LIÇÃO 13, MALAQUIAS, A SACRILIDADE DA FAMÍLIA





LIÇÃO 13, MALAQUIAS, A SACRILIDADE DA FAMÍLIA

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO

NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm  

 
 
TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24).
 
 
VERDADE PRÁTICA
É da vontade expressa de DEUS que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 128.3,4 O modelo da família
Terça - Ef 5.22-24 Submissão na família
Quarta - Ef 5.25-28 Amor sacrifical na família
Quinta - Ef 6.1-3 Obediência na família
Sexta - Sl 133.1 A comunhão no âmbito familiar
Sábado - Tt 2.2-6 A família que agrada a DEUS
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Malaquias 1.1; 2.10-16
1 Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de Malaquias. 2 Eu vos amei, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos amaste? Não foi Esaú irmão de Jacó? disse o SENHOR; todavia amei a Jacó
 
10 Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo DEUS? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais?  11 Judá foi desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho.  12 O SENHOR extirpará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, o que vela, e o que responde, e
o que oferece dons ao SENHOR dos Exércitos.  13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.  14 E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto. 15 E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade. 16 Porque o SENHOR, DEUS de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais.
 
 
Esboço DE MALAQUIAS - BEP - CPAD
Introdução (1.1)
I. A Mensagem do Senhor e as Perguntas Israel(1.2—3.18)
A. Primeira Mensagem: DEUS Amou Israel (1.2-5)
            Pergunta de Israel: “Em que nos amaste?” (1.2)
B. Segunda Mensagem: Israel Tem Desonrado ao Senhor (1.6—2.9)
            Perguntas de Israel: “Em que desprezamos nós o teu nome?” (1.6); “Em que te      havemos profanado?” (1.7)
C. Terceira Mensagem: DEUS Não Aceita as Oferendas de Israel (2.10-16)
            Pergunta de Israel: “Por quê?” (2.14)
D. Quarta Mensagem: O Senhor Virá de Repente (2.17—3.6)
            Perguntas de Israel: “Em que o enfadamos?”
            “Onde está o DEUS do juízo?” (2.17).
E. Quinta Mensagem: Voltai para o Senhor (3.7-12)
            Perguntas de Israel: “Em que havemos de tornar?” (3.7);
            “em que te roubamos?” (3.8)
F. Sexta Mensagem: Declarações Injustificáveis de Israel contra DEUS (3.13-18)
            Perguntas de Israel: “Que temos falado contra ti?” (3.13);
            “Que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos?” (3.14)
II. O Dia do Senhor (4.1-6)
A. Será um Dia de Juízo para o Arrogante e o Malfeitor (4.1)
B. Será um Dia de Triunfo para os Justos (2,3)
C. Será Precedido por uma Restauração Sobrenatural dos Relacionamentos entre Pais     e Filhos e entre o Povo de DEUS (4.4-6)

Autor: Malaquias
Tema: Acusações de DEUS Contra o Judaísmo Pós-Exílico
Data: Cerca de 430—420 a.C.

Considerações Preliminares
“Malaquias” significa “mensageiro de Jeová”. A opinião de que “Malaquias”, em 1.1, seja um título descritivo, ao invés de um nome pessoal, é altamente improvável. Embora não tenhamos mais informações no restante do AT a respeito do profeta, sua personalidade fica bem patente neste livro. Era um judeu devoto da Judá pós-exílica, e contemporâneo de Neemias. Era, provavelmente, um profeta sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da fidelidade ao concerto (2.4,5, 8, 10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (1.7—2.9), a idolatria (2.10-12), o divórcio (2.13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (3.8-10), revelam um homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a DEUS. O conteúdo do livro indica que (1) o templo já havia sido reedificado (516/515 a.C.), e que os sacrifícios e festas achavam-se plenamente restaurados; (2) um conhecimento geral da Lei havia sido reintroduzido por Esdras (c. 457—455 a.C.; ver Ed 7.10; 14.25,26); e (3) uma apostasia subseqüente ocorrera entre os sacerdotes e o povo (c. 433 a.C.). Além disso, o ambiente espiritual e a negligência contra as quais Malaquias clamava, assemelhavam-se à situação que Neemias encontrara em Judá depois de ter voltado da Pérsia (c. 433—425 a.C.), para servir como governador em Jerusalém pela segunda vez (cf. Ne 13.4-30); (b) os dízimos e as ofertas eram negligenciados (3.7-12; Ne 13.10-13); e (c) o concerto do casamento era violado, pois os homens judeus divorciavam-se para se casarem com mulheres pagãs, provavelmente mais jovens e bonitas (2.10-16; Ne 13.23-28). É razoável acreditar que Malaquias haja proclamado sua mensagem entre 430—420 a.C.

Propósito
Quando Malaquias escreveu, os judeus repatriados passavam novamente por adversidade e declínio espiritual. Eles se haviam tornado cínicos, e questionavam a justiça de DEUS, duvidando do proveito em se obedecer aos seus mandamentos. À medida que a sua fé minguava, iam se tornando mecânicos e insensíveis na sua observância ao culto divino, e indiferentes às exigências da Lei. Eles faziam-se culpados de muitos tipos de transgressões contra o concerto. Malaquias confronta os sacerdotes e o povo com o apelo profético (1) para se arrependerem de seus pecados e da hipocrisia religiosa para que não fossem surpreendidos pelo castigo divino; (2) para removerem a desobediência que bloqueava o fluxo do favor e bênção de DEUS; e (3) para voltarem ao Senhor e ao seu concerto com corações sinceros e obedientes

Visão Panorâmica
O livro, que consiste num sêxtuplo “peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de Malaquias” (1.1), está entremeado por uma série de dez perguntas retóricas e irônicas feitas por Israel com as respectivas respostas de DEUS por intermédio do profeta. Embora o emprego de perguntas e respostas não seja exclusivo de Malaquias, seu uso é distintivo por ser crucial à estrutura literária do livro.
O “peso” (ou “mensagem repressiva”) do Senhor proclamado por Malaquias é assim constituído: (1) DEUS reafirma seu fiel amor a Israel segundo o concerto (1.2-5). (2) DEUS repreende os profetas por serem vigilantes infiéis do relacionamento entre o Senhor e Israel segundo o concerto (1.6—2.9). (3) DEUS repreende Israel por ter rompido o concerto dos pais (2.10-16). (4) DEUS relembra a Israel a certeza do castigo divino por causa dos pecados contra o concerto (2.17—3.6). (5) DEUS conclama toda a comunidade judaica pós-exílica a arrepender-se, e a voltar-se ao Senhor, para que tornasse a receber as suas bênçãos (3.7-12). (6) A mensagem final refere-se ao “memorial escrito” diante de DEUS a respeito daqueles que o temem e lhe estimam o nome (3.13-18). Malaquias encerra seu livro com uma advertência e promessas proféticas a respeito do futuro “dia do Senhor” (4.1-6).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Malaquias. (1) De modo simples, direto e vigoroso, retrata vividamente o debate entre DEUS e seu povo. O debate é levado a efeito na primeira pessoa do singular. (2) Dá destaque ao método de perguntas e respostas na apresentação da palavra profética com nada menos que vinte e três perguntas trocadas entre DEUS e o povo. Sugere-se que o método adotado por Malaquias pode ter-se originado quando o profeta apresentou, pela primeira vez, sua mensagem nas ruas de Jerusalém ou nos átrios do templo. (3) Malaquias, o último dos profetas do AT, é seguido por 400 anos de silêncio profético. A longa ausência profética terminaria no surgimento de João Batista. Foi este o previsto por Malaquias como o antecessor do Messias (3.1). (4) A expressão “o SENHOR dos Exércitos” ocorre vinte vezes neste breve livro. (5) Destaca-se que a profecia final (que encerra a mensagem profética do AT) prediz que DEUS enviaria alguém como Elias para restaurar os pais piedosos em Sião, contrariamente às tendências sociais predominantes que levaram a desintegração da família (4.5,6).

O Livro de Malaquias ante o NT
Três trechos específicos de Malaquias são citados no NT. (1) As frases “amei a Jacó” e “aborreci a Esaú” (1.2,3) são registradas por Paulo em suas considerações sobre a eleição (Rm 9.13). (2) A profecia de Malaquias a respeito do “meu anjo, que preparará o caminho diante de mim” (3.1; cf. Is 40.3) é citada por JESUS como referência a João Batista e seu ministério (Mt 11.7-15). (3) Semelhantemente, JESUS entendia que a profecia de Malaquias a respeito do envio do “profeta Elias”, antes do “dia grande e terrível do SENHOR” (4.5), aplicava-se a João Batista (Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13).
Além destas três claras referências a Malaquias no NT, a condenação que o profeta faz do divórcio injusto (2.14-16) antevê o ensino do NT sobre o tema (Mt 5.31,32; 19.3-10; Mc 10.2-12; Rm 7.1-3; 1 Co 7.10-16,39). A profecia de Malaquias a respeito do aparecimento do Messias (3.1-6; 4.1-3) abrange tanto a primeira quanto a segunda vinda de CRISTO.
 
1.1 MALAQUIAS. Malaquias profetizou cerca de cem anos após os primeiros exilados terem voltado de Babilônia. Embora os repatriados tivessem, de início, reagido com zelo à sua restauração, com o decorrer dos anos a sua dedicação a DEUS foi diminuindo. Por volta de 430 a.C., Malaquias censura-os por sua falta de confiança em DEUS, adoração insincera e desobediência à lei divina.
1.2 EU VOS AMEI. Os israelitas achavam-se duvidosos quanto ao amor divino, por causa das aflições que sofriam. Chegaram, inclusive, a acusar a DEUS de ser infiel às promessas do concerto. O Senhor mostra-lhes, então, o cuidado especial que lhes vinha dispensando no decurso dos anos. Na realidade, era Israel que havia deixado de amar e honrar a DEUS por haver desobedecido à Lei (vv. 6-8).
1.3 ABORRECI A ESAÚ. A palavra "aborreci" significa apenas que DEUS escolhera a Jacó em lugar de seu irmão Esaú para herdar as promessas do concerto, e ser progenitor do povo escolhido, através do qual viria o Messias. A rejeição de Esaú e de seus descendentes nada tem a ver com o seu destino eterno. O desejo de DEUS era que eles viessem a servi-lo e a receber-lhe a bênção (ver Gn 25.23; Rm 9.13).
1.6-8 Ó SACERDOTES, QUE DESPREZAIS O MEU NOME. Malaquias apresenta uma acusação contra os sacerdotes da terra. (1) Eles desprezavam o Senhor, oferecendo-lhe animais aleijados ou doentes, o que contraria a Lei de DEUS (Lv 22.22). (2) Como crentes em CRISTO, devemos ofertar a DEUS o melhor que possuímos: nossa vida inteira como sacrifício vivo (Rm 12.1). O tempo que dedicamos à oração e ao estudo da Bíblia deve ser o horário nobre do dia, e jamais quando estivermos cansados para fazer outra coisa. (3) "A mesa do SENHOR" era usada para sacrificar os animais trazidos em oferenda pelos filhos de Israel.
1.11 SERÁ GRANDE ENTRE AS NAÇÕES O MEU NOME. Malaquias prediz o tempo quando as nações adorarão a DEUS com sinceridade e em verdade (cf. Is 45.22-25;49.5-7; 59.19). O DEUS da Bíblia será conhecido no mundo todo. Esta profecia está sendo parcialmente cumprida, com os missionários enviados até aos confins da terra para anunciar o evangelho de CRISTO. Uma maneira de demonstrarmos a genuinidade de nossa fé é ajudar no sustento e manutenção das missões mundiais.
2.1-4 Ó SACERDOTES. Os sacerdotes haviam corrompido o ministério para o qual DEUS os chamara. Eles não o temiam, nem lhe reverenciavam o nome. Não proclamavam a sua palavra, nem viviam uma vida virtuosa e reta. Por isso, DEUS lhes enviaria um castigo terrível: amaldiçoaria-os bem como ao seu ministério.
2.4-6 PARA QUE O MEU CONCERTO SEJA COM LEVI. Os sacerdotes tinham de ser escolhidos da tribo de Levi. DEUS usa a Levi e aos seus fiéis descendentes como exemplos do que devem ser os ministros do altar. Hoje, os obreiros precisam demonstrar as mesmas qualidades mencionadas nestes versículos: amor e respeito a DEUS, honestidade e retidão no viver, pregar a verdade e, mediante o exemplo e ensino, conduzir muitos à justiça.
2.9 FIZESTES ACEPÇÃO DE PESSOAS NA LEI. Os sacerdotes estavam demonstrando parcialidade quanto aos ricos e influentes, permitindo-lhes continuar nos seus caminhos iníquos e pecaminosos. Não os confrontava com a palavra de DEUS. Os pastores devem pregar todo o conselho divino (ver At 20.27), proclamando à congregação as exigências do DEUS justo e santo. Pregar as bênçãos de DEUS e omitir suas justas reivindicações é abominação diante dEle.
2.11-16 ABOMINAÇÃO SE COMETEU. Malaquias repreende os israelitas por causa de sua dupla transgressão da Lei de DEUS: divorciavam-se de suas esposas, e casavam-se com mulheres pagãs (ver as duas notas seguintes).
2.11 E SE CASOU COM A FILHA DE DEUS ESTRANHO. Os homens casavam-se com mulheres pagãs, prática esta proibida pela Lei de Moisés (ver Êx 34.15,16; Dt 7.3,4; 1 Rs 11.1-6). O NT declara que o crente não pode casar-se com incrédulo, por ser isto jugo desigual (ver 1 Co 7.39). O cristão que se casa com alguém que não se dedica ao Senhor, corre o risco de se apartar de CRISTO, o mesmo acontecendo com os filhos do casal.
2.14 A MULHER DA TUA MOCIDADE. Muitos homens eram infiéis às suas esposas, com as quais se haviam casado quando jovens. Agora procuravam divorciar-se delas, para se casarem com outras. O Senhor detesta tal ação, pois é movida pelo egoísmo. Ele declara que, do marido e da mulher, fez um só (v. 15). Em conseqüência destes pecados e transgressões, DEUS lhes virara as costas, recusando-se a atender-lhes as orações (vv. 13,14).2.16 ABORRECE O REPÚDIO. DEUS odeia o divórcio motivado por propósitos egoístas. Quem pratica tal tipo de divórcio, assemelha-se "aquele que encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos olhos de DEUS, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato (ver Mt 19.9).
3.1 ENVIO O MEU ANJO. Respondendo ao ceticismo do povo, Malaquias enfatiza a certeza na vinda do Messias. Antes, porém, que o Messias chegasse, Ele enviaria um mensageiro para preparar-lhe o caminho. Esta profecia foi cumprida quando João Batista apresentou-se como precursor de JESUS CRISTO (ver Mt 11.10; Mc 1.2; Lc 1.76; 7.27).
3.1-5 O ANJO DO CONCERTO. Este "anjo" é JESUS, o Messias. Neste trecho, a primeira e a segunda vindas de CRISTO são unidas numa só profecia.
3.2 O DIA DA SUA VINDA. O cumprimento final desta profecia dar-se-á na segunda vinda de CRISTO. Ele, então, purificará (v. 3) e julgará a Israel (v. 5), e expurgará todos os ímpios do país. Somente os justos hão de permanecer até o fim (cf. Is 1.25; Ez 22.17-22).
3.8 ROUBARÁ O HOMEM A DEUS? Os israelitas roubavam a DEUS ao deixarem de lhe trazer os dízimos (a décima parte do que ganhavam). O dízimo era exigido pela Lei de Moisés (Lv 27.30). (1) Por isto, DEUS ameaça com maldições os que, egoisticamente, recusam-se a contribuir (vv. 8,9), e promete abençoar os que sustentam a sua obra (vv. 10-12). (2) Os crentes do NT têm a obrigação de contribuir com os seus dízimos para manter a obra do Senhor tanto local quanto no campo missionário (ver 2 Co 8.2).
3.10 DERRAMAR SOBRE VÓS UMA BÊNÇÃO. Se o povo se arrependesse e se voltasse ao Senhor, e como sinal de seu arrependimento, passasse a sustentar a obra de DEUS e os seus ministros com os dízimos e ofertas, o Senhor o abençoaria de forma abundante. DEUS espera que demonstremos amor e devoção a Ele e à sua obra por meio dos dízimos e ofertas para que o seu reino seja promovido. As bênçãos que acompanham a fidelidade na contribuição financeira virão tanto nesta vida como na do porvir.
3.14 INÚTIL É SERVIR A DEUS. Os judeus acreditavam que a adoração externa seria suficiente para se merecer a bênção de DEUS, mas estavam enganados. Por isso, alegavam que não valia a pena servi-lo. Eles não conseguiam perceber que o seu coração não era reto diante do Senhor.
3.16 AQUELES QUE TEMEM AO SENHOR. Contrastando com a maioria, ainda havia uns poucos que honravam a DEUS. (1) O Senhor, então, promete que conservará no céu um registro permanente dos que o honram e o temem através de uma vida fiel diante dEle. Esta passagem assegura-nos que DEUS observa e anota nossa fidelidade e o amor que lhe dedicamos. Quando comparecermos diante de sua presença, Ele há de se lembrar de nossa leal dedicação, e nos tratará como seus filhos.
4.1 AQUELE DIA VEM. Este "dia" concerne tanto à primeira quanto à segunda vinda de CRISTO. O profeta fala como se ambas fossem um único evento. Semelhante superposição é vista freqüentemente nas profecias do AT (ver Zc 9.9,10 notas). Os que se entregam ao orgulho e à iniqüidade, serão excluídos do reino de DEUS (cf. 3.2,3; Is 66.15; Sf 1.18; 3.8; 1 Co 6.9-11).
4.2 MAS PARA VÓS, QUE TEMEIS O MEU NOME. O dia do Senhor implicará também na salvação e livramento de todos quantos o amam e o servem. No reino de DEUS, a sua glória e justiça brilharão como o sol, trazendo aos fiéis a bondade, a bênção, a salvação e a cura de maneira mais que abundante. Tudo será endireitado! O povo de DEUS saltará de alegria tal como os bezerros ao se verem livres no campo.
4.4 LEMBRAI-VOS DA LEI DE MOISÉS. Malaquias alerta que, para se sobreviver ao dia do Senhor, é necessário obedecer a Lei de Moisés. A fé em DEUS implica na obediência sincera ao Senhor. Os crentes, hoje, não estão desobrigados da observância dos requisitos morais da Lei do AT, juntamente com os mandamentos de CRISTO (ver Mt 5.17)
4.5 EIS QUE EU VOS ENVIO O PROFETA ELIAS. Malaquias profetiza que Elias viria ministrar antes que chegasse o dia do Senhor. O NT revela que esta profecia refere-se a João Batista (Mt 11.7-14) que, "no espírito e virtude de Elias" (ver Lc 1.17), preparou o caminho ao Messias. Alguns ainda crêem que Elias virá outra vez. Desta feita, aparecerá no período da tribulação para atuar como uma das duas testemunhas men-cionadas no Apocalipse (ver Ap 11.3).
4.6 CONVERTERÁ O CORAÇÃO DOS PAIS AOS FILHOS. O ministério do profeta vindouro teria por objetivo reconciliar as famílias com DEUS e consigo próprias, i.e., entre seus respectivos membros. João Batista direcionava sua pregação neste sentido (Lc 1.17). (1) Não poderá haver bênçãos, nem vida abundante no ESPÍRITO, se o povo de DEUS não fizer da autoridade familiar, do amor e da fidelidade, as prioridades absolutas da igreja. A pureza e a retidão do lar precisam ser mantidas. Doutra forma, nossas congregações fracassarão. (2) A responsabilidade pela realização de tais tarefas cabe ao pai de família. Os pais devem amar os filhos, orando por eles (ver Jo 17.1), dedicando-lhes tempo, advertindo-os contra os caminhos ímpios, e ensinando-lhes diligentemente a Palavra de DEUS e os padrões de retidão. (3) Os pastores também devem fazer do alvo de João Batista sua própria meta na condução da igreja a fim de prepará-la à vinda do Senhor (ver Lc 1.17).
 
 
Malaquias - Revista 2002 Juvenis - CPAD - Profetas Menores
 
"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a DEUS, e o que não serve" (Ml 3.18).
 
Objetivos: Após esta aula, seu aluno deve estar apto a:
Entender que DEUS não aceita qualquer coisa como oferta, ou um culto prestado de qualquer jeito.
Saber que não devemos esquecer-nos do pacto que temos com DEUS.
Compreender que DEUS não deseja que seu povo se misture, casando-se com pessoas que não fazem parte do seu aprisco.
Reconhecer que DEUS trata os justos como seu tesouro peculiar.
 
ENSINANDO A LIÇÃO
Estudaremos nesta lição o livro do profeta Malaquias. Este livro encerra as profecias do AT e marca o início de um período de quatrocentos anos de silêncio profético. Malaquias foi o terceiro profeta que profetizou após o exílio. Seu ministério desenvolveu-se durante os dias de Neemias. O propósito deste livro era fazer um apelo ao povo a sair da hipocrisia religiosa para se voltar a DEUS e ao seu concerto com corações sinceros e obedientes.
SOBRE O AUTOR
O nome Malaquias significa "Meu mensageiro". Pouco se sabe acerca do profeta Malaquias. A única menção a ele e feita no primeiro versículo do seu próprio livro. Malaquias prediz a vinda de João Batista, o precursor do Messias. Veja o cumprimento desta profecia: Mt 3.3; 11.10-14; 17.9-13; Mc 1.3; 9,10-11; Lc 1.17; 3.4; Jo 1.23.
 
Avisos e repreensão aos infiéis:
Mensagens a nação inteira
 
Após o exílio o povo voltou a transgredir praticando os mesmos pecados do cativeiro, menos a idolatria. A nação vivia novamente um momento de declínio espiritual. A fé minguava e o povo tornava-se indiferente as exigências da lei, realizando o culto de forma desordenada. Pior ainda, muitos questionavam a DEUS e duvidam da sua justiça; outros perguntavam se valeria a pena servir ao Senhor (2.17; 3.14,15). Malaquias repreende aquela nação mostrando sua ingratidão diante do grande amor de DEUS para com seu povo que escolhera Jacó, elegendo-o como filho seu (1.2,3).
 
Mensagens aos sacerdotes
Malaquias exorta os sacerdotes que, de forma inescrupulosa, desonravam a DEUS na forma de cultuá-lo. Veja as questões apresentadas pelo profeta:
 
- Falta de reverência - “... desprezais o meu nome" (1.6). O povo havia se tornado insensível e indiferente. Havia uma correta hipocrisia religiosa. Um "faz de conta". O povo já não era tão idólatra como os seus pais, que foram levados para o cativeiro. Havia uma preocupação quanto à questão da idolatria. Porem havia outro problema tão grave quanto o primeiro. O povo dizia servir somente a DEUS, porém DEUS era tratado com desdém. Atualmente, ocorre o mesmo. Há pessoas que "louvam", se emocionam, oram, no entanto, continuam praticando os velhos costumes que desagradam a DEUS. Dizem-se cristãs, mas desonraram o nome de DEUS com seu mau testemunho. O verdadeiro cristão é diferente do mundo.
 
- Oferecimento de sacrifícios defeituosos - Os sacerdotes desrespeitavam DEUS oferecendo-lhe coisas vis e desprezíveis, “ ...ofereceis sobre o meu altar pão imundo" (v.7b), “ Vós ofereceis o roubado, e o coxo e o enfermo" (v.13). DEUS não aceita qualquer coisa como oferta, ou um culto prestado de qualquer jeito. “... Ser-me-á isto aceito de vossa mão? Pois maldito seja o enganador que promete e oferece ao Senhor uma coisa vil" (13,14). Devemos oferecer o melhor para DEUS. A viúva pobre foi enaltecida por oferecer a JESUS tudo quanto possuía. A mulher que quebrou o vaso de alabastro e ungiu JESUS foi elogiada por ter feito tudo quanto ela podia fazer. E você está disposto a oferecer o melhor que possui para DEUS?
 
Certo irmão, que trabalha numa multinacional, levou um relatório a seu superior. Este, antes de ler o que estava escrito, perguntou-lhe: "Isto é o melhor que você pode fazer?" Ele prontamente respondeu: “Não! Acredito que posso fazer melhor." O chefe devolveu-lhe o relatório e disse: “ Volte e faça o melhor que você pode e, em seguida, traga-me". Enfatize para seus alunos que devemos, da mesma forma, oferecer o melhor para DEUS.
 
- Indiferença e descontentamento - Os sacerdotes consideravam a obra de DEUS enfadonha. “Mas vos profanais quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida é desprezível. E dizeis: Eis aqui que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos exércitos (1.12,13). Havia certa indiferença e descontentamento no desempenho do serviço de DEUS. Não devemos realizar a obra de DEUS relaxadamente (Jr 48.10).
 
- Violação do pacto Levítico - Os sacerdotes já não cumpriam as qualidades que o pacto requeria. "Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes o concerto de Levi, diz o Senhor dos Exércitos (2.8). Jamais nos esqueçamos do pacto que temos com DEUS (Hb 10.16,23).
 
Mensagens ao povo
Malaquias censura o povo contra três graves problemas:
 
- Problemas nas relações familiares
- Muitos haviam se divorciado de suas esposas e casado com mulheres estrangeiras que viviam no paganismo (2.11,14,15; Ne 13.23-27). DEUS estabeleceu o matrimônio com o propósito que este durasse para sempre (Mc 10.6-9). Por outro lado, ele não desejava que seu povo se misturasse casando-se com pessoas que não fazem parte do seu aprisco (II Co 6.14). Procure enfatizar que o matrimônio é uma instituição divina. O casamento foi instituído antes que o pecado entrasse no mundo. DEUS criou o matrimônio com alguns propósitos básicos:
1. Companheirismo e satisfação amorosa do casal (Gn 2.18; Ec 9.9; I Co 11.9-11).
2. Propagação do gênero humano através do impulso genético (Gn 1.28).
3. Preservação da pureza moral na família e na sociedade. (I Co 7.2; I Ts 4.3,4).
4. Estabelecimento do lar, o qual deve ser uma pequena Igreja, uma pequena comunidade, uma pequena escola e uma pequena oficina (Gilberto, A.)
 
- Ceticismo - Havia uma descrença nas coisas de DEUS. Os cépticos insinuavam que os malfeitores agradavam a DEUS em virtude de estes prosperarem (3.14,15) e exclamavam: “Inútil é servir a DEUS" (v.14). Malaquias repreende o povo e diz que DEUS não muda e fará juízo contra todos os transgressores. Em seguida apresenta uma lista de pecados que serão julgados (3.5,6).
 
- A retenção do dizimo - Finalmente Malaquias mostra que o povo roubava a DEUS, à medida que não dizimava (3.8). Veja as referências bíblicas em relação ao dizimo (Lv 27.30; Nm 18.21). A expressão "todos os dízimos" (v,10) sugere que algumas pessoas não traziam seus dízimos ou não dizimavam honestamente. O povo estava retendo uma parte do que deveria ser trazida a casa do Senhor. O dízimo precisa ser entregue inteiro. Não cabe a pessoa que dizima administrá-lo ou usá-lo para fazer obras de caridade, ou mesmo enviá-lo a missionários etc. O dizimo precisa ser trazido a "Casa do Tesouro" (Ne 13.5). A obediência ao Senhor em relação aos dízimos resultará em grandes bênçãos. Malaquias apresenta uma grande promessa de DEUS para aqueles que são fiéis dizimistas: “... fazei prova de mim diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha maior abastança (v.10).
 
O tesouro particular de DEUS
Apesar da situação em que se encontrava o povo após o exílio, quando a chama religiosa estava prestes a se apagar, havia um grupo de fiéis que não aceitava os argumentos dos cépticos, mas procurava aprofundar sua relação com DEUS. DEUS faz uma distinção entre
o justo e o ímpio. Entre aquele que lhe serve e o que não o serve (3.18). Malaquias mostra que haverá uma restauração da ordem moral que existia nos dias pré-exilicos, com a punição dos ímpios e justificação dos justos. Enquanto ao ímpio resta o castigo, aos justos, virá a benção. DEUS trata os justos como seu tesouro peculiar (v.17), seus nomes e seus feitos são registrados num memorial (v.16). O sol da justiça nascerá para os que temem a DEUS, mas para os ímpios vira como forno ardente (4.1,2).
 
Predições e promessas
Malaquias encerra o seu livro exortando o povo a lembrar-se da lei de Moisés. Em seguida promete que antes do Dia do Senhor DEUS enviaria o precursor do Messias, que viria no poder e no espírito de Elias para preparar o caminho para a chegada do Messias. A vinda desse profeta reconciliaria pais e filhos, e desviaria a maldição. Após as profecias de Malaquias, houve quatrocentos anos de silêncio profético. Durante este período não houve nenhuma manifestação de DEUS para o povo de Israel. Este silêncio profético foi quebrado quando João Batista apareceu no deserto pregando a mensagem do arrependimento (Mt 3.1-12). Em seguida, veio JESUS trazendo luz para a humanidade que vivia em densas trevas espirituais (Is 9.3)
 
CONCLUSÃO
Querido irmão (ã), guarde consigo as lições extraídas desses livros Proféticos. Lembre-se, você é especial para DEUS. E um tesouro particular de DEUS. Portanto: "Em todo tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça" (Ec 9.8). CRISTO virá em breve. Aleluia! 
 
INTERAÇÃO
Comumente isolamos um assunto de determinado contexto literário ignorando o tema central daquela obra. O livro de Malaquias é o exemplo perfeito disso. Quando falamos nele, pensamos logo em "dízimo". É como se "Malaquias" e "dízimo" fossem termos amalgamados. No entanto, veremos que o assunto predominante do profeta Malaquias não é o dízimo (este apenas é tratado num contexto de corrupção sacerdotal e da nação), mas contrariamente, é o relacionamento familiar e civil entre o povo judeu que constituem o seu tema principal.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias.
Reconhecer quais são as implicações de um péssimo relacionamento familiar.
Conscientizar-se que é vontade de DEUS vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, chegamos a última lição desse trimestre. Estudamos os doze livros dos Profetas Menores. Sugerimos que você inicie a aula dessa semana fazendo uma recapitulação dos profetas estudados anteriormente. Pergunte aos alunos qual o profeta que eles mais gostaram e o porquê.  Você também pode relembrar o período histórico dos profetas e o propósito dos livros. Para auxiliar na recapitulação, utilize o esquema da Orientação Didática da Lição 1. E para introduzir a lição de hoje, use o esquema abaixo, mostrando aos alunos um panorama geral do livro de Malaquias.
 
ESBOÇO DO LIVRO DE MALAQUIAS
Introdução (1.1)
Parte I: A Mensagem do Senhor (1.2 - 3.18)
Primeiro oráculo: o amor de DEUS por Israel (1.2-5)
Segundo oráculo: pecados dos sacerdotes        (1.6 - 2.9)
Terceiro oráculo: pecados da comunidade         (2.10-16)
Quarto oráculo: a justiça divina (2.17 - 3.5)
Quinto oráculo: ofensas rituais (3.6-12)
Sexto oráculo: os servos de DEUS (3.13-18)
Parte II: O Dia do Senhor (4.1-6)
Para o arrogante e malfeitor (v.1)
Um dia de triunfo para os justos (v.2,3)
Restauração dos relacionamentos entre pais e filhos e entre o Povo de DEUS (v.4-6)
 
RESUMO DA LIÇÃO 13, MALAQUIAS, A SACRILIDADE DA FAMÍLIA
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico.
a) O governador de Judá.
b) A indiferença religiosa.
2. Vida pessoal de Malaquias.
3. Estrutura e mensagem.
II. O JUGO DESIGUAL
1. A paternidade de DEUS (2.10).
2. A deslealdade.
3. O casamento misto (2.11).
a) Abominação.
b) Profanação.
III.  DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
1. O relacionamento conjugal (2.11-13).
2. O compromisso do casamento.
3. A vontade de DEUS.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema do livro de Malaquias é a denúncia contra a formalidade religiosa, a prática da corrupção generalizada entre os fariseus e escribas e o despertamento da nação de Judá.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O jugo desigual ou casamento misto, é a união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação ou profanação.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A poligamia e o divórcio são obstáculos aos propósitos divinos. 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"Malaquias, o profeta           
[...] DEUS sempre amou seu povo, dizia Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e na verdade retribuía-o com desonra e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois enquanto se empenhavam em importar o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios sacerdotes se voltavam contra DEUS, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.10). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiânico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade" (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.548-49).
 
VOCABULÁRIO
Lassidão: Prostração de forças, cansaço.
Purgar: Tornar puro, purificar.
Perfídia: Deslealdade, traição.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
 
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 52, p.42.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 13, MALAQUIAS, A SACRILIDADE DA FAMÍLIA
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Portanto, ___________________________________ o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua ____________________________, e serão ambos uma _________________________________" (Gn 2.24).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
É da _______________________ expressa de DEUS que levemos a _______________________ o nosso relacionamento com Ele, com a __________________________ e com a sociedade.
 
COMENTÁRIO  - INTRODUÇÃO
3- Quais mensagens Malaquias enfoca em seu livro?
(    ) A mentalidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família.
(    ) A sacralidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família.
(    ) A realidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família.
 
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
4- Qual o contexto histórico do livro de Malaquias?
(    ) O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério.
(    ) Não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento.
(    ) O livro só menciona o ano em que foi escrito.
 
5- Há evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e social do livro de Malaquias. Quais são?.
(    ) Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por "príncipe" na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou "governador", na ARA e TB (1.8).
(    ) O termo indica um governador persa e é aplicado a Esdras.
(    ) O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias.
(    ) O seu equivalente na língua persa é tirshata ("tirsata, governador").
(    ) A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada.
(    ) As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas; o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras; e o descuido com os dízimos.
(    ) Tudo isso aponta para o período em que Esdras ausentou-se de Jerusalém.
(    ) Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém.
(    ) O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes e equivale a 445-433 a.C.
 
6- Como era a vida pessoal de Malaquias?
(    ) A expressão "pelo ministério de Malaquias" (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal.
(    ) A forma hebraica do seu nome é mal'achi, que significa "meu servo".
(    ) A forma hebraica do seu nome é mal'achi, que significa "meu mensageiro".
(    ) A Septuaginta traduz por angelo sou ("seu mensageiro, seu anjo"). O termo é ambíguo, pois pode referir-se a um nome próprio ou a um título.
(    ) Entendemos que Malaquias é o nome do profeta, uma vez que nenhum livro dos doze profetas menores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente?
 
7- Como é a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias?
(    ) A profecia começa com a palavra hebraica massá - "peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia".
(    ) O discurso é um sermão contínuo com perguntas retóricas que formam uma só unidade literária.
(    ) São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo três.
(    ) São cinco os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo cinco.
(    ) O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com os fariseus e escribas na época do ministério terreno de JESUS.
 
II. O JUGO DESIGUAL
8- Por que podemos adotar a paternidade de DEUS (2.10) para conosco?
(    ) A ideia de que DEUS é o Pai de todos os seres humanos é biblicamente válida.
(    ) A criação divina dá base para isso e garanta uma relação pessoal com Ele.
(    ) O Antigo Testamento expressa que essa paternidade refere-se a Israel.
(    ) A criação divina dá base para isso, embora não garanta uma relação pessoal com Ele.
(    ) JESUS, porém, fez-nos filhos de DEUS por adoção.
(    ) Por isso, temos liberdade e direito de chamar ao Senhor de Pai.
 
9- O que é deslealdade no livro de Malaquias?
(    ) O termo "desleal" aparece cinco vezes nessa seção.
(    ) O termo "desleal" aparece sete vezes nessa seção.
(    ) Trata-se do verbo hebraico bagad, que significa "agir traiçoeiramente, agir com infidelidade".
 
10- O que nos ensina a bíblia sobre união matrimonial com cônjuges estrangeiros?
(    ) Não profanar o concerto dos pais - estabelecido no Sinai que permite a união matrimonial com cônjuges estrangeiros, desde que se convertam ao judaísmo - é uma instrução ratificada em o Novo Testamento.
(    ) Não profanar o concerto dos pais - estabelecido no Horebe que proíbe a união matrimonial com cônjuges estrangeiros - é uma instrução não ratificada em o Novo Testamento.
(    ) Não profanar o concerto dos pais - estabelecido no Sinai que proíbe a união matrimonial com cônjuges estrangeiros - é uma instrução ratificada em o Novo Testamento.
 
11- O que é e qual a punição prevista para o casamento misto (2.11)?
(    ) É a união matrimonial de um homem com outro homem ou de mulher com outra mulher.
(    ) É a união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente.
(    ) O profeta chama isso de abominação e profanação.
(    ) Os envolvidos são ameaçados de extermínio juntamente com toda a sua família (2.12).
 
12- O que é abominação?
(    ) O termo hebraico para "abominação" é halal e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva.
(    ) O termo hebraico para "abominação" é toevah e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva.
(    ) A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc.
(    ) Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar.
 
13- O que é profanação? Complete:
Profano é aquele que trata o sagrado como se fosse _______________________________ (Lv 10.10; Hb 12.16). A "santidade do SENHOR", que Judá profanou (2.11), diz respeito ao Segundo Templo, pois em seguida o oráculo explica: "a qual ele ama". Aqui Malaquias considera o casamento misto como _____________________________________ da Lei de Moisés: "Judá [...] se casou com a filha de _________________________ estranho" (2.11b). A expressão indica mulher pagã e idólatra. E mais adiante inclui também o _________________________________________ (2.13-16).
 
III.  DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
14- Como é o relacionamento conjugal (2.11-13) em Malaquias?
(    ) Malaquias é um dos três livros da Bíblia que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na sociedade.
(    ) Malaquias é o único livro da Bíblia que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na sociedade.
(    ) As lágrimas, os choros e os gemidos descritos aqui são das esposas judias repudiadas.
(    ) Elas eram santas e piedosas, mas foram injustiçadas ao serem substituídas por mulheres idólatras e profanas.
(    ) As israelitas não tinham a quem recorrer.
(    ) Nada podiam fazer senão derramar a alma diante de DEUS.
(    ) Por essa razão, o Eterno não mais aceitou as ofertas de Judá.
 
15- Com respeito ao casamento, o que vale para os nossos dias?
(    ) DEUS permite o divórcio, desde que haja concordância de ambas as partes.
(    ) DEUS não ouve a oração daqueles que tratam injustamente o seu cônjuge.
(    ) O marido deve amar a sua esposa como CRISTO ama a Igreja.
 
16- Como é o compromisso do casamento na Bíblia?
(    ) A ruptura de um casamento só pode ser feita mediante divórcio amigável.
(    ) Os votos solenes de fidelidade mútua entre os noivos numa cerimônia de casamento não são um acordo transitório com data de validade, mas "um contrato jurídico de união espiritual".
(    ) O próprio DEUS coloca-se como testemunha desse contrato.
(    ) A ruptura de um casamento é deslealdade e traição.
(    ) A reação divina contra tal perfídia é contundente.
 
17- Qual a vontade de DEUS com relação ao casamento? 
A construção gramatical hebraica do versículo 15 é difícil. Mas muitos entendem o seu significado como defesa da ______________________________________. DEUS criou apenas uma só mulher para Adão, tendo em vista a formação de uma descendência _____________________________ (2.15). A poligamia e o __________________________________ são obstáculos aos propósitos divinos. É uma desgraça para a família! Por isso, o Altíssimo aborrece e odeia o ________________________________________ (2.16). Ele ordena que "ninguém seja desleal para com a mulher da sua _________________________________" (2.15).
 
CONCLUSÃO
18- Complete:
A sacralidade do relacionamento ________________________ deve ser levada em consideração por todos os _________________________________. Todos devem levar isso a sério, pois o _______________________________ é de origem divina e _________________________________, devendo, portanto, ser honrado e venerado.
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002 = ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
Livro AGEU, ZACARIAS, MALAQUIAS - Introdução e Comentário, por JOYCE G. BALDWIN, B.A., B.D. Deã das Mulheres, Trinity College, Bristol,; SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA E ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO
 

LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO


LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm  

 
 
TEXTO ÁUREO 
"Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra"  (Jr 23.5). 
 
 
VERDADE PRÁTICA 
JESUS é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 2.2-4 - A guerra não mais existirá
Terça - Is 11.6-9 - A plenitude da paz universal
Quarta - Jr 23.5,6 - Haverá completa segurança na terra
Quinta - Zc 14.11 - Jerusalém habitará segura
Sexta - At 3.20,21 - A restauração de todas as coisas
Sábado - 2 Pe 3.13 - Esperamos novos céus e nova terra 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Zacarias 1.1; 8.1-3, 20-23
Zacarias 1.1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido, dizendo:
 
Zacarias 8.1 Depois, veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e com grande indignação zelei  por ela. 3 Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade.
 
Zacarias 8.20 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu também irei. 22 Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR. 23 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que DEUS está convosco.
 
Esboço BEP - CPAD (Bíblia de Estudo Pentecostal)
I Primeira Parte: Palavras Proféticas no Contexto da Reedificação do Templo      
(520—518 a.C.) (1.1—8.23)
A. Introdução (1.1-6)
B. Série de Oito Visões Noturnas (1.7—6.8)
1.Visão do Cavaleiro entre as Murtas (1.7-17)
2.Visão dos Quatro Chifres e dos Quatro Ferreiros (1.18-21)
3.Visão de um Homem Medindo Jerusalém (2.1-13)
4.Visão da Purificação de Josué, o Sumo Sacerdote (3.1-10)
5.Visão do Castiçal de Ouro e das Duas Oliveirs (4.1-14)
6.Visão do Rolo Voante (5.1-4)
7.Visão da Mulher num Efa (5.5-11)
8.Visão dos Quatro Carros (6.1-8)
C. A Coroação de Josué como Sumo Sacerdote e o Seu Significado Profético (6.9-15)
D. Duas Mensagens (7.1—8.23)
1.O Jejum e a Justiça Social (7.1-14)
2.A Restauração de Sião (8.1-23)
II.Segunda Parte: A Palavra Profética a Respeito de Israel e do Messias (sem data)   (9.1—14.21)
A.Primeira Profecia do Senhor (9.1—11.17)
1.A Intervenção Triunfal do Senhor (9.1-10)
2.Anunciada a Salvação Messiânica (9.11—10.12)
3.Rejeição do Messias (11.1-17)
B.Segunda Profecia do Senhor (12.1—14.21)
1.Luto e Conversão de Israel (12.1—13.9)
2.A Entronização do Rei Messias (14.1-21)
Autor: Zacarias
Tema: A Conclusão do Templo e as Promessas Messiânicas
Data: 520—470 a.C.

Considerações PreliminaresO primeiro versículo identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto de Ido (1.1), como o autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era cabeça da família sacerdotal de Ido (Ne 12.16). Por esta passagem, ficamos sabendo que ele era da tribo de Levi, e que passou a servir em Jerusalém, depois do exílio, tanto como sacerdote quanto profeta.Zacarias era um contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5.1 declara que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do templo nos dias de Zorobabel (o governador) e de Josua (o sumo sacerdote). O contexto histórico para os capítulos 1—8, datados entre 520—518 a.C., é idêntico ao de Ageu (ver a introdução de Ageu). Como resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o templo foi completado e dedicado em 516—515 a.C.
Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado a lado com Ageu, mas ao escrever os capítulos 9—14 (que a maioria dos estudiosos data entre 480—470 a.C.), já se achava idoso. A totalidade das profecias de Zacarias foi enunciada em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que haviam voltado a Judá na primeira etapa da restauração. O NT indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado “entre o santuário e o altar” (i.e., no lugar da intercessão) por oficiais do templo (Mt 23.25). Algo semelhante ocorrera a outro homem de DEUS que tinha o mesmo nome (ver 2 Cr 24.20,21).

PropósitoOs dois propósitos que Zacarias tinha em mente ao escrever seu livro correspondem às duas divisões principais da obra. (1) Os capítulos 1—8 foram escritos a fim de encorajar o remanescente judeu, em Judá, a persistir na construção do templo. (2) Os capítulos 9—14 foram escritos para fortalecer os judeus que, tendo concluído o templo, ficaram desanimados por não ter aparecido imediatamente o Messias. Nesta passagem, é revelado também em que importará a vinda do Messias.

Visão PanorâmicaO livro divide-se em duas partes principais. (1) A primeira parte (1—8) começa com uma exortação aos judeus para que voltem ao Senhor, para que também o Senhor se volte a eles (1.1-6). Enquanto encorajava o povo a terminar a reedificação do templo, o profeta Zacarias recebeu uma série de oito visões (1.7—6.8), garantindo à comunidade judaica em Judá e Jerusalém, que DEUS cuida de seu povo, governando-lhe o destino. As cinco primeiras visões transmitiam esperança e consolação; as últimas três envolviam juízo. A quarta visão contém uma importante profecia messiânica (3.8,9). A cena da coroação em 6.9-15 é uma profecia messiânica clássica do AT. Duas mensagens (7;8) fornecem perspectivas presentes e futuras aos leitores originais do livro. (2) A segunda parte (9—14) contém dois blocos de profecias apocalípticas. Cada um deles é introduzido pela expressão: “Peso da palavra do Senhor” (9.1;12.1). O primeiro “peso” (9.1—11.17) inclui promessa de salvação messiânica para Israel, e revela que o Pastor-Messias, que levaria a efeito tal salvação, seria primeiramente rejeitado e ferido (11.4-17; cf. 13.7). O “peso” (12.1—14.21) focaliza a restauração e conversão de Israel. DEUS prediz que Israel pranteará por causa do próprio DEUS “a quem traspassaram” (12.10). Naquele dia, uma fonte será aberta à casa de Davi para a purificação do pecado (13.1); então Israel dirá: “O Senhor é meu DEUS” (13.9). E o Messias reinará como Rei sobre Jerusalém (cap. 14).

Características EspeciaisSeis aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias. (1) É o mais messiânico dos livros do AT, em virtude de suas muitas referências ao Messias, que ocorrem em seus catorze capítulos. Somente Isaías, com seus sessenta e seis capítulos, contém mais profecias a respeito do Messias do que Zacarias. (2) Entre os profetas menores, possui ele as profecias mais específicas e compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos. (3) Representa a harmonização mais bem sucedida entre os ofícios sacerdotal e profético em toda a história de Israel. (4) Mais do que qualquer outro livro do AT, suas visões e linguagem altamente simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse. (5) Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a traição do Messias por trinta moedas de prata, tratando-as como “esse belo preço em que fui avaliado por eles” (11.13). (6) A profecia de Zacarias a respeito do Messias no capítulo 14, como o grande Rei-guerreiro reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais inspiram reverente temor em todo o AT.

O Livro de Zacarias ante o NTHá uma aplicação profunda de Zacarias no NT. A harmonização da vida pessoal de Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído para o ensino do NT de que CRISTO é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de CRISTO pelas mãos dos judeus, que, no fim dos tempos, leva-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e serem salvos (12.10—13.9; Rm 11.25-27). Mas a contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias concernentes a CRISTO. Os escritores do NT citam-nas, declarando que foram cumpridas em JESUS CRISTO. Entre elas estão: (1) Ele virá de modo humilde e modesto (9.9; 13.7; Mt 21.5; 26.31, 56); (2) Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (9.11; Mc 14.24); (3) será Pastor das ovelhas de DEUS que ficaram dispersas e desgarradas (10.2; Mt 9.36); (4) será traído e rejeitado (11.12,13; Mt 26.15; 27.9,10); (5) será traspassado e abatido (12.10; 13.7; Mt 24.30; 26.31, 56); (6) voltará em glória para livrar Israel de seus inimigos (14.1-6; Mt 25.31; Ap 19.15); (7) reinará como Rei em paz e retidão (9.9,10; 14.9,16; Rm 14.17; Ap 11.15); e (8) estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (14.6-19; Ap 11.15; 21.24-26; 22.1-5).
 
 
Comentários da BEP - CPAD
1.1 NO OITAVO MÊS... VEIO A PALAVRA DO SENHOR AO PROFETA ZACARIAS. Em novembro de 520 a.C., cerca de um mês depois da segunda profecia de Ageu (ver Ag 2.1), DEUS suscita Zacarias, um profeta mais jovem, para ajudar Ageu a encorajar o povo a concluir a reedificação do templo. Os seis primeiros capítulos incluem uma série de oito visões noturnas concedidas ao profeta Zacarias durante os dois primeiros anos da obra. As visões incitam o povo a examinar suas ações à luz do plano divino, que consistia em trazer-lhe a restauração espiritual no futuro. Tanto a primeira quanto a segunda vinda de CRISTO são focalizadas nestas profecias.
1.3 TORNAI PARA MIM... E EU TORNAREI PARA VÓS. A mensagem divina, anunciada através de Zacarias, começa com um chamado ao povo para que se volte a DEUS. Isto significa arrependimento. DEUS espera a obediência dos seus. E, Ele, por sua vez, promete abençoá-los e protegê-los de todos os males.
1.4 NÃO SEJAIS COMO VOSSOS PAIS. DEUS recorda ao povo de como fizera a mesma chamada aos seus pais, através dos profetas anteriores. Mas eles não se arrependeram. (1) Por haverem persistido em seus maus caminhos, os pais acabaram por desperdiçar sua oportunidade, sofrendo com isto as conseqüências do que se acha registrado em Dt 28. (2) Semelhantemente, se vivermos para os prazeres pecaminosos do presente sistema mundial, jamais alcançaremos o plano de DEUS à nossa vida. Por conseguinte, ser-nos-ão negadas, para sempre, as supremas bênçãos e bens que DEUS nos havia preparado.
1.8-11 OLHEI DE NOITE. Em fevereiro de 519 a.C., DEUS concede a Zacarias a visão de um homem montado num cavalo vermelho entre as murtas, tendo vários outros cavalos atrás dele. Acredita-se que o tal homem fosse uma manifestação de CRISTO como o anjo do Senhor (cf. v. 12; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR). Um anjo intérprete explica que os cavalos tinham patrulhado toda a terra, e que esta achava-se em paz e em descanso (v. 11). Não obstante, o povo de DEUS, em Judá, encontrava-se oprimido e inseguro. Mas o Senhor transformaria a situação mundial ao restaurar e abençoar Jerusalém e as demais cidades de Judá.
1.9 O ANJO QUE FALAVA COMIGO. O anjo intérprete continua a explicar as visões a Zacarias (vv. 3-14,19; 2.3; 4.1,4,5; 5.5,10; 6.4,5). Este anjo não pode ser confundido com o anjo do Senhor.
1.12 O ANJO DO SENHOR... DISSE. O homem montado no cavalo vermelho é identificado como o anjo do Senhor, cuja missão é interceder em favor de Israel e de Jerusalém, para que se completem os setenta anos do castigo divino contra a cidade santa e o templo, destruídos em 586 a.C. A reedificação do templo, por exemplo, terminou em 516 a.C. precisamente setenta anos mais tarde. O anjo do Senhor é provavelmente CRISTO (ver vv. 8-11; cf. Êx 23.20,21; Is 63.9), que continua como nosso "Advogado para com o Pai" (1 Jo 2.1).
1.14 ESTOU ZELANDO POR JERUSALÉM. O amor de DEUS estava por trás da escolha de Jerusalém e da nação de Israel como sua possessão particular. Este amor, no entanto, não era para ser desfrutado somente pelos israelitas; teria de alcançar todas as nações. DEUS quer abençoar todas as famílias da terra através de Abraão e seus descendentes (ver Gn 12.3).
1.15 AS NAÇÕES... AUXILIARAM NO MAL. DEUS empregara nações pagãs para executar seus juízos contra Jerusalém (Is 10.5,6; Hc 1.6). Tais nações, porém, na sua cobiça por riquezas e poder, tinham ido longe demais. Mas, agora, seriam julgadas por DEUS em conseqüência de sua orgulhosa auto-suficiência.
1.18,19 ESTES SÃO OS PODERES QUE DISPERSARAM JUDÁ, ISRAEL E JERUSALÉM. Os chifres dos animais representam a Assíria, o Egito, a Babilônia, e a Medo-Pérsia.
1.20,21 QUATRO FERREIROS. Os ferreiros são provavelmente quatro impérios que executaram os juízos divinos contra os chifres (v. 18). Todos os opressores do povo de DEUS devem, finalmente, estar sujeitos ao seu juízo (cf. Sl 2.5,9).
2.1 UM HOMEM... UM CORDEL DE MEDIR. Jerusalém achava-se ainda numa condição lastimável por ocasião do término do exílio babilônico. O número dos repatriados era comparativamente pequeno em relação aos que haviam preferido ficar em Babilônia. Mas DEUS os encoraja, dizendo-lhes não ter ainda terminado seu trato com Jerusalém. A cidade santa, pois, tornar-se-ia o lugar mais glorioso da terra. A terceira visão focaliza, no futuro distante, o reino milenar, quando a cidade não mais terá muros. Ela transbordará com multidões de pessoas.
2.5 SEREI PARA ELA UM MURO DE FOGO EM REDOR... NO MEIO DELA, A SUA GLÓRIA. No reino milenar, Jerusalém não precisará de muros, pois o próprio Senhor ser-lhe-á um muro de fogo em derredor (cf. Is 4.5). Ainda mais importante: a glória divina, no meio do povo, transformará toda a cidade num templo cheio da presença de DEUS (cf. Ez 43.1-7). A presença e a glória de DEUS, no meio do seu povo, é algo que a igreja precisa desejar e buscar acima de todas as demais coisas.
2.6 FUGI, AGORA, DA TERRA DO NORTE. A ordem transmitida por Zacarias pode ser interpretada de diferentes formas. (1) A reedificação do templo era um sinal para os demais judeus exilados voltarem de Babilônia (v. 7). (2) Os profetas do AT também vislumbravam um retorno futuro que terá seu ponto culminante no reino milenar (vv. 7-9). (3) Podemos aplicar tais palavras aos nossos dias como se fora uma chamada para fugirmos da idolatria, imoralidade, iniqüidade, ocultismo e das demais modalidades pecaminosas do sistema mundial da atualidade.
2.8 AQUELE QUE TOCAR EM VÓS TOCA NA MENINA DO SEU OLHO. Sião (v. 7) representa o remanescente piedoso de Israel. Estes fiéis são a menina do olho de DEUS; são-lhe mui preciosos (ver Sl 17.8). Os crentes são tão importantes e amados como o era o povo de DEUS no AT. Encontramo-nos, pois, debaixo de seus cuidados e solicitudes.
2.10-12 NAQUELE DIA, MUITAS NAÇÕES SE AJUNTARÃO AO SENHOR. "Aquele dia" refere-se ao período em que JESUS CRISTO estiver reinando na -terra. Então, o remanescente piedoso de Israel, bem como os gentios, formarão um só povo de DEUS. Eles hão de receber a bênção da presença divina, bem como as bênçãos da escolha de Jerusalém como a cidade santa do DEUS de Israel.
3.1 JOSUÉ... E SATANÁS ESTAVA À SUA MÃO DIREITA, PARA SE LHE OPOR. Josué estava representando a nação de Israel diante de DEUS. Satanás, "o adversário" (ver Mt 4.10), encontrava-se em pé, à sua mão direita, para se lhe opor. Isto significa que os impedimentos e as oposições contra a reconstrução do templo realmente provinham do diabo. Ele continua como nosso adversário; é "o acusador de nossos irmãos" (Ap 12.10); o que procura tirar proveito de nós contra a obra de DEUS.
3.2 O SENHOR TE REPREENDE, Ó SATANÁS. Josué, como representante de Israel, não podia resistir a Satanás. Na qualidade de sumo sacerdote, trajava ele vestes malcheirosas e imundas, símbolos do pecado. (1) Por isso, o próprio DEUS resistiu a Satanás, e o repreendeu, pois escolhera a Israel para cumprir os seus propósitos. (2) Israel era "um tição tirado do fogo". O fogo representa os sofrimentos dos judeus no exílio babilônico. DEUS os acompanhara no meio dos sofrimentos, não para destruí-los, mas para discipliná-los e prepará-los para coisas melhores.
3.4 E TE VESTIREI DE VESTES NOVAS. DEUS ordena que as roupas imundas de Josué sejam removidas, simbolizando a remoção dos pecados do próprio sacerdote e de Israel. Em seguida, Josué é vestido de vestes festivas e dispendiosas. É-lhe posta uma mitra limpa na cabeça, indicando sua plena restauração ao cargo sacerdotal. O pecado de Israel é purificado; e o povo, revestido da justiça divina. A mesma purificação acha-se à nossa disposição por meio de CRISTO (Ef 1.7; Rm 1.16,17; 3.22,25,26).
3.7 SE ANDARES NOS MEUS CAMINHOS. A palavra que DEUS dirigiu pessoalmente a Josué, encorajou-o fortemente a segui-lo e a guardar a sua palavra. Se Josué assim o fizesse, governaria o templo como encarregado dos átrios de DEUS na terra, e teria acesso à sala do trono divino no céu, onde ministram os anjos. Também, temos livre acesso aos átrios celestiais, mediante a oração, se andarmos nos caminhos de DEUS.
3.8 O MEU SERVO, O RENOVO. Josué e os demais sacerdotes eram tipos proféticos, que prenunciavam a obra do Servo do Senhor, o Renovo (ver Is 4.2; 11.1; Jr 23.5). O anjo do Senhor (i.e., CRISTO), que se achava presente durante a purificação e restauração de Josué (v. 5), agora é identificado com o Renovo, o rebento que, como oferta pelo pecado, carregou com os nossos pecados, e levou a efeito a nossa redenção (cf. Is 53.1-6). Ele derrotou Satanás tomando sobre si as roupas dos pecados do mundo, e morrendo em nosso lugar.
3.9 SOBRE ESTA PEDRA ÚNICA ESTÃO SETE OLHOS. A pedra é outra prefiguração do Messias (cf. Is 28.16; 1 Pe 2.6). Os sete olhos representam a plenitude de entendimento, onisciência e inteligência divinas (cf. Ap 5.6). CRISTO removeria o pecado num único dia, i.e., no dia em que fez a expiação na cruz por nossos pecados.
4.2 UM CASTIÇAL TODO DE OURO. O castiçal é um lampadário de azeite. (1) Servia de apoio às sete lâmpadas, que se achavam sob o vaso que continha azeite, e estavam dispostas em derredor do receptáculo. O azeite fluía do vaso para manter cheias as lâmpadas. O vaso de azeite representa o poder inexaurível e abundante de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. (2) Cada lâmpada possuía sete canudos, ou rebordos, cada um com um pavio, resultando em quarenta e nove chamas ao todo. As lâmpadas representam o povo de DEUS, que outorga a plenitude da luz ao mundo, por causa do fluxo abundante que emana do ESPÍRITO SANTO.
4.3 DUAS OLIVEIRAS. As duas oliveiras representam os ministérios real e sacerdotal de Zorobabel e de Josué (ver Ag 1.1). (1) As árvores simbolizam um manancial contínuo de óleo. Os dois líderes, pois, deviam guiar o povo a uma vida fortalecida pelo poder do ESPÍRITO (v. 12). (2) As árvores representam também os ministérios real e sacerdotal do próprio JESUS CRISTO. É Ele quem batiza no ESPÍRITO SANTO. Todas as plenitudes adicionais provêm dEle.
4.6 NÃO POR FORÇA, NEM POR VIOLÊNCIA, MAS PELO MEU ESPÍRITO. Embora esta mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a todos os crentes (cf. 2 Tm 3.16). Nem o oderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão efetivar a obra de DEUS. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos capacitados pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Jz 6.34; Is 31.3). JESUS iniciou o seu ministério no poder do ESPÍRITO (Lc 4.1,18). E a igreja foi revestida pelo poder do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste para cumprir a grande comissão (At 1.8; 2.4; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). Somente se o ESPÍRITO governar e capacitar a nossa vida, é que poderemos cumprir a vontade de DEUS. É por isso que JESUS batiza seus seguidores no ESPÍRITO SANTO (ver Lc 3.16)
4.7 Ó MONTE GRANDE. As dificuldades, que parecem tão grandes como a montanha, serão vencidas pelo poder do ESPÍRITO que opera através de nós. Mas se as manifestações do ESPÍRITO não se fizerem presentes, o povo de DEUS será esmagado pela oposição e pelos problemas espirituais.
4.10 QUEM DESPREZA O DIA DAS COISAS PEQUENAS? Para alguns, a obra que o povo realizava parecia sem importância. No entanto, nenhuma obra feita sob o poder do ESPÍRITO de DEUS, e com a sua bênção, deve ser considerada insignificante. Pelo contrário: tem valor e importância eternos.
5.1-4 UM ROLO VOANTE. O rolo voante representa a maldição, ou castigo divino, contra os pecadores na terra de Israel. Embora DEUS seja misericordioso e longânimo (ver 2 Pe 3.9), apressa-se o julgamento que consumirá os ímpios. A era da graça chegará ao fim. A derradeira realização do juízo dar-se-á durante a grande tribulação.
5.5-11 UM EFA. O efa, ou cesta de medir, representa o pecado e a imoralidade do povo de Israel. (1) A mulher tipifica a idolatria e todos os tipos de iniqüidade. Ela é presa na cesta por uma tampa de chumbo, e levada a Sinear (i.e., Babilônia), que representa o sistema mundial dominado por Satanás (ver Ap 17.1). Os ímpios entre o povo de DEUS não somente precisavam ser castigados, como também removidos da terra. (2) O pecado e a iniqüidade têm de ser removidos de nossas igrejas; caso contrário, DEUS removerá o seu ESPÍRITO de nosso meio (ver Ap 2;3). Nos tempos do fim, DEUS extirpará o pecado da terra, e JESUS CRISTO reinará em glória com o seu povo (Ap 19-22).
6.1-5 ESTES SÃO OS QUATRO VENTOS DO CÉU. Zacarias, na oitava visão, vê quatro carros de guerra entre duas montanhas de cobre ou de bronze. (1) As cores dos cavalos que puxavam os carros eram vermelho (que significa a guerra), preto (que significa a pestilência e a morte), branco (que significa a vitória), e grisalho (malhado ou pintado, que significa a pestilência; cf. Ap 6.2-8). Acredita-se que os cavalos brancos representem a vitória gloriosa dos agentes do juízo divino. (2) Os quatro ventos são realmente seres angelicais (cf. Sl 104.4; Ap 7.1-3). (3) Tanto os carros de guerra quanto as montanhas de bronze falam do juízo contra os inimigos de DEUS. Os cavaleiros e os carros vão para o Norte e para o Sul, i.e., em direção a Babilônia e ao Egito. Estas nações também representam as potências do Norte e do Sul que se levantarão no final dos tempos, e hão de ser destruídas.
6.8 AQUELES... FIZERAM REPOUSAR O MEU ESPÍRITO. Os seres angelicais, ao executarem o juízo de DEUS, satisfazem-lhe a justiça, e aplacam-lhe a ira. DEUS zela para que os seus propósitos sejam realizados no devido tempo.
6.13 SERÁ SACERDOTE NO SEU TRONO. O Senhor ordena a Zacarias que faça coroas de prata e de ouro, e que as coloque na cabeça de Josué, o sumo sacerdote. (1) A coroação de Josué prenuncia a coroação e o reino de JESUS, que é o "Renovo", o Messias (Is 11.1; Jr 33.15; cf. Is 53.2; ver Zc 3.8). JESUS é tanto Sacerdote quanto Rei. Ele realizou primeiramente a sua obra sacerdotal, para então reinar (cf. Is 53.10; Lc 24.26). (2) No tempo presente, JESUS é a nossa paz (Ef 2.14,15), e nEle achamos o reino de DEUS, que subsiste em justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO (Rm 14.17). A realização ulterior do reino de CRISTO começará no Milênio, quando Ele exercerá na terra um reino de paz (cf. Is 9.6).
6.15 AQUELES QUE ESTÃO LONGE. A expressão refere-se aos gentios (cf. Ef 2.11-13).
7.1-5 JEJUASTES VÓS PARA MIM? A Lei de DEUS exigia um só dia de jejum por ano por ocasião do Dia da Expiação no sétimo mês. Os judeus, porém, haviam acrescentado um jejum, no quinto mês, como memorial da destruição do templo pelos exércitos de Nabucodonosor (2 Rs 25.8,9). Agora que o templo estava sendo reconstruído (518 a.C.), queriam saber se deveriam continuar observando aquele dia de jejum. (1) A palavra vinda do Senhor mostra-lhes que não estavam jejuando de maneira correta (ver Mt 6.16). Seu jejum não passava de mera formalidade. Estava destituído da verdadeira fome e sede de DEUS e de sua justiça. (2) Os fiéis teriam de prestar atenção aos profetas tais como Isaías (cf. Is 58.3-5), e, por meio de jejum e oração, pedir graça para viverem vidas santas e justas diante de DEUS e do próximo (vv. 8-10).
7.12 FIZERAM SEU CORAÇÃO DURO COMO DIAMANTE. O diamante (cf. Jr 17.1) é a substância mais dura que se conhece na natureza. (1) A chamada de DEUS, mediante o seu ESPÍRITO, através dos profetas anteriores, havia exigido justiça, misericórdia e compaixão, mas o povo porfiava em sua teimosia. Chegando o castigo devido, não houve mais tempo para o arrependimento. (2) O que DEUS espera do seu povo não mudou. Ele deseja que mostremos amor e compaixão aos que sofrem necessidades espirituais e materiais.
8.3 VOLTAREI PARA SIÃO. A chave para a plena restauração de Israel é a volta de DEUS a Sião. Pois indica a ocasião em que CRISTO voltará, em glória, para implantar o seu reino sobre as nações. Nesta ocasião, a presença divina fará de Jerusalém a cidade da verdade e da fidelidade. E o monte do Senhor será santo, i.e., separado à sua adoração. Este capítulo cita dez bênçãos que hão de acompanhar o reino de DEUS na terra. Cada descrição começa com a expressão: "Assim diz o Senhor".
8.4,5 VELHOS E VELHAS... MENINOS E MENINAS. Estes versículos retratam a paz, a prosperidade e a felicidade na Jerusalém milenial.
8.7,8 SALVAREI O MEU POVO. A restauração do exílio babilônico viria somente do Leste. Este trecho, portanto, refere-se à restauração futura, proveniente do Leste e do Oeste, i.e., de toda a terra (cf. Is 43.5,6). DEUS tornar-se-á verdadeiramente o DEUS do seu povo, e este participará da sua justiça através de CRISTO.
8.16,17 EIS AS COISAS QUE DEVEIS FAZER. Tendo em vista a volta de DEUS ao seu povo, e da esperança contida nestas profecias milenares, o povo dos dias de Zacarias devia mostrar uma conduta digna do Senhor a quem serviam (cf. 7.9,10). As profecias jamais foram dadas para satisfazer nossa mera curiosidade. DEUS espera que a nossa esperança quanto ao futuro leve-nos a buscar ao seu reino com maior intensidade e dedicação (cf. Tg 1.22; 1 Jo 3.2,3).
8.22 VIRÃO MUITOS POVOS... BUSCAR... O SENHOR. Haverá alegria incomparável quando os gentios reunirem-se aos judeus na busca ao Senhor em Jerusalém, pois Ele estará ali (ver Ez 48.35). Retrata-se, neste ponto, o cumprimento final da promessa concernente à aliança com Abraão, no sentido de que os gentios -seriam trazidos ao Senhor (Gn 12.3; Gl 3.8,26-29).
9.1 O OLHAR DO HOMEM E... DE ISRAEL SE VOLTA PARA O SENHOR. Por causa das promessas divinas, Israel se voltaria ao Senhor, pedindo-lhe livramento. Muitos outros também o fariam. O resultado seria o castigo das nações em derredor de Israel, que haviam causado tanto sofrimento ao povo de DEUS. Alexandre Magno cumpriu parcialmente esta profecia em 332 a.C.
9.8 PARA QUE NÃO PASSE MAIS SOBRE ELES O EXATOR. A paz final virá à Jerusalém terrestre durante o reino milenial de CRISTO. DEUS não permitirá que o seu povo seja totalmente destruído. A mesma garantia é dada à igreja, pois as portas do inferno jamais hão de prevalecer contra ela (ver Mt 16.18).
9.9 EIS QUE O TEU REI VIRÁ... SALVADOR, POBRE. Um motivo ainda maior para o regozijo é a vinda do Rei, não em esplendor, mas em humildade (cf. Fp 2.5-8), montado sobre um jumento. A profecia de Zacarias prevê a entrada triunfal de JESUS em Jerusalém (Mt 21.1-5). Ao entrar dessa maneira na cidade santa, JESUS declarou ser Ele o Messias e o Salvador, pronto a submeter-se à cruz.
9.10 E ELE ANUNCIARÁ PAZ... E O SEU DOMÍNIO... ATÉ ÀS EXTREMIDADES DA TERRA. Sem se referir ao período entre a ressurreição e a segunda vinda de CRISTO, Zacarias dá um passo adiante. Vai até à sua segunda vinda no final dos tempos. Depois do triunfo de CRISTO sobre o anticristo e seus exércitos, não haverá mais necessidade de carros de guerra, cavalos de batalha, nem de instrumentos bélicos. Os domínios do Senhor JESUS abrangerão toda a terra.
9.12 VOLTAI À FORTALEZA, Ó PRESOS DE ESPERANÇA. O futuro dos israelitas dispersos não é desesperador. DEUS promete que os restaurará com uma bênção dupla por causa de tudo quanto já tinham sofrido.
9.13 GRÉCIA. A Grécia passou a destacar-se por volta de 480-479 a.C., quando seus exércitos derrotaram a Xerxes. O cumprimento da profecia, neste versículo, veio com a derrota de Antíoco Epifânio em 168 a.C.
9.16,17 SEU DEUS... OS SALVARÁ. A salvação chegará ao ponto culminante quando DEUS fizer de Israel o seu rebanho. A salvação será uma obra suprema e exaltada. Todo o mundo a presenciará. O resultado será garantido pela bondade e beleza do Senhor. Tudo o que Ele faz em prol do seu povo, reflete a bondade e beleza da sua santidade.
10.1 PEDI AO SENHOR CHUVA NO TEMPO DA CHUVA SERÔDIA. A chuva serôdia, que caía na primavera, era essencial para amadurecer a colheita. Em certo sentido, a obra do ESPÍRITO, no AT, era como a chuva temporã um período de preparo e de plantio (ver Os 6.2,3). A chuva serôdia começou no Pentecoste e, com ela, teve início a colheita de almas. Confiemos, pois o derramamento do ESPÍRITO SANTO continuará como "chuva serôdia" até o fim da presente era.
10.2 OS ADIVINHOS TÊM VISTO MENTIRA. Por não terem os israelitas nenhum pastor para guiá-los nos caminhos retos, i.e., nos caminhos da confiança em DEUS, passaram a depender dos ídolos, adivinhos e outras práticas ocultistas. Os pastores e mestres que destroem a fé e a confiança na Bíblia, negando-lhe a inspiração divina e a infalibilidade, induzem as pessoas a apelar a tais práticas.
10.4 DELE A PEDRA DE ESQUINA. Da tribo de Judá surgiu a pedra de esquina (Sl 118.22; Is 28.16) JESUS, o Messias. Ele seria a estaca que simboliza a segurança (cf. Is 22.22,23). Ele é o Rei vitorioso (cf. Ap 19. 11-16).
10.6-8 JUDÁ... JOSÉ. O propósito de DEUS era redimir e salvar as doze tribos de Israel. Judá representa as duas tribos do Sul; e, José, as dez tribos do Norte.
10.11 ASSÍRIA... EGITO. A Assíria representava os inimigos de Israel, no Norte; ao passo que o Egito, os inimigos do Sul. DEUS prometeu que removeria toda a oposição que se levantasse contra a restauração de Israel.
11.4-17 APASCENTA AS OVELHAS DA MATANÇA. Zacarias fora instruído a representar o pastor de Israel que DEUS havia nomeado: o Messias (vv. 4-14). Em seguida, é-lhe ordenado que representasse o pastor iníquo de Israel (vv. 15-17), que pode prefigurar o anticristo no final dos tempos.
11.4 AS OVELHAS DA MATANÇA. O rebanho de ovelhas é Israel, marcado para o castigo por ter rejeitado o Messias. A matança foi levada a efeito pelos romanos em 70 d.C.
11.7 DUAS VARAS. Zacarias, representando o -Messias, usa duas varas para proteger o rebanho. As varas simbolizam o favor de DEUS para com a semente de Abraão, e seu plano de unir Israel e Judá numa única nação. Tais bênçãos tornar-se-iam realidade se o povo seguisse o Messias.
11.9 NÃO VOS APASCENTAREI MAIS. Como o rebanho odiava o Pastor-Messias, este deixaria o seu papel de pastor para que a nação de Israel fosse entregue à perdição.
11.10 DESFAZER O MEU CONCERTO. DEUS havia firmado um concerto para impedir que as nações atacassem Israel. Zacarias descreve como DEUS removeu tal proteção, e como Israel foi destruído e disperso. Assim aconteceu em 70 d.C., quando os romanos destruíram Jerusalém.
11.12 MEU SALÁRIO, TRINTA MOEDAS DE PRATA. Zacarias, ainda representando o Messias, pediu aos líderes que lhe pagassem a soma que, segundo a opinião corrente, mereciam seus serviços proféticos. Mas eles o ofenderam ao lhe oferecerem o preço de um escravo (Êx 21.32). Trinta moedas de prata foi também o preço pago a Judas para trair a JESUS (Mt 27.3-10).
11.14 PARA ROMPER A IRMANDADE ENTRE JUDÁ E ISRAEL. Parte do castigo divino constituiu-se na destruição da união de Israel. A nação do concerto seria desfeita em facções.
11.15,16 UM PASTOR INSENSATO. Zacarias seria obrigado a pegar agora os apetrechos de pastor a fim de representar o pastor iníquo que usava tais instrumentos para ferir ao invés de ajudar as ovelhas (ver vv. 4-17). A profecia do "pastor insensato" terá seu cumprimento final no anticristo (cf. Ez 34.2-4; Dn 11.36-39; Jo 5.43; 2 Ts 2.3-10; Ap 13.1-8).
12.3-9 AJUNTAR-SE-ÃO CONTRA ELA TODAS AS NAÇÕES DA TERRA. No fim dos tempos, as nações reunir-se-ão contra Jerusalém e Israel. DEUS, porém, intervirá, destruindo os inimigos de seu povo. As potências mundiais serão derrotadas na batalha do Armagedom (ver Ap 16.16; 19.19).
12.10-14 O ESPÍRITO DE GRAÇA. Estes versículos falam da conversão pessoal dos judeus. Em virtude da iminência de serem derrotados por seus inimigos, passarão a crer em JESUS como o verdadeiro Messias.
12.10 E O PRANTEARÃO. Em meio aos perigos daquele dia de batalha, os israelitas clamarão a DEUS por socorro. Então o Senhor derramará do seu ESPÍRITO SANTO para transmitir-lhes a sua graça, e atender-lhes à oração. (1) Os arrependidos reconhecerão serem culpados pela espada romana ter traspassado a JESUS, o Messias, causando-lhe a morte (cf. Sl 22.16; Is 53.5; Jo 19.34).
(2) O pranto dos israelitas será amargo. Cada família pranteará à parte. Os maridos também prantearão separadamente das respectivas mulheres. Por conseguinte, cada indivíduo terá de arrepender-se pessoalmente de seus pecados, e por haver rejeitado a JESUS CRISTO (cf. Rm 3.23; 6.23; At 16.31; 1 Pe 2.24).
13.1 UMA FONTE ABERTA PARA A CASA DE DAVI. A fonte retrata a purificação dos pecados levada a efeito pela morte de CRISTO na cruz. O povo judaico será purificado de suas iniqüidades da mesma maneira que o são os demais crentes em CRISTO (cf. 1 Jo 1.7,9).
13.4 OS PROFETAS SE ENVERGONHARÃO. Naqueles dias, DEUS desmascarará os falsos profetas. Eles ficarão tão amedrontados e envergonhados que, cada um dirá: "Não sou profeta, mas simples lavrador de terra." Enquanto isto, precisamos detectar os muitos falsos profetas que há nas igrejas. É por isto que DEUS nos conclama a testar os espíritos (1 Jo 4.1)
13.6 FERIDAS... NAS TUAS MÃOS. Tais feridas eram, provavelmente, provenientes da autoflagelação asso-ciada à idolatria (vv. 2-5).
13.7 ESPADA... FERE O PASTOR. Nesta perspectiva profética do livro, o Pastor é o Messias. (1) DEUS chama pastor a um varão que é "o meu companheiro" (i.e., meu igual, meu colega).
Portanto, um Messias divino. (2) O Pastor-Messias seria ferido, i.e., crucificado. Seus discípulos, diante disso, espalhar-se-iam como ovelhas (ver Mt 26.31,56; Mc 14.27). A profecia também pode ter prenunciado a dispersão da nação judaica em 70 d.C.
13.8,9 E FAREI PASSAR ESSA TERCEIRA PARTE PELO FOGO. Estes versículos provavelmente referem-se ao período da tribulação no final dos tempos. Os judeus incrédulos (dois terços) serão mortos (v. 8); somente um terço restará. São estes judeus que "olharão para... quem traspassaram" (12.10-14). Portanto, apenas um remanescente de Israel será salvo (Ap 11-18)
14.1 VEM O DIA DO SENHOR. "O dia do Senhor" é uma ocasião tanto de juízo quanto de restauração. Temos aqui uma referência ao tempo em que CRISTO voltará para julgar as nações, e estabelecer seu reino terrestre.
14.2 AJUNTAREI TODAS AS NAÇÕES... CONTRA JERUSALÉM. As nações darão a entender terem ganho uma vitória militar, mas acabarão por serem destruídas (ver 12.3-9).
14.3 E O SENHOR SAIRÁ. O Senhor intervirá na batalha, e derrotará as nações.
14.4 NAQUELE DIA, ESTARÃO OS SEUS PÉS SOBRE O MONTE DAS OLIVEIRAS. Esta profecia será cumprida quando JESUS CRISTO, na sua segunda vinda, voltar ao lugar de onde partira (Lc 24.50,51; At 1.9-12). A topografia da área será mudada dramaticamente. O monte fender-se-á: uma metade avançará para o Norte, a outra, para o Sul, deixando um vale entre ambas as metades.
14.8 CORRERÃO DE JERUSALÉM ÁGUAS VIVAS. Águas vivas (em contraste com as águas estagnadas) fluirão de Jerusalém (cf. Sl 46.4; Ez 47.1-12; Jl 3.18). Ao invés de ficar seca no verão (conforme acontece com a maioria dos ribeiros na Palestina), esta fonte fluirá ininterruptamente para os mares Mediterrâneo e Morto. Este trecho prevê que bênçãos divinas fluirão da Jerusalém milenial (Ap 22.1).
14.9 O SENHOR SERÁ REI SOBRE TODA A TERRA. Depois da volta de CRISTO e da destruição do anticristo e dos seus exércitos (cf. Ap 19), os sobreviventes das nações virão anualmente a Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernáculos a fim de adorar o Rei Messias, o Senhor JESUS. Os sobreviventes serão provavelmente, em sua maioria, civis que permanecerão na sua pátria e aceitarão a CRISTO como Senhor.
14.12-15 O SENHOR FERIRÁ. Estes versículos fornecem outros pormenores a respeito do julgamento das nações (ver v. 3).
14.17 NÃO VIRÁ SOBRE ELA A CHUVA. A total ausência de chuva será o castigo das nações que não subirem a Jerusalém para adorar o Senhor, e observar a Festa das Cabanas. Como o Egito sofre permanentemente com a falta de chuva, uma praga adicional lhe está reservada. (v. 18).
14.20 SANTIDADE AO SENHOR. Já não haverá separação entre o sagrado e o profano. Todas as coisas e pessoas serão santas, consagradas e dedicadas ao serviço e adoração do Senhor.
14.21 NÃO HAVERÁ MAIS CANANEU NA CASA DO SENHOR. O termo "cananeu" era sinônimo de imoralidade e impiedade. Mas DEUS estabelecerá a santidade e a retidão como as características universais e permanentes do seu reino.
 
 
ESTUDO COMPLEMENTAR: Isaías 11.19
1 - Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. 2 - E repousará sobre ele o ESPÍRITO do Senhor, e o ESPÍRITO de sabedoria e de inteligência, e o ESPÍRITO de conselho e de fortaleza, e o ESPÍRITO de conhecimento e de temor do Senhor. 3 - E deleitar-se-á no temor do Senhor e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; 4 - mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. 5 - E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins. 6 - E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará. 7 - A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. 8 - E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. 9-Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
 

A paz mundial (http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-dns-cristoaperfeitapaz.htm):
  Todos os que adormeceram no sono da morte pela desordem introduzida no mundo, sonham com o tempo de despertar em paz. Portanto, sonham com o dia em que o Messias ser-lhes-á Príncipe da Paz. Todo desejo de paz, desde os desejos dos que militam nas grandes guerras que assolaram as nações até àqueles desejos narrados nas Epopéias dos grandes poetas, é uma fagulha da nostálgica paz que o homem, a história e o mundo precisam. O mundo e a história conhecerão essa paz, com a ausência total de conflitos étnicos, ideológicos, bélicos e militares, bem como conhecerão uma potência extraordinária que governará e manterá os seus súditos em perfeita ordem. Ao homem a paz foi revelada na pessoa de CRISTO: “Ele próprio é a Paz” (Miq 5,4; Ef 2,14). 
Milênio - Governo de CRISTO sobre a Terra - PAZ MUNDIAL
Milenismo é um estudo escatológico baseado em Apocalipse 20.1-10.
Trata-se da interpretação dos mil anos de reinado de CRISTO sobre a terra. 
Os mil anos, interpretados literalmente ou como um longo período, serão um longo período de paz, com um reino universal governado por CRISTO e pelos justos participantes da primeira ressurreição (Apocalipse 20.5). Acreditamos que esses eventos sucedem a volta gloriosa de CRISTO, queda da besta e a prisão de satanás, retratados no capítulo 19 de Apocalipse, e que antecedem a rebelião de satanás, o juízo final e a segunda ressurreição.
 
O Milênio será um período de mil anos, onde JESUS estabelecera o seu Reino, aqui na Terra juntamente com o remanescente de Israel, a Igreja glorificada, e as nações que estiverem ao lado de Israel durante o período da Grande Tribulação. Será exatamente no momento em que a Grande Tribulação findar, que o Milênio – O Reino do Messias, terá o seu inicio (Ap 20.1-4). Os propósitos deste Reino Milenar serão de: Exaltar e engrandecer o nome de CRISTO como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap 19.6,16); Cumprir a promessa feita a Israel de verdadeiramente possuir a terra que lhe pertence por herança, desde o rio do Egito até ao rio Eufrates (Gn 15.18); Galardoar a Igreja com o privilegio de reinar com CRISTO durante esse período de mil anos (Ap 20.6; II Tm 2.12). Será um tempo de paz entre as nações (Mq 4.3), de recuperação biológica e ecológica da terra (Is 35.1,2), e de prosperidade física e espiritual com a efusão do ESPÍRITO SANTO (Zc 12.9,10). Entretanto o diabo estará amarrado durante esses mil anos, pelo que não pode incitar ninguém ao pecado (Ap 20.2). Será solto no final por um pouco tempo, mas novamente preso e finalmente lançado no inferno do qual nunca mais sairá do seu tormento eterno (Ap 20.7,10). Nós estaremos em vitória a caminho da Nova Jerusalém Celestial (Hb 11.10), onde passaremos a nossa eternidade com o nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO (I Jo 2.25; Jo 14.1-3; Ap 21.10-27). (http://www.sepoangol.org/sm2004-49.htm).
 
A PAZ DE DEUS
Jr 29.7 “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.”

DEFINIÇÃO DE PAZ. 
A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
(1) Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e.g., 1Sm 7.14; 1Rs 4.24; 1Cr 19.19).
(2) Pode referir-se, também, a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2Sm 3.21-23; 1Cr 22.9; Sl 122.6,7).
(3) Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, tanto dentro do lar (Pv 17.1; 1Co 7.15) quanto fora (Rm 12.18; Hb 12.14; 1Pe 3.11).
(4) Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4.8; 119.165; cf. Jó 3.26) e com DEUS (Nm 6.26; Rm 5.1).
(5) Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1—2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando DEUS criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu DEUS tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). 

A INTERRUPÇÃO DA PAZ. 
Quando Adão e Eva deram atenção à voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3.1-7), sua desobediência introduziu o pecado e se interrompeu a harmonia original do universo.
(1) Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de DEUS (Gn 3.8), e uma perda da paz interior.
(2) O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com DEUS. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com DEUS (cf. 3.8), mas depois esconderam-se “da presença do SENHOR DEUS, entre as árvores do jardim” (Gn 3.8). Ao invés de sentirem anelo pela conversa com DEUS, agora tiveram medo da sua voz (Gn 3.10).
(3) Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando DEUS começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3.12), e DEUS declarou que a rivalidade entre o homem e a mulher continuariam (Gn 3.16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar (cf. 1Sm 1.1-8; Pv 15.18; 17.1), até os conflitos e guerras internacionais.
(4) Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Éden (Gn 2.15), e andava livremente entre os animais, dando nome a cada um (Gn 2.19,20). Parte da maldição divina após a queda envolvia a inimizade entre a serpente e Adão e Eva (Gn 3.15), bem como uma nova realidade: o trabalho produziria suor e labuta (Gn 3.17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora luta e conflito de modo que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (ver Rm 8.22 ).

A RESTAURAÇÃO DA PAZ. 
Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, DEUS planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em CRISTO.
(1) Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas das promessas do AT a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de DEUS governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que DEUS se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: “E este será a nossa paz” (Mq 5.5).
(2) Por ocasião do nascimento de JESUS, os anjos proclamaram que a paz de DEUS acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio JESUS veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). JESUS deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 14.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, JESUS desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em JESUS CRISTO, se é justificado mediante a fé e se tem paz com DEUS (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7).
(3) Apenas saber que CRISTO veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para experimentar a paz há que se estar unido com CRISTO numa fé ativa. O primeiro passo é crer no Senhor JESUS CRISTO. Quando assim faz, a pessoa é justificada pela fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16) e assim tem paz com DEUS (Rm 5.1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de viver-se em paz (Lv 26.3,6). Os profetas do AT declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16).
A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, DEUS lhes tem dado o ESPÍRITO SANTO, que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do ESPÍRITO, deve-se orar pedindo a paz (Sl 122.6,7; Jr 29.7; ver Fp 4.7), deixar que a paz governe o coração (Cl 3.15), buscar a paz e segui-la (Sl 34.14; Jr 29.7; 2Tm 2.22; 1Pe 3.11), e esforçar-se por viver em paz com o próximo (Rm 12.18; 2Co 13.11; 1Ts 5.13; Hb 12.14). 
 
Professor, os seus alunos sabem o conceito de paz nas línguas bíblicas, hebraico e grego? A paz, do grego eirene e do hebraico shalôn, é diferente de ausência de guerras. A verdadeira paz, conforme Nm 6.26 e Ef 2.14, é adquirida através do favor de nosso Senhor JESUS CRISTO, o Príncipe da Paz (Is 9.6). Enfatize aos alunos que para obter a verdadeira paz com DEUS é necessário desfrutar da justificação pela fé em CRISTO (Rm 5.1).
 
Professor, enfatize aos alunos que a paz de DEUS não é apenas o reflexo de seu amor e misericórdia ao proteger, favorecer e cuidar do crente, mas a reconciliação do homem com DEUS através da encarnação, sacrifício e ressurreição de nosso Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.14). Por meio da justificação, o homem tem paz com DEUS (eirenen prós ton Theon - Rm 5.1). Observe que a preposição "prós" é a mesma que, emJo 1.1 (prós ton Theon), afirma que JESUS estava "face a face com DEUS". A paz oferecida por CRISTO coloca-nos na relação certa com DEUS - "cara a cara". Isso não é maravilhoso! Em Fp 4.6, Paulo usa mais uma vez a preposição "prós" para afirmar que não devemos viver ansiosos por coisa alguma, "antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS (prós ton Theon)". Uma vez que o crente está em CRISTO, "frente a frente" com DEUS, sua oração e adoração são feitas "diante ou cara a cara" com DEUS! Assim, obtemos a Paz de DEUS.
 

DIMENSÕES

DA PAZ EM CRISTO
Paz com DEUS (Rm 5.1)
Paz de DEUS (Fp 4.7Cl 3.15)
Paz em CRISTO (Jo 16.33)
Paz com todos (Rm 12.18Hb 4.14)
 
PAZ DE CRISTO
A paz do cristão não é representada pelo gorjear matinal dos pássaros...
Mas na cruz de CRISTO.
A paz dos filhos de DEUS não se manifesta no cicio crepuscular das águas...
Mas na ressurreição de JESUS.
A paz dos servos de CRISTO não está no hálito gélido das montanhas...
Mas no Gólgota.
A paz dos servos do Senhor não é encontrada apenas na ausência de conflitos...
Mas também no rubro das vicissitudes.
A paz dos amados de DEUS não é fundamentada nos diplomatas das nações...
Mas no embaixador entre DEUS e os homens - JESUS CRISTO.
A paz dos santos de CRISTO não está em amuletos de bons presságios...
Mas na pessoa bendita de CRISTO.
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14.27.

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-mii-3tr11-aplenitudedoreinodedeus.htm
 
 
LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002 = ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
 
ENSINANDO A LIÇÃO
Estudaremos nesta lição o li­vro do profeta Zacarias.
Este li­vro apresenta na primeira parte um estilo histórico e na segunda um estilo apocalíptico. Zacarias mostra acontecimentos contem­porâneos e futuros. Nos primei­ros capítulos ele fala acerca da reconstrução do templo. Nos capítulos finais sobre a vinda do Messias e a glória do seu reino. O livro divide-se em três seções: Oito visões, quatro mensagens e dois temas sobre os planos futu­ros de DEUS para seu povo.
Zacarias, foi contemporâneo mais jovem de Ageu, Ambos exerceram um ministério voltado para a re­construção do templo. Seu livro é o mais longo dos Profetas Me­nores, e ele, o profeta que mais falou acerca do Messias no AT depois de Isaías.
 
AS VISÕES DO PROFETA
O PROPÓSITO DAS VISÕES:
o livro começa com um apelo introdutório para que a nação de Judá se arrependa e se converta a DEUS. O profeta exorta os juDEUS a se voltarem para Senhor, para que o Senhor se volte para eles. Em seguida procura encora­jar o povo a persistir na reconstrução do templo. Durante este período Zacarias recebeu uma série de oito visões noturnas que falam sobre a obra do Messias.
Veja a descrição de cada vi­são:
· Visão do cavaleiro entre as murtas (1.7-17)
- Anúncio sobre a restauração de Sião e seu povo.
· Visão dos quatros chifres e dos quatro ferreiros (1.18-21) ­
Anúncio sobre a destruição- dos opressores de Israel.
· Visão do homem com um cordel para medir (2.1-13) ­Anúncio sobre a reconstrução de Jerusalém. A cidade será reconstruída sem muros por cau­sa do aumento futuro da popula­ção. Jeová será como muro de fogo ao redor da cidade. Ele pro­tegerá e glorificará Jerusalém.
· Visão da purificação do sumo sacerdote Josué (3.1-10)­Anúncio sobre a purificação e restauração de Israel pela vinda do Renovo. O sumo sacerdote, despojado das vestes sujas e re­vestido com vestimentas limpas, representa a pureza do remanes­cente de Israel.
· Visão do castiçal de ouro e das oliveiras (4.1-14) - Anúncio sobre a capacitação de Zorobabel e Josué através do ESPÍRITO de DEUS. A reconstrução do templo (o castiçal de ouro) e a restaura­ção de Israel, não ocorrerão por meio do poder humano, mas por meio do ESPÍRITO de DEUS que agi­rá sobre Zorobabel e Josué (as duas oliveiras).
. Visão do rolo flutuante (5.1­4) - Anúncio sobre a remoção do pecado nacional. Depois da conclusão do templo, DEUS castigará aqueles que violarem suas leis.
. Visão da mulher e a efa (5.5-11) - Anúncio sobre o julga­mento do pecado nacional.
. Visão dos quatro carros (6.1-8) – Anúncio sobre a rapidez e as proporções dos julgamentos de DEUS sobre as nações que oprimiram a Israel.
 
COMPREENDENDO AS VISÕES DO PROFETA
As cinco primeiras visões transmitem esperança e consola­ção para o povo de Israel. As três últimas falam acerca de juízo. A Quarta visão contém uma impor­tante profecia messiânica. Fala claramente que o Messias virá "...eis que eu farei vir o meu ser­vo, o Renovo (3.8) e purificará a Israel "...e tirarei a iniquidade desta terra, em um dia” (3.9). A
cena da coroação de sumo sacer­dote Josué (6.9-15) é uma pro­fecia messiânica clássica do AT que simboliza a coroação do Mes­sias como Rei e Sacerdote.
 
MENSAGENS PROFÉTICAS
AS QUATRO MENSAGENS DO PROFETA
As mensagens do profeta
Os juDEUS costumavam jejuar todo quinto mês do ano I desde que Jerusalém foi levada cativa. Uma embaixada, vinda de Betel, repre­sentando o povo, queria saber se deveria ou não continuar com essa prática após o cativeiro. Em res­posta a esta questão DEUS dá a Zacarias uma série de quatro mensagens:
· Primeira mensagem
Repreensão severa contra o ritualismo vazio.. O povo jejuava apenas cumprindo uma mera obri­gação. Seu sacrifício não passava de um ritual vazio. "Quando jejuastes, e prateastes, no quin­to e no sétimo mês, durante es­tes setenta anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim? Ou quando comestes, e quando bebestes, não foi para vós mes­mos que comestes e bebestes? (7.5,6). DEUS não deseja que sejamos apenas religiosos, ou ritualistas, mas espera que o adoremos como um verdadeiro adorador que o adora em ESPÍRITO e em verdade (Jo 4.23,24).
· Segunda Mensagem
Um lembrete sobre a deso­bediência passada (7.8-14). DEUS relembra que por causa da iniquidade do povo a terra havia Se tor­nado numa desolação. O pecado traz drásticas conseqüências para a vida. Devemos ter cuidado para não voltarmos às antigas prá­ticas do pecado (1 Co 10.12,13).
· Terceira Mensagem
A restauração e consolação de Israel (8.1-17). DEUS promete restaurar o seu povo e habitar em Jerusalém e ser o seu DEUS em verdade e justiça. DEUS quando restaura as nossas vidas habita dentro de nós (J o 14.23).
· Quarta mensagem
A descoberta da alegria no reino (8.18-23).1 DEUS agora pro­mete ao seu povo uma alegria tal que alterará os dias anteriores de jejum e os transformará em dias festivos. Quando somos restau­rados. a tristeza provocado pelo pecado desaparece e dá lugar a uma alegria incomparável (SI 126.1-3).
 
LIÇÕES PRÁTICAS:
. DEUS queria: mostrar a seu povo que desejava a obediência em lugar do jejum. Israel seria restaurado totalmente e Jerusalém se transformaria no centro religioso do mundo I sob a condi­ção de amarem a verdade e a paz.
Faça a seguinte pergunta aos alunos: Dentre as mensagens pro­feridas peto profeta Zacarias; qual a principal lição que você traz para si? Dê oportunidade para o aluno expor sua resposta.
 
PROFECIAS APOCALIPTICAS:
Nesta última parte do livro, Zacarias apresenta dois temas que dizem respeito ao advento do Messias. O primeiro tema fala da vinda do Messias e sua rejeição. Israel rejeitará seu pastor-Rei e será extraviado pelos falsos pas­tores. O segundo tema fala da Segunda vinda de CRISTO o Messi­as e a aceitação do rei de Israel.
 
Primeiro Tema (9-11) - A Re­jeição do Messias.
Zacarias fala do juízo que virá sobre aS nações circunvizinhas. Em seguida, fala da vinda do Mes­sias. "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusa­lém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta" (9.9). Fala tam­bém que o Messias será rejeita­do e vendido. "E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. O Senhor, pois, me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles" (11.12,13).
 
Segundo Tema (11.12,13) – O Reino do Messias.
Zacarias mostra que as nações se j untarão contra Israel para destruí-Io. Israel não terá mais nenhum meio de resistência.
 
CONCLUSÃO
Quando parecer que desta vez a nação inteira será totalmente destruída, o povo se arrepende­rá, invocando o nome do Senhor, pedindo-lhe socorro (12.8-10; 14.1,2). O Messias, então virá como seu Iibertador e se vingará dos seus inimigos (14.3-8). Israel será inteiramente purificada e o Messias triunfante reinará (14.9-21).
 
 
Livro AGEU, ZACARIAS, MALAQUIAS - Introdução e Comentário, por
JOYCE G. BALDWIN, B.A., B.D. Deã das Mulheres, Trinity College, Bristol
SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA E ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA .MUNDO CRISTÃO
 
CAPÍTULO 14 DE ZACARIAS
Advento: Vinda; chegada.
Lançar; ar­remessar.
Cordel: Cordão; barbante.
Exultar: Regozijar-Se; jubi­lar-se.
C3) Cataclisma em Jerusalém (14:1-15)
O tema de guerra e vitória agora atinge sua fase final. O capítulo inicia com Jerusalém derrotada, privada de posses e honra, submetida a todas as indignidades que o conquistador lhe impõe. O inimigo compõe­-se de "todas as nações", por isso esta derrota da cidade santa possibilita o estabelecimento do governo mundial, uma federação de nações opos­ta a DEUS. Os. conquistadores se regalam com sua presa, mas deixam metade da população na cidade, levando somente a metade para o exílio. Os que ficam sofrem ainda mais, mas no fim eles presenciam a intervenção do Senhor. O drama humano se aproxima do fim. A palavra terremoto é inadequada para descrever as mudanças geográ­ficas em e ao redor de Jerusalém, porque a cidade se erguerá para dominar sobre toda a terra, enquanto os montes vizinhos diminuem, transformando-se em planície (v. 10). A própria alternância de dia e noite e as características das estações desaparecerão. DEUS mesmo reinará como rei em Jerusalém. Todos os seus inimigos entregarão suas riquezas antes de sucumbir a pragas, pânico e morte. Sua con­versão não é visada.
A estrutura quiástica desta seção expressa bem a dramática mu­dança de derrota para vitória. os vv 1-6 começam com Jerusalém abatida pela derrota. "O dia do Senhor. . . é dia de trevas, e não de luz"
 
185 CfR. T. France, JESUS and lhe Old Teslament (Tyndale Press, 1971), pp. 103s. 107ss.
das -Oliveiras, e neste caso o vale bloqueado é o Cedrom. As montanhas formadas pelo novo vale .que corta o Monte das Oliveiras o bloqueiam. Por outro lado, os que preferem traduzir o primeiro verbo por "fugi­reis" acham que "meus montes". são os que o novo vale forma. Diversas correções foram sugeri das, como a de J. Welhausen: "E o vale do Hinom será bloqueado," 189 adotada também por R. C. Dentan. 190 Como o vale do Hinom fica a sul e oeste da cidade, isto dificilmente procede. H. G. Mitchel)l91 argumenta que o verbo "bloquear" quase sempre é usado para fontes (p. ex. Gn 26: 15, 18) e insiste que o mesmo vale para este caso. A fonte poderia ser Giom, no vale do Cedrom. Giom e o hebraico de "vale dos meus montes" começam da mesma maneira, de modo que um escriba poderia ter se confundido. Outros comentadores não seguiram H. G. Mitchell aqui. O vale dos montes chegará até Azel. Se isto é um nome próprio, o lugar não é conhecido. Seria algum lugar a leste de Jerusalém, limite oriental do vale.
 
É impossível saber como era o texto original, mas o sentido está claro. Os movimentos sísmicos que abrem um vale em direção ao oriente também bloqueiam o vale do Cedrom, criando uma rota de fuga fácil de Jerusalém. O terremoto nos dias de Uzias, pelo qual o livro de Amós é datado (Am I: I), deve ter ocorrido em meados do oitavo século a. C. Ele deve ter sido tão terrível que ficou legendário.'92 O próprio Amós usou pela primeira vez a figura do terremoto na escatologia (Am 6:11, 8:8, 9:1-5).
 
Então virá o Senhor meu DEUS. O texto grego tem "seu DEUS", de onde também é tirado com ele, pois o TM diz "contigo". É muito melhor ficar com o texto hebraico, porque mesmo quando uma outra versão faz mais sentido, isto em si já é uma advertência, porque a tendência é que os escribas racionalizam o texto. Os profetas estão cheios de exemplos de mudanças repentinas da terceira para a segunda pessoa do verbo (cf2:8). O profeta vê os incidentes, como se estivessem acontecendo diante dos seus olhos, e transforma sua descrição em oração pelo cumprimento da visão. Quando o Senhor vier com os seus SANTOs, seus assistentes celestiais (SI 89:5,7), a história terá chegado ao seu fim.
 
189 Die kleinen Propheten Obersetzt und Erklart (ed 3, 1898). 190 R. C. Dentan, IB, pg 1111.
191 ICC, pg 343.
192 "Terremotos grandes ocorrem mais ou menos a cada cinqüenta anos na Pales­
tina; terremotos menores são bem mais frequentes" (D. Baly, lhe Geography o/the Bible, pg 22).
 
6. O significado deste versículo é incerto. O texto hebraico começa naquela dia não haverá luz. As outras duas palavras podem significar: "as (estrelas) esplêndidas congelam", isto é, perdem seu brilho. RAB, RIB e BJ adaptam uma ou outra das versões antigas e concordam que os extremos de temperatura desaparecerão. Seja qual for a versão certa, trata-se de mudanças cósmicas.
7. O tempo não será mais medido em dias, porque não anoitecerá mais. O dia singular será contínuo (Is 60: 19,20, Ap 21 :25, 22:5), e sua luz não dependerá de sol, lua e estrelas. Não há contradição entre este versículo e o anterior, se interpretarmos aquela como luz do sol.
8. O sonho de abundância de água em Jerusalém se tornará reali­dade. Em lugar da fonte Giom, cuja água corria "brandamente" até o tanque de Siloé (Is 8:6), e nunca supria totalmente as necessidades da cidade, surgirão, em Jerusalém rios independentes das chuvas das esta­ções, jorrando para leste e oeste até o Mar Morto e o Mediterrâneo. Em Ez 47: 1-12 um só rio corria em direção leste. Ezequiel falou muito da fertilidade resultante; Zacarias deixa para a imaginação as trans­formações que água abundante faria" em uma terra seca e pedregosa.
A referência que JESUS faz de uma passagem bíblica que promete "água viva"" (Jo 7:38) pode ser principalmente a este versículo. 193
9. Durante gerações os israelitas tinham cantado "O Senhor reina" (S I 93, 97, 99), mas isto fora uma declaração de fé. Quando "aquele dia" vier todos o verão como Rei em seu reino mundial. Afirmações como esta explicam o impacto das primeiras pregações de JESUS: "O tempo está cumprido, e o reino de DEUS está próximo" (Mc I: 15).
Um só será o Senhor aparentemente é uma mensagem supérflua, repeti­da pelos juDEUS no Shema' "O Senhor nosso DEUS é o único Senhor" (Dt 6:4). O que é novo é que todos reconhecerão que ele é o único DEUS. E um só será o seu nome. Javé, o nome de DEUS, expressa tudo o que ele sempre foi e sempre será (Êx 3: 13-17). "O Senhor é DEUS; nenhum outro há senão ele" (Dt 4:35, 39); "Eu sou o Senhor, e não há outro" (Is 45:5). Claramente este único nome não é um problema de linguística, mas de teologia. Quando todas as nações se submeterem ao Senhor estarão admitindo que todos os lampejos de verdade que elas tinham antes vinham deste único DEUS.
10. As montanhas ao redor de Jerusalém escondem-na e protegem­-na (SI 125:2), mas como não serão mais necessárias como proteção elas serão niveladas, para que a cidade domine a terra, como cabe à capital
 
193 R. H. Lightfoot, SI. lohn's Gospel, A Commentary (Oxford, 1956), pg. 183.
do Rei de toda a terra. Geba estava localizada uns 100 km a noroeste de Jerusalém, e formava a fronteira norte de Judá (I Rs 15:22,2 Rs 23:8). Rimom ou En-Rir.nom (Ne li :29, cf Js 15:32, onde os nomes Aim e Rimom provavelmente devem ser unidos, formando En-Rimom), "bro­to de romeira", é Khirbet Umm et-Ramâmim, uns 50 km a sudoeste de Jerusalém, onde o relevo montanhoso de Judá vai se aplanando para dentro do deserto do Neguebe ou sul.
A porta de Benjamim, que leva ao território de Benjamim, prova­velmente, estava na esquina nordeste do muro ou perto dela (Jr 37:12, 13). O lugar da primeira porta é desconhecido, mas como a porta da esquina formava o limite ocidental, a anterior provavelmente ficava no muro norte. A torre de Hananeel (Ne 3:1, 12:39) era o ponto mais setentrional do muro, perto do tanque do rei (Ne 2: 14) e do jardim do rei (Ne 3: 15). Assim nomes de acidentes conhecidos no leste, oeste, norte e sul sublinham que toda a cidade está incluída.
11. Habitarão nela. Sabemos que depois do exílio a população da cidade era pequena (Zc 2:4, 8:5,6). Mesmo no tempo de Neemias era necessário fazer pressão para fazer os juDEUS morar na cidade (Ne 7:4 ss, 11:1, 2). Aqui a idéia é que a cidade nunca mais ficará vazia por causa de maldição ou "interdição" (heb J;érem). Foi de acordo com esta interdição que as cidades cananéias foram totalmente destruídas no tempo da conquista por Josué (Js 6:17, 18). A perda de vidas e a deportação, quando a cidade foi destruída, também foram interpre­tadas como maldição (Is 43:28). O profeta indicou que virão mais experiências como estas (Zc 13:8,9, 14:1,2), mas depois que o Senhor vier como rei nunca mais haverá estas ameaças. Jerusalém habitará segura. com ou sem muros, quando o Senhor for a glória dentro da cidade (Zc 2:5).
12. Depois de relatar em prosa a terrível vinda de DEUS como Rei, e as mudanças misteriosas que haverá na paisagem em e ao redor de Jerusalém, o profeta volta aos que se opõem ao seu domínio. Em linguagem figurada, talvez sugerida pela epidemia que vitimou o exér­cito de Senaqueribe diante de Jerusalém, no tempo de Ezequias (2 Rs 19:35), ele vê todos os exércitos das nações inutilizados por uma doença devastadora.
13. A praga e o pânico subsequente são do Senhor. Causas secun­dárias não estão excluídas, mas são muito insignificantes para serem citadas, porque chegou o dia do julgamento de DEUS. A experiência é tão terrível que eles se matam mutuamente, na tentativa de fugir (Ag 2:22, Zc Ii :9).
14. Também Judá pelejará em Jerusalém. Faz muito mais sentido traduzir a preposição be "em", como RAB, do que "contra", como RIB.IC)4'Uma rápida olhada para Jerusalém mostra que toda a presa do campo de batalha fica para ela, inclusive suas próprias posses que o inimigo tinha tomado (14:1, 2). O verbo hebraico 'asap. significa "ajuntar" e também "tirar"; pode-se traduzir: "Serão tiradas as riquezas das nações circunvizinhas"; mas a tradução mais usada traduz o sentido mais provável.
15. Ao pensar nas riquezas apreendidas o profeta se lembra dos animais deixados nos acampamentos dos inimigos. Eles também sofrem da epidemia, e por isso não podem ser usados para fugir. A linguagem é simbólica, mas isto não exclui um cumprimento literal. Ninguém con­segue escapar ao julgamento, a não ser escolhendo o caminho da conversão implícito nos últimos versículos.
ai) Adoração do Senhor como Rei sobre todos (14:16-21)
Há semelhança entre o último parágrafo da Parte I do livro (8:20-23) e esta seção final. Haverá sobreviventes entre as nações, que vivem para adorar o Senhor dos Exércitos. "A maneira objetiva em que esta conversão é descrita não deve fechar nossos olhos para a sublimidade da idéia."'9s Esta conversão é expressa em termos do Antigo Testa­mento, é claro, mas é significativo que não é dito que as nações se submetem à circuncisão, nem mesmo que cumprem a lei de Moisés que importa é que elas cultuam o único Rei e DEUS. Finalmente, quando DEUS reinar, todos os aspectos da vida serão SANTOs.
16. Todos os que restarem de todas as nações. O versículo anterior não deu a impressão de que havia sobreviventes da praga, mas o relato é em termos figurados. Alguns de todas as nações se convertem, e assim são poupados. A festa que une todas as nações no culto é a festa dos tabernáculos, que provavelmente era a mais antiga festa para a qual todos peregrinavam para Jerusalém (Jz 21:19, I Sm 1:3), e na qual era celebrada a soberania do Senhor, que dá a colheita (Dt 16:13-17). Estava aberta a todos, inclusive os "estrangeiros", e continuou tendo importância também depois do exílio (Ed 3:4, Ne 8:14-18). A referência em Neemias mostra que a festa era mais que ação de graças pela colheita, uma ocasião em que a lei era lida. Em outras palavras, a aliança era renovada. No reino de DEUS os gentios serão integrados na aliança, quando vierem adorar no templo o Rei, o Senhor dos Exér­citos, que agora recebe todo seu título majestático (cf Is 6:5, SI 24: 10).
 
194 Assim pensam também S. R. Driver, CB. pg. 279; T. T. Perowne. CBSC (edição de 1888), pg. 146; C. H. H. Wright, pg. 502.
195 R. C. Dentan, IB. VI, pg. 1113.
17. O simbolismo de seca e chuva aparece na seção c (9:11-10:1), onde chuva suficiente é relacionada com a prosperidade da era messiâ­nica. Em 13:1 uma fonte lava do pecado, e os rios de 14:8 fazem parte da transformação escatológica de Jerusalém. Seria estranho se devêssemos tomar chuva literalmente. Cerimônias de aspersão de água faziam parte do ritual da festa dos tabernáculos depois do exílio, e pensa-se que JESUS tirou disto sua promessa de água viva (Jo 7:38). Os sacerdotes levavam água do tanque de Siloé para o templo em procissões solenes, e a derramavam como oferta sobre o altar. Orações por chuva podem ter acompanhado o ritual, depois do longo verão sem chuva. Desde quan­do este ritual é obedecido não sabemos. Só temos indícios dele, do Mishna.196
O profeta está ansioso para dizer que o culto das nações continuará, e a chuva simboliza a essência da vida, que as nações aprenderam a receber do Senhor. Ao interromperem a adoração eles sentirão falta disto e assim a apostasia será evitada.
18. O Egito era uma exceção entre as nações, porque não dependia da chuva para receber sua água, mas do Nilo. O Egito tinha passado pelas pragas no tempo do êxodo, e através delas reconhecido a sobe­rania de DEUS, e por isso praga era um símbolo adequado para desas­tre, na nova era. O texto hebraico é obscuro, e nossas traduções seguem as versões grega e siríaca, que provavelmente transmitem o sentido do texto.
19. O Egito não é separado sozinho para sofrer o castigo. Qual­quer nação que não cultuar a DEUS sofrerá desastre. A repetição, que não subirem a celebrar a festa, pode ser um erro de escriba, mas também pode ser insistência intencional na suprema importância do culto.
20. SANTO ao Senhor era inscrito na plaqueta de ouro que o sumo sacerdote usava no seu turbante (Êx 28:36) como expressão e lembran­ça da sua consagração, mas o sentido era que todo Israel deveria ser SANTO (Êx 19:6, Jr 2:3). Depois que o reino de DEUS for estabelecido a santidade caracterizará também os animais, além das pessoas. Os cava­los não serão mais necessários para a guerra, e trarão a inscrição nos seus arreios anteriores tilitantes, transportando peregrinos. As panelas na casa do Senhor são utensílios usados pelos peregrinos para cozinhar a carne dos sacrifícios pacíficos destinados para eles (Lv 7:15s). Nos pátios do templo havia instalações para que as famílias pudessem participar destas festas de comunhão (cf Ez 46:21-24). Os caldeirões usados para cozinhar serão tão SANTOs como as bacias usadas para aspergir o sangue dos sacrifícios sobre o altar.
 
196 Sucá 4:9. Para mais detalhes veja IDB, I, pp. 455s.
21. Todos os utensílios de cozinha serão, de fato, SANTOs ao Senhor dos Exércitos. Não haverá distinção entre coisas sagradas e seculares. e assim não haverá falta de utensílios para uso no templo. Isto pode nos levar a concluir que no tempo do profeta havia escassez, em particular em dia de festa, e que os preços subiam de acordo. Ressentimento profundo pode ter motivado a última sentença: Naquele dia já não haverá mercador na casa do Senhor dos Exércitos. Mercador literal­mente é "cananeu" (RIB; veja 11:7). Neste contexto a palavra não se aplica a uma nacionalidade específica, mas aos que tiram lucros extraordinários dos que vêm para adorar. Depois que o Rei vier os pátios do templo não serão mais usados para ganhar dinheiro, nem a ganância de comerciantes tirará a alegria de dar sacrifícios (cf Mt 21: 12, 13 e passagens paralelas).
Usando termos simbólicos, o profeta ainda está retratando uma "Utopia". Para ele é essencial que DEUS será Rei, não só na vida de cada um, mas de toda a raça humana. Estando cumprida esta condição, a vida diária será "santa para o Senhor", e todos os problemas humanos estarão resolvidos.
 
INTERAÇÃO 
Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu. Ele teve uma série de visões durante os dois primeiros anos das obras de reconstrução do Templo. Essas visões objetivavam incitar no povo ânimo para o exercício do trabalho intenso na restauração do Templo. Os judeus estavam livres do exílio, mas o Templo não estava acabado. A reconstrução do Templo traria uma nova esperança para os judeus, pois a nação, no futuro, também seria restaurada espiritualmente. A primeira e a segunda vinda de JESUS CRISTO são, focalizadas pelas profecias de Zacarias, como cumprimento da esperança judaica.
 
OBJETIVOS 
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias. 
Explicar a promessa de restauração da nação. 
Saber que o reino messiânico é real.  
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Prezado professor, para que os alunos compreendam com mais facilidade o conteúdo da lição, utilize o esquema abaixo. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Explique aos alunos que podemos destacar ao longo da profecia de Zacarias dois propósitos principais: Os capítulos 1 - 8 foram escritos para encorajar o remanescente judeu na construção do Templo, em Judá. Enquanto que nos capítulos 9 - 14 o profeta trata de Israel e do Messias. O tema do livro é o Messias de Israel, todavia, Jerusalém também ocupa um espaço especial. 
 
ESBOÇO DO LIVRO DE ZACARIAS
PRIMEIRA PARTE    (1.1 — 8.23)
Palavras proféticas e a reedificação do Templo
• Introdução (1.1-6).
• Série de oito visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos quatro chifres e quatros ferreiros; [c] dum homem medindo Jerusalém; [d] da purificação de Josué, o sumo sacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher num efa; [h] dos quatros carros (1.7 — 6.8).
• A coroação de Josué como sumo sacerdote e o seu significado profético (6.9-15).
• Duas mensagens: O jejum e a justiça social; a restauração de Sião. (7.1— 8.23).
SEGUNDA PARTE   (9.1 — 14.21)
A palavra profética a respeito de Israel e do Messias (9.1 — 14.21)
• Primeira profecia do Senhor: a intervenção triunfal do Senhor; a salvação messiânica; a rejeição do Messias (9.1 — 11.17).
• Segunda profecia do Senhor: luto e conversão de Israel; a entronização do Rei Messias (12.1 — 14.21).
 
RESUMO DA LIÇÃO 12, ZACARIAS, REINADO MESSIÂNICO
I. O LIVRO DE ZACARIAS 
1. Contexto histórico (1.1). .
2. Vida pessoal.
3. Estrutura e mensagem.
4. Unidade literária.
a) Combinação profética.
b) Coletânea de profecias.
II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO  
1. Sião.
2. O zelo do Senhor (8.2).
3. Restauração de Jerusalém.
III.  O REINO MESSIÂNICO  
1. A pergunta pela paz.
2. A paz universal.
3. A orla da veste de um judeu (8.23).
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - Os oráculos do livro de Zacarias são apocalípticos. O assunto central é o surgimento do Messias de Israel.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A restauração de Jerusalém é uma promessa futura, pois quando ela tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade", a promessa será cumprida.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - O Reino Messiânico é o período onde todo o mundo desfrutará da verdadeira paz do Messias de Israel.
 
 VOCABULÁRIO 
Enigmático: Difícil de compreender ou interpretar.
Secularismo: Doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, tem o homem, e somente o homem, como medida de todas as coisas.
Hipotético: Duvidoso, incerto.
Trucidado: Morto com crueldade.
Reiteração: Repetição.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
 
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 55, p.42.
 
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a ______________________ um Renovo justo; sendo ___________________________, reinará, e prosperará, e praticará o ______________________ e a justiça na terra"  (Jr 23.5). 
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
______________________________ é tanto o ______________________________ do mundo, como __________________________ do Universo.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO 
3- O que nos apresenta o livro de Zacarias?
(    ) Apresenta os eventos do porvir como o início da história.
(    ) Apresenta os eventos do porvir como o epílogo da história.
(    ) O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis.
(    ) As demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico.
 
I. O LIVRO DE ZACARIAS 
4- Qual o contexto histórico do livro de Zacarias?
(    ) Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, em 520 a.C.
(    ) Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C.
(    ) A situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu.
(    ) A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam DEUS em último plano.
(    ) Tal como a história dos antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).
 
5- Como era a vida pessoal de zacarias?
(    ) Era de uma família levita, assim como Isaías e Ezequiel.
(    ) Era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias e Ezequiel.
(    ) Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel e Josué.
(    ) Parece que "Baraquias", seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança.
(    ) Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de "filho de Ido".
(    ) O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após o seu chamado (7.1).
 
6- Qual a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias?
(    ) Os oráculos de Zacarias são apocalípticos.
(    ) Eles foram entregues por visão (capítulos 1-6) e palavra (7-14).
(    ) O assunto do livro é o Messias de Israel.
(    ) Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia.
(    ) A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 6-13.
(    ) A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9-14.
 
7- Quais referências diretas e indiretas a Zacarias estão no Novo Testamento?
(    ) Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Lc 27.9,10; Zc 12.10; Hb 1.7.
(    ) Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10; Ap 1.7.
(    ) Zc 2.9 cf. Mt 21.5; Zc 10.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 11.10; Ap 1.9.
 
8- Quanto a unidade literária quais as opiniões mais populares?
(    ) Os que defendem a unidade literária.
(    ) Os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período pré-exílio babilônico.
(    ) Os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período exílico-babilônico.
(    ) Os que apontam para o período pós-exílio (os liberais).
 
9- Em relação à passagem de Zacarias 11.13 - onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf. Mt 27.9) - quais as duas pricipais explicações?
(    ) Combinação profética e coletânea de profecias.
(    ) Combinação profética e coletânea de histórias poéticas.
(    ) Combinação apocaliptica e coletânea de poesias.
 
10- Como seria a combinação profética no livro de Zacarias para que houvesse a unidade literária?
(    ) Jeremias comprou uma casa (Jr 32.6-9) e visitou a oficina do oleiro.
(    ) Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro.
(    ) A citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas (Jeremias e Zacarias).
(    ) Somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante.
 
11- Como seria a coletânea de profecias no livro de Zacarias para que houvesse a unidade literária?
(    ) Seria uma coleção de oráculos entregues a Zacarias após a conclusão de seu livro, vindas de Jeremias.
(    ) Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro.
(    ) Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos. 
 
II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO  
12- Como é vista Sião, no livro de Zacarias?
(    ) Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1).
(    ) O discurso começa com a chancela de autoridade divina: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos".
(    ) Sião era originalmente a cidade de Davi entre os jebuseus, tornando-se, a partir daí, capital de Israel.
(    ) Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade.
(    ) Com o passar do tempo, veio a ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.
 
13- Como é descrito o zelo do Senhor por Zacarias (8.2)? Complete:
Jeová declara a si mesmo como DEUS "________________________" (Êx 20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua ________________________, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como __________________________ quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, DEUS há de _______________________________ (1.14,15).
 
14- Como é descrita a restauração de Jerusalém no livro de zacarias?
(    ) A palavra profética anuncia: "Voltarei para Jerusalém e habitarei no meio de Sião".
(    ) A palavra profética anuncia: "Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém".
(    ) Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo.
(    ) A promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade".
(    ) Temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico.
 
III.  O REINO MESSIÂNICO  
15- É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança? Isso ocorrerá algum dia?
(    ) A Bíblia assevera que sim!
(    ) O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém na Grande tribulação.
(    ) O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio.
 
16- Quando e como será a época da paz universal?
(    ) As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor JESUS CRISTO reinará por mil anos.
(    ) Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a DEUS pelo anúncio do evangelho.
(    ) O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio.
(    ) Nessa época, Israel estará restaurado tanto nacional quanto espiritualmente e habitando no céu, na Nova Jerusalém.
(    ) Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.
 
17- O que quer dizer Zacarias em seu livro quando diz: "A orla da veste de um judeu"(8.23)? Complete:
A expressão "naquele dia" é escatológica (2.11; Os 2.16; Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao ____________________________. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo "judeu" no Antigo Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil __________________________ (Nm 15.38; Dt 22.12). E "agarrar-se à orla de sua veste" indica o desejo e o anseio do mundo _________________________________ em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a _____________________ do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua _______________________________? (Rm 11.11-14). 
 
CONCLUSÃO 
18- Complete:
Diante do exposto, podemos concluir: se todas as ________________________________ sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do __________________________ cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a _______________________________ essa realidade.
 
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AJUDA
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VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
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STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002 = ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
Livro AGEU, ZACARIAS, MALAQUIAS - Introdução e Comentário, por JOYCE G. BALDWIN, B.A., B.D. Deã das Mulheres, Trinity College, Bristol,; SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA E ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA .MUNDO CRISTÃO