Slides Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor, Pr Henrique, EBD NA TV

 
















































Escrita Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
 
Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_cQTKagSYZ0QdAt8nRwsbM Vídeos de 2013 sobre legado de Elias
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_8Dfoe5CfK1RHdF_NuMHhD Vídeos de 2013 sobre Transfiguração de Elias
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-eemp-1tr13-olegadodeelias.htm Escrita - Legado de Elias - 2013
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-eemp-1tr13-eliasnomontedatransfiguracao.htm Escrita - Transfiguração de Elias - 2013
 
 
TEXTO ÁUREO
“Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.”
(2 Rs 2.9)
 

VERDADE PRÁTICA
A história de Elias e Eliseu nos inspira a andarmos com pessoas que desfrutam de intimidade com DEUS e que, por isso, vale a pena serem seguidas e imitadas.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Sm 18.1-3 A amizade de Davi e Jonatas é exemplo de companheirismo e fidelidade
Terça - 2 Pe 3.9 DEUS cumpre com todas as promessas que Ele faz
Quarta - Rm 12.10 Devemos amar uns aos outros e honrar os amigos que DEUS nos deu
Quinta - At 13.2,3 DEUS promove amizades com propósitos definidos
Sexta - Pv 17.17 É na adversidade que um amigo se torna um irmão
Sábado - Jo 12.26 Aquele que deseja servir a DEUS deve segui-lo
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 2.1-15
1 - Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. 2 - E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel. 3 - Então, os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. 4 - E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó. 5 - Então, os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. 6 - E Elias disse: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim ambos foram juntos. 7 - E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão. 8 - Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco. 9 - Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. 10 - E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará. 11 - E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12 - O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. 13 - Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão. 14 - E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR, DEUS de Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou. 15 - Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
 
 
Comentários BEP - CPAD
2.3 FILHOS DOS PROFETAS. Os filhos dos profetas (ver 1 Rs 20.35) pelo que parece, concentravam-se em quatro locais principais: Gilgal, Betel, Jericó e Jordão (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo dirigente (vv. 1,15).
2.9 PORÇÃO DOBRADA DE TEU ESPÍRITO. O termo "porção dobrada" também significa o dobro do poder espiritual de Elias; refere-se, também ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. DEUS atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor.
Vemos que Eliseu recebeu o dobro (14) de ações milagrosas do que Elias (7). Alguns reconhecem 8 e 16.
2.11,12 UM CARRO DE FOGO, COM CAVALOS DE FOGO. Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24), sem experimentar a morte. (1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque, da obra, caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento, vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque e de Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17).



Resumo da Lição 6, O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
I – A DESPEDIDA DE ELIAS
1. O ministério de Elias termina.
2. Um profeta com grandeza de alma.
3. Gilgal, um lugar de boas recordações.
II – O PEDIDO OUSADO DE ELISEU
1. A fidelidade de Eliseu.
2. A porção dobrada.
3. Elias, a inspiração de Eliseu.
III – ELISEU TOMA A CAPA DE ELIAS
1. A comunhão de Elias e Eliseu.
2. A capa de Elias.
 
 
 

COMENTÁRIOS DIVERSOS
 
Eliseu era um daqueles sete mil que não haviam dobrado seus joelhos a Baal. Agora estava debaixo da autoridade de DEUS. O ESPÍRITO SANTO estava nele. Abandonou tudo o que tinha ou poderia ter no futuro por parte de seus pais. Queimou sua parte da herança, uma junta de bois junto com seu arado. A bíblia não menciona se realmente se despediu de seus pais. Assim diz a Bíblia: "Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia". 1 Reis 19:21 Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Lucas 14:26
 
 
Capa de Elias
Vemos Elias usando a capa para fazer milagres, como a abertura do Rio Jordão depois Eliseu fazendo o mesmo com a capa.
Não vemos Sansão usando o cabelo para fazer milagres.
Podemos ver Moisés usando o Cajado algumas vezes para realização de milagres (Êx 4:17; 17:5.
Podemos ver Paulo usando lenços e aventais para milagres, curas e libertações.
Podemos ver a sombra de Pedro curando.
Podemos ver os ossos de Eliseu contendo algo que fez o defunto ressuscitar.
Podemos dizer que a presença poderosa do ESPÍRITO SANTO ia junto. É o que chamamos unção do ESPÍRITO SANTO.
Podemos ver o sopro de JESUS levando o ESPÍRITO SANTO aos apóstolos
 
 
*LOCALIDADES QUE ELIAS LEVOU ELISEU PARA SEU DISCIPULADO* 
Este discipulado pode ter durado até 9 anos, segundo alguns estudiosos. Particularmente acredito que bem menos.
 
 
*GILGAL*
Lugar de aliança, circuncisão, lugar de se oferecer água a DEUS como adoração. Lugar de páscoa.
 
Gilgal foi o primeiro acampamento de Israel depois de cruzar o Jordão, e o principal centro de operações militares durante as campanhas da conquista (Js 4.19; 9.6; 10.6,43; 14,6). Pedras retiradas do leito do Jordão foram dispostas em um marco memorial. O nome Gilgal, no entanto, que significa “círculo”, evidentemente já pertencia ao lugar, pois parece que Moisés já o conhecia (Dt 11.30). Talvez para assinalar um local de sepultamentos, como em Micenas, os cananeus tenham previamente instalado pedras es culturais em pé em um círculo nas proximidades de Gilgal (Jz 3.19); ao estabelecerem aqui um memorial ao Senhor, os israelitas neutralizaram as antigas práticas idólatras daquele lugar. Não obstante, Gilgal não teve um santuário israelita antes do século VIII a.C.; então, como em Betel, a adoração formal e ritualística resultou na condenação proferida por Amós (4.4; 5.5) e por Oséias (4.15; 9.15; 12.11). Tanto Gilgal como Betel haviam sido centros de treinamento dos jovens profetas com Elias e Eliseu (2 Rs 2.1,2; 4.38), e uma importante estrada ligava as duas cidades.
Uma vez que a palavra Gilgal pode ser derivada do verbo hebraico galai, “afastar”, a mesma palavra foi usada por Deus, por intermédio de Josué, para servir como um lembrete a Israel, de que Ele havia afastado a reprovação ou a desgraça de toda a adoração dos ídolos egípcios e do desejo pelos produtos egípcios ainda existentes em seus corações. Como consequência, eles estavam formalmente reinstalados no relacionamento da aliança com o Senhor e cerimonialmente adaptados para tomar parte na Festa da Páscoa (Js 5.9-11). Posteriormente, Gilgal foi o lugar da coroação do rei Saul, do seu refúgio, do seu impetuoso sacrifício e da sua rejeição como rei (1 Sm 11.15; 13.4,7,12; 15.12,26,33).
É provável que Gilgal esteja localizada ao norte de Khirbet el-Mefiir, cerca de dois quilômetros a nordeste da Jericó do Antigo Testamento (cf. Js 4.19). James Müllenberg (BASOR #140 [1955], pp. 11-27) combina o testemunho das passagens do Antigo Testamento, as informações de Josefo sobre os dez estádios de Jericó, e sua própria pequena sondagem de 1954, com a cerâmica encontrada do período de 1200 a 600 a.C., para fazer desta uma identificação convincente.

 
*BETEL*
(“casa de Deus”). Lugar de encontro com DEUS, de adoração, de Intimidade. Lugar de desafio. Convivência entre irmãos. Lugar de ex-.... e todos teem que conviver um com o outro.

Uma cidade na fronteira entre Benjamim e Efraim, cerca de 16 quilômetros ao norte de Jerusalém e ao sul de Siló (Jz 21.19), perto de Ai (Gn 12.8).
Originalmente chamada de Luz (q.v. Gn 28.19; Js 18.13), foi visitada por Abrão no início de sua peregrinação pela terra prometida (Gn 12.8). Posteriormente ele parou aqui em seu retorno do Egito e do Neguebe (Gn 13.3). Jacó teve seu sonho aqui enquanto estava a caminho de Padã-Arã (Gn 28.19). Ao retomar de Padã-Arã, Jacó construiu um altar aqui e chamou o lugar de El-Betel (q.v.; Gn 35.6,7). Débora, a ama de Rebeca, foi sepultada aqui (Gn 35.8). A cidade foi designada a Benjamim, ao lançarem sortes (Js 18.22). Depois disso, os efraimitas a possuíram (1 Cr 7.28). Era um lugar de adoração (Jz 20.18; 1 Sm 10.3). Samuel julgou Israel aqui como um dos lugares em seu circuito (1 Sm 7.16).
Jeroboão I fez de Betel um dos dois centros de adoração para Israel, erigindo aqui um dos bezerros de ouro (1 Rs 12.28,29; cf. Jr 48.13). Um homem de Judá veio a Betel para anunciar o nascimento de Josias (1 Rs 13.2). Um velho profeta viveu aqui; este pôs à prova o homem de Deus, levando-o à ruína (1 Rs 13.11). Ambos os profetas contemporâneos, Oséias e Amós, falaram contra Betel (Os 10.15; também conhecida como Bete-Áven [q.v.], 5.8,9; 10.5,8; Am 3.14; 5.5). O rei da Assíria estabeleceu um sacerdote em Betel (2 Rs 17.27,28). Josias (cf. 1 Re 13.2) destruiu o altar e os altos de Betel (2 Rs 23.15,16). O povo de Betel retornou aqui depois do cativeiro (Ed 2.28; Ne 7.32).
Pesquisas arqueológicas foram realizadas no suposto local da antiga Betel (moderna Beitin) por W. F. Albright em 1934 e por James L. Kelso em 1954, no período de 1956- 57 e em 1960. A cidade moderna está construída na grande sessão da parte sul da antiga Betel, impedindo a escavação no local. Foi verificado que uma rua ao norte de Beitin está construída sobre o muro norte da antiga cidade. Cerâmicas de uma casa adjacente ao muro norte da antiga cidade indicaria que este nível foi ocupado pelos hicsos, em tomo de 1700 a.C. Nenhuma ruína reconhecida do lugar sagrado erigido por Jeroboão I foi descoberta. Seu santuário pode ter sido do lado de fora dos muros da cidade, no local do altar de Abraão ou de Jacó.
Em 1957 Kelso encontrou, em Beitin, um sinete de barro com a inscrição S arábica, e este era quase idêntico ao encontrado em 1900 por T, Bent em Meshed na região Hadhramaut da Arábia. O sinete era usado para selar os sacos usados como recipientes no comércio de incenso entre Israel e o sul da Arábia do século EX a.C. (BASOR # 151, pp. 9-16; # 163, pp. 15-18; #199, pp. 59-65).
Não há evidências de um intervalo na ocupação entre o inicio do século VIII e o século VI (BASOR # 56, p. 14). Betel foi destruída no final do século VI a.C. Há referências à cidade na obra de Josefo (Ant. xiü.1,3; IVars, iv,9.9). David Livingston argumentou que Betel deve estar localizada em el-Bireh, exatamente a leste da moderna Ramallah e, aproximadamente, a três quilômetros a sudoeste de Beitin. Ela deve ter sido dominada durante o apogeu de Ras et-Tahuneh, e Jeroboão pode ter construído seu templo, que deveria estar localizado nos cruzamentos naturais de toda a área (“Location of Biblical Bethel and Ai Reeonsi- dered”, WTJ, XXXIII [Nov., 1970], 20-44).
 
 
*JERICÓ*
Lugar de divisa entre o material e o espiritual e sobrenatural. Cidade das Palmeiras, cidade mal cheirosa, muros altos, palmeiras fora e cheiro ruim dentro dos muros. Lado de fora bonito, lado de dentro ruim.
 
Jericó é onde morava Raabe, a mulher prostituta que se tornou uma mulher de fé e que se tornou da família de JESUS. Ela queria preservar sua família. Jericó caiu, mas Raabe se manteve de pé.
Hiel, o betelita, que reconstruiu Jericó (1 Rs 16.34) nos dias de Acabe (aprox. 800 a.C.) - Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou; e, morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num. 1 Reis 16:34 - E, naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó! Perdendo o seu primogênito, a fundará e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas. Josué 6:26
Eliseu transforma a água amarga em potável, em Jericó
Jericó é onde está o monte da Tentação.
Sicômoro Bravo onde Zaqueu subiu era em Jericó.
  
No estágio atual da pesquisa arqueológica, a Jericó do AT é considerada pela escavadora Kathleen Kenyon como o mais antigo exemplo de civilização urbana conhecida pelo homem. O local, situado no vale do Jordão, cerca de 13 quilômetros a noroeste da junção do rio Jordão com o mar Morto, era abastecido por um manancial excelente chamado Ayin es-Sultan e Fonte de Eliseu (baseado no incidente de 2 Rs 2.19-22). Mesmo antes que a cerâmica fosse usada, uma cultura sofisticada surgiu nas proximidades do manancial. Jericó era uma cidade murada com estruturas de pedras sólidas mostrando uma excelente técnica arquitetural, consistindo de grandes habitações e edifícios públicos. A característica mais notável desta cultura neolítica pré-cerâmica foi a presença de vários crânios humanos cobertos de argamassa moldada para formar os traços faciais, com olhos de conchas de insetos. Isto provavelmente representava uma forma de adoração ancestral, porque as feições se assemelham a retratos de indivíduos; consequentemente algum conceito da natureza espiritual do homem estava, sem dúvida alguma, presente. As fortes fortificações e evidências do comércio revelam que este povo antigo não era uma sociedade isolada.
Sobre o importante tema da Jericó da Idade do Bronze Final e da conquista de Josué, a escavação de Kenyon gerou poucas informações. As provas de uma ocupação entre os séculos XV e XIV são mostradas nas tumbas. Quanto ao monte, a erosão é novamente extensiva, Mas, na encosta leste, a erosão foi interrompida durante 150 anos através da cidade do Bronze Final de aprox. 1400 a.C. De acordo com Kenyon, não resta nenhum vestígio dos muros da época de Josué. A razão para isto parece ser que os muros eram de tijolos de barro, como era a maior parte dos muros de Jericó, e sujeitos à erosão bem como aos séculos de extração de partes dos tijolos de barro deteriorados, feitas por outros povos que se seguiram. A presença da moderna estrada sobre o lugar mais provável, onde o desgaste da erosão podería ser encontrado, parece ser uma razão adicional para encontrar-se evidências esparsas do Final da Idade do Bronze. Também deve ser lembrado que as escavações de Garstang (1930-36) forneceram um considerável material não controverso do Bronze Final com pouca ou nenhuma cerâmica micênica que já estava entrando na Palestina em 1400 a.C. Contudo, grandes quantidades desta cerâmica foram recentemente encontradas em Deir Ali ah e em Tell es- AsTdiyeh, 48 quilômetros na subida do Jordão. Dessa forma, Garstang datou a conquista de Jericó como um evento que ocorreu, no máximo, em 1385 a.C. Kenyon datou a vitória de Josué sobre Jericó em aprox. 1350-1325.a.C. (Digging up Jericho, pp. 261- 63).
A maldição de Josué (Js 6.26-27) foi cumprida sobre Hiel, o betelita, que reconstruiu Jericó (1 Rs 16.34) nos dias de Acabe (aprox. 800 a.C.). A maior parte desta camada da Idade do Ferro também sofreu erosão, sendo que as ruínas mais antigas mostram uma comunidade próspera no século VII a.C., que foi posteriormente destruída pelo exército de Nabucodonosor e reconstruída na época de Esdras e Neemias (cf. Ed 2.34; Ne 3.2; 7.36). As escavações de J. L. Kelso e J. B. Pritchard em 1950 e 1951 descobriram um palácio de inverno de estilo romano de Herodes o Grande em um local onde já houve uma cidade, localizada pouco mais de um quilômetro a sudoeste da colina do AT. Esta era a Jericó onde Zaqueu (q.v.), o principal cobrador de impostos, vivia na época de Jesus (Lc 19.1,2). Ela dependia das águas trazidas pelos mananciais no Uádi Qelt, nas proximidades do local onde a estrada romana seguia para Jerusalém. Outros judeus estavam evidentemente vivendo em uma aldeia também conhecida como Jericó, mas muito mais próxima desta fonte abundante, pois Mateus e Marcos relatam que o cego Bartimeu (q.v.) foi curado à beira do caminho quando Jesus estava deixando Jericó (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52). Lucas, porém, declara que Jesus estava se aproximando de Jericó naquele momento (18.35). A mudança da Jericó medieval e da Jericó moderna para uma localização um quilômetro e meio mais próxima do Jordão deve nos fazer lembrar de que ela era um oásis, e não apenas uma colina do AT que recebeu o epíteto “Jericó” - provavelmente, este nome foi, em sua origem, uma referência ao deus-lua que era, ali, adorado pelos antigos habitantes cananeus.
 

*JORDÃO*
Divisa de territórios - divisa entre mundo físico e espiritual. Local da trasladação de Elias. Águas do Jordão levavam vida a toda região, mas morriam no Mar Morto (Mar e Sal) onde não há vida.
Eliseu tinha muita relação com o Jordão - Elias trasladado, Abertura do rio, Machado flutuou, Naamã curado.
 
Em hebraico, o nome do rio mais famoso da Bíblia é yarden. A maior parte dos estudiosos considera essa palavra como sendo de origem semítica, derivada da raiz “yarad” ou “descender”. Portanto, o nome significa “descendente”, que é uma fiel descrição desse rio. Outros especulam que a palavra pode ter uma origem indo-ariana, e nesse caso seu significado seria “rio perene”. A forma mais antiga desse nome é encontrada como ya-ar-du-na, em registros da Décima Nona Dinastia do Egito (Simon Cohen, “Jordan”, IDB, II, 973).
Uma série de gigantescas falhas na crosta da terra provocou um desmoronamento na região que agora forma o vale do Jordão. Dessa profunda depressão, chamada mar Morto (o mar de Sal do AT), a terra se eleva tanto para o norte como para o sul. Ela vai desde aproximadamente 860 metros abaixo do nível do mar, nas profundezas do mar Morto, até uma altitude superior a 260 metros em um dos picos na Arabá (uma área ao sul do mar Morto) e atinge uma altitude de aprox. 3.000 metros no monte Hermom, ao norte. Essa falha geológica se estende através do mar Vermelho até o interior da África oriental.
A distância aérea desde as nascentes do Jordão até o mar Morto é de aproximadamente 130 quilômetros, mas o próprio rio tem mais de 300 quilômetros de extensão por causa de seu curso sinuoso entre o mar da Galileia e o mar Morto. Pode-se dizer que o vale começa ao norte, na Bacia Huleh, uma área de cerca 5 quilômetros por 15, que culminava, antes de ser recentemente drenada, em um pântano e em um lago pouco profundo, criado por um reservatório formado por rochas naturais.
O súbito declive, de aprox. 530 metros de altitude em Merj ‘Ayun até 75 metros acima do nível do mar na Bacia Huleh, permite a dois pequenos riachos, Nahr Bareignit e Nahr Hasbani, despejar suas águas nessa bacia. As duas principais nascentes do Jordão fluem das rochas como consideráveis cursos de água sobre as encostas do monte Hermom. O rio Nahr el-Leddan se origina de fontes que nascem do solo em Tel el-Qadi, local da antiga Dã, cidade mais ao norte do pais (a antiga Laís, Jz 18.7-27). O rio Nahr Banias tem a sua origem em uma grande gruta localizada mais acima da encosta, em uma vila chamada Banias (Paneas) cujo nome deriva do deus romano Pan. Na época do NT, essa cidade tinha o nome de Cesaréia de Filipe em honra a César e também porque estava na tetrarquia de Filipe. Nessa região, Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc 8.27-29), e aconteceu a transfiguração perante três deles em algum lugar do monte Hermom (Mc 9.2). Três desses rios se encontram mais adiante, cerca de 3 quilômetros ao sul de Dã e, em seguida, dividem-se novamente para penetrar na Bacia Huleh como apenas dois cursos de água, o Tur‘ah e o Jordão.
Em um planalto que contempla a Bacia Huleh encontram-se as ruínas da cidade do AT chamada Hazor (recentemente escavada), e as da cidade de Corazim (Khirbet Kerazeh) do NT. O rio Jordão corre a partir de Huleh por 3 quilômetros até a “Ponte das Pilhas de Jacó”, onde os viajantes que percorrem a estrada entre a Galileia e Damasco podem atravessá-lo a pé. Depois desse ponto, o rio entra em uma garganta, flui com mais vigor até, finalmente, deixar esses paredões e suavemente penetrar no mar da Galileia, em uma altitude de aprox. 230 metros abaixo do nível do mar. Esse mar é, na realidade, um lago quase totalmente cercado por colinas, mas aqui e ali essas colinas se afastam criando algumas planícies, como a famosa planície de Genesaré, na margem noroeste, nas proximidades de Cafarnaum. Além da ainda desabitada Tiberíades, várias cidades bíblicas podem ser identificadas à beira dos lagos, isto é, Cafarnaum em Tel Hum, a noroeste, e Magdala em Majdal, na margem oeste, ao pé do “vale dos Ladrões”. Na época do AT, a parte norte da região do rio Jordão era controlada por uma liga de dez cidades independentes chamada Decápolis. As cidades situadas no vale desse rio ou nas suas proximidades eram Citópolis (Beisan ou Bete-Seã), Gadara (Umm Keis) e Pella (Fahil) do outro lado do rio em frente a Citópolis.
Nos primeiros 18 quilômetros, desde o mar da Galileia, o vale do Jordão nunca atinge uma largura maior que aprox. 6,5 quilômetros. Acredita-se que a cidade de Betânia, do outro lado desse rio, onde João batizava (Jo 1.28), ou Bete-Bara (q.v.) devia estar nessas vizinhanças, aprox. 18 quilômetros ao sul do lago. Se Eliseu (q.v.) vivia em Suném, no monte Carmelo ou em Dotã na época da visita de Naamã, é provável que o general sírio tenha sido enviado a esse curso do Jordão para mergulhar sete vezes em suas águas lamacentas (2 Rs 5.10,14). Na planície de Bete-Seã, o vale vai se alargando até atingir 9 ou 10 quilômetros, elevando-se no lado oeste em planaltos em direção ao nível da planície de Esdraelom.
O próprio Jordão não é mais que um sulco recortado no leito desse vale que, segundo dizem, seria um antigo leito oceânico. Seu fluxo não parece rápido, mas pode ser traiçoeiro, com a água despencando no lado norte cerca de 10 metros por quilômetro, embora a média dessa queda esteja por volta de 2 metros. A formidável barreira criada pelo rio resulta de outros fatores além da sua largura e rapidez das águas. Na verdade, ao norte o rio não forma uma barreira porque as características distintas do vale são menos pronunciadas. O próprio vale representa a verdadeira barreira que consiste de três interessantes aspectos. Ghor ou terras baixas, Qattara ou colinas estéreis de calcário, e Zor ou densa vegetação.
Ghor é a própria superfície do vale, cercada por montanhas ou elevadas planícies em cada um de seus lados, onde existem camadas de depósitos de aluvião que exigem apenas alguma irrigação para se tornar uma rica região agrícola. O resultado dessa irrigação pode ser visto atualmente ao longo do lado oriental de Ghor, onde existe disponibilidade de água. Falhas geológicas encontradas em uma das extremidades de Ghor ajudam a formar os rios que se juntam ao Jordão. No lado oriental, o rio tem dois importantes afluentes, o Jarmuque (ou Yarmuk) e o Jaboque. O Jarmuque, ao sul do mar da Galileia, despeja tanta água como o próprio Jordão. No lado norte da garganta desse rio, aprox. 10 ou mais quilômetros da sua confluência, existe a antiga el-Hammeh, uma famosa fonte de águas quentes. Nesse local, desenvolveu- se uma elevada cultura desde o quarto milênio a.C., e suas famosas águas curativas têm sido muito populares ao longo da história. Entre o Jarmuque e o Jaboque, outros nove riachos fluem, do leste, para o Jordão. Essa bem irrigada área explica porque muitas colônias se desenvolveram no lado oriental de Ghor, cidades como Pella, Jabes-Gileade, Zafom, Zaretã (ou Sartã) e Adã.
Depois de correr através da planície de Bete- Seã, cerca de 20 quilômetros do mar da Galileia, o rio Jalud junta suas águas, do oeste, ao Jordão. Nesse ponto, o Ghor aumenta a sua largura até cerca de 11 quilômetros, para se fechar novamente mais ao sul ao passar pelas colinas da Samaria. Também mais ao sul, o Uádi Fari‘a junta as suas águas a oeste, assim como o Jaboque, a leste, nas proximidades de Sucote. Foi desse local que os patriarcas entraram em Canaã, vindo de Harã e Padã-Arã mais a noroeste (Gn 12.5,6; 32.22; 33.17,18). Perto dali, os midianitas devem ter fugido através do Jordão com Gideão em sua perseguição (Jz 7.24; 8.4,5). O terreno se alarga novamente até atingir quase 13 quilômetros e continua a se alargar até pouco mais de 22 quilômetros em Jericó. ‘Ain Fari’a, na parte superior de seu canal, nas proximidades da cidade de Tirza do AT, produz uma rica quantidade de água, porém somente uma pequena quantidade desta chega até o Jordão. O mesmo acontece com o Uádi Qelt, que ajuda a criar o verdejante oásis de Jericó. A irrigação da terra precisa fluir de riachos de água doce antes de atingir o Jordão, porque esse rio também recebe sais minerais que tornam as suas águas cada vez mais impróprias para a irrigação.
Nas proximidades de Gilgal, a noroeste de Jericó, existia uma passagem ou um vau muito conhecido que Davi usou quando fugiu de Absalão (2 Sm 17.22-24), e em seu vitorioso retomo (19.15-40). Talvez esse seja o mesmo lugar onde Elias e Eliseu atravessaram o Jordão antes da transladação de Elias (2 Rs 2.7,8,13,14). Foi também nessa região do baixo Jordão que os dois espias israelitas provavelmente atravessaram o rio, que estava em plena estação de cheias (Js 2.1,23) e logo depois toda a nação miraculosamente atravessou sobre o leito seco do rio (Js 3-4).
A Bíblia utiliza vários termos para descrever o Ghor. Muitas vezes, ele é chamado simplesmente de ‘emeq, isto é vale ou terras baixas, como em Josué 13.19,27. Mas em Deuteronômio 34.3, o Ghor é descrito como “o kikkar, o biqw‘a de Jericó”. Kikkar significa um circuito e biq ‘a significa um amplo vale. Em Jericó, o Ghor tem pouco mais de 22 quilômetros de largura. O termo ‘aruba, que significa “uma planície׳’, também é usado para o vale do Jordão. O lado oriental do Ghor, do outor lado de Jericó, era chamado de “campinas de Moabe” (Nm 22.1), uma área bem irrigada e habitada desde a Era do Cobre, como em Teleilat Ghassul. As vezes, a região do Ghor era tão densamente habitada que Gênesis 13.10 nos conta que Ló “levantou os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada... e era como o jardim do Senhor”. Quando alguém visita essa região, especialmente no verão, pode ficar impressionado com sua aridez. Entretanto, ela foi não só uma das primeiras regiões colonizadas do país, mas em uma certa ocasião uma das regiões mais ricas de toda a antiga Palestina. Nelson Glueck descobriu pelo menos 70 lugares onde, na Antiguidade, as pessoas tinham vivido e trabalhado no vale do Jordão, ao sul da Galileia.
Cerca de 30 a 50 metros abaixo do solo do vale principal, existe uma depressão com o nome árabe de Zor, por onde flui o próprio rio Jordão. Essa depressão pode chegar a ter quase 2 quilômetros de largura quando o rio faz uma volta sobre si mesmo, embora a sua largura seja de apenas 30 a 35 metros, com uma profundidade de 1 a 4 metros. Esta depressão sempre represa as águas do rio quando ele extravasa na primavera (Js 3.15; 1 Cr 12.15), mas, ao contrário do que acontece com o rio Nilo, a inundação é violenta, levando a superfície do solo e deixando para trás uma grande quantidade de entulho, de forma que os viçosos tamarindeiros, oleandros, salgueiros, arbustos e vinhas que ali se desenvolvem recebem o apropriado nome de Zor ou bosque. O AT descreve Zor como ge'on kay-yarden ou “a selva do Jordão” (“Eis que, como leão, subirá da enchente do Jordão contra a morada do forte” ‘Jr 49.19; cf. 12.5; 50.44; Zc 11.3). Na verdade, o Zor estava infestado de leões na Antiguidade, e de elefantes na época pré-histórica e era, até pouco tempo, o abrigo dos porcos do mato ou javalis. Por causa da tortuosidade do curso do Jordão, a selva de Zor se tornou uma formidável barreira onde se incluem colinas estéreis de calcário argiloso da “qattara”, que separa Ghor de Zor.
Quando o NT fala do Jordão como uma barreira, está certamente incluindo todo o complexo do vale, e não apenas o pequeno rio. Josué 22.25 expressa seu receio de que Ruben, Gade e metade da tribo de Manassés poderiam se tomar alienados por causa da fronteira natural formada pelo vale: “Pois o Senhor pôs o Jordão por termo entre nós e vós, ó filhos de Ruben e filhos de Gade; não tendes parte no Senhor”. Curiosamente, é verdade que não só na época do AT, mas também hoje, existe um curioso espírito de alienação entre aqueles que vivem de cada lado do vale do Jordão.
O rio Jordão flui para o mar Morto em uma condição de aproximadamente 430 metros abaixo do nível do mar. O mar Morto tem cerca de 70 quilômetros de comprimento por 15 de largura, e é invadido por uma saliência de terra em sua margem oriental. Em uma certa época ela formava seu limite sul, mas como o mar não tem um escoadouro, ele se elevou continuamente e cobriu cidades antigas localizadas em sua margem sul, incluindo provavelmente Sodoma (q.v.) e Gomorra. O próprio mar Morto é composto por um terço a um quarto de sais minerais provenientes em grande parte de muitas fontes de água fria e quente que se alinham no vale. Como poderíamos esperar, toda essa região forma uma área com atividades sísmicas acima do normal, com uma média de quatro terremotos por século. As encostas orientais do mar, assim como o deserto da Judéia, são quase totalmente desprovidos de chuvas para o suprimento de água, exceto algumas fontes subterrâneas (por exemplo, ‘Ain Feshkha nas proximidades de Qumran e En-Gedi, a leste do Hebrom).
 
 
Discipulado de Elias com Eliseu – 2 Reis 2.20 (Este discipulado pode ter durado até 9 anos, segundo alguns estudiosos. Particularmente acredito que bem menos).

O início de qualquer nova etapa na vida de uma pessoa é sempre repleta de desafios e incertezas. A falta de orientação durante o caminhar pode fazer com que haja erros com consequências desproporcionais ou mesmo irreparáveis – seja na vida profissional, sentimental, intelectual, etc. A importância de ser guiado por uma pessoa experiente em um assunto nos capacita para enfrentarmos situações que aparentemente não haveria saída. Assim também acontece no caminhar de um cristão. A vida espiritual de uma pessoal é, em geral, a área mais carente e necessitada de suporte uma vez que o propósito do cristão é de buscar primeiramente o Reino de Deus (Lucas 12.31). Na Bíblia temos grandes discipuladores e discipulados ao exemplo de Jesus e seus 12, Moisés e Josué, Eli e Samuel. Hoje trataremos de um caso específico – Elias e Eliseu. A experiência de Elias e a direção dada a Eliseu fez com que a obra de Deus pudesse ser ainda mais glorificada. Algumas características marcam esse relacionamento:
 
Em 1 Reis 19.16, Deus fala a respeito de Eliseu, filho de Safate, para Elias que esse deveria ser ungido por ele. Alguns pontos importantes no discipulado envolvem (i) Direcionamento – Elias não guiou Eliseu por ele ser seu amigo, conhecido ou por carisma, mas o fez pois foi direcionado por Deus. O discipulador deve ser orientado por Deus, visto que cada pessoa tem suas particularidades e precisam de auxílio específico (ii) Obediência – Elias não hesitou no chamado do Senhor, assim devemos ser; se Deus falou, pode ir, Ele capacita! (iii) Experiência – Antes de orientar, Elias passou por diversas situações para ser fortalecido e criar intimidade com Deus. Esse é o propósito do Senhor para nós, que venhamos a conhece-lo mais de perto para que outras vidas possam ser fortalecidas através do que Deus fez por nós
Elias fazia a diferença tanto pelos milagres que realizava, como também por ser separado do sistema pecaminoso desse mundo. Ele era reconhecido até pelas vestes que utilizava (2 Reis 1.8) com manifestação da indignação da corrupção espiritual da época. Isso não quer dizer que a maneira de nos vestir impacta na nossa separação do mundo, mas sim o nosso posicionamento diante do pecado; o discipulador deve viver em santidade e não ter impedimento do agir de Deus sobre a vida dele.
O relacionamento de ambos profetas era com pessoas que tinham propósito com Deus (2 Reis 2.3 – “filhos dos profetas”). Isso não quer dizer que devemos nos separar completamente daqueles que não conhecem ao Senhor e não vivem conforme seus preceitos, mas sim se apartar daqueles que se dizem cristãos, estão na casa de Deus, no entanto vivem uma vida de pecado (1 Coríntios 5.8-11); o discipulado necessita de referências
Em 1 Reis 19.19 Elias vai de encontro a Eliseu e lança a sua capa sobre ele. O discipulador, acima de orientador e conselheiro é um pai espiritual para o seu discipulado. Isso significa intercessão e revestimento espiritual na vida daquele que é orientado; é necessário orar e ensiná-lo a buscar (algum dia ele fará o mesmo por alguém..)
Elias não tomava a glória para si, mas atribuía e ensinava seu discípulo que tudo era para honrar e glorificar o nome do Senhor. O fato de orientarmos uma pessoa, não quer dizer que somos superiores a Ela, pelo contrário, aos olhos do Senhor somos iguais; exemplo nítido era que Eliseu realizava os mesmos milagres que Elias, como abrir o rio Jordão, só foi feito pois Deus capacitou e operou através de Eliseu (2 Reis 2.14)
Eliseu não abandonava seu discipulador por nada (2 Reis 2.2). O significado disso não é que o “aprendiz” necessita ficar 24 horas colado em seu “mestre”, mas sim que Elias tinha uma vida tão consagrada e cheia de Deus que Eliseu tinha prazer em participar dessa graça; eis aí a importância de um líder ser um espelho de Cristo e ensinar o discípulo viver uma vida de entrega
Ainda no mesmo versículo que o anterior (2 Reis 2.2), Eliseu era obediente e submisso; se o direcionamento de discipular vem do Senhor, então devemos honrar seu querer para que possamos viver o que Ele preparou para nós (1 Samuel 15.22,23 – “a rebelião é pior que o pecado de feitiçaria”)
O resultado da vida de submissão e de entrega de Eliseu e a vida de santidade e cuidado de Elias proporciona um resultado maravilhoso: porção dobrada de unção sobre sua vida para edificar outras pessoas (2 Reis 2.9). https://jesusavedblog.wordpress.com/2015/01/29/discipulado-de-elias-com-eliseu-2-reis-2-20/
  
 
RESUMO GERAL
O CHAMADO E A PREPARAÇÃO DE ELISEU - HUMILDADE NÃO SIGNIFICA DESEJAR POUCO DE DEUS

Eliseu, cujo nome significa “Deus é salvação”, foi um extraordinário profeta do povo de Israel, que substituiu o grande profeta Elias e foi líder dos filhos dos profetas no reino de Israel por cerca de cinqüenta anos, a partir do início do reinado de Jeorão em 852 a.C. Como Elias, ele nada deixou escrito para a posteridade, mas alguns dos seus feitos estão registrados para o nosso conhecimento e ensino nos dois livros de Reis.
Há apenas uma referência a ele no Novo Testamento, mas foi feita pelo Senhor Jesus Cristo (Lucas 4:27), o que lhe dá plena autenticidade, se isso fosse necessário.
"E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro". Lucas 4:27
O seu chamado
Do lugar do seu nascimento, da sua linhagem, e da idade quando foi convocado para o serviço de Deus nada sabemos, o que nos lembra que Deus escolhe os Seus servos sem levar em conta esses e outros detalhes que às vezes julgamos tão importantes.
Mas temos informações suficientes para saber que ele era de uma família temente a Deus e trabalhava na fazenda do seu pai, Safate. Deus mesmo o acompanhava e tinha um plano sublime para a sua vida no meio de um povo que, naquele época, estava em grande parte longe de Deus, governado por uma sucessão de reis idólatras e perversos.
Assim, quando o profeta Elias chegava no fim do seu ministério, desgastado com a rebeldia do povo, e pediu ao SENHOR que o levasse (1 Reis 19:4), o SENHOR ordenou que ele ungisse dois reis, um sobre a Síria e outro sobre Israel, e a Eliseu como profeta em seu lugar. Segundo o relato bíblico, Elias se apressou em nomear Eliseu no caminho entre Sinai e Damasco.
Elias encontrou o jovem e forte Eliseu lavrando com doze juntas de bois adiante dele. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Era um gesto simbólico, imediatamente compreendido por Eliseu: ele seria o sucessor de Elias, que já havia passado adiante e seguia o seu caminho. Sua submissão foi imediata: correu após Elias, sem discutir condições, pedindo apenas oportunidade para despedir-se dos pais, o que Elias lhe concedeu.
Provou que sua decisão era definitiva, ao tomar e matar a junta de bois, usar os aparelhos de aragem para cozer as suas carnes e alimentar o povo com elas. Em seguida seguiu Elias, deixando o conforto do seu lar e tornando-se o seu servo (1 Reis 19:21).
Isso pode nos lembrar daquele episódio em que alguém se prontificou a seguir ao Senhor Jesus mas pediu que Ele o deixasse primeiro despedir os que estavam na casa dele (Lucas 9:61,62). Parece um pedido igual ao de Eliseu, no entanto há uma diferença sutil, mas muito importante: a despedida de Eliseu foi curta, consistindo apenas de um jantar, sem haver hesitação da parte dele pois sacrificou os animais que usava em seu trabalho. No outro caso, o pedido significava uma protelação em seguir o Senhor, pois quem pediu queria mais tempo com a família. Jesus lhe disse: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.”
A sua preparação
Elias estava com pressa de deixar o cargo, mas Eliseu não estava preparado ainda. Era necessário tempo para aprendizagem e durante sete ou oito anos Eliseu foi assistente de Elias, prazo em que houve silêncio sobre os dois nas crônicas bíblicas.
O seu relacionamento com Elias era de servo, descrito ao rei Jeosafá, depois que Elias se fora, como “derramar água sobre as mãos de Elias”. A humildade, apego e submissão de Eliseu ao seu mestre não podiam ser descritas de maneira mais clara e abreviada, convencendo Jeosafá a ir procurá-lo para resolver um problema sério, certo de que a palavra do SENHOR estava com ele (2 Reis 3:11,12).
Há alguns entre nós que costumam desprezar, como desnecessário, um período de aprendizagem para os que são chamados para o trabalho do Senhor. Mas um intervalo tomado em uma escola bíblica, ou seminário evangélico, desde que bem orientado, pode ser de grande importância para o obreiro inexperiente.
Não se trata de conseguir um diploma, ou profissionalização, mas esse tipo de aprendizagem ensina a humildade e a submissão aos seus mestres, pode evitar erros sérios no ministério e permite adquirir em pouco tempo conhecimentos e experiências que serão de grande utilidade o seu ministério.
A partida de Elias (2 Reis 2:1-12)
A partida de Elias foi notável e singular em toda a história. Se há uma lição importante para nós, é o apego de Eliseu ao seu mestre, e a sua nobre ambição de ser dotado com o dobro da unção do ESPÍRITO de Elias.
Elias nos dá a impressão de estar testando Eliseu. Ambos sabiam que Deus estava para tirar Elias para que Eliseu o substituisse. Três vezes Elias disse a Eliseu que ficasse onde estava porque o SENHOR queria que Elias fosse a outro lugar. Em todas essas vezes, Eliseu insistiu em seguir junto com Elias, dizendo as mesmas palavras: “Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te deixarei”.
Eliseu aparentemente já era aceito como o eventual sucessor de Elias, e os filhos dos profetas em Betel e Jericó sabiam que haveria a substituição naquele dia. Elias já se dispunha a se afastar, mas Eliseu insistiu em acompanhá-lo até ao fim - que caráter!
Há uma tendência entre os mais jovens de hoje de fazerem pouco caso dos anciãos mais idosos em suas igrejas - ele já foi, dizem! Eliseu amava o seu mestre e ficou com ele, submisso, até que Deus o tomasse. Foi grandemente recompensado por isso!
Após atravessarem o rio Jordão, simbolicamente terminando a missão de Elias ao afastar-se de Israel e voltar à sua origem do outro lado do rio (1 Reis 17:1), Elias perguntou a Eliseu o que ele gostaria de receber dele, e a resposta de Eliseu foi decerto inesperada: queria que Elias lhe concedesse porção dobrada do seu espírito! Uma dupla porção da herança cabia ao filho primogênito de um israelita, e a herança de Elias seria de ordem espiritual.
Elias servira a Deus de maneira sacrificial toda a sua vida, e Deus lhe concedera abundantes dons espirituais. Eliseu sabiamente queria o mesmo para si, e de forma duplamente abundante. É curioso notar que a Bíblia nos relata oito milagres feitos por Elias, mas dezesseis, o dobro, feitos por Eliseu.
Não era da competência de Elias conceder o pedido de Eliseu, mas prometeu que Eliseu saberia que ele lhe tinha sido concedido, se tivesse a oportunidade de ver a sua partida. Realmente Eliseu viu Elias ser elevado ao céu num redemoinho, e assim teve a confirmação.
O ministério de Eliseu
Em seu ministério, Eliseu provou ser um homem de grande energia, ativo no serviço a Deus, falando com autoridade em nome do SENHOR, de uma integridade incorruptível, confiante no poder de Deus, fiel em seu ministério e de grande visão espiritual. A sua influência se viu tanto na área pública quanto nas vidas particulares daqueles que tiveram o privilégio de participar da sua companhia. Foi sem dúvida, um exemplo a ser seguido por todo aquele que se dedica ao serviço de Deus. R David Jones
 
 
2 Reis 2:1-8 - Elias Despede-se de seus Amigos, Especialmente de Eliseu - Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry

Os tempos de Elias, e os eventos referentes a ele, são tão pouco datados como aqueles de qualquer grande homem na Escritura. Não somos informados de sua idade, nem em que ano do reinado de Acabe ele apareceu pela primeira vez, nem em que ano do reinado de Jorão desapareceu, e por essa razão, não se pode conjeturar por quanto tempo ele atuou. Supõe-se que vinte anos ao todo. Aqui somos informados de:
I
Que Deus tinha determinado levá-lo ao céu em um redemoinho (v. 1). Ele faria isso, e é provável que o fizesse saber de seu propósito algum tempo antes, que Ele iria em breve levá-lo do mundo, não pela morte, mas pela passagem de seu corpo e alma para o céu, como Enoque foi, só fazendo-o passar por uma mudança necessária para qualificá-lo para ser um habitante do mundo dos espíritos, como aqueles que serão encontrados vivos na volta de Cristo deverão experimentar. Não nos cabe dizer por que Deus colocaria tal honra peculiar sob Elias, acima de qualquer outro dos profetas. Ele foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós, conheceu o pecado, mas nunca provou da morte. Por que motivo ele foi assim dignificado, assim diferenciado, como um homem a quem o Rei dos reis teve prazer em honrar? Podemos supor que:
1. Deus olhou para seus serviços passados, os quais foram eminentes e extraordinários, e quis conceder-lhe uma recompensa por eles e um encorajamento para os filhos dos profetas para andarem nos passos de seu zelo e fidelidade, e, custasse o que custasse a eles, testemunharem contra as corrupções da era em que viviam.
2. Ele olhou para baixo, para o presente estado de escuridão e degeneração da igreja, e quis dar uma prova muito perceptível de outra vida após esta, e direcionar os corações dos poucos fiéis para cima, em sua direção, e na daquela outra vida. 3. Ele olhou adiante para a dispensação evangélica, e, no translado de Elias, deu um tipo de figura da ascensão de Cristo e da abertura do reino dos céus para todos os crentes. Elias tinha, pela fé e pela oração, convivido muito com os céus, e agora ele é levado para lá, para nos assegurar que, se tivermos comunhão com os céus, enquanto estivermos aqui na Terra, em breve estaremos lá, a alma (o ser humano) será feliz lá, e para sempre.
II
Que Eliseu tinha determinado, enquanto continuasse na Terra, apegar-se a ele, e não deixá-lo. Elias parecia querer livrar-se dele, o teria deixado para trás em Gilgal, em Betel, em Jericó (vv. 2,4,6). Alguns pensam em humildade. Ele sabia o que a glória de Deus tinha designado para ele, mas não parecia se orgulhar disso, nem desejava que isto fosse visto pelos homens (os favoritos de Deus não desejam ter proclamado diante deles que eles são assim, como os favoritos dos príncipes terrestres fazem), ou que ainda isto fosse para testá-lo, e fazer sua adesão constante a ele a mais recomendável, como Noemi persuadindo Rute que voltasse. Em vão Elias lhe pede para que permaneça aqui ou ali. Ele decide não ficar em lugar nenhum abandonando o seu senhor, até ele ir para os céus, e deixá-lo para trás nesta Terra. “Não importa o que aconteça, te não deixarei;” E por que isto? Não somente porque ele o amava, mas:
1. Porque ele desejava ser edificado por sua convivência santa e divina por todo o tempo em que ele permanecesse na terra. Isto tinha sido sempre lucrativo, mas, nós podemos supor, que agora fosse mais do nunca. Nós devemos fazer uns aos outros todo bem espiritual que pudermos, e conseguir reciprocamente tudo o que pudermos, enquanto estivermos juntos, porque nós estamos juntos apenas por um pouco de tempo.
2. Porque ele desejava ter certeza no que se referia à sua partida, e vê-lo quando ele fosse levado, para que sua fé fosse confirmada e seu conhecimento do mundo invisível aumentado. Ele tinha seguido Elias por muito tempo, e não o deixaria agora quando esperava pela partida abençoada. Que aqueles que seguem a Cristo não fracassem pelo cansaço no final.
III
Que Elias, antes de sua partida, visitou as escolas dos profetas e despediu-se deles. Parece que havia muitas escolas de profetas em muitas cidades de Israel, provavelmente até mesmo na própria Samaria. Aqui nós encontramos filhos dos profetas, e um considerável número deles, mesmo em Betel, onde um dos bezerros foi erigido, e em Jericó, a qual foi mais tarde construída em desafio a uma maldição divina. Em Jerusalém, e no reino de Judá, eles tinham sacerdotes e levitas, e o serviço do templo, cuja falta, no reino de Israel, Deus graciosamente supriu com aquelas escolas, onde os homens eram treinados e empregados na prática da religião e devoção, e às quais pessoas boas recorriam para solenizar as festas previstas com oração e o ouvir, quando eles não tinham locais próprios para sacrifícios ou incensos, e assim a religião era mantida num tempo de apostasia geral. Havia muito de Deus entre esses profetas, e mais eram os filhos da desolada do que os filhos da mulher casada. Nenhum dos grandes sacerdotes era comparável àqueles dois grandes homens, Elias e Eliseu, os quais, até onde sabemos, nunca ministraram no templo de Jerusalém. Estes seminários de religião e virtude, cuja fundação é provável que tenha ocorrido por iniciativa de Elias, ele agora visita, antes de sua partida, para instruí-los, encorajá-los, e abençoá-los. Note: Aqueles que estão indo para os céus devem se preocupar com aqueles que vão deixar para trás na Terra, e devem deixar com eles suas experiências, testemunhos, conselhos e orações (2 Pe 1.15). Quando Cristo disse, com triunfo: Eu já não estou mais no mundo, ele acrescentou, com ternura: Mas eles estão. Pai, guarda-os.
IV
Que os filhos dos profetas tinham conhecimento (ou pelo próprio Elias, ou pelo espírito da profecia em alguns de seu próprio convívio), ou suspeitaram pela solenidade da despedida de Elias, que ele seria logo removido. E:
1. Eles contaram isso a Eliseu, tanto em Betel (v. 3) quanto em Jericó (v. 5): Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? Isto eles disseram não o censurando pela perda, ou esperando que quando seu mestre tivesse ido ele se colocasse no mesmo nível que eles, mas para mostrar quão ocupados estavam com esse assunto e ansiosos por esse evento, e para prevenir Eliseu que se preparasse para a perda. Não sabemos que nossas mais próximas relações, e mais queridos amigos, devem em breve ser levados de nós? O Senhor os tomará. Nós os perdemos quando Ele, a quem pertencem, os chame, pois é aquele que tira e ninguém pode impedir. Ele leva embora tanto os superiores a nós quanto os inferiores, e também os que estão no mesmo nível que nós. Por isso, cumpramos cuidadosamente o dever de cada relacionamento, para que possamos refletir sobre ele com conforto quando vier a ser dissolvido. Eliseu sabia disso muito bem, e o seu coração se encheu de tristeza com esta notícia (como os discípulos em um caso similar, João 16.6), e por essa razão ele não precisava ouvir falar disso, não estava interessado em ouvir falar do assunto, e não seria interrompido em suas contemplações acerca desta grande preocupação, nem seria levado a interromper o serviço que prestava ao seu mestre: Também eu bem o sei; calai-vos. Ele não fala com raiva, ou com desprezo aos filhos dos profetas, mas como alguém que estava bem e os queria acalmar e tranqüilizar, e que estava, com um silêncio terrível, esperando o evento: Também eu bem o sei; calai-vos (Zc 2.13).
2. Eles próprios foram para serem testemunhas à distância, embora não pudessem assistir de perto (v. 7): Cinqüenta homens dos filhos dos profetas pararam de longe, tentando satisfazer sua curiosidade, mas Deus assim ordenou, que eles deviam ser testemunhas oculares da honra que o céu concedeu àquele profeta, o qual era desprezado e o mais indigno entre os homens. Os trabalhos de Deus são muito merecedores de nossa atenção, quando uma porta é aberta no céu o chamado é: Sobe aqui, sobe e veja.
V
Que a abertura milagrosa do rio Jordão foi o preâmbulo para a passagem de Elias para a Canaã celestial, como tinha sido para a entrada de Israel na Canaã terrena (v. 8). Ele devia ir para o outro lado do Jordão para ser transladado, porque lá era a sua terra natal e porque ele devia estar próximo ao lugar em que Moisés morreu, e para que assim a honra pudesse ser colocada na parte do país que era mais desprezada. Ele e Eliseu podiam ter cruzado o Jordão em uma balsa, como outros faziam, mas Deus iria engrandecer Elias em sua saída como fez com Josué em sua entrada, pela divisão deste rio (Js 3.7). Como Moisés dividiu o mar com a sua vara, assim Elias dividiu o Jordão com seu manto, ambos, vara e manto, sendo os emblemas — os distintivos de seu ofício. Estas águas que antes cederam à arca, agora cederam ao manto do profeta, manto que, para aqueles que careciam da arca, era um sinal equivalente da presença de Deus. Quando Deus levar os seus fiéis para o céu, a morte é o Jordão que, imediatamente antes de sua passagem, eles deverão atravessar, e eles encontrarão um caminho através dele, um caminho seguro e confortável. A morte de Cristo dividiu as águas para que os resgatados de Deus possam passar. Onde está, ó morte, o teu aguilhão, a tua ferida, o teu terror?
 
2 Reis 2:9-12 - Elias É Arrebatado, e Eliseu Lamenta - Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry

Aqui:
I
Elias cumpre seu desejo, e deixa Eliseu como seu herdeiro, agora o ungindo para que seja profeta em seu lugar, mais do que quando lançou a sua capa sobre ele (1 Reis 19.19).
1. Elias, estando grandemente satisfeito com a constância da afeição e da atenção de Eliseu, lhe fez uma pergunta sobre o que ele deveria realizar para ele, que bênção deveria deixar para ele ao partir. Elias não diz (como o bispo Hall observa): “Pede-me o que queres que te faça quando eu tiver ido, no céu eu estarei mais apto a te favorecer”, mas: “Pede-me antes que eu vá”. Podemos falar com nossos amigos na Terra, e eles podem nos responder, mas não temos acesso a nenhum amigo que esteja no céu, a não ser CRISTO, e DEUS nele. Abraão nos não conhece.
2. Eliseu, tendo esta justa oportunidade de se enriquecer com as melhores riquezas, roga por uma porção dobrada de seu espírito. Ele não pede por riquezas materiais, nem por honra, nem ausência de problemas, mas pede para estar qualificado para o serviço de DEUS e de sua geração. Ele pede: (1) Pelo ESPÍRITO, não que Elias tivesse capacidade de conceder os dons e as graças do ESPÍRITO. Por essa razão ele não diz: “Dê-me o ESPÍRITO” (ele sabia muito bem que isso era dom de DEUS), mas: “Peço-te que ele esteja sobre mim, intercede junto a DEUS por mim nesse sentido”. CRISTO disse a seus discípulos que pedissem o que quisessem, não alguma coisa, mas tudo, e prometeu enviar o ESPÍRITO, com muito mais autoridade e certeza do que poderia Elias. (2) Por seu espírito, porque ele deveria ser um profeta em seu lugar, continuar seu trabalho, para gerar os filhos dos profetas e encarar os inimigos deles, porque ele deveria encontrar as mesmas dificuldades e lidar com a mesma geração perversa, de maneira que, se ele não tiver seu espírito, não terá força suficiente para enfrentar a tarefa. (3) Por uma porção dobrada de seu ESPÍRITO. Ele quer dizer o dobro do que tinha Elias. É uma ambição sagrada procurar com zelo os melhores dons, e aqueles que nos tornarão mais úteis a DEUS e a nossos irmãos. Note: Nós todos, tanto ministros quanto povo, temos que colocar diante de nós os exemplos de nossos predecessores, trabalhar a exemplo do espírito deles, e ser sérios com DEUS buscando a graça que os conduziu em seu trabalho e os habilitou a cumpri-lo.
3. Elias prometeu-lhe o que ele pediu, mas sob duas condições (v. 10). (1) Contanto que ele valorizasse e estimasse isto muito: isso ele o ensina a fazer ao chamá-lo coisa dura, não tão difícil para DEUS realizar, mas muito grande para ele esperar. Aqueles que estão mais preparados para as bênçãos espirituais são aqueles mais sensíveis ao quanto elas valem e à sua própria indignidade para recebê-las. (2) Contanto que ele se mantivesse próximo a seu senhor, até ao final, e fosse o observasse: Se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, do contrário, não. Uma atenção diligente às instruções de seu senhor, e uma observação cuidadosa de seu exemplo, principalmente agora nesta última cena, eram a condição e seriam um meio adequado de obter muito de seu espírito. Observar cuidadosamente a maneira de sua ascensão seria também de grande utilidade para ele. Os confortos dos santos que partiram, e suas experiências, ajudarão poderosamente tanto a dourar nossos confortos quanto a fortalecer nossas resoluções. Ou, talvez, isto fosse planejado apenas como um sinal: “Se DEUS te favorecer tanto a ponto de fazer com que me vejas quando eu ascender, aceita isso como um sinal de que Ele fará isso para você, e confia nisso.” Os discípulos de CRISTO o viram ascender e, por causa disso, tiveram certeza de que, em pouco tempo, seriam preenchidos por seu ESPÍRITO (At 1.8). Podemos supor que depois disso Eliseu orou seriamente: Senhor, Mostra-me esse sinal para bem.
II
Elias é levado ao céu num carro de fogo (v. 11). Como Enoque, ele foi trasladado, para não ver a morte. E foi (como Cowley o expressa) o segundo homem que saltou o fosso no qual todo o resto da humanidade caiu e ele não foi para o céu descendo. Muitas perguntas curiosas poderiam ser feitas sobre este assunto, mas não poderiam ser respondidas. Que nos baste a informação que temos aqui sobre:
1. O que o seu Senhor, quando chegou, o encontrou fazendo. Ele estava conversando com Eliseu, instruindo-o e encorajando-o, orientando-o em seu trabalho, e estimulando-o, para o bem daqueles que ele deixava para trás. Ele não estava meditando ou orando, como alguém completamente enlevado pelo mundo para o qual estava indo, mas como alguém dedicado à pregação, como alguém preocupado com o reino de DEUS entre os homens. Nós nos enganamos se pensamos que nossa preparação para os céus é feita apenas pela contemplação e os atos de devoção. A utilidade que representamos para os outros nos será cobrada como qualquer outra coisa. Pensar em coisas divinas é bom, mas falar delas (se isso vier do coração) é melhor, porque é para a edificação (1 Co 14.4). CRISTO ascendeu ao céu enquanto estava abençoando seus discípulos.
2. Que escolta seu Senhor lhe enviou — um carro de fogo, com cavalos de fogo, o qual apareceu ou descendo sobre eles das nuvens ou (como pensa o bispo Patrick) correndo na direção deles por sobre o chão: nesta forma os anjos apareceram. As almas de todos os fiéis são carregadas por uma invisível guarda de anjos para dentro do seio de Abraão. Mas, tendo Elias carregado seu corpo consigo, esta guarda celestial tornou-se visível, não numa forma humana, como de costume, embora eles pudessem tê-lo carregado em seus braços, ou o levado como nas asas de uma águia, mas isto seria carregá-lo como a uma criança, como a um cordeiro (Is 40.11,31). Eles aparecem na forma de um carro e cavalos, para que ele pudesse conduzir com pompa, para que pudesse conduzir em triunfo, como um príncipe, como um vencedor, sim, mais do que vencedor. Os anjos são chamados na Escritura de querubins e serafins, e a aparência deles aqui, embora possa parecer estar abaixo de sua dignidade, corresponde a ambos os nomes. Pois (1) Serafim significa flamejante, e diz-se que DEUS faz deles um fogo abrasador (Sl 104.4). (2) Querubim (na opinião de muitos) significa carruagens, e eles são chamados de os carros de DEUS (Sl 68.17), e diz-se que Ele montou num querubim (Sl 18.10), aos quais talvez exista uma alusão na visão de Ezequiel de quatro seres viventes, e rodas, como cavalos e carros. Na visão de Zacarias eles também são representados assim (Zc 1.8; 6.1. Compare com Apocalipse 6.2ss.). Veja a prontidão dos anjos para fazerem a vontade de DEUS, mesmo nos serviços mais desprezíveis, para o bem daqueles que devem ser herdeiros da salvação. Elias devia mudar-se para o mundo dos anjos, e por essa razão, para mostrar quão desejosos eles estavam de sua companhia, alguns deles viriam buscá-lo. O carro e os cavalos apareceram como fogo, não por queimar, mas pelo brilho, não para torturá-lo ou consumi-lo, mas para tornar sua ascensão notável e ilustre aos olhos daqueles que ficaram de longe para vê-la. Elias tinha queimado com zelo santo por DEUS e por sua honra, e agora, com o fogo sagrado ele foi refinado e trasladado.
3. Como ele foi separado de Eliseu. Este carro os separou. Note: Os mais queridos amigos devem partir. Eliseu tinha afirmado que não o deixaria, mas agora ele é deixado para trás por Elias.
4. Para onde ele foi carregado. Ele subiu ao céu num redemoinho. O fogo tende a subir. O redemoinho ajudou a carregá-lo através da atmosfera, para fora do alcance da força magnética da terra, e então, quão suavemente ele ascendeu através do puro éter para o mundo dos espíritos sagrados e abençoados que nós não podemos conceber.
“Mas onde ele parou nunca se saberá,
Até que a Natureza Fênix, envelhecida,
Aspire tornar-se um ser melhor,
Subindo ela mesma, como ele, para a eternidade em fogo.”
Cowley.
Uma vez Elias, em aflição, tinha desejado morrer. Mas DEUS foi tão gracioso com ele a ponto de não apenas não aceitar seu pedido na ocasião, mas de honrá-lo com este privilégio singular, de que ele nunca veria a morte. E por este exemplo, e por aquele de Enoque: (1) DEUS mostrou como os homens deveriam deixar o mundo se não tivessem pecado, não pela morte, mas pela trasladação. (2) Ele concedeu um vislumbre daquela vida e imortalidade que são trazidas à luz pelo evangelho, da glória reservada para os corpos dos santos, e da abertura do reino dos céus para todos os crentes, como então ocorreu para Elias. Isso também foi uma figura da ascensão de CRISTO.
III
Eliseu comovido lamenta a perda do grande profeta, mas o assiste com um elogio (v. 12).
1. Ele viu isto. Assim ele recebeu o sinal pelo qual lhe fora garantida a concessão de seu pedido por uma dupla porção do espírito de Elias. Ele olhou fixamente para o céu, de onde ele esperava receber aquele dom, como os discípulos fizeram em Atos 1.10. Ele viu por um momento, mas a visão foi prontamente tirada de sua vista. E nunca mais o viu.
2. Ele rasgou suas próprias roupas, como sinal da noção que tinha de sua própria perda e da de todos. Embora Elias tivesse ido triunfantemente para o céu, este mundo não podia dar-se ao luxo da sua ausência, e por isso sua remoção devia ser muito lamentada pelos sobreviventes. Sem dúvida, os corações daqueles cujos olhos estão secos são duros, quando DEUS, ao levar embora homens úteis e leais, pede choro e lamentação. Embora a partida de Elias tenha aberto o caminho para a eminência de Eliseu, especialmente desde que ele estava agora seguro da dupla porção de seu espírito, ele lamentou a perda de Elias, porque o amava, e poderia tê-lo servido para sempre.
3. Ele falou de Elias de forma muito honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar sua ausência. (1) Ele próprio tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai. Ele viu sua própria condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, e lamentou isto da forma adequada. Quando CRISTO deixou seus discípulos, não os deixou órfãos (Jo 14.15), mas Elias teve que fazê-lo. (2) O público tinha perdido seu melhor guardião. Ele era os carros de Israel, e os seus cavaleiros. Ele teria levado todos para os céus, como nesse carro, se não fosse por culpa deles mesmos. Eles não usavam carros e cavalos em suas guerras, mas Elias era para eles, por seus conselhos, reprovações, e orações, melhor do que a mais poderosa força de carros e cavalos, e evitou os julgamentos de DEUS. Sua partida foi como a derrota de um exército, uma perda irreparável. “Seria melhor ter perdido todos os nossos homens de guerra do que ter perdido esse homem de DEUS.”
 
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ELISEU, SUCESSOR DE ELIAS (II Reis 2:1-8:15) - Comentário Neves de Mesquita

Era nosso plano concluir esta seção, de Roboão a Jeú de Israel, em um só capítulo. Verificamos depois que ficaria muito longo, e não nos parecem muito interessantes do ponto de vista prático, capítulos longos. Daí, então, decidimos escrever um capítulo, abordando os milagres de Eliseu, o homem que mais demonstrou o poder de DEUS nas operações sobre a natureza. É bem certo que Elias, por um ou outro motivo, ocupa lugar mais preeminente na história que Eliseu; mas parece, por outro lado, que DEUS reservou a este homem rude, "calvo", um simples Iavrador, a tarefa de revelar até que ponto a transgressão dos princípios da religião revelada pode produzir a ruína. Coube-lhe a ingrata tarefa de trabalhar num dos períodos mais turbulentos da história de Israel, sob o domínio de Acabe e sua mulher, Jezabel. Se o autor for feliz em coordenar os muitos milagres, operados por Eliseu, de maneira a impressionar o leitor destas notas, estará ele bem pago dos seus pequenos esforços, para dar ao povo evangélico do Brasil uma idéia do panorama religioso e político de Israel.

Convirá dizer que a história de Israel é peculiar. A Teocracia estava em pleno desenvolvimento, isto é, o governo de DEUS sobre o povo de Israel. Para que tal programa se realizasse era necessário que os fundamentos da mesma Teocracia não fossem abalados por deuses concorrentes ou por quaisquer outros desvios religiosos. Foi justamente o que aconteceu nos turbulentos dias de Jeroboão I a Jeú. A introdução de tantas divindades em Israel desde os dias de Salomão, cada qual procurando demonstrar, através dos seus adoradores a verdadeira, a mais importante, nos destinos da vida do povo, com grave prejuízo para a verdadeira revelação de DEUS, necessariamente criaria o ambiente que nós apreciamos nestes capítulos dos livros dos Reis.

Tem parecido a alguns críticos que DEUS é ciumento. Não é certo. DEUS é o verdadeiro DEUS, o único DEUS, e, tolerar outros ao Seu lado, comprometeria não apenas o nome, mas a verdade, a verdade de DEUS e a verdade religiosa. Portanto não havia compromisso entre o culto a DEUS e o prestado a Baal ou a outra qualquer divindade. Cremos que esta palavra explica tudo.


1. A Sucessão (2:1-18)

Encontramos Elias e seu colega Eliseu, em Gilgal. Havia diversos lugares com este nome, mas o aqui mencionado parece ser o Gilgal, perto de Jericó, onde Josué estabeleceu o seu quartel general, logo depois de atravessar o Jordão. Que teria Elias ido fazer ali não sabemos. Nós o encontramos em Samária lutando com os três grupos de capitães e soldados de Acazias. Provavelmente logo após haver comunicado a mensagem de que o rei morreria daquela doença, partiu para o leste, de onde Eliseu era nativo (Abel-Meolá, localidade não identificada, entre o mar de Nazaré e o Mar Morto). Eliseu havia sido ungido uns sete anos antes aí por 895, mais ou menos, e desde então nunca mais se apartou do seu mestre e professor. Havia recebido mensagem de DEUS de que Elias seria tomado dentro daqueles dias, a mesma transmitida aos grupos de profetas que habitavam por ali. Sabendo que ia ficar só, procurou agarrar-se ao mestre, na esperança, aliás bem sucedida, de receber o poder do profeta. De Gilgal partiu Elias para Betel, localidade muito nossa conhecida, desde os tempos de Jacó. Elias deseja afastar-se de Eliseu, mas este estava decidido a não abandonar o companheiro, e foi com ele até o momento supremo.

Os grupos de profetas tinham igualmente recebido mensagem da breve retirada de Elias. E assim Eliseu foi informado pelo grupo de discípulos, em Betel. Antes de prosseguirmos em nosso estudo, faremos bem em verificar os vários grupos de profetas, ou filhos dos profetas, encontrados em diversos lugares.

1) Já vimos o grupo de 400 (I Reis 22:6). Alguns comentadores os qualificam de falsos profetas. Nós temos posição diferente. Agora é um grupo em Betel (2:3); outro estava em Jericó (2:5), que também havia recebido a mensagem da breve tomada de Elias. Todos estavam informados do que ia ocorrer. Mais adiante eram cinqüenta homens, filhos dos profetas (2:7). Filhos dos profetas era uma designação perfeita da identidade do oficio, pois não eram filhos no sentido genético, mas no professoral.


2) Samuel é (I Sam. 10:10) considerado o fundador da profecia em Israel, ou o seu maior encorajador, naqueles longínquos dias da história. Esse esforço se agigantou nos dias de Elias e Eliseu. O profeta Amós parece indicar que os profetas eram filhos de profetas (Amós 7:14); essa expressão, porém, pode dar o sentido rigoroso do ofício, isto é, filho de profeta segundo a escola, o que realmente Amós não era. A palavra "filho" no hebraico indica efetivamente a filiação da pessoa, segundo seu pai ou mãe, mas também segundo a escola de onde procedia. Também não havia escolas no sentido moderno do termo, e que só pudesse ser profeta o que saísse dessa escola. Numa época de avivamento espiritual, o ESPÍRITO de DEUS poderia tocar qualquer homem, mesmo não filiado a uma determinada classe. Todos os que se sentiam tocados por DEUS se agrupavam e formavam então uma espécie de escola. Os Ben-Nabhi podiam ser ou não discípulos dos profetas. Os comentadores se dividem em apreciações, que não podemos fazer por carência de espaço. Estava em foco nesses dias era a tomada de Elias ao céu num carro de fogo, e Eliseu desejava ardentemente receber poder para continuar o serviço de Elias, seu mestre. Aproximaram-se do Jordão, a fim de passar para o outro lado, no chamado vau de Jericó. Elias tocou as águas com o seu manto e elas se dividiram como acontecera anos atrás, quando os israelitas passaram a pé enxuto. Depois de passarem, Elias é franco com o seu companheiro e diz: "Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti" (v. 9). Pediu porção dobrada do seu espírito. Elias achou demasiado, mas no caso de Eliseu ver a sua subida ao céu, então o pedido seria aceito; caso contrário, não. Realmente, Eliseu recebeu porção dobrada do poder de Elias, porque os milagres por ele realizados foram tantos e de tal monta que nem mesmo Moisés chegou a tanto.

Elias foi recebido em cima, sem passar pela morte. Homem feliz e ditoso. Antes, só Enoque tivera tal ventura, embora este Autor entenda que Moisés também foi elevado acima, sem passar pela morte, tão misteriosa foi esta, conforme vimos no comentário a Josué.
Tem-se notado e com muita razão que a vida de Eliseu não está bem enquadrada no livro dos Reis, pois ele não era rei. Todavia, não tendo deixado qualquer documentação de suas atividades, e tendo-se preocupado com a estruturação dos quefazeres reais e elementos da Teocracia, a sua vida foi incluída dentro do quadro dos reis, onde operou. A ele cabia a tarefa de representar o Rei Ideal, o que outros infelizmente não fizeram, salvo exceções muito honrosas. Podemos imaginar o que seria a história do Reino do Norte, sem o registro das atividades de Eliseu e mesmo de Elias. Teríamos a impressão de que DEUS havia abandonado de todo o seu povo. Portanto, vamos agrupar os milagres de Eliseu, constituindo com eles um capítulo especial, mesmo que não tenha esta designação.
 

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2. Sucede Eliseu Elias ( 2: 1-25 ) - Comentário Bíblico Wesleyana

1  . E aconteceu que, quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias partiu de Gilgal com Eliseu 2  E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui aqui, peço-te; porque o Senhor me enviou, na medida do Betel. E disse Eliseu: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E assim foram a Betel. 3  E os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e disse-lhe: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça-a-dia? E ele disse: Sim, eu o sei; . segurar sua paz vós 4  E Elias lhe disse: Eliseu, fica comigo aqui, peço-te; porque o Senhor me enviou a Jericó. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. Então, foram para Jericó. 5  E os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça-a-dia? E ele respondeu: Sim, eu o sei; . segurar sua paz vós 6  E Elias lhe disse: Fica-te aqui aqui, peço-te; porque o Senhor me enviou ao Jordão. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E ambos continuou. 7  E foram cinqüenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão. 8  Então Elias tomou a sua capa e, dobrando-a, feriu as águas , e eles foram divididos cá e para lá, a fim de que eles passaram ambos a pé enxuto. 9  E aconteceu que, quando eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede o que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. 10  E ele disse: Tu pediste: Coisa difícil , no entanto , se tu me ver quando eu estou tomado de ti, assim será a ti ; mas se não for, não deve ser assim. 11  E aconteceu que, indo eles andando e falando, eis que, lá apareceu um carro de fogo, com cavalos de fogo, o que os separaram tanto em pedaços; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12  O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!
E não o viu mais, e ele tomou conta de suas próprias roupas, e as rasgou em duas partes. 13  Também levantou a capa de Elias, que dele caíra, e voltou, e parou à beira do Jordão. 14  E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o Senhor, o DEUS de Elias? e quando feriu as águas, eles foram divididos lá e para cá; e Eliseu passou.
15  E quando os filhos dos profetas que estavam em Jericó, defronte dele o viu, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra. 16  E disseram-lhe: Eis que agora, existem com os teus servos há cinqüenta homens valentes; deixá-los ir, pedimos-te, em busca do teu senhor, para que o ESPÍRITO do Senhor, tomou-o e lançasse em algum dos montes, ou em algum dos vales. E ele disse: Vós não deve enviar. 17  E quando eles insistiram com ele, até que se envergonhou, disse ele, em Enviar. E enviaram cinqüenta homens; e eles buscaram três dias, porém não o acharam. 18  E eles voltaram para ele, enquanto ele ficara em Jericó; e ele disse-lhes: Eu não vos digo, não foi?
19  E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis, pedimos-te, a situação desta cidade é agradável, como o meu senhor vê; mas a água é ruim, eo miscarrieth terra. 20  E ele disse: Trazei-me um novo botija, e ponde nele sal. E trouxeram a ele. 21  E saiu ele ao manancial das águas e, deitando sal nele, e disse: Assim diz o Senhor, eu ter curado estas águas; não haverá dali mais morte ou abortando. 22  E aquelas águas ficaram sãs, até o dia de hoje, de acordo com a palavra de que Eliseu disse.
23  E ele subiu dali até Betel; e como ele estava indo pelo caminho, não saiu jovens rapazes para fora da cidade, e zombavam dele, e disse-lhe: Sobe, tu careca; ir para cima, tu careca. 24  E ele olhou para trás e viu, e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então saiu duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois rapazes deles. 25  E foi dali para o monte Carmelo, e dali ele voltou para Samaria.
Elias tinha sido submetido a uma ameaça de morte. Ele havia carregado em uma luta de vida ou morte em nome de Jeová contra Baal-adoração. Profetas do Senhor, bem como profetas de Baal tinha ido para a morte como resultado. Reis estava sob julgamento divino. Ambos Acabe e Acazias tinha morrido, como a palavra do Senhor por intermédio de Elias havia declarado.
O dia finalmente chegou quando Elias deve contar com o futuro. No entanto, em vez de ser dado um enterro, ele foi levado para cima por um redemoinho (v. 11 ).
Não só, mas também Eliseu Elias e as bandas de profetas em Betel e Jericó estavam conscientes para a ocasião especial (cf. vv. 1-3 , 5 , 7 , 9 ). Não há nenhuma razão dada para o pedido de Elias que Eliseu retornar de acompanhá-lo. No entanto, este pedido demonstra a determinação de Eliseu para ir com Elias (v. 2 ). Eliseu tinha se tornado um amigo dedicado e leal de Elias. Outros exemplos notáveis ​​de tal amizade são: Rute para Naomi, Jonathan para Davi, Timothy para Paulo.
Ele não pode ser sem significado que Elias visitou Gilgal, Betel e Jericó (vv. 1 , 2 , 4 ). Em cada um desses lugares lá residia uma colônia de profetas (cf. vv. 3 , 5 ; 2 Reis 4:38 ). A visita de Elias para cada colônia pode ter sido para inspirar a sua lealdade para com o Senhor.
A visitação para as colônias de profetas concluídas, Elias e Eliseu atravessou o rio Jordão, por meio da separação milagroso da água. Então Elias disse a Eliseu: Pergunte o que eu te faça, antes que seja tomado de ti (v. 9). Por fim, o caso de que ambos estavam cientes foi explicitamente mencionado. Elias estava a tomar. No entanto, antes que a ocorrência, ele se ofereceu para ajudar no que for Eliseu Eliseu necessário.
Uma ocasião como Eliseu pode ser mais revelador. Seu mestre estava prestes a partir e estava oferecendo qualquer ajuda Eliseu pôde escolher. Qual seria o seu pedido ser? Fora de seu desejo mais íntimo ele pediu:Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim (v. 9 ). Esta súplica revelou desejo sincero de Eliseu para suceder Elias em sua responsabilidade profética. Aqui havia escolha glamourosa ou atraente durante a dinastia de Omri. No entanto, revelou o material heróico de Eliseu.
Há uma lição mais esclarecedor do poder de influência elaborado a partir de uma comparação entre o rei Acazias e Eliseu, o profeta. O rei ficou sob a forte influência da idolatria em razão da família real, mas Eliseu foi fiel ao Senhor por causa da influência de Elias. Isso ilustra graficamente o quadro geral dos reis e os profetas do Reino do Norte. Os líderes políticos recorreram ao expediente religiosa e compromisso, enquanto os profetas denunciaram que a política e pregou que só o Senhor é DEUS. Julgamento foi visitada sobre os reis, mas honra tardia foi concedido os profetas por gerações posteriores.
Após a partida de Elias Eliseu recebeu o selo de seu comissionamento profética como sucessor de Elias. Ele viu a verdade, embora negligenciado, o poder de DEUS, que estava disponível para Israel: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros ! (V. 12 ). A visão dos carros foi a promessa de que o pedido de Eliseu foi concedida (cf. v. 9 ).
Ao voltar para a Jordânia, Eliseu deve ter feito a divisão do rio como um teste para o cumprimento de seu pedido. Os profetas que vi o livro, apressou-se a curvar-se em presença de Eliseu (v. 15 ). Como ele veio para Jericho deu ajuda à cidade por milagrosamente purificar a primavera fornecimento de água para a cidade. Em seu caminho de Jericó a Betel ele pronunciou uma maldição sobre um grupo de meninos desrespeitosas.
 
 
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Eliseu assume o posto de profeta (2.1-18) - Comentário - NVI (F. F. Bruce)
 

A saída de cena de Elias é entrelaçada intimamente com a introdução de Eliseu como figura-chave no grupo dos profetas. Assim como Josué foi chamado a ser o sucessor de Moisés, Eliseu foi desafiado a assumir a difícil tarefa de seguir o pioneiro de um novo estágio no desenvolvimento de Israel. Mas enquanto Josué tinha liderado o povo na época da conquista da terra, Eliseu preparou o remanescente para uma época em que o povo de Israel seguiria os amorreus cujas práticas tinham absorvido de maneira tão fácil (lRs 21.26).
Tanto Elias quanto Eliseu (v. 1) tinham um pressentimento do que iria acontecer enquanto iam de Gilgal (não a cidade mais conhecida na baixa elevação de Js 4.19 etc., mas uma cidade nas montanhas entre Siló e Betei, possivelmente aquela mencionada em Dt 11.30) para Betei. v. 2. Fique aqui era um teste da determinação de Eliseu. Então foram (heb. “desceram”) a Betei (na verdade, Gilgal ficava localizada num ponto um pouco mais baixo que Betei, mas a rota incluía uma descida final do outro lado da montanha). Um centro dos discípulos dos profetas (v. 3) em Betei, o local odiado do pseudo-santuário de Jeroboão, é aqui mencionado pela primeira vez. Eles prontamente reconhecem tanto Elias quanto Eliseu e também têm um pressentimento da partida de Elias. v. 4. Jerico havia sido reconstruída não muito tempo antes na antiga colina de Hiel (lRs 16.34) em um desafio à maldição de Josué. A colônia de profetas, tradicionalmente conhecida como “fonte de Eliseu”, estava localizada próximo dali, e essa também é a primeira menção de uma comunidade de profetas ali. O último estágio os leva ao rio Jordão (v. 6), que figura entre os últimos sinais proféticos de Elias quando ele “desfaz” a entrada vitoriosa quatro séculos antes. Finalmente ele faz um convite a Eliseu: 0 que posso fazer em seu favor (v. 9). v. 9. Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético (heb. “Dá-me porção dupla do teu espírito”; v. Dt 21.17): isso marcaria Eliseu como o primeiro ou o líder mais importante entre os profetas que Elias estava deixando. Elias deixa a questão em suspense: se você me vir quando eu for separado de você, terá o que pediu (v. 10). A partida veio quando apareceu um carro de fogo [...] que os separou, e Elias foi levado aos céus num redemoinho (não no carro de fogo). O grito de Eliseu: Meu pai! Meu pai! (no sentido de reverência e dependência), os carros de guerra e os cavaleiros de Israel! (v. 12) encontra eco mais tarde na sua própria morte (13.14) e tem sido interpretado como (a) um epitáfio igualando o valor de Elias a mais do que poder militar ou (b) o júbilo por uma partida triunfal, como se Eliseu compartilhasse com o negro spiritual a idéia de que foi o carro de fogo, e não o redemoinho, que levou Elias para casa.
A confiança de Eliseu nesse novo poder foi então imediatamente testada. Depois da primeira ocorrência de bateu nas águas (v. 14), o grego acrescenta: “e elas [as águas] não se dividiram”, para deixar claro que a água do rio tinha retomado o seu fluxo durante o tempo em que os profetas estavam no lado oriental. O TM dá a mesma impressão, sem fazer o acréscimo específico. A pergunta de Eliseu: Onde está agora o Senhor, o DEUS de Elias? é seguida no hebraico de “até (ou também) ele”. A NEB relaciona isso a Eliseu: “ele também bateu nas águas” (assim também a versão alemã Elberfelder). Gray acrescenta isso à pergunta: “Onde está Javé, o DEUS de Elias, até ele?”. A segunda ocorrência do verbo no texto (tendo batido na água) não está nessa forma no original. No hebraico, está simplesmente, como na primeira ocorrência, “bateu na água”. E traduzido dessa forma na NVI para deixar claro que Eliseu não bateu duas vezes na água. Não há explicação como a oferecida em Js 3.16, e, de fato, um tal desmoronamento da margem dificilmente conseguiria explicar duas divisões seguidas da água. O significado religioso é claramente paralelo às experiências do mar Vermelho e do rio Jordão dos israelitas que estavam avançando para a conquista da terra, e simboliza o poder imutável de Javé em circunstâncias mutáveis.
Os cinquenta homens (v. 17) não testemunharam o evento todo, mas viram Eliseu voltar pelo Jordão e o reconheceram como herdeiro de Elias, prestando-lhe o devido respeito (v. 15). E compreensível que Eliseu se oponha ao pedido deles de procurar o teu mestre (v. 16), embora em virtude da insistência ele tenha ficado constrangido (v. 17; NEB: “não teve coragem de resistir”). Eles não o encontraram, e, como no caso de Moisés, ele não teve um túmulo conhecido. Como Eliseu já tinha percebido (v. 18b), não deveria haver a admiração saudosa que um túmulo venerado geraria. A obra de Elias estava concluída; uma obra impetuosa de juízo que se tornou simbólica (Ml 4.5,6), até idealizada (Jo 1.21) e reconhecida no final dessa era em João Batista (Mt
3.1-10). Depois de Moisés e Elias, DEUS não tinha nada de fundamentalmente novo a dizer até a vinda daquele com quem eles se juntaram no monte da transfiguração (Mc 9.4).
Memórias de Eliseu (2.19—8.16)
Eliseu começou a seguir Elias já quase no final do reinado de Acabe (lRs 19.19-21). A partida de Elias se deu após a morte de Aca-zias; assim, o ministério exclusivo de Eliseu abarcou os reinados de Jorão, Jeú e Joacaz. Ele morreu durante o reinado de Joás (13.14), depois de 50 anos de vida pública, uma figura nacional reverenciada cujas proezas foram orgulhosamente contadas e recitadas (8.4). Os incidentes registrados estão, portanto, espalhados ao longo de 50 anos. Não há indicação clara de ordem histórica, e é difícil inferir alguma ordem da narrativa. O texto não evidencia princípio de seleção. A maioria dos incidentes contém atos aparentemente miraculosos e em certo nível indicam o interesse fortuito do povo em contos sobre pessoas extraordinárias. Provavelmente as “grandes coisas que Eliseu fez” eram contadas repetidamente e preservadas pela companhia dos profetas. Num nível mais profundo, a coleção desconexa de histórias propõe a questão da intenção do autor. Aqueles críticos que a priori já não acreditam em histórias de milagres devem dizer por que esses relatos específicos foram inventados e preservados. Aqueles que estão dispostos a aceitá-los tentam entender o seu propósito, e, fora muitas interpretações alegóricas engenhosas, duas sugestões principais podem ser feitas. Eliseu é (a) o símbolo do interesse contínuo de Javé pela política instável da nação moribunda e de seus vizinhos (3.4-27; 6.8—7.20; 8.7-15;
9.1-3) e (b) também o meio de Javé fortalecer o remanescente para que mantenha vivo o verdadeiro e caloroso relacionamento pessoal de confiança e reverência entre os pobres de espírito (2.19-22; cap. 4; 6.1-7; 8.1-6). As histórias de Naamã (cap. 5) e dos moleques de Betei (2.23-25) fazem a ponte entre as duas categorias. Em tudo isso, Eliseu precisa ser avaliado à luz da sua época. Ainda estava por vir “o mensageiro que quando proferissem insultos contra ele não retaliaria”, e o povo de Betei presenciou a justiça sem misericórdia. A condenação de Moabe (como as declarações posteriores de Amós, Am 1.1) retratou um DEUS que ainda usava nações como seus executores. Embora não se possa deduzir nenhuma seqüência histórica exata do texto, a tabela a seguir retrata a posição que tentamos adotar neste comentário.
853 O avanço assírio é temporariamente interrompido em Garcar c. 852 Morre Acazias. Jorão se torna rei
2.19-22; 2.23-25 campanha contra Moabe 3.1-27 Eliseu no Carmelo e em Samaria
4.1-7; 4.8-37
fome (possivelmente 6.24—7.20 cabe aqui)
4.38-41 ? 4.42-44
Eliseu em Damasco 8.7-15 c. 843 Hazael assassina Ben-Hadade II. A Síria perturba Israel durante 40 anos. c. 841 Jeú assassina Jorão e se torna rei.
Os assírios retomam a ofensiva e pressionam até a costa do Mediterrâneo. Jeú paga tributos à Assíria.
A Assíria não está ativamente interessada no Oeste durante alguns anos.
8.1-6; 4.42-44? 6.1-7
814 Jeú morre, e o filho Jeoacaz reina.
6.8-23
802 Os assírios cercam Damasco. A pressão síria sobre Israel é atenuada.
?800 Ben-Hadade III sucede a Hazael. 798 Jeoás sucede a Jeoacaz
possivelmente 6.24—7.20 A visita de Naamã 5.1-27
A água da nascente é purificada (2.19-22)
Se o incidente segue imediatamente a
2.18, a cidade (v. 19) é Jericó. Nesse caso, o incidente pode ser o cancelamento final da maldição que já havia se cumprido em Hiel (lRs 16.34). O pedido é feito pelos homens da cidade — isso não se limita à comunidade profética — mostrando a consideração apropriada (Como podes ver. no heb., “como o meu senhor pode ver”.) a terra é improdutiva'. BJ: “país estéril”. O verbo empregado em ê improdutiva é usado somente em referência a pessoas, como em Ex 23.26. A tigela nova e o sal (v. 20) são acessórios do ato profético, e tentativas de explicar quimicamente a purificação da água não são convincentes, v. 22. até hoje a água permanece pura\ fonte permanente de gratidão local a Javé e ao seu profeta.
Uma maldição em Betei (2.23-25)
v. 23. De Jericó Eliseu foi para Eetel liga os dois incidentes e destaca a mudança repentina de graça e cura para maldição e castigo. Os meninos não eram crianças inocentes de 2 ou 3 anos. O hebraico qãtãn pode significar “pequeno” em contraste com grande em importância (18.24), embora geralmente seja uma referência à imaturidade (lRs 11.17); na'ar é usado com freqüência em relação a homens jovens (e.g., lRs 11.28; 2Rs 4.22); yeled, meninos (equivalente a “jovens”) no v. 24, é igualmente ambíguo (v. lRs 12.14). O contexto precisa ser levado em consideração, e aqui sugere um bando de moleques à espera numa emboscada, que sai após o profeta para zombar dele (observe: Voltando-se). Suma daqui: em algumas versões, “sobe” (ARA, ARC e B] refletem literalmente o heb.), é um comentário sarcástico acerca da partida de Elias, careca pode ser referência a um tipo de coroa de clérigo que os profetas usavam ou simplesmente um insulto grosseiro, v. 24. olhou [...] e os amaldiçoou: qãlal “falar mal de”, Ex 22.28; SL 62.4, não o herem, “dedicação”, a entrega de alguém para a destruição (v. comentário de lRs 20.42); depois disso, Eliseu seguiu o seu caminho, ursas eram comuns naquela região montanhosa na época, um perigo constante, embora o povo e o autor os tenham considerado um castigo. Se os meninos estavam espelhando o desprezo dos seus pais pelo novo profeta, Ex 20.5 poderia ser um comentário apropriado, v. 25. prosseguiu até o monte Garmelo: onde parece ter tido uma residência (4.25) e dali voltou a Samaria (onde é encontrado em casa em 5.3 e 6.32). Parece que o profeta de Javé podia agora viver em Israel sem ser molestado.
 
 
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CAPÍTULO 2 - (896 aC) - EXPOSITOR BÍBLIA THEWORD
 
 
A REVELAÇÃO DE TRADUÇÃO DE ELIAS
E sucedeu que, quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias partiu de Gilgal com Eliseu. (Eliseu, já chamado de DEUS, agora tinha sido com Elias durante cerca de 10 anos. O "Gilgal" mencionado aqui não é a Gilgal perto de Jericó, mas sim um outro Gilgal que estava perto de Shiloh em Samaria.)
2 E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui aqui, peço-vos; porque o SENHOR me enviou a Betel. E Eliseu lhe disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E desceram a Betel. (Eliseu sabia que Elias estava prestes a ser tomada, mas, provavelmente, nesta fase, não como ele seria levado e, conseqüentemente, ele não vai deixar o grande profeta fora de sua vista.)
3 E os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; segurarlhe a sua paz (como eles sabiam disso, não nos é dito!) .
4 E Elias lhe disse: Eliseu, fica comigo aqui, peço-vos; porque o SENHOR me enviou a Jericó. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. Então chegaram a Jericó (é a alma persistente quem colhe os benefícios do que CRISTO fez por nós no Calvário, e só a alma persistente [ Lc. 11: 5-13 ]) .
5 Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sua cabeça? E ele respondeu: Sim, eu o sei; segurar-lhe a sua paz.
6 E Elias lhe disse: Fica-te aqui, peço-vos, aqui; porque o SENHOR me enviou ao Jordão. E ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E eles dois continuou.
ELIAS DIVIDE O JORDÃO
7 E foram cinqüenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.
8 Então Elias tomou a sua capa e a dobrou, e feriu as águas, e eles foram divididos cá e para lá, de modo que eles passaram ambos em seco (pelo Poder de DEUS, o rio Jordão aberto) .
A PORÇÃO DOBRADA
9 E aconteceu que, quando eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede o que devo fazer para você, antes de eu ser tirado de você. E disse Eliseu, peço-vos que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim (em essência, uma dupla porção do ESPÍRITO de DEUS, que estava sobre Elias) .
10 E ele disse: Você pediu uma coisa difícil (a palavra "difícil", em hebraico, significa "você fez uma grande reivindicação"; a ruína da Igreja moderna é que fazemos uma reivindicação muito menor, ou nenhuma afirmam em tudo, como crentes, a compreensão de que estamos servindo a um grande DEUS, devemos jogo uma grande reivindicação) : no entanto, se você me ver quando eu seja tomado de ti, assim será para vós outros; mas se não for, não deve ser assim. (A grande pergunta deveria ser, até mesmo para os crentes modernos, "O que você vê?" Não vemos o milagroso poder de DEUS, ou fazer outras coisas que vemos?)
A TRADUÇÃO DE ELIAS
11 E aconteceu que, indo eles andando e falando, eis que, apareceu um carro de fogo, com cavalos de fogo, e separou os dois pedaços; e Elias subiu ao céu num redemoinho (no original hebraico, que diz: "E Elias subiu em uma tempestade para os Céus", não há menção de um "redemoinho", dois apenas da descendência de Adão, Enoque e Elias, já passamos da terra para o céu sem morrer) .
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros (Elijah tinha sido a força de Israel) . E não o viu mais, e ele pegou suas roupas e as rasgou em duas partes (Elisha rasgando as roupas retrata o fato de que ele não é mais um aluno, mas agora o Profeta) .
ELISEU DIVIDE O JORDÃO
13 Também levantou o manto (a vestimenta exterior) de Elias, que dele caíra, e voltou, e parou à beira do Jordão (provavelmente onde ele e Elijah tinha cruzado que pouco tempo antes) ;
14 E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR DEUS de Elias? e quando feriu as águas, estas se dividiram de cá para lá, e Eliseu passou (o Senhor proclamou a Eliseu que Ele estava com ele, permitindo-lhe repetir último milagre de Elias, e, assim, deu-lhe a certeza de que Ele estaria com ele desde então em seu ministério profético) .
15 E quando os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó viram, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu faz. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra (eles reconheceram o poder de DEUS sobre ele) .
 
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I. Fim do Ministério de Elias até Jeú – 1:1 – 9:10. - Comentario Biblico Moody
2 Reis 1
1:1. Revoltou-se Moabe. Este versículo ficaria melhor em I Reis 22:51-53, dando uma conclusão à passagem. Era muito comum que, com a morte de um monarca reinante, houvesse uma revolta. Mesa, o rei de Moabe, conforme descobertas arqueológicas, deixou uma inscrição (conhecida por Pedra Moabita), descrevendo sua revolta triunfante contra Acabe por causa da "opressão" do rei israelita sobre Moabe.
1) Fim do Ministério de Elias até Sua Trasladação. 1:1 - 2:11.
Esta seção, que inclui a narrativa da tentativa do Rei Acazias de prender Elias e a morte do rei, ensina diversas lições importantes. Mostra que é fatal abandonar a DEUS, que é necessário honrar o seu profeta e que o poder e proteção só se encontram na obediência à palavra profética dada por DEUS.
2. Acazias . . . adoeceu. A doença de Acazias foi provocada por uma queda da janela de um quarto no segundo andar. Ide, e consultai a Baal-Zebube. De acordo com as tabuinhas cuneiformes do alfabeto ugarita, este nome deve ser soletrado Baal-Zebul. Possivelmente a soletração foi modificada por algum copista para tornar o nome ridículo. O primeiro significa Baal da mosca. O outro, Baal da habitação, isto é, o deus da vida cananita, a principal divindade cananita. Acazias tentou sincretizar o culto a Baal com o culto a Jeová. Elias prova aqui que Baal não tem poder. Acabe, por seu lado, violara a aliança introduzindo o culto a Baal, substituindo a adoração ao Senhor pela idolatria. O pedido que Acazias fez de buscar um oráculo foi um desafio ao DEUS de Israel. Se sararei desta doença. Uma doença prolongada resultante da queda despertara a preocupação do rei, levando-o a procurar um oráculo.
3. O anjo do Senhor disse. Gênesis 22:15, 16 faz do "anjo do Senhor" e do Senhor a mesma pessoa. DEUS aceitou o desafio. Não há DEUS em Israel. A idolatria do povo excluíra DEUS dos seus corações.
4b. Sem falta morrerás. Um oráculo adverso indicava que pecado público e afastamento deliberado de DEUS deviam terminar com a morte.
4c. Elias partiu. Elias foi ao encontro dos mensageiros do rei.
5. E os mensageiros voltaram para o rei. Os mensageiros, tendo se encontrado com Elias e recebido a sua mensagem, imediatamente retornaram para o rei, isto é, para Acazias – para Samaria. A idolatria tinha de tal forma obscurecido seus corações que não reconheceram a intervenção divina através de Elias.
6. Um homem nos subiu ao encontro. Os mensageiros fielmente repetiram as palavras de Elias a Acazias.
7. Qual era a aparência do homem? Não tendo se esquecido das aventuras de Acabe com Elias, Acazias conjeturou que Elias estava agindo novamente.
8. É Elias, o tesbita. A descrição de Elias confirmou suas conjecturas. As vestes de Elias eram características dos pregadores do arrependimento. Um ministério de arrependimento era oportuníssima naquele período de apostasia em Israel (cons. Mc. 1:6, 7).
9. Então lhe enviou o rei. A segunda fase desta luta entre o Senhor e Baal começou então. Acazias pretendia castigar Elias pelo insulto. Homem de DEUS... Desce. A maneira de tratar era desrespeitosa. O soldado não compreendia que o tratamento desonrava a aliança porque desonrava o profeta de DEUS.
10. Elias ... respondeu. O desacato do capitão teria de resultar em morte. É com muita freqüência que o "mundo" trata os servos de DEUS do mesmo modo. O pecado e o mundo cegam os olhos dos homens. Fogo desceu do céu, e o consumiu. O Senhor DEUS confirmou a palavra de Elias e comprovou-se vitorioso no conflito.
11. Outro capitão de cinqüenta. Na segunda tentativa de apanhar Elias, o rei aumentou o seu pecado acrescentando a palavra depressa.
12. Veja o versículo 10. O pecado ainda não tinha dominado essa gente.
13, 14. Indo ele, pôs-se de joelhos. O terceiro capitão, percebendo ou não o significado dos acontecimentos, convenceu-se da posição e poder profético de Elias e o tratou com o devido respeito. Ele disse, com efeito, "eu sou apenas o servo do rei, cumprindo o meu dever; por isso, por favor, conceda-me a honra de vir comigo à presença do rei".
15. O anjo . . . disse a Elias. O poder do rei era vão. Elias não devia temer Acazias, pois o Senhor defenderia o Seu profeta.
16. E disse a este. Elias repetiu a primeira mensagem já transmitida aos mensageiros.
17. Assim, pois, morreu. A palavra de DEUS nunca é enunciada em vão (veja E.R. Thiele, Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, pág. 61). Jorão . . . começou a reinar no seu lugar . . . porquanto Acazias não tinha filho. Um irmão (cons. 8:16) de Acazias subiu ao trono (cons. 3:1; 1 Reis 22: 51). O reinado de Acazias, de pouco mais de um ano, foi curto demais mais para que ele gerasse um herdeiro. No ano segundo de Jeorão. Jorão de Israel veio a ser rei no décimo oitavo ano de Josafá e no segundo ano de Jeorão, reis de Judá. Nessa ocasião havia uma co-regência em Judá (cons. 3:1. Veja Introdução, Cronologia).
 
 
A Trasladação de Elias. 2:1-11
1. Em relação ao período em que se deu este acontecimento, veja I Reis 22:51; II Reis 3:1; 1:17. A trasladação de Elias obviamente ocorreu depois da morte de Acazias. Um redemoinho. Inserção retrospectiva. Nessa ocasião só se sabia da possibilidade da trasladação de Elias (2:3, 5). Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. O hebraico diz desceu. Gilgal fica acima de Betel e está em Efraim perto de Siló, a moderna Jiljilyeh. Em Amós 4:4 e Os. 4:15 ela foi citada junto com Betel, como centro de falsa adoração a DEUS.
2. Fica-te aqui. Apesar da exortação, Eliseu declarou que ele iria com Elias, que ia agora voltar as três escolas de profetas para fortalecê-las contra a invasão do culto a Baal. A existência dessas escolas indica que os profetas estavam organizados em uma espécie de associação. Agora Elias começou a testar- a vocação pessoal de Eliseu para o ofício de profeta.
3. Os discípulos dos profetas que estavam em Betel. Estudantes e seguidores dos profetas de DEUS, exercendo ministério sob a supervisão deles. Sabes ... ? DEUS revelara a Elias que logo teria de partir. E Elias transmitira a revelação a fim de preparar Eliseu e os discípulos dos profetas para a sua partida. Tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça. Eliseu ia perder seu mestre e líder. Calai-vos. Isto é, "submetam-se à vontade de DEUS e não aumentem meu fardo de tristeza". Não devemos tentar reter aqueles que DEUS chama, mas regozijarmo-nos com a entrada deles na Sua presença.
4. Veja versículo 2 com a mesma pergunta e resposta.
5. Jericó. Veja versículos 1-3. A esta altura parece que DEUS tinha o propósito definido de apresentar Eliseu como sucessor de Elias (cons. v.3), qualificado para liderar a oposição à falsa adoração e deter sua expansão entre o povo.
6. Cons. versículos 2,4. A constância de Eliseu tomou« evidente. Veja o versículo 9 abaixo sobre o que deveria estar se passando em sua mente.
7. Cinqüenta homens . . , pararam a certa distância. Um grupo dos discípulos dos profetas seguia os dois e observava o que acontecia junto ao Jordão, provavelmente de uma ribanceira acima deles.
8. Elias tomou o seu manto. A vocação de Eliseu (I Reis 19:19) fez do manto de Elias um símbolo do ofício profético; aqui ele foi um símbolo do poder de DEUS (cons. a vara de Moisés, Êx. 17:9).
9. Pede-me o que queres que eu te faça. Elias abriu a porta da sucessão profética. Porção dobrada. Comparando com Dt. 21:17 indica que Eliseu pedia para ser o herdeiro - o sucessor. Veja Hb. 3:5, 6 com referência ao treinamento na "filiação" para qualificação, a fim de desempenhar um ofício em questão.
10. Dura coisa. O favor pedido não pertencia a Elias conceder. Se me vires quando for tomado de ti. O sinal pelo qual Eliseu saberia que seu pedido fora atendido. Se Eliseu tivesse a coragem de presenciar a trasladação de Elias, e a compreensão espiritual para entender o significado da partida do homem mau velho, seria o sucessor.
11. Indo eles andando. Enquanto andavam do outro lado do Jordão. O redemoinho (tempestade, se'arâ, com nuvens negras e relâmpagos) e o carro de fogo com cavalos de fogo eram símbolos do poder de Jeová na batalha (cons. Is. 31:1; 34:8, 9; Êx. 14:9, 17; I Reis 10:29; Sl. 104:3, 4). Elias subiu na tempestade para a presença do Senhor, não no corro. Veja também Ml. 4:5, 6; Mt. 11:14.
 
 
Apresentação de Eliseu. 2:12-15.
Eliseu foi apresentado como o profeta de DEUS nomeado para substituir Elias. Seu ministério foi o do ensino, planejado para mostrar a praticabilidade de se seguir ao Senhor e demonstrar que Baal não poderia atender às necessidades do povo.
12. O que vendo Eliseu. Esta foi a evidência de que Eliseu fora escolhido. Meu pai. Eliseu falou assim na qualidade de sucessor de Elias. Carros de Israel, e seus cavaleiros. O carro era a mais poderosa arma conhecida, símbolo do supremo poder de DEUS. Eliseu estava falando de Elias como o instrumento profético pelo qual o poder de DEUS operava em benefício da verdade em Israel. Pois a defesa de Israel estava só no Senhor, e sua idolatria era uma rejeição da sua defesa. Este poder divino poderia ajudar o povo a guardar a aliança. E nunca mais o viu. Elias desapareceu completamente. Tomando as suas vestes, rasgou-as. Assim Eliseu expressou sua sincera tristeza pela partida de Elias.
13. Então levantou o manto. O manto que caíra seria uma confirmação a mais da sucessão de Eliseu (veja v. 15).
14. Onde está o Senhor, DEUS de Elias? Veja Jr. 2: 6-8 com a mesma pergunta, que o povo deixou de fazer pela fé. Eliseu não estava sendo impertinente; estava na realidade orando: "Aqui está a oportunidade de exibires teu grande poder em teu obediente servo".
15. Vendo-os, pois, os discípulos dos profetas. Ainda observando, eles viram Eliseu usando o manto. O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. Eliseu recebera os mesmos dons que Elias possuíra, como prova de que fora ungido para o ofício do profeta.
 
 
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SÍNTESE DO TÓPICO I - Todo início tem um fim. Terminar a carreira possuindo mais conquistas do que derrotas é um alvo a ser alcançado.
SÍNTESE DO TÓPICO II - DEUS está pronto para conceder os pedidos que fazemos a Ele, basta que tenhamos intimidade e fidelidade para com o Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Quando somos escolhidos por DEUS para realizar uma grande obra, Ele nos legitima diante de todos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Utilizando uma técnica didática denominada “Tempestade Cerebral”, proponha à classe a seguinte questão: O que significa “porção dobrada do espírito de Elias”?
Como funciona a técnica? O professor fará a pergunta e cada aluno, um após o outro, deverá respondê-la imediatamente sem ter o tempo suficiente para estruturar ou ordenar logicamente a resposta. As ideias serão captadas em estado nascente. A partir do uso desta técnica o professor avaliará o nível de conhecimento da classe acerca do assunto. A seguir, coloque no quadro a resposta abaixo, avaliando-a com eles.
No contexto do Antigo Testamento, geralmente, o sucessor das funções familiares era o primogênito. O sucessor tinha direito a porção dobrada da herança deixada aos outros filhos (Dt 21.17). O que Eliseu estava pedindo a Elias era para ser seu sucessor no ministério profético.
 
CONHEÇA MAIS TOP2
“Eliseu seguira Elias durante muito tempo, e não o abandonaria neste momento em que aguardava a benção de sua partida. [...] As águas do Jordão anteriormente cederam diante da arca; agora, perante o manto do profeta, como um sinal da presença de DEUS. Quando DEUS leva os seus fiéis ao céu, a morte representa o Jordão que eles devem cruzar, e encontram um caminho por onde devem passar. A morte de CRISTO dividiu as águas para que passem os redimidos do Senhor. Onde está, ó morte, o teu aguilhão, o dano que podes causar, o teu terror?” Para saber mais leia:Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 297

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2
“Os filhos dos profetas (ver 1 Rs 20.35 nota) pelo que parece, concentravam-se em três locais principais: Gilgal, Betel e Jericó (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo dirigente (vv.1,15).
A amizade sincera e a comunhão na igreja sempre resulta em bênçãos extraordinárias para a obra de DEUS.
[...] O termo ‘porção dobrada’ significa também ao dobro do poder espiritual de Elias; e ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. DEUS atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).

SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3
“[...] Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24),sem experimentar a morte. (1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque, da obra, do caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento, vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque e Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).
“2 Rs 2.9 DEUS concedeu o pedido de Eliseu porque os motivos de Eliseu eram puros. O objetivo principal de Eliseu não era ser melhor ou mais poderoso do que Elias, mas realizar mais para DEUS. Se nossos motivos forem puros, não teremos que ter medo de pedir grandes coisas a DEUS; pelo contrário, devemos estar dispostos a pedi-las. E quando pedirmos que DEUS no dê grande poder ou habilidade, precisamos examinar nossos desejos e nos livrar de qualquer egoísmo que encontrarmos.
2 Rs 2.11 Elias foi levado para o céu sem morrer. Ele é a segunda pessoa mencionada nas Escrituras a ter essa honra. Enoque foi a primeira (Gn 5.21-24). Pode ser que os demais profetas não tenham visto DEUS tomar Elias porque poderiam ter dificuldades em acreditar no que veriam. Seja qual for o caso, eles quiseram procurar Elias (2 Rs 16-18). A falta de qualquer traço físico do profeta iria confirmar o que havia acontecido e fortalecer a fé destes homens. A única pessoa levada ao céu em forma corpórea foi o Senhor JESUS, depois de sua ressureição (At 1.9)” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.753).
 
OBJETIVO GERAL - Descrever o fim da trajetória de Elias e o começo do ministério de Eliseu.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expor o final do ministério de Elias;
Destacar o pedido destemido de Eliseu;
Registrar a concretização do início do ministério de Eliseu.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Converse com seus alunos sobre a importância de se ter um sucessor ministerial, e que esse sucessor seja confirmado por DEUS. A Bíblia diz que Eliseu ficou com o manto utilizado por Elias (2 Rs 2.13). Quando Elias foi levado ao céu, DEUS começou a confirmar o ministério de Eliseu através da operação de muitos milagres (2 Rs 2.13-25). Em toda Bíblia, com exceção de JESUS, nenhuma outra pessoa teve tantos milagres registrados por intermédio de seu ministério quanto Eliseu. Peça a seus alunos para fazerem uma lista dos milagres de Eliseu, e destacarem o modo de DEUS agir em cada um deles.
 
PONTO CENTRAL - Devemos nos espelhar em pessoas que possuem as características de um fiel servo de DEUS
 

PARA REFLETIR- A respeito de “Elias e Eliseu, seu Sucessor”, responda:
O que realmente Eliseu estava querendo de Elias quando pediu porção dobrada do seu espírito? Eliseu estava pedindo para ser herdeiro de Elias, para ficar no lugar dele como profeta. Ele também pediu para ter o espírito ou atitude de Elias porque queria a mesma coragem e zelo pela verdadeira adoração (1 Reis 19.13,14).
O que nos ensina o fato de as profecias de Elias serem cumpridas a curto prazo, diferente de outros profetas? Isso nos ensina que a grandeza de um profeta não é medida somente pelo tempo do cumprimento de suas profecias, mas, principalmente, pela integridade e grandeza de sua alma.
De que maneira Eliseu terminou seu ministério? Honrado pelos que temiam ao Senhor e respeitado pelos inimigos de DEUS.
Qual foi a maior herança espiritual que Elias deixou para Eliseu? A sua capa, sua unção, isto é, a sua autoridade de profeta.
O que representou a capa de Elias para o ministério de Eliseu? Ela legitimou o ministério dele publicamente, ao tocar nas águas do Jordão e dividi-las para uma e outra banda (2 Rs 2.14).

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 39.