como a Igreja deve compreender a si mesma e à sua missão (2 Co 5.17-20). O v. 17 declara que o governo de CRISTO veio em grande poder a fim de abrir uma era de vitória e reconciliação. Os vv. 18-20 deixam bem claro que a vitória de CRISTO, agora, será tornada tangível pelos crentes que são chamados "embaixadores de CRISTO". Paulo retrata a Igreja cujos membros, pelas suas ações, demonstram diante do mundo o que significa ser reconciliado com DEUS. O apóstolo quer que haja uma Igreja que, mediante a sua vida coletiva, demonstre ao mundo o caráter de DEUS, o DEUS da reconciliação. De modo confiante e ousado, como embaixadores de CRISTO, devemos fazer um apelo à humanidade para que se reconcilie com DEUS. Nossa missão como Igreja descobre a sua razão de ser ao compartilhar, com um mundo moribundo, um DEUS cujo propósito é "ter um povo separado do meio de todos os povos".
A Epístola aos Efésios retrata uma Igreja que centraliza sua atenção nas missões. Acaba com qualquer tentativa de se conceber a missão da Igreja como um mero programa, ou seja: a ideia de que as missões nacionais e estrangeiras devem receber uma ênfase meramente simbólica, sem prioridade sobre números ou programas. Efésios retrata uma nova comunidade de pessoas que refletem o governo do seu Rei vitorioso em todos os aspectos do seu relacionamento. Essa comunidade não é deixada em dúvidas sobre o que seus membros podem e devem fazer (Ef 1.9,10). Estão unidos na identidade que o próprio Senhor JESUS dá à comunidade. Seu interesse primário é o único grande propósito: a continuação da missão reconciliadora de CRISTO, que a Igreja, revestida de poder, deve levar adiante.
Paulo ressalta o fato de que todas as nossas considerações a respeito da Igreja e de sua missão não são meras abstrações, nem simples assuntos a serem estudados ou debatidos. A Igreja é uma comunidade visível que reflete a missão de um DEUS reconciliador. A Igreja deve ser a "hermenêutica do Evangelho", o lugar onde as pessoas poderão ver o Evangelho retratado em cores vivas (2 Co 3.3). Como o Evangelho pode ser suficientemente fidedigno e poderoso a ponto de levar as pessoas a crerem que um homem pendurado na cruz realmente tem a derradeira palavra nos assuntos humanos? Sem dúvida, a única resposta, a única hermenêutica, é uma congregação que crê nisso e que vive à altura de sua fé (Fp 2.15,16). Isso quer dizer: somente uma igreja ativa na missão pode dar a razão adequada para a necessidade da reconciliação que o mundo está pedindo aos brados sem ter consciência disso.
A Primeira Epístola de Pedro faz da Igreja um tema de destaque. No segundo capítulo, Pedro cita livremente dois temas do Antigo Testamento e os aplica à Igreja. Nos vv. 9 e 10 refere-se aos textos de Deuteronômio e Êxodo que já receberam um breve estudo neste capítulo. A Igreja deve ser uma demonstração coletiva da reconciliação, ou seja: um sacerdócio real. A Igreja é um povo santo, separado para uma missão bem definida. Os crentes declaram as boas-novas de que DEUS os redimiu das trevas da autodestruição e do domínio de Satanás. Agora se acham na luz divina que revela a sua identidade e propósito como o povo de DEUS. Pedro, nesses versículos, sintetiza seu conceito da Igreja e de sua missão. A missão da Igreja baseia-se na missão de DEUS para reconciliar a humanidade consigo mesmo. A Igreja declara entre todos os povos o que DEUS tem feito em JESUS CRISTO. Pedro parece estar relembrando a admoestação do Salmo 96.3: "Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos, as suas maravilhas".
Claramente, o Novo Testamento retrata uma comunidade revestida pelo poder do ESPÍRITO a fim de continuar a missão divina da reconciliação. Com CRISTO e o ESPÍRITO, a Igreja já começou sua existência como o povo de DEUS, não somente tendo suas raízes no passado, mas também, e do modo mais importante, enfocando o futuro. Essa última dimensão dá um senso de confiança e de coragem ao povo de DEUS ao viver a koinõnia ("comunhão", "convívio", "parceria") do ESPÍRITO e ao dar poderoso testemunho das boas-novas de JESUS CRISTO ao mundo inteiro.


Poder para a Missão - sabedoria de DEUS
Para o cristão realmente entender o que ele realmente é, faz-se indispensável a afirmação de que a missão da reconciliação, revestida pelo poder do ESPÍRITO SANTO, fornece a essência de nossa identidade: Somos um povo vocacionado e revestido pelo poder do alto (At 1.8) para sermos cooperadores de CRISTO na sua missão redentora. A partir daí, o que significa ser um pentecostal está pelo menos parcialmente incorporado à avaliação da natureza e do resultado do batis­mo no ESPÍRITO SANTO conforme registrado em Atos 2. Os pentecostais têm afirmado historicamente que esse dom, prometido a todos os crentes, é o poder para a missão. Os pentecostais recebem esse nome, disse o missiólogo pentecostal Melvin Hodges, porque acreditam que o ESPÍRITO SANTO virá aos crentes nos tempos atuais assim como veio aos discípulos no Dia de Pentecostes. Um encontro desse tipo resulta na presença poderosa do ESPÍRITO que passa a assumir a liderança. O resultado também inclui manifestações evidentes do seu poder para redimir e para levar a efeito a missão de DEUS.

A Relevância do Pentecostalismo - sabedoria de DEUS
No Dia de Pentecostes, JESUS concedeu aos discípulos o dom do ESPÍRITO. O prometido derramamento do ESPÍRITO sobre os que o esperavam, deu-lhes a possibilidade de continuarem a fazer e a ensinar as coisas "que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar" (At 1.1,2). O dom do ESPÍRITO sugere que os crentes foram revestidos, no Dia de Pentecostes, com a mesma unção que JESUS recebera para executar a sua missão. O revestimento de poder infundiu confiança nos 120 e nos que iam sendo acrescentados diariamente à Igreja. Não seriam deixados a cumprir a tarefa por conta própria. O Pentecostes, portanto, fazia parte essencial de como a Igreja passou a compreender a si mesma e ao seu propósito. Dois mil anos mais tarde, o Pentecostes continua sendo vital para a Igreja compreender a si mesma. Devemos buscar sempre e continuamente mais esclarecimento a respeito. 
No Dia de Pentecostes, passou a existir uma comunidade carismática como a residência primária do governo de DEUS. Os crentes podiam ir adiante na sua declaração do Reino, porque o CRISTO reinante chegara a todos eles mediante o ESPÍRITO. Agora, passariam a ser testemunhas do governo de CRISTO, e ressaltariam com palavras e ações o caráter e o poder autorizados do Rei. "O Pentecostes é DEUS quem se oferece a si mesmo, de modo totalmente adequado aos seus filhos, sendo que isso foi possibilitado pela obra redentora do seu Filho JESUS CRISTO. O Pentecostes é a chamada de DEUS aos seus filhos para serem purificados interiormente, e para serem revestidos de poder para testemunhar". A vinda do ESPÍRITO foi a primeira prestação do Reino e testemunha da realidade deste. Foi, também, testemunha da continuação da missão redentora de DEUS, que é levada adiante até "às regiões além" com fervor incansável, obra esta que é sustentada pela distribuição dos dons. 
Conforme foi declarado antes, o Pentecostes é crucial para os pentecostais entenderem a sua existência. Não somente é um evento de relevância na História da Salvação, como também fornece implicações profundas para um debate sobre a Igreja e sua missão. Esse dom está vinculado à formação da missão da Igreja para proclamar as boas-novas, e também à sua missão para criar padrões de testemunho de vidas transformadas. 

O Modo de Lucas Entender a Missão - sabedoria de DEUS
O modo de Lucas elaborar essa conexão crucial entre o batismo no ESPÍRITO e a eficácia da missão da Igreja pode ser visto no mútuo relacionamento de pelo menos três textos em Lucas e Atos. Lucas 24-49 oferece uma perspectiva missionária no seu enfoque da necessidade de poder para a tarefa que a Igreja tem diante de si: "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". O tema de revestimento de poder para a missão é retomado em Atos 1.8, onde JESUS, imediatamente antes de subir ao Pai, reafirma aos discípulos: "Mas recebereis o poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra". Essa promessa foi cumprida no Dia de Pentecostes, conforme se vê registrado em Atos 2. O batismo no ESPÍRITO SANTO, com sua manifestação confirmatória exterior do falar noutras línguas, é vital para o cumprimento da promessa que aparece em todos esses textos.
As palavras inspiradas de Pedro que seguiram o derramamento pentecostal demonstram que ele recebeu um esclarecimento relevante da missão que CRISTO veio introduzir. Falando pelo ESPÍRITO, Pedro identificou as implicações apostólicas na profecia do antigo profeta Joel. O apóstolo viu clara­mente a vinda do ESPÍRITO no Dia de Pentecostes como uma confirmação de que já tinham chegado os "últimos dias" (At 2.14-21). Isto quer dizer que a Era da Igreja, a era do ESPÍRITO, é a última era antes da volta de CRISTO para estabelecer seu reino na terra. Não haverá nenhuma outra era antes do Milênio. Pedro explicou, ainda, que a vinda do ESPÍRITO deixou claro que a obra de CRISTO era vitoriosa, e que sua posição como Senhor e CRISTO era garantida (At 2.34-36). 
Pedro passou, então, a experimentar um resultado surpreendente do revestimento de poder mediante o batismo no ESPÍRITO: tornou-se porta-voz do ESPÍRITO SANTO para proclamar as boas-novas do perdão mediante JESUS CRISTO, e fez um apelo aos ouvintes para que se reconciliassem com DEUS. Ao mesmo tempo, Pedro levou os ouvintes a entender que uma resposta obediente à mensagem da reconciliação resulta em sua imediata integração à comunidade que demonstra vividamente, através de uma nova ordem redentora, o que significa ser reconciliado com DEUS (At 2.37-40). O restante do capítulo dois oferece um pequeno relance da primeira igreja. Vemos como os crentes procuravam concretizar a chamada envolvida no batismo pentecostal para serem uma comunidade nascida do ESPÍRITO e comissionada a testemunhar por meio do ESPÍRITO de CRISTO.
Uma teologia pentecostal da missão da Igreja deve levar a sério o fato de o batismo no ESPÍRITO ser uma promessa cumprida. A linha de argumento seguida pela totalidade de Atos dos Apóstolos demonstra a natureza do papel do ESPÍRITO no plano de DEUS para a redenção. A estrutura em Atos demonstra que esse revestimento de poder tem a intenção de levar o povo de DEUS a atravessar terrenos geográficos e culturais com as boas-novas do Evangelho. A Igreja irrompe da miopia do povo de DEUS no Antigo Testamento, e começa a refletir a natureza universal do plano eterno de DEUS para a redenção. 
O revestimento do poder pentecostal possibilita as várias expressões de ministério que aparecem em Atos. O ESPÍRITO SANTO é o dirigente da missão. Não somente o ESPÍRITO capacita as pessoas a testemunhar, como também dirige quando e onde esse testemunho deve ser dado.
Vastas fronteiras culturais foram atravessadas quando o Evangelho avançou além das fronteiras de Jerusalém (At 8). Os cristãos que saíram de Jerusalém proclamavam o Evangelho "por toda parte" (v. 4). Os vv. 5-8 registram como Filipe anunciou o Evangelho aos samaritanos, bem como os poderosos encontros resultantes em que o Evangelho triunfou e trouxe "grande alegria".
Atos 10 demonstra como a Igreja foi levada a reconhecer que os gentios deviam ser incluídos no Reino de DEUS. A Igreja deve abranger todos os povos, e dar testemunho ativo do fato de que o Evangelho é para todas as nações. A visitação angelical e os sonhos também parecem indicar que o sobrenatural pode, na realidade, ter sido bem normal nesse plano de DEUS para a redenção, conforme Ele o tornava conhecido aos gentios.
Atos 11.19-26 revela que numerosos gentios foram acolhidos na igreja em Antioquia. Barnabé foi designado a ajudá-los, e avaliou essa igreja crescente como legítima. O resultado foi uma autêntica igreja multicultural que concretizava dois fatos: o Evangelho devia ser pregado com poder até aos "confins da terra", e aqueles que o ouviam deviam corresponder com uma mudança genuína na maneira de viver e nos seus mútuos relacionamentos. O fato de que "em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (v. 26), demonstra que outras pessoas reconheciam tal transformação em suas vidas.
Esse testemunho incomparável do movimento poderoso do Evangelho através das fronteiras culturais e geográficas produziu muito fruto quando Antioquia veio a tornar-se uma igreja internacional, multicultural e missionária. Atos 13.2,3 registra seu processo de selecionamento e confirmação, quando enviou seus primeiros missionários, Paulo e Barnabé. Atos 13.4 demonstra que o ESPÍRITO SANTO, além de instigar a igreja em Antioquia a enviar esses missionários, também lhes determinou os alvos a serem alcançados. Semelhantes atividades missionárias, guiadas pelo ESPÍRITO SANTO, continuavam a avançar em círculos cada vez maiores, ultrapassando barreiras culturais. Atos 15 narra a orientação do ESPÍRITO SANTO no sentido de afirmar que o Evangelho de CRISTO abrange a todos, e que não é exclusivamente judaico. A decisão da conferência em Jerusalém, orientada pelo ESPÍRITO, levou Paulo, Barnabé e outros a atravessar barreiras ainda maiores.
Nos capítulos subsequentes de Atos dos Apóstolos, Lucas continua seu mapeamento do plano redentor de DEUS, levado a efeito pelo ESPÍRITO SANTO através dos homens revestidos pelo seu poder. Lucas enfatiza com clareza o fato de que esses apóstolos e crentes, descritos em Atos dos Apóstolos, recebiam poder e orientação do ESPÍRITO de modo bem semelhante a JESUS quando de seu ministério terreno. 
A maneira de Lucas tirar um paralelo entre o batismo no ESPÍRITO SANTO e o revestimento de poder para a missão da Igreja pode ser resumida de modo sucinto: "A glossolalia, como parte integrante da experiência do batismo no ESPÍRITO em Atos 2, representava uma participação verbal no revestimento do poder do ESPÍRITO e... no poder criador do ESPÍRITO para dar início à ordem de vida redentora de CRISTO JESUS". 
Em Atos 10 e 19, essa experiência também é mencionada explicitamente, e é subentendida em vários outros casos (At 4 e At 8). Faz parte crucial da teologia de Atos ligar o falar noutras línguas ao poder do ESPÍRITO para admitir uma pessoa e um grupo como testemunhas, participando individual e coletivamente na missão redentora de JESUS CRISTO.
Em Atos 11.17 e 15.8, Pedro relata o fato de que a inclusão dos gentios na comunidade redentora está ligada a uma experiência comum no batismo no ESPÍRITO. Quando declara que DEUS "lhes deu testemunho, dando-lhes o ESPÍRITO SANTO, assim como também a nós" (15.8), coloca categoricamente o batismo no ESPÍRITO dentro da intenção do derramamento no Dia do Pentecostes. Em essência, diz a todos aqueles que ouvem a narração daquele dia tão importante na casa de Cornélio, que o batismo no ESPÍRITO SANTO com a evidência do falar noutras línguas é parte integrante daquele encontro espiritual com DEUS. Esse encontro assinala claramente o senhorio de CRISTO: Ele está no comando de tudo. Evidencia a sua autoridade ao criar em" nós uma nova língua, demonstrando, assim, que Ele não somente é o Criador como também o Recriador. Ele é o DEUS que está incorporando alguns de cada tribo e língua e povo e nação no seu reino, e as portas do Hades não poderão prevalecer contra semelhante esforço (Mt 16.18; Ap 5.9). O mesmo encontro com JESUS CRISTO, hoje, dá-nos poder para testemunhar da mensagem do Reino, e para participar de modo criativo da comunidade da redenção que conclama o mundo a reconciliar-se com DEUS (2 Co 5.20). 
Concluindo: várias questões devem ser reiteradas no tocante à importância do Pentecoste para o desenvolvimento de uma teologia da Igreja e de missões. A conexão entre o batismo no ESPÍRITO dado no Dia de Pentecostes e nosso entendimento e implementação da missão da Igreja é estreita e intrínseca. "O Pentecoste significa que a vida eterna e sobrenatural do próprio DEUS transbordou sobre a Igreja, e que o mesmo DEUS, no seu ser e poder, estava presente no seu meio". 
O revestimento de poder, que está presente no batismo no ESPÍRITO SANTO, visa levar o povo de DEUS a atravessar fronteiras geográficas e culturais com as boas-novas do Evangelho. "A missão da Igreja é a continuação da missão de JESUS CRISTO". Assim como o ESPÍRITO SANTO foi dado a JESUS para o cumprimento de sua missão (Lc 3.22), assim também o ESPÍRITO é dado aos seus discípulos (At 1.8; 2.4) para continuar essa mesma missão (de reconciliação) - e isso de modo carismático. 


Quando o ESPÍRITO SANTO vem sobre nós, e nos usa como seus instrumentos, esse é o poder que convence homens e mulheres e os leva a ver que servir a JESUS CRISTO é a realidade.
O ESPÍRITO SANTO é poder com DEUS e com os homens. 
A Fé Apostólica, uma publicação da Missão da Rua Azusa, demonstra repetidamente que os primeiros líderes pentecostais consideravam o derramamento do ESPÍRITO SANTO um cumprimento da profecia de Joel 2 e, consequentemente, um motivo ainda maior para o envolvimento nos esforços missionários globais. Escreveram: "O Pentecoste certamente chegou até nós, acompanhado pelas evidências bíblicas... O verdadeiro reavivamento está apenas no início... deitando os alicerces para um poderoso vagalhão de salvação entre os inconversos". 
É digno de nota que o batismo no ESPÍRITO SANTO, com a evidência de falar noutras línguas, tenha sido a experiência de incontáveis pessoas durante a manifestação soberana de DEUS no começo deste século. E embora muitos críticos tenham chamado o Pentecostalismo de "movimento das línguas", os primeiros líderes, tais como William Seymour, deixaram bem claro que havia algo de maior relevância nesse avanço gracioso de DEUS.
J. Roswell Flower, escrevendo em 1908, resumiu assim o significado do batismo no ESPÍRITO e seu impacto sobre a Igreja e sua missão:
O batismo no ESPÍRITO SANTO não consiste simplesmente no falar em línguas. Tem um significado muito mais grandioso e profundo. Enche a nossa alma do amor de DEUS pela humanidade perdida.
Quando o ESPÍRITO SANTO entra em nosso coração, o espírito missionário entra junto; são inseparáveis entre si.... Levar o Evangelho às almas famintas deste país e dos demais não passa do resultado natural de ser batizado no ESPÍRITO SANTO.

A missão da Igreja é "realmente uma continuação da missão divina da reconciliação. A missão de DEUS sempre foi suscitar um povo para refletir a sua glória (inclusive seu caráter e sua presença). A revelação que DEUS faz de si mesmo sempre envolve seus esforços para reconciliar a humanidade consigo mesmo. JESUS é o quadro mais nítido de DEUS e de sua missão. Com a sua vida, morte e ressurreição, vemos vitoriosamente completados todos os fatores necessários para se redimir a humanidade e para se restaurar a comunhão com DEUS. A declaração dessas boas-novas foi iniciada na proclamação e ministério de JESUS CRISTO. O Pentecoste garante-nos que a missão de CRISTO permanece intacta. 
A proclamação de CRISTO e de sua oferta de salvação não é apenas uma afirmação para provocar meditação e diálogo - exige uma decisão (Mt 18.3). E uma exigência além de ser um convite para juntar-se ao povo de DEUS, que agora desfruta das gloriosas riquezas de CRISTO JESUS" (Fp 4.19). E, também, uma chamada para sermos totalmente dedicados a DEUS e à humanidade. Deve haver urgência na proclamação desse evangelho, e uma disposição pela Igreja para conclamar ao arrependimento e à obediência à Palavra de DEUS.
A Igreja, cheia do ESPÍRITO de DEUS, pode crescer de modo criativo e agir com compaixão através do serviço (inspirado pelo coração reconciliador de DEUS) de "um destes pequeninos". O poder de DEUS para a nossa transformação reúne-nos em comunidades que refletem coletivamente a reconciliação com DEUS (1 Co 12.13; 2 Co 5.17-20). Essas comunidades revestidas de poder não devem se restringir a determinadas pessoas, porque DEUS já identificou com clareza o objeto de seu amor (Lc 4.18,19). Temos de imitar o nosso Supremo Comandante, que busca os que estão amarrados pelo pecado, mantidos cativos pelo diabo. O ESPÍRITO deseja dar ao seu povo poder para penetrar com ousadia nas arenas do desespero e da destruição, para que não nos tornemos uma Igreja do tipo censurada pelo profeta Amós - um povo com uma religião ritualizada, sem compaixão e sem conteúdo ético. Para o bem do nosso testemunho, precisamos esquecer-nos dos nossos direitos, ser humildes e perdoadores no meio da perseguição, e "estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência" (1 Pe3.15,16).


O tempo está curto; a vinda do Senhor está próxima; as oportunidades para se exercer o evangelismo não durarão muito.
Graças a DEUS, porque Ele está derramando poderosamente o seu ESPÍRITO nestes últimos dias.
O fogo continua ardendo... e arderá até àquele dia alegre em que o Senhor JESUS CRISTO descerá do Céu, e levará a sua Igreja para estar com Ele para sempre.
 
 
 
LUZ -  אור ’owr
1) luz
1a) luz do dia
1b) luminosidade das luminárias celestes (lua, sol, estrelas)
1c) raiar do dia, alvorada, aurora
1d) luz do dia
1e) relâmpago
1f) luz de lâmparina
1g) luz da vida
1h) luz da prosperidade
1i) luz da instrução
1j) luz da face (fig.)
1k) Javé como a luz de Israel
 
 
LUZ - NT - φως phos - GREGO
1a) luz
1a1) emitida por uma lâmpada
1a2) um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
1b) qualquer coisa que emite luz
1b1) estrela
1b2) fogo porque brilha e espalha luz
1b3) lâmpada ou tocha
1c) luz, i.e, brilho
1c1) de uma lâmpada
2) metáf.
2a) DEUS é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
2b) da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
2c) aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
2d) razão, mente
2d1) o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual
 
 
Salmos 119.105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
A Origem da Luz - Dicionário Bíblico Wycliffe
As primeiras palavras registradas de DEUS foram “Haja luz״ (Gn 1.3). Assim, a luz começou a existir por causa de uma ordem direta de DEUS. Ela foi considerada “boa”, foi separada da escuridão, e foi chamada “dia” (Gn 1.4,5).
Devemos observar que a luz existia antes da criação das fontes de luz do sol, da lua e das estrelas no quarto dia (Gn 1.14-19). “Possivelmente, alguma coisa semelhante à difundida atividade eletromagnética da aurora boreal penetrou na noite caótica do mundo. O supremo foco de luz dos sóis, estrelas e sistemas solares levaram o processo inicial da criação ao seu término, como condição essencial a toda vida orgânica” (ISBE, III, 1891).
E bastante significativo que DEUS, que é luz (1 Jo 1.5) tenha iniciado seu projeto da criação com a luz. Antes de sua ordem, a terra não tinha forma (Gn 1.2), e o ato de produzir luz formou uma associação direta e pessoal entre o Criador e sua criação. Paralelos a estas atitudes podem ser notados na direta associação de DEUS com os israelitas, quando Ele os conduziu por uma coluna de fogo (Êx 13.21,22); e pela manifestação da glória Ja presença de DEUS, quando o Tabernáculo (Ex 40.34-38) e também o Templo de Salomão (1 Rs 8.11; 2 Cr 5.13,14) ficaram prontos.
A plena associação de DEUS com sua criação teve início quando a Segunda Pessoa da Trindade, a luz do mundo (Jo 3.19; 8.12) se fez carne e habitou entre nós. Devemos notar ainda que na nova criação não houve necessidade da luz das velas, da lua, ou do sol (Ap 22.5; 21.23), “porque a glória de DEUS a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada [literalmente, lâmpada ou fonte de luz]” (Ap 21.23; cf. Is 60.19,20).
Palavras Traduzidas como "Luz”
A versão KJV em inglês traduz o termo “luz”, com o sentido de iluminar, a partir de 12 palavras hebraicas (cinco raízes diferentes), e seis palavras gregas (quatro raízes diferentes). A palavra hebraica mais comum é ’or, traduzida 108 vezes como "luz” em todo o AT. Ela ocorre 28 vezes em Jó, 23 vezes em Isaías e 18 vezes nos Salmos, sendo que todas as outras ocorrências estão espalhadas pelos outros 17 livros do AT. A segunda palavra hebraica mais comum traduzida como “luz” é mct'or (a mesma raiz de ’or), que literalmente significa “fonte de luz” e ocorre 17 vezes, 11 em Gênesis e Êxodo, Todas as outras palavras hebraicas traduzidas como “luz” ocorrem apenas 14 vezes.
A palavra grega mais comum é phos, traduzida como “luz” 64 vezes, e encontrada ao longo de todo o NT. Ela ocorre mais frequentemente nos escritos de João (23 vezes no evangelho e 5 vezes na primeira epístola), e no livro de Atos (10 vezes). A segunda palavra grega mais comum é lychnos, que significa “lâmpada” ou “fonte de luz”, e que ocorre 6 vezes. As outras 4 palavras gregas foram traduzidas apenas 8 vezes como “luz”.
Usos Bíblicos da Palavra “Luz”
O conceito de luz foi usado literal e metaforicamente nas Escrituras. No AT seu emprego é quase igual, mas no NT o uso metafórico supera o literal na proporção de quatro para um. Além desses dois usos, existem outros exemplos distintamente milagrosos dessa palavra.
Uso literal no AT. A palavra luz é usada (1) para a primeira luminescência criada por DEUS (Gn 1.3-5); (2) para as fontes de luz, sol, lua e estrelas (Gn 1.14-16); (3) para a alva (Jó 7.4); (4) para a luz do sol, da lua e das estrelas (1 Sm 14.36; Is 30.26; Ez 32.7; Ec 12.2); (5) para a lyz do fogo (Is 50.11); (6) para as lâmpadas (Ex 25.6; Lv 24.2); e (7) para o relâmpago (Jó 36.32).
Uso literal no NT. No NT a palavra luz é usada (1) para a primeira luminescência criada por DEUS (2 Co 4.6; cf. Tg 1.17); (2) para as lâmpadas (At 20.8; 2 Pe 1.19; Ap 18.23); (3) para a luz do dia (Jo 11.9; Ap 22.51; (4) para aquilo que é iluminado pela luz (Ef 5.14); e (5) em um sentido semi-literal para os olhos como órgãos da luz (Mt 6.22.23; Lc 11.34,35).
Uso metafórico no AT. Em um sentido figurado ou simbólico, a palavra luz foi usada no AT como uma imagem de boa sorte ou prosperidade (Jó 22.28; Et 8.16); (2) da própria vida (Jó 3.16,20; Sl 56.3); (3) da doutrina ou instrução (Is 2.5; 49.6; 51.4); (4) da liderança de DEUS (Jó 29.3; Sl 112.4; Is 58.10); (5) do poder iluminador das Escrituras (Sl 119.105); (6) da sabedoria (Dn 2.22; 5.11,14); (7) da alegria e serenidade (Jó 29.24); (8) do favor mostrado por DEUS, pelo rei, ou por alguma pessoa influente (Sl 4.6; Pv 16.15); (9) da progênie (1 Rs 11.36; 2 Rs 8.19; 2 Cr 21.7); e provavelmente (10) da glória de um indivíduo (2 Sm 21.17).
Uso metafórico no NT. Metaforicamente, a palavra luz foi usada no NT: (1) para a natureza de DEUS (1 Jo 1.5); (2) para a glória da morada de DEUS (1 Tm 6.16; cf. Sl 104.2); (3) para JESUS CRISTO como aquele que ilumina os homens (Jo 1.4,5,9; 3.19; 8.12); (4) para o evangelho da salvação (Mt 4.16; At 26.18; Cl 1.12; 1 Pe 2.9; 2 Co 4.4,6); (5) para a verdade que deve ser obedecida (1 Jo 1.7; Jo 12.36; Ef 5.8; Rm 13.12; 1 Jo 2.9,10); e, (6) para aqueles que são portadores da verdade (Mt 5.14,16; At 13.47; Jo 5.35; Fp 2.15; cf. Rm 2.19).
Exemplos da luz miraculosa. As Escrituras registram vários exemplos de luz em um sentido miraculoso; (1) Os israelitas tinham luz em suas casas, enquanto os egípcios estavam em densas trevas (Ex 10.21-23); (2) a “coluna de fogo” que guiava os israelitas à noite (Êx 13.21; 14.20; Sl 78.14); (3) o brilho sobrenatural das vestes de CRISTO em sua transfiguração (Mt 17.2); e, (4) a luz que era mais brilhante que o meio-dia no episódio da conversão de Paulo (At 9.3; 22.6; 26.13).
As implicações de cada um desses exemplos são, claramente, a imediata presença e glória de DEUS.
O Contraste entre a Luz e as Trevas
Um rápido estudo de concordância irá demonstrar quantas vezes foram empregados os conceitos de luz e escuridão (q.v.) sob a forma de contraste. Ao longo de toda a Bíblia, pode-se notar um dualismo ético modificado entre a luz e as trevas, isto é, entre o bem e o mal. Luz e trevas têm sido mutuamente excludentes desde a criação quando DEUS “fez separação entre a luz e as trevas” (Gn 1.4,5,18; 2 Co 4.6). No mesmo grau em que a luz está presente, a escuridão é dissipada ou reprimida. Embora esse contraste seja empregado em sentido literal (Ec 2.13; Sl 139.12; 2 Co 4.6a), na maioria das vezes, o sentido é metafórico. “Trevas são símbolo e condição universal de pecado e morte, e luz é símbolo e expressão de santidade” (ISBE, III, 1891). 
Quando aprendemos que “DEUS é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1.5) entendemos, figuradamente, que DEUS é totalmente bom, sem nenhum sinal do mal. A frase “Eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas” (Jó 29,3) deve ser entendida como uma vida guiada e protegida através de momentos difíceis e ruins (cf. Is 42.16). Aqueles que “fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade" (Is 5.20), são os homens que chamam o mal de bem e o bem de mal. O dia do juízo está representado como um momento de trevas do qual o indivíduo será restaurado à luz (Am 5.18; Mq 7.8).
Da mesma forma, no NT os nomes são representados nas trevas do desespero e da morte, e a estes é oferecida a luz da esperança (Mt 4.16. 2 Pe 1.19; Jo 1.5). E embora os nomes amem as trevas da iniquidade, e não a luz da verdade em JESUS CRISTO (Jo 3.19,20), e embora eles resistam à luz, as trevas não podem extingui-la (Jo 1.5). Os homens são exortados a caminhar enquanto existe luz, para não serem dominados pelas trevas (Jo
12.35). Os crentes são chamados de “filhos da luz” que não são “da noite nem das trevas” (1 Ts 5.5; cf. Cl 1.13). Aqueles que foram chamados “das trevas para a... maravilhosa luz” (1 Pe 2.9), devem “andar na luz” (responder à verdade) (1 Jo 1.7), e aqueles que “não praticam a verdade” são aqueles que *andam em trevas” (1 Jo 1.6; cf. Lc 11.35).
Os cientes são exortados a serem cuidadosos em suas associações com aqueles que rejeitam a verdade, “porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14). As vezes, isso pode ser difícil de perceber, pois Satanás, o príncipe das trevas deste século (Ef 6.12), “se transfigura em anjo [mensageiro] de luz [verdade]* (2 Co 11.14). Contudo, o dever do cristão é muito claro - vestir-se das “armas da luz” (Rm 13.12; cf. Ef 6.14). Os cristãos devem resplandecer “como astros no mundo” (Fp 2.15; cf. Mt 5.14); eles devem levar os homens “das trevas” à “luz” (Act 26.18; cf. 2 Co 4.4).
A Luz como Símbolo nos Escritos de João
Entre todos os autores do evangelho, João foi aquele que mais usou símbolos, e a luz é o principal deles.
Não deixa de ter algum significado o fato de seu evangelho, que se inicia com a frase “no princípio”, estar fazendo eco ao livro de Gênesis para a vinda da luz. Provavelmente, João está refletindo seu passado judaico e helenista nessa extensa referência à luz, embora não seja necessário identificar esse conceito com o misticismo helenista, no qual a luz está identificada com DEUS. João, ao contrário, parece ter sido influenciado por algumas idéias e linguagens da seita de Qumran, talvez por meio de João Batista, que deve ter conhecido os ensinos desses sectários. Dessa forma, o apóstolo João pode ser considerado devedor da comunidade do mar Morto pela forma particular como dá expressão à idéia da luta entre a luz e as trevas (Morris, Studies in the Fourth Gospel, pp. 321-358; veja Rolos do Mar Morto; João, Evangelho de).
Com uma única exceção (Jo 5.35, lychnos, uma lâmpada, referindo-se a João Batista), a palavra empregada por João para *luz* é phos, que significa brilho ou esplendor. Ela ocorre 23 vezes ao longo dos primeiros 12 capítulos do evangelho. Apenas uma vez (11.9) ela se refere clara mente à luz física. Em outro caso, ela se refere àqueles que responderam à verdade (12.36, “filhos da luz”, cf. 1 Jo 1.7; 2.8-10). As outras 21 vezes estão diretamente relacionadas com o Senhor JESUS CRISTO, ou com a verdade que Ele trouxe.
JESUS é a “luz verdadeira” (Jo 1.9), a verdadeira revelação de DEUS, Como tal, Ele difere de todos os outros homens, mesmo de alguém tão grande como João Batista (1.7,8; cf. 5.35). Ele veio como “a luz dos homens״ (1.4) e como a “luz do mundo” (8.12; 9.5; 12.46). Na tradição rabínica, a frase *luz do mundo* foi aplicada à Torá e ao Templo, e não chega a ser um apelo à Divindade. Mas, para João ela deixa claro que CRISTO é a verdadeira luz, a suprema realidade. Como a luz que *resplandece nas trevas” (1.51 Ele veio para todos os homens (1.9; cf. 12.36), porém muitos rejeitaram a luz porque ela expunha a iniquidade que praticavam (3.19-21). Para aqueles que o aceitam, o Senhor torna-se a “luz da vida” (8.12; cf. 12.36). Aqueles que o rejeitam perdem o propósito e a verdade, pois andam nas trevas (11.10; 12.35).
E mais que coincidência a última ocorrência da palavra “luz”, no evangelho de João, estar no final do capítulo 12, pois é nesse ponto que a oferta de JESUS de si mesmo ao mundo chega à sua conclusão. A partir do capítulo 13, o ministério de JESUS é dirigido aos seus discípulos, para a sua instrução particular. Qual seria o propósito de mais luz para o mundo quando a luz que já havia sido concedida fora rejeitada?
Para o crente, como o aparecimento da luz é uma exibição do amor de DEUS, a verdadeira vida na luz envolve a obediência aos mandamentos do Senhor JESUS, especialmente quanto a amar os irmãos (1 Jo 2.8-11) e praticar a verdade (1 Jo 1.6,7).
JESUS CRISTO Como a Luz
Foi profetizado que o Messias seria a “luz dos gentios” (Is 42.6; 49.6), e o velho Simeão viu em JESUS CRISTO o cumprimento desta profecia (Lc 2.32). Como a aurora ou o sol nascente, Ele viría “para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte” (Lc 1.78,79). O verbo eterno (Jo 1.1-3) que ordenou “Haja luz” (Gn 1.3; cf. Cl 1.16), se tornou o “resplendor da sua glória” (Hb 1.3), “a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo” (Jo 1.9). Ele referiu-se a si mesmo como a “luz do mundo” (Jo 8,12; 9.5; 12.46). Isaías havia profetizado; “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz” (Is 9.1,2); e, quando o Senhor JESUS começou a pregar na Galileia, Ele estava cumprindo essa profecia (Mt 4,12-16). No momento de sua transfiguração, a glória visível de DEUS, escondida sob a baixeza da carne, irrompeu para algumas testemunhas escolhidas. Sua face brilhou, e suas vestes resplandeciam como a luz (Mt 17.1,2). Esse era o prenúncio de seu estado de ascensão e ressurreição. Na gloriosa ressurreição de seu corpo, Ele apareceu a Paulo em uma luz brilhante (Act 9.3; 22.6; 26.13) e a João em uma visão (Ap 1.12-18).
A principal revelação de JESUS CRISTO como a luz do mundo foi pela demonstração de suas obras e palavras. Aqui, a cura dos cegos tem uma importância particular, como a demonstração de sua capacidade e desejo de curar a grande cegueira espiritual dos homens (Mc 8.22-26; Jo 9.5; cf. Jo 8.12; 12,46). “Ao invés das intermitentes manifestações de luz celestial, característica de uma velha eternidade onde a luz e a escuridão alternam-se, como na ordem natural, a luz agora está permanentemente presente em JESUS CRISTO” (IDB, III, 132), Mas, no confronto entre a luz e as trevas (Jo 3,19), os homens rejeitaram essa luz de modo que, no momento de ser preso, o Senhor JESUS disse: “... essa é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc 22.53). Mas o poder das trevas não podia conter sua pessoa, e Ele ressurgiu dos mortos para “anunciar a luz a este povo e aos gentios” (At 26,23). Esta luz continua presente ainda hoje nos evangelho “Porque DEUS, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de DEUS, na face de JESUS CRISTO” (2 Co 4.6; cf. 4.4,5; Ef 5.13-14). A vinda de CRISTO trouxe o raiar de um novo dia que nunca será sucedido pela noite (Ap 21.23; 22,5). Veja JESUS CRISTO.
Bibliografia. J, A. MacCulloch, et ai, “Light and Darkness”, HERE, VIII, 47-66. Leon Morris, Studies in the Fourth Gospel, Grand Rapids, Eerdmans, 1969. O. A. Piper, “Light, Ligkt and Darkness", IDB, III, 130-132. Dwight M. Pratt, ״Light”, ISBE, III, 1890-92. H. D. F.
 

SABEDORIA -  שכל sakal
uma raiz primitiva; DITAT - 2263,2264; v.
1) ser prudente, ser cauteloso, compreender sabiamente, prosperar
1a) (Qal) ser prudente, ser cauteloso
1b) (Hifil)
1b1) olhar para, discernir
1b2) dar atenção a, considerar, ponderar, ser prudente
1b3) ter discernimento, ter entendimento
1b3a) discernimento, compreensão (substantivo)
1b4) levar a considerar, dar entendimento, ensinar
1b4a) os mestres, o sábio
1b5) agir com cautela, agir com prudência, agir com sabedoria
1b6) prosperar, ter sucesso
1b7) fazer prosperar
 
 
Romanos 11: 33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de DEUS! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
 
SABEDORIA - NT - σοφια sophia - GREGO
1) sabedoria, inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre diversos assuntos
1a) a sabedoria que pertence aos homens
1a1) espec. conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela sutileza e experiência, e sumarizado em máximas e provérbios
1a2) a ciência e o conhecimento
1a3) o ato de interpretar sonhos e de sempre dar os conselhos mais sábios
1a4) inteligência evidenciada em descobrir o sentido de algum número misterioso ou visão
1a5) habilidade na administração dos negócios
1a6) seriedade e prudência adequada na relação com pessoas que não são discípulos de CRISTO, habilidade e discrição em transmitir a verdade cristã
1a7) conhecimento e prática dos requisitos para vida devota e justa
1b) inteligência suprema, assim como a que pertence a DEUS
1b1) a CRISTO
1b2) sabedoria de DEUS que se evidencia no planejamento e execução dos seus planos na formação e governo do mundo e nas escrituras
 
 
 
PRUDÊNCIA -  שכל sakal
1) ser prudente, ser cauteloso, compreender sabiamente, prosperar
1a) (Qal) ser prudente, ser cauteloso
1b) (Hifil)
1b1) olhar para, discernir
1b2) dar atenção a, considerar, ponderar, ser prudente
1b3) ter discernimento, ter entendimento
1b3a) discernimento, compreensão (substantivo)
1b4) levar a considerar, dar entendimento, ensinar
1b4a) os mestres, o sábio
1b5) agir com cautela, agir com prudência, agir com sabedoria
1b6) prosperar, ter sucesso
1b7) fazer prosperar
 ערמה Ìormah
1) astúcia, esperteza, prudência
 
 
 בינת biynah ou (plural) בינות
1) compreensão, discernimento
1a) ato
1b) faculdade
1c) objeto
1d) personificado
 
 
 שכל sekel ou שׁכל sekel
1) prudência, discernimento, entendimento
1a) prudência, bom senso
1b) discernimento, entendimento
1c) astúcia, estratagema (sentido negativo)
 
 
PRUDÊNCIA - NT - φρονησις phronesis - GREGO
1) entendimento
2) conhecimento e amor à vontade de DEUS.
 
σωφρονισμος sophronismos
1) admoestação ou chamado à estabilidade de mente, à moderação e autocontrole
2) autocontrole, moderação
 

PALAVRA-CHAVE - Guia
GUIAR -  נחה - nachah
1) liderar, guiar
1a) (Qal) liderar, trazer
1b) (Hifil) liderar, guiar
 
 ילך yalak
1) ir, andar, vir
1a) (Qal)
1a1) ir, andar, vir, partir, prosseguir, mover, ir embora
1a2) morrer, viver, maneira de viver (fig.)
1b) (Hifil) guiar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar
 
נהג nahag
1) levar, liderar, guiar, conduzir
1a) (Qal)
1a1) levar, dirigir, afugentar, conduzir
1a2) comportar-se (fig.) (referindo-se ao coração)
1b) (Piel)
1b1) afugentar, conduzir para longe
1b2) levar, guiar, conduzir
1b3) fazer guiar
2) (Piel) gemer, lamentar
 
GUIAR -NT - ηγεομαι hegeomai - GREGO
1) conduzir
1a) ir a diante
1b) ser um líder
1b1) governar, comandar
1b2) ter autoridade sobre
1b3) um príncipe, de poder real, governador, vice-rei, chefe, líder no que diz respeito à influência, que controla em conselho, supervisor ou líder das igrejas
1b4) usado para qualquer tipo de líder, chefe, comandante
1b5) o líder no discurso, chefe, porta-voz
2) considerar, julgar, ter em conta, conceber
 
 
Resumo da Lição 6, A Bíblia como um Guia para a Vida
I – A BÍBLIA É UM ALICERCE PARA A VIDA
1. A Palavra de DEUS é alicerce.
2. A Palavra de DEUS é luz.
3. A Palavra de DEUS é imutável.
II – A BÍBLIA NOS TORNA PESSOAS SÁBIAS
1. O conceito de sabedoria.
2. DEUS é a fonte da sabedoria.
3. O temor é o princípio da sabedoria.
4. Os benefícios da sabedoria.
III – A BÍBLIA E A PRUDÊNCIA PARA A VIDA
1. O conceito de prudência.
2. A prudência dos justos.
3. Os benefícios da prudência.
 
 
A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS - A BIBLIA ATRAVÉS DOS SÉCULOS - ANTÔNIO GILBERTO
Isto está implícito em Salmo 119.130; Isaías 34.16; 2 Ti­móteo 2.15; 1 Pedro 3.15, e nos conduz a dois pontos de suma importância: a) porque devemos estudar a Bíblia, e b) como devemos estudar a Bíblia.
Estudar é mais que ler; é aplicar a mente a um assunto, de modo sistemático e constante.
1. Porque devemos estudar a Bíblia
a. Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor.
O crente foi salvo para servir ao Se­nhor (Ef 2.10; 1 Pe 2.9). Sendo a Bíblia o livro texto do cristão, é importante que ele a maneje bem, para o fiel de­sempenho de sua missão (2 Tm 2.15). Um bom profissional sabe empregar com eficiência as ferramentas de seu ofício. Essa eficiência não é automática: vem pelo estudo e práti­ca. Assim deve ser o crente com relação ao seu manual - a Bíblia. Entre as promessas de DEUS nesse sentido, temos uma muito maravilhosa em Isaías 55.11. DEUS declara aí que sua Palavra não voltará vazia. Portanto, quando al­guém toma tempo para estudar com propósito a Palavra de DEUS, o efeito será glorioso quanto à edificação espiri­tual e ao engrandecimento do reino de DEUS.
b. Ela alimenta nossas almas (Jr 15.16; Mt 4.4; 1 Pe 2.2).
Não há dúvida de que o estudo da Palavra de DEUS traz nutrição e crescimento espiritual. Ela é tão indispen­sável à alma, como o pão ao corpo. Nas passagens acima, ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de 1 Pedro 2.2 fala do intenso apetite dos recém-nascidos; assim deve ser o nosso desejo pela Palavra. Bom apetite pela Bíblia é si­nal de saúde espiritual.
Como está o seu apetite pela Bíblia, leitor?
c. Ela é o instrumento que o ESPÍRITO SANTO usa (Ef 6.17).
 
Se em nós houver abundância da Palavra de DEUS. o ESPÍRITO SANTO terá o instrumento com que operar. É preci­so, pois. meditar nela (Js 1.8; SI 1.2). Ê preciso deixar que ela domine todas as esferas da nossa vida. nossos pensa­mentos, nosso coração e, assim, molde todo o nosso viver diário. Em suma: precisamos ficar saturados da Palavra de DEUS.
Um requisito primordial para DEUS responder às nossas orações é estarmos saturados da sua Palavra (Jo 15.7). Aqui está, em parte, a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse pela Palavra de DEUS. (Leia o texto outra vez.) Pelo menos três fatos estão implícitos aqui:
a) Na oração precisamos apoiar nossa fé nas promessas de DEUS, e essas promessas estão na Bíblia,
b) Por sua vez, a Palavra de DEUS produz fé em nós (Rm 10.17).
c) Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de DEUS (1 Jo 5.14), e um dos meios de saber-se a vontade de DEUS é através da sua Palavra.
Na vida cristã, e no trabalho do Senhor em geral, o ESPÍRITO SANTO só nos lembrará o texto bíblico preciso, se de antemão o conhecermos (Jo 14.26). - É possível o leitor ser lembrado de algo que não sabe? Pense se é possível! Portanto, o ESPÍRITO SANTO quer não somente encher o crente, mas também encontrar nele o instrumento com que operar a Palavra de DEUS.
Ter o ESPÍRITO e não conhecer a Palavra, conduz ao fa­natismo. Pessoas assim querem usar o ESPÍRITO em vez de Ele usá-las. Conhecer a Palavra e não ter o ESPÍRITO conduz ao formalismo. Estes dois extremos são igualmente perigosos.
d. Ela enriquece espiritualmente a vida do cristão (SI 119.72). Essas riquezas vêm pela revelação do ESPÍRITO, primeiramente (Ef 1.17). O leitor que procurar entender a Bíblia somente através do intelecto, muito cedo desistirá do seu intento. Só o ESPÍRITO de DEUS conhece as coisas de DEUS (1 Co 2.10). Um renomado expositor cristão afirma que há 32.000 promessas na Bíblia toda! Pensai que fonte de riqueza há ali! Entre as riquezas derivadas da Bíblia es­tá a formação do caráter ideal, bem como a moldagem da vida cristã como um todo. É a Bíblia a melhor diretriz de conduta humana; a melhor formadora do caráter. Os princípios que modelam nossa vida devem proceder dela.
A falta de uma correta e pronta orientação espiritual dentro da Palavra de DEUS. especialmente quanto a novos convertidos, tem resultado em inúmeras vidas desequilibradas, doentes pelo resto da existência. Essas, só um milagre de DEUS pode reajustá-las. Pessoas assim, ferem-se a si mesmas e aos que as rodeiam.
A Bíblia é a revelação de DEUS à humanidade. Tudo que DEUS tem para o homem e requer do homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de DEUS quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. DEUS não tem outra revela­ção escrita além da Bíblia. Tudo o que o homem tem a fa­zer é tomar o Livro e apropriar-se dele pela fé. O autor da Bíblia é DEUS, seu real intérprete é o ESPÍRITO SANTO, e seu tema central é o Senhor JESUS CRISTO. O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo, e prati­car a Bíblia para ser santo.
2. Como devemos estudar a Bíblia
 
a. Leia a Bíblia conhecendo seu autor.
 Isto é de suprema importância, é a melhor maneira de estudar a Bíblia. Ela é o único livro cujo autor está sempre presente quando é lida. O autor de um livro é a pessoa que melhor pode ex­plicá-lo. A Bíblia é um livro fácil e ao mesmo tempo difícil; simples e ao mesmo tempo complexo. Não basta apenas ler suas palavras e analisar suas declarações. Tudo isso é indispensável, mas não basta. É preciso conhecer e amar o Autor do Livro. Conhecendo o Autor, a compreensão será mais fácil.
Façamos como Maria, que aprendia aos pés do Mestre (Lc 10.39). Esse é ainda o melhor lugar para o aluno!
b. Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19).
Esta regra é excelente. Presume-se que 90% dos crentes não leem a Bíblia diariamente: não é de admirar haver tantos crentes frios nas igrejas. Não somente frios mas anãos, raquíticos, mundanos, carnais, indiferentes. Sem crescimento espiritual, DEUS não nos pode revelar suas verdades profundas (Mc 4.33; Jo 16.12; Hb 5.12). É de admirar haver pessoas na igreja que acham tempo para ler, ouvir e ver tudo, menos a Palavra de DEUS. Motivo: Comem tanto outras coisas que perdem o apetite pelas coisas de DEUS! É justo ler boas coisas, mas, é imprescindível tomar mais tempo com as Escrituras. É também de estarrecer o fato de que muitos líderes de igrejas não levam seus liderados a lerem a Bíblia. Não basta assistir aos cultos, ouvir sermões e testemunhos, assistir a estudos bíblicos, ler boas obras de literatura cristã: é preciso a leitura bíblica individual, pessoal. Há crentes que só comem espiritualmente quando lhes dão comida na boca: é a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc. Se ninguém lhes der comida eles morrerão de inanição.
c. Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual.
 Isto é de capital importância para o êxito no estudo bíblico. A atitude correta é a seguinte:
a) Estudar a Bíblia como a Palavra de DEUS, e não como uma obra literária qualquer,
b) Estudar a Bíblia com o coração, em atitude devocional, e não apenas com o intelecto. As riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor (Tg 1.21). Quanto maior for a nossa comunhão com DEUS, mais humildes seremos. Os galhos mais carregados de frutos são os que mais abaixam!
É preciso ler a Bíblia crendo, sem duvidar, em tudo que ela ensina, inclusive no campo sobrenatural. A dúvida ou descrença, cega o leitor (Lc 24.25).
d. Leia a Bíblia com oração, devagar, meditando.
Assim fizeram os servos de DEUS no passado: Davi (SI 119.12,18); Daniel (Dn 9.21-23). O caminho ainda é o mes­mo. Na presença do Senhor em oração, as coisas incom­preensíveis são esclarecidas (SI 73.16,17). A meditação na Palavra aprofunda a sua compreensão. Muitos leem a Bíblia somente para estabelecerem recordes de leitura. Ao ler a Bíblia, aplique-a primeiro a si próprio, irmão, senão não haverá virtude nenhuma.
e. Leia a Bíblia toda.
Há uma riqueza insondável nisso! É a única maneira de conhecermos a verdade completa dos assuntos nela contidos, visto que a revelação de DEUS que nela temos é progressiva. - Como o leitor pensa compreen­der um livro que ainda não leu do princípio ao fim? Mesmo lendo a Bíblia toda, não a entendemos completamente. Ela, sendo a Palavra de DEUS, é infinita. Nem mesmo a mente de um gênio poderia interpretá-la sem erros. Não há no mundo ninguém que esgote a Bíblia. Todos somos sem­pre alunos (Dt 29.29; Rm 11.33,34; 1 Co 13.12). Portanto, na Bíblia há dificuldades, mas o problema é do lado huma­no. O ESPÍRITO SANTO, que conhece as profundezas de DEUS, pode ir revelando o conhecimento da verdade, à medida que buscamos a face de DEUS e andamos mais perto dele. Amém.
 
 
 
ALGUMAS QUALIDADES ATRIBUÍDAS ÀS ESCRITURAS - Salmos - Série Cultura Bíblica - Derek Kidner
Se os títulos formais das Escrituras levam consigo suas próprias implicações, outras facetas surgem a luz nas palavras do próprio salmista enquanto ora e reflete, de tal modo que estes termos formidáveis nos deixam à vontade, falando-nos como amigos em potencial.
 
a. Um tema persistente é o regozijo e o prazer que estes ditados trazem. As primeiras referências a este fato, nos w. 14 e 16, estabelecem o tom de muita coisa que se há de seguir, pelas palavras que empregam para “prazer” e pela comparação das Escrituras com as riquezas que elas sobrepujam (cf. “milhares de ouro ou de prata” no v. 72; ver também os vv. 111, 127, 162). Não se trata apenas do prazer de um estudioso (embora tenha este aspecto): é o de um discípulo, cujo regozijo está na obediência: “com o caminho dos teus testemunhos” (14; cf. v. 1, que indica o curso do salmo inteiro).
 
b. Mais profundo do que o prazer é o amor, e as Escrituras o evocam de modo abundante. Aqui, o v. 132 penetra ao âmago da matéria na expressão: “os que amam o teu nome”. É por amor a DEUS que nos deleitamos nos escritos que O revelam. O anseio do salmista (20,40), que agora retrata como apetite prazeroso, (“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais que o mel à minha boca”, 103), e agora como urgência anelante (“Abro a boca, e aspiro”, 131), é pelo próprio DEUS, conforme revela o contexto. Cf. a busca “dele” no v. 2, o ‘Tu” enfático no v. 4; acima de tudo, o v. 57: “Tu, Senhor, és tudo quanto desejo”
 
c. Se, porém, as Escrituras são atraentes e graciosas, estas qualidades nem por isto deixam de se combinar com a força. Quanto à voz de DEUS, é temível, fato este que é transmitido não somente pela palavra forte traduzida por “teme” em 161 como também pela metáfora surpreendente de algo que faz os cabelos se arrepiarem (120: “Arrepiasse-me a carne com temor de ti”. É a palavra que se emprega da visão que Elifaz teve de um espectro, em Jó 4:15). Fortalecimento de um tipo mais encorajante se expressa no fato de que a palavra de DEUS é reta (7, 75,123,138,144,172), digna de confiança (43, 142; note-se o “todos” no v. 86, 151, e “em tudo” em 160), e tão inabalável como o céu e a terra (89-91, 152; mas nosso Senhor foi mais longe, tomando o “para sempre” absoluto, a despeito do céu e da terra: Mt 24:35). além disto, é inexaurível, com “maravilhas” a serem exploradas (18, 27, 129) e uma largura que não pode ser igualada, nem de longe, por qualquer outra coisa
 
Os benefícios das escrituras -  Salmos 73 a 150 - Série Cultura Bíblica - Derek Kidner
 a. Libertação
O paradoxo de que, onde DEUS é o senhor “o serviço é liberdade perfeita”, se acha não somente no v. 96, notado supra (um mandamento - note-se a palavra - que é de maior alcance de que qualquer coisa na terra) como também no v. 45, onde a liberdade (“largueza”) se acha nos preceitos de DEUS, e não em ser desobrigado deles. Dois elementos desta liberdade são: em primeiro lugar, o rompimento do “domínio” do pecado à medida em que os passos são guiados pela Palavra e por ela firmados (133), e, em segundo lugar, pelo encontro com uma sabedoria e visão maiores do que aquelas da pessoa, que expande a mente. “Com largueza” (45) significa estar no “lugar espaçoso” que Davi achou no Salmo 18:19/20, Heb./; no v. 32, porém, relembra a “larga inteligência” que foi concedida a Salomão (1 Rs 4:29; 5:9, Heb.). A paráfrase que Moffatt dá deste versículo capta ambos os aspectos desta largueza: “Eu Te obedecerei zelosamente, conforme Tu desdobras a minha vida”.
 
b. Luz
Dois versículos memoráveis falam diretamente acerca da luz. No v. 105 há um toque tipicamente prático com a menção dos “meus pés” e dos “meus caminhos”: é uma luz na qual se anda (cf. 128), e não para se deitar e bronzear-se. O v. 130, no entanto, ressalta seu poder educativo ao criar uma mente de discernimento — pois pouco ajuda ter a vista sem ter o (discernimento. A petição: “Dá-me entendimento” (ou “discernimento”) aprecia este fato; ocorre a cada passo (34, 73,125,144,169). Para este olho experiente, aquilo que é falso (104) perde seu apelo. A lição se destaca noutros termos na oração do v. 66 que pede bom juízo (lit. “gosto”, i.é, discriminação; cf. 103) e o testemunho dos vv. 98-100 quanto à sabedoria, ensinada por DEUS, que está num plano mais alto do que a do homem.
 
c. Vida
Este é o tema de muitas orações, especialmente perto do fim, onde aparece em rápida e numerosa sequência (cinco vezes entre 144 e 159). Às vezes, a ligação entre as Escrituras e a dádiva da vida se constitui de uma promessa que o cantor toma para si (25, 50, 107, 154); às vezes, esta ligação se acha no fato de que o próprio guardar das leis de DEUS é restaurador (37) e vivificante (93; cf. SI 19:7), sendo que dirigem o olhar e os passos em direção a Ele. As vezes, pela proposição inversa, o salmista pede vida a fim de capacitá-lo a guardar estes preceitos (88, e talvez 40). A expressão hebraica que se traduz “vivifica-me” em v. 25, 37, 40, 88, 149, 159 (onde algumas traduções modernas fazem variações segundo o contexto) é, literalmente: “causa-me viver”, que reconhece que a vitalidade depende diretamente de DEUS. Este cantor não é legalista, sentindo-se satisfeito com uma sucessão; prosseguirá pressurosamente em busca de nada menos do que o toque vitalizante de DEUS. Sabe que, sem este, sua religião estará morta: ver mais, sobre v. 17.
 
d. Estabilidade
Esta é bem desvendada na situação do v. 23, onde as Escrituras repletam e ocupam uma mente que poderia se desviar. Não se trata de escapismo; trata-se, sim, de prestar atenção ao melhor conselho (“teus testemunhos . . . são os meus conselheiros”, 24) e à questão principal, a saber: a vontade e as promessas de DEUS, mais reais e relevantes do que os complôs dos homens. Os w. 49, 50 mostram o salmista fazendo assim: baseando sua “esperança” e “consolação” numa “palavra” e “promessa” fidedigna. Entre outros exemplos, veja w. 76, 89-92, 95, 114-118; acima de tudo, o testemunho sereno de 165: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço”.
 
 
 
Salmo 119.97 -
13. Mem

Aqui está: 1. O amor inexprimível de Davi pela palavra de DEUS: oh! quanto amo a tua lei! Ele confessa seu afeto pela palavra de DEUS com santa veemência; ele encontra esse amor pela palavra em seu coração que, considerando a corrupção de sua natureza e as tentações do mundo, não podia deixar de se admirar com isso; e com a graça que operara isso nele. Ele não só amava as promessas, mas também amava a lei e deliciava-se nela segundo o homem interior. 2. A irrepreensível evidência disso. Amamos pensar no que amamos; assim parece que Davi amava a palavra de DEUS que era objeto de sua meditação. Ele não só lia o livro da lei, mas também digeria em seu pensamento o que lia e entregou-se a ela como a um molde: ela não era sua meditação apenas à noite, quando ele estava silencioso e solitário e não tinha nada mais a fazer, mas também de dia quando estava cheio de negócios e companhia e todo o dia; alguns pensamentos bons eram entretecidos com seus pensamentos comuns, tão repleto ele estava da palavra de DEUS.
 
Salmo 119.98-100
Aqui temos um relato do aprendizado de Davi, não o dos egípcios, mas, na verdade, o dos israelitas.
I
O bom método por meio do qual adquiriu o aprendizado. Em sua juventude, ele dedicava-se ao negócio nos campos como pastor; a partir de sua juventude ele dedicou-se aos negócios da corte e do acampamento. Então, como ele conseguiu obter uma grande quantidade de aprendizado? Aqui, ele conta-nos como conseguiu isso, DEUS foi o autor disso: tu [...] me fazes mais sábio. Toda verdadeira sabedoria é de DEUS. Ele adquiriu-a por meio da palavra de DEUS, pelos teus mandamentos e teus testemunhos. Estes podem fazer-[nos] sábio[s] para a salvação e para que o homem de DEUS seja [...] perfeitamente instruído para toda boa obra. 1. Estes, Davi pegou para ser sua companhia constante: “Estão sempre comigo, estão sempre na minha mente, sempre diante dos meus olhos”. O homem bom carrega sua Bíblia com ele para todo lugar que vai, se não nas mãos, em sua mente e em seu coração. 2. Estes, ele tomou para objeto prazeroso de seu pensamento; eles eram sua meditação não só como assuntos de especulação para seu entretenimento, como os estudiosos meditam sobre suas noções, mas como assunto de interesse para sua correta administração, como homens de negócios pensam em seus negócios para que os possam fazer da melhor maneira. 3. Estes ele tomou como regras determinantes para todos seus atos: guardo os teus preceitos, ou seja, tenho consciência de cumprir minha obrigação em tudo. A melhor forma de aperfeiçoar o conhecimento é permanecer e abundar em todas as circunstâncias de séria piedade; pois se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá a doutrina de CRISTO, a conhecerá cada vez mais (Jo 7.17). O amor pela verdade prepara para a luz dela; os limpos de coração, [...] verão a DEUS aqui.
II
A grande eminência que ele alcança nisso. Ao estudar e praticar os mandamentos de DEUS e torná-los sua regra, ele aprendeu a se conduzi[r] com prudência em todos os seus caminhos (1 Sm 18.14). 2. Ele sobrepujou seus inimigos em inteligência; DEUS, por esses meios, tornou-o mais sábio para desconcertar e derrotar os desígnios deles contra ele do que eles o eram para projetar suas tramoias. A sabedoria celestial apresenta o ponto, pelo menos, contra a política carnal. Ao guardar os mandamentos, garantimos que DEUS está do nosso lado e o tornamos nosso amigo, e, sem dúvida, isso é mais sábios que os que o tornam inimigo deles. Ao guardar os mandamentos, garantimos a paz e a calma da mente que nossos inimigos roubariam de nós, e isso é sábio para nós, mais sábio do que eles o são para eles mesmos, para este mundo e também para o outro. 2. Ele superou seus mestres e tinha mais entendimento que todos eles. Ele quer dizer que todos que foram seus mestres, que condenaram sua conduta e tomaram para si a tarefa de prescrever para ele (observando os mandamentos de DEUS, ele administrava seus assuntos de tal maneira que parecia, no evento, que ele tinha adotado as medidas corretas, e eles, as erradas) ou que deveriam ter sido seus mestres, os sacerdotes e os levitas, que se assentavam na cadeira de Moisés e cujos lábios deviam ter guardado conhecimento, mas que negligenciaram o estudo da lei e se importavam com suas honras e ganhos e apenas com as formalidades de sua religião; assim, Davi que conversava muito com as Escrituras tornou-se mais inteligente que eles por esse meio. Ou talvez ele queira dizer aqueles que foram seus mestres quando era jovem; ele edificou tão bem sobre as fundações que eles estabeleceram que, com a ajuda de sua Bíblia, tornou-se capaz de ensinar a eles, de ensinar a todos eles. Agora, ele não era mais um bebê que precisava de leite, mas tinha os sentidos exercitados (Hb 5.14). Isso não é uma acusação contra nossos mestres, mas, antes, uma honra para eles aperfeiçoar-nos tanto que os excedemos, e não precisamos deles. Pregamos para nós mesmo por meio da meditação e, assim, te[mos] mais entendimento do que todos os [nossos] mestres, pois alcançamos o entendimento de nosso coração, o que eles não alcançam. 3. Ele ultrapassou os velhos, quer os de seu tempo (ele era jovem, como Eliú, e eles eram muito velhos, mas o fato de observar os preceitos de DEUS lhe ensinou mais sabedoria que todos os muitos anos deles, Jó 32.7,8) quer os de tempos anteriores; ele mesmo cita o provérbio dos antigos (1 Sm 24.13), mas a palavra de DEUS deu-lhe melhor entendimento das coisas do que poderia ter alcançado por meio da tradição e de todo aprendizado transmitido pelas eras precedentes. Em suma, a palavra escrita é um guia mais seguro para o céu que todos os doutores e pais, os mestres e anciãos da igreja; e a observação dos escritos sagrados ensina-nos mais sabedoria que todos os escritos deles.
 
Salmo 119.101
Aqui: 1. O cuidado de Davi em evitar os caminhos do pecado: “Desviei os meus pés de todo caminho mau, eles estavam prontos para seguir nessa direção. Examinei-me e voltei tão logo tive consciência que estava caindo em tentação”. Embora o caminho da tentação fosse um caminho largo, um caminho verde, um caminho prazeroso, um caminho que muitos seguiam, sendo, todavia, um caminho pecaminoso era um caminho mau, e ele desviou os pés dele prevendo o fim desse caminho. E seu cuidado foi universal; ele desviou de todo caminho mau. Pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor (Sl 17.4). 2. Seu cuidado encontrava-se no caminho da obrigação; para observar a tua palavra e nunca a transgredir. Sua abstenção do pecado era: (1) Uma evidência de que ele tinha conscientemente por objetivo observar a palavra de DEUS e fizera disso sua regra. (2) Seu exercício da religião era um meio de observar a palavra de DEUS; pois não podemos, com conforto e ousadia, servir a DEUS nas obrigações santas, de forma que nestas guardemos a palavra dele, enquanto estamos sob a culpa ou em algum desvio.
 
Salmo 119.102
Aqui está: 1. A constância de Davi em sua religião. Não me apartei dos teus juízos; ele não escolhera nenhuma outra regra além da palavra de DEUS nem se desviara deliberadamente dessa regra. A obediência constante aos caminhos de DEUS em momentos de teste é uma boa evidência de nossa integridade. 2. A causa de sua constância: “Porque tu me ensinaste; ou seja, foram instruções divinas que aprendi; fiquei satisfeito que a doutrina fosse de DEUS e, por isso, agarrei-me a ela”. Ou melhor: “Foi a graça divina em meu coração que me capacitou a receber essas instruções”. Todos os santos são ensinados por DEUS, pois é Ele quem concede entendimento; e aqueles, e somente aqueles que são ensinados por DEUS continuam até o fim nas coisas que aprenderam.
 
Salmo 119.103,104
Aqui temos: 1. O prazer e deleite maravilhosos que Davi encontrava na palavra de DEUS; as palavras do Senhor eram doces [...] ao meu paladar, mais doces do que o mel. Existe um paladar espiritual, um sabor e gosto interiores especiais nas coisas divinas, e essa evidência deles em nós mesmos, adquirida pela experiência, não podemos transmitir aos outros. Nós mesmos o temos ouvido (Jo 4.42). Esse paladar da palavra de DEUS é doce, muito doce, mais doce que quaisquer gratificações dos sentidos, até mesmo das mais deliciosas. Davi fala como se quisesse que as palavras expressassem a satisfação que sente nas descobertas da vontade e da graça divinas; nenhum prazer é comparável a isso. 2. Os indizíveis proveito e vantagem que ele conquistou por meio da palavra de DEUS. (1) Ela ajudou-o a ter uma boa mente: “Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento para discernir entre verdade e falsidade, bom e mau para não os confundir na conduta de minha vida ou no conselho para os outros”. (2) Ela ajudou-o a ter um bom coração: “Pelo que, por ter bom entendimento da verdade, aborreço todo falso caminho e estou firmemente resolvido a não me desviar dela”. Observe aqui: [1] O caminho do pecado é falso; ele engana e arruinará todos que o seguem; é o caminho errado, todavia, parece certo ao homem (Pv 14.12). [2] É do caráter de todo homem bom que ele odeie o caminho do pecado, e odeia-o por que é falso; e ele não só desvia seus pés dele (v. 101), mas também o odeia, tem aversão e temor a ele. [3] Os que odeiam o pecado como pecado odeia todo pecado, odeia todo caminho falso, pois todo caminho falso leva à destruição. E [4] quanto mais entendimento obtemos por meio da palavra de DEUS, mais firme é nosso ódio do pecado (pois o apartar-se do mal é a inteligência, Jó 28.28) e quanto mais preparados nas Escrituras somos, mais bem guarnecidas são nossas respostas à tentação.
 
Salmo 119.105
14. Nun

Observe aqui: 1. A natureza da palavra de DEUS e a grande intenção de entregá-la ao mundo; ela é lâmpada [...] e luz. Ela revela-nos coisas sobre DEUS e nós mesmos que, do contrário, não conheceríamos; ela mostra-nos o que está errado e é perigoso; ela guia-nos em nosso trabalho e caminho; na verdade, o mundo seria um lugar sombrio sem ela. Ela é uma lâmpada que podemos levantar para nós e tomar em nossa mão para nosso uso particular (Pv 6.23). O mandamento é a lâmpada que continua a queimar com o óleo do ESPÍRITO; ela é como as lâmpadas do santuário e a coluna de fogo para Israel. 2. O uso que devemos fazer dela. Ela deve ser não só luz para os olhos para gratificá-los e encher nossa mente com especulações, mas também lâmpada para os [nossos] pés [...] e luz para o [nosso] caminho para nos guiar na arrumação correta de nossa conversa tanto na escolha de nosso caminho, em geral, e dos passos, em particular, que damos nesse caminho, para que não tomemos um caminho falso nem demos um passo em falso no caminho correto. Assim, somos realmente sensíveis à bondade de DEUS conosco em nos conceder essa lâmpada e essa luz quando a tornamos o guia de nossos pés, do nosso caminho.
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 6 - A Bíblia como um Guia para a Vida - 1º Trimestre de 2022
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos como propósito mostrar que a Bíblia é um verdadeiro guia para a nossa vida. Quem põe em prática seus ensinamentos será considerado um verdadeiro sábio. A Bíblia é um livro divino que nos ensina a sabedoria de todas as áreas da vida. Neste livro está presente o que precisamos para viver de maneira que glorifique a DEUS. Que os nossos alunos permitam que a Bíblia seja o guia da vida deles!
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Enfatizar que o crente deve alicerçar a sua vida na Bíblia; II) Esclarecer que DEUS é a fonte da verdadeira sabedoria; III) Mostrar que o salvo em CRISTO deve viver com sabedoria e prudência.
B) Motivação: A sabedoria e a prudência são virtudes que resultam do propósito resoluto de viver os ensinamentos da Bíblia. Quem as leva sério e as põem em prática se torna mais sábio e prudente na maneira de viver.
C) Sugestão de Método: Escolha um trecho do livro de Provérbios e mostre a atemporalidade da sabedoria ali presente no texto. As opções de textos bíblicos de sabedoria são abundantes. Explique que o livro de Provérbios foi escrito com o propósito de fazer dos leitores, pessoas mais sábias.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Desafie a classe a colocar em prática a sabedoria das Escrituras. Aqui você pode usar o mesmo trecho escolhido em Provérbios para encorajar os alunos a praticar uma verdade de sabedoria.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Entenda a História da Escritura como Todo" aprofunda o primeiro tópico, mostrando a importância de compreender a Bíblia de maneira global para aplicá-la como guia em nossa vida; 2) O texto "O Caráter do Professor Cristão" auxilia na aplicação do segundo tópico de maneira que o docente da Escola Dominical tenha um caráter guiado pela Bíblia no dia a dia.
 
SINÓPSE I - A vida do crente está alicerçada na imutável Palavra de DEUS: a luz para o nosso caminho.
SINÓPSE II - DEUS é a fonte da sabedoria e, por isso, o temor do Senhor é o princípio de toda a sabedoria. Logo, meditar e aplicar a Bíblia em nossa vida nos torna pessoas sábias
SINÓPSE III - A prudência é a sabedoria na prática. Ela nos leva a agir corretamente e sem precipitações, segundo à vontade de DEUS.
 
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
“Entenda a História da Escritura como um Todo
Um aspecto de importância vital sobre a Bíblia em seu contexto é compreender a sua história global. Uma razão pela qual temos dificuldade em entender e viver os trechos da Bíblia é que não conseguimos compreender o quadro geral, a história global. Perguntei a David [S. Dockery] sobre a importância de compreender o panorama geral da Bíblia. Ele respondeu: ‘Acredito que precisamos entender a grande história, desde a criação até o livro de Apocalipse, e entender que DEUS não se revelou apenas em determinados momentos, para pessoas em particular, mas o fez de forma progressiva. À medida que o tempo passava na história bíblica. DEUS revelou mais e mais aspectos de seu plano para a humanidade. Nós vemos a progressão, por exemplo, nas alianças que Ele fez com as pessoas. Ele fez uma aliança com Abraão, uma aliança que foi amplificada com Davi, e depois ainda mais ampliada na nova aliança prometida em Jeremias. A aliança se cumpre quando começamos ler Mateus 1, à medida que Mateus traça a genealogia e a história de JESUS através das alianças do Antigo Testamento. [...] O panorama geral evita que leiamos passagens fora do contexto ou atribuíamos à Bíblia algo que não está nela’” (GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia Para a Vida: Seu Guia para Entender e Viver a Palavra de DEUS. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.35).
 
 
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ - TOP2
“O Caráter do Professor Cristão
C. S. Lewis admite que muitas pessoas reconhecem que certas qualidades de caráter (prudência, temperança, justiça e fortaleza, ou seja, ‘virtudes cardeais’) são virtuosas e valem a pena perseguir. Contudo, ele sugere que os cristãos identificam virtudes fora do escopo da norma. Entre as virtudes teológicas, estão a fé, a caridade e a esperança (centradas em DEUS; Pv 18.2; 19.3; 23.9). Enquanto a Bíblia defende a abnegação, a humildade, a generosidade e a compaixão para com os outros, o mundo defende o egocentrismo, o orgulho, o consumo e o julgamento. A maturidade em CRISTO evidencia-se no fruto do ESPÍRITO, no crescimento em conhecimento, no fortalecimento cada vez maior em perseverança e paciência e, por fim, no ser agradecido. [...] A verdadeira transformação da mente do cristão manifesta-se na transformação do caráter e no testemunho verbal e não verbal. [...] Torna-se claro que a verdade da Palavra de DEUS é realmente ‘aprendida’ quando é vivida na comunidade de fé e no mundo” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: O Guia Definitivo do Professor de Jovens. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.51-52).
 

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quem ouve e coloca em prática a Palavra de DEUS é comparado a quê? Quem ouve e coloca em prática a Palavra de DEUS é comparado a uma pessoa prudente cuja casa é alicerçada sobre a rocha (Mt 7.24).
2. Por que os valores cristãos são permanentes? Os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 5.18).
3. O conhecimento sem a prática produz sabedoria? Não. O conhecimento sem a prática não produz sabedoria (Pv 3.7).
4. Que ato, segundo o salmista, torna a pessoa mais sábia? O salmista declara que o ato de meditar na Palavra de DEUS o tornara mais sábio que todos à sua volta (Sl 119.98-100).
5. Cite pelo menos três benefícios da prudência. Autocontrole, humildade e pensar antes de agir.

LEITURAS PARA APROFUNDAR - Sabedoria de DEUS na Vida da Mulher; Vivendo Provérbios.