LIÇÃO 14, A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES




LIÇÃO 14, A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Vencendo as Aflições da Vida - "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34:19).
Comentários da revista da CPAD: Pr. Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
Resumo do 3º Trimestre de 2012

 
 
TEXTO ÁUREO
"Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4.12,13).
 
 
VERDADE PRÁTICA 
As tribulações levam-nos a amadurecer em CRISTO, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.  
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 9.5,16 O padecimento do apóstolo
Terça - 2 Tm 4.9-11 A solidão do apóstolo
Quarta - Mt 7.4; 2 Tm 2.4 O caminho que leva à vida
Quinta - 2 Co 2.4 Sofrimentos e angústias
Sexta - Fp 4.12 Instruído na provação
Sábado - Fp 4.13 Podemos tudo naquEle que nos fortalece
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 4.10-13
10 Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. 11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. 12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. 13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
 
4.11 APRENDI A CONTENTAR-ME. O segredo do contentamento, da satisfação, é reconhecermos que DEUS nos concede, em cada circunstância, tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em CRISTO (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 1 Jo 5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de CRISTO que flui em nós e através de nós (v. 13; ver 1 Tm 6.8). Isso não ocorre de modo natural; precisamos aprender na dependência de CRISTO.
4.13 POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE... O poder e a graça de CRISTO permanecem no crente para capacitá-lo a fazer tudo quanto Ele o mandou fazer.
4.16 MANDASTES O NECESSÁRIO. A igreja filipense era uma igreja missionária, que supria as necessidades de Paulo durante suas viagens (1.4,5; 4.15-17). Sustentar os missionários no seu trabalho em prol do evangelho, é obra dignificante e aceita por DEUS, "como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível" a Ele (v. 18). Por isso, aquilo que damos para o sustento do missionário fiel, é considerado oferta apresentada a DEUS. Tudo que é feito a um dos irmãos, por pequeno que seja, é feito como ao próprio Senhor (Mt 25.40).
4.19 SUPRIRÁ TODAS AS VOSSAS NECESSIDADES. Paulo enfatiza o cuidado amoroso de DEUS Pai pelos seus filhos. Ele suprirá todas as nossas necessidades (materiais e espirituais), à medida que as apresentarmos diante dEle. O suprimento das nossas necessidades vem "por CRISTO JESUS". Somente em união com CRISTO e na comunhão com Ele é que podemos experimentar o provimento da parte de DEUS. Entre as muitas promessas das Escrituras que confere esperança e encorajamento ao povo de DEUS, no tocante ao seu cuidado, provisão e socorro, temos: Gn 28.15; 50.20; Êx 33.14; Dt 2.7; 32.7-14; 33.27; Js 1.9; 1 Sm 7.12; 1 Rs 17.6,16; 2 Cr 20.17; Sl 18.35; 23; 121; Is 25.4; 32.2; 40.11; 41.10; 43.1,2; 46.3,4; Jl 2.21-27; Ml 3.10; Mt 6.25-34; 14.20;
23.37; Lc 6.38; 12.7; 22.35; Jo 10.27,28; 17.11; Rm 8.28,31-39; 2 Tm 1.12; 4.18; 1 Pe 5.7.
 
Carta do apóstolo Paulo aos Filipenses (Pr.Odilon dos Santos Pereira-http://www.bsnet.com.br/usr/odilonsp/Filipenses.html-)
A cidade de Filipos – Era uma cidade importante no Império Romano por causa de sua localização geográfica na região montanhosa entre a Ásia e Europa.
O apóstolo Paulo visita Filipos pela primeira vez, por ocasião de sua Segunda viagem missionária, como descrito em Atos 16. A visão que Paulo teve em Troas, era DEUS convocando o apóstolo a passar ao continente europeu, dando-se ali, em Filipos, as primeiras conversões na Europa e, por isso, Filipos tem sido chamada o "berço do cristianismo europeu".
"De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que DEUS nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho. Navegando, pois, de Trôade, fomos em direitura a Samotrácia, e no dia seguinte a Neápolis; e dali para Filipos, que é a primeira cidade desse distrito da Macedônia, e colônia romana; e estivemos alguns dias nessa cidade." (Atos 16:9-12)
A igreja em Filipos cresceu e se fortaleceu e trouxe muitas alegrias ao coração do apóstolo. Paulo escreve esta carta, muitos anos mais tarde quando, na prisão em Roma, em condições subumanas, mas que não puderam tirar o gozo do servo de DEUS. A igreja de Filipos amava muito a seu pai na fé, e mostra-lhe muito afeto, enviando-lhe uma carta viva na pessoa de seu representante Epafrodito. Não esqueceu, também, de enviar-lhe algum dinheiro para alguma necessidade temporal.
"Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a DEUS." (4:18)
Características da carta – Notamos três características principais nesta carta. Primeiramente, é uma carta bem pessoal, indicando a profundidade da amizade e fraternidade entre o apóstolo e a igreja. Outra marca desta carta é a centralidade da pessoa de JESUS CRISTO e o Seu senhorio. Nesta carta temos um dos mais belos hinos sobre a humilhação e exaltação de CRISTO como Senhor absoluto.
"Tende em vós aquele sentimento que houve também em CRISTO JESUS, o qual, subsistindo em forma de DEUS, não considerou o ser igual a DEUS coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS CRISTO é Senhor, para glória de DEUS Pai." (Filip. 2:5-11)
Mas, sem dúvida, uma outra grande característica de Filipenses é o destaque que o apóstolo dá ao gozo reinante no seu coração, apesar de estar ele em circunstâncias humanas tão tristes na prisão. Só DEUS pode, pelo Seu ESPÍRITO, colocar "alegria" no coração de Seus servos em "qualquer tempo" e sob "quaisquer circunstâncias".
A nota dominante – Esta é a mais "alegre" carta do Novo Testamento. Do início ao final a alegria é a nota dominante.
Alegria (CHARA) aparece 5 vezes.
"Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com ALEGRIA" (1:4)
"E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para vosso progresso e GOZO na fé" (1:25)
"Completai o meu GOZO, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa" (2:2)
"Recebei-o, pois, no Senhor com todo o GOZO, e tende em honra a homens tais como ele" (2:29)
"Portanto, meus amados e saudosos irmãos, minha ALEGRIA e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados." (4:1)
O verbo regozijai-vos (CHAIREIN) onze vezes:
"Mas que importa? contanto que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, CRISTO seja anunciado, nisto me REGOZIJO, sim, e me REGOZIJAREI" (1:18)
"Contudo, ainda que eu seja derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, FOLGO e me REGOZIJO com todos vós" (2:17)
"E pela mesma razão FOLGAI vós também e REGOZIJAI-VOS comigo." (2:18)
"Por isso vo-lo envio com mais urgência, para que, vendo-o outra vez, vos REGOZIJEIS, e eu tenha menos tristeza." (2:28)
"Quanto ao mais, irmãos meus, REGOZIJAI-VOS no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança." (3:1)
"REGOZIJAI-VOS sempre no Senhor; outra vez digo, REGOZIJAI-VOS." (4:4)
"Ora, muito me REGOZIJO no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo; do qual na verdade andáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade." (4:10).
 
BEP - CPAD
A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de DEUS não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído.
(1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de DEUS.
(2) DEUS permite que os seres humanos experimentem as conseqüências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a DEUS, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1—41.14). DEUS pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, DEUS estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20).
(3) Não somente sofremos as conseqüências dos pecados dos outros, como também sofremos as conseqüências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, freqüentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena.
(4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).
Dizer que DEUS permite o sofrimento não significa que DEUS origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. DEUS nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13; Rm 8.28.

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados providenciais de DEUS em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela.
(1) Ele deve obedecer a DEUS e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a DEUS, mediante sua vida de obediência, DEUS o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23). Semelhantemente, para o próprio JESUS desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a DEUS e fugir para o Egito (ver Mt 2.13). Aqueles que temem a DEUS e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que DEUS endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).
(2) Na sua providência, DEUS dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de DEUS para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24).
(3) Devemos amar a DEUS e submeter-nos a Ele pela fé em CRISTO, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28).
Para termos sobre nós o cuidado de DEUS quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em DEUS, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3).
  

A VIDA DO APÓSTOLO PAULO
 “Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcial-mente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”

Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de JESUS. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves   e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.
Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de CRISTO, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.
Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.
Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.
Sua Juventude:
Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.
A) Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no meio dela.
Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma im­portante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas.
Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado.
O  general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de JESUS, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina.
O reflexo do sol mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em DEUS, para destruir fortalezas” (2 Co 10:4).
Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo”      (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um edifício de DEUS, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co­ 4:9).
Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não insignificante”.
Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos. As idéias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo.
Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo CRISTO”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8).
B) Cidadão Romano. Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice.
Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano.
Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo recebia a liberdade.
A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem crucificado.
Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.
C)  De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo.
A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas.
Dentre os principais “partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei.
Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.”
Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária.
Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com JESUS ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.
Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de JESUS de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de DEUS” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de DEUS e a devastava” (Gl 1:13).
Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a CRISTO e seus seguidores.
D)  A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de CRISTO na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência.
E) Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A Conversão:
A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse tempo, os seguidores de CRISTO ainda eram considerados como seita herética.
Assim, Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).
Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol? A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei.
Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado.
Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com DEUS?
Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de DEUS e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do CRISTO vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou JESUS, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, DEUS restaurou a vista a Paulo.

 
 

PAULO, PRESO E JULGADO 
Os cristãos de Jerusalém ficaram felizes ao ouvir o relatório de Paulo sobre a divulgação da fé cristã. Contudo, alguns cristãos judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar seu respeito pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que cumpriam um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo e falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At 21:27-29). O tribuno da guarnição romana levou Paulo em custódia para impedir um levante. Ao saber que Paulo era cidadão romano, o tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos judeus que convocassem o Sinédrio para interrogá-lo.
Paulo percebeu que a multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele disse ao Sinédrio que fora preso por ser fariseu e crer na ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu o Sinédrio em suas facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve de salvar Paulo de novo.
Ouvindo dizer que os judeus tramavam uma emboscada contra Paulo, o comandante enviou-o de noite a Cesaréia, onde ficou guardado no palácio de Herodes. Paulo passou dois anos presos aí.
Quando os acusadores de Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado profanar o templo e de ter criado uma revolta civil em Jerusalém (At 24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu mais provas do tribuno em Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi substituído por um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos acusadores de Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez valer os seus direitos como cidadão romano de apresentar seu caso perante César.
Enquanto aguardava o navio para Roma, Paulo teve oportunidáde de defender a sua causa perante o rei Agripa II que visitava Festo. O capítulo 26 de Atos registra o discurso de Paulo no qual ele contou de novo os eventos de sua vida até aquele ponto.
Festo entregou Paulo aos cuidados de um centurião chamado Júlio, que estava levando um navio carregado de prisioneiros para a cidade imperial. Após uma viagem acidentada, o navio naufragou na ilha de Malta. Três meses depois, Paulo e os demais prisioneiros tomaram outro navio para Roma.
Os cristãos de Roma viajaram quase cinqüenta quilômetros para dar as boas-vindas a Paulo (At 28:15). Em Roma Paulo foi posto sob prisão domiciliar, e em At 28:30 lemos que ele alugou uma casa por dois anos enquanto aguardava que César ouvisse o seu caso.
O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se em mais trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e executado.3
Dois livros escritos antes do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de Clemente e os Atos de Paulo — asseveram que isso aconteceu. Indicam que Paulo foi decapitado em Roma perto do fim do reinado do imperador Nero (c. 67 d.C.).
 
 
A personalidade do Apostolo:
As epístolas de Paulo são o espelho de sua alma. Revelam seus motivos íntimos, suas mais profundas paixões, suas convicções fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele seria para nós uma figura vaga, confusa.
Paulo estava mais interessado nas pessoas e no que lhes acontecia do que em formalidades literárias. A medida que lemos os escritos de Paulo, notamos que suas palavras podem vir aos borbotões, como no primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As vezes ele irrompe abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento. Nalguns pontos ele toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim.
Temos em 2 Co 10:10 uma pista de como as epístolas de Paulo eram recebidas e consideradas. Mesmo seus inimigos e críticos reconheciam o impacto do que ele tinha para dizer, pois sabemos que comentavam: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes.. (2 Co 10:10).
Líderes fortes, como Paulo, tendem a atrair ou repelir os que eles buscam influenciar. Paulo tinha tanto seguidores devotados quanto inimigos figadais. Como conseqüência, seus contemporâneos mantinham opiniões variadíssimas a seu respeito.
Os mais antigos escritos de Paulo antedata a maioria dos quatro Evangelhos. Refletem-no como um homem de coragem (2 Co 2:3), de integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade (v. 6), e de benignidade (v. 7).
Paulo sabia diferençar entre sua própria opinião e o “mandamento do Senhor” (1 Co 7:25). Era humilde bastante para dizer “se­gundo minha opinião” sobre alguns assuntos (1 Co 7:40). Ele estava bem cônscio da urgência de sua comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de não estar fora do perigo de ser “desqualificado” por sucumbir à tentação (1Co 9.27). Ele se recorda com pesar de que outrora perseguia a Igreja de DEUS (1Co 15.9).
Leia o capítulo 16 da carta aos Romanos com especial atenção à atitude generosa de Paulo para com os seus colaboradores. Ele era um homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto apreço a comunhão dos crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e amistoso Paulo poderia ser, mesmo com cristãos com os quais ainda não se havia encontrado. “Gostaria, pois, que saibais, quão grande luta venho mantendo por vós. . . e por quantos não me viram face a face”, escreve ele (Cl 2:1).
Na carta aos Colossenses lemos também a respeito de um homem chamado Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9; Fm 10), que evidentemente havia acrescentado ao furto o crime de abandonar o seu dono, Filemom. Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o persuadira de voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade
do castigo imposto aos escravos fugitivos, o apóstolo desejava convencer a Filemom a tratar Onésimo como irmão. Aqui vemos Paulo, o reconciliador. E tudo isso ele fez a favor de um homem que estava no degrau mais baixo da escada da sociedade romana. Contraste essa atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as vestes dos apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia mudado em sua atitude para com as pessoas.
Nesses escritos vemos Paulo como amigo generoso, afetivo, um homem de grande fé e coragem— mesmo em face de circunstâncias extremas. Ele estava totalmente comprometido com CRISTO, quer na vida, quer na morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas realidades espirituais: “Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:12-13).

O Mundo do Novo Testamento  
http://www.vivos.com.br/164.htm

 
  
RESUMO RÁPIDO DA LIÇÃO 14, A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA 
1. As aflições de Paulo.
São conhecidas as aflições na vida de um verdadeiro servo de DEUS. Além de sofrer as aflições que a todos são comuns, passa pelas aflições de ser um representante legítimo de CRISTO na terra. Sua pregação ofende aos pecadores e os milagres de comprovação de sua pregação causam inveja nos religiosos.
2. Deixado por seus filhos na fé.
O servo de DEUS muitas vezes pode passar por situações que provoquem medo nos demais crentes apenas nominais. A prisão de um servo de DEUS não deve ser colocada como algo inesperado ou vergonhoso, mas como dádiva de DEUS para aqueles que LHE são fiéis. Paulo foi abandonado por seus filhos na fé e por seus amigos, certamente por sua condição de prisioneiro do governo romano. embora, na verdade fosse "prisioneiro de CRISTO".
3. A tristeza do apóstolo.
Paulo se sentia triste por não ver em seus discípulos o resultado de seu testemunho entre eles. Paulo os havia ensinado a ajudar aos necessitados, mas eles o haviam esquecido e esquecido até o que JESUS havia ensinado sobre a visita aos encarcerados.
II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO 
1. Apesar da necessidade não satisfeita.
Paulo não murmurava ou reclamada de sua situação, pois CRISTO o confortava, sua reclamação era da não real conversão de seus filhos na fé.
2. Livre da opressão da necessidade.
Apesar dos sofrimentos Paulo se mantinha cheio do ESPÍRITO SANTO, não tinha mais as necessidades e anseios materialistas dos que viviam lá fora, na cadeia era mais livre do que os que viviam soltos, era mais feliz com a presença de JESUS do que os que lá fora viviam sem esperança.
3. Contente e fundamentado em CRISTO.
Após saber da lembrança dos filipenses a seu respeito, pois haviam lhe enviado ajuda, Paulo se regozija por ter pensado erradamente sobre eles. Ainda suas mentes e corações estavam abertos a ação do ESPÍRITO SANTO e puderam se lembrar dele, provando assim que sua fé ainda estava ativada. A alegria de Paulo não era pela ajuda recebida, pois ele não estava ávido por bens materiais como os apóstolos de hoje, mas se alegrava pela fé ainda reinar nos corações dos filipenses.
III.  AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO 
1. Através das experiências.
A experiência de Paulo com o sofrimento era tamanha que sua nova situação de prisioneiro lhe era mais dolorida pelo esquecimento por parte dos irmãos do que suas dores físicas, as quais não deveriam ser poucas devido a tantos açoites, murros, pontapés e apedrejamentos que sofreu por amor a CRISTO e sua obra.
2. Não pela autossuficiência.
Paulo não se baseava em suas forças, pois já não as possuía, não se baseava em sua sabedoria, pois ali na cadeia de pouco lhe serviria; não se baseava em seu passado, pois dele se envergonhava. Paulo vivia agora a vida de CRISTO em si mesmo. As marcas de CRISTO estavam em seu corpo, as marcas invisíveis de seu apostolado estavam entranhadas em sua alma cansada. Restava aguardar o encontro com seu Mestre e Senhor. Os homens pouco poderiam fazer por ele, mas seu anseio maior era de ver o Mestre e estar com ELE para sempre.
3. Tudo posso naquele que me fortalece.
Esta declaração de Paulo, ao contrário do que interpretam os que querem viver um evangelho de libertinagem, é resultado de uma vida consagrada ao Senhor JESUS, uma vida de sofrimento, angústias, dores, as quais são impostas àqueles que querem viver piamente e resolutamente o evangelho legítimo.
  
INTERAÇÃO
Professor, chegamos ao final de mais um trimestre, este foi um pouquinho mais longo devido o fato do ano ser bissexto e ganharmos mais uma lição.
Vivemos tempos onde somos diuturnamente tentados a trocarmos a essência do verdadeiro Evangelho pela artificialidade das mensagens que nos são convidativas. Prega-se o fim do sofrimento em detrimento do sofrimento por CRISTO; o antropocentrismo em detrimento do cristocentrismo; o triunfalismo em detrimento da simplicidade de CRISTO JESUS. Mas, somos convidados, mesmo em tempos difíceis, prezado professor, a não perdermos de vista a simplicidade e o equilíbrio do Evangelho. Por isso, tende bom ânimo! Porque Ele, JESUS CRISTO, venceu o mundo!  
 
OBJETIVOS- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as aflições da vida do apóstolo Paulo.  
Explicar como se contentar em CRISTO apesar das necessidades.  
Saber que precisamos amadurecer pela suficiência de CRISTO, o nosso Senhor.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, antes de iniciar a lição de hoje, faça uma revisão dos temas estudados neste trimestre. A revisão do conteúdo programático das lições é muito importante para você concluir as lições. O objetivo do trimestre foi demonstrar ao aluno que, apesar dos percalços da vida, é possível ter uma vida plena da graça de DEUS. Após a revisão das lições, inicie a última aula explicando aos alunos que, apesar dos sofrimentos cotidianos, como na vida de Paulo, podemos desfrutar da graça e do amor de DEUS respectivamente. Não esqueça de agradecer a DEUS pela conclusão de mais um trimestre.  
 
RESUMO DA LIÇÃO 14, A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA 
1. As aflições de Paulo.
2. Deixado por seus filhos na fé.
3. A tristeza do apóstolo.
II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO 
1. Apesar da necessidade não satisfeita.
2. Livre da opressão da necessidade.
3. Contente e fundamentado em CRISTO.
III.  AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO 
1. Através das experiências.
2. Não pela autossuficiência.
3. Tudo posso naquele que me fortalece.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) A provação do apóstolo dos gentios é assim sintetizada: o homem que perseguia os cristãos é perseguido; aquele que afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Apesar de muitas vezes o apóstolo Paulo não ter suas necessidades satisfeitas, ele se viu livre da opressão da necessidade, contentando-se em JESUS CRISTO 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Através das experiências obtidas na vida cristã, não nos tornamos autossuficientes, mas amadurecemos pela suficiência de CRISTO.  
 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico
"O consolo divino e o consolo comunitário
Paulo enfatiza o conceito de consolo. 'O DEUS de toda a consolação' (2 Co 1.3). DEUS Pai não é apenas um DEUS que se compadece de nós nas nossas tribulações, mas aquEle que alivia nossos sofrimentos com o bálsamo de consolação do seu ESPÍRITO (Is 40.1; 66.13). A força da palavra consolo está no termo grego parák[l]etos utilizado em o Novo Testamento em referência à pessoa do ESPÍRITO SANTO, como 'o outro consolador' prometido por JESUS, antes de ascender ao seu lugar no céu (Jo 14.16; 16.13,14). No versículo 4, Paulo dá um caráter bem pessoal com a frase: 'Aquele que nos consola' referindo-se especialmente à sua experiência pessoal vivida naqueles dias com as perseguições e calúnias contra a sua pessoa. Tanto ele quanto seus companheiros de ministério tinham passado por tribulações no mundo, mas tinham também o consolo e a paz de CRISTO JESUS (Jo 14.27; 16.33). Na sequência do versículo 4, Paulo diz que o consolo que recebemos de DEUS em meio às tribulações tem por objetivo servir de bênçãos para nós mesmos, que aprendemos a lidar com as circunstâncias, e nos tornar canais de consolo para outros. Na verdade, esse texto nos fala da responsabilidade do crente em relação aos seus irmãos em CRISTO, quando enfrentam tribulações" (CABRAL, Elienai. A Defesa do Apostolado de Paulo: Estudo na Segunda Carta aos Coríntios. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.36).   
 
VOCABULÁRIO 
Gélida: Extremamente fria; gelada, glacial.
Abrolhos: Espinho de qualquer planta.  
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
CABRAL, Elienai. A Defesa do Apostolado de Paulo: Estudo na Segunda Carta aos Coríntios. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.  
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 51, p.42.

  
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 14, A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete?
"Sei estar _____________________ e sei também ter ______________________________; em toda a maneira e em todas as coisas, estou _____________________________, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas __________________________________ que me fortalece" (Fp 4.12,13).
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete?
As ________________________________ levam-nos a _______________________________ em CRISTO, capacitando-nos a desfrutar de uma vida ____________________________________ plena.  
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- Existe a possibilidade de, apesar das angústias e lutas, vivermos de forma plena?
(    ) Não, pois seria impossível viver feliz cheio de problemas.
(    ) O servo de DEUS pode desfrutar de uma vida cristã abundante em meio aos sofrimentos cotidianos.
(    ) Com nossa mente e coração firmados no Eterno, Ele nos conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das suas promessas.
 
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA 
4- Quem foi, depois de JESUS, no Novo testamento, uma das pessoas mais experimentadas no sofrimento por amor a DEUS?
(    ) Certamente foi Jó.
(    ) Certamente foi Paulo.
(    ) Por isso, o Senhor disse a Paulo que duro seria "suportar os aguilhões".
(    ) O Meigo Nazareno revelara a Ananias a dolorosa experiência paulina: "E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome".
(    ) Ao longo do Novo Testamento, o apóstolo dos gentios é provado de várias formas.
(    ) O homem que perseguia os cristãos se torna perseguido; aquele que os afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida.
(    ) Por isso, o Senhor disse a Paulo que duro seria "recalcitrar contra os aguilhões".
 
5- Como foi o Apóstolo Paulo deixado por seus filhos na fé?
(    ) "Bem sabes isto: que os que estão na Galácia todos se afastaram de mim; entre os quais foram Demas e Filo"..
(    ) "Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se afastaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes"..
(    ) Após uma prática intensa de implantação de igrejas locais - discipulado, formação de liderança nativa e defesa do Evangelho - comunidades inteiras foram atendidas pelo trabalho de um verdadeiro apostolado.
(    ) Não obstante, Paulo sente-se abandonado por seus irmãos de caminhada.
(    ) Prisioneiro de Roma, é inimaginável a tristeza do apóstolo nesse momento de solidão.
 
6- Como foi a tristeza do apóstolo dos gentios e o que aprendemos disso? Complete
Paulo sente a dor do _______________________________, da _______________________________ e da perda quando pede a Timóteo: "Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me ___________________________ amando o presente século [...] Só Lucas está comigo" (2 Tm 4.9,11). O quadro da vida de Paulo mostra-nos como podemos ser vítimas do desamparo, da traição e do abandono na __________________________ cristã. Esse fato não acontece apenas com pessoas não crentes. Aconteceu com Paulo! Pode acontecer com você também! Mas, onde está a sua esperança? Em quem ela se fundamenta? As respostas a essas perguntas podem, ou não, mudar o __________________________ de sua vida cristã (Mt 7.14; 2 Tm 2.4). 
 
II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO 
7- Apesar da necessidade não satisfeita, como era a vida de Paulo?
(    ) A experiência paulina conforta-nos a viver um Evangelho que prioriza a uma vida de "mar de rosas".
(    ) A prisão gélida onde Paulo foi encerrado expressa o estado da completa falta de dignidade humana em que ele encontrava-se.
(    ) Apesar de receber apoio das igrejas locais, nem sempre o apóstolo dos gentios teve suas necessidades satisfeitas.
(    ) Por isso, dizia ele estar escrevendo em meio a muitos sofrimentos, angústias e com muitas lágrimas.
(    ) A experiência paulina desafia-nos a viver um Evangelho que não prioriza a ilusão de uma vida de "mar de rosas".
(    ) Antes, desafia-nos a viver a realidade dos "espinhos" e "abrolhos" que não poucas vezes "ferem-nos a carne".
(    ) Todavia, a graça de CRISTO é-nos suficiente para que, mesmo não tendo as necessidades satisfeitas, o nosso coração se acalme e venhamos a nos deleitarmos em DEUS.
 
8- Como aprendemos de Paulo a sermos maduros e livres da opressão da necessidade?
(    ) Embora preso e necessitado, o apóstolo envia uma carta aos Gálatas, demonstrando o regozijo do Senhor em seu coração ao saber que os crentes daquela localidade estavam felizes.
(    ) Embora preso e necessitado, o apóstolo envia uma carta aos filipenses, demonstrando o regozijo do Senhor em seu coração ao saber que os crentes daquela localidade lembravam-se dele.
(    ) Esse fato denota a maturidade do apóstolo em CRISTO mesmo no sofrimento do cativeiro.
(    ) Como Paulo, devemos regozijar-nos no Senhor em meio às aflições e aos sofrimentos da vida.
(    ) Embora esta nos assole o coração, ainda assim esperamos em DEUS e alegramo-nos nEle, que é a nossa esperança.  
 
9- Apesar de tudo vemos o apóstolo Paulo contente e fundamentado em CRISTO. Complete:
O apóstolo dos gentios agradece aos filipenses pelas _____________________________ e generosidade praticadas em seu favor (Fp 4.14). No entanto, embora carente, a alegria do apóstolo pela oferta recebida não demonstra o _________________________________ de alguém necessitado por ________________________________, antes, evidencia a suficiência de CRISTO representada através do _________________________ da igreja de Filipos (4.18). Outro destaque nesse episódio é o regozijo de Paulo pela ________________________________ cristã dos filipenses. Ele atestara que, a seu exemplo, essa igreja encontrava-se edificada em CRISTO (1.3-6). A alegria de Paulo não estava na oferta recebida, mas no contentamento que desfrutava em CRISTO JESUS, nos momentos de aflições, e em ver a __________________________________ da igreja filipense. 
 
III.  AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO 
10- Como foi o amadurecimento de Paulo através de suas experiências?
(    ) O sofrimento faz-nos ser purificados de nossos pecados.
(    ) "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade".
(    ) Em Romanos 5.3-5 o apóstolo Paulo descreve o processo da maturidade cristã que o Senhor espera de seus servos: a tribulação produz a paciência; a paciência, a experiência; a experiência, a esperança; a esperança, a certeza.
(    ) A vida de Paulo nos ensina que a provação na vida do servo de DEUS forjará uma pessoa melhor, mais crente em JESUS e fiel a DEUS.
(    ) O sofrimento faz-nos constatar o quanto dependemos do Senhor.
(    ) Nada melhor do que crescermos em DEUS, e diante dos homens, com as nossas próprias experiências!
 
11- Como é o amadurecimento em nossa falta de autossuficiência? Complete:
Passar pelas experiências angustiosas da vida só revela o quanto somos _____________________________________ do Altíssimo. Se não fosse por obra e graça de DEUS não desfrutaríamos a sua doce __________________. Como explicar a solidez da fé de uma mãe que perdeu seu filho; da esposa que, de forma trágica, viu a vida do seu cônjuge se esvair; do pai de família que, da noite para o dia, veio a perder todos os bens materiais; mas, ao mesmo tempo, podem dizer: O Senhor o deu e o __________________________________; bendito seja o nome do Senhor! (Jó 1.21). Muitos outros exemplos podem ser lembrados, mas nessa oportunidade, destacamos o quanto somos finitos, limitados e ______________________________________ na hora da aflição da vida. Há, porém, um lugar de ______________________________ nos dias de tribulação: o esconderijo do Altíssimo. Pelo qual, podemos dizer: "Ele é o meu DEUS, o meu _______________________________________, a minha fortaleza, e nele confiarei" (Sl 91.2).
 
12- O que revela a expressão "Tudo posso naquele que me fortalece"?
(    ) Verdadeiramente podemos dizer: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece", pois fomos chamados para sermos felizes e vivermos na bonança.
(    ) Essa expressão revela o contentamento de Paulo e a sua verdadeira fonte: JESUS CRISTO.
(    ) Infelizmente, a expressão paulina tem sido mal interpretada.
(    ) O texto não mostra nada além da maturidade que o apóstolo adquiriu.
(    ) Após, e durante todo o sofrimento por amor a CRISTO, o apóstolo pôde regozijar-se, não pela autossuficiência, mas pela confiança em CRISTO, nosso Senhor.
(    ) Diante de toda a provação e sofrimento, o Pai Celestial pode nos dar a sua graça para suportar as aflições do mundo.
(    ) Verdadeiramente podemos dizer: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece".
 
CONCLUSÃO 
13- Complete:
Querido irmão e prezada irmã, jamais foi nossa intenção, nesse trimestre, desenhar para você um quadro ___________________________ da vida, dizendo: "Você não mais sofrerá, nem ficará doente ou muito menos morrerá". Não! Tais falácias não são promessas ______________________________. JESUS nunca usou desses subterfúgios para lidar com os problemas existenciais dos seus discípulos. Nós, segundo o seu exemplo, temos a obrigação de dizer ao povo de DEUS que no mundo teremos _________________________________ (Jo 16.33). Mas Ele venceu o mundo e, por isso, devemos ter bom ________________________________. É perfeitamente possível desfrutar a paz do Senhor no momento de ___________________________________ e sofrimento. Por isso, tenha a paz em DEUS, que excede todo entendimento, e bom ânimo em CRISTO! Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Amém!
  
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
 

LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE



LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Vencendo as Aflições da Vida - "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34:19).
Comentários da revista da CPAD: Pr. Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO 
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" (Mt 6.6).
 
 
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a CRISTO.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.30 CRISTO é quem deve aparecer
Terça - Mc 9.30-37 Tendo o coração de uma criança
Quarta - Mc 10.42-45 O Filho do homem veio servir
Quinta - Pv 8.13 DEUS aborrece o coração soberbo
Sexta - Fp 4.8,9 Devemos ter uma motivação nobre
Sábado - Mt 11.29 Devemos aprender do Senhor 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Marcos 1.35-45
35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36 E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. 37 E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam. 38 E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim. 39 E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios. 40 E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. 41 E JESUS, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! 42 E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo. 43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu. 44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 45 Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que JESUS já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares
desertos; e de todas as partes iam ter com ele. 
 
Em Atos a Igreja Primitiva escolheu seus sete primeiros diá­conos com base na sua "boa reputação"  ou FAMA (At 6.3). Uma boa reputação confirmada pelo próximo é crucial à plena libera­ção do Espírito no ministério aos outros e ao crescimento da Igreja.
 
NASB, NJB "boa reputação"
NKJV "de boa reputação"
NRSV "de boa postura"
TEV "que sejam conhecidos pelo que são"
Essas diferenças nas traduções refletem dois diferentes usos desse termo: "testemunhar para" ou providenciar informações
Atos 9:10 "Ananias" Este nome significa "YHWH é gracioso". Aparentemente ele era um crente Judeu de boa reputação, não um refugiado.
 
 
POR QUE DEVEMOS IR À IGREJA?
ESTAMOS EM BUSCA DE DEUS OU DO QUE DEUS TEM?
 
APRESENTO CINCO RAZÕES PORQUE DEVO SEGUIR A JESUS :

A) O PRÓPRIO SENHOR JESUS DECLARA EM SUA PALAVRA QUE: “SEM MIM NADA PODEIS FAZER” JOÃO 15:5B O HOMEM POR SI MESMO NÃO PODE FAZER NADA PARA MUDAR A SUA SITUAÇÃO NÃO É POR ESFORÇO HUMANO. EFESIOS 2:8,9

B) JESUS É O ÚNICO QUE PODE NOS PURIFICAR DOS NOSSOS PECADOS. PECADO QUE NOS CONDENOU A MORTE. JOÃO 1:29, 1º JOÃO. 1: 7, 9 – 2: 1,2.

C) ELE É O ÚNICO MEDIADOR ENTRE NÓS E DEUS. NÃO É A RELIGIÃO, NENHUM LIDER RELIGIOSO O QUALQUER UM CHAMADO SANTO. 1º TIMÓTEO 2:5 JOÃO 14: 6

D) ELE VEIO PARA NOS LIBERTAR DE NOSSO INIMIGO. 1º JOÃO 3:8

E) SÓ ATRAVÉS DE JESUS É QUE SOMOS SALVOS ATOS. 4:12

Jesus ordenou a motivação
A expressão "Tende bom ânimo" (o verbo está no imperativo) exprime uma ordem, e não um conselho. Este ponto é fantástico. Vejo aqui a pedagogia da motivação pregada por Jesus, porque estar animado é estar motivado por algo.
O triunfo de Jesus no calvário só aconteceu porque os motivos intrínsecos e extrínsecos o impulsionaram a vencer o martírio da cruz. Sua maior motivação foi trabalhar e fazer com prazer a vontade de seu Pai: "Meu pai trabalha até agora, eu trabalho também", Jo 5: 17.
Trabalhar com submissão e coragem era o forte de Jesus. E ele fazia isso movido pelos objetivos propostos por Deus: Deixou o esplendor de sua glória, simplesmente para fazer a vontade de Deus e viver entre nós.
Alguém disse que a melhor maneira de se motivar é motivar outrem. Parece que essa mensagem está claramente implícita no discurso de Jesus. Não era ele quem precisava de ânimo, de coragem, de fé e de determinação para morrer na cruz? Então, o que ele faz? Procura motivar seus discípulos, encorajá-los para os momentos ruins, a fim de que recebessem motivação.
Seria como se ele pegasse Pedro ou um dos seus apóstolos pelo braço, desse um solavanco e falasse assim: Olha! Eu estou indo embora, mas nada de derrota, nada de fracasso... Filho, tenha bom ânimo, esteja sempre motivado, porque eu venci o mal. Como é bom saber que Jesus quer que estejamos motivados a cada dia.
Não se desespere, não se estresse por qualquer razão, mas tenha sempre em mente que uma pessoa motivada não desiste facilmente, porque possui em suas mãos uma arma poderosa.

Jesus proclamou nossa vitória
Esse fato pode ser visto no último verbo que denota uma ação passada: "eu venci". Quer dizer: vós vencestes comigo a guerra do calvário; vós ressuscitastes comigo ao terceiro dia; juntos descemos ao abismo e tomamos as chaves do inferno das mãos de Satanás. Vencemos para sempre!
Jesus está dizendo: a vitória é sua... Erga a cabeça e prossiga em frente. Não retroceda em momento algum. Eu, disse Jesus, já decretei o triunfo de minha igreja ao vencer a morte. Levante-se, desprenda-se e tome posse dos remos e navegue com fé e disposição.
O apóstolo Paulo ponderou os ensinos de Jesus a este respeito e confirmou a realidade da vitória proclamada por ele, antes mesmo de sua morte na cruz: "Bendito seja Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou (ação passada) com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus", Ef 1: 3.
A bênção do triunfo sobre a nossa vida já está decretada por Jesus. Ele a promulgou publicamente com o sangue vertido no calvário. Por isso, somos mais que vencedores em Cristo Jesus, Rm 8: 37.
 
PORQUE DEVO SEGUIR JESUS ACIMA DE TODAS AS COISAS?
JESUS RESPONDE: "Afirmo a vocês que aquele que por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os ultimos, e muitos que agora são os ultimos serão os primeiros." (Mc 10:29-31). Seguir a Jesus é orientar as nossas vidas pelos Seus ensinos, desde aquele ensino que nos convida a aceitar o perdão que Ele oferece a todos até aquele ensino que pede que busquemos seguir os Seus passos tanto em direção à cruz quanto em direção à glória.
Seguir a Jesus, portanto, é ser liberto da condenação do pecado para viver livre no compasso da graça. Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, Por isto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Romanos 8.1).
Seguir a Jesus é aceitar a sua companhia sustentadora, por meio do Seu Espírito, que é santo. Sua presença conosco é poder que nos fortalece, nos momentos de maravilhas e nos tempos de tempestades. Quando estamos cheios do Espírito Santo, experimentamos a alegria que vale a pena (Atos 13.52), se é disto que precisamos. Na hora difícil, o mesmo Espírito de Deus nos supre as necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus (Filipenses 4.19).
Seguir a Jesus é estar compromissado com Ele a levar adiante seu projeto de amar a todos os seres humanos e ser amado por eles, pois é o amor de Deus e o amor para com Deus o único caminho para a plenitude de vida, aqui e sempre.
O seguidor de Jesus sabe em que consiste a iniciativa divina: Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós e enviou seu Filho como propiciação [isto é, em oferecimento] pelos nossos pecados (1João 4.10). Em outras palavras, Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos (1João 3.16)
 
A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE 
Filipenses 2:3 - Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
 
2 Crônicas 19:9 E deu-lhes ordem, dizendo: Assim fazei no temor do SENHOR, com fidelidade, e com coração íntegro.O fruto da fidelidade deve ser demonstrado na vida de cada crente - O crente não pode se deixar contaminar pela sociedade da qual faz parte.
Mt 5.13 = Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.
(1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16). São amigas do mundo e estão comprometidas com ele.
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).
A fidelidade é uma característica de quem tem fé, ou seja, de quem recebeu o fruto do ESPÍRITO SANTO pela fé em DEUS, através do sacrifício de JESUS CRISTO.
A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29),  exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e  a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).
 
1. O crente fiel dispensa a vaidade. SUA MOTIVAÇÃO É A GLÓRIA DE DEUS.
A vaidade tira a glóia de DEUS e a lança sobre o instrumento usado por ELE.
Seria como se alguém após ter passado por uma cirurgia de alto risco, ao acordar da anestesia, se voltasse para o bisturi e dissesse - Obrigado, tú me salvaste a vida. Quem operou? O médico ou o bisturi?
 
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar.  SUA MOTIVAÇÃO É COLOCAR SEMPRE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR EM TUDO - BUSCA PRIMEIRO O REINO DE DEUS, SEMPRE.
Lucas 14:10 Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. 
Quanto mais alto se está, maior será a queda na hora das adversidades que certamente virão. Melhor estar em lugar baixo e ser exaltado do que em lugar alto e ser humilhado.
 
3. O crente fiel não se porta soberbamente.  SUA MOTIVAÇÃO ESTÁ NA HUMILDADE, POIS DESEJA EM TODO O TEMPO CONHECER MAIS DO SENHOR.
Provérbios 29:23 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. 
Provérbios 16:18 A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito. 
Provérbios 13:10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria. 
 
Marcos 1.35-45
Em relação à tradução a eremos topos (ainda em 1.45; 6.31,32,35) deve ser diferenciado do deserto em si (eremos, v. 3,4,12,13; eremia 8.4). Diferente da Judéia, a Galiléia fértil e habitada não tinha desertos, só alguns lugares retirados.katadiokein significa geralmente “perseguir com intenção hostil”, como p ex foi o caso de faraó perseguindo Israel, mas nem sempre: a LXX p ex diz no Sl 38.20 que o justo “segue o que é bom”, ou seja, persegue-a com empenho. De acordo com o Sl 23.6, bondade e misericórdia certamente nos “seguirão”! Também ali o contexto exclui qualquer hostilidade.
kosmopolis é uma povoação do tamanho de uma cidade, mas com estrutura administrativa de aldeia.
As cidades da Galiléia geralmente tinham uma conotação pagã, e a população judaica morava principalmente no interior. Ali JESUS procura os centros maiores.
Observação preliminar
Contexto. Com o v. 39 claramente se fecha um círculo. O relato retorna à pregação de JESUS no v. 14. Com isto, este último trecho serve principalmente para fazer uma avaliação equilibrada dos milagres de JESUS.
Evidentemente o relato afirma os milagres efetuados por JESUS, mas fica atento para ênfase exagerada e automaticidade.
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu da casa e de Cafarnaum e foi para um lugar deserto e ali orava. Digna de menção é novamente a indicação dupla de tempo (cf. 1.32n). Ao marcar especificamente a hora antes do nascer do sol (cf. 13.35n), Marcos exclui que a oração de JESUS possa ser explicada pelo costume judaico da oração matinal. Os judeus piedosos oravam três vezes por dia: a primeira vez ao nascer do sol, a segunda lá pelas três da tarde, por ocasião do sacrifício vespertino no templo, e a terceira ao pôr-do-sol. Orar fora destes horários, e mesmo a qualquer hora, era encarado com ceticismo, às vezes até proibido, para não incomodar o Altíssimo (Bill. II, 237s, 1036).
JESUS, por sua vez, orava durante horas, e em ocasiões não tradicionais (cf. 6.46; 14.32ss), em Lc 6.12 até uma noite inteira. De todo modo, sua oração chamava a atenção (Lc 11.1). Ele era incomparável na oração, era o Filho. Deste modo, em meio ao movimento das curas em Cafarnaum, Marcos segue a linha do testemunho do Filho e enquadra nela os milagres de JESUS (cf. 1.27). Que eles não devem ser vistos à parte fica claro no v. 39. A oração de JESUS, aqui, em 6.46 e claramente em 9.29, está em relação com a operação de milagres.
36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. No contexto do versículo transparece que os discípulos tinham caído em uma corrente contrária ao envio de JESUS, deixando que fossem feitos porta-vozes da população ávida por milagres. Com isso eles se distanciam do seu papel de 3.14, de estar com ele. Esta é a primeira de uma série de passagens de mal-entendidos dos discípulos (4.13,40s; 6.50-52; 7.18; 8.16-21; 9.5s,19; 10.24,26; 14.37-41; sentido semelhante em 5.31; 6.37; 8.4,32s; 9.32). Talvez também haja um paralelo com 8.33: Pedro, bem-intencionado, sem querer se torna instrumento de Satanás, de modo que cai uma sombra de tentação de 1.12s sobre o presente episódio: o Filho e Satanás no deserto.
37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. Sua oração em voz alta, como era costume na Antigüidade, acaba conduzindo-os para onde ele estava. Seguros de si eles interferem na sua devoção. Já não tinham “dito” a ele no dia anterior que alguém precisava dele (v. 30b), para ver seu serviço de intermediação confirmada por sua ajuda? Não deveriam eles continuar e conduzir a ele sempre mais carentes, ou levá-lo aos sofredores? Não cabia a eles comunicar-lhe que hoje de novo “toda a cidade” (v. 33) estava de pé à procura dele?
38 Não soava tentador este “todos te buscam”, somado ao seu envio a “todos” e aos “muitos” dos v. 32,34? Entretanto, a partir da sua comunhão completa com o Pai, ele repele a tentação: JESUS, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. Este “vim” não se refere à saída de Cafarnaum do v. 35, que fora com a finalidade de orar e não de pregar. Trata-se da vinda enviado pelo Pai, com uma tarefa especial. Esta última frase, portanto, tem profundidade cristológica, e pode ser comparada a 1.25; 2.17; 10.45. JESUS vem a campo ao encontro da sua missão, uma missão em termos em que
Cafarnaum não queria. Cafarnaum tomou a decisão errada, como Mt 11.23 confirma. “Buscar” e “encontrar”, no caso, têm um sentido negativo, como em Jo 6.24s e 14s. Certamente JESUS foi enviado a “todos”, mas o que é que Pedro, que só pensa em “todos” em Cafarnaum, sabe sobre “todos”! Ele e os que estão com ele parecem oferecer a JESUS uma ampliação impressionante da sua atuação, mas na verdade o estão atraindo a um beco. O beco é até geográfico, e JESUS escapa dele dizendo: “Vamos a outros lugares”. Ele não pode se limitar a um lugar, como João Batista (cf. 1.4). O beco também é objetivo, limitando-o a operar curas, quanto mais melhor, sem mudança de rei, sem restabelecimento da divindade de DEUS e da sua imagem no ser humano. O importante é que o corpo esteja são – esta é realmente a atrofia mais lamentável da boa notícia de DEUS do v. 15.
39 O v. 39 traz a concretização da palavra de JESUS: Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles. Podemos identificar um estágio do seu ministério em que ele ainda pode tomar a palavra nas casas de reuniões dos judeus: mais tarde ele tinha de falar às pessoas nas margens do lago ou em regiões desertas (cf. 2.13). “Pregando” está ligado, como em 3.14s; 6.12, com o outro elemento principal da atuação de JESUS, que é ao mesmo tempo uma indicação indireta do conteúdo da mensagem: e expelindo os demônios. Ao derrotar e expulsar as forças inimigas, ele está refletindo a proclamação do reinado iminente de DEUS (opr 3 a 1.21-28). Com este mensageiro, DEUS está chegando e Satanás tem de retroceder. Apesar de JESUS ter acabado de sublinhar que ele viera para pregar, não devemos estranhar que os demônios sejam mencionados. Palavra e ação, para JESUS,
andam juntos (cf. 1.27).
7. A purificação do leproso, 1.40-45 (Mt 8.1-4, Lc 5.12-16)
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. JESUS, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Fazendo-lhe, então, veemente advertência a , logo o despediu e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas cousas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder JESUS entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Em relação à tradução
a- embrimasthai, de brime, o resfolegar dos cavalos de guerra em Jó 39.20, em Mc 14.5 dito dos discípulos confusos, em Lm 2.6 do descontentamento de DEUS. Expressão muito forte.
b- ekballein obviamente não deve ser traduzido por “expulsar”, como no v. 39, como se estivesse falando com os demônios. A cura já estava realizada.
c- eis martyrion autois poderia ser testemunho da salvação. Em duas outras passagens de Marcos, porém, o testemunho é de comprovação (6.11; 13.9), razão pela qual esta possibilidade aqui não se cogita. Cf Dt 31.26; Js 24.26 no AT, Tg 5.3 no NT.
d- Este archesthai com infinitivo, sem ênfase, aparentemente desnecessário, encontra-se 26 vezes em Marcos e Lucas, 12 em Mateus (ex claros: Lc 3.8; Mc 6.7; At 1.1). De acordo com Mc 8.31 e 10.32 JESUS “começou” duas vezes a ensinar. Tabachowitz (p 24ss), porém, provou que a expressão é típica do grego bíblico (LXX), p ex Gn 6.1; 9.20; 10.8; 18.27, às vezes em tom muito solene: Dt 1.5; 2Sm 7.29 e Mq 6.13. Este é o efeito do archesthai “pleonástico” sobre nós. Por isso deve ser traduzido.
e- polla aqui não pode ter o sentido de que o curado anunciou “muitas coisas”, pois o objeto é identificado (logos). Como um termo típico de Marcos, ele deve ser entendido como advérbio: ele propalou de modo incansável e continuado; cf. 3.12; 5.10,23,43; 9.26; 15.3. Nos outros evangelhos o uso como advérbio falta completamente.
f- diaphemizein não é usado no NT de modo depreciativo no sentido de fofoca, mas com o sentido mais amplo de “proclamar” (At 8.4s; 9.20; 10.42; 2Tm 4.2).
g- logos aqui não é a palavra pregada como em 2.2; 8.32, mas só o acontecimento (contra Schreiber p 110, com Pesch e Gnilka).
Observações preliminares
1. Contexto. Sem indicação de tempo e lugar, na verdade sem nenhuma nota pessoal concreta, esta história não procede do contexto anterior do “dia em Cafarnaum” (opr 1 a 1.21-28), mas lhe foi acrescentada. Ela, contudo, se encaixa bem no tema. A palavra-chave “puro”, que aparece quatro vezes, lembra as três menções a “impuro” na primeira história (v. 23,26,27). Novamente JESUS se revela como o “SANTO de DEUS” (v. 24). Mais uma vez se destaca o que JESUS “pode” (compare o v. 41 com v. 22,27), ele é mal-entendido (cp v. 45 com v. 36), ele se retira para um lugar deserto (cp 45 com v. 35), repete-se o afluxo das massas e a pregação (cp v. 45 com v. 33,37,39). Com este apêndice Marcos coloca um ponto final forte, na verdade um ponto alto, dando voz à compaixão de JESUS (v. 41). Assim, ele interpreta a atuação de JESUS como cumprimento da mensagem de consolo de Israel: “O que deles se compadece” os “consolou”, e “dos seus aflitos se compadece”, “com grandes misericórdias”, com a “ternura” do seu coração (Is 49.10,13,15; 54.7s; 55.7; 63.15). A cura do leproso também tem relação com a salvação escatológica (cf. opr 3).
Por outro lado, novos tons se manifestam, que já preparam o bloco seguinte de narrativas, especialmente o traço anti-rabínico. JESUS não está eliminando a impureza demoníaca como no v. 23, mas a impureza cultual.
Com isto ele está rasgando a rede dos preceitos dos rabinos. Este tema passa para o centro a partir de 2.1, de modo que nossa passagem funciona como ponte entre os dois blocos de narrativas.
2. Lepra. Um “leproso” na verdade é alguém “com a pele descascando” (lepros, de lepein, descascar). Por isso a “lepra” (v. 42), diferente do sentido de hoje, abrangia alergias da pele em geral, das quais os rabinos tinham relacionado 72 (veja a relação de Lv 13), tanto curáveis como incuráveis. A lepra de hoje provêm de um bacilo que também produz tuberculose, e destrói os nervos periféricos; em seus primeiros estágios ela é curável. Atualmente calcula-se a número de leprosos em 20 milhões, dos quais uns 3 milhões estão em tratamento. Dependendo das circunstâncias, o doente, em um espaço de 20 a 30 anos, se transforma em uma carcaça repulsiva, e termina entrevado. – No caso presente devemos pressupor uma doença grave e incurável. A voz pode ter saído rouca e esganiçada de um rosto branco de escamas (cf. Êx 4.6, Lv 13.13; Nm 12.10; 2Rs 5.27). Um hálito malcheiroso se espalhava. Talvez o homem tenha-se arrastado com muletas até onde JESUS estava, sem força muscular e com alguns membros apodrecidos.
Na realidade, em nossa história o aspecto físico-médico nos interessa pouco. Em vez de palavras como “doente”, “curar”, “são” lemos sobre “purificar”, “puro”, “purificação”. “Puro – impuro”, porém, na Bíblia se refere à relação com DEUS e corresponde a “santo – profano”. A aparência do doente era tão repugnante que, nas circunstâncias daquela época não havia como não ver nela um castigo do céu. Uma pessoa assim devia ter cometido pecados tão graves que DEUS o rejeitou. A palavra hebraica para lepra expressa que a pessoa foi atingida por DEUS, tanto que o judaísmo entendia o homem “ferido de DEUS” de Is 53.4 como leproso. Um sacerdote judeu dava ao leproso este conselho: “Vá, examine-se e converta-se. A lepra é conseqüência de blasfêmias, as escaras vêm por causa do orgulho”.
Assim se pode explicar as diretrizes tão duras para os leprosos. A intenção não era só evitar a contaminação dos bacilos, mas isolar alguém que foi marcado por DEUS e proteger a comunidade dele.
Ninguém deveria tornar-se culpado pelo contato com este miserável, e macular-se. Ao menor toque a “impureza” seria transmitida, diante de DEUS. Por isso Lv 13.45s diz: “O leproso trará suas vestes rasgadas e seus cabelos desgrenhados (gestos de arrependimento!); cobrirá o bigode e clamará: „Impuro! Impuro!‟…” Os escritos judaicos reforçam isto: “Quando um leproso entra numa casa, todos os objetos nela se tornam impuros, até a trave do teto”. Na verdade o país inteiro se torna impuro com estes doentes. As cidades eram consideradas mais puras que o restante do país, porque os leprosos eram expulsos para fora dos muros sob a ameaça de chicotadas, o que lá não era possível.
Jerusalém era uma destas cidades. O culto no templo era proibido aos leprosos, enquanto que em sinagogas nas aldeias eles podiam participar, trancados em salas especiais. De um rabino se conta que ele se escondia quando vinha um leproso. Era obrigatório manter 4 côvados (1,3 m) de distância de um leproso em dias sem vento, no mais até 100 côvados. Um rabino jogou pedras num leproso: “Vá para o seu lugar e não manche as pessoas!” Outro não comia ovos postos por uma galinha da rua de um leproso. Um doente destes, então, tinha um destino terrível ao triplo: ferido por DEUS, expulso pela comunidade, para si mesmo um nojo.
Era considerado um morto-vivo: “Quatro são comparados ao morto: o pobre, o leproso, o cego e o que não tem filhos” (cf. Nm 12.12).
Nada mais lógico do que, em conseqüência, considerar a cura da lepra como uma ressurreição. Só podia ser esperada de DEUS. Quando o rei de Israel, em 2Rs 5.7, leu a ordem de curar o leproso Naamã, e exclamou, horrorizado: “Acaso, sou DEUS com poder de tirar a vida ou dá-la?” (cp para o tema geral Bill. IV, 745ss).
Uma tradição bastante forte, antiga e boa testifica que JESUS estendeu ao leproso sua mão cheia de compaixão, não cheia de ira contra demônios ou professores da lei. Disto fala só um filete muito tênue da tradição.
Com freqüência levanta-se contra a autenticidade do texto de Marcos, que “profundamente compadecido” falta em Mateus e Lucas. “Irado”, porém, também falta! Eles costumam deixar fora as “demonstrações de emoção” de JESUS. Lc 9.10 não tem o “compadeceu-se” de Mc 6.34, Mt 19.21 e Lc 18.22; Mt 19.14 pulam o “fitando-o, o amou” de Mc 10.21, Mt 19.14 e Lc 18.16 também ignoram a irritação de JESUS em Mc 10.14, como Mt 12.12 e Lc 6.10 a ira de JESUS em Mc 3.5. Ninguém, porém, questiona a autenticidade do texto de Marcos.
40 Aproximou-se dele um leproso.
Com a omissão de todos os dados sobre origem, destino e composição, este homem se torna modelo para todos que sofrem por não serem aptos para DEUS (opr 3), e da constatação: “eu não combino com ele, não sirvo para a convivência permanente com DEUS.
Isto me sobrecarrega, não consigo me livrar de uma consciência pesada crônica. Não sou espiritual, mas um mundano típico, só lambuzado um pouco com maquiagem cristã. Na devoção da igreja eu me sinto como um corpo estranho. Não sou autêntico.” “Seria, porventura, o mortal justo diante de DEUS? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?” (Jó 4.17).
Do v. 45 entende-se que o miserável forçou a passagem até JESUS no meio de um povoado. Ele simplesmente rompeu a zona de proteção com que os sadios tinham-se cercado. Quando ele surge, para horror dos circundantes, num piscar de olhos os lugares ficam vazios. Só JESUS não foge. JESUS deixa que ele se aproxime. Até aqui se falou que JESUS “veio” (v. 7,9,14,21,24,29,35,38); agora alguém vem a ele (aqui e no v. 45), demonstrando que entendeu a vinda dele. O doente roga-lhe, de joelhos, como se pede a um Todo-Poderoso: Se quiseres, podes purificar-me. Com isto ele está dizendo: Este pode! Bem diferente do pai do jovem lunático de 9.22: “Se tu podes alguma coisa…”
A expressão: “Se quiseres”, que JESUS retoma em sua resposta: “Eu quero!”, é levada pouco em consideração pelos comentadores. O homem tem confiança que JESUS pode, mas, apesar da sua miséria indizível e de sua ânsia compreensível de ser curado, ele não assedia JESUS. Em sentido literal, o que ele diz nem é um pedido, mas uma constatação, uma homenagem. Em rendição extrema ele se prostra aos seus pés e diz duas vezes “tu”, e só mais uma vez “eu”. “Se quiseres” lembra o que diz alguém diante da última instância; é linguagem da oração. Diante do Altíssimo esta submissão ao “se” divino é absolutamente apropriada (At 18.21; 1Co 4.19; Tg 4.15). O próprio JESUS praticou isto (Lc 22.42; cf. Mc 14.36) e o ensinou aos seus discípulos (Mt 6.10). Ao aplicar esta forma de tratamento a JESUS, o pedinte está tateando pelo Filho. Ele lhe atribui uma dignidade que ultrapassa em muito a autoridade dos profetas. Eles também “podiam” fazer milagres, mas não todos que queriam ou que lhes eram solicitados. Eles mesmos estavam debaixo do “se DEUS quiser”. Ao encontrar JESUS, no entanto, o leproso deu de encontro com o próprio DEUS (cf. 1.3). De acordo com Mt 11.27, JESUS em pessoa é a vontade de DEUS de salvar, estendida a nós: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” E Jo 5.21 (cf. 17.24; 21.22): “Assim como o pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica a quem quer”. Comparamos também com Mc 3.13: “Chamou os que ele mesmo quis”.
41 Quatro verbos esboçam a reação de JESUS ao pedido do homem a seus pés. O primeiro é compadecendo-se. Os sinóticos, em doze passagens, nenhuma vez usam este termo para a compaixão humana. Ele expressa a amplidão da misericórdia de DEUS. Por isso também não se vê uma “expressão emocional” de JESUS aqui; sua divindade é testificada. O campeão, como o qual JESUS foi descrito nas histórias anteriores, levanta um pouco a viseira e mostra seu rosto: ele é a disposição poderosa de DEUS para ajudar (cf. 6.34n).
No segundo verbo sua compaixão se torna ação: estendeu a mão. Em JESUS, DEUS faz uma ponte entre ele e os excluídos (1.31; At 4.30).
Em terceiro lugar lemos: tocou-o. Este toque, sem ser qualificado por um objeto, fica ainda maior.
Ele é guarnecido, por assim dizer, por três pontos de exclamação. Este toque quebra o sistema judaico em um lugar decisivo (opr 3), na verdade, o sistema do mundo. O céu desce até a terra, DEUS volta para sua pobre gente. Esta quebra da desesperança e da sua cobertura de dogmatismo se repete sempre de novo em Marcos, mesmo que não com tanto destaque como aqui (3.10; 7.33; 8.22; 10.13; cf. 5.27,31; 6.56).
Por último, JESUS fala na autoridade perfeita de DEUS:
Quero, fica limpo! Os espectadores podem ter imaginado horrorizados que, neste toque, o puro ficou impuro. Entretanto, o puro purificou o impuro (cf. 1.24) e o envolveu na imensa bondade de DEUS. “Já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS” (Rm 8.1).
42 No mesmo instante – esta palavrinha muitas vezes, em Marcos, chama a atenção para um milagre em andamento (1.12n) – lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Foi o atendimento simples do pedido do v. 40, com diferenças marcantes das curas de lepra que o AT nos relata (Nm 12.14s; 2Rs 5.8-14).
43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, ouvimos com surpresa. O compassivo de repente se torna um lutador ofegante. Da sua própria compaixão brota a irritação, porque vê sua obra em perigo.
Sua ira, porém, aqui não pode referir-se ao poder da doença, como em Jo 11.33,38, pois este já foi quebrado. Além disso, aqui se diz que JESUS se dirigiu de forma dura ao purificado, não a outra coisa.
Exaltado, JESUS logo o despediu, mandando-o embora da cidade. Ele quer separá-lo da multidão e de certo tipo de divulgação, como o v. 44 mostrará. As conseqüências lamentáveis desta propaganda apressada e arbitrária aparecem no v. 45: a apresentação de JESUS nas sinagogas da província foi interrompida.
44 E lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém. Se esta ordem de silêncio significasse que não deveria falar sobre sua purificação com ninguém, o contraste seria gritante com o trecho seguinte do versículo. Naturalmente o sacerdote e a sinagoga precisavam ficar sabendo oficialmente da sua cura. Afinal de contas, ele não fora purificado para continuar bancando o impuro, mas para pertencer novamente ao povo de DEUS. Como o cego de Jo 9.11,15, ele haveria de dar testemunho da sua cura por JESUS.
Então, o que é que ele não deveria dizer? Pesch acha que ele não deveria revelar a fórmula de cura de JESUS. Schmithals vê aqui a dica de que um tempo sagrado de silêncio deveria ser guardado antes da manifestação no templo. O sentido da proibição, porém, deve ser depreendido do diálogo dos v. 40,41. Ele roçou o mistério da pessoa de JESUS: nele retornaram a intenção de DEUS de criar e salvar. Ele não é só profeta, mas o cumprimento da profecia, o “Filho” de 1.11. Nenhuma palavra sobre isto! Para o motivo, veja 1.34; 3.11s. Só que este purificado quebrou o mandamento de silêncio. Este é um traço constante em Marcos. Mesmo onde lampeja certa compreensão de quem é JESUS, até entre os mais fiéis e com as melhores intenções, ao mesmo tempo se vê esta incompreensão. O “Filho” é solitário também entre seus mais próximos (14.27-31) – eles chegam a calcá-lo aos pés (Jo 13.18).
(1.25,34; 3.12; 8.33). Assim se explica a dureza marcante de JESUS neste lugar. Desde o batismo, Satanás quer atrair o Filho para longe do caminho da cruz, do caminho do Filho de DEUS isaiano para o do filho de DEUS helenista (opr 1 a 1.9-11). Para isto ele se esconde atrás do povo ávido por milagres, e até de discípulos dedicados.
JESUS continua: mas vai, mostra-te ao sacerdote. Este que fora trazido de volta à comunhão com DEUS também deveria ser reintegrado em Israel, de toda forma reocupar seu lugar na sociedade.
Ligação com DEUS e contatos sociais estão relacionados.
Assim, JESUS envia o homem às instâncias respectivas. A primeira parada não é logo Jerusalém. Os milhares de sacerdotes e levitas moravam espalhados pelo país, e também na Galiléia sua presença é atestada (Jeremias, Jerusalém, p 224). Lv 14 qualificava todo sacerdote para fornecer um atestado de saúde e pronunciar a purificação (Bill. IV, 758). Mais tarde, depois de certo tempo de espera, um sacrifício no templo em Jerusalém era devido (Lv 14.10,21s). Por isso JESUS acrescenta: e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou.
Contudo, o que significa a conclusão curta para servir de testemunho ao povo? “Testemunho” neste caso dificilmente pode ser limitado à confirmação verbal. Preste atenção no plural, que inclui tanto o sacerdote na Galiléia ao qual o purificado se apresentaria, como o sacerdote em Jerusalém que ajudaria a oferecer o sacrifício. Todo este processo passa a ser um testemunho: um homem se apresenta aos sacerdotes e, em resposta às perguntas, conta o que JESUS fez e refere às prescrições de Moisés, por ordem de JESUS. Desta forma, JESUS, Moisés e a própria convicção deles, de que só DEUS pode curar a lepra, acusam sua incredulidade e os conclamam à fé. A história pode ser de uma época em que JESUS já vivia em tensão com “eles”.
45 Certamente o purificado trilhou o caminho pelas instâncias competentes, pois sem a declaração de pureza de um sacerdote não havia como ser reintegrado na sociedade, mesmo faltando-lhe a qualificação para a divulgação entre o povo, da qual se fala em seguida: Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas cousas e a divulgar a notícia. Ele deveria ser testemunha, mas só na esfera dos procedimentos jurídicos. Por conta própria ele se transformou em arauto (arauto não-autorizado por JESUS) que cruza a província, transgredindo seu encargo (diferente do que foi curado em 5.19s). JESUS sofreu as conseqüências: a ponto de não mais poder entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos. Deste versículo já falamos acima, no v. 44.
Este ritmo de revelação e dissimulação passa como uma série de ondas por todo o livro. Em 7.36 diz expressamente: “Quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam”. E em 7.24: “Não pôde ocultar-se”. Ele proibiu severamente a divulgação, mas a compreensão errada frustou seu intento. Só que ele suportou estas frustrações e não interrompeu seu ministério, pelo contrário, levou-o à frente com ímpeto cada vez mais forte, apesar das circunstâncias cada vez mais difíceis. Aqui o resultado da sua atuação prejudicada é um novo e grande êxodo, que lembra 1.4: e de toda parte vinham ter com ele.
 
INTERAÇÃO
A palavra vaidade no meio evangélico, muitas vezes, é compreendida de maneira equivocada. Além de significar biblicamente, e de acordo com Salomão, "tudo o que passa" (Ec 1.2; 12.8); a palavra "vaidade" aponta para a ideia de hipervalorização pessoal: a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso do poder pelo poder; das riquezas pelas riquezas; da fama pela fama. Isso sim, é o pleno mundanismo batendo nas portas de muitos arraias evangélicos! Verdadeiramente, essa não é a verdadeira motivação do crente. E muito menos a do Evangelho de JESUS de Nazaré! 
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender qual deve ser a verdadeira motivação do crente. 
Conscientizar-se de que não fomos chamados para a fama. 
Saber que o anonimato não é sinônimo de derrota. 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Leve para a classe jornais e revistas antigos. Distribua entre os alunos e peça para pesquisarem reportagens e figuras de pessoas "famosas" (artistas, cantores de música gospel, pregadores, políticos, etc.) de cunho secular e evangélico. Depois, peça que os alunos comentem as figuras e em seguida discuta com a classe as seguintes questões: "O que é fama?" "Qual a diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido?"
Conclua explicando que devemos seguir o exemplo de JESUS. Ele nunca buscou a fama e até incentivou a prática anônima da vida cristã. O anonimato não é sinônimo de derrota.  
 
RESUMO DA LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE 
1. O crente fiel dispensa a vaidade.
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar.
3. O crente fiel não se porta soberbamente.
II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA 
1. O que é fama.
2. O problema.
III.  O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA 
1. A verdadeira sabedoria.
2. A simplicidade.
3. O equilíbrio.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O ser humano, criado por DEUS, não foi feito para a fama. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A verdadeira sabedoria cristã consiste na simplicidade e no equilíbrio (bom senso) das coisas.  
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico
"Os Apelos da Consciência 
O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de CRISTO' (1 Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de CRISTO conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de DEUS (2 Tm 3.16,17)" (CABRAL, Elienai. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.134).
 
VOCABULÁRIO 
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas observáveis em diferentes processos patológicos (doenças) sem causa específica.
Mídia: Conjunto dos meios de comunicação social de massas [televisão, jornal, revistas, internet, etc.]. 
Narcisista: Aquele voltado para si mesmo; para a própria imagem.  
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
CABRAL, Elienai. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. 
 
SAIBA MAIS PELA - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 51, p.42.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"Mas tu, quando ________________________, entra no teu ___________________________ e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está _________________________; e teu Pai, que vê o que está oculto, te __________________________________" (Mt 6.6).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A verdadeira ________________________________ do crente não está na _______________________________ ou no poder, mas em viver para _________________________________ a CRISTO.

INTRODUÇÃO
3- De que maneira a sociedade em que vivemos se comporta?
(    ) Vivemos numa sociedade onde o viver com Deus sobrepõe-se ao ser.
(    ) Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser.
(    ) Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista.
(    ) Fama, poder e influência política procuram atrair-nos.
(    ) Quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro das atenções.
 
4- Certamente não é a vontade de DEUS que seus filhos busquem o estrelato terreno, qual deve ser o verdadeiro sentido da vida cristã?
(    ) O verdadeiro sentido de viver é à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de Moisés.
(    ) O verdadeiro sentido de viver é à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de Abraão.
(    ) O verdadeiro sentido de viver é à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de JESUS de Nazaré.

I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
5- O que é vaidade?
(    ) É o sentimento manifestado por todo crente, quando colocado à prova.
(    ) Além de significar o que é "vão" ou "aparência ilusória", o termo vaidade, segundo o dicionário Houaiss, designa a ideia de "valorização que se atribui à própria aparência".
(    ) É o desejo intenso de a pessoa ser reconhecida e admirada pelos outros. Isso é vaidade!
 
6- Por que a motivação verdadeiramente cristã dispensa a vaidade?
(    ) O servo de DEUS pode às vezes ser motivado por essa cobiça.
(    ) Quando lemos as Sagradas Escrituras percebemos que "o buscar a glória para si" é algo absolutamente rechaçado pela Palavra de DEUS.
(    ) A Palavra revela que o servo de CRISTO não deve, em hipótese alguma, ser motivado por essa cobiça.

7- Por que o crente fiel não deseja o primeiro lugar?
(    ) No Reino de DEUS, quem deseja ser o "primeiro" revela-se sábio e quem procura servir ao próximo é chamado pelo Mestre para ser o primeiro.
(    ) Ao lançar mão de uma criança e apresentá-la entre os discípulos, ensinava o Senhor JESUS uma extraordinária lição: no coração do verdadeiro discípulo deve haver a mesma inocência e sinceridade de um infante.
(    ) Entre os seguidores do Mestre não pode haver espaço para disputas, intrigas e contendas.
(    ) No Reino de DEUS, quem deseja ser o "primeiro" revela-se egoísta, mas quem procura servir ao próximo é chamado pelo Mestre para ser o primeiro.
(    ) Aqui, se estabelece a diferença entre o vocacionado por DEUS e o chamado pelo homem.

8- Por que o crente fiel não se porta soberbamente?
(    ) A verdadeira motivação do crente fiel,às vezes, o leva a essa consequência.
(    ) O livro de Provérbios demonstra com abundantes exemplos e contundentes palavras do que o ser humano é capaz quando o seu coração é dominado pela soberba e pelo desejo desenfreado pela fama.
(    ) O soberbo"se apressa em fazer perversidade"; "usa de língua mentirosa"; "semeia contendas entre irmãos"; e, "com olhos altivos", assiste as consequências dos seus atos sem pestanejar, arrepender-se ou sensibilizar-se.
(    ) Isso, absolutamente, não é a verdadeira motivação do crente fiel!
(    ) A motivação do discípulo do Meigo Nazareno está em servir ao Senhor com um coração íntegro e sincero diante de DEUS e dos homens.

II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
9- O que é fama?
(    ) É o conceito (sempre mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa.
(    ) É o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa.
(    ) Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se o centro das atenções.
(    ) Lamentavelmente, a síndrome de "celebridade" chegou aos arraiais evangélicos.
 
10- Responda segundo os seguintes textos bíblicos (Jo 3.30; 5.30; 8.50; Rm 12.16; 2 Co 11.30):
O ser humano, criado por DEUS, foi feito para a fama? ______________
O homem, como o centro das atenções, é algo cristão? _______________
Uma classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de DEUS à sua Igreja? _____________
Desenvolver o poder de influência política e midiática, segundo as categorias desse mundo, é expandir o reino divino? ____________

11- O que pode ocasionar o espaço na mídia?
(    ) Aqueles que estão envolvidos na mída sempre perdem a essência da alma e a sua verdadeira identidade cristã.
(    ) Pode oferecer a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma aspiração narcisista pelo sucesso.
(    ) Quando a fama sobe à cabeça, a graça de DEUS desaparece do coração!
(    ) Buscar desenfreadamente a fama é a maior tragédia na vida do crente.
(    ) Este, logo perde a essência da alma e a sua verdadeira identidade cristã.
(    ) Nessa perspectiva, o Evangelho declara: "Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?".
 
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
12- Como é a verdadeira sabedoria? Complete:
O livro de Eclesiastes relata a história de um pobre homem ______________________________ que livrou a sua _____________________________ das mãos de um rei opressor (Ec 9.13-18). No entanto, o povo logo o ___________________________________. Ele, porém, não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por todas, a sua querida cidade das mãos do tirano. A ______________________________ e o desejo de ser reconhecido passavam longe do seu __________________________. Afinal, o que caracteriza a verdadeira sabedoria é o "_______________________________ do Senhor" (Pv 1.7).

13- Como era a simplicidade de JESUS?
(    ) O Mestre era sempre simplista mantendo a distância devida no trato com as multidões.
(    ) O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na vida de JESUS de Nazaré.
(    ) A leitura bíblica em classe descreve-nos a sábia atitude de JESUS em não deixar-se seduzir pela fama e retirar-se na hora apropriada.
(    ) O Nazareno sabia exatamente da sua missão a cumprir.
(    ) Quando percebeu que a multidão desejava fazer dEle um referencial de fama, CRISTO retirou-se para não comprometer a sua missão.
(    ) O Mestre é o nosso maior exemplo de simplicidade e equilíbrio no trato com as multidões.
(    ) Enquanto estas o procuravam, Ele se refugiava em lugares desérticos.

14- Como encontrar o equilíbrio? Complete:
No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os __________________________ em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse _____________________ mundano (Mt 11.30). Você não precisa viver o ______________________________ de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o _________________________ para ser. Não tente provar nada a ninguém. O Filho de DEUS conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas ________________________, pensamentos e _____________________________ mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar _______________________. A ilusão midiática não passa disso - é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de JESUS que seus filhos se curvassem à ___________________________, ao sucesso, à _______________________ ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de CRISTO e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro _____________________________. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na ____________________________ de CRISTO (1 Co 2.2; Gl 6.14).

CONCLUSÃO
15- Complete:
Como estudamos na lição de hoje, a _______________________ não pode ser a _____________________________ do crente. E o ______________________________ não significa derrota alguma para aqueles que estão em CRISTO JESUS. O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática ________________________ da vida cristã (Mt 6.1-4). A pureza, a ___________________________ e a sinceridade são os valores do Reino de DEUS que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o ___________________________, mas deseje agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes manifestam a sua existência e provam que Ele _______________________________ as intenções dos nossos pensamentos e corações.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
http://creiaemjesus.com.br/wp-content/uploads/downloads/2011/11/02.-Marcos-Coment%C3%A1rio-Esperan%C3%A7a.pdf