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30 maio 2025
Escrita Lição 10, CG, João Marcos, um Legado de Restauração e Perseverança, 2Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 10, CG, João Marcos, um Legado de Restauração e Perseverança, 2Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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Silva
Lição 10, CG, João Marcos, um Legado de Restauração e Perseverança
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/05/escrita-licao-10-cg-joao-marcos-um.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/05/slides-licao-10-cg-joao-marcos-um.html
Esboço da lição
1. O EVANGELISTA E SUA TRAJETÓRIA
1.1. Origens
1.2. Últimos dias
2. TRAJETÓRIA E REDENÇÃO MINISTERIAL
2.1. Por que João Marcos voltou para
2.2. A reconciliação de Marcos e Paulo
3. O ESCRITOR DO PRIMEIRO EVANGELHO
3.1. Propósito do Evangelho de Marcos
3.2. Estrutura e composição canônica
3.3. Destino e mensagem
3.4. A prioridade de Marcos
4. LIÇÕES DA VIDA DE MARCOS PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. O chamado que supera a opinião humana
4.2. A redenção por meio de uma conduta constante
4.3. A cooperação que transcende a conflitos
4.4. O fracasso como alicerce para a transformação
TEXTO BÍBLICO BÁSICO Atos 12.12,25; Atos 15.37-39; Colossenses
4.10
Atos 12.12,25
12- E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João,
que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e
oravam.
25- E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram
de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome
Marcos.
Atos 15.37-39
37- E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado
Marcos.
38- Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele
que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela
obra.
39- E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro.
Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
Colossenses 4.10
10- Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o
sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter
convosco, recebei-o.
TEXTO ÁUREO
(...) Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o
ministério. 2 Timóteo 4.11b
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o
aluno deverá:
reconhecer que João Marcos, mesmo sem ter convivido diretamente com
Jesus, destacou-se como um dos grandes confessores da fé cristã;
identificar os eventos marcantes do ministério de João Marcos que o
tornaram um personagem singular na história do cristianismo;
compreender a estrutura e a relevância canônica do Evangelho de
Marcos.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta lição, exploraremos a vida de João Mar- cos,
personagem inicialmente envolvido em um conflito entre Paulo e Barnabé (At
15.36-40). Sua inclusão após o estudo deste último se justifica pela relação
familiar entre ambos (CI 4.10) e pela influência decisiva que o Filho da
Consolação exerceu em sua vida.
Sugerimos que, neste estudo, seja dada ênfase ao fato de que Deus
usa situações e pessoas para promover nosso crescimento espiritual. Apesar do
desentendimento inicial, Paulo e Marcos reconciliaram-se mais tarde (2 Tm
4.11). Além disso, Marcos conviveu com Pedro (1 Pe 5.13), aprendendo com ele e
registrando os eventos narrados pelo apóstolo, o que resultou na composição do
primeiro evangelho canônico - muitos estudiosos reconhecem que Mateus e Lucas
usaram Marcos como uma das fontes principais na elaboração de seus
livros. Boa aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
LEIA TUDO E ESTARÁ APTO A DAR UMA EXCELENTE AULA
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Na minha opnião João Marcos estava fazendo pesquisas de campo para
escrever o evangelho de JESUS CRISTO. Viajou não só com Barnabé e Paulo, mas
também com Pedro neste estudo.
Não seguiu viagem com Barnabé e Paulo porque precisava escrever o
que tinha aprendido e visto e tinha em mente também acompanhar Pedro em suas
andanças.
E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que
tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. Atos 12:12
A vossa coeleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos. 1
Pedro 5:13
Pr. Henrique
Atos 15.39
CONTENDA (BEP – CPAD). Às vezes, surgem divergências entre crentes que amam ao Senhor e que
também amam uns aos outros. Quando elas não podem ser solucionadas, é melhor
desistirem de convencer um ao outro e deixar que Deus opere a sua vontade na
vida de todos os envolvidos. Diferenças de opiniões que levam à separação, como
no caso de Paulo e Barnabé, nunca devem ser acompanhadas de amarguras e
hostilidades. Tanto Paulo quanto Barnabé continuaram seus trabalhos na causa de
Deus, com sua bênção e graça.
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João Marcos era primo ou sobrinho de Barnabé?
Existem dois versículos diferentes que podem nos ajudar a chegar
a uma conclusão:
(Atos 12:12) E, refletindo sobre o assunto, foi à casa de Maria,
mãe de João, cujo sobrenome era Marcos; onde muitos estavam reunidos
orando.
(Colossenses 4:10) Aristarco, meu companheiro de prisão, vos saúda,
e Marcos, filho da irmã de Barnabé, (a respeito de quem recebestes mandamentos:
se vier a vós, recebei-o;)
Juntando esses dois versículos, vemos que “Maria” era a mãe de
(João) Marcos, e Marcos (Marcos) era filho da irmã de Barnabé. Isso
tornaria Marcos o “sobrinho” de Barnabé, ou Barnabé o “tio” de Marcos. Bem
claro, certo? Exceto, há um problema aqui.
Quando olhamos para o grego para (Cl 4:10), é isso que vemos: “Aspazetai
hymas Aristarchos ho synaichmalotos mou kai Markos ho anepsios Barnaba peri hou
elabete entolas ean elthe pros hymas dexasthe auton”.
A palavra-chave é anepsios. É a palavra que a KJV
traduz como “filho da irmã”. No entanto, “anepsios”
significa “primo!”
Em nenhum lugar em (Cl 4:10) é encontrada a palavra grega para
“irmã/irmãs/irmãs = adelphe” ou “filho/filhos
= huios”. “Anepsios” não é usado em nenhum outro lugar no Novo
Testamento.
A palavra “primo” é usada apenas duas outras vezes no Novo
Testamento (Lc 1:36; 1:58), e a palavra grega “suggenes” é
usada. “Suggenes” é traduzido como “parente”, parente” e “parente” em 10
outros versículos.
Em todas as principais versões da Bíblia além da KJV (ou seja,
NKJV, NASB, NIV, ESV), (Cl 4:10) é traduzido como “primo de Barnabé” ou “primo
de Barnabé”. Além disso, quase todos os estudiosos concordam que esta é a
tradução correta.
Além disso, tenha em mente que se Marcos era realmente o “primo” de
Barnabé, eles poderiam ter sido “primos” por meio do pai de Marcos tão
facilmente quanto por meio da mãe de Marcos. (Como Atos
12:12 não menciona o pai de Marcos, a maioria acredita que ele
provavelmente já estava morto naquela época. Maria devia ser viúva.)
Não podemos saber com “certeza absoluta” que Marcos era “primo” de
Barnabé. Alguns (principalmente pessoas apenas KJV ) acreditam
que anepsios também pode ser usado para “sobrinho”. Isso é
possível, mas parece muito improvável (a palavra grega para sobrinhos em 1 Tm
5:4 é “ ekgonon”).
A opção mais provável é que João Marcos seja primo de Barnabé.
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O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS (Mc 1.1)
1- Autor, data e local (Mc 1.1).
Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Diferentemente
da maioria das cartas, os evangelhos não indicam o nome de seus autores.
Entretanto, há um antigo consenso entre os estudiosos no sentido de que seu
autor é Marcos, cujo nome judeu era João, daí ser chamado de João Marcos (At
12.25). Marcos era filho de Maria, uma mulher rica e hospitaleira em Jerusalém
(At 12.12). Foi amigo e assistente direto de três dos primeiros missionários:
Barnabé, Paulo e Pedro. De fato, Marcos participou da primeira viagem missionária
de Paulo e Barnabé (At 12.25 e 13.5). Todavia, por ter desistido no meio do
caminho (At 13.13), Paulo se opôs à sua presença na segunda viagem. Paulo
escolheu Silas; Barnabé (seu primo – Cl 4.10) seguiu com Marcos (At 15.37-40).
Posteriormente, Marcos reconquistou a confiança de Paulo (2Tm 4.11; Fm 24). A
tradição cristã também o aponta como intérprete fiel do apóstolo Pedro (1Pe
5.13). O Evangelho de Marcos foi escrito em meados do século 1º d.C., na cidade
de Roma.
2- Marcos e os demais evangelhos (Mc 10.45).
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar
a sua vida em resgate por muitos. De modo geral, Marcos é considerado o
primeiro Evangelho escrito. Assim, serviu de base para os autores dos demais
Evangelhos, que acresceram ou editaram seu conteúdo. Se em Lucas temos Jesus
como Filho do Homem, em João, como Filho de Deus, e em Mateus, como Rei,
aqui, em Marcos, temos Jesus como Servo. Esperava-se que o Messias chegasse
como rei conquistador. Marcos apresenta-o, porém, como servo humilde e sofredor
que dá a sua vida em resgate por muitos (Mc 10.45). Marcos foi escrito para
leitores gentios, romanos em particular. Por isso, faz poucas citações do
Antigo Testamento, não expõe genealogias, traduz frases aramaicas e hebraicas
para seus equivalentes gregos (por exemplo, 5.41; 15.34), explica costumes
judaicos (por exemplo 7.3-4; 14-12; 15-42), cita moedas romanas (6.37; 12.42),
bem como menciona pessoas importantes em Roma (Mc 15.21 e Rm 16.13).
3- Características de Marcos (Mc 1.12). E
logo o Espírito o impeliu para o deserto. Marcos tem estilo compacto, muito
apropriado para o espírito prático dos romanos. É o mais curto dos Evangelhos:
apenas 16 capítulos, nada tratando sobre nascimento, infância e juventude de
Jesus. Todavia, algumas de suas histórias são mais completas, quando comparadas
com as mesmas histórias nos outros Evangelhos. É o caso dos eventos em que
Jesus cura a filha de Jairo e a mulher com hemorragia (5.21-43). Marcos também
tem estilo ativo, descrevendo Jesus como soldado que se move com agilidade e
poder para conquistar uma vitória após outra sobre demônios, doenças e mesmo a
morte, característica também muito apropriada ao espírito conquistador dos
romanos. As palavras “logo”, “em seguida” e “imediatamente” aparecem dezenas de
vezes, dando ritmo acelerado às narrativas e transmitindo a ideia de prontidão
militar (por exemplo, 2.1; 3.1; 8.10; 10.1).
Assim, Marcos foca mais as ações que os ensinos de Jesus. Contém
poucas parábolas. O Sermão do Monte, por exemplo, para o qual Mateus dedica
três capítulos inteiros, não consta do Evangelho de Marcos. É, portanto, um
livro de ação. Jesus está sempre agindo, apresentando-se como perfeito servo do
Senhor. Contudo, ao contrário dos conquistadores romanos, Marcos proclama a boa
notícia de que Jesus é o próprio Filho de Deus (1.1) e sua vitória não vem pela
força ou violência, mas pelo serviço obediente (14.36) e doação sacrificial
(10.45).
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Lição 01: Marcos e o seu Evangelho | 1° Trimestre de 2023 | EBD – REVISTA
BETEL
INTRODUÇÃO
Dentre os evangelhos sinóticos, assim denominados pelas semelhanças
entre si, Marcos é o mais curto, entretanto isso em nada atenua o seu valor
teológico e a beleza de sua mensagem.
1. QUEM FOI MARCOS?
Marcos, assim como Lucas, não esteve entre os doze apóstolos que
andaram e foram treinados pelo Senhor para pregarem o Evangelho, diferentemente
de Mateus e João que ficaram com Ele durante todo o Seu ministério
terreno. A Bíblia nos mostra que Marcos era filho de uma mulher chamada Maria
[At 12.12] e parente de Barnabé [Cl 14.10]. Em algumas versões Marcos é
apresentado como primo de Barnabé. O registro de Lucas em Atos parece indicar
que a casa da mãe de Marcos era um lugar de reunião da igreja e de oração a
Deus. Marcos também é citado como companheiro de Barnabé e Paulo durante a
primeira viagem [At 12.15; 13.5], tendo abandonado os dois missionários no
decorrer da viagem [At 15.38].
1.1. Marcos teve a graça de viver em um lar cristão.
Quando lemos a história da libertação de Pedro do cárcere determinado por
Herodes, observamos que, após o anjo libertá-lo das algemas e guiá-lo até a
porta da cidade, Pedro chegou à casa da irmã Maria, mãe de Marcos, onde os
irmãos estavam orando por ele [At 12.12].
Paul Gardner: “A primeira referência a este
Marcos no Novo Testamento aparece no relato da libertação miraculosa de Pedro
da prisão em Jerusalém, onde fora colocado por ordem de Herodes Agripa (44
d.C.) [At 12.6-11]. Após ser liberto pelo anjo, este apóstolo dirigiu-se “a
casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos”. Como muitos outros
judeus daquela época (como Saulo, também chamado de Paulo; At 13.9), ele tinha
um nome hebraico (João, que significa “Deus é gracioso”) e um romano (Marcos,
que significa “grande martelo”). O fato de seu pai não ser mencionado em
conexão com a família e a casa provavelmente significa dizer que já havia
falecido.”
1.2. Marcos teve um lar a serviço do Reino de Deus. Sobre
o conceito de entrega pelas coisas de Deus, podemos dizer que observamos esta
qualidade na pessoa de Maria, mãe de Marcos. Lucas expõe que, mesmo
vivendo um momento adverso, onde os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos
por Herodes [At 12.1 21, Maria cedeu a sua habitação para acolher os irmãos da
igreja de Jerusalém nesse momento tão infausto. Os exemplos de coragem da irmã
Maria poderiam ser muitos, pois a cada dia, ao abrir as suas portas, ela corria
o sério risco de ser descoberta e sofrer as duras penas das leis romanas. Lucas
nos faz enxergar que Pedro, após a libertação do cárcere, busca abrigo na casa
da irmã Maria, pois tinha a certeza de que lá encontraria o povo de Deus.
Assim, essa mulher nos mostra que devemos ser aguerridos quando se trata em
combater em benefício do Evangelho de Cristo, mesmo durante as perseguições em
nossa vida. Maria não arredou mão de fazer o que era certo, mesmo correndo
risco de morte.
Paul Gardner: “Maria, mãe de João Marcos, é
mencionada pelo nome apenas em Atos 12.12. Pedro fora lançado na prisão por
Herodes, mas um anjo do Senhor interveio e o libertou miraculosamente. O
apóstolo então dirigiu-se à casa dessa irmã em Cristo, O fato de que havia um
bom número de cristãos reunidos ali que oravam pela libertação de Pedro e de
que foi o primeiro lugar para onde ele se dirigiu depois que foi solto sugere
que provavelmente tratava-se de uma casa espaçosa, que possivelmente era o
local de reuniões regulares de uma das “igrejas” de Jerusalém.”
1.3. Marcos é a prova clara de que o exemplo vem de casa. A
vida da mãe de Marcos foi um exemplo não só para os de fora, como de igual modo
o foi para o seu filho. Podemos deduzir que, através de seus ensinamentos.
Marcos, anos mais tarde, tornou-se companheiro do apóstolo Paulo, juntamente
com seu parente Barnabé [At 12.25]. Por sua audácia e intrepidez, Maria
proporcionou ao seu filho Marcos os meios para que se tornasse um dos
condutores da igreja e autor do evangelho que leva o seu nome.
Pastor Valdir Oliveira: “Ensinar
a criança “no” caminho em que deve andar. Não adianta só mostrar o caminho, tem
que ir junto [Pv 22.6]. Dar instruções devidas em todo lugar, em todo tempo [Dt
6.6-7]. Os pais não devem deixar para a igreja, a escola, o mundo e a vida, a tarefa
de ensinarem seus filhos, pois é dever primário dos pais.”
Marcos teve a graça de viver em um lar cristão. Ele viu sua mãe
disponibilizar sua casa para que os irmãos pudessem orar intercedendo por Pedro
e ter comunhão uns com os outros na fé.
2. PARTICULARIDADES DO EVANGELHO DE MARCOS
O evangelho de Marcos, mesmo sendo o menor entre os quatro
evangelhos, de acordo com a tradição, foi o primeiro a ser escrito, sendo a
fonte primária para Mateus e Lucas.
Entretanto, diferente dos outros evangelhos, Marcos deixa claro que seu
propósito é mostrar que o Mestre lidera através do serviço, expondo que Jesus
veio servir e sofrer em favor de Seus servos [Mc 10.45].
2.1. Contexto histórico do evangelho de Marcos.
Nos dias em que o evangelista Marcos escreveu seu evangelho, os cristãos
estavam lidando com uma ampla e cruel perseguição por parte dos líderes
religiosos, pois na sociedade judaica naquele momento tudo se decidia em volta
da composição religiosa, que tinha como base a estrutura do templo. Outra
preocupação dos cristãos era o Império Romano que os oprimia incansavelmente.
Assim os cristãos viviam em ambiente hostil onde eram reprimidos pelo Império
Romano para que eles adorassem o imperador como um deus e oprimido pelos
líderes religiosos para que não aceitassem esse novo ensinamento estabelecido
por Cristo. Contudo os cristãos, por recusarem tais orientações, sofriam todo
tipo de retaliação, pois os mesmos procuravam manter sua fidelidade a Jesus
Cristo e por tal postura sofriam as piores aflições.
A perseguição aos cristãos foi realizada de maneira implacável pelo
Império Romano e pelas autoridades religiosas locais. Sobre a perseguição
empreendida pelos judeus aos cristãos, vemos essa oposição em um texto fazendo
menção da pessoa do apóstolo Paulo, quando o acusam de modo depreciador de
fazer parte da seita dos nazarenos At 24.5]. Influenciado pelos líderes
religiosos, os romanos passaram a perseguir os cristãos que sofriam uma série
de afrontas que tinha como finalidade evitar que o cristianismo continuasse a
se desenvolver pelo Império.
2.2. Data. Não há um entendimento unânime em
relação à data em que o evangelho de Marcos foi documentado; entretanto,
acredita-se que as anotações devem ter sido realizadas entre 55 e 70 d.C., esse
pensamento se dá em razão de Marcos não fazer nenhuma citação sobre a
destruição do templo, que havia sido prenunciada por Cristo [Mc 13.1-2]. A
história mostra que, no ano 70.C. a cidade de Jerusalém foi arruinada
pelo exército romano sob a liderança do general Tito. Depois de um longo cerco,
centenas de judeus foram mortos e um grande número levado aprisionado.
Conforme as palavras ditas por Jesus, a cidade de Jerusalém foi
destruída pelos romanos sob a liderança de Tito em 70 d.C. A história narra
que, impacientes com a oposição dos judeus, os romanos originaram um verdadeiro
banho de sangue, matando centenas de judeus e terminaram por incendiar aquilo
que o povo judeu tinha de mais apreço: o templo.
2.3. Destinatários. Em seu
conhecido evangelho, entendemos que Marcos procura, ao que tudo indica,
apresentar Cristo aos romanos. A origem deste pensamento, de ter Marcos escrito
para os gentios, se dá por ele não mencionar nada a respeito do nascimento ou
da genealogia de Jesus. Podemos dizer que se evidenciam por seus dezesseis
capítulos que ele procura mostrar aos romanos que Cristo não veio para ser
servido, todavia para servir e guiá-los à subordinação completa do Evangelho.
Hernandes Dias Lopes: “O
consenso geral entre os estudiosos é que Marcos foi escrito de Roma para os
cristãos que viviam em Roma. Segundo William Hendriksen, Marcos foi escrito
para satisfazer o pedido urgente do povo de Roma por um resumo dos ensinos de
Pedro.
O evangelho de Marcos não se inicia com genealogia, pois os romanos
não estavam preocupados em genealogia, todavia em ação
3- Do início ruim a um fim honroso
Em Atos 13.13 podemos ler que Marcos deixou a comitiva da
primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé e regressou para Jerusalém.
Adotando o ponto de vista das Escrituras, não sabemos a razão que o fez
regressar.
3.1. Marcos recuou, mas não abandonou a fé. Por
seu regresso na primeira viagem missionária que havia feito com Paulo e
Barnabé, Marcos será o motivo de uma calorosa discussão entre ambos. O
pensamento de ambos conflitava em razão de Marcos ter deixado uma imagem
negativa do ponto de vista de Paulo. Barnabé, entretanto, acreditava que Marcos
merecia outra oportunidade e assim o fez. Vemos que Paulo e Barnabé irão se
apartar um do outro, com Paulo escolhendo Silas como companheiro e Barnabé
oferecendo outra chance a Marcos, levando-o consigo para Chipre [At 15.39].
Manual Bíblico Unger: “Essa viagem épica, que levaria o
evangelho à Europa, começou com aguda dissensão. Paulo e se separaram por causa
de João Marcos [At 12.25; 13.13; 2Tm 4.11], Barnabé navegou, com Marcos, rumo a
sua terra natal, Chipre. Paulo e Silas partiram para a Ásia Menor, dessa vez
por terra
3.2. Marcos, um obreiro restaurado na obra de Deus. É
inevitável identificar que Marcos de um desertor foi restaurado a serviço do
Reino. Para exemplificar podemos ver que ele esteve em companhia de Pedro, que
o tratava como um filho: “A vossa coeleita em Babilônia vos saúda, e meu filho
Marcos.” [1Pe 5.13]. Já o apóstolo Paulo, que recusou sua companhia na segunda
viagem missionária, agora descreve que Marcos está indo até os colossenses e
solicita que o recebam com todo respeito [Cl 4.10].
Podemos ver na vida de Marcos que Deus tem prazer em restaurar o
homem [Jr 31.25]. Fica visível por toda Bíblia que Deus nunca desiste de nós.
Ele tem tudo que precisamos para ter uma vida restaurada. Ele entende nossos
questionamentos melhor do que nós mesmos e tem sempre o remédio certo para
curar as nossas feridas.
3.3. Marcos, de desacreditado a benéfico. Após
começar seu ministério de maneira inconstante, Marcos se levantou e cooperou de
maneira digna para o desenvolvimento da igreja no primeiro século. Mesmo sem
ter sido um pastor de relevância na liderança da igreja em Jerusalém como
Tiago. Pedro, Paulo e seu parente Barnabé, ele teve a sua importância para o
Reino, sendo o primeiro a escrever o Evangelho de Jesus Cristo, o qual foi
fonte para os demais.
Paul Gardner: “Alguém talvez julgue que a firmeza
de Paulo em não permitir a participação de João Marcos na segunda viagem
missionária significaria o fim de qualquer ministério juntos no futuro. O caso,
porém, não foi esse. Em duas de suas cartas (60 a 62 d.C.), provavelmente
escritas enquanto aguardava o primeiro julgamento em Roma, depois de completar
sua terceira viagem missionária, o apóstolo refere-se a ele de forma
apreciativa. Na carta aos Colossenses, Marcos é mencionado com outros
cooperadores de Paulo como alguém que fora “uma consolação” para ele [Cl
4.10-11]. Na carta a Filemom, novamente é descrito (junto com Lucas e outros)
como “cooperador” [Fm 24]. Finalmente, em sua última carta, escrita a Timóteo,
Paulo lhe dá instruções: “Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é muito
útil para o ministério” [2Tm 4.11].
Marcos teve sua vida restaurada e pôde ser uma bênção nas mãos do
Senhor. De igual modo Deus oferece uma vida nova, cheia de esperança para todo
aquele que se arrepende e se volta para os pés do Senhor.
CONCLUSÃO
A leitura do livro de Marcos nos faz ver que ele intenciona
apresentar Jesus como Servo de Deus. Podemos concluir dizendo que o tema
central deste evangelho é que Cristo veio para servir e não para ser servido.
Jesus veio para resgatar a humanidade.
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A
Discordância entre Paulo e Barnabé - Atos 15:36-41
Temos diante de nós
uma disputa particular entre dois ministros, homens importantes, Paulo e
Barnabé, que não acharam um meio-termo para suas diferenças – ainda bem que a
discussão chegou ao fim de modo feliz. Aqui está:
I
A excelente proposta que Paulo fez a Barnabé
para revisarem e renovarem o trabalho que realizaram entre os gentios.
Ele propôs fazerem um
circuito entre as igrejas que haviam plantado para verificar o progresso que o
evangelho tinha apresentado. Para eles, nesse momento, Antioquia lhes era um
porto seguro e tranquilo. Não possuíam adversários nem havia acontecimentos perniciosos
naquela cidade, mas Paulo ressaltou que estavam ali apenas para se
reaparelharem e se refazerem, e que já era hora de pensar em se lançarem ao mar
novamente. Tendo ficado bastante tempo num lugar próprio para invernar, ele
agora está pronto para voltar ao campo de batalha e fazer outra campanha, em
vigorosa continuação dessa guerra santa contra o reino de Satanás. Paulo
destacou que o trabalho que lhe fora designado era entre os gentios. Por
conseguinte, está fazendo planos para uma segunda expedição entre eles para
fazer o mesmo trabalho, mesmo que encontre as mesmas dificuldades. E isto no
máximo alguns dias depois (v. 35), porque o seu espírito excessivamente ativo
não aguentaria ficar parado muito tempo longe do trabalho, e nem o seu espírito
extremamente corajoso e ousado ficaria fora de perigo por muito tempo.
Observe:
1. A quem
Paulo faz a proposta: A Barnabé,
seu velho amigo e companheiro de trabalho. Ele deseja sua companhia e ajuda
para realizar esse trabalho. Temos necessidade uns dos outros, e há muitas
maneiras em que podemos ser úteis. Devemos ser prontos em dar ajuda e pedir
ajuda. Dois é melhor que um. Todo soldado tem seu companheiro de lutas.
2. A quem
Paulo quer visitar: “Por ora,
não visitemos novos lugares nem iniciemos novo trabalho. Vamos dar uma olhada
nos campos que já semeamos. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos
se florescem as vides, se a flor se abre, se já brotam as romeiras (Ct 7.12). Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as
cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor (v. 36)”. Note que o apóstolo
assevera que todos os cristãos, e não só os ministros, são irmãos, pois não
temos nós todos um mesmo Pai? (Ml 2.10). Ele estava preocupado com os irmãos em todas as
cidades, até onde os irmãos eram bem poucos, mais pobres, mais perseguidos e
mais desprezados. Vamos visitá-los. Onde quer que tenhamos anunciado a palavra
do Senhor, voltemos e reguemos a semente semeada. Note que quem prega o
evangelho deve visitar as pessoas a quem ele prega. Assim como temos de cuidar
de nossa oração e ouvir que resposta Deus nos dá, também temos de cuidar de
nossa pregação e examinar seus resultados. Os ministros fiéis não podem deixar
de preocupar-se terna e particularmente por aqueles a quem eles anunciam o
evangelho a fim de que os seus esforços não sejam inúteis (veja 1 Ts 3.5,6).
3. Qual era
o propósito de Paulo com esta visita: Para ver como estão (v. 36), pos echousi – como está
com eles. Não se tratava de mera visita de cortesia, nem ele ia empreender
tamanha viagem para um simples: “Como vai?” Ele os visitaria para conhecer as
circunstâncias em que viviam e lhes repartir dons espirituais conforme se
adequassem às condições. Seria como o médico que visita seu paciente em
recuperação para proscrever-lhe o que contribuirá para completar a cura e
prevenir uma recaída. Vamos ver como eles estão, isto é:
(1) De que
espírito eles são, se permanecem animados e como se comportam. É provável que os apóstolos recebessem notícias
freqüentes deles: “Mas vamos vê-los. Vejamos se eles estão firmes no que lhes
anunciamos e se o vivenciam. Assim, nós nos empenharemos em corrigir os que
estão se desviando, firmar os que estão vacilando e consolar os que estão
firmes”.
(2) Em que
estado eles estão, se as igrejas têm paz e liberdade, ou se estão passando por
dificuldades ou aflições. Caso estejam alegres, nós nos alegraremos com eles e lhes falaremos
sobre os perigos da segurança. Caso estejam tristes, nós choraremos com eles e
os consolaremos aos pés da cruz. Assim, saberemos como orar melhor por
eles.
II
A discordância entre Paulo e Barnabé acerca de
um assistente. Era conveniente haver um jovem com eles para acompanhá-los,
servi-los e ser testemunha da doutrina, modo de viver e paciência destes dois
apóstolos (2 Tm 3.10), e que, ao mesmo tempo, estivesse sendo preparado e
treinado para outros serviços ao ser usado ocasionalmente neste serviço.
1. Barnabé
queria que seu sobrinho João, chamado Marcos (v. 37), fosse com eles. Ele aconselhava levá-lo porque era seu parente. Tendo
sido provavelmente criado por ele, Barnabé tinha um carinho especial pelo primo
e zelava pelo seu bem-estar. Desconfiemos da parcialidade e nos previnamos dela
dando preferência a nossos parentes.
2. Paulo recusou
o conselho de Barnabé (v. 38): Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem
consigo (ouk exiou – ele não o considerou digno de honra, nem adequado para o
serviço) aquele que [...] se tinha apartado deles, ao que parece, furtivamente,
sem o conhecimento deles, ou acintosamente, sem o consentimento deles, desde a
Panfília (Atos 13.13). Ele não os acompanhou naquela obra porque ou era
preguiçoso e não queria se esforçar como deveria, ou era medroso e não queria
correr perigo (embora possa ser um motivo nobre, como escrever o evangelho –
obs Pr. Henrique). Ele se apresentou exatamente no momento em que os apóstolos
se propunham a fazer outra viagem missionária. Paulo foi da opinião que não era
justo ser honrado aquele que perdera a reputação, nem usado na obra aquele que
traíra a confiança; pelo menos, não até que fosse experimentado por mais tempo.
Se alguém nos engana uma vez, o erro é dele; mas, se nos engana duas vezes, o
erro é nosso se confiarmos nele outra vez. Disse Salomão: Como dente quebrado e
pé deslocado, que não podem ser usados com firmeza, assim é a confiança no
desleal, no tempo da angústia (Pv 25.19).
III
O resultado da discordância entre Paulo e
Barnabé. O assunto chegou a tal extremo que tiveram de se separar. A
contenda, o “paroxismo” (segundo a tradução literal da palavra grega), a
exaltação dos ânimos a que ambos chegaram foi tão acentuada que se apartaram um
do outro (v. 39). Barnabé foi categórico em afirmar que não iria com Paulo a
menos que levassem João Marcos; e Paulo foi igualmente categórico em afirmar
que ele não iria se João Marcos os acompanhasse. Considerando que nenhum dos
dois cedia um milímetro sequer, não havia remédio para solucionar o problema,
exceto a separação. Esse episódio é muito vergonhoso e extremamente lamentável,
mas, ao mesmo tempo, é bastante instrutivo. Pois vemos: 1. Que os melhores
homens são apenas homens sujeitos às mesmas paixões que nós (Tg 5.17), exatamente como esses mesmos dois bons homens haviam
se expressado algum tempo antes (Atos 14.15). Essa situação conflitante comprovava a veracidade
do que disseram. Duvido que os dois lados estivessem errados como geralmente
ocorre nas discordâncias. Pode ser que Paulo houvesse sido muito severo com o
jovem, pois não deu espaço para possíveis atenuantes da falta, não levou em
conta a obra prestimosa que a mãe do rapaz fazia em Jerusalém (Atos 12.12) e nem respeitou o sentimento natural de Barnabé.
Mas o erro de Barnabé foi haver levado tudo isso em consideração, quando os
interesses do Reino de Cristo estavam em jogo. De fato, ele foi demasiadamente
tolerante. E é claro que os dois estavam errados por permitirem que seus ânimos
exaltados intensificassem a contenda (teme-se que se hajam agredido com
palavras rudes) e ainda por cada um ser inflexível em sua opinião. É pena que
não discutiram o assunto com uma terceira pessoa, ou que algum amigo não se colocou
entre ambos para evitar que chegassem à separação. Será que não havia entre
eles um irmão sensato para interferir com seus préstimos, resolver a questão e
fazê-los lembrar que os cananeus e os ferezeus habitavam, então, na terra (Gn 13.7), e que entre eles não havia somente judeus e
gentios, mas também falsos irmãos que se serviriam negativamente da briga entre
Paulo e Barnabé? Temos de admitir que foi sua falha e que o episódio foi
registrado para nossa advertência. Estaremos errando se usarmos isso para
desculpar nossas próprias paixões e emoções imoderadas, ou para amenizar a
contundência de nossa tristeza e vergonha de nosso comportamento impróprio. Não
devemos dizer: “E que mal faz se estou indignado, se Paulo e Barnabé também ficaram?”
Nada disso! O episódio serve para controlar nossa reprimenda aos outros e ser
mais brandos. Se bons homens de um momento para o outro são levados pelas
emoções, temos de tirar o melhor proveito dessa situação e considerar que esse
foi um momento de fraqueza de dois dos melhores homens que o mundo jamais
possuiu. O arrependimento nos ensina a sermos severos com nós mesmos; mas a
caridade nos ensina a sermos imparciais com as pessoas. Só o exemplo de Cristo
é o modelo sem ressalvas.
2. Que não
devemos achar estranho que haja diferenças entre homens bons e sábios. Já fora predito que haveria tais escândalos, e aqui
está um bom exemplo disso. Até os que estão unidos a um e mesmo Jesus e que
estão sendo santificados por um e mesmo Espírito têm percepções, opiniões,
visões e sentimentos diferentes sobre questões que requerem prudência. As
coisas serão assim enquanto estivermos neste estado de escuridão e imperfeição.
Nunca pensaremos de forma totalmente semelhante até que cheguemos ao céu, onde
a luz e o amor são perfeitos. Essa é a caridade que nunca falha (1 Co 13.8).
3. Que
estas diferenças prevalecem a ponto de, não raro, ocasionar separações. Paulo e Barnabé, que não se separaram pelas
perseguições movidas pelos judeus descrentes nem pelas imposições dos judeus
crentes, separaram-se por uma discordância pessoal e infeliz. Quanto dano e
prejuízo o mundo e a igreja têm sofrido por causa de resquícios insignificantes
e fracos de orgulho e sentimentos que se acham até em homens bons! Não se
admira que as consequências sejam tremendamente fatais onde tais atitudes
predominem.
IV
O bem que saiu deste mal: Do comedor saiu
comida, e doçura saiu do forte (Jz 14.14). Se já era estranho que os sofrimentos dos
apóstolos contribuíssem para maior proveito do evangelho de Cristo (Fp 1.12), o que diremos se as suas disputas também
contribuíssem? Pois foi o que aconteceu aqui. Deus não permitiria tais coisas,
se não tivesse em vista cumprir seus próprios fins.
1. Mais
lugares foram visitados. Barnabé foi por um caminho: Ele navegou para Chipre (v. 39), a famosa
ilha por onde a dupla apostólica começou os trabalhos evangelizadores (Atos 13.4) e era a terra natal de Barnabé (Atos 4.36). Paulo foi por outro caminho: Ele passou pela Síria
e Cilícia (v. 41), sendo que a Cilícia era a terra natal de Paulo (Atos 21.39). Parece que cada um foi influenciado pelo
sentimento de apego à sua terra nativa, como de costume (Nescio quá natale
solum dulcedine cunctos ducit – Há algo que nos prende todos à nossa terra
natal). Deus satisfez seus propósitos para difundir a luz do evangelho.
2. Mais
trabalhadores foram usados no ministério do evangelho entre os gentios, pois: (1) Marcos (v. 39), que fora trabalhador
infiel, não foi rejeitado, mas aceito novamente contra a opinião de Paulo. Pelo
que sabemos, o jovem deu provas de ser um obreiro bastante útil e bem-sucedido,
ainda que muitos estudiosos afirmem que ele não era o mesmo Marcos que escreveu
o evangelho, fundou a igreja em Alexandria e a quem Pedro chama de filho (1 Pe 5.13).
(2) Silas
(v. 40) era profeta da Igreja (At 15:32), o novo trabalhador na obra e que nunca pensara em
nada disso, exceto em voltar ao serviço da igreja em Jerusalém, caso Deus não lhe houvesse mudado a opinião (vv.
33,34), é apresentado e encarregado desse nobre trabalho.
V
Outras
observações sobre esse episódio entre Paulo e Barnabé.
1. A igreja
em Antioquia apoiou Paulo no que fez.
Barnabé [...] navegou
(v. 39) com o sobrinho para Chipre e nada mais é mencionado a seu respeito, nem
lhe é concedida uma bene discessit – uma recomendação. Note que aqueles que ao
servirem a igreja se deixam levar por sentimentos e considerações pessoais
perdem o direito à honra e respeito público. Mas, quando Paulo [...] partiu (v.
40), ele foi encomendado pelos irmãos à graça de Deus. Na opinião dos irmãos
antioquianos, ele estava certo em recusar usar os serviços de João Marcos, e
Barnabé era culpado por insistir nisso, mesmo sendo merecedor da bondade da
igreja (Atos 11.22) antes de conhecer Paulo. Eles oraram publicamente
por Paulo e seu sucesso ministerial, disseram-lhe palavras de ânimo para que
prosseguisse na obra e, como não poderiam fazer nada mais para ajudá-lo,
transferiram o assunto à graça de Deus, deixando que a graça trabalhasse nele e
com ele. Veja que quem sempre está contente, sobretudo, em tempos de
discordância e contenda, pode se comportar de modo a não perder o interesse que
guarda no amor e orações de pessoas boas.
2. Paulo,
mais tarde, não por refletir melhor, mas por outras comprovações, mudou de
opinião sobre João Marcos. Escrevendo a Timóteo, diz: Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é
muito útil para o ministério (2 Tm 4.11). E, na carta que escreveu aos Colossenses, ordena
que se Marcos, o primo de Barnabé, fosse ter com eles, que o recebessem,
acolhessem-no de bom grado e o usassem na obra (Cl 4.10).
Aprendamos
o seguinte com a atitude de Paulo:
(1) Devemos
condenar com moderação e muito equilíbrio espiritual aqueles a quem condenamos
com justiça, porque
pode ser que somente no futuro tenhamos motivo para opinar melhor sobre eles,
para usá-los na obra e para sermos seus amigos. Devemos regular nossa
indignação para que, caso isso ocorra, não nos envergonhemos da nossa atitude.
(2) Devemos
receber com alegria, perdoar, dar tarefas e, conforme a ocasião, falar bem daqueles a quem condenamos com
justiça, se, mais tarde, mostrarem-se fiéis.
3. Paulo,
embora sentisse falta de seu velho amigo e companheiro na aflição, e no Reino,
e na paciência de Jesus Cristo (Ap 1.9), continuou trabalhando com alegria: Ele passou pela Síria e Cilícia (v. 41), províncias
que ficavam adjacentes a Antioquia, confirmando as igrejas. Embora mudemos de
companheiros, não mudamos de líder. Veja que os ministros estão realizando uma
grande obra e, assim compreendendo, devem-se satisfazer quando são usados para
confirmar os que crêem e para converter os que não crêem.
Comentário Bíblico
Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry - Obra Completa
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REVISTA NA ÍNTEGRA - Lição 10, Central Gospel, João Marcos, um
Legado de Restauração e Perseverança, 2Tr25
Escrita Lição 10, CG, João Marcos, um Legado de Restauração e
Perseverança, 2Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOLO DA LIÇÃO
1. O EVANGELISTA E SUA TRAJETÓRIA
1.1. Origens
1.2. Últimos dias
2. TRAJETÓRIA E REDENÇÃO MINISTERIAL
2.1. Por que João Marcos voltou para
2.2. A reconciliação de Marcos e Paulo
3. O ESCRITOR DO PRIMEIRO EVANGELHO
3.1. Propósito do Evangelho de Marcos
3.2. Estrutura e composição canônica
3.3. Destino e mensagem
3.4. A prioridade de Marcos
4. LIÇÕES DA VIDA DE MARCOS PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. O chamado que supera a opinião humana
4.2. A redenção por meio de uma conduta constante
4.3. A cooperação que transcende a conflitos
4.4. O fracasso como alicerce para a transformação
TEXTO BÍBLICO BÁSICO Atos 12.12,25; Atos 15.37-39; Colossenses
4.10
Atos 12.12,25
12- E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João,
que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e
oravam.
25- E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram
de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome
Marcos.
Atos 15.37-39
37- E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado
Marcos.
38- Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele
que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela
obra.
39- E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro.
Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
Colossenses 4.10
10- Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o
sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter
convosco, recebei-o.
TEXTO ÁUREO
(...) Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o
ministério. 2 Timóteo 4.11b
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o
aluno deverá:
reconhecer que João Marcos, mesmo sem ter convivido diretamente com
Jesus, destacou-se como um dos grandes confessores da fé cristã;
identificar os eventos marcantes do ministério de João Marcos que o
tornaram um personagem singular na história do cristianismo;
compreender a estrutura e a relevância canônica do Evangelho de
Marcos.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta lição, exploraremos a vida de João Mar- cos,
personagem inicialmente envolvido em um conflito entre Paulo e Barnabé (At
15.36-40). Sua inclusão após o estudo deste último se justifica pela relação
familiar entre ambos (CI 4.10) e pela influência decisiva que o Filho da
Consolação exerceu em sua vida.
Sugerimos que, neste estudo, seja dada ênfase ao fato de que Deus
usa situações e pessoas para promover nosso crescimento espiritual. Apesar do
desentendimento inicial, Paulo e Marcos reconciliaram-se mais tarde (2 Tm
4.11). Além disso, Marcos conviveu com Pedro (1 Pe 5.13), aprendendo com ele e
registrando os eventos narrados pelo apóstolo, o que resultou na composição do
primeiro evangelho canônico - muitos estudiosos reconhecem que Mateus e Lucas
usaram Marcos como uma das fontes principais na elaboração de seus
livros. Boa aula!
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
Nesta lição,
aprofundaremos nosso entendimento sobre João Marcos, personagem notável do Novo
Testamento. Ele é mencionado como filho de Maria (At 12.12), sobrinho de
Barnabé (Cl 4.10 - na versão ARA: primo), filho espiritual de Pedro (1 Pe 5.13)
e cooperador de Paulo (Cl 4.10; 2 Tm 4.11; Fm 24). Embora não saibamos
detalhes de sua vida - como cidade natal, profissão, idade ou estado civil-, o
texto bíblico apresenta informações significativas sobre seus comportamentos e
traços de personalidade. Esses aspectos ajudam a compreender as razões pelas
quais João Marcos é reconhecido como um dos grandes ícones da nova aliança. Seu
papel e contribuições refletem uma vida de serviço dedicada à propagação do
evangelho.
1. O EVANGELISTA E SUA TRAJETÓRIA
episódio do
jovem que fugiu nu durante a prisão de Jesus (Mc 14.43-52) sugere que Marcos
poderia ser o personagem ali descrito, já que o evento não aparece em outros
evangelhos. A riqueza de detalhes reforça a hipótese de que autor relatou uma
experiência pessoal. Essa ideia, embora intrigante, permanece
conjectural.
O evangelista
não foi seguidor direto de Jesus, como aponta Pápias de Hierápolis, um dos
primeiros bispos da Igreja. No entanto, ele recebeu profunda influência de
Pedro, que desempenhou um papel fundamental em sua formação espiritual (1 Pe
5.13).
1.1. Origens
O nome João, de
origem hebraica, significa "mostrou graça", enquanto Marcos, de
origem latina, significa "consagrado a Marte". Essa combinação de
nomes (hebraico e latino) reflete a influência cultural greco-romana entre os
judeus do primeiro século.
Embora sua
cidade natal não seja mencionada, Marcos aparece inicialmente em Jerusalém (At
12.12,25), sugerindo que tenha vivido ali com sua família por um período
significativo. Sua mãe, Maria, é citada em Atos 12.12-com base nessa
referência, parece ser uma mulher de recursos, pois sua casa era
suficientemente espaçosa para receber os cristãos primitivos. Após ser
libertado da prisão, Pedro dirigiu-se a esse lar (At 12.5-12). Alguns
estudiosos sugerem que essa poderia ser a localização do cenáculo, onde ocorreu
a Última Ceia. A ausência de menções ao pai de Marcos pode indicar que Maria
era viúva.
1.2. Últimos dias
João Marcos é
mencionado pela última vez em 1 Pedro 5.13, onde aparece ao lado de Pedro em
Babilônia.
A maioria dos
estudiosos entende que Babilônia refere-se simbolicamente à cidade de Roma (Ap
14.8; 16.19; 17.5; 18.2,10,21), onde Marcos possivelmente fixou residência e
escreveu seu evangelho, baseado nos relatos de Pedro - como mencionado no
Tópico 3.
Tradições
posteriores atribuem a Marcos o papel de fundador da igreja em Alexandria, onde
teria atuado como pastor e sido martirizado. Essa informação, ainda que não
confirmada pelas Escrituras, reflete o impacto de sua obra na expansão do
cristianismo.
2. TRAJETÓRIA E REDENÇÃO MINISTERIAL
João Marcos
participou da primeira viagem missionária com Paulo e Barnabé, cooperando na
pregação em Salamina (At 13.5). No entanto, ao chegarem a Perge, ele retornou
para Jerusalém (At 13.13). Paulo interpretou esse ato como abandono, recusando
a presença de Marcos na segunda viagem, o que causou um sério desentendimento
com Barnabé (At 15.36-40). Apesar disso, com o passar do tempo, Marcos se
mostrou um colaborador confiável tanto para Paulo quanto para Pedro (2 Tm 4.11;
Fm 24; 1 Pe 5.13).
2.1. Por que João Marcos voltou para Jerusalém?
As razões para
a partida de João Marcos não são explicita- das no texto bíblico (At 13.13),
mas estudiosos das Escrituras oferecem algumas hipóteses baseadas no contexto
histórico e cultural:
- Marcos
poderia ser jovem demais e sentido saudades de casa;
- a pressão de
evangelizar gentios pode ter lhe causado desconforto, especialmente em um
momento de tensões éticas e culturais entre judeus e não judeus na Igreja (At
15.1-29);
- ele pode ter
enfrentado dificuldades em lidar com a personalidade firme e determinada de
Paulo, optando por trabalhar em outra localidade;
- ele pode não
ter se adaptado às condições marítimas rudimentares da época;
- por fim, o
receio diante de desafios, como o confronto com Elimas em Chipre (At 13.6-12),
pode ter sido um fator decisivo em sua escolha.
Independentemente
da razão, essa desistência inicial não determinou o fim de seu ministério, mas
foi um ponto de partida para seu amadurecimento espiritual.
Observação 1
A Bíblia não
diz por que João Marcos resolveu voltar para casa. Mas nos conforta saber que a
desistência não o fez perder a espiritualidade. Com o tempo, motivado por
Barnabé, ele tornou-se um dos principais líderes da Igreja primitiva e
impactou a vida de muitos com sua fé.
2.2. A reconciliação de Marcos e Paulo
O nome de
Marcos reaparece nas cartas paulinas durante o aprisiona- mento de Paulo,
possivelmente em Roma (Cl 4.10). A Bíblia não detalha o momento exato da
reconciliação, mas indica que Marcos se tornou um importante colaborador do
apóstolo dos gentios. Em Filemom, Paulo menciona Marcos como cooperador (Fm
24), e, em sua última carta a Timóteo, destaca sua utilidade no ministério (2
Tm 4.11).
3. O ESCRITOR DO PRIMEIRO EVANGELHO
Após atuar em
Chipre e outras localidades (At 15.39; Cl 4.10; 2 Tm 4.11), João Marcos
tornou-se auxiliar de Pedro, possivelmente em Roma - identificada como
Babilônia em 1 Pedro 5.13, como mencionado no Tópico 1.2.
Fontes do
primeiro século, como Pápias de Hierápolis, afirmam que Marcos, atuando como
intérprete de Pedro, escreveu um evangelho baseado nos relatos do apóstolo.
Outros escritores, como Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria, reforçam
essa autoria, atestando que Marcos redigiu um relato fiel da pregação de
Pedro.
3.1. Propósito do Evangelho de Marcos
Diferente de
Mateus e Lucas, o Evangelho de Marcos não apresenta Jesus de forma biográfica.
Seu objetivo principal é destacar a obra de Cristo por meio de milagres e ações
pode- rosas. Ele retrata o Messias como o Rei Salvador, que venceu os demônios,
a enfermidade e a morte, enfatizando Sua mis- são redentora. Essa abordagem
torna o evangelho dinâmico, repleto de movimento, como observado por Justino
Mártir, que afirmou que Marcos compilou eventos diretamente relatados por
Pedro, complementados por suas próprias recordações e documentos
adicionais.
3.2. Estrutura e composição canônica
A narrativa de
Marcos reflete a pregação oral da época, organizada retoricamente para
facilitar o ensino. Sua estrutura segue o padrão do sermão de Pedro na casa de
Cornélio, destacando os principais eventos da vida e missão de Jesus (At
10.34-43; compare com At 13.23-33).
É amplamente
aceito que este evangelho foi escrito em Roma, entre 60-65 d.C., possivelmente
durante o período em que Marcos acompanhava Paulo (Cl 4.10). Irineu e outros
historiadores reforçam que sua redação ocorreu em Roma, com o propósito de
registrar a mensagem apostólica para gerações futuras.
Observação 2
O recuo de
Marcos provavelmente tomou-se bastante conhecido entre os cristãos de Colossos,
pois Paulo, ao redigir sua carta àquela igreja, encorajou os irmãos a
receberem- -no de forma amigável (CI 4.10). Independente de qual tenha sido a
motivação para tal desentendimento, este havia ficado, definitivamente, no
passado.
3.3. Destino e mensagem
Escrito para os
cristãos de Roma, o Evangelho de Marcos foi concebido para fortalecer a fé dos
seguidores de Jesus durante o período de perseguição promovido por Nero. Marcos
destaca que, embora tenha sofrido, Ele venceu o sofrimento e a morte. O evangelista
apresenta Cristo como o Filho de Deus (1.1,11; 14.61), o Filho do Homem (2.10;
8.31), o Messias (8.29) e o Senhor (1.3; 7.28).
Após a morte de
Pedro e outras testemunhas oculares, a mensagem precisava ser preservada,
e o Evangelho de Marcos cumpriu esse papel, transmitindo verdades fundamentais
à nova geração de cristãos.
3.4. A prioridade de Marcos
A cronologia
dos evangelhos sugere que Marcos foi o primeiro a ser escrito, servindo como
base para Mateus e Lucas. Esse consenso entre teólogos modernos reforça a
importância de sua obra como ponto de partida para a tradição evangélica.
João Marcos,
por meio de seu evangelho, deixou um legado que não apenas registrou a vida de
Cristo, mas também inspirou e guiou a Igreja em tempos de desafios.
4. LIÇÕES DA VIDA DE MARCOS PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. O chamado que supera a opinião humana
A trajetória de
João Marcos revela que as opiniões negativas de outras pessoas a nosso respeito
não devem nos desviar do chamado divino. Apesar de ser visto por Paulo - e como
alguém que prejudicou a missão inicial (At 15.39), ele persistiu no serviço a Deus.
Sua experiência nos ensina que o julgamento humano não tem a palavra final
quando confiamos na direção do Senhor. Assim como Marcos continuou em seu
propósito, devemos lembrar que Ele é capaz de transformar até mesmo as críticas
em oportunidades de crescimento espiritual.
4.2. A redenção por meio de uma conduta constante
João Marcos nos
ensina que uma vida marcada pela perseverança e constância pode mudar
percepções e restaurar relacionamentos. Sua conduta reta e seu compromisso
renovado com o evangelismo levaram Paulo a reconsiderar sua visão sobre ele,
como evidenciado em suas cartas (Cl 4.10; 2 Tm 4.11). Essa transformação mostra
que, quando permanecemos fiéis, Deus opera em nossa vida e na percepção que
outros têm de nós, promovendo reconciliação e novas oportunidades de
servir.
4.3. A cooperação que transcende a conflitos
A reconciliação
entre João Marcos e Paulo é um testemunho poderoso de que a obra de Deus
suplanta quaisquer desentendimentos. Marcos permitiu-se ser perdoado porque
reconheceu a importância de sua missão, colocando o Reino de Deus acima de
disputas humanas (Fm 24). Seu exemplo desafia-nos a priorizar a unidade e a
cooperação no serviço cristão, lembrando que o Senhor da seara é maior do que
nossas diferenças.
4.4. O fracasso como alicerce para a transformação
A história de
João Marcos ensina que nossos erros não definem nosso futuro. Sua dificuldade
inicial serviu como base para sua transformação. Com o apoio de Barnabé e a
graça de Deus, ele cresceu como líder e escritor de um dos evangelhos,
impactando a Igreja primitiva de maneira duradoura. Sua jornada nos inspira a
entregar nossos momentos de fraqueza ao Senhor, confiando que Ele os usará para
moldar nosso caráter e cumprir Seu propósito em nossa vida.
CONCLUSÃO
João Marcos
deixou um legado de perseverança, reconciliação e dedicação à obra de Deus. Sua
vida demonstra que, com humildade, podemos superar obstáculos e contribuir
significativamente para o Reino. Ele nos lembra que o Senhor não apenas
restaura, mas também utiliza nossas falhas para nos tornar exemplos vivos de
Sua graça e poder transformador. Em cada etapa de nossa jornada, podemos olhar
para Marcos como um modelo de superação e fé inabalável.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual era o propósito de Marcos ao escrever seu evangelho?
R.: Fortalecer e guiar os cristãos de Roma em meio à terrível
perseguição de Nero.