Escrita Lição 5, Central Gospel, O Tentador em Forma de Serpente, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para
nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1.
A IDENTIDADE DO TENTADOR
1.1.
A serpente: protótipo do engano
1.2.
Satanás: o Inimigo identificado na progressão da revelação bíblica
2.
A ORIGEM DO MAL
2.1.
A queda de Lúcifer
2.2.
O mistério da iniquidade
3.
RESPOSTAS BÍBLICAS AO PROBLEMA DO MAL
3.1.
O mal como fruto da liberdade humana
3.2.
O mal como mistério além da culpa individual
3.3.
O amadurecimento da esperança diante do mal
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Gênesis 3.14; Apocalipse 12.7-12
Gênesis
3.14
- Então, o Senhor DEUS disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás
mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre
andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.
Apocalipse
12.7- E
houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e
batalhavam o dragão e os seus anjos,
8-
mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus.
9- E
foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás,
que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
lançados com ele.
10-
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a
força, e o reino do nosso DEUS, e o poder do seu CRISTO; porque já o acusador
de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso DEUS os acusava de dia e
de noite.
11-
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e
não amaram a sua vida até à morte.
12-
Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na
terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já
tem pouco tempo.
TEXTO
ÁUREO
[...]
Para isto o Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do diabo. 1
João 3.8b
SUBSIDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a
feira - Deuteronômio 30.15-19 A liberdade é dom de DEUS e implica escolha
3a
feira - Jó 1.9-11 O sofrimento nem sempre é punição divina
4a
feira - Eclesiastes 9.1-3 O mal alcança justos e injustos
5a
feira - João 16.31-33 Em CRISTO, o mal é vencido na Cruz
6a
feira - Romanos 5.3-5 Do sofrimento, brota a esperança
Sábado
- 2 Pedro 3.11-13 Aguardamos novos Céus e nova Terra
OBJETIVOS -
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
-
reconhecer a identidade do tentador, apresentado no Éden;
-
compreender a origem do desvio espiritual como resultado da liberdade mal
exercida;
-
refletir sobre as respostas ao problema do sofrimento e da rebelião,
fortalecendo a esperança na vitória de CRISTO.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor, a teologia cristã, fiel ao espírito da Escritura, reconhece que os
símbolos dos Começos - o jardim, a serpente, o fruto, entre outros - comunicam
realidades espirituais que transcendem a literalidade. O foco do texto bíblico
não está em descrições técnicas, mas na revelação da condição existencial e
relacional do ser humano diante do Sagrado.
Deste
modo, conduza seus alunos a enxergarem a narrativa da serpente no Éden como a
manifestação de uma realidade que ausos continua atuando no mundo. Incentive-os
a discernir a identidade do tentador e a compreender que o mal, embora real,
foi vencido pela obra redentora de CRISTO.
Reforce
que o estudo dessa oposição ao bem, sob a perspectiva bíblica, não tem como
objetivo estimular a curiosidade mórbida, mas sim fortalecer a fé, a vigilância
e a esperança. Excelente aula!
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS
PARA A LIÇÃO – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição
7, A Queda do Ser Humano
1º
Trimestre de 2020- A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD
- Pr Elienai Cabral
Complementos,
Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/02/slides-da-licao-7-queda-do-ser-humano.html
Vídeo
desta Lição 7 - https://www.youtube.com/watch?v=b6fpZ17gkEY
Esta
Lição no BLOG Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/02/escrita-licao-7-queda-do-ser-humano-1.html
Vídeo
convite - https://www.youtube.com/watch?v=nKI3gOTtbes
Lição
7, A Queda do Ser Humano
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 3.1-7
1
- Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR
DEUS tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não comereis
de toda árvore do jardim? 2 - E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores
do jardim comeremos, 3 - mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim,
disse DEUS: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 -
Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 5 - Porque DEUS
sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis
como DEUS, sabendo o bem e o mal. 6 - E, vendo a mulher que aquela árvore era
boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele
comeu com ela. 7 - Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que
estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
OBJETIVO
GERAL - Conscientizar acerca da gravidade da queda do ser humano.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Alguma
coisa deu muito errado com a natureza humana. A Palavra de DEUS diz que isso
aconteceu por meio do advento da Queda. A doutrina bíblica da queda humana é
realista quanto à natureza humana. Ela testemunha a maldade no interior do
homem. Essa maldade só pode ser removida por meio de CRISTO JESUS. Assim, esse
ensinamento é um antídoto para qualquer filosofia ou sistema de pensamento que
tenta impor-se alegando que a natureza humana é boa e agradável. Pelo
contrário, a Palavra de DEUS mostra que o ser humano pode fazer as piores
maldades, embora seja capaz de executar empreendimentos maravilhosos.
PONTO
CENTRAL - A queda humana representou a perda do completo domínio do homem sobre
a criação.
Resumo
da Lição 7, A Queda do Ser Humano
I
– O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
1. O livre-arbítrio.
2.
A soberania divina.
3.
A responsabilidade humana.
II
– A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL
1. A possibilidade da queda.
2.
A realidade da tentação.
3.
A historicidade da queda.
III
– AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO
1. A consciência do pecado.
2.
A perda da comunhão com DEUS.
3.
A transmissão do pecado à espécie humana.
4.
A enfermidade da Terra.
5.
A morte física.
RESUMO
DO Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
A
maior tragédia que já aconteceu nesta terra está registrada em Gênesis,
capítulo 3 - A queda do homem.
Como
se deu o pecado de Adão e a transgressão de Eva? Aqui, em Gênesis 3 está
registrado pela Palavra de DEUS a verdade sobre a queda do homem. Moisés, um
homem exemplar em sua santidade e comunhão com DEUS, foi quem DEUS escolheu
para escrever sobre isto - porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO.
2 Pedro 1:21.
Nesta
Lição estudaremos: o livre-arbítrio e as suas implicações na experiência
humana, a queda em si e as consequências da rebelião adâmica.
Por que Adão pecou se não sabia a diferença entre bem e mal e não tinha a
semente do pecado em si? O Livre Arbítrio é uma maldição?
Arminiano,
ou Calvinista, ou pelagianista? - Nada a ver. Teólogos modernistas pensam que
alguém tem que ser de uma dessas correntes. Que besterol. Existem milhões de
crentes sinceros, ganhadores de almas, cheios do ESPÍRITO SANTO, que nunca nem
ouviram falar de Calvino ou de Armínio, ou Pelágio. A Igreja verdadeira sempre
existiu à parte dos Sínodos e reuniões dos supostos "reformadores". A
igreja verdadeira nunca nem esteve lá - O único concílio que a igreja
verdadeira participou foi em Jerusalém como registrado em Atos 15.
É
a velha idolatria terrível instalada. Calvinistas com seu deus Calvino e
Arminianos com seu deus Armínio. Nós temos a bíblia. Se alguém falar, fale
segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o poder
que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS Cristo, a quem
pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém! 1 Pedro 4:11
Nunca citei Armínio numa pregação. Se ele seguiu alguma coisa que a bíblia
ensina, parabéns para ele. Mas isso não me influencia em nada.
Meus influenciadores estão na Bíblia. JESUS, Pedro, João, Estêvão, Filipe, Paulo
etc.
Coisa que nunca fizemos em toda história da Assembleia de DEUS no Brasil foi
ficar citando Armínio, muito menos Calvino ou outro qualquer. Em nossas
pregações sempre citamos a bíblia como fonte e regra de fé e prática cristã.
Preguemos
a CRISTO e este crucificado por nós. - Estão acabando com os cultos com essa
nojeira de teologia. Não tem mais tempo para salvação de almas, curas,
libertações, batismos e testemunhos. Isso é o que importa.
I
– O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
1. O livre-arbítrio.
ARBÍTRIO
- (Strong português) θελημα thelema
vontade,
escolha, inclinação, desejo, prazer, satisfação
Um
dos mais profundos problemas da teologia e da filosofia é a existência e a ação
do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de estudo, pesquisa e
discussão, de modo especulativo, mas também de maneira séria. Haja vista o
poder do mal impor-se de modo natural na experiência humana, a preocupação com
a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua
essência.
Neste campo da realidade universal do mal entra a História da raça humana
através da primeira criatura: o homem. Este, por seu livre-arbítrio, cai na
rede de engano do agente do mal, o Diabo, e pratica o pecado de rebelião contra
o Criador.
Capítulo
6 - Hamartiologia — a Doutrina do Pecado - Elienai Cabral - Teologia
Sistemática Pentecostal - CPAD
Um
dos mais profundos problemas da teologia e da filosofia é a existência e a ação
do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de estudo, pesquisa e
discussão, de modo especulativo, mas também de maneira séria. Haja vista o
poder do mal impor-se de modo natural na experiência humana, a preocupação com
a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua
essência.
Neste campo da realidade universal do mal entra a História da raça humana
através da primeira criatura: o homem. Este, por seu livre-arbítrio, cai na
rede de engano do agente do mal, o Diabo, e pratica o pecado de rebelião contra
o Criador.
O que é pecado? Como se manifesta? Como entrou no mundo? Essas perguntas têm
deixado muitos pensadores perplexos. Neste capítulo, trataremos da abordagem
teológica e também filosófica acerca do pecado e o que corretamente ensina a
Bíblia sobre o assunto.
Introdução à Hamartiologia
A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis
sobre a Queda do homem. O relato histórico descreve o princípio da tentação ao
homem e seu pecado, trazendo maldição para a sua vida pessoal e a toda a
humanidade. As questões levantadas ao longo da História sobre a Queda serão
aclaradas neste capítulo.
Na teologia cristã, a doutrina do pecado ocupa grande espaço porque o
cristianismo é a religião da redenção da raça humana. De todas as doutrinas
bíblicas, três delas são de vasta amplitude porque tratam de DEUS, do pecado e
da redenção. Existe uma inter-relação entre essas três doutrinas. É impossível
tratar do pecado sem mencionar a redenção do pecador e, naturalmente, a sua
relação com a sua fonte: DEUS.
O termo “hamartiologia” deriva de dois vocábulos da língua grega, a língua do
Novo Testamento: hamartia e logos, os quais significam “estudo acerca do
pecado”. O termo é aplicável ao pecado, seja este considerado um ato, seja
considerado um estado ou uma condição. O sentido do termo é que o pecado é um
desvio do fim (ou propósito) estabelecido por DEUS para determinado fato ou
conduta humana.
O QUE É PECADO
A
palavra “pecado” é sinônima de muitas outras usadas na Bíblia, as quais indicam
conceitos bíblicos distintos sobre o pecado. São vários os termos que
amplificam o conceito de pecado nas suas várias manifestações.
No Antigo Testamento. Encontramos no Antigo Testamento pelo menos oito palavras
básicas que conceituam o pecado; no Novo Testamento, temos, pelo menos, doze
outras que descrevem as várias formas de manifestações negativas relacionadas
com o termo “pecado”. No étimo das palavras mencionadas no Antigo Testamento
descobrimos a abrangência do pecado em suas manifestações.
Hattat. Este vocábulo, que aparece 522 vezes nas páginas veterotestamentárias,
e seu termo correlato no Novo Testamento — hamartia — sugerem a idéia de “errar
o alvo” ou “desviar-se do rumo”, como o arqueiro antigo que atirava as suas
flechas e errava o alvo. Porém, o termo também sugere alguém que erra o alvo
propositadamente; ou seja, que atinge outro alvo intencionalmente.
Não se trata de uma idéia passiva de erro, mas implica uma ação proposital.
Significa que cada ser humano tem da parte de DEUS um alvo definido diante de
si para alcançá-lo. O termo em apreço denota tanto a disposição de pecar como o
ato resultante dela. Em síntese, o homem não foi criado para o pecado; se
pecou, foi por seu livre-arbítrio, sua livre escolha (Lv 16.21; Sm 1.1; 51.4;
103.10; Is 1. 18; Dn 9.16; Os 12.8).
Pesha. O sentido tradicional dessa palavra é “transgredir”, “rebelar”,
"revoltar-se”. Porém, uma variante forte para defini-la implica o ato de
invadir, de ir além, de rebelar-se. O termo aponta para alguém que foi além dos
limites estabelecidos (Gn 31. 36; I Rs 12.19; 2 Rs 3.5; Sm 51.13; 89.32; Is
1.2; Am 4.4).
Raa. Outra palavra hebraica que tem seu equivalente no grego — como kakos ou
poneros — e traz a idéia básica de romper, quebrar; “aquilo que causa danos,
dor ou tristeza”. E um tipo de pecado deliberado, malicioso, planejado, que
provoca e enfurece. Dá a idéia de “ser mal” (Gn 8.21; Ex 33.4; Jr 11.11; Mq
2.1-3). Indica também algo injurioso e moralmente errado. São os pecados
expressos por violência (Gn 3.5; 38.7; Jz 11.27).
O profeta Isaías profetizou que DEUS criou a luz e as trevas, a paz e guerra Is
4.57. E o mal em forma de calamidade, ruína, miséria, aflição, infortúnio. DEUS
não tem culpa do mal existente, porque, na verdade, a responsabilidade pelos
pecados cometidos recai, à luz da Bíblia, sobre a criatura rebelde,
transgressora e incriminada, e não sobre o Criador.
Rama quer dizer “enganar”; dá a idéia de prender numa armadilha, num laço.
Implica, portanto, um tipo de pecado em forma de cilada para outrem cair. E uma
forma de enganar e agir traiçoeiramente (SI 32.2; 34.13; 55.11; Jó 13.7; Is
53.9).
Pata. E um termo que dá a idéia de seduzir. O sentido literal da palavra é “ser
aberto” ou “abrir espaço” para o pecado ter livre curso. No Éden, Adão e Eva se
deixaram seduzir pelo engano do pecado e pelo pai do pecado (Satanás),
personificado numa serpente (Gn 3.4-7).
Shagag. O sentido aqui é “errar” ou “extraviar-se”, como uma ovelha ou um
bêbado (Is 28.7). E um tipo de erro pelo qual o transgressor torna-se
responsável, ante a lei divina que condena o seu erro — pecado (Lv 4.2; Nm
15.22).
Rasha. Esta palavra aparece especialmente nos Salmos, com a idéia de impiedade
ou perversidade. O sentido metafórico é o pecado em oposição à justiça (Êx 2.13;
SI 9; SI 16; Pv 15.9; Ez 18.23).
Ta a. Este vocábulo se refere ao ato de extravio deliberado. Não se trata de
algo acidental, e sim algo que uma pessoa comete sem perceber o fruto negativo
gerado pelos seus atos pecaminosos (Nm 15.22; Sl 58.3; 119.21; Is 53.6; Ez
44.10,15).
Existem outras variantes do termo que ensinam sobre o pecado no Antigo
Testamento, mas nos detivemos apenas em oito deles que ilustram a diversidade e
a perversidade do pecado em suas várias manifestações.
No Novo Testamento. No grego, a palavra “pecado” também tem vários sentidos, e
alguns são correlatos com os termos hebraicos. Todos esses vocábulos do grego
bíblico descrevem o pecado em seus vários aspectos. Apresentaremos uma lista
menos extensa, mas igualmente proveitosa para definir o incisivas das palavras
mais incisivas e usadas com mais frequência no Novo Testamento acerca do
pecado.
Hamartia. Já citada em correlação com kattaa (hb.), seu sentido é “errar o
alvo”, “perder o rumo”, “fracassar”. Indica que o primeiro homem, no princípio,
perdeu o rumo de sua vida e fracassou em não atingir o padrão divino
estabelecido para a sua vida. No Novo Testamento, os escritores usaram o termo
bamartia para designar o pecado.
Ainda que o sentido equivalente no Antigo Testamento seja o de “errar o alvo”,
nas páginas neotestamentárias a palavra em apreço tem uma abrangência bem maior
— possui um sentido mais forte que a idéia de fracasso ou transgressão. Ela
tem o sentido de “poder de engano do pecado” (Rm 5.12; Hb 3.13); é mais que um
fracasso. Trata-se de uma condição responsável ou uma característica que
implica culpabilidade.
Kakia. No grego, relaciona-se com perversidade ou depravação, como algo oposto
à virtude. E um termo que descreve o caráter e a disposição interiores, e não
apenas os atos exteriores. Dele deriva-se outra palavra, kakos, cujo sentido
transcende a mal-estar físico ou doenças (Mc 1.32; Mt 21.41; 24.48; At 9.13; Rm
12.17; 13,3,4,10; 16.19; I Tm 6.10).
Adíkía. Denota injustiça, falta de integridade; como alguém que abandona o
caminho original. Em sentido amplo, esse termo refere-se a qualquer conduta
errada e significa, ainda, “agravo”, “ofensa feita a alguém” (2 Co 12.13; Hb
8.12; Rm 1.18; 9.14). O texto de Romanos 1.18 descreve a injustiça como
inimizade para com a verdade. Em I João 5.17, o apóstolo João afirma que toda iniquidade
(gr. adikia) é pecado (gr. hamartia).
Anomia ou anomos. Denotam ilegalidade; tais palavras são traduzidas frequentemente
como “iniquidade” ou “transgressão”. Porém, o sentido literal de literal de
anomia é “sem lei”. Quem transgride a lei de DEUS pratica a iniquidade (Mt
13.41; 24.12; I Tm 1.9). O Anticristo é anomos— “o míquo” (2Ts 2.8).
Apistia. Deriva de pistis — “crer”, “confiar” — e significa “infidelidade”,
“falta de fé” ou algum tipo de resistência ou vergonha (Hb 3.12; I Tm I.13). Em
I Timóteo 1.13 está escrito: “... alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente,
na incredulidade [gr. apistia]”.
Asebeia. Usado por Paulo nas epístolas com o sentido de impiedade (Rm 1.18;
11.26; 2Tm 2.16;Tt 2.12; Jd vv.I5,I8). Portanto, a impiedade ou a irreverência
são a base da asebeia.
Aselgeia. Denota relaxamento, licenciosidade ou mesmo sensualidade. Em Judas
v.4 encontramos dois termos que explicam essas palavras: “... homens ímpios
[asebeis] que convertem em dissolução [aselgeian, ‘libertinagem’] a graça de DEUS”.
Esse termo descreve, pois, uma entrega sem restrições à prática do pecado. Os
especialistas o descrevem como algo maldito que domina uma pessoa e a torna
impudica de tal modo que perde totalmente o senso de vergonha e, por isso, faz
qualquer coisa degradante sem ocultar seu pecado.
O termo em análise significa, por conseguinte, “a pura e autossatisfação sem o
menor pudor”, haja vista o desejo pelos prazeres tornar a sua vítima
despudorada, sem restrições. As chamadas taras sexuais, a embriaguez e outras
manifestações são típicas de aselgeia. Sem dúvidas, trata-se de uma das
palavras mais repulsivas do Novo Testamento (Mt 7.22; 2 Co 12.21; G1 5.19; Ef
4.19; I Pe 4.3; Jd v.4; Rm 13.13; 2 Pe 2.2,7,18). A versão ARC traduz o termo
por “libertinagem”, enquanto a ARA prefere “dissolução”.
Epitkymía. Significa “desejo”. Porém, é o contexto da palavra encontrada no
Novo Testamento que pode indicar o caráter moral do desejo, se é bom ou mau.
Coisas, como: motivo, intenção, direção e relação, revelarão o caráter moral de
epithymia (Mc 4.19; Lc 22.15; Fp 1.23; I Ts 2.17). De modo geral, o vocábulo
quase sempre se identifica com algo negativo e pecaminoso. Daí o significado
poderá indicar “desejo incontinente”, normalmente traduzido como
“concupiscência”, “paixão impura” (G1 5.24; Cl 3.5; I Ts 4.5;Tg I.I4; 2 Pe
2.10).
Parabasis. Aparece nas páginas neotestamentárias umas oito vezes. O significado
primário do termo é “transgressão”, que dá a idéia de alguém que não respeita
as leis, passando dos limites estabelecidos. Emprega-se esse vocábulo com o
sentido de “desvio”, “violação” e “transgressão”. No texto de Romanos 5.14,
Paulo faz uma relação entre hamartia e parabasis, ao afirmar: “No entanto, a
morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à
semelhança da transgressão de Adão” (grifos do autor).
O apóstolo Paulo não está dizendo que os que pecaram desde Adão até Moisés
estão livres de culpa, e sim que aquelas gerações, não tendo a lei de Moisés,
seu pecado era tão real quanto ao dos que tinham a lei. Em I Timóteo 2.14 está
escrito que Eva caiu em transgressão (parabasis), ao ser enganada, porque ela
foi rebelde contra a ordem divina. Não se tratava de reduzir a culpa de Eva, e
sim reconhecer que ela podia ter evitado o pecado de desobediência.
Paraptoma. Deriva de parapipto e significa “decair ao lado de”, “perder o
caminho”, “fracassar”. De modo geral, significa “lapso moral” ou “uma ofensa
pela qual a pessoa é responsável”.1 Vários textos exemplificam o termo
paraptoma (Mt 6.14; Rm 5.15-20; 2 Co 5.19; G1 6.19; Ef 2.I;Tg 5.16).
Platão. Tem um sentido subjetivo de pecado porque se refere àquele que se
desgarra culposamente. A palavra “desgarrar” relaciona-se com a ovelha que foge
do aprisco (I Pe 2.25); também significa levar, por meio do engano, outras
pessoas ao mau caminho (Mt 24.5,6; I Jo 1.8).
Todas essas palavras, segundo o seu étimo, descrevem o caráter geral do pecado.
Porém, definiremos o pecado, também, em outras perspectivas, para que
entendamos toda a sua abrangência na vida humana.
O HOMEM ANTES DA QUEDA
A
Bíblia é a única fonte segura concernente a criação do homem e seu estado
original. De forma simples e objetiva o Gênesis declara que, depois de tudo
feito — especialmente, o homem —, “viu DEUS que era muito bom” (Gn 1.31).
Contudo, a Bíblia não só revela o primeiro estado do homem, como relata a
história da perda do seu primeiro estado de santidade, pela Queda, e também a
possibilidade de sua restauração (Cl 3.10; Ef 4.24).
Criado à imagem e semelhança de DEUS (Gn 1.26,27). Em que consiste esta imagem
de DEUS? Ao longo da História, os teólogos vêm discutindo sobre as diferenças
entre “imagem e semelhança”. Porém, a distinção entre as duas características
quase se confunde com a diferença entre personalidade (ou pessoalidade) e espiritualidade.
No hebraico, as palavras “imagem” fselem) e “semelhança” (demutj exprimem a
idéia de algo similar, mas não idêntico à coisa que representa ou de que é uma
“imagem”.
Há uma distância infinita entre DEUS e a sua criatura-prima — o homem. Só
Cristo é a imagem expressa da Pessoa de DEUS, como o Filho do Pai, que possui a
mesma natureza daquEle. Na verdade, a imagem divina no homem é como a sombra no
espelho.
Mathew Henry, em seu Comentário Bíblico, escreveu:
... a imagem de DEUS no homem consiste em três coisas. (1) Em sua natureza e
constituição, não do corpo, pois DEUS não tem corpo, e sim de características
da alma e espírito. (2) Em seu lugar e autoridade, pois quando disse: “façamos
o homem à nossa imagem... e domine o homem recebeu autoridade sobre as
criaturas inferiores (os animais). (3) Em sua pureza e retidão. A imagem de DEUS
no homem é revestida de retidão e santidade (Ef 4.24; Cl 3.10).
O homem, como imagem de DEUS, foi dotado de atributo moral, isto é, de justiça
original. Porém, essa justiça não era imutável; havia a possibilidade de pecado.
Ele foi dotado de livre-arbítrio. O homem foi criado com uma natureza santa,
voltada naturalmente para DEUS e sua vontade. Essa imagem divina no homem
revela a natureza religiosa dele, haja vista ter sido dotado de “espírito”,
para manter comunhão com o seu Criador.
A Queda distorceu e avariou a imagem divina no homem. O destaque maior no
relato da criação está na palavra “imagem”: “E criou DEUS o homem à sua imagem,
à imagem de DEUS o criou” (Gn 1.27). Existem alguns ensinamentos de que o ser
humano na Queda perdeu a imagem de DEUS em si. Essa teoria é incoerente, pois a
imagem e a semelhança, de fato, se referem aos aspectos moral e espiritual, os
quais ainda persistem no ser humano, apesar de desfigurados e transtornados
pela Queda e o pecado subsequente.
Quanto à imagem moral, o homem é constituído de intelecto, vontade e
sentimento; isto é, as faculdades da alma. Quanto à imagem espiritual, ele
possui espírito e alma. Essas imagens não integram a criação animal.
O homem perdeu a santidade original, a pureza de atitudes. Seu caráter foi
afetado; tornou-se o ser humano pecaminoso. Seu intelecto foi corrompido pela
mentira, pela falsidade e pelo engano. Disse o sábio, em Eclesiastes que DEUS
fez o homem reto, mas ele se envolveu em muitas astúcias (7.29).
A imagem de DEUS no homem está, pois, deturpada. Só é possível a sua restauração
pela obra expiatória de Cristo. O corpo não é a imagem de DEUS, porque é
formado do pó. Porém, o Senhor soprou nele a nephesh — a vida física da alma
que possui a imagem e semelhança de DEUS (Gn 2.7). Os impulsos físicos, pois,
encontram-se sob o controle do espírito humano, a sua parte superior.
O primeiro homem possuía um corpo e um espírito (e alma) perfeitamente
adequados um ao outro. Não havia conflito entre os impulsos pessoais e os espirituais.
Era um tipo de perfeição física e espiritual, mas não era uma perfeição
absoluta, e sim relativa e provisória (Gn 3.22).
Teorias filosóficas
Ao longo da História, a preocupação com a existência do mal tem provocado
muitas perguntas e respostas. O problema da presença do pecado no Universo é
discutido por filósofos, sociólogos, psicólogos e teólogos. Especialmente, no
campo da filosofia, há muitas teorias que tentam em vão analisar e definir o
que é pecado.
Conceitos antíteístas e anticristãos. Há opiniões extremamente especulativas e
arbitrárias sobre esse assunto. Por isso, ao trazê-las à tona neste estudo,
queremos destacar dois elementos auxiliares para o estudo do pecado. O primeiro
trata da natureza metafísica do pecado, e o segundo, de sua natureza moral.
Surgem, então, as questões: O que é aquilo que denominamos pecado? Seria uma
substância, um princípio ou um ato? Significaria privação, negação ou defeito?
Seria alguma coisa relacionada com sentimento?
Essas perguntas se relacionam com a natureza metafísica do pecado. Mas, e as
questões sobre a natureza moral do pecado? Como o pecado se relaciona com a lei
de DEUS? Que relação tem o pecado com a santidade e com a justiça? Algumas
teorias sobre a natureza do pecado são apresentadas ao longo da História, no
estudo progressivo das doutrinas cristãs. Algumas dessas teorias são
incoerentes com a realidade bíblica do pecado e, por isso, heréticas; mas
outras merecem a nossa apreciação.
A primeira teoria filosófica e antibíblica que mencionaremos é a que ensina a
existência de um eterno princípio do mal. Ela se difundiu e foi introduzida na
igreja nos primeiros séculos da Era Cristã. Para alguns, esse princípio
original do mal se identificava como um ser pessoal. Trata-se do gnosticismo.
Para outros, seguidores do gnosticismo, dos marcionistas e dos maniqueus, tal
princípio era uma substância, uma matéria eterna.
Esses dois princípios não encontram respaldo na Palavra de DEUS e, por essa
razão, são nulos. Tal teoria vê o pecado como um mal físico que contamina o
espírito humano. Por isso, esse mal deve ser vencido por meios físicos.
Trata-se de uma teoria que insinua que o pecado é eterno e independente do DEUS
Eterno. Sugere que DEUS é limitado por um poder coeterno, que Ele não pode
controlar. Ou seja, o mal tem o seu próprio poder, assim como DEUS possui o
seu.
A idéia sugerida por essa teoria, de que o mal é um poder independente e sem
controle, destrói, por assim dizer, a natureza do pecado como um mal moral,
haja vista fazer dele uma substância inseparável da natureza humana. Dessa
forma, não admite que o homem possa se livrar do pecado.
Essa teoria compromete, ainda, a responsabilidade humana, uma vez que atribui a
sua origem a um mal eterno. Claramente, a Bíblia refuta terminantemente essa
teoria, pois o pecado não é eterno; e, quando o homem pecou, fez isso por
escolha intencional e voluntária.
Outra teoria filosófico-antibíblica é a que apresenta o pecado como um mal
necessário. Ela se baseia na lei de que toda a vida implica ação e reação.
Argumenta-se que, no Universo material, prevalece a mesma lei pela qual os
corpos celestes são conservados em suas órbitas pelo equilíbrio de forças
centrífugas e centrípetas. Ensina, ainda, que todas as mudanças químicas são
produzidas por atração e repulsão, e que a mesma lei deve prevalecer no mundo
moral; e que não pode haver bem sem mal.
Essa teoria ensina, portanto, que, em relação ao homem, a sua vida é equilibrada
por forças contrárias e se desenvolve através do antagonismo; ou seja, por
princípios opostos, de modo que um mundo moral sem pecado é impossível. A
essência dessa teoria é a de que o pecado é a condição necessária para a
existência do bem. Defende-se por esse conceito a idéia de que “o pecado é um
resultado necessário, e decorrente, da limitação do ser finito do homem”2, “um
incidente do desenvolvimento imperfeito, fruto da ignorância e falta de poder;
portanto, o pecado não é um mal absoluto, mas relativo”.3
Não obstante, a Palavra de DEUS ensina, refutando essa teoria, que se o bem não
pode existir sem o mal, o mal deixa de ser algo condenável e repulsivo diante
de DEUS, e a criatura humana deixa de ser responsável pelo pecado entranhado em
sua natureza. Entende-se, então, por essa teoria, que a natureza humana seria
um engano, e tudo quanto a Bíblia ensina contra o pecado, uma utopia.
A terceira teoria falsa ensina que a fonte e a sede do pecado estão na natureza
sensorial do homem. Essa teoria separa e distingue o corpo do espírito humano.
Por ela entende-se que essa distinção especifica o pecado como algo sensorial.
Ensina que, mediante o corpo, o homem está ligado ao mundo físico ou à natureza
externa; e, por meio da alma, ao mundo espiritual e a DEUS.
Essa teoria declara que o homem é governado universalmente, sempre em grau
pecaminoso, por sua natureza sensorial. Em síntese, o negativo prevalece sobre
o positivo, por isso, o homem é vencido pelo pecado. Biblicamente, essa teoria
é falsa e equivocada, porque o pecado não é um ato ou estado sensorial no
homem. Essa teoria neutraliza a consciência de pecado e de culpa, porque faz do
pecado um mera debilidade.
A doutrina bíblica ensina que a pecaminosidade do homem se identifica,
metaforicamente, como “carne”, que se refere à sua natureza corrompida e
pecaminosa, adquirida na Queda. A Bíblia desmente a teoria que faz do corpo ou
da natureza sensorial do homem a fonte do pecado. Rejeita a idéia de que os
pecados mais degradantes cometidos pelo homem nada tenham a ver com o corpo.
Pelo contrário, a Bíblia diz que seremos julgados por aquilo que tivermos feito
por meio do corpo, bem ou mal (2 Co 5.10).
Outra teoria filosófica ao tratar do caráter do pecado declara que a essência
do pecado é o egoísmo. A Bíblia declara que o homem foi criado com perfeição e,
portanto, seu ego correspondia ao ideal divino do “livre-arbítrio”. Ora,
pertencente a natureza original do homem, o egoísmo não pode ser confundido
com seu instinto de autopreservação e de buscar as coisas que lhe dão prazer e
satisfação.
Naturalmente, isto não se constitui um estado pecaminoso. Buscar com retidão a
felicidade e o prazer na vida não significam, essencialmente, angariá-los em
detrimento dos demais seres. O que torna essa busca um modo egoístico negativo
de se obter felicidade é a força do pecado entranhada na natureza pecaminosa
embutida no homem (Rm 5.12).
O egoísmo integra o estado decaído do homem. Alguns teólogos declaram que “o
pecado de Adão teve origem no egoísmo, porque ele quis ser igual a DEUS”.4
Langston entende que o egoísmo é o coração do pecado e é a origem do pecado. O
pecado veio de fora e a Bíblia o declara como transgressão da lei de DEUS (I Jo
3.4). Antes da manifestação do pecado na vida do homem havia uma “lei escrita
no seu coração” (Rm 2.15).
Definições conceituais do pecado
Abordamos definições de termos bíblicos relacionados com o pecado e, também,
definições filosóficas. Os estudiosos cristãos do assunto em apreço tentam
definir de várias maneiras, partindo do conceito mais expressivo e bíblico de
que o pecado existe como um ato, bem como um estado ou condição. Alguns nomes
respeitados da história do cristianismo, “Idade Média” em diante, conceituam
teologicamente o pecado de forma bem clara.
John Wesley, pai do metodismo, definiu o pecado como uma transgressão
voluntária de uma lei conhecida. Um outro famoso teólogo da época ressaltou a
natureza dupla do pecado ao declarar que “a idéia primária designada pelo
termo pecado nas Escrituras é a falta de conformidade com a lei, uma
transgressão da lei; o fazer algo proibido, o deixar de fazer aquilo que é
requerido”.
Augustus Hopkins Strong, eminente professor de teologia nos Estados Unidos,
escreveu sobre a doutrina do Pecado em sua Teologia Sistemática de 1886, que
“pecado é a falta de conformidade com a lei moral de DEUS quer em ato,
disposição ou estado”.3
W.T. Conner, em Doctrína Cristiana, ao falar da natureza do pecado escreveu:
“... definimos o pecado como a rebelião contra a vontade de DEUS”; “o pecado,
como algo voluntário, implica conhecimento. Se o homem peca voluntariamente,
então seu pecado é contra a luz”.6 Paulo esclareceu que todo ser humano tem um
certo grau de conhecimento da lei moral de DEUS e, por isso, “não há um justo,
nenhum sequer” (Rm 3.10).
Charles Hodge escreveu que “o pecado é falta de conformidade coma lei de DEUS”
e “inclui culpa e contaminação; a primeira expressa sua relação com a justiça;
a segunda, sua relação com a santidade de DEUS”.7
Outras definições de pecado. E um ato livre e voluntário do ser humano, tendo
em vista que ele é um ser moral e, por isso, capaz de perceber o certo e o
errado. O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida, o
qual deve seriamente considerar Eclesiastes 11.9.
O pecado é um tipo de mal. Nem todo mal é pecado. Existem males físicos
resultantes da entrada do pecado no mundo. Na esfera física temos um tipo de
mal manifesto nas doenças e enfermidades. Entretanto, na esfera ética, o mal
tem sentido moral. Nesta esfera moral atua o pecado. Os vários termos hebraicos
e gregos das línguas originais da Bíblia, quando falam do pecado apontam para o
sentido ético, porque falam da prática do pecado, ou seja, dos atos
pecaminosos.
O pecado é, de fato, uma ativa oposição a DEUS, uma transgressão das suas leis,
que o homem, por escolha própria (livre), resolveu cometer conforme relata
a Bíblia (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-32; I Jo 3.4).
Louis Berkhof ensina que o pecado tem caráter absoluto.8 Sem dúvida, seu
conceito está correto e é bíblico. Não se faz distinção ou graduação entre o
bem e o mal, porque o caráter é qualitativo. Uma pessoa boa não se torna má por
uma diminuição de sua bondade, mas quando se deixa envolver com o pecado. É uma
questão de qualidade, e não de quantidade.
O pecado não implica um grau menor de bondade, mas algo negativo e absoluto.
Biblicamente, não há neutralidade nem meio termo quanto ao bem ou ao mal. O que
é mal não é mais ou menos mal. Ou se está do lado justo e certo ou se está do
lado injusto e errado (Mt 10.32,33; 12.30; Lc II.23;Tg 2.10).
Não se trata de pecado apenas porque se praticou algum ato pecaminoso. “O
pecado não consiste apenas em atos manifestos”.9 O pecado não é somente aquilo
que se pratica erradamente, mas é algo entranhado na natureza pecaminosa
adquirida da raça humana. E um estado pecaminoso que origina hábitos pecaminosos
os quais se manifestam na vida cotidiana.
Todas as tendências e propensões pecaminosas típicas da natureza corrompida de
cada um de nós demonstram o estado pecaminoso do ser humano. A esse estado
decaído, a Bíblia denomina “carne”, o qual precisa ser superado pela nova vida
em Cristo, a vida regenerada pelo ESPÍRITO (2 Co 5.17; Jo 3.5).
A ORIGEM DO PECADO NO UNIVERSO
A
primeira manifestação foi na esfera angelical. Os teólogos divergem quanto ao
fato de que a primeira manifestação de pecado tenha começado no céu. Sendo DEUS
o Criador de todas as coisas, não podemos atribuir a Ele a autoria do pecado.
Toda a Bíblia rejeita essa idéia quando diz: “Longe de DEUS a impiedade, e do
Todo-poderoso, a perversidade” (Jó 34.10).
Em outra passagem está escrito que não há injustiça nEle (Dt 32.4; SI 92.15).
Tiago, no Novo Testamento, disse que o Senhor não pode ser tentado pelo mal (Tg
I.13). Por isso, é blasfêmia considerar DEUS como autor do pecado. Ora, duas
passagens bíblicas que melhor ilustram a origem do pecado no Céu são
metafóricas (Is 14.12-14; Ez 28.12-17); daí a dificuldade na compreensão desses
textos pelos intérpretes. Do ponto de vista pentecostal esses textos falam do
pecado iniciado entre os anjos e pelo principal deles, Lúcifer.
Os dois textos acima mencionados são tidos como relacionados à queda de Lúcifer
e o começo do pecado no Universo. O primeiro (Isaías) refere-se ao rei caído da
Babilônia, cujo orgulho tornou-o soberbo; por isso, ele não pôde subsistir, com
tirania e orgulho, ante o DEUS Vivo. Diz o texto que esse rei era elevado e
importante, mas por seu orgulho foi cortado como uma árvore.
Segundo, a linguagem metafórica, o texto sugere o relato a história da queda de
Lúcifer, denominado “estrela da manhã”, o qual, por sua rebelião foi expulso da
presença de DEUS. O segundo texto (Ezequiel) apresenta um lamento sobre o rei
de Tiro, mas a linguagem figurada ilustra a queda de Satanás.
O registro bíblico da origem do pecado prossegue noutras referências que tratam
do assunto. O que fica claro é que o pecado foi originado por Satanás. Ele
pecou antes de Adão e Eva quando se apresentou na forma de uma serpente para
tentar Eva (Gn 3.1-6; 2 Co 11.3). JESUS declarou que Satanás é homicida “desde
o princípio” (Jo 8.44; I Jo 3.8). A expressão “desde o princípio” não quer
dizer que este ser angélico foi sempre mau. Seu primeiro estado era de
santidade. A expressão “desde o princípio” indica no contexto da história da
criação que Ele se fez opositor do DEUS trino desde o início da criação do
mundo.
Entretanto, antes da criação do Universo material, os anjos já haviam sido
criados. Mesmo considerando as nossas dificuldades para entendermos plenamente
a origem do pecado no céu, sabemos que DEUS conhece todas as coisas e “faz
todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1. 11).
O pecado entrou na vida da humanidade através de Adão e Eva (Gn 3.1-19). Como
isso aconteceu? A história bíblica descreve como o pecado tomou-se uma
realidade na vida da humanidade quando uma criatura extraordinária e espiritual
se materializou numa “serpente” (Gn 3.1-7) para enganar as mais belas criaturas
da terra, o homem e a mulher. Essa criatura é denominada em outras passagens
como “a antiga serpente”, o “Diabo” e “Satanás” (Ap 12.9; 20.2). Foi essa
criatura que pecou desde o princípio e se tomou inimiga da criação de DEUS e
originou a catástrofe cósmica.
Pela soberana e sábia vontade de DEUS permitiu-se que no Eden, o jardim idílico
criado por DEUS para que Adão e Eva vivessem felizes, Satanás penetrasse para
tentá-los com astúcia e engano. A história da criação da criatura humana relata
que Adão e Eva foram criados “bons” e colocados no Eden para desfrutarem de
todas as benesses daquele jardim e manter comunhão com seu Criador (Gn
1.26—2.25). Por serem criaturas, humanas e finitas, estavam sujeitas a pecar.
DEUS, então, estabeleceu para eles uma regra para não comerem de uma árvore
denominada “árvore do conhecimento do bem e do mal”, mas Eva se deixou enganar
pela insinuação diabólica da serpente e tomou do fruto, comeu e o deu ao seu
marido (Gn 3.6). Duvidaram da veracidade da palavra de DEUS e acataram as
insinuações do Inimigo. Daí desobediência, egotismo, rebeldia, pecado, queda e
suas consequências, que se transmitiram à toda posteridade de Adão.
O pecado de Adão foi um ato pessoal. Já consideramos o fato de que o pecado
é um estado da vontade e que esse estado egoísta da vontade é universal. Uma
vez que o homem preferiu obedecer ao seu “eu”, pervertendo sua própria vontade,
também, tornou-se responsável pelas consequências de sua transgressão.
Ele adquiriu uma natureza corrompida e afetou universalmente toda criatura na
terra. Seus atos pecaminosos e suas disposições são frutos de seu estado
corrupto inato. JESUS explicou muito bem esse ponto quando disse: “... não há
árvore boa que dê mau fruto... o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira
o mal” (Lc 6.43-45; Mt 12.34).
Tentação e Queda não são coisas míticas ou alegóricas. Tem havido a tentativa
de pseudo-teólogos tornarem o relato escriturístico da tentação e a Queda como
algo alegórico. Não há qualquer linguagem figurada em Gênesis 3 que negue o
fato histórico relatado naquela passagem. No desenrolar da tentação Satanás
apelou aos apetites que poderiam dar a Eva o prazer de fazer sua própria
vontade em desobediência do Criador. Satanás apelou aos sentidos egoísticos de
Eva e ela deu ouvidos ao tentador em vez de rejeitar e expulsar o tentador que
visava levá-la a desobedecer a DEUS (Gn 3.1-3).
Satanás levou o casal a duvidar da veracidade de DEUS insinuando que o Criador
estaria tirando deles o direito de conhecer coisas mais sublimes. Adão e Eva,
então, pecaram e deixaram que seus corações fossem corrompidos e afetasse seus
apetites naturais. Diz o relato bíblico que sua disposição interior se
manifestou em atos. O texto diz, literalmente: “... ela tomou do seu fruto, e
comeu, e deu também ao seu marido, e ele comeu com ela” (Gn 3.6).
O homem seguiu a indução do seu coração e fez a escolha do seu “eu” em
desacordo com DEUS. Portanto, o pecado surgiu de dentro do homem, do seu
interior, e ele transgrediu a lei do Senhor (Tg 1.15).
O PECADO ORIGINAL E SUA AFETAÇÃO
Distinção
entre pecado original e culpa original. Na língua latina usa-se a expressão
peccatum originale, que se traduz literalmente por “pecado original”. Para
entendermos o assunto precisamos fazer distinção entre pecado original e culpa
original.
Por pecado original entendemos que se trata do pecado herdado de nossos
primeiros pais, Adão e Eva, o qual passou a toda criatura humana.
A culpa não é herdada, e sim imputada a cada criatura. A expressão “pecado
original” não se encontra na Bíblia de forma literal, mas a sua manifestação
está implícita na história da Queda; por isso, o pecado original está na vida
de todo ser humano desde o seu nascimento. Outrossim, precisamos esclarecer que
a expressão “pecado original” nada tem que ver com a constituição original do
homem, haja vista DEUS não o ter criado pecador.
Toda criatura humana é culpada em Adão e consequentemente tem sua natureza
corrompida desde o nascimento (SI 51.5; 58.3).
Pecados veniais e pecados mortais. A igreja romana ensina
e faz distinção entre pecados veniais e mortais. Ao mesmo tempo, ela tem
dificuldades em distinguir esses pecados. Tal distinção não é bíblica, visto
que todo pecado é anomia diante de DEUS — termo grego que significa “falta de
retidão”, “falta de obediência à lei”.
O Antigo Testamento faz distinção entre os pecados cometidos intencionalmente
e os praticados por ignorância. Se cometido intencionalmente ou por ignorância,
o pecado não deixará de ser pecado, porque é um fato e torna a pessoa culpada
diante de DEUS (GI 6.1; Ef 4.18; 1 Tm 1.13; 5.24). No Novo Testamento, o
apóstolo Paulo deixou clara a idéia de que o grau do pecado é determinado pelo
grau de conhecimento (luz) que o pecador possua (Rm 8-32).
A CULPA DO PECADO
O
que e qual é a culpa do pecado? Ora, a culpa é o sentimento pessoal na consciência,
de transgressão de uma lei mediante o ato do pecado. Inclui a idéia dupla de
responsabilidade pelo ato praticado do pecado, assim como a punição (castigo)
pelo pecado. A punição, ou seja, a pena, segue automaticamente ao pecado.
A culpa é o estado ou a condição delituosa de quem transgrediu a lei. A culpa
toma forma de condenação pela desaprovação de DEUS. Logo após Adão e Eva terem
pecado, seus olhos foram abertos, ou seja, tiveram consciência de suas culpas:
“então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus” (Gn 3.7).
A culpa é a convicção na consciência, pela violação voluntária da lei de DEUS.
O transgressor é conscientizado pela consciência ou pela lei, que o seu ato
exige expiação para que seja perdoado.
Já dissemos anteriormente acerca da distinção entre pecado original e culpa
original. Pelágio, teólogo inglês, renegava a idéia do pecado original porque
entendia que os homens que nascem no mundo, desde a Queda, vivem no mesmo
estado em que Adão foi criado e que o pecado deste prejudicou apenas a ele
próprio. Por isso, essa teoria rejeita a ideia da hereditariedade do pecado
sobre toda a raça humana.
Pelágio ensinava que Adão morreu pela constituição de sua natureza, tivesse ele
pecado ou não. Entretanto, o ensino claro da Bíblia a esse respeito não deixa
dúvida de que a culpa original se refere àquela recebida por Adão e Eva após
terem pecado contra a lei de DEUS.
o viver em pecado consiste então, em viver uma vida centralizada no “eu” e significa
o fazer a própria vontade como a da vida. Neste sentido o homem merece receber
a punição do seu pecado ( Rm 5.12).
A natureza da culpa. Ainda que haja uma interligação entre os pontos destacados
neste capítulo, ao tratar da natureza da culpa, entendemos que o mérito da
culpa é a punição. Culpa, portanto, significa o merecimento da punição, por ter
o culpado de satisfazer a justiça divina pelo seu pecado praticado.
O apóstolo Paulo escreveu aos romanos que “do céu se manifesta a ira de DEUS
sobre toda a impiedade e injustiça dos homens” (Rm 1.18). Ora, a ira de DEUS no
contexto dessa passagem significa a reação da santidade de DEUS contra o
pecado; não importando se tenha ocorrido por ato ou estado, o pecado acarreta a
manifestação da justiça de DEUS.
A culpa legal O aspecto legal da culpa perante DEUS diz respeito ao fato de que
quando Adão e Eva cometeram o pecado contra a ordem divina, tornaram-se
legalmente culpados e dignos da pena estabelecida por DEUS. O Criador havia
lhes dito que um só ato de desobediência à sua palavra implicaria na pena de
morte (Gn 2.17). O apóstolo Paulo entendeu essa questão doutrinária e declarou
que “o juízo veio de uma só ofensa, para condenação” (Rm 5.16).
Portanto, por um só ato pecaminoso contra DEUS, Adão tomou-se incapaz de
permanecer na presença santa de DEUS. Essa ofensa de Adão tornou-se a culpa de
toda sua descendência, de toda a raça humana. Perante DEUS, legalmente, todos
são culpados, “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS” (Rm
3.23).
Isso significa que em Adão todos participaram da sua transgressão. A expressão
“estão destituídos da glória de DEUS” indica a necessidade de recuperação do
primeiro estado de glória de Adão antes da Queda. Significa a recuperação
daquela realeza moral e espiritual que o homem tinha, isto é, a imagem e
semelhança de DEUS, deformada pelo pecado. Foi o segundo Adão, JESUS Cristo,
quem veio a este mundo para recuperar a glória perdida do homem (Rm 3.24-26).
A culpa não significa mera propensão ao castigo. Isso significa que a culpa
incorre mediante a transgressão do pecador. Não há na justiça de DEUS o
conceito de culpa construtiva, porque o pecador é culpado por aquilo que tem
praticado. Somos culpados do pecado, tanto em relação a culpa original de
nossos primeiros
pais quanto pelos pecados que cometemos hoje. Devemos entender que somos
culpados pela natureza pecaminosa herdada de Adão e Eva. Esse é o aspecto
coletivo que abrange todos os homens. Porém, cada um de nós é individualmente
responsável pelos seus próprios pecados.
A manifestação da culpa na consciência humana. A culpa do pecado se manifesta
na consciência, que é o componente racional e moral do espírito humano, para
sinalizar o certo e o errado nas decisões do ser humano (Rm 2.15,16). Pela corrupção
moral e espiritual do homem por causa da Queda, há em todo homem uma disposição
geral para o pecado e para esconder ou negar a responsabilidade pelo pecado
cometido, como fizeram Adão e Eva (Gn 3.8-14).
Entende-se, portanto, que a acusação de sua consciência contribuiu para
assinalar a culpa do pecado. Visto que o pecado é transgressão diante de um DEUS
SANTO, o pecado é merecedor de punição e reprovação divina. A culpa se
manifesta como um resultado objetivo, isto é, ela é produzida mediante o fato
da prática do pecado e não deve ser confundida com o papel da consciência que
expõe a culpa subjetivamente.
Ora, o que é consciência subjetiva da culpa? O que está revelado em Levítico
5.17 esclarece bem este ponto, quando diz: “e, se alguma pessoa pecar e fizer
contra algum de todos os mandamentos do Senhor o que não se deve fazer, ainda
que o não soubesse, contudo, será ela culpada e levará a sua iniquidade”.
A expressão “ainda que o não soubesse” indica que a culpa implica inicialmente
uma relação com DEUS e, depois, uma relação com a consciência. O texto trata da
prática do pecado por ignorância, por não se saber que determinada ação seja
pecaminosa. Então a consciência age subjetivamente.
Um determinado teólogo declarou que “o maior dos pecados é não estar consciente
de nada”, isso porque a consciência pode tornar-se cauterizada, pela
multiplicação do pecado, extinguindo no pecador a sensibilidade moral acerca do
que é errado ou certo. Por isso, quando andamos com DEUS segundo a sua justiça
a partir da conversão, somos por Ele santificados quanto ao pecado, e a nossa
santificação subjetiva pelo ESPÍRITO SANTO desenvolve em nós mais e mais a
consciência da realidade do pecado.
A culpa tem relação com a lei moral de DEUS. “A culpa não faz parte
da essência do pecado, mas é, antes, uma relação com a sanção penal da lei”.10
Por isso, a culpa só pode ser removida mediante a satisfação da lei. Visto que
a justiça original no homem se tornou em “trapos de imundícia” (Is 64.6), a
justiça requerida tem de ser vicária e pessoal. Ela pode ser transferida de uma
pessoa para outra, mas, nenhuma criatura humana teria condições para assumir os
pecados das demais, por sermos todos uma raça de pecadores (Sm 14.1-3; Rm
3.9-12).
Veio JESUS Cristo, da parte de DEUS; se fez carne e habitou entre nós (Jo
1.14), assumindo a penalidade da lei, causada pela nossa culpa, tomando-se o
nosso substituto vicário, justificando o homem dos seus pecados (Rm 4.24,25;
5.1,8). Adão cometeu o pecado e na qualidade de chefe federal da raça humana;
por ele foi imputada a todos os seus descendentes a culpa do pecado. A Bíblia
enfatiza este ensino quando declara que a morte é o castigo do pecado, para
todos os seus
descendentes (Rm 5.12-19; Ef 2.3; I Co 15.22).
Graus de culpa. Tem havido interpretações equivocadas sobre esse ponto. Não
obstante, é fato bíblico que existem diferentes graus de culpa atribuídos a
certos tipos de pecados. Não encontra aqui respaldo a doutrina católica romana
que distingue pecados veniais e pecados mortais. Com esse conceito a Igreja
Romana entende que pode determinar o grau do pecado de uma pessoa e aplicar à
mesma a penitencia equivalente.
Ora, entendemos que todo pecado é venial, isto é, pode ser perdoado. A exceção
está no “pecado contra o ESPÍRITO SANTO” (Mt I2.3I).Que tipos de pecados são
esses para os quais são atribuídos graus de culpa? Na realidade, existem
pecados perdoáveis e os pecados não perdoáveis, ou seja, pecados que são para a
morte e pecados que não são para a morte.
Em I João 5.16,17 está escrito:
Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para a morte; orará, e DEUS
dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por
esse não digo que ore. Toda iniquidade é pecado, e há pecado que não é para
morte.
Percebe-se que há um contraste entre o pecado para a morte e o que não é para a
morte. Há quem diga que o pecado para morte é aquele que, sendo extremamente
grave, conduz inevitavelmente à morte eterna; e que o pecado que não é para a
morte seria o pecado venial; ou seja, o menos grave. São idéias sem suporte
bíblico.
Outros afirmam que esse texto se refere a “pecados intencionais ou não”, sendo
o último o pecado perdoável, e o primeiro, não (Nm 15.22-30). Naturalmente, o
sentido da palavra “morte” no contexto dessa passagem refere-se à morte física,
e isso se toma claro quando o autor aconselha a orar para que tenha vida, e
diz, literalmente: “orará, e DEUS dará a vida àqueles que não pecarem para
morte”.
Ora, a Bíblia afirma que toda iniquidade é pecado (I Jo 5-17). Portanto,
distinguir e graduar os tipos de pecados é impraticável. É bem verdade que, em
I Coríntios 11.30, Paulo fala de um tipo de juízo que afeta o crente que peca
até ao ponto de DEUS aplicar-lhe disciplina. Mas a morte física, aqui, não
significa morte eterna ou punição final, e sim morte que não é final.
Nessa esfera, poderíamos apontar os pecados de ignorância e pecados de
conhecimento, como cita Strong:11 pecados da carne (Gl 5.19-21); o pecado de
blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO (Mt 12.31,32).
Strong escreveu:
... o pecado contra o ESPÍRITO SANTO não deve ser considerado como um simples
ato isolado, mas também como o sintoma exterior de um coração tão radical e
irreversível contra DEUS que nenhuma força que DEUS possa consistentemente usar
o poupará.
Tal pecado, portanto, só pode ser o clímax de um longo curso de endurecimento
de si mesmo e depravação de si mesmo. Em relação ao episódio da blasfêmia dos
fariseus contra JESUS entendemos que o pecado de blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO
refere-se, no ensino do Mestre, à atribuição voluntária e consciente de seus
adversários de que a obra que Ele fazia era demoníaca. Tratava-se de uma
rejeição presunçosa daquela casta religiosa à pessoa de JESUS e a atribuição de
ação demoníaca à obra do ESPÍRITO SANTO.
Realidade da ação do pecado
Consequências
do pecado no mundo. Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves consequências ao
Universo, especialmente à vida na Terra. A Bíblia faz várias declarações a
respeito da universalidade do pecado. Por exemplo, temos no Antigo Testamento
alguns exemplos, tais como: “não há homem que não peque” (I Rs 8.46); “porque à
tua vista não há justo nenhum vivente” (Sm 143.2).
Paulo, em Romanos, disse: “Não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o
bem, nenhum sequer” (Rm 3.10-12); “pois todos pecaram e carecem da gloria de DEUS”
(Rm 3.23). O apóstolo João também disse: “Se dissermos que não temos pecado
nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (I Jo 1.8).
A escolha preferencial do “eu” em detrimento de DEUS. O pecado de Adão e Eva
foi uma escolha feita por ambos, uma escolha preferencial do “eu”, em detrimento
de DEUS como objeto do sentimento e fim principal de suas vidas. Preferiram
atender aos ímpetos do seu ego a fazer de DEUS o centro de suas vidas.
Renderam-se incondicionalmente ao seu ego em prejuízo do projeto do Criador
para suas vidas.
O Dr. E.G. Robinson, citado por Berkhof,13 escreveu que “enquanto o pecado como
estado é dessemelhança em relação a DEUS, como princípio é oposição a DEUS, e
como ato é transgressão à lei de DEUS”. Portanto, entendemos que o pecado não
é, meramente, algo de fora (ou externo), tampouco é o fruto de coação vinda de
fora, mas “é uma depravação dos sentimentos e uma perversão da vontade, que
constitui caráter íntimo do homem”.14 A realidade do pecado traz as consequências
inevitáveis que são a culpa e o castigo.
2. A soberania divina.
LIVRE
ARBÍTRIO DO HOMEM E SOBERANIA DE DEUS
Eclesiastes
11:9 - Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da
tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos;
ATÉ
AQUI É O LIVRE ARBÍTRIO DO HOMEM QUE DECIDE O QUE FAZER.
CONTINUAÇÃO
DO VERSÍCULO
sabe, porém, que por todas essas coisas te trará DEUS a juízo.
AQUI É A SOBERANIA DE DEUS.
UM DIA, NO JUÍZO FINAL, CADA UM TERÁ O PAGAMENTO JUSTO POR SEU LIVRE ARBÍTRIO.
SE NÃO SE CONVERTEU, SERÁ LANÇADO NO LAGO DE FOGO E ENXOFRE.
Ez
21:19 Filho do homem, desenhe um mapa com dois caminhos para o rei da Babilônia
escolher.
Esses caminhos devem sair do mesmo lugar, Babilônia, começando no caminho de
entrada para a cidade. 20 Coloque marcos na encruzilhada, um indicando
Jerusalém - a cidade-fortaleza - e outro indicando a direção de Rabá, capital
do reino de Amom. 21 O rei de Babilônia vai parar nessa encruzilhada, com os
seus exércitos, sem saber que cidade atacar primeiro. Chamará os mágicos do seu
reino para decidir. Eles tirarão a sorte sacudindo duas flechas na caixa onde
são guardadas; oferecerão sacrifícios aos seus ídolos, e tentarão ler o futuro
examinando o fígado do animal sacrificado.
22 Finalmente, decidirão atacar Jerusalém, seguindo o caminho da direita.
Cercarão a cidade, tentarão derrubar os portões e os muros com grandes troncos,
gritarão as ordens de batalha e ameaças de morte aos moradores da cidade,
construirão rampas de terra para atacar os soldados que defendem os muros,
farão torres de madeira para atirar flechas contra os homens de Jerusalém. 23
os judeus, ouvindo notícias do ataque, dirão que os magos mentiram, que tudo
não passa de um engano. Afinal de contas, o rei de Babilônia fez uma promessa
solene de não atacar Jerusalém!
ATÉ AQUI LIVRE ARBÍTRIO.
DAQUI PARA FRENTE SOBERANIA DE DEUS
Mas
acontece que DEUS vai Se lembrar de todos os pecados que eles cometeram,
inclusive a traição contra Babilônia, e deixará Jerusalém ser destruída. 24
Assim diz o Senhor DEUS: Volta e meia vocês Me fazem lembrar as suas
desobediências, mostrando abertamente suas maldades, mostrando seus pecados em
tudo que fazem, e é por isso que vocês serão castigados.
SOBERANIA
DE DEUS
Dt
30:19 Tomo hoje os céus e a terra por testemunhas contra vocês, que hoje eu dei
a vocês a oportunidade de escolherem a vida ou a morte, a bênção ou a maldição.
LIVRE ARBÍTRIO
Oh! Escolham a vida! Sim, para que vocês e os seus descendentes possam viver.
LIVRE ARBITRIO
Mt
10:32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
SOBERANIA DE DEUS
33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante
de meu Pai, que está nos céus.
É
o direito absoluto, irrestrito e inquestionável, que possui DEUS sobre toda a
sua criação (Êx 9.29; Dt 10.14; Sl 135.6). Portanto, o Senhor age
como lhe aprouver. Em suas mãos, somos o barro; Ele, o soberano oleiro (Jr
18.6). Não nos cabe questionar a soberania do Todo-Poderoso (Rm 9.20). Ele é
DEUS e Senhor!
Não devemos, por outro lado, ver a soberania divina como algo despótico e
tirânico (como os calvinistas que dizem que DEUS já escolheu quem vai para o
inferno, mesmo antes de nascerem), porquanto todas as ações de DEUS são
fundamentadas em seu amor, justiça e sabedoria. O que Ele faz agora só viremos
a compreender mais à frente (Jo 13.7). Descansemos, pois, na vontade divina (Sl
37.5).
3. A responsabilidade humana.
Porque
o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no ESPÍRITO
do ESPÍRITO ceifará a vida eterna. Gálatas 6:8.
Tudo
aqui se resume à lei da sementeira. Colhe-se o que se planta.
A
responsabilidade por nossos atos é nossa somente. Sabendo escolher seremos
abençoados.
São
dadas duas opções por DEUS, nós é quem escolhemos qual seguir. Qual caminho
devemos seguir?
Eis
que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: Deuteronômio 11:26
Os
céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a
vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas,
tu e a tua semente, Deuteronômio 30:19
E
será que, se ouvires a voz do Senhor, teu DEUS, tendo cuidado de guardar todos
os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu DEUS, te exaltará
sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te
alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu DEUS: Deuteronômio 28:1,2
Será,
porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu DEUS, para não cuidares
em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno,
então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão: Deuteronômio 28:15
ESSE
É O CAMINHO, O ÚNICO CAMINHO SEGURO. E os teus ouvidos ouvirão a palavra que
está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos
desviardes nem para a direita nem para a esquerda. Isaías 30:21
Disse-lhe
JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
mim. João 14:6
Entre
o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade (Jr
35.13). Não resta dúvida de que DEUS permite-nos o direito de obedecer-lhe ou
não aos mandamentos (Dt 11.13). Todavia, Ele nos chamará, um dia, a prestar
contas quanto às nossas escolhas (Ec 11.9; 12.14). O Juízo Final não é ficção;
é a realidade que aguarda a espécie humana na consumação de todas as coisas (Ap
20.11-15).
II
– A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL
1.
A possibilidade da queda.
Quando
DEUS coloca a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal no Jardim do Éden e diz
para Adão não comer do fruto desta árvore, Ele está dando a ele a chance de
obedecer ou não a seu mandamento.
O
que mais desperta a curiosidade humana é a proibição. Basta dizer: É Proibido
isso. Pronto, isso atiça a curiosidade humana. Adão passou a desejar e talvez
até a sonhar com ele comendo daquela árvore. DEUS havia dito que se comesse,
morreria, mas Adão deve ter achado que aquele DEUS tão amoroso, bondoso e
misericordioso nunca o mataria só por causa disto. Foi seu erro e é o erro de
muita gente. Muitos dizem: DEUS é bom, é amor, Ele nunca me lançaria no
inferno, ainda que eu estivesse em pecado.
Adão
não passou no teste de fidelidade e obediência, por isso foi expulso do jardim
e perdeu a vida eterna com DEUS, ali naquele paraíso terrestre. Ele amou mais
sua esposa do que a DEUS. Pecou deliberadamente.
Em
sua inquestionável soberania, DEUS criou Adão e Eva livres, permitindo-lhes o
direito de obedecê-lo ou não. Todavia, a ordem do Senhor, concernente à árvore
da ciência do bem e do mal, era bastante clara (Gn 2.16,17). Se eles optassem
por ignorá-la, teriam de arcar com as consequências de seu ato: a morte
espiritual seguida da morte física.
2.
A realidade da tentação.
E
Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. 1 Tm
2:14
Adão pecou deliberadamente, usando de seu Livre arbítrio.
Sabia o que estava fazendo.
Não foi enganado e nem tentado.
Por isso o pecado entrou no mundo por ele que tinha a semente da vida e que foi
transmitida a todos que nasceram depois dele.
Por Adão as mortes, do ESPÍRITO (Isaías 59.2; Romanos 7.10-11; Efésios 2.1;
Tiago 1.15). Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso
DEUS, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça),
da ALMA (Ez 18:4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também
a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá) e FÍSICA OU DO CORPO
(Gn 6:3 Então, disse o SENHOR: Não contenderá {ou permanecerá} o meu ESPÍRITO
para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão
cento e vinte anos) passaram a existir e atingiram todos os seres humanos (Rm
6:23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida
eterna, por Cristo JESUS nosso SENHOR).
Mortes do espírito, alma e corpo - resultado do pecado.
Morte
física de Adão aos 930 anos. Mortes de seu espírito e alma no mesmo momento que
pecou.
A
morte física de Adão só ocorreu aos 930 anos. E foram todos os dias que Adão
viveu novecentos e trinta anos; e morreu.
Gênesis 5:5. A morte física não acontece no mesmo momento, Pode começar a
acontecer e ir acontecendo com o tempo até findar. Mas sua consumação só se dá
no dia em que somos mesmo sepultados. Algumas pessoas vivem muito e com saúde
até sua morte. Moisés, quando morreu, gozava de excelente Saúde. Era Moisés da
idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram,
nem perdeu ele o seu vigor. Deuteronômio 34:7
Ao
ser tentada pela serpente, Eva deixou-se enganar pela velha e bem arquitetada
mentira de Satanás – a possibilidade de o homem vir a ser um deus (Gn 3.1-6; 2
Co 11.3). No instante seguinte, Adão e Eva pecaram contra DEUS (1 Tm 2.14).
Tendo em vista a representatividade de Adão, foi ele responsabilizado pela
entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).
3.
A historicidade da queda.
"O
jardim do Éden estava localizado perto da planície aluvial do rio Tigre e do
rio Eufrates. Alguns acreditam que estava localizado na região correspondente
ao atual sul do Iraque; outros sustentam que não há dados suficientes no relato
bíblico.
Duas
árvores do jardim do Éden tinham importância especial. (1) A 'árvore da vida'
provavelmente tinha por fim impedir a morte física. É relacionada com a vida
eterna, em 3.22. O povo de DEUS terá acesso à árvore da vida no novo céu e na
nova terra (Ap 2.7; 22.2). (2) A 'árvore da ciência do bem e do mal' tinha a
finalidade de testar a fé de Adão e sua obediência e à sua palavra. DEUS criou
o ser humano como ente moral capaz de optar livremente por amar e obedecer ao
seu Criador, ou desobedecer-lhe e rebelar-se contra a sua vontade" (Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991, pp. 34,35).
A
Bíblia Sagrada – a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de DEUS é
a verdade absoluta. A narrativa da queda é verdadeira, pois a Bíblia nunca
mente.
PROFECIAS
MESSIÂNICAS
Tem
sido calculado por estudiosos que mais de trezentos detalhes proféticos foram
cumpridos em CRISTO. Aqueles que ainda não foram cumpridos se referem à Sua
segunda vinda e ao Seu reino, ainda futuros. Poderia essa profusão de profecias
messiânicas ter cumprimento numa única pessoa, se não viesse de DEUS? Deste
modo são verdadeiras as palavras de Pedro, segundo as quais "a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de DEUS
falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO" (2 Pé 1.21).
Dentre
as profecias fielmente cumpridas na pessoa de JESUS Cristo, o Messias de DEUS,
destacam-se as seguintes:
a-
Relacionadas com o seu nascimento (Gn 3.15). Esta promessa divina
identifica o Messias vindouro como sendo a semente da mulher. Deste modo a
Bíblia diz, claramente, que Ele nasceria duma virgem (Is 7.14), nasceria em
Belém de Judá (Mq 5.2), e seria da linhagem de Davi (l Cr 17.11-15). Estas profecias
se cumpriram de acordo com as seguintes referências bíblicas: Lc 1.30-35; Mt
2.4-6; 22.41,42.
b-
Relacionadas com o seu ministério. Moisés fez menção do ministério
profético do Messias ao registrar a seguinte promessa de Jeová: "Eis lhes
suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu; e porei as minhas
palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que
qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o
requererei dele" (Dt 18.18,19). Já Isaías vaticinou que o ESPÍRITO SANTO
encheria plenamente o Messias (Is 42.1), e fala ainda do seu miraculoso
ministério de cura (Is 35.4-6). Todas estas profecias se cumpriram
integralmente, conforme as seguintes referências: Jo 5.45-47; Lc
3.21,22;4.17-21; Mt 11.2-6.
c-
Relacionadas com o seu sofrimento, morte e ressurreição. A Bíblia vaticina que
JESUS seria traí- do por um de seus amidos (SI 41.9) e vendido por trinta
moedas de prata (Zc 11.12); passaria por atrozes sofrimentos (Is 52.13-15; 53);
seria desamparado por seu próprio Pai no seu maior momento de dor (SI 22.1,6-8,14-18);
seria oferecido como um cordeiro para o sacrifício (SI 40.6-8; Is 53.7,8);
seria sepulta- do com os ímpios e com o rico (Is 53.9); seria ressuscitado dos
mortos (SI 16.9,10). Todas estas profecias se cumpriram com uma precisão
impressionante. Para ver isto, leia as seguintes passagens: Jo 13.18,21,26; Mt
26.14,15; 27.12- 14,46,57-60; Jo 19.1-3,23,24,29; Mt 28.1-7; At 2.25-32.
Nos
dias hodiernos, onde o peca- do se multiplica e o amor se torna escasso entre
os homens, a maneira mais segura de termos esperança é a compreensão das
promessas divinas feitas no passado. Como já mostra- mos, muitas delas já foram
cumpri- das durante a vida do Messias e no decorrer da história do povo judeu.
Essa incrível marca de cem por cento de precisão no passado é uma
inquestionável garantia de que as demais promessas se cumprirão no futuro.
BASES
DA AUTORIDADE BÍBLICA
O
mundo moderno, que se encontra vacilante entre a influência desmoralizadora dos
ideais satânicos e das filosofias do homem sem DEUS, não aprecia nem respeita a
Bíblia. Podemos dizer, porém, que até mesmo esse manifesto desrespeito que o
mundo tem para com a Bíblia, se constitui dalgum modo numa prova do caráter
sobrenatural desta. Positivamente analisado é uma prova da autoridade da
Bíblia.
a-
Ela foi inspirada por DEUS (2 Tm 3.16). Declarar das Escrituras, como
elas fazem de si mesmas, que são inspiradas por DEUS, é reconhecer a autoridade
suprema que só pertence a DEUS e que elas procedem diretamente dEle. Isto
significa que em seu caráter plenário, as Escrituras são, em sua totalidade, a
Palavra de DEUS. Elas possuem a peculiaridade indiscutível de ser nada menos
que o decreto real divino - "Assim diz o Senhor".
b-
Ela foi escrita por homens escolhidos (2 Pé 1.20,21). Este aspecto da
autoridade bíblica está entranhavelmente relacionado com o fato de que a
mensagem que esses homens escolhidos receberam e pregaram, era inspirada por
DEUS. A contribuição específica que isto dá ao estudo da autoridade bíblica é
que garante, como temos demonstrado, que a participação humana na autoria da
Bíblia, não produz nenhuma imperfeição no valor infinito nem na excelência da
mensagem divina. As Escrituras são inerrantes, acima de tudo, porque procedem
de DEUS. Prova evidente de que a autoridade da Bíblia independe dos homens
inspirados que a escreveram, consiste do fato de que mesmo aqueles livros cujos
nomes dos autores são ignorados, são tão inspirados por DEUS quanto os demais
que compõem o cânon divino.
c-
Ela foi crida pêlos que a receberam (Jo 2.22). No caso do Anti- go
Testamento, a congregação de Israel, sob a liderança de seus anciãos, reis,
profetas e sacerdotes, deu sua aprovação àqueles escritos como sendo
divinamente inspirados. No caso do Novo Testamento, a Igreja primitiva, deu sua
sanção aos escritos aí contidos completando, assim, o cânon das Escrituras. Sem
terem consciência, tanto num caso como no outro, de que estavam sendo usados
por DEUS para realizar um objetivo tão importante, aprovaram o cânon da Bíblia
como algo de singular valor para todos os homens, em todos os lugares e em to-
dos os tempos.
4.
Ela foi autenticada por JESUS CRISTO (Lc 24.44). Os quatro Evangelhos
contêm nada menos do que trinta e cinco referências diretas do Antigo
Testamento citadas por parte do Filho de DEUS. Estas, como se pode notar, não
apenas registram seu testemunho no tocante ao caráter divino da inspiração plenária
das Escrituras, mas também, tomadas como um todo, contemplam o Antigo
Testamento e certificam os aspectos plenários de sua perfeição.
Quando
CRISTO declarou: "Eu sou... a verdade" (Jo 14.6), Ele estava
declarando algo mais que ser verdadeiro. Ele se declarou como a verdade no
sentido em que Ele é o tema central da Palavra da Verdade, Ele é o Amém, a
Testemunha Fiel e Verdadeira (Ap 1.5; 3.14; Is 55.4). Ele disse acerca de si
mesmo: "Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar
testemunho da verdade" (Jo 18.37).
III
– AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO
1. A consciência do pecado.
Ao
tentar a mulher, a antiga serpente prometeu-lhe a onisciência divina, mas o que
os nossos pais herdaram foi uma consciência pecaminosa geradora de obras mortas
(Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14). O pecado leva-nos a perder o brilho do rosto e o
vigor físico (Sl 31.10; Sl 32.3). Eis porque o homem precisa nascer da água e
do ESPÍRITO (Jo 3.5).
Eva
disse que DEUS havia proibido comer do fruto da árvore que estava no meio do
Jardim. Ela confundiu as árvores, portanto, pois a árvore que estava no meio do
jardim era a da Vida e não a do Conhecimento do bem e do mal. Satanás estava na
Árvore do Conhecimento do Bem e do mal quando tentou Eva. Ela comeu e deu a
Adão que também comeu. Assim entrou o pecado no mundo.
E
disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do
fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: Não comereis dele, nem
nele tocareis, para que não morrais. Gênesis 3:2,3 VEJA QUE EVA AO RESPONDER
A SATANÁS SOBRE QUAL ÁRVORE QUE NÃO DEVERIA COMER AO INVÉS DE CITAR A ÁRVORE DO
CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL CITOU FOI A ÁRVORE QUE ESTAVA NO MEIO DO JARDIM
(ESTA ERA A DA VIDA). TAMBÉM EVA DISSE QUE DEUS HAVIA DITO QUE NÃO PODERIA NEM
TOCAR NA ÁRVORE. (DEUS DISSE PARA NÃO COMER SÓ)
PORQUE
ADÃO É QUE É RESPONSABILIZADO PELA ENTRADA DO PECADO NO MUNDO E NÃO EVA? Para que Eva comesse,
Satanás tece que enganá-la, conversando e mentindo e torcendo a Palavra de
DEUS. Eva era totalmente inocente. DEUS não deu ordem nenhuma para Eva. Eva nem
tinha sido criada quando DEUS deu a ordem para Adão. Eva nem sabia direito o que
DEUS havia ordenado para Adão. Adão não foi enganado, não foi tentado, Não
conversou com Satanás. Adão comeu consciente do que fazia. estava desobedecendo
uma ordem direta de DEUS. Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo,
e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso
que todos pecaram. Romanos 5:12 E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão. 1 Timóteo 2:14
E
ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás. E disse o Senhor DEUS: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
Gênesis 2:16-18 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS:
Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Gênesis 3:3 (Eva
confundiu Árvore da Vida com Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, também
disse que DEUS havia dito que não era nem para tocar na Árvore. Não foi para
ela que DEUS havia dado ordem. - Soube através de Adão e nem guardou direito o
que ele lhe disse. Foi facilmente enganada por Satanás).
Eva
comeu do fruto da árvore do Conhecimento do bem e do mal e deu a Adão que comeu
também. Isso é o que diz a bíblia. Isso é a verdade. Assim cremos.
2.
A perda da comunhão com DEUS.
A
APOSTASIA PESSOAL DE ADÃO E A POSSIBILIDADE DE QUALQUER CRENTE APOSTATAR.
Hb
3.12 “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel,
para se apartar do DEUS vivo”.
A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At
21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido
“apartar”). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião,
abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado. Foi o
que Adão fez. Se apartou de DEUS, desobedeceu a uma ordem direta sua.
(1) Apostatar significa cortar o relacionamento ou apartar-se da união vital
com DEUS e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é
possível somente para quem já experimentou a comunhão com DEUS (cf. Lc 8.13; Hb
6.4,5);
A
apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si:
(a)
a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos de DEUS (1Tm 4.1;
2Tm 4.3); e
(b)
a apostasia moral, i.e., aquele que estava em comunhão com DEUS e resolve
seguir Satanás (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).
(2) A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando
tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com DEUS, como para
nos motivar a perseverar na fé e na obediência. Devemos entender que essas
advertências são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e
devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a salvação final. Alguns
dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; Jo
15.1-6; At 11.21-23; 14.21,22; 1Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1Tm 4.1,16; 6.10-12; 2Tm
4.2-5; Hb 2.1-3; 3.6-8,12-14; 6.4-6; Tg 5.19,20; 2Pe 1.8-11; 1Jo 2.23-25.
(3) Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Gn 3; Êx 32; 2Rs
17.7-23; Sl 106; Is 1.2-4; Jr 2.1-9; At 1.25; Gl 5.4; 1Tm 1.18-20; 2Pe
2.1,15,20-22; Jd 4,11-13 - A POSTASIA segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da
igreja professa nos últimos dias desta era.
(4) Os passos que levam à apostasia são:
(a) O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as
verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de DEUS (Mc
1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
(b) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino
celestial de DEUS, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de DEUS
através de CRISTO (4.16; 7.19,25; 11.6).
(c) Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais
tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não
ama a retidão nem odeia a iniquidade (ver 1.9).
(d) Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos
de DEUS (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do ESPÍRITO SANTO
(Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
(e) O ESPÍRITO SANTO se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se
extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado (1Co 3.16). Finalmente, Ele
afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co
3.16,17; Hb 3.14).
(5) Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar
ao ponto em que não seja possível um recomeço. (a) Isto é, a pessoa que no
passado teve uma experiência de salvação com CRISTO, mas que deliberada e
continuamente endurece seu coração para não atender à voz do ESPÍRITO SANTO
(3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se
e voltar para DEUS, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais
possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; Dt 29.18-21; 1 Sm 2.25;
Pv 29.1). Há um limite para a paciência de DEUS (ver 1 Sm 3.11-14; Mt 12.31,32;
2 Ts 2.9-11; Hb 10.26-29,31; 1 Jo 5.16). (b) Esse ponto de onde não há retorno,
não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de
apostasia extrema está na admoestação do ESPÍRITO: Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).
(6) É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os
que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de DEUS (6.6), ela não se
consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do ESPÍRITO SANTO (ver
Mt 12.31).
(7) Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de DEUS (3.12),
podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as
exigências de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO e para com as advertências das
Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo,
Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos: "Examinai-vos a vós
mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5).
(8) Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu
coração o desejo de voltar-se arrependido para DEUS, tem nisso uma clara
evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com
clareza que DEUS não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7)
e declaram que DEUS receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se
arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11;
Lc 15.11-24; Rm 11.20-23; Tg 5.19,20; Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt
16.16; 26.74,75; Jo 21.15-22).
Em
consequência de seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de DEUS (Gn
3.23,24). De agora em diante, não poderiam mais viver no jardim do Éden, onde,
diariamente, conversavam com o Senhor (Gn 3.8). Mas, apesar de haverem ofendido
a DEUS, continuaram a ser alvo de seu imenso, eterno e infinito amor (Jo 3.16).
Desde a queda, o ser humano, para reatar a comunhão com DEUS, tem de
aproximar-se dele pela fé (Hb 11.6). Nesse retorno, não estamos sós. JESUS
CRISTO é o nosso medianeiro eficaz (Rm 5.1). Ele é o Verdadeiro DEUS e o
Verdadeiro Homem (1 Tm 2.5).
O
CASTIGO do pecado
Já
dissemos que o pecado é tanto um ato como um estado. E um ato porque o homem
mesmo preferiu, de seu livre-arbítrio, desobedecer à lei de DEUS, rebelando-se
contra Ele. Porém, o pecado implica um estado pecaminoso porque o homem quebrou
a comunhão e a relação com o seu Criador, separando-se dEle. Inevitavelmente,
segue-se à prática do pecado o juízo, ou seja, o castigo positivo (Gn 2.17; Rm
6.23).
O castigo imediato do pecado. Em pontos anteriores já abordamos sobre o castigo
sem aprofundar a sua importância no contexto da doutrina do pecado. A partir do
capítulo
de Gênesis, a Bíblia trata da Queda e dos efeitos imediatos do pecado na vida
do homem. Adão experimentou, de modo imediato, as consequências do seu pecado
após ter desobedecido a DEUS. Fugiu da presença de DEUS no jardim do Éden (Gn
3.8) levando consigo o estigma do pecado e tomando-se culpado aos olhos de DEUS.
O pecado desfigurou a imagem divina do homem. Adão não perdeu completamente a
imagem divina porque em parte permaneceram nele os elementos de pessoalidade
dessa imagem, na sua alma e no seu espírito. Porém, esses elementos da imagem
foram desfigurados pelo pecado. Em que consistia a imagem original de DEUS no
homem? O texto de Gn 1.26,27 diz que o homem foi criado à imagem de DEUS.
“Strong define a pessoalidade, como imagem natural de DEUS e a santidade como
imagem moral de DEUS. Em relação à pessoalidade, o homem foi criado como ser
pessoal e isto o distingue dos seres irracionais”.17
Trata-se da capacidade do homem para pensar, conhecer a si mesmo e relacionar-se
com o mundo ao seu redor e determinar o seu “eu” quanto ao certo e o errado, ao
que é justo e o que é injusto (Gn 9.6; I Co 11.7; Tg 3.9). Em relação à imagem
moral, o homem foi dotado de sentimento, inteligência e vontade que o capacita
a ter escrúpulos e autodeterminação quanto à justiça e santidade. Esse sentido
moral da imagem divina no homem revela-se na finalidade da sua criação que é a
retidão. Diz a Bíblia que “DEUS fez o homem reto” (Ec 7.29) e a justiça é
essencial à sua imagem (Ef 4.24; Cl 3.10). Mas ele a distorceu por seu pecado
afetando toda a criação e sua descendência (Rm 5.12).
O pecado deu origem a um estado pecaminoso que afetou toda a raça humana. Myer
Pearlman afirmou: “O efeito da Queda arraigou-se tão profundamente na natureza
humana, que Adão, como pai da raça humana, transmitiu a seus descendentes a
tendência ou inclinação para pecar”.18 Neste aspecto toda criatura humana é
pecadora porque adquiriu a imagem degenerada e decaída de seu pai.
Ernesto Naville escreveu: “Não digo que todos sejamos malfeitores manifestos,
mas, sim, afirmo que em cada um dos homens existe o princípio do egoísmo que é
a natureza do pecado”. Foi uma disposição entranhada no interior de cada
criatura humana para praticar o pecado (Ef 2.2,3), e Paulo ensina e atribui a
universalidade do pecado ao cabeça da raça humana (Rm 5.12).
O apóstolo Paulo tratou profundamente da doutrina do pecado e ensina que os
cristãos autênticos, antes de serem alcançados pela graça de DEUS, mediante a
obra expiatória de Cristo, viviam em ofensas e pecados, fazendo a vontade do
Diabo, da carne e dos pensamentos, e por isso eram considerados “filhos da ira
divina” (Ef 2.3).
Mais uma vez Myer Pearlman esclarece esse assunto:
Esta condição moral da alma é descrita de muitas maneiras: todos pecaram (Rm
3.9); todos estão debaixo da maldição (Cl 3.10); o homem natural é estranho às
coisas de DEUS (l Co 2.14); o coração natural é enganoso e perverso (Jr 1 7.9);
a natureza mental e moral é corrupta (Gn 6.5,12; 8.21; Rm 1,19-21); a mente
carnal é inimizade contra DEUS (Rm S. 1,8); o pecador é escravo do pecado (Rm
6.11; 1.15); é controlado pelo príncipe das potestades do ar (Ef 2.2); está
morto em ofensas e pecados (Ef 2.1); é filho da ira (Ef 2.3).19
3.
A transmissão do pecado à espécie humana.
O
homem peca porque a semente do pecado está nele. Porém, nós os crentes, não
temos mais a semente do pecado. Então pecamos porque queremos atender à velha
natureza. Adão pecou sem ter a semente do pecado. Nele morava o ESPÍRITO SANTO
- Em nós também. Em JESUS Também. Temos que combater e vencer o pecado a
qualquer custo.
Temos
que combater e vencer o pecado a qualquer custo. Não reine, portanto, o pecado
em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Romanos
6:12 Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o
princípio. Para isto o Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do
diabo. 1 João 3:8
sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela
palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
Sabemos que todo aquele que é nascido de DEUS não vive pecando; mas o que de DEUS
é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. 1 João 5:18
NÃO
EXISTE ESTA DEPRAVAÇÃO TOTAL QUE OS CALVINISTAS PROFESSAM
O
erro de algumas religiões por aí é não crer na atuação de convencimento do ESPÍRITO
SANTO. Outras (a maioria - querem se justificar pelas obras - Não sabem que a
salvação é só pela graça de DEUS, mediante a nossa fé no que JESUS fez por nós
- Ef 2:8,9)..
Outro erro é crer no outro extremo da depravação total. Pensar que só existem
pessoas más e que não sabem a diferença entre o bem e o mal, contrariando o que
DEUS disse após o homem comer do fruto da árvore do Conhecimento do bem e do
mal. A pessoa realmente pode ser boa como Cornélio e Lídia, e desejar conhecer
a salvação, depois disto realmente entra o convencimento do ESPÍRITO SANTO e a
pessoa ouvindo a pregação do EVANGELHO se converte.
EF 1:13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO
SANTO da promessa.
Gn 3:22 Então, disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o
bem e o mal; ...
Atos 10:1 E HAVIA em Cesareia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte
chamada italiana, 2 Piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia
muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a DEUS.
At 16:14 E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de
Tiatira, e que servia a DEUS, nos ouvia, e o SENHOR lhe abriu o coração para
que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
Nosso presidente está ouvindo o evangelho sempre e diz ser cristão, no entanto,
se não se converter não terá a salvação. Depende dele e não de DEUS sua
salvação. Se não fizer a parte dele não será salvo.
O homem é perfeitamente capaz de escolher e sabe que tem que fazer uma escolha.
DEUS só entra em ação após está escolha. A fé vem pelo ouvir - Só ouve a
palavra quem quer ouvir. DEUS não obriga ninguém a ouvir. Então, só vai ouvir
quem está já interessado em DEUS. Depois DEUS vai entrar em ação com o
convencimento do ESPÍRITO SANTO.
Primeiro o homem se interessa por DEUS por livre e espontânea vontade, usando
seu livre arbítrio, depois o ESPÍRITO SANTO entra em ação no seu convencimento
do pecado, da justiça e do juízo; e depois DEUS vai providenciar uma
oportunidade para que esta pessoa ouça o e evangelho e seja salvo. Ainda que
está pessoa esteja no meio da Amazônia, DEUS enviará um missionário lá para
pregar o evangelho para que ele possa ser salvo.
A pessoa vai se interessar por DEUS primeiro. Como ele ainda não sabe o que é
arrependimento e precisa se arrepender para ser salvo, o ESPÍRITO SANTO entrará
com o convencimento do pecado, da justiça e do juízo. Aí o homem se arrepende e
vai ter fé que pode ser salvo pelo que JESUS fez por ele.
Essa fé vem pelo ouvir o e evangelho. Aí será salvo se crer e aceitar a JESUS
como único salvador e Senhor.
SE
ESTA DEPRAVAÇÃO TOTAL, COMO O CALVINSIMO ENSINA, EXISTISSE, NÃO HAVERIA MAIS
NEHUM SER HUMANO VIVO.
Existem
sim pessoas boas como Cornélio que mesmo sem serem salvos praticam boas obras e
temem a DEUS. veja o caso por exemplo de Madre Tereza de Calcutá que dedicou
sua vida a ajudar os pobres. Não era salva, era idólatra, mas uma pessoa boa.
Não deve ter nascido nela o desejo por salvação, pois se justificava pelas
obras, por isso não conheceu a salvação em JESUS. Cornélio, ao contrário
desejava conhecer a salvação e DEUS providenciou um meio para que ouvisse o
evangelho e fosse salvo.
Todos
nascem com a pré-disposição para o pecado. Na primeira oportunidade que
tiverem, pecarão. Só JESUS nasceu sem a semente do pecado e nunca pecou. (Rm
3.23; 5.12; Hb 9:28). Aquilo que chamamos de “pecado original” contaminou
universalmente a humanidade. Até mesmo o recém-nascido já traz consigo essa
semente (Sl 51.5). Embora a criança, na fase da inocência, não tenha a
experiência do pecado, a iniquidade adâmica acha-se impregnada em seu interior,
prestes a ser despertada. Enquanto não pecar, não está ainda condenado, se
morrer estará salva.
JESUS,
porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos
tais é o Reino dos céus. Mateus 19:14
Somente
em CRISTO podemos vencer tanto o pecado original como o experimental (1 Jo
1.7).
Muitas crianças são recolhidas por DEUS, na fase de inocência, apesar da
iniquidade dos pais (1 Rs 14.13). Entre os que morreram sem a experiência do
pecado acham-se os inocentes assassinados por Faraó e Herodes (Mt 2.16).
Então,
ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem
lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida. Êxodo 1:22
Então, Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito e
mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos,
de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos
magos. Mateus 2:16
A
HEREDITARIEDADE DO PECADO
Como
um ato de pecado individual afetou a todos? A Bíblia tem a resposta cabal desta
questão. Paulo, em Romanos disse “que todos pecaram” (Rm 3.23) e dá a idéia de
que todos os seres humanos participaram da transgressão de Adão; e, como
indivíduos, tornaram-se pecadores. Ele explica os efeitos do pecado de Adão:
“Portanto, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens” (Rm 5.12).
Paulo não estava falando de pecados factuais, do dia a dia, mas da herança do
pecado. A morte, como punição do pecado, tem um caráter universal, porque “a
morte passou a todos os homens”. Por causa do pecado de Adão, todos os seus
descendentes tomaram-se pecadores e culpados. Porém, DEUS providenciou a nossa
expiação — nas palavras de Paulo — outra vez: “Mas Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Portanto, o pecado é hereditário. A sua universalidade deve-se à corrupção da
natureza humana. E a Palavra de DEUS afirma que o primeiro homem violou a
vontade expressa de DEUS, e, por consequência, toda a vida humana se corrompeu.
Inevitavelmente, quando o homem se depara com a idade da consciência moral,
está tão identificado com os maus impulsos existentes dentro de si que
precisará esforçar-se para manter o equilíbrio moral e espiritual de sua vida.
Não se trata meramente de um impulso momentâneo da sua vontade, mas é algo
implícito na sua natureza pecaminosa, que é sinistro e obscuro. A tendência má
que se revela numa criança se percebe na semente dessa tendência má. Nesse
sentido, toda criança é pecadora, conquanto não tenha culpa pessoal. Não podemos
cobrar responsabilidade pessoal de uma criança recém-nascida.
A Bíblia e a consciência moral dão testemunho da responsabilidade que temos de
nossa vida, apesar da natureza que temos herdado. Na verdade, a herança do
pecado se constituí numa condição de vida, para a qual precisamos da graça salvadora
de Cristo para dominá-la. Por isso, mesmo como pecadores regenerados pelo ESPÍRITO
SANTO precisamos negar-nos a nós mesmos, tomar a nossa cruz e sermos
crucificados com Cristo (G1 2.20).
Todo ser humano nasce com uma natureza corrompida. Todos os atos pecaminosos
das pessoas são frutos de sua natureza pecaminosa. Ora, o que se entende por
natureza
no contexto desse estudo? Ê aquilo que é inato em cada pessoa, isto é, nasce
com ela. JESUS, disse, certa feita aos seus discípulos que “não há árvore boa
que dê mau fruto... o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal” (Lc
6.43-45).
Portanto, não há criatura humana neste mundo que não tenha nascido com uma
“natureza corrompida”. E algo que faz parte do seu ser e é subjacente à sua
própria consciência. Por isso, toda criatura constitui-se pecadora diante de DEUS,
visto que o pecado em si é herança comum de todas as criaturas sobre a terra.
O salmista Davi declarou que fora formado em iniquidade e concebido em pecado
(Sm 51.5). Na verdade, com isso, confessou não o pecado de sua mãe, e sim o seu
próprio pecado, e que esse estado — entendeu ele — vinha desde o momento de sua
concepção.
A natureza corrompida e congênita de toda criatura humana. O apóstolo Paulo
usou uma expressão forte em Efésios, a qual merece a nossa apreciação: “éramos
por natureza filhos da ira” (2.3). A expressão “filhos da ira” denota o estado
de condenação por causa da herança do pecado que todos recebemos de nossos pais
(Adão e Eva). Entende-se por “natureza” algo inato e original distinto daquilo
que se adquire posteriormente.15
Sem dúvida, o apóstolo coloca o texto no passado com o verbo “éramos”, para
indicar que, ao sermos regenerados pelo ESPÍRITO SANTO, fomos agraciados pela
graça de DEUS. A criança é despida de consciência moral, mas congenitamente
possui a natureza pecaminosa herdada. Por isso, a morte é a penalidade global
que afeta todas as pessoas e, inevitavelmente, afeta as crianças, haja vista
elas morrerem como todos os demais seres.
As crianças estão colocadas num estado de pecado e, por isso, necessitam de
regeneração e salvação através de JESUS Cristo. Naturalmente, elas são objeto
de salvação pela graça de Cristo, que as salva, independentemente da
consciência moral. Contudo, a condição dos adultos é diferente da das crianças.
O adulto precisa de fé pessoal para ser salvo, e a Bíblia declara que Cristo
morreu por todos (2 Co 5.15).
No Juízo Final, as pessoas serão julgadas mediante o teste da conduta pessoal,
enquanto as crianças, mesmo tendo uma tendência para mal, são incapazes de
transgressão pessoal; por isso, cremos que elas estarão entre os salvos (Mt
25.45,46).
Adão depois da Queda. Já dissemos anteriormente que Adão e Eva, quando pecaram,
perderam o direito do primeiro estado de santidade em que foram criados e
vieram a ser objeto de várias mudanças negativas transcendentais.
O casal submeteu-se ao domínio da morte espiritual. A penalidade declarada por DEUS
antes da Queda foi: “porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
(Gn 2.17). Imediatamente ao ato pessoal do pecado, Adão e Eva tiveram a
sentença cumprida. Não só se tornaram culpados e submissos à
pena do pecado com a limitação da vida física e a morte física posteriormente,
mas imediatamente ficaram sob a égide da morte espiritual, perdendo a comunhão
livre que tinham com DEUS, separando-se da relação com Ele.
O juízo de DEUS veio também sobre Satanás e a serpente usada por ele (Gn 3.14).
O Criador predisse, então, o futuro conflito entre Cristo e o Diabo, conforme
Gênesis 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a
sua semente, esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
A semente da mulher foi JESUS Cristo, que, sendo o Filho de DEUS, fez-se homem,
para identificar-se com os homens, e foi ferido no Calvário. JESUS morreu na
cruz, mas não foi retido na sepultura e na morte. Pelo contrário, pelo ESPÍRITO
SANTO foi ressuscitado e venceu a morte e o próprio Diabo. Ele morreu por toda
a humanidade; além disso, anulou a sentença da morte eterna aos que o aceitarem
como Salvador e Senhor.
DEUS proferiu um juízo específico sobre a mulher, Eva, a qual experimentaria a
dor ao dar à luz seus filhos e seria submissa ao seu marido (Gn
. Quarto, uma maldição especial caiu sobre o homem, Adão, o qual teria que
lavrar a terra, agora maldita com espinhos e cardos, para obter sua
subsistência (v. 17).
A terra foi amaldiçoada (Gn 3.17.18) e o efeito do pecado atingiria a vida dos
descendentes de Adão. Foi expulso do Jardim de DEUS e começou a experimentar a
dor e a luta para sobreviver. O pior em toda esta maldição foi Adão
experimentar a morte espiritual e, por isso, perder sua comunhão com o Criador
e sofrer a pena da morte física.
Três imputações. Como resultado imediato da Queda, todo o gênero humano foi
atingido. A Bíblia menciona, pelo menos, três imputações decorrentes do pecado
de Adão:
Seu pecado foi imputado à sua posteridade (Rm 5.12-14).
Seu pecado foi imputado a Cristo (2 Co 5.21).
DEUS imputou sua justiça sobre os que crêem em Cristo (Gn 3.15; 15.6; Sl 32.2;
Rm 3.22; 4.3,8,21-25; 2 Co 5.21). Nesse sentido, a Bíblia revela que se efetuou
uma transferência de caráter judicial do pecado do homem para JESUS Cristo, que
levou sobre a cruz o pecado da humanidade (Is 53.5; Jo 1.29; I Pe 2.24; 3.18).
Outra verdade, nesse contexto, é o fato de que, de igual modo, DEUS efetuou a
transferência, de caráter judicial, da justiça de DEUS para o crente em Cristo
(2 Co 5.21), visto que o único modo de justificação ou aceitação diante de DEUS
era este. Por este ato justificador de Cristo, o crente passa a fazer parte da
vida organística de Cristo, isto é, do seu corpo e, por conseguinte, participa
de tudo o que Cristo é.
Torna-se claro, portanto, que a participação dos homens na Queda resultante do
pecado não se efetua quando cometem seus primeiros pecados, porque eles nascem
sob a égide do pecado, como criaturas caídas, procedentes de Adão. Os pecadores
não se convertem em pecadores por meio da prática de qualquer pecado
individual, mas eles pecam imbuídos pela sua própria natureza pecaminosa
adquirida; por isso, são pecadores.
O significado de estar debaixo do pecado. O texto de Romanos 3.9 diz, literalmente:
“Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos
que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado”. Quando Paulo
escreveu sobre esse assunto, estava enfrentando discussões e polêmicas entre os
cristãos convertidos em Roma, cidade que reunia judeus e gentios.
Cada qual tentava justificar sua posição diante de DEUS. Paulo, então, colocou
ambos na mesma condição e posição, quando disse: “Todos estão debaixo do
pecado”. Uma vez que pecado é transgressão da lei de DEUS, o próprio judeu que
possuía a lei de DEUS foi o primeiro a pecar contra ela.
O gentio, por outro lado, não tinha a lei de Moisés, mas tinha a lei da
consciência escrita no coração e não podia justificar-se diante de DEUS, tanto
quanto o judeu. Paulo mostrou aos Romanos, em 3.10-12, a universalidade do
pecado; e terminou enunciando o veredicto final de DEUS contra o pecado em
3.19,20. O judeu tendo a lei de Moisés não conseguiu justificar-se do pecado
mediante as obras da lei, e está incluído na universalidade da frase: todos
estão debaixo do pecado”. O remédio para o pecado está, não em algum mérito pessoal
do pecador, mas no mérito da obra expiatória de Cristo que tira o pecador do
estado de pecado e o coloca “debaixo da graça salvadora de DEUS através de
Cristo JESUS (Rm 5.1). Vemos, então, que “o pecador é salvo com base meritória,
mas o mérito é daquEle que foi feito justiça de DEUS para ele”.
4.
A enfermidade da Terra.
A
enfermidade da Terra. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente
com dores de parto até agora. Romanos 8:22
CUIDADO COM O PANTEÍSMO - NÓS NÃO ACREDITAMOS ASSIM. A TERRA NÃO TEM
SENTIMENTOS. PAULO FEZ UMA ALEGORIA COMPARANDO A TERRA COM UMA MULHER GRÁVIDA,
COM DORES DE PARTO PARA GERAR UMA NOVA TERRA NO MILÊNIO.
O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um DEUS
abrangente, e imanente,[1] ou que o Universo (ou a Natureza) e DEUS são
idênticos.[2] Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não
acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador.
Expulso
do Éden, Adão teria de trabalhar, com redobrado esforço, a fim de prover o seu
sustento cotidiano (Gn 3.17). Desde então o nosso planeta vem sofrendo com
fomes, tremores de terra e inundações (Mt 24.7).
Em sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo descreve a Terra como que gemendo
por causa das expectativas quanto às últimas coisas (Rm 8.22). Mas, quando o
Reino de DEUS se manifestar, logo após a Grande Tribulação, o planeta será
curado de todas as suas enfermidades (Is cap. 35).
5.
A morte física.
Adão
era para viver eternamente. Porém, pecou e seus anos de vida, na terra, foram
abreviados. mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Gênesis 2:17
Adão
era para viver eternamente, pois no jardim tinha a árvore da vida. Ele viveria
eternamente se comesse da árvore da Vida, porém pecou e para que não vivesse
mais, foi-lhe proibido de comer da árvore da vida e até chegar perto dela agora
lhe seria impossível.
Gênesis 3:24 E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do
jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o
caminho da árvore da vida.
Gênesis
3:22 Então, disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o
bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore
da vida, e coma, e viva eternamente.
IDADES
LITERAIS EM GÊNESIS
Eu
considero as idades em Gênesis literais.
Primeiro porque DEUS abreviou a vida do ser humano para 120 anos e até hoje
realmente vivem nesta dimensão. A geração que podia viver mais de 120 anos aí é
até Moisés. A partir de Moisés só houve um homem que viveu mais de 120 anos,
Joiada. Era necessário que vivesse mais para que cuidasse de um rei criança de
7 anos. Ele era sacerdote e viveu 130 anos. (2 Crônicas 24:15, 21)
Por que aceitar os 120 que são comprovados hoje e não aceitar os outros números
que estão no mesmo livro, a três capítulos antes? As idades estão corretas.
Adão viveu mesmo 930 anos (Gn 5:5). Noé 950 anos (Gn 9:29). Jarede 962 anos (Gn
5:20). Matusalém 969 anos (Gn 5:27).
Segundo porque haverá um milênio onde morrer aos 100 anos será morrer jovem. As
pessoas poderão viver mil anos.
Is 65:20 Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra
os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos
será amaldiçoado.
Ap 20:2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e
amarrou-o por mil anos.
Gn 6:3 Então, disse o SENHOR: Não contenderá {ou permanecerá} o meu ESPÍRITO
para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão
cento e vinte anos.
Alguns
dizem que faltavam 120 anos para o dilúvio, por isso DEUS limitou a idade, mas
isso não é verdade, pois os filhos de Noé nasceram quando ele tinha 500 anos
(talvez gêmeos, pois nasceram no mesmo ano). O Dilúvio aconteceu 100 anos
depois dos filhos de Noé nascerem. No ano 600 de Noé veio o dilúvio.
E
era Noé da idade de quinhentos anos e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé. Gênesis 5:32
E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a
terra. Gênesis 7:6
O
ser humano quando morre, na verdade, morre suas mortes. No espírito, na alma e
no corpo.
MORTE
- (Strong Português) θανατος thanatos
1)
a morte do corpo
1a) aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a
vida na terra termina
1b) com a idéia implícita de miséria futura no inferno
1b1) o poder da morte
1c) como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo
muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente,
uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
2) metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
2a) a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas
continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno
3) o estado miserável do ímpio no inferno
4) no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam
do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a DEUS e abençoada
por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno
O
Relógio
"Diante de coisa tão doida, Conservemo-nos serenos, Cada minuto da vida,
Nunca é mais, é sempre menos, Ser é apenas uma face, Do não ser, e não do ser
Desde o instante em que se nasce, Já se começa a morrer."
Cassiano
Ricardo
O
pecado acarretou punições naturais e físicas na vida do homem. Louis Berkhof diz que são
“punições naturais e positivas” em que as leis naturais da vida são violadas.
São punições de ordem física que resultam em doenças, dores e sofrimentos ao
homem. Não se trata de punições imediatas a qualquer prática de pecado, mas se
trata daquelas doenças impregnadas na terra, no ar e nas águas. Essas punições
naturais resultam da “maldição do pecado” no nosso planeta.
A promessa de cura e redenção da Terra e do homem provém da pessoa de JESUS, o
Filho de DEUS, que se fez carne, habitou entre nós, para expiar a culpa do
pecado dos homens (Gn 3.15; Is 53.4,5; Rm 5.21). Os sofrimentos da vida
tomaram-se realidade na vida cotidiana do homem, como resultado da penalidade
do pecado.
Seu corpo físico tomou-se presa de doenças e fraquezas provocando mal-estar e
desconforto. Sua vida mental e emocional ficou sujeita a angústias, tristezas,
paixões sem domínio e desejos conflitantes. Sua vontade perdeu a capacidade de
escolha, e conforme disse Paulo, toda a criação ficou sujeita à vaidade e
escravidão (Rm 8.20). De certo modo, nosso sofrimento físico nos dá, pela morte
física, a esperança de obtermos, um dia, corpos transformados e espirituais.
O pecado gerou um contínuo conflito moral e espiritual entre corpo e alma de
cada criatura humana. Tão logo o homem pecou, entranhou-se em seu ser um
conflito entre sua natureza superior, expressa por alma e espírito, e sua
natureza inferior, manifesta através do corpo. O homem se encontrou dividido em
si mesmo, e sua natureza física e inferior, tornou-se frágil e subjugada aos
poderes do pecado (Rm 7.24).
O grande pregador Charles H. Spurgeon falou em uma de suas pregações que “o mar
todo fora do navio não causa danos enquanto a água não penetra nele e enche-
lhe o porão”. Aprendemos com esse ensino de Spurgeon que o perigo está dentro
de nós mesmos. E interno e na linguagem metafórica da Bíblia esse perigo
chama-se coração, que é, de fato, o nosso maior inimigo, porque nos engana. A
síntese dessa idéia é que devemos ter o coração sob controle para que ele não
nos engane.
Nesse fato está a questão da tentação. Ela em si mesma não se constitui pecado,
mas ela pode se tornar em ocasião para o pecado. O Novo Testamento, especialmente,
fala constantemente sobre “carne e espírito” como opostos um ao outro (Gl
5.13,24; Mt 26-41). Esse conflito envolve a totalidade da pessoa, porque a
“carne” induz a volta ao domínio do pecado, no caso do cristão. Porém, o
cristão fortalece o seu espírito para vencer a carne e estar submisso ao
senhorio de Cristo JESUS e do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.16; Rm 8.4-14).
O pecado despertou a consciência do homem. Diz o texto literalmente: “Então,
foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus, e coseram folhas
de figueira, e fizeram para si aventais” (Gn 3.7). Na verdade, quando os seus
olhos foram abertos, os olhos de suas almas, olhos do interior, uma forte
convicção de que haviam desobedecido a DEUS lhes sobreveio. Quando já era
demasiado tarde, compreenderam a loucura de haver comido do fruto proibido por DEUS.
A lei moral de suas consciências deu o sinal quando descobriram que estavam
nus. Esta consciência de nudez os fez perceber que haviam perdido todas as
honras e encantos da vida no paraíso que DEUS havia feito para eles. Outrossim,
ficaram envergonhados, porque se viram frente ao desprezo e à perda da comunhão
com o Criador. Ficaram totalmente indefesos, porque, a partir da Queda, estavam
sós, sem a presença do Criador.
O pecado trouxe ao homem a punição da morte física. Paulo declarou que por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte” (Rm 5.12). A palavra
“morte”, thanatos (gr.), significa separação das partes física e espiritual do
ser humano. Indiscutivelmente, a separação de corpo e alma faz parte da penalidade
imediata do pecado. A Bíblia diz que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
Pelágio e seus discípulos ensinaram que a morte física fazia parte do primeiro
estado do homem antes do pecado e que ele fora criado como um ser mortal.
Naturalmente, esse conceito errôneo foi rejeitado através da história. A igreja
adotou uma posição definida quanto a questão da morte, a saber, que a morte
sempre se constituiu uma penalidade do pecado.
O castigo disciplinador Os teólogos procuram fazer distinção entre castigo,
punição e pena e, sem dúvida, há certa distinção que deve merecer a nossa
apreciação. Entretanto, preferi usar o termo castigo com abrangência ao modo de
tratamento de DEUS quanto aos pecados cotidianos dos cristãos e quanto aos
pecados que implicam o tratamento final de DEUS.
Nesse ponto, especialmente, o castigo disciplinador relaciona-se com o comportamento
do cristão, e objetiva corrigido e repreendê-lo, a fim de que não se perca. A
doutrina no que tange a esse tipo de castigo revela que é possível até
mesmo morte prematura do cristão como modo de disciplina divina e a salvação da
alma (I Co 11.30-32). O autor da Carta aos Hebreus faz uma distinção entre
filhos e bastardos (Hb 12.6-8). Neste texto DEUS se mostra como “Pai amoroso
que corrige os filhos”; por isso, a correção tem sentido disciplinador.
Quando o escritor emprega o termo “bastardo”, faz isso para distingui-lo do
filho verdadeiro de DEUS, aquele que aceita a correção do Pai (v.8). Chafer
escreveu, em sua Teologia Sistemática, que “a disciplina, numa forma ou outra,
é a experiência universal de todos os que são salvos; o ramo que produz fruto é
podado, para que produza mais fruto ainda (Jo 15.12)”.20
O castigo (a pena) final do pecado. Se morte física significa separação de
corpo e alma e é parte da pena do pecado, entendemos que, de modo nenhum, a
morte física venha significar a penalidade final. Nas Escrituras a palavra
morte é frequentemente usada com sentido moral e espiritual. Isto significa que
a verdadeira vida da alma e do espírito, é a relação com a presença de DEUS.
Portanto, a pena divina contra o pecado do homem no Éden foi a separação da
comunhão com o Criador.
A morte espiritual tem dois sentidos especiais: um sentido é negativo e o outro
é positivo. Em relação à vida cristã, todo verdadeiro crente está morto para o
pecado, porque a pena do pecado foi cancelada e ele está livre do domínio do
pecado (Rm 6.14).Trata-se da separação da vida de pecado depois que se aceita a
Cristo e é expiado por Ele. Porém, em relação ao futuro, o crente terá a vida
eterna, isto é, terá a redenção plena do corpo do pecado (Ap 21.27; 22.15).
Porém, o sentido negativo de morte espiritual refere-se à morte no pecado. O
crente está morto para o pecado, mas o ímpio está morto espiritualmente no
pecado. Significa que o pecador vive um estado de vida separado de DEUS e de
sua comunhão. Significa estar “debaixo do pecado” e estar sob o seu domínio (Ef
2.1,5). O efeito desses dois sentidos é presente e temporal. O pecador sem DEUS,
no presente, está numa condição temporal de excomunhão com DEUS, mas pela graça
de DEUS poderá sair desse estado e morrer para o pecado (Ef 4.18; Gn 2.17).
A punição final do pecado é a morte eterna, ou seja, o juízo final contra o
pecado (Hb 9.27). A morte eterna é a culminância e complementação da morte
espiritual. Diz respeito à repugnância da santidade divina que requer justiça
contra o pecado e contra o pecador impenitente. Significa a retribuição
positiva de um DEUS pessoal, tanto sobre o corpo como sobre a sua alma e
espírito (Mt 10.28; 2Ts 1.9; Hb 10.31; Ap 14.11).
Existem algumas teorias que tentam anular a doutrina bíblica da morte eterna,
como castigo final do pecado. O universalismo ensina que DEUS é bom demais para
excluir alguém da sua presença no Céu, pois JESUS morreu por todos; por isso,
ao final, todos serão salvos. O restauracionismo é outra idéia equivocada e
antibíblica, porque ensina que DEUS vai restaurar todas as coisas ao final da
história da humanidade, quando então todos serão salvos.
A idéia do purgatório, ensinada pela igreja romana, de que o purgatório é um
período probatório pelo qual, entre a morte e a ressurreição, os pecadores que
morreram serão provados e poderão se recuperar e se livrar da pena final de
seus pecados. Por último, a teoria da aniquilação ensina que, ao final de tudo,
no juízo, todos os ímpios serão aniquilados; isto é, extinguidos, como quem
extingue uma folha de papel no fogo que vira cinza. Interpretam erradamente 2
Tessalonicenses 1.9; substituem a palavra “aniquilar” por “extinguir”. O
sentido bíblico de “aniquilar” é “banir” da presença de DEUS.
Portanto, morte eterna é a eterna separação (banimento) da presença de DEUS e a
impossibilidade de arrependimento e salvação. Os ímpios são constituídos por
aquelas pessoas que rejeitaram conscientemente a graça de DEUS e, por isso,
depois da morte física, serão ressuscitados e comparecerão diante do Grande
Trono Branco do Juízo de DEUS e receberão a justa retribuição dos seus pecados
com a morte eterna, sendo lançados no Geena, isto é, o “lago de fogo eterno (Ap
20.14,15; Mt 5.22,29,30; 10.26; 23.14,15,33).
Existe uma distinção entre a primeira e a segunda morte. A primeira é física;
morre-se uma só vez (Hb 9.27); é temporal e para todas as pessoas no mundo:
justos e injustos. A “segunda” morte é espiritual e eterna; a “segunda” tem um
sentido moral, porque todos quantos irão passar por ela saberão e terão “consciência”
depois da primeira morte (At 24.15).
Uma das grandes verdades acerca do castigo do pecado é que a justiça de DEUS o
exige afim que ninguém o acuse de injustiça. Pelo contrário, Ele é o Senhor que
pratica a misericórdia, juízo e justiça na terra (Jr 9.24).
A questão do pecado encontra resposta e solução quando encontramos na Bíblia a
declaração de Paulo de que DEUS propôs JESUS Cristo como propiciação pelo seu
sangue, para receber toda a carga da ira de DEUS contra o pecado (Rm 3.25; 2 Co
5.21; Gl 3.13). Significa que a cruz foi o meio pelo qual DEUS castiga o
pecado. O próprio DEUS, perfeito em justiça, tornou possível a expiação dos
pecados por aquele que se fez nosso justificador perfeito (Rm 3.26).
Quanto
a nós, os que já recebemos JESUS CRISTO como o nosso Senhor e Salvador, a morte
não terá efeito, porque Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25).
CONCLUSÃO
O
livre-arbítrio foi dado bondosamente por DEUS, tanto aos anjos como aos homens.
Para os anjos não existe mais livre arbítrio após a queda de Satanás e a terça
parte dos anjos que o acompanharam. A decisão deles é eterna, uma vez que são
espíritos e possuem vida eterna. Veja que Satanás pecou sem conhecer o pecado e
sem ser tentado. Não foi DEUS quem mandou que ele pecasse junto com os anjos.
Para os homens existe livre arbítrio antes e após a queda de Adão. A decisão de
Adão não é eterna, uma vez que ele é homem e não possui vida eterna na Terra.
Veja que Adão pecou sem conhecer o pecado e sem ser tentado por Satanás. Não
foi DEUS quem mandou que ele pecasse. DEUS não mandou Adão pecar e mesmo que
soubesse, olhando o futuro, que Adão pecaria, não impediu, respeitando assim o
livre arbítrio que colocou nele. DEUS não criou robôs para que Lhe obedecessem,
mesmo sem querer. DEUS deseja a verdadeira adoração em ESPÍRITO e em Verdade,
sem imposição, sem obrigação, mas por amor a Ele. Por isso mesmo o culto a DEUS
deve ser racional. De livre e espontânea vontade e sempre tendo DEUS como
centro de adoração. No culto racional DEUS é o centro da adoração e tudo deve
ser feito para agradá-Lo.
DEUS é soberano, por isso mesmo permite ao homem escolher o que deseja fazer,
mas um dia lhe pedirá conta de tudo o que fez e deixou de fazer.
O homem tem a responsabilidade total pelo que faz e deixa de fazer. De acordo
com suas decisões ou escolhas irá para o céu ou para o Lago de Fogo e Enxofre
Quando DEUS coloca no meio do jardim do Éden a árvore da vida está oferecendo
vida eterna ao homem que vive em comunhão com Ele, o caminho estava aberto.
Porém DEUS também coloca no Jardim do Éden outra árvore, a do conhecimento do
bem e do mal. DEUS proíbe Adão de comer da Árvore do Conhecimento do bem e do
Mal, afim de preservar Adão do pecado e manter comunhão com Ele. Porém, a
possibilidade de desobedecer a DEUS e de tomar decisões por conta própria fez
com que Adão sucumbisse ao pecado. Pecou voluntariamente, escolheu a
desobediência. DEUS não tinha este plano para ele. O inferno foi criado para
Satanás e seus demônios, não para o homem,.
Então, dirá também à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Mateus 25:41 - MANEIRA FÁCIL DE
DEMONSTRAR QUE A DOUTRINA CALVINISTA DE QUE DEUS PLANEJOU O PECADO E CONDENAÇÃO
DA RAÇA HUMANA NÃO É VERDADEIRA. JESUS DISSE QUE O INFERNO FOI PREPARADO PARA
SATANÁS E SEUS DEMÔNIOS, NÃO DISSE QUE FOI PARA OS HOMENS
Eva se deixou enganar pela Serpente (Satanás). A ordem para não comer foi
dada a seu marido, antes dela ser criada. Torceu a Palavra de DEUS e acabou
sendo convencida pelo inimigo. Adão deliberadamente comeu do fruto da Árvore do
Conhecimento do bem e do mal quando Eva lhe ofereceu deste fruto.
A Bíblia é a inerrante e santa Palavra de DEUS, escrita por homens santos e em
comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Portanto, a historicidade da queda, é a verdade
de DEUS para nos ensinar sobre a queda do homem.
Como consequências da queda do primeiro homem, Adão, ele e sua esposa
perceberam imediatamente, após pecarem, que estavam nus. Tentaram se esconder
de DEUS. O pecado traz as mortes espiritual, da alma e do corpo.
A consciência do pecado traz a tristeza do afastamento de DEUS, da perda da
comunhão com DEUS. O pecado trouxe transmissão da condenação à toda espécie
humana. A Terra foi amaldiçoada e passou a ter catástrofes terríveis, passou a
produzir ervas daninhas e a ficar difícil para se cultivá-la. A morte física
passou a existir. De Adão até Moisés os homens foram diminuindo seu tempo de
vida na Terra. A partir de Moisés, 120 anos passou a ser o limite da vida na
Terra, com exceção do sacerdote Joiada que precisou viver um pouco mais, a
saber, mais dez anos, para poder ajudar ao rei de sete anos que foi empossado
em seu tempo final de vida.
Dois
fatos marcam a doutrina do homem nas Sagradas Escrituras: a criação e a queda.
À primeira vista, o pecado de Adão trouxe graves consequências a Criação. No
entanto, DEUS jamais foi surpreendido por qualquer fato. Ele não é um ser
reativo, nem vive de improvisos. Nenhum processo, quer nos Céus, quer na Terra,
jamais o surpreendeu, porquanto Ele é o Ser Supremo por excelência. Ele é o que
é: o DEUS bendito eternamente.
A fim de sanear o pecado do homem, DEUS, em sua presciência, já havia separado
o Imaculado Cordeiro, desde a fundação do mundo, para redimir-nos de todos os
pecados (Ap 13.8).
Ajuda
de Lições passadas
Lição
4 - A Queda da Raça Humana
4º
trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de
Gênesis
Comentarista
da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 5.12-19
12
- Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. 13 -
Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não
havendo lei. 14 - No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre
aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura
daquele que havia de vir. 15 - Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa;
porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de DEUS e o
dom pela graça, que é de um só homem, JESUS CRISTO, abundou sobre muitos. 16 -
E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio
de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de
muitas ofensas para justificação. 17 - Porque, se, pela ofensa de um só, a
morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom
da justiça reinarão em vida por um só, JESUS CRISTO. 18 - Pois assim como por
uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também
por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação
de vida. 19 - Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram
feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos.
Resumo
da Lição 4 - A Queda da Raça Humana
I.
O PARAÍSO NO ÉDEN
1.
Cultivar a Terra.
2.
Guardar o Éden.
II
- A TENTAÇÃO NO PARAÍSO
1.
O agente ativo da tentação.
2.
O agente passivo da tentação.
III
- O JUÍZO DE DEUS
1.
Sobre a serpente.
2.
Sobre a mulher.
3.
Sobre o homem.
PARA
REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:
A
Queda foi um fato histórico e real?
Sim.
Podemos ter tal certeza porque a Bíblia nos garante.
A
serpente realmente falou?
Sim.
Não se trata de uma parábola, mas de um fato histórico.
Que
juízo recaiu sobre o homem e sobre a mulher?
Sobre
a mulher: ela teria a sua dor na hora do parto multiplicada. Também teria que
se sujeitar ao governo do homem.
Sobre
o homem: O trabalho de Adão seria misturado com a dor.
Ambos
sofreriam a morte física e foram expulsos do paraíso.
Por
que Adão foi responsabilizado por DEUS como o principal responsável pela Queda
da humanidade?
Porque
ele havia recebido a ordem diretamente de DEUS.
DEUS
foi surpreendido pelo pecado do homem? Explique.
DEUS
não foi apanhado de surpresa pela queda de Adão, pois o Cordeiro, em sua
presciência, já havia sido morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Nossos
primeiros pais, de fato, pecaram, mas foram prontamente redimidos pelo sangue
de CRISTO, pois JESUS morreu por toda a humanidade (Jo 1.29).
Comentários
de vários livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
Porque
tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e
a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16.
Aparência
do mal - Animal falando.
Diálogo com Satanás.
Torção da Palavra de DEUS.
Concupiscência dos olhos - Eva Viu o fruto
Concupiscência da carne - Eva desejou o fruto
Soberba da vida - Eva desejou ser como DEUS.
Pecado gerado - Agora chama homem para pecar junto com ela.
Revista
CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de
Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes
Gênesis
2:15-17 E tomou o Senhor DEUS o homem, e o pôs no jardim do Éden para o
lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda a árvore
do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,
dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Gênesis
3:1-8 Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que
o SENHOR DEUS tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não
comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das
árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
disse DEUS: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a
serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque DEUS sabe que no dia
em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como DEUS, sabendo o
bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e
agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu
fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram
abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor DEUS, que
passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da
presença do Senhor DEUS, entre as árvores do jardim.
RESUMO
DA LIÇÃO
I
— A responsabilidade do homem e a vulnerabilidade da mulher — 2:15-17.
II
— Astúcia e mentira — 3:1-5.
III
— Objetos da tentação — 3:6.
IV
— Resultado da queda— 3:7-8.
I-
De um modo geral o homem tem responsabilidade maior do que a mulher, quer na
vida do lar, quer como exemplo para a família, ou como defensor dos princípios
racionais do direito.
Tratando-se
então de um cristão que se alimenta na fonte do Evangelho, essa
responsabilidade é imensuravelmente maior.
Biblicamente
o homem é considerado como cabeça do casal, enquanto a mulher, tirada do seu
lado tem um caráter de predomínio afetivo e facilmente vencível pelos
sentimentos devaneadores.
O
adversário da verdade de toda obra de DEUS e por conseguinte adversário do
homem, usou astutamente a mulher para arruinar o casal, logrando derrubar,
assim, o primeiro Adão.
Quanto
ao segundo Adão, CRISTO, Este venceu o terrível inimigo em todas as suas
investidas.
Certamente,
Eva conseguiu de seu marido que participasse do seu erro, mas Adão não foi
tentado. Errou conscientemente (I Tim. 2:14).
Quando
o Senhor JESUS teve a confissão de Pedro a respeito de que Ele era o CRISTO,
Pedro aí assumiu logo a posição da Igreja. Mat. 16:18, esposa de CRISTO,
merecendo do Salvador um amor todo particular. Nessa ocasião, então, o Diabo
tomou aquele apóstolo para tentar o segundo Adão, com devaneios e cuidados,
como a esposa que unicamente se interessa pelo esposo, mas JESUS, alerta,
exclamou: "Vai-te Satanás".
O
primeiro Adão caiu, mas o segundo triunfou. O primeiro, da terra, é terreno; o
segundo, o Salvador é do Céu.
II-
A astúcia, a mentira e a maldade, formam juntas um veneno que tem levado muita
gente à morte eterna.
O
golpe desferido pelo Diabo contra a mulher, tinha uma peçonha quase
imperceptível, quer na maneira de perguntar, quer na ocasião usada, pois ele
viu que seria difícil derrubar os dois juntos, e então procurou, primeiramente
vencer, isoladamente, o ponto mais fraco; uma vez tendo ganho a primeira luta,
seria mais fácil conseguir o resto. E assim foi. O Tentador lançou a mentira
logo que a astuciosa pergunta causara alguma dúvida no espírito de Eva. Foi uma
tentação progressiva, sistematicamente e só vencível hoje por aqueles que se
chegam a JESUS — O vencedor.
Antes
do Diabo apontar defeitos na obra e na palavra de DEUS, ele lança dúvida quanto
às bênçãos prometidas à glória futura; se o crente deixa penetrar a dúvida,
logicamente perde certeza da esperança, e quem faz semelhante troca, já não
resiste às demais conversas .do Tentador.
O
Senhor JESUS revelou que o Diabo não se firmou na verdade e os que dão ouvidos
às suas cantigas, terminam lançados na mentira.
Ele
usa muito esses versículos: "Saberás tanto quanto DEUS"; "você
devia ser pastor"; "você era o homem indicado para tal lugar"
"você é que foi chamado pelo Senhor", é se o crente se deixa levar
por essas excitações da alma e inchações da carne, entristece-se e cai;
vejam-se os capítulos 12, 16 e 17 de Números.
III-
Os objetos da tentação são sempre os mesmos, mas para cada caso o Tentador usa
especialmente um.
O
apóstolo João (I Jó. 2:16) classificou sabiamente os três pontos mais
vulneráveis: "cobiça da carne, cobiça dos olhos e soberba da vida/' Um
crente qualquer, dando lugar a uma só destas tentações; já está sujeito a cair.
Eva, porém, deu lugar a todas três: O fruto era bom para se comer (cobiça da
carne) era agradável aos olhos (cobiça pelo olhar) e desejável para dar
entendimento e fazê-la igual a DEUS (soberba).
Ninguém
queira saber mais do que a medida da sua fé; não tenhais cuidado da carne e
guardai os olhos que são a candeia do corpo»
IV-
O resultado da desobediência foi que eles perderam a inocência, no sentido de
tranquilidade e, envenenados pela malícia da serpente, receberam a malícia em
si mesmos e perceberam a sua nudez.
Um
estado que antes lhes era natural e simples, agora se lhes tornava vergonhoso.
O
crente que tem "o mistério da fé numa pura consciência", pode
chegar-se a DEUS e dizer-lhe: "Eis-me aqui". Aquele, porém, que
cometeu falta, sente-se nú (sem as roupas da salvação) e não tem coragem de se
apresentar diante de DEUS.
Esconde-se
entre as árvores das obras, dos esforços próprios, das esmolas etc., mas, no
fundo da alma se esconde de DEUS, porque está nú. E os resultados não são só
estes, mas. . . o salário do pecado é a morte.
SUBSÍDIOS
DA Lição 7, A Queda do Ser Humano
1º
Trimestre de 2020- A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD
- Pr Elienai Cabral
PARA
REFLETIR - A respeito de “A Queda do Ser Humano”, responda:
O
que é o livre-arbítrio? É o dom que recebemos de DEUS, através do qual podemos,
desimpedidamente, escolher entre o bem e o mal.
Há alguma incompatibilidade entre o livre-arbítrio e a soberania divina? Não,
pois entre o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa
responsabilidade (Jr 35.13).
O que está entre o livre-arbítrio e soberania divina? A responsabilidade
humana.
O homem foi criado imortalizável. Discorra sobre o assunto. O homem não foi
criado para experimentar a morte física. Nesse sentido, podemos dizer que fomos
criados imortalizáveis; com a possibilidade de viver indefinidamente (Gn 2.17).
Não somente a eternidade, mas de igual modo a imortalidade, achavam-se no ser
humano.
DEUS foi surpreendido pela queda do homem? DEUS jamais foi surpreendido por
qualquer fato. Ele não é um ser reativo, nem vive de improvisos. Nenhum
processo, quer nos Céus, quer na Terra, jamais o surpreendeu, porquanto Ele é o
Ser Supremo por excelência.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
A
soberania de DEUS anula a responsabilidade humana? A soberania de DEUS e o
livre-arbítrio são excludentes? Estas são perguntas que você pode fazer para
introduzir este tópico. A relação entre soberania divina e livre-arbítrio está
presente nas Escrituras Sagradas. Para enriquecer a exposição deste primeiro
tópico, consequentemente respondendo as perguntas acima elaboradas, leve em
conta o seguinte fragmento textual: “Há os que perguntam, por exemplo, como
pode DEUS saber quem há de se perder, e mesmo assim, permitir que os tais se
percam. O conhecimento prévio de DEUS, porém, não predetermina as escolhas
individuais, porquanto Ele respeita nosso arbítrio. Em Efésios 1.3-14, temos o
esboço da história predeterminada do mundo. Mas esse vislumbre da predestinação
do Universo não elimina as ‘ilhas da liberdade’ que DEUS nos reservou, pois Ele
nos fez indivíduos e livres. Ele permite que as pessoas escolham o próprio
destino: Céu ou inferno” (MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os
Fundamentos da Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.41).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“Um
erro comum é considerar o pecado substância. Mas se o pecado fosse uma
substância ou coisa, então, sem dúvida, teria sido criado por DEUS, e, assim
sendo, seria essencialmente bom. Mestres cristãos, através dos séculos, em
vista do ódio de DEUS contra o pecado na Bíblia como um todo, têm rejeitado a
ideia de que o pecado tenha sua origem em DEUS. Embora o pecado não seja uma
substância, não significa que seja destituído de realidade. As trevas são a
ausência da luz. Embora o pecado e o mal sejam, algumas vezes, comparados com
as trevas, eles são mais que a mera ausência do bem. O pecado também é mais que
um defeito. É uma força ativa, perniciosa e destruidora” (MENZIES, William W.
(Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD,
1995, p.73).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“O
pecado de nossos primeiros pais teve diversas consequências. Eles entraram em
estado de culpa. E não somente se tornaram cônscios de seu ato e da separação
de DEUS na qual haviam incorrido, mas sabiam que estavam sujeitos à penalidade
atrelada ao mandamento de DEUS, em caso de desobediência. Alguns, atualmente,
confundem sentimento de culpa com a própria culpa. São crentes que aceitaram o
perdão outorgado por CRISTO, mas ainda conservam restos de sentimento de culpa.
O sentimento de culpa resulta de uma consciência maculada. A própria culpa é a
responsabilidade legal pelo erro praticado aos olhos de DEUS, o que incorre em
penalidade” (MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da
Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.73).
CONSULTE
- Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p39.
SUGESTÃO
DE LEITURA - A Doutrina do Pecado, Doutrinas Bíblicas E Amigo de Pecadores.
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REVISTA
NA ÍNTEGRA - Lição 5, Central Gospel, O Tentador em Forma de Serpente, 4Tr25
Escrita
Lição 5, Central Gospel, O Tentador em Forma de Serpente, 4Tr25, Com. Extras
Pr. Henrique, EBD NA TV
Para
nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1.
A IDENTIDADE DO TENTADOR
1.1.
A serpente: protótipo do engano
1.2.
Satanás: o Inimigo identificado na progressão da revelação bíblica
2.
A ORIGEM DO MAL
2.1.
A queda de Lúcifer
2.2.
O mistério da iniquidade
3.
RESPOSTAS BÍBLICAS AO PROBLEMA DO MAL
3.1.
O mal como fruto da liberdade humana
3.2.
O mal como mistério além da culpa individual
3.3.
O amadurecimento da esperança diante do mal
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Gênesis 3.14; Apocalipse 12.7-12
Gênesis
3.14
- Então, o Senhor DEUS disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás
mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre
andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.
Apocalipse
12.7- E
houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e
batalhavam o dragão e os seus anjos,
8-
mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus.
9- E
foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás,
que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
lançados com ele.
10-
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a
força, e o reino do nosso DEUS, e o poder do seu CRISTO; porque já o acusador
de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso DEUS os acusava de dia e
de noite.
11-
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e
não amaram a sua vida até à morte.
12-
Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na
terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já
tem pouco tempo.
TEXTO
ÁUREO
[...]
Para isto o Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do diabo. 1
João 3.8b
SUBSIDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a
feira - Deuteronômio 30.15-19 A liberdade é dom de DEUS e implica escolha
3a
feira - Jó 1.9-11 O sofrimento nem sempre é punição divina
4a
feira - Eclesiastes 9.1-3 O mal alcança justos e injustos
5a
feira - João 16.31-33 Em CRISTO, o mal é vencido na Cruz
6a
feira - Romanos 5.3-5 Do sofrimento, brota a esperança
Sábado
- 2 Pedro 3.11-13 Aguardamos novos Céus e nova Terra
OBJETIVOS -
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
-
reconhecer a identidade do tentador, apresentado no Éden;
-
compreender a origem do desvio espiritual como resultado da liberdade mal
exercida;
-
refletir sobre as respostas ao problema do sofrimento e da rebelião,
fortalecendo a esperança na vitória de CRISTO.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor, a teologia cristã, fiel ao espírito da Escritura, reconhece que os
símbolos dos Começos - o jardim, a serpente, o fruto, entre outros - comunicam
realidades espirituais que transcendem a literalidade. O foco do texto bíblico
não está em descrições técnicas, mas na revelação da condição existencial e
relacional do ser humano diante do Sagrado.
Deste
modo, conduza seus alunos a enxergarem a narrativa da serpente no Éden como a
manifestação de uma realidade que ausos continua atuando no mundo. Incentive-os
a discernir a identidade do tentador e a compreender que o mal, embora real,
foi vencido pela obra redentora de CRISTO.
Reforce
que o estudo dessa oposição ao bem, sob a perspectiva bíblica, não tem como
objetivo estimular a curiosidade mórbida, mas sim fortalecer a fé, a vigilância
e a esperança. Excelente aula!
COMENTÁRIO - Palavra
introdutória
A narrativa da serpente no Éden revela
mais do que a astúcia de um animal; ela denuncia, sobretudo, a presença de uma
oposição sutil à vontade de DEUS - uma influência sombria que se insinua no
caminho da humanidade, semeando dúvida, desconfiança e desejo de autonomia.
Desde o princípio, Satanás atua não pela força, mas pela sedução. Seu objetivo
não é o confronto aberto, mas a ruptura silenciosa do vínculo entre o Criador e
Suas criaturas. À luz dessa compreensão, o relato de Gênesis pode ser lido
como um conjunto de símbolos vivos que traduzem os fundamentos espirituais da
condição humana. Dentre outras possibilidades, o jardim do Éden pode ser uma
representação da beleza e da harmonia plena (Gn 3.8; Ap 2.7); a serpente pode
ser uma designação do Inimigo, da astúcia e do engano (Gn 3.1; Ap 12.9); a
árvore da ciência do bem e do mal pode ser uma indicação da liberdade e do
limite moral estabelecidos por DEUS (Gn 2.16-17; Dt 30.19). A nudez e a
vergonha podem simbolizar a perda da transparência e da inocência (Gn 3.7; Hb
4.13); o fruto proibido, o livre-arbítrio e a opção pela autonomia, em lugar da
obediência e da dependência de DEUS (Gn 3.3; Tg 1.14-15); e a espada flamejante
pode ser um marco da impossibilidade de retorno à comunhão sem mediação divina
(Gn 3.24; Jo 14.6). Compreender a identidade e as estratégias do tentador
é parte essencial da vigilância espiritual. Esta lição convida-nos a discernir
essa realidade com sobriedade e esperança, reconhecendo que, embora a serpente
ainda sussurre, o Cordeiro já venceu.
1. A IDENTIDADE DO TENTADOR
A narrativa do Éden expõe um opositor
que se oculta sob a forma de uma criatura ardilosa - ele não se apresenta com
violência ou imposição, mas com astúcia e desfaçatez; seu método não é o
embate direto, mas a sugestão sutil que desestabiliza a confiança no
Altíssimo.
Este tópico não apenas recorda quem é
nosso adversário, mas nos ajuda a compreender o modo como a Escritura constrói,
ao longo do tempo, o perfil do Maligno - até expor sua verdadeira face à luz de
CRISTO.
1.1. A serpente: protótipo do
engano
Na cena do Éden, a serpente surge sem
introdução previa, mas com um papel decisivo: ela lança a dúvida, reconfigura o
mandamento divino e semeia incerteza, ambiguidade e obscuridade (Gn 3.1). O que
parece ser apenas um diálogo é, na verdade, o início da ruptura.
Essa criatura representa uma atuação
mais ampla disfarçada, estratégica, sorrateira. A tradição judaico-cristã
compreendeu, ao longo dos séculos, que a serpente era mais do que aparentava:
ela é a máscara sob a qual o véu da hipocrisia, da mentira e do engano é
introduzido na história humana (Gn 3.1; Ap 12.9).
OBSERVAÇAO 1
No jardim do Éden, a serpente não surge
como ameaça visível, mas como presença dissimulada. Sua fala não proíbe nem
ordena - apenas questiona, distorce, sugere, induz ao erro. Discernir seus
ardis exige mais que lógica: requer sensibilidade espiritual. A voz da serpente
continua a ecoar - não com gritos, mas com insinuações e manipulações.
1.2. Satanás: o
Inimigo identificado na progressão da revelação bíblica
À medida que a trama divina avança nas
Escrituras, torna-se evidente que a serpente do Éden não era só uma criatura
astuta, mas a manifestação velada de uma entidade espiritual complexa e
pessoal: Satanás (hb. Śā’ṭān = "adversário", "acusador";
gr. Satana = "oponente", "inimigo"), também chamado de
diabo (gr. diábolos = "caluniador", "aquele que divide",
"difamador", "acusador falso"). Essa presença,
inicialmente envolta em mistério, vai sendo identificada no texto sagrado com
títulos que expõem sua natureza e ação: - Adversário - aquele que se opõe
à vontade de DEUS e ao bem (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). - Acusador - aquele
que se levanta contra o povo de DEUS, lançando suspeitas e julgamentos (Jó
1.9-11; Ap 12.10). - Enganador - aquele que distorce a verdade,
semeia dúvida e conduz ao erro, sendo fonte da mentira e sedutor das nações (Jo
8.44; Ap 12.9; 2 Co 11.3). - Oponente do propósito divino - aquele que tenta
frustrar os desígnios eternos e resiste ao avanço do Reino (Mt 4.1-10; 1 Ts
2.18). - O derrotado pelo Cordeiro - aquele que foi vencido na Cruz e exposto à
derrota definitiva (Ap 12.11).
Conhecer os títulos do tentador não é
apenas um exercício de nomeação — é um chamado ao discernimento espiritual e à
firmeza n'Aquele que já o venceu: o CRISTO ressurreto.
OBSERVAÇAO 2
O adversário continua a agir, não como
um ser mitológico, mas como princípio real de oposição à vida plena em DEUS.
Identificá-lo é o primeiro passo para resistir. E resistir, nesse contexto, não
é lutar com as próprias forças, mas permanecer ancorado na verdade, sustentado
pela Palavra e guiado pelo ESPÍRITO.
2. A ORIGEM DO MAL
A narrativa sagrada não apresenta o mal
como criação do Eterno, mas como ruptura de uma ordem perfeita. Seu surgimento
não está ligado ao Ato Criador, mas à livre escolha de afastamento da Luz -
feita por uma criatura que quis ocupar o lugar do Altíssimo, em vez de
adorá-lo.
Neste tópico, contemplamos as raízes
dessa ruptura - ao mesmo tempo históricas e espirituais.
2.1. A queda de Lúcifer
O mal não nasce com o mundo, mas se
insinua no cosmos pela rebelião voluntária de um ser criado. A tradição cristã
identifica, em textos como Isaías 14 (cf. v. 12-15) e Ezequiel 28 (cf. v. 12-17),
uma descrição simbólica dessa queda: um ente exaltado, repleto de esplendor,
que se encheu de orgulho e desejou elevar-se acima de DEUS.
O orgulho precedeu a primeira queda
ainda nas regiões celestiais, e a ambição por autonomia desencadeou o
rompimento da comunhão entre Lúcifer e o Criador. Onde antes havia adoração,
instalou-se a pretensão de ocupar o trono. E assim, o que era fulgor passou a
operar nas trevas.
Essa rebelião marca o início do mal como
movimento de afastamento, como negação da verdade e como resistência à
soberania divina. Não foi DEUS quem criou o mal, mas uma criatura que, movida
por sua livre agência, se afastou da Fonte da Vida.
2.2. O mistério da iniquidade
Embora o mal tenha se manifestado pela
liberdade moral mal exercida, sua origem permanece envolta em mistério (2 Ts
2.7). A Bíblia não oferece uma explicação filosófica absoluta, mas revela que,
mesmo diante da perfeição inicial, havia a possibilidade real de escolha - e,
com ela, a chance de rebelião.
JESUS afirma que o diabo não se firmou
na verdade e que é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44), sugerindo que
sua queda foi resultado de uma distorção interior - uma quebra de integridade
no íntimo de sua liberdade.
Contudo, mesmo diante da ação do mal, a
Escritura não nos conduz ao desespero. Ela afirma que a História caminha para a
restauração plena. Satanás não triunfa. A justiça e a misericórdia do Criador
entrelaçam-se no tempo e na eternidade, conduzindo tudo ao desfecho prometido:
novos céus e nova terra (2 Pe 3.13; Ap 21.1) e plena reconciliação (Cl
1.19- 20; Ef 1.9-10; Rm 8.20-21).
3. RESPOSTAS BÍBLICAS AO PROBLEMA
DO MAL
A realidade do mal suscita, desde os
primórdios, uma pergunta inquietante que atravessa a história da fé: se DEUS é
bom e poderoso, por que angústias e aflições nos alcançam? O texto sagrado
não oferece uma resposta sistemática, mas apresenta, em linguagem de esperança,
um caminho de amadurecimento, no qual a dor é admitida, o amor é afirmado e a
expectativa redentora é sustentada. Nesta seção, contemplaremos algumas
respostas construídas ao longo do relato bíblico - desde as compreensões
iniciais, que associavam o sofrimento à culpa, até a crucificação de CRISTO,
momento em que a Graça triunfa sobre o mal, a rejeição e o martírio.
3.1. O mal como fruto da liberdade
humana
Como destacado em lições anteriores, nas
primeiras páginas da Bíblia, o mal é compreendido como resultado direto do uso
distorcido da liberdade. DEUS criou seres capazes de amar e obedecer - mas
também livres para rejeitar, pecar e romper a comunhão (Dt 30.19; Js 24.15). O
mal, nesse entendimento, não é uma criação divina, mas consequência da decisão
deliberada de desobedecer e afastar-se d'Ele.
A possibilidade de escolher confere ao
amor sua autenticidade, mas também abre a porta para a separação, a desolação e
a injustiça. O Senhor, no entanto, não revoga essa condição: Ele preserva a
liberdade humana, redime seus efeitos e a direciona para o bem.
3.2. O mal como mistério além da culpa
individual
À medida que a revelação avança,
torna-se evidente que o sofrimento não pode ser sempre explicado como punição
por desobediência.
O Livro de Jó rompe com essa leitura
simplista, mostrando um justo ferido por perdas que não se justificam por seu
erro pessoal (Jó 1.8).
A Escritura reconhece o mistério da
iniquidade (2 Ts 2.7), ressaltando que há dores que ultrapassam a lógica
humana. Ainda assim, mesmo quando tudo parece oculto e silencioso, a fé escuta
o sopro da promessa: toda a Criação geme, mas o gemido é prenúncio de redenção
(Rm 8.18-23).
Nem toda ferida precisa de resposta.
Algumas pedem apenas confiança em DEUS e esperança.
3.3. O amadurecimento da esperança
diante do mal
Em Eclesiastes, o Sábio admite com
franqueza: o mal atinge justos e injustos, e há tensões na existência que não
se resolvem neste tempo (Ec 9.2). Essa maturidade prepara o coração para um
horizonte mais amplo: a esperança que transcende o aqui e agora.
Em CRISTO, o mistério se ilumina (Cl
1.26-27): o DEUS que é amor (1 Jo 4.8-9) não se ausenta da dor, mas entra nela
(Fp 2.7), carregando-a em si (Is 53.4-5; Hb 4.15). O mal não é apenas
reconhecido - é vencido pela Cruz (Cl 2.15; Hb 2.14).
Na encarnação, sacrifício e
ressurreição, o Filho transforma a morte em vida, e a aparente derrota em
redenção (Jo 16.33; Ap 21.4). O madeiro do perdão não remove as zonas de
silêncio, mas apresenta o coração do DEUS que sofre conosco e nos convida à
restauração e à vida.
Vivemos tempos em que a dor se espalha
em múltiplas formas. Diante disso, a fé não nos oferece certezas fáceis,
mas uma confiança viva: a de que DEUS caminha conosco mesmo quando os dias
parecem escuros (SI 23.4; Is 43.2; Mt 28.20b). Ele é o DEUS que habita conosco
no meio da dor (Is 57.15; SI 34.18; Rm 8.26).
Crer, então, é continuar confiando
quando não se compreende, é esperar quando a esperança vacila, é se firmar
quando tudo treme. A verdadeira fé não exige garantias. Ela encontra na
misericórdia divina o refúgio que sustenta a jornada (SI 46.1).
CONCLUSÃO
Ao longo desta lição, exploramos a
origem do mal e as respostas da fé diante da realidade da dor e da rebelião.
Este estudo não pretende esgotar os debates acerca do tema, mas convida à
reflexão reverente diante do mistério. Na Lição 7, Tópico 3, aprofundaremos
teologicamente a questão da "origem do mal", examinando suas
implicações e contrastes à luz das Escrituras.
Nossa esperança repousa na certeza de
que o mal já foi vencido na Cruz (Cl 2.15; Hb 2.14; Jo 16.33), e que, em
CRISTO, somos chamados a perseverar na fé (Hb 10.23; 12.1-2; Rm 5.3-5), até o
dia em que a justiça e a paz reinarão plenamente (2 Pe 3.13; Ap 21.4; Is
11.6-9).
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
De acordo com esta lição, por que DEUS não anulou a liberdade humana, mesmo
sabendo das consequências da escolha pelo mal?
R.
Porque o amor verdadeiro pressupõe liberdade. DEUS não a anula, mas a
redime e a orienta para o bem.
Fonte
Central Gospel
