Escrita Lição 2, Betel, O Verdadeiro Discípulo de CRISTO serve às pessoas e não a si mesmo, 4Tr23, Pr. Henrique – EBD NA TV

Escrita Lição 2,  Betel, O Verdadeiro Discípulo de CRISTO serve às pessoas e não a si mesmo, 4Tr23, Pr. Henrique – EBD NA TV

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 4° Trimestre de 2023, EBD – BETEL

TÍTULO: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã

 

 

TEXTO ÁUREO

“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos”

3 João 5

 

 

VERDADE APLICADA

Como JESUS, devemos abundar em amor e, assim, sermos servos uns dos outros.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que o poder está em servir ao menor.
Expor o verdadeiro sentido do serviço cristão
Ensinar que o propósito de DEUS para a discípulo é servir

 

 

TEXTOS DE REFERÈNCIA - Filipenses 2.1-5

FILIPENSES 2
1- Portanto, se há algum conforto em CRISTO, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no ESPÍRITO, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
2- Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
3- Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
4- Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
5- De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS

 

 

LEITURA COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Mt 20.28 O verdadeiro discípulo tem prazer em servir.
TERÇA – Mt 23.11 O maior deve servir o menor.
QUARTA – Jo 12.26 O que serve será honrado por DEUS.
QUINTA – 1 Co 10.33 Trabalhar em prol dos outros.
SEXTA – 1Pe 4.10 Servir como despenseiro de DEUS.
SÁBADO – 1 Pe 5.3 Ser o exemplo do rebanho.

 


HINOS SUGERIDOS: 93, 283, 418

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que os ministros de DEUS tenham o mesmo sentimento de JESUS.

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O QUE É SERVIR

1.1. Fazer o que DEUS manda 

1.2. Ser humilde imitando JESUS 

1.3. Amar e obedecer 

2- A QUEM SERVIR

2.1. A DEUS 

2.2. Ao povo 

2.3. A Igreja 

3- CHAMADO PARA SERVIR

3.1. Como um diácono à mesa 

3.2. Como um pastor no aprisco 

3.3. Como um samaritano na rua 

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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SERVO -  עבד Ìebed (hebraico)
1) escravo, servo
1a) escravo, servo, servidor
1b) súditos
1c) servos, adoradores (referindo-se a Deus)
1d) servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
1e) servo (referindo-se a Israel)
1f) servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

 

SERVO -  δουλος doulos (grego)
1) escravo, servo, homem de condição servil
1a) um escravo
1b) metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para estender e avançar a sua causa entre os homens
1c) dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
2) servo, atendente

 

PARA HAVER UNIDADE É PRECISO HUMILDADE

1. O modo digno do viver cristão.

"Andem de modo digno da vocação” (4.1). O crente é filho de DEUS, é membro do corpo de CRISTO, portanto deve portar-se dignamente.

Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de CRISTO? Tomarei, pois, os membros de CRISTO e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. 1 Coríntios 6:15-20

 

A união e intimidade com DEUS pelo ESPÍRITO SANTO que nele habita, faz com que o crente seja luz em meio às trevas, seja exemplo para todos, seja representante de CRISTO em meio ao mundo que jaz no maligno.

JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a DEUS; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de DEUS; bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai- porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que antes de vós. Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que nos céus. Mateus 5:1-16

 

A Palavra de DEUS nos apresenta pelo menos três virtudes essenciais, a humildade, a mansidão e a longanimidade (4.2) para seguirmos unidos a DEUS e a Igreja na realização da obra de DEUS.

Estas três virtudes essenciais são produzidas e são do ESPÍRITO SANTO, sendo desenvolvidas no crente a partir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em CRISTO e em louvor e glória ao PAI.

 


2. A humildade.

 

HUMILDADE -  (Strong português) - ταπεινοφροσυνη tapeinophrosune
1) ter uma opinião humilde de si mesmo
2) senso profundo de insignificância (moral)
3) modéstia, humildade, submissão de mente

 

1. O termo aparece 11 vezes na versão ARC em português.

A palavra gr. tapeinophrosyne é usada outras seis vezes e traduzida na versão KJV em inglês como “humildade” de pensamento (Fp 2.3; Ef 4.2), e como “humildade” (At 20.19; Cl 2.18,23; 1 Pe 5.5). Várias versões o traduzem, de forma geral, como “humildade” (Fp 2.3; At 20.19; 1 Pe 5.5; Ef 4.2; Cl 2.18,23).

 


2. Uma característica cristã.

É aquela graça específica desenvolvida no cristão pelo ESPÍRITO de DEUS, em que ele sinceramente reconhece que tudo o que tem e é deve-se ao DEUS Trino, que opera de forma dinâmica a seu favor. Ele então se submete voluntariamente à mão de DEUS (Tg 4.610־; 1 Pe 5.5-7). Assim, a humildade não deve ser equiparada a um piedoso complexo de inferioridade. Ela pode ser fingida pelos falsos mestres (Cl 2.18,23) por meio de atos de auto humilhação.
Esta qualidade é louvada no AT (Pv 15.33; 18.12; 22.4). O termo heb. 'anatva (de 'anah, “ser afligido”) sugere que a humildade de espírito é frequentemente o resultado da aflição. A vida de muitos reis de Judá e de Israel foram avaliadas de acordo com esta característica (1 Rs 21.29; 2 Cr 32.26; 33.23; 34.27; 36.12). Humilhar-se é o primeiro passo para o verdadeiro avivamento (2 Cr 7.14; cf. Mq 6.8). O próprio DEUS, que é sublime e grandioso, deleita-se em habitar com aquele que tem um espírito contrito e humilde, a fim de avivá-lo (Is 57.15).
JESUS CRISTO, como o supremo exemplo de humildade (Mt 11.29), forneceu aos seus discípulos uma demonstração visível de humildade ao lavar-lhes os pés (Jo 13.3-16). Uma importante passagem cristológica no NT (Fp 2.5-11) encontra seu ponto-chave no cultivo desse traço de JESUS CRISTO por parte do crente. F.R.H.

 

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS,
que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2:5-8

 

A humildade, muitas vezes, é confundida com covardia, falta de amor-próprio ou alguma coisa negativa, porém, para o cristão é uma qualidade aprendida de JESUS.

“não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6,7). JESUS deixou todas as prerrogativas divinas para se tornar como um de nós, para assim, ser nosso parente próximo e nos comprar para DEUS (Lv 25.12, 47-55; 1 Co 6.20, 7.23 - nossa redenção), tomando sobre Ele nossos pecados e doenças e enfermidades e maldições e morrendo por nós na cruz (Is 53.4; Mt 8.17;  Gl 3.13; 1 Pe 2. 24, 5.7).

 

JESUS demonstrou na prática a humildade ao lavar os pés dos apóstolos (Jo 13.13-15).

Esta virtude essencial é produzidas pelo ESPÍRITO SANTO, sendo desenvolvida no crente a partir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em CRISTO e em louvor e glória ao PAI.

 


3. A verdadeira humildade.

Humildade expressa a modéstia, em oposição ao orgulho e a arrogância (2 Co 12.20). Favorece o bem da coletividade no lugar do egoísmo (Jo 17.21-23). Coopera para a harmonia nos relacionamentos e promove a unidade no Corpo de CRISTO (1 Co 12.25).

 

Estas três virtudes essenciais são produzidas e são do ESPÍRITO SANTO, sendo desenvolvidas no crente a apartir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em CRISTO e em louvor e glória ao PAI. Não há quem possa desenvolver tal conduta sem que o ESPÍRITO SANTO o transforme (Gl 5.16).

Nada de orgulho portanto, pois, tudo vem de DEUS e é para DEUS. - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne. Gálatas 5:16

Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. Gálatas 5:22-26

 

Importante frisar que o FRUTO (um fruto só) é do ESPÍRITO SANTO. Possui 9 qualidades, ou virtudes, ou atributos, ou aspectos. Quanto maior submissão ao ESPÍRITO SANTO, mas aparecem as tais qualidades.

 

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Filipenses 2 BEP – CPAD

Filipenses 2.3 POR HUMILDADE. Devido ao egocentrismo inato do homem caído, o mundo não tem em alta estima a humildade e a modéstia. A Bíblia, no entanto, com seu conceito teocêntrico do homem e da salvação, atribui máxima importância à humildade. (1) A humildade bíblica subentende a consciência das nossas fraquezas e a decisão de atribuir de imediato todo crédito DEUS e ao próximo, por aquilo que realizamos (Jo 3.27; 5.19; 14.10; Tg 4.6). (2) Devemos ser humildes porque somos simples criaturas (Gn 18.27); somos pecaminosos à parte de CRISTO (Lc 18.9-14) e não podemos jactar-nos de nada (Rm 7.18; Gl 6.3), a não ser no Senhor (2 Co 10.17). Logo, dependemos de DEUS para nosso valor e para nossa frutificação, e não podemos realizar nada de valor permanente sem a ajuda de DEUS e do próximo (Sl 8.4,5; Jo 15.1-16). (3) A presença de DEUS acompanha aqueles que andam em humildade (Is 57.15; Mq 6.8). Maior graça é dada aos humildes, mas DEUS resiste aos soberbos (Tg 4.6; 1 Pe 5.5). Os mais zelosos filhos de DEUS servem "ao Senhor com toda a humildade" (At 20.19). (4) Como crentes, devemos viver em humildade uns para com os outros, considerando-os superiores a nós mesmos (cf. Rm 12.3). (5) O oposto da humildade é a soberba, um senso exagerado da importância e da autoestima da pessoa que confia no seu próprio mérito, superioridade e realizações. A tendência inevitável da natureza humana e do mundo é sempre à soberba, e não à humildade (1 Jo 2.16; cf. Is 14.13,14; Ez 28.17; 1 Tm 6.17).

2.5 HAJA EM VÓS O MESMO SENTIMENTO. Paulo enfatiza como o Senhor JESUS deixou a glória incomparável do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até à morte para o benefício dos outros (vv. 5-8). A humildade integral de CRISTO deve existir nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.

2.6 SENDO EM FORMA DE DEUS. JESUS sempre foi DEUS pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1.1; 8.58; 17.24; Cl 1.15,17; ver Mc 1.11; Jo 20.28). CRISTO, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.

2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).

2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de CRISTO assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, CRISTO tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).

 

 

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Recomendação ao Amor Fraternal. A Glória e Condescendência de CRISTO

Filipenses 2:1-11

Nesse capítulo, o apóstolo retoma o assunto onde o deixou no capítulo anterior, com mais exortações aos deveres cristãos. Ele os compele a terem o mesmo parecer e serem humildes, em conformidade com o exemplo do Senhor JESUS, o grande padrão de humildade e amor. Aqui podemos observar:

I

 O grande preceito do evangelho incentivado em nós; isto é, de amarmos uns aos outros. Essa é a lei do reino de CRISTO, o lema da sua escola, a vestimenta da sua família. Ele tipifica isso dizendo o seguinte (v. 2): “...para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa”. Sentimos o mesmo quando temos o mesmo amor. Os cristãos deveriam ser um em relação ao amor, quer tenham a mesma percepção ou não. Isso está sempre ao alcance deles, e sempre será o seu dever, e é o caminho mais provável para aproximá-los do julgamento. Tendo o mesmo amor. Observe: O mesmo amor que devemos expressar aos outros, estes são compelidos a expressá-lo a nós. O amor cristão deve ser um amor mútuo. Ame e você será amado. Sendo unidos de alma e mente; não impedir e contrariar ou incentivar interesses separados, mas concordar a respeito das grandes coisas de DEUS e manter a unidade do ESPÍRITO em outras diferenças. Observe o seguinte:

1. A urgência tocante do dever. Ele é muito insistente com eles, sabendo a evidência que isso dá acerca da nossa sinceridade e o recurso de preservação e edificação do corpo de CRISTO. As persuasões ao amor fraternal são estas: (1) “Se há algum conforto em CRISTO. Vocês experimentaram a consolação em CRISTO? Então evidenciem essa experiência amando uns aos outros”. A doçura que encontramos na doutrina de CRISTO deveria abrandar nossos espíritos. Esperamos o conforto em CRISTO? Se não queremos ser desapontados, devemos amar uns aos outros. Se não tivermos conforto em CRISTO, onde mais poderemos esperar encontrá-lo? Aqueles que têm um interesse por CRISTO têm conforto nele, uma consolação firme e duradoura (Hb 6.18; 2 Ts 2.16), e, portanto, devem amar uns aos outros. (2) “...consolação de amor. Se há algum consolo no amor cristão, no amor de DEUS por vocês, e no amor de vocês por DEUS, ou no amor dos seus irmãos por nós, em consideração a tudo isso, tenham o mesmo sentimento. Se vocês alguma vez chegaram a encontrar essa consolação, e se, na verdade, acreditam que a graça do amor é uma graça consoladora, sejam abundantes nela”. (3) “...comunhão no ESPÍRITO. Se existe, de fato, a comunhão com DEUS e com CRISTO pelo ESPÍRITO, se existe a comunhão dos santos, pelo fato de serem estimulados e impulsionados pelo mesmo ESPÍRITO, então sintam o mesmo; porque o amor cristão e o mesmo parecer preservarão a nossa comunhão com DEUS e uns com os outros”. (4) “...entranháveis afetos e compaixões, em DEUS e CRISTO, para com vocês. Se vocês esperam o benefício das compaixões de DEUS, sejam compassivos uns com os outros. Se realmente existir a compaixão entre os seguidores de CRISTO, se todos os que são santificados tiverem uma disposição à piedade santa, que isso se torne evidente entre vocês”. Quão convincentes e irrefutáveis são esses argumentos! Acreditamos que essas coisas seriam suficientes para domar o mais rebelde, e amolecer o mais duro, coração. (5) Mais um argumento seria o seu próprio consolo: “...completai o meu gozo”. Os ministros sentem grande gozo quando vêem o povo tendo o mesmo sentimento e vivendo em amor. Ele tinha sido usado por DEUS para levá-los à graça de CRISTO e ao amor de DEUS. “Agora”, diz ele, “se encontraram qualquer benefício pela sua participação no evangelho de CRISTO, se tiveram qualquer consolo nele, ou vantagem nele, completem o gozo do seu necessitado ministro, que pregou o evangelho a vocês”.

2. Ele propõe alguns meios para promover a unidade do ESPÍRITO. (1) “Nada façais por contenda ou por vanglória” (v. 3). Não há maior inimigo para o amor cristão do que o orgulho e a paixão. Se fazemos coisas em oposição aos nossos irmãos, nós as fazemos por meio da contenda; se as fazemos por meio da ostentação de nós mesmos, nós as fazemos por meio da vanglória: ambas destroem o amor cristão e inflamam sentimentos não-cristãos. CRISTO veio para destruir todos os inimigos; portanto, que não haja entre os cristãos um espírito de oposição e hostilidade. CRISTO veio para nos humilhar, e, portanto, não deve haver entre nós um espírito de orgulho. (2) “...cada um considere os outros superiores a si mesmo”. Devemos ser severos em relação às nossas próprias faltas e caridosos em nossos julgamentos para com os outros; devemos ser rápidos em reconhecer nossos próprios defeitos e fragilidades, mas prontos para ser tolerantes em relação aos defeitos dos outros. Devemos considerar o bem nos outros mais do que o que está em nós; porque ninguém melhor do que nós mesmos para conhecer a nossa própria indignidade e imperfeições. (3) Devemos nos interessar pelas preocupações dos outros, não por curiosidade e com o objetivo de condenar, ou como pessoas intrometidas em assuntos alheios, mas por amor e compaixão cristã: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (v. 4). Um espírito egoísta destrói o amor cristão. Não devemos estar preocupados somente com a nossa honra, nosso bem-estar físico e segurança, mas com os outros também; e regozijar-nos na prosperidade dos outros tanto quanto em nossa própria prosperidade. Devemos amar nosso próximo como a nós mesmos e tornar nossa a causa dele.

II

 Aqui está um padrão do evangelho proposto para nossa imitação, e esse é o exemplo do nosso Senhor JESUS CRISTO: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS” (v. 5). Observe: Os cristãos devem ter o mesmo sentimento de CRISTO. Devemos imitar a sua vida, se queremos nos beneficiar da sua morte. “Se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele” (Rm 8.9). Qual era o sentimento de CRISTO? Ele era notavelmente humilde; precisamos aprender isso dele. “...aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Se somos, de fato, humildes, devemos sentir o mesmo; e, se queremos ser semelhantes a CRISTO, devemos ser humildes. Devemos andar no mesmo espírito e nos mesmos passos do Senhor JESUS, que se humilhou a si mesmo a ponto de sofrer e morrer por nós. Não somente para satisfazer a justiça de DEUS, e pagar o preço da nossa redenção, mas para servir de exemplo, para que sigamos os seus passos. Temos aqui as duas naturezas e os dois estados do nosso Senhor JESUS. É perceptível que o apóstolo, tendo oportunidade de mencionar o Senhor JESUS, e em virtude do sentimento que havia nele, busca alongar-se acerca da descrição da sua pessoa. Este é um assunto agradável, e um ministro do evangelho deve ter prazer em discorrer a respeito dele. Qualquer oportunidade deveria ser prontamente aproveitada.

1. Temos aqui as duas naturezas de CRISTO: sua natureza divina e sua natureza humana. (1) “...que, sendo em forma de DEUS...” (v. 6), tomando parte da natureza divina, como o unigênito e eterno Filho de DEUS. Isso está de acordo com João 1.1: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS”: isso significa a mesma coisa que ser a “...imagem do DEUS invisível” (Cl 1.15), e “...o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb 1.3). “...não teve por usurpação ser igual a DEUS”. Ele não se sentiu culpado de violar algo que não pertencia a Ele, ou apropriar-se de direito alheio. Ele disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). É o grau mais alto de usurpação para qualquer mero ser humano ou criatura aspirar ser igual a DEUS, ou professar ser um com o Pai. Isto não é roubar a DEUS nos dízimos e nas ofertas, mas no direito da sua divindade (Ml 3.8). Alguns entendem que a expressão sendo em forma de DEUS – en morphe Theou huyparchon se refere à sua manifestação em uma glória divina e majestosa aos patriarcas, e aos judeus, no Antigo Testamento, que com freqüência era chamada de glória, de Shequiná. A palavra é usada nesse sentido pela LXX e pelo Novo Testamento. Ele “...manifestou-se a dois deles”, en hetera morphe – em outra forma (Mc 16.12). Metemorphote – Ele foi transfigurado diante deles (Mt 17.2, versão inglesa KJV). E “...não teve por usurpação ser igual a DEUS”. Ele não buscou agarrar-se a essa glória, nem cobiçar aparecer nela. Ele esvaziou-se da majestade do seu aspecto anterior enquanto esteve nesta terra, o que parece ser o sentido da expressão peculiar: ouk harpagmon hegesato. (2) Sua natureza humana: “...fazendo-se semelhante aos homens” e “...achado na forma de homem”. Ele realmente se tornou homem, participou da nossa carne e sangue, apareceu com a natureza humana e assumiu essa natureza voluntariamente; foi seu próprio ato e por seu próprio consentimento. Não podemos dizer que a nossa participação na natureza humana é assim. Ele, na verdade, “...aniquilou-se a si mesmo”, esvaziou-se das honras e glórias do mundo acima e da sua aparência anterior, para vestir-se com os trapos da natureza humana. Ele foi, em tudo, semelhante a nós (Hb 2.17).

2. Vemos então os seus dois estados, o de humilhação e o de exaltação. (1) Seu estado de humilhação. Ele não só tomou sobre si a semelhança e forma de homem, mas a forma de servo, isto é, um homem em um estado desprezível. Ele não era apenas o servo de DEUS que fora escolhido, mas veio para ministrar aos homens, e esteve no meio deles como alguém que serviu em um estado desprezível e servil. Imaginaríamos que o Senhor JESUS, ao se tornar homem, se tornasse um príncipe e aparecesse em esplendor. Mas ocorreu exatamente o oposto: “...tomando a forma de servo”. Ele foi criado de maneira humilde, provavelmente trabalhando com seu pai na sua profissão. Toda a sua vida foi uma vida de humilhação, baixeza, pobreza e desgraça; Ele não tinha onde reclinar a sua cabeça, vivia de esmolas, era “...homem de dores, experimentado nos trabalhos”, não demonstrava pompa exterior ou qualquer marca de distinção em relação às outras pessoas. Essa foi a humilhação da sua vida. Mas o passo mais desprezível da sua humilhação foi a sua morte na cruz. Ele foi “...obediente até à morte e morte de cruz”. Ele não somente sofreu, mas foi voluntariamente obediente; Ele obedeceu à lei, sob a qual se colocou voluntariamente como Mediador, e por meio da qual foi obrigado a morrer. “...tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.18). Ele nasceu sob a lei (Gl 4.4). Ressalta-se a maneira da sua morte, que tinha nela todas as circunstâncias possíveis de humilhação: “...e morte de cruz”, uma morte maldita, dolorosa e vergonhosa – uma morte amaldiçoada pela lei (“Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”, veja Gl 3.13), cheia de dor, o corpo pregado através das partes nervosas (das mãos e dos pés) e pendurado com todo o seu peso sobre a cruz; e a morte de um malfeitor e um escravo, não de um homem livre, exposto como espetáculo público. Tal era a condescendência do JESUS bendito. (2) Sua exaltação: “Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente”. Sua exaltação foi a recompensa da sua humilhação. Pelo fato de Ele se humilhar, DEUS o exaltou; e o exaltou soberanamente, hyperypsose – a uma posição extraordinariamente elevada. Ele exaltou sua pessoa completa, a natureza humana, bem como a divina; porque Ele veio na forma de DEUS bem como na forma de homem. Com sua natureza divina, tinha seus direitos e a manifestação da “...glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5), não uma nova obtenção de glória; e assim o próprio Pai é exaltado. Mas a exaltação distintiva relacionava-se à sua natureza humana que, sozinha, parece ser capaz disso, embora em conjunção com a divina. Sua exaltação aqui consiste em honra e poder. Em honra, pois assim Ele recebeu “...um nome que é sobre todo o nome”, um título de dignidade acima de todas as criaturas, homens e anjos. E, em poder: “...para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho...”. Toda criação deve estar sujeita a Ele: “...dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”, os habitantes do céu e da terra, os vivos e os mortos. Ao nome de JESUS; não ao som da palavra, mas da autoridade de JESUS; todos devem prestar uma homenagem solene. E que “...toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai” – cada nação e língua deveria publicamente reconhecer o império universal do Redentor exaltado, que disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). Observe a vasta extensão do reino de CRISTO; ele alcança o céu e a terra, e a todas as criaturas que neles estão, anjos e homens, mortos e vivos. “...para glória de DEUS Pai”. Observe: Confessamos que JESUS CRISTO é Senhor para a glória de DEUS, o Pai; porque é sua vontade que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Todo respeito prestado a CRISTO redunda na honra do Pai. “...quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” (Mt 10.40). Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

 

 

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4° Trimestre de 2023, EBD – BETEL

TÍTULO: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã

 

 

TEXTO ÁUREO

“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos”

3 João 5

 

 

VERDADE APLICADA

Como JESUS, devemos abundar em amor e, assim, sermos servos uns dos outros.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que o poder está em servir ao menor.
Expor o verdadeiro sentido do serviço cristão
Ensinar que o propósito de DEUS para a discípulo é servir

 

 

TEXTOS DE REFERÈNCIA - Filipenses 2.1-5

FILIPENSES 2
1- Portanto, se há algum conforto em CRISTO, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no ESPÍRITO, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
2- Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
3- Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
4- Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
5- De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS

 

 

LEITURA COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Mt 20.28 O verdadeiro discípulo tem prazer em servir.
TERÇA – Mt 23.11 O maior deve servir o menor.
QUARTA – Jo 12.26 O que serve será honrado por DEUS.
QUINTA – 1 Co 10.33 Trabalhar em prol dos outros.
SEXTA – 1Pe 4.10 Servir como despenseiro de DEUS.
SÁBADO – 1 Pe 5.3 Ser o exemplo do rebanho.

 


HINOS SUGERIDOS: 93, 283, 418

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que os ministros de DEUS tenham o mesmo sentimento de JESUS.

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O QUE É SERVIR

1.1. Fazer o que DEUS manda 

1.2. Ser humilde imitando JESUS 

1.3. Amar e obedecer 

2- A QUEM SERVIR

2.1. A DEUS 

2.2. Ao povo 

2.3. A Igreja 

3- CHAMADO PARA SERVIR

3.1. Como um diácono à mesa 

3.2. Como um pastor no aprisco 

3.3. Como um samaritano na rua 

 

 

INTRODUÇÃO

JESUS é o maior e mais perfeito exemplo de serviço ao próximo. Ele é o DEUS que deixou a Sua glória para servir com Sua própria vida, mostrando que o verdadeiro poder de um discípulo é quando se torna servo.

 

 

1- O QUE É SERVIR

O conceito de servir é bastante amplo, no entanto, de forma resumida, o dicionário diz que é: “Ser útil a alguém ou algo, auxiliando-o a realizar ou conseguir alguma coisa; estar às ordens; atender a um propósito; zelar por alguém “. Nesse contexto, é impossível e desafiador ser um discípulo de CRISTO e não se aplicar a essas atividades [1Pe 4.10]. É ser obediente a DEUS, é seguir uma vocação [1Co 15.58], é amar “os irmãos e os estranhos”, é imitar JESUS e tê-lo como fiel modelo a ser seguido [1Co 11.1].

 

 

1.1. Fazer o que DEUS manda 

JESUS disse que quem não dá fruto, Ele corta; e o que dá fruto Ele poda, para frutificar ainda mais [Jo 15.2]. Isso significa que DEUS espera dos seus discípulos que sirvam com excelência! Trabalhar para DEUS é fazer o que Ele manda. JESUS foi um “trabalhador” do Pai, servindo debaixo de obediência [Fp 2.8]. Quando o discípulo deixa de glorificar a DEUS e de fazer seu trabalho, que é servir, está “seguindo o mau exemplo”, como Diótrefes [3 Jo 11].

Tiago 4.17 diz: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz, comete pecado”. Já recebemos uma ordem de DEUS, quando disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” [Jo 15.16-17]. O verdadeiro discípulo pressupõe disposição para servir, e não para ser servido. Uma excelente companhia para o discípulo é a virtude da humildade que, infelizmente, nos dias de hoje, não tem sido mais considerada uma virtude. Agindo assim, opõe-se a JESUS, que declarou: “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.” [Mt 20.28]. Ser discípulo não é “dar ordens”, é receber uma ordem e cumpri-la.

 

 

1.2. Ser humilde imitando JESUS 

O termo humildade tem origem no latim humus, que significa “terra, chão”. Ser humilde não é, portanto, estar nas alturas; JESUS, que estava, desceu. A humildade de JESUS é um dos grandes destaques em Sua liderança. Ele diz sobre si mesmo: “… pois sou manso e humilde de coração” [Mt 11.29]. Mesmo sendo DEUS, JESUS se humilhou, fazendo-se homem e servo, conforme relata Filipenses 2. O orgulho é oposição à humildade, por isso “DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” [Tg 4.6].

O discípulo orgulhoso, que despreza a humildade por se achar mais importante que qualquer outro, está manifestando a “Síndrome de Diótrefes” e será destituído do que ele julga ser “seu poder”. Qualquer discípulo sem humildade, que fale com arrogância, não é um bom líder [Jr 48.29]. Mas os que imitam JESUS, sua forma de interagir com as pessoas, acertam em todos os aspectos de sua vida, demonstrando compaixão, altruísmo, empatia e amor [Jo 8.3-11].

O Autêntico discípulo é comprometido com CRISTO e está alinhado aos seus valores: é humilde, não grita, não manipula nem intimida as pessoas. Afinal de contas, quem tem bons argumentos não precisa elevar o tom de sua voz nem fazer intimidações. Quanto mais alguém se impuser por meio da acidez verbal, menos será ouvido, falar com grosseria é próprio de quem é moralmente fraco, e precisa, pela intimidação, impor aquilo que não consegue pela razão.

 

 

1.3. Amar e obedecer 

Por amor, DEUS enviou JESUS para nos salvar [Jo 3.16]; e o Filho, em obediência, cumpriu Seu chamado, dando Sua vida por amor a nós [Ef 5.1-2]. CRISTO foi o maior exemplo de servo por Sua obediência. Em Filipenses 2.8, Paulo escreve que JESUS foi “obediente até à morte, e morte de cruz” e nos exorta a termos “o mesmo sentimento que houve em CRISTO JESUS” [Fp 2.5].

O amor e a obediência são importantes traços do caráter de um verdadeiro cristão. Ao contrário do que muitos pensam, ser discípulo não significa ser autônomo, fazer o que quiser. Mas amar as pessoas e servi-las. Warren W. Wiersbe disse: “Um dos problemas das igrejas de hoje é o número excessivo de celebridades e a falta de servos”. João exorta a procedermos “fielmente em tudo o que fazemos para com os irmãos, e para com os estranhos”. Diferentemente de Diótrefes, que só pensava em vantagens pessoais, a igreja também tinha Demétrio e Gaio, dispostos a servir.

 

 

 

2- A QUEM SERVIR

O discípulo de CRISTO demonstra amor a DEUS enquanto serve aos diversos grupos de pessoas [Hb 6.10] que carecem de sua assistência espiritual, social e amor. Entre eles: os pobres, órfãos e viúvas, prioritariamente [Tg 1.27]; a comunidade de fé [Gl 6.10]; os conhecidos e desconhecidos [Lc 10.25-37]; os nacionais e os estrangeiros [Mc 16.15]. O fato é que servir se refere a dar suporte ao outro, ajudando a levar as cargas pesadas [Gl 6.2]. Assim, a expressão que melhor caracteriza um autêntico discípulo é a de servo.

 

 

2.1. A DEUS 

Servir a DEUS é cumprir com alegria e dedicação as tarefas que nos foram dadas [SI 100.2]. JESUS sintetizou assim: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” [Mt 25.40]. A mensagem é simples: fazer aos outros é servir a DEUS! Diótrefes não tinha esta visão, ele servia a si próprio. João escreve: “Quem faz bem é de DEUS; mas quem faz mal não tem visto a DEUS” [3Jo 11].

John R. W. Stott (1, 2 e 3 João – Introdução e comentário, Vida Nova, 1982, p. 196): “João deixa a sua descrição do dano que estava sendo feito por Diótrefes para dar uma palavra de conselho pessoal a Gaio, seguida de uma recomendação de Demétrio. Talvez esteja preocupado, temendo que mesmo Gaio fosse influenciado por Diótrefes. (…) O imperativo “sigas” é mimou, imites. Todo indivíduo é um imitador. É-nos natural olhar outras pessoas como nosso modelo e copiá-las. (…) mas Gaio deve escolher cuidadosamente o seu modelo”. Nós também precisamos estar bem atentos quanto aos nossos referenciais, principalmente quanto à nossa atuação em uma igreja local.

 

 

2.2. Ao povo 

Gaio foi reconhecido por João por ser um cristão generoso e hospitaleiro, que dava abrigo aos missionários [3 Jo 3-8]. Com isso, além de estar participando ativamente da evangelização, também era um promotor de edificação e bom testemunho na igreja local. Diótrefes não tinha a mesma atitude altruísta. Ao contrário, era ambicioso e arrogante. A qualidade do verdadeiro discípulo é mensurada pelo amor demonstrado aos outros. Ser um verdadeiro discípulo é considerar as pessoas superiores a si mesmo [Fp 2.3]. O zelo de JESUS fez com que nenhum daqueles que DEUS o havia dado se perdesse [Jo 17.12].

Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, amorosos e humildes, participantes dos sofrimentos de CRISTO. Quanto a Diótrefes, tratava-se de um prepotente, cuja energia física e emocional era gasta naquilo que não era essencial. O discípulo que se inspira em JESUS serve em seu ministério tendo JESUS como modelo, construindo um relacionamento com base no amor e no respeito a todos sem distinção.

 

 

2.3. A Igreja 

Pedro, um dos primeiros líderes da igreja, recomendou: “Apascentai o rebanho de DEUS, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto.” [1Pe 5.2]. A responsabilidade do verdadeiro discípulo é cuidar do rebanho de CRISTO, como recomendou e exemplificou o apóstolo Paulo [2Co 11.28]. A igreja é formada por pessoas e servi-las é servir a DEUS. JESUS disse claramente a Pedro: “Amas-me? (…) Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.16]. Paulo ensina que o amor fraternal e a honra devem ser regra no serviço à comunidade cristã [Rm 12.10].

João mostra que Diótrefes errou ao não se inspirar em JESUS, o Cabeça, que ama e defende a Igreja. Ele julgava ser o senhor da igreja, por isso excluía quem não acatava “suas” proibições e ordens abusivas, tendo, assim, seu discipulado reprovado [3Jo 10]. Além disso, demonstrava não conhecer o Senhor da Igreja [Cl 1.18].

 

 

3- CHAMADO PARA SERVIR

JESUS deixou Sua glória para servir. Ele próprio explica Sua missão ao dizer que não “veio para ser servido, mas para servir” [Mt 20.28]. E fala ainda que “o servo não é maior que seu senhor” [Jo 13.16], indicando que nós também fomos chamados para servir.

 

 

3.1. Como um diácono à mesa 

Em Atos 6, vemos a instituição do diaconato na igreja, diante de uma necessidade que os líderes passaram a ter, à medida que a igreja crescia [At 2.41, 47]. O termo diácono vem do grego e significa “ministro”, “servo”, “ajudante”. Essa função se tornou crucial para que os apóstolos se dedicassem à pregação e à oração, enquanto os diáconos serviam aos irmãos: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos … de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria” [At 6.2-3a]. Eles deveriam servir bem nesta função, para com isso adquirir para si uma boa posição e muita confiança na fé em CRISTO [1 Tm 3.13].

Todos devem servir, mas cabe aos diáconos um serviço primordial de acolhimento e assistência social aos necessitados. A função diaconal foi instituída porque as viúvas estavam sendo esquecidas [At 6.1]. Assim, foram “escolhidos para servir à mesa”.

 

 

3.2. Como um pastor no aprisco 

O discípulo que exerce a liderança, assim como um pastor de ovelhas, é um zelador e, também, um guia que cuida (apascenta) das ovelhas no aprisco [SI 23]. Um discípulo verdadeiro, assim como um pastor de ovelhas, assume o cuidado e responsabilidades para garantir a segurança do rebanho, bem como a orientação para mantê-lo vivo; nenhuma ovelha subsistirá sem o cuidado do pastor, assim também o discípulo sem o Mestre Supremo. A liderança deve alimentá-las com a Palavra de DEUS e ser capaz de ajudar a aumentar a fé de suas ovelhas [Rm 10.17]. Pedro, que foi chamado para apascentar as ovelhas de CRISTO [Jo 21.17], elenca uma série de atividades próprias da liderança que cumpre corretamente seu chamado [1 Pe 5.2-3].

O discípulo de CRISTO precisa estar sempre aberto ao diálogo e desejoso para fazer a vontade de DEUS [2Co 6.11]. Ele usa sua autoridade de forma que promova a obra de DEUS e não qualquer agenda pessoal. Diótrefes olhava para a igreja local do alto do pedestal, abusando das suas atribuições. Para ele, ser um autêntico discípulo era exercitar arbitrariamente o poder. Esse nunca foi o comportamento avalizado por DEUS. JESUS disse: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.” [Jo 10.11-12].

 

 

3.3. Como um samaritano na rua 

Servir não diz respeito às quatro paredes de uma igreja, mas mostrar o amor e misericórdia de DEUS em qualquer lugar [Lm 3.22]. Na Parábola do “Bom Samaritano”, JESUS mostra isso a um doutor da lei (religioso) que queria saber como herdar a vida eterna. Com as figuras de um sacerdote, um levita e um samaritano, CRISTO mostra que apenas este último serviu àquele que estava ferido na estrada, enquanto os outros sequer pararam para socorrer aquele homem [Lc 10.25-37].

A essência do cristianismo é servir ao próximo. E isso acontece quando deixamos nossas próprias necessidades para atender, socorrer, amparar, aconselhar, cuidar daquele que precisa de ajuda. Não se trata de cargos, mas de serviço. Não é necessário atribuição ministerial para ser mais sensível ao clamor do necessitado, servindo seu próximo com amor [At 9.36].

 

 

CONCLUSÃO

Quando entendemos o que significa servir, estamos conscientes de que este é o chamado primordial do ministério cristão, tendo JESUS como nosso principal exemplo. Além disso, compreendemos que o alvo de nosso serviço deve ser as pessoas, na igreja e em outros ambientes que frequentamos, e não nós mesmos.

 

Vídeo Lição 2, Betel, O Verdadeiro Discípulo de Cristo serve às pessoas e não ...