Escrita Lição 7, CPAD, As Naturezas Humana e Divina de JESUS, 1Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita, Lição 7, CPAD, As Naturezas Humana E Divina De JESUS, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


 

ESBOÇO DA LIÇÃO 7, CPAD, 1TR25

I – O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS

1. “Descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3)

2. “Declarado Filho de DEUS em poder” (v. 4)

3. O antigo hino cristológico (Fp 2.5,6)

II – AS HERESIAS CONTRA O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS

1. Quem foi Nestório?

2. Nestorianismo

3. Monofisismo

4. O Concílio de Calcedônia

III – O PERIGO DESSAS HERESIAS NA ATUALIDADE

1. Os monofisitas

2. O kenoticismo

3. Mariolatria

 

 

TEXTO ÁUREO

“Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!”  (Rm 9.5)

 

VERDADE PRÁTICA

JESUS é o eterno e verdadeiro DEUS e, ao mesmo tempo, o verdadeiro homem.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 1.23 As duas naturezas de JESUS reveladas na expressão "Emanuel"

Terça - Fp 2.5-8 O Senhor JESUS possui as naturezas humana e divina em sua Pessoa

Quarta - Jo 10.33 Sendo homem, JESUS afirma ser DEUS, as duas naturezas em uma só Pessoa

Quinta - At 20.28 JESUS, o DEUS-Homem que nos comprou com o seu sangue

Sexta - Cl 2.9 As duas naturezas de CRISTO continuam para toda a eternidade

Sábado - 1 Tm 3.16 As naturezas humana e divina em JESUS

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - ROMANOS 1.1-4; FILIPENSES 2.5-11

Romanos 1.1 - Paulo, servo de JESUS CRISTO, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de DEUS,

2 - o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,

3 - acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,

4 - declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos, - JESUS CRISTO, nosso Senhor,

Filipenses 2.5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS,

6 - que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS.

7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

8 - e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.

9 - Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,

10 - para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,

11 - e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai.

 

HINOS SUGERIDOS:  25, 154, 183 da Harpa Cristã

 

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 7, CPAD, 1TR25

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Não se prova a divindade de JESUS pelos seus milagres, aqui na terra, como homem, pois estes eram realizados pelo poder do ESPÍRITO SANTO em JESUS (cheio do ESPÍRITO SANTO e guiado pelo ESPÍRITO SANTO).

E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; Lucas 4:1

O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;

Isaías 61:1

O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, Lucas 4:18

O kenoticismo.

Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar” (Fp 2.7). A doutrina kenótica afirma que JESUS, enquanto esteve na Terra, esvaziou a si mesmo dos atributos divinos. O Verbo (JESUS) possuía os atributos divinos, mas escolheu não os usar. O kenosis é o “esvaziamento” de CRISTO. Isso foi uma condição para o seu messiado e por isso Ele abriu mão de sua glória celeste aqui (Jo 17.5).

Só assim podia remir os que estavam debaixo do pecado. Só um homem sem pecado poderia comprar os homens para DEUS.

Levítico 25. JUBILEU (LIBERTAÇÃO DO PECADO - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Romanos 7:14; Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

Romanos 8:2).

10 E santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família.

11 O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das separações,

12 Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo comereis.

13 Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua possessão.

14 E quando venderdes alguma coisa ao vosso próximo, ou a comprardes da mão do vosso próximo, ninguém engane a seu irmão;

15 Conforme ao número dos anos, desde o jubileu, comprarás ao teu próximo; e conforme o número dos anos das colheitas, ele a venderá a ti.

16 Conforme se multipliquem os anos, aumentarás o seu preço, e conforme à diminuição dos anos abaixarás o seu preço; porque conforme o número das colheitas é que ele te vende.

 

39 Quando também teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e vender-se a ti, não o farás servir como escravo.

40 Como diarista, como peregrino estará contigo; até ao ano do jubileu te servirá;

41 Então sairá do teu serviço, ele e seus filhos com ele, e tornará à sua família e à possessão de seus pais.

42 Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como se vendem os escravos.

43 Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor.

 

 

Plano de DEUS para nossa Salvação (redenção).

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. 1 João 1:7

Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Efésios 2:13

Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens. 1 Coríntios 7:23

Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. 1 Coríntios 6:20

 

 

 

BEP – CPAD - Filipenses 2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).

 

 

BEP – CPAD - Filipenses 2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de Cristo assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).

 

 A "mente de Cristo" ( 2: 5-11 )

No clímax do seu apelo Paulo visa promover a unidade, exortando seus leitores a contemplar Cristo. Cristo não procura explorar suas vantagens; também Cristo não agradou a si mesmo ( Rom. 15: 3 ). Este grande kenosis (aniquilamento) é uma das passagens mais marcantes no Novo Testamento. Em nenhum outro lugar é o efeito da Encarnação mais eloquente. É mais clara declaração de Paulo a respeito da Encarnação. Este pensamento é paralelo apenas em Hebreus e João ( Heb. 2: 5 ; João 1:14 ). Para ter a "mente de Cristo" significa ter a mesma disposição que Jesus tinha. Enquanto um cristão não pode sofrer pelos pecados dos outros, como o fez Jesus, ele pelo menos pode ter a atitude do Mestre e disposição. Ele pode ser movido pelos mesmos motivos e à mesma disciplina no Espírito. JESUS e seu auto esvaziamento pode nos motivar a isso?

(1)  Humildade

O cristão deve estar disposto a abrir mão de seu status se a ocasião mandar. JESUS  não quis estar em pé de igualdade com sua própria divindade para que sua missão fosse cumprida (morte de cruz). JESUS tinha seus atributos, era completo em tudo, mas não os usou para em tudo ser semelhante aos homens (todos os sinais, prodígios e maravilhas foram operados pelo ESPÍRITO SANTO (E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; Lucas 4:1; Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. Lucas 4:14).

Era guiado, movido, direcionado pelo ESPÍRITO SANTO.

JESUS não teve medo de se esvaziar temporariamente, pois o fazia para nos salvar.

Valia a pena o sacrifício. Ele esvaziou a si mesmo; isto é, ele despojou-se de muitas prerrogativas divinas que tinha como Deus. Estes incluíram onipresença, onisciência e onipotência.

(2)  Serviço

JESUS assumiu a natureza interna ou forma (morphe ) de um escravo (doulos ). Não é de estranhar que Paulo a si mesmo se denominasse um escravo, pois via que JESUS  tornou-se um escravo. Os escravos eram muito numerosos no império romano. A posse de um escravo era um símbolo de status. Às vezes, os escravos eram mais virtuosos e mais inteligentes do que seus mestres. Ser escravo, portanto, não denota tanto assim inferioridade intrínseca como inferioridade parente ou inferioridade de status e privilégio. Este foi inesquecivelmente ilustrado quando Jesus tomou uma toalha e cingiu-se e exerceu as funções de um escravo, lavando os pés dos seus discípulos ( João 13 ). Com esse gesto Jesus agiu contrariamente a todos os cânones humanos de decoro. Ele teve que recorrer a medidas drásticas para obrigar uma revisão da atitude dos discípulos em direção ao que constitui a grandeza. Ao fazê-lo, ele removeu o estigma servil, e fez serviço de uma virtude.

(3)  Natureza Humana

Outro passo na humilhação de JESUS foi feito na forma externa (esquema) de um homem. Em sua natureza interna (morphe) manteve-se divino. Seu exterior, na forma temporária (esquema) foi diferente, mudado para o de um homem. JESUS era de fato Deus e se fez homem; em sua encarnação não se tornou um fantasma; sua humanidade era real.

(4)  Morte

O quarto passo na humilhação de JESUS era a morte. Foi a morte mais vergonhosa, um tipo de execução reservada apenas para os escravos e as classes inferiores da população, para assassinos e ladrões. Cidadãos romanos nunca foram submetidos a esta forma humilhante de execução. Em outras palavras, JESUS passou todo o caminho na Encarnação. Ele provou ao máximo da pena que o homem merece por causa do seu pecado.

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Lição 3: JESUS, verdadeiro Homem, verdadeiro DEUS

1º Trimestre de 2008 – Jovens e Adultos – CPAD

Comentarista Ezequias Soares

 Data: 20 de Janeiro de 2008

 

TEXTO ÁUREO

“Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5).

 

VERDADE PRÁTICA

Assim como é heresia negar a divindade de CRISTO, também é heresia negar-lhe a humanidade. A natureza divina e a humana estão juntas na pessoa única de JESUS CRISTO.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Is 9.6 Os cinco nomes do Messias

Terça – Jr 23.5,6 A divindade do Renovo de Davi

Quarta – 1 Tm 2.5 JESUS é o verdadeiro homem

Quinta – Cl 2.9 JESUS é o verdadeiro DEUS em toda a sua plenitude

Sexta – 1 Jo 5.20 JESUS é o verdadeiro DEUS e a vida eterna

Sábado – Mt 1.23 JESUS é o DEUS em forma humana

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 1.1-7.

1 – Paulo, servo de JESUS CRISTO, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de DEUS,

2 – o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,

3 – acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,

4 – declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos – JESUS CRISTO, nosso Senhor,

5 – pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,

6 – entre as quais sois também vós chamados para serdes de JESUS CRISTO.

7 – A todos os que estais em Roma, amados de DEUS, chamados santos: Graça e paz de DEUS, nosso Pai, e do Senhor JESUS CRISTO.

 

INTERAÇÃO

Professor, nesta aula enfatize a verdade de que em JESUS havia duas naturezas: a divina e a humana. Porém, afirme aos alunos que essas duas naturezas não implicam duas personalidades ou pessoas. As naturezas divina e humana coexistem com suas diferenças, mantendo suas características peculiares em uma mesma pessoa. Assim, JESUS é perfeito em divindade e perfeito em humanidade; verdadeiro DEUS e verdadeiro homem.

 

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Descrever as duas naturezas de CRISTO.
Contestar as heresias cristológicas.
Explicar a união das duas naturezas.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, o Novo Testamento assevera em diversos textos a humanidade de JESUS (Mt 1.18,20; 21.18; 26.37). Acerca dessa verdade não há qualquer dúvida seja entre os evangélicos seja entre os não-cristãos. Já a sua deidade é um tema muito debatido. Portanto, para ratificar a divindade do Senhor use como exemplo a expressão sagrada “Eu Sou” de Êx 3.15. Nenhum judeu em qualquer época a empregou referindo-se a si mesmo. Porém, JESUS a utilizou várias vezes para designar-se DEUS, o eterno Eu Sou. Antes de ministrar a lição faça uma pesquisa a respeito do termo hebraico YHWH e de seu correspondente grego “Eu Sou”.

 

DEZ DECLARAÇÕES DE JESUS ACERCA DA SUA DIVINDADE

Pão da Vida - “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.35,48; 6.51; 12.46).

Luz do Mundo - “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12).

Eu sou - “Eu sou” (Jo 8.18,23,24,28,58; 13.19).

A Porta - “Eu sou a porta” (Jo 10.7,9).

O Bom Pastor - “Eu sou o bom Pastor” (Jo 10.11,14)

A Ressurreição e a Vida - “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25)

O Caminho, Verdade e Vida - “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6)

Videira Verdadeira - “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1,5)

Dá a Água da Vida - E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. João 7:37

E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. João 6:35

Eu e o Pai somos um. João 10:30

 

Palavra-Chave

União Hipostática: Expressão teológica que descreve a perfeita união entre as naturezas divina e humana na Pessoa única de JESUS.

 

COMENTÁRIO - Introdução

Esta lição fala das duas naturezas de CRISTO: a humana e a divina. JESUS viveu entre nós, empregando as qualificações e características humanas, exceto o pecado. Como DEUS, Ele manifestou todo o seu poder e glória. Ele é o Eterno e verdadeiro DEUS, e ao mesmo tempo, verdadeiro e perfeito homem, algo desconhecido na raça humana devido à Queda no Éden.

 

I. A NATUREZA HUMANA DE JESUS

1. “Nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (v.3).

Essa expressão, usada amiúde por Paulo, revela a identificação de JESUS com a humanidade.

O apóstolo empregou o termo “carne” com esse mesmo sentido em Romanos 9.5. Era conveniente que JESUS viesse ao mundo como homem; se assim não fora, não poderia sofrer e, por conseguinte, ser o Salvador da humanidade (Hb 2.17). Além disso, a Bíblia mostra a humanidade de JESUS, inclusive sua linhagem (Sl 22.22; Fp 2.6-11; 1 Tm 2.5; 2 Tm 2.8). Sua genealogia encontra-se em Mateus 1.1-17 e Lucas 3.2-38.

2. Características humanas.

Os Evangelhos revelam que JESUS possuía atributos próprios do ser humano.

Embora gerado por ato sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, o Mestre nascera de uma mulher (Mt 1.18,20; Lc 1.35) e teve irmãos e irmãs (Mt 12.47; 13.55-56). Sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28). Sofreu, chorou, angustiou-se (Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12) e, por fim, passou pela agonia da morte.

Mas, ressuscitou glorioso, poderoso e triunfante ao terceiro dia (1 Co 15.3,4).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Embora gerado pela ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, JESUS possuía todos os atributos humanos, exceto o pecado: sentiu sono, fome, sede e cansaço.

II. A NATUREZA DIVINA DE JESUS

1. Explícita na declaração “Filho de DEUS” (v.4).

A expressão “Filho de DEUS”, conforme vimos na lição passada, é uma das revelações da divindade de JESUS (Jo 5.18, 10.33-36).

O Senhor JESUS declarou “ser um com o Pai”; isso significa ser o mesmo DEUS e não a mesma pessoa (Jo 10.30).

A divindade de CRISTO é ensinada em toda a Bíblia de maneira direta: “e o Verbo era DEUS” (Jo 1.1), “este é o verdadeiro DEUS e a vida eterna” (1 Jo 5.20) e, também, através dos seus atributos divinos, tais como onipresença, onipotência, onisciência, eternidade entre outros (Mt 18.20; 28.18; Jo 21.17; Hb 13.8).

2. Explícita em seu ministério terreno.

JESUS nunca disse “eu acho”, “eu penso”, “eu suponho”; jamais afirmou não poder resolver este ou aquele problema. Para o Mestre, não há impossível. JESUS não somente declarou ser DEUS, mas revelou suas qualidades divinas, demonstrando seu poder sobre a natureza, o pecado, as enfermidades, o inferno, e a morte, pela ação do ESPÍRITIO SANTO.

Os Evangelhos estão repletos de suas manifestações divinas e sobrenaturais (Lc 24.19; At 2.22). Claro exemplo disso é o fato de JESUS ter perdoado os pecados do paralítico de Cafarnaum (Lc 5.21,24) e, por diversas vezes, ter recebido adoração (Mt 8.2; 9.18; Jo 9.38). Ele afirmou ser o grande “Eu Sou”: “antes que Abraão existisse, eu sou” (Êx 3.14; Jo 8.58).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A natureza divina de JESUS é comprovada pelo seu extraordinário ministério terreno, seus nomes e títulos, e por suas incontestáveis declarações explícitas.

 

III. PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE AS NATUREZAS DE JESUS

1. Gnosticismo.

Os gnósticos deram muito trabalho às igrejas dos tempos apostólicos. Seu pior período ocorreu em 135-160 d.C. Seus ensinamentos não passavam de enxertos das filosofias pagãs nas doutrinas cristãs mais importantes. Eles negavam o cristianismo histórico, afirmando que o Senhor JESUS jamais teve um corpo como o nosso. Segundo eles, o corpo de CRISTO existia apenas aparentemente.

A Bíblia é incisiva: “O Verbo se fez carne” (Jo 1.14); “todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS” (1 Jo 4.3). É bom lembrar que os escritos de João são do final do primeiro século e compostos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia Menor, onde surgiu o gnosticismo.

2. Apolinarismo.

Apolinário, bispo de Laodicéia, nasceu em 310 d.C. e morreu em 392. Ele afirmava que JESUS não tinha espírito humano porque, em sua encarnação, o “Logos” ocupou o lugar da alma. Afirmou ainda que, quem põe em CRISTO sua confiança como homem, destitui-se de racionalidade e torna-se indigno de salvação. Essa doutrina contraria a ortodoxia bíblica, pois a Palavra de DEUS afirma que o Senhor JESUS é o verdadeiro homem (1 Tm 2.5). Em Hebreus 2.14,17,18; 4.15, as Escrituras declaram que a humanidade de JESUS é igual à nossa, exceto quanto ao pecado: “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de DEUS, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”.

3. Monofisismo.

Trata-se da falsa doutrina que afirma haver apenas uma única natureza em CRISTO: só a divina ou divina e humana amalgamadas. Ou seja: mista. Assim, JESUS teria uma natureza híbrida; nem totalmente DEUS nem totalmente homem. Todavia, a Bíblia ensina que o verdadeiro DEUS veio ao mundo como um verdadeiro homem. Sendo homem, podia fazer a reconciliação pelos homens; sendo DEUS, a sua reconciliação torna-se infinitamente valiosa.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O gnosticismo, apolinarismo e monofisismo são heresias históricas que se opuseram à doutrina das duas naturezas divinas de CRISTO.

 

IV. A UNIÃO DAS DUAS NATUREZAS DE JESUS

1. O perfeito homem e o perfeito DEUS.

Convém ressaltar que JESUS não é metade DEUS nem metade homem. Ele é o perfeito homem JESUS CRISTO (1 Tm 2.5), e o perfeito DEUS, em toda a plenitude “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

2. O kenoticismo.

Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar” (Fp 2.7). A doutrina kenótica afirma que JESUS, enquanto esteve na Terra, esvaziou a si mesmo dos atributos divinos. O Verbo possuía os atributos divinos, mas escolheu não os usar. O kenosis é o “esvaziamento” de CRISTO. Isso foi uma condição para o seu messiado e por isso Ele abriu mão de sua glória celeste aqui (Jo 17.5).

BEP – CPAD - Filipenses 2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).

 

 

BEP – CPAD - Filipenses 2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de Cristo assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).

 

CONCLUSÃO

Assim como é herético negar a divindade de CRISTO, da mesma forma o é negar a sua humanidade. Devemos reconhecer e defender a ortodoxia bíblica a respeito das duas naturezas de JESUS, pois, Ele é verdadeiro homem e verdadeiro DEUS.

 

VOCABULÁRIO

Amalgamar: Reunir, misturar, mesclar.
Amiúde: Repetidas vezes; repetidamente; frequentemente.
Enxerto: Aquilo que se insere ou coloca.
Sínodo: Assembleia de bispos do mundo inteiro.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COHEN, A. C. Vida terrena de JESUS. 4.ed., RJ: CPAD, 2000.
SOARES, E. Manual de apologética cristã. RJ: CPAD, 2002.

EXERCÍCIOS

1. Cite três características humanas de JESUS.

R. Sofreu, chorou, angustiou-se (Hb 13.12; Lc 19.41; Mt 26.37).

2. Mencione um fato do ministério de JESUS que prova a sua divindade.

R. O fato de JESUS ter perdoado os pecados.

3. Descreva a heresia de Apolinário, bispo de Laodicéia.

R. Segundo Apolinário JESUS não tinha espírito humano porque, em sua encarnação, o “Logos” ocupou o lugar da alma.

4. O que ensinava o monofisismo?

R. Ensinava haver apenas uma natureza em CRISTO: só a divina ou divina e humana amalgamadas.

5. Explique o kenoticismo.

R. Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar” (Fp 2.7). O Verbo possuía os atributos divinos, mas escolheu não os usar. Ele abriu mão de sua glória celeste (Jo 17.5).

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

A MARIOLATRIA E O CULTO AOS SANTOS - Lição 8 = 25 de maio de 1997 - CATOLICISMO ROMANO

Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 1997 - CPAD - Jovens e Adultos - SEITAS E HERESIAS

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

COMENTÁRIOS CPAD -  EZEQUIAS SOARES DA SILVA

Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

1. Adoração e veneração. Há diferença entre "adorar" e "prestar culto"? Se prostrar diante de um ser, dirigir-se a ele em orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar- lhe hinos de louvor não for adora- ção, fica difícil saber o que os papistas entendem por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar a inteligência humana. A Bíblia diz que há u.n só mediador entre DEUS e os homens - JESUS CRISTO (l Tm 2.5). Entretanto, os católicos aprenderam a orar pedindo a inter- cessão de Maria.

2. Culto dos santos. Analisando as práticas romanistas à luz da Bíblia e da história, fica claro que são práticas pagãs. O papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez ,a festa a todos os santos, substituindo o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um templo "cristão" para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive Maria. Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos deuses e deusas do paganismo.

3. Maria é deusa para os católicos? Os católicos manifestam seu sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos nessa declaração, mas os fatos falam por si mesmos. "Glórias de Maria". É o título do livro publicado pela Editora Santuário, de autoria de Afonso Maria de Liguori, canonizado pelo Papa, que atribui a Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia só confere ao Senhor JESUS CRISTO. Chama Maria de onipotente e por outros atributos exclusivamente divinos.

4. Os querubins. A passagem bíblica sobre os querubins colocados no propiciatório da arca da aliança (Êx 25.18-20), advogada pelos teólogos romanistas para justificar a prática da idolatria, não se reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia uma passagem se- quer que mostre um israelita dirigindo suas orações aos querubins. O propiciatório era a figura da redenção em CRISTO (Hb 9.5-9).

A Bíblia condena terminante- mente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a DEUS (Êx 20.4, 5; Dt 5.8, 9). JESUS disse: "Ao Senhor, teu DEUS, adorarás e só a ele servirás" (Mt 4.10). O anjo disse a João: "Adora somente a DEUS" (Ap 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At 10.25, 26).

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos -  2º Trimestre de 2006

Título: Heresias e Modismos — Combatendo os erros doutrinários

Comentarista: Esequias Soares -  Lição 6: A Mariolatria - Data: 7 de Maio de 2006

 

Vídeos de 2006

https://youtu.be/Up0LJ4KpEZE?si=b3lNGkm9SbHT4LRM (4 partes)

 

Todo Católico Apostólico Romano é espírita, pois fala com mortos. Proibido por DEUS.

Deuteronômio 18.10 Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo, a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; 11 Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; 12 Pois todo aquele que faz tal coisa, é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu DEUS, os lança fora de diante de ti. 13 Perfeito serás, como o Senhor teu DEUS. 14 Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu DEUS não permitiu tal coisa.

 

TEXTO ÁUREO

 “Porque há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem” (1Tm 2.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 O marianismo é um dos elementos que descaracteriza o Catolicismo Romano como religião puramente cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

 Segunda - Lc 2.7 JESUS, o filho primogênito de Maria

 Terça - Mc 5.3 Os outros filhos de Maria

 Quarta - Mt 1.25 José não a conheceu até que nasceu o seu primogênito, JESUS

 Quinta - Jo 2.3-5 Maria mandou obedecer a JESUS e não a ela mesma

 Sexta - Lc 1.46-49 Maria afirma ser salva pelo Senhor

 Sábado - Jo 19.25-27 JESUS encarregou o apóstolo João para cuidar de sua mãe

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 1.26-31,34,35,37,38.

 26 - E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por DEUS a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,

27 - a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.

28 - E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.

29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta.

30 - Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de DEUS,

31 - E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de JESUS.

34 - E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão?

35 - E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o SANTO, que de ti há de nascer, será chamado Filho de DEUS.

37 - Porque para DEUS nada é impossível.

38 - Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

 

PONTO DE CONTATO

Professor, a lição desta semana remexe em uma ferida religiosa quase incurável no Brasil — a idolatria. Esta prática está presente no país desde a colonização. Por esta razão, a idolatria, como manifestação religiosa, está incorporada na cultura brasileira. Há feriados específicos para o culto e adoração a determinados “santos”. Os estados brasileiros cultuam e veneram ídolos. Na cidade de Juazeiro, o Padre Cícero é reverenciado; enquanto na Bahia, é o Senhor do Bomfim. No sudeste, São Sebastião é cultuado como o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, e assim segue por todos os estados brasileiros. A adoração a Maria é unanimidade nacional nas famílias de tradição católica. Oremos ao nosso Verdadeiro e Único DEUS, a fim de que a luz do evangelho resplandeça sobre o nosso país.

 

OBJETIVOS -  Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Interceder a favor dos mariólatras.

Definir os termos “idolatria”, “adoração” e “culto”.

Descrever os erros doutrinários da mariolatria.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 As primeiras ornamentações e pinturas nos templos cristãos surgiram a partir do século III, a fim de representar o cenário e os fatos do texto bíblico. Já no século V, as imagens foram inseridas no contexto das gravuras existentes e começaram a ser usadas como meio de instrução aos analfabetos, uma vez que muitos freqüentadores dos cultos não tinham acesso à educação formal. Entretanto, no Concílio de Nicéia (787 d.C), foi oficializado a veneração às imagens e relíquias sagradas. Quase cem anos depois, em 880, a igreja estabeleceu a canonização dos santos. Desde então, a Igreja Católica Romana ensina que para cada ocasião e dia da semana há um “santo protetor”. Em 1125, surgiram os primeiros ventos doutrinários concernentes a imaculada conceição de Maria — dogma definido em 1854. Em 1311, estabeleceu-se a oração da Ave-Maria e, somente em 1950, a assunção de Maria é transformada em artigo de fé.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 Nesta lição, usaremos como recurso didático a Tabela Cronológica da Mariolatria. Por meio desta, apresentaremos aos alunos uma disposição das datas e acontecimentos relativos à mariolatria e a adoração às imagens. Reproduza a tabela abaixo de acordo com os recursos que a sua escola dispõe. Use esta cronologia ao término do tópico I.

 
Palavra Chave
Controvérsias cristológicas: Embate doutrinário a respeito da natureza, obra e ofícios de CRISTO.
 
COMENTÁRIO -  INTRODUÇÃO
O culto a Maria é o divisor de águas entre católicos romanos e evangélicos. O clero romano confere a Maria a honra e a glória que pertencem exclusivamente ao Senhor JESUS. Essa substituição é condenada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo à idolatria. Reconhecemos o honroso papel de Maria na Bíblia, como mãe de nosso Salvador, mas a Palavra de DEUS deixa claro que ela não é co-autora da salvação e muito menos divina. É, portanto, pecado orar em seu nome, colocá-la como mediadora, dirigir a ela cânticos de louvor.
 
I. O QUE É MARIOLATRIA?
1. Idolatria. 
O termo vem de duas palavras gregas: eidōlon, “ídolo, imagem de uma divindade, divindade pagã” e latreia, “serviço sagrado, culto”. A idolatria é a forma pagã de adoração. Adorar e servir a outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálogo (Êx 20.3-5), e, também nas páginas do Novo Testamento: “portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Co 10.14).
2. Adoração. 
Os dois principais verbos gregos para “adorar”, no Novo Testamento, são proskynēo, que significa “adorar” no sentido de prostrar-se; e latreuō, que significa “servir” a DEUS. À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço sagrado, culto ou reverência a DEUS por suas obras. Os principais elementos de um culto são: oração (Gn 12.8), louvor (Sl 66.4), leitura bíblica (Lc 4.16,17), pregação ou testemunho (At 20.9) e oferta (Dt 26.10).
3. O culto a Maria. 
O termo “mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecido pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos. A Bíblia ensina que é somente a DEUS que devemos adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em JESUS e não meramente por ser a mãe do Messias (Lc 11.27,28). Somente a DEUS devemos cultuar. “Ao Senhor, teu DEUS, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10 — ARA). Os romanistas ajoelham-se diante da imagem de Maria e dirigem a ela orações e cânticos.
 
II. AS GLÓRIAS DE MARIA
1. Maria no Catolicismo Romano. 
O clero romano vai além do que está escrito em relação à Virgem Maria. No livro As Glórias de Maria, de Alfonso Liguori, canonizado pelo papa, JESUS ficou pequenino diante de Maria. Segundo Liguori: “Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por JESUS... A Santa Igreja ordena um culto peculiar à Maria”. Essas são algumas declarações de suas crenças mariolátricas. O que se vê, hoje, é a manifestação ostensiva e orgulhosa da mariolatria nos adesivos usados nos automóveis. Para os romanistas, Maria é mais importante do que o próprio JESUS.
2. A posição oficial do Vaticano. 
O clero romano nega terminantemente que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmente confirmado pelo Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico: adoração e veneração. Mas, as declarações de Liguori e as práticas dos católicos não ajudam a corroborar a afirmação dos romanistas. Uma análise honesta do correto conceito da palavra adoração, conferindo com o marianismo dos católicos romanos, prova de maneira irrefutável que se trata de adoração.
 
III. MARIA NA LITURGIA DO CATOLICISMO
1. As contradições de Roma. 
O Catolicismo Romano jamais admitirá que prega a divindade de Maria, da mesma forma que nega a adoração a ela. Entretanto, os fatos falam por si só e provam o contrário. Ela é também chamada de “Rainha do Céu”, o mesmo nome de uma divindade pagã da Assíria (Jr 7.18; 44.17-25); é parte de sua liturgia a reza Salve-rainha.
2. Orações a Maria. 
A Bíblia expressa ser somente DEUS onipotente, onipresente e onisciente (Jr 10.6; 23.23,24; 1Rs 8.39). Se Maria pode ouvir esses católicos, que hoje são mais de um bilhão em toda a Terra, como pode responder às orações de todos eles ao mesmo tempo? Ou ela é deusa, ou esses católicos estão numa fila interminável, aguardando a vez de suas orações serem atendidas.
3. Distorção litúrgica. 
A oração litúrgica dedicada a Maria e desenvolvida pela Igreja Católica Romana evoca: “Ave-maria cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu ventre. Santa Maria, Mãe de DEUS, rogai por nós, os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Essas palavras são tiradas de Lucas 1.28,42, mas a parte final não é bíblica, foi acrescentada em 1508. Essa oração é uma abominação aos olhos de DEUS, pois não é dirigida a quem de direito (1Tm 2.5).
4. Mãe de DEUS? 
A palavra grega usada para “mãe de DEUS” originalmente significa “portadora de DEUS”. A expressão “mãe de DEUS” foi usada em razão das controvérsias cristológicas da época para dar ênfase à divindade de JESUS. A Bíblia diz que DEUS é eterno (Sl 90.2, Is 40.28), e, como tal, não tem começo. Como pode DEUS ter mãe? Há contrassenso teológico nessa declaração. A mãe é antes do filho, isso pressupõe a divindade de Maria, que seria antes de DEUS, mas Ele existe por si mesmo (Êx 3.14). O Concílio de Calcedônia, em 351, declarou o termo “como mãe do JESUS humano”. A Bíblia esclarece que Maria é mãe do JESUS homem e nunca mãe de DEUS (At 1.14).
 
IV. OUTRAS TENTATIVAS DE DIVINIZAR MARIA
1. “Cheia de graça” ou “agraciada” (v.28)? 
A forma grega da expressão “cheia de graça” procede de um verbo grego que significa “outorgar ou mostrar graça”. Sua tradução correta é “agraciada, favorecida”, e não “cheia de graça”, como aparece nas versões católicas da Bíblia. A tradução “cheia de graça” não resiste à exegese séria da Bíblia sendo contrária ao contexto bíblico e teológico. Mais uma vez, revela-se a tentativa de divinizar Maria. Há diferença abissal entre JESUS e Maria. Dele afirma a Bíblia: “e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14), pois JESUS é DEUS (Jo 1.1).
2. O Dogma da Imaculada Conceição. 
Essa é outra tentativa de endeusar Maria, propondo que ela, por um milagre especial de DEUS, nasceu isenta do pecado original. Essa declaração foi proferida pelo papa Pio DC, em 8 de dezembro de 1854, portanto, é antibíblica. A teologia cristã afirma que “todos pecaram” (Rm 3.23; 5.12). A Bíblia mostra o reconhecimento da própria Maria em relação a isso (Lc 1.46,47). O milagre especial de DEUS aconteceu na concepção virginal de JESUS, que foi gerado por obra e graça do ESPÍRITO SANTO (Lc 1.34,35). JESUS nasceu e viveu sem pecado, embora tentado, nunca pecou (Hb 4.15).
3. O Dogma da Perpétua Virgindade de Maria. 
O clero romano defende a doutrina da perpétua virgindade de Maria, pois conclui que ela não gerou mais filhos além de JESUS. Sua preocupação é com a deificação de Maria, visto que não há desonra alguma em uma mulher casada ser mãe de filhos, antes, o contrário, à luz da Bíblia, isso lhe é honroso (Gn 24.60; Sl 113.9).
4. A família de JESUS. 
A Bíblia declara com todas as letras que José não a conheceu até o nascimento de JESUS (Mt 1.25). Os irmãos e irmãs de JESUS são mencionados nos evangelhos, alguns são chamados por seus nomes: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55; Mc 6.3). Veja, ainda, Mateus 12.47 e João 7.3-5. Afirmar que “irmãos”, aqui, significa “primos” é uma exegese ruim e contraria todo o pensamento bíblico.
 
CONCLUSÃO
 As tentativas inglórias de fundamentar o marianismo na Bíblia fracassaram. As expressões: “O Senhor é contigo”; “bendita és tu entre as mulheres” (v.28) e “bendito o fruto do teu ventre” (v.42), não são a mesma coisa que: “bendita és tu acima das mulheres”. Devemos esclarecer esses pontos aos católicos, com respeito e amor, mas discordando de suas crenças, com base na Palavra de DEUS. Muitos são sinceros e pensam estar fazendo a vontade de DEUS.
 
VOCABULÁRIO
 Abominável: Detestável; odioso; repugnante; tudo que provoca ojeriza ou repugnância.
Clero: Classe eclesiástica; corporação de todos os padres.
Exegese: Narração; explicação; comentário crítico de um texto quer sacro ou secular.
Hiperdulia: Forma especial e excelente de culto aos santos, reservada, por isso, a Maria. Segundo Guedes de Miranda: “O culto a Maria — a hiperdulia — quase constitui uma religião à parte no decorrer dos séculos XII e XIII” (Eu e o Tempo, p.17).
 
EXERCÍCIOS
1. Qual o resultado da substituição de JESUS por Maria?
R. A idolatria. É, portanto, pecado orar em seu nome, colocá-la como mediadora e dirigir a ela cânticos de louvor.
2. O que é a mariolatria?
R. O nome vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria. Este culto tem sido estabelecido pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos.
3. Em qual texto das Escrituras se afirma que Maria foi salva por sua fé em JESUS e não por ser a mãe do Salvador?
R. Lucas 1.46,47: “Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em DEUS, meu Salvador”.
4. Em que texto da Bíblia é condenada a oração “Ave Maria” dos católicos?
R. Mt 4.10: “Então, disse-lhe JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu DEUS, adorarás e só a ele servirás”. Podemos apresentar também todos os textos que proíbem a adoração aos ídolos e atesta o culto e adoração ao Único e Verdadeiro DEUS, como por exemplo, Ap 19.10; 22.8,9.
5. Em que texto da Bíblia, lê-se que Maria teve outros filhos?
R. Mt 13.55,56: “ Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso?” (ver Mc 6.3).
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES -  Subsídio Apologético
 “Mariolatria
O teólogo católico romano Ludwig Ott, defendendo a doutrina espúria da veneração a Maria, mãe de JESUS, em sua obra Fundamentals of Catholic Dogma (Fundamentos do Dogma Católico), afirma: ‘À Maria, a mãe de DEUS, confere-se o direito de receber o culto de hiperdulia’. Em outras palavras, segundo o catolicismo romano, ‘Maria deve ser venerada e honrada em um nível muito mais alto do que o de outras criaturas, sejam anjos ou santos. Contudo, essa veneração a Maria é substancialmente menor do que a cultus latriae (adoração) que é devida somente a DEUS, no entanto, maior do que a cultus diliae (veneração) devida a anjos e aos outros santos’.
Essa doutrina católica romana é uma das mais frágeis em argumentação, uma vez que cria uma confusão terminológica em torno dos termos adoração e veneração, além de defender pontos sem respaldo bíblico. Veneração significa ‘render culto’, ‘adoração’, sendo condenada pela Bíblia, seja em relação a anjos ou a santos (Ap 22.9), exceto a DEUS. Além disso, em nenhum momento a Bíblia fala que Maria é superior a qualquer outra criatura e que deva receber orações ou mesmo veneração.
Outra amostra do subterfúgio sem nexo do catolicismo romano está no fato de que a adoração a Maria (que por si só já é absurda) não está acima da adoração a DEUS. Todavia, em suas orações, como na Novena de orações em honra a Nossa Mãe do Perpétuo Auxílio, declara-se, sem censura, que Maria é superior a JESUS: ‘Porque se me protegeres, querida Mãe, nada temerei daquilo que me possa sobrevir: nem mesmo dos meus pecados, pois obterás para mim o perdão dos mesmos [a Bíblia diz que só há perdão através de JESUS — At 4.12; 1Tm 2.5; 1Jo 1.7]; nem mesmo da parte dos demônios, porque és mais poderosa do que o inferno junto [a Bíblia diz que somente JESUS despojou os principados e potestades e só podemos expulsar demônios por JESUS — Cl 2.15; Mc 16.17]; nem mesmo de JESUS, o meu juiz, pois através de uma oração tua Ele será apaziguado [Maria seria a advogada e JESUS, o juiz, mas a Bíblia diz que hoje JESUS é o nosso advogado — 1Jo 2.1]’” (MARIOLATRIA. Revista Resposta Fiel, RJ: Ano 4, n° 12, p.6, junho/agosto 2004).
 
 
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
 
 
REVISTA NA ÍNTEGRA Lição 7, CPAD, 1Tr25
 
Escrita, Lição 7, CPAD, As Naturezas Humana E Divina De JESUS, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 7, CPAD, 1TR25
I – O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS
1. “Descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3)
2. “Declarado Filho de DEUS em poder” (v. 4)
3. O antigo hino cristológico (Fp 2.5,6)
II – AS HERESIAS CONTRA O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS
1. Quem foi Nestório?
2. Nestorianismo
3. Monofisismo
4. O Concílio de Calcedônia
III – O PERIGO DESSAS HERESIAS NA ATUALIDADE
1. Os monofisitas
2. O kenoticismo
3. Mariolatria
 
 
TEXTO ÁUREO
“Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!”  (Rm 9.5)
 
VERDADE PRÁTICA
JESUS é o eterno e verdadeiro DEUS e, ao mesmo tempo, o verdadeiro homem.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.23 As duas naturezas de JESUS reveladas na expressão "Emanuel"
Terça - Fp 2.5-8 O Senhor JESUS possui as naturezas humana e divina em sua Pessoa
Quarta - Jo 10.33 Sendo homem, JESUS afirma ser DEUS, as duas naturezas em uma só Pessoa
Quinta - At 20.28 JESUS, o DEUS-Homem que nos comprou com o seu sangue
Sexta - Cl 2.9 As duas naturezas de CRISTO continuam para toda a eternidade
Sábado - 1 Tm 3.16 As naturezas humana e divina em JESUS
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - ROMANOS 1.1-4; FILIPENSES 2.5-11
Romanos 1.1 - Paulo, servo de JESUS CRISTO, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de DEUS,
2 - o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,
3 - acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 - declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos, - JESUS CRISTO, nosso Senhor,
Filipenses 2.5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS,
6 - que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS.
7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8 - e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
9 - Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10 - para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11 - e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS Pai.
 
HINOS SUGERIDOS:  25, 154, 183 da Harpa Cristã
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como propósito reafirmar as naturezas divina e humana de JESUS e, ao mesmo tempo, mostrar as principais heresias contrárias ao ensino doutrinário da natureza cristológica: o Nestorionismo e o Monofisismo. Em seguida, a lição apresenta uma perspectiva atual em que essas heresias se apresentam com uma aparência moderna.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar o ensino bíblico da dupla natureza de CRISTO; II) Mostrar as heresias contra esse ensino: Nestorianismo e Monofisismo; III) Identificar o perigo dessas heresias hoje.   
B) Motivação: Por mais que se multiplique ideias e pensamentos a respeito de JESUS, o lugar mais seguro, a fonte mais saudável para se conhecer o Senhor JESUS são as Sagradas Escrituras. 
C) Sugestão de Método: Na presente lição há duas palavras que muitos de nossos alunos não conhecem, pois fazem parte de um vocabulário técnico em Teologia: Monofisismo; Kenoticismo. Por isso, providencie um Dicionário Teológico, sugerimos o editado pela CPAD, destaque essas palavras e leia juntamente com sua classe antes de tratá-las diretamente no tópico respectivo. Assim, a sua classe poderá se familiarizar com esses dois termos técnicos da Teologia para desenvolver o assunto da presente lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conhecer bem a pessoa de JESUS CRISTO tal qual revelada nas Escrituras Sagradas nos permite um relacionamento mais profundo e exitoso, ao mesmo tempo que nos protege de criar uma imagem distorcida de nosso Senhor que nada tem a ver com revelação divina tal como se encontra na Bíblia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Encarnação: DEUS pôde se tornar homem, sem deixar de ser DEUS?", ao final do primeiro tópico, aprofunda o ensino sobre a dupla natureza de CRISTO; 2) O texto "Nestorianismo e o que a Bíblia diz", logo após o segundo tópico, aprofunda a respeito da heresia nestoriana e a refutação bíblica a respeito dela.
 
PALAVRA-CHAVE - NATUREZA
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Uma vez estabelecida definitivamente a Cristologia em Niceia (325) e a Trindade em Constantinopla (381), surgem novas especulações teológicas em torno das naturezas de CRISTO: humana e divina. Essas controvérsias deram origem ao Concílio de Calcedônia (451), hoje um bairro de Istambul, na Turquia. A presente lição é sobre o Nestorianismo e Monofisismo, dois pensamentos considerados heréticos no Concílio de Calcedônia.
 
 
I – O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS
1. “Descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3)
O apóstolo está se referindo aos ancestrais de JESUS. Ele veio de uma família humana de carne e ossos, que vivia entre o povo de Israel. A sua linhagem está registrada na introdução do Evangelho de Mateus e no capítulo 3 de Lucas. JESUS foi concebido no ventre de Maria, uma virgem de Israel, pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 1.20; Lc 1.35). Aí está o elo humano-divino, as duas naturezas do Senhor JESUS.
 
2. “Declarado Filho de DEUS em poder” (v. 4)
Essa expressão indica a divindade de JESUS e isso é reforçado logo em seguida pelas palavras “JESUS CRISTO, nosso Senhor”. Mais adiante, Paulo, ao descrever os privilégios que DEUS concedeu a Israel como a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; o apóstolo conclui: “dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5). O Senhor JESUS é um judeu, descendente de Israel e, ao mesmo tempo, é o “DEUS bendito eternamente”.
 
3. O antigo hino cristológico (Fp 2.5,6)
O texto está dizendo que embora JESUS sendo DEUS, não usou as prerrogativas da divindade durante seu ministério terreno e, mesmo que fizesse uso delas, não consideraria isso uma usurpação. O apóstolo está se referindo ao status de CRISTO antes da encarnação (Jo 1.1,14). Mas enfatiza o aspecto humano (vv.7,8). O apóstolo está sendo muito claro no ensino das naturezas humana e divina em uma só Pessoa. Essa passagem é parte de um provável hino que os primeiros cristãos cantavam nos cultos e o apóstolo Paulo a inseriu nessa epístola aos Filipenses. O termo grego morphē, “forma”, usado pelo apóstolo Paulo, “sendo em forma de DEUS” (v.6), indica essência imutável, portanto, Ele jamais deixou de ser DEUS.
 
SINÓPSE I - O Senhor JESUS é declarado “da descendência de Davi segundo a carne” e “Filho de DEUS em poder”.
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A ENCARNAÇÃO: DEUS PÔDE SE TORNAR HOMEM, SEM DEIXAR DE SER DEUS?
[...] A teologia histórica e baseada na Bíblia argumentou que DEUS é onisciente (sabe todas as coisas), onipotente (todo-poderoso), sem pecado e não corpóreo (sem um corpo), e que estes atributos são essenciais e necessários para a divindade. Caracteristicamente, os seres humanos não exibem estes atributos. Assim sendo, como pode JESUS ser, simultaneamente, plenamente divino e plenamente humano? Seguindo estas linhas de raciocínio, alguns atacaram a doutrina da encarnação, tentando afirmar que ela é ilógica e contraditória. Esta suposta contradição lógica baseia-se em uma interpretação equivocada fundamental de como a natureza humana é definida, de acordo com Thomas V. Morris em seu livro The Logic of God Incarnate (A Lógica de DEUS Encarnado).
[...] O entendimento histórico da Encarnação expressa as crenças de que JESUS CRISTO é plenamente DEUS – isto é, Ele possui todas as propriedades essenciais de DEUS; JESUS CRISTO é também plenamente humano – isto é, Ele possui todas as propriedades essenciais de um ser humano” (Bíblia de Estudo Apologia Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1892).
 
II – AS HERESIAS CONTRA O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS
1. Quem foi Nestório?
Ele foi bispo de Constantinopla entre 428-431. Nestório discordava do título dado à Maria, defendido por Cirilo de Alexandria (376-444), “mãe de DEUS”, em grego theotokos, literalmente “portadora de DEUS”. Ele sugeriu “receptora de DEUS” ou christotokos, “mãe de CRISTO”. Sim, Maria é mãe do JESUS humano (Mt 2.11, 13, 14, 20, 21), e não mãe de DEUS, visto que DEUS é eterno (Sl 90.2; 93.2; Is 40.28). A expressão adotada por Cirilo era uma contradição em si mesma. Embora a posição de Nestório fosse bíblica e teologicamente correta, a popularidade do termo “mãe de DEUS” de Cirilo impediu o êxito do termo e da explicação de Nestório. A preocupação dele era menos com a Mariolatria e mais com as ideias do Arianismo.
 
2. Nestorianismo
Nestório defendia a formulação dos pais nicenos, a divindade de CRISTO e a humanidade definida no Credo Niceno-constantinopolitano em 381. Segundo o pensamento nestoriano, as duas naturezas de CRISTO, a humana e a divina, eram duas pessoas. Essa foi a acusação contra ele. A ilustração nestoriana era a comparação de marido e mulher serem uma “uma só carne” (Gn 2.4). Essa alegada afirmação nestoriana foi considerada heresia pelo Concílio de Éfeso em 431, ele foi condenado por esse concílio que o declarou herege e o imperador o exilou.
 
3. Monofisismo
O termo vem de duas palavras gregas monos, “único”, e physis, “natureza”. Seu principal expoente foi Êutico, também conhecido como Eutique. Essa doutrina afirma que as duas naturezas de CRISTO são fundidas em uma só natureza amalgamada. O sentido de “amalgamar”, não o de unir, não se trata de união, mas mistura, fusão, assim, seria uma só natureza híbrida, nem totalmente DEUS e nem totalmente homem. Essa doutrina foi condenada no Concílio da Calcedônia, em 451.
a) Ilustração. O bronze é uma liga de cobre e estanho, de modo que nem é cobre e nem estanho, mas outro metal; quanto a cor verde, é uma mistura das cores azul e amarela. Assim como bronze não é cobre e nem estanho; e, o verde não é azul e nem amarelo, da mesma forma, de acordo com Êutico, as naturezas de CRISTO não são divina nem humana.
b) Resposta bíblica. Segundo a Bíblia, o Senhor JESUS é perfeito quanto à divindade e perfeito quanto à humanidade (Rm 9.5; Fp 2.5-11).
 
4. O Concílio de Calcedônia
Essa formulação teológica fala das duas naturezas de CRISTO em uma só pessoa: “as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só Pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas Pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, DEUS Verbo, JESUS CRISTO Senhor”. A encarnação do Verbo não é uma conversão ou transmutação de DEUS em homem e nem de homem em DEUS. A distinção é precisa entre natureza e pessoa, diz o documento. A união dessas duas naturezas é permanente como resultado da encarnação. O documento é uma interpretação precisa das Escrituras (Is 9.5; Jo 10.30-37).
 
SINÓPSE II - O Nestorianismo e o Monofisismo são duas heresias contrárias ao ensino bíblico da dupla natureza de JESUS.
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO
NESTORIANISMO E O QUE  A BÍBLIA DIZ
“Nestorianismo. É a doutrina que ensinava a existência de duas pessoas separadas no mesmo CRISTO, uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só Pessoa. Nestor — ou Nestório, como aparece em outras versões — nasceu em Antioquia. Ali, tornou-se um pregador popular em sua cidade natal. Em 428, tornou-se bispo de Constantinopla. Embora ele mesmo nunca tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome, em razão de uma combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de política eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos, condenados. Não há nas Escrituras a indicação de que a natureza humana de CRISTO seja outra pessoa.  [...]
O que a Bíblia diz. O ensino bíblico a respeito da plena divindade e plena humanidade de CRISTO é claro, mediante as muitas referências bíblicas. O entendimento exato de como a plena divindade e a plena humanidade se combinavam em uma só Pessoa tem sido ensinado desde o início pela igreja, mas só alcançou a forma final na Definição de Calcedônia, em 451. Antes desse período, diversas posições doutrinárias inadequadas quanto às naturezas de CRISTO foram propostas e rejeitadas. Primeiro, pelos apóstolos. Depois, pelos chamados pais da igreja”. (GILBERTO, Antônio et al. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.126-27).
 
III – O PERIGO DESSAS HERESIAS NA ATUALIDADE
1. Os monofisitas
Quando a doutrina monofisista foi rejeitada juntamente com o nestorianismo, houve reação. Jacob Baradeus (500-578), um monge sírio, liderou o grupo monofisista e preservou a tradição siro-monofisista, conhecida como tradição jacobita. Ele e seus seguidores rejeitaram a decisão do Concílio de Calcedônia. Quem são eles hoje? São as igrejas ortodoxas, cóptica, armênia, abissínia e jacobitas. É importante conhecer a cristologia dessa tradição cristã e saber como responder seus questionamentos, e, sobretudo, conservar a fé no JESUS, o DEUS que se fez homem o Emanuel, “DEUS Conosco” (Mt 1.23); o DEUS “que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16).
 
2. O kenoticismo
Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar” (Fp 2.7). A doutrina kenótica afirma que JESUS, enquanto esteve na Terra, esvaziou a si mesmo dos atributos divinos. São duas linhas principais, o Verbo possuía os atributos divinos, mas escolheu não os usar; e, as prerrogativas da deidade foram usadas, mas na submissão do Pai e na direção do ESPÍRITO SANTO. Entendemos que, sem atributos divinos, JESUS é menos que DEUS. O kenosis é o “esvaziamento” de CRISTO. Isso foi uma condição para o seu messiado e por isso Ele abriu mão de sua glória celeste (Jo 17.5). JESUS revelou sua natureza divina quando esteve na Terra, Ele agiu como DEUS, pois perdoou pecados (Mc 2.5-7; Lc 7.48), recebeu adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Jo 9.38), repreendeu a fúria do mar (Mt 8.26, 27; Mc 4.39). Somente DEUS tem esse poder (Sl 65.7; 89.9).
 
3. Mariolatria
O catolicismo romano adotou o termo “mãe de DEUS” de Cirilo, ou seja, um pensamento antibíblico que se desenvolveu numa teologia e permanece até hoje por conta da sua popularidade. Com isso aprendemos que o que parece certo e a escolha popular nem sempre representam a verdade (At 8.9-11).
 
SINÓPSE III - As heresias a respeito da dupla natureza de JESUS trazem implicações para a conservação de nossa fé em CRISTO e sua perfeita revelação.
 
CONCLUSÃO
O Concílio de Calcedônia em 451 reafirma os dois concílios anteriores, o de Niceia, em 325, e o de Constantinopla, em 381, ratificando os credos produzidos por esses conclaves gerais e estabeleceu definitivamente as duas naturezas de CRISTO. A melhor maneira de se proteger dessas, e de outras heresias, é conhecer bem no que acreditamos, os ensinos oficiais de nossa igreja e seus respectivos fundamentos bíblicos. Isso serve como nosso referencial quando nos deparamos com doutrinas inadequadas.
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Cite três passagens bíblicas que mostram diretamente as duas naturezas de CRISTO, em uma só Pessoa.
Romanos 1.3; 1.4; Fp 2.5,6.
2. Qual o pensamento nestoriano sobre as duas naturezas de CRISTO?
Segundo o pensamento nestoriano, as duas naturezas de CRISTO, a humana e a divina, eram duas pessoas.
3. O que ensina o monofisismo de Êutico?
Essa doutrina afirma que as duas naturezas de CRISTO são fundidas em uma só natureza amalgamada, nem totalmente DEUS nem totalmente homem.
4. Quais ramos do cristianismo não reconhecem o Credo de Calcedônia e mantêm ainda o monofismo de Êutico?
São as igrejas ortodoxas, cóptica, armênia, abissínia e jacobitas.
5. Mostre como JESUS agiu como DEUS, estando na Terra.
JESUS revelou sua natureza divina quando esteve na Terra, Ele agiu como DEUS, pois perdoou pecados (Mc 2.5-7; Lc 7.48), recebeu adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Jo 9.38.
 
VOCABULÁRIO
Conclave: reunião sacra para se discutir algo; congresso, seminário, encontro.
 
Bibliologia
Comentário Bíblico Wesleyana
BEP – CPAD
Dicionário Strong Português
GEISLER, N. L.; RHODES, R. Resposta às seitas. RJ, CPAD, 2000.
REVISTA RESPOSTA FIEL. RJ: CPAD.
ROMEIRO, P.; RINALDI, N. Desmascarando as seitas. RJ: CPAD, 1996.
SOARES, E. Manual de apologética cristã. RJ: CPAD, 2002.