LIÇÃO 12, A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ



 


LIÇÃO 12, A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ
Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA - Porque o reino de DEUS está entre vós.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Wagner Gaby
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO
"Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra"(2 Tm 3.16,1 7).
 
 
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira doutrina cristã supre plenamente as necessidades da alma humana.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 32.2 - A doutrina bíblica como a chuva que rega a terra
Terça - 1 Tm 4.6 - As palavras da fé e da boa doutrina
Quarta - Tt 1.9 - Retendo firme a fiel palavra, conforme a doutrina
Quinta - Tt 2.1 - Falar o que convém à sã doutrina
Sexta - Hb 13.9 - Não se deixe levar por doutrinas estranhas
Sábado - 2 Tm 3.16 - Toda Escritura é proveitosa para instruir
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 3.14-1 7; Tito 2.1,7,10
2 Timóteo 3
14 -Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. 15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. 16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, 17 - para que o homem de DEUS seja perfeito perfei­tamente instruído para toda boa obra.
Tito 2
1 - Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 7 -Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, 10 - não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de DEUS, nosso Salvador.
 
PALAVRA-CHAVE - Doutrina - Ensino sistematizado das verdadesencontradas na Bíblia Sagrada.
 

2 TIMÓTEO
2 Timóteo 3.14. Paulo agora receita o remédio soberano contra serem enganados por tais charlatães, diz, a adesão leal à mensagem do evangelho em contraste com as novidades imaginativas (cf. 2: 16) que vã'o mercadejando.Tu, porém, diz ele, contrastando Timóteo com os enganadores especiosos que acaba de mencionar, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado. Sua confiança nestas verdades devia ter uma base dupla. Primeiramente, sabe de quem (o pronome está no plural no Grego) o aprendeste. Estas verdades da tradição cristã' foram transmitidas a ele, não por aventureiros individualistas sagazes, para os quais ninguém pode ser fiador a não ser eles mesmos, mas, sim, por sua mãe e avó (cf. 1: 5), o próprio Apóstolo, e outras testemunhas de fidedignidade comprovada; e deu seu assentimento firme a elas.
2 Timóteo 3.15. O segundo motivo para sua cobrança deve ser a sólida base que recebeu na Escritura; desde a infância, conforme muito bem sabe, tem tido familiaridade com as sagradas letras. Esperava-se dos pais judeus que ensinassem aos seus filhos a Lei desde a idade de cinco anos. A expressão as sagradas letras (Gr. hiera grammata) é achada somente aqui na Bíblia, onde o substantivo que denota a Escritura é normalmente
graphe (singular ou plural). Os comentaristas têm feito esforços desnecessários para excogitar as razões para sua escolhia na presente passagem, e a teoria menos plausível é que o plural abrange especificamente os escritos cristãos, inclusive as cartas do próprio Paulo, bem como o A.T. Aqueles que adotam este ponto de vista acreditam que o escritor pertencia à segunda quarta parte do século 11, e que, portanto, deve-se esperar uma referência à literatura cristã' autorizada. Mesmo com esta pressuposição, no entanto, (a) nada há na frase que dê a mínima sugestão dos escritos cristãos, e (b) é inc!ível. que o escritor, que, segundo se supõe, está fazendo o melhor que pode para representar o Apóstolo lembrando Timóteo da educação que recebeu na sua juventude, caísse num anacronismo tão desajeitado.
Realmente, por sagradas letras Paulo quer dizer, é lógico, o A.T.; há evidência abundante de que esta era uma designação clássica para ele no judaísmo de fala grega (cf. Filo e Josefo). A ausência do artigo definido no Grego confirma que é usado de modo técnico. Seu uso da frase, no lugar da palavra mais usual graphé, está de acordo com sua predileção (ou a do seu amanuense) nestas cartas por uma linguagem idiomática mais rabínica. O A.T. era a única Escritura canônica para os cristãos bem como para os judeus na era apostólica, e por várias gerações depois. lrineu (c. de 180) foi o primeiro escritor a falar inequivocamente de um "Novo Testamento"; mas em data tão recuada quanto 2 Pe 3: 15-16, as cartas de Paulo estavam sendo classificadas com "as demais Escrituras," ao passo que para Inácio (c. de 110) "o evangelho" era uma autoridade equivalente a "os profetas" (e.g. Smym. v.l; vii. 2).
A razão porque os livros do A.T. são tão preciosos é porque podem tomar-te sábio para a salvação pela fé em CRISTO JESUS. Noutras palavras, transmitem, não simples fatos nem mesmo história sagrada, mas, sim, uma revelação do propósito salvífico de DEUS. A "sabedoria" referida ( o Grego tem o verbo: tomar-te sábio) é o profundo entendimento ou domínio que o crente normalmente possui, e é contrastada com a insensatez dos mestres do erro, estigmatizada no v. 9. E esta apreensão vem pela fé em CRISTO JESUS. A chave à Escritura é CRISTO, e esta nada pode dizer aos homens até que O tenham recebido como Salvador e Senhor. Este, no cômputo geral, é o sentido mais provável das palavras finais, embora muitos prefiram entendê-Ias mais estreitamente com salvação. Segundo este ponto de vista, Paulo está enfatizando que a salvação sobre a qual o A.T. instrui os homens somente pode ser obtida mediante uma fé viva em CRISTO.
2 Timóteo 3.16. Paulo desenvolve sua doutrina do valor do A.T. numa frase que os comentaristas têm achado ambígua e frustradora. Toda Escritura, declara ele, é inspirada por DEUS e útil. . . Não precisa haver hesitação acerca do substantivo (Gr. graphé), pelo menos no que diz respeito à sua referência geral. Embora literalmente signifique "escrito" ou "livro" e possa concebivelmente abranger escritos ou livros em geral, tanto o contexto quanto o uso no N.T. requerem que tenha o sentido mais restrito de Escritura, i.é, o A.T. Muito mais difícil é a expressão total (Gr. posa graphe), traduzida aqui Toda Escritura. No singular, graphe pode denotar
(a) um livro da Escritura,
(b) a Escritura na sua totalidade (e.g. GI 3:8,22; Rm 11:1; cf. também 1 Tm 5:18), ou
(c) uma passagem específica da Escritura (e.g. Mc 12: 10; Jo 19:37; 20:9; At 8:35). O primeiro uso, freqüente no judaísmo helenístico, falta inteiramente no N.T., e provavelmente estamos justificados em exclui-Io aqui. Muitos preferem o segundo; e traduzem Toda Escritura, e a favor disto há o fato de que o Apóstolo está claramente pensando do A.T. na sua inteireza. Do outro lado, não há artigo definido no Grego aqui, e onde pas (= "todo" ou "cada") é empregado com um substantivo no singular sem o artigo, usualmente significa "cada" ao invés de "totalidade" ou "todo." O problema é complicado pelo fato de que não podemos ter certeza quão rigorosamente este dogma foi observado no koine no século I, mas o equilíbrio do argumento parece favorecer Toda Escritura. Tendo falado de modo geral das sagradas letras, Paulo talvez agora esteja ansioso para enfatizar a importância delas em todas as passagens individuais que perfazem a totalidade.
Tem havido, também, muita discussão acerca da construção da frase, pois não há verbo que corresponde a "é" no original. Visto que a partícula traduzida "é" tem o significado alternativo de "também," inspirada por DEUS pode ser interpretado ou como predicado conforme supra, ou como um adjetivo qualificador ("Toda Escritura inspirada.é também útil. . .''). Os comentaristas que favorecem esta última interpretação argumentam que uma afirmação direta da inspiração .da Escritura está fora de lugar aqui, visto que Timóteo presumivelmente nunca a duvidara e o objetivo de Paulo é ressaltar a utilidade do A.T. Mesmo assim, uma lembrança da sua origem divina é perfeitamente apropriada numa passagem que visa impressionar sobre seu discípulo o valor dela, tanto como a a1:1tenticaçio da mensagem cristã quanto como um instrumento pastoral. Uma decisão não é fácil, mas como apoio para a versão adota. da pode ser argumentado que
(a) parece natural, na ausência de um verbo, analisar os dois adjetivos da mesma maneira;
(b) que a construção da frase é exatamente paralela com a de 1 Tm 4:4, onde os dois adjetivos são predicativos;
(c) que se inspirada por DEUS fosse atributivo, deveríamos, nas circunstâncias, esperar que fosse colocado antes de Escritura, e, além do mais, "também" não teria razão de ser; e
(d) que "Toda Escritura inspirada" parece conter uma insinuação que certas passagens da Escritura não são inspiradas.
O adjetivo traduzido - inspirada por DEUS (Gr. tneopneutos) não ocorre em qualquer outra parte da Bíblia Grega, mas é achado quatro vezes na literatura grega pré-cristã' e nos Oráculos Sibilinos. Significa literalmente ''soprado para dentro por DEUS:' e expressa com exatidão o conceito da inspiração do A. T. que prevalecia entre os judeus do século I (cf. Josefo, C Ap:i. 37 ss.;Filo,Spec.leg. i. 65; iv.49; Quisrer, div. 263 ss.). A igreja o adotou na sua inteireza, conforme vemos na declaração em 2 Pe 1:21 de que, na profecia, "homens santos falaram da parte de DEUS movidos pelo ESPÍRITO SANTO."
- Porque o próprio DEUS fala através dele, o A.T. é pastoralmente útil para o ensino, i.é, como fonte positiva de doutrina cristã' (cf. o hábito de Paulo de constantemente reforçar sua mensagem com citações bíblicas); para a repreensão, i.é para refutar o erro e para repreender o pecado; para a correção, para convencer os mal-orientados dos seus erros e de colocá-Ios no caminho certo outra vez; e para a educação na justiça, i.é, para a educação construtiva na vida cristã'. A palavra traduzida justiça (Gr. dikaiosune) também significa "retidão;" para este sentido, cf. 2:22; 1 Tm 6: 11 - também Rm 14: 17; 2 Co 6: 14; 11: 15.
2 Timóteo 3.17. Se. a Escritura ê usada de todas estas maneiras, preenche uma função específica, fazendo com que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. A cláusula ê introduzida por a fim de que (Gr. hina), que no Grego clássico normalmente expressa propósito, mas que no koine freqüentemente era usado para denotar resultado. O último sentido parece preferível aqui. A frase homem de DEUS poderia designar os cristãos em geral, mas o contexto e o uso deliberado do singular confirmam que, como em 1 Tm 6: 11 (ver a nota ali), Paulo está pensando especificamente do líder cristã'o. Com a ajuda de um treinamento sadio na Escritura toma-se perfeitamente adaptado à sua tarefa, e pode enfrentar de modo firme as suas responsabilidades. As palavras finais repetem a ênfase dada às obras caridosas que é um aspecto tã'o destacado destas cartas: ver nota sobre 1 Tm 2: 10; cf. também Tm5:10;2Tm2:21; Tt3:1; etc.
I e II Timóteo e Tito - Introdução e Comentário - J.N.D.Kelly - Série Cultura Bíblica - edições 1983,1986, 1991 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão - SP
 
TITO - CONSELHOS PARA CATEGORIAS DIFERENTES DE CRISTÃOS 2: 1-10
Tendo feito provisões para a nomeação de ministros apropriados, e tendo deixado Tito de sobreaviso contra os sectários subversivos, Paulo volta-se para o supervisão pastoral das próprias comunidades cretenses. Como nas passagens correspondentes em Cl 3: 18 - 4: 1 e Ef 5:22 - 6:9, divide-as em grupos, embora a divisão aqui seja baseada na idade, no sexo, e na posição social ao invés da família. Como noutros lugares, parece que está adaptando listas correntemente aceitas de qualidades admiráveis. Ao requerer de cada um dos grupos que observe um alto padrão de conduta, está preocupado tanto com a boa reputação da igreja quanto com o avanço do evangelho num ambiente de moralidade duvidosa.
Tito 2.1. Suas palavras iniciais, Tu, porém, (Gr. Su de: lit. ''Mas tu"), são enfáticas. Os falsos mestres fustigados na seção anterior têm desviado as pessoas; a linha seguida por Tito deve ser exatamente a oposta. Destarte, seu ensino deve ser o que convém à sã doutrina, em contraste com as "fábulas" e os mandamentos dos homens dos sectários. Para sã doutrina, cf. 1:9; ver também nota sobre 1 Tm 1:10. O conselho de Paulo vai ser rigorosamente prático, mas n[o oculta sua convicção de que a base do bom comportamento é a crença correta.
Tito 2.6, 7. O tom de Paulo torna-se mais severo quando chega aos moços. Exorta-os, pede a Tito, empregando o imperativo pela primeira vez, para que. . . sejam criteriosos ("exerçam controle-próprio"). Mais uma vez temos esta qualidade que é tão prezada nas Pastorais (ver sobre 1 Tm 2:9), pois o verbo aqui usado (Gr. sõphronizein) tem relacionamento com o adjetivo (Gr. sõphrõn) traduzido "sensato" nos vv. 2 e 5. Não fica totalmente claro. se a expressão em todas as coisas deva ser tomada com este infinitivo ou com a frase que se segue. Qualquer destas maneiras é gramaticamente possível, mas a primeira parece preferível (a) porque as palavras então indicam o largo escopo do "controle-próprio" exigido, e (b) porque a segunda pessoa no singular, ter, na cláusula seguinte, volta então a reaver sua verdadeira ênfase.
Paulo sabe que a pregação por si mesma terá pouca utilidade; Tito terá mais probabilidade de conseguir fazer o efeito desejado se se mostrar padrão de boas obras ("boa conduta"). O acento aqui, conforme já foi sugerido, recai fortemente sobre te; Tito ainda é relativamente jovem, e, destarte, sua maneira de comportar-se deve ter influência sobre os jovens. Para a insistência do Apóstolo de que o líder cristão deve pessoal mente dar o exemplo, ver sobre 1 Tm 4: 12.
10. Não somente os escravos devem ser obedientes aos seus senhores, como também devem "dar-lhes satisfação sem responder nem furtar" - dando-lhes motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem. Devem cumprir seus deveres com um desejo positivo de agradar, pensando na sua posição de cristãos mais do que de escravos, O verbo traduzido furtar (Gr. .nesphizesthai) literalmente significa "separar," ou "colocar de lado," e assim fica sendo um eufemismo para.o furto em pequena escala ou o quieto aproveitamento dalgumas vantagens indevidas. Longe de descer àquele nível, o escravo cristão deve esforçar-se para exibir prova de toda a fidelidade.
No fim, Paulo dá a razão profundamente cristã porque os escravos devam manter este alto padrão de conduta, :e urna razão que demonstra que compartilham, igualmente com seus senhores, da tarefa suprema de honrar a DEUS nas suas vidas, à qual a igreja inteira é dedicada - a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de DEUS, nosso Salvador. Noutras palavras, seu comportamento obediente ajudará a fazer a mensagem cristã atraente e nobre, e assim a recomendará ao mundo externo. Para DEUS, nosso Salvador (característica das Pastorais).
I e II Timóteo e Tito - Introdução e Comentário - J.N.D.Kelly - Série Cultura Bíblica - edições 1983,1986, 1991 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão - SP

 
DOUTRINA
Grego: pasa graphe ª eopneusto s kai opheliomos   pro s didaskalian, pro s elegmon, pro s epanorthosin, pros paideian dez en dikaiosune, (http://www.studylight.org/lex/grk/view.cgi?number=1343)
Analisados ​​Literal: Toda a Escritura [é] inspirada por DEUS e [é] proveitosa para ensinar [ou, a doutrina], para verificação [ou, reprovação], para corrigir falhas, para instruir em justiça [ou, o comportamento que DEUS requer], 
Amplificada: Toda a Escritura é inspirada por DEUS (dada por Sua inspiração) e proveitosa para ensinar, para repreender e convicção do pecado, para a correção do erro e disciplina em obediência, [e] para a educação na justiça (em uma vida santa, em conformidade à vontade de DEUS em pensamento, propósito e ação), ( Amplified Bible - Lockman ) (http://www.lockman.org/amplified/?ISBN=0310915007&hilite=no)KJV: Toda a Escritura é inspirada por DEUS e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; 
Phillips: Toda a Escritura é inspirada por DEUS e é útil para ensinar a fé e a correção do erro, para re-estabelecimento da direção da vida de um homem e treiná-lo na boa vida. 
( Phillips: Touchstone ) (http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/068482633X?v=glance)
Wuest: Toda Escritura é inspirada por DEUS, e proveitosa para ensinar, para condenação, de melhoria, para a formação em relação à justiça ( Eerdmans ) (http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0802822800/ref=cm_lm_fullview_prod_7/002-6858154-4224868?%5Fencoding=UTF8&v=glance)
Literal de Young: toda escrita é inspirada por DEUS, e proveitosa para ensinar, por convicção, para definir corretamente, para a instrução que está na justiça,
 

O CONCEITO CORRETO DE INSPIRAÇÃO
Não basta mencionar as teorias falsas quanto à inspiração das Escrituras; necessário se faz tratar do que bíblica e teologicamente se entende por inspiração divina das Escrituras.
1. Inspiração Plenária ou Verbal. A teoria correta da inspiração da Bíblia é chamada "Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal". Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram como simples robôs, mas que houve cooperação vital entre eles e o ESPÍRITO de DEUS que neles agia.
A teoria da inspiração plenária ou verbal afirma que homens santos de DEUS escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém, sob a influência poderosa do ESPÍRITO SANTO, de sorte que o que eles escreveram foi a Palavra de DEUS. Ensina que a inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento, e que depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer outro servo de DEUS pode ser chamado inspirado no mesmo sentido. 
2. Revelação e Inspiração Divinas. A inspiração das Escrituras só pode ser compreendida à luz da revelação de DEUS. Revelação é a ação de DEUS pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que o homem por si só jamais poderia saber (Dn 12.8; l Pé 1.10,11). Certamente que a inspiração nem sempre implica em revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por DEUS, mas nem toda ela foi dada por revelação. São Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e averiguar fatos notórios, a fim de escrever o terceiro Evangelho (Lc 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara no seu dia-a-dia, como relata o Pentateuco.
PROVAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Dentre outras provas da inspiração das Escrituras, mencionaríamos as seguintes:
1. A aprovação da Bíblia por JESUS. JESUS aprovou a Bíblia ao lê- la (Lc 4.16-20), ao ensiná-la (Lc 24.27), ao chamá-la "a palavra de DEUS" (Mc 7.13), e ao cumpri-la (Lc 24.44).
Quanto ao Novo Testamento, em João 14.26, o Senhor antecipada- mente pôs nele o selo de sua aprovação divina, ao declarar: "Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". Assim sendo, o que os apóstolos ensinaram e escreveram não foi a recordação deles mesmos, mas a do ESPÍRITO SANTO. JESUS disse ainda que o ESPÍRITO SANTO nos guia- ria em "toda a verdade" (Jo 16.13,14). Portanto, no Novo Testa- mento temos a essência da revelação divina.
2. O testemunho do ESPÍRITO SANTO no crente. Em cada pessoa que aceita a JESUS como Salvador, o ESPÍRITO SANTO põe na sua alma a certeza quanto à autoria e inspiração divina das Escrituras. É algo instantâneo. Não é preciso ninguém ensinar isso. Quem de fato aceita a JESUS como Salvador pessoal, aceita também a Bíblia como a Palavra de DEUS, sem argumentar.
3. O fiel cumprimento da profecia. Inúmeras profecias se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; inúmeras outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras cumprir-se-ão no futuro.
O cumprimento contínuo das profecias bíblicas é uma prova da sua origem divina. O que DEUS disse, sucederá (Jr 1.12). Glória a DEUS por tão sublime livro)
4. A Bíblia é sempre nova e inesgotável. O tempo não exerce nenhuma influência sobre a Bíblia.
É o livro mais antigo do mundo, e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de vinte séculos o homem jamais pôde melhorá-la. Um livro humano já teria caducado em bem menos tempo. Para o salvo, isto constitui insofismável prova da Bíblia como a imutável Palavra de DEUS)

 

OS ANTIGOS ATESTARAM AS ESCRITURAS
Os profetas do Antigo Testamento foram divinamente incumbi- dos de transmitir ao povo os oráculos de DEUS, do mesmo modo também os escritores do Novo Testamento. Quando falava com o apóstolo João, o anjo disse-lhe: "...eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas..." (Ap 22.9).A lei mosaica designou responsabilidades específicas a vários grupos e oficiais do Antigo Testamento com respeito às Escrituras.
1. As Escrituras em relação ao povo israelita. A congregação de Israel foi dito: "Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso DEUS, que eu vos mando" (Dt 4.2). Está entendido que o povo não possuía a autoridade para questionar o valor da Palavra, nada podendo aumentar ou omitir dela. Cabia-lhe apenas obedecê-la.
2. As Escrituras em relação ao rei. A obrigação do rei em Israel para com as Escrituras era como se segue: "Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu rei- no, então escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu DEUS, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los" (Dt 17.18,19). O rei possuía autoridade governamental para matar ou manter vivo a quem ele quisesse, porém, em relação à Palavra de DEUS ele tinha o dever de obedecê-la. Neste particular, o rei em nada era superior ao mais humilde de seus súditos.
3. As Escrituras em relação aos juízes. Os juízes eram mediadores em assuntos comuns, domésticos; porém se era trazido perante eles algum assunto mui difícil de re- solver, se apelava para o sacerdote, que servia como corte suprema sobre os juízos. O juiz era instruído da seguinte maneira: "Quando alguma coisa te for dificultosa em juízo... então te levantarás, e subirás ao lugar que escolher o Senhor teu DEUS; e virás aos sacerdotes levitas, e ao juiz que houver naqueles dias, e inquirirás, e te anunciarão a palavra que for do juízo. E farás conforme ao mandado da palavra que te anunciarão do lugar que escolher o Senhor; e terás cuidado de fazer conforme a tudo o que te ensina- ram" (Dt 16.18-20; 17.8-12). Eles eram constituídos sobre o povo para exercer o juízo conforme à Lei, conforme à Palavra do Senhor.
4. As Escrituras em relação aos levitas. Aos levitas foi conferi- da a custódia das Escrituras. Deste modo eles foram instruídos a proceder do seguinte modo: "Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do concerto do Senhor vosso DEUS, para que ali esteja por testemunha contra ti" (Dt 31.26).
5. As Escrituras em relação aos profetas. Ao profeta foi dada a alta responsabilidade de receber e comunicar a Palavra de DEUS. A prova entre o verdadeiro e o falso profeta era tanto razoável como natural. As instruções eram: "E, se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder as- sim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta, não tenhas temor dele" (Dt 18.21,22). 

 
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS (BEP - CPAD)2Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”

O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15). Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Tm (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de DEUS para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de DEUS para todas as pessoas.
(1) Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por DEUS. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “DEUS”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por DEUS”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por DEUS; é a própria vida e Palavra de DEUS. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe
1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).
(2) Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de DEUS (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.
(3) JESUS também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do restante do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO, DEUS, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13).
(6) A inspirada Palavra de DEUS é a expressão da sabedoria e do caráter de DEUS e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em CRISTO (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2).
(7) As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de DEUS, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em CRISTO JESUS. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.
(8) Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3).
(9) As Sagradas Escrituras como a Palavra de DEUS devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Êx 20.3). Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de CRISTO sem estar submisso a DEUS e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37).
(10) Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o ESPÍRITO SANTO. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1Co 2.12).
(11) Devemos nos firmar na inspirada Palavra de DEUS para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).
(12) Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de DEUS para um mundo perdido e moribundo.
Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2Tm 1.13,14 notas; 2.2; Jd 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2; Ap 22.19).
(13) Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema:
(a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão;
(b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou
(c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.
 
 
A PALAVRA DE DEUS (BEP - CPAD)
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”

A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS. A expressão “a palavra de DEUS” (também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias aplicações na Bíblia.
(1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo quanto DEUS tem falado diretamente. Quando DEUS falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16,17; Gn 3.9-19), o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de DEUS. De modo semelhante, Ele se dirigiu a Abraão (e.g., Gn 12.1-3), a Isaque (e.g., Gn 26.1-5), a Jacó (e.g., Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g., Êx 3–4). DEUS também falou à totalidade da nação de Israel, no monte Sinai, ao proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras de DEUS.
(2) Além da fala direta, DEUS ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de DEUS, assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”, ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta, ouviam, na verdade, a palavra de DEUS.
(3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”, o que falavam e proclamavam era, verdadeiramente, a palavra de DEUS. O sermão de Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41), por exemplo, criou tamanha comoção que, “no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de DEUS” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos tessalonicenses que, “havendo recebido de nós a palavra da pregação de DEUS, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de DEUS” (1Ts 2.13; cf. At 8.25).
(4) Além disso, tudo quanto JESUS falava era palavra de DEUS, pois Ele, antes de tudo, é DEUS (Jo 1.1,18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas, escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que, quando as pessoas ouviam a JESUS, ouviam na verdade a palavra de DEUS (Lc 5.1). Note como, em contraste com os profetas do AT, JESUS introduzia seus ditos: Eu “vos digo...” (e.g., Mt 5.18,20,22,23,32,39; 11.22,24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras, Ele tinha dentro de si mesmo a autoridade divina para falar a palavra de DEUS. É tão importante ouvir as palavras de JESUS, pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). JESUS, na realidade, está tão estreitamente identificado com a palavra de DEUS que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1,14; 1Jo 1.1; Ap 19.13-16; ver Jo 1.1).
(5) A palavra de DEUS é o registro do que os profetas, apóstolos e JESUS falaram, i.e., a própria Bíblia. No NT, quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”, “Davi disse”, “o ESPÍRITO SANTO diz”, ou “DEUS diz”, nenhuma diferença fazia (ver At 3.22; Rm 10.5,19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava escrito na Bíblia era, sem dúvida alguma, a palavra de DEUS.
(6) Mesmo não estando no mesmo nível das Escrituras, a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas, na igreja de hoje, pode ser chamada a palavra de DEUS.
(a) Pedro indicou que, a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação, era palavra de DEUS (1Pe 1.25), e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação, porém, não pode existir independentemente da Palavra de DEUS. Na realidade, o teste para se determinar se a palavra de DEUS está sendo proclamada num sermão, ou mensagem, é se ela corresponde exatamente à Palavra de DEUS escrita.
(b) O que se diz de uma pessoa que recebe uma profecia, ou revelação, no âmbito do culto de adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo, ou não, a palavra de DEUS? A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à avaliação por outros profetas. Todavia, há a possibilidade de tais profecias não serem palavra de DEUS (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas, hoje, falam sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31).

O PODER DA PALAVRA DE DEUS. A palavra de DEUS permanece firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24,25). Não é, porém, estática; é dinâmica e poderosa (cf. Hb 4.12), pois realiza grandes coisas (55.11).
(1) A palavra de DEUS é criadora. Segundo a narrativa da criação, as coisas vieram a existir à medida que DEUS falava a sua palavra (e.g., Gn 1.3,4,6,7,9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33.6, 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados” (Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De conformidade com João, a Palavra que DEUS usou para criar todas as coisas foi JESUS CRISTO (Jo 1.1-3).
(2) A palavra de DEUS sustenta a criação. Nas palavras do escritor aos Hebreus, DEUS sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora, essa palavra relaciona-se com JESUS CRISTO segundo Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [JESUS]” (Cl 1.17).
(3) A palavra de DEUS tem o poder de outorgar vida nova. Pedro
testifica que nascemos de novo “pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio JESUS é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1). (4) A palavra de DEUS também libera graça, poder e revelação, por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a JESUS CRISTO. Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem, assim a palavra que sai da boca de DEUS nos leva a crescer espiritualmente (55.10,11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que, ao bebermos do leite puro da palavra de DEUS, crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2). (5) A palavra de DEUS é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf.Ap 19.13-15). JESUS derrotou Satanás, pois fazia uso da Palavra de DEUS: “Está escrito” (i.e., “consta como a Palavra infalível de DEUS”; cf. Lc 4.1-11; ver Mt 4.1-11). (6) Finalmente, a palavra de DEUS tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT freqüentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio JESUS assegurou que a sua palavra condenará os que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de DEUS julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de DEUS, acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.

NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS. A Bíblia descreve, em linguagem clara e inconfundível, como devemos proceder quanto a palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1,2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar, no Senhor, a palavra de DEUS (Sl 56.4,10), amá-la (Sl 119.47,113), e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16,47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13), ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11), confiar nela (Sl 119.42), e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74,81,114; 130.5). Acima de tudo, devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17,67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl 119.9). DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15), e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
 
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR (BEP - CPAD)1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.
(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.
(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho (4.12,15).
(b) O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
(3) O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2).
Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).
(5) A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.
(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.
(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).
(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).
 
Os deveres dos servos (BEP - CPAD)
1 Tm 6. Todos os servos a que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de DEUS e a doutrina não sejam blasfemados. 2 E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes, os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta.
Exortações e conselhos gerais. Conclusão
3 Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor JESUS CRISTO e com a doutrina que é segundo a piedade, 4 é soberbo de nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, 5 contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais.
6 Mas é grande ganho a piedade com contentamento. 7 Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. 8 Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. 9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. 10 Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 11 Mas tu, ó homem de DEUS, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, 6a caridade, a paciência, a mansidão. 12 Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, 7tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. 13 Mando-te diante de DEUS, que todas as coisas vivifica, e de CRISTO JESUS, que diante de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão, 14 que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor JESUS CRISTO;
 
6.3 DOUTRINA QUE É SEGUNDO A PIEDADE. Qualquer mensagem que não provém do Senhor JESUS CRISTO e que não contém em si um veemente apelo à piedade e à santidade, é um evangelho diferente daquele que é apresentado no NT.
6.5 HOMENS CORRUPTOS DE ENTENDIMENTO. Paulo volta ao assunto dos falsos mestres (cf. 1.3 ss), e informa a Timóteo qual deve ser seu conceito de tais homens. A indiferença atual ante as doutrinas antibíblicas é um flagrante desvio da atitude apostólica e desprezo às admoestações claras dadas nesta epístola e nas demais do NT (cf. Gl 1.9).
6.6 É GRANDE GANHO A PIEDADE. Os falsos mestres em Éfeso praticavam exteriormente a "piedade" a fim de obterem grandes lucros. Eram impulsionados por uma motivação oculta de cobiça, e ensinavam que suas riquezas eram um sinal de que DEUS aprovava seus ensinos.
6.8 ESTEJAMOS... CONTENTES. Os crentes devem estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na providência de DEUS (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2 Co 8.2,3), e servir a DEUS com contribuições generosas (2 Co 8.3; 9.6,7). Não devemos querer ficar ricos (vv. 9-11).
6.12 MILITA A BOA MILÍCIA DA FÉ. Os termos "milita" e "milícia" provém da palavra grega que significa "agonizar". Paulo vê a vida cristã como uma guerra; uma luta intensa que requer permanecer leal a CRISTO e enfrentar os adversários do evangelho. Todos nós somos conclamados a defender o evangelho em qualquer ocupação em que DEUS nos colocou (ver Ef 6.11,12).
6.14 ATÉ À APARIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. A admoestação de Paulo a Timóteo revela claramente que ele crê que a volta de CRISTO podia ocorrer durante os dias do próprio Paulo. Os apóstolos do NT estimulavam repetidas vezes os crentes de sua geração a esperarem a volta do Senhor durante a vida deles (Fp 3.20; 1 Ts 1.9,10; Tt 2.13; Hb 9.28). Amar o Senhor e almejar a sua volta e a sua presença imediata deve ser uma motivação principal da nossa vida (ver Ap 21.1-22.15).
 
 
 

 
 
 
 
 
INTERAÇÃO
Professor, você terá a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da integridade da doutrina cristã. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde muitos crentes, por falta de conhecimento bíblico, estão sendo seduzidos pelas falsas doutrinas. Enfatize o fato de que uma igreja sem doutrina é uma igreja carnal e sem condições de cumprir com sua missão integral. O objetivo da doutrina cristã é tratar o homem como um todo, pois só a Palavra tem poder para transformar a alma e o espírito: "Porque a palavra de DEUS é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). Missão Integral só é possível quando devidamente fundamentada na Palavra de DEUS.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que a doutrina bíblica produz vida.
Saber que na atualidade muitos resistem à sã doutrina.
Conscientizar-se de que precisamos ser fiéis a sã doutrina.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro-de-giz o quadro da página ao lado. Depois, pergunte aos alunos: "O que é doutrina?" Ouça as respostas e em seguida leia, juntamente com os alunos, o conceito apresentado na introdução da lição. Enfatize que sem a doutrina bíblica a igreja não tem condições de cumprir sua Missão Integral.
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 12, A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ
I. A DOUTRINA BÍBLICA E O HOMEM
1.Alimentando a alma.
2. Doutrina é vida.
3. Doutrina e cultura.
II. RESISTÊNCIA SÃ DOUTRINA
1. inversão de valores.
2. Desviando os ouvidos da verdade.
3. Fábulas e mitos.
III. ATITUDES EM RELAÇÃO SÃ DOUTRINA
1. Fidelidade a DEUS.
2. Discernindo os enganos e sutilezas.
3. Plenitude de vida.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A doutrina bíblica é como a chuva que rega a terra. Ela produz vida.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Na atualidade, muitos têm re­sistido à sã doutrina, dando ouvido a fábulas e mitos.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Ser fiel a sã doutrina significa desfrutar da vida abundante que JESUS tem para nós.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico "Introdução à doutrina
Uma das maiores necessidades da presente hora, no seio da Igreja é uma sólida base bíblica doutrinária para a fé.
Doutrina significa literalmente ensino normativo, terminante, como regra de fé e prática. É coisa séria. É fator altamente influente para o bem e o mal. A sã doutrina é uma bênção para o crente e para a Igreja, mas a falsa —corrompe, contamina, ilude e destrói.
O plano de DEUS é que depois de salvos, 'todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade' (1 Tm 2.4 — ARA). A tragédia espiritual de inúmeros crentes, é que não atentam para isso. Podemos pagar muito caro por uma só ignorância espiritual.
A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram doutrina bíblica. Igrejas há que têm um somatório imenso de bons costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso! Seus membros naufragam com facilidade por não terem o lastro espiritual da Palavra.
Uma das atividades prediletas do Diabo é subtrair a Palavra de DEUS (Mt 13.19), inclusive no púlpito, onde, muitas vezes ela é substituída por coisas vãs.
O Diabo é o autor ou inspirador de todo ensino falso (1 Tm 4.1) e perversão dos verdadeiros" (2 Pe 3.16) (GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. 1 7. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp. 91-93).
 
VOCABULÁRIO
Light: Leve.
Fábula: Narração de coisas imaginárias; ficção.
Mitos: Idéias falsas, sem correspondente na realidade.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Co­mentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2007. Colson, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico "O Desvio da Verdade
Todas as falsas doutrinas têm um traço em comum: o desvio da verdade revelada. Os que encorajam o erro, além de serem deficientes em moralidade pessoal, terminaram onde estão por causa do que deixaram para trás. Eles deixaram o que é verdade para buscar o que é falso (1 Tm 1.3;6.3). Paulo usa uma série de palavras vívidas para impressionar seus leitores com esse desvio.
Desvio. Em 1 Timóteo 1.6, a palavra grega astocheõ retrata a ideia de 'longe da marca 'ou de ultrapassar a marca'. Essa é uma expressão conveniente desde que, no versículo anterior, Paulo afirma que o objetivo da instrução dele 'é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida'. É óbvio que os falsos mestres ignoram esse propósito definidor à medida que eles se 'desvia [m]' para outros interesses.
Rejeição. É igualmente vívido o termo para a rejeição da fé e da boa consciência por parte deles (1 Tm 1.19). Em Atos 7.39; 1 3.46 e Romanos 11.2 usam esse termo (apõtheõ) para descrever a rejeição violenta e proposital. Até mesmo o resultado no contexto imediato de 1 Timóteo 1.19 ilustra essa violência, já que ele indica o 'naufrá­gio' da fé de Himeneu e Alexandre (v. 20). De acordo com Paulo, a expectativa futura não parece nem um pouco mais luminosa.
Apostasia. Paulo, por meio de revelação do ESPÍRITO de DEUS, prediz uma apostasia moral e espiritual (apostasia, 1 Tm 4.1) com a aproximação dos últimos dias. O que se inicia como desvio da verdade resulta em sedução pelos demônios e suas doutrinas" (vv. 2,3) (ZUCK, Roy B. (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.373,374).
 
 

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 12, A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 3º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.

 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Toda Escritura _____________________________ inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para _____________________________, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja _______________________ e perfeitamente instruído para toda boa obra"(2 Tm 3.16,1 7).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A verdadeira ________________________ cristã ________________________ plenamente as necessidades da ______________________ humana.

INTRODUÇÃO
3- O que não é Doutrina?
(    ) Vida.
(    ) Santificação.
(    ) Sólido mantimento.
(    ) Merecimento.
(    ) Um escudo contra as sutilezas de Satanás..
(    ) Liberdade em CRISTO JESUS.

4- Qual a definição de Doutrina?
(    ) Doutrina é o ensino sistematizado das diversas versões da bíblica Sagrada.
(    ) Doutrina é o ensino sistematizado das verdades encontradas na Bíblia Sagrada.
(    ) Doutrina é o ensino sistematizado das divisões encontradas na Bíblia Sagrada.

5- Qual o principal objetivo da Doutrina?
(    ) É levar o crente a ter uma vida perfeita diante de DEUS e dos anjos.
(    ) É levar o crente a ter uma vida perfeita diante da sociedade dos homens.
(    ) É levar o crente a ter uma vida perfeita diante de DEUS e dos homens.

I. A DOUTRINA BÍBLICA E O HOMEM
6- Qual o principal dever do pastor?
(    ) Administrar secularmente a Igreja.
(    ) Alimentar as ovelhas com a Palavra de DEUS.
(    ) Proteger e zelar pela integridade moral e espiritual de suas ovelhas.
(    ) O ensino deve ser genuinamente bíblico.

7- Que tipo de Igreja terá o pastor que não ensina a Palavra de DEUS?
(    ) Avivada e seguidora da doutrina dos apóstolos.
(    ) Equilibrada na Palavra de DEUS.
(    ) Problemática e suscetível às apostasias.

8- Como é a Doutrina bíblica quanto à vida?
(    ) A doutrina bíblica é algo suave e prazenteiro; é como a chuva que produz abundante vida.
(    ) A doutrina bíblica é algo duro e sério; é como a chuva que produz abundante vida.
(    ) A doutrina bíblica alcança-nos como um todo, para que sejamos santos em toda a nossa maneira de viver, conforme escreve Paulo: "O mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO".

9-  Como é a Doutrina bíblica em relação à cultura?
(    ) A cultura é sempre boa.
(    ) Em toda cultura há coisas boas e más.
(    ) Devemos, por conseguinte, rejeitar tudo aquilo que contraria os preceitos bíblicos.

10- Como saber se algo é ruim ou bom num contexto cultural? Em que devemos nos basear?
(    ) Obviamente, na Palavra de DEUS.
(    ) Somente através da Bíblia Sagrada teremos condições de discernir entre o certo e o errado.
(    ) Nos escritos gerais, nos livros teológicos, etc...
(    ) O ensino sistemático das verdades bíblicas é imprescindível.

11- Complete segundo a bíblia, no contexto cultural, na recomendação de Paulo?
É urgente e não contempla aquilo que o mundo chama de politicamente correto: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas ________________________ de DEUS, que apresenteis o vosso corpo por _______________________ vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto _______________________. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa ____________________, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS" (Rm 12.2).

II. RESISTÊNCIA A SÃ DOUTRINA
12- Devido à perda dos valores morais e éticos, até mesmo alguns que se dizem crentes vêm rejeitando a ética e a moral cristãs, se apegando a que?
(    ) A filosofias bíblicas e diversas.
(    ) A ensino das igrejas.
(    ) A filosofias mundanas e perversas.

13- Como ocorre o desvio dos ouvidos, da verdade? Complete:
O espírito da ____________________ e do engano está em plena operação no mundo, levando até mesmo alguns crentes a rejeitarem a autêntica pregação _____________________ e a sã doutrina (2 Tm 4.3,4). Muitos são os que, já desviados da verdade, andam a procura de um evangelho ____________________ descompromissado com a verdade (2 Tm 2.1 8; 3.7,8). Os tais rejeitam os textos bíblicos que estimulam os filhos de DEUS a ter uma vida __________________________, humilde, quebrantada e perfeita diante de DEUS e dos homens (2 Tm 3.15-17; Ez 33.31,32).

14- Muitos são os que, abandonando a verdade do Evangelho de CRISTO e se apegam a que e de que forma andam?
(    ) Apegam-se às fábulas e mitos.
(    ) Apegam-se à bíblia.
(    ) Andam atrás daqueles que lhes falem somente a verdade.
(    ) Andam atrás daqueles que lhes falem somente o que eles querem ouvir.

15- Qual a advertência para aqueles que desprezam a sã doutrina e pisam no sangue do Cordeiro de DEUS? Complete:
"De quanto maior _________________________ cuidais vós será julgado _____________________________ aquele que pisar o Filho de DEUS, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer _________________________ ao ESPÍRITO da graça?" (Hb 10.29).

III. ATITUDES EM RELAÇÃO A SÃ DOUTRINA
16- Complete em relação à Fidelidade a DEUS:
Apesar de a ______________________ multiplicar-se incontrolavelmente, os autênticos cristãos _____________________ em servir a DEUS e guardar a sã doutrina. Estes, por amor à justiça, enfrentam perseguições e sofrimentos (2 Tm 3.10-12; Mt 5.10-12), mas perseveram até ao fim. A doutrina cristã tem de ser ______________________ no dia-a-dia. O que adianta conhecê-la, mas não colocá-la em ________________________?

17- Complete em relação aos enganos e sutilezas:
Uma das principais estratégias de Satanás é a formulação de doutrinas __________________________ à Palavra de DEUS. Estas, por suas sutilezas, parecem verdades, mas são mentiras. A ____________________ é o principal instrumento de difusão desses enganos (2 Tm 3.1 3). Se a nossa mente não estiver instruída pela verdade, seremos levados pelas ondas do ____________________ e arrastados pelos ventos da _____________________ (Ef4.14). Guiados pela Palavra de DEUS, porém, estaremos sempre atentos contra as sutilezas do ____________________________ e dos que se deixam ser usados por ele.

18- Complete em relação à Plenitude de vida.
A vida abundante, de que fala a Bíblia Sagrada (Jo 10.10), envolve todos os _______________________ de nosso ser: físico, espiritual, emocional e mental. Uma de suas evidências é um relacionamento __________________ com DEUS mediante o ESPÍRITO SANTO. O amor do Pai em nossos corações leva-nos a obedecer aos seus preceitos: "Porque este é o amor de DEUS: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são _____________________________" (1 Jo 5.3). Vivamos, pois, de acordo com a Bíblia Sagrada e coloquemos em prática, em nosso cotidiano, todos os seus valores. O ESPÍRITO SANTO __________________-nos a viver dessa forma, para que sejamos, de fato, luz do mundo e sal da terra.

CONCLUSÃO
19- Complete:
Aquele que ama a DEUS _____________________________ a Sua Palavra e faz a Sua vontade, pois a nossa _____________________________ mostra o que o ESPÍRITO SANTO vem operando em nossos corações desde o momento em que ___________________________ a CRISTO como nosso Salvador e Senhor.
 
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BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo, IBR, 1975.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1977.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Edição contemporânea. São Paulo, Vida, 1994.
SILVA, S. P. da. Apocalipse Versículo por Versículo. Rio de Janeiro, CPAD, 1995.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. Rio de Janeiro, CPAD, 1994.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado. Milenium, 1982.
Comentários do livro "Romanos" da editora Mundo Cristão e Vida Nova - F. F. Bruce - 5. Edição - 03/1991 - São Paulo -SP
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
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ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
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