16 novembro 2025

Escrita Lição 8, Betel, Abigail – Sabedoria que desarma conflitos, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 8, Betel, Abigail – Sabedoria que desarma conflitos, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 


EBD, Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a Deus diante das circunstâncias da vida | Escola Bíblica Dominical

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A HISTÓRIA DE ABIGAIL

1.1. Abigail era humilde    

1.2. Abigail era mansa    

1.3. Abigail era pacificadora 

2- A INGRATIDÃO DE NABAL E A HUMILDADE DE ABIGAIL

2.1. Nabal pagou o bem com mal 

2.2. O poder de palavras de paz     

2.3. Bem-aventurados os pacificadores     

3- ABIGAIL, UMA MULHER SÁBIA   

3.1. Deus fortalece Suas servas     

3.2. A beleza de Abigail     

3.3. A sabedoria preserva vidas 

 

TEXTO ÁUREO

“E lançou-se aos seus pés, e disse: Ah! Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos e ouve as palavras da tua serva”. 1 Samuel 25.24.

 

VERDADE APLICADA

Devemos cultivar, com a ajuda do Espírito Santo, virtudes que nos capacitem a ser agentes apaziguadores em todos os ambientes e situações.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a história de Abigail
Comparar a ingratidão de Nabal e a gratidão de Abigail.
Ressaltar que a humildade de Abigail evitou um conflito.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 Samuel 25.31-35
31- Então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar no coração o sangue que sem causa derramaste, tampouco o haver-se salvado meu senhor a si mesmo; e, quando o Senhor fizer o bem a meu senhor, lembra-te então da tua serva.
32- Então Davi disse a Abigail: Bendito o Senhor, Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro.
33- E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a minha mão me salvasse.
34- Porque, na verdade, vive o Senhor, Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apresaras e me não vieras ao encontro, não ficaria a Nabal, até à luz da manhã, nem mesmo um menino.
35- Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido, e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz e tenho aceitado a tua face.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Pv 15.1 A resposta branda evita o furor.
TERÇA | Pv 16.24 Palavras suaves curam alma e corpo.
QUARTA | Pv 16.32 Melhor é governar o espírito.
QUINTA | SI 75.4-7 Deus é o Justo Juiz.
SEXTA | Tg 1.19,22 Abigail estava pronta para ouvir.
SÁBADO | Tg 1.20 A ira não opera a justiça de Deus.


HINOS SUGERIDOS: 212, 225, 471

MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore para que sejamos pacificadores e sábios.

 

PONTO DE PARTIDA: A palavra mansa aplaca a ira.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS – LIVROS E REVITAS ANTIGAS E GOOGLE

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Lição 8, Abigail, um Caráter Conciliador

2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro

Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr. Pres. ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)

Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 25:2-35 
² E havia um homem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo; e era este homem muito poderoso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras; e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo. ³ E era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe. ⁴ E ouviu Davi no deserto que Nabal tosquiava as suas ovelhas, ⁵ E enviou Davi dez moços, e disse aos moços: Subi ao Carmelo, e, indo a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. ⁶ E assim direis àquele próspero: Paz tenhas, e que a tua casa tenha paz, e tudo o que tens tenha paz! ⁷ Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores. Ora, os pastores que tens estiveram conosco; agravo nenhum lhes fizemos, nem coisa alguma lhes faltou todos os dias que estiveram no Carmelo. ⁸ Pergunta-o aos teus moços, e eles to dirão. Estes moços, pois, achem graça em teus olhos, porque viemos em boa ocasião. Dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que achares à mão. ⁹ Chegando, pois, os moços de Davi, e falando a Nabal todas aquelas palavras em nome de Davi, se calaram. ¹⁰ E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor. ¹¹ Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm? ¹² Então os moços de Davi puseram-se a caminho e voltaram, e chegando, lhe anunciaram tudo conforme a todas estas palavras. ¹³ Por isso disse Davi aos seus homens: Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu a sua espada, e cingiu também Davi a sua; e subiram após Davi uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem. ¹⁴ Porém um dentre os moços o anunciou a Abigail, mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros desde o deserto a saudar o nosso amo; porém ele os destratou. ¹⁵ Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravados por eles, e nada nos faltou em todos os dias que convivemos com eles quando estavam no campo. ¹⁶ De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. ¹⁷ Considera, pois, agora, e vê o que hás de fazer, porque o mal já está de todo determinado contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um homem vil, que não há quem lhe possa falar. ¹⁸ Então Abigail se apressou, e tomou duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados, e os pôs sobre jumentos. ¹⁹ E disse aos seus moços: Ide adiante de mim, eis que vos seguirei de perto. O que, porém, não declarou a seu marido Nabal. ²⁰ E sucedeu que, andando ela montada num jumento, desceu pelo encoberto do monte, e eis que Davi e os seus homens lhe vinham ao encontro, e ela encontrou-se com eles. ²¹ E disse Davi: Na verdade que em vão tenho guardado tudo quanto este tem no deserto, e nada lhe faltou de tudo quanto tem, e ele me pagou mal por bem. ²² Assim faça Deus aos inimigos de Davi, e outro tanto, se eu deixar até amanhã de tudo o que tem, até mesmo um menino. ²³ Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, e se inclinou à terra. ²⁴ E lançou-se a seus pés, e disse: Ah, senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva. ²⁵ Meu senhor, agora não faça este homem vil, a saber, Nabal,  impressão no seu coração, porque tal é ele qual é o seu nome. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele, e eu, tua serva, não vi os moços de meu senhor, que enviaste.

²⁶ Agora, pois, meu senhor, vive o Senhor, e vive a tua alma, que o Senhor te impediu de vires com sangue, e de que a tua mão te salvasse; e, agora, tais quais Nabal sejam os teus inimigos e os que procuram mal contra o meu senhor. ²⁷ E agora este é o presente que trouxe a tua serva a meu senhor; seja dado aos moços que seguem ao meu senhor. ²⁸ Perdoa, pois, à tua serva esta transgressão, porque certamente fará o Senhor casa firme a meu senhor, porque meu senhor guerreia as guerras do Senhor, e não se tem achado mal em ti por todos os teus dias, ²⁹ E, levantando-se algum homem para te perseguir, e para procurar a tua morte, contudo a vida de meu senhor será atada no feixe dos que vivem com o Senhor teu Deus; porém a vida de teus inimigos ele arrojará ao longe, como do meio do côncavo de uma funda. ³⁰ E há de ser que, usando o Senhor com o meu senhor conforme a todo o bem que já tem falado de ti, e te houver estabelecido príncipe sobre Israel, ³¹ Então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar no coração, o sangue que sem causa derramaste, nem tampouco por ter se vingado o meu senhor a si mesmo; e quando o Senhor fizer bem a meu senhor, lembra-te então da tua serva. ³² Então Davi disse a Abigail: Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. ³³ E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão. ³⁴ Porque, na verdade, vive o Senhor Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apressaras, e não me vieras ao encontro, não ficaria a Nabal até a luz da manhã nem mesmo um menino. ³⁵ Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido, e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz, e tenho aceitado a tua face.

 

BEP - CPAD - 25.32 DEUS... TE ENVIOU. Deus enviou Abigail para impedir que Davi fizesse uma grande injustiça contra todos os homens de Nabal (v. 34). Davi reconheceu seu grande mal ao planejar uma vingança tão terrível contra eles. Há ocasiões em que Deus envia alguém ao nosso encontro para nos aconselhar segundo a sua vontade, a fim de abrir nossos olhos e nos impedir de cometer iniquidade. Ao recebermos conselhos dos outros, devemos julgar nossos planos segundo a Palavra de Deus e a orientação do Espírito em nosso coração (ver Rm 8.14).

 

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A respeito do caráter de Abigail. Ela foi uma mulher sábia que edificou sua casa e demonstrou ter habilidade para lidar com os conflitos. Embora fosse uma mulher inteligente, teve a desventura de se casar com um homem tolo. A insensatez de Nabal fez com que ele ofendesse Davi e seus liderados, suscitando ira e desejo de vingança. Eles estavam prestando um favor a Nabal ao proteger seus rebanhos. Se não fosse a intervenção sábia de Abigail, toda a família de Nabal teria perecido. Quando a crise familiar chegou, Abigail com coragem e sabedoria, soube tomar as atitudes certas e na hora certa. Que nos momentos de crise, venhamos buscar em DEUS sabedoria para agirmos com prudência, coragem e de forma pacífica.
 

Resumo da Lição 8, Abigail, um Caráter Conciliador

I - ABIGAIL, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

1. Nabal, um homem de Belial.

2. Davi recorre a Nabal e é desconsiderado.

3. Davi resolve vingar a afronta.

II - ABIGAIL DEMONSTRA O SEU CARÁTER

1. Uma mulher prudente.

2. O caráter diligente e sábio.

3. O caráter conciliador de Abigail.

III - O RESULTADO DO CARÁTER DE ABIGAIL

1. Davi foi aplacado por Abigail.

2. DEUS feriu Nabal.

3. Davi toma Abigail por sua esposa.

 

PARA REFLETIR - A respeito de Abigail, um caráter conciliador, responda:
Que significa o nome Nabal?
Nabal significa "insensato", "tolo".
Que significa o nome Abigail? Significa "pai da alegria" ou "exultação".
Que exortação Abigail deu a Davi? Para que não fizesse justiça com as próprias mãos, pois DEUS haveria de julgar seus inimigos.
Qual era o plano vingativo de Davi? Destruir tudo que Nabal tinha, até mesmo um menino.
Que fez Davi a Abigail, depois da morte de Nabal? Mandou falar com ela para ser sua esposa.
 

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p40.

SUGESTÃO DE LEITURA - Minutos de Motivação para Mulheres, Minutos de Motivação para Homens, As 10 Melhores Decisões que o Casal deve Tomar

 

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Resumo Rápido da Lição 8, Abigail, um Caráter Conciliador, Pr. Henrique

 

I - ABIGAIL, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

O caráter é formado na infância, sendo influenciado por pessoas a nossa volta com quem convivemos. Acredita-se que nos 3 primeiros anos de vida o caráter seja impresso.
Quando aceitamos a JESUS como único Salvador e Salvador, nascemos de novo e aí vamos aprender a ter um novo caráter. Depende muito agora do discipulado. Quem está perto de nós, quais crentes vão nos imprimir o caráter novo. Se estes crentes se parecerem com JESUS CRISTO, teremos um caráter Excelente, mas se estes crentes tiverem mau caráter, então nós teremos que lutar muito durante nossa vida cristã para corrigir esse mau caráter e nos tornarmos mais parecidos com CRISTO.
Se algum crente em sua igreja tem mau caráter não o culpe, mas culpe-se a si mesmo que não o ensinou a ter um caráter melhor por seu testemunho.

Curiosidades
O nome de Calebe volta aparece 400 anos depois de sua morte: Um descendente distante, Nabal, foi um homem insensato do Monte Carmelo que se levantou contra Davi (1Sm 25). Nabal morreu e Davi casou com sua mulher, Abigail. Com ela e mais duas mulheres, Davi refugia-se em Hebrom (1 Samuel 2:2). Ou seja, Davi casa com a mulher do descendente de Calebe, refugia-se e é ungido no monte de Calebe. Loucura!
Em Hebrom, o monte de Calebe, também moravam os descendente de Levi, da família de Coate (Josué 21.10 a 11) e havia ainda uma cidade-refúgio para os homicidas (Josué 21.13).
Outros fatos importantes do Monte Hebrom: 
Morada de Abraão (Gênesis 13.18)
Local da morte de Sara (Gênesis 23.2)
Local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 23.14 a 20)
Unção de Davi como rei (1 Samuel 5.1 a 5)
Hoje, Hebrom é uma cidade da Cisjordânia (domínio árabe), sob ocupação de Israel desde 1976, com população majoritariamente árabe.
Conclusão
Calebe é um referencial bíblico de perseverança nas promessas de Deus, disposição nas batalhas e conquistas completas. Saiu da escravidão egípcia, cruzou 40 anos de deserto, vivendo sinais poderosos, venceu 33 reinos em Canaã e conquistou o monte de sua herança. Que você tenha um ano de grandes e completas conquistas! Nunca desista!
Vamos falar de Abigail nesta lição e uma qualidade excelente dela, seu caráter conciliador, mas não se esqueça de que era adúltera. Davi já era casado e a lei proibia novo casamento. Copie só o bom. Ela não serve de exemplo para famílias. Depois desse episódio não se vê nada de importante que tenha feito na história bíblica. Seu casamento não é exemplo para famílias, pois Davi logo se casa com outra mulher, mostrando que não foi boa essa união diante de DEUS. Davi se casou com 8 mulheres e teve mais de 20 filhos. Estes lhe deram muito trabalho a vida toda.

Calebe aos 85 anos tomou a Hebrom por herança entre os filhos de Israel.
Nabal era descendente da tribo de Calebe, da tribo de Judá, morador de Hebrom - isso por parte de mãe, pois Calebe era descendente dos Quenezeus por parte do pai. 
Davi tinha 400 homens a seu serviço (depois este número aumentou para 600 homens). 
1 Sm 22.1, 2 diz: Então Davi se retirou dali, e escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali para ter com ele. E ajuntou-se a ele todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso, e ele se fez capitão deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. 
Davi providenciou comida e segurança para os jovens tosquiadores de Nabal nas montanhas de Carmelo (cidade perto de Maon, a 2 Km ao sul).
1 Sm 25.7 Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores; ora, os pastores que tens estiveram conosco; agravo nenhum lhes fizemos, nem coisa alguma lhes faltou todos os dias que estiveram no 
Carmelo.

Em 1 crônicas 3 fala sobre Daniel e deve ser entendido como o mesmo Queliabe, segundo filho de Davi, agora com Abigail, sua esposa. O primeiro filho de Davi foi Amnom que teve de Ainoã.
1 Estes foram os filhos de Davi que lhe nasceram em Hebrom: o primogênito Amnom, de Ainoã, a jizreelita; o segundo Daniel, de Abigail, a carmelita; 2 O terceiro Absalão, filho de Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur; o quarto Adonias, filho de Hagite; 3 O quinto Sefatias, de Abital; o sexto Itreão, de Eglá, sua mulher. 4 Seis lhe nasceram em Hebrom, onde reinou sete anos e seis meses; e reinou trinta e três anos em Jerusalém. 5 Estes lhe nasceram em Jerusalém: Siméia, Sobabe, Natã e Salomão; estes quatro lhe nasceram de Bate-Sua, filha de Amiel. 6 Nasceram-lhe mais: Ibar, Elisama, Elifelete, 7 Nogá, Nefegue, Jafia, 8 Elisama, Eliadá e Elifelete, nove. 9Todos estes foram filhos de Davi, afora os filhos das concubinas; e Tamar foi irmã deles.

 

1. Nabal, um homem de Belial.

Nabal era rico - Possuía muitas ovelhas e cabras.
1 Sm 25.2 E havia um homem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo; e era este homem mui poderoso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras, e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo.

Todos sabiam que Davi fora escolhido para ser rei em Lugar de Saul nesta época.
1 Sm 24.20 Agora, pois, eis que bem sei que certamente hás de reinar e que o reino de Israel há de ser firme na tua mão.

Os próprios servos de Nabal o achavam filho de belial e sua esposa também. Com certeza não defenderiam Nabal se Davi o atacasse. Se tornaram amigos de Davi e seus valentes.
1 Sm 25. 4 Porém um dentre os jovens o anunciou a Abigail, mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros desde o deserto a saudar o nosso amo; porém ele se lançou a eles. 
15 Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravados deles, e nada nos faltou em todos os dias que conversamos com eles, quando estávamos no campo. 16 De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. 17 Olha, pois, agora, e vê o que hás de fazer porque já de todo determinado está o mal contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um tal filho de Belial, que não há quem lhe possa falar.

Nabal:

Quando Davi e os seus soldados estavam se preparando para atravessarem a propriedade de Nabal, Davi enviou alguns homens à frente para perguntar a Nabal se ele podia lhes dar alguma coisa: alimento, lã, bebida, qualquer coisa; eles não faziam questão de escolher. Mas Nabal recusou-se a dar sequer um pouco de tempo. Xingou em voz alta e mandou-os embora com insultos. Que tolo!

Nabal devia lembrar-se que Davi tinha salvo a nação das ameaças de Golias e dos filisteus. Devia lembrar-se que o profeta Samuel tinha ungido a Davi para ser o próximo rei. Devia lembrar-se que, há muito tempo, Davi tinha protegido os homens e as propriedades de Nabal. Mas, se Nabal sabia algumas dessas coisas, não deu atenção. Além disso, Nabal recusou-se a recompensar o favor de Davi.

Então, Nabal era um criminoso? Fez ele alguma coisa ilegal ou imoral? De fato, não. Ele, simplesmente, sabotou a sua liderança por falta de habilidades de lidar com pessoas.

Nabal serve como protótipo de muitos pastores e líderes atuais. Como Nabal, ocupamos-nos tanto com as nossas próprias tarefas e a vida pessoal ao ponto de negligenciamos o único recurso eterno nesta terra: pessoas. Em que exatamente Nabal falhou para desenvolver habilidades de relacionamento saudável?

 

Por que Nabal falhou?

1. Nabal ficou rico e satisfeito e não pensou sobre a necessidade de construir relacionamentos (v. 2).

2. Nabal tornou-se egoísta e desconfiado de outros; não conseguia vencer o seu temperamento malvado (v. 3).

3. Nabal não deu nem recebeu encorajamento; ficou insensível a atitudes positivas (v. 6).

4. Nabal esqueceu como outros o tinham abençoado no passado; contava apenas as suas perdas (vs. 7-8).

5. Nabal minimizava pessoas e esquecia o nome delas; sua insegurança o impediu de ser generoso (v. 10).

6. Nabal não percebia motivos para ajudar outros; sofria de motivos centrados em si (v. 11).

7. Nabal desejava construir apenas o seu próprio "reino," não o Reino de Deus (v. II).

 

2. Davi recorre a Nabal e é desconsiderado.

Davi pediu ajuda por causa da fome de seus 600 homens. 
Eram 600 homens para alimentar. (1 Samuel 23.13. Levantou-se, então, Davi com os seus homens, cerca de seiscentos, e saíram de Queila, e foram-se aonde puderam. Saul, quando lhe foi anunciado que Davi escapara de Queila, deixou de sair contra ele -

1 Sm 22.2b Davi enviou dez homens somente para pegar alimento para seus homens - era pouca coisa para ajudar. Se Nabal desse só 10 ovelhas já seria suficiente. veja que Abigail só deu 5.
 

25.8, 9 — Davi enviou os seus guerreiros em bom dia, ou seja, em uma época em que a maioria das pessoas demonstra dose extra de generosidade. Dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que achares à mão. Aparentemente, nenhum preço havia sido arbitrado pelos serviços oferecidos.

25.10 — Quem é Davi? Nabal fingiu que não conhecia Davi. Ele adicionou insulto à injúria sugerindo que Davi poderia ser apenas mais um servo fugitivo.

25.11-14 — Nabal morava em uma região onde a água era escassa (Js 15.19).

 

3. Davi resolve vingar a afronta.

1 Sm 25.13 Pelo que disse Davi aos seus homens: Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu a sua espada, e cingiu também Davi a sua; e subiram após Davi uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem). 

 

II - ABIGAIL DEMONSTRA O SEU CARÁTER

1. Uma mulher prudente.

1 Sm 25.18 Então, Abigail se apressou, e tomou duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de 
figos passados, e os pôs sobre jumentos,

 

2. O caráter diligente e sábio.

Lições de relacionamento de Abigail

1. Iniciativa arriscada: Abigail deu o primeiro passo em direção a Davi para solucionar uma situação complicada.

2. Segurança emocional: Abigail demonstrou segurança interna na sua identidade.

3. Humildade genuína: Abigail submeteu-se a Davi, prostrando-se aos seus pés e buscando o seu favor.

4. Responsabilidade pessoal: Abigail assumiu responsabilidade por Nabal e explicou o mau comportamento dele.

5. Atitude desprendida: Abigail focou inteiramente o bem-estar e o futuro sucesso de Davi.

6. Espírito generoso: Abigail ofereceu a Davi e aos seus soldados a escolha de um presente para a viagem.

7. Abordagem sincera: Abigail pediu diretamente a Davi para perdoar Nabal.

8. Raciocínio rápido: Abigail sugeriu que Davi não seria bom se uma matança pesasse na sua consciência.

9. Perspectiva eterna: Abigail viu Davi e o relacionamento deles sob o ponto de vista divino.

10. Afirmação gentil: Abigail pensou no benefício de Davi e lhe falou palavras de encorajamento.

  

3. O caráter conciliador de Abigail.

Era conhecida por sua beleza física. Mostrou-se pronta e discreta nas medidas que tomou para afastar a indignação de Davi, violentamente excitado pelo tratamento insultante que seus mensageiros receberam da parte de Nabal, quando buscavam provisões. Apressadamente ela preparou um suprimento liberal de provisões, de que as tropas de Davi muito necessitavam, e saiu ao encontro dele com uns poucos servos, à sua frente. Davi estava a caminho para exterminar Nabal e tudo quanto ele tinha. A ação de Abigail abrandou a ira de Davi, ao ponto dele ver que estava exagerando, e que poderia ter cometido grande injustiça. A beleza e a prudência de Abigail impressionaram de tal modo Davi que, não muito tempo depois, quando Nabal falecera, ele mandou buscá-la para ser sua esposa (I Sam. 25:14-42). Dali por diante ela tornou-se sua companheira inseparável em todas as coisas, boas e más (1Sam. 27:3; 30:5; II Sam. 2:2).

 

III - O RESULTADO DO CARÁTER DE ABIGAIL

1. Davi foi aplacado por Abigail.

Abigail levou comida e mandou os jovens que conheciam Davi e seus valentes irem na frente para serem reconhecidos e não atacados, ela ia atrás deles e teria tempo de Davi a ver e conversar com ela.
1 Sm 25.19 e disse aos seus jovens: Ide adiante de mim, eis que vos seguirei de perto. Isso, porém, não declarou a seu marido Nabal.

Davi fala da ingratidão de Nabal. pelo menos deveria pagar com hospitalidade ao que deu hospitalidade aos seus funcionários. Davi fala em matar até o menino de Nabal e Abigail.
1 Sm 25.21 E disse Davi: Na verdade, em vão tenho guardado tudo quanto este tem no deserto, e nada lhe faltou de tudo quanto tem, e ele me pagou mal por bem. 22 Assim faça Deus aos inimigos de Davi e outro tanto, se eu deixar até à manhã, de tudo o que tem, mesmo até um menino.

Abigail fala a Davi para considerar a transgressão de Nabal como se fosse dela. Agora estava corrigindo o erro de seu marido.
1 Sm 25.24 E lançou-se a seus pés e disse: Ah! Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos e ouve as palavras da tua serva.

Abigail chama seu esposo Nabal de homem de belial.
1 Sm 25.25 Meu senhor, agora não faça este homem de Belial, a saber, Nabal, impressão no seu coração, porque tal é ele qual é o seu nome. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele, e eu, 
tua serva, não vi os jovens de meu senhor, que enviaste.

Abigail dá a entender que se Davi tivesse mandado falar com ela nada daquilo estaria ocorrendo, pois seu marido não resolvia bem os assuntos por ali. Era um homem maligno, filho de belial.
1 Sm 25.25b, e eu, tua serva, não vi os jovens de meu senhor, que enviaste.

Abigail chama Davi de servo do SENHOR e diz que acredita que ele se tornará rei de Israel.
1 Sm 25.30 E há de ser que, usando o SENHOR com o meu senhor conforme todo o bem que já tem dito de ti e te tiver estabelecido chefe sobre Israel,

 

2. DEUS feriu Nabal.

Nabal morre após 10 dias do incidente. Obra de DEUS. Pode ser que a morte de Nabal se deu por um derrame já que seu coração ficou como pedra. o medo de ter quase morrido com um ataque fulminante de Davi pode ter-lhe causado um derrame que se tornou fatal em 10 dias.
1 Sm 25.38 E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu.

 

3. Davi toma Abigail por sua esposa.

Davi manda chamar Abigail para casar-se com ela.
1 Sm 25.40 Vindo, pois, os criados de Davi a Abigail, no Carmelo, lhe falaram, dizendo: Davi nos tem mandado a ti, para te tomar por sua mulher. 41 Então, ela se levantou, e se inclinou com o rosto em terra, e disse: Eis aqui a tua serva servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor. 42 E Abigail se apressou, e se levantou, e montou num jumento com as suas cinco moças que seguiam as suas pisadas; e ela seguiu os mensageiros de Davi e foi sua mulher. 43 Também tomou Davi a Ainoã de Jezreel, e também ambas foram suas mulheres.

O Adultério estava na vida de Davi. Começou e terminou assim. Começou com Abigail e terminou com Bate-seba.
Deuteronômio 17.17 - ordens para o rei - Tampouco multiplicará para si mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem multiplicará muito para si a prata e o ouro. 
 DEUS nunca permitiu adultério. A lei já tinha condenado o adultério bem antes de Davi nascer. Êx 20. 14 Não adulterarás.

Davi casou com várias mulheres e teve várias concubinas. Salomão copiou esse mau caráter de seu pai multiplicando esposas e concubinas
 

Veja que ao se despedir de Davi, Abigail deu uma dica para ele. Lembra-te de mim... Abigail diz a Davi para se lembrar dela após tudo passar.

1 Sm 25.30 E há de ser que, usando o SENHOR com o meu senhor conforme todo o bem que já tem dito de ti e te tiver estabelecido chefe sobre Israel, 31 então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar no coração o sangue que sem causa derramaste, nem tampouco o haver-se salvado meu senhor a si mesmo; e, quando o SENHOR fizer bem a meu senhor, lembra-te, então, da tua serva.

 

AS ESPOSAS DO REI DAVI
De acordo com a Bíblia Sagrada Davi foi um homem polígamo. Teve oito esposas e mais de 20 filhos. Mas o interessante dessa história é que cinco delas eram originárias e as demais foram tomadas de outros homens.

Mical foi a primeira e única esposa singular de Davi. Filha do Rei Saul, casou-se com Davi quando ele ainda não era rei (1Sm 18.20 em diante e cap. 19.1 – sem filhos).
A segunda esposa de Davi foi Abigail. Daí nasceu Quileabe (2Sm 3.3).

A terceira esposa de Davi foi Ainoã. (1Samuel cap. 25, vers. 43). Daí Amnon.

A quarta esposa de Davi foi com Eglá 2Sm 3.5. Daí Itreão (2Sm 3.5).

A quinta esposa de Davi foi com Maaca 2Sm 3.3. Daí Absalão e Tamá.

A sexta esposa de Davi foi Hagite. 2Sm 3.4. Daí Adonias (2Sm 3.4).

A sétima esposa de Davi foi Habital. 2Sm 3.4 – Daí Sefatias (2Sm 3.4).

A oitava esposa de Davi foi Betsaba ou Bate-seba Essa mulher era esposa de Urias, soldado fiel de Davi e a que mais o encantou. Veja que Davi já havia se casado sete vezes e mesmo assim não era feliz. Dessa relação sexual ilícita nasceu o quarto filho da perdição e a partir daí a vida do rei só piorou, pois Deus não aceitou esse pecado e matou o filho de Davi (2Sm 11.26 em diante). Toda a sua família foi destruída pelo mal, como exposto acima.

Desse oitavo e último casamento nasceram: a criança que morreu e que a bíblia não diz o nome, Simeia, Sobabe, Natã e Salomão. (a criança sem nome foi o quarto filho problemático de Davi e Salomão foi o quinto).

  

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Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr. Henrique

 

Abigail - Original Strong Português -  אביגיל ’Abiygayil אביגל ’Abiygal
Abigail = “meu pai é alegria”
1) esposa de Nabal, depois esposa de Davi
2) irmã de Davi

 

Quileabe - Filho de Abigail com Davi -  כלאב Kil’ab
Quileabe = “como o seu pai”
1) o primeiro filho de Davi com Abigail - o primogênito de Davi foi Amnom filho de Ainoã.

 

Daniel - Filho de Abigail com Davi - דניאל Daniye’l em Ezequiel דניאל Dani’el
Daniel = “Deus é meu juiz”
1) o mesmo primeiro filho de Davi com Abigail, a carmelita - o primogênito de Davi foi Amnom filho de Ainoã.

 

Carmelita - כרמלית Karm ̂eliyth
Carmelita = veja Carmelo “campos férteis”
Abigail, a esposa de Davi, que veio do Carmelo

 

Carmelo - Strong Português - כרמל Karmel - Carmelo = “campo fértil”
1) uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
2) uma cidade nas montanhas no lado oeste do mar Morto e ao sul de Hebrom

CARMELO - Não é o Monte Carmelo onde Elias venceu os profetas de Baal e de Aserá. Tanto Maom como Carmelo não têm sido identificados pela arqueologia, mas a região é conhecida, pois ficavam a oeste do Mar Morto, no chamado deserto de Judá. Uma região inóspita e agreste, boa para pastagens de cabras e ovelhas. Foi nesta região, diga-se outra vez, que Davi protegeu os rebanhos de Nabal, que tão mal lhe soube retribuir.

 

Nabal - נבל Nabal
Nabal = “tolo”
1) um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando se deu conta que isso poderia causar a sua morte; sua causa foi defendida pela sua esposa Abigail que tornou-se esposa de Davi depois da sua morte.

 

Belial  בליעל b ̂eliya Ìal
1) imprestável
1a) imprestável, bom para nada, não proveitoso, companheiro vil
1b) ímpio
1c) ruína, destruição (construção)

 

Amasa  - עמשא ÌAmasa’
Amasa = “carga”
1) filho de Itra ou Jéter com Abigail, a irmã de Davi, e general do exército de Absalão

 

Naás - נחש Nachash -

Naás = “serpente” n pr m
O pai de Abigail, a mãe de Amasa, o comandante do exército de Absalão.

 

O proceder de Abigail impediu a Davi de que destruísse Nabal, Abigail e tudo que eles possuíam. Assim Davi se refere a esse episódio dizendo: “Porque, na verdade, vive o Senhor Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apressaras, e não me vieras ao encontro, não ficaria a Nabal até a luz da manhã nem mesmo um menino (1 Sm 25.34). Com efeito, porém, isso somente é feito quando há temor diante de seus olhos (2 Tm 4.18).

 

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Nabal e Abigail - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

- O Caráter de Nabal, o Humilde Pedido de Davi e a Resposta Tola dele

Aqui começa a história de Nabal. 1 Samuel 25:2-11

I

Um breve relato dele, quem e o que fazia (vv. 2,3), um homem de quem nunca teríamos ouvido falar, caso não tivesse havido uma comunicação entre ele e Davi. Observe:

1. Seu nome: Nabal — tolo. Esse era o seu significado. É estranho que seus pais dessem esse nome a ele e um mau presságio do que comprovaria ser o seu caráter. Na verdade, todos nós merecemos ser chamados dessa forma quando entramos no mundo, porque o homem nasce como a cria do jumento montês (Jó 11.12) e a estultícia está ligada ao nosso coração (Pv 22.15).

2. Sua família: Ele era da casa de Calebe, mas tinha, na verdade, outro espírito. Ele herdou o patrimônio de Calebe, porque Maom e Carmelo ficavam próximos de Hebrom, que foi dada a Calebe (Js 15.54,55; 14.14), mas ele estava longe de herdar as suas virtudes. Ele era uma desgraça para sua família. Degeneranti genus opprobium — Uma boa linhagem é um opróbrio para aquele que se afasta dela. A LXX e algumas outras versões antigas interpretam esse texto de forma apelativa. Não: Ele era da casa de Calebe, mas: Ele era um homem obstinado e intratável, de uma disposição desprezível, grosseiro e petulante. Ele era π (anthropos kunikos) — um homem que era cínico.

3. Sua riqueza: Ele era muito poderoso, isto é, muito rico (porque as riquezas fazem com que as pessoas pareçam poderosas aos olhos do mundo); por outro lado, para aquele que avaliava de forma correta, ele realmente era desprezível. Riquezas são bênçãos comuns, que Deus, com frequência, dá aos “Nabais”, mas a quem ele não dá nem sabedoria nem graça.

4. Sua esposa – Abigail – era uma mulher de grande compreensão. Seu nome significa: a alegria de seu pai; no entanto, ele não podia esperar muita alegria quando a casou com um marido como Nabal, estando mais interessado na riqueza dele do que na sua sabedoria. Muitos filhos são jogados sobre um monturo da riqueza mundana, casam-se com ela e não desejam nada além disso. A sabedoria é vantajosa quando vem acompanhada de uma herança, mas uma herança traz pouco proveito quando desprovida de sabedoria. Existem muitas pessoas semelhantes a Abigail que estão ligadas a um Nabal. Quando esse é o caso, e mesmo tendo entendimento tão notável como o da Abigail, isso pode não ser suficiente para o seu viver diário.

5. Seu caráter. Ele não tinha senso nem de honra e nem de honestidade. Nem de honra, porque era grosseiro, avarento e mal-humorado. Nem de honestidade, porque era perverso em seu agir, áspero e opressivo, e um homem que não se preocupava em ser fraudulento e violento, se isso fosse necessário para juntar mais riquezas. Esse é o caráter de Nabal apresentado por aquele que sabe o que cada homem é.

II

O pedido humilde de Davi a Nabal: que enviasse um pouco de mantimentos para ele e seus homens.

1. Pelo que parece, Davi estava tão aflito que se satisfaria em ser devedor a ele e chegou, de fato, a mendigar à sua porta. Temos poucos motivos para valorizar a riqueza deste mundo quando um camponês tão avarento e grosseiro como Nabal tem de sobra e um santo tão notável quanto Davi passa necessidades. Lemos em uma situação anterior que Davi pediu pão, mas nesse caso ele o fez ao sumo sacerdote, Aimeleque, a quem não mediríamos esforços em pedir. Mas pedir mantimentos a Nabal certamente causou constrangimento a alguém com um espírito tão nobre quanto o de Davi. Contudo, se a Providência o levou a essa carência, ele não dirá que se envergonha de mendigar. (No entanto, leia Salmos 37.25).

2. Davi escolheu uma hora propícia para enviar mensageiros a Nabal. Muitos empregados estavam empenhados em tosquiar suas ovelhas, para quem Nabal preparava um banquete. Caso Davi tivesse enviado seus jovens em outra oportunidade, Nabal poderia dar a entender que não tinha sobras, mas agora não poderia dar essa desculpa. Era comum fazer banquetes durante a época da tosa de ovelhas, como temos notícias acerca do banquete de Absalão (2 Sm 13.24), porque a lã era uma das principais mercadorias de Canaã.

3. Davi ordenou que seus moços entregassem a mensagem a Nabal com muita reverência e respeito: “Subi a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. Digam a ele que os enviei para apresentar o meu serviço a ele, e para saber como ele e sua família estão” (v. 5). Ele coloca palavras nas bocas dos moços (v. 6): Assim direis àquele; nossos tradutores acrescentam: próspero — como se aqueles que vivem como Nabal vivessem em abundância das riquezas deste mundo; ao passo que, na verdade, aqueles que vivem em deleites, vivendo, estão mortos (1 Tm 5.6). Parece-me que a saudação era respeitosa demais para Nabal, ao chamá-lo de “àquele” ou “o homem que vive”. Davi conhecia coisas melhores que, aos olhos de Deus, são consideradas vida. Pela resposta áspera que recebeu, ele certamente percebeu que tinha se dirigido de maneira polida demais a esse avarento. No entanto, suas saudações eram louváveis. “Paz tenhas, tanto na alma como no corpo. Que a tua casa tenha paz, e tudo o que tens tenha paz!”. Digam a ele que desejo sinceramente que tenha saúde e prosperidade. Ele pede que o chamem de Davi, teu filho (v. 8), sugerindo que, pela sua idade e estado, Davi o honrava como a um pai e, portanto, esperava receber certa benevolência paternal dele.

4. Davi advoga ser tratado com a mesma bondade que os pastores de Nabal foram tratados por Davi e seus homens. Uma boa ação requer a reciprocidade. Ele solicita aos próprios servos de Nabal, e mostra que quando os soldados de Davi estavam aquartelados no meio dos pastores de Nabal: (1) Eles não causaram mal a eles, não os perturbaram, não foram nenhum terror para eles, nem tiraram alguns cordeiros do seu rebanho. No entanto, levando em consideração o caráter dos homens de Davi — homens desolados, endividados e descontentes — além da escassez de provisões em seu acampamento, certamente foram necessárias muita prudência e sabedoria para dissuadi-los de roubar algumas ovelhas. (2) Eles também os protegeram de ser atacados por outros saqueadores. Davi deixa transparecer esse aspecto, embora não se vanglorie dos seus bons préstimos: nem coisa alguma lhes faltou (v. 7). Mas os servos de Nabal, a quem ele apelou, acrescentaram (v. 16): De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite. Os soldados serviram de guarda para os pastores de Nabal quando os bandos dos filisteus saqueavam as eiras (1Sm 23.1) e que certamente teriam saqueado os rebanhos de ovelhas. Os rebanhos de Nabal foram protegidos desses saqueadores com o cuidado de Davi e, portanto, ele diz: Que possamos achar graça a teus olhos. Aqueles que usaram de beneficência podem, de modo justo, esperar receber beneficência.

5. Davi foi humilde em seu pedido. Embora fosse rei ungido, ele não insistiu em receber regalos reais, mas pediu: “Dê-me aquilo que estiver à mão, e seremos gratos”. Pedintes não devem fazer exigências. Aqueles que mereceriam ser servidos primeiro se contentarão em receber o que sobrar. Eles respondem: viemos em bom dia, durante uma festa, quando não somente a provisão é mais abundante, mas o coração e as mãos são geralmente mais abertos e livres que em outras épocas, quando é preciso economizar, mas não a ponto de faltar. Davi não exige provisões como dívida, quer na forma de tributo, visto que era rei, ou na forma de contribuição, visto que era general, mas pede um favor a um amigo, que era seu humilde servo. Os servos de Davi entregaram a sua mensagem de maneira fiel e elegante, não duvidando de que voltariam com as mãos cheias de suprimentos.

III

A resposta grosseira de Nabal a esse modesto pedido (vv. 10,11). Não conseguimos imaginar como alguém pudesse ser tão rude e imponderado como Nabal. Davi autodenominou-se de seu filho, e pediu pão e um peixe, mas, em vez disso, Nabal lhe deu uma pedra e um escorpião (Lc 11.11,12). Nabal não somente se recusou a atender o seu pedido, mas o insultou. Caso não achasse conveniente entregar suprimentos a Davi, por causa do que havia acontecido a Aimeleque, que pagou caro pela sua bondade a Davi, ele pelo menos podia ter dado uma resposta cortês, e tornar a recusa tão modesta quanto o pedido. Mas, em vez disso, Nabal indigna-se, como ocorre com pessoas avarentas quando lhes é pedido algo, achando que com isso cobrem um pecado com outro, quando maltratam os pobres para se desculpar por não ajudá-los. Mas Deus não se deixará escarnecer dessa forma.

1. Ele se refere a Davi de forma desprezível, como um homem sem importância, não digno de tomar conhecimento. Os filisteus falavam de Davi: Este é Davi, o rei da terra, que feriu os seus dez milhares (1Sm 21.11); no entanto, Nabal, seu vizinho próximo, alguém da mesma tribo, faz de conta que não o conhece ou, pelo menos, de não conhecê-lo como um homem de valor e eminência: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Ele não podia desconhecer o quanto o país era devedor a Davi pelos serviços públicos prestados, mas sua alma mesquinha não cogita em pagar uma parte dessa dívida, nem ao menos de reconhecê-lo como tal. Ele fala de Davi como alguém insignificante, obscuro, que não merecia sua consideração. Não estranhe quando homens notáveis e valorosos forem desonrados dessa forma.

2. Nabal o reprova pela sua aflição atual e prefere tipificá-lo como um homem mau, um vagabundo e mau caráter, em vez de mostrar alguma bondade a ele. Com que naturalidade ele usa a linguagem grosseira e avarenta daqueles que detestam dar esmolas! Muitos servos há hoje (como se não houvesse esse tipo de pessoas em dias anteriores) e cada um foge a seu senhor, sugerindo que Davi fosse um deles (“Ele poderia ter conservado seu lugar com o seu senhor, Saul, e não teria necessidade de enviar seus mensageiros para pedir mantimentos”), e também que ele acolhia e protegia aqueles que eram fugitivos semelhantes a ele. Nosso sangue tende a subir quando vemos que um homem tão notável e bondoso quanto Davi é difamado e acusado dessa forma por um avarento como Nabal. Mas o louco pratica a iniquidade (Is 32.5-7). Mesmo quando as pessoas se metem em apuros pela própria insensatez, deveríamos ter pena delas e ajudá-las, em vez de pisoteá-las e deixá-las esfomeadas. Mas Davi foi submetido a essa desgraça, não por erro pessoal, nem por imprudência, mas simplesmente pelos bons serviços que tinha prestado ao seu país e as honras que Deus tinha colocado sobre ele; e, mesmo assim, ele foi retratado como um fugitivo e renegado. Que isso nos ajude a suportar esse tipo de vergonha e distorções a nosso respeito com paciência e disposição, permanecendo tranquilo diante delas, lembrando que esse tem sido o destino de muitas pessoas notáveis na terra. Alguns dos melhores homens, por meio de quem o mundo foi abençoado, foram considerados a escória de todos (1 Co 4.13).

3. Ele insiste em que as provisões que estavam sobre a sua mesa eram suas, e não permitiria, de forma alguma, que alguém outro compartilhasse delas. “É o meu pão, e a minha carne, sim a minha água (embora usus communis aquarum — a água é propriedade de todos), e preparei-a para os meus tosquiadores”, vangloriando-se nisso, de que era tudo seu. E quem se apresentou para contestar a sua posição? Dessa forma, ele acha que pode ficar com tudo e não dar nada a Davi. Afinal, não tem ele o direito de fazer o que bem entender com aquilo que é seu? Nós nos enganamos quando achamos que somos senhores absolutos do que temos e podemos fazer o que bem desejarmos. Somos mordomos, e devemos usar as posses da forma como formos dirigidos, lembrando que não é nosso, mas dAquele que as confiou a nós. As riquezas são ta allotria (Lc 16.12); elas são de alheio, e não devemos insistir em que somos donos delas.

 

Nabal e Abigail - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

- A Ira de Davi. Um Servo de Nabal Avisa Abigail

I

Davi recebe o relato do abuso de Nabal por meio dos seus mensageiros (v. 12): os jovens de Davi tornaram-se para o seu caminho. Eles mostraram o seu descontentamento, como era de se esperar, ao romper as relações abruptamente com alguém tão avarento quanto Nabal, e prudentemente se controlaram a ponto de não retribuir afronta por afronta. Eles não falaram a ele o que merecia ouvir, muito menos tomaram à força aquilo que por direito deveria ter sido dado a eles, mas voltaram e contaram o que aconteceu a Davi, para que ele tomasse as devidas providências. Os servos de Cristo, quando forem afrontados dessa forma, devem deixar que Ele defenda a sua causa no seu devido tempo. O servo mostrou ao seu senhor as afrontas recebidas, mas não fez justiça com as próprias mãos (Lc 14.21).

II

A decisão precipitada de Davi. Ele cingiu a sua espada e ordenou que 400 dos seus homens fizessem o mesmo (v. 13). As suas palavras estão registradas nos versículos 21 e 22 deste capítulo.

1. Ele se arrependeu da benevolência mostrada a Nabal e disse: “Na verdade, em vão tenho guardado tudo quanto este tem no deserto. Pensei em favorecê-lo e torná-lo meu amigo, mas vejo que isso foi em vão. Ele não tem senso de gratidão, nem é capaz de receber os sinais de uma boa ação; caso contrário, não teria agido comigo dessa forma. Ele me pagou mal por bem”. Mas quando nós recebemos esse tipo de pagamento, não devemos nos arrepender do bem que fizemos, nem ficar desmotivados a fazer o bem numa próxima oportunidade. Deus é misericordioso com o perverso e o ingrato. Por que não deveríamos agir da mesma forma?

2. Ele resolveu destruir Nabal e tudo que pertencia a ele (v. 22). Aqui Davi não agiu como de costume. Sua proposta foi sangrenta. Sua intenção era eliminar todos do sexo masculino. A confirmação de sua decisão foi impetuosa: Assim faça Deus aos inimigos de Davi e outro tanto. Ele talvez estivesse pronto a dizer “outro tanto a mim”, mas isso convinha melhor sair da boca de Saul (14.44), do que da boca de Davi. Por isso, ele, de forma apropriada, deixa de pronunciá-lo. É esta a tua voz, ó Davi? É possível que um homem segundo o coração de Deus seja capaz de falar de forma tão insensata? Afinal ele já está há tanto tempo na escola da aflição e já deveria ter aprendido a ser paciente e não agir de maneira tão irascível. Não é esse o mesmo homem que se fez de surdo e mudo quando repreendido (Sl 38.13), e que há poucos dias poupou a vida daquele que buscava tirar a sua vida? É possível que agora estivesse inclinado a acabar com tudo que pertencia a Nabal, apenas pelo fato de ter afrontado os seus mensageiros? Davi, que em outras situações acostumava ser calmo e atencioso, encontra-se agora em tamanha cólera por causa de algumas palavras desonrosas, a ponto de nada reparar em tal afronta, senão o sangue de uma família inteira. Senhor, que é o homem mortal!? Que é o melhor deles, quando Deus o deixa por conta, para prová-lo, para que descubra o que está em seu coração? Davi esperava a injustiça de Saul, e contra esse tipo de pessoas ele estava preparado e alerta e, assim, mantinha a calma. Mas, de Nabal ele esperava bondade e, por isso, a afronta dele veio como surpresa, pegando-o desprevenido, e, por meio de uma investida súbita e inesperada, ficou desorientado. Temos uma urgente necessidade de orar: “Senhor, não nos induzas à tentação!”.

III

Abigail recebe o relato dessa situação por meio de um servo, que era mais ponderado que o restante (v. 14). Caso esse servo tivesse se dirigido a Nabal e apresentado o risco que corria por causa de sua rudeza, Nabal teria dito: “Os servos hoje em dia são tão insolentes e atrevidos que é difícil aturá-los”. É provável que o tivesse colocado na rua. Mas Abigail, sendo uma mulher de entendimento, inteirou-se da situação, mesmo que fosse necessário obtê-la por meio de seus servos.

1. Este servo tratou Davi com justiça, ao elogiá-lo bem como aos seus homens pela maneira cortês com que haviam tratado os pastores de Nabal (vv. 15,16). “Os homens de Davi foram muito bons para conosco, embora eles próprios estivessem desabrigados. Mesmo assim, eles nos protegeram e nos serviram de muro”. Aqueles que fazem o bem receberão o louvor disso, de uma maneira ou de outra. O próprio servo de Nabal torna-se uma testemunha a favor de Davi, ressaltando que ele era um homem honrado e justo, independentemente do que Nabal achasse dele.

2. Ele não cometeu injustiça a Nabal ao desaprová-lo pela sua grosseria para com os mensageiros de Davi: Ele se lançou a eles (v. 14); ele lançou-se sobre eles (de acordo com o original) com uma ira intolerável; “porque”, dizem eles, “essa é a forma costumeira de ele agir (v. 17). Ele é um tal filho de Belial, tão mal-humorado e intratável, que ninguém pode falar com ele, sem que se enfureça imediatamente”. Abigail conhecia o seu marido muito bem.

3. Ele praticou um ato de bondade a Abigail e a toda a sua família, ao conscientizá-la das prováveis consequências. Ele conhecia Davi tão bem que tinha motivos para pensar que se ressentiria profundamente dessa afronta e, talvez, tivesse informação das ordens de Davi aos seus homens para marchar em direção à casa de Nabal; porque estava bastante seguro de que já de todo determinado está o mal contra o nosso amo e contra toda a sua casa, incluindo ele próprio. Portanto, ele deseja que sua patroa considere o que pudesse ser feito para sua própria segurança. Eles seriam incapazes de resistir às forças que Davi traria contra eles, nem tinham tempo para enviar uma mensagem a Saul, pedindo sua proteção. Algo precisa ser feito para pacificar a Davi.

 

Nabal e Abigail - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

- A Reação Sábia de Abigail

1 Samuel 25:18-31

Temos aqui um relato da conduta prudente para a proteção do seu marido e família da destruição que estava prestes a vir sobre eles. Lemos que ela exerceu a sua parte de maneira admirável e deu uma mostra do seu caráter. A ira dos tolos pode romper relações amistosas em pouco tempo. Os sábios, com toda a sua sabedoria, precisam de muito esforço para reatá-las novamente. É difícil dizer se Abigail era mais miserável com um marido como ele ou se Nabal era mais feliz por ter uma esposa como Abigail. A mulher virtuosa é a coroa do seu marido (Pv 12.4), para proteger, bem como adornar, e lhe fará bem e não mal (Pv 31.12). A sabedoria em um caso como esse era melhor do que armas de guerra.

1. A sabedoria dela fez com que agisse rapidamente, sem se demorar. Ela se apressou (v. 18). Não havia tempo para ficar à toa ou para protelar quando o perigo era eminente. Aqueles que pedem condições de paz o fazem quando o inimigo ainda está longe (Lc 14.32).

2. Sua sabedoria dizia que deveria fazer por conta própria aquilo que precisava ser feito, porque, sendo uma mulher de notável prudência e de atitudes muito acertadas, sabia melhor como conduzir uma situação como essa do que o seu servo mais valoroso. A mulher virtuosa olha pelo governo de sua casa (Pv 31.27) e não transfere seu dever inteiramente aos outros.

Abigail precisa esforçar-se para reparar os erros de Nabal. Ele tinha sido grosseiro de duas formas com os mensageiros de Davi, e indiretamente a Davi: Ele havia se recusado a dar os mantimentos que pediram e tinha usado uma linguagem muito ofensiva.

I

Por meio de um presente generoso, Abigail busca reparar a recusa por parte do seu marido. Caso Nabal tivesse dado a eles o que estivesse à mão, eles teriam voltado com o coração grato. Mas Abigail prepara o melhor de que a casa dispunha e em abundância (v. 18), de acordo com a hospitalidade costumeira daquela época, não somente pão e carne, mas também passas e figos, que eram suas guloseimas. Nabal negou-lhes até a água, mas ela tomou dois odres de vinho, carregou seus jumentos com esses mantimentos e mandou que fossem à frente; porque o presente abate a ira (Pv 21.14). Foi assim que Jacó abateu a ira de Esaú. Enquanto os instrumentos do avarento são maus, o nobre projeta coisas nobres (Is 32.7,8). Abigail, de maneira legal e louvável, colocou à disposição de Davi todos esses bens, sem o conhecimento do seu marido (mesmo quando tinha motivos para pensar que se soubesse o que ela estava fazendo, não teria concordado com ela), porque não era para satisfazer o seu próprio orgulho ou vaidade, mas para a proteção de sua família que, de outra forma, teria sido inevitavelmente destruída. Maridos e esposas têm um interesse comum nas suas posses terrenas, para o seu próprio bem e benefício; mas, quando um deles as desperdiça, ou as consome indevidamente, está roubando o outro.

II

Por meio de uma conduta serviçal e um discurso gracioso, ela busca reparar a linguagem abusiva de Nabal para com eles. Ela encontrou Davi marchando em sua direção, profundamente ressentido e disposto a acabar com Nabal (v. 20). Mas com todas as expressões possíveis de afabilidade e respeito, ela humildemente roga a favor dele, e solicita que Davi perdoe a sua ofensa. Sua conduta foi muito submissa: Ela prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi (v. 24) e lançou-se a seus pés (v. 24). A sujeição apazigua grandes ofensas. Ela colocou-se numa posição e postura de penitente e requerente, e não se envergonhou de fazê-lo quando o bem de sua casa estava em jogo, mesmo que fosse necessário fazê-lo diante dos seus próprios servos e dos soldados de Davi. Abigail humildemente suplica para que Davi a ouça: deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos. Mas ela não precisou se esforçar muito para obter a sua atenção e paciência. O que ela disse foi suficiente para chamar a atenção de Davi, porque certamente nada poderia ter sido mais aprazível e comovente do que a sua atitude. Nenhum argumento é esquecido. Cada coisa é bem colocada e bem enunciada. Suas palavras são pertinentes e tocantes. Sua retórica natural tem grande força e que não pode ser igualada facilmente.

1. Ela se dirige a ele com consideração e respeito, reconhecendo nele um homem bom e notável, chamando-o repetidas vezes de senhor meu, para expiar os delitos do seu marido, quando disse: “Quem é Davi?”. Ela não o reprova pelo ardor de sua cólera, embora merecesse ser reprovado por isso; também não menciona quão desfavorável isso era para o seu caráter. Abigail se esforça em acalmá-lo e levá-lo a uma disposição mais equilibrada, não duvidando que então a sua própria consciência o reprovaria.

2. Ela toma sobre si a culpa do tratamento cruel dado aos mensageiros de Davi: “Minha seja a transgressão (v. 24). Direcione sua ira a mim, e não ao meu pobre marido e perdoa, pois, à tua serva esta transgressão” (v. 28). Espíritos sórdidos não se preocupam com o sofrimento que as suas faltas podem ocasionar, ao passo que espíritos generosos estão dispostos a sofrer pela falta dos outros. Abigail descobre aqui a sinceridade e força de sua afeição conjugal e a preocupação com a sua família: independentemente de quem Nabal fosse, ele era o seu marido.

3. Ela justifica a falta do marido, ao atribuí-la à sua fraqueza natural e falta de compreensão (v. 25): “Meu senhor, agora não considere a sua grosseria e má conduta, porque isso é do seu feitio. Não é a primeira vez que ele se comportou de forma avarenta. Ele deve ser tolerado por sua falta de entendimento: Nabal é o seu nome (que significa tolo) e a loucura está com ele. Suas palavras são consequência de sua loucura, não de sua maldade. Ele é tolo, mas não malicioso. Perdoe-o, porque não sabe o que faz”. O que ela disse era verdade, e ela o disse para justificar sua falta e impedir a sua destruição; caso contrário, ela não teria agido bem em descrever o caráter do seu próprio marido de forma tão negativa.

4. Ela alega sua própria ignorância em relação a esse caso: “Eu, tua serva, não vi os jovens de meu senhor, que enviaste, caso contrário, eles teriam recebido uma resposta mais decente e não teriam voltado de mãos vazias”, sugerindo com isso que, embora seu esposo fosse tolo e incapaz de conduzir suas obrigações, ele tinha juízo suficiente para aceitar o seu conselho.

5. Ela toma por certo de que estava obtendo êxito em seu pedido, talvez percebendo, pelo semblante de Davi, que começou a mudar de idéia (v. 26): vive a tua alma, que o SENHOR te impediu. Ela não depende de seu próprio raciocínio, mas da graça de Deus, para abrandá-lo, e não duvida de que a graça operaria poderosamente sobre ele. Ela diz então: “Tais quais Nabal sejam os teus inimigos”, isto é, caso desista de vingar-se dele, sem dúvida Deus o fará, como fará com todos os seus inimigos. Ou, então, ela sugere que seria humilhante da parte de Davi vingar-se de um inimigo tão tolo e impotente quanto Nabal. Como não lhe fez benevolência alguma, assim também não lhe poderia causar dano algum. Afinal, Davi não precisava temer seus inimigos, caso fossem tão incapazes de lhe resistir quanto Nabal o era. Talvez ela se referisse ao episódio em que Davi poupou Saul quando, não muitos dias antes, apiedou-se dele. “O senhor se absteve de se vingar daquele leão que queria devorá-lo e, agora, seria capaz de derramar o sangue desse cão que apenas sabe latir?”. A mera menção àquilo que Davi estava prestes a fazer — derramar sangue e vingar-se — era suficiente para trabalhar em um espírito terno e gracioso quanto o de Davi. E, pelo que parece, de acordo com a sua resposta (v. 33), isso o afetou.

6. Ela oferece o presente, mas fala como se fosse simples demais para ser aceito por Davi e, portanto, deseja que fosse entregue aos jovens que o seguiam (v. 27), especialmente àqueles dez que foram seus mensageiros a Nabal, e a quem havia tratado tão grosseiramente.

7. Ela elogia Davi pelos bons serviços prestados contra os inimigos do seu país. Ela esperava que Davi não manchasse a glória dessas grandes realizações, com alguma vingança pessoal: “Meu senhor guerreia as guerras do SENHOR contra os filisteus; portanto, permita que Deus lute as batalhas contra aqueles que O afrontam (v. 28). Não se tem achado mal em ti por todos os teus dias. O senhor não fez mal a qualquer um dos seus compatriotas (embora fosse perseguido como traidor); por isso, não cometa esse ato sangrento agora, porque apenas servirá de desculpa para Saul continuar sua maldade contra o senhor”.

8. Ela prediz o fim glorioso de suas dificuldades presentes. “É verdade, existe um homem que te persegue e procura a tua morte” (ela não menciona Saul, por causa do respeito pela sua posição como rei), “mas o senhor não precisa levantar um olhar tão severo e zeloso contra todos que o afrontam. Certamente, todas as tempestades que agora assolam o senhor desaparecerão em breve”. Ela fala com convicção:

(1) Que Deus o manterá seguro: a vida de meu senhor será atada no feixe dos que vivem com o SENHOR, teu Deus, isto é, Deus sustentará com vida a sua alma (Sl 46.9), como guardamos aquelas coisas que são guardadas ou que são preciosas para nós (Sl 116.15). Teu tesouro será guardado no tesouro da vida (de acordo com a versão dos Caldeus), com fechadura e chave, como ocorre com o nosso tesouro. “O senhor habitará debaixo da proteção especial da providência divina”. O feixe da vida está com o SENHOR, nosso Deus, porque em suas mãos está o nosso fôlego e nossos tempos. Aqueles que O têm como Protetor estarão seguros e tranquilo. Os judeus acreditam que isso não se refere somente à vida presente, mas à que há de vir (1 Tm 4.8), inclusive à felicidade de almas que já partiram; por isso, colocam essas palavras com frequência nas suas lápides. “O corpo foi colocado aqui, mas confiamos que a vida está atada no feixe dos que vivem com o SENHOR, nosso Deus”. Ali ela está segura, embora o pó do corpo seja espalhado.

(2) Que Deus o tornaria vitorioso sobre os seus inimigos. A vida de teus inimigos se arrojará ao longe (v. 29). A pedra é presa na funda, mas ela será atirada. Assim, as almas dos devotos serão atadas como trigo para o celeiro, mas as almas dos perversos como joio para o fogo.

(3) Que Deus o estabeleceria em riqueza e poder: “Porque certamente fará o SENHOR casa firme a meu senhor, e nenhum dos teus inimigos poderá impedi-lo; por isso, perdoa esta transgressão”, isto é, “seja compassivo, como espera obter compaixão. Deus o tornará grande, e grandes homens são capazes de passar por cima de grandes ofensas.”

9. Ela deseja que Davi pondere a vantagem em perdoar essa afronta em vez de vingá-la (vv. 31,32). Ela guarda esse argumento para o fim, pelo fato de ser um argumento muito forte para um homem tão sensato quanto Davi: quanto maior o controle de sua ira, maior seria a sua paz e a tranquilidade de sua própria consciência. Todo homem sábio levaria isso em consideração. (1) Ela acredita que se Davi vingar-se agora, mais tarde isso se tornaria uma tristeza e transgressão para o seu coração. Muitos cometeram esse tipo de erro em um momento de fúria, e mais tarde se arrependeram profundamente por tê-lo feito. A doçura da vingança logo se transforma em amargor. (2) Ela está confiante de se ele perdoar a ofensa, mais tarde ela não se tornará uma mágoa para ele; pelo contrário, isso provocaria uma satisfação indescritível, quando perceber que sua sabedoria e graça superaram seu momento de ira. Observe: Quando somos tentados a pecar, deveríamos considerar como será a repercussão desse pecado. Nunca vamos fazer algo que a nossa consciência mais tarde nos censurará e nos causará tristeza: não me remorderá o meu coração (Jó 27.6).

10. Ela se submete ao seu favor: quando o SENHOR fizer bem a meu senhor, lembra-te, então, da tua serva, como alguém que guardou o senhor de fazer algo que causaria desgraça à sua honra, inquietaria a sua consciência e colocaria uma mancha na sua história. Temos motivos para lembrar com respeito e gratidão aqueles que foram úteis para nos guardar do pecado.

 

Nabal e Abigail - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

- Davi Acalma-se com a Oferta e a Argumentação de Abigail

1 Samuel 25:32-35

Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte (Pv 25.12). Abigail era uma exortadora sábia em relação à ira de Davi, e ele tinha um “ouvido ouvinte” para a repreensão, de acordo com seu próprio princípio (Sl 141.5): Fira-me o justo, será isso uma benignidade. Nunca uma admoestação como essa foi mais bem dada ou mais bem recebida.

I

Davi agradece a Deus por enviar a ele essa repreensão favorável para que não cometesse esse pecado (v. 32): Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. Observe:

1. Deus deve ser reconhecido em toda benignidade que os nossos amigos nos fazem, tanto para a alma quanto para o corpo. Quando alguém vem ao nosso encontro com conselho, direção, conforto, cautela e repreensão oportuna, devemos reconhecer que foi Deus quem enviou essa pessoa.

2. Deveríamos ser muito gratos pelas providências favoráveis, que são meios de evitar o pecado.

II

Ele agradece a Abigail o fato de interpor-se tão oportunamente entre ele e a maldade que estava prestes a cometer: bendito o teu conselho, e bendita tu (v. 33). A maioria das pessoas acha que é o bastante quando recebem uma repreensão com paciência; encontramos poucos que a receberão com gratidão e louvarão aqueles que a transmitiram e a reconhecerão como um favor. Abigail não se regozijou mais pelo fato de ter sido útil para salvar seu marido e família da morte do que Davi pelo fato de Abigail ter sido um instrumento para evitar que ele e seus homens pecassem.

III

Davi parece muito apreensivo em relação ao grande perigo que o rondava, o que ressaltou a misericórdia do seu livramento.

1. Ele reconhece que o pecado era muito sério. Ele estava se encaminhando para derramar sangue, um pecado que o horrorizou quando estava em seu perfeito juízo. Testemunhamos isso pela sua oração: Livra-me dos crimes de sangue (Sl 51.14). Ele veio vingar-se com sua própria mão, e isso seria o mesmo que interferir com o trono de Deus, que tinha dito: Minha é a vingança; eu recompensarei (Rm 12.19). Quanto mais abominável for um pecado, maior é a misericórdia em manter-se afastado dele. Parece que ele reconhece a seriedade do seu intento, ao perceber que cometeria uma grande injustiça a uma mulher sábia e benevolente como Abigail: Deus me impediu que te fizesse mal (v. 34). Ou talvez, num primeiro momento quando viu Abigail, ele estivesse consciente do pensamento de ter causado dano a ela, pelo fato de opor-se a ele e, por esse motivo, considera que Deus foi misericordioso em conceder-lhe paciência para ouvir o que tinha a dizer.

2. Ele ressalta o perigo iminente de cometer tamanha atrocidade: “Se tu não te apressaras, a execução sangrenta teria ocorrido”. Quanto mais próximos estamos de cometer o pecado, maior é a misericórdia de um impedimento oportuno: os meus pés quase que se desviaram (Sl 73.2), mas permaneceram firmes.

IV

Ele a despede com uma saudação de paz (v. 35). Ele, na verdade, reconhece que foi convencido pela eloquência dela: “Tenho dado ouvidos à tua voz, e não darei seguimento à vingança planejada, porque tenho aceitado a tua face. Estou plenamente contente com você e com o que disse”. Observe: 1. Homens sábios e justos darão ouvidos à razão, e permitirão que ela os governe, embora venha daqueles que são seus inferiores e embora os seus ânimos estejam exaltados e seus espíritos afrontados. 2. Um juramento não pode nos obrigar a cometer algo pecaminoso. Davi tinha jurado solenemente que mataria Nabal. Ele fez mal em fazer um juramento como esse, mas teria feito pior, caso o tivesse cumprido. 3. Uma repreensão sábia e fiel é, com freqüência, mais bem-recebida, e traz melhores resultados do que esperávamos; tal é a influência que Deus tem sobre a consciência das pessoas (Provérbios 28.23).

 

Nabal e Abigail - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

-  Nabal Morre e Davi Casa-se com Abigail

1 Samuel 25:36-44

Lemos aqui o relato da morte e funeral de Nabal e o casamento de Abigail com Davi.

I

O funeral de Nabal. O apóstolo fala de algumas pessoas que são como certas árvores, duas vezes mortas (Jd 12). Observa-se aqui que Nabal esteve três vezes morto, embora tivesse sido salvo surpreendentemente da espada de Davi e livrado de uma morte tão cruel. A preservação dos ímpios é uma restrição para algum ataque ainda pior da ira divina. Lemos aqui:

1. Nabal estava mui embriagado, “como se estivesse morto” (v. 36). Abigail veio para casa e, pelo que parece, ele tinha tantas pessoas na festa e tanta fartura que não sentiu a falta dela, nem dos mantimentos que ela levou a Davi; mas ela o encontrou no meio da sua festança, não imaginando quão próximo esteve de morrer na mão de alguém que tinha tornado seu inimigo de maneira insensata. Os pecadores, com frequência, sentem-se mais seguros quando estão diante de grandes perigos e com a destruição batendo à porta. Observe:

(1) Sua extravagância no banquete em sua casa: Ele tinha em sua casa um banquete, como banquete de rei, em esplendor e abundância, embora os convidados fossem apenas seus tosquiadores. Essa abundância talvez pudesse ser permitida caso estivesse claro para ele o propósito que Deus tinha com os seus bens. Certamente, não era para parecer notável, mas para fazer o bem ao próximo. Os mais avarentos tendem a ser mesquinhos quando são chamados a contribuir e praticar atos de caridade, mas tendem a ser muito esbanjadores em caprichos e luxos vaidosos. Essas pessoas contribuem de má vontade para Deus e aos seus pobres. Eles querem mostrar boa aparência na carne, gastando o ouro da bolsa (Gálatas 6.2; Isaías 46.6). Se Nabal não tivesse agido de acordo com o seu nome, ele nunca teria ficado tão seguro e alegre antes de investigar se estava salvo do ressentimento de Davi; mas (de acordo com o bispo Hall) esses loucos são homens carnais, que se entregam aos seus prazeres, antes de tomar qualquer cuidado para fazer as pazes com Deus. (2) Sua estupidez na tolerância do seu próprio apetite animalesco: ele estava mui embriagado, um sinal de que era de fato Nabal, um tolo, que não sabia usufruir a sua abundância sem abusá-la, que não conseguia se alegrar com seus amigos sem se tornar abominável. Quando a pessoa bebe em excesso mostra que possui pouca sabedoria e tem grandes chances de perder o pouco que tem. Nabal, que achava que não era sábio esbanjar em obras de caridade, estava disposto a esbanjar em suntuosidade. Abigail, encontrando-o nesse estado (e, provavelmente, os que participaram do banquete, em condições semelhantes, já que o senhor da festa lhes era um péssimo exemplo), tinha mais do que fazer para arrumar um pouco a casa desarrumada. Ela preferiu não contar a Nabal o que havia feito em relação a Davi, do seu perigo e livramento, porque, estando embriagado, era incapaz de dar ouvidos à razão, e muito menos ainda de expressá-la. Procurar aconselhar um embriagado é o mesmo que deitar pérolas aos porcos (Mt 7.6). É melhor esperar até que estejam sóbrios.

2. Nabal estava “morto” em melancolia (v. 37). Na manhã seguinte, quando Nabal havia recobrado um pouco de sua sobriedade, sua esposa contou-lhe quão perto da destruição ele e sua família haviam estado por causa de sua grosseria. Ela também descreveu o que precisou fazer para impedir essa destruição. Ao ouvir essas palavras, se amorteceu nele o seu coração, e ficou ele como pedra. Alguns sugerem que o dispêndio da gratificação dada a Davi, por Abigail, quebrou o seu coração. Parece mais provável que a percepção que agora tinha do perigo do qual escapou o colocou em choque e apoderou-se do seu espírito, a ponto de não conseguir recuperar-se. Ele ficou pálido, sem fala, envergonhado pela sua loucura, ainda mais evidenciado pela sabedoria da esposa. Como ele mudou! Seu coração que estava “alegre” durante a noite se encontra pesado como uma pedra na manhã seguinte. Tão enganosos são os prazeres carnais; tão passageiros o riso dos tolos. O fim da alegria é tristeza (Pv 14.13). Os beberrões às vezes se entristecem quando refletem na sua própria loucura. A alegria em Deus torna o coração sempre leve. Abigail jamais poderia, pelo seu raciocínio sábio, levar Nabal ao arrependimento; mas agora, pela sua repreensão fiel, ela o leva ao desespero.

3. Nabal, finalmente, morre de fato: E aconteceu que, passados quase dez dias, depois de permanecer tanto tempo debaixo dessa pressão e dor, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu (v. 38); pelo que parece, ele nunca mais levantou sua cabeça. É lícito para Deus (diz o bispo Hall) que aqueles que vivem sem graça também morram sem conforto. Não podemos esperar um fim melhor, se continuarmos em nosso pecado. Parece que não houve pranto pela morte de Nabal. Ele partiu sem ser pranteado. Todos estavam aliviados com a sua morte. Ouvindo Davi que Nabal morrera, agradeceu a Deus por isso (v. 39). (1) Davi bendisse a Deus por tê-lo impedido de matá-lo: Bendito seja o SENHOR, que deteve a seu servo do mal. Ele alegrou-se pelo fato de Nabal ter morrido de morte natural e não por suas mãos. Deveríamos aproveitar todas as oportunidades para ressaltar e exaltar a bondade de Deus pelo fato de guardar-nos de pecar. (2) Davi bendisse a Deus pelo fato de o Senhor ter tomado a obra em suas próprias mãos, vindicando a honra de Davi, não permitindo que ficasse impune aquele que o havia insultado. Dessa forma, a sua importância foi confirmada, e todos deveriam temê-lo, uma vez que Deus lutava por ele. (3) Davi bendisse a Deus que o havia encorajado, e a todos os outros, a entregar sua causa a Deus quando são de alguma forma ofendidos, com a certeza de que, no seu devido tempo, Ele reparará suas injustiças, caso permaneçam serenos e entreguem a situação a Ele.
II
O casamento de Abigail. Davi estava tão encantado com a sua beleza e a prudência incomum de sua conduta e trato que, tão logo foi conveniente, depois de ouvir que ela havia ficado viúva, a informou de sua simpatia por ela (v. 39). Ele não duvidava que alguém que mostrou ser uma esposa tão boa a um marido tão mal se tornaria uma boa esposa para ele. Davi ficou impressionado com o respeito que ela mostrou por ele e a sua confiança de que subiria ao trono.
1. Ele pediu a sua mão em casamento por meio de representantes, talvez impedido pelas suas obrigações de vir pessoalmente.
2. Ela recebeu a oferta com grande modéstia e humildade (v. 41), considerando-se indigna da honra. Abigail teve um respeito tão grande por Davi que prazerosamente teria sido uma das servas mais pobres de sua família, dispondo-se a lavar os pés dos outros servos. Ninguém está tão bem-preparado para ser promovido do que aquele que está disposto a se humilhar dessa forma. 3. Ela concordou com o pedido de casamento, foi com seus mensageiros e um cortejo de acordo com sua qualidade, e foi sua mulher (v. 42). Ela não o censurou por causa das suas necessidades atuais, nem perguntou como a poderia sustentar, mas o respeitou: (1) Porque sabia que ele era um homem muito bom. (2) Porque acreditava que ele seria, no devido tempo, um homem muito notável. Ela se casou com ele por fé, não se importando com o fato de agora não ter uma casa aonde pudesse levá-la, mas que a promessa de Deus se cumpriria no devido tempo. Assim, aqueles que se unem a Cristo devem estar dispostos agora a sofrer por Ele, crendo que na vida futura, reinarão com Ele.
Por último, temos um breve relato das esposas de Davi.
1. Uma que ele havia perdido antes de casar-se com Abigail, Mical, a filha de Saul, sua primeira, e a esposa de sua mocidade, a quem teria sido leal, caso ela tivesse se mantido leal a ele. Mas Saul a tinha dado a outro (v. 44), como sinal do seu desgosto por ele, desaprovando sua relação de sogro com ele.
2. Outra mulher com que ele casou além de Abigail (v. 43), e, pelo que parece, antes dela, pelo fato de ser mencionada primeiro (1Sm 27.3).
3. Davi foi influenciado pelo costume corrompido daqueles tempos. Mas, no início não era assim, nem é assim agora, depois da vinda do Messias, e nos tempos da reforma (Mt 19.4,5). Talvez o fato de Saul privar a Davi de sua única esposa por direito tenha sido a ocasião em que incorreu nessa irregularidade; porque, quando o laço do amor conjugal é desatado uma vez, ele dificilmente é atado novamente. Quando Davi foi impedido de ficar com a sua primeira esposa, ele achou que teria uma desculpa para não permanecer com sua segunda. Mas acabamos nos enganando se achamos que podemos tornar as faltas dos outros um pretexto para as nossas próprias faltas.
 
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ABIGAIL - Dicionário Wycliffe
1. Esposa de Nabal de Maom, nas proximidades do Carmelo, no território da tribo de Judá. Era uma mulher formosa e de bom senso. Quando Nabal tratou Davi grosseiramente, este ficou muito irritado e queria vingar-se. Abigail, ouvindo a loucura de seu esposo, preparou uma generosa dádiva de suprimentos e levou a Davi e seus homens. Com prudentes palavras de reconciliação, ela controlou sua ira e salvou a vida de Nabal. Mas, cerca de dez dias depois, ele morreu, aparentemente de um derrame. Davi admitiu que a mulher havia evitado que ele cometesse um ato extremamente grave ao procurar vingar-se de seu inimigo (1 Sm 25), Depois disso, sentiu-se livre para cortejá-la tendo ficado profundamente impressionado por sua prática discrição e bom senso. Quando se viu obrigado a fugir para Gate, levou-a consigo (1 Sm 27.3). Abigail foi uma de suas seis esposas naqueles dias. Em Hebrom, ela teve um filho de Davi, chamado Quileabe, seu segundo filho (2 Sm 3.3). Entretanto, em 1 Crônicas 3.1 esse filho é chamado de Daniel.
2. Abigail também é nome de uma irmã de Davi que se tornou mãe de Amasa (1 Cr 2.16 s.). H. C. L.
 
"Tanto os servos de Nabal (cujo o nome em hebraico significa 'tolo', insensato intelectualmente e moralmente) quanto sua esposa concordavam quanto à maldade de seu senhor. Quando retornou à sua fazenda, Abigail encontrou seu marido comendo e bebendo como um rei. Ele estava tão bêbado, que ela não lhe contou sobre sua pequena escapada até o dia seguinte, quando estava sóbrio. Após ouvir sobre o perigo que estava exposto, alguns entenderam que Nabal sofreu um ataque cardíaco ou talvez uma congestão e ficou 'como pedra'. Dez dias depois 'feriu o Senhor a Nabal, e este morreu'. Davi considerou sua morte como um ato de DEUS, pelo qual foi vingado e protegido de derramar sangue por si mesmo.
Pouco tempo depois, Davi enviou servos para pedirem a mão da viúva em casamento. Abigail graciosamente e sem hesitar consentiu, dizendo: 'Eis aqui a tua serva servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor.' Em sua segunda viagem ao campo de Davi, ela foi acompanhada de seus bens pessoais e cinco servas a fim de permanecer com Davi como sua segunda esposa. Mais tarde ela foi com Davi para Hebrom e Jerusalém, como sua rainha" (Dicionário Bíblico Wycliffe 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1324).
 
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Bíblia de Estudo Pentecostal BEP
25.32 DEUS... TE ENVIOU. Deus enviou Abigail para impedir que Davi fizesse uma grande injustiça contra todos os homens de Nabal (v. 34). Davi reconheceu seu grande mal ao planejar uma vingança tão terrível contra eles. Há ocasiões em que Deus envia alguém ao nosso encontro para nos aconselhar segundo a sua vontade, a fim de abrir nossos olhos e nos impedir de cometer iniquidade. Ao recebermos conselhos dos outros, devemos julgar nossos planos segundo a Palavra de Deus e a orientação do Espírito em nosso coração (ver Rm 8.14).
 
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ABIGAIL: A lei da ligação (25.1-42)  - Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell
RELACIONAMENTOS: A saudável Abigail e o mesquinho Nabal (25.1 -42)
Perfil de Liderança
ABIGAIL
A lei da ligação
(ISm 25.1-42)
Depois da morte de Samuel, Davi mudou-se para o deserto de Parã. Ali encontrou pastores apascentando os rebanhos do rico Nabal, homem insolente, rude e contencioso. Nabal era casado com Abigail, mulher bonita, inteligente e intuitiva. A esposa sábia de Nabal salvou a vida miserável dele.
Quando Nabal ofendeu Davi, Abigail agiu rapidamente para contornar uma situação delicada. Ofereceu uma grande festa e saiu para encontrar-se com Davi. As ações decisivas de Abigail atenderam a necessidade premente de alimentar os homens de Davi. Eles também acalmaram Davi e o impediram de vingar-se. Abigail viveu a lei da ligação.
Depois que retornou para casa, Abigail resguardou-se e decidiu não tratar com Nabal até que ele ficasse sóbrio. Independentemente da rudeza e do comportamento reprovável de seu marido, Abigail respondeu sincera e respeitosamente. Mais tarde, Deus mesmo vingou Davi e retirou Nabal de cena.
Davi nunca esqueceu-se desse encontro. Ele sabia se uma mulher era de Deus quando a via. Depois da morte de Nabal, Davi escolheu Abigail para esposa. A paciência e a submissão dela em tempos difíceis, bem como a sua sabedoria e as habilidades de solucionar problemas prepararam Abigail para ser uma excelente esposa para Davi. Davi valorizou a força de Abigail e sentiu-se fortemente atraído a essa líder feminina altamente capaz.
 
21 Qualidades Relacionamentos
A saudável Abigail e o mesquinho Nabal - (ISm 25.1-42)
Peça que pessoas mencionem seu personagem preferido na Bíblia e, provavelmente, você vá ouvir o nome Abigail, Graças à coragem, ao senso comum e algumas fabulosas habilidades de relacionamento de Abigail, ela salvou sozinha a sua família da destruição certa.
Seu marido Nabal, por outro lado, quase provocou a morte de toda a família. O nome Nabal significa "tolo," e ele viveu dessa maneira. Homem sem discernimento e egoísta, recusou-se prover para Davi e os soldados dele. Irritado. Davi reuniu as suas tropas para matar todos do sexo masculino da família de Nabal. Ele o teria feito isso, exceto Abigail Observe as lições de relacionamento que aprendemos dela:
 
Lições de relacionamento de Abigail
1. Iniciativa arriscada: Abigail deu o primeiro passo em direção a Davi para solucionar uma situação complicada.
2. Segurança emocional: Abigail demonstrou segurança interna na sua identidade.
3. Humildade genuína: Abigail submeteu-se a Davi, prostrando-se aos seus pés e buscando o seu favor.
4. Responsabilidade pessoal: Abigail assumiu responsabilidade por Nabal e explicou o mau comportamento dele.
5. Atitude desprendida: Abigail focou inteiramente o bem-estar e o futuro sucesso de Davi.
6. Espírito generoso: Abigail ofereceu a Davi e aos seus soldados a escolha de um presente para a viagem.
7. Abordagem sincera: Abigail pediu diretamente a Davi para perdoar Nabal.
8. Raciocínio rápido: Abigail sugeriu que Davi não seria bom se uma matança pesasse na sua consciência.
9. Perspectiva eterna: Abigail viu Davi e o relacionamento deles sob o ponto de vista divino.
10. Afirmação gentil: Abigail pensou no benefício de Davi e lhe falou palavras de encorajamento.
 
De que são feitos os bons relacionamentos
Líderes eficientes crescem nas suas habilidades de relacionamento da seguinte maneira:
• Têm cabeça de líder: compreendem pessoas
Abigail sabia como apelar a Davi a fim de atingir o alvo dela.
• Têm coração de líder: amam pessoas
Abigail assumiu o papel de serva, submetendo-se a Davi e ao marido dela. Sentiu-se o suficientemente segura para servir.
• Têm mão de líder: ajudam pessoas
Abigail deu a Davi e aos seus homens o que precisavam. Valorizou Davi e, dessa maneira, salvou a vida da família dela.
 
Nabal: o outro sapato cai
A esposa de Nabal pode ter exagerado nos relacionamentos, mas Nabal tropeçou. O casamento deles ilustra que os opostos, de fato, se atraem.
Quando Davi e os seus soldados estavam se preparando para atravessarem a propriedade de Nabal, Davi enviou alguns homens à frente para perguntar a Nabal se ele podia lhes dar alguma coisa: alimento, lã, bebida, qualquer coisa; eles não faziam questão de escolher. Mas Nabal recusou-se a dar sequer um pouco de tempo. Xingou em voz alta e mandou-os embora com insultos. Que tolo!
Nabal devia lembrar-se que Davi tinha salvo a nação das ameaças de Golias e dos filisteus. Devia lembrar-se que o profeta Samuel tinha ungido a Davi para ser o próximo rei. Devia lembrar-se que, há muito tempo, Davi tinha protegido os homens e as propriedades de Nabal. Mas, se Nabal sabia algumas dessas coisas, não deu atenção. Além disso, Nabal recusou-se a recompensar o favor de Davi.
Então, Nabal era um criminoso? Fez ele alguma coisa ilegal ou imoral? De fato, não. Ele, simplesmente, sabotou a sua liderança por falta de habilidades de lidar com pessoas.
Nabal serve como protótipo de muitos pastores e líderes atuais. Como Nabal, ocupamos-nos tanto com as nossas próprias tarefas e a vida pessoal ao ponto de negligenciamos o único recurso eterno nesta terra: pessoas. Em que exatamente Nabal falhou para desenvolver habilidades de relacionamento saudável?
 
Por que Nabal falhou?
1. Nabal ficou rico e satisfeito e não pensou sobre a necessidade de construir relacionamentos (v. 2).
2. Nabal tornou-se egoísta e desconfiado de outros; não conseguia vencer o seu temperamento malvado (v. 3).
3. Nabal não deu nem recebeu encorajamento; ficou insensível a atitudes positivas (v. 6).
4. Nabal esqueceu como outros o tinham abençoado no passado; contava apenas as suas perdas (vs. 7-8).
5. Nabal minimizava pessoas e esquecia o nome delas; sua insegurança o impediu de ser generoso (v. 10).
6. Nabal não percebia motivos para ajudar outros; sofria de motivos centrados em si (v. 11).
7. Nabal desejava construir apenas o seu próprio "reino," não o Reino de Deus (v. II).
Quadros de quatro palavras
O que Nabal poderia ter feito para aperfeiçoar as suas habilidades de relacionamento? Para começar, poderia ter abraçando os seguintes quadros de palavras:
1. Anfitrião
Assim como o anfitrião toma a iniciativa e se esforça para que o hóspede se sinta confortável no seu lar, assim nós devemos hospedar relacionamentos em nossa vida.
2. Médico
Assim como o médico não faz uma prescrição sem antes realizar o diagnóstico, assim nós devemos esquadrinhar e estimular outros com perguntas, para que as nossas respostas atendam necessidades relevantes.
3. Conselheiro
O bom conselheiro ouve ativamente. Já que a primeira necessidade emocional de pessoas hoje é a de serem compreendidas, devemos aprofundar as nossas habilidades de audição.
4. Guia turístico
Você contrata um guia turístico para ajudá-lo a chegar ao destino planejado. Deus quer que sirvamos de "guias turísticos" espirituais para outros, ajudando-os a atingirem o seu potencial.
 
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Abigail - Comentários da Bíblia Diário Vivir (ESP)
25.2-11 Nabal se negou com rudeza à petição do Davi para que alimentasse a seus seiscentos homens. Se simpatizarmos com o Nabal é porque hoje em dia os costumes são muito diferentes. Primeiro, a simples hospitalidade demandava que se alimentasse aos viajantes sem importar seu número. Nabal era muito rico e facilmente poderia ter confrontado a petição do Davi. Segundo, Davi não pedia esmola. Seus homens tinham estado protegendo a força de trabalho do Nabal e parte de sua prosperidade a devia à vigilância do Davi. Devemos recompensar a quem protege e ajudam a prosperar, até se não estarmos obrigados a fazê-lo pela lei nem pelo costume.
25.24 Davi não estava de bom humor quando saiu rumo à propriedade do Nabal (25.13, 22). Não obstante, deteve-se escutar as palavras da Abigail. Se lhe tivesse feito caso omisso, tivesse sido culpado de tomar vingança com suas mãos. Não importa se pensarmos que temos toda a razão, sempre devemos ser cuidadosos para nos deter e escutar o que outros têm que dizer. À larga, o tempo e o esforço extra podem nos economizar muita dor e problemas.
25.36 devido a que Nabal estava ébrio, Abigail esperou até a manhã seguinte para lhe dizer o que tinha feito. Sabia que Nabal, em sua bebedeira, poderia não compreendê-la ou reagiria de maneira néscia. Quando há assuntos difíceis de discussão, sobre tudo entre os membros da família, o tempo adequado é o mais importante. Peça a Deus sabedoria para encontrar o melhor momento para enfrentá-los e mais ainda sem são delicados.
25.44 A história do Davi e Mical não termina aqui.
Abigail
Alguns homens não se merecem a suas algemas. Abigail foi possivelmente a melhor mulher que Nabal pôde alguma vez ter e obteve mais do que negociou quando fez os acertos para casar-se com ela. Abigail era formosa e mais capaz que ele para dirigir sua riqueza. Mas Nabal não tomava em conta a sua esposa.
Apesar de seus reversos, a família do Nabal fez o que pôde para mantê-lo longe dos problemas. Esta lealdade deveu havê-la inspirado Abigail. Embora sua cultura e seu marido a consideravam de pouco valor, ela utilizou a maior parte de suas habilidades e oportunidades. Ao Davi impressionou suas habilidades. E quando Nabal morreu, casou-se com ela.
Abigail foi uma excelente conselheira para os dois homens de sua vida, trabalhou muito duro para evitar que fizessem coisas sem pensar. Por suas ações rápidas e negociações ardilosas, evitou que Davi se vingasse do Nabal. Teve a visão do panorama completo e permitiu a grande intervenção de Deus.
Vê você, ao igual a Abigail, além da presente crise? Observa, como ela, o quadro completo? Utiliza suas habilidades para promover a paz? É leal sem por isso ser cego? Que provocação ou responsabilidade enfrenta hoje que necessite uma pessoa sob o controle de Deus?
Pontos fortes e lucros :
-- Sensível e capaz
-- Oradora persuasiva, capaz de ver além de si mesmo
Lições de sua vida :
-- As situações difíceis da vida fazem surgir o melhor das pessoas
-- A gente não necessita um título famoso para desenvolver um papel significativo
Dados gerais :
-- Onde: Carmelo
-- Ocupação: Dona-de-casa
-- Familiares: Primeiro marido: Nabal. Segundo marido: Davi. Filho: Quileab (mesmo Daniel de 2 Cr 3)
-- Contemporâneos: Saul, Mical, Ahinoam
Versículos chave :
"E disse Davi a Abigail: Bendito seja Jeová Deus do Israel que te enviou para que hoje me encontrasse. E bendito seja seu raciocínio, e bendita você, que me estorvaste que ir derramar sangue, e a me vingar por minha própria mão" (1 Sam 25:32-33).
Sua história se relata em 1 Samuel 25-2.
 
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Abigail - 1Sm 25:1-44 Comentário Neves de Mesquita
Davi, Nabal e Abigail (25:2-44)
Davi seguiu para o deserto de Parã, que outros textos confundem com Maom, onde morava Nabal, o rico criador. Por muitas vezes Davi protegera os gados deste rico fazendeiro, como os seus criados mesmo confessaram: "Davi e seus homens eram como muralha em redor dos rebanhos." Era o tempo da tosquia, no verão, e sempre havia festa. Os tosquiadores eram certos profissionais que cortavam a lã das ovelhas, de modo a não estragar os fios. A lã era depois industrializada para confecção de roupas e tapetes. Nabal deu uma festa, e comeu e bebeu e embebedou-se. Davi, próximo de Maom, a terra de Nabal, mandou pedir um pouco do que estaria sobejando da festa. Mandou os seus moços com uma mensagem cordial, desejando paz e felicidade, alegando que fora seu protetor durante o ano, guardando os seus rebanhos, portanto, se tivesse alguma coisa à mão, lhe mandasse. O texto é muito expressivo, tanto na gentileza de Davi como na rudez de Nabal. A resposta de Nabal ao pedido de Davi foi uma descortesia desconhecida no Oriente, pois era praxe, sempre que se pedia alguma coisa, especialmente comida, dar-se. Nabal estava atacado do vinho e respondeu asperamente: "Quem é Davi e quem é o filho de Jessé? Um foragido do seu senhor, e nada mais." Com estas palavras despediu vazios os moços de Davi, contra todas as normas de cordialidade árabe e judaica. O que estava sobejando da festa daria para fazer uma admirável cortesia, mesmo que não levasse em conta os serviços que Davi lhe havia prestado. Os mo" voltaram tristes e surpresos.
Davi agora não era homem de sociedade, era um bandoleiro e pagava' o mal com o mal. Mandou os seus homens cingirem as espadas e tocarem para casa de Nabal, para lhe dar uma lição de mestre. Note-se que só os homens morreriam, salvando-se as mulheres e as crianças, coisa que nem sempre era praticada em situações iguais. Quatrocentos homens armados com as armas da época subiram à casa de Nabal, ficando duzentos guardando a bagagem, as mulheres e crianças.
Nesse tempo (v. 14) um dos pastores de Nabal dirigiu-se à mulher do fazendeiro e lhe disse como Davi tinha procedido durante todo o tempo em que estiveram no deserto. Agora, tendo seu amo destratado os servos de Davi, o mal estava determinado, e ela, mulher sensata, visse o que poderia fazer, porque todos iam morrer por causa da loucura de um bêbedo. Abigail ouviu o moço e, ajuizada como era, procurou um meio de evitar a catástrofe. Era bem o oposto do marido: ele, um doido beberrão; ela, mulher sensível e sensata. Sem perder tempo, preparou um presente para Davi, composto de cinco ovelhas assadas, dois odres de vinho, duzentos pães, cinco medidas de trigo tostado, cem cachos de passas e duzentas pastas de figos secos. Por esta amostra pode ver-se que a casa de Nabal era uma casa abastada, pois mesmo que estivessem no verão, quando os figos ainda estariam secando e as passas ainda não estariam secas, havia muita coisa do ano anterior. Botou tudo em cima de um jumento e ela mesma foi atrás. Seu marido de nada soube, mesmo porque não estava em condições de saber, senão de beber. Quando ela viu Davi, desmontou, porque uma mulher não podia encontrar-se com um homem montada num animal; prostrou-se com o rosto em terra, lançou-se aos pés de Davi e fez a sua confissão: Davi não ligasse para o que seu marido tinha feito, era um homem de Belial, pois isso mesmo seu nome significava (25:25); recebesse o presente oferecido por ela aos seus moços; ". . tão certo como vive o Senhor e a tua alma, foste por este impedido de derramar sangue e de te vingares por tua própria mão" (v. 26). Mais adiante diz ela: "Se algum homem se levantar para te perseguir, e buscar a tua vida, então a tua vida será atada no feixe dos que vivem com o Senhor teu Deus." "Atar no feixe" é uma figura muito interessante da proteção de Deus e da guarda e da preciosidade, devendo referir-se à perseguição de Saul, que ela bem conhecia. "Porém a vida dos teus inimigos, este a arrojará como se atirasse uma pedra do vazio de uma funda." Abigail era uma poetisa, pois as figuras que usa na sua saudação a Davi, denotam a sua cultura e o seu conhecimento dos fatos em Israel.
Face a esta saudação não havia coração de guerreiro que não se quebrantasse. Abigail não apresentou apenas escusas pela conduta do marido; pediu-lhe aceitar o seu presente, e foi mais longe, suplicando: "Quando o Senhor te houver feito o bem, lembrar-te-ás da tua serva" (v. 31). Ela sabia que Davi um dia seria o rei de Israel, e então deveria lembrar-se da sua generosidade, pois por agora nem suspeitaria o que no futuro lhe ia acontecer. De fato, o haver evitado que Davi derramasse sangue sem culpa, seria motivo para ser lembrada mais tarde. Jamais teria passado pela sua cabeça que em breve seria viúva de Nabal e mulher de Davi. Isso estava longe de seus pensamentos, pois nem ela se julgaria digna de tal honra, visto como, apesar de Davi estar foragido da sua terra, ainda repousariam sobre ele as bênçãos prometidas.
O coração de Davi amoleceu com a saudação afetuosa de Abigail e o presente (bênção) que ela trazia. "Bendita seja a tua prudência, bendita sejas tu mesma. . . " Uma admirável paga pelas boas palavras da mulher. Davi reconheceu, não fosse ela, teria derramado muito sangue inocente e seria um igual a Saul, destruidor de sacerdotes do Senhor e de uma cidade inteira. Davi recebeu o presente e mandou-a em paz para sua casa. Estas ocorrências, nos sagrados textos, dão-nos bem a medida dos bons e maus costumes em Israel. Havia muito sentimento nobre e bom, muita atitude elevada. Havia também muita carnalidade, muita crueldade. Tratava-se de um povo primitivo em cultura social e mesmo religiosa, de modo que os leitores da Bíblia devem anotar as coisas boas e más e não julgar apenas por um lado.
10. A Morte de Nabal (vv. 36-38)
Tudo que Abigail fez foi à revelia de seu marido, mesmo porque o vinho não daria a este capacidade de julgar. No dia seguinte, ela relatou tudo quanto se passara, de como ele e a sua gente tinham escapado com vida, graças à sua iniciativa. Nabal ouviu tudo e ficou como pedra. O medo, mesmo que tudo tivesse já passado, veio agora sobre ele, e o coração parou. Dez dias depois Deus o matou. Que bom seria se Deus matasse todos os que perseguem a vida dos crentes e das igrejas! Isso, porém, foi noutros tempos. Nabal morreu...
11. Davi Casa com Abigail (vv. 39:43)
Feito o julgamento de Deus sobre Nabal, Abigail estava livre para se casar, e, de acordo com os costumes orientais, os chefes dispunham do direito de vida sobre os seus súditos. Então Davi mandou um recado a Abigail para vir ao seu encontro. Até esta hora, ele se mantinha afastado do mulherio, tão à moda do Oriente, mas agora casa com a viúva de Nabal e também toma outra mulher, por nome Ainoã, israelita. O texto não é muito claro, se já a tinha tomado ou se a tomou agora. Esta que chamamos "segunda mulher" era da região onde ele perambulava, o Jizreel do sul. Havia dois lugares com este nome, um mais ao norte, vasto, descampado, muito fértil, e outro ao sul, nos confins de Judá. Este ficava perto de Maom, a terra de Nabal, também conhecida como o Carmelo, não o de Elias, ao norte, mas ao sul. O leitor da Bíblia deve ter todo cuidado em não confundir certos lugares, porque havia muitos nomes iguais. Tanto Maom como Carmelo não têm sido identificados pela arqueologia, mas a região é conhecida, pois ficavam a oeste do Mar Morto, no chamado deserto de Judá. Uma região inóspita e agreste, boa para pastagens de cabras e ovelhas. Foi nesta região, diga-se outra vez, que Davi protegeu os rebanhos de Nabal, que tão mal lhe soube retribuir. Assim estava agora Davi sem pouso certo, com duas esposas, e, mais tarde, quando se mudou para Hebrom, ainda arranjou mais quatro. Se alguma desculpa o autor puder dar a Davi, é a de ele desejar uma numerosa família; o custo disso, porém, era alto, pois as desavenças, as intrigas, os fuxicos domésticos eram tremendos. Seja como for, temos agora Davi com duas mulheres. Ainoã não conhecemos, mas Abigail era uma dona de casa de primeiro plano, pelo tato e critério com que evitou o desastre que a tolice de seu falecido marido teria determinado.
II Samuel 17:25 informa que Abigail era filha de Naás, mas aqui é mencionada como filha de Jessé. Ainda, segundo o livro de Samuel, era ela irmã de Zeruia e mãe de Joabe, que se tornou um dos valentes de Davi. Se era filha de Naás, talvez seja meio irmã de Davi, tal como tinha acontecido com Abraão e Isaque. Jeter é mencionado em II Samuel 17:25 como Itra, o ismaelita, em ambos os passos. A diferença de grafia não deve preocupar-nos, porque era coisa muito possível na transcrição de um texto. Entendemos, então, que Jeter (v. 17) é o mesmo que Itra em Samuel. Como entra aqui um filho de Ismael na descendência de Davi é difícil de explicar, mas este não é o primeiro caso.
 
2 Sm 17.25 Absalão pusera Amasa à frente do exército em lugar de Joab. Esse Amasa era filho de um tal Jetra, ismaelita, que se unira a Abigail, filha de Naas, irmã de Sarvia, mãe de Joab. 26 Os israelitas e Absalão acamparam na terra de Galaad. 27 Quando Davi chegou a Maanaim, Sobi, filho de Naas, de Raba dos amonitas, Maquir, filho de Amiel de Lodabar, e Berzelai, o galaadita, de Rogelim, 28 vieram trazer-lhe camas, tapetes, copos e vasilhas, bem como trigo, cevada, farinha, grão torrado, favas, lentilhas, 29 mel, manteiga, ovelhas e queijos de leite de vaca. Trouxeram tudo isso a Davi e às suas tropas, para que se alimentassem, dizendo: Estes homens sofreram certamente fome, fadiga e sede no deserto.
 
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ABIGAIL (Dicionário Champlin)
No hebraico quer dizer «pai da alegria» ou «exultação».
1.    Esposa de um próspero criador de ovelhas, Nabal, que habitava em Maom, no distrito de Carmelo, a oeste do mar Morto (I Sam. 25:3; 27:3), 1000 A.C. Era conhecida por sua beleza física. Mostrou-se pronta e discreta nas medidas que tomou para afastar a indignação de Davi, violentamente excitado pelo tratamento insultante que seus mensageiros receberam da parte de Nabal, quando buscavam provisões. Apressadamente ela preparou um suprimento liberal de provisões, de que as tropas de Davi muito necessitavam, e saiu ao encontro dele com uns poucos servos, à sua frente. Davi estava a caminho para exterminar Nabal e tudo quanto ele tinha. A ação de Abigail abrandou a ira de Davi, ao ponto dele ver que estava exagerando, e que poderia ter cometido grande injustiça. A beleza e a prudência de Abigail impressionaram de tal modo Davi que, não muito tempo depois, quando Nabal falecera, ele mandou buscá-la para ser sua esposa (I Sam. 25:14-42). Dali por diante ela tornou-se sua companheira inseparável em todas as coisas, boas e más (1Sam. 27:3; 30:5; II Sam. 2:2). Quileabe ou Daniel - estudiosos crêem que o Quileabe de II Sam. 3:2 é o mesmo Daniel de I Crô. 3:1.
2.    Filha de Naás (Jessé) (filha de Naás, II Sam. 17:25, ou de Jessé, I Crô. 2:13-16), irmã de Davi, esposa de Jeter ou Itra, um ismaelita, e mãe de Amasa, 1008 A.C. Provavelmente era meia-irmã de Davi. Se Naás não é o mesmo Jessé, é possível que Jessé tenha se casado com a viúva de Naás. A maioria dos críticos modernos acredita que «Naás» é um erro escribal em lugar de Jessé. Pelo menos é certo què essa Abigail e Davi tiveram a mesma mãe (se não o mesmo pai). O filho de Abigail, Amasa, por algum tempo foi o comandante do exército de Davi (II Sam. 20:4). (UM Z)
 
Abigail, mulher capaz: 1Sm 25:3,18,19; v. 6.
Abigail, o regozijo de um pai ... 6
 
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Abigail - 1Sm 25:1-44  - Comentário - NVI - F.F. Bruce
Samuel morre: Davi, Nabal e Abigail (25.1-44)
A morte de Samuel é registrada sem referência a data ou idade dele. Mas o evento é significativo; pois Samuel é a ponte entre a teocracia e os juízes e a monarquia e os grandes profetas do AT. Além disso, está claro que Davi, gravemente prejudicado por Saul, perdeu uma coluna com a morte de Samuel; “uma raiz que Davi tinha no solo israelita lhe foi tirada” (Hertzberg, p. 198).
v. lb-13. O evento seguinte mostra o tipo de vida que Davi era forçado a levar, sem recursos mas com a responsabilidade de manter uma tropa grande de 600 homens (v. 13; cf. 22.2). Ele dependia de uma rede de proteção e apoio. A maioria dos proprietários de terras lhe pagava tributos, mas um deles, Nabal, de Carmelo (evidentemente não o Carmelo ao norte, mas um lugar perto de Maom; cf. 15.12), um rico criador de ovelhas casado com uma bela mulher, Abigail. Na época da tosquia, que em geral era um tempo festivo, Davi enviou dez homens para lembrar Nabal da sua dívida, não pedindo dinheiro, mas hospitalidade para com a sua tropa. Nabal tratou o pedido com desprezo; por causa disso, Davi chamou os seus homens à ação, e 400 deles marcharam com ele, ficando 200 na base.
v. 14-35. Abigail ficou sabendo acerca das intenções de Davi, e foi lembrada da proteção muito real que ele havia oferecido. Incentivada a tomar alguma iniciativa, e sabendo da obstinação do seu marido, sem o conhecimento dele ela foi em direção ao acampamento de Davi com jumentos carregados de generosas provisões. Davi estava preparando a sua vingança quando ela chegou, cheia de humildade e desculpas pelo seu marido grosseiro e avarento: Meu senhor, não dês atenção àquele homem mau, Nabal. Ele ê insensato, conforme o significado do seu nome; e a insensatez o acompanha (v. 25). “Nabal” sugere uma pessoa que não tem respeito por Deus ou pelos homens (A. R. S. Kennedy, p. 165); o “tolo” que diz em seu coração que “não há Deus” (SL 14.1; 53.1) é um nabal. Ela ofereceu os seus presentes, reconhecendo o mal que havia sido feito a Davi e lhe assegurando da sua certeza de que ele se tornaria rei; a vida de meu senhor estará firmemente segura como a dos que são protegidos pelo Senhor o teu Deus (v. 29). Ela pediu-lhe que não manchasse a sua consciência no dia da sua vitória com sangue derramado sem razão.
O seu pedido, acrescido sem dúvida da sua beleza e charme, conquistou o coração e o perdão de Davi.
v. 36-38. Quando voltou para casa, ela encontrou a festa a pleno vapor, como o banquete de um rei (v. 36). Nabal estava tão bêbado que ela não pôde contar-lhe da sua missão até o dia seguinte. A notícia foi um grande choque para ele: ele sofreu um ataque e ficou paralisado como uma pedra (v. 37). Dez dias depois, estava morto.
v. 39-44. Um apêndice ao capítulo conta do casamento de Davi com a viúva Abigail; e uma segunda união com Ainoã, de Jezreel. Enquanto isso, Saul tinha dado sua filha Mical, mulher de Davi, a Paltiel, filho de Laís, de Galim (v. 44).
 
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Abigail - Comentário Bíblico Wesleyana
DAVI ENCONTRADO EM Maom, e na sequência ( 25: 1-44 )
A Septuaginta lê "Maom" em vez de Paran , que está em sintonia com o contexto (cf. vv. 1 , 2 ). Carmelo foi localizado perto de Hebron e não deve ser confundido com o monte perto da planície de Esdrelon.
Davi solicitado de Nabal, que viveu nessa área, que ele e seus homens pudessem receber recompensa adequada para a proteção que eles foram capazes de dar-lhe contra bandos de saqueadores.
Nabal insultou os mensageiros de Davi e assim irritou Davi que ele veio contra Nabal com a espada desembainhada e intenção de destruir Nabal e tudo o que tinha (vv. 21 , 22 ).
Abigail, esposa de Nabal, foi-me dito por um dos servos de proteção de Davi e recusa (vv. De Nabal 14-17 ). Rapidamente ela agiu para fornecer a recompensa adequada. Admitindo-se que o marido tinha agido como um "tolo", pois esse era o significado de Nabal, ela deu a Davi um presente. Porque ele foi impedido de assassinato por ação de Abigail, Davi deu louvores a Deus, que a tinha enviado para encontrá-lo (vv. 32-35 ). Além disso, quando Nabal morreu pouco tempo, por causa de excessos aparentes e um acidente vascular cerebral, Davi enviou alguns de seus homens para trazer Abigail para ser sua esposa (vv. 39-42 ).
 
Abigail é levada presa - 1 Sm 30.1-5 E sucedeu que, quando Davi e seus homens chegaram a Ziclague, no terceiro dia, os amalequitas tinham feito uma incursão sobre o Sul, e sobre Ziclague, e tinham ferido a Ziclague, e queimou-o com fogo,  e tinha levados cativos as mulheres e todos os que nela havia, tanto pequenos como grandes, eles não qualquer matou, mas os levaram consigo, e foram-se. E quando Davi e os seus homens chegaram à cidade, eis que estava queimada a fogo; e suas mulheres, seus filhos e suas filhas tinham sido levados cativos. Então Davi e as pessoas que estavam com ele levantou a sua voz e choraram, até que não tinha mais forças para chorar. as duas mulheres de Davi foram levadas cativas , Ainoã, a jizreelita, e Abigail, mulher de Nabal, o carmelita. E Davi se angustiou; pois o povo falava em apedrejá-lo, porque a alma de todo o povo estava em amargura, cada um por seus filhos e de suas filhas, mas Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus.
Abigail é liberta - 1 Sm 30.17-20 E Davi os feriu, desde o crepúsculo até a tarde do dia seguinte.: e não escapou deles um só homem, senão só quatrocentos mancebos que, montados sobre camelos, fugiram. E Davi tudo quanto os amalequitas tomara; e libertou as suas duas esposas. E não havia nada falta para eles, nem pequena nem grande, nem filhos nem filhas, nem estragar, nem qualquer coisa que eles tinham tomado a eles: Davi trouxe de volta toda. E Davi tomou todos os rebanhos e os rebanhos, o que os levava adiante outros gado, e diziam: Este é o despojo de Davi.
 
Abigail em Hebrom - Davi em Hebrom ( 2 Sm 2: 1-7 )
E aconteceu depois disto que Davi consultou ao Senhor, dizendo: Subirei a alguma das cidades de Judá? E o Senhor disse-lhe: Vai-se. E disse Davi: Para onde subirei? E ele disse: Para Hebrom. Então subiu Davi para lá, e também as suas duas mulheres, Ainoã, a jizreelita, e Abigail, mulher de Nabal, o carmelita. E os homens que estavam com ele Davi fez subir, cada um com sua família; e habitaram nas cidades de Hebron. Então os homens de Judá, veio, e ali ungiram Davi rei sobre a casa de Judá.
Abigail e filho - E a Davi nasceram filhos em Hebrom e seu primogênito foi Amnon, de Ainoã, a jizreelita; e segundo Quileabe, de Abigail, esposa de Nabal, o carmelita; e o terceiro, Absalão, filho de Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur; e o quarto, Adonias, filho de Hagite; e o quinto, Sefatias, filho de Abital; e o sexto Itreão, de Eglá, a esposa de Davi. Estes nasceram a Davi em Hebrom.
 
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Abigail - 1Sm 25:1-44  - O Novo Comentário Bíblico - Antigo e Novo Testamento com Recursos Adicionais
25.2 — Maom ficava localizada na região montanhosa de Judá (Js 15.55), cerca de 12 Km ao sul de Hebrom. O Carmelo estava localizado na fronteira da região desértica, cerca de 1,5 Km ao norte de Maom. Como nos tempos de colheita, a tosa das ovelhas era uma ocasião festiva.
25.3 — A conduta pessoal de Nabal sugere que seu nome, que significa insensato, era-lhe bem propício (v. 25). Não se sabe se ele mesmo usava tal nome ou se era o nome pelo qual as pessoas o chamavam. Nabal era um descendente da casa de Calebe, que tinha ocupado a área na época da conquista (Jz 1.20). Abigail, uma mulher de sabedoria e beleza, fazia grande contraste com a natureza rude e má de seu marido. O texto também mostra a sabedoria de Abigail (Pv 31.10). Entendimento é um substantivo (hb. sekel) relacionado com os termos usados para contrastar Davi e Saul.
25.4-9 — Nabal morava em uma região árida e possuía milhares de bodes e ovelhas, e, por isso, era alvo certo para ladrões. Davi e seus guerreiros generosamente haviam protegido os gados de Nabal e as suas propriedades (v. 15,16,21). Como era época de tosquiar as ovelhas, Nabal devia estar com grande quantidade de dinheiro, obtido pela venda da lã, de modo que poderia recompensar Davi e seus guerreiros pelo serviço prestado.
25.7 — Nem coisa alguma lhes faltou todos os dias. Davi e seus guerreiros haviam prestado proteção e não tinham tirado vantagem de sua posição e autoridade.
25.8, 9 — Davi enviou os seus guerreiros em bom dia, ou seja, em uma época em que a maioria das pessoas demonstra dose extra de generosidade. Dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que achares à mão. Aparentemente, nenhum preço havia sido arbitrado pelos serviços oferecidos.
25.10 — Quem é Davi? Nabal fingiu que não conhecia Davi. Ele adicionou insulto à injúria sugerindo que Davi poderia ser apenas mais um servo fugitivo.
25.11-14 — Nabal morava em uma região onde a água era escassa (Js 15.19).
25.15,16 — Aqueles homens têm-nos sido muito bons. Os próprios homens de Nabal testificaram a respeito do cuidado e da proteção recebidos de Davi e seus guerreiros.
25.17 — E ele é um tal filho de Belial. Os servos estavam tão furiosos com o seu amo que se referiram a ele de maneira rude para com a sua própria esposa! A expressão em hebraico utilizada para traduzir mal é literalmente filho de Belial ou filho da indignidade.
25.18 — Tomando o problema em suas próprias mãos, Abigail juntou uma grande quantidade de mercadorias para compensar Davi e seus guerreiros. Dois odres de vinho. Nos tempos antigos, o vinho era carregado em recipientes feitos de pele de animais. A palavra hebraica seah era uma medida equivalente a um terço de um efa; cada efa equivale a cerca de 22 litros (nvi).
25.19-21 — Ide adiante de mim. Abigail, sabiamente, enviou as provisões à frente para prevenir e evitar qualquer ato hostil causado pelo comportamento ofensivo de seu marido.
25.22 — Assim faça Deus aos inimigos de Davi e outro tanto. Davi fez um juramento pedindo o juízo de Deus sobre os seus inimigos se ele falhasse em matar a qualquer um que trabalhasse para Nabal.
25.23-31 — A maneira de Abigail falar com Davi foi um digno exemplo de sabedoria e graça. Sua argumentação foi capaz de evitar uma situação desastrosa. Abigail conseguiu: (1) mostrar o devido respeito por Davi, coisa que seu marido não havia feito; (2) revelar entendimento com respeito ao nome de seu marido; (3) reconhecer a fé no Deus vivo; (4) admitir as atitudes más dispensadas a Davi; (5) restituir a Davi e aos seus guerreiros; (6) pedir perdão por suas transgressões; (7) reconhecer o direito de Davi ao trono; (8) ajudar Davi a enxergar os prováveis desfechos daquela situação a longo prazo.
25.23,24 — Os atos de humildade de Abigail traçaram um forte contraste com o comportamento agressivo e rude de seu marido (v. 10,11). Ela fez tudo o que pôde para mostrar respeito a Davi, quando ele estava zangado, e para obter o perdão dele pelo o mal que Nabal havia cometido.
25.25 — Porque tal é ele qual é o seu nome. O nome Nabal era muito adequado para um homem tolo. O bom humor de Abigail à custa de seu marido tinha por objetivo salvar a vida dele próprio (v. 21, 22).
25.26 — Vive o Senhor. Abigail se revelou a Davi como sendo uma mulher sincera, piedosa e de muita fé.
25.27 — Esta é a bênção que trouxe a sua serva, ou seja, as provisões mencionadas no versículo 18. Aqueles graciosos presentes expressaram o desejo de Abigail de fazer as coisas certas.
25.28 — Certamente fará o Senhor casa firme a meu senhor. As palavras de Abigail indicam que ela esperava que Davi obtivesse êxito sobre Saul e que desfrutasse uma longa linha de sucessores (v- 30).
25.29-31 — A vida de meu senhor será atada no feixe dos que vivem com o Senhor. Essa metáfora se referia ao costume de juntar valores numa trouxa para protegê-los contra danos. A lição importante a se guardar aqui é que Deus cuida dos Seus como um homem cuida de seus tesouros valorosos. A vida de teus inimigos se arrojará ao longe. Essa metáfora alude à rejeição dos inimigos de Deus. Nem por pesar no coração. Abigail procurou mostrar a Davi que os dias presentes não eram nada comparados ao seu futuro de glória.
25.32-35 — E tenho aceitado a tua face. Uma tradução literal dessa expressão seria: eu elevei a tua face. Eis a recompensa pelo ato de profunda humildade de Abigail ao ter se inclinado perante Davi quando o encontrou pela primeira vez (v. 23,24).
25.36 — A grande insensatez de Nabal é vista nessa cena. Sua mulher tinha acabado de salvar a sua vida, mas ele, alheio de que correra grande perigo, estava engajado em uma noite de excessos! Abigail continuou a mostrar sabedoria em não tentar falar com o seu marido bêbado aquela noite.
25.37,38 — E se amorteceu nele o seu coração, e ficou ele como pedra. Nabal aparentemente sofreu um choque e ficou paralisado. O Senhor abateu Nabal. A sua morte foi resultado do juízo de Deus.
25.39,40 — Davi rendeu louvores ao Senhor, pois foi Deus que executou a justiça, e não ele mesmo. Essa história é um perfeito exemplo do conceito bíblico Minha [do Senhor] é a vingança e a recompensa (Dt 32.35; Rm 12.19).
25.41,42 — Eis aqui a tua serva [...] para lavar os pés dos criados de meu senhor. Lavar os pés dos outros era tarefa dos servos. Abigail expressou a sua prontidão para fazer o mais subalterno dos serviços. Essa foi uma genuína expressão de gratidão a Davi.
25.43 — Ainoã se tornou a mãe do filho mais velho de Davi, Amon (2 Sm 3.2). Jezreel não é a cidade do norte, mas um vilarejo de Judá (Js 15.56).
25.44 — Davi estava sem Mical, sua primeira esposa (1 Sm 18.27). Saul a tinha dado a outro homem durante a ausência de Davi.
3.2 — Davi iniciou o seu reinado em Judá com duas esposas, Ainoã e Abigail. Em Hebrom, ele se casou com mais quatro mulheres, e cada uma lhe deu um filho. Isso aconteceu apesar do aviso contra a poligamia em Dt 17.17. Amom, conhecido por ter violentado Tamar, sua irmã, foi morto posteriormente por Absalão (cap. 13). A mãe de Amom, Ainoã, não era a mesma que foi esposa de Saul (1 Sm 14.50).
3.3 — O segundo filho de Davi em Hebrom, Quileabe, é chamado Daniel em 1 Cr 3.1. A história de sua mãe, Abigail, é encontrada em 1 Sm 25. Ela não é a Abigail mãe de Amasa (2 Sm 17.25). O terceiro filho de Davi, Absalão, morreu pelas mãos de Joabe (2 Sm 18.14). A mãe de Absalão, Maaca, é identificada como a filha de Talmai, rei de Gesur — reino arameu situado no lado leste do Jordão, a nordeste do mar da Galiléia.
Pela caracterização desta esposa de Davi, observa-se que ele usou o matrimônio entre israelitas e membros da realeza de outros reinos para estabelecer acordos e consolidar relações entre Israel e as nações estrangeiras. Porém, tais alianças eram proibidas segundo a Lei de Deus (Dt 7.3).
Abigail teve filho de Davi - Daniel ou Quiliabe- o único filho de Davi com Abigail, a carmelita
 
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Abigail - Personagens Típicas (Manual Tipologia)
Em Abigail, outra das noivas das Escrituras, temos um quadro de quem reconheceu o ungido do Senhor, mesmo quando Davi era o pobre fugitivo. Sua petição (1Sm 25.31): “Quando o Senhor tiver abençoado a ti, lembra-te de tua serva”, nos faz lembrar a petição do ladrão moribundo: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. No primeiro caso, a resposta foi: “Ouvi o que você disse e atenderei o seu pedido”. Mais tarde, “Davi enviou uma mensagem a Abigail, pedindo-lhe que se tornasse sua mulher”. O ladrão, por sua vez, recebeu a reposta maravilhosa: “Hoje você estará comigo no paraíso”.
 
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Flávio Josefo - História dos Hebreus - 1 Samuel 25.
249. Um homem chamado Nabal, do país dos zifenianos, morava nesse tem­po na cidade de Maom e era rico, principalmente em rebanhos: tinha três mil carneiros e mil cabras. Davi proibiu terminantemente aos seus soldados tocar em qualquer coisa que pertencesse a esse homem, por maiores que fossem as neces­sidades ou sob qualquer pretexto, porque ele sabia que não se pode tomar os bens alheios sem faltar aos mandamentos de Deus e, assim fazendo, julgava que agradaria a um homem de bem, que merecia as suas homenagens. Mas Nabal era um bruto, de mau caráter e muito cruel. Sua mulher, ao contrário, de nome Abigail, era gentil, prestimosa, virtuosa e além disso extremamente bela.
Quando Nabal foi tosquiar as ovelhas, Davi enviou dez dos seus para saudá-lo, desejar-lhe toda sorte de prosperidade por muitos anos e rogar-lhe que o ajudasse com alguma coisa para a subsistência de seus homens, pois podia informar-se com os guardas do rebanho que desde que estava no deserto, e isso havia muito tem­po, nem ele nem os seus homens lhe haviam causado o menor prejuízo. Poderiam até dizer o contrário, isto é, que ele os havia conservado. E Nabal agora, obsequiando-o, faria bem a um homem muito grato. Esse homem, porém, em vez de dar uma resposta, perguntou-lhes quem era Davi. Eles disseram-lhe que era um dos filhos de Jessé. Nabal exclamou: "Ah! Um fugitivo, que se esconde com medo de cair nas mãos de seu senhor, agora quer passar por ousado e corajoso".
Essas palavras, tão ofensivas, foram referidas a Davi e o deixaram tão encolerizado que ele jurou que antes de a noite acabar exterminaria Nabal e toda a sua família e destruiria a sua casa e todos os seus bens, pois, não satisfeito em de­monstrar tanta ingratidão pelos favores recebidos, tivera ainda a insolência de ultrajá-lo daquele modo. Deixou para a guarda de sua bagagem duzentos dos seiscentos homens que então contava e partiu para executar a sua resolução. No entanto, um dos pastores de Nabal, que ouvira as palavras proferidas por seu senhor, avisou a mulher deste, alertando-a das perigosas consequências e afir­mando que nem Davi nem os seus jamais haviam feito mal algum aos rebanhos. Abigail mandou imediatamente carregar alguns asnos com uma grande quanti­dade de provisões e, sem nada dizer ao marido, que só tratava bem os de caráter semelhante ao dele, foi ter com Davi.
Encontrou-o num vale, desceu em terra logo que o viu e, prostrando-se dian­te dele, pediu-lhe que não levasse em conta o que dissera o marido, pois o pró­prio nome Nabal, que em hebreu significa "insensato", era-lhe muito convenien­te. Ela declarou ainda que não estava presente quando os homens foram procurá-lo e continuou a falar, nestes termos: "Rogo-vos que nos perdoeis a ambos e considereis o motivo que tendes de dar graças a Deus, por não ter permitido que mergulhásseis as vossas mãos em sangue. Porque, conservando-as puras, vós o obrigareis a vingar os vossos inimigos e a fazer cair sobre as suas cabeças a infe­licidade que estava prestes a cair sobre a de Nabal. Confesso que a vossa cólera contra ele é justa, mas moderai-a, por amor de mim, que não tenho parte na culpa, pois a bondade e a clemência são virtudes dignas de um homem que Deus destinou para reinar um dia. Tende a bondade de aceitar estes pequenos presentes que vos ofereço".
Davi recebeu-os e respondeu-lhe: "Foi Deus quem vos trouxe aqui, do contrário, não teríeis visto o dia de amanhã, porque eu havia jurado exter­minar esta noite Nabal e toda a sua família, para castigá-lo pela ingratidão e pelo ultraje que me fez. Devo, porém, perdoar-lhe, em consideração a vós, pois Deus vos inspirou a que vos opusésseis à minha cólera por meio de vossos rogos. Ele, porém, não evitará o castigo que merece e morrerá de qualquer modo". Abigail voltou muito consolada por resposta tão favorável e encontrou o marido tão embriagado que nada lhe pôde dizer. No dia seguin­te, porém, contou-lhe tudo o que se havia passado. O grave perigo que cor­rera assustou-o e perturbou-o de tal modo que ele ficou paralítico de todo o corpo e morreu quase dez dias depois.
Davi, quando o soube, disse que Nabal recebera a recompensa merecida. Louvou a Deus por não ter permitido que manchasse as suas mãos no sangue dele e aprendeu por aquele exemplo que, tendo os olhos voltados para todas as nações dos homens, Ele castiga os maus e recompensa os bons. A virtude e a sabedoria de Abigail, unidas à sua grande beleza, haviam causado a Davi tanta estima e afeto por ela que, vendo-a viúva, mandou perguntar-lhe se o queria desposar. Ela respondeu que não era digna nem mesmo de beijar-lhe os pés. Depois veio encontrar-se com ele, trazendo boa equipagem, e o desposou. Ele também arrumou outra esposa, de nome Ainoã, que era da cidade de Jezreel. Quanto a Mical, Saul a dera em matrimônio a Palti, filho de Laís, que era da cidade de Galim. (depois, mais tarde Davi a recupera também).
 
 
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LIÇÃO 8 NA ÍNTEGRA 4º TRIMESTRE DE 2025
 
Escrita Lição 8, Betel, Abigail – Sabedoria que desarma conflitos, 4Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
 
EBD, Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a Deus diante das circunstâncias da vida | Escola Bíblica Dominical
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A HISTÓRIA DE ABIGAIL
1.1. Abigail era humilde    
1.2. Abigail era mansa    
1.3. Abigail era pacificadora 
2- A INGRATIDÃO DE NABAL E A HUMILDADE DE ABIGAIL
2.1. Nabal pagou o bem com mal 
2.2. O poder de palavras de paz     
2.3. Bem-aventurados os pacificadores     
3- ABIGAIL, UMA MULHER SÁBIA   
3.1. Deus fortalece Suas servas     
3.2. A beleza de Abigail     
3.3. A sabedoria preserva vidas 
 
TEXTO ÁUREO
“E lançou-se aos seus pés, e disse: Ah! Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos e ouve as palavras da tua serva”. 1 Samuel 25.24.
 
VERDADE APLICADA
Devemos cultivar, com a ajuda do Espírito Santo, virtudes que nos capacitem a ser agentes apaziguadores em todos os ambientes e situações.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer a história de Abigail
Comparar a ingratidão de Nabal e a gratidão de Abigail.
Ressaltar que a humildade de Abigail evitou um conflito.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 Samuel 25.31-35
31- Então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar no coração o sangue que sem causa derramaste, tampouco o haver-se salvado meu senhor a si mesmo; e, quando o Senhor fizer o bem a meu senhor, lembra-te então da tua serva.
32- Então Davi disse a Abigail: Bendito o Senhor, Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro.
33- E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a minha mão me salvasse.
34- Porque, na verdade, vive o Senhor, Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apresaras e me não vieras ao encontro, não ficaria a Nabal, até à luz da manhã, nem mesmo um menino.
35- Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido, e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz e tenho aceitado a tua face.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.1 A resposta branda evita o furor.
TERÇA | Pv 16.24 Palavras suaves curam alma e corpo.
QUARTA | Pv 16.32 Melhor é governar o espírito.
QUINTA | SI 75.4-7 Deus é o Justo Juiz.
SEXTA | Tg 1.19,22 Abigail estava pronta para ouvir.
SÁBADO | Tg 1.20 A ira não opera a justiça de Deus.
HINOS SUGERIDOS: 212, 225, 471
MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore para que sejamos pacificadores e sábios.
 
PONTO DE PARTIDA: A palavra mansa aplaca a ira.
 
INTRODUÇÃO
Abigail era uma mulher sensata e formosa, enquanto seu marido, Nabal, era um homem de ações más. Abigail foi corajosa ao interceder humildemente perante Davi para evitar que ele vingasse a ofensa de seu marido, que se recusou a ajudar Davi e seus homens. Assim, ele protegeu sua casa e sua família.
 
1- A HISTÓRIA DE ABIGAIL
A Bíblia não relata a origem de Abigail, só sabemos que ela era esposa de Nabal, um homem rico, soberbo e mau, dono de muitas posses no Carmelo. Certa vez, ele se negou a ajudar Davi e seus homens, provocando a ira do filho de Jessé. Abigail, porém, teve prudência e fé, diferentemente da arrogância de Nabal, conseguindo que Davi aceitasse seu apelo e ainda admirasse a sua intervenção (1 Sm 25.32,33).
 
1.1. Abigail era humilde    
Abigail agiu com humildade diante de Davi e seu exército. Devido à afronta de seu marido, ela foi até Davi, desceu depressa do seu jumento e, antes mesmo de pronunciar qualquer palavra, prostrou o rosto no chão e se inclinou, reconhecendo Davi como um homem de honra e de guerra. E ela se humilhou ao reconhecer a seriedade do momento, assumindo uma culpa que não era sua (1 Sm 25.23,24).
 
Pr. Valdir Bícego (1996, P. 75): “Na sua humilhação, ao se encontrar com Davi, prostrou-se em terra diante dele e lançou-se aos seus pés (vv.23-24). Humilhou-se, chamando a si mesma de serva por sete vezes (1 Sm 25.24, 25, 27, 28, 31, 41). Com os humildes está a sabedoria (Pv 11.2). Davi, que era um homem simples (1 Sm 18.23), moveu-se com este gesto de Abigail. Vivamos humildemente para sermos exaltados no tempo oportuno, pois diante da honra vai a humildade (Pv 15.33; 18.12)”.
 
1.2. Abigail era mansa    
Abigail foi capaz de defender sua casa usando palavras mansas e humildes. Ela evitou que Davi se vingasse de Nabal, seu marido. Como ela disse a Davi, Nabal era um homem de Beijai, e a loucura estava com ele (1 Sm 25.25). O termo “beijai” deriva do hebraico, pela junção de beli (não) e ya’al (sem), que significa “alguém inútil”; “sem valor” ou “malvado“; “prejudicial”.
 
Bispo Samuel Ferreira (1998): “Abigail apazigua Davi. Após suas palavras, Abigail ouviu Davi dizer: “Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue, e de que a minha mão me salvasse”; 1 Sm 25.32,33. Davi louvou a atitude prudente de Abigail em apressar-se para solucionar o problema (i Sm 25.35) e tomou de suas mãos o que ela havia preparado para ele e seus homens ( 1 Sm 25.35). Esta foi a vitória da prudência num momento de extremo perigo para o lar de Abigail”.
 
1.3. Abigail era pacificadora 
Abigail é um exemplo de prudência e coragem. Diante da ameaça de Davi contra seu marido, Nabal, que agiu com arrogância e ingratidão, ela interveio rapidamente: preparou provisões e apaziguou a ira de Davi ao enfatizar a ausência de sabedoria de seu esposo e expressar votos de sucesso a Davi. Então, humildemente, ela apelou à misericórdia dele e foi atendida, evitando um derramamento de sangue (1 Sm 25.14-35).
 
Segundo Isabela Fonseca: “Abigail, para salvar sua casa da tragédia, foi ao encontro de Davi sem o consentimento de seu marido. Cometeu na época, de fato, até uma transgressão, mas ao mesmo tempo revela-se uma mulher corajosa e de grande experiência quando disse a Davi: `Não ache mal em ti por todos os teus dias: Com essas palavras ela comoveu o coração de Davi e o fez lembrar que ele era o futuro rei de Israel’.
 
EU ENSINEI QUE:
Abigail foi capaz de defender sua casa usando palavras mansas e humildes.
 
2- A INGRATIDÃO DE NABAL E A HUMILDADE DE ABIGAIL
Nabal era um homem soberbo, ingrato e autossuficiente (1 Sm 25.25). Por sua vez, Abigail era humilde e sábia. Quando soube do desacato de Nabal a Davi, ela mandou preparar alimentos para oferecer a Davi e seus homens. Sua atitude corajosa evitou que Davi atacasse a casa dela e provocasse uma tragédia (1Sm 25.32-35).
 
2.1. Nabal pagou o bem com mal 
Não devemos pagar o mal com mal; mas, sim, praticando o bem (Rm 12.21). Davi mandou dez moços a Nabal com uma saudação de paz e para pedir mantimentos. Antes, nada tinha faltado aos pastores de Nabal quando estiveram no Carmelo. Porém, com arrogância, Nabal negou o pedido de Davi, que ficou irado com essa resposta (1Sm 25.4-12).
 
Pr. David Cabral comenta (Revista Betel Dominical, 2005): “A melhor reposta à ingratidão é a solidariedade. Nos dias de Davi, era comum ver os pastores cuidando dos rebanhos de ovelhas que pertenciam aos ricos senhores. Nessa época, Davi e seus 600 guerrilheiros lutavam contra as várias tribos no deserto de Parã. Eles protegiam os pastores do ataque de tribos selvagens que invadiam uma área, roubavam o gado e atacavam pequenas aldeias. Quando havia a tosquia das ovelhas, o proprietário dos animais separava uma parte do lucro e dava aos que haviam protegido os pastores enquanto eles estavam no campo. Não havia lei escrita que obrigasse a esse pagamento, mas era um modo de mostrar gratidão por um trabalho bem-feito. Mas Nabal, infelizmente, jamais demonstrou gratidão a Davi (1Sm 25.10,11)”.
 
2.2. O poder de palavras de paz     
Um dos moços de Nabal falou a Abigail sobre o desacato de seu esposo (1 Sm 25.14). Prevendo uma tragédia contra sua casa, ela logo foi ao encontro de Davi, levando provisões, como ele havia antes pedido a Nabal. Ao encontrar Davi, ela se prostrou e, com respeito, assumiu a responsabilidade pelo conflito. Ainda elogiou a liderança de Davi e rogou a ele que evitasse uma vingança desnecessária, pois o Senhor o sustentaria (1 Sm 25.24-31).
 
Comentário na Bíblia Viva (1981, p. 288): “Nesse meio tempo, um dos homens de Nabal foi procurar Abigail e disse a ela: `Davi enviou homens do deserto para falar com o nosso patrão, mas ele insultou os homens e os expulsou daqui. Porém os homens de Davi foram muito bons para nós, e nunca nos fizeram nenhum mal; para dizer a verdade, dia e noite eles foram como um muro de proteção para nós e para as ovelhas, e nada foi tirado de nós durante todo o tempo em que estiveram ao nosso lado. Seria bom tomar providências o quanto antes, pois vai haver problema para nosso patrão e sua família – nosso patrão é um homem tão teimoso que ninguém pode conversar com ele!”‘.
 
2.3. Bem-aventurados os pacificadores     
Sabendo da ira que a insensatez de Nabal provocou em Davi, Abigail agiu com rapidez e assumiu a culpa pela atitude de seu marido. Com isso, ela transformou hostilidade em reconciliação, evitando um derramamento de sangue e preservando sua família. Sua abordagem, marcada por respeito e discernimento, revela o poder de uma atitude mansa e conciliadora para restaurar a paz (1 Sm 25.24-35).
 
Pr. David Cabral (2005) comenta: “Abigail usou a bondade para apaziguar a ira de Davi – Após suas palavras conciliadoras, Abigail ouviu o seguinte de Davi: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue, e de que a minha mão me salvasse”; 1Sm 25.32,33. Davi louvou a Deus pela atitude prudente de Abigail ao se apressar para solucionar tal impasse (1 Sm 25.35), e tomou de suas mãos o que havia preparado para ele e seus homens. Essa foi a vitória da prudência num momento crucial para a casa de Abigail”.
 
EU ENSINEI QUE:
Não devemos pagar o mal com mal; mas, sim, praticando o bem (Rm 12.21).
 
3- ABIGAIL, UMA MULHER SÁBIA   
A atitude de Abigail revela o poder da sabedoria feminina (1 Sm 25.14-35), que se manifesta na capacidade de transformar uma crise iminente em paz com inteligência, coragem e humildade. Sem confrontar diretamente Nabal, ela preparou provisões e foi ao encontro de Davi, usando palavras cuidadosamente escolhidas, que combinaram respeito e reconhecimento da liderança de Davi antes de apelar à sua fé em Deus.
 
3.1. Deus fortalece Suas servas     
Deus usou a sabedoria e a humildade de Abigail para apaziguar a ira de Davi, evitando um conflito sangrento e promovendo paz. Assim como Abigail, mulheres como Débora, que julgou Israel com autoridade (Jz 4.4,5), e Ester, que intercedeu corajosamente por seu povo (Et 4.16), mostram que Deus levanta mulheres para liderar, reconciliar e transformar circunstâncias adversas com coragem e fé.
 
As mulheres têm atuado na igreja como diaconisas, missionárias, pastoras, bispas e missionárias, desempenhando um papel de relevância na igreja desde os tempos de Jesus. Assim, quando não estão dirigindo algum trabalho, estão auxiliando na igreja e também no apoio ao ministério do marido. Mulheres como Abigail (1 Sm 25), Ana (1 Sm 1), Ester, Rute e Débora, cotadas no AT, bem como Dorcas (At 9), Marta, Maria (Jo 11), e tantas outras citadas no NT enchem o nosso coração de alegria, tanto pelo trabalho dessas guerreiras quanto pelas histórias dignas de serem recontadas e seguidas.
 
3.2. A beleza de Abigail     
Abigail era uma mulher formosa (1 Sm 25.3), mas sua real beleza estava em ter um espírito manso e tranquilo (1 Pe 3.4). Como uma mulher sábia, ela edificava sua casa (Pv 14.1), e mostrou isso ao se dirigir a Davi humildemente, diante da crise que se instalou devido à insensatez e à dureza de coração de Nabal.
 
Pr. David Cabral (Revista Betel Mulheres da Bíblia, 2005) ressalta que: “Abigail dá exemplo de gratidão e coragem; no entanto, era justamente o oposto do seu esposo Nabal. Ela era tanto inteligente quanto bonita (1 Sm 25.3). Isso quer dizer, literalmente, que era compreensiva e tinha beleza física. Abigail possuía também sabedoria. Suas decisões eram sensatas. Ela não era governada pelas emoções, mas por pensamentos lógicos. Era perspicaz e inteligente. Como se isso não bastasse, era também grata pelos gestos humanitários de Davi”.
 
3.3. A sabedoria preserva vidas 
Nabal deu um banquete em sua casa e se embriagou. Por ser de dura cerviz, não atendeu ao pedido de Davi, deixando de retribuir o bem que havia recebido antes. Devido a essa sua atitude, o Senhor o feriu, e ele morreu. Por sua vez, a sensatez e humildade de Abigail preservaram sua vida e sua casa. Mais tarde, ela se tornou uma das esposas de Davi (1 Sm 25.38-42).
 
Após a morte de Nabal, Davi mandou emissários ao Carmelo para propor casamento a Abigail. Ela logo se inclinou com o rosto em terra e se disponibilizou a atender e servir a Davi, seu senhor. Abigail montou em sua jumenta e, acompanhada de cinco moças, seguiu os mensageiros de Davi, que a recebeu como esposa (1 Sm 25.39-42).
 
EU ENSINEI QUE:
Abigail era uma mulher formosa, mas sua real beleza estava em ter um espírito manso e tranquilo.
 
CONCLUSÃO
Abigail não apenas desarmou a vingança de Davi, mas também protegeu sua casa de uma tragédia (1 Sm 25.31). Sua atitude nos mostra que a mansidão e a sabedoria são influências poderosas, capazes de promover a reconciliação e a paz em momentos conflituosos.
 

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