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Escrita Lição 8, CPAD, A Promessa De Paz, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita, Lição 8, CPAD, A Promessa De Paz, Comentários Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 8
I – A PAZ NO PLANO DE DEUS
1. O significado de paz
2. A Paz na bênção sacerdotal
3. A Paz do Senhor
II – A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1. Uma paz enganosa
2. A “paz” das obras da carne
3. Uma falsa paz
III – A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1. O Príncipe da Paz
2. Uma promessa redentora
3. Uma promessa que excede todo o
entendimento
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize.” (Jo 14.27)
VERDADE PRÁTICA
A Paz do Senhor JESUS traz quietude e
calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Fp 4.9 O DEUS de paz está conosco em todo o
tempo
Terça - Cl 3.15 A paz de DEUS domina os corações dos que
o temem
Quarta - Mt 5.9 Os pacificadores são bem-aventurados
Quinta - Rm 5.1 Por meio de CRISTO temos paz com DEUS
Sexta - Is 9.6,7 JESUS, o nosso Senhor, é o "Príncipe
da Paz"
Sábado - Fp 4.6,7 A paz de DEUS excede todo o entendimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Números
6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11
Números 6
24 - O Senhor te abençoe e te guarde;
25 - O Senhor faça resplandecer o seu
rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
26 - O Senhor sobre ti levante o seu rosto
e te dê a paz.
Filipenses 4
6 - Não estejais inquietos por coisa
alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela
oração e súplicas, com ação de graças.
7 - E a paz de DEUS, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.
1 Pedro 3
10 - Porque quem quer amar a vida e ver os
dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11 - aparte-se do mal e faça o bem; busque
a paz e siga-a.
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Hinos Sugeridos: 3, 178, 364 da Harpa
Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 8
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
A PAZ QUE O
MUNDO OFERECE É FÍSICA,É EXTERIOR, É PASSAGEIRA (corpo). A PAZ QUE ENCONTRAMOS
EM JESUS É ESPIRITUAL, INTERIOR, É ETERNA (alma e espírito)
Mateus 11.28 "Venham a mim, todos os que estão cansados e
sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. 29 Tomem sobre vocês o meu jugo
e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão
descanso para as suas almas.
30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição
5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades
1º Trimestre de
2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o
crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.
Comentarista:
Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
AQUI VOCÊ VÊ
PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-5paz-de-deus-antidoto.html Figuras da Lição
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a
paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
VERDADE PRÁTICA
A paz, como
fruto do ESPÍRITO, não promove inimizades e dissensões.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Sl
4.8 A paz de DEUS nos faz repousar em segurança
Terça — Sl
34.14 Aparte-se do mal e siga a paz
Quarta — Sl
119.165 Os que amam a lei de DEUS têm paz
Quinta — Is 9.6
JESUS é o Príncipe da Paz
Sexta — Jo
16.33 Em JESUS CRISTO encontramos a paz verdadeira
Sábado — Rm
12.18 Se possível, viva em paz com todos
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE- Efésios 2.11-17.
11
— Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e
chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela
mão dos homens; 12 — que, naquele tempo, estáveis sem CRISTO, separados da
comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança
e sem DEUS no mundo. 13 — Mas, agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes
estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto.
14
— Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando
a parede de separação que estava no meio, 15 — na sua carne, desfez a
inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para
criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16 — e, pela
cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades. 17
— E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que
estavam perto;
OBJETIVO GERAL
I.
Mostrar que depois de receber a paz de CRISTO, o crente deve transmiti-la
as outras pessoas;
II.
Explicar que existem três tipos de inimizade e o seu alvo é destruir a
unidade da Igreja de CRISTO;
III.
Saber que temos a missão de anunciar o evangelho e para isso precisamos
ter paz com todos.
PONTO CENTRAL -
A paz que JESUS oferece não depende de situações e circunstâncias.
Em JESUS, temos
paz. Não estamos falando da paz que o mundo oferece. Estamos falando de uma paz
que excede todo entendimento; uma paz com DEUS que, mesmo em um mundo cheio de
guerras e conflitos, podemos afirmar que vivemos em paz. A verdadeira paz resulta
da fé em DEUS, porque somente Ele incorpora todas as características da paz.
Para encontrar a paz de espírito e a paz com os outros, você precisa encontrar
a fé em DEUS e a paz com DEUS.
Resumo da Lição
5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades
I. A PAZ QUE
EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1. Paz.
2. Paz com
DEUS.
3. Promotor da
paz.
II. INIMIZADES
E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1. Três tipos
de inimizades.
2. Inimizade e
soberba.
3. Inimizade e
facção.
III. VIVAMOS EM
PAZ
1. O favor
divino.
2. A cruz de
CRISTO.
3. A nossa
missão.
VÁRIOS
COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique
Lição
5, Paz de DEUS: Antídoto contra as inimizades
Resumo rápido
do Pastor Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Estudo de hoje:
Paz como uma das qualidades do fruto do ESPÍRITO e a inimizade como um dos
frutos da carne.
Quem não é
nascido de novo não tem ainda o Fruto do ESPÍRITO em si, portanto, não pode ter
a verdadeira paz que só CRISTO oferece. A paz de DEUS é interior e não se
importa com as adversidades da vida. A certeza de salvação e esperança de estar
para sempre com o SENHOR é maior do que tudo.
I. A
PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1.
Paz.
PAZ -
DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS
ειρηνη - eirene
- Lê-se Írinin
provavelmente do verbo primário eiro (juntar);
1) estado de tranquilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e
mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua
salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de DEUS e contente
com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte
A paz aqui é
espiritual, é um milagre de DEUS em nossa vida, pois só a temos devido ao
sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é resultado da paz com DEUS que
temos a partir do momento que aceitamos a JESUS CRISTO como SALVADOR e SENHOR.
O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe Consigo o fruto do ESPÍRITO, e
neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e nossos irmãos e até com nossos
inimigos, se for possível.
O mundo pode
estar em guerra a nossa volta, mas nós estamos em paz com DEUS e procuramos
estar em paz com todos.
Ultimamente,
temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico. O crente que vive em paz
com DEUS não sentirá tais sintomas.
18 Sintomas da
Síndrome do Pânico:
Sensação de
perigo iminente
Medo de perder
o controle
Medo da morte
ou de uma tragédia iminente
Sensação de
estar fora da realidade
Dormência e
formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
Palpitações,
ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
Sudorese
Tremores
Dificuldade para
respirar, falta de ar e sufocamento
Hiperventilação
Calafrios
Ondas de calor
Náusea
Dores
abdominais
Dores no peito
e desconforto
Dor de cabeça
Tontura
Sensação de
estar com a garganta fechando
Tudo isso
ocorre com quem não está em paz com DEUS.
2. Paz com
DEUS.
Quando nos
convertemos fomos declarados justos diante de DEUS porque nossos pecados foram
levados por JESUS na cruz e para o inferno. Como diz o profeta Isaias:
"...o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados." Isaías 53:5
Paulo nos
revela isso assim: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com
DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO;" (Rm 5.1). Já não somos inimigos de
DEUS, agora somos filhos amados.
Depois de
termos esse milagre realizado me nossa vida podemos passar esta paz aos outros
pela pregação do evangelho e compartilhamento da presença de DEUS em nós.
"Assim
que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou
consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto
é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos
embaixadores da parte de CRISTO, como se DEUS por nós rogasse. Rogamos-vos,
pois, da parte de CRISTO, que vos reconcilieis com DEUS. Àquele que não
conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de
DEUS." 2 Coríntios 5:17-21
JUSTIFICAÇÃO -
DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS δικαιοω dikaioo
1) tornar justo ou com deve ser
2) mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal como é e deseja ser
considerado
3) declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como deve ser
JUSTIFICAÇÃO -
Dicionário Bíblia Almeida
1) Segundo
alguns BIBLISTAS, o ato judicial de DEUS por meio do qual ele, pela sua graça,
perdoa os seres humanos de sua culpa. A base para esse perdão é que JESUS
cumpriu a Lei em lugar dos seres humanos e sofreu o castigo pelos pecados deles
(Rm 5.12-21). As pessoas são justificadas através da fé (Rm 3.21-25,28; 5.1),
que DEUS lhes dá pela ação do ESPÍRITO SANTO.
2) Segundo
outros biblistas, justificação é o ato pelo qual DEUS, como Rei, Senhor e
Salvador, aceita e põe em relação correta consigo a pessoa que faz com ele uma
ALIANÇA, a qual é baseada na fé em CRISTO. A justificação é originada e mantida
pelo ESPÍRITO SANTO (v JUSTIÇA - Rm 1.17; 3.24 e 4.25 ).
JUSTIFICAÇÃO -
Dicionário Teológico - [Do heb. tsadik\ do gr. dikaios-, do lat.
justificationem] Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao
Tribunal de DEUS, através do qual o pecador que aceita a CRISTO é declarado
justo (Rm 5.1). Ou seja: passa a ser visto por DEUS como se jamais tivera
pecado em toda a sua vida (Rm 5.1).
A justificação
é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado, continuará
criminoso. Mas se DEUS o justificar, torna-se ele justo (Rm 8.1). A
justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em CRISTO JESUS.
JUSTIÇA -
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde
- Do hebraico
“sedã-qãh” e do grego “dikaiosy-nê”, “dikaos’', é a virtude que dá a cada um o
que lhe é de direito.
A palavra
justiça na Bíblia adquire um sentido mais amplo do que nos
códigos coordenados pelos magistrados para orientarem seus atos,
ao serem chamados para julgar ou aplicar a lei.
Há uma
diferença profunda entre o significado da palavra justiça
na interpretação humana e sob o ponto de vista divino
A justiça
divina não é apenas um sentimento passageiro e falho; é um atributo
essencial através do qual os atos de DEUS personificam a equidade
É vá a
tentativa de medir a justiça de DEUS através de medidas humanas. Os fariseus
e os rabinos do tempo de JESUS pensavam que receberiam a justa
recompensa divina somente por cumprirem a Lei. A eles JESUS respondeu:
“Depois de haverdes feito tudo quanto vos foi ordenado, dizei:
Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos
fazer” (Lc 17.10).
A noção de
justiça de DEUS em Paulo é encontrada em Romanos 1.17; 3.5,21,25; 10.3;
2 Coríntios 5.21 e tem um sentido derivado. Para a maior parte dos
exegetas, a justiça divina em Romanos é a justiça que vem de DEUS, que o
homem recebe de DEUS, meramente imputada, ou como fruto de santificação. Para
outros, a justiça de DEUS em Paulo é a justiça que o próprio DEUS
possui, isto é, um atributo divino que em certo sentido é comunicado
aos homens.
A justiça de
DEUS é o fundamento para a justiça humana e para a graça da filiação,
como encontramos nas cartas de João: “Se sabeis que Ele é justo,
reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1
Jo 2.29). A justiça de DEUS requer que o homem que conhece e
ama essa justiça se abstenha de proceder como os demais que são como
que cegos espirituais. A justiça forma o elemento principal do caráter que
aprova a Palavra de DEUS. A exigência para que o homem se
apresente diante de DEUS e dos homens pronto para receber a
justiça consiste apenas em amar a misericórdia e andar humildemente com
DEUS.
As Escrituras
apresentam como justos os homens que possuem as qualificações acima
mencionadas. Vamos observar o que a Bíblia diz acerca de Simeão, quando
JESUS foi apresentado no templo: “Havia em Jerusalém um homem chamado
Simeão; homem este justo” (Lc 2.25). Simeão é chamado de justo, isto é,
digno de justiça, simplesmente porque viu o Messias e creu nas
infalíveis promessas divinas de restauração do gênero humano.
Tudo quanto até
aqui declaramos, foi apenas uma tentativa de esboçar o magnífico e incomparável
tema que é a justiça de DEUS. Contudo, somente nos aproximamos do problema; não
conseguimos penetrar no esplendor do reflexo dos atos de recompensa
da justiça divina, nem nos foi possível demonstrar a profundidade
dela, por uma razão muito simples: é impossível alcançar a base
da justiça de DEUS, pois está escrito que a justiça é a base do trono de
DEUS e quem poderá perscrutar esse fundamento?! (Sl 97.2).
Adão e Eva
foram expulsos em consequência da justiça de DEUS que
havia determinado bênção para o obediente e castigo para o
transgressor.
3. Promotor da
paz.
A paz que
encontramos em CRISTO deve ser anunciada e proclamada a todos os que nos
cercam, pois é desejo de DEUS que todos a incorrem também. As pessoas
perceberão esta paz em nós, mesmo durante nossas aflições e circunstâncias
adversas pelas quais passarmos por elas.
Paulo fala de
nosso esforço para ter paz com todos, de nossa parte devemos fazer de tudo o
que for possível para isso seja possível, mesmo sabendo que muitos nos odiarão,
mas JESUS disse que devemos amar nossos inimigos e orar por eles.
"Se for
possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os
homens. Romanos" 12:18
"E odiados
de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim,
esse será salvo." Mateus 10:22
"Eu,
porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei
bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para
que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;" Mateus 5:44
II.
INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1.
Três tipos de inimizades.
INIMIZADE
εχθρα -
echthra - Lê-se Festrá
1) inimizade
2) causa de inimizade
Inimizades.
A palavra grega
exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade, animosidade.
Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se enraíza no
coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade para com
seu semelhante. É o oposto do amor.
Três tipos de
inimizade. Vejamos:
Inimizade para
com DEUS (Rm 8.7) - “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra DEUS,
pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser.” (Rm 8.7).
inimizade entre
as pessoas (Lc 23.12) - “E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram
amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro.” (Lc 23.12)
hostilidade
entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16) - “Porque ele é a nossa paz, o qual de
ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,
Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia
em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E
pela cruz reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as
inimizades.” (Efésios 2:14-16)
Em Gálatas,
Paulo apresenta a inimizade, as contendas e as disputas como obras da carne (Gl
5.20).
2. Inimizade e
soberba.
A inimizade
pode ser resultado da soberba, ou desejo de ser grande, de ser maior que todos.
Desejo de fama e de glória. JESUS ensinou que aquele que deseja ser grande deve
ser o menor.
"Mas entre
vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso
serviçal;" (Marcos 10:43)
Na igreja todos
devemos servir a todos, cada um com seu talento dado por DEUS. Cada um deve
administrar aos outros aquilo que recebeu para benefício de todos.
"Cada um
administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de DEUS." (1 Pedro 4:10)
Que fareis
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1
Coríntios 14:26
Paulo nos diz
que aqueles que buscam inimizades estão pecando, pois são carnais e não podem
agradar a DEUS.
"Porque
ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não
sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" (1 Co 3.3)
3. Inimizade e
facção.
As inimizades,
muitas vezes, causam divisão e grandes prejuízos à obra de DEUS. São grupos que
se formam e se dividem dentro da ighreja e com focos diferentes. A
evangelização, que deve ser o objetivo comum, perde seu papel primordial e é
substituído por passeios e festas entre grupos.
Na igreja de
Corinto havia 4 grupos distintos. Eram partidos em torno de Paulo, Apolo, Cefas
e CRISTO. Uns diziam que pertenciam a Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co
1.12), outros a Pedro e ainda outros diziam pertencer a CRISTO. Paulo dá fim à
discussão e às inimizades perguntando aos irmãos: “Está CRISTO dividido? Foi
Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13).
Até o grupo de
CRISTO estava errado pois estavam divididos como se pudesse CRISTO dividir a
igreja em grupos.
Toidos devem se
unir na evangelização dos povos, como um corpo, com todos os membros se
dirigindo para um único lugar, o Céu, com um mesmo SENHOR,JESUS, todos em
comunhão com um mesmo ESPÍRITO, O ESPÍRITO SANTO, todos sendo filhos de um
mesmo DEUS, o PAI.
III.
VIVAMOS EM PAZ
1. O
favor divino.
Fomos todos
árvores cheias de espinhos e que estavam destinadas ao fogo eterno, éramos
zambujeiros, mas fomos enxertados na oliveira verdadeira, JESUS e assim nos
chegamos a DEUS (Rm 11.17). Os judeus não compreenderam que foram colocados por
DEUS no mundo para abençoar as outras nações (Gn 12.3).
Paulo nos
mostra que, em CRISTO, tanto gentios como judeus, todos somos iguais perante
DEUS e todos carecemos de misericórdia e amor de DEUS, por isso, devemos viver
em paz e unidade, desde que através de JESUS. Só em JESUS poderemos achar a
unidade do corpo de CRISTO. Levemos a paz a todos os povos, sem acepção de
pessoas.
OLIVEIRA
(Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)
- Do hebraico
“zayit”, do grego “elaia”. Nome científico: “olea euro-paea L”.
Como a figueira
e a videira, a oliveira é a planta característica da Palestina. É vista
mais comumente nas encostas das montanhas e floresce em
maio. Sua cor é acinzentada; a parte inferior das folhas é
esbranquiçada e a superior é verde escura. Por causa do intenso
calor, suas folhas se enrolam e encolhem, razão por que a sombra que
oferecem é pequena. Quando floresce, saem umas folhas esbranquiçadas
que caem depois que nascem um ou dois frutos. São muito conhecidos os
olivais de Siquém, Jerusalém e Hebrom. As palavras derivadas da oliveira
são poucas na Bíblia: monte das Oliveiras (Zc 14.4; Mt 26.30; Mc
14.26; Lc 22.39); encosta das Oliveiras (2 Sm 15.30). Sua madeira
dura é utilizável; seu fruto, em forma de ameixa, tem uma carne muito
oleosa; por causa dessa utilidade, é denominada de rainha das árvores (Jz
9.8). Nesse texto de Juízes, está registrado o apólogo de Jotão.
Em Israel, os
olivais de Ramá da Galileia são famosos, havendo oliveiras ali com alguns
milênios de idade. Visitando o Jardim das Oliveiras ou do Getsêmani,
deparamo-nos com oliveiras que presenciaram, silenciosas, o sofrimento de
JESUS. A Palestina não é somente descrita como terra que mana leite e
mel, mas também “terra das oliveiras”, abundante de azeite e mel (Dt
8.8). No tempo de Davi, havia um chefe encarregado dos olivais e um
outro do depósito de azeite (1 Cr 27.28).
Outro fato que
os leitores devem conhecer é que a azeitona, em grande parte, e em algumas
regiões é colhida verde. A razão disso é que - assim dizem os entendidos -
o azeite é melhor. O azeite era extraído, esmagando-se ou pisando-se
as azeitonas (Êx 27.20; Jl 2.24; Mq 6.15).
O azeite também
era usado para ungir os reis quando escolhidos. Os sacerdotes também eram
ungidos com o óleo especial (1 Sm 2.10,35; 12.3; 16.6).
Finalmente
temos uso do azeite na alimentação. Esta função como alimento é
das mais importantes, pois o uso do azeite não provoca irritações,
nem alergias, como acontece com outros produtos oleosos e gordurosos, que
facilitam também o desenvolvimento de doenças. Na Grécia e na
Palestina, a alimentação é preparada à base de azeite; esse fato elimina
muitas doenças do aparelho digestivo que afligem as criaturas que se
alimentam com gorduras pouco saudáveis.
Agora vejamos o
simbolismo da oliveira na Bíblia. A partir da época de Noé e do Dilúvio, a
oliveira transformou-se símbolo universal da paz, não somente para os
homens de sentimentos religiosos, mas também para os políticos
que tudo exploram em seu próprio favor. A razão por que o ramo de
oliveira é o símbolo da paz baseia-se no fato registrado em Gênesis
8.11, onde aparece a pomba que Noé soltou, após cento e cinquenta
dias de chuva; ela voltou trazendo uma folha de oliveira, sinal de que
a ira de DEUS se aplacara, sinal de que havia novamente
paz entre os homens e DEUS.
O fruto da
oliveira, em seu estado silvestre, é pequeno e sem valor. Torna-se bom
e abundante quando na oliveira silvestre é enxertado um ramo de
boa árvore. Por outro lado, a oliveira se reproduz através dos brotos
que saem da raiz; esses são enxertados em outra oliveira para que
cresçam e dêem frutos. Dessa figura interessante, Paulo tira uma
lição preciosa, quando escreve aos romanos (Rm 11.17-24). Ele se
refere aos ramos silvestres (os pagãos), enxertados na
oliveira cultivada (os judeus); o ramo enxertado vive pela
seiva transmitida através do tronco: os gentios recebem
benefícios por causa de Israel.
O azeite na
Bíblia é o símbolo do ESPÍRITO SANTO; precisamos de sua unção
para que nosso testemunho diante dos homens seja vivo e eficaz!
Com o óleo
especial de oliveira eram ungidos os reis e os sacerdotes que
se tornavam consagrados para o serviço de DEUS
2. A cruz de
CRISTO.
A cruz é um dos
símbolos mais conhecidos do cristianismo. A cruz é sinal de maldição. É onde
JESUS levou nossos pecados, doenças e enfermidades. Pelo seu sacrifício fomos
justificados, regenerados, perdoados, redimidos, salvos, pois, pela graça de
DEUS e mediante a fé no sacrifício de JESUS, somos reconciliados com DEUS.
JESUS sofreu
calado por nós. Não abriu sua boca para reclamar ou dizer palavras ofensivas
aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). JESUS permaneceu quieto durante seu
julgamento e castigo. Ele demonstrou ter paz e equilíbrio emocional mesmo
vivendo uma situação tão terrível. Ele sabia o porquê de sua missão e que o seu
sacrifício era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com DEUS.
Coleção
Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14 para que aos gentios
viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela
fé a promessa do Espírito. (Gálatas 3.13).
A justificação
tem como causa meritória o sacrifício expiatório de Cristo (3.13). Depois de
mostrar a total impossibilidade de o homem ser justificado pelas obras da lei,
Paulo apresenta o remédio, mostrando que Cristo nos resgatou e nos abriu o
caminho da salvação. Cristo foi nosso representante, fiador e substituto. Ele
assumiu o nosso lugar e levou sobre si os nossos pecados. Foi traspassado pelas
nossas transgressões. Bebeu sozinho o cálice amargo da ira de Deus que
deveríamos beber e sofreu o golpe da lei que deveríamos sofrer. Fez-se pecado e
maldição por nós. Morreu em nosso lugar e em nosso favor. O sacrifício de
Cristo é a causa meritória da nossa salvação, enquanto a fé é a sua causa
instrumental.
John Stott tem
razão quando diz que a maldição foi transferida de nós para Cristo. Ele a
colocou voluntariamente sobre si mesmo, a fim de nos libertar dela. E essa
transferência da maldição que explica o horrível grito de abandono e solidão
que ele enunciou na cruz.273 Estou de pleno acordo com a declaração
de Adolf Pohl de que Cristo não se fez maldição porque transgrediu a lei. Ao
contrário, foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele “...se ofereceu sem
mácula a Deus” (Hb 9.14), “...sem defeito e sem mácula” (lPe 1.19). Porém, se
não suportou a maldição por si, ele a suportou por nós, “...o justo pelos
injustos” (lPe 3.18).
A justificação
implica a plena satisfação das demandas da lei (3.13). A justificação é um ato,
e não um processo. E um ato jurídico, legal e forense, e não uma experiência
subjetiva. Acontece fora de nós, e não em nós, no tribunal de Deus, e não em
nosso coração. Porque Cristo se fez maldição por nós e morreu em nosso lugar,
pagando a nossa dívida, estamos quites com a lei de Deus e com a justiça de
Deus. Não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
A justificação
redunda em resgate da maldição da lei (3.13). A obra de Cristo na cruz foi a
maior missão resgate do mundo. O Filho de Deus desceu às profundezas do abismo,
quando foi pendurado na cruz, pois ali se fez maldição. Ali sorveu cada gota do
cálice amargo da ira de Deus. Ali foi ferido e traspassado pelos nossos
pecados. Ali desbaratou os principados e potestades e anulou o escrito de
dívida que era contra nós. Foi no Calvário que Cristo nos resgatou da maldição
da lei, do império das trevas e da potestade de Satanás. A palavra grega
exegorasen, usada no versículo 10, contém a ideia de comprar no mercado,
redimir, pagar o preço pela libertação de um escravo.
A justificação
pela fé é a bênção de Abraão destinada a todos os que creem (Gl 3.14). Deus não
tem duas formas de salvar o pecador. Abraão foi justificado pela fé, e assim
todos os gentios recebem essa bênção de Abraão, a justificação, pela fé. A
justificação é em Cristo, e não à parte de Cristo. O Espírito prometido, que
nos convence do pecado, da justiça e do juízo, nos é dado pela fé, e não pelas
obras da lei.
Concluo esta
exposição com as oportunas palavras de William Hendriksen:
Entre todas as
pedras preciosas que resplandecem na coroa da bênção de Abraão (a bênção que
recebeu), com toda segurança, esta era uma das mais preciosas, a saber, que por
ele - mais precisamente, por meio de sua semente, o Messias - uma quantidade
inumerável de pessoas seria abençoada. Por meio de Cristo e seu Espírito, o
Espírito da promessa (At 1.4,5; Ef 1.13), o rio da graça (Ez 47.3-5)
continuaria seu curso sem fim, abençoando primeiramente aos judeus, mas depois
também aos homens de toda raça, tanto gentios como judeus. Sim, o rio da graça
flui pleno, abundante, refrescante, fortificante para todos. E, para receber a
bênção, a saber, a realização da promessa: “Eu serei o teu Deus”, a única coisa
da qual se necessita é a fé, a confiança no Cristo crucificado, porque foi no
Calvário que as chamas da ira de Deus descarregaram toda sua fúria, e os
crentes de todas as nações, tribos e línguas são salvos para sempre!
3. A nossa
missão.
JESUS veio ao
mundo com uma missão do PAI, morrer na cruz pelos nossos pecados. JESUS nos deu
uma missão (Mt 28.19,20; Mc 16). Para executarmos essa missão, precisamos estar
em paz com todos, pois em inimizade não poderíamos levar o evangelho a ninguém.
Como ouviriam de um inimigo o evangelho? Anunciemos ao mundo que somente JESUS
pode nos dar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz (Is 9.6).
Uma comissão
universal (16.15-20) - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias
Lopes
Paul
Beasley-Murray comentando esse passo bíblico faz algumas considerações
oportunas que vamos considerar.
Em primeiro
lugar, a boa nova é o próprio Jesus (16.15). As boas-novas (euangelion) é uma
das palavras favoritas de Marcos. Ele a usa sete vezes (1.1,14,15; 8.35; 10.29;
13.10; 14.9). Para Marcos, a história de Jesus é a boa nova a ser proclamada. O
evangelho é a mensagem de que Deus está agindo por meio de Jesus, seu Filho,
trazendo libertação ao cativo, quebrando o poder do diabo, do pecado e da
morte. Pelo evangelho proclamamos que em Jesus o curso da História tem sido
mudado. Jesus pela sua morte e ressurreição estabeleceu o seu Reino. Isso é a
grande boa nova do evangelho, diz Paul Beasley-Murray.
Em segundo
lugar, a boa nova de Jesus precisa ser pregada (16.15). O verbo pregar é outra
palavra favorita de Marcos. Ela é encontrada quatorze vezes nesse evangelho,
enquanto só aparece nove vezes em Mateus e Lucas. Marcos enfatiza que Cristo
veio pregando (1.14). Marcos sabe que Jesus é mais do que um pregador, por
isso, relata vários dos seus milagres, porém destaca a primazia do ministério
de pregação de Jesus (1.38). Embora Jesus tenha se ocupado em atender as
necessidades físicas das pessoas, Ele focou primordialmente as necessidades
espirituais. Jesus chamou seus discípulos para pregar (3.14) e os enviou a
pregar (6.12). Agora, Jesus ordena seus discípulos a pregar em todo o mundo.
Dewey Mulholland diz que estar calado é um perigo maior que perseguição e
morte. O evangelho só é boas-novas se for compartilhado.
O propósito de
Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a todas as
criaturas. O evangelho deve ser pregado a todas as nações (13.10), em todo o
mundo, a toda criatura (16.15). A Igreja precisa ser uma agência missionária.
Ela precisa ser luz para as nações. Uma igreja que não evangeliza precisa ser
evangelizada. A igreja é um corpo missionário ou um campo missionário.
A evangelização
é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável. O mundo precisa do
evangelho e a salvação do evangelho precisa ser oferecida livremente a toda a
humanidade, diz John Charles Ryle.
Em terceiro
lugar, a boa nova de Jesus precisa ser recebida (16.16). O evangelho somente é
experimentado como boas-novas quando é recebido e crido. A Palavra de Deus é
como espada de dois gumes, ao mesmo tempo em que traz vida, também sentencia
com a morte. A Igreja é perfume de vida e também de morte, pois ninguém pode
ficar neutro diante da mensagem do evangelho que ela proclama. Aos que recebem
a mensagem, a Igreja é cheiro de vida para a vida, porém, àqueles que rejeitam
as boas-novas, ela é cheiro de morte para a morte.
Aquele que crê
deve ser batizado e introduzido na comunhão da igreja. A fé, porém, precede ao
batismo. O batismo não faz o cristão, mas demonstra-o. Uma pessoa pode ser
salva sem o batismo, como o foi o ladrão que se arrependeu na cruz, mas jamais
alguém pode ser salvo sem crer em Jesus. É a descrença e não a ausência do
batismo a razão da condenação (16.16). John Charles Ryle corretamente afirma
que milhares de pessoas são lavadas em águas sacramentais, mas jamais foram
lavadas no sangue de Cristo. Isso, contudo, não significa que o batismo deve
ser desprezado ou negligenciado.
Certamente,
Jesus não está dizendo que o batismo é necessário para a salvação, mas a pessoa
que é salva deve ser batizada. É a rejeição de Cristo que traz a condenação
eterna. Jesus foi claro, quando disse: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). Adolf Pohl diz que o vínculo
direto entre os termos não é “batismo e salvação”, mas “fé e salvação”, ou
“incredulidade e condenação”.
Em quarto
lugar, a boa nova de Jesus precisa ser confirmada (16.17,18). Adolf Pohl
corretamente afirma que os sinais não estão vinculados a cargos, mas em
primeiro lugar à fé que deixa Deus ser Deus (5.36; 9.23; 11.22). Em segundo
lugar, eles fazem parte do contexto missionário, pois o fato de eles
“acompanharem” pressupõe que os discípulos estão a caminho para difundir o
evangelho.
Paul
Beasley-Murray diz que o que temos aqui é descritivo e não prescritivo. O que
temos aqui é um sumário da vida da Igreja primitiva. Os cristãos primitivos
expulsaram demônios em nome de Jesus (3.15; 6.7,13; At 8.7,16,18; 19.12). Eles
falaram em línguas (At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.10,28; 14.2-40). Paulo foi
picado por uma víbora sem sofrer o dano de seu veneno letal (At 28.3-6). Eles
impuseram as mãos sobre os enfermos para curá-los (At 28.8). Não há, porém,
nenhuma alusão no Novo Testamento sobre a ingestão de veneno. O único registro
que temos na história é de Eusébio, historiador da Igreja, que fala sobre
Justus Barsabas, um cristão que, forçado a beber veneno, pela graça de Deus não
morreu.
CONCLUSÃO
A Paz,
qualidade do fruto do ESPÌRITO, é a paz que Excede Todo Entendimento, é Paz Com
DEUS, De posse desta paz devemos ser Promotores Da Paz.
As Inimizades e
Contendas são obras da carne, essa inimizade é ausência De Paz, existem pelo
menos três Tipos De Inimizades, entre uma pessoa e outra, entre grupos e entre
nações. Muitas vezes a Inimizade é produto da soberba. A Inimizade produz
Facção, ou divisão até mesmo dentro da igreja.
Portanto, Vivamos
Em Paz. Esta paz é um Favor Divino. Foi conquistada na Cruz por
CRISTO. JESUS nos deu uma Missão, a missão de ir por todo o mundo e
compartilhar esta paz de DEUS com todos. Compartilhar JESUS e sua salvação para
que todos tenham paz com DEUS e entre si.
Paz é um
milagre - é paz sobrenatural - vem do ESPÍRITO SANTO - Paz com DEUS
Porquanto o
Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO
SANTO; (Rm 14.17).
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Comentário
Mattew Henry do Novo Testamento
Se formos
cuidadosos para agirmos sob a direção e o poder do ESPÍRITO bendito, apesar de
não sermos liberados dos estímulos e da oposição da natureza corrupta que resta
em nós, esta não teria domínio sobre nós. Os crentes estão metidos num conflito
em que desejam sinceramente essa graça que possa alcançar a vitória plena e
rápida. Os que desejam entregar-se à direção do ESPÍRITO SANTO não estão sob a
lei como aliança de obras, nem expostos a sua espantosa maldição. Seu ódio pelo
pecado, e sua busca da santidade, mostram que tem uma parte na salvação do
Evangelho.
As obras da
carne são muitas e manifestas. Estes pecados excluirão do céu aos homens,
todavia, quanta gente que se diz cristã vive assim e dizem que esperam ir para
o céu!
Enumeram-se as
qualidades do fruto do ESPÍRITO, ou da natureza renovada, que devemos
manifestar em nosso caráter. E assim como o apóstolo tinha mencionado
principalmente as obras da carne, não somente daninhas para os mesmos homens,
senão que tendem a fazê-los mutuamente nocivos, assim aqui o apóstolo nota
principalmente as qualidades do fruto do ESPÍRITO, que tendem a fazer
mutuamente agradáveis aos cristãos, assim como a torná-los felizes. As
qualidades do fruto do ESPÍRITO e seus resultados na vida cristã mostram
evidentemente que eles são conduzidos pelo ESPÍRITO.
A descrição das
obras da carne e do fruto do ESPÍRITO e suas qualidades nos diz que devemos
evitar e resistir, e que devemos desejar e cultivar; e este é o afã e empresa
sinceros de todos os cristãos reais. O pecado não reina agora em seus corpos
mortais, de modo que lhe obedeçam (Rm 6.12), mas eles procuram destruí-lo.
CRISTO nunca reconhecerá os que se rendem para serem servos do pecado. E não
basta com que cessemos de fazer o mal, senão que devemos aprender a fazer o
bem. Nossa conversação sempre deverá corresponder ao princípio que nos guia e
nos governa (Rm 8.5).
Obra da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
PAZ -
eirene ειρηνη - Lê-se Êremê - Paz
O Melhor da
Vida
Havia poucas
coisas que o mundo antigo desejava mais do que a paz. A busca pela paz era
universal. O alvo de todas as filosofias antigas era ataraxia, a serenidade, a
tranquilidade, a mente quieta. César talvez pudesse produzir um mundo em paz,
mas o anelo dos homens era um coração em paz, uma paz não proclamada por César,
mas por DEUS (Epiteto: Discursos 2.13.12). Nesta busca pela paz, há certas
ideias que voltam sempre a ocorrer.
(a) A paz
somente pode vir com a eliminação do desejo.
“ Se quiser
tornar Pitocles feliz,” disse Epicuro, “não aumente os seus bens, mas diminua
os seus desejos.
” Nada que se
possa dar ao homem pode lhe trazer a paz. Deve-se retirar-lhe os desejos
humanos instintivos que fazem da vida uma frustração e um campo de batalha.
(b) A paz
somente pode vir com a morte da emoção. O homem deve tornar-se apathès, livre
da emoção. Se permitir que outra pessoa controle o seu coração, ou que qualquer
pessoa possua as chaves do mais íntimo do seu ser, então a paz será perdida
para sempre. Conforme diz Glover, os pensadores fizeram da vida um deserto, e
chamavam-no de paz.
(c) A paz vem
da aquisição da indiferença. Nesta vida tudo pode ser incluído entre duas
classes. Há as coisas que estão dentro do controle de um homem, e as coisas que
não estão. A única coisa que está dentro do controle de um homem e sua mente,
sua escolha moral, a atitude que adotara para com a vida e as circunstâncias.
Diante de todas as coisas externas e de tudo quanto possa ser afetado por
forças e circunstâncias fora do seu controle, o homem deve conservar
indiferença total. A solicitude para com qualquer pessoa ou objeto deve ser
estrangulada antes de nascer, conforme ensinavam os estoicos.
(d) A paz vem
de uma total independência autossuficiente, da autarkeia.
O homem nunca
deve tornar-se, em sentido algum, dependente de qualquer coisa fora de si
mesmo. Sua vida deve ser totalmente autossuficiente, defendida pela resolução
de que não se importará com nada.
Estas eram as
ideias básicas da paz: “a ausência da dor física e da preocupação na mente,”
conforme a definição de Epicuro. Fica bem claro que estes filósofos antigos
viam a paz em termos de imparcialidade, auto isolamento e resistência contra a
vida. A única coisa proibida era o envolvimento na situação humana externa. E
fica bem claro que há uma diferença enorme entre isto, o modo de vida neotestamentário
e o ideal cristão.
Examinemos,
então, a ideia neotestamentária de paz. A palavra paz entrou no Novo Testamento
com uma história grandiosa. E a tradução da palavra hebraica slalom. É verdade
que slalom significa paz, e como paz é traduzida na maior parte das referências
em nossas Bíblias, embora existam outras possibilidades tais como: (BV): saúde
(sal 38), .3bem-estar (como vai ele?) (Gn 43.27), prosperidade (riquezas e
fama) (Jó 15.21). Slalom realmente significa tudo quanto contribui para o bem
do homem, tudo que faz com que a vida seja verdadeiramente vida. Entre nós, paz
passa a ter um significado um pouco negativo. Tende a significar a ausência de
guerra e de problemas. Por exemplo, se numa batalha, as hostilidades
propriamente ditas chegassem ao fim, sem haver mais lutas, provavelmente
diríamos que houve paz; mas bem certamente o hebreu não chamaria de paz uma
situação em que há terras queimadas, e onde as pessoas ainda se olham com um
tipo de suspeita aterrorizada. No pensamento hebraico a paz é algo muito mais
positivo; e tudo quanto contribui para o sumo bem dos homens. A saudação salaam
não expressa simplesmente o desejo negativo de que a vida da pessoa fique livre
de problemas; expressa a esperança e a oração positivas de que ela possa
desfrutar de todas as boas dádivas e bênçãos da mão de DEUS. Ao pensar no
significado de paz, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, é essencial ter
em mente o significado positivo da palavra.
Examinemos
brevemente, então, a palavra eirènè conforme é usada na LXX.
i. Descreve a
serenidade, a tranquilidade, o perfeito contentamento da vida totalmente feliz
e segura. O caminho da retidão será a paz, e o efeito da retidão será a
quietude e segurança para sempre (Is 32.17). O salmista deitar-se-á em paz e
dormirá, porque é DEUS quem o faz repousar seguro (sal 4.8). Jeremias contrasta
a terra da paz com a floresta do Jordão (Jr 12.5).
Esta palavra
“paz” traz a calma e a serenidade da vida da qual o medo e a ansiedade foram
banidos para sempre.
ii. Eirènè
(Lê-se Êremê) é a palavra para descrever a perfeição dos relacionamentos.
(a) E a palavra
da amizade humana. Os amigos de um homem são literalmente, em hebraico, “os
amigos da minha paz” (Jr 20.10, ARA: “ íntimos amigos;” Jr 38.22, ARA: “bons
amigos” ). A condenação que Isaias
faz dos homens
maus e injustos é que não conheceram o caminho da paz. Têm sido destruidores de
relacionamentos pessoais. Procura a paz, diz o salmista, e empenha-te por
alcançá-la (sal 34.14). Faça tudo para endireitar o relacionamento com o seu
próximo.
(b) É a palavra
do relacionamento certo entre uma nação e outra, como, por exemplo, quando
Josué faz a paz com os homens de Gibão (Js 9.15).
(c) É a palavra
do relacionamento certo entre o homem e DEUS. Entre DEUS e os Seus, há uma aliança
da paz, o que torna certo de que será mais fácil serem removidas as montanhas e
as colinas do que a misericórdia de DEUS se afastar dos homens (Is 54.10).
Jeremias declara que DEUS tem pensamentos de paz para com os homens (Jr 29.11).
É fácil ver
quão importante é a palavra “paz.” É muito mais do que um estado negativo onde
os problemas cessaram temporariamente. Descreve a saúde do corpo, o bem-estar e
a segurança, a perfeita serenidade
e
tranquilidade, uma vida e um estado em que o homem tem um relacionamento
perfeito com o seu próximo e com o seu DEUS. Verdadeiramente, “paz” é uma
palavra que entra no vocabulário do NT trazendo consigo aspectos de glória.
No NT a palavra
paz, eirènè, ocorre oitenta e oito vezes, e em todos os livros. O NT é o livro
da paz.
A ocorrência
mais comum acha-se nas saudações. A saudação normal numa carta do NT é: “Graça
a vós outros e paz” (Rm 1.7; 1 Co 1.3; 2 Co 1.2; Gl 1.3; Ef 1.2; Fp 1.2; 1 Ts
1.1; 2 Ts 1.2; Fm 3; cf. 1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2; Tt 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Pe 1.2; 2 Jo
3; Ap 1.4). É uma saudação especialmente significativa. Graça é charis; charis
é o substantivo de chairein que é o início normal de uma carta pagã. É
usualmente traduzido: “Saudações!” , e pode significar, conforme já vimos: “A
alegria seja contigo!” Paz é eirènè, e é a saudação normal e comum numa carta
judaica. É como se os escritores cristãos tomassem e juntassem as saudações
pagãs e judaicas e dissessem: “Em JESUS CRISTO realizou-se tudo quanto judeus e
gentios já sonharam e desejaram para si mesmos e para os outros. Em JESUS
CRISTO existe, para judeus e gentios, hebreus e gregos, tudo para o sumo bem
dos homens.” Todas as bênçãos reúnem-se no bem-estar perfeito oferecido em
JESUS CRISTO. No NT, paz tem certas origens: A paz provém da fé. A oração de
Paulo pelos cristãos em Roma é que o DEUS da esperança os enchesse com todo o
gozo e paz no seu crer (Rm 15.13). A paz provém da certeza da sabedoria, do
amor e do poder de DEUS. A paz provém de apostar sua vida na fé de que aquilo
que JESUS disse a respeito de DEUS é verídico.
A paz provém de DEUS. Paulo fala da paz de DEUS que excede todo o entendimento (Fp 4.7). Com toda a probabilidade, isto não quer dizer tanto que a paz de DEUS ultrapassa o poder da compreensão da mente
humana, mas que a paz de DEUS ultrapassa a capacidade de planejar da mente humana. A paz é muito mais uma coisa que DEUS dá, do que algo que o homem cria.
A paz é o dom de JESUS CRISTO. Quando o CRISTO ressurreto voltou para Seu próprio povo, Sua saudação foi: “Paz seja convosco” (Jo 20.19, 21, 26).
Mesmo assim, JESUS também deixou Sua última vontade e testamento:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14.27). Em última análise a paz não é algo que o homem alcança — é algo que ele aceita.
No NT, a paz tem significado que é mais frequente do que qualquer outro, e foi transmitido pelo pensamento e uso judaicos. A paz é o relacionamento certo em todas as esferas da vida.
(a) A paz é o relacionamento certo dentro do lar. Em 1 Co 7.12-16.
Paulo trata de um problema que fora levantado pela igreja de Corinto. Havia um partido dentro da igreja de Corinto que acreditava que, se um cônjuge num casamento se tornasse cristão e o outro permanecesse pagão, o cônjuge cristão deveria deixar o outro, rompendo e terminando, assim, o casamento. Paulo dá conselhos enfáticos contra tal comportamento. O dever do cônjuge cristão não é abandonar o cônjuge pagão, mas levá-lo a JESUS CRISTO. Passa, então, a citar a razão: “DEUS vos tem chamado a paz” (1 Co 7.15). Esta palavra “paz” descreve a união indissolúvel do relacionamento que existe entre o marido e a esposa dentro do lar.
(b) A paz e o novo relacionamento entre os judeus e os gentios. JESUS, disse Paulo, é a nossa paz, porque de dois povos fez um, e derrubou o muro de hostilidade que estava no meio. Criou nEle mesmo um novo homem para tomar o lugar dos dois, fazendo a paz por este modo (Ef 2.14-17).
Há um quadro duplo aqui. O Templo em Jerusalém consistia em uma série de átrios em ordem crescente de santidade e separação. O átrio mais externo era o Átrio dos Gentios onde qualquer homem de qualquer nação podia entrar. Havia, depois, o Átrio das Mulheres, além do qual as mulheres não podiam penetrar a não ser que fosse para fazer algum sacrifício estipulado. Mais para dentro ainda, havia o Átrio dos Israelitas, além do qual não podia penetrar qualquer leigo. O átrio mais interior era o Átrio dos Sacerdotes, na extremidade do qual havia o Templo propriamente dito e o SANTO Lugar, e onde ficam os altares. Entre o Átrio dos Gentios e o Átrio das Mulheres havia um cercado bem baixo chamado o cel.; e encaixada nele, em intervalos, havia uma inscrição: “Nenhuma pessoa de outra raça deve entrar no cercado e plataforma em volta do Lugar SANTO.
Quem for encontrado agindo assim será responsável pela sua própria morte, que se seguirá.” Havia, bem literalmente, um muro de divisão entre os judeus e os gentios, uma separação total. Aquele muro foi edificado pelos judeus, mas do lado dos gentios havia uma parede invisível de ódio, suspeita e antissemitismo que excluía o judeu. Com a vinda de JESUS, a parede de separação foi derrubada; a diferença radical foi apagada. Nas orações matutinas judaicas havia uma expressão de ações de graças da parte do homem judeu, em que agradecia a DEUS por não ter nascido gentio, escravo ou mulher. Mas a grande declaração de Paulo é que em CRISTO não há nem judeu, nem grego, nem escravo, nem liberto, nem homem, nem mulher (Gl 3.28). Em JESUS CRISTO as barreiras estão derrubadas, e só nEle pode ser estabelecido o relacionamento certo entre uma nação e outra, e entre uma raça e outra.
(c) A paz descreve o novo relacionamento que deve existir dentro da Igreja. Na Igreja, os cristãos devem manter a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz (Ef 4.3). Em Colossenses, Paulo usa uma metáfora: “Seja a paz de CRISTO o arbitro em vossos corações” (Cl 3.15). A palavra “arbitro” é proveniente dos jogos esportivos, referindo-se ao arbitro que dá suas decisões. Dentro da Igreja a paz de DEUS deve ser o arbitro de todas as decisões dentro do nosso coração.
As decisões não devem ser governadas pela ambição pessoal, desejo de prestígio, amargura ou espírito implacável; devem, sim, ser governadas pela paz de DEUS; devem ser feitas num relacionamento pessoal com os homens que é possibilitado exclusivamente por um relacionamento com DEUS.
(d) A paz descreve o relacionamento cristão entre um homem e outro.
É dever de cada cristão esforçar-se por criar e manter esse relacionamento. O cristão deve esforçar-se em prol da paz com todos os homens (Hb 12.14). O cristão deve labutar para ser achado em paz por CRISTO, ou seja, num relacionamento certo com seu próximo (2 Pe 3.14). A condenação dos maus é que não conheceram o caminho da paz (Rm 3.17). Há aqui uma promessa e uma advertência subentendidas. Ninguém pode fazer uma obra mais cristã do que estabelecer o relacionamento certo entre os homens. E DEUS certamente não considerara inocente o homem que perturba os relacionamentos pessoais dentro da Igreja. O pacificador está fazendo a obra de DEUS; o provocador de contendas está fazendo a obra do diabo.
(e) A paz descreve o novo relacionamento entre o homem e DEUS. Temos paz com DEUS porque, mediante a obra de JESUS CRISTO, entramos num relacionamento certo com Ele (Rm 5.1). JESUS fez a paz, ou seja: estabeleceu um relacionamento certo, entre DEUS e o homem, pelo sangue da Sua cruz (Cl 1.20). Através da obra de JESUS CRISTO, o medo, a alienação, o terror e a distância já não existem e temos intimidade com DEUS. Bem pode ser dito que o novo relacionamento é resumido na nova palavra pela qual podemos, mediante JESUS, dirigir-nos a DEUS. O próprio JESUS chamava DEUS de Abba (Mac 14.36), e mediante o ESPÍRITO nos é possível usar a mesma palavra (Rm 8.15). Abba, na Palestina antiga, como yába ainda o é entre os árabes hoje, era a palavra com a qual uma criancinha dirigia-se ao pai no círculo familiar. Uma tradução em nossa língua pareceria grotesca, pois o significado é “papai.” Que infinita diferença está no clamor aterrorizado de Manoá, dizendo para a esposa: “Certamente morreremos, porque vimos a DEUS” (Jz 13.22).
A paz e o relacionamento completamente novo que JESUS CRISTO possibilitou entre o homem e DEUS. Fica claro que esta paz tem um valor infinito; e sabemos que alcançá-la não é uma tarefa fácil humanamente falando. Já dissemos que ela é o dom de DEUS, porque no NT Ele é chamado de o DEUS da paz pelo menos seis vezes (Rm 15.33; 16.20; Fp 4.9; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.23; Hb 13.20,21).
Mas, embora todas as dádivas de DEUS sejam feitas gratuitamente, há também um sentido em que não são oferecidas de graça. Devem ser intensamente desejadas e buscadas com grande esforço. Destarte, o NT usa três grandes palavras para a parte do homem na busca desta paz. Devemos buscar a paz e persegui-la (“empenhe-se por alcançá-la” — ARA) (1 Pe 3.11).
Devemos ser zelosos para sermos achados por ele em paz (2 Pe 3.14).
A palavra traduzida por buscar é zêtein, e significa fazer da paz o objeto de todos os nossos esforços. A palavra traduzida por perseguir é diõkein, que significa perseguir até alcançar, como um caçador faria. A palavra traduzida por ser zeloso é spoudazein que significa procurar uma coisa com entusiasmo ardente. A paz que consiste em relacionamentos certos não se obtém de modo fácil ou automático, mas quando a desejamos de todo o coração e a buscamos com toda a nossa mente, usando todas as nossas faculdades para achá-la e mantê-la, DEUS abre a Sua mão e a dá abundantemente.
INIMIZADE - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
echthra - εχθρα - Lê-se Festrá - Inimizade
B, ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as pessoas ficam inimigas; M: brigas. Outras traduções de outras ocorrências da palavra:
RSV: hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M: inimizade tradicional entre famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16); P. elementos conflitantes (Ef 2.14).
Não é necessário gastar muito tempo discutindo o significado de echthra; echthros é a palavra grega normal para um inimigo, e echthra, para a inimizade.
No próprio NT, ocorre somente em duas outras passagens. Em Rm 8.7
Paulo escreve que a mente que se fixa na carne é hostil a DEUS, ou, conforme diz NEB: “O ponto de vista da natureza inferior é inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14,16 é usada para a parede divisória de hostilidade que faz separação entre o judeu e o gentio até que ambos se tornem um só em JESUS CRISTO.
No mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas continuam sendo reproduzidas na vida humana.
i. Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da mesma cidade do mesmo pais. Platão disse que em cada cidade havia uma guerra civil entre os que possuem e os que não possuem. Pode haver em qualquer
comunidade uma guerra de classes que as pessoas de disposição maligna podem facilmente fomentar visando atingir seus propósitos pessoais maldosos.
ii. Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros. Esta, disse Platão, era uma guerra que não conhecia fim; e Sócrates implorava que Homero nunca fosse omitido do currículo educacional do jovem grego, porque
Homero demonstra a separação eterna entre o grego e o bárbaro. Para os gregos, havia num sentido literal uma diferença entre os gregos e os bárbaros. “Havia,” escreve T. R. Glover, “alguma diferença natural entre os gregos e os bárbaros. Não se podia ir contra a Natureza; e a Natureza planejara dois tipos distintos do homem — o grego e o não grego — e a diferença era fundamental” (T. R. Glover: Springs of Hellas, pag. 32).
Deve ser notado quão essencialmente arrogante era esta distinção grega. Como, perguntava insistentemente Ctesias, o historiador antigo, homens que só sabiam latir chegariam a governar o mundo? Ora, este teste do idioma grego relegava nações altamente civilizadas, tais como o Egito, a Fenícia, a Pérsia, a Lídia tão próspera, a categoria de bárbaras. Aristóteles pensava que o próprio clima do mundo mantinha esta diferença.
Aqueles que habitavam no norte, nos países frios, tinham bastante coragem e ânimo, mas pouca perícia e inteligência; aqueles que habitavam no sul, na Ásia Menor, conforme o nome que agora damos a região, tinham bastante perícia, inteligência e cultura, mas pouco ânimo ou coragem. Somente os gregos viviam num clima projetado pela Natureza para produzir o caráter perfeitamente equilibrado e harmonizado (Aristóteles: Política 7.7.2). Para os gregos, estes “bárbaros” eram por natureza escravos, e era perfeitamente correto para um grego superior reduzi-los a escravidão, comprá-los e vendê-los. Esta atitude para com o não grego ressaltava-se vividamente num adjetivo que Plutarco aplica a Heródoto, o historiador antigo. Heródoto tinha uma curiosidade insaciável, e poderíamos dizer que era de alcance mundial. Para eles, grandes façanhas permaneciam grandes façanhas, quer realizadas por um grego, quer não. Era, conforme J. L. Myers escreve a respeito dele em The Oxford Clássica Dictiomry: “ isento do preconceito e intolerância raciais”. E o resultado é que Plutarco rotula-o com a palavra Philo bárbaros, amigo dos bárbaros, como se a palavra fosse uma condenação (Plutarco: De Mal. Her. 857 A).
É de relevância que dois dos lugares onde ocorre a palavra echthra (Ef 2.14, 16) referem-se ao relacionamento no mundo antigo entre judeus e gentios. Havia realmente uma parede de hostilidade, uma inimizade
tradicional antiga, entre judeus e gentios. Era uma ojeriza que existia em ambas as partes. Os romanos podiam falar da religião judaica como sendo superstição bárbara (Cícero: Pro Flacco 28), e do povo judaico como o mais vil dos povos (Tácito. Histórias 5.8). Na mesma passagem, Tácito diz a respeito dos judeus que tem uma lealdade inabalável uns aos outros, mas um ódio hostil a todos os demais homens. Diodoro Siculo repete o ditado de que os judeus supõem que todos os judeus sejam inimigos (31.1.1.3). Apiao declarou que os judeus juraram pelo DEUS do céu, da terra e do mar que nunca demonstrariam boa vontade a qualquer homem de outra nação, e especialmente que nunca fariam isso com os gregos (Joseio: Contra Apião 1.34; 2.10). Por outro lado, os judeus consideravam os gentios impuros. Casar-se com um gentio era o mesmo que ter morrido. Nos seus momentos mais amargos, os judeus podiam considerar os gentios como animais imundos, odiados por DEUS, e destinados a serem combustível para o fogo do inferno. O antissemitismo não é nenhum fenômeno novo, e a exclusividade judaica faz parte da essência do judaísmo. A cortina de ferro do preconceito racial e da amargura inter-racial Nilo e coisa nova. O espírito que produz os motins raciais é a segregação das cores e tão antigo quanto a civilização — e desde o seu início e condenado pela ética e fé cristãs.
iii. Há a inimizade entre um homem e outro. Neste caso, é mais simples definir echthra em termos do seu antônimo. Echthra é o antônimo exato de agapê. Agapê, amor, a suprema virtude cristã, é a atitude mental que nunca permitirá sentir amargura para com homem algum, e que nunca buscara outra coisa senão o sumo bem dos outros, independentemente de qual seja a atitude dos outros para com ela .Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as barreiras e que tira a espada; agapê é a atitude do coração e da mente que alarga o círculo, que estende irmão da amizade e que abre os braços do amor. A primeira é uma obra da carne; a outra e qualidade do fruto do ESPÍRITO.
PAZ - Dicionário Teológico
- [Do hb. shalom;do gr. eirene; do lat. pacem] Nas Escrituras, paz não significa apenas ausência de guerras, ou de, conflitos. De acordo com os profetas e apóstolos, é a serenidade que o ESPÍRITO SANTO nos infunde no coração mediante a fé que depositamos na providência divina (Is 26.3; Fp 4.7).
Como qualidade do fruto do ESPÍRITO, a paz é a profunda quietude do coração firmada na convicção de que DEUS está no comando de todas as coisas (GL 5.22,23).
Num tempo de necessidade e insegurança, esta foi a oração de um homem que vivia a paz como qualidade do fruto do ESPÍRITO: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança” (SL 4.7,8).
PAZ - Dicionário Português
s. f. 1. Estado de um país que não está em guerra; tranquilidade pública. 2. Repouso, silêncio. 3. Tranquilidade da alma. 4. União, concórdia nas famílias. 5. Sossego. — Paz-de-alma: pessoa inofensiva, pacífica.
Paz - Comentário Bíblico Wesleyano
A coroa de tudo. É a qualidade da mente para o qual os homens lutam, sangram e morrem e ainda que escapa milhões. É mais do que perdoar a si mesmo e viver consigo mesmo. É um sentimento de relação harmoniosa com a de mais significativo ambiente de DEUS, o céu, a justiça, a verdade, e os homens de boa vontade. Não é tanto o ajuste de circunstâncias externas como a realidades internas e finais. Ela respira a calma durante a tempestade e dá uma âncora para a alma. É uma fonte de força e coragem, esperança e confiança. Mas, também, não é uma conquista. É um resultado de uma relação que produz um hábito da mente.
inimizades são violações de amor em sentimento ou em ato.
Paz .Comentário Bíblico - John Macarthur - NT (Tradução M4ycqn)
Se a alegria fala da alegria de coração que vem de estar bem com DEUS, então a paz (eirēnē ) refere-se à tranquilidade de espírito que vem da relação de poupança. O verbo tem a ver com a ligação em conjunto e se reflete na expressão moderna "ter tudo juntos ou em comum" Tudo está no lugar e como deveria estar. Assim como a alegria, a paz não tem nenhuma relação com as circunstâncias. Os cristãos sabem que "DEUS faz com que todas as coisas contribuam juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rom. 8:28). Porque DEUS está no controle de todos os aspectos da vida de um crente, como suas circunstâncias podem aparecer a partir de uma perspectiva humana, não faz diferença final. É por isso que JESUS pode dizer sem qualificação para aqueles que confiam nEle: "Não se turbe o vosso coração" (João 14:1). Não há absolutamente nenhuma razão para que um crente seja ansioso ou viva com medo. JESUS é o Príncipe da Paz, tanto no sentido de que Ele é extremamente pacífico em Si mesmo e no sentido de que Ele outorga Sua paz para aqueles que são Dele. Mesmo quando enfrentou Satanás face-a-face no deserto, JESUS teve perfeita paz, sabendo que seu Pai celestial estava continuamente com Ele e supriria todas as suas necessidades (Mt 4: 1-11.). É a Sua própria paz que Ele lega a seus discípulos: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." (João 14:27)."As coisas que você aprendeu e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, praticai essas coisas", disse Paulo; "E o DEUS de paz estará convosco" (Fp 4: 9.). Porque eles têm o DEUS da paz em seus corações, os crentes não precisam "estar ansioso por nada", tendo "a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, [para] guarda [seus] corações e [suas] mentes em CRISTO JESUS" ( v. 6-7).
Inimizades está no plural e se refere a atitudes de ódio, que resultam em conflitos entre indivíduos, incluindo os conflitos amargos. Atitudes erradas invariavelmente trazem ações erradas.
Paz - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
A palavra grega eirene, traduzida por “paz”, refere-se fundamentalmente à paz com DEUS. Era usada para descrever a tranquilidade e a serenidade que goza um país sob um governo justo. Significa não apenas ausência de problemas, mas, sobretudo, a consciência de que nossa vida está nas mãos de DEUS.
Virtudes ligadas ao nosso relacionamento com o próximo. “... longanimidade, benignidade, bondade...” (Gl 5.22b). Essas três virtudes estão conectadas com a nossa relação com o próximo: longanimidade é paciência para com aqueles que nos irritam ou perseguem, benignidade é uma questão de disposição, e bondade refere-se a palavras em Gálatas 5.22, tinham tudo em comum, estavam em comum acordo.
Inimizades.
A palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade, animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade para com seu semelhante. É o oposto do amor.
Paz - Comentário Bíblico Moody
É o dom de CRISTO (Jo. 14:27) e inclui uma reação interior (Fp. 4:6) e relacionamento harmonioso com os outros (contraste com Gl. 5:15,20)
inimizades - é algo latente, passando pelas porfias, que é algo operante (indicando neste caso disputas devidas ao egoísmo), pelas dissensões (antes, divisões)
Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranquilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29.11; Jo 20.21).
Paz com DEUS - Comentário Bíblico Wesleyano
ESTA PAZ indica a "paz de completa reconciliação com Ele" ou "a segurança e tranquilidade de aceitação." A ira de DEUS já não ameaça naqueles que são aceitos em CRISTO. Godet chama essa paz "serenidade completa" como para o passado, o futuro, e até mesmo o julgamento, porque CRISTO não somente morreu por nós, mas vive para nos manter neste estado de salvação ( 5: 9 , 10 ) Embora a palavra sugira sentimento , denota muito mais. É uma relação entre DEUS e o homem.
A outra coisa a fazer é justificada para desfrutar da comunhão restaurada que o tipo de justificação pela fé traz na expiação. Já esta reconciliação é nossa por graça. A Inimizade é destruída. Em vez de medo da ira, agora é comunhão entre o homem e DEUS. O homem não foi capaz de conseguir isso. É uma libertação operada pelo sangue de CRISTO. A paz é mais do que não-agressão. É a harmonia e a partilha mútua. Na KJV é chamado de " expiação " . Nós, que éramos tão "separados" somos agora "um" pela expiação. Isso agora desfrutaremos na certeza de que o tipo de fé e justiça inclui todos os recursos necessários para o triunfo final através de JESUS CRISTO, nosso Senhor.
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I – A PAZ NO PLANO DE DEUS
1. O significado de paz
2. A Paz na bênção sacerdotal
3. A Paz do Senhor
II – A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1. Uma paz enganosa
2. A “paz” das obras da carne
3. Uma falsa paz
III – A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1. O Príncipe da Paz
2. Uma promessa redentora
3. Uma promessa que excede todo o entendimento
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27)
A Paz do Senhor JESUS traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.
Segunda - Fp 4.9 O DEUS de paz está conosco em todo o tempo
Números 6
24 - O Senhor te abençoe e te guarde;
25 - O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
26 - O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Filipenses 4
6 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7 - E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.
1 Pedro 3
10 - Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11 - aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
Hinos Sugeridos: 3, 178, 364 da Harpa Cristã
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a Bíblia descreve uma paz que excede todo o entendimento humano. Esta paz faz parte do plano de DEUS para a humanidade. Infelizmente, ela foi interrompida no jardim do Éden por conta do pecado original. Mas JESUS, o Príncipe da Paz, prometeu resgatá-la, reconciliando o ser humano novamente com DEUS por meio de seu sacrifício na cruz. Enquanto esteve com os seus discípulos, o Senhor JESUS adiantou que essa paz estaria sempre disponível aos seus discípulos e a classificou como uma paz diferente daquela prometida pelo mundo. Essa paz traz calma para o coração diante das aflições deste mundo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Ressaltar que a paz faz parte do plano de DEUS para a humanidade; II) Apontar que a paz do mundo é ilusória e consiste em promessas superficiais; III) Elencar as características da paz prometida pelo Senhor JESUS.
B) Motivação: O ser humano é continuamente compelido a buscar a paz para suas aflições. Essa paz, muitas vezes, é oferecida de forma enganosa pelo mundo. Mas a paz que nosso Senhor JESUS oferece é sublime e verdadeira. Vale ressaltar que receber a paz de CRISTO não significa viver a ausência plena de conflitos ou intempéries, e sim que essa paz leva o crente a superar as aflições deste mundo com bom ânimo (cf. Jo 16.33). Assim sendo, reflita com seus alunos a respeito da forma como eles lidam com as aflições. Reforce que a paz de DEUS nos proporciona a tranquilidade para crer que DEUS continua no controle de todas as coisas.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ter a paz de DEUS no coração tem sido mal compreendido por muitos crentes. Há quem pense que desfrutar da verdadeira paz é viver plenamente sem enfrentar problemas, desafios ou adversidades na vida. Entretanto, o Evangelho anunciado por JESUS caracteriza a paz como um recurso que encoraja e anima o crente a ter bom ânimo. Ao encerrar a aula, endosse que o Senhor JESUS afirmou que a verdadeira paz só pode ser encontrada nEle e, portanto, Ele nos fortalece para que possamos vencer o mundo mediante a fé.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, p. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O ESPÍRITO E O MUNDO", localizado após o primeiro tópico, explica a paz de CRISTO a partir da nova relação com DEUS; 2) O texto "A RESTAURAÇÃO DA PAZ", localizado após o segundo tópico, destaca que a paz com DEUS exige que estejamos unidos a CRISTO pela fé.
O Senhor JESUS é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de DEUS. Veremos como a paz é representada no plano de DEUS, bem como é apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que JESUS prometeu para cada um de seus seguidores.
1. O significado de paz
No dicionário, encontramos os seguintes sinônimos para a palavra “paz”: “tranquilidade”, “repouso”, “silêncio”, “sossego”. No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representando tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).
Os versículos 24-26 de Números 6 expressam a bênção sacerdotal sobre os filhos de Israel. Entre a bênção de proteção, benevolência e de misericórdia, encontra-se a bênção de paz (v.26). O sentido de paz que a palavra hebraica shalom carrega é de completude, satisfação e plena felicidade. Trata-se de uma bênção em que a ansiedade, a tensão e a contenda não teriam vez entre os filhos de Israel. A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em DEUS a qual o povo judeu poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto e ao entrar na Terra Prometida.
O Texto Áureo traz consigo a Paz do Senhor JESUS, em que nos lembra uma das principais características do Messias: “o Príncipe da Paz” (Is 9.6). Essa paz do Senhor JESUS é assunto do apóstolo Paulo em Filipenses, quando ele exorta a igreja a não ficar inquieta pelos últimos acontecimentos, pois a paz de DEUS nos fortalece e protege o nosso coração e sentimentos em CRISTO, o nosso Senhor (Fp 4.6,7). O apóstolo Pedro também reflete o mesmo ensino de JESUS no sentido de levar a vida numa perspectiva de paz, refreando a língua para não entrar em contendas e mentiras, apartando-se do mal, buscando a paz com os outros (1 Pe 3.10,11). Dessa forma, como a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
Se a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
“O ESPÍRITO E O MUNDO
[...] JESUS deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com o que vem antes, e qual é o significado de que vem antes, e qual é o significado de ‘paz’? O ESPÍRITO vem pelo nome de JESUS (v. 26), ou seja, através da obra redentora de JESUS. ‘Paz’, neste contexto, refere-se ao que Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’. Quer dizer, por causa da obra de JESUS, as pessoas estão numa nova relação com DEUS. Tal relação é tornada real quando a pessoa crê em JESUS. Esta nova relação é expressa simultaneamente de duas maneiras. Por um lado, a pessoa tem uma nova posição diante de DEUS por causa da obra de JESUS. JESUS está no céu com o Pai, declarando que Ele fez a paz com DEUS para as pessoas pecadoras. (Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas no céu). Por outro lado, o ESPÍRITO traz essa paz ao crente. É quando a reconciliação e a justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra parte advocatícia do Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem uma posição boa com o Pai no céu. [...] Esta ideia de paz está embutida na ideia de shalom (a palavra hebraica que significa ‘paz’), que tem longa história e está carregada de rico significado. Esta ideia havia juntado o significado do tempo do fim associado com o Messias. O termo shalom significava a presença da salvação de DEUS, da inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com as outras. Na aparição da ressurreição em Jo 20.19-23, JESUS fala a paz para os discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize’ (v. 27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. Vol. 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 583).
1. Uma paz enganosa.
Muitos buscam a paz nos vícios, em substâncias tanto ilegais quanto legalizadas, nos jogos, nas baladas, em falsas religiões. Ao longo da história, as pessoas procuram sempre preencher uma lacuna em suas vidas com aquilo que não tem a capacidade de preenchê-las. Outras entendem que a paz é meramente a ausência de guerra, de dificuldades e problemas. A Bíblia revela que a paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano (Jo 14.27). O que JESUS oferece advém da eternidade e, por isso, preenche todas as nossas necessidades independente das circunstâncias que vivemos (Jo 7.38). A paz do Senhor JESUS não é enganosa, mas verdadeira e sublime.
A Carta aos Gálatas apresenta uma lista das “obras da carne” que, muitas vezes, expressa a ilusão de uma falsa paz na vida das pessoas, e muitas confundem o prazer e os deleites da vida com a paz (Gl 5.19-21). Na verdade, é uma satisfação que ocorre por meio dos sentidos e, logo, se volta ao estágio de necessidade anterior. Assim, quem vive na prática das Obras da Carne imagina que desfruta de uma pretensa paz e, como consequência, pensa que vive uma vida feliz. Ledo engano! É impossível desfrutar da verdadeira paz que o Senhor JESUS oferece quando se viva na prática do pecado. Quem vive assim está se enganando, atendendo à vontade do Mundo, da Carne e do Diabo (Ef 2.3).
Ensinando à igreja em Tessalônica, a respeito do Dia do Senhor, o apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3). Aqui, somos lembrados de uma falsa paz que haverá na Grande Tribulação. Uma paz superficial, frágil e apenas aparente. Quem se compromete com a falsa paz não saberá discernir os tempos de oposição tanto no presente quanto no futuro. Mas com JESUS, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
Com JESUS CRISTO, o nosso Senhor, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
1. O Príncipe da Paz.
O Profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a Israel e ao mundo. Uma de suas principais características é ser “O Príncipe da Paz” (Is 9.6,7). A vinda do Messias trará uma paz que o mundo não conheceu. Os Evangelhos apresentam o Senhor JESUS, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”. Seus discípulos podem desfrutar hoje dessa paz que só Ele pode dar. Seu principado assegura-nos a verdadeira paz (Jo 14.27), que deve nos acompanhar, como seguidores de JESUS, onde colocarmos os nossos pés (Mt 10.12,13).
Em Gênesis, a paz foi transtornada por causa da estratégia do Diabo que iludiu o primeiro casal, fazendo-o desobedecer à ordem de DEUS (Gn 3.1-7). Nesse contexto, DEUS prometeu redimir o ser humano por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15). Essa promessa se cumpriu em CRISTO, reconciliando-nos e estabelecendo a nossa paz com DEUS (Rm 5.1). Ao mesmo tempo, a parede da separação foi derrubada e toda inimizade entre judeus e gentios foi desfeita, de modo que de ambos os povos Ele fez um, a Igreja (Ef 2.14,15). Por isso, no Novo Testamento há várias referências que nos mostram que a paz de CRISTO está ao alcance de todos que nEle creem. Essa paz estará conosco (Fp 4.9), dominará os nossos corações (Cl 3.15) e, como pessoas pacíficas, desfrutaremos de verdadeira felicidade (Mt 5.9).
A paz que excede todo o entendimento nos acalma diante das inquietações da vida (Fp 4.6). Essa paz acalmará o nosso coração, nos fortalecerá para resistir às intempéries diante de nós, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro que, mesmo preso numa cadeia típica do primeiro século, dormia um sono profundo e sereno (At 12.5-7). Esse episódio está de pleno acordo com o que o Senhor JESUS prometeu: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Mesmo diante de aflições e lutas, podemos confiar no Senhor e experimentar a paz que só Ele pode nos dar. Portanto, confiemos nas promessas de JESUS, bem como em sua providência!
A paz que excede todo o entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.
A RESTAURAÇÃO DA PAZ
“[...] Experimentar a paz com DEUS exige que estejamos unidos a CRISTO pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor JESUS CRISTO. Esta ‘crença’ é mais do que apenas uma concordância ou aceitação intelectual. É uma confiança ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de CRISTO pelos pecados e entrega o controle de sua vida à liderança de CRISTO. Uma pessoa que responde a CRISTO dessa forma é perdoada e justificada (isto é, torna-se reta diante de DEUS) através da fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16). Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de DEUS e obedecer aos seus mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3, 6). Os profetas do Antigo Testamento declaram frequentemente que não há paz real para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que possamos experimentar continuamente a paz de DEUS, ele nos deu o ESPÍRITO SANTO, que desenvolve o seu caráter e os seus propósitos em nós, o que envolve a paz de DEUS (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do ESPÍRITO, devemos orar pela paz (Sl 122.6, 7; Jr 29.7; Fp 4.7, nota), deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15), desejando e buscando a paz (Sl 34.14; Jr 29.7; 2 Tm 2.22; 1 Pe 3.11) e fazendo o melhor que pudermos para vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 1288).
Vimos que a paz de DEUS tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de DEUS é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que JESUS prometeu.
1. Escreva a respeito do conceito de paz.
No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representa tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).
2. O que a paz em Números 6 revela?
A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em DEUS a qual o povo poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto.
3. Por que podemos dizer que a paz que o mundo oferece é enganosa?
A paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano.
4. Como os Evangelhos apresentam o Senhor JESUS?
Os Evangelhos apresentam o Senhor JESUS, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”.
5. De acordo com a lição, o que é a paz que excede todo o entendimento?
A paz que excede o todo entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.