Lição 3, O perigo das Obras da Carne, 1Tr17, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 3, O perigo das Obras da Carne 
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-3-o-perigo-das-obras.html Figuras
 
 
 
TEXTO ÁUREO 
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
 
 
VERDADE PRÁTICA 
Oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelas obras da carne.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gl 5.19 O perigo da prostituição, da impureza e da lascívia
Terça — Gl 5.20a O perigo da idolatria, das feitiçarias e das inimizades
Quarta — Gl 5.20b O perigo das contendas, das disputas e das iras
Quinta — Gl 5.21 O perigo da inveja, dos homicídios, das bebedices e das glutonarias
Sexta — Gl 5.21b O perigo fatal das obras da carne
Sábado — Gl 5.16 Como vencer as obras da carne
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 6.39-49. 
39 — E disse-lhes uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? 40 — O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. 41 — E por que atentas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 — Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. 43 — Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. 44 — Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. 45 — O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. 46 — E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? 47 — Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante. 48 — É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha. 49 — Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
 
OBJETIVO GERAL- Explicar o perigo das obras da carne.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
I. Identificar o que é concupiscência da carne;
II. Mostrar o que é um caráter moldado pelo ESPÍRITO;
III. Saber que uma vida que não agrada a DEUS vive segundo a carne e é infrutífera.
 
PONTO CENTRAL - A natureza adâmica deve ser controlada pelo ESPÍRITO.
 
Resumo da Lição 3, O perigo das Obras da Carne
I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1. A concupiscência da carne. 
2. A vida guiada pela concupiscência da carne. 
3. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos. 
II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO 
1. O caráter. 
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO. 
3. Ataques ao seu caráter. 
III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS 
1. Viver segundo a carne. 
2. Vivendo como espinheiro. 
3. Uma vida infrutífera. 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I) - A concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos levam a pessoa a viver uma vida fora dos padrões divinos.
SÍNTESE DO TÓPICO (II) - O caráter moldado pelo ESPÍRITO SANTO é semelhante ao caráter de CRISTO.
SÍNTESE DO TÓPICO (III) - O propósito do cristão deve ser viver uma vida que agrada a DEUS, caso contrário, não tem valor algum professar a fé cristã.
 
PARA REFLETIR - A respeito do perigo das obras da carne, responda: 
Qual o significado da palavra concupiscência?
É um “termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos”. 
Para onde nossos desejos impuros nos conduzem?
Nos conduzem para a morte espiritual.
 O que acontece quando o homem deixa de ouvir a voz de DEUS e passa a ser guiado pelos seus desejos?
O crente que não tem uma mente conduzida pelo ESPÍRITO SANTO torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer deferência. 
O que significa caráter no grego?
No grego, caráter é charaktēr e significa “estampa”, “impressão” e “marca”. 
O que é caráter?
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”.
  
 
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique
 
TRAVE ou VIGA Uma palavra usada para traduzir vários termos hebraicos e gregos que se referem a grandes vigas na construção de pisos, tetos e telhados de edifícios (1 Rs 6.9; 7.2,3; 2 Rs 6.2,5). A palavra também se refere a uma grande barra cujo arqueamento poderia ocorrer de forma indistinta, podendo ser chamada de "eixo do tecelão" (Jz 16.14; 1 Sm 17.7; 1 Cr 11.23). Em 1 Reis 6.36; 7.12, faz-se referência a um tipo que era comum no Oriente Próximo durante o segundo milénio a.C, o uso de um vigamento de traves de madeira para fortalecer um muro sobre um alicerce de pedras com a finalidade de mantê-lo firme caso ocorressem terremotos. O termo foi usado por Jesus em um sentido figurado em contraste com um argueiro iq.v.) ou partícula (Mt 7.3).
 
ARGUEIRO Esta palavra consta em várias versões em Mateus 7.3-5; Lucas 6.41,42. A palavra grega karphos, que significa "murchar ou secar", aparece como "lasca" ou "mancha" em algumas traduções. O contraste pretendido por nosso Senhor parece ser basicamente aquele entre um pequenino pedaço de palha, caco, ou pau, assim como uma lasca, farpa, trave, ou lenha. Ele adverte contra a crítica ou a tentativa de corrigir uma falta ou deformidade insignificante de um irmão, quando a própria pessoa tem uma mancha muito mais evidente ou séria. Se não atentar para isso, o Senhor Jesus diz, a pessoa não será simplesmente hipócrita, mas incapaz de enxergar o suficiente para ajudar o seu irmão.
 
Argueiro - Dicionário Strong em Português - καρφος karphos - de karpho (murchar); 1) um talo ou ramo seco, palha
2) palhiço, resíduos dos cereais
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO 
Para agradar a DEUS devemos ter uma vida frutífera, mas para isso acontecer temos que vencer as batalhas internas que nos sobreveem. Em nosso interior batakham a natureza adâmica (carnal) e a nova natureza (espiritual). Acontece que após aceitarmos a JESUS como único Salvador e Senhor ainda seremos tentados a nos voltar aos velhos hábitos e desejos de nossa antiga vida pecaminosa que gerava a morte espiritual. Temos que vencer esta luta e só o podemos fazer com a ajuda do ESPÍRITO SANTO que em nós habita.

I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1 Jo 2.16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.
MUNDANISMO (Dicionário Teológico)
- [Do lat. mundanus] Conformação ideológica e emocional ao sistema implantado por Satanás, cujo principal objetivo é levar o ser humano a deificar o material em detrimento do espiritual. O apelo básico do mundanismo é realçar o que se vê, o que se pega e o que se sente. E, portanto, um sistema diametralmente oposto ao Reino de Deus, cuja maior virtude acha-se na fé que devotamos ao Senhor Nosso Deus.
Três coisas caracterizam o mundanismo: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Esta última é a tônica de todos os que fazem do mundanismo a norma de sua vida.
1. A concupiscência da carne. 
Concupiscência 1 - Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea
A palavra luxúria, empregada em várias versões da Bíblia Sagrada, abrange uma grande variedade de desejos. Em 1611 d.C. ela não estava restrita ao sentido moderno de paixão sexual.
a. Forte desejo. Pode ser um desejo ardente (heb. nephesh), como o do exército egípcio para alcançar e destruir Israel no Mar Vermelho (Êx 15.9); ou dos negociantes ansiosos (epithumias) para auferir os lucros de seus empreendimentos comerciais (Ap 18.14); ou simplesmente um desejo (gr. epithumia) ou uma ambição por outras coisas (Mc 4.19).
b. Desejo excessivo, forte anseio, luxúria no sentido de excesso (heb. ta'awa, Nm 11.4,34; SI 78.30). Muitas coisas boas quando feitas em excesso para a autogratificação se tornam luxúria, como por exemplo, comer demais, gastar tempo demais com o prazer (Rm 13.14).
c. Um desejo consumidor pelo que é bom, isto é, zelo pelo que é correto. O termo gr. epithumia, quando usado para o que é verdadeiramente um zelo piedoso, foi traduzido como "desejo" em Lucas 22.15; Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 2.17. Este uso do termo grego mostra claramente que é o objeto de desejo de uma pessoa ou sua motivação (e não sua intensidade), que torna esse desejo certo ou errado.
d. A luxúria como um anseio por aquilo que é proibido. Esse é o uso mais comum do termo. Paulo revela que Deus entregou o homem caído às suas próprias concupiscências (epithumiais, Rm 1.24). Ele cita o mandamento do AT, "Não cobiçarás" (Êx 20.17; Dt 5.21), em Romanos 7.7, mostrando que cobiçar aquilo que não é seu é uma forma de luxúria. Aparentemente, esse era o próprio pecado costumeiro de Paulo com o qual ele teve que lutar mais vigorosamente após sua conversão (Rm 7.7-25).
A concupiscência {epithumia), Tiago declara, é uma causa raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua vez leva à morte. O caminho de derrocada da luxúria é retratado em Romanos 1.24-32. Tiago também usa um outro termo, o gr. hedone, em 4.1,3 para explicar que as discussões e conflitos entre os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que combatem nos próprios membros de seus corpos. A palavra também ocorre como "deleites da vida" em Lucas 8.14 e como "escravos de toda sorte de paixões [epithumiais] e prazeres" ou "servindo a várias concupiscências [epithumiais] e deleites" em Tito 3.3. 
Bibliografia. Friedrich Búchsel, "Thumos, Epithumia etc", TDNT, III, 167-172. Gustav Stahlin, "Hedone", TDNT, II, 909-926. R. A. K.
Concupiscência - 2
Um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos (Rm 7.8; Cl 3.5; 1 Ts 4.5).
A opinião bíblica Reformada vê a concupiscência como a lascívia que leva a pecar, desenvolvida quando o homem rebelou-se contra Deus e caiu. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção de toda a natureza do homem e o pecado que está nele. Não só as ações voluntárias são pecado, mas os pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28). Paulo fala disto em Romanos 7 quando reconhece sua própria fraqueza e tendência a pecar. A concupiscência só pode ser vencida através do reconhecimento de que a natureza caída em nós está julgada (Rm 8.3); e então devemos passar a andar no Espírito, e deixar que Ele mantenha a lei de Deus em nós (Rm 8.4). Isto significa ter uma vida cheia do Espírito. R. A. K.
A velha natureza precisa ser controlada pelo ESPÍRITO para que não venhamos a cair em péssimas ações e abominações. Se vivemos vigiando e vivemos constantemente cheios do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18) então somos mais do que vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Só há um viver que agrada a DEUS - viver no Espírito. Isso significa vitória sempre sobre o pecado e seus domínios maléficos.
Concupiscência (Dicionário Teológico)
[Do lat. concupiscentia] Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade, a concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois delicia-se em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos instintos básicos: fome, sexo, segurança etc.A concupiscência é condenada energicamente pela Bíblia (1 Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e tremendamente prejudicial à vida piedosa.

2. A vida guiada pela concupiscência da carne. (Eva achou o fruto desejável de se comer)
No homem natural já habita a concupiscência da carne e o domínio é de Satanás, mas no crente a concupiscência da carne está debaixo do domínio do Espírito, portanto não podemos ceder aos apetites da carne, mas refreá-los e vencermos pela ajuda do ESPÍRITO SANTO em nós. Quando chega o pensamento, a intenção, ai já começa a batalha. è hora de orarmos repreendendo esse mal em nós e se preciso, repreender o inimigo que se aproxima. Podemos nesta hora lermos na bíblia ou nos lembrarmos do que já lemos sobre este desejo pecaminoso. Às vezes será necessário buscar ajuda de um líder.
Na concupiscência da carne as tentações acontecem no corpo, pelos 5 sentidos.
Na soberba da vida o ataque é no espírito, é no desejo de ser grande, famoso, de ser rico, etc... (Eva pegou o fruto e o comeu porque queria ser igual a DEUS).
 
3. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos. (Eva olhou o fruto e achou bonito)
O desejo entra pelos olhos, pela cobiça, pelo desejo de possuir o que se vê e se acha belo ou prazeroso.
Sem manter sua comunhão com DEUS, o ser humano dá asas a seus sentimentos mais perversos e os permite em sua mente até que os liberta da prisão em que estavam depois de se converter.
Um crente que não vive sendo controlado pelo ESPÍRITO SANTO e sim por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Não existe nele mais o desejo pelas coisas de cima e agora só anseia pelas temporais, humanas e diabólicas.
Davi viu e desejou a mulher de Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e um homicídio (2Sm 11.1-4).
Sansão antes de se tornar cego dos olhos naturais já estava cego espiritualmente. Brincou com Satanás e o resultado foi funesto.
 
II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO 
1. O caráter. 
No grego, caráter é charaktēr e significa “estampa”, “impressão” e “marca”. Qualidade do crente que o faz agir de acordo com o que, pela lei de Deus, é considerado certo, justo e próprio; integridade (Sl 25.21; Ef 4.24, RA
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”. O caráter não é inato e pode ser mudado.
Caráter é o que é impresso na personalidade de uma pessoa, em nosso caso, num cristão, pelo seu convívio e intimidade com o ESPÌRITO SANTO.
 
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO. 
Uma nova vida em Cristo. Um novo caráter deve vir -a velha natureza deve morrer, uma vez que a pessoa se revista da nova natureza (3.5-14); novos princípios de vida devem ser adotados - a paz dominando o coração, a Palavra habitando no salvo, e a graça inspirando a canção do coração (3.15-17); uma nova conduta deve ser mostrada nos relacionamentos domésticos, e no evangelismo entre aqueles que são do mundo (3.18-4.6).
Ao darmos autorização ao ESPÍRITO SANTO de nos guiar, conduzir, dominar, então Este nos molda à semelhança de JESUS. As qualidades do fruto do ESPÍRITO (Gl 5. 22), que já está em nós desde o dia em que nos convertemos, passam a ser vistas e a produzirem vidas para o reino de DEUS. Nosso novo caráter agora é de um cristão e nossas ações (Mt 5.16) demonstram que tivemos um encontro real com o Salvador. Na igreja, vemos  que existem aqueles que são transformados por JESUS mais rapidamente e constatamos que a maioria não.
Quem está em CRISTO é uma nova criatura e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza adâmica (2Co 5.17).
Temos agora uma vida de Abstinência.
 
ABSTINÊNCIA (Enciclopédia Ilumina)
POR QUE DEVO ME ABSTER?
Romanos 14:6 É: Quem distingue entre dia e dia, para o Senhor o faz; e quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, porque dá graças a Deus.
1 Coríntios 7:5 É: Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.
A abstinência pode ser agradável para Deus como forma de mostrar nossa devoção e gratidão a Ele. Abstinência pode ter menos relação com aquilo de que nos afastamos do que do que nos aproximamos.
Levítico 19:4 É: Não vos virareis para ídolos, nem vos fareis deuses de fundição;Eu sou o Senhor vosso Deus..
1 Coríntios 6:19 É: Acaso não sabeis que o vosso corpo é o santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes de Deus, e que não sois de vós mesmos?
A abstinência é uma maneira de reconhecer a soberania de Deus e sua autoridade sobre nossas vidas.
Uma vez que nossos corpos são o santuário do Espírito Santo, devemos ter cuidado com quem convidamos para nele entrar, a fim de não profanar o templo.
A abstinência pode se tornar necessária por causa da relação de outrem com Deus. É essencial nos abstermos de coisas que nos levam a pecar. É também essencial que nos abstenhamos de coisas que levem outros a pecar, especialmente àqueles que vem em nós modelos de comportamento.
DO QUE DEVO ME ABSTER?
1 João 5:21 É: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Deus anseia por um coração totalmente dedicado a Ele. Devemos amá-lo com um amor que a tudo consome, e que, por definição, não pode ser dividido ou mal-colocado. O amor é sempre uma questão de prioridades - o que, ou quem, vem em primeiro lugar em nossas vidas. Quando estivermos tentados a deslocá-lo em nossas vidas, é melhor ter alguém maior para substituí-lo - mas este, quem poderia ser?
1 Tessalonicenses 5:22...abstende-vos de toda forma de mal.
Salmo 119:101...De todo mau caminho desvio os meus pés, para observar a tua palavra.
1 Pedro 2:11 É: Amados, exorto-vos como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma.
Colossenses 3:5,8 É: Fazei, pois, morrer vossa natureza terrena: prostituição, impurezas, paixão lasciva, desejo maligno, e a avareza, que é idolatria; agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena de vosso falar.
Salmo 101:4 É: Longe de mim o coração perverso; não quero conhecer o mal.
Devemos nos abster de toda ação e pensamento pecaminosos. Um coração cheio de justiça e bondade não tem mais espaço para o mal. Deus ordena que evitemos todo tipo de pecado sexual. Isto é particularmente importante no casamento, onde fidelidade e confiança são críticos no elo de unidade que Deus intencionou para marido e mulher.
Provérbios 14:7..Foge da presença do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento.
COMO PODEMOS NOS ABSTER? COMO NOS ABSTER DAS COISAS QUE PODEM NOS FAZER MAL?
Colossenses 3:7, 911 É: Ora, nessas mesmas cousas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas...vos despistes do velho homem com seus feitos...porém, Cristo é tudo em todos.
Romanos 13:14 É: mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências. A abstinência é possível pelo poder do Espírito Santo, que é o dado por Deus para todo aquele que crê. Quanto mais espaço dermos para o Espírito, menos haverá para influências malignas. O domínio próprio é a chave para a abstinência, e resulta do conhecimento de Deus! Devoção a Deus nos torna capazes de pensar com clareza numa perspectiva de eternidade e exercer maior domínio próprio.
Provérbios 16:6 É: Pela misericórdia e pela verdade se expia a culpa, e pelo temor do Senhor os homens evitam o mal. Desenvolver respeito por Deus ajuda-me a me abster do mal. Piedade não é só afastar-se do mal, é também aproximar-se de Deus. Às vezes o melhor que se tem a fazer é fisicamente remover-se de uma situação de uma situação tentadora.
QUAIS SÃO OS PERIGOS QUANDO NÃO NOS ABSTEMOS?
Provérbios 5:23 É: Ele morrerá pela falta de disciplina, e pela sua muita loucura perdido cambaleia.
Provérbios 25:28 É: Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio. Eu me torno vulnerável quando ajo sem domínio próprio. Controlo mãos e pés melhor quando controlo mente e coração.
1 Coríntios 6:9-11 É: Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.. Um estilo que se permite praticar o mal tem conseqüências eternas. Devo evitar o mal por causa de minha gratidão pelo que Deus, Jesus e o Espírito Santo fizeram por mim. Deus e o pecado não conseguem conviver no interior do seu coração.
 
QUAIS OS BENEFÍCIOS DA ABSTINÊNCIA?
Romanos 6:13 É: nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado como instrumento de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justice. Abster-se de todo o mal é a forma pela qual posso dar glória a Deus. É impossível agarrar-se a Deus e a um estilo de vida pecaminoso ao mesmo tempo.
Cantares de Salomão 8:9-10 É: Se ela for um muro, edificaremos sobre ele uma torre de prata..Eu sou um muro, e os meus seios como duas torres; sendo assim, fui tida por digna de confiança do meu amado. Abster-se de pecado sexual antes do casamento resulta em grandes bênçãos para você e seu cônjuge após o casamento..
PROMESSA DE DEUS:
Gálatas 5:22-23...Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei.
 
3. Ataques ao seu caráter. 
Inimigos de nosso caráter cristão: a carne, o Diabo e o mundo.
Não estamos sós no mundo, portanto seremos tentados a nos desviar do verdadeiro caminho ou alvo que é CRISTO.
TENTAÇÃO (Dicionário Teológico)
[Do hb. nissi ; do gr. ekpeirazo ; do lat. tentationem ] Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque Jesus, na Oração Dominical, ensina-nos a orar: "E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13).
 
Atração para fazer o mal por esperança de obter prazer ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn 3) ou de dentro do ser humano (Tg 1.14-15). Ninguém é tentado acima das suas forças (1Co 10.13). Jesus foi tentado e venceu (Mt 4.1-11), podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18; 4.15). Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação (Mt 6.13; 26.41). E também é nosso dever socorrer os que caem (Gl 6.1)Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida. (Provérbios 4:23)
REAÇÕES TENDEM A SEGUIR AFEIÇÕES.
O nosso coração - os nossos sentimentos de amor e desejo - revelam uma boa parte de como vivemos, porque sempre achamos tempo pra fazer o que gostamos. Salomão nos diz para guardar o nosso coração com muita diligência, sempre nos certificando que estamos concentrados naqueles desejos que nos manterão no caminho certo. Coloque barreiras nos seus desejos: Não vá atrás de tudo o que você vê. Olhe para frente, deixe os seus olhos fixados no seu objetivo e não se deixe desviar para caminho que levam a tentação.
É necessário orar, ler a Palavra de DEUS e jejuar. Sem a leitura da Bíblia, a oração e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida frutífera.
 
III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS 
1. Viver segundo a carne.
Apesar de na igreja aos Coríntios todos os dons se manifestarem, haviam alguns que viviam de maneira carnal. Paulo não identifica quais eram estes e nem afirma que eram aqueles que eram usados em dons. Paulo cita caso de um homem que estava em pecado e não era punido ou disciplinado por este pecado que era de possuir a esposa de seu próprio pai.
Isso indica que, mesmo numa igreja tremendamente espiritual, pode a maioria ser carnal e concordar com um pecado, por exemplo, de um líder ou de alguém rico e ajudador.  isso causará inveja, contendas e dissensões (1 Co 3.3) na igreja.
É possível que em Corinto fosse prática de alguns da igreja a homossexualidade e a falta de disciplina sobre tais pecadores.
Após o Dilúvio, viu-se o Senhor obrigado a destruir Sodoma e Gomorra, por haverem estas cidades se corrompido com o homossexualismo (Gn 19). Buscando preservar o seu povo, o Senhor foi taxativo ao entregar a Lei a Moisés: “Nenhum homem deve ter relações sexuais com outro homem. E uma coisa abominável” (Lv 18.22).
Nas Escrituras do Novo Testamento, a homossexualidade continua a ser execrada. Eis o que o apóstolo escreve aos coríntios: “Não se deixem enganar! Nem os imorais, os efeminados, nem os homossexuais terão parte no Reino de Deus” (1 Co 6.9).
É prova de espiritualidade a correção e a disciplina de quem vive na prática do pecado.
Em Cristo Jesus, porém, todos os pecados são removidos. Basta tão-somente o transgressor aceitar os méritos do sacrifício vicário do Filho de Deus (1 Jo 1.7), para que todas as ofensas lhe sejam perdoadas.
 
Não existe possibilidade de um crente agradar a DEUS e viver na prática do pecado. O fruto do ESPÍRITO em nós deve desabrochar de acordo com nossa vida de total entrega ao ESPÍRITO SANTO.
 
2. Vivendo como espinheiro. 
Assim como a roupa ou a apresentação doce e serena de alguém pode enganar a muitos, a árvore é identificada não por suas flores ou folhas (beleza externa), mas por seus frutos (resultados no reino espiritual).
Frutos aqui não é o Fruto do ESPÍRITO SANTO, mas resultados das qualidades do fruto do ESPÍRITO no crente - principal - ALMAS. Podemos incluir aqui o batismo no ESPÍRITO SANTO, os dons espirituais para ajudar aos outros, pois assim JESUS era usado por DEUS, pois tinha nele as características ou qualidades do fruto do ESPÍRITO.
A árvore boa com fruto do ESPÍRITO produz no reino espiritual. A medida dos carnais é o resultado na vida material e emocional. Ajuntam muitos amigos que vivem como eles e se combinam para pecarem juntos.
Jamais vamos colher laranja de uma macieira, pois cada árvore produz o seu fruto segundo sua espécie (Gn 1.11).
Logo, é impossível um cristão dominado pelo ESPÍRITO SANTO produzir as obras da carne. O homem bom tira de seu íntimo, do seu coração transformado, coisas boas, mas o homem mau tira do seu mau coração pelejas, dissensões, prostituição, iras, etc. (Mt 7.18-22) e não produz almas e nem resultados espirituais.
 
Jotão apresenta algumas árvores em uma parábola para o seu povo (Jz 9.7-21). As árvores representam o povo de Siquém que desejavam um rei. Essas árvores eram boas: uma produzia azeite que era utilizado na unção dos sacerdotes e iluminação; outra produzia figos que alimentava o povo; a videira produzia vinho, que era usado nos sacrifícios de libações. Porém o espinheiro, arbusto inútil, representava Abimeleque. Muitos atualmente estão como Abimeleque, não produzem nada de útil para DEUS ou para a próximo e ainda ferem as pessoas com seus espinhos. Quem vive segundo a carne se torna um espinheiro, inútil para DEUS e para a Igreja.
Juízes 9.
7. Jotão foi e se pôs no cume do monte Gerizim. Uma plataforma rochosa triangular projeta-se de um dos lados de Gerizim formando um púlpito natural que dá para Siquém. A voz de uma pessoa falando de Gerizim pode ser ouvida até o Monte Ebal, por cima do vale no qual Siquém está localizada. Jotão, o único sobrevivente irmão de Abimeleque, escolheu este local para fatal, dirigindo-se aos homens de Siquém.
8. Foram . . . as árvores a ungir. . . um rei. Jotão escolhe instruir o povo por meio de uma parábola. Ele quis mostrar que só indivíduos baixos têm o desejo de governar os outros. Aqueles que têm ocupações dignas estão ocupados demais pala quererem ser reis.
9. A oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo? Bosques de oliveiras abundam na região á volta de Siquém. Azeite de oliva era usado como ungüento pala a pele e com propósitos cerimoniais quando sacerdotes e reis eram ungidos. Era queimado para fornecer iluminação, e usado na alimentação tal como a nossa manteiga. A oliveira não pede ser persuadida a deixar seu importante trabalho para se tornar rei.
11. A figueira lhes respondeu: Deixaria eu a minha doçura? A figueira era a árvore frutífera mais comum da Palestina. Os figos não eram um luxo delicioso, como são em outras partes do mundo, mas um dos gêneros alimentícios mais comuns do pais.
13. A videira lhes respondeu: Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens? Elohim pode ser traduzido para Deus ou deuses. Neste contexto parece que Jotão se refere às libações religiosas oferecidas aos deuses, durante as quais o vinho era derramado sobre o sacrifício ou sobre o solo ao lado do altar. As uvas eram grandemente estimadas em Israel, como no mundo mediterrâneo em geral. As uvas não tinham função mais alta do que produzir vinho.
15. Respondeu o espinheiro às árvores: . . . Vinde, e refugiai debaixo de minha sombra. Como última alternativa, as árvores aproximaram-se do espinheiro, o qual podia ser visto trepando pelos rochedos nas vizinhanças de Siquém. O espinheiro disse ironicamente: Refugiai debaixo da minha sombra, um absurdo óbvio. Com sentimento de auto-importância, ameaçou consumir os cedros do Líbano, se as outras árvores não lhe concedessem a devida deferência. O espinheiro seco geralmente é o ponto inicial de incêndios destrutivos. Moore, em suas notas no ICC, diz: "Aqueles que fizeram do espinheiro o seu rei, colocaram-se neste dilema: se lhe fossem fiéis, desfrutariam de sua proteção que não passava de tolice; se lhe tossem infiéis, ele os arruinaria".
16-20. Se deveras e sinceramente procedestes ... alegrai-vos com Abimeleque ... mas, se não, saia fogo de Abimeleque. Jotão fez uma aplicação evidente à sua parábola. Os homens de Siquém poderiam sentir que agiram bem, no fato de esquecer tudo o que Gideão tinha feito por eles, apoiando o assassinato dos seus filhos. Neste caso, disse Jotão, "muita felicidade vocês terão com este seu rei-espinheiro" (Moore). Contudo, Jotão advertiu, tal não seria o caso. Não só este rei-espinheiro se comprovaria destrutivo para os homens de Siquém, mas os homens de Siquém, por sua vez, consumiriam Abimeleque.
21. Fugiu logo Jotão, e foi-se para Beer. Jotão conseguiu escapar da vingança de Abimeleque. Beer significa poço, e havia muitos lugares na Palestina com esse nome. Alguns comentadores têm sugerido que o lugar de seu retiro fosse Berseba. El-Bireh, entre Siquém e Jerusalém, é outra possibilidade.
 
3. Uma vida infrutífera. 
Certa vez, JESUS contou uma parábola a respeito de uma árvore estéril, uma figueira (Lc 13.6-9). Podemos usar a parábola para se referir a nossa vida cristã. A figueira sem frutos pode ser aplicada aos crentes que professam a JESUS e, no entanto, insistem em viver uma vida carnal, pecaminosa. Na parábola, o agricultor investe na figueira, adubando, regando, podando, ou seja, dando todas as condições para que produza fruto. Mas caso ela não viesse a frutificar seria cortada. DEUS está investindo em sua vida e dando todas as condições para que você produza bons frutos, aproveite a oportunidade.
 
13.6-9 Freqüentemente no Antigo Testamento, uma árvore com fruto simboliza a vida piedosa (vejam-se, por exemplo, Jr 17:7-8). Jesus sublinhou o que lhe aconteceria à outra classe de árvore, aquele que ocupou tempo e espaço e não produziu nada para o paciente agricultor.
Esta era uma maneira de advertir a seus ouvintes de que Deus não ia tolerar para sempre esta infecundidade. Luc 3:9 inclui a versão do João o Batista sobre o mesmo tema. Desfruta você do trato especial de Deus sem dar nada em troca? Se não, responda à paciência do agricultor e prepare-se a dar fruto para Deus.
Referências a figueiras na bíblia - Figueira, Jz 9:10; 1Rs 4:25; Pv 27:18; Hc 3:17; Mt 21:19; Lc 13:6; 21:29; Jo 1:48; Tg 3:12; Ap 6:13.
figueira (Dic Portugues.dctx)
s. f. Bot. 1. Árvore brasileira da família das Moráceas, particularmente qualquer árvore cultivada ou não, derivada da figueira comum. 2. Árvore muito grande, nativa do Brasil; fícus.
FIGO, FIGUEIRA
O figo comum, mencionado por volta de sessenta vezes na Bíblia, é uma das plantas mais importantes. Gênesis 3:7 fala de suas folhas. Quando os profetas do Velho Testamento profetizavam para as pessoas por suas maldades, eles freqüentemente ameaçavam que a vinha e a colheita dos figos seriam destruídas.
19 E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
19, 20. Figueira. Esta conhecida árvore da Palestina era usada muitas vezes como símbolo da nação de Israel (Os. 9:10; Joel 1:7). Uma peculiaridade dessa árvore é que seus frutos e folhas costumam aparecer ao mesmo tempo, com os frutos às vezes em primeiro lugar. A próxima colheita seria esperada para Junho. Essa árvore em particular produzira tão abundante folhagem em Abril que qualquer um esperaria encontrar nela também os frutos. Este parece ser um exemplo no qual, pelo fato de Cristo ter-se esvaziado completamente do seu ego (Fl. 2:7), Ele deixou de usar a sua onisciência para que a sua reação humana fosse inteiramente genuína.
Nunca mais nasça fruto de ti. Foi dito com a solenidade de um julgamento condenatório. Embora não haja nenhuma declaração de que a situação deveria ser considerada alegórica, parece ser a única explicação Mateus (Comentário Bíblico Moody) 102 razoável para o incidente (pois árvores não tem responsabilidade moral). Ele forneceu uma seqüência pitoresca para a parábola de Lc. 13:6-9 referente à nação judia, estéril apesar de todas as vantagens.
A figueira secou imediatamente. Imediatamente pode com certeza ser bastante amplo para se entender diversas horas. Na manhã seguinte os discípulos logo perceberam, que já se encontrava seca até as raízes (Mc. 11:20).

CONCLUSÃO 
A vida conduzida pela concupiscência da carne é uma vida sem DEUS. A concupiscência da carne é sempre morte. A vida guiada pela concupiscência da carne é uma vida desprovida de alegria e paz. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida de atrações pecaminosas. A degradação do caráter cristão se dá pela falta de condução do ESPÍRITO SANTO. As qualidades do fruto do ESPÍRITO não desabrocham. O caráter é o resultado de uma vida entregue a DEUS. As qualidades do ESPÍRITO que estão no fruto aparecerão. A vida, se conduzida pela carne e suas paixões aparecerão em pecados. O caráter moldado pelo espírito produz vida em abundância e aparência de CRISTO no cristão. Podem acontecer ataques ao caráter cristão, se o crente ceder terá uma vida que não agrada a DEUS. O Viver segundo a carne é seguir o caminho da perdição e condenação eterna. não continue vivendo como espinheiro que só serve para espetar os outros e não produz nada no reino espiritual de DEUS, não tenha uma vida infrutífera para DEUS. 
Quem vive segundo a carne não pode agradar a DEUS. E a vida sem DEUS torna-se infrutífera. Longe do Senhor nos tornamos espinheiros, nos ferimos e ferimos ao próximo. Busque a DEUS e seja uma árvore frutífera.
 
Lucas 39 - 49 - Lucas - Série Cultura Bíblica - Leon L. Morris
39. JESUS agora volta-Se a responsabilidade que incumbe aos discipulos no sentido de fazerem mais discipulos. Emprega uma serie de metaforas para ressaltar a importancia de viverem no nível mais alto enquanto assim fazem. Fala primeiramente de um cego que procura guiar outro cego. Visto que o lider não enxerga melhor do que o liderado, o único futuro para ambos e o desastre. Isto importa em problemas para aqueles que colocam sua confianca em pessoas tais como os fariseus. E uma advertência acerca da liderança que os seguidores de JESUS exercerão. O cristão
não pode ter esperança de servir como guia para outras pessoas a não ser que ele mesmo veja claramente para onde esta indo. Se lhe faltar amor, não enxerga mesmo. Se alguém pessoalmente não conhecer o caminho da salvação, somente podera guiar os outros a desgraça.
40. A segunda ilustração relembra o pequeno grupo da sua posição como discipulos. Declaracoes algo semelhantes sio achadas noutros lugares (22:27; Mt 10:24; Jo 13:16). Claramente e um pensamento que JESUS expressou mais de uma vez e de modos diferentes. O progresso do estudante e limitado pelo ensino que recebe: não pode saber mais do que
seu mestre. Nio devemos entender isto em termos da nossa propria situação, em que as bibliotecas e outras facilidades colocam possibilidades ilimitadas diante do estudante. JESUS esta falando de um tempo em que o discipulo somente tinha seu rabino como sua fonte de informacao. Alegar que estava acima do seu mestre era o maximo da presuncao. O único alvo do discipulo era ser como o seu mestre, e chegava a este ponto somente depois de bem instruido. Esta última expressão traduz o verbo katartizo, que tem um significado como “tornar digno” ou “completo.”
E empregado para consertar aquilo que está quebrado (Mc 1:19) ou para suprir plenamente (como quando o mundo foi “plenamente formado,” Hb 113). O seguidor de JESUS deve fazer da semelhanca a Ele seu alvo. Não pode deixar de lado o mandamento do amor, acreditando que está acima
daquele nível. Mas o impacto principal do dito diz respeito aos mestres humanos. Visto que não e razoável esperar que um discipulo saiba mais do que seu mestre, é importante que o próprio mestre esteja pessoalmente bem adiantado no caminho cristão. Especificamente, deve resguardar-se
contra a cegueira espiritual e a falta de amor.
41,42. JESUS repreende a hipocrisia com a ilustração do argueiro e da trave. Este e outro tema as vezes empregado pelos rabinos. Não devemos olvidar-nos do fato de que JESUS esta bem disposto a inculcar Sua lição em tom humoristico. Ficamos tao frequentemente impressionados com a solenidade das questoes envolvidas em boa parte do Seu
ensino que nos esquecemos que JESUS tinha um senso de humor. Aqui, escolhe o metodo da parodia. Retrata o hipocrita com uma grande trave projetando-se do seu olho, enquanto procura cuidadosamente tirar uma particula do olho do seu irmao. Mesmo assim, o humor da ilustração
não deve cegar-nos diante da seriedade da lição que ensina. A leve imperfeição noutras pessoas está frequentemente mais aparente a nós do que a grande imperfeição em nós mesmos. JESUS nos exorta ao rígido auto-exame antes de nos engajarmos no julgamento dos outros. É importante
remover a trave do nosso próprio olho. Não é importante nos preocuparmos com o cisco no olho do nosso irmao. E é impossivel endireitarmos nosso irmão antes de termos liquidado nossas próprias falhas. Não podemos ver com clareza suficiente para fazer este trabalho.
VI. A árvore e o fruto (6:43-45). Os atos do homem mostram como é o seu coração.
43,44. JESUS não explica o que quer dizer com uma árvore boa ou uma árvore má, mas a declaração seguinte mostra que o tipo de fruto que a árvore produz está em mente. Figos e uvas são contrastados com espinheiros e abrolhos. Onde se trata da vida vegetal, fica claro que cada árvore tem seu fruto característico. Não se pode colher um certo tipo de fruto de qualquer árvore senão a apropriada. Todas as demais árvores produzem outros tipos de frutos.
45. Os homens bons, como as árvores boas, produzem bons frutos.
O homem bom produz fruto bom do bom tesouro do coração. E aquilo que ele é na sua natureza íntima que determina qual fruto sua vida produzira, Assim acontece também com o mau. O mal no seu intimo somente pode produzir o mal. O principio e declarado no fim: porque a boca fala do que esta cheio o coração. Sempre ha um motivo para as palavras que falamos. Nossas palavras revelam o que esta em nosso coração.
VII. Fundamentos (6:46-49). Este sermão, como aquele em Mateus, termina com uma lembranca impressionante da importancia de agir a altura do ensino que JESUS deu. Ha uma diferença quanto a um pormenor: em Mateus a diferença entre os dois homens e que escolheram terrenos
diferentes para construir sobre eles; aqui, diferem quanto a sua maneira de edificar nos terrenos.
46. Parece que alguns ja se mostraram falsos discipulos. Destarte, JESUS pergunta por que O chamam Senhor, Senhor, mas não o obedecem.
Chamar alguém de “Senhor” e reconhecer que lhe é devida a lealdade.
Repetir o trato e colocar certa enfase sobre esta confissao. Mas as palavras não sio substituto para a obediencia.
47,48, JESUS agora fala do homem que presta atencio aquilo que Ele diz. Este homem e como um construtor que cavou, abriu profunda vala e lancou o alicerce sobre a rocha. Esta obra e essencial para construir solidamente, mas gasta muito tempo e e trabalho pesado. Alguns, portanto, a evitam. Quando, porem, chegarem as tempestades e as enchentes, a casa com alicerces na rocha ficara firme. O trabalho pesado acabou valendo a pena. Fica claro o paralelo na vida espiritual. Quando chegar o teste final no dia do juizo, e o fundamento sobre o qual nossa vida é edificada que importará (cf. 1 Co 3:11 ss.). As palavras certamente tem uma aplicacio as tempestades desta vida. O homem com um bom fundamento não é facilmente perturbado pelas dificuldades da vida; mas e o teste supremo e final que esta especialmente em mira aqui.
49. 0 caso e diferente quando a casa esta edificada sobre a terra sem alicerces. Arrojando-se o rio contra a casa edificada desta maneira, logo desabou. Nio poderia resistir o ataque. Assim e o homem que ouve o ensino de JESUS mas não age de acordo com ele. Esta edificando sua vida sem fundamento. Pode ter toda a aparencia externa da respeitabilidade e pode ser notavel por suas observancias religiosas, mas faltando-lhe um fundamento, não é nada.
 
Lucas 39 - 49 - Lucas - Comentário de Adam Clarke
Versículo 39
Pode um cego guiar outro cego? - Esta parece ter sido um provérbio geral, e para significar que um homem não pode ensinar o que ele não entende. Este é rigorosamente verdade em assuntos espirituais. Um homem que não é iluminado de cima é totalmente incapaz de julgar a respeito das coisas espirituais, e totalmente incapaz de ser um guia para os outros. É possível que uma pessoa que está envolvida com a escuridão mais grossa deve ousar tanto para juiz do estado dos outros, ou a tentativa de levá-los nesse caminho do qual ele é totalmente ignorante! Se ele fizer isso, não deve o seu julgamento ser temeridade, e sua loucura ensino? - E ele não pôr em perigo a sua própria alma, e correr o risco de cair na vala de si perdição, juntamente com os objetos infelizes de sua instrução religiosa?
Versículo 40
Todo aquele que é perfeito - Ou, uma formação completa, κατηρτισμενος: - a partir de καταρτιζω, para ajustar, adaptar, unidos, restaurar ou colocar em conjunto. O substantivo é usado pelos médicos escritores gregos para significar a redução de um membro luxado ou desconectado. Às vezes significa para reparar ou consertar, e, nesse sentido, é aplicada a redes quebradas, Mateus 4:21; Marcos 1:19; mas, neste lugar, e em Hebreus 13:21; 2 Timóteo 3:17, significa instruções e informações completas. Todo aquele que é completamente instruído nas coisas divinas, que tem seu coração unido a DEUS, cujos temperamentos e paixões desordenadas são purificados e
restaurado para a harmonia e ordem; todo aquele que tem em si a mente que estava em CRISTO, embora ele não pode estar acima, mas vai ser tão, seu professor - santo, inocente, imaculado, e separado dos pecadores.
"O discípulo que compreende perfeitamente as regras e vê o exemplo de seu mestre, vai pensar que o seu negócio para pisar exatamente em seus passos, para fazer e sofrer em ocasiões semelhantes, como o seu mestre fez: e por isso ele será como o seu mestre. " Whitby.
Versículo 41
Por que vês tu o argueiro - Veja este explica em Mateus 7:3-5; (Nota).
Versículo 43
Frutos corrompidos - Καρπον σαπρον, literalmente, frutas podres, mas aqui isso significa, como frutas como é impróprio para o uso. Veja em Mateus 7:17-20; (Nota).
Versículo 45
Um bom homem - Veja em Mateus 12:35; (Nota).
Versículo 46
Senhor, Senhor - DEUS julga do coração, não por palavras, mas por obras. Um bom servo nunca contesta, fala pouco, e sempre segue o seu trabalho. Tal servo um verdadeiro cristão é: tal é um fiel ministro, sempre atenta, quer no trabalho de sua própria salvação, ou a do seu vizinho; falando mais a DEUS do que aos homens; e a estes como na presença de DEUS. A língua é bem ajustado em comparação a um para uma bomba, o que esvazia o coração, mas nem os preenchimentos nem limpa-lo. O amor de DEUS é uma fonte escondida, que abastece o coração continuamente, e nunca permite que ele seja seco ou infrutífera. Quesnel.
Versículo 47
Eu vou te mostrar - Ὑποδειξω, vou mostrar-lhe claramente. Eu permiti-o plenamente para compreender o que quero dizer sobre este assunto com o seguinte parábola. Veja esta palavra explicada em Mateus 3: 7; (Nota).
Versículo 48
Ele é como um homem, etc. - Veja em Mateus 7:24-27; (Nota).
Versículo 49
A ruína daquela casa era grande - Nesta passagem, o pai Quesnel, que era um predestinariano mais rígido, faz a seguinte observação criteriosa. "Não é nem pelas especulações de astrólogos, nem pela garantia calvinista da predestinação, que podemos descobrir qual será a nossa parte para sempre, mas é pelo exame do nosso coração, e a consideração de nossa vida, para que possamos em alguma medida, prognosticar o nosso estado eterno. Sem um coração santo e uma vida santa, tudo é ruinoso na hora da tentação, e no dia da ira". Para isso pode ser adicionado,
Aquele que crê no Filho de DEUS, tem em si o testemunho: 1 João 5:10.
Os assuntos deste capítulo têm sido tão amplamente explicado e aplicado nos lugares paralelos em Mateus, a que o leitor já tenha sido referido, que não parece haver necessidade de fazer quaisquer observações adicionais.

 
TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL - Pr. Antõnio Gilberto
O fruto do ESPÍRITO. Em I Corintios 2.14—3.3, vemos que DEUS divide toda a humanidade em três grupos de pessoas. Apenas três, e isso no sentido espiritual: (I) o homem natural, literalmente controlado pela sua alma (2.14); (2) o homem espiritual, literalmente controlado pelo ESPÍRITO SANTO (2.15); e (3) o homem carnal, controlado, literalmente, pela sua natureza carnal (3.3). Ninguém escapa dessa classificação divina. Todos nós somos um desses "homens”. Identifique-se!
O homem natural não é salvo. É irregenerado. É chamado de “natural” porque vive segundo a natureza adâmica, decaída. O homem espiritual é aquele que o ESPÍRITO SANTO governa e rege seu espírito, sua alma e seu corpo. Nele, o seu “eu”, pela fé em CRISTO, está mortificado, crucificado (Rm 6.11; G1 2.19,20).
Já o homem carnal, na conceituação bíblica, é o crente espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida —“meninos em CRISTO” (I Co 3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida, fracassada. Esse crente vive em conflito interior entre a sua natureza humana e a divina, sendo a sua alma o campo de batalha (cf. G1 5.13-26).
O homem espiritual é o crente cheio do ESPÍRITO SANTO, isto é, aquele em cuja vida o fruto do ESPÍRITO tem amadurecido (G1 5.22,23; Ef 5.9; Jo 15.1-8, 16). A evidência de que alguém continua cheio doESPÍRITO é a manifestacao do fruto do ESPÍRITO de DEUS em sua vida (Mt 3.8; 7.20).
Se um cristão afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja desmente o que afirma, isso é uma contradição, um escândalo e uma pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais fracos. É pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em tudo, que o ESPÍRITO produz o seu fruto, como descrito em Gálatas 5.22.
A igreja realiza as obras do Reino mediante a proclamação do evangelho de poder que lhe foi outorgado por CRISTO (Rm I.I6). A mesma instrumentalidade que operou em JESUS, durante o seu ministério terreno, está presente na vida da igreja para que os milagres se realizem, as boas novas cheguem aos confins da Terra e ela possa confrontar o orgulho, a falsidade e o egoísmo disseminado pelo reino das trevas. E assim manifestar em sua existência as qualidades do fruto do ESPÍRITO (G1 5.22), que antecipam a verdadeira natureza da era vindoura. Os dons espirituais nao devem operar sem o fruto do ESPÍRITO (G1 5.22; I Co 13; Jo 15.1-8).
 
Lucas 6:39-49. - COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY
A narrativa que Lucas faz do sermão difere de Mateus em diversos aspectos. Ele equilibra quatro bem-aventuranças com quatro "ais", em lugar de apresentar nove bem-aventuranças. Ele omite a discussão da aplicação da Lei, e alguns dos ensinamentos sobre a oração. Umas poucas parábolas neste sermão encontram paralelo em outras passagens de Lucas. Não há contradições nas narrativas, mas apenas diferente arranjo do material. A palestra foi feita particularmente aos discípulos, embora a multidão também a ouvisse.
41. Argueiro ... trave. Talvez JESUS tivesse a desagradável experiência de um grão de pó de serra nos olhos quando trabalhava na oficina de carpinteiro de José. Assim como um pouco de pó de serra está para uma tábua, também uma pequena falta na vida do irmão quando comparada com uma falta maior na própria vida.
48. Vindo a enchente. Tendo as colinas da Palestina pouca vegetação, as chuvas do inverno produziam violentas enxurradas que varriam qualquer construção que houvesse no caminho. A areia era lavada rapidamente; as construções feitas sobre rocha resistiam. CRISTO ensinou que o único alicerce seguro para toda a vida podia ser encontrado em seus ensinamentos e verdade. Com esta declaração exclusiva ele se tornou o árbitro do destino humano e o objeto de toda a fé verdadeira.
 
Obra da Carne e Fruto do Espírito - William Barclay
Fica bem claro que para Paulo o corpo não é essencialmente mau.
Na sua natureza, morrerá. Mas tem potencialidades tremendas para o bem e para o mal, dependendo se é dominado pelo pecado ou dedicado a DEUS.
Para Paulo, o corpo em si mesmo é bem neutro.
A direção que seguirá depende da força que o controla, para o bem ou para o mal.
Mas agora chegamos a uma palavra muito mais difícil, sarx, a carne.
Esta é uma das palavras características de Paulo, uma das palavras que percorre suas cartas, e especialmente as cartas aos Romanos, aos Gálatas e aos Coríntios. É uma palavra que representa certos fatos na situação humana que fazem parte da experiência básica de todos os homens. Procuremos, portanto, penetrar em seu significado.
Podemos começar com dois fatos fundamentais a respeito dela.
i. Sarx é a inimiga mortal do pneuma. O conflito na alma é exatamente entre a carne, para usar a tradução comum da palavra, e o Espírito.
“Estes,” diz Paulo, “são opostos entre si” (G1 5.17). Qualquer que seja uma outra verdade a este respeito, estas duas são as forças opostas dentro da existência humana.
ii. Sarx é muito mais do que o corpo. No pensamento de Paulo os pecados da carne incluem muito mais do que os pecados carnais que tem a ver com o corpo. Quando Paulo alista as obras da carne, é certo que começa com a imoralidade, a impureza e a licenciosidade, mas daí passa para a inimizade, as contendas, os ciúmes, a ira e o espírito partidário que não são pecados do corpo, de modo algum. Os pecados da carne, no sentido moderno e normal do termo, estão longe de serem aqueles
que são usados no sentido paulino do termo. Na realidade, é verdade dizer que nem sequer são os pecados principais e mais sérios da carne.
iii. Paulo usa o termo para denotar uma condição física, do corpo.
Fala da circuncisão da carne, em comparação com a circuncisão do coração (Rm 2.28). Fala de um espinho na carne, com o que quer dizer uma enfermidade ou doença física (Gl 4.13). Ha ocasiões em que Paulo emprega sarx onde poderia ter usado sõma com igual efeito, e onde seu significado é físico sem quaisquer implicações ou ideias subentendidas.
iv. Paulo usa sarx em frases que poderíamos expressar em português assim: “humanamente falando” , ou: “do ponto de vista humano” . Assim, JESUS descendeu de Davi segundo a carne (Rm 1.3).
Abraão e o nosso antepassado segundo a carne (Rm 4.1). JESUS é um judeu segundo a carne (Rm 9.5).
Quando sarx é usada assim, sempre subentende que o assunto não se esgota ai, que ha algo mais a ser dito, que o que é dito é verdadeiro do ponto de vista humano, embora não seja a totalidade da verdade.
v. Paulo usa sarx em frases e contextos onde usaríamos uma frase tal como: “julgando por padrões humanos” .
Não muitos sábios segundo a carne são chamados para fazer parte da Igreja (1 Co 1.26), ou seja: não muitos que são sábios segundo os padrões mundanos (RSV), ou qualquer padrão humano (NEB). Paulo, escrevendo aos coríntios, defende-se contra a possível acusação de ter propósitos segundo a carne (2 Co 1.17), ou seja: de fazer planos com um homem mundano que esta disposto a alterá-los de conformidade com aquilo que a conveniência venha a sugerir.
Escreve aos coríntios afirmando que, agora, não conhece a homem algum, nem sequer a Cristo, segundo a carne (2 Co 5.16).
Aqui a RSV traduz: “Não consideramos a ninguém do ponto de vista humano” , e a NEB: “Os padrões do mundo deixaram de ser levados em conta nossa estimativa de qualquer homem.” Em tais frases, a carne representa o padrão humano, o ponto de vista humano, a avaliação humana.
vi. Paulo usa sarx onde o pensamento principal diz respeito a humanidade.
A expressão: “Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei” (Rm 3.20; Gl 2.16; 1 Co 1.29) e um hebraísmo e uma expressão judaica normal, a passo que a linguagem moderna diria “ninguém” (AKA, cf. ARC supra). Assim, JESUS veio na semelhança da carne pecaminosa (Rm 8.3), onde a ideia e que CRISTOtomou sobre Si a nossa humanidade.
A língua hebraica sempre preferiria uma expressão concreta suma expressão abstrata, e, portanto, prefere falar na carne ao invés da humanidade.
vii. Agora chegamos ao uso paulino, único e distintivo, da palavra sarx, o conceito que Paulo tem de sarx como a inimiga suprema no conflito na alma. Vejamos, pois, como Paulo usa a palavra neste sentido especial.
(a) Pode-se dizer que viver na carne é exatamente o inverso de ser um cristão. “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito” (Rm 8.9, 12).
É o não-cristão que vive na carne. Paulo pode relembrar o tempo “ quando vivíamos segundo a carne” (Rm 7.5; 8.5). O cristão crucificou a carne com suas paixões e desejos (Gl 5.24). Viver na carne é exatamente o inverso de viver no ESPÍRITO, em Cristo; é o oposto de ser cristão.
(b) Para expressar o assunto de modo ainda mais amplo, estar na carne é estar sujeito ao pecado (Rm 7.14). Ser dominado pela carne e ser escravo do pecado são a mesma coisa.
(c ) A carne é a grande inimiga da vida virtuosa e da vida cristã:.
É esta sarx que torna a lei fraca e enferma (Rm 8.3). Isto quer dizer que a sarx é a responsável pela situação humana sempre repetida, em que o homem sabe com perfeita clareza o que deve fazer, mas é totalmente incapaz de fazê-lo. Na sarx não habita nada de bom (Rm 7.18). Se entendermos que esta é uma declaração generalizada, é exatamente aqui que vemos a diferença entre sõma e sarx, o corpo e a carne. O corpo pode tornar-se instrumento do serviço e da glória de DEUS; a carne não o pode. O corpo pode ser purificado e até mesmo glorificado; a carne deve ser eliminada e erradicada. É com a carne que o homem serve a lei do pecado (Rm 7.25).
E a sarx que torna o homem totalmente incapaz de assimilar o ensino que deveria saber receber (1 Co 3.1-3). A sarx não pode agradar a DEUS (Rm 8.8). Pior do que isso, a sarx é essencialmente hostil a DEUS
(Rm 8.7). Os ciúmes, as contendas e a amargura são a prova de que o homem ou a comunidade está vivendo na sarx (1 Co 3.3).
Fica bem claro que temos um problema bem considerável na tradução.
De modo geral, as traduções mais usadas no Brasil mantém a palavra “ carne,” com o adjetivo “ carnal.” Das paráfrases, temos: P: “baixos instintos da natureza” ; BLH: “a natureza humana” ; BV: “ suas próprias inclinações erradas.” As versões mais atuais em inglês oferecem variações de frases tais como: “a natureza inferior” , “a natureza terrena” , “a natureza não-espiritual” , “a natureza pecaminosa” , “ a natureza carnal” , “a fraqueza da natureza humana” . Há, sem dúvida, uma série específica de passagens em Gálatas em que a ideia de baixos instintos da natureza serve muito bem. A ARA traduz Gl 5:13: “Não useis da liberdade para dar ocasião à carne.” Phillips traduz: “Apenas convém usar de cautela, para que essa liberdade não vá estimular-vos aos baixos instintos.” A ARA traduz Gl 5:16:
“Andai no ESPÍRITO, e jamais satisfareis a concupiscência da carne.”
Phillips traduz: “Vivei a sua vida no Espírito, em nada satisfazendo os baixos instintos da natureza humana.” A ARA traduz Gl 5.24: “E os que são de CRISTOJESUS crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”
Phillips traduz: “Quem é de Cristo, crucificou a sua velha natureza com tudo o que amava e cobiçava.” A ARA traduz Gl 6.8: “Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o ESPÍRITO, do ESPÍRITO colherá vida eterna.” Phillips traduz:
“ Se semeia para os baixos instintos da natureza, a colheita só pode ser a corrupção e a morte da sua própria natureza. Se semeia, porém, para o ESPÍRITO, a colheita será a vida eterna por esse mesmo ESPÍRITO.” Em todos estes casos, a tradução de sarx por “baixos instintos da natureza” aparece
de forma bem apta e relevante.
O que, pois, é a carne? Logicamente, a carne não é o corpo.
Fica igualmente claro (se o pensamento de Paulo for consistente) que a carne não é o homem natural, porque ele disse que este homem não-cristão, o homem pagão, não precisa necessariamente ser totalmente mau. Mesmo em tais condições há ocasiões em que o homem pode fazer por natureza
aquilo que a lei requer, porque as exigências da lei estão escritas no seu coração, e porque mesmo em tal condição o homem possui consciência (Rm 2.14, 15). (N.E.: Mas Paulo de maneira nenhuma ensina que o homem na carne pode agradar a DEUS [1 Co 2.14]). Falar da carne como a natureza
inferior ( “ os baixos instintos da natureza” ) não é inteiramente satisfatório.
Fazer assim subentende que há no homem uma natureza que é capaz de produzir a bondade, assim como há uma natureza que é fadada ao mal. O problema com semelhante ponto de vista é que a podridão, a despeito de tudo quanto temos dito a respeito do homem natural, perpassa a natureza humana inteira; toda a estrutura está minada. É cheio de relevância o fato de que Paulo fala das obras da carne e do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.19, 22). Uma obra é algo que o homem produz para si mesmo; um fruto é algo produzido por um poder que ele não possui.
Os homens não podem fabricar um fruto. Isto quer dizer que o homem pode produzir o mal por si só, com bastante facilidade, e não pode deixar de fazê-lo; a bondade, no entanto, tem que ser produzida para ele por um poder que não é seu. A verdade é que, embora a tradução “os baixos instintos
da natureza” frequentemente faça bom sentido, não atinge suficientemente o sentido.
A essência da carne é a seguinte. Nenhum exército pode invadir um país pelo mar a não ser que possa obter uma cabeça de ponte.
A tentação não teria a capacidade de afetar os homens, a não ser que houvesse algo já existente no homem que correspondesse a tentação. O pecado não poderia obter nenhuma cabeça de ponte na mente, coração, alma e vida do homem a não ser que houvesse um inimigo dentro dos portões que estivesse disposto a abrir a porta ao pecado. A carne é exatamente a cabeça de ponte através da qual o pecado invade a personalidade humana.
A carne é como o inimigo do lado de dentro e que abre o caminho para o inimigo que está forçando a porta.
Mas de onde vem esta cabeça de ponte? De onde surge este inimigo do lado de dentro? É experiência universal da vida que um homem pela sua conduta capacita-se ou não a experimentar certas coisas.
Faz de si mesmo uma pessoa tal que se dispõe ou se indispõe a corresponder a certas experiências. A carne é aquilo que homem fez de si mesmo em contraste com o homem conforme DEUS o fêz. A carne e o homem de conformidade com aquilo que permitiu que viesse a ser, em contraste com o homem conforme DEUS pretendeu que ele fosse. A carne representa o efeito total do pecado do homem sobre si mesmo e do pecado dos seus pais e de todos os homens que existiram antes dele. A carne é a natureza humana conforme se tornou através do pecado. O pecado do homem é o pecado da humanidade, tornou-o, por assim dizer, vulnerável ao pecado. Fê-lo cair mesmo quando sabia que estava caindo, e mesmo quando não queria cair. Fez dele uma pessoa tal que não pode nem evitar o fascínio do pecado nem resistir ao poder do pecado. A carne é o homem enquanto está separado
de JESUS CRISTO e Seu ESPÍRITO.
Assim o crente deve tomar todo cuidado para não deixar que a carne o domine, pois estaria voltando ao estado original, sem salvação, sem vida eterna.
 
AJUDA
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Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal, Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006, Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
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Tesouro de Conhecimentos Biblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008,
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001,
Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge"
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia The Word
Dicionário Strong Hebraico e Grego
Dicioário teológico - Claudionor Correa de Andrade
Enciclopédia Ilúmina