16 outubro 2025

Escrita Lição 3, Central Gospel, O Estado Original de Inocência no Éden, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 3, Central Gospel, O Estado Original de Inocência no Eden, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/10/escrita-licao-3-central-gospel-o-estado.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/10/slides-licao-3-central-gospel-o-estado.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-3-central-gospel-o-estado-original-de-inocencia-no-eden-4tr25-pptx/283822528 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. UM ESTADO DE COMUNHÃO E HARMONIA 

1.1. A comunhão com o Criador na primeira morada 

1.2. A harmonia entre corpo, mente e espírito 

2. O DOM DA LIBERDADE E A DIGNIDADE DO MANDATO CULTURAL 

2.1. O dom da liberdade 

2.2. A dignidade do mandato cultural 

3. A INOCÊNCIA E A POSSIBILIDADE DE QUEDA 

3.1. A ausência de culpa, mas não de impecabilidade 

3.2. A vocação interrompida, mas não abolida 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO 

Gênesis 2.8-17 

8- E plantou o Senhor DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. 

9- E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. 

10- E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. 

11- O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. 

12- E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio e a pedra sardônica. 

13- E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.

14- E o nome do terceiro rio é Hidéquel; este é o que vai para a banda do oriente da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates. 

15- E tomou o Senhor DEUS o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. 

16- E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, 

17- mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

 

TEXTO AUREO 

[...] DEUS fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias. Eclesiastes 7.29b - ARA 

 

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 

2a feira - Isaías 43.1-7 Chamados à comunhão

3a feira - Gênesis 3.8; 5.24 DEUS caminha conosco

4a feira - Salmo 119.41-45 Liberdade em obediência 

5a feira - Efésios 2.11-13 De separados a reconciliados 

6a feira - Gálatas 5.13 Livre para amar e servir 

Sábado - Apocalipse 21.1-3 Comunhão restaurada 

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- reconhecer que o estado original do ser humano foi marcado por inocência, liberdade e responsabilidade diante de DEUS;

- compreender que a comunhão com o Criador envolvia tanto privilégios quanto limites amorosos estabelecidos por Ele;

- refletir sobre a importância de viver de modo consciente, respeitando os princípios divinos como expressão de maturidade espiritual. 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 

Caro professor, esta lição convida-nos a olhar para o Éden antes da Queda: um cenário de plenitude, propósito e comunhão. 

Apresente o Jardim como um espaço de liberdade responsável, onde o homem e a mulher foram chamados a viver de forma consciente, reconhecendo a bondade dos limites estabelecidos por DEUS. Estimule uma reflexão madura sobre o que significa viver em inocência sem ignorância - ou seja, com confiança e abertura para a vontade divina. Ressalte que a verdadeira autonomia não implica ausência de limites, mas o exercício vigilante da escolha pelo bem.

Encerre a aula levando os alunos a compreender que o estado de inocência não era estático, mas um convite contínuo à maturidade espiritual, fundada na relação de amor, obediência e confiança no Criador. 

Excelente aula! 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS

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REVISTA ANTIGA PARA AJUDAR

Lição 3, E DEUS os Criou Homem e Mulher

4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis - Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.7,18-24

7 - E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

18 - E disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. 19 - Havendo, pois, o Senhor DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. 20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele. 21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 - E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

 

Resumo da Lição 3, E DEUS os Criou Homem e Mulher
I - COMO O HOMEM FOI CRIADO
1. A matéria prima do homem.

2. O sopro divino.

3. Adão, um ser imortal.

4. A missão do homem.

II - A CRIAÇÃO DA MULHER

1. A solidão do homem.

2. A criação da mulher.

3. A principal característica moral da mulher.

III - A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO

1. Monogâmico.

2. Heterossexual.

3. A indissolubilidade.

 

“Porém, desde o princípio da criação, DEUS os fez macho e fêmea”. Marcos 10:6

“Portanto, o que DEUS ajuntou não o separe o homem” Marcos 10:9.

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher” Marcos 10:7

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"1."Tanto o homem quanto a mulher foi uma criação especial de DEUS, não um produto da evolução. O homem e a mulher, igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de DEUS. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com DEUS, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a DEUS e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com DEUS foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de DEUS, o que não ocorre no reino animal. DEUS pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido feitos à imagem de DEUS não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependente de DEUS. Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991, p. 33).
2. "Uma linda tradição judaica observa que DEUS não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, DEUS tirou Eva da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar um ao lado do outro ao longo da vida" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).
 

PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:
Em que dia da obra divina o homem foi criado?
O homem foi criado no sexto dia.
Por que DEUS criou o ser humano?
O homem foi criado para uma tripla missão: governar a Terra, cultivar o solo e guardar o jardim que o Senhor plantara.
Qual a principal característica da mulher em relação ao esposo?
A principal característica moral da mulher esta no fato de que DEUS criou Eva, a fim de que ela estivesse ao lado de Adão, auxiliando-o.
Quais as características do casamento?
As principais características são: monogâmico, heterossexual e indissolubilidade.
Por que é importante conhecermos esta verdade?
Pelo fato de que existem muitas falsas teorias e mentiras a respeito da origem da vida humana e do casamento.

 

 

COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Pr. HENRIQUE

Para mim antes de sua expulsão Lúcifer estava no céu. Depois de sua queda, agora chamado Satanás, habitou no local que é perto de Ur dos Caldeus e do Iraque, no Jardim do Éden.

Mesmo local onde DEUS criou Adão. DEUS disse para Adão lavrar e guardar o jardim - Guardar tem a ver com guardar de ladrão, que no caso é Satanás que veio roubar, matar e destruir.

 

Revista antiga para ajudar

Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral

Objetivos:

-Entender que o primeiro relato da formação do homem fala de sua posição dentro da criação, e o segundo, de sua efetivação.

-Concordar que as teorias sobre a origem do homem são, realmente, antibíblicas, pois não tem o respaldo da Palavra de DEUS.

-Aceitar, pela fé, que o ensino bíblico sobre a origem do homem é autêntico, pois retrata a revelação de DEUS a Moisés.

-Compreender que as faculdades humanas são particularidades do homem, as quais o fazem diferente dos outros animais.

1. Esclareça aos alunos que Moisés, no livro de Gênesis, relata, duas vezes, a formação do ser humano. No primeiro registro (Gn 1.26,27), ele nos mostra que o homem, a obra-prima da criação, foi feito no sexto dia. No segundo (Gn 2.7,8), explica que Adão foi formado do pó da terra.

2. Explique a eles que todas as teorias, sobre a origem do homem, são antibíblicas, pois desejam desacreditar o registro da Palavra de DEUS, o qual é aceito pela fé, e não através da razão. A mais perigosa delas é a da evolução das espécies, que afirma ser o homem originário do macaco.

3. Explique a eles que a Bíblia é a única fonte em que devemos confiar, sobre a origem do homem, pois é a Palavra de DEUS. O ser humano tem a natureza biforme, ou seja, ele possui o elemento material, feito do pó da terra, e o imaterial, outorgado pelo Senhor, através do sopro divino (alma e espírito).

Como professor, você tem a obrigação de compreender devidamente o assunto, para estar apto a responder às diversas perguntas que lhe forem feitas durante a aula. Pesquise, busque auxílio em outras fontes. Não se contente com um estudo superficial. Aprofunde-se na matéria, pois a Palavra de DEUS é urna fonte inesgotável.

Introdução

Têm surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral, elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, a única fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível e coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem.

l. OS DOIS RELATOS BÍBLICOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM

1. O primeiro relato sobre a criação do homem. Encontra-se em Gênesis 1.26,27. Neste texto, está declarada a ordem criativa da Trindade, quando diz: "Façamos o homem". A despeito da importância teológica que se dá ao "façamos", para denotar a participação triúnica da Deidade, o fundamental, nesta passagem, é a palavra "BARAH" (hebraico), do versículo 27, que quer dizer: "criou". DEUS o fez do pó da terra, mas sua criação foi um ato divino. Ele foi feito especial e diferente da vida vegetal, aquática e animal.

2. O segundo relato da criação do homem. Encontra-se em Gênesis 2.4-8. Neste relato histórico, ternos, além da criação do homem, também a descrição da origem da mulher. Enquanto a primeira narração se preocupou mais em mostrar a ordem da criação e a decisão da Corte Divina, em criar o homem a sua imagem e semelhança, o segundo relato apresenta a sua efetivação. No texto de Gênesis 2.7, ternos a seguinte declaração: "E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente.

3. A criação da mulher. No segundo relato da criação, podemos destacar, no texto de Gênesis 2.18-25, a formação da mulher. Depois de DEUS ter criado Adão, Ele também fez Eva. Em Gênesis 1.27, está escrito: "macho e fêmea os criou".

II. TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM

1- A teoria evolucionista. Esta teoria apresenta o homem como um ser que evoluiu de urna ordem inferior, no mundo animal. Ensina que esta evolução resultou de sucessivas alterações nas formas materiais, devido as forças latentes que existem na matéria. Mas a Bíblia refuta esta teoria, quando declara que:

(1) a origem do homem resultou de um ato criativo de DEUS;

(2) o ser físico do homem também é resultado de um ato criativo de DEUS, que utilizou a matéria já existente "afar" (hebraico), que significa "pó da terra";

(3) O homem, hoje, tem a mesma estrutura física e espiritual do dia em que foi criado;.

(4) o homem foi tirado da terra e está destinado a ela, depois da morte (Ec 3.20);

(5) o homem não é evolução natural da terra, pois ele foi "plasmado".

2- A teoria filosófico materialista. Sigmund Freud, que lançou esta teoria, era ateu, filósofo e psicanalista. Ele enfatizou, em seus argumentos, a ideia de que o homem, em sua vida biológica e psicológica, tem como base e formação de sua personalidade e seus instintos naturais. Afirmou ele que coisas, como sexo, fome, sede, segurança e prazer, são pressões que determinam as ações e os padrões da personalidade do homem. No conceito de Freud, a natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, no caso, DEUS. Para ele, a ideia de urna relação do Criador com o ser humano é imprópria e inexistente, pois o mesmo vê o homem como urna criatura egocêntrica, voltada apenas para as suas necessidades, sem qualquer comunhão com um ser supremo. Acreditava ele que, ao morrer o homem, nada mais resta.

3- A teoria do humanismo científico. As fontes de informações, para os adeptos desta teoria, sobre a natureza e origem do homem, estão na Biologia, Psicologia e Medicina. Para esta escola de pensamento, o homem é um produto evolucionário da Natureza, sem a menor possibilidade de imortalidade.

III. O ENSINO DA BÍBLIA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM

1- A biforme natureza do homem. O homem foi criado com urna biforme natureza: material e imaterial. A primeira foi formada do pó da terra (Gn 2.7) e a segunda, outorgada diretamente pelo Criador. O sopro divino nas narinas do homem concedeu-lhe a vida física e a espiritual. A vida imaterial do homem é representada pela alma e pelo espírito. Porém, esta dupla natureza do homem é representada por urna tricotomia, que se constitui, na parte material, pelo corpo; na imaterial, pela alma e pelo espírito (1 Ts 5.23).

2. A tricotomia do homem (1 Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa "aquilo que é dividido em três", ou "que se divide em três tomos". Em relação ao homem, refere-se as três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto daqueles que entendem o homem como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo, alma ou espírito.

Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como urna só parte e, às vezes, como se fossem urna só coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de vista da tricotomia. Este conceito crê que o homem é urna triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar o corpo de sua parte imaterial.

a) O corpo. É a parte inferior do homem que se constituí de elementos químicos da terra, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco, e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo, com todos estes produtos, sem a bênção divina, é de ínfimo valor.

b) A alma. É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. Ela precisa dele para expressar sua vida funcional e racional. É identificada, no hebraico do Antigo Testamento, por "NEPHESH" e, no grego do Novo Testamento, por "PSIQUE".

e) O espírito. No hebraico é "RUACH" e no grego é "PNEUMA". O espírito do homem não é um simples sopro ou fôlego, mas também vida imortal (Ec 12.7; Dn 12.2; Le 20.37; 1 Co 15.53). Ele é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre DEUS e o homem. Certo autor cristão escreveu que "o corpo, a alma e o espírito constituem a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de DEUS".

IV. AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM

1- As faculdades do corpo. São cinco as faculdades principais, as quais se manifestam através do corpo: visão, audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas urnas das outras, elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de instintos naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo exterior, transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. É daí que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano. São elas que regem as atividades do corpo.

2. As faculdades da alma. São três as faculdades ou qualidades da alma, pelas quais ela se manifesta: intelecto, sentimento e vontade.

O INTELECTO - (Gn 1. 28; 2.19,20) é a parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. É ele quem recebe os conhecimentos. Três outras manifestações lhe são peculiares: a imaginação, memória e razão. Com a primeira, o homem é capacitado a idealizar e projetar. É um processo do pensamento que habilita o ser humano a construir imagens, através do raciocínio. A segunda é outro atributo do intelecto que capacita o homem a guardar em seu cérebro os fatos passados e presentes. Ela retém os conhecimentos adquiridos e os traz a lembrança. A terceira é um atributo do intelecto que leva o homem a pensar, julgar e compreender as relações entre as coisas, distinguir entre o verdadeiro e o falso, o bem e o mal.

O SENTIMENTO - faz o homem um ser emotivo. Ele não é urna máquina insensível, pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, tristeza, descontentamento, pesar e dor.

A VONTADE - se expressa como resultante das influencias do intelecto e dos sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela obedece às forças emotivas e intelectuais da alma.

3. As faculdades do espírito. Duas faculdades principais se destacam com abrangência sobre outras qualidades importantes, as quais são: Fé e Consciência. Elas identificam o ser religioso do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado especialmente para urna perfeita comunhão com DEUS. Os sentidos físicos e psicológicos tornam o homem um ser terreno e racional, mas os espirituais o tornam um ser especial.

A faculdade da fé é urna qualidade do espírito humano que expressa a religiosidade do homem e o toma capaz de adorar, reverenciar, louvar e orar a DEUS, o Criador. Não se trata de um tipo de fé, adquirida ou ensinada, mas é urna forma inata que nasce com qualquer ser humano. Ela nos estimula a buscar a DEUS e comungar com Ele.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. DEUS, em sua infinita sabedoria, revelou a Moisés o princípio de todas as coisas, ciente de que surgiriam falsas doutrinas que tentariam denegrir o relato bíblico. No entanto, Ele mesmo nos concedeu a fé, virtude esta que nos capacita a crer plenamente neste registro.

2. O incrédulo não quer admitir a existência de um Ser Supremo, Criador de todas as coisas e, para justificar a sua incredulidade, dá lugar as muitas especulações sobre a origem do homem. Nós, conhecedores da verdade, rimos deles, pois não passam de tolos, conforme se expressou Davi em Salmo 14.1.

3. As bibliotecas do mundo estão cheias de tratados a respeito da origem do homem, e a maioria deles procura desfazer o relato bíblico. Mas são teorias semelhantes aos castelos de areia, os quais ruem com qualquer vendaval. Mas nós ficamos com o que a Bíblia nos diz, pois é a sempiterna Palavra ele DEUS.

Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral

 

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Revista antiga para ajudar

 

A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11 DE JANEIRO de 1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - 1º trimestre de 1942 - Adalberto Arraes 

RESUMO DA LIÇÃO

I — A formação do homem — Conselho e execução — 1:26-28; 2:7.

II — A criação é sujeita ao homem — 2:8-9; 19-20.

III — A formação da mulher — 2:18, 21-22.

IV — A instituição do matrimônio — 2:23-24

 

No sexto dia, após haver DEUS criado todas as coisas, houve um conselho para formação do homem: "Façamos o homem"; disse o Senhor. DEUS é trino e nos seus conselhos Ele age de modo liberal e coerente com a sua perfeição. DEUS tem prazer em seus servos fiéis, (comp. Gên. 6:13; 8:17; João 15:15, etc.) pois os trata como amigos. Notamos ainda um detalhe importante, é que o homem não foi apenas criado, como os demais seres, conforme vimos na lição anterior. Para as outras coisas está escrito: -— criou, haja, produza a terra ou produzam as águas, etc.; com respeito à criação do homem, porém, a Escritura fala de outro modo, v. 7: "e formou o Senhor DEUS o homem'. E' como se um conselho de Estado desse ordens solenes por qualquer dos seus componentes mas, para determinado assunto, por uma deferência especial, todo o conselho se reunisse para agir, empregando todos os seus recursos para um só objetivo. Concluímos, pois, que DEUS Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO, fizeram pessoalmente o homem e, justamente por isso, essas três Pessoas têm parte absolutamente na sua salvação.

À sua imagem DEUS o criou

Podemos entender que o homem era imagem e semelhança de DEUS, não no seu poder, nem na sua imortalidade, nem tão pouco na sua perfeição e imutabilidade, mas sim no seu original entendimento. "DEUS fez o homem reto, mas eles buscaram muitas inovações". (Ecl, 7:29). Quanto à sua formação do pó da terra, o entendimento humano conduz à falsa suposição de que DEUS tenha feito uma espécie de boneco de barro e lhe tenha soprado o espírito de vida. Isso é falso, e errado e não está escrito. A verdade é que o homem foi formado do pó da terra e não de pó; como, ou por que processo, não o sabemos, DEUS o sabe. Uma observação interessante nos mostra que, tendo sido a terra criada no princípio, todas as coisas que nela existem saíram dela. Por exemplo: tomemos um automóvel; se disséssemos a um ignorante que o automóvel foi formado do pó da terra, ele, certamente, riria e não daria o menor crédito; no entanto, desde os pneumáticos, até à capota; desde os faróis até o para-choque, forros, tapetes, etc., tudo saiu do pó da terra; até mesmo a essência e o óleo que o fazem andar saíram do pó da terra. Isso não nos mostra a necessidade de crer que se fez um automóvel de barro, e por um passe mágico ele saiu andando, mas podemos afirmar que o homem tirou o automóvel do pó da terra. Em ambos os casos a origem, a concepção e os fatos são insofismáveis, embora tenha havido fatores intermediários não revelados com respeito ao homem.

Perante DEUS, a criação é secundária, em face do homem.

1- DEUS denominou o Dia, a Noite, o Céu e a Terra. Tudo o mais na criação foi denominado pelo homem. DEUS trouxe tudo a Adão, 'para ver como ele chamaria', essa foi a primeira prova de inteligência a que o homem foi sujeito. Adão saiu vitorioso da prova, pois com raciocínio lúcido pôde justificar o nome que deu a Eva. DEUS já tinha resolvido dar uma companheira ao homem (v. 18), mas antes disso sujeitou-lhe "tudo" que criara (v. 19-20). Isso nos mostra que o homem é senhor sobre a criação, antes que a mulher existisse, sem, contudo, poder se gloriar nisso como superior à mulher porque ela foi tirada dele. A criação em geral foi formada diretamente da terra e da água; a mulher, porém foi tirada do homem.

2- DEUS disse ao homem que sujeitasse a terra (v. 28) e ele não tem feito mais do que desobedecer a essa ordem. O egoísmo, "regionalismo, o racismo, o patriotismo e outros ismos" têm criado os problemas do chamado "espaço vital" cuja solução é impossível enquanto o homem não cumprir o que DEUS mandou, isto é, "sujeitar a terra". Os homens trocaram a ordem de DEUS como se fosse: "sujeitai-vos uns aos outros pela força". A terra é extensa, mas a desobediência foi maior e perverteu os planos dados ao homem.

3- A mulher, conforme já vimos, foi tirada do homem. Ela, no casal, não tem situação inferior, nem superior, nem igual ao homem, mas é mulher. Se algum homem a considerar como um ente inferior, depõe contra si mesmo, pois a mulher saiu dele. Um tal indivíduo há de considerar também como inferiores os seus companheiros de sexo e, portanto, está inchado em si mesmo. DEUS sujeitou tudo ao homem antes de criar a mulher. Já estudamos esse detalhe sob o ponto de vista de ter o homem autoridade sobre tudo, pois ela veio depois. Para sermos honestos, porém, temos de olhar também o assunto sob outro aspecto: DEUS criara a mulher depois de ter dado a prepotência ao homem sobre a criação; logo, não lhe deu prepotência, sobre a mulher. A maneira pela qual foi formada a mulher, nos fornece um sem número de figuras perfeitas a respeito da formação da Igreja de CRISTO:

1) DEUS deu a mulher ao homem, assim como deu a Igreja a CRISTO: "eram teus e tu mos destes" disse JESUS. Em abono disso, vemos que, para criar a mulher, o nome de DEUS está no singular, "far-lhe-ei" (v. 18) enquanto que para criar o homem veio no plural — "façamos' .

2) DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão assim como fez sobre CRISTO, o qual esteve três dias e três noites no seio da terra.

3) A mulher foi tirada do lado de Adão como a Igreja foi do lado de CRISTO.

4) Cerrou a carne no lugar. Mostra que uma só mulher foi tirada e nunca mais outra se tiraria, assim como de CRISTO só foi tirada uma Igreja.

5) Não está escrito que DEUS tenha soprado o seu ESPÍRITO na mulher, como tipo perfeito de que ela o tenha (por figura) recebido daquele de quem foi tirada, assim como a Igreja recebeu de CRISTO, o ESPÍRITO SANTO (João 20:22).

6) Assim como Adão participou da carne e dos ossos de Eva, CRISTO também participou da carne e dos ossos da sua Esposa, a Igreja, pois Ele se fez carne e habitou entre nós. Os crentes estudiosos poderão ainda ver muita coisa a respeito desse grande mistério. O matrimônio foi um ato moral e digno, instituído conjuntamente por DEUS e pelo homem. Dizemos pelo homem, porque foi este quem sentenciou. . . "deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne."

A prostituição e baixeza do gênero humano tem origem na evitação do matrimônio e na quebra dos seus laços. O Senhor JESUS deu ao matrimônio um valor até então ignorado aquele que, no seu coração desejasse outra mulher, já tinha adulterado. O homem espiritual e desejoso de DEUS, só tem de O louvar por esse mandamento tão perfeito, enquanto que o carnal diz logo: "Se assim é . . . não convém. ..." (Mat. 19:10).

A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11 DE JANEIRO de 1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - 1º trimestre de 1942 - Adalberto Arraes 

 

 

BEP - CPAD - 1.26 FAÇAMOS O HOMEM. Nos versículos 26-28 lemos a respeito da criação dos seres humanos; 2.4-25 supre pormenores mais específicos a respeito da sua criação e do seu meio-ambiente. Esses dois relatos se completam e ensinam várias coisas.

(1) Tanto o homem quanto a mulher foi uma criação especial de DEUS, não um produto da evolução (v. 27; Mt 19.4; Mc 10.6).

(2) O homem e a mulher, igualmente, foram criados à imagem e semelhança de DEUS. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com DEUS, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a DEUS e obedecendo-o (2.15-17).

(a) Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral (2.16,17) e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com DEUS foi desvirtuada (6.5). Na redenção, os crentes devem ser renovados segundo a semelhança moral original (Ef 4.22-24; Cl 3.10).

(b) Adão e Eva possuíam semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre arbítrio (2.19,20; 3.6,7; 9.6).

(c) Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de DEUS, o que não ocorre no reino animal. DEUS pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles (18.1,2,22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35; Fp 2.7; Hb 10.5).

(3) O fato de seres humanos terem sido feitos à imagem de DEUS não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependentes de DEUS (Sl 8.5).

(4) Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva (Gn 3.20; At 17.26; Rm 5.12.

 

2.18 UMA ADJUTORA QUE ESTEJA COMO DIANTE DELE. A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e sua ajudadora. Daí, ela ser partícipe da responsabilidade de Adão e com ele cooperar no plano de DEUS para a vida dele e da família (ver Ef 5.22; Sl 33.20; 70.5; 115.9, onde o termo auxílio , referente a DEUS, tem o mesmo sentido que ajudadora, em 2.18).

 

Monogamia - grego μονογαμία - Casamento com uma só parceira(o). mono - 1

Bigamia - grego διγαμία - Casamento com duas parceiras(os). Bi - 2

Poligamia - grego πολυγαμία - Casamento com mais de duas parceiras(os). poli - mais de 2.

Casamento - grego γάμος - União conjugal entre um homem e uma mulher.

"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb 13.4-a).

União monogâmica (mono = um) + (gamós = casamento)

Heterossexual (Heteros = diferente) + (sexual = sexo)

O Senhor deixa claro que odeia o divórcio (Ml 2.16)

CRISTO e Sua noiva, a Igreja – Ef 5.31-32.

1 Coríntios 6.10 - Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de DEUS.

A Natureza do Casamento

1. O casamento faz parte da própria ordem da criação.

DEUS revelou ao homem que ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn. 3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem (Gn 1.26,27). Desde o início o homem entendeu que era vontade de DEUS que ele tivesse uma esposa. "Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu: “Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja" (Ef 5.28,29).

2. O casamento é um sacramento de sociedade.

No casamento, assim como na união sexual em particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração exterior daquilo que é uma graça interior.

­Sacramentado por DEUS, (cf. 1 Tm 4,.3) ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda comunhão humana, e por isso o próprio DEUS usou o casamento para expressar a incalculável profundidade de seu amor por nós.

3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma mulher dentro de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o amor e a fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de DEUS, ele somente termina com a morte (Mt 5.32; 19.9; Rm 7.2,3; 1 Co 7.15). Esse pacto deve ser celebrado apenas entre duas pessoas que compartilhem o mesmo espírito e fé, pois "que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co 6.14.15).

4. O casamento é uma vocação, um convite de DEUS para a demonstração a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl 127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para lhes ensinar a Palavra de DEUS (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los para serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19.18; 22.15; 28.13; 29.15,17).

 

Os Propósitos do Casamento

1. A propagação da raça humana.

É a forma Divina de desenvolver a espécie chamada humanidade. No caso dos seres angelicais, DEUS criou todos de uma só vez, mas no caso da humanidade, criou cada um deles individualmente. Ele criou um homem e uma mulher e toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. DEUS pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte de CRISTO, pois Ele estaria representando a raça como um todo. É à luz desse fato que entendemos o significado de 1Coríntios 15.22: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO".

DEUS preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de sua soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade para a verdadeira glória de DEUS.

2. É a maneira de DEUS criar os filhos.

Filhos precisam de um lar, e de pais dentro deste lar. No lar eles recebem abrigo e alimento. Através da vida de seus pais eles aprendem o que significa o verdadeiro amor porque são o objeto do amor dos pais e porque veem o amor recíproco que existe entre eles. Somente através dos pais eles podem entender plenamente o profundo e duradouro amor conjugal e, dessa forma, ficam preparados para esperar e procurar um amor igual para si mesmos. É nesse ponto que a discórdia conjugal e os lares desfeitos exercem o efeito mais devastador sobre os filhos. O filho que nunca observou a demonstração de um verdadeiro amor em seu lar não está pronto para enfrentar sozinho a vida. DEUS também teve a intenção de que a demonstração de um verdadeiro amor entre país e filhos fosse a base para o entendimento do amor que Ele mesmo sentiu ao enviar o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (cf.Ef 5.25-32).             

3. O casamento é a maneira de DEUS incutir nos filhos os princípios da justiça e da autoridade responsável:

Os pais devem tratar os filhos com paciência e justiça. (Ef 6.4; Cl 3.21) e lhes ensinar o que é justo e direito. Devem dar exemplo de responsabilidade e autoridade na divinamente ordenada economia do lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12; Tt 1.6). O pai, como o cabeça da esposa e do lar, embora consultando plenamente sua esposa de uma forma realmente democrática, é o responsável por todas as decisões. Isso ensina a submissão à autoridade e um verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).

4. O casamento é o meio pedagógico de DEUS ensinar aos filhos sobre Si mesmo.

DEUS se intitula nosso Pai e demonstra que o seu amor é tão maravilhoso como o amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16), tão terno como o amor de uma boa mãe (Is 49.15; 66.13; Mt 23.37), tão íntimo como aquele que existe entre o marido e a esposa (Ef 5.25ss.). Desse modo, todo o relacionamento dentro do Casamento e da família transparece na demonstração e nos ensinos daquilo que DEUS é, da natureza do seu amor.

 

O lugar do Sexo

Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por DEUS gerar filhos para povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos renascidos em DEUS, ele também preenche importantes necessidades pessoais e familiares. O esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque o homem é feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do amor conjugal (1 Co 7.1-5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas energias criativas tanto na vida do marido como da esposa.

Podemos observar melhor que DEUS fez o homem e a mulher para o verdadeiro prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as intimidades do amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma maravilhosa e pura. No relacionamento sexual todo o amor é expresso através de atos e palavras e é consumado em comunhão e união. É uma expressão de amor que pode ser exercitada com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada um mantém a experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa pessoa. Nesse sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo que deve existir individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual nenhuma outra pessoa ou deus pode ter a permissão de participar (Ex 20.3; cf. Ef 5.25ss.).

Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e equilibrado, desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo amor e não a mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância para os filhos (assim como para o marido e a esposa), porque vêem não só um casamento estável, como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda satisfação. Os filhos, por sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva divina e pode ser verdadeiramente belo e maravilhoso quando vivido de acordo com as intenções de DEUS. Os cuidados que DEUS coloca no ato sexual permitem aos filhos aprender com pureza e se conservarem puros, mais tarde vivendo o sexo de acordo com os propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no casamento realmente veem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento (1 Ts 4.3-8; Hb 13.4).

 

Como DEUS Fala sobre o Casamento

Em primeiro lugar, DEUS usa o casamento como uma metáfora para expressar o relacionamento de CRISTO com a igreja, comparando CRISTO com o noivo e a igreja com a noiva (Ei 5.24-32; Ap 19.7-9). Tanto o crente individualmente como a igreja em geral, sempre são considerados no sentido de ser a noiva em relação a CRISTO (2 Co 11.2).

No Salmo 45, CRISTO é visto em toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva Real, a igreja, para representar a pureza que DEUS deseja de seus filhos. A Noiva é grandemente desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior como interior. Seus trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.       .

 

Monogamia

Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela só poderia ser aceita pelos ímpios. Ela negava o princípio do marido e a esposa serem uma única carne (Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas pagãs (2 Sm 5.13; 1 Rs 11.1-3). Somente através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e ilustrar corretamente o relacionamento de CRISTO com o crente (Ef 5.23ss.).

 

Casamento e Divórcio

O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de CRISTO é encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou que era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu (não mandou) uma lei de divórcio e que isso poderia verdadeiramente levar ao adultério (Mt 19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de fornicação (Mt 5.31,32; 19.9). Isso significa que um divórcio somente deveria ser permitido quando houvesse uma relação sexual com outra pessoa que não fosse o cônjuge, antes do casamento (se fosse adultério seria depois do casamento, mas como é antes do casamento é prostituição ou fornicação - porneia).  Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a amava, assim corno DEUS está disposto a perdoar e receber de volta a sua adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8).R.A.K

 

Obs. Pr. Henrique – Era permitido pela lei o divórcio somente se a mulher não fosse mais virgem ao se casar e o marido a quisesse despedir sem permanecer casado com ela (ou seja, achou nela coisa feia ou indecente). Se ele não lhe desse carta de divórcio ela deveria ser apedrejada em frente à casa de seu pai. (Essa era a Lei ou permissão que JESUS se referiu ao citar Moisés em Mt 19.9).

¹ Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça.  Deuteronômio 24:1

 

²⁰ Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça,

²¹ Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:20,21

 

⁹ Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação (prostituição, sexo antes do casamento), e casar com outra, comete adultério (sexo com mulher que não é sua esposa); e o que casar com a repudiada também comete adultério (sexo com mulher casada com outro). Mateus 19:9

 

Gênesis - Comentário Adam Clarke

Gênesis 1.26 - Em nossa imagem, conforme a nossa semelhança que está dito acima se refere apenas ao corpo do homem, o que é dito aqui se refere a sua alma e espírito. Isto foi feito na imagem e semelhança de DEUS. Agora, como o Ser Divino é infinito, ele não é limitado por partes, nem definível por paixões, por isso ele não pode ter imagem corporal depois que ele fez o corpo do homem. A imagem e semelhança se refere necessariamente ao ser intelectual, sua mente, sua alma e seu espírito que devem ter sido formados de acordo com a natureza e perfeições de DEUS. A mente humana é ainda dotada de capacidades extraordinárias, muito mais quando em comunhão com seu criador. DEUS agora produz um espírito, um espírito, também, formado com as perfeições da sua própria natureza. DEUS é a fonte donde esse espírito é emitido, portanto, o fluxo deve se parecer com a mola que o produziu.

DEUS é santo, justo, sábio, bom e perfeito, por isso deve ser o espírito e alma parecidos com ELE: não deveria haver na alma nada impuro, injusto, ignorante, mal, baixo, ou vil. Ele foi criado à imagem de DEUS, e essa imagem, nos diz o apóstolo Paulo, consistiu na justiça, a verdadeira santidade, e conhecimento, Efésios 4:24; Colossenses 3:10. Daí o homem deve ser sábio em sua mente, santo em seu coração, e justo em suas ações.

O texto nos diz que foi um trabalho de ELOHIM, a pluralidade divina, marcado aqui mais claramente pelo plural pronomes EUA e NOSSO, e para mostrar que ele era a obra-prima da criação de DEUS, todas as pessoas na Divindade são representadas como unidos em conselho e esforço para produzir essa criatura incrível.

Gregory Nyssen tem muito corretamente observou que a superioridade do homem sobre todas as outras partes da criação é vista no fato de que todas as outras criaturas são representadas como efeito da palavra de DEUS, mas o homem é representado como o trabalho de DEUS, de acordo com o plano e consideração. Veja suas Obras, vol. i, p. 52, c. 3.

 

Obs. Pr. Henrique – Também podemos supor que a parte física de JESUS, como homem encarnado que passeia pela eternidade aparecendo em forma teofânica está sendo referida.

Para DEUS não existe passado presente e futuro – tudo é presente (Presciência – Onisciência)

Assim como é dito:

⁴ Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor Efésios 1:4

⁸ E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo  Apocalipse 13:8

 Adão foi criado perfeito: espírito, alma e corpo – (Tudo o que DEUS criou foi considerado, por Ele mesmo, perfeito). O homem foi feito imagem e semelhança de DEUS.

E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27

 

 

Versículo 7. DEUS formou o homem do pó.

DEUS nos mostra que o homem é composto de três partes, tem um corpo e alma distintamente, e criadas separadamente, o corpo do pó da terra, a alma e o espírito vieram da respiração do próprio DEUS. Isso não quer dizer que a alma e o corpo são a mesma coisa? Não. O corpo tem sua origem a partir da terra, ou como aphar implica, da poeira, daí porque sendo terreno é decomponível e perecível.

Da alma é dito que DEUS soprou em suas narinas o fôlego da vida ; nishmath chaiyim, o sopro da vida. Isso implica em que o homem é animal e intelectual.

Quando este sopro de DEUS expandiu os pulmões do homem e os colocou em atividade, sua inspiração deu ao espírito a compreensão e revelação de DEUS.

 

Versículo 18. Não é bom que o homem esteja só...

lebaddo. Vou fazer-lhe uma ajudadora para o completar; ezer kenegdo, uma ajuda, uma parte de si mesmo, formada a partir dele mesmo, uma semelhança perfeita de sua pessoa. Se a palavra for lida literalmente, significa um como, ou como ele mesmo, de pé em frente a, ou dele. E isso implica que a mulher era para ser uma perfeita semelhança do homem, nem inferior e nem superior.

O homem foi feito uma criatura social, não seria bom que ele estivesse só, era preciso uma companheira matrimonial. Daí descobrimos que o celibato, em geral, não é uma coisa boa, pois DEUS deseja que o homem esteja ao lado de uma mulher. Os homens podem, em oposição à declaração de DEUS, chamar o celibato de um estado de excelência ou um estado de perfeição, mas devemos nos lembrar de que a palavra de DEUS diz o inverso.

 

Versículo 19. Havendo, pois, o Senhor DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus...

Apesar de haver microscópicos seres, cada ser é perfeito em sua criação, equipados com todo o aparato de ossos, músculos, nervos, coração, artérias, veias, pulmões, vísceras etc.

E Adão deu nome a todos os animais

1- DEUS parece ter tido em vista que o homem conhecesse detalhadamente cada animal e lhe desse nome para que soubesse depois os que poderia servirem de alimento para ele.

2- Para mostrar a ele que nenhuma criatura daquelas poderia servir para ser sua companheira.

Este duplo objetivo foi respondido logo veremos, pois, entendido por Adão:

1. Adão deu nomes, mas como? A partir de um profundo conhecimento da natureza e as propriedades de cada criatura. Aqui vemos a perfeição de seu conhecimento, pois é bem sabido que os nomes afixados os diferentes animais nas Escrituras sempre expressam alguma característica proeminente e característica essencial das criaturas em que são aplicados. Se ele não tivesse possuído um conhecimento intuitivo das propriedades e distinções desses animais, ele nunca poderia ter dado esses nomes. Esta circunstância é uma forte prova da perfeição original e excelência do homem, enquanto em um estado de inocência. Adão fez o trabalho de um Ser infinitamente sábio e perfeito, e o efeito deve se parecer com a causa que a produziu.

2. Adão estava convencido de que nenhuma dessas criaturas poderia vir a ser uma companheira adequada para ele, e que, portanto, ele deveria continuar no estado de viver só, o que não era bom, mas esperando a generosidade de seu Criador, pois entre todos os animais que ele tinha nomeado não havia encontrado uma ajudadora ou complementadora para ele.

 

Versículo 21. O Senhor DEUS fez cair pesado sono sobre o homem,

Este não era nem desmaio nem êxtase, mas o que a nossa tradução diz muito bem: um sono profundo (uma anestesia geral?).

 

E tomou uma das suas costelas

É irrelevante se tsela era uma costela, ou uma parte de seu lado, que significa: uma parte do homem era para ser usada na ocasião, se osso sou carne , não importa; embora seja provável, a partir do versículo 2:23 de Gênesis, que uma parte de Adão foi levada para ele saber como a mulher foi formada, pois ele disse, “esta é carne da minha carne e osso dos meus ossos”. DEUS poderia ter formado a mulher do pó da terra, como ele tinha formado o homem, mas se ele tivesse feito isso, ela apareceria aos seus olhos como um ser distinto, com quem ele não tinha nenhuma relação natural. Mas, como DEUS formou-a de uma parte do próprio homem, ele viu que ela era da mesma natureza, mesma carne, idêntica a ele e tendo sangue como ele, e da mesma constituição em todos os aspectos e, consequentemente, teria poderes iguais, faculdades e direitos iguais. Isso asseguraria a sua afeição, e animaria a sua estima por ela.

 

Versículo 23. “disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos”...

Há um significado muito delicado e expressivo no original, que não aparece em nossa versão. Quando os diferentes gêneros de criaturas foram trazidos para Adão, que ele pode atribuir-lhes os seus nomes próprios, é provável que eles passassem em pares perante ele, e quando passaram receberam seus nomes.

Agora a frase é Zoth happaam, devemos prestar mais atenção a esta criatura que agora passa ou aparece diante de mim, é carne da minha carne, as criaturas que tinham passado antes dela não eram adequadas a ele e, portanto, foi dito, para o homem que não era uma ajudadora, uma companheira, uma esposa, Gênesis 2:20, mas quando a mulher passa, ela é formada a partir dele mesmo, ele sentiu toda a atração que consanguineamente poderia produzir essa visão, e ao mesmo tempo via que ela estava em sua pessoa e em sua mente, ela possuía todos os sentidos adequados para ser sua companheira, ajudadora, esposa. Veja Parkhurst.

 

Ela será chamada mulher

Uma versão literal do hebraico parece estranha, mas é uma versão literal e é a única correta: A palavra é ish e significa homem, e a palavra usada para expressar o que chamamos de mulher é a mesma com uma terminação feminina, ishshah, e significa, literalmente, ela formada a partir do homem. A maioria das versões antigas sentiu a força do termo, e têm-se esforçado para expressá-la da forma mais literal possível. O leitor inteligente não vai se arrepender de ver alguns deles aqui. A Vulgata Latina torna o hebraico virago, que é uma forma feminina de vir, de um homem. Símaco usa ανδπιρ, andris, uma forma feminina de ανηπ aner, um homem. Nosso próprio termo é igualmente adequado quando entendido. A verdade é que a tradução adequada e literal do original é, e podemos agradecer ao discernimento dos nossos ancestrais anglo-saxões para dar-lhe, de que mulher é uma contração que veio do homem, significa que a mulher foi gerada do homem, como se fosse de seu útero (se o tivesse), uma versão muito apropriada do hebraico ishshah. Daí, vemos a perspectiva de observação de Adão: Esta criatura é carne da minha carne e osso dos meus ossos, por isso deve ela ser chamada VENTRE-homem, ou homem versão feminina, porque foi tirada do varão. Outros usam esposa do homem ou feminino do homem.

 

O versículo 24. Portanto o homem deixará seu pai e sua mãe.

Não haverá, por ordem de DEUS, uma ligação mais íntima formada entre o homem e a mulher, nem mesmo entre pais e filhos.

 

E eles serão uma só carne.

Estas palavras podem ser entendidas em um sentido duplo.

1. Estes dois serão uma só carne, deve ser considerado como um corpo, não tendo direitos separados ou privilégios, ou cuidados, ou preocupações, independentes. Esse é o casamento.

2. Estes dois serão para a produção de uma carne, de sua união uma posteridade brotará.

Nosso Senhor cita estas palavras, Mateus 19:5 , com alguma variação deste texto: Eles serão uma só carne . Em Marcos 10:8 . Paulo, da mesma forma em 1 Coríntios 6:16 , e em Efésios 5:31 . A Vulgata Latina, a Septuaginta, o siríaco, o árabe, e o samaritano, todos lemos a palavra DOIS porque esta é a leitura genuína sem dúvida. A palavra sheneyhem, eles dois ou ambos, foi, suponho, omitida na primeira versão do texto hebraico, por engano, porque ocorre três palavras depois no verso seguinte, ou, mais provavelmente, o que ocorreu originalmente em Gênesis 2:24, 25. Um copista após ter constatado que ele havia escrito duas vezes, na correção de sua cópia, retirou a palavra em Gênesis 2:24 , em vez de; 2:25 . Mas, qual a consequência é? Na controvérsia sobre a poligamia, houve uma consequência muito grande. Sem a palavra, alguns defenderam erradamente que um homem pode ter muitas esposas.

Um homem pode ter em união legal apenas uma esposa.

Temos aqui a primeira instituição do casamento, e vemos nele vários elementos dignos de nosso respeito e admiração.

1. DEUS pronuncia o estado do celibato como sendo um mau estado e o Senhor DEUS disse: “Não é bom que o homem esteja só”. Este é o julgamento de DEUS. Conselhos de pais, médicos, e sínodos, que tenham dado uma opinião diferente sobre tal assunto não são dignos de atenção. A palavra de DEUS permanece para sempre.

 

2. DEUS fez uma mulher para um homem, e, assim, ele nos mostrou que todo filho de Adão deve ser unido a uma filha de Eva até o fim do mundo. Veja Clarke em I Coríntios 7:3.

DEUS fez a mulher saindo de um homem, a insinuar que deve haver íntima união e apego carinhoso subsistindo na ligação matrimonial, de modo que o homem deve sempre considerar e tratar a mulher como uma parte de si mesmo, e como ninguém jamais odiou a sua própria carne, mas nutre e a sustenta, por isso deve sustentar e amar sua mulher como a si mesmo, e por outro lado, a mulher deve considerar que o homem não foi feito para ela, mas que ela foi feita para o homem, em submissão a DEUS, ela também deve estar para com ele nessa submissão, por isso a mulher deve reverenciar seu marido, Efésios 5:33 .

Gênesis 2:23,24 contém as próprias palavras da cerimônia de casamento: Esta é carne da minha carne, e osso de meu osso, por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne.

Quão feliz deve tal estado ser quando a instituição de DEUS é devidamente considerada, em ambas as partes que são casadas, como o apóstolo Paulo o expressa, no Senhor, onde cada um, pelos atos de terna bondade, vive apenas para satisfazer os desejos um do outro e contribuir de todas as maneiras possíveis para o conforto e a felicidade do outro! O casamento ainda pode ser o que era em sua instituição de origem, puro e adequado, e em seu primeiro exercício, carinhoso e feliz.

A realidade que vemos hoje nos casamentos é paixão, turbulência e irregularidades, e falta de religião. Perspectivas mundanas, originando e terminando no egoísmo e afetos terrenos, e não em fins espirituais, são as causas principais de quebra de alianças matrimoniais nos dias atuais. Como podem tais fontes de águas turvas e amargas produzirem águas puras e doces?

Gênesis - Comentário Adam Clarke

 

Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.

7. O Dia dos Animais e do Homem (1.24-31)

Dando mais uma ordem: Produza a terra alma vivente (24), DEUS encheu a terra de criaturas: as bestas-feras da terra (os animais selvagens, 25), gado e... todo réptil que se move sobre a terra (26).

Mas este dia teria a coroação do ato criativo. A deidade, em deliberação, disse: Façamos o homem (26). Esta criatura tinha de ser diferente. DEUS disse que o homem tinha de ser feito à nossa imagem, tendo certa semelhança com a realidade, mas carecendo de plenitude. O homem devia ser conforme a nossa semelhança, tendo similitude geral com DEUS, mas não sendo uma duplicata exata. Não era para ele ser um pequeno DEUS, mas definitivamente tinha de estar relacionado com DEUS e ser o portador das características distintivas espirituais que o marcam exclusivamente como ser superior aos animais.

Em 1.26-30, encontramos “O Homem Feito à Imagem de DEUS”.

1) Um ser espiritual apto para a imortalidade, 26ab; 2) Um ser moral que tem a semelhança de DEUS, 27; 3). Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, 26c,28-30 (G. B. Williamson).

Uma das marcas da imagem de DEUS foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito de o homem dominar (28) ressalta o fato de que DEUS o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a DEUS que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher fazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de DEUS indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a DEUS em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e DEUS.
DEUS criou o homem para ser uma pessoa que tivesse autoconsciência, autodeterminação e santidade interior (Ec 7.29; Ef 4.24; Cl 3.10). A imagem foi distribuída sem distinção de macho e fêmea, tornando-os iguais diante de DEUS.
Como DEUS abençoou (22) o que previamente havia criado (21), assim DEUS outra vez abençoou (28) esta fase da sua obra. Incumbiu o homem com a responsabilidade de reproduzir-se e sujeitar à sua superintendência a terra e tudo que nela havia.
O ato de abençoar o gênero humano é de significado mais amplo que o de abençoar os animais (22). O homem é capaz de ter consciência dessa bênção e pode responder a ela. “Abençoar” em relação a um ser racional é ato de transmitir um senso da vontade de DEUS para o abençoado. Isto é especialmente significativo para o homem, pois a ordem de procriar coloca a aprovação de DEUS no ato de reprodução. Essencialmente, a relação homem-mulher na procriação é boa, está dentro da vontade de DEUS e é básica para o bem-estar deles.
No Antigo Testamento, há dois aspectos para o ato de conceder bênçãos. Da parte de DEUS, há o ato de um Ser superior concedendo favor a quem é dependente dele. Da parte do homem, há o retorno da gratidão ao Doador de dons (Gn 24.48; Dt 8.10).
Aspecto importante da bênção de DEUS era a concessão de poder e habilidade para sujeitar e dominar (28) os outros seres criados que habitam a terra. Mas era uma autoridade delegada, um governo subordinado, pelo qual o homem prestava contas a DEUS.
Presumimos que a responsabilidade de controlar a vida animal não acarreta o direito de abusar dela, caso contrário não teria sido bom.
DEUS concedeu ao homem o direito de usar os frutos da vida vegetal para comida (29). Isto não lhe deu o privilégio de explorar a natureza, deixando para trás estrago e desolação. O cuidado apropriado dos frutos da vida vegetal tem necessariamente de acarretar o cultivo (2.15) e a conservação dos recursos naturais.
O fato de os animais, sujeitos ao controle do homem, também se alimentarem de plantas, toda a erva verde (30), destaca ainda mais a responsabilidade que pesa sobre o homem. Ele é responsável por controlar a natureza de modo que a natureza supra as necessidades de todas as criaturas vivas e não só as necessidades do homem (ver 9.3 sobre a permissão de comer carne).
A morte de animais não é mencionada, embora não haja razão para presumir a ausência de morte animal antes da queda. O foco está na vida, na harmonia, na ordem e na aptidão de forma e função para o domicílio terrestre do homem.
Em 1.1-5, 26-31, vemos a “Criação pela Vontade Onipotente”, com a idéia central no versículo 1.1) Causa adequada, 1,2; 2) Desígnio evidente, 2-5; 3) Homem semelhante a DEUS, 26-30; 4) Concepção onisciente, 31 (G. B. Williamson).
Não há indicação clara de que a história no capítulo 2 tenha alguma parte na sequência de tempo do aparecimento de plantas e animais. Pelo contrário, a atenção é focada no fato de que sem chuva e o cuidado vigilante do homem a terra era originariamente estéril. Por conseguinte, DEUS forneceu umidade e formou o homem para que as plantas que precisam de cultivo frutificassem.
Mais detalhes sobre a criação do homem são dados aqui que em 1.27. Em 2.7, o homem é apresentado como criatura da terra. Ele é formado do pó. Com profundo interesse, DEUS inalou vida no homem, ato que realça o fato de que a vitalidade do homem e a dinâmica interna vêm diretamente de DEUS. Qualquer outro objeto do afeto e esperança do homem é ilusão. Ele é feito para dois mundos; portanto, ser separado de DEUS é murchar como o fruto de uma videira cortada.
As duas expressões: o fôlego da vida (7, nishmat chayyim) e a alma vivente {nefesh chayyah) têm muito em comum. Ambas podem ser usadas para referir-se tanto a animais como ao homem. Fôlego (nishmat) está mais associado com o homem, mas é designado a animais em 7.22. Alma vivente se aplica a todos os tipos de animais em 1.20,21,24,30; 2.19; 9.12,15,16.
O termo hebraico nefesh tem conotação mais ampla que o termo nishmat. Ambos podem significar “respiração, fôlego, hálito”, mas nefesh também inclui estes significados: ser vivo, alma, vida, ego, pessoa, desejo, apetite, emoção e paixão. O homem é único. Ele é o que é, porque DEUS... soprou em seus narizes o fôlego da vida. DEUS nunca fez isso com um animal.
 
A Mulher que DEUS Formou (2.18-25)
Havia um aspecto da criação de DEUS que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar só (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, DEUS determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. “Uma ajudante certa que o complete” (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: “Uma ajudante como ele mesmo”.
Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui necessariamente que DEUS formou os animais depois de ter formado o homem. Pode igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais que DEUS previamente formara foram trazidos a Adão (19). A sequência de tempo não é o item importante aqui.
Um aspecto da imagem de DEUS foi demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coincidiam.
Quando Adão pôs os nomes (20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também DEUS, tinha de saber disso para apreciar o que DEUS estava a ponto de fazer.
O sono pesado (21) é o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar normalmente. Ver Gênesis 15.12; Jó 4.13; 33.15, onde a frase está ligada com visões; e 1 Samuel 26.12 e Jonas 1.5, onde o termo não está relacionado com visões.
Ver também Isaías 29.10, onde a expressão sugere falta de sensibilidade espiritual. A costela (22) pode significar o osso e a carne que a envolve. E a parte do corpo mais próxima do coração, que para os hebreus era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior.
Para acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente (yiben), que significa “construir”, detalhe completamente perdido na palavra traduzida por formou.
DEUS trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte da história segue a sequência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a decisão (18-20), o ato criativo (21,22) e a aprovação (23).
De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome.
Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio, DEUS quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do homem, DEUS ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja, uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (25).
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
  
 
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I. A origem do homem
1. Criação especial.
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, que significa que DEUS fez cada criatura "segundo a sua espécie". Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se desenvolvessem e progredissem segundo as leis do seu ser. A distinção entre o homem e as criaturas inferiores implica a declaração de que "DEUS criou o homem à sua imagem".
 
2. Evolução.
Em oposição à criação especial, surgiu e teoria da evolução que ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em uma só forma e que as espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior. Por exemplo, o que outrora era caramujo transformou-se em peixe; o que era peixe chegou a ser réptil; o que outrora era réptil tomou-se pássaro, e (para encurtar a história) o que outrora era macaco evoluiu e tornou-se ser humano. A teoria é a seguinte: em tempos muito remotos apareceram a matéria e a força — mas como e quando, a ciência não o sabe. Dentro da matéria e da força surgiu uma célula viva — mas de onde ela surgiu também ninguém sabe. Nessa célula havia uma centelha de vida, da qual se originaram todas as coisas vivas, desde o vegetal até ao homem, sendo este desenvolvimento controlado por leis inerentes. Essas leis, em conexão com o meio ambiente, explicam a origem das diversas espécies que têm existido e que existem, incluindo o homem. De maneira que, segundo essa teoria, houve uma ascensão gradual e constante desde as formas inferiores de vida às formas mais elevadas até chegar ao homem. Que constitui uma espécie? Uma classe de plantas ou animais que tenham propriedades e características comuns, e que se possam propagar indefinidamente sem mudarem essas características, constitui espécie. Uma espécie pode produzir uma variedade, isto é, uma ou mais plantas ou animais isolados possuindo uma peculiaridade acentuada que não seja comum à espécie em geral.
Por exemplo, um tipo especial de cavalo de corrida pode ser produzido por processo especial; mas é sempre cavalo. Quando se produz uma variedade e essa se perpetua por muitas gerações temos uma raça. De maneira que na espécie canina (cão) temos muitas raças que diferem consideravelmente uma das outras; porém, todas retêm certas características que as marcam como pertencentes à família dos cães. Ao lermos que DEUS fez cada criatura segundo a sua espécie, não dizemos que DEUS as fez incapazes de se desenvolverem em variedades novas; queremos dizer que ele criou cada espécie distinta e separada e colocou uma barreira entre elas, de maneira que, por exemplo, um cavalo não se deveria desenvolver de maneira que se transformasse em animal que não seja cavalo.
Qual é a prova pela qual se conhece a distinção entre as espécies? A prova é esta: se os animais podem cruzar-se, e podem produzir uma descendência fértil por tempo indefinido, então são da mesma espécie; de outra maneira, não o são. Por exemplo, sabe-se que os cavalos e os jumentos são de diferentes espécies, e, embora do cruzamento da égua com o jumento resulte a mula, esta não tem a capacidade de gerar outra mula, ou seja, a espécie mula. Este fato constitui argumento contra a teoria da evolução, pois mostra claramente que DEUS colocou uma barreira entre as espécies para que uma espécie não se transforme em outra.
Define-se a ciência da seguinte maneira: "conhecimentos comprovados". Será a evolução um fato comprovado? A teoria mais propagada da evolução é a de Darwin. Entretanto, poderíamos citar os nomes de muitos cientistas eminentes que declaram que a teoria de Darwin já caiu por faltas de provas. O Dr. Coppens escreve: Embora os cientistas hajam trabalhado muitos anos pesquisando a terra e os mares, examinando os restos de fósseis de um sem número de espécies de plantas e animais, e tenham aplicado todo o gênio inventivo do homem para obter e perpetuar novas raças e variedades, nunca conseguiram exibir uma prova decisiva de que a transformação das espécies, pelo menos uma vez, tenha sucedido. Os animais de hoje são como os que se vêem desenhados nas pirâmides ou mumificados nos túmulos do Egito. São iguais àqueles que deixaram sua forma fóssil nas rochas.
Muitas espécies já foram extintas, outras foram achadas das quais não se descobriu nenhum espécime muito antigo; mas não se pode provar que qualquer espécie tenha evoluído de outra. Há um abismo intransponível entre os irracionais e o homem — entre a forma mais elevada de animal e a forma inferior da vida humana. Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo, emprega linguagem articulada, ou tem capacidade de conhecer as coisas espirituais. Mas todas essas coisas encontram-se na forma inferior de vida humana. O macaco mais inteligente não passa de um irracional; mas o espécime mais degradado do homem continua sempre um ser humano. Os evolucionistas inventaram um tipo de criatura pelo qual o macaco passou para o estágio humano. Esse é o tal "elo perdido" que se chama "Pithecanthropus erectus". Onde está a evidência? Há anos alguns ossos — dois dentes, um fêmur e uma parte de um crânio — foram descobertos na ilha de Java. Com um pouco de gesso reconstruíram o que dizem ser o elo perdido que une os homens com a criação inferior! Outros "elos" também se fabricaram da mesma maneira. Mas o Dr. Etheridge, examinador do Museu Britânico, disse: "Em todo este grande museu não há uma partícula de evidência da transmutação das espécies. Este museu está cheio de provas da falsidade dessas idéias." Nathan G. Moore escreveu o que podemos chamar um "exame de advogado" sobre a teoria da evolução. Seu livro baseia-se numa avaliação dos fatos expostos em algumas das obras cientificas mais recentes escritas em favor dessa teoria. Sendo ele advogado e profissional nas leis da evidência, seu testemunho é de valor prático. O propósito desse escritor é "comparar os fatos principais e submeter ao juízo do leitor ponderado o seguinte: primeiro, se os fatos provam ou não a hipótese (uma explicação suposta) de que o homem é produto da evolução em vez de ser criado; e, segundo, se existe ou não uma lei ou conjunto de leis que possam explicar as evidências de modo natural. Depois de um exame detalhado dos fatos, esse advogado chegou às seguintes conclusões: A teoria da evolução não explica, nem ajuda a explicar, a origem do homem; nem apresenta provas de que o homem tivesse evoluído de uma forma inferior, mesmo fisicamente. Essa teoria nem sequer sugere um método pelo qual o homem tenha adquirido essas qualidades mais elevadas que o distinguem das outras formas de vida. Outro advogado, Filipe Mauro, faz da seguinte maneira um resumo das evidências apresentadas pelos proponentes da teoria da evolução: Imaginem um litigante em juízo a quem cabe o ônus da prova. Ele insiste em que sua declaração está certa e exige sentença favorável; mas não apresenta provas que sustentem as suas alegações. Na verdade, toda a evidência apresentada em juízo depõe contra ele. Ele exige, todavia, que a decisão seja favorável por causa das seguintes suposições: 1) que grande número de provas, que já existiram (os "elos perdidos" etc.) foram totalmente destruídas; 2) se essas provas pudessem ser reproduzidas agora, elas seriam a seu favor! Tal é o estado absurdo de coisas em que a teoria da evolução se encontra atualmente. Os evolucionistas procuram unir o homem ao irracional, mas JESUS CRISTO veio ao mundo para unir o homem a DEUS. Ele tomou sobre si a nossa natureza para poder glorificá-la no seu destino celestial.
"Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS, aos que crêem no seu nome" (João 1:12).
Aqueles que participam de sua vida Divina chegam a ser membros de uma nova e mais elevada raça — sim, filhos de DEUS! Porém, essa nova raça surgiu (o "homem novo" Efés. 2:15), não porque a natureza humana evoluísse até à Divina, mas porque a Divina penetrou na natureza humana. E àqueles que são "participantes da natureza divina" (2 Ped. 1:4), João, o apóstolo, diz: "Amados, agora somos filhos de DEUS" (1 João 3:2).
 
II. A natureza do homem
1. A tri-unidade humana.
Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas substâncias — a substância material, chamada corpo, e a substância imaterial, chamada alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se retira o corpo morre. Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de três substâncias — espírito, alma e corpo; alguns estudantes da bíblia defendem essa opinião de três partes da constituição humana versus doutrina de duas partes apenas, adotada por outros. Ambas as opiniões são corretas quando bem compreendidas. O espírito e a alma representam os dois lados da substância não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a alma representam os dois lados da natureza espiritual. Embora distintos, o espírito e a alma são inseparáveis, são entrosados um no outro. Por estarem tão interligados, as palavras "espírito" e "alma" muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que em um trecho a substância espiritual do homem se descreve como a alma (Mat. 10:28), e em outra passagem como espírito (Tia. 2:26). Embora muitas vezes os termos sejam usados alternativamente, têm significados distintos. Por exemplo: "A alma" é o homem como o vemos em relação a esta vida atual. As pessoas falecidas descrevem-se como "almas" quando o escritor se refere à sua vida anterior. (Apoc. 6:9, 10; 20:4.) "O espírito" é a descrição comum daqueles que passaram para a outra vida. (Atos 23:9; 7:59; Heb. 12:23; Luc. 23:46; 1 Ped. 3:19.) Quando alguém for "arrebatado" temporariamente fora do corpo (2 Cor. 12:2) se descreve como "estando no espírito".(Apoc. 4:2; 17:3.) Sendo o homem "espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do mundo. — Scofield.
 
2. O espírito humano.
Habitando a carne humana, existe o espírito dado por DEUS em forma individual. (Num. 16:22; 27:16.) O ESPÍRITO foi formado pelo Criador na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e desenvolvimento. (Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui e usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No princípio DEUS soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o homem "foi feito alma vivente". Assim a alma é um espírito encarnado, ou um espírito humano que recebe expressão mediante o corpo. A combinação desses dois elementos constitui o homem em "alma". A alma sobrevive à morte porque o espírito a dota de energia; no entanto, a alma e o espírito são inseparáveis porque o espírito está entrosado e confunde-se com a substância da alma. O espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as demais coisas criadas. é dotado de vida humana (e inteligência, Prov. 20:27; Jo 32:8) que se distingue da vida dos irracionais. Os irracionais têm alma (Gên. 1:20, no original) mas não têm espírito. Em Ecl. 3:21 a referência trata aparentemente do princípio de vida, tanto no homem como no irracional. Salomão registrou uma pergunta que fez quando se afastou de DEUS. Assim, dessemelhante dos homens, os irracionais não podem conhecer as coisas de DEUS (1 Cor. 2:11; 14:2; Efés. 1:17;4:23) e não podem ter relações pessoais e responsáveis com ele. (João 4:24.) O espírito do homem, quando se torna morada do ESPÍRITO de DEUS (Rom. 8:16), é centro de adoração (João 4:23,24); de oração, cântico, bênção (1 Cor. 14:15), e de serviço (Rom. 1:9; Fil. 1:27). O espírito humano, representando a natureza suprema do homem, rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o espírito toma-se atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem permitir que o orgulho o domine, ele tem um "espírito altivo". (Prov. 16:18.) Conforme as influências respectivas que o dominem, um homem pode ter um espírito perverso (Isa. 19:14); um espírito rebelde (Sal. 106:33); um espírito impaciente (Prov. 14:29); um espírito perturbado (Gên.41:18); um espírito contrito e humilde (Isa. 57:15; Mat. 5:3). Pode estar sob um espírito de servidão (Rom. 8:15), ou ser impelido pelo espírito de inveja (Num.5:14). Assim é que o homem deve guardar o seu espírito (Mal. 2:15), dominar o seu espírito (Prov. 16:32), pelo arrependimento tornar-se um novo espírito (Ezeq. 18:31) e confiar em DEUS para transformar o seu espírito (Ezeq. 11:19). Quando as paixões vis exercerem o domínio e a pessoa manifestar um espírito perverso, significa que a alma (a vida egocêntrica ou vida natural) destronizou o espírito. O espírito lutou e perdeu. O homem é vítima de seus sentimentos e apetites naturais; e é "carnal". O espírito já não domina mais, e essa impotência se descreve como um estado de morte. Dessa maneira há necessidade de receber um espírito novo (Ezeq. 18:31; Sal. 51:10); e somente aquele que originalmente soprou no corpo do homem o fôlego da vida poder soprar na alma do homem uma nova vida espiritual — isto é, regenerá-lo. (João 3:8; 20:22; Gal. 3:10.) Quando assim sucede, o espírito do homem novamente ocupa lugar de ascendência, e chega a ser homem "espiritual". Entretanto, o espírito não pode viver de si mesmo, mas deve buscar a renovação constante mediante o ESPÍRITO de DEUS.
 
3. A alma do homem.
(a) A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de DEUS. Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de DEUS, pois a alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de DEUS. (Zac. 12:1.)
Devem-se notar quatro distinções:
1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas inanimadas e também da vida inconsciente como a vegetal. Tanto os homens como os irracionais possuem almas (em Gên. 1:20, a palavra "vida" é "alma" no original). Poderíamos dizer que as plantas têm alma (no sentido de um princípio de vida), mas não é uma alma consciente.
2. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21.) A alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano. Como "toda carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma; existe alma humana e existe alma dos irracionais. Evidentemente, os homens fazem o que os irracionais não podem fazer, por muito inteligentes que sejam; a sua inteligência é de instinto e não proveniente de razão. Tanto os homens como os irracionais constroem casas. Mas o homem progrediu, vindo a construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os animais inferiores constroem suas casas hoje da mesma maneira como as construíam quando DEUS os criou. Os irracionais podem guinchar (como o macaco), cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio); mas somente o homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções cientificas. O instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas somente o homem pode conhecer e adorar a seu Criador. Para melhor ainda ilustrar o lugar elevado que ocupa o homem na escala da vida, vamos observar os quatro degraus da vida, que se elevam em dignidade um sobre o outro, conforme a independência sobre a matéria. Primeiro, a vida vegetal, que necessita de órgãos materiais para assimilar o alimento; segundo, a vida sensível, que usa os órgãos para perceber as coisas materiais e ter contato com elas; terceiro, a vida intelectual, que percebe o significado das coisas pela lógica, e não meramente pelos sentidos; quarto, a vida moral, que concerne à lei e à conduta. Os animais são dotados de vida vegetativa e sensível; o homem é dotado de vida vegetativa, sensível, intelectual e moral.
3. A alma distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da individualidade. A palavra "alma" é, portanto, usada frequentemente no sentido de "pessoa". Em Êxo. 1:5 "setenta almas" significa "setenta pessoas". Em Rom.13:1 "cada alma" significa "cada pessoa". Atualmente dizemos, " não havia nem uma alma presente", referindo-nos às pessoas.
4. A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas também das ordens superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos dos homens. O homem tomou-se um "ser vivente", quer dizer, a alma enche um corpo terreno sujeito às condições terrenas. Os anjos se descrevem como espíritos (Heb. 1:14), porque não estão sujeitos às condições ou limitações materiais. Por essa mesma razão se descreve DEUS como "ESPÍRITO". Mas os anjos são espíritos criados e finitos, enquanto DEUS é o ESPÍRITO eterno e infinito.
 
(b) A origem da alma. Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de DEUS ter soprado no homem o sopro de vida. Mas como chegaram a existir as almas desde esse tempo? Os estudantes da Bíblia se dividem em dois grupos de idéias diferentes: (1) Um grupo afirma que cada alma individual não vem proveniente dos pais, mas sim pela criação Divina imediata. Citam as seguintes escrituras: Isa. 57:16; Ecl. 12:7; Heb. 12:9; Zac. 12:1 (2) Outros pensam que a alma é transmitida pelos pais. Apontam o fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à posteridade milita contra a criação divina de cada alma; também o fato de que as características dos pais se transmite à descendência. Citam as seguintes passagens: João 1:13; 3:6; Rom. 5:12; 1 Cor.15:22; Efés. 2:3; Heb. 7:10. A origem da alma pode explicar-se pela cooperação tanto do Criador como dos pais. No princípio duma nova vida, a Divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em cooperação com "o Pai dos espíritos". O poder de DEUS domina e permeia o mundo (Atos 17:28; Heb. 1:3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que ele ordenou. Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis da vida fazendo com que a alma nasça no mundo.
A origem de todas as formas de vida está encoberta por um véu de mistérios (Ecl. 11:5; Sal. 139:13-16; Jo 10:8-12), e esse fato deve servir de aviso contra a especulação sobre as coisas que estão além dos limites das declarações bíblicas.
 
(c) Alma e corpo. A relação da alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da seguinte maneira:
1. A alma é a depositária da vida; ela figura em tudo que pertence ao sustento, ao risco, e à perda da vida. É por isso que em muitos casos a palavra "alma" tem sido traduzida "vida". (Vide Gên. 9:5; 1 Reis 19:3; 2:23; Prov. 7:23; Êxo. 21:23,30; 30:12; Atos 15:26.) A vida é o entrosamento do corpo com a alma. Quando a alma e o corpo se separam, o corpo não existe mais; o que resta é apenas um grupo de partículas materiais num estado de rápida decomposição.
2. A alma permeia e habita todas as partes do corpo e afeta mais ou menos diretamente todos os seus membros. Este fato explica por que as Escrituras atribuem sentimentos ao coração e aos rins (Sal. 73:21; Jo 16:13; Lam. 3:13; Prov. 23:16; Sal. 16:7; Jer. 12:2; Jo. 38:36); às entranhas (File. 12; Jer. 4:19; Lam. 1:20; 2:11; Cânt. dos Cânt. 5:4; Isa. 16:11); e ao ventre (Hab. 3:16; Jo 20:23; 15:35; João 7:38). Esta mesma verdade, de que a alma permeia o corpo, explica porque em muitas passagens se descreve a alma executando atos corporais. (Prov. 13:4; Isa. 32:6; Num. 21:4; Jer. 16:16; Gên.44:30; Ezeq. 23:17, 22, 28.) "As partes internas" ou "entranhas" é a expressão que geralmente descreve o entrosamento da alma com o corpo. (Isa. 16:11; Sal. 51:6; Zac. 12:1; Isa. 26:9; 1 Reis 3:28.) Essas passagens descrevem as partes internas como o centro dos sentimentos, de experiência espiritual e de sabedoria. Mas notemos que não é o tecido material que pensa e sente, e, sim a alma operando por meio dos tecidos. Corretamente falando, não é o coração de carne, mas a alma, por meio do coração, que sente.
3. Por meio do corpo a alma recebe suas impressões do mundo exterior. Essas impressões são percebidas por estes sentidos: vista, audição, paladar, olfato e tato, e são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso. Por meio do cérebro a alma elabora essas impressões pelos processos do intelecto, da razão, da memória e da imaginação. A alma atua sobre essas impressões enviando ordens às várias partes do corpo por via do cérebro e do sistema nervoso.
4. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o instrumento da alma. O sentir, o pensar, o exercer vontade e outros atos, são todos eles atividades da alma ou do "eu". É o "eu" que vê e não somente os olhos; é o "eu" que pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que joga a bola e não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não simplesmente a língua ou os membros. Quando um membro é ferido, a alma não pode funcionar bem por meio dele; em caso de lesão cerebral pode resultar a demência. A alma então passa a ser como um músico com um instrumento danificado ou quebrado.
 
(d) A alma e o pecado. A alma vive a sua vida natural através dos instintos, termo que vamos empregar por falta de outro melhor. Esses instintos são forças motrizes da personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para fazê-lo apto a uma existência terrena (assim como o dotou de faculdades espirituais para capacitá-lo a uma existência celestial). Chamamo-los instintos porque são impulsos inatos, implantados na criatura a fim de capacitá-la a fazer instintivamente o que é necessário para originar e preservar a vida natural. Assim escreve o Dr. Leander Keyser: "Se no início de sua vida o infante humano não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico." Vamos considerar os cinco instintos mais importantes. O primeiro é o instinto da autopreservação que nos avisa de perigo e nos capacita a cuidar de nós mesmos. O segundo, é o instinto de aquisição (conseguir), que nos conduz a adquirir as provisões para o sustento próprio. O terceiro, é o instinto da busca de alimento, o impulso que leva a satisfazer a fome natural. O quarto é o instinto da reprodução que conduz à perpetuação da espécie. O quinto, é o instinto de domínio que conduz a exercer certa iniciativa própria necessária para o desempenho da vocação e das responsabilidades. O registro desses dotes (ou instintos) do homem concedidos pelo Criador acha-se nos primeiros dois capítulos de Gênesis. O instinto de autopreservação implica a proibição e o aviso: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás porque no dia em que dela comeres certamente morrerás." O instinto de aquisição aparece no fato de ter Adão recebido da mão de DEUS o lindo jardim do Éden. O instinto da busca de alimento percebe-se nas palavras: "Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão sementes, as quais se acham sobre a face de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente ser-vos-á para alimento." Ao instinto de reprodução referem-se estas declarações: "Homem e mulher os criou." "DEUS os abençoou e lhes disse: frutificai, multiplicai-vos." Ao quinto instinto, domínio, refere-se o mandamento: "Enchei a terra, e sujeitai-a; dominai.
"DEUS ordenou que as criaturas inferiores fossem governadas primeiramente pelos instintos, mas o homem foi elevado à dignidade de possuir o dom de livre arbítrio e a razão, com os quais poderia disciplinar-se a si mesmo e tornar-se árbitro do seu próprio destino. Como guia para o regulamento das faculdades do homem, DEUS impôs uma lei. O entendimento do homem quanto a essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente "com conhecimento". Quando o homem deu ouvidos à lei, teve a consciência esclarecida; quando desobedeceu a DEUS, sofreu, pois a consciência o acusava. No relato da tentação (Gên. 3) lemos como o homem cedeu à concupiscência dos olhos, à cobiça da carne, e à vaidade da vida. (1 João 2:16), e usou os seus poderes de modo contrário à vontade de DEUS. A alma consciente e voluntariamente, usou o corpo para pecar contra DEUS. Essa combinação de alma pecaminosa e corpo humano constituem o que se conhece como "o corpo do pecado" (Rom. 6:6), ou "a carne" (Gál. 5:24). A inclinação e desejo da alma para usar o corpo dessa maneira se descreve como a "mente carnal" (Rom. 8:7).
Visto que o homem pecou com o corpo, será julgado segundo "o que fez por meio do corpo" (2 Cor. 5:10). Isso envolve uma ressurreição. (João 5:28, 29.) Quando a "carne" é condenada, a referência não é ao corpo material (o elemento material não pode pecar), mas ao corpo usado pela alma pecadora. É a alma que peca. Ainda que a língua do difamador fosse cortada o difamador seria o mesmo. Amputam-se as mãos do larápio, mas de coração ele ainda seria ladrão. Os impulsos pecaminosos da alma devem ser extirpados; é essa a obra do ESPÍRITO SANTO. (Vide Col. 3:5; Rom. 8:13.) "A carne" pode ser definida como a soma total dos instintos do homem, não como vieram das mãos do Criador, e, sim, como são na realidade, pervertidos e feitos anormais pelo pecado. é a natureza humana na sua condição decaída, enfraquecida e desorganizada pela herança racial derivada de Adão e debilitada e pervertida por atos voluntários pecaminosos. Ela representa a natureza humana não regenerada cujas fraquezas frequentemente se escusam com estas palavras: "Afinal de contas a natureza humana é assim mesmo." é a aberração desses instintos e faculdades dados por DEUS que forma a base do pecado. Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a inveja, e a ira são aberrações do instinto da autopreservação. O roubo e a cobiça são perversões do instinto de aquisição. "não furtarás" e " não cobiçarás" querem dizer: "não perverterás o instinto de aquisição. A glutonaria é a perversão do instinto de alimentação, portanto, é pecado. A impureza é perversão do instinto de reprodução. A tirania, a arrogância, a injustiça e a implicância representam abusos do instinto de domínio. Assim vemos que o pecado, fundamentalmente, é o abuso ou a aberração das forças com que DEUS nos dotou. Notemos quais as consequências dessa perversão: (1) a consciência culpada que diz ao homem que desonrou a seu Criador, e avisa-o da pena terrível; (2) a perversão dos instintos reage sobre a alma, debilitando a vontade, incitando e fortalecendo hábitos maus, e criando deformações do caráter. Paulo fez um catálogo dos sintomas desses "defeitos" da alma (uma palavra hebraica traduzida "pecado" significa literalmente "tortuosidade" em Gál. 5:19-21). "Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a fornicação, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e outras coisas semelhantes." Paulo considerou tais coisas tão sérias que acrescenta as palavras, "os que tais coisas praticam, não herdarão o reino de DEUS". Colocada sob o poder do pecado, a alma toma-se "morta em delitos e pecados" (Efés. 2:1). Colocada entre o corpo e o espírito, entre o mais elevado e o inferior, entre o terreno e o espiritual, a alma fez uma escolha má. Mas da escolha não surgiu proveito, e, sim, perda eterna (Mat. 16:26). Foi feita a má "barganha" de Esaú — a troca da bênção espiritual por uma coisa terrena e perecível. (Heb.12:16.) Ao morrer, a alma ter que passar para o outro mundo, "manchada pela carne". (Jud. 23.) Felizmente existe um remédio — a cura dupla, tanto para a culpa como para o poder do pecado, (1) Porque o pecado é uma ofensa a DEUS, é exigida uma expiação para remover a culpa e purificar a consciência. A provisão do Evangelho é o sangue de JESUS CRISTO. (2) Visto que o pecado traz doença à alma e desordem no ser humano, requeresse um poder curativo e corretivo. Esse poder é justamente aquele provido pela operação interna do ESPÍRITO SANTO que endireita as coisas tortas da nossa natureza e põe em movimento certo as forças da nossa vida. Os resultados (os frutos) são "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança" (Gál. 5:22, 23). Em outras palavras, O ESPÍRITO SANTO faz-nos justos, palavra que no hebraico significa "reto". O pecado é tortuosidade da alma; a justiça é sua retidão.
 
(e) A alma e o coração. Tanto nas Escrituras, como na linguagem comum, a palavra "coração" significa o centro mesmo duma coisa. (Deut. 4:11; Mat. 12:40 Êxo. 15:8; Sal. 46:2; Ezeq. 27:4,25,26,27.) O "coração" do homem é, portanto, o verdadeiro centro da sua personalidade. É o centro da vida física. Nas palavras do Dr. Beck: "O coração é a primeira coisa a viver, e seu primeiro movimento é sinal seguro de vida; seu silêncio é sinal positivo de morte." é também a fonte e o lugar onde se encontram as correntes da vida espiritual e da alma. Podemos descrevê-lo como a parte mais profunda do nosso ser, a "casa das máquinas", por assim dizer, da personalidade, donde procedem os impulsos que determinam o caráter e a conduta do homem.
1. O coração é centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo. O amor, o ódio, a determinação, a vontade e o gozo (Sal. 105:3) unem-se com o coração. O coração sabe, compreende (1 Reis 3:9), delibera, calcula; está disposto, é dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas. Tudo o que impressiona a alma se diz estar fixado, estabelecido, ou escrito no coração. O coração é o depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta (Lu. 2:51). O coração é a "fábrica", por assim dizer, em que se formam pensamentos e propósitos, sejam bons ou maus. (Vide Sal.14:1; Mat. 9:4; l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o centro da vida emocional. Ao coração atribuem-se todos os graus de gozo, desde o prazer, (Isa. 65:14) até ao êxtase e exultação (Atos 2:46); todos os graus de dor, desde o descontentamento (Prov. 25:20) e a tristeza (Joao14:1) até ao "ai" lacerante e esmagador (Sal. 109:22; Atos 21:13); todos os graus de má vontade desde a provocação e ira (Prov. 23:17) até à cólera incontrolável (Atos 7:54) e o desejo vingativo ardente (Deut. 19:6); todos os graus de temor desde o tremor reverente (Jer. 32:40) até ao pavor (Deut. 28:28). O coração derrete-se e se retorce em angústia (Jos. 5:1); torna-se fraco pela depressão (Lev. 26:36); murcha sob o peso da tristeza (Sal. 102:4); quebra-se e fica esmagado pela adversidade (Sal. 147:3), é consumido por um ardor sagrado (Jer.20:9).
3. O coração é o centro da vida moral. Concentrado no coração pode haver o amor de DEUS (Sal. 73:26) ou o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O coração é a"oficina" de tudo quanto é bom ou mau nos pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.) É onde se reúnem todos os impulsos bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro bom ou ruim. Do que tiver em abundância ele fala e opera.(Mat. 12:34, 35.) É o lugar onde originalmente foi escrita a lei de DEUS (Rom.2:15), e onde a mesma lei é renovada pela operação do ESPÍRITO SANTO. (Heb.8:10.) É sede da consciência (Heb. 10:22) e a ele atribuem-se todos os testemunhos da consciência, (1 João 3:19-21.) Com o coração o homem crê (Rom. 10:10) ou descrê (Heb. 3:12). É campo onde se semeia a Palavra divina (Mat. 13:19).Segundo as suas decisões, está sob a inspiração de DEUS (2 Cor. 8:16) ou de Satanás (João 13:2). É a morada de CRISTO (Efés. 3:17) e do ESPÍRITO (2 Cor. 1:22); da paz de DEUS (Col. 3:15). é o receptáculo do amor de DEUS (Rom. 5:5), o lugar da aurora celestial (2 Cor. 4:6), a câmara da comunhão secreta com DEUS (Efés.5:19). É uma grande profundidade misteriosa que somente DEUS pode sondar. (Jer. 17:9.) Foi em vista das imensas possibilidades implícitas no coração do homem que Salomão proferiu esta admoestação: "Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida" (Prov. 4:23).
 
(f) A alma e o sangue. "Porque a vida (literalmente "alma") da carne está no sangue" (Lev. 17:11). As Escrituras ensinam que, tanto no homem como no irracional, o sangue é a fonte e o depositário da vida física. (Lev. 17:11; 3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên. 4:10; Heb. 12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10; Jer. 2:34; Prov. 28:17.) Vamos citar as palavras de Harvey, médico inglês, descobridor da circulação do sangue: "é o primeiro órgão a viver e o último a morrer; é a sede principal da alma. Ele vive e nutre-se de si mesmo, e por nenhuma outra parte do corpo." Em Atos 17:26 e João 1:13 o sangue se apresenta como a matéria original de onde surge o organismo humano. Usando o coração como bomba, e o sangue como meio da vida, a alma envia vitalidade e nutrição a todas as partes do corpo. O lugar que a criatura ocupa na escala da vida determina o valor do seu respectivo sangue. Primeiro vem o sangue dos animais; porém de valor maior é o sangue do homem, porque o homem tem a imagem de DEUS. (Gên. 9:6). De estima especial é o sangue dos inocentes e dos mártires. (Gên. 4:10; Mat. 23:35.) O mais precioso de todos é o sangue de CRISTO (1 Pedro 1:19; Heb. 9:12), de valor infinito por estar unido com a Divindade. Pelo plano benigno de DEUS, o sangue tomou-se o meio de expiação, quando aspergido sobre o altar de DEUS. "Pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma" (Lev. 17:11).
 
4. O corpo humano.
Os seguintes nomes aplicam-se ao corpo:
(a) casa, ou tabernáculo. (2 Cor. 5:1.) é a tenda na qual a alma do homem, qual peregrina, mora durante sua viagem do tempo para a eternidade. À morte, desarma-se a barraca e a alma parte. (Vide Isa. 38:12: 2 Ped. 1:13, 14.)
 
(b) Invólucro. (Dan. 7:15). O corpo é a "bainha" da alma. A morte é o desembainhar a espada.
 
(c) Templo. O templo é um lugar consagrado pela presença de DEUS — um lugar onde a onipresença de DEUS é localizada, (1 Reis 8:27, 28.) O corpo de CRISTO foi um "templo" (João 2:21) porque DEUS estava nele. (2 Cor. 5:19.) Quando DEUS entra em relação espiritual com uma pessoa, o corpo dessa pessoa toma-se um templo do ESPÍRITO SANTO. (1 Cor. 6:19.) Os filósofos pagãos falavam do corpo com desprezo; consideravam-no um estorvo à alma, e almejavam o dia quando a alma estaria livre das suas complicadas e enredosas roupagens. Mas as Escrituras em toda parte tratam o corpo como obra de DEUS, a ser apresentado a DEUS (Rom. 12:1), usado para a gloria de DEUS (1 Cor. 6:20). Por que, por exemplo, contém o livro de Levítico tantas leis governando a vida física dos israelitas? Para ensiná-los que o corpo, como instrumento da alma, deve conservar-se forte e santo. É verdade que este corpo é terreno (1 Cor. 15:47) e como tal um corpo de humilhação (Fil. 3:21), sujeito às enfermidades e à morte (1 Cor. 15:53), de maneira que gememos por um corpo celestial (2 Cor. 5:2). Mas à vinda de CRISTO, o mesmo poder que vivificou a alma transformará o corpo, assim completando a redenção do homem. E o penhor dessa mudança é o ESPÍRITO que nele habita. (2Cor. 5:5; Rom. 8:11.)
 
III. A imagem de DEUS no homem
"Façamos o homem … nossa imagem, conforme a nossa semelhança." (Vide Gên. 5:1; 9:6; Ecl. 7:29; Atos 17:26,28,29; 1 Cor. 11:7; 2 Cor. 3:18; 4:4; Efés. 4:24; Col. 1:15; 3:10; Tia. 3:9; Isa. 43:7; Efés. 2:10.) O homem foi criado à semelhança de DEUS, foi feito como DEUS em caráter e personalidade. E em todas as Escrituras o ideal e alvo exposto diante do homem é o de ser semelhante a DEUS. (Lev. 19:2; Mat. 5:45-48; Efés. 5:1.) E ser como DEUS significa ser como CRISTO, que é a imagem do DEUS invisível.
Consideremos alguns dos elementos que constituem a imagem divina no homem:
 
1. Parentesco com DEUS.
A relação de DEUS com as primeiras criaturas viventes consistia em essas, de maneira inflexível, obedecerem aos instintos implantados pelo Criador; mas a vida que inspirou ao homem foi resultado verdadeiro da personalidade de DEUS. O homem, na verdade, tem um corpo feito do pó da terra, mas DEUS soprou nas narinas o sopro da vida (Gên. 2:7); dessa maneira dotou-o de uma natureza capaz de conhecer, amar e servir a DEUS. Por causa dessa imagem divina todos os homens são, por criação, filhos de DEUS. Mas, desde que essa imagem foi manchada pelo pecado, os homens devem ser recriados ou nascidos de novo (Efés. 4:24) para que sejam em realidade filhos de DEUS. Um erudito da língua grega aponta o fato de uma das palavras gregas traduzidas por "homem" (anthropos) ser uma combinação de palavras significando literalmente "aquele que olha para cima". O homem é criatura de oração, e há ocasião na vida dos mais perversos quando eles invocam a algum Poder Supremo para socorrê-los. O homem pode não entender a grandeza da sua dignidade, e assim se tornar semelhante aos irracionais que perecem (Sal. 49:20), mas ele não é irracional. Mesmo na sua degradação, o homem é testemunha da sua origem nobre, pois o animal não pode degradar-se. Por exemplo, ninguém pensaria em ordenar a um tigre dizendo: "Sê tigre!" Ele sempre foi e sempre ser tigre! Mas a ordem, "Sê homem", leva um verdadeiro significado àquele que se degradou. Por mais que se tenha o homem degradado, ainda ele reconhece que deveria estar em plano mais elevado.
 
2. Caráter moral.
O reconhecimento do bem e do mal pertence somente ao homem. A um animal pode-se ensinar a não fazer certas coisas, mas é porque essas coisas são contrárias à vontade do dono e não porque o animal saiba que estas coisas são sempre corretas e outras sempre erradas. Em outras palavras, os animais não possuem natureza religiosa ou moral; não são capazes de ser instruídos nas verdades concernentes a DEUS e à moralidade. Assim escreve um grande naturalista: Concordo plenamente com a opinião dos escritores que asseguram ser o sentido moral, ou seja, a consciência, a mais importante de todas as diferenças entre o homem e os animais inferiores. Esse sentido está resumido naquele curto mas imperioso "deve", tão cheio de significação. É o mais nobre de todos os atributos do homem.
 
3. Razão.
O animal é meramente uma criatura da natureza; o homem é senhor da natureza. Ele é capaz de refletir sobre si próprio e arrazoar a respeito das causas das coisas. Pensem nas invenções maravilhosas que surgiram da mente do homem — o relógio, o microscópio, o vapor, o telégrafo, o rádio, a máquina de somar, e outras numerosas demais para se mencionar. Olhem a civilização construída pelas diversas artes. Considerem os livros que foram escritos, a poesia e a música que foram compostas. E então adorem ao Criador por esse dom maravilhoso da razão! A tragédia da história é esta: que o homem tem usado esse dom para propósitos destrutivos, até mesmo para negar o Criador que o fez uma criatura pensante.
 
4. Capacidade para a imortalidade.
A existência da árvore da vida no Jardim do Éden indica que o homem nunca teria morrido se não tivesse desobedecido a DEUS. CRISTO veio ao mundo para colocar a Alimento da Vida ao nosso alcance, para que não pereçamos, mas vivamos para sempre.
 
5. Domínio sobre a terra.
O homem foi designado para ser a imagem de DEUS com respeito à soberania; e como ninguém pode ser monarca sem súditos e sem reino, DEUS deu-lhe tanto um "império" como um "povo". DEUS os abençoou, e lhes disse: "Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra" (Gên. 2:28.Vide Sal. 8:5-8.) Em virtude dos poderes implícitos em ser o homem formado à imagem de DEUS, todos os seres viventes sobre a terra estavam entregues na sua mão. Ele devia ser o representante visível de DEUS em relação às criaturas que o rodeavam. O homem tem enchido a terra com as suas produções. É um privilégio especial do homem subjugar o poder da natureza à sua própria vontade. Ele, o homem, obrigou o relâmpago a ser o seu mensageiro, tem circundado o globo, subido até às nuvens e penetrado as profundezas do mar. Ele tem jogado as forças da natureza umas contra as outras, mandando os ventos ajudá-lo em enfrentar o mar. Se é tão maravilhoso o domínio do homem sobre a natureza externa e inanimada, mais maravilhoso ainda é o seu domínio sobre a natureza animada. Vejam o falcão treinado derribar a presa aos pés do seu dono e voltar quando os grandes espaços o convidam à liberdade; vejam o cão usar a sua velocidade a serviço do dono, tomar a presa que não será sua; vejam o camelo transportar o homem através do deserto, sua própria habitação. Todos eles mostram a capacidade criadora do homem e a sua semelhança com DEUS o Criador. A queda do homem resultou na perda e no desfiguramento da imagem divina. Isto não quer dizer que os poderes mentais e psíquicos (a alma) foram perdidos; mas que a inocência original e a integridade moral, nas quais foi criado, foram perdidas por sua desobediência. Portanto, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e está sem esperança, a não ser por um ato de graça que lhe restaure a imagem divina. Este assunto será tratado mais detalhadamente no capítulo seguinte.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman – Editora VIDA
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
 
 
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LIÇÃO NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA 4Tr2025
 
 
Escrita Lição 3, Central Gospel, O Estado Original de Inocência no Eden, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. UM ESTADO DE COMUNHÃO E HARMONIA 
1.1. A comunhão com o Criador na primeira morada 
1.2. A harmonia entre corpo, mente e espírito 
2. O DOM DA LIBERDADE E A DIGNIDADE DO MANDATO CULTURAL 
2.1. O dom da liberdade 
2.2. A dignidade do mandato cultural 
3. A INOCÊNCIA E A POSSIBILIDADE DE QUEDA 
3.1. A ausência de culpa, mas não de impecabilidade 
3.2. A vocação interrompida, mas não abolida 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Gênesis 2.8-17 
8- E plantou o Senhor DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. 9- E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. 10- E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. 11- O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. 12- E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio e a pedra sardônica. 13- E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. 14- E o nome do terceiro rio é Hidéquel; este é o que vai para a banda do oriente da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates. 
15- E tomou o Senhor DEUS o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. 16- E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17- mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
 
TEXTO AUREO 
[...] DEUS fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias. Eclesiastes 7.29b - ARA 
 
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 
2a feira - Isaías 43.1-7 Chamados à comunhão
3a feira - Gênesis 3.8; 5.24 DEUS caminha conosco
4a feira - Salmo 119.41-45 Liberdade em obediência 
5a feira - Efésios 2.11-13 De separados a reconciliados 
6a feira - Gálatas 5.13 Livre para amar e servir 
Sábado - Apocalipse 21.1-3 Comunhão restaurada 
 
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- reconhecer que o estado original do ser humano foi marcado por inocência, liberdade e responsabilidade diante de DEUS;
- compreender que a comunhão com o Criador envolvia tanto privilégios quanto limites amorosos estabelecidos por Ele;
- refletir sobre a importância de viver de modo consciente, respeitando os princípios divinos como expressão de maturidade espiritual. 
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 
Caro professor, esta lição convida-nos a olhar para o Éden antes da Queda: um cenário de plenitude, propósito e comunhão. 
Apresente o Jardim como um espaço de liberdade responsável, onde o homem e a mulher foram chamados a viver de forma consciente, reconhecendo a bondade dos limites estabelecidos por DEUS. Estimule uma reflexão madura sobre o que significa viver em inocência sem ignorância - ou seja, com confiança e abertura para a vontade divina. Ressalte que a verdadeira autonomia não implica ausência de limites, mas o exercício vigilante da escolha pelo bem.
Encerre a aula levando os alunos a compreender que o estado de inocência não era estático, mas um convite contínuo à maturidade espiritual, fundada na relação de amor, obediência e confiança no Criador. Excelente aula! 
 
COMENTÁRIO - Palavra introdutória 
Antes da Queda, havia um Jardim. O Éden não era apenas um espaço geográfico: era a expressão viva da vontade de DEUS, um lugar de comunhão plena (Gn 2.25), de liberdade com limites (Gn 2.16-17), de beleza e propósito (Gn 2.9, 15). Ali, o ser humano vivia em estado de inocência - não por desconhecimento do mal, mas por estar plenamente orientado ao bem (Ec 7.29). 
Nesta lição, somos convidados a contemplar esse início não como nostalgia de um passado perdido, mas como proclamação teológica que ilumina o presente e aponta para o futuro prometido (Ap 22.1-5). O Éden não é só o cenário de uma antiga história: ele revela o coração do Pai, que nos criou para o relacionamento (Gn 2.18), para o cuidado (Gn 2.15) e para a Sua glória (Is 43.7). Voltar ao santuário da Criação, pelo relato bíblico, é reencontrar o projeto original do Altíssimo, qual seja: viver com inteireza (Mq 6.8), em união com o próximo (Lv 19.18) e em reverência e temor diante d'Ele (Dt 6.5). 
 
1. UM ESTADO DE COMUNHÃO E HARMONIA 
A narrativa do Éden revela um tempo em que Adão e Eva viviam em perfeita sintonia com o Criador. Antes da Queda, não havia culpa, nem medo, nem angústia ou qualquer descompasso de consciência: tudo refletia o propósito e a bondade do Senhor que formou o homem do pó da terra e soprou nele o fôlego da vida (Gn 2.7). Essa condição inicial será detalhada nos próximos tópicos para melhor compreensão do plano divino. 
 
OBSERVAÇÃO 1
TUDO COMEÇOU COM A COMUNHÃO, NÃO COM A QUEDA 
Antes do rompimento, havia um Jardim de plena harmonia. O primeiro casal nasceu do mistério para caminhar com DEUS em liberdade, obediência e propósito. A inocência, nesse contexto, não significava ignorância, mas refletia a absoluta confiança da criatura no amor e na presença do Criador. 
 
1.1. A comunhão com o Criador na primeira morada 
O ser humano não foi só mais uma criatura entre as demais. Ele foi intencionalmente chamado à existência para o relacionamento, concebido para a comunhão - não como um acessório espiritual, mas como o eixo de sua identidade e missão (Is 43.7). O Éden, nesse sentido, não simboliza apenas um local paradisíaco, mas uma condição de aliança e proximidade com o Criador. A narrativa bíblica revela que a presença de DEUS no Jardim não se dava de modo impositivo ou aleatório. Pelo contrário, Ele se manifestava no silêncio vespertino, convidando o ser feito à Sua imagem e semelhança à escuta e à caminhada (cf. Gn 3.8). Essa imagem comunica um Ser todo-poderoso que se aproxima, que anda ao lado, que deseja ser conhecido e amado - não por obrigação, mas por ato de livre vontade. Deste modo, a inocência de Adão e Eva, antes da Queda, não representava ignorância ou ausência de racionalidade, mas a disposição íntima de confiar plenamente em DEUS, a fonte de todo bem. Essa confiança promovia um movimento sintônico entre suas motivações mais íntimas e a ação, entre liberdade e obediência. Estar com o Senhor implicava viver sem defesas, sem disfarces, sem medo. Havia integridade, porque não havia separação entre o que se era e o que se fazia. A ruptura, portanto, não começou com o ato de comer o fruto proibido, mas com o colapso da confiança e da fidelidade que sustentavam o vínculo com o Eterno. O medo substituiu a intimidade, e a vergonha silenciou o diálogo: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (Gn 3.10). É nesse momento que se inicia o lamento da humanidade - não com o erro apenas, mas com a quebra da comunhão e o distanciamento. 
 
1.2. A harmonia entre corpo, mente e espírito 
A condição original do ser humano no Éden não se limitava a um estado moral irrepreensível, mas expressava uma integração plena entre todas as suas dimensões: o corpo que se movia com propósito, a mente que discernia com clareza e o espírito que permanecia aberto à presença divina. Não havia cisão interior. A vida pulsava em uníssono com o querer do Criador (Gn 1.31). 
Essa harmonia implicava a mais perfeita ordenação das partes em torno de um centro - DEUS. Antes da Queda, razão, afeto e vontade não competiam entre si, mas cooperavam para o bem, sustentadas pela confiança e pela obediência. Era uma essência unificada, uma espiritualidade encarnada, onde o corpo não se opunha ao espírito, e os pensamentos não resistiam à Luz. Nesse estado de inteireza, cada instância do ser glorificava o Senhor - em beleza e verdade. 
 
2. O DOM DA LIBERDADE E A DIGNIDADE DO MANDATO CULTURAL 
O estado de inocência no Éden não implicava passividade, mas pleno compromisso diante de DEUS. Formado à Sua imagem e semelhança, o ser humano recebeu d'Ele dois dons fundamentais: o direito de escolher (Gn 2.16-17) e a vocação para cuidar (Gn 2.15). 
 
2.1. O dom da liberdade 
O Criador confiou ao Homem o dom da escolha, instruindo-o claramente sobre o que era permitido e o que deveria ser evitado (Gn 2.16-17). Essa autonomia não era sinônimo de independência irrestrita, mas uma expressão de plenitude de discernimento diante d'Ele: obedecer não por obrigação, mas por confiança intransigente n'Aquele que chama à luz os viventes. 
A ausência de coerção evidencia a grandeza desse dom. DEUS não criou marionetes, mas seres capazes de responder em amor - o que implica risco, mas também dignidade. No Éden, a casa da primeira aliança, essa condição estava ancorada em um vínculo de confiança: obedecer era uma escolha relacional, não uma imposição moral. Contudo, sem consciência amadurecida, a liberdade revela-se frágil - e, naquele contexto, ficou exposta à sedução de uma voz que distorcia a verdade (Gn 3.4-6). 
Quando o discernimento cede ao desejo desordenado, o autogoverno se converte em armadilha. À luz da Escritura, o autêntico livre-arbítrio não consiste na ausência de limites, mas na escolha deliberada de submeter-se ao bem maior. Nesse horizonte, entende-se que os mandamentos do Senhor não são barreiras, mas manifestações de Seu amor - trilhas de preservação e comunhão (GI 5.13; SI 119.45). 
 
OBSERVAÇÃO 2
A LIBERDADE SÓ É PLENA QUANDO ENCONTRA SEU LIMITE
 - No Éden, DEUS ofereceu liberdade, mas também estabeleceu um limite amoroso. A verdadeira maturidade espiritual nasce da escolha consciente de obedecer são bem e de viver em comunhão com Aquele que é a Fonte da Vida. 
 
2.2. A dignidade do mandato cultural 
A Terra não foi entregue ao ser humano como um território a ser explorado, mas como um refúgio de plenitude a ser cultivado. O trabalho (labor), portanto, não nasceu da Queda, mas da bênção (Gn 2.15). No Éden, o ato de cuidar era uma expressão de corresponsabilidade e reverência. O Homem foi chamado não a dominar com violência, mas a servir com sabedoria - refletindo o caráter do Altíssimo em sua administração do cosmos. 
Esse mandato cultural é, em essência, um chamado à cooperação na preservação e no florescimento da Criação - primícia da vontade celestial (Sl 8.6). Seu escopo vai além do domínio das técnicas agrícolas ou do cuidado com o meio ambiente; antes, envolve toda forma de atuação que promove ordem, beleza e justiça em todas as coisas e para todos. 
Ser moldado à imagem de DEUS significa, também, tratar o Universo criado com sensatez. A dignidade dessa tarefa reside na harmonia entre liberdade e serviço: não somos senhores absolutos, mas mordomos de um dom que nos antecede e transcende. Em cada gesto de cuidado, ressoa o chamado para uma existência que glorifica o Doador da Vida. 
 
3. A INOCÊNCIA E A POSSIBILIDADE DE QUEDA 
A inocência descrita no Éden não deve ser confundida com ignorância ou infantilidade. Trata-se de uma condição espiritual em que não havia culpa, mas havia livre-volição - e, com ela, a possibilidade real de escolha. O ser humano não foi moldado como um autômato moral, mas como um ente dotado de consciência, chamado à obediência e ao amadurecimento na comunhão. 
O Éden, portanto, não representa um estágio estático de pureza, mas uma condição dinâmica, que exigia preservação intencional. A liberdade dada por DEUS incluía o risco da Queda não por descuido divino, mas por honra ao amor que só pode ser verdadeiro se estiver fundamentado na justiça e na liberdade.
 
3.1. A ausência de culpa, mas não de impecabilidade 
No Éden, o ser humano não conhecia o mal pela experiência (Gn 2.9), mas era plenamente capaz de escolher – e, portanto, de errar (Gn 3.1-6). A inocência não era sinônimo de impecabilidade, mas o ponto de partida para o amadurecimento por meio da obediência e da fidelidade. 
Essa condição original, embora isenta de culpa, exigia vigilância, discernimento e cuidado moral. A impecabilidade é atributo exclusivo do Senhor (Is 6.3); já à humanidade, foi confiada uma autonomia limitada pela responsabilidade. O bem era conhecido na relação diária e viva com o Altíssimo; o mal, pela ruptura desse vínculo. 
Nesse cenário, há um mistério profundo: o Criador, ao conceder liberdade ao Homem, também se retira o suficiente para que esse amor seja escolhido e não imposto. Trata-se de um DEUS que é capaz de se auto esvaziar (gr. ekenōsen = "aniquila-se"; cf. Fp 2.6-7) - não para ausentar-se, mas para tornar possível a escolha autêntica e voluntária. 
 
3.2. A vocação interrompida, mas não abolida 
Com a Queda, o ser humano rompeu com o estado de comunhão plena, mas não perdeu seu chamado essencial. DEUS não abandonou Seu projeto original, mas deu início a um processo de redenção e restauração (Rm 8.30). 
A narrativa do Éden não deve ser lida apenas como um relato cronológico ou histórico, mas como um drama existencial tragicamente profundo: a perda de uma condição tão elevada de plena harmonia com o Eterno, que poderia ser compartilhada com toda a humanidade (Gn 3.8; Rm 5.12; 8.20-21). A perda da comunhão com o Altíssimo não é só um evento do passado, mas uma realidade que se repete em cada coração que decide caminhar por si mesmo. 
Contudo, mesmo após o pecado, o apelo persiste: precisamos refletir a imagem do Pai, andar em Sua presença e contemplar Sua glória. A esperança cristã não repousa na inocência perdida, mas na Graça que restaura, redime e conduz novamente à plenitude do encontro (Ap 21.3). 
 
CONCLUSÃO 
Fomos moldados do pó, mas soprados pela Eternidade. Tendo sido criados para a comunhão, a liberdade e a responsabilidade, recebemos a inocência como expressão de confiança consciente no bem. 
O Éden, portanto, não é apenas um jardim do passado, mas o símbolo de uma pacificação interior possível e desejada por DEUS. Essa confiança primeira não é um ideal perdido, mas o sonido de uma vocação que ainda reverbera em cada coração. Em JESUS, o caminho outrora interrompido é restaurado, e a vereda da vida se abre novamente diante de nós (Ef 2.13). 
Na próxima lição, retornaremos ao Jardim, o domicílio da inocência, para refletir sobre o momento em que a confiança foi posta à prova. Antes da Queda, houve o sussurro que distorce a verdade e desafia o livre-arbítrio; a este chamamos tentação. 
 
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO 
1. Qual era a base da comunhão entre DEUS e o Homem no estado original de inocência? 
R.: A confiança plena no amor do Criador, vivida em liberdade responsável e integridade interior (Gn 2.16-17; Ec 7.29).
2. De acordo com esta lição, para quais propósitos o ser humano foi criado? 
R.: Para viver em relação plena com DEUS (Gn 2.18; Is 43.7); exercer liberdade responsável (Gn 2.16-17; GI 5.13); cultivar e guardar a Criação com zelo (Gn 2.15; SI 8.6); e glorificar o Pai (Is 43.7; 1 Co 10.31). 
 
Fonte: Central Gospel