Escrita Lição 9, JESUS, o Holocausto Perfeito, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 9, JESUS, o Holocausto Perfeito
3º Trimestre de 2018 - Adoração, Santidade e Serviço ao Senhor
- Os Princípios de DEUS para a Sua Igreja em Levítico
Comentarista: Pr. Claudionor Correia de Andrade, conferencista e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
Ajuda - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv-2trim2015.htm Nascimento, vida, morte e ressurreição de JESUS
Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=skrTHbsAehM
SLIDES - https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-da-lio-9-jesus-o-holocausto-perfeito-3tr18-pr-henrique-ebd-na-tv
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblaçăo do corpo de JESUS CRISTO, feita uma vez.”  (Hb 10.10) 
 
VERDADE PRÁTICA
Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de JESUS CRISTO é perfeito e eterno, porque Ele morreu e ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 1.9 O cheiro suave do holocausto
Terça – 1 Sm 6.14 O holocausto como ação de graças
Quarta – Sl 40.6 O holocausto, figura da morte de CRISTO
Quinta – Gn 8.20 O holocausto de Noé
Sexta – Gn 22.13 O holocausto de Abraão
Sábado – Fp 4.18 A oferenda dos filipenses
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 1.1-9
1 - E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregaçăo, dizendo: 2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas. 3 - Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregaçăo a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR. 4 - E porá a sua măo sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua expiaçăo. 5 - Depois, degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos de Arăo, os sacerdotes, oferecerăo o sangue e espargirăo o sangue à roda sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregaçăo.6 - Entăo, esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços. 7 - E os filhos de Arăo, os sacerdotes, porăo fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo. 8 - Também os filhos de Arăo, os sacerdotes, porăo em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do altar. 9 - Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com água; e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR.
 
OBJETIVO GERAL - Conscientizar de que os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de JESUS CRISTO é perfeito e eterno.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar que o holocausto é o sacrifício mais antigo;
Discutir a respeito do holocausto na história de Israel;
Compreender que JESUS CRISTO é o holocausto perfeito.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor(a), na liçăo de hoje estudaremos a respeito do holocausto. É importante que vocę conheça e compreenda o significado desse termo. A palavra holocausto vem do grego holokauston, de hólos, completo + kaio, eu queimo. O holocausto é um tema frequente e relevante no Antigo Testamento, por isso o livro de Levítico inicia com as instruçőes divina conferidas a Moisés a respeito dos sacrifícios que seriam oferecidos no Tabernáculo. Levítico mostra o tipo de sacrifício e a forma como deveria ser apresentado ao Senhor. 
O DEUS que tudo criou precisava do sangue de animais? Não! Tudo é dEle, contudo os holocaustos apontavam para o plano perfeito da salvação que o Pai já havia preparado antes da fundação do mundo. Eles expunham a verdade de que JESUS CRISTO, o Cordeiro de DEUS, morreria em nosso lugar. Seu sacrifício foi perfeito, único e superior a todos os holocaustos já oferecidos. Que você aproveite cada tópico da lição para juntamente com seus alunos refletir a respeito do sacrifico perfeito de CRISTO que foi realizado em nosso favor.

PONTO CENTRAL - Os sacrifícios do AT apontavam para o sacrifício perfeito de JESUS.
 
Resumo da Lição 9, JESUS, o Holocausto Perfeito
I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
1. Definição de holocausto.
2. Objetivos do holocausto.
3. A tipologia do holocausto.
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
1. No período patriarcal.
2. No período mosaico.
3. No período nacional.
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
1. A encarnação de CRISTO.
2. O sofrimento de CRISTO.
3. A morte e ressurreição de CRISTO.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O holocausto é a oferta principal e mais antiga do Antigo Testamento.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O holocausto faz parte da história de Israel.
SÍNTESE DO TÓPICO III - JESUS CRISTO, o Filho Unigęnito de DEUS, é o sacrifício perfeito.
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 9, JESUS, o Holocausto Perfeito
 
INTRODUÇÃO
O Altar de sacrifícios, ou de Cobre, ou de Holocausto era a primeira mobília que aparecia quando se adentrava o Tabernáculo. Ficava no centro, antes da Pia e antes da parte coberta onde ficavam o Lugar SANTO e o SANTO dos Santos. Sem Sacrifício não havia adoração ennem manifestação de DEUS. Ali todo pecador levava um animal e colocava sua mão sobre sus cabeça e depois o sacrificava para ser perdoado por seus pecados. Uma vida era sacrificada em lugar do pecador. Sangue de uma vítima sem defeito, sem mancha, era derramado em lugar de um pecador. Este Altar feito de bronze, era topologicamente a cruz onde JESUS seria crucificado e levaria sobre ELE nossos pecados.
Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário (ou seja, esperando a vinda do Messias). Conforme veremos nesta lição, o Senhor JESUS CRISTO, ao encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para resgatar-nos de nossos pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o Holocausto dos holocaustos.
 
I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
1. Definição de holocausto.
HOLOCAUSTO (Enciclopédia Ilumina)
Sacrifício em que a vítima era completamente queimada em sinal de que o ofertante se dedicava completamente a DEUS (Êx 29.18; Hb 10.6).
 
HOLOCAUSTO - (Dicionário Strong Português)
 עלה Ìalah (aramaico)
1) oferta queimada, holocausto
 
 σφαγη sphage
1) holocausto 
1a) de ovelhas destinadas para matança 
1b) do dia da destruição
 
 כליל kaliyl
1) inteiro, completo, perfeito adv
2) totalidade subst
3) todo, oferta totalmente queimada, holocausto, totalidade
 
òlah ou עולה òwlah holocausto (hebraico)
1) oferta queimada
2) subida, escada, degraus
O sacrifício subia em cheiro suave ao Senhor, e a vida, oferecida tipicamente no holocausto, continuava a subir em agrado de DEUS. 
O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à subida da rampa para se alcançar o Altar, como à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro suave e agradável (Lv 1.9). 
O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do culto divino no Antigo Testamento (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e de animais, a oferenda implicava a queima total da vítima, como sacrifício incondicional ao Senhor (Lv 1.9). Era a oferta que abria as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário levítico. A cerimônia era conhecida também como oferta queimada.
 
A Lei dos Holocaustos - Levítico 1. 3-9
Se um homem fosse rico e tivesse recursos para isso, supõe-se que ele traria o seu holocausto, com o qual ele tencionava honrar a DEUS, tirando-o de entre o melhor de seus rebanhos. Aquele que considera que DEUS é o melhor Ser que existe, resolverá lhe dar o melhor que tiver. De outro modo, ele não conferirá a devida glória ao precioso nome do Senhor. Entretanto, se um homem resolvesse matar um boi não como uma festividade para a sua família e seus amigos, mas como um sacrifício para o seu DEUS, algumas regras deveriam ser religiosamente observadas:
1. O animal a ser ofertado deveria ser um macho, e sem mancha, e o melhor que ele tivesse em seus pastos. Sendo inteiramente destinado à honra Daquele que é infinitamente perfeito, ele deveria ser o mais perfeito de sua espécie. Isso simbolizava o poder e a pureza perfeitos que existiam em CRISTO, que se ofereceu para morrer como o sacrifício perfeito, e a sinceridade de coração e a inculpabilidade da vida que deveria existir nos cristãos, que são oferecidos a DEUS como sacrifícios vivos. Mas em CRISTO JESUS não existe, literalmente, qualquer preconceito ou distinção entre macho e fêmea. Uma mancha natural no corpo jamais será um empecilho para nossa aceitação junto a DEUS, mas somente as falhas morais e as deformidades introduzidas na alma pelo pecado.
2. O dono tem que ofertá-lo voluntariamente. O que é feito na religião, de modo a agradar a DEUS, não deve ser feito através de nenhuma outra coerção senão aquela que vem do amor. DEUS aceita as pessoas dispostas, e o doador prestimoso. Que o ofertante tenha sempre em vista esse objetivo – para que ele possa ser aceito pelo Senhor”. Só serão aceitos aqueles que sinceramente desejarem e objetivarem isso em todas as suas práticas religiosas, 2 Coríntios 5.9. 3.
 Deve ser ofertado na porta do Tabernáculo, onde o altar de bronze dos holocaustos se localizava, o que santificava a oferta (Obs. Pr. Henrique - fogo de DEUS existia ali), e não em outro lugar. Ele deve oferecê-lo à porta, como alguém indigno de entrar, e reconhecendo que não existe acesso para um pecador no concerto e comunhão com DEUS, a não ser através do sacrifício. Mas ele deve oferecê-lo na tenda da congregação em um sinal de sua comunhão com todo o povo de Israel, sim, até mesmo nesse serviço pessoal.
4. O ofertante deve colocar a sua mão sobre a cabeça de sua oferta, v. 4. “Ele deve colocar ambas as mãos”, dizem os estudiosos judeus, “com toda a sua força, entre os chifres do animal”, indicando assim:
(1) A transferência, na prática, para DEUS de todo o seu direito e proveito no animal, através de uma entrega manual, consagrando-o ao seu serviço.
(2) Um reconhecimento de que ele merecia morrer, e teria estado disposto a morrer se DEUS tivesse solicitado, a serviço de sua honra, e da obtenção de seu favor.
(3) Uma dependência do sacrifício, como um modelo instituído do notável sacrifício no qual a iniqüidade de todos nós seria depositada. Alguns pensam que o apóstolo se referia ao significado místico dos sacrifícios, e especialmente deste rito, através da doutrina da imposição das mãos (Hb 6.2), que tipificava a fé evangélica. O ato do ofertante, ao colocar a sua mão sobre a cabeça da oferta deveria representar o seu desejo e a sua esperança de que esta pudesse ser aceita para que lhe trouxesse a expiação de seus pecados. Embora os holocaustos não dissessem respeito a algum pecado específico como ocorria com a oferta pelo pecado, ainda assim eles deveriam representar a expiação do pecado em geral. E aquele que colocava a sua mão sobre a cabeça do holocausto deveria confessar que havia deixado de fazer o que deveria ter feito, e que havia feito algo que não deveria ter feito. Ele deveria orar para que, embora ele próprio merecesse morrer, a morte do animal que estava sendo oferecido em sacrifício pudesse ser aceita pela expiação de sua culpa.
5. O sacrifício deveria ser morto pelos sacerdotes dentre os levitas, diante do Senhor, isto é, de um modo religioso e sincero, e voltado para DEUS e para a sua honra. Isso significava que nosso Senhor JESUS deveria tornar a sua alma, ou a sua vida, uma oferta pelo pecado. O Messias, o Príncipe, deve ser oferecido como um sacrifício, mas não por si mesmo, Daniel 9.26. Isso também significava que, nos cristãos, que são sacrifícios vivos, a parte embrutecida deve ser subjugada ou morta, a carne deve ser crucificada com as suas luxúrias e paixões corruptas, juntamente com todos os apetites da mera vida animal.
6. Os sacerdotes deveriam espargir o sangue sobre o altar (v 5). Pois, sendo o sangue a vida, era ele que realizava a expiação pela alma. Isso simbolizava a consideração direta e real que nosso Senhor JESUS tinha para com a satisfação da justiça de seu Pai, e a proteção de sua honra ofendida, através do derramamento do seu sangue. Ele se ofereceu a DEUS Pai como um sacrifício imaculado. Isso também simbolizou a pacificação e a purificação das nossas consciências através da aspersão, pela fé, do sangue de JESUS CRISTO sobre elas, 1 Pedro 1.2; Hebreus 10.22.
7. O animal deveria ser esfolado e cortado apropriadamente, e separado em suas várias juntas ou pedaços, de acordo com o ofício do açougueiro. E então todos os pedaços, com a cabeça e a gordura (sendo as pernas e as partes internas do corpo lavadas antes), deveriam ser queimadas juntas sobre o altar, vv. 6-9.
“Mas com que finalidade”, diriam alguns, “se fazia esse desperdício? “Porque deveria toda essa boa carne, que poderia ter sido dada aos pobres, e ter servido por um longo tempo às suas famílias famintas, ser queimada até virar cinzas?” Esta era a vontade de DEUS. E não nos cabe contestá-la e muito menos procurar falhas nela. Ao ser queimada para a honra de DEUS, em obediência à sua ordem, e para simbolizar bênçãos espirituais, ela era realmente melhor utilizada, e atendia melhor à finalidade de sua criação, do que quando era utilizada como alimento para o homem. Jamais devemos considerar como perdido aquilo que é despendido para a honra e a glória de DEUS. Queimar o sacrifício simbolizava os sofrimentos lancinantes de CRISTO, e os sentimentos religiosos com os quais, como um fogo santo, os cristãos devem oferecer a DEUS, de forma completa, o próprio espírito, corpo, e alma. 8. Foi dito que esta é uma oferta de cheiro suave, ou de um cheiro agradável ao Senhor. A queima da carne é algo desagradável em si. Mas este, como um gesto de obediência a uma ordem divina, e um símbolo de CRISTO, era bem agradável a DEUS: Ele era reconciliado com o ofertante, e se sentia satisfeito por esta reconciliação. Ele descansou e restaurou-se com essas instituições de sua graça, como, a princípio, com as suas obras na criação (Êx 31.17), alegrando-se nisso, Salmos 104.31. Foi dito que a entrega de CRISTO a DEUS Pai tem um cheiro suave (Ef 5.2), e que os sacrifícios espirituais dos cristãos são agradáveis a DEUS. 1 Pedro 2.5. (Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)
Obs.: Pr. Henrique - O animal simbolizava JESUS e o Atar simbolizava a Cruz.

Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18). Paulo, agora preso, esperava a ajuda dos irmãos que se converteram através dele, já que a Palavra de DEUS diz que aquele que ensina deve participar dos bens materiais daquele que é ensinado. Também diz que a boca do boi não pode ser tapada quando trabalha.
  
2. Objetivos do holocausto.
 Natureza do Sacrifício do Holocausto
Este sacrifício nunca era oferecido pelos pecados, mas pelo Pecado.  Isto significa que seu oferecimento contemplava mais a comunhão com DEUS que a expiação por certo pecado.  Em certo sentido, ele contemplava a natureza decaída do homem, e por seu oferecimento reatava-se a relação entre DEUS e o pecador, relação esta interrompida na queda de Adão. 
O pecador confessava não um determinado pecado cometido, mas o seu pecado e implorava comunhão com o Criador.
O holocausto era consumido no fogo, e, em sua tipificação, o pecador era consumido, e com ele o seu pecado, em a natureza, de modo que dali em diante -podia gozar paz e comunhão com DEUS.
Convém lembrar que o holocausto também tinha valor expiatório, vicário, sem o que o ofertante não poderia gozar comunhão com DEUS. 
Resumindo as idéias aqui expressas, cada pecador tinha de oferecer primeiro um sacrifício pelo seu pecado, para depois oferecer o holocausto da consagração.  Oferecia uma vida por seu pecado e depois oferecia uma vida por sua consagração.  No primeiro caso, a vida era toda inteira; no segundo, também.  Nada se lhe poderia tirar.  Depois que somos salvos e nos sentimos inteiramente debaixo da graça, o primeiro impulso da alma é dar-se inteiramente ao Senhor.  Isto mesmo era representado pelo holocausto.
 
O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado; era ofertado também como ação de graças a DEUS por uma vitória alcançada (Lv 1.4; cf. 1 Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que o adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl 116.17). Todavia, o ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com fé e confiança na intervenção divina.
  
3. A tipologia do holocausto.
 
 
 
 
Holocausto - Vemos no holocausto CRISTO e sua obra, e aprendemos algo do que CRISTO é para DEUS e de nossa posição em CRISTO: “aceitos no Amado”.
A obra de CRISTO é uma só, contudo, embora prefigurem seus diferentes aspectos, as ofertas estão estreitamente associadas entre si. Desse modo, no caso do holocausto e da oferta pelo pecado, os dois sacrifícios eram abatidos no mesmo local, ao lado do altar de bronze (Lv 6.25); a gordura da oferta pelo pecado era queimada no altar dos holocaustos (4-19); e o restante da oferta pelo pecado era queimado no local em que as cinzas do holocausto tinham sido derramadas (4-12; 6.11); enquanto o ofertante, nos dois casos, impunha a mão sobre a cabeça do animal diante da porta do tabernáculo da congregação, ou melhor, da Tenda do Encontro.
Não se menciona o pecado no holocausto, pois este fala mais da justificação que do perdão, e por isso prefigura a verdade de Atos 13.39: “Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas”; ao passo que o aspecto da oferta pelo pecado na obra de CRISTO é prefígurado no versículo anterior: “Quero que saibam que mediante JESUS lhes é proclamado o perdão dos pecados”. No holocausto, DEUS vê o pecador justificado em CRISTO, como se não tivesse pecado, e na oferta pelo pecado faz provisão para sua culpa.
Embora a idéia de pecado não nos seja apresentada no holo­causto, está indiretamente implícita no fato de nossa necessidade de aceitação. Lemos que será “aceito como propiciação em seu lu­gar”. Propiciação significa “cobertura”, e a necessidade dessa cobertura pressupõe o pecado. Mas, estando cobertos por CRISTO, “o qual se tornou sabedoria de DEUS para nós, isto é, justiça”, somos considerados justos. “O Senhor justiça nossa” significa muito mais do que a justiça de CRISTO a nós imputada. Não é que simplesmente a devoção de CRISTO, sua fidelidade à Lei e sua obediência sejam lançadas em nossa conta corrente como crédito, mas, sim, que DEUS nos vê nele em toda sua perfeição.
Os animais oferecidos como holocausto podem ser tirados da manada (de gado) ou do rebanho. O povo podia oferecer novilhos, cordeiros, cabritos, rolinhas ou pombinhos. A variedade em geral denota o diferente grau de apreço espiritual que temos por CRISTO como nosso holocausto. Embora nossa falta de apreço possa interferir em nossa alegria da salvação, somos abençoados conforme a estima que DEUS atribui à excelência de CRISTO, não segundo o nosso próprio valor. Para cada um de nós é necessário um CRISTO inteiro. A força caracteriza o boi (Pv 14-4); a submissão, o cordeiro (Is 53.7); e a inocência que geme, o pombo (Is 59.11; 38.14; Mt 10.16).
Quando o holocausto era constituído de cabeça de gado ou de rebanho, os sacerdotes deviam cortá-lo em pedaços e os arrumar sobre o altar. Examinavam cada pedaço. Spurgeon, falando de Hebreus 12.2, disse que “olhando para JESUS” (arc) pode ser interpretado “olhando para dentro de JESUS”. Compara isso com o dever dos sacerdotes em relação ao holocausto: quanto mais fixamente olhamos, mais vemos quanto CRISTO foi completamente do agrado do Pai. A cabeça é geralmente considerada representação da inteligência, dos pensamentos; a gordura representa a saúde e o vigor gerais, ou excelência; as entranhas, os motivos e inclinações; e as pernas, o andar.
Levítico 1.9 fala da lavagem na água. Parece que isso se refere ao teste pela Palavra. De toda e qualquer maneira que se teste CRISTO, sua excelência se revela.
As cinzas do holocausto eram primeiro depositadas no lado oriental do altar (Lv 1.16). Elas falavam do sacrifício aceito. No salmo 20, Davi ora: “Que o Senhor te responda no tempo da angústia [...] Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos”. DEUS demonstrava aceitação da oferta enviando fogo, e as cinzas comprovavam que o fogo dissera: “É o bastante” (Pv 30.16). O fogo fez sua obra completa no Calvário. DEUS está satisfeito. E nós tomamos nossa posição, agora e por toda a eternidade, como os sacerdotes em 2Crônicas 5.12, no lugar das cinzas, o lugar do sacrifício aceito. O tabernáculo orientava-se na direção leste — oeste, e o lugar das cinzas, a extremidade mais próxima da entrada, ficava de frente para o leste, ao passo que a tampa da arca, voltava-se para o oeste.
No conhecido texto de Salmos 103.12, não se pode incluir a interpretação do tabernáculo? O versículo refere-se principalmente à distância imensurável entre oriente e ocidente, na infinitude do espaço, quando nos diz: “Como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões”, mas não existe também uma distância infinita entre nossa posição de pecadores, quando comparecemos ao tabernáculo pela primeira vez e nos colocamos em pé ao lado do altar de bronze, no local das cinzas, e a posição que ocupamos quando, com ousadia, passamos pelo véu e entramos no lugar santíssimo e nos aproximamos do trono da graça? Do mesmo modo que o local das cinzas está longe da tampa da arca, também DEUS afasta para longe as nossas transgressões.
Temos uma bela descrição de uma cena dos tempos de Ezequias, em que o holocausto era oferecido no meio da multidão que se regozijava e adorava: “Iniciado o sacrifício, começou também o canto em louvor ao Senhor, ao som das cornetas e dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Toda a assembléia prostrou-se em adoração, enquanto os músicos cantavam e os corneteiros tocavam, até que terminou o holocausto” (2Cr 29.27,28).
Enxergar o Senhor JESUS CRISTO como o holocausto certamente nos traz alegria ao coração. Quando ele desceu para cumprir a vontade de DEUS na terra, levantou-se um coro de louvor no céu que até na terra se fez ouvir. O evangelho de Lucas registra que se ouviu uma grande multidão do exército celestial “louvando a DEUS e dizendo: ‘Glória a DEUS nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor’” (2.13,14).
O holocausto era perfeitamente aceitável a DEUS, e em CRISTO os homens podiam achar favor. A hoste celestial não podia cantar como uma multidão de redimidos, nem louvar por ter sido aceita desse modo, mas houve júbilo na presença dos anjos quando o Bom Pastor saiu voluntariamente para a obra. Tudo isso continuou até que terminou o holocausto”, e nós ouvimos o eco dos brados de triunfo que ressoaram por todo o céu quando JESUS voltou para lá, conforme lemos nas palavras exultantes do salmo 24: “Abram- se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras”. A batalha terminara, o holocausto fora aceito. Vem o dia em que as portas eternas serão abertas pela segunda vez, assim como no salmo, e o Rei da glória entrará — não sozinho, mas acompanhado por todos os que o viram como o Cordeiro de DEUS.
“Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!” (Manual Tipologia - Bíblia The Word).
  
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
Moisés recebeu ordens expressas do próprio DEUS, para orientar os responsáveis pela construção dos altares que deviam ser edificados no tabernáculo, no deserto, e, mais tarde, no templo. O altar dos         holocaustos era uma espécie de cofre oco, de madeira de cetim, coberto de cobre, com argolas dos lados para ser transportado de um lugar para outro. A descrição completa do altar dos holocaustos está registrada no capítulo 27 do livro de Êxodo. Era quadrado, de madeira de acácia, oco por dentro e revestido de bronze. Era expressamente proibido subir ao altar do Senhor através de degraus. Tinha que ser constrída uma rampa de Terra. Nos quatro cantos do altar dos holocaustos estavam colocados quatro chifres, como ornamento. Qualquer fugitivo perseguido que conseguisse chegar ao altar e agarrar-se a um dos chifres, não podia ser morto enquanto ali estivesse. Somente em casos excepcionais aquele que tivesse tocado os chifres era dali removido para ser castigado (Êx 21.14; 1 Rs 1.50). Sobre o altar de bronze se oferecia expiação e outras ofertas pacíficas. Era consumida pelo fogo como no caso do holocausto (Nm 28.6, 10,15,23).
No templo, esses altares guardaram a mesma forma e determinação, embora fossem construídos de tamanho maior. O dos holocaustos, por exemplo, foi erigido de pedra e uma rampa de três subidas dava acesso a ele. (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD).
 
ALTAR (Dicionário Wycliffe - CPAD)
No Antigo testamento hebreu, a palavra usual para altar é mizbeah, “lugar de sacrifício”, que deriva do verbo zabah, “matar, sacrificar”. Em Esdras 7.17, aparece a palavra aramaica madbah, formada a partir da mesma palavra. Essas palavras em aramaico podem ser atribuídas ao período posterior ao cativeiro. Dois outros termos para altar parecem ser derivados da linguagem acadiana. Em Ezequiel 43.15,16 as expressões har’el “montanha de DEUS”(?) e ‘ari’el (de significado não aclarado) são traduzidas como “altar” na versão KJV em inglês e na versão NTLH em português, e como “base do altar” na versão ASV em inglês.

1. No período patriarcal.
Altares Patriarcais
Segundo os registros, Noé foi a primeira pessoa do Antigo testamento a ter construído um altar para holocausto, após o dilúvio. Sobre este, ele fez uma oferta queimando um animal limpo e uma ave limpa de cada tipo que haviam sido preservados na Arca. Abrão construiu um altar em Siquém, outro próximo a Betel (Gn 12.6-8) e outro "nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom” (Gn 13.18). Mais tarde, ele construiu um altar no Monte Moriá, onde DEUS providenciou um sacrifício substituto para Isaque (Gn 22.9-13). De acordo com os registros bíblicos, Isaque construiu apenas um altar, aquele que estava em Berseba (Gn 26.23-25), ao passo que Jacó erigiu um em Siquém (Gn 33.18,20) e outro em Betel (Gn 35.1-7). Não há descrições do tamanho, forma ou construção de nenhum desses altares. (Dicionário Wycliffe - CPAD).
Um altar era construído tanto para agradecimento a DEUS, como para voto, como para pedir perdão, como para reconhecimento do amor de DEUS, como para demarcar uma promessa de DEUS.
 
 2. No período mosaico.
Altares Mosaicos
Além dos altares do Tabernáculo, diz-se que Moisés edificou um altar depois da batalha com os amalequitas (Êx 17.15), e também após a revelação da lei no Sinai (Êx 24.4,5). Além desse altar, doze colunas - uma para cada tribo - foram erguidas, e sobre o altar se ofereciam holocaustos . O Pentateuco também menciona duas outras ocasiões em que se construíram altares além do Tabernáculo. Balaão, que não era um israelita, construiu sete altares em três lugares diferentes, e sobre cada altar sacrificou um bezerro e um carneiro (Nm 23.1,14,29). Moisés instruiu os anciãos de Israel a edificar um altar de pedras inteiras no Monte Ebal. Sobre esse altar eles deveríam fazer ofertas pacíficas e em grandes pedras dispostas próximas ao altar eles deveriam escrever as palavras da Lei (Dt 27.4-8). Josué cumpriu fielmente essa determinação alguns anos mais tarde (Js 8.30-32).
Embora somente a construção do altar no Monte Ebal seja descrita nessas passagens, o Pentateuco contém diversos conjuntos de instruções com respeito à construção de altares. Depois de descer do Monte Sinai, Moisés disse ao povo que os altares deveriam ser construídos de terra ou de pedras inteiras. Não poderia haver degraus em nenhum dos dois tipos, para não expor a nudez do sacerdote (Êx 20.24-26). O altar no Monte Ebal era desse tipo e, supostamente, também aqueles construídos pelas tribos de Rúben, Gade e pela meia tribo de Manassés (Js 22.10,34), por Gideão (Jz 6.26,27), Samuel (1 Sm 7.17), Saul (1 Sm 14.35), Davi (2 Sm 24.18,25) e Elias (1 Rs 18.30). (Dicionário Wycliffe - CPAD)
 
Altar do Tabernáculo e do Templo
Moisés recebeu a instrução do Senhor de que o Tabernáculo deveria ter dois altares, o altar de cobre para queimar as ofertas, que estava situado no pátio, e o altar do incenso no lugar santo (Desse falaremos posrteriormente).
O altar de cobre, construído por Bezalel (Êx 27.1-8; 31.2-5; 38.1-7), foi feito de madeira de acácia (ou cetim) e coberto com cobre. Era quadrado e media aproximadamente 2 metros e meio, tinha uma altura de cerca de um metro de meio e tinha chifres nos seus quatro cantos superiores. No seu interior, havia um crivo de cobre composto por quatro argolas de cobre, uma em cada canto. O altar poderia ser transportado por meio de dois varais de madeira cobertos de cobre, que eram passados pelas argolas nos cantos do altar.
O altar de cobre localizava-se logo na entrada principal do pátio, do lado de dentro deste, e estava alinhado com a porta do Tabernáculo. Sobre ele eram feitos os sacrifícios de animais e manjares (ou cereais) de Israel (Êx 40.6,29). Quando o altar foi consagrado, uma oferta pelo pecado foi feita cada dia, durante sete dias, para a expiação dos pecados. O altar também foi ungido com óleo. Após a sua consagração, o altar tornou-se santíssimo, e tudo o que tocasse o altar era considerado santo (Êx 29.36,37,44; 30.28; 40.10; Lv 8.11; Nm 7.10-88).
O altar de cobre para ofertas queimadas foi também um lugar de refúgio para o homem inocente acusado de assassinato (Êx 21.12- 14; 1 Rs 1.50; 2.28). Ele podia suplicar misericórdia pegando as pontas do altar.(Dicionário Wycliffe - CPAD)
  
3. No período nacional.
Erro na Revista - Quem ofereceu sacrifício em 1 Samuel 13:9, 10, foi Saul.
 
Altar do Templo
O altar de cobre que Salomão projetou para o Templo era maior do que o do Tabernáculo. Seus lados mediam nove metros, e tinha quatro metros e meio de altura (2 Cr 4.1). Ele foi reparado por Asa (2 Cr 15.8), mas substituído por Acaz, que construiu um novo altar seguindo o modelo assírio (2 Rs 16.14- 17). Ezequias ordenou que o altar fosse restaurado e limpo para ser usado (2 Cr 29.18- 24). Manassés a princípio ignorou o altar de cobre, porém mais tarde restaurou-o à sua função (2 Cr 33.16).
Evidentemente, o altar de cobre foi destruído pelo povo da Babilônia, após a queda de Jerusalém (2 Rs 25.14). Antes que o segundo Templo fosse construído, os exilados que haviam retomado reconstruíram o altar no pátio e restabeleceram seu uso adequado (Ed 3.1-6).
Enquanto estava no cativeiro, Ezequiel teve uma visão de um grande altar em um Templo futuro, e registrou sua forma e tamanho com detalhes. Ele teria três níveis. As laterais da base mediríam sete metros, as do segundo nível cerca de seis metros e meio e as do nível final cerca de cinco metros e meio. A altura total seria de aproximadamente cinco metros. Os degraus que conduziam até ao altar estariam no seu lado leste (Ez 43.13- 27). Alguns especulam que, ao invés de ser uma visão de um Templo futuro, esta era uma descrição do altar construído por Acaz, que ainda existia no pátio do Templo, na época em que Ezequiel foi levado cativo. (Dicionário Wycliffe - CPAD)
 
 
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
ALTAR (Dicionário Teológico)
[Do lat. altare ] Mesa ou bloco de pedra consagrado ao sacrifício de animais em holocausto, ou a outros tipos de oferendas. No Antigo Testamento, o altar era o lugar onde o crente: a) demonstrava sua gratidão a DEUS; b) buscava o favor e o perdão divinos; c) prestava um testemu- nho referente à presença do Todo-Pode- roso entre o seu povo; e, principalmente, d) adorava a DEUS.
O altar do holocausto, no Tabernáculo, fora construído de acordo com instruções específicas de DEUS (Êx 27.1-7). A cruz de Nosso Senhor JESUS CRISTO é uma espécie de altar. Aliás, é o altar dos altares, por ter sido nela que CRISTO JESUS foi oferecido, de uma vez por todas, para conduzir-nos à presença de DEUS (1 Co 5.7).
Mesmo antes da instituição do culto levítico, a idéia do altar achava-se impregnada na alma humana. Haja vista o altar construído pelos santos patriarcas do Antigo Testamento. Através de seus altares, puderam eles mostrar todo o seu amor e gratidão ao Todo-Poderoso. E o que dizer do altar ao DEUS Desconhecido que os gregos edificaram em Atenas?
 
1. A encarnação de CRISTO.
A palavra de DEUS é a semente de DEUS, quando o anjo Gabriel comunica a Maria que ela vai conceber, isso é a Palavra de DEUS entrando no útero virgem de Maria, e assim ela concebe a vida de JESUS em seu ventre.
O pastor das ovelhas, aquele que dá a vida pelas suas ovelhas, entrou na terra (curral ou aprisco das ovelhas) pela porta como todos nós - a porta do nascimento físico através de uma mulher.  Aquele que entra por outra porta (não nasceu de uma mulher) é ladrão e salteador - Satanás. (Jo 10).
 
«...nasceu na cidade de Davi...». Aqui encontramos o paradoxo da encarnação. Quão estranhamente se combinam as palavras destes versículos: «...o Salvador...CRISTO, o Senhor...uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura... Essas frases têm sido ouvidas e lidas tão freqüentemente que a primeira impressão deixada por elas já se embotou para muitos. Não obstante, por si mesmas devem ter parecido a princípio impossíveis e inacreditáveis. Seria uma manjedoura lugar próprio para aquele que foi enviado pelo DEUS altíssimo? Um estábulo seria o lugar onde se esperaria encontrar o Salvador recém-nascido? No entanto, o mistério e a maravilha da encarnação se fazem presentes precisamente no fato que essas coisas assim aconteceram. Pois por ocasião do nascimento de JESUS, em Belém, e em tudo que a vida de JESUS haveria de revelar posteriormente, encontramos a mensagem de que não somente existe DEUS, mas também que DEUS se aproxima extraordinariamente de nós. Crer que DEUS está acima de nós é uma coisa. Crer que DEUS é não somente todo-poderoso, mas também se mostra todo-suficiente, e é DEUS conosco, DEUS próximo de nós, é algo que nem podemos começar a compreender, e é a melhor de todas as coisas» (Walter Russel Bowie, in loc.).
Naturalmente que devemos observar, em companhia de quase todos os comentaristas das Escrituras, que a humildade do nascimento de JESUS concorda com a posição por ele ocupada na vida, e com as suas maneiras. E também se coaduna com aqueles para quem veio ministrar. Ele tratava com as pessoas em suas ocupações ordinárias, trabalhou como carpinteiro, falava sobre mulheres que teciam e amassavam a massa, sobre o semeador em seu trabalho de semeadura, e sobre os pastores que vigiavam os seus rebanhos. JESUS cresceu como todo homem deve crescer, e desenvolveu-se como todo homem deveria fazê-lo. Aprendeu a andar com DEUS, e, na qualidade de homem, desenvolveu grandes poderes espirituais. JESUS foi, ao mesmo tempo, o caminho e o indicador do caminho. E do modo como ele andou também nos compete andar; e assim como ele compartilhou plenamente de nossa natureza, assim também haveremos de compartilhar plenamente da dele.(Ver Fil. 2:7; Rom. 8:29 e Efé. 1:23).
«Existem alguns trechos, nas Escrituras, onde as palavras CRISTO e Senhor aparecem juntas. No cap. 23:2 temos CRISTO, o Rei, e em Atos 2:36 encontramos CRISTO e Senhor. E não vejo outra maneira de compreender a palavra ‘Senhor’ senão como um paralelo do termo hebraico DEUS» (Alford, in loc., apoiado por outros comentaristas e intérpretes, como Wordsworth). A conexão entre CRISTO e Senhor também ocorre em Col. 3:24. O povo, ao tempo do império romano, acostumara-se a intitular o imperador de «Salvador»; mas os cristãos aplicam esse titulo a JESUS CRISTO. Muitas dificuldades e perseguições houve contra os cristãos, por causa dessa doutrina. (CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 29).
 
Observação do Ev. Luiz Henrique - Os magos ou astrólogos visitaram JESUS já com quase dois anos de idade e em uma casa, não mais em uma manjedoura.
Mt 2.11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe...
Mt 2.16 Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
  
2. O sofrimento de CRISTO.
 O SACRIFÍCIO VICÁRIO
A Bíblia ensina que “todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS” (Rm 3.23) e que o homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo (Is 64.6), de ir ao céu pela sua própria força, justiça e bondade. Assim, DEUS proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10). O sacrifício de JESUS satisfez toda a justiça da lei e dos profetas. O Antigo Testamento não somente anuncia a vinda de JESUS com sua paixão e morte como também apresenta a importância do sangue, no sacrifício, apontando para o Calvário: “... é o sangue que fará expiação...” (Lv 17.11). Isso é confirmado no Novo Testamento... sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9.22). “Expiação”, portanto, significa reconciliação, é a restauração de uma relação quebrada. Na cruz fomos reconciliados com DEUS (2 Co 5.19; Ef 2.23-26).
O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa “o que faz as vezes de outro, substituto” (SARAIVA, 2000, p. 1273). Morte vicária significa morte substitutiva, pois JESUS morreu em nosso lugar (1 Co 15.3; Gl 2.20). Os apóstolos entenderam o significado teológico na morte de JESUS, pois DEUS propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2.1,2).
A paixão e a morte de JESUS é contada como parte de sua vida terrena nos quatro evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e indestrutíveis.
Há inúmeras referências à morte de CRISTO no Antigo Testamento, alguns exemplos foram citados acima. O próprio JESUS predisse, várias vezes, a sua morte; dois exemplos são suficientes para confirmar esse fato:
Desde então, começou JESUS a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia ... E, subindo JESUS a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no caminho, disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte” (Mt 16.21; 20.17, 18).
Historiadores judeus e romanos atestaram a morte de JESUS. O fato foi registrado por Josefo:
Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades, Livro 18.4.772).
Josefo não era cristão e por isso muitos críticos duvidam da autenticidade da menção de JESUS em sua obra. Porém, nada há nos manuscritos que justifiquem tal suspeita, ela é fundamentada apenas nos adjetivos que o historiador aplicou a JESUS. A literatura judaica antiga menciona a morte de JESUS, o Talmud Babilônico declara a morte de JESUS na véspera da Páscoa (Sanh. 43a). Tácito, o historiador romano, afirma: “CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV.44.2,3). Luciano de Samosata, satirista grego e zombador dos cristãos, por volta de 170 escreveu: “Os cristãos, como todos sabem, adoram um homem até hoje – o distinto personagem que iniciou seus novos rituais – foi crucificado por causa disso” (MCDOWELL, 1995, p. 60). A confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. A verdade é que a cruz de CRISTO sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23).
O homem precisava e precisa de JESUS, ele que se tornou o nosso sacrifício, morreu em nosso lugar para abrir o caminho ao céu. O que é tão ofensivo na cruz? O orgulho do homem faz com que se rebele contra a sentença de DEUS. O incrédulo ofende-se porque DEUS não aceita seus esforços pessoais! O sacrifício de JESUS CRISTO mostra que o homem é completamente incapaz de ir ao céu, à presença de DEUS, pela própria bondade e força. JESUS deixou isso claro: “Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6); “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). ALTAR (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos).
 
OS SOFRIMENTOS DE CRISTO 
As dores, decorrentes da agonia que levou JESUS  CRISTO a suar sangue, continuaram através das atrocidades infligidas ao nosso Salvador no período da prisão à morte na cruz, e foram: 

1. O sofrimento físico.
Para nos salvar,o Verbo de DEUS encarnou-se em um corpo humano semelhante ao nosso, sujeito a sofrimentos e dores. Em Jerusalém, diante de Caifás, JESUS  foi julgado e submetido a severos castigos. Sua cabeça foi coroada de espinhos e duramente espancada com uma cana. Todo este sofrimento culminou com a sua morte na cruz. Na posição em que ficava a pessoa crucificada, não havia como aliviar-lhe o sofrimento, pois em qualquer tentativa de mudança de posição, mais aumentavam as dores do crucificado. Porém, tudo isto estava predito a respeito de JESUS  (Lm 1.12). 

2. O sofrimento moral e psicológico.
O Filho de DEUS, a respeito de quem os anjos receberam ordem de adorar, era objeto de escárnio, de zombaria, por parte dos soldados romanos que o haviam prendido e agora o espancavam, ao invés de prestar-lhe adoração.
Lucas escreve: "Os que detinham JESUS , zombavam dele, davam-lhe pancadas e, vendando-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos quem é o que te bateu" (Lc 22.63,64). Veja Salmo 22.7; Isaías 53). A reação do nosso Senhor, diante de tais sofrimentos, revela a sua inteira obediência à vontade do Pai. Ele realizava a obra salvífica que o Pai lhe confiara. Deste modo, mesmo injuriado, o escarnecido suplica: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Assim, o Senhor cumpria o papel de mediador, intercedendo pelos pecadores, conforme havia predito Isaías (53.12). 

3. O sofrimento espiritual.
JESUS  não foi um mártir, mas a vítima propiciatória preparada por DEUS, para substituir-nos, na condenação que mereciam os nossos pecados. Os seus sofrimentos chegaram ao auge, no momento em que na cruz tomou sobre si os nossos pecados e foi desamparado pelo Pai.
 
 A FINALIDADE DO SOFRIMENTO E DA MORTE DE JESUS 
O sofrimento de quem colhe os frutos de um viver alheio aos propósitos de DEUS não tem formalidade animadora e nem gratificante. JESUS  sofreu, ao executar o plano divino que previa resultados eternos. Consideremos a sua finalidade: 
1. JESUS  sofreu e morreu por nós, "para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (Hb 9.26). 
Ele é o "Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). 
2. "Para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos" (Rm6.6). 
O sofrimento de JESUS  teve por função libertar-nos da escravidão do pecado (Jo 8.32-36). 
3."Para que nos consideremos mortos para o pecado e vivos para DEUS" (Rm 6.11).
Os que vivem no pecado, mesmo vivos estão mortos (1 Tm 5.6). 
4. Para que o pecado não reine mais em nosso corpo mortal, dominando-nos através das paixões (Rm 6.12). 
5. JESUS  tomou os nossos pecados em seu corpo, para que o nosso corpo não seja instrumento de iniquidade, mas de justiça (Rm 6.13,19). 
6. Para que a vida de JESUS  se manifeste em nosso corpo, proporcionando-nos a felicidade nesta vida. 
O apóstolo Pedro declara que CRISTO foi enviado para nos abençoar, no sentido de que cada um se aparte de suas perversidades (At 3.26).
Se cremos que CRISTO sofreu por nós, forçoso nos é admitir que Ele padeceu por estas sublimes finalidades, que são a expressão máxima do 
seu amor e a segurança da nossa eterna salvação. 
(Revista CPAD 2-1º trimestre de 1994 - Estevam Ângelo de Souza.)
  
3. A morte e ressurreição de CRISTO.
Porque isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. João 19:36 - Quebraram as pernas dos dois ladrões, mas de JESUS não.
E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o ESPIRITO de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Zacarias 12:10 - lança perfurando seu coração na Cruz - saiu sangue e água do pericárdio.
 
Veja http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-jhp-2tr15-a-morte-de-jesus.htm
 
A MORTE DE JESUS NO PLANO DIVINO
No capítulo sete, JESUS, Sacerdote Eterno, falou-se sobre o sacrifício como tema central do Antigo Testamento e que esse sistema sacrificial implicava expiação, redenção, perdão e castigo vicário. O primeiro anúncio da vinda do Messias já vinculava a sua morte: “esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Isso fala de seu sofrimento e, também, de sua glória. Os detalhes são revelados progressivamente no transcorrer do tempo
 
A Necessidade da Morte de JESUS CRISTO
A morte de JESUS CRISTO tornou-se necessária por cau­sa da santidade, do amor e do propósito de DEUS, face ao pecado do homem e ao cumprimento das Escrituras (Hc 1.13; Jo 3.16; 1 Pd 2.25; Lc 24.25-27; Act 2.23). JESUS não morreu acidentalmente, nem como mártir; também não morreu meramente para exercer influênciamoral sobre os homens, nem para manifestar o desprazer de DEUS contra o pecado; nem meramente para expressar o amor de DEUS pelos homens. A morte de CRISTO foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos necessários à redenção do homem caído. Positivamente considerada, a morte de CRISTO
Foi predeterminada (Act 2.23).
Foi voluntária - por livre escolha, não por compul­são (Jo 10.17,18).
Foi viçaria - a favor de outros (1 Pd 3.18).
-Foi sacrificial - como holocausto pelo pecado (1 Co 5.7).
Foi propiciatória - cobrindo ou tornando favorá­vel (1 Jo 4.10).
Foi redentora - resgatando por meio de pagamen­to (Gl 4.4,5).
Foi substitutiva - em lugar de outros (1 Pd 2.24).
Em seu escopo, a morte de CRISTO tem duplo aspecto: o universal e o restrito. Assim sendo, entendemos que a mor­te de CRISTO foi:
a) Pelo mundo inteiro (1 Jo 2.2).
b) Por cada indivíduo da raça humana (Hb 2.9).
c) Pelos pecadores, pelos justos e pelos ímpios (Rm 5.6-8).
d) Pela igreja e por todos os crentes (Ef 5.25-27).
O mundo inteiro foi incluído no alcance e providência da morte de CRISTO, e até certo ponto compartilha de seus benefícios. Mas essa provisão só se torna plenamente efi­caz e redentora no caso daqueles que crêem. Isto é, a morte de CRISTO é universal em seu alcance, mas restrita em sua eficácia, uma vez que só aqueles que a aceitam é que serão salvos.
A paixão de CRISTO, a partir de um ponto de vista médico. C. Trunan Davis
 
     De repente, eu percebi que eu tinha tornado a crucificação de JESUS mais ou menos sem valor, durante estes anos, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar – e pela amizade distante que eu tinha com Ele. Isto finalmente aconteceu comigo quando, como médico, eu não sabia o que verdadeiramente ocasionou a morte imediata. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, sem dúvida, acharam que qualquer detalhe seria desnecessário.
   Eu estudei a prática da crucificação, que é a tortura e execução de alguém fixando-o na cruz.
   A coluna vertical era geralmente fixada ao solo, onde seria a execução, e o réu era forçado a carregar o poste horizontal, pesando aproximadamente 55 quilos, da prisão até o lugar da execução.
    EXPLICAÇÃO:
A paixão física de JESUS começou no Getsêmani. Em Lucas diz: “E estando em agonia, Ele orou. E Seu suor tornou-se gotas de sangue, escorrendo pelo chão.”
   Todos os estudos têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente debaixo da impressão que isto não pode acontecer.
   No entanto, pode-se conseguir muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Debaixo de um stress emocional, fino capilares nas glândulas sudorípara podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo causa fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
   Após a prisão no meio da noite, JESUS foi trazido ao Sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro trauma físico. JESUS foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e caçoaram d’Ele, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
   De manhã cedo, JESUS, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado e então crucificado.
   Os preparativos para as chicotadas são feitos: o prisioneiro é despido de Suas roupas, e Suas mãos amarradas a um poste, a cima de Sua cabeça. É duvidoso se os Romanos seguiram as leis judaicas quanto as chibatadas. Os judeus tinham lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chibatadas. Os fariseus, para terem certeza que esta lei não seria desobedecida, ordenava apenas 39 chibatadas para que não houvesse erro na contagem.
CHICOTE DUPLO :
O soldado romano dá um passo a frente com um chicote com várias pesadas tiras de couro com 2 (duas) pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira.
O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de JESUS. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chibatadas continuam, elas cortam os tecido debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura. As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chibatadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, JESUS é desamarrado, e Lhe é permitido deitar-se no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que clamava ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os Seus ombros e colocam um pau em Suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, recoberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o escalpo é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo). Após caçoarem d’Ele, e baterem em Sua face, tiram o pau de Suas mãos e batem em Sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em Seu escalpo. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de Suas costas. O manto, por sua vez, já havia se aderido ao sangue e grudado, nas feridas, justo como em uma descuidada remoção de uma bandagem cirúrgica, causa dor cruciante...quase como se estivesse apanhando outra vez – e as feridas, começam a sangrar outra vez.
A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre Seus ombros, e a procissão do CRISTO condenado, dois ladrões e os detalhes da execução dos soldados romanos, encabeçada por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é muito para Ele. Ele tropeça e cai. Lascas da madeira entram na pele dilacerada e nos músculos de Seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já não suportam mais. O centurião, ansioso para a crucificação, escolhe um norte-africano, Simão, para carregar a cruz. JESUS segue ainda sangrando, suando frio e com choques. A jornada é então completada. O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus. A crucificação começa: a JESUS é oferecido vinho com mirra, uma mistura para aliviar a dor. JESUS se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e JESUS é rapidamente jogado de costas, com Seus ombros contra a madeira. Os soldados procuram a depressão entre os ossos de Sua mão. Ele dirige um pesado, quadrado prego de ferro, através de Sua mão para dentro da madeira. Rapidamente ele se move para outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não pregar muito apertado, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada, e sobre o topo, a inscrição onde se lê em grego, latim e hebraico: “JESUS de Nazaré, Rei dos Judeus”, é pregada.
O pé direito é pressionado contra o pé esquerdo, e com os pés esticados, os dedos para baixo, um prego é martelado atravessando os pés, deixando os joelhos levemente flexionados. A Vítima está agora crucificada. À medida que Ele se abaixa, com o peso maior sobre os pregos nas mãos, cruciante e terrível dor passa pêlos dedos e braços, explodindo no cérebro – os pregos nas mãos comprimem os nervos médicos. Conforme Ele se empurra para cima, a fim de aliviar o peso e a dor, Ele descarrega todo o Seu peso sobre o prego em Seus pés. Outra vez, desencadeia a agonia do prego colocado entre os metatarsos se Seus pés.
EXPLICAÇÃO:
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grande ondas de cãibras percorrem Seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a inabilidade de empurrar – Se para cima, Pendurado por Seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado para os pulmões, mas não pode ser expirado. JESUS luta para se levantar a fim de tomar fôlego. Finalmente, dióxido de carbono é retido nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, Ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que JESUS consegui falar as sentenças registradas:
JESUS olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre Suas vestes, “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem.”
           Em Lucas 23:34 a forma do verbo no presente continuo indica que Ele continuou dizendo isto. Ao lado do ladrão, JESUS disse: “Hoje você estará comigo no Paraíso.”
           JESUS disse, olhando para baixo ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “ eis a Sua mãe” e olhando para Maria, Sua mãe disse: “eis aí o seu filho”. O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Meu DEUS, meu DEUS, por que me desamparaste?
 Horas desta dor limitante, ciclos de contorção, cãibras nas juntas, asfixia parcial intermitente, intensa dor por causa da lascas enfiadas nos tecidos de Suas costas dilaceradas, conforme Ele se levanta contra o poste de crus. Então outra dor de agonia começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
 Agora está quase acabado – a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico – o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos – os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam estímulos para o cérebro.
 JESUS suspira de sede. Uma esponja embebida em vinagre, vinho azedo, o qual era o resto da bebida dos soldados romanos, é levantada aos Seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de JESUS chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre Seu corpo. Este acontecimento traz as Suas próximas palavras – provavelmente, um pouco mais que um suspiro de tortura.
ESTÁ CONSUMADO :
Sua missão de sacrifício está completa. Finalmente, Ele permite o Seu corpo morrer.
           Com uma
última força, Ele mais uma vez pressiona o Seu peso sobre os pés contra o prego, estica as Suas pernas e toma profundo fôlego e grita Seu último clamor: “PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO”
           
Por causa da Páscoa, a tradição dizia que o réis ainda vivos, deveriam ser retirados da cruz e quebradas as suas pernas. No caso de JESUS isto era desnecessário.
            CONCLUSÃO:  Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço entre as costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: “ E imediatamente verteu sangue e água.” Isto era escape de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
 A SENTENÇA DE CRISTO :  Cópia autêntica da Peça do Processo de CRISTO, existente no Museu da Espanha
 
No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca Invencível, na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio, do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia; QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente, na baixa Galiléia, HERODES ANTIPRAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém; QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente – EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, JESUS, chamado pela plebe – CRISTO NAZARENO – e Galileu de nação, homem, sedicioso, contra a Lei Mosaica – contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde, crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUM. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. Testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: RABAM DANIEL, RABAM JOAQUIM BANICAR, BANBASU, LARÉ PETUCULANI, Pêlos fariseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE, MANDOANI, BANCURFOSSI. Pêlos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO e AMACIO CHILICIO.
 
Resultados da Morte de CRISTO
Dentre os incontáveis resultados da morte de CRISTO, salientam-se os seguintes:
Uma nova oportunidade de reconciliação do homem com DEUS (Rm 3.25).
Os homens são atraídos a Ele (Jo 12.32,33).
A propiciação total dos pecados (1 Jo 1.9).
• A remoção do pecado do mundo (Jo 1.29).
• A potencial anulação do poder do pecado (Hb 9.26).
A redenção da maldição da lei é assegurada (Gl 3.13).
Remoção da barreira entre judeus e gentios (Ef 2.14-16).
É anulada a distância entre o crente e DEUS (Ef 2.13).
Garantia do perdão de pecados (Ef 1.7).
A derrota dos poderes e principados (Cl 2.14,15).
A ressurreição física e corporal do Senhor JESUS CRISTO é o fundamento inabalável do Evangelho e da nossa fé. De fato, o cristianismo não seria mais do que uma religião, se CRISTO não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Portanto, é a ressurreição de CRISTO, dentre outras coisas, que o faz diferente dos grandes filósofos e fundadores de religiões humanas. É a ressurreição de CRISTO que faz do cristianis­mo o elo de comunhão entre o homem e uma Pessoa, o pró­prio CRISTO ressurreto. Portanto, não é sem motivo que o Diabo e muitos homens ímpios, tendo tentado destruir o cristianismo, foram impedidos de fazê-lo, pois, em qual­quer direção em que se encontrassem, sempre se viam diante dum túmulo vazio, o túmulo daquele que foi morto, mas vive para jamais morrer.

A. A Realidade da Ressurreição de CRISTO
A realidade da ressurreição de CRISTO se evidencia ao longo da narrativa novitestamentária. Suas provas se vêem:
a) No sepulcro vazio (Lc 24.3).
b) Nas aparições do Senhor a Maria Madalena, às mulheres, a Simão Pedro, aos dois discípulos no ca­minho de Emaús, aos discípulos no Cenáculo, a To­me, a João e Pedro, a todo o grupo dos discípu­los (Jo 20.16; Mt 28.,8,9; Lc 24.13,14,25-27,30-32; Jo 20.19,26,29; 21.5-7; 1 Co 15.4-7).
c) Na transformação operada nos discípulos (Jo 7.3-5).
d) Na mudança do dia de descanso e adoração sema­nais (Act 20.7; 1 Co 16.2).
e) No testemunho positivo de Pedro no dia de Pentecoste, e de Paulo, no Areópago (Act 2.14,22-24; 17.31).
f) No testemunho do próprio CRISTO quando se revelou a João, em Patmos (Ap 1.18).

B.Resultados da Ressurreição de CRISTO
A ressurreição de JESUS CRISTO:
É o cumprimento da promessa de DEUS aos pais (Act 13.32,33).
Confirma a divindade de JESUS CRISTO, colocando-a acima de qualquer dúvida (Rm 1.4).
-É prova de justificação dos crentes (Rm 4. 23-25).
-Torna possível o imutável sacerdócio de CRISTO (Hb 7. 22,25).
Possibilita o crente tornar-se frutífero para DEUS (Rm 7.4).
É o penhor divino do julgamento futuro (Act 17.41).

C.A Glorificação de CRISTO
Na sua carta aos Filipenses,, quanto à encarnação, hu­milhação e glorificação de JESUS CRISTO, escreveu o apósto­lo Paulo:"...pois ele, subsistindo em forma de DEUS, não julgou como usurpação o ser igual a DEUS; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obe­diente até a morte e morte de cruz. Pelo que DEUS também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo no­me, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho, nos céus, na terra e de­baixo da terra, e toda língua confesse que JESUS cristo é Senhor, para glória de DEUS Pai" (Fp 2.6-11). Do estudo deste texto do apóstolo Paulo, compreende­mos que a glorificação de JESUS CRISTO se evidencia nos se­guintes fatos:
a) DEUS exaltou a JESUS dando-lhe a dignidade de so­berano.
b) Não apenas a Pessoa de CRISTO, mas também o seupróprio nome está acima de todo nome que se possanomear nos céus, na terra e no inferno.
c) O nome de JESUS impõe reverência da parte dos an­jos, dos homens e dos demônios.
d) No futuro, o nome de CRISTO será declarado em suaplenitude como Rei dos reis, Senhor de todos e Senhor da glória.
e) A glorificação plena de JESUS CRISTO está intima­mente associada à própria glória de DEUS Pai.
Não há melhor defesa contra a especulação do que a fé no Senhor tal como DEUS no-lo revelou. Toda a especula­ção é derrotada pela fé que vence o mundo, pela fé que ou­viu as promessas: "Tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33). CRISTO é o Senhor vivo que domina todos os tempos. Em 1742, alguém, glosando o mencionado final de João, escrevia: "Oxalá, pelo menos, o nosso mundo desse guari­da aos livros que descrevessem a obra do Senhor exalta­do!"Certamente a exaltação de CRISTO está indissoluvelmente ligada a tudo quanto Ele fez na terra e que João des­creve com admiração; mas, de fato, merece ponderação especialíssima a realidade de que este Senhor vivo é o Se­nhor da Igreja, o CRISTO exaltado, que está a fazer uma obra indescritível e continuada em seu Reino, e cuja proteção nunca cessa. A viva fé da comunidade tampouco cessará, mas sempre ecoará a antiga proclamação cristológica: Verdadeiro DEUS e Verdadeiro Homem, ba­seada no testemunho dos profetas e apóstolos. Perfeito re­sumo desta fé são as palavras lapidares de Hebreus 13.8; "CRISTO é o mesmo, ontem, hoje e para sempre". Esta inalterabilidade do Ser de CRISTO vence qualquer especulação. Aquele que sabe quem ele é, conhece sua Obra e repousa confiado: "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim" (A Pessoa de CRISTO – Aste – Págs. 274-275).
 
O TÚMULO VAZIO, 24.1-12.
24.1 “E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. 2 “E acharam a pedra do sepulcro removida”. 3 “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS”. 4 “E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes”. 5 “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos”? 6 “Não está aqui, mas ressuscitou”. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 “dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”. 8 “E lembraram-se das suas palavras”. 9 “E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais”. 10 “E eram Maria Madalena,e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos”. 11 “E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. 12 “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso”.
A ressurreição de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do Calvário.
Muito de madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que tinham vindo com Ele da Galiléia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos outros discípulos, cap. 23.49.
Levando as especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os corpos e túmulos de nossos queridos.
Entrando não acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?
Estando ainda na Galiléia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galiléia, cap. 23.55.
LUCAS - ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD
 
 
CONCLUSÃO
O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
Para Definição de holocausto vimos que significa queimar totalmente uma vítima em lugar de outrem, com o objetivo de que a fumaça desse sacrifício suba a DEUS como cheiro suave e agradável. Como Objetivos do holocausto vimos o perdão pelo pecado e aproximação do pecador a DEUS.  A tipologia do holocausto é a te bem simples: O altar de holocausto simboliza a cruz e o animal oferecido simboliza JESUS.
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
No período patriarcal vimos Noé, Abraão, Isaque e Jacó como adoradores, erigindo altares como forma de agradecimento, demarcação de promessas e voto.
No período mosaico os altares eram dois – o de holocausto e o de incenso. Foi dada a ordem por DEUS a Moisés de como construir os altares e toda organização dos sacrifícios e dos ofertantes.
No período nacional, após a morte de Moisés, Josué, Gideão, Saul, Davi, Salomão, etc...constroem altares a DEUS.
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
A encarnação de CRISTO. Se deu quando concebido pelo ESPÍRITO SANTO, nasceu de Maria. Viveu como homem, em tudo semelhante ao homem, inclusive nas tentações, mas sem pecado. O sofrimento de CRISTO, vaticinado por Isaías é cumprido antes e na cruz, sacrifício vicário, nos substituindo. A cruz era o altar de holocausto. A morte e a ressurreição de CRISTO nos livrou da morte e condenação do pecado. Ele venceu a morte e o pecado. Glória a DEUS. Vivamos agora em sacrifício santo, vivo e racional, servindo a DEUS em seus propósitos para nós.
  
Primeiras citações de Holocaustos na Bíblia
Parece que Adão iniciou os holocaustos, tendo ensinado a seus filhos Caim e Abel que o copiaram e a partir dai os holocaustos se tornaram frequentes entre o povo de DEUS.
E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar. Gênesis 8:20 (JFA-RC(Pt))
E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. Gênesis 22:2 (JFA-RC(Pt))
Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que DEUS lhe dissera. Gênesis 22:3 (JFA-RC(Pt))
E tomou Abraão a lenha do holocausto e pô-la sobre Isaque, seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão. E foram ambos juntos. Gênesis 22:6 (JFA-RC(Pt))
Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Gênesis 22:7 (JFA-RC(Pt))
E disse Abraão: DEUS proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos. Gênesis 22:8 (JFA-RC(Pt))
Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. Gênesis 22:13 (JFA-RC(Pt))
 
ALTAR (Wycliffe)
No Antigo testamento hebreu, a palavra usual para altar é mizbeah, “lugar de sacrifício”, que deriva do verbo zabah, “matar, sacrificar”. Em Esdras 7.17, aparece a palavra aramaica madbah, formada a partir da mesma palavra. Essas palavras em aramaico podem ser atribuídas ao período posterior ao cativeiro. Dois outros termos para altar parecem ser derivados da linguagem acadiana. Em Ezequiel 43.15,16 as expressões har’el “montanha de DEUS”(?) e ‘ari’el (de significado não aclarado) são traduzidas como “altar” na versão KJV em inglês e na versão NTLH em português, e como “base do altar” na versão ASV em inglês.
Altares Patriarcais
Segundo os registros, Noé foi a primeira pessoa do Antigo testamento a ter construído um altar. Sobre este, ele fez uma oferta queimando um animal limpo e uma ave limpa de cada tipo que haviam sido preservados na Arca. Abrão construiu um altar em Siquém, outro próximo a Betel (Gn 12.6-8) e outro "nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom” (Gn 13.18). Mais tarde, ele construiu um altar no Monte Moriá, onde DEUS providenciou um sacrifício substituto para Isaque (Gn 22.9-13). De acordo com os registros bíblicos, Isaque construiu apenas um altar, aquele que estava em Berseba (Gn 26.23-25), ao passo que Jacó erigiu um em Siquém (Gn 33.18,20) e outro em Betel (Gn 35.1-7). Não há descrições do tamanho, forma ou construção de nenhum desses altares.
Altares Mosaicos
Além dos altares do Tabernáculo, diz-se que Moisés edificou um altar depois da batalha com os amalequitas (Êx 17.15), e também após a revelação da lei no Sinai (Êx 24.4,5). Além desse altar, doze colunas - uma para cada tribo - foram erguidas, e sobre o altar se ofereciam holocaustos . O Pentateuco também menciona duas outras ocasiões em que se construíram altares além do Tabernáculo. Balaão, que não era um israelita, construiu sete altares em três lugares diferentes, e sobre cada altar sacrificou um bezerro e um carneiro (Nm 23.1,14,29). Moisés instruiu os anciãos de Israel a edificar um altar de pedras inteiras no Monte Ebal. Sobre esse altar eles deveríam fazer ofertas pacíficas e em grandes pedras dispostas próximas ao altar eles deveriam escrever as palavras da Lei (Dt 27.4-8). Josué cumpriu fielmente essa determinação alguns anos mais tarde (Js 8.30-32).
Embora somente a construção do altar no Monte Ebal seja descrita nessas passagens, o Pentateuco contém diversos conjuntos de instruções com respeito à construção de altares. Depois de descer do Monte Sinai, Moisés disse ao povo que os altares deveriam ser construídos de terra ou de pedras inteiras. Não poderia haver degraus em nenhum dos dois tipos, para não expor a nudez do sacerdote (Êx 20.24-26). O altar no Monte Ebal era desse tipo e, supostamente, também aqueles construídos pelas tribos de Rúben, Gade e pela meia tribo de Manassés (Js 22.10,34), por Gideão (Jz 6.26,27), Samuel (1 Sm 7.17), Saul (1 Sm 14.35), Davi (2 Sm 24.18,25) e Elias (1 Rs 18.30).
Altares do Tabernáculo e do Templo
Moisés recebeu a instrução do Senhor de que o Tabernáculo deveria ter dois altares, o altar de cobre para queimar as ofertas, que estava situado no pátio, e o altar do incenso no lugar santo.
O altar de cobre, construído por Bezalel (Êx 27.1-8; 31.2-5; 38.1-7), foi feito de madeira de acácia (ou cetim) e coberto com cobre. Era quadrado e media aproximadamente 2 metros e meio, tinha uma altura de cerca de um metro de meio e tinha chifres nos seus quatro cantos superiores. No seu interior, havia um crivo de cobre composto por quatro argolas de cobre, uma em cada canto. O altar poderia ser transportado por meio de dois varais de madeira cobertos de cobre, que eram passados pelas argolas nos cantos do altar.
O altar de cobre localizava-se logo na entrada principal do pátio, do lado de dentro deste, e estava alinhado com a porta do Tabernáculo. Sobre ele eram feitos os sacrifícios de animais e manjares (ou cereais) de Israel (Êx 40.6,29). Quando o altar foi consagrado, uma oferta pelo pecado foi feita cada dia, durante sete dias, para a expiação dos pecados. O altar também foi ungido com óleo. Após a sua consagração, o altar tornou-se santíssimo, e tudo o que tocasse o altar era considerado santo (Êx 29.36,37,44; 30.28; 40.10; Lv 8.11; Nm 7.10-88).
O altar de cobre para ofertas queimadas foi também um lugar de refúgio para o homem inocente acusado de assassinato (Êx 21.12- 14; 1 Rs 1.50; 2.28). Ele podia suplicar misericórdia pegando as pontas do altar.
O altar de cobre que Salomão projetou para o Templo era maior do que o do Tabernáculo. Seus lados mediam nove metros, e tinha quatro metros e meio de altura (2 Cr 4.1). Ele foi reparado por Asa (2 Cr 15.8), mas substituído por Acaz, que construiu um novo altar seguindo o modelo assírio (2 Rs 16.14- 17). Ezequias ordenou que o altar fosse restaurado e limpo para ser usado (2 Cr 29.18- 24). Manassés a princípio ignorou o altar de cobre, porém mais tarde restaurou-o à sua função (2 Cr 33.16).
Evidentemente, o altar de cobre foi destruído pelo povo da Babilônia, após a queda de Jerusalém (2 Rs 25.14). Antes que o segundo Templo fosse construído, os exilados que haviam retomado reconstruíram o altar no pátio e restabeleceram seu uso adequado (Ed 3.1-6).
Enquanto estava no cativeiro, Ezequiel teve uma visão de um grande altar em um Templo futuro, e registrou sua forma e tamanho com detalhes. Ele teria três níveis. As laterais da base mediríam sete metros, as do segundo nível cerca de seis metros e meio e as do nível final cerca de cinco metros e meio. A altura total seria de aproximadamente cinco metros. Os degraus que conduziam até ao altar estariam no seu lado leste (Ez 43.13- 27). Alguns especulam que, ao invés de ser uma visão de um Templo futuro, esta era uma descrição do altar construído por Acaz, que ainda existia no pátio do Templo, na época em que Ezequiel foi levado cativo.
O altar de ouro, ou altar do incenso, era muito menor do que o altar de cobre. Era coberto com ouro, e estava situado no lugar santo do Tabernáculo, diante do véu do SANTO dos Santos. A estrutura do altar era de madeira de cetim, e a sua lateral media cerca de meio metro, por quase um metro de altura. Tinha pontas de projeção ou chifres nos seus quatro cantos superiores, e argolas nas laterais. Pelas argolas eram passados varais de madeira revestidos de ouro, para carregar o altar. Nele, o sumo sacerdote oferecia incenso de manhã e de tarde. Uma vez por ano, o sumo sacerdote faria expiação colocando sangue sobre as suas pontas (Êx 30.1-10; 40.5,26,27). Depois que os filhos de Corá com rebeldia tinham oferecido incenso contrário à lei e foram punidos com a morte, os seus incensórios de cobre foram transformados em uma cobertura para o altar de ouro, para um memorial (Nm 16.36-40).
Salomão fez um altar de cedro, cobriu-o com ouro e colocou-o no lugar santo do Templo (1 Es 6.20,22; 7.48). No entanto, foi dito que Davi deu ao seu filho as especificações para o Templo e para o seu mobiliário, incluindo o altar do incenso (1 Cr 28.18). Este altar não é citado novamente no Antigo Testamento. Presume-se que ele também foi destruído quando Jerusalém foi capturada pelos babilônios. Embora o Antigo Testamento não tenha nenhum registro sobre isso, é provável que o segundo Templo fosse equipado com um altar de incenso, uma vez que o Novo Testamento fala de um altar desse tipo no Templo de Herodes, que o sucedeu.
Literatura Judaica Não Bíblica
Na literatura judaica do período intertestamentário (entre o Antigo e o Novo Testamento), aparecem referências aos altares do Templo. Na carta de Aristeas (100 a.C.), o autor observa que a água era conduzida até a base do altar de cobre a partir de cisternas subterrâneas, para que fosse possível limpar o sangue dos animais sacrificados (The Apocrypka and Pseudepigrapka of the Old Testament, ed, por R. H. Charles, Oxford. Clarendon Press, II, 83-122). Antíoco, o governador grego da Síria e da Palestina (175- 163 a.C.), levou o altar de ouro e outros valores do Templo, e erigiu um sacrilégio, uma imagem de Júpiter, próximo do altar das ofertas queimadas (1 Mac 1.21,54). Após derrotar os gregos, Judas Macabeu destruiu o altar das ofertas queimadas e construiu um novo, com pedras naturais não cortadas (1 Mac 4.44-49; ibid., I, 59-124).
Ambos os altares do Tabernáculo são descritos por Josefo (Ant. iii. 6.8), A sua descrição do altar do incenso só é diferente do registro das Escrituras em um detalhe. Josefo observou que no topo do altar de ouro havia um crivo de ouro com uma coroa de ouro, à qual se prendiam as argolas. Em outro lugar. Josefo (Guerras v. 5.5-6) observou que no Templo da sua época (século I d.C.), treze tipos de incenso eram oferecidos no altar de ouro para honrar a DEUS como o possuidor de todas as coisas. Ele também observou que o altar das ofertas queimadas tinha suas laterais de aproximadamente 22 metros e meio, e que a sua altura era de aproximadamente sete metros. Uma inclinação gradual o aproximava do leste No Mishnah (tratado “Middoth” III, traduzido por H. Danby, pp. 593-595) se menciona que as dimensões de Ezequiel 43.13-27 são do centro até a extremidade externa; assim cada número deve ser dobrado, isto é, a base teria laterais medindo 45 metros, ao invés de 22 metros e meio, e assim por diante. Além disso, os homens que voltaram do exílio adicionaram uma extensão de cerca de dois metros aos lados sul e oeste da base. A rampa inclinada está situada no lado sul do altar, e diz-se que media cerca de sete metros e meio de largura por quinze metros de comprimento.
Altares Encontrados por Arqueólogos
Na Palestina, os arqueólogos identificaram muitos objetos como sendo altares. O uso de altares de sacrifício e de incenso era largamente difundido entre os povos pagãos não israelitas na antiga Palestina e nos países vizinhos. A partir de um pequeno relicário do início da Era do Bronze, construído do lado interno do muro da cidade de Ai, os arqueólogos trouxeram à luz um altar de pedras rebocadas.
Em Megido, as ruínas de três templos de aproximadamente 1900 a.C. foram escavadas, Contra a parede posterior de cada um havia uma plataforma de tijolos que servia como um altar, não apenas para os sacrifícios, mas também para as imagens dos deuses. No pátio do tempo, em óbvia relação com essas construções, foi encontrada uma elevação redonda de pedras e cascalho, que era usada para ofertas de sacrifícios. Ela tinha aproximadamente dois metros de altura e cerca de nove metros de diâmetro, com seis degraus em um dos lados. O período de 1475-1222 a.C., em Laquis, produziu três templos consecutivos, cada um com bancos e altares de tijolos de barro. O último deles era alcançado por meio de três degraus localizados em um de seus lados. Suas laterais mediam cerca de setenta e cinco centímetros, e a sua altura era de quase um metro, Uma elevação irregular com degraus foi encontrada em um pátio de um templo do final da Era do Bronze, em Bete-Seã. Em Hazor, em aproximadamente 1300 a.C., um altar foi separado de um imenso bloco de calcário. Seus lados mediam cerca de um metro, e sua altura era de aproximadamente dois metros e trinta centímetros; esta peça pesava aproximadamente cinco toneladas. Havia um lugar para ofertas queimadas e uma bacia para sangue ou líquidos. Há montes de argila em muitos lugares que são considerados antigos altares de incenso.
Do século X a.C., vieram altares relativamente pequenos, talhados em pedra, alguns com chifres nos seus cantos superiores. A maioria é de Megido, de Tell Beit Mirsim e Siquém. Estes foram considerados como altares de incenso. Em 2 Crônicas 34.4,7; Ezequiel 6.4,6 e em outras passagens, a palavra hebraica hammanim está presente e é traduzida como “imagens”. Agora se sabe que ela se refere a pequenos altares de incenso feitos em pedra, com cerca de um metro e vinte centímetros, do século VI ao V a.C. Um altar como este, com inscrições em aramaico, começando com as palavras “oferta de incenso”, foi descoberto em Laquis.
Importância e Abuso dos Altares Hebreus
Os altares construídos para o Tabernáculo e para o Templo, então, não eram completamente diferentes daqueles dos vizinhos de Israel, mas a sua função na adoração estava de acordo com o conceito da Aliança do relacionamento entre DEUS e Israel. O altar das ofertas queimadas era o lugar onde eram feitos os sacrifícios para expiação e comunhão. O altar de ouro era onde a majestade de DEUS era honrada, por meio do incenso queimado.
Na verdade, os altares do santuário não eram sempre usados para a adoração do verdadeiro DEUS de Israel. Freqüentemente, a idolatria poluía a vida espiritual dos israelitas e os sacrifícios feitos nos altares se tornavam uma armadilha para eles (Am 3.14; 5.21,22; Is 1.11-13; 27.9). Quando Jeroboão transformou as dez tribos rebeldes em uma nação, ele construiu altares e sacrificou aos bezerros que ele mesmo fizera (1 Rs 12.32). Este ato foi condenado por um profeta de DEUS (1 Rs 13.3-5). Acabe erigiu um altar a Baal em Samaria, ato que enfureceu a DEUS (1 Rs 16.32; cf. Os 8.11; Jr 17.2). Josias foi elogiado porque destruiu instrumentos religiosos pagãos que eram usados nos altares do Templo, e também destruiu altares ilegais que se situavam fora de Jerusalém (2 Rs 23.4- 20).
No Novo Testamento
A palavra grega para “altar” que mais aparece no Novo Testamento é thysiasterion. Referindo-se ao altar das ofertas queimadas no Templo, ela aparece em Mateus 5.23,24; 23.18-20,35; Lucas 11.51; Romanos 11.3; 1 Coríntios 9.13; 10.18; Hebreus 7.13 e Apocalipse 11.1. Mas, em alguns poucos trechos, “altar” tem um sentido espiritual (Hb 13.10; Ap 6.9). Com referência ao altar de ouro para o incenso, essa palavra grega aparece em Lucas 1.11 e uma palavra muito similar em Hebreus 9.4, para designar o altar no Templo terrestre construído por Herodes. Mas, em todos os outros trechos, o altar de ouro é um símbolo da oração intercessória (Ap 8.3- 5) ou do juízo (Ap 9.13; cf. Ap 14.18; 16.7). Para explicar a aparente contradição em Hebreus 9.4, que mostra que o altar de ouro de incenso se situava no SANTO dos Santos, eu, Pr. Henrique, sugiro que se lembremn de que o fogo que era introduzido no lugar santo e vinha do incensário, ou braseiro, na mão do sumo sacerdote, em direção ao altar de incenso, era fogo em brasa retirada do altar de bronze,ou de holocausto. Esse fogo era introduzido no SANTO dos Santos uma vez por ano dentro do incensário, ou braseiro, na mão do sumo sacerdote.para aquela parte da cerimônia que envolvia a queima do incenso diante da Arca (Lv 16.13).
Outra palavra grega para “altar”, bomos, é usada em Atos 17.23 referindo-se a um altar pagão em Atenas. Um altar desse tipo foi encontrado em Éfeso durante um trabalho de escavação.
Bibliografia. W. F. Albright, Archaeology and the Religion of Israel, Baltimore. John’s Hopkins Press, 1946. G. Cornfeld, Adam to Daniel, New York. Macmillan, 1961. W. Harold Mare, ‘The Greek Altar in the NT and Intertestamental Periods”, Grace Journal, X (1969), 26-35. Roland de Vaux, Ancient Israel, New York; McGraw-Hill, 1961. G. E. Wright, Biblical Archaeology, Philadelphia. Westminster, 1957.
G. H. L.
 
QUEIMAR (Wycliffe)
O ato de queimar material combustível pelo fogo é usado nas Escrituras tanto no sentido literal como figurado. Os sacrifícios eram queimados no altar do holocausto das ofertas, significando uma total consagração a DEUS (Lv 6.9). As lâmpadas queimavam continuamente com azeite puro de oliva como combustível (Lv 24.2; Ap 4.5). Incenso era queimado continuamente sobre o altar do Lugar SANTO no Tabernáculo e, mais tarde, no Templo (1 Rs 9.25). A queima de especiarias próximo ao corpo do rei Asa foi executada como um rito do funeral real (2 Cr 16.14; cf. 21.19; Jr 34.5). A sarça de onde DEUS chamou Moisés (Ex 3.2; veja Sarça Ardente) e o monte onde foram entregues as leis, foram descritos como ardentes (Dt 5.23). Uma brasa acesa (ou “viva”) do altar foi aplicada aos lábios de Isaías (Is 6.6,7).
O castigo pelo fogo era praticado na Babilônia (Jr 29.22), Sadraque, Mesaque e Abede- Nego foram lançados vivos em uma fornalha ardente (Dn 3.6,11,15-26). Na antiga nação de Israel, entretanto, esse castigo só era usado em casos de prostituição e incesto (Gn 38.24; Lv 20.14; 21.9). Alguns estudiosos sugerem que, nesses casos, o apedrejamento precedia a cremação. Sabe-se que o corpo dos criminosos, executados por apedrejamento, era depois cremado, como no caso de Acã e sua família (Js 7,25). Às vezes, o castigo divino pelo fogo era enviado diretamente por DEUS (Levítico 10.2,6).
A palavra “queimar” é usada de maneira figurada para descrever a ira do Senhor (Js 7.26; Sl 69.24); o castigo eterno (Is 33.12,14; Ap 19,20; 21;8); a dor física (Jó 30.30); a concupiscência idólatra ou sexual (Is 57.5; 1 Co 7.9); e os lábios ardentes e ociosos (Pv 26.23). No contexto da adoração, queimar significa purificar (Is 6.6,7; 1 Pe 1,7) e uma total devoção a DEUS (Lc 24.32; Jo 5.35). Nos relacionamentos humanos, queimar ou queimadura têm o sentido de dor ou sofrimento, tanto físico (Lv 13.24,25) como emocional (2 Co 11.29). C. F. P.
Observação do Pr. Henrique - Já fogo tem sentidos diversos, podendo ser uma manifestação do poder de DEUS, tanto como do juízo de DEUS (Elias tanto usou fogo para destruir soldados que vieram prendê-lo como fogo veio confirmar que DEUS era legítimo DEUS ao queimar sacrifício apresentado por Elias). (Gn 9:23 - saraiva de fogo sobre o Egito - Gn 13:21 coluna de fogo). No Novo Testamento temos linguas como que de fogo descendo sobre os apóstiolos no Batismo no ESPÍRITO SANTO e isso não tem nada a ver com juízo, mas com poder - Atos 1:8; 2:3). Porém o fogo mais temido é o fogo do Lago de Fogo e enxofre para onde vão Satanás e seus seguidores (Ap 19:20).
  
FOGO (Dicionario Davis)
Elemento necessário à vida, Ec 39: 26. Torna-se indispensável: nas artes, Gn 4: 22, no preparo do alimento, Êx 16: 23; Is 44: 16, no conforto do lar, Jr 36: 22; João, 18: 18; At 28: 2, o na oferta dos holocaustos ao Senhor, Gn 8: 20. 0 fogo, por assim dizer, servia de veículo para levar a DEUS o sacrifício com o qual se deliciava, como com um perfume de suave cheiro, 8: 21. O ofertante é quem acendia o fogo, Gn 22: 6, Moisés ofereceu sacrifícios sobre o altar que havia levantado, Êx 40: 29. Por ocasião de serem consagrados Arão e seus filhos para o sacerdócio, saiu fogo do Senhor e devorou o holocausto, Lv 9: 24. O fogo do altar nunca se extinguia, 6:9-13. Também desceu fogo do céu que consumiu o holocausto, quando se fez a dedicação do templo e do altar, 2 Cr 7: 1. Em outras ocasiões, por igual modo, DEUS se manifestou favorável às suas criaturas, Jz 6: 21; 1 Rs 18: 23, 24; 1 Cr 21: 26; comp. Gn 19: 24; Êx 9: 23; 2 Rs 1: 12. Os adoradores de Moloque e alguns outros idólatras, queimavam seus filhos no fogo, como ato religioso, 2 Rs 16: 3; 21: 6; Jr 7: 31; Ez 16: 20, 21.
  
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
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Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
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Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
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http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
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Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP