06 setembro 2025

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Escrita Lição 12, CPAD, O Caráter Missionário da Igreja de Jerusalém, 3Tr25, Adultos, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, CPAD, O Caráter Missionário Da Igreja De Jerusalém, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


Dia Nacional da Escola Dominical
 Vídeo https://youtu.be/IRI1xFyu5kA?si=qbQIekqFFkyeldGw
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/escrita-licao-12-cpad-o-carater.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/slides-licao-12-cpad-o-carater.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-12-cpad-o-carater-missionario-da-igreja-de-jerusalem-3tr25-pptx/282968731


ESBOÇO DA LIÇÃO
I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA 
1. O Evangelho para além da fronteira de Israel
2. Cristãos dispersados, mas conscientes de sua missão
3. Cristãos leigos, mas capacitados pelo ESPÍRITO
II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL 
1. A cultura grega (helênica)
2. Contextualizando a mensagem
III – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS
1. A base do discipulado
2. Denominados de “cristãos”
3. A identidade cristã
 
TEXTO ÁUREO
“E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor JESUS.” (At 11.20)
 
VERDADE PRÁTICA
Faz parte da missão da Igreja a evangelização de povos não alcançados.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 1.8 Alcançando os confins da terra
Terça - Rm 15.24 O Evangelho além-mar
Quarta - At 11.20,21 Implantando igrejas
Quinta - At 14.21 Fazendo discípulos
Sexta - At 11.26 Formando a identidade cristã
Sábado - At 11.29 Socorrendo os necessitados
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 11.19-30
19- E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. 20- E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor JESUS. 21- E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. 22- E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, 23- o qual, quando chegou e viu a graça de DEUS, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. 24- Porque era homem de bem e cheio do ESPÍRITO SANTO e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. 25- E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. 26- E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. 27- Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. 28- E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. 29- E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia.
30- O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.
 
Hinos Sugeridos: : 9, 11, 34 da Harpa Cristã
 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIÇÕES ANTIGAS E LIVROS

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I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA 

A igreja de Jerusalém tinha consciência missionária, impulsionada pelo poder do Espírito Santo, e demonstrou um impulso irresistível para testemunhar o evangelho, que resultou num crescimento exponencial, tal como um "tsunami", cumprindo a Grande Comissão. A igreja primitiva, com as suas características de fé, comunhão e orações, foi um modelo de igreja com um fervor missionário que espalhou o evangelho para além de Jerusalém. A igreja de Antioquia é frequentemente citada como a primeira agência missionária fora de Jerusalém. 

Características da consciência missionária da Igreja de Jerusalém:

A igreja foi revestida de poder pelo Espírito Santo, o que a capacitou a realizar a Grande Comissão e a pregar o evangelho com fervor e irresistibilidade. 

A igreja experimentou um crescimento numérico e espiritual avassalador, que foi comparado à força de um tsunami, demonstrando a sua capacidade de espalhar a mensagem cristã, logo em seus primeiros dias, quase três mil conversões (Dia de Pentecostes) e logo em seguida mais cinco mil (Porta Formosa). 

  • Fidelidade à Palavra:

A igreja perseverou na doutrina dos apóstolos e na proclamação do evangelho, o que fundamentou a sua fé e o seu compromisso com a missão. 

O fervor da igreja refletia-se na comunhão entre os irmãos, no partir do pão e nas orações, mostrando uma igreja unida e focada na missão, evangelização e na adoração a Deus. 

  • Modelo de igreja primitiva:

A igreja de Jerusalém é apresentada como um modelo de igreja relevante, acolhedora e adoradora, que se reunia para proclamar o evangelho e espalhar a mensagem de Jesus Cristo. 

A igreja como uma força missionária:

  • A igreja primitiva, iniciada em Jerusalém, rapidamente se espalhou para outros lugares, com os apóstolos a transmitirem os ensinamentos de JESUS e os perseguidos que fugiram da cidade se tornaram evangelistas eficientes (Filipe (At 8.5) em Samaria, e irmãos de Chipre e Cirene, em Antioquia (At 11.19). 
  • O impulso de testemunhar foi irresistível, pois os membros estavam convencidos de que deviam pregar o evangelho ao mundo, levando indivíduos do mundo (reino de Satanás, trevas) para a igreja (reino de DEUS, luz). 
  • A igreja multiplicadora é uma igreja obediente e sintonizada com a vontade de Deus, e é por meio do estudo de missões que se desenvolve uma consciência missionária para a proclamação do evangelho e o discipulado cristão. 

 

1. O Evangelho para além da fronteira de Israel

A Igreja de Jerusalém pregava o Evangelho para além das fronteiras de Israel, principalmente porque os judeus da diáspora (que viviam fora da Judeia) visitavam Jerusalém e, ao regressarem às suas casas, disseminavam a mensagem do cristianismo em suas terras de origem, levando o Evangelho a diversas nações e classes sociais (At 2), bem como os cristãos que foram expulsos de Jerusalém com a perseguição deflagrada por Saulo tendo como primeiro mártir, Estêvão. 

Como o Evangelho se espalhou: 

  • Peregrinos da Diáspora:

Durante festas como o Pentecostes, muitos judeus de várias partes do mundo vinha a Jerusalém, criando uma oportunidade estratégica para a pregação do Evangelho, pois eles levavam a mensagem consigo ao voltarem para casa. Foi o que aconteceu no Pentecostes quando os discípulos receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 2).

Após o apedrejamento e morte de Estêvão, o primeiro mártir cristão, Saulo aprovou sua morte e iniciou uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, prendendo seguidores de Jesus e forçando sua dispersão pela Judeia e Samaria. A morte de Estêvão, que orou pelo perdão dos seus algozes, marca o início da perseguição institucionalizada da Igreja primitiva, com Saulo atuando como um dos principais perseguidores, enquanto os cristãos espalhados pregavam o Evangelho, levando à expansão da fé em outras regiões. 

  • A aprovação de Saulo:

O jovem fariseu Saulo, segundo os relatos bíblicos, estava presente e consentiu com a morte de Estêvão, sendo inclusive o guardião das capas dos apedrejadores. 

A perseguição iniciada por Saulo

  • Início da perseguição:

No mesmo dia da morte de Estêvão, uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém foi iniciada. 

  • A dispersão dos crentes:

Todos os discípulos, exceto os apóstolos, foram espalhados pelas regiões da Judeia e da Samaria. 

  • A atuação de Saulo:

Saulo, movido pelo desejo de destruir a igreja, ia de casa em casa, arrastando homens e mulheres e lançando-os na prisão. 

As consequências da perseguição

  • Expansão do Evangelho:

Os cristãos dispersos, ao invés de se calarem, começaram a anunciar o evangelho por onde passavam. 

  • Atos de Filipe:

Um dos exemplos é o de Filipe, que foi para a cidade de Samaria e ali pregou sobre Jesus, curando paralíticos e expulsando espíritos imundos, levando à conversão de muitos (At 8). 

  • Surgimento dos Cristãos:

A expansão do movimento para fora de Jerusalém foi um dos fatores que levaram à formação de uma comunidade cristã em Antioquia, onde, pela primeira vez, os discípulos foram chamados cristãos. 

 

A importância da Diáspora: 

  • Na época, havia mais judeus vivendo fora da Palestina do que dentro dela, tornando os peregrinos da diáspora um público importante para a mensagem do Evangelho.
  • As comunidades da diáspora estavam presentes em todos os quatro pontos cardeais, com Jerusalém como centro, o que demonstrava o alcance potencial do trabalho missionário da igreja primitiva.

 

2. Cristãos dispersados, mas conscientes de sua missão

Os cristãos expulsos ou perseguidos de Jerusalém mantiveram a consciência da sua missão de evangelização, continuando a ser fortes na fé e fiéis ao Evangelho. Esta situação evoca a necessidade de oração e apoio àqueles que sofrem perseguição religiosa, para que permaneçam firmes no seu testemunho de fé e na evangelização. 

A importância da missão de evangelização: 

  • Doutrina cristã:

A mensagem do Evangelho impulsiona os cristãos a partilharem a sua fé com outros, o que constitui a missão de evangelização.

  • Perseguição e resistência:

A perseguição religiosa não é um obstáculo à evangelização, mas um motivo para se reforçar a fé e a perseverança dos cristãos, inspirando-os a manter e até a intensificar a sua missão.

O papel da oração e da solidariedade: 

  • Apoio à comunidade cristã:

Nosso apoio financeiro e nossa oração de intercessão é primordial para que estes possam permanecer fortes e fiéis à sua fé, mesmo em momentos de grande dificuldade.

  • Unidade da Igreja:

A oração da Igreja, como corpo de CRISTO na Terra é vista como um meio de fortalecer a fé dos cristãos perseguidos e apoiar a sua missão evangelizadora.

Conclusão:

A expulsão ou perseguição de cristãos de um lugar tão importante para sua fé, como Jerusalém, em vez de diminuir a sua fé, pode reforçar a sua missão de evangelização, impelindo-os a testemunhar o Evangelho com mais força e coragem. 

 

3. Cristãos leigos, mas capacitados pelo ESPÍRITO

 Isso descreve a situação de muitos dos primeiros seguidores de Jesus, como Estêvão, que, embora leigo, se tornou um grande pregador, mas foi martirizado após ser expulso de Jerusalém, desencadeando uma diáspora que espalhou o cristianismo, incluindo o apostolado de Paulo. 

Contexto da perseguição e expulsão:

·        Início da comunidade cristã em Jerusalém:

Após a morte de Jesus, os apóstolos se estabeleceram em Jerusalém, guiando os primeiros seguidores. 

A diáspora e o apostolado:

  • Expulsão e dispersão:

A perseguição e expulsão dos cristãos de Jerusalém levaram a uma dispersão geográfica, fazendo com que muitos seguidores de Jesus se espalhassem pela Judeia, Samaria, Cirene, Creta, Fenícia etc. 

  • O papel de Paulo:

A partir dessa diáspora, surgiram grandes pregadores e desta perseguição o perseguidor, Saulo (que foi chamado Paulo pelos romanos), atuou também intensamente na disseminação do cristianismo entre os gentios, como apóstolo Paulo. 

  • O evangelho espalhado:

A expulsão dos primeiros cristãos de Jerusalém, de certa forma, serviu para "espalhar" o evangelho de Jesus Cristo, aumentando seu alcance para outras regiões. 

 

II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL 

A igreja de Jerusalém possuía uma visão transcultural, exemplificada pelo acolhimento de diversas pessoas e pela partilha de bens, o que demonstra uma mentalidade aberta e comunitária, apesar da sua localização específica. Embora o termo "transcultural" possa ter uma conotação moderna, as práticas da igreja primitiva em Jerusalém, descritas em Atos dos Apóstolos, indicam uma inclusão que ultrapassa barreiras culturais e sociais, servindo como um modelo de unidade e partilha para as igrejas futuras. 

Características que indicam visão transcultural:

  • Acolhimento e Comunhão:

A igreja de Jerusalém era conhecida por ser acolhedora, onde "todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum" (At 2.44). Essa prática demonstrava uma unidade que ia além das origens de cada membro. 

  • Partilha de Bens:

O ato de "ter tudo em comum" indica uma superação de valores individualistas, promovendo um ambiente inclusivo onde todos se sentiam parte do grupo. 

  • Crescimento Espiritual e Numérico:

A igreja cresceu não apenas em número, mas também em maturidade espiritual, impulsionada pelo poder do Espírito Santo e pela fidelidade à doutrina dos apóstolos. 

  • Foco na Missão:

As características da igreja de Jerusalém, incluindo seu fervor missionário, são vistas como modelos para todas as igrejas locais posteriores. 

O contexto da igreja primitiva:

  • Começou em Jerusalém:

A igreja primitiva começou em Jerusalém, um local central, e rapidamente se espalhou para outros lugares, demonstrando um alcance além de sua cidade de origem, isso se deu principalmente pela expulsão dos primeiros cristãos, de Jerusalém. 

  • Inspiração para as futuras igrejas:

As práticas e qualidades da igreja de Jerusalém – perseverança na doutrina, comunhão, oração, adoração, evangelização, discipulado e acolhimento servem como um modelo para as igrejas atuais e serviram muito bem par a expansão da Igreja em seus primeiros dias, atingindo locais importantes como Antioquia. 

 

1. A cultura grega (helênica)

Antioquia, especificamente Antioquia da Síria, foi a capital da província romana da Síria e uma das cidades mais importantes do Império Romano e do Império Selêucida. Fundada por volta de 300 a.C., a cidade serviu como capital do Reino Selêucida e, posteriormente, como centro administrativo da província romana, sendo a terceira maior cidade do Império Romano depois de Roma e Alexandria. 

Importância Histórica

  • Capital do Império Selêucida:

Antioquia foi uma das capitais do Império Selêucida, um dos reinos helenísticos que surgiram após a morte de Alexandre, o Grande. 

  • Capital da Província Romana:

No século I d.C., Antioquia era a capital da província romana da Síria, um importante centro político, comercial e cultural. 

  • Berço do Cristianismo:

A cidade desempenhou um papel crucial no início do Cristianismo. Foi em Antioquia que os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de "cristãos", e a igreja local serviu como base para as viagens missionárias de Paulo e Barnabé. 

  • Centro Cosmopolita:

Antioquia era conhecida por sua diversidade cultural e era um importante centro comercial, ligando as culturas grega, persa e local. 

Localização e Legado

  • A cidade atual, chamada de Antákia (أنطاكية - Anṭākyä), fica no sul da Turquia, próxima à fronteira com a Síria. 
  • Mesmo após a queda do Império Romano e várias conquistas, Antioquia manteve sua importância regional, especialmente durante as Cruzadas, quando foi capital de um dos estados latinos da região. 

 

A igreja nascida em Antioquia teve que lidar com a cultura grega (helênica), pois Antioquia era uma metrópole influente do Império Romano (terceira em hierarquia, só perdendo para Roma e Alexandria), com uma grande população (até 500 mil pessoas) e forte herança grega, onde os cristãos da cidade, muitos deles gregos, tiveram que combater crenças e costumes locais, bem como a idolatria, resultando numa igreja missionária e dinâmica, vivendo a teologia cristã prática. 

Contexto da Cultura Grega em Antioquia

  • Uma cidade helenística:

Antioquia da Síria era a capital da província romana, uma das mais importantes e populosas do mundo. A cultura grega já estava profundamente enraizada na região, desde a época de Alexandre, o Grande, a idolatria imperava. 

  • Linguagem comum:

O grego (herdado do império de Alexandre, o grande) era a língua franca do Império Romano, tornando a comunicação entre os cristãos e o ambiente helenístico mais fácil. 

  • Influência cultural:

A cidade era um centro de conhecimento e filosofia, com os pensadores gregos, muitos templos idólatras, com muito confronto à fé cristã. 

A Igreja e a Cultura Helénica 

  • Cristianismo e helenismo:

A igreja em Antioquia foi o berço do nome "cristãos", um termo derivado do grego. Os seguidores de Jesus tinham que lutar contra a cultura helenística nas vidas de seus habitantes.

  • Teologia e prática:

A igreja se tornou mais missionária e dinâmica espalhando a fé em JESUS CRISTO em todo o mundo.

  • Interação com outras culturas:

Em Antioquia, a igreja não era composta apenas por judeus. Havia muitos convertidos gregos, o que fez da igreja um lugar de intercâmbio cultural e de conversão, que ajudou a espalhar a fé cristã para o mundo não-judeu, tendo o cristianismo judaico-cristão como molde e espelho para todos.

  • Exemplo para outras igrejas:

A igreja em Antioquia tornou-se um modelo de igreja missionária, que deu frutos para o resto do mundo, e graças ao seu dinamismo e ao combate da cultura grega, a fé cristã foi espalhada para outras culturas.

 

2. Contextualizando a mensagem

A população de Antioquia (da Síria) não conhecia a linguagem bíblica nem o evangelho, pois a grande maioria era de origem síria e gentia, com uma forte cultura greco-helenista. A pregação do evangelho em Antioquia deu origem a uma igreja missionária, que se tornou a primeira a acolher e discipular os gentios, sendo seus membros os primeiros a serem chamados de "cristãos". 

Contexto de Antioquia

  • População: A população de Antioquia (da Síria) era majoritariamente síria, ou seja, gentia, embora houvesse uma colônia judaica significativa. 
  • Cultura: A cidade era fortemente influenciada pela cultura greco-helenista. 
  • Linguagem: O grego era a língua franca da época, utilizada pelos gregos e judeus helenistas, mas a maioria da população síria falava siríaco. 

Chegada do Evangelho

  • Dispersão dos cristãos:

Os cristãos que fugiram de Jerusalém após a morte de Estevão chegaram a Antioquia, onde a comunidade cristã se estabeleceu e cresceu, começando também com o evangelismo a gentios. 

  • Pioneiros do evangelho:

Os discípulos em Antioquia foram os primeiros a serem chamados "cristãos" porque Cristo era o foco central da sua pregação, ensino e conversas, como atesta a Bíblia. 

A evangelização de Antioquia

  • Ação do Espírito Santo:

O Espírito Santo agiu poderosamente em Antioquia, promovendo dons espirituais e ministeriais e transformando a cidade em uma referência de igreja missionária. 

  • Expansão da fé:

A igreja em Antioquia desempenhou um papel crucial na expansão do cristianismo, especialmente entre os gentios, e foi nesse contexto que a igreja começou sua jornada missionária para outros lugares. Enquanto Jerusalém era o centro missionário de pregação do evangelho aos judeus, Antioquia se tornou o centro evangelístico para pregação do evangelho ao mundo gentio. 

  

IIII – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS

A igreja de Antioquia desempenhou um papel fundamental na formação de discípulos e no envio de missionários, sendo a primeira igreja cristã gentil e a primeira base missionária transcultural, onde Barnabé e Paulo foram comissionados pelo Espírito Santo para a obra de evangelização. Foi nesta igreja que os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez, demonstrando o resultado do ensino e trabalho missionário de Barnabé e Paulo. 

Atividades da Igreja de Antioquia na Formação de Discípulos

  • Ensino e Ministério:

Barnabé, por reconhecer a importância de ajudar no número crescente de convertidos, foi a Tarso para buscar Saulo (Paulo) e juntos permaneceram na igreja de Antioquia, ensinando e moldando os novos cristãos à doutrina cristã, por um ano inteiro. 

  • Identificação com Cristo:

O ensino e a conduta dos discípulos em Antioquia foram tão marcantes que, pela primeira vez, foram chamados de "cristãos", um testemunho da obra de Cristo em suas vidas e no trabalho de Paulo e Barnabé. 

  • Liderança Espiritual:

A igreja de Antioquia possuía um grupo de profetas e doutores, como Barnabé e Saulo, que orientavam e instruíam a comunidade, cumprindo seu papel na formação e edificação dos crentes. 

Barnabé teve um excelente aprendizado com os apóstolos em Jerusalém e Paulo teve ensino de Gamaliel, um mestre famoso de Jerusalém (Atos 22.3)

O Papel Missionário de Antioquia

  • Base Missionária:

Antioquia foi a primeira igreja missionária da igreja primitiva e um modelo de como deve ser a obra missionária e o perfil dos que nela trabalham. 

  • Comissionamento de Missionários:

O Espírito Santo agiu na igreja de Antioquia, numa reunião entre profetas e doutores que estavam orando e jejuando, quando o ESPÍRITO SANTO falou com eles sobre a obra missionária, instruindo que Barnabé e Saulo fossem separados para a obra missionária, o que levou ao início das primeiras viagens missionárias de Paulo. 

  • Criação de Novas Comunidades:

A igreja de Antioquia foi o ponto de partida para as viagens missionárias de Paulo, que resultaram na fundação de muitas outras comunidades cristãs, expandindo a mensagem do Evangelho.

 

1. A base do discipulado

De acordo com o livro de Atos 11:25-26, Barnabé foi até Tarso para encontrar e trazer Saulo (também conhecido como Paulo) para Antioquia, a fim de ajudá-lo a ensinar e discipular a grande multidão de novos crentes que se reuniam ali, sendo um exemplo do chamado "Fator Barnabé" de incentivo e apoio. 

Contexto da História

  • A Graça em Antioquia: A igreja em Antioquia estava prosperando e muitos novos discípulos estavam se juntando ao Senhor, o que resultou em um grande número de novos convertidos que precisavam de ensino e edificação. 
  • A Busca por Saulo: Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, percebeu que precisava de ajuda para lidar com o crescimento da igreja. 
  • A Visita a Tarso: Ele foi até a cidade de Tarso para procurar Saulo, seu conhecido, a quem havia ajudado no passado recente em Jerusalém (Atos 9.27). 
  • O Encontro e o Convite: Ao encontrar Saulo, Barnabé o convidou e o levou de volta para Antioquia. 
  • O Trabalho Juntos: Barnabé e Saulo passaram um ano inteiro ensinando e fortalecendo a comunidade da igreja em Antioquia. 

A Importância da Ação de Barnabé

  • Iniciativa e Mentoria:

A iniciativa de Barnabé foi crucial para o crescimento do cristianismo, pois ele reconheceu o potencial de Saulo e o recrutou para o serviço. 

  • Incentivo:

A história de Barnabé mostra a importância de ser um encorajador na vida dos outros, uma palavra ou gesto de apoio que pode transformar destinos, especialmente no contexto da fé. Ele também ajudou seu sobrinho João Marcos quando Paulo não o quis deixar viajar com eles (Atos 15.39).

 

2. Denominados de “cristãos”

Os discípulos foram chamados de "cristãos" pela primeira vez na cidade de Antioquia, conforme é registrado no livro de Atos 11:26 da Bíblia. Foi em Antioquia, uma comunidade diversificada de judeus e gentios, que a comunidade de seguidores de Jesus ganhou esta nova designação. 

O contexto em Antioquia

  • A chegada de Paulo e Barnabé:

O apóstolo Paulo (Saulo) foi trazido para Antioquia por Barnabé, e juntos eles passaram um ano ensinando a muitos novos convertidos naquela cidade. 

  • O termo "cristão":

O termo "cristão" (derivado do grego χριστιανοί) apareceu nesta cidade, e a origem exata do termo pode ter sido uma forma de zombaria ou, mais provavelmente, uma simples forma de descrever um grupo que pertencia a Cristo, especialmente numa cidade cosmopolita como Antioquia. 

  • Um título de honra:

Independentemente da sua origem inicial, o nome "cristão" tornou-se um distintivo de honra, uma identificação gloriosa de pertencer a Jesus. 

 

3. A identidade cristã

Ser cristão vai muito além de um simples título, englobando uma vida transformada, fé em Jesus Cristo, e atitudes que espelham os ensinamentos Dele. Um verdadeiro cristão é caracterizado por viver os princípios da fé diariamente, através de ações como amor ao próximo, evangelização, perdão, oração, jejum e um compromisso de seguir os exemplos de Jesus. 

A Essência de Ser Cristão:

  • Vínculo Profundo com Cristo:

Ser cristão significa ter um relacionamento transformador e profundo com Jesus, sendo um seguidor e imitador de Seus ensinamentos e atitudes. 

  • Fé e Confiança:

Envolve fé em Jesus Cristo, confiança na Sua palavra e a crença de que Ele pode transformar vidas. 

  • Atitudes de Amor e Serviço:

Reflete-se em ações como amar e cuidar do próximo, ter um coração doador e perdoador, e ajudar quem precisa, demonstrando compaixão e solidariedade. 

  • Mudança de Vida:

Implica em uma transformação interior e exterior, um novo nascimento por meio da fé, que se manifesta através de uma mudança de comportamento e ambiente. 

  • Legado e Testemunho:

Ser cristão é, também, viver de forma a ser uma referência positiva, deixar um legado de amor e paz para as gerações futuras e representar Cristo na Terra com excelência. 

Diferença entre o Rótulo e a Realidade:

  • Não basta apenas se chamar de cristão; é fundamental que a fé se torne um estilo de vida. 
  • A verdadeira definição está no agir e no ser, na vivência diária dos princípios cristãos, que vão além da tradição ou da mera crença. 
  • O testemunho da fé se expressa mais nas ações do que nas palavras, especialmente quando a situação não permite o diálogo. A santificação é exigida do crente.

  

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Escrita Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja

1° Trimestre de 2023 | EBD – ADULTOS - CPAD

TEMA: AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de DEUS

 

Vídeo https://youtu.be/xRpzO957uQg

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/02/escrita-licao-11-o-avivamento-e-missao.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/02/slides-licao-11-o-avivamento-e-missao.html

https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-licao-11-cpad-o-avivamento-e-a-missao-da-igrejapptx

 

Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja

  

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)

 

VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Rm 1.16 O Evangelho é o poder de DEUS para a salvação de todo o que crê

Terça - Mc 16.20 DEUS confirma a pregação do Evangelho com sinais e milagres

Quarta - 2 Co 11.4 Não devemos pregar "outro evangelho"

Quinta - Mt 11.5 JESUS e os pobres no anúncio do Evangelho

Sexta - 1 Co 2.4 Evangelizar em demonstração do ESPÍRITO e de poder

Sábado - 2 Tm 4.2 Pregando "a tempo e fora de tempo"


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Marcos 16.14-20

14- Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18- pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

19- Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.

20- E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!


Hinos Sugeridos: 430, 449, 604 da Harpa Cristã

 

PALAVRA-CHAVE - Missão

 

INTRODUÇÃO

 A Igreja nasceu no Pentecostes, cheia do ESPÍRITO SANTO, falando em línguas, atuando nos Dons do mesmo ESPÍRITO SANTO, guiada e orientada pelo mesmo ESPÍRITO SANTO, capacitada pelo mesmo ESPÍRITO SANTO, ensinando e pregando por meio do ESPÍRITO SANTO. Era o evangelho do ESPÍRITO SANTO. O livro de atos deveria se chamar "Livro dos atos do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos e primeiros discípulos de CRISTO". Era o continuar da vida de CRISTO através do ESPÍRITO SANTO. JESUS continuava salvando, curando, libertando e agora batizando no ESPÍRITO SANTO. Lucas escreveu o evangelho narrando sobre os fatos da vida de JESUS CRISTO na Terra, como homem. Continuou escrevendo, agora em Atos, sobre a continuação da obra de JESUS CRISTO, agora através do ESPÍRITO SANTO nos apóstolos e discípulos. Em tudo imitavam a JESUS, até mesmo nos açoites, perseguições, prisão, orações, jejuns, pregações, ensinos, sinais, prodígios e maravilhas.

O que está sendo replicado pela igreja de hoje?

Os discípulos estavam reunidos com medo de serem presos, após a morte de JESUS - Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! João 20:19

Os discípulos foram chamados de néscios e tardos de entendimento após a morte de JESUS -  Lucas 24:25-27 ARA - Então, lhes disse JESUS: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o CRISTO padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.

A situação dos discípulos era de depressão - tristes e chorando - E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando. E, ouvindo eles que JESUS vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram. Marcos 16:10,11

Após sua ressurreição, JESUS se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos - isso trouxe ânimo a eles para que saíssem dali e fossem batizados com o ESPÍRITO SANTO e iniciassem a Igreja propriamente dita, cheia do ESPÍRITO SANTO, atuante e missionária.

O padrão em Atos é - Sinais, prodígios e maravilhas, depois ajuntamento de pessoas, depois pregação do evangelho e conversões, depois ensino e batismo nas água e no ESPÍRITO SANTO.

Preguemos antes que cheguem os dias em que não será mais permitido.

 

Resumo da Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja

I – O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1. O desânimo dos discípulos.

2. A aparição de JESUS aos discípulos.

3. O avivamento após a ressurreição.

II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1. O avivamento nas missões locais.

2. O avivamento nas missões regionais.

3. Missões regionais atualmente.

III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS

1. Primeira igreja missionária.

2. Evangelização e decadência espiritual da Europa.

3. Clamor pelo avivamento espiritual.

 

 

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SUBSÍDIO CPAD

11 - O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA IGREJA

Amigo professor(a), a paz do Senhor. Nesta lição, veremos que o avivamento espiritual nos crentes da Igreja Primitiva suscitou o amor fervoroso por almas para CRISTO. A alegria dos irmãos e a efusão do ESPÍRITO chamavam a atenção de todos os que observavam o testemunho daqueles que faziam parte do “Caminho”, até então considerados uma seita pela maioria dos judeus. Apesar das oposições e perseguições enfrentadas pela Igreja do primeiro século, a propagação do Evangelho de JESUS CRISTO avançava (At 2.47; 5.14). Isso ocorria em razão do avivamento espiritual tão latente entre os irmãos. Contudo, há um aspecto relevante que fez toda a diferença para a Igreja Primitiva e que, certamente, está em falta entre os crentes dos dias atuais. Estamos falando da ausência do amor de DEUS derramado nos corações em favor do próximo. O amor representa a essência do que é ser um seguidor de CRISTO (Jo 13.35).
Se observamos as características predominantes da Igreja de Atos, veremos que a comunhão, o partir do pão, a unidade e o bem-estar comum eram o que importava para os primeiros crentes. Com o passar dos anos, a igreja se institucionalizou e outras demandas passaram a ter prioridade. Ainda assim, o amor de DEUS entre os crentes continua sendo o maior fruto do avivamento espiritual, indispensável à salvação de almas.
O Senhor JESUS, nas últimas instruções aos Seus discípulos, ensinou-os a respeito da qualidade do amor divino e como ele deveria ser praticado. O Mestre ressaltou que a forma como Ele os amou seria a referência do que significa, de fato, amar o próximo (Jo 13.34). Lawrence O. Richards destaca que o novo padrão de amor salientado por JESUS identifica um novo relacionamento entre DEUS e os homens. “O amor na comunidade cristã é uma prova forçosa para um mundo perdido de que JESUS é real e está entre nós. Quando eles virem nosso amor, saberão que a única explicação é a seguinte: nós somos o povo de JESUS e os Seus discípulos. Assim, o mandamento de JESUS é verdadeiramente novo. Não é que DEUS nunca tenha chamado o Seu povo para o amor antes. Mas que, em CRISTO, o amor se torna uma expressão ainda mais dinâmica e poderosa do relacionamento que temos uns com os outros e com o nosso Senhor” (2007, p. 230).
Nesse sentido, o amor de DEUS é o melhor método de evangelização para alcançar os não-salvos. Atentar para a qualidade dos nossos relacionamentos é essencial para uma igreja que pretende cumprir a sua missão não apenas evangelizadora, mas também integradora de novos convertidos ao Corpo de CRISTO.

 

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COMENTÁRIOS BEP - CPAD

16.9-20 APARIÇÕES DE JESUS DEPOIS DA SUA RESSURREIÇÃO.

Embora os versículos 9-20 faltem em dois dos manuscritos gregos mais antigos, eles constam de outros manuscritos antigos, bem como da vasta maioria dos manuscritos gregos provenientes de todas as partes do mundo antigo. Daí, muitos doutores da Bíblia concluírem que um texto atestado pela maioria dos manuscritos antigos é sem dúvida parte do texto original do escritor bíblico. Noutras palavras, devemos ter Mc 16.9-20 como parte integrante da Palavra inspirada de DEUS.


16.17 ESTES SINAIS SEGUIRÃO.

 

SINAIS DOS CRENTES
Mc 16.17,18: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes;

se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.

As Escrituras ensinam claramente que CRISTO quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de DEUS (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2; 10.17; Jo 14.12).

Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de DEUS chegou à terra com poder e que o Senhor JESUS vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38).

Cada um destes sinais (exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva: (a) falar novas línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14); (b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12); (c) escapar da morte por picada de serpente (At 28.3-5); e (d) curar os enfermos (At 3.1-7; 87; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).

Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de JESUS. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de JESUS (ver 1Co 1.7; Gl 3.5).
Os discípulos de CRISTO não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de DEUS, como fez JESUS (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.

JESUS deixa claro, em Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a CRISTO, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.
A ausência desses “sinais” na igreja, hoje, não significa que CRISTO falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme JESUS declara, está na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17).

CRISTO prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 10.1; Mc 16.16;20; At 4.31-33).

 

O FALAR EM LÍNGUAS

At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”

O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.


O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.

(1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.

Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar, dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14).



16.18 PEGARÃO NAS SERPENTES. Pegar em serpentes ou beber veneno não deve se transformar em ritual de ordálio (i.e., prova judicial para se decidir se um acusado é culpado ou inocente), a fim de comprovar nossa espiritualidade. São promessas para crentes que enfrentam semelhantes perigos a serviço de CRISTO. É pecado "testar" a DEUS, arriscando-se sem necessidade, expondo-se a perigos e perseguições (Mt 4.5-7; 10.23; 24.16-18).

 

DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE

1Co 12.7 “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”.


PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

As manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).

É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do ESPÍRITO, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).

Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes disfarçados como servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).


OS DONS ESPIRITUAIS.

Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).

Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).

Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).

Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).

Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.

Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando DEUS tomava o profeta para isso (12.11).

Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo ESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.

Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo ESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).

 

 A CURA DIVINA

Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. ”


A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS. (1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11: At 19.11,12).

A provisão de DEUS através da redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda. Para o pecado, DEUS provê o perdão; para a morte, DEUS provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, DEUS provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, JESUS ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de DEUS, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de DEUS (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).


A REVELACÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA.

A vontade de DEUS no tocante à cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.


A declaração do próprio DEUS. Em Êx 15.26 DEUS prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26, nota). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidade porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]”. DEUS continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).


O ministério de JESUS. JESUS, como o Filho encarnado de DEUS, era a exata manifestação da natureza e do caráter de DEUS (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). JESUS, no seu ministério terreno (4.23,24;


16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de DEUS na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de DEUS curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
A provisão da expiação de CRISTO. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de CRISTO foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo.


Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por DEUS para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de CRISTO, inclusive a cura do corpo.


O ministério contínuo da igreja. JESUS comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de DEUS (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que JESUS iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de DEUS e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg 16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta “oração da fé”.


IMPEDIMENTOS À CURA.

Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como: pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, DEUS resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).


O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA.

O que deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?
Ter a certeza de que está em plena comunhão com DEUS e com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7).


Buscar a presença de JESUS na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20 fé verdadeira).
Encher sua mente e coração da Palavra de DEUS (Jo 15.7; Rm 10.17).


Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças DEUS quer efetuar na sua pessoa.
Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).
Assistir a cultos em que há alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. Atos 5.15,16; 8.5-7).


Ficar na expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de CRISTO (7.8; 19.26).
Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).


Saber que a demora de DEUS em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, DEUS tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).
Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, DEUS nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).

 

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Mais Subsídios

 

A Aparição de CRISTO aos Onze - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Marcos 16. 14-18


Nesse trecho, temos:

I
A convicção que JESUS CRISTO deu aos seus apóstolos, da verdade da sua ressurreição (v. 14). Ele apareceu pessoalmente a eles, quando estavam todos reunidos, quando se assentavam para comer, o que lhe deu uma oportunidade de comer e beber com eles, para a satisfação completa deles (veja At 10.41). E mesmo quando Ele se manifestou a eles, lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, pois mesmo no encontro geral na Galileia alguns duvidaram, como lemos em Mateus 28.17. Observe que as evidências da verdade do Evangelho são tão completas, que aqueles que não as recebem podem, com razão, ser repreendidos pela sua incredulidade; e isto não se deve a nenhuma fraqueza ou deficiência nas provas, mas à dureza dos seus corações, à sua falta de sensibilidade e à sua estupidez. Embora até então não tivessem visto o Senhor por si mesmos, eles são repreendidos, com justa razão, por não terem crido naqueles que já o tinham visto ressuscitado; e talvez a incredulidade deles se devesse, em parte, ao orgulho dos seus corações, pois podem ter pensado: “Se Ele tivesse realmente ressuscitado, a quem o Senhor se agradaria de dar a honra de manifestar-se, a não ser a nós?”. E se Ele os deixa em segundo plano, e se mostra a outros antes, eles não podem crer que seja Ele. Assim, muitos deixam de crer na doutrina de CRISTO, porque pensam ser algo inferior para eles dar crédito a outros que Ele tenha escolhido para serem as suas testemunhas, e aqueles que divulgarão a sua Palavra. Observe que, no grande dia, não podemos dar uma desculpa para a nossa infidelidade, dizendo: “Nós não o vimos depois que ressuscitou”, pois nós devemos crer no testemunho daqueles que o viram.


II
A incumbência que o Senhor JESUS lhes deu de estabelecerem o seu reino entre os homens, por meio da pregação do seu Evangelho, as boas-novas da reconciliação com DEUS, por meio de um Mediador. Agora observe:


1. A quem eles deveriam pregar o Evangelho. Até aqui, eles tinham sido enviados somente às ovelhas perdidas da casa de Israel, e estavam proibidos de ir pelo caminho das gentes (gentios), ou de entrar em qualquer cidade dos samaritanos (Mt 10.5). Mas agora, a comissão deles é ampliada, e eles têm autorização para ir a todo o mundo, a todas as partes do mundo, do mundo habitável, e pregar o Evangelho de JESUS CRISTO a toda criatura, tanto aos gentios como aos judeus; a toda criatura humana que seja capaz de recebê-lo. “Informem-lhes a respeito de JESUS CRISTO, da história da sua vida, morte, e ressurreição; instruam-nos sobre o significado e o objetivo dessas coisas, e sobre os benefícios que os filhos dos homens têm, ou podem ter, através delas. E convidem-nos, sem exceção, a vir e compartilhar esses benefícios. Isto é o Evangelho. Que ele seja pregado em todos os lugares, a todas as pessoas”. Esses onze homens não podiam pregar pessoalmente o Evangelho a todo o mundo, e muito menos a toda criatura que houvesse nele; mas eles, e os outros discípulos, que eram setenta, com aqueles que posteriormente se juntariam a eles, deveriam se dispersar em diversas direções, e, para onde quer que fossem, deveriam levar consigo o Evangelho. Eles deveriam enviar outros àqueles lugares aos quais não pudessem ir pessoalmente, e, em resumo, dedicar as suas vidas a enviar essas boas-novas para todas as partes do mundo, com a maior fidelidade e o maior cuidado possíveis, não como uma diversão, mas como uma mensagem solene de DEUS aos homens, e como um meio de fazer os homens felizes. “Contem a tantos quantos puderem, e digam que contem a outros; é uma mensagem de interesse universal, e, por isso, deve ter uma acolhida universal, porque ela oferece uma acolhida universal”.


2. Qual é o resumo do Evangelho que eles devem pregar (v. 16): “Apresentem ao mundo a vida e a morte, o bem e o mal. Digam aos filhos dos homens que todos eles estão em uma condição de infelicidade e perigo, condenados pelo seu príncipe, e derrotados e escravizados pelos seus inimigos”. Isto está implícito no fato de serem salvos, coisa de que não precisariam se não estivessem perdidos. “Vão, e digam a eles”: (1) “Que, se eles crerem no Evangelho, e se entregarem para ser discípulos de JESUS CRISTO; se eles renunciarem ao demônio, ao mundo e à carne, e forem devotados a JESUS CRISTO como seu profeta, sacerdote, e rei, e a DEUS, em CRISTO, como seu DEUS em concerto, evidenciando, pela sua constante adesão a este concerto, a sua sinceridade, eles serão salvos da culpa e do poder do pecado. O pecado não os governará mais; ele não os destruirá. Aquele que for um verdadeiro cristão será salvo, através de CRISTO”. O batismo era designado como o rito inaugural, pelo qual aqueles que aceitavam a CRISTO passavam a pertencer a Ele; mas aqui o objetivo está mais direcionado ao significado do que ao sinal, pois Simão, o Mágico, creu e foi batizado, mas não foi salvo (At 8.13). Crer no Senhor JESUS com o coração, e confessá-lo com a boca (Rm 10.9), parece ser a mesma coisa que está indicada aqui. Isto também significa que nós devemos estar em conformidade com as verdades do Evangelho, e com os termos do Evangelho. (2) “Se eles não crerem, se não receberem a informação que DEUS dá a respeito do seu Filho, não poderão esperar nenhum outro caminho de salvação, mas inevitavelmente perecerão; eles serão condenados pela sentença de um Evangelho desprezado, somado à de uma lei infringida”. E é isto que o Evangelho é, é boas novas, o fato de que nada além da incredulidade poderá destruir o homem. A falta de fé é um pecado contra a cura. O Dr. Whitby observa aqui que aqueles que “deduzirem que a semente recém-nascida dos crentes não tem a possibilidade do batismo, porque não pode crer, devem também deduzir que não poderão ser salvos; pois, para a salvação, a fé é mais expressamente exigida do que o batismo. E que na última frase o batismo está omitido, porque não é simplesmente a falta do batismo, mas a negligência desdenhosa dele, que torna os homens culpados de condenação; de outra forma, as crianças seriam condenadas pelos erros ou profanações de seus pais”.


3. O poder de que eles deveriam estar revestidos, para a confirmação da doutrina que deveriam pregar (v. 17): “E estes sinais seguirão aos que crerem”. Isto não significa que todos os que crerem serão capazes de produzir esses sinais, mas aqueles que estiverem empenhados na propagação da fé, e na atração de outros a ela; pois os sinais se destinam àqueles que não crêem (veja 1 Co 14.22). Aumenta muito a glória e a evidência o fato de que os pregadores não somente realizavam milagres pessoalmente, mas concediam a outros um poder de realizar milagres, poder este que seguia alguns dos que criam, aonde quer que eles fossem pregar. Eles realizavam milagres em nome de CRISTO, o mesmo Nome no qual foram batizados, em virtude do poder obtido dele, e alcançado através da oração. Alguns sinais em especial são mencionados. (1) Eles expulsarão demônios; este poder era mais comum entre os cristãos do que entre outras pessoas, e durava mais tempo, como podemos deduzir pelos testemunhos de Justino Mártir, Orígenes, Irineu, Tertuliano, Minúcio Félix, e outros, citados por Grotius a respeito dessa passagem. (2) Eles “falarão novas línguas”, que nunca tinham aprendido, ou conhecido; e isto era tanto um milagre (um milagre sobre a mente), para a confirmação da verdade do Evangelho, como um meio de transmitir o Evangelho entre todas aquelas nações que não o tinham ouvido. Alguns entendem que isso evitou que os pregadores fizessem um grande esforço para aprender as línguas; e, sem dúvida, aqueles que, por milagre, receberam o domínio das línguas, receberam o domínio completo delas e de toda a sua elegância nativa, que era adequada tanto para ensinar quanto para influenciar, o que muito lhes recomendava, bem como a sua pregação. (3) Eles “pegarão nas serpentes”. Esta promessa se cumpriu na vida de Paulo, que não foi ferido pela víbora que lhe acometeu a mão, o que foi reconhecido pelos bárbaros como um grande milagre (At 28.5,6). Os cristãos não serão feridos por aquela geração de víboras entre as quais vivem, nem pela malícia da velha serpente. (4) “Se beberem alguma coisa mortífera” – por imposição dos seus perseguidores – “não lhes fará dano algum”: muitos exemplos deste milagre são encontrados na história da igreja cristã. (5) Eles não serão somente protegidos contra ferimentos, mas também serão capacitados a fazer o bem aos outros; “imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”, como tinha acontecido com as multidões pelo toque curativo do seu Mestre. Muitos dos presbíteros da igreja tinham esse poder, como se pode ver em Tiago 5.14, onde, como um sinal instituído dessa cura milagrosa, eles recebem a instrução de ungir os enfermos com azeite em nome do Senhor JESUS. Com que certeza de sucesso eles podiam viajar, realizando a obra que lhes fora confiada, tendo credenciais como essas para apresentar!

 

A Ascensão

Marcos 16. 19-20

Vemos aqui: 1. JESUS CRISTO recebido no céu (v. 19): Depois que o Senhor disse o que tinha a dizer aos seus discípulos, Ele subiu ao céu, em uma nuvem; disto nós temos um relato especial em Atos 1.9. Ele não só foi admitido, como teve acesso total ao seu reino celestial. Ele foi recebido com cerimônia, com aclamações das hostes celestiais em voz alta, e se assentou à direita de DEUS Pai. O Senhor então se sentou em uma postura de repouso, pois concluiu a sua obra. Ao mesmo tempo, o Senhor JESUS se sentou em uma postura de governante, pois agora Ele tomou posse do seu reino. Ele se assentou à direita de DEUS Pai, o que indica a dignidade soberana que Ele reassumiu, e o poder universal que lhe foi restituído. Tudo o que DEUS Pai faz a nosso respeito, tudo o que Ele nos dá, ou recebe de nós, é por meio do seu Filho. Agora o Senhor JESUS é glorificado com a glória que Ele tinha antes do mundo.


2. Dois eventos são colocados juntos. O primeiro é JESUS CRISTO sendo recebido neste mundo inferior, e sendo crido no mundo. O segundo é JESUS CRISTO sendo recebido acima, na glória (1 Tm 3.16). (1) Aqui temos os apóstolos trabalhando diligentemente pelo Senhor. Tendo partido, pregaram por todas as partes. Embora a doutrina que pregassem fosse espiritual e celestial, e diretamente contrária ao espírito e ao gênio do mundo, e embora ela encontrasse forte oposição, e fosse completamente destituída de todo o apoio e de todos os benefícios seculares, ainda assim os seus pregadores não estavam nem temerosos nem envergonhados; eles trabalharam tanto na propagação do Evangelho que dentro de poucos anos o som maravilhoso dele chegou até aos confins do mundo (Rm 10.18). (2) Aqui temos DEUS Pai cooperando efetivamente com eles, para tornar o seu trabalho bem-sucedido, confirmando a Palavra com os sinais que se seguiam. Isto ocorria parcialmente pelos milagres que eram realizados nos corpos das pessoas, que eram selos divinos da doutrina cristã, e parcialmente pela influência que esta bênção tinha sobre as mentes das pessoas, por meio da obra do ESPÍRITO de DEUS (veja Hb 2.4). Estes eram, adequadamente, sinais que seguiam a Palavra – a transformação do mundo, a destruição da idolatria, a conversão dos pecadores, e o consolo dos santos. E estes sinais ainda seguem a pregação da Verdade, e estarão cada vez mais presentes para a honra de CRISTO e para o bem da humanidade. O evangelista ora, e nos ensina a dizer: “Amém!” Amado Pai celestial, que o teu Nome seja santificado, e que o teu reino venha.

 

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SUBSÍDIO da lição - revista CPAD

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Professor(a), na lição deste domingo estudaremos o quanto o revestimento de poder advindo do ESPÍRITO SANTO foi o propulsor da massiva salvação e evangelização pela Igreja do Primeiro Século, deixando-nos modelo de busca espiritual e dedicação à "Grande Comissão". Uma característica comum a todos os cristãos avivados é, de fato, o comprometimento com CRISTO e com a missão dada por Ele de fazer discípulos. O amor, a alegria e a gratidão por tão grande salvação impulsionam a busca do ESPÍRITO que, uma vez derramado, repercute uma vida completamente transformada. O fervor na busca pelo Consolador caminha junto ao fervor na busca pelas almas perdidas, pois essa é a maior missão da Igreja de CRISTO.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Conhecer as características que evidenciam o avivamento da Igreja Primitiva; II) Conscientizar de que o avivamento espiritual é indispensável para proclamar o Evangelho sob o poder do alto; III) Explicar que o genuíno avivamento repercute em evangelismo e missões, juntamente com a manifestação dos dons e poder do ESPÍRITO SANTO.

B) Motivação: Como bem sabemos, os discípulos custaram a crer que o Mestre havia ressuscitado; encontravam-se por demais dispersos e desanimados. Quantos discípulos de JESUS também não se encontram assim, hoje, dentro das igrejas? Muitos até trabalham na obra, porém, estão sem a chama do primeiro amor, a alegria e o entusiasmo que tinham quando receberam o SANTO ESPÍRITO. Vigiemos e oremos a fim de que o desânimo e as distrações com os cuidados desta vida não sejam capazes de minar a nossa sede e fervor tanto na busca por CRISTO quanto pela salvação dos perdidos.
C) Sugestão de Método: Previamente, selecione entre os membros de sua classe ou igreja um voluntário para contar um testemunho impactante de evangelização. Se possível, una o relato tanto do evangelista quanto do evangelizado. Evidentemente, estipule um tempo objetivo para isso. Estimule a todos em classe a também recordarem de testemunhos pessoais e da imensa alegria de ganhar uma alma para CRISTO. Por fim, peça que leiam Isaías 52.7,8 e clamem, a fim de que sejam "atalaias" de DEUS nesta geração.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Após enfatizar que o avivamento espiritual é indispensável para proclamação eficaz do Evangelho de poder neste mundo incrédulo, proponha a seguinte reflexão: Você tem buscado mais do ESPÍRITO SANTO para exercer a Grande Comissão? Tem investido tempo e esforço no cumprimento da principal missão deixada por CRISTO à Igreja?

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o segundo tópico, o texto "O poder do Alto para evangelizar" demonstra, com base em Atos 1.8, que precisamos ser revestidos do poder do ESPÍRITO para testemunhar de CRISTO até os confins da terra; 2) Para aprofundar o terceiro tópico, o texto "Ganhar almas é a missão suprema de todo discípulo de CRISTO" enfatiza que a "Grande Comissão" é para todos os salvos, pois ganhar almas foi a principal tarefa do Senhor JESUS aqui na terra (Lc 19.10).

 

SINÓPSE I - A transformação dos discípulos após o revestimento de poder.

SINÓPSE II - Uma igreja avivada demonstra que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária.

SINÓPSE III - O avivamento é crucial para levar o Evangelho “até aos confins da terra”.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1

* “Dá-me o País”

“Que as nossas armas sejam as de John Knox. Este bravo campeão de DEUS logrou alterar não apenas a política, como a própria história de seu país. Que segredo detinha Knox? Oração e confiança irrestrita na intervenção divina no curso natural dos negócios humanos. Nas caladas de sua aflição, orava: ‘Senhor, dá-me a Escócia senão morrerei! Dá-me a Escócia, senão morrerei!’”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento, editada pela CPAD, pp.174,75.

 
Auxílio Teológico TOP2

O poder do Alto para evangelizar

“Nos círculos pentecostais, nenhum aspecto dos propósitos do batismo no ESPÍRITO tem recebido mais atenção do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente baseado em Atos 1.8: ‘Recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra’. O livro de Atos é um comentário desses dois temas relacionados, que os discípulos receberiam poder quando o ESPÍRITO viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de JESUS por todo o mundo.
Quando JESUS disse aos seus discípulos que eles seriam suas ‘testemunhas’, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).
A evangelização mundial pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é um testemunho da realidade da experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e missiologistas da igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do movimento pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo” (PALMA, A. D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.86-87).

 

 Auxílio Teológico TOP3

Ganhar almas é a missão suprema de todo discípulo de CRISTO

“Evangelismo pessoal é a obra de falar de CRISTO aos perdidos individualmente: é levá-los ao Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).


A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de JESUS aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).
O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes.

Ganhar almas foi a suprema tarefa do Senhor JESUS aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de DEUS, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para JESUS é para os pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O ‘ide’ de JESUS para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos” (GILBERTO, Antônio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p.10).



REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como os discípulos estavam diante de JESUS triunfante e glorioso?
JESUS se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos, que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados.
2. Que mandato o Senhor JESUS deu aos discípulos?
Depois da ressurreição, JESUS deu aos discípulos o mandato da “grande comissão”.
3. Qual é o modelo de evangelização dinâmica local?
Esse é o modelo de evangelização dinâmica: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas o de realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros.
4. O que são missões regionais?

Podemos dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial. Num estado brasileiro, ou de outro país, há diversos municípios ou cidades do interior.

5. O que são missões transculturais?

As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8).


LEITURAS PARA APROFUNDAR

Missões: A Hora Chegou; A Força Pentecostal em Missões.

 

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LIÇÃO 11, O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA IGREJA COMO NA

REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja

 1° Trimestre de 2023 - EBD – ADULTOS - CPAD

 

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)

 

VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Marcos 16.14-20

14- Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18- pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19- Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.

20- E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!


INTRODUÇÃO
Neste trimestre, vimos que, nos seus primórdios, a Igreja era conhecida pelo seu dinamismo na evangelização, no discipulado e no cuidado com os necessitados como resultado do grande avivamento produzido pelo ESPÍRITO SANTO. Depois que foram revestidos do poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos. Eles receberam mais poder para cumprir o mandato de JESUS. Hoje, mais do que nunca, as igrejas cristãs precisam do avivamento espiritual para proclamar o Evangelho de CRISTO no mundo que está em rebeldia contra DEUS.

 

I – O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1- O desânimo dos discípulos.

Depois da sua ressurreição, JESUS se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados. Ao ouvirem o testemunho de Maria Madalena, que estivera no túmulo de JESUS, e constatado que Ele havia ressuscitado, eles simplesmente não creram. Estavam completamente desolados (Mc 16.10-13).

 

2- A aparição de JESUS aos discípulos.

Após haver ressuscitado, ante o clima de incredulidade que dominou a mente dos discípulos, JESUS apareceu aos onze que estavam reunidos e com medo dos líderes judeus. JESUS lhes disse: “Paz seja convosco” (Lc 24.36). Eles pensavam que “viam algum espírito” (Lc 24.37); até que JESUS lhes mostrou as mãos e os pés perfurados (Lc 24.40). Mesmo assim, eles não creram que era CRISTO ressuscitado (Lc 24.41).

 

3- O avivamento após a ressurreição.

Depois da ressurreição, JESUS deu aos discípulos o mandato da “Grande Comissão”: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16). Naquela ocasião, JESUS prometeu que sinais e milagres autenticariam seu ministério (Mc 16.17). Esses sinais estão à disposição de todos os que creem, em todos os tempos e lugares. Depois do Pentecostes, os discípulos pregaram com unção, expulsaram demônios e curaram enfermos (At 3.6-10; 5.15,16; 8.7-8). Paulo e Silas foram poderosamente usados por DEUS (At 16.14,15). Filipe curou muitos enfermos (At 8.6,7). Desse modo, vários outros fatos demonstraram que a Igreja de JESUS recebera o avivamento espiritual, indispensável para proclamar o Evangelho sob o Poder do Alto (At 9.34-42; 14.8-10).

 

II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1- O avivamento nas missões locais.

O avivamento espiritual, como consequência do Pentecostes, produziu uma chama nos corações dos seguidores de JESUS. Mesmo com perseguições, os apóstolos pregaram ousadamente o Evangelho de JESUS CRISTO, começando por Jerusalém. Eles foram perseguidos e presos por terem proclamado a doutrina de CRISTO na Cidade Santa, mas foram libertos pelo poder de DEUS e continuaram a proclamar o Evangelho (At 5.27-29,42). Este é o modelo de evangelização dinâmica local: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros. A igreja avivada apresenta sinais de que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária. Há uma demonstração de que os dons espirituais estão ativos na sua vida e o amor pela pregação do Evangelho de JESUS se faz notório.

 

2- O avivamento nas missões regionais.

Podemos dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial. Num estado brasileiro há diversos municípios ou cidades do interior. São as nossas “judeias e samarias” a serem alcançadas pelo trabalho de evangelização. Depois de impactar Jerusalém com a mensagem do Evangelho, os discípulos a levaram a muitos outros lugares (At 8.1,4,14; Mt 10.23).

 

3- Missões regionais atualmente.

Nos dias de hoje, esperamos que DEUS desperte as igrejas locais em centros metropolitanos, em cidades de porte médio e em municípios de pequeno porte para evangelizarem, cumprindo a “grande comissão” de JESUS. Que isso aconteça sem que seja necessário haver perseguições a fim de despertarmos para a obra de DEUS. Ora, ainda desfrutamos de liberdade constitucional para expressar nossa fé e proclamar o Evangelho a toda a criatura, em todos os lugares, estados, cidades e distritos. Oremos para que o Brasil seja de fato uma nação que se renda a CRISTO!

 

III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS

Em Atos 1.8, JESUS disse que seus discípulos haveriam de levar sua mensagem “[...] até aos confins da terra”. Eles ganharam almas para CRISTO, e abriram igrejas na Fenícia, em Chipre e em Antioquia (At 11.19).

 

1- Primeira igreja missionária.

A igreja em Antioquia já realizava as missões locais, ou missões urbanas, e muitas pessoas aceitaram a CRISTO como Salvador (At 11.20,21). Por causa do crescimento da igreja em Antioquia, os discípulos mandaram para lá Barnabé. Aquela igreja tornou-se a primeira igreja missionária. Barnabé e Saulo foram os primeiros missionários, enviados para as missões transculturais (At 13.1-3). Foi através de Paulo que a Europa pré-cristã se tornou um continente cristão. Como vimos, em lição anterior, DEUS levantou homens na unção do ESPÍRITO SANTO para evangelizar o velho continente. As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra.”

 

2- Evangelização e decadência espiritual da Europa.

A partir da Europa, o Evangelho espalhou-se para o mundo, chegando à América com os Peregrinos; alcançou a África, onde se destacou David Livingstone, de 1841 a 1873, ganhando muitas almas para o Reino de DEUS. Foram movimentos espirituais tão extraordinários que se espalharam para outras partes. Hudson Taylor foi missionário na China, de 1853 a 1905; e houve outros missionários que deram suas vidas à obra missionária transcultural, a partir da Europa. Por falta de amor e interesse pela evangelização constante e intensiva, a Europa, que deu tantos missionários ao mundo, se transformou em pós-cristã, tornando-se um dos lugares mais carente do Evangelho de CRISTO no mundo. Os crentes se acomodaram, deixaram de buscar o avivamento espiritual, conforme diz a Palavra de DEUS (2 Cr 7.14). Há países no velho continente em que nem 5% das pessoas frequentam qualquer igreja.

 

3- Clamor pelo avivamento espiritual.

As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8). Elas concretizam o ide imperativo de JESUS, que ordenou seus discípulos a irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura”. Esse objetivo missionário só pode ser alcançado se houver um avivamento espiritual em todas as igrejas, a começar pelos pastores, líderes ou dirigentes. Que DEUS reavive sua obra em todo o mundo. Oremos, como Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

 

CONCLUSÃO
Os cristãos avivados demonstram compromisso com DEUS, com CRISTO, e com a missão da Igreja. Eles têm amor pela obra de DEUS e cooperam com a evangelização local, regional e transcultural. Em várias igrejas cristãs, mesmo no século da falta de fé, há demonstrações de avivamento espiritual, com a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO e o fervor na busca pelas almas perdidas. Essa é a missão maior da Igreja do Senhor JESUS CRISTO

  

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Revista CPAD, 1Tr23, na íntegra

Escrita Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja

 

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)

 

VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Marcos 16.14-20

14- Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18- pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19- Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.

20- E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!


INTRODUÇÃO
Neste trimestre, vimos que, nos seus primórdios, a Igreja era conhecida pelo seu dinamismo na evangelização, no discipulado e no cuidado com os necessitados como resultado do grande avivamento produzido pelo ESPÍRITO SANTO. Depois que foram revestidos do poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos. Eles receberam mais poder para cumprir o mandato de JESUS. Hoje, mais do que nunca, as igrejas cristãs precisam do avivamento espiritual para proclamar o Evangelho de CRISTO no mundo que está em rebeldia contra DEUS.

 

I – O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1- O desânimo dos discípulos.

Depois da sua ressurreição, JESUS se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados. Ao ouvirem o testemunho de Maria Madalena, que estivera no túmulo de JESUS, e constatado que Ele havia ressuscitado, eles simplesmente não creram. Estavam completamente desolados (Mc 16.10-13).

 

2- A aparição de JESUS aos discípulos.

Após haver ressuscitado, ante o clima de incredulidade que dominou a mente dos discípulos, JESUS apareceu aos onze que estavam reunidos e com medo dos líderes judeus. JESUS lhes disse: “Paz seja convosco” (Lc 24.36). Eles pensavam que “viam algum espírito” (Lc 24.37); até que JESUS lhes mostrou as mãos e os pés perfurados (Lc 24.40). Mesmo assim, eles não creram que era CRISTO ressuscitado (Lc 24.41).

 

3- O avivamento após a ressurreição.

Depois da ressurreição, JESUS deu aos discípulos o mandato da “Grande Comissão”: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16). Naquela ocasião, JESUS prometeu que sinais e milagres autenticariam seu ministério (Mc 16.17). Esses sinais estão à disposição de todos os que creem, em todos os tempos e lugares. Depois do Pentecostes, os discípulos pregaram com unção, expulsaram demônios e curaram enfermos (At 3.6-10; 5.15,16; 8.7-8). Paulo e Silas foram poderosamente usados por DEUS (At 16.14,15). Filipe curou muitos enfermos (At 8.6,7). Desse modo, vários outros fatos demonstraram que a Igreja de JESUS recebera o avivamento espiritual, indispensável para proclamar o Evangelho sob o Poder do Alto (At 9.34-42; 14.8-10).

 

II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1- O avivamento nas missões locais.

O avivamento espiritual, como consequência do Pentecostes, produziu uma chama nos corações dos seguidores de JESUS. Mesmo com perseguições, os apóstolos pregaram ousadamente o Evangelho de JESUS CRISTO, começando por Jerusalém. Eles foram perseguidos e presos por terem proclamado a doutrina de CRISTO na Cidade Santa, mas foram libertos pelo poder de DEUS e continuaram a proclamar o Evangelho (At 5.27-29,42). Este é o modelo de evangelização dinâmica local: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros. A igreja avivada apresenta sinais de que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária. Há uma demonstração de que os dons espirituais estão ativos na sua vida e o amor pela pregação do Evangelho de JESUS se faz notório.

 

2- O avivamento nas missões regionais.

Podemos dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial. Num estado brasileiro há diversos municípios ou cidades do interior. São as nossas “judeias e samarias” a serem alcançadas pelo trabalho de evangelização. Depois de impactar Jerusalém com a mensagem do Evangelho, os discípulos a levaram a muitos outros lugares (At 8.1,4,14; Mt 10.23).

 

3- Missões regionais atualmente.

Nos dias de hoje, esperamos que DEUS desperte as igrejas locais em centros metropolitanos, em cidades de porte médio e em municípios de pequeno porte para evangelizarem, cumprindo a “grande comissão” de JESUS. Que isso aconteça sem que seja necessário haver perseguições a fim de despertarmos para a obra de DEUS. Ora, ainda desfrutamos de liberdade constitucional para expressar nossa fé e proclamar o Evangelho a toda a criatura, em todos os lugares, estados, cidades e distritos. Oremos para que o Brasil seja de fato uma nação que se renda a CRISTO!

 

III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS

Em Atos 1.8, JESUS disse que seus discípulos haveriam de levar sua mensagem “[...] até aos confins da terra”. Eles ganharam almas para CRISTO, e abriram igrejas na Fenícia, em Chipre e em Antioquia (At 11.19).

 

1- Primeira igreja missionária.

A igreja em Antioquia já realizava as missões locais, ou missões urbanas, e muitas pessoas aceitaram a CRISTO como Salvador (At 11.20,21). Por causa do crescimento da igreja em Antioquia, os discípulos mandaram para lá Barnabé. Aquela igreja tornou-se a primeira igreja missionária. Barnabé e Saulo foram os primeiros missionários, enviados para as missões transculturais (At 13.1-3). Foi através de Paulo que a Europa pré-cristã se tornou um continente cristão. Como vimos, em lição anterior, DEUS levantou homens na unção do ESPÍRITO SANTO para evangelizar o velho continente. As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra.”

 

2- Evangelização e decadência espiritual da Europa.

A partir da Europa, o Evangelho espalhou-se para o mundo, chegando à América com os Peregrinos; alcançou a África, onde se destacou David Livingstone, de 1841 a 1873, ganhando muitas almas para o Reino de DEUS. Foram movimentos espirituais tão extraordinários que se espalharam para outras partes. Hudson Taylor foi missionário na China, de 1853 a 1905; e houve outros missionários que deram suas vidas à obra missionária transcultural, a partir da Europa. Por falta de amor e interesse pela evangelização constante e intensiva, a Europa, que deu tantos missionários ao mundo, se transformou em pós-cristã, tornando-se um dos lugares mais carente do Evangelho de CRISTO no mundo. Os crentes se acomodaram, deixaram de buscar o avivamento espiritual, conforme diz a Palavra de DEUS (2 Cr 7.14). Há países no velho continente em que nem 5% das pessoas frequentam qualquer igreja.

 

3- Clamor pelo avivamento espiritual.

As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8). Elas concretizam o ide imperativo de JESUS, que ordenou seus discípulos a irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura”. Esse objetivo missionário só pode ser alcançado se houver um avivamento espiritual em todas as igrejas, a começar pelos pastores, líderes ou dirigentes. Que DEUS reavive sua obra em todo o mundo. Oremos, como Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

 

CONCLUSÃO
Os cristãos avivados demonstram compromisso com DEUS, com CRISTO, e com a missão da Igreja. Eles têm amor pela obra de DEUS e cooperam com a evangelização local, regional e transcultural. Em várias igrejas cristãs, mesmo no século da falta de fé, há demonstrações de avivamento espiritual, com a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO e o fervor na busca pelas almas perdidas. Essa é a missão maior da Igreja do Senhor JESUS CRISTO

  

 

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LIÇÃO 12, CPAD, O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM, 3Tr25, NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA

 

Escrita Lição 12, CPAD, O Caráter Missionário Da Igreja De Jerusalém, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

 

Dia Nacional da Escola Dominical

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA 

1. O Evangelho para além da fronteira de Israel

2. Cristãos dispersados, mas conscientes de sua missão

3. Cristãos leigos, mas capacitados pelo ESPÍRITO

II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL 

1. A cultura grega (helênica)

2. Contextualizando a mensagem

III – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS

1. A base do discipulado

2. Denominados de “cristãos”

3. A identidade cristã

 

TEXTO ÁUREO

“E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor JESUS.” (At 11.20)

 

VERDADE PRÁTICA

Faz parte da missão da Igreja a evangelização de povos não alcançados.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 1.8 Alcançando os confins da terra

Terça - Rm 15.24 O Evangelho além-mar

Quarta - At 11.20,21 Implantando igrejas

Quinta - At 14.21 Fazendo discípulos

Sexta - At 11.26 Formando a identidade cristã

Sábado - At 11.29 Socorrendo os necessitados

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 11.19-30

19- E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. 20- E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor JESUS. 21- E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. 22- E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, 23- o qual, quando chegou e viu a graça de DEUS, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. 24- Porque era homem de bem e cheio do ESPÍRITO SANTO e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. 25- E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. 26- E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. 27- Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. 28- E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. 29- E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia.

30- O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.

 

Hinos Sugeridos: : 9, 11, 34 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A Igreja de Jerusalém, mesmo enfrentando perseguições, não perdeu sua essência missionária. Os cristãos dispersos pregaram com ousadia em cidades como Antioquia, levando o Evangelho além das fronteiras de Israel. Essa expansão revela uma igreja viva, sensível à direção do ESPÍRITO e comprometida com a ordem de JESUS: fazer discípulos de todas as nações. Vamos refletir sobre como a graça de DEUS capacita pessoas simples para grandes obras, e, assim como os primeiros crentes, somos chamados a testemunhar com coragem, fé e amor.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Destacar o papel da dispersão cristã na expansão missionária da Igreja Primitiva; II) Enfatizar a importância da contextualização da mensagem do Evangelho para diferentes contextos culturais, sem, contudo, perder sua essência; III) Valorizar a prática do discipulado como base para o crescimento saudável e a manutenção da identidade da Igreja.

B) Motivação: Vivemos em um tempo em que a Igreja é desafiada a sair de suas fronteiras e alcançar os que ainda não ouviram sobre CRISTO. A história da Igreja de Jerusalém nos inspira a refletir: temos sido uma igreja consciente de nossa missão? Estamos preparados para comunicar o Evangelho a diferentes culturas e formar verdadeiros discípulos? Esta lição nos chama a agir com fé, sensibilidade e compromisso com o "Ide do Senhor".   

C) Sugestão de Método: Para concluir a lição de maneira significativa com a classe de adultos, o professor pode aplicar o método do Círculo de Reflexão Dirigida. Convide os alunos a compartilharem, de forma breve e objetiva, uma lição prática que aprenderam e como pretendem aplicá-la em sua vida pessoal, familiar ou ministerial. Estimule reflexões sobre o papel individual e coletivo da igreja na missão de evangelizar e discipular. Essa troca fortalece o senso de propósito e comunhão entre os participantes. Encerre com uma oração, pedindo que DEUS desperte ainda mais o compromisso missionário e a ação prática da classe no contexto em que vivem.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Como Igreja, somos chamados a viver com intencionalidade missionária, levando CRISTO a todos, com sabedoria, coragem e compromisso. Que sejamos discípulos que formam outros discípulos!

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "De Jerusalém à Antioquia da Síria", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da dispersão dos cristãos de Jerusalém para a chegada à Antioquia da Síria; 2) O texto "A Pregação Transcultural do Evangelho", ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão a respeito da liberalidade com a obra missionária.

 

PALAVRA-CHAVE - Missão

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Nesta lição, iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de JESUS. Como o evangelho alcançou Antioquia, uma importante cidade da Síria dentro do Império Romano? Conhecer esse fato é relevante porque, pela primeira vez, cristãos de Jerusalém levam a mensagem da cruz aos gentios fora das fronteiras de Israel. Com o ingresso do Evangelho na cidade de Antioquia, a igreja dava seu primeiro salto na missão transcultural. Nesta lição, estudaremos sobre como o “Ide” de JESUS é levado a sério por um grupo de cristãos refugiados, vítimas da perseguição que sobreviera a Estêvão em Jerusalém. Esses crentes, mesmo sendo leigos, possuíam uma forte consciência missionária. E, quando perseguidos, não escondiam sua fé, mas a compartilhavam apontando sempre para a cruz de CRISTO. Esse é um belo exemplo de fé cristã que deve, não somente nos inspirar, mas, sobretudo, nos levar a agir como eles. 

 

I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA 

1. O Evangelho para além da fronteira de Israel

Lucas abre essa seção de seu livro fazendo referência aos cristãos, “os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia” (At 11.19). Observamos que essa passagem bíblica faz um paralelo com Atos 8.1-4 onde narra o início da perseguição em Jerusalém que gerou a dispersão cristã. Assim como Filipe, que em razão da perseguição levou o Evangelho à cidade de Samaria, da mesma forma esses crentes, que também faziam parte desse grupo de cristãos perseguidos, levaram o Evangelho para além da fronteira de Israel.

 

2. Cristãos dispersados, mas conscientes de sua missão

Esses cristãos dispersados, após fugirem de uma perseguição feroz, não esconderam a sua fé. Aonde chegavam, anunciavam a Palavra de DEUS (At 11.19,20). Foi assim que eles deram testemunho do Evangelho na Fenícia, Chipre e Antioquia. O que vemos são cristãos conscientes da missão de testemunhar de sua fé onde quer que estivessem. Eles haviam sido comissionados para isso (Mt 28.19; At 1.8). Somente cristãos participantes de uma igreja consciente de sua tarefa missionária agem dessa forma. Eles não perdem o foco: anunciam o Senhor JESUS em qualquer tempo, lugar e circunstância.

 

3. Cristãos leigos, mas capacitados pelo ESPÍRITO

Lucas destaca que dentre esses cristãos havia “alguns” que levaram o Evangelho para Antioquia, capital da Síria, uma cidade cosmopolita e uma das três cidades mais importantes do Império Romano (At 11.20). O texto deixa claro que foram esses cristãos “comuns” os fundadores da igreja de Antioquia, uma das mais relevantes e importantes do Novo Testamento (At 13.1-4). Eram cristãos anônimos e leigos. Eles não são contados entre os apóstolos, diáconos ou presbíteros. Contudo, eles foram usados por DEUS para fundar aquele trabalho e foram bem-sucedidos porque “a mão do Senhor era com eles” (At 11.21), conforme Lucas destaca. Esse era o segredo que fez toda a diferença. O que fica em destaque, portanto, não era o ofício ou o cargo, mas a capacitação do Senhor. Os apóstolos eram extraordinários e os profetas excepcionais somente porque sobre eles também estava a mão do Senhor.

 

SINÓPSE I - A Igreja de Jerusalém, mesmo dispersada, manteve seu compromisso de anunciar o Evangelho com ousadia. 

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

DE JERUSALÉM À ANTIOQUIA DA SÍRIA

“Alguns destes primeiros missionários cristãos foram a Antioquia, cidade cerca de quatrocentos e oitenta quilômetros ao norte de Jerusalém. Sua importância política era devido ao fato de que servia como capital da província romana da Síria. Antioquia da Síria, a terceira maior cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria), tornou-se a sede da expansão do cristianismo fora da Palestina e figurava significativamente nas missões cristãs aos gentios (At 13.1-3; 14.26-28; 15.22-35; 18.22). A marcha do evangelho não para em Samaria e Cesareia. Alguns dos missionários evangelizam tão ao norte quanto a Fenícia (o atual Líbano); outros vão à ilha de Chipre, a pátria de Barnabé (At 11.19,20; cf. At 4.36). Isto significa que havia cristãos na ilha antes de que Paulo e Barnabé pregassem o evangelho lá (At 13.4-12). Outros missionários se aventuram indo muito mais ao norte, à cidade famosa de Antioquia, com uma população calculada em aproximadamente quinhentos mil habitantes (Marshall, 1980, p. 201) e a comunidade judaica girando em torno de sessenta e cinco mil durante a era do Novo Testamento (George, 1994, p. 170)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.687,88).

 

II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL 

1. A cultura grega (helênica)

A Bíblia nos conta que alguns cristãos que tinham sido espalhados pelo mundo chegaram a “Antioquia, falaram aos gregos (At 11.20). Essa expressão, “falaram aos gregos”, é muito importante. De acordo com estudiosos, ela explica que esse foi o primeiro momento em que cristãos judeus falaram de JESUS para pessoas que não eram judias, adoravam outros deuses e não seguiam o Judaísmo. Isso mostra que a igreja começou a levar a mensagem de JESUS para além das fronteiras da Palestina, chegando a um mundo totalmente diferente, onde as pessoas não conheciam a fé judaica. Ou seja, não eram judeus que falavam grego pregando para outros judeus da mesma cultura, mas cristãos judeus que falavam grego levando o Evangelho a pessoas que não tinham nenhuma ligação com o Judaísmo. Dessa forma, o que JESUS havia ordenado — pregar o Evangelho a “toda criatura” (Mc 16.15) — começou a se cumprir.

Dessa forma, sem comprometer a verdade da mensagem, o Evangelho foi se

espalhando e alcançando diferentes culturas.”

 

2. Contextualizando a mensagem

Podemos ver aqui um exemplo de como os primeiros cristãos adaptavam a mensagem ao contexto em que estavam. Lucas nos conta que eles “anunciavam” o evangelho do Senhor JESUS” (At 11.20). O texto é curto e direto, mas esses cristãos estavam pregando para pessoas que não eram judias. Isso significa dizer que eles não podiam simplesmente usar o Antigo Testamento para provar que JESUS era o Messias prometido, porque isso não faria sentido para aquele público. Diferente dos judeus e samaritanos, que já esperavam um Messias (At 2.36; 5.42; 8.5; 9.22), os gentios não tinham essa mesma expectativa. Além disso, esses cristãos também não mencionam costumes judaicos, como a circuncisão, que Estêvão citou em seu discurso (At 7.51), porque isso não fazia parte da cultura dos gentios. Em vez de enfatizar que JESUS era o Messias, eles destacavam que Ele é o Senhor. Ou seja, estavam dizendo que os pagãos precisavam deixar seus falsos deuses e se voltar para o único e verdadeiro Senhor (At 14.15; 26.18,20). Dessa forma, sem comprometer a verdade da mensagem, o Evangelho foi se espalhando e alcançando diferentes culturas.

 

SINÓPSE II - Cristãos judeus pregaram aos gentios em Antioquia, contextualizando a mensagem sem perder sua essência.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A PREGAÇÃO TRANSCULTURAL DO EVANGELHO

“A maioria destes crentes dispersos pregava somente ‘aos judeus’ (v. 19), mas alguns crentes de Chipre e Cirene dão um passo ousado e também pregam as boas-novas de JESUS ‘aos gregos’, isto é, aos gentios pagãos em Antioquia (v. 20). Parece que eles alcançaram Antioquia numa época posterior do que aqueles que pregavam somente aos judeus. Algo pode ter acontecido durante o intervalo para torná-los tão corajosos e revolucionários, como o derramamento do ESPÍRITO SANTO em Cesareia. Eles puseram em prática o que o ESPÍRITO levou Pedro a fazer com Cornélio e seus amigos. A pregação do evangelho em Antioquia tem sucesso numérico, o qual é atribuído à ‘mão do Senhor’ (v. 21). Quer dizer, DEUS abençoa esse ministério e seu poder capacita os discípulos a trazerem muitos judeus e gentios daquela cidade à fé em JESUS CRISTO. O ministério de Pedro tinha aberto as portas da Igreja aos gentios em Cesareia, mas a pregação do evangelho em Antioquia é o começo de um vigoroso esforço para evangelizar o mundo gentio” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.688).

 

III – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS

1. A base do discipulado

Ao serem informados de que o Evangelho havia chegado a Antioquia (At 11.22), a partir de Jerusalém, os apóstolos enviaram Barnabé para lá. Chegando ali, Barnabé viu uma igreja viva e cheia da graça de DEUS (At 11.23). Como um homem de bem e cheio do ESPÍRITO SANTO, Barnabé os encorajou na fé (At 11.24). Contudo, logo se percebeu que aquela igreja precisava de mais instrução, ou seja, precisava ser discipulada. Com esse propósito, Barnabé foi em busca de Saulo para que o auxiliasse nesta missão. E assim foi feito: “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente” (At 11.26). Esse episódio nos mostra que não basta ganhar almas, é preciso ensiná-las. Sem o ensino, a igreja não cresce em graça e conhecimento. O crescimento saudável só é possível por meio da obra da evangelização e do discipulado.

O que realmente define um cristão não é apenas um nome ou um rótulo, mas sim sua vida, sua fé e suas atitudes.”

 

2. Denominados de “cristãos”

Os cristãos de Jerusalém haviam sido chamados na igreja de “irmãos” (At 1.16); “crentes” (At 2.44); “discípulos” (At 6.1) e “santos” (At 9.13). Também passaram a ser identificados tanto pelos de dentro da igreja como pelos de fora dela como aqueles que eram do “caminho “(At 9.2; 19.9,23; 22.4; 24.14,22). Agora em Antioquia são chamados de “cristãos” (At 11.26). O termo “cristãos” tem o sentido de “pessoas de CRISTO”.

 

3. A identidade cristã

O que realmente define um cristão não é apenas um nome ou um rótulo, mas sim sua vida, sua fé e suas atitudes. Embora alguns estudiosos acreditem que o termo “cristão” tenha sido usado em Antioquia como uma forma de zombaria, a verdade é que aqueles seguidores de JESUS demonstravam um grande entusiasmo e dedicação, assim como os primeiros crentes que vieram da igreja de Jerusalém para pregar naquela cidade. O nome “cristão” aparece novamente na Bíblia em Atos 26.28 e 1 Pedro 4.16. Segundo a Bíblia, ser cristão significa crer em JESUS, abandonar o pecado e receber a salvação como um presente de DEUS, dado pela sua graça.

 

SINÓPSE III - A Igreja investiu no ensino e discipulado, consolidando a fé e a identidade cristã dos novos convertidos.

 

CONCLUSÃO

Aprendemos como a providência de DEUS faz com que o Evangelho chegue, por meio da Igreja, a povos ainda não alcançados. O que se destaca não é uma metodologia sofisticada de evangelismo, mas a graça de DEUS, que capacita pessoas simples e anônimas a realizarem a sua obra. Quem deseja fazer, DEUS capacita. Ninguém jamais terá tudo de que precisa para cumprir a obra de DEUS; no entanto, se DEUS tiver tudo de nós, Ele nos habilitará a realizá-la.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual era o foco dos cristãos que foram dispersados?

Anunciar o Senhor JESUS em qualquer tempo, lugar e circunstância.

2. Como era a cidade de Antioquia?

Antioquia era uma cidade cosmopolita, capital da Síria e uma das três mais importantes do Império Romano, com forte influência helênica.

3. Como os primeiros cristãos contextualizavam a mensagem do Evangelho para os gentios?

Eles não usavam o Antigo Testamento para provar que JESUS era o Messias prometido, nem mencionavam costumes judaicos, mas enfatizavam que JESUS era o Senhor.

4. O que o episódio de Atos 11.22,23,24,26 mostra?

Esse episódio nos mostra que não basta ganhar almas, é preciso ensiná-las; sem o ensino a igreja não cresce em graça e conhecimento.

5. Qual é o sentido do termo “cristão”?

O termo “cristão” tem o sentido de “pessoa de CRISTO” e se refere à identidade daqueles que seguem, creem e vivem de acordo com os ensinamentos de JESUS.

 

VOCABULÁRIO

Cosmopolita: oriundo ou próprio dos grandes centros urbanos, das grandes cidades; que recebe influência cultural de grandes centros urbanos de outros países.

 

LEITURAS PARA APROFUNDAR

A Força Pentecostal em Missões - CPAD

O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja - CPAD