Vídeo completo 86 minutos, Lição 1, A Formação do Caráter Cristão, Completo, 2Tr17, Pr. Henrique, EBD NA TV

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Escrita - Lição 1, A Formação do Caráter Cristão, 2Tr17, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 1A Formação do Caráter Cristão
2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista:Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
 
 
Capa da Revista:
E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça. Malaquias 3:3
PROCESSO DE PURIFICAÇÃO DA PRATA
Esse versículo bíblico intrigou umas mulheres de um estudo bíblico e elas ficaram pensando o que essa afirmação significava em relação ao caráter e a natureza de DEUS.
Uma delas ofereceu-se para descobrir sobre o processo de refinamento da prata para o próximo estudo bíblico.
Naquela semana, a mulher ligou para um ourives e marcou um horário para assisti-lo trabalhar. Ela não mencionou a razão do seu interesse e só disse estar curiosa para conhecer o processo.
Ela foi assisti-lo. Ele pegou um pedaço de prata e o segurou sobre o fogo, deixando-o esquentar.
Ele explicou que, no refinamento da prata, é preciso que se segure a mesma bem no centro da chama, onde é mais quente e queima-se as impurezas.
A mulher pensou sobre DEUS, que às vezes, segura-nos em situações 'quentes' e pensou novamente no versículo: 'E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata...'
Ela perguntou para o artesão se ele tinha mesmo que ficar sentado o tempo todo na frente do fogo
enquanto a prata estava sendo refinada.
Ele disse que sim, que não somente ele tinha que ficar lá, segurando a prata, mas que ele tinha que, também, manter seus olhos na mesma o tempo todo que ela estivesse nas chamas. Se a prata ficasse um minuto a mais no fogo, seria destruída.
A mulher ficou em silêncio por um momento. Então, ela perguntou: 'Como você sabe quando a prata está totalmente refinada?'
Ele sorriu e disse: ''Ah, isso é fácil... É quando eu vejo minha imagem nela. ''
Se hoje você está sentindo o calor do fogo, lembre-se que os olhos de DEUS estão sobre você e que Ele vai ficar cuidando de ti até que Ele veja Sua imagem em você.
Se puder, passe essa mensagem adiante.
Provavelmente, existe alguém que precisa saber que DEUS está cuidando dele. E, seja o que for que estiverem passando, eles sairão ''refinados'' no final.
 
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
Ajuda -
 
 
TEXTO ÁUREO
"Já estou crucificado com CRISTO; e vivo, não mais eu, mas CRISTO vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de DEUS, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim." (Gl 5.20).
 
 
VERDADE PRÁTICA
O homem nascido de novo tem o seu caráter transformado pelo ESPÍRITO SANTO.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.3 Novo nascimento, uma transformação de dentro para fora
Terça - Jo 2.1-12 JESUS transforma água em vinho
Quarta - 2 Co 5.17 Nova criatura, novo caráter
Quinta - Gn 3.6,7 O caráter é corrompido pelo pecado
Sexta - Ef 4.20-24 A graça divina restaura o caráter
Sábado - Sl 1.1 Diariamente precisamos aprimorar nosso caráter
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 4.17-24
17 - E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido, 18 - entenebrecidos no entendimento, separados da vida de DEUS, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração, 19 - os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza. 20 - Mas vós não aprendestes assim a CRISTO, 21 - se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em JESUS, 22 - que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, 23 - e vos renoveis no espírito do vosso sentido,24 - e vos revistais do novo homem, que, segundo DEUS, é criado em verdadeira justiça e santidade.
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar como se dá a formação do caráter cristão.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Reconhecer o caráter na realidade do homem;
Mostrar como se deu a deformação do caráter humano;
Explicar a redenção do caráter humano.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito da formação do caráter cristão. Você tem evidenciado CRISTO mediante suas ações e palavras? Então, não terá dificuldade alguma em trabalhar com os temas das lições. O comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima, autor de diversos livros e líder da Assembleia de DEUS em Parnamirim, RN. Que mediante o estudo de cada lição, você e seus alunos e possam evidenciar os valores do Reino em meio a uma geração que tem rejeitado os princípios divinos.
 
Resumo da Lição 1A Formação do Caráter Cristão
I - O CARÁTER NA REALIDADE DO HOMEM
1. O que é caráter?
2. Personalidade e caráter.
II - A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER HUMANO
1. A Queda e o caráter humano.
2. Imagem e semelhança de DEUS.
3. A deformação do caráter humano.
a) No relacionamento com DEUS.
b) No relacionamento humano.
c) No relacionamento com a natureza.
III - A REDENÇÃO DO CARÁTER HUMANO
1. Novo nascimento, transformação do caráter.
2. A Palavra de DEUS muda o caráter.
3. O caráter amoroso e santo do crente.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - DEUS criou o homem provido de caráter.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A deformação do caráter humano veio com a Queda.
SÍNTESE DO TÓPICO III - JESUS CRISTO veio ao mundo para a redenção do caráter humano.
 
PARA REFLETIR
A respeito da formação do caráter cristão, responda:
Defina caráter. Segundo o Dicionário Aurélio, caráter é "o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral".
Em termos espirituais e morais, como o homem e a mulher foram criados? À "imagem" e "semelhança" do Criador.
O que o homem perdeu ao pecar? Perdeu a semelhança moral com o Criador.
A salvação é por mérito humano ou é um dom de DEUS? A salvação é um dom de DEUS.
O que acontece com nosso caráter quando aceitamos, pela fé, a JESUS como nosso Salvador? É transformado e convertido pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p. 36.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
A Santidade que Liberta, Fazendo o Melhor depois de decisões Erradas, Escolhendo uma Vida que Vale a Pena
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: "O que é caráter?" "Existe pessoa sem caráter?" Ouça os alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Diga que caráter significa marca, sinal de distinção. Se tivermos um caráter santo, DEUS será louvado por intermédio de nossas ações.
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique
 
Lição 1, A Formação do Caráter Cristão
Introdução
Neste segundo trimestre, de 2017 estaremos estudando sobre caráter. Vamos aprender que o caráter pode ser tanto bom como mau como exemplar, ímpio ou santo. Adão foi criado e teve 100 % de bom caráter, criado a imagem e semelhança de DEUS, mas o pecado lhe corrompeu o caráter e deixou de se parecer com DEUS. Para termos um caráter, agora, parecido com o de JESUS, precisamos morrer para o velho caráter, herdado de Adão no pecado e nascer de novo da semente incorruptível da palavra de DEUS e permanecermos fiéis a esta Palavra, vivendo em comunhão com DEUS. A criança nasce e o caráter lhe é impresso com o que aprende de seus próximos. Assim também o crente nasce de novo e aprende com seus próximos. A igreja deve discipular esse novo convertido para que o mesmo tenha um novo caráter, agora, moldado segundo a Palavra de DEUS.
QUEM ESTÁ CRUCIFICADO COM CRISTO:
1- Primeiro, o crucificado tem os olhos sempre voltados para uma só direção (EM NOSSO CASO, PARA CRISTO)
2- Segundo, ele não pode voltar atrás (COISAS VELHAS PASSARAM) - Nenhum Cristão que tenha assimilado essa verdade pode contemplar a possibilidade de retorno à antiga vida.
3- Terceiro, ele não tem mais planos próprios.(AGORA VIVE NA ORIENTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO)

I - O CARÁTER NA REALIDADE DO HOMEM
1. O que é caráter?
DICIONÁRIO TEOLÓGICO - Claudionor Correia de Andrade
1- [Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - marca, sinal de distinção] Natureza básica do ser humano que o torna responsável por seus atos tanto diante de DEUS como diante de seus semelhantes. O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, como a voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.
2- Doutrina que enfatiza a suma perfeição de DEUS. Ou seja: a perfeição divina não é apenas perfeita: é absoluta e infinitamente perfeita. 
CARÁTER - Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - Dicionário Biblia Almeida
1) Qualidade (Mt 10.41, RA).
2) Conjunto de qualidades boas (Fp 2.22, RA).
CARÁTER - Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - Dicionário Português
Feitio moral. Índole. Qualidade inerente a certos modos de ser ou estados. Missão, título. Honradez. caracteres (cté).

Caráter (título no Brasil) ou Carácter (título em Portugal) - https://pt.wikipedia.org/wiki/Car%C3%A1ter 
[1] é um termo usado em psicologia como sinônimo de personalidade.
[2] Em linguagem comum o termo descreve os traços morais da personalidade.
[3]Muitas pessoas associam o caráter a uma característica relacionada à Genética, o que não ocorre. O caráter de uma pessoa é algo independente de sua referência genética.

O caráter na psicologia
É o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade é inerente somente a uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento; este sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais.
Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.
Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade.
O caráter de uma pessoa pode ser dramático, religioso, especulativo, desafiador, covarde, inconstante. Tais variações podem ser inúmeras.
Mas não é o caráter que sofre as influências pelo meio em que é submetido, pois o ser humano demonstra sua pessoal característica desde os primeiros dias. O caráter é inerente do próprio espírito, e os moldes de educação, adaptação às diferentes condições e fases da vida humana apenas levam o ser às escolhas que deve fazer, obedecendo elas a esse princípio.
As culturas antigas costumavam declarar quando de uma pessoa de índole confiável: "Pessoa de caráter forte". Quando o caráter - presença inerente no ser - é forte, significa que por mais maravilhosos ou recompensadores os caminhos possam parecer, há sempre um sentimento de alerta dentro, que indica aquele como um caminho errado, mesmo que no momento possa parecer o correto.
O caráter faz ver além, nas consequências dos atos de hoje, e não pode ser adquirido ou estudado ou mesmo aprendido.
A educação e a cultura se diferem nesses valores, assim como o caráter se interfere a uma coisa e pessoa se difere das boas maneiras ou do estilo de vida que se leva.
Ambos, a cultura e o estilo de vida, são transformados, adquiridos e estudados e podem ser esquecidos ou aprimorados. Mas o caráter faz desses todos seus caminhos. Escolher qual deles seguir e quais consequências irão advir só o caráter pode identificar, no momento que as decisões - de trabalho, amor, relações sociais, escolares, de amizade etc - são tomadas.

2. Personalidade e caráter.
O substantivo leb é usado para se referir ao homem em si ou à sua personalidade: "Então, caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se. e disse no seu coração..." (Gn 17.17): "Falei eu com o meu coração” (Ec 1.16). A palavra leb também é usada para aludir a DEUS neste sentido: "E vos darei pastores segundo o meu coração" (Jr 3.15).
O lugar do desejo, propensão ou vontade é indicado pela palavra “coração”: “O coração de Faraó está obstinado” (Êx 7.14); “Cada um, cujo coração é voluntariamente disposto, a trará” (Êx 35.5; cf. Êx 35.21,29); “Louvar-te-ei, Senhor, DEUS meu, com todo o meu coração” (Sl 86.12). O termo leb também é usado para se referir a DEUS neste sentido: “E os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma” (Jr 32.41). Diz- se que pessoas estão de acordo quando seus “corações” estão ajustados entre si: “Reto é o teu coração, como o meu coração é com o teu coração?” (2 Rs 10.15). Em 2 Cr 24.4: “E sucedeu, depois disso, que veio ao coração de Joás renovar a Casa do SENHOR” (literalmente, “teve em seu coração”).
Personalidade - Nome - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos
Segundo o modo de entender dos antigos o nome não era apenas aquilo que caracterizava alguém, distinguindo-o de outros; era uma parte primordial de sua personalidade; aquela pessoa ou coisa que não tem nome não existe; o homem sem nome é insignificante e desprezado pelos outros. O nome deveria corresponder à essência da pessoa ou à qualidade que mais se destacava (1 Sm 25.25).

A personalidade Nos dá a diferença para com outra pessoa. Caráter não é herdado, é construído ao longo da vida. Influi em nosso caráter tudo o que ouvimos e vemos em nossa vida.
"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se esquecerá dele" (Pv 22.6).

PESSOA ou PERSONALIDADE (Dicionário Wycliffe)
A língua hebraica não possuía nenhuma palavra que denotasse o conceito de personalidade, a parte que constitui e caracteriza uma pessoa. Várias palavras, entretanto, foram traduzidas como “pessoa” na Bíblia Sagrada. As mais freqüentes são: a heb. nephesh, aquele que respira, alma, pessoa (Lv 27.2; Nm 5.6; 35.30); ,ish, um homem, um indivíduo (1 Sm 9.2); ’adam, homem, um ser humano (Pv 6.12); panim, face, pessoa (Dt 10.17).
No NT, são encontradas duas palavras gregas: prosopon, face, pessoa (2 Co 1.11); hyspostasis, fundamento, essência, pessoa (Hb 1.3). O termo hebraico panim, face, corresponde ao termo grego prosopon no sentido daquilo que eu vejo oposto a mim, a face. O termo grego hyspostasis dá a idéia daquilo que forma o fundamento, a realidade final; portanto, pode referir-se à essência tanto de DEUS como do homem, a saber, o espirito ou a alma. Aqui surgem duas questões:
O que constitui uma pessoa? Uma pessoa pode ser definida como aquele ser vivente que possui intelecto, desejo, e emoção; é capaz de ter autoconsciência e autodeterminação; e tem uma natureza moral. Os psicólogos têm dificuldade com o conceito, porque alguns deles alegam encontrar alguma coisa das primeiras quatro qualidades nos animais, enquanto muitos deles negam a presença de uma natureza moral no homem. Mas segundo as Escrituras, é a posse de uma natureza moral que distingue o homem do resto da criação, consciente sobre a terra. Já que o homem é um ser moral, DEUS colocou em seu coração um padrão, uma obra da lei (Rm 2.15). O homem tem personalidade porque é essencialmente um espírito envolto em um corpo material, criado à imagem de DEUS, que é espírito (Jo 4.24).
A palavra grega no sentido literal quer dizer aquilo que se vê do outro lado, ou faces, e não se refere à máscara em seu sentido primário. Na verdade, este era um dos seus significados menos comuns, e não é encontrado neste sentido no NT, Em todo caso, é o uso da palavra no NT que estabelece seu significado nas Escrituras Sagradas (Mt 22.16; Mc 12.14; Lc 20.21; 2 Co 1.11; 2.10; Gl 2.6), e não seu uso pelos autores dramáticos pagãos. R.A.K.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade - "Personalidade é uma organização interna e dinâmica dos sistemas psicofísicos que criam os padrões de comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma pessoa". Esta definição de trabalho salienta que personalidade
é uma organização e não uma aglomerado de partes soltas;
é dinâmica e não estática, imutável;
é um conceito psicológico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus processos;
é uma força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o mundo que a cerca;
mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e consistentes
expressa-se de diferentes maneiras - comportamento, pensamento e emoções.

II - A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER HUMANO
1. A Queda e o caráter humano.
QUEDA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)
- A conceituação da palavra queda, que não é usada nas Escrituras com o sentido de degeneração, implica geralmente no afastamento do estado de inocência em que vivia o homem para o estado de corrupção que predomina na humanidade.
Queda remonta ao tempo de Adão e Eva, nossos primeiros pais que, desobedecendo às ordens de DEUS, caíram, e, concomitantemente, caiu toda a humanidade, “por isso que todos pecaram”(Rm 5.12).
Esta expressão nos leva a uma época bem anterior a Adão e Eva, a um período de fato indescritível para o homem. Trata-se do primitivo Éden (Ez 28.13,14), lugar onde se deu o primeiro pecado e, em conseqüência, a queda de Lúcifer, o querubim ungido (Is 14.12-15), o qual se transformou, após esse ato abominável, em Satanás (adversário de DEUS e dos homens). Basicamente, é aqui onde, pela primeira vez, se faz alusão à palavra queda, que tem a sua origem na expulsão de Satanás da presença de DEUS. Isto quer dizer que o pecado já era um fato consumado antes de ele entrar no contexto da raça humana, através de Adão.
Queda abre um imenso leque doutrinário concernente à soteriologia e a hamartiologia. Esta, trata da queda do homem; aquela, da sua restauração, por causa do sacrifício expiatório de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Queda - histórico-bíblico e doutrinário.
A partir da desobediência de Adão e Eva, entrou o pecado no mundo e, consequentemente, a morte, a degradação, a queda humana. Adão e Eva, após a queda pelo pecado, foram expulsos do Paraíso para nunca mais retornarem, proibidos de comer o fruto da Arvore da Vida. O anjo do Senhor, com uma espada na mão, vigiava a entrada do Éden, para impedir o retorno do casal decadente
O homem, obra prima das mãos de DEUS, é criado em perfeito estado de inocência: sem pecado. Apenas deve obedecer a certas leis estabelecidas pelo Criador, como “comerás” e “não comerás”. Infelizmente, a opção adâmica, motivada pela concupiscência da carne e a soberba da vida, fê-lo transgredir. O primeiro ato de infração constitui a queda; ele reconhece conscientemente o horror dessa transgressão e tenta esconder-se. De fato, podemos dizer que, em suma, a essência de todos os pecados está no primeiro pecado. Isto posto, afirmamos que o primeiro pecado é o pai dos pecados.
Foi a partir da desobediência de Adão e Eva que entrou o pecado no mundo e, consequentemente, a morte, a queda humana. Em síntese, o pecado é a rebelião do homem contra a autoridade de DEUS, bem como o orgulho de sua suposta auto-idoneidade (“como DEUS sereis”).
As implicações resultantes deste ato impensado, por parte do primeiro casal, foram as mais desastrosas possíveis. Primeiramente uma consciência acusadora persegue-os por todo o Jardim; depois sentem o gelo do rompimento imediato da comunhão com DEUS (“eles esconderam-se”), seguido pela sentença da maldição, que decreta suor, espinhos, tristezas, dores, separação e morte para o homem, com uma agravante envolvendo toda a criação.O homem, coroa e monumento da criação, sai então do Jardim, da presença de DEUS; sai como perdedor: sai amaldiçoado.
Com os efeitos deletérios desse câncro social, moral, espiritual (o pecado), o homem torna-se uma criatura depravada, inumana, pervertida. Isto se vê no ato homicida de Caim, que, num desrespeito à vida humana, atira-se contra o seu irmão e mata-o friamente.
As lavas do pecado, conseqüência única da queda de Adão e Eva, continuam a sua tarefa devastadora. Porém, mesmo rebelando-se contra a imagem de DEUS, segundo a qual foi modelado, o homem não pode destruir essa imagem, visto que faz parte inerente de sua própria constituição humana. Isto está bem patente, por exemplo, em sua busca pelo conhecimento científico, em seu domínio e no uso das forças da natureza, e em seu desenvolvimento da cultura, da arte e da civilização. Entretanto, vale lembrar aqui que os esforços do homem caído são amaldiçoados com frustrações. Assim é que a história demonstra que as próprias descobertas e avanços que haviam prometido tanto bem à humanidade, por causa de abuso, trouxeram males inomináveis à raça humana. O fato é que o homem caído não consegue, por mais que necessite, amar a DEUS e nem tampouco aos seus semelhantes. Está sempre sendo impelido por motivos egoístas, os quais ditam as regras do seu viver.

A verdade é que Adão, pecando, levou a humanidade para baixo. JESUS, o segundo Adão, nos levou para cima, para as regiões celestiais.

2. Imagem e semelhança de DEUS.
Gn 1:26-31 (Comentário Neves de Mesquita)
O Homem, a Criação por Excelência - Gênesis 1:26-2:7
A segunda parte do dia foi tomada para a criação do mais alto ser - o Homem. A linguagem em que Moisés nos dá a história da criação do homem é significativa: E DEUS disse: façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança." Para com nenhuma outra criação DEUS usou linguagem tão expressiva, o que bem mostra a superioridade do homem sobre todos os demais seres criados. Um ato especial presidiu a sua criação, e linguagem especial foi usada. "Cada passo na criação ,diz o Dr. Carrol, foi uma profecia da vinda do homem". Este mundo é digno da presença de um ser como o homem, ainda que este, em seus pecados, se desvirtue e se aniquile, separando-se de DEUS e fazendo do mundo mesmo e seus prazeres o seu deus. Mas quem não se abismará, ao pensar nos imensos recursos armazenados no coração da terra, para gáudio e conforto do homem?
Façamos o homem à nossa imagem... Que significa esta linguagem? Com quem está DEUS tomando conselho? Que significa "nossa imagem e semelhança"? Diremos primeiro o que significam o pronome e o verbo no plural.
Incluem as três pessoas da Trindade - isso está de acordo com o teor geral da Bíblia, de que as três pessoas da Santíssima Trindade tomaram parte na criação (Gên. 1:4; João 1:1-5 e ref.).
*Nossa imagem e nossa semelhança" significam a mesma coisa. Não se podem referir à imagem física de DEUS, por que ele não tem forma. DEUS é espírito, diz JESUS CRISTO. É notável, entretanto, que, não tendo DEUS forma, sempre que se manifesta antropomorficamente, escolhe a forma humana. Ou porque o homem seja a forma mais ideal, ou porque esta forma tenha algo de superior, que nós não podemos compreender. DEUS Jeová apareceu muitas vezes a Abraão, Jacó, Isaque e outros personagens, sendo sempre na forma humana.
"Imagem e semelhança de DEUS" só tem paralelo no homem moralmente. Ele é um ser moral, racional e espiritual. Se em tudo mais ele se pudesse igualar com os outros animais, sua razão, espiritualidade e moralidade o tornariam infinitamente superior a qualquer outro animal. Além disto, tem consciência de que é reflexo de sua natureza moral, tem vontade livre e racional, tem capacidade de escolher inteligentemente. Estes predicados o tornam o rei de toda a criação.
Há outros predicados verificáveis no homem, que o tornam semelhante a DEUS em mais coisas do que na personalidade. Os atributos morais e de santidade devem ser incluídos na personalidade do homem, ou ele não poderá ser a imagem e semelhança de DEUS. "Santidade" é um atributo fundamental de DEUS e deve, necessariamente, ser um atributo do ser criado à sua imagem. Algumas escrituras ensinam que esta qualidade é inerente ao homem (Ecl. 7:29; Ef. 4:24; Col. 3:10). Esta verdade da inerência moral do homem é o seu maior predicado e ascendência sobre todos os brutos.
Por mais degradado que seja um homem, sempre revela maior ou menor propensão para a moral. É uma tendência sua que pretende reviver a imagem de DEUS em si, perdida por Adão. Esta constante luta em direção ao céu é mais que "personalidade* e tendência religiosa. Também Satanás é uma personalidade, mas com tendência para a perdição e com espírito religioso desassociado de DEUS. O homem foi criado para refletir o caráter do bem, tanto quanto pode ser demonstrado. Podemos enumerar os predicados do homem, que não só o colocam infinitamente acima de toda a demais criação, mas o tornam a imagem e semelhança de DEUS:
(1) vontade;(2) livre arbítrio e (3) santidade.
Outros predicados secundários:
(1) responsabilidade; (2) espírito religioso; (3) amor; (4) espírito em contraposição com alma vivente; (5) reflexo da imagem de DEUS em sua forma física; (6) domínio sobre as paixões carnais; (7) domínio sobre a criação e (8) comunhão com DEUS.
Programa e missão do homem:
1 . O homem foi criado:
(a) Inocente em si mesmo e à vista de DEUS.
(b) Em comunhão com o Criador.
(e) Em feliz harmonia com todo o programa criativo.
(d) Livre da morte. Esta veio como conseqüência do pecado que aboliu a relação existente entre o homem e DEUS. Quebrou-se o elo da vida eterna, e o homem morreu.
2. Foi criado para encher a terra: "Frutificai e multiplicai-vos." DEUS podia fazer com a raça humana o que fez com os outros animais, mas deixou este privilégio para o homem, que é uma parte do programa divino.
3. Foi criado para domínio e conquista:
(a) "Sujeitai a terra,
(b) dominai sobre seus habitantes e
(e) sobre todos os seus poderes." Este é um dos característicos mais salientes do homem - dominar e governar.
4. Destinado a todas as bênçãos da terra.

3. A deformação do caráter humano.
Alteração no Comportamento (Doutrina Pecado)
A consequência do pecado, não só afetou a comunhão do homem com DEUS, mas, sobretudo, trouxe séria mudança de comportamento no ser humano. O capítulo 3 de Gênesis mostra-nos claramente que o homem, depois que pecou, adquiriu para si um comportamento mais agressivo e vingativo. A primeira resposta de Adão para seu Criador mostra-nos claramente sua mudança de comportamento. Ao ser arguido por DEUS, quando este lhe perguntou: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?’’ (v.11). Quando ele ouve a pergunta divina, Adão não escolheu o caminho da humilhação, pedindo perdão e proteção para si e para sua mulher. Pelo contrário, respondeu sem hesitação a DEUS: “foi a mulher que me deste” (v.12); transferindo assim, ainda que de forma indireta, a culpa para DEUS, e diretamente para sua esposa. Ambos foram culpados de seu fracasso. DEUS, porque lhe dera Eva como sua companheira; e Eva, porque lhe deu do fruto proibido. Sua mulher encontrava-se, agora, também, na mesma situação; e quando foi arguida também por DEUS, que lhe perguntou: “Porque fizeste isto?” (v.13a), ela prontamente respondeu: “A serpente me enganou, e eu comi” (v.13b). Vemos, assim, que o comportamento ético mudou completamente na vida do casal. O sentimento de vingança e de acusação passou a fazer parte do caráter e da imaginação de ambos. A partir daí, cada ser humano que nasce, já traz em si mesmo um tipo de comportamento. À medida que a pessoa cresce e se desenvolve, esse comportamento vai aumentando de intensidade. Tal comportamento agressivo do homem fez que a terra ficasse corrompida, como declara o escritor sagrado. “A terra porém estava corrompida diante da face de DEUS; e encheu-se a terra de violência” (Gn 6.11). O Senhor observou, portanto, que a maldade do homem “se multiplicava sobre a terra. E que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5). Logo após o Dilúvio, Noé “edificou um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo, e de toda a ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar. E o Senhor cheirou o suave cheiro, e disse o Senhor em seu coração: Não tomarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gn 8.20,21).
Mudança no perfil da personalidade.
Mudança da mansidão para a violência crescente.
Mudança no comportamento brando para o agressivo.
Inclinação
Inclinação para o orgulho.
Inclinação para o ateísmo.
Inclinação para o racionalismo.
Inclinação para ciências astrais?
Inclinação Influenciável da Mente
Influência
Influência da mente para aceitar encantamento e magia.
Influência da mente para aceitar o espiritismo.
Influência da mente para alterar o estado de consciência.
Influência na mente para aceitar a teomania.
Alteração Propositada nas Ações
Ações errôneas contra DEUS.
Ações errôneas contra as pessoas.
Ações errôneas contra o governo divino. a) Janes e Jambres; b) Coré e seus seguidores; c) Balaão d) Simão, o mágico (At 8.9-24; 13.6-11); e) Elimas, o encantador.
Ações errôneas das lideranças independentes.
Os dias atuais são ׳ marcados por essas chamadas de ‘Lideranças Independentes’. A frase é tomada aqui neste argumento para descrever os que usam os ditames duma religião para enganar e se opor tanto a DEUS como a sua obra.
a) Os doutores da Lei ostentavam falsa liderança. .
b) A advertência divina contra estas lideranças. (1 Jo 2.18). “Acautelai- vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Eu sou o CRISTO e enganarão a muitos” (Mt 24.4,5). “E também houve entre o povo (hebreu) falsos profetas, como entre vós (a Igreja) haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição” (2 Pe 2.2a).

III - A REDENÇÃO DO CARÁTER HUMANO
1. Novo nascimento, transformação do caráter.
JESUS respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS.
JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO, não pode entrar no reino de DEUS. João 3:3-5

Nascer da água é nascer da Palavra de DEUS.
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:26
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5
 
Adão foi criado pela Palavra de DEUS e tinha a imagem e semelhança de DEUS. (Gênesis 1.26)
JESUS nasceu na Terra gerado pelo ESPÍRITO SANTO depois de ter o anjo dado a Palavra de DEUS a Maria.
Lucas 1.31 E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de JESUS. Lucas 1.35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o SANTO, que de ti há de nascer, será chamado Filho de DEUS.

Nascer de novo é estar agora em CRISTO, depois de ter ouvido a Palavra de DEUS e crido nela.
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21

Nascer do ESPÍRITO é nascer pelo convencimento do ESPÍRITO SANTO e receber O mesmo em si.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. João 16:8
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim étodo aquele que é nascido do ESPÍRITO. João 3:8
Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19

PARA NASCER DE NOVO TEMOS QUE MORRER E NASCER DE NOVO, POIS NASCEMOS UMA VEZ, MAS DE SEMENTE CORRUPTÍVEL E MÁ QUE VEIO DE ADÃO.

O Novo Nascimento
Jo 7.39- “E isto disse Ele do ESPÍRITO que haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado”.
Os apóstolos não tinham o ESPÍRITO SANTO, pois foi preciso JESUS assoprar sobre eles e dizer: recebei o ESPÍRITO SANTO (Jo 20.22). É importante o leitor não se esquecer de que só recebe quem crer em seu coração e confessar com sua boca que JESUS CRISTO é Senhor e Salvador, crendo também que DEUS o ressuscitou dentre os mortos (Rm 10.9); fazendo uma confissão pública de sua fé (Mt 10.32). É preciso uma lavagem pela palavra (Ef 1.13) e a fé que só pode ser dada por DEUS (1 Co 1.21).
Nascer da água - Palavra de DEUS (lavagem da água da regeneração - salvos pela loucura da pregação - depois que ouvistes o evangelho e tendo nele crido)
Nascer do ESPÍRITO - Convence o pecado, da justiça e do juízo.

Novo nascimento é começar de novo, imprimindo um novo caráter em nós mesmos. Assim vamos dando preferência ao que DEUS nos diz em sua Palavra e fazemos tudo para agradá-lo.
"Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

2. A Palavra de DEUS muda o caráter.
Se uma criança absorve tudo o que ouve e vê e faz uma escolha do que quer imprimir em seu caráter desde seu nascimento, ou antes dele, no ventre de sua mãe, como acreditam alguns, até a idade de 3 a 8 anos; então todo crente deveria ter um ótimo caráter já que nasceu de novo e esteve frequentando a Escola Bíblica Dominical, ouvindo a Palavra de DEUS, ouvindo hinos de louvor e adoração a DEUS, tendo amigos crentes e orando a DEUS. Por que então a maioria não têm esse caráter? Simples - Absorveram mais do mundo do que de DEUS. Gastaram mais tempo com o mundo do que com DEUS. Amaram mais o mundo e o que nele há do que a DEUS. Deram maior valor às coisas do mundo do que às coisas do reino de DEUS. Deram maior valor às coisas materiais do que às espirituais.
Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
... Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por DEUS, E eles me serão por povo; Hebreus 8:10b
Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de DEUS, e levando cativo todo o entendimento à obediência de CRISTO; 2 Coríntios 10:5

“Disse-lhe JESUS: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Mateus 16:17
No antigo Israel, mantinha-se o costume de associar o nome ao caráter pessoal. A Bíblia registra, em algumas passagens, DEUS substituindo nomes em razão de uma mudança de caráter. Por exemplo, DEUS mudou o nome de Jacó (que significa: usurpador) por Israel (que significa: príncipe de DEUS); mudou o de Abrão (que significa: pai exaltado) por Abraão (que significa: pai de uma multidão).
Desta mesma forma, JESUS disse a Simão que ele seria chamado de Pedro. Simão significa aquele que vacila; já o nome Pedro significa: pequena rocha (pedrinha). JESUS nunca chamou Pedro de Pedro, mas sempre de Simão.
Pedro tinha um caráter oscilante, vacilante, por isso toda as vezes que JESUS o chamava dizia: Simão, Simão...
Simão (Pedro) era de um caráter difícil, como tal, estava pronto pra tudo. Por isso ele sempre vacilava. Em João 13:8 a 10, JESUS está lavando os pés dos discípulos e Pedro diz: os meus o Senhor não lava! JESUS então lhe responde: Simão, aquele a quem eu não lavar os pés não tem parte comigo! No mesmo instante Simão (Pedro) diz: Então me lave os pés, as mãos e a cabeça! Ele sempre vacilava e ia de um extremo a outro. Simão (Pedro) já era uma pedra, porém bruta, à qual JESUS precisou lapidar.
O verdadeiro amor supera
todos os erros do passado - João 21:15-17
Depois de terem comido, perguntou JESUS a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe JESUS: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez JESUS lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. JESUS lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.”
JESUS, já ressurreto, perguntou por três vezes: Simão Pedro, tu me amas? E a resposta de Simão foi: sim, Senhor, tu sabes que te amo! Esse amor foi forte o suficiente para transpor os erros do passado e mostrar que o Simão agora era Pedro!
JESUS insistiu na pergunta não porque não conhecesse a resposta e o coração de Pedro, mas para mostrar que o Simão agora estava tratado, depois de tantos erros e vacilos, havia se transformado num homem diferente e maduro, provado pelo fogo e aprovado pela misericórdia e graça de CRISTO, pois agora estava surgindo o Pedro que passamos a conhecer no livro de Atos, de um caráter firme e convicto do seu amor por JESUS!
Depois dessas experiências, Pedro passa a ter o cuidado de não mais vacilar, e isso se torna evidente em suas Epístolas. No verso primeiro da Primeira Epístola de Pedro, ele se apresenta como: “Pedro, apóstolo de JESUS CRISTO...”
Já em sua Segunda Epístola ele repara sua apresentação e diz: “Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO...” 2Pe 1:1. Ele observa que antes de ser Pedro ele é Simão, e antes de ser apóstolo ele é servo! Assim, depois de tantos vacilos, Simão se tornou Pedro!
Quem sabe você tenha sido até hoje um Simão (um vacilão) na fé, mas hoje JESUS lhe chama para ser Pedro (uma rocha), alicerçado, firmado, com um caráter irrepreensível.
Jornal Aleluia de Julho de 2008, ed 332.

3. O caráter amoroso e santo do crente.
Como cristão devemos ter como alvo sermos semelhantes a JESUS. Quão difícil se torna a nossa vida cristã quando não entendemos o que significa ser criado à imagem e semelhança de DEUS! JESUS veio para restaurar isso, nos fazer de novo. Mas em que somos à imagem e semelhança de DEUS? O que DEUS nos oferece? Ele nos oferece o Seu caráter, o caráter do Seu Filho, Ele nos criou para sermos como Ele é. Para sermos iguais a Ele em seu caráter. Sermos uma expressão de amor e pureza, bondade, compaixão e misericórdia. DEUS nos criou para sermos criaturas que se relacionam, que derramam suas vidas na vida dos outros. DEUS quer que sejamos iguais a Ele. E JESUS nos mostrou isso, nos servindo, dando Sua vida pela nossa, para sermos arrancados da morte para a vida – Fp 2.6-8.

Tudo é uma escolha, ame as pessoas, seja grato, busque ser humilde, íntegro, e você será uma pessoa corajosa. Persevere, seja fiel, e você será uma pessoa sábia. Seja alguém de caráter transformado.

DEUS está associado com o amor, o amor é a essência de DEUS. O amor sincero e verdadeiro é algo que representa o nosso DEUS. Ele é a nossa fonte de amor. É DEUS quem nos ensina a dar e receber amor.

Paulo diz em Efésios 3:17 a 19 “e, assim, habite CRISTO no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de CRISTO, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de DEUS.”
Quando estamos em CRISTO, estamos arraigados, plantados, alicerçados em amor. Paulo diz que precisamos compreender a altura, a largura, o cumprimento e a profundidade do amor de DEUS. O amor de DEUS não é uma coisa qualquer. Para sermos tomados da plenitude de DEUS, devemos compreender que Ele é amor eterno

Conclusão
O caráter na realidade do homem é o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo e sua personalidade será o manifestar disso em sua vida cotidiana. Depois da queda no Éden houve uma deformação do caráter do homem que fora criado à imagem e semelhança de DEUS. O relacionamento desse homem com DEUS passou a ser de distância e pavor. O relacionamento humano de uns para com os outros passou a ser de inimizades e disputas. O relacionamento com a natureza passou a ser de destruição.
DEUS, através de JESUS e seu sacrifício na cruz nos restaura o caráter perdido por Adão. DEUS nos conduz para a redenção do caráter humano. Assim, pelo novo nascimento há uma transformação do caráter. Também pela exposição à Palavra de DEUS há mudança no caráter. Assim o crente passa a ter um caráter amoroso e santo.

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO Pr. Luiz Henrique

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A Queda
O primeiro pecado da humanidade abrangeu todos os demais pecados: a afronta e desobediência a DEUS, o orgulho, a incredulidade, desejos errados, o desviar outras pessoas, assassinato em massa da posteridade e a submissão voluntária ao Diabo. As consequências imediatas foram numerosas, extensivas e irônicas. O relacionamento entre DEUS e os homens, de franca comunhão, amor, confiança e segurança, foi trocado por isolamento, autodefesa, culpa e banimento. Adão e Eva bem como o relacionamento entre eles, entram em degeneração. A intimidade e a inocência cederam lugar à acusação. Seu desejo rebelde pela independência resultou em dores de parto, labuta e morte. Seus olhos realmente foram abertos, e eles conheceram o bem e o mal, mas era pesado esse conhecimento sem o equilíbrio de outros atributos divinos, como o amor, a sabedoria e o conhecimento. A criação, confiada aos cuidados de Adão, foi amaldiçoada, gemendo pela libertação dos resultados da infidelidade dele.
Por estar a natureza humana tão deteriorada pela Queda, pessoa alguma tem a capacidade de fazer o que é espiritualmente bom sem a ajuda graciosa de DEUS. A esta condição chamamos corrupção total - ou depravação - da natureza" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 268).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A Redenção
A Bíblia também emprega a metáfora do resgate ou da redenção para descrever a obra salvífica de CRISTO. O tema aparece muito mais frequentemente no Antigo Testamento que no Novo. O tema aparece muitas vezes no Antigo Testamento, referindo-se aos ritos da 'redenção' no tocante às pessoas ou aos bens. O próprio Javé é o Redentor do seu povo, e eles são os redimidos. O Senhor tomou medidas para redimir os primogênitos. Ele redimiu Israel do Egito e também os remirá do exílio. Às vezes DEUS redime um indivíduo; ou um indivíduo ora, pedindo a redenção divina. Mas a obra divina na redenção é primeiramente moral no seu escopo. Em alguns textos bíblicos, a redenção claramente diz respeito aos assuntos morais. Salmos 130.8 diz: 'Ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades'. Isaías diz que somente os 'remidos', os 'resgatados', andarão pelo chamado 'O Caminho SANTO' (Is 35.8-10). Diz ainda que a 'filha de Sião' será chamada 'povo santo, os redimidos do senhor'.
No Novo Testamento, JESUS é tanto o 'Resgatador' quanto o 'resgate'; os pecadores são os 'resgatados'. Ele declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos (Mt 20.28; Mc 10.45). Era um 'livramento [gr. apolutõsis] efetivado mediante a morte de CRISTO, que libertou da ira retributiva de DEUS e da penalidade merecida pelo pecado. Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em CRISTO. Diz que CRISTO 'para nós foi feito por DEUS sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (1 Co 1.30). Diz também que CRISTO 'se deu a si mesmo em preço de redenção por todos (1 Tm 2.6)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 356,357).

DICIONÁRIO TEOLÓGICO - Claudionor Correia de Andrade
1- [Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - marca, sinal de distinção] Natureza básica do ser humano que o torna responsável por seus atos tanto diante de DEUS como diante de seus semelhantes. O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, como a voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.
2- Doutrina que enfatiza a suma perfeição de DEUS. Ou seja: a perfeição divina não é apenas perfeita: é absoluta e infinitamente perfeita. 

CARÁTER - Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - Dicionário Biblia Almeida
1) Qualidade (Mt 10.41, RA).
2) Conjunto de qualidades boas (Fp 2.22, RA).

CARÁTER - Do lat. character ; do gr. kharacktér, Le-se Carácter - Dicionário Português
Feitio moral. Índole. Qualidade inerente a certos modos de ser ou estados. Missão, título. Honradez. caracteres (cté).

Efésios 4:17-19 - Vida Nova, Roupas Novas - Comentários Bíblicos AT e NT W. W. Wiersbe
A Bíblia foi escrita não apenas para ser estudada, mas também para ser obedecida, e é por isso que as expressões como "pois", "portanto" e "por essa razão" são repetidas com tanta freqüência na segunda metade de Efésios (Ef 4:1, 17, 25; 5:1, 7, 14, 15, 17, 24). Paulo estava dizendo: "Eis o que CRISTO fez por vocês. Diante disso, eis o que vocês devem fazer para CRISTO". Devemos ser praticantes da Palavra, não apenas ouvintes (Tg 1:22). O fato de termos sido chamados em CRISTO (Ef 1:18) deve servir de motivação para andarmos em unidade (Ef 4:1-16). E o fato de termos sido ressuscitados dentre os mortos (Ef 2:1-10) deve nos motivar a andar em pureza (Ef 4:17 - 5:17) ou, como Paulo diz em Romanos: "andemos nós em novidade de vida" (Rm 6:4). Estamos vivos em CRISTO, não mortos no pecado; portanto: "[nos despojemos] do velho homem [...] e [nos revistamos] do novo homem" (Ef 4:22, 24). Vamos tirar nossas vestes de mortos e colocar as vestes da graça!
A admoestação (Ef 4:17-19)
Temos aqui um exemplo dos imperativos negativos da vida cristã: "Não mais andeis como também andam os gentios". Os cristãos não devem imitar o estilo de vida dos incrédulos a seu redor. Estes se encontram "mortos nos [seus] delitos e pecados" (Ef 2:1), enquanto os salvos foram ressuscitados dentre os mortos e receberam a vida eterna em CRISTO. Paulo explica a diferença entre os cristãos e os incrédulos.
Em primeiro lugar, os cristãos têm uma forma de pensar diferente dos incrédulos. Convém observar a ênfase desta passagem sobre a mente: pensamentos (Ef 4:17), ignorância (v. 18), "aprendeste a CRISTO" (v. 20) e entendimento (v. 23). A salvação começa com o arrependimento, que é uma mudança de disposição mental. Quando a pessoa crê em CRISTO, toda a sua visão de mundo é transformada, inclusive seus valores, seus objetivos e sua forma de encarar a vida. O que há de errado com a forma de pensar do incrédulo? Seus pensamentos são fúteis ("vaidade"). Não cumprem qualquer propósito concreto. Uma vez que não conhece a DEUS, é incapaz de entender verdadeiramente a si mesmo e ao mundo que o cerca. Esse triste fato é relatado em Romanos 1:21-25. Nosso mundo de hoje possui muito conhecimento, mas pouca sabedoria. Thoreau expressou tal verdade de maneira primorosa, quando disse que temos "meios cada vez mais perfeitos para alcançar fins sempre imperfeitos".
O pensamento da pessoa incrédula é fútil porque é obscurecido. Ela se considera esclarecida por rejeitar a Bíblia e acreditar nas filosofias da moda, quando, na verdade, está em trevas. "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos" (Rm 1:22). Acreditam, de fato, que são pessoas sábias. Satanás cegou o entendimento dos incrédulos (2 Co 4:3-6), pois não deseja que vejam a verdade em JESUS CRISTO. Trata-se de uma cegueira da mente que não lhes permite pensar com clareza sobre as coisas espirituais.
É evidente que o incrédulo encontra-se morto em sua ignorância espiritual. A verdade e a vida andam juntas. Se cremos na verdade de DEUS, recebemos a vida de DEUS. Seria de se imaginar que o incrédulo fizesse de tudo para sair de uma situação espiritual tão terrível. Infelizmente, porém, encontra-se escravizado pela dureza de seu coração. Tornou-se insensível, pois se entregou ao pecado que o controla. Convém ler Romanos 1:18-32 para uma imagem mais nítida e completa desses três versículos curtos.
O cristão não pode seguir o exemplo do incrédulo, pois experimentou o milagre de ser ressuscitado dentre os mortos. Sua vida tem propósito e não é fútil. Sua mente encontra-se repleta da luz da Palavra de DEUS, e seu coração transborda com a plenitude da vida de DEUS. Ele entrega seu corpo a DEUS como instrumento de justiça (Rm 6:13) e não ao pecado nem à satisfação de sua concupiscência egoísta. Em todos os sentidos, o cristão é diferente do incrédulo, daí a admoestação: "Não mais andeis como também andam os gentios [incrédulos].

Efésios 4:17-19 - Um novo estilo de vida - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
Em Efésios 4.1-16, Paulo tratou da unidade da igreja. Nesse parágrafo, ele trata da pureza da igreja. Paulo faz o mesmo tipo de introdução nos versículos 1 e 17. A pureza é uma característica do povo de DEUS tão indispensável quanto a unidade.
Mais uma vez, faço coro ao que escreveu Warren Wiersbe ao afirmar a tríplice ênfase de Paulo no texto em apreço: admoestação, argumentação e aplicação.
Admoestação — uma clara ruptura com os velhos costumes pagãos (4.17-19)
O apóstolo começa enfatizando o fator intelectual no modo de vida das pessoas. Quando Paulo descreve os pagãos, chama a atenção para algumas coisas: 1) vaidade de seus próprios pensamentos; 2) obscurecimento de entendimento; 3) ignorância em que vivem. Suas mentes estão vazias, seus entendimentos estão obscurecidos e eles vivem na ignorância. Isso os tornou empedernidos, licenciosos e impuros. Francis Foulkes tem razão quando diz que, sem o conhecimento de DEUS, tudo, em última análise, é vaidade, pois não há qualquer sentido e propósito em nada. Pode haver muito conhecimento, mas não há luz de sabedoria na mente, pois o entendimento está obscurecido.
Depois, Paulo começa a falar sobre o caminho dos gentios. A vida cristã começa com arrependimento, que é a mudança de mente. Toda a vida da pessoa precisa mudar quando ela confia em CRISTO, incluindo seus valores, suas metas e seus conceitos da vida. A ordem de Paulo é: “Não andeis mais como andam os gentios”. Agora que você é crente, sua vida precisa ser diferente. Como é a vida dos gentios?
Primeiro, Paulo fala da vaidade de seus próprios pensamentos (4.17). “Portanto, digo e dou testemunho no Senhor que não andeis mais como andam os gentios, em pensamentos fúteis.” Os cristãos pensam de forma diferente das pessoas não salvas. O pensamento dos pagãos é um pensamento fútil, cheio de soberba e empáfia. Quem não conhece a DEUS, não conhece o mundo ao seu redor nem a si mesmo (Rm 1.21-25). Temos muita ciência e pouca sabedoria.
Segundo, Paulo fala sobre entendimento obscurecido (4.18a). “Obscurecidos no entendimento.” Os gentios pensam que eles são iluminados porque rejeitam a Bíblia e o conhecimento de DEUS e creem na última filosofia, quando, na realidade, eles estão em trevas. O apóstolo Paulo diz: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22). Mas eles pensam que são sábios. Satanás cegou a mente deles (2Co 4.3-6).
Terceiro, Paulo diz que os gentios vivem alheios à vida de DEUS (4.18b). “Separados da vida de DEUS.” Vivem sem esperança e sem DEUS no mundo. Vivem separados de DEUS. Adoram outros deuses e abandonam o DEUS vivo.
Quarto, Paulo afirma que os gentios vivem na ignorância (4.18c). “Pela ignorância [...].” Quem não conhece a DEUS é escravo da ignorância. A verdade e a vida caminham juntas. Se você crê na verdade de DEUS, então você recebe a vida de DEUS.
Quinto, Paulo trata da dureza de coração dos gentios (4.18d). “[...] e dureza do coração.” A palavra grega que Paulo usa é porosis. Póros era uma pedra mais dura do que o mármore. Essa palavra era usada na medicina para calo ou formação óssea nas juntas. Quer dizer petrificar, tornar duro e insensível. O termo chegou a ter o sentido de perda de toda capacidade sensitiva. Paulo diz que a mente deles se tornou dura como pedra, e a consciência ficou cauterizada. Nesse coração duro como pedra não há lugar para DEUS nem para os lídimos valores morais. Paulo diz que os pagãos chegam a ponto de perder a sensibilidade.
William Barclay está coberto de razão quando diz que o horrível do pecado é seu efeito petrificador. No começo, a pessoa sente vergonha ao pecar. Depois, perde o pudor, o temor e o horror. Peca sem remorso nem pesar. A consciência petrifica-se. Há uma lenda que retrata bem esse processo da petrificação. Essa lenda fala da dependência do álcool. Conta a lenda que o álcool é uma composição formada pelo sangue do pavão, do leão, do macado e do porco. Quando o homem começa a beber sente-se bonito, atraente como um pavão. Depois, sente-se forte e valente como um leão. Em seguida, começa a fazer mesuras como um macaco. Mas, no fim, chafurda na lama como um porco. Esse é o processo do pecado. O estágio final dessa escalada é a perda total da tristeza pelo pecado. A consciência está abafada, a mente cauterizada e o coração endurecido. O passo seguinte é a conduta ultrajante, sem qualquer preocupação com padrões pessoais nem sanções sociais. E a rendição desavergonhada a toda sorte de imoralidade.
Sexto, Paulo diz que os gentios entregam-se à dissolução para cometer toda sorte de impureza (4.19a). “Havendo se tornado insensíveis, entregaram-se à devassidão.” Nada os refreia de satisfazer seu desejo imundo. A dureza de coração leva, primeiro, às trevas mentais; depois, à insensibilidade da alma e, finalmente, à vida desenfreada. Devassidão ou lascívia, aqui, é a tradução da palavra grega aselgeia: disponibilidade para qualquer prazer. O homem sempre procura ocultar seu pecado, mas o que tem aselgeia em sua alma não tem cuidado o choque que seu pecado possa causar na opinião pública. Ele perde a decência e a vergonha. Tendo perdido a sensibilidade, as pessoas perdem todo o autocontrole. William Barclay diz que, em muitos aspectos, aselgeia é a palavra mais feia das que figuram na lista de pecados do Novo Testamento. Trata-se da disposição para os prazeres, disposição que não aceita qualquer forma de disciplina nem de autocontrole. É o espírito que não conhece limitações e se entrega desenfreadamente ao desvario dos desejos insensatos. Ao pé da letra, o homem que tem aselgeia é aquele que perdeu completamente a vergonha e já não se importa mais com a opinião dos outros.
Sétimo, Paulo diz que os gentios entregam-se à avidez (4.19b). “Para cometer com avidez todo tipo de impureza.” A palavra grega pleonexia quer dizer avidez arrogante ou execrável desejo de possuir. Trata-se do desejo ilícito de possuir o que pertence a outro, ou seja, o espírito pelo qual o homem está sempre disposto a sacrificar seu próximo para satisfazer seus caprichos. Pleonexia é o desejo irresistível de ter aquilo a que não se tem direito algum: sejam bens, sexo ou qualquer outra coisa. Francis Foulkes diz que pleonexia é o desejo de ter mais do que é devido, a paixão de possuir sem qualquer consideração para com o que seja justo ou para com o direito das outras pessoas.
William Barclay afirma que pleonexia, no grego clássico, tem o sentido de cobiça feroz, ou seja, o espírito do homem que emprega todos os meios possíveis para se aproveitar de seu próximo. E defraudar o outro com astúcia. É usar de esperteza para conseguir o que não é lícito? É ambição desmedida. É o maldito amor de possuir aquilo que não é legítimo. É o injusto desejo de ter tudo aquilo que não lhe pertence.
Esse é o retrato da sociedade contemporânea. Essa imagem está estampada em todos os jornais e noticiários. Vemô-la nas esquinas das ruas. Em cada canto da cidade há outdoors fazendo propaganda do pecado sem nenhum pudor. A sociedade está falida moralmente.

Efésios 4:17-19 - Comentários da Bíblia Diário Vivir
4.17 Viver na vaidade de sua mente" se refere à tendência natural e humana de pensar seus caminhos longe de DEUS. O orgulho intelectual, a racionalização e as desculpas afastam às pessoas de DEUS. Não se surpreenda se as pessoas não aceitam o evangelho. O evangelho parecerá loucura a quem abandona a fé e se apóiam em seu próprio entendimento.
4.17-24 A gente pode perceber, ver a diferença entre os cristãos e os que não o são, pela forma de viver dos primeiros. Agora vivemos como filhos da luz (5.8). Paulo diz aos efésios que devem deixar a vida passada de pecado, agora que são seguidores de CRISTO. A vida cristã é um processo. Embora tenhamos uma nova natureza, não adquirimos automaticamente todos os pensamentos e as atitudes boas quando nos convertemos em novas pessoas em CRISTO. Mas se nos mantemos atentos a DEUS, sempre estaremos melhorando. Notamos um processo de mudança para melhor em nossos pensamentos, atitudes e ações em comparação com os anos passados? Apesar de que a mudança pode ser lenta, ocorrerá se confiarmos em que DEUS. Para maiores esclarecimentos veja nossa nova natureza como crentes em Rom 6:6; Rom 8:9; Gal 5:16-26; Col 3:3-8.

Efésios 4:17-19 - Vida cristã em um mundo não cristão: Ef 4.17-5.14 - Comentário Esperança N.T Completo
a) O fundamento: revestir-se do novo ser humano: Ef 4.17-24
17 – Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 – obscurecidos de entendimento, alheios à vida de DEUS por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração; 19 – os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. 20 – Mas não foi assim que aprendestes a CRISTO, 21 – se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em JESUS: 22 – no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, 23 – e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24 – e vos revistais do novo homem, criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedentes da verdade.
17 Depois que a paraklesis (“exortação”: Ef 4.1) teve como objeto inicial a unidade da igreja e o crescimento rumo ao cabeça, a regra básica “andai de modo digno de vossa vocação!” (Ef 4.1) passa a ser relacionada, nos v. 17-24, com a conduta individual dos destinatários da carta. O trecho é subdividido em um retrospecto sobre a vida como gentios (cf. o “outrora” em Ef 2.1ss; 2.11ss) e uma recordação do começo da vida cristã, que acarreta conseqüências para o presente (v. 17-19 e 20-24).
Ao lado do “falar” Paulo coloca outro verbo que sublinha a seriedade de sua afirmação: “Isso digo e reforço, pois, no Senhor”. A palavra grega para “reforçar” (martyromai) significa originalmente “atestar”, podendo alcançar a intensidade do “jurar”. Aqui (como em 1Ts 2.12: “nós vos exortamos, consolamos e atestamos que viveis dignamente diante de DEUS…”) ela expressa uma “solicitação enfática”.
O adendo “no Senhor” de forma alguma é dispensável, pelo contrário - ele recorda o “nível” em que uma exortação assim de fato pode acontecer. A afirmação “no Senhor” demarca o ambiente em que os crentes foram colocados pelo arrependimento (1Ts 1.9s) e batismo (Rm 6.31). Por isso já nos deparamos diversas vezes nos capítulos anteriores com a menção dessa “definição de local”: “nele”, “em CRISTO”, etc. (Ef 1.4,6,7,11; 2.6; etc.). Na realidade, “no Senhor” vale de forma igual para o apóstolo e para os membros da igreja, não reservando posição de destaque frente aos demais cristãos nem mesmo ao “detentor do cargo” (cf. Gl 3.28). Contudo a vocação para ser apóstolo traz consigo a responsabilidade pelo crescimento da igreja e, por isso, também o dever da necessária exortação (cf. a identificação do remetente no começo das cartas: “apóstolo de JESUS CRISTO”; Ef 1.1; etc.).
Embora por isso Paulo, como apóstolo (e com freqüência também como seu fundador), confronte as igrejas, ele no entanto não possui outro poder senão o da palavra. Por meio dela ele os remete à origem da fé em JESUS CRISTO, ao compromisso de uma conduta “apropriada” e santa que decorre da fé e à unidade resultante da comunhão na confissão. Esse princípio que os reformadores posteriormente retrataram na fórmula non vi, sed verbo (não pela violência, mas pela palavra) marca a autoridade e a impotência do ministério apostólico e do ministério eclesiástico em geral: os irmãos cristãos são exortados”no Senhor” porque são “do Senhor” (Rm 14.8). O “sucesso” dessa exortação depende de que as respectivas pessoas ouçam e acolham essa palavra como “palavra do Senhor”, obedecendo assim não a pessoas, mas “ao Senhor”.
Paulo expressa o contrário de “andar digno da vocação por DEUS” (Ef 4.1) por meio da locução “como andam os gentios”. Por “gentios” (literalmente: “os povos”) ele entende o conjunto de todas as nações do qual somente Israel foi separado como propriedade de DEUS. Depois que a nova aliança levou também crentes gentios (Ef 2.11) a pertencerem ao povo de DEUS, o termo pode referir-se tanto à origem não judaica (p. ex., em Rm 9-11: 9.30; 11.11,25; etc.) como ao modo de vida anticristão (como no presente contexto). A mudança do “outrora” para o “agora” separa os receptores desta carta deste tipo de vida (Ef 2.3,5). Por isso “não mais” devem viver como antes.
Enquanto cristãos vivem “em uma nova vida” (Rm 6.4) “no ESPÍRITO” (Gl 5.16), “no amor” (Ef 5.2), “no Senhor” (Cl 2.6), o afastamento que os gentios experimentam em relação ao DEUS vivo repercute na conduta correspondente desenvolvida no texto subseqüente.
Ela acontece “na nulidade de seu sentido”: o veredicto do AT declara que os deuses dos gentios são “nulos” (cf. Jr 2.5; 8.19 – LXX). Apresentam fachada de realidade, mas na verdade não passam de ilusão. O mesmo vale para o NT: “Tudo o que se opõe ao Primeiro Mandamento está sujeito ao veredito ‘nulo’.” Esse direcionamento para algo que não dá sustentação acarreta conseqüências para o pensamento, a razão, o “sentido”. Isso não significa genericamente que o ser humano, p. ex., o sábio, não saiba de nada. Pelo contrário, a nulidade se comprova no fato de que a sabedoria dos sábios não conhece a DEUS (1Co 1.21).
18 A razão desse não reconhecer continua a ser desenvolvida: os gentios estão “obscurecidos em seu pensamento”. Paulo fala diversas vezes desse tipo de escuridão. Esse obscurecimento passa a condicionar também a “estranheza e inimizade no pensamento” (Cl 1.21; cf. também Ef 2.3).
É esse tipo de alienação que Paulo expressa de forma abrangente: “alienados da vida de DEUS pela ignorância que está neles, pelo endurecimento de seu coração.” Em Ef 2.12 o apóstolo já havia chamado atenção para a “alienação da comunidade de Israel”, simplesmente por não pertencerem ao povo eleito. Aqui trata-se basicamente de estar separado da “vida de DEUS”. DEUS é o Vivo (1Ts 1.9; etc.); sua vida é manifesta em seu Filho, o “Príncipe da vida” (At 3.15; cf. Jo 1.4; 1Jo 5.12). Por isso Paulo também fala da “vida de CRISTO” (2Co 4.10). Pela ligação com JESUS CRISTO o ser humano antes alienado obtém a “vida”, i. é, a “vida eterna” (Rm 6.22; etc.).
A alienação fatal possui duas causas:“ignorância” e “endurecimento do coração”.
A “ignorância” apresenta duas características: primeiramente trata-se da falta de conhecimento em relação a DEUS e sua salvação em JESUS CRISTO. Isso vale para os gentios, que por ignorância adoravam imagens de ídolos em lugar do verdadeiro DEUS (At 17.30; sobre as conseqüências, cf. 1Pe 1.14). No entanto isso igualmente diz respeito aos judeus, que em sua cegueira levaram o Messias à cruz (At 3.17). Ao mesmo tempo esse “desconhecimento” sempre é revelação de culpa pessoal: pois a criação desvendaria o conhecimento de DEUS até mesmo para o gentio se o pensamento não estivesse obscurecido. Logo a “ignorância” (Rm 1.20s) é simultaneamente destino e culpa.
Essa afirmação é reforçada pela definição “endurecimento do coração”: JESUS lamenta essa conduta entre seus ouvintes.
Por outro lado DEUS dispõe esse “endurecimento” para que a fé não surja. Conseqüentemente convergem também aqui culpa pessoal e atribuição de DEUS.
19 O relacionamento destruído com o DEUS verdadeiro, motivo pelo qual a razão foi obscurecida, acarreta as conseqüências correspondentes para a conduta: a vida nas trevas resulta em um “embotamento”, um desinteresse para com um estilo de vida que corresponda ao relacionamento da criatura com o Criador (seria uma vida “para o louvor de sua glória”: Ef 1.12; Rm 1.21). “A não receptividade para a verdade de DEUS liga-se ao embotamento do sentimento de vergonha e dor.” Visto que as linhas mestras dos mandamentos divinos são desconhecidas, o ser humano cai no “desenfreamento”. De uma forma geral isso representa a “dissolução”, a “fruição desmedida”, caracterizando aqui o modo de vida de Sodoma e Gomorra (2Pe 2.7), e o dos falsos mestres e dos que foram aliciados por eles (2Pe 2.2,18). Concretamente a expressão pode referir-se ao desregramento sexual (Rm 13.13; 2Co 12.21; Gl 5.19).
O conceito seguinte amplia o estilo de vida não divino para “toda sorte de impureza”, à qual o ser humano separado de DEUS “se entrega”. Essa conduta “forma um perfeito contraste com a santificação cristã” (Rm 6.19; 2Co 12.21; 1Ts 4.7), excluindo assim “o ser humano da comunhão com DEUS”. Por fim essa lista ainda cita a “avidez”. Originalmente o termo significa “querer mais”, ou seja, não se restringe apenas à esfera material.
O uso do termo “entregar-se” explicita o quanto estão próximos o querer pecaminoso próprio e o condicionamento pelo pecado imposto por DEUS. Enquanto as afirmações do presente trecho mostram que os gentios se entregaram “pessoalmente” a esse modo de vida com toda sorte de impurezas, Paulo também caracteriza a mesma entrega ao vício como fatalidade que DEUS infligiu aos incrédulos: Rm 1.24ss. Ali são flagrantes as múltiplas convergências com os presentes versículos: por faltar o conhecimento de DEUS e o ser humano não servir mais a DEUS, ele se torna refém do vazio, ficando à mercê unicamente de seu coração obscurecido. Conseqüentemente DEUS também os entregou às paixões que resultam disso, em todas as formas de impureza (v. 28ss).
20 Paulo contrapõe os cristãos com toda a clareza ao que foi exposto até aqui: “mas não assim vós” (cf. a semelhança lingüística com Mc 10.43). A nítida diferença em relação à vida “anterior” é evidenciada pela “renovação do coração” (cf. Ef 3.17) inclusive no tocante à vida cotidiana.
O fundamento para essa guinada radical reside em “aprender a CRISTO” (literalmente: “aprender o CRISTO”). A formulação ocorre unicamente na presente passagem e deve chamar a atenção dos destinatários da carta para duas coisas: o modo de vida mudado brota do encontro com “o CRISTO”. É a ele que os ex-gentios conheceram. Pela proclamação do evangelho DEUS fez brilhar sua luminosa luz no coração e na razão. Foram chamados para ser filhos de DEUS e receberam a “vida de DEUS” (v. 18). A esse relacionamento remodelado com DEUS foi adaptada também a conduta como “vida no ESPÍRITO/em CRISTO”.
Ao mesmo tempo Paulo também os relembra do começo de sua vida cristã, quando eles precisaram “aprender” e de fato aprenderam. Além disso, este termo peculiar deixa claro que a igreja cristã em última análise sempre “aprende” essa pessoa. Isso vale também para a transmissão de conteúdos de fé, instruções ou princípios básicos. Por exemplo, Paulo lamenta diante dos gálatas: “Quem vos fascinou, ante cujos olhos foi JESUS CRISTO exposto como crucificado?” (Gl 3.1).
21 Agora a importância dos evangelistas e pastores se torna bem visível (cf. Ef 4.11): “se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em JESUS, como é verdade em JESUS.”
Os anunciadores têm tarefas distintas. Seu “objeto” sempre é o mesmo: a pessoa de JESUS CRISTO. Em contraposição aos múltiplos e recorrentes “mitos” (2Pe 1.16), que também são introduzidos por mestres heréticos (1Tm 1.4; 4.7; 2Tm 4.4), os mensageiros do evangelho dão testemunho da “verdade em JESUS”. Aquilo que viram, ouviram e apalparam (1Jo 1.1ss) constitui o conteúdo de sua proclamação. A tradição de JESUS formava o cerne da proclamação e doutrina em todas as igrejas do primeiro cristianismo (cf. Mt 28.20; Fp 2.5ss). Assim como os evangelistas tinham como prioridade relatar com “acurada” precisão o agir e sofrimento do JESUS de Nazaré (Lc 1.3), assim Paulo transmite às igrejas o que ele mesmo recebeu: que, em cumprimento de palavras proféticas do AT, JESUS CRISTO morreu, foi sepultado e ressuscitou, e depois foi visto por um número claramente conhecido de testemunhas (1Co 15.3ss).
É essencial levar em conta que a fé cristã demanda, além do “ouvir”, o “ser instruído”. Por exemplo, os cristãos em Roma “vieram a obedecer de coração à forma (em grego: typos) de doutrina a que foram entregues” (Rm 6.17). Cumpre perseverar firme nessa doutrina (2Ts 2.15; 3.6) contra os diversos outros “ventos de doutrina” (Ef 4.14). Particularmente em vista da crescente ameaça por heresias, é justamente nas cartas pastorais que a “sã doutrina” se torna a característica principal da igreja de JESUS CRISTO (1Tm 1.10; 2Tm 4.3; Tt 1.9; 2.1).
22 O “mas não assim vós” do v. 20, a ruptura radical entre “outrora” e “agora”, traz consigo um “despir-se” e “revestir-se”: uma vez que essa ruptura foi realizada pela fé e pelo batismo, os destinatários da carta já morreram para sua vida anterior (cf. Rm 6.2), já se despiram do “velho ser humano”. Agora importa que eles “se mantenham mortos para o pecado” (Rm 6.11). Tal “atitude da fé” sempre se torna visível em determinados pontos da conduta. Por essa razão surge aqui também o verbo imperativo: “que vos dispais do velho ser humano conforme o modo de vida passado”. Adultos (cf. Ef 4.13s) estão em condições de se despir e vestir pessoalmente. Em Rm 13.12 Paulo fala de “despir-se das obras das trevas”, que são listadas em Cl 3.8: ira, rancor, maldade, maledicência, palavras obscenas. O afastamento resoluto desse tipo de atitude é possível porque uma transformação fundamental ocorreu antes: “porque vos despistes do velho ser humano com seus feitos” (Cl 3.9).
No já citado capítulo 6 de Romanos Paulo igualmente menciona o “velho ser humano” que foi crucificado com CRISTO. O “ser crucificado” servia “para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6).
Desse modo também o “velho ser humano” já foi definido de forma mais precisa – “conforme o modo de vida passado”: trata-se da existência sem DEUS (“ateísta”: Ef 2.12) fundamentada e exposta em Ef 4.17-19, da vida “segundo a carne”, no pecado.
Da salvação criada e franqueada por intermédio de JESUS CRISTO resulta um trato com o “velho ser humano” que à primeira vista parece absurdo: quando o “velho ser humano” é entregue à morte de CRISTO, crucificado e despido, DEUS ressuscita o crente para a vida nova e verdadeira. Em contraposição, quando o ser humano se apega ao “corpo do pecado”, tentando preservar seu “velho ser humano”, ele acabará reconhecendo que “será aniquilado segundo as enganosas concupiscências”.
Embora na presente passagem o assunto seja inicialmente o “aniquilamento” moral, certamente fica claro que a decadência de todo o ser humano também está sendo considerada. Por exemplo, em Rm 1.27 Paulo diz que a prática do homossexualismo como perversão da criação divina leva os envolvidos ao ponto em que “recebem em si próprios o salário de seu erro, como afinal tinha de ser”, e que “a morte é o salário do pecado” (Rm 6.23).
É digno de nota que também em 2Co 11.3 Paulo combine o “corromper-se” com o “engano”/“sedução”: fala-se da sedução de Eva pela astúcia da serpente. Da mesma maneira – é o que teme o apóstolo – os sentidos dos coríntios podem ser destruídos, afastando-se a simplicidade e pureza perante CRISTO. Em Ef 4.22, o que leva à decadência é ceder às “enganosas concupiscências”. As paixões (cf. Ef 2.3) criam a ilusão de estarem abrindo caminho para uma melhoria da “qualidade de vida”. Na verdade levam – como já por ocasião da sedução da serpente – à destruição.
23 Com a formulação “e fostes renovados no espírito do vosso entendimento” Paulo alude a Rm 12.2, onde ele fala da “transformação pela renovação do entendimento”. É interessante que aqui sejam usados dois termos diferentes para “novo”: neos e kainos. É possível que ao contraste entre o “velho” e o “novo” (kainos: Ef 4.23) ser humano se acrescente o elemento do frescor da juventude na palavra “renovar” (grego: ananeomai).
O “espírito” é o ESPÍRITO SANTO, que deve preencher e assim renovar cada vez mais o sentido, o coração e a razão do crente (Ef 5.18; 1Ts 5.19). Sua ação não deve ser obstruída (1Ts 5.19); motivo pelo qual a locução pode ser entendida como um imperativo intercalado entre a solicitação de “despir-se” e “vestir-se”.
24 Conforme Ef 2.15 o “novo ser humano” é o novo povo de DEUS formado por judeus cristãos e gentios cristãos, o corpo uno de CRISTO. No presente contexto, porém, a expressão caracteriza a “nova criação” (2Co 5.17; Ef 2.10), a “novidade de vida” (Rm 6.4). É desse novo ser humano, desta nova vida que cumpre “revestir-se”.
O binômio “despir-se” – “revestir-se”, que na presente passagem se refere à luta contra a velha vida e à concretização da nova, é usado por Paulo também com vistas à transição do corpo corruptível para o corpo incorruptível. Em 2Co 5.1ss ele expressa seu anseio pela vida junto de DEUS dizendo que deseja não que sua vida seja “despida”, mas que “seja revestida”. Isso se refere, conforme 1Co 15.51ss, à transformação dos crentes por ocasião da volta de JESUS CRISTO: não serão libertados de sua vida terrena por meio da morte; pelo contrário, “o mortal” se reveste do “imortal”.
É significativo que em Gl 3.27 Paulo fale de “revestir-se do CRISTO” no contexto do batismo: “Porque todos vós que fostes batizados em CRISTO, de CRISTO vos revestistes.” Assim fica demonstrada mais uma vez a importância decisiva que o apóstolo dá à realidade dos acontecimentos descritos por ele. Não fala de eventos que acontecem em nível mental, mas de realidades em que os crentes foram inseridos. O fato de que o termo “revestir-se” une tanto a nova vida concedida no batismo como a separação para uma nova conduta (cf. “depositar”, “morrer com”, “crucificar”) é explicitado pela formulação em Rm 13.14: “Revesti-vos do Senhor JESUS CRISTO e não cuideis do corpo de forma a vos tornardes reféns das concupiscências.”
Visto que cabe explicar a locução “revestir-se do novo ser humano” pela formulação “revestir-se do Senhor JESUS CRISTO”, essa explicação descreve igualmente o caráter do “novo ser humano”: ele é dádiva de DEUS e não resultado de esforço humano. Quando recebemos a CRISTO pela fé, revestimo-nos do novo ser humano; porque “CRISTO foi feito, da parte de DEUS, para nós… santificação e redenção” (1Co 1.30). Toda expressão visível dessa santificação, toda boa obra foi preparada previamente para nós por DEUS (Ef 2.10). Apesar disso o “novo ser humano” é ao mesmo tempo alguém com características individuais e inconfundíveis, pois cada cristão é convidado pelo mandamento de DEUS a obedecer-lhe de forma bem pessoal.
O “novo ser humano” foi “criado segundo DEUS, em verdadeira justiça e retidão”. Cl 3.10 explica: o novo ser humano é renovado “para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. A imagem de DEUS, porém, é CRISTO, que o crente (diferentemente do israelita na velha aliança: Êx 33.20) é capaz de contemplar; mais que isso: em direção da qual ele é até mesmo transformado (2Co 3.18; Rm 8.29).
Conseqüentemente, o crente é “reformulado” por CRISTO, cunhado em sua mentalidade (Fp 2.5), determinado em sua natureza.
Tal criação expressa-se “na verdadeira justiça e santidade”. Essas palavras citam as características determinantes da ação divina. A formulação comprova expressamente como Paulo interliga a ação justificadora (ao não computar o pecado no juízo final) e renovadora (ao criar nova vida por meio do ESPÍRITO SANTO) de DEUS. A presente passagem é novamente ilustrada a partir de Rm 5s: depois que o crente foi justificado por causa de CRISTO (Rm 5.18), também “deve a graça reinar por meio da justiça” (Rm 5.21). Isso acontece pelo fato de que o cristão “oferece os membros ao serviço da justiça, para que sejam santificados” (Rm 6.19). Tornou-se “servo da justiça” (Rm 6.18), determinado pela obediência à “justiça” (Rm 6.16). A “justiça” (em contraposição à “anomia”) confere, segundo 2Co 6.14, “formato à vida cristã”.

Efésios 4:17-19 - Comentário Bíblico Wesleyano - Uma chamada a partir dos princípios e práticas do Caminho Velho da Vida em Pecado ( 4: 17-24 )
Das alturas sublimes da sua contemplação da união ideal e mística no corpo de CRISTO Paulo desce para as práticas cotidianas, os problemas do pecado e da salvação, o velho e o novo homem da vida presente. Durante o resto do capítulo 4 o apóstolo apresenta em contraste corajosa e vívida as velhas e novas formas de vida, o caminho do pecado e do caminho da salvação em JESUS CRISTO. Os versículos 17-24 descrevem a velha vida de pecado e suas conseqüências, sem CRISTO, e chamado de CRISTO a partir deste caminho para o seu novo modo de vida. 
Primeiro, Paulo descreve o caráter e a conduta do pagão ou velho modo de vida (vv. 17-19 ), após a primeira alusão ao versículo 1, onde ele advertiu seus leitores "a andar de modo digno da vocação com que fostes chamados." Nenhuma menção aqui é feita a judeus, simplesmente porque os leitores de Éfeso eram gentios principalmente convertidos. Mas eles não são os gentios já designados. Eles estão agora nem judeus nem gentios. Eles são novos convertidos, vivendo uma nova vida.
(1) Os gentios pagãos eram idólatras: os gentios ... andar, na vaidade da sua mente . Paulo identifica em outros lugares os raciocínios vãos de homens com as mais grosseiras da idolatria (veja Romanos 1: 18-25. ; Atos 4:15 ). Isso é compreensível. Vanity significa vazio ou falta de sentido. A idolatria consiste em uma confusão de valores. Ele atribui valor intrínseco ao que possui apenas um valor instrumental. Confunde meios com fins, e adora o meio e não o fim para o qual parece. A proibição da idolatria constituiu o primeiro mandamento. Idolatria foi o grande pecado dos israelitas. Eles consideravam a lei de DEUS como um fim em si mesmo e não como uma directiva para DEUS. Assim eles se tornaram legalistas adoradores da lei e não de DEUS. A lei, portanto, perdeu o seu significado e eles foram deixados em vaidade ou vazio. O legalismo é também o grande pecado do Islã, como é o pecado de idolatria de muitos grupos cristãos hoje. Mas há muitas outras formas de idolatria que os pagãos antigos e modernos igualmente estão viciadas. Eles consistem de culto do prazer, riqueza, luxo, fama, sexo, o nacionalismo, o cientificismo, e uma série de outros meios que nunca pode ser legitimamente consideradas como fins em si mesmos. DEUS é o único objeto legítimo de culto do homem. Todos os outros são ídolos vãos. De toda idolatria vã esses crentes são chamados a CRISTO.
Obs. Pr Henrique - Nosso prêmio é DEUS e não coisas, ou dinheiro, ou fama, ou posição política ou social.
(2) As suas mentes foram escurecidos e sua compreensão turva porque tinham fechado o semáforo de DEUS, centrando seu olhar espiritual sobre ídolos, como Paulo escreveu aos Romanos, "o seu coração insensato se obscureceu" ( Rom. 1: 21b ) . Eles tinham virado as costas para a luz de DEUS e, assim, eles ficaram olhando para suas próprias sombras confusas .
(3) Eles se divorciaram da vida de DEUS. Uma vez que o DEUS vivo é a única fonte de vida espiritual, estes gentios em divórcio de DEUS foram "mortos em ... [seus] delitos e pecados" ( Ef. 2: 1b ). Paulo implica que esse estado de alienação de DEUS emitidos a partir de sua ignorância intencional de DEUS, por um lado (cf. Rom 1: 18-22., 28 ), e emitido em o endurecimento de seus corações, por outro. Assim, ao rejeitar a luz da verdade de DEUS, eles se isolam de DEUS com o resultado que a escuridão espiritual envolvia suas mentes e eles sofreram o endurecimento de seus corações. Tornaram-se insensível às coisas espirituais, assim como uma mão calejada profundamente ou paralisada é insensível a sensação física. Seu coração, que "na literatura clássica e bíblica é visto como a sede da vontade e compreensão, não das emoções", ficou petrificado (Gr. porosis ) e, assim, paralisado, uma palavra que, eventualmente, assumiu certos usos médicos. Ele descreve a perda de toda a capacidade para a sensação. O escritor tem visto um especialista leproso testar um suspeito leproso através da punção da pele do paciente com um pino de fora do local afetado na parte de trás, enquanto o paciente contados em cada picada de alfinete. Então, quando o médico passou sobre o rebordo da porção afectada do doente deixou de contar, mesmo que os aguilhões tenham continuado. A razão para a cessação da sua contagem foi óbvia. Como um leproso não tinha nenhuma dor era onde a doença tinha feito o seu trabalho mortal. Da mesma forma, Paulo argumenta, o pecado enfraquece as sensibilidades espirituais e torna a sua vítima, um paralítico, moral e espiritual. Este é o efeito terrível do pecado na experiência do homem. E esse efeito não é obtido em um único golpe. É antes o resultado de um processo gradual. O poeta americano e contista Edgar Allen Poe diz desta paralisia progressiva terrível causada pelo pecado em sua própria vida em três das suas obras bem conhecidas. Na primeira, William Wilson, um breve ensaio, ele descreve o início do engano e desonestidade que ele praticou como um pequeno menino de escola. Na segunda, o gato preto, sua obra-prima do horror, ele relata o progresso deste efeito de amortecimento do mal para o ponto onde ele poderia sem remorso arrancar os olhos e matar seu gato de estimação amado e heartlessly assassinar sua esposa e enterrar seu corpo atrás de uma parede do porão. Por fim, em The Raven ele infelizmente assina a desgraça de sua alma destruída nas palavras lamentáveis ​​de seu destino espiritual, "E a minha alma não se levantará, por debaixo dessa sombra no chão nunca mais, nunca mais."
(4) Eles foram entregues à impureza, se entregaram à dissolução, para trabalhar toda a imundícia com avidez . Há um duplo sentido para que chegassem a esse ponto: suas cobiças, até mesmo ao ponto de avidamente fazerem de tudo para cometerem todo tipo de impureza . Romanos 1:18-32 é um comentário detalhado vívido sobre esta passagem. A descida e degeneração moral destes gentios procede da adoração do homem para com as aves, quadrúpedes, répteis, às paixões infames, a homossexualidade, tanto feminina como masculina, ao ateísmo, e para todas as formas imagináveis ​​de maldade que chega para o indivíduo, o lar e da família, da sociedade e do Estado, e que finalmente termina com uma inversão de valores em que a sua má conduta é aceita e aprovada como conduta social (v. 32 ).
No entanto, em outro sentido "DEUS os entregou" a um pecaminoso auto-abandono. Três vezes Paulo usa esta terrível pronunciamento em Romanos 1 : "Por isso DEUS os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia" (v. 24 ;) "Pelo que DEUS os entregou a paixões infames" (v. 26 ); "DEUS os entregou a um sentimento perverso" (v. 28 ). Eles deliberadamente escolheram este curso da vida, e DEUS com tristeza, mas, em respeito pela sua liberdade moral, os abandonou. Este abandono de DEUS pode ser o maior de todos os juízos divinos sobre o homem pecador. Esta é a própria essência do inferno.
Segundo, Paulo envia a convocação para uma transformação do antigo para o novo modo de vida, em CRISTO (vv. 20-24 ).
(1) A nova forma encarna a própria vida e caráter de CRISTO (vv. 20-21 ). 
A vida cristã é mais do que um novo e mais elevado ideal moral que a vida pagã proporciona. É uma participação vital pela fé e compromisso na própria vida de CRISTO. Ele está entrando literalmente na vida de CRISTO e na vivência do poder transformador da sua ressurreição (ver Rom. 1: 14-16 ; 8:11 ; . 2 Cor 5:17 ). A vida cristã é mais do que uma aceitação dos ensinamentos de CRISTO, ou uma tentativa de avaliação do seu exemplo. É uma aceitação pela fé da Sua pessoa em nossas vidas (cf. Cl 1:27 ). Um escritor contemporâneo tem dito sobre esta nova vida em CRISTO: Não é uma imitação de CRISTO. É uma participação de CRISTO. "Porque nos tornamos participantes de CRISTO" ( Heb. 3:14 ). 
O que é impossível para mim como um imitador de CRISTO, torna-se perfeitamente Natural como participante de CRISTO. ... O Sermão do Monte é simplesmente uma declaração do seu modo de funcionamento. ... Mateus 5, 6, 7, em João 15, seria como muitos vagões de um trem sem motor, ou como uma baleia sem água, ou um pássaro sem ar. ...
Não, nós não somos chamados a imitar a CRISTO. A verdade da questão é, haveria pouca virtude afinal em que tipo de coisa ... Só podia ser, uma coisa artificial de madeira (cf. 1 Cor 13. ; Heb 3:14. ; 2 Pe. 1: 4 ) . ... O Crente é enxertado no tronco do Eterno DEUS.
Ser cristão não é simplesmente para aprender a respeito de CRISTO, mas para aprender de CRISTO, ouvir Dele e ser ensinado dentro dele, assim como a verdade está em JESUS (cf. João 14: 6 ). Nada menos do que um encontro tão pessoal com a pessoa viva do Filho de DEUS vai deixar a alma desprovida do poder divino para rejeitar o velho modo de vida e viver a vida nova.
(2) O novo caminho em CRISTO envolve tanto uma rejeição do velho como uma aceitação do novo, tanto um não como um sim (vv. 22-24 ). Esta decisão dupla é vividamente retratada pelo autor de Hebreus em sua conta da rejeição de Moisés da oferta de identificação com a realeza egípcia com todas as suas promessas, e sua escolha de identificação com o povo de DEUS. Especificamente, ele afirma: Pela fé, Moisés, quando já estava crescido, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de DEUS, do que desfrutar os prazeres do pecado por um tempo ( Hebreus 11: 24-25. ).
Da mesma forma, cada decisão positiva em favor de CRISTO e da vida nova tem como pré-requisito de uma decisão negativa em negação do antigo modo de vida. Esta é uma situação ética, e uma situação ética envolve sempre uma escolha inteligente entre alternativas de certo e errado. Assim, a exortação do Apóstolo neste momento é a escolha do crente em sua caminhada diária com CRISTO, ao invés de sua escolha inicial de CRISTO na sua salvação. É a experiência de vida cristã. Na verdade, o crente cristão sincero escolhe a CRISTO uma vez por todas, quando ele é salvo, mas a praticidade da vida cristã no mundo mal exige escolhas repetidas e continuadas, exigem meios para servir a CRISTO de modo aceitável. Esta é uma chamada para a prática na vida cristã diária, o chamado divino para a salvação que eles já aceitaram. A vida cotidiana do crente exigirá o despojar do velho homem e revestir-se do novo homem que é a comprovação da verdadeira experiência espiritual do crente em CRISTO. Paulo lembra-os de que o velho está sob a sentença de morte, que ele está se deteriorando e está condenado à destruição em razão de sua própria natureza, que se corrompe pelas concupiscências do engano . Se entregar novamente as obras do velho homem descrito anteriormente neste capítulo, é assumir novamente sua natureza carnal e pecaminosa, que é corrupta e está em processo de decadência, e deve se auto-destruir em breve. Assim, se decidir por voltar para o velho caminho será levado novamente a destruição eterna.
A decisão de se colocar a favor de decisões éticas pelas quais o crente é pessoalmente responsável, implicará em receber poder espiritual para implementar e executar essas decisões. Tudo é dado por DEUS: ser renovado no espírito de sua mente (cf. Rm 12.: 2 ). Na verdade, esta renovação interior é efetuada pelo novo homem que é colocado em CRISTO . Assim, cada vez que o crente decide a favor do novo homem o espírito deste novo homem em CRISTO flui de novo em seu ser espiritual (Cf. Rom. 13:14 ; Colossenses 3:10 ; . Ef 2:15 ). Esta é a contrapartida cristã da dependência israelita antiga sobre o fornecimento diário de maná fresco para seu sustento.
O novo homem na vida do crente é uma criação de DEUS, à semelhança de CRISTO. Assim, o crente que aceita ser este novo homem decide ser uma nova criação em semelhança e espírito de CRISTO ( 2 Cor. 5:17 ). O novo homem tem duas características. Eles são justiça e santidade na verdade . A primeira muda sua relação com CRISTO, ele é perdoado e reconciliado com DEUS em CRISTO. O segundo muda sua natureza interior purificando seus desejos e alinhando-os com a vontade de DEUS. O primeiro justifica o pecador diante de DEUS. O segundo santifica a natureza dentro do crente.

Efésios 4:17-19 - PADRÕES MORAIS - Comentários Bíblicos do EXPOSITOR
17 Portanto digo isto, e testifico no Senhor (dada a ele pelo Senhor, uma vez que diz respeito a nossa vida todos os dias), que você anda doravante não como andam os gentios (como uma ordem um de comportamento), na vaidade da sua mente (refere-se a viver na esfera do vazio, que denota uma ignorância das coisas divinas, uma cegueira moral), 18 Depois de ter o entendimento obscurecido (fala de um processo concluído no passado [a queda], mas com resultados no presente), alheios à vida de DEUS (proclama a única vida verdadeira existe) através da ignorância que há neles ( não se refere apenas ao intelecto, mas denota uma ignorância das coisas divinas), por causa da dureza do seu coração (que é uma "ignorância deliberada", que traz uma "cegueira voluntária", ou seja, "cegueira espiritual"): 19 O qual, sendo passado sentindo (insensibilidade moral, que traz cerca de desumanidade do homem para o homem) se entregaram à dissolução (a entrega total de si para mal), para trabalhar toda a impureza com ganância (a tal pessoa é ávido por um estilo de vida). 20 Mas vós não aprendestes assim a CRISTO (contrasta com os pagãos, dominado pela paixão insensíveis que só existem para satisfazer a sua natureza inferior, em outras palavras, o Senhor nos salva do pecado, não no pecado); 21 Se é certo que você já ouviu falar DElE (o ponto é: "Desde que era CRISTO que pregava"), e foram ensinados por Ele (deveria ter sido traduzida, "Nele", ou seja, "nessa esfera de CRISTO"), como esta a verdade em JESUS (a verdade não é somente "em JESUS", mas também "é JESUS" [ Jo. 14: 6 ]): 22 Que você colocar sua fé (que só pode ser feito se colocando a sua fé exclusivamente na Cruz) quanto ao procedimento anterior (quanto ao procedimento anterior modo de vida), o velho (refere-se à pessoa não salva dominado pela natureza totalmente depravada [ Rom . 6: 6 ]), que se corrompe segundo as concupiscências do engano (a pessoa não salva está sujeita a um processo contínuo de corrupção, o que se agrava com o tempo); 23 E ser renovado (um ato contínuo), no espírito de sua mente (tem a ver com a vontade humana, a mente do crente deve ser puxado de uma dependência de si mesmo para uma total dependência de CRISTO, que só pode ser feito por fazendo a Cruz, sempre a Cruz, o objeto da fé [ Rom. 12: 1-2 ]); 24 E que você colocou sobre o novo homem (nós somos um "homem novo" em virtude de ser batizados na sua morte, sepultados com ele pelo batismo na morte, todos falando da Crucificação, e ser ressuscitado com Ele em "novidade de vida "[ Rom. 6: 3-5 ]), que segundo DEUS é criado em verdadeira justiça e santidade (Isto é o que o "homem novo" deve ser, e o que ele pode ser, mas só por imputando-se a ser morto na verdade até a natureza do pecado [o que foi feito na cruz], mas vivos para DEUS em CRISTO JESUS nosso Senhor [ Rom. 6:11 ].)

Efésios 4:17-19 - Comentário Bíblico Moody
A Caminhada Diferente. 4:17-32.
As Escrituras, tanto no Velho como no Novo Testamento, enfatizam que o povo de DEUS tem de ser diferente do povo do mundo.
1) Descrição da Caminhada dos Gentios. 4:17-19.
Os gentios são "ovelhas desgarradas" (I Pe. 2:25; cons. Is. 53:1). Os crentes têm um grande e bom Pastor para seguirem.
17. Isto, portanto, digo. A caminhada cristã foi descrita de diversos modos nesta passagem. Temos aqui uma descrição negativa. Testifico. Protesto, exorto, ou imploro. Não mais andeis. Agora suas vidas têm de ser diferentes. Como andam também os outros gentios. (E.R.C.). Esse andar foi descrito em 2:2. A maior parte dos efésios tinham antecedentes gentios. Alguns manuscritos não trazem a palavra outros. Portanto, que não mais andeis como também andam os gentios. Diante de DEUS, os crentes no Senhor JESUS CRISTO já não são mais nem judeus, nem gentios (cons. I Co. 10:32). Na vaidade dos seus próprios pensamentos. A palavra que foi usada para vaidade parece significar perversidade ou depravação nesta instância.
18. Obscurecidos de entendimento. Cons. II Co. 4:4. Alheios à vida de DEUS. Cons. 2: 12. Dureza dos seus corações. Literalmente, percepção obtusa (cons. Mc. 3: 5).
19. Tornado insensíveis. Cons. I Tm. 4:2. Impureza. Não apenas indulgência com a impureza, mas também um desejo cúpido de prosseguir nela. Uma declaração pitoresca da natureza insaciável do desejo pecaminoso.
2) O Despojar do Velho e o Revestir do Novo. 4:20-24.
A Vida Cristã é comparada com o tirar de uma roupa para vestir outra. Não é uma referência à nossa posição em CRISTO, mas à nossa experiência. É possível ser um novo homem em CRISTO JESUS e continuar vivendo como o "homem velho", isto é, continuar usando a roupa do "homem velho".
20. Mas. Um contraste com o precedente. Não foi assim que aprendestes a CRISTO. Essa é a mais importante de todas as matérias que alguém pode estudar.
21. Se é que de fato o tendes ouvido, e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em JESUS. Aquilo que eles aprenderam depois de ouvirem sobre o Senhor JESUS CRISTO deveria tê-los feito melhorar suas vidas, pois cristãos devem agir como cristãos, não como os pagãos que não são cristãos.
22. Quanto ao trato passado . . . do velho homem. Isto é, a natureza adâmica, aquilo que somos em nós mesmos. Que se corrompe segundo as concupiscências do engano. As Escrituras ensinam que na velha natureza não existe nada de bom (cons. Rm. 7:18).
23. E vos renoveis. Cons. Rm. 12:2.
24. E vos revistais do novo homem. Relacionado com o precedente, o produto do novo nascimento. Com referência ao conflito entre a natureza velha e a nova, veja Rm. 7 e Gl. 5:16, 17. Segundo DEUS. De acordo com DEUS é o Criador do novo homem.
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2009,
Bíblia de Aplicação Pessoal,
Bíblia VIVA,
Bíblia Católica
Bíblia Amplificada,
Bíblia Vivir,
Bíblias diversas da The Word
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:Sociedade Bíblica do Brasil, 2006,
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm -- www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/ --
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
Tesouro de Conhecimentos Biblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro:Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008,
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001,
Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge"
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia The Word
Bíblia SWord
Dicionário Strong Hebraico e Grego
Dicioário teológico - Claudionor Correa de Andrade
Enciclopédia Ilúmina
Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell
Comentário Bíblico Wesleyano
Comentario Biblico Moody
Comentário Bíblico - John Macarthur
Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
Série Cultura Bíblica - Vários autores - Vida Nova
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
 Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD