10 dezembro 2025

Escrita Lição 11, Central Gospel, Resposta Bíblica à Realidade do Pecado, 4Tr25, Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 11, Central Gospel, Resposta Bíblica à Realidade do Pecado, 4Tr25, Pr. Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO: DO GÊNESIS À GLÓRIA

1.1. O rio da redenção percorrendo a História 

2. JUSTIFICAÇÃO: O RESGATE DO PECADOR 

2.1. A cura do coração humano 

3. SANTIFICAÇÃO: A NOVA VIDA EM CRISTO 

3.1. Santificação inaugurada: o início da nova vida 

3.2. Santificação progressiva: o caminhar diário com DEUS 

3.3. A plenitude da santidade: o que agora é promessa 

4. GLORIFICAÇÃO: A CONSUMAÇÃO DO PLANO ETERNO 

4.1. Chamados à exaltação final 

4.2. Chamados à comunhão perfeita 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 Coríntios 5.17-21; 1 Coríntios 15.21-22; Romanos 8.1-2 

2 Coríntios 5.17- Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 18- E tudo isso provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO e nos deu o ministério da reconciliação, 19- isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20- De sorte que somos embaixadores da parte de CRISTO, como se DEUS por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de CRISTO que vos reconcilieis com DEUS. 21- Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de DEUS. 

1 Coríntios 15.21 - Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO. 

Romanos 8.1- Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o ESPÍRITO. 2- Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei do pecado e da morte. 

 

TEXTO ÁUREO 

Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3 

 

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 

2a feira - Romanos 8.29-30 DEUS conduz à glorificação final

3a feira - 1 Coríntios 15.45-49 CRISTO, o último Adão, traz vida 

4a feira - Colossenses 1.19-23 A reconciliação de todas as coisas em CRISTO 

5a feira - 1 Pedro 1.14-16 Chamados à obediência e à santidade 

6a feira - Apocalipse 22.4-5 Na luz eterna, veremos Seu rosto 

Sábado - 2 Timóteo 4.6-8 Aguardando a coroa reservada aos fiéis 

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: - compreender a resposta de DEUS ao problema do pecado por meio da obra redentora realizada por JESUS; 

- valorizar sua nova identidade, como filho amado, reconciliado e restaurado pelo Pai; 

- fortalecer a esperança na glorificação futura, renovando sua fé e compromisso no caminho rumo ao lar celestial. 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 

Caro professor, nesta lição chegamos ao ponto alto da narrativa bíblica: a resposta de DEUS ao problema do pecado. Após termos estudado a origem, o fato e as consequências do mal, somos agora convidados a contemplar os três pilares da salvação: justificação, santificação e glorificação. Estes não são apenas conceitos doutrinários, mas expressões da Graça que perdoa, transforma e conduz à plenitude. Enfatize que a redenção em CRISTO não se resume ao passado ou ao futuro: ela atravessa toda a jornada da alma redimida, sustentando-a hoje com confiança e propósito. Ajude os alunos a perceberem que essa resposta divina nos chama a uma caminhada ativa, fortalecida pela misericórdia e direcionada ao cumprimento das promessas do Senhor. Excelente aula! 

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS, REVISTAS E GOOGLE

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1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO: DO GÊNESIS À GLÓRIA

Aqui é descrito o tema abrangente da Bíblia como uma única história do plano de redenção de DEUS para a humanidade. Não se refere a um livro específico com esse título exato, mas sim ao arco narrativo teológico que percorre todas as Escrituras, do início ao fim. 

A narrativa central desdobra-se através de vários pilares:

·        A Criação: O livro de Gênesis estabelece DEUS como o Criador soberano de um mundo bom e a humanidade feita à Sua imagem.

·        A Queda: A introdução do pecado e a separação entre DEUS e o homem, resultantes da desobediência de Adão e Eva, criam a necessidade de um resgate. Homem, após o pecado passa a ser à imagem de Adão.

·        A Promessa e a Lei: Logo após a Queda, em Gênesis 3:15, DEUS faz a primeira promessa de um Redentor (o Messias) que viria para derrotar o mal. A Lei mosaica e os sacrifícios subsequentes prefiguram o sacrifício final de CRISTO.

·        A Expiação: O ponto central do plano é a vinda de JESUS CRISTO, que viveu uma vida perfeita e morreu na cruz, cumprindo a pena que cabia à humanidade pecadora, oferecendo salvação pela fé Nele.

·        Justificação pela fé, redenção em JESUS CRISTO, Salvação ao ouvir o evangelho e crer.

·        A Glória: A conclusão da história é a vitória final para aqueles que creem, culminando na restauração de todas as coisas, um novo céu e uma nova terra, onde os salvos reinarão com DEUS para sempre, revelando Sua glória. 

Em essência, a Bíblia é vista como uma "carta de amor" que narra a jornada do pecado à redenção, apontando consistentemente para JESUS como o centro do plano eterno de DEUS. 

 

1.1. O rio da redenção percorrendo a História 

A expressão "o rio da redenção percorrendo a História" é uma metáfora que ilustra a ideia da obra salvífica e libertadora de DEUS se desenrolando ao longo de toda a história humana, com raízes profundas na teologia cristã e nas narrativas bíblicas. 

Essa metáfora combina dois conceitos poderosos:

·        Rio: Simboliza um fluxo contínuo, vital e crescente, que permeia o tempo e o espaço, levando vida e transformação por onde passa. Na Bíblia, rios (como em Ezequiel 47 e Apocalipse 22) frequentemente representam a provisão, a cura e a presença de DEUS.

·        Redenção: Refere-se ao ato de libertar ou resgatar alguém da escravidão, dívida ou opressão, muitas vezes mediante o pagamento de um preço (resgate). Na teologia, a redenção culmina na vida, morte e ressurreição de JESUS CRISTO, que remove os obstáculos entre DEUS e a humanidade. 

Portanto, "o rio da redenção percorrendo a História" significa que:

·        O plano de DEUS para salvar a humanidade do pecado e do sofrimento não é um evento isolado, mas um processo contínuo que começa logo após a Queda (em Gênesis) e se estende por todas as épocas até a consumação final.

·        A ação libertadora de DEUS flui através dos eventos históricos, das culturas e das vidas das pessoas, oferecendo esperança, perdão e a oportunidade de uma nova vida.

·        A história não é vista como um ciclo sem sentido, mas como um caminho com um propósito e direção claros, onde a redenção é o tema central e unificador. 

Essa ideia é fundamental para a compreensão da história da salvação na perspectiva cristã, onde cada evento, do Antigo ao Novo Testamento, aponta para o Redentor e a obra de redenção efetuada por CRISTO, na cruz.

 

2. JUSTIFICAÇÃO: O RESGATE DO PECADOR 

É o ato de DEUS em declarar o crente justo, não por seus méritos, mas pela obra redentora de JESUS CRISTO na cruz, que pagou o preço pelos pecados, oferecendo perdão e imputando a justiça de CRISTO ao pecador, que recebe isso pela fé, sendo um ato de graça e misericórdia, não por obras ou méritos humanos, fundamental para a salvação. 

O Que Significa:

·        Ato Forense de DEUS: É um veredicto judicial de DEUS, declarando o pecador "não culpado" e "justo" diante da lei divina, como se nunca tivesse pecado, conforme ensina Romanos 3:24. JESUS CRISTO levou sobre a si a nossa condenação.

·        Imputação da Justiça de CRISTO: Não é que DEUS torna o pecador inerentemente justo (isso é santificação), mas ele imputa (atribui) a perfeita justiça de CRISTO ao crente, pois CRISTO foi o substituto que pagou a dívida. 

Como Acontece (O Resgate):

1.    Convicção do ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO revela ao indivíduo sua condição de pecador e a necessidade de arrependimento de pecados para sua salvação.

2.    Arrependimento e Fé: O pecador se arrepende e deposita sua fé em JESUS CRISTO como o único Salvador.

3.    Obra Redentora de CRISTO: JESUS, voluntariamente, morreu na cruz (sacrifício expiatório) para pagar a penalidade dos pecados e nos livrar do poder do pecado, conforme Gálatas 1:4 e Romanos 4:25.

4.    Declaração Divina: DEUS, por meio de Sua graça, declara o crente justo, devido à justiça de CRISTO que lhe foi creditada. 

Fundamentação Bíblica:

·        Romanos 3:23-24: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em CRISTO JESUS".

·        Romanos 5:1: "Justificados, pois, pela fé, temos paz com DEUS, por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO" (versão Almeida Revista e Corrigida). 

Diferença Crucial:

·        Não por Obras: A justificação é um dom gratuito de DEUS, recebido pela fé, e não por obras, batismo ou esforço humano.

·        Distinta da Santificação: A justificação é o ato declaratório de DEUS (externo), enquanto a santificação é o processo de transformação (interno) que ocorre dentro do crente após ser justificado. 

Em resumo, a justificação é o ato de DEUS que, pela fé em CRISTO, liberta o pecador da condenação e o declara justo, concedendo-lhe a salvação eterna, glorificando a DEUS por Sua graça e misericórdia, tornando-o filho de DEUS. 

 

2.1. A cura do coração humano 

A cura do coração humano por DEUS, na perspectiva cristã, é um processo de transformação interior profundo, onde Ele remove um "coração de pedra" e dá um "coração de carne", um coração vivo e sensível à Sua vontade, curando feridas emocionais, purificando pensamentos e vontade, através da fé, oração, arrependimento e entrega, tornando-nos mais espirituais e receptivos ao ESPÍRITO SANTO. 

Como DEUS Cura o Coração

·        Transformação Espiritual: DEUS realiza a regeneração, dando um novo coração, uma nova mente e vontade, que responde ao convite divino, conforme prometido em Ezequiel 36:26.

·        Cura de Feridas: Ele "cura os quebrantados de coração e lhes ata as feridas" (Salmos 147:3), restaurando o ânimo e a alegria através da fé.

·        Ação do ESPÍRITO SANTO: É uma obra do ESPÍRITO que traz luz à mente e ao coração, permitindo que a pessoa se torne templo do ESPÍRITO SANTO e busque a santidade.

·        Purificação e Santidade: Envolve a purificação dos desejos e pensamentos, afastando-se do pecado para viver uma vida mais pura, como templo do ESPÍRITO. 

O Que o Crente Deve Fazer

·        Guardar o Coração: Vigiar pensamentos, sentimentos e desejos, buscando que sejam guiados por DEUS (Provérbios 4:23).

·        Abrir-se a DEUS: Confiar e permitir que Ele cuide das dores e feridas emocionais, liberando tensões.

·        Oração e Fé: Orar para alinhar o coração com o propósito de DEUS e acordar CRISTO em sua vida, dissipando as "tempestades" (tribulações).

·        Arrependimento: Identificar e arrepender-se de pecados e cargas emocionais, como culpa, medo e inferioridade, para receber a cura interior.

·        Unir-se a CRISTO: Buscar a união com JESUS, especialmente na oração no quarto ou local de intimidade com DEUS, também nos cultos, para ter os pensamentos de CRISTO e não se perturbar pelas coisas do mundo. 

Ferramentas e Intercessão

·        Intercessor na Terra é o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.26, 27) e Intercessor no céu é JESUS CRISTO (Rm 8.34): São dissipadas ansiedade e dificuldades. 

Em resumo, a cura divina do coração é um processo de fé contínua, onde a pessoa entrega suas dores e se abre para a ação transformadora de DEUS, recebendo nova vida e força espiritual para enfrentar os desafios da vida cristã. 

 

3. SANTIFICAÇÃO: A NOVA VIDA EM CRISTO

Santificação é a jornada contínua do cristão, após a salvação, para ser transformado à imagem de CRISTO pelo poder do ESPÍRITO SANTO, abandonando a velha vida e vivendo uma nova natureza, uma nova vida em CRISTO. É um processo vitalício de crescimento e amadurecimento, onde se coopera com DEUS através da fé, oração, leitura da Bíblia, comunhão e obediência, resultando em uma vida que reflete a santidade de JESUS e prepara o crente para a glória futura. 

Componentes da Santificação:

·        Posicional (Instantânea): Em CRISTO, o crente é declarado santo, separado para DEUS no momento da conversão (1 Coríntios 1:30).

·        Progressiva (Diária): A obra contínua do ESPÍRITO SANTO que nos molda e nos torna mais semelhantes a CRISTO ao longo da vida, um processo de "morrer para o eu" e viver para Ele (Romanos 8:29).

·        Perfeita (Futura): A consumação final da santidade quando o crente, ao ver CRISTO, será plenamente transformado (1 João 3:2). 

Como Viver a Nova Vida em CRISTO (Santificação):

1.    Fé e Graça: Receber CRISTO e continuar vivendo Nele pela mesma graça e fé que nos salvou (Colossenses 2:6).

2.    Cooperação com o ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO aplica a obra de CRISTO em nós; nossa decisão de cooperar (ouvir Seus sussurros e não resistir) é essencial (1 Tessalonicenses 5:19).

3.    Disciplina Espiritual: Buscar a DEUS através de oração, leitura e meditação da Palavra, comunhão e serviço (João 17:17).

4.    Nova Natureza: Abandono do estilo de vida antigo e adoção de um novo caráter, refletindo o amor, mansidão e humildade de CRISTO (1 Pedro 1:15-16).

5.    Foco em CRISTO: O objetivo não é a visibilidade do próprio crescimento, mas CRISTO, a fonte de toda santidade (João 17:19). 

Em Resumo:

A santificação é o processo de se tornar quem DEUS já nos declarou ser em CRISTO: santos, uma nova criatura que abandona o pecado e anda em novidade de vida, sendo moldado diariamente pelo ESPÍRITO SANTO para a glória de DEUS

 

3.1. Santificação inaugurada: o início da nova vida 

 É um conceito teológico que descreve o momento em que um indivíduo inicia uma nova vida após a conversão, justificação e recebimento do ESPÍRITO SANTO, marcando o começo do processo de viver de forma separada para DEUS e em conformidade com a Sua vontade. 

Este conceito significa que a santificação não é apenas um estado final a ser alcançado no céu, mas um processo contínuo que começa imediatamente na terra. É o início de uma jornada de crescimento espiritual e transformação, onde o crente, capacitado pelo ESPÍRITO SANTO, começa a abandonar práticas pecaminosas e a desenvolver um caráter que reflete a santidade de DEUS. 

 

3.2. Santificação progressiva: o caminhar diário com DEUS 

A santificação progressiva é o processo contínuo pelo qual um crente se torna mais santo e mais parecido com JESUS CRISTO em seu caminhar diário com DEUS [1]. É um aspecto fundamental da vida cristã, que começa na conversão e se estende por toda a vida [1]. 

O Que É Santificação Progressiva?

Diferente da santificação posicional (o status de justo que o crente recebe no momento da salvação), a santificação progressiva refere-se ao crescimento prático na santidade. É um trabalho cooperativo envolvendo o ESPÍRITO SANTO operando na vida do crente, à medida que este se submete à vontade de DEUS e busca viver de acordo com os Seus mandamentos [1]. 

Elementos-Chave do Caminhar Diário

Este caminhar diário é caracterizado por várias práticas e atitudes:

·        Estudo e Prática da Palavra: A Bíblia é essencial, pois é o meio pelo qual DEUS revela Sua vontade e santifica Seus filhos [1]. A obediência à Palavra é a evidência do crescimento.

·        Oração Contínua: A comunicação constante com DEUS fortalece a dependência Nele e a capacidade de resistir ao pecado [1].

·        Obediência e Submissão ao ESPÍRITO SANTO: O crente aprende a "andar no ESPÍRITO" e a não satisfazer os desejos da carne, permitindo que o ESPÍRITO produza Seu fruto (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22) [1].

·        Arrependimento Contínuo: O reconhecimento e o abandono diário do pecado são cruciais para manter a comunhão com DEUS e progredir na santidade [1].

·        Comunhão na Igreja: A vida em comunidade com outros crentes oferece apoio, encorajamento, ensino e prestação de contas, o que é vital para o crescimento mútuo [1]. 

Em resumo, a santificação progressiva é um processo vitalício de transformação interior e exterior, refletindo um compromisso renovado a cada dia de viver para a glória de DEUS.

 

3.3. A plenitude da santidade: o que agora é promessa 

A plenitude da santidade: o que agora é promessa" refere-se à crença teológica de que, embora a santidade seja uma busca e um processo contínuo na vida do cristão (santificação progressiva), a sua realização completa e perfeita é uma esperança futura, uma promessa escatológica

Entendimento Teológico

·        Santidade Presente (Inaugurada): Na vida presente, o cristão já é considerado santo (separado para DEUS) pela justificação em CRISTO e possui a presença do ESPÍRITO SANTO, que opera a transformação interior. A santidade é vivida no dia a dia através da obediência, do amor a DEUS e ao próximo, e da renúncia ao pecado, um processo que exige esforço contínuo e cooperação com a graça divina.

·        Plenitude da Santidade (Futura/Prometida): A "plenitude" ou totalidade da santidade, sem qualquer mancha ou imperfeição do pecado, só será alcançada na consumação final, quando o crente estiver na presença de DEUS na glória eterna. Isso ocorrerá após a morte e ressurreição, ou na volta de CRISTO, quando a igreja redimida será finalmente liberta de toda a corrupção do pecado. A Bíblia afirma que "sem a santificação, ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14), o que aponta para essa necessidade de um estado final de pureza completa. 

Resumo

A frase expressa a tensão entre o "já" e o "ainda não" da fé cristã: a santidade já é uma realidade iniciada pela graça de DEUS, mas a sua perfeição absoluta é uma promessa que se cumprirá plenamente no futuro escatológico. A plenitude do homem, em última análise, consiste nesta santidade perfeita. 

 

4. GLORIFICAÇÃO: A CONSUMAÇÃO DO PLANO ETERNO 

A "Glorificação: A Consumação do Plano Eterno" refere-se ao clímax escatológico do propósito de DEUS, onde os crentes, libertos do pecado e transformados em corpos gloriosos, no arrebatamento da Igreja, desfrutarão de plena comunhão com CRISTO em um novo céu e nova terra, refletindo a glória divina, morando na Nova Jerusalém, completando o plano de redenção que foi traçado antes da fundação do mundo e que culmina na exaltação final de DEUS e de Seu povo. 

O Plano Eterno de DEUS

·        Origem: O plano de DEUS não começou com a queda do homem, mas existia antes da criação, quando Ele nos escolheu em CRISTO para sermos santos e irrepreensíveis (Efésios 1:4), usando sua Presciência que está em sua onisciência.

·        Propósito: O objetivo final de DEUS é ter uma igreja glorificada, um povo que O adore e reflita Sua própria glória. 

A Redenção em CRISTO

·        JESUS cumpriu o plano: JESUS veio para cumprir a vontade de DEUS, redimir Seu povo e dar-lhes o direito de serem filhos de DEUS, culminando em Sua morte e ressurreição.

·        Mediador: CRISTO é o Mediador do Novo Pacto, estabelecendo a salvação através do Seu sacrifício (1Tm 2.5). 

A Glorificação (Consumação)

·        Transformação: A glorificação é a santificação completa, onde o crente recebe um corpo de glória, livre da presença e do poder do pecado, corpo semelhante ao de CRISTO.

·        O Retorno de CRISTO: O retorno de JESUS as nuvens, no arrebatamento, é o momento em que Ele será exaltado e admirado em Seus santos, finalizando a história da redenção para a Igreja.

·        Novo Céu e Nova Terra: A consumação envolve a restauração de toda a criação, com novos céus e nova terra, onde os glorificados viverão em perfeita comunhão com DEUS.

·        Vindicação: Para os que buscam a glória de DEUS, há a esperança de que suas vidas serão vindicadas e encontrarão alegria eterna no Reino vindouro. 

Implicações para o Crente

·        Foco: O foco não é apenas ir para o céu, mas ser transformado à imagem de CRISTO e participar do propósito eterno de DEUS, morando com JESUS para sempre.

·        Esperança: A esperança da glorificação motiva a busca pela santidade e pureza, preparando o crente para encontrar-se com o Noivo, JESUS, em alegria e louvor. 

 

4.1. Chamados à exaltação final 

"Chamados à exaltação final" refere-se a um conceito teológico, que sugere um chamado divino para que os fiéis alcancem um estado de glória e honra supremas no fim dos tempos, na Nova Terra e Novo Céu, na Jerusalém celestial.

Este conceito baseia-se em princípios bíblicos que envolvem:

·        Humildade e Exaltação: Uma ideia central é a promessa de que "quem se humilhar será exaltado". A vida de humildade e serviço a DEUS nesta terra é vista como um caminho para ser elevado a uma posição de honra na vida futura.

·        Reconhecimento da Glória de DEUS: A exaltação, em sua forma mais pura, significa reconhecer a posição elevada de DEUS acima de todas as coisas. Os seres humanos chamados a essa "exaltação final" estariam participando, de alguma forma, dessa glória e santidade divinas.

·        O Plano de Salvação: A exaltação é entendida como a vida eterna, o tipo de vida com o próprio DEUS, alcançada através da Expiação de JESUS CRISTO e da obediência aos Seus mandamentos.

·        Eventos Finais: O termo "final" aponta para a consumação dos planos de DEUS, o momento em que CRISTO subjugará todos os inimigos e o Reino será entregue a DEUS Pai, conforme mencionado em 1 Coríntios 15:24. 

 

4.2. Chamados à comunhão perfeita 

"A igreja é Chamada à comunhão perfeita" resume um conceito teológico central na doutrina cristã. Isso significa que a Igreja, como Corpo de CRISTO, busca uma unidade profunda e completa baseada na unidade da Trindade Divina (Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO). 

Significado Teológico

·        Unidade com DEUS: A comunhão perfeita começa com a união de cada crente com DEUS através de CRISTO no ESPÍRITO SANTO. É a participação na vida divina, que é a fonte de toda a comunhão.

·        Unidade entre os Crentes: Como resultado da união com CRISTO, os membros da Igreja são chamados a viver em profunda unidade uns com os outros, formando "um só corpo".

·        Ideal Escatológico: Embora a comunhão seja vivida de forma real na Terra (através da fé, unido os cristãos no corpo de CRISTO, a igreja), a "comunhão perfeita" é um ideal a ser plenamente alcançado no fim dos tempos, na glória celestial, quando a Igreja Triunfante estiver em completa união entre si e com DEUS.

·        Sinal e Instrumento: A Igreja é chamada a ser, na verdade, um sinal e um instrumento dessa comunhão para o mundo, refletindo a unidade de DEUS e atraindo todos os povos para essa mesma unidade pela pregação do evangelho de JESUS CRISTO. 

 

 

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Escrita Lição 12, Betel, A Redenção em CRISTO – O Sacrifício Vicário do Filho de DEUS, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV - 3° Trimestre De 2025 

 

Vídeo https://youtu.be/BYc8AzycBOM?si=u8s3DME6Jk7SA7pE

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/escrita-licao-12-betel-redencao-em.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/slides-licao-12-betel-redencao-em.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-12-betel-a-redencao-em-cristo-o-sacrificio-vicario-do-filho-de-deus-3tr25-pptx/283072565

 

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A PROMESSA DE UM REDENTOR SE CUMPRE 
1.1. O grande plano de redenção  
1.2. Redenção só em JESUS    
1.3. A Obra Redentora  
2- A SUFICIENTE E PERFEITA OBRA REDENTORA  
2.1. A preciosa Redenção   
2.2. O nosso Redentor vive    
2.3. A necessidade de redenção      
3- RESULTADOS DO PLANO DIVINO DA REDENÇÃO   
3.1. Filhos de adoção     
3.2. A Presença do ESPÍRITO SANTO 
3.3. Paz com DEUS e Paz de DEUS 
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 1.12,28; 3.14-16
João 1.12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS.
28 No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo.
João 3.14 E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
   

REDENÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe (com alguma alterações do Pr. Henrique)

Livramento de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor (q.v.). Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT, a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de Israel. Um indivíduo israelita poderia agir como um redentor, pagando um resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48ss.), para recuperar um campo (Lv 25.23ss.), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Êx 13.12ss.), e em favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Êx 21.28 ss.).

Logo no início do AT, o Senhor DEUS revelou a si mesmo como agindo de forma redentora em favor do homem. Jacó invocou a DEUS como aquele “que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16). DEUS declarou sua intenção de livrar Israel da servidão no Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6). Na maioria dos casos no AT onde é feita referência à atividade redentora de DEUS, a libertação efetuada é de natureza física e não espiritual (por exemplo, a libertação de Israel do Egito e da Babilônia). Mesmo estas libertações, porém, trazem em si um significado espiritual em que a libertação indicava que DEUS havia perdoado o pecado ou os pecados que diretamente ou indiretamente ocasionaram a calamidade. Em pelo menos um caso (Sl 130.8) a redenção referida é claramente de natureza espiritual, isto é, trata-se de uma redenção do pecado.

No NT, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por JESUS CRISTO e através dele (Ef 1.7; Gl 3.13; 4,5). Embora a atividade redentora de CRISTO tenha as suas manifestações físicas (por exemplo, a cura das enfermidades), seu principal significado é o resgate espiritual dos pecadores que estão escravizados no pecado (Mc 10.45). A libertação do pecador é assegurada com base no preço de resgate pago a DEUS Pai por JESUS CRISTO em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pe 1,18,19). Propiciação; Resgate; Reconciliação; Salvação, tudo está implícito.

A perfeição da obra redentora de CRISTO é claramente declarada no NT (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção do indivíduo redimido só estará completa na segunda vinda de CRISTO para nos buscar (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). W. M.

 

EXPIAÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe (com alguma alterações do Pr. Henrique)

כפר kaphar (Hebraico)
1) cobrir, purificar, fazer expiação, fazer reconciliação, cobrir com betume
1a) (Qal) cobrir ou passar uma camada de betume
1b) (Piel) - 1b1) encobrir, pacificar, propiciar - 1b2) cobrir, expiar pelo pecado, fazer expiação por - 1b3) cobrir, expiar pelo pecado e por pessoas através de ritos legais
1c) (Pual)
1c1) ser coberto - 1c2) fazer expiação por  - 1d) (Hitpael) ser coberto

 

A palavra “expiação”, usando um termo anglo-saxão, possui a força de “transformar em um". Ela fala de um processo de trazer aqueles que são inimigos para uma harmonia e unidade, significando, assim, reconciliação, cobrindo o erro ou pecado com sangue.

No NT, o termo gr. katallage, “reconciliação”, é traduzido uma vez como “expiação” em algumas versões (Rm 5.11); a palavra descreve o trabalho ou a ação de DEUS em JESUS CRISTO pelo qual o pecador é reconciliado com DEUS. Esta reconciliação, porém, não é, meramente, uma reconciliação qualquer. Ela ocorre em um cenário definido do ensino e prática do AT, de forma que a Bíblia não usa injustamente a expressão “fazer expiação” para o verbo heb. kipper, que significa pacificação ou propiciação (q.v.).

Sob a lei mosaica a expiação pelo pecado era conseguida através da morte de uma vítima sacrificial. O derramamento de seu sangue era a evidência de sua morte. “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida [da vítima]” (Lv 17.11), A expiação bíblica tem uma forma clara, e esta reconciliação específica é efetuada pela morte de JESUS CRISTO em sua encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão. Portanto, esta expiação em particular deve ser entendida em termos de sua base e realidade específicas, ao invés de ser compreendida em termos do conceito geral.

² E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:2

 

RECONCILIAÇÃO. (com alguma alterações do Pr. Henrique)

O conceito bíblico. Tanto no AT como no NT, a necessidade de reconciliação é colocada pela decisão misericordiosa, sábia e onipotente de DEUS, de satisfazer sua santidade e sua justiça, além de cumprir seu propósito a favor do homem pecador, culpado, alienado e impotente. O homem, em seu pecado, está obviamente em uma condição inapropriada para a comunhão com DEUS, e um destino eterno junto dele. No entanto, o homem não é capaz de absolver a si mesmo da culpa, nem de se libertar da transgressão. Os sacrifícios do AT certamente não foram criados como um meio de auto expiação humana. Eles apontavam para a expiação oferecida pelo Senhor JESUS CRISTO. Para o cumprimento do propósito divino no homem, existe a necessidade de um sacrifício substitutivo como a base do perdão, da liberação e da restituição.

Em uma avaliação humana, isto poderia não parecer apresentar qualquer problema. DEUS poderia simplesmente abandonar o homem por um lado, ou declará-lo e torná-lo justo por outro, em uma aceitação arbitrária apesar do pecado. Como auto revelado nas Escrituras Sagradas, porém, DEUS é santo e amoroso assim como justo e, portanto, Ele não desejaria que o homem perecesse. Mas sendo justo, Ele não iria nem poderia perdoar a culpa do homem ou recebê-lo em seu pecado. A reconciliação, da maneira que foi realizada por DEUS, é sua ação auto consistente para a restauração divina da comunhão entre si mesmo, um DEUS absolutamente SANTO, e o homem caído e pecador.

O problema da reconciliação era o de salvar o homem em um ato de justiça perfeita, e julgá-lo em um ato de amor. Deve ser enfatizado, porém, que isto não era um problema para DEUS. Ele não estava sendo colocado diante de uma posição e forçado a buscar uma solução. Ele não foi confrontado por uma tensão interna em seu próprio ser que exigisse uma integração. Pode parecer que o amor e a justiça de DEUS percorriam caminhos diferentes, de forma que a primeira reconciliação teve que ocorrer dentro do próprio DEUS; mas este é um falso conceito. Nós percebemos o problema somente quando o vemos à luz da resposta, e este só era um problema em termos ao entendimento humano.

Como poderia haver uma ação em que a justiça fosse feita de forma a satisfazer, simultaneamente, a justiça de DEUS por um lado, e seu amor por outro, quando a questão era salvar homens culpados e impotentes? Em sua sabedoria e poder eternos, em sua consistência interna de seu próprio ser, DEUS tinha em si mesmo, desde o princípio, a resposta para esta pergunta. Resolvida historicamente na ação registrada nas Escrituras, esta resposta residia na pessoa e na obra de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS, encarnado, em quem todas as exigências de justiça foram atendidas, tanto ativamente, em sua vida, ao cumprir a lei perfeitamente em nosso lugar, como passivamente, em sua morte, ao morrer sob a penalidade da lei infringida (mesmo sem jamais ter pecado). Portanto, o propósito de justiça e amor absolutos foi cumprido, e o homem foi liberto da culpa e do poder do pecado, e restaurado à eterna  comunhão com DEUS. Era preciso um salvador que levasse sobre ele o pecado e a condenação, o juízo de DEUS.

 

Quatro aspectos de JESUS CRISTO e de sua obra são aqui considerados:

1.       Ele tanto era DEUS quanto homem, para que pudesse agir junto a ambas as partes, como também em uma única causa. Embora a encarnação não tenha sido em si a expiação, ela foi sua base indispensável. DEUS agora lidava com a humanidade apenas no único Homem que é em si tanto DEUS como homem, de forma que já havia nesta nova obra um relacionamento indissolúvel.

2.       Ele cumpriu a lei de DEUS e atingiu a justiça, vencendo a tentação e manifestando uma constante obediência até mesmo na morte de cruz. Ele assim mereceu inteiramente o bom prazer divino, mas de um modo tal que não havia nele nenhuma falha entre o amor divino e a justiça divina.

3.       Em cumprimento à sua obediência, Ele suportou o justo juízo do pecado, como um a favor de muitos, Dessa forma, o pecado não foi tolerado; entretanto foi julgado em um ato que em si foi a coroa da obediência e, portanto, aceitável ao Pai. Julgado no Salvador inocente, o homem pecador pode ser aceito nele mesmo em juízo. O ato de juízo foi, portanto, tanto um ato de graça como de salvação.

4.       Ele ressuscitou ao terceiro dia, para que o pecador julgado nele seja também renovado vitoriosamente através dele. Em virtude da nova vida em CRISTO, o pecador é assim liberto do poder como também da culpa e da penalidade do pecado, e pode viver a nova vida de comunhão para a qual foi restaurado.

Formulações das Escrituras.

Para descrever a tremenda e inesgotável realidade desta grande obra de reconciliação, a Bíblia usa muitas formas de expressão.

Foi um ato de redenção no qual o preço pago por um outro, e finalmente pelo próprio DEUS, foi o precioso sangue de CRISTO (cf. Mc 10.45; Gl 3.13; Ef 1.7; 1 Pe 1.18,19).

Foi um ato de vitória, no qual os poderes do mal, isto é, o pecado, a morte, o diabo e o inferno, foram vencidos (cf. Rm 8.37; Cl 2.15).

Foi um ato de propiciação sacrificial, no qual a auto oferta agradável do Inocente foi aceita representando o culpado (cf. Rm 3.25; 5.12-21; Hb 2.17).

Foi um ato de juízo penal, no qual o Justo sofreu a ira divina em favor do injusto (Is 53.10,11) e, portanto, em um único ato DEUS foi justo e, contudo, também o Justificador daqueles que crêem em JESUS CRISTO (Rm 3.26ss.).

Foi um ato de substituição – o homem perfeito pegou sobre Ele os pecados, maldições, doenças, enfermidades e juízo de DEUS sobre Ele, nos substituindo no juízo da cruz (Is 53.4-7; Gl 3.13).

Em todas essas declarações há um elemento metafórico. Elas são extraídas de situações sociais, militares, religiosas, forenses, e familiares. Entretanto isso não significa que as metáforas não representem fatos. Elas não devem ser consideradas simplesmente como os esforços dos escritores para expressar a obra de DEUS em conceitos e categorias conhecidas. Elas não podem ser descartadas como expressões relativas que podem ser substituídas por outras novas e melhores, enquanto o conhecimento profundo na obra de DEUS aumenta. À medida que a ordem divina reside por trás da vida humana em geral, há uma realidade de satisfação divina e eterna por trás dessas descrições da obra divina de reconciliação, embora alguns dos detalhes na sabedoria divina possam permanecer um mistério. O homem está de fato escravizado, e DEUS o libertou por um preço. Há na verdade um conflito. E JESUS CRISTO, na cruz, triunfou trazendo a derrota a Satanás e aos poderes do mal. A separação entre o DEUS santo e o homem pecador é uma realidade, mas foi feita uma ponte pela oferta de CRISTO, que foi agradável a DEUS. Existe uma lei santa, sábia, justa e boa, e DEUS é justo. A transgressão e a culpa existem e, portanto, trazem juízo. Mas o juízo foi executado quando a penalidade recaiu sobre o Justo (que levou sobre si o pecado) no lugar do culpado, Estas são realidades sólidas e duradouras que não podem ser ignoradas em qualquer nova apresentação que se tente.

Existe a plena identificação de CRISTO com o homem como o segundo homem, s se referindo a Adão como o primeiro (1 Co 15.45-47), e a obra de libertação do homem das garras do diabo, que o Senhor realizou pagando o resgate através de sua morte. Há grande importância da encarnação sob este aspecto, citando devido ao princípio da identificação de DEUS com o homem, e o estratagema pelo qual o diabo foi enganado pela fiança da humanidade, e ego no anzol da Divindade. O período mostra uma fina compreensão da reconciliação não só como uma grande vitória, mas também como uma libertação intelectual e física, bem como espiritual. Assim, em sua maior parte, a crucificação foi vista como sendo o ponto crítico em todo o movimento descendente e ascendente de CRISTO, o Reconciliador.

JESUS CRISTO suportou o verdadeiro castigo pelo pecado (diferente de oferecer uma satisfação equivalente).Como registrado por Isaías, CRISTO tomou sobre si e sofreu o castigo que pelo justo juízo de DEUS pendeu sobre todos os pecadores, e por sua expiação o Pai foi satisfeito e sua ira aplacada. CRISTO é o Sumo Sacerdote que nos reconciliou por sua auto oblação, e que ainda ministra a nosso favor em sua intercessão celestial.

A oferta vicária que JESUS ofereceu foi a punição pelo pecado em lugar do homem. Os exegetas são quase unânimes em que este é o testemunho das próprias Escrituras. G. W. Br.

 

Estas palavras são usadas como tradução do termo hebraico hatta’t (Nm 8.7, “água da expiação”) ekaphar (Nm 35.33; Dt 32.43; 1 Sm 3.14; 2 Sm 21.3; Is 27.9; 47.11), e dos termos gregos hilasteríon (Rm 3.25), hilaskomai (Hb 2.17) e hilasmos (1 Jo 2.2; 4.10).

A idéia básica da expiação está ligada à reparação de um mal, à satisfação das exigências da justiça por meio do pagamento de uma penalidade. As exigências da santidade de DEUS são cumpridas pelo seu amor e pela sua misericórdia, pela sua entrega de CRISTO, seu único Filho, como uma expiação pelos nossos pecados.

No Dia da Expiação na história de Israel, o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo. Em primeiro lugar, ele espargia sobre o altar o sangue da oferta pelos pecados, e então sobre o propiciatório “dentro do véu”, onde ninguém mais ousava entrar (Lv 16.14). O escritor da Epístola aos Hebreus faz diversas referências ao ministério de CRISTO como o nosso Sumo Sacerdote. Na sua morte no Calvário, CRISTO entrou no Lugar Santíssimo do paraíso definitivamente, não por sangue de bodes e bezerros, mas sim por seu próprio sangue (Hb 9.11-14,24,25; 10.10-14). A epístola aos Hebreus também nos conta que a encarnação ocorreu, para que JESUS pudesse “ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de DEUS, para expiar os pecados do povo” (Hb 2.17). Na páscoa morria o cordeiro e na expiação o bode, JESUS substituiu satisfatoriamente tanto um quanto outro, num sacrifício voluntário, perfeito e eterno. Os animais não possuem inteligência para se oferecem a si mesmos, JESUS,  sim.

Por meio do espargimento (derramamento) do sangue de CRISTO foi feita a reparação dos nossos pecados, foi pago um preço para remover o castigo que pesava sobre nós (1 Pe 1.18ss.). O perdão dos nossos pecados somente poderia ser obtido através da satisfação da santidade de DEUS. A reação de DEUS ao pecado não pode ser outra exceto o julgamento e a condenação, à qual Paulo refere-se como a ira de DEUS (Rm 1.18ss.). A expiação feita por CRISTO, sua oferta pelo pecado em nosso lugar, forneceu a base objetiva para o perdão de DEUS para os nossos pecados; assim, estaremos justificados se recebermos, pela fé, o ministério sacerdotal de CRISTO como o Cordeiro de DEUS (Rm 3.25).

Podemos, então, dizer que CRISTO fez propiciação à santidade de DEUS tornando-se a expiação pelos nossos pecados. A expiação não significa o apaziguamento de um potentado arbitrário; é o amor de DEUS que vem a nós por meio da autodoação de CRISTO. Em seu ministério de expiação, JESUS é descrito como o nosso “advogado para com o Pai” (1 Jo 2.1,2). “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a DEUS, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. " (1 Jo 4.10). T. W. B.

 

PROPICIAÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe (com alguma alterações do Pr. Henrique)

² E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:2

ιλαμος hilasmos
1) conciliação, aplacamento
2) meios de tranquilizar, propiciação

Aplacar a ira de DEUS sobre o pecado.

 

Três importantes palavras gregas são empregadas para apresentar o ensino da propiciação. Elas são hilasmos (1 Jo 2.2; 4.10), hdasterion (Rm 3.25; Hb 9.5, “propiciatório”), e hilaskomai (Lc 18.13; Hb 2.17). A necessidade da propiciação surgiu, por um lado, por causa da santidade de DEUS, e, por outro, por causa do pecado do homem. A ênfase no significado da palavra é bastante adequada. No NT, seu uso indica claramente que a morte de CRISTO cumpriu plenamente as exigências da santidade de DEUS que havia sido ofendida. No AT, o propiciatório era o lugar onde o DEUS santo encontrava-se com os homens pecadores; ali o sangue era aspergido. No NT, a cruz tornou-se o lugar onde DEUS irá encontrar o homem através do sangue de CRISTO. Dessa forma, João pôde dizer que CRISTO é a propiciação, a expiação pelos pecados de todos os homens (1 Jo 2.2). é eficiente para quem ouve o evangelho e crê.

A doutrina da propiciação ensina claramente que a morte de CRISTO na cruz representava uma substituição por causa do pecado. Sua morte satisfazia as justas exigências de DEUS Pai, provocadas pelo pecado do homem. Como resultado dessa propiciação, DEUS ficou satisfeito. O sacrifício da propiciação de CRISTO foi a base para a reconciliação do mundo com o próprio DEUS (2 Co 5.19). A reconciliação estava ligada ao fato do mundo ter mudado em relação a DEUS através da morte de CRISTO. A propiciação está relacionada com a reparação apresentada a DEUS como resultado da morte de CRISTO. DEUS foi ofendido pelo pecado do homem, e é Ele quem precisa ser satisfeito através do pagamento por esse pecado.

A obra jurídica de CRISTO na propiciação deve, naturalmente, ser apropriada pela fé de cada pecador individualmente antes de redundar em qualquer benefício pessoal. Não é necessário tentar implorar ou tentar persuadir a DEUS para que Ele seja “misericordioso" como o publicano tentou fazer (Lc 18.13). Agora, essa obra já foi feita. DEUS já recebeu a propiciação, Ele está satisfeito com a obra de CRISTO. Agora o homem é convidado a participar, pela fé, desta obra consumada. R. P. L.

 

RESGATE - Dicionário Bíblico Wycliffe (com alguma alterações do Pr. Henrique)

Este termo traz, normalmente, a conotação de libertação de algum tipo de cativeiro através do pagamento de certo preço. Os seguintes significados básicos podem ser notados para as palavras bíblicas que se referem a este conceito.

1.       Cobertura. O termo heb. koper significa uma “cobertura”, e expressa a idéia de obliteração. Este conceito, na verdade, pode ser baseado em sua ligação com o termo aramaico k‘par (“lavar”; cf. Êx 30.12; Jó 33.24; 36.18).

2.       Liberdade. Este uso é ilustrado pelo termo heb. pidyon em Êxodo 21.30, que se refere àquilo que é comprado, isto é, a liberdade. A idéia verbal de libertar é expressa pelo termo ga’al, que é usado para descrever a libertação do Egito (Is 51.10), e da recompra de um campo (Rt 4.4, “redimir”).

3.       Preço. O termo gr. lytron era o preço de libertação para um escravo. O Senhor JESUS usou essa palavra ao falar de sua própria morte (Mt 20.28). Praticamente o mesmo significado é transmitido por antilytron (1 Tm 2.6), exceto que a ideia de troca é enfatizada. Sendo o próprio resgate, CRISTO redime os pecadores da escravidão do pecado e da condenação da lei. B. C. S.

Venda de alguém em estado de escravidão - ⁵⁰ E acertará com aquele que o comprou, desde o ano que se vendeu a ele até ao ano do jubileu, e o preço da sua venda será conforme o número dos anos; conforme os dias de um diarista estará com ele. Levítico 25:50

²⁰ Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a DEUS no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. 1 Coríntios 6:20

²³ Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens. 1 Coríntios 7:23.

 

SALVAÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe (com alguma alterações do Pr. Henrique)

A doutrina bíblica da salvação é tecnicamente chamada de soteriologia (q.v.). Entendida de forma ativa, a salvação é a obra completa de DEUS que consiste em trazer homens do estado de pecado ao estado de glória através de JESUS CRISTO, o DEUS-homem. No estado anterior, o homem está espiritualmente morto e sujeito à ira divina; neste último, ele está sob a graça de DEUS, e experimentando a vida eterna. Entendida de forma passiva, a salvação é um presente completo a ser desfrutado pelos verdadeiros crentes em CRISTO, a oferta de si mesmo que foi feita por DEUS através de seu Filho. Vários termos que designam a salvação ocorrem frequentemente ao longo da Bíblia Sagrada. No AT, a raiz mais importante em hebraico é yasha', que significa liberdade daquilo que prende ou restringe. Portanto, o verbo significa soltar, liberar, dar comprimento e largura a algo ou a alguém. Os vários substantivos derivados desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o de resgatar (1 Sm 11.9), além de transmitir o estado resultante de segurança, bem-estar, prosperidade (2 Sm 23.5; SI 12.6) e de vitória sobre os adversários (2 Sm 23.10,12; SI 98.1). O particípio deste verbo é a palavra traduzida como "Salvador", moshia' (veja Salvador), da qual vem o nome Josué (q.v.), e sua forma grega, JESUS; ambas significam "Yah(weh) salva". Na LXX e no NT o verbo grego sozo e seus cognatos, soter, "salvador" e soteria, "salvação", geralmente traduzem yasha' e seus respectivos substantivos. Algumas vezes, no entanto, o grupo sôzô é formado pelas traduções de shalom: "paz" ou "plenitude" e seus cognatos. Desta forma, soteria pode significar "cura", "recuperação", "remédio", "resgate", "redenção", ou "bem-estar". Sozo significa a ação ou o resultado da libertação ou preservação do perigo, das doenças ou da morte (At 27.20,31,34; Mt 9.22; 14.30; Lc 8.50; 18.42; Hb 5.7), e implica segurança, saúde, e até mesmo vitória (Ap 12.10; 19.1). No cristianismo, o verbo passou a ser utilizado com o significado de salvar uma pessoa da condenação eterna, e conduzi-la à vida eterna (Rm 5.9; Tg 5.20; Hb 7.25). No texto em 2 Timóteo 4.18 este termo transmite a ideia de levar alguém com segurança ao reino celestial de CRISTO. No NT, o termo soteria só é encontrado em conexão com JESUS CRISTO como Salvador, e não em qualquer sentido físico ou temporal. A salvação traz a justiça de DEUS para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em CRISTO (Rm 1.16,17; 1 Co 1.21). A salvação baseia-se na morte de CRISTO para a remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um DEUS santo e abençoador (Rm 3.21-26). As bênçãos da salvação incluem, basicamente, a redenção, a reconciliação, e a propiciação. A redenção (q.v.) significa a completa libertação através do pagamento de um resgate (2 Pe 2.1; Gl 3.13; Mt 20.28). A reconciliação (q.v.) significa que, por causa da morte de CRISTO, o relacionamento humano com DEUS foi modificado de um estado de inimizade passando a um estado de comunhão (Rm 5.10). A propiciação (q.v.) significa que a ira de DEUS foi retirada através da oferta de CRISTO (Rm 3.25; 1 Jo 4.10). Quando uma pessoa crê no Senhor JESUS CRISTO, ela é salva (At 16.31), e assim já está justificada, redimida, reconciliada, e limpa (Jo 13.10; 1 Co 6.11). Além disso, a salvação é também progressiva (1 Co 1.18) e o homem precisa da obra santificadora do ESPÍRITO no aperfeiçoamento de sua salvação (Rm 8.13; 2 Co 3.18; Fp 2.12). Além disso, a salvação, em sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando CRISTO voltar (Hb 9.28). A necessidade da salvação é encontrada na natureza pecaminosa do homem. A única condição para a salvação é a fé. E esta é uma responsabilidade do homem (Ef 1.3; 2.8; Jo 3.16). A responsabilidade de um homem salvo é viver uma vida com DEUS, separado do mundo, e na antecipação da futura consumação de sua esperança (Tt 2.12,13). A respeito do aspecto escatológico da redenção, Pedro fala da "salvação já prestes para se revelar no último tempo" (1 Pe 1.5). O crente recebeu o ESPÍRITO SANTO como um adiantamento ou como um penhor da sua salvação (Rm 8.23; Ef 1.13,14), bem como um substituto de JESUS presente em si, para o ensinar, guiar, orientar, ajudar na oração, fazer lembrar das palavra de JESUS e dar palavras quando necessário (são algumas das atribuições do ESPÍRITO SANTO que vive com, e no crente). Duas outras bênçãos estão reservadas para o futuro: a remoção completa da natureza decaída, e o recebimento do corpo da ressurreição. Paulo refere-se a esta última como "a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23), e explica que ela nos será concedida por ocasião do retorno de CRISTO, quando Ele removerá a maldição que foi colocada sobre os homens e sobre a natureza após a queda de Adão. Tanto o AT como o NT Falam da remoção da maldição da natureza (Rm 8.18-23; Is 11.1-16; 65.25) como também da ressurreição (Dn 12.2).

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Lição 2, A Atuação do ESPÍRITO SANTO no Plano da Redenção
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Comentarista: Esequias Soares
    
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/escrita-licao-2-atuacao-do-espirito.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/slides-licao-2-atuacao-do-espirito.html
 
Vídeo desta lição
https://www.youtube.com/watch?v=A3HFRFdEFo8
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 16.7-13
7 - Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. 8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: 9 - do pecado, porque não creem em mim; 10 - da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; 11 - e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. 12 - Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. 13 - Mas, quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
 
Resumo da Lição 2, A Atuação do ESPÍRITO SANTO no Plano da Redenção
I - O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA
1. A promessa messiânica.
2. Na antiga aliança.
3. A promessa do Consolador.
II - O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA
1. O Consolador (v.7).
2. O Ensinador.
3. O Ajudador.
III - O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO
1. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do pecado (v.9).
2. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo da justiça (v.10).
3. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do Juízo (v. 11).
 
 
Resumo Rápido Pr Henrique
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre a ação do ESPÍRITO SANTO na salvação humana (redenção) e na edificação dos crentes. Após a Ascenção de JESUS não ficamos sós, pois o Consolador, o ESPÍRITO SANTO, veio morar em nós, ao nos convertermos. DEUS PAI planejou a salvação, ou redenção, JESUS CRISTO a executou na Cruz do Calvário, o ESPÍRITO SANTO vaticinou antes e deu poder e cuidou para que tudo fosse cumprido.
Ele habita em nós: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira parte dessa declaração de JESUS indica a permanência do ESPÍRITO SANTO em nós (“habita convosco”); e a segunda, a sua presença constante dentro de nós (“e estará em vós”). Alguém pode habitar numa casa e não estar presente nela em determinada ocasião. Porém, o ESPÍRITO SANTO quer estar sempre presente no crente, como uma das maravilhas dessa “tão grande salvação” (Hb 2.3).
 
REDENÇÃO. O significado original de “redenção” (gr. apolutrosis) é resgatar mediante o pagamento de um preço. A expressão denota o meio pelo qual a salvação é obtida, a saber: pagamento de um resgate. A doutrina da redenção pode ser resumida da seguinte forma:
O estado do pecado, do qual precisamos ser redimidos. O NT mostra que o ser humano está alienado de DEUS (3.10-18), sob o domínio de Satanás (At 10.38; 26.18), escravizado pelo pecado (6.6; 7.14) e necessitando de livramento da culpa, da condenação e do poder do pecado (At 26.18; Rm 1.18; 6.1-18, 23; Ef 5.8; Cl 1.13; 1Pe 2.9).
O preço pago para nos libertar dessa escravidão: CRISTO pagou esse resgate ao derramar o seu sangue e dar sua vida (Mt 20.28; Mc 10.45; 1Co 6.20; Ef 1.7; Tt 2.14; Hb 9.12; 1Pe 1.18,19).
O estado presente dos redimidos: Os crentes redimidos por CRISTO estão agora livres do domínio de Satanás e da culpa e do poder do pecado (At 26.18; Rm 6.7,12,14,18; Cl 1.13). Essa libertação do pecado, no entanto, não nos deixa livres para fazer o que queremos, pois somos propriedade de DEUS. A nossa libertação do pecado por DEUS nos torna em servos voluntários seus (At 26.18; Rm 6.18-22; 1Co 6.19,20; 7.22,23).
A doutrina de redenção no NT já estava prefigurada nos casos de redenção registrados no AT. O grande evento redentor do AT foi o êxodo de Israel (ver Êx 6.7; 12.26). Também, no sistema sacrificial levítico, o sangue de animais era o preço pago para expiar o pecado (ver Lv 9.8).
 
A DOUTRINA DA REDENÇÃO
Como já vimos, redenção tem a ver com a pessoa do pecador. Ela é realizada por JESUS CRISTO: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7). Pois “... por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.12).
Definição de redenção. Nos dias bíblicos, redenção é a libertação de um escravo, mediante um resgate — gr. lytron (este termo aparece em Mateus 20.28) —, além de retirar esse escravo do mercado de escravos, para não mais ficar exposto à venda. Redenção sempre requer o preço a ser pago para garantir a liberdade do escravo.
Há sete principais palavras originais no Novo Testamento para redenção:
Agorazo, “compraste” (Ap 5.9). Comprar na praça. O pecador estava na praça do mercado de escravos, vendido ao pecado e servindo a Satanás: “Assim,
meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de CRISTO, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para DEUS” (Rm 7.4).
Exagorazo, “resgatou” (Gl 3.13). Comprar o escravo na praça e retirá-lo de lá, para que não fosse mais exposto à venda: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” Cl 1.13.
Lytroo, “resgatados” (I Pe 1.18,19). Pagar o preço exigido pelo resgate de um escravo e libertá-lo.
Lytrosis, “redenção” (Hb 9.12). Libertar mediante o pagamento de resgate. É um termo mais vigoroso do que lytroo, Apolytrosis, “redenção” (Ef 1.7). É empregado em Lucas 21.28 para significar soltura, libertação, livramento, desprendimento do povo de DEUS, ao sair deste mundo opressor e escravizador, para ficar eternamente com o Senhor. Este termo é uma forma mais vigorosa que lytrosis.
Antilyron (I Tm 2.6). A troca de uma pessoa por outra; ou seja, a redenção de vida por vida, no caso de um cativo, escravo ou prisioneiro.
Lytron (Êx 21.30; Mt 20.28; Mac 10.45). O resgate pago pela redenção de um cativo, escravo ou prisioneiro de guerra.
A redenção do pecador. A nossa redenção espiritual foi planejada e decidida por DEUS antes da fundação do mundo (I Pe 1.18,19; Ap 13.8). Essa redenção, em CRISTO, é formosa e claramente ilustrada em Levítico 25 — principalmente nos versículos 25, 48 e 49 — e Rute 2.20; 3.9-13; 4.1-9. Nessas passagens, o termo go’el significa “parente remidor”, o qual tinha de ser consanguíneo do escravo. Vemos claramente no papel desse parente remidor um tipo de nosso Redentor, o Senhor JESUS (Tt 2.14).
O tríplice resultado da redenção. A nossa redenção efetuada por JESUS resulta na conversão da alma, pois esta foi perdida pelo homem, na sua Queda (Gn 2.17; Ez 18.20).
Outro resultado da redenção é a nossa ressurreição, isto é, a redenção do corpo. O homem perdeu o seu corpo ao perder o direito a comer da árvore da vida, no Éden, devido à Queda: “Então, disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente” (Gn 3.22).
A redenção resulta também em domínio da terra. O ser humano perdeu a terra ao pecar (Gn 1.28). Em João 1.29, vemos que JESUS é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (cf. Ap 5.1-5,9). Na Segunda Vinda de CRISTO, começará a redenção da terra, que fora amaldiçoada depois da Queda: “maldita é a terra” (Gn 3.17).
 
  
O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO
 
1. Veja aqui qual é a função do ESPÍRITO, e com que missão Ele é enviado.
A vinda do ESPÍRITO era absolutamente necessária para a realização dos interesses de CRISTO na terra (v. 8): “E quando ele vier”, elthon ekeinos. Aquele que é enviado deseja vir, e na sua primeira vinda, Ele fará isto, Ele “reprovará”, ou, como na interpretação da margem (versão inglesa KJV), “convencerá o mundo”, pelo seu ministério, no que diz respeito ao pecado, à justiça e ao juízo.
(1) Para reprovar.
O ESPÍRITO, pela palavra e pela consciência, é um reprovador. Os ministros são reprovadores por ofício, e por intermédio deles, o ESPÍRITO reprova.
(2) Para convencer.
Este é um termo legal que muitas vezes representa a função do juiz, ao resumir as evidências e definir uma questão que tinha sido debatida durante muito tempo, sob uma luz clara e verdadeira. Ele “convencerá”, isto é, Ele calará os adversários de CRISTO e da sua causa, revelando e demonstrando a falsidade e a falácia daquilo que eles sustentam, e a verdade e a certeza daquilo a que eles se opõem. Observe que o trabalho de convencer é o trabalho do ESPÍRITO. Ele pode realizá-lo com eficácia, e ninguém pode fazê-lo, exceto Ele. O homem pode abrir a causa, mas somente o ESPÍRITO pode abrir o coração. O ESPÍRITO é chamado de Consolador (v. 7), e aqui está escrito: Ele “convencerá”. Poderia pensar-se que este era um consolo frio e distante, mas é o método que o ESPÍRITO adota, a saber, primeiro convence, e depois consola, primeiro abre a ferida, e depois aplica os remédios curativos. Ou, interpretando a convicção de modo mais genérico, como uma demonstração daquilo que é certo, isto indica que os consolos do ESPÍRITO são sólidos e se baseiam na verdade.
2. Veja quem são aqueles a quem Ele deverá condenar e convencer: o mundo, tanto os judeus quanto os gentios.
(1) Ele dará ao mundo os meios mais poderosos de convicção, pois os apóstolos deverão ir a todo o mundo, respaldados pelo ESPÍRITO, para pregar o Evangelho, que é completamente comprovado.
(2) Ele irá prover de modo suficiente para o silêncio e a remoção das objeções e preconceitos do mundo contra o Evangelho. Muitos infiéis são convencidos por todos, e julgados por todos, 1 Coríntios 14.24. (3) Ele irá convencer a muitos no mundo, de maneira efetiva e salvadora, muitos de todas as épocas, em todos os lugares, para sua conversão à fé de CRISTO. Era um incentivo para os discípulos, em referência às dificuldades que eles provavelmente iriam encontrar:
[1] Que eles veriam o bem sendo feito, a queda do reino de Satanás como um relâmpago, o que seria sua alegria, assim como era a dele. Mesmo neste mundo maligno, o ESPÍRITO irá operar. E a convicção dos pecadores é o consolo dos ministros fiéis.
[2] Que isto seria o fruto dos seus serviços e sofrimentos, que iriam contribuir muito para esta boa obra.
 
Uma vez realizada a obra da redenção, o ESPÍRITO veio para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. A salvação está à disposição de todos, mas há a necessidade de alguém persuadir a humanidade. Esse alguém é o ESPÍRITO SANTO.
  
1. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do pecado (v.9).
A ideia do verbo “convencer” é persuadir. Isso é observado em outras passagens do Novo Testamento (Jo 8.46; 16.8; 1 Co 14.24; Tt 1.9). É o ESPÍRITO SANTO que convence ou persuade o mundo do pecado. JESUS disse pecado e não pecados, isso porque Ele não está falando de alguns pecados ou transgressões específicas (Rm 3.23), mas da incredulidade, isso é o pecado: “do pecado, porque não creem em mim”. Antes mesmo que alguém cometa alguma coisa, JESUS havia dito que tal pessoa já estava condenada (Jo 3.18). É o ESPÍRITO que torna as pessoas conscientes do seu estado de miséria espiritual e as leva a reconhecerem o Senhor JESUS CRISTO como seu Salvador (Tt 3.5).
 
“Do pecado, porque não creem em mim” (v. 9).
[1] O ESPÍRITO é enviado para convencer os pecadores do pecado, e não simplesmente falar-lhes sobre ele.
Na convicção, há mais do que isto. É provar-lhes, e forçá-los a reconhecer, assim como aqueles (Jo 8.9) que foram convencidos pelas suas próprias consciências. Fazê-los conhecer suas abominações. O ESPÍRITO convence da realidade do pecado, de que fizemos isto e aquilo; da falha no pecado, de que fizemos mal em fazer isto e aquilo; da tolice do pecado, de que agimos contra a razão e contra nossos verdadeiros interesses; da sujeira do pecado, de que por ele nos tornamos odiosos a DEUS; da fonte do pecado, a natureza corrupta; e, por fim, do fruto do pecado, cujo fim é a morte. O ESPÍRITO demonstra a depravação e a degeneração de todo o mundo, pelas quais todo o mundo é culpado diante de DEUS.
[2] Ao convencer, o ESPÍRITO se prende especialmente ao pecado da incredulidade, que consiste no fato de não se crer em CRISTO. Em primeiro lugar, por este ser um grande pecado dominante. Havia, e há, muitas pessoas que não crêem em JESUS CRISTO, e elas não se dão conta de que este é seu pecado. A consciência natural lhes diz que matar e roubar são pecados. Mas é a obra sobrenatural do ESPÍRITO convencê-las de que há um pecado em não crer no Evangelho, e rejeitar a salvação que ele oferece. A religião natural, depois que nos fornece suas melhores revelações e orientações, estabelece e nos deixa sob esta obrigação adicional, que, a qualquer revelação divina que nos seja feita, a qualquer tempo, com evidências suficientes que provem sua origem divina, nós devemos aceitar e sujeitar-nos. Transgridem esta lei aqueles que, quando DEUS nos fala por intermédio do seu Filho, rejeitam aquele que fala, e, por isto, é pecado. Em segundo lugar, por este ser um grande pecado destruidor. Todo pecado é destruidor em sua própria natureza. Porém, nenhum pecado pode destruir aqueles que creem em CRISTO e se mantêm em santificação. De modo que é a incredulidade que destrói os pecadores. É por esta causa que eles não podem entrar no repouso, que não podem escapar à ira de DEUS. Este pecado combate contra o remédio. Em terceiro lugar, por este ser um pecado que está no fundo de todo pecado.
 
O ESPÍRITO irá convencer o mundo de que a verdadeira razão pela qual o pecado reina entre eles consiste no fato de que eles não estão unidos a CRISTO pela fé.
Devemos depositar total confiança na totalidade do sacrifício de JESUS. Devemos nos submeter ao senhorio de CRISTO. Devemos crer na graça de DEUS - JESUS - Ele fez tudo o que era necessário para nossa salvação.
Somos justificados pela fé. Ao ouvirmos o evangelho devemos crer para sermos convencidos e salvos (só somos salvos depois de nosso arrependimento e confissão. Aí recebemos o ESPÍRITO SANTO em nós.
 
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para louvor da sua glória. Efésios 1:13,14
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS. Efésios 2:8
 

 
2. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo da justiça (v.10).
A justiça a que o ESPÍRITO SANTO convence o mundo é a justiça impecável de CRISTO (Jo 8.46). Isso porque JESUS morreu e ressuscitou dentre os mortos e está a destra de DEUS intercedendo por nós (Rm 1.4; Hb 7.25). Ele voltou para o Pai, e o mundo não o vê, mas o Consolador continua persuadindo as pessoas da justiça de CRISTO. É por meio do ESPÍRITO que todos nós chegamos à convicção de que necessitamos da salvação. O Consolador nos leva a JESUS, o nosso Advogado: “temos um Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.1,2).
“Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais”, v. 10. Nós podemos interpretar isto: [1] Como a justiça pessoal de CRISTO. Ele convencerá o mundo de que JESUS de Nazaré era CRISTO, o Justo (1 Jo 2.1), assim como o centurião reconheceu (Lc 23.47): “Na verdade, este homem era justo”. Os inimigos de JESUS lhe atribuíam as piores características, e as multidões não se convenciam, ou não queriam se convencer, de que Ele não era um homem mau, o que fortalecia seus preconceitos contra sua doutrina. Mas Ele é justificado pelo ESPÍRITO (1 Tm 3.16), Ele prova ser um homem justo, e não um enganador. E então o ponto é realmente ganho, pois Ele é o grande Redentor ou a grande trapaça. Mas uma trapaça, nós temos certeza de que Ele não é. Agora, por qual meio ou argumento o ESPÍRITO irá convencer os homens da sinceridade do Senhor JESUS? Em primeiro lugar, o fato de que eles não mais o verão irá contribuir, de certa maneira, para a remoção dos seus preconceitos. Eles não mais o verão na semelhança da carne pecadora, na forma de um servo, que fez com que eles o desprezassem. Moisés foi mais respeitado depois de ser removido do que antes. Mas, em segundo lugar, sua ida ao Pai traria uma convicção completa disto. A vinda do ESPÍRITO, segundo a promessa, era uma prova da exaltação de CRISTO à direita de DEUS (At 2.33), e uma demonstração da sua justiça, pois o santo DEUS nunca colocaria um enganador à sua direita. [2] Como a justiça de CRISTO transmitida a nós, para nossa justificação e salvação, que é a justiça eterna que o Messias devia trazer, Daniel 9.24. Veja que, em primeiro lugar, o ESPÍRITO irá convencer os homens desta justiça. Tendo, pela convicção do pecado, lhes mostrado a necessidade que tinham de justiça, para que isto não os levasse ao desespero, Ele irá lhes mostrar onde ela pode ser encontrada, e como eles podem, se crerem, ser absolvidos da culpa e ser aceitos como justificados, diante de DEUS. Era difícil convencer desta justiça àqueles que tentavam estabelecer a sua própria (Rm 10.3), mas o ESPÍRITO o fará. Em segundo lugar, a ascensão de CRISTO é o grande argumento apropriado para convencer os homens desta justiça: Eu “vou para meu Pai”, e, como evidência de que serei bem recebido junto a Ele, “não me vereis mais”. Se CRISTO tivesse deixado alguma parte da sua missão inacabada, Ele teria sido enviado de volta. Mas agora que temos a certeza de que Ele está à direita de DEUS, temos a certeza de que somos justificados por meio dele.
 
3. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do Juízo (v. 11).
 
JESUS disse ainda: “e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”. O “príncipe deste mundo” é uma referência a Satanás, derrotado com a vitória de CRISTO no Calvário (Jo 12.31-33; 14.30). O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do juízo, ou seja, trata-se de julgamento. Que julgamento? Nossos pecados foram julgados em CRISTO na cruz, e Satanás perdeu as multidões do mundo que vieram a JESUS pela ação do ESPÍRITO SANTO. Mas, esse julgamento se refere ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já começou e será concluído na consumação dos séculos (Mt 25.41; Ap 12.7-10; 20.10). O Diabo ainda luta numa batalha que já foi perdida. Esse “juízo” é uma referência ao julgamento de nossos pecados na cruz do Calvário e ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já foi vencido por JESUS da sua morte e ressurreição.
 
“Do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”, v. 11.
Satanás já foi julgado e condenado. Seu juízo final será só para lançá-lo no lago de fogo e enxofre, no final do milênio.
 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. Apocalipse 20:10
 
Observe aqui:
[1] O Diabo, o príncipe deste mundo, foi julgado, foi considerado como um grande enganador e destruidor, e, como tal, recebeu julgamento e a execução foi realizada, em parte. Ele foi expulso do mundo gentílico quando seus oráculos foram silenciados, e seus altares, abandonados. Foi expulso do corpo de muitos, em nome de CRISTO, cujo poder milagroso continua na igreja. Ele foi expulso das almas das pessoas, pela graça de DEUS, através da operação do Evangelho de CRISTO. Ele caiu como um relâmpago do céu.
[2] Este é um bom argumento, com o qual o ESPÍRITO convence o mundo do juízo, isto é, em primeiro lugar, da santidade e santificação inerentes, Mateus 12.18. Pelo juízo do príncipe deste mundo, fica evidente que CRISTO é mais forte que Satanás, e pode desarmá-lo e destituí-lo, e estabelecer seu trono sobre a ruína do dele. Em segundo lugar, de uma nova e melhor dispensação das coisas. Ele irá mostrar que a missão de CRISTO no mundo foi a de estabelecer as coisas para endireitá-lo, e dar início aos tempos de transformação e regeneração. E Ele prova isto com o fato de que o príncipe deste mundo, o grande mestre do desgoverno, é julgado e expulso. Tudo estará bem quando for quebrado o poder daquele que fazia tantas maldades. Em terceiro lugar, do poder e do domínio do Senhor JESUS. Ele convencerá o mundo de que todo o juízo é dado ao Senhor JESUS, e que Ele é o Senhor de tudo e de todos. A evidência disto é que Ele julgou o príncipe deste mundo, feriu a cabeça da serpente, destruiu aquele que tinha o poder da morte, e despojou os principados. Se Satanás foi dominado desta maneira por CRISTO, nós podemos ter a certeza de que nenhum outro poder pode se erguer diante dele. Em quarto lugar, do dia do juízo final: todos os inimigos obstinados do Evangelho e do reino de CRISTO certamente receberão, por fim, seu tratamento, pois o Diabo, seu cabeça, será julgado.
 
 
CONCLUSÂO
O ESPÍRITO SANTO inspirou os profetas a escrevem sobre a vinda do Messias. No Antigo Testamento vimos várias manifestações do ESPÍRITO SANTO, tanto na orientação da liderança como na capacitação de poder em alguns servos de DEUS. Vemos claramente no Antigo Testamento a promessa do Consolador, principalmente em Isaías e Joel. O ESPÍRITO SANTO nos consola, ensina e é nosso ajudador. O ESPÍRITO SANTO convence o mundo do pecado, da justiça e do Juízo.
 
 
A atuação do ESPÍRITO SANTO no plano divino de redenção. A cada época da história, a Igreja é tentada a deixar a dependência do ESPÍRITO SANTO para experimentar métodos secularizados que não glorificam a DEUS. Esse fenômeno ocorreu no período antigo, no médio, no moderno e ocorre no contemporâneo.
Um dos objetivos da Escola Dominical, dentre muitos outros, é conscientizar os alunos de que não se pode substituir a mais antiga e atual forma de convencer o homem sem DEUS de seu real estado: a dependência na ação do ESPÍRITO SANTO para agir no coração do pecador. Além de Ele atuar para convencê-lo, o ESPÍRITO capacita o emissor da mensagem, dando-lhe poder e manifestando sinais sobrenaturais para confirmá-la. É maravilhoso viver na dependência do SANTO ESPÍRITO!
PONTO CENTRAL - O ESPÍRITO SANTO atua de maneira contínua e dinâmica para a salvação.
  
 
Uma das mais belas definições acerca da palavra “promessa” é “esperança que se fundamenta em algo concreto e aparente” (Caudas Aulete Online). A promessa do ESPÍRITO SANTO foi concretizada nas Escrituras e ao longo da história da Igreja. Ainda hoje, milhares de pessoas experimentam dia após dia a doce presença do SANTO ESPÍRITO.
Há razões de sobra para que o crente deposite a sua inteira confiança na promessa do ESPÍRITO SANTO. Por isso, ao final da exposição deste tópico, auxiliado pelas informações acima, ou nas que o ESPÍRITO SANTO lhe impulsionar, faça uma aplicação no sentido de que seus alunos se conscientizem de que a promessa do ESPÍRITO SANTO ainda é real e está disponível a quem crer e buscá-la. Talvez haja alguém na sua classe que ainda não experimentou o batismo no ESPÍRITO SANTO. Quem sabe não chegou a hora de JESUS batizar? Você é o instrumento disponível para conscientizar seu aluno, e aluna, acerca dessa preciosa promessa.
 
“Uma das verdades ensinadas pelo ESPÍRITO SANTO é que não podemos recitar uma fórmula mágica do tipo: ‘Amarro Satanás; amarro minha mente; amarro minha carne. Agora, ESPÍRITO SANTO, creio que os pensamentos e as palavras que se seguem vêm todos de ti!’ Não nos é lícito usar encantamento para submeter DEUS à nossa vontade. João admoesta a Igreja: ‘Provai se os espíritos são de DEUS’ (1Jo.14.1). Significa que devemos permitir ao ESPÍRITO SANTO da Verdade orientar-nos na tarefa de interpretar a Palavra de DEUS e a testar, pelas Escrituras, os nossos pensamentos e os de outras pessoas. Há perigos genuínos neste assunto. Certo autor reivindicou, na capa do seu livro: ‘Predições cem por cento corretas das coisas do porvir’. A tarefa do leitor, com a ajuda do ESPÍRITO SANTO, é seguir o exemplo dos bereanos, que o próprio ESPÍRITO recomenda através das palavras de Lucas. Eles persistiam ‘examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim’ (At 17.11). Cada crente deve ler, testar e compreender a Palavra de DEUS e os ensinos a respeito dela. O crente pode fazer assim confiadamente, na certeza de que o ESPÍRITO SANTO, que habita em cada um de nós, irá levar-nos a toda verdade” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.398-99).

“Paulo nos revela que, se confessarmos com a nossa boca que JESUS é Senhor e realmente crermos que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvos. Porque, quando cremos no coração, somos justificados. E, quando confessamos que DEUS ressuscitou JESUS dentre os mortos, somos salvos (Rm 10.9,10). Paulo nos garante que ninguém pode dizer: ‘JESUS é Senhor’, a não ser pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.3). Paulo não está afirmando ser impossível aos hipócritas ou falsos mestres falarem, da boca para fora, as palavras ‘JESUS é Senhor’. Mas dizer que JESUS é verdadeiramente Senhor (que envolve o compromisso de segui-lo e de cumprir sua vontade, ao invés de os nossos próprios planos e desejos) exige a presença do ESPÍRITO SANTO dentro de nós e o coração e espírito novos, conforme conclama Ezequiel 18.31. Nosso próprio ser confessa que JESUS é Senhor à medida que o ESPÍRITO SANTO começa a transformar-nos segundo a imagem de DEUS” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.396).
  
 
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LIÇÃO 12, BETEL, A REDENÇÃO EM CRISTO, 3TR25 NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA – 3º TRIMESTRE DE 2025
 
 
 TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 1.12,28; 3.14-16
João 1.12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS.
28 No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo.
João 3.14 E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
 

INTRODUÇÃO  
O Pai enviou Seu Filho Unigênito para consumar a perfeita Obra de Redenção, planejada antes da fundação do mundo. Como resultado do suficiente e glorioso Plano Divino de Redenção, pela fé em CRISTO e pelo arrependimento, é possível que o ser humano seja resgatado de sua vã maneira de viver, reconcilie-se com DEUS e passe a fazer parte da família de DEUS, desfrutando das inúmeras bênçãos reservadas aos que estão em CRISTO JESUS.
 
PONTO DE PARTIDA: JESUS CRISTO é o agente da nossa redenção.
 
1. A PROMESSA DE UM REDENTOR SE CUMPRE 
A vinda do Filho Unigênito em forma humana é o cumprimento do que já tinha sido anunciado por DEUS ainda no Éden sobre a semente da mulher (Gn 3.15). O fato de JESUS ter se feito homem foi um grande milagre (Jo 6.29). Como relata João, o Verbo Eterno estava com DEUS no princípio de todas as coisas. Ele se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1-14), ou seja, JESUS já existia antes do princípio (Jo 8.58).
 
1.1. O grande plano de redenção  
Não havia nenhuma chance de a raça humana ser salva, porque éramos pecadores fadados à morte eterna: “a alma que pecar, essa morrerá, Ez 18.20. Entretanto, o Filho de DEUS veio a este mundo (Jo 1.29) consumar Seu Plano Divino de Redenção, e isso inclui morrer na cruz pelos nossos pecados (Jo 15.13). JESUS assumiu as nossas culpas e se entregou por amor a nós (Jo 12.30). Embora nunca tenha pecado, Ele suportou a cruz para livrar a humanidade da morte eterna e do poder do pecado, e tudo isso por amor (Is 53.4-5). Os acusadores não conseguiram encontrar em CRISTO qualquer pecado, por isso tiveram que acusá-lo falsamente (Jo 8.46).
 
Israel Maia (2008, L.07): “A redenção não somente lança os olhos de volta para o Calvário, mas também contempla a liberdade na qual se encontram os redimidos. Estudar acerca da redenção em CRISTO traz esperança acerca do nosso destino, tanto na terra quanto na eternidade. Quando éramos escravos do pecado, não tínhamos a mínima chance de salvação; mas, a graça do sacrifício de CRISTO na Cruz, nós, os crentes, que nos apropriamos dessa graça pela fé, fomos redimidos pelo Seu sangue. Deste modo, não somos apenas comprados, mas sim totalmente libertados das mãos daquele que nos oprimia e escravizava”.
 
1.2. Redenção só em JESUS    
Somente o Filho de DEUS pode oferecer redenção à humanidade. Entretanto, antes de executar Seu plano, as palavras do Filho de DEUS são acompanhadas de uma oração (Jo 17.1). O Filho de DEUS estava prestes a encarar o Gólgota; mas, antes disso, necessitava falar com o Pai em oração. Para o cumprimento de Sua missão, Ele foi preso, julgado, condenado, crucificado e morto. Mas, para concretizar o Plano da Redenção, o Filho de DEUS ressuscitou (Jo 20.17). Assim, todo ser humano precisa saber que só existe um meio para reconciliação com o Pai, e esse meio é JESUS CRISTO (2Co 5.20).
 
Dilmo dos Santos (2012, L.13): “Após erguer os olhos em oração, JESUS disse que chegara a sua ‘hora, o ponto central do plano redentor de DEUS. Era o momento de manifestar o esplendor de Sua autoridade, de conceder vida eterna a todos os eleitos (Jo 6.44; 1.11,12). JESUS havia construído uma bela história pública com o Pai entre os Seus familiares, amigos e discípulos, além dos religiosos. Em todas as atividades, a Sua relação com o Pai sempre foi marcante, desde o início de Sua presença entre os homens. Uma relação de testemunho do Pai (Mt 3.13-17); de confirmação das Escrituras (Mt 12.17-21); de companhia do Pai (Mt 15.5); e de unidade com o Pai (Jo 17.21)”.
 
1.3. A Obra Redentora  
Na Cruz, JESUS consumou Sua admirável Obra Redentora, conforme Colossenses 1.19,20: “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse. E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”. Assim, a Obra Redentora é um fundamento do cristianismo, e se refere à obra consumada pelo Filho de DEUS por meio de Sua morte e Ressurreição (Jo 20.6-8). Essa Obra é o embasamento da salvação e da mediação entre DEUS e a humanidade, sendo essencial para a fé cristã (Jo 17.20). Por isso, como discípulos de CRISTO, Ele nos enviou ao mundo para que toda criatura saiba e creia que, por JESUS CRISTO, é possível a reconciliação com o Pai e um viver como nova criatura.
 
Bispo Primaz Manoel Ferreira (Revista Betel novos convertidos, L. 3): “A obra central e principal de JESUS é Sua morte na cruz para libertar o homem dos pecados e levá-lo a DEUS. Através da Sua morte, Ele destruiu o poder do diabo (Hb 2.14). A morte de JESUS será tema principal dos louvores que todos nós a Ele prestamos no Céu (Ap 5.9). Pela morte de JESUS, DEUS manifestou Seu amor a nós, libertando-nos da culpa e do poder do pecado (1Pe 2.24). Pela Sua morte, JESUS nos conduziu de volta a DEUS (1Pe 3.18)”.
 
EU ENSINEI QUE:
JESUS assumiu as nossas culpas e se entregou por amor a nós.
 
2- A SUFICIENTE E PERFEITA OBRA REDENTORA  
A Obra Redentora consumada por JESUS CRISTO não foi um plano de última hora, pois a Bíblia menciona “antes da fundação do mundo” (Ef 1.4; 1Pe 1.20) e “desde a fundação do mundo” (Ap 13.8) ao falar sobre aspectos que estão conectados ao Plano Divino da Redenção. Assim, podemos atestar que a consumação desta obra é um testemunho da provisão divina de salvação e da manifestação das riquezas da benignidade de DEUS para conosco. Glória pois a Ele!
 
2.1. A preciosa Redenção    
A redenção do ser humano provém da infinita graça, da misericórdia e do amor de DEUS: “Isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação“, 2Co 5.19. DEUS é louvado na Bíblia como o Redentor da raça humana (Jó 19.25; Is 41.14; 47.4; 63.16). O ser humano não tem como avaliar o preço da Salvação que nos foi ofertada pelo Pai por meio do sacrifício de JESUS, o nosso Redentor (Jo 3.16). A Carta aos Hebreus nos revela que o Filho de DEUS, pelo Seu sangue, entrou no Santuário e efetuou uma eterna redenção (Hb 9.12).
 
Dilmo dos Santos (2012, L.14): “A ressurreição de CRISTO não foi simplesmente um retorno da morte, à semelhança daquela experimentada por outros antes dele, como Lázaro (Jo 11.1-44); porque, senão, JESUS teria se submetido à fraqueza e ao envelhecimento e, por fim, teria morrido outra vez, exatamente como todos os outros seres humanos morrem. Em vez disso, quando ressurgiu dos mortos, JESUS tornou-se “as primícias” (1 Co 15.20-23) de um novo tipo de vida humana; uma vida na qual este corpo foi aperfeiçoado, não estando mais sujeito à fraqueza, ao envelhecimento ou à morte, mas capaz de viver eternamente”.
 
2.2. O nosso Redentor vive     
A Bíblia aponta a morte e ressurreição de JESUS como Sua Obra de Redenção. O Dicionário UNESP do Português Contemporâneo (2012, p.1186) define “redenção” como: “O resgate do homem por JESUS CRISTO, através de Sua morte”. Portanto, a Redenção nos é proporcionada pelo Filho de DEUS, que nos faz livres: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, Jo 8.36.
 
Dicionário Bíblico Wycliffe (2019, p.1656): “Paulo utiliza o termo ruomenos, que apresenta o Messias como aquele que resgata. A partir do uso que Paulo faz da palavra equivalente a ‘resgate, em Romanos 7.24, bem como do uso comum no NT dos termos ‘resgate’ (Mt 20.28) e ‘redenção’ (Hb 9.12), fica claro que CRISTO, como nosso Redentor, é aquele que faz expiação pelos nossos pecados”.
 
2.3. A necessidade de redenção       
O encanto do pecado leva o ser humano a caminhar por seus caminhos (Jo 8.3). João Batista pregava: “Endireitai o caminho do Senhor”, Jo 1.23; mas o homem que não nasceu de novo ama seus pecados e não se arrepende deles (Mt 11.20). Fato é que todos somos pecadores; todos nos tornamos, assim, inimigos de DEUS (Tg 4.4). Quem não nasceu do Alto não pode compreender o Reino de DEUS nem entrar nele (Jo 3.3-5). Conforme lemos no Evangelho de João, JESUS mostrou não haver verdadeira adoração sem o novo nascimento (Jo 3.6). Por isso, o Pai enviou o Filho para quebrar a barreira da inimizade entre o ser humano e DEUS. Agora, por meio do Filho, podemos receber o perdão e nos tornar amigos de DEUS (Rm 5.10).
 
Revista Betel Dominical (4° Tri 2017, L. 6): “Por que necessitamos tão urgentemente da salvação? Porque a Bíblia nos ensina que o homem sem DEUS está perdido, e, por esse motivo, precisa ser resgatado (Mc 10.45; Lc 19.10). Não há um ser humano que possa resgatar outro. Os recursos humanos, tais quais boas obras, dinheiro, boas intenções, são insuficientes para a salvação (Sl 49.7-8). Mas CRISTO JESUS ‘se deu a si mesmo por nós, para nos remir’ (Tt 2.14). A palavra remir indica resgatar, livrar (usada no sentido de comprar). Fomos comprados e libertados da escravidão do pecado (1Co 6.20; 7.23; Cl 1.14). Antes éramos ‘escravos do pecado’, agora devemos viver como ‘servos de CRISTO’ (Rm 6.18,22)”.
 
EU ENSINEI QUE:
O principal benefício da Obra Redentora do Filho de DEUS é a Salvação.
 
3- RESULTADOS DO PLANO DIVINO DA REDENÇÃO   
A Bíblia revela os resultados produzidos na vida de quem é beneficiado pela Obra da Redenção por meio da fé em CRISTO JESUS (Jo 3.16; 20.31; Rm 1.16,17). Nosso Senhor consumou a obra, mas é preciso arrependimento e fé por parte do ser humano (Mc 1.14). Para tanto, não devemos desprezar as oportunidades que o Bom DEUS nos proporciona como demonstração das imensuráveis riquezas da Sua benignidade e longanimidade para conosco (Rm 2.4).
 
3.1. Filhos de adoção     
Logo no início do Evangelho de João, vemos um primeiro resultado na vida de uma pessoa que recebe e crê em JESUS CRISTO como o enviado de DEUS: “deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS”, Jo 1.12. No versículo seguinte (13), há uma importante revelação: ingressar na família de DEUS não está condicionada à laços raciais, familiares ou qualidades pessoais, mas sim à maneira como a pessoa responde à ação de DEUS ao enviar Seu Filho para nos resgatar de nossa vã maneira de viver. Alguns respondem com desprezo e incredulidade (Jo 1.11), mas há os que respondem com fé e arrependimento. Esses entram na família de DEUS (Jo 3.5-6; Gl 3.26; Ef 1.5).
 
F.F. Bruce (1987, p. 43): “O nascimento espiritual e a nova vida para a qual ele abre a porta são temas destacados no Evangelho de João. O remanescente que deu as boas-vindas ao Verbo quando Ele veio ao mundo recebeu o direito de herança de todas as bênçãos e privilégios que sua vinda traria. Estas bênçãos e privilégios resumem-se na aceitação de alguém como membro da família de DEUS. Para entrar nesta família é preciso receber seu Verbo – em outras palavras, é preciso crer em seu nome. Este nome é muito mais que a designação pela qual a pessoa é conhecida; ele abrange o caráter verdadeiro ou, às vezes, como aqui, a própria pessoa.
 
3.2. A Presença do ESPÍRITO SANTO  
Um outro resultado da perfeita Obra da Redenção consumada por JESUS CRISTO é o envio do ESPÍRITO SANTO para estar conosco para sempre (Jo 14.16). Note que o versículo seguinte (17) informa que nem todos recebem o ESPÍRITO; somente os que são discípulos de JESUS. Lembremo-nos de que Judas Iscariotes já não estava mais neste grupo que ouvia o discurso de despedida de JESUS (Jo 13.30,31). Receber a promessa do ESPÍRITO está intimamente conectado com a nossa entrada na família de DEUS (Rm 8.14-16; Gl 4.6). Recebemos a promessa do ESPÍRITO pela fé em CRISTO JESUS como o enviado de DEUS para nos remir (Gl 3.13-14). Neste texto de Gálatas, primeiro Paulo escreve sobre o resgate efetuado por CRISTO e, depois, sobre o recebimento do ESPÍRITO pelos que foram resgatados.
 
Que Pregues a Palavra, Editora Betel, 1ª Edição: maio/2019, pp.104-105: “O ESPÍRITO SANTO atua no início da caminhada cristã e permanece com o discípulo de CRISTO durante toda a jornada neste mundo. Após o novo nascimento, não ficamos sozinhos na luta contra as forças do mal e da natureza pecaminosa. O ESPÍRITO SANTO permanece em nós (Jo 14.16-17). O ESPÍRITO SANTO nos ajuda nas nossas fraquezas e intercede por nós (Rm 8.26). O ESPÍRITO SANTO nos fortalece (Ef 3.16). Assim como JESUS CRISTO ensinava durante o Seu ministério terreno, hoje o ESPÍRITO SANTO também ensina aqueles que são discípulos de CRISTO (Jo 14.26). O ESPÍRITO SANTO nos capacita a vencer a inclinação para os desejos pecaminosos da natureza humana (Rm 8.13; Gl 5.16)”.
 
3.3. Paz com DEUS e Paz de DEUS 
Outro resultado da Ação Redentora de JESUS CRISTO na vida de Seus discípulos é a paz (Jo 14.27; 16.33). Encontramos no Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong o termo “paz”, que admite vários sentidos: oposto de guerra e dissensão; bem-estar e todas as formas de bem; tranquilidade. E, no sentido metafórico, “tranquilidade que surge a partir da reconciliação com DEUS, de uma sensação de ter recebido o favor divino”. JESUS CRISTO é o Príncipe da Paz (Is 9.6) e Sua Obra de Redenção produz paz (Is 53.5). O próprio DEUS providenciou o necessário para que fôssemos reconciliados com Ele por JESUS CRISTO (2Co 5.18-21). Assim, desfrutamos da paz com DEUS e da paz de DEUS (Rm 5.1; Fp 4.7).
 
F.F. Bruce (1987, p. 262): “O que ele chamou de minha paz era algo mais profundo e duradouro, paz no coração que expulsa ansiedade e medo. Paulo fala no mesmo sentido da “paz de CRISTO”, que serve de árbitro no coração dos cristãos, mantendo a harmonia entre eles (Cl 3.15), e da “paz de DEUS” que guarda seus corações e mentes, impedindo que a ansiedade entre (Fp 4.7)”. Note que o Senhor falou: “minha paz” (Jo 14.27); e, no final do discurso de despedida: “em mim tenhais paz” (16.33). Portanto, é imprescindível permanecer em CRISTO (comunhão, relacionamento) para continuar desfrutando da bênção da paz que só há em CRISTO.
 
EU ENSINEI QUE:
Como filhos de DEUS, somos chamados a viver em comunhão, partilhando as bênçãos da Obra Redentora.
 
CONCLUSÃO  
O fato de conhecer e ser beneficiado pela gloriosa Obra Redentora consumada por JESUS CRISTO deve produzir no discípulo de CRISTO atitudes coerentes com um viver que glorifica a DEUS. O Apóstolo Pedro, em sua epístola, diz: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis […] que fostes resgatados…”, 1Pe 1.18. E nós, sabemos? Se sabemos, precisamos desfrutar das bênçãos da redenção com temor, santificação e gratidão em todo o tempo.
 
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Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de Santificação, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- SEM SANTIFICAÇÃO NINGUÉM VERÁ O SENHOR

1.1. Santificação é essencial para ter comunhão com DEUS. 

1.2. Elementos e meios para a santificação. 

1.3. Aperfeiçoando a nossa santificação no temor de DEUS. 

2- SEDE SANTOS, PORQUE EU SOU SANTO

2.1. DEUS quer um povo santo. 

2.2. Santificação do espírito, alma e corpo. 

2.3. JESUS quer uma igreja santa e irrepreensível. 

3- A PARTICIPAÇÃO DO DISCÍPULO DE CRISTO

3.1. Despojeis e revistais. 

3.2. Separação dos padrões do mundo. 

3.3. Abster-se dos prazeres carnais e toda espécie do mal.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2 CORÍNTIOS 7
1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS.

1 TESSALONICENSES 4
7 Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação.

1 TESSALONICENSES 5
23 E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.

 

  

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Lição 6 - Santificação, Comprometidos com a Ética do ESPÍRITO

Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Comentarista: Esequias Soares

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2021/02/escrita-licao-6-santificacao.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2021/02/slides-licao-6-santificacao.html

Vídeo desta Lição  https://www.youtube.com/watch?v=vmX14YMpvCs

  
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Pedro 1.13-23
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de JESUS CRISTO, 14 - como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 - mas, como é SANTO aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, 16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou SANTO. 17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, 18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, 19 - mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, 20 - o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós; 21 - e por ele credes em DEUS, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em DEUS. 22 - Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro; 23 - sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre.

  

Comentários rápidos do Pr. Henrique da Lição 6 - Santificação, Comprometidos com a Ética do ESPÍRITO

 

INTRODUÇÃO

DEUS é SANTO por sua própria natureza. SANTO é o PAI, SANTO é o Filho JESUS e SANTO é o ESPÍRITO SANTO.

Exaltai ao Senhor, nosso DEUS, e adorai-o no seu SANTO monte, porque o Senhor, nosso DEUS, é SANTO. Salmos 99:9 Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso DEUS, sou SANTO.
Levítico 19:2 Mas o Senhor dos Exércitos será exaltado em juízo, e DEUS, o SANTO, será santificado em justiça. Isaías 5:16 Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS. Levítico 20:7

Santificação quer dizer separação para uso exclusivo de DEUS, Por isso mesmo é também Consagração (dedicação - sacrifício vivo) e Purificação (limpeza para ser vaso SANTO e agradável a DEUS - Rm 12.1)
Santificação é obra da Trindade. A Santificação é posicional (no instante da conversão), progressiva (vida cristã em combate contra o pecado) e final ou perfectiva (após o arrebatamento, vida eterna com DEUS). Sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Santificação é um mirar em CRISTO e imitá-Lo, capacitado pelo ESPÍRITO SANTO para agradar ao PAI.

A ética que brota das Sagradas Escrituras é o fundamento da moral de todo seguidor de JESUS. Por isso ela é cristã.

A Ética Cristã está fundamentada nas Sagradas Escrituras, onde o Decálogo, a Mensagem dos Profetas, os Evangelhos, o Sermão do Monte, as Epístolas Paulinas e Gerais merecem destaques.

A Ética Cristã é um chamado para vivermos um estilo de vida segundo as virtudes do Reino de DEUS

  

I - A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A santificação.

Santificação no Antigo Testamento deve ser vista como separação tanto de pessoas como de lugares e coisas para o serviço sagrado.

Separar daquilo que é comum ou imundo: “para fazer diferença entre o SANTO e o profano e entre o imundo e o limpo” (Lv 10.10).

O profano é alguém que se mostra indiferente no que diz respeito ao sagrado (Ez 22.26), aquele que usa o sagrado em comunhão com o pecaminoso. O crente deve tomar cuidado para não estar em comunhão coma trevas, pois é templo, morada do ESPÍRITO SANTO.

O verbo hebraico qadash, “ser SANTO, ser santificado, santificar, ser posto à parte”, é o mais usado no Antigo Testamento, aparece 830 vezes, incluindo os seus derivados, e cuja ideia central é separar do uso comum para o serviço de DEUS, consagrar (1 Sm 7.1).

Tinham um código de leis próprio;

Comiam de comidas diferentes dos outros povos.

Foram chamados para serem diferentes dos demais e exemplo para eles. Deveriam mostrar a diferença entre servir e não servir a DEUS.

  

2. A consagração.

Consagração a DEUS

E os filhos de Israel, e os sacerdotes, e os levitas, e o resto dos filhos do cativeiro fizeram a consagração desta Casa de DEUS com alegria. Esdras 6:16

Também da porta da tenda da congregação não saireis por sete dias, até ao dia em que se cumprirem os dias da vossa consagração; porquanto por sete dias o Senhor vos consagrará. Levítico 8:33

E aconteceu, no dia em que Moisés acabou de levantar o tabernáculo, e o ungiu, e o santificou, e todos os seus utensílios, e também o altar e todos os seus utensílios, e os ungiu, e os santificou, Números 7:1

 

Consagração a Satanás

Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado. Daniel 3:3

  

O lado humano da santificação.

DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22;1 Tm 5.22); (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12); (2 Tm 1.5; 3.15); (Sl 51.10; 32.6); (Lv 27.28b; Rm 12.1,2)

Os meios coadjuvantes (que nos auxiliam) de santificação progressiva são:

(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser SANTO - (2) O SANTO ministério. Dever de cooperar para a santificação dos crentes - (3) Pais que andam com DEUS.  - (4) As orações do justo: A oração tem efeito santificador. - (5) A consagração do crente a DEUS: Rendição incondicional a DEUS

 

Ao mesmo tempo, nos é dito em várias passagens que o cristão deve santificar-se.
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS (Lv 20.7).
Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5).
Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do ESPÍRITO, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de DEUS (II Co 7.1).

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra (II Sm 2.20-21).

De que meios os crentes podem dispor para sua santificação?

A fé (At 26.18; 15.9).
Obediência à Palavra (Jo 17.17; Ef 5.26; Sl 119.105).
Rendição ao ESPÍRITO SANTO (Jo 16.13).
Compromisso pessoal. Na experiência inicial da santificação, que tem lugar na conversão, DEUS separa o crente como vaso escolhido para o Seu uso e glória. Mas chega uma hora na vida de todo seguidor sincero do Senhor JESUS CRISTO em que ele, mediante um ato de profundo compromisso pessoal, se separa para qualquer serviço que DEUS queira que faça. Nessa ocasião, ele se afasta das coisas do mundo da carne e se dedica à vontade perfeita de DEUS para sua vida. O indivíduo recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador, mas agora O coroa como Rei e Senhor da sua vida. Este é um ato real de santificação. Paulo se refere a isto em Rm 12.1-2).

Rendição da vida em definitivo a DEUS constitui a suprema condição para a santificação prática. E isso envolve a entrega de todos os nossos membros à vontade dEle; “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a DEUS, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação (Rm 6.19).

"E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.

É a consumação do propósito de DEUS em nossa Santificação. Na vinda do Senhor JESUS CRISTO seremos como Ele é. Seremos transformados à Sua própria imagem, perfeitos para sempre (Rm 8:29; Fp 1:6; 3:20-21; I Jo 3:2), nunca exatamente como JESUS, mas como espelhos.

  

3. A purificação.

João batizava para purificação - Apareceu João batizando no deserto e pregando o batismo de arrependimento, para remissão de pecados. Marcos 1:4

No cristianismo nossa purificação se dá na conversão

... como também CRISTO amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível, Efésios 5:25-27;

não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5.

 

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Hebreus 9:22

Todavia, o fundamento de DEUS fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de CRISTO aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 2:19-21.

   

A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE - (BEP - CPAD)
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.

O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:

(a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à justiça e à Palavra de DEUS;

(b) acercar-se de DEUS em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3; Ed 9.2).

O povo de DEUS deve ser SANTO, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2) No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e

(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4);

(b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e

(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de

(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9),

(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e

(d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).
(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de DEUS,

(a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1);

(b) vivamos inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e

(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(5) Quando corretamente nos separarmos do mal,

o próprio DEUS nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal,

do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).
  

PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL (CD - CPAD - BEP)
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos 
ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se à abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:

(1) A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.

(2) O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14 e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 
5.19-21).

(3) A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra 
pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos 
solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).

(4) O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).

(5) Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. 

(a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3). 

(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18). 

(c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19). 

(d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28).

Leia tudo e julgue segundo a palavra de DEUS.

  

Salmos 105 diz que os hebreus saíram do Egito com prata e ouro e nao havia um só doente ou enfermo. Viram milagres por todo o caminho, viram que DEUS falava face a face com Moisés. Sabiam que DEUS estava com eles pela Nuvem e pela coluna de fogo. Mesmo assim foram rebeldes, idolatras e murmuradores. Por isso perderam a salvação.

Para um cristão nao existe "Toda regra tem exceção"

 

 II - A SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

A SANTIFICAÇÃO (BEP - CPAD)
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar SANTO”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós as qualidades do fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado, mas somos sempre perdoados ao nos arrependermos e pedirmos perdão a DEUS (1 Jo 1.9).
(3) De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do ESPÍRITO” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8) e ao fugir da idolatria (1 Co 10.14; Gl 5.20; Ap 22.15).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e SANTO e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).


1. Uma obra da Trindade.

 àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS? João 10:36

E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai SANTO, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. João 17:11

À igreja de DEUS que está em Corinto, aos santificados em CRISTO JESUS, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor deles e nosso: 1 Coríntios 1:2

E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo ESPÍRITO do nosso DEUS. 1 Coríntios 6:11

não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5

 

DEUS é pai, Filho JESUS CRISTO e ESPÍRITO SANTO (Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19).

A obra da santificação, um atributo divino, é realizada pela unidade na trindade como pela trindade na unidade (1 Co 6.11; 1 Ts 5.23; 2 Ts 2.13). São as três Pessoas atuando na obra da redenção (1 Pe 1.2).

  

2. Natureza da santificação.

 Santificação posicional - todos os que se convertem são santificados, são declarados santos no mesmo instante de sua conversão.

E aconteceu que, passando Pedro por toda parte, veio também aos santos que habitavam em Lida. Atos 9:32

Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Romanos 15:26

Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão. Romanos 16:15

Paulo, apóstolo de JESUS CRISTO, pela vontade de DEUS, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em CRISTO JESUS: Efésios 1:1

 

No Novo Testamento não existe rituais de purificação cerimonial ou legal de santificação como no sistema mosaico.

A santificação ocorre instantaneamente, juntamente com a salvação em JESUS pela fé (1 Co 1.30).

a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor JESUS e, em teu coração, creres que DEUS o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Romanos 10:9

Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24

 

Ela é chamada teologicamente de santificação posicional referente à mudança da posição de pecador para santificado (1 Co 1.2). Isso é obra do ESPÍRITO SANTO que passa a habitar no interior do crente (1 Co 3.16; 2 Tm 1.14).

Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, Colossenses 1:13

Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz Efésios 5:8

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9
  

3. Uma necessidade.

 A santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

 

A nova vida em CRISTO é o novo nascimento (Jo 3.3). Ao nascer, a criança continua o seu crescimento físico e mental, e isso se aplica também à vida espiritual (Hb 5.12,13; 1 Pe 2.2). Apesar de a santificação ser instantânea, ela é ao mesmo tempo progressiva (Pv 4.18; 2 Co 3.18). A salvação em CRISTO é acompanhada da santificação, e seu agente ativo é o ESPÍRITO SANTO. A vida cristã é uma carreira (Gl 5.7; Fp 3.13,14). Assim, é a santificação progressiva que nos torna mais semelhantes a CRISTO. Não se trata de um tema secundário, pois sem ela “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, Hebreus 12:14 

Sem a santificação não há como se aproximar do DEUS SANTO, muito menos ser arrebatado, ou ser salvo.

  

III - A SANTIFICAÇÃO APLICADA AO CRENTE

1. A comunidade de JESUS.

E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. João 17:19

para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5:27

à igreja de DEUS que está em Corinto, aos santificados em CRISTO JESUS, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor deles e nosso: 1 Coríntios 1:2

A Igreja, o corpo de CRISTO na Terra é santa.

 

A Bíblia possui diversas exortações a respeito da santificação do crente.

 Israel foi colocado como propriedade peculiar de DEUS, “reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19.6),

A Igreja agora assumiu este papel, "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de DEUS; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia." (1 Pe 2.9, 10).

 

A Igreja representa na Terra o caráter de CRISTO. O ESPÍRITO SANTO imprime em nós este caráter SANTO.

 

2. Uma vida santificada.

A santificação do crente tem dois lados:

a- separação para a posse e uso de DEUS;

b- separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a DEUS. 

 

A TRÍPLICE SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

De acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice:

A- Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11; Rm 8.33, 34; 1 Jo 4.17b)

É estar "Em CRISTO"

O crente pela fé torna-se SANTO. - DEUS nos vê perfeitos. - Não há qualquer acusação contra nós.- A santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade"

Sentido posicional da Santificação

No sentido posicional todo o verdadeiro cristão é SANTO DE DEUS. Vejamos alguns aspectos desse sentido da santificação:

- A santificação posicional é um ATO SOBERANO de DEUS, mediante a obra de CRISTO (Hb10:9-10)

- O cristão verdadeiro é santificado em CRISTO (I Co 1:2)

- O cristão verdadeiro é santificado por vocação divina (Rm 1:7; Hb 3:1)

- A santificação posicional independe das nossas falhas ou imperfeições pessoais (I Co 3:1-3; cf 6:11)

- Isso não significa liberdade para andarmos como queremos. Há necessidade de SANTIFICAÇÃO PRÁTICA.

 

B- Santificação progressiva. É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente.

Pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). - Ocorre à medida que o ESPÍRITO o rege soberanamente - O crente a busca, em cooperação com DEUS: "Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).

SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA se refere ao crescimento gradual do crente em conhecimento e santidade, de forma que, tendo recebido justiça legal na justificação, ele pode agora desenvolver a justiça pessoal em seu pensamento e comportamento.

 

a) O lado divino da santificação progressiva.

São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).

(1) O sangue de JESUS CRISTO - (2) a Palavra de DEUS - (3) o ESPÍRITO SANTO - (4) a glória de DEUS manifesta - (5) e a fé em DEUS


. O Pai (I Ts 5.23)
. O Filho, o Senhor JESUS CRISTO, ao verter seu precioso sangue (Hb 10.10; Hb 12.9-10)
. O ESPÍRITO SANTO (Rm 15.16; I Pe 1.2)
O poder interior e a unção do ESPÍRITO SANTO são, talvez, os maiores agentes para nos dar a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17).

 

b) O lado humano da santificação.

DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22;1 Tm 5.22); (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12); (2 Tm 1.5; 3.15); (Sl 51.10; 32.6); (Lv 27.28b; Rm 12.1,2)

Os meios coadjuvantes (que nos auxiliam) de santificação progressiva são:

(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser SANTO - (2) O SANTO ministério. Dever de cooperar para a santificação dos crentes - (3) Pais que andam com DEUS.  - (4) As orações do justo: A oração tem efeito santificador. - (5) A consagração do crente a DEUS: Rendição incondicional a DEUS

 

Ao mesmo tempo, nos é dito em várias passagens que o cristão deve santificar-se.
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS (Lv 20.7).
Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5).
Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do ESPÍRITO, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de DEUS (II Co 7.1).

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra (II Sm 2.20-21).

De que meios os crentes podem dispor para sua santificação?

A fé (At 26.18; 15.9).
Obediência à Palavra (Jo 17.17; Ef 5.26; Sl 119.105).
Rendição ao ESPÍRITO SANTO (Jo 16.13).
Compromisso pessoal. Na experiência inicial da santificação, que tem lugar na conversão, DEUS separa o crente como vaso escolhido para o Seu uso e glória. Mas chega uma hora na vida de todo seguidor sincero do Senhor JESUS CRISTO em que ele, mediante um ato de profundo compromisso pessoal, se separa para qualquer serviço que DEUS queira que faça. Nessa ocasião, ele se afasta das coisas do mundo da carne e se dedica à vontade perfeita de DEUS para sua vida. O indivíduo recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador, mas agora O coroa como Rei e Senhor da sua vida. Este é um ato real de santificação. Paulo se refere a isto em Rm 12.1-2).

Rendição da vida em definitivo a DEUS constitui a suprema condição para a santificação prática. E isso envolve a entrega de todos os nossos membros à vontade dEle; “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a DEUS, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação (Rm 6.19).

 

C- Santificação futura.

 "E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.

É a consumação do propósito de DEUS em nossa Santificação. Na vinda do Senhor JESUS CRISTO seremos como Ele é. Seremos transformados à Sua própria imagem, perfeitos para sempre (Rm 8:29; Fp 1:6; 3:20-21; I Jo 3:2)

 

No arrebatamento seremos transformados e aí nossa santificação passa a ser eterna.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. 1 Coríntios 15:51-54

  

3. O que é ética?

 Ética - É o conjunto de normas e leis que regem nossa vida cristã. Todas contidas na Palavra de DEUS.

 

1 Coríntios 10.1-13
1 - Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, 2 - E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, 3 - E todos comeram de uma mesma comida espiritual, 4 - E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era CRISTO. 5 - Mas DEUS não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto. 6 - E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. 7 - Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar. 8 - E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil. 9 - E não tentemos a CRISTO, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes. 10 - E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor. 11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. 12 - Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. 13 - Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.

 

10.1 NÃO QUERO QUE IGNOREIS. É possível alguém ser redimido, desfrutar da graça divina, e, posteriormente, ser rejeitado por DEUS, por causa de conduta pecaminosa (ver 1Co 9.27). Isso passa, agora, a ser confirmado por exemplos colhidos da experiência de Israel (vv. 1-12).

10.5 FORAM PROSTRADOS NO DESERTO. Os israelitas foram alvos da salvação (livramento) de DEUS no Êxodo. Foram libertos da escravidão (v. 1), batizados (v. 2), divinamente sustentados no deserto e tiveram íntima comunhão com CRISTO (vv. 3,4). Mesmo assim, a despeito dessas bênçãos espirituais, deixaram de agradar a DEUS e foram destruídos por Ele no deserto; perderam a sua eleição divina e, portanto, deixaram de alcançar a Terra Prometida (cf. Nm 14.30). O argumento de Paulo é que, assim como DEUS não tolerou a idolatria, pecado e imoralidade de Israel, assim também Ele não tolerará o pecado dos crentes da Nova Aliança.

10.6 ESSAS COISAS... FEITAS EM FIGURA. O terrível juízo divino sobre os israelitas desobedientes serve de exemplo e advertência aos que estão sob a Nova Aliança, para não cobiçarem as coisas más. Paulo adverte aos coríntios que se eles forem infiéis a DEUS como Israel (vv. 7-10), eles também serão julgados e não entrarão na pátria celeste prometida.

10.11 ESCRITAS PARA AVISO NOSSO. A história do julgamento divino do povo de DEUS no AT ficou gravada nas Escrituras para bem advertir os crentes do NT contra o pecado e o cair da graça (v. 12; ver Nm 14.29).

10.12 OLHE... NÃO CAIA. Os israelitas, como eleitos de DEUS, pensavam que poderiam entregar-se, sem perigo, ao pecado, à idolatria e à imoralidade; porém, foram julgados. Assim também, os "coríntios", da atualidade, que acreditam que podem viver satisfazendo a carne, devem se dar conta de que o juízo divino também os aguarda, caso não abandonem esses pecados.

10.13 FIEL É DEUS. O crente professo não pode justificar seu pecado com a desculpa de que ele simplesmente é humano e, portanto, imperfeito; e que neste mundo todos os crentes nascidos de novo pecam por palavras, pensamentos e ações (cf. Rm 6.1). Ao mesmo tempo, Paulo assegura aos coríntios que nenhum crente precisa cair da graça e da misericórdia de DEUS. (1) O ESPÍRITO SANTO afirma explicitamente que DEUS outorga aos seus filhos graça suficiente para vencer todas as tentações e, assim, resistir ao pecado (cf. Ap 2.7,17,26). A fidelidade de DEUS expressa-se de duas maneiras: (a) Ele não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar, e (b) Ele, ocorrendo a tentação, proverá os meios de a suportarmos e vencermos o pecado (cf. 2 Ts 3.3). (2) A graça de DEUS (Ef 2.8-10; Tt 2.11-14), o sangue de JESUS CRISTO (Ef 2.13; 1 Pe 2.24), a Palavra de DEUS (Ef 6.17; 2 Tm 3.16,17), o poder do ESPÍRITO SANTO que em nós habita (Tt 3.5,6; 1 Pe 1.5) e a intercessão celestial de CRISTO proporcionam poder suficiente para a guerra do crente contra o pecado e contra as hostes espirituais de maldade (Ef 6.10-18; Hb 7.25). (3) Se o cristão se entrega ao pecado, não é porque a graça divina é insuficiente, mas porque ele deixa de resistir, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, a seus próprios desejos pecaminosos (Rm 8.13,14; Gl 5.16-24; Tg 1.13-15). DEUS, com "o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade" (2 Pe 1.3), e, pela salvação concedida por CRISTO, podemos "andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra... corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade, com gozo" (Cl 1.10,11; ver Mt 4.1). Podemos "suportar" toda a tentação e "escapar", se realmente desejarmos assim fazer, na dependência da fidelidade e do poder de DEUS.

10.16 O CÁLICE DE BÊNÇÃO. O cálice que tomamos na Ceia do Senhor tipifica a morte de CRISTO e seu sofrimento sacrificial pelos pecadores. A "comunhão do sangue de CRISTO" refere-se à participação do crente na salvação provida pela morte de CRISTO (cf. 11.25). As Escrituras não ensinam que na Ceia do Senhor o pão e o fruto da videira se transformam realmente no corpo e sangue de CRISTO (ver 1Co 11.24,25).

10.20 SACRIFICAM AOS DEMÔNIOS. A idolatria envolve o culto aos demônios, direta ou indiretamente (cf. Dt 32.17; Sl 106.35-38; ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES) está associada à avareza ou cobiça (ver Cl 3.5). Logo, há poderes demoníacos por trás da paixão pelas riquezas, honrarias ou cargos mundanos

10.21 O CÁLICE DO SENHOR E O CÁLICE DOS DEMÔNIOS. Participar da Ceia do Senhor é compartilhar da redenção de CRISTO. Do mesmo modo, participar de festas idólatras é compartilhar ou participar com os demônios (v.20). O erro dalguns em Corinto era não distinguir entre retidão e impiedade, entre o SANTO e o profano, entre o que é de CRISTO e o que é do diabo. Não compreendiam o zelo SANTO de DEUS (v. 22; cf. Êx 20.5; Dt 4.24; Js 24.19) e a gravidade da transigência com o mundo. O próprio CRISTO falou a respeito desse erro fatal: "Ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6.24).

10.31 FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS O objetivo principal da vida do crente é agradar a DEUS e promover a sua glória (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS). Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de DEUS (i.e., em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a DEUS mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a Ele. Viver para a glória de DEUS deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações

  

Quais são os significados das palavras “ética” e “moral”? A palavra “ética” significa “costumes” ou “hábitos”. A palavra “moral” corresponde ao sentido de “normas” ou “regras”.
Qual é o fundamento moral da Ética Cristã? As Escrituras Sagradas.
Aponte as principais seções bíblicas que fundamentam a Ética Cristã. Os textos do Decálogo, da mensagem dos profetas, dos Evangelhos, do Sermão do Monte, das Epístolas Paulinas e Gerais.
Cite pelo menos três esferas éticas de nossa vida que essas seções bíblicas abarcam. Esferas morais, sociais e espirituais.
Por que os israelitas foram reprovados? Os israelitas foram reprovados por não obedecerem a lei outorgada por DEUS no deserto.

  

CONCLUSÃO

 A Santificação no Novo Testamento é para pessoas, é dada pelo ESPÍRITO SANTO e no instante da conversão.
A Santificação é uma obra da Trindade, tanto o PAI, quanto o FILHO, quanto o ESPÍRITO SANTO participam na Santificação do crente..

No AT a santificação abrangia pessoas, locais e objetos.

No AT a consagração dos filhos de Israel, e dos sacerdotes, e dos levitas, e também da casa de DEUS (Esdras 6:16).

A purificação no AT se dava por batismos, unção com óleo, sacrifícios de animais, etc... No NT pelo sangue de JESUS, pela Palavra de DEUS.

Natureza da santificação - Passado, Presente e Futuro - Posicional (no momento da conversão), Progressiva (vida cristã), Perfectiva (Final, Após arrebatamento, eterna)

 A Santificação é uma necessidade, pois ninguém verá ao Senhor se não estiver coma vida santificada.

A igreja, o corpo de CRISTO na Terra é a comunidade de JESUS, chamados santos. Temos que ter uma vida santificada, separada para uso de DEUS em sua obra.

O que é ética? É o conjunto de normas e leis que nos inclui na vida de santificação, está na bíblia esta ética cristã.

Sejamos santos e vivamos em santificação para alcançarmos em breve o arrebatamento da Igreja e podermos estar com o Senhor para sempre.

   

Mais ajuda com Lições Antigas

 

LIÇÃO 6 – O CRISTÃO E SUA SANTIFICAÇÃO 
COMENTARISTA: Pr. Antonio Gilberto

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - LEVÍTICO 11.44,45; 20.7,8,26; 1 PEDRO 1.15,16; 1 TESSALONICENSES 3.13.

Lv 11.44 Porque eu sou o SENHOR, vosso DEUS; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou SANTO; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. 45 Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso DEUS, e para que sejais santos; porque eu sou SANTO.

Lv 20. 7 Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso DEUS. 8 E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica. 26 E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou SANTO e separei-vos dos povos, para serdes meus.
1 Pe 1.15 mas, como é SANTO aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, 16 porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou SANTO.

1 Ts 3.13 para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso DEUS e Pai, na vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO, com todos os seus santos.
   

COMENTÁRIOS DO Pr. ANTÔNIO GILBERTO (CPAD - REVISTA DO 3º TRIMESTRE- RESUMO):

 

INTRODUÇÃO

Salvação e santificação são a obra redentora realizada por JESUS no homem integral: ESPÍRITO, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos "desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO" (2 Ts 2.13). Esta verdade está implícita no evangelho de João 19.34, que diz que do lado ferido do corpo de JESUS fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de CRISTO nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas. CRISTO morreu "para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2.14). Portanto, a salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.

 

Quem ama a volta de CRISTO está preparado para ela, está santamente preparado para ela.

As pessoas desprezam a doutrina da santificação por não crerem realmente na iminente volta de JESUS, no arrebatamento da Igreja, que poderá ocorrer a qualquer momento.

Antigo Testamento: hebraico - Qadash - Qadosh - Sagrado, SANTO, Dedicado, Consagrado.

 Novo Testamento - Hagiazõ - Hagios - Hagiasmos - Sagrado, SANTO, Dedicado, Consagrado.

Katharizõ - Tornar Limpo, Purificar

"Sereis santos, porque Eu sou SANTO" ( Lv 11.44)

A aproximação de DEUS ao homem só é possível pela santificação, efetuada pela lavagem pelo sangue de JESUS.

O ESPÍRITO SANTO revela o pecado ao homem para que haja arrependimento e então DEUS possa perdoá-lo e santificá-lo.

  

I. SANTIDADE, SANTIFICAR E SANTIFICAÇÃO

1. A santidade de DEUS.

Nosso DEUS é santíssimo: - A santidade de DEUS é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). - No crente a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria, reflete a luz do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).

DEUS é "SANTO" (Pv 9.10; Is 5.16), e quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.

"SANTO, SANTO, SANTO é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3; Ap 4.8), Com estas palavras, os serafins louvaram a DEUS por sua perfeita santidade. 800 anos depois, João viu, numa visão semelhante, os quatro seres viventes proclamando: "SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor DEUS, o Todo-Poderoso" (Apocalipse 4:8). Talvez a única outra característica de DEUS que tem a mesma importância de sua santidade seja seu amor (1 João 4:8). De Gênesis ao Apocalipse, as Escrituras enfatizam a santidade de DEUS. É um aspecto de sua natureza que nós devemos estudar muito e frequentemente.

 

2. Santificar e santificação.

"Santificar" é "pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal".

SANTO é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de DEUS.

A palavra santificar significa separar. Aquele que aceita a salvação através de JESUS CRISTO está separado do mundo, embora vivendo nele. Nós somos separados, porque fomos justificados, isto é, tornados sem culpa, porque CRISTO tomou sobre si as nossas culpas. E se crermos e aceitarmos esse sacrifício em nosso lugar, então DEUS nos justifica. Consequentemente, formamos um grupo separado, portanto, santificado. É DEUS também que nos santifica.

A santificação do crente tem dois lados:

a- separação para a posse e uso de DEUS;

b- separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a DEUS.

  

II. A TRÍPLICE SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

De acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice:

 1. Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11; Rm 8.33, 34; 1 Jo 4.17b)

É estar "Em CRISTO"

O crente pela fé torna-se SANTO. - DEUS nos vê perfeitos. - Não há qualquer acusação contra nós.- A santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade"

Sentido posicional da Santificação

No sentido posicional todo o verdadeiro cristão é SANTO DE DEUS. Vejamos alguns aspectos desse sentido da santificação:

- A santificação posicional é um ATO SOBERANO de DEUS, mediante a obra de CRISTO (Hb10:9-10)

- O cristão verdadeiro é santificado em CRISTO (I Co 1:2)

- O cristão verdadeiro é santificado por vocação divina (Rm 1:7; Hb 3:1)

- A santificação posicional independe das nossas falhas ou imperfeições pessoais (I Co 3:1-3; cf 6:11)

- Isso não significa liberdade para andarmos como queremos. Há necessidade de SANTIFICAÇÃO PRÁTICA.

 

2. Santificação progressiva. 

É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente.

Pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). - Ocorre à medida que o ESPÍRITO o rege soberanamente - O crente a busca, em cooperação com DEUS: "Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).

SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA se refere ao crescimento gradual do crente em conhecimento e santidade, de forma que, tendo recebido justiça legal na justificação, ele pode agora desenvolver a justiça pessoal em seu pensamento e comportamento.

 

a) O lado divino da santificação progressiva.

São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).

(1) O sangue de JESUS CRISTO - (2) a Palavra de DEUS - (3) o ESPÍRITO SANTO - (4) a glória de DEUS manifesta - (5) e a fé em DEUS


. O Pai (I Ts 5.23)
. O Filho, o Senhor JESUS CRISTO, ao verter seu precioso sangue (Hb 10.10; Hb 12.9-10)
. O ESPÍRITO SANTO (Rm 15.16; I Pe 1.2)
O poder interior e a unção do ESPÍRITO SANTO são, talvez, os maiores agentes para nos dar a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17).

 

b) O lado humano da santificação.

DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22;1 Tm 5.22 ); (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12);  (2 Tm 1.5; 3.15); (Sl 51.10; 32.6); (Lv 27.28b; Rm 12.1,2)

Os meios coadjuvantes (que nos auxiliam) de santificação progressiva são:

(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser SANTO - (2) O SANTO ministério. Dever de cooperar para a santificação dos crentes -  (3) Pais que andam com DEUS.  - (4) As orações do justo: A oração tem efeito santificador. - (5) A consagração do crente a DEUS: Rendição incondicional a DEUS

 

Ao mesmo tempo, nos é dito em várias passagens que o cristão deve santificar-se.
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS (Lv 20.7).
Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5).
Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do ESPÍRITO, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de DEUS (II Co 7.1).

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra (II Sm 2.20-21).

De que meios os crentes podem dispor para sua santificação?

A fé (At 26.18; 15.9).
Obediência à Palavra (Jo 17.17; Ef 5.26; Sl 119.105).
Rendição ao ESPÍRITO SANTO (Jo 16.13).
Compromisso pessoal. Na experiência inicial da santificação, que tem lugar na conversão, DEUS separa o crente como vaso escolhido para o Seu uso e glória. Mas chega uma hora na vida de todo seguidor sincero do Senhor JESUS CRISTO em que ele, mediante um ato de profundo compromisso pessoal, se separa para qualquer serviço que DEUS queira que faça. Nessa ocasião, ele se afasta das coisas do mundo da carne e se dedica à vontade perfeita de DEUS para sua vida. O indivíduo recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador, mas agora O coroa como Rei e Senhor da sua vida. Este é um ato real de santificação. Paulo se refere a isto em Rm 12.1-2).

Rendição da vida em definitivo a DEUS constitui a suprema condição para a santificação prática. E isso envolve a entrega de todos os nossos membros à vontade dEle; “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a DEUS, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação (Rm 6.19).

 

3. Santificação futura. 

"E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.

É a consumação do propósito de DEUS em nossa Santificação. Na vinda do Senhor JESUS CRISTO seremos como Ele é. Seremos transformados à Sua própria imagem, perfeitos para sempre (Rm 8:29; Fp 1:6; 3:20-21; I Jo 3:2)

  

III. ESTORVOS À SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

Embaraços que impedem o cristão de viver em santidade.

(Êx 19.5,6); (Rm 13.12); (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17); (At 10.10-15).

 

1. Desobediência. - 2. Comunhão com as trevas. - 3. Erros a respeito da santificação. - 4. Áreas da vida não santificadas.

 

Vejamos o que não é a santificação bíblica. (Mt 23.25-28; 1 Sm 16.7); (Ef 2.10); (1 Jo 2.12, 13); (At 1.8;1 Co 14.3); (Mt 6.22,23).

a) Exterioridade - Usos, práticas e costumes. b) Maturidade cristã. Não é pelo tempo de crente. c) Batismo com o ESPÍRITO SANTO e dons espirituais. não equivalem à santificação.

Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a DEUS, devem ser apresentados ao Senhor. Como por exemplo, a mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23.

 

O que SANTIFICAÇÃO não é

A) Afastamento de seres humanos (Jo 17:15):

O Senhor nos envia a pregar no mundo (Mc 16:15)

Não podemos viver isolados (I Co 5:9-10);

Temos que viver no mundo sem sermos contaminados pelo mundo (Jo 17:15; I Jo 2:15-17)

B) Conformação com certo padrão de vida (Cl 2:16-23):

Moralismo. O budismo, confucionismo, e outras ideologias ou formas religiosas consistem em doutrinas com conteúdo filosófico moralista, mas nem por isso são santas consoante o conceito bíblico de santidade.

Abstinências de certas comidas e/ou bebidas.

C) Obediência a regras ou ritos de formalismo religioso (Gl 4:8-10; 6:15):

A fonte de santificação do crente não é o “legalismo”

Paulo condena os ensinadores falsos que querem impor à Igreja regras e regulamentos que não conduzem à santificação (C l 2:8-15)

C) Manifestações ruidosas ou emotivas, beatices:

A santificação é resultante da operação constante da graça de DEUS na nossa vida (I Ts 4:1-7), quando lhe abrimos espaço para uma verdadeira e efetiva experiência da plenitude do ESPÍRITO SANTO (Ef. 5:18). Em I Ts 4:1 Paulo fala em “progredindo cada vez mais”, o que nos leva a perceber o aspecto progressivo da santificação, que é operada pela graça do Senhor, mas que implica, necessariamente, na nossa disposição de vontade e atitude sincera de permissibilidade da ação do Senhor, operadora da santificação. Paulo fala, também, nesse texto, da relação da nossa santificação com a “vontade de DEUS” (v.3). Todo esse texto em Tessalonicenses evidencia que a santificação tem a ver com a nossa postura ética, moral e espiritual (condições do ser interior) e não com as levianas e até hipócritas manifestações exteriores de religiosidade vã, sem correspondência ao que realmente somos na nossa experiência de vida cotidiana. Essa falta de autenticidade não condiz com a necessária santidade.

  

IV. A NECESSIDADE DE O CRENTE SANTIFICAR-SE

Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e 1 Tessalonicenses 4.7. (Rm 7.23; 8.2); (1 Pe 1.16; Lv 11.44; Ap 22.11); (Is 57.15; 1 Co 3.17); (1 Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14); (1 Ts 4.3); (Lv 10.3; Nm 20.12); (Êx 8.25).

Motivos para o crente santificar-se:

1. A Bíblia ordena. - 2. Os santos serão arrebatados. - 3. A santidade revelada de DEUS é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente. - 4. Os ataques do Diabo.

 

Mistura em que o crente não deve se meter:

a- Da igreja com o mundanismo; b- Da doutrina do Senhor com as heresias; c- Da adoração com as músicas profanas; etc.

  

CONCLUSÃO

Em muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as "virgens" da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo.

 A santidade é fundamental para que a Igreja exerça, com resultado eficiente, a sua gloriosa missão no mundo. É uma área pouco levada a sério, nos dias de hoje, quando suportamos terrível pressão que o contexto em que estamos metidos nos impõe.

  

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES: Subsídio Devocional

 "Santificação e Pentecostes

1.Santificados antes do Pentecostes. 

Lendo a Bíblia cuidadosamente, vemos que os discípulos eram pessoas salvas e santificadas e haviam recebido a unção do ESPÍRITO antes do dia de Pentecostes. Em João 17.15-17, JESUS ora: 'Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade'. JESUS é a Palavra e a verdade, por isso os discípulos foram santificados pela verdade na mesma noite em que ele orou por eles (Jo 20.21-23). Os discípulos, portanto, já estavam cheios da unção do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecostes, e isso os sustentou até que foram dotados com poder do alto. No primeiro capítulo de Atos, JESUS orienta os discípulos a esperarem pela promessa do Pai. Não era para esperar pela santificação. O sangue de CRISTO já havia sido derramado na cruz do Calvário. Ele não ia enviar o seu sangue para limpá-los da carnalidade, mas o seu ESPÍRITO, para dotá-los com poder.

 

2. A Santificação. 

Não há nada mais doce, mais sublime ou mais SANTO neste mundo do que a santificação. O batismo com o ESPÍRITO SANTO é o dom de poder na alma santificada, capacitando-a para pregar o Evangelho de CRISTO ou para morrer na fogueira. O batismo reveste o crente até o dia da redenção, de modo que ele esteja pronto para encontrar-se com o Senhor JESUS à meia-noite ou a qualquer momento, porque tem óleo em sua vasilha, junto com a sua lâmpada.

Você é participante do ESPÍRITO SANTO no batismo pentecostal da mesma maneira que foi participante do Senhor JESUS CRISTO na santificação."

(SEYMOUR,W.J. Santificados antes do Pentecostes. In KEEFAUVER, Larry (ed.). O avivamento da Rua Azusa - Seymour. RJ: CPAD, 2001, p.80-3.)

  

"Porque esta é a vontade de DEUS, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição" (1 Ts 4.3).

 

A santificação é um processo provido por DEUS através do qual o crente torna-se SANTO. Ela faz a diferença entre os que vão subir aos céus e os que vão ficar na segunda vinda de JESUS.

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 TESSALONICENSES 4.1-7

1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor JESUS a que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a DEUS, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;2 porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor JESUS.3 Porque esta é a vontade de DEUS, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,
5 não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a DEUS.6 Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.7 Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação.
  

SÍNTESE TEXTUAL:

Nos versículos 1 e 2 do capítulo quatro, Paulo exorta os tessalonicenses a que não vivam apenas de acordo com o seu exemplo, mas também progridam na fé e no conhecimento do Senhor JESUS CRISTO.

Após uma breve exortação, Paulo trata de assuntos morais específicos (vv.3-6), e conclui com uma admoestação (v.7). Devemos entender essas admoestações dentro do contexto de uma cidade portuária pagã como Tessalônica, em que a corrupção e a licenciosidade eram conhecidas de todos. A proibição de Paulo quanto aos pecados sexuais revela que, ao aceitar o evangelho, o crente deve romper com a moral sexual permissiva de sua época. Porquanto, a expressa vontade de DEUS é a santificação do crente, ou seja, que ele se abstenha da prostituição, imoralidade, concupiscência e da fraude (v.3-6): "Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação" (v.7).

  

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO

Santificação é o tema desta lição, portanto nos aproximemos de DEUS com reverência e temor, para que aprendamos como nos portar em meio a uma sociedade corrompida e cruel, que só visa seu próprio prazer e satisfação. 

1. Um apelo veemente.

1Ts 4.1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor JESUS a que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a DEUS, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;

Paulo roga ou pede em com insistência, ainda exorta ou chama a atenção dos Tessalonicenses, dizendo que este  ensino vem do Senhor JESUS CRISTO, não vem dele Paulo e nem de nenhum outro homem.  

 

2. Vivendo para agradar a DEUS (v.1). 

Paulo já havia lhes ensinado não só falando, mas também praticando perante eles, a maneira correta de se portarem para agradarem a DEUS. Agora seu desejo é que continuem progredindo nisto e não que voltem às antigas práticas de antes, que só os afastava cada vez mais de DEUS.

O progresso da vida cristã depende, fundamentalmente, da observância dos preceitos e mandamentos de DEUS encontrados em sua Palavra. A figura do “andar” é bem usada na Bíblia, denotando a conduta da pessoa, o modo de viver, as atitudes, as ações, as obras, e o comportamento em geral (Sl 128.1; Fp 1.27; 1 Jo 2.6).

A santificação é um processo contínuo na vida do crente que nunca para ou volta, mas sempre está crescendo na graça e no conhecimento do Senhor.

Ap 22.11 Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é SANTO, seja santificado ainda.

 

II. O VALOR DA SANTIFICAÇÃO

1. Mandamentos dados por JESUS (v.2).

4.2 porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor JESUS.

Paulo, tendo aprendido de JESUS que o mais importante era amar a DEUS sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, assim os ensinou a agradarem a DEUS em tudo, temendo-O e respeitando-O, além de amarem a sua criação maior, os homens.

 

2. A santificação é a vontade de DEUS para o crente (v.3).  "a vossa santificação"

1 Ts 4.3 Porque esta é a vontade de DEUS, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,

A vontade de DEUS não se resume, é claro, somente a isto, mas esta é uma que está inclusa em sua vontade perfeita para seus filhos legítimos, criados em CRISTO JESUS para santificação. Esta santificação aqui tem a ver com o proceder sexual dos Tessalonicenses, pois os gregos em sua maioria viviam o Helenismo, ou seja, a maneira de viver regada por atos sexuais ilícitos, na maioria das vezes até homossexuais como seus líderes, como exemplo podemos citar Alexandre, o grande, que é citado na história e em filmes históricos como alguém que vivia em união sexual com rapazes (Veja filme recente - Alexandre - 2005).

Esta prostituição que Paulo cita aqui, provém da união sexual tanto entre pessoas do mesmo sexo, como de sexos diferentes, porém sem a união civil e social exigida por DEUS através do casamento.

Processo de crescimento espiritual, quanto mais nos chegamos para DEUS, mais sentimos Sua santidade e nos moldamos a esta santidade. Nosso padrão é JESUS.

ESTA É A VONTADE DE DEUS. Embora vivessem numa sociedade onde o pecado sexual era comum e aceitável, os apóstolos não transigiam com a verdade e a santidade de DEUS. Não rebaixaram os padrões morais para acomodá-los às idéias e tendências daquela sociedade.

 

3. Abstendo-se da prostituição (v.3). 

"que vos abstenhais da prostituição” - Mateus 5.32; 15.19; 19.9 (relações ilícitas); 1 Coríntios 5.1 (fornicação); 6.18; 7.2 (impureza); Ap 17.2 (devassidão). Sempre que se deparavam com baixo padrões morais em alguma igreja (cf. Ap 2.14,15,20), repreendiam-na e procuravam corrigi-la. Considerando padrões a baixa moralidade que prevalece em nossos dias, precisamos de dirigentes do tipo dos apóstolos, para conclamar a igreja a obedecer aos padrões divinos de retidão

 

III. O RELACIONAMENTO SEXUAL ENTRE OS CRISTÃOS

1. Que cada um saiba possuir “o seu vaso”.

1 Ts 4.4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,

A exortação é pessoal (cada um de vós), saiba ou fique sabendo e pratique, possuir com o sentido de viver ou morar neste corpo, ou invólucro, de maneira tal que não misture o que é de DEUS com o que Satanás inspire neste homem, pois DEUS só se agrada daquele que vive separadamente para Ele, ou seja em santificação, honrando a presença de DEUS em seu corpo, agora templo do ESPÍRITO SANTO. 

 

2. Fazendo a diferença na vida sexual. 

4.5 não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a DEUS.

A paixão é cega, é sem rumo certo, podendo atender a qualquer ordem da carne, sem consultar ao ESPÍRITO SANTO. A concupiscência, ou desejo ardente de atender à carne, deve ser dominada pela Palavra de DEUS, até mesmo sufocada para que não seja satisfeita, em prejuízo da salvação. Os gentios aqui é uma referência aos povos sem DEUS (os não convertidos a CRISTO) e não apenas aos que não são Judeus.

 

IV. ÉTICA NO RELACIONAMENTO COM OS IRMÃOS

1. Não oprimir nem enganar. 

“Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos” (4.6).

NINGUÉM... ENGANE A SEU IRMÃO. A imoralidade sexual de um cônjuge prejudica o outro, seja ele crente ou não. "Enganar" (gr. pleonokteo) significa "ultrapassar o certo", "transgredir", "exceder". Todo tipo de relacionamento sexual fora do casamento, além de pecaminoso, constitui terrível ato de injustiça contra a outra pessoa. O adultério viola os direitos do outro cônjuge. Intimidades sexuais antes do casamento arruínam a santidade e a castidade estabelecidas por DEUS para o gênero humano. Destroem a pureza e a virgindade, que devem ser conservadas para o casamento.

4.6 Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.

A nenhum crente é permitido oprimir, com o sentido aqui de escravizar, ou usar o corpo de um servo de DEUS para sexo sem seu expresso consentimento antes do matrimônio, pois o costume na época era que o escravo ou escrava, tinha o dever de praticar sexo com seu senhor ou senhora, mesmo que fosse do mesmo sexo e sem nenhum vínculo amoroso ou de compromisso de casamento. Aqui envolve também a obrigação do sexo anal ou o oral, exigidos e considerados normais nesta, que era  uma sociedade corrompida e governada por filósofos e reis devassos.

DEUS é vingador dessas coisas, como vimos em Sodoma e Gomorra, onde reinava o sexo livre e o Senhor os destruiu a todos. Também podemos entender a vingança de DEUS contra os homossexuais lendo a carta do apóstolo Paulo aos Romanos, no capítulo 1 e entendermos claramente o castigo que tiveram, com o surgimento da AIDS, recebendo em si mesmos o prêmio pelo descaso com a santidade requerida por DEUS.
 Rm 1.19 Porquanto, o que de DEUS se pode conhecer, neles se manifesta, porque DEUS lho manifestou. 20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; 21 porquanto, tendo conhecido a DEUS, contudo não o glorificaram como DEUS, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, 23 e mudaram a glória do DEUS incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 Por isso DEUS os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; 25 pois trocaram a verdade de DEUS pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. 26 Pelo que DEUS os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; 27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.  (grifo nosso) 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de DEUS, DEUS, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm; 29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de DEUS, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; 32 os quais, conhecendo bem o decreto de DEUS, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.

 

2. Chamados para ser santos. 

“Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação” (4.7).

- A santificação vem, diz o apóstolo, a partir da abstenção da prostituição (I Ts.4:3 “in fine”). Ora, a palavra “prostituição”, que, em algumas outras versões da Bíblia, é traduzida por “fornicação” (Tradução Brasileira-TB, Versão de Antonio Pereira de Figueiredo-APF), “imoralidade” (Tradução Ecumênica Brasileira-TEB), “luxúria” (Bíblia de Jerusalém-BJ), “imoralidade sexual” (Nova Versão Internacional-NVI), “libertinagem” (Edição Pastoral-EP), “impureza” (Versão dos Monges de Mardesous-VMM) é a palavra grega “porneia”, que é melhor traduzida por “impureza sexual”. Assim sendo, toda e qualquer atividade sexual que for impura está abrangida aqui. (www.escoladominical.com.br Caramuru)

4.7 Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação.
DEUS nos chamou com um propósito definido de santificação, de separação para DEUS, nunca foi de Seu desejo que o homem se tornasse escravo de Satanás e de seus desejos inescrupulosos de degradar todo o sentido de santidade que DEUS planejou para sua criatura. 

Lv 20.7 Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso DEUS.

 3. Desprezando a DEUS. 

“Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a DEUS, que nos deu também o seu ESPÍRITO SANTO” (4.8).

Paulo está esclarecendo, aos desobedientes, que o não obedecer ao que ele estava ensinando, era o mesmo que não obedecer ao Senhor, pois foi o mesmo Senhor que lhe transmitiu estes ensinamentos. No ensino de Paulo sobre a prostituição estava contida a vontade do próprio DEUS sobre o assunto.

  

SUBSÍDIOS DA Lição 6 - Santificação, Comprometidos com a Ética do ESPÍRITO

 

O tema da santificação, infelizmente, muitas vezes é desenvolvido numa perspectiva negativa, e perde-se a glória e a beleza que o assunto reflete.
É preciso enfatizar que a vida de santidade está amparada na glória de DEUS. O DEUS SANTO nos separou, nos tomou para Ele. Não há outra opção, não podemos dividir sua glória, pois Ele não a dá a outrem. Assim, santidade é a capacidade de viver aqui na Terra de modo que enalteça o nosso DEUS. Quem experimenta verdadeiramente o novo nascimento não se contenta em viver de maneira menos elevada do que preceitua o SANTO Evangelho.
Fomos chamados para ser embaixadores do Reino de DEUS. Representamos um reino glorioso, majestoso e amoroso. Não há como desejar nada inferior a isso.

 A santidade revela a plenitude gloriosa da excelência moral de DEUS e, por isso, ela é elevada. O fracasso de muitos em vivê-la não altera em nada o SANTO ideal de DEUS para o homem, que é a sua imagem e semelhança. Nesse sentido, mostre a beleza da santidade, o valor elevado de representar o Reino de DEUS com coerência e sinceridade de coração.
O ideal SANTO está em DEUS, não no homem. Ainda temos o ESPÍRITO SANTO como a fonte de toda a santidade, que nos ajuda a manifestar o caráter de CRISTO. Apresente esse SANTO ideal a sua classe, e ore com ela, a fim de que o SANTO ESPÍRITO esclareça o padrão bíblico de uma vida santa.

“Os cristãos também estão familiarizados com o conceito de santidade. Quando ensinou os discípulos a orar, o Senhor JESUS disse que deveriam começar com as palavras: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6.9). A palavra ‘santificado’ é antiga variante da palavra ‘SANTO’. A primeira e mais importante coisa que os crentes têm de fazer é deliberadamente separar o nome de DEUS como algo especial. DEUS tem de ser o valor supremo dos crentes, os quais devem lembrar-se desse fato quando se dirigem a Ele. (É, então, muito triste quando esse conceito, fundamental para a expressão da vida cristã, se perde em uma oração formal, murmurada sem pensar pela congregação eclesiástica).
[...] Não precisamos pensar muito para perceber que, aos olhos de muitas pessoas, DEUS perdeu sua glória e valor. A santidade degenerou-se em um conceito exclusivamente negativo. Longe de pensar-se na santidade de DEUS como algo glorioso, elas associam a santidade com a monotonia e ausência de vida e cor – o oposto da glória” (LENNOX, John C. Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma época de Relativismo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.49-50).

 
Sobre a Santificação
“A santificação é o processo mediante o qual DEUS está purificando o mundo e os seus habitantes. Seu alvo derradeiro é que tudo, tanto as coisas animadas quanto as inanimadas, seja purificado de qualquer mancha de pecado ou de impureza. Com essa finalidade, Ele tem proporcionado os meios de salvação mediante JESUS CRISTO. E, no fim dos tempos, Ele pretende consignar ao fogo tudo quanto não pode ou não quer ser purificado (Ap 20.11 – 21.1; ver também 2 Pe 3.10-13), e assim tirar da Terra tudo o que é pecaminoso.” Leia mais em: “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, 2019, pp.407-08.

 
“É impossível e não há base bíblica para se crer que um avivamento que só recebe o ESPÍRITO SANTO como inspirador da Palavra ou da ação, e não da santificação pessoal também, continue no seu poder. ‘Entristecer’ o ESPÍRITO de DEUS por falta de santificação (Ef 4.30) com certeza termina também na ‘extinção’ do ESPÍRITO de DEUS na sua manifestação (1 Ts 5.19). O plano divinamente equilibrado revelado no Novo Testamento é onde o ESPÍRITO SANTO se assemelha na origem tanto do fruto como do dom; e para as duas abençoadas fases da nossa redenção Ele é bem-vindo e obedecido.
[…] [Também] existe o erro de que receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO torna o crente sem pecado, perfeito ou algo parecido com isso. A verdade bíblica é a de que, em seguida ao batismo com o ESPÍRITO, haja uma grande ‘porcentagem’ de santificação pessoal ainda necessária no crente, e isso se processa à medida que os filhos de DEUS agora continuem a ‘andar em ESPÍRITO’ (Gl 3.2,3; 5.16-25). É inútil pensar que qualquer ‘benção’ ou ‘experiência’ possa substituir um ‘andar’ contínuo no ESPÍRITO – por mais útil que tal bênção possa muitas vezes ser” (GEE, Donald. Como Receber o Batismo no ESPÍRITO SANTO: Vivendo e testemunhando com poder. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.60,61).

  

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LIÇÃO 9, BETEL, ORDENANÇA PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA

 

Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de Santificação, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

EBD Revista Editora Betel,  2° Trimestre De 2024, TEMA: ORDENANÇAS BÍBLICAS – Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, Escola Bíblica Dominical

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2 CORÍNTIOS 7
1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS.

1 TESSALONICENSES 4
7 Porque não nos chamou DEUS para a imundícia, mas para a santificação.

1 TESSALONICENSES 5
23 E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.

  

INTRODUÇÃO

Buscar a santificação é dever e necessidade de todos os cristãos, pois sem a santificação não se pode ver a DEUS, porque DEUS é santo e não convive com a impureza [Hb 12.14].

  

1- SEM SANTIFICAÇÃO NINGUÉM VERÁ O SENHOR

Substantivo grego hagiasmos, “consagração”, “purificação”, “santificação”; do verbo hagiazo, “santificar” “separar das coisas profanas ou consagrar”, “purificar ou santificar”, “tornar limpo” Santificação: separação do pecado, estar sem mistura, sem contaminação para uso particular e exclusivo do Senhor, em constante atividade e em obediência a Palavra de DEUS. Contrário ao profano, práticas impuras e indignas.

  

1.1. Santificação é essencial para ter comunhão com DEUS. 

Santidade é o padrão da pureza ética e moral do crente em JESUS CRISTO. Santificação é um processo que se inicia no novo nascimento e se estende por toda a vida do cristão. Quem rejeita a santificação rejeita o próprio DEUS, porque DEUS é santo [Lv 11.44]. A Sua santidade abraça o pecador, mas abomina o pecado. Ninguém pode ter comunhão com Ele, se não aborrecer o pecado e buscar uma vida sem contaminação com os manjares que o mundo oferece. Quem procura santificação é comparado ao óleo e a água que não se misturam, mesmo estando juntos. Quem não procura santificação é comparado ao café com leite, que não há separação. Estamos no mundo , mas não somos do mundo.

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betei Dominical, 4° Trimestre de 2017, Lição 10): “Tanto a expressão hebraica “qodesh” com o a grega “hagiasmos” admitem diversos termos relacionados ao tema: santidade, consagração, santificação, separação. A ênfase do sagrado no Novo Testamento já não recai sobre coisas, lugares ou ritos, mas às manifestações da vida produzidas pelo ESPÍRITO SANTO. A ideia básica, tanto nas terminologias hebraicas e gregas, é “separação do uso com um para dedicação a DEUS e ao seu serviço’

  

1.2. Elementos e meios para a santificação. 

A Palavra de DEUS nos santifica [Jo 17.17]. O sangue de JESUS CRISTO nos purifica [Ef 1.7; 1 Jo 1.7]. O ESPÍRITO SANTO nos convence do pecado, da justiça e do juízo [Jo 16.7-11]. A dedicação à oração nos alimenta [Mt 6.5-13; Cl 4.2]. A vigilância fecha as brechas [1Pe 5.8]. Amar a justiça e odiar a iniquidade [Hb 1.9]. Mortificar a carne com os seus prazeres [Rm 8.13]. DEUS não aceita impureza, Ele nos chamou e propicia a nossa santificação [1Ts 4.3]. Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé [At 26.18]. A consagração ao Senhor diz que cada um saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra [1Ts 4.4]. Paulo nos faz o chamado para sermos santos [1Co 1.2]. Pedro esclarece que temos que ser santos, porque Ele é santo [1Pe 1.16]. JESUS diz para buscarmos a perfeição porque o Pai é perfeito [Mt 5.48], As três Pessoas da Trindade participam da nossa santificação; o Pai (1Ts 5.23]; o Filho [Hb 10.10]; e o ESPÍRITO SANTO [1Pe 1.2].

 

Ev. Jandiro A. Silva (Revista Betei Dominical, 2° Trimestre de 1999, Lição 11): “O processo da santificação – A santificação é um processo gradativo, sendo adquirido mediante nossa comunhão com DEUS [2Co 7.1], A santificação tem seu início no momento em que o homem crê em JESUS [Hb 10.10], isto é, quando nos unimos com CRISTO na sua morte e ressurreição [Jo 15.4-10]. A santificação tem dois aspectos: santificação instantânea é a que o pecador recebe pela purificação do sangue de CRISTO, pela obra realizada no Calvário, que age nele, “pois somos dEle”, disse Paulo. CRISTO se tornou, da parte de DEUS, “sabedoria, justiça, santificação e redenção” [1 Co 1.30]. Mas a santificação é também progressiva na vida cristã subsequente à conversão. Podemos crescer em santificação, buscando o poder de DEUS em oração e deixando o ESPÍRITO SANTO operar em nós, aplicando o seu poder santificador em nosso ser. Como todo processo espiritual na vida do salvo, a santificação, obviamente, tem o seu final, e isto se dará na manifestação de JESUS para arrebatar sua igreja [1 Co 13.10].”

  

1.3. Aperfeiçoando a nossa santificação no temor de DEUS. 

Paulo chama a atenção dos irmãos na sua segunda carta aos coríntios: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS.” [2Co 7.1]. Por que precisamos buscar a santificação?
1) Porque DEUS quer que os Seus filhos se pareçam com Ele;

2) Porque ela é ordenada;

3) Porque ela é progressiva, é um processo [Pv 4.18];
4) Porque é interesse de JESUS apresentá-la a si mesmo Igreja gloriosa, sem mancha e sem defeito [Ef 5.26-27];

5) Porque é a vontade de DEUS [1Ts 4.3];

6) Porque os limpos de coração verão a DEUS [Mt 5.8];
7) Porque DEUS não nos chamou para a impureza, mas para a santificação [1Ts 4.7].

 

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betei Dominical, 4° Trimestre de 2017, Lição 10): “Santificação: chamado e vontade de DEUS – interessante pensar, a princípio, sobre alguns pensamentos populares: “ninguém é santo”; “não sou santo” São ditos usados várias vezes como argumentos para um viver acomodado” e justificativas incompatíveis com o padrão bíblico para o discípulo do Senhor. Como se fosse uma “utopia” falar e buscar viver em santificação. Por isso, a importância da presente lição, pois trata-se de um assunto que é fruto de nosso relacionamento com DEUS. Somos eleitos de DEUS, em CRISTO JESUS, para sermos “santos e irrepreensíveis” [Ef 1.4], pois a vontade de DEUS é a nossa santificação [1Ts 4.3].

  

EU ENSINEI QUE

Precisamos estar separados do pecado, sem mistura, sem contaminação para uso particular e exclusivo do Senhor, em constante atividade e em obediência à Palavra de DEUS.

  

2- SEDE SANTOS, PORQUE EU SOU SANTO

As qualidades de DEUS devem ser as qualidades do Seu povo. A compreensão aqui é a separação dos modos ímpios do mundo, não coaduna com as suas idéias e se dedica a DEUS, por amor Àquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.

  

2.1. DEUS quer um povo santo. 

Ser santo significa ser semelhante a DEUS [1Pe 1.15], ser dedicado a Ele e viver para lhe agradar, porque o Seu caráter é santo [Rm 12.1]. DEUS quer se relacionar com aqueles que procuram a santidade, mesmo nós sabendo que não a terem os por completo ou de forma absoluta enquanto aqui vivermos nesta terra, mas DEUS conhece a intenção do nosso coração e sabe quando nos esforçamos para conseguir nos afastar das impurezas e imperfeições. CRISTO se entregou pela Igreja (que somos nós) para santificar, porque Ele quer uma igreja gloriosa (nós), sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível [Ef 5.25-27].

 

Pastor Israel Maia declara em seu livro Síntese de Teologia Sistemática que a santificação ultrapassa barreiras e permeia o Antigo Testamento e o Novo Testamento: “A exigência de DEUS quanto à santificação tem por objetivo deixar claro que Ele não vai admitir ser substituído ou ainda ter a adoração do povo para outro deus [Is 42.8], No capítulo 20 de Levítico, DEUS expressa a Sua indignação para com aqueles que porventura venham a ofertar a outros deuses e não a Ele. A promessa feita é a de extirpar do meio do povo qualquer um que se apresentasse diante de Moloque, DEUS declara de forma decisiva: “Sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS” [Lv 20.7] e determina o cumprimento dos Seus estatutos: “Eu sou o Senhor que os santifica” [Lv 20.8].”

  

2.2. Santificação do espírito, alma e corpo. 

O processo de santificação atinge o homem na sua totalidade [1 Ts 5.23]. A santificação deve ser completa. Alguns tentam passar u m a santidade só do corpo que fica aparente no exterior, sim, o corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, o tabernáculo onde Ele habita [1 Co 3.16-17; 6.19], mas também é a residência da alma e a morada do espírito. Não adianta conservar a visibilidade do corpo, quando a alma e o espírito não refletem o que está por fora. A alma é a sede das vontades, dos sentimentos, das emoções e dos pensamentos, portanto deverá ser pura [Fp 4.7-8; Hb 4.12]. O espírito, sede da consciência e da razão, nos capacita a termos comunhão com DEUS, portanto deverá ser puro [ Jo 4.23]. Como DEUS é ESPÍRITO [Jo 4.24], a verdadeira adoração é em espírito e o que adora em espírito a verdade tem que prevalecer. Quando seguimos os passos da santificação, “ o mesmo ESPÍRITO testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS” [Rm 8.16].

  

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal sobre 1 Tessalonicenses 5.23: “Os termos espírito, alma e corpo referem-se mais ao ser d e um a pessoa, com o um todo, do que às suas partes distintas. Esta expressão é o modo de Paulo dizer que DEUS deve estar envolvido e m cada aspecto da nossa vida, é errado pensar que podemos separar a nossa vida espiritual do restante da nossa vida, obedecendo a DEUS apenas sob certo sentido ou vivendo para Ele somente um dia por semana. CRISTO deve controlar todo o nosso ser, não apenas nossa parte religiosa.

  

2.3. JESUS quer uma igreja santa e irrepreensível. 

Sem defeito, sem mancha, sem mácula, mas gloriosa, honrada, magnífica, com beleza espiritual, santa e irrepreensível [Ef 5.26-27]. Fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo, ser diferente, ser exemplo [Mt 5.13-16]. Precisamos clarear o mundo com as nossas obras. Quando a luz chega, as trevas não resistem. Precisamos salgar e temperar aquilo que é insosso ou insípido, conservar o caráter e mostrar ao mundo que é possível não se contaminar. As nossas boas obras diante dos homens deverão glorificar o Pai que está nos céus. O Senhor JESUS virá buscar uma Igreja lavada e redimida no Seu sangue. A Igreja do Senhor JESUS precisa ser respeitada porque Ele próprio a criou, é o Seu Corpo, Ele é o que a defende. Ele disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela [Mt 16.18]. Cuidado para não manchar a Noiva do Cordeiro de DEUS.

  

O apóstolo Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, usa expressões bem significativas para expressar os feitos de Nosso Senhor JESUS CRISTO em favor da Igreja. Primeiro, ele escreve que a obra redentora de CRISTO foi movida por amor. Porque Ele amou, se entregou – e se entregou até à morte de cruz [Ef 5.25J. O sacrifício de JESUS foi feito “para a santificar, purificando-a” [Ef 5.26]. O escritor aos Hebreus também enfatizou o aspecto da santificação no sacrifício de JESUS [Hb 10.29; 13.12]. Agora notemos o propósito expresso em Efésios 5.27 – que a igreja seja santa e irrepreensível. Conectando estas referências bíblicas citadas e Tito 3.5, é possível identificarmos a poderosa e completa ação de DEUS visando a santificação do Seu povo.

  

EU ENSINEI QUE:

As qualidades de DEUS devem ser as qualidades do Seu povo.

  

3- A PARTICIPAÇÃO DO DISCÍPULO DE CRISTO

Fomos chamados para lavar as nossas vestes e branqueá-las em JESUS. A nossa vida precisa estar limpa de todas as mazelas e contaminações deste mundo, precisamos nos portar decentemente perante uma sociedade corrupta e depravada [Ap 22.14].

  

3.1. Despojeis e revistais. 

Neste tópico vamos enfatizar o uso destes dois termos que encontramos nas cartas de Paulo aos Efésios e Colossenses [Ef 4.22-32; Cl 3.8- 14]. São expressões que apontam para uma mudança radical na vida de todo aquele que passou pela experiência d o novo nascimento e agora faz parte da família de DEUS. Notemos que, em Efésios, entre “despojar” e se “revestir”, há o versículo 23 que indica renovação da mente. John Stott (A Mensagem de Efésios, ABU, 2001, p. 133) comentou sobre Efésios 4.23 – “renoveis”: “Este verbo é um presente do infinitivo, em distinção com os tempos dos versículos 22 e 24, que são aoristos. Indica que, além da rejeição decisiva do velho e a aceitação do novo, implícita na conversão, uma renovação interior, diária e até mesmo contínua d o nosso ponto de vista está envolvida em ser um cristão.”

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betei Dominical, 4o Trimestre de 2017, Lição 10) comentou sobre o caminho da santificação a partir do exposto pelo apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 4.1, onde o apóstolo introduz a questão da santificação mencionando duas vezes a expressão “andar”: “(…) é preciso “seguir”, ou, como encontramos em outras versões, “procurem e se esforcem” e “esforçai-vos”, ou, ainda, a expressão referente na língua grega “persegui”” a santificação [Hb 12.14]. Deve ser desejada por todos que já nasceram de novo, constantemente. Precisamos seguir pelo caminho da santificação.”

  

3.2. Separação dos padrões do mundo. 

Não podemos estar na mesma forma, forma e receita do mundo ou nos amoldar aquilo que o mundo faz [Rm 12.2]. Não é porque se faz no mundo que devemos fazer também; o que é aceito pelo mundo não está de acordo com os valores éticos e morais bíblicos, no mundo de hoje tudo é relativo, o que vai contra os princípios bíblicos, que são permanentes, independentemente do tempo e da cultura. A Bíblia diz que o mundo (sistema de crenças e valores contrários à vontade de DEUS) jaz no maligno (1 Jo 5.19] e quer validar em todos os setores da sociedade aquilo que é contrário aos princípios da Palavra de DEUS. Tiago diz que quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de DEUS [Tg 4.4]. Paulo diz: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida” [2Tm 2.4]. O escritor aos Hebreus diz: “Deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia” [Hb 12.1].

  

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” [1 Jo 2.15-16]. Muitas coisas regulamentadas pelo Estado não se caracterizam com o delito, nem afrontam a sociedade, mas não convêm e nem edificam, então o crente em JESUS não pode fazer ou participar. O apóstolo Paulo recomenda a seu filho na fé, Timóteo: “Mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, n a caridade, no espírito, na fé, n a pureza” [1T m 4.12].

  

3.3. Abster-se dos prazeres carnais e toda espécie do mal.

Na verdade, precisamos não só afastar-se do mal, mas abster-se de toda aparência do mal [ 1Ts 5.22]. Devemos fugir de tudo aquilo que nos envergonhe, de tudo aquilo que fira a nossa boa conduta cristã, de tudo que impeça a nossa comunhão com DEUS, do jugo desigual com os ímpios [2 Co 6.14]. Fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo [Mt 5.13-16]. Mesmo o que eu posso fazer, se não edifica, posso deixar de fazer [ 1 Co 6.12]. Não podemos ficar escravos das coisas só porque são lícitas. Muitos estão dominados por tantas coisas que tiram o tempo de adoração a DEUS, de prestar culto a Ele, de fazer as coisas para o Seu Reino.

  

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: “Como cristãos, não podemos evitar todos os tipos de males porque vivemos em um mundo pecaminoso. Podemos, porém , fazer o possível para não darmos qualquer chance ao mal, evitando situações tentadoras e concentrando- -nos em obedecer a DEUS.”

  

EU ENSINEI QUE:

A nossa vida precisa estar limpa de todas as mazelas e contaminações deste mundo.

  

CONCLUSÃO

O grande fundamento da doutrina da santificação é a verdade revelada acerca de DEUS: DEUS é santo [1 Pe 1.15]. Fomos chamados por DEUS, que é SANTO, para a santificação. É a vontade de DEUS para o Seu povo e condição para um dia vermos o Senhor. Em um mundo tão corrupto, é possível viver em santificação pois Aquele que em nós começou a boa obra é poderoso para completá-la (Fp 1.6].

 

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Escrita Lição 13 Betel, O Filho de DEUS e a Vida Eterna – A Eterna Promessa da Salvação, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

 

Vídeo https://youtu.be/-T-hM1QUSQk?si=Q6UkYJ9vpWJRYkSt

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/escrita-licao-13-betel-o-filho-de-deus.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/slides-licao-13-betel-o-filho-de-deus-e.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-13-betel-o-filho-de-deus-e-a-vida-eterna-a-eterna-promessa-da-salvacao-3tr25-pptx/283204241

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 17.1-5, 11

1 JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 Assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
11 E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS – REVISTAS ANTIGAS E LIVROS

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VIDA - 
ζωη zoe
1) vida
1a) o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
1b) toda alma viva
2) vida
2a) da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a DEUS e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a CRISTO, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
2b) vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a DEUS, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em CRISTO, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.
ETERNA - αιωνιος aionios
1) sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será
2) sem começo
3) sem fim, nunca termina, eterno


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Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman
O capítulo 17 registra a grande oração intercessória de JESUS. Damos um simples esboço desta oração :
I. Oração por Si Mesmo (vers. 1-5).
1. Pela Sua própria glorificação.
II. Oração pelos Seus discípulos (vers. 6-19).
Pela sua preservação (v. 11).
Pela sua santificação (v. 17).
III. Oração por todos os fiéis (vers. 20-26).
Pela união (vers. 21, 22).
Pela sua presença com Ele (v. 24)
 
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Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD 
(com algumas alterações e adições do Pr. Henrique)
 
Cristologia é o estudo que se ocupa dos atributos de CRISTO como DEUS e como Homem, bem como do relacionamento dessas duas naturezas. Nomes e títulos do Senhor JESUS CRISTO e as sig­nificações de cada um deles, além das características de sua perfeita humanidade.
 
Soteriologia
Em Tito 3.5, está escrito: “segundo a sua misericórdia nos salvou”. O verbo está no pretérito: “nos salvou”. Isso nos leva a refletir sobre a certeza dessa gloriosa salvação em CRISTO JESUS. Somos salvos mesmo? Temos visto casos de crentes antigos que descobrem, para a surpresa de muitos, que ainda não eram salvos segundo o evangelho!
Por que as igrejas de Éfeso e Corinto eram tão diferentes? Aos coríntios disse Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa” (I Co 15.34). Apenas fazer parte de uma congregação formada por salvos não significa ser salvo!
A salvação não é coletiva, e sim individual. Vemos que, no passado, entre o povo de DEUS viveu um povo denominado o “vulgo” (Nm 11.4; Ex 12.38). Esse “vulgo” não era convertido e tornou-se em Israel uma perturbação, uma fonte de fraquezas, de desobediência, de rebeldia e de pecado. Em Lucas 15.8 JESUS contou uma parábola acerca de uma moeda perdida dentro de casa. E no livro de Ezequiel menciona-se uma ovelha “perdida” dentro do rebanho (34.4b). O leitor tem plena convicção da parte de DEUS de que está salvo mesmo, por CRISTO, segundo “o evangelho da vossa salvação”? (Ef 1.3, 13, 2.8; Rm 1.16,17; Tt 3.5).
Em Lucas 9.23, JESUS disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Observe a parte final do versículo: “e siga-me”. O que significa isso? É perseverar em seguir ao Senhor JESUS; é persistir em seguir os passos dEle. Enfim, implica ser um dos seus discípulos. Na aludida referência, JESUS não falou primeiramente de “vir a mim”, mas “vir após mim”.
O que é ser um discípulo dEle segundo o evangelho? Consideremos o texto de Lucas 14.26,27,33: Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher; e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Como vemos no texto acima, o Senhor JESUS aplica um tríplice teste pelo qual se confirma um verdadeiro discípulo. Por três vezes, o Mestre disse: “não pode ser meu discípulo”. Somos — eu e o leitor — de fato discípulos de JESUS, ou apenas pensamos que o somos?
 
O QUE É SALVAÇÃO
O que é a salvação em CRISTO? A palavra “salvação” é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total por JESUS e a busca constante de sua comunhão.
Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Observe as afir­mações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).
Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de DEUS para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através de JESUS CRISTO, nesta vida e na outra (Rm 13.11 I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19).
Pessoalmente — isto é, em relação à pessoa —, a salvação que CRISTO realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.5; 2 Co 3.18); a redenção do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23; I Co 15.44); e a glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4; Ef 5.27).
Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador receber a gloriosa salvação em CRISTO. Primeiro, reconhecer mediante o evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo, confiar em JESUS como o seu Salvador (Ato 16.31). Terceiro, confessar que o Senhor JESUS é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).

 
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LIÇÃO 13 BETEL, O FILHO DE DEUS E A VIDA ETERNA, NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA

 

Escrita Lição 13 Betel, O Filho de DEUS e a Vida Eterna – A Eterna Promessa da Salvação, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 17.1-5, 11

1 JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 Assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
11 E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

 


INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos alguns aspectos de um tema bem presente no Evangelho de João: a vida. Diante da realidade e da influência do pecado na existência humana, DEUS, por amor, enviou o Seu Filho, que tem vida e concede vida. Veremos as respostas necessárias por parte do ser humano para desfrutar da Vida Eterna no presente e no futuro glorioso reservado a todos que permanecerem em CRISTO JESUS.

 

1- NO FILHO DE DEUS ESTÁ A VIDA   

Um assunto importante no Evangelho de João é a vida, e está presente no início (1.4) e no final (20.31) do livro. Vemos que o conceito de vida é relevante não somente no evangelho, mas também em outros escritos de João.

 

1.1. Sentidos da palavra vida no NT      

Conforme o Dicionário VINE (2016, p. 1057), a palavra “vida” é usada no NT como: “princípio; vida no sentido absoluto; vida como DEUS a tem; aquilo que o Pai tem em Si mesmo (Jo 5.26); a qual o Filho manifestou no mundo (1 Jo 1.2)”. Em outro sentido, a palavra se refere à vida física do ser humano e sua existência em si (Lc 16.25; At 17.25). Encontramos o termo também no sentido de “vida eterna” daqueles que estão em CRISTO JESUS (Jo 3.15-16; 5.24; Fp 2.16). Assim, ao conhecer o que as Escrituras revelam sobre a vida, nosso entendimento vai além da existência física e da realidade debaixo do sol. O Senhor DEUS fez o ser humano um “ser vivente” (Gn 2.7) e tem propósitos conosco que não estão limitados às ações de sobrevivência física (comer, beber, multiplicar-se), mas inclui a comunhão com Ele durante a vida debaixo do sol e também por toda a eternidade (Jo 5.28,29; At 17.25-28).

 

Wycliffe Dicionário Bíblico (2019, p.2016): ” “Vida Eterna, uma frase que aparece 30 vezes no NT, na versão KJV em inglês, das quais 15 usos ocorrem no Evangelho e nas epístolas de João; e 43 vezes na versão RSV em inglês, com 25 ocorrências nos escritos de João. A palavra “eterna” (aionios) é derivada da palavra que significa “era”, um período indefinido de tempo, e, dessa forma, duradouro, e consequentemente infinito. A vida eterna refere-se invariavelmente à vida de DEUS, ou ao estado futuro dos justos (Mt 25.46). Os escritos de João a definem em termos de conhecimento, fazendo dela sinônimo da experiência de DEUS (Jo 17.3). A vida eterna não pode ser adquirida pelos homens, mas lhes é conferida como uma dádiva em resposta a fé (Jo 3.15-16; 1Jo 5.1; Rm 6.23), e torna-se uma fonte perpétua de poder e refrigério (Jo 4.14)”.

 

1.2. O efeito do pecado    

O pecado afetou a vida física, conforme o Criador já tinha anunciado ao primeiro casal: “certamente morrerás” (Gn 2.17). Mas também o relacionamento com DEUS, pois a pessoa que ainda não nasceu de novo está separada da “vida de DEUS” (Ef 4.18), estando espiritualmente morta (Ef 2.1). Vide a parábola que JESUS contou sobre o filho que voltou à casa do pai. Em dois versículos, o Senhor usou estas frases: “estava morto, e reviveu” (Lc 15.24,32). O Apóstolo Paulo escreveu que aquele que vive dominado pela prática pecaminosa, “vivendo, está morto” (1Tm 5.6). Todo ser humano depende da luz da Palavra de DEUS e da ação do ESPÍRITO SANTO para não viver espiritualmente enganado, achando-se vivo quando, na verdade, DEUS diz que está morto (Ap. 3.1).

 

Francis Foulkes (1983, pp. 58-59), comenta sobre Efésios 2.1: “O problema do homem não é simplesmente o fato de estar em desarmonia no seu ambiente e com os seus semelhantes, pois todos os homens estão “alheios à vida de DEUS” (4.18), o que significa com respeito à verdadeira natureza espiritual que estão “mortos (…) nos delitos e pecados”. […] Esta morte não é basicamente física, mas a perda da vida espiritual recebida, da vida de comunhão com DEUS e da consequente capacidade de atividade e desenvolvimento espirituais. Descreve a condição atual do ser humano, e na realidade a Bíblia frequentemente fala do homem como estando espiritualmente morto devido ao pecado (Ez 37.1-4; Rm 6.23; 7.10,24; Cl 2.13), e necessitando de nada menos que uma nova vida da parte de DEUS (Ef 5.14; Jo 3.3; 5.24)”.

 

1.3. O Filho de DEUS veio para dar vida    

O Apóstolo João registrou que no Filho de DEUS, que se fez carne e habitou entre nós, está a vida (Jo 1.4). Ele tem vida e dá vida. O Evangelho de João registra que os estudiosos da Lei buscavam ter Vida Eterna por intermédio do estudo das Escrituras. A questão é que, quando veio o Filho de DEUS, aqueles mesmos estudiosos não creram nEle. Eles não perceberam que a vida estava nAquele de quem as mesmas Escrituras que eles estudavam testemunhava (Jo 5.39,40).

 

R.N. Champlin (2014, pp. 452-453), comentando sobre João 5.39, menciona um texto de Lange’s Commentary: “Conheciam a casca da Bíblia, mas ignoravam a amêndoa que estava dentro dela. Rebuscavam as Escrituras minuciosas, pedante e supersticiosamente, na letra; mas não sentiam simpatia nenhuma pela alma que nelas habitam . Idolatravam o volume escrito, ao mesmo tempo que resistiam à palavra viva ali contida”.

 

EU ENSINEI QUE:

O Pai promete Vida Eterna a todo aquele que crer no Filho.

 

2- A VIDA ETERNA COM CRISTO 

João não se limitou a escrever que a vida estava no Filho de DEUS, mas procurou expor a necessidade de receber essa vida e a possibilidade de desfrutar a Vida Eterna. Essa exposição, que envolve a vida como dádiva de DEUS, é feita num contexto cristológico e soteriológico.

 

2.1. Crer em JESUS CRISTO     

Considerando o exposto no tópico anterior, o Filho de DEUS tem vida e dá vida, vemos que João enfatiza a relevância da fé em JESUS CRISTO como o enviado de DEUS ao mundo para nos salvar dos nossos pecados. Logo no início do evangelho, encontramos: “aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12). Fé é a exigência para a pessoa receber a Vida Eterna (Jo 3.16). A mensagem no Evangelho de João revela que as bênçãos e privilégios que o Filho de DEUS veio proporcionar com Sua vinda à terra, inclusive ser membro da família de DEUS e ter a vida eterna, são desfrutadas por todos que creem no Filho (Jo 3.36).

 

Revista Betel Dominical (4° Trimestre de 2017. Professor, pp. 52-53): “É importante estarmos atentos para não confundir a fé que salva e sustenta a vida cristã com outros tipos de fé. Existe a “fé natural”: a semeia na terra crendo que vai colher; é possuída por todos em diferentes graus e situações do cotidiano. Existe a “fé exclusivamente intelectual” (crê na existência de DEUS, acredita que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS. Não é suficiente apenas conhecer, pois os demônios também conhecem a Pessoa e as Obras de DEUS (Tg 2.19). Há pessoas que professam a “fé utilitária”, baseada somente nos desejos e interesses humanos (Jo 2.23-24; 12.42-43). É a fé que não conduz ao comprometimento e à renúncia. A pessoa crê, mas não está disposta a se arrepender e passar a viver de acordo com a vontade de DEUS”.

 

2.2. Receber a Palavra de DEUS       

Há uma íntima conexão entre crer em JESUS, ter Vida Eterna, ser de DEUS e como lidamos com a Palavra de DEUS. O Evangelho de João enfatiza bem essa conexão: (a) 5.24 quem ouve a Palavra de JESUS e crê em DEUS tem a vida eterna; (b) 5.47 -quem é de DEUS escuta as Palavras de DEUS; (c) 17.6 – JESUS, em Sua oração, menciona que as pessoas dadas ao Senhor como Seus discípulos são caracterizadas por ter recebido as palavras que lhes foram entregues pelo Filho de DEUS enquanto nesta terra. Nosso Senhor disse que Suas Palavras transmitidas aos Seus discípulos “são espírito e vida” (Jo 6.63). Portanto, não podemos desprezar, desvalorizar ou colocar em “segundo plano” as Escrituras Sagradas ao longo da nossa jornada cristã. É uma questão de vida.

 

D. A. Carson (2007, p. 303) comenta sobre João 6.63: “As palavras de JESUS corretamente entendidas e absorvidas, geram vida, cf. 5.24. Se as palavras de JESUS nesse discurso forem corretamente captadas, então o povo, em vez de rejeitar a JESUS, o verá como o pão do céu, aquele que dá sua carne pela vida do mundo, aquele que é o único que provê vida eterna, e eles o receberam e creram nele, provarão a vida eterna imediatamente e desfrutarão da promessa de que ele os ressuscitará no último dia […] Não é possível se alimentar de CRISTO sem se alimentar das palavras de CRISTO, porque crer realmente em JESUS não pode estar separado de realmente crer nas palavras de JESUS (5.46,47)”.

 

2.3. A relevância de praticar a Palavra de DEUS     

No Evangelho de João, Nosso Senhor JESUS CRISTO foi claro ao afirmar que não é suficiente conhecer a Palavra de DEUS, concordar, ter em mente, se o discípulo de CRISTO não a aplicar no dia a dia. Até mesmo para entender a Palavra de DEUS é preciso, antes, disposição para cumprir, fazer a vontade de DEUS (Jo 7.17). Precisamos nos aproximar das Escrituras com um compromisso de fé que resulte em comprometimento em cumprir a vontade de DEUS. Esse comprometimento parece que estava faltando em muitos que manifestavam crer em JESUS (Jo 8.30,31).

 

F. F. Bruce (1987, p. 173), comenta sobre João 8.31: “Permanecer nas palavras de JESUS significa aderir ao seu ensino – orientar a vida por ele. O poder com que ele falava já levara alguns dos seus ouvintes a crer nele, mas ser discípulo é algo constante; é um estilo de vida. Um verdadeiro discípulo está em sintonia com a instrução do seu mestre, e a aceita, não cegamente, mas com inteligência. A instrução do mestre torna-se regra de fé e prática do discípulo “. Ou seja, como em João 13.17, a bem-aventurança está interligada a um ponto crucial, que vai além de ouvir, compreender e concordar com a Palavra de DEUS: é preciso praticar.

 

EU ENSINEI QUE:

Após Sua morte, JESUS ressuscitou e voltou ao Céu para nos preparar para o lugar.

 

3- A ESPERANÇA DOS SALVOS  

O Evangelho de João não destaca somente o desfrutar da Vida Eterna por aquele que crê, recebe JESUS e permanece em Suas Palavras ao longo da jornada nesta terra, mas também pontua alguns aspectos que compõem a realidade futura do discípulo de CRISTO.

 

3.1. A Esperança que impulsiona o discípulo      

A esperança no retorno de JESUS CRISTO gera a certeza de que as dores e os sofrimentos da vida terrena são pequenos diante dos bens eternos preparados para os filhos de DEUS (Jo 14.3). No Livro de Apocalipse, João ressalta que vamos morar com o Pai em Seu Tabernáculo Eterno: seremos o Seu povo; e Ele, o nosso DEUS (Ap 21.3). Lá não haverá pranto, nem morte, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Tamanha esperança nos motiva a perseverar em CRISTO JESUS, pois nEle está a Vida Eterna (Jo 3.15).

 

Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, p.106): “Diante de tudo que a Palavra de DEUS nos apresenta, concluímos que todo cristão pode e deve crer que o Senhor JESUS voltará. A vinda de JESUS não pode, em hipótese alguma, apavorar o salvo. Devemos viver motivados, alegres, deixando CRISTO viver através de nós porque, quando esse momento chegar, valerá todas as afrontas e sofrimentos que já vivemos (1 Jo 3.2; Ap 21.2,3).

 

3.2. A dimensão futura da vida eterna      

Nosso Senhor declarou que, no fim desta era, os que morreram em CRISTO participarão da ressurreição para a vida (Jo 5.29). É uma garantia que foi revelada pelo próprio Senhor em um outro momento: Jo 6.40,54. Todo aquele que crê no Filho de DEUS, e nEle permanece, já tem uma experiência parcial da Vida Eterna e vive na esperança de participar da dimensão futura desta vida em CRISTO. O Apóstolo Paulo, escrevendo sobre essa dimensão futura, registrou: “partir e estar com CRISTO, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). Hoje, já desfrutamos da bênção de viver em CRISTO (“tem a vida eterna”, Jo 5.24), mas o discípulo de JESUS também vive na esperança de vivenciar a “glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.17).

 

William Barros (2022, L.13): “Toda a tragédia que acometeu a raça humana desde a Queda de Adão será finalmente superada por um novo tempo. Um tempo sem Satanás e seus demônios, sem a maldição do pecado e suas consequências terríveis, vistas ao longo da história do homem (Ap 21.4). Assim, vemos que a morte, o último inimigo do homem, será definitivamente derrotada (1Co 15.54). Esse propósito será agora cumprido, e DEUS habitará com o homem (Ap 21.3). Que tempo glorioso será este!”

 

3.3. Estar onde JESUS CRISTO está      

No início do chamado “discurso de despedida”, o Senhor prepara os discípulos para Sua partida. Inicia dizendo que eles não poderiam ir para onde Ele estava indo (Jo 13.33). Podemos imaginar o espanto, a preocupação e a apreensão daqueles que ali estavam. E, então, Nosso Senhor lhes diz: “Não fiquem tristes e preocupados”, Jo 14.1. A mensagem foi que deveriam continuar crendo na provisão, no cuidado e nas promessas do Senhor. Um dia Ele voltará para buscar os Seus que estão nesta terra. Os que morreram em CRISTO serão ressuscitados, e os que estiverem vivos em CRISTO serão transformados (Jo 14.3; 1Ts 4.13-18). Para estar com o Senhor por toda a eternidade, é preciso viver no Senhor enquanto nesta terra.

 

F. F. Bruce (1987, p. 255) comenta sobre João 14.2-3: “A casa de meu Pai já foi mencionada por JESUS em outro sentido, em 2.16: “a casa de meu Pai” é o templo de Jerusalém. Aqui, todavia, a casa (oikia) de meu Pai obviamente não é na terra; é o lar celestial para onde JESUS está indo e onde sua gente também tem um lugar prometido. Antes, durante a mesma semana, JESUS havia dito: “Onde eu estou, ali estará também o meu servo” (12.26); agora ele amplia esta promessa dizendo que levará seus seguidores pessoalmente para lá”.

 

EU ENSINEI QUE:

Morar no Céu e desfrutar a Vida Eterna é o desejo dos salvos em CRISTO.

 

CONCLUSÃO   

Que o ESPÍRITO SANTO nos ajude a permanecer em CRISTO, pois somente Ele tem as Palavras da Vida Eterna” (Jo 6.68). JESUS CRISTO é o Bom e Perfeito Pastor que pode prover tudo o que precisamos para viver plenamente.

 

 

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NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA LIÇÃO 11, CENTRAL GOSPEL, RESPOSTA BÍBLICA À REALIDADE DO PECADO, 4TR25

 

Escrita Lição 11, Central Gospel, Resposta Bíblica à Realidade do Pecado, 4Tr25, Pr. Henrique, EBD NA TV

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO: DO GÊNESIS À GLÓRIA

1.1. O rio da redenção percorrendo a História 

2. JUSTIFICAÇÃO: O RESGATE DO PECADOR 

2.1. A cura do coração humano 

3. SANTIFICAÇÃO: A NOVA VIDA EM CRISTO 

3.1. Santificação inaugurada: o início da nova vida 

3.2. Santificação progressiva: o caminhar diário com DEUS 

3.3. A plenitude da santidade: o que agora é promessa 

4. GLORIFICAÇÃO: A CONSUMAÇÃO DO PLANO ETERNO 

4.1. Chamados à exaltação final 

4.2. Chamados à comunhão perfeita 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 Coríntios 5.17-21; 1 Coríntios 15.21-22; Romanos 8.1-2 

2 Coríntios 5.17- Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 18- E tudo isso provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO e nos deu o ministério da reconciliação, 19- isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20- De sorte que somos embaixadores da parte de CRISTO, como se DEUS por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de CRISTO que vos reconcilieis com DEUS. 21- Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de DEUS. 

1 Coríntios 15.21 - Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO. 

Romanos 8.1- Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o ESPÍRITO. 2- Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei do pecado e da morte. 

 

TEXTO ÁUREO 

Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3 

 

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 

2a feira - Romanos 8.29-30 DEUS conduz à glorificação final

3a feira - 1 Coríntios 15.45-49 CRISTO, o último Adão, traz vida 

4a feira - Colossenses 1.19-23 A reconciliação de todas as coisas em CRISTO 

5a feira - 1 Pedro 1.14-16 Chamados à obediência e à santidade 

6a feira - Apocalipse 22.4-5 Na luz eterna, veremos Seu rosto 

Sábado - 2 Timóteo 4.6-8 Aguardando a coroa reservada aos fiéis 

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: - compreender a resposta de DEUS ao problema do pecado por meio da obra redentora realizada por JESUS; 

- valorizar sua nova identidade, como filho amado, reconciliado e restaurado pelo Pai; 

- fortalecer a esperança na glorificação futura, renovando sua fé e compromisso no caminho rumo ao lar celestial. 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 

Caro professor, nesta lição chegamos ao ponto alto da narrativa bíblica: a resposta de DEUS ao problema do pecado. Após termos estudado a origem, o fato e as consequências do mal, somos agora convidados a contemplar os três pilares da salvação: justificação, santificação e glorificação. Estes não são apenas conceitos doutrinários, mas expressões da Graça que perdoa, transforma e conduz à plenitude. Enfatize que a redenção em CRISTO não se resume ao passado ou ao futuro: ela atravessa toda a jornada da alma redimida, sustentando-a hoje com confiança e propósito. Ajude os alunos a perceberem que essa resposta divina nos chama a uma caminhada ativa, fortalecida pela misericórdia e direcionada ao cumprimento das promessas do Senhor. Excelente aula! 

 

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória 

A história humana não terminou no Éden. Quando o pecado rompeu a comunhão com o Divino, abriu-se também um caminho para a promessa eterna. O Homem, incapaz de restaurar a si mesmo, foi alcançado pelo plano gracioso de um DEUS que não desiste de Sua Criação. Em CRISTO, o último Adão (1 Co 15.45), a esperança ressurge: não apenas como reparo de uma falha, mas como uma nova possibilidade de vida - uma identidade reconstruída, uma jornada santificada, um destino glorioso. 

Esta lição nos convida a contemplar o fio da redenção que atravessa as eras: uma resposta que alcança não só indivíduos, mas toda a ordem criada, aguardando o dia em que tudo será transformado. 

 

1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO: DO GÊNESIS À GLÓRIA

Desde o Gênesis, revela-se um DEUS que, mesmo após a Queda, busca resgatar e redimir o Homem para restaurar-lhe o estado de plenitude. Ao longo dos séculos, essa ação misericordiosa foi sendo revelada, assimilada e, por fim, sistematizada no pensamento cristão. Nesse contexto, temas como Graça, fé, obras, eleição e perseverança foram se consolidando como pilares da soteriologia (gr. sōteria = "salvação" + logos = "estudo") - área essencial da Teologia que nos ajuda a compreender o "mistério do amor que não desiste"

 

OBSERVAÇÃO 1

Embora o tema da salvação perpasse toda a Bíblia, a formalização da soteriologia como doutrina foi construída ao longo da história eclesiástica, nos debates entre os pais da Igreja, nas controvérsias entre pelagianos e agostinianos e, mais tarde, nas reflexões da Reforma Protestante

 

1.1. O rio da redenção percorrendo a História 

A doutrina da salvação não aparece pronta no texto sagrado, mas se anuncia progressivamente ao longo da crônica de Israel. Desde a eleição de Abraão até a promessa messiânica, cada etapa prepara o terreno para a incomparável obra de CRISTO. A tabela a seguir compara os principais pontos soteriológicos do Antigo e do Novo Testamento, permitindo visualizar com clareza essa evolução. 

 

Uma imagem contendo Linha do tempo

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Estudar a soteriologia não é mero exercício teórico destituído de propósito: é, antes, uma estrada de descoberta sobre como DEUS age para reconciliar, transformar e conduzir Seu povo à glória. Essa doutrina nos lembra que a salvação não depende do esforço humano, mas é fruto da Graça (Ef 2.8-9), concebida desde a Eternidade (Ef 1.4-5), realizada por CRISTO (Rm 5.6-11) e aplicada, hoje, pelo ESPÍRITO SANTO (Tt 3.4-7). Conhecer essas verdades fortalece nossa fé, aprofunda nossa gratidão e renova nosso compromisso com o Senhor. Os próximos tópicos desdobram o tripé central do plano divino: justificação, santificação e glorificação. 

 

2. JUSTIFICAÇÃO: O RESGATE DO PECADOR 

Já refletimos em lições anteriores sobre como o pecado não foi apenas um ato isolado no Éden, mas o rompimento de uma aliança. Neste tópico, será explorado como a justificação - a grande obra do DEUS que salva - não só resgata o ser humano de sua condição de ruptura e separação, mas se insere no propósito maior, que culminará na restauração de todas as coisas. 

 

2.1. A cura do coração humano 

Como herdeiro da desobediência, o Homem tornou-se incapaz de reconciliar-se com o Criador por méritos próprios (Ef 2.1-5). Desde a Queda, ele experimenta vazio, desorientação e morte espiritual (CI 2.13), pois o mal deformou seus afetos (Jr 17.9), obscureceu sua mente (Ef 4.17-18) e aprisionou sua vontade (Rm 7.14-24). Essa ruína, todavia, não é o último ato: é o cenário no qual o plano de resgate começa a despontar, revelando a Graça que encontra e transforma o que parecia irremediavelmente perdido (Tt 3.3-5; 2 Co 5.17-21)

CRISTO, o último Adão (1 Co 15.45), veio cumprir o que o primeiro não conseguiu. Por intermédio d'Ele, o Senhor oferece perdão e reconciliação a todos, indistintamente (Rm 5.8-11), não apenas limpando sua culpa, mas atribuindo-lhe a justiça de Seu Filho (Rm 4.24-25). JESUS, ao assumir a condição humana, carregou sobre si o peso do pecado (Is 53.4-6; Hb 10.19-22), tornando-se o mediador entre DEUS e os homens (1 Tm 2.5). 

Embora a justificação atue diretamente sobre o indivíduo, ela também aponta para um desfecho maior: a restauração de todas as coisas (CI 1.19-20). A obra salvífica visa, portanto, não só a resgatar pessoas, mas a trazer o Universo de volta para DEUS (Rm 8.19-22; Ap 21.1-5), reconstituindo a harmonia original (cf. Tópico 4.2). 

Enquanto isso, vive-se no "já e ainda não" do Reino - já libertos do domínio do pecado pelo poder do Cordeiro SANTO (Cl 1.13-14), mas ainda aguardando a imperiosa manifestação da vitória final (Rm 8.23-25; 2 Pe 3.13). 

 

3. SANTIFICAÇÃO: A NOVA VIDA EM CRISTO 

Neste tópico, será abordada a santificação - processo pelo qual DEUS liberta o Homem do domínio do pecado, moldando-o à imagem de Seu Filho. Não se trata de uma etapa isolada no plano redentivo, mas de uma instância permanente da vida cristã, que tem início com a conversão, caminha conosco no presente e culminará na perfeição futura. Esse assunto é tão relevante que o autor de Hebreus declarou: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14). 

Nos subtópicos seguintes, analisaremos como esse movimento se manifesta no tempo, revelando a profundidade do compromisso de DEUS com a nossa transformação (Rm 12.1-2). 

 

3.1. Santificação inaugurada: o início da nova vida 

Tudo o que era necessário à santificação já foi providenciado em CRISTO, como destacado anteriormente. Pela fé, ao nascermos de novo, fomos retirados da autoridade do pecado e separados para DEUS (1 Co 6.11; Hb 10.10). 

Esse ato inaugural, também chamado de santificação posicional, é obra do próprio DEUS, que nos declara santos em virtude do sacrifício de JESUS. Somos retirados das trevas e conduzidos à luz, não apenas como quem muda de direção, mas como quem recebe nova identidade: filhos reconciliados e consagrados ao serviço do Reino (1 Co 1.2). 

 

3.2. Santificação progressiva: o caminhar diário com DEUS 

No tempo presente, a santificação é um processo diário de transformação, operado pelo ESPÍRITO SANTO, que age no caráter e na conduta do crente (Rm 6.19, 22). Mais do que correção moral, santificar-se implica alinhar toda a vida ao coração de DEUS - buscando a pureza, praticando a justiça, amando o próximo e cuidando da Criação. É a dimensão progressiva da fé, em que somos chamados a abandonar práticas antigas, a renovar a mente e a trilhar o caminho da obediência (1 Pe 1.14-16). É neste tempo que produzimos frutos (GI 5.22-23), somos moldados à imagem do Filho e nos tornamos instrumentos úteis ao Senhor (2 Co 3.18). Trata-se de uma caminhada permeada por lutas, confissão, restauração e perseverança - sustentada pela Graça que nos alcança a cada novo dia. 

 

3.3. A plenitude da santidade: o que agora é promessa 

A jornada da santificação culminará no futuro glorioso prometido aos que perseveram (1 Ts 5.23; Mt 25.34). Nesse momento, não haverá mais necessidade de resistir ao mal: toda batalha cessará, e o processo será concluído. 

Nesse contexto, a plenitude da santidade representa a perfeição daquilo que hoje vivemos em parte - a separação definitiva, a consagração eterna, a concretização do propósito divino em nós. Nesse dia, aquilo que hoje aspiramos em fé se tornará plenitude visível, e veremos Aquele que nos amou com olhos desvelados (Ap 22.4). A conclusão desse processo nos conduz à glorificação - tema que será tratado a seguir. 

 

4. GLORIFICAÇÃO: A CONSUMAÇÃO DO PLANO ETERNO 

Enquanto a esperança sustenta cada passo no presente, os olhos da fé se voltam para o destino eterno: o dia em que a travessia terminará. Fomos salvos do castigo do pecado (justificação), estamos sendo salvos do poder do pecado (santificação) e seremos salvos da presença do pecado em definitivo (glorificação) (Fp 3.20-21)

Neste tópico, será abordada a glorificação - a derradeira promessa do Altíssimo, quando Seu plano redentor será categoricamente consumado e os remidos participarão da vitória do Unigênito. 

 

4.1. Chamados à exaltação final 

A glorificação não é um processo gradual, mas um ato que ocorrerá no último dia, quando os mortos em CRISTO ressuscitarão, e os vivos serão transformados (1 Ts 4.16-17). Nesse momento, o Senhor completará Sua obra, revestindo os fiéis de incorruptibilidade e tornando-os semelhantes ao Seu Filho (1 Jo 3.2; 1 Co 15.42-49). 

Este será o fim absoluto da presença do mal, da dor e da morte - a vitória cabal do Cordeiro sobre todas as coisas (1 Co 15.54-57). 

 

4.2. Chamados à comunhão perfeita 

A glorificação não envolve exclusivamente corpos restaurados, mas a comunhão perfeita com o Divino: os redimidos verão face a face Aquele que os amou (1 Co 13.12; Ap 22.4-5), entrando no lugar onde não haverá mais dor, lamento nem saudade (Ap 21.1-5). Não se trata apenas, portanto, de um destino espiritual, mas da participação plena em uma realidade renovada - novos céus e nova terra - na qual a Criação inteira - antes pranteando - será libertada (Rm 8.21- 23). Essa promessa não gera medo, mas consolo, porque cada palavra será cumprida, e cada lágrima, enxugada pelas mãos do próprio Pai. 

 

OBSERVAÇÃO 2

O plano redentor não se limita ao coração humano: ele alcança toda a Criação, que geme e aguarda a regeneração final. Em JESUS, a promessa é abrangente: Não se trata apenas, portanto, de um dia, tudo será reconciliado - Céus e Terra, vida e matéria - expondo a beleza do propósito eterno. A glorificação, portanto, não é só a vitória do salvo, mas a libertação de tudo o que foi ferido.

 

CONCLUSÃO 

A história da salvação revela o mistério da Graça que persiste. DEUS nos encontra na ruína, não só para aliviar nossa dor momentânea, mas para reconstruir tudo o que foi quebrado. Em CRISTO, Ele nos justifica, nos santifica e promete nos glorificar: uma obra completa, que resgata o passado (a comunhão perdida no Éden), transforma o presente (a vida em CRISTO na Igreja) e aponta para o futuro (o Reino plenamente consumado). 

O pecado, que parecia ter a última palavra, foi vencido na Cruz; e, na glorificação do salvo, será completamente eliminado. Até lá, caminhamos como peregrinos - não mais definidos pelo fracasso, mas moldados pela esperança na vitória final. 

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 

1. O que significa dizer que a glorificação é o ato final da salvação? 

R.: Significa que DEUS transformará os salvos, libertando-os para sempre da presença do pecado e concedendo-lhes comunhão eterna com Ele.