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Escrita Lição 13, Central Gospel, a importância do olhar, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita, Lição 13, Central Gospel, A Importância do Olhar, 4Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


 https://youtu.be/kAKol-IYMkQ?si=YlX83Sw7Z5fb8Atc Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/12/escrita-licao-13-central-gospel.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/12/slides-licao-13-central-gospel.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/LuizHenriquedeAlmeid6/slides-lio-13-central-gospel-a-importncia-do-olharpptx

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- QUAL A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NA VIDA?

1.1. O olhar aponta o foco do nosso presente

1.2. O olhar direciona o nosso futuro

1.3. O olhar revela verdades da nossa alma

1.4. O olhar orienta os nossos relacionamentos

2- OS OLHARES QUE AGRADAM A DEUS

2.1. Olhando para trás com gratidão

2.1.1. Razões para agradecer

2.2. Olhando para os lados com amor

2.3. Olhando para dentro de si com

2.4. Olhando para cima com louvor

2.5. Olhando para frente com esperança

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 6.22,23,25-27,31-34

22 - A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.

23 - Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

25 - Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?

26 - Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?

32 - (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;

33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.

34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

 

 

TEXTO ÁUREO

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez

o céu e a terra. Salmo 121.1,2

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Lucas 17.11-18 A cura dos dez leprosos

3ª feira – Salmo 103 Não te esqueças dos Seus benefícios

4ª feira – Gênesis 4.1-9 Caim: Onde está Abel, teu irmão?

5ª feira – Romanos 7.15-24 Miserável homem que sou

6ª feira – Marcos 14.17-26 Tendo cantado o hino, saíram

Sábado – 1 Coríntios 13.11-13 Permanecem a fé, a esperança e o amor

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- compreender a importância do olhar para a vida;

- saber que se não soubermos enxergar corretamente a vida, trevas emanarão de nós; e o oposto também é verdade: se soubermos olhá-la de modo acertado, luz irradiará de nosso ser;

- entender como nós, individualmente, como membros de uma família, considerando a dimensão do olhar, podemos agradar a Deus.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, na última lição da revista intitulada “Restaurando a visão familiar”, faz-se necessário discutir “A importância do olhar” no alcance deste tão nobre objetivo. Sim, esta é a última estação da viagem, conforme mencionamos na primeira lição desse ciclo. Que tal relembrar os pontos mais marcantes de cada parada (aula)? Para tanto, elabore um quadro sintético das lições, destacando as cenas fundamentais — pontos de tensão, pensamentos divergentes etc. Reserve em seu plano de aula, se possível, alguns minutos para responder às perguntas da turma. Não é recomendável deixar lacunas nos temas trabalhados. Incentive os alunos a estabelecerem objetivos concretos e claros, pois o Espírito Santo os ajudará a realizarem seus sonhos e a alcançarem um futuro melhor. Estevam Fernandes

  

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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OLHOS - οφταλμος ophthalmos
1) olho
2) metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer

 

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O olho representa o órgão da visão para os homens e os animais, e é usado em muitas aplicações figuradas. Os olhos são afetados pela idade, pelas emoções, pelo sono e pela morte. Eles mostram as qualidades emocionais, tais como a generosidade (Pv 22.9), avareza (Sl 10.8), arrogância (Is 2.11; 5.15; 2Rs 19.22), inveja (1 Sm 18.9; Pv 28.22; Mc 7.22), desejos ímpios (Is 3.16; 2 Pe 2.14; 1 Jo 2.16), Eles são usados por Deus em um sentido antropomórfíco, mostrando a sua onisciência.

Para as mulheres no antigo Egito e na Babilônia, era comum pintar os olhos, mas entre os hebreus esse costume é mencionado principalmente em relação às mulheres de má reputação. As pálpebras superiores e inferiores eram escurecidas com um pó negro de antimônio ou de estíbio. No entanto, os tradutores da versão KJV em inglês algumas vezes traduziram a palavra “olhos” corno “rosto”. Assim, Jezabel pintava, na verdade, a região em volta dos olhos (2 Rs 9.30). Jeremias diz “ainda que te pintes em volta dos teus olhos com o antimônio” (Jr 4.30; cf. Ez 23.40).

A palavra “olhos” é usada de muitas outras maneiras; (1) uma fonte (q.v.), como a palavra hebraica é traduzida algumas vezes, provavelmente derivando dos olhos como uma fonte de lágrimas (cf. Jr 9.1); (2) cor ou brilho, uma vez que o olho brilha como os metais ou as joias (Ez 1.4; 8.2; 10.9); (31 face (Nm 14.14); (4) superfície visível da terra (Êx 10.5,15; Nm 22.5); (5) testa, como em “entre teus olhos” (Êx 13.9); (6) presença, como em “diante dos olhos” (Gn 23,11, hebr.); (7) opinião individual, como na expressão “nos vossos olhos” (Gn 19.8); (8) favor ou ira, como em “põe sobre ele os olhos” (Jr 39.12; Am 9.8, hebr.). A frase “guardou-o como a menina [ou pupila] do seu olho” (Dt 32.10; Sl 17.8) significa preservar alguma coisa com cuidado especial. E. C. J. (Dicionário Bíblico Wycliffe).

 

OLHO BOM  A expressão grega ophthalmos haplous consta em Mateus 6.22 e Lucas 11.34 e significa “olho simples" ou “olho bom”, A palavra haplous significa “simples” e representa o olho transmitindo a imagem de um objeto que é visto clara e fixamente. O “olho simples” como a luz ou lâmpada do corpo é forte; não é confuso e pode se enfocar com perfeição, com uma visão limpa sobre o seu objeto. (Dicionário Bíblico Wycliffe).

 

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Devemos nos acautelar contra a hipocrisia e o materialismo ao escolhermos o fim que desejamos. A nossa preocupação quanto a isso é representada por dois tipos de olhos que os homens podem ter: um olho bom ou um olho mau (vv. 22,23). As expressões aqui são um pouco tenebrosas por serem concisas; devemos, portanto, considerá-las em diversas interpretações. A luz do corpo é o olho, que é reto; o olho descobre e guia; a luz do mundo nos proporcionaria pouco sem esta luz do corpo; a luz dos olhos alegra o coração (Pv 15.30), mas vejamos o que é aqui comparado ao olho no corpo.

1. O olho, isto é, o coração (segundo alguns), se for singelo (versão inglesa KJV) – haplous, generoso e abundante (assim as palavras deste grupo são frequentemente traduzidas, como em Romanos 12.8; 2 Coríntios 8.2; 9.11,13; Tiago 1.5, e também lemos sobre o olho generoso em Provérbios 22.9). Se o coração for dado à liberalidade e à generosidade, e permanecer inclinado à bondade e a caridade, ele guiará o homem a ações cristãs. Toda a sua conduta será cheia de luz, cheia de evidências e exemplos do verdadeiro cristianismo, a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai (Tg 1.27). Ela estará cheia de boas obras, que são a nossa luz brilhando diante dos homens; mas se o coração for mau, cobiçoso, duro, invejoso, dominador e rancoroso (esse estado de espírito é frequentemente expressado por um olho mau, Mt 20.15; Marcos 7.22; Provérbios 23.6,7), o corpo será cheio de trevas, e assim toda a sua conduta será pagã, e não cristã. Os instrumentos do avarento serão sempre maus, mas o generoso projeta coisas nobres (Is 32.5-8). Se a luz que está em nós, aqueles sentimentos que devem nos guiar para o que é bom, forem trevas, se eles forem corruptos e mundanos, se não houver no homem uma boa natureza, uma disposição gentil, a corrupção do homem será muito grande, assim como as trevas em que ele estará! Este sentido parece concordar com o contexto; devemos acumular tesouros no céu através da nossa generosidade ao darmos esmolas, e não com rancor, mas com alegria (Lc 12.33; 2 Co 9.7). Mas estas palavras na passagem paralela não aparecem em nenhuma ocasião desse modo (Lc 11.34). Portanto, a coerência aqui não se torna o sentido delas.

2. O olho, isto é, o entendimento (segundo alguns); é o juízo prático, a consciência, que é para as demais capacidades da alma aquilo que o olho é para o corpo, guiando e dirigindo os seus movimentos. Se este olho for bom, se ele fizer um juízo verdadeiro e correto, e discernir coisas que diferem, especialmente na grande preocupação de acumular tesouros de modo a fazer escolhas certas, ele guiará corretamente os sentimentos e as ações, que estarão repletas de luz, de graça e conforto. Mas se este for mau e corrupto, e ao invés de conduzir os poderes inferiores for conduzido, subornado e afastado, se for equivocado e mal-informado, o coração e a vida estarão repletos de trevas, e toda a conduta será corrompida. Aqueles que não entendem isto são citados como aqueles que andam em trevas (Sl 82.5). É triste quando o espírito de um homem, que deveria ser a candeia do Senhor, é um FIO: quando os líderes do povo, os líderes das capacidades, fazem com que as pessoas errem, é uma infelicidade, porque aqueles que são guiados por eles serão destruídos (Is 9.16). Um erro no juízo prático é fatal, é chamar de bom o que é mau, e chamar de mau o que é bom (Is 5.20); portanto, precisamos entender as coisas de modo certo, tendo os nossos olhos ungidos com o colírio do Senhor.

3. O olho, isto é, os propósitos e as intenções; pelos olhos fixamos o nosso propósito diante de nós mesmos, a marca que estabelecemos, o lugar para onde vamos. Mantemos o nosso objetivo em vista, e, consequentemente, dirigimos os nossos movimentos. Em todas as coisas que fazemos em nossa caminhada cristã, há uma coisa ou outra que temos em vista. Se o nosso olho é bom, se contemplamos todas as coisas honestamente, fixamos propósitos certos, e nos movemos corretamente em sua direção. Se miramos puramente e somente a glória de Deus, buscamos a sua glória e o seu favor, e dirigimos tudo inteiramente para Ele, então o nosso olho é bom. O olho de Paulo estava nesta condição, quando o apóstolo disse: “Para mim o viver é Cristo”. E se formos corretos aqui, todo o nosso corpo será cheio de luz, todas as ações serão regulares e bondosas, agradando a Deus e nos confortando; mas se o olho for mau, se, em vez de mirarmos somente a glória de Deus, e a nossa aceitação por parte dele, desviarmos o nosso olhar para o aplauso dos homens, e se enquanto professamos honrar a Deus, tramarmos honrar a nós mesmos, e buscarmos as nossas próprias coisas, sob o pretexto de buscarmos as coisas de Cristo, isto estragará tudo, e toda a conduta será perversa e instável. Os fundamentos estarão assim fora de posição. Só poderá haver confusão e toda obra má na sua, estrutura. Se você traçar retas em uma circunferência a partir de qualquer outro ponto que não seja o centro, elas se cruzarão. Se a luz que está em ti for não só fraca, mas as próprias trevas, haverá um erro fundamental que será destrutivo para tudo o que vier a seguir. Os nossos objetivos especificam as nossas ações. É da maior importância que, na religião, estejamos certos em nossos propósitos, e que façamos das coisas eternas – e não das temporais – o nosso objetivo (2 Co 4.18). O hipócrita é como o remador que olha para uma direção e rema para outra; o verdadeiro cristão é como o viajante, que tem bem claro, diante de seus olhos, o destino de sua jornada. O hipócrita voa alto como o pássaro milhano, com o seu olhar sobre a presa que está abaixo. Ele está pronto para descer quando tiver uma boa oportunidade; o verdadeiro cristão voa alto como a cotovia, cada vez mais alto, esquecendo-se das coisas que estão abaixo.

III

 Devemos prestar atenção na hipocrisia e no materialismo ao escolhermos o senhor a quem serviremos (v. 24). Nenhum homem pode servir a dois senhores. Servir a dois senhores é contrário ao olho bom; porque o olho atenta para a mão do seu senhor (Sl 123.1,2). O Senhor Jesus aqui expõe o engano que alguns colocam sobre as suas próprias almas: eles pensam que podem se dividir entre Deus e o mundo, para terem um tesouro na terra e também um tesouro no céu, para agradarem a Deus e também aos homens. Por que não?, dizem os hipócritas; é bom “ter duas cordas em um arco”. Eles esperam fazer com que a sua religião sirva aos seus interesses seculares, e assim procuram tirar proveito de ambas as coisas. A falsa mãe estava disposta a permitir que Salomão mandasse partir a criança ao meio; os samaritanos estarão dispostos a fazer algum tipo de acordo entre Deus e os ídolos. Não, diz Cristo, isto não servirá; isto é apenas uma suposição de que a piedade seja causa de ganho (1 Tm 6.5). Aqui está:

1. Um princípio geral estabelecido; é provável que este fosse um provérbio entre os judeus: Nenhum homem pode servir a dois senhores, muito menos a dois deuses; porque as suas ordens, em um momento ou outro, serão contraditórias ou conflitantes, e haverá uma interferência inevitável. Enquanto dois senhores caminham juntos, um servo pode seguir a ambos; mas quando eles se separam, você verá a qual deles ele realmente serve; ele não poderá amar, e observar, e manter-se fiel a ambos como deveria. Dedicando-se a um, não se dedicará a outro; um ou outro será comparativamente odiado e desprezado. Esta verdade é clara o suficiente nos casos comuns.

2. A aplicação deste conceito à situação em questão. “Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Mamom é uma palavra siríaca que significa ganho; ela pode se referir a qualquer coisa neste mundo que reputemos como um ganho (Fp 3.7). Tudo aquilo que o mundo valoriza – como, por exemplo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida – é mamom. Para alguns, o seu ventre é o seu mamom, e eles o servem (Fp 3.19); para outros, a sua tranquilidade, seu sono, seus esportes e passatempos, são o seu mamom (Pv 6.9); para outros, as riquezas deste mundo (Tg 4.13); para outros, honras e cargos honoríficos. O louvor e o aplauso dos homens eram o mamom dos fariseus. Em uma palavra, a própria pessoa, a unidade na qual a trindade do mundo se centraliza, o ego sensual e secular, é o mamom que não pode ser servido juntamente com Deus; porque se ele for servido, haverá uma competição com o Senhor e uma contradição em relação a ele. Jesus não diz: Não devemos ou não deveríamos, mas: não podemos servir a Deus e a Mamom; não podemos amar a ambos (1 Jo 2.15; Tg 4.4), ou nos manter fiéis a ambos, ou colocar ambos em observância, obediência, assistência, confiança e dependência, porque eles são contrários um ao outro. Deus diz: “Dá-me, filho meu, o teu coração”. Mamom diz: “Não, dê o seu coração a mim”. Deus diz: “Contentai-vos com o que tendes”. Mamom diz: “Apanhe tudo o que puder. Rem, rem, quocunque modo rem – Dinheiro, dinheiro; por meios lícitos ou ilícitos, dinheiro”. Deus diz, em outras palavras: Não defraudeis, nunca mintais, sejais honestos e justos em todos os assuntos. Mamom diz: “Engane a teu próprio Pai, se isto te trouxer ganho”. Deus diz: “Seja caridoso”. Mamom diz: “Guarda para ti mesmo: este ato de dar nos prejudica a todos”. Deus diz: “Não estejais inquietos por coisa alguma”. Mamom diz: “Estejais inquietos por todas as coisas”. Deus diz: “Santifique o teu sábado”. Mamom diz: “Faça uso deste dia da mesma forma que qualquer outro dia para o mundo”. Portanto, as instruções de Deus e de Mamom são incoerentes, de forma que não podemos servir a ambos. Não vacilemos, então, entre Deus e Baal, mas escolhamos hoje a quem iremos servir, e perseveremos na nossa escolha. (Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)

 

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Os olhos sadios (v. 22,23). Cf. Lc 11.34ss. A Mishná diz: “Estas são coisas cujo fruto o homem aprecia neste mundo enquanto o capital está sendo depositado para ele no mundo por vir: honrar pai e mãe, atos de misericórdia, gerar paz entre um homem e seu próximo; e o estudo da Lei que equivale a todas as outras” (Peah, 1.1). Jesus estava falando menos a homens somente voltados para as coisas deste mundo, e mais àqueles que pensavam em termos de “tanto [...] quanto”. Assim, ele lhes conta a parábola dos “olhos bons”. O significado exato de haplous é difícil de estabelecer. Do sentido fundamental “singular”, avançamos para “sincero”, “sadio” e, finalmente, para “generoso”, “bom”. O homem que fixar os olhos em Deus (céu) vai dar generosamente sem pestanejar. O homem que tentar olhar para Deus e o mundo ao mesmo tempo não vai ver nenhum dos dois claramente, ou melhor, não vai ver nada.

O escravo com dois senhores (v. 24). Cf. Lc 16.13. SB e Schniewind destacam que era possível na época um escravo ser compartilhado por dois senhores. Apesar da evidência rabínica, Jesus está falando da impossibilidade disso na prática. “Um homem pode trabalhar para dois empregadores, mas nenhum escravo pode ser propriedade de dois senhores” (M’Neile). “Mamom” (nr. da NVI), uma palavra de etimologia incerta, era usada na linguagem da época para dar a ideia de propriedade em geral. Não é o nome de um deus pagão, mas a palavra aramaica é mantida para sugerir que a propriedade pode se tornar um senhor e até mesmo um deus.

Ansiedade (v. 25-34). Cf. Lc 12.22-31. “Não andeis cuidadosos” (ACF) é uma tradução enganosa que pode dar munição exagerada tanto ao cético quanto ao fanático. Merim não significa “estar ansioso, preocupado”; seu uso em Lc 10.41 ilustra a sua força, v. 25. Portanto: Os v. 19-24 mostraram que não pode haver satisfação nem proveito na atitude “tanto [....] quanto”, por isso precisamos optar: “ou [...] ou”, vida (psychê) [...] corpo: Jesus está usando palavras do AT aqui e não está falando do fato da vida, mas da personalidade do homem (traduzido erroneamente por “alma” em algumas versões) e do corpo por meio do qual ela (a personalidade) conhece o mundo e se dá a conhecer a ele. O corpo precisa de alimento para a sua preservação; a personalidade, roupas para sua proteção e honra (Schktter). Mas a personalidade {vida) e o corpo são dádivas de Deus; portanto, será que ele não daria também o que é de importância menor? Os comentaristas estão praticamente divididos entre o texto e a formulação na nota textual no v. 27, mas tanto o contexto quanto o uso normal de hêlikia favorecem “extensão de vida”. Aliás, poucas coisas encurtam a vida mais do que as preocupações. O homem é melhor do que as aves e os lírios do campo (“flores silvestres”, Phillips — não importa qual tenha sido a flor designada por krinon, não seria chamada de “lírio” hoje) com base na ordem da criação. O comportamento da ave e da flor é o que lhes foi atribuído na criação. O homem não deve imitá-las, mas desempenhar o seu papel na criação (cf. v. 33); se ele fizer isso, pode ter certeza do cuidado de Deus. Os pagãos (v. 32) não são mencionados em tom de condenação, mas porque eles não conhecem a ordem na criação de Deus. Os que conhecem a revelação de Deus se comportam de maneira desnaturai se fazem o que aqueles que não a conhecem fazem naturalmente; aí eles se transformam em homens de pequena fé (v. 30).

Até esse ponto, Jesus falou dos problemas conhecidos que fazem o homem se preocupar. No v. 34, ele passa aos que ainda são desconhecidos. Quando o amanhã trouxer o conhecimento deles, também trará a resposta a eles.

Observação sobre hipócritas: Hipócrita, que é simplesmente uma palavra grega escrita em letras portuguesas, ocorre no NT somente nos Evangelhos sinópticos e sempre nos lábios de Jesus. Nós a encontramos 13 vezes em Mateus (6.2,5.16; 7.5; 15.7; 22.18; 23.13,15,23,25,27,29; 24.51), uma vez somente em Marcos e três vezes em Lucas. Em Mateus, é usada de forma geral cinco vezes e, nas outras oito vezes, especificamente acerca dos “escribas e fariseus”.

Na época do NT, a palavra tinha um campo semântico muito amplo, mas a ideia de um homem mau tentando ser bom não estava entre os sentidos possíveis. É possível que a palavra “ator” satisfaça todas as ocorrências do NT; certamente é satisfatória no Sermão do Monte. Mesmo quando se aplica aos escribas e fariseus, temos a impressão de que eles estavam tão convictos da justiça e correção da sua posição e ações que se achavam cegos para os seus erros.

O fato de que a palavra é usada somente por Jesus, com o seu conhecimento singular do caráter e da motivação do homem, deveria nos fazer pensar duas vezes antes de julgar as pessoas que ele assim criticou. V. tb. “Hipócrita”, NBD, e a literatura mencionada aí. [Comentário - NVI (F.F.Bruce)].

 

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O USO DAS RIQUEZAS MATERIAIS

(Mt 6:19-34)

Estamos acostumados a dividir nossa vida em "espiritual" e "material", mas jesus não faz essa divisão. Em várias de suas parábolas, deixa claro que uma atitude correta em relação à riqueza é a marca da verdadeira espiritualidade (ver Lc 12:13ss; 16:1-31). Os fariseus eram cobiçosos (Lc 16:14) e usavam a religião para ganhar dinheiro. Se temos a verdadeira justiça de Cristo em nossa vida, também teremos uma atitude correta em relação aos bens materiais.

Em momento algum Jesus exagera a pobreza ou critica o enriquecimento legítimo. Deus fez todas as coisas, inclusive a comida, roupas e metais preciosos, e declarou que todas as coisas que fez são boas (Cn 1:31). Deus sabe que precisamos de certas coisas para viver (Mt 6:32). De fato, é Deus quem "tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento" (1 Tm 6:17). Não é errado possuir coisas, mas é errado permitir que as coisas nos possuam. O pecado da idolatria é tão perigoso quanto o da hipocrisia! Encontramos várias advertências contra a cobiça ao longo Bíblia (Êx 20:1-7; SI 119:36; Mc 7:22; Lc 12:15ss; Ef 5:5; Cl 3:5).

Jesus adverte sobre o pecado de viver em função dos bens materiais e chama a atenção para as tristes consequências da cobiça e da idolatria.

Tornamo-nos escravos (vv. 19-24). O materialismo escraviza o coração (Mt 6:19-21), a mente (Mt 6:22, 23) e a volição (Mt 6:24). Podemos nos tornar prisioneiros de coisas materiais, mas devemos ser libertos e controlados pelo Espírito de Deus.

Se o coração ama as coisas materiais e coloca o lucro nesta Terra acima dos investimentos no céu, o único resultado possível é um trágico prejuízo. Os tesouros da Terra podem ser usados para Deus, mas se ajuntarmos riquezas para nós mesmos, perderemos esses bens - e, junto com eles, o nosso coração. Em vez de enriquecimento espiritual, experimentaremos empobrecimento.

O que significa acumular tesouros no céu? Quer dizer usar tudo o que temos para a glória de Deus, desapego às coisas materiais da vida. Também significa medir a vida pelas verdadeiras riquezas do reino e não pelas falsas riquezas deste mundo.

A riqueza não escraviza apenas o coração, mas também a mente (Mt 6:22, 23). A Palavra de Deus usa a imagem do olho com frequência para representar as atitudes da mente. Se os olhos estão devidamente focados na luz, o corpo pode realizar seus movimentos de maneira correta. Mas a visão desfocada e dupla resulta em movimentos confusos. É extremamente difícil avançar enquanto tentamos olhar em duas direções ao mesmo tempo.

Se nosso objetivo de vida é o enriquecimento material, experimentaremos escuridão interior. Mas se nosso alvo é servir a Deus e glorificá-lo, haverá luz interior. Quando há escuridão onde deveria haver luz, estamos sendo controlados pelas trevas, pois as perspectivas determinam os resultados.

Por fim, o materialismo pode escravizar nossa vontade (Mt 6:24). Não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo - ou Jesus Cristo é nosso Senhor, ou o dinheiro. Trata-se de uma questão de volição. "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada" (1 Tm 6:9). Se Deus concede riquezas, e as usamos para a glória dele, então as riquezas são bênção. Mas se desejamos enriquecer e vivemos de acordo com essa perspectiva, pagaremos um alto preço pelas riquezas que buscarmos.

Vivemos ansiosos (w. 25-30). A cobiça não apenas desvaloriza nossa riqueza, como também nos deprecia como pessoas! Enchemo-nos de preocupações e somos tomados de ansiedade anormal, não espiritual. Quem busca riquezas pensa que o dinheiro resolverá todos os problemas, quando, na realidade, trará ainda mais problemas! As riquezas materiais criam uma sensação falsa e perigosa de segurança, a qual termina em tragédia. Os pássaros e os lírios não se preocupam nem se inquietam e, ainda assim, têm uma riqueza de Deus que o ser humano não consegue reproduzir. A natureza toda depende de Deus, e ele nunca falha. Só o homem mortal depende do dinheiro, e o dinheiro sempre falha.

Jesus afirma que a preocupação é pecado. Podemos dar nomes mais bonitos à preocupação, chamando-a de aflição, fardo, cruz a ser carregada, mas os resultados são os mesmos. Em vez de nos ajudar a viver mais, a ansiedade apenas encurta a vida (Mt 6:27). No grego, "andar ansioso" significa "ser atraído para direções diferentes". A ansiedade causa desintegração interior. Quando o ser humano não interfere, a natureza trabalha de maneira plenamente integrada, pois toda a natureza confia em Deus. O ser humano, por sua vez, tenta viver na dependência das riquezas materiais e acaba se desintegrando.

Deus alimenta os pássaros e veste os lírios, e fará o mesmo por nós. É nossa "pequena fé" que impede Deus de trabalhar da forma como gostaria. Se nos sujeitarmos a Deus e vivermos para as riquezas eternas, ele revelará as grandes bênçãos que estão reservadas para nós.

Perdemos nosso testemunho (w. 31-33). A preocupação com as coisas materiais nos faz viver como pagãos! Quando colocamos a vontade e a justiça de Deus em primeiro plano em nossa vida, ele cuida de todo o resto. É triste quando não praticamos essa verdade. Mas o cristão que decide viver de acordo com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!

Perdemos a alegria com o dia de hoje (v. 34). A preocupação com o amanhã não ajuda nem o dia de hoje nem o dia de amanhã. Antes nos priva de nosso vigor no dia de hoje - o que significa que teremos ainda menos energia no dia de amanhã. Alguém disse que a maior parte das pessoas se crucifica entre dois ladrões: os remorsos de ontem e as preocupações de amanhã. É correto planejar e até mesmo economizar para o futuro (2 Co 12:14; 1 Tm 5:8), mas é pecado preocupar-se com o futuro e permitir que o amanhã nos prive das bênçãos de hoje.

Nesta seção, encontramos três palavras que mostram o caminho para a vitória sobre a ansiedade: (1) fé (Mt 6:30) - a confiança de que Deus suprirá nossas necessidades; (2) o Pai (Mt 6:32) - saber que ele se preocupa com seus filhos, e (3) primeiro (Mt 6:33) - colocar a vontade de Deus em primeiro lugar em nossa vida a fim de glorificá-lo. Se tivermos fé em nosso Pai e o colocarmos em primeiro plano, ele suprirá nossas necessidades.

Hipocrisia e ansiedade são pecados. Se praticarmos a verdadeira justiça do reino, evitaremos esses pecados e viveremos para a glória de Deus. (CB TT W. W. Wiersbe)

 

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19-24. Quarto exemplo: riqueza. Um erro comum do farisaísmo e judaísmo era geralmente a ênfase indevida sobre a riqueza material como evidência da aprovação de Deus. Jesus explicou que os tesouros sobre a terra são efêmeros, podendo ser perdidos por causa das traças (confira com vestido, v. 19). Ferrugem (uma tradução mais apropriada para brosis, conferir com mantimento, v. 25) e ladrões. O cidadão do Reino deveria antes ajuntar tesouros no céu, concentrando-se na justiça (veja v. 33). A lâmpada do corpo, que recebe e dispensa a luz, são os olhos. Se os olhos, usados aqui, figurativamente em relação à compreensão espiritual, fossem bons, não sofrendo da visão dupla em relação à questão das riquezas – uma perturbação que é má – então o indivíduo pode ver as riquezas na sua perspectiva correta. A impossibilidade de servir a dois senhores no relacionamento do escravo e senhor é uma ilustração pitoresca. Mamom. Ainda que a sua origem seja incerta, parece ser uma palavra aramaica indicando riquezas, aqui personificadas. Observe que Jesus não condena as riquezas mas a escravidão às riquezas.

25-34. Quinto exemplo: ansiedade. Aqueles que não têm riquezas podem acabar sendo vítimas da preocupação por falta de fé. Daí a transição natural. Não andeis ansiosos. Não uma proibição de previdência ou planejamento (confira com I Tm. 5:8; Pv. 6:6-8; 30:25), mas de ansiedade sobre necessidades diárias. Não é a vida mais do que o alimento? Considerando que a própria vida e o corpo foram providenciados por Deus, não deveríamos confiar nele para providenciar aquilo que tem menos importância? Considerando que Deus fornece o sustento às aves que não têm capacidade de semear, colher e armazenar, quanto mais deveriam os homens, que foram equipados com essa capacidade, confiar em seu Pai celestial! Acrescentar um côvado ao curso de sua vida. O alimento é essencial ao crescimento. Mas mesmo isso Deus controla. Conforme uma criança vai crescendo e se tornando adulta, Deus acrescenta muito mais do que um côvado (cerca de 45 cm) mas a ansiedade só pode atrapalhar e não ajudar. Alguns preferem traduzir para período de vida e não estatura, e tentam descobrir exemplos de côvado como medida de tempo. Entretanto, a primeira interpretação serve bem à passagem. Lírios. Qual a flor em particular indicada por esta palavra é duvidosa, mas elas deviam estar florescendo naquela ocasião uma vez que Jesus se refere a qualquer deles. Salomão. O mais magnífico rei hebreu. Erva do campo. Os lírios acabados de mencionar, a beleza dos quais é breve, e que logo são cortados coma erva e usados como combustível para as necessidades do homem aquecendo no forno (Tiago 1:11). Vós, homens de pequena fé. Uma expressão usada quatro vezes em Mateus e uma vez em Lucas, como encorajamento para o crescimento na fé, e também como reprimenda carinhosa. Os gentios é que procuram. Uma referência à atenção que os gentios dispensam às coisas materiais porque não conhecem Deus na qualidade de Pai celestial (conferir com 6:7, 8). Buscai, pois em primeiro lugar. Os ouvintes de Cristo, que já se declararam às ordens do Rei, devem continuar buscando (verbo durativo) o Reino, concentrando-se nos valores espirituais e colocando toda a sua confiança em Deus; e Deus que conhece suas necessidades temporais suprirá o que for necessário. O amanhã trará os seus cuidados. Uma personificação notável. Basta a cada dia o seu próprio mal. Este mal é explicitamente físico, referindo-se aos problemas que podem surgir. Não tem sentido acrescentar os cuidados de amanhã aos cuidados de hoje. (Comentário Bíblico Moody).

  

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LIÇÃO 13, 4TR23, REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Escrita, Lição 13, Central Gospel, A Importância do Olhar, 4Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- QUAL A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NA VIDA?

1.1. O olhar aponta o foco do nosso presente

1.2. O olhar direciona o nosso futuro

1.3. O olhar revela verdades da nossa alma

1.4. O olhar orienta os nossos relacionamentos

2- OS OLHARES QUE AGRADAM A DEUS

2.1. Olhando para trás com gratidão

2.1.1. Razões para agradecer

2.2. Olhando para os lados com amor

2.3. Olhando para dentro de si com

2.4. Olhando para cima com louvor

2.5. Olhando para frente com esperança

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 6.22,23,25-27,31-34

22 - A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.

23 - Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

25 - Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?

26 - Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?

32 - (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;

33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.

34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

  

TEXTO ÁUREO

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Salmo 121.1,2

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Lucas 17.11-18 A cura dos dez leprosos

3ª feira – Salmo 103 Não te esqueças dos Seus benefícios

4ª feira – Gênesis 4.1-9 Caim: Onde está Abel, teu irmão?

5ª feira – Romanos 7.15-24 Miserável homem que sou

6ª feira – Marcos 14.17-26 Tendo cantado o hino, saíram

Sábado – 1 Coríntios 13.11-13 Permanecem a fé, a esperança e o amor

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- compreender a importância do olhar para a vida;

- saber que se não soubermos enxergar corretamente a vida, trevas emanarão de nós; e o oposto também é verdade: se soubermos olhá-la de modo acertado, luz irradiará de nosso ser;

- entender como nós, individualmente, como membros de uma família, considerando a dimensão do olhar, podemos agradar a Deus.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, na última lição da revista intitulada “Restaurando a visão familiar”, faz-se necessário discutir “A importância do olhar” no alcance deste tão nobre objetivo. Sim, esta é a última estação da viagem, conforme mencionamos na primeira lição desse ciclo. Que tal relembrar os pontos mais marcantes de cada parada (aula)? Para tanto, elabore um quadro sintético das lições, destacando as cenas fundamentais — pontos de tensão, pensamentos divergentes etc. Reserve em seu plano de aula, se possível, alguns minutos para responder às perguntas da turma. Não é recomendável deixar lacunas nos temas trabalhados. Incentive os alunos a estabelecerem objetivos concretos e claros, pois o Espírito Santo os ajudará a realizarem seus sonhos e a alcançarem um futuro melhor. Estevam Fernandes

  

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Os profissionais da área da psiquê humana, no setting analítico, costumam avaliar seus pacientes a partir de três elementos principais: o olhar; as palavras e os gestos.

- O olhar denuncia as intenções do coração; até mesmo as que desejamos esconder — por essa razão, costuma-se dizer que as pessoas que têm dificuldades para manter os olhos fixos em seu interlocutor, em uma conversa, precisam de ajuda, pois revelam, inconscientemente, inverdades e/ou inseguranças ocultas.

- As palavras — existe uma máxima psicanalítica que diz: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Significa dizer que, quando uma pessoa fala de outra, na prática, revela mais de si mesma. Mesmo quando um paciente se recusa a falar, o terapeuta avalia os silêncios.

- Os gestos — o corpo fala (movimentos rápidos de pernas e pés; pupilas dilatadas; pernas ou braços cruzados etc.); e os especialistas são unânimes em dizer que a linguagem corporal costuma ser mais precisa que a verbal, pois é controlada por impulsos inconscientes. Nesta lição, falaremos sobre o poder transformador do olhar, a partir das revolucionárias palavras de Jesus à multidão que o seguia: A candeia do corpo são os olhos (Mt 6.22a; Lc 11.34). Jesus, o Mestre dos mestres, ensina-nos que a luz do corpo procede dos olhos: se não Soubermos enxergar corretamente a vida, trevas emanarão de nós; e o oposto também é verdade: se soubermos olhá-la de modo acertado, luz irradiará de nosso ser.

  

1- QUAL A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NA VIDA?

Frequentemente sentimos a necessidade de planejar o futuro e estabelecer metas para alcançarmos melhores resultados nas áreas profissional, familiar, material e espiritual. Entretanto, para obtermos sucesso, as nossas propostas e perspectivas devem consistir em objetivos sólidos, claros, bem definidos e fundamentados nos princípios da Palavra de Deus. Isto implica, entre outras coisas, esquecermos os fatos ruins do passado, olharmos para a frente, melhorarmos cada vez mais como pessoas e ter atitudes mais coerentes com aquilo que almejamos, a fim de prosperarmos e atingirmos nossos alvos.

  

1.1. O olhar aponta o foco do nosso presente

Quem é você? Está feliz? Está realizado? Quais são as suas carências? Quem são os seus verdadeiros amigos? O que você quer da vida? Qual a sua missão? E, no contexto familiar, o que você responderia à sua alma, se ela lhe perguntasse hoje: “Que tipo de marido/mulher; pai/mãe; filho/filha é você?”. As respostas a todas essas perguntas estão no nosso olhar. Não somos apenas pais, filhos, maridos, esposas, filhos, evangélicos, patrões ou empregados. Fomos chamados por Deus à existência terrena com um propósito eterno.

  

1.2. O olhar direciona o nosso futuro

Apenas quando não perdemos o foco do nosso presente podemos projetar de modo coerente o nosso futuro. Daqui a cinco anos, onde você quer estar? Murmurando e reciclando lágrimas, ou tem planos concretos e realizáveis? Como estarão seu casamento, sua casa, sua profissão, seus filhos e sua saúde? Uma pessoa cujo olhar esteja preso ao abismo da própria inércia, muito provavelmente, terá um futuro instável, perturbador e incerto, pois não enxerga um horizonte. Pergunto a você agora: Quais são os seus sonhos? Você tem o desejo sincero de fazer seu cônjuge feliz? Tem o objetivo certo de fazer seus filhos, servos de Deus? Quais ações você tem empreendido nesse sentido?

  

SUBSÍDIO 1.2

Apesar de toda a possibilidade de comunicação oferecida pelos olhos, não se deve julgar quem quer que seja apenas por meio de um olhar, pois há grande risco de tirarmos conclusões precipitadas na utilização desse artifício.

  

1.3. O olhar revela verdades da nossa alma

O psiquiatra e psicoterapeuta Luiz Cuschnir disse: “O olhar pode até contar com um complemento, como uma mímica facial ou uma postura corporal, mas, geralmente, ele é capaz de mostrar de maneira única o que a pessoa é, sente ou deseja em um determinado momento.” É a partir dos olhos que brotam as empatias; também é por meio dessa janela que os apaixonados conectam suas almas. O olhar, muitas vezes, dispensa o uso das palavras e/ou de qualquer outro meio de comunicação: quanto mais as pessoas se conhecem, mais facilidade elas têm para compreender as mensagens mútuas enviadas por esse meio. Você consegue fixar os olhos em seu interlocutor, sem se sentir intimidado? O que você tem visto nos olhos do seu cônjuge? Que verdades você tem lido nos olhos dos seus filhos? Que realidades você tem impedido de vazar dos seus próprios olhos?

  

1.4. O olhar orienta os nossos relacionamentos

Para muitas pessoas, o sonho de vida feliz resume-se a poder retirar-se para uma ilha paradisíaca, afastada do maior número possível de pessoas. Para outras, o sonho de paz restringe-se ao afastamento do olhar das gentes.

Os imperativos modernos parecem ser: inacessibilidade, isolamento e privacidade.

Você se sente incomodado em dirigir o olhar ao seu semelhante? Você tem medo do que pode ver nos olhos dos seus pais; do seu cônjuge ou dos seus filhos? O que você se recusa a ver? Por que você não se permite ser enxergado?

  

2- OS OLHARES QUE AGRADAM A DEUS

O ato de agradar a Deus não necessariamente está relacionado às exterioridades culturais — ao modo como nos vestimos, ao que comemos, ao modo como conduzimos a liturgia eclesiástica etc. —, mas está diretamente ligado à gratidão, que brota do nosso interior. Neste tópico, refletiremos sobre como nós, membros de uma família, podemos agradar a Deus.

  

2.1. Olhando para trás com gratidão

Costumamos dizer, até por déficit de conhecimento, que o caráter de uma pessoa pode ser medido pela verdade (ou pela falta desta) e pela fidelidade (ou pela ausência desta) — obviamente, estes são indicadores pontuais decisivos —, mas caráter transcende a essa análise simplista. E uma das coisas que melhor reflete nosso caráter, ou que melhor revela quem somos, de verdade, é a gratidão (ou a ingratidão).

Hoje em dia, vive-se uma compulsão pelo ter; e esta realidade invadiu a mente evangélica, inclusive. Os cultos destinados a pedir bênçãos ao Senhor costumam ficar repletos de gente — e não há problema algum em clamar pela intervenção divina —, mas precisamos aprender a agradecer pelo que já recebemos. No mundo atual, a cultura do individualismo, do imediatismo e da funcionalidade tem-nos feito esquecer os nossos motivos de gratidão. Gostemos ou não, vivemos os imperativos da comparação, em que todos imaginam ter direitos. E uma atmosfera como esta deixa o solo fértil para a proliferação da inveja. Cuidado para não cair na armadilha da comparação com os outros; em vez disso, aprenda a cultivar um coração agradecido como casal, e depois, transmita esta visão aos seus filhos (Adaptado de: Bíblia de Estudo Preparando Casais para a Vida. Central Gospel, 2013).

  

SUBSÍDIO 2.1

Jesus curou dez leprosos de uma única vez; um deles voltou para agradecer a dádiva incomparável que recebera; nove, no entanto, seguiram adiante, sem olhar para trás (Lc 17.12-18). Infelizmente o espírito de ingratidão que se apoderou daqueles homens tem corroído a psiquê evangélica nos dias atuais.

   

2.1.1. Razões para agradecer

Por mais difícil que seja a nossa vida, há inúmeras razões para agradecermos ao Senhor: a certeza da salvação, em Cristo, já seria motivo suficiente para vivermos de joelhos diante do Pai celestial. Não bastasse isso, precisamos nos lembrar das mínimas coisas que dão sentido à nossa existência: os pequenos gestos em família; o pão diário; o abrigo; as vestes e até mesmo as dores que nos ensinam a ser Melhores. Abra o caderno da memória e agradeça ao Senhor por seu marido/esposa; por seu filho/filha; por seu pai/mãe (1 Ts 5.18).

  

2.2. Olhando para os lados com amor

Há um eco no texto bíblico que transpassa a História, por séculos a fio, e chega ao nosso coração e à nossa consciência: Caim, onde está teu irmão? (Gn 4.9). Ninguém é sozinho neste mundo; ninguém sobrevive no isolamento absoluto. “Onde está tua mulher?; “Onde está teu marido?”; “Onde está teu filho?”; “Onde?”. Você tem conseguido olhar com amor para os que vivem ao seu lado? Como você enxerga seu cônjuge, como uma pessoa que perdeu os atrativos da juventude ou como a pessoa que enfrenta as agruras da vida ao seu lado? Como você enxerga seus filhos, como bênçãos ou como despesas? Vençamos a mesquinhez, o egocentrismo e a visão utilitarista que insiste em dominar nosso entendimento. Olhar para o lado permite-nos perceber que não apenas somos amados por alguém, mas que podemos amar-nos uns aos outros.

  

2.3. Olhando para dentro de si com  arrependimento

O mundo hodierno está dominado por uma espécie de hipocrisia coletiva que se manifesta em praticamente todos os indivíduos: não suportamos lançar um olhar esquadrinhador para dentro de nós mesmos; mas nos deliciamos em olhar para o outro e apontar suas faltas. Miserável homem que eu sou (Rm 7.24)! Foi a essa conclusão que Paulo chegou a respeito de si: quero ser bom, mas não consigo; não quero ser mau, mas acabo sendo (Rm 7.19). Se estivermos dispostos a agir como o apóstolo, ou seja, se estivermos dispostos a olhar para dentro de nós mesmos e arrepender-nos de nossos muitos defeitos e vícios, nossa vida familiar será melhor.

  

2.4. Olhando para cima com louvor

Jesus foi posto em uma cruz, no alto de um monte, para que todos pudessem ver o Filho de Deus entregar-se voluntariamente por amor à humanidade. Quando olhamos para cima, para o monte do Calvário ou para os céus, DEUS nos revela os Seus mistérios. Olhar para cima é enxergar além da dor, da enfermidade, da provação, do desemprego e da crise. Olhar para cima é reconhecer que há um Deus soberano; há um céu que se abre diante de nós. Sigamos o exemplo de nosso Mestre e Senhor, Jesus: Ele sabia que seria crucificado, mas, ainda assim, celebrou a ceia com os apóstolos e cantou um hino de louvor (Mc 14). Ele sabia que o Pai tinha um plano maior naquilo que parecia ser o fim.

  

2.5. Olhando para frente com esperança

Quem olha para frente com esperança, não se prende à crise do presente, porque já se vê para além da dor, para além da luta e da lágrima. Quem olha para frente com esperança sabe que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).

A esperança é o combustível da nossa vida; e ela é nutrida pela fé que nos faz ver o invisível, vencer o invencível e tolerar o insuportável. Se creres, tu verás a glória de Deus na sua casa, na sua família, no seu casamento, nas suas emoções e na sua alma. Creia nisto!

  

CONCLUSÃO

Aprendamos a cuidar do nosso olhar, pois esse olhar vai nos dizer quem somos, hoje, e aonde chegaremos, amanhã, pelas mãos de Deus. Olhe para trás e diga: “Senhor, obrigado”. Olhe para os lados e diga: “Senhor, usa-me”. Olhe para dentro de si e diga: “Senhor, eu me arrependo”. Olhe para cima e diga: “Senhor, eu te louvo”. Olhe para frente e diga: “Senhor, eu prossigo para o alvo”. Deus nos abençoe.

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. De acordo com a lição de hoje, responda: qual a importância do olhar na vida?

R.: O olhar: (1) aponta o foco do nosso presente; (2) direciona o nosso futuro; (3) revela verdades da nossa alma e (4) orienta os nossos relacionamentos.