Escrita - Lição 10 - Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa, 5 partes, 2Tr17, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 10 - Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa
2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454
 
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/05/figuras-da-licao-10-maria-irma-de.html  Figuras da Lição 10, Maria
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18xfQpJ6pCto69keiJzSN5f  vídeos da lição
 
 
 
TEXTO ÁUREO
"Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de JESUS e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento." (Jo 12.3).
 

VERDADE PRÁTICAMaria, de Betânia, é exemplo do crente que dá prioridade a JESUS em sua vida, e lhe oferece o melhor em gratidão por seu amor.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 6.33 Em primeiro lugar, o Reino de DEUS
Terça - Hb 13.2 O valor da hospitalidade
Quarta - Sl 100.2 Servindo ao Senhor com alegria
Quinta - Mt 4.4 A Palavra do Senhor alimenta
Sexta - Lc 8.41 Prostrado aos pés de JESUS
Sábado - Jo 13.5 A humildade de JESUS
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 12.1-11
1 - Foi, pois, JESUS seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. 2 - Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3 - Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de JESUS e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. 4 - Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:  5 - Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? 6 - Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. 7 - Disse, pois, JESUS: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. 8 - Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. 9 - E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de JESUS, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. 10 - E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, 11 - porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em JESUS.
 
OBJETIVO GERAL - Apresentar Maria como exemplo do crente que oferece a DEUS ?sempre o melhor em forma de gratidão por seu amor.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar o exemplo de Maria de Betânia ao escolher a melhor parte;
Saber que Maria foi a mulher que ungiu o Senhor JESUS;
Apontar o caráter humilde de Maria.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor, na lição de hoje estudaremos o caráter de Maria de Betânia. Maria foi uma mulher que honrou JESUS colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Salvador, ouvindo-o e aprendendo, revelou o seu desejo de querer estar mais perto do Filho de DEUS, em íntima comunhão com Ele. Como está sua comunhão com o Pai e o Filho? Você tem alegria e prazer em estar em sua presença para adorá-lo pelo o que Ele é? Maria amava ao Senhor e sabia como demonstrar, em seus gestos e atitudes, seu amor altruísta. Ao ungir os pés de JESUS com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a JESUS e as pessoas do que os seus bens materiais. Que o nosso amor pelo Mestre seja maior do que por nossos bens materiais e ministérios.
 
PONTO CENTRAL - Devemos oferecer a DEUS sempre o melhor.
 
Resumo da Lição 10 - Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa
I - O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA
1. Maria "escolheu a boa parte".
a) JESUS na casa de Maria.
b) Maria prefere ficar aos pés de JESUS.
2. Maria deu prioridade a JESUS.
3. Mais "Martas" do que "Marias".
II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
1. Maria ungiu os pés de JESUS.
a) Uma ceia para JESUS.
b) Maria unge os pés de JESUS.
c) JESUS aprova o gesto de Maria.
2. Maria ungiu a cabeça de JESUS.
3. Devemos oferecer o melhor a JESUS.
III - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA
1. Maria, uma mulher humilde.
2. Maria não revidou as críticas da irmã.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O crente deve seguir o exemplo de Maria de Betânia que preferiu ficar aos pés de JESUS.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Maria foi a mulher que em um gesto de adoração ungiu os pés de JESUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Maria demonstrou ter um caráter humilde e fiel a DEUS.
 
CONHEÇA MAIS - *A oferta de Maria
"A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (gregos), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. O motivo é simples, porém profundamente significativo. Maria queria oferecer o melhor para JESUS." Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 689.
"JESUS respondeu de forma amorosa mas cheia de ensino precioso, que Maria escolhera “a boa parte, a qual não lhe será tirada'.
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICOProfessor, para tornar a aula mais dinâmica, interativa e introduzir o terceiro tópico da lição, faça as seguintes perguntas: "Como Maria reagiu diante da queixa e incompreensão de sua irmã em relação a sua atitude de ficar aos pés de JESUS ouvindo-o?" "Como devemos agir quando as pessoas, até mesmo da nossa família, não compreendem nossas atitudes em relação a JESUS e ao serviço cristão?" Enfatize que assim como Maria, nem sempre somos bem compreendidos pelas pessoas. Mas é diante das incompreensões e julgamentos que temos de revelar o nosso caráter cristão. Ao que tudo indica Maria não tentou se defender ou retrucou sua irmã. Porém, o próprio Senhor JESUS a defendeu e procurou valorizar suas atitudes. Depois de conversar com os alunos a respeito das atitudes de Maria, distribua as cópias do quadro abaixo. Utilize para refletir com os alunos as características do caráter de Maria e as lições que podemos aprender com suas atitudes.
 
PARA REFLETIR - A respeito de Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa, responda:
De que tipo de crente Maria é exemplo?
Do crente que prefere ouvir as palavras de JESUS.
Com que Maria ungiu os pés de JESUS? Com unguento de nardo puro, de muito preço.
Como JESUS viu o gesto de Maria?Ele aprovou e disse que ela o ungira para a sepultura.
Que disse JESUS, quando Maria ungiu sua cabeça?Que, onde o evangelho for pregado, seu gesto será lembrado.
O que representa a oferta de Maria?As economias de todo uma vida.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p41.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Como ter o Coração de Maria no Mundo de Marta
JESUS o Amado da Alma da Mulher
Comentário Bíblico - João
 
 
Resumo Rápido da Lição 10 - Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa, Pr. Henrique
 
INTRODUÇÃO
Estudaremos hoje sobre Maria, a irmã de Lázaro e Marta, que morava em Betânia, a 3 quilômetros de Jerusalém. Analisaremos sua recepção de JESUS em sua casa, sua adoração a JESUS e sua preparação para o sepultamento de JESUS. também veremos as duas vezes que Maria ungiu JESUS e a rejeição tanto por parte de Judas quanto dos outros discípulos a esse gesto de adoração e preparação para o sepultamento de JESUS. Veremos que JESUS elogiou sua atitude e disse que isso não lhe seria tirado.
 
PERGUNTAS PARA A LIÇÃO
O que eu faço quando sei que JESUS está em minha casa? Que hora sinto mais que JESUS está em minha casa? Eu tenho pelo menos uma hora por dia para sentir a presença de JESUS em minha casa? Eu consigo ouvir JESUS falando comigo em minha casa? Eu ofereço a JESUS prioridade em minha casa? Eu leio e medito no que JESUS fala comigo, pela sua palavra, em minha casa? Eu já ouvi a voz de JESUS falando comigo em minha casa? Você trabalha para JESUS ou com JESUS?
 
LEITURAS BÍBLICAS IMPORTANTES PARA A LIÇÃO
 
Lucas 10:38-42 - Maria - irmã de Lázaro
E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou JESUS numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de JESUS, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo JESUS, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
 
João 12.1-11 - Maria - irmã de Lázaro
1 - Foi, pois, JESUS seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. 2 - Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3 - Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de JESUS e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. 4 - Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:  5 - Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? 6 - Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. 7 - Disse, pois, JESUS: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. 8 - Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. 9 - E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de JESUS, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. 10 - E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, 11 - porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em JESUS.
 
Mateus 26.6-12 - Maria - irmã de Lázaro
E, estando JESUS em Betânia, em casa de Simão, o leproso, Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.JESUS, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.
 
Marcos 14:1-9 - Maria - irmã de Lázaro
E dali a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam. Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura não se faça alvoroço entre o povo. E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela. JESUS, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
 
Lucas 7.36-40 - MULHER PECADORA - OUTRA MULHER - OUTRA OCASIÃO - OUTRO LUGAR - GALILÉIA - TALVEZ EM NAIM - NÂO É NOSSO ASSUNTO DESTA LIÇÂO.
E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; 38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. 39 Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. E respondendo, JESUS disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre
 
Na lição desta semana é muito importante não confundir a mulher pecadora que ungiu JESUS com a irmã de Lázaro, Maria, que ungiu JESUS por duas vezes. Primeira vez em sua própria casa (ungiu os pés - 6 dias antes da páscoa), segunda vez na casa de Simão, o leproso (ungiu a cabeça - 2 dias antes da páscoa), ambas as vezes em Betânia, aldeia a 3 Km de Jerusalém, perto do Monte da Oliveiras.
Primeira unção de Maria - faltava seis dias para a Páscoa - Casa de Lázaro - Derramou sobre seus pés.
Segunda unção de Maria - faltava dois dias para a Páscoa - Casa de Simão - Derramou sobre sua cabeça.
Todo dia JESUS ia a Jerusalém e voltava para Betânia para dormir (complementando também sua alimentação).
 
Seis dias antes de Morrer JESUS estava ali.
Na casa de Lázaro (ressuscitado dias antes - tinha morrido e JESUS o havia ressuscitado) e suas irmãs Marta e Maria.
Ceia para JESUS - Marta servia
Lázaro à mesa e Maria aos pés.
Uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço - 300 dinheiros (avaliado por Judas - derramou parte do unguento nesta ocasião e a outra parte dois dias antes da páscoa na casa de Simão, o leproso, agora sobre a cabeça de JESUS).
Maria prestava legítima adoração - o que tinha de mais precioso dava a JESUS.
Maria sempre era encontrada aos pés de JESUS quando ELE ali estava e ali recebeu revelações.
Ungiu os pés de JESUS e enxugou com os cabelos. Também derramou o perfume sobre a cabeça de JESUS na casa de Simão o Leproso - Mt 26.7 aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.) E, estando JESUS em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
O perfume invadiu o ambiente, perfumou os pés de JESUS e os cabelos de Maria - unção de DEUS se espalha quando há adoração legitima.
JESUS haveria de morrer dali a pouco menos de uma semana e estava na verdade sendo ungido para isso.
Lázaro passou a ser alvo de morte por ser amigo de JESUS e por ser testemunho vivo de seu poder.
 
Há quem até chegue a confundir os três acontecimentos, o de Maria de Betânia, em duas ocasiões, com a mulher pecadora, mas se porventura fizéssemos um paralelo entre as três narrativas veríamos que ainda que as diferenças sejam poucas, são cruciais para podermos discernir e perceber que uma história não pode de forma alguma ser ligada com as outras, veja:
Casa de Lázaro (6 dias antes da páscoa - Aqui Maria lava os pés de JESUS) - Cidade: Betânia
Casa de Simão Leproso (2 dias antes da páscoa - Aqui Maria lava a cabeça de JESUS) -Cidade: Betânia
Convidados: JESUS, Lázaro, Marta, Maria e os discípulos.
Casa de um fariseu, talvez em Naim. Não estava ali ninguém da família de Lázaro registrado. É uma das três vezes que JESUS fora ungido para seu sepultamento que se daria após sua morte.
VEJA
Casa: Simão Fariseu
Cidade: Possivelmente Naim
Convidados: JESUS e não descritos.
 
Observação do Pr. Henrique - Realmente Maria comprara este unguento não para ser usado em seu próprio corpo, mas para ser usado na morte e sepultamento de JESUS. Tinha comprado recentemente óleo para ungir seu irmão Lázaro que havia falecido - este era o costume. Deve ter aproveitado para comprar para ungir JESUS também. Quando JESUS chega ali em sua casa, ela, movida pelo ESPÍRITO SANTO, lhe ungiu em adoração e executando assim um ato profético. Ela recebera a revelação de sua morte. era uma mulher salva e em intima comunhão com JESUS.
Para melhorar mais o entendimento correto. Veja que nem Marta e nem Maria foram ungir JESUS - Maria já tinha feito isso.
Marcos: 16. 1. Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. 2. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol.
Maria sabia da morte e sepultamento de JESUS em Breve porque o ESPÍRITO SANTO a inspirou, ela sabia muito bem o que estava fazendo? Estava querendo prestar sua última adoração ao Senhor - Creio que isto é o mais correto afirmar, pois JESUS testificou que ele havia comprado o unguento para seu sepultamento.
Disse, pois, JESUS: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto; João 12.7
Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Mateus 26:12
Quem passa horas na presença de JESUS adorando-o e ouvindo-o recebe revelação e unção).
Comentário Bíblico de John Macarthur - "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura." JESUS obviamente, não quer dizer que Maria iria manter o perfume (ou pelo menos parte dele) até seu sepultamento, desde que ela tinha acabado de servir (cf. Mc 14: 3). Enquanto comentaristas discordam sobre como entender essas palavras, a solução mais satisfatória é entender reticências na declaração do Senhor. Suprindo as palavras que faltam, o sentido seria: "Deixa-a, ela não vai vender o perfume [como você gostaria que ela fizesse], de modo que pudesse mantê-lo para o dia da minha sepultura" (cf. DA Carson, O Evangelho De acordo com João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 429-30; cf. Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário ao Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 363-64 ).
Ato de Maria foi uma espontânea manifestação de seu amor e devoção a CRISTO. No entanto, como profecia involuntária de Caifás (11: 49-52), que tinha um significado mais profundo. Em Mateus 26:12 JESUS disse: "Quando ela derramou este perfume sobre o meu corpo, fê-lo a preparar-me para o enterro" (cf. Mc 14: 8). O enterro dos quais JESUS falou profeticamente não era uma introdução efetiva do Seu corpo no sepulcro, mas a unção que ela tinha acabado de fazer, que ele via como um símbolo de Sua breve volta morte e sepultamento. Parte dos gastos pródigos associados a muitos funerais do primeiro século foi o custo de perfumes para mascarar o odor de decomposição (cf. João 11:39). Este ato por Maria, como no caso de Caifás (11: 49-52) revelou uma realidade muito maior do que ela percebeu a tempo. Sua unção prefigurava aquele José de Arimatéia e Nicodemos viria a cumprir, em seu corpo após a morte de JESUS (João 19: 38-40).
Comentário Bíblico Wesleyana - Portanto, ela tinha decidido guardar o bálsamo para o dia do sepultamento de seu Senhor.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe  - Maria ungiu tanto a cabeça quanto os pés de JESUS. Foi um gesto do mais puro amor, pois ela sabia que o seu Senhor estava prestes a suportar grande sofrimento e a morrer
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - 1. CRISTO interpreta o que ela fez de uma maneira favorável, da qual aqueles que a condenavam não tinham consciência: “Para o dia da minha sepultura guardou isto”. Ou: “Ela reservou isto para o dia em que Eu for embalsamado”, segundo o Dr. Hammond. “Vocês não lamentam o ungüento usado para embalsamar seus amigos mortos, nem dizem que ele deveria ser vendido ou dado aos pobres. Este ungüento tinha este propósito, ou, pelo menos, isto pode ser assim interpretado, pois o dia do meu sepultamento está próximo, e ela ungiu um corpo que já está praticamente morto”. Observe que: (1) Nosso Senhor JESUS pensava muito e freqüentemente sobre sua própria morte e sobre seu sepultamento. Seria bom que nós também fizéssemos isto. (2) A Providência freqüentemente abre assim uma porta de oportunidades aos bons cristãos, e o ESPÍRITO da graça abre assim seus corações, para que as expressões do seu zelo piedoso provem ser mais oportunas, e mais belas, do que qualquer previsão que se pudesse fazer delas. (3) A graça de CRISTO coloca gentis comentários sobre as palavras e ações piedosas das pessoas boas, e não somente aproveita ao máximo o que está incorreto, mas tira o maior proveito do que é bom.
2. Ele dá uma resposta adequada à objeção de Judas, v. 8. (1) Está ordenado, no reino da Providência, que sempre tenhamos conosco os pobres, e que um ou outro sejam objetos de caridade (Dt 15.11). Estes existirão, enquanto aqui houver, neste estado desvirtuado da humanidade, tanta loucura e tanto sofrimento. (2) Está ordenado, no reino da graça, que a igreja não teria sempre a presença física de JESUS CRISTO. “A mim não me haveis de ter sempre, mas somente por um pouco” Observe que precisamos de sabedoria, quando duas tarefas competem entre si, para saber a qual delas dar a preferência, o que deve ser determinado pelas circunstâncias. As oportunidades devem ser aproveitadas, e primeiro e mais vigorosamente aquelas que provavelmente terão a duração mais curta, e que podemos ver mais rapidamente concluídas. O bom dever que pode ser feito a qualquer momento deve ceder o lugar para aquele que não poderá ser feito, a menos que seja agora.
Comentário Bíblico BEP - CPAD- 12.3 MARIA... UNGIU OS PÉS DE JESUS. O ato de Maria ungir os pés de JESUS foi um grande sacrifício, pois o seu ungüento ou perfume era muito caro. Ela sabia que dentro em breve terminaria a sua oportunidade de expressar devoção a JESUS; então, aproveitou a oportunidade que teve.
 
Observação do Pr. Henrique - Ser amigo de JESUS pode lhe custar a vida. Se apenas receber um milagre de JESUS, pode lhe custar perseguição e morte.
João 12.10 - E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, 11 - porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em JESUS.
 
Observação do Pr. Henrique - Maria, Marta e Lázaro - representam - adoração, serviço e testemunho. O evangelho é assim vivido e pregado.
 
I - O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA
1. Maria "escolheu a boa parte". JESUS visitava Lázaro de vez em quando. Se tornou seu amigo e de suas irmãs Marta e Maria. Na bíblia vemos pelo menos 3 visitas de JESUS à casa de Lázaro. Para uma ceia, depois para ressuscitar Lázaro e depois para ceiar novamente. Como Jerusalém era bem pertinho, JESUS podia ir até lá sempre que desejasse (3 Km de distância de Jerusalém a Betânia).
a) JESUS na casa de Maria. Parece que a casa era de Marta ou que Marta por ser mais idosa, recebia os convidados. Também podemos entender que JESUS estava ali a convite de Marta (Lucas 10.38 - E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou JESUS numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.) Os convidados eram pelo menos 13, JESUS e seus discípulos. como veremos Maria com um perfume caríssimo guardado para os sepultamento de JESUS.
b) Maria prefere ficar aos pés de JESUS. A posição preferida de Maria é assentada. Está assentada aos pés de JESUS quando está em sua casa. está assentada em casa quando JESUS chega para ressuscitar Lázaro, está assentada aos pés de JESUS quando Lhe unge os pés.
POSIÇÃO PREFERIDA DE MARIA - SEMPRE ASSENTADA
Lucas 10:39 - E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de JESUS, ouvia a sua palavra. João 11:20 - Ouvindo, pois, Marta que JESUS vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
João 12.3 Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de JESUS, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento. JESUS ELOGIA SUA POSIÇÃO PORQUE QUANDO JESUS ESTÁ EM NOSSA CASA A PRIORIDADE É DELE E PARA ELE.
MARTA SEMPRE ESTAVA OCUPADA NOS AFAZERES DOMÉSTICOS - Marta não aceitava a atitude da irmã, ela queria ajuda nos afazeres domésticos e não conseguia entender a prioridade ali.
JESUS A CENSUROU POR ISSO, PORQUE A COMIDA MATERIAL NÃO É MAIS IMPORTANTE DO QUE A COMIDA ESPIRITUAL.
 Lucas 10:39-42 E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de JESUS, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo JESUS, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
João 12.2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
 
2. Maria deu prioridade a JESUS.
JESUS deve ter prioridade em nosso lar, em nosso tempo, em nosso dinheiro, em nosso amor, em nosso coração. Quando JESUS chegou Maria se dedicou integralmente a ELE. Nada mais importava. Comida foi esquecida, cidade e amigos foram esquecidos. Família foi esquecida. JESUS chegou!
Dizemos que somos cristãos – imitadores de CRISTO? Em que o imitamos? Em que somos parecidos com ELE?
Nos jejuns? Na muita oração, Nos milagres? Na evangelização? Nos sofrimentos? Nas perseguições? Na falta de ter onde dormir?
Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Isaías 53:2,3
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Como DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele. Atos 10:38
O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, Lucas 4:18
E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam. Marcos 1:34
 
Dar prioridade a JESUS significa tê-lo em primeiro e principal lugar em nossas vidas.
 
3. Mais "Martas" do que "Marias".
Na modernidade temos visto a ocupação exagerada dos cristãos com a parte financeira. O consumismo tomou conta das famílias. Celular modelo novo e tecnologia atualizada todos os dias. Tablets e computadores modernos a cada dia, TV maior e com mais tecnologias, Carros mias possantes e com maior tecnologia e assim por diante. É uma disputa pelo mais novo, pelo mais moderno, pelo mais tecnológico, pelo mais atual. Assim as famílias passaram a trabalhar mais e as tarefas domésticas de cada membro foram sendo adotadas a novas realidade. A esposa antes cuidava e educava seus filhos nos lares, inclusive com as lições do colégio secular e também com o ensino religioso. Isso foi sendo deixado de lado, substituído por empregos fora do lar, cabendo à TV e computadores e celulares a tarefa da educação no lar. Os pais que eram referência na autoridade familiar e na parte sacerdotal do lar não tem mais tempo para sua família. Resultado lógico na igreja e na sociedade, o caos. Não há mais o princípio de autoridade no lar, nem na igreja, nem na sociedade em geral. Filhos se desviam do evangelho na adolescência e não respeitam mais seus pais e idosos.
Cultos domésticos acabaram. Leitura bíblica e oração em casa acabaram. Parece que se esqueceram de colocar JESUS dentro dos lares. Ficou trancado lá fora, batendo à porta. realmente existem muitíssimas Martas. Até trabalham na igreja e para a igreja, mas não têm mais tempo para falar com JESUS, para ouvir JESUS, para adorarem a JESUS. JESUS é a cabeça do lar e da igreja.
A Escola Bíblica Dominical enfrenta sua pior crise de assistência, não atinge mais nem 40% de frequência dos membros da igreja. justamente na época de maior ajuda exterior, as redes sociais na internet.
COLOQUEMOS JESUS PARA DENTRO DE NOSSOS LARES URGENTEMENTE ANTES QUE VOLTE E NOS ACHE EM NEGLIGÊNCIA. TEMOS QUE TER MAIS MARIAS DO QUE MARTAS. MAIS QUALIDADE DO QUE SERVIÇO. MAIS ESPIRITUALIDADE DO QUE MATERIALISMO. MAIS INTIMIDADE DO QUE INTELECTUALIDADE.
 
II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
1. Maria ungiu os pés de JESUS.
"Foi, pois, JESUS seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos" (Jo 12.1).
NOTE - SEIS DIAS ANTES DA PÁSCOA
NOTE - UNÇÃO NOS PÉS
NOTE - CIDADE - BETÂNIA
NOTE - CASA DE LÁZARO
NOTE - MARTA SERVIA
NOTE - RECLAMAÇÃO DE JUDAS
NOTE - MOTIVO DA UNÇÃO - PARA O DIA DE MINHA SEPULTIURA GUARDOU ISTO.
Aquela família seria agora uma igreja  testemunhando o milagre da ressurreição de Lázaro e depois seria testemunho da morte e ressurreição de JESUS. Por isso JESUS deu grande valor àquela visita e a seus anfitriões. Para JESUS estar ali era fácil devido a estar situado o povoado a apenas 3 Km de Jerusalém, na estrada que ia de Jerusalém para Jericó.
a) Uma ceia para JESUS.
Deduzimos facilmente que a ceia foi na casa de Lázaro, pois era em Betânia e Marta servia a mesa e Maria estava aos pés de JESUS.
"Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele" (Jo 12.2).
Era uma ocasião especial em que JESUS era o homenageado. JESUS era o mais importante ali. Feliz a casa onde JESUS tem primazia, onde JESUS se assenta à mesa com os donos da casa. Em muitos lares de cristãos modernos JESUS não consegue morar na mesma casa com eles. Não consegue assistir a mesma TV, Não consegue usar o mesmo computador e o mesmo celular.
b) Maria unge os pés de JESUS.
Era agora a terceira visita de JESUS a Betânia, à casa de Lázaro. Já tinha ido para a ceia (Lc 10.38), para ressuscitar Lázaro (Jo 11.20), agora cearia e seria ungido para sua morte.
Foi uma grande surpresa para todos a atitude adoradora de Maria. Ela tinha guardado um vaso de Alabastro contendo nardo puro que custava uma grande soma em dinheiro per ser importado, provavelmente da Índia (alguns chegam a calcular em R$ 15.000,00). Judas o avaliou em trinta dinheiros.
Maria não só quebrou o gargalo do vaso de alabastro ara derramar o perfume como também derramou o óleo nos pés de JESUS, soltou seus cabelos e passou a enxugar os pés de JESUS com eles. Mesa preparada e cabeça ungida, com certeza. O perfume subiu no ar e atingiu as narinas de todos ali  (Jo 12.3)..
Observação do Pr. Henrique - É quando ungimos os pés de JESUS com oração e lágrimas que saímos em sua presença com a cabeça ungida pelo ESPÍRITO SANTO e com o cheiro de CRISTO para o mundo). É receber a unção e espalhar esta unção. É receber conhecimento sobrenatural e ensinar.
E graças a DEUS, que sempre nos faz triunfar em CRISTO, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. 2 Coríntios 2:14
Porque para DEUS somos o bom perfume de CRISTO, nos que se salvam e nos que se perdem. 2 Coríntios 2:15.
Maria foi imediatamente repreendida pelo representante maior de Satanás ali - Judas Iscariotes, o traidor.
O tal perfume derramado de "nardo puro" equivalia a cerca de "trezentos denários" na avaliação de Judas, que entendia do assunto. Dava para pagar o salário de um trabalhador durante quase um ano inteiro. O interesse de Judas, conforme o evangelista João, era em roubar aquele dinheiro se fosse o perfume vendido e doado a JESUS o dinheiro (Jo 12.4-6).
c) JESUS aprova o gesto de Maria. O traidor reprovou a generosidade de Maria. Mas JESUS reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido. "Disse, pois, JESUS: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto" (Jo 12.7). Pela fé, de forma profética, Maria ungiu antecipadamente o corpo de JESUS para o seu sepultamento. Sua visão era mais ampla e mais profunda. Marta via o amigo e visitante ilustre. Maria via o seu Salvador que haveria de morrer em seu lugar (Jo 19.39). A repercussão da presença de JESUS na casa de Maria foi tão grande que os principais dos sacerdotes deliberaram matar JESUS e também Lázaro (Jo 12.9-11).
 
2. Maria ungiu a cabeça de JESUS.
"Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado" (Mt 26.2)
E, estando JESUS em Betânia, em casa de Simão, o leproso, Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres. JESUS, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Mateus 26:6-12
Agora veremos a quarta vez que JESUS visita Betânia e vai à casa de Simão, o leproso.
NOTE - DOIS DIAS ANTES DA PÁSCOA
NOTE - UNÇÃO NA CABEÇA
NOTE - CIDADE - BETÂNIA
NOTE - CASA DE SIMÃO, O LEPROSO
NOTE - CONVIDADOS JESUS E OS DISCÍPULOS
NOTE - RECLAMAÇÃO DOS DISCÍPULOS, NÃO MAIS DE JUDAS SÓ.
NOTE - MOTIVO DA UNÇÃO - Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.
 
ESTA MULHER É A MESMA MARIA DE BETÂNIA, IRMÃ DE LÁZARO (Mt 26.6,7; Jo 11.1,2). A Bíblia de Estudo Cronológica, Aplicação Pessoal, em nota sobre Mateus 26.7, confirma esse entendimento.
 
3. Devemos oferecer o melhor a JESUS.
A adoração implica em oferecer o melhor para JESUS - Abel ofereceu sua vida para DEUS. não podendo oferecer seu próprio sangue, ofereceu o sangue de um animal em lugar do seu. ofereceu uma vida em lugar da sua. Abrão ofereceu o melhor para DEUS. Seu filho amado. JESUS se ofereceu a si mesmo por nós em adoração e obediência a DEUS.
Maria ofereceu o que tinha de mais precioso, unguento de Nardo puro de grande valor comercial. Todas as mulheres sabem do valor que tem um perfume importado para uma mulher. Maria fez um ato profético de ungir JESUS para seu sepultamento por duas vezes antes Dele morrer. primeira vez nos pés. Pé que têm contato com o chão, com a Terra. Formosos os pés do que anunciam o evangelho de JESUS. Ao morrer como homem JESUS estaria agora num corpo glorioso dali para frente. Seu ciclo de corpo de carne e osso normal estaria rompido. Agora tem um corpo glorioso no Céu, à direita de DEUS PAI onde intercede por nós. Na segunda unção Maria unge a cabeça de JESUS. na cabeça está o cérebro, responsável pela inteligência e sabedoria humana. A alma que comanda todo o corpo. JESUS agora estaria junto ao PAI em ESPÍRITO, alma e corpo. As duas unções eram necessárias para seu sepultamento. 
No sepultamento o corpo era enrolado a um lençol como uma múmia, mas a cabeça era enrolada em separado com um lenço amarrado da cabeça ao queixo para que a boca não abrisse. eram portanto necessárias duas unções em partes separadas.
Na preparação do corpo de JESUS vemos:
José compra linho fino e tira o corpo de JESUS da estaca. Ele enrola o corpo no linho em preparação para o sepultamento. Nicodemos, ‘que foi ao encontro de JESUS pela primeira vez de noite’, ajuda na preparação. (João 19:39) Ele traz uns 33 quilos de uma mistura cara de mirra e aloés. O corpo de JESUS é enrolado em faixas que contêm esses aromas, conforme os judeus costumam fazer no sepultamento.
José tem um túmulo novo, escavado na rocha, ali perto. E o corpo de JESUS é colocado nele. Então uma grande pedra é rolada até a entrada do túmulo. Isso é feito às pressas, antes de o sábado começar. Talvez Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, o Menor, ajudem a preparar o corpo. Elas correm para casa a fim de “preparar aromas e óleos perfumados” para passar no corpo de JESUS depois do sábado. — Lucas 23:56.
Bem cedo na manhã de domingo, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e outras mulheres vão ao túmulo passar aromas no corpo de JESUS. Dizem umas às outras: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para nós?” (Marcos 16:3)
João nos diz que haviam lençóis separados de um lenço no túmulo onde antes estava a cabeça de JESUS.
E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. João 20:7
No sepultamento de Lázaro vemos também esta separação
E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes JESUS: Desligai-o, e deixai-o ir. João 11:44.
 
III - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA
1. Maria, uma mulher humilde.
Pelo valor do perfume ofertado, pela capacidade de receber convidados e pelo conhecimento que Lázaro e suas irmãs tinham na região como vimos quando Lázaro morreu e quando ressuscitou e também na visita de JESUS em sua casa depois, podemos deduzir que tinham uma boa condição financeira.
Apear disso Maria demonstra ser humilde, pois ao invés de se exibir para suas amigas e concidadãos, ela procurou arrumar um lugar o mais próximo de JESUS possível, ao chão, para escutá-lo e depois para adorá-lo.
Para ela mais valia os ensinos de JESUS e sua companhia do que os banquetes ou festas.
A que valorizamos mais?
 
2. Maria não revidou as críticas da irmã.
Apesar da reclamação de marta, Maria demonstrou amor e compaixão pela irmã. Não retrucou, não reclamou de volta, não disse nada que ofendesse ou causasse alguma discussão com a irmã. Maria estava envolta em uma nuvem de adoração. Não tinha espaço para intrigas. JESUS respondeu por ela e assim continuou em sua posição de adoração.
"escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10.42).
O que fazemos quando materialistas nos tentam impedir a adoração e estudo da Palavra de DEUS?
 
CONCLUSÃO
O Exemplo De Maria De Betânia, Ela "Escolheu A Boa Parte". JESUS esteve Na Casa De Maria. Maria Prefere Ficar Aos Pés De JESUS. Maria Deu Prioridade A JESUS.  Existem Mais "Martas" Do Que "Marias". Maria Ungiu O Senhor por duas vezes. Na Primeira vez Maria Ungiu Os Pés De JESUS Numa Ceia Para JESUS. JESUS Aprova O Gesto De Maria. Depois, na casa de Simão, o Leproso, Maria Ungiu A Cabeça De JESUS.  Devemos Oferecer O Melhor A JESUS. Prestemos atenção ao Caráter Humilde De Maria. Maria Não Revidou As Críticas Da Irmã.
 
 
 
 
Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr. Henrique
Maria - Dicionário Léxicos Strong em Português -  Μαρια - Maria ou Μαριαμ - Mariam - de origem hebraica  מרים
Maria = “sua rebelião”1) Maria, mãe de JESUS
2) Maria Madalena, uma mulher de Magdala
3) Maria, irmã de Lázaro e Marta4) Maria de Clopas, a mãe de Tiago, o menor
5) Maria, mãe de João Marcos, irmã de Barnabé
6) Maria, cristã romana que é saudada por Paulo em Rm 16.6.
Miriã, exaltada, forte (Dic.Nomes).

Betânia - 
βηθανια - Bethania - de origem aramaica בית היני; n pr loc - Dicionário Léxicos Strong em Português  
Betânia = “casa dos dátiles” ou “casa da miséria”
1) uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao caminho a Jericó - Onde moravam Lázaro, Marta e Maria.
Alguns traduzem como Casa dos pobres (interpretações), outros como Casa das Tâmaras (interpretações)
 
Ungüento - Dicionário Léxicos Strong em Português  - μυρον - muron - Perfume - Dicionário Léxicos Strong em Português - οσμη osme - fragrância, odor
1) ungüento
 
Libra -  - Dicionário Léxicos Strong em Português  - λιτρα - litra - de origem latina [libra]; n f1) libra, peso de 340 gramas.
 
Alabastros - αλαβαστρον alabastron - Dicionário Léxicos Strong em Português - de alabastros (de derivação incerta), o nome de uma pedra; n n
1) uma caixa feita de alabastro no qual os ungüentos era preservados Os antigos consideravam que o alabastro era o melhor material para preservar seus ungüentos.
Quebrar a caixa, provavelmente significa quebrar o selo da caixa.
Pedra branca, pouco resistente, parecida com o mármore, usada para fazer esculturas, vasos e jarros (Et 1.6Mt 26.7). (ILUMINA BÍBLIA)
 
Na botija tinha uma libra de unguento ou perfume - λιτρα litra - de origem latina [libra]; n f  - Dicionário Léxicos Strong em Português 
* libra, peso de 340 gramas
 Era necessário quebrar o lacre para usar. Uma pequena tampa que não era de encaixe, mas precisava quebrar o gargalo para o líquido sair.
 
Nardo - ναρδος nardos - Dicionário Léxicos Strong em Português  - de origem estrangeira cf 5373; n f
1) nardo, a ponta ou o cacho de uma planta perfumada do leste da Índia que pertence ao gênero Valeriana, que produz um sumo de odor delicioso que os antigos usavam (seja puro ou misturado) na preparação de um precioso ungüento
2) óleo de nardo ou ungüento
 
Lázaro - λαζαρος Lazaros - provavelmente de origem hebraica -לעזר; n pr m  - Dicionário Léxicos Strong em Português  
Lázaro = “a quem DEUS ajuda” (uma forma do nome hebraico Eleazar)
1) habitante de Betânia, amado por CRISTO e ressuscitado da morte por ele. Irmão de Marta e de Maria.
 
Marta - Μαρθα Martha - provavelmente de origem aramaica (significa ama) מרתא; n pr f - Dicionário Léxicos Strong em Português - 
Marta = “ela foi rebelde”
1) irmã de Lázaro e Maria de Betânia
 
Simão - σιμων Simon - de origem hebraica  שמעון; n pr m - Dicionário Léxicos Strong em Português 
Pedro = “rocha ou pedra”
1) Pedro era um dos apóstolos
2) Simão, chamado Zelote ou Kanaites
3) Simão, pai de Judas, o traidor de JESUS
4) Simão Mago, o mágico samaritano
5) Simão, o curtidor, At 10
6) Simão, o fariseu, Lc 7.40-44
7) Simão de Cirene, que carregou a cruz de CRISTO
8) Simão, o primo de JESUS, o filho de Cleopas
9) Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome
 
Leproso - λεπρος lepros - TDNT - adj - Dicionário Léxicos Strong em Português  
1) escameado, áspero
2) leproso, infectado com lepra
 
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - Maria Unge os Pés de CRISTO. A Hipocrisia de Judas. A Indignação dos Principais dos Sacerdotes
João 12. 1-11
Nestes versículos, temos:
I
A gentil visita que nosso Senhor JESUS fez aos seus amigos em Betânia, v. 1. Ele veio do interior, seis dias antes da Páscoa, e foi até Betânia, uma cidade que, conforme as redondezas das nossas metrópoles, está tão próxima de Jerusalém, que é incluída na sua taxa de mortalidade. Ele se hospedou ali com seu amigo Lázaro, a quem recentemente tinha ressuscitado. Sua vinda a Betânia nesta ocasião pode ser considerada:
1. Como um prefácio à Páscoa que Ele pretendia celebrar, à qual se faz referência, indicando a data da sua vinda: “Seis dias antes da Páscoa”. Os varões devotos dedicavam algum tempo antes da Páscoa para se prepararem para esta solenidade, e, desta maneira, era adequado que nosso Senhor JESUS cumprisse toda a justiça. Desta maneira, Ele nos deu um exemplo de auto-isolamento solene, antes das solenidades da Páscoa do Evangelho. Ouçamos a voz que clama: “Preparai o caminho do Senhor”.
2. Como uma exposição voluntária à fúria dos seus inimigos. Agora que sua hora era chegada, Ele vinha ao alcance deles, e se oferecia livremente a eles, embora já lhes tivesse mostrado com que facilidade Ele podia escapar de todas as suas armadilhas. Observe: (1) Nosso Senhor JESUS foi voluntário nos seus sofrimentos. Sua vida não foi retirada dele à força, mas foi entregue resignadamente: “Eis que venho”. Assim como a força dos seus perseguidores não podia subjugá-lo, também sua sutileza não podia surpreendê-lo, mas Ele morreu porque desejou fazê-lo. (2) Como existe uma hora quando nós temos permissão de fugir para nossa própria preservação, assim existe uma hora em que somos chamados para arriscar nossas vidas na causa de DEUS, como o apóstolo Paulo, quando foi, ligado pelo ESPÍRITO, a Jerusalém.
3. Como um exemplo da sua bondade para com seus amigos em Betânia, a quem Ele amava, e de quem Ele seria afastado em pouco tempo. Esta é uma visita de despedida. Ele veio para despedir-se deles, e para deixar-lhes palavras de consolo para o dia da provação que se aproximava. Observe que embora CRISTO se afaste do seu povo por algum tempo, Ele lhes dá indicações de que parte com amor, e não com ira. Betânia aqui é descrita como sendo a cidade onde estava Lázaro, a quem JESUS “ressuscitara dos mortos”. O milagre realizado aqui coloca uma nova honra sobre o lugar, tornando-o notável. CRISTO veio para cá para observar que aproveitamento foi feito deste milagre, pois, onde CRISTO realiza prodígios, e mostra sinais e favores, Ele acompanha estes lugares, para ver se a intenção dos milagres foi correspondida. Ele observa os locais onde plantou com abundância, para ver se haverá uma boa colheita.
II
A gentil acolhida que seus amigos lhe proporcionaram: “Fizeram-lhe... uma ceia” (v. 2), uma grande ceia, um banquete. Há uma sugestão de que esta seria a mesma que está registrada em Mateus 26.6ss., na casa de Simão. A maioria dos comentaristas pensa que sim, pois a essência da história e muitas das circunstâncias coincidem. Mas aquela ceia está colocada depois do que foi dito dois dias antes da Páscoa, ao passo que esta se realizou seis dias antes. Além disto, não é provável que Marta servisse em qualquer casa que não fosse a sua. E por isto eu concordo com o Dr. Lightfoot em pensar que são dois eventos diferentes: aquela, no Evangelho de Mateus, aconteceu no terceiro dia da semana da Páscoa, mas esta, no sétimo dia da semana anterior, sendo o sábado dos judeus, a noite anterior à sua entrada triunfal em Jerusalém; aquela aconteceu na casa de Simão, esta, na de Lázaro. Sendo ambas as mais públicas e solenes recepções oferecidas a Ele em Betânia, provavelmente Maria compareceu a ambas com este sinal do seu respeito, e o que ela guardou do seu ungüento nesta primeira ocasião, quando utilizou apenas uma libra dele (v. 3), ela usou naquela segunda ocasião, quando o derramou todo, Marcos 14.3. Vejamos o relato desta recepção. 1. “Fizeram-lhe... uma ceia”, pois, entre eles, normalmente, a ceia era a melhor refeição. Eles lhe fizeram esta ceia como sinal do seu respeito e gratidão, pois um banquete é feito pela amizade, e para que pudessem ter uma oportunidade de uma conversa livre e agradável com Ele, pois um banquete é feito para comunhão. Talvez seja como uma alusão a esta e a outras recepções semelhantes feitas a CRISTO, nos dias da sua carne, que Ele promete, àqueles que abrem a porta de seus corações a Ele, que ceará com eles, Apocalipse 3.20. 2. “Marta servia”. Ela mesma servia à mesa, como símbolo do seu grande respeito pelo Mestre. Embora fosse uma pessoa de um certo nível, ela não julgou que servir fosse uma atitude inferior, quando CRISTO se sentou para a refeição. Nem nós julgamos que seja uma desonra ou uma depreciação para nós nos curvarmos a qualquer serviço com o qual CRISTO possa ser honrado. Anteriormente, CRISTO tinha censurado a Marta, por estar “ansiosa e afadigada com muitas coisas”. Mas ela não deixou de servir por isto, como alguns que, quando são reprovados por algum extremo, irritados, vão ao outro extremo. Não, ela ainda servia, não como naquela ocasião, à distância, mas agora ela ouvia as palavras graciosas de CRISTO, que faziam bem-aventurados aqueles que, como disse a rainha de Sabá a respeito dos servos de Salomão, estavam sempre diante dele, que ouviam sua sabedoria (1 Rs 10.8). É melhor ser um garçom à mesa de CRISTO do que um convidado à mesa de um príncipe. 3. “Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele”. O fato de que houve aqueles que realmente comeram e beberam com JESUS provou a verdade da ressurreição de Lázaro, assim como a do próprio Senhor JESUS, Atos 10.41. Lázaro não se retirou para um deserto depois da sua ressurreição, como se, depois de ter feito uma visita ao outro mundo, devesse ser para sempre um eremita neste. Não, ele convivia familiarmente com as pessoas, como todos. Ele se sentou à refeição, como um monumento do milagre que CRISTO tinha realizado. Aqueles a quem CRISTO ressuscitou a uma vida espiritual são levados a se sentarem junto com Ele. Veja Efésios 2.5,6.
III
O respeito especial que Maria mostrou por JESUS, acima dos demais, ao ungir seus pés com um pouco de ungüento, v. 3. Ela tinha “uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço”.
(Observação do Pr. Henrique - Maria sabia da morte e sepultamento de JESUS em Breve porque o ESPÍRITO SANTO a inspirou, ela sabia muito bem o que estava fazendo? Estava querendo prestar sua última adoração ao Senhor? - Creio que isto é o mais correto afirmar, pois JESUS testificou quye ele havia comprado o unguento para seu sepultamento).
Com este ungüento, ela ungiu os pés de JESUS, e, como um sinal adicional da sua reverência por Ele, e negligência por si mesma, ela os enxugou com seus cabelos, e isto foi observado por todos os que estavam presentes, pois “encheu-se a casa do cheiro do ungüento”. Veja Provérbios 27.16.
(Observação do Pr. Henrique - É quando ungimos os pés de JESUS com oração e lágrimas que saímos em sua presença com a cabeça ungida pelo ESPÍRITO SANTO e com o cheiro de CRISTO para o mundo)
1. Sem dúvida, ela pretendia que isto fosse um símbolo do seu amor por CRISTO, que tinha dado sinais muito verdadeiros do seu amor por ela e pela sua família, e, desta maneira, ela estuda o que vai fazer. Com isto, seu amor por CRISTO parece ter sido: (1) Um amor generoso. Longe de economizar nos gastos necessários no serviço a Ele, ela é tão engenhosa a ponto de criar uma oportunidade para gastar uma grande soma em sua adoração, enquanto muitos procuram evitar isto. Se ela tivesse alguma coisa mais valiosa do que aquele ungüento, esta seria trazida para a honra de CRISTO. Observe que aqueles que amam a CRISTO, amam-no verdadeiramente muito mais e melhor do que a este mundo, a ponto de estarem dispostos a entregar o que tiverem de melhor por amor a Ele. (2) Um amor condescendente. Ela não somente ofereceu a CRISTO seu ungüento, mas com suas próprias mãos o derramou sobre Ele, embora pudesse ter ordenado a algum de seus servos que o fizesse. Ela não ungiu sua cabeça, como era usual, mas seus pés. O verdadeiro amor, assim como não economiza gastos, também não economiza esforços, para honrar a CRISTO. Considerando o que CRISTO fez e sofreu por nós, nós somos muito ingratos se julgamos que algum serviço é excessivamente difícil de realizar, ou é muito humilde para que nos curvemos e o realizemos, se Ele puder realmente ser glorificado. (3) Um amor com fé. Havia fé operando este amor, a fé em JESUS como o Messias, o CRISTO, o Ungido, que, sendo tanto sacerdote quanto rei, foi ungido, como foram Arão e Davi. Observe que o Ungido de DEUS é nosso Ungido. DEUS derramou sobre Ele o óleo de alegria, mais do que sobre seus companheiros? Derramemos sobre Ele o azeite dos nossos melhores afetos, acima de tudo e de todos aqueles que disputam nossa atenção e afeto. Ao aceitarmos CRISTO como nosso rei, nós devemos seguir os desígnios de DEUS, indicando como nosso cabeça aquele a quem DEUS, o Pai, indicou, Oséias 1.11.
2. O fato de que a casa se encheu com o cheiro do ungüento pode nos indicar: (1) Que aqueles que recebem a CRISTO em seus corações e em suas casas trazem um aroma doce a si mesmos. A presença de CRISTO traz consigo um ungüento e um perfume que alegram o coração. (2) As honras feitas a CRISTO são consolos a todos os seus amigos e seguidores. Elas são, para DEUS e para os homens bons, uma oferta que tem um cheiro suave.
IV
O descontentamento de Judas com a homenagem de Maria, ou com o símbolo do seu respeito por CRISTO, vv. 4,5, onde observe-se:
1. A pessoa que reclamou foi Judas, um dos discípulos. Judas não tinha a mesma natureza dos demais discípulos, mas era somente um deles, um dos que faziam parte do grupo deles. É possível que os piores homens se escondam sob o disfarce da melhor profissão de fé, e há muitos que fingem que se relacionam com CRISTO, quando, na realidade, não lhe dedicam uma amizade sincera. Judas era um apóstolo, um pregador do Evangelho, e ainda assim desencorajou e censurou este exemplo piedoso de afeto e devoção. Observe que é triste ver a vida cristã e o zelo sagrado serem censurados e desaprovados por pessoas que teriam a obrigação, pelo seu trabalho, de ajudá-los e incentivá-los. Mas este era aquele que iria trair a CRISTO. Observe que a indiferença no amor a CRISTO, e um desprezo secreto da piedade séria, quando aparecem nos que professam a religião, são tristes presságios de uma apostasia final. Os hipócritas, através de exemplos menores de materialismo, revelam se dispostos a aceitar tentações maiores.
2. A desculpa com a qual Judas encobriu seu descontentamento (v. 5): “‘Por que não se vendeu este ungüento’, uma vez que se destinava a um uso piedoso, por trezentos dinheiros, ‘e não se deu aos pobres?” (1) Aqui uma vil iniqüidade é embelezada com uma desculpa plausível e aparentemente aceitável, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. (2) Aqui a sabedoria mundana repreende um zelo piedoso, como sendo culpado de imprudência e incompetência de administração. Aqueles que se valorizam com base na sua política secular, e subestimam os outros pela sua séria piedade, têm mais do espírito de Judas em si do que se imaginaria que tivessem. (3) Aqui a caridade aos pobres é usada como pretexto para a oposição à piedade a CRISTO, e é, secretamente, um disfarce para a cobiça. Muitos se justificam por não gastarem com a caridade sob o pretexto de acumularem recursos para a caridade. Mas, se as nuvens estiverem cheias de chuva, irão se esvaziar. Judas perguntou: “Por que não se deu aos pobres?” A isto, é fácil responder: Porque era melhor concedê-lo ao Senhor JESUS. Observe que não devemos concluir que não fazem um serviço aceitável aqueles que não o fazem da nossa maneira, e exatamente como nós o teríamos feito, como se todas as coisas devessem ser consideradas imprudentes e inadequadas se não se baseiam em nós e nos nossos sentimentos. Os homens orgulhosos julgarão imprudentes aqueles que não se aconselharem com eles.
3. A descoberta e a revelação da hipocrisia de Judas, v. 6. Aqui está a observação que o evangelista faz a este respeito, sob a orientação daquele que sonda o coração: “Ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava”.
(1) Não se originava de um princípio de caridade: “não pelo cuidado que tivesse dos pobres”. Ele não sentia compaixão por eles, nem se preocupava com eles. O que os pobres eram para Judas, além do fato de que eles podiam servir aos seus próprios fins, sendo um administrador de recursos destinados aos pobres? Desta maneira, alguns disputam acaloradamente o poder da igreja, e outros, sua pureza, quando, talvez, pudesse ser dito: Não pelo cuidado da igreja. Para eles, é a mesma coisa, se o verdadeiro interesse é nadar ou naufragar, mas, com este pretexto, eles progridem. Simão e Levi fingiram zelar pela circuncisão, não porque se preocupassem pelo selo do concerto, não mais do que Jeú se preocupou com o Senhor dos exércitos, quando disse: “Vai comigo e verás o meu zelo”.
(2) Isto se originava de um princípio de cobiça. A verdade da questão consistia em que uma vez que este ungüento era designado para seu Mestre, Judas preferiria tê-lo em dinheiro, para ser colocado no fundo comum que lhe era confiado, e então ele saberia o que fazer com ele. Observe:
[1] Judas era o tesoureiro da casa de CRISTO, e por isto alguns pensam que ele era chamado Iscariotes, aquele que leva a bolsa. Em primeiro lugar, veja as condições que JESUS e seus discípulos tinham para viver. Eles tinham muito pouco. Eles não tinham campos nem negócios, nem celeiros nem armazéns, somente uma bolsa, ou, como alguns supõem que seja o significado da palavra, uma caixa, ou cofre, onde guardavam apenas o suficiente para sua subsistência, dando o excedente, se houvesse, aos pobres. Isto eles levavam consigo, onde quer que fossem. Omnia mea mecum porto – Eu levo comigo tudo o que tenho. Esta bolsa se originava das contribuições das pessoas boas, e era totalmente compartilhada entre o Mestre e seus discípulos. Isto deve diminuir nossa estima pela riqueza do mundo, e nos insensibilizar para a cobiça e para os detalhes cerimoniais, e nos reconciliar com um modo de vida humilde e desprezível, se este for nosso destino, o qual foi o modo de vida do nosso Mestre. Por nós, Ele se fez pobre. Em segundo lugar, veja quem administrava o pouco que eles tinham. Era Judas, ele cuidava da bolsa. Era seu trabalho receber e pagar, e nós não lemos que ele tenha feito qualquer prestação de contas desta atividade. Judas foi indicado para esta função, ou: 1. Porque era o menor e o mais inferior de todos os discípulos. Nem Pedro nem João foram nomeados administradores (embora esta fosse uma função de confiança e lucro), mas Judas, o menor deles. Observe que os trabalhos seculares, assim como são uma digressão, também são uma degradação para um ministro do Evangelho. Veja 1 Coríntios 6.4. Os primeiros ministros de estado do reino de CRISTO se recusavam a se preocupar com a parte financeira, Atos 6.2. Ou: 2. Porque ele desejava esta função. Ele adorava manusear o dinheiro, e por isto a bolsa lhe foi confiada, ou: (1) Como uma gentileza, para agradá-lo, e, desta maneira, obrigá-lo a ser fiel ao seu Mestre. Às vezes, os súditos ficam insatisfeitos com o governo porque suas preferências são desapontadas, mas Judas não tinha motivos para reclamar disto. Ele tinha pedido a bolsa, e a tinha conseguido. Ou: (2) Como um julgamento sobre ele, para puni-lo pela sua iniqüidade secreta. Isto era como colocar nas suas mãos algo que seria para ele uma cilada e uma armadilha. Observe que as fortes inclinações para o pecado interior são freqüentemente, e com razão, punidas com fortes tentações para o pecado exterior. Nós temos poucas razões para nos apegarmos à bolsa, ou nos orgulharmos dela, pois, na melhor hipótese, nós seremos apenas seus administradores. E assim era Judas, um homem de mau caráter, que administrava a bolsa. “A prosperidade dos loucos os destruirá”.
[2] Tendo a bolsa a ele confiada, ele era um ladrão, isto é, tinha uma predisposição para o roubo. O amor reinante ao dinheiro rouba o coração, tanto quanto a ira e a vingança matam o coração. Judas era  realmente culpado de apropriar-se indevidamente da provisão do Mestre, e converter, para seu uso próprio, o que era doado para os pobres. E alguns conjeturam que agora, tendo ouvido seu Mestre falar tanto sobre problemas que se aproximavam, os quais ele não poderia de nenhuma maneira suportar, ele planejava encher os bolsos, e então fugir e deixar seu Mestre. Observe que aqueles aos quais é confiada a administração e o destino do dinheiro público têm a necessidade de serem governados por firmes princípios de justiça e honestidade, para que nenhuma mancha se fixe às suas mãos, pois, embora alguns brinquem, e nem sequer levem a sério, quando se trata de enganar o governo, ou a igreja, ou o país, se esta traição for roubo, haverá um sério problema. Sendo as comunidades mais consideráveis do que as pessoas em particular, roubá-las é um grande pecado. Assim, a culpa pelo roubo e o destino dos ladrões não será considerado motivo para brincadeiras. Judas, que tinha traído a confiança que tinha recebido, pouco tempo depois traiu o seu Mestre.
V
A justificação que o Senhor JESUS CRISTO expressou sobre o ato de Maria (vv. 7,8): “Deixai-a”. Com isto, Ele evidenciava que aceitava a gentileza dela (embora o Senhor fosse perfeitamente mortificado em relação a todos os prazeres dos sentidos, ainda assim, como este era um sinal de boa vontade da parte dela, Ele se mostrou satisfeito por este gesto - adoração), e que estava preocupado que ela não fosse perturbada por este motivo. Observe que CRISTO não censurará nem desencorajará aqueles que desejam sinceramente agradá-lo, embora, nos seus empenhos honestos, talvez não esteja presente toda a prudência possível, Romanos 14.3. Embora você não fizesse as coisas da forma que a outra pessoa decidiu fazer, deixe-a em paz. Para a justificação de Maria:
1. CRISTO interpreta o que ela fez de uma maneira favorável, da qual aqueles que a condenavam não tinham consciência: “Para o dia da minha sepultura guardou isto”. Ou: “Ela reservou isto para o dia em que Eu for embalsamado”, segundo o Dr. Hammond. “Vocês não lamentam o ungüento usado para embalsamar seus amigos mortos, nem dizem que ele deveria ser vendido ou dado aos pobres. Este ungüento tinha este propósito, ou, pelo menos, isto pode ser assim interpretado, pois o dia do meu sepultamento está próximo, e ela ungiu um corpo que já está praticamente morto”. Observe que: (1) Nosso Senhor JESUS pensava muito e freqüentemente sobre sua própria morte e sobre seu sepultamento. Seria bom que nós também fizéssemos isto. (2) A Providência freqüentemente abre assim uma porta de oportunidades aos bons cristãos, e o ESPÍRITO da graça abre assim seus corações, para que as expressões do seu zelo piedoso provem ser mais oportunas, e mais belas, do que qualquer previsão que se pudesse fazer delas. (3) A graça de CRISTO coloca gentis comentários sobre as palavras e ações piedosas das pessoas boas, e não somente aproveita ao máximo o que está incorreto, mas tira o maior proveito do que é bom.
2. Ele dá uma resposta adequada à objeção de Judas, v. 8. (1) É normal que sempre tenhamos conosco os pobres, e que um ou outro sejam objetos de caridade (Dt 15.11). Estes existirão, enquanto aqui houver, neste estado desvirtuado da humanidade, tanta loucura e tanto sofrimento. (2) Está ordenado, no reino da graça, que a igreja não teria sempre a presença física de JESUS CRISTO. “A mim não me haveis de ter sempre, mas somente por um pouco” Observe que precisamos de sabedoria, quando duas tarefas competem entre si, para saber a qual delas dar a preferência, o que deve ser determinado pelas circunstâncias. As oportunidades devem ser aproveitadas, e primeiro e mais vigorosamente aquelas que provavelmente terão a duração mais curta, e que podemos ver mais rapidamente concluídas. O bom dever que pode ser feito a qualquer momento deve ceder o lugar para aquele que não poderá ser feito, a menos que seja agora.
VI
O conhecimento público da presença do nosso Senhor JESUS aqui, nesta ceia, em Betânia (v. 9): “Muita gente dos judeus soube que ele estava ali”, porque Ele era o assunto da aldeia, “e foram” até lá. Mais ainda, porque Ele tinha estado afastado até recentemente, e agora surgia como o sol, por trás de uma nuvem escura. 1. Eles foram para ver JESUS, cuja fama estava muito aumentada, consideravelmente pelo último milagre que Ele tinha realizado, ao ressuscitar a Lázaro. Eles foram, não para ouvi-lo, mas para satisfazer sua curiosidade com uma visão dele ali em Betânia, temendo que Ele não aparecesse publicamente, como costumava fazer, nesta Páscoa. Foram, não para prendê-lo, ou denunciá-lo, embora o governo o acusasse de ser um fora-da-lei, mas para vê-lo e prestar-lhe respeito. Observe que há alguns em cujos afetos CRISTO desperta algum interesse, apesar de todos os esforços dos seus inimigos para apresentá-lo de forma deturpada. Quando se sabia onde CRISTO estava, multidões iam até Ele. Observe que, onde está o rei, ali está a corte; onde estiver CRISTO, ali se ajuntarão as pessoas, Lucas 17.37. 2. Eles foram para ver a Lázaro e a CRISTO juntos, o que era uma visão muito convidativa. Alguns vieram para a confirmação da sua fé em CRISTO, para ouvir a história contada, talvez, pela boca do próprio Lázaro. Outros vieram somente para satisfazer sua curiosidade, para que pudessem dizer que tinham visto um homem que tinha morrido e sido enterrado, e ainda assim viveu novamente. De modo que Lázaro servia como um espetáculo, naqueles dias santos, para aqueles que, como os atenienses, passavam o tempo contando e ouvindo novidades. Talvez alguns viessem para fazer perguntas curiosas a Lázaro sobre a condição de morto, para perguntar quais eram as novidades do outro mundo. Nós mesmos, algumas vezes, podemos ter dito: Nós teríamos feito qualquer coisa para ter uma hora de conversa com Lázaro. Mas, se alguém viesse com este objetivo, é provável que Lázaro ficasse em silêncio e não lhes contasse nada sobre sua jornada. Pelo menos, as Escrituras mantêm silêncio a este respeito, e não nos narram nada sobre isto, e nós não devemos ambicionar saber além do que está escrito. Mas nosso Senhor JESUS estava presente, e era uma pessoa muito mais adequada para ouvir perguntas do que Lázaro, pois, se não ouvirmos a Moisés nem aos profetas, ou a CRISTO e aos apóstolos, se não prestarmos atenção ao que eles nos contam a respeito do outro mundo, tampouco seremos persuadidos, embora Lázaro tivesse ressuscitado dos mortos.
VII
A indignação dos principais dos sacerdotes com o crescente interesse pelo nosso Senhor JESUS, e seu plano para esmagar este interesse (vv. 10,11): eles “tomaram deliberação”, ou decretaram, “para matar também a Lázaro, porque muitos dos judeus, por causa dele”, do que tinha sido feito a ele, não por qualquer coisa que ele tivesse dito ou feito, “iam e criam em JESUS”. Observe aqui:
1. Como tinham sido inúteis e infrutíferos, até agora, seus esforços contra CRISTO. Eles tinham feito tudo o que podiam para afastar dele as pessoas, e exasperá-las contra Ele, e ainda assim muitos dos judeus, seus vizinhos, suas criaturas, seus admiradores, estavam tão dominados pela evidência convincente dos milagres de CRISTO, que deixaram de lado seu interesse e partidarismo com os sacerdotes, deixaram a obediência à sua tirania, e creram em JESUS. E isto por causa de Lázaro. Sua ressurreição deu vida à fé deles, e os convenceu de que este JESUS era, sem dúvida, o Messias, e tinha vida em si mesmo, e o poder de dar vida. Este milagre os confirmou na fé dos outros milagres de JESUS, os quais eles tinham ouvido que Ele realizara na Galiléia. O que seria impossível, para aquele que podia ressuscitar os mortos?
2. Como era absurda e irracional esta decisão, de que Lázaro devia ser levado à morte. Este é um exemplo da fúria mais ignorante que pode haver. Eles eram como um touro selvagem preso em uma rede, tomado pela fúria, e arremetendo ao seu redor, sem qualquer consideração. Era um sinal de que eles nem temiam a DEUS, nem tinham consideração pelo homem. Pois: (1) Se temessem a DEUS, eles não teriam cometido tal ato de desafio a Ele. DEUS desejou que Lázaro vivesse, pelo seu milagre, e eles desejam que ele morra, pela sua maldade. Eles gritam: “Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva”, quando DEUS tão recentemente o tinha enviado de volta à terra, declarando que era altamente adequado que ele vivesse. O que era isto, exceto ser contrário ao Senhor? Eles desejavam levar Lázaro à morte, e desafiar o poder todo-poderoso a ressuscitá-lo outra vez, como se pudessem lutar contra DEUS e disputar títulos com o Rei dos reis. Quem tem as chaves da morte e da sepultura, Ele ou eles? O caeca malitia! Christus qui suscitare potuit mortuum, non possit occisum – Maldade cega, esta de supor que CRISTO, que podia ressuscitar alguém que tinha morrido por morte natural, não conseguiria ressuscitar alguém que tivesse sido assassinado! – Agostinho, in loc. Lázaro é destacado para ser o objeto do ódio especial daqueles homens, porque DEUS o distinguiu com os sinais do seu amor peculiar, como se eles tivessem feito uma aliança ofensiva e defensiva com a morte e o inferno, e tivessem decidido ser severos com todos os desertores. Poderíamos pensar que eles deveriam ter determinado como poderiam ter se unido em amizade com Lázaro e sua família, e, por seu intermédio, ter se reconciliado com este JESUS a quem tinham perseguido. Mas o deus deste mundo tinha cegado suas mentes. (2) Se tivessem consideração pelo homem, eles não teriam feito um ato de tal injustiça contra Lázaro, um homem inocente, a quem não pretendiam acusar de nenhum crime. Que faixas são suficientemente fortes para prender aqueles que podem, tão facilmente, romper os mais sagrados laços da justiça comum, e violar as máximas que a própria natureza nos ensina? Mas o apoio à sua própria tirania e superstição era considerado suficiente, como na igreja de Roma, não somente para justificar, mas para consagrar as maiores vilanias, e torná-las dignas de méritos.
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - JESUS É Ungido em Betânia.
Marcos 14. 1-11
Aqui temos exemplos:
I
Da bondade dos amigos de CRISTO, e das providências tomadas por respeito e honra a Ele. JESUS tinha alguns amigos, até mesmo em Jerusalém e nas proximidades, que o amavam, e nunca pensaram que poderiam fazer o suficiente por Ele. Entre esses amigos – embora Israel não esteja entre eles – o Senhor JESUS é e sempre será glorioso.
1. Havia um amigo que foi tão gentil a ponto de convidar JESUS para jantar com ele; e JESUS foi gentil a ponto de aceitar o convite (v. 3). Embora Ele tivesse a perspectiva da sua morte que se aproximava, ainda assim Ele não se entregou a um afastamento melancólico, evitando qualquer companhia, mas conversava com os seus amigos tão livremente como sempre.
2. Havia uma amiga que foi tão gentil a ponto de ungir a sua cabeça com um ungüento muito valioso, quando Ele se sentou para comer. Essa foi uma extraordinária demonstração de respeito, prestada por uma boa mulher que pensou que nada seria suficientemente bom para oferecer a JESUS CRISTO, e para honrá-lo. Assim se cumpriam as Escrituras: “Enquanto o rei está assentado à sua mesa, dá o meu nardo o seu cheiro” (Ct 1.12). Devemos ungir a JESUS CRISTO como nosso Amado, beijá-lo com um beijo afetuoso; e ungi-lo como nosso Soberano, e beijá-lo com um beijo leal. Ele derramou a sua alma na morte por nós, e vamos julgar que algum vaso de ungüento é precioso demais para derramar sobre Ele? Pode-se notar que ela tomou cuidado especial em derramar o ungüento sobre a cabeça de JESUS. Ela pode ter esfregado e raspado tudo o que estava preso ao vaso. JESUS deve ser honrado com tudo o que tivermos, e nós não devemos pensar em reter nada. Será que damos a Ele o ungüento precioso do nosso melhor afeto? Que Ele tenha tudo; devemos amá-lo “de todo o coração”.
Agora: (1) Houve aqueles que atribuíram a essa atitude tão bela um significado que não estava à altura do que ela merecia. Eles a classificaram como um “desperdício de ungüento” (v. 4). Por não terem podido encontrar, em seus corações, a coragem de ter uma despesa tão elevada para honrar a CRISTO, eles pensaram que aquela que o fez, fosse rica. Observe que “ao louco nunca mais se chamará nobre; e do avarento nunca mais se dirá que é generoso” (Is 32.5); de modo que o nobre e o generoso não sejam chamados de esbanjadores. Eles imaginaram que o ungüento poderia ter sido vendido, e dado aos pobres (v. 5). Mas assim como um ato piedoso relacionado ao Corbã não isenta de uma caridade especial a um pai ou mãe pobres (Mc 7.11), também uma caridade comum aos pobres não isenta de um ato especial de piedade ao Senhor JESUS. “Tudo quanto te vier à mão para fazer [que for bom], faze-o conforme as tuas forças”.
(2) O nosso Senhor JESUS atribuiu a esse ato um significado maior do que, pelo que parece, havia sido tencionado por aquela que o praticou. Provavelmente, ela não tinha outra intenção além de mostrar a grande honra que ela lhe dedicava diante de todo o grupo, e de completar a sua recepção. Mas JESUS o transforma em um ato de grande fé, assim como de grande amor (v. 8): Ela “antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura” como se previsse que a minha ressurreição evitaria que ela fizesse isto depois. Esse rito funerário era um tipo de presságio, ou prelúdio, para a sua morte que se aproximava. Veja como o coração de JESUS estava cheio de pensamentos sobre a sua morte, como tudo tinha uma referência a ela, e com que familiaridade Ele falava dela em todas as ocasiões. É usual que aqueles que estão condenados à morte mandem preparar os seus caixões, e outras providências sejam tomadas para o sepultamento deles, enquanto ainda estão vivos. O Senhor JESUS CRISTO encarou a realidade. A morte e o sepultamento de JESUS foram os patamares mais baixos da sua humilhação; portanto, embora Ele se submetesse de bom ânimo a eles, ainda assim Ele teria algumas marcas de honra para acompanhá-los, que poderiam ajudar a remover “o escândalo da cruz”, e que seriam uma indicação de quão “preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”. JESUS nunca entrou em Jerusalém com o triunfo de um rei humano (mas sim com o do Messias); Ele foi lá para sofrer; Ele nunca teve a sua cabeça ungida, exceto para o seu sepultamento.
(3) Ele elogiou esse ato de piedade heróica como sendo digno do aplauso da igreja em todos os tempos: “Em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória” (v. 9). Observe que a honra que acompanha as boas ações, mesmo neste mundo, é suficiente para contrabalançar a reprovação e o desprezo lançados sobre elas. “A memória do justo é abençoada”, e aqueles que “experimentaram escárnios e açoites”, ainda “alcançaram testemunho” (Hb 11.6,39). Assim, essa boa mulher foi recompensada pelo seu vaso de ungüento: Nec oleum perdidit nec operam – Ela não desperdiçou nem o seu azeite, nem o seu trabalho. Ela conseguiu, com esse ato, aquele “bom nome” que é melhor do que o “ungüento precioso” (Ec 7.1, versão TB). Aqueles que honram a CRISTO serão honrados por Ele.
II
Da malícia dos inimigos de JESUS, e dos arranjos que eles fizeram para lhe fazer mal.
1. Os principais dos sacerdotes, inimigos declarados de JESUS, planejavam como o condenariam à morte (vv. 1,2). A Festa da Páscoa estava próxima, e Ele devia ser crucificado nessa festa: (1) Para que a sua morte e os seus sofrimentos fossem mais públicos, e que todo Israel, mesmo os da dispersão, que vinham de todas as partes para a festa, pudessem ser testemunhas da sua morte e das maravilhas que a acompanharam. (2) Para que o antítipo – um modelo de algo futuro – pudesse corresponder àquilo que estava tipificando. JESUS CRISTO, a nossa Páscoa, foi crucificado por nós e nos libertou da escravidão ao mesmo tempo em que o cordeiro pascal era sacrificado, e a saída de Israel do Egito era comemorada.
Veja então: [1] Como eram malévolos os inimigos de JESUS. Eles não julgaram que seria suficiente expulsá-lo, ou aprisioná-lo, pois eles desejavam não apenas silenciá-lo, e interromper o seu progresso para o futuro, mas vingar-se dele por todo o bem que Ele tinha feito. [2] Como eles eram sutis. “Não no dia da Festa”, quando o povo está reunido. Eles não dizem: Para que não sejam perturbados nas suas devoções, e afastados delas; mas: “Para que, porventura, se não faça alvoroço entre o povo” (v. 2); para que o povo não se levante e o liberte, e não se lance sobre aqueles que tentarem algo contra Ele. Aqueles que não desejavam nada além do louvor dos homens temiam, acima de tudo, a ira e o desprazer dos homens.
2. Judas, o inimigo oculto de JESUS, fez um acordo com “os principais dos sacerdotes” para traí-lo (vv. 10,11). Judas é tido como um dos doze que compunham a família de JESUS. Era alguém íntimo dele, treinado para o serviço do reino; e ele foi ter com os principais dos sacerdotes para prestar os seus serviços nessa questão.
 
 
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe - CRISTO e a Crise
João 12
Este capítulo registra a segunda maior crise do ministério de JESUS de acordo com a visão do apóstolo João. A primeira grande crise ocorreu quando muitos de seus discípulos desistiram de andar com ele (Jo 6:66), apesar de ele ser "o caminho" (Jo 14:6). Aqui, João mostra que muitos outros se recusaram a crer no Messias (Jo 12:37 ss), apesar de ele ser "a verdade". A terceira crise se dá em João 19, em que JESUS é crucificado a pedido dos líderes religiosos, apesar de ser "a vida".
João começou seu livro dizendo que JESUS "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1:11). Nos doze primeiros capítulos, o apóstolo apresentou uma sucessão de depoimentos e de evidências para nos convencer de que JESUS é, verdadeiramente, o CRISTO, o Filho de DEUS. Todas essa evidências foram testemunhadas em primeira mão pelos líderes de Israel que, no entanto, rejeitaram seu Messias. Uma vez que havia sido desprezado pela própria nação, JESUS retirou-se com seus discípulos ("os seus", Jo 13:1), aos quais amava profundamente.
Em João 12, vemos JESUS CRISTO relacionando-se com quatro grupos distintos de pessoas e, ao estudar essa seção, encontramos algumas lições para nossa vida.
JESUS e seus amigos (Jo 12:1-11) JESUS sabia que os líderes judeus haviam decidido prendê-lo e matá-lo (Jo 11:53, 57), mas ainda assim voltou para Betânia, localizada a pouco mais de 3 quilômetros da fortaleza de seus inimigos. Fez isso para que pudesse passar algum tempo sossegado com seus amigos queridos, Lázaro, Marta e Maria. Como sempre, Marta ocupou-se em servir a todos, enquanto Maria ficou aos pés de JESUS em adoração (ver Lc 10:38-42).
A unção de JESUS realizada por Maria também aparece em Mateus 26:6-13 e em Marcos 14:3-9. Porém, não deve ser confundida como o relato em Lucas 7:36-50, no qual uma pecadora arrependida ungiu os pés de JESUS na casa de Simão, o fariseu. Maria era uma mulher virtuosa e ungiu os pés de JESUS na casa de Simão, um leproso que havia sido curado (Mc 14:3). Lucas 7 relata um episódio ocorrido na Galiléia, enquanto neste capítulo vemos um acontecimento ocorrido na Judéia. O fato de haver um "Simão" em cada um dos relatos não deve surpreender, pois esse era um nome comum naquela época.
Ao combinar os relatos dos três Evangelhos, vemos que Maria ungiu tanto a cabeça quanto os pés de JESUS. Foi um gesto do mais puro amor, pois ela sabia (Observação do Pr. Henrique - ou o ESPÍRITO SANTO a inspirou, porém ela não sabia bem o que estava fazendo? Só estava querendo prestar adoração ao Senhor?) que o seu Senhor estava prestes a suportar grande sofrimento e a morrer. Pelo fato de se assentar aos pés de JESUS e de ouvi-lo falar, Maria sabia exatamente o que ele faria. Maria de Betânia e nem marta não estavam com as outras mulheres que foram ao túmulo ungir o corpo de JESUS (Mc 16:1).
Em certo sentido, Maria demonstrava sua devoção a JESUS antes que fosse tarde demais, enquanto o Senhor ainda estava vivo. Seu gesto de amor e de adoração foi público, espontâneo, sacrificial, generoso, pessoal e desembaraçado. JESUS chamou-o de "boa ação" (Mt 26:10; Mc 14:6), elogiando-a e defendendo-a das críticas.
Um assalariado comum precisaria trabalhar um ano para comprar esse tipo de bálsamo. Assim como Davi, Maria recusou-se a dar ao Senhor o que não havia lhe custado coisa alguma (2 Sm 24:24). Seu belo ato de adoração perfumou toda a casa onde estavam ceando, e a bênção desse gesto espalhou-se pelo mundo (Mt 26:13; Mc 14:9). Maria não fazia idéia de que sua demonstração de amor por CRISTO naquela noite seria uma bênção para cristãos ao redor do mundo nos séculos vindouros!
Quando se colocou aos pés de JESUS, Maria assumiu a posição de escrava. Quando soltou os cabelos (algo que as mulheres judias não faziam em público), humilhou-se e depositou sua glória aos pés de JESUS (ver 1 Co 11:15). É evidente que seu gesto foi mal interpretado e criticado, mas não é raro isso acontecer quando alguém dá o que tem de melhor ao Senhor.
Foi Judas quem fez a primeira crítica e, infelizmente, os outros apóstolos seguiram seu exemplo. Não sabiam que Judas era um "diabo" (Jo 6:70) e consideraram admirável sua preocupação com os pobres. Afinal, Judas era o tesoureiro e, especialmente na época da Páscoa, teria o desejo de compartilhar com os menos favorecidos (ver Jo 13:21-30). Até o último instante, os discípulos creram que Judas era um seguidor devoto de seu Mestre.
João 12:4 registra as primeiras palavras de Judas nos quatro Evangelhos. Suas últimas palavras encontram-se em Mateus 27:4. Judas era um ladrão e costumava roubar da caixa de dinheiro pela qual era responsável. (O termo grego traduzido por "bolsa" referia-se, originalmente, a um estojo no qual eram guardados os bocais de instrumentos de sopro. Mais tarde, o termo passou a ser usado para caixas pequenas, especialmente as usadas para guardar dinheiro. A versão grega do Antigo Testamento usa esse termo em 2 Cr 24:8-10, referindo-se ao cofre do rei Joás.) Sem dúvida, Judas já havia resolvido abandonar JESUS e desejava tirar o máximo de proveito do que considerava ser uma situação precária. Talvez estivesse decepcionado, pois havia esperado que JESUS derrotasse os romanos e instituísse seu reino, fazendo dele seu tesoureiro!
O gesto de Maria foi uma bênção para JESUS e para a própria vida. Também abençoou aquele lar, enchendo-o da fragrância do bálsamo (ver Fp 4:18); hoje, Maria é uma bênção para a Igreja ao redor do mundo. Seu ato de devoção no vilarejo de Betânia continua sendo bênção ao longo dos séculos.
Mas não se pode dizer o mesmo de Judas. Há muitas meninas chamadas "Maria", mas nenhum pai em são juízo chamaria seu filho de "Judas". Esse nome aparece no dicionário como um verbete correspondente a "traidor". Podemos ver Maria e Judas no contraste de Provérbios 10:7 - "A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão". "Melhor é a boa fama do que o ungüento precioso" é o que diz Eclesiastes 7:1; e Maria teve ambos.
Mateus 26:14 dá a impressão de que, logo depois de ser repreendido por JESUS, Judas foi até os sacerdotes e fez as negociações necessárias para entregar JESUS nas suas mãos. No entanto, é provável que os acontecimentos registrados em Mateus 21.1- 25.46 tenham ocorrido antes. Sem dúvida, a repreensão de Judas por JESUS em Betânia influenciou sua decisão de trair JESUS. Além disso, o fato de JESUS ter anunciado sua morte publicamente outra vez serviu de motivação para Judas escapar enquanto ainda havia tempo.
Ao observar esse episódio, vemos algumas pessoas que servem de exemplo para nós. Marta representa o trabalho ao servir a ceia que havia preparado para o Senhor. Seu serviço foi uma oferta de fragrância tão agradável quanto o bálsamo de Maria (ver Hb 13:16). Maria representa a adoração, e Lázaro representa o testemunho (Jo 11:9-11). O povo dirigia-se a Betânia só para ver esse homem que havia sido ressuscitado!
Como mencionamos anteriormente, o Novo Testamento não registra nenhuma palavra de Lázaro, mas sua vida miraculosa foi um testemunho eficaz do poder de JESUS CRISTO (João Batista, por sua vez, não realizou milagre algum, mas suas palavras conduziram o povo a JESUS; ver Jo 10:40-42). Hoje, devemos andar "em novidade de vida" (Rm 6:4), pois fomos ressuscitados dentre os mortos (Ef 2:1-10Cl 3:1 ss). Na verdade, a vida cristã deve manter o equilíbrio entre esses três elementos: adoração, serviço e testemunho.
Mas o fato de Lázaro ser um "milagre ambulante" colocou-o em uma situação de perigo. Os líderes judeus resolveram matar não apenas JESUS, mas também o próprio Lázaro! JESUS estava certo quando os chamou de filhos do diabo, pois eram, de fato, assassinos (Jo 8:42-44). Expulsaram o cego curado da sinagoga em lugar de permitir que desse testemunho de CRISTO todo sábado e tentaram colocar Lázaro de volta em seu túmulo, pois estava estimulando o povo a crer em CRISTO. Ao rejeitar evidências, é preciso livrar-se delas!
Essa noite tranqüila de comunhão - apesar da crueldade com que os discípulos trataram Maria - deve ter animado e fortalecido o coração de JESUS, de maneira especial, no momento em que estava prestes a encarar os compromissos da sua última semana antes da cruz. É bom examinar nosso coração e nosso lar e verificar se alegramos o coração de JESUS com nossa maneira de adorar, servir e testemunhar.
 
Marcos 14:1-11
Enquanto milhares de peregrinos se preparavam para comemorar a Páscoa, JESUS se preparava para a provação de seu julgamento e crucificação. Assim como havia "[manifestado], no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém" (Lc 9:51), também resolveu firmemente em seu coração fazer a vontade do Pai. O Servo foi "obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:8).
Ao seguir seus passos ao longo dos dias e das horas da última semana, surpreende-mo-nos com as reações de várias pessoas ao Senhor JESUS CRISTO.
1. Foi adorado em Betânia (Mac 14:1-11)
Este acontecimento se deu seis dias antes da Páscoa, ou seja, na sexta-feira anterior à entrada triunfal (Jo 12:1). Ao introduzir essa história no meio dos relatos sobre a conspiração para prender JESUS, Marcos faz um contraste entre a traição de Judas e dos líderes e o amor e lealdade de Maria. A indignidade dos pecados deles torna ainda mais belo o significado do sacrifício de Maria.
Nem Mateus nem Marcos dizem o nome da mulher, mas João diz que era Maria de Betânia, a irmã de Marta e de Lázaro (Jo 11:12). Maria aparece três vezes nos Evangelhos, todas elas aos pés de JESUS (Lc 10:38-42Jo 11:313212:1-8). Desfrutava de comunhão íntima com o Senhor ao assentar-se a seus pés e ouvir sua Palavra, sendo um excelente exemplo para nós.
Não devemos confundir o gesto de Maria ao ungir JESUS com um acontecimento parecido relatado em Lucas 7:36-50. A mulher anônima na casa de Simão, o fariseu, era uma meretriz convertida que expressou seu amor por CRISTO em resposta ao perdão que, em sua graça, o Senhor havia lhe concedido.
Na casa de Simão, o leproso (curado), Maria expressou seu amor por CRISTO, pois estava prestes a morrer na cruz por ela. Assim, Maria preparou o corpo do Senhor para o sepultamento ungindo-lhe a cabeça (Mac 14:3) e os pés (Jo 12:3) e demonstrou seu amor por JESUS enquanto ele ainda estava vivo.
Maria deu a JESUS um presente caríssimo. O óleo de nardo ("bálsamo") era importado da índia, e um jarro custava o equivalente ao salário de um ano inteiro de um trabalhador. Maria o presenteou com generosidade e amor. Não se envergonhou de demonstrar seu amor por CRISTO abertamente.
Seu ato de adoração teve três conseqüências.
Em primeiro lugar, a casa se encheu da fragrância maravilhosa do bálsamo (Jo 12:3; ver também 2 Co 2:1516). Há sempre uma "fragrância espiritual" no lar onde JESUS CRISTO é amado e adorado.
Em segundo lugar, liderados por Judas, os discípulos criticaram Maria por desperdiçar seu dinheiro! Judas deu ares de ser muito piedoso ao falar dos pobres, mas, na verdade, queria o dinheiro para si (Jo 12:4-6)! Mesmo no cenáculo, seis dias depois, os discípulos continuavam pensando que Judas estava preocupado em ajudar os pobres (Jo 13:21-30). É interessante que a palavra traduzida por "desperdício", em Marcos 14:4, é traduzida por "perder", em João 17:12, com referência a Judas! Judas criticou Maria por estar desperdiçando dinheiro, mas foi ele quem desperdiçou a vida toda!
Em terceiro lugar, JESUS elogiou Maria e aceitou seu presente generoso. Conhecia o coração de Judas e sabia o que havia levado os outros discípulos a seguir seu péssimo exemplo. Também conhecia o coração de Maria e não hesitou em defendê-la (Rm 8:33-39). Não importa o que os outros digam sobre nossa adoração e serviço; o importante é agradar ao Senhor. O fato de outros não nos entenderem e nos criticarem não deve nos impedir de demonstrar nosso amor por CRISTO. Nossa preocupação deve ser somente com a aprovação dele.
Quando Maria colocou o que tinha de melhor aos pés de JESUS, deu início a uma "onda de bênçãos" que continua até agora. Foi uma bênção para JESUS ao compartilhar com ele seu amor e foi uma bênção para seu lar ao enchê-lo da fragrância do bálsamo. Se não fosse por Maria, é provável que Betânia, o vilarejo onde ela morava, tivesse sido esquecido. O relato de seu gesto foi uma bênção para a Igreja primitiva, que ficou sabendo o que ela havia feito, uma vez que três dos Evangelhos registram esse episódio, e Maria foi e continua sendo uma bênção para o mundo todo. Sem dúvida, as palavras proféticas de JESUS se cumpriram.
Maria deu o que tinha de melhor pela fé e com amor; Judas deu o que tinha de pior com incredulidade e ódio. Resolveu o problema dos líderes judeus que não sabiam como prender JESUS sem causar um tumulto durante a festa. Vendeu o Mestre pelo preço de um escravo (ver Êx 21:32), o ato mais abjeto de traição da história.
Judas estava assentado no lugar de honra, à esquerda de JESUS, enquanto João se encontrava reclinado à direita do Mestre (Jo 13:23). Ao entregar a Judas o pão molhado na mistura de ervas, JESUS estava fazendo as vezes de um anfitrião cortês a um convidado especial. Nem isso quebrantou o coração de Judas, pois, assim que tomou o bocado de pão, Satanás entrou nele. Em seguida, Judas saiu do cenáculo de modo a fazer os preparativos finais para a prisão de JESUS. Os outros discípulos continuaram alheios ao que estava acontecendo com Judas (Jo 13:27-30) e só descobriram a verdade mais tarde, quando o encontraram no jardim do Getsêmani.
Depois que Judas saiu de cena, JESUS instituiu o que os cristãos costumam chamar de "Ceia do Senhor" ou "Eucaristia". (O termo Eucaristia vem do grego e significa "dar graças".)
 
 
Mateus 26:1-56 (algumas correções minhas)
Os acontecimentos aproximam-se de seu ponto culminante. O Rei estava se preparando para sofrer e morrer. Essa preparação ocorre em três estágios e lugares diferentes. Ao examinar esses estágios, é possível observar o conflito crescente entre CRISTO e seu inimigo.
1. Em Betânia: o contraste entre ADORAÇÃO E DESPERDÍCIO (Mt 26:1-16) Mateus não oferece um relato cronológico dos acontecimentos da última semana. Nesse ponto, insere um flashback para descrever um banquete em Betânia e o gesto belíssimo de Maria. Enquanto os líderes religiosos se reuniam para tramar contra JESUS, os amigos de CRISTO reuniam-se para mostrar seu amor e devoção a ele. Ao juntar esses dois relatos, Mateus também mostra a relação entre a adoração de Maria e a traição de Judas. Depois do banquete em Betânia, Judas procurou os sacerdotes e se ofereceu para ajudá-los (Mc 14:1011), possivelmente numa reação à repreensão de JESUS.
O banquete em Betânia ocorreu "dois dias antes da Páscoa".
Maria (v. 7). Somente João identifica essa mulher como Maria, irmã de Marta e Lázaro. Ela é citada somente três vezes no evangelho, e em cada uma delas está aos pés de
JESUS. Assentou-se a seus pés e ouviu a Palavra (Lc 10:38-42), atirou-se a seus pés entristecida com a morte de Lázaro (Jo 11:28-32) e adorou a seus pés quando ungiu o Senhor com bálsamo (Jo 12:1 ss). Maria era uma mulher profundamente espiritual. Encontrou sua bênção aos pés de JESUS, colocou aos pés dele seus fardos e também foi a seus pés que ofereceu o que tinha de mais precioso.
Quando combinamos os relatos dos Evangelhos, vemos que Maria ungiu os pés e a cabeça do Senhor com perfume e enxugou os pés dele com seus cabelos. Os cabelos de uma mulher são sua glória (1 Co 11:15). Maria entregou sua glória ao Senhor e o adorou com a dádiva preciosa que lhe ofereceu. Foi um ato de amor e de devoção, que espalhou sua fragrância por toda a casa.
Uma vez que havia prestado atenção às palavras de JESUS, Maria sabia que em breve ele seria morto e sepultado. Também sabia que seu corpo não precisaria do tradicional cuidado dispensado aos mortos, pois não veria corrupção (SI 16:10; At 2:22-28). Em vez de ungir o corpo de seu Senhor depois de sua morte, ela o fez antes. Foi um ato de fé e amor.
É interessante observar que, toda vez que Maria procurou fazer algo para JESUS, foi mal compreendida. Sua irmã, Marta, não entendeu a atitude de Maria, quando ela se assentou aos pés de JESUS para ouvi-lo. Judas e os outros discípulos não entenderam quando ela ungiu JESUS, e seus amigos e vizinhos não entenderam quando ela saiu da casa para se encontrar com JESUS depois do sepultamento de Lázaro (Jo 11:28-31). Quando damos a JESUS CRISTO o primeiro lugar em nossa vida, podemos esperar ser mal compreendidos e criticados por aqueles que dizem segui-lo.
JESUS (vv. 10-16). Defendeu Maria imediatamente, pois sempre protege os seus. Repreendeu Judas e os outros discípulos e elogiou Maria por seu gesto amoroso de devoção. Nada do que é dado a JESUS com amor é desperdiçado. Esse ato de adoração não apenas trouxe alegria ao coração de JESUS e perfumou a casa como também abençoou o mundo inteiro. A devoção de Maria estimula-nos a amar e a servir a CRISTO com o que temos de melhor. Tal serviço traz aos outros bênçãos das quais talvez só tenhamos notícia quando encontrarmos JESUS no céu.
JESUS não criticou os discípulos porque se importaram com os pobres. Preocupava-se com os pobres também, e devemos fazer o mesmo. Antes os advertiu a que não desperdiçassem a oportunidade de adorá-lo. Teriam inúmeras oportunidades de ajudar os pobres, mas nem sempre de adorar aos pés de JESUS e de prepará-lo para seu sepultamento.
 
Dicionário Bíblico Wycliffe - Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro (Jo 11.1-46) que escolheu a “melhor parte” (ou a “boa parte”) e se sentou aos pés de JESUS, encantada pelos seus ensinos (Lc 10.39-42). ela é com certeza a Maria que igualmente serviu JESUS em Betânia (Jo 12.1-8Mc 14.3-9).
Ungiu JESUS nos pés (em sua casa) e na cabeça (casa de Simão, o leproso) - Em Betania a 3 Km de Jerusalém.
1. A aldeia de Betânia, a casa de Lázaro, Maria e Marta (Jo 11.1), estava situada no lado leste do Monte das Oliveiras, cerca de três quilômetros a leste de Jerusalém (Jo 11.18). JESUS visitava Betânia ocasionalmente (Mt 21.1726.6Mc 11.1,11,12Jo 11.112.1) e escolheu um local perto dali para ser o lugar de sua ascensão (Lc 24.50).
 
Dicionário Bíblico Wycliffe - Espinacardo, Nardo (heb., nerd׳, gr., nardos). Em geral, é aceito que o espinacardo seja um óleo aromático extraído de uma erva perene da família da valeriana, a planta do nardo ou Nardostachys jatamansi. Era uma planta exótica, da Palestina (Ct 4.13,14), importada da índia, nativa das montanhas do Nepal e do Tibete. De suas raízes e caules peludos e lanosos é extraído um perfume (Ct 1.12) que era muito valorizado na Antiguidade, mas demasiado forte para o olfato em nossos tempos. Os hebreus e os romanos usavam-no principalmente para preparar os mortos para o sepultamento. Como podemos imaginar, as fontes remotas e distantes e a difícil viagem desde o oriente faziam com que esse perfume fosse extremamente caro. Ele era geralmente conservado em vasos de alabastro que precisavam ser quebrados seus gargalos para se derramar o perfume (Mc 14.3Jo 12.3).
 
Comentário Bíblico - John Macarthur - NT - O clímax de Amor e Ódio (João 12: 1-11)
JESUS, portanto, seis dias antes da Páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de JESUS e os enxugou com os seus cabelos, e a casa se encheu com a fragrância do perfume. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso JESUS disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de JESUS, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos.Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em JESUS. (12: 1-11)
A encarnação do Senhor JESUS CRISTO marca o apogeu da história. Sua vida não só divide o calendário ( BC significa "antes de CRISTO"; AD ["anno Domini"] significa "no ano do Senhor"), mas também o destino humano. Como o próprio JESUS advertiu aqueles que o rejeitaram, "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24), e em outra ocasião: "Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas antes dissensão "(Lc. 12: 51; cf Lc 2:34). Como ninguém mais, JESUS CRISTO evoca os extremos antitéticos de amor e ódio, devoção e rejeição, pelo culto e blasfêmia, e fé e incredulidade. Como as pessoas reagem a ele separa as ovelhas dos cabritos; o trigo do joio; crentes de incrédulos; a salvo do perdido.
João escreveu seu evangelho para apresentar JESUS como o Filho de DEUS eo Messias (20:31). Ao fazê-lo, ele também gravou como as pessoas reagiram às reivindicações messiânica de JESUS e sinais. O apóstolo conformidade cita inúmeros exemplos de pessoas que acreditavam em JESUS (1: 35-51; 2:11; 4: 28-29, 41-42, 53; 6:69; 9: 35-38; 10:42; 11 : 27, 45; 12:11; 16:27, 30; 17: 8; 19: 38-39; 20: 28-29), e aqueles que o rejeitaram (1: 10-11; 2:20; 3: 32; 5: 16-18,38-47; 6: 36,41-43,64,66; 7: 1,5,20,26-27,30-52; 8: 13-59; 9:16, 29, 40-41; 10: 20,25-26; 11: 46-57; 12: 37-40).
Nesta passagem, que relata a história da unção de Maria de JESUS, os temas de crença e descrença são particularmente clara. O ato de adoração de Maria simboliza a fé eo amor; o calculado, a resposta fria, cínica de Judas simboliza incredulidade e ódio. A seção também registra outras reacções a JESUS, incluindo o serviço dedicado de Marta, a indiferença da multidão, e a hostilidade dos líderes religiosos.
Ressurreição de Lázaro do Senhor havia agitado oposição assassina dos líderes judeus hostis (11: 46-53). Eles decidiram que tinham de matar JESUS e Lázaro. Desde a sua hora de morrer ainda não havia chegado (07:30; 08:20; 12:23; 13: 1), JESUS deixou a vizinhança de Jerusalém e ficou na aldeia de Efraim (11:54), cerca de uma dezena de quilômetros ao norte, na extremidade do deserto. De lá, ele fez uma breve visita a Samaria e da Galiléia (Lucas 17: 11-19: 28) e, em seguida, seis dias antes da Páscoa, veio mais uma vez a Betânia. Sua chegada teria sido no sábado antes da Páscoa. (Porque as pessoas à distância foram autorizados a viajar no sábado foi limitado [cf. Atos 01:12], o Senhor pode ter chegado depois do pôr do sol na sexta-feira. Isso, de acordo com o cômputo judaico, teria sido após o sábado havia começado.) João descrito Bethany como a aldeia onde Lázaro morava, e Lázaro como seu agora mais famoso residente, uma vez que JESUS tinha levantado o dentre os mortos.
A partir da conta da ceia em sua homenagem, cinco reações variadas para JESUS emerge: Marta respondeu com serviço sincero, Maria com sacrifício humilde, Judas com a auto-interesse hipócrita, as pessoas com superficialidade oco, e os líderes religiosos com intrigas hostil .
O Serviço Sincero de Marta
E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. (12: 2)
O Sinédrio havia decretado que qualquer pessoa que sabia onde estava JESUS deve reportar essa informação para eles (11:57). Mas ao invés de entregá-lo como um criminoso, amigos do Senhor em Bethany deu um jantar em sua honra. O objetivo do evento foi para expressar seu amor por ele, e, especialmente, a sua gratidão por Sua ressurreição de Lázaro. Desde deipnon (ceia) refere-se a principal refeição do dia, que teria sido uma longa um, projetado com muito tempo para uma conversa descontraída. Os convidados foram certamente reclináveis, inclinando-se sobre um cotovelo, com a cabeça em direção a uma baixa, mesa em forma de U. Quantas pessoas estavam lá não é conhecida, mas, pelo menos, JESUS, os Doze, Maria, Marta, Lázaro, e, provavelmente, Simão, o leproso estavam presentes.
Lucas registra a visita de JESUS à casa de Maria e Marta há vários meses, que fornece insights sobre penhora de Marta para servir, mesmo quando não era a prioridade:
Agora, como eles estavam viajando junto, ele entrou numa aldeia; e uma mulher por nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinha? Então diga a ela para me ajudar." Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe: «Marta, Marta, você está preocupado e incomodado sobre muitas coisas, mas uma só coisa é necessária, para Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada". (Lucas 10: 38-42)
Mesmo após essa reprimenda, aqui novamente sendo fiel a seu interesse, Marta foi envolvido em servir a refeição. (Que João descreve Lázaro como um dos convidados reclináveis ​​à mesa com JESUS sugere que a festa não estava em casa, próprias ou de irmãs.) Mateus 26: 6 e Marcos 14: 3 fazer mais do que uma sugestão, afirmando expressamente que o refeição foi realizada na casa de Simão, o leproso. Embora o nome descritivo preso a ele, ele, obviamente, tinha sido curado de sua doença, para que as pessoas nunca teria se reuniram na casa de alguém com um caso ativo da hanseníase Não só eles teriam temido contágio, mas também para socializar teria cerimonialmente contaminado -los, uma vez que os leprosos eram impuros (Lev. 13:45). Também não é provável que Simon teria possuído uma casa e organizou uma refeição em que se ele ainda tinha estado doente, uma vez que os leprosos eram excluídos sociais (Num. 5: 2). Porque a cura para a hanseníase foram além do conhecimento médico limitado de que o tempo, é razoável acreditar que JESUS já havia o curou.
Embora os outros foram servidos também, serviço de Marta nesta ocasião foi principalmente dirigida a JESUS, e foi louvável por duas razões relacionadas: foi motivado por amorosa gratidão a Ele, e por um desejo de honrá-lo com generosidade na forma como ela melhor sabia como. Não houve reprovação como no incidente anterior. Como ela, todos os cristãos devem estar envolvido em serviço altruísta (Rom 0:11;. Cf. Gl 5,13;. Col. 3:24Hb. 9:14). JESUS disse: "O maior dentre vós será vosso servo" (Mat. 23:11), e declarou de Si mesmo: "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lucas 22:27), e, "o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir "(Mat. 20:28). Paulo repetidamente descrito a si mesmo como um servo vínculo de JESUS CRISTO (Rom. 1:. 12 Cor 4: 5Gal 1:10Fl 1.. 1Tito 1: 1; cf. 1 Cor. 3: 5 ; 4: 12 Cor 3: 66:. 411:23), como fez Tiago (Tiago 1: 1), Pedro (2 Pedro 1: 1), Jude (Judas 1), e João (Rev . 1: 1). Em João 0:26 o Senhor prometeu aos que O servem fielmente: "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali meu servo será também; se alguém me servir, o Pai o honrará." Embora ele tende a ser ofuscado pelo dramático ato de adoração de Maria, humilde serviço de Marta, nesta ocasião, não foi menos louvável e agradável ao Senhor.
O sacrifício Humilde de Maria
Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de JESUS e os enxugou com os seus cabelos; ea casa se encheu com a fragrância do perfume.(12: 3)
De acordo com sua interpretação em outros lugares nos Evangelhos (cf. 11: 32-33; Lucas 10:39), Maria aparece mais uma vez como o mais pensativo, reflexivo, e emocional das duas irmãs. Em uma manifestação surpreendente, espontânea de seu amor por ele, ela tomou uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de JESUS. Uma libra (uma medida Roman, o equivalente a cerca de 12 onças por padrões de hoje) foi uma grande quantidade de perfume. Nard era um óleo perfumado extraído da raiz e spike (daí a tradução "nardo" em algumas versões em inglês) de uma planta nativa das montanhas do norte da Índia. Perfume feito de nardo era muito caro por causa da grande distância a que ele teve que ser importada. De Maria nardo era puro em termos de qualidade, o que torna ainda mais valioso. Alguns pensavam que valeu a pena "mais de trezentos denários" (Marcos 14: 5), e Judas concordou com a avaliação (João 12: 5). Como observado na discussão do versículo 5 a seguir, de um tal montante seria igual a um ano de salário. O frasco de alabastro caro em que foi armazenada também acrescentou ao seu valor (Matt. 26: 7). Ela quebrou o frasco (Marcos 14: 3), dando, assim, a coisa-os inteiros conteúdo e do recipiente. O perfume provavelmente constituído uma parte considerável do patrimônio líquido da Maria. Mas, como Davi (2 Sam. 24:24), ela se recusou a oferecer ao Senhor algo que lhe custou nada. Ela agiu no amor desenfreado.
Mateus (26: 7) e Marcos (14: 3) relatos paralelos notar que Maria derramou o perfume sobre a cabeça de JESUS, enquanto João diz que ela ungiu os Seus . pés Todas as três contas estão em perfeita harmonia.Desde que o Senhor estava reclinado em uma mesa baixa, com os pés estendidos longe dele, Maria poderia facilmente ter derramado primeiro o perfume sobre a cabeça, em seguida, seu corpo (Mat. 26:12), e finalmente em seus pés. Então, em um ato que chocou os espectadores ainda mais do que o derramamento de perfume caro, ela enxugou com os seus cabelos. Os judeus consideravam lavando os pés de outra pessoa para ser degradante, uma tarefa necessária para ser feito somente pelo mais escravos humildes (cf. João 1:27). Nenhum dos Doze na refeição da Páscoa chegando no cenáculo estavam dispostos a servir os outros, lavando os seus pés, por isso, em um ato supremo e exemplo de humildade, JESUS fez isso (cf. 13: 1-15). Mas ainda mais chocante do que a sua lavagem caro e humilde de pés de JESUS foi o fato de que Maria deixou para baixo seu cabelo. Para uma mulher judia respeitável para fazer isso em público teria sido considerada indecente, talvez até mesmo imoral. Maria, porém, não estava preocupado com a vergonha que ela pode enfrentar como resultado. Em vez disso, ela estava focada exclusivamente em derramar seu amor e em honrar a CRISTO, sem pensar em qualquer vergonha percebeu que isso poderia trazer para ela.
Nota do João que a casa se ​​encheu com a fragrância do perfume é o tipo de detalhes vívidos uma testemunha recorda. Ele também atesta a extravagância do ato de devoção humilde de Maria. Ela estava sem se importar com o seu custo, tanto financeiramente quanto à sua reputação. A medida de seu amor era o seu abandono total a JESUS CRISTO. Consequentemente, nobre ato de Maria seria, como o Senhor declarou, ser falado como um memorial do seu amor onde quer que o evangelho seja pregado (Marcos 14: 9).
Deve-se notar aqui que Lucas registra um incidente muito semelhante:
Agora, um dos fariseus estava pedindo-lhe para jantar com ele, e ele entrou na casa do fariseu, reclinou-se à mesa. E havia uma mulher na cidade que era um pecador; e quando ela soube que ele estava reclinado à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e de pé atrás dele a seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e manteve limpá-los com o cabelos de sua cabeça, e beijando seus pés e ungindo-os com o perfume. Agora, quando o fariseu que o convidara Ele viu isso, disse para si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem e que tipo de pessoa é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora". (Lucas 7: 36-39)
Que este é um evento completamente diferente está claro porque ocorreu na Galiléia, não Betânia; ele apresentava uma mulher que era um pecador (provavelmente uma prostituta), e não Maria; e ocorreu muito cedo na vida de nosso Senhor, não durante a Semana da Paixão. Ele também foi um evento na casa de um fariseu, e não Simão, o leproso.
A auto-interesse hipócrita de Judas
Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso JESUS disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." (12: 4-8)
O silêncio atordoado que deve ter seguido ato surpreendente e inesperada de Maria foi subitamente interrompido por uma voz levantada em sinal de protesto. A conjunção de (mas) apresenta o contraste entre o altruísmo de Maria e do egoísmo de Judas. Como é sempre o caso nos Evangelhos, a descrição de João de Judas Iscariotes enfatiza dois fatos. Primeiro, ele foi um dos do Senhor discípulos (Mt 10: 4; 26:. 14,47Marcos 14:43Lucas 22: 347João 6:71); segundo, ele tinha a intenção de traí-lo (Mt 26:2527: 3., Marcos 3:1914:10Lucas 06:1622: 4,48João 6:7113: 2,26- 2918: 2,5; cf. Atos 1:16). Definição tão chocante e singularmente foi a traição de Judas, que os escritores do evangelho não poderia pensar nele ou se referem a ele separado dele. Que ele não era apenas um seguidor de CRISTO, mas um do círculo íntimo do Senhor, faz com que sua traição ainda mais hediondo. Foi o ato mais desprezível em toda a história humana e aquele que mereceu a punição mais severa. Nas palavras de refrigeração do Senhor JESUS CRISTO, "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido" (Mat. 26:24).
Querendo aparecer filantrópica, Judas agiu indignado sobre um desperdício de dinheiro, tais perdulários, exclamando: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Cronologicamente, estas são palavras registrados pela primeira vez de Judas no Novo Testamento. Eles expõem a avareza, ambição e egoísmo, que governava o seu coração. Ele lançou o seu lote com JESUS, esperando que ele, para inaugurar o, reino messiânico terreno político pessoas mais judeus estavam procurando. Como um do círculo interno, Judas tinha ansiosamente aguardado uma posição exaltada naquele reino. Mas agora, para ele, esse sonho se transformou em cinzas. JESUS tinha tão antagonizou os líderes judeus que tinham a intenção de matá-lo (João 7: 111:53). Não só isso, o próprio Senhor advertiu os discípulos que sua morte era inevitável (por exemplo, Marcos 8:3109:3110:33). E quando os galileus multidões procurado para coroar JESUS como o rei terreno Judas pensou que iria ser, o Senhor se recusou a cooperar com eles (João 6: 14-15).
Desiludido, Judas virada para o fim de suas ambições-decidiram, pelo menos, obter alguma compensação financeira para os três anos que ele tinha desperdiçados em JESUS. João, não vê-lo naquele momento, mas escrever em retrospecto, muitos anos depois, faz o comentário inspirado apropriado no verdadeiro motivo de Judas: ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como ele tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Como observado acima, perfume de Maria valeu a pena um monte de dinheiro; uma vez que um denário era um dia de salário para um trabalhador comum (Mateus. 20: 2), trezentos denários igualou salários de um ano (permitindo sábados e outros dias santos em que nenhum trabalho foi feito). Vendo que muito dinheiro escapar de seu alcance enfureceu Judas, e ele atacou Maria. "Desaprovação Judas" da ação de Maria relacionado não com a perda de oportunidade de fazer mais para os pobres, mas para sua própria perda da oportunidade de roubar a bolsa comum "(Colin Kruse, O Evangelho Segundo João, no Novo Testamento Comentários Tyndale [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 263). Então persuasivo era a sua indignação aparentemente justo que outros se juntaram em seu protesto (Matt. 26: 8-9Marcos 14: 4-5).
Embora alguns tenham tentado atribuir motivos nobres para Judas (ou seja, com o argumento de que ele era um patriota equivocada, tentando cutucar CRISTO em inaugurando seu reino), o Novo Testamento retrata-o como nada mais que um ladrão ganancioso e um traidor assassino-even um diabo (João 6: 70-71; cf. 13: 2,27). Judas é o maior exemplo de oportunidade perdida na história Ele viveu dia a dia com JESUS CRISTO, o DEUS encarnado, por três anos. No entanto, no final Judas rejeitaram, traiu, foi superada pela culpa (mas não arrependimento genuíno), suicidou-se, e foi "para o seu próprio lugar" (Atos 01:25), isto é, o inferno (João 17:12) na sua forma mais potente.
O Senhor imediatamente defendeu Maria severamente repreender Judas (o verbo traduzido e muito menos está na segunda pessoa do singular, que significa "você"), ordenando-lhe, "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura." JESUS obviamente, não quer dizer que Maria iria manter o perfume (ou pelo menos parte dela) até que Seu sepultamento, desde que ela tinha acabado de servir tudo para fora (cf. Mc 14: 3). Enquanto comentaristas discordam sobre como entender essas palavras, a solução mais satisfatória é entender reticências na declaração do Senhor. Suprindo as palavras que faltam, o sentido seria: "Deixa-a, ela não vender o perfume [como você gostaria que ela tinha], de modo que pudesse mantê-lo para o dia da minha sepultura" (cf. DA Carson, O Evangelho De acordo com João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 429-30; cf. Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário ao Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 363-64 ).
Ato de Maria foi uma espontânea manifestação de seu amor e devoção a CRISTO. No entanto, como profecia involuntária de Caifás (11: 49-52), que tinha um significado mais profundo. Em Mateus 26:12 JESUS disse: "Quando ela derramou este perfume sobre o meu corpo, fê-lo a preparar-me para o enterro" (cf. Mc 14: 8). O enterro dos quais JESUS falou profeticamente não era uma introdução efectiva do Seu corpo no sepulcro, mas a unção que ela tinha acabado de fazer, que ele via como um símbolo de Sua breve volta morte e sepultamento. Parte dos gastos pródigos associados a muitos funerais do primeiro século foi o custo de perfumes para mascarar o odor de decomposição (cf. João 11:39). Este ato por Maria, como no caso de Caifás (11: 49-52) revelou uma realidade muito maior do que ela percebeu a tempo. Sua unção prefigurava aquele José de Arimatéia e Nicodemos viria a cumprir, em seu corpo após a morte de JESUS (João 19: 38-40).
Se Judas tivesse realmente queria ajudar os pobres, ele não teria faltava oportunidade, pois, como JESUS lembrou-lhes tudo (o verbo e pronome nesta frase são plurais), "Você sempre tem os pobres convosco" (cf. Mc 14: 7). O Senhor não estava menosprezando a doação de caridade para com os pobres (cf. Deut. 15:11), mas sim estava desafiando os discípulos para manter suas prioridades. A oportunidade de fazer o bem a ele, como Maria tinha feito, não iria durar muito, porque eles nem sempre têm -lo fisicamente presente com eles. Aqui, novamente, as palavras do Senhor eram uma previsão da sua morte próxima, agora menos de uma semana de distância.
Judas estava agora numa encruzilhada. Desmascarado como um hipócrita, fingindo cuidar dos pobres, enquanto, na realidade, desviar da bolsa comum, ele enfrentou a decisão final. Ele poderia cair aos pés de JESUS em humilde, o arrependimento penitente, confessar seu pecado, e buscar o perdão. Ou ele poderia orgulhosamente endurecer o coração, se recusam a arrepender-se, render-se à influência de Satanás, e trair o Senhor. Tragicamente e pecaminosamente, ele escolheu o último curso, com a culpabilidade total e exclusiva para as suas consequências, ainda que cumprido o propósito de DEUS para o sacrifício de Seu Filho (cf. 13: 18-19). Imediatamente após este incidente, "Judas Iscariotes, que era um dos doze, foi para os chefes dos sacerdotes, a fim de trair a si mesmos. Eles ficaram felizes quando eles ouviram isto, e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele começou a procurar como para traí-lo em um momento oportuno "(Marcos 14: 10-11).
A superficialidade oco do Povo
A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de JESUS, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. (12: 9)
No fim do sábado, uma grande multidão de judeus que estavam em Jerusalém para a Páscoa soube que JESUS estava em Betânia (O termo judeus aqui não se refere aos líderes religiosos, mas para as pessoas comuns [cf. 11: 55-56]. ) Eles vieram para Betânia não apenas causa de JESUS, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. Notícias de que milagre sensacional tinha se espalhado, ea multidão de curiosos queria ver tanto o milagreiro, ea única a quem ele ressuscitara.
Essas pessoas ainda não foram abertamente hostis a JESUS, como Judas e os líderes religiosos, mas nem foram eles comprometidos com Ele, como Marta e Maria Eles eram os caçadores de emoção, seguindo a mais recente sensação, superficialmente interessado em JESUS, mas espiritualmente indiferente e, finalmente, antagônica a Ele. Como os membros da Igreja de Laodicéia, eles eram "morno e nem és quente nem frio" (Ap 3:16). Na entrada triunfal que coroaria Ele, gritando "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel" (João 12:13). Mas apenas alguns dias depois, eles gritavam: "Fora com ele, embora com-o, crucifica-O!" (João 19:15), e alguns viria para zombar-Lo como Ele estava pendurado na cruz (Mateus. 27: 39-40).
O Scheming Hostile dos Líderes
Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em JESUS. (12: 10-11)
De modo algum as multidões que se reuniram para Betânia para ver JESUS e Lázaro escapar do conhecimento das autoridades judaicas. Os implacáveis ​​principais sacerdotes já haviam conspirado para matar JESUS (11:53); Agora, eles expandiram o enredo e planejava colocar Lázaro até a morte também. Como prova do poder milagroso de JESUS vivo, o Lázaro ressuscitado apresentou uma grande ameaça para os saduceus, pois por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e foram acreditar em JESUS (cf. 11:48). Ele era um testemunho incontestável às reivindicações messiânicas do Senhor. Não só isso, um homem ressuscitado também foi um embaraço para os saduceus em outra forma: negavam a ressurreição dos mortos (Mt 22:23.), E ele era uma refutação inegável de que erro. Incapaz de conter a Lazarus testemunho incontestável fornecida por estar vivo, eles procuraram destruir as provas por matá-lo. Sua emaranhado de decepção foi se expandindo, como Leon Morris observa: "É interessante refletir que Caifás disse, 'que é conveniente para você que um homem morra pelo povo" (11:50) Mas não foi o suficiente.. Agora tinha que ser duas Assim faz crescer o mal "(. O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 582).
Ninguém é neutro em relação a JESUS CRISTO; como Ele mesmo advertiu: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lucas 11:23). Quer amar e servir a Ele, como Maria e Marta, sendo indiferente e vacilante em direção a Ele, como a multidão, ou odiando e opondo-se a Ele, como Judas e os principais sacerdotes, todo mundo toma uma posição em algum lugar. O que essa posição é determina o destino eterno de cada pessoa, uma vez que "não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que tem sido dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).
 
Comentário NT Kestimaker e Hendriksen - Capítulo 12 - JOÃO 12.1-11
1 Seis dias antes da Páscoa, JESUS foi para Betânia, onde estava Lázaro,
1 Z. a quem ressuscitara dentre os mortos. 2 Então lhe ofereceram ali uma ceia, e Marta estava servindo, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
3    Maria, pois, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de JESUS e os enxugou com seus cabelos; e toda a casa ficou impregnada com o perfume do bálsamo.
4    Judas Iscariotes, porém, um de seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: 5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6 Ora, ele disse isso não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão, e, como tivesse a bolsa de dinheiro, costumava tirar o que era depositado nela. 7 JESUS, entretanto, disse: Deixe-a em paz; (foi) para que ela guarde isso para o dia de meu sepultamento; 8 porque vocês sempre têm os pobres consigo, mas a mim nem sempre têm.
9 A grande multidão dos judeus soube que JESUS estava ali, e foram não só por causa de JESUS, mas também para verem Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos. 10 Então, os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; 11 porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em JESUS.
Este capítulo tem quatro seções: a. JESUS é ungido em Betânia (12.111). b. Ele faz sua entrada triunfal em Jerusalém (12.12-19). c. Ele é procurado pelos gregos (12.20-36). d. Ele é rejeitado pelos judeus (12.37-50).
12.1-11
1. Seis dias antes da Páscoa, JESUS foi para Betânia. Ou seja, seis dias antes da última Páscoa, JESUS foi de novo para Betânia. Se ele partiu diretamente de Efraim, onde o Quarto Evangelho o havia localizado (11.54), ou se ele foi de Jerico (da casa de Zaqueu; cf. Lc 18.35-19.10), como parece possível, o Quarto Evangelho não diz. Se JESUS se retirou para Efraim no início de fevereiro e lá permaneceu por duas ou três semanas, teria havido tempo suficiente para outras viagens antes da Páscoa de abril. Assim, não há nenhum conflito entre João e Lucas.
A fim de estabelecer o que João quis dizer por “seis dias antes da Páscoa”, o dia em que a Páscoa começou tem de ser primeiramente estabelecido. Esta questão será discutida em detalhe quando estudarmos 13.1 (ver sobre esse versículo). Antecipando a conclusão obtida na discussão desta passagem, deveremos presumir aqui que a semana da Páscoa começava na quinta-feira, no décimo quarto dia de nisã. Tendo como ponto de referência Êxodo 12.6, é provavelmente seguro afirmar que ela começava oficialmente na tarde desse dia. Portanto, não é necessário perguntar se João tinha em mente o dia romano ou o judaico, pois se a festa começava na tarde antes do pôr-do-sol, seria o mesmo dia, de acordo com qualquer um dos dois sistemas.
Entretanto, mesmo presumindo-se isso, não é fácil determinar o dia exato em que JESUS teria chegado a Betânia. Será que a expressão seis dias antes da Páscoa exclui ou inclui o primeiro dia da semana da Páscoa? Se a Páscoa começava na quinta-feira, então seis dias antes da Páscoa, conforme o método inclusivo de computar, nos levaria ao sábado anterior; já o método exclusivo fixaria o dia da chegada um dia antes (sexta-feira). Qual dos dois é correto?
Estaríamos dispostos a deixar a pergunta sem resposta e a confessar nossa ignorância se não fosse pela informação fornecida em 12.9-
11. Acreditando, como fazemos (ver sobre 13.1), que a Entrada Triunfal (12.12-19) ocorreu no sábado, está claro a partir de 12.9-11 que no dia anterior (cf. 12.12), isto é, no sábado uma grande multidão de pessoas teria ido a Betânia para ver JESUS e Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Parece que essa grande multidão tinha vindo de Jerusalém (ver sobre 12.9), depois de ter sido informada a respeito do paradeiro de JESUS pela caravana que passara por Betânia (e ter deixado JESUS ali) a caminho da festa. Uma pergunta igualmente se apresenta, “Se JESUS não chegou a Betânia até a tarde de sábado (a tarde justamente antes da Entrada Triunfal), então teria havido tempo suficiente para que todos os eventos seguintes acontecessem nessa tarde? Estude a lista:
a.    A caravana, da qual JESUS fazia parte, tinha partido depois do pôr-do-sol, isto é, depois do término do sábado (de Jerico? Mas trata-se de uma distância de cerca de 23 quilômetros!) e tinha chegado a Betânia.
b.    JESUS deixa a caravana para passar algum tempo com seus amigos na aldeia.
c.    O restante da caravana prossegue rumo a Jerusalém, uma distância (em média) de três quilômetros (11.8, embora para alguns, que acamparam entre Jerusalém e Betânia, fosse um pouco mais curta).
d.    As pessoas que estavam na caravana agora começam a espalhar a notícia do paradeiro de JESUS.
e.    Depois de um certo tempo, uma grande multidão se reúne e viaja de Jerusalém para Betânia a fim de ver JESUS e Lázaro, a quem JESUS ressuscitara de entre os mortos.
f.    Muitas pessoas, depois de verem JESUS e Lázaro, crêem.
g.    Essas notícias voam rumo a Jerusalém, onde os sacerdotes se encontram e decidem matar também Lázaro. '
Não parece mais provável que os itens a, b, c, tenham ocorrido na sexta-feira enquanto que e, f, e g teriam ocorrido no sábado? De outro modo, fica parecendo que teria havido muitos acontecimentos numa única tarde. Presumimos, pois, que JESUS teria chegado a Betânia antes do pôr-do-sol na sexta-feira, e que no sábado (pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol no sábado) ele teria gozado o descanso do sábado com seus amigos, exatamente o último sábado antes que seu corpo fosse depositado no túmulo. Enquanto isso, em Jerusalém a notícia de que JESUS está em Betânia está se espalhando; e as pessoas estavam fazendo planos para a tarde de sábado. (Ver 12.9-11.)
Em Betânia, nessa mesma noite de sábado, uma ceia é oferecida em honra de JESUS.
Nesse ponto, o Evangelho de João começa a correr paralelo com os Sinóticos. Ver Mateus 26.6-13Marcos 14.3-9. Não há conflitos. As indicações de tempo em Mateus 26.2 e Marcos 14.1 não dizem que a ceia em Betânia foi oferecida dois dias antes da Páscoa, mas que dois dias antes da Páscoa aconteceu o seguinte: a. JESUS predisse que ele seria entregue para ser crucificado depois de dois dias, e b. as autoridades resolveram que ele não deveria ser morto durante a festa.
A fim de mostrar a conexão entre a história registrada no capítulo Íleo relato presente (12.1-8), o evangelista escreve: Betânia, onde estava Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
2. Então lhe ofereceram ali uma ceia, e Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.
Em vez de entregar JESUS para ser preso (11.57), seus amigos de Betânia ofereceram uma ceia em sua honra. Como não era considerado correto que mulheres, em público, se reclinassem junto com homens, devemos presumir que os convidados eram exclusivamente homens. Teria havido pelo menos quinze convidados: JESUS, os Doze, Lázaro e um certo Simão, que é mencionado apenas nos Sinóticos (Mt 26.6Mc 14.3).
A pergunta: “Por que Lázaro é mencionado de forma especial?” (12.2), tem recebido diversas respostas. Alguns dizem, “Porque ele era um convidado de honra”. Outros, “Porque seu aparecimento em público, depois de ter sido ressuscitado, era extraordinário”. Ainda outros, “Porque sua ressurreição era a razão, ou uma das razões, para essa refeição comemorativa”. Não sabemos a resposta, embora a última nos pareça a mais provável. A idéia em si sugere que essa ceia (ou “jantar”, caso se prefira) foi dada por amor ao Senhor, especificamente por gratidão pela ressurreição de Lázaro (e talvez pelo fato de Simão ter sido curado de lepra, e que ainda é chamado “Simão, o leproso”, em Mateus e Marcos). A ceia aconteceu na casa de Simão.
Embora não estivessem reclinadas com os convidados, tanto Marta como Maria são figuras proeminentes na história. Marta, como sempre (cf. Lc 10.40), tinha assumido a responsabilidade de servir. Teria ela aceito essa responsabilidade a pedido de Simão, por ele ser solteiro? Não sabemos. Tampouco sabemos se Maria também estava ajudando. Seja como for, a história diz respeito mais a ela e ao Senhor do que aos outros:
3. Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de JESUS e os enxugou com seus cabelos; e toda a casa ficou impregnada com o perfume do bálsamo.
Muitos intérpretes são de opinião que, ao descrever o belo gesto de Maria, o evangelista João teria copiado de Lucas 7.36-50, e que a Maria mencionada em João 12.3 seria a mesma mulher pecadora de Lucas 7; ou que, conquanto os dois acontecimentos sejam distintos, o autor do Quarto Evangelho teria feito confusão com suas fontes de informação e simplesmente acrescentado à história que ele tinha encontrado emMateus 26.6-13 e Marcos 14.3-9 os detalhes relativos ao enxugar os pés de JESUS, cujas características ele extraíra de Lucas 7. Rejeitamos completamente essa teoria. Ver a nota de rodapé.
João 12.1-8

O jantar foi com toda probabilidade ocasionado pelo desejo de algum fariseu hostil examinar esse mestre famoso, talvez para confirmar sua suspeita com respeito a JESUS. Observe a maneira nada amigável com que ele tratou o Senhor. Ver Lc 7.44-46.

O jantar foi, com toda probabilidade, resultado do desejo de um grupo de Betânia, amigos de JESUS, de honrá-lo e expressar sua gratidão.
 
O lugar
A casa de um fariseu    A casa de Simão, o leproso, segundo Mateus 26.6.
A Principal Personagem Feminina
Uma mulher que estava na cidade, urna pe- Maria de Betânia, uma discípula devota de cadora. Mesmo segundo Lucas esta mulher JESUS. Ela é mencionada em conexão com não era Maria, a irmã de Marta, pois essas sua irmã Marta e seu irmão Lázaro, irmãs são introduzidas posteriormente como novos personagens (em Lc 10.3839).
“Lázaro era um dos que estavam com ele à mesa. Portanto, Maria ...” É possível que ao conectivo ouv deva ser dado aqui seu significado integral de portanto, isto é, visto que Lázaro fora ressuscitado dentre os mortos e estava agora reclinando, alegre e disposto, ao lado de JESUS, portanto Maria realizou seu nobre feito.
Maria tomou uma libra de bálsamo (a libra romana, aproximadamente 327 gramas). Para bálsamo, o original traz o termo púpov; cf. nossa mirra. O nome feminino Muriel é da mesma raiz, e significa perfume. Para a diferença entre óleo (’éÀtuov) e bálsamo (púpov), ver Lucas 7.46.280 O bálsamo que Maria trouxe era muito precioso (itoA.úti|j,oç-ov, cf. pocpÚTi,|io<;-ov, em Mt 26.7). Marcos 14.3 traz muito custoso ou muito caro TToluTe^qç-éç; mas essa palavra é algumas vezes usada metaforicamente com mais ou menos a mesma conotação que TTolúnpoç-ov; cf. 1 Pedro 3.4. Entretanto, em vista de Marcos 14.5 (cf. Jo 12.5), é provável que em Marcos 14.3 TroÀuTeÀpç-éç signifique na verdade muito caro.
A essência desse bálsamo era derivada do nardo puro, uma erva aromática que cresce nos campos do Himalaia, entre o Tibete e a índia.281 282 Devido ao fato de que ela tinha de ser trazida de uma região tão remota, e transportada no lombo de camelos através de regiões montanhosas, era altamente cotada. Observe que este nardo em particular não era nenhuma imitação. Ao contrário, era o artigo genuíno. O bálsamo era extraído do nardo puro.253 Além do mais, os Sinóticos ressaltam que esse bálsamo estava num vaso de alabastro, ou seja, num vaso de gipsita fina e branca (ou talvez de cor clara).
Dá para se imaginar a cena. Com seu coração transbordante de amor e gratidão para com seu Senhor, Maria posicionou-se atrás de JESUS, já que os convidados, segundo o costume oriental, estavam reclinados em divãs dispostos num U-invertido, em volta de uma mesa baixa (ver sobre 2.9, 10; 13.23, 24). De repente, ela quebra o vaso que estava trazendo nas mãos, e derrama seu conteúdo de cheiro adocicado sobre JESUS. Segundo Mateus e Marcos, ela derrama sobre a cabeça dele (cf. SI 23.5); segundo João, ela unge seus pés. Não há conflito, pois Mateus e Marcos claramente indicam que o bálsamo foi derramado sobre o corpo de CRISTO (Mt 26.12Mc 14.8). Evidentemente, havia o suficiente para o corpo todo: cabeça, pescoço, ombros, e até para os pés. (Cf. SI 133.2, mas aqui em João o bálsamo não escorre simplesmente, ele é derramado sobre os pés.) Com total desconsideração pelos costumes orientais de bom comportamento, que via com absoluta desaprovação a ação de uma mulher que soltasse seus cabelos na presença de homens, Maria, dando livre vazão ao seu coração, não apenas solta os cabelos, mas (pior ainda, do ponto de vista oriental) enxugou com seus cabelos os pés de JESUS! Evidentemente, até os pés (uma comparação com Lucas 10.39 é significativa aqui!) são cobertos com uma quantidade de bálsamo tão profusa que eles precisam ser enxugados! Uma libra de bálsamo é um volume bem grande! E Maria, tendo quebrado o vaso, derrama-o todo sobre JESUS. Ela esvaziou todo o conteúdo do frasco de alabastro. Dessa forma, a casa de Simão fica literalmente cheia com a fragrância. Ela flutua em todas as direções, e por um tempo, continua a se espalhar, a se espalhar. E difícil decidir o que admirar mais, o caráter irrepreensível da devoção de Maria ou a natureza pródiga de seu sacrifício. Foi o primeiro, naturalmente, que produziu o último.
É errado diminuir de qualquer modo a generosidade de Maria. Contudo, isso é feito algumas vezes. Nesse caso, a reconstrução da narrativa é nesta ordem: as irmãs tinham comprado bálsamo para o sepul-
Milligan, G. Milligan, The Vocabulary ofthe Greek New Testament, Nova York, 1945. A evidência parece favorecer a tradução puro ou genuíno mais do que líquido ou falsificado. Contudo, cf. E. Nestle, ZNTW 3 (1902), 169 ss.
tamento de Lázaro, mas não o tinham usado todo. O que ficara Maria derramou sobre a cabeça e os pés de JESUS. Mas isso é incorreto. O que Maria tinha em mãos era um jarro ou vaso novo de alabastro. A fim de derramar seu conteúdo sobre JESUS, ela o quebrou naquele exato momento (Mc 14.3).
4, 5. Judas Iscariotes, porém, um de seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?
O contraste entre a generosidade de Maria e o egoísmo de Judas é gritante. O evangelista, escrevendo muito tempo depois de ocorrido o evento, e olhando para o passado, descreve o traidor como segue: “Judas Iscariotes, um.de seus discípulos, o que estava para traí-lo.” Para o significado da expressão, ver sobre 6.71.
Judas diz em seu coração: “Que desperdício!” Que a linguagem natural do amor é pura generosidade era algo que estava além da compreensão de Judas. A pessoa egoísta não pode entender alguém que é generoso. Então Judas diz: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” Judas era o tipo de homem que tinha dinheiro na cabeça o tempo todo. Ele enxergava tudo do ponto de vista de seu valor monetário. Ele até já tinha estimado o valor do jarro de alabastro cheio do bálsamo mais precioso. Ele achou que o mesmo podia valer trezentos denários. Ver sobre 6.7. A soma representa o salário que um trabalhador comum receberia por trezentos dias de trabalho.
O salário de trezentos dias de trabalho por um único frasco de bálsamo! Para Judas, isso parecia uma extravagância injustificável sob qualquer circunstância, mesmo se Maria fosse abastada (o que provavelmente era) e não tivesse de trabalhar para viver. Teria sido muito melhor - como Judas enxerga a situação - que Maria tivesse vendido o bálsamo e dado o dinheiro a ... a quem? Bem, a JESUS e aos Doze - aos cuidados de Judas, o Tesoureiro', mas seria difícil que Judas dissesse isso, então, na verdade, ele diz: “aos pobres.” Que indivíduo nobre, esse Judas! Quão profundamente estava ele preocupado com os pobres!
Visto que Judas era mestre na arte da dissimulação e de expor sua causa com persuasão, os outros (Mc 14.4) imediatamente o apoiaram.
Os discípulos “indignaram-se” (Mt 26.8). Para qualquer lado que Maria olhasse, ela só via olhares de ofendida reprovação. Apenas um se levanta em sua defesa, mas ele era o maior de todos! Ver sobre 12.8,9.
Aqui no versículo 5 segue uma declaração explicativa, como João tinha costume de fazer. Ele lança luz sobre o caráter de Judas. Seja pelo curso dos acontecimentos que se seguiram (por exemplo, a traição em si de JESUS por Judas por trinta moedas de prata), ou por revelação direta, ou ambas, o evangelista posteriormente adquiriu uma compreensão sobre a alma do traidor. Escrevendo muito tempo depois do acontecido, ele revela aos leitores a informação que obtivera:
6.    Ora, isso ele disse não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era um ladrão, e, como tivesse a bolsa de dinheiro, estava acostumado a tirar o que era depositado nela.
Judas era, na verdade, um ladrão. Ele era o tipo de ladrão que estava ainda por ser descoberto. Ele ainda gozava da confiança de todos. Ele tinha sido eleito tesoureiro do fundo comum. Ele, dessa forma, levava consigo a bolsa de dinheiro (YA.coaaÓKO|iov, originalmente uma caixa que continha as “línguas” ou bocais das flautas, mais tarde estendido para indicar um receptáculo parecido com uma caixa). Desta, ele vez por outra subtraía uma pequena quantia. Que o verbo paoiáÇco tinha aqui o significado de tirar (isto é, roubar) é claro a partir do fato que é imediatamente precedido pela informação de que Judas era um ladrão. Para o significado desse verbo em várias passagens do Evangelho de João, ver sobre 10.31.
7,    8. JESUS, entretanto, disse: Deixe-a em paz, (foi) para que guardasse isso para o dia de meu sepultamento; porque os pobres vocês sempre os têm, mas a mim nem sempre têm.
Enquanto Maria era criticada por todos, JESUS corre em sua defesa. As palavras que ele diz em sua defesa têm sido reproduzidas e interpretadas de várias maneiras. Entre essas, a mais prevalecente é dada a seguir:
(1) “Deixe-a guardar isso para o dia de meu sepultamento” (A.R.V). Ou: “Deixe-a, a fim de que ela guarde isso para o dia de meu sepultamento.” Ou: “Deixe-a em paz, deixe-a guardar isso para o dia de meu sepultamento.”
Quando traduzido dessa maneira, a explicação comum (se uma for dada) é esta: Maria não tinha usado todo o bálsamo. Tinha ficado um pouco no vaso. Então JESUS disse, em substância, “Deixe que ela guarde o que sobrou. Não tire dela. Nem a force a vender para dar aos pobres. Logo ela vai precisar do que sobrou do bálsamo. Ela vai precisar para meu sepultamento”.
Uma forte objeção contra essa interpretação é que o Evangelho de Marcos afirma taxativamente (14.3) que Maria quebrou o vasol Ela o quebrou a fim de derramar seu conteúdo na cabeça (Mateus e Marcos) e pés (João) de JESUS. Não ficou nada. Aqueles que ainda assim querem agarrar-se à teoria de que um pouco de bálsamo teria ficado no vaso e que segundo João 12.7 JESUS defendeu o direito dela de conservar esse restante para um dia futuro, têm apenas uma saída lógica. E a saída seguida por W. F. Howard in The Interpreter’s Bible (p. 655), ou seja, declarar taxativamente que a versão da história como apresentada no Quarto Evangelho é contrária à afirmação dos Sinóticos. Segundo W. F. Howard, João contradiz Marcos. Este é um raciocínio consistente. Mas esta conclusão não pode ser aceita por ninguém que crê na infabilidade das Escrituras. Além disso, em lugar algum - nem em Mateus, nem em Marcos, nem em João - existe indicações de que Maria teria usado só um pouco do bálsamo. Ao contrário, mesmo João, que não mencionou a quebra do vaso, enfatiza o caráter pródigo da oferta: “a casa ficou impregnada com o perfume do bálsamo.” E portanto completamente impossível aceitarmos tal interpretação.
(2)    “Deixe-a em paz: ela guardou isso em preparação para o dia de meu sepultamento” (A.V.). Isso é bem melhor. Dessa maneira a afirmação é verdadeira e em total harmonia com o relato encontrado em Mateus e Marcos. Porém, embora verdadeira, esta reprodução das palavras do Senhor não repousam na melhor versão. O manuscrito melhor e mais antigo insere as palavras a fim de que (ívoc) e traz o verbo na forma do subjuntivo aoristo ativo (xqpf|oin) em vez do indicativo perfeito ativo (xenpriKe). Portanto, literalmente, o que o melhor texto diz não é, “Deixe-a em paz ...ela guardou isso”, mas “Deixe-a em paz ... a fim de que ela possa (ou: pudesse) guardar isso.”
(3)    “Deixe-a, (foi) para que ela pudesse guardar isso para o dia de meu sepultamento.” Esta é a versão que, com pequenas variações, é seguida por muitos (inclusive a margem da A.R.V.). Acreditamos que é a melhor. É de imediato evidente que aqui, como acontece com frequência, tenhamos um caso de estilo abreviado. Ver o que foi dito sobre isso em conexão com 5.31 (p. 272). Palavras são deixadas fora e precisam ser inseridas mentalmente. No presente caso, temos de acrescentar “foi”. Para mostrar que essa palavra não está de fato no texto, a colocamos entre parênteses. Estritamente falando, também no versículo 5 deste capítulo há uma expressão condensada. Judas não disse literalmente, “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” Ele não disse que o bálsamo fosse dado aos pobres, mas que a renda da venda do bálsamo lhes fosse doada. Portanto, também em conexão com este versículo, a pessoa acrescenta (talvez até de maneira inconsciente) umas poucas palavras que são necessárias para completar o pensamento. Não há nada de estranho nisso. Nossa conversação diária é cheia de expressões abreviadas.
Para chegar ao que é provavelmente o sentido das palavras de JESUS em 12.7, o contexto precedente deve ser mantido em mente. Judas (como porta-voz do restante) tinha criticado Maria. Se Maria chegara a possuir esse vaso caríssimo cheio desse preciosíssimo bálsamo (seja por tê-lo comprado, obtido por herança ou presente, Judas não pergunta), por que ela não o vendeu e deu os proventos aos pobres? JESUS agora revela a razão pela qual Maria (que tinha naturalmente comprado o bálsamo) não tinha seguido o curso indicado por seus críticos: “Para que ela guarde isso para o dia de meu sepultamento.”
Maria sabia o que estava fazendo. Ela de fato sabia que não demoraria a chegar o dia em que os inimigos de JESUS o matariam. Será que seus amigos teriam a oportunidade de ungir seu corpo? No entanto, essa honra não poderia deixar de ser cumprida. Maria deve tanto, tanto a JESUS! A ele deve sua salvação, e ... a recuperação de seu irmão Lázaro do reino dos mortos. Portanto, ela tinha decidido guardar o bálsamo para o dia do sepultamento de seu Senhor. Não, entretanto, no sentido em que ela literalmente quisesse guardar o vaso selado até que de fato chegasse o dia, pois aí poderia ser tarde demais, mas que ela o guardaria até o dia que surgisse uma boa oportunidade e então ela o ungiria em antecipação de seu sepultamento. Era agora ou nunca! Contraste com 19.39, 40.
Acreditamos que esta interpretação é provavelmente correta, e pelas seguintes razões:
(1)    Está em harmonia com a declaração clara encontrada em Mateus 26.12: “Ela fez isso para preparar-me para o sepultamento”, e em Marcos 14.8, “Ela ungiu meu corpo em antecipação ao sepultamento”.
(2)    Está também em harmonia com o fato de que Maria, talvez mais do que qualquer outro discípulo de JESUS, estava convencida de que o dia da morte de CRISTO, bem como seu sepultamento, estava perto de acontecer. Quanto a isso, observe:
a.    JESUS com frequência tinha predito a aproximação de sua morte; algumas vezes publicamente, outras em particular. Ver Mateus 16.21Marcos 8.31329.1210.32-34João 6.52-567.338.21-2310.11,
15. Algumas dessas predições teriam chegado aos ouvidos de Maria.
b.    Os acontecimentos dos últimos poucos meses claramente apontam na direção do cumprimento dessas suas predições. Ver 8.59; 9.22; 10.31; 11.47-57; cf. 12.10. Gradualmente, a ira dos inimigos estava se transformando em ação.
c.    Maria talvez tenha sido a melhor ouvinte que JESUS teve. A mesma que agora ungia os pés de JESUS era também a mesma que se assentava aos pés de JESUS (Lc 10.39). Entre esses dois fatos há uma relação estreita.
Maria tinha abraçado sua oportunidade, e essa oportunidade logo seria uma coisa do passado. Então, muito significativamente, JESUS em defesa de sua ação acrescenta: "... porque os pobres vocês sempre os têm, mas a mim nem sempre”. Observe o plural vocês. As traduções que (como a R.S.V.) substituíram vocês por você dão a entender que JESUS estivera falando a Judas que ele sempre tinha consigo os pobres. JESUS, nessa ocasião, não estava falando apenas a Judas, mas sim a todos os discípulos; de fato, a todos que o ouviam nesse dia. Ele está lhes dizendo que nesse exato momento ungi-lo por antecipação para seu sepultamento é muito mais importante do que preocupar-se com os pobres. Por implicação, entretanto, ele está dizendo à igreja de todas as épocas que cuidar dos pobres é responsabilidade e privilégio dela. JESUS ama os pobres que confiam nele. Cf. Marcos 10.23; Lucas 16.1931. Ele deseja que os mesmos sejam objeto dos constantes cuidados da
(Mc I4.7). Que Judas, o homem que parece defender a causa ilitN pobres, mas que às escondidas os está roubando, ouça isso com iilençiio!
Como uma recompensa pela importante ação de Maria, JESUS acrescenta uma bela promessa. Ver Mateus 26.13 e Marcos 14.9.
9.    À numerosa multidão dos judeus soube que JESUS estava ali, c para lá foram não só por causa dele, mas também para verem Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Para a explicação dos versículos 9-11, ver também sobre 12.1. É lógico presumir que uma numerosa multidão (ò òxÂoç troA.uç: grande numero de pessoas) dos judeus consistia principalmente daqueles que tinham chegado cedo à capital, tinham perguntado por JESUS (ver sobre 11.55, 56). Por meio da caravana que tinha recentemente entrado na cidade e passado por Betânia, eles receberam uma resposta à pergunta que estavam fazendo sem parar: “O que vocês acham, que ele porventura não virá à festa?” Na tarde de sexta-feira e no sábado, no meio de grande excitação, o povo está dizendo uns aos outros, “Vocês já sabem? JESUS vem mesmo. Ele já chegou a Betânia.”
E assim, na tarde do sábado, eles deixaram a cidade em grupos a caminho de Betânia. (Os que estavam hospedados a menos de um dia de jornada de sábado fora de Betânia devem ter vindo um pouco antes.) O propósito deles, é claro, era ver JESUS, que recentemente tinha ressuscitado Lázaro dentre os mortos e também o próprio Lázaro.
Esses judeus mencionados aqui não são os líderes religiosos hostis a JESUS (o sentido no qual o termo é tão freqüentemente empregado no Quarto Evangelho; ver sobre 1.19), mas o povo comum, os caçadores de emoções.
10,    11. Então os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em JESUS.
Os principais sacerdotes (ver sobre 11.47) foram absolutamente impiedosos. Para atingirem seus objetivos, eles estavam dispostos a matar não apenas JESUS, mas também Lázaro. Este último era também uma ofensa a eles, e isso por duas razões: a. A razão claramente afirmada aqui: “por causa dele, voltavam crendo em JESUS” (literalmente: estavam indo embora e crendo, mas isso é claramente uma hendía-des); e b. Lázaro tinha sido ressuscitado dos mortos, e os principais sacerdotes, sendo saduceus, não criam na ressurreição! - Então tramaram matá-lo também, na esperança de que, com toda probabilidade, ele não mais pudesse ser ressuscitado de novo. Ao que parece, a decisão a respeito de Lázaro nunca foi executada.
Lázaro, gozando de saúde perfeita, andando por todo lado como de costume, deixava uma impressão indelével na multidão, pois se sabia que esse era o mesmo homem que tinha estado morto no túmulo por quatro dias! Como resultado do que eles tinham agora visto com os próprios olhos, muitos, ao partir de Betânia, voltavam crendo em JESUS (o imperfeito é usado aqui éiúaTeuov, seguido de elç). Para o significado de -FTLoieúcj dç ver também sobre 1.8; 3.16; 8.30, 31a. Em vista de 12.37, em que a mesma forma é usada no original (o imperfeito do verbo seguido de dç), e em que a fé genuína é indicada, deve-se considerar possível que esses crentes tinham se tomado discípulos no melhor sentido do termo; pelo menos, isso se aplicava a muitos entre eles.
Síntese de 12.1-11
 O Filho de DEUS é Ungido por Maria de Betânia. O Nobre Ato de Maria.
I. Seu Caráter.
A. Foi inspirada pela gratidão
A diferença entre Maria e Judas era esta: Judas falhou em completar o ciclo; Maria (pela soberana graça de DEUS) o completou. A comunhão (embora apenas exterior) com o Senhor dia após dia deveria ter resultado em gratidão da parte de Judas, mas não, pois ele era uma pessoa inteiramente egoísta, um ladrão calculista e frio, um embusteiro nato. Maria, por outro lado, entendeu que quando o amor desce dos céus, em feitos de poder e misericórdia - tal como a ressurreição de Lázaro -, ele deve ser correspondido sob a forma de gratidão. Os céus tinham falado: “Lázaro, saia”. A terra tinha respondido e a suave fragrância de seu feito foi enviada de volta aos céus. Dessa maneira, o amor respondeu ao amor, e o círculo se completou. Ai do homem ou mulher que falha em completar o círculo! Cf. Efésios 1.312.
II. / ’'oi singular em sua compreensão.
JESUS tinha mencionado muitas vezes a aproximação de seu sofrimento e morte (também sua ressurreição, mas Maria não parece ter entendido isso). Essas predições não foram cridas. Pedro dissera: “Que isso nunca aconteça contigo.” Maria, porém, compreendeu pelo menos em parte. Ela creu e ungiu JESUS em antecipação de seu sepultamento.
C.    Foi régia em sua prodigalidade.
Não havia nada medido ou cuidadosamente calculado nessa oferta. Maria quebrou o vaso e o derramou completamente! A devoção dela era irrestrita em sua expressão. O vaso era de alabastro caríssimo. O bálsamo era muito precioso. Sua essência era um artigo genuíno’, nardo puro, obtido com grande dificuldade de uma região remota. E a quantidade de bálsamo era uma libra inteira, suficiente para ungir não apenas a cabeça, mas também os pés, e estes tão copiosamente que tiveram de ser enxugados! A casa inteira ficou tomada pelo perfume!
D.    Foi bela em sua oportunidade.
A simples presença de Lázaro, ressurreto dentre os mortos (e de Simão, curado de sua lepra) tornou o feito oportuno. Também JESUS estava para entrar nas águas profundas e na escura noite da Semana da Paixão. Agora era a hora para o ato de Maria (seu KuXbv ’épyov: belo feito; ver Mc 14.6).
II. Sua Avaliação.
A.    Por Judas: “Para que esse desperdício?” (Mt 26.8).
B.    Por JESUS: “Ela praticou uma boa ação” (uma bela ação, Mc 14.6).
“Mui solenemente eu lhes declaro, onde for pregado em todo o mundo este evangelho será também contado o que ela fez, para memória sua” (Mt 26.13).
 
ERA COSTUME ENTRE OS POVOS ANTIGOS UNGIREM O DEFUNTO PARA DIMINUIR OS ODORES DEIXADOS POR SEUS CORPOS DURANTE O VELÓRIO OU VISITAS A SEUS TÚMULOS
E, vinda já a tarde, chegou um homem rico, de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de JESUS. Este foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de JESUS. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se. E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro. Mateus 27:57-61
Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de DEUS, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de JESUS. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José; O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham. Marcos 15:43-47
E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. Marcos 16:1,2
E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo, Que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, de Arimatéia, cidade dos judeus, e que também esperava o reino de DEUS; Esse, chegando a Pilatos, pediu o corpo de JESUS. E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado. E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento. Lucas 23:50-56
Depois disto, José de Arimatéia (o que era discípulo de JESUS, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de JESUS. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de JESUS. E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a JESUS), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de JESUS e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro. E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto. Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a JESUS. João 19:38-42
Um funeral judaico é uma cerimônia de calma dignidade; uma mortalha branca é usada tanto pelos ricos como pelos pobres, um caixão simples de madeira, um enterro rápido sem ostentação são alguns dos costumes simples que predominam. Há a proibição tanto da cremação (a eliminação rápida e não natural do corpo) e o embalsamamento (a preservação não natural do corpo), mostram uma filosofia do homem e seu relacionamento com DEUS e com a natureza. O mandamento de enterrar os mortos sem delongas traça uma linha muito fina porém clara entre a reverência pelos mortos e veneração pelos mortos.
Preparação do corpo - "Assim como veio, ele deve ir," diz Cohêlet. Assim como um recém-nascido é imediatamente lavado e entra neste mundo limpo e puro, também aquele que parte deste mundo deve ser limpo e purificado através do ritual religioso chamado taharat, purificação. O taharat é realizado pela Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada, i.e., Sociedade Funerária), consistindo de judeus instruídos na área de deveres tradicionais, que podem mostrar o respeito adequado pelo falecido. A Torá, em sua sabedoria, exigiu que o enterro ocorresse o mais rápido possível depois da morte.
O conceito religioso incluído nesta lei é que o homem, feito à imagem de D'us, deve receber o mais profundo respeito. É considerada uma questão de grande constrangimento e descortesia deixar o falecido sem enterrar – sua alma retornou a D'us, mas seu corpo é deixado na terra dos vivos. A Lei Judaica é inequívoca ao estabelecer de maneira absoluta que os mortos devem ser enterrados na terra. O corpo do homem retorna ao pó como era. A alma sobe a D'us mas o abrigo físico, os elementos químicos que revestiam a alma, mergulham no vasto reservatório da natureza. "Pois do pó vieste, e ao pó retornarás" (Bereshit 3:19) é o princípio guia no que tange à escolha dos caixões, que deve ser completamente feito de madeira.
Além da limpeza física e preparação do corpo para o enterro, eles também recitam as preces apropriadas exigidas.
PROCEDIMENTOS MODERNOS PARA VELÓRIO NO BRASIL
Ao receber o corpo, o primeiro procedimento feito com o cadáver é a retirada de todas as substâncias líquidas e gasosas. “Com o corpo seco, injetamos 7 litros de água misturados a 1 litro de formol. Este procedimento leva cerca de 1h30 e garante a conservação do corpo para o velório”, segundo um tanatólogo. Quanto maior a quantidade de formol, maior o tempo que o corpo pode ser velado. A maquiagem do cadáver também é importante. Na sala de preparo do cadáver há um estojo com produtos de salão de beleza. Pó compacto, base e batom também fazem parte dos instrumentos de trabalho. “Também existe uma massa facial para casos em que é preciso fazer a reconstituição da pele, em pessoas que foram baleadas, por exemplo,” O formol costuma deixar a pele mais vistosa. Quando se tira a barba de uma pessoa que a possuía há muito tempo também causa surpresa”. Além da função de tanatólogo, há o necromaquiador, especialista em maquiar defuntos.
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
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Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:Sociedade Bíblica do Brasil, 2006 - Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
Bíblia Ilúmina em CD - Bíblia de Estudo NVI em CD - 
Bíblia
 Thompson EM CD. - Bíblia NVI - Bíblia Reina Valera - Bíblia SWord - Bíblia Thompson - Bíblia VIVA - Bíblia Vivir
Bíblias e comentários e dicionários diversas da Bíblia The Word - Comentário Bíblico Moody - Comentário Bíblico Wesleyano
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001 - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes - Comentário Bíblico - John Macarthur 
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Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD - Dicionário Strong Hebraico e Grego - Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD - Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD 
Enciclopédia Ilúmina - Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP - Gênesis - Comentário Adam Clarke - Série Cultura Bíblica - Vários autores - Vida Nova
Gênesis - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
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Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - Lição 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Revista CPAD - ABRAÃO - 4º Trimestre de 2002 - ÊXITOS E FRACASSOS DO AMIGO DE DEUS - COMENTÁRIOS DE Pr. ELIENAI CABRAL
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD - HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD - Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD - Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
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Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - W. W. Wiersbe Expositivo
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - CPAD