Escrita Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja
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Lição 11,
O Avivamento E A Missão Da Igreja
TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)
VERDADE PRÁTICA
Neste tempo marcado pela falta de
fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento
espiritual.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 1.16 O Evangelho é o
poder de DEUS para a salvação de todo o que crê
Terça - Mc 16.20 DEUS confirma a
pregação do Evangelho com sinais e milagres
Quarta - 2 Co 11.4 Não devemos
pregar "outro evangelho"
Quinta - Mt 11.5 JESUS e os
pobres no anúncio do Evangelho
Sexta - 1 Co 2.4 Evangelizar em
demonstração do ESPÍRITO e de poder
Sábado - 2 Tm 4.2 Pregando
"a tempo e fora de tempo"
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- Marcos 16.14-20
14- Finalmente apareceu aos onze,
estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade
e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já
ressuscitado.
15- E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão
aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18- pegarão nas serpentes; e, se
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos
sobre os enfermos e os curarão.
19- Ora, o Senhor, depois de lhes
ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.
20- E eles, tendo partido,
pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a
palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Hinos Sugeridos: 430, 449,
604 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Missão
INTRODUÇÃO
A
Igreja nasceu no pentecostes, cheia do ESPÍRITO SANTO, falando em línguas,
atuando nos Dons do mesmo ESPÍRITO SANTO, guiada e orientada pelo mesmo
ESPÍRITO SANTO, capacitada pelo mesmo ESPÍRITO SANTO, ensinando e pregando por
meio do ESPÍRITO SANTO. Era o evangelho do ESPÍRITO SANTO. O livro de atos
deveria se chamar "Livro dos atos do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos
e primeiros dicípulos de CRISTO". Era o continuar da vida de CRISTO
através do ESPÍRITO SANTO. JESUS continuava salvando, curando, libertando e
agora batizando no ESPÍRITO SANTO. Lucas escreveu o evangelho narrando sobre os
fatos da vida de JESUS CRISTO na Terra, como homem. Continuou escrevendo, agora
em Atos, sobre a continuação da obra de JESUS CRISTO, agora através do ESPÍRITO
SANTO nos apóstolos e discípulos. Em tudo imitavam a JESUS, até mesmo nos
açoites, perseguições, prisão, orações, jejuns, pregações, ensinos, sinais,
prodígios e maravilhas.
O que está sendo replicado pela igreja de hoje?
Os discípulos estavam reunidos
com medo de serem presos, após a morte de JESUS - Chegada, pois, a tarde
daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com
medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes:
Paz seja convosco! João 20:19
Os discípulos foram chamados de
néscios e tardos de entendimento após a morte de JESUS - Lucas 24:25-27
ARA - Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o
que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e
entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
A situação dos discípulos era de
depressão - tristes e choarando - E, partindo ela, anunciou-o àqueles que
tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando. E, ouvindo eles que
Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram. Marcos 16:10,11
Após sua ressurreição, JESUS se apresentou triunfante e glorioso
perante seus discípulos - isso trouxe ânimo a eles para que saísem dali e
fossem batizados com o ESPÍRITO SANTO e iniciassem a Igreja propriamente dita,
cheia do ESPÍRITO SANTO, atuante e missionária.
O padrão em Atos é - Sinais,
prodígios e maravilhas, depois ajuntamento de pessoas, depois pregação do
evangelho e conversões, depois ensino e batismo nas água e no ESPÍRITO SANTO.
Preguemos antes que cheguem os
dias em que não será mais permitido.
Resumo da
Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja
I – O
AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1. O
desânimo dos discípulos.
2. A
aparição de JESUS aos discípulos.
3. O
avivamento após a ressurreição.
II – O
AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL
1. O
avivamento nas missões locais.
2. O
avivamento nas missões regionais.
3.
Missões regionais atualmente.
III – O
AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS
1.
Primeira igreja missionária.
2.
Evangelização e decadência espiritual da Europa.
3. Clamor
pelo avivamento espiritual.
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SUBSÍDIO CPAD
11 - O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA
IGREJA
Amigo professor(a), a paz do
Senhor. Nesta lição, veremos que o avivamento espiritual nos crentes da Igreja
Primitiva suscitou o amor fervoroso por almas para Cristo. A alegria dos irmãos
e a efusão do Espírito chamavam a atenção de todos os que observavam o
testemunho daqueles que faziam parte do “Caminho”, até então considerados uma
seita pela maioria dos judeus. Apesar das oposições e perseguições enfrentadas
pela Igreja do primeiro século, a propagação do Evangelho de Jesus Cristo
avançava (At 2.47; 5.14). Isso ocorria em razão do avivamento espiritual tão
latente entre os irmãos. Contudo, há um aspecto relevante que fez toda a
diferença para a Igreja Primitiva e que, certamente, está em falta entre os
crentes dos dias atuais. Estamos falando da ausência do amor de Deus derramado
nos corações em favor do próximo. O amor representa a essência do que é ser um
seguidor de Cristo (Jo 13.35).
Se observamos as
características predominantes da Igreja de Atos, veremos que a comunhão, o
partir do pão, a unidade e o bem-estar comum eram o que importava para os
primeiros crentes. Com o passar dos anos, a igreja se institucionalizou e
outras demandas passaram a ter prioridade. Ainda assim, o amor de Deus entre os
crentes continua sendo o maior fruto do avivamento espiritual, indispensável à
salvação de almas.
O Senhor Jesus, nas últimas
instruções aos Seus discípulos, ensinou-os a respeito da qualidade do amor
divino e como ele deveria ser praticado. O Mestre ressaltou que a forma como
Ele os amou seria a referência do que significa, de fato, amar o próximo (Jo
13.34). Lawrence O. Richards destaca que o novo padrão de amor salientado por
Jesus identifica um novo relacionamento entre Deus e os homens. “O amor na
comunidade cristã é uma prova forçosa para um mundo perdido de que Jesus é real
e está entre nós. Quando eles virem nosso amor, saberão que a única explicação
é a seguinte: nós somos o povo de Jesus e os Seus discípulos. Assim, o
mandamento de Jesus é verdadeiramente novo. Não é que Deus nunca tenha chamado o
Seu povo para o amor antes. Mas que, em Cristo, o amor se torna uma expressão
ainda mais dinâmica e poderosa do relacionamento que temos uns com os outros e
com o nosso Senhor” (2007, p. 230).
Nesse sentido, o amor de
Deus é o melhor método de evangelização para alcançar os não-salvos. Atentar
para a qualidade dos nossos relacionamentos é essencial para uma igreja que
pretende cumprir a sua missão não apenas evangelizadora, mas também integradora
de novos convertidos ao Corpo de Cristo.
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COMENTÁRIOS BEP - CPAD
16.9-20 APARIÇÕES DE JESUS DEPOIS
DA SUA RESSURREIÇÃO.
Embora os versículos 9-20 faltem
em dois dos manuscritos gregos mais antigos, eles constam de outros manuscritos
antigos, bem como da vasta maioria dos manuscritos gregos provenientes de todas
as partes do mundo antigo. Daí, muitos doutores da Bíblia concluírem que um
texto atestado pela maioria dos manuscritos antigos é sem dúvida parte do texto
original do escritor bíblico. Noutras palavras, devemos ter Mc 16.9-20 como
parte integrante da Palavra inspirada de Deus.
16.17 ESTES SINAIS SEGUIRÃO.
SINAIS DOS CRENTES
Mc 16.17,18: “E estes
sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes;
se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão”.
As Escrituras ensinam claramente
que Cristo quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho
do reino de Deus (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2; 10.17; Jo 14.12).
Estes sinais (gr. semeion),
realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho
é genuína, que o reino de Deus chegou à terra com poder e que o Senhor Jesus
vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo
10.25; At 10.38).
Cada um destes sinais (exceto a
ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva: (a) falar novas línguas (ver
At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14); (b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18;
19.11,12); (c) escapar da morte por picada de serpente (At 28.3-5); e (d) curar
os enfermos (At 3.1-7; 87; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).
Essas manifestações espirituais
devem continuar na igreja até a volta de Jesus. Conforme vemos nas Escrituras,
esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de Jesus
(ver 1Co 1.7; Gl 3.5).
Os discípulos de Cristo não
somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem
(Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de Deus,
como fez Jesus (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.
Jesus deixa claro, em Mc
16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes,
mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a Cristo, dão
testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.
A ausência desses “sinais”
na igreja, hoje, não significa que Cristo falhou no cumprimento de suas
promessas. A falta, conforme Jesus declara, está na vida dos seus seguidores
(ver Mt 17.17).
Cristo prometeu que sua
autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino
de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do
pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm
6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do Espírito
Santo (ver Mt 10.1; Mc 16.16;20; At 4.31-33).
O FALAR EM LÍNGUAS
At 2.4 “E todos foram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo
lhes concedia que falassem.”
O falar noutras línguas, ou a
glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte
de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6).
Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para
os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM
LÍNGUAS.
(1) As línguas como manifestação
do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito
Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o
crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15).
Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou
desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas
traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática”
para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.
Línguas como sinal externo
inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão
verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se
unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras
línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120
crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem
uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo
(cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a
tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as
línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do
Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
As línguas como dom. Falar
noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo
Espírito Santo (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O
falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto
público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co
14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus
nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co
14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar
, dar graças (14.16,17) ou
cantar (14.15; ver 1Co 14).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM
FALSAS.
O simples fato de alguém falar
“noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência
irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar
as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não
crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais
procedem realmente de Deus (ver 1Jo 4.1).
Somente devemos aceitar as
línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno,
segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento
inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo
instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.
O Espírito Santo nos adverte
claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm
4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e
obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2).
Se alguém afirma que fala
noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das
Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural
que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9;
Mt 24.11-24, Jo 8.31).
16.18 PEGARÃO NAS SERPENTES.
Pegar em serpentes ou beber veneno não deve se transformar em ritual de ordálio
(i.e., prova judicial para se decidir se um acusado é culpado ou inocente), a
fim de comprovar nossa espiritualidade. São promessas para crentes que
enfrentam semelhantes perigos a serviço de Cristo. É pecado "testar"
a Deus, arriscando-se sem necessidade, expondo-se a perigos e perseguições (Mt
4.5-7; 10.23; 24.16-18).
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE
1Co 12.7 “Mas a manifestação do
Espírito é dada a cada um para o que for útil”.
PERSPECTIVA GERAL. Uma das
maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons
espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito
visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e
ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o
crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente.
A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em
conjunto, de diferentes maneiras.
As manifestações do Espírito
dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e
também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
Certos dons podem operar
num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para
atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não
apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se
pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais
espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos
visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa
que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do
Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o
caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a
manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de
Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O
crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve
“provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
OS DONS ESPIRITUAIS.
Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo
apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes.
Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros
trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
Dom da Palavra da Sabedoria
(12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação
sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de
Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At
6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver
diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na
sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
Dom da Palavra do Conhecimento
(12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo,
revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades
bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At
5.1-10; 1Co 14.24,25).
Dom da Fé (12.9). Não se trata da
fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito
Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas
extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras
manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, fé
verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Dons de Curas (12.9). Esses
dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos
e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica
curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom
especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do
corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos.
Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao
ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
Dom de Operação de Milagres
(12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da
natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra
Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
Dom de Profecia (12.10). É
preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do
Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11.
Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os
quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito,
a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At
2.16-18).
Quanto à profecia, como
manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que
capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus,
sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da
entrega de sermão previamente preparado.
Tanto no AT, como no NT,
profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de
Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa
(14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento
(14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste
tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda
profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts
5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para
a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive
submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se
segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando
que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A
mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para
isso (12.11).
Dom de Discernimento de Espíritos
(12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador
do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma
mensagem provém do Espírito Santo ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos
tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo
bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente
importante para a igreja.
Dom de Variedades de Línguas
(12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como
manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas
línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na
terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada
através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por
quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas
como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em
mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na
oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do
espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo
sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf.
14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas
de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o
conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação,
advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem
quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas
pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
Dom de Interpretação de
Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o
portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada
em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino
sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode
assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma
mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois
toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de
quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve
orar para que possa interpretá-las (14.13).
A CURA DIVINA
Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde,
trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles
os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o
que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e levou as nossas doenças. ”
A PROVISÃO REDENTORA DE
DEUS. (1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado
ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a
ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos
psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como
sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de
dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do
homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc
13.11: At 19.11,12).
A provisão de Deus através da
redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda. Para o pecado, Deus
provê o perdão; para a morte, Deus provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e
para a enfermidade, Deus provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg
5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, Jesus ter tido um tríplice
ministério: ensinar a Palavra de Deus, pregar o arrependimento (o problema do
pecado) e as bênçãos do reino de Deus (a vida) e curar todo tipo de moléstia,
doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).
A REVELACÃO DA VONTADE DE
DEUS SOBRE A CURA.
A vontade de Deus no tocante à
cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.
A declaração do próprio
Deus. Em Êx 15.26 Deus prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse
fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26, nota). Sua declaração
abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidade porei sobre ti [como
julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que te sara [como
Redentor]”. Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso
do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e
obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).
O ministério de Jesus.
Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da natureza e
do caráter de Deus (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). Jesus, no seu ministério terreno
(4.23,24;
16; 9.35; 15.28; Mc
1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de Deus na prática (Jo
6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de
Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
A provisão da expiação de
Cristo. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de Cristo foi um
ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma
e corpo.
Assim como o pecado e a
enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser
humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos
irmanadas, destinadas por Deus para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3;
Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da
plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do corpo.
O ministério contínuo da
igreja. Jesus comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como
parte da sua proclamação do reino de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele
comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19).
Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que Jesus iniciara teve
prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho
(At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co
12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de Deus e a
fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc
16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do
enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg 16); e (c) os dons espirituais de curar
concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem
cuidar desta “oração da fé”.
IMPEDIMENTOS À CURA.
Às vezes há, na própria pessoa,
impedimentos à cura divina, como: pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão
ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp
4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7);
(5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência
dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8)
descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas,
segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4);
(9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas
santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão
da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm
5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, Deus resolve levar seus amados santos ao céu,
durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).
O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO
EM BUSCA DA CURA DIVINA.
O que deve fazer o crente quando
ora pela cura divina para si?
Ter a certeza de que está
em plena comunhão com Deus e com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo
15.7).
Buscar a presença de Jesus
na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para
a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20 fé verdadeira).
Encher sua mente e coração
da Palavra de Deus (Jo 15.7; Rm 10.17).
Se a cura não ocorre,
continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida,
para ver que mudanças Deus quer efetuar na sua pessoa.
Pedir as orações dos
presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).
Assistir a cultos em que há
alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. Atos 5.15,16;
8.5-7).
Ficar na expectativa de um
milagre, i. e., confiar no poder de Cristo (7.8; 19.26).
Regozijar-se caso a cura
ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de
imediato (Fp 4.4,11-13).
Saber que a demora de Deus
em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, Deus
tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória
(cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).
Reconhecer que, tratando-se
de um crente dedicado, Deus nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama
tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia reconhece o
uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).
_____________
Mais Subsídios
A Aparição de Cristo aos Onze -
Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Marcos 16. 14-18
Nesse trecho, temos:
I
A convicção que Jesus
Cristo deu aos seus apóstolos, da verdade da sua ressurreição (v. 14). Ele
apareceu pessoalmente a eles, quando estavam todos reunidos, quando se
assentavam para comer, o que lhe deu uma oportunidade de comer e beber com
eles, para a satisfação completa deles (veja At 10.41). E mesmo quando Ele se
manifestou a eles, lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de
coração, pois mesmo no encontro geral na Galiléia alguns duvidaram, como lemos
em Mateus 28.17. Observe que as evidências da verdade do Evangelho são tão
completas, que aqueles que não as recebem podem, com razão, ser repreendidos
pela sua incredulidade; e isto não se deve a nenhuma fraqueza ou deficiência
nas provas, mas à dureza dos seus corações, à sua falta de sensibilidade e à
sua estupidez. Embora até então não tivessem visto o Senhor por si mesmos, eles
são repreendidos, com justa razão, por não terem crido naqueles que já o tinham
visto ressuscitado; e talvez a incredulidade deles se devesse, em parte, ao
orgulho dos seus corações, pois podem ter pensado: “Se Ele tivesse realmente
ressuscitado, a quem o Senhor se agradaria de dar a honra de manifestar-se, a
não ser a nós?”. E se Ele os deixa em segundo plano, e se mostra a outros
antes, eles não podem crer que seja Ele. Assim, muitos deixam de crer na
doutrina de Cristo, porque pensam ser algo inferior para eles dar crédito a
outros que Ele tenha escolhido para serem as suas testemunhas, e aqueles que
divulgarão a sua Palavra. Observe que, no grande dia, não podemos dar uma
desculpa para a nossa infidelidade, dizendo: “Nós não o vimos depois que
ressuscitou”, pois nós devemos crer no testemunho daqueles que o viram.
II
A incumbência que o Senhor
Jesus lhes deu de estabelecerem o seu reino entre os homens, por meio da pregação
do seu Evangelho, as boas-novas da reconciliação com Deus, por meio de um
Mediador. Agora observe:
1. A quem eles deveriam
pregar o Evangelho. Até aqui, eles tinham sido enviados somente às ovelhas
perdidas da casa de Israel, e estavam proibidos de ir pelo caminho das gentes
(gentios), ou de entrar em qualquer cidade dos samaritanos (Mt 10.5). Mas
agora, a comissão deles é ampliada, e eles têm autorização para ir a todo o
mundo, a todas as partes do mundo, do mundo habitável, e pregar o Evangelho de
Jesus Cristo a toda criatura, tanto aos gentios como aos judeus; a toda
criatura humana que seja capaz de recebê-lo. “Informem-lhes a respeito de Jesus
Cristo, da história da sua vida, morte, e ressurreição; instruam-nos sobre o
significado e o objetivo dessas coisas, e sobre os benefícios que os filhos dos
homens têm, ou podem ter, através delas. E convidem-nos, sem exceção, a vir e
compartilhar esses benefícios. Isto é o Evangelho. Que ele seja pregado em
todos os lugares, a todas as pessoas”. Esses onze homens não podiam pregar
pessoalmente o Evangelho a todo o mundo, e muito menos a toda criatura que
houvesse nele; mas eles, e os outros discípulos, que eram setenta, com aqueles
que posteriormente se juntariam a eles, deveriam se dispersar em diversas direções,
e, para onde quer que fossem, deveriam levar consigo o Evangelho. Eles deveriam
enviar outros àqueles lugares aos quais não pudessem ir pessoalmente, e, em
resumo, dedicar as suas vidas a enviar essas boas-novas para todas as partes do
mundo, com a maior fidelidade e o maior cuidado possíveis, não como uma
diversão, mas como uma mensagem solene de Deus aos homens, e como um meio de
fazer os homens felizes. “Contem a tantos quantos puderem, e digam que contem a
outros; é uma mensagem de interesse universal, e, por isso, deve ter uma
acolhida universal, porque ela oferece uma acolhida universal”.
2. Qual é o resumo do
Evangelho que eles devem pregar (v. 16): “Apresentem ao mundo a vida e a morte,
o bem e o mal. Digam aos filhos dos homens que todos eles estão em uma condição
de infelicidade e perigo, condenados pelo seu príncipe, e derrotados e
escravizados pelos seus inimigos”. Isto está implícito no fato de serem salvos,
coisa de que não precisariam se não estivessem perdidos. “Vão, e digam a eles”:
(1) “Que, se eles crerem no Evangelho, e se entregarem para ser discípulos de
Jesus Cristo; se eles renunciarem ao demônio, ao mundo e à carne, e forem
devotados a Jesus Cristo como seu profeta, sacerdote, e rei, e a Deus, em
Cristo, como seu Deus em concerto, evidenciando, pela sua constante adesão a
este concerto, a sua sinceridade, eles serão salvos da culpa e do poder do
pecado. O pecado não os governará mais; ele não os destruirá. Aquele que for um
verdadeiro cristão será salvo, através de Cristo”. O batismo era designado como
o rito inaugural, pelo qual aqueles que aceitavam a Cristo passavam a pertencer
a Ele; mas aqui o objetivo está mais direcionado ao significado do que ao
sinal, pois Simão, o Mágico, creu e foi batizado, mas não foi salvo (At 8.13).
Crer no Senhor Jesus com o coração, e confessá-lo com a boca (Rm 10.9), parece
ser a mesma coisa que está indicada aqui. Isto também significa que nós devemos
estar em conformidade com as verdades do Evangelho, e com os termos do
Evangelho. (2) “Se eles não crerem, se não receberem a informação que Deus dá a
respeito do seu Filho, não poderão esperar nenhum outro caminho de salvação,
mas inevitavelmente perecerão; eles serão condenados pela sentença de um
Evangelho desprezado, somado à de uma lei infringida”. E é isto que o Evangelho
é, é boas novas, o fato de que nada além da incredulidade poderá destruir o
homem. A falta de fé é um pecado contra a cura. O Dr. Whitby observa aqui que
aqueles que “deduzirem que a semente recém-nascida dos crentes não tem a
possibilidade do batismo, porque não pode crer, devem também deduzir que não
poderão ser salvos; pois, para a salvação, a fé é mais expressamente exigida do
que o batismo. E que na última frase o batismo está omitido, porque não é
simplesmente a falta do batismo, mas a negligência desdenhosa dele, que torna
os homens culpados de condenação; de outra forma, as crianças seriam condenadas
pelos erros ou profanações de seus pais”.
3. O poder de que eles
deveriam estar revestidos, para a confirmação da doutrina que deveriam pregar
(v. 17): “E estes sinais seguirão aos que crerem”. Isto não significa que todos
os que crerem serão capazes de produzir esses sinais, mas aqueles que estiverem
empenhados na propagação da fé, e na atração de outros a ela; pois os sinais se
destinam àqueles que não crêem (veja 1 Co 14.22). Aumenta muito a glória e a
evidência o fato de que os pregadores não somente realizavam milagres
pessoalmente, mas concediam a outros um poder de realizar milagres, poder este
que seguia alguns dos que criam, aonde quer que eles fossem pregar. Eles
realizavam milagres em nome de Cristo, o mesmo Nome no qual foram batizados, em
virtude do poder obtido dele, e alcançado através da oração. Alguns sinais em
especial são mencionados. (1) Eles expulsarão demônios; este poder era mais
comum entre os cristãos do que entre outras pessoas, e durava mais tempo, como
podemos deduzir pelos testemunhos de Justino Mártir, Orígenes, Irineu,
Tertuliano, Minúcio Félix, e outros, citados por Grotius a respeito dessa passagem.
(2) Eles “falarão novas línguas”, que nunca tinham aprendido, ou conhecido; e
isto era tanto um milagre (um milagre sobre a mente), para a confirmação da
verdade do Evangelho, como um meio de transmitir o Evangelho entre todas
aquelas nações que não o tinham ouvido. Alguns entendem que isso evitou que os
pregadores fizessem um grande esforço para aprender as línguas; e, sem dúvida,
aqueles que, por milagre, receberam o domínio das línguas, receberam o domínio
completo delas e de toda a sua elegância nativa, que era adequada tanto para
ensinar quanto para influenciar, o que muito lhes recomendava, bem como a sua
pregação. (3) Eles “pegarão nas serpentes”. Esta promessa se cumpriu na vida de
Paulo, que não foi ferido pela víbora que lhe acometeu a mão, o que foi
reconhecido pelos bárbaros como um grande milagre (At 28.5,6). Os cristãos não
serão feridos por aquela geração de víboras entre as quais vivem, nem pela
malícia da velha serpente. (4) “Se beberem alguma coisa mortífera” – por
imposição dos seus perseguidores – “não lhes fará dano algum”: muitos exemplos
deste milagre são encontrados na história da igreja cristã. (5) Eles não serão
somente protegidos contra ferimentos, mas também serão capacitados a fazer o
bem aos outros; “imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”, como tinha
acontecido com as multidões pelo toque curativo do seu Mestre. Muitos dos
presbíteros da igreja tinham esse poder, como se pode ver em Tiago 5.14, onde,
como um sinal instituído dessa cura milagrosa, eles recebem a instrução de
ungir os enfermos com azeite em nome do Senhor Jesus. Com que certeza de
sucesso eles podiam viajar, realizando a obra que lhes fora confiada, tendo
credenciais como essas para apresentar!
A Ascensão
Marcos 16. 19-20
Vemos aqui: 1. Jesus Cristo recebido
no céu (v. 19): Depois que o Senhor disse o que tinha a dizer aos seus
discípulos, Ele subiu ao céu, em uma nuvem; disto nós temos um relato especial
em Atos 1.9. Ele não só foi admitido, como teve acesso total ao seu reino
celestial. Ele foi recebido com cerimônia, com aclamações das hostes celestiais
em voz alta, e se assentou à direita de Deus Pai. O Senhor então se sentou em
uma postura de repouso, pois concluiu a sua obra. Ao mesmo tempo, o Senhor
Jesus se sentou em uma postura de governante, pois agora Ele tomou posse do seu
reino. Ele se assentou à direita de Deus Pai, o que indica a dignidade soberana
que Ele reassumiu, e o poder universal que lhe foi restituído. Tudo o que Deus
Pai faz a nosso respeito, tudo o que Ele nos dá, ou recebe de nós, é por meio
do seu Filho. Agora o Senhor Jesus é glorificado com a glória que Ele tinha
antes do mundo.
2. Dois eventos são
colocados juntos. O primeiro é Jesus Cristo sendo recebido neste mundo
inferior, e sendo crido no mundo. O segundo é Jesus Cristo sendo recebido
acima, na glória (1 Tm 3.16). (1) Aqui temos os apóstolos trabalhando
diligentemente pelo Senhor. Tendo partido, pregaram por todas as partes. Embora
a doutrina que pregassem fosse espiritual e celestial, e diretamente contrária
ao espírito e ao gênio do mundo, e embora ela encontrasse forte oposição, e
fosse completamente destituída de todo o apoio e de todos os benefícios
seculares, ainda assim os seus pregadores não estavam nem temerosos nem
envergonhados; eles trabalharam tanto na propagação do Evangelho que dentro de
poucos anos o som maravilhoso dele chegou até aos confins do mundo (Rm 10.18).
(2) Aqui temos Deus Pai cooperando efetivamente com eles, para tornar o seu
trabalho bem-sucedido, confirmando a Palavra com os sinais que se seguiam. Isto
ocorria parcialmente pelos milagres que eram realizados nos corpos das pessoas,
que eram selos divinos da doutrina cristã, e parcialmente pela influência que
esta bênção tinha sobre as mentes das pessoas, por meio da obra do Espírito de
Deus (veja Hb 2.4). Estes eram, adequadamente, sinais que seguiam a Palavra – a
transformação do mundo, a destruição da idolatria, a conversão dos pecadores, e
o consolo dos santos. E estes sinais ainda seguem a pregação da Verdade, e
estarão cada vez mais presentes para a honra de Cristo e para o bem da
humanidade. O evangelista ora, e nos ensina a dizer: “Amém!” Amado Pai
celestial, que o teu Nome seja santificado, e que o teu reino venha.
________________________________
SUBSÍDIO
da lição - revista CPAD
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Professor(a), na lição deste
domingo estudaremos o quanto o revestimento de poder advindo do ESPÍRITO SANTO
foi o propulsor da massiva salvação e evangelização pela Igreja do Primeiro
Século, deixando-nos modelo de busca espiritual e dedicação à "Grande
Comissão". Uma característica comum a todos os cristãos avivados é, de
fato, o comprometimento com CRISTO e com a missão dada por Ele de fazer
discípulos. O amor, a alegria e a gratidão por tão grande salvação impulsionam
a busca do ESPÍRITO que, uma vez derramado, repercute uma vida completamente
transformada. O fervor na busca pelo Consolador caminha junto ao fervor na
busca pelas almas perdidas, pois essa é a maior missão da Igreja de CRISTO.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I)
Conhecer as características que evidenciam o avivamento da Igreja Primitiva;
II) Conscientizar de que o avivamento espiritual é indispensável para proclamar
o Evangelho sob o poder do alto; III) Explicar que o genuíno avivamento
repercute em evangelismo e missões, juntamente com a manifestação dos dons e
poder do ESPÍRITO SANTO.
B) Motivação: Como bem sabemos,
os discípulos custaram a crer que o Mestre havia ressuscitado; encontravam-se
por demais dispersos e desanimados. Quantos discípulos de JESUS também não se
encontram assim, hoje, dentro das igrejas? Muitos até trabalham na obra, porém,
estão sem a chama do primeiro amor, a alegria e o entusiasmo que tinham quando
receberam o SANTO ESPÍRITO. Vigiemos e oremos a fim de que o desânimo e as
distrações com os cuidados desta vida não sejam capazes de minar a nossa sede e
fervor tanto na busca por CRISTO quanto pela salvação dos perdidos.
C) Sugestão de Método:
Previamente, selecione entre os membros de sua classe ou igreja um voluntário
para contar um testemunho impactante de evangelização. Se possível, una o
relato tanto do evangelista quanto do evangelizado. Evidentemente, estipule um
tempo objetivo para isso. Estimule a todos em classe a também recordarem de testemunhos
pessoais e da imensa alegria de ganhar uma alma para CRISTO. Por fim, peça que
leiam Isaías 52.7,8 e clamem, a fim de que sejam "atalaias" de DEUS
nesta geração.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após enfatizar que
o avivamento espiritual é indispensável para proclamação eficaz do Evangelho de
poder neste mundo incrédulo, proponha a seguinte reflexão: Você tem buscado
mais do ESPÍRITO SANTO para exercer a Grande Comissão? Tem investido tempo e
esforço no cumprimento da principal missão deixada por CRISTO à Igreja?
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.41, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) Para aprofundar o segundo tópico, o texto "O poder do Alto
para evangelizar" demonstra, com base em Atos 1.8, que precisamos ser
revestidos do poder do ESPÍRITO para testemunhar de CRISTO até os confins da
terra; 2) Para aprofundar o terceiro tópico, o texto "Ganhar almas é a
missão suprema de todo discípulo de CRISTO" enfatiza que a "Grande
Comissão" é para todos os salvos, pois ganhar almas foi a principal tarefa
do Senhor JESUS aqui na terra (Lc 19.10).
SINÓPSE I - A transformação dos
discípulos após o revestimento de poder.
SINÓPSE II - Uma igreja avivada
demonstra que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária.
SINÓPSE III - O avivamento é
crucial para levar o Evangelho “até aos confins da terra”.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
TOP1
* “Dá-me o País”
“Que as nossas armas sejam as de
John Knox. Este bravo campeão de DEUS logrou alterar não apenas a política,
como a própria história de seu país. Que segredo detinha Knox? Oração e
confiança irrestrita na intervenção divina no curso natural dos negócios
humanos. Nas caladas de sua aflição, orava: ‘Senhor, dá-me a Escócia senão
morrerei! Dá-me a Escócia, senão morrerei!’”. Amplie mais o seu conhecimento,
lendo a obra Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento, editada pela
CPAD, pp.174,75.
Auxílio Teológico TOP2
O poder do Alto para evangelizar
“Nos círculos pentecostais,
nenhum aspecto dos propósitos do batismo no ESPÍRITO tem recebido mais atenção
do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente
baseado em Atos 1.8: ‘Recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e
Samaria, e até aos confins da terra’. O livro de Atos é um comentário desses
dois temas relacionados, que os discípulos receberiam poder quando o ESPÍRITO
viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de JESUS por todo o mundo.
Quando JESUS disse aos seus
discípulos que eles seriam suas ‘testemunhas’, o pensamento não é tanto que
seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar
a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela
é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41;
13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).
A evangelização mundial
pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é um testemunho da realidade da
experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e missiologistas da
igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do movimento
pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo” (PALMA, A.
D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da
Doutrina Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.86-87).
Auxílio Teológico TOP3
Ganhar almas é a missão suprema
de todo discípulo de CRISTO
“Evangelismo pessoal é a obra de
falar de CRISTO aos perdidos individualmente: é levá-los ao Salvador (Jo
1.41,42; At 8.30).
A importância do
evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o
último assunto de JESUS aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião,
Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).
O alvo do evangelismo
pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os
crentes.
Ganhar almas foi a suprema tarefa
do Senhor JESUS aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de DEUS, do
Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma grande parte dos
crentes pensa que a obra de ganhar almas para JESUS é para os pregadores,
pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os
sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como
disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O ‘ide’ de JESUS para irmos aos perdidos (Mc
16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos,
indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos
pecadores pertence a todos os salvos” (GILBERTO, Antônio. Prática do
Evangelismo Pessoal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p.10).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como os discípulos estavam
diante de JESUS triunfante e glorioso?
JESUS se apresentou
triunfante e glorioso perante seus discípulos, que estavam desanimados,
incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados.
2. Que mandato o Senhor
JESUS deu aos discípulos?
Depois da ressurreição,
JESUS deu aos discípulos o mandato da “grande comissão”.
3. Qual é o modelo de
evangelização dinâmica local?
Esse é o modelo de
evangelização dinâmica: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos,
mas o de realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros.
4. O que são missões regionais?
Podemos dizer que a missão
regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial.
Num estado brasileiro, ou de outro país, há diversos municípios ou cidades do
interior.
5. O que são missões
transculturais?
As missões transculturais são as
atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até
aos confins da terra” (At 1.8).
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Missões: A Hora Chegou; A Força
Pentecostal em Missões.
Revista na íntegra
Escrita Lição 11, O Avivamento E
A Missão Da Igreja
TEXTO
ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE –
Marcos 16.14-20
15- E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão
aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18- pegarão nas serpentes; e, se
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos
sobre os enfermos e os curarão.
19- Ora, o Senhor, depois
de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.
20- E eles, tendo partido,
pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a
palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Neste trimestre, vimos que,
nos seus primórdios, a Igreja era conhecida pelo seu dinamismo na
evangelização, no discipulado e no cuidado com os necessitados como resultado
do grande avivamento produzido pelo ESPÍRITO SANTO. Depois que foram revestidos
do poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos. Eles receberam mais poder
para cumprir o mandato de JESUS. Hoje, mais do que nunca, as igrejas cristãs
precisam do avivamento espiritual para proclamar o Evangelho de CRISTO no mundo
que está em rebeldia contra DEUS.
I – O AVIVAMENTO APÓS A
RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1- O desânimo dos discípulos.
2- A aparição de JESUS aos
discípulos.
3- O avivamento após a
ressurreição.
II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA
IGREJA LOCAL
1- O avivamento nas missões
locais.
2- O avivamento nas missões
regionais.
3- Missões regionais atualmente.
III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES
TRANSCULTURAIS
1- Primeira igreja missionária.
2- Evangelização e decadência
espiritual da Europa.
3- Clamor pelo avivamento
espiritual.
CONCLUSÃO
Os cristãos avivados
demonstram compromisso com DEUS, com CRISTO, e com a missão da Igreja. Eles têm
amor pela obra de DEUS e cooperam com a evangelização local, regional e
transcultural. Em várias igrejas cristãs, mesmo no século da falta de fé, há
demonstrações de avivamento espiritual, com a manifestação dos dons do ESPÍRITO
SANTO e o fervor na busca pelas almas perdidas. Essa é a missão maior da Igreja
do Senhor JESUS CRISTO
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Revista
CPAD, 1Tr23, na íntegra
Escrita
Lição 11, O Avivamento E A Missão Da Igreja
TEXTO
ÁUREO
“E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer
e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)
VERDADE
PRÁTICA
Neste
tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se
estiver imersa no avivamento espiritual.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Marcos 16.14-20
14-
Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes
em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que
o tinham visto já ressuscitado.
15- E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas;
18-
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19- Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se
à direita de DEUS.
20- E
eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor
e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, vimos que, nos seus primórdios, a Igreja era conhecida pelo seu
dinamismo na evangelização, no discipulado e no cuidado com os necessitados
como resultado do grande avivamento produzido pelo ESPÍRITO SANTO. Depois que
foram revestidos do poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos. Eles
receberam mais poder para cumprir o mandato de JESUS. Hoje, mais do que nunca,
as igrejas cristãs precisam do avivamento espiritual para proclamar o Evangelho
de CRISTO no mundo que está em rebeldia contra DEUS.
I – O
AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1- O
desânimo dos discípulos.
Depois da
sua ressurreição, JESUS se apresentou triunfante e glorioso perante seus
discípulos que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos,
abandonados. Ao ouvirem o testemunho de Maria Madalena, que estivera no túmulo
de JESUS, e constatado que Ele havia ressuscitado, eles simplesmente não
creram. Estavam completamente desolados (Mc 16.10-13).
2- A
aparição de JESUS aos discípulos.
Após
haver ressuscitado, ante o clima de incredulidade que dominou a mente dos
discípulos, JESUS apareceu aos onze que estavam reunidos e com medo dos líderes
judeus. JESUS lhes disse: “Paz seja convosco” (Lc 24.36). Eles pensavam que
“viam algum espírito” (Lc 24.37); até que JESUS lhes mostrou as mãos e os pés
perfurados (Lc 24.40). Mesmo assim, eles não creram que era CRISTO ressuscitado
(Lc 24.41).
3- O
avivamento após a ressurreição.
Depois da
ressurreição, JESUS deu aos discípulos o mandato da “Grande Comissão”: “E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer
e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16).
Naquela ocasião, JESUS prometeu que sinais e milagres autenticariam seu
ministério (Mc 16.17). Esses sinais estão à disposição de todos os que creem,
em todos os tempos e lugares. Depois do Pentecostes, os discípulos pregaram com
unção, expulsaram demônios e curaram enfermos (At 3.6-10; 5.15,16; 8.7-8).
Paulo e Silas foram poderosamente usados por DEUS (At 16.14,15). Filipe curou
muitos enfermos (At 8.6,7). Desse modo, vários outros fatos demonstraram que a
Igreja de JESUS recebera o avivamento espiritual, indispensável para proclamar
o Evangelho sob o Poder do Alto (At 9.34-42; 14.8-10).
II – O
AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL
1- O
avivamento nas missões locais.
O
avivamento espiritual, como consequência do Pentecostes, produziu uma chama nos
corações dos seguidores de JESUS. Mesmo com perseguições, os apóstolos pregaram
ousadamente o Evangelho de JESUS CRISTO, começando por Jerusalém. Eles foram
perseguidos e presos por terem proclamado a doutrina de CRISTO na Cidade Santa,
mas foram libertos pelo poder de DEUS e continuaram a proclamar o Evangelho (At
5.27-29,42). Este é o modelo de evangelização dinâmica local: não só pregar
dentro das quatro paredes dos templos, mas realizar a evangelização pessoal nas
casas e nos bairros. A igreja avivada apresenta sinais de que o Pentecostes
está ativo em sua prática missionária. Há uma demonstração de que os dons
espirituais estão ativos na sua vida e o amor pela pregação do Evangelho de
JESUS se faz notório.
2- O
avivamento nas missões regionais.
Podemos
dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do
centro de ação inicial. Num estado brasileiro há diversos municípios ou cidades
do interior. São as nossas “judeias e samarias” a serem alcançadas pelo
trabalho de evangelização. Depois de impactar Jerusalém com a mensagem do
Evangelho, os discípulos a levaram a muitos outros lugares (At 8.1,4,14; Mt
10.23).
3-
Missões regionais atualmente.
Nos dias
de hoje, esperamos que DEUS desperte as igrejas locais em centros metropolitanos,
em cidades de porte médio e em municípios de pequeno porte para evangelizarem,
cumprindo a “grande comissão” de JESUS. Que isso aconteça sem que seja
necessário haver perseguições a fim de despertarmos para a obra de DEUS. Ora,
ainda desfrutamos de liberdade constitucional para expressar nossa fé e
proclamar o Evangelho a toda a criatura, em todos os lugares, estados, cidades
e distritos. Oremos para que o Brasil seja de fato uma nação que se renda a
CRISTO!
III – O
AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS
Em Atos
1.8, JESUS disse que seus discípulos haveriam de levar sua mensagem “[...] até
aos confins da terra”. Eles ganharam almas para CRISTO, e abriram igrejas na
Fenícia, em Chipre e em Antioquia (At 11.19).
1-
Primeira igreja missionária.
A igreja
em Antioquia já realizava as missões locais, ou missões urbanas, e muitas
pessoas aceitaram a CRISTO como Salvador (At 11.20,21). Por causa do
crescimento da igreja em Antioquia, os discípulos mandaram para lá Barnabé.
Aquela igreja tornou-se a primeira igreja missionária. Barnabé e Saulo foram os
primeiros missionários, enviados para as missões transculturais (At 13.1-3).
Foi através de Paulo que a Europa pré-cristã se tornou um continente cristão.
Como vimos, em lição anterior, DEUS levantou homens na unção do ESPÍRITO SANTO
para evangelizar o velho continente. As missões transculturais são as
atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até
aos confins da terra.”
2-
Evangelização e decadência espiritual da Europa.
A partir
da Europa, o Evangelho espalhou-se para o mundo, chegando à América com os
Peregrinos; alcançou a África, onde se destacou David Livingstone, de 1841 a
1873, ganhando muitas almas para o Reino de DEUS. Foram movimentos espirituais
tão extraordinários que se espalharam para outras partes. Hudson Taylor foi
missionário na China, de 1853 a 1905; e houve outros missionários que deram
suas vidas à obra missionária transcultural, a partir da Europa. Por falta de
amor e interesse pela evangelização constante e intensiva, a Europa, que deu
tantos missionários ao mundo, se transformou em pós-cristã, tornando-se um dos
lugares mais carente do Evangelho de CRISTO no mundo. Os crentes se acomodaram,
deixaram de buscar o avivamento espiritual, conforme diz a Palavra de DEUS (2
Cr 7.14). Há países no velho continente em que nem 5% das pessoas frequentam
qualquer igreja.
3- Clamor
pelo avivamento espiritual.
As
missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última
etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8). Elas
concretizam o ide imperativo de JESUS, que ordenou seus discípulos a irem “por
todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura”. Esse objetivo
missionário só pode ser alcançado se houver um avivamento espiritual em todas
as igrejas, a começar pelos pastores, líderes ou dirigentes. Que DEUS reavive
sua obra em todo o mundo. Oremos, como Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra
e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a
notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).
CONCLUSÃO
Os cristãos avivados demonstram compromisso com DEUS, com CRISTO, e com a
missão da Igreja. Eles têm amor pela obra de DEUS e cooperam com a
evangelização local, regional e transcultural. Em várias igrejas cristãs, mesmo
no século da falta de fé, há demonstrações de avivamento espiritual, com a
manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO e o fervor na busca pelas almas
perdidas. Essa é a missão maior da Igreja do Senhor JESUS CRISTO
Para me
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