Escrita Lição 5, A Dessacralização Da Vida No Ventre Materno, 3Tr, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 5, A Dessacralização Da Vida No Ventre Materno, 3Tr, Pr Henrique, EBD NA TV

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Em que situações é permitido no Brasil?
O aborto é permitido em três situações: anencefalia fetal, ou seja, a má formação do cérebro do feto; gravidez que coloca em risco a vida da gestante; gravidez que resulta de estupro.
Vale lembrar que a gravidez decorrente de estupro engloba todos os casos de violência sexual, ou seja, qualquer situação em que um ato sexual não foi consentido, mesmo que não ocorra agressão. Isso inclui, por exemplo, relações sexuais nas quais o parceiro retira o preservativo sem a concordância da mulher. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/06/10/entenda-o-que-e-o-aborto-legal-e-como-ele-e-feito-no-brasil.ghtml


Resumo da Lição
I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO
1. O anúncio do nascimento
2. A miraculosa concepção
3. A bênção do nascimento
II – A CULTURA DA MORTE
1. O projeto ideológico
2. O direito sobre o corpo
3. A prática do aborto
III – A SACRALIDADE DA VIDA
1. A vida é inviolável
2. O começo da vida
3. A posição cristã
 
 
TEXTO ÁUREO
“E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” (Lc 1.31)
 
VERDADE PRÁTICA
A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte infantil intrauterina
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.7 Deus é o autor supremo e fonte originária da vida
Terça - Sl 139.13-16 As Escrituras valorizam a vida desde a concepção
Quarta - Lc 1.34-36 A gravidez miraculosa da virgem Maria e da estéril Isabel
Quinta - Ef 5.28,29 A Escritura, a nutrição e o respeito pelo corpo humano
Sexta - Sl 36.9; 90.12 O princípio da sacralidade, a dignidade humana e o direito à vida
Sábado - Jr 1.5 O profeta Jeremias assevera que a vida começa na fecundação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - LUCAS 1.26-33, 39-45
26 - E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
27 - a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
28 - E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta.
30 - Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus,
31 - E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
32 - Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai,
33 - e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
39 - E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá,
40 - e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel.
41 - E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,
42 - e exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do teu ventre!
43 - E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?
44 - Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.
45 - Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas!
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA AJUDA NO ENTENDIMENTO DA LIÇÃO
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Lição 4, Ética Cristã e Aborto
2º Trimestre de 2018 - Título: Valores Cristãos - Enfrentando As Questões Morais de Nosso Tempo
Comentarista: Pr. Douglas Baptista, Lider da Assembleias de DEUS Missão em Brasília - DF
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
 
 TEXTO ÁUREO
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.”  (Sl 139.16).
 
 
VERDADE PRÁTICA
OSenhor DEUS é quem concede a vida, portanto, o direito de nascer e de viver não pode ser violado pelas ideologias humanas.
 
LEITURA  DIÁRIA
Segunda
– Gn 2.7 DEUS é quem concede a vida ao ser humano
Terça – Jr 1.5 DEUS nos conhece antes mesmo de sermos formados
Quarta – Êx 21.22-23 A lei mosaica condena a morte de uma criança no ventre da mãe
Quinta – 1 Sm 2.6 O poder da vida e a da morte são atributos exclusivamente divinos
Sexta – Êx 20.13 O sexto mandamento do Decálogo preserva a vida humana
Sábado – 1 Tm 4.1,2 As verdades bíblicas não devem ser relativizadas pela consciência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 139.1-18
1 – SENHOR, tu me sondaste e me conheces. 2 – Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. 3 – Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. 4 – Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces. 5 – Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. 6 – Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.7 – Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face? 8 – Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; 9 – se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 – até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 – Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim. 12 – Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa. 13 – Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. 14 – Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. 15 – Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. 16 – Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17 – E quão preciosos são para mim, ó DEUS, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles! 18 – Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo.
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios fundamentais da fé cristã.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expor o conceito geral e bíblico do aborto;
Afirmar que o embrião e o feto são seres humanos;
Destacar os tipos e as implicações do aborto.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Defender o direito à vida do nascituro é a prova do compromisso com a dignidade do ser humano e a sacralidade da vida. A vida é santa. É uma dádiva de DEUS. Só se pode defender o aborto quando se perde a dimensão sacra da vida e compreensão de dignidade humana inerente à sua natureza. Quando se remove o transcendente, e foca-se somente numa ética materialista, o embrião é visto apenas como um amontoado de células que pode ser desprezado por qualquer motivo. Por isso, urge por aprofundarmos a visão bíblica e sacra da vida a fim de que a cultura da morte, instaurada em nossa sociedade, seja finalmente sufocada.

PONTO CENTRAL - A dignidade humana e o direito à vida são princípios fundamentais da fé cristã.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O aborto é a interrupção, involuntária ou provocada, do embrião ou do feto.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Segundo a Bíblia, e conforme a tradição da Igreja Cristã, a vida humana se inicia na concepção.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Aborto terapêutico, aborto em caso de estupro e aborto anencéfalo são os previstos na lei brasileira.
 
PARA REFLETIR - A respeito do tema “Ética Cristã e Aborto”, responda:
O que é aborto? O aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto.
Fale sobre o conceito bíblico de aborto. Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Êx 21.22,23).
Fale sobre como o aborto era visto na História da Igreja. “O ensino dos dez apóstolos” (século I), chamado de Didaquê, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaquê 2,2).
Segundo a lição, e de acordo com a Bíblia, quando a vida começa? A Palavra de DEUS ensina que a vida inicia na fecundação (Jr 1.5).
Qual a implicação ética em relação ao aborto no caso de estupro? A questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Para os cristãos o ensino bíblico é claro: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 4, Ética Cristã e Aborto
I – ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO
1. Conceito geral de aborto.
2. O aborto no contexto legal.
3. Conceito bíblico de aborto.
4. O aborto na história da Igreja.
II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO
1. Quando começa a vida?
2. O que diz a Bíblia?
3. Qual a posição da Igreja?
III – TIPOS DE ABORTOS E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
1. Aborto de Anencéfalo.
2. Aborto em caso de estupro.
3. Aborto Terapêutico.
 
Não haverá mulher que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei. Êxodo 23:26
 
Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Êxodo 21:22 - SE HOUVESSE ABORTO E A CRIANÇA MORRESSE ERA CONSIDERADO ASSASSINATO - Mas se houver morte, então darás vida por vida, Êxodo 21:23
UMA MULHER PODERIA ABORTAR E A CRIANÇA SENDO DE OITO MESES OU PRÓXIMO, SOBREVIVER. No conhecimento atual isso não seria um aborto (medicina) seria um natimorto. Os juristas tem um pensamento diferente (aborto é assassinato).
 
 
Lições de 2002
LIÇÃO 4 - O CRISTÃO E O ABORTO - 28/07/2002
                                       
Jr 1.5 Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta. 
***Antigamente o Diabo usava espadas para matar crianças (tempo do nascimento de Moisés e de JESUS), hoje usa anticoncepcionais e outros métodos mais sofisticados, porém métodos assassinos, como o aborto.
ANTES QUE EU TE FORMASSE... TE SANTIFIQUEI. Antes de Jeremias nascer, DEUS já havia determinado que ele seria profeta. Assim como DEUS tinha um plano para a vida de Jeremias, Ele também tem um para cada pessoa. Seu alvo é que o crente viva segundo a sua vontade e deixe que Ele cumpra seu plano em sua vida. Assim como no caso de Jeremias, viver segundo o plano de DEUS pode significar sofrimento; porém DEUS sempre opera visando o melhor para nós (ver Rm 8.28).
Quantos pregadores do evangelho deixaram ou foram impedidos de nascer? Arrependei-vos, é a mensagem de DEUS.
Vejamos Gênesis 38:8-10. O Texto Sagrado declara que DEUS matou Onã. Porque? Não foi por não querer dar descendência a seu irmão--debaixo do rigor maior da Lei de Moisés a pena disso era "meramente" a humilhação pública, não a morte (Dt. 25:5-10). No tempo de Onã não existia a lei mosaica ainda. Até aí só um crime acarretava a morte, exatamente o assassínio. Sendo que a vida está na semente, quando Onã despejou a semente no chão ele matou a vida humana na semente, propositadamente--assassinou. E DEUS cobrou! Podemos acrescentar aqui Êxodo 21:22-23. Um feto também é gente, e quem provocar a morte de um feto leva a pena máxima.
 
Mãe de Sansão – Antes de receber o sêmen já estava proibida de beber vinho, pois para DEUS Sansão já existia.
E havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher era estéril e não tinha filhos.
E o Anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: Eis que, agora, és estéril e nunca tens concebido; porém conceberás e terás um filho. Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda. Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de DEUS desde o ventre e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus. Juízes 13:2-5
 
TEXTO ÁUREO: 
“Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.13,14,16).
139.13 ENTRETECESTE-ME NO VENTRE DE MINHA MÃE. DEUS rege de modo criador e ativo o desenvolvimento da vida humana. Ele pessoalmente zela pela criancinha desde o momento da sua concepção. Sua atenção por um feto compreende um plano para a sua vida. Por essa razão, DEUS tem o aborto de um nascituro como homicídio (ver Êx 21.22,23).
139.16 NO TEU LIVRO TODAS ESTAS COISAS FORAM ESCRITAS. DEUS não nos traz à esta vida sem um propósito. 
Provavelmente, a declaração sobre os dias que nos estão determinados refira-se ao nosso tempo de vida na terra, geralmente setenta ou oitenta anos (ver Sl 90.10), embora uma pessoa possa morrer antes disso (ver 55.23; Jó 22.16; Pv 10.27; Ec 7.17). 
(2) O tempo mencionado neste salmo refere-se não somente aos dias de uma pessoa, mas também ao plano de DEUS para nossa vida como um todo. No seu plano, DEUS não está querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9; cf. 1 Tm 2.4). Portanto, a intenção de DEUS é que aceitemos JESUS como nosso Senhor e Salvador e façamos a sua vontade numa vida dedicada a seu serviço.
 
VERDADE PRÁTICA:
Diante do valor da vida humana, concedida por DEUS, no ventre materno, o aborto provocado é um crime praticado contra uma vida inocente e indefesa.
 
LEITURA DIÁRIA:
Segunda Gn 2.7 DEUS soprou o fôlego da vida = E formou o SENHOR DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
ALMA VIVENTE. A outorga da vida aos seres humanos é descrita como o resultado de um ato -especial de DEUS, para distingui-la da criação de todos os demais seres vivos. DEUS comunicou de modo específico a vida e o fôlego ao primeiro homem, e assim evidenciou que a vida humana está num nível acima de todas as outras formas de vida, e que pertence a uma categoria à parte, e há uma relação ímpar entre a vida divina e a humana (1.26,27). DEUS é a fonte suprema da vida humana.
Terça Gn 9.5 DEUS requer a vida do homem = E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
QUEM DERRAMAR O SANGUE DO HOMEM, PELO HOMEM O SEU SANGUE SERÁ DERRAMADO. Por causa do apelo à violência e ao derramamento de sangue que surge no coração humano (cf. 6.11; 8.21), DEUS procurou salvaguardar a intocabilidade da vida humana, reprimindo o homicídio na sociedade. Ele assim fez, de duas maneiras: (1) Acentuou o fato de 
que o ser humano foi criado à imagem de DEUS (1.26), e assim sua vida é sagrada aos seus olhos; (2) instituiu a pena de morte, ordenando que todo homicida seja castigado com a morte (cf. Êx 21.12,14; 22.2; Nm 35.31; Dt 19.1-13; ver Rm 13.4 SANTO). A autoridade para o governo usar a espada , i.e., a pena de morte, é reafirmada no NT (At 25.11; Rm 13.4; Mt 26.52).
Quarta Jó 33.4 DEUS dá a vida = O ESPÍRITO de DEUS me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
Gn 2.7 
ALMA VIVENTE. A outorga da vida aos seres humanos é descrita como o resultado de um ato -especial de DEUS, para distingui-la da criação de todos os demais seres vivos. DEUS comunicou de modo específico a vida e o fôlego ao primeiro homem, e assim evidenciou que a vida humana está num nível acima de todas as outras formas de vida, e que pertence a uma categoria à parte, e há uma relação ímpar entre a vida divina e a humana (1.26,27). DEUS é a fonte suprema da vida humana.
Quinta Êx 20.13 Não matarás  
NÃO MATARÁS. O sexto mandamento proíbe o homicídio deliberado, intencional, ilícito. DEUS ordena a pena de morte para a violação desse mandamento (ver Gn 9.6 SANTO). O NT condena, não somente o homicídio mas também o ódio, que leva alguém a desejar a morte de outrem (1 Jo 3.15), bem como qualquer outra ação ou influência maléfica que cause a morte espiritual de alguém (ver Mt 5.22 SANTO; 18.6 SANTO).
Sexta Dt 32.39 DEUS mata e faz viver = Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão.
Os 6.1 E NOS SARARÁ. Noutro chamado ao arrependimento, Oséias garante que DEUS, embora julgue o pecado, deseja curar e restaurar o seu povo.
Sábado Mt 2.16 A matança dos inocentes = Então, Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
MANDOU MATAR TODOS OS MENINOS. Belém, com seus arrebaldes, não era grande. Provavelmente continha entre mil e dois mil habitantes; neste caso, o número de meninos mortos seria cerca de vinte.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
ÊXODO 21.22,23 = Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes. Mas, se houver morte, então, darás vida por vida,
(Comentários abaixo em o aborto na Bíblia).
JÓ 3.16 = ou, como aborto oculto, não existiria; como as crianças que nunca viram a luz.
SALMOS 139.13,14 = Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. (Comentários acima no texto áureo)
 
OBJETIVOS:
Identificar os tipos de aborto e suas implicações éticas para o cristão.
Reafirmar que o embrião, mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano, é uma pessoa em formação, em potencial. 
 
INTRODUÇÃO
Só no Brasil, a Organização Mundial de Saúde calcula que houve 10 milhões de abortos até hoje.
I. O TERMO ABORTO E A VISÃO BÍBLICA
1. Significado. 
 
2. O aborto na Bíblia. 
Êxodo 21:22 Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes.
E FOREM CAUSA DE QUE ABORTE. DEUS, além de exigir a proteção de pessoas viventes, também exigia a proteção de crianças ainda por nascer. 
(1) O versículo 21 refere-se a uma mulher dando à luz a uma criança prematura por causa de violência cometida contra a gestante. Se isso acontecesse, quem causasse o aborto tinha que pagar uma multa. 
(2) Se houvesse lesões graves na mãe ou no filho, o culpado tinha que pagar segundo a lei da retaliação. Note que se a violência causasse a morte da mãe ou do filho, o transgressor seria réu de homicídio e teria que pagar com a própria vida (v. 23). Noutras palavras, o nascituro é considerado nesse texto bíblico como um ser humano: provocar a morte desse feto é considerado assassinato. 
(3) Note que essa é a única circunstância em que a lei exige a pena de morte por homicídio acidental (Dt 19.4-10). O princípio está claro: DEUS procura proteger aqueles que têm menos condições de se protegerem (i.e., os que ainda estão por nascer).
Êxodo 23:26 Não haverá alguma que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei.
O aborto é muitas vezes considerado uma maldição.
DEUS vinculou a remoção das enfermidades entre o seu povo, à sincera devoção desse povo a Ele. Ao mesmo tempo, esse povo devia manter-se separado da impiedade ao seu redor. No entanto, não devemos partir do pressuposto de que a doença de determinado indivíduo é uma evidência certeira de que ele conformou-se ao curso iníquo deste mundo. Esse trecho, de fato, sugere que o mundanismo do povo de DEUS, como um todo, fará com que Ele retire desse mesmo povo parte da sua bênção e poder. Neste caso, até os justos entre o povo crente em geral, serão afetados (1 Co 12.26).
II. O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA 
1. A infusão da alma no ser gerado. 
Acreditamos ser na hora da concepção.
2. O exemplo de João Batista e de JESUS. 
Lc 1.15 porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do ESPÍRITO SANTO já desde o ventre de sua mãe;
Lc 1.41 Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do ESPÍRITO SANTO,
3. O embrião é uma pessoa. 
Zc 12.1 A palavra do Senhor acerca de Israel: Fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele.
III. TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO
1. Aborto natural. 
Por desnutrição alimentar ou doença da mãe, desde que não seja deliberada, não incorre em pecado.
(OUTROS CASOS: Insuficiente vitalidade do espermatozóide, afecções da placenta, infecções sangüíneas, inflamações uterinas, grave exaustão, diabetes).
2. Aborto acidental. 
um tombo, ou um susto, ou uma notícia mal dada de uma tragédia ocorrida, etc...
Não é premeditado ou planejado, portanto não há pecado ou culpa.

3. Aborto por razões eugênicas. 
O aborto eugênico pode ser requerido somente quando as indicações claras são que a vida será sub-humana, e não simplesmente porque talvez venha a ser uma pessoa deformada. Talvez o mongolismo seja um motivo justificável para o aborto, mas a talidomida não é. Mas mesmo no caso do mongolismo é uma incógnita sabermos se a pessoa que vai nascer terá possibilidades de conhecer seu salvador e servi-lo; portanto não é justificável o aborto diante de DEUS.
http://www.dietanet.hpg.ig.com.br/naborto.htm 
4. Se você conhecesse uma mulher que está na nona gravidez, dos oito filhos, três são surdos, dois são cegos, um é retardado mental, e ainda, ela tem sífilis, o marido é um alcoólatra e espanca os filhos, com grandes probabilidades de que este filho que espera seja também surdo, provavelmente setenta por cento destes filhos vão morrer antes de completarem a idade adulta; você recomendaria que ela fizesse um aborto?
                                                        A) Sim             B) Não
 
Resposta da pergunta :
Se você respondeu que sim, você acaba de matar Beethoven, o maior gênio musical da história da humanidade.
http://www.escolainternacional.com.br/Portugues/FeiraCiencias/beethoven.htm 

CONCLUSÃO:
Observações Importantes segundo meu entendimento (Pr.Luiz Henrique de Almeida Silva):
1- Todo e qualquer aborto feito pelo homem não está nos planos de DEUS e conseqüentemente trará prejuízos morais e espirituais a quem o fizer e a quem o permitir.
2- O amor pregado por JESUS não se restringe a amarmos somente os amigos, mas também aos inimigos, como é o caso de um estupro. A criança gerada não tem culpa do que ocorreu e a difícil decisão de amá-la cabe a essa mãe que precisará de fé em DEUS e espírito cristão.
3- O aborto, não sendo natural, acidental ou por causa de enfermidade, em qualquer outra circunstância é assassinato. Deve-se acreditar no poder de DEUS acima de tudo e amar.
4- Desde a fecundação do óvulo por parte do espermatozóide a vida é gerada, sendo a alma e o espírito colocados por DEUS nesta nova criatura que está em processo de formação e crescimento, portanto um ser humano gerado para viver eternamente no céu ou no inferno. Biblicamente DEUS conhece o ser humano antes mesmo de ser gerado sexualmente - veja Jó, Jeremias e Sansão.
Lc 1.15 porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do ESPÍRITO SANTO já desde o ventre de sua mãe;
Lc 1.41 Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do ESPÍRITO SANTO.
Jó 31:15 Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?
Juízes 13:4 Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida forte, ou comer coisa imunda.
Jeremias 1:5 Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.
Eclesiastes 11:5 Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de DEUS, que faz todas as coisas.
 
 
Espécies de aborto
Para os fins de interesse do direito penal, as principais espécies de aborto são o Necessário (ou Terapêutico); o Moral (Sentimental, Humanitário ou Piedoso); o Eugênico; e o Social.
O aborto Necessário ou Terapêutico é uma excludente de ilicitude prevista no art. 128, I do Código Penal, segundo o qual não se pune o aborto se não há outro meio de salvar a vida da gestante, figurante como hipótese de estado de necessidade expressamente previsto na parte especial do CP.
Já o aborto Moral (Sentimental, Humanitário ou Piedoso), também previsto no Código Penal em seu art. 128, II do CP, é aquele realizado em razão da gravidez ter sido originada de um estupro. Neste caso o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Não se exige autorização judicial.
O aborto Eugênico (ou eugenésico) é terminantemente proibido no Brasil. Trata-se de uma espécie de aborto voltada a fetos defeituosos ou de má-qualidade.
Há quem trate também do aborto Social, que é aquele realizado em razão da falta de recursos financeiros, quando a mãe não possui condições econômicas para sustentar o filho. É proibido no Brasil.
É bom lembrar que o aborto é crime previsto nos artigos 124 a 127 do Código Penal, punindo tanto a mãe que realiza do aborto quanto qualquer pessoa que realize o aborto com ou sem consentimento da gestante.
Configura lesão corporal de natureza gravíssima àquela praticada contra a pessoa grávida e que resulte em aborto. Veja que a intenção do autor não é praticar o aborto, mas lesionar, mas se o aborto ocorre ele é punido pela lesão corporal qualificada prevista no art. 129, § 2º, V, do CP, com pena cominada de reclusão de 2 a 8 anos.
Por fim, no ano de 2012, em julgamento da ADPF nº 54, o STF entendeu que não há crime nos casos de aborto de feto com anencefalia, desde que diagnosticada por dois médicos e que a gestante consinta, sendo chamado de “antecipação terapêutica da data do parto”. No ano de 2016, a 1ª Turma do STF julgou o Habeas Corpus 124.306 e entendeu que não seria crime de aborto se realizado até o primeiro trimestre da gestação. A ADPF nº 442 está em trâmite no STF e trata, justamente, da possibilidade de interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação.
https://bebendodireito.com.br/as-especies-de-aborto-e-suas-implicacoes-juridicas/
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=503580&ori=1
 
 
ESTUDOS AFINS:
UMA ÉTICA DO ABORTO 
O controle da natalidade é essencialmente uma tentativa para prevenir que mais vida ocorra. O aborto é uma tentativa de tirar uma vida depois dela ter começado a desenvolver-se, o que é uma questão muito mais séria. O controle da natalidade não é o assassinato (i.e., tirar uma vida humana), mas o que se diz acerca do aborto? É assassinato? O que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto? 
A. O Aborto É Necessariamente Assassinato pela Bíblia.
Quando, pois, um aborto natural era precipitado por uma briga, a pessoa culpada não era acusada de assassinato. SE A CRIANÇA FOSSE ABORTADA, MAS SOBREVIVESSE NÃO ERA ASSASSINATO, MAS SE MORRESSE ERA CONSIDERADO ASSASSINATO. Mas se houver morte, então darás vida por vida, Êxodo 21:23
1. Um Nenê não Nascido Não É Plenamente Humano — Conforme a lei de Moisés, matar um Nenê não nascido era considerado um delito capital.
Mais do que uma indenização - exigia-se a vida do assassino (Êx 21: 22). Aparentemente, o Nenê não nascido era considerado plenamente humano e, portanto, causar sua morte era considerado assassinato (i.e., tirar uma vida humana inocente). 
2. Um Nenê Não Nascido é para a Bíblia um  ser Humano — Um embrião é plenamente humano. Portanto não pode ser tratado como um apêndice — uma extensão descartável do corpo da mãe? Um Nenê não nascido é uma obra de DEUS que aumenta enquanto se desenvolve. O salmista escreveu: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. . . as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra" (SI 139:13-15). Esta é uma descrição poética de um embrião, parece razoável concluir que há igualdade bíblica para um Nenê não nascido e um ainda não nascido. Os dois podem tornar-se um ser humano completo.
Tanto o embrião, quanto o feto humano são potencialmente seres humanos. Beethoven e Einstein são exemplos de pessoas que nasceram contrariamkente a qualquer possibilidade de se tornarem o que se tornaram. Os dois têm a imortalidade na imagem e semelhança de DEUS. Realmente, CRISTO foi o DEUS-homem a partir da concepção por uma virgem (Lc 1:31,32).
B. O Aborto É Uma Atividade Muito Séria 
O aborto é o assassinato, portanto é uma atividade muito séria. O aborto artificial é um processo iniciado por pessoas, mediante o qual se tira uma vida humana em potencial. O aborto é uma questão muito mais séria do que o controle da natalidade, que impede uma vida humana de nascer.
1. O Aborto é um Assassinato — O Aborto é uma atividade, iniciada pelo homem, de tirar uma vida humana real. O aborto artificial é um processo iniciado pelo homem, que resulta em tirar uma vida humana em potencial. Semelhante aborto é assassinato, porque o embrião é plenamente humano — é uma pessoa em desenvolvimento. Mediante o aborto, a vida humana é destruída antes de se desenvolver plenamente.Não existe como frear uma vida antes de nascer sem se cometer um assassinato. Mas a pergunta é esta: uma vida humana deve ou pode, em qualquer ocasião, ser freada antes de realmente ter uma oportunidade para começar? 
2. O Aborto É Mais Sério do que o Controle da Natalidade — O controle da natalidade já é essencialmente errado, porque impede uma vida humana planejada por DEUS de existir. O aborto tira uma vida subdesenvolvida depois dela ter ocorrido. Visto que DEUS é o Autor da vida, é uma coisa séria esmagar uma vida que Ele permitiu iniciar-se. Mesmo tendo uma boa razão para extinguir aquilo que DEUS acendeu, não se pode  prosseguir com este assassinato. O embrião humano se desenvolverá (todas as condições sendo normais) numa pessoa imortal. Apagar aquilo que poderia tornar-se um ser humano é um ato imoral. Há implicações sérias no ato de um homem que impede um ato de DEUS, o de dar inicio a uma vida. Ao gerar filhos, os pais estão servindo como canal mediante o qual DEUS pode criar vida. É errado, naturalmente, bloquear o canal de modo que uma vida possa passar (como no controle da natalidade da raça humana). É necessariamente mau limitar a quantidade ou tipo de fluxo através do canal (como no controle da natalidade). Assim, uma vez que o fluxo da vida começou, pode ser marcantemente errado apagá-lo sem lhe dar a mínima chance de desenvolver-se. A concepção é um argumento, à primeira vista, de dar à pessoa ainda não desenvolvida uma oportunidade de desenvolver-se. Não existe dever moral superior a existência de uma vida que DEUS permitiu existir.
C. Quando o Aborto é Justificado por lei do país, não por permissão da Bíblia, como no Brasil.
O aborto não é nem o assassinato de uma pessoa humana, nem uma mera operação ou ejeção de um apêndice do corpo feminino. É uma responsabilidade séria tirar a vida de um ser humano em potencial. As únicas circunstâncias moralmente justificáveis para o aborto são aquelas em que há um principio moral superior que possa ser cumprido, ISSO SEGUNDO A LEI DE NOSSO PAÍS, NÃO SEGUNDO O QUE ENSINA A BÍBLIA.
l. O Aborto por Razões Terapêuticas — Quando é um caso nítido de, ou tirar a vida do Nenê não nascido, ou deixar a mãe morrer, exige-se o aborto, SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Uma vida real (a mãe) é de maior valor intrínseco do que uma vida potencial ( Nenê não nascido) SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. A mãe é um ser humano plenamente desenvolvido; o Nenê é um ser humano não-desenvolvido SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. E um ser humano realmente desenvolvido é melhor do que um que tem o potencial para a plena humanidade, mas ainda não se desenvolveu SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Ser plenamente humano é um valor superior à mera possibilidade de tomar-se plenamente humano SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Porque o que é tem mais valor do que o que pode ser SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Pode ser levantada aqui a questão de se alguns seres humanos em potencial são mais valiosos do que alguns seres humanos reais. O que acontece se o Nenê não nascido ficará sendo um Albert Schweitzer e a mãe é uma indigente? O que acontece se a mãe é uma meretriz e o Nenê não nascido acabará sendo um missionário? Podemos ser tentados a concordar que uma vida humana potencialmente boa é melhor do que uma vida humana realmente má, se pudéssemos ter certeza de antemão que o Nenê acabaria sendo bom. Mas isto exigiria um tipo de onisciência que somente DEUS possui. Logo, somente DEUS poderia fazer uma decisão baseada num conhecimento completo do fim ou dos resultados. Ou seja: somente DEUS poderia usar eficazmente um cálculo utilitarista.POR ISSO MESMO DEVEMOS DEIXAR NAS MÃOS DE DEUS A SOLUÇÃO. Os homens finitos devem CONFIAR EM DEUS SUAS COISAS imediatas, baseadas EM SUA FÉ EM DEUS. JESUS amava Judas ainda que soubesse que Judas se tomaria infalivelmente mau com sua traição. Uma vida humana tem valor como tal, porque é feita à imagem de DEUS — tem perfeições e poderes conforme DEUS tem, quer .sejam usados para glorificar a DEUS, quer não.TANTO a humanidade real da mãe QUANTO O potencial do Nenê não nascido SÃO IMPORTANTES.
2. O Aborto por Razões Eugênicas — O que se diz de abortos por razões eugênicas? É certo em qualquer hipótese tirar a vida de um embrião porque nascerá deformado, retardado, ou sub-humano? Neste caso, mais uma vez, é necessário proceder com cuidado. Sempre é uma coisa séria tirar a vida de um ser humano em potencial. NUNCAHAVERÁ PARA DEUS uma razão moral superior para apagar uma vida antes de desabrochar. Há várias razões eugênicas pelas quais abortos têm sido recomendados por alguns, tais como o mongolismo, outros por deformações devidas à talidomida ou drogas semelhantes, e alguns, por retardamento ou outras deformidades devidas ao sarampo, ou a outras causas. Estes são motivos legítimos para um aborto? Os cristãos diferem entre suas respostas a estas situações. No entanto, do ponto de vista da ética hierárquica o princípio básico é o seguinte: o aborto eugênico é requerido somente quando as indicações claras são que a vida será sub-humana, e não simplesmente porque talvez venha a ser uma pessoa deformada. PARA ALGUNS o mongolismo É um motivo justificável para o aborto, mas a talidomida não é. Seres humanos deformados e até mesmos seres humanos retardados ainda são humanos. Os defeitos não destroem a humanidade da pessoa. Na realidade, freqüentemente ressaltam as características verdadeiramente humanas tanto nos defeituosos quanto naqueles que trabalham com eles.
Outro fator às vezes olvidado na questão de se um embrião deve ter licença para viverr é o direito do não nascido. O feto potencialmente humano tem um direito moral à vida, mesmo que a vida venha a ser dalguma maneira defeituosa? Como é que as crianças e os adultos mutilados e retardados se sentem acerca da questão de outra pessoa decidir seu destino antes de nascerem? A resposta parece clara: uma vida humana, defeituosa ou não, vale a pena ser vivida, e qualquer pessoa que toma sobre si o resolver de antemão, em prol doutrem, que a vida deste não deve receber a oportunidade de desenvolver-se está ocupada num ato ético sério.assinato.
3. O Aborto na Concepção Sem Consentimento — Uma mãe deve ser forçada a dar à luz uma criança concebida pelo estupro? Há uma obrigação moral de gerar uma criança sem consentimento? Isto levanta a questão inteira do dever moral da maternidade. Alguém pode ser forçada a ser uma mãe contra sua vontade? Sua madre é mero utensílio para a tirania das forças externas da vida? Esta é uma pergunta delicada, mas parece que envolve uma resposta delicada. O nascimento não é moralmente necessitado sem o consentimento. Nenhuma mulher deve ser forçada a levar na madre uma criança que ela não consentiu em ter relações sexuais.13 Uma intrusão violenta na madre de uma mulher não traz consigo um direito moral de nascimento para o embrião. A mãe tem o direito de recusar que o corpo dele seja usado como objeto da intrusão sexual. A violação da sua honra e personalidade foi mal suficiente sem piorar sua triste situação ao ainda forçar sobre ela uma criança indesejada. Mas o que se diz do direito de a criança nascer a despeito do modo maligno segundo o qual foi concebida? Neste caso o direito da vida potencial (o embrião) é eclipsado pelo direito da vida real da mãe. Os direitos ávida, à saúde, e à autodeterminação — i.e., os direitos à personalidade — da mãe plenamente humana tomam precedência sobre o direito
do embrião potencialmente humano. Uma pessoa potencialmente humana não recebe um direito de nascimento mediante a violação de uma pessoa plenamente humana, a não ser que seu consentimento seja dado subseqüentemente E MESMO ASSIM SERÁ PECADO DE ASSASSINATO.
4. O Aborto na Concepção mediante o Incesto — A concepção incestuosa pode envolver o estupro e as conseqüências eugênicas e, portanto, pode providenciar uma base ainda mais firme para um aborto justificável SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Por qualquer dos motivos isoladamente, parece que nenhuma obrigação moral possa ser imposta sobre uma moça para levar a termo sua gravidez incestuosa SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Sua personalidade foi violada e a personalidade potencial do nenê não nascido pode ser seriamente danificada por defeitos eugênicos também SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Alguns males devem ser extirpados pela raiz SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. Deixar um mal desabrochar em nome de um bem em potencial (o embrião) parece um modo insuficiente de lidar com o mal, especialmente quando o bem em potencial (o embrião) pode acabar sendo outra forma do mal SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. O incesto pode ser errado nos dois lados: na concepção e nas suas conseqüências SEGUNDO AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS. PARA NÓS CRISTÃOS EM NENHUMA HIPÓTESE PODE HAVER ABORTO. ESTA CRIANÇA, SE REJEITADA PELA MÃE PODE SER CRI9ADA PELA AVÓ OU SER DOADA A OUTRA FAMÍLIA QUE NÃO TEM FILHOS, POR EXEMPLO.
D. Quando o Aborto Não É Justificável  
Agora que algumas das circunstâncias segundo as quais um aborto pode ser exigido PELAS LEIS BRASILEIRAS foram discutidas, as situações nas quais não é certo devem ser discutidas. EM NENHUMA HIPÓTESE o aborto é justificado. Somente QUEM TOMA A DECISÃO DE ASSASSINAR UMA CRIANÇA, SOB AS LEIS BRASILEIRAS, NÃO BÍBLICAS.sob a pressão de uma responsabilidade ética sobrepujante, tais como aquelas que foram discutidas supra, SERÁ CAPAZ DE TOMAR TAL ATITUDE. O aborto é errado, e a lista que se segue dá alguns exemplos específicos para ilustrar a regra de que o aborto, como tal é errado E UM PECADO CONTRA DEUS E CONTRA UMA VIDA.
1. O Aborto Não É Justificável Depois da Viabilidade — A primeira consideração a ser feita, e a mais básica, é que nenhum aborto é justificável, como tal, depois do feto se tomar viável, i.e., depois do nascimento ser possível. Nesta altura, já não seria sequer uma questão de aborto (i.e., tirar uma vida potencialmente humana) mas, sim, matar uma vida humana real. Tirar a vida de um feto viável É assassinato. Desde a concepção e no decurso das oito primeiras semanas, o não nascido é chamado um embrião. A partir deste tempo, é chamado um feto. A partir de cerca de seis meses, é possível dar à luz um Nenê que pode viver e respirar sozinho, e que pode desenvolver-se num ser humano maduro. Na realidade, desde a concepção o não nascido tem valor emergente à medida em que se desenvolve. Agora sabe-se que o não nascido recebe a totalidade da sua potencialidade genética, RNA e DNA, na ocasião da concepção. Já no fim de quatro semanas um sistema cardiovascular incipiente começa a funcionar. Com oito semanas, a atividade elétrica do cérebro pode ser lida, e a maioria das formações dos órgãos essenciais estão presentes. E dentro de dez semanas o feto é capaz de movimento espontâneo. Em muitos estados, a lei requer uma certidão de nascimento para um feto de vinte semanas. Com isso fica evidente que cada ponto de progresso realiza um valor aumentado até que, finalmente, o pleno valor humano é atingido. 
2. O Aborto Por Causa de Crianças Não Desejadas Não É Justificável — O simples fato de que uma mãe não deseja o Nenê não é motivo suficiente para apagar uma vida humana em potencial. Os caprichos ou desejos pessoais de uma mãe não tomam precedência sobre o valor do embrião ou do seu direito de viver. O princípio articulado por Fletcher na sua ética situacional de que nenhum Nenê não planejado ou não desejado deve nascer, em qualquer hipótese, está certamente errado. Entre outras coisas, se for assim, então provavelmente boa parte (senão a maioria) da raça humana nunca teria nascido. O não nascido tem um direito à vida, quer sua vida tenha sido humanamente planejada ou desejada naquela ocasião, quer não. Além disto, muitos filhos que não eram desejados inicialmente vieram a ser benquistos, ou pêlos seus pais, ou por outra pessoa. Por que a criança "não planejada" não pode receber a oportunidade de nascer e de ser amada por alguém? Além disto, a questão moral básica não tem a ver com se o Nenê foi desejado ou não, mas se foi determinado ou não. Os homens não desejam necessariamente muitas coisas que determinam. Logo, são responsáveis por estes atos. O bêbado não deseja uma ressaca, embora tenha determinado que ficaria bêbado. A indisposição de aceitar a responsabilidade moral das escolhas da pessoa não diminui a responsabilidade por elas. Noutras palavras, se alguém consentir em ter relações deve aceitar as conseqüências que advêm das relações, viz., a geração de filhos. Quando não houver consentimento às relações, como no caso do estupro, a vida de um bebê não pode ser colocada em risco, pois ela não teve culpa, conforme foi indicado supra. Mas quando alguém escolhe ter relações ou consente nelas, está implicitamente consentindo em ter filhos. Visto que o casamento é consentimento automático para ter relações sexuais (l Co 7:3ss), segue-se que os filhos concebidos são automaticamente determinados, quer sejam desejados, quer não. E visto que até mesmo o meretrício é um casamento aos olhos de DEUS (l Co 6:16), logo, os filhos que nascem da fornicação também são determinados, quer sejam desejados, quer não. Em síntese, qualquer filho nascido das relações sexuais, entre partes que consentem, é implicitamente determinado, e, como tal, tem o direito de viver. O aborto não resolve o problema dos filhos não desejados; pelo contrário, complica o problema. Dois erros não perfazem um acerto.
3. O Aborto para o Controle da População Não É Justificável — Outro abuso contemporâneo do aborto é um tipo de método de controle de natalidade "depois do fato". Em termos francos: uma vez que a concepção ocorreu, é tarde demais para resolver que não deveria ter sido feito. Há algumas decisões morais na vida que levam a uma só direção, e as ações sexuais que levam à concepção é uma delas. Quando um homem resolve pular do alto de um penhasco, é tarde demais mudar de opinião quando está no ar, a caminho para baixo. Semelhantemente, quando um homem resolve ter relações sexuais que possam resultar na procriação, é tarde demais decidir que não quer a criança depois de ter ocorrido a concepção. O ponto da moralidade estava no consentimento às relações. Tirar uma vida em potencial não é moralmente justificável, simplesmente porque a pessoa não quer sofrer as conseqüências sociais ou físicas que advém das suas próprias escolhas livres.
  4. O Aborto por causa de Deformação Prevista Não É Justificável — O argumento em prol do aborto pela razão da deformidade prevista é insuficiente. Em primeiro lugar, a porcentagem de possibilidade de deformidade não é tão alta como às vezes é antecipada. Por exemplo, quase metade dos nenês que nascem com defeitos os têm em grau menor, que não precisam de tratamento médico algum. Dos defeitos sérios, metade não se tornam aparentes a não ser depois do nascimento, o que é tarde demais para um aborto. Além disto, em cerca de metade dos casos em que as crianças nascem com defeitos sérios, o defeito pode ser corrigido ou compensado de modo satisfatório mediante operações ou ajudas artificiais. Mesmo no caso da rubéola, há uma chance de 80-85 por cento de nascer uma criança normal, se a mãe foi afetada pela enfermidade depois do primeiro mês. A segunda razão, e a mais básica, contra o aborto em razão da mera deformidade, é que uma criança deformada é plenamente humana e capaz de relacionamentos interpessoais. A deformidade normalmente não destrói a humanidade da pessoa. Logo, o aborto artificial de um feto deformado, mesmo nos poucos casos em que isto possa ser sabido com certeza de antemão, é tirar o que pode tornar-se uma vida plenamente humana. Os defeituosos são humanos e têm o direito de viver. O aborto impede de antemão este direito. 
E. Algumas Áreas Problemáticas 
Os exemplos supra de abortos justificáveis e injustificáveis não esgotam os possíveis casos problemáticos. O que se diz da mãe cuja própria saúde mental, e, como conseqüência, sua capacidade de cuidar dos seus demais filhos, é seriamente ameaçada por outra gravidez? Sem declarar os fatos específicos de um determinado caso deste tipo, bastará dizer que a decisão deve ser baseada no valor mais alto que, segundo razoavelmente se pode esperar, será realizado por um determinado curso de ação. O que deve ser prevenido é o empreendimento precipitado de um aborto com base em possibilidades alegadas, porém incertas, de conseqüências físicas e psicológicas que talvez nunca se concretizem. Outra área problemática e' se ô aborto seria aplicável no caso de uma moça jovem que ficou grávida mediante a experimentação do sexo sem entender realmente o que poderia acontecer. Se a moça foi forçada por um homem de mais idade, que sabia o que estava fazendo, trata-se de concepção pelo estupro, em nenhum caso o aborto é legítimo. Se houver consentimento, mas com ignorância das circunstâncias, neste caso é uma questão aberta que terá de ser decidida tendo em vista os valores mais altos da situação total. O aborto nunca deverá ser concebível em nenhum caso. Todos os fatos devem ser pesados na balança, e o valor superior procurado. O problema não é basicamente moral — i.e., de saber qual é o valor superior mas, sim, um problema de fatos, i.e., determinar como matéria de fato qual modo de açâo realizará estar o valor mais alto, que é sempre DEUS.
F. O Aborto Pode Ser Justificado Segundo o Princípio da Qualidade da Vida? 
As vezes é argumentado que o aborto de seres humanos imperfeitos e deformados pode ser justificado pelo motivo de que a Bíblia ressalta a qualidade da vida e não a mera quantidade. Logo, qualquer poda que seja necessária para melhorar a raça realmente está de acordo com a intenção de DEUS. Por que ter um filho deformado quando um filho sadio pode ser produzido na ocasião seguinte? E tendo em vista a crise populacional, para que trazer ao mundo crianças imperfeitas quando dificilmente há lugar para as completas? A própria natureza aborta embriões imperfeitos. Logo, quando os homens sabem que um embrião será imperfeito, não devem levar a efeito o padrão que a natureza estabeleceu? 
Há pelo menos três premissas do argumento da qualidade da vida que devem ser examinadas.
Primeira premissa, reconhecendo que a Bíblia aceita um princípio da qualidade da vida, é a qualidade da raça que deve tomar precedência sobre o indivíduo, ou o valor do indivíduo é mais importante do que o da raça? A resposta parece evidente: DEUS valoriza os indivíduos. O indivíduo foi criado à Sua imagem e semelhança (Gn 1:27). É errado matar o indivíduo porque ele é criado à Imagem de DEUS (Gn 9:6). É o indivíduo a quem DEUS ama (Mt 6:25-26) e assim por diante. Remover indivíduos imperfeitos para melhorar a raça é, segundo a Escritura, nunca justificável. Melhorar o indivíduo é bíblico, naturalmente, mas o aborto não é nenhuma maneira de melhorar um indivíduo. Ajudar os defeituosos, e não tirar sua vida de antemão, é a maneira de melhorar a qualidade da vida deles. 
A segunda premissa do argumento em prol do aborto baseado no princípio da qualidade da vida, que precisa ser examinada, é a implicação ou asseveração de que os abortos artificiais podem estar levando a efeito o próprio padrão que DEUS ordenou nos abortos naturais. Há alguns problemas sérios com este argumento. Primeiramente, toma por certo que DEUS não está causando um número suficiente de abortos, i.e., que a natureza não está, realmente, levando a efeito a intenção de DEUS. Em segundo lugar, que DEUS não tem propósito algum em permitir que nasçam alguns seres imperfeitos. Isto é claramente contrário à Escritura (cf. 9: 1-2). Em terceiro lugar, dá a entender que o homem é capaz de desempenhar o papel de DEUS, porque pode fazer um serviço melhor do que a natureza e até adivinhar de antemão os propósitos providenciais de DEUS. Na melhor das hipóteses, a premissa inteira depende dalgumas pressuposições amplas. Na realidade, não há indicação na Escritura de que o domínio do homem sobre a terra inclua a autoridade para decidir quais seres humanos devem nascer e quais não devem. Somente DEUS detém poder soberano sobre a vida e a morte, e não o outorgou ao homem.
Isto nos leva ao terceiro problema no argumento em prol do aborto baseado na qualidade da vida e no padrão da natureza, que é o seguinte: quanta autoridade o homem tem para desempenhar o papel de DEUS? O homem foi feito à imagem de DEUS, mas não é DEUS. É limitado nos conhecimentos e na previsão. Mas o argumento em prol do aborto, segundo o plano da natureza, pressupõe que o conhecimento do homem é mais do que finito. Um ser humano pode saber melhor do que a natureza qual é o plano de DEUS para uma vida individual, especialmente tendo em vista o fato de que DEUS tem um plano e propósito mesmo para vidas imperfeitas? Parece que não. Já é um papel bastante difícil aplicar os princípios hierárquicos que DEUS revelou, sem pensar em tentar determinar valores que somente DEUS pode estabelecer. Aplicar os valores de DEUS é uma coisa; brincar com os valores de DEUS é outra coisa bem diferente. DEUS deu Sua valorização á vida humana individual, perfeita ou não. É uma operação moral séria mexer indevidamente com uma vida individual. Quando a vida é sub-humana ou quando destruirá outra vida, plenamente humana, esta é outra questão. Mas quando a pergunta é meramente: esta vida imperfeita, potencialmente humana, deve ser tirada pelo aborto artificial, sem semelhante justificativa ética superior? então o aborto foi levado além dos limites da moralidade. 
 
CRÍTICA DO Pr. HENRIQUE DO Livro Ética Cristã - Norman L. Geisler - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - Caixa Postal 21486 São Paulo - SP - MUDEI TODOS OS ERROS DOUTRINÁRIOS QUE HAVIA NO LIVRO, OBEDECENDO AOS ENSINOS CONTIDOS NA PALAVRA DE DEUS.
NÃO AO ABORTO - ABORTO É ASSASSINATO EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA
                                                              
Questionário cedido por Pr.Alexandre Sancho Questionário 04–LIÇÃO 04  –  O Cristão e o Aborto   
Aluno: __________________________________________________   Nota: _________
  Responda as perguntas abaixo:
1.  O que você acha do aborto provocado?
Resposta: ___________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
               ___________________________________________________________________
    2. Você acha que há motivo justificável, à luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado?
Resposta: ___________________________________________________________
            _______________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
               __________________________________________________________________
 
3.    Você acha que o embrião pode ser considerado subumano? Explique:   
Resposta: ___________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
        ______________________________________________________________________
 
4. Quem pode tirar a vida? Justifique a resposta:
Resposta: ___________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
            ___________________________________________________________________
        ______________________________________________________________________
 
 
 Marque com um (X) a ÚNICA resposta correta:
  5.  Acredita que DEUS escolhe pessoas desde o ventre da mãe?
            (   ) Não, a Bíblia não diz que DEUS escolhe pessoas desde o ventre
            (   ) Sim, a Bíblia diz  que  DEUS  escolhe  pessoas  desde  o  ventre
            (   ) Não, a Bíblia  diz  que  DEUS  escolhe  pessoas  fora  do ventre
6.  São tipos de aborto descritos na lição:
            (   ) Natural, acidental e por razões  eugênicas
            (   ) Normal, acidental e por razões higiênicas
            (   ) Natural, ocasional e por razões eugênicas
7.   Quando o ser humano, no útero, passa a ter alma e espírito?        
            (   ) Desde a concepção conforme Zc 12.1a
            (   ) Desde a concepção conforme Zc 1.12b
            (   ) Desde a concepção conforme Zc 12.1b 
8.    São causas que implicam no aborto natural:
            (   ) Insuficiente vitalidade do espermatozóide, afecções da placenta
            (   ) Infecções sanguíneas, inflamações uterinas, diabetes, grave exaustão
            (   ) Todas as afirmativas acima
  9.    Como se posiciona o cristão diante do aborto chamado natural?
            (   ) Não há incriminação bíblica quanto a esse caso
            (   ) Há  incriminação  bíblica  quanto  a  esse   caso
            (   ) Esse caso  é  pecado,  portanto  há  condenação
 10.   Qual a penalidade para quem ferisse uma mulher grávida no Antigo Testamento?
             (   ) O causador do aborto teria que pagar com  sua  prisão
             (   ) O causador do aborto teria que pagar uma indenização
             (   ) O causador  do  aborto  teria  que  pagar  com  açoites
 
 
para responder o questionário veja lição na íntegra abaixo
 
  Síntese Textual  - A vida foi criada por DEUS. Ela foi dada por DEUS. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que DEUS escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de DEUS. Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” (Sl 139.13,14)   JESUS é o Senhor !  
 
 
 
 
SUBSÍDIO LEXOGRÁFICO TOP1
“Feiticídio. O aborto é conhecido também como feiticídio, definido por Houais como o ‘crime no qual, através do aborto provocado, ocorre a morte do feto que se presume com a vida’. Se nos dermos ao trabalho de examinar a etimologia do vocábulo ‘feto’, constataremos que o aborto é um crime não somente hediondo, mas tremendamente covarde.
No latim, a palavra fetus significa pequenino. O Dicionário Latino-Português de F. R. dos Santos Saraiva define a palavra simplesmente como filho no ventre. O teólogo americano Willian Lane Craig aprofunda-se no significado do termo: ‘Assim, como eu digo, parece virtualmente inegável que o feto – que é apenas a palavra latina referente a ‘pequenino’ − é um ser humano nos primeiros estágios do seu desenvolvimento. Seja um ‘pequeno’, um recém-nascido, um adolescente ou um adulto, ele é, em cada período, um ser humano nos diferentes estágios do seu desenvolvimento’.” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.53,54).

SUBSÍDIO DIDÁTICO TOP2
Caro professor, professora, é importante que você informe aos alunos sobre um documento importante de nossa denominação no Brasil: Carta de Brasília. O documento foi promulgado no dia 12 de abril por ocasião do encerramento da 41ª Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil, e traz uma série de questões polêmicas respondidas pela denominação. Este é o trecho do documento que abordou o aborto: “O anteprojeto do Novo Código Penal Brasileiro prevê a descriminalização do aborto, banalizando a destruição de seres humanos no ventre materno. É uma terrível agressão ao direito natural à vida. Esse anteprojeto prevê, em seu Artigo 128: Não há crime de aborto (...) até a 12ª semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade. O documento conclui a posição das Assembleias de DEUS, sem deixar qualquer margem à dúvida: A CGADB é contrária a essa medida, por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno, em qualquer fase da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida. A Palavra de DEUS diz: ... e não matarás o inocente (Êx 23.7)” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.59).
 
CONHEÇA MAIS TOP2
*A vida começa na concepção
“A Bíblia nos informa sobre a origem da vida. Diz o Gênesis: ‘E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente’ (Gn 2.7). Depois que o homem estava formado, pelo processo especial da combinação das substâncias que há na terra, o Criador lhe soprou o fôlego da vida, dando início, assim, à vida humana. Entendemos, com base nesse fato, que, cada ser que é formado, a partir da fecundação, o sopro de vida lhe é assegurado pela lei biológica estabelecida por DEUS.” Para conhecer mais leia “Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo”, CPAD, p.44
 
SUBSÍDIO ÉTICO-TEOLÓGICO TOP3
“Em face dos avanços médicos e científicos, a igreja posiciona-se favoravelmente às técnicas reprodutivas que não atentam contra a pureza da relação sexual monogâmica, desde que a fertilização (processo no qual tem início a vida humana) ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas utilizados pertençam ao próprio casal. As técnicas em que a fertilização ocorre fora do corpo da mulher, com a respectiva manipulação do embrião, são condenáveis por desrespeitarem o processo de fecundação natural que deve ocorrer no interior do ventre materno. Além de esses procedimentos exporem os embriões ao risco de serem descartados, criopreservados ou utilizados em experimentos, podem possibilitar a comercialização de corpos e de almas, atitude essa escatologicamente prevista e condenada nas Escrituras. Condenamos as técnicas reprodutivas que requerem o descarte de embriões e doação. Rejeitamos a maternidade de substituição, mediante a qual se doa temporariamente o útero, por ferir a pureza monogâmica. Não admitimos a reprodução post-mortem em virtude de cessação do vínculo matrimonial: ‘A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor’” (Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.206)
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 74, p38

 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Ética Cristã - Norman Geisler - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - Caixa Postal 21266, São Paulo-SP 04602-970
Ética - Pr. Humberto Schimitt Vieira - MANUAL DE ETICA MINISTERIAL - Cantares - Gravadora e Editora - www.gravadoracantares.com.br
ÉTICA E O MELHOR NEGOCIO - Por John Maxwell
Ética ministerial - Jânio Santos de Oliveira - Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de DEUS Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro - janio-construcaocivil.blogspot.com
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 2002 - 3º Trimestre - Ética Cristã - Pr. Elinaldo Renovato de Lima
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
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Original na íntegra
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2018
Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo
Comentarista: Douglas Baptista - Lição 4: Ética Cristã e aborto
Data: 22 de Abril de 2018
 
 
TEXTO ÁUREO
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16).
 
VERDADE PRÁTICA
 
O Senhor DEUS é quem concede a vida, portanto, o direito de nascer e de viver não pode ser violado pelas ideologias humanas.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 2.7 DEUS é quem concede a vida ao ser humano
Terça — Jr 1.5 DEUS nos conhece antes mesmo de sermos formados
Quarta — Êx 21.22,23 A lei mosaica condena a morte de uma criança no ventre da mãe
Quinta — 1Sm 2.6 O poder da vida e a da morte são atributos exclusivamente divinos
Sexta — Êx 20.13 O sexto mandamento do Decálogo preserva a vida humana
Sábado — 1Tm 4.1,2 As verdades bíblicas não devem ser relativizadas pela consciência
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 139.1-18.
1 — SENHOR, tu me sondaste e me conheces.
2 — Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3 — Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4 — Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces.
5 — Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão.
6 — Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.
7 — Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face?
8 — Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também;
9 — se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 — até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11 — Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.
12 — Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
13 — Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 — Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15 — Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16 — Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17 — E quão preciosos são para mim, ó DEUS, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!
18 — Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo.
 
HINOS SUGERIDOS - 141, 183 e 400 da Harpa Cristã.
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios fundamentais da fé cristã.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Expor o conceito geral e bíblico do aborto;
II. Afirmar que o embrião e o feto são seres humanos;
III. Destacar os tipos e as implicações do aborto.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Defender o direito à vida do nascituro é a prova do compromisso com a dignidade do ser humano e a sacralidade da vida. A vida é santa, É uma dádiva de DEUS. Só se pode defender o aborto quando se perde a dimensão sacra da vida e compreensão de dignidade humana inerente à sua natureza. Quando se remove o transcendente, e foca-se somente numa ética materialista, o embrião é visto apenas como um amontoado de células que pode ser desprezado por qualquer motivo. Por isso, urge por aprofundarmos a visão bíblica e sacra da vida afim de que a cultura da morte, instaurada em nossa sociedade, seja finalmente sufocada.
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O tema do aborto implica agressão à dignidade humana e a inviolabilidade do direito à vida. Em nossos dias, muitos segmentos da sociedade se mostram favoráveis ou simpatizantes à prática do aborto. Acerca do assunto a Bíblia assegura que DEUS é o autor e a fonte da vida (Gn 2.7; Jó 12.10), e somente Ele tem poder sobre a vida e a morte (1Sm 2.6). Nesta lição, abordaremos o conceito de aborto, o embrião e o feto como seres humanos, os tipos de aborto e suas implicações éticas.
 
 
PONTO CENTRAL
A dignidade humana e o direito à vida são princípios fundamentais da fé cristã.
 
 
I. ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO
1. Conceito geral de aborto. A palavra “aborto” é formada por dois vocábulos latinos: “ ab ” (privação) e “ ortus ” (nascimento), que juntos significam a “privação do nascimento”. O substantivo “aborto” é derivado do verbo latino “ aborior ” (falecer ou sumir), expressão que indica o contrário de “ orior ” (nascer ou aparecer). Assim, conceitualmente, o aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto. Esta interrupção pode ser involuntária ou provocada.
2. O aborto no contento legal. O código de Hamurabi (1810-1750 a.C.) condenava o aborto. No código de Napoleão (1769-1821) era crime hediondo. No Código Criminal do Império no Brasil (1830) era proibido. Hoje, a Legislação brasileira permite apenas nos casos de risco de morte à mulher, estupro e anencefalia. Nos demais casos o aborto ainda é crime (Art. 124, CP). No entanto, no Congresso Nacional, Projetos de Lei tramitam com a proposta de Legalizá-lo em qualquer caso.
3. Conceito bíblico de aborto. Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Êx 21.22-23). No sexto mandamento, o homem foi proibido de matar (Êx 20.13), que significa literalmente “não assassinar”. Os intérpretes do Decálogo concordam que o aborto está incluso neste mandamento. Assim, quem mata o embrião, ou o feto, peca contra DEUS e contra o próximo.
4. O aborto na história da Igreja. “O ensino dos dez apóstolos” (século I), chamado de Didaquê, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaquê 2,2). O apologista Tertuliano (150-220) ensinou que a morte de um embrião tem a mesma gravidade do assassinato de uma pessoa já nascida e que impedir o nascimento é um homicídio antecipado. O polemista Agostinho (354-430) e o teólogo Tomás de Aquino (1225-1274) consideravam pecado grave interromper a gestação e o desenvolvimento da vida humana.
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I) - O aborto é a interrupção, involuntária ou provocada, do embrião ou do feto.
 
SUBSÍDIO LEXOGRÁFICO
“Feiticídio. O aborto é conhecido também como feiticídio, definido por Houaiss como o ‘crime no qual, através do aborto provocado, ocorre a morte do feto que se presume com a vida’. Se nos dermos ao trabalho de examinar a etimologia do vocábulo ‘feto’, constataremos que o aborto é um crime não somente hediondo, mas tremendamente covarde.
No latim, a palavra fetus significa pequenino. O Dicionário Latino-Português de F. R. dos Santos Saraiva define a palavra simplesmente como filho no ventre. O teólogo americano Willian Lane Craig aprofunda-se no significado do termo: ‘Assim, como eu digo, parece virtualmente inegável que o feto — que é apenas a palavra Latina referente a ‘pequenino’ — é um ser humano nos primeiros estágios do seu desenvolvimento. Seja um ‘pequeno’, um recém-nascido, um adolescente ou um adulto, ele é, em cada período, um ser humano nos diferentes estágios do seu desenvolvimento” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.53,54).
 
II. O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO
Fecundação, embrião e feto são os nomes das três etapas da gestação.
1. Quando começa a vida? Muitos cientistas concordam que a vida tem início na fecundação, quando o espermatozoide e o óvulo se fundem gerando uma nova célula chamada “zigoto”. Outros defendem que a vida inicia com a fixação do óvulo fecundado no útero, onde recebe o nome de embrião — período entre o 7° e o 10° dia de gestação. Outros apontam o começo da vida por volta do 14° dia quando ocorre a formação do sistema nervoso. Tem ainda os que indicam o começo da vida quando o feto tem condições de se desenvolver fora do útero por volta da 25a semana de gestação. E também os que defendem a ideia de que a vida só se inicia por ocasião do nascimento do bebê.
2. O que diz a Bíblia? Como as respostas humanas têm sido controversas, o cristão deve buscar a verdade na revelação divina. A Palavra de DEUS ensina que a vida inicia na fecundação (Jr 1.5). O rei Davi descreve sua existência como ser vivo desde o início da concepção: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16). Por conseguinte, de acordo com as Escrituras, a vida começa quando ocorre a união do gameta masculino ao feminino. Esta nova célula é um ser humano e possui identidade própria.
3. Qual a posição da Igreja? Apoiada nas Escrituras, a Igreja de CRISTO defende a dignidade humana desde a concepção. Ensina que a vida humana é sagrada e não pode ser violada pelo homem (1Sm 2.6). Que toda ideologia que seculariza os princípios bíblicos deve ser combatida (2Tm 3.8). Sabiamente, a posição oficial das Assembleias de DEUS no Brasil foi assim exarada: “A CGADB [Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil] é contrária a essa medida [aborto], por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno, em qualquer fase da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida” (Carta de Brasília, 41ª AGO, 2013).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Segundo a Bíblia, e conforme a tradição da Igreja Cristã, a vida humana se inicia na concepção.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Caro professor, professora, é importante que você informe aos alunos sobre um documento importante de nossa denominação no Brasil: Carta de Brasília. O documento foi promulgado no dia 12 de abril por ocasião do encerramento da 41ª Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil, e traz uma série de questões polêmicas respondidas pela denominação. Este é o trecho do documento que abordou o aborto: O anteprojeto do Novo Código Penal Brasileiro prevê a descriminalização do aborto, banalizando a destruição de seres humanos no ventre materno. É uma terrível agressão ao direito natural à vida. Esse anteprojeto prevê, em seu Artigo 128: Não há crime de aborto [.] até a 12ª semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade. O documento conclui a posição das Assembleias de DEUS, sem deixar qualquer margem à dúvida: A CGADB é contrária a essa medida, por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno, em qualquer da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida. A Palavra de DEUS diz:. e não matarás o inocente (Êx 23.7)” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, p.59).
 
CONHEÇA MAIS
A vida começa na concepção
“A Bíblia nos informa sobre a origem da vida. Diz o Gênesis: ‘E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente’ (Gn 2.7). Depois que o homem estava formado, pelo processo especial da combinação das substâncias que há na terra, o Criador lhe soprou o fôlego da vida, dando início, assim, à vida humana. Entendemos, com base nesse fato, que, cada ser que é formado, a partir da fecundação, o sopro de vida lhe é assegurado pela lei biológica estabelecida por DEUS”. Para conhecer mais leia Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais de Nosso Tempo, CPAD, p.44.
 
III. TIPOS DE ABORTOS E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
A legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez em três casos somente. Neste tópico apresentamos as principais implicações éticas para estes tipos de aborto.
1. Aborto de Anencéfalo. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez de feto anencéfalo (má-formação rara do tubo neural). A principal implicação ética desta decisão está no descarte de um ser humano por apresentar uma má formação cerebral. Trata-se de uma ideologia racista chamada “eugenia” que defende a sobrevivência apenas dos seres saudáveis e fortes. Uma nítida incoerência de quem defende os direitos humanos e ao mesmo tempo age de modo discriminatório. Neste quesito enfatizam as Escrituras: para com DEUS, não há acepção de pessoas (Rm 2.11).
2. Aborto em caso de estupro. Como não é necessária a comprovação do crime de estupro e nem autorização judicial para o aborto, a lei é permissiva e complacente com a interrupção da gravidez sob a alegação de estupro sem que ele tenha ocorrido. Assim, discute-se a inviolabilidade do direito à vida do nascituro (Art. 5°, CF e Art. 2° do CC). Outra questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Para os cristãos o ensino bíblico é claro: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
3. Aborto Terapêutico. Procura-se justificar clinicamente esta ação sob a alegação de que a vida de um adulto tem maior valor que a de um ser em gestação. Daí surge questões éticas quanto à valoração da vida humana. Uma pessoa merece viver e outra não? Tertuliano, em sua obra Apologeticum (197), ensinava que não existe diferença entre uma pessoa que já tenha nascido e um ser em gestação. Outra questão é acerca do poder sobre a existência. Podemos decidir quem deve viver ou morrer? Não afirmam as Escrituras que a vida e a morte são, unicamente, da alçada divina? (1Sm 2.6; Fp 1.21-24). Neste caso específico, ajamos com sabedoria, prudência e critério, nunca nos esquecendo da sacralidade da vida humana.
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Aborto terapêutico, aborto em caso de estupro e aborto anencéfalo são os previstos na lei brasileira.
 
SUBSÍDIO ÉTICO-TEOLÓGICO
“Em face dos avanços médicos e científicos, a igreja posiciona-se favoravelmente às técnicas reprodutivas que não atentam contra a pureza da relação sexual monogâmica, desde que a fertilização (processo no qual tem início a vida humana) ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas utilizados pertençam ao próprio casal. As técnicas em que a fertilização ocorre fora do corpo da mulher, com a respectiva manipulação do embrião, são condenáveis por desrespeitarem o processo de fecundação natural que deve ocorrer no interior do ventre materno. Além de esses procedimentos exporem os embriões ao risco de serem descartados, criopreservados ou utilizados em experimentos, podem possibilitar a comercialização de corpos e de almas, atitude essa escatologicamente prevista e condenada nas Escrituras. Condenamos as técnicas reprodutivas que requerem o descarte de embriões e doação. Rejeitamos a maternidade de substituição, mediante a qual se doa temporariamente o útero, por ferir a pureza monogâmica. Não admitimos a reprodução post-mortem em virtude de cessação do vínculo matrimonial: ‘A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor’” (Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. RJ: CPAD, 2017, p.206).
  
CONCLUSÃO
A valorização da dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios e doutrinas imutáveis do Cristianismo. Em uma sociedade secularizada o cristão precisa tomar cuidado com relativismo e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana (1Tm 4.1,2).
 
PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Aborto”, responda:
O que é aborto?
O aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto.
Fale sobre o conceito bíblico de aborto.
Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Êx 21.22,23).
Fale sobre como o aborto era visto na História da Igreja.
“O ensino dos dez apóstolos” (século I), chamado de Didaqué, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaqué 2,2).
Segundo a lição, e de acordo com a Bíblia, quando a vida começa?
A Palavra de DEUS ensina que a vida inicia na fecundação (Jr 1.5).
Qual a implicação ética em relação ao aborto no caso de estupro?
A questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Para os cristãos o ensino bíblico é claro: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Ética Cristã e o aborto
Neste domingo estudaremos sobre um assunto dramático: o aborto. Um tema grave que infelizmente foi sequestrado por uma agenda política irresponsável. A questão do aborto não é meramente em relação ao corpo da mulher (do contrário o ser humano estaria voltado para si somente num profundo egoísmo), mas da vida de um casal, homem e mulher, que teve um filho. Muitas vezes o aborto é incentivado pela parte masculina; outras, até mesmo por pessoas que têm uma posição social importante e sentem-se ameaçadas por algum escândalo. Veja que o caso é mais sério do que pensamos.
Quando falamos de alguém, principalmente, o homem, que não tem a coragem de assumir a responsabilidade da paternidade, e expressa pressões contra a mulher para “tirar a criança”, trata-se de um quadro em que não há mais o temor de DEUS. A pessoa que não tem a sensibilidade com o sofrimento feminino diante de uma gestação complexa, que em condição de normalidade já requer cuidados, perdeu de vista o que significa Evangelho. Então, qualquer tentativa de apelo para retroceder parece vã.
 
Exponha o conceito
Por isso, professor(a), tenha em mente, e procure dividir isso com a turma, a dramaticidade do assunto. Muitas vezes estamos acostumados a debater um tema desassociado com a realidade dos fatos. Procure sentir a dor de quem está enfrentando esse contexto completamente adverso. Então, exponha o conceito de aborto conforme a lição, passando pelo conceito bíblico e pela riqueza da história da Igreja a fim de mostrar que a Igreja de CRISTO sempre trouxe ao longo da história um compromisso visceral com a vida. Procure mostrar que a posição da Igreja de CRISTO contra o aborto é contra a morte, contra o atentado à vida; mas carregado de um pleno compromisso com a mãe que sofre, a família que chora e a criança que vem. É um compromisso de amor!
Não é verdade que quando nos posicionamos contra o aborto estamos nos colocando contra a mulher, pelo contrário, estamos no posicionando a favor da vida e da beleza e a alegria da maternidade. Ninguém tem o direito de promover a cultura da morte, do extermínio da vida. Muito menos isso pode ser promovido pelo Estado. Por isso, a Igreja sempre está na contramão do mundo: se eles promovem a cultura da morte, nós temos o dever de promover a cultura da vida. Boa aula!
 
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Revista 2018 na íntegra
 
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2018
Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo
Comentarista: Douglas Baptista - Lição 4: Ética Cristã e aborto
Data: 22 de Abril de 2018
 
 
TEXTO ÁUREO
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16).
 
VERDADE PRÁTICA
 
O Senhor Deus é quem concede a vida, portanto, o direito de nascer e de viver não pode ser violado pelas ideologias humanas.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 2.7 Deus é quem concede a vida ao ser humano
Terça — Jr 1.5 Deus nos conhece antes mesmo de sermos formados
Quarta — Êx 21.22,23 A lei mosaica condena a morte de uma criança no ventre da mãe
Quinta — 1Sm 2.6 O poder da vida e a da morte são atributos exclusivamente divinos
Sexta — Êx 20.13 O sexto mandamento do Decálogo preserva a vida humana
Sábado — 1Tm 4.1,2 As verdades bíblicas não devem ser relativizadas pela consciência
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 139.1-18.
1 — SENHOR, tu me sondaste e me conheces.
2 — Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3 — Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4 — Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces.
5 — Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão.
6 — Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.
7 — Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face?
8 — Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também;
9 — se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 — até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11 — Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.
12 — Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
13 — Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 — Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15 — Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16 — Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17 — E quão preciosos são para mim, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!
18 — Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo.
 
HINOS SUGERIDOS - 141, 183 e 400 da Harpa Cristã.
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios fundamentais da fé cristã.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Expor o conceito geral e bíblico do aborto;
II. Afirmar que o embrião e o feto são seres humanos;
III. Destacar os tipos e as implicações do aborto.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Defender o direito à vida do nascituro é a prova do compromisso com a dignidade do ser humano e a sacralidade da vida. A vida é santa, É uma dádiva de Deus. Só se pode defender o aborto quando se perde a dimensão sacra da vida e compreensão de dignidade humana inerente à sua natureza. Quando se remove o transcendente, e foca-se somente numa ética materialista, o embrião é visto apenas como um amontoado de células que pode ser desprezado por qualquer motivo. Por isso, urge por aprofundarmos a visão bíblica e sacra da vida afim de que a cultura da morte, instaurada em nossa sociedade, seja finalmente sufocada.
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O tema do aborto implica agressão à dignidade humana e a inviolabilidade do direito à vida. Em nossos dias, muitos segmentos da sociedade se mostram favoráveis ou simpatizantes à prática do aborto. Acerca do assunto a Bíblia assegura que Deus é o autor e a fonte da vida (Gn 2.7; Jó 12.10), e somente Ele tem poder sobre a vida e a morte (1Sm 2.6). Nesta lição, abordaremos o conceito de aborto, o embrião e o feto como seres humanos, os tipos de aborto e suas implicações éticas.
 
 
PONTO CENTRAL
A dignidade humana e o direito à vida são princípios fundamentais da fé cristã.
 
 
I. ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO
1. Conceito geral de aborto. A palavra “aborto” é formada por dois vocábulos latinos: “ ab ” (privação) e “ ortus ” (nascimento), que juntos significam a “privação do nascimento”. O substantivo “aborto” é derivado do verbo latino “ aborior ” (falecer ou sumir), expressão que indica o contrário de “ orior ” (nascer ou aparecer). Assim, conceitualmente, o aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto. Esta interrupção pode ser involuntária ou provocada.
2. O aborto no contento legal. O código de Hamurabi (1810-1750 a.C.) condenava o aborto. No código de Napoleão (1769-1821) era crime hediondo. No Código Criminal do Império no Brasil (1830) era proibido. Hoje, a Legislação brasileira permite apenas nos casos de risco de morte à mulher, estupro e anencefalia. Nos demais casos o aborto ainda é crime (Art. 124, CP). No entanto, no Congresso Nacional, Projetos de Lei tramitam com a proposta de Legalizá-lo em qualquer caso.
3. Conceito bíblico de aborto. Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Êx 21.22-23). No sexto mandamento, o homem foi proibido de matar (Êx 20.13), que significa literalmente “não assassinar”. Os intérpretes do Decálogo concordam que o aborto está incluso neste mandamento. Assim, quem mata o embrião, ou o feto, peca contra Deus e contra o próximo.
4. O aborto na história da Igreja. “O ensino dos dez apóstolos” (século I), chamado de Didaquê, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaquê 2,2). O apologista Tertuliano (150-220) ensinou que a morte de um embrião tem a mesma gravidade do assassinato de uma pessoa já nascida e que impedir o nascimento é um homicídio antecipado. O polemista Agostinho (354-430) e o teólogo Tomás de Aquino (1225-1274) consideravam pecado grave interromper a gestação e o desenvolvimento da vida humana.
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I) - O aborto é a interrupção, involuntária ou provocada, do embrião ou do feto.
 
SUBSÍDIO LEXOGRÁFICO
“Feiticídio. O aborto é conhecido também como feiticídio, definido por Houaiss como o ‘crime no qual, através do aborto provocado, ocorre a morte do feto que se presume com a vida’. Se nos dermos ao trabalho de examinar a etimologia do vocábulo ‘feto’, constataremos que o aborto é um crime não somente hediondo, mas tremendamente covarde.
No latim, a palavra fetus significa pequenino. O Dicionário Latino-Português de F. R. dos Santos Saraiva define a palavra simplesmente como filho no ventre. O teólogo americano Willian Lane Craig aprofunda-se no significado do termo: ‘Assim, como eu digo, parece virtualmente inegável que o feto — que é apenas a palavra Latina referente a ‘pequenino’ — é um ser humano nos primeiros estágios do seu desenvolvimento. Seja um ‘pequeno’, um recém-nascido, um adolescente ou um adulto, ele é, em cada período, um ser humano nos diferentes estágios do seu desenvolvimento” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.53,54).
 
II. O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO
Fecundação, embrião e feto são os nomes das três etapas da gestação.
1. Quando começa a vida? Muitos cientistas concordam que a vida tem início na fecundação, quando o espermatozoide e o óvulo se fundem gerando uma nova célula chamada “zigoto”. Outros defendem que a vida inicia com a fixação do óvulo fecundado no útero, onde recebe o nome de embrião — período entre o 7° e o 10° dia de gestação. Outros apontam o começo da vida por volta do 14° dia quando ocorre a formação do sistema nervoso. Tem ainda os que indicam o começo da vida quando o feto tem condições de se desenvolver fora do útero por volta da 25a semana de gestação. E também os que defendem a ideia de que a vida só se inicia por ocasião do nascimento do bebê.
2. O que diz a Bíblia? Como as respostas humanas têm sido controversas, o cristão deve buscar a verdade na revelação divina. A Palavra de Deus ensina que a vida inicia na fecundação (Jr 1.5). O rei Davi descreve sua existência como ser vivo desde o início da concepção: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16). Por conseguinte, de acordo com as Escrituras, a vida começa quando ocorre a união do gameta masculino ao feminino. Esta nova célula é um ser humano e possui identidade própria.
3. Qual a posição da Igreja? Apoiada nas Escrituras, a Igreja de Cristo defende a dignidade humana desde a concepção. Ensina que a vida humana é sagrada e não pode ser violada pelo homem (1Sm 2.6). Que toda ideologia que seculariza os princípios bíblicos deve ser combatida (2Tm 3.8). Sabiamente, a posição oficial das Assembleias de Deus no Brasil foi assim exarada: “A CGADB [Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil] é contrária a essa medida [aborto], por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno, em qualquer fase da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida” (Carta de Brasília, 41ª AGO, 2013).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Segundo a Bíblia, e conforme a tradição da Igreja Cristã, a vida humana se inicia na concepção.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Caro professor, professora, é importante que você informe aos alunos sobre um documento importante de nossa denominação no Brasil: Carta de Brasília. O documento foi promulgado no dia 12 de abril por ocasião do encerramento da 41ª Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, e traz uma série de questões polêmicas respondidas pela denominação. Este é o trecho do documento que abordou o aborto: O anteprojeto do Novo Código Penal Brasileiro prevê a descriminalização do aborto, banalizando a destruição de seres humanos no ventre materno. É uma terrível agressão ao direito natural à vida. Esse anteprojeto prevê, em seu Artigo 128: Não há crime de aborto [.] até a 12ª semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade. O documento conclui a posição das Assembleias de Deus, sem deixar qualquer margem à dúvida: A CGADB é contrária a essa medida, por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno, em qualquer da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida. A Palavra de Deus diz:. e não matarás o inocente (Êx 23.7)” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, p.59).
 
CONHEÇA MAIS
A vida começa na concepção
“A Bíblia nos informa sobre a origem da vida. Diz o Gênesis: ‘E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente’ (Gn 2.7). Depois que o homem estava formado, pelo processo especial da combinação das substâncias que há na terra, o Criador lhe soprou o fôlego da vida, dando início, assim, à vida humana. Entendemos, com base nesse fato, que, cada ser que é formado, a partir da fecundação, o sopro de vida lhe é assegurado pela lei biológica estabelecida por Deus”. Para conhecer mais leia Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais de Nosso Tempo, CPAD, p.44.
 
III. TIPOS DE ABORTOS E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
A legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez em três casos somente. Neste tópico apresentamos as principais implicações éticas para estes tipos de aborto.
1. Aborto de Anencéfalo. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez de feto anencéfalo (má-formação rara do tubo neural). A principal implicação ética desta decisão está no descarte de um ser humano por apresentar uma má formação cerebral. Trata-se de uma ideologia racista chamada “eugenia” que defende a sobrevivência apenas dos seres saudáveis e fortes. Uma nítida incoerência de quem defende os direitos humanos e ao mesmo tempo age de modo discriminatório. Neste quesito enfatizam as Escrituras: para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2.11).
2. Aborto em caso de estupro. Como não é necessária a comprovação do crime de estupro e nem autorização judicial para o aborto, a lei é permissiva e complacente com a interrupção da gravidez sob a alegação de estupro sem que ele tenha ocorrido. Assim, discute-se a inviolabilidade do direito à vida do nascituro (Art. 5°, CF e Art. 2° do CC). Outra questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Para os cristãos o ensino bíblico é claro: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
3. Aborto Terapêutico. Procura-se justificar clinicamente esta ação sob a alegação de que a vida de um adulto tem maior valor que a de um ser em gestação. Daí surge questões éticas quanto à valoração da vida humana. Uma pessoa merece viver e outra não? Tertuliano, em sua obra Apologeticum (197), ensinava que não existe diferença entre uma pessoa que já tenha nascido e um ser em gestação. Outra questão é acerca do poder sobre a existência. Podemos decidir quem deve viver ou morrer? Não afirmam as Escrituras que a vida e a morte são, unicamente, da alçada divina? (1Sm 2.6; Fp 1.21-24). Neste caso específico, ajamos com sabedoria, prudência e critério, nunca nos esquecendo da sacralidade da vida humana.
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Aborto terapêutico, aborto em caso de estupro e aborto anencéfalo são os previstos na lei brasileira.
 
SUBSÍDIO ÉTICO-TEOLÓGICO
“Em face dos avanços médicos e científicos, a igreja posiciona-se favoravelmente às técnicas reprodutivas que não atentam contra a pureza da relação sexual monogâmica, desde que a fertilização (processo no qual tem início a vida humana) ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas utilizados pertençam ao próprio casal. As técnicas em que a fertilização ocorre fora do corpo da mulher, com a respectiva manipulação do embrião, são condenáveis por desrespeitarem o processo de fecundação natural que deve ocorrer no interior do ventre materno. Além de esses procedimentos exporem os embriões ao risco de serem descartados, criopreservados ou utilizados em experimentos, podem possibilitar a comercialização de corpos e de almas, atitude essa escatologicamente prevista e condenada nas Escrituras. Condenamos as técnicas reprodutivas que requerem o descarte de embriões e doação. Rejeitamos a maternidade de substituição, mediante a qual se doa temporariamente o útero, por ferir a pureza monogâmica. Não admitimos a reprodução post-mortem em virtude de cessação do vínculo matrimonial: ‘A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor’” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. RJ: CPAD, 2017, p.206).
  
CONCLUSÃO
A valorização da dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios e doutrinas imutáveis do Cristianismo. Em uma sociedade secularizada o cristão precisa tomar cuidado com relativismo e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana (1Tm 4.1,2).
 
PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Aborto”, responda:
O que é aborto?
O aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto.
Fale sobre o conceito bíblico de aborto.
Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Êx 21.22,23).
Fale sobre como o aborto era visto na História da Igreja.
“O ensino dos dez apóstolos” (século I), chamado de Didaqué, condena o aborto: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaqué 2,2).
Segundo a lição, e de acordo com a Bíblia, quando a vida começa?
A Palavra de Deus ensina que a vida inicia na fecundação (Jr 1.5).
Qual a implicação ética em relação ao aborto no caso de estupro?
A questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime. Para os cristãos o ensino bíblico é claro: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Ética Cristã e o aborto
Neste domingo estudaremos sobre um assunto dramático: o aborto. Um tema grave que infelizmente foi sequestrado por uma agenda política irresponsável. A questão do aborto não é meramente em relação ao corpo da mulher (do contrário o ser humano estaria voltado para si somente num profundo egoísmo), mas da vida de um casal, homem e mulher, que teve um filho. Muitas vezes o aborto é incentivado pela parte masculina; outras, até mesmo por pessoas que têm uma posição social importante e sentem-se ameaçadas por algum escândalo. Veja que o caso é mais sério do que pensamos.
Quando falamos de alguém, principalmente, o homem, que não tem a coragem de assumir a responsabilidade da paternidade, e expressa pressões contra a mulher para “tirar a criança”, trata-se de um quadro em que não há mais o temor de Deus. A pessoa que não tem a sensibilidade com o sofrimento feminino diante de uma gestação complexa, que em condição de normalidade já requer cuidados, perdeu de vista o que significa Evangelho. Então, qualquer tentativa de apelo para retroceder parece vã.
 
Exponha o conceito
Por isso, professor(a), tenha em mente, e procure dividir isso com a turma, a dramaticidade do assunto. Muitas vezes estamos acostumados a debater um tema desassociado com a realidade dos fatos. Procure sentir a dor de quem está enfrentando esse contexto completamente adverso. Então, exponha o conceito de aborto conforme a lição, passando pelo conceito bíblico e pela riqueza da história da Igreja a fim de mostrar que a Igreja de Cristo sempre trouxe ao longo da história um compromisso visceral com a vida. Procure mostrar que a posição da Igreja de Cristo contra o aborto é contra a morte, contra o atentado à vida; mas carregado de um pleno compromisso com a mãe que sofre, a família que chora e a criança que vem. É um compromisso de amor!
Não é verdade que quando nos posicionamos contra o aborto estamos nos colocando contra a mulher, pelo contrário, estamos no posicionando a favor da vida e da beleza e a alegria da maternidade. Ninguém tem o direito de promover a cultura da morte, do extermínio da vida. Muito menos isso pode ser promovido pelo Estado. Por isso, a Igreja sempre está na contramão do mundo: se eles promovem a cultura da morte, nós temos o dever de promover a cultura da vida. Boa aula!
 
 
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Revista 2023 na íntegra
Escrita Lição 5, A Dessacralização Da Vida No Ventre Materno, 3Tr, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajuda PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
Resumo da Lição
I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO
1. O anúncio do nascimento
2. A miraculosa concepção
3. A bênção do nascimento
II – A CULTURA DA MORTE
1. O projeto ideológico
2. O direito sobre o corpo
3. A prática do aborto
III – A SACRALIDADE DA VIDA
1. A vida é inviolável
2. O começo da vida
3. A posição cristã
 
 
TEXTO ÁUREO
“E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” (Lc 1.31)
 
VERDADE PRÁTICA
A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte infantil intrauterina
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.7 Deus é o autor supremo e fonte originária da vida
Terça - Sl 139.13-16 As Escrituras valorizam a vida desde a concepção
Quarta - Lc 1.34-36 A gravidez miraculosa da virgem Maria e da estéril Isabel
Quinta - Ef 5.28,29 A Escritura, a nutrição e o respeito pelo corpo humano
Sexta - Sl 36.9; 90.12 O princípio da sacralidade, a dignidade humana e o direito à vida
Sábado - Jr 1.5 O profeta Jeremias assevera que a vida começa na fecundação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - LUCAS 1.26-33, 39-45
26 - E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
27 - a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
28 - E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta.
30 - Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus,
31 - E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
32 - Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai,
33 - e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
39 - E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá,
40 - e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel.
41 - E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,
42 - e exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do teu ventre!
43 - E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?
44 - Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.
45 - Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas!
 
 
HINOS SUGERIDOS: 374, 518, 562 DA HARPA CRISTÃ

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Um dos desdobramentos da filosofia pós-modernista em nossa sociedade pode ser observado na crescente defesa da legalização do aborto no Brasil pelos setores intelectuais e culturais, apesar de 87% da população se denominar cristã, segundo o último censo do IBGE. O mesmo discurso permeia os argumentos para justificar a defesa da eutanásia e até do suicídio assistido, como é permitido em algumas nações. Tal contradição é alarmante, já que sob a ética do Cristianismo e da Palavra de Deus, a vida criada por Ele é sagrada, desde o momento da concepção (Sl 139.13-16) até o último suspiro (Ec 12.7). Não por acaso, há registros na Bíblia de pessoas chamadas por Deus ainda no ventre (Gn 25.20-23; Is 49.1; Jr 1.5; Lc 1.15,41; Gl 1.15,16). Por isso, a vida humana inicia e se desenvolve no ventre materno.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Refletir sobre a divina concepção e nascimento de Jesus, demonstrando o milagre da vida e da capacidade de procriar; II) Identificar os traços da cultura de morte presentes em nossos dias e as suas consequências; III) Compreender a sacralidade da vida e a importância de a Igreja de Cristo combater toda cultura que viole os princípios da Palavra de Deus.
B) Motivação: Nesta lição, veremos que a cultura da morte está presente e cada vez mais naturalizada nas pautas intelectuais e políticas em defesa da legalização do aborto e eutanásia. Ao passo que o sistema desse mundo, mediante estratégias ardis, impõe uma agenda de desconstrução da sacralidade da vida, tão cara ao Cristianismo Bíblico. Assim, enquanto cristãos, precisamos nos posicionar sabiamente.
C) Sugestão de Método: Para essa lição, sugerimos um recurso multimídia. Com a devida antecedência, prepare o material necessário, realizando testes minutos antes da aula. Caso a sua igreja não disponha, é possível transmitir via smartphone, com uma caixinha bluetooth para ampliar o som. Selecione um vídeo (extraído da internet, de acordo com a sua preferência) com batimentos cardíacos de um bebê. Mostre também a imagem dessa preciosa vida, ainda como uma semente divina, na sexta semana de gestação, por exemplo, quando já é possível ouvir o coração pela ultrassonografia. Permita que ouçam por alguns segundos e deixe o som em segundo plano, enquanto lê o Salmos 139.13-16. Em seguida, ore pelo decorrer da aula e interceda ao Espírito Santo pelas almas que neste momento estão pensando em realizar um aborto ou mesmo tirar a própria vida.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre a cultura de morte que permeia a nossa sociedade e o nosso papel enquanto Igreja de Cristo nela. Como portadores e propagadores da vida abundante que o nosso Salvador conquistou por nós na cruz, que possamos nos empenhar mais em alcançar os perdidos que caminham para a morte e ainda levam consigo inocentes, tal como está escrito: "Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar" (Pv 24.11). Portanto, o Senhor Deus se importa com a vida ainda informe no ventre materno.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A sacralidade da vida aos olhos do Criador" endossa bíblica e teologicamente que a vida humana é sagrada mesmo antes da concepção no ventre. 2) O texto "Não matarás!" aprofunda o argumento contrário ao aborto, eutanásia e suicídio assistido, enfatizando o Decálogo.

PALAVRA-CHAVE - Vida
 
 

INTRODUÇÃO
Deus é o autor supremo da vida (Gn 2.7). Por isso, as Escrituras a valorizam desde a concepção no ventre materno (Sl 139.13-16). Assim, toda ideologia que tem o objetivo de alterar o conceito da vida, desqualifica a autoridade bíblica e faz apologia à cultura de morte infantil no útero. A ideia progressista, que reivindica ao ser humano a autonomia sobre a vida, afronta a soberania divina. Nesta lição, estudaremos a concepção sobrenatural de Jesus Cristo, a apologia ideológica da cultura da morte e o conceito da sacralidade da vida no útero materno.

I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO
1. O anúncio do nascimento
Uma virgem comprometida em casar-se com José, chamada Maria, recebe a visita do anjo Gabriel em Nazaré (Lc 1.26,27). O ser angelical lhe faz uma revelação: “em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus” (Lc 1.31). Diante do inusitado, Maria indaga: “como se fará isso, visto que não conheço varão?” (Lc 1.34). A pergunta demonstra a perplexidade da virgem de como se daria a concepção sem a participação de um homem. No Evangelho, a menção à cidade de Nazaré é profética (Lc 1.26), pois o Cristo seria chamado de “nazareno” (Mt 2.23). Lucas ainda enfatiza a virgindade da donzela e a descendência de José “da casa de Davi” (Lc 1.27b). Essas informações integram as profecias messiânicas e tornam fidedigno o relato bíblico (Is 7.14; Sl 89.3,4).

2. A miraculosa concepção
O anjo Gabriel explica a Maria que a concepção seria singular e miraculosa: “descerá sobre ti o Espírito Santo” (Lc 1.35a) e, por isso, declara que o menino, “o Santo, [...] será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35b). A jovem não pediu sinal algum, mas o anjo lhe comunica da gravidez de Isabel como um incentivo à sua fé: “tua prima, concebeu um filho em sua velhice” (Lc 1.36a). O testemunho das Escrituras de mulheres estéreis que ficaram grávidas preparou o mundo para crer e receber o milagre da concepção de Jesus por meio de uma virgem. A respeito dessa realidade, o anjo endossa ao se referir à gestação de Isabel: “é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril” (Lc 1.36b). Ao finalizar a mensagem, Gabriel completa: “porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.37).

3. A bênção do nascimento
A vida gerada no ventre de uma mulher é um milagre (Ec 11.5), pois Deus dotou o ser humano com a dádiva da procriação (Gn 1.28). Por isso, o nascimento de filhos é uma recompensa divina (Sl 127.3). Contudo, sem o dom da fertilidade, um ventre estéril torna-se obstáculo para a vivência da maternidade (Gn 30.1,2). Assim, a relevância da gestação e a sacralidade da vida no ventre da mãe são endossadas quando a Bíblia registra a gravidez miraculosa de Maria e de Isabel; uma virgem e outra de idade avançada (Lc 1.34,36). Isabel trazia João no seu ventre, que nasceu com o objetivo de preparar ao Senhor um povo bem-disposto (Lc 1.15-17). Maria portava em seu ventre o Filho do Altíssimo, o Rei eterno (Lc 1.32,33), que nasceu para ser o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc 2.11).

SINÓPSE I
A história da concepção divina de Jesus Cristo ilustra a sacralização da vida desde o ventre materno, ressaltando que toda gestação é um milagre e uma dádiva concedida pelo Criador (Gn 1.28; Ec 11.5).

AUXÍLIO ÉTICA CRISTÃ - A SACRALIDADE DA VIDA AOS OLHOS DO  CRIADOR
“Teologicamente, quando começa a vida humana? Na fase embrionária? Ou na fetal? Aos olhos do autor e conservador da vida, antes mesmo da concepção. É o que constatamos no chamamento de Jeremias: ‘Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta’ (Jr 1.5). Ora, se o autor e conservador da vida não faz distinção entre embrião e feto, pois aos seus olhos ambos são pessoas completas, por que iríamos nós teimar em estabelecer tal diferença? Quem realmente ama não se perde em semelhantes especulações, mas tudo faz a fim de preservar a santidade da vida. Atentemos à narrativa do Gênesis. Moisés mostra com muita clareza que o ser humano não é obra do acaso, pois o acaso não seria capaz de produzir um ser tão perfeito quanto o homem. Deus o criou com as próprias mãos e, para aumentar a intimidade conosco, fez questão de aproximar o seu rosto do nosso. E, soprando-nos as narinas, aumentou ainda mais a comunhão entre nós e Ele. Portanto, não nos arvoremos como deuses e senhores da vida, determinando quem deve viver e quem tem de morrer. Esse direito só cabe a Deus, pois a pessoa humana tem início nele e para ele terá de retornar (Ec 12.7)” (ANDRADE, Claudionor de. As novas Fronteiras da Ética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 70-71).


II – A CULTURA DA MORTE
1. O projeto ideológico
A cultura da morte é um conjunto de ideias que visa modificar o conceito bíblico da vida. Entre suas pautas estão a legalização do aborto e da eutanásia, apologia ao suicídio e o controle da natalidade. Mediante estratégias culturais, intelectuais e políticas, impõe-se uma agenda de desconstrução da sacralidade da vida, algo caro à cultura cristã, como vimos no tópico anterior (cf. Lc 1.31). Nesse sentido, estimula-se a “eugenia”: o descarte do ser humano com alguma má formação ainda no útero materno; a maternidade é depreciada a fim de que a mulher não deseje ser mãe; o conceito de saúde reprodutiva é modificado para justificar o aborto como medida de saúde feminina; o direito à vida no útero é substituído pelo direito incondicional da mulher sobre o próprio corpo, que por meio do aborto decreta a morte do fruto de seu ventre.

2. O direito sobre o corpo
A cultura pós-moderna insiste que é direito do ser humano exercer autonomia sobre o próprio corpo. Essa ideia é de liberdade total ao controle individual sobre a constituição física e o comportamento humano. O slogan “meu corpo, minhas regras” é utilizado em defesa das liberdades sexuais e reprodutivas, bem como para a escolha de vida ou de morte. Nessa percepção estão os “direitos” à prostituição, ao aborto, à eutanásia, ao suicídio e outros. Qualquer opinião contrária é considerada violação da liberdade humana. Nesse quesito, as Escrituras asseveram que o corpo deve ser nutrido e respeitado (Ef 5.28,29); que embora livre, o ser humano não tem o direito de profanar o seu corpo (1 Co 6.13); e que a vida só tem sentido quando está sob o domínio de Cristo (Gl 2.20).

3. A prática do aborto
 
O aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto, é o ato de descontinuar a gestação do ser vivo. O termo gestação vem do latim “gestacione” e se refere ao tempo em que o embrião fica no útero, desde a concepção até o nascimento. Nesse caso, o aborto pode ser não intencional ou provocado no período de gestação. Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez da mulher era um ato criminoso (Êx 21.22,23). No sexto mandamento, o homem é proibido de matar, o que significa literalmente “não assassinar” (Êx 20.13). Os intérpretes do Decálogo concordam que a proibição do aborto está incluída neste mandamento. Assim, quem mata um embrião ou feto atenta contra a dignidade humana e a sacralidade da vida no ventre materno.

SINÓPSE II
Sob o pretexto da autonomia e deturpação do livre-arbítrio, a cultura de morte se alastra e naturaliza práticas abomináveis à Palavra de Deus.

AUXÍLIO ÉTICA CRISTÃ
NÃO MATARÁS!
“Há quem defenda a eutanásia ativa, sob o argumento de que ‘não se deve manter artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa’, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas (câncer, AIDS etc.). Somos de parecer que o cristão não deve apoiar essa prática, pois consiste em uma ação deliberada e consciente, normalmente por parte do médico, a pedido do paciente, ou de familiares (ou sem consentimento), através da aplicação de algum tipo de agente (substâncias, medicamentos etc.) que leve o paciente à morte, evitando o seu sofrimento. A Bíblia diz: “Não matarás...” (Êx 20.13). O verbo matar, aí, é rasab, que tem o sentido de assassinar intencionalmente (não se aplica ao caso de matar na guerra, em defesa própria etc.). A ação do médico, tirando a vida do paciente, é vista como um assassinato, segundo a maioria dos estudiosos da ética cristã. Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus, expressa no decálogo, e contra o direito de vida de todos os seres humanos” (LIMA, Elinaldo Renovato. Ética cristã: confrontando as questões do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.138-39).

III – A SACRALIDADE DA VIDA
1. A vida é inviolável
A vida humana é sagrada, pois ela é um ato criativo de Deus, o autor e a fonte originária do fôlego da vida (Gn 2.7; Jó 12.10). Nessa perspectiva, o princípio de sacralidade assegura a dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida (Sl 36.9; 90.12). Portanto, o valor da vida é absoluto e deve se sobrepor a qualquer outro direito ou interesse (Jo 10.10). Nesse aspecto, o princípio de defesa da vida humana, desde a concepção no útero materno, não pode conter exceções. Somente Deus tem poder sobre a vida e a morte (1 Sm 2.6). Em uma sociedade secularizada, o cristão precisa tomar cuidado com o relativismo, não fazer concessões e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana (2 Co 4.2; 1 Tm 4.1,2).

2. O começo da vida
As Escrituras são incisivas ao afirmarem o início da vida desde a concepção: o profeta Jeremias afirma que a vida tem início na fecundação (Jr 1.5); o rei Davi corrobora que a pessoa é conhecida e cuidada pelo Senhor desde a concepção (Sl 139.13); Deus é quem forma o ser vivo dentro do ventre da mãe (Sl 139. 14). Ainda, o salmista afirma que Deus vê o embrião ainda informe e o ama em todos os processos formativos da vida intrauterina, desde a fecundação até o nascimento e por toda a sua vida (Sl 139.15,16). Por conseguinte, de acordo com as Escrituras, a vida começa quando ocorre a união do gameta masculino ao feminino. Essa nova célula é um ser humano e possui identidade própria e, portanto, o seu direito de nascer não pode ser interrompido por vontade, desejos ou caprichos humanos (Dt 32.39; Rm 9.20).

3. A posição cristã
A igreja que mantém o princípio teológico da autoridade bíblica (2 Tm 3.16) defende a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção. Ensina que a vida humana é sagrada em todas as etapas do desenvolvimento da vida e que não pode ser violada por nenhum tipo de cultura (1 Sm 2.6). Ratifica que toda ideologia que seculariza os princípios bíblicos deve ser combatida (2 Tm 3.8).

SINÓPSE III
As Sagradas Escrituras defendem a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção, tal como a Igreja de Cristo deve fazer.
 
CONCLUSÃO
A gestação e a procriação do ser humano são bênçãos divinas (Gn 9.7). A concepção de Cristo no ventre de uma virgem certifica a sacralidade da vida intrauterina. A interrupção da vida em qualquer fase da gravidez é uma agressão ao direto inviolável de nascer. A valorização da dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios imutáveis do cristianismo bíblico (Jo 10.10). Acerca do assunto, a Bíblia assegura que Deus é o autor e o detentor da vida humana (Jó 12.10).


REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, o que preparou o mundo para crer e receber o milagre da concepção de Jesus por meio de uma virgem?
O testemunho das Escrituras de mulheres estéreis que ficaram grávidas.
2. De acordo com a lição, o que são endossadas quando a Bíblia registra a gravidez miraculosa de Maria e de Isabel?
A relevância da gestação e da sacralidade da vida no ventre da mãe.
3. Cite as pautas que caracterizam a cultura da morte.
Entre suas pautas estão a legalização do aborto e da eutanásia, apologia ao suicídio e o controle da natalidade.
4. O que caracteriza o ato de abortar?
A descontinuidade da gestação do ser vivo.
5. O que a igreja defende quando mantém o princípio teológico de autoridade bíblica?
A igreja que mantém o princípio teológico da autoridade bíblica (2 Tm 3.16) defende a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção.


LEITURAS PARA APROFUNDAR
Ética Cristã; As Novas Fronteiras da Ética Cristã.