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20 novembro 2025
Slides Lição 9 CPAD, Vontade - O que Move o Ser Humano, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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Escrita Lição 9 CPAD, Vontade - O que Move o Ser Humano, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 9 CPAD, Vontade - O que Move o Ser Humano, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – VONTADE:
MOTIVAÇÃO E AÇÃO
1. Conceito de
vontade.
2. Do
pensamento à ação.
3. Fraqueza de
vontade.
II – DESEJOS:
DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A
experiência do deserto.
2. Os desejos
na era cristã.
3. A decisão do
homem redimido.
III – O ENSINO
SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO
1. Atração e
engano.
2. Abortando o
processo.
TEXTO ÁUREO
“Digo, porém:
Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl 5.16)
VERDADE PRÁTICA
Guiada por
Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co
7.37-39 Poder sobre a própria vontade
Terça - Jo
6.38-40 Jesus cumpriu inteiramente a vontade do Pai
Quarta - Pv
31.10-13 A mulher virtuosa trabalha de boa vontade
Quinta - Ef
6.5-9 Trabalhando de boa vontade
Sexta - 1 Jo
2.15-17 Renunciando à própria vontade
Sábado - Fp
2.12,13 Deus implanta bons desejos em nós
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE: Gálatas 5.16-21; Tiago 1.14,15;
4.13-17
Gálatas 5.16 - Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o
Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o
que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da
lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de Deus.
Tiago 1.14 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua
própria concupiscência. 15 - Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Tiago 4.13 - Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal
cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. 14 - Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco e depois se desvanece. 15 - Em lugar do que devíeis
dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. 16 - Mas,
agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna. 17
- Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
Hinos
Sugeridos: 73, 360, 568 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS
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O QUE É ANDAR
NO ESPÍRITO?
"Andar no
espírito" significa viver em comunhão e submissão ao Espírito Santo,
permitindo que Ele guie as decisões, pensamentos e atitudes diárias. É
viver de acordo com a vontade de Deus, o que se manifesta através de um
comportamento que demonstra o fruto do Espírito, como amor, alegria, paz e
paciência, além de resistir às tentações da carne e viver uma vida alinhada com
o caráter de Cristo.
- Submissão
à orientação divina:
Andar no
espírito é seguir a direção do Espírito Santo em todas as áreas da vida,
confiando em Sua orientação em vez de depender apenas da própria vontade ou das
circunstâncias.
- Transformação
interior:
É permitir que
o Espírito Santo molde o caráter, tornando a pessoa mais parecida com
Cristo. Essa transformação ocorre no nível mais profundo, alinhando
desejos e pensamentos à vontade de Deus.
- Vitória
sobre o pecado:
O Espírito
Santo capacita o cristão a vencer os desejos da carne e as tentações,
fortalecendo-o para viver uma vida de vitória sobre o pecado.
- Comportamento
cristão:
A expressão
prática de "andar no espírito" é o modo de vida que demonstra o fruto
do Espírito (amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio).
- Relacionamento
prático:
Não se trata
apenas de um estado emocional, mas de uma prática diária de se alinhar com o
Espírito Santo. Isso inclui estar em constante comunicação com Deus, orar
sem cessar e dar graças em tudo.
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TENTADO NA
MENTE
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hebreus 4:15
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REVISTA PARA
AJUDAR NO ESTUDO DA LIÇÃO
Escrita Lição
4, Central Gospel, A Tentação no Éden, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA
TV
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Escrita
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PowerPoint
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A NATUREZA DA TENTAÇÃO
1.1. A tentação é externa; a provação é interna
1.2. A tentação visa à destruição; a provação visa à edificação
1.3. A tentação procede do Inimigo; a provação vem de DEUS
2. ESTÁGIOS DA TENTAÇÃO E CONSEQUENTE QUEDA
2.1. A aproximação do proibido
2.2. A distorção da verdade
2.3. A sutil alteração da Palavra de DEUS
2.4. A sedução pelo desejo e pela aparência
2.5. O silêncio cúmplice e a partilha da Queda
3. A ESSÊNCIA DO PECADO NO ÉDEN
3.1. A perda da confiança na bondade e na justiça divina
3.2. A escolha da autonomia em lugar da submissão
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Gênesis 3.1-7
1- Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor
DEUS tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não comereis
de toda árvore do jardim?
2- E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3- Mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: Não comereis
dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4- Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5- Porque DEUS sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos
olhos, e sereis como DEUS, sabendo o bem e o mal.
6- E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e
deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7- Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e
coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
TEXTO ÁUREO
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência. Tiago 1.14
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a feira - Deuteronômio 30.19-20 Escolha a vida e permaneça no caminho do
Senhor
3a feira - 1 Tessalonicenses 5.12-22 Fugir da aparência do mal é preservar o
coração 4a feira - Provérbios 4.20-23 Do coração procedem as fontes da
vida
5a feira - 1 Pedro 1.6-9 A provação depura a fé como o fogo purifica o
ouro
6a feira - 1 João 2.15-17 O mundo seduz pela concupiscência e pela
soberba
Sábado - João 15.1-5 Fora da Videira não há verdadeira vida, nem fruto
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- compreender como a tentação no Éden envolveu a distorção da verdade e o
ataque à confiança no Criador;
- identificar as estratégias utilizadas pela serpente para enganar Eva e
desestabilizar a relação do ser humano com DEUS;
- refletir sobre a importância da vigilância diante das sutilezas do
pecado.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, esta lição nos conduz ao momento decisivo em que a fidelidade
ao Criador foi colocada à prova no Éden. Apresente a tentação não apenas como
um evento isolado, mas como um movimento estratégico de questionamento,
distorção e sedução. Destaque que a serpente, símbolo da astúcia de Satanás,
agiu atacando a confiança e a obediência, e que esses mecanismos continuam
atuando hoje. Estimule os alunos a refletirem sobre a natureza progressiva
desse velado processo de encantamento: da dúvida à distorção, da cobiça à
decisão equivocada. Excelente aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS
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Escrita Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24, Pr Henrique,
EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A TENTAÇÃO E SUA ESFERA HUMANA
1. Conceito bíblico de tentação.
2. Duas vias da tentação.
3. Tentação: um fenômeno humano.
II – O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO
1. A provação do Senhor JESUS.
2. As áreas que JESUS foi tentado.
3. Como JESUS venceu a tentação?
III – RESISTINDO À TENTAÇÃO
1. Todos somos tentados.
2. Rejeite a tentação!
3. Arrependa-se!
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 4.1-11
1 - Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo
diabo.
2 - E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 - E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de DEUS, manda que
estas pedras se tornem em pães.
4 - Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de DEUS.
5 - Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do
templo,
6 - e disse-lhe: Se tu és o Filho de DEUS, lança-te daqui abaixo; porque está
escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos,
para que nunca tropeces em alguma pedra.
7 - Disse-lhe JESUS: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu
DEUS.
8 - Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos
os reinos do mundo e a glória deles.
9 - E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 - Então, disse-lhe JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor,
teu DEUS, adorarás e só a ele servirás.
11 - Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
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Hinos Sugeridos: 46, 289, 298 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - TENTAÇÃO
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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SUBSÍDIO CPAD
Lição 9 - Resistindo à Tentação no Caminho
Nesta lição, seus alunos aprenderão o conceito de tentação de acordo com as
Escrituras Sagradas. A partir da experiência do Senhor JESUS, os discípulos
ponderaram aspectos relevantes sobre a tentação, os quais comunicaram aos
crentes do primeiro século. Nosso Senhor passou pela tentação no deserto.
Naquela ocasião, Ele foi tentado em três áreas específicas da natureza humana,
conforme aponta a lição e podemos ver em Mateus 4.3-10. Assim, podemos dizer
que o nosso Senhor foi tentado na área física, com as necessidades humanas; em
sua natureza divina, com a ideia de ostentar Seus divinos atributos ao público;
e na área espiritual, no sentido da tentação de idolatrar outro ser.
Semelhantemente, em sua Primeira Carta, o apóstolo João apresenta maiores
detalhes a respeito de como os crentes são tentados nas três áreas da natureza
humana: na física (concupiscência da carne), na psicológica (concupiscência dos
olhos) e no ego (soberba da vida) (1Jo 2.15-17). O conhecimento apurado sobre
essas áreas ensina os crentes a lidarem melhor com a tentação. Ainda em sua
Carta, o apóstolo João destaca a oposição existente entre os filhos de DEUS e o
mundo.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) discorre que “no mundo, os
crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11): a) Não devem
pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo (Rm 12.2), não amar
o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do mundo (Hb 1.9),
morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). b)
Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com DEUS e leva à destruição
espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc
16.13; Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e
dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter
prazer e satisfação naquilo que ofende a DEUS e se opõe a Ele (ver Lc 23.35)”
(1995, p. 1957).
Nesse sentido, o crente é encorajado diuturnamente pelo ESPÍRITO SANTO à
prática das virtudes do Fruto do ESPÍRITO. Dessa forma, consegue com efeito
vencer as tentações que se originam das inclinações da natureza humana ou mesmo
da operação de Satanás, que o incita a pecar. Outrossim, o ensinamento de Paulo
permanece válido para os dias atuais: “Andai em ESPÍRITO, e não cumprireis a
concupiscência da carne” (Gl 5.16). Assim fazendo, à medida que o crente se
dedica a buscar a face de DEUS por meio da oração, do jejum e da reflexão nas
Escrituras Sagradas, ele tem a sua fé e a sua comunhão com DEUS fortalecidas e
a sua jornada pavimentada para entrar na eternidade com o Senhor (Jo 5.39).
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TENTAÇÃO DE CRISTO - Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard
F. Vos, John Rea (1)
Essa expressão é frequentemente usada para se referir unicamente à tentação
sofrida pelo nosso Senhor logo após seu batismo (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13;
Lc 4.1-13), mas na verdade ela se estendeu por toda sua vida. O Diabo apenas
"ausentou-se dele por algum tempo" (Lc 4.13), e, assim sendo, CRISTO
disse na última ceia: "Vós sois os que tendes permanecido comigo nas
minhas tentações" (Lc 22.28). A tentação que CRISTO suportou logo após seu
batismo é, contudo, de tal importância, que merece uma atenção especial. A
partir da sua experiência fica claro que a tentação em si não é pecado, já que
CRISTO foi levado à sua tentação pelo ESPÍRITO SANTO. "Então, foi
conduzido JESUS pelo ESPÍRITO [SANTO] ao deserto, para ser tentado pelo
diabo" (Mt 4.1). O pecado não consiste no fato de ser tentado (cf. Adão e
Eva, Génesis 3.1ss.), mas em ceder à tentação. Apesar de DEUS poder nos levar a
uma situação de teste (Mt 6.13; cf. Tg 1.2-12), Ele próprio não nos tenta. Nós
somos tentados pelo Diabo, por nossa natureza decaída e pelas nossas próprias
concupiscências (1 Pe 5.8; Tg 1.14,15). Foram levantadas algumas perguntas. O
diabo realmente elevou o Senhor JESUS CRISTO até o pináculo do Templo? E ele
realmente levou o Senhor a uma alta montanha e lhe mostrou os reinos desse
mundo? Essas experiências devem ser interpretadas de forma figurada, como
exemplos imaginários comuns no Oriente, ou literalmente? Aparentemente temos
aqui uma combinação do figurativo com o literal. O Diabo desafiou o Senhor
JESUS CRISTO a subir ao pináculo do Templo e também a subir à montanha e olhar
rejeitou tanto a tentação de dar um salto fantástico quanto a de adorar ao
Diabo através da citação da Palavra de DEUS (Mt 4.4, 7,10). Mesmo que a
tentação seja tratada como visão ou alegoria, como por Calvino, ainda assim o
adversário era o Diabo e a tentação era real. Mas não há razão para tratá-la de
uma outra forma que não seja a literal. Devemos de fato considerá-la assim como
foi registrada na Palavra de DEUS. A natureza da tentação tríplice de CRISTO. A
ordem das tentações específicas varia em Mateus e Lucas, mas isso não é de real
importância. A duração do jejum do Senhor JESUS CRISTO, literalmente 40 dias,
apesar de enfatizada por infiéis antigamente, não é mais considerada um
problema. A questão mais importante reside na natureza das três
tentações.
Se o Senhor JESUS CRISTO tivesse transformado pedras em pão, Ele teria usado
seu poder miraculoso para escapar do sofrimento e suprir sua própria
necessidade. Assim Ele não teria mais agido como o homem perfeito enfrentando
as provas e a tentação como o último Adão. Ele não teria sido alguém que
"como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15). Seu poder
miraculoso deveria ser utilizado para ajudar a outros, e não a si mesmo (veja
Humilhação de CRISTO; Kenosis). A tentação de exibir sua divindade saltando do
Templo foi uma armadilha para abusar de DEUS com uma confiança descabida, em
contraste com a primeira tentação, que foi a de desconfiar de sua habilidade de
resistir à fome. Ela o teria levado a se afastar do caminho do dever. Nela o
diabo citou a Escritura, mas apenas de forma fragmentada: "Aos seus anjos
dará ordens a teu respeito" (Mt 4.6; cf. Lc 4.10). O tentador omitiu as
palavras "para te guardarem em todos os teus caminhos" (SI 91.11). Aí
está a mentira do Diabo, pois ele é um mentiroso desde o princípio (Jo 8.44;
cf. Gn 3.4,5). A tentação de se garantir domínio e poder imediatos curvando-se
ao Diabo é o argumento do interesse próprio: faça o mal e o bem virá - nesse
caso, mais rápido. CRISTO foi divinamente decretado o Rei de todos os confins
da terra (SI 2), e esta era uma tentação para tomar um atalho para sua
soberania de direito.
O propósito das provas e tentações. DEUS sempre testou todas as ordens de seres
racionais que Ele criou. Esse teste consiste em uma prova de confiança e
obediência totais. Um teste em si não é causa de pecado. Apenas a ação do
testado pode transformar o teste em uma ocasião para pecar. Os anjos eram a
primeira ordem. Aqueles que criam em DEUS e o obedeciam foram confirmados em
justiça e se tornaram os anjos santos; aqueles que desobedeceram e se rebelaram
junto com Satanás caíram. Adão e Eva se depararam com um teste de obediência;
desobedeceram e caíram. CRISTO, para poder redimir os homens, enfrentou testes
e saiu vitorioso (Hb 5.7-9). Assim como pela desobediência do primeiro Adão
todos caíram, também pela obediência do último Adão a salvação foi oferecida a
todos que crerem nele como Salvador pessoal (Rm 5.19).
A natureza da santidade de CRISTO - Ele nunca pecou. Tem havido muitos debates
teológicos sobre a capacidade de CRISTO de pecar, posse peccare, e a respeito
de três possibilidades: (1) CRISTO poderia ter pecado, mas não o fez; (2)
CRISTO tinha a capacidade de não pecar; (3) CRISTO era incapaz de pecar. O
ponto essencial e o coração do debate centra-se no que constitui uma tentação
real. Se CRISTO não poderia ter pecado, então Ele de fato alguma vez enfrentou
uma tentação genuína? Se, por outro lado, para tornar a tentação verdadeira,
Ele poderia ter pecado, isto não seria blasfémia? Como CRISTO poderia ter
pecado se Ele é DEUS? Mesmo que escolhamos a segunda alternativa e digamos que
CRISTO tinha a capacidade de não pecar, será que não subentendemos ainda assim
que Ele era também capaz de pecar, e desse modo também impugnamos sua santidade
inerente? O dilema pode ser resolvido se primeiro reconhecermos que, embora
devido à natureza humana nenhum homem tenha o poder de não pecar, a natureza
humana de CRISTO junto com sua divina pertence à pessoa divina e é governada
por essa pessoa. E a pessoa divina de CRISTO que odiava o pecado e não podia
aprová-lo em sua natureza divina, que por anos sofreu tentações em todos os
pontos como nós sem sucumbir ao pecado (Hb 4.15). Em sua natureza humana,
CRISTO poderia ter pecado, mas devido à sua pessoa divina Ele não poderia
fazê-lo. Assim sendo, não dizemos nem que CRISTO era capaz de pecar, nem que
Ele tinha o poder de não pecar, mas que CRISTO não poderia pecar. Abraham
Kuyper escreveu: "Mas como JESUS não assumiu uma pessoa humana, um 'homo',
mas sim a natureza humana, e como não havia nele um ego humano (para realizar
essa possibilitas), mas, pelo contrário, a natureza humana permaneceu
eternamente unida à segunda pessoa da Trindade, de modo que o controle dessa
pessoa divina faz com que seja absolutamente impossível que essa possibilitas
se torne realidade" (Loci III, Cap., III, par. 6. p. 11, citado por G.C.
Berkouwer, The Person of Christ, Grand Rapids. Eedermans, 1955, p. 259).
Berkouwer coloca a questão em termos mais existenciais quando escreve: "A
incapacidade de pecar é da sua pessoa, de seu total e inviolável desejo de
fazer a vontade do Pai. É a incapacidade de desistir de seu amor que Ele leva
até o final, até sua realização e consumação" (op. cit., 262). Pode-se
concluir que CRISTO experimentou provas e tentações reais, equiparáveis àquelas
que são requeridas de seres racionais, mas que Ele foi vitorioso em todas as
áreas de tentação. Foi o fato de Ele ser uma pessoa divina que o fez incapaz de
pecar, apesar do fato de que Ele assumiu uma natureza humana, que poderia de
outra forma ter pecado. R. A. K.
TENTAR, TENTAÇÃO
Os termos heb. e gr. para "tentar" (heb. massa, gr. peirazo,
ekpei-razo) e "tentação" (heb. nasa, gr. peirasmos) podem, às vezes,
ter o significado de "induzir ao pecado", que tão fortemente colore
nossas palavras em português "tentar" e "tentação". Mas seu
principal e predominante significado é o de "testar o valor e o caráter de
homens" e, às vezes, os de DEUS. Nesse sentido, os cristãos devem se
examinar para se certificarem de que suas palavras e ações evidenciam que eles
são crentes genuínos (2 Co 13.5; cf. 2 Pe 1.10).
Semelhantemente, DEUS testa, no AT, a veracidade da confiança que seu povo tem
nele, como no caso de Abraão (Gn 22.1), Israel (Êx 15.25; 16.4), a tribo de
Levi (Dt 33.8), Ezequias (2 Cr 32.31) e o salmista (SI 26.2). O NT diz que DEUS
(ou CRISTO) provou a fé de Filipe (Jo 6.6) e de Abraão (Hb 11.17; cf. Gn
22.1).
Na sua providência, DEUS usa os eventos da vida cotidiana para testar a
professada fé e o caráter dos cristãos. O teste pode resultar em severos
tormentos, tanto físicos quanto espirituais (Hb 11.37; 1 Pe 4.12). DEUS usou
severos fenómenos naturais (Êx 20.18-20), as dificuldades das peregrinações
pelo deserto (Dt 8.2), e a opressão das tribos cananeias para testar Israel (Jz
2.21,22). Aos cristãos não é prometida a ausência de provas, mas a força
necessária para suportá-las (1 Co 10.13; 2 Pe 2.9; cf. 1 Pe 4.1,12-16). O
próprio CRISTO, ao se tornar humano, passou por toda sorte de testes mentais e
físicos (Hb 2.18; 4.15).
Crê-se que até mesmo coisas são testadas ou provadas, como por exemplo uma
espada (1 Sm 17.38), uma reputação (1 Rs 10.1; 2 Cr 9.1) e convicções (Dn
1.12,14). Tanto a palavra heb. quanto a gr., às vezes, têm o significado de
tentar fazer algo. Em uma pergunta retórica, DEUS questiona: "...ou se um
deus intentou ir tomar para si um povo..." (Dt 4.34). Os homens tentam se
comunicar (Jó 4.2) ou se juntar a outros (At 9.26). Os termos gregos e
hebraicos traduzidos como "tentar" e "tentação" também
aparecem no mau sentido de "induzir ao pecado". O Diabo é acusado de
ser o instigador de tais provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5,6). Até mesmo na vida dos
cristãos ele exerce grande pressão para o pecado (1 Co 7.5; 1 Ts 3.5; Ap 2.10).
Sucumbir a tais tentações pode demonstrar que a profissão do cristão não é
sincera (Lc 8.13). A tentação para pecar frequentemente se origina de
pensamentos malignos e da concupiscência (Tg 1.14); provocações às quais um
forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1 Tm 6.9). Contudo, a tentação
para pecar nunca vem de DEUS (Tg 1.13). O cristão deve orar por libertação de
todas essas tentações (Mt 6.13; Lc 11.4). A tentação, no mau sentido, também
pode tomar a forma de testar o outro na esperança de expor seus pontos fracos,
e usá-los contra a própria pessoa. Os inimigos de CRISTO frequentemente
tentaram empregar essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3; 22.35; Lc
20.23).
Algumas vezes a Bíblia fala de homens testando ou tentando a DEUS. Por exemplo,
Israel tentou a DEUS no deserto (Êx 17.2,7; Nm 14.22; SI 95.8,9; 1 Co 10.9), e
os fariseus e saduceus tentaram a JESUS (Mt 16.1; Mc 8.11; 10.2). Além disso,
os cristãos professos podem tentar a DEUS. Ananias e Safira o fizeram ao mentir
(At 5.9). Cristãos judeus o fizeram, trazendo empecilhos aos crentes gentios
(At 15.10). Paulo advertiu os coríntios a respeito da incredulidade, da
idolatria, do modo de vida ímpio, da atitude de tentar a CRISTO e da murmuração
(1 Co 10.7-10; cf. Nm 21.4-9).
Quando confrontado pelas tentações, o cristão tira o encorajamento necessário
do conhecimento de que ele não os enfrenta sozinho. DEUS já removeu o crente do
domínio de Satanás e o colocou em seu próprio reino e família (Cl 1.12,13). As
tentações que Satanás traz estão sempre dentro dos limites permitidos por DEUS
(Jó 1.8-12; 2.3-6). Além disso, o cristão tem o exemplo da vitória de CRISTO
sobre o pecado (Hb 4.15) e a promessa da sua ajuda (Hb 2.18). Mesmo quando o
cristão sucumbe à tentação e ao pecado, ele ainda tem a promessa de perdão disponível
através da contínua, eficaz e redentora graça de CRISTO (Hb 4.14-16; 1 Jo
2.1).
A recompensa dos cristãos por sua fiel resistência a todos os tipos de tentação
é a coroa de vida (Ap 2.10).
Os exemplos mais conhecidos de tentação nas Escrituras são a indução de Adão e
Eva ao pecado no jardim do Éden por Satanás (Gn 3.1-7; 1 Tm 2.13,14) e a
tentação de CRISTO no deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13).
Comparando-se essas tentações, nota-se que Eva (em comum acordo com Adão)
sucumbiu à tentação por dar atenção excessiva aos desejos físicos (por exemplo,
a comida) e às posses materiais dessa vida (o belo fruto que ela desejava), e
por se entregar a um orgulho precipitado (supunha-se que o fruto traria gundo
Adão (Rm 5.12-21; 1 Co 15.22) sentiu todo o peso do teste, por outro Ele
superou completamente a tentação em cada uma dessas áreas (por exemplo, a
tentação de transformar pedras em pães; de desejar obter para si os reinos do
mundo; e, com um orgulho presunçoso, se atirar do Templo). Por ter experimentado
e triunfado sobre essas e outras tentações, o Senhor JESUS CRISTO é capaz de se
compadecer e ajudar seu povo nas tentações que enfrenta. Bibliografia. H.
Seeseman, "Peira etc", TDNT, VI, 23-26.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 7, Tentação, A Batalha por nossas Escolhas e Atitudes
1º Trimestre de 2019 - Batalha Espiritual: O povo de DEUS e a guerra contra as
potestades do mal. - Comentário: Esequias Soares
Ajuda em Vídeos em:
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-D1BSnEf8kJdFv9Uz_em3D Lição
4 - 2 Tr15 - Tentação de JESUS
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_JlvTP10g3-lruKhvkPvsL Lição
2 - 3 Tr14 - Propósito da Tentação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 4.1-11
1 - Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. 2 - E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 - E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de DEUS, manda que
estas pedras se tornem em pães. 4 - Ele, porém, respondendo, disse: Está
escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de
DEUS. 5 - Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo
do templo, 6 - e disse-lhe: Se tu és o Filho de DEUS, lança-te daqui abaixo;
porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão
nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 - Disse-lhe JESUS: Também
está escrito: Não tentarás o Senhor, teu DEUS. 8 - Novamente, o transportou o
diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória
deles. 9 - E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 -
Então, disse-lhe JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
DEUS, adorarás e só a ele servirás. 11 - Então, o diabo o deixou; e, eis que
chegaram os anjos e o serviram.
OBJETIVO GERAL - Mostrar que JESUS venceu a tentação.
I – A TENTAÇÃO
1. A provocação de Refidim.
2. A experiência de Massá e Meribá.
3. Como um teste.
II – A TENTAÇÃO DE JESUS
1. Levado ao deserto (v.1).
2. Sobre o jejum de JESUS (v.2).
3. Como a tentação aconteceu (v.3a).
III – A TRÍPLICE TENTAÇÃO
1. A primeira das três últimas tentações (v.3b).
2. A segunda tentação (v.5).
3. A terceira tentação (v.8).
4. Respostas de JESUS.
PARA REFLETIR - A respeito de “Tentação – a Batalha por nossas Escolhas e
Atitudes”, responda:
Qual o sentido da palavra “tentação” em Massá e Meribá?
O vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”.
Qual a finalidade da tentação como teste?
A finalidade é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20; Jo 6.6).
O que evidenciam os detalhes da narrativa da tentação de JESUS no deserto?
A tentação de JESUS no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua
história depois do batismo por João Batista no rio Jordão.
Quais os objetivos de Satanás em cada uma das três últimas tentações?
(1) O objetivo dessa investida diabólica era incitar JESUS a usar seus poderes
em benefício próprio; (2) O objetivo de Satanás é induzir o Senhor JESUS a
tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade; (3) Esse último ataque
consistia em induzir JESUS a se apoderar do domínio do mundo por meios
ilícitos.
Como o Senhor JESUS derrotou o Diabo?
Ele foi vencido pelo poder da Palavra de DEUS: “está escrito, está escrito e
está escrito”. JESUS citou três passagens do Pentateuco (Dt 6.13,16; 8.3).
COMENTÁRIOS DIVERSOS
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nesta oportunidade trataremos sobre as escolhas e atitudes na jornada da vida
espiritual. Neste contexto, aparece o tema da tentação. Em todo tempo somos
instados pelo Maligno a negar nossa vida de santidade e ceder para as obras da
carne a fim de que manchemos as vestes espirituais. Não podemos nos dobrar às
falsas promessas do Maligno. Precisamos perseverar na fé em CRISTO, buscar a
sua preciosa vontade para a nossa vida e honrá-lo até o fim na caminhada
cristã. Uma boa aula!
MEU RESUMO RÁPIDO - Pr. Henrique - EBD NA TV
PRIMEIRA COISA A SABER NESTA LIÇÃO:
QUEM TENTA É SATANÁS, MAIS CONHECIDO COMO DIABO, COMO TENTADOR.
QUEM PROVA, QUEM TESTA, QUEM TREINA É DEUS.
Em algumas
traduções mais antigas traduzem as palavras do original e às vezes se confundem
colocando a palavra tentação onde deveria estar escrito provação. Caso clássico
de DEUS com Abraão. DEUS provou Abraão.
Ser tentado não é pecado, pois o próprio JESUS foi tentado. Pecado é ceder à
tentação.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hebreus 4:15
Ao ouvir DEUS, não se rebele, se humilhe.
Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no
deserto. Hebreus 3:8
DEUS não deixará que passemos por tentações as quais não possamos resistir
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que não vos deixará
tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que
a possais suportar.1 Coríntios 10:13
Vigilância no estudo da Bíblia e oração diária nos blindará de tentações
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca. Mateus 26:41
Devemos orar a DEUS para nos livrar das tentações
E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o
poder, e a glória, para sempre. Amém. Mateus 6:13
Mais uma vez vemos que DEUS nos livra das tentações
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos
para o dia do juízo, para serem castigados;2 Pedro 2:9
Paulo, com problemas nos olhos, foi ajudado pelos Gálatas. A tentação que Paulo
sofreu foi para que abandonasse a DEUS porque estava doente, mesmo fazendo a
obra de DEUS.
E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne,
antes me recebestes como um anjo de DEUS, como JESUS CRISTO mesmo. Gálatas 4:14
Nas tentações somos provados por DEUS quanto a nossa fidelidade e se aprovados
recebemos a comunhão com DEUS e seu poder para trabalharmos para Ele.
Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado,
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Tiago
1:12
DEUS promete a nós que não passaremos pela grande tribulação que virá logo após
o arrebatamento. A tentação que virá para o mundo é a de seguir o falso cristo
- o anticristo.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
Apocalipse 3:10
O desejo de enriquecimento e o amor ao dinheiro trazem males ao cristão, pois
para conseguirem seu intento acabarão pecando.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.1
Timóteo 6:9
Muitos não suportam as tentações, pois não estão firmados em CRISTO.
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com
alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da
tentação se desviam; Lucas 8:13
APÊNDICE PARA A LIÇÃO 7
POR QUE MOISÉS NÃO ENTROU NA TERRA PROMETIDA?
Não foi apenas por ter batido na rocha, pois a ordem antes era para ferir mesmo
a rocha.
Veja - Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu
ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez,
diante dos olhos dos anciãos de Israel. Êxodo 17:6
(Strong Português)
- נכה nakah
Ferir no original - 1) golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
NA SEGUNDA ORDEM DE DEUS É DITO PARA FALAR À ROCHA.
E o Senhor falou a Moisés dizendo:
Toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha,
perante os seus olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e
darás a beber à congregação e aos seus animais. Então Moisés tomou a vara de
diante do Senhor, como lhe tinha ordenado. E Moisés e Arão reuniram a
congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes,
porventura tiraremos água desta rocha para vós? Então Moisés levantou a sua
mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a
congregação e os seus animais. Números 20:7-11
DEUS MUDOU A CONFIGURAÇÃO - AGORA É FALAI À ROCHA - FALAR NO ORIGINAL É (Strong
Português)
- דבר dabar
falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar.
AGORA ERA PARA FALAR E NÃO PARA BATER - A ROCHA ERA CRISTO - (E beberam todos
de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os
seguia; e a pedra era CRISTO. 1 Coríntios 10:4.)
NA PRIMEIRA VEZ TINHA O SIMBOLISMO DE JESUS MORRENDO NA CRUZ, FERIR A ROCHA.
NA SEGUNDA VEZ TINHA O SIMBOLISMO DE ORAÇÃO, FALAR À ROCHA.
JESUS SÓ MORREU UMA ÚNICA VEZ EM UM ÚNICO SACRIFÍCIO SUFICIENTE PARA SALVAR A
TODA A HUMANIDADE. (Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer
cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos
do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
Hebreus 7:27).
ENCONTRAMOS O MOTIVO DADO POR DEUS A MOISÉS PORQUE ELE NÃO ENTRARIA NA TERRA
PROMETIDA.
E o Senhor disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me
santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta
congregação na terra que lhes tenho dado. Números 20:12
VEJA QUE DEUS ESTÁ DIZENDO CLARAMENTE QUE ELES DUVIDARAM QUE DEUS TIRARIA ÁGUA
DA ROCHA.
REPETIDO O MOTIVO DEPOIS.
Sobe ao monte de Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de
Jericó, e vê a terra de Canaã, que darei aos filhos de Israel por possessão. E
morre no monte ao qual subirás; e recolhe-te ao teu povo, como Arão teu irmão
morreu no monte Hor, e se recolheu ao seu povo. Porquanto transgredistes contra
mim no meio dos filhos de Israel, às águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim;
pois não me santificastes no meio dos filhos de Israel. Pelo que verás a terra
diante de ti, porém não entrarás nela, na terra que darei aos filhos de Israel.
Deuteronômio 32:49-52
VEJA QUE DEUS ESTÁ DIZENDO CLARAMENTE QUE ELES DUVIDARAM QUE DEUS TIRARIA ÁGUA
DA ROCHA.
PORÉM EXISTE AINDA OUTRO MOTIVO (ESPIRITUAL)
Na verdade Moisés nunca poderia entrar na Terra Prometida, pois representava a
LEI. Pela Lei ninguém é justificado. (E é evidente que pela lei ninguém será
justificado diante de DEUS, porque o justo viverá pela fé.
Gálatas 3:11). Se Moisés entrasse seria coimo entrar no descanso de DEUS.
(Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.
Hebreus 3:11) Se Moisés entrasse seria o mesmo que dizer que a Lei salva.
(Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS
CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé em
CRISTO, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne
será justificada. Gálatas 2:16). A LEI NÃO SALVA - NÃO CONDUZ À SALVAÇÃO, ENTÃO
MOISÉS NÃO ENTROU, POIS REPRESENTAVA A LEI.
TENTAÇÃO - PROVAÇÃO - JEJUM - ORAÇÃO – BÍBLIA – CHEIO DO ESPÍRITO SANTO
Tiago 1:12 Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for
provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o
amam. 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não
pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.14 Cada um, porém, é tentado,
quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; 15 então a
concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte.
Você já foi guiado pelo ESPÍRITO SANTO ao deserto para ser tentado, ou testado?
Ou pensou que era o diabo que o estava levando para lá e não foi?
O que era o deserto? Local sem água e sem comida ou local sem pessoas, sem
casas? Evidente que um local sem pessoas morando, pois jejuar em um local onde
não tem água e nem comida não é jejum. Jejum é abster-se de alimento. Muito
provavelmente era o mesmo deserto onde João Batista batizava, mas um pouco mais
afastado de onde João Batista estava (Lembrete - João batizava no rio Jordão -
portanto havia água. Comia mel e gafanhotos, portanto havia comida)..
Se DEUS não pode ser tentado, como JESUS foi tentado pelo Diabo?
O Diabo tentou JESUS como homem. JESUS venceu o Diabo como homem para nos dar o
exemplo. JESUS foi cheio do ESPÍRITO SANTO no batismo nas águas, pois desceu
sobre ELE o ESPÍRITO SANTO. Foi ao deserto cheio e guiado pelo ESPÍRITO SANTO.
Venceu o Diabo porque estava cheio do ESPÍRITO SANTO e conhecia as escrituras e
estava em jejum.
As três maiores armas do crente para vencer as lutas e tentações - Oração,
Bíblia e Jejum.
A provação é de DEUS e é importante para nos treinar como mais do que
vencedores em CRISTO.
A tentação vem de Satanás como objetivo de nos distanciar de DEUS, mas, na vida
do crente que lê a Bíblia, ora e jejua, a tentação serve para nos tornar mais
fortes, pois vencemos as tentações como JESUS venceu.
Os que caem na provação e também nas tentações caem porque atenderam seus
próprios desejos pecaminosos.
O que você acha?
JESUS viu satanás em sua tentação e satanás levou JESUS até o pináculo do
templo ou foi tudo em pensamento?
CONDUZIDO - (Strong Português) - αναγω anago
1) conduzir, guiar ou trazer para um lugar mais alto - ISSO QUE O ESPÍRITO
SANTO FEZ.
TENTADO (Strong Português) - πειραζω peirazo
tentar, fazer uma experiência com, teste: com o propósito de apurar sua
quantidade, ou o que ele pensa, ou como ele se comportará
num mau sentido, testar alguém maliciosamente; pôr à prova seus
sentimentos ou julgamentos com astúcia
tentar ou testar a fé de alguém, virtude, caráter, pela incitação ao
pecado
instigar ao pecado, tentar
das tentações do diabo
o uso do AT
de DEUS: infligir males sobre alguém a fim de provar seu caráter e a
firmeza de sua fé
os homens tentam a DEUS quando mostram desconfiança, como se quisessem
testar se ele realmente é confiável
pela conduta ímpia ou má, testar a justiça e a paciência de DEUS e
desafiá-lo, como se tivesse que dar prova de sua perfeição.
DIABO - (Strong Português) - διαβολος diabolos -
1) dado à calúnia, difamador, que acusa com falsidade
1a) caluniador, que faz falsas acusações, que faz comentários maliciosos
2) metaph. aplicado a pessoas que, por opor-se à causa de DEUS, podem ser
descritas como agindo da parte do demônio ou tomando o seu partido Satanás, o
príncipe dos demônios, o autor de toda a maldade, que persegue pessoas de bem,
criando inimizade entre a humanidade e DEUS, instigando ao pecado, afligindo os
seres humanos com enfermidades por meio de demônios que tomam possessão dos
seus corpos, obedecendo às suas ordens.
PINÁCULO - (Strong Português) - πτερυγιον pterugion
1) asa, pequena asa
2) qualquer extremidade pontuda
2c) do topo do templo em Jerusalém
Agora me responda: como somos tentados? Vemos satanás? (NÃO)
Vemos demônios? (NÃO)
Nas nossas tentações somos transportados a outros lugares? (SIM - em visões,
sonhos)
Em nossas tentações são oferecidas coisas a nós? (SIM - riquezas, posição
social, posição eclesiástica etc.)
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18 - JESUS FOI TENTADO DO MESMO MODO QUE NÓS SOMOS. NOS
MOSTROU QUE PODEMOS VENCER AS TENTAÇÕES PELA PALAVRA DE DEUS E EM COMUNHÃO COM
O ESPÍRITO SANTO, POIS FOI PARA LÁ CONDUZIDO PELO ESP´PIRITO SANTO. QUANDO SAIU
DA TENTAÇÃO SAIU MAIS FORTALECIDO PELO ESPÍRITO SANTO. Então, pela virtude do
ESPÍRITO, voltou JESUS para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras
em derredor. Lucas 4:14.
Nós não vemos nem Satanás e nem demônios ao sermos tentados. Muitas vezes
estamos dormindo quando somos tentados e vamos a lugares e nos comunicamos com
pessoas, algumas vezes batalhamos contra serpentes, O Diabo vive nos oferecendo
coisas para nos fazer cair. Temos que manter firme nossa vigilância lendo a
Bíblia e orando e jejuando. (congregando para ouvir a Palavra de DEUS).
Foi conduzido pelo ESPÍRITO - Ou, e foi levado, ηγετο. Mateus diz, ανηχθη, ele
foi guiado. Marcos diz, o ESPÍRITO o impeliu εκβαλλει - mete-o por diante. Mas
cada um dos evangelistas atribui isso ao ESPÍRITO SANTO, e não a Satanás. Pode
ser útil para observação aqui, que, durante os quarenta dias e quarenta noites
em que ele foi tentado pelo diabo, tudo é realizado sobre, continuamente
sustentado e apoiado, pelo ESPÍRITO SANTO. Todos aqueles que são tentados por
Satanás devem procurar, e, em virtude do poder e intercessão de CRISTO,
reclamarem, o mesmo suporte; e pouco importa quantos dias eles podem ser
tentados pelo diabo, enquanto eles são levados, conduzidos, guiados pelo
ESPÍRITO de DEUS serão vitoriosos.(Adam Clarke N. T.).
No versículo 14 - Regressou no poder do ESPÍRITO SANTO - Εν τῃ δυναμει του
πνευματος, No poderoso poder do ESPÍRITO SANTO. Tendo agora conquistado o
grande adversário, ele vem no poder milagroso do ESPÍRITO SANTO para demonstrar
seu poder, divindade, e amor ao povo, para que eles possam crer e serem salvos.
Aquele que, pela graça de DEUS, resiste e vence a tentação, é sempre capacitado
por ele a vencer o adversário. Esta é uma das maravilhas da graça de DEUS.
Aquilo que foi projetado para a nossa ruína, isso mesmo faz com que seja
instrumento para nosso maior bem. Assim, Satanás está sempre se enganando por
seus próprios processos, e é vencido em seu próprio ardil.
Foi conduzido pelo ESPÍRITO - Ou, e foi levado, ηγετο. Mateus diz, ανηχθη, ele
foi guiado. Marcos diz, o ESPÍRITO o impeliu εκβαλλει - mete-o por diante. Mas
cada um dos evangelistas atribui isso ao ESPÍRITO SANTO, e não a Satanás. Pode
ser útil para observação aqui, que, durante os quarenta dias e quarenta noites
em que ele foi tentado pelo diabo, tudo é realizado sobre, continuamente
sustentado e apoiado, pelo ESPÍRITO SANTO. Todos aqueles que são tentados por
Satanás devem procurar, e, em virtude do poder e intercessão de CRISTO,
reclamarem, o mesmo suporte; e pouco importa quantos dias eles podem ser
tentados pelo diabo, enquanto eles são levados, conduzidos, guiados pelo
ESPÍRITO de DEUS serão vitoriosos.(Adam Clarke N. T.).
No versículo 14 - Regressou no poder do ESPÍRITO SANTO - Εν τῃ δυναμει του
πνευματος, No poderoso poder do ESPÍRITO SANTO. Tendo agora conquistado o
grande adversário, ele vem no poder milagroso do ESPÍRITO SANTO para demonstrar
seu poder, divindade, e amor ao povo, para que eles possam crer e serem salvos.
Aquele que, pela graça de DEUS, resiste e vence a tentação, é sempre capacitado
por ele a vencer o adversário. Esta é uma das maravilhas da graça de DEUS.
Aquilo que foi projetado para a nossa ruína, isso mesmo faz com que seja
instrumento para nosso maior bem. Assim, Satanás está sempre se enganando por
seus próprios processos, e é vencido em seu próprio ardil.
QUAL HOMEM JEJUOU MAIS NA BÍBLIA?
Moisés JEJUOU mais porque fez isso duas vezes.
JEJUAR - (Strong Português) - νηστευω nesteuo
1) abster-se de comida e bebida como exercício religioso: inteiramente, se o
jejum é de apenas um dia, ou por costume e opção alimentar, se por vários dias.
MOISÉS JEJUOU 40 dias. Depois de quebrar as tábuas da lei JEJUOU mais 40 dias
em busca de outras tábuas da lei.
Êx 24:18 Moisés, porém, entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e
Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites.
Êx 34:28 E Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não
comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do pacto, os dez
mandamentos.
Moisés quebrou as primeiras tábuas e teve que subir de novo e jejuar mais 40
dias. Total 80 dias.
Dt 9:9 Quando subi ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do pacto
que o Senhor fizera convosco, fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites;
não comi pão, nem bebi água
Dt 9:18 Prostrei-me perante o Senhor, como antes, quarenta dias e quarenta
noites; não comi pão, nem bebi água, por causa de todo o vosso pecado que
havíeis cometido, fazendo o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocar a
ira.
NÃO PODEMOS PROVAR LITERALMENTE QUE O JEJUM DE JESUS E NEM O DE ELIAS TENHA
SIDO DE PÃO E DE ÁGUA.
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; Mateus 4:2
Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. Mateus 4:11
E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma;
e, terminados eles, teve fome. Lucas 4:2 E ali esteve no deserto quarenta dias,
tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam. Marcos 1:13
TALVEZ, POR CAUSA DO JEJUM DE MOISÉS, E JESUS SENDO O PROFETA QUE MOISÉS
ANUNCIOU, POSSAMOS DEDUZIR QUE FORA QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES, SEM BEBER
E SEM COMER. MELHOR DO QUE DIZER QUE BEBEU SEM PROVAS BÍBLICAS. MOISÉS JEJUOU
40 E DEPOIS MAIS 40 DIAS, SEM BEBER E SEM COMER. ELIAS JEJUOU 40 DIAS SEM COMER
E SEM BEBER. E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não
comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez
mandamentos. Êxodo 34:28
Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o
Senhor fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites;
pão não comi, e água não bebi; Deuteronômio 9:9
Nenhum filme ou pregador se lembrou disso - E ali esteve no deserto quarenta
dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam. VIVIA
ENTRE FERAS.
SATANÁS POSSUI OS MESMOS ATRIBUTOS DE DEUS?
NÃO.
Na bíblia sabemos dos atributos de DEUS atributos que só a ele pertence.
Onisciência onipotência e onipresença. Quando o crente peca DEUS vê isto em
qualquer lugar do planeta, então Satanás vê também? A bíblia diz que ele é
nosso acusador. Então satanás vê em qualquer lugar quando o crente peca? Se vê
então seria ele onipresente sabendo o que o crente faz entre quatro paredes?
No caso de Satanás ele tem demônios em todo mundo vigiando os crentes. Ele não
possui os atributos de DEUS.
Não sabem o que pensamos, mas sabem o que fazemos - Não sabem nossa intensão,
mas basta nos vigiar para nós conhecer.
Todos temos pontos fracos. Eles descobrem. Por isso JESUS disse na oração que
ensinou que devemos pedir a DEUS: Livrai-nos das tentações.
E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o
poder, e a glória, para sempre. Amém. Mateus 6:13
Satanás é o chefe. Basta pedir o relatório de alguém a seus demônios.
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 1 Pedro 5:8 - Aqui não quer
dizer que ele mesmo que fica nos vigiando, mas manda demônios fazerem isso
Resumo da BEP - CPAD
4.1 JESUS FOI TENTADO. A tentação de JESUS por Satanás foi uma tentativa de
desviá-lo da perfeita obediência à vontade de DEUS. Note que CRISTO em cada
caso submeteu-se à autoridade da Palavra de DEUS, ao invés de submeter-se aos
desejos de Satanás (vv. 4,7,10). Que podemos aprender da tentação de CRISTO?
(1) Satanás é o nosso maior inimigo. O cristão deve estar consciente de que
está numa guerra espiritual contra poderes malignos invisíveis, porém
claramente reais (ver Ef 6.11,12). (2) Sem o devido emprego da Palavra de DEUS,
o cristão não pode vencer o pecado e a tentação. Como usar a Palavra de DEUS
para vencer a tentação: (a) Reconheça que mediante a Palavra o cristão tem
poder para resistir a qualquer sedução que Satanás lhe apresente (Jo 15.3,7).
(b) Coloque (i.e., memorize) a Palavra de DEUS na sua alma e mente (ver Tg
1.21). (c) Medite nos versículos memorizados, de dia e de noite (Dt 6.7; Sl
1.2; 119.48). (d) Repita a passagem memorizada, para si mesmo e para DEUS, no
momento em que você for tentado (vv. 4,7,10). (e) Reconheça e obedeça ao
impulso do ESPÍRITO SANTO para obedecer à Palavra de DEUS (Rm 8.12-14; Gl
5.18). (f) Envolva todos estes passos com oração (Ef 6.18).
Passagens para memorização em casos de tentação: Tentação em geral (Rm 6 e 8).
Tentação para imoralidade (Rm 13.14), mentira (Cl 3.9; Jo 8.44), mexerico (Tg
4.11), desobediência aos líderes espirituais (Hb 13.17), desânimo (Gl 6.9),
medo do futuro (2 Tm 1.7), concupiscência (5.28), desejo de vingança (6.15),
negligência com a Palavra de DEUS (4.4), preocupação financeira (6.24-34; Fp
4.6,19).
4.1 JESUS, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO conferiu poder a JESUS e o
guiou, ao enfrentar a tentação de Satanás (LUCAS 4.1,2).
4.2 NÃO COMEU COISA ALGUMA.
4.2 TENTADO PELO DIABO. Um dos aspectos principais da tentação de JESUS girou
em torno do tipo de Messias que Ele seria e como empregaria a sua unção da
parte de DEUS. (1) JESUS foi tentado a utilizar sua unção e posição para servir
a seus próprios interesses (vv. 3,4), obter glória e poder sobre as nações, ao
invés de aceitar a cruz e o caminho do sofrimento (vv. 5-8), e ajustar-se à
expectativa popular de um Messias sensacional (vv. 9-11). (2) Satanás ainda
tenta os líderes cristãos a usarem sua unção, posição e capacidade em seu
próprio benefício, para estabelecer sua própria glória e reino, e para agradar
o povo mais do que a DEUS. Quem se entrega ao egoísmo, na realidade já se
rendeu a Satanás. (LUCAS 4.2).
4.2 JEJUM DE 40 DIAS. JESUS jejuou 40 dias, e depois teve fome , e a seguir foi
tentado por Satanás a comer. Isto pode indicar que CRISTO absteve-se de
alimento, mas não de água. Abster-se de água por 40 dias requer um milagre. Uma
vez que CRISTO teve que enfrentar a tentação, como representante do homem ele
não poderia empregar nenhum outro meio para vencê-la além do de um homem cheio
do ESPÍRITO SANTO (ver Êx 34.28; 1 Rs 19.8; Mt 6.16).
4.4 NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ. JESUS cita o AT (Dt 8.3), ao enfrentar a tentação de
Satanás. (1) JESUS está dizendo que tudo o que é importante na vida depende de
DEUS e da sua vontade (Jo 4.34). Esforçar-se por sucesso, felicidade ou coisas
materiais, à parte do caminho e propósito de DEUS, levará à amarga desilusão e
terminará em fracasso. (2) JESUS salienta essa verdade ao ensinar que devemos
buscar em primeiro lugar o reino de DEUS (i.e., o governo, atividade e poder de
DEUS em nossa vida); somente então é que outras coisas necessárias serão
concedidas, de acordo com a sua vontade e propósito (ver Mt 5.6; 6.33).
4.6 ESTÁ ESCRITO. Satanás empregou a Palavra de DEUS com a finalidade de tentar
CRISTO a pecar. Às vezes, o descrente emprega as Escrituras na tentativa de
persuadir o crente a fazer algo que aquele sabe que está errado ou que é
impróprio. Alguns textos bíblicos, retirados do seu contexto, ou não comparados
com outros trechos da Palavra de DEUS, podem até mesmo dar a aparência de
justificar o comportamento pecaminoso (ver, e.g., 1 Co 6.12). O crente deve
conhecer profundamente a Palavra de DEUS e precaver-se daqueles que pervertem
as Escrituras a fim de satisfazerem os desejos da natureza humana pecaminosa. O
apóstolo Pedro fala daqueles que torcem as Escrituras, para sua própria
perdição (2 Pe 3.16).
4.8 TODOS OS REINOS DO MUNDO. Ver Lc 4.5
LUCAS 4.5 OS REINOS DO MUNDO. JESUS rejeita a oferta que Satanás lhe fez, do
domínio sobre todos os reinos do mundo. (1) O reino de JESUS, na presente era,
não é um reino deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino para si através
dos métodos mundanos de transigência, poder terreno, artifícios políticos,
violência, domínio, popularidade, honra e glória humanas. (2) O reino de JESUS
é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do mundo.
Como reino celestial: (a) é alcançado através do sofrimento, da abnegação, da
humildade e da mansidão; (b) requer que dediquemos nosso corpo como sacrifício
vivo e santo (Rm 12.1), em completa devoção e obediência a DEUS; (c) implica em
lutar com armas espirituais contra o pecado, a tentação e Satanás (Ef 6.10-20);
e (d) importa em resistirmos à conformação com este mundo (Rm 12.2).
10 SATANÁS. Satanás (do gr. satan, que significa adversário), foi antes um
elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono
de DEUS, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e
tornou-se o principal adversário de DEUS e dos homens (Ez 28.12-15). (1)
Satanás na sua rebelião contra DEUS arrastou consigo uma grande multidão de
anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam ser identificados (após
sua queda) com os demônios ou espíritos malignos. Satanás e muitos desses anjos
inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante,
onde operam limitados segundo a vontade permissiva de DEUS. (2) Satanás, também
chamado a serpente , provocou a queda da raça humana (Gn 3.1-6; ver 1 Jo 5.19).
(3) O império do mal sobre o qual Satanás reina (Mt 12.26) é altamente
organizado e exerce autoridade sobre as regiões do mundo inferior, os anjos
caídos (Mt 25.41; Ap 12.7), os homens perdidos (vv. 8,9; Jo 12.31; Ef 2.2) e o
mundo em geral (Lc 4.5,6; 2 Co 4.4; ver 1 Jo 5.19). Satanás não é onipresente,
onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada
a seus inumeráveis demônios (Mt 8.28; Ap 16.13, 14; ver Jó 1.12). (4) JESUS
veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1 Jo 3.8), de estabelecer o
reino de DEUS e de livrar o homem do domínio de Satanás (Mt 12.28; Lc 4.19;
13.16; At 26.18). CRISTO, pela sua morte e ressurreição, derrotou Satanás e
ganhou a vitória final de DEUS sobre ele (Hb 2.14). (5) No fim da presente era,
Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso
será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar a DEUS,
seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago de fogo (Ap
20.7-10). (6) Satanás atualmente guerreia contra DEUS e seu povo (Ef 6.11-18),
procurando desviar os fiéis da sua lealdade a CRISTO (2 Co 11.3) e fazê-los
pecar e viver segundo o sistema do mundo (cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 5.15; 1 Jo 5.19).
O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás (6.13), para
manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no
combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18; 1 Pe 5.8,9)
TENTADOR - (Strong Português) - πειραζω peirazo
2) tentar, fazer uma experiência com, teste: com o propósito de apurar sua
quantidade, ou o que ele pensa, ou como ele se comportará
2b) num mau sentido, testar alguém maliciosamente; pôr à prova seus sentimentos
ou julgamentos com astúcia
2c) tentar ou testar a fé de alguém, virtude, caráter, pela incitação ao pecado
2c1) instigar ao pecado, tentar
1c1a) das tentações do diabo
2d) o uso do AT
2d1) de DEUS: infligir males sobre alguém a fim de provar seu caráter e a
firmeza de sua fé
2d2) os homens tentam a DEUS quando mostram desconfiança, como se quisessem
testar se ele realmente é confiável
2d3) pela conduta ímpia ou má, testar a justiça e a paciência de DEUS e
desafiá-lo, como se tivesse que dar prova de sua perfeição.
JESUS FOI TENTADO NA MENTE COMO NÓS
(Strong Português) - αναγω anago - conduzir, guiar ou trazer para um lugar mais
alto - ESPÍRITO SANTO CONDUZIU JESUS
(Strong Português) - παραλαμβνω paralambano - Receber com a mente - JESUS FOI
TENTADO NA MENTE
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hebreus 4:15
Então foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. - Mateus 4:1 - (Strong Português) - αναγω anago - conduzir, guiar ou
trazer para um lugar mais alto - ESPÍRITO SANTO CONDUZIU JESUS
Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do
templo, Mateus 4:5 - (Strong Português) - παραλαμβνω paralambano - Receber com
a mente - JESUS FOI TENTADO NA MENTE
COMENTÁRIOS DIVERSOS
Comentários da Bíblia Diário Vivir (ESP) - Mateus 4:1-11
4.1 Este tempo de prova mostra que JESUS era realmente o Filho de DEUS, capaz
de superar a Satanás e suas tentações. Uma pessoa não pode demonstrar
obediência verdadeira se não ter a oportunidade de ser desobediente. Em Deu
8:2, DEUS guiou ao Israel para o deserto para afligi-los e prová-los. Queria
ver como reagiam e se estavam dispostos a lhe obedecer. Também nós seremos
provados. Sabendo que a prova virá, devêssemos estar alertas e preparados para
enfrentá-la. Terá que tomar em conta Mat 26:41 : "a carne é fraco".
Suas convicções são boas se resistirem sob pressão!
4.1 Satanás tentou a Eva no jardim, e aqui prova ao JESUS no deserto. Satanás é
um anjo cansado. Existe seriamente, não é simbólico, e constantemente está
lutando contra os que obedecem e seguem a DEUS. As tentações de Satanás são
reais. O quer que façamos as coisas a sua maneira ou a nossa, mas não como DEUS
quer. JESUS um dia vai reinar sobre toda a criação, mas Satanás queria que
JESUS se proclamasse rei prematuramente. Se JESUS o fazia, sua missão na terra,
morrer por nossos pecados e nos dar a oportunidade de ter vida eterna,
arruinava-se. Quando as tentações parecem ser duras, ou quando pensar que podem
ser racionalizadas, pense que o diabo poderia estar procurando estorvar o
propósito de DEUS para sua vida.
4.1ss Esta tentação de Satanás serve para nos mostrar que JESUS era humano e
proporcionou ao JESUS a oportunidade de reafirmar o plano de DEUS para seu
ministério. Também nos dá um exemplo a seguir quando somos tentados. A tentação
do JESUS foi importante porque demonstra sua ausência de pecado. Foi tentado e
não cedeu à tentação.
4.1ss Satanás tentou ao JESUS, mas JESUS nunca pecou. Poderíamos nos sentir
sujos depois de uma tentação; entretanto, a tentação em si não é pecado.
Pecamos quando cedemos e desobedecemos a DEUS. nos recordá-lo ajudará a nos
manter afastados da tentação.
4.1ss JESUS não foi tentado no templo nem em seu batismo, a não ser no deserto;
estava cansado, solitário e faminto, e portanto muito vulnerável. Satanás, com
frequência, nos prova quando somos vulneráveis: quando estamos cansados,
solitários, enfrentando decisões importantes ou incerteza. Mas Satanás gosta
também de nos tentar por meio de nossas virtudes, no momento em que somos
suscetíveis ao orgulho (veja-a nota de Luk 4:3ss). Devemos estar em guarda em
todo momento contra seus ataques.
4.1-10 As tentações de Satanás se enfocam em três coisas: (1) desejos físicos,
(2) posses e poder, e (3) orgulho (em 1Jo 2:15-16 achará uma lista similar).
Mas JESUS não cedeu. Hb 4:15-16 diz que JESUS foi tentado como nós o somos, mas
que O não cedeu nem uma vez e não pecou. Sabe por experiência própria o que
estamos experimentando. A deseja e tem todo poder para nos ajudar em nossas
dificuldades. Quando for tentado, volte-se para O em busca de fortaleza.
4.3, 4 JESUS estava faminto e débil logo depois de um jejum de quarenta dias,
mas optou por não usar seu poder divino para satisfazer a necessidade natural
de alimento. Os mantimentos, a fome e os desejos de comer são bons, mas o
momento não o era. Tinha decidido pôr a um lado o uso ilimitado e independente
de seu poder divino a fim de experimentar sua humanidade em plenitude. Também
nós podemos ser tentados a satisfazer um desejo normal em uma forma incorreta
ou em um mau momento. Se formos indulgentes com o sexo antes do matrimônio ou
se roubarmos para obter mantimentos, estamos procurando satisfazer desejos que
DEUS nos deu em maneiras que DEUS desaprova. Recorde, muitos de nossos desejos
são normais e bons mas devem ser satisfeitos na forma correta e no momento
oportuno.
4.3, 4 JESUS foi capaz de resistir todas as tentações de Satanás porque não
somente conhecia as Escrituras, mas sim as obedecia. Ef 6:17 diz que a Palavra
de DEUS é uma arma, espada de dois fios, para ser usada em combate espiritual.
Saber versículos bíblicos é importante para resistir os ataques de Satanás, mas
devemos obedecê-los também. Note que o diabo também se sabe versículos das
Escrituras, mas não os obedece. Conhecer e obedecer a Bíblia é cumprir os
desejos de DEUS antes que os de Satanás.
4.5 O templo era o centro religioso da nação e o lugar onde os judeus esperavam
a chegada do Messias (Mal 3:1). Herodes o Grande tinha renovado o templo na
esperança de ganhar a confiança dos judeus. O templo era o edifício mais alto
da região, e o pináculo do templo era provavelmente a parede que me sobressaía
do lado da colina, de onde se podia ver o vale. Desde este lugar, JESUS podia
ver Jerusalém e vários quilômetros à redonda.
4.5-7 DEUS não é nosso mago nos céus. Em resposta às tentações de Satanás,
JESUS disse que a DEUS não devia lhe pôr provas néscias (Deu 6:16). Você pode
desejar pedir a DEUS que faça algo para demonstrar sua existência ou seu amor.
Em certa oportunidade um homem pediu ao JESUS que enviasse um sinal para que a
gente acreditasse. JESUS lhe disse que o que não crie através do que está
escrito na Bíblia não acreditará embora alguém ressuscite para lhe admoestar
(veja-se Luk 16:31). O quer que vivamos por fé, não por vista. Não tente a DEUS
nem trate de manipulá-lo.
4.6 Satanás citou as Escrituras para fazer que JESUS pecasse! Algumas vezes os
amigos apresentam razões atrativas e convincentes para nos induzir a fazer o
que sabemos que não é correto. Inclusive procuram versículos bíblicos que
aparentemente apoiam seu ponto de vista. Estude a Bíblia cuidadosamente,
note-se no contexto dos versículos, de modo que possa entender os princípios de
DEUS e o que é o que O quer para você. Solo ao compreender realmente o que a
Bíblia diz em sua totalidade, poderá reconhecer enganos de interpretação quando
a gente use versículos fora de contexto e os torçam para que digam o que querem
que diga.
4.8, 9 Tinha Satanás poder para dar ao JESUS os reino do mundo? Acaso DEUS não
tem controle sobre eles? Satanás pôde ter estado mentindo a respeito do que
implicava seu poder ou pôde estar referindo-se a seu domínio temporário na
terra por causa da natureza pecadora da humanidade. A tentação que apresentou
ao JESUS foi mostrar ao mundo que ele já era seu governante, sem ter que
executar o plano de salvação. O diabo esteve tratando de distorcer a
perspectiva do JESUS procurando que sua atenção estivesse posta no poder do
mundo e não nos planos de DEUS.
4.8-10 Satanás ofereceu ao JESUS o mundo inteiro se ficava de joelhos e lhe
adorava. Hoje Satanás nos oferece o mundo tratando de nos adular podendo e
materialismo. Podemos fazer frente às tentações na mesma forma em que o fez
JESUS. Se alguma vez você desejasse o que o mundo lhe oferece, tome nota de Deu
6:13 : "Ao Jeová seu DEUS temerá, e ao solo servirá".
4.11 Os anjos, como os que ajudaram ao JESUS, têm um papel significativo como
mensageiros de DEUS. São seres espirituais que tiveram que ver com a vida
terrestre do JESUS ao (1) anunciar seu nascimento a Maria, (2) tranquilizar ao
José (3) dar nome ao JESUS, (4) anunciar seu nascimento aos pastores, (5)
proteger ao JESUS, enviar sua família ao Egito, (6) socorrê-lo no Getsêmani.
Para maior informação sobre os anjos, veja 1.20.
I. Seu convite PRIVATE ( 4: 1-11 ) - Comentário Bíblico Wesleyana
1 Então foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve
fome. 3 E o tentador aproximou e disse-lhe: Se tu és o Filho de DEUS,
manda que estas pedras se transformem em pães. 4 Mas JESUS lhe respondeu:
Está escrito: O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra que procede
da boca de DEUS. 5 Então o Diabo o levou para o cidade santa; e pondo-o
sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de DEUS,
lança-te daqui abaixo; porque está escrito:
Ele aos seus anjos dará ordem a teu respeito:
e,
Em suas mãos eles te sustentarão,
Para que não por acaso tropece teu pé em pedra.
7 JESUS disse-lhe: Também está escrito, Tu não tentarás o Senhor teu
DEUS. 8 Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe
todos os reinos do mundo, e a glória deles ; 9 e disse-lhe: Tudo isto te
darei, se, prostrado, me adorares. 10 Então disse-lhe JESUS: Vai-te,
Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu DEUS , e só a ele servirás,
11 Então o diabo o deixou; e eis que vieram anjos e serviam.
O batismo foi imediatamente seguido pela tentação. JESUS deve ter não só a sua
inauguração pública, mas também Sua iniciação privado para o ministério.
Martin Luther foi perguntado certa vez: "O que é a preparação mais
importante que um homem precisa para o ministério?" Ele respondeu:
"Temptation". "O que é o segundo mais importante?" Mais uma
vez, ele respondeu, "Temptation". Quando perguntado pela terceira ele
deu a mesma resposta: "Temptation". Poderíamos listar outros fatores
como sendo mais absolutamente essencial, mas ninguém bem familiarizados com as
demandas e problemas do ministério cristão poderia duvidar que o teste é uma
preparação muito necessário. Um pedaço de aço deve ser cuidadosamente testado
antes de ele pode servir como a mola mestra de um relógio. Assim, um homem deve
ser exaustivamente testado no cadinho da tentação antes que ele está equipado
para ser um bom ministro de JESUS CRISTO. Só aço temperado pode suportar a
pressão.
Assim foi com JESUS. Ele estava a experimentar todas as tentações comuns à
humanidade ( Hb. 4:15 ). Ele era para ser confrontado com a oposição de seus
inimigos e incompreensão de seus amigos. Antes de entrar na arena pública do Seu
ministério Ele deve ser testado em privado.
JESUS foi conduzido (v. 1 ) para o deserto . O batismo aconteceu no rio Jordão.
Isto, como referido, foi cerca de 1300 metros abaixo do nível do mar. Agora,
Ele foi conduzido para as alturas precipitadas que subiram acentuadamente entre
o vale do Jordão e Jerusalém.
JESUS foi levado ao deserto do ESPÍRITO -mais precisamente, "pelo
ESPÍRITO." Estamos aptos a pensar que o Senhor sempre leva em verdes
pastos e junto das águas ( Sl. 23: 2 ). Mas às vezes o ESPÍRITO SANTO traz os
consagrados, criança obediente de DEUS através de túneis escuros, sobre
montanhas escarpadas, em meio a tempestades rugindo, sobre mares em fúria,
através de águas profundas, sobre gelo fino, através de densas florestas, sobre
as planícies desérticas.
JESUS foi tentado [por] o diabo . Muitos estudiosos sofisticados, e seus
leitores, zombam da idéia de um diabo pessoal. Mas o sadismo horrível do
nazismo e do comunismo em nossa geração ilustra bem a verdade bíblica de que
Satanás é real e que ele está a trabalhar arduamente no mundo dos homens. Há,
talvez, menos conversa hoje sobre a "bondade natural" do homem e mais
sobre a força do mal pessoal operando na história.
JESUS jejuou durante quarenta dias e quarenta noites (v. 2 ). Este é o número
proverbial por um período de liberdade condicional. Moisés estava no monte
Sinai "quarenta dias e quarenta noites" ( Ex. 24:18 ) recebendo a
Lei. Ele, também, jejuou durante todo este período ( Ex 34:28. ; Deut. 9: 9 ).
Grandes líderes pagar um grande preço. Tanto Moisés e JESUS foram provavelmente
sustentados por divina força. Elias, do mesmo modo, foi feito forte para viajar
"quarenta dias e quarenta noites" para Mount Sinai (Horebe, 1 Reis
19: 8 ). Os filhos de Israel vagaram por quarenta anos no deserto antes de
entrar na Terra Prometida ( N1. 14:33 ).
Ele pode surpreender alguns de ler que depois teve fome . Mas aqueles que
jejuaram por longos períodos de tempo dizer que, após os primeiros dias que já
não sente fome. Isto é especialmente verdade se forem intensamente absorvidas
em algum interesse consumir. Parece que JESUS tinha pouca ou nenhuma sensação
de fome durante a maior parte deste período. Mas no final Ele sentiu muita fome
de novo, sem dúvida, com dores de roer.
Foi enquanto ele estava nessa condição, fraco e com fome, que o tentador veio
(v. 3 ). Aproveitando estado enfraquecido de JESUS 'Satanás apareceu para
combate corpo a corpo, determinado a destruí-Lo em desobediência.
A primeira palavra o diabo disse foi se . Um dos métodos mais formidáveisde
Satanás é a de injetar dúvida. Foi assim que ele se aproximou de Eva no Jardim
do Éden: "É assim que DEUS disse" ( Gen. 3: 1 ).
A voz do Pai do céu acabava de proclamar: "Este é o meu Filho amado."
Agora o diabo vem e diz: Se tu és o Filho de DEUS . Esta pode ser feita de duas
maneiras. Ele pode ser considerado como simplesmente levantando dúvidas: Você
realmente acha que você é o Filho de DEUS? Se sim, por que não testar o assunto
para descobrir? Ou pode significar: Desde que você é o Filho de DEUS, manda que
estas pedras se transformem em pães . Use a sua filiação a servir-se. É tolice
para você, um filho de DEUS, e vá com fome! Se você é DEUS, agir como Ele:
mostrar o seu poder criativo!
JESUS recusou-se a ser varrido fora de seus pés pelo tentador. Ele respondeu
com a Palavra de DEUS. Está escrito (v. 4 ) é no tempo perfeito em grego. O
significado literal completa é: "Ele foi escrito, e ainda está
escrito." Ou seja, o perfeito grego indica o término da ação, assim como o
tenso inglês. Mas enfatiza especialmente o estado continua resultante da ação
concluída. Portanto, a melhor tradução simples ou é a dos nossos versões padrão
em inglês, "Está escrito", ou talvez ainda melhor ", como está
escrito." A força deste não deve ser desperdiçada. Ele ressalta o fato de
que a Palavra de DEUS é imutável. Isso implica que se afirma explicitamente
pelo salmista: "Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos
céus" ( Sl 119:. 89 ).
Em conexão com esta ênfase é interessante que todas as três vezes JESUS citou
Deuteronômio. A origem divina e autoridade deste livro, especialmente, têm sido
atacados por alguns críticos, mas é óbvio que JESUS aceitou-a como a Palavra de
DEUS.
A Escritura JESUS citado nos dá uma pista para a atitude dele. O homem não vive
somente de pão, mas de toda palavra que procede da boca de DEUS ( Deut. 8: 3 ).
Foi o próprio JESUS que disse em outra ocasião: "A minha comida é fazer a
vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" ( João 4:34 ). Ele
foi descartado, não por seus desejos materiais, mas pela vontade de seu Pai. A
Palavra de DEUS regido Seu ato cada. Ele viveu pela Palavra de DEUS. E assim
Ele nos deixou um exemplo, que devemos seguir Seus passos ( 1 Ped. 2:21 ).
O contraste entre este e a tentação de Adão e Eva no jardim é muito marcante.
Eles estavam no meio de um paraíso de luxo; JESUS estava em um desolado,
deserto estéril. Eles tinham tudo para comer; Ele não tinha nada. Eles tiveram
a companhia um do outro; Ele estava sozinho. O primeiro Adão comeu o fruto
proibido; o último Adão recusou a sugestão de Satanás que Ele faz o pão para
comer. Com tudo a seu favor o primeiro Adão falhou e trouxe sofrimento para
toda a raça humana. Com aparentemente tudo contra ele o último Adão triunfou e
trouxe a salvação para toda a humanidade. Nunca foi batalha travada com maiores
questões em jogo. Nunca foi uma vitória mais importante venceu.
A segunda tentação era de um tipo diferente. O diabo levou JESUS para a cidade
santa (v. 5 ). Esta designação para Jerusalém é encontrada no Novo Testamento
apenas em Mateus e Apocalipse. No Antigo Testamento ocorre em Neemias 11: 1 ,
18 ; Isaías 52: 1 ; Daniel 9:24 . Satanás colocou sobre o pináculo do templo .
A palavra para pináculo literalmente significa "asa". Provavelmente,
a "asa" alto de algum edifício do templo se destina, de modo que Ele
seria visto pelas multidões nas praças do templo. Talvez fosse a cúpula do
santuário em si, que se elevava a uma altura de cerca de 150 pés.
Mais uma vez o diabo gritou, Se tu és o Filho de DEUS (v. 6 ). O desafio desta
vez foi: lança-te daqui para baixo . Em seguida, aparecendo como um anjo de luz
( . 2 Cor 11:14 ), Satanás muita piedade começou a citar as Escrituras ( Sl.
91: 11-12 ). Ele tentou enganar JESUS a pensar que ele poderia fazer o que
quisesse e ainda confiar em DEUS para cuidar dele.
Qual foi a resposta de JESUS a segunda sugestão de Satanás? Também está escrito
(v. 7 ). Ele usou uma arma de a Palavra de DEUS. Mais uma vez ele citou
Deuteronômio: Não farás para julgamento do Senhor teu DEUS ( Dt 06:16. ). Para
ter presumido na proteção divina quando Ele foi guiado por autointeresse humano
teria sido para tentar Seu Pai. JESUS recusou-se a fazê-lo.
Não parecem ter sido dois aspectos a esta tentação. O primeiro pode ter sido:
Você diz que você confiar em DEUS; agora provar isso. Este é um tipo muito
sutil de coisa. À primeira vista, parece que a obedecer a Satanás seria, neste
caso, glorificar a DEUS. Mas somente aqueles que obedecem ao Pai celeste pode
reivindicar a Sua proteção.
O segundo aspecto foi: Lance-se para baixo, a terra com segurança, e as pessoas
vão aclamar-lo como Messias. Sabe-se que os judeus daquele dia se espera que
quando o Messias veio, Ele faria uma aparência espetacular no templo.
A terceira tentação apresenta um cenário diferente: o Diabo o levou a um monte
muito alto (v. 8 ). Que estas palavras devem ser tomadas no sentido figurado,
não literalmente, é bastante óbvio. Pois não há pico da montanha na terra a
partir da qual todos os reinos do mundo pode ser visto. Em espírito, ou imaginação,
JESUS foi levado para o pináculo do templo e para o alto da montanha.
Desta vez a proposta de Satanás foi: Todas estas coisas te darei, se,
prostrado, me adorares (v. 9 ). Que diabo estava oferecendo era o poder
político. Mas isso não era o que JESUS queria. Ele desejava governar os
corações dos homens pelo Seu amor. Sua era para ser um reino espiritual,
"não é deste mundo" ( João 18:36 ). Para ter adorado Satanás teria
sido para destruir o verdadeiro reino de DEUS.
JESUS tinha o suficiente. Sternly Ele ordenou, Vai-te, Satanás (v. 10 ). Como
um tiro de despedida, uma vez mais Ele citou as Escrituras: Adorarás o Senhor
teu DEUS, e só a ele servirás ( Dt 06:13. ). A lei de DEUS era a Sua vontade.
Ele se recusou a adorar ou servir a qualquer um, mas o único e verdadeiro DEUS.
O diabo obedeceu ao Seu comando e o deixou (v. 11 ). Lugar de Satanás foi feita
pelo anjos que vieram e o serviam . Isso provavelmente incluiu o fornecimento
de alimento físico, como um anjo uma vez alimentou Elias ( 1 Reis 19: 5-7. ).
Certamente significou também conforto e força espiritual.
Parece melhor assumir que não havia nenhuma forma física visível aos olhos de
JESUS, mas sim que as tentações vieram como sugestões à sua mente. Pois essa é
a forma como as tentações mais cruciais vêm para o povo de DEUS hoje. Tentações
de JESUS tem mais significado e valor para nós se eles estavam sob a forma de
sugestões mentais. Este parece ser o método favorito de Satanás de ataque.
Pode-se notar que Lucas dá os mesmos três provas, mas em ordem diferente
daquela em Mateus; o segundo e o terceiro são transpostos. Ordem de Mateus
parece preferível, uma vez que sugere um maior efeito climático. O conselho de
pular do pináculo do templo soa como um anticlímax após a oferta dos reinos do
mundo. Então, também, é no final da terceira tentação de Mateus que Satanás é
ordenado a sair. Lucas, sem dúvida, tinha alguma razão para o seu fim, mas
apenas o que era não é conhecido.
A história da tentação de JESUS é preenchida com muitas lições para os seus seguidores.
Podemos notar apenas alguns deles.
(1) JESUS conheceu toda tentação com apenas uma arma; e essa arma está à nossa
disposição. Paulo exortou os cristãos do seu tempo para tomar "a espada do
ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS" ( Ef. 6:17 ). Com esta espada CRISTO
derrotou o diabo o tempo todo.
(2) O diabo muitas vezes ataca os cristãos quando se sentem mais fraco e
cansado. É então que a pessoa precisa estar em alerta especial e contar mais
com a ajuda divina.
(3) A dúvida é muitas vezes a cunha pelo qual Satanás quer arrombar uma entrada
para o coração. Se ele conseguir que se duvide, ele ganhou o primeiro round.
Paulo escreveu: "tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do maligno" ( Ef 6:16. ). Muitas vezes
"dardos inflamados" assumir a forma de dúvidas de fogo. Estes devem
ser atendidas pela fé firme em DEUS e em Sua Palavra.
(4) O homem é um ser espiritual, bem como físico. Portanto, ele não pode viver
só de pão ", mas de toda palavra que procede da boca de DEUS."
(5) A coisa pode ser legítima em si, mas se não for da vontade de DEUS que deve
ser rejeitado. Por si só, não havia nada de errado em transformar pedras de
JESUS em pão. Mas havia princípios espirituais da obediência envolvido neste
caso, e JESUS preso por esses princípios.
(6) O diabo tem atraído muitas pessoas na armadilha da espetacular. Fazer algo
espetacular chama a atenção para si mesmo, não a CRISTO. JESUS recusou-se a
saltar de um pináculo do templo, a fim de obter a multidão do lado dele.
(7) Não se deve tentar a DEUS por se expor a perigo desnecessário e confiando
no Senhor para cuidar dele.
(8) O fim não justifica os meios. Para adorar Satanás foi obviamente errada.
Mas se ele iria ganhar para CRISTO os reinos do mundo, ele não iria certamente
ser justificada? JESUS respondeu um enfático "Não!" DEUS não vai, por
exemplo, estar satisfeito com doações de dinheiro auferidos por compromisso com
o mal. O diabo tem enganado mais de uma pessoa neste momento.
(9) Chega um momento em que se deve recusar-se a ouvir mais a voz do tentador.
JESUS disse: "Vai-te, Satanás".
(10) Deve-se recusam a adorar algo ou alguém que não seja o próprio DEUS. Os
primeiros cristãos tinham de enfrentar a escolha crucial: CRISTO ou César.
Alguns tentaram comprometer e salvar as suas vidas pela adoração ao imperador
enquanto ainda professando fidelidade a DEUS. Mas o problema ainda é o mesmo
que com os três filhos hebreus que foram para a fornalha de fogo, em vez de
compromisso, ajoelhando-se para a imagem de ouro. Demasiadas vezes hoje o
próprio ouro é a imagem a que os homens curvarem em servidão abjeta.
A tentação de JESUS houve encenação no palco. Alguns colocar toda a ênfase na
sua divindade até a tentação tornou-se algo irreal-exibido apenas para o
efeito. Mas essa atitude, na verdade, nega a historicidade dos Evangelhos.
O autor de Hebreus sublinhou a realidade da tentação. Ele diz que JESUS
"sofreu, tendo sido tentado" ( Heb. 2:18 ). Ou seja, suas tentações
tão real para DEUS como o nosso são para nós. Não há lucro em debater a questão
de saber se Ele poderia ter falhado e que os resultados teriam sido. A verdade
é que na consciência de CRISTO, Ele estava realmente tentado . Caso contrário,
a coisa toda teria sido uma farsa vazio, e o autor de Hebreus não poderia
honestamente ter dito que Ele era em todos os pontos como nós somos tentados (
Heb. 4:15 ). Isso significa que eles eram tentações real para ele.
Comentários revistas antigas
Lição 4 - A Tentação De JESUS - 2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito:
O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves - Complementos, ilustrações,
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 4.1-13
1 - E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo
ESPÍRITO ao deserto. 2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles
dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. 3 - E disse-lhe o
diabo: Se tu és o Filho de DEUS, dize a esta pedra que se transforme em pão. 4
- E JESUS lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra de DEUS. 5 - E o diabo, levando-o a um alto monte,
mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. 6 - E disse-lhe o
diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi
entregue, e dou-o a quem quero. 7 - Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 - E JESUS, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito:
Adorarás o Senhor, teu DEUS, e só a ele servirás. 9 - Levou-o também a
Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de
DEUS, lança-te daqui abaixo, 10 - porque está escrito: Mandará aos seus anjos,
acerca de ti, que te guardem 11 - e que te sustenham nas mãos, para que nunca
tropeces com o teu pé em alguma pedra. 12 - E JESUS, respondendo, disse-lhe:
Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu DEUS. 13 - E, acabando o diabo toda a
tentação, ausentou-se dele por algum tempo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Diabo é um anjo do mal que, dia e noite, procura fazer com que os servos de
DEUS sejam seduzidos pelo pecado. Como homem JESUS também foi tentado em tudo
(Hb 4.15b), mas o Mestre venceu toda tentação. O Inimigo foi derrotado em todas
as áreas na vida de JESUS. A tentação vem para todos os filhos de DEUS, porém,
a Palavra do Senhor nos garante que, se resistirmos ao Diabo, ele fugirá de nós
(Tg 4.7).
Lucas diz que o Diabo se ausentou de JESUS por um tempo (Lc 4.13), ou seja, até
encontrar outra oportunidade para atacá-lo novamente. JESUS estava iniciando
seu ministério quando foi conduzido ao deserto para experimentar vários tipos
de tentação, mas o Inimigo, mesmo sem sucesso, o tentou até a cruz.
PONTO CENTRAL - A tentação é uma realidade, mas em JESUS podemos vencê-la
Resumo da Lição 4 - A Tentação De JESUS
I - A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1. Uma realidade humana.
2. Vencendo a tentação.
II - A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
1. A sutileza da tentação.
2.Gratificação pessoal.
III - A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1. O príncipe deste mundo.
2. A busca pelo poder terreno. .
IV - A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1. A artimanha do Inimigo.
2. A busca pelo prestígio.
CONHEÇA MAIS
*O jejum
"Segundo a leitura médica, trinta a quarenta dias de completo jejum exaure
as energias do corpo, causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão.
Mesmo neste estado de fraqueza, JESUS permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e
agiu de acordo com a Palavra de DEUS." Leia mais em Guia do Leitor da
Bíblia, CPAD, p. 655.
PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
De que forma a lição explica a tentação de JESUS?
Ela explica que a tentação é uma realidade humana. Como homem JESUS também
sofreu várias tentações. Porém, Ele venceu todas.
Qual foi a primeira tentação de JESUS?
A primeira tentação foi a sugestão do Diabo de JESUS transformar as pedras do
deserto em pães. Ele sabia que JESUS estava em jejum e, certamente, estava com
fome.
Qual foi a segunda tentação?
A segunda tentação foi a oferta que o Diabo fez a JESUS de autoridade sobre os
reinos da terra (Lc 4.5-8).
Satanás tentou derrotar JESUS usando até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a Palavra de DEUS. Porém, que fique claro, o Diabo utilizou
a Palavra de DEUS de forma errada, fora do seu contexto.
Quando JESUS derrotou Satanás de forma definitiva?
Quando da sua morte e ressurreição na cruz do calvário.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 39.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.
A TENTAÇÃO DE JESUS - O evangelista Lucas registra que JESUS foi cheio do
ESPÍRITO SANTO (4.1). Após o nosso Senhor ser cheio do ESPÍRITO, Ele foi
conduzido pelo mesmo ESPÍRITO ao deserto, onde foi tentado pelo Diabo por
quarenta dias. Neste período, o Senhor JESUS ficou em comunhão com DEUS Pai
através de jejum e oração. Entretanto, ao sentir fome, nosso Senhor começou a
ser tentado pelo Diabo. O relato do capítulo 4 do Evangelho de Lucas retrata
três tentações que o Senhor JESUS foi provado: as necessidades físicas (w.3,4),
a oferta de autoridade sobre os reinos (w.5-8) e provar a verdade da promessa
de DEUS (w.9-12).
A primeira tentação de JESUS revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício
próprio, pois antes agradava obedecer a DEUS que a Satanás. Seria natural, se
com fome, o nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser
verdadeiramente o Filho de DEUS. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta:
nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de DEUS (Dt
8.3).
A segunda tentação de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e
governar todos os reinos do mundo. Satanás colocou diante de JESUS toda a
autoridade do mundo, e em troca, ordenou que JESUS o adorasse prostrado. O
Diabo usou de meia-verdade, pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha
autoridade para dar ou não a JESUS reinos ou a glória desse mundo. A promessa
de torná-lo o grande soberano do mundo não "encheu os olhos" de nosso
Senhor, que de pronto, logo respondeu: "O Senhor, teu DEUS, temerás, e a
ele servirás, e pelo seu nome jurarás" (Dt 6.13).
A terceira tentação mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo
do Templo. A proposta de Satanás: Pular, pois estava escrito que DEUS daria
ordens aos anjos para livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo
do Templo e cair salvo no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser
reconhecido como "Messias". Mas não foi isso que aconteceu. O nosso
Senhor não queimou etapas, mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode
tentar a DEUS. As coisas do Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.
As três tentações de JESUS CRISTO expuseram três áreas que o ser humano se
mostra frágil: A das pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso
Senhor venceu as tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do
apego pelo poder e da possibilidade de usar as promessas divinas para benefício
próprio para a formação da autoimagem.
Revista ensinador. Editora CPAD Ano 16 - N° 62. pag. 38.
Comentários de vários livros e autores, com alguns acréscimos, observações e
correções do Pr. Luiz Henrique.
INTRODUÇÃO
Cercas para a Tentação
A tentação é uma realidade bem presente na vida de cada ser humano! Não há
ninguém que não esteja sujeito à tentação. Numa linguagem mais popular, podemos
dizer que ainda não foi inventada uma vacina para a tentação! Todos são
tentados, desde os mais jovens até os mais velhos. Até mesmo, JESUS, o Homem
Perfeito, também foi tentado.
Há algum tempo lembro ter lido uma história que aconteceu com David Du Plessis
(1905-1987), pioneiro pentecostal sul-africano. Após sair exausto de uma
Conferência, onde ministrou para milhares de pessoas, um jovem aparentando ter
18 anos de idade o procurou. Ainda ofegante, o jovem lhe perguntou: “Irmão Du
Plessis, o que o senhor faz para não ter problemas com a tentação?” Du Plessis
franziu a testa enrugada pelo peso de seus quase 80 anos e respondeu: “quando
eu tiver idade para não ter problemas com a tentação, eu lhe procuro para
informar”. Mesmo já velho, Du Plessis demonstrou que continuava sujeito à
tentação!
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 47-49.
Resumo do capítulo. O primeiro desafio de JESUS é claramente coordenado pelo
ESPÍRITO SANTO que o conduz a uma área deserta para jejuar. Em seguida, permite
que o enfraquecido Salvador seja testado por Satanás. A vitória de CRISTO
demonstra o tema de Lucas. JESUS é um ser humano ideal, diferentemente de Adão
e Eva, que caíram (4.1-13).
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 655.
Esta seção mostra JESUS como o Filho de DEUS derrotando Satanás num combate
aberto. Nenhuma discussão ou tentação poderia amedrontar ao Senhor JESUS. Esta
tentação por parte de Satanás também revela que, embora JESUS fosse humano e
estivesse sujeito às tentações humanas, Ele era perfeito porque venceu todas as
tentações que Satanás lhe apresentou. A história da tentação de JESUS é uma
importante demonstração do seu poder e da ausência de pecado em sua vida. Ele
enfrentou a tentação e não desistiu. Os seus seguidores devem confiar nele
quando enfrentarem tentações que irão colocar à prova a sua fidelidade a DEUS.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
340.
Vimos como na vida de JESUS existiram certos grandes marcos, e este é um deles.
No templo, quando tinha doze anos tomou consciência de que DEUS era seu pai em
uma maneira única. Sua hora tinha chegado com o surgimento de João e a
aprovação de DEUS tinha chegado durante seu batismo. De modo que neste momento
JESUS estava para começar sua campanha. Antes de fazer tal coisa, qualquer
pessoa deve escolher os métodos que vai usar. O relato da tentação mostra JESUS
escolhendo uma vez por todas os métodos que se propunha utilizar para ganhar
homens para DEUS. Mostra JESUS rechaçando o caminho do poder e a glória e
aceitando o do sofrimento na cruz.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. LUCAS. pag. 38.
I - A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1- UMA REALIDADE HUMANA.
Tentado e Testado
A palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do contexto, pode significar
“tentação” (προσπαθώ - Lê-se prustraufão) ou “prova” (απόδειξη - lê-se
apóviquici). Quando usada em um contexto onde DEUS está por trás da ação, então
nesse caso o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem
está induzindo ao mal, então o crente está sendo tentado. Em palavras mais
simples, DEUS prova-nos e o Diabo nos tenta. DEUS testa-nos para
aperfeiçoar-nos enquanto o Diabo nos tenta para nos derrubar. Aqui em Lucas
4.1-3, assim como Gênesis 22, onde a Septuaginta usa a mesma raiz grega de
peirasmos, JESUS é enviado pelo ESPÍRITO ao deserto para ser testado. E nessa
mesma ocasião que recebe a visita do Diabo para ser tentado.
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 50.
A tentação (4.2). As palavras gregas peirazo (απόδειξη - lê-se apóviquici) e
peiras mossãa (δίκη - Lê-se leiquim) igualmente traduzidas por “prova” e
“julgamento” bem como por “tentar” e “tentação” (προσπαθώ - Lê-se prustraufão).
O que há de comum é a situação que nos coloca sob grande pressão. O texto em
Tiago 1 é especialmente útil para nos ajudar a tratar essas situações, ao nos
lembrar que DEUS jamais tenta as pessoas, no sentido de induzi-las ao mal (Tg
1.13). DEUS, contudo, nos prova da mesma maneira que permitiu que Satanás o
fizesse com JESUS, a fim de demonstrar a nós e a todos que podemos vencer pela
sua força. Adão e Eva falharam no teste. Por meio de CRISTO você e eu somos
vitoriosos.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 655.
A Possibilidade da Tentação
Como era possível que o JESUS sem pecado fosse tentado? Em nossa tentativa de
responder a essa pergunta devemos antes de mais nada observar que o que foi
tentado foi sua natureza humana. JESUS não só era DEUS; ele era também homem.
Além do mais, sua alma não era dura como uma pederneira nem fria como um bloco
de gelo. Era uma alma plenamente humana, profundamente sensível, afetada e
comovida pelos sofrimentos de todo gênero. Foi CRISTO quem disse: “Tenho um
batismo com o qual hei de ser batizado; e como me angustio até que o veja
concretizado” (Lc 12.50). JESUS foi capaz de expressar carinho (Mt 19.13, 14),
compaixão (Mt 23.37; Jo 11.35), piedade (Mt 12.32), ira (Mt 17.17), gratidão
(Mt 11.25) e profundo anseio pela salvação dos pecadores (Mt 11.28; 23.37; Lc
15; 19.10; Jo 7.37) para a glória do Pai (Jo 17.1-5). Sendo não só DEUS mas
também homem, ele sabia o que era estar cansado (Jo 4.6) e sedento (4.7;
19.28). Portanto, realmente não deveria surpreender-nos que, depois de um jejum
de quarenta dias, ele sentisse muita fome, e que a proposta de converter pedras
em pães se constituía numa tentação bem real para ele, tanto mais sabendo que
estava revestido do poder para fazer milagres! Não obstante, não deixa de ser
verdade que a possibilidade e realidade da tentação de CRISTO vai além de nossa
compreensão. Mas não é esse um fato em relação a cada doutrina? O que sabemos
realmente sobre nós mesmos, sobre nossa alma e a interação que existe entre
alma e corpo? Pouco, aliás, bem pouco! Como poderíamos, pois, penetrar nas
profundezas da alma de CRISTO e analisá-la suficientemente a fim de fornecer
uma explicação psicológica absolutamente satisfatória de suas tentações?
HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura
Cristã. pag. 315-316.
«...tentado...»
JESUS Poderia Ter Caído Em Pecado ?
1. Se respondermos a essa pergunta do ponto de vista da sua divindade (com
comentários em Heb. 1:3), teremos de responder com um «não».
2. Se respondermos do ponto de vista de sua humanidade, teremos de afirmar que
as tentações e provas por que passou JESUS foram reais, e que, como homem,
poderia ter incorrido em pecado, embora sua elevadíssima espiritualidade não
lhe permitisse fazê-lo. Por conseguinte, temos aqui um «paradoxo», não havendo
como solucionar adequadamente a questão.
Homens igualmente piedosos, têm assumido um ou outro lado do problema.
3. Nessa controvérsia, contudo, não percamos de vista a mensagem do versículo à
nossa frente. JESUS, como homem, exibia elevadíssima espiritualidade. Suas
qualidades espirituais não eram automáticas, mas resultavam de uma luta muito
intensa, através da vitória sobre o pecado, diante do qual, jamais cedeu.
Entrementes, ele desenvolveu elevadas virtudes morais positivas. (Ver Gál.
5:22,23, quanto a essas virtudes). Assim sendo, JESUS foi o Pioneiro do
caminho, tendo-nos mostrado, como devemos desenvolvermos espiritualmente,
através da dedicação absoluta. JESUS possuía nosso tipo de natureza, juntamente
com as suas fraquezas. Não obstante, triunfou!
O que é dito aqui é sem-par no N. T., dando-nos uma visão mais clara sobre a
natureza humana de CRISTO, pelo menos em alguns particulares. Até mesmo a
tentação de CRISTO, nos evangelhos sinópticos (ver Mat. 4:1-11 e seus
paralelos) tem o propósito polêmico de mostrar que nada podia tirar JESUS de
seu «propósito messiânico», o que significa que ele era mais poderoso que o
próprio Satanás. Aqui, porém, sua vitória sobre a tentação visa mostrar o que a
natureza humana pode fazer e como ela deve ser, quando devidamente impelida
pelo ESPÍRITO SANTO. Suas tentações têm por fito mostrar-nos que ele se
identificou totalmente conosco, sem qualquer limitação. Ele era humano tal e
qual somos humanos; não possuía alguma natureza humana diferente, como a do
homem «antes da queda». (Ver Rom. 8:3). Ele foi enviado «na semelhança de carne
pecaminosa», isto é, compartilhou da mesma natureza dos homens, a qual fora
debilitada e degradada pelo pecado, embora ele mesmo não tivesse qualquer
pecado pessoal. Contudo, ele compartilhou do «desastre da natureza humana», que
resulta do pecado.
«...sem pecado...»
Há várias declarações neotestamentárias sobre a impecabilidade de JESUS. (Ver
Atos 3:14; o trecho de II Cor. 5:21 mostra outra dessas afirmações).
JESUS mostrou que a natureza humana não precisa do pecado como um de seus
elementos. A verdadeira natureza humana é impecável. A natureza humana
pervertida é que peca. Daí resulta a necessidade de redenção.
A impecabilidade de CRISTO qualificou-o preeminentemente para o sumo sacerdócio,
pois ele, diferentemente de outros, não precisa oferecer sacrifício por si
mesmo. Todo seu labor pode ser assim devotado a seus irmãos. Assim, mediante o
sacrifício de si mesmo, ele eliminou o pecado para sempre (ver Heb. 9:26),
livrando os filhos de DEUS de sua manopla e dando-lhes um lugar de acesso a
DEUS Pai. E da «segunda vez» em que ele aparecer (na parousia), não haverá mais
necessidade de cuidar da questão do pecado. Portanto, ele aparecerá «à parte do
pecado», e isso «para a salvação», com o propósito de levar à fruição a
salvação de seus irmãos (ver Heb. 9:28). A impecabilidade de CRISTO, pois, deve
significar mais do que a rejeição de atos pecaminosos; ele nunca favoreceu à
atitude do pecado; não pecou em seus desejos e em seus motivos, muito menos em
suas ações. Ele mesmo deixou claro que o pecado reside nos desejos e motivos
dos homens, e não apenas em atos pecaminosos (ver Mat. 5:27 e ss.).
Gloriando-nos nas debilidades. Newell (in loc.) relata-nos acerca de um amigo
seu que sofria de muitas debilidades físicas que ameaçavam o bem-estar de sua
própria alma. Seu senso de fraqueza era tão profundo que o avassalava, de tal
modo que sentiu que perdera até mesmo o contacto com DEUS. Mas foi encorajado,
por meio do trecho de I I Cor. 12:9,10, a «gloriar-se» nessas debilidades, para
extrair delas alguma forma de glória a DEUS, transformando-as em pontos fortes.
Isso lhe emprestou uma nova dimensão na vida. JESUS também conhecia bem essas
coisas; mas triunfou.
Mostrou-nos que é possível a vitória espiritual, em meio às nossas condições
humanas, que são tão adversas.
«Em sua vida terrena ele teve um admirável discernimento sobre os homens, uma
estranha sensibilidade para com as necessidades humanas ao seu derredor.
Segundo diz o autor do quarto evangelho, JESUS «...não precisava de que alguém
lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a
natureza humana» (João 2:25). Ele suportou todos os testes, mas «sem pecado».
Não se pode duvidar que nenhum homem, em toda a história, tem sido sujeito a
tão cuidadoso e crítico escrutínio como o homem JESUS. Os homens têm sondado
sua vida e palavras, mas seu desafio continua de pé: ‘Quem dentre vós me
convence de pecado!’ (João 8:46)». (Cotton, in loc.).
«O escritor deseja eliminar a fantasia comum que havia alguma peculiaridade em
JESUS que fazia suas tentações inteiramente diversas das nossas, como se fosse
um campeão vestido de cota de malhas que servia de alvo de flechas de
brinquedo. Pelo contrário, ele sentiu, em sua própria consciência, a
dificuldade de alguém ser justo neste mundo; ele sentiu sobre si mesmo a
pressão das razões e atrações que inclinam os homens ao pecado, para que
escapem do sofrimento e da morte». (Dods, in loc.).
«Isso serve de real base de encorajamento, pois a melhor ajuda é aquela
conferida por aqueles que se mantêm firmes onde falham os, tendo enfrentado o
início da tentação sem ceder à mesma. A referência especial é às tentações que
levam à apostasia ou à desobediência à vontade de DEUS». (Moffatt, in loc.).
Notemos que o autor sagrado afirmou em seu tratado, de modo absoluto, tanto a
divindade como a humanidade de CRISTO. Ele não tentou qualquer reconciliação
entre os dois conceitos, e nem quis mostrar como ambas as naturezas podem ter
residido na mesma personalidade ao mesmo tempo. O que sabemos é que ambas as
naturezas são importantes para nós, pois ambas as naturezas foram postas à
nossa disposição. Com temor e tremor podemos chegar perante DEUS, mas CRISTO
está presente para tornar possível nosso acesso a ele.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 522-523.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas (15). Literalmente, JESUS pode “sentir as nossas debilidades”
(Mueller). A palavra fraquezas (astheneiais - αδυναμίες - Lê-se avidâmeés) tem
uma conotação moral em Hebreus (cf. 5.2) e significa não apenas fraqueza física
ou uma limitação humana, mas uma fraqueza consciente e instável na tentação.
Nosso Senhor também nos entende nesta fraqueza, porque, como nós, em tudo foi
tentado. Visto que foi tentado como nós, Ele sabe por experiência o que
significa para nós ser tentado. Ele não foi tentado em todas as
particularidades ou em cada situação possível; e.g., Ele não foi tentado como
marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado, porque
não exerceu nenhuma dessas funções. Mas Ele foi tentado em três áreas básicas
da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. JESUS conhecia a tentação no
campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos
relacionamentos espirituais. Eu — os outros — DEUS: Ele foi tentado nestes três
pontos. O que deveria governá-lo? Seu desejo por pão? Seu desejo por aceitação?
Seu desejo por poder? Ou sua lealdade a DEUS? Estas são perguntas fundamentais
da vida que cada pessoa deve responder. Certamente, nestes aspectos básicos as
tentações do Senhor eram exatamente iguais (kath homoioteta) às nossas.
Mas sem pecado. Embora seja perfeitamente verdadeiro que JESUS não enfrentou a
tentação com a desvantagem do pecado original, esta não é a ideia aqui. O que o
autor de Hebreus ressalta neste texto é que JESUS não cedeu uma única vez à
tentação. Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como nós, não
poderia compreender os nossos sentimentos em nossas muitas tentações; por outro
lado, se não tivesse sido perfeitamente vitorioso, não poderia ajudar-nos, mas
necessitaria Ele próprio de ajuda.
Parece que estava claro na mente do autor a tentação peculiar que estes
cristãos hebreus estavam enfrentando. Eles foram tentados a voltar atrás, e
desta forma, falhar em entrar no seu repouso prometido. JESUS também teve sua
experiência de deserto — em certo sentido, seu Cades-Barnéia — e, portanto,
sabia o que estavam passando. Ele entende o deserto do ataque satânico que
segue a primeira emoção gloriosa da fé. Por isso, eles não devem permitir que a
ideia de voltar atrás ocupe a mente, nem devem ficar envergonhados ou ceder à
paralisia do desespero.
Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol. 10.
pag. 48-49.
2- VENCENDO A TENTAÇÃO.
Obs.: Pr. Luiz Henrique - O ESPÍRITO SANTO capacitou JESUS para vencer as
tentações no deserto.
Na Esfera do ESPÍRITO
O papel do ESPÍRITO SANTO, como Lucas faz em outros lugares, também recebe
destaque especial no evento da Tentação. Roger Stronstad comenta que cada um
dos evangelistas sinóticos conecta a tentação de JESUS com sua recepção do
ESPÍRITO SANTO. Depois do seu batismo o ESPÍRITO SANTO leva (Mt 4.1, Lc 4.1) ou
impulsiona (Mc 1.12) JESUS a ir ao deserto para um período de provas com o
Diabo. O termo grego peirasthenai, exprime uma consequência ou resultado e não
uma ideia final, como se acha traduzida. Portanto, a tradução deve ser esta: ‘A
seguir, foi JESUS levado pelo ESPÍRITO ao deserto de modo que foi tentado pelo
Diabo’. Numa tradução livre a ideia é: e como consequência lá foi tentado pelo
Diabo, exprimindo assim uma consequência ou resultado”.
Por outro lado, destaca Stronstad “somente Lucas qualifica JESUS de ‘cheio do
ESPÍRITO SANTO’ (Lc 4.1). Em seu comentário sobre o Evangelho de Lucas, Alfred
Plummer observa que se havia dotado a JESUS com o poder sobrenatural; e foi
tentado a usá-lo para promover seus próprios interesses sem considerar a
vontade do Pai... Foi ao deserto de acordo com o impulso do ESPÍRITO. O que foi
testado ali foi o propósito divino a fim de prepará-lo para sua tarefa.
JESUS e a Tentação
Há um longo debate teológico em torno da Tentação de JESUS há muito discutido
nos meios acadêmicos. A opinião dos teólogos, mesmos os mais conservadores, não
são unânimes sobre esse assunto. A questão diz respeito à realidade ou não da
Tentação de JESUS. A Tentação foi ou não real? JESUS poderia ceder ou não à
Tentação? As respostas a essas perguntas não são consensuais entre os
estudiosos, porque em última análise se referem à pecabilidade ou
impecabilidade do Redentor! Não há, portanto, resposta fácil para esse
assunto. Até mesmo os teólogos cuja erudição e conservadorismo são
inquestionáveis reconhecem esse fato. Como diz Millard J. Erickson: “Aqui nos
defrontamos com um dos grandes mistérios da fé”.
A Tentação de JESUS foi real. Verificamos que a prova pela qual JESUS passou
serve de modelo e parâmetro para todos os cristãos em todos os tempos. William
Barclay comenta: “Vimos que havia certos marcos na vida de JESUS, e aqui temos
outro dos mais importantes. No tempo quando tinha doze anos, havia chegado à
convicção de que DEUS era seu Pai de maneira única e exclusiva. Com o
surgimento de João Batista, veio a hora de JESUS em seu batismo receber a
aprovação de DEUS. Nesta ocasião JESUS está a ponto de iniciar sua campanha.
Antes de iniciar uma campanha, se há de escolher os métodos. A passagem da
Tentação nos apresenta JESUS elegendo, de forma definitiva, o método com o qual
se proporia ganhar os homens para DEUS. Vemos JESUS rejeitando o caminho do
poder e da glória, e aceitando o caminho do sofrimento e da cruz”.
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 50-52.
JESUS era
o último Adão, revelado como a semente da mulher; sendo assim, de acordo com a
promessa, aquele que pisou na cabeça da serpente, frustrando e derrotando o
diabo em todas as suas tentações, que por uma única tentação havia frustrado e
derrotado o nosso primeiro pai. Portanto, no início da guerra, JESUS fez
represálias a ele, e venceu aquele que no passado havia sido o vencedor.
Nesta história da tentação de CRISTO, observe:
I Como Ele foi preparado e equipado para ela. Aquele que permitiu a tribulação
proveu aquilo de que o Senhor JESUS precisava para vencer; porque embora não
saibamos que exercícios possam estar diante de nós, nem para que encontros
podemos estar reservados, CRISTO sabia, e teve aquilo que era necessário; e
DEUS faz o mesmo por nós, e esperamos dele tudo o que nos é necessário.
1. Ele estava cheio do ESPÍRITO SANTO, que havia descido sobre Ele como uma
pomba. O Senhor JESUS tinha agora medidas maiores de dons, graças e consolações
do ESPÍRITO SANTO do que antes. Note que aqueles que estão cheios do ESPÍRITO
SANTO é que estão bem armados contra as tentações mais fortes.
2. Ele havia retornado do Jordão recentemente, onde foi batizado, e reconhecido
por uma voz do céu como sendo o Filho Amado de DEUS; e assim Ele foi preparado
para este combate. Note que quando tivermos a mais consoladora comunhão com
DEUS, e as descobertas mais claras de seu favor a nós, podemos esperar que
Satanás nos ataque (o navio mais rico é o prêmio do pirata), e que DEUS
permitirá que ele faça isso, para que o poder de sua graça possa ser
manifestado e exaltado.
3. Ele foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, pelo ESPÍRITO bom, que o conduziu
como um campeão para o campo, para lutar contra o inimigo que Ele certamente
iria derrotar. O fato de ser levado ao deserto:
(1) Deu alguma vantagem ao tentador; porque ali ele o teve sozinho, sem a
companhia de amigos, por cujas orações e conselhos o Senhor JESUS poderia ser
ajudado na hora da tentação. Ai daquele que está sozinho! Ele poderia dar
vantagem a Satanás, pois conhecia a sua própria força; mas nós não podemos,
pois conhecemos a nossa própria fraqueza.
(2) Ele ganhou alguma vantagem para si durante este jejum de quarenta dias no
deserto. Podemos supor que o Senhor estava totalmente concentrado em sua
própria consagração, e em consideração à sua tarefa, e à obra que Ele tinha
diante de si; que Ele passou todo o seu tempo em uma conversa imediata e íntima
com o seu Pai, como Moisés no monte, sem qualquer desvio, distração, ou
interrupção.
(3) De todos os dias da vida de CRISTO na carne, estes parecem ter se
aproximado mais da perfeição da vida angelical e da vida celestial, e isto o
preparou para os ataques de Satanás. Aqui o Senhor JESUS foi fortalecido contra
eles.
(4) Ele continuou jejuando (v. 2): E naqueles dias não comeu coisa alguma. Este
jejum foi totalmente miraculoso, como o jejum de Moisés e de Elias, e o revela,
como a eles, um profeta enviado por DEUS. É provável que este episódio tenha
ocorrido no deserto de Horebe, o mesmo deserto no qual Moisés e Elias jejuaram.
Assim como ao se retirar para o deserto, Ele se mostrou perfeitamente
indiferente ao mundo, por seu jejum Ele se mostrou perfeitamente indiferente ao
corpo; e Satanás não pode dominar facilmente aqueles que se desprendem e morrem
para o mundo e para a carne. Quanto mais mantivermos a nossa carne em sujeição,
menos vantagens Satanás terá contra nós.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 545-546.
A intenção de DEUS é que JESUS fosse tentado pelo diabo (mostrando a nós que
todo ser humano é tentado e que para assumir um projeto de DEUS, primeiro temos
que provar que estamos aptos para este - Observação de Pr. Henrique).Portanto,
o próprio DEUS está por trás desse episódio da tentação no deserto (Cf. Lc
22.31s; 1Co 10.13). E, com base no AT, a pessoa “tentada” sempre é o devoto e
justo, e não o ímpio. Cf., por exemplo, Abraão (Gn 22), José, Jó etc. O
objetivo da tentação é a aprovação e o aprofundamento da fé, e não pôr em risco
ou até mesmo destruir a fé. (cf. José na casa de Potifar – [Gn 39]). Por essa
razão também Tiago escreve: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por
DEUS; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”
(Tg 1.13). – E, já que é assim e não pode ser de outra forma, o cristão sempre
precisa alegrar-se quando é conduzido para diversas tentações (cf. Tg 1.2). –
Por isso a prece por tais provações também é encontrada diversas vezes no
saltério. Leia Sl 26.2; 139.23s; Jr 20.12 (veja também a brochura do mesmo
autor “Warum all das Leid e Übel in der Welt?” [Por que todo esse sofrimento e
maldade no mundo?]).
Por isso a prece a DEUS na oração do Pai Nosso: “Não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal” [Mt 6.13], só pode ser interpretada da seguinte
forma: “Protege-me do mal, para que ele me não engane – mas, ó DEUS, concede-me
a vitória quando o inimigo me aflige, me tortura ou me amedronta.”
Satanás entra pessoalmente no campo de batalha, de uma forma como jamais se
manifestara anteriormente. Durante estes quarenta dias, o príncipe das trevas
deve ter investido com toda a sua milícia contra o Senhor JESUS. Satanás sabia
o que estava em jogo (cf. Comentário Esperança, Mateus, p. 66, e Marcos, p.
60).
Se alguém perguntasse: “Será que encontrar-se realmente com o diabo já é um
fato condenável e pecaminoso?”, caberia responder-lhe duas coisas:
A história da tentação do Senhor JESUS pode ser chamada de arrasadora revelação
da existência do poder e das leis do reino das trevas. A existência do reino
daquele que é pessoalmente mau não é revelada pelo santo DEUS. Ele revela-se em
fatos como a tentação de JESUS. A história da tentação mostra que o diabo é um
espírito maligno, um inimigo de DEUS. O diabo conhece a JESUS e por isso o
odeia. O diabo conhece a Escritura e por isso a odeia. Ele a odeia e distorce.
Distorcer e seduzir é seu contexto, mentir é seu ofício.
É estranho como longos períodos de desenvolvimento do reino de DEUS são
repetidamente acompanhados de uma reação mais intensa do reino das trevas. – No
começo da história da humanidade o pai da mentira se mostra em forma de
serpente. Quando Israel está para tornar-se o povo eleito de DEUS, ele imita os
milagres de Moisés por intermédio de mágicos egípcios. Quando o Filho de DEUS
aparece na carne, ele multiplica o número dos possessos e tenta fazê-lo
tropeçar pessoalmente. E quando percebe a aproximação da última etapa do reino
de DEUS, age com fúria, por “pouco tempo” (Ap 20.3).
As tentações que o Senhor JESUS teve de superar aqui no deserto eram muito mais
graves que as dos primeiros seres humanos. Eles encontravam-se no esplêndido
paraíso, eram visitados por DEUS e não sabiam nada a respeito das terríveis
tribulações e dos assédios de Satanás. JESUS estava no inóspito deserto, onde
havia apenas areia e pedras. Foi ininterruptamente perseguido pelo diabo
durante quarenta dias e noites. Era imensa a tensão em seu íntimo, de modo que
ele se esqueceu de beber e comer por quarenta dias.
Provavelmente, após o decurso destes quarenta dias, JESUS tenha ficado
mortalmente debilitado, e foi esse momento que o tentador aproveitou para a
última e decisiva investida.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.
JESUS precisava vencer Satanás mesmo, o chefe dos demônios, para ter autoridade
sobre todos os demônios que se apresentariam diante Dele em seu ministério,
dali para frente. Veja que os demônios tinham medo de JESUS, pois Ele venceu o
chefe deles - JESUS em sua humanidade, passou 30 anos lendo a bíblia, jejuando,
orando e se preparando para exercer seu ministério e suportar os sofrimentos
pelos quais iria passar em nossos favor, nós também temos que ter um preparo
para assumirmos nosso ministério - Observação do Pr. Luiz Henrique).
A expressão foi tentado descreve uma ação contínua; JESUS foi tentado
constantemente durante os quarenta dias. O ESPÍRITO levou JESUS ao deserto onde
DEUS pôs JESUS à prova - não para ver se JESUS estava pronto, mas para mostrar
que Ele estava preparado para a sua missão. Satanás, no entanto, tinha outros
planos; ele esperava distorcer a missão de JESUS tentando-o para fazer o mal.
Por que era necessário que JESUS fosse tentado? A tentação faz parte da
experiência humana. Para que JESUS fosse completamente humano, Ele tinha que
enfrentar a tentação (veja Hb 4.15). JESUS tinha de desfazer o que Adão tinha
feito. Adão, embora criado perfeito, cedeu à tentação, e assim o pecado entrou
na raça humana. JESUS, o segundo Adão, por outro lado, resistiu a Satanás. A
sua vitória oferece a salvação aos descendentes de Adão (veja Rm 5.12-19).
Durante estes quarenta dias, JESUS não comeu coisa alguma, de modo que ao final
Ele teve fome. A condição de JESUS como Filho de DEUS não tornava o seu jejum
mais fácil; o seu corpo físico sofria a fome severa e a dor de estar sem
alimento. As três tentações registradas aqui ocorreram quando JESUS estava na
sua condição física mais enfraquecida (é quando a carne está fraca que o
ESPÍRITO se torna forte - Observação do Pr. Henrique).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
341.
Adão caiu porque DECIDIU PECAR. O segundo Adão, apesar de ter se preparado no
estudo da Palavra de DEUS, na oração e no jejum, precisava ser cheio do
ESPÍRITO SANTO para vencer a luta que o primeiro Adão perdeu, não existe como
vencer Satanás sem o ESPÍRITO SANTO que tem o maior poder que existe sobre a
face da Terra ou em qualquer parte, como na esfera do cosmos ou da superior, a
espiritual. JESUS não teve, literalmente, as mesmas tentações que nós (não
existia drogas, cigarros, cervejas, ele não era político, etc...), mas recebeu
as tentações nas mesmas áreas que nós - Corpo, Alma e ESPÍRITO. Concupiscência
dos olhos, da carne e soberba da vida. Portanto, foi tentado da mesma forma que
nós somos, nas mesma áreas que nós. - Observações do Pr. Henrique).
II - A TENTAÇÃO DE SER SACIADO.
1- A SUTILEZA DA TENTAÇÃO.
Note a expressão: Está escrito, não só aqui no versículo 4, mas também nos
versículos 8 e 10, todas as vezes com referência ao mesmo livro, Deuteronômio,
que, como é evidente, JESUS considerava não uma “fraude piedosa”, mas a própria
Palavra de DEUS. Outras passagens que expressam a elevada opinião que JESUS
nutria pelas Escrituras são Lucas 24.25-27, 44-47; João 5.33; e 10.35. As Escrituras
do Antigo Testamento, segundo ele mesmo as interpretava, evidentemente eram
para ele o critério da verdade final para a vida e a doutrina, o tribunal
último de apelação para a razão.
A primeira citação é oriunda de Deuteronômio 8.3. Descreve Moisés lembrando
Israel dos temos cuidados de DEUS durante os quarenta anos de peregrinação pelo
deserto. Em particular, mostra como o Senhor os alimentara com maná, algo
completamente desconhecido até então a eles e a seus pais, com o intuito de
ensinar-lhes “que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca do Senhor”.
Portanto, o que JESUS tenciona dizer poderia ser parafraseado assim: “Tentador,
você está laborando sobre falsa premissa de que o pão é absolutamente
necessário para que um ser humano sacie sua fome e se mantenha vivo. Ante essa
equivocada idéia, eu afirmo agora que não é o pão, mas o poder criador,
vivificador e sustentador de meu Pai, a única fonte indispensável para a vida e
o bem-estar tanto do homem e quanto meus”. Não obstante, Lucas omite a última
parte de Deuteronômio 8.3: “mas de toda palavra que procede” etc. Mateus 4.4
contém essas palavras. Lucas com frequência omite material, provavelmente para
dar, em seu Evangelho, espaço suficiente a outros temas.
Essa resposta ao conselho de Satanás por parte de JESUS foi uma expressão de
confiança filial ao cuidado do Pai. Sem dúvida, aquele que providenciara o maná
quando não havia pão, e que bem recentemente dissera: “Tu és o meu Filho, o
Amado”, não falharia a seu amado nesta hora de provação.
HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas II. Editora Cultura
Cristã. pag. 320-321.
(Se DEUS alimentou 3 milhões de pessoas com um alimento sobrenatural, se trouxe
codornizes de toda parte para alimentá-los, se com cinco pães e dois peixinhos
DEUS alimenta uma multidão, imagine por quantos anos um servo seu seria
alimentado sem nenhum esforço de algum trabalho secular! - Observação do Pr.
Henrique)
O Senhor JESUS respondeu utilizando as Escrituras (v. 4): Está escrito. Esta é
a primeira palavra registrada como sendo falada por CRISTO depois da instalação
de seu ofício profético; e é uma citação do Antigo Testamento, para mostrar que
Ele veio para declarar e manter a autoridade das Escrituras como algo que não
se pode controlar; Satanás não é capaz de controlá-la. E embora o Senhor JESUS
tivesse o ESPÍRITO sem medida, e tivesse uma doutrina própria para pregar e uma
religião para fundar, ela estava de acordo com Moisés e os profetas. O Senhor
JESUS estabelece os escritos destes homens como uma regra para si mesmo, e nos
recomenda que os tenhamos como uma resposta a Satanás e às suas tentações. A
Palavra de DEUS é a nossa espada, e a fé nesta preciosa Palavra é o nosso
escudo; devemos, portanto, ser poderosos nas Escrituras, e seguirmos nesta
força, avançarmos, e continuarmos na nossa batalha espiritual, conhecendo o que
está escrito, porque ela é para o nosso aprendizado, para o nosso uso. O texto
das Escrituras que o Senhor JESUS menciona é Deuteronômio 8.3. Em outras palavras:
“O homem não viverá só de pão. Eu não preciso transformar as pedras em pão,
porque DEUS Pai pode enviar o maná para o meu sustento, assim como Ele fez por
Israel; o homem pode viver de toda Palavra de DEUS, e ser alimentado por aquilo
que Ele determinar”. Como é que CRISTO pode ter vivido confortavelmente durante
estes últimos quarenta dias? Não pelo pão, mas pela Palavra de DEUS, pela
meditação sobre esta Palavra, e pela comunhão com ela, e com DEUS nela e por
ela; e de uma maneira que Ele ainda pudesse viver, embora agora Ele começasse a
ter fome. DEUS tem muitas maneiras de sustentar o seu povo, sem os meios comuns
de subsistência. Portanto, não se deve em nenhuma circunstância perder a
confiança nele, mas em todo o tempo devemos depender dele, no caminho da
obediência. Se faltar o alimento, DEUS pode tirar o apetite, ou dar graus de
paciência que permitam que um homem ria da assolação e da fome (Jó 5.22). O
Senhor também pode tornar os legumes e a água mais nutritivos do que toda a
porção do manjar do rei (Dn 1.12,13), permitindo que o seu povo se alegre nele,
mesmo que a figueira não floresça, Habacuque 3.17. Uma crente vigorosa disse
que fez das promessas a sua refeição nas ocasiões em que sofreu a escassez de
alimentos.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 547.
2- GRATIFICAÇÃO PESSOAL.
Tentações pelas quais JESUS passou (Pr. Luiz Henrique)
Promessas de Satanás
Recompensas de DEUS para quem vence as tentações
"Se tu és o Filho de DEUS, dize a esta pedra que se transforme em
pão." (Lc 4.3b). Então o diabo
o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. (Mt 4.11) - Comida de DEUS
melhor.
"E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória,
porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero." (Lc 4.6). E, chegando-se JESUS, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. (Mateus 28:18). Todo poder
eterno é melhor que poder temporal.
"Se tu és o Filho de DEUS, lança-te daqui abaixo, 10 - porque está
escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem." (Lc 4.9). "Não está aqui, mas ressuscitou"
(Lc 24.6). Livrar de uma queda é inferior a livrar da morte.
A intenção é fazer com que JESUS ponha as coisas materiais em primeiro lugar, e
uma forma que Satanás via como eficaz era apelar para os apetites. Os desejos
não são pecaminosos em si mesmos. Não há nada de errado com o desejo de se
alimentar. Todavia, quando esses desejos ou apetites quebram algum princípio
estipulado pelo Criador, então se convertem em algo mal. JESUS venceu Satanás
citando a Palavra de DEUS que se encontra em Deuteronômio 8.3.
William Barclay observa que era como se o Diabo dissesse: “Se você quer que o
povo lhe siga, usa teus poderes para dar-lhes coisas materiais”. De fato o foco
da tentação está na centralização das coisas materiais. Ainda hoje essa
continua sendo a artimanha do Diabo. O apelo ao ego, ao desejo de consumo e
outras guloseimas espirituais continua sendo a tentação de homens, mulheres e
crianças. Na cultura pós-moderna o consumismo é um deus que não se apieda de
ninguém. Por ele os homens roubam, por ele os homens matam!
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 52.
Não podemos usar os dons espirituais em nosso próprio proveito, eles nos são
concedidos para ajudar aos outros. Nós somos cuidados, e devemos confiar nisso,
pelo próprio DEUS. Nós não oramos para que nós possamos ser curados ou
sustentados, quem cuida disso é DEUS. Paulo orou por um espinho na carne e a
resposta de DEUS foi: "A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de CRISTO." (2 Coríntios 12.9) -
Observação do Pr. Henrique).
Como o Senhor JESUS foi atacado por uma tentação atrás da outra, e como Ele
derrotou o plano do tentador em cada ataque, e se tornou mais do que vencedor.
Durante os quarenta dias, Ele foi tentado pelo diabo (v. 2), não por uma
sugestão interior, porque o príncipe deste mundo não tinha nada em CRISTO, e
assim não tinha como injetar qualquer coisa nele, mas por solicitações
exteriores. No final de quarenta dias Satanás se aproximou mais, e fez o que
estava ao seu alcance, ao perceber que o Senhor JESUS estava com fome, v. 2.
1. Ele o tentou a não confiar no cuidado de seu Pai em relação a Ele, e a agir
por conta própria, e a ajudar-se a si mesmo provendo o sustento de uma maneira
que o seu Pai não havia designado (v. 3): Se tu és o Filho de DEUS, como a voz
do céu declarou, dize a esta pedra que se transforme em pão.
(1) “Eu te aconselho a fazer isto; porque DEUS, se é teu Pai, se esqueceu de
ti. Se começarmos a pensar em sermos os nossos próprios escultores, e vivermos
pela nossa própria previsão, sem dependermos da providência divina, se
quisermos obter riquezas pelo nosso poder e pela força das nossas mãos, podemos
considerar isto como uma tentação de Satanás, e devemos consequentemente
rejeitá-la; pensar em ser independente de DEUS é um conselho de Satanás.
(2) “Eu te desafio, se tu o podes; se não o fizeres, direi que não és o Filho
de DEUS; porque João Batista disse recentemente que DEUS pode suscitar, das
pedras, filhos a Abraão, que é o maior; portanto, tu não tens o poder do Filho
de DEUS, se não transformares as pedras em pão para ti mesmo, quando
necessitares. E este é um milagre menor” . Assim, o próprio DEUS foi tentado no
deserto: Poderá DEUS preparar uma mesa no deserto? Poderá dar pão? Salmos
78.19,20. Agora: [1] CRISTO não cedeu à tentação; Ele não transformaria aquelas
pedras em pães; não, embora estivesse com fome; Em primeiro lugar, porque Ele
não faria o que Satanás lhe ordenou que fizesse, pois isto seria como se tivesse
havido um pacto entre o Senhor e o príncipe dos demônios. Note que não devemos
fazer nada que se pareça com a atitude de dar lugar ao diabo. Os milagres foram
operados para a confirmação da fé, e o diabo não tinha fé para ser confirmada;
portanto o Senhor JESUS não faria isto por ele. Ele operou os seus sinais na
presença dos seus discípulos (Jo 20.30), e particularmente o início de seus
milagres, transformando água em vinho, o que Ele fez para que os seus
discípulos pudessem crer nele (Jo 2.11); mas aqui no deserto o Senhor JESUS não
tinha nenhum discípulo em sua companhia. Em segundo lugar, Ele operou milagres
para a ratificação de sua doutrina, e, portanto, até que começasse a pregar,
Ele não começaria a operar milagres. Em terceiro lugar, Ele não operaria
milagres para si mesmo e para o seu próprio sustento, para que não parecesse
impaciente pela fome, porquanto o Senhor JESUS não veio para agradar a si
mesmo, mas para sofrer a dor, e esta seria apenas uma dor entre outras. Ele
também mostraria que não agradou a si mesmo, e iria, antes, transformar água em
vinho para crédito e conveniência de seus amigos, e não pedras em pão para o
seu próprio sustento, mesmo que isto parecesse necessário. Em quarto lugar, Ele
reservaria a prova de ser o Filho de DEUS para mais adiante, e preferia ser
censurado por Satanás por se comportar como fraco, e incapaz de fazê-lo, do que
ser persuadido por Satanás a fazer o que lhe convinha fazer. Desse modo, o
Senhor JESUS foi censurado por seus inimigos como se não pudesse salvar a si
mesmo, e descer da cruz, quando Ele de fato poderia ter descido; mas não o
faria, porque não convinha que o fizesse. Em quinto lugar, Ele não faria nada
que parecesse falta de confiança em seu Pai, não agiria separadamente dele, e
não faria qualquer coisa que estivesse em desacordo com a sua condição atual.
Sendo, em todas as coisas, feito como os seus irmãos, o Senhor JESUS iria, como
os outros filhos de DEUS, viver na dependência da Providência e da promessa
divina. Ele confiaria em DEUS Pai, fosse para enviar a provisão necessária ao
deserto, ou para levá-lo à cidade que deveria habitar onde haveria mantimento,
como costumava fazer (SI 107.5-7). E assim, quando o Senhor JESUS tivesse
terminado estes quarenta dias de jejum, o Pai iria supri-lo, embora Ele
estivesse com fome naquele momento.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 546.
Lc 4.3 À primeira vista, este parece ser um ato relativamente inofensivo, até
mesmo uma sugestão piedosa. JESUS rinha muita fome, então por que não usar os
recursos sob o seu comando e transformar uma pedra em pão? Neste caso,
entretanto, o pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele. O diabo
estava tentando fazer JESUS tomar um atalho para resolver o seu problema
imediato à custa de seus objetivos de longo prazo, procurando o conforto
através do sacrifício da sua disciplina.
Satanás normalmente trabalha desta forma - persuadindo as pessoas a realizar
uma ação, até mesmo uma boa ação, por um motivo errado ou na hora errada. O
fato de que alguma coisa não seja propriamente errada não significa que é boa
para alguém em determinado momento.
Muita gente peca tentando satisfazer desejos legítimos não incluídos na vontade
de DEUS, ou, antes do momento definido por Ele.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
341.
CRISTO não defendeu sua filiação divina; em vez disso deu uma resposta adequada
a qualquer filho de DEUS em tentação semelhante. Sua resposta foi uma citação
literal de Deuteronômio 8:3, extraída da Septuaginta. O contexto do Velho
Testamento descrevia a provisão do maná feita por DEUS, talvez implicando que
JESUS quis dizer: “DEUS cuidou de Israel e cuidará de mim”. Além do mais, JESUS
não veio suprir de pão a humanidade, mas satisfazer às suas necessidades mais
profundas.
O diabo atacou um ponto de especial sensibilidade — a fome de JESUS. O desafio
exigia que JESUS empregasse sua filiação divina a fim de aliviar uma
necessidade física. A coisa não era errada em si mesma e JESUS tinha poder para
tal. Mas este não era o papel do Filho de DEUS (veja 1:35). Nem faria ele o seu
primeiro prodígio à ordem de tal aliado, ou mesmo em associação com ele. JESUS
superou a tentação sempre presente de colocar as coisas materiais à frente das
espirituais, e também assim podem fazê-lo os seus seguidores.
Anthony Lee Ash. O Evangelho Segundo Lucas. Editora Vida Cristã. pag. 82.
III - A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1- O PRÍNCIPE DESTE MUNDO.
Tendo fracassado no primeiro ataque, o Diabo volta com uma proposta ainda mais
tentadora. Na segunda tentação do Diabo, ele: “Mostrou-lhe, num momento, todos
os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda essa autoridade e a
glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser” (Lc
4.6).
O teólogo Ivo Storniolo denomina essa tentação de a “tentação do poder e da
riqueza”. Não há dúvida de que este mundo, como um sistema caído, foi entregue
ao Diabo. Foi o próprio JESUS quem disse que o Diabo é príncipe deste mundo (Jo
12.31). Storniolo observa que o poder e a riqueza se convertem em coisas
pecaminosas porque são contrárias ao projeto de DEUS. Isso acontece porque o
poder se constrói às custas das liberdades humanas. E a riqueza se constrói
graças ao roubo e acúmulo dos bens que deveriam ser partilhados entre todos.
Neste aspecto uns enriquecem às custas da miséria dos outros. JESUS rechaça
essa tentação citando Deuteronômio 6.13.
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 52-53.
O diabo tentou JESUS a aceitar dele o reino, o qual, como o Filho de DEUS, Ele
esperava receber de seu Pai, e glorificá-lo, w. 5-7. Este evangelista coloca
esta tentação em segundo lugar, a qual Mateus colocou por último; mas Lucas
estava absorto por ela, como a mais maligna e a mais violenta, e, portanto, se
apressou em citá-la. Na tentação do diabo aos nossos primeiros pais, ele lhes
apresentou o fruto proibido, primeiro como bom para se comer, e então como
agradável aos olhos; e eles foram dominados por estes dois encantamentos.
Satanás aqui primeiro tentou a CRISTO para transformar pedras em pão, que seria
bom para se comer, e então lhe mostrou os reinos do mundo e a sua glória, que
eram agradáveis aos olhos; mas em ambas estas coisas o Senhor JESUS venceu
Satanás, e talvez tendo isto em vista, Lucas muda a ordem.
Agora observe: (1) Como Satanás procurou conduzir esta tentação, para persuadir
CRISTO a se tornar tributário a ele, e receber o seu reino das mãos dele.
[1] Satanás trouxe ao Senhor uma perspectiva de todos os reinos do mundo em um
momento, uma representação visionária deles, como ele pensava ser mais provável
de cativar, e parecer uma perspectiva real. O fato de que este foi apenas um
espectro que o diabo, como príncipe do poder dos ares, aqui apresentou ao nosso
Salvador, é confirmado pela circunstância que Lucas aqui faz notar, que tudo se
passou em um momento; enquanto, se um homem toma a perspectiva de apenas uma
nação, ele deve fazê-lo sucessivamente, deve se virar, e observar primeiro uma
parte e então a outra. Assim o diabo pensou em impor sobre o nosso Salvador uma
falácia - a deceptio visus; ao procurar fazê-lo crer que poderia lhe mostrar
todos os reinos do mundo, Satanás o levaria a uma opinião de que ele poderia
lhe dar todos estes reinos.
[2] Ele ousadamente alegou que todos estes reinos lhe foram entregues, que ele
tinha poder para dispor deles e de toda a glória deles, e dá-los a quem
quisesse, v. 6. Satanás reivindicou este poder porque este poder lhe foi
entregue não pelo Senhor, mas pelos reis e pelo povo destes reinos, que deram o
seu poder e honra ao diabo, Efésios 2.2. Por isso ele é chamado de deus deste
mundo, e príncipe deste mundo. Foi prometido ao Filho de DEUS que ele deveria
ter as nações por sua herança, Salmos 2.8. “Por que”, diz o diabo, “as nações
são minhas, são meus súditos e devotos; no entanto, serão tuas, eu as darei a
ti, sob a condição de me adorares por elas, e digas que elas são as recompensas
que dei a ti, como outros fizeram antes de ti (Os 2.12), e consintas em tê-las
sob o meu domínio.”
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 547.
Lc 4.5,7 O diabo arrogantemente esperava ter sucesso na sua rebelião contra
DEUS, afastando JESUS de sua missão e obtendo a sua adoração. Satanás tentou a
JESUS para que Ele assumisse o mundo como um reino terreno ali mesmo, sem
executar o plano de salvar o mundo do pecado. Para JESUS, aquilo significava
obter o seu prometido domínio sobre o mundo sem passar pelo sofrimento e pela
morte na cruz. Satanás ofereceu um atalho. Mas Satanás não entendeu que o
sofrimento e a morte eram parte do plano de DEUS, que JESUS tinha decidido
obedecer.
O fato de que JESUS pudesse ver, num momento de tempo, todos os reinos do
mundo, apoia a interpretação de que esta experiência foi visionária. O foco não
está na montanha, mas sim naqueles reinos que estavam (e estão) sob o domínio
de Satanás (Jo 12.31). Satanás ofereceu-se para dar o domínio sobre o mundo a
JESUS. Isto desafiava a obediência de JESUS ao cronograma e à vontade de DEUS.
A tentação de Satanás, basicamente, era: “Por que esperar? Eu posso lhe dar
isto agora!” Naturalmente, a oferta tinha uma condição: “Se tu me adorares”.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
341.
Observação do Pr. Luiz Henrique - Todas as tentações de Satanás foram visões e
em nenhum momento JESUS foi transportado em corpo para alguma parte. Satanás
tentou JESUS do mesmo modo que nós somos tentados - nos pensamentos. Como homem
Ele foi tentado em todas as coisas, assim como nós, porém, não transgrediu (Hb
4.15)
O diabo conduziu JESUS para o alto, mostrando-lhe dali todos os reinos do orbe
terrestre, particularmente “num momento”. O tentador afirma que toda essa
esfera de poder e sua glória lhe fora entregue. Por isso também poderia
passá-la adiante segundo seu bel-prazer. O diabo exige de JESUS que o adore se
quiser o que oferece.
Essa condição (a adoração) que Satanás relaciona com a transferência de seu
senhorio foi considerada uma tentação grosseira demais. Qualquer israelita
teria rejeitado, imediatamente e com indignação e justa ira, uma proposta
dessas. O sentido é, porém, o seguinte:
O povo de Israel havia recebido de DEUS a promessa de reinar sobre os outros
povos, motivo pelo qual aguardava o Messias, por meio do qual essa promessa
deveria ser cumprida.
Portanto, não havia absolutamente nada incorreto no desejo de avançar em
direção a esse futuro. É a essa incumbência que DEUS dera ao povo que o inimigo
se reporta. Do cume da montanha o tentador lhe mostra, em um único relance,
todos os reinos do mundo, toda a terra habitada. Foram magia e ofuscamento
satânicos. Todos os milagres satânicos têm uma faceta enganosa. Possuem uma
aparência fascinante (2Ts 2.9). Não são milagres de bênção, que conduzem a
DEUS, mas artifícios, ilusão fantástica, que desviam as almas de DEUS.
Estaríamos muito equivocados se imaginássemos o tentador como aquela figura
distorcida em que a Idade Média o transformou.
A palavra do diabo “Todo esse poder e sua glória… me foi entregue” contém a
alusão a uma reivindicação legítima de senhorio. Portanto, como podemos
inferir, antes de sua rebelião Satanás tinha recebido nossa terra como seu
domínio. E diante dele encontra-se aquele a quem havia sido prometida a
soberania sobre o mundo (cf. Sl 2.8; Dn 7.13s; etc.) e que agora viera para
destruir as obras do diabo (1Jo 3.8b). É inegável que Satanás exerce um
terrível poder no mundo. É capaz de elevar a pessoa favorecida por ele ao mais
alto degrau do poder terreno. É o que a experiência demonstra repetidamente. O
próprio JESUS fala do archon deste mundo, i. é, do detentor de poder e soberano
deste mundo, em Jo 12.31; 14.30; 16.11. O Senhor levou este potentado sumamente
a sério. E também os apóstolos do Senhor sabem do terrível poder do deus deste
éon [desta era] em 2 Co 4.4 e Ef 6.12. E toda pessoa que trabalha no reino de
DEUS pode relatar a respeito desse terrível fato de ter o terrível inimigo
dentro e em redor de si, pela mais amarga experiência própria. O cristão sabe
como é poderoso o velho inimigo mau. Porém – e novamente porém – apesar dessas
declarações sobre o diabo como inimigo mortal de DEUS, a fé sempre,
constantemente, pode testemunhar maravilhosamente o singular e único DEUS do
céu e da terra! O cristão tem certeza do bendito fato de que em tudo o que vem
a seu encontro ele não precisa contar com dois senhores, ou seja, DEUS e
Satanás, mas apenas e integralmente com o único Senhor. Foi isso que também
sustentou o Senhor, como nosso inigualável exemplo, nessa segunda tentação pelo
diabo. Contou exclusivamente com DEUS, seu Pai.
JESUS havia desmascarado a artimanha do diabo. JESUS também conhecia as
promessas que haviam sido dadas ao povo de Israel e a seu Messias em vista da
primazia de Israel sobre os demais povos. Contudo, em lugar algum a Escritura
dizia que essas promessas dadas no AT acerca da eleição divina e universal de
Israel dentre as nações forçosamente significaria, p. ex., um privilégio
exterior ou uma posição de domínio político de Israel sobre os povos. Era
precisamente esse o elemento satânico na intenção tentadora do diabo. –
Infelizmente, na época de JESUS o povo eleito já havia se devotado inteiramente
a essa dimensão satânica da imagem política universal do Messias (cf. o exposto
sobre Lc 3, no tocante à falsa expectativa messiânica daquele tempo, e ao 17º
salmo de Salomão).
O assédio sedutor de Satanás na segunda tentação, portanto, consistia em que
JESUS deveria ceder, no curso de sua obra, aos desejos messiânicos terrenos do
Israel carnal. Desse modo ele conquistaria o favor do povo e a cooperação dos
líderes religiosos (os fariseus e escribas). Então colheria um triunfo após o
outro, levando, pois, à gloriosa e esplendorosa realização e execução das promessas
do AT acerca de Israel e seu Messias. Essa era a interpretação satânica da
Bíblia.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.
2- A BUSCA PELO PODER TERRENO.
Satanás exigiu dele honra e adoração: Portanto, se tu me adorares, tudo será
teu, v. 7.
(1) Satanás deseja que o Senhor o adore.
Talvez ele não queira dizer nunca mais adorar a DEUS Pai, mas adorá-lo junto
com a adoração oferecida a DEUS Pai; porque o diabo sabe, que se ele conseguir
apenas uma vez se fazer sócio, logo será o único proprietário. Em segundo
lugar, Satanás faria um contrato com o Senhor JESUS, de que quando, de acordo
com esta promessa, Ele tomasse posse dos reinos deste mundo, não faria nenhuma
alteração nas religiões do mundo, mas toleraria as nações como havia feito até
aquele momento, permitindo que sacrificassem aos demônios (1 Co 10.20). Por
esta proposta, o Senhor JESUS deveria ainda manter o culto aos demônios no
mundo, e então deixá-lo tomar todo o poder e a glória dos reinos se lhe
agradasse. Que a riqueza e a grandeza desta terra fiquem para quem quiser;
porém, quanto a Satanás, este nada terá, pois não tem o coração dos homens, bem
como os seus sentimentos e a sua adoração. O diabo só pode operar nos filhos da
desobediência, e é assim que ele eficazmente os devora.
(2) Como o nosso Senhor JESUS triunfou sobre esta tentação.
Ele deu à tentação uma repulsa terminante, e a rejeitou com veemência (v. 8):
“Vai-te, Satanás, não suporto a menção disto. O que? Adorar o inimigo do DEUS a
quem eu vim servir? e do homem a quem eu vim salvar? Não, Nunca farei isto.”
Uma tentação como esta não era para ser analisada, mas recusada imediatamente;
o assunto foi liquidado com uma única frase, Está escrito: Adorarás o Senhor,
teu DEUS, e só a Ele servirás; e não somente isto, mas somente a Ele adorarás;
a Ele e a nenhum outro. Portanto, CRISTO não adorará a Satanás, e quando tiver
os reinos do mundo entregues a si por seu Pai, como espera em breve receber,
jamais permitirá que qualquer adoração ao diabo continue neles. Onde quer que
chegue o seu Evangelho, tudo o que for maligno será perfeitamente arrancado e
abolido. CRISTO não fará nenhum acordo com o diabo. O politeísmo e a idolatria
deverão sucumbir, quando se levantar o reino de CRISTO. Os homens devem se
converter do poder de Satanás para DEUS, do culto aos demônios para o culto ao
único DEUS vivo e verdadeiro. Esta é a grande lei divina que DEUS restabelecerá
entre os homens, e por sua santa religião reduzirá o homem à obediência: só
DEUS deve ser adorado e servido; portanto, qualquer que toma qualquer criatura
como objeto de culto religioso - mesmo que seja um santo ou um anjo, ou a
própria virgem Maria - frustra diretamente o desígnio de CRISTO, e cai no
paganismo.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 547-548.
Lc 4.8 Uma vez mais, JESUS respondeu a Satanás com as Escrituras. Para JESUS,
obter o domínio do mundo mediante a adoração de Satanás seria não apenas uma
contradição (Satanás ainda estaria no comando), mas também romperia o primeiro
mandamento, “Adorarás o Senhor, teu DEUS, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13).
Para realizar a sua missão de trazer salvação ao mundo, JESUS precisaria seguir
o caminho da submissão a DEUS.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag.
341.
Também desta vez JESUS sai vitorioso da tentação, rejeitando a oferta do diabo
com as palavras: “Ao Senhor, teu DEUS, venerarás prostrado e só a ele
servirás!” Essa declaração é citação de Dt 6.13 conforme o texto alexandrino da
Septuaginta. O texto hebraico diz: “A Javé, teu DEUS temerás, a ele honrarás.”
A resposta de JESUS, que também pode ser traduzida como “Ao Senhor, teu DEUS,
adorarás e somente a ele servirás, passou a ser o grande lema de sua vida na
terra. Com tudo o que é e possui, ele coloca-se à disposição obediente ao Pai e
DEUS. “O Filho nada pode fazer de si mesmo (“não tem poder” não deve ser
interpretado segundo a natureza do Filho, mas segundo sua vontade), senão
somente aquilo que vir fazer o Pai” (Jo 5.19). Quem adora a DEUS abre mão de si
integralmente, a fim de perder-se totalmente para DEUS em obediência
incondicional a cada instante, dissolvendo-se no seu serviço. A palavra para
servir (latréuo - εξυπηρετούν - Lê-se éxipiretô) designa, no presente caso, o
serviço sacerdotal. A vida e atuação de JESUS foram um constante serviço
sacerdotal na singela obediência, até a morte, sim, até a morte na cruz (Fp
2.8). “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb
5.8).
Esse aspecto de obediência absoluta também deve ser conferido à nossa vida por
intermédio de JESUS. Deve ser sustentado pela adoração a DEUS e devoção a ele
no serviço sacerdotal (latréuo - εξυπηρετούν - Lê-se éxipiretô). – Essa
trajetória de obediência, no entanto, representa uma trajetória de sacrifício
radical. Cabe render-se constantemente, com todos os desejos vãos, teimosos e
arbitrários, sobre o altar de DEUS, entregando assim a vida como oferenda a
nosso DEUS (cf. Rm 12.1).
Esse sacrifício em que constantemente entregamos ao Senhor a nós mesmos e a
vida – inclusive e principalmente em todos os instantes críticos do dia a dia –
é obediência diante da vontade de DEUS. Ele é, como Paulo ainda acrescenta, “o
culto a DEUS condizente com a palavra”. É importante que aqui se use para
“culto a DEUS” a mesma palavra grega (na forma de substantivo) que JESUS
emprega na frase “E somente a ele servirás (a saber, latreia - εξυπηρετούν -
Lê-se éxipiretô)”, ou seja, o serviço sacerdotal em devotada obediência.
Essa obediência que “sacrifica”, e por meio da qual se processa a santificação
do cristão, só tem um único comportamento: obediência integral, pura, pontual,
conscienciosa e alegre!
Sintetizando: na segunda tentação, JESUS deveria simbolizar e incorporar
vitoriosamente a obediência incondicional, não dividida e alegre, que constitui
o outro lado tão importante da autêntica fé.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.
IV - A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1- A ARTIMANHA DO INIMIGO.
Como o diabo apoiou e reforçou esta tentação. Ele fez a sua sugestão dizendo,
“Está escrito”, v. 10. CRISTO havia citado as Escrituras contra ele; e ele
achou que estaria em pé de igualdade com CRISTO, e mostraria que podia citar as
Escrituras tanto quanto o Senhor. Os hereges e sedutores têm procurado
perverter as Escrituras, utilizando textos isolados e fora de contexto, para
cometer as piores iniquidades. Mandará aos seus anjos, acerca de ti, se tu
fores seu Filho, que te guardem e que te sustentem nas mãos. E agora que JESUS
estava (supostamente, creio eu, em pensamento - Observação do Pr. Henrique) no
pináculo do templo, poderia esperar especialmente esta ministração de anjos;
porque, sendo o Filho de DEUS, o templo era o lugar adequado onde Ele deveria
estar (cap. 2.46). E, além disto, se algum lugar debaixo do sol tivesse uma
guarda de anjos constantemente, deveria ser este lugar, Salmos 68.17. É
verdade, DEUS prometeu a proteção de anjos para nos encorajar a confiar nele,
não para tentá-lo; a promessa da presença de DEUS está conosco, e junto com ela
está também a promessa da ministração dos anjos; mas esta promessa referente
aos anjos não vai além da promessa da presença do Senhor: Eles te guardarão
quando estiveres andando pelo caminho, onde estiver o teu caminho, mas não se
presumires voar nos ares.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 548.
A passagem citada é do Salmo 91.11, 12. De acordo com a forma em que se
apresenta aqui em Lucas 4.10, 11, segue a Septuaginta (SI 90.11, 12). Não
obstante, segundo citada pelo diabo, existe uma omissão que alguns consideram
importante, outros não tanto. Segundo o texto hebraico, o Salmo 91.11 termina
com as palavras: “que te guardem em todos os teus caminhos”. Lucas 4.10
simplesmente diz “que te guardem”. Portanto, estão suprimidas as palavras “em
todos os teus caminhos”. Ao incluir essas palavras, DEUS promete proteger o
homem justo em todos os seus justos caminhos, pois estes são os caminhos do
homem que habita no abrigo do Altíssimo, que mora sob a sombra do Onipotente e
que encontrou refúgio em Jeová, sobre quem ele pôs seu amor. Por conseguinte,
estes são os caminhos do santo (Pv 2.8), do homem bom (Pv 2.20). É a tal pessoa
que se aplicam as palavras “Dará instruções a seus anjos a teu respeito, que te
guardem em todos os teus caminhos”. Ao omitir as palavras “em todos os teus
caminhos”, porventura não se favorece a interpretação da passagem como uma
promessa de Jeová de proteger o justo, não importa o que faça? Interpretado
assim, a passagem parece corresponder mais ao que o diabo quer que JESUS faça.
Não obstante, esse aspecto é provavelmente de menor importância, já que o que
Satanás omite vem a ser muito mais que as palavras de uma citação. Ele omite
qualquer referência à verdade bíblica que DEUS não tolera, mas condena e
castiga a imprudência, jogar com a providência, lançar-se impulsivamente a um
perigo totalmente injustificado (Gn 13.10, 11; Et 5.14; 7.6, 10; SI 19.13; Dn
4.28-33; 5.22, 23; Rm 1.30; 2 Pe 2.10).
Atender à proposta de Satanás era tentador, pois JESUS sabia que possuía
poderes extraordinários. Em contrapartida, que homem existe que, quando se lhe
pede que prove o argumento que tem apresentado, não se sente como que no dever
de responder imediatamente, em vez de refletir primeiro quanto ao direito de
atender tal exigência? Não obstante, JESUS não caiu nessa armadilha. Ele
percebe que fazer o que Satanás lhe propõe equivaleria a substituir a fé pela
conjectura, e a submissão à direção de DEUS pela insolência. Teria significado
nada menos que expor-se à autodestruição. A falsa confiança no Pai, que o diabo
pedia a JESUS nessa tentação, não era melhor que a desconfiança que propusera na
primeira. Equivaleria a fazer uma experiência com o Pai.
Uma tradição rabínica diz: “Quando o Messias Rei se revelar, ele virá e se
deterá no teto do lugar santo”. Com base nessa tradição, alguns expositores
opinam que o tentador estava propondo que JESUS, ao lançar-se do pináculo do
templo provaria ser realmente o Messias, já que, depois da descida miraculosa e
ilesa, a multidão, observando com espanto, gritaria: “Vejam, ele se saiu ileso!
Só pode ser o Messias!” Para JESUS, continua o argumento, esse seria, pois, um
caminho fácil para o êxito. Evitaria a cruz e obteria a exaltação sem luta nem
agonia.
HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas II. Editora Cultura
Cristã. pag. 326-327.
Aqui, pela primeira vez, Satanás fez uso das Escrituras. Os rabis deram uma
interpretação messiânica ao Salmo 91:11 e seguintes. JESUS não argumentou
contra o uso feito por Satanás dessa passagem, desde que esse não era o
conflito básico. A tentação pedia que JESUS criasse uma situação de perigo,
enquanto na primeira tentação a crise (fome) já existia. Era como se Satanás
estivesse dizendo: “Você não poderá conhecer- se, nem a veracidade da promessa
de DEUS, enquanto não fizer um teste’’.
Anthony Lee Ash. O Evangelho Segundo Lucas. Editora Vida Cristã. pag. 84.
2- A BUSCA PELO PRESTÍGIO.
Holofotes e Celebridades
Na terceira tentação, a exemplo da primeira, Satanás usa a expressão: “se tu és
o filho de DEUS” (Lc 4.3,9). Esse “Se”, como uma cláusula condicional, pode
expressar dúvida e às vezes, dependendo do contexto, até mesmo certeza.
Satanás já sabia que JESUS era o Filho de DEUS: “Bem sei que és, o SANTO de
DEUS” (Lc 4.34) e quer que JESUS faça uso dos seus atributos divinos. Vimos
quando comentamos a kenosis (ξεφούσκωμα - Lê-se sífoscomá), isto é, o
esvaziamento de JESUS por ocasião da sua encarnação, que Ele não perdeu os seus
atributos, mas que como homem não fez uso dos mesmos. Aqui Satanás,
astutamente, quer que JESUS faça uma demonstração sensacionalista de sua
divindade. Quer que Ele renuncie a sua condição de homem e aja como DEUS. Desde
que JESUS supostamente se jogasse do alto do templo, haveria uma queda livre de
150 metros até o fundo do ribeiro de Cedron. Sem dúvida Satanás queria que
JESUS fizesse um espetáculo.
Não existem dúvidas de que a tentação de ser visto, celebrado e admirado
continua sendo o que mais atrai os homens!
JESUS venceu essa tentação com Deuteronômio 6.16!
José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD.
pag. 53.
Como já se explicou, a teoria segundo a qual tanto a terceira quanto a segunda
tentação descrita em Lucas - talvez mesmo as três - ocorreram numa visão, é
digna de séria consideração. (Para mim as três tentações são apenas visões -
Observação do Pr. Luiz Henrique).
A presente tentação se desenvolve, pois, em Jerusalém, lugar ao qual o diabo
levou JESUS. Satanás pôs o Salvador sobre o mesmo pináculo (literalmente, ala)
da muralha externa do complexo inteiro do templo. O ponto exato não é
fornecido. Poderia ter sido a cornija do pórtico real de Herodes que se projeta
para o vale de Cedrom, numa altura de cerca de 150 metros, altura que provocava
vertigem, segundo Josefo assinala (Antiguidades XV. 412). Esse lugar se
encontrava a sudeste do pátio do templo, talvez no lugar, ou perto do lugar de
onde, segundo a tradição, Tiago o irmão do Senhor, foi atirado. Veja o relato
muito interessante em História Eclesiástica, Il.xxiii, de Eusébio.
“Já que és Filho de DEUS”, diz o tentador (exatamente como no v. 3), “lança-te
daqui.” Seu argumento provavelmente tenha este teor: “Poderás assim provar sua
confiança na proteção do Pai. Além disso, se a Escritura, que tão prontamente
citas, é verdadeira, nenhum mal te sobrevirá, pois está escrito: ‘Ele dará
instruções a seus anjos a teu respeito’. Eles não só deterão tua queda. Não,
eles farão ainda mais. De forma muito terna te levarão em suas mãos, a fim de
que tu, que só levas sandálias, não te firas tropeçando teu pé contra alguma
dessas pedras afiadas que existem em tanta abundância no abismo embaixo”.
HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura
Cristã. pag. 325-326.
Lucas coloca a tentação relativa a Jerusalém no ponto culminante, de acordo com
sua ênfase especial sobre a cidade (veja 2:22). Como na primeira tentação, a fé
que JESUS tinha como Filho de DEUS foi de novo desafiada (veja versículo 3).
Como antes, esta pode ter sido uma experiência visionária (cf. Ez 8:3).
Anthony Lee Ash. O Evangelho Segundo Lucas. Editora Vida Cristã. pag. 84-85.
A vitória de JESUS na primeira tentação deixou claro o que está em jogo no uso
correto dos dons concedidos por DEUS e que “fé” genuína é confiança ilimitada e
incondicional em DEUS, o Pai. O Pai há de fazer tudo bem-feito!
A segunda tentação mostrou JESUS como aquele que demonstrou a obediência
integral e alegre da fé, que não faz concessões nem para a esquerda nem para a
direita, e que tampouco se inclina diante do eu ou diante do mundo.
A terceira tentação nos revela um terceiro lado da “fé de JESUS CRISTO”, sendo
também aqui a fé vista como genitivo subjetivo, i. é, como traço essencial da
pessoa de JESUS.
Essa última tentação no deserto constitui um estímulo para a exacerbação ou
agudização da essência da fé.
Por se tratar, nessa tentação, da exacerbação da fé, o diabo recorre
pessoalmente à palavra de DEUS, citando o Sl 91.11s. “Está escrito: Aos seus
anjos ordenará por tua causa que te guardem, e eles te carregarão nas mãos,
para não tropeçares nalguma pedra.” O diabo havia notado que JESUS
desembainhara duas vezes uma palavra da Escritura como espada do ESPÍRITO.
Então o diabo tenta também utilizar a mesma arma. Sua arguição tem como base
uma conclusão a fortiori (rumo ao elemento mais forte): “Se DEUS é capaz de
proteger dessa maneira o justo comum, quanto mais ele o fará contigo, que és
seu Filho!”
É significativo que Satanás, nesta terceira tentação, cite uma grande palavra
de fé da Escritura, do Sl 91, o salmo de fé do AT, a fim de desviar o Senhor
(leia esse salmo de fé). Em que consiste o elemento tentador, o satânico, nessa
terceira tentação? Em nossa opinião trata-se do seguinte: JESUS deve
declarar-se publicamente como Messias, i. é, como Redentor do povo. Nessa
notória proclamação, que ainda por cima aconteceria diante do santo templo em
Jerusalém, JESUS deve agir com fé audaciosa. – Isso parece ser autenticamente
bíblico e de acordo com a fé. Contudo, há um calcanhar de Aquiles em tudo isto:
em um ato de fé tão arbitrário, a majestade e santidade de DEUS não seriam
honradas e respeitadas, mas desafiadas e coagidas. O relacionamento entre o Pai
celeste e o Filho em peregrinação sobre a terra seria totalmente invertido. O
Filho se tornaria Senhor, e o Pai seria degradado a servo! – Algo inconcebível!
Na verdade era esse o pecado do próprio diabo, que queria apoderar-se como um ladrão
da igualdade com DEUS, que ele não possuía (bem ao contrário de JESUS, que
desde a eternidade era essencialmente igual a DEUS). – Ele pretendia seduzir
JESUS para esse tipo de causa satânica.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.(com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 2 - O Propósito da Tentação - LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2014 -
CPAD - Para jovens e adultos
Tema: FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica -
Comentário: Pr. Eliezer de Lira e Silva
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tiago 1.2-4,12-15
2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, 3
sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. 4 Tenha, porém, a paciência
a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa
alguma.
12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado,
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. 13
Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não pode ser
tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e
engodado pela sua própria concupiscência. 15 Depois, havendo a concupiscência
concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Resumo da Lição 2 - O Propósito da Tentação
I. O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
1. O que é tentação.
2. Fortalecimento após a tentação (v.2).
3. Felicidade pela tentação (v.12).
II. A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
1. A tentação é humana.
2. Atração pela própria concupiscência.
3. DEUS nos fortalece na tentação.
III. - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
1. Para provar a nossa fé (v.3).
2. Produzir a paciência (vv.3,4).
3. Chegar à perfeição.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"A Tentação Vem de Dentro (1.14)
Tiago conhecia os poderes sobrenaturais do mal que agiam no mundo (cf. 3.6),
mas aqui ele procura ressaltar o envolvimento e a responsabilidade pessoal do
homem ao cometer pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele
está de alguma forma entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: 'Será que
eu preferiria ser livre, tentado e ter a possibilidade de vitória ou ser um
'bom' robô?' O robô está livre de tentação, mas ele também não conhece a
dignidade da liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da
imensa alegria quando vencemos uma batalha.
Tiago diz que cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Essa palavra epithumia ('desejo', RSV) pode ter um significado neutro, nem bom
nem mal. Assim, H. Orton Wiley escreve: 'Todo apetite nunca se controla, mas
está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: 'Antes, subjugo o meu
corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha
de alguma maneira a ficar reprovado' (1 Co 9.27)'. Este talvez seja o sentido
que Tiago emprega aqui.
No entanto, na maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações
maléficas. Se for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho
reto, isso ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: 'Este
versículo, na verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente
teria concordado com a declaração de que 'a imaginação do coração do homem é má
desde a sua meninice' (Gn 8.21). Desejos concupiscentes, como nosso Senhor
ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são pecaminosos mesmo quando ainda não
se concretizaram em ações lascivas'. Se essa interpretação for verdadeira, há
aqui mais uma dimensão na origem da tentação. Desejos errados podem ser errados
não somente porque são incontrolados, mas porque, à parte da presença
santificadora do ESPÍRITO, eles são carnais (TAYLOR, S. Richard. Comentário
Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Vol. 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006,
pp.159-60).
Meus comentários - Pr. Luiz Henrique
Tentação - palavra com duplo sentido, dependendo da situação pode significar
provação, mas quando vem de DEUS é provação e quando vem de Satanás é tentação.
Provas são testes enviados por DEUS, e tentações são armadilhas enviadas por
Satanás.
A prova é para nos santificar e a tentação é para nos derrubar.
Quanto mais temos fé nas promessas de DEUS , mais facilmente passaremos pelas
provas e venceremos as tentações.
DEUS é absolutamente santo para ser tentado e ELE é absolutamente amoroso para
tentar.
DEUS não muda. DEUS não pode mudar para pior porque ELE é santo. Ele não pode
mudar para melhor porque ELE é perfeito.
Podemos transformar um desejo legítimo em um desejo pecaminoso.
Comer é normal – Glutonaria é pecado.
Dormir é normal – Preguiça é pecado.
Sexo no casamento é normal – Sexo fora do casamento é pecado.
Armadilha atrai – Anzol seduz
Ló atraído e Davi seduzido.
Genealogia do pecado – A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte.
Você não pode impedir que um pássaro voe sobre sua cabeça, mas você pode
impedir que ele faça ninho em sua cabeça.
Mosca não pousa em fogão onde a chapa está quente (mantenha-se cheio do
ESPÍRITO SANTO).
DEUS não muda. DEUS não pode mudar para pior porque ELE é santo. Ele não pode
mudar para melhor porque ELE é perfeito.
PACIÊNCIA = PERSEVERANÇA
Tentação - Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 1
João 2:16
"Não veio sobre vós tentação além do que é comum aos homens, e DEUS é fiel
e não permitirá que sejais tentados além do que vocês são capazes, mas com a
tentação dará também o caminho de escape, de modo que se possa resistir a ela.
"(1 Cor. 10:13).
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
"Então, quando o desejo, tendo concebido, dá à luz ao pecado, e quando o
pecado é consumado, produz a morte”. (Tiago 1:15) Não há futuro no pecado. O
pecado leva a pessoa à morte espiritual. Se resistirmos, o mal não se afastará
de nós e, não estamos sozinhos, o ESPÍRITO de DEUS vem para o resgate.
"Portanto, se submeta a DEUS. Resista ao diabo e ele fugirá de vós ”
(Tiago 4:7).
Adão - Que ninguém culpe a DEUS por suas circunstâncias ou pecados, como Adão
fez. O primeiro homem jogou a culpa em DEUS por seu pecado, dizendo: "A
mulher que me deste me deu da árvore e eu comi." (Gênesis 3: 12).
Jó – sua esposa é exemplo de fidelidade, tanto na pobreza, como na tristeza de
perder todos seus filhos, como na calamidade, como na doença. – nunca
deixou seu esposo e depois foi abençoada com outros filhos melhores.
E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor
acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. Jó 42:10
Também teve sete filhos e três filhas melhores do que os primeiros.
Jó 42:13
Abraão – provado e vitorioso – abençoado grandissimamente.
Ló – atraído pelo seu desejo, esqueceu até o respeito pelo seu tio.
José – Do Egito
Tentado pela esposa de Potifar – não cedeu e ganhou a recompensa por não ceder
– se tornou governador do Egito.
E beijou a todos os seus irmãos, e chorou sobre eles; e depois seus irmãos
falaram com ele. Gênesis 45:15
E José sustentou de pão a seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai,
segundo as suas famílias. Gênesis 47:12
Paulo
Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque
eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome
do Senhor JESUS. Atos 21:13
Paulo provado e sendo achado fiel.
E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica
a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a
ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu DEUS. Zacarias 13:9
E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de
Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em
justiça. Malaquias 3:3
PACIÊNCIA é o mesmo que PERSEVERANÇA
1.12 Aquele que permanece firme sob provações receberá a coroa da vida, que se
refere não à vida no futuro, mas à vida aqui e agora, desfrutada com mais
abundância e plenitude.
1.13 Tendo discutido a tentação na forma de provações externas (vs. 2-12),
Tiago agora encara a tentação como uma sedução para o mal. Em muitos lugares as
Escrituras revelam que, algumas vezes, DEUS permite tentações como maneiras de
testar (ver, por exemplo, Gn 22.1; Dt 8.2; 2 Cr 32.31), mas Tiago declara
enfaticamente que a perfeita santidade de DEUS o coloca além do alcance da
tentação e que ele não leva ninguém a pecar.
1.14-15 Quando sua concupiscência interna deseja responder à sedução externa, o
pecado é gerado. Tiago não menciona o papel de Satanás na tentação. Seu
objetivo não é discutir a origem do pecado, mas explicar que a sedução ao mal
não vem de DEUS. Ao ressaltar a natureza interna da tentação, Tiago não deixa
desculpas para os pecadores. Satanás é, na verdade, a fonte externa da
tentação, mas ninguém pode culpá-lo pela raiz dos atos pecaminosos, que estão
no interior de cada indivíduo. Ver Mc 7.1-23.
1.17 DEUS não é responsável pelo pecado humano, ele é a fonte de todo o bem. Em
contraste aos corpos celestes vagantes que ele criou, DEUS é imutável. Ele
sempre mantém suas promessas.
1.18 O maior dom que DEUS nos deu foi a regeneração. Através do exercício de
sua vontade, ele nos gerou para uma nova vida. Seu instrumento foi a palavra da
verdade, que Paulo identifica como o "evangelho da salvação" (Ef
1.13). 0 propósito de DEUS era apresentar os crentes como um tipo de primícias
(a primeira parte da colheita era a garantia de que viria uma colheita ainda
maior). Sendo assim, Tiago e os outros cristãos de sua geração eram um antegozo
de uma grande multidão de crentes que estavam por vir. A frase das suas
criaturas pode indicar que os crentes estão no primeiro estágio da redenção
definitiva de toda a criação, que agora está sob a maldição divina desde o
pecado original.
1:12 - O termo bem-aventurado (makarios) também é empregado nas bem-aventuranças
e nos Salmos (e.g., Salmo 1). Seu oposto é a interjeição “ai”.
A idéia por trás do verbo suporta (hypomeno) é de grande importância no Novo
Testamento (Mateus 10:22; 24:13; Marcos 13:13; Romanos 12:12; 1 Coríntios 13:7;
2 Timóteo 2:12; etc., empregam esse verbo; Lucas 21:19; Romanos 2:7; 8:25: 2
Coríntios 6:4; Tessalonicenses 1:3; Apocalipse 3:10, e vinte e seis outras
passagens empregam o substantivo dele erivado, hypomone). Uma questão crucial
era que os crentes fossem ensinados a suportar provações, pois de outra forma a
igreja teria sido varrida em face da primeira carga da perseguição. Era virtude
valorizada em certos círculos judaicos (e.g., Testamento de Jó e Testamento de
José).
Paulo emprega a idéia de suportar a provação cinco vezes (cf. também 2 Timóteo
2:15). O adjetivo dokimos indica aprovação humana ou divina, sendo o que Paulo
desejava para si mesmo no dia do julgamento. Paulo, à semelhança de Tiago,
nunca presumiu possuir essa aprovação final antes de haver chegado lá (e.g.,
Filipenses 3:12-16).
A idéia de receber a coroa da vida no dia do julgamento final expressa-se em
linguagem idêntica em Apocalipse 2:10 e, em linguagem semelhante (“a coroa de
glória”), em 1 Pedro 5:4.
A promessa aos que o amam (cf. Tiago 2:5) em nenhum outro passo das Escrituras
está explicitamente enunciada, embora seu sentido genérico seja bastante
frequente (Êxodo 20:5-6; 1 Coríntios 2:9; Efésios 6:24). Argumentam alguns que
esse versículo cita um enunciado de JESUS não registrado, o que é possível, mas
improvável.
1:13 Quando Tiago assevera e desmascara a mentira de Sou tentado por DEUS,
enfatizando que ele a ninguém tenta, está seguindo o judaísmo. Conquanto certas
porções mais primitivas do Antigo Testamento declarem sem sombra de dúvida que
“DEUS prova” (e.g., Abraão em Gênesis 22:1 e Davi em 2 Samuel 24:1), depois do
exílio o judaísmo passou a considerar essa idéia um tanto leviana.
Assim é que em 1 Crônicas 21:1 o diabo, e não DEUS, é quem tenta Davi; em Jó, a
prova é planejada e implementada por Satanás, embora DEUS lhe dê permissão; e
em Jubileu 17-19 é o diabo (Mastema) quem propicia e executa a provação de
Abraão. Para Tiago, DEUS é soberano, mas são outras forças que causam o mal.
Uma das razões por que Tiago trata dessa questão pode derivar das expressões gregas
da oração dominical: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”.
No grego o pedido ressoa como se DEUS pudesse ser o agente da tentação, e como
se o crente precisasse pedir livramento. Entretanto, a forma aramaica dessa
oração (e as aplicações em Lucas 22:40) claramente demonstra que a intenção do
Senhor foi esta: “Faze que não entremos em tentação (ou na prova)”, o que
combina bem com “e livra-nos do maligno”. DEUS é quem impede o diabo de tentar
o crente, e quem estabelece limites às tentações e às provações.
DEUS não pode ser tentado pelo mal é retradução de “DEUS é apeirastos”. O
problema é que apeirastos é palavra rara, que ocorre primeiramente em Tiago e
praticamente em parte alguma da literatura grega. A tradução preferida neste
comentário:
“DEUS não deve ser posto à prova por homens iníquos” baseia-se no emprego dessa
palavra pelos pais da igreja, pela forma da palavra e o ensino do Antigo
Testamento, que proíbe colocar DEUS sob teste. Veja também P. H. Davids, “The
Meaning of Apeirastos”, NTS 24 (1978), p. 386-91.
Quanto à tradição sobre provas e tentações, em geral, veja B. Gerhardsson, “The
Testing of God’s Son” (A Provação do Filho de DEUS).
A TENTAÇÃO
13 Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado (não devemos supor que a
tentação ao pecado provém de DEUS; isto nunca acontece!) porque DEUS não pode
ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (Vontade Santa de DEUS Onipotente
resiste totalmente qualquer direção para o pecado):
14 Mas sim cada um é tentado, quando de sua própria concupiscência é atraído, e
seduzido. (A tentação a pecar recorre a um defeito moral em nós, até nas
melhores pessoas, porque ninguém é perfeito).
15 E a concupiscência, depois que concebe (refere-se à luxúria pecaminosa) , dá
à luz o pecado (como dito, estas tentações não provêm de DEUS, mas sim dos
apetites da natureza pecaminosa do homem, o qual é resultado da Queda; a
natureza pecaminosa pode ser mantida subjugada, e tem a intenção de ser mantida
subjugada pelo Crente que alicerça sua Fé na Cruz de CRISTO, o que então dará
liberdade de ação ao ESPÍRITO SANTO para ajudar) - e o pecado, sendo consumado,
gera a morte. (Refere-se à morte espiritual, porque o pecado separa o homem de
DEUS.)
16 Meus amados Irmãos, não erreis. (Tiago diz aos Crentes, "não sejam enganados;
o pecado é a ruína de tudo o que é bom.")
Provas
Segundo o dicionário Velásquez, um teste de longo prazo significa problema,
decepção, desconforto. Tudo isso serve para nos desencorajar na jornada de
CRISTO com nossos irmãos. Quando passamos por algum problema, quando ficamos
mortificados (preocupação extrema), é o momento em que não estamos confiando
nas promessas do Senhor, mas preocupados em como resolver nossos problemas.
Isso é exatamente o que Satanás quer que façamos. A escolha é nossa: permitimos
ser dominados e controlados pelo infortúnio ou nos lembramos das palavras de
Tiago e reagimos com alegria e louvor ao Senhor. Por que sofrer com o Senhor
não é vergonha e sim a glória, o que devemos fazer com confiança, pois no
final, "somos mais que vencedores." Eu sei que isso é difícil, mas
devemos tentar fazer como a palavra diz:
Alegrem-se. Que cantemos hinos e louvores, que glorifiquemos a DEUS. Considere
o Senhor mais poderoso do que qualquer teste. Uma vez, um detento escreveu que
passou seu aniversário louvando a DEUS. Por que não posso dedicar mais louvor
ao meu DEUS que nunca me falhou? Isso poderia ser considerado como gesto de
loucura ou, ao contrário, gesto de crescimento espiritual e confiança em DEUS.
Uma vez estávamos com um grupo de adolescentes de uma igreja em Fort Worth,
Texas, e alguns supervisores adultos estavam tentando obter permissão para
entrarem no México pela fronteira em Nuevo Laredo. Nosso objetivo era ir para
Saltillo e fazer uma campanha evangelística. Um dos jovens que nos acompanhavam
era um cubano e eles não queriam dar a permissão para o mesmo, e com razão,
pois seu único documento era um passaporte expirado. Depois de esgotar todos os
meios possíveis para nos darem a permissão, começamos a cantar louvores a DEUS.
Logo depois, o funcionário da alfândega me chamou e permitiu que nossos jovens
passassem.
Provas Visíveis
Existem testes que não são vistos, mas são por vezes, mais difíceis do que
outros. Tiago se refere a esses testes nos versos 2, 3 e 12, como doenças,
dores, decepções, angústias e tristezas.
Consideremos as evidências dos leitores antigos das cartas de Tiago:
sobre a perseguição que muitos sofreram por parte dos líderes Judeus, o fato de
terem de sair de suas casas apenas com as roupas do corpo e viverem em lugares
improvisados e com estranhos (Tiago 1:1), ou seja, tiveram de se adaptar a uma
vida de exílio. Isso foi um grande desafio à sua fé.
Esses testes têm sido comuns ao povo de DEUS. Embora dolorosos, eles têm
servido para a formação espiritual e crescimento na confiança em DEUS. Esses
desafios existem em nosso tempo e sempre vão existir. A cada dia, passamos por
esses testes, por mudanças de valores no mundo, pela falta de segurança em
nosso país, o resultado de desastres naturais que destroem nossos pertences e
nos forçam a sair de nossos lares. Vemos isso em todas as partes do mundo e
serve como prova para cada um de nós.
Aquelas pessoas que se apresentam diante de DEUS e que ainda não passaram por
provações, quando acontecerem, isto não deve ser visto como um castigo, mas sim
como uma forma de testar o quão fortes ou fracas elas estão na fé.
Os antigos acreditavam que as provações eram castigo por algum pecado cometido
pelos seus pais. Até certo ponto isso é correto. Uma pessoa que abusa de álcool
ou drogas recebe como castigo de seu abuso sofrimento para si e seus
familiares. Mas, em geral, a crise é para testar a nossa fé. Não que essas
crises sejam ruins, porque o seu propósito é madurecermos, portanto não devemos
nos lamentar por isso.
Por exemplo: Os ventos fortes e as chuvas em si não são maus.
Entretanto, resultam em destruição. Algumas casas são destruídas pelas
tempestades, pois suas estruturas são fracas e, geralmente, são construídas
próximo ao leito de algum rio onde sempre há indícios de inundação. Os testes
não são ruins, mas há destruição. Lembram-se da parábola de CRISTO sobre o
homem que construiu sua casa sobre a rocha e o outro que a construiu sobre
areia? (Mt. 7: 24-27)
Alguém disse que, como resultado de inundação, perdeu tudo que havia construído
nos últimos 25 anos. O irmão disse que agora estava reconstruindo suas casinhas
que antes eram heranças, mas agora seriam construídas sobre rocha e não sobre a
areia.
O cristianismo não é uma religião onde reina um otimismo superficial, em que se
descuida das horríveis crises da vida. O cristianismo bíblico enfrenta os
problemas diários e tenta olhar para ele de forma construtiva.
Provas Invisíveis
Tiago também foca a atenção nas tentações que levam o homem a cometer pecados.
Não é o mesmo que as ansiedades normais que sucedem a vida diária. Têm sua
natureza maligna e existem para causar transtorno ao cristão.
Evidentemente, é preciso reconhecer que essas provas ou tentações invisíveis
têm origem satânica. Tiago mesmo disse: "Que ninguém diga quando é
tentado, estou tentado por DEUS, porque DEUS não pode ser tentado pelo mal e
ele mesmo a ninguém tenta” (1:13)
Apesar de sabermos que DEUS testa o verdadeiro caráter do homem, submetendo-o a
vários testes (Isso aconteceu com Abraão, Gn 22:1), não é verdade que DEUS
seduza a pessoa para que peque.
Que ninguém culpe a DEUS por suas circunstâncias ou pecados, como Adão fez. O
primeiro homem jogou a culpa em DEUS por seu pecado, dizendo: "A mulher
que me deste me deu da árvore e eu comi." (Gênesis 3: 12).
A verdade é que DEUS e o mal estão eternamente em oposição. DEUS e o pecado não
podem coexistir. DEUS não é tentado pelo mal e nem é responsável pelas nossas
tentações para fazer o mal. Então, como isso
é possível? Se DEUS pudesse ser tentado pelo mal, deixaria de ser santo,
deixaria de ser DEUS.
Por exemplo: Pode uma boa pessoa seguir sendo respeitada se soubermos que
oferece drogas a crianças? Da mesma forma, como podemos ver DEUS tão bom e
amável sendo portador de pecados e os oferecendo? É logicamente impossível que
DEUS possa seduzir alguém para o pecado. Isso não é de sua natureza. DEUS e o
mal são poderes opostos.
Então, qual é a origem das tentações e das maldades? Tiago tem a resposta:
“...Cada um é tentado quando é seduzido em sua própria concupiscência.” (1:14)
A culpa do pecado não é colocada em DEUS, mas no homem que é levado por
Satanás. Não gostamos de aceitar essa responsabilidade. Muitos dizem que seus
atos imorais e criminosos são devido à má sorte ou mesmo alegam ser a empresa
ou o ambiente. Mas isso é injusto. Pecamos porque nossa natureza é pecaminosa e
CRISTO não morreu em vão.
Suponhamos que uma mãe siga com seus peixinhos. Tudo está bem e todos parecem
felizes. Mas um dos peixinhos vê um verme que deseja, embora a mãe lhes diga
para seguirem em frente sem distrações, o peixinho pensa: por que não fugir por
um segundo e engolir o verme e depois retornar ao meu lugar na fila? Em
seguida, o pequeno peixe é atraído pelo verme, que na realidade é a isca (um
gancho) e o resultado é fatal.
Da mesma maneira, tudo está bem enquanto o homem segue a DEUS em sua salvação,
sem olhar para os lados. Mas, assim que vir algo atraente e pronto no mundo que
o faça desviar de seu caminho por um momento, será capturado. Não será a má
sorte, as circunstâncias e muito menos DEUS que o fará pecar. Tudo será
resultado do que se passava em seu coração.
Como enfrentar as provas e as tentações É necessário vivenciar os problemas
resultantes das provas. Mas, apesar de tudo isso, precisamos depender da graça
de DEUS e suportar as provas com paciência e graça. As tentações deverão ser
vividas com fé e obediência.
Como conseguir a vitória? Em primeiro lugar, devemos ser otimistas acerca das
crises, "alegria..." Alegramo-nos com a confiança inspirada por esta
promessa:
"Não veio sobre vós tentação além do que é comum aos homens, e DEUS é fiel
e não permitirá que sejais tentados além do que vocês são capazes, mas com a
tentação dará também o caminho de escape, de modo que se possa resistir a ela.
"(1 Cor. 10:13).
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados. Hebreus 2:18
Uma atitude pessimista ou fatalista pode levar ao fracasso. Levante a cabeça e
os olhos para o céu na confiança de que as promessas de DEUS não serão em vão.
DEUS sempre cumpre o prometido!
Em segundo lugar, ore. Necessita de uma resposta para a sua inquietação?
Auxílio para tomar a decisão correta? Se sente confuso e necessita de sabedoria
e entendimento para raciocinar sobre as provações de maneira correta? Aqui está
o que disse Tiago: "Mas se algum de vós tem falta de sabedoria, peça a
DEUS, que a todos dá liberalmente e não censura, e assim lhe será dado"
(1:5).
Quando oramos, devemos fazê-lo com a confiança de que receberemos uma resposta.
Crer que DEUS pode nos auxiliar na carga e nos manter no caminho certo. Outra
vez, em Tiago, a palavra correta:
"Mas peça com fé, sem duvidar, pois aquele que dúvida é semelhante à onda
do mar, impelida e agitada pelo vento, partindo de um lado para o outro. Não
pense que você receberá do Senhor alguma coisa, sendo um homem de coração
duvidoso, inconstante em todos os seus caminhos." (1:6-8)
Em terceiro lugar, devemos resistir às tentações de cometer pecados, recordando
o resultado do pecado: "Então, quando o desejo, tendo concebido, dá à luz
ao pecado, e quando o pecado é consumado, produz a morte”. (Tiago 1:15) Não há
futuro no pecado. O pecado leva a pessoa à morte espiritual. Se resistirmos, o
mal não se afastará de nós e, não estamos sozinhos, o ESPÍRITO de DEUS vem para
o resgate. "Portanto, se submeta a DEUS. Resista ao diabo e ele fugirá de
vós ” (Tiago 4:7).
A recompensa dos que alcançam a vitória
Podemos nos convencer de que o maior incentivo que podemos ter para enfrentar
as provações e tentações é a bênção da recompensa prometida para quem resistir
e vencer. Primeiro há a maturidade espiritual. Tiago nos garante que:
"Sabendo que a prova da vossa fé opera na paciência, e a paciência tem sua
obra perfeita, para que sejam completos, não tendo falta em coisa alguma”
(1:3-4).
Você não pode crescer espiritualmente do dia para a noite. Nós, batizados,
amadurecemos na fé vivendo o dia a dia. O crescimento vem gradualmente para
"testar a nossa fé." Então, precisamos ter muita paciência.
Em segundo lugar, as pessoas que resistem às provações e tentações, receberão a
coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam (Tiago 1:12). A vida que
Tiago menciona é totalmente oposta à morte que segue o pecado. Esta é a vida
eterna na presença de DEUS e os esplendores do céu. Então, todos nós podemos
participar quando o apóstolo Paulo disse: "Eu considero que as aflições
deste tempo presente não são comparáveis à glória que será revelada" (Rm
8:18).
Conclusão
Todos têm problemas e passam por provações. Mas, se olharmos, à luz deste
estudo, veremos os problemas de forma diferente. Os testes não podem mais
destruir a nossa fé, mas nos tornar mais fortes e nos aproximar de DEUS.
Qual é a essência da vida cristã? Não é um breve momento de entusiasmo
religioso que move uma pessoa para fora deste mundo, deixando-a alheia a tudo.
É o desenvolvimento de uma fé obediente, realista e prática, cuja única
alternativa é tomar sua cruz e seguir a CRISTO, diariamente. É também
glorificamos na graça de DEUS, que se manifesta a cada hora, e de problema em
problema na vida diária.
Provas são testes enviados por DEUS, e tentações são armadilhas enviadas por
Satanás.
DEUS é absolutamente santo para ser tentado e ELE é absolutamente amoroso para
tentar.
A prova é para nos santificar e a tentação é para nos derrubar.
O sofrimento por CRISTO nos dá a oportunidade de mostrarmos a nossa fé e amor
por Ele - O problema é: Você está sofrendo por CRISTO?, Por causa do
evangelho?, Está sendo perseguido por causa de sua postura cristã diante dessa
sociedade corrompida e maligna?
Existe o sofrer por CRISTO e o sofrer por causa de más escolhas nossas, existe
o sofrer por enfermidades ocasionadas por causa da pregação do evangelho e
enfermidades adquiridas por causa de má alimentação ou de noites na TV ou na
internet. Qual é o seu sofrer? Qual é o sua tentação? Qual é a sua provação?
Perguntas para meditação e revisão:
1.O que vem à mente quando você pensa na palavra "tentação"?
2. Como as pessoas costumam reagir aos seus problemas?
3. Qual o propósito dos testes?
4. Quando DEUS permitiu que José fosse para o Egito e passasse por duras
provas, ele queria destruir ou desenvolver sua fé?
5. Há recompensa para aqueles que sobrevivem ao teste? Qual?
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO - Vários livros
REVISTA
ENSINADOR
"Não nos
deixes cair em tentação." Foi a oração de JESUS ensinada aos discípulos.
No tempo da provação, angústia, tristeza e sofrimento são realidades presentes
na vida do discípulo de CRISTO. Infelizmente, e em nome de uma teologia, muitos
desejam descartar da vida esta realidade humana e não dá ao seguidor do caminho
o direito de sofrer. Não é isto que a Palavra de DEUS nos ensina! Pelo
contrário, o sofrimento por CRISTO nos dá a oportunidade de mostrarmos a nossa
fé e amor por Ele, como os mártires que não retrocederam na convicção do
Evangelho.
A lição desta
semana tem um penoso objetivo: o de resgatar a doutrina bíblica do sofrimento
por CRISTO. Esta, por vezes, tem sido esquecida pela Igreja Evangélica. Quando
falamos de sofrimento, algumas pessoas nos perguntam: "Mas por que o
crente deveria sofrer?"; "Devemos ensinar a teologia da
miséria?" etc. Tais perguntas são descabidas, pois não escolhemos sofrer
por JESUS, é Este quem nos escolhe. Por consequência, ao vivermos para CRISTO
precisamos estar dispostos a também sofrermos por Ele. Note as palavras do
Meigo Nazareno: "E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a
si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser
salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua
vida a salvará. Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo,
perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?" (Lc 9.23-25).
As expressões
"negue-se a si mesmo", "tome cada dia a sua cruz" e
"siga-me" significam o convite para peregrinarmos o caminho da
execução do nosso eu. Este é o caminho da Cruz de CRISTO! Há, porventura, coisa
mais difícil do que negar a nós mesmos? Esmagar a nossa vontade para fazer a do
outro? A expressão "cada dia" revela-nos que o caminho da cruz deve
ser feito por nós, diariamente, crucificando assim o "eu". O teólogo
French L. Arrington amplia este conceito: "Tomar a cruz significa uma
resolução diária em negar a si mesmo por causa do Evangelho. [...] Não é
questão momentânea, mas um modo de vida. Os cristãos nunca devem deixar de
carregar a cruz" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD,
p.374).
O Evangelho não
deixa outra escolha: o nosso caminho é o do sofrimento por CRISTO. O ensino de
Tiago sobre o sofrimento está em pleno acordo com o Evangelho de CRISTO.
PARTES DO
COMENTÁRIO DO LIVRO DO TRIMESTRE:
O propósito da
tentação
Por estar
escrevendo “às doze tribos que andam dispersas” (Tg 1.1), isto é, provavelmente
aos cristãos judeus que se encontravam espalhados entre as nações devido à
primeira onda de perseguição ao Cristianismo no início da Igreja Primitiva (At
8.1; 11.19) - provação.
Entenderem
corretamente o propósito das aflições pelas quais estavam passando bem como o
posicionamento que deveriam ter diante dessas terríveis intempéries.
Declara Tiago:
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações” (Tg 1.2).
Só esse versículo já seria suficiente para jogar por terra, por exemplo, todos
os pressupostos da Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva.
Peirasmos
significa literalmente “prova”, “provação” ou “teste” ou “tentações” - as
traduções estão corretas, uma vez que Peirasmos é utilizado nessa passagem em
alusão às aflições decorrentes de perseguições sofridas pelos crentes por causa
da sua fé (Tg 1.3) e tais adversidades são também tentações, porque elas testam
a fidelidade dos cristãos a seu Senhor.
Aquele que ama
e serve ao Senhor, passa, sim, por dificuldades. Por causa da sua fé, estão
passando por “várias provações” - No mundo teremos aflições (Jo 16.33) - Salmos
34.19 - o “justo” sofre “muitas aflições”.
Tiago deixa
claro que devemos reagir a elas com alegria e não com desolação. Qualquer
pessoa que reage com desânimo completo diante das provações está se rendendo a
elas e, portanto, já está derrotado; logo, se queremos vencê-las, temos que
enfrentá-las com disposição de ânimo, não com abatimento de alma.
Sim, os
cristãos podem ter “grande alegria” em meio às aflições. O propósito das
provações leva o crente a ver as suas adversidades como oportunidades para seu
crescimento, amadurecimento e fortalecimento espirituais.
Tiago diz que o
cristão tem “grande gozo” quando se vê mergulhado em “várias provações” porque
ele sabe (“sabendo”, v.3) “que a prova da vossa fé produz a paciência” (v.3). O
resultado da provação é a paciência ou a perseverança. São nas provações que aprendemos
a perseverança, que é a capacidade de mantermo-nos firmes mesmo quando tudo
está dando errado, mesmo quando tudo parece estar conspirando contra nós. Não
se engane: ninguém aprende a perseverar, ninguém cresce e amadurece na fé, sem
passar por provações. São as provações que aperfeiçoam a fé e o caráter
cristãos.
Como assevera o
apóstolo Pedro: “agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco
contristados com várias tentações [Peirasmos], para que a prova da vossa fé,
muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em
louvor, e honra, e glória na revelação de JESUS CRISTO” (1 Pe 1.6,7).
A IMPORTÂNCIA
DE NÃO ESMORECER NAS PROVAÇÕES E DA SABEDORIA PARA O COMPLETO CRESCIMENTO
ESPIRITUAL
“Tenha, porém,
a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem
faltar em coisa alguma”. “A obra da perseverança deve ser completada em suas
vidas para que vocês sejam realmente aperfeiçoados, maduros, fortalecidos na
fé”. Isto é, não basta entender o propósito das provações; é preciso enfrentar
até o fim esse processo, não parar no meio do caminho, para finalmente se
chegar ao resultado desejado.
Eles devem
também, caso sintam necessidade, pedir sabedoria a DEUS. Se “a paciência” tiver
“a sua obra completa” em suas vidas e, mesmo assim, eles sentirem que ainda
lhes falta alguma coisa, que não têm ainda toda a sabedoria almejada, devem,
então, pedi-la a DEUS: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a
DEUS, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada”
(v.5).
O apóstolo
Tiago está afirmando nesses versículos é, em síntese, que o cristão deve
aceitar as ordens da providência divina com gratidão.
A ORIGEM DAS
TENTAÇÕES
Ele declara que
elas não provêm de DEUS (v. 13) e também não faz nenhuma referência a elas
procederem diretamente do Diabo ou do mundo. O apóstolo assevera que a tentação
tem a sua origem, na verdade, no próprio ser humano, em sua natureza pecaminosa
(w. 14,15). Ou seja, o mundo e o Diabo são apenas agentes indutores externos da
tentação - “cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência” (v. 14) - É importante frisar ainda que ser tentado não é
pecado; pecado é ceder à tentação.
O prêmio eterno
para quem sofre e vence as tentações
O prêmio eterno
do cristão que sofre e vence as provações já está garantido: “Bem-aventurado o
varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que O amam” (Tg 1.12). Aleluia! Está é
a razão pela qual o cristão pode transformar suas provações em grandes
alegrias: ele sabe que maior é o galardão daquele que, mesmo sendo muito
provado, permanece firme em sua fé.
“... se fazendo
o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a DEUS. Porque para isto
sois chamados, pois também CRISTO padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para
que sigais as suas pisadas” (I Pe 2.20,21).
Severino Pedro
Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS preparou para
você. Editora CPAD. pag. 86-87.
Hb 5.8 A
obediência que aprendeu (5.8). Por aquilo que padeceu Ele aprendeu a
obediência. No entanto, nosso Senhor nunca havia sido desobediente, nem teve
nenhum tipo de inclinação para isso. Como então poderia aprender obediência?
Somente no sentido de que a obediência que causa tremenda angústia assume uma
nova dimensão. Em relação a JESUS, o amor pelo Pai era tamanho que a obediência
sempre tinha sido um prazer. Nunca houve qualquer hesitação ou o sentimento de
um preço doloroso. Mas aqui se exigia uma obediência num aspecto que tocava o
próprio relacionamento do Pai com o Filho, uma exigência que na sua essência
não podia ser um prazer, mas um castigo. Quando a obediência é fácil precisa
estar sob suspeita. Talvez não passe de um egoísmo disfarçado ou simplesmente
uma política de conveniência. Mas quando a obediência custa um coração
quebrantado é porque a lição foi aprendida e a sua genuinidade autenticada.
O nosso Senhor
teve de aprender este aspecto pela experiência pessoal, bebendo o copo até a
última gota, ainda que era Filho. Se o Filho quisesse tornar-se o sumo
sacerdote salvador, adequado para todas as necessidades dos homens, precisava
ir até o fim e ser aprovado em todos os sentidos. Somente um sumo sacerdote
completamente submisso a DEUS poderia representar DEUS perante o homem e o
homem perante DEUS. A dignidade da pessoa de CRISTO como Filho não poderia
isentá-lo da humilhação do sofrimento, se ele fosse cumprir seu chamado como
servo sofredor de DEUS (Is 53). A perfeição da obediência e a extremidade do
sofrimento implicada neste versículo tenderia a apoiar a exposição do versículo
7 de que sua oração não foi “ouvida” no sentido de que ele não foi isento de
tomar o “copo”.
Gramaticalmente,
tudo até aqui nos versículos 7,8 está subordinado ao sujeito principal e ao
predicado aprendeu a obediência. O sentido, portanto, é que, apesar do “grande
clamor e lágrimas” do nosso Senhor, e apesar do fato de que o Pai os viu e
ouviu, e apesar do fato de JESUS ser o Filho, era necessário que sofresse para
aprender pela experiência a plena inteireza da obediência.
Richard S.
Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 53-54.
Mt 5.10 Os que
sofrem perseguições por causa da justiça são bem-aventurados. Este é o maior
paradoxo de todos, e é peculiar ao cristianismo. Consequentemente, é deixado
para o final, e é mais reforçado do que qualquer um dos outros (w. 10-12). Esta
bem-aventurança, como o sonho de Faraó, é dupla, porque é dificilmente
reconhecida, e ainda assim, ela é garantida; e na última parte, há a mudança do
sujeito: “Bem-aventurados sois vós”, meus discípulos e seguidores. Em outras
palavras: “E com isto que vocês, que têm virtudes abundantes, devem estar mais
imediatamente preocupados; pois vocês devem contar com as dificuldades e os
problemas, mais do que outros homens”. Observe aqui:
1. A descrição
do caso dos santos sofredores; este é um caso difícil, que desperta a
compaixão. (1) Eles são perseguidos, caçados, e capturados, como os animais
nocivos, que são procurados para serem destruídos; como se um cristão tivesse
uma cabeça de lobo, como um malfeitor - qualquer pessoa que o encontre pode
matá-lo. Eles são abandonados como os dejetos de todas as coisas; multados,
aprisionados, expulsos, privados de suas propriedades, excluídos de todos os
lugares de confiança e que podem trazer lucro, espancados, atormentados,
torturados, sempre entregues à morte e considerados como ovelhas para o
matadouro. Este tem sido o efeito da inimizade da semente da serpente contra a
semente sagrada, desde os tempos do justo Abel. Era assim na época do Antigo
Testamento, como vemos em Hebreus 11.35ss. CRISTO nos disse que seria assim
também com a igreja cristã, e não devemos pensar que isto é estranho (1 Jo
3.13).
Ele nos deixou
um exemplo.
(2) Eles são
injuriados, e têm todos os tipos de maldades falsamente ditas contra si.
Apelidos e palavras de acusação se ligam a eles, sobre pessoas, em particular,
e sobre a geração dos justos, de maneira geral, para fazê-los odiados; algumas
vezes, para fazê-los formidáveis, para que possam ser atacados poderosamente;
diz-se contra eles coisas que não sabiam (SI 35.11; Jr 20.18; At 17.6,7).
Aqueles que não tinham poder em suas mãos para causar algum outro prejuízo,
ainda podiam fazer isto. E aqueles que tinham poder para persegui-los, também
achavam necessário fazê-lo para se justificarem da forma bárbara como os
tratavam. Eles não podiam tê-los importunado, se não os tivessem vestido em
peles de lobos; nem teriam lhes dado o pior dos tratamentos, se não os tivessem
representado, primeiramente, como os piores dentre os homens. Eles serão
injuriados e perseguidos. Observe que injuriar os santos é persegui-los, e isto
será descoberto em breve, quando as palavras duras forem computadas (Jd 15),
como também os cruéis escárnios (Hb 11.36). Eles dirão todo tipo de maldade
contra vocês, com falsidade; algumas vezes, diante do trono do julgamento, como
testemunhas; algumas vezes, no assento do escarnecedor, com zombarias
hipócritas nas festas; eles são a canção dos bêbados. Algumas vezes diretos,
como Simei amaldiçoou Davi; algumas vezes, pelas costas, como fizeram os
inimigos de Jeremias. Observe que não há maldade tão negra e horrível que, em
uma ocasião ou em outra, não tenha sido dita, em falsidade, sobre os discípulos
e seguidores de CRISTO. (3) “Por causa da justiça” (v. 10); “por minha causa”
(v. 11). Por causa da justiça, portanto por causa de CRISTO, pois Ele está
muito interessado na obra da justiça. Os inimigos da justiça são inimigos de
CRISTO; Isto exclui da bem-aventurança aqueles que sofrem justamente, e têm
maldades ditas com verdade pelos seus crimes reais; que eles se envergonhem e
se confundam, isto é parte da sua punição. Não é o sofrimento que faz o mártir,
mas a causa. Os mártires são aqueles que sofrem por causa da justiça, que
sofrem por não pecarem contra suas próprias consciências, e que sofrem por
fazer o que é bom. Qualquer que seja a desculpa que os perseguidores tenham, é
no poder da santidade que eles têm um inimigo; é realmente CRISTO e a sua
justiça que são difamados, odiados e perseguidos. “As afrontas dos que te
afrontam caíram sobre mim” (SI 69.9; Rm 8.36).
2. O consolo
dos santos sofredores é apresentado.
(1) Eles são
“bem-aventurados”; pois agora, na sua vida, recebem males (Lc 16,25), e os
recebem em grande medida. Eles são bem-aventurados, pois é uma honra para eles
(At 5.41); é uma oportunidade de glorificar a CRISTO, de fazer o bem e de
sentir consolo especial e visitas de graça e sinais da presença do Senhor (2 Co
1.5; Dn 3.25; Rm 8.29).
(2) Eles serão
recompensados; “deles é o reino dos céus”. Na atualidade, eles têm direito a
ele, e têm doces antecipações dele; e em breve tomarão posse dele. Embora não
haja nada nestes sofrimentos que possa, a rigor, ser digno de DEUS (pois os
pecados do melhor merecem o pior), ainda assim o reino dos céus é aqui
prometido como recompensa (v. 12). “Grande é o vosso galardão nos céus” . Tão
grande, a ponto de transcender o serviço. Está no céu, no futuro e fora do
alcance da vista; mas está bem guardado, fora do alcance do acaso, da fraude, e
da violência. Observe DEUS irá cuidar daqueles que perdem por Ele, ainda que
seja a própria vida, para que não o percam no final. O céu, no final, será uma
recompensa abundante por todas as dificuldades que enfrentamos no nosso
caminho. Isto é o que tem sustentado os santos sofredores de todas as épocas,
esta alegria que está diante deles.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 47-48.
I – O
FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2, 12).
1. O que é
tentação.
I. Definição
1. Massah,
"teste". "provação". Palavra hebraica usada por cinco
vezes. Deu. 4:34; 7:19; 29:3;, SaL 95:8; Jó 9:23.
2. Peirasmôs,
"teste", "prova". Palavra grega usada por vinte vezes: Mal.
6:13; 26:41; Mar. 14:38; Luc. 4:13; 8:13; 11:4; 22:28,40,46; Atos 20:19; 1 Cor.
10:13; Gál. 4:14; 1 Tim. 6:9; Heb. 18; Tia. 1:2,12; 1 Ped. 1:6; 11 Ped. 2:9 e
Apo.3:10.
3. Peirázo,
''testar'', "submeter à prova". Vocábulo grego que ocorre por trinta
e seis vezes: Mal. 4:1,3; 16:1; 19:3; 22:18,35; Mar. 1:13; 8:11; 10:2; 12:15;
Luc. 4:2; 11:16; João 6:6; 8:6; Atos 5:9; 9:26; 15:10; 16:7; 24:6; 1 Cor. 7:5;
10:9,13; 11 Cor. 115; GáI. 6:1; 1 Tes. 3:5; Heb. 2:18; 3:9 (citando Sal. 95:9);
4:15; 11:17,37; Tia. 1:13,14; Apo. 12,10; 3:10.
No original
grego, tentação é "peirasmos", que significa "teste",
"provação", "tentação para a prática do mal".
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora
Hagnos. pag. 350-351.
TENTAR,
TENTAÇÃO Os termos heb. e gr. para "tentar" (heb. massa, gr. peirazo,
ekpei-razo) e "tentação" (heb. nasa, gr. peirasmos) podem, às vezes,
ter o significado de "induzir ao pecado", que tão fortemente colore
nossas palavras em português "tentar" e "tentação". Mas seu
principal e predominante significado é o de "testar o valor e o caráter de
homens" e, às vezes, os de DEUS. Nesse sentido, os cristãos devem se
examinar para se certificarem de que suas palavras e ações evidenciam que eles
são crentes genuínos (2 Co 13.5; cf. 2 Pe 1.10).
Semelhantemente,
DEUS testa, no AT, a veracidade da confiança que seu povo tem nele, como no
caso de Abraão (Gn 22.1), Israel (Êx 15.25; 16.4), a tribo de Levi (Dt 33.8),
Ezequias (2 Cr 32.31) e o salmista (SI 26.2). O NT diz que DEUS (ou CRISTO)
provou a fé de Filipe (Jo 6.6) e de Abraão (Hb 11.17; cf. Gn 22.1).
Na sua
providência, DEUS usa os eventos da vida cotidiana para testar a professada fé
e o caráter dos cristãos. O teste pode resultar em severos tormentos, tanto
físicos quanto espirituais (Hb 11.37; 1 Pe 4.12). DEUS usou severos fenómenos
naturais (Êx 20.18-20), as dificuldades das peregrinações pelo deserto (Dt
8.2), e a opressão das tribos cananeias para testar Israel (Jz 2.21,22). Aos
cristãos não é prometida a ausência de provas, mas a força necessária para
suportá-las (1 Co 10.13; 2 Pe 2.9; cf. 1 Pe 4.1,12-16). O próprio CRISTO, ao se
tornar humano, passou por toda sorte de testes mentais e físicos (Hb 2.18;
4.15).
Crê-se que até
mesmo coisas são testadas ou provadas, como por exemplo uma espada (1 Sm
17.38), uma reputação (1 Rs 10.1; 2 Cr 9.1) e convicções (Dn 1.12,14). Tanto a
palavra heb. quanto a gr., às vezes, têm o significado de tentar fazer algo. Em
uma pergunta retórica, DEUS questiona: "...ou se um deus intentou ir tomar
para si um povo..." (Dt 4.34). Os homens tentam se comunicar (Jó 4.2) ou
se juntar a outros (At 9.26). Os termos gregos e hebraicos traduzidos como
"tentar" e "tentação" também aparecem no mau sentido de
"induzir ao pecado". O Diabo é acusado de ser o instigador de tais
provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5,6). Até mesmo na vida dos cristãos ele exerce grande
pressão para o pecado
(1 Co 7.5; 1 Ts
3.5; Ap 2.10). Sucumbir a tais tentações pode demonstrar que a profissão do
cristão não é sincera (Lc 8.13). A tentação para pecar frequentemente se
origina de pensamentos malignos e da concupiscência (Tg 1.14); provocações às
quais um forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1 Tm 6.9). Contudo, a
tentação para pecar nunca vem de DEUS (Tg 1.13). O cristão deve orar por
libertação de todas essas tentações (Mt 6.13; Lc 11.4). A tentação, no mau
sentido, também pode tomar a forma de testar o outro na esperança de expor seus
pontos fracos, e usá-los contra a própria pessoa. Os inimigos de CRISTO
frequentemente tentaram empregar essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3;
22.35; Lc 20.23).
Algumas vezes a
Bíblia fala de homens testando ou tentando a DEUS. Por exemplo, Israel tentou a
DEUS no deserto (Êx 17.2,7; Nm 14.22; SI 95.8,9; 1 Co 10.9), e os fariseus e
saduceus tentaram a JESUS (Mt 16.1; Mc 8.11; 10.2). Além disso, os cristãos
professos podem tentar a DEUS. Ananias e Safira o fizeram ao mentir (At 5.9).
Cristãos judeus o fizeram, trazendo empecilhos aos crentes gentios (At 15.10).
Paulo advertiu os coríntios a respeito da incredulidade, da idolatria, do modo
de vida ímpio, da atitude de tentar a CRISTO e da murmuração (1 Co 10.7-10; cf.
Nm 21.4-9).
Quando
confrontado pelas tentações, o cristão tira o encorajamento necessário do
conhecimento de que ele não os enfrenta sozinho. DEUS já removeu o crente do
domínio de Satanás e o colocou em seu próprio reino e família (Cl 1.12,13). As
tentações que Satanás traz estão sempre dentro dos limites permitidos por DEUS
(Jó 1.8-12; 2.3-6). Além disso, o cristão tem o exemplo da vitória de CRISTO
sobre o pecado (Hb 4.15) e a promessa da sua ajuda (Hb 2.18). Mesmo quando o
cristão sucumbe à tentação e ao pecado, ele ainda tem a promessa de perdão
disponível através da contínua, eficaz e redentora graça de CRISTO (Hb 4.14-16;
1 Jo 2.1).
A recompensa
dos cristãos por sua fiel resistência a todos os tipos de tentação é a coroa de
vida (Ap 2.10).
Os exemplos
mais conhecidos de tentação nas Escrituras são a indução de Adão e Eva ao
pecado no jardim do Éden por Satanás (Gn 3.1-7; 1 Tm 2.13,14) e a tentação de
CRISTO no deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13).
Comparando-se
essas tentações, nota-se que Eva (em comum acordo com Adão) sucumbiu à tentação
por dar atenção excessiva aos desejos físicos (por exemplo, a comida) e às
posses materiais dessa vida (o belo fruto que ela desejava), e por se entregar
a um orgulho precipitado (supunha-se que o fruto traria sabedoria). Se por um
lado CRISTO, o segundo Adão (Rm 5.12-21; 1 Co 15.22) sentiu todo o peso do
teste, por outro Ele superou completamente a tentação em cada uma dessas áreas
(por exemplo, a tentação de transformar pedras em pães; de desejar obter para
si os reinos do mundo; e, com um orgulho presunçoso, se atirar do Templo). Por
ter experimentado e triunfado sobre essas e outras tentações, o Senhor JESUS
CRISTO é capaz de se compadecer e ajudar seu povo nas tentações que enfrenta.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1908-1909.
Hb 4.14 JESUS é
um grande Sumo Sacerdote, melhor que todos os sumos sacerdotes de Israel. Aqui
estão as razões:
• Os sumos
sacerdotes eram humanos e pecadores. JESUS intercede a DEUS pelas pessoas como
o Filho de DEUS, que não tem pecado, o qual é, ao mesmo tempo, humano e divino.
Hb 4.15 Pelo
fato de JESUS, o nosso Sumo Sacerdote, ter-se tornado como nós. Ele
experimentou a vida humana de uma forma completa. Ele cansou-se, teve fome, e
enfrentou as limitações humanas normais. Dessa forma.
JESUS entende
as nossas fraquezas. Não apenas isso, mas Ele também em tudo foi tentado, mas
sem pecado. JESUS, em sua humanidade, sentiu a luta e a realidade da tentação.
O texto em Mateus 4.1-11 descreve uma série específica de tentações do Diabo,
mas JESUS provavelmente enfrentou tentações ao longo de toda a sua vida
terrena, assim como nós as enfrentamos (veja 1 Jo 2.16).
Hb 4.16 “Graça”
significa favor imerecido. A nossa capacidade de nos aproximarmos de DEUS não
vem de nenhum mérito próprio que tenhamos, mas depende inteiramente dele. DEUS
promete ajudar-nos no momento certo — no tempo dele. Isto não significa que
DEUS promete resolver todas as necessidades no exato momento em que o
buscarmos. Tampouco significa que DEUS apagará as consequências naturais de
qualquer pecado que foi cometido. Significa, porém, que DEUS ouve, cuida, e
responderá do seu modo perfeito, em seu tempo perfeito.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 599-600.
Hb 4.15 Porque
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
No versículo 18
do capítulo 2 desta epístola está escrito: “Porque, naquilo que ele mesmo,
sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”. Aprendemos destes
textos e de outros similares das Escrituras que a tentação em si mesma não é
pecado. Ela pode induzir alguém ao pecado, se houver espaço e lugar para tal
procedimento. Quando JESUS esteve aqui entre os homens, Ele “em tudo foi
tentado”, isto é, Ele passou a ser alvo das “mesmas paixões que nós”. Contudo,
Ele nunca cedeu a uma só dessas paixões, nem por pensamento e nem por atos, por
cuja razão o escritor sagrado conclui dizendo: "... [Ele] em tudo foi
tentado, mas sem pecado”. A tentação sempre visa destruir a fé daquele que se
encontra em paz com DEUS. Ela vem à pessoa humana por várias vias de acesso que
conduzem ao coração, sendo a “concupiscência” o veículo transmissor da sedução,
que vem em primeiro lugar, e quando cedida pode conduzir à morte (cf. Tg
1.14,15).
Severino Pedro
Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS preparou para
você. Editora CPAD. pag. 78.
Mas sem pecado.
Embora seja perfeitamente verdadeiro que JESUS não enfrentou a tentação com a
desvantagem do pecado original, esta não é a ideia aqui. O que o autor de
Hebreus ressalta neste texto é que JESUS não cedeu uma única vez à tentação.
Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como nós, não poderia
compreender os nossos sentimentos em nossas muitas tentações; por outro lado,
se não tivesse sido perfeitamente vitorioso, não poderia ajudar-nos, mas
necessitaria Ele próprio de ajuda.
Richard S.
Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 48-49.
«...DEUS é
fiel...» E isso pelas razões expostas em seguida —ele exerce controle sobre
todas as tentações que sobrevêm ao crente em sua vida, ele permite somente
aquelas tentações que podem ser toleradas, sem importar se essas assumem a
forma de testes, de sofrimentos, de perseguições ou de incitações para a
prática do mal. Além disso, DEUS provê sempre um meio de escape, quando somos
assediados pelas tentações, desviando aquelas outras que, de modo algum,
poderíamos suportar. Sim, DEUS é «...fiel...» no sentido de «digno de
confiança», como alguém em quem se pode confiar, no que diz respeito a essa
questão das tentações.
Por Que Ê
Importante Resistir à Tentação?
1. A tentação,
se não for dominada, destrói a fibra moral.
2. Há uma
bem-aventurança especial pronunciada em prol daqueles que resistirem às
tentações, a saber, a «coroa da vida», e isso por promessa de DEUS (ver Tia.
1:12).
3. Isso
significa que a santificação conduz à glória, o que é um tema ensinado em
vários lugares do N.T. (Ver Mat. 5:48 e II Tes. 2:13).
4. Os testes,
por si mesmos, podem ser forças que nos ajudem em nosso desenvolvimento
espiritual; isso é explicado abundantemente em Atos 14:22.
«Bem-aventurado
o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido
aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam»
(Tia. 1:12).
«...juntamente
com a tentação...» No original grego temos «...o livramento...», com o artigo
definido, o que certamente indica «o meio de escape». Mui provavelmente isso
quer dizer que no caso de cada tentação, manifestar-se-á alguma maneira pela
qual podemos escapar ao mal, algum meio que nos capacite a suportar a dor e a
tristeza.
«É uma
demonstração de covardia cedermos à tentação, bem como um voto de desconfiança
a DEUS». (Robertson, in loc.).
A parte
seguinte do presente versículo deixa entendido que o «escape» só aparece
através da resistência e da persistência do crente.
«...de sorte
que a possais suportar...» Notemos que não nos é dado o «escape» por meio da
ausência de toda a tentação; nem nos é outorgado o «escape» porque logo somos
livres da tribulação. Antes, esse «escape» nos é proporcionado ‘porque’ temos
podido resistir e chegar ao triunfo. Somente essa forma de escape e de
disciplina é que pode produzir qualquer crescimento cristão substancial.
«Com
frequência, o único ‘escape’ se verifica através da ‘resistência’. Ver Tia.
1:12». (Vincent, in loc.).
«Veja uma porta
aberta para sua saída; e o homem continuará lutando, levando a sua carga. A
palavra grega ‘ekbasis’ (escape) significa ‘saída’, escape para longe da luta.
Logo em seguida aparece ‘upenegkein’ (sustentar debaixo de algo), em que esta
última ação é possibilitada pela esperança relativa àquela primeira. Quão
diferente é tudo isso da consolação estoica dos suicidas: ‘A porta continua
aberta’! No caso desta epístola aos Coríntios, a ideia de ‘tentação’ deve
incluir tanto as atrações em direção à idolatria como as perseguições que o
abandono da idolatria envolve». (Findlay, in loc.).
«Neste
versículo encontramos talvez a exposição mais prática, e, portanto, mais clara,
que se pode achar acerca da doutrina do livre-arbítrio humano, em relação ao
poder governador de DEUS. DEUS abre a estrada, mas o próprio homem deve
‘caminhar’ por ela. DEUS controla as circunstâncias; mas o homem se utiliza
delas. É nesse ponto que jaz a sua responsabilidade como homem». (John Short,
in loc).
«.. .A
providencia de DEUS abre um caminho em meio a teia. DEUS sempre abre uma brecha
nessa fortaleza doutra maneira inexpugnável. No caso de alguma alma reta entrar
em dificuldades e apertos, podemos descansar certos de que haverá um ‘meio de
escape’, tal como houve uma ‘entrada’; e também que o teste jamais ultrapassará
as forças que DEUS dá a cada qual, para que possa suportar à prova». (Adam
Clarke, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 154-155.
2.
Fortalecimento após a tentação (v.2).
Tg 1.2 “Por
várias provações”: momentos altos e baixos, a aflição na vida pessoal e na vida
dos semelhantes, as dificuldades econômicas e profissionais, aflições
específicas que atingem os cristãos: as pessoas em torno deles os
ridicularizam, deixam de lado, observam com a finalidade de poder criticar.
Naquele tempo os judeus, com os quais, afinal, tinham tanto em comum,
hostilizavam os cristãos.
“Entrardes”:
entra-se em tais provações como em uma tempestade repentina.
É verdade que a
Bíblia nos diz que não precisamos ocultar quando também estamos tristes em
diversos tormentos (1Pe 1.6). Sim, ela nos diz que o próprio JESUS esteve
triste quando atribulado (Mt 26.38; Hb 5.7). Mas Tiago escreve: a rigor, deveis
e podeis vos alegrar com vossas tribulações.
Fritz
Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
Tg 1.2 Como
pode alguém ter grande gozo ao passar por tentações ou provações? Esta é uma
recomendação admirável – devemos decidir ficar alegres em situações em que a
alegria seria, naturalmente, a nossa última reação. Quando determinadas
circunstâncias nos irritam e nós queremos culpar o Senhor, Tiago nos dirige
para a alternativa mais saudável - a alegria. Aqueles que confiam em DEUS devem
exibir uma resposta positiva e radicalmente diferente diante dos eventos
difíceis da vida.
A nossa atitude
deve ser de alegria genuína. Não é uma alegre previsão antes das provações. Ao
contrário, é a alegria durante as provações.
A alegria
baseia-se na confiança no resultado da provação. É a percepção surpreendente de
que as provações representam a possibilidade de crescimento. Por outro lado,
muitas pessoas ficam felizes quando escapam às dificuldades.
Mas Tiago nos
incentiva a sentirmos alegria pura mesmo diante das dificuldades. Tiago não
está incentivando os crentes a fingirem estar felizes. Alegrar-se vai além da
felicidade.
A felicidade
concentra-se em circunstâncias terrenas e no quanto as coisas vão bem por aqui.
O gozo concentra-se em DEUS e na sua presença em nossas experiências.
A palavra
“quando” não deixa muito espaço para a dúvida. Somos encorajados a nos sentir
alegres quando passarmos por todos os tipos de aflições, e não se as
enfrentarmos.
Provações,
problemas, situações adversas podem roubar a nossa alegria se não adotarmos a
atitude correta. De onde vem este problema? Os problemas e as tentações que
enfrentamos podem ser dificuldades que vêm de fora ou tentações que vêm de
dentro. Um problema pode ser uma situação difícil que põe à prova a fé de uma
pessoa, como uma perseguição, uma decisão moral difícil, ou uma tragédia. O
caminho da vida está cheio de tais provações.
Suportar a
provação não é suficiente. O objetivo de DEUS ao permitir que ocorra este
processo é desenvolver a maturidade completa em nós.
Considerar que
os seus problemas podem ser motivo de alegria vem da atitude de ver a vida
tendo em mente a perspectiva de DEUS.
Podemos não ser
capazes de compreender as razões específicas para DEUS permitir que
determinadas experiências nos esmaguem e esgotem, mas podemos estar confiantes
de que o seu plano é para o nosso bem. O que pode parecer desanimador ou
impossível para nós nunca parece da mesma maneira para DEUS!
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 662-663.
I Ped 1.7
Embora DEUS possa ter diferentes objetivos nas provações que o seu povo
enfrenta, um resultado preponderante de todas as provações está claro: elas
provam a fé das pessoas, mostrando que esta fé é forte e pura. Para DEUS, a fé
dos crentes é muito mais preciosa do que o ouro, a substância mais valiosa e
durável daquela época.
A fé verdadeira
é indestrutível e durará por toda a eternidade. No entanto, ela pode suportar o
fogo das provações, lutas e perseguições que a purificam, removendo impurezas e
defeitos. DEUS valoriza uma fé provada pelo fogo (ou pelas “dificuldades”).
Por meio das
provações, DEUS queima a nossa autossuficiência e as nossas atitudes egoístas,
para que a nossa autenticidade possa refletir a sua glória e lhe traga louvor.
Como as
provações provam a força e a pureza da fé de alguém? Uma pessoa que vive uma
vida confortável pode achar muito fácil ser um crente. Mas conservar a fé
diante do ridículo, da calúnia, da perseguição ou até mesmo da morte prova o
verdadeiro valor daquela fé. Esta fé resulta em louvor, honra e glória
concedidos aos crentes pelo próprio DEUS, quando JESUS CRISTO retornar (na
revelação) para julgar o mundo e levar os crentes para casa.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 706.
I Ped 1.7 Na
sequência é exposta a finalidade das provações: para que o que é autêntico de
vossa fé seja constatado como muito mais precioso que ouro perecível, que é
apurado por fogo, para louvor e glória e honra na revelação de JESUS como
Messias. O presente versículo tem por base uma comparação frequente na Bíblia
(Sl 12.6; Pv 17.3; 27.21; Ml 3.3). Para saber se o ouro é autêntico, ele
precisa ser derretido no fogo. Isso não afeta o ouro em nada, mas todas as
impurezas são expulsas no processo, e aquilo que é autêntico, que realmente tem
valor, se destaca com pureza.
Ainda que o
diabo concentre toda a sua intenção em arrastar as pessoas para longe de DEUS
em sua rebelião antidivina, naquele dia com certeza será flagrante que não teve
sucesso em incontáveis pessoas (Ap 7.9s). Chama atenção que o texto deixa em
aberto a questão de a quem, afinal, são dirigidos o louvor e a honra.
Certamente o faz de forma pensada. Porque a glorificação do Redentor em sua
revelação é ao mesmo tempo a revelação e glorificação de seus redimidos (Rm
8.17; 1Jo 3.2), e em tudo isso são conferidos louvor, glória e honra ao próprio
Pai. Porque o alvo é a honra de DEUS (1Co 15.28). É para isso que JESUS virá,
para “ser glorificado em seus santos e ser admirado em todos que vieram a ele”
(2Ts 1.10). “Quando, porém, se manifestar o Messias, nossa vida, então também
vós sereis manifestos junto com ele em glória” (Cl 3.4).
Fritz
Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
Existem três
espécies de valor: 1. Algumas coisas possuem um valor intrínseco ou primário,
por serem valiosas por si mesmas. Nessa categoria se acha a água por exemplo.
Não podemos viver sem água. 2. Há coisas que possuem um valor secundário, por
causa do uso que lhe podemos dar como se dá no caso de um instrumento. Seu
metal talvez não valha grande coisa; mas a sua ·utilidade» a torna valiosa. 3.
Além disso, há valores terciários ou subjetivos—como quando uma pessoa atribui
valor a uma fotografia, porque está sentimentalmente preso a ela. O papel é de
valor extremamente baixo; outras pessoas não estão interessadas no mesmo;
porém, uma ou mais pessoas poderão dará uma fotografia um grande valor, devido
àquilo que ela representa. O ouro cabe dentro desta terceira categoria. Só é
valioso porque os homens o supõem valioso, em seu raciocínio subjetivo. Tal
raciocínio, entretanto, pode modificar-se. Se descobrirmos grandes depósitos de
ouro em um outro planeta, e esse tornar-se disponível em grande abundância na terra,
o ouro perderá o seu valor relativo.
Não acontece a
mesma coisa com a fé. diz Pedro. Quando é testada no fogo, e é comprovadamente
genuína, terá muito mais valor que todo o ouro da terra. Por essa mesma razão é
que disse o Senhor JESUS: «Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e
perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma?»(Marc. 8:36,37).
Mediante a fé, um homem é «guardado para a salvação», contanto que com ela
combine o poder de DEUS e se aproveite do mesmo. A alma é o elemento do homem
dotado de valor primário ou intrínseco, e isso em um grau incalculável.
«O ponto
frisado é que se o ouro temporal tem valor para ser trabalhosamente refinada,
quanto mais a fé se reveste de um valor eterno».
(Hunter. in
loc.).
...revelação de
JESUS CRISTO... Está em foco a «parousia», tal como nos versículos quinto e
décimo terceiro . A segunda vinda de CRISTO será a revelação de sua pessoa e de
sua glória: e assim o homem dará um grande salto à frente, para descobrir o
centro e a razão de sua existência, o que finalmente, haverá de caracterizar a
todas as coisas, conforme explica o primeiro capítulo da epístola aos Efésios.
Ele será então revelado como Salvador, Juiz, Senhor universal, centro de tudo.
razão da existência e alvo de toda a existência. (Comparar com I Cor. 1:7 e II
Tes. 1:7). «Em todas essas passagens, denota a revelação de CRISTO em sua
majestade, como Juiz e Galardoador». (Bigg. in loc.). Porém, parece que está
envolvido ainda mais do que isso, segundo é explicado mais acima.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 98.
Lc 4. 1-13. A
Tentação de JESUS
Naquilo que é o
principal, os relatos de Mateus e Lucas contêm as mesmas informações, mas
diferem quanto aos seguintes aspectos:
1) Eles não
mencionam a segunda e a terceira tentações na mesma ordem. Mateus coloca a
tentação de saltar do pináculo do Templo em segundo lugar, ao passo que no
texto de Lucas ela está em terceiro lugar. A tentação de aceitar os reinos do
mundo, então, é a terceira em Mateus e a segunda em Lucas.
2) Lucas diz
que JESUS foi tentado durante os quarenta dias do jejum e também
posteriormente; Mateus não menciona estas outras tentações.
3) Segundo
Mateus, depois que Satanás mostra a JESUS os reinos deste mundo, ele diz: “Tudo
isto te darei”. Lucas enfatiza a autoridade e a glória destes reinos. De acordo
com Lucas, Satanás diz Dar-te-ei a ti todo este poder (literalmente,
“autoridade”) e a sua glória (6).
4) Quanto à
mesma tentação, em Lucas, acrescenta-se ao texto de Mateus o seguinte: porque a
mim me foi entregue, e o dou a quem quero (6).
5) Na tentação
de saltar do pináculo do Templo, Mateus chama a cidade de “Cidade Santa”,
enquanto Lucas a chama pelo nome, Jerusalém (9). Aqui, o motivo de Lucas é,
obviamente, esclarecer os leitores gentios.
Estas
diferenças não alteram em nada os ensinos relativos à tentação de JESUS.
Barclay
intitula esta seção como “A batalha contra a tentação” e assim a esquematiza:
1) A tentação de subornar as pessoas com presentes materiais, 2-4; 2) A
tentação de fazer acordos ou concessões, 5-8; 3) A tentação de dar
demonstrações sensacionais às pessoas, 9-12. Poderíamos acrescentar mais uma:
4) As recompensas da vitória sobre a tentação, 13-14.
Charles L.
Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag.
Lc 4.1,2 A
palavra “E” retoma a história de 3.22.
JESUS voltou do
Jordão e foi... ao deserto. JESUS tomou a ofensiva contra o inimigo, o diabo,
indo ao deserto para enfrentar a tentação.
Satanás é um
ser real, um anjo criado, mas rebelde e caído, e não um símbolo ou uma ideia.
Ele luta constantemente contra DEUS e aqueles que seguem e obedecem a DEUS.
Satanás não é onipresente, nem é todo poderoso.
Por meio dos
espíritos malignos sob o seu domínio, Satanás trabalha em todas as partes,
tentando afastar as pessoas de DEUS e atraí-las à sua própria escuridão.
A expressão foi
tentado descreve uma ação contínua; JESUS foi tentado constantemente durante os
quarenta dias. O ESPÍRITO levou JESUS ao deserto onde DEUS pôs JESUS à prova -
não para ver se JESUS estava pronto, mas para mostrar que Ele estava preparado para
a sua missão. Satanás, no entanto, tinha outros planos; ele esperava distorcer
a missão de JESUS tentando-o para fazer o mal. Por que era necessário que JESUS
fosse tentado? A tentação faz parte da experiência humana. Para que JESUS fosse
completamente humano, Ele tinha que enfrentar a tentação (veja Hb 4.15). JESUS
tinha de desfazer o que Adão tinha feito. Adão, embora criado perfeito cedeu à
tentação, e assim o pecado entrou na raça humana. JESUS, por outro lado,
resistiu a Satanás. A sua vitória oferece a salvação aos descendentes de Adão
(veja Rm 5.12-19). Durante estes quarenta dias, JESUS não comeu coisa alguma,
de modo que ao final Ele teve fome. A condição de JESUS como Filho de DEUS não
tornava o seu jejum mais fácil; o seu corpo físico sofria a fome severa e a dor
de estar sem alimento. As três tentações registradas aqui ocorreram quando
JESUS estava na sua condição física mais enfraquecida.
Lc 4.3 À
primeira vista, este parece ser um ato relativamente inofensivo, até mesmo uma
sugestão piedosa. JESUS rinha muita fome, então por que não usar os recursos
sob o seu comando e transformar uma pedra em pão? Neste caso, entretanto, o
pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele. O diabo estava tentando
fazer JESUS tomar um atalho para resolver o seu problema imediato à custa de
seus objetivos de longo prazo, procurando o conforto através do sacrifício da
sua disciplina. Satanás normalmente trabalha desta forma - persuadindo as
pessoas a realizar uma ação, até mesmo uma boa ação, por um motivo errado ou na
hora errada. O fato de que alguma coisa não seja propriamente errada não
significa que é boa para alguém em determinado momento. Muita gente peca
tentando satisfazer desejos legítimos não incluídos na vontade de DEUS, ou,
antes do momento definido por Ele.
4.4 JESUS
respondeu a Satanás com o que está escrito nas Escrituras. Nas três citações de
Deuteronômio, encontradas em Lucas 4.4, 8 e 12, o contexto mostra que Israel
fracassou em cada um dos testes. JESUS mostrou a Satanás que embora o teste
pudesse ter feito Israel fracassar, isto não funcionaria com Ele. JESUS
compreendia que a obediência à missão do Pai era mais importante do que comida.
Fazer pão para si teria mostrado que Ele não havia deixado todos os seus
poderes de lado, nem se humilhado e nem se identificado completamente com a
raça humana. Mas JESUS recusou-se a fazê-lo, mostrando que só usaria os seus
poderes em submissão ao plano de DEUS.
Lc 4.5,7 O
diabo arrogantemente esperava ter sucesso na sua rebelião contra DEUS,
afastando JESUS de sua missão e obtendo a sua adoração. Satanás tentou a JESUS
para que Ele assumisse o mundo como um reino terreno ali mesmo, sem executar o
plano de salvar o mundo do pecado. Para JESUS, aquilo significava obter o seu
prometido domínio sobre o mundo sem passar pelo sofrimento e pela morte na
cruz. Satanás ofereceu um atalho. Mas Satanás não entendeu que o sofrimento e a
morte eram parte do plano de DEUS, que JESUS tinha decidido obedecer. O fato de
que JESUS pudesse ver, num momento de tempo, todos os reinos do mundo, apoia a
interpretação de que esta experiência foi visionária. O foco não está na
montanha, mas sim naqueles reinos que estavam (e estão) sob o domínio de
Satanás (Jo 12.31). Satanás ofereceu-se para dar o domínio sobre o mundo a
JESUS. Isto desafiava a obediência de JESUS ao cronograma e à vontade de DEUS.
A tentação de Satanás, basicamente, era: “Por que esperar? Eu posso lhe dar
isto agora!” Naturalmente, a oferta tinha uma condição: “Se tu me adorares”. Lc
4.8 Uma vez mais, JESUS respondeu a Satanás com as Escrituras. Para JESUS,
obter o domínio do mundo mediante a adoração de Satanás seria não apenas uma
contradição (Satanás ainda estaria no comando), mas também romperia o primeiro
mandamento, “Adorarás o Senhor, teu DEUS, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13).
Para realizar a sua missão de trazer salvação ao mundo, JESUS precisaria seguir
o caminho da submissão a DEUS.
Lc 4.9-11 O
templo era o edifício mais alto em Jerusalém e o seu pináculo provavelmente era
o canto da parede que se projetava sobre a encosta. Se o diabo levou JESUS
fisicamente a Jerusalém ou se isto aconteceu numa visão não está claro. De
qualquer forma, Satanás estava arrumando o cenário para a sua próxima tentação.
JESUS tinha citado as Escrituras em resposta às outras tentações de Satanás.
Aqui Satanás tentou a mesma tática com JESUS; ele usou as Escrituras para
tentar convencer JESUS a pecar! Satanás estava citando o Salmo 91.11,12 para
apoiar a sua solicitação. Este salmo descreve a proteção de DEUS para aqueles
que confiam nele. Obviamente, Satanás interpretou as Escrituras erroneamente,
tentando fazer parecer que DEUS protegeria os seus até mesmo em meio ao pecado,
removendo as consequências naturais dos atos pecaminosos.
Saltar do
pináculo para testar as promessas de DEUS não era parte da vontade de DEUS para
JESUS. No contexto, o salmo promete a proteção de DEUS para aqueles que,
enquanto de acordo com a sua vontade e fiéis a Ele, se encontrassem em perigo.
Ele não promete a proteção para crises criadas artificialmente, nas quais os
cristãos chamam a DEUS para testar o seu amor e o seu cuidado.
Lc 4.12 JESUS
novamente respondeu citando as Escrituras: no entanto, Ele usou as Escrituras
com uma compreensão do verdadeiro significado. Os fatos eram que embora DEUS
prometa proteger o seu povo, Ele também exige que ele não o tente. Na passagem
em Deuteronômio 6.16, Moisés estava se referindo a um incidente durante a
peregrinação de Israel no deserto, registrada em Êxodo 17.1-7.0 povo tinha sede
e estava disposto a fazer um motim contra Moisés e retornar ao Egito, se ele
não lhes desse água. Para JESUS, saltar do pináculo do templo teria sido um
teste ridículo ao poder de DEUS, e teria estado fora da vontade de DEUS.
JESUS sabia que
seu Pai poderia protegê-lo. Ele também entendia que todas as suas ações
deveriam concentrar-se no cumprimento da missão de seu Pai.
Lc 4.13 Este
seria somente o primeiro de muitos encontros que JESUS teria com o poder de
Satanás. A vitória pessoal de JESUS sobre Satanás no verdadeiro início do seu
ministério definiu o cenário do seu comando sobre os demônios por todo o seu
ministério, mas não dissuadiu a Satanás de continuar a tentar arruinar a missão
de JESUS. A sua vitória sobre o diabo no deserto foi decisiva, mas não final,
pois o diabo ausentou-se dele por algum tempo.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 340-342.
Nesta história
da tentação de CRISTO, observe:
Como Ele foi
preparado e equipado para ela. Aquele que permitiu a tribulação proveu aquilo
de que o Senhor JESUS precisava para vencer; porque embora não saibamos que
exercícios possam estar diante de nós, nem para que encontros podemos estar
reservados, CRISTO sabia, e teve aquilo que era necessário; e DEUS faz o mesmo
por nós, e esperamos dele tudo o que nos é necessário.
1. Ele estava
cheio do ESPÍRITO SANTO, que havia descido sobre Ele como uma pomba. O Senhor
JESUS tinha agora medidas maiores de dons, graças e consolações do ESPÍRITO
SANTO do que antes. Note que aqueles que estão cheios do ESPÍRITO SANTO é que
estão bem armados contra as tentações mais fortes.
2. Ele havia
retornado do Jordão recentemente, onde foi batizado, e reconhecido por uma voz
do céu como sendo o Filho Amado de DEUS; e assim Ele foi preparado para este
combate. Note que quando tivermos a mais consoladora comunhão com DEUS, e as
descobertas mais claras de seu favor a nós, podemos esperar que Satanás nos
ataque (o navio mais rico é o prêmio do pirata), e que DEUS permitirá que ele
faça isso, para que o poder de sua graça possa ser manifestado e exaltado.
3. Ele foi
levado pelo ESPÍRITO ao deserto, pelo ESPÍRITO bom, que o conduziu como um
campeão para o campo, para lutar contra o inimigo que Ele certamente iria
derrotar. O fato de ser levado ao deserto:
(1) Deu alguma
vantagem ao tentador; porque ali ele o teve sozinho, sem a companhia de amigos,
por cujas orações e conselhos o Senhor JESUS poderia ser ajudado na hora da
tentação. Ai daquele que está sozinho! Ele poderia dar vantagem a Satanás, pois
conhecia a sua própria força; mas nós não podemos, pois conhecemos a nossa
própria fraqueza.
(2) Ele ganhou
alguma vantagem para si durante este jejum de quarenta dias no deserto. Podemos
supor que o Senhor estava totalmente concentrado em sua própria consagração, e
em consideração à sua tarefa, e à obra que Ele tinha diante de si; que Ele
passou todo o seu tempo em uma conversa imediata e íntima com o seu Pai, como
Moisés no monte, sem qualquer desvio, distração, ou interrupção. De todos os
dias da vida de CRISTO na carne, estes parecem ter se aproximado mais da
perfeição da vida angelical e da vida celestial, e isto o preparou para os
ataques de Satanás. Aqui o Senhor JESUS foi fortalecido contra eles. 4. Ele
continuou jejuando (v. 2): E naqueles dias não comeu coisa alguma. Foi como o
jejum de Moisés e de Elias, e o revela, como a eles, um profeta enviado por
DEUS. E provável que este episódio tenha ocorrido no deserto de Horebe, o mesmo
deserto no qual Moisés e Elias jejuaram. Assim como ao se retirar para o
deserto, Ele se mostrou perfeitamente indiferente ao mundo, por seu jejum Ele
se mostrou perfeitamente indiferente ao corpo; e Satanás não pode dominar
facilmente aqueles que se desprendem e morrem para o mundo e para a carne.
Quanto mais mantivermos a nossa carne em sujeição, menos vantagens Satanás terá
contra nós.
1. Ele o tentou
a não confiar no cuidado de seu Pai em relação a Ele, e a agir por conta
própria, e a ajudar-se a si mesmo provendo o sustento de uma maneira que o seu
Pai não havia designado (v. 3): Se tu és o Filho de DEUS, como a voz do céu
declarou, dize a esta pedra que se transforme em pão.
2. O diabo
tentou JESUS a aceitar dele o reino, o qual, como o Filho de DEUS, Ele esperava
receber de seu Pai, e glorificá-lo, w. 5-7.
3. O diabo o
tentou a ser o seu próprio assassino, em uma presunçosa confiança da proteção
de seu Pai, da qual Ele não tinha nenhuma garantia. Qual foi o resultado e o
desfecho deste combate, v. 13. O nosso Redentor vitorioso manteve o seu
fundamento, e saiu vencedor, não só por si mesmo, mas também por nós.
1. O diabo
esvaziou a sua aljava, e assim acabou toda a tentação. CRISTO lhe deu a
oportunidade de dizer e fazer tudo o que podia contra si; ele permitiu que o
diabo tentasse toda a sua força, e mesmo assim o derrotou.
2. O diabo
então deixou o campo de batalha: Ausentou-se dele. O diabo viu que era inútil
atacar o Senhor JESUS; ele não tinha nada nele para que os seus dardos
inflamados o atingissem; o Senhor não tinha nenhum ponto cego, nenhuma parte
fraca ou desprotegida em seu muro; por esta razão, Satanás desistiu do caso.
Observe que se resistirmos ao diabo, ele fugirá de nós.
3. No entanto,
o diabo prosseguiu em sua maldade contra o Senhor, e partiu decidido a atacá-lo
novamente; ele ausentou-se, mas por algum tempo, achri kairou – até uma outra
hora, ou até o dia em que deveria outra vez ser solto contra Ele, não como um
tentador, para fazê-lo pecai'. O diabo tentaria golpear a cabeça do Senhor, mas
seria totalmente derrotado; mas como um perseguidor, o diabo procuraria fazer
com que o Senhor sofresse através das atitudes de Judas e de outros
instrumentos perversos a quem ele empregou. O diabo feriria o calcanhar do
Senhor, conforme lhe foi dito (Gn 3.15) que deveria fazer, e que faria, mas a
própria cabeça do diabo seria esmagada.
Ele se ausenta
agora até que chegue aquele dia que CRISTO chama de poder das trevas (cap.
22.53), quando o príncipe deste mundo viria outra vez, João 14.30.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 545-549.
3. Felicidade
pela tentação (v. 12).
Rm 3-5a Apesar
da frase: “O justo viverá”, vale também a verdade: “Muitas são as aflições do
justo” (Sl 34.19). “Filho, se te dedicares a servir ao Senhor, prepara-te para
a prova” (Eclesiástico 2.1 [BJ]). Pressão de todos os lados tenta esmagar
novamente sua fé. As “tribulações” devem ser entendidas aqui como uma síntese.
Elas vêm de fora como de dentro, física, espiritual e intelectualmente, do
exterior como do interior da igreja. Subitamente descobrimos o sofrimento
para CRISTO como sendo um sofrimento com CRISTO, como um presente da mais
íntima comunhão com ele e como marca registrada da autenticidade de nosso
seguimento. Isto transmite uma firmeza antes desconhecida. Provações superadas,
porém, resultam em experiência, a qual por sua vez ativa a esperança pela
glória de DEUS. Apoiando-se em palavras de salmos como Sl 22.5; 25.3,20.
Adolf Pohl.
Comentário Esperança Romanos. Editora Evangélica Esperança.
I Ped 4.12,13 -
Os cristãos não deveriam estranhar as violentas provações que vinham sobre
eles. Como CRISTO, os cristãos devem esperar enfrentar perseguições. Isto não
seria coisa estranha – a perseguição vinha seguindo o Evangelho desde a época
da crucificação de JESUS. Os crentes deviam esperar a perseguição e o
sofrimento porque estas coisas fazem parte do plano de DEUS para aperfeiçoar os
cristãos. Nem mesmo o Senhor JESUS CRISTO foi poupado da perseguição (Rm 8.32).
Em lugar de ficarem surpresos pelas provações, Pedro exortou os crentes a se
alegrarem, porque, quando sofriam pela sua fé em CRISTO, estavam sendo
participantes das aflições de CRISTO. Se nós sofremos, este fato mostra a nossa
identificação com CRISTO e que a nossa fé é genuína. Como CRISTO foi
perseguido, nós também seremos perseguidos e, consequentemente, participaremos
dos seus sofrimentos. Se nós perseverarmos, desfrutaremos a nossa herança
futura com Ele. Os servos que conhecem o sofrimento de CRISTO terão alegria na
revelação da sua glória. Isto não significa que todo sofrimento é resultado de
uma boa conduta cristã. Algumas vezes, alguém irá se queixar: “Ele está me
atormentando porque eu sou um cristão”, quando é óbvio, para todo mundo, que o
próprio comportamento desagradável da pessoa é a causa dos seus problemas. Pode
ser necessária uma análise cuidadosa ou um sábio aconselhamento para determinar
a verdadeira causa do nosso sofrimento. No entanto, podemos ter a certeza de
que, sempre que sofrermos devido à nossa lealdade a CRISTO, Ele estará conosco
o tempo todo.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 730.
Que ninguém
desonre a CRISTO sofrendo um castigo justo por crimes contra os homens; ninguém
é abençoado se está sofrendo em decorrência das suas próprias faltas. Em vez
disso, que o homem se glorie por causa do castigo infligido por ser cristão.
A advertência
de sofrer como homicida [...] ladrão [...] malfeitor, ou como o que se
entremete em negócios alheios (15) não deveria nos chocar se lembramos do
estado geral da sociedade daquela época. A vida de alguns desses crentes pode
ter sido tão má como as pessoas de Corinto que Paulo descreveu (cf. 1 Co
6.9-11). Havia exemplos em que criminosos, para ocultar sua natureza e a
verdadeira causa do seu castigo, professavam ser cristãos, e davam a impressão
de que estavam sendo castigados por serem cristãos.
Aquele que se
entremete em negócios alheios é a pessoa que “se desvia do seu chamado e se
torna juiz dos outros” (Wesley). Os inimigos acusavam os cristãos de serem
hostis à sociedade civilizada, sendo acusados de tentar forçar os não cristãos
a agir de acordo com os padrões cristãos. Isso criaria um tumulto civil que
poderia resultar em violência do povo (cf. At 19.21-41).
Aquele que se
padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a DEUS (16). A essa
altura, o termo cristão tinha se tornado o nome pelo qual os pagãos
sarcasticamente descreviam os seguidores de CRISTO (cf. At 11.26; 26.28). Os
judeus que rejeitaram JESUS como o CRISTO não chamavam seus seguidores de
cristãos. Renan, citado em Ellicott, disse: “Pessoas bem-educadas evitavam
pronunciar esse nome, ou, quando forçadas a fazê-lo, pediam desculpas”.
Evidentemente, os próprios cristãos ainda não usavam esse nome, mas o
consideravam como um símbolo da mais alta honra quando seus inimigos os
chamavam assim. O que Pedro exortou que fizessem (v. 16) ele mesmo havia
praticado (cf. At 5.29-42, especialmente o v. 41).
Roy S.
Nicholson. Comentário Bíblico Beacon. I Pedro Editora CPAD. Vol. 10. pag.
240-241.
II – ORIGEM DAS
TENTAÇÕES (Tg 1. 13-15)
1. Tentação é
Humana.
Tg 1.13
Precisamos ter uma visão correta de DEUS para podermos perseverar durante os
períodos de provações. Especificamente, precisamos compreender a visão que DEUS
tem das nossas tentações. As provações e tentações sempre se apresentam a nós
com escolhas. DEUS quer que façamos boas escolhas, não más. As dificuldades
podem produzir maturidade espiritual e levar a benefícios eternos, se
suportadas com fé. Mas também se pode fracassar nos testes. Nós podemos ceder
às tentações. E, quando fracassamos, frequentemente usamos todos os tipos de
desculpas e razões para os nossos atos. O mais perigoso deles é dizer: “De DEUS
sou tentado”. É crucial que nos lembremos de que DEUS testa as pessoas para o
bem; Ele não tenta as pessoas para o mal. Mesmo durante as tentações, podemos
ver a soberania de DEUS ao permitir que Satanás nos tente para melhorar a nossa
fé e nos ajudar a crescer na nossa confiança em CRISTO. Em lugar de
perseverarmos (1. 12), nós podemos ceder ou desistir diante das provações e,
desta forma, culpar a DEUS pelo nosso fracasso. Desde o início, a reação humana
normal é inventar desculpas e culpar os outros pelo pecado (veja Gn 3.12,13).
Uma pessoa que
inventa desculpas está tentando transferir a culpa para outra coisa ou pessoa.
Um cristão, por outro lado, aceita a responsabilidade pelos seus erros,
confessa-os, e pede perdão a DEUS. Por DEUS não poder ser tentado pelo mal. Ele
não pode ser o autor da tentação. Tiago está argumentando contra a visão pagã
dos deuses, na qual o bem e o mal coexistiam. DEUS não deseja o mal para o
povo; Ele não causa o mal; Ele não tenta enganar as pessoas - Ele a ninguém
tenta. A esta altura, uma pergunta pode ser feita acertadamente: “Se DEUS
realmente nos ama, por que Ele não nos protege da tentação?” Um DEUS que nos
protege da tentação é um DEUS que não está disposto a nos permitir crescer.
Para que um teste seja uma ferramenta eficiente de crescimento, ele deve poder
permitir o fracasso. Na verdade.
DEUS prova o
seu amor, protegendo-nos na tentação, em vez de nos proteger da tentação (1 Co
10.13).
Tg 1.15 Tiago
mostra o resultado da tentação quando uma pessoa cede a ela. Observe que os
dois primeiros passos da tentação (havendo a concupiscência concebido, dá à luz
o pecado) enfatizam a natureza interna do pecado. Quando nos entregamos à
tentação, o nosso pecado coloca os eventos mortalmente em movimento - o pecado
gera a morte. Para abandonar o pecado, não basta deixar de pecar. O estrago já
foi feito. Decidir “não mais pecar' pode cuidar do futuro, mas não cura o
passado. Esta cura deve vir por meio do arrependimento e do perdão. Algumas
vezes, é necessário fazer uma reparação. Por mais amargo que pareça o remédio,
nós podemos ficar profundamente gratos pelo fato de que existe um remédio.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 666-667.
Como lidar de
forma sábia com as tentações (Tg 1.13-15)
Uma pessoa
madura é paciente nas provas. Uma pessoa imatura transforma provas em
tentações. Warren Wiersbe diz que provas são testes enviados por DEUS, e
tentações são armadilhas enviadas por Satanás. Quando DEUS nos prova é para que
possamos passar no teste e herdar as bênçãos. Quando passamos por dificuldades
somos tentados a questionar o amor e o poder de DEUS. Então, Satanás oferece um
caminho para escaparmos das provas. Essa oportunidade é uma tentação. Quando
JESUS estava jejuando e orando no deserto, Satanás o tentou, sugerindo a ele
que transformasse pedras em pães.
Há três fatos
que devemos considerar se queremos vencer as tentações.
Em primeiro
lugar, olhe para frente e considere o julgamento de DEUS (1.13-16). Não culpe a
DEUS pela tentação, Ele é absolutamente santo para ser tentado e Ele é
absolutamente amoroso para tentar.
O segundo
estágio é o engano (1.14). Tiago usa duas figuras para ilustrar o engano da
tentação: a figura do caçador que usa uma armadilha (atrai) e a figura do
pescador que usa o anzol com isca (seduz). Se Ló pudesse ver a ruína que estava
por trás de Sodoma, e se Davi pudesse ver a tragédia sobre a sua casa quando se
deitou com Bate-Seba, eles jamais teriam caído. Precisamos identificar a isca e
a arapuca do diabo, para não cairmos na rede de seu engano.
O terceiro
estágio é o nascimento do bebê chamado pecado (1.15). Tiago muda a figura da
armadilha e do anzol para a figura do nascimento de um bebê maldito, chamado
PECADO.
O quarto
estágio é a morte (1.16). A cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o
pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Vemos aqui a genealogia do
pecado. A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte. O salário do pecado é a
morte (Rm 6.23).
LOPES.
Hernandes Dias. TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag.
25-26.
2. Atração pela
própria concupiscência.
Tg 1.14 As
tentações vêm de dentro, do engodo da nossa própria concupiscência. Tiago
destaca a responsabilidade individual pelo pecado. Os desejos podem ser
alimentados ou deixados morrer de fome. Se o próprio desejo é mau, precisamos
negá-lo. Isto depende de nós, com a ajuda de DEUS. Se incentivarmos os nossos
desejos, eles logo se tornarão atos. A culpa pelo pecado é somente nossa. O
tipo de desejo que Tiago está descrevendo aqui é o desejo descontrolado. Ele é
egoísta e sedutor. Podemos ser levados pelos nossos desejos, mas é o diabo que
está por trás dos impulsos quando nós estamos seguindo uma direção errada. A
tentação vem dos desejos maus dentro de nós, e não de DEUS. Podemos montar e
colocar a isca na nossa própria armadilha. Ela começa com um mau pensamento e
torna-se pecado quando permanecemos no pensamento e permitimos que ele se
transforme em uma ação. Como uma bola de neve rolando ladeira abaixo, o pecado
cresce e torna-se ainda mais destruidor à medida que nós lhe damos mais
liberdade. A melhor hora para interromper uma tentação é antes que ela seja
grande demais, ou esteja se movendo rápido demais, fora de controle (veja Mt
4.I-I1; 1 Co 10.13; e 2 Tm 2.22 - como escapar das tentações).
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 666.
O que DEUS faz
e deixa de fazer nesse caso (v. 14).
Nos testes de
aprovação é DEUS mesmo quem nos conduz – esse é o inequívoco testemunho da
Bíblia. José sofreu provação pela mão humana, mas sabia que DEUS estava agindo
nela. Era com ele que estava lidando. E DEUS ajudou para que essa prova
chegasse a um final feliz (Gn 50.20). Ao povo de Israel DEUS declarou no fim de
sua peregrinação pelo deserto: “Eu te humilhei e te provei, para saber o que
estava no teu coração” (Dt 8.2).
O que DEUS,
porém, não faz: ele não “tenta”. Não deseja que sejamos reprovados nas
provações. Não nos tenta para o mal. Procura não nos arrastar para a maldade.
Do contrário, ele próprio ficaria do lado do mal.
Contudo DEUS é
“não-tentável”, inviolável pelo mal. Ele é a mais pura luz. Consequentemente
DEUS, por natureza, tampouco é capaz de “ludibriar” alguém ou arrastá-lo para
as trevas.
Como o mal de
fato surge em nossa vida.
Não por culpa
ou determinação de DEUS, mas “cada um é tentado por sua própria cobiça, quando
esta o atrai e seduz”.
O primeiro
estágio do caminho para o mal é “a própria cobiça”. Chama atenção que Tiago não
cita o diabo. Não que o desconhecesse (cf. Tg 4.7s), mas ele nos diz: “Não se
apresse em empurrar a culpa para o diabo; não o use para se livrar.” – “A
própria cobiça” representa o objeto ou situação específicos que, dependendo da
constituição e situação da pessoa, lhe são sedutores aqui e agora: no caso de
Caim, foi a possibilidade dar uma boa lição ao privilegiado Abel. No caso de
Acã foram ricos despojos. Para Sansão, uma mulher dentre os filisteus. Para
Absalão, a coroa real. Isso “atrai” e “fisga”. Ou seja: primeiramente chegamos
perto e rodeamos, ao menos em pensamento, aquilo que nos tenta, como o peixe
rodeia a isca. Enquanto o peixe apenas é atraído pela isca e nada em seu redor,
ele ainda não foi fisgado. Também nós ainda podemos ser preservados, ainda
podemos fugir do pecado (Sir 21.2; Tg 4.7s), refugiar-nos junto de nosso
Senhor, o vitorioso do Calvário e da Páscoa, junto daquele que é capaz de
tornar “verdadeiramente livre” (Jo 8.36). “O nome do Senhor é um castelo firme
(uma fortaleza). O justo corre até lá e é abrigado” (Pv 18.10; “Castelo forte é
nosso DEUS” [Martim Lutero]).
Fritz
Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
A Tentação Vem
de Dentro (1.14)
Tiago conhecia
os poderes sobrenaturais do mal que agiam no mundo (cf. 3.6), mas aqui ele
procura ressaltar o envolvimento e a responsabilidade pessoal do homem ao
cometer pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele está de
alguma forma entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: “Será que eu
preferiria ser livre, tentado e ter a possibilidade de vitória ou ser um ‘bom’
robô?” O robô está livre de tentação, mas ele também não conhece a dignidade da
liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da imensa alegria
quando vencemos uma batalha.
Tiago diz que
cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Essa palavra
epithumia (“desejo”, RSV) pode ter um significado neutro, nem bom nem mal.
Assim, H. Orton Wiley escreve: “Todo apetite é instintivo e sem lógica. Ele não
identifica o erro, mas simplesmente anela pelo prazer. O apetite nunca se
controla, mas está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: ‘Antes,
subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’ (1 Co 9.27)”. Este talvez
seja o sentido que Tiago emprega aqui.
No entanto, na
maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações maléficas. Se
for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho reto, isso
ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: “Este versículo, na
verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente teria
concordado com a declaração de que ‘a imaginação do coração do homem é má desde
a sua meninice’ (Gn 8.21).
Desejos
concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são
pecaminosos mesmo quando ainda não se concretizaram em ações lascivas”.13 Se
essa interpretação for verdadeira, há aqui mais uma dimensão na origem da
tentação. Desejos errados podem ser errados não somente porque são
incontrolados, mas porque, à parte da presença santificadora do ESPÍRITO, eles
são carnais.
A. F. Harper.
Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag.159-160.
3. DEUS nos
fortalece na tentação.
I Cor 10.13 As
tentações acontecem na vida de todos os crentes — ninguém está livre delas. A
tentação em si não é um pecado; o pecado só passa a existir quando a pessoa
cede à tentação. Os crentes não devem ficar assustados ou desanimados, ou
pensar que estão sozinhos nas suas fraquezas. Eles devem, antes, entender as
suas fraquezas e se voltar a DEUS, para que possam resistir às tentações.
Suportar as tentações traz grandes recompensas (Tg 1.12). Mas DEUS não abandona
o seu povo aos caprichos de Satanás, pois DEUS é fiel. Ele não irá eliminar
todas as tentações porque enfrentá-las e permanecer forte na fé pode
representar uma experiência de crescimento. Entretanto, DEUS promete evitar que
elas se tornem tão fortes, que não possamos lutar contra elas. O segredo de
resistir à tentação é reconhecer a sua fonte, e então reconhecer a origem da
força que é capaz de combater contra ela.
Além disso.
DEUS promete dar também o escape para que possamos suportar e não cair em
pecado. Será necessário ter autodisciplina para procurar esse “escape” até no
meio da tentação e então utilizá-lo, assim que for encontrado. O escape é
sempre difícil e muitas vezes exige a ajuda dos outros. Uma das formas que DEUS
nos dá para que consigamos fugir da tentação é o bom senso. Se um crente sabe
que será tentado em certas situações, então deve se afastar delas. Outra forma
é através dos amigos cristãos. Em vez de tentar enfrentar sozinho a tentação, o
crente pode explicar o seu dilema a um amigo cristão que lhe seja íntimo e
confiável e pedir a sua ajuda.
Esse amigo
poderá orar sensibilizar a pessoa, e dar valiosos conselhos e opiniões.
A verdade é que
DEUS ama tanto o seu povo, que irá protegê-lo das tentações insuportáveis. E
sempre irá oferecer uma saída.
A tentação
nunca deverá inserir uma barreira de separação entre o crente e DEUS, e cada
crente deve ser capaz de dizer: “Obrigado, Senhor DEUS, por confiar tanto em
mim. O Senhor me considera capaz de enfrentar essa tentação. Agora, o que o
Senhor quer que eu faça?”
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 149.
I Cor 10.11-13.
Aplicação à igreja de Corinto. Aqueles que eram excessivamente confiantes e
egoístas entre os coríntios foram advertidos de que, no exato momento em que se
sentissem mais seguros, poderiam cair (12). O exemplo de estar de pé e de cair
representa um estado de fidelidade e um estado de desobediência. “A queda dos
outros deve nos deixar mais cautelosos a nosso próprio respeito”.
Paulo ameniza a
severidade das suas palavras ao garantir que a tentação peculiar dos coríntios
é humana (13). Nada de novo havia acontecido aos coríntios; todos os homens
experimentam tentações. Portanto, se eles pecarem, não terão desculpas. Paulo
declara também que DEUS age firmemente e sempre concede forças àqueles que
confiam nele, e o seguem. Como Alford escreve: “Ele celebrou uma aliança com
você ao lhe chamar: se Ele permitisse que você sofresse uma tentação além do
seu poder de vencê-la... Ele estaria transgredindo essa aliança”. DEUS conhece
muito bem as circunstâncias que cercam cada tentação, e vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar. O termo escape (ekbasis) era usado como referência a uma
passagem na montanha. A imagem é de um exército ou de um grupo de viajantes
preso nas montanhas. Eles descobrem uma passagem e o grupo escapa para algum
lugar em que possa estar em segurança. A frase para que a possais suportar
indica o poder sustentador do ESPÍRITO SANTO, que todos os homens podem
receber. A vitória sobre a tentação será possível através de uma humilde
confiança. Porém, ter uma autoconfiança presunçosa diante da tentação
representa uma avenida aberta para uma derrota certa.
Donald S. Metz.
Comentário Bíblico Beacon. I Coríntios. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 320.
De fato, nós
vivemos em um mundo tentador, onde estamos cercados de armadilhas. Cada lugar,
condição, relação, emprego e divertimento têm abundância delas; porém, que
conforto podemos obter de tal passagem!
1. “Não veio
sobre vós, diz o apóstolo, tentação, senão humana; isto é, tal como vós
esperais da parte dos homens de princípios pagãos e que têm poder; ou ainda,
tal como é comum à humanidade na presente situação; ou ainda, tal como o
espírito e a determinação de meros homens podem vos fazer passar.” Note que as
provações dos cristãos comuns não passam de provações comuns; outros têm
semelhantes cargas e tentações; o que eles suportam e passam nós também
podemos.
2. “...mas fiel
é DEUS”. Embora Satanás seja um enganador, DEUS é verdadeiro. Os homens podem
ser falsos, e o mundo pode ser falso; mas DEUS é fiel e nossa força e segurança
estão nele. Ele guardou sua aliança e nunca desapontará a esperança filial e a
confiança de seus filhos.
3. Ele é tão
sábio quanto fiel e dará a nossa carga à proporção de nossa força. Ele “vos não
deixará tentar acima do que podeis”. Ele sabe o que podemos carregar e o que
podemos suportar. E Ele fará, em sua sábia providência, que as nossas tentações
sejam proporcionais à nossa força ou nos fará aptos a enfrentá-las. Ele cuidará
para que não sejamos vencidos, se nós confiarmos nele, e decidirmos mostrar-nos
fiéis a Ele. Não precisamos nos desorientar com as dificuldades em nosso
caminho, pois DEUS cuidará que elas não sejam grandes demais para enfrentarmos,
especialmente:
4. Quando Ele
as levar a bom termo. Ele “...dará também o escape”, ou da própria provação ou
do seu prejuízo. Não há nenhum vale tão escuro que Ele não possa encontrar um
caminho por ele; nenhuma aflição tão horrível que Ele não possa evitar,
remover, ou nos capacitar para suportá-la, e, no fim, dominá-la para a nossa
vantagem.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.
Editora CPAD. pag. 470.
Sal 119.11
Guardo no coração as tuas palavras.
Guardo. Isto é,
“escondo” (conforme diz a Revised Standard Version), aludindo à metáfora de um
tesouro escondido. O homem que tem o tesouro escondido em seu coração tem menor
inclinação a ceder à tentação. “A palavra de CRISTO deve habitar nele ricamente.
Caso contrário, em breve ele pode ser surpreendido por algum pecado teimoso”
(Adam Clarke, in Ioc.).
Habite
ricamente em vós a palavra de CRISTO, instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente
em toda a sabedoria, louvando a DEUS, com salmos e hinos e cânticos
espirituais, com gratidão em vossos corações.
(Colossenses
3.16)
“Escondei...
como os orientais escondem seus tesouros. Cf. Mat. 13.44” (Ellicott, in Ioc.). Ver II Cor. 7.1 e Tito 2.11,12, que contêm passagens
neotestamentárias similares. Ver o vs. 14, quanto a ideias sobre riquezas.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 2433.
Sl 119.11 Aqui
temos:
1. A aplicação
íntima que Davi faz da palavra de DEUS a si mesmo: escondi a tua palavra no meu
coração, guardou-a no coração para que sempre esteja à mão quando tiver motivo
para usá-la; ele guarda-a como algo de muito valor para ele, como algo muito
querido, como algo que tivesse medo de perder ou de que ser roubado. A palavra
de DEUS é um tesouro digno de ser guardado, e não há lugar mais seguro para
guardá-la que em nosso coração; se a tivermos só em nossa casa ou em nossa mão,
os inimigos podem tirá-la de nós; se a tivermos só em nossa mente, nossa
memória pode falhar, mas se nosso coração for libertado por estar moldado nela,
e a impressão dela permanecer em nossa alma, ela está a salvo. 2. O bom uso que
ele designou fazer da palavra de DEUS: para eu não pecar contra ti. Os homens
bons têm medo de pecar e tomam cuidado para evitar o pecado; e a forma mais
eficaz de evitar o pecado é esconder a palavra de DEUS em nosso coração, para
que possamos responder a cada tentação como nosso Mestre o fez, como está
escrito, para que possamos opor os preceitos de DEUS ao domínio do pecado, as
promessas dele à sedução do pecado, e suas ameaças ao perigo do pecado.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora
CPAD. pag. 624.
III – PROPÓSITO
DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3-4, 12.)
1. Para provar
a nossa fé (v.3)
Tg 1.12
“Bem-aventurado”: a palavra constitui praticamente uma continuação das
bem-aventuranças de JESUS (Mt 5.3-11). Não se trata de verdades gerais. Não são
verdadeiras “em si”, mas apenas verdadeiras em e por meio de JESUS CRISTO, por
meio do Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO. Em sua graça DEUS concede o
maravilhoso prêmio à nossa porçãozinha de aprovação, que na verdade vive a cada
instante da fidelidade dele.
a) Quem é
“ditoso”? “A pessoa que carrega (ou “suporta”) com perseverança a provação”.
Trata-se de um verbo derivado do grego “paciência”, “permanecer por baixo”,
hypomoné (cf. o comentário a Tg 1.3). Portanto, é importante não tentar escapar
das múltiplas provas de DEUS, mas perseverar nelas por amor e para louvor dele:
seja sob o peso que significa sermos atribulados por causa da obediência de fé
– condições precárias, tarefas difíceis, pessoas que nos causam problemas,
preces aparentemente não atendidas – seja (conforme a composição da palavra)
debaixo da tribulação de nos encontrarmos, em um aspecto qualquer, ou até mesmo
em vários aspectos, humanamente no lado obscuro da vida.
b)
“Bem-aventurado” em que sentido? Desde já, porque o beneplácito de DEUS repousa
sobre nós quando, pelo amor de nosso Pai, suportamos aquilo que nos foi
ordenado como filhos de DEUS. Mas DEUS por sua graça nos presenteará
principalmente no alvo com o grande prêmio de vitória: “Porque, depois de ter
sido aprovado, receberá a coroa da vida.” O termo grego stéphanos significa os
louros da vitória na competição esportiva. Como ficaremos pasmos quando DEUS
responder de forma tão maravilhosa à nossa corrida cristã, na qual de fato nos
guiamos pela palavra: “Deste-me trabalho com os teus pecados e me cansaste com
as tuas iniquidades” (Is 43.24). “Lá soará, DEUS coroará: só ele salvação
trará” (Philipp Friedrich Hiller [1699-1769]). – “A vida” é a definição de conteúdo
daquilo que a coroa representa. Por isso pode ser traduzida: “Receberá a coroa,
a saber, a vida.” Ou seja, a única coisa chamada vida, nosso Senhor JESUS
CRISTO, o grande DEUS, sua comunhão eterna. “Estaremos com o Senhor
eternamente” (1Ts 4.17). Quem tem JESUS tem tudo. “Contigo está a fonte da
vida, e em tua luz vemos a luz” (Sl 36.9). “O Senhor é meu bem e minha porção”
(Sl 16.5; cf. também 1Jo 1.2).
“Que DEUS
prometeu”: cf. Jo 3.16,36; 10.28; Rm 6.23; Cl 3.4; 1Ts 4.17b. DEUS fez
promessas. Penhorou sua palavra. Ele há de resgatá-la, inclusive quando parece
estar atrasado (Hc 2.3; 2Pe 3.9). “A palavra do Senhor é verdadeira; e o que
ele promete ele certamente cumprirá” (Sl 33.4).
“Aos que o
amam”: em JESUS vemos o que significa amar a DEUS. Por amor ao Pai ele trilhou
qualquer caminho, também o mais enigmático: ao sinal dele tornou-se ser humano,
“a fim de procurar e salvar o que está perdido” (cf. Fp 2.6ss; Lc 19.10).
Segundo o desígnio do Pai, concordou com que os famosos se afastassem dele e
somente os sem-nome o seguissem. “Eu te louvo, ó Pai… sim, Pai; porque assim
foi agradável perante ti” (Mt 11.25s). Ele também ofertou dor e lágrimas do
caminho indizivelmente difícil e enigmático até a cruz como sacrifício ao Pai
(Hb 5.7). Amar a DEUS: entre nós isso também inclui precisamente que por meio
do ESPÍRITO de JESUS suportemos, segundo sua orientação e por amor ao Pai,
caminhos incompreensíveis e sinas aparentemente absurdas: “Sim, Pai, de todo
coração, o fardo teu carregarei” (Paul Gerhardt).
Fritz
Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
Provação,
dificuldades, problemas, sofrimento, tribulação, depressão, seja qual for o
nome que damos às adversidades e às tragédias da vida, a verdade absoluta é que
não é fácil enfrentá-las. O ser humano pode ser forte, inteligente, brilhante
ou, até mesmo, o maior gênio da matemática, e ainda assim não estar imune aos
dramas da vida. Como aconteceu com John Forbes Nash Jr. Que ainda jovem fez uma
descoberta revolucionária no campo da matemática que anos depois lhe renderia o
prêmio Nobel de Economia. Mas mesmo para uma mente brilhante como a de Nash não
foi suficiente para que ele ficasse imune à esquizofrenia que quase destruiu
sua vida, carreira e casamento.
A adversidade
não escolhe a classe social, baixa ou alta; a escolaridade, analfabeto ou
doutor; a beleza, bonito ou feio; a religião, cristão ou pagão nem o grau de
espiritualidade, infiel ou comprometido.
Ela é uma
fatalidade, parte de um mundo caído. E parte de um mundo que vive no mal, que
herdou as consequências da rebelião do primeiro casal que teve o privilégio de
ver DEUS face a face.
Mas
independentemente desse drama que vivemos, nós, como servos do Senhor, podemos
experimentar e viver de forma diferente mesmo diante dos problemas e das
provações que o mundo nos prepara.
E no versículo
12, Tiago, novamente, vai de forma contundente contra tudo aquilo que o mundo
nos apresenta como resposta fácil quando afirma que existe maior alegria no
fato de perseverarmos na provação, porque depois de aprovados receberemos o
grande prêmio, a coroa da vida, que DEUS garantiu entregar àqueles que o
consideram acima de tudo nessa vida. Tiago começa dizendo “feliz” ou
“bem-aventurado” é a pessoa que persevera na provação. O grande dilema e mesmo
ironia dessa bem-aventurança é que ela pressupõe a felicidade quando nós nos
encontramos em um estado deplorável. É fácil abraçar aquilo que o salmista diz:
“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios” (SI 1.1). É certo que
ninguém em sã consciência iria para a porta de um botequim para se aconselhar
com bêbados sobre sua vontade de abrir um negócio. Qual a felicidade que alguém
encontraria seguindo conselhos dessas pessoas? Por isso, é muito fácil perceber
que feliz é aquele que tem sua satisfação na lei do Senhor (SI 1.2). Por outro lado,
é muito mais difícil aceitar que exista felicidade em se perseverar na
provação. Todos nós já tivemos nossos dias difíceis. E quantos se animam com os
famosos: “Não chora”; “Deixa disso, não vale nem a pena se estressar”; “Ah,
isso vai passar”; “Levanta a cabeça, esquece isso, tudo vai ficar bem”; “Nada
como um dia após o outro”; “Você tem que ser forte”. Se tivéssemos essa força,
não seria exatamente isso que estaríamos fazendo?
Mas
independentemente de ser tão difícil abraçar o que Tiago diz, ainda assim, é
verdade que feliz é aquele que persevera. Por mais doloroso que seja aceitar,
há felicidade mesmo quando nos encontrarmos em um estado miserável. O próprio
mundo nos dirá que somos coitados por estarmos nesse estado. Ou muitos de nós
olham para as pessoas em dificuldade como coitadas e miseráveis. A razão disso
é que definimos a miséria das pessoas pelo que elas passam. Só que DEUS define
nossa miséria não pelo que passamos, mas pelo que deixamos de alcançar. Por
essa razão, Tiago nos ensina que feliz é a pessoa que persevera na provação. A
felicidade aqui está ligada a perseverança. Como Tiago já havia mencionado nos
versículos 3 e 4: “pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.
[...] E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros
e íntegros Não temos outra saída, pois, como cristãos, precisamos praticar a
perseverança a fim de alcançar um caráter perseverante. Da mesma forma que um
atleta persevera ou passa por estresse físico para alcançar um grau maior de
resistência, assim também acontece conosco, os cristãos. Precisamos resistir
aos testes ou às tribulações da vida a fim de obter a perseverança espiritual
que trará perfeição. Diante dos problemas, temos que zelar pela nossa atitude
diante de DEUS. Não devemos permitir que entremos na murmuração que leva ao
desespero. Mas como o autor de Hebreus escreveu devemos “suportar as
dificuldades como disciplina. DEUS nos trata como a seus filhos. Ora, qual o
filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hb 12.7). Tribulação para o não
cristão é punição, mas para o cristão é teste, uma verdadeira prova de amor do
Pai. Como escreveu Thomas M.: “Uma pessoa pode não ser sempre feliz quando tudo
acontece segundo os seus próprios desejos, mas ela pode resistir e perseverar o
mal com vitória e paciência”. E a perseverança é alcançada na provação, ou
seja, durante a tempestade. DEUS quer de nós dependência, confiança nele, ou
seja, quer que nos apoiemos nele. O cristão chora. O cristão sente dor. O
cristão se humilha diante de DEUS. Ele clama ao pai por socorro. Ele persevera
na provação. Como JESUS disse: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este
cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Quando
JESUS disse isso ele estava sendo poético e politicamente correto com suas
palavras? É claro que não. JESUS estava prestes a enfrentar a morte e ele sabia
muito bem disso. Seu próprio sentimento demonstra isso. No versículo anterior,
ele dissera que sua alma estava profundamente triste, “tristeza mortal” (Mt
26.38). E o evangelista Lucas nos informa que sua angústia era tamanha que ele
orava intensamente, e seu suor era como “gotas de sangue que caíam no chão” (Lc
22.44). Não podemos ser cínicos. Não podemos negar que o sofrimento existe e
que ele dói. Ele machuca. As dificuldades física, emocional e econômicas desta
vida são reais. A vida é repleta de problemas. Não temos como fugir dessa
realidade. Somos pessoas vulneráveis a tudo. Basta um vírus, e ficamos de cama.
Basta uma mudança de tempo, e pegamos uma gripe. Basta uma noite mal dormida,
um pouco de estresse, falta de comida e uma queda na pressão sanguínea que
perdemos os sentidos, como acontece com aqueles que sofrem de síncope do vaso
vagai.
Mas será que
DEUS está pedindo que tenhamos fé a ponto de ignorar ou fazer de conta que não
estamos sofrendo ou que não sofremos de forma alguma porque somos supercrentes?
De forma alguma! Não é vergonha nem pecado um cristão ficar doente ou sofrer,
sentir-se frágil. Isso é ser humano. Como Paulo afirmou: “por amor de CRISTO,
vos foi concedido não somente crer nele, mas também sofrer por ele” (Cl 1.29,
A21). Contudo, o Senhor espera que não vivamos presos, limitados nem
acorrentados pelas tragédias da vida de tal forma que nos impossibilite de ver
além do nosso próprio problema. Pois assim deixamos de enxergar tudo aquilo que
de mais precioso ele tem nos dado e nos preparado para receber. Como disse o
profeta Habacuque: “mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas
videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de
alimentos na lavoura, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda
assim, eu exultarei no Senhor e me alegrarei no DEUS da minha salvação”
(3.17,18).
As aflições
externas só serão o mal maior, se DEUS não for nosso bem maior. Por isso,
rejeitar nossa situação não é o caminho, mas o caminho é perseverar na nossa
provação.
Provação e
tentação traduzem a mesma palavra grega (peirasmos). Esta deve ser a razão que
Tiago trata dos dois sentidos nesse parágrafo. Primeiro, ele trata da
felicidade do homem que persevera na provação (certamente, a melhor opção no v.
12). Todo tipo de sofrimento atinge o homem em consequência da queda de Adão e
a maldição que foi pronunciada contra o mundo por DEUS. O apóstolo Paulo
escreveu: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados
com a glória que em nós será revelada. A natureza criada aguarda, com grande
expectativa, que os filhos de DEUS sejam revelados. Pois ela foi submetida à
inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que
a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da
escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos
filhos de DEUS” (Rm 8.18-21).
A felicidade
dos que perseveram nas provações e são aprovados (,dokimos, v. 2) culmina no
galardão de receber a coroa da vida (v. 12). Essa coroa (stephanos, grinalda,
uma coroa de folhas) correspondia nos jogos olímpicos à medalha de ouro nos
dias atuais. A aprovação do Senhor resulta na honra concedida a um vencedor.
Todo cristão que não desiste, mas persevera, será reconhecido como vencedor,
recebendo a coroa da vida, prometida por DEUS para aqueles que o amam.
Paulo afirma
que ele corre para ganhar o prêmio que ele também chama de coroa (stephanon).
Enquanto os que correm no estádio correm para uma coroa ou grinalda que perece,
Paulo esmurra seu corpo para ganhar a corrida de DEUS. A grinalda que o Senhor
lhe dará não perece (ICo 9.25), mas durará para sempre. A permanente e
duradoura confirma que a vida eterna nunca acabará. Novamente, em 2Timóteo,
Paulo, pouco antes de sua decapitação em Roma, expressa sua confiança em ser
galardoado com uma coroa (stephanos) de justiça (4.8). Todos os justificados
(declarados justos pela graça) receberão a coroa que os identifica como
perfeitos, sem mácula ou mancha de pecado.
A coroa é o
emblema de sucesso espiritual concedido pelo Rei do universo àqueles que mantêm
sua fé. Talvez tenha sido desse versículo que C. S. Lewis tenha tirado a ideia
de coroar os jovens vencedores Pedro, Edmundo, Susana e Lucia, no final de sua
primeira aventura, contra a Rainha má de Nárnia, pois eles passaram no teste da
fé e perseveram até o fim.
E coroa da vida
aqui pode ser entendida como a coroa que é a vida que DEUS nos premiou. Essa
vida é sem dúvida a vida eterna, o desfrutar da presença de DEUS na eternidade.
Em Apocalipse 2.9 e versículos seguintes, JESUS diz para os cristãos que estão
sofrendo que aqueles que perseverarem que o prêmio será a vitória sobre a
morte. “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e
tornou a viver. Conheço as suas aflições e a sua pobreza, mas você é rico!
Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga
de Satanás. Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará
alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante
dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. Aquele que tem
ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá
a segunda morte’.
JESUS conhece
nossa aflição. Ele sabe onde está localizada nossa dor. Ele conhece exatamente
o que estamos passando. E ele pede de nós coragem? Ele diz para nós “deixarmos
disso”, ou “sairmos dessa”? Não. Ele pede de nós fidelidade. Ser fiel, mesmo em
caso de ter que enfrentar a morte. Esse versículo de Tiago é um dos mais
apocalípticos de todo o livro. Pois ele está olhando para o presente: as nossas
dificuldades e provações hoje, mas nos chamando para uma disposição futura. É
impressionante como, em grande parte da Bíblia, a questão do sofrimento está
relacionada com o presente e o futuro.
O presente
sempre sendo o momento que experimentamos nosso sofrimento, e o futuro sendo
sempre nossa âncora na qual devemos nos apoiar. Parece que, de alguma forma, o
Senhor quer nos ensinar que o sofrimento nessa vida, no presente, é inevitável.
Em parte, é inevitável por estarmos em um mundo caído, corrompido e contaminado
pelo pecado. E focalizar no sofrimento, na dor, no problema, na tribulação só
agrava o fato como se fosse uma forma que o mundo encontrou para nos distanciar
de DEUS. Mas o encorajamento do Senhor está em nos ensinar e nos impulsionar a
olhar para além do sofrimento na expectativa e na esperança daquilo que ele
está reservando para nós para toda a eternidade.
Por pior que
sejam os nossos sofrimentos, e eles são legítimos e verdadeiros, Paulo diz que
eles ainda assim se quer podem ser comparados com a glória que em nós será
revelada (Rm 8.18). Ou ainda que eles, embora nada mais sejam do que leves e
momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que
todos eles (2Co 4.17). Por essa razão, precisamos fixar os olhos, não naquilo
que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não
se vê é eterno (v. 18).
De alguma forma
sobrenatural encontraremos força mudando nosso foco do problema para a glória
aguardada da herança que receberemos no momento prometido. Além disso, é
necessário reconhecer a própria limitação do período de sofrimento atual que é
passageiro, mesmo que para muitos de nós algumas horas de angústia pareçam
representar uma vida inteira de sofrimento. E se falhamos em ter uma visão
correta e certa de nosso futuro, falharemos em uma abordagem correta e
equilibrada do nosso presente. Viveremos no tormento da dor sem esperança.
Ficaremos desanimados e desmotivados com a própria vida, e muito mais ainda com
a vida cristã. Estaremos nos culpando por não agirmos como deveríamos, e a
tendência de correr para mais longe de DEUS, por conta da própria sensação e
sentimento de falência espiritual, por saber como devemos agir e acabar agindo
de outra forma.
Como é
lastimável pensar que existem muitas pessoas enganando e sendo enganadas com
essa ideia diabólica de que o crente 11.10 sofre, o crente não fica doente.
Quando o que a Bíblia mais afirma é que o sofrimento é real. Que os problemas
machucam, doem. Que essa vida não é fácil não. E essa mentira nos tenta a
encobrir uma realidade que é impossível de ser coberta. E tão impossível
encobrir e mascarar o sofrimento como cobrir o mar ou impedir que o sol
apareça. Podemos e tentamos fazer de tudo — correr para médicos, tomar
remédios, fazer tratamentos, praticar esportes, alimentar-se bem, mas a verdade
é que a vida neste mundo pressupõe dor, angústia e tribulação.
Seria utopia
achar que o sofrimento é injusto tanto quanto que DEUS é injusto por permitir
que o mundo seja assim. Por outro lado, o lado melhor da moeda, é que DEUS não
nos criou para a terra, mas para o céu. E pode um crente viver no presente sem
a visão do céu? O presente que recebemos no meio de tudo é um chamado para
focalizarmos nossa pátria verdadeira (Fp 3.20).
Por isso, a
constância e a perseverança têm grande valor para DEUS. O apóstolo Paulo disse
que DEUS retribuirá a cada um conforme o seu procedimento’. Ele dará vida
eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade
(Rm 2.6,7). Na competição dos jogos, a perspectiva de ganhar o prêmio serve de
estímulo para os atletas. Também, para todos os que perseveram na corrida
cristã, apesar das aflições e oposição, DEUS oferecerá a coroa da vida.
Russell P. Shedd,. Edmilson F. Bizerra. Uma Exposição De Tiago A Sabedoria De DEUS. Editora Shedd
Publicações.
Tg 1.3 Embora a
nossa tendência seja pensar nas provas como uma maneira de testar o que não
sabemos ou não temos, passar por uma prova deveria ser uma oportunidade
positiva para provar aquilo que aprendemos. Esta prova à nossa fé é um teste
que tem um objetivo positivo. Neste caso, os problemas não determinam se os
crentes têm fé ou não. Os problemas fortalecem os crentes, acrescentando
paciência à fé que já se encontra presente. A paciência é a fé ampliada; ela
envolve a confiança em DEUS por um período muito longo de tempo. Tiago não está
questionando a fé dos seus leitores — ele supõe que eles confiam em CRISTO. Ele
não está convencendo as pessoas a terem fé; ele está encorajando os crentes a
permanecerem fiéis até o fim. Tiago sabe que a fé deles é verdadeira, mas esta
fé precisa amadurecer.
Não podemos
conhecer verdadeiramente a nossa própria profundidade até que vejamos como
reagimos sob pressão. Diamantes preciosos começam sendo carbono, sujeitos a uma
pressão intensa durante algum tempo. Sem pressão, o carbono continua sendo
carbono.
A prova da sua
fé é a pressão contínua que a vida exerce sobre você. A paciência, como uma
pedra preciosa, é o resultado desejado deste teste. A paciência não é uma
submissão passiva às circunstâncias; é uma resposta forte e ativa aos eventos
difíceis da vida, mantendo-lhe em pé à medida que você enfrenta as tempestades.
Não é
simplesmente a atitude de suportar as provações, mas sim a capacidade de
convertê-las em glória e superá-las.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 663.
Aprova da nossa
fé (v. 3) fortalece nossa paciência. JESUS disse: “E na vossa paciência que
ganhareis a vossa alma” (Lc 21.19, ASV). Tiago não nos dá este conselho com
base na sua autoridade pessoal. Sabendo que significa: “Descubram por conta
própria”. O tempo do verbo sugere uma ação progressiva e contínua — descobrindo
continuamente. O apóstolo diz, na verdade: “Procurem ser alegres e
perseverantes e vejam se não é a melhor maneira de lidar com as suas
provações”.
E por que
deveríamos continuar provando? Tasker responde: “Para que os cristãos sejam
perfeitos e completos, avançando até alcançar a vida equilibrada de santidade
perfeita e íntegra”.3 Essa é a vontade de DEUS para o cristão. A exortação
aponta para uma santidade representando o alvo mais elevado da maturidade
cristã. Mas essa maturidade não deve estar dissociada do cumprimento do
mandamento do nosso Senhor e da sua provisão para alcançar esse elevado nível
de santidade. A palavra perfeitos é a mesma que JESUS usou quando instruiu seus
seguidores: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está
nos céus” (Mt 5.48).
A. F. Harper.
Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 155.
Tg 1.3 a)
Aprendemos a paciência. “Pois tendes o conhecimento de que o teste de
autenticidade de vossa fé produz paciência.” O termo grego para “paciência”,
hypomoné, significa também “perseverança”, “constância”, literalmente
“permanecer por baixo”, debaixo das condições difíceis, das tarefas onerosas,
dos sofrimentos físicos e psíquicos etc., permanecer debaixo de DEUS e de sua
vontade, no lugar em que ele nos colocou. Nossa natureza humana perde a
paciência diante das adversidades. Mas em que sentido, afinal, as tribulações
produzirão paciência nos cristãos?
Paulo escreve:
“Estais radicados nele”, em CRISTO (Cl 2.7). As tribulações são capazes de nos
prestar o serviço de nos ensinar a enraizar-nos cada vez mais profundamente em
DEUS, a agarrar-nos cada vez mais firmemente a ele. É como as árvores fazem na
natureza: as de raízes rasas são derrubadas, uma depois da outra, pela
tempestade. As faias solitárias sobre os montes agarram-se cada vez mais
firmemente às rochas nas ventanias. Consequentemente, nossa constância se
fortalece cada vez mais nos testes de autenticidade. – Igualmente colhemos
experiências com nosso Senhor, como p. ex.: “Ele tira a vida e a dá; faz descer
à sepultura e faz subir, ele empobrece e enriquece; abaixa e também exalta”
(1Sm 2.6s). Em novas provações saberemos por experiência própria: não há
motivos para resignar. Sabemos o que podemos esperar de DEUS nas provações,
qual é o método de nosso DEUS: ele socorre na aflição e, na hora certa, também
ajuda a sair dela. Em certas circunstâncias, outros, ainda iniciantes na fé,
poderão aprender algo com a tranquilidade, serenidade e certeza daqueles que há
muito vivem com seu Senhor e em muitas provações já colheram numerosas
experiências com ele. “… que têm sido exercitados” (Hb 12.11). Ademais é
importante que preservemos as experiências de tribulações anteriores para a
atualidade e o futuro, para nós e outros (Sl 77.12) e as façamos frutificar em
determinadas ocasiões.
Fritz
Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
2. Produzir a
paciência (v.3,4)
Similar à sua
lista de fraquezas de 4.8-10, esta lista inclui aflições, necessidades e
angústias que a maioria dos pregadores não apresentaria perante seus ouvintes.
Por pregar a
CRISTO, Paulo tinha sido açoitado. Em 11.23-25, Paulo lembra que tinha sido
açoitado cinco vezes pelos judeus.
Ele também
tinha sido espancado com varas pelas autoridades civis em três ocasiões
diferentes. Lucas registrou, no livro de Atos, que Paulo e Silas sofreram esta
punição em Filipos (veja At 16.23,24).
Paulo tinha
sido aprisionado em Filipos (At 16.23). Em praticamente todas as cidades, Paulo
tinha enfrentando tumultos, normalmente provocados pelos judeus rancorosos. Em
Antioquia da Pisídia, os judeus incitaram os homens e mulheres influentes da
cidade para expulsá-lo daquela cidade (At 13.49-52). Em Icônio, os cidadãos
tramaram apedrejar Paulo até a morte (At 14.5,6). Em Listra, uma multidão
irritada o apedrejou, e, milagrosamente, ele sobreviveu e seguiu até a cidade
seguinte para pregar o Evangelho (At 14.19). Em Filipos, uma multidão cercou
Paulo e Silas e os aprisionou (At 16.19-24).
Em Tessalônica,
uma multidão que procurava Paulo cercou a casa de Jason (At 17.5). Em Éfeso,
uma multidão de ourives enraivecidos atacou os companheiros de viagem de Paulo
(At 19.23-41). Mesmo durante o ministério de Paulo entre os coríntios, os
judeus de Corinto o prenderam e o levaram diante do governador (veja At
18.12-17). Em toda parte onde Paulo pregava o Evangelho, ele encontrava-se com
multidões inflamadas. Ele esperava oposição, mas também esperava que JESUS o
guiasse nestas situações difíceis (veja 1.3-7).
Depois de
listar algumas das aflições involuntárias que tinha enfrentado, Paulo mencionou
as aflições que ele havia suportado voluntariamente pela causa do Evangelho.
Paulo não apenas enfrentou obedientemente todos os tipos de oposição a CRISTO,
como também fez sacrifícios pessoais para poder continuar a anunciar as boas
novas. Paulo tinha trabalhado até a exaustão para não se tornar um peso para as
pessoas a quem estava pregando, em especial para os coríntios (veja 11.9). Em
Tessalônica, ele trabalhou noite e dia; talvez isto lhe tenha causado algumas
daquelas noites sem dormir, em vigília (1 Ts 2.9; 3.8). Talvez algumas destas
vigílias voluntárias não tivessem sido passadas em trabalho físico, mas em
orações por todas as igrejas. Além disto, Paulo tinha jejuado muitas vezes. Ele
pode ter feito isto para não ser um peso financeiro para as pessoas a quem
estava pregando (veja 11.7-10).
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 216-217.
Mas como os
seus caluniadores coríntios aparentemente sentiram que a honra da indicação
feita por DEUS significava sucesso e proeminência, Paulo teve que ressaltar que
até mesmo os seus sofrimentos eram demonstrações da autenticidade do seu
apostolado (4-5).201 Em tudo - possivelmente em todas as ocasiões - Paulo e
seus companheiros de trabalho se tornavam recomendáveis (dignos de elogio, cf.
3.1; 4.2; 5.12) como ministros (servos; cf. 6.4; Mt 20.26; Mc 10.43) de DEUS.
Redpath sugere que todas as condições mencionadas em 4-10 “fornecem uma
plataforma para a exibição da graça de DEUS” na vida dos seus servos.202
Paulo recomenda
o seu ministério, primeiramente, na muita paciência (“grande persistência”,
RSV). Esta qualidade, muita ressaltada por JESUS (Mt 10.22; 14.13; Lc 8,15;
21.19) e certamente significativa para Paulo (1.6; 11.23-30; Rm 5.3; 1 Ts 1.3),
coloca-se no topo de três grupos de provações. O primeiro grupo, no versículo
4, apresenta os sofrimentos de Paulo em termos gerais. Eles podem se referir
àquelas dificuldades que são independentes do agente humano, e incluem aflições
(cf. 1.3-10; 2.4; 4.8,17; At 14.22; 20.23), todas as experiências de pressão
física, mental ou espiritual que talvez possam ser evitadas; necessidades
(“privações”, NEB), que não possam ser evitadas; e angústias (“dilemas”, NEB,
4.8), das quais não é possível escapar.
Donald S. Metz.
Comentário Bíblico Beacon. I Coríntios. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 438.
«...na muita
paciência...» Esta última palavra, no original grego, é «upomone». Trata-se não
simplesmente da capacidade de esperar com tranquilidade e sem queixumes, pela
concretização de algo que se espera, conforme a definição ordinária da palavra
moderna «paciência». Antes, dentro do uso neotestamentário há a ideia de
«constância», «fortaleza», «permanência», «perseverança», em face das
dificuldades, das perseguições e de um trabalho árduo e prolongado. Por isso
mesmo, um elevado lugar é atribuído a essa virtude, nas páginas do N.T., bem
como em outras literaturas cristãs. Notemos a «constância de CRISTO», em seus
sofrimentos (Pol. 8:2); a fortaleza «similar à de CRISTO» (ver II Tes. 3:5); a
«constância» na prática do que é direito (ver Rom. 2:7); a «perseverança dos
santos» (em, Apo. 3:10). O Senhor JESUS dava a essa virtude uma importância
muito grande, conforme se vê em Luc. 8:16; 21:19; Marc. 13:13; Mat. 10:22 e
24:13. Esta epístola torna a mencioná-la, no trecho de II Cor. 12:12. E nas
passagens de I Tim. 6:11; II Tim. 3:10 e Tito 2:2, essa virtude aparece logo
depois do «amor», nas listas das virtudes cristãs. Crisóstomo teceu louvores a
essa virtude como segue: «É ela a raiz de toda a bondade, a mãe da piedade, o
fruto que nunca murcha, uma fortaleza jamais conquistada, um porto que
desconhece tempestades». (Hom. 117). O mesmo autor diz em sua Ep. ad Olymp. 7:
«(ela é) a rainha das virtudes, o alicerce das ações corretas, a paz na guerra,
a calma na tormenta, a segurança nas maquinações, que nenhuma violência humana
e nenhum poder do mal poderá prejudicar». Clemente de Roma, ao referir-se às
várias virtudes que recomendavam aos apóstolos, deu o primeiro lugar a essa
virtude. (Ver Cl. 12:12).
Aquieta-te,
minha alma: o Senhor está a teu lado; Suporta com paciência a cruz da tristeza
ou da dor; Deixa ao teu DEUS ordenar e providenciar; Em toda a modificação ele
permanecerá fiel; Aquieta-te, minha alma; teu melhor e celeste Amigo Por
caminhos espinhosos te conduz a um fim feliz. (Katharina von Schlegel).
«Todos os
homens aprovam a paciência, embora poucos estejam dispostos a praticá-la».
(Tomás à Kempis, 1380-1471, em sua famosa obra Imitação de CRISTO).
«É na vossa
perseverança que ganhareis as vossas almas» (Luc. 21:19).
«Tendes ouvido
da paciência de Jó...» (Tia. 5:11).
«...aflições...»
No grego temos o termo «thlipsis», uma palavra geral que indica várias formas
de aflição, produzidas por circunstâncias externas adversas, pelas tribulações,
pelas perseguições, pelas angústias mentais e espirituais. A ideia à raiz dessa
palavra é «pressão». O verbo grego «thlibo» significa «premir», «espremer»,
«restringir», «estreitar», e, por conseguinte, «oprimir, «afligir». Esse
vocábulo é usado por nada menos de quarenta e cinco vezes nas páginas do N.T.,
com tais sentidos como «tribulação» (como em Mat. 13:21 e 24:21,29), «aflição»
(como em Marc. 4:17 e 13:19); «angústia» (como em I Cor. 7:28); e «perseguição»
(como em Atos 11:19).
«...privações...»
é tradução do vocábulo grego «anagke», que quer dizer «necessidade»,
«calamidade». Essa palavra, no original grego, também podia transmitir a idéia
da «falta» de algo necessário, ou seja, a redução a uma pobreza extrema.
Sabemos que Paulo sofreu assim, porquanto aprendeu como ter abundância e sofrer
penúria. (Ver Fil. 4:12). Essa palavra grega, entretanto, pode significar
simplesmente «calamidades», «experiências adversas», o que também se verificou
na vida do apóstolo dos gentios. Esse vocábulo é empregado por dezoito vezes no
N.T., e ambas essas ideias aparecem inerentes nas ocorrências do mesmo.
«...angústias...», no grego, é «stenochoria», que literalmente traduzido seria
«estreiteza», demonstrando um estado de «confinamento», de «restrição», dando a
ideia de angústias, apertos de muitas formas.
É interessante
que alguns estudiosos veem certa intensificação crescente das dificuldades
mencionadas por Paulo —«Aflições» (II Cor. 1:4,8; 2:4 e 4:7), que podem ser
evitadas; «necessidades» (II Cor. 12:10), que não podem ser evitadas; e
«apertos» (II Cor. 12:10), do que não há como escapar». (Plummer, in loc.).
«A ideia aqui
prevalente é a de pressão e confinamento: cada estágio mais estreito do que o
anterior, de tal modo que nenhum espaço é deixado para movimento ou escape».
(Stanley, in loc.).
Paulo expressa
as suas grandes tribulações mediante o emprego de diversos trios, três ao todo,
expressando nove formas de angústia (nos versículos quarto e quinto deste
capítulo). Comenta Faucett(ín loc.), acerca disso: «O primeiro trio expressa as
aflições em geral; o segundo trio, aquelas que se originam nas violências dos
homens; e o terceiro trio, expressa aquelas que ele provocou contra si mesmo,
direta ou indiretamente. Tudo isso comprovava o seu direito de exortá-los com
autoridade, bem como sua capacidade de servir-lhes de exemplo.
O recital que
se segue (nos versículos quarto a décimo deste capítulo) é uma extravasam do
coração de Paulo, com o objetivo único de revelar o seu amor, através daquilo
que ele teve de tolerar. Tudo começa com a menção de seus sofrimentos físicos,
uma lista impressionante, repetida com maiores detalhes em II Cor. 11:23-28.
Paulo se regozijava nesses sofrimentos, mas não mediante alguma ufania no
martírio, conforme com frequência os sofrimentos dos santos se transformam em
uma espécie de indulgência masoquista. Para Paulo, essas coisas eram as ‘marcas
do Senhor JESUS’ (ver Gál. 6:17). Os sinais de seu companheirismo com seu
Senhor, o resultado e aprova de sua fidelidade a seu Senhor e à sua
mensagem...Em seguida nos é oferecida uma descrição sobre as qualidades que
acompanhavam a mensagem do apóstolo. Nisso se encontram os frutos e
manifestações do ESPÍRITO SANTO. Essas são as graças que Paulo procurava
cultivar, e que ele reputava como essenciais naquele que quisesse recomendar o
seu ministério aos outros». (James Reid, ín loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 353-354.
II Ts 1.4
Aparentemente, não era costumeiro de Paulo falar, nas igrejas de DEUS, sobre um
grupo de crentes a fim de se gloriar de determinadas características. No caso
dos tessalonicenses, entretanto, Paulo os elogiou, assim como outros já tinham
feito (I Ts 1.7-10).
A palavra
hupomone, traduzida como paciência, é a mesma palavra usada em I
Tessalonicenses 1.3. Ela retrata não uma aceitação passiva face às
dificuldades, mas sim uma resistência ativa contra elas, demonstrada pela fé.
Os crentes
tessalonicenses permaneciam fiéis a DEUS mesmo em meio a todas as perseguições
e aflições que estavam suportando. Paulo tinha sido perseguido durante a sua
primeira visita a Tessalônica (At 17.5-9). Sem dúvida, aqueles que tinham
respondido positivamente à sua mensagem e tinham se tornado cristãos
continuavam a enfrentar perseguições.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 462.
Em linguagem
exuberante, Paulo relembra a origem emocionante da igreja tessalonicense. Eles
são chamados de amados irmãos... de DEUS (4). A frase de DEUS deve ser colocada
depois de irmãos, e não depois de é referindo-se à eleição (cf. AEC, BAB, BJ,
NVI, RA). A fraternidade cristã é a fraternidade dos filhos de DEUS que
nasceram de novo e estão mutuamente unidos pelo amor e pela vida comum que têm
em CRISTO. E muito real e forte. Tais pessoas foram e são amadas continuamente
por DEUS (cf. Rm 8.31-39). “Amados por DEUS” (BV) era termo reservado no Antigo
Testamento para Israel e pessoas especiais. Em CRISTO, todos os homens tomam
parte do privilégio.
Acerca dos
tessalonicenses cristãos, Paulo confirma: sabendo... a vossa eleição (4). E
comum este conceito bíblico ser erroneamente interpretado ou torcido. Eleição
significa escolha, e nas Escrituras os eleitos são aqueles a quem DEUS escolheu
para serem seus filhos e herdeiros da vida eterna. A construção grega (4)
denota que o ato de eleição de DEUS brota
do seu amor
imutável. Há acordo sobre este ponto entre todos os que aceitam as Escrituras
como regra. A divisão surge na questão do método e base da eleição. Para um
grupo, é a deliberação secreta e eterna de DEUS, sua escolha soberana de certos
indivíduos, ao mesmo tempo em que ele ignora os demais. Mas o único ponto de
vista consistente com o teor geral
das Escrituras,
como também com todas as passagens em questão, é o que ensina que a eleição é a
escolha de DEUS para a vida, pela graça, de todos os que salvadoramente creem
em JESUS CRISTO. O chamado é universal, de forma que ainda que o princípio no
qual a escolha é feita seja decretado eternamente, a eleição não é arbitrária,
mas condicional à aceitação da oferta de misericórdia em CRISTO. A escolha é
condicional, e, portanto, os eleitos são aqueles que permanecem na fé e
perseveram na obediência7 (cf. 2.13-15; 2 Pe 1.10).
Paulo não
hesita em insistir no conhecimento da eleição para a salvação pessoal. Tal
garantia é promessa das Escrituras. A força da palavra porque, que inicia o
versículo 5, denota que a eleição dos tessalonicenses foi deduzida dos fatos
indisputáveis de sua experiência. Eles têm “fé”, “amor” e “esperança” (3) em
JESUS CRISTO? E estas virtudes se mostram em “obra” (3), por exemplo,
afastar-se dos ídolos; em “trabalho” (3), por exemplo, servir ao DEUS vivo e
verdadeiro; e em “paciência” (3), por exemplo, esperar dos céus a seu Filho
(cf. 9,10)? O autoexame minucioso não deve suscitar dúvidas ansiosas, mas
combater a falsa confiança na bênção de um dia que é apenas lembrança.
Paulo nos
lembra o que James Denney denomina de “os sinais da eleição”.
Árnold E.
Airhart. Comentário Bíblico Beacon. I e II Tessalonicenses. Editora CPAD.
Vol. 9. pag. 361-362.
A terceira
razão para o louvor prestado por Paulo aos crentes tessalonicenses é que eles
tinham suportado bem as perseguições, não abandonando o poder da fé e nem a
constância do testemunho cristão. Os trechos de I Tes. 1:6; 2:14 e 3:2-5
mostram-nos que aqueles crentes estavam sob o assédio da perseguição, quando
Paulo lhes escreveu sua primeira epístola; e essa situação teve prosseguimento
durante os meses passados entre o recebimento da primeira e da segunda
epístolas. Aqueles crentes, tendiam para o desencorajamento por esse motivo;
mas o apóstolo dos gentios demonstra como não tinham razão alguma para o
desânimo, já que o progresso espiritual deles, que era fator verdadeiramente
importante, nada sofrera, sendo tão extraordinário que ele podia elogiá-los
perante outras comunidades cristãs, de outras localidades, utilizando-se deles
como um exemplo de como os crentes devem confiar em CRISTO e mostrar-se
perseverantes sob a opressão.
«Estamos sempre
prontos para ver nisso todas as coisas, exceto aquilo que vem de DEUS, os erros
feitos pelo obreiro, os preconceitos de novos discípulos, no sentido que a luz
ainda não clareou, e também as falhas de caráter que o ESPÍRITO SANTO não conseguiu
vencer; e quando fixamos nossa atenção sobre essas coisas, é apenas natural que
nos mostremos inclinados à censura. O homem natural gosta muito de encontrar
defeitos; pois isso lhe dá, com pouquíssimo trabalho, o senso consolador de ser
superior. Mas é um olho maligno aquele que só pode ver faltas, deleitando-se
nelas. Antes de comentarmos as deficiências ou equívocos, que só se tornam
visíveis em face do pano de fundo da nova vida, agradeçamos a DEUS pela vida
nova, por mais humilde e imperfeita que seja essa forma. Não é necessário que o
caráter do crente seja agora o que ainda será. Porém, somos forçados, pela
força do dever, pela verdade e por tudo quanto é correto e justo, a dizer:
‘Graças sejam
dadas a DEUS por aquilo que ele começou a fazer mediante a sua graça’. Existem
pessoas que nunca deveriam ver trabalhos feitos pela metade; e talvez essas
mesmas pessoas devessem ser proibidas de criticar as missões, tanto as de
âmbito pátrio como as que atuam no estrangeiro. A graça de DEUS não é
responsável pelas falhas dos pregadores ou dos convertidos; mas ela é antes a
fonte originária de suas virtudes; é a fonte de sua nova vida; é também a
esperança do futuro deles; e a menos que acolhamos suas operações com ações de
graças constantes, não estaremos em uma atitude mediante a qual a graça divina
possa operar em nós».
(Denny, in
loc.).
«...nos
gloriamos de vós...» Os crentes tessalonicenses não tinham reais motivos para
estarem desencorajados; pois o que devia ser realizado, estava sendo realizado.
Paulo se «gloriava» neles perante outras igrejas. É usado por ele o vocábulo
grego «egkauchomai», que significa «ufanar-se», e que em um mau sentido
significa «mostrar-se arrogante». Não era coisa de somenos que o grande
apóstolo dos gentios pensasse que o progresso espiritual daqueles crentes era
de tal natureza que merecesse jactar-se ele do mesmo de maneira sincera. Isso
Paulo disse a fim de encorajá-los em meio às tribulações e descoroçoamentos. Em
Corinto (bem como em outras localidades da província da Acaia), Paulo
apresentava o caso dos crentes tessalonicenses como um exemplo de como os
crentes devem progredir na sua vida espiritual (ver II Cor. 1:1). Outro sim, o
trecho de I Tes. 1:8 deixa entendido um contato e uma atividade muito maiores
do que aquela concentrada em qualquer província romana isolada. Poucos meses,
pelo menos, se tinham passado; e isso teria dado a Paulo tempo de visita
diversos territórios, onde poderia ter iniciado novas obras. Não sabemos dizer,
entretanto, quanto tempo se passara desde que ele escrevera sua primeira
epístola aos Tessalonicenses; mas pelo menos alguns meses teriam sido
necessários para que houvesse aqueles novos acontecimentos.
«...igrejas de
DEUS...» (Quanto a notas expositivas completas sobre a «igreja», em sua
chamada, em sua natureza, em sua missão e em seu destino, ver Efé. 3:10. Ver as
notas expositivas sobre a «igreja de DEUS», em I Tes. 3:5,15). Essa expressão
também se acha nas passagens de I Cor. 1:2; 10:32; 11:22; 15:9; II Cor. 1:1;
Gál. 1:13. No plural temos «igrejas de DEUS»
As igrejas de
DEUS são dele (é usado o genitivo possessivo, no original grego), pertencem ao
Senhor; e também em DEUS elas encontram seu propósito e destino, sua presente
existência e sua manutenção partem dele; e é ele quem exerce autoridade
religiosa sobre elas, porquanto CRISTO é o Filho unigénito de DEUS e é também o
Cabeça da igreja (ver Efé. 1:23).
«Os crentes
tessalonicenses não precisavam temer que estavam ocultos em algum posto
distante. Nem os homens e nem DEUS deixavam de dar atenção à coragem deles...
Seus fundadores e amigos, mesmo à distância, observavam com ufania quão
resoluta era a fé deles; ao passo que no processo seguro da providência divina
aquela fé tinha um destino todo próprio, porquanto estava vinculada aos
desígnios eternos do Senhor».
(Moffatt, in
loc.).
É possível que
os crentes tessalonicenses tivessem imaginado que o tom de louvor, da parte do
apóstolo Paulo, em sua primeira epístola, fosse um tanto exagerado. Mas agora
Paulo mostra que em nada ele se, mostrara exagerado. Os seus elogios eram
plenamente merecidos por eles, de formas espiritualmente recomendáveis. A
vereda pela qual eles tinham começado a andar, a despeito das dificuldades
crescentes, agora era exposta novamente como o caminho pelo qual deveriam
palmilhar.
« ...constância
de f é ...» No grego, a primeira dessas palavras é «upomone», que poderia ser
traduzida por «paciência» ou «resistência». Mui raramente, porém, tal termo tem
o sentido de «paciência», se emprestarmos a esse vocábulo o sentido de
passividade sem queixumes. Por exemplo, Jó, apesar de ser homem de grande
paciência, não ficou passivo, e não deixou de queixar-se, conforme os registros
bíblicos deixam bem claro. Contudo, em meio à sua tremenda provação, ele se
mostrou «resistente», sem jamais ter abandonado a sua confiança no Senhor.
Aqueles crentes
de Tessalônica, que sofriam sob a perseguição, mereciam ser elogiados. Podiam
eles ficar no aguardo de uma glória que me estava sendo Separada através de sua
resistência fiel debaixo da tribulação, visto que eram sais a CRISTO. Por outro
lado, seus perseguidores não podiam enganar a si mesmos sob o pensamento que o
tratamento desumano que conferiam a outros, ainda que feito em nome a e DEUS,
pudesse ser esquecido pelo Senhor ou pudesse deixar de ser devidamente
castigado. As leis morais do universo exigem que o homem colha segundo aquilo
que tiver semeado; e isso se aplica tanto no caso do incrédulo como no caso do
próprio crente.
As ações de um
homem e sua conduta na vida tomarão evidente que tipo de colheita ele poderá
esperar. O juízo é certo; e não nos deveríamos equivocar a esse respeito,
porquanto assim o requerem as leis morais. Doutro modo, se alguém pudesse fazer
o mal, sem nunca ser punido, DEUS seria motivo de zombarias e o mundo não
passaria de caos. Por outro lado, o bem que os homens praticam não pode deixar
de ser notado pela mente divina. Mas naturalmente, embora isso não seja
destacado no presente texto, o juízo será disciplinador, e não meramente
retributivo, o que fica perfeitamente claro em passagens como I Ped. 3:18-20 e
4:6, onde também aparecem as notas expositivas centrais sobre o julgamento
divino. Assim, pois, o juízo divino será exato, tendo por desígnio recompensar
e punir, em medida exata, de conformidade com a gravidade de cada crime; mas
essa própria vingança serve, «resistência persistente», a despeito das
circunstâncias difíceis. Isso pode ser confrontado com o trecho de Rom. 5:3-5
(conforme a tradução inglesa de Williams, mas aqui vertida para o português), e
que diz: «...o sofrimento produz ‘resistência’ (a mesma palavra do presente
versículo); a resistência, o caráter comprovado; o caráter comprovado, a
esperança; e a esperança jamais nos desaponta; pois através do ESPÍRITO SANTO,
que nos foi dado, o amor de DEUS tem invadido os nossos corações». Vemos, no
presente contexto, que a «resistência» do crente, aqui focalizada, é uma
qualidade espiritual, um produto de um andar inspirado e dirigido pelo ESPÍRITO
SANTO; e todas as qualidades e graças cristãs são produzidas da mesma maneira.
«A paciência
humana, por conseguinte, além da resistência, possui igualmente a qualidade da
expectação, em que o crente aguarda que algo aconteça, que ‘alguém venha em seu
socorro’. A mensagem da paciência de DEUS, nos profetas e através deles,
contribui para a reativação da paciência.
Nas páginas do
N.T...... a ‘paciência de DEUS’ (ver Rom. 15:5), continua revestida do mesmo
sentido tão lato». (R. Gregor Sjnith).
Cumpre-nos
observar, no presente versículo, que essa «resistência» se alicerça sobre a fé.
A fé consiste da outorga da alma a CRISTO, em que o crente entrega a sua pessoa
aos cuidados do Senhor, a fim de ser transformado segundo a sua imagem. Tal
consagração a CRISTO dá a um crente a disposição e o poder de suportar
dificuldades que se originam em face de sua expressão de lealdade a CRISTO.
«...perseguições...»
No grego temos o vocábulo «diogmos», que significa «perseguição» ou «teste
severo». Também tem o sentido de «caça»; pois se deriva do verbo «dioko», que
quer dizer «perseguir», «caçar», «expulsar».
Em sentido
nominal, esse termo também significa «tormento», «molestamento». Esse vocábulo
dá-nos a entender a figura simbólica de um animal caçado, de uma presa
perseguida, de um tormento incansável e sem misericórdia.
«
...tribulações...» No grego é «thlipsis», que significa «pressão», «opressão»,
e, metaforicamente, «aflição», «perseguição». Excelente tradução, nesse caso, é
«opressão», que preserva à ideia de pressão inerente que há nessa palavra. A
forma verbal, «thlibo», significa «pressionar», «comprimir», «estreitar».
«Portanto,
quanto mais profundidade alguém alcança na fé, tanto mais será dotado de
paciência para suportar a tudo com fortaleza de espírito, por um lado; e, por
outro lado, a impaciência e a covardia ante a adversidade deixa transparecer a
incredulidade, da parte de quem assim age, e mais especialmente ainda quando as
perseguições devem ser sofridas por amor ao evangelho. Neste último caso a
influência da fé aparece em primeiro plano».
ao mesmo tempo,
de medida instrutora, corrigindo e produzindo alguma espécie de restauração,
ainda que os punidos sob hipótese alguma venham a obter a glória reservada aos
eleitos. (Ver o trecho de Rom. 11:32, que mostra que até mesmo os secretos
decretos de DEUS, contra os ímpios, têm a finalidade e aplicar sua misericórdia
para com todos, através da aplicação da disciplina).
O primeiro
capítulo da epistola aos Efésios deixa perfeitamente claro que o poder
restaurativo de CRISTO, que é universal e cósmico, é tão grande que é
simplesmente impossível que qualquer coisa, em qualquer lugar, possa escapar de
sua órbita, ainda que esse poder seja aplicado em graus variados, e sempre
porque os homens ou os seres angelicais se prostrem ante sua posição de Cabeça
e Senhor, posição essa que, finalmente, será firmada e reconhecida
universalmente. (Ver a passagem de Fil. 2:10, 11 e as notas expositivas ali
existentes, que deixam isso bem claro). Todos se prostrarão perante «JESUS»
(onde se destaca sua qualidade de «Salvador»), e todos se prostrarão perante «o
Senhor». Ver o mistério da vontade de DEUS, Efé. 1:10.
A passagem à
nossa frente fala sobre o fervor ardente do judaísmo posterior, utilizando-se
da linguagem dos profetas, que proferiam palavras duras e altissonantes contra
os inimigos e perseguidores da nação de Israel. Nessas palavras há uma verdade
que não pode ser ignorada. No entanto, não honramos a DEUS por fazer dele o
grande Destruidor de todos os séculos, que queima pessoas como se fossem
leitões assados, em uma imensa fornalha. Há certas passagens que lançam uma
preciosa luz sobre a natureza dos julgamentos de DEUS, definindo mais
exatamente o que eles significam.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 5. pag. 229-230.
3. Chegar à
perfeição.
Ef 4.13 A
palavra “até” indica que o processo descrito em 4.12 deve continuar até que um
certo objetivo seja alcançado – quando todos os crentes chegarem (conseguirem,
alcançarem) à unidade da fé. Isto quer dizer a unidade na crença no próprio
CRISTO, e essa crença relaciona-se intrinsecamente com o nosso conhecimento
pessoal dele. O objetivo inclui a realização de um esforço unido para viver e
proclamar essa fé.
Unidade em
nosso conhecimento refere-se ao mais completo e total conhecimento
experimental. Cada crente deve ter um relacionamento íntimo e pessoal com JESUS
CRISTO. Paulo o chamou aqui de Filho de DEUS, mostrando que o seu conhecimento
inclui um entendimento apropriado do novo relacionamento com o Pai que foi
concedido pelo Filho (Rm 8.10-17).
Este corpo
unificado dos crentes é dito maduro e completamente adulto, à medida da
estatura completa de CRISTO. O foco, neste versículo, está em nós - cada crente
como parte do corpo completo. Esta metáfora quer dizer que a igreja, como o
corpo de CRISTO, deve se adequar à Cabeça em desenvolvimento e maturidade. Isto
não se refere à perfeição (impossível nesta vida), mas ao crescimento - como
crianças tornando-se adultas, o que leva ao próximo conselho referente a esse
crescimento.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 337.
O versículo 13
rememora o anterior e oferece explicação adicional da “edificação” da igreja.
Uma vez mais, Paulo usa três frases, cada uma iniciada com a preposição grega
eis:
1) à unidade da
fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da estatura completa de CRISTO.
Estas não são
idéias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da
realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução
melhor do versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade
inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à
maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de CRISTO” (NEB).
A unidade da fé
e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA).
A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para
recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao Filho de DEUS e a nossa
confiança nele — DEUS manifestado na carne que morreu no Calvário em nosso
benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no ponto em que
significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não devemos equipará-lo
a conhecimento intelectual, mas a relações pessoais. A unidade se origina dessa
intimidade com o Filho proporcionada pela graça. Paulo não está falando da
experiência inicial com CRISTO. O apóstolo se preocupa com o crescimento e
aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade de DEUS conforme
estão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja podem e devem
ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão
perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no
qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal
estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a
graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da
estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade
cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando
alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a
expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é
“a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da
maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em
direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO.
Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de
nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que
tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
Willard H.
Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 161-162.
A Natureza Da
Perfeição
1. Em sua
manifestação terrena, a perfeição aparece como maturidade espiritual, como
elevado grau de santidade, de parceria com poder espiritual e utilidade nas
mãos de DEUS, no que diz respeito tanto a nós, quanto à igreja. Recebemos poder
a fim de servirmos e cumprirmos nossas respectivas missões.
2. Porém, nas
dimensões celestiais, começaremos dotados da mesma natureza que CRISTO (ver I
João 3:2), e assim seremos participantes de sua plenitude e atributos (ver Col.
2:10).
3. Por
semelhante modo, pertencem-nos a natureza e os atributos do Pai (ver Efé.
3:19).
4. Na qualidade
de seres tão exaltados, ainda assim a nossa perfeição será apenas «relativa»,
pois só DEUS é perfeito. Mas iremos passando de um estágio de glória para
outro, perenemente aumentando a nossa perfeição, sempre nos aproximando, mas
nunca atingindo plenamente, as perfeições divinas. Portanto, a glorificação
será um processo interminável. A impecabilidade será apenas seu início. Também
iremos avançando no campo das virtudes positivas de DEUS, em seus atributos, e
na participação de sua forma de vida.
Qual será o
tempo da maturidade? Paulo não frisa aqui nenhum ponto no tempo, presente ou
futuro, para atingirmos esse alvo da perfeição. Mas a, eternidade futura será o
terreno da busca contínua e bem-sucedida. De fato, sendo DEUS infinito, e visto
que estamos crescendo segundo a sua plenitude, passaremos a eternidade nessa
inquirição, crescendo sempre na direção da perfeição. Esse é o próprio
significado da vida, pois a vida vem de DEUS, é de DEUS, está em DEUS e
volta-se para DEUS.
SUBSÍDIOS DA
REVISTA DA CPAD - LIÇÃO 7 - 1 TR 2019
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO - Top1
Estude bem as
passagens bíblicas que narram a história da provocação de Refidim a fim de
contar aos alunos com riquezas de detalhes. Essa história servirá de base para
você trabalhar o conceito de “tentação”. É preciso, desde o início da aula,
deixar claro que o propósito do encontro desta semana é prevenir as
consequências das tentações. Nesse caso, a tentação conforme a provocação de
Refidim é de caráter contencioso. Onde a contenda e a confusão são o objeto da
tentação. Por certo essa é uma excelente oportunidade de você trabalhar com a
classe os princípios de “moderação”, “mansidão” e “domínio próprio”. Uma
excelente aula!
CONHEÇA MAIS -
*Tentador - “[Do lat. tentatorem] O que induz a práticas que contrariam às leis
de DEUS. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por antonomásia. Ou
seja: é o agente e o estimulador da tentação.”
Leia mais em
dicionário Teológico, CPAD, p.270
SUBSÍDIO
DOUTRINÁRIO - Top2
É importante
termos uma ideia bem clara acerca da depravação total, pois a doutrina nos
ajuda a compreender a luta interna no processo da tentação. Por isso, leia o
seguinte texto, objetivando ter tal consciência: “A atual condição espiritual
da humanidade, considerada à parte da graça de DEUS, é adequadamente descrita
como tenebrosa e desanimadora. Com certeza, Wesley, em sua doutrina do pecado
original, emprega o que só pode ser descrito como ‘superlativos negativos’ para
demonstrar o total abismo moral e espiritual em que a humanidade decaiu. Ele
comenta: ‘O homem, por natureza, é repleto de todo tipo de maldade? É vazio de
todo bem? É totalmente caído? Sua alma está totalmente corrompida? Ou, para
fazer o teste ao contrário, ‘toda imaginação dos pensamentos de seu coração [é]
só má continuamente’? Admita isso, e até aqui você é um cristão. Negue isso, e
você ainda é um pagão” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley:O Amor SANTO
e a Forma da Graça. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.97).
CONHEÇA MAIS -
Tentador - “[Do lat. tentatorem] O que induz a práticas que contrariam às leis
de DEUS. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por antonomásia. Ou
seja: é o agente e o estimulador da tentação.” Leia mais em Dicionário
Teológico, CPAD, p.270.
SUBSÍDIO VIDA
CRISTÃ - Top3
“[...] A
presença de CRISTO conosco não é apenas como a de um companheiro externo, mas é
uma força real e divina, revolucionando nossa natureza e tornando-nos como Ele
é. De fato, o propósito final e último de CRISTO é que o crente seja
reproduzido segundo a sua própria semelhança, por dentro e por fora.
Paulo expressa
a mesma coisa no primeiro capítulo de Colossenses, quando diz: ‘Para, perante
ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis’ (Cl 1.22). Esta
transformação deve ser uma transformação interior. É uma transformação de nossa
vida, de nossa natureza segundo a natureza dEle, segundo a semelhança dEle.
Como é
maravilhosa a paciência, como é maravilhoso o poder que toma posse da alma e
realiza a vontade de DEUS – uma transformação absoluta segundo a maravilhosa
santidade do caráter de JESUS! Nosso coração fica desconcertado quando pensamos
em tal natureza, quando contemplamos tal caráter. Este é o propósito de DEUS
para você e para mim” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.31-32).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA
ÍNTEGRA – 2º Trimestre de 2024
Escrita Lição
9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A TENTAÇÃO
E SUA ESFERA HUMANA
1. Conceito
bíblico de tentação.
2. Duas vias da
tentação.
3. Tentação: um
fenômeno humano.
II – O SENHOR
JESUS E A TENTAÇÃO
1. A provação
do Senhor JESUS.
2. As áreas que
JESUS foi tentado.
3. Como JESUS
venceu a tentação?
III –
RESISTINDO À TENTAÇÃO
1. Todos somos
tentados.
2. Rejeite a
tentação!
3.
Arrependa-se!
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Mateus 4.1-11
1 - Então, foi
conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 - E, tendo
jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 - E,
chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de DEUS, manda que estas
pedras se tornem em pães.
4 - Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de DEUS.
5 - Então o
diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 - e
disse-lhe: Se tu és o Filho de DEUS, lança-te daqui abaixo; porque está
escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos,
para que nunca tropeces em alguma pedra.
7 - Disse-lhe
JESUS: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu DEUS.
8 - Novamente,
o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do
mundo e a glória deles.
9 - E
disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 - Então,
disse-lhe JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu DEUS,
adorarás e só a ele servirás.
11 - Então, o
diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
TENTAÇÃO
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
A tentação é
algo que o crente enfrentará ao longo de sua jornada. Não por acaso, o Senhor
JESUS nos ensinou a orar de modo que DEUS não deixasse que caíssemos em
tentação (Mt 6.13 - NVT). Por isso, nesta lição, estudaremos o conceito bíblico
de tentação, a maneira como nosso Senhor a enfrentou no deserto e como devemos
resisti-la. Veremos que é imperioso seguir a recomendação de JESUS CRISTO a
respeito de vigiar e orar para não cedermos à tentação ao longo da caminhada
(Mt 26.41).
I – A TENTAÇÃO
E SUA ESFERA HUMANA
1. Conceito
bíblico de tentação.
Na Bíblia, três
palavras aparecem para conceituar “tentação”. A primeira é a palavra hebraica
massáh, que significa “teste”, “provação” (Dt 4.34; 9.22; Sl 95.8). A segunda e
a terceira são palavras gregas respectivamente: peirasmós, “teste”, “prova”,
aparecendo 25 vezes no Novo Testamento (At 20.19; 1 Co 10.13; Tg 1.2,12); e o
verbo peirázō, testar, submeter à prova (Jo 6.6; Gl 6.1; Ap 2.2,10), ocorrendo
aproximadamente 36 vezes no Novo Testamento. Assim, podemos dizer que tentação
é um experimento, teste ou prova diante de uma atração para fazer o mal a fim
de obter prazer ou lucro.
Ainda que o
Inimigo possa nos persuadir a cair em tentação, esta se dá no campo da esfera
humana e terrena.
2. Duas vias da
tentação.
De acordo com a
Palavra de DEUS, a tentação pode vir primeiramente do Diabo (Gn 3) e, também,
de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). Ela tem origem no Diabo quando o seu
objetivo, semelhantemente ao que aconteceu com JESUS, é de desviar-nos da rota
de nossa missão e propósito de vida estabelecido por DEUS. Já a que nasce de
dentro do ser humano tem a ver com os vícios da alma quando, no lugar de darmos
primazia ao fruto do ESPÍRITO, entregamo-nos à atração, ao engodo e ao deleite
da concupiscência da carne. Ambas as vias da tentação se processam na esfera
humana.
3. Tentação: um
fenômeno humano.
Na Epístola de
Tiago está escrito: “Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque
DEUS não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13). É verdade que
há a provação que vem da parte de DEUS para aperfeiçoar o caráter do crente (Tg
1.2,4; Mt 5.48; 1 Pe 1.7). Contudo, um teste que incita ao mal não vem de DEUS,
ou seja, as ações que evidenciam uma vida dominada pelas paixões carnais são de
inteira responsabilidade humana (Mt 5.28; Rm 8.6). Ainda que o Inimigo possa
nos persuadir a cair em tentação, esta se dá no campo da esfera humana e
terrena (1 Co 10.13).
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
Tentação - “Os
termos gregos e hebraicos traduzidos como ‘tentar’ e ‘tentação’ também aparecem
no mau sentido de ‘induzir ao pecado’. O Diabo é acusado de ser o instigador de
tais provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5, 6). Até mesmo na vida dos cristãos ele exerce grande
pressão para o pecado (1 Co 7.5; 1 Ts 3.5; Ap 2.10). Sucumbir a tais tentações
pode demonstrar que a profissão do cristão não é sincera (Lc 8.13).
A tentação para
pecar frequentemente se origina de pensamentos malignos e da concupiscência (Tg
1.14); provocações às quais um forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1
Tm 6.9). Contudo, a tentação para pecar nunca vem de DEUS (Tg 1.13). O cristão deve
orar por libertação de todas essas tentações (Mt 6.13; Lc 11.4).
A tentação, no
mau sentido, também pode tomar a forma de testar o outro na esperança de expor
seus pontos fracos, e usá-los contra a própria pessoa. Os inimigos de CRISTO
frequentemente tentaram empregar essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3;
22.35; Lc 20.23)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006,
p.1908).
II – O SENHOR
JESUS E A TENTAÇÃO
1. A provação
do Senhor JESUS.
De acordo com o
Evangelho de Mateus, após o batismo de JESUS, o ESPÍRITO SANTO o conduziu ao
deserto (cf. Mc 1.12,13; Lc 4.1,2). Foram 40 dias sendo tentado por Satanás,
uma intensa batalha espiritual contra o Adversário, o “príncipe deste mundo”
(Jo 16.11; cf. Ef 2.2). O objetivo de Satanás era fazer com que JESUS
desviasse de seu propósito, satisfazendo desejos e necessidades, contrariando a
vontade de DEUS (cf. Jo 4.34). Por isso, houve um ataque intenso do Maligno
contra nosso Senhor, que resistiu sabiamente por meio da oração, do jejum e da
Palavra. Embora fisicamente frágil, o Senhor JESUS estava espiritualmente
forte.
2. As áreas que
JESUS foi tentado.
Podemos dizer
que JESUS CRISTO foi tentado em três áreas: a área física, a natureza divina e
a área espiritual. Na área física, o Diabo o tentou pedindo que transformasse
pedras em pães, após sentir fome devido ao processo de jejum, pois isso
revelaria que Ele era o Filho de DEUS (Mt 4.3). Na área da natureza divina, o
Diabo tenta JESUS pedindo que Ele se atirasse do pináculo do Templo, pois os
anjos o guardariam (Mt 4.5,6). Na área espiritual, o Diabo tenta nosso Senhor,
desafiando-o a evitar o caminho da cruz para estabelecer um reino pela sua
força, o que seria prontamente aceito pelos judeus; mas era necessário apenas
uma coisa: JESUS deveria adorar o Diabo (Mt 4.9). Assim, podemos dizer que o
nosso Senhor foi tentado na área física, com as necessidades humanas; em sua
natureza divina, com a ideia de ostentar seus divinos atributos ao público; e
na área espiritual, no sentido de idolatrar outro ser.
3. Como JESUS
venceu a tentação?
Nosso Senhor
venceu o Diabo com a Palavra de DEUS. Em todas as áreas da tentação, Ele
respondeu: “Está escrito”. Na primeira tentação, Ele disse: “Está escrito: nem
só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de DEUS” (Mt
4.4). Na segunda tentação, Ele disse: Está escrito: “Não tentarás ao Senhor teu
DEUS” (Mt 4.7). Na terceira tentação, Ele disse: “Vai-te, Satanás, porque está
escrito: Ao Senhor, teu DEUS, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10). Nessa
batalha espiritual contra o Diabo, nosso Senhor sempre apelou para a exposição
da Palavra de DEUS. Isso significa que Ele via a Escrituras como autoridade
suprema de fé e de prática. Assim, ao lado da oração e do jejum, conforme já
estudamos, devemos vencer o Inimigo e seus ardis tentadores com a Palavra de
DEUS (Ef 6.11,17). Imitemos o nosso divino Mestre!
Em caso de
ceder à tentação, não tentemos se justificar, culpar os outros ou ignorar os
atos pecaminosos.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
A Tentação de
JESUS
“JESUS, além de
citar a Escritura, dirigiu-se ao Diabo diretamente. Em geral, Ele evitava
diálogo com poderes demoníacos e os proibia de falar, mas aqui Ele ordenou que
o Diabo saísse. A prática de JESUS está em contraste total com a prática
popular de arengas longas com o Diabo no contexto da oração. O fato de JESUS
sofrer estas tentações é parte de sua identificação última com a humanidade.
Ele se tornou ser humano. Ele ficou adulto e entrou nas águas purificadoras de
nosso batismo, embora não tivesse pecado. [...] Ele sofreu tentações; suportar
e não se entregar causam angústia e dor. Ele não precisava ter uma ‘natureza
pecadora’ para ser tentado e suportar a dor da declaração: ‘Não’” (Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento - Mateus-Atos. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, pp. 31, 32).
III –
RESISTINDO À TENTAÇÃO
1. Todos somos
tentados.
Por mais que
observemos as disciplinas da oração, do jejum e da leitura da Palavra, o
Inimigo não deixará de nos tentar. Por esse motivo, temos de estar conscientes
a respeito, visto que vivemos em uma cultura pós-moderna que, por meio de seus
artistas, escritores, filósofos e, até mesmos “teólogos”, intentam naturalizar
o relativismo, procurando nos moldar conforme seus costumes mundanos. Diante
disso, somos encorajados pelas Escrituras a assumir a postura de CRISTO e a não
se conformar com este mundo (Rm 12.2).
2.
Rejeite a tentação!
Há uma célebre
frase do reformador Martinho Lutero: “Você não pode impedir que os pássaros
voem sobre sua cabeça, mas pode impedir que eles se instalem com seus ninhos!”.
Embora não seja um versículo da Bíblia, a frase revela uma verdade que
encontramos na Palavra de DEUS. Podemos percebê-la na fuga de José diante da
mulher de Potifar (Gn 39.12); na atitude de Jó em fugir do mal (Jó 1.1). Assim,
não podemos impedir que a tentação apareça, mas, com a força do ESPÍRITO SANTO,
podemos evitar que ela nos domine. Por isso, precisamos seguir o que o apóstolo
Paulo escreveu a Timóteo: “Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude”
(2 Tm 2.22 – NVT). Portanto, ao longo da nossa jornada, a melhor estratégia é
fugir da tentação.
3.
Arrependa-se!
No meio da
nossa caminhada, é possível que o crente ceda à tentação e, por isso, rompa a
comunhão com DEUS. Contudo, é possível restabelecer o relacionamento com Ele
por meio da confissão de pecados, arrependimento e quebrantamento espiritual.
Há um caminho de cura e restauração para quem age dessa maneira (Pv
28.13). Por essa razão, em caso de ceder à tentação, não tentemos nos
justificar, culpar os outros ou ignorar os atos pecaminosos. O caminho divino é
o da confissão e arrependimento para desfrutar o perdão.
SINÓPSE III -
Somos encorajados a assumir a postura de CRISTO e a não se conformar com este
mundo.
CONCLUSÃO
Semelhante ao
Senhor, que foi tentado em tudo, mas não pecou (Hb 2.18; 4.15); podemos seguir
o caminho de não sermos seduzidos pela tentação. Assim, podemos desfrutar mais
de uma vida em santidade e comunhão com DEUS. Por isso, ao oferecermos
resistência à tentação ao longo da jornada, lograremos êxito e receberemos a
coroa da vida (Tg 1.12).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA
ÍNTEGRA – LIÇÃO 4, 4TR2025
Escrita Lição
4, Central Gospel, A Tentação no Éden, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA
TV
Para nos ajudar
PX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A NATUREZA
DA TENTAÇÃO
1.1. A tentação
é externa; a provação é interna
1.2. A tentação
visa à destruição; a provação visa à edificação
1.3. A tentação
procede do Inimigo; a provação vem de DEUS
2. ESTÁGIOS DA
TENTAÇÃO E CONSEQUENTE QUEDA
2.1. A
aproximação do proibido
2.2. A
distorção da verdade
2.3. A sutil
alteração da Palavra de DEUS
2.4. A sedução
pelo desejo e pela aparência
2.5. O silêncio
cúmplice e a partilha da Queda
3. A ESSÊNCIA
DO PECADO NO ÉDEN
3.1. A perda da
confiança na bondade e na justiça divina
3.2. A escolha
da autonomia em lugar da submissão
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Gênesis 3.1-7
1- Ora, a
serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor DEUS
tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não comereis de
toda árvore do jardim?
2- E disse a
mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3- Mas, do
fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: Não comereis dele, nem
nele tocareis, para que não morrais.
4- Então, a
serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5- Porque DEUS
sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis
como DEUS, sabendo o bem e o mal.
6- E, vendo a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a
seu marido, e ele comeu com ela.
7- Então, foram
abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor,
esta lição nos conduz ao momento decisivo em que a fidelidade ao Criador foi
colocada à prova no Éden. Apresente a tentação não apenas como um evento
isolado, mas como um movimento estratégico de questionamento, distorção e
sedução. Destaque que a serpente, símbolo da astúcia de Satanás, agiu atacando
a confiança e a obediência, e que esses mecanismos continuam atuando hoje.
Estimule os alunos a refletirem sobre a natureza progressiva desse velado
processo de encantamento: da dúvida à distorção, da cobiça à decisão
equivocada. Excelente aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Gênesis (caps.
1-3) não é só uma narrativa sobre o início da humanidade; é uma proclamação de
seu propósito e vocação. Mais do que fatos cronológicos, os capítulos iniciais
das escrituras falam de forma eloquente sobre a realidade eterna: fomos
moldados do pó para viver em comunhão com o Criador do Universo. Estudar a
tentação no Éden, nesse contexto, não é apenas rememorar um evento do passado;
é discernir as vozes que ainda hoje desafiam a confiança no bem, distorcem o
cerne da revelação e seduzem o coração humano.
1. A NATUREZA
DA TENTAÇÃO
JESUS é o maior
exemplo de que ser tentado faz parte da experiência humana: [...] Ele foi
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. (Hb 4.15 -
NAA). Enfrentar esse tipo de conflito não constitui pecado em si, mas sim ceder
às suas sugestões e agir contra a consciência e os ensinamentos de CRISTO (Tg
1.15).
Antes de o
pecado tomar forma no gesto, ele ocorre no campo invisível das intenções e dos
pensamentos. Diferente da provação - que tem como objetivo fortalecer e
amadurecer a fé, a tentação busca destruir o vínculo sagrado entre a criatura e
o Criador. Em sua essência, essa sombra que desliza entre o desejo e a escolha
é uma distorção sutil da verdade - um convite ao afastamento da plena
dependência do amor e da proteção de DEUS. Compreender sua natureza é essencial
para discernir seus caminhos tortuosos e resistir ao seu fascínio. A seguir,
serão apresentadas algumas distinções fundamentais entre tentação e provação,
apresentadas no texto sagrado.
1.1. A tentação
é externa; a provação é interna
A tentação (gr.
peirasmós = "teste", "prova externa") nasce fora, como um
sussurro dissonante que se insinua nos contornos da liberdade, procurando
corrompê-la. Trata-se de uma influência alheia, que apela à vulnerabilidade dos
sentidos e se- meia a dúvida sobre a bondade de DEUS (Mt 4.1; Tg 1.14). Já a
provação (hb. nissayôn "prova para fortalecimento"; gr. dokimé =
"teste que aprova e amadurece") brota do movimento interno do
ESPÍRITO, que permite que a fé seja testada para ser fortalecida (Gn 22.1; Tg
1.2-3). É como o fogo que depura o ouro, não para destruí-lo, mas para
purificá-lo (1 Pe 1.7).
OBSERVAÇÃO 1
Assim como no
Éden a serpente se aproximou para semear a dúvida, também hoje ruídos enganosos
nos cercam externamente o tempo todo (1 Pe 5.8). A provação, porém, segue outro
trilho: ela, emerge no íntimo como um chamado à entrega serena, firmada no
coração do Eterno.
1.2. A tentação
visa à destruição; a provação visa à edificação
Ceder à
tentação é percorrer a trilha da ruína. Ainda que se revista de promessas
sedutoras, ela visa a apartar o ser humano da Fonte da Vida, conduzindo-o à
perda da comunhão e à morte espiritual (Tg 1.14-15). No entanto, Paulo declara
que DEUS é o nosso protetor e não permitirá que sejamos tentados além de nossas
forças. Além disso, junto com a tentação, Ele também proverá o livramento (1 Co
10.13). A provação, por sua vez, é caminho de edificação, pois permite ao
cristão crescer em perseverança, discernimento e dependência amorosa do
Altíssimo. A provação é como a poda que, embora dolorosa, prepara os ramos para
frutificar com renovado vigor (Jo 15.2). Enquanto a tentação pode levar ao
fracasso, a provação conduz à elevação. Enquanto a tentação pode minar as
raízes da fé, a provação as aprofunda no solo da Graça.
1.3. A tentação
procede do Inimigo; a provação vem de DEUS
A tentação e a
provação, de igual modo, têm origens distintas. A tentação procede do Inimigo -
aquele que, desde o princípio, busca desviar homens e mulheres da verdade (Ap
12.9; 2 Co 11.3). Satanás utiliza a dúvida e a mentira como armas para romper a
aliança entre DEUS e Sua Criação. A provação, em contrapartida, é permitida e,
muitas vezes, enviada pelo Senhor, com propósito pedagógico e redentor - Ele
prova o salvo não para que falhe, mas para que amadureça, tornando-se forte e
inabalável na certeza do cumprimento de Suas promessas (Tg 1.2-4). DEUS jamais
tenta, no sentido de induzir ao mal (Tg 1.13-14); Ele é luz, e não há nele
treva nenhuma (1 Jo 1.5). Todo movimento que conduz ao pecado nasce do desejo
desordenado, sendo inflamado por discursos contrários à orientação
divina.
2. ESTÁGIOS DA
TENTAÇÃO E CONSEQUENTE QUEDA
O afastamento
do bem e a adesão ao mal não ocorrem de um instante para o outro. O coração
humano é, muitas vezes, seduzido em etapas progressivas: aproxima-se do limite
estabelecido, permite que a dúvida floresça, altera a mensagem recebida,
entrega-se ao desejo desordenado e, por fim, arrasta outros consigo.) O relato
da tentação no Éden nos revela um caminho de declínio que começa com pequenos
distanciamentos e culmina em ruptura. Entender esses estágios é vital para
discernirmos, hoje, as investidas que procuram romper o nosso repouso seguro à
sombra do Altíssimo (SI 91.4). A seguir, são destacados os passos que levaram
ao primeiro pecado.
2.1. A
aproximação do proibido
A tentação não
é inaugurada no ato propriamente dito, mas no olhar fixo e no desejo que se
deixam enredar (Tg 1.14-15; Mt 5.28). O escritor sagrado informa que a mulher,
estando próxima da árvore cujo fruto era proibido, expôs-se ao fascínio do
engano (Gn 3.1). A escolha de se aproximar do limite estabelecido pelo Criador
fragilizou sua vigilância, abriu espaço para a voz do Maligno, expondo-a ao
perigo. A sabedoria bíblica nos ensina a fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22),
reconhecendo que o coração humano é terreno fértil tanto para a rendição a DEUS
(SI 37.5) quanto para a cobiça (Jr 17.9). Aproximar-se daquilo que Ele vetou
pode abrir um grave precedente à ruína.
2.2. A
distorção da verdade
Satanás não
iniciou seu ataque com uma negação direta da ordem divina, mas com uma pergunta
insidiosa: É assim que DEUS disse: Não comereis de toda árvore do jardim? (Gn
3.1) - a dúvida semeada distorceu a percepção da bondade e da justiça do
Senhor; e, quando o coração duvida desses atributos tão contíguos e
indissociáveis, torna-se vulnerável às artimanhas do Inimigo. Toda tentação
inicia-se pela erosão da confiança: se Ele não é plenamente bom ou justo, então
Sua vontade pode ser questionada. Este é o veneno que, sem alarde, contamina a
alma.
2.3. A sutil
alteração da Palavra de DEUS
Ao dialogar com
a serpente, Eva alterou, de forma velada, o mandamento recebido. Ela omitiu o
livremente (Gn 2.16) e acrescentou a proibição de tocar no fruto (Gn 3.3),
deturpando tanto a generosidade quanto a precisão da ordem divina.
Essa alteração,
ainda que pequena, anuncia o início do distanciamento interior: quando a
Palavra é relativizada, ela perde sua força normativa, tornando-se suscetível
às interpretações convenientes. Preservar a integridade do que o Senhor falou é
preservar a própria vida (Pv 30.5-6).
2.4. A sedução
pelo desejo e pela aparência
Depois de ouvir
a serpente e distorcer a Palavra, a mulher passou a olhar para o fruto de outro
modo - era bom para se comer, e agradável aos olhos [...]. (Gn 3.6). A tentação
apelou à sua sensibilidade estética, ao seu desejo de conhecimento e à sua ambição
por autonomia. O pecado não se apresenta em sua deformidade, mas em sua
aparência de benefício. Por isso, o apóstolo João advertiria séculos depois:
[...] A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não é do Pai, mas do mundo. (1 Jo 2.16). O olhar de encantamento, não
ancorado na verdade, descortina a trilha para o abismo.
2.5. O silêncio
cúmplice e a partilha da Queda
A tragédia
raramente ocorre de modo isolado. Depois de comer do fruto, Eva compartilhou-o
com Adão (Gn 3.6). O flagelo do pecado reside no fato de que ele, além de
corromper o indivíduo, também contamina as relações, espalhando-se como sombra
na trama da experiência humana. O ato de comer e compartilhar o fruto desvela a
trágica dinâmica da Queda: o afastamento de DEUS gerou a fragmentação pessoal,
e esta repercutiu em declínio coletivo. O que se quebrou naquele instante não
foi só uma ordem divina: foi a harmoniosa comunhão entre o Criador e Suas
criaturas; foi a possibilidade de transferir às futuras gerações o estado de
inocência do Éden - e, assim, permitir que elas vivessem ininterruptamente. O
silêncio de Adão diante da serpente - tão profundo que o texto sagrado não
registra sua intervenção - ecoa como um mistério e uma advertência. Onde estava
aquele que deveria proteger e cultivar? Desde então, parece reverberar entre
homens e mulheres um grito instintivo de defesa, que busca lançar sobre o outro
o peso das próprias escolhas, como se a ruptura interior exigisse um culpado
exterior. Ainda hoje, onde há silêncio cúmplice ou acusação mútua, ressoa a voz
do Jardim da inocência, clamando por restauração e reconciliação.
3. A ESSÊNCIA
DO PECADO NO ÉDEN
Antes de o
fruto ser colhido, a aliança edênica foi rompida; antes de a boca provar o
proibido, a alma já havia se apartado da Fonte da vida. O pecado, em sua
essência, não é apenas a transgressão de uma ordem, mas a decisão de viver
distante do amor, da verdade e da dependência de DEUS. Foi no solo da incerteza
e da autoafirmação que o engano floresceu e a Queda se consumou. Nos tópicos a
seguir, analisam-se duas raízes profundas que conduziram à separação entre o
primeiro casal e o Criador.
3.1. A perda da
confiança na bondade e na justiça divina
A serpente não
atacou a existência do Divino, mas Sua bondade e justiça. Ao insinuar que o
Criador estaria privando a humanidade de algo desejável e bom (Gn 3.5),
sugeriu, ardilosamente, que Ele não poderia ser amoroso, justo e
benevolente.
Quando as
qualidades mais elevadas do Altíssimo são questionadas, o coração se torna
vulnerável ao medo, à cobiça e à rebelião. A perda da confiança foi o primeiro
abalo na estrutura da inocência: uma discreta suspeição que desfigurou a
percepção da realidade. O mesmo clamor se faz ouvir ainda hoje: toda vez que
vacilamos na crença de que os mandamentos do Senhor visam à preservação da vida
e do bem (Dt 30.19-20), abrimos caminho para que a tentação encontre abrigo. O
pecado nasce, inicialmente, da distorção da imagem de DEUS em nossa
interioridade.
3.2. A escolha
da autonomia em lugar da submissão
Gênesis 3.5
diz: [...] Sereis como DEUS, sabendo o bem e o mal. O que se ofereceu ao ser
humano não foi apenas um fruto, mas a ilusão de independência - uma promessa
que apelava ao desejo de determinar, por si próprio, o que é certo e o que é
errado. A essência do pecado está na recusa à submissão resoluta. Ao preferir a
própria vontade à orientação divina, a criatura humana quebrou o eixo da
comunhão e se lançou na aventura solitária e destrutiva da autossuficiência.
Contudo, fora da presença do Pai, o autogoverno não é liberdade, mas perdição.
A verdadeira realização está em permanecer no amor e nos propósitos d'Aquele
que é a própria vida (Jo 15.5). Escolher a autonomia absoluta é,
paradoxalmente, escolher a própria alienação.
CONCLUSÃO
A tentação no
Éden revela que o pecado nasce primeiro no campo da confiança: onde a dúvida
germina, a obediência vacila. A humanidade, ao preferir ser dirigida por sua
própria voz - desconsiderando a do Criador -, desprezou não só um mandamento,
mas o vínculo da comunhão que a sustentava. Ainda hoje, cada escolha reflete
essa tensão entre a submissão amorosa e a emancipação ilusória. Que, ao
contemplarmos a Queda, sejamos conduzidos a renovar nossa fé na bondade do Pai
e a permanecer sob o abrigo de Sua justiça e vontade - o único lugar onde a
vida floresce com segurança.
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Que
circunstâncias deram origem ao pecado no Éden, considerando o estudo desta
lição?
R.: A perda da
confiança no amor e na justiça de DEUS e a escolha da independência em lugar da
submissão à Sua vontade.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
NA
ÍNTEGRA LIÇÃO 9 CPAD, VONTADE - O QUE MOVE O SER HUMANO, 4TR25
Escrita Lição 9
CPAD, Vontade - O que Move o Ser Humano, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA
TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – VONTADE:
MOTIVAÇÃO E AÇÃO
1. Conceito de
vontade.
2. Do
pensamento à ação.
3. Fraqueza de
vontade.
II – DESEJOS:
DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A
experiência do deserto.
2. Os desejos
na era cristã.
3. A decisão do
homem redimido.
III – O ENSINO
SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO
1. Atração e
engano.
2. Abortando o
processo.
TEXTO ÁUREO
“Digo, porém:
Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl 5.16)
VERDADE PRÁTICA
Guiada por
Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co
7.37-39 Poder sobre a própria vontade
Terça - Jo
6.38-40 Jesus cumpriu inteiramente a vontade do Pai
Quarta - Pv
31.10-13 A mulher virtuosa trabalha de boa vontade
Quinta - Ef
6.5-9 Trabalhando de boa vontade
Sexta - 1 Jo
2.15-17 Renunciando à própria vontade
Sábado - Fp
2.12,13 Deus implanta bons desejos em nós
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE: Gálatas 5.16-21; Tiago 1.14,15;
4.13-17
Gálatas 5.16 - Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o
Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o
que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da
lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de Deus.
Tiago 1.14 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua
própria concupiscência. 15 - Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Tiago 4.13 - Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal
cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. 14 - Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco e depois se desvanece. 15 - Em lugar do que devíeis
dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. 16 - Mas,
agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna. 17
- Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
Hinos
Sugeridos: 73, 360, 568 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição,
vamos refletir biblicamente sobre a vontade humana - faculdade essencial que,
quando guiada por Deus, se torna uma poderosa ferramenta para escolhas sábias e
vida frutífera. Ao explorar o conflito entre carne e Espírito, estimule seus
alunos a entender como pensamentos e desejos moldam ações. Que esta aula seja
marcada por despertamento espiritual e prática cristã consciente.
2. APRESENTAÇÃO
DA LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição: I) Explicar o conceito bíblico de vontade como capacidade dada por Deus
para escolher e agir; II) Mostrar como os desejos podem escravizar o ser
humano, mas também como a redenção em Cristo capacita o crente a vencer a carne
e viver guiado pelo Espírito; III) Ensinar a identificar o processo de
tentação, compreendendo como o desejo se desenvolve até o pecado.
B) Motivação:
As nossas escolhas refletem nossa maturidade espiritual. Teologicamente, a
vontade revela o conflito entre carne e Espírito e a necessidade de rendição ao
senhorio de Cristo. Pedagogicamente, ela desperta consciência e
responsabilidade diante das decisões diárias.
C) Sugestão de
Método: Para introduzir a lição, sugerimos que escreva em cartazes ou projete
no quadro algumas frases como "Eu faço o que quero", "Sigo meu
coração", "Minha vontade é lei", e peça que os alunos opinem
sobre cada uma, relacionando-as com atitudes do cotidiano. Em seguida, conduza
um breve debate perguntando: "Nossa vontade sempre nos leva ao melhor
caminho?". Essa abordagem desperta o interesse, estimula a reflexão e
prepara os alunos para entender, à luz da Bíblia, como a vontade humana precisa
ser submetida à direção do Espírito Santo para produzir frutos espirituais e
escolhas abençoadas.
3. CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Ao final desta lição, cabe a seguinte indagação: "Tenho escolhido agradar
a Deus ou satisfazer a mim mesmo?". Aqui, temos a oportunidade de orar com
a classe a fim de que a nossa vontade seja moldada pela Palavra e guiada pelo
Espírito Santo.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
103, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula: 1) O texto "Os Componentes Básicos dos Seres
Humanos", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto
"Vontade: Motivação e Ação"; 2) O texto "A Imagem de Deus nos
Seres Humanos", ao final do segundo
tópico,
aprofunda o assunto "Desejos: Da Escravidão à Redenção".
PALAVRA-CHAVE:
Vontade
INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores estudamos sobre duas das principais
faculdades da alma: o intelecto e a sensibilidade. Vimos a relação entre o que
pensamos e sentimos e como pensamentos e sentimentos podem influenciar a
vontade e as decisões. Pensar, sentir, desejar e agir costumam compor um mesmo
fenômeno na experiência humana. É fundamental compreender como isso funciona à
luz da Palavra de Deus. Nesta lição estudaremos mais especificamente a respeito
da vontade.
I – VONTADE: MOTIVAÇÃO E AÇÃO
1. Conceito de vontade.
Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer,
almejar, escolher e agir. Pode ser entendida também como motivação. Sem desejo
ou vontade não há motivação e, via de consequência, ação. Nesse conceito amplo,
há manifestação da vontade mesmo quando o que fazemos não era originariamente
nossa vontade, mas de outrem, se a ela aderimos voluntariamente (Sl 143.10; Lc
22.42). A conversão é um exemplo de mudança na vontade humana por meio do
arrependimento (At 3.19). Todo verdadeiro cristão é alguém que, impulsionado
pela graça de Deus, renunciou sua própria vontade para fazer a vontade de
Cristo (Mt 16.24). É o livre-arbítrio funcionando (Hb 2.3; 3.7-13; Ap 22.17).
2. Do pensamento à ação.
Um pensamento pode ser apenas um pensamento, sem relação alguma com
um sentimento ou um desejo. Por exemplo: podemos pensar em uma viagem que
fizemos sem que isso nos traga qualquer emoção. Mas também podemos recordar com
nostalgia e desejar viajar novamente. E esse desejo pode nos motivar a comprar
a passagem e repetir a experiência. Em um caso assim ocorre um fenômeno
completo: pensamento, sentimento, desejo e ação. Aconteceu com Eva no Éden. Em
sua conversa com a serpente, a mulher refletiu sobre o significado do fruto da
árvore da ciência do bem e do mal até ser enganada (1 Tm 2.14). Ao acreditar na
falsa elevação que obteria (“sereis como Deus”, Gn 3.5) certamente sentiu
alguma emoção. O próximo passo foi a manifestação do desejo, que gerou a ação:
tomou do fruto e comeu (Gn 3.6).
3. Fraqueza de vontade.
Adão pecou sem ser enganado. Isso significa que seu entendimento da
proibição e consequências relativas ao fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal não foi alterado. O problema de Adão se deu na esfera da vontade. Em vez
de permanecer firme em seu propósito de obedecer a Deus, decidiu pecar aderindo
à vontade de Eva, que lhe deu o fruto (Gn 3.6; Rm 5.12). Quantas decisões
erradas tomamos plenamente conscientes de suas consequências! Da violação de
uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais
alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura
hedonista. Vícios e compulsões arrastam multidões, mesmo que elas conheçam seus
destrutivos efeitos. Assim, só Jesus pode libertar o ser humano de prisões
espirituais (Jo 8.36; Rm 1.16).
SINÓPSE I - A vontade é a
capacidade humana de desejar e agir, sendo influenciada por pensamentos,
sentimentos e decisões espirituais.
AUXÍLIO DE TEOLÓGICO - “OS
COMPONENTES BÁSICOS DOS SERES HUMANOS
O Novo Testamento menciona ainda a ‘mente’ (nous, dianoia) e a
‘vontade’ (thelema, boulema, boulêsis). A ‘mente’ denota a faculdade da
percepção intelectual, bem como a capacidade de fazer julgamentos morais. Em
certas ocorrências no pensamento grego parece formar um paralelo com o
pensamento do Antigo Testamento. Em outros termos, parece que os gregos
distinguiam os dois (ver Mc 12.30). Ao considerar a ‘vontade ou volição’ humana
pode ser representada, por um lado, como um ato da mente que se dirige a uma escolha
livre. Mas, por outro lado, pode ser motivada por um desejo que provém
pressuroso do inconsciente. Posto que os escritores sagrados usavam esses
termos de várias maneiras (assim como fazemos na linguagem cotidiana), é
difícil determinar com precisão, pelas Escrituras, onde termina a ‘mente’ e
começa a ‘vontade’” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.245-46).
II – DESEJOS: DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A experiência do deserto.
O povo de Israel tornou-se escravo dos seus desejos durante a
peregrinação pelo deserto: “deixaram-se levar da cobiça, no deserto, e tentaram
a Deus na solidão. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a alma” (Sl
106.14,15). Apesar das grandes maravilhas operadas por Deus, os hebreus,
tomados de ingratidão, lembravam-se das comidas do Egito e se deixavam dominar
por seus desejos (Nm 11.5,6). Pensavam, sentiam e desejavam o que lhes era
servido na casa da escravidão, de onde haviam sido libertos com mão forte (Êx
20.2; Dt 26.8). O culto aos desejos lhes trouxe terríveis consequências:
perecimento e morte (Sl 78.29-33; Nm 11.33-34; 14.29). Como nos adverte Paulo,
tudo isso foi escrito para aviso nosso. Não nos deixemos levar por nossos
próprios desejos (1 Co 10.1-13).
2. Os desejos na era cristã.
O drama dos desejos continua na era cristã, com uma diferença
fundamental: Cristo venceu o pecado e nos dá poder para também vencê-lo (Rm
6.3-6,11-14). Contudo, enquanto estivermos neste corpo mortal enfrentaremos um
conflito espiritual constante. Todo o cristão precisa decidir diariamente entre
sua vontade carnal e a vontade do Espírito: “Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que
não façais o que quereis” (Gl 5.17). A carne (sarx, natureza pecaminosa) tem
seus próprios desejos, que são contrários ao Espírito. Vê-se, então, em nosso
interior, uma luta travada. Cabe-nos decidir entre satisfazer os desejos da
carne, que são pecaminosos, ou atender a voz do Espírito e viver segundo sua
direção (Gl 5.18).
3. A decisão do homem redimido.
A obra da salvação realizada por Cristo nos liberta do poder do
pecado. Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem redimido
inclina-se “para as coisas do Espírito” (Rm 8.5). Isso é resultado de sua nova
natureza (Ef 4.24; 2 Co 5.17). Significa que não podemos nos conformar com os
desejos do velho homem, mas, pelo poder do Espírito, nos dedicar ao processo de
mortificação de nossa carne, a velha natureza (Rm 8.11-13; Cl 3.5). Nossos
desejos pecaminosos não deixam de existir, mas em Cristo triunfamos sobre eles;
vivendo, andando e frutificando no Espírito (Gl 5.22-25; 1 Jo 3.6).
SINÓPSE II - Os desejos
podem escravizar o ser humano, mas em Cristo há poder para vencê-los e viver
segundo o Espírito.
AUXÍLIO DE TEOLÓGICO - “A
IMAGEM DE DEUS NOS SERES HUMANOS
A respeito da imagem moral de Deus nos seres humanos, ‘Deus fez ao
homem reto’ (Ec 7.29). Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei
escrita de Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações (Rm
2.14,15). Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de
sentir o que é certo e errado, bem como o intelecto e a vontade necessários
para escolher entre eles. Por esta razão, os seres humanos são chamados livres
agentes morais. Diz-se também que possuem autodeterminação. Efésios 4.22-24
parece indicar que a imagem moral de Deus, embora não completamente erradicada
na Queda, foi afetada negativamente até certo ponto. Para ter restaurada a
imagem moral ‘em verdadeira justiça e santidade’, o pecador precisa aceitar a
Cristo e se tornar uma nova criação” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024,
p.260).
III – O ENSINO SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO
1. Atração e engano.
Tiago 1.14,15 trata dos desejos carnais e suas consequências.
Empregando o conhecido termo “concupiscência” (epithumia) com o sentido de
“maus desejos”, o apóstolo refere-se ao processo de tentação e pecado: “Mas
cada um é tentado, quando atraído e engodado por sua própria concupiscência”
(Tg 1.14). A faculdade da vontade é retratada neste texto como um elemento de
comunicação interna que tem a capacidade de atrair e enganar. Assim sendo, o
mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o
pecado não produz consequências ruins, mas boas. Nesse processo, a mente é
entorpecida depois do desejo ter sido aguçado.
2. Abortando o processo.
Na lição 7 estudamos sobre a importância de interromper maus
pensamentos para evitar a prática de pecados. Pelo texto de Tiago observamos
que é preciso, também, abortar os maus desejos. Aliás, eles são ainda mais
perigosos, pois podem influenciar diretamente nossas decisões. Quando encontra
seu objeto ou alvo o desejo se torna intenso. Se não for rejeitado, não
descansa até convencer, derrubando as barreiras da consciência: “Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado,
gera a morte” (Tg 1.15). Que o Senhor nos livre de toda a tentação (Mt 6.13).
Não nos esqueçamos, contudo, de fazer a nossa parte: viver em constante
vigilância e oração (Mt 26.41).
SINÓPSE III - Tiago revela
como os maus desejos geram o pecado, alertando sobre a necessidade de
vigilância e domínio espiritual.
CONCLUSÃO
Apesar de nossa tendência pecaminosa, não podemos encarar os
desejos apenas de forma negativa. A vontade humana é uma faculdade essencial
para a nossa existência. Quando guiada por Deus é uma grande bênção,
responsável por nos mover para pequenas e grandes realizações. Como é bom
amanhecer motivado todos os dias! O ânimo e o entusiasmo fazem parte de uma
vontade sadia e ativa. São dados por Deus e servem para nos impulsionar para as
tarefas cotidianas, independentemente da fase da vida (Sl 92.12-14; Jl 2.28; Tg
4.15).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual o conceito de vontade?
Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer,
almejar, escolher e agir. Pode ser
entendida também como motivação.
2. Como se dá um fenômeno completo, envolvendo vontade e ação?
Em um caso assim ocorre um fenômeno completo: pensamento,
sentimento, desejo e ação.
3. Como se dá o conflito entre vontade e razão?
Da violação de uma restrição alimentar a condutas mais graves,
muitas vezes o desejo fala mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer
é uma característica da cultura hedonista.
4. Como deve agir o homem redimido diante dos desejos da carne?
Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem
redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Rm 8.5).
5. Como os desejos atuam para nos enganar?
Assim sendo, o mau desejo é capaz de afetar a própria razão,
levando-a a acreditar que o pecado não produz consequências ruins, mas boas.
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015



































