Escrita
Lição 9, CPAD, O Caminho, A Verdade E A Vida, 2Tr25, Com. Extra Pr
Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS
1. O Caminho, a Verdade e a Vida.
2. Consolo num cenário de angústia.
3. Uma promessa gloriosa.
II – DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO
1. A dúvida de Tomé.
2. As incertezas de Pedro e Filipe.
3. O engano de Judas Iscariotes.
III – CAMINHO, VERDADE E VIDA
1. “Eu Sou o Caminho.”
2. “Eu Sou a Verdade.”
3. “Eu Sou a Vida.”
“Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6)
A imagem de JESUS CRISTO como o caminho, a verdade e a vida reforça a nossa fé e consolida a nossa comunhão com DEUS.
Segunda - Jo 14.1 O caminho que nos proporciona paz e tranquilidade
Terça - Jo 14.2,3 O caminho que nos conduz às moradas celestiais
Quarta - Jo 10.11,14,28 Não estamos sozinhos na jornada com JESUS
Quinta - Jo 16.7,8 No caminho com JESUS contamos com o apoio do Consolador
Sexta - Jo 1.1,18 No caminho com JESUS encontramos a revelação de DEUS
Sábado - Jo 15.26; 16.13 No caminho com JESUS, o ESPÍRITO SANTO testifica do Filho
1 - Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim.
2 - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.
3 - E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
4 - Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.
5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?
6 - Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
7 - Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto.
8 - Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
9 - Disse-lhe JESUS: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
10 - Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
11 - Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
12 - Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
13 - E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 - Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
15 - Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
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EBD PECC (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2024 | TEMA: JOÃO – O Evangelho do Filho de DEUS | Escola Bíblica Dominical | Lição 11: João 14 – JESUS Conforta os discípulos e promete o Consolador
Em João 14 há 31 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João 14.1-27 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Professor, esta é uma excelente lição para levarmos a classe a ver as circunstâncias da vida pela lente do verdadeiro Evangelho, pois João 14 é um capítulo que sucede uma série de más notícias, como a morte de JESUS (Jo 12.33), a partida dele (Jo 13.1), a negação de Pedro (Jo 13.38) e a traição de Judas (Jo 13.26). Dessa maneira, temos notícias de morte, traição, abandono e ingratidão. JESUS, no entanto, não confortou os discípulos dizendo que essas coisas acabariam, mas fazendo uma promessa de vida eterna, “…na casa de meu pai há muitas moradas.” A convicção de que vamos morar no céu deve ser maior do que as nossas dores sentidas nesta vida, e devemos ser consolados com essa certeza.
Encontrar consolo nas horas de aflição nas promessas de vida eterna.
Trilhar o caminho da oração.
Desfrutar do amor do Pai.
Desfrutar do amor do Pai.
Estabeleça esta aula apontando lugares, como países de primeiro mundo, onde não há fome, problemas educacionais, bem como saúde pública em precariedade. Em seguida, afirme à turma que, dentro desse contexto, se as promessas de DEUS estivessem ligadas sobretudo às coisas da terra, não haveria necessidade alguma de as pessoas desses lugares conhecerem a DEUS. Mas, como a nossa esperança não está aqui, ainda que bens materiais não nos faltem, podemos ser consolados com a promessa de vida eterna (Jo 14.1).
É JESUS quem está se dirigindo para a agonia da cruz; é JESUS quem está profundamente perturbado no coração (12.27) e no espírito (13.21); todavia, nessa noite das noites, o momento crucial de todos os tempos que seria apropriado para os seguidores de JESUS lhe darem apoio emocional e espiritual, ele ainda é o único que se doa, que conforta e que instrui.
Diante de tudo isso, os discípulos estão com o coração turbado. O coração aqui é o eixo em torno do qual giram os sentimentos e a fé, bem como a mola mestra das palavras e ações. A alma deles é uma tempestade.
É nesse contexto que JESUS se levanta como terapeuta da alma, a fim de confortá-los.
O coração turbado é a coisa mais comum no mundo. Esse problema atinge pessoas de todos os estratos sociais, de todos os credos religiosos e de todas as faixas etárias. Nenhuma tranca consegue manter fora de nossa vida essa dor. Um coração pode ficar turbado pelas pressões que vêm de fora ou pelos temores que vêm de dentro.
Até mesmo os cristãos mais consagrados precisam beber muitos cálices amargos entre a graça e a glória.
SITUAÇÃO DOS DISCÍPUOS:
a) tristes, em razão da iminente partida de CRISTO e da esmagadora solidão que os atingia; b) envergonhados, em razão do egoísmo que haviam evidenciado, perguntando quem era o maior entre eles; c) perplexos, em razão da predição de que Judas trairia JESUS e Pedro o negaria e os demais ficariam dispersos; d) vacilantes na fé, pensando: “Como o Messias pode ser alguém que será traído?”; e) angustiados, diante das aflições, açoites, perseguições, prisões e torturas que enfrentariam pela frente.
JESUS os consola, dizendo: Não se turbe o vosso coração (ARA). O que pode confortar um coração turbado? Como podemos encontrar consolo na hora da aflição? O texto em tela nos dá a resposta.
“Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim.” Jo 14.1
JESUS nos conforta dizendo que o melhor está por vir; que o final será glorioso e apoteótico: Sua vinda.
² Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
³ E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
⁴ Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
⁵ Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
⁶ Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
⁷ Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
⁸ Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
⁹ Disse-lhe JESUS: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
¹⁰ Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
¹¹ Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
¹² Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
¹³ E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
¹⁴ Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
¹⁵ Se me amais, guardai os meus mandamentos.
¹⁶ E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
¹⁷ O ESPÍRITO de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
¹⁸ Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
¹⁹ Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
²⁰ Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.
²¹ Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
²² Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
²³ JESUS respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.
²⁴ Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.
²⁵ Tenho-vos dito isto, estando convosco.
²⁶ Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
²⁷ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
INTRODUÇÃO
I- NÃO SE TURBE O CORAÇÃO Jo 14.1-3
1- Creia em DEUS e em JESUS Jo 14.1
2- O céu é o nosso lar Jo 14.2
3- Como JESUS descreve o céu? Jo 14.3
II- O CAMINHO E A ORAÇÃO Jo 14.415
1- Caminho, verdade e vida Jo 14.4-6
2- Mostra-nos o Pai Jo 14.7-11
3- Conforto da oração Jo 14.12-15
III- O ESPÍRITO SANTO E A PAZ Jo 14.16-31
1- Temos o ESPÍRITO SANTO Jo 14.16, 17
2- Desfrutemos o amor do Pai Jo 14.18-24
3- Deixo-vos a paz Jo 14.25-31
INTRODUÇÃO
JESUS estava se despedindo dos discípulos. Aquela era a
quinta-feira do Getsêmani, do suor de sangue, da traição de Judas, da negação
de Pedro, da prisão de JESUS. Nesse momento crucial Ele é quem conforta e
instrui Seus discípulos.
I- NÃO SE TURBE O CORAÇÃO (Jo 14.1-3)
Os discípulos estão com o coração turbado. JESUS se levanta como
terapeuta da alma, os consola, dizendo: “Não se turbe o vosso coração”. O que
pode confortar um coração turbado? Como podemos encontrar consolo na hora da
aflição? O texto em tela nos dá a resposta.
1- Creia em DEUS e em JESUS (Jo 14.1). Não
se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim.
JESUS conforta Seus discípulos dizendo que, da mesma maneira que
eles creem em DEUS, deveriam crer também Nele. Com isso, JESUS reafirma
sua divindade. Uma pequena fé no grande DEUS vale mais do que uma grande
fé no objeto errado. Não é fé na fé. Muitos dizem: “Ah! Eu tenho uma grande
fé”. Confiam na fé que têm, e não no grande DEUS. Fé em CRISTO é o remédio para
a doença do coração turbado. Os problemas aparecem, a solidão, a crise
financeira, a doença, o luto, a dor, as lágrimas, os vales profundos, as noites
escuras virão, mas “continuem confiando em mim”, conclamou JESUS. A fé olha
para JESUS, e não para a tempestade. A fé ri das impossibilidades. A fé triunfa
nas crises.
2- O céu é o nosso lar (Jo 14.2,3). Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar.
Quando JESUS fala de ir preparar lugar, não se trata de Ele entrar
em cena e, depois, começar a preparar o terreno; ao contrário, no contexto da
teologia joanina, é o próprio ato de ir, via cruz e a ressurreição, que prepara
o lugar para os discípulos. Olhar para a frente, para a recompensa, para a
herança imarcescível (incorruptível), para a pátria eterna, para o lar
celestial, nos capacita a triunfar sobre as turbulências da vida.
3- Como JESUS descreve o céu? (Jo 14.3) E
quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
a) É a casa do Pai com muitas moradas (14.2). O céu é onde se
encontra o trono de DEUS. Se o céu é a casa do Pai, significa que o céu é o
nosso lar. No céu, há morada permanente para todos os filhos de DEUS. Aqui no
mundo somos estrangeiros, mas no céu estaremos em casa, na casa do Pai. Lá não
haverá dor, nem luto, nem tristeza. Lá esqueceremos as agruras desta vida. Lá
nossa alegria será completa. William Barclay diz que não temos porque especular
como será o céu. Basta-nos saber que estaremos com JESUS para sempre!
b) O céu é o lugar preparado por JESUS (14.3), Nós não compramos esse lugar no
céu. Nós não o merecemos. Esse lugar nos é dado como presente. É graça, pura
graça. JESUS preparou esse lugar na cruz, na Sua morte, ressurreição, ascensão
e intercessão. Lá na cruz, JESUS abriu-nos um novo e vivo caminho para DEUS.
Estamos a caminho da glória!
c) O céu é o lugar de comunhão eterna com CRISTO e com os irmãos (14.3). A
maior glória do céu é estarmos com CRISTO para sempre e sempre. Vamos
contemplar o Seu rosto, servi-lo, exaltá-lo, a eternidade inteira. Seremos uma
só família, um só rebanho, uma só Igreja, um só corpo com o Cordeiro. Vamos
abraçar os patriarcas, os profetas, os apóstolos e os entes queridos que nos
antecederam.
II- O CAMINHO E A ORAÇÃO (Jo 14.4-15)
Sabendo que podemos buscar o Pai em oração (14.12-15).
1- Caminho, verdade e vida (Jo 14.4-6). Disse-lhe
JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim.
”Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim” (14.6).
Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem
crer; a vida que vocês devem viver. Eu sou o caminho inerrante, a verdade
infalível, a vida infindável. Se vocês permanecerem no caminho, conhecerão a
verdade e tomarão posse da vida eterna. Ele nos abriu o caminho da árvore da
vida, que foi fechada quando Adão
e Eva caíram.
2- Mostra-nos o Pai (Jo 14.7-11). Disse-lhe
Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Até então, os discípulos não tinham compreendido que aquele que vê JESUS
vê o Pai, pois JESUS e o Pai são um. JESUS diz aos discípulos que conhecê-lo é
conhecer o Pai. Essa declaração levou Filipe a fazer uma pergunta: “Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (14.8). JESUS não apenas é um com o Pai,
mas é também o porta-voz do Pai. O que Ele fala não fala por si mesmo, mas fala
da parte do Pai. JESUS é o agente do Pai (14.11). A evidência absoluta da
unidade entre o Pai e o Filho é que o Filho realiza as mesmas obras do Pai. Ele
é o Verbo criador. O Pai e Ele trabalham até agora.
3- Conforto da oração (Jo 14.12-15). E
tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho.
A oração é um dos melhores remédios para um coração perturbado.
Falar com DEUS faz bem à alma. Falar com DEUS nos satisfaz!
a) Orar com fé (14.12). Essa declaração de JESUS tem sido mal interpretada por
muitos. As maiores obras que os discípulos crentes farão não são maiores quanto
à natureza das obras, mas maiores em extensão. Aqui vale o princípio de que o
servo não é maior do que o seu Senhor (13.16). A fé no CRISTO exaltado, que
está à destra do Pai, tem o governo do mundo em Suas mãos e derramou sobre a
Igreja o Seu ESPÍRITO, pode abrir-nos portas mais amplas para colhermos frutos
mais abundantes do que aqueles colhidos por CRISTO. No dia de Pentecostes,
Pedro, com um único sermão, levou para o reino quase três mil pessoas. Não há
obra maior do que a conversão de uma alma. Warren Wiersbe aponta como óbvio que
não é o cristão que realiza essas “coisas maiores”; antes, quem opera os
milagres é DEUS trabalhando no cristão e através dele: e o Senhor cooperava com
eles (Mc 16.20).
b) Orar em nome de JESUS (14.13-15). A oração com fé, endereçada a DEUS, em
nome de JESUS, é a chave que abre os celeiros do céu. Não é, entretanto, uma
“fórmula mágica” que acrescentamos automaticamente às orações que fazemos a DEUS.
Significa pedir o que JESUS pediria, o que lhe agradaria e o glorificaria. Não
erguemos nossas orações aos céus fiados em nosso mérito, mas nos méritos
infinitos de JESUS. Nossas orações precisam ser estribadas nos méritos de CRISTO
e feitas segundo a vontade de DEUS. A oração é endereçada ao Pai a quem amamos,
e a prova do nosso amor a DEUS é nossa amorosa obediência.
III- O ESPÍRITO SANTO E A PAZ (Jo 14.16-3)
Embora todas as versões do Evangelho se refiram ao ESPÍRITO SANTO,
o Evangelho segundo João apresenta o ensino mais amplo de JESUS com relação ao ESPÍRITO.
Só no livro de João JESUS o chama de espírito da verdade e consolador (14-16).
Estes dois são peculiares a João.
1- Temos o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,17). E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre; O ESPÍRITO de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
JESUS subiria para o Pai, mas o Pai, em resposta à sua oração,
enviaria o ESPÍRITO SANTO, o outro Consolador, para estar para sempre conosco.
a) O ESPÍRITO SANTO é semelhante a JESUS (14.16). “E eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro consolador”. Significa “outro igual, da mesma substância”. O ESPÍRITO
é DEUS, com os mesmos atributos do Pai e do Filho. A palavra grega paracletos
significa, “consolador”, “advogado”, a pessoa que traz para o lado a outra para
defender.
b) O ESPÍRITO SANTO é permanente (14.16b). “Para que fique para sempre
convosco”. O ESPÍRITO SANTO jamais deixaria os discípulos.
c) ESPÍRITO SANTO da verdade que habita em nós (14.17). O ESPÍRITO SANTO é a
fonte da verdade que o inundo não pode receber. No dia de Pentecostes, Ele não
veio apenas para habitar entre nós, mas, também, para morar em nós. Nosso corpo
transformou-se no Lugar Santíssimo, no SANTO dos Santos de Sua habitação.
2- Desfrutemos o amor do Pai (Jo 14.18-24). Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Antes de partir, JESUS deixou claro aos discípulos que não os
deixaria órfãos nem abandonados (14.18). O mundo não verá mais JESUS quando Ele
partir. Então, assim como o Filho está no Pai e o Pai no Filho, nós também
estaremos em JESUS, e Ele, em nós, através do ESPÍRITO SANTO (19,20). Assim o
amor de DEUS manifesta-se aos cristãos no presente (14.20-24). Aquele que ama a
JESUS é o que guarda os seus mandamentos. Aquele que ama a JESUS e guarda os
seus mandamentos é aquele que é amado pelo Pai. É a estes que JESUS se
manifesta.
3- Deixo-vos a paz (Jo 14.25-31). Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize.
JESUS, como terapeuta da alma, conclui Sua mensagem de consolo
falando sobre verdades importantes.
a) O ESPÍRITO nos ensinará (14.25,26). Ensinará todas as coisas e trará à
memória tudo o que eles aprenderam de JESUS. Nas horas mais graves do cerco do
adversário, o ESPÍRITO SANTO trará as palavras certas, nas horas certas.
b) A paz diferente do mundo (14.27). JESUS vai para o Pai, mas deixa com Seus
discípulos a Sua paz. Essa paz não é a mesma paz que o mundo dá. A paz do mundo
é apenas uma trégua. A paz de CRISTO é alegria inefável no meio da luta. É a
presença sobrenatural na fornalha. É a proteção segura na cova dos leões. É a
coragem inabalável no vale da morte. A paz de CRISTO é a paz que defende nosso
coração e nossa mente da invasão da ansiedade.
c) Alegrar por Sua volta para o Pai (14.28-31), pois isso desembocaria no envio
do outro Consolador e iniciaria Sua obra intercessora junto ao trono da graça
(Hb 2.17,18; 4.14-16; 7.23). Quando JESUS diz: “pois o Pai é maior do que eu”
(14.28), significa que quando Ele estava na terra, limitou-se, necessariamente,
a um corpo humano. Nesse sentido, o Pai era maior do que o Filho. É evidente
que, quando o Filho voltou para o céu, tudo o que havia colocado de lado lhe
foi restituído (17.1,5).
APLICAÇÃO PESSOAL
Temos o ESPÍRITO dentro de nós, o Salvador acima de nós e a Palavra
diante de nós – recursos tremendos para nos dar paz.
Resumo
1) O céu é o lugar de comunhão eterna com CRISTO com nossos
irmãos.
2) “Eu sou o caminho, A verdade e a vida, ninguém vem ao pai a não ser por
mim.
3) Aquele que ama a JESUS e guarda os Seus mandamentos, É aquele que é
amado pelo Pai.
REVISTA PECC – BELÉM – PA - 2024
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João 14.
4-11
Tendo disposto a
felicidade do céu diante deles, como o fim, CRISTO aqui mostra a si mesmo como
sendo o caminho para se chegar a ela, e lhes diz que eles estavam mais
familiarizados, tanto com o fim que deveriam ter em mente, como com o caminho
que deviam percorrer, do que pensavam estar: “Vós sabeis”, isto é: 1. “Vocês
podem saber. Não é uma daquelas coisas secretas que não pertencem a vocês, mas
uma das coisas reveladas. Vocês não precisam subir ao céu, nem descer às
profundezas, pois a palavra está junto de vocês (Rm 10.6-8), no mesmo nível que
vocês”. 2. “Vocês realmente sabem. Vocês sabem qual é a casa e qual é o
caminho, embora talvez não os conheçam como a casa e o caminho. Eu lhes
ensinei, e vocês não podem deixar de saber. Basta que vocês estejam dispostos a
se lembrar e a considerar isto”. Observe que JESUS CRISTO está desejoso de
aproveitar ao máximo o conhecimento do seu povo, embora ele seja fraco e
defeituoso. Ele conhece o bem que há neles, melhor do que eles mesmos, e tem
certeza de que eles têm aquele conhecimento, e fé, e amor, dos quais eles
mesmos não se dão conta, nem têm certeza.
Esta mensagem de CRISTO
deu oportunidade para que dois dos seus discípulos se dirigissem a Ele, e Ele
responde aos dois.
I
Tomé perguntou sobre o caminho (v. 5), sem
nenhum pedido de desculpas por contradizer ao seu Mestre.
1. Ele disse:
“‘Senhor, nós não sabemos para onde vais’, para que lugar ou condição, ‘e como
podemos saber o caminho’, em que devemos te seguir? Nós não podemos nem
imaginar onde é, nem perguntar, mas ainda estaremos perdidos”. O testemunho de CRISTO
a respeito do conhecimento deles os deixou mais conscientes da sua ignorância e
mais inquisitivos em busca de esclarecimento adicional. Tomé aqui mostra uma
modéstia maior do que a de Pedro, que pensava que poderia seguir a CRISTO
agora. Pedro era o mais preocupado em saber para onde CRISTO ia. Aqui Tomé,
embora se queixe de não saber isto, parece mais preocupado em saber o caminho.
Veja: (1) A confissão da sua ignorância foi suficientemente recomendável. Se os
homens bons estão às escuras, e conhecem somente parte das coisas, ainda assim estão
dispostos a reconhecer seus defeitos. Mas (2) A causa da sua ignorância era
passível de culpa. Eles não sabiam para onde CRISTO ia, porque sonhavam com um
reino temporal, em pompa e poder externos, e se iludiam com isto, apesar do
fato de que Ele contradizia isto repetidas vezes. Consequentemente, quando CRISTO
falou de ir embora e dos discípulos seguindo-o, eles imaginaram que Ele iria a
alguma cidade extraordinária, Belém, Nazaré, Cafarnaum, ou algumas das cidades
dos gentios, como Davi foi a Hebrom, para ser ungido rei e para restaurar o
reino de Israel. E qual era o caminho para este lugar, onde deveriam ser
construídos castelos no ar, se era para o leste, oeste, norte, ou sul, eles não
sabiam, e, portanto, não sabiam o caminho. Desta maneira, nós consideramos que
ainda estamos mais às escuras do que precisamos estar, a respeito do estado
futuro da igreja, porque esperamos sua prosperidade terrena, ao passo que é
para seu progresso espiritual que a promessa aponta. Se Tomé tivesse
compreendido, como poderia ter sido capaz de compreender, que CRISTO estava
indo para o mundo invisível, o mundo dos espíritos, ao qual as coisas
espirituais estão relacionadas, ele não teria dito: “Senhor, nós não sabemos… o
caminho”.
II
A esta queixa da sua ignorância, que incluía
um desejo de ser ensinado, CRISTO dá uma resposta completa, vv. 6,7. Tomé tinha
perguntado tanto para onde Ele ia como também qual era o caminho, e CRISTO
responde estas duas perguntas, e explica o que tinha dito, que eles não teriam
necessidade de nenhuma resposta, se tivessem compreendido corretamente, pois
eles o conheciam, e Ele era o caminho. Eles conheciam o Pai, e chegar à
presença dele era o maior objetivo. “Portanto, ‘vós sabeis para onde vou e
conheceis o caminho’. Crede em DEUS como o destino da caminhada, e em mim, como
o caminho (v. 1), e fazei tudo o que deveis fazer”.
1. Ele fala de si
mesmo como sendo o caminho, v. 6. “Vocês não sabem o caminho? ‘Eu sou o
caminho’, e Eu somente, pois ‘ninguém vem ao Pai senão por mim’”. Grandes
coisas CRISTO diz aqui a seu respeito, mostrando-nos:
(1) A natureza da sua
mediação: Ele é “o caminho, e a verdade, e a vida”.
Em primeiro lugar,
consideremos estas coisas distintamente. 1. CRISTO é o “caminho”, o caminho
predito, Isaías 35.8. CRISTO foi seu próprio caminho, pois pelo seu próprio
sangue, entrou uma vez no santuário (Hb 9.12), e Ele é nosso caminho, pois nós
entramos por seu intermédio. Com sua doutrina e seu exemplo, Ele nos ensina
nosso dever, com seu mérito e sua intercessão, Ele busca nossa felicidade, e,
desta maneira, Ele é o caminho. Nele, DEUS e homem se encontram e se reúnem.
Nós não conseguimos chegar à árvore da vida pelo caminho da inocência, mas CRISTO
é outro caminho para se chegar até ela. Por intermédio de CRISTO, sendo o
caminho, um relacionamento se estabelece e se mantém entre o céu e a terra. Os
anjos de DEUS sobem e descem. Nossas orações vão até DEUS, e suas bênçãos vêm
até nós, por intermédio de CRISTO. Este é o caminho que leva ao descanso, o bom
e antigo caminho. Os discípulos o seguiam, e CRISTO lhes diz que eles seguiam o
caminho e, enquanto continuassem seguindo-o, nunca sairiam do caminho. 2. Ele é
“a verdade”. (1) Assim como a verdade se opõe a figuras e sombras. CRISTO é a
essência de todos os tipos do Antigo Testamento, que, portanto, são
considerados figuras do verdadeiro, Hebreus 9.24. CRISTO é o verdadeiro maná
(Jo 6.32), o verdadeiro Tabernáculo, Hebreus 8.2. (2) Assim como a verdade se
opõe à falsidade e ao erro. A doutrina de CRISTO é uma doutrina verdadeira.
Quando procuramos a verdade, nós não precisamos aprender nada além da verdade
que existe em JESUS. (3) Assim como a verdade se opõe à falácia e à fraude. Ele
é verdadeiro a todos os que confiam nele, tão verdadeiro como a verdade
propriamente dita, 2 Coríntios 1.20. 3. Ele é “a vida”, pois nós estamos vivos
para DEUS, e em CRISTO JESUS, Romanos 6.11. O CRISTO formado em nós é, para
nossas almas, aquilo que nossas almas são para nossos corpos. CRISTO é “a
ressurreição e a vida”.
Em segundo lugar,
consideremos estas coisas conjuntamente, e referindo-se umas às outras. CRISTO
é “o caminho, e a verdade, e a vida”, isto é: 1. Ele é o princípio, o meio e o
fim. Nele nós devemos iniciar, prosseguir e terminar. Como a verdade, Ele é o
guia do nosso caminho. Como a vida, Ele é o fim dele. 2. Ele é o caminho vivo e
verdadeiro (Hb 10.20). Existe verdade e existe vida no caminho, assim como no
seu final. 3. Ele é o verdadeiro caminho para a vida, o único caminho
verdadeiro. Outros caminhos podem parecer corretos, mas o fim deles é o caminho
da morte.
(2) A necessidade da
sua mediação: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”. O homem caído deve ir até DEUS
como a um Juiz, mas não pode ir até Ele como a um Pai, senão por intermédio de CRISTO,
como Mediador. Nós não podemos cumprir o dever de ir até DEUS, pelo
arrependimento e pelos atos de adoração, sem o ESPÍRITO e a graça de CRISTO,
nem obter a felicidade de ir até DEUS, como nosso Pai, sem seu mérito e sua
justiça. Ele é “sumo sacerdote da nossa confissão”, nosso advogado.
2. Ele fala de seu Pai
como o fim (v. 7): “‘Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu
Pai’, e, daqui por diante, pela glória que vistes em mim, e pela doutrina que
ouvistes de mim, ‘já desde agora o conheceis e o tendes visto’”. Aqui temos:
(1) Uma tácita repreensão aos discípulos, pela tolice e pela desatenção que
estavam demonstrando, não se familiarizando com JESUS CRISTO, embora tivessem
sido seus constantes seguidores e colaboradores: “Se vós me conhecêsseis a
mim”. Eles o conheciam, e ainda assim não o conheciam tão bem como poderiam e
como deveriam tê-lo conhecido. Eles sabiam que Ele era o CRISTO, mas não
prosseguiram para conhecer a DEUS através dele. CRISTO tinha dito aos judeus
(Jo 8.19): “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai”. E
aqui a mesma coisa Ele diz aos seus discípulos. Pois é difícil dizer o que é
mais estranho, se a deliberada ignorância daqueles que são inimigos da luz, ou
se os defeitos e enganos dos filhos da luz, que tiveram tais oportunidades de
conhecimento. Se eles tivessem conhecido adequadamente a CRISTO, teriam sabido
que seu reino é espiritual, e não é deste mundo, que Ele desceu do céu, e,
portanto, deveria retornar ao céu. E então eles teriam também conhecido ao seu
Pai, teriam sabido para onde Ele deveria ir, quando disse: “Vou para o Pai”,
para uma glória no outro mundo, e não neste. Se conhecêssemos melhor o
cristianismo, nós conheceríamos melhor a religião natural. (2) Uma indicação
favorável de que Ele estava muito satisfeito a respeito da sinceridade deles,
apesar da fraqueza do seu entendimento: “‘E já desde agora’, depois que lhes
dei esta pista, que lhes servirá como chave para todas as instruções que Eu
lhes dei até aqui, deixem-me dizer a vocês, ‘o conheceis e o tendes visto’, tanto
quanto me conhecem e me têm visto”. Pois no rosto de CRISTO nós vemos a glória
de DEUS, assim como vemos um pai no seu filho, pelo fato do filho se parecer
com seu pai. CRISTO diz aos seus discípulos que eles não eram tão ignorantes
quanto pareciam ser, pois, embora fossem criancinhas, ainda assim conheciam o
Pai, 1 João 2.13. Observe que muitos dos discípulos de CRISTO têm
mais conhecimento e mais graça do que pensam ter, e CRISTO percebe isto, e fica
satisfeito com este bem que eles possuem e que não se dão conta de possuí-lo,
pois aqueles que conhecem a DEUS não sabem, imediatamente, que o conhecem, 1
João 2.3.
III
Filipe perguntou sobre o Pai (v. 8), e CRISTO
lhe respondeu, vv. 9-11. Observe:
1. O pedido de Filipe
por alguma revelação extraordinária do Pai. Ele não era tão disposto a falar
como outros, entre eles, eram, e ainda assim, com um fervoroso desejo de mais
luz, ele clama: “Mostra-nos o Pai”. Filipe ouviu tudo o que CRISTO disse a
Tomé, e se deteve nas últimas palavras: “O tendes visto”. “Não”, diz Filipe,
“isto é o que nós queremos, é o que desejamos: ‘Mostra-nos o Pai, o que nos
basta’”. (1) Isto pressupõe um fervoroso desejo de conhecer a DEUS como Pai. O
pedido é: “‘Mostra-nos o Pai’. Deixe-nos conhecê-lo neste relacionamento”. E
isto ele implora, não somente para si mesmo, mas para o resto dos discípulos. A
alegação é: “Nos basta”. Ele não somente professa isto por si mesmo, mas fala
também pelos seus co-Discípulos. Conceda-nos somente uma visão do Pai, e
teremos o suficiente. Jansênio diz: “Embora Filipe não quisesse dizer isto,
ainda assim o ESPÍRITO SANTO, pela sua boca, desejava aqui nos ensinar que a
satisfação e a felicidade de uma alma consiste em ver a DEUS, e desfrutar sua gloriosa
presença”, Salmos 16.11; 17.15. No conhecimento de DEUS, baseia-se todo o
entendimento, e ele está no topo do nosso anelo. No conhecimento de DEUS, como
nosso Pai, a alma se satisfaz. Uma visão do Pai é um céu sobre a terra, e nos
enche de uma alegria indescritível. (2) A maneira como Filipe fala aqui indica
que ele não estava satisfeito com esta revelação do Pai que CRISTO julgava
adequado fazer-lhes. Ele deseja argumentar com o Senhor, e pressioná-lo,
pedindo algo além, e nada menos que alguma aparição visível da glória de DEUS,
como aquela que fora dada a Moisés (Êx 33.22), e aos anciãos de Israel, Êxodo 24.9-11. “Deixa-nos ver o Pai com nossos olhos físicos, como
vemos a ti, e isto nos basta. Nós não te perturbaremos com mais perguntas do
tipo: Para onde vais?” Isto manifesta não somente a debilidade da sua fé, mas
sua ignorância sobre a maneira como o Evangelho manifesta o Pai, que é
espiritual e imperceptível. Uma visão de DEUS como esta, pensa Filipe, lhes
bastaria, e ainda assim, àqueles que o viram desta maneira não bastou, mas eles
logo se corromperam e fizeram uma imagem de escultura. As instituições de CRISTO
proveram melhor para a confirmação da nossa fé do que nossas próprias invenções
poderiam fazê-lo.
2. A resposta de CRISTO,
lembrando-o das revelações já feitas sobre o Pai, vv. 9-11.
(1) O Senhor o lembra
do que ele tinha visto, v. 9. Ele o censura pela sua ignorância e desatenção:
“‘Estou há tanto tempo convosco’, mais de três anos relacionando-me intimamente
convosco, ‘e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como
dizes tu: Mostra-nos o Pai?’ Tu desejas pedir aquilo que já tens?” Aqui:
[1] O Senhor o censura
por dois motivos. Em primeiro lugar, por não aprimorar seu conhecimento de CRISTO,
como poderia ter feito, a um conhecimento claro e distinto dele: “Você não me
conhece, Filipe, a mim, a quem você seguiu por tanto tempo, e com quem conviveu
tanto?” Filipe, no primeiro dia em que veio a CRISTO, declarou que sabia que
Ele era o Messias (Jo 1.45), e até esta ocasião não sabia que o Pai estava
nele. Muitos que têm bom conhecimento das Escrituras e das coisas divinas não
conseguem realizar o que se espera deles, por não combinar as idéias que têm e
prosseguir rumo à perfeição. Muitos conhecem a CRISTO, e ainda assim não sabem
dele o que poderiam saber, nem vêem nele o que deveriam ver. O que agravava a
tolice de Filipe era o fato de que ele tinha tido uma oportunidade de
aprimoramento durante muito tempo: “Estou há tanto tempo convosco”. Observe que
quanto maior o tempo em que desfrutarmos dos meios do conhecimento e da graça,
mais imperdoáveis seremos, se estivermos imperfeitos em termos de graça e
conhecimento. CRISTO espera que nossa proficiência seja, de alguma maneira,
correspondente à nossa condição, para que não sejamos sempre crianças. Vamos
refletir sobre isto: “Eu tenho sido um ouvinte de sermões, um estudioso das
Escrituras, um aluno da escola de CRISTO, por tanto tempo, e ainda assim estou
tão fraco no conhecimento de CRISTO, e tão inexperiente na palavra da justiça?”
Em segundo lugar, Ele o censura pela sua fraqueza no pedido que faz:
“Mostra-nos o Pai”. Observe que aqui fica evidente uma grande fraqueza dos
discípulos de CRISTO, que eles não sabiam o que deviam pedir nas orações, como
lhes convinha (Rm 8.26), e frequentemente pediam mal (Tg 4.3), aquilo que não era prometido ou que já tinha sido
concedido no sentido de promessa, como aqui.
[2] O Senhor o
instrui, e lhe dá uma máxima, que não somente enaltece ao próprio Senhor JESUS CRISTO,
de maneira geral, e nos conduz ao conhecimento de DEUS nele, mas justifica
aquilo que o Senhor já tinha dito (v. 7): Vós “o conheceis e o tendes visto”, e
responde ao que Filipe tinha lhe pedido: “Mostra-nos o Pai”. “Ora”, diz CRISTO,
“o problema logo estará resolvido, pois quem me vê a mim vê o Pai”. Em primeiro
lugar, todos os que viam a CRISTO na carne podiam ter visto o Pai nele, se
Satanás não tivesse cegado seus entendimentos, e não os tivesse mantido
afastados de uma visão de CRISTO como imagem de DEUS, 2 Coríntios 4.4. Em segundo lugar, todos os que viam a CRISTO, pela
fé, viam nele o Pai, embora não percebessem imediatamente que isto acontecia. À
luz da doutrina de CRISTO, eles viam a DEUS como o “Pai das luzes”. Nos
milagres, eles viam a DEUS como o DEUS de poder, o dedo de DEUS. A santidade de
DEUS resplandecia na imaculada pureza da vida de CRISTO, e sua graça, em todos
os atos de graça que Ele realizou.
(2) O Senhor o lembra
daquilo em que ele tinha motivos para crer (vv. 10,11): “‘Não crês tu que eu
estou no Pai e que o Pai está em mim”, e que, portanto, ao ver-me a mim, tu vês
o Pai? Tu não crês nisto? Se não crês, aceita minha palavra e creia agora”.
[1] Veja aqui em que
devemos crer: “Que eu estou no Pai e que o Pai está em mim”, isto é, como Ele
tinha dito (Jo 10.30), “Eu e o Pai somos um”. Ele fala do Pai e de si
mesmo como duas pessoas, e ainda assim são “um só”, como jamais quaisquer duas
outras pessoas poderão ser. Ao conhecer a CRISTO como DEUS de DEUS, luz da luz,
verdadeiro DEUS de verdadeiro DEUS, gerado, não feito, e sendo de uma
substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas, nós conhecemos o
Pai. E ao vê-lo desta maneira, nós vemos o Pai. Em CRISTO, nós contemplamos
mais da glória de DEUS do que Moisés contemplou no monte Horebe.
[2] Veja aqui que
motivos nós temos para crer nisto, e são dois. Nós devemos crer nisto, em
primeiro lugar, pela sua palavra: “As palavras que eu vos digo, não as digo de
mim mesmo”. Veja Jo 7.16: “A minha doutrina não é minha”. O que Ele dizia
lhes parecia negligente como a palavra do homem, como se falasse seu próprio
pensamento, de acordo com sua vontade. Mas, na realidade, era a sabedoria de DEUS
que compunha tais palavras, e a vontade de DEUS que as impunha. Ele não falava
somente de si mesmo, mas da mente de DEUS, de acordo com os conselhos eternos.
Em segundo lugar, pelas suas obras: “O Pai, que está em mim, é quem faz as
obras”, e, portanto, creiam em mim por causa delas. Observe: 1. Está escrito
que o Pai está nele, ho en emoi menon – Ele habita em mim, pela união
inseparável da natureza divina e humana. DEUS nunca teve um templo como este
para habitar na terra, como o corpo do Senhor JESUS, Jo 2.21. Aqui estava a verdadeira Shekinah, da qual aquela
que estava no Tabernáculo era apenas um tipo. “Nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade”, Colossenses 2.9. O Pai habita tanto em CRISTO, que nele pode ser
encontrado, como um homem pode ser encontrado onde mora. Buscai ao Senhor,
buscai-o em CRISTO, e o encontrarão, pois nele Ele habita. 2. Ele “é quem faz
as obras”. O Senhor JESUS CRISTO proferiu muitas palavras poderosas, e realizou
muitas obras de misericórdia, e o Pai as realizou através dele. E a obra de
redenção, de maneira geral, é a própria obra de DEUS. 3. Nós devemos crer nisto
“por causa das mesmas obras”. Assim como nós devemos crer na existência e nas
perfeições de DEUS, por causa das obras da criação, que declaram sua glória,
também devemos crer na revelação de DEUS ao homem em JESUS CRISTO, por causa
das obras do Redentor, aquelas poderosas obras que, exibidas (Mt 14.2), o exibem, e nele, a DEUS. Observe que os milagres
de CRISTO são provas da sua missão divina, não somente para a condenação dos
infiéis, mas para a confirmação da fé dos seus próprios discípulos, Jo 2.11; 5.36; 10.37.
Comentário Bíblico
Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry - Obra Completa
- CPAD
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Lição 9 – O
Caminho, a Verdade e a Vida
A lição desta semana
destaca a declaração de JESUS como único caminho, a verdade e a vida disponível
à humanidade (Jo 14.6). O mesmo versículo endossa que ninguém pode
aproximar-se do Pai a não ser por meio dEle. A primeira afirmativa expressa o
consolo de CRISTO disponível a Seus discípulos. Desde então, eles poderão
contar com a presença do Consolador para os confortar e fortalecer o ânimo
diante das adversidades (Jo 14.16). Concomitantemente, eles podem desfrutar da
esperança da vida eterna prometida aos que creem no Unigênito Filho de DEUS (Tt 1.2).
A segunda lição
revelada nesta passagem bíblica ressalta as dúvidas, incertezas e enganos
deparados durante a caminhada de fé em CRISTO. Assim como os discípulos, que
possuíam compreensão limitada acerca do Caminho, da nova vida como seguidores
de CRISTO e da suficiência da graça, semelhantemente enfrentamos dúvidas e
incertezas que tentam comprometer nossa fidelidade a DEUS. Nesse sentido, o
cuidado com a vida espiritual requer disciplina e foco para não confundirmos as
prioridades à medida que trilhamos o Caminho, que tem seu aspecto árduo (Jo 16.33).
Além de ser o Caminho
que conduz o homem à reconciliação com DEUS, JESUS é apresentado como a verdade
e a vida. De acordo com o “Comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição
Global” (CPAD), “JESUS é a verdade — não apenas parte da verdade, mas toda a
verdade. Assim como a Palavra (ou Verbo) é viva (Jo 1.1-3), tudo em CRISTO e na sua mensagem é verdadeiro. E a
sua verdade é absoluta (isto é, total, definitiva, incondicional, imutável,
conclusiva) e universal (isto é, verdadeira para todas as pessoas, em todas as
situações, de todos os tempos). O fato de a verdade suprema ser revelada
através de CRISTO é uma ênfase-chave no Evangelho de João (Jo 1.17); JESUS é a vida — a verdadeira e duradoura vida
espiritual está disponível apenas através de sua vida, morte e ressurreição (Jo 11.25, 26). Sua vida perfeita proporcionou o único sacrifício
permanente pelos pecados que cometemos contra DEUS. Aqueles que aceitam a vida
e o sacrifício de JESUS a favor deles – confiando suas vidas à liderança dele –
recebem o perdão dos pecados e a vida eterna com CRISTO (Jo 3.15-16, 36; 5.24; 6.40, 47, 54; 10.28; 17.2-3)” (2022, p. 1883).
Em CRISTO, podemos
conhecer de modo pleno o que mais claro se pode conhecer a respeito do próprio DEUS
(Cl 2.9). À medida que nos relacionamos com JESUS, temos a nossa vida
transformada e renovada pela ação do ESPÍRITO SANTO.
Subsídios das lições
deste trimestre foram escritos por Thiago Santos: evangelista, pedagogo,
especialista em Docência e Gestão Escolar, editor do setor de Educação Cristã,
comentarista do Novo Currículo de Escola Dominical da CPAD
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Escrita
Lição 9, CPAD, 2Tr25 NA ÍNTEGRA
Escrita
Lição 9, CPAD, O Caminho, A Verdade E A Vida, 2Tr25, Com. Extra Pr Henrique,
EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – CONSOLO
E PROMESSA DO SENHOR JESUS
1. O
Caminho, a Verdade e a Vida.
2. Consolo
num cenário de angústia.
3. Uma
promessa gloriosa.
II –
DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO
1. A dúvida
de Tomé.
2. As
incertezas de Pedro e Filipe.
3. O engano
de Judas Iscariotes.
III –
CAMINHO, VERDADE E VIDA
1. “Eu Sou
o Caminho.”
2. “Eu Sou
a Verdade.”
3. “Eu Sou
a Vida.”
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe JESUS: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6)
VERDADE PRÁTICA
A imagem de JESUS CRISTO como o caminho, a verdade e a vida reforça
a nossa fé e consolida a nossa comunhão com DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 14.1 O
caminho que nos proporciona paz e tranquilidade
Terça - Jo 14.2,3 O
caminho que nos conduz às moradas
celestiais
Quarta - Jo
10.11,14,28 Não estamos sozinhos na jornada com JESUS
Quinta - Jo 16.7,8 No
caminho com JESUS contamos com o apoio do Consolador
Sexta - Jo 1.1,18 No
caminho com JESUS encontramos a revelação de DEUS
Sábado - Jo 15.26;
16.13 No caminho com JESUS, o ESPÍRITO SANTO testifica do Filho
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - João 14.1-15
1 - Não se turbe o
vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim.
2 - Na casa de meu Pai
há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou
preparar-vos lugar.
3 - E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu
estiver, estejais vós também.
4 - Mesmo vós sabeis
para onde vou e conheceis o caminho.
5 - Disse-lhe Tomé:
Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?
6 - Disse-lhe JESUS:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
7 - Se vós me
conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis
e o tendes visto.
8 - Disse-lhe Filipe:
Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
9 - Disse-lhe JESUS:
Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a
mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
10 - Não crês tu que
eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as
digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
11 - Crede-me que
estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
12 - Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e
as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
13 - E tudo quanto
pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 - Se pedirdes
alguma coisa em meu nome, eu o farei.
15 - Se me amardes,
guardareis os meus mandamentos.
Hinos Sugeridos: 195,
407, 515 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O estudo desta lição é
sobre a pessoa de JESUS CRISTO, nosso Senhor e Salvador. Por meio do Evangelho
de João, capítulo 14, versículos 1 a 15, vamos explorar o tema central: "O
Caminho, a Verdade e a Vida". Nesta lição, veremos como JESUS nos oferece
consolo e promessas de vida eterna, ao mesmo tempo em que nos alerta sobre as
dúvidas, incertezas e enganos que podem surgir em nossa caminhada com Ele. O
tema desta aula é um convite especial para receber as verdades imutáveis da
Palavra de DEUS e para aprofundar o nosso relacionamento com CRISTO.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a dimensão bíblica do consolo e das promessas do Senhor JESUS;
II) Discernir a respeito das diferentes formas de dúvidas e incertezas, bem
como as certezas e convicções na caminhada cristã; III) Conscientizar que JESUS
é o único caminho, é a verdade absoluta e a fonte de vida eterna.
B) Motivação: No
estudo do tema 'O Caminho, a Verdade e a Vida', propomos aos alunos uma
perspectiva de aprofundamento da nossa fé. Ao reconhecer JESUS como o único
caminho para DEUS, os alunos serão incentivados a ponderar sobre as suas
decisões e a reforçar seu relacionamento com CRISTO. E, finalmente, ao abordar
as dúvidas e incertezas que costumam surgir na jornada cristã, ao mesmo tempo
que identificamos as certezas e convicções próprias de um cristão, os alunos
descobrirão em JESUS a força e a orientação essenciais para ultrapassar
dificuldades e experimentar uma vida abundante na presença de DEUS.
C) Sugestão de Método:
Comece a aula com uma ou duas questões que incentivem os alunos a refletirem
sobre as suas próprias experiências e os obstáculos que encontram. Depois,
apresente o texto bíblico de maneira clara e concisa, empregando recursos visuais
como mapas ou diagramas para representar a jornada espiritual. Sugerimos, por
exemplo, uma comparação entre dois tempos históricos do apóstolo Pedro: o Pedro
antes do Pentecostes (Mc 14.30,31, 66-68); o Pedro após o Pentecostes (At
2.37-39). Incentive a discussão e o compartilhamento das descobertas em classe
a fim de introduzir a lição, cujo tema central é JESUS como o Caminho, a
Verdade e a Vida.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A vida
sem a presença de JESUS torna-se insuportável. Essa é a conclusão inevitável ao
compreendermos que o nosso Senhor confere sentido e significado à nossa
existência. Sem Ele, não existe uma vida verdadeira.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101,
p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "A Verdade", localizado após o segundo tópico,
apresenta JESUS, a Verdade definitiva, como antídoto contra as dúvidas, as
incertezas e o engano; 2) No final do terceiro tópico, o texto "O Caminho
e a Vida" traz uma reflexão significativa a respeito de JESUS como o
caminho exclusivo para DEUS e fonte inesgotável de vida.
PALAVRA-CHAVE
- VIDA
COMENTÁRIO –
INTRODUÇÃO
A expressão “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”
tem um significado especial para os cristãos em todo o mundo. Ela descreve de
forma abrangente o Senhor JESUS na realização da obra de salvação. Por isso,
iremos estudar João 14, onde consideraremos as palavras encorajadoras e as
promessas de JESUS contidas neste capítulo, bem como as dúvidas e incertezas
que os seus discípulos enfrentaram ao longo da jornada. Além disso, iremos
explorar os três termos importantes do versículo 6: caminho, verdade e vida.
I – CONSOLO
E PROMESSA DO SENHOR JESUS
1. O
Caminho, a Verdade e a Vida
Desde o evento do capítulo 13, quando JESUS se juntou
aos discípulos e lavou os seus pés, proporcionando uma importante lição sobre
liderança humilde, o seu discurso não se limitou a esse capítulo. O Senhor fez
um discurso de despedida no capítulo 14 que se inicia em João 13.31. Nesse
discurso, Ele confere consolo aos discípulos ao afirmar que, após a sua morte,
não estariam sozinhos. No versículo 4, o Senhor diz que os discípulos sabiam
para onde Ele ia. No entanto, Tomé respondeu que não sabia e questionou: “Como
podemos saber o caminho?” (Jo 14.5). Por isso, JESUS esclarece que Ele é o
Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém pode chegar ao Pai senão por meio d’Ele
(Jo 14.6). Esta afirmação de JESUS revela que Ele é o único meio de alcançar o
Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de DEUS.
2. Consolo
num cenário de angústia.
É evidente que JESUS estava angustiado (Jo 12.27;
13.21). O nosso Senhor tinha plena consciência de que estava aproximando-se a
hora da sua entrega nas mãos dos homens; em breve seria crucificado, morto e
sepultado. Contudo, surpreendentemente, mesmo neste contexto de dor, JESUS
dirige-se aos seus discípulos com o intuito de confortá-los (Jo 14.1). Apesar
da intensa pressão emocional e espiritual que enfrentava, Ele revela que o
sofrimento pelo qual iria passar traria o bem para todos. Assim sendo, aquilo
que parecia uma derrota era, na verdade, uma vitória; um fim trágico
transformava-se num glorioso começo. Embora doloroso e angustiante, o caminho a
seguir apontava para um cenário glorioso.
3. Uma
promessa gloriosa
JESUS declarou que o caminho de DEUS leva às moradas
celestiais preparadas para os seus seguidores. A expressão “casa de meu Pai”
refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em CRISTO (Jo
14.2). Esta realidade espiritual futura proporciona uma esperança gloriosa para
os santos. A Igreja de CRISTO vive na expectativa do retorno do nosso Senhor.
Apesar dos tempos trabalhosos pelos quais passamos, a promessa do
“Arrebatamento da Igreja” alegra e anima os corações dos fiéis. Neste sentido,
podemos já experienciar um pouco do que nos aguarda no Céu. Assim será que
seremos convocados por JESUS para nos reunirmos num maravilhoso encontro com
Ele nos céus (1 Co 15.51-52).
SINÓPSE I - O Senhor JESUS
traz consolo para o presente e promessa que anuncia um futuro glorioso.
II –
DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO
1. A dúvida
de Tomé
No versículo 5, encontra-se a incerteza do discípulo
Tomé: “como podemos saber o caminho?”. Neste Evangelho, Tomé é retratado como
um discípulo fiel, corajoso, que tinha um profundo amor por JESUS, e teve a
coragem de manifestar as suas dúvidas (Jo 14.5). Este episódio ilustra que
durante a nossa caminhada com CRISTO, não é incomum que surjam dúvidas.
Contudo, assim como Tomé recebeu de JESUS a resposta: “Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida” (Jo 14.6), também nós podemos ouvir estas palavras.
2. As
incertezas de Pedro e Filipe
O Evangelho de João revela que Pedro não compreendia
totalmente sobre o lugar que JESUS mencionava para onde estava indo (Jo 13.36).
No capítulo seguinte, Filipe pede a CRISTO que lhe mostre o Pai (Jo 14.8). É
notável que, tal como Tomé, Pedro e Filipe ainda não tinham as suas questões
esclarecidas por JESUS. Eles também enfrentaram incertezas. Não somos
diferentes deles; certamente haverá momentos em que nos sentiremos semelhantes
a Tomé, Pedro e Filipe. Porém, devemos aprender a escutar o Senhor JESUS CRISTO.
3. O engano
de Judas Iscariotes
Em João 13 é revelado que nosso Senhor anunciou que
um dos seus discípulos iria traí-lo (Jo 14.21,22). Essa pessoa era Judas
Iscariotes, seu discípulo. Ele acompanhou JESUS, mas não conseguiu interiorizar
os seus ensinamentos e, por isso, não depositou fé suficiente no Filho de DEUS.
Assim sendo, traiu-o e vendeu-o por 30 moedas de prata (Jo 13.25-27).
Lamentavelmente, Judas não reconhecia JESUS como o Salvador e Redentor da
humanidade pecadora. A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e
políticas para libertar Israel da opressão romana. Portanto, por meio de Judas,
aprendemos a importância de não confundir as nossas prioridades enquanto
seguimos a nossa jornada com CRISTO.
“Apesar dos tempos trabalhosos pelos quais passamos,
a promessa do ‘Arrebatamento da Igreja’ alegra e anima os corações dos fiéis.
Neste sentido, podemos já experienciar um pouco do que nos aguarda no Céu.”
SINÓPSE II - As
dúvidas, as incertezas e o engano podem nos desafiar durante a nossa caminhada
com CRISTO.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO - A VERDADE
Este tópico revela que
as dúvidas, as incertezas e, até os enganos podem pôr à prova a nossa fé ao
longo da nossa caminhada cristã. A nossa trajetória com CRISTO traz enormes
desafios que tentam abalar a fé. Assim sendo, como solução, é essencial
compreendermos que “JESUS é ‘a verdade’ – não apenas parte da verdade, mas toda
a verdade. Assim como a Palavra (ou Verbo) é viva (1.1-3), tudo em CRISTO e na
sua mensagem é verdadeiro. E a sua verdade é absoluta (isto é, total,
definitiva, incondicional, imutável, conclusiva) e universal (isto é,
verdadeira para todas as pessoas, em todas as situações, de todos os tempos). O
fato de a verdade suprema ser revelada através de CRISTO é uma ênfase-chave no
Evangelho de João (veja 1.17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio
de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883).
“Portanto, JESUS
personifica a verdade que os seres humanos necessitam conhecer, uma verdade que se opõe à mentira e derruba as falsidades
presentes no mundo.”
III –
CAMINHO, VERDADE E VIDA
1. “Eu Sou o Caminho”
Como analisado em lições anteriores, a expressão “Eu
Sou” representa um título que revela a natureza divina de JESUS (Jo 6.48; 8.12;
10.9; 10.11; 11.25; 15.1). Assim, quando o nosso Senhor afirma “Eu sou o
caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular, exclusivo e único ao
Pai. Portanto, não é possível conhecer a DEUS e ter comunhão com Ele fora de JESUS.
Ninguém pode chegar a DEUS senão mediante o Seu Filho. O pronome “Eu”, presente
nesta expressão, indica que não somos salvos por princípios ou forças
espirituais, mas sim por uma pessoa chamada JESUS, que ilumina aqueles que se
encontram nas trevas (Lc 1.79). Por meio da sua obra redentora no Calvário, foi
aberto um novo e vivo caminho para nos guiar até DEUS (Hb 10.19-21). Ele é o
único mediador entre DEUS e os homens (1 Tm 2.5).
2. “Eu Sou
a Verdade”
JESUS não é apenas uma parte ou fração da verdade,
mas sim toda a verdade em si mesma. De forma clara, o Evangelho de João realça
que a verdade suprema se revelou através da encarnação do Senhor JESUS CRISTO.
Assim sendo, a verdade absoluta, imutável e incondicional encontra-se
plenamente expressa em CRISTO. Portanto, JESUS personifica a verdade que os
seres humanos necessitam conhecer, uma verdade que se opõe à mentira e derruba
as falsidades presentes no mundo. Apenas essa verdade provém de uma fonte
confiável de revelação redentora que ilumina o conhecimento acerca do Pai (Jo
14.7).
3. “Eu Sou
a Vida”
A vida mencionada aqui não diz respeito à existência
física ou ao sopro vital, mas à vida que contrapõe à morte espiritual por meio
da vida eterna concedida por JESUS. Refere-se à verdadeira vida espiritual
obtida pela obra redentora realizada no Calvário (Jo 19.30). Esta realidade
espiritual ocorre porque nosso Senhor possui vida em si mesmo (Jo 5.26); Ele é
tanto a fonte como o doador da vida eterna (Jo 3.16; 6.33; 10.28; 11.25).
SINÓPSE III - O Senhor
JESUS é o Caminho, a Verdade e a Vida.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO -
O CAMINHO E A VIDA
“JESUS é ‘o Caminho’ –
Ele não é simplesmente um dentre muitos caminhos; é o único caminho para DEUS,
o Pai (cf. At 4.12; Hb 10.19-20). Ninguém exceto o perfeito Filho de DEUS
poderia ter pago o preço total pelas nossas ofensas contra DEUS e abrir o
caminho para um novo relacionamento com Ele. [...] Nunca foi popular – e
certamente não o é nos dias de hoje – afirmar que só há um caminho para DEUS,
mas essa é a realidade de acordo com palavras do próprio JESUS. Não há outra
maneira de ter um relacionamento com o DEUS verdadeiro, exceto pela fé em JESUS
CRISTO.
[...] JESUS é ‘a vida’
– a verdadeira e duradoura vida espiritual está disponível apenas através de
sua vida, morte e ressurreição (veja 11.25-26). Sua vida perfeita proporcionou
o único sacrifício permanente pelos pecados que cometemos contra DEUS. Aqueles
que aceitam a vida e o sacrifício de JESUS a favor deles – confiando suas vidas
à liderança dele – recebem o perdão dos pecados e a vida eterna com CRISTO
(3.15-16,36; 5.24; 6.40,47,54; 10.28; 17.2-3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal
Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1883).
CONCLUSÃO
Reconhecer JESUS como o caminho, a verdade e a vida
oferece-nos a oportunidade de esclarecer as nossas dúvidas e incertezas. Ter o
Senhor como o caminho, a verdade e a vida proporciona consolo nos momentos
difíceis da vida. Através dEle, podemos conhecer a DEUS, experimentar a
verdadeira liberdade e estar reconciliados em comunhão com Ele.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. O que o
pronunciamento do versículo 6 revela sobre JESUS?
Revela que Ele é o
único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a
verdadeira vida de DEUS.
2. O que a expressão
“Casa de meu Pai” quer dizer?
A expressão “casa de
meu Pai” refere-se ao Céu, um lugar com muitas habitações para os fiéis em CRISTO
(Jo 14.2).
3. O que o episódio de
Tomé nos mostra?
Que durante a nossa
caminhada com CRISTO, não é incomum que surjam dúvidas.
4. De acordo com a
lição, qual era a visão de Judas a respeito de JESUS como Messias?
A sua visão do Messias
restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão
romana.
5. De acordo com a
lição, o que o Senhor está afirmando na expressão “Eu sou o caminho”?
Quando o nosso Senhor
afirma “Eu sou o caminho”, está declarando que Ele é o acesso singular,
exclusivo e único ao Pai.