Vídeos da Lição 7, Fogo Estranho Diante de DEUS, 5 Partes, 3Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 7, Fogo Estranho Diante de DEUS, 3Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 7, Fogo Estranho Diante de DEUS
3º Trimestre de 2018 - Adoração, santidade e serviço ao Senhor - Os princípios de DEUS para a Sua Igreja em Levítico
Comentarista: Pr. Claudionor Correia de Andrade, conferencista e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
Ajuda - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-ujf-1tr14-aconsagracaodossacerdotes.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/leisreferentesaosacerdocio1.htm
Videos -  https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18UjWcsZ3kcQ1vWSmijSuoN
SLIDES - https://ebdnatv.blogspot.com/2018/08/slides-licao-7-fogo-estranho-diante-de.html
 
 
TEXTO ÁUREO
“E disse Moisés a Arăo: Isto é o que o SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arăo calou-se.”  (Lv 10.3)
 
 
VERDADE PRÁTICA
O DEUS santo requer de seus obreiros uma postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelęncia; menos que isso é inaceitável.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Êx 6.23 A ascendência de Nadabe e Abiú
Terça – Êx 24.1-9 Nadabe e Abiú viram a glória divina
Quarta – Êx 28.1 Nadabe e Abiú no santo ministério
Quinta – Lv 10.1 Nadabe e Abiú e o fogo estranho
Sexta – Lv 10.2 DEUS fulmina Nadabe e Abiú
Sábado – Nm 3.1-4 A história de Nadabe e Abiú
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 10.1-11
1 - E os filhos de Arăo, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes năo ordenara.2 - Entăo, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.3 - E disse Moisés a Arăo: Isto é o que o SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arăo calou-se. 4 - E Moisés chamou a Misael e a Elzafă, filhos de Uziel, tio de Arăo, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmăos de diante do santuário, para fora do arraial.5 - Entăo, chegaram e levaram-nos nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito.6 - E Moisés disse a Arăo e a seus filhos Eleazar e Itamar: Năo descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes, para que năo morrais, nem venha grande indignaçăo sobre toda a congregaçăo; mas vossos irmăos, toda a casa de Israel, lamentem este incęndio que o SENHOR acendeu.7 - Nem saireis da porta da tenda da congregaçăo, para que năo morrais; porque está sobre vós o azeite da unçăo do SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés. 8 - E falou o SENHOR a Arăo, dizendo:9 - Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo năo bebereis, quando entrardes na tenda da congregaçăo, para que năo morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas geraçőes,10 - para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo,11 - e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.
 
Comentários BEP - CPAD
10.1 FOGO ESTRANHO. Nadabe e Abiú puseram nos seus incensários (i.e., queimador de incenso) carvões em brasa de fonte estranha (Êx 30.7-9). Além disso, oferecer incenso no altar tinha que ser feito exclusivamente pelo sumo sacerdote (Êx 30.7-9; Lv 16.11-13). Alguns intérpretes sugerem que Nadabe e Abiú fizeram isso sob o efeito de bebida alcoólica (vv. 9,10).
10.2 SAIU FOGO... E OS CONSUMIU. Nadabe a Abiú foram mortos porque, como sacerdotes, rebelaram-se contra DEUS e sua lei, em atitude de desafio, e assim profanaram o santuário (v. 3). (1) Tinham sido claramente proibidos de oferecer "fogo estranho" diante do Senhor (ver a nota anterior; cf. Êx 30.9,10). Agindo assim, eles que deveriam ensinar a lei de DEUS, negaram-se a levar a sério os seus mandamentos. Declaravam-se ministros santos de DEUS e, no entanto, estavam servindo aos seus próprios interesses, sem qualquer temor de DEUS em suas vidas. (2) Esses dois homens eram líderes do povo de DEUS. Quando os ministros de DEUS ostensivamente cometem pecado, isso atinge grandemente a excelsa dignidade de DEUS e o seu propósito redentor na terra. Tais delitos profanam a Igreja e a totalidade do povo de DEUS e desonram o nome do Senhor. Por essa razão, a Bíblia ensina que somente aqueles que levam uma vida cristã de perseverança na fidelidade a DEUS e à sua Palavra podem ser escolhidos como dirigentes do povo de DEUS (ver 1 Tm 3.1-7)
10.9 VINHO... NÃO BEBEREIS. A abstinência do vinho embriagante era uma exigência para todos os sacerdotes no desempenho de seus deveres religiosos. (1) Esperava-se deles que fossem vasos santos diante de DEUS e das pessoas, às quais deviam solenemente ensinar o caminho de DEUS (vv. 10,11; ver Ef 5.18). (2) A violação deste preceito da abstinência era tão grave que acarretava a pena de morte. A lição é clara DEUS considerava qualquer quantidade de bebida embriagante incompatível com seus elevados padrões de piedade, e com o sábio discernimento, e sensibilidade para com a liderança do ESPIRITO SANTO (ver Pv 23.29-35; 1 Tm 3.3; Tt 2.2).
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o DEUS santo requer de seus obreiros uma postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelência.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOSDiscutir os privilégios de Nadabe e Abiú;
Mostrar os perigos de se colocar fogo estranho no altar do Senhor;
Compreender o porquê do luto no santo ministério.
 
PONTO CENTRAL
DEUS é santo e requer de seus obreiros uma postura igualmente santa.
 
Resumo da Lição 7, Fogo Estranho Diante de DEUS
I – OS PRIVILÉGIOS DE NADABE E ABIÚ
1. Ascendência levítica.
2. Ascendência araônica.
3. Participantes da glória de DEUS.
II – FOGO ESTRANHO NO ALTAR
1. Ignoraram a DEUS.
2. Impaciência profana.
3. Apresentaram fogo estranho ao Senhor.
III – LUTO NO SANTO MINISTÉRIO1. A morte de Nadabe e Abiú.
2. A remoção dos cadáveres.
3. O luto é proibido.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Como sacerdotes, Nadabe e Abiú tinham privilégios.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Nadabe e Abiú ignoraram as recomendaçőes divinas e ofereceram fogo estranho sobre o altar.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Nadabe e Abiú ignoraram as recomendaçőes divinas e ofereceram fogo estranho sobre o altar.
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO Top1“Nadabe/Abiú
Alguns irmãos, como Caim e Abel ou Jacó e Esaú, colocaram uns aos outros em apuros. Os irmãos Nadabe e Abiú tiveram problemas juntos. Embora pouco se saiba sobre seus primeiros anos, a Bíblia nos dá uma abundância de informações sobre o ambiente em que eles cresceram. Nascido no Egito, foram testemunhas oculares dos atos poderosos de DEUS no Êxodo. Eles viram seu pai Arão, seu tio Moisés, e sua tia Miriã em ação muitas vezes. Eles tinham conhecimento em primeira mão sobre a santidade de DEUS como poucos homens já tiveram, e pelo menos por um tempo, seguiram a DEUS de todo o coração (Lv 8.36). Mas em um momento crucial, eles decidiram tratar as claras instruções de DEUS com indiferença. A consequência de seu pecado foi ardente, imediata e chocante para todos” Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 215).
 
Qualidades e realizações.
Os primeiros candidatos à sucessão de seu pai como sumo sacerdote.
Envolvidos na consagração original do Tabernáculo.
Elogiados por fazer ‘todas as coisas que o Senhor ordenara’ (Lv 8.36).
Fraquezas e enganos.
Tratar os mandamentos diretos de DEUS de forma leviana.
Lições de sua vida.
O pecado tem consequências mortais.
Estatísticas vitais
Local: Península do Sinai.
Ocupação: Sacerdotes em treinamento.
Parentes: Pai: Arão. Tio: Moisés. Tia: Miriã. Irmãos: Eleazar e Itamar.
Versículo-chave.
E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR” (Lv 10.1,2).
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 215).
Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 215).
 
 
 
Comentário Rápido do Pr. Henrique
 
A meu ver a explicação pela morte de Nadabe e Abiú é até simples.
O fogo que deveriam usar era o fogo que desceu do céu - Fogo de DEUS que havia no Altar do Holocausto (eSTE ALTAR representa A Cruz onde JESUS morreu por nós) e oferecer no Altar de Incenso (representa as orações e intercessões - A intercessão de JESUS, morrendo para nos salvar).
Ao invés disso, usaram algum fogo que pegaram em outra parte, ou seja, pegaram algo humano e comum, fabricado pelo ser humano, para oferecerem em substituição ao sagrado. Pegaram um substituto para JESUS. Além de ser o verdadeiro altar dos verdadeiros cristãos, JESUS CRISTO é também a oferta aceitável e aprazível a DEUS, a única que a justiça divina aceita com agrado. JESUS ofereceu-se a si mesmo como oferta voluntária para, de uma vez por todas, ‘‘aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26).
Por isso morreram - Tudo ali tinha um significado.
A Bíblia não diz que morreram por desejarem ocupar o lugar de Arão, não diz que ofereceram incenso errado, não diz que foram irreverentes e nem diz que estavam bêbados. Só diz que ofereceram Fogo Estranho.
Ao invés de oferecerem o Fogo que desceu do céu, de DEUS, usaram outro fogo para reacenderem o incenso do Altar de Incenso, ou para reativarem as brasas que ali haviam do fogo do dia anterior.
O certo é que Arão tinha por obrigação manter ali o fogo aceso
 
Na companhia de Nadabe e Abiú (filhos de Arão) estão Caim (Irmão de Abel, filho de Adão), Hofni e Finéias (Filhos do sumo scerdote Eli), Miriã (irmã de Moisés que se rebelou contra ele e ficou leprosa), Joel e Abia (Filhos de Samuel), etc...
 
FOGO -  (Strong Português) -  אש ’esh
1) fogo 
1a) fogo, chamas 
1b) fogo sobrenatural (junto com teofania) 
1c) fogo (para cozinhar, assar, crestar) 
1d) fogo do altar 
1e) a ira de DEUS (fig.)
 
ESTRANHO - זור zuwr
1) ser estranho, ser um forasteiro 
1a) (Qal) 
1a1) tornar-se alienado 
1a2) estranho, outro, forasteiro, estrangeiro, inimigo (particípio) 
1a3) repugnante (referindo-se ao hálito) (particípio) 
1a4) mulher estranha, prostituta, meretriz (meton) 
1b) (Nifal) ser alienado 
1c) (Hofal) ser um estrangeiro, ser alguém alienado
 
ALTAR
Estrutura elevada, onde se oferecia incenso e se queimavam os sacrifícios em honra dos deuses. Poderia ser feito de terra, ou de uma grande pedra ou de uma plataforma construída de pedras, cobertas, ou não; ou um objeto de forma semelhante, feito de metal. Nos tempos patriarcas, levantavam-se altares no lugar onde se levantavam as tendas. Em circunstâncias especiais também levantavam altares para oferecerem sacrifícios a DEUS, Gn 7: 20; 12: 7; 22: 9; 35: 1, 7; Ex 17: 5; 24: 4.

A lei fundamental do altar hebreu incorporado no pacto teocrático, e que foi dada no Sinai, antes da construção do Tabernáculo, ordenava a ereção de um altar de terra ou de pedras no lugar onde a Divindade se manifestasse. Esta lei era a ordem primária para os altares que tinham de ser levantados no Tabernáculo e mais tarde no Templo,onde a presença de Jeová era sempre visível, e também para os altares transitórios por ocasião das teofanias, Jz 2: 5. O Tabernáculo tinha dois altares:

1. O altar de bronze ou dos holocaustos, que ficava do lado de fora, em frente da porta do Tabernáculo. Tinha cinco côvados de comprimento, cinco de largura e três de altura. Era feito de pau de setim e ôco por dentro, coberto de chapas de bronze, tendo argolas dos lados por onde deviam passar os varais de pau de setim, para conduzi-lo de um lugar para outro. Nos seus quatro cantos erguiam-se quatro cornos, um em cada canto, cobertos de bronze. Não tinha degruas, mas em roda, era guarnecido de um estreito andaime, onde oficiava o sacerdote. Todos os sacrifícios eram oferecidos neste altar. O fato de achar-se logo à entrada da porta, ensinava que ninguém podia ter acesso a Jeová, a menos que fosse purificado pelo sangue, Ex 27: 1-8; 30: 28; 38: 30; 40: 27; comp. 1 Sm 1: 50: Salmo, 118: 27.

2. O altar de ouro, ou o altar do incenso que estava diante do véu que pendia ante a arca do testemunho, tinha um côvado de comprido, um côvado de largo e dois côvados de alto, e era feito de pau de setim revestido de chapas de ouro, e tinha uma cornija em roda, também argolas e varais para o seu transporte e os cornos em cada um dos cantos. Sobre ele se queimava o incenso preparado conforme as prescrições dadas de manhã e à tarde, à luz do candeeiro. Significava a obrigação que o povo tinha de adorar a DEUS, e ao mesmo tempo, que esta adoração lhe era agradável, Ex 30: 1-10, 28:34-37; 40:5; comp. com Hb 9:4, e 1 Rs 6:22; Lv 16: 19. Quando se construiu o templo de Salomão, o novo altar de bronze tinha cerca de quatro vezes mais as dimensões primitivas, 1 Rs 8: 64; 2 Cr 4: 1. Também foi construído um novo altar de ouro, 1 Reiss 7: 48; 2 Cron 4: 19. Eram estes os únicos altares permanentes, em que se deviam oferecer os sacrifícios e o incenso aceitáveis a DEUS, Dt 12: 2, 5, 6, 7. Porém a ereção de altares e a oferta de sacrifícios em outros lugares onde havia manifestações da Divindade, estavam previamente autorizados pela lei fundamental, privilégio este de que se utilizaram os israelistas em Bochim, ou lugar das Lágrimas, por Gideoni, por Manué, Jz 2: 1-5; 6: 20-25; 13: 15-23. E Josué exigiu um altar no monte Hetal para servir a uma ocasião especial. Quando as doze tribos se congregaram para uma solenidade nacional, e a arca do testamento estava presente, aquele altar era o altar da pátria, Js 8: 30-35, tudo feito de acordo com o espírito da lei deuteronômia, Dt 27: 5-8. A lei do altar deixou de ser cumprida duas vezes. (Dicionário Davis - John Davis)
 
Simbolismo do altar
Trata-se do lugar onde podemos nos aproximar de DEUS, mediante sacrifício e oração; lugar onde DEUS vem ao encontro das necessidades humanas, confor­me as exigências por ele estabelecidas. O altar fala da «comunicação» entre DEUS e os homens; esse é o lugar onde um homem pode encontrar-se com o poder divino. O altar é igualmente o lugar onde o homem pode trazer seus dons a DEUS, onde pode prestar serviço e lealdade. (Enciclopédia de Bíblia,Teologia e Filosofia).
Em Heb 13:10. Um entendimento cristão
Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.
Nosso Altar É Em Nosso espírito Que Está Ligado Ao ESPIRITO SANTO E O Tabernáculo É Nosso Corpo Onde Este Altar Está Instalado, Mas Se Vamos Servir E Agradar Ao Corpo Com Suas Concupiscências, Não Experimentaremos Das Delícias Da Intimidade Com O ESPIRITO SANTO.
 
Nadabe e Abiú (Levítico 10:1-7)
Mal tinham terminado as cerimônias da consagração, e os sacerdotes entrado nas suas funções sagradas, e um ato de sacrilégio foi perpetrado pêlos filhos mais velhos de Arão, Nadabe e Abiú. O capítulo 9 mostra a maneira segundo a qual o povo devia aproximar-se de Deus na adoração, e as bênçãos e os benefícios que resultariam. O capítulo 10 torna claro quão rapidamente a retribuição divina veio sobre aqueles que se recusaram a seguir a orientação, e que insistiram, ao invés disto, em seguir um curso independente. O que tão recentemente tinha sido um tempo de felicidade e esplendor para a nação é estragado por uma tragédia desnecessária. A situação ficou sendo ainda mais lastimável por causa da posição privilegiada que estes dois homens tinham desfrutado quando, juntamente com Moisés, com o pai deles, Arão, e setenta dos anciãos de Israel, tiveram licença de ver uma manifestação do Deus de Israel no Monte Sinai (Êx 24:1, 10). Os abusos que se permitiram foram de natureza muito séria, visto que foram induzidos pela desobediência.
 
1-2. Os dois homens começaram seus deveres no tabernáculo ao tomarem seus próprios incensários, que consistiam em panelas de forma achatada em que eram lavados carvões em brasa, e lhes deitaram fogo. Depois, colocaram incenso sobre as brasas, e, segundo parece apresentaram este fogo estranho a Deus, de uma maneira que não tinha sido preceituada. Há vários elementos deste' procedimento que violavam todas as instruções para o sacrifício que Moisés recebeu da parte de Deus. Em primeiro lugar, não há indicação alguma de que as brasas foram tiradas do altar do holocausto (cf. Lv 16:12), cujo conteúdo fora aceso pelo fogo divino quando o Senhor santificou o tabernáculo na ocasião das cerimônias de consagração dos sacerdotes. Até este ponto, portanto, uma mudança significante tinha sido feita nos rituais sacerdotais, e algo que não era santo, i.é, não consagrado ao serviço de Deus tomou-se um intruso entre os demais elementos consagrados. Em segundo lugar, nada há nos preceitos pormenorizados do sacrifício que declarasse que qualquer pessoa senão o próprio sumo-sacerdote devesse colocar incenso num incensário de brasas e apresentá-lo a Deus. Até mesmo aquela cerimónia era restrita ao dia da expiação quando, uma vez por ano, o sumo-sacerdote entrava no Santo dos Santos do santuário para cobrir o propiciatório com uma nuvem de incenso. Logo, ao se comportarem assim Nadabe e Abiú estavam usurpando de maneira espalhafatosa e imperdoável as responsabilidades da pessoa principal da hierarquia sacerdotal.  Suas ações podem ter sido o resultado do orgulho, da ambição, dos ciúmes, ou da impaciência, e, se for assim, sua motivação estava muito longe da intenção de quem procurava viver uma vida de santidade ao Senhor. Em terceiro lugar, fica óbvio que nem Moisés nem Arão tinham sido consultados acerca da mudança repentina de procedimento, e, portanto, as ações de Nadabe e Abiú consistiram de um ato de desobediência aos desejos conhecidos dos seus superiores, conforme são expressos na legislação sacerdotal, sem nada dizer quanto ao fato de constituir-se em ato de desafio contra Deus. Logo, a penalidade de ser "cortado", preceituada em Números 15:30 para os pecados de intenção deliberada contra os regulamentos da aliança, entrou em vigor de modo dramático. Além disto, o ato de colocar incenso sobre as brasas vivas poderia muito bem ter sido interpretado como sendo parte de um ritual simples de oferecer enceno a um deus pagão, tal como aquele em que se ocupavam as mulheres de Jerusalém nos tempos de Jeremias (Jr 44:25). Porque ser santo ao Senhor envolvia uma separação de todas as formas de mundanismo (cf. 2 Co 6:14-17), este tipo de inovação ritual era a própria antítese daquilo que Deus preceituara para a adoração a Ele. Outros fatores que podem muito bem ter entrado na transgressão incluíam a possibilidade de que o incenso não tinha sido composto de acordo com as instruções dadas por Deus a Moisés (Êx 30:34-38); que os dois homens usaram seus incensários domésticos ao invés daqueles que tinham sido consagrados especificamente para o uso no tabernáculo; ou que a oferta fora feita de modo impróprio, de modo que usurpasse as funções do altar de incenso (ÊX 30:7-8). Talvez o mais importante de tudo seja a possibilidade de que Nadabe e Abiú estivessem num estado ébrio ao entrarem nos seus deveres, e que esta condição influísse no seu são juízo. Nesta conexão, a proibição no v. 9 é muito relevante. À luz do que foi dito supra, parece difícil acreditar que o delito cometido fosse puramente acidental na sua natureza. A inversão de valores, mediante a qual aquilo que era profano foi oferecido ao Senhor como se fosse algo sagrado e consagrado é totalmente oposta a tudo quanto à aliança do Sinai representava. Ironicamente, foi pelo fogo que os transgressores morreram (2), mortos por uma chama consumidora que é característica da natureza de Deus (Hb 12:29), que exige a adoração aceitável com reverência e santo temor. Não se sabe exatamente como o fogo matou Nadabe e Abiú, ou se a palavra "fogo" era um sinônimo para um raio de relâmpago. Muitos daqueles estudiosos que atribuem uma data pós-exílica de composição a Levítico têm pressuposto que durante o exílio houvesse uma migração a Jerusalém de "grupos Sacerdotais" da área do norte, presumivelmente numa tentativa para estabelecer um sacerdócio do norte no reino do sul. Embora estes sacerdotes alegassem estar na tradição arônica, esta narrativa deixou claro que somente os filhos obedientes, Eleazar e Itamar, realmente transmitiram o sacerdócio legítimo de Arão, ao qual os sacerdotes israelitas apóstatas claramente não pertenciam. Para aqueles que sustentam este ponto de vista, a presente narrativa consiste de uma "história etiológica" '•que procura explicar a base lógica das condições que existiam num período subseqüente. Uma suposição deste tipo depende de atribuir, arbitrariamente, uma data na era do segundo templo a Levítico, proposição esta que foi asseverada muitas vezes por estudiosos liberais, mas ainda falta uma demonstração pêlos fatos. Mais significante de tudo é a falta total de evidência no Antigo Testamento para qualquer movimento de sacerdotes de santuários fora de Jerusalém para a capital de Judá a fim de substituir aqueles sacerdotes que foram levados para o cativeiro. Depois de 581 a.C. a área em derredor de Jerusalém ficou desolada, e a própria cidade era uma ruína, se é que se pode acreditar na evidência de Lamentações. Quando os cativos voltaram do exílio entre 538 a.C. e cerca de 525 a.C., a oposição que encontraram não vinha de círculos sacerdotais rivais, que se destacam pela sua ausência das narrativas relevantes, mas, sim, de indivíduos ou grupos com interesses políticos, tais como Sambalá, os árabes, os amonitas e os asdoditas (Ed 4:4; Ne 4:7).
 
3. Moisés empregou este incidente para ilustrar exatamente aquilo que Deus queria dizer por santidade e separação, a fim de que o pai desolado e o povo como um todo compreendesse. Ao passo que para os povos pagãos contemporâneos o conceito da santidade significava nada mais do que uma pessoa ou um objeto ser consagrado ao serviço de uma divindade, para os israelitas a santidade era um atributo ético do caráter divino que tinha de ser refletido nas suas próprias vidas e no seu próprio comportamento, visto que eram ligados pela aliança ao Deus de Sinai. Há dois aspectos básicos deste relacionamento que deveriam estar sempre em primeiro plano nas mentes dos israelitas: o primeiro era que a aliança procedia do amor de Deus (hesed); o segundo, que exigia dos israelitas uma resposta de obediência sem hesitação e sem qualificações.  
Visto que certos membros da linhagem sacerdotal aparentemente se recusaram a levar a sério à resposta humana ao amor de Deus conforme a aliança, todos deveriam aprender uma lição que, pela sua natureza visual, faria uma impressão duradora sobre as mentes individuais. Dai a declaração de Moisés de que Deus demonstrará a natureza e o significado da santidade. As palavras de Moisés não consistem de uma citação literal de pronunciamentos registradas na Tora, mas, sim, refletem seus ensinos acerca dos requisitos da santidade para o cargo de sacerdote (cf. Êx 19:22; 29:1, 44, etc.) e o aforismo de Samuel de que a obediência é preferível ao sacrifício (l Sm 15:22). Porque a santidade é um dos atributos espirituais mais característicos de Deus, forçosamente há de ser manifestada entre aqueles que estão associados com Ele. O Novo Testamento está em harmonia com esta proposição na sua insistência em que os crentes em Cristo vivam vidas de consagração e santidade (Rm 12:1; Ef5:27; l Pé 1:15-16, etc.). Quanto mais estreitamente a pessoa está associada com a obra de Deus no mundo, tanto mais necessário é assegurar-se de que o relacionamento com Deus não é estragado por máculas espirituais, senão, o crente não pode funcionar adequadamente como canal para a graça saneadora de Deus. Uma situação deste tipo também exige que aqueles que têm dons especiais, ou que ocupam posições de grande responsabilidade na sociedade, devem ser especialmente escrupulosos no que diz respeito à sua conduta geral. Um número grande demais de pessoas que vivem em todos os níveis da vida comunitária imaginam que o destaque social ou político isenta, dalguma maneira, o indivíduo das exigências da lei moral. Em contraste, o Novo Testamento ensina que o juízo será aplicado mais rigorosamente àqueles que foram ricamente dotados com capacidade e conhecimento do que a outros numa situação menos afortunada (cf. Lc 12:48). O fato de que este julgamento começará pela casa de Deus (l Pé 4:17) exige que cada crente deva confirmar sua vocação e eleição (2 Pé 1:10). Os filhos de Arão tinham ocupado por um período muito breve uma posição privilegiada como líderes espirituais da nação, mas não tinham levado suas responsabilidades tão a sério quanto exigia um Deus justo e santo. Como resultado, era impossível para Deus ser glorificado diante de todo o povo. A consistência do testemunho cristão pêlos lábios e pela vida é vista na insistência de que os crentes individuais glorificassem a Deus nos seus corpos (l Co 6:20), i.é, com suas personalidades inteiras. O impacto desta virada dramática dos eventos sobre Arão é percebido no seu silêncio enquanto a lição estava sendo assimilada. Sem dúvida, estava numa condição de choque severo, mas de qualquer maneira, dificilmente poderia ter justificado o comportamento dos seus filhos por qualquer motivo que fosse. Se no seu coração reconhecia que o castigo fora justo, embora fosse rápido e severo, sua única resposta poderia ser a da aceitação humilde da vontade de Deus (cf. SI 39:9).
 
4-5. Para a tarefa de remover os cadáveres da área do tabernáculo, Moisés chamou dois primos em primeiro grau de Arão; Misael e elzafã, acerca dos quais nada mais se sabe senão que não eram sacerdotes. Nenhuma pessoa consagrada poderia ter tocado nos mortos sem ficar contaminada, e este fato proibiu o pai desolado de entrar em contato físico com seus filhos mortos. Presumivelmente os primos de Arão eram os parentes mais próximos, e, portanto, podiam tratar dos ritos do enterro. Os cadáveres deveriam ser enterrados nalgum local além do arraial israelita propriamente dito, porque assim seria evitada a contaminação cerimonial de qualquer pessoa que acidentalmente chegasse ao local do enterro. Em terreno rochoso o sepulcro seria marcado por um monte de pedras empilhado sobre os corpos para evitar que estes fossem mutilados por animais ou aves predatórias. Os mortos estavam sendo aparentemente enterrados envoltos nas suas túnicas sacerdotais de linho (Heb. ktonet) tecidos com obra bordada (Ex 28:39), o que indica que, qualquer que fosse o dano feito a eles pelo fogo na ocasião da morte, não tinha queimado suas roupas externas até consumi-las.
 
6-7. Moisés proibiu Arão e seus dois filhos sobreviventes, Eleazar e Itamar, de lamentarem a morte súbita de Nadabe e Abiú. Deixar os cabelos desgrenhados e rasgar as vestes eram indicações comuns de grande pesar entre os israelitas (cf. Gn 37:29-30; 44:13). Outros membros da congregação poderiam lamentar a calamidade desta maneira se assim desejassem, mas se os sacerdotes consagrados sobreviventes fizessem assim, dariam a entender que não estavam dando prioridade às suas responsabilidades sacerdotais. Tal atitude traria sobre eles o mesmo tipo de castigo da parte de Deus, porque pareceria que estavam disputando ou desafiando, dalguma maneira, o julgamento que fora executado. Esta proibição deve ter colocado uma pressão tremenda sobre o controle-próprio de Arão e dos seus dois filhos sobreviventes, especialmente porque os israelitas respondiam de modo muito emotivo à incidência da morte. Os demais aronitas também foram proibidos de deixar a área do santuário, porque estavam num estado de consagração ritual. Violar esta condição santa traria a morte sobre eles, e a ira punitiva sobre o povo de Israel. Mesmo num tempo de grande calamidade, os sacerdotes do Senhor deviam dar um exemplo à nação, de rigorosa obediência à vontade de Deus, e da fidelidade sem desvios às leis que regiam os rituais do tabernáculo. Fossem quais fossem seus sentimentos pessoais, não deviam permitir que coisa alguma interferisse com a obra do ministério. Ao cumprir a vontade do Seu Pai, Jesus Cristo não permitiu que considerações pessoais de qualquer tipo se pusessem no caminho da Sua obra redentora do Calvário. Como tal. Ele fica sendo um modelo da dedicação e devoção que se espera que o cristão exemplifique.
 
g. Proibidos os sacerdotes bêbados (10:8-11)
 
8. Esta seção começa com uma declaração direta de Deus para Arão, ao invés de para Moisés, acerca de ingerir bebidas inebriantes. No futuro, sejam quais forem as circunstâncias, os sacerdotes oficiantes estavam proibidos de beber inebriantes antes de empreenderem seus deveres sacrificiais no tabernáculo. A desobediência a esta proibição resultaria na morte do transgressor. A santidade cerimonial e a autodisciplina deviam, portanto, ir de mãos dadas. A presença de uma delas não garantiria que a outra estaria ali automaticamente. O fato de que o sacerdote foi consagrado de acordo com os rituais divinamente revelados não o impedia de fazer suas próprias decisões, para o bem ou para o mal. O desenvolvimento do caráter cristão exige que a vontade do indivíduo seja entregue para o propósito de Deus para sua vida, seguindo o exemplo dado por Cristo (f o 4:34; 5:30). Baseado nestes fatos, a tradição rabínica de que os dois filhos de Arão cometeram sacrilégio ao oficiarem no tabernáculo enquanto estavam sob a influência do álcool parece ter considerável substância.
 
9. Vinho e bebida forte parecem ter sido as bebidas principais para os adultos no Oriente Próximo antigo, visto que nem chá nem café tinham sido introduzidos naquela área neste período. O vinho (Heb. yayin) era feito do suco espremido e fermentado das uvas, que bem possivelmente foram cultivadas primeiramente na região de Ararate. 38 A bebida forte (Heb. fêkar) era um termo freqüentemente usado em associação com o vinho, e as duas palavras parecem ter descrito bebidas alcoólicas de potência variada. Talvez a "bebida forte" fosse o produto da destilação, e como tal, fosse um licor alcoólico e não uma bebida fermentada tal como o vinho ou a cerveja. Esta última era fermentada tanto da cevada quanto das tâmaras, e era especialmente favorecida pêlos egípcios e pêlos filisteus. Porque os fornecimentos de água apropriada para o consumo humano não eram de modo algum abundantes no Oriente: Próximo, parece ter havido pouca coisa disponível para beber a parte das bebidas alcoólicas dalgum tipo. Em tais condições, não era fácil, de modo algum, controlar a embriaguez, e somente os mais disciplinados, tais como os nazireus (Nm 6:3), conseguiam abster-se de bebidas inebriantes por períodos consideráveis de tempo. Nos dias de Isaías, parece que os sacerdotes se submetiam cada vez mais à influência do álcool (cf. Is 28:7), ao passo que o livro de Provérbios dá advertências freqüentes acerca dos perigos da embriaguez (cf. Pv 20:1; 23:30-31). O álcool etílico é uma substância que não ocorre naturalmente nos tecidos constituintes do corpo humano. Quando é ingerido, é distribuído rapidamente pelo intestino delgado, embora uma pequena quantidade passe do estômago diretamente para a corrente sanguínea. Um máximo de 10% do álcool consumido é desfeito pêlos processos normais físicos, sendo que o restante é metabolizado por certos órgãos do corpo, principalmente o fígado. Aqueles que bebem pequenas quantidades de álcool regularmente durante um período prolongado de tempó não parecem sofrer maus efeitos significantes, provavelmente porque, quando o álcool é ingerido, é grandemente diluído pêlos fluidos do próprio corpo como parte do processo de absorção. O álcool opera diretamente sobre o sistema nervoso central, e embora seu efeito em doses grandes e sempre mantidas seja o de um depressível, pode produzir certas formas de excitação quando é ingerido em quantidades pequenas. Neste último estado, a perda de inibições é claramente notada, o que indica que o efeito imediato do álcool influi em funções mentais avançadas como o pensar e o fazer julgamentos. Desde os tempos muito antigos, o álcool tem sido bebido para aliviar a tensão ou o grande pesar, acreditando-se que as tristezas pudessem ser "afogadas" (cf. Pv 31:6-7), ou para agir como carminativo em casos de dispepsia ou de gastrite branda (cf. l Tm 5:23), além de servir como a bebida normal em várias culturas. Certo texto médico babilônico descreveu uma condição por demais comum naqueles tempos: "Se um homem tiver bebido demais de vinho forte, e se sua cabeça estiver confusa, se  esquecer das suas palavras e se sua fala ficai embaraçada, se seus pensamentos divagarem e seus olhos ficarem vidrados. . ." F. Küchier, Beitrage zur Kenntnis der Assyrisch-Babylonischen Medizin Ocasionalmente, médicos modernos receitam a ingestão oral de álcool em doses semelhantes às clínicas, mas esta prática é rigorosamente uma sobrevivência da medicina folclórica.  Suprimentos abundantes de vinho eram considerados no Antigo Testamento como uma das bênçãos de Deus. (cf. Gn 27:28, etc.), trazendo alegria ao coração e alívio aos tristes (SI 104:15; Pv 31:7). O que, no entanto, era encarado com reprovação, era a embriaguez que formava uma parte integrante dos ritos religiosos pagãos em Canaã e noutros lugares, e embora os sacerdotes hebreus tivessem licença de ingerir bebidas alcoólicas como parte de uma refeição, eram proibidos de imitar as atividades ébrias dos seus pares cananeus, ou o comportamento de profetas cultuais tais como os muhhu, cujos  pronunciamentos oraculares, segundo parece, eram inspirados pelo menos parcialmente pelo álcool.
Os Nazireus refletiam as práticas antigas da separação e de uma abstinência auto-imposta, a fim de realizar algum tipo especial de dever religioso (Nm 6:1-21). Um dos três aspectos distintivos principais dos nazireus era a total abstinência do vinho e das uvas. Conforme Amos 2:11-12, Deus dera os nazireus ao Israel apóstata como exemplos e instrutores espirituais, mas o povo comprometera o testemunho deles. Outro grupo que parece ter surgido contra o luxo e a corrupção da Judá dos séculos VIU e VII a.C. era conhecido como os recabitas, uma ordem fundada por Recabe, da tribo de Judá. O descendente de Recabe, Jonadabe, impusera uma proibição contra a ingestão do vinho, sem dúvida como parte da tradição familiar, e os membros do grupo foram ferrenhos quanto à sua posição quando Jeremias, mediante a ordem recebida de Deus, testou a autodisciplina deles (Jr 35:1-11). O profeta passou, então, então, a usar a obediência deles ao seu ancestral como exemplo de fidelidade verdadeira, e demonstrou o forte contraste com a apostasia e desobediência dos israelitas ao seu Pai espiritual (Jr 35:12-19). O cristão é advertido de modo semelhante contra o uso intemperante de bebidas alcoólicas (l Co 6:10; Ef 5:18), visto que a personalidade deve estar em todos os tempos sob o controle completo de Cristo.
 
10-11. Porque os sacerdotes precisam dar conselhos que afetam as vidas dos israelitas, devem ter plena posse das suas faculdades enquanto cumprem seus deveres. Nada deve ter licença de interferir com seus processos mentais, senão, serão incapazes de discernir e mediar a vontade de Deus para Seu povo. Se estiverem sob o efeito do álcool, a distinção entre o santo e o profano logo ficará ofuscada, talvez até ao ponto de perder seu significado. Tal coisa frustraria um propósito importante do relacionamento da aliança, que visava, entre outras coisas, tornar os israelitas o grupo mais distintivo no mundo antigo (cf. Dt 7:6; 14:2). Teoricamente, este aspecto distintivo capacitaria o povo, ao receber perguntas, a testificar da sua fé no Deus vivo do Sinai, que, acima de todas as demais divindades no Oriente Próximo antigo, era único e sem igual. Destarte, o povo da aliança poderia testificar àqueles ao seu redor quanto ao significado verdadeiro da santidade. Enquanto este povo se conformava progressivamente ao mundo da cultura secular (cf. Rm 12:2), sua qualidade distintiva desapareceu, e seu testemunho foi transigido de modo correspondente. Visto que o sacerdote também era um mestre da Tora, era questão de grande importância para ele n3o meramente saber os regulamentos cerimoniais e rituais, mas também ser convencido na sua própria mente quanto à diferença entre o bem e o mal, o comportamento moral e imoral, o sagrado e o profano. Jesus no Seu ensino tinha conselhos semelhantes para Seus discípulos (cf. Mt 7:6), de modo que, tendo a capacidade de distinguir entre o santo e o comum, não profanarias as coisas sagradas. Como resultado de uma visão (At 10:10-16), o apóstolo Pedro foi relembrado da capacidade de Deus de purificar aquilo que era comum, atividade esta que é característica do evangelho cristão. As leis a respeito do imundo e o limpo são citados com pormenores em Levítico 11 - 15. O dever do sacerdote como instrutor do povo nos caminhos do Senhor é inculcado em Arão (11). O sacerdote não é um oficiante mecânico, programado para seguir automaticamente uma série de regulamentos cultuais, mas, sim, é uma pessoa autoconsciente, consagradaao serviço do Senhor, e, conseqüentemente, encarregado de responsabilidades espirituais importantes. Ao invés de pronunciar blasfêmias ou profanidades, seus lábios ensinarão o conhecimento de Deus. Longe de ser influenciado pelo gênio distinto do mundo pagão, o sacerdote se deleitará em fazer a vontade de Deus (SI 40:8), e conhecerá tão bem a lei de Deus que poderá indicar aos outros a direção que suas vidas devem seguir (cf. Ml 2:7). Não é, portanto, por acidente que o Novo Testamento emprega o conceito do sacerdócio para descrever o grupo dos crentes em Cristo, porque fala da dedicação, da entrega, da santidade, e comunhão estreita e contínua com o Senhor.
 
 
Comentários Extras
 
Por que os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, morreram no fogo?
Por que os filhos de Arão Nadabe e Abiú morreram no fogo? Por que o fogo consumiu os filhos de Arão: Nadabe e Abiú? Poderíamos provavelmente debater o dia todo o motivo pelo qual foram consumidos. 

Por que os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, morreram no fogo?
Eles usaram a fonte errada de fogo.

O texto não nos dá a informação específica, mas uma coisa é certa, quaisquer que sejam os detalhes exatos do que fizeram com o fogo estranho, o ponto importante que Deus é que eles fizeram algo errado ou diferente do que foram instruídos e, portanto, sua desobediência é o que realmente fez que viessem a ser consumidos.
 
Segundo Levítico 10, na tradução da Bíblia Livre
 
1 E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um seu incensário, e puseram fogo neles, sobre o qual puseram incenso, e ofereceram diante do SENHOR fogo estranho, que ele nunca lhes mandou.
2 E saiu fogo de diante do SENHOR que os queimou, e morreram diante do SENHOR.
 
Em Números 3 também encontramos o relato.
1 E estas são as gerações de Arão e de Moisés, desde que o SENHOR falou a Moisés no monte Sinai.
2 E estes são os nomes dos filhos de Arão: Nadabe o primogênito, e Abiú, Eleazar, e Itamar.
3 Estes são os nomes dos filhos de Arão, sacerdotes ungidos; cujas mãos ele encheu para administrar o sacerdócio.
4 Mas Nadabe e Abiú morreram diante do SENHOR, quando ofereceram fogo estranho diante do SENHOR, no deserto de Sinai: e não tiveram filhos: e Eleazar e Itamar exerceram o sacerdócio diante de Arão seu pai.

Porque Nadabe e Abiú foram consumidos?
Nadabe e Abiú estiveram com Moisés aos pés do monte Sinai e viram a presença e a glória de Deus. Talvez por serem os mais velhos dos quatro filhos, Nadabe e Abiú foram designados para ministrar no tabernáculo. 

1 - Há quem defenda que Nadabe e Abiú estavam realizando deveres sacerdotais, sem qualquer designação do Senhor, e eles também estavam usando seus trajes sacerdotais (vs 5) quando foram leva que dos a cabo. Eles provavelmente foram consumidos porque há algo errado com o fogo. O problema é que os filhos de Arão não teriam sido autorizados a fazerem isso, uma vez que era prerrogativa de Arão como sumo sacerdote trazer incenso, como é claramente indicado no Êxodo30: 1-9. Mas, Números 3: 3-4 indica Nadabe e Abiú, eram filhos de Arão, sacerdotes ungidos e investidos dos poderes do sacerdócio. 
2. Outra versão é que parece que o "fogo estranho" que os irmãos ofereceram estava no altar do incenso. Este altar de dois côvados de altura feito de madeira de acácia e coberto com ouro puro, estava fora do véu no lugar santo (não no Santo dos Santos). Como o próprio nome sugere, o altar estava reservado para o incenso aromático que Arão deveria queimar sobre este altar duas vezes ao dia, quando aparava as lâmpadas - assim haveria incenso perpétuo diante do Senhor. 

4. Outra tese é de que Nadabe e Abiú podem ter estado sob a influência do vinho, e isso os tornou ousados ​​e descuidados no serviço do santuário (Levítico 10: 8-11)

Fogo Estranho na Bíblia:
 
O Fogo, na Bíblia foi usado como um sinal em que Deus reprova uma atitude em outras passagens

A destruição de Sodoma e Gomorra ( Gn 19:24 ).
Na 7ª praga onde o fogo foi misturado com granizo ( Ex 9: 23-24 ).
Os dois filhos mais velhos de Arão foram consumidos pelo fogo quando deliberadamente desobedeceram ao ritual de adoração ( Lv 10: 1-3 ).
Em Taberah, Deus puniu os israelitas desobedientes com fogo (Nm 11: 1-3)
O fogo de Deus que consumiu os inimigos de Elias ( 2 Reis 1: 9-14 ).
O fogo é um sinal do julgamento divino de Deus nos livros dos profetas do Antigo Testamento: Lam 2: 4 ; Mi 1: 7 ; Na 1: 6 ; Sf 1:18 ; Ml 3: 2-3 .
No Novo Testamento, o fogo é um sinal de profecias de julgamento e do Segundo Advento de Cristo: isto é, Mt 3: 10-12 ; 

Um exemplo de julgamento e punição divina pelo fogo por oferecer incenso sagrado indevidamente, mas por pessoas não autorizadas, também pode ser observado em Números 16:35. De outra forma aconteceu ao rei Uzias, de Judá, que tentou assumir a prerrogativa sacerdotal de oferecer incenso no Lugar Santo do Tabernáculo ( 2 Cr 26: 16-18 ). 
 
Moisés fala a Arão sobre a morte de Nadabe e Abiú.
 
Segundo o texto de Levítico, na versão da Bíblia Livre:
6 Então Moisés disse a Arão, e a Eleazar e a Itamar, seus filhos: Não descubrais vossas cabeças, nem rasgueis vossas roupas, para que não morrais, nem se levante a ira sobre toda a congregação: porém vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentarão o incêndio que o SENHOR fez.
7 Nem saireis da porta do tabernáculo do testemunho, porque morrereis; porquanto o azeite da unção do SENHOR está sobre vós. E eles fizeram conforme o dito de Moisés.
8 E o SENHOR falou a Arão, dizendo:
9 Tu, e teus filhos contigo, não bebereis vinho nem bebida forte, quando houverdes de entrar no tabernáculo do testemunho, para que não morrais: estatuto perpétuo por vossas gerações;
10 E para poder discernir entre o santo e o profano, e entre o impuro e o limpo;
11 E para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes disse por meio de Moisés.

Referências
1. Michal Hunt,  Estudo Bíblico Ágape.
2. Meyer, E.E., 2013, ‘Gettingbad publicity and stayingin power: Leviticus 10 andpossible priestly powerstruggles’, HTS TeologieseStudies/Theological Studies69(1), Art. #1990, 7 pages
Por Equipe Estudos Bíblicos Online
 
 
Comentário do Velho Testamento de Adam Clarke - Capítulo 10 
Nadabe e Abiú oferece fogo estranho perante o Senhor, e são destruídos, 1-5. Arão e sua família é proibido chorar por eles, 6,7. Ele e sua família são proibidos o uso do vinho, 8-11. Indicações para Arão e seus filhos sobre o consumo de ofertas de manjares, 12-15. Moisés repreende Arão por não ter comido a oferta pelo pecado, 16-18. Arão se desculpa, e Moisés está satisfeito, 19,20. 
Notas sobre o Capítulo 10 
Versículo 1 . Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário 
A maneira de queimar incenso no serviço do templo era, de acordo com os judeus, como segue: - "Um foi e recolheu as cinzas do altar em um vaso de ouro, o segundo trouxe um vaso cheio de incenso, e um terceiro trouxe uma incensário com fogo, depois outro devia colocar brasas no altar, onde para queimar o incenso espalhavam no fogo por ordem do sumo sacerdote (no caso Arão). Ao mesmo tempo, todas as pessoas saíam do templo de entre o pórtico e o o altar.
Cada dia eles queimaram o peso de cem denários de incenso, cinqüenta da manhã, e cinquenta à tarde Os cem denários pesavam cinquenta siclos do santuário, cada shekel pesando trezentos e vinte barleycorns; e quando o sacerdote tinha queimado o incenso, ele se inclinava e seguia o seu caminho para fora. Veja Tratado do serviço diário de Maimônides, cap. 3. Então, quando Zacarias, quando sua sorte caiu, queimou incenso no templo, toda a multidão das pessoas estavam em oração, enquanto o incenso estava queimando, Lucas 1:9,10. por este serviço de DEUS ensinou-lhes que as orações de seus fiéis estão agradando a ele, enquanto nosso Sumo Sacerdote, CRISTO JESUS, por sua mediação coloca incenso de suas orações, (ver Salmos 141:2; Romanos 8:34; Hebreus 8:1,2; 9:24; Apocalipse 8:3,4) para os sacerdotes sob a lei serviu até de exemplo e sombra de celeste coisas; Hebreus 8:5".
No capítulo anterior vimos como DEUS pretendia que cada parte do seu serviço fosse realizado, e que todo sacrifício pode ser aceitável para ele, ele mandou o seu próprio fogo como emblema de sua presença, e os meios para consumir o sacrifício.
Aqui encontramos os filhos de Arão negligenciando a ordenança divina, e oferecendo incenso com fogo estranho, isto é, fogo comum, não-fogo de origem celestial, e, portanto, o fogo de DEUS os consumiu. Assim que o fogo que, se aplicado corretamente, teria santificado e confirmado o seu dom, tornou-se agora o próprio instrumento de sua destruição! Como é verdadeiro o ditado: O Senhor é um fogo consumidor! Ele quer santificar ou não destruir: ele vai purificar nossas almas pela influência de seu ESPIRITO, ou consumir os inimigos com o sopro de sua boca! A árvore que está devidamente plantada em um solo bom é alimentada pelas influências geniais do sol: arranca-se de suas raízes, e o sol, que foi a causa de sua vida vegetativa e perfeição agora seca seus galhos, decompõe-se as suas partes, e faz com que ela se torne em pó. Assim, ele deve ser feito para aqueles que sofrem e fazer, apesar de o ESPIRITO de DEUS. Leitor, tens este fogo celestial? Ouvi então a voz de DEUS para não extinguir o ESPIRITO. 

Que ele não lhes ordenara. ----------------------------------------------------
Cada parte da religião de DEUS é Divino. Só ele sabia o que ele projetou por seus ritos e cerimônias, pois o que eles prefigurou-a toda economia da redenção de CRISTO foi concebido em sua própria mente, e estava fora do alcance da sabedoria humana e conjecturas. Aquele, pois, que alterou qualquer parte deste sistema representativo, que omitido ou acrescentado qualquer coisa, assumiu uma prerrogativa que pertencia somente a DEUS, e era certamente culpado de um crime muito alta contra a sabedoria, a justiça, e a justiça do seu Criador. Este parece ter sido o pecado de Nadabe e Abiú, e isso ao mesmo tempo mostra a razão pela qual eles eram tão severamente punidos. Os juízos mais terríveis são ameaçados contra quem quer adicionar ou tirar, as declarações de DEUS. Veja Deuteronômio 4:2; Provérbios 30:6, e; Apocalipse 22:18,19. 
O versículo 3 . Arão se calou. -------------------------------------------------
וידם אהרן vaiyiddom Aharon, e Arão era mudo. Como elegantemente expressivo é este de sua afeição parental, o seu profundo sentido da presunção de seus filhos, e sua submissão à justiça de DEUS! A flor ea esperança de sua família foi cortado pela raiz e explodiu, e enquanto ele estranhamente se sente como um pai, ele se submete sem murmurar a esta terrível administração da justiça Divina. É uma coisa horrível de se introduzir inovações ou nos ritos e cerimônias, ou nas verdades da religião de CRISTO: aquele que age assim não pode ficar sem culpa diante de seu DEUS. 
Tem sido frequentemente observado que a dor excessiva entorpece a mente, de modo que espanto e profunda angústia evitar ao mesmo tempo ambas as lágrimas e reclamações, daí que dizer de Seneca, curae leves loquantur; graviores silêncio. "Dores leves são loquaz; profunda angústia não tem voz ver Levítico 10:19. 
Versículo 4 . Uziel, tio de Arão 
Ele era irmão de Anrão, o pai de Arão, ver Êxodo 6:18-22. 
Versículo 5 . levaram nas suas túnicas para fora do acampamento 
A impropriedade moderna de enterrar os mortos dentro de vilas, cidades ou lugares habitados, ainda não tinha sido introduzida, muito menos que a abominação, em que tanto a piedade e bom senso tremor, enterrar os mortos e sobre o mesmo dentro de lugares dedicados ao culto de DEUS ! 
Versículo 6 . Não Descobrir as vossas cabeças, --------------------------
Eles não deveriam usar qualquer sinal de dor ou luto, porque aqueles que foram empregados no serviço do santuário deve evitar tudo o que possa incapacitá-los para esse serviço, e, 2. Porque o crime de seus irmãos foi tão grave dinte de DEUS, foi merecida totalmente a punição que ele tinha infligido, que o luto pode ser considerado como acusando a justiça divina de severidade excessiva. 
O versículo 7 . o óleo da unção do Senhor está sobre você. -----------
Eles foram consagrados ao serviço divino, e isso exigia sua presença constante, e mais dispostos e serviço alegre. 
O versículo 9 . Não beba vinho nem bebida forte ------------------------
O comentador cabalístico, Baal Hatturim, e outros, têm suposto, a partir da introdução deste comando aqui, que os filhos de Arão pecaram por excesso de vinho, e que eles tinham tentado celebrar o serviço divino em estado de embriaguez. 
Bebida forte. A palavra שכר shechar, de shachar, para inebriar, significa qualquer tipo de bebidas alcoólicas fermentadas. Esta é exatamente a mesma proibição que lhe foi dado no caso de João Batista, Lucas 1:15 : Οινον και σικερα ου μη πιῃ· Vinho e sikera ele não deve beber.. Qualquer bebida inebriante, diz São Jerônimo, (Epist. ad nepot) É chamado sicera, se feito de milho, maçãs, mel, tâmaras, ou outra fruta. Uma das quatro bebidas proibidas entre os muçulmanos na Índia é chamado [árabe] Sakar (ver o Hedaya, vol. Iv., P. 158), o que significa bebida inebriante em geral, mas especialmente data vinho ou arrack. A partir da palavra original provavelmente vamos ter emprestado o termo de cidra ou sider, que entre nós significa exclusivamente o suco fermentado de maçãs. Veja em Lucas 1:15. 
O versículo 10 . que possamos fazer diferença entre o santo e o profano---------------------------------------------------------------------------- 
Esta é uma forte razão pela qual eles não devem beber licor inebriante, que seu entendimento ser claro, e seu julgamento correto, eles podem ser sempre capaz de discernir entre o puro eo impuro, e nunca pronunciar o julgamento justo. Liminares semelhantes a este foram encontrados entre os egípcios, cartagineses e gregos. De fato, o próprio senso comum mostra que nem um bêbado, nem um beberrão nunca devem ser sofridos para ministrar nas coisas sagradas. 
 
 
 BILBIA DA LIDERANÇA CRSTÃ 2 EDIÇÃO - CARÁTER: LEVE-O A SÉRIO  (Lv 10.1—12.8)

DEUS leva a sério o assunto caráter. Isso se manifesta repetidas vezes em Levítico, desde o pecado dos filhos de Arão às detalhadas instruções sobre alimentos puros e impuros, à purificação de uma mulher após o parto.
Enquanto hoje reconhecemos algumas razões médicas e biológicas óbvias para essas orientações precisas, podemos supor que DEUS tencionava ensinar através desses textos aos seus líderes e ao povo uma lição importante: o "ser" vem antes do "fazer." Coloque a si em dia antes de fazer qualquer outra coisa.
Muitas vezes nos apegamos a mecanismos, métodos e técnicas. Colocamos estilo à frente da substância. Focamos no carisma, mas negligenciamos o caráter. Os seguintes axiomas reforçam a importância de colocarmos o nosso caráter em primeiro lugar:
1. Recebemos os nossos dons, mas temos de desenvolver o nosso caráter.
2. O nosso caráter conquista a confiança de outros.
3. Somente um bom caráter assegura sucesso duradouro à pessoas.
4.O caráter saudável comunica credibilidade e consistência.
5. Nosso caráter colora nossa perspectiva.
6. A habilidade pode levar você ao topo, mas, para mantê-lo, lá exige-se caráter.
7. Não podemos subir além dos limites de nosso caráter.
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - A Morte de Nadabe e Abiú - Levítico 10. 1,2
Aqui temos:
I
O grande pecado de que Nadabe e Abiú eram culpados – e devemos chamá-lo de grande pecado, por menor que possa parecer aos nossos olhos, porque é evidente, pela sua punição, que tinha sido altamente provocador ao DEUS do céu, cujo julgamento, temos certeza, é segundo a verdade. Mas qual foi o pecado deles? Tudo o que lemos sobre isto aqui é o fato de terem oferecido fogo estranho perante o Senhor, o que Ele não lhes tinha ordenado (v. 1), e a mesma coisa lemos em Números 3.4. 1. Não parece que tivessem quaisquer ordens de queimar nenhum incenso, nesta ocasião. É verdade que a sua consagração tinha sido concluída no dia anterior, e era parte do seu trabalho, como sacerdotes, servir ao altar do incenso. Mas, aparentemente, todo o serviço deste dia solene de posse oficial deveria ser realizado pelo próprio Arão, pois ele matou os animais que seriam oferecidos em sacrifício (Lv 9.8,15,18), e seus filhos deviam apenas auxiliá-lo (Lv 9.9,12,18). Por isto somente Moisés e Arão entraram no Tabernáculo, Lv 9.23. Porém Nadabe e Abiú estavam tão orgulhosos da honra que tinham acabado de receber, e tão ambiciosos por fazer a maior e mais honrosa parte do seu trabalho imediatamente, que embora o serviço deste dia fosse extraordinário e realizado sob a orientação particular de Moisés, ainda assim, sem receber ordens, sem mesmo pedir permissão a ele, tomaram seus incensórios e entraram no Tabernáculo, a cuja porta pensavam já ter esperado tempo suficiente, e queimaram incenso. E assim a sua oferta de fogo estranho é a mesma coisa que oferecer incenso estranho, que é expressamente proibido, Êxodo 30.9. Podemos supor que Moisés fosse encarregado da custódia do incenso que era preparado com este propósito (Êx 39.38), e eles, ao fazer isto sem a sua permissão, não tinham o incenso que deveria ser oferecido, mas incenso comum, de modo que a fumaça do seu incenso vinha de um fogo estranho. DEUS, na verdade, tinha exigido que os sacerdotes queimassem incenso, mas, nesta ocasião, era Ele que ordenava que não o fizessem. Por isto o seu crime foi como o de Uzias, o rei, 2 Crônicas 26.16. Os sacerdotes deviam queimar incenso somente quando era o seu turno (Lc 1.9), e, nesta ocasião, não era o seu turno. 2. Permitindo-se, assim, queimar seu próprio incenso sem permissão, não é de admirar que cometessem outro erro tolo. E em vez de tomarem do fogo do altar, que tinha sido recentemente aceso diante do Senhor, e que, conseqüentemente, deveria ser usado para oferecer, tanto os sacrifícios quanto o incenso (Ap 8.5), tomassem fogo comum, provavelmente daquele com que se cozia a carne das ofertas pacíficas, e usaram este fogo para queimar o incenso. Não sendo fogo santo, é chamado de fogo estranho. E, embora isto não fosse expressamente proibido, este era um crime terrível, pois DEUS não o tinha ordenado. Veja (como bem observa o bispo Hall): “É perigoso, a serviço de DEUS, rejeitar as suas próprias instituições. Nós nos relacionamos com um DEUS que é sábio e prudente para prescrever a sua própria adoração, justo para exigir aquilo que Ele prescreveu, e poderoso para vingar aquilo que não prescreveu”. 3. O incenso sempre deveria ser queimado por um único sacerdote, mas aqui Nadabe e Abiú desejaram entrar juntos para fazê-lo. 4. Eles o fizeram apressadamente e precipitadamente. Eles agarraram seus incensórios, conforme alguns interpretam, de uma maneira descuidada, sem a devida reverência e seriedade. Quando todo o povo se prostrava, diante da glória do Senhor, eles pensavam que a dignidade da sua função os isentava de tal atitude de humilhação. A familiaridade à qual eles foram admitidos suscitou um desprezo pela Majestade divina. E agora que eram sacerdotes, pensaram que podiam fazer o que desejassem. 5. Há razões para suspeitar que estivessem embriagados quando fizeram isto, por causa da lei que foi dada depois desta ocasião, v. 8. Eles tinham se banqueteado com as ofertas pacíficas, e as bebidas que as acompanhavam, de modo que os seus pensamentos estavam soltos, ou, pelo menos, seus corações estavam alegres com o vinho. Eles beberam e se esqueceram do estatuto (Pv 31.5) e foram culpados deste erro fatal. 6. Sem dúvida, isto foi feito com presunção. Pois, se tivesse sido feito por ignorância, eles teriam recebido o benefício da lei recém promulgada, mesmo para os sacerdotes, e deveriam trazer uma oferta para expiação do pecado, Lv 4.2,3. Mas a alma que fizer alguma coisa de forma arrogante, e com desprezo pela majestade, autoridade e justiça de DEUS, tal alma será extirpada, Números 15.30.
II
A terrível punição deste pecado: “Saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu”, v. 2. Este fogo que os consumiu veio da mesma maneira que o fogo que tinha consumido os sacrifícios (Lv 9.24), o que mostrou que a justiça teria sido feita com todas as pessoas culpadas se a misericórdia infinita não tivesse encontrado e aceito um resgate. E, se aquele fogo despertou tal assombro nas pessoas, este o faria em uma proporção muito maior.
1. Observe a severidade da sua punição. (1) Eles morreram. Não teria sido suficiente que tivessem sido apenas abatidos com a lepra, como Uzias, ou que tivessem ficado surdos, como Zacarias, ambos junto ao altar de incenso? Não. Ambos foram mortos. O salário deste pecado era a morte. (2) Eles morreram instantaneamente, no mesmo momento do seu pecado, e nem tiveram tempo de clamar: “Senhor, tem misericórdia de nós!” Embora DEUS seja muito tolerante conosco, às vezes Ele age rapidamente com os pecadores. A sentença é executada rapidamente. Os pecadores presunçosos trazem sobre si uma rápida destruição, e com razão lhes é negado até mesmo tempo para arrependimento. (3) Eles “morreram perante o Senhor”. Isto é, diante do véu que ocultava o propiciatório. Pois nem mesmo a misericórdia irá tolerar que a sua própria glória seja ofendida. Aqueles que pecaram diante do Senhor, morreram diante dele. Está escrito que os pecadores amaldiçoados são atormentados diante do Cordeiro, sugerindo que Ele não intercede por eles, Apocalipse 14.10. (4) Eles morreram pelo fogo, da mesma maneira como tinham pecado pelo fogo. Eles desprezaram o fogo que saiu diante do Senhor para consumir os sacrifícios, e pensaram que outro fogo realizasse o mesmo trabalho igualmente bem. E agora DEUS, com razão, fazia com que sentissem o poder daquele fogo que não tinham reverenciado. Assim aqueles que odeiam ser purificados pelo fogo da graça divina serão, indubitavelmente, destruídos pelo fogo da ira divina. O fogo não os reduziu a cinzas, como tinha feito com os sacrifícios, nem chegou a queimar suas túnicas (v. 5), mas, como um relâmpago, matou-os no mesmo instante. Com estes diferentes resultados do mesmo fogo, DEUS desejava mostrar que não se tratava de um fogo comum, mas um fogo aceso pelo assopro do Senhor, Isaías 30.33. (5) Duas vezes está registrado nas Escrituras que eles morreram sem filhos, Números 3.4 e 1 Crônicas 24.2. Com a sua presunção, eles tinham censurado o nome de DEUS, e DEUS, com razão, apagou os seus nomes, e reduziu a pó aquela honra de que tanto se orgulhavam.
2. Mas por que o Senhor lidou com eles com tanta severidade? Eles não eram filhos de Arão, o santo do Senhor, sobrinhos de Moisés, o grande favorito do céu? O santo óleo da unção não tinha sido derramado sobre eles, como homens aos quais DEUS tinha separado para si? Eles não tinham servido diligentemente durante os sete dias da sua consagração, guardando a ordem do Senhor, e isto não compensaria esta imprudência? Não os desculparia o fato de que eram jovens, inexperientes neste serviço, e o fato de que era a primeira ofensa, feita em um arrebatamento de alegria pela sua consagração? Além disto, nunca houve menos homens para o serviço. Uma grande quantidade de trabalho tinha sido recentemente atribuída para os sacerdotes, e o sacerdócio estava limitado a Arão e aos seus descendentes. Ele tinha apenas quatro filhos. Se dois deles morrerem, não haverá mãos suficientes para realizar o serviço do Tabernáculo. Se morrerem sem filhos, a casa de Arão ficará fraca e pequena, e o sacerdócio estará em perigo de ser perdido, por falta de herdeiros. Mas nenhuma destas considerações servirá, seja para desculpar a ofensa ou para livrar os criminosos. Pois: (1) O pecado foi enormemente agravado. Era um desprezo manifesto por Moisés, e pela lei divina que fora dada por Moisés. Até aqui, tinha sido expressamente observado, a respeito de tudo o que era feito, que fosse feito como o Senhor tinha ordenado a Moisés, em oposição ao que aqui está escrito, que o Senhor não lhes ordenara, mas eles o fizeram por sua própria iniciativa. DEUS agora estava ensinando obediência ao seu povo, ensinando-o a fazer tudo de acordo com as regras, como convém aos servos. Para os sacerdotes, portanto, infringir regras e desobedecer era uma provocação tal que de nenhuma maneira poderia ficar impune. O seu caráter tornou o seu pecado excessivamente pecaminoso. Era intolerável que os filhos de Arão, seus filhos mais velhos, a quem DEUS tinha escolhido para que o ajudassem diretamente, fossem culpados de tal presunção. Havia, no seu pecado, um desprezo pela glória de DEUS, que tinha aparecido recentemente no fogo. Era como se estivessem dizendo que este fogo fosse desnecessário, e que tinham um fogo tão bom quanto ele. (2) A sua punição era uma justiça necessária, agora, no primeiro estabelecimento das instituições cerimoniais. Na lei, freqüentemente há a ameaça de que este e aquele criminoso sejam extirpados do povo. E aqui DEUS explicou a ameaça, com uma testemunha. Agora que as leis a respeito dos sacrifícios tinham sido feitas, para que ninguém se sentisse tentado a pensar levianamente sobre elas, porque abrangiam muitas circunstâncias que pareciam muito insignificantes, estes, que foram os primeiros transgressores, foram punidos, como advertência a outros, e para mostrar o quanto DEUS é zeloso nas questões da sua adoração. Desta maneira, o Senhor enalteceu a lei e tornou-a honorável. Que os seus sacerdotes saibam que a advertência que tantas vezes aparece na lei, a este respeito, de que devem fazer todas as coisas segundo a lei, para que não morram, não é um mero “bicho-papão”, uma mera ameaça, mas um justo aviso do perigo que correm, se fizerem o trabalho do Senhor de modo negligente. E, sem dúvida, este exemplo de justiça, logo no princípio, evitou muitas irregularidades posteriores. Assim, Ananias e Safira foram punidos quando se atreveram a mentir ao ESPIRITO SANTO, aquele fogo recém chegado. (3) Da mesma maneira como a queda do povo na idolatria, imediatamente depois da entrega da lei moral, mostra a fraqueza desta lei, e a sua insuficiência para remover o pecado, também o pecado e a punição destes sacerdotes mostram a imperfeição daquele sacerdócio, desde o início, e a sua incapacidade de proteger qualquer pessoa do fogo da ira de DEUS, diferentemente do que foi típico no sacerdócio de CRISTO, em cujas execuções nunca houve, nem pode haver, nenhuma irregularidade, nenhum passo em falso.
 
10.1 — Nadabe e Abiú eram os filhos mais velhos de Arão. Eles acompanharam Moisés, junto com Arão e os setenta líderes, na subida ao monte Sinai e viram DEUS (Ex 24.1,9-11). Os irmãos também participaram, em companhia do pai, dos primeiros sacrifícios registrados no capítulo 9 de Levítico. Até então, obedeceram a DEUS, e Ele aceitou tudo o que tinha sido feito naquele dia.
Contudo, posteriormente, Nadabe e Abiú desonraram a santidade divina de alguma forma, porém o autor de Levítico não explica em detalhes o acontecido. Ele apenas diz que os dois levaram fogo estranho perante a face do Senhor. Neste sen-tido, duas idéias podem ser concebidas aqui.
Levítico 16.12 indica que, pelo menos para o Dia da Expiação, o incenso deveria ser queimado com as brasas do altar do holocausto. Se isto também era válido para outras ocasiões, estranho pode sugerir que os dois sacerdotes não usaram o fogo do altar, e sim de uma fonte ilícita.
A segunda ideia vem do fato de que estranho é um termo usado normalmente para estrangeiros, incluindo os estranhos deuses pagãos. Arão (o pai de Nadabe e Abiú) moldou um estranho deus, o bezerro de ouro (Êx 32.4). E possível que eles estivessem seguindo o exemplo de seu genitor incorporando a adoração de um deus pagão nes-te caso, no exato momento em que Israel estava começando a adoração a Yahweh de acordo com as normas que Ele indicara.
A expressão o que lhes não ordenara contrasta com a plena obediência aos comandos divinos registrados nos capítulos 8 e 9 de Levítico. Qualquer que tenha sido a situação, a atitude dos irmãos foi claramente desobediente, e eles sabiam disso.

Purificado pelo fogo
Quando Israel começou a oferecer sacrifícios seguindo as instruções de DEUS, Sua presença foi revelada por meio do fogo, que consumiu o primeiro holocausto (Lv 9.24). Não foi surpreendente o fato de as pessoas se prostrarem em adoração. Elas tiveram respeito pelas chamas que indicavam a presença Daquele a quem serviam. Em toda a Bíblia o fogo significa as coisas que devem ser respeitadas, começando por DEUS:
Moisés descreveu o Senhor como um fogo que consome, um DEUS zeloso (Dt 4.24).
A libertação divina de Davi foi descrita com imagens de fogo (Sl 18.8-14).
DEUS apareceu para Ezequiel em uma nuvem de fogo (Ez 1.4).
Malaquias disse que DEUS agiria como um fogo purificador no dia de Sua Vinda (Ml 3.2).
João Batista afirmou que JESUS batizaria as pessoas com o ESPIRITO SANTO e fogo (Mt 3.11 ;At. 2.3,4).
A avaliação final do Senhor a respeito dos cristãos será feita pelo fogo (1 Co 3.3-15).
O apóstolo João teve uma visão na qual os olhos de DEUS eram como chamas de fogo (Ap 1.14).
Pedro nos lembra de que nossas provações e nossas tribulações são testes de fogo, que ajudam a purificar nossa fé e tornaria genuína, como o ouro puro (1 Pe 1.6,7;4.12,13).
 
Comentário com Recursos Adicionais  - Bíble The Word
Comentários de Neves de Mesquita - O capítulo 10  é como se poderia dizer uma nota dissonante em a nova sinfonia do Tabernáculo de DEUS no meio do povo.
Não demoraremos muito no estudo deste triste incidente; apenas o lembramos pelas lições que ele de fato traduz.
Ainda o povo estava possuído dos mais santos influxos, pela cerimônia da instalação do ritual, quando dois filhos de Arão, os dois mais velhos dos cinco, não satisfeitos em participaram do privilégio do sacerdócio, tomaram os seus próprios incensários e ofereceram fogo estranho ao Senhor. O incidente revela que onde estiver o homem aí está o perigo, como geralmente se diz. Mal acabava de iniciar-se o serviço do Tabernáculo, já grave falta se comete para maculá-lo. DEUS, porém, não permite que suas ordens sejam transgredidas impunemente, e faz público justiçamento dos transgressores.
 
O pecado de Nadabe e Abiú consistiu:

(1) em tomar cada um seu próprio incensário e não os do templo.
DEUS tinha feito provisão de todo o material necessário, e o dito material tinha sido devidamente consagrado; não era possível, portanto, admitir outros elementos poluídos, possivelmente, no serviço santo de Jeová.
(2) Ambos ofereceram o incenso quando somente um o devia oferecer na hora da oração da manhã e da tarde.
(3) Insensatamente usurparam as funções do sumo sacerdote, porque, segundo a Lei, somente o sumo, sacerdote podia oferecer incenso. O mais que o sacerdote imediato poderia fazer era queimá-lo no altar, mas nunca oferecê-lo à hora da tarde ou da manhã, havendo apenas uma exceção, no caso de Corá e seu grupo, visto que foi assim ordenado por Moisés (Núm. 16:6-25).

(4) Ofereceram incenso fora da hora oficial, como já notamos. Parece que o principal pecado consistiu em encherem os turíbulos com fogo estranho, isto é, não tirado do altar dos holocaustos. Há uma tradição que diz estarem os dois sacerdotes embriagados quando entraram no serviço religioso, não podendo, portanto, distinguir entre o que era legal ou ilegal. Seja verídica ou não esta versão, o fato da transgressão foi calamitoso, e, se estavam mesmo tomados de bebida, ainda pior. Há quem conteste esta tradição, admitindo que eles apenas tomaram fogo de outra parte que não o altar.

O castigo foi tremendo. Não podia deixar de ser. Se fosse admitido um deslize, mesmo pequeno, estaria arruinado todo o material. A segurança das ordenanças estava na sua estrita observância. A lição foi tão dura que ninguém a poderia esquecer. Caiu fogo do Senhor, e ali mesmo morreram, sendo levados os corpos para fora de arraial, paramentados como estavam, e assim enterrados. Tinham-se contaminado pela desobediência.
Os versos 7-11 proíbem a bebida forte aos sacerdotes, onde se conclui que a causa da morte foi a bebida. Não haja dúvida que para um sacerdote aparecer intoxicado diante de DEUS para servir de mediador dos pecadores era coisa repugnante.

O restante do capítulo, dos versos 12-20, consigna outras falhas no ritual, devido à inexperiência dos sacerdotes, mas, como eram singelas e cometidas pela ignorância do oficio, não ocorreu nenhum mal. Lembremos, pois, que nosso DEUS é santo e justo e nada mais nada menos do que aquilo que Ele exige é o que se deve fazer.

5. Tipologia dos Sacrifícios Sacerdotais e dos Sacerdotes

1) Quanto ao sacerdote 
a) Moisés era inferior a CRISTO (Heb. 3:1-16). Antes da consagração de Arão e seus filhos para o oficio sacerdotal e, conseqüentemente, medianeiro, Moisés desempenhou estas funções como o mediador de DEUS para com o povo. A divindade, por sua natureza, não podia entrar diretamente em contato com o homem e, ao mesmo tempo, em virtude do amor, próprio da natureza divina, era preciso que se estabelecesse esta comunicação, forçando, pois, a existência de mediadores. Assim, o antigo concerto entre DEUS e o povo de Israel teve por mediador Moisés, e, depois de estabelecido, ficaram os sacerdotes coma mediadores entre DEUS e a raça, por meio dos sacrifícios, o Urim e o Tumim, e outros meios, segundo a ocasião. Portanto, Moisés aparece aos nossos olhos como um personagem central em toda a história do povo de DEUS. De fato, foi um homem extraordinário, tanto pelo seu saber, como pela missão que desempenhou. Através da História, ele figura como personagem central, chegando mesmo a eclipsar Abraão, o pai da raça. Não é difícil entender esta supremacia, considerando o papel altamente extraordinário que desempenhou como o organizador da nacionalidade, o doador das leis, o guia admirável, o herói incomparável, o gênio da mesma raça, superior a todos os grandes heróis contemporâneos. Toda a vida da nação judaica girava em torno de Moisés. O Novo Testamento nos mostra como este ilustre personagem vivia na mente e consciência nacional de todos os judeus.

Se compararmos a legislação mosaica e todo o ritual do culto com outra qualquer religião ou legislação, veremos que nenhuma lhe é comparável. Moisés, já pelo seu saber, bebido nas universidades egípcias, já pela sua comunhão com DEUS, já pela posição incomparável que veio ocupar na novel nacionalidade, foi único na História. A civilização antiga, em todos os seus grandes centros - Babilônia, Egito e, mais tarde, Grécia e Roma - não pôde produzir um homem como Moisés! Entretanto, era inferior a CRISTO (Heb. 3:1-16). Qualquer que fosse sua grandeza pessoal e oficial, qualquer que fosse o valor de sua obra mediatária, pois que ninguém há que bem possa ajuizar destas coisas e medi-las com perfeição, ele era inferior ao Mediador do Novo Concerto. Este é o argumento do autor da Carta aos Hebreus.

b) Arão, primeiro sacerdote., também era inferior a CRISTO (Heb. 5:1-4). O sacerdote, os reis e os profetas eram tipos sacerdotais, reais e proféticos de CRISTO, mas todos lhe eram inferiores. O sacerdote ministrava com sangue alheio e com elementos imperfeitos, e ele mesmo era imperfeito, tendo de oferecer primeiro sacrifício por si mesmo para depois oferecer pelo povo (Heb. 5:1-4). É coisa singular toda aquela idealização ritualística, com todas as exigências restritas, não podendo ser esquecida a mais insignificante particularidade, sob pena de morte do oficiante; mas, a despeito de tudo isto, Arão era apenas uma sombra da verdade futura.

c) Quanto à origem oficial, também Arão era inferior a CRISTO (Heb. 5:4). O autor da Carta aos Hebreus diz que o sacerdócio arônico era de origem humana, de linhagem temporal, enquanto que o de CRISTO era eterno segundo a ordem de Melquizedeque. Este Melquizedeque é uma figura estranha em toda a literatura bíblica. Aparece pela primeira vez a Abraão, recebe deste os dízimos e desaparece para sempre, sem nada se saber de sua origem, genealogia, origem de seu sacerdócio e do santuário onde oficiava. Sabemos que era rei de Salém, a capital jebuséia, depois Jerusalém, pertencente a uma das tribos cananéias, condenadas à destruição por causa de seus pecados, mas quanto ao homem sacerdote nada sabemos. Há uma lenda entre os antigos jebuseus que rezava ter sido Jerusalém fundada por Jeová e serem todos os seis reis sacerdotes. Parece haver algum fundamento nessa lenda, porque o monarca do tempo de Josué chamava-se Adonizedeque, ou seja, "Senhor de Justiça", mais ou menos o mesmo título do personagem misterioso de que se deriva o sacerdócio de CRISTO, o qual, por sua vez, se interpreta "Rei da Justiça". Assim, sabemos de onde veio o sacerdócio de Arão, mas não sabemos de onde veio o de Melquizedeque, que foi tomado como figura do sacerdócio de CRISTO, sem pai, sem mãe, sem genealogia, isto é, sem família conhecida, sem começo sacerdotal conhecido, portanto, eterno, ou seja, sem princípio e sem fim histórico.

d) Arão precisava ser santificado, mas CRISTO o era (Heb. 5:5,6). Entre as várias partes da cerimônia de consagração, entrou a unção com o óleo santo, que serviria tanto para ungir os sacerdotes, como o próprio templo e devia servir para, no futuro, ungir todos os que DEUS chamasse para seus representantes, inclusive os reis. CRISTO era o ungido do Senhor eternamente, pois tal é o significado do termo Messias. Arão estava sujeito às contingências terrenas, mas o tipo que ele representava estava fora dessas contingências. Uma coisa é ser feito rei por via do acaso ou dos acontecimentos; outra, é nascer rei. 

e) Arão precisava ser santificado, mas CRISTO era santo (Heb. 7:16-28). Quem presta atenção ao ritual da consagração sacerdotal, vê a insistência de minúcias e exigências, para que a idéia de santidade não pudesse ser apagada na pessoa do mediador, o sacerdote. Depois de lavado com água, tocados os dedos das mãos e dos pés com o sangue do sacrifício pelo pecado, depois de tocados os ouvidos para que "andasse e trabalhasse e ouvisse de acordo com o Senhor" (Carrol, Comentário sobre Levítico), e depois que ficasse por sete dias (o número da perfeição) dentro do santuário, para que não se maculasse, e, ainda depois, antes de oferecer sacrifícios pelos outros, tivesse oferecido um por si mesmo, não podia ter dúvida da sua santidade, cerimonialmente falando. Todavia, tudo isto era falho. CRISTO, porém, dispensava todas estas formalidades, porque era santo e perfeito em si mesmo.

f) Arão era sacerdote dos filhos de Israel, mas CRISTO é melhor sacerdote e oficia em melhor tabernáculo (Heb. 4:4-16; 8: 6-9:11). O sacerdócio de Arão era limitado ao tempo e ao espaço, enquanto o sacerdócio de CRISTO não tem nenhuma dessas limitações. Para todos os povos e para todo o tempo, é seu sacerdócio. A nenhum outro povo fora das fronteiras israelitas foi dado oferecer sacrifícios no tabernáculo ou receber benefícios do seu sacerdócio, mas a todos os povos se manda que venham oferecer sacrifícios de vida, sacrifícios racionais a CRISTO (Rom. 12:1), o sacerdote de todos Os povos. Uma das qualidades fundamentais de toda a legislação hebraica era a sua localização entre o povo israelita, quer sejam os Dez Mandamentos quer sejam os ritos do Tabernáculo. Não vale a pena universalizar o que em natureza ,e escopo é local, como não vale a pena eternizar o que em si mesmo é temporal e caduco; mas, quando falamos de CRISTO e seu sacerdócio, podemos usar termos que não estão compreendidos nos quadrantes do tempo ou do lugar. Não há graus, meridianos ou paralelos neste grande sacerdócio, como não há nacionalidades ou cores nesta grande graça divina.

Por todas estas razões e outras, facilmente aduzíeis, pode descobrir-se a diferença entre a velha Dispensação, com todas as suas belezas, e a nova, com todas as suas grandezas. O leitor do livro de Levítico deve ver como nele se encontram os germens que haviam de dar origem a esta árvore, que, começando, no tempo, como a semente de mostarda, se tornou numa árvore frondosa, até atingir a eternidade. Não é pouca coisa o que temos no Pentateuco, particularmente em Levitico, Sobre a obra mediatória e sacrificial de JESUS CRISTO. Os que pensam não haver nada no Velho Testamento que fale em JESUS CRISTO ou o apresente, devem voltar a fazer uma leitura devocional de Levítico e de Êxodo, para reformarem sua opinião. Não tenhamos dúvida de que, em todas estas manifestações ritualísticas, podemos ver Jeová, antes da História, salvando e santificando, como o podemos ver na História, pois que não haveria nenhuma virtude no sangue de animais, se não fosse sua aceitação típica.

Quanto aos sacrifícios

a) O sacrifício de Arão devia repelir-se todos os dias, mas o de CRISTO foi feito uma vez para sempre (Heb. 9:11-23). Uma das feições dos sacrifícios do Tabernáculo era a sua repetição, declarando-se, portanto, sua imperfeição, porque o que é completo não se repete. Cada dia, de manhã, devia o sacerdote oferecer por si mesmo o sacrifício do dia, para depois Poder oferecer pelo povo. A cerimônia repetia-se cada dia à medida que o Pecado ia produzindo seus efeitos na vida do sacerdote mesmo. Não obstante este fato sobre as deficiências do ritual arônico, ressalta claramente que nele havia ensinos para o presente e para o futuro. Dava a idéia de que o homem mesmo depois de perdoado continuava a penar e tornava-se necessário outro sacrifício. A continuidade de sacrifício ensina a continuidade do pecado na vida, bem como a continuidade do perdão ensina a permanência do amor de DEUS. A consciência do hebreu devia viver bem despertada por estes fatos, de modo que a cada transgressão nasceria logo o desejo de buscar, nos sacrifícios, o perdão necessário. Duas verdades, pois, eram patentes rio trabalho do Tabernáculo: 1) a continuidade do pecado e seus efeitos na vida do pecador; 2) a continuidade da graça de DEUS para perdoar, toda vez que fosse procurado por este fim.

Tudo que encontramos nos sacrifícios do Tabernáculo, com todas as limitações e temporariedades, encontramos em CRISTO JESUS sem estas limitações. No Tabernáculo era um sacrifício pelo sacerdote cada dia, porque ele mesmo estava rodeado de fraquezas. Em CRISTO JESUS não havia necessidade destes sacrifícios nem de sacrifício, porque, não obstante ter a nossa natureza, nunca homem algum o pôde argüir de pecado. Logo, JESUS não precisava de oferecer sacrifício por si mesmo, pois era perfeito e santo.

b) Os sacrifícios que Arão oferecia eram de animais limpos e SIMBOLICAMENTE puros, MAS o sacrifício que CRISTO ofereceu foi oferecido NA SUA própria pessoa (Heb. 9:23-28). Seu próprio corpo serviu de sacrifício, e, portanto, sacrifício perfeito, tirando toda mácula. JESUS mostrou ser um sacrifício perfeito não somente no dia em que foi oferecido na cruz, mas também durante toda a sua vida. Foi o sacrifício continuo. Durante todo o tempo que mediou entre a entrega do Tabernáculo ao serviço divino até que CRISTO veio, não devia apagar-se o fogo no altar, e toda manhã e toda tarde devia haver sacrifícios a Jeová. Era a idéia de santidade contínua. Um DEUS santo não pode manter comunhão com pecadores. É preciso que estes estejam, de contínuo, santificados. Por outro lado, é preciso que o sacrifício não seja interrompido para que não desapareçam os meios da graça para manter essa comunhão. Ora, CRISTO foi um contínuo sacrifício desde o dia em que entrou no mundo, e especialmente desde que entrou no seu Ministério. Ele representava perfeitamente a idéia do Tabernáculo, em que eram oferecidos os sacrifícios continuamente. As sombras encontraram finalmente um perfeito corpo. Há uma. correspondência perfeita entre a sombra e o corpo que a projeta, de modo a dar-lhe todos os pormenores de altura e posição. CRISTO era o corpo que produzia pré-historicamente estas sombras, e, depois de entrar na História, as consubstanciou. Se fosse possível fazermos aqui um estudo da obra de JESUS na terra, veríamos que não houve momento em que Ele não estivesse inteiramente devotado à causa que o tinha feito vir ao mundo. Não havia fome nem sede nem cansaço que o desviasse da rota da vida. Era de fato um sacrifício contínuo, mais continuo do que os sacrifícios do Tabernáculo ou do Templo, que muitas vezes eram interrompidos.

c) Arão oferecia SANGUE de animais, mas CRISTO ofereceu o seu próprio sangue (Heb. 10:1-8). A superioridade do sacrifício de CRISTO aos do Tabernáculo é flagrante. Aqui era o sangue de animais limpos, segundo a ordem divina; ali era o próprio sangue do "Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo". Dia a dia através dos anos, continuava sendo derramado sangue de vítimas inocentes para propiciar a natureza divina ofendida, mas de fato todo aquele sangue visava outra coisa: visava apontar para o dia em que o Filho de DEUS se ofereceria a si mesmo pelos pecadores. DEUS não podia ter prazer no sangue de bodes e de touros, por mais estritas que fossem as prescrições do ritual. Ele estava, por meio de Arão, ensinando à raça que, no tempo próprio, o seu Filho ofereceria um sacrifício perfeito, e para sempre aperfeiçoaria os que a Ele se chegassem, Esta é a razão de ser dos sacrifícios mosaicos. O pecado, sem dúvida, tinha de ser expiado; o inocente devia pagar pelo pecador, visto que este estava inibido de pagar sua própria dívida. Dai, então, o sangue dos animais para tipificar o sangue de JESUS, que havia de ser derramado na cruz em toda a abundância.

d) Arão oferecia vários sacrificou, mas CRISTO ofereceu um só (Heb. 10:17). A repetição ensinava não somente imperfeição da oferta como também ensinava a hediondez do pecado a reclamar uma satisfação plena. Nem sempre estamos prontos a admitir a estupidez do pecado e os seus danosos efeitos. Os sacrifícios repetidos, dia a dia, de ano em ano, ensinavam todas estas coisas e reclamavam insistentemente a vinda de Um que pudesse, de uma vez por todas oferecer uma oferta capaz (Is. 53). Se o sacrifício do animal pudesse tirar pecados, não haveria necessidade de repetição, pois que esta sempre implica em deficiência. O que se repete não é completo, não tem em si o elemento de perfeição. O tamanho do pecado, moralmente falando, determina o tamanho do sacrifício. As duas coisas são proporcionais. Os delitos de seres inteligentes e responsáveis não poderiam ser resgatados com seres irracionais. Os críticos estão sempre prontos a ridicularizar os sacrifícios do Templo e o próprio sacrifício de CRISTO, mas é preciso que se esteja pejado de má vontade para não ver que delitos cometidos por seres racionais devem ser pagos por um que não seja igual na prática dos mesmos delitos. Para eliminarmos da História a veracidade desses sacrifícios, temos primeiro de eliminar a DEUS dela e reduzir tudo a meros acasos, sem possibilidade de explicação racional, podendo então tudo correr por conta desse tão cobiçado acaso, pondo de lado a justiça, o direito, a verdade, o critério e, finalmente, a consciência. Feito isto, pode--se dar por desnecessário todo esse sangue derramado, todas essas repetições, todos os templos e todo o seu cerimonial; a religião deve passar à categoria de coisa insulsa e descabida; a legislação dos romanos e dos gregos e de todos os demais povos não passa de uma bela escamoteação espiritual; homens arvorados em juízo são verdadeiros tiranos, verdugos de indefesas criaturas; esses tribunais, verdadeiros pagodes; os júris, uma farsa escandalosa; finalmente, os homens devem banir dos seus dicionários tudo que tem honrado e dignificado a raça e devem, por sua vez, passar a viver como irracionais, pois que a diferença entre esses animais e o animal homem será apenas de conformação física. Isto, entretanto, é repulsivo. O que estes homens ensinam e escrevem não está de acordo com o que eles fazem; são verdadeiros contrafatores. É que a verdade não está com eles nem com suas teorias. A verdade é que "todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS" (Rom. 3:23). Se todos pecaram, faz-se preciso um remédio que evite os efeitos do pecado, e esse remédio DEUS o encontrou, primeiro, nessas sombras do Velho Testamento e, depois, em CRISTO JESUS, que encarnou todo o cerimonial do Tabernáculo com todos os sacrifícios na sua própria pessoa.

e) Nos sacrifícios do Tabernáculo havia partes impuras, mas no de CRISTO tudo foi puro (Heb. 7:26). O estudante deve estudar criteriosamente os diversos sacrifícios e verificar as leis do ritual e descobrir a exigência de cada um deles. Neste ritual, diversas partes eram refugadas e queimadas fora do arraial, depois de sofrerem o efeito da purificação. Não obstante a aceitação destes sacrifícios por parte da divindade, eles eram tão imperfeitos que até partes do animal eram jogadas fora. Isto, entretanto, era mais uma prova da sua insuficiência. O sacrifício de CRISTO, porém, foi de tal modo perfeito que não foi rejeitado. Seu santo corpo, tirado da cruz por aquele discípulo ignorado dos pregadores, José de Arimatéia, corajoso, num momento em que todos os outros discípulos tinham fugido com medo, foi colocada no sepulcro onde a ressurreição o encontrou intato e, como uma oferenda perfeita, foi recebido acima na glória, onde intercede agora pelos pecadores (I Tim. 2:5). Não houve partes que precisassem ser lavadas como nos sacrifícios do Tabernáculo ou Templo, nem que precisassem ser queimadas fora da Tenda.

f) O Tabernáculo de Arão era material incorruptível, de ACÁCIA, ouro, cobre etc., mas o Tabernáculo em que CRISTO ofereceu o seu sacrifício foi o seu corpo SANTO (Heb. 10:6-9). Notemos como DEUS exigiu para a construção do Tabernáculo todo o material perfeito. A madeira que entrou na sua construção era de natureza incorruptível, isto é, não poderia ser atacada pelo bicho. Os metais eram ouro e cobre. Não havia ferro, porque este é facilmente oxidável. Os tecidos eram de linho, seda e pelos de animais. Tudo que havia de mais durável e perfeito para nos dar a idéia de que o emblema do futuro Tabernáculo, feito no corpo do Senhor, devia corresponder a esta realidade. O Tabernáculo em que JESUS ofereceu o grande sacrifício foi o seu próprio corpo pendurado entre o céu e a terra, corpo incorruptível, mais puro que o ouro e moralmente mais perfeito e lindo que todo o conjunto maravilhoso do Templo ou do Tabernáculo. Do Templo e de todas as suas alfaias, nada sabemos; destruiu-os o tempo; do Templo em que foi oferecido o sumo sacrifício, sabemos que está glorioso à destra de DEUS. O que era terreno mudou-se para o céu, e o que era temporário mudou-se para a eternidade. Contraste sublime a que nada faltou!
 
FOGO
Palavras representando o fogo são usadas cerca de 450 vezes nas Escrituras, tanto no sentido literal como no sentido figurativo. O uso literal inclui o seu emprego para propósitos domésticos ao cozinhar (Is 30.14); claridade e aquecimento (Jr 36.22; Mc 14.54; Jo 18.18; Act 28.2); para derreti- mento, fundição, trabalho e purificação dos metais (Zc 13.9; Ml 3.2); para a queima de detritos e artigos contaminados (Lv 13.52, 57); como meio de destruição de objetos de idolatria (Dt 7.5; 1 Cr 14.12); como uma força destrutiva na forma de raio (Sl 29.7) e na queima de cidades em tempos de guerra (Is 1.7; Jr 34.2); como um meio severo de castigo para ofensas graves (Ap 16.8,9); como o meio comum de fazer sacrifícios a DEUS. (O costume pagão de queimar crianças no fogo como um sacrifício era condenado.) Veja Fogo, Adoração do.
Usos figurativos ou simbólicos incluem a representação da presença, santidade, glória, direção e proteção divinas (Ez 1.4,13,27; 8.2); do ciúme de DEUS (Ez 36.5); da ira contra o pecado e o seu castigo (Is 10.16,17; Mc 9.48; Ap 18.8; 19.20; veja Geena); do mal (Is 9.18); da luxúria (Pv 6.27) e da cobiça; da guerra, da dificuldade, do sofrimento e da aflição (Jó 5.7; Is 29.6); da purificação e da provação (1 Pe 1.7; 4.12); do poder aa Palavra e da verdade de DEUS (Jr 5.14; 23.29); da inspiração profética (Jr 20.9); do zelo dos santos (Sl 39.3; 119.139) e dos anjos (Sl 104.4; Hb 1.7); do ESPIRITO SANTO (Act 2.3) e do CRISTO glorificado (Ap 1.14); e do juízo escatológico (Ap 20.9- 15; 21.8).
O aspecto mais importante do fogo na Bíblia é o seu uso na adoração e nos sacrifícios para consumir as ofertas queimadas e o incenso. A primeira referência explícita é a oferta de Noé a DEUS (Gn 8.20,21). Mais tarde, o fogo passou a ser a parte central dos sacrifícios contínuos e da constante adoração, tanto no Tabernáculo quanto no Templo, e o fogo sobre o altar nunca poderia se apagar (Lv 6.12,13). O fogo sobre o altar era milagrosamente enviado por DEUS (Lv 9.24; 2 Cr 7,1- 3). Qualquer fogo iniciado pelo homem ou conseguido de qualquer outro lugar que não fosse o altar (“fogo estranho”, Lv 10.1,2) era ritualmente inaceitável e incorria na ira divina. Nadabe e Abiú foram punidos com a morte pelo fogo, vinda de DEUS, por usarem um fogo estranho no altar (Lv 10).
O fogo perpétuo do altar deveria ser reabastecido com madeira todas as manhãs (Lv 6.12). A aceitação dos sacrifícios era indicada pelo fogo de DEUS consumindo repentinamente a oferta. O fogo de DEUS significava a aceitação de certos sacrifícios especiais (Jz 6.21; 1 Rs 18.24,38; 1 Cr 21.26} - Jeová é “o DEUS que responde com fogo”. Os animais mortos para as ofertas pelos pecados eram consumidos pelo fogo fora do arraial (Lv 4.12,21; 6.30). Ao completar o seu voto, um nazireu raspava a sua cabeça e colocava o cabelo dentro do fogo do altar no qual as ofertas pacíficas estavam sendo sacrificadas (Nm 6.18).
A lei proibia que qualquer fogo fosse aceso no dia de sábado, até mesmo para cozinhar (Ex 35.3). Por causa da secura da terra durante a estação mais quente, a lei dizia que uma restituição deveria ser feita por qualquer pessoa que acendesse um fogo que causasse danos e prejuízos a um campo ou a uma safra de grãos (Ex 22.6).
Bibliografia. Friedrich Lang, “Pyr, etc.”, TDNT, VI, 928-952. R. E. Po. Dicionário Wycliffe - CPAD.
 
O Abuso das Ofertas (Nadabe e Abiú). 10:1-20. - Comentario Biblico Moody
1. Nadabe e Abiú ... trouxeram fogo estranho. O fogo estranho ('esh zeira) não está explicado. Os elementos usados, ou o procedimento adotado, ou ambos podem ter contrariado a prescrição. Fosse qual fosse a motivação e o abuso, o ato aos olhos de DEUS foi merecedor do castigo da morte. 
3. Mostrarei a minha santidade. Oferecimento impróprio de sacrifício da parte do sacerdote aviltaria a glória de DEUS, e esta glória DEUS determinara manter. 
4. Então Moisés chamou. Cons. Êx. 6:18, 22, 23 sobre os mencionados membros da família de Abraão. 
6. Não desgrenheis os vossos cabelos. Fica melhor: Não deixem seus cabelos despenteados. As costumeiras expressões de luto foram negadas ao sumo sacerdote e seus dois filhos remanescentes, neste caso para que não desse a impressão da insatisfação com o juízo divino. Antes, deviam permanecer recolhidos no santuário, enquanto outros realizavam o sepultamento e expressavam a dor. 
9. Vinho nem bebida forte . . . bebereis. Os que estavam consagrados ao serviço divino deviam realizar suas obrigações com a mente clara, não anuviada pelo álcool. A presença deste versículo não implica necessariamente em que Nadabe e Abiú estivessem, segundo a opinião de alguns, exercendo suas obrigações em estado de embriaguez. 
12. Tomai a oferta de manjares. Moisés recapitulou com Arão e seus filhos as leis referentes ao comer dos sacrifícios. 
16. E eis que já era queimado. A porção da oferta pelo pecado que deveria ter sido comida pelos sacerdotes fora queimada. A explicação de Arão parece implicar que o juízo imposto sobre seus dois filhos, implicava em que ele e seus outros dois filhos não estavam suficientemente livres do pecado para merecerem comer a porção designada da oferta pelo pecado. Moisés ficou satisfeito com a explicação.
 
FOGO ESTRANHO - EXPOSITOR - Bíblia The Word
Nadabe e Abiú, filhos de Arão (que eram sacerdotes) tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que lhes não ordenara.(Isso foi "fogo" que veio de outra coisa que não o Altar de Bronze. Como tal, não era um tipo de CRISTO, e Ele crucificado e, portanto, não poderia ser reconhecido por DEUS. Foi o pecado de Caim. Eles tentaram colocar o " fogo estranho "no altar do incenso, situado imediatamente à frente do Véu. Todos falsa doutrina cai nesta mesma categoria e, portanto, apresenta um espetáculo com medo.) 
2 E saiu fogo do Senhor (da Arca da Aliança, que atravessou o véu sem queimá-lo) , e os consumiu; e morreram perante o SENHOR. (Pouco tempo antes, o fogo tinha saído deste mesmo lugar, e consumiu o sacrifício no altar [ 09:24 ]. Na medida em que a Cruz de CRISTO foi ignorada aqui, que mesmo fogo veio sobre o pecador, em vez do Sacrifício). 
3 Disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado neles que vêm perto de mim, e antes de todas as pessoas que será glorificado. E Arão calou-se. (O Senhor está dizendo por esta declaração de que se os homens colocar em seu altar o funcionamento de sua própria vontade corrupto, o que deve ser o resultado? Juízo!) 
4 E Moisés chamou a Misael ea Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai-vos, levai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. 
5 Então chegaram, e os levaram nas suas túnicas para fora do arraial; como Moisés lhes dissera. (Parece que o raio que matou a ambos nem sequer queimar seus casacos. Que eles eram os filhos de Arão não impediu o julgamento, o que significa que todos devem entender que é a Cruz ou morte). 
6 E disse Moisés a Arão, ea Eleazar e Itamar, seus filhos (os dois únicos esquerda para Arão) , Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgar suas roupas; para que não morra, e para que não venha grande ira sobre todos os povos: mas vamos vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu. (Embora normalmente teria sido apropriado para o povo de Israel ter lamentou a mortes desses sacerdotes, o sumo sacerdote e seus filhos restantes devem provar a sua submissão ao castigo divino por esmagamento seu sentimento individual de tristeza. Na verdade, um murmúrio de sua parte teria trazido Ira de DEUS em si, e, possivelmente, até mesmo em Israel como um todo, a quem eles representavam.) 
7 E você não sairá da porta do Tabernáculo da congregação, para que não morra, porque o óleo da unção do Senhor está sobre você. E eles fizeram conforme a palavra de Moisés. (Para os Sacerdotes restantes para ter lamentou que, em essência, têm dito que a Cruz era de pouca importância;. lamentavelmente, é o que muitos pregadores modernos estão dizendo agora) 
REGULAMENTOS 
8 E falou o SENHOR a Arão, dizendo: 
9 Não beber vinho, nem bebida forte, nem tu, nem teus filhos contigo, quando você entrar no Tabernáculo da congregação, para que não morrais; este será um estatuto perpétuo pelas vossas gerações (a Lei dada aqui pelo Senhor tem levou à idéia de que Nadabe e Abiú tinham agido sob a emoção de bebidas intoxicantes, em outras palavras, eles estavam bêbados, por isso temos aqui neste verso uma proibição "para sempre" contra qualquer tipo de bebida forte) : 
10 E que você pode fazer diferença entre o santo eo profano e entre o imundo eo limpo (sem uma compreensão adequada da Cruz, é muito difícil de discernir corretamente a diferença como exigia aqui [ Gal. 2: 20-21 ]) ; 
11 E que você pode ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR tem falado pela mão de Moisés. (Os Sacerdotes, que o número poderia crescer extensivamente muito em breve, estavam a ensinar ao povo a lei de Moisés. É o mesmo agora com chamados por DEUS Pregadores [ Ef. 4: 11-12 ]). 
12 E disse Moisés a Arão, ea Eleazar e Itamar, seus filhos que lhe ficaram: Tomai a oferta de cereais que resta das ofertas do Senhor feitas pelo fogo, e comei-a sem levedura junto do altar, porquanto é coisa santíssima (a "Oferta de carne" foi a única Oferta dos cinco sacrifícios que era um sacrifício incruento, em outras palavras, apesar de ter sido referida como uma "oferta de manjares", na verdade, ele não tinha carne, como nós pensamos de tal , mas sim de grãos, que foi moído em uma flor de farinha, o que significou Oferta CRISTO em Sua perfeição e, assim, significou ação de graças a DEUS por ter dado a humanidade como um presente [ Jo. 3:16 ]; ao lado dele estava a ser comido o Altar, tipificando a Cruz, que nos diz que tudo o que vem a nós através da Cruz) : 
13 E o comereis no lugar santo, porque é o seu vencimento, e seus filhos ", devido, dos sacrifícios do Senhor feitas por fogo, porque assim me foi ordenado (esta foi uma parte das suas funções, porque simbolizava o desfrute de CRISTO) . 
14 E o peito movido ea coxa alçada comereis em lugar limpo; você, e vossos filhos e vossas filhas com você, porque a sua função, e de seus filhos devido, que são dadas fora dos sacrifícios das ofertas pacíficas dos filhos de Israel (as "ofertas da paz" eram para ser comido por a família, celebrando, assim, a "paz" que tinha sido restaurado) . 
15 A coxa alçada eo peito onda trarão com as ofertas queimadas da gordura, para movê-lo por oferta de movimento perante o Senhor; e ele será seu, e os seus filhos "com você, por estatuto perpétuo; como o Senhor ordenou (o "heave-up" significava que esse DEUS-homem viria do céu; o "down-heave" significava que ele iria descer a esta Terra, o "Wave Oferta" significava Ação de Graças) . 
16 E Moisés diligentemente buscou o bode da oferta pelo pecado, e eis que estava queimada, e ele estava zangado com Eleazar e Itamar, os filhos de Arão que ficaram, dizendo (Arão e seus dois filhos restantes deveria ter comido o bode da oferta pelo pecado, assim fazendo com que os pecados do povo a sua própria, mas sua tristeza pessoal inabilitou para o rolamento de suas tristezas; quão diferente a Arão Verdadeira em João 16:22 ; Ele colocou Seus próprios sofrimentos imensuráveis de lado e seu coração amoroso envolvidos se com aqueles dos seus discípulos) , 
17 Pelo que você não comeu a oferta pelo pecado no lugar santo, visto que é mais sagrado, e DEUS a deu a vós para levardes a iniqüidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor? (sacerdotes no santuário não foram para lamentar, mas para adorar-eles não estavam a chorar, como na presença da morte, mas a abaixar a cabeça ungidos na Presença da visitação divina.) 
18 Eis que o sangue dele não foi trazido dentro do Lugar SANTO: você deve realmente ter comido em lugar santo, como eu havia ordenado. (Quando Moisés começou a investigar este particular "rito", ele descobriu que não tinha sangue foi trazido para o Lugar SANTO, e que a carcaça do Pecado Oferta havia sido erroneamente queimados, quando deveria ter sido comido. Moisés estava com raiva! Ele estava preocupado que, se qualquer parte do ritual foi mal utilizado, mal interpretado, ou ignorado, o Julgamento de DEUS pode agora cair sobre os sacerdotes restantes.) 
19 Então disse Arão a Moisés: Eis que hoje ofereceram a sua oferta pelo pecado eo seu holocausto perante o SENHOR; e tais coisas me sucederam; e se eu tivesse comido a oferta pelo pecado, hoje, deveria ter sido aceito aos olhos do Senhor? (A esse respeito, Ellicott diz: "Mas, 
enquanto ele, Eleazar, e Itamar foram, assim, realizar devidamente os ritos de sacrifício, Nadabe e Abiú, os outros dois filhos, transgredido, e de repente derrubou morta, sobrecarregando assim os sobreviventes com tristeza, e tornando-os impróprios para participar dos sacrifícios. não equipada como eles eram, assim, por luto eo sentido de sua própria pecaminosidade, que se tivessem compartilhado desse refeição solene que não teria sido aceitável para o Senhor. "Eles estavam certos!) 
20 Quando Moisés ouviu isso, ele estava contente. (Moisés reconheceu o apelo de Arão para ser justo, e que ele mesmo tinha falado rapidamente. Por isso, a tradição judaica atribuiu o erro de Moisés, não a Arão. A tradição judaica diz ainda, quando Moisés ouviu ele, ele aprovou a explicação. Ao que ele enviou um arauto por todo o acampamento de Israel, dizendo: "Eu é de quem a Lei tinha sido escondido, e meu irmão Arão trouxe a minha lembrança".)
Comentário com Recursos Adicionais  - Bíblia The Word — O fogo [que saía] de diante do Senhor era uma forma de punição. Em Levítico 9.24, dois versículos antes, vimos que o fogo vinha do Senhor em aceitação a Israel e à sua adoração. O que é uma bênção quando se trata do resultado de atitudes fiéis pode ser mortal se provocado pela desobediência.
Esse fogo consumiu Nadabe e Abiú, ou seja, matou-os. Seus primos os puxaram pelas túnicas e levaram-nos para serem sepultados fora do acampamento (v. 5). A morte deles foi o resultado de uma ação que não condizia com os procedimentos ordenados pelo Senhor. DEUS é zeloso, e não gosta que as pessoas sejam infiéis a Ele.
10.3    — Serei santificado naqueles que se cheguem a mim. Neste contexto, DEUS se referia a Arão e seus filhos. Aqueles que estavam mais próximos do Senhor - os que ministravam a Ele e ensinavam às pessoas - tinham a grande responsabilidade de serem cuidadosos com as coisas e os ritos santos. Tiago enfatiza este princípio em sua carta (Tg 3.1).
Ao dizer serei glorificado diante de todo o povo, DEUS nos forneceu um ótimo conceito para medirmos nossa adoração a Ele. Tudo o que não glorifica DEUS não faz parte da verdadeira adoração e não deve ser incluído em nossa vida.
Em vez de replicar as palavras do Senhor ditas por Moisés, Arão calou-se. Apesar de o sumo sacerdote estar sofrendo com a súbita morte de seus dois filhos, Arão reconheceu que a atitude deles foi um ato de rebeldia contra DEUS. Se tal posicionamento não tivesse sido punido com a morte instantânea, teria se espalhado e corrompido a sagrada adoração de Israel.
O luto de Arão pode ter sido intensificado pela lembrança de sua própria desobediência aos princípios divinos, no dia em que este moldou o bezerro de ouro (Ex 32), coisa certamente testemunhada pelos seus filhos.
10.4    — Tirai vossos irmãos de diante do santuário. Apesar de os sacerdotes serem proibidos de ter contato com cadáveres, o corpo de um irmão era uma exceção a esta regra (Lv 21.1-4). No hebraico, a palavra para irmãos também inclui os primos, como acontece aqui. Assim, Moisés chamou os primos de Arão para levar os mortos, Nadabe e Abiú, para fora do arraial. Sua família apenas começara a executar seus deveres sacerdotais e a desobediência já tinha causado duas mortes.
10.5    — Levaram-nos... como Moisés tinha dito. Isso significa que o padrão de obediência, interrompido por Nadabe e Abiú, foi restabelecido.
10.6,7 — Arão e seus outros filhos foram proibidos de guardar luto pelas mortes porque eles precisavam permanecer em um estado de pureza. Da mesma forma, não podiam fechar os olhos para o pecado de Nadabe e Abiú, pois assim seriam também destruídos, e o povo ficaria sem sacerdotes para interceder por ele junto a DEUS. Entretanto, todas as outras pessoas podiam chorar por aqueles que o Senhor destruiu.
10.6    — Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes. Estes eram os sinais comuns de luto (Ez 24.16,17).
10.7,8 — E falou o Senhor a Arão. Esta é a única vez em Levítico que DEUS fala com Arão sozinho.
10.9-11 — O autor não diz se a embriaguez contribuiu para o pecado dos irmãos. Mas, este fator certamente influiria em casos futuros, se os sacerdotes bebessem enquanto executassem seus deveres, coisa que atrairia sobre eles a mesma punição que foi infligida a Nadabe e Abiú. Exercer o ministério perante o altar e ensinar aos israelitas todos os decretos exigiam o pensamento claro e a memória perfeita. O álcool não podia de forma alguma prejudicar o exercício santo dos sacerdotes.
10.10 — Fazer diferença entre o santo e o profano. Esta distinção foi o objeto das instruções anteriores acerca dos sacrifícios e de seu implemento inicial (capítulos 1—9). Neste sentido, o imundo e o limpo serão apresentados e ensinados nas próximas instruções acerca de animais, doenças, fluidos corporais etc. (capítulos 11—15).
10.11-13 —Na época do Antigo Testamento, os sacerdotes eram os principais responsáveis por ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos [de DEUS]. Os pais, por sua vez, eram as pessoas encarregadas de ensinar aos seus filhos (Dt 6.6-9,20-25). Além de serem designados para transmitir as instruções divinas ao povo, Arão e seus filhos teriam de comer a oferta de manjares no lugar santo, ou seja, dentro do tabernáculo. [Para as instruções a respeito das ofertas de manjares, veja Levítico 2.10.]
Comentário Bíblico Wesleyana - Sacrilégio traz julgamento ( 10: 1-20 )
Glória manifesta de DEUS, como relatado nos capítulos anteriores, foi a evidência de Seu prazer na adoração aceitável de Seu povo. Mas neste capítulo o fogo da bênção torna-se o fogo do julgamento.
É um lembrete assustador que ter testemunhado e compartilhado em uma manifestação da presença de DEUS não dá uma imunidade de julgamento em caso de irregularidade. Pelo contrário, quanto mais sabemos da graça e do poder de DEUS, mais estritamente seremos responsabilizados por cada falha de honrar e exaltar o Senhor. Na verdade, qualquer, atitude ou ação irresponsável descuidado é inteiramente fora de lugar em um cristão. Arrependimento e uma volta para DEUS gera um cuidado que deve ser contínua (cf. Ef 5: 15-17. ). É um cuidado tal como é referido pelo apóstolo Paulo por escrito ao Corinthians após a sua correção de conduta imprópria entre eles. "Eis que veemência isto mesmo, esta tristeza segundo DEUS, produziu em você, o que vindicação, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança de errado! Em tudo o que você demonstrou estar inocentes na matéria "( 2 Coríntios 7:11. , NVI).
1. Dois sacerdotes Culto Arbitrariamente ( 10: 1-7 )
1  Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, que ele não lhes ordenara. 2  Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. 3  Então, disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e antes de todas as pessoas que será glorificado. E Arão calou-se. 4  E Moisés chamou a Misael e Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, levai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. 5  Então se aproximaram, e levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés lhes dissera. 6  E disse Moisés a Arão, ea Eleazar e Itamar, seus filhos, não deixe o cabelo de suas cabeças vão frouxa, nem rasgar suas roupas; para que não morra, e que ele não se irará contra toda a congregação, mas deixe os vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu. 7  E vós não sairá da porta da tenda da reunião , para que não morrais; para o óleo da unção do Senhor está sobre você. E eles fizeram conforme a palavra de Moisés.
Nadabe e Abiú , o mais velho filhos de Arão , agir impulsivamente, pecado gravemente. Algumas implicações de seu fracasso são obscuras, mas é claro que, por iniciativa própria, temerariamente, para adorar a DEUS de uma forma não lhes ordenara (v. 1 ).
A partir de Levítico 16:12 , parece que o fogo para os incensários teve que ser retirado do fogo sagrado do altar (veja N1. 16:46 ). Talvez eles falharam nisso. Levítico 16: 1 , 2 sugere que eles podem ter pressionado seu caminho para além do véu sagrado do tabernáculo para a presença imediata do Shekinah onde apenas o sumo sacerdote para entrar.
Além disso, não havia instruções para queimar incenso, nesta ocasião especial (caps. 8 , 9 ). Então, quando eles fizeram optar por fazer isso, eles o fizeram sem ter em conta a ordem divina para tal adoração ( Ex. 30 ). O tempo para queimar incenso perante o altar de ouro, não tinha chegado, pois este era para ser feito de manhã e à noite. Além disso, o incenso era apenas para ser queimado pelo sumo sacerdote ou pelos sacerdotes comuns, um de cada vez de acordo com a atribuição ( Ex. 30: 9 ; Lucas 1: 9 ). Mas Nadabe e Abiú, mais estimulados talvez pelas manifestações apenas experientes, superado, talvez, com orgulho e ambição, ou talvez através de rivalidade ou ciúme, que se presume ter precedência sobre seu pai e correu em conjunto para oferecer incenso simultaneamente. O (RSV) fire "profana" estranho ou pode, então, bem se referir a oferta de incenso arbitrariamente, desafiando as leis de DEUS.
Os sacerdotes eram considerados próximos do Senhor, em que eles tiveram acesso ao Lugar SANTO, e eles estavam a levantar-se a DEUS e glorificá-Lo diante do povo (v. 3 ). Porque Nadabe e Abiú não tão grosseiramente neste e definir um exemplo público de vontade culto humano, foram destruídos (v. 2 ). O Senhor é realmente um fogo consumidor ( Hb. 0:29 ). Nossa atitude para com Ele determina se que o fogo vai santificar ou nos destruir.
Os sacerdotes não foram os primeiros homens, nem foram a última, que considera uma espécie de fogo tão bom quanto outro, que tentou estabelecer as suas próprias condições de honrar o Senhor. O segundo homem na Terra tentou isso. Cain sabia muito bem o que é um sacrifício apropriado envolvido ( Gen. 4: 6 , 7 ), mas ele persistiu em seu próprio padrão religioso desejado. E até hoje muitos homens são propensos a ser religioso, sequer aparecem Christian, mas ao mesmo tempo seguir as suas próprias fantasias e inclinações. Eles esperam que de alguma forma DEUS vai rebaixar a estar satisfeito com o seu modo de vida e adoração. Eles o teriam atendê-los. Mas eles nem se humilhar para agradá-Lo, nem procuram servir-Lo como Ele indicou em Sua Palavra que deveriam. Não é menos verdade, no entanto, que a adoração de DEUS e trabalho deve ser feito de acordo com a Sua vontade.
Moisés chamados em primos de Arão e de si mesmo ( Ex. 06:22 ) para realizar os sacerdotes mortos (v. 4 ). E foi assim que os homens mortos, ainda vestidos com suas túnicas sacerdotais brancas ou casacos , em que tinha acabado de ser consagradas para o serviço santo, foram realizadas fora do acampamento para o enterro (v. 5 ). As pessoas em toda a congregação lamentou a tragédia. E podemos ter certeza de que Arão estava profundamente abalado. Mas porque ele e seus filhos restantes estavam engajados em suas funções sacerdotais, eles foram proibidos de mostrar qualquer um dos sinais comuns de luto, como deixar seu cabelo hang loose (isto é, de acordo com a Septuaginta, indo de cabeça descoberta) ou rasgando suas roupas
Comentário - NVI (FFBruce) - Nadabe e Abiú (10.1-7)
A história de Nadabe e Abiú, os dois filhos mais velhos de Arão (Ex 6.23; 28.1), está para essa seção de Levítico assim como At 5.1 -11, a história de Ananias e Safira, está para os primeiros capítulos de Atos. Nos dois relatos, as palavras de Moisés e Arão (v. 3) são o comentário adequado: Foi isto que o Senhor disse: “Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei”. Cp. o v. 3 com At 5.11 e os v. 4,5 com At 5.6,9,10. O episódio também compartilha características com o relato da rebelião de Corá em Nm 17. v. 1. Em que sentido Nadabe e Abiú ofereceram fogo profano [...] sem que tivessem sido autorizados não está claro, profano, não autorizado é lit. “estranho”, “estrangeiro”, e a expressão semelhante “outro tipo de incenso”, em Ex 30.9, é geralmente considerada uma referência ao incenso misturado de forma errada, i.e., não como havia sido estipulado em Ex 30.34-38. Talvez o incenso tenha sido queimado na hora errada, ou o fogo não tenha sido tomado do altar de bronze (cf.16.12), ou tenha sido cometido outro tipo de violação do ritual. Visto que o v. 9 fala de embriaguez, é Lugar-comum na tradição judaica que Nadabe e Abiú estavam sob influência de bebida forte. v. 2. O fogo que significava aprovação divina em 9.24 resulta agora em juízo. Cf. Ex 32.10; não houve tempo para a intervenção de Moisés nessa ocasião, v. 3. Como Eli em outra ocasião (ISm 3.18), Arão não pôde fazer nada, senão concordar com a sentença de julgamento contra os seus próprios filhos. Como sacerdotes, eles haviam estado especialmente próximos de DEUS. No lugar de ficou em silêncio, a NEB traz, com certa razão: “ficou aturdido”, v. 4. Misael e Elsafã: cf. Ex 6.22. As provisões de 21.1 ss teriam permitido que Eleazar e Itamar, os irmãos de Nadabe e Abiú, removessem os corpos, mas aqui havia circunstâncias especiais, e o restante dos membros da família de Arão não podia dar lugar ao sentimento natural de forma normal, v. 5. Os corpos, ainda vestidos com as túnicas sacerdotais, foram puxados para fora do acampamento como era feito com as carcaças das ofertas pelo pecado (mesma expressão de 4.12 etc.), v. 6. Agora os outros filhos de Arão, Eleazar e Itamar, tornam-se proeminentes: até aqui, Nadabe e Abiú haviam tido precedência (cf. Êx 24.1,9). Não deveriam lamentar a perda dos seus irmãos, nem andando descabelados (cf. Ez 24.17,23) nem rasgando as roupas em sinal de luto (cf. 2Sm 3.31); cf. 21.10 com referência ao sumo sacerdote, v. 7. Não saiam ecoa a 8.33ss, mas a comparação principal deve ser feita com 21.12.
4) Regras para os sacerdotes (10.8-20)
v. 9. A proibição em relação a bebidas inebriantes está voltada especialmente aos sacerdotes no desempenho da sua função oficial (cf. Ez 44.21). v. 10. Isso deveria ser assim para que as faculdades críticas de discernimento dos sacerdotes não ficassem debilitadas de tal forma que os impedisse de distinguir entre o santo e o profano. Por meio da sua abstinência, a distinção também seria preservada para adoradores leigos, estivessem no santuário ou em casa, pois nisso estava envolvido nada menos do que a diferença entre a fé dos israelitas e as práticas pagãs dos cananeus. v. 11. Cf. Jr 2.8; Ez 44.23; Ml 2.7 acerca da função de ensino dos sacerdotes. Os v. 12,13 provavelmente se refiram à oferta de cereal nacional do oitavo dia; cf. comentário de 9.17. Se a oferta de cereal comum está em questão, nada é acrescentado a 6.16ss v. 12. Visto que a oferta de cereal é santíssima, só pode ser comida por Arão e seus filhos. Os v. 14,15 tratam da oferta de cereal nacional do oitavo dia. v. 14. Em contraste com a oferta de cereal, o peito e a coxa podiam ser comidos num lugar cerimonialmente puro e por qualquer membro da família araônica, inclusive mulheres, v. 15. Como em 9.21, tanto a coxa quanto o peito devem ser ritualmente movidos, embora normalmente só o peito pudesse ser assim designado (cf. 7.34). Nos v. 16-20, aparece um aspecto processual acima da disposição da segunda oferta pelo pecado do oitavo dia (cf. 9.15). Essa oferta nacional era tratada “como a primeira oferta pelo pecado” (i.e., a dos sacerdotes; 9.15). Normalmente os sacerdotes não tinham direito a parte alguma da oferta nacional pelo pecado, visto que tinham interesse nela eles mesmos em virtude de sua cidadania israelita, v. 16. Moisés descobriu que a lei geral havia sido aplicada nesse caso — o bode da oferta pelo pecado havia sido destruído (queimado), assim como a oferta pelo pecado dos sacerdotes (cf. 9.11). v. 17. Mas a oferta nacional pelo pecado do oitavo dia deveria ter sido tratada de forma diferente da oferta nacional comum e em concordância com o ritual de um bode apresentado como oferta individual (cf. 4.2231). para retirar, fica implícito que o comer por parte dos sacerdotes fazia parte do ritual de remoção dos pecados (cf. NBD, p. 1.052). v. 18. Na verdade, muito pouco se diz acerca do ritual para a oferta nacional pelo pecado em 9.15, e poderíamos presumir que era tratado em todos os aspectos como a primeira oferta pelo pecado. Mas se destaca que o sangue não havia sido levado para dentro do Lugar SANTO. O corolário disso é que as “pontas do altar” de 9.9 devem ser aquelas do altar de incenso no Lugar SANTO (cf. 4.7,18). Visto que tinha havido uma oferta pelo pecado separada para os sacerdotes nessa ocasião, eles não eram representados na oferta nacional; por isso tinham direito à carne desta última de acordo com 6.26,29,30. v. 19. A resposta que satisfez a Moisés (v. 20) foi que, mesmo quando o ritual correto da oferta pelo pecado e oferta pela culpa dos sacerdotes havia sido realizado, essas coisas como a destruição de Nadabe e Abiú haviam acontecido com Arão. Será que a participação na oferta nacional pelo pecado faria grande diferença após esses acontecimentos terríveis? Milgrom sugere que o episódio de Nadabe e Abiú fez Arão ficar temeroso de seguir a prática normal para que o pecado dos sacerdotes não fosse acrescentado à culpa dos leigos.
 
Comentarios da Biblia Diario Vivir (ESP)
10.1 Qual foi o fogo estranho que Nadab e Abiú ofereceram ante o Senhor? O fogo no altar do holocausto nunca devia apagar-se (6.12, 13) implicando que era santo. É possível que Nadab e Abiú tenham levado a altar brasas provenientes de outro lugar, fazendo com isto que o sacrifício fora impuro. Também se sugeriu que os dois sacerdotes ofereceram uma oferenda em um momento não prescrito. Qualquer seja a explicação correta, o ponto é que Nadab e Abiú abusaram de seu ofício como sacerdotes em um fato flagrante de falta de respeito a DEUS, quem acabava de repassar com eles precisamente como deviam dirigir a adoração. Como líderes, tinham a responsabilidade especial de obedecer a DEUS já que estavam em um posto no que facilmente podiam extraviar a muita gente. Se DEUS encomendou a você a guiar ou ensinar a outros, assegure-se de permanecer perto do e de seguir seu conselho.

10.2 Os filhos do Arão foram descuidados ao não seguir as leis para os sacrifícios. Como resposta, DEUS os destruiu com uma rajada de fogo. Levar a cabo os sacrifícios era um ato de obediência. Fazê-lo corretamente era respeitar a DEUS. É fácil que nos descuidemos em obedecer a DEUS, e viver segundo nossa maneira em lugar da sua. Mas se uma forma fora tão boa como outra, DEUS não nos teria ordenado que vivêssemos segundo sua maneira. O sempre tem boas razões para nos dar ordens, e sempre nos pomos em situação perigosa quando em forma consciente ou descuidada o desobedecemos.

10.8-11 Os sacerdotes não podiam beber vinho nem nenhuma bebida alcoólica antes de entrar no tabernáculo. Se seus sentidos estavam entorpecidos pelo álcool poderiam repetir o pecado do Nadab e Abiú ao introduzir algo não santo no culto de adoração. Além disso, o beber os desqualificaria para ensinar ao povo os requerimentos de DEUS de auto-disciplina. A embriaguez estava associada com as práticas pagãs e se supunha que os sacerdotes judeus deviam ser marcadamente diferentes.
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 7 - 3TRIM2018
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO Top2
Fogo estranho
1.“Qual foi o ‘fogo estranho’ que Nadabe e Abiú ofereceram diante do Senhor? O fogo sobre o altar de holocausto nunca se extinguia (Lv 6.12,13), o que implica que este altar era santo. É possível que Nadabe e Abiú tenham levado ao altar brasas de fogo de uma outra fonte, fazendo com que o sacrifício se tornasse profano. Também tem sido sugerido que os dois sacerdotes fizeram uma oferta em um momento não prescrito. Seja qual for a explicação correta, o ponto é que Nadabe e Abiú abusaram da sua posição como sacerdotes em um ato de flagrante desrespeito a DEUS, que tinha acabado de revisar precisamente com eles como deveriam conduzir a adoração. Como líderes, eles tinham uma responsabilidade especial de obedecer a DEUS. Em sua posição, eles poderiam facilmente conduzir muitas pessoas ao erro. Se DEUS comissionou você para liderar ou ensinar outras pessoas, nunca considere este papel como garantido nem abuse dele. Permaneça fiel a DEUS e siga as instruções dEle” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 214). 
2. “O texto não registra a natureza do pecado de Nadabe e Abiú. Os comentaristas têm algumas sugestões: o incenso não foi feito de acordo com as instruções de Moisés (Êx 30.34-38); o fogo não era proveniente do fogo que estava queimando no altar (16.12); a oferta foi feita no momento errado (Êx 30.7,8); os infratores usaram incensários inadequados (os deles mesmos); Nadabe e Abiú assumiram uma função devida exclusivamente ao sumo sacerdote; ou eles estavam sob influência alcoólica (cf. 8-11). É possível falar com certeza sobre este aspecto. O ponto essencial é que os dois sacerdotes exerceram funções sacerdotais de maneira oposta às ordens do Senhor. Moisés deixou claro que o Senhor deve ser santificado naqueles que se aproximam dele, a fim de que Ele seja glorificado diante de todo o povo. Esta é uma ilustração de que, no Antigo Testamento, a obediência era muito mais importante do que o sacrifício (1 Sm 15.22)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 277).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO Top3“O luto
1. O povo de Israel teve a permissão de lamentar esta grande tragédia, mas Arão e seus dois filhos restantes foram proibidos de mostrar as marcas normais de luto: descobrir a cabeça e soltar os cabelos ou rasgar as roupas. Não deviam dar a Israel a aparência de questionamento ou lamentação por causa do julgamento de DEUS. Moisés os lembrou de que o azeite da unção do Senhor estava sobre eles. O serviço de DEUS não pode ser detido por questões pessoais. O incêndio seria ‘o fogo que o Senhor DEUS acendeu.
2. Privação pessoal, negação ou insultos a si próprio muitas vezes caracterizavam os ritos de luto. Os ornamentos eram tirados (Êx 33.4-6); os enlutados rasgavam suas vestes como símbolo de pesar (Gn 37.34). Frequentemente, o rasgar as roupas e vestir-se com sacos representavam pesar e humildade (1 Rs 21.27; Et 4.1; Jr 4.8). Pó ou cinzas eram colocados sobre a cabeça. A barba e os cabelos da cabeça eram arrancados (Ed 9.3) ou cortados (Is 15.2; Jr 7.29). Observava-se o jejum (2 Sm 1.12; Ne 1.4; Zc 7.5). Algumas práticas de luto eram expressamente proibidas a Israel, provavelmente por serem ritos pagãos. Os israelitas não se cortavam nem podiam fazer ‘marca alguma’ em suas testas em homenagem aos mortos (Lv 19.28; Dt 14.1). As regras para os sacerdotes eram particularmente mais severas (Lv 21.1-5, 10-12)” (Dicionário Bíblico Beacon. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 277) e (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 1129).
PARA REFLETIR - A respeito de “Fogo Estranho Diante de DEUS”, responda:
Quem eram Nadabe e Abiú? Eles pertenciam à tribo de Levi e eram filhos de Arão. 
Quais os seus privilégios? Ascendência levítica, araônica e participantes da glória de DEUS.
Em que consistiu o pecado de ambos? Oferecer fogo estranho. Eles foram insolentes, blasfemos, sacrílegos e diabolicamente curiosos. 
Como foram mortos? Foram consumidos no lugar santo.
Por que Arão não pôde observar o luto por seus filhos? Apesar da tragédia que se abateu sobre a sua família, Arão é proibido pelo Senhor de guardar luto ou demonstrar tristeza (Lv 10.6,7). Ele e seus filhos deveriam suportar, com santa discrição, aquela hora tão difícil. Afinal, era seu dever zelar pela santidade e glória do nome do Senhor dos Exércitos. Além disso, eles estavam cientes de que a alma que pecar esta morrerá (Ez 18.4,20).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 75, p39.
 
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP