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Escrita Lição 6, Betel, Honrar Pai E Mãe, Princípio Elementar Para A Estrutura E Estabilidade Da Família Natural, 4Tr24, comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 6, Betel, Honrar Pai E Mãe, Princípio Elementar Para A Estrutura E Estabilidade Da Família Natural, 4Tr24, comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


https://youtu.be/acQPODqYmIA?si=adpY7KuDwcTTQaZ- Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/10/escrita-licao-6-betel-honrar-pai-e-mae.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/10/slides-licao-6-betel-honrar-pai-e-mae.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-betel-honrar-pai-e-mae-principio-elementar-pptx/272827287

ESBOÇO DA LIÇÃO 6

1- A IMPORTÂNCIA DA HONRA NO LAR

1.1. A família e a sociedade

1.2. Os pais devem receber honra de seus filhos

1.3. Bons filhos são sempre presentes

2- A HONRA ESTÁ ACIMA DE TUDO

2.1. A honra é uma atitude do coração

2.2. A honra é a base das boas relações

3. O peso da honra

3- LIÇÕES RELEVANTES ACERCA DA HONRA AOS PAIS

3.1. A obediência aos pais tende a preservar a vida dos filhos

3.2. A autoridade divina é a base de toda autoridade humana

3.3. JESUS CRISTO: maior exemplo de sujeição e obediência

 

 

TEXTO ÁUREO

Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Colossenses 3.20

 

VERDADE APLICADA

A obediência aos pais faz parte de um viver correto e que agrada ao Senhor.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar a importância da honra no lar e na sociedade.

Mostrar a honra como alicerce nas relações.

Listar aspectos importantes acerca da honra.

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - ÊXODO 20; MARCOS 7; EFÉSIOS 6

ÊXODO 20.12. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu DEUS, te dá.

MARCOS 7.10.Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe, morra de morte.

EFÉSIOS 6.1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo 2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3. Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

 

HINOS SUGERIDOS - 126, 131, 141

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que a obediência aos pais seja algo constante em nossos lares.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 6

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A Bíblia diz que devemos honrar a todos, em vários versículos, como: 

·        Romanos 13:7-8

"Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei". 

·        Romanos 12:10-14

"Dediquem‑se uns aos outros com amor fraternal, preferindo dar honra aos outros mais do que a vocês". 

·        1Pedro 2:17

"Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a DEUS, honrai o rei". 

·        Êxodo 20:12

"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu DEUS te dá". 

A palavra honra significa fazer distinção.

“De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” (1Co 12.26)

 

 

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Lição 7 - Honrarás Pai e Mãe

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos

Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança

Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 

Gn 2.24 Deixar pai e mãe não significa abandoná-los.
Êx 21.15-17 A sanção da lei é implacável para quem ferir ou amaldiçoar os pais.
Pv 1.8 Honrar pai e mãe significa também acatar os seus ensinos e instruções.

Pv 23.22 É honroso para o filho cuidar dos pais na velhice deles.
Zc 12.1 Os pais são instrumentos de DEUS para nos trazer à existência.
Sábado - Mt 15.4 O Senhor JESUS reafirma a origem divina do quinto mandamento.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.12; Ef 6.1-3; Marcos 7.10-13

Êxodo 20.12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dá.
Ef 6.1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3 para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Marcos 7.10 Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe deve ser punido com a morte. 11 Porém vós dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor, 12 nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, 13 invalidando, assim, a palavra de DEUS pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.

 

OBJETIVO GERAL
Estimular um profundo respeito aos pais e às mães, não somente de palavras, mas de obras de amor e carinho.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar que "honrar pai e mãe" é o primeiro mandamento do Decálogo que se refere ao relacionamento com o próximo.
Destacar que, na família, os pais representam a DEUS.
Apontar que, segundo as Escrituras, os filhos devem aos pais o respeito, a atenção e a devida obediência.
Conscientizar os alunos de que os filhos têm responsabilidades econômicas com os pais.

 

PONTO CENTRAL
Todos os seres humanos devem respeito, obediência e atenção aos seus pais. Esta é a vontade de DEUS.


Resumo da Lição 7 - Honrarás Pai e Mãe

I. O QUINTO MANDAMENTO
1. Os pais biológicos.
2. Os pais espirituais.
3. Os pais intelectuais.
II. OBEDIÊNCIA
1. O verbo honrar.

2. Filho adulto.
3. À luz da exegese.
III. SUSTENTO
1. Cuidado.
2. Oferta Corbã.
3. Ensino de JESUS.
IV. ENTRE A LEI E A GRAÇA
1. Autoridade dos pais.
2. O sistema mosaico.
3. Adaptado sob a graça.
 

SÍNTESE DO TÓPICO I - O quinto mandamento revela a sustentabilidade divina da estrutura familiar e da ordem social.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A Bíblia declara que "honrar pai e mãe" é mandamento divino, não sugestão humana.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Os filhos não podem se esconder das suas responsabilidades para com os seus pais.
SÍNTESE DO TÓPICO IV - Dentro da perspectiva da graça, o quinto mandamento tem o mesmo valor que os outros. Uma lei que existe desde que o mundo existe.

CONHEÇA MAIS
A Constituição do Núcleo Familiar no AT
"A constituição do núcleo familiar a priori foi composta por um homem e uma mulher. Mais tarde, acrescentou-se ao casal os filhos gerados dessa união. A partir do nascimento dos primeiros, a família se tornou o primeiro sistema social no qual o ser humano é inserido." Leia mais em A Família no Antigo Testamento, CPAD, pp.23-36.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"O que um leitor da Bíblia poderia esperar é 'Obedece a teu pai e a tua mãe'. Obedecer, contudo, é mais fácil que honrar. Pode-se odiar e obedecer, mas é impossível odiar e honrar.
A gravidade da ordem é reforçada pela escolha do verbo 'honrar'. Por diversas vezes, ele é usado com DEUS como objeto (1 Sm 2.30; Sl 50.23; Pv 3.9; Is 29.13; 43.20,23). Tanto DEUS como os pais são dignos de honra. Esse termo hebraico é ocasionalmente traduzido por 'glorificar', e descreve como DEUS deve ser adorado (Sl 22.23; 50.15; 86.9,12; Is 24.15).
Isso não quer dizer que os pais são dignos de adoração. JESUS citou e corroborou o quinto mandamento (Mt 15.4; Mc 7.10; também Paulo o fez em Efésios 6.2), mas também disse: 'Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim' (Mt 10.37). Os pais, como parte dos 'outros deuses' proibidos no primeiro mandamento, seriam deuses por demais impotentes.
Como Levítico 19.3, ainda que em ordem oposta, os mandamentos sobre guardar o sábado e honrar pai e mãe estão juntos. Possivelmente, a relação entre os dois está na ideia de que observar o sábado é uma forma de honrar a DEUS e, portanto, corresponde a honrar os pais" (HAMILTON, Victor. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.223).
 

PARA REFLETIR
Sobre honrar o pai e a mãe:
Como os filhos devem honrá-los?
Devotando-lhes todo o respeito, a atenção e a obediência devida.
Qual é o dever dos filhos para com os seus pais na velhice?
Cuidar dos pais em tudo o que for necessário.
O Evangelho exige que os filhos deixem de cuidar dos pais para dar dinheiro à obra de DEUS?
Não! Essa era a desculpa das autoridades religiosas de Israel para não assistirem os pais na velhice.
Os filhos não podem desacatar os pais (cf. Ef 6.1-3). Por quê?
Porque as Escrituras colocam os pais em posição de honra.
Os pais podem despertar a ira nos filhos (cf. Ef 6.4)?
Não. As Escrituras orientam aos pais a não despertarem a ira nos filhos.
 

SUGESTÃO DE LEITURA

Teologia da Educação Cristã, Disciplinas da Família Cristã, Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes

 

Comentários de vários autores com alguns ajustes do Pr. Luiz Henrique

 

HONRARÁS PAI E MÃE

Até aqui, estudamos quatro mandamentos em relação direta ao DEUS Criador. Esses primeiros mandamentos objetivam mostrar-nos a natureza de DEUS, Sua manifestação santa e o quanto Ele nos leva a sério, não permitindo a nós relacionarmos com a sua pessoa através da mera reprodução de imagens elaboradas pelas mãos e a imaginação humanas.

A partir de agora, do quinto ao décimo mandamentos, vamos nos dedicar a conhecer uma dimensão prática do Decálogo em relação ao nosso próximo.
Do quinto ao décimo mandamento, DEUS claramente nos ordena a relacionarmo-nos com o próximo sob a mesma reverência que nos chegamos a Ele. O quinto mandamento: Honra o teu pai e a tua mãe para que os seus dias se prolonguem sobre a terra.

A Bíblia é clara quanto ao nosso dever de honrarmos o nosso pai e a nossa mãe. Quando falamos de honrar pai e mãe, nos referimos à família instituída por DEUS e basicamente formada por pai, mãe e filhos. Todavia, no contexto bíblico, quando o mandamento em relação a honrar os pais fora exposto ao povo, a família hebreia tinha uma dimensão mais ampla que a família entendida por nós no contexto ocidental. Respeitar o pai e a mãe também implicava respeitar os pais das diversas tribos hebreias. Os pais de Levi, os pais de Judá, os pais de Efraim, os pais de Rubem etc. Digno de nota é que o primeiro mandamento para honrar um ser humano não foi no sentido de prestar honras ao rei ou uma autoridade religiosa, mas ao pai e a mãe.

Fazer a manutenção da honra e do respeito aos pais seria garantir que a sociedade antiga de Israel não sucumbisse à cultura dos estrangeiros. O quinto mandamento deveria ser observado igualmente pelos líderes religiosos, o sumo-sacerdote e os sacerdotes. Mas não foi isso que JESUS denunciou em Marcos 7.9-13. A revelia da Lei, os líderes religiosos criaram uma tradição dizendo que a pessoa que consagra a sua vida a DEUS, quer dizer, ao serviço do Templo, os bens pelos quais poderiam socorrer os seus pais em suas necessidades não poderiam ser desviados do Templo. Com a desculpa de que "eram fiéis a DEUS" tornavam-se infiéis aos seus pais. JESUS denuncia com clareza!

Pai e mãe devem ser amados e respeitados por todos nós. Honrá-los é o primeiro mandamento com promessa. A promessa de que a família não se desfará. De que a sociedade permanecerá. De que a vida será respeitada.

Revista ensinador. Editora CPAD. pag. 39.

 

Observações do Pr. Luiz Henrique:

 

Ilustração para iniciar a aula

 

 

Amigos!! As pessoas muitas vezes são egoístas e não pensam que um dia talvez passarão por determinada situação. Nossas ações são exemplos, por isso faça o bem para colher o bem. Reflitam com essa mensagem!!
Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. - "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão." Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- "O que você está fazendo?" O menino respondeu docemente: - "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer" O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o pai pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava. Queridos amigos!! Na pureza de uma criança podemos tirar grandes ensinamentos. Que possamos refletir as atitudes que temos com as pessoas e ver se o que estamos fazendo é certo. Nossas ações são exemplos, exemplos a serem seguidos. Por isso amigos sempre se lembrem que amanhã pode ser você, portanto cultive coisas boas e será recompensado. Um forte abraço!! Velho Sábio!!

 

BEP - CPAD - Efésios 6.1 FILHOS, SEDE OBEDIENTES. Os filhos de crentes devem permanecer sob a orientação dos pais, até se tornarem membros doutra unidade familiar através do casamento.

(1) As crianças pequenas devem ser ensinadas a obedecer e a honrar os pais, mediante a criação na disciplina e doutrina do Senhor (ver 6.4; Pv 13.24; 22.6).

(2) Os filhos mais velhos, mesmo depois de casados, devem receber com respeito, o conselho dos pais (v. 2) e honrá-los na velhice, mediante cuidados e ajuda financeira, conforme a necessidade (Mt 15.1-6).

(3) Os filhos que honram seus pais serão abençoados por DEUS, aqui na terra e na eternidade (v. 3).
 

 Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos,
Então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar;
E dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão.
Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá.

Deuteronômio 21:18-21

DEUS ordenou a morte dos filhos rebeldes, viciados e desobedientes:

Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, Então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; E dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá. Deut 21:18-21

 

Obs.: Para a igreja romana e para os luteranos esse é o quarto mandamento. Passamos agora à segunda tábua dos mandamentos, segundo entendemos, mandamentos de ordem relacional com nosso próximo.

 

Exemplo de respeito e honra para com a mãe:

Assim foi Bate-Seba ao rei Salomão, a falar-lhe por Adonias; e o rei se levantou a encontrar-se com ela, e se inclinou diante dela; então se assentou no seu trono, e fez pôr uma cadeira para a sua mãe, e ela se assentou à sua direita.
Então disse ela: Só uma pequena petição te faço; não ma rejeites. E o rei lhe disse: Pede, minha mãe, porque não ta negarei.

1 Reis 2:19-20

Assim foi Bate-Seba ao rei Salomão, a falar-lhe por Adonias; e o rei se levantou a encontrar-se com ela, e se inclinou diante dela; então se assentou no seu trono, e fez pôr uma cadeira para a sua mãe, e ela se assentou à sua direita. Então disse ela: Só uma pequena petição te faço; não ma rejeites. E o rei lhe disse: Pede, minha mãe, porque não ta negarei. 1 Reis 2:19-20.

 

Devemos obedecer a nossos pais no Senhor, enquanto estiver de acordo com a Palavra de DEUS. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Efésios 6:1

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

Efésios 6:1

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

Efésios 6:1

Exemplo de filho que não honrou sua mãe porque ela estava em pecado de idolatria:

E também a Maaca, sua mãe, o rei Asa depôs, para que não fosse mais rainha, porquanto fizera um horrível ídolo, a Aserá; e Asa destruiu o seu horrível ídolo, e o despedaçou, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom. 2 Crônicas 15:16.

 

COMENTÁRIOS - INTRODUÇÃO

O mandamento "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx 20.12) se referia originalmente aos pais numa estrutura familiar, mas com o desenvolvimento da revelação se torna claro que se refere também aos pais espirituais e às autoridades constituídas. O preceito instrui no tocante ao nosso relacionamento com os superiores segundo idade, hierarquia social e espiritual, e conhecimento. O mundo está hoje às avessas, e o quinto mandamento nunca foi tão necessário quanto é agora no século 21.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 77-78.

 

O primeiro dos seis últimos mandamentos toca diretamente em um ponto teológico muitíssimo relevante em torno do qual gira boa parte da nossa abordagem, e este é a inter-relação inerente à criação e à ordem da criação (Êx 20.12). DEUS, como Criador, é soberano, mas ele escolheu executar seu governo por intermédio da humanidade. Contudo, há esferas de soberania na humanidade, pessoas ou instituições que, por natureza ou indicação, são designadas para exercer senhorio benemérito sobre outros. Isso começa na esfera do casamento e da família, matéria de que tratamos de passagem. O modelo do Antigo Testamento é claramente patriarcal, mas não patriarcal ditatorial. Conforme observaremos, muitas estipulações da aliança que regulamentam o comportamento dos filhos exigem que eles tratem pai e mãe com honra.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 334.

 

Pais são instrumentos de DEUS na vida dos filhos, para ir ao encontro das necessidades físicas deles e introduzir a criança nos caminhos de DEUS. A prioridade espiritual dos pais é observada no fato de que muitas das cerimônias, tal como a ceia da Páscoa, eram conduzidas no seio da família. Em Deuteronômio 6 e 11, é destacada a responsabilidade pela educação no lar.

RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 64.

 

Êxo 20.12 teu pai e tua mãe. Neste quinto mandamento, o Decálogo volta-se para as relações humanas, começando pela família. A honra aos pais é a âncora da sociedade, e liga os filhos aos pais na comunidade da fé. A promessa e a advertência implícita deste mandamento são ímpares nesta série. O desrespeito aos pais era uma questão séria, pois também desonrava o Senhor.

Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 103.

 

I. O QUINTO MANDAMENTO

1. OS PAIS BIOLÓGICOS.

Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe; eles são seus heróis. Esse relacionamento é análogo ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31). O profeta Malaquias apresenta uma analogia ainda mais profunda comparando o dever do homem honrar a DEUS com o do filho de honrar o pai (Ml 1.6).

Há certo vínculo entre o quinto mandamento e os três primeiros pela natureza desse relacionamento. O termo "a teu pai e a tua mãe" é amplo: certamente diz respeito aos nossos genitores, àqueles que nos geraram, mas não fica apenas nisso.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 79-80.

 

MÃE

Ver o artigo geral sobre a Família. A palavra hebraica correspondente é ’em; e no grego é meter. Naturalmente, tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos, «mãe» é uma palavra muito comum. Aparece cerca de duzentas e dez vezes no Antigo Testamento e oitenta e duas vezes no Novo Testamento (começando em Mat. 1:18 e terminando em Apo. 17:5).

Apesar de ser bem sabido que as mulheres, em geral, não ocupavam posição muito proeminente na antiga cultura dos hebreus, pode-se dizer que a mãe, entre eles, era mais honrada do que sucedia entre outras culturas da mesma época. Nos casos de casamentos polígamos, a mãe de um filho era sempre a sua verdadeira mãe; e as demais mulheres do complexo não eram chamadas assim por aquele filho. Ver Gên. 43:29. É verdade que uma madrasta podia ser chamada de «mãe» (ver Gên. 37:10). Porém, uma madrasta geralmente era distinguida da verdadeira mãe, ao ser chamada de «mulher» do pai. Entretanto, a palavra «mãe», como também as palavras «pai», «filho», etc., eram usadas em um sentido muito amplo entre os hebreus, podendo indicar qualquer antepassado do sexo feminino (ver Gên. 3:20 e I Reis 15:10).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 20.

 

PAI, Significado

A palavra grega, pater, está relacionada à raiz que significa «nutridor» ou «protetor». Porém, no uso comum, havia muitas aplicações do vocábulo, como ao pai de uma pessoa, ao chefe de um clã ou nação, ao cabeça espiritual dos mesmos, ou a um líder espiritual, ou a alguém que ajudava a outrem para conseguir um significativo avanço espiritual, como o originador de alguma organização, filosofia ou religião; e também era usado como título de honra e respeito, incluindo os nomes Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO, da triunidade divina, ou então, DEUS como o Pai dos seres humanos e de outros seres inteligentes.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 12.

 

Ml 1.6 Se eu sou Pai, onde está a minha honra? Aqui temos a acusação formal de Yahweh contra os líderes religiosos do país. Por causa das muitas iniquidades e corrupções (deles mesmos e do povo que os imitou), eles caíram sob a maldição divina (Mal. 2.2). O Israel pós-exílico não prosperaria enquanto tivesse tais homens na liderança. Aqueles ímpios desprezaram Yahweh e Sua lei, rejeitando sua missão exaltada como sacerdotes. Eram os maiores infratores da lei mosaica e o próprio padrão de perversidade. A ira divina os golpearia, DEUS era Pai, e eles, Seus filhos, mas violaram esse relacionamento exaltado.

Não somos capazes de entender a essência de DEUS, mas podemos alcançar algum conhecimento através de termos aplicados a Ele e da observação de Suas operações no mundo. Podemos ver o amor de DEUS expressando-se mesmo em meio ao nosso mundo violento.

Uma Lição da África. Os missionários evangelizaram certa parte da África e fundaram algumas igrejas. Certo membro, antes zeloso, parecia ter esfriado. Um missionário perguntou a razão de sua aparente indiferença. Ele respondeu: “O senhor nos informa que DEUS é nosso Pai. Não preciso saber mais nada'. Das relações entre os homens, a de pai-filho é a mais exaltada. Aqueles religiosos tinham esquecido que Yahweh-Sabaote era Pai, e agiam como filhos do diabo, desrespeitando sua missão sagrada e o amor de DEUS-Pai.

Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa). (Efésios 6.2)

Além de ser Pai, Yahweh era também Senhor, e todos os homens sábios respeitam os senhores com autoridade sobre eles. A alusão é à escravidão. Os senhores tinham poder absoluto sobre seus escravos, que não tinham vontade própria. Os ímpios, que se revoltaram contra o Senhor, pagariam alto preço por sua rebeldia. Yahweh-Sabaote (título divino usado 24 vezes neste livro; ver Mal. 1.4) não olharia noutra direção, como eles pensaram em vão. Pelo contrário, eles seriam chicoteados com aquelas 39 chicotadas que lhes tirariam sua rebeldia e arrogância. Eles colocaram sua vontade contra a vontade divina, um erro crasso e custoso.

DEUS era Senhor, e eles, Seus escravos, mas eles não tinham respeito nem receio do Senhor Celestial. Eram alegadamente homens religiosos, mas na verdade ateus práticos. Em teoria honravam a DEUS, mas na prática honravam o diabo. Falavam de DEUS em discursos eloquentes, mas viviam de forma esquálida.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3705-3706.

 

 

2. OS PAIS ESPIRITUAIS.

O mandamento se refere também aos pais espirituais. É como Eliseu se dirigia ao profeta Elias: "Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!" (2 Rs 2.12). Isso aponta para um relacionamento íntimo entre o profeta e o discípulo que justifica uma linguagem familiar. Era uma maneira honrosa de tratar o mestre. O rei de Israel também se dirigiu ao profeta Eliseu com as mesmas palavras (2 Rs 13.14). Era algo atípico para um rei; no entanto, revela o reconhecimento por parte do rei Jeoás quanto à autoridade profética de Eliseu, que se encontrava moribundo. O profeta representava uma segurança para a nação. O relacionamento entre o rei e o profeta era de intimidade. Esse tipo de relacionamento entre Elias e Eliseu é visto também no Novo Testamento, pois Timóteo e Tito são reconhecidos também como filhos na fé do apóstolo Paulo (1 Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). Esses exemplos nos ensinam a amar, respeitar e honrar aqueles a quem DEUS constituiu autoridade espiritual sobre nossa vida.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 80.

 

Ele falou de Elias de forma muito honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar sua ausência.

Ele próprio tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai. Ele viu sua própria condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, e lamentou isto da forma adequada. Quando CRISTO deixou seus discípulos, não os deixou órfãos (Jo 14.15), mas Elias teve que fazê-lo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 549.

 

II Reis 2.12 — O termo pai neste versículo denota duas coisas: (1) mentor espiritual. Assim o era Elias para Eliseu; (2) a grandeza da reputação de Elias. Eliseu também é chamado de pai quando morre (2 Rs 13.14). Nessa ocasião, isso foi um verdadeiro tributo a Elias. As ações seguintes de Eliseu indicaram sua tristeza pela perda do seu mestre espiritual e amigo.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 598.

 

II Reis 2.12 Meu pai. Os discípulos dos profetas reconheciam o líder ou grupo ao qual pertenciam como seu pai espiritual. Esse título a respeito para uma pessoa de autoridade (Gn 45.8; Jz 17.10} foi passado mais tarde para Eliseu (6.21; 13.14).

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 477.

II Reis 2.12 Meu pai, mau pai. Esse título respeitoso endereçado a uma pessoa de autoridade (Gn 45.8; Jz 17.10; Mt 23.9) seria usado mais tarde com Eliseu (6.21; 13 14).

O profeta Malaquias declarou que Elias retomaria antes da vinda do "Dia do SENHOR" (MI 4.5). Elias prepararia o povo para o ministério do Senhor (1.8).

Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 430.

 

Metáforas Espirituais e a Família

1. A Igreja é a casa espiritual de DEUS (Efé. 2:19; Heb. 3:1-6).

2. A Igreja é a casa da fé (Gál. 6:10).

3. A salvação consiste na filiação e os filhos de DEUS chegam a participar da própria natureza de seu Pai celeste (Rom. 8:29; Col. 2:10; II Ped. 1:4).

4. Como membros da família espiritual de DEUS, somos herdeiros das riquezas celestiais e espirituais (Rom. 8:15-17).

5. Ter DEUS como pai significa que devemos buscar as suas perfeições (Mat. 5:48), como membros da família divina e isso implica em muitas e grandes responsabilidades morais e espirituais.

6. — Ter DEUS como pai também significa que contamos com os seus cuidados. Aquele que nota até a queda dos pardais, cuida de cada um de seus filhos (Mat. 10:31). Ver também Mat. 6:8. O Pai sempre tem consciência de nossas necessidades. Esse é o pensamento introdutório da oração do Pai Nosso, no sexto capítulo de Mateus. Ver o artigo separado sobre a Paternidade de DEUS.

7. CRISTO é o Filho e o herdeiro da casa de DEUS, e, através dele, também somos filhos e ele é o Filho mais velho da casa de DEUS (Gál. 3:23 — 4:7; Rom. 8:15-17).

8. Os crentes também são servos e mordomos na casa de DEUS (I Cor. 9:17; I Ped. 4:10).

9. Os laços matrimoniais envolvem elementos místicos, com a comunicação de energias vitais, conforme presumimos. Assim, de algum modo misterioso, — os cônjuges tornam-se uma só carne. Isso ilustra o mistério ainda maior da comunhão que há entre CRISTO e a sua Igreja, — que é chamada de sua noiva. Ver Efé. 5:30 ss.

10. O trecho de Apo. 21:2,9 mostra-nos que a futura glória da Igreja pode ser comparada a uma noiva que se prepara para seu noivo. Portanto, o casamento pode ilustrar a união que vincula CRISTO (o noivo) à Igreja (a sua noiva).

11. Disciplina. Todos os filhos cometem erros; e os pais, em determinadas ocasiões, precisam discipliná-los. Outro tanto ocorre na família celestial. Os filhos legítimos estão sempre sujeitos à disciplina do Senhor. Todavia, essa disciplina existe com a finalidade de beneficiar os filhos, e não meramente de castigá-los. Esse princípio é apresentado em Heb. 12:5 ss. Creio que esse princípio se aplica a qualquer juízo divino. Pois, apesar dos juízos de DEUS parecerem severos (serão tão severos quanto for necessário), seu propósito é beneficiar os julgados, mesmo no caso dos incrédulos. Certamente isso fica entendido em I Pedro 4:6, onde vemos que o juízo produzirá certa medida de vida espiritual; e o contexto (I Ped. 3:18 — 4:6, a descida de CRISTO ao hades) ensina-nos que estão em foco os desobedientes e não crentes. Ver o artigo separado sobre o julgamento. DEUS é o Pai de todos os seres vivos, e não apenas dos seus eleitos. Logo, é natural esperarmos que o seu amor, expresso por meio de julgamento, venha a aplicar-se a todos.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 682.

 

3. OS PAIS INTELECTUAIS.

O quinto mandamento se aplica também ao relacionamento secular, pois a figura do governante se assemelha à de um pai. Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área. Embora Faraó fosse a maior autoridade no Egito, ele honrou e respeitou um escravo hebreu simplesmente porque este tinha o conhecimento da vontade de DEUS: "senão DEUS, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa" (Gn 45.8). O rei do Egito nos dá o exemplo mesmo séculos antes da promulgação da lei. Isso deve servir como exemplo hoje nas igrejas. Esse respeito e essa consideração não se restringem apenas aos membros da Igreja e a seu pastor, mas vale também entre os próprios pares e companheiros de ministério. A hierarquia, portanto, é esta: DEUS, os pais e as autoridades eclesiásticas e civis.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 80-81.

 

"senão DEUS, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa" (Gn 45.8... me pôs por pai de Faraó.

Parece que temos aqui um título honorífico conferido ao primeiro-ministro, pois seu trabalho, na realidade, era o de um pai, que cuidava de todos os filhos ou súditos do reino, entre os quais Faraó era o irmão mais velho. Os imperadores romanos chamavam de pais aos prefeitos do pretório, segundo se vê nas missivas de Constantino a Ablávio. E os califas davam a mesma alcunha aos seus primeiros-ministros” (Adam Clarke, in loc.). José, no ofício de primeiro-ministro, combinava as funções de pai, senhor e governador, tendo-se tomado a segunda maior autoridade do Egito.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 271.

 

II. OBEDIÊNCIA

1. O VERBO HONRAR.

O quinto mandamento é construído de forma positiva: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dá" (Êx 20.12). O preceito começa com o verbo no imperativo intensivo kabbêd, "honra", do verbo kãbêd, "ser pesado, rico, honrado, glorioso". A construção intensiva hebraica traz a nuança de curvar-se em honra ou respeito. A segunda parte esclarece e especifica o significado do mandamento, que aparece de forma expandida em Deuteronômio: "Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR, teu DEUS, te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que te dá o SENHOR, teu DEUS" (Dt 5.16).

A raiz do verbo kãbêd aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico. O significado é de "ser pesado", com o sentido figurado de ser importante. O adjetivo derivado desse termo aparece duas vezes no Antigo Testamento com sentido literal para designar o peso do sacerdote Eli e o peso do cabelo de Absalão, filho de Davi (1 Sm 4.18; 2 Sm 14.26). A Septuaginta traduz esse verbo por diversos termos gregos que não é possível enumerar aqui, mas entre eles podem ser destacados doxazõ, "ser de opinião, pensar, honrar, glorificar", e seus derivados; e timaõ, "dar valor a, considerar digno, estimar, honrar, reverenciar", e seus derivados. Em ambos os verbos e seus respectivos derivados, como doxa e timê,m "glória" e "honra", o peso é figurado. Uma pessoa de peso significava alguém honrado, digno, importante, respeitado (Nm 22.15). Esses termos hebraico e grego lançam luz sobre a abrangência do quinto mandamento. A Bíblia aplica-os a DEUS (Sl 79.9; Is 40.5), que é "o rei da glória" (Sl 24.7-10), mesmo título dado ao Senhor JESUS CRISTO no Novo Testamento (1 Co 2.8).

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 78-79.

 

A Palavra e Seu Sentido Básico.

Honra é a consideração que o indivíduo merece receber, na forma de dinheiro, de título, de recompensa de qualquer tipo, em forma verbal, material ou espiritual. A honra envolve o respeito que é devido, que pode ser expresso de muitos modos. No artigo referido acima, damos as definições verbais básicas das palavras latinas, hebraicas e gregas envolvidas. Além dessas, há certas palavras que não foram levadas em conta ali, mas que precisam ser consideradas agora, a saber:

1. Doksa, «glória», «honra». Palavra usada por cento e cinquenta e sete vezes, conforme se vê, por exemplo, em João 5:41,44; 8:54; II Cor. 6:8; Apo. 19:7.

2. Time, «honra». Palavra que aparece por trinta e duas vezes com esse significado, conforme se vê, por exemplo, em João 4:44; Atos 28:10; Rom. 2:7,10; 9:21; 12:10; 13:7; Col. 2:23; I Tes. 4:4; Heb. 2:7,9; 3:3; 5:4; I Ped. 1:7; II Ped. 1:17; Apo. 4:9,11; 5:12,13; 19:1 e 21:24,26.

Honra envolve estima e recompensa. Pode ser prestada por meio de palavras, dinheiro ou de ações. Somos convidados a honrar a DEUS com nossas possessões materiais (Pro. 3:9). Honramos ao próximo, e assim cumprimos a lei do amor e honramos ao Pai de todas as almas, o qual se preocupa como o bem-estar de todos. Nossa maior possessão é o dom da vida, que deve ser utilizado no serviço e na adoração ao Senhor.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 159-160.

 

HONRA - A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5); glória e majestade (SI 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do valor.

O próprio DEUS merece toda a honra: o reconhecimento daquilo que Ele é, e a atribuição do louvor que lhe é devido. DEUS também pode fazer com que os homens sejam reconhecidos pelos outros: "DEUS deu riquezas, fazenda e honra" (Ec 6.2). Ele ordenou que fosse mostrado respeito aos pais (Êx 20.12) e aos mais velhos (Lv 19.32). Uma esposa virtuosa merece a estima de seu marido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3.7). Aqueles que honram a DEUS serão por sua vez honrados (1 Sm 2.30). O homem que persegue a justiça e a lealdade da aliança encontrará a honra (Pv 21.21).

Uma sugestão para o motivo pelo qual DEUS restaura a honra aos homens de modo redentor é dada no Salmo 8.5: DEUS fez o homem um pouco menor do que os anjos. O homem mais representativo, o Senhor JESUS, coroado com glória e honra por seu sofrimento de morte, traz a redenção e a glória final para os seus redimidos (veja Hb 2.5-10). A honra, como um subproduto da sabedoria e da piedade, é associada à vida no sentido de que só poderia encontrar seu cumprimento em uma imortalidade abençoada (Pv 3.16; 8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10). No NT grego, palavras significando valor e glória são traduzidos como honra. Os valores éticos estão em perspectiva. A honra descreve de forma majestosa a aprovação e a estima mútua entre o Pai e o Filho (2 Pe 1.17; Hb 2.9; Jo 8.49,54). A honra em glória redentora é concedida por DEUS aos homens (Rm 2.10; 1 Pe 1.7; Jo 12.26). Os homens e os anjos dão glória e honra a DEUS (1 Tm 1.17; Ap 4.9; 19.1) e a CRISTO (Jo 5.23; Ap 5.12ss.). Os homens devem buscar a honra ou a aprovação que vem de DEUS ao invés da aprovação dos homens (Jo 12.43). Entretanto, não devemos negar a honra que é devida aos outros (Rm 12.10): aos pais (Mt 15.4), às viúvas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e ao rei (1 Pe 2.17). O casamento, também, deve ser honrado por todos (Hb 13.4).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 936.

 

2. FILHO ADULTO.

Entrada na idade adulta.

O menino judeu era reconhecido como entrando na idade adulta aos treze anos de idade, mas não se sabe quando essa prática começou. Na época do Novo Testamento, o menino de treze anos se tornava um “filho da lei”. O relato sobre JESUS ter sido deixado para trás no templo, mostra que Ele estava deixando a infância (Lc 2.41-49). Essa foi a última vez em que Ele  compareceu à uma Páscoa como criança. Só depois dos treze anos o menino se qualificava para tornar-se um dos dez homens que podiam formar uma sinagoga.

GOWER. Ralph. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Editora CPAD. pag. 63.

 

 

3. A LUZ DA EXEGESE.

O mandamento de honrar pai e mãe não se restringe à infância e adolescência. Em nenhum lugar, a Bíblia ensina ser essa ordem somente para esta fase da vida. Quando o moço e a moça chegam à maioridade ou mesmo se casam, seus pais continuam sendo seus pais, e os filhos devem honrá-los e respeitá-los enquanto eles viverem. O apóstolo Paulo fala sobre a família e sobre a submissão da mulher ao marido (Ef 5.22ss). Isso faz alguns pensarem que a obediência dos filhos aos pais é um discurso dirigido apenas aos filhos menores. Mas tal linha de pensamento não se sustenta nem no Antigo Testamento nem no pensamento paulino aqui analisado. O texto traz o termo grego tekna,ss "filhos", plural de teknon. A ideia é de "descendente imediato ou direto de alguém, sem referência específica a sexo ou idade" (LOUW & NIDA, 2013, p. 106). Das cinco ocorrências do termo em Efésios, o contexto mostra que pelo menos três delas dizem respeito de forma inconfundível de adultos: "filhos da ira" (2.3); "filhos amados" (5.1); "filhos da luz" (5.8). Apenas uma delas sugere criança ou adolescente (6.4). Em 6.1, o termo parece ambíguo, mas seria precipitação aplicar esse ensino apenas a crianças e adolescentes. O verbo "obedecer" está na voz ativa, mostrando que se trata de pessoas moralmente livres para assumirem uma responsabilidade diante de DEUS. Todas as pessoas vivem sob e sobre autoridade; ninguém escapa dessa responsabilidade. JESUS disse: "Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6.38). Se aquele que é a maior autoridade no céu e na terra faz uma declaração como essa, o que não diremos nós?

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62.

 

A palavra «...obedecei...», no original grego, é «upakouo», que quer dizer «obedecer», «seguir», «estar sujeito a». Fica subentendido que aquilo que aos filhos é ordenado, seja justo, moral, correto, visando o desenvolvimento espiritual da criança, ou simplesmente apropriado para a vida e a conduta diárias. Seu trecho paralelo, de Col. 3:20, acrescenta «em tudo». Mas tudo deve estar sujeito à mesma condição de justiça, incluindo até mesmo questões indiferentes, atinentes à vida diária, que não têm conteúdo «certo» ou «errado». O pai da família deve assumir a «direção» do lar, tanto nas coisas importantes como nas incidentais. Mas, ao assim fazer, o pai deve manter uma atitude razoável, a fim de não alienar de si os seus filhos, satisfazendo os desejos razoáveis dos filhos o tanto que lhe for possível, para que seja reputado como gentil e cheio de consideração por eles, que dessa maneira o amarão e respeitarão, sujeitando-se naturalmente à sua autoridade, não querendo subjugá-los pelo temor ou pelo mero senso de obrigação.

Devemos notar que, em Rom. 1:30, a desobediência aos pais é nomeada entre os pecados sérios dos povos pagãos, que são reprovados por DEUS. E a própria natureza nos ensina a conveniência dos mais jovens e menos experientes se sujeitarem aos mais velhos, que já têm bastante experiência de vida, em suas exigências e inúmeras situações. Outrossim, dos pais crentes se espera que entendam as implicações espirituais da necessidade de obediência, para que assim exerçam a devida autoridade sobre seus filhos.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 635.

 

1 Diferente do caso das mulheres, a exortação aos filhos (como também aos escravos nos v. 5ss) é introduzida com o imperativo “obedecei”. Também essa expressão remete a uma ordem à qual os interpelados devem se ajustar.

A desobediência a essa ordem é expressão do castigo divino e ao mesmo tempo sinal do iminente fim dos tempos: “Nos últimos dias” serão “desobedientes aos pais” (2Tm 3.2; Rm 1.30; cf. também Tt 1.6).

No entanto, também neste caso a exortação geral é inserida imediatamente no horizonte da comunhão de CRISTO, que envolve pais e filhos: “Obedecei a vossos pais no Senhor.”

No texto paralelo de Cl 3.18-4.1 a ênfase nesse relacionamento singular com o Senhor da igreja ocorre com frequência e de maneira bastante similar: “Submetei-vos… no Senhor” (Cl 3.18; cf. v. 20); “no temor do Senhor” (Cl 3.22); “Fazei tudo no Senhor” (Cl 3.23); “Recebereis do Senhor a recompensa” (Cl 3.24); “Considerai que também vós tendes um Senhor no céu” (Cl 4.1). Isso explicita que também a ordem para o relacionamento entre pais e filhos, estabelecida na criação, não é anulada no âmbito da igreja cristã, sendo antes colocada sob o governo do CRISTO. Portanto, também aqui são combatidas todas as distorções dessa ordem causadas pelo pecado.

Por um lado, a justificativa para a obediência aos pais é genérica: “Porque isso é justo.” Geralmente Paulo utiliza o termo “justo” em oposição a “pecador”: embora por natureza “ninguém seja justo, nem sequer um só” (Rm 3.10), todavia “o justo viverá por fé” (Rm 1.17). Apesar disso ele também usa o termo “no sentido da justiça na vivência, que corresponde ao direito divino”.

2 A menção do quarto mandamento deixa claro que tal obediência é concretamente exigida pela ordem de DEUS. Ele é reproduzido textualmente da versão da LXX para Êx 20.12. Contudo, a locução “na boa terra que o Senhor teu DEUS te dará” é abreviada para “na terra”. Dessa forma Paulo adapta a citação à realidade dos leitores gentios cristãos: para eles a terra prometida Canaã foi substituída pela “riqueza da glória de sua herança”, que está pronta no céu (cf. Ef 1.18).

O sentido de “honrar pai e mãe” é elucidado por JESUS em Mt 15.3ss (par. Mc 7.10ss): o cuidado com os pais necessitados é dever irrenunciável dos filhos, que tampouco pode ser eliminado consagrando (korban) o dinheiro disponível ao templo (i. é, a DEUS). Por meio deste exemplo JESUS deixa claro que a explicação que os escribas dão para esse mandamento na realidade visa dissimular seu esvaziamento: em nome de uma suposta “finalidade” superior (templo/DEUS) contorna-se a dedicação aos pais concretamente demandada pelo mandamento de DEUS. Assim os supostos praticantes da lei revelam-se hipócritas. JESUS também cita esse mandamento ao enumerar os mandamentos para o “jovem rico” (Mt 19.19).

A relevância da instrução é sublinhada pelo adendo: “Esse é o primeiro mandamento com promessa.” Depois da primeira parte dos Dez Mandamentos, que se referem ao relacionamento do ser humano com DEUS, a exigência de honrar pai e mãe aparece em primeiro lugar na lista das regulamentações para a convivência. Desse modo o cerne da sociedade, a família, é colocado debaixo da proteção do mandamento divino. Por essa razão também o desprezo dessa exigência (“desobediente aos pais”; cf. o exposto sobre o v. 1) aponta para a dissolução escatológica da ordem divina e, consequentemente, para o iminente caos, ou juízo. Em contrapartida, a obediência ao mandamento recebe uma promessa especial.

Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.

 

III. SUSTENTO

1. CUIDADO.

Honrar pai e mãe é muito abrangente e envolve cuidar dos pais, principalmente na velhice: "Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). O termo "filho meu", frequentemente empregado em Provérbios, em geral se aponta para o aconselhamento de um mestre a seus discípulos, mas aqui ambos são mencionados, pai e mãe, referindo-se, portanto, aos pais naturais. O quinto mandamento vai além do sustento dos pais na velhice. É dever dos filhos proteger os pais, a sanção da lei é dura contra os que descumprem o quinto mandamento: "O que ferir a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá... E quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá" (Êx 21.15, 17). O v. 15 fala sobre violência física, e o v. 17, que é reiterado mais adiante de forma expandida (Lv 20.9), vai além do desprezo e do abandono. Amaldiçoar aqui significa depreciar e repudiar a autoridade dos pais. Além da agressão e do menosprezo em relação aos progenitores, a lei estabelecia a pena capital para o filho desobediente, o rebelde contumaz (Dt 21.18-21). Qualquer atitude de desonra era um grave insulto, e a punição da lei era a mesma para ambos os casos: agressão física e moral, violência e desrespeito. Por isso, a lei impõe respeito e honra aos pais (Êx 20.12; Dt 5.16). Desonrar a pai e mãe é desonrar a DEUS.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63.

 

A vontade de DEUS é que os filhos tenham uma alta estima pela sabedoria e experiência de seus pais. Devem considerar que a sabedoria não se adquire na escola, mas sim num longo aprendizado da vida. A experiência de errar e acertar, meditar e avaliar, ganhar e perder vão formando uma base para conduzir outros na vida.

Quando os filhos apreciam seus pais, é fácil respeitá-los e honrá-los. O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos pais. Esse respeito se manifesta pelo trato cordial, amável, cuidadoso. O contrário, ou seja, faltar com o respeito se manifesta por gestos e palavrões, prepotência, altivez e desprezo. Isto é muito comum no mundo atual. Ao se converter, o jovem terá que aprender como tratar seus pais. Será como que remar contra a correnteza deste mundo e não se deixar influenciar pelos exemplos negativos tão abundantes hoje em dia.

Muitos pais, quando atingem uma idade avançada, são abandonados e considerados como algo pesado. Sobretudo quando ficam enfermos e precisam de cuidados especiais. São deixados de lado, ignorados e muitos são levados aos asilos para que morram. Isso é fruto da rebelião e do menosprezo.

Honrar os pais é o primeiro mandamento com promessa. Quem o fizer, pode ter a segurança de que será próspero e terá longa vida (1Tm 5.4,8; Lv 19.32).

Honrar é um ato de amor, por exemplo: dizer a eles o quanto são importantes, falar deles a outros, presenteá-los fora das datas especiais, passar tempo com eles e conversar sobre o que eles gostam etc.

A Família - Série de Conselhos de DEUS. (https://palavrasdecristo.wordpress.com/tag/serie-conselho-de-deus/)

 

2. OFERTA CORBÃ.

«Corbã» simplesmente significa «oferta»; mas, neste caso, alude a algo dedicado a propósitos religiosos, como o templo. JESUS frisa que eles, com uma piedade fingida, tinham descoberto um meio de desobedecer ao quinto mandamento. Isso é bastante comum. Muitas pessoas acham conveniente ignorar princípios espirituais encastoados em passagens bíblicas claras, mediante algum «caso especial» ou «necessidade pessoal», o que, para eles, transcende a claros ensinamentos espirituais. Essa tradição de «Corbã» proferida sobre uma oferta, era tão forte que quem fazia tal voto era proibido de usar tal coisa, qualquer que fosse, com outras finalidades. No entanto, tinham descoberto um modo de evitar isso, tomando vagos os seus votos, a fim de que pudessem interpretá-los como bem quisessem.

A má intenção resulta no feito perverso. A mãe do indivíduo passa fome, os credores roubam-lhe sua propriedade, o filho retém o dinheiro, enganando tanto sua mãe quanto o templo; e tudo isso é possibilitado por uma tradição humana que fora elevada à posição de verdade divina. Mas desde o começo era péssima tradição. Mesmo que aquele filho desse uma dádiva ao templo, devido às circunstâncias, o que poderia ser digno de encômios torna-se um ato vergonhoso. Esse princípio pode ser lato bastante para servir de cautela aos ministros, para que cuidem de seus familiares e não negligenciem aos mesmos devido ao trabalho religioso em que se acham, sacrificando tudo pelo trabalho.

Sem dúvida os ministros deveriam buscar um equilíbrio apropriado em tomo da questão. E é óbvio que o «princípio» exarado no texto, mesmo que não seja o problema em foco, muito tem a ver com responsabilidade dos pais para com seus filhos. Pensemos nos missionários que permitem que seus filhos sejam criados por outros, a fim de que não se ocupem com os cuidados de uma família. Essa prática, apesar de ter algum senso prático —está longe de ter «senso espiritual». Não é mal maior negligenciar a própria mãe do que negligenciar um filho ou uma filha. Pois três coisas um pai deve a seus filhos; exemplo, exemplo, exemplo. Como pode um pai dar exemplo a um filho ausente?

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 718.

 

E fácil deduzir que é dever dos filhos, se os pais são pobres, ajudá-los, conforme a sua capacidade; e se os filhos que maldizem os seus pais merecem a morte, muito mais a merecem aqueles que não os sustentam. Se alguém estivesse de acordo com todos os pontos da tradição dos anciãos, eles descobririam um expediente pelo qual ele poderia ser liberado dessa obrigação (v. 11). Se os pais estivessem em necessidade, e o filho tivesse os recursos necessários para ajudá-los, mas não tivesse a intenção de fazer isso, ele poderia jurar pelo Corbã, ou seja, pelo “ouro do templo”, e pela “oferta que está sobre o altar”, e assim os seus pais não seriam beneficiados por ele; esse filho não os ajudaria. E, se eles lhe pedissem qualquer coisa, bastava que ele lhes respondesse isso, e seria suficiente.

Como se pela obrigação desse juramento iníquo alguém pudesse se liberar da obrigação imposta pela santa lei de DEUS. Observe a interpretação do Dr. Hammond: Um antigo cânone dos rabinos diz que os juramentos devem acontecer com referência a coisas ordenadas pela lei, e também a coisas indiferentes, para que, se alguém fizer um juramento (ou um voto) que não possa ser ratificado sem infringir um mandamento, o juramento seja ratificado, e o mandamento violado. Esta opinião está de acordo com a interpretação do Dr. Whitby. Os papistas ensinam uma doutrina como essa, isentando os filhos de qualquer obrigação para com os seus pais, por meio dos seus juramentos (ou votos) monásticos, e da sua admissão à religião, como eles os chamam. O Senhor JESUS conclui: “E muitas coisas fazeis semelhantes a estas”.

Onde os homens irão parar, quando tiverem feito com que a Palavra de DEUS dê lugar às suas tradições? Esses que avidamente impunham tais cerimônias, no início somente menosprezavam os mandamentos de DEUS em comparação com as suas tradições; mas, posteriormente, anulavam os mandamentos de DEUS, se estes entrassem em conflito com as suas tradições. Tudo isso, na verdade, Isaías tinha profetizado; aquilo que ele dizia sobre os hipócritas na sua época, aplicava-se também aos escribas e fariseus (v. 6). Observe que quando vemos a iniquidade dos tempos atuais, e reclamamos dela, se dissermos que os dias passados foram melhores do que estes, estaremos mostrando que não investigamos esse assunto mais a fundo (Ec 7.10). O pior dos hipócritas e malfeitores já teve os seus predecessores.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 441.

 

3. ENSINO DE JESUS.

JESUS CONTRASTA aqui as práticas humanas errôneas com a milenarmente honrada Palavra de DEUS. Há quem professe honrar a essa Palavra acima de tudo, mas vive repleto de falhas morais perversas, que destroem o sentido espiritual das Escrituras.

«À tradução de Goodspeed sobre essas palavras é muito sugestiva e embaraçosa; ‘Anulais o que DEUS disse pelo que transmitistes'. Levanta a questão; Qual é vosso ato privativo de anulação? Que porção da Palavra de DEUS apagais e deixais sem efeito? Podemos dizer que nunca fizemos tal coisa? As de nós anulam as palavras de JESUS: ‘perdoai setenta vezes sete’. Nesse ponto o ‘galileu é grande demais para nossos minúsculos corações'. Além de inflexíveis e vingativos, achamos que essas palavras são desconcertantes. ‘Invalidais’, disse JESUS. ‘Tomai a cruz e segui-me’ (Marc. 8:34). Mas é dificílimo tomar uma cruz. Isso estraga nossa carreira ansiosa, desimpedida através da vida». (Luccock, in loc.).

NOTEMOS como JESUS lança as Escrituras contra sua interpretação farisaica. Esse tipo de contraste, se for honestamente empregado, além de servir de estudo informativo, poderia melhorar nosso conhecimento e nossas ações, livrando-nos de certos dogmas que se baseiam somente sobre as tradições humanas.

O «etc.» de JESUS —muitas outras cousas semelhantes—, no fim deste versículo, envolve a todos nós, e não meramente aqueles fingidos religiosos. O seu «etc.» foi uma frase «retórico redundante... que expressa desprezo». (Bruce, in loc.). Essas são as «muitas coisas semelhantes» em que os modernos religiosos se envolvem. Todo aquele que segue os dogmas de qualquer denominação certamente se vê envolvido nessas coisas.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 719.

 

 

Mc 7.13 Pela terceira e última vez (v. 8,9,13) JESUS pronuncia uma acusação fulminante contra aqueles que se consideravam guardiães da Torá e se tinham colocado como juízes dele: invalidando a palavra de DEUS pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes. Na passagem paralela de Mt 15.13s, JESUS nega diretamente que a motivação deles tenha qualquer origem divina. Por isso DEUS haveria de exterminá-los. A seus discípulos ele ordena que se separem radicalmente deles. No fundo da cena pode-se ver a figura do tentador para a apostasia de Dn 7.15, cuja principal característica é a anulação dos mandamentos de DEUS. Emoção semelhante, à beira da explosão, constatamos no missionário Paulo quando encontra tendências judaizantes nas igrejas (Gl 1.6-9; 2.5,14; 3.1; 4.16-20; Fp 3.2). Legalismo e missões combinam como fogo e água.

Adolf Pohl. Comentário Esperança Evangelho de Marcos. Editora Evangélica Esperança.

 

Mc 7.13 O voto Corbã colocava efetivamente a tradição acima da Palavra de DEUS. Ser capaz de se isentar de um dos mandamentos de DEUS, adotando um voto humano, significava que os fariseus estavam invalidando a Palavra de DEUS.

JESUS acrescentou que os fariseus faziam muitas e muitas coisas como essa. E esse era apenas um exemplo da premeditada mesquinhez desses líderes religiosos que se colocavam acima de todas as pessoas, mas que, de fato, destruíam as leis que tinham tanto orgulho de parecer obedecer. Nesse exemplo, JESUS deixou claro a esses líderes religiosos hipócritas que a lei de DEUS, e não a tradição oral, deveria ser a verdadeira autoridade na vida das pessoas.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 234.

 

IV. ENTRE A LEI E A GRAÇA

1. AUTORIDADE DOS PAIS.

Os judeus colocam o quinto mandamento como dever do homem para com DEUS. Os mandamentos de caráter vertical, do compromisso do israelita com DEUS, de amar a DEUS acima de todas as coisas, de acordo com o ensino de JESUS, são teológicos e estão registrados na primeira tábua; os outros são de caráter horizontal, são preceitos éticos que constam da segunda tábua, resumidos no segundo mandamento de amar o próximo como a si mesmo. Esta é a interpretação judaica. Esta linha de pensamento mostra a relevância de honrar os pais, os quais são representantes de DEUS. Honrar pai e mãe ocupa um lugar de elevada consideração na lei porque a autoridade deles foi delegada por DEUS. Desobedecer a eles, portanto, é desobedecer a DEUS, pois eles estão investidos de autoridade sobre a vida e receberam a responsabilidade do bem-estar dos filhos.

O apóstolo Paulo ensina obedecer aos pais e explica, "porque isto é justo" (Ef 6.1). Ele está falando a respeito de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo. DEUS já havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de se revelar a Moisés no Sinai (Rm 1.19; 2.14, 15). Essa prática existe em todas as civilizações antes e depois de Moisés. Todos esses povos já reconheciam a importância de obedecer e respeitar aos pais como fundamento para uma sociedade estável. Sua inobservância sinaliza a decadência da estrutura social. Infelizmente, o que se vê na atualidade é inversão desses valores; os pais estão perdendo o direito de opinar e decidir sobre a vida dos filhos adolescentes por imposição até do Estado.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 81.

 

1. A obediência dos filhos a seus pais é algo moralmente justo, porque segue a ordenança divina.

2. Tal obediência também é socialmente correta, por refletir um arranjo conveniente e correto na sociedade humana.

3. Também é beneficentemente correta, devido aos seus bons resultados.

4. Também é biblicamente correta, pois concorda tanto com o Antigo como com o Novo Testamentos, em suas respectivas revelações.

5. Também é legalmente correta, pois foi ordenada nas Escrituras Sagradas, escritas por inspiração divina.

6. Também é naturalmente correta, pois segue as leis naturais.

7. Essa obediência dos filhos a seus pais é justa de acordo com os ditames do bom senso, porquanto é óbvio que uma pessoa mais velha, de forma geral, sabe o que deve ser feito nesta ou naquela oportunidade, do que os jovens inexperientes.

8. Portanto, tal obediência também é racionalmente correta, isto é, apropriada para as relações entre pais e filhos, pois seria uma monstruosidade se os filhos ditassem as ordens e seus pais as obedecessem.

9. Finalmente, a obediência dos filhos a seus pais é humanamente correta, pois todas as culturas humanas reconhecem quão prudente é que assim seja.

É interessante que vários intérpretes argumentam, com base neste versículo, em favor do «batismo infantil» ou do «batismo de crianças», supondo que a obediência exigida deve ser efetuada dentro dás relações cristãs, e pensando que somente o batismo em água pode levar a criança, a tal relação. Mas isso reflete uma maneira absurda de caçar textos do N.T. em favor de alguma prática, boa ou má, mas que não conta com qualquer apoio dogmático da parte do novo pacto.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 636.

 

E da mesma forma que aquele relacionamento começou com a chamada à submissão, aqui também os filhos são chamados: obedecei a vossos pais. Tanto aqui como em Colossenses 3:20 a “honra” do primeiro mandamento recebe a orientação específica de obediência. Então, no modo típico desta epístola, o apóstolo acrescenta a expressão no Senhor. Seu uso aqui não se deve ao fato de o apóstolo ter em mente “a situação em que as ordens dos pais possam contrariar a lei de CRISTO” (Bruce), e sim, a situação de um lar cristão. A epístola aos Colossenses pode ajudar a interpretar esta passagem quando diz que o fato de os filhos obedecerem aos pais “é grato diante do Senhor”. (RV) . Mesmo uma criança em sua simplicidade pode saber o que significa amar no Senhor e obedecer por Sua causa. Então a razão dada para a obediência choca por sua austeridade: pois isto é justo. Talvez seu pensamento seja o de que isso é aceito como correto em cada sociedade; é certo segundo a lei do Antigo Testamento; está de acordo com o exemplo do próprio CRISTO (Lc 2:51). Ou pode ser que a forma de sua expressão tivesse o objetivo de lembrar que em algumas coisas as crianças devem aceitar e obedecer antes de poderem compreender todas as razões.

Francis Foulkes. Efésios Introdução e comentário. Editora Vida Nova. pag. 134-135.

 

O apóstolo presume que entre aqueles que estarão ouvindo a leitura desta carta nas várias congregações se incluem as crianças. Elas integram o pacto de DEUS (Gn 17.7; At 2.38,39), e JESUS as ama (Mc 10.13-16). Se Paulo estivesse conosco hoje, sem dúvida que ficaria perplexo ante o espetáculo de crianças que assistem à Escola Dominical e logo depois vão embora sem se importarem com o culto de adoração que vem em seguida. Ele tem uma mensagem direta e especialmente dirigida às crianças. A implicação é evidente, ou seja, que também os sermões de hoje devem ser de tal natureza que mesmo as crianças possam entendê-los e receber deles alegria, ao menos em certo grau, segundo sua idade etc., e em certas ocasiões o pastor deve dirigir sua atenção especialmente para elas. A mensagem do apóstolo às crianças é que elas devem obedecer a seus pais. Além disso, essa obediência deve fluir não só do sentimento de amor, gratidão e estima por seus pais, embora essas motivações sejam muito importantes, mas também, e especialmente, da reverência devida ao Senhor JESUS CRISTO. Paulo diz que essa obediência deve ser no Senhor, e acresce: porque esta obediência é justa. A atitude correta do filho ao obedecer a seus pais deve ser, portanto, esta: Devo obedecer a meus pais porque o Senhor me ordena que assim o faça. O que ele diz é justo pela simples razão de ser ele quem o diz! É ele quem determina o que é justo e o que é injusto. Por isso, quando desobedeço a meus pais, estou desobedecendo e contrariando a DEUS mesmo. É verdade que, quando DEUS – ou, se se preferir, CRISTO – dá esta ordem, ele está exibindo sua sabedoria e amor. Por uma mercê de DEUS, esses filhos devem sua própria existência a seus pais. Além do mais, os pais, por sua vez, têm mais ideais, mais experiência, sabem mais, e por geralmente são mais sábios. Por outro lado, dadas as condições normais, até o tempo do matrimônio, ninguém ama a esses filhos com mais ternura do que seus pais. E mesmo depois que a relação pais-filhos tenha sido substituída (em certo sentido) pelos laços mais íntimos de esposo-esposa, os pais, se ainda vivem, continuam a amar seus filhos não menos que antes.

HENDRIKSEN. William. Exposição De Efésios. Editora Cultura Cristã. pag. 306-307.

 

2. O SISTEMA MOSAICO.

Os quatro primeiros mandamentos da lei mosaica tratam dos deveres do homem para com DEUS. Os últimos seis, tratam dos relacionamentos humanos. Por isso mesmo, as tábuas do testemunho, onde tinham sido inscritos os mandamentos, eram duas. Essas duas tábuas da lei incorporavam todas as atitudes apropriadas aos seres humanos.

Honrar aos próprios progenitores não somente é uma forma de piedade do mais alto calibre, como também é uma regra social de suprema importância, pois os conflitos domésticos naturalmente têm reflexos sobre a sociedade como um todo. Visto que os pais atuam como representantes de DEUS, ocupando o lugar de DEUS no seio da família, este quinto mandamento, na realidade, é uma aplicação dos dois primeiros mandamentos. Assim, honrar a Yahweh implica em honrar aos pais. A solidariedade familiar jamais poderá tomar-se um fato nos lugares onde houver filhos desobedientes, que tentem impingir sua voluntariedade às expensas dos pais. Dentro do contexto hebreu, honrar os próprios pais era uma parte vital da existência, tão vital quanto a respiração. Um filho que ousasse ferir seus pais sofria a pena de morte (Êxo. 21.15). Idêntico castigo cabia a quem amaldiçoasse qualquer de seus pais (Êxo. 21.17). Somente os zombadores insensatos rejeitariam esse princípio de respeito pelos próprios pais, e o fim deles é triste (Pro. 30.17).

Paulo reitera esse mandamento em Efésios 6.1-3. Todavia, o apóstolo também frisou sabiamente a responsabilidade dos pais para com seus filhos (vs. 4). E lembrou que o quinto mandamento é o primeiro mandamento que envolve uma promessa, ou seja, que os filhos obedientes serão abençoados com uma vida longa e feliz (Efé. 6.3). Nesse ponto, Paulo citou o trecho de Deuteronômio 5.16. A punição capital (ver a esse respeito no Dicionário) era imposta no caso de quatro crimes, mencionados em Êxo. 21.12-17 (que vide). Entre esses queremos destacar aqui a quebra do sexto mandamento (o homicídio; Êxo. 21.12,14) e a quebra do quinto mandamento (os abusos contra os pais; Êxo. 21.17).

Entre certas tribos indígenas do Rio Negro, no estado do Amazonas, Brasil, somente dois atos são tidos como aquilo que chamamos de pecados, ou seja, atos errados: abusar de qualquer modo da própria mãe e furtar. Entre eles, esses atos são considerados piores do que o homicídio, o qual, entre eles, é tão comum que deixou de ser censurado. Assim sendo, o código de ética daqueles indígenas incorpora somente o quinto e o oitavo mandamentos do decálogo mosaico.

Aristóteles pensava que as relações entre filho e progenitor são análogas àquelas que existem entre o homem e DEUS (Ethics, Nic. vii.12 par.5). O confucionismo alicerça toda a sua moralidade sobre as relações entre pais e filhos. Os egípcios enfatizavam a questão a ponto de ameaçarem a uma má vida pós-túmulo aos filhos que fossem desobedientes a seus pais (apud Lenormant, Histoire Ancienne, vs. 1, pág. 343 s.).

Interessante é notar que se os egípcios prometiam uma boa vida pós-túmulo aos filhos obedientes, o código mosaico só prometia uma boa vida neste mundo, uma vida longa e abençoada, mas nenhuma promessa de vida pós-túmulo, o que é típico no Pentateuco. Se existem alguns indícios sobre uma vida para além da morte biológica (como na doutrina do homem como partícipe da imagem divina; Gên. 1.26,27), essa doutrina só passou a ser destacada formalmente, no Antigo Testamento, nos Salmos e nos Profetas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 392.

 

Na verdade, esse mandamento diz: “Honra teu pai e ma mãe” (Êx 20.12). O verbo honrar (hebraico, kabbêct) tem o sentido literal de “ver com intensidade, ou seja, intensa autoridade e responsabilidade e, portanto, digno de máximo respeito”. Portanto, a atitude do indivíduo em relação aos pais não devia ser de fidalga indiferença, isso para não mencionar a atitude de zombaria e de insubordinação. Na hierarquia da criação, eles representavam a autoridade divina, assim, deviam ser reverenciados como se o Senhor fosse avaliado pela atitude deles. Como isso devia ser realizado na vida diária fica para ser visto junto com suas implicações para a vida contemporânea à parte da estrutura teocrática do Antigo Testamento.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 334.

 

12. Honra a teu pai e a tua mãe. Tal como o versículo 8, este é um mandamento categórico formulado positivamente. O mesmo princípio sob outra forma pode ser encontrado em 21:15,17: “ Quem ferir/amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será morto” . Este é chamado “ o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6:2), e assim o é, no sentido mais estrito da palavra, embora o versículo 6, onde DEUS demonstra “ o amor da aliança” aos que O amem e obedeçam, também seja virtualmente uma promessa. A promessa divina, contudo, é mais clara aqui, produzindo seus resultados na sociedade. Os que constroem uma sociedade na qual a velhice ocupa lugar de honra podem esperar confiantemente desfrutar do mesmo lugar algum dia. Tal doutrina não é muito popular em nossos dias, quando a juventude é adorada, e a velhice temida ou desprezada. O resultado é a loucura que leva homens e mulheres a lutarem por permanecer eternamente jovens, e acabar descobrindo ser isso impossível. Este mandamento é parte da atitude geral para com a Velhice em Israel (como símbolo e, idealmente, personificação da sabedoria prática da vida), elogiada em todo o Velho Testamento (Lv 19:32), c encontrada em muitos outros povos antigos, notavelmente entre os chineses. Não se pode precisar se o mandamento está relacionado à ideia de que sendo a vida sagrada e dom de DEUS, os doadores humanos da vida devem ser tratados com respeito: talvez um israelita não analisasse o mandamento deste modo. Para que se prolonguem os teus dias. Às vezes, indivíduos supersensíveis questionam a validade de uma promessa ligada a um mandamento. O hebraico, entretanto, não implica necessariamente em que a bênção prometida seja nosso motivo para obedecer ao mandamento, ao passo que assegura definitivamente qual seja o resultado de tal obediência.

Outros questionam a natureza material da promessa. Em dias do Velho Testamento, todavia, as promessas divinas eram normalmente formuladas em termos materiais, compreensíveis para aqueles que, por assim dizer, ainda estavam no jardim-de-infância de DEUS. Para aqueles que, até àquela altura, não tinham conhecimento definido de uma vida futura, “ dias prolongados” significavam possibilidade de continuada comunhão com DEUS, e eram por isso muito importantes. Por outro lado, alguns consideram esta promessa como um seguro de propriedade da terra que DEUS lhes daria: isto, por sua vez, traria glória a DEUS, por demonstrar Sua fidelidade às Suas promessas. Nós, com revelação mais completa, podemos “ espiritualizar” tal promessa sem esvaziá-la de seu conteúdo. Este mandamento é o ponto em que a atenção é desviada do relacionamento para com DEUS e se concentra no relacionamento com a comunidade que Ele criou. Assim, o conteúdo total dos dez mandamentos pode ser resumido em duas “ palavras” , não uma apenas: amor a DEUS e amor ao nosso próximo (Dt 6:5; Lv 19:18). Mais uma vez, não há contradição: a realidade de nosso amor declarado a DEUS é demonstrada pela realidade de nosso amor expresso para com nossos semelhantes (Jr 22:16).

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 152-153.

 

3. ADAPTADO SOB A GRAÇA.

Nós vivemos essas coisas como resultado da nossa nova vida em CRISTO e não por coerção da lei, que condena à morte os filhos rebeldes (Êx 21.15,17; Lv 20.9; Dt 21.18-21). O cristão está debaixo da graça e é guiado pelo ESPÍRITO SANTO para as boas obras que "DEUS preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.10). Cabe a cada um de nós não desperdiçarmos o privilégio e a oportunidade de honrar pai e mãe para não perdermos as bênçãos de DEUS.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 85.

 

Ef 6.2,3 Paulo acrescentou a autoridade da lei revelada à lei natural descrita em 6.1, citando o quinto mandamento, registrado em Êxodo 20.12: Honra a teu pai e a tua mãe. Obedecer e honrar são coisas diferentes. Obedecer significa fazer aquilo que o outro diz para fazer; honrar significa respeitar e amar.

Os filhos devem obedecer enquanto estiverem sob os cuidados de seus pais, mas devem honrá-los por toda vida. Este é o primeiro mandamento com promessa, a promessa de uma vida longa, cheia de bênçãos. De que modo este é realmente o primeiro mandamento que tem uma promessa? Alguns pensam que ele não é, nem o primeiro mandamento, nem o primeiro com uma promessa, pois o segundo mandamento contém uma promessa. Os comentaristas oferecem muitas explicações. Duas delas são muito úteis: (1) Este é o primeiro mandamento (após os primeiros quatro, que são mandamentos gerais) que trata de envolvimentos sociais e normas comportamentais. (2) Mais provavelmente, este é o primeiro mandamento básico destinado aos filhos, e contém uma promessa que se aplica a eles. Quando os filhos obedecem ao mandamento de honrar os seus pais, demonstram uma atitude de amor e respeito e a levam para o seu relacionamento com DEUS. Tal atitude cria uma comunidade que sustenta e protege os mais velhos. Em nível individual, quando cada pessoa cuida dos mais velhos, estes vivem mais, e os mais jovens ajudam a transmitir esses valores para a próxima geração.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 350.

 

Ef 6.2 A menção do quarto mandamento deixa claro que tal obediência é concretamente exigida pela ordem de DEUS. Ele é reproduzido textualmente da versão da LXX para Êx 20.12. Contudo, a locução “na boa terra que o Senhor teu DEUS te dará” é abreviada para “na terra”. Dessa forma Paulo adapta a citação à realidade dos leitores gentios cristãos: para eles a terra prometida Canaã foi substituída pela “riqueza da glória de sua herança”, que está pronta no céu (cf. Ef 1.18).

O sentido de “honrar pai e mãe” é elucidado por JESUS em Mt 15.3ss (par. Mc 7.10ss): o cuidado com os pais necessitados é dever irrenunciável dos filhos, que tampouco pode ser eliminado consagrando (korban) o dinheiro disponível ao templo (i. é, a DEUS). Por meio deste exemplo JESUS deixa claro que a explicação que os escribas dão para esse mandamento na realidade visa dissimular seu esvaziamento: em nome de uma suposta “finalidade” superior (templo/DEUS) contorna-se a dedicação aos pais concretamente demandada pelo mandamento de DEUS. Assim os supostos praticantes da lei revelam-se hipócritas. JESUS também cita esse mandamento ao enumerar os mandamentos para o “jovem rico” (Mt 19.19; par.).

A relevância da instrução é sublinhada pelo adendo: “Esse é o primeiro mandamento com promessa.” Depois da primeira parte dos Dez Mandamentos, que se referem ao relacionamento do ser humano com DEUS, a exigência de honrar pai e mãe aparece em primeiro lugar na lista das regulamentações para a convivência. Desse modo o cerne da sociedade, a família, é colocado debaixo da proteção do mandamento divino. Por essa razão também o desprezo dessa exigência (“desobediente aos pais”; cf. o exposto sobre o v. 1) aponta para a dissolução escatológica da ordem divina e, consequentemente, para o iminente caos, ou juízo. Em contrapartida, a obediência ao mandamento recebe uma promessa especial.

Ef 6.3 Não é possível transferir a abastança, vida longa e propriedade de terras diretamente para a nova aliança. Já mencionamos que “na terra” generaliza a expressão original. Ao mesmo tempo isso impede a espiritualização da promessa no sentido da vida eterna ou da herança celestial.

A promessa é conscientemente mantida no contexto do AT, mas ao mesmo tempo é aplica aos destinatários cristãos da carta aos Efésios. Da mesma maneira como riqueza e vida longa são a essência da bênção no AT, a múltipla bênção espiritual dos que creem é a dádiva singular enviada em JESUS CRISTO (cf. Ef 1.3). A comunhão com CRISTO é a bênção concedida àquele que anda no amor como “seguidor de DEUS” (Ef 5.1s), cumprindo assim os mandamentos de DEUS. Sem dúvida uma bênção possui um significado essencialmente espiritual, porém também pode ter aspectos físicos. No entanto, cabe levar em conta que – na perspectiva humana – também circunstâncias sumamente adversas, como sofrimento, aflição ou perseguição, são capazes de transmitir a bênção de DEUS.

Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.

 

A palavra «...honra...», é tradução do termo grego «timao», que quer dizer «dar um preço a», «valorizar», «estimar», ou seja, honrar, através do respeito apropriado. Inclui também a ideia de «reverência». No fundo de tudo rebrilha o «amor cristão», que se expressa mediante palavras e ações. Assim, pois, a criança que ama a seus pais mui naturalmente «honrará» ou «estimará» os mesmos, procurando fazer aquilo que lhes agrada. Esse amor e essa honra são o alicerce mesmo da obediência verdadeira, tornando-a uma atitude voluntária e livre, e não como se fora uma imposição, que a criança só atende aos muxoxos.

O mandamento aqui aludido é aquele que figura nos trechos de Êxo. 20:12 e Deut. 5:16, conforme o mesmo aparece na Septuaginta (versão grega do A.T., completada cerca de duzentos anos antes da era cristã). (Ver igualmente Mat. 15:4). Ã criança compete servir, amar e estimar seus pais, estando sujeita às suas ordens. Uma criança nada deveria fazer que desonre o nome de seus pais, mas tão-somente aquilo de que seus pais se possam sentir orgulhosos, e através do que o nome deles é exaltado perante outros, e ao seus próprios olhos.

«...o primeiro mandamento com promessa...» Essa declaração de Paulo tem provocado dificuldades entre os intérpretes. Alguns pensam que os dez mandamentos da legislação mosaica estão em foco. Nesse caso, esse é o único mandamento com promessa, e não apenas o «...primeiro...», embora também seja exatamente isso. O mandamento em pauta é o quinto do decálogo. Também existem intérpretes que consideram que o mandamento relativo ao sábado envolve uma espécie de «promessa geral», a saber, que DEUS abençoou esse dia e o santificou, ficando subentendida alguma forma de promessa de bênção àqueles que o guardarem. Nesse caso, então o «segundo» mandamento, e não o «quinto» é que tem a promessa aqui anexa. Ainda outros intérpretes argumentam que o quinto mandamento do decálogo ainda assim foi o primeiro mandamento divino a ser instituído, pois tal obediência foi determinada muito antes do sábado haver sido instituído como mandamento, como também a todos os demais mandamentos da legislação mosaica.

Tudo isso, entretanto, parece ser mero jogo de palavras, criado pelos intérpretes, na tentativa de oferecer explicações razoáveis sobre o que o autor sagrado queria dizer. E a tudo isso acrescente-se ainda o fato que alguns estudiosos pensam que a palavra «primeiro» deve ser traduzida aqui como «principal». Na opinião deles, esse seria o mandamento «mais importante», pois há uma promessa vinculada ao mesmo. Também há aqueles que pensam que esse teria sido o «primeiro» mandamento da segunda tábua, ao passo que há quem pense que se trata do primeiro mandamento quanto ao «tempo», e que o decálogo nem está em vista aqui. especificamente. Orígenes costumava explicar que todos os dez mandamentos eram «primeiros», isto é, em relação à legislação mosaica inteira; mas tal explicação não tem aplicação aqui.

Talvez a melhor explicação seja simplesmente aquela que diz que esse mandamento é o «primeiro e único com uma promessa a ele vinculada». Ou então, o que quer que Paulo tivesse em mente, ao assim dizer, isso se perdeu para nós, pois quiçá somente seus leitores judeus pudessem entendê-lo, embora nós mesmos não possamos alcançar seu raciocínio, motivo pelo qual sua ideia caiu para nós em obscuridade. Seja como for, não há nada de vital nessa questão. O que importa é que tal mandamento era tão importante, dentro da legislação do A.T., que mereceu o adorno de uma promessa a ele ligada, para encorajar a sua observância.

A passagem de Êxo. 12:20 é citada aqui. Tratava-se de promessa de bem-estar e de vida macróbia na terra de Canaã. Não se deve pensar aqui em vida eterna ou em vida espiritual, embora isso também esteja implícito. De fato, a observância de todos os mandamentos mosaicos estava vinculada à «vida», talvez tanto em seu aspecto físico como em seu aspecto espiritual. (Ver os trechos de Lev. 18:5 e Rom. 10:5, onde a «vida» é vinculada à observância dos mandamentos de DEUS).

É interessante observarmos que uma longa vida física foi prometida àquele que se mostrasse tão terno com as aves que não matasse a mãe dos filhotes, que porventura encontrasse em um ninho, embora pudesse retirar dali os filhotes ou os ovos ainda em processo de incubação (ver Deut. 22:6,7).

«...sobre a terra...» No grego e no hebraico há palavras diferentes para indicar o globo terrestre e uma região qualquer, embora em português ambas as idéias possam ser expressas pela palavra «...terra...» Portanto, em português não se nota a modificação havida na citação. A passagem de Êxodo falava na região de Canaã, mas Paulo usou em grego a palavra que significa o «globo terrestre», a fim de dar-lhe um sentido geral, não limitado à nação de Israel e à Terra Prometida.

Tal promessa de longa vida, naturalmente, não se revestiria de interesse particular para os cristãos primitivos, quando perseguições e martírios se multiplicavam. Além disso, a «adversidade» em geral caracteriza o homem abençoado, de conformidade com o N.T., ao passo que o A.T. ligava a «prosperidade material» com as bênçãos divinas. Outrossim, tal motivação não parece da mais elevada ordem para os crentes do N.T.. como deveria sê-lo para os judeus, que enfatizavam tão-somente a vida terrena e seus benefícios. O cristianismo se prende muito mais ao «outro mundo» do que o judaísmo. De fato, Crisóstomo sugeriu uma motivação superior a essa para os crentes, em relação a seus filhos: «Buscai não uma longa vida terrena para as crianças, mas que elas tenham vida sem limites e interminável no além». (Eph. Hom. xxi, 161A). Isso está mais de conformidade com o ponto de vista do cristianismo, que antecipa as felicidades celestes mais do que fixa os olhos na prosperidade atual. Não obstante, nada há de errado com uma vida longa à face deste planeta, contanto que essa vida seja usada para cumprir missões dignas, em prol da causa de CRISTO, bem como para benefício da humanidade em geral. Outrossim, os crentes, como toda e qualquer outra pessoa, fazem tudo quanto lhes é possível para terem vida longa, com a ajuda da medicina, de condições de vida melhoradas etc. Nada há de errado com essa promessa. Ela é desejável, ainda que não seja a bênção mais elevada que um crente possa buscar.

Não há neste texto qualquer indício de espiritualização de uma promessa do A.T., como se a «vida eterna» estivesse inclusa na mesma, mesmo que a lei mosaica não incorporasse o pensamento de outra vida que não a física, conforme já pudemos salientar nas notas sobre este versículo. Nenhuma «Canaã celestial» é prometida aqui. Tal promessa deve ser aceita literalmente, em seu contexto terrestre. E devemos notar que, além de vida física prolongada, é prometido «bem-estar». O que aqui é prometido é uma vida longa, próspera e feliz, o que dá a este mandamento e sua promessa um ponto de vista tipicamente judaico. No dizer de Barry (in loc.): «Essa promessa não é tão importante para nós como o era para os antigos; mesmo assim continua entre nós»..

Devemos acrescentar, ainda, que neste texto não há qualquer ideia de que a antiga lei mosaica continua em vigor para os crentes do N.T., e que somente os «acidentes» da lei mosaica, isto é, como ela era particularmente aplicada a Israel, em seu arcabouço cerimonial, foram eliminados. É uma estupidez um intérprete cristão tirar tal conclusão, porquanto é algo totalmente contrário ao que reza os trechos de Rom. 10:4 e Gál. 3:23-25, bem como contrário à teologia paulina e neotestamentária em geral. No entanto, não há nenhum erro ou dano para aquele que pensa que a ação moral correta, de conformidade com as recomendações da lei, não trazem as mesmas bênçãos que a ação moral correta o faz em qualquer época. A justificação não está em foco aqui. Mas a moralidade, em qualquer período da história, será acompanhada pelas bênçãos divinas, da maneira como ele resolver abençoá-la. DEUS pode conferir vida longa na terra aos obedientes; e o presente texto promete exatamente isso aos filhos que obedecerem e honrarem a seus pais, de acordo com a vontade de DEUS, em cada caso, não deixando de haver exceções—quando os pais exigirem de seus filhos coisas errôneas, ou quando o próprio DEUS quiser que alguém tenha vida curta à face da terra. Para isso, só DEUS sabe as razões. O que é dito aqui, pois, é dito em sentido geral, não visando necessariamente cada criança em particular.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 636-637.

ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.

 

Questionário da Lição 7 - Honrarás Pai e Mãe

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos

Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança

Comentários: Pr. Esequias Soares

 

RESPONDA CONFORME LIÇÃO ABAIXO DO QUESTIONÁRIO
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com "F" as Falsas

 

TEXTO ÁUREO
1- Complete:

"Vós, filhos, _________________________ em tudo a vossos _________________________, porque isto é ________________________ ao Senhor." (Cl 3.20)

 

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:

Honrar pai e mãe vai além da simples _________________________; implica amar e respeitar de forma _________________________, demonstrando espírito de __________________________.

 

I. O QUINTO MANDAMENTO
3- Quem são os pais biológicos, qual a função dos mesmos e a quem representam?

(    ) O propósito divino aqui é a sustentabilidade da estrutura familiar e a santificação da ordem social.

(    ) Os pais são representantes de DEUS na família; honrá-los e temê-los significa fazer o mesmo em relação a DEUS.

(    ) São eles que geram os filhos e são responsáveis pelo bem-estar deles, pelo seu sustento, alimentação, vestes, saúde e educação.

(    ) Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe, pois eles são seus heróis.

(    ) Esse relacionamento é semelhante ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31; Ml 1.6).


4- Qual a importância dos pais espirituais? Complete?

A expressão "o teu pai e a tua mãe" se aplica também aos pais _________________________, que devem ser honrados e respeitados pelos filhos na fé. Isso é visto na lei (2 Rs 2.12; 13.14) e na _________________________ (1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). A figura do _________________________ também se assemelha à dos pais; veja como Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). Assim, o mandamento abrange as autoridades espirituais e _________________________, que devemos respeitar.


5- Quem são os pais intelectuais e como devem ser honrados?

(    ) O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área.

(    ) Isso é visto no Faraó que constituiu José como primeiro-ministro do Egito (Gn 45.8).

(    ) Isso deve servir como exemplo nas igrejas atuais.

(    ) Muitos cristãos hoje precisam aprender a lição desse Faraó.

(    ) Em qualquer lugar em que chegarmos, iremos sempre encontrar alguém melhor do que nós em alguma área, e devemos ter humildade suficiente para reconhecer essa autoridade.


II. OBEDIÊNCIA
6- O que significa o verbo honrar?

(    ) Honrar pai e mãe é mandamento divino, e não sugestão humana (Êx 20.12; Dt 5.16; Mt 15.4).

(    ) O verbo honrar, kaved, é um imperativo intensivo hebraico, do qual vem o substantivo kavod, "honra, glória".

(    ) A raiz desse verbo aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico, e o significado é de "ser pesado", sentido figurado, cuja ideia é de ser importante (Nm 22.15).

(    ) É usado no Antigo Testamento com vários significados.

(    ) Um deles diz respeito ao temor, ao reconhecimento, responsabilidade e autoridade; em nosso contexto, refere-se a alguém merecedor de respeito, atenção e obediência (Lv 19.3).

 

7- Honrar pai e mãe é mandamento para qual faixa etária?

(    ) A ordem divina é para os adultos; não se restringe à infância e adolescência.

(    ) Não importa o estado civil ou o status social, todos devem respeitar e reverenciar de coração os pais.

(    ) Em nenhum lugar da Bíblia ensina que essa ordem seja somente para crianças e adolescentes.

(    ) Quando o moço e a moça chegam à maioridade, ou mesmo se casam, seus pais continuarão sendo os seus genitores e os filhos devem honrá-los e respeitá-los.


8-  À luz da exegese, qual a idade responsabilizada por DEUS, caso não honre seus pais? Complete?

O termo grego usado em Efésios para "filhos" é ________________________, plural de teknon; que indica descendente imediato sem especificar sexo ou idade. Aparece cinco vezes nesta epístola: "filhos da ira" (2.3); "filhos amados" (5.1); "filhos da luz" (5.8). Somente 6.4 sugere ________________________ ou adolescente. Em 6.1 parece ambíguo; seria precipitação aplicar esse ensino apenas às ________________________ e adolescentes. O verbo "obedecer" está na voz __________________________, mostrando que se trata de pessoas moralmente livres para assumir uma responsabilidade diante de DEUS (Ef 6.1).


III. SUSTENTO
9- Como deve ser o cuidado dos filhos com os pais, quanto ao sustento?

(    ) O sentido de deixar pai e mãe quando se casa (Gn 2.24) é a construção de um novo lar, e não o abandono dos pais.

(    ) DEUS é justo e retribuirá tudo o que o filho fizer com o pai e com a mãe.

(    ) Quem age dessa forma está semeando para o seu próprio futuro, pois colherá isso na velhice.

(    ) Há inúmeros exemplos no Antigo Testamento da responsabilidade do filho em cuidar do sustento dos pais (Gn 47.12; Js 2.13,18; 6.23; 1Sm 22.3).

(    ) O Senhor JESUS citou e viveu este mandamento (Mt 15.4, 5; 19.19; Mc 7.10-12; Lc 2.51).


10- O que é “ Oferta Corbã”?

(    ) O termo "corbã", korban, é aramaico e significa literalmente "sacrifício", mas o contexto aqui é algo muito triste.

(    ) Trata-se de um artifício para fugir "legalmente" do compromisso de sustentar pai e mãe na velhice.

(    ) O filho podia ser absolvido dessa responsabilidade se fizesse uma promessa de doação em dinheiro destinada ao Templo (Mc 7.11,12).

(    ) Era uma desculpa para não ajudar os pais, pois se consagrava a DEUS tudo o que possuía.

(    ) Assim, ele dizia aos pais que não podia oferecer ajuda nem fazer nada por eles porque tudo já estava comprometido diante de DEUS.


11- Qual o ensino de JESUS a respeito da oferta ou da doação de dinheiro ao templo?

(    ) DEUS não exige esse tipo de oferta de ninguém em sua Palavra, por isso o Senhor JESUS foi contundente com as autoridades religiosas de Israel.

(    ) Essa doutrina dos fariseus era uma afronta a DEUS e à sua Palavra (Mc 7.13).

(    ) Eles violavam a lei sob um manto de santidade, exibindo uma religiosidade externa e falsa.

(    ) Ninguém precisa sacrificar a família pela causa do evangelho.

(    ) Quem cuida do pai e da mãe já está fazendo a obra de DEUS; o cuidado da família deve ser prioritário, só depois é que vem a Igreja (1 Tm 5.8).

(    ) Esse é o pensamento cristão, que muitas vezes, infelizmente, é invertido entre nós.


IV. ENTRE A LEI E A GRAÇA
12- Como é ensinado pela bíblia sobre a autoridade dos pais?

(    ) Honrar e respeitar pai e mãe é um ensinamento que ocupa um lugar de elevada consideração na Bíblia. (    ) Desobedecer aos pais é desobedecer a DEUS, pois estão investidos de autoridade divina sobre a vida dos filhos e receberam de DEUS a responsabilidade pelo bem-estar deles.

(    ) A observação "porque isto é justo" (Ef 6.1) ou "porque isto é correto", como diz outra tradução (NTLH), significa tratar-se de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo.

(    ) DEUS já havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de se revelar a Moisés no Sinai (Rm 1.19; 2.14,15).

(    ) Essa norma existe em todas as civilizações antes e depois de Moisés, e foi dada a Israel como revelação e mandamento divinos (Mt 15.4).


13- No sistema mosaico, qual a promessa aos filhos que honram e obedecem aos pais, descrita no Decálogo?

(    ) É a longevidade: "para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dá" (Êx 20.12).

(    ) passagem paralela de Deuteronômio acrescenta o sucesso econômico: "para que te vá bem" (Dt 5.16).

(    ) Temos aqui uma prova incontestável de que originalmente este mandamento era exclusividade de Israel, pois fala sobre herdar a terra de Canaã.


14- Como o quinto mandamento foi adaptado sob a graça?

(    ) O apóstolo Paulo deliberadamente combina as palavras do quinto mandamento em ambos os textos do Decálogo, Êxodo e Deuteronômio: "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra" (Ef 6.2,3).

(    ) Aqui, a Terra Prometida não é citada nem especificada como no Decálogo: "que te dá o SENHOR, teu DEUS".

(    ) A Igreja, o povo de DEUS do novo concerto, não tem terra para herdar, pois a nossa herança é o céu (Fp 3.20).

(    ) Somos uma congregação de estrangeiros e peregrinos no mundo (1 Pe 2.11).


CONCLUSÃO
15- Complete:

O quinto mandamento é de fundamental importância para _________________________ uma sociedade estável. Todavia, o cristão o observa como resultado da sua ________________________ vida em CRISTO, e não por coerção da lei, que condena à morte os filhos rebeldes (Êx 21.15,17; Lv 20.9; Dt 21.18-21), pois na graça somos __________________________ pelo ESPÍRITO SANTO para as boas obras que DEUS preparou para andarmos nelas. Não desperdice, portanto, o privilégio e a oportunidade de _honrar__________________________ seu pai e sua mãe, para não perder as bênçãos de DEUS.

 

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NA LIÇÃO ORIGINAL ABAIXO

 

Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1º Trimestre de 2015 

Título: A Lei de DEUS — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança - Comentarista: Esequias Soares

Lição 7: Honrarás Pai e Mãe

 

TEXTO ÁUREO

“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor” (Cl 3.20).

 

VERDADE PRÁTICA

Honrar pai e mãe vai além da simples obediência; implica amar e respeitar de forma elevada, demonstrando espírito de consideração.

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O quinto mandamento era originalmente uma ponte entre as obrigações do israelita com DEUS e as do israelita com seu próximo, e liga os quatro primeiros mandamentos aos cinco seguintes. Oito dos dez mandamentos do Decálogo são proibições e dois são positivos, o quarto e o quinto. Temos aqui o segundo mandamento apresentado em fórmula positiva.

 

I. O QUINTO MANDAMENTO

1. Os pais biológicos 

O propósito divino aqui é a sustentabilidade da estrutura familiar e a santificação da ordem social. Os pais são representantes de DEUS na família; honrá-los e temê-los significa fazer o mesmo em relação a DEUS. São eles que geram os filhos e são responsáveis pelo bem-estar deles, pelo seu sustento, alimentação, vestes, saúde e educação. Não existe na vida alguém mais importante para o filho do que o pai e a mãe, pois eles são seus heróis. Esse relacionamento é semelhante ao de Javé com o seu povo Israel (Dt 1.31; Ml 1.6).

 

2. Os pais espirituais 

A expressão “o teu pai e a tua mãe” se aplica também aos pais espirituais, que devem ser honrados e respeitados pelos filhos na fé. Isso é visto na lei (2Rs 2.12; 13.14) e na graça (1Tm 1.2; 2Tm 1.2; 2.1; Tt 1.4). A figura do governante também se assemelha à dos pais; veja como Débora se considera mãe de Israel (Jz 5.7). Assim, o mandamento abrange as autoridades espirituais e civis, que devemos respeitar.

 3. Os pais intelectuais 

O respeito e a honra se devem também a quem se destaca pelo conhecimento em qualquer área. Isso é visto no Faraó que constituiu José como primeiro-ministro do Egito (Gn 45.8). Isso deve servir como exemplo nas igrejas atuais. Muitos cristãos hoje precisam aprender a lição desse Faraó. Em qualquer lugar em que chegarmos, iremos sempre encontrar alguém melhor do que nós em alguma área, e devemos ter humildade suficiente para reconhecer essa autoridade. 

II. OBEDIÊNCIA

1. O verbo honrar 

Honrar pai e mãe é mandamento divino, e não sugestão humana (Êx 20.12; Dt 5.16; Mt 15.4). O verbo honrar, kaved, é um imperativo intensivo hebraico, do qual vem o substantivo kavod, “honra, glória”. A raiz desse verbo aparece em todas as línguas semíticas, com exceção do aramaico, e o significado é de “ser pesado”, sentido figurado, cuja ideia é de ser importante (Nm 22.15). É usado no Antigo Testamento com vários significados. Um deles diz respeito ao temor, ao reconhecimento, responsabilidade e autoridade; em nosso contexto, refere-se a alguém merecedor de respeito, atenção e obediência (Lv 19.3).

 

2. Filho adulto 

A ordem divina é para os adultos; não se restringe à infância e adolescência. Não importa o estado civil ou o status social, todos devem respeitar e reverenciar de coração os pais. Em nenhum lugar da Bíblia ensina que essa ordem seja somente para crianças e adolescentes. Quando o moço e a moça chegam à maioridade, ou mesmo se casam, seus pais continuarão sendo os seus genitores e os filhos devem honrá-los e respeitá-los.

 

3. À luz da exegese 

O termo grego usado em Efésios para “filhos” é tekna, plural de teknon; que indica descendente imediato sem especificar sexo ou idade. Aparece cinco vezes nesta epístola: “filhos da ira” (2.3); “filhos amados” (5.1); “filhos da luz” (5.8). Somente 6.4 sugere criança ou adolescente. Em 6.1 parece ambíguo; seria precipitação aplicar esse ensino apenas às crianças e adolescentes. O verbo “obedecer” está na voz ativa, mostrando que se trata de pessoas moralmente livres para assumir uma responsabilidade diante de DEUS (Ef 6.1).

 

III. SUSTENTO

1. Cuidado 

O sentido de deixar pai e mãe quando se casa (Gn 2.24) é a construção de um novo lar, e não o abandono dos pais. DEUS é justo e retribuirá tudo o que o filho fizer com o pai e com a mãe. Quem age dessa forma está semeando para o seu próprio futuro, pois colherá isso na velhice. Há inúmeros exemplos no Antigo Testamento da responsabilidade do filho em cuidar do sustento dos pais (Gn 47.12; Js 2.13,18; 6.23; 1Sm 22.3). O Senhor JESUS citou e viveu este mandamento (Mt 15.4, 5; 19.19; Mc 7.10-12; Lc 2.51). 

2. Oferta Corbã 

O termo “corbã”, korban, é aramaico e significa literalmente “sacrifício”, mas o contexto aqui é algo muito triste. Trata-se de um artifício para fugir “legalmente” do compromisso de sustentar pai e mãe na velhice. O filho podia ser absolvido dessa responsabilidade se fizesse uma promessa de doação em dinheiro destinada ao Templo (Mc 7.11,12). Era uma desculpa para não ajudar os pais, pois se consagrava a DEUS tudo o que possuía. Assim, ele dizia aos pais que não podia oferecer ajuda nem fazer nada por eles porque tudo já estava comprometido diante de DEUS. 

3. Ensino de JESUS 

DEUS não exige esse tipo de oferta de ninguém em sua Palavra, por isso o Senhor JESUS foi contundente com as autoridades religiosas de Israel. Essa doutrina dos fariseus era uma afronta a DEUS e à sua Palavra (Mc 7.13). Eles violavam a lei sob um manto de santidade, exibindo uma religiosidade externa e falsa. Ninguém precisa sacrificar a família pela causa do evangelho. Quem cuida do pai e da mãe já está fazendo a obra de DEUS; o cuidado da família deve ser prioritário, só depois é que vem a Igreja (1Tm 5.8). Esse é o pensamento cristão, que muitas vezes, infelizmente, é invertido entre nós.

 

IV. ENTRE A LEI E A GRAÇA

1. Autoridade dos pais. 

Honrar e respeitar pai e mãe é um ensinamento que ocupa um lugar de elevada consideração na Bíblia. Desobedecer aos pais é desobedecer a DEUS, pois estão investidos de autoridade divina sobre a vida dos filhos e receberam de DEUS a responsabilidade pelo bem-estar deles. A observação “porque isto é justo” (Ef 6.1) ou “porque isto é correto”, como diz outra tradução (NTLH), significa tratar-se de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo. DEUS já havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de se revelar a Moisés no Sinai (Rm 1.19; 2.14,15). Essa norma existe em todas as civilizações antes e depois de Moisés, e foi dada a Israel como revelação e mandamento divinos (Mt 15.4).

 

2. O sistema mosaico. 

A promessa aos filhos que honram e obedecem aos pais, descrita no Decálogo, é a longevidade: “para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dá” (Êx 20.12). A passagem paralela de Deuteronômio acrescenta o sucesso econômico: “para que te vá bem” (Dt 5.16). Temos aqui uma prova incontestável de que originalmente este mandamento era exclusividade de Israel, pois fala sobre herdar a terra de Canaã.

 

3. Adaptado sob a graça. 

O apóstolo Paulo deliberadamente combina as palavras do quinto mandamento em ambos os textos do Decálogo, Êxodo e Deuteronômio: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.2,3). Aqui, a Terra Prometida não é citada nem especificada como no Decálogo: “que te dá o SENHOR, teu DEUS”. A Igreja, o povo de DEUS do novo concerto, não tem terra para herdar, pois a nossa herança é o céu (Fp 3.20). Somos uma congregação de estrangeiros e peregrinos no mundo (1Pe 2.11).

 

CONCLUSÃO

O quinto mandamento é de fundamental importância para conservar uma sociedade estável. Todavia, o cristão o observa como resultado da sua nova vida em CRISTO, e não por coerção da lei, que condena à morte os filhos rebeldes (Êx 21.15,17; Lv 20.9; Dt 21.18-21), pois na graça somos guiados pelo ESPÍRITO SANTO para as boas obras que DEUS preparou para andarmos nelas. Não desperdice, portanto, o privilégio e a oportunidade de honrar seu pai e sua mãe, para não perder as bênçãos de DEUS.

  

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Referências Bibliográficas (outras estão acima)

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.

Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.

BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.

www.ebdweb.com.br

www.escoladominical.net

www.gospelbook.net

www.portalebd.org.br/

http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva

 

 

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REVISTA BETEL 4Tr24 NA ÍNTEGRA

 

Lição 6, Betel, Honrar Pai E Mãe, Princípio Elementar Para A Estrutura E Estabilidade Da Família Natural, 4Tr24, comentários extras Pr Henrique, EBD NA TV

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 6

1- A IMPORTÂNCIA DA HONRA NO LAR

1.1. A família e a sociedade

1.2. Os pais devem receber honra de seus filhos

1.3. Bons filhos são sempre presentes

2- A HONRA ESTÁ ACIMA DE TUDO

2.1. A honra é uma atitude do coração

2.2. A honra é a base das boas relações

3. O peso da honra

3- LIÇÕES RELEVANTES ACERCA DA HONRA AOS PAIS

3.1. A obediência aos pais tende a preservar a vida dos filhos

3.2. A autoridade divina é a base de toda autoridade humana

3.3. JESUS CRISTO: maior exemplo de sujeição e obediência

 

TEXTO ÁUREO

Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Colossenses 3.20

 

VERDADE APLICADA

A obediência aos pais faz parte de um viver correto e que agrada ao Senhor.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar a importância da honra no lar e na sociedade.

Mostrar a honra como alicerce nas relações.

Listar aspectos importantes acerca da honra.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - Êx 20.12; Mc 710; Ef 6.1-3

ÊXODO 20.12. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu DEUS, te dá.

MARCOS 7.10.Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe, morra de morte.

EFÉSIOS 6.1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo 2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3. Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

 

HINOS SUGERIDOS - 126, 131, 141

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que a obediência aos pais seja algo constante em nossos lares.

 

INTRODUÇÃO

Os primeiros mandamentos tratam da relação entre o homem e DEUS e os demais apontam para o relacionamento entre os seres humanos. O quinto

mandamento trata de honrar pai e mãe, com a promessa de uma vida bem-sucedida e de longevidade [Ef 6.2-3].

 

1- A IMPORTÂNCIA DA HONRA NO LAR

O quinto mandamento trata do princípio da honra aos pais. Nele DEUS apresenta a importância da família e Seu plano em preservá-la, isso exige que cada filho contribua com sua porção de responsabilidade diante dos pais [Cl 3.20].

 

1.1. A família e a sociedade

O relacionamento entre pais e filhos tem sido o tema de grandes discussões em nosso tempo. O quinto mandamento trata da honra, um princípio que, praticado, pode de maneira poderosa transformar o contexto de nossa sociedade [ Cl 320]. Existe uma conexão muito poderosa entre a família e a sociedade, elas estão intrinsecamente ligadas. Sem famílias estruturadas, o resultado será nações desestruturadas. A maneira mais fácil de desintegrar uma nação é começar pela família , e a maneira com a qual os filhos podem destruir a família é desobedecendo a seus pais [Ef 6.2].

 

O plano de DEUS para preservar a família exige a guarda do quinto mandamento.

DEUS começa o princípio do amor ao próximo a partir de nossas casas. Nossa casa é o ponto de partida. Da mesma forma que o nosso relacionamento com DEUS é o princípio da aliança que nos proporciona vida diferenciada, o relacionamento entre pais e filhos é o ponto de partida para todas as relações humanas [Pv 22.6; CI 3.20].

 

1.2. Os pais devem receber honra de seus filhos

Por que pais devem ser honrados? Em primeiro lugar, devemos ter em n1ente que os pais são os representantes de DEUS na família; dar honra aos pais não significa apenas urna obrigação, mas deve fazer parte da vida de todo filho que entende o valor de um pai [Ml 1.6a]. Existem vários motivos pelos quais os pais devem ser honrados. Devem ser honrados porque é da vontade de DEUS que assim seja; devem ser honrados porque alcançaram esse status diante de seus filhos; devem ser honrados porque antes de existirmos eles já estavam ali, preparando tudo para a nossa chegada; devem ser honrados porque é nossa responsabilidade reconhecer que não existe na vida alguém mais importante para o filho do que seus pais [Ef 6.2]. Honrá-los e temê-los é como fazer o mesmo em relação a DEUS.

 

Existe uma responsabilidade grandiosa sobre a vida daquele que é pai ou mãe. Além de serem eles os geradores, pertence a eles também a responsabilidade de produzir um ambiente para os filhos, provendo a alimentação, abrigo, as vestimentas, a educação, além de preparar os filhos para alcançarem esferas maiores no curso da vida [Lc 11.11]. Bons pais estabelecem marcos poderosos na vida de seus filhos. Tais referenciais são como bússolas para guiá-los ao longo da vida nesta terra [Pv 22.28-29].

 

1.3. Bons filhos são sempre presentes

Sabemos que, mesmo sendo cristãos, não existem lares sem problemas. Sabemos também que o relacionamento com os nossos pais pode afetar de maneira positiva ou negativa nossas vidas. Biblicamente, o quinto mandamento nos ensina que a melhoria na qualidade de vida necessariamente passa por nossa convivência como filhos. Nosso relacionamento com nossos pais irá afetar todos os demais relacionamentos que tivermos. Mesmo assim, devemos, como bons filhos, amar nossos pais. O amor é o alicerce da honra, do cuidado, da retribuição e principalmente do carinho que merecem receber por serem nossos pais. Não existem pais perfeitos, assim como não existem filhos que não precisem de melhores ajustes. Porém, bons filhos sempre estão atentos às necessidades de seus pais e sempre estão presentes quando exigidos [Ef 6.1-3; Cl 3.20].

 

O quinto mandamento nos chama atenção para a honra. Infelizmente, somos bombardeados por tristes e estarrecedoras notícias acerca de filhos que se rebelaram contra a figura paterna. O contrário à honra é a desonra e a desonra coloca os filhos fora do alcance das bênçãos de DEUS. Esse mandamento porta consigo um destino profético na vida dos filhos. Os filhos que não honram seus pais são identificados na Bíblia como pessoas que estão vivendo fora da vontade de DEUS [Rm 1.30b; 2Tm 3.1-5].

 

2- A HONRA ESTÁ ACIMA DE TUDO

A palavra hebraica para "honra' é "kaved': que significa reconhecer o peso de uma pessoa e sua autoridade. Honrar os pais é dar a eles o devido peso de suas autoridades.

 

2.1. A honra é uma atitude do coração

Não podemos mudar a realidade da situação em que nascemos. Não tivemos influência na escolha de nossos pais, nem podemos alterá-los para que atendam aos nossos critérios de como devem agir [Hb 12.10]. Eles podem ter realizado essa tarefa com grande habilidade ou com muitos erros; o que eles fizeram ou deixaram de fazer inevitavelmente nos afeta; mas nunca pode ser exagerado dizer que somos mais profunda e permanentemente afetados por nossa atitude em relação aos esforços deles do que pelo método específico que eles usaram. É precisamente por isso que o quinto mandamento coloca a responsabilidade pelo sucesso da relação entre pais e filhos onde realmente pertence. Refere-se ao aspecto do relacionamento que nos afeta primeiro e mais; um aspecto que depende de nós. Embora não possamos escolher nossos pais nem os mudar, a atitude que assumimos em relação a eles depende definitivamente de nós [Ef 6.1-3J.

 

Honrar nossos pais significa fazê- los ficar bem, sendo bons e colaborando com eles em seus esforços para nos ajudar a sermos bem-sucedidos na vida. O quinto mandamento nos diz que devemos tirar nossas luvas de boxe e parar de nos opor a eles; que devemos ouvir seus conselhos e falar bem deles para os outros e encontrar maneiras de mostrar-lhes apreço e respeito (Pv 23.25].

 

2.2. A honra é a base das boas relações

A maneira como nos relacionamos com os nossos pais afetará profundamente nossos relacionamentos com as pessoas e com DEUS O princípio declarado no quinto mandamento é uma base sólida para um convívio saudável, harmonioso, na escola, no trabalho e, inclusive, em nosso matrimônio. De fato, a primeira vez que o casamento é mencionado na Bíblia, é descrito como a condição de um homem que deixa seu pai e sua mãe e se une à sua esposa [Gn 2.24]. Assim, o casamento é uma transferência e, em certo sentido, uma continuação do relacionamento que começou com nossos pais. Qualquer pessoa que tenha problemas não resolvidos em seu relacionamento com seus pais entrará no relacionamento conjugal com um sério revés e provavelmente terá problemas em outras áreas de sua vida também [Pv 1.8; 26.2].

 

Por ser um mandamento do Senhor, honrar nossos pais faz parte do processo para um viver com sabedoria e, assim, desfrutar das bênçãos que Nosso Pai Celestial tem reservado aos Seus [Sl 90.12]. Um relacionamento saudável com nossos pais é a base para bons relacionamentos, paz de espírito e sermos bem-sucedidos em nosso viver. Os filhos precisam obedecer aos pais e nunca os desprezar para não atrair maldição para suas tidas [Pv 1.8].

 

3. O peso da honra

Se honrar produz bênção sobre a vida dos filhos, a desonra certamente trará muitos males [Pv 19.26; Ef 6.1-3]. Rebelar-se contra a autoridade dos pais tem sido algo muito comum em muitos lares em nossos dias. A Bíblia traz um forte alerta para as últimas gerações, onde os filhos se tomariam problemáticos demais [2Tm 3.1-4]. Está claro que DEUS considera a desonra aos pais como um dos piores pecados que se possa cometer. Algumas das mais assustadoras maldições do Antigo Testamento são reservadas para os filhos que se rebelam contra seus pais [Lv 20.9; Dt 21.18-19, 21]. Evidente que tais castigos não se aplicam hoje. O apóstolo Paulo ao tratar em suas epístolas sobre o trato dos filhos para com seus pais, o faz no contexto de que tal conduta resulta da nova vida em CRISTO (Efésios 6 e Colossenses 3). E, quando menciona os filhos desobedientes, relaciona junto com as demais características de pessoas que estão vivendo em desacordo com os fundamentos de DEUS [Rm 1; 2Tm 3].

 

Os deveres dos filhos passam pela obediência) pela honra, pela proteção aos pais, principalmente quando estes chegam a uma idade mais avançada. Neste contexto, o filho tem o dever de cuidar de seus pais. Os filhos também devem ser estudiosos, trabalhadores, respeitadores, humildes e disciplinados. O filho inteligente não espera sofrer consequências para saber que não obedeceu aos seus pais, que, possivelmente, estavam certos [Pv 1.8].

 

3- LIÇÕES RELEVANTES ACERCA DA HONRA AOS PAIS

DEUS honra e abençoa os crentes que guardam este preceito de maneira especial. A promessa tem a ver com as bênçãos de DEUS e Seu cuidado por nós nesta vida. Afinal, as Escrituras pontuam que obedecer aos pais é a vontade de DEUS, é o certo,

é agradável ao Senhor [Êx 20.12; Ef 6.1; Cl 3.20].

 

3.1. A obediência aos pais tende a preservar a vida dos filhos

As crianças que honram e respeitam seus pais aprendem com seus ensinos, experiência e maturidade. Isso resulta em evitar muitos dos erros e falhas mais comuns em vida. A melhor maneira de evitar os erros da infância e da juventude é obedecer a esse mandamento [Pv 4.10-13; 6.20-23]. A obediência a este mandamento preserva a vida da família, da sociedade e das nações em geral. A rebelião e a desobediência por parte dos filhos produzem efeitos desastrosos na família, na sociedade e no país em geral. Produz filhos irresponsáveis, negligentes e desobedientes a todo tipo de autoridade. A obediência a este mandamento preserva também a vida das igrejas. Os crentes que não ensinam seus filhos a obedecerem têm muita pouca chance de seus filhos serem convertidos. Se os filhos não aprendem a obedecer aos pais, pode-se dizer que eles também não aprendem a obedecer a DEUS [1Pe 2.13-17].

 

Kevin De Young (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 97): "Qualquer pessoa do campo das ciências sociais, seja progressista, seja conservadora, tem de reconhecer que estudo após estudo demonstrou o seguinte: o melhor indicador para a saúde na condição de adulto, para passar na escola, ficar fora da prisão, manter-se longe das drogas e evitar a promiscuidade, bem como para qualquer outro padrão benéfico à sociedade, é o que acontece em casa. Que o ESPÍRITO SANTO ajude cada família que tem tido uma experiência de salvação em JESUS CRISTO, a ser um agente ativo na formação de uma geração que valoriza a obediência, honra, gratidão, o amor e serviço a DEUS e à família. Pois fará a diferença na sociedade e na igreja.

 

3.2. A autoridade divina é a base de toda autoridade humana

As Escrituras revelam que o Senhor DEUS, em Sua soberania, de acordo com o Seu plano para a humanidade, estabeleceu a família, o governo civil e a Igreja Essas instituições foram ordenadas por DEUS e colocadas em posição de autoridade para cumprir propósitos específicos, isto é, para a proteção, bem-estar e bênção dos seres humanos [Rm 13.1-7]. As pessoas que não aprendem a obedecer aos pais, mais tarde têm problemas com todo tipo de autoridade; ou seja, tanto com o governo, quanto com a igreja e especialmente com DEUS. Vivemos em um mundo cheio de anarquia e rebelião a nível governamental, eclesiástico e familiar> vemos o caos e a falta de submissão às autoridades estabelecidas por DEUS. Por trás desse caos está a falta de submissão a DEUS.

 

Na descrição dos tempos trabalhosos, Paulo destaca a falta de submissão a

qualquer tipo de autoridade. Paulo descreve os tais como: "desobedientes aos

pais" e como ingratos. Eles têm uma dívida de gratidão para com seus pais, mas

não reconhecem. Eles não agradecem a seus pais pelos anos de sacrifício que

receberam deles. São pessoas sem afeto natural: filhos que não se submetem a nada nem a ninguém. São amantes de si mesmos, gananciosos e vaidosos, ou seja, pessoas controladas pelo seu egoísmo e orgulho [2Tm 3.1-4].

 

3.3. JESUS CRISTO: maior exemplo de sujeição e obediência

O título deste subtópico pode causar surpresa. Afinal, JESUS CRISTO é Senhor! Contudo, antes de iniciar o Seu ministério na terra, a Bíblia revela que JESUS era submisso a José e Maria como um filho consciente e cumpridor dos Seus deveres [Lc 2.51]. "'Fazendo-se semelhante aos homens" [Fp 2.7) e sendo um judeu, JESUS foi identificado como carpinteiro e filho de carpinteiro [Mc 13.55; Mc 6.3]. Assim, podemos afirmar que Ele passou por várias fases em Seu crescimento e desenvolvimento como outros de Seu tempo. Quando na cruz, sofrendo como o Cordeiro de DEUS, não estava indiferente a sua mãe, pois a Bíblia diz: "vendo ali sua mãe' [Jo 19 .26]. Ele vê, sabe que ela precisa de cuidados e provê, falando ao discípulo amado para que a recebesse. O apóstolo Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, ressalta que JESUS, "na forma de homem" [Fp 2.8], humilhou-se e foi obediente até a morte.

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 2020, Lição 13) escreveu sobre JESUS, durante Seu n1inistério terreno, ter vivenciado diferentes níveis de relacionamento, inclusive o familiar, deixando exemplo e instruções aos Seus discípulos sobre tão relevante aspecto da natureza humana nesta terra: o aspecto relacional. De acordo com o plano divino de salvação, o Filho de DEUS «se fez carne e habitou entre nós', [Jo 1.14]. Tal acontecimento se deu dentro de um contexto familiar, que incluía uma mulher (Maria), cujo útero abrigou JESUS, um homem (José), esposo de Maria, que atuou como Pai após o nascimento de JESUS [Mt 13.55; Lc 4.22], bem como irmãos, que nasceram de Maria e José. Portanto, JESUS experimentou, também, em Sua passagem na terra na “forma de homem" [Fp 2.8], o relacionamento familiar. Assim, JESUS é o nosso maior exemplo também neste nível de relacionamento:'

 

CONCLUSÃO

Considerando que somos discípulos de JESUS e, consequentemente, povo de DEUS, que o ESPÍRITO SANTO ajude a cada filho a obedecer e honrar seus pais, convicto de que são atitudes e condutas corretas e que agradam ao Senhor, como revelado nas Escrituras. E, assim, nossas famílias sejam autênticas agências de promoção de valores que contribuam para uma sociedade mais justa, o bom testemunho cristão e no contínuo processo de edificação da Igreja, para a glória de DEUS.