Escrita Lição 8, Sendo Verdadeiros, 2Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 8, Sendo Verdadeiros

Preciso muito da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 10,00. Quem puder ajudar, envie por uma das contas abaixo, em nome de JESUS.
PIX - 33195781620 meu CPF também (Banco Bradesco, Imperatriz, MA)
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 - poupança 013 - 00056421-6 variação - 1288 - conta 000859093213-1
Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2
Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 variação 51
Edna Maria Cruz Silva

 
 
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.”  (Sl 32.2)
 
 
VERDADE PRÁTICA
JESUS chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória
 
 


Lição 8, Sendo Verdadeiros
Vídeo desta lição - https://youtu.be/g_Z07s86A0Y  
Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/escrita-licao-8-sendo-verdadeiros-2tr22.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/slides-licao-8-sendo-verdadeiros-2tr22.html

https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-8-sendo-verdadeiros-2tr22-pr-henrique-ebd-na-tv


LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Pe 2.1-3 Abandonem a hipocrisia
Terça - Ef 4.25 Falai a verdade
Quarta - Pv 26.23-28 Os lábios amistosos podem ocultar um coração mal
Quinta - 1 Jo 1.6 Quem anda nas trevas não pratica a verdade
Sexta - Mt 23.27,28 JESUS condena a hipocrisia
Sábado - Tg 3.13-18  A sabedoria do alto não tem hipocrisia
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 6.1-4
1- Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2- Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3- Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4- para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
 
 
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
6.1 ATOS DE JUSTIÇA DIANTE DOS HOMENS. O princípio aqui em evidência tem a ver com o motivo para o cristão praticar o que é justo. Se o crente, seja leigo ou ministro, faz o bem para ser admirado pelos homens, ou por motivos egoístas, perderá seu galardão e louvor da parte de DEUS. Em vez disso será desmascarado como hipócrita, porque, sob o disfarce de glorificar a DEUS, o que ele realmente buscava era glória para si mesmo. O motivo subjacente no coração é um desafio para muitas das atividades cristãs contemporâneas, inclusive a competição por grandeza, a propaganda exagerada do sucesso e o desejo egoísta de ser o primeiro ou o melhor (cf. 1 Co 3.13-15; 4.5).
 

Hinos Sugeridos: 162, 167, 169 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Verdade

Resumo da Lição 8, Sendo Verdadeiros
I – O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA
1. Definição de hipócrita.
2. A justiça pessoal.
3. As três práticas da ética cristã.
II – AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE
1. Qual é a motivação do teu coração?
2. O que buscamos quando auxiliamos o próximo?
3. A maneira de ofertar segundo JESUS.
III – DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS
1. O DEUS que tudo vê.
2. O DEUS que recompensa.
 
 
Comentários do Pr. Henrique
PAULO NÃO ATINGIU A PERFEIÇÃO, ASSIM COMO NENHUM DE NÓS A ALCANÇA AQUI NA TERRA.
Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Filipenses 3:12
Romanos 7 mostra Paulo como pecador, antes da conversão (pecado que habita em mim. Romanos 7:17) e romanos 8, mostra Paulo como salvo (Cristo está em vós Romanos 8:10; pelo seu Espírito que em vós habita. Romanos 8:11). ANTES O PECADO HABITAVA EM NÓS - APÓS SERMOS SALVOS, O ESPÍRITO SANTO HABITA EM NÓS (Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 1 Coríntios 3:16).
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8,9 a GRAÇA É JESUS NASCENDO COMO HOMEM NA TERRA, VIVENDO COMO HOMEME E MORRENDO COMO HOMEM EM NOSSOS LUGAR, LEVANDO SOBRE ELE NOSSOS PECADOS, DOENÇAS, ENFERMIDADES (Isaías 53) E MALDIÇÕES (Gl 3.13). NÃO EXISTE MÉRITO NOSSO, CRER, TER FÉ, NÃO É OBRA. A OBRA FOI REALIZADA POR JESUS E NÓS SÓ SOMOS SALVOS SE CRERMOS NISSO.
 
TODAS AS RELIGIÕES FALSAS TÊM ALGO EM COMUM. A AUTO-JUSTIFICAÇÃO. A JUSTIFICAÇÃO É PELA FÉ E NÃO POR OBRAS. O HOMEM SÓ PODE SER SALVO SE RECONHECER-SE PECADOR, NECESSITANDO DE UM SALVADOR.
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16
 
 
HIPÓCRITA - (Strong Português) - υποκριτης hupokrites
1) alguém que responde, intérprete
2) ator, artista de teatro
3) dissimulador, impostor, hipócrita
 
 
Religiosidade - substantivo feminino
1.qualidade do que é religioso.
2.tendência para os sentimentos religiosos, para as coisas sagradas.
O religioso é um hipócrita que tenta se justificar por suas ações de caridade, ou por suas longas orações, ou por suas vestes externas, etc... Tudo fazem para serem vistos e reconhecidos pelos demais.
 
 
E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mateus 6:16
Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva. 2 Coríntios 10:18
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. Gálatas 5:26
Porque quem te diferença? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras recebido? 1 Coríntios 4:7
Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros e não buscando a honra que vem só de Deus? João 5:44
 
 
Vamos ser jugados por nossas obras no Tribunal de CRISTO, portanto, o que JESUS condena é a motivação e não o ato de dar, pois JESUS mesmo disse que "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20.35). A motivação é o assunto desta parte do sermão do monte.
 1 Coríntios 4.4 Minha consciência está limpa, mas mesmo isso não é a prova final. É o Senhor mesmo quem deve examinar-me e decidir. 5 Assim, tenham cuidado para não tirarem conclusões apressadas, antes da volta do Senhor, sobre se alguém é ou não um bom servo. Quando o Senhor voltar, derramará luz sobre todas as coisas, a fim de que todos possam ver com exatidão o que cada um de nós realmente é bem no íntimo do coração. Então todos saberão com que intento temos feito à obra do Senhor. Naquele momento Deus dará a cada um o louvor que merecer.
 1 Coríntios 3.11 Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 12 E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14 Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. 15 Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
2 Coríntios 5.10 Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.
 Romanos 14.10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. 11 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus. 12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
 
 
ESMOLA (JUSTIÇA) - (Strong Português) - ελεημοσυνη eleemosune
1) misericórdia, piedade
1a) espor-se como exibido no dar esmola, caridade - hipocrisia - mostrar-se - esperando recompensa por sua bondade. Motivação é ostentação, com fim de lucrar.
2) o benefício em si mesmo, doação ao pobre, esmola
 
 
O JULGAMENTO DO CRENTE - BEP - CPAD
2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”
A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de Cristo”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.
Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14).
Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3; cf. 1Ts 4.14-17).
O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).
A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.
Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. Deus examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade, (a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d) nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos (1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e (h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).
Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).
As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).
Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).
A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).
 A prática dos Dons deve ser pública. JESUS, Estêvão, Filipe, Pedro, Paulo, eram famosos. Sinais, Prodígios e Maravilhas são importantíssimos para levar multidões a conversão e para cura física dos crentes, portanto são vistos e assim devem ser.
DEUS pode nos exaltar através de sua ação nos usando.
- Atos 16.20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiam. Amém.
- Atos 5.12 E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão. 13 Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima.
- Atos 8.5 E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. 6 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; 7 Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. 8 E havia grande alegria naquela cidade.
- Atos 15.12 Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.
- Atos 14.3 Detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios.
Marcos 1.28 Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galileia.
Lucas 4.14 Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. 15 E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos.
Lucas 4.36 Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem? 37 E a sua fama corria por todos os lugares da circunvizinhança.
- Filipenses 4.8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. 9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.
Veja como milagres são vistos por todos e são importantes para conversões em massa:
E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.
E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; e conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à Porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro pelo que lhe acontecera. E, apegando-se ele a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles no alpendre chamado de Salomão. E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem? Atos 3:6-12
Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil. Atos 4:4
 
E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestes que Dorcas fizera quando estava com elas. Mas Pedro, fazendo- as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Atos 9:39-42
 
E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam. Atos 19:11,12
Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata. Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia. Atos 19:18-20
 
 
A Lição é sobre esmolas ou ajuda a pobres.
Já a prática da esmola deve ser secreta
Mt 6.3 Você, porém, quando der sua esmola, não saiba a sua esquerda o que faz a sua direita, 4 Para que a sua esmola seja secreta, e seu Pai, que enxerga no secreto, ele mesmo o recompense em público.

 
Sobre o Sermão do Monte – Parte VI - John Wesley (oferta e oração) - (Com algumas modificações do Pr. Henrique)

Guarda-te de fazer a tua oferta, diante de homens, para que sejas visto por eles: Do contrário, não terás recompensa junto a teu Pai que está nos céus. Por conseguinte, quando deres tua oferta, não faças alarde diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas, e nas ruas, a fim de que possam ter a glória de homens. Verdadeiramente eu vos digo, que eles já tiveram a recompensa deles. Quando, portanto, tu deres a tua oferta, não permite que tua mão esquerda saiba o que tua mão direita faz: tua oferta deve ser feita em secreto: E teu Pai, que vê em secreto, Ele mesmo irá recompensar a ti abertamente.
E, quando tu orares, não usa de repetições vãs, como os ateus o fazem: Já que eles pensam que serão ouvidos, por muito falarem. Não sejas, por conseguinte, como eles: Porque teu Pai sabe daquilo que tu precisas, antes de peças a Ele.
Em vez disto, ora, assim:
'Pai nosso, que estás no céu. Santificado seja teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, na terra, como ela é feita nos céus. Dá-nos, este dia, o nosso pão. E perdoa os nossos débitos, como perdoamos os nossos devedores. E não nos permita a tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'.
Porque se perdoares as transgressões dos homens, o teu Pai celeste irá perdoar a ti: Mas se tu não perdoares as transgressões de homens; nem o teu Pai irá perdoar as tuas (Mateus 6:1-15).
I. Cuide para que sua oferta não vise a sua própria glória.
II. A insinceridade, nas orações e obras de misericórdia, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar.
III. A oração do Senhor é um modelo e padrão para todas as nossas orações.
1. No capítulo precedente, nosso Senhor tem descrito a religião interior em suas várias ramificações. Ele tem colocado diante de nós essas disposições da alma, que constituem no Cristianismo verdadeiro; os temperamentos interiores contidos naquela 'santidade, sem a qual nenhum homem verá ao Senhor'; as afeições que, quando fluindo de suas fontes apropriadas; de uma fé viva em DEUS, através de JESUS CRISTO, são intrinsecamente e essencialmente boas e aceitáveis para DEUS. Ele prossegue mostrando, nesse capítulo, como nossas ações, igualmente, mesmo aquelas que são indiferentes à nossa própria natureza, podem se tornar santas, boas e aceitáveis para DEUS, através de uma intenção pura e santa. O que for feito, sem isto, ele declara largamente, que não terá valor diante de DEUS. Considerando que, quaisquer que sejam as obras exteriores, se elas forem assim consagradas a DEUS, elas serão, aos Seus olhos, de grande valor.
2. A necessidade dessa pureza de intenção, ele mostra, primeiro, com respeito àquelas que são usualmente consideradas ações religiosas, e de fato, o são, quando executadas com a intenção correta. Algumas dessas são comumente denominadas de obras de devoção; a restante, obras de caridade ou misericórdia. As obras desse segundo tipo, ele particularmente chama de assistência aos pobres; as obras do primeiro tipo (obras de devoção), de oração e jejum. Mas as direções dadas para essas são igualmente para serem aplicadas a todas as obras, se de amor ou misericórdia.
I
1. Primeiro, com respeito às obras de misericórdia: 'Cuidem', diz o senhor, 'que vocês não façam donativos, diante de homens, para serem vistos por eles: se assim o fizerem não terão recompensa junto a seu Pai que está no céu'.
' doações': -- Embora se referindo especificamente a isto; ainda assim, em toda a obra de caridade está incluída tudo o que você dá, ou fala, ou faz, e, por meio do qual, nosso próximo possa ter proveito; por meio do qual, outro homem possa receber alguma vantagem, tanto em seu corpo, quanto em sua alma. O alimentar o faminto, o vestir o nu, o entreter ou assistir ao estranho, o visitar aqueles que estão doentes, ou na prisão, o confortar o aflito, o instruir o ignorante, o reprovar o pecaminoso, o exortar e encorajar o benfeitor; e se houver alguma outra obra de misericórdia, ela estará igualmente incluída nessa direção.
2. 'Cuidem que vocês não façam donativos diante de homens, para serem vistos por eles'. – A coisa que está aqui proibida, não é meramente o fazer o bem às vistas dos homens; essa circunstância apenas, a que outros vejam o que nós fazemos, não torna a ação nem pior, nem melhor; mas o fazer isto diante de homens, 'para que sejam vistos por eles', visando essa intenção apenas. Eu digo, essa intenção apenas; já que isto pode, em alguns casos, ser uma parte de nossa intenção; nós podemos objetivar que algumas de nossas ações possam ser vistas, e ainda assim, elas possam ser aceitáveis para DEUS. Nós podemos pretender que nossa luz brilhe, diante de homens, quando nossa consciência é testemunha com o ESPÍRITO SANTO, que nossa finalidade maior, em desejar que eles possam ver nossas boas obras, é 'que eles possam glorificar nosso Pai que está no céu'. Mas cuidem que vocês não façam a menor coisa, visando a própria glória de vocês. Guardem que o cuidado para com a oração de homens não tenha lugar, afinal, em suas obras de misericórdia. Se vocês buscam a sua própria glória; se vocês têm como objetivo ganhar a honra que vem dos homens, o que quer que seja feito com essa visão de nada valerá; se não for feito junto ao Senhor; Ele não aceitará. 'Vocês não terão galardão', por isto, 'do seu Pai que está no céu'.
3. 'Portanto, quando vocês derem o seu donativo, não façam alarde, como os hipócritas o fazem, nas sinagogas e nas ruas, para que possam ter louvor de homens'. -- A palavra sinagoga não significa aqui um lugar de adoração, mas algum lugar público muito frequentado, tal como um mercado, ou casa de câmbio. Era uma coisa comum, em meio aos judeus, que eram homens de grandes fortunas, particularmente entre os fariseus, fazerem alarde diante deles, na maioria das partes públicas da cidade, quando eles estavam prestes a dar alguma doação considerável. A razão pretendida para isto era reunir os pobres para recebê-la; mas o real objetivo era que eles tivessem louvor de homens. Mas que vocês não sejam como eles. Não deixem que uma trombeta seja ouvida diante de vocês. Não usem de ostentação ao fazerem o bem. A honra do donativo vem de DEUS apenas. Aqueles que buscam o louvor de homens já têm sua recompensa: Eles não terão o louvor de DEUS.
4. 'Mas, quando vocês doarem, que a mão esquerda não saiba o que a direita faz' – Está é uma expressão proverbial, e o significado dela é – Façam-no em secreto, da maneira que for possível; tão secreto quanto seja consistente com o fazê-la afinal, (já que ela não poderá deixar de ser feita; não omitam oportunidade alguma de fazerem o bem; se secretamente ou abertamente), e ao fazerem isto, da maneira mais efetiva. Porque aqui também existe uma exceção a ser feita: quando vocês estão completamente persuadidos, em suas mentes que, por não ocultarem o bem que é feito, isto tanto irá capacitá-los, quanto instigará outros a fazerem mais o bem, então, vocês não podem esconder o que estão fazendo. Deixem que a luz de vocês apareça, e 'brilhe para todos que estão na casa'. Mas, a menos onde a glória de DEUS, e o bem da humanidade os obriguem ao contrário, ajam da maneira tão privada e desapercebida, quanto a natureza das coisas admitir; -- 'para que os donativos possam ser em secreto; e o Pai que vê em secreto irá recompensar a vocês abertamente'; talvez, no mundo presente, -- muitos exemplos disto mantém-se registrado em todas as épocas; mas infalivelmente, no mundo que há de vir, diante da assembleia geral de homens e anjos.
II
1. Das obras de caridade ou misericórdia, nosso Senhor prossegue naquelas que são denominadas obras de devoção. 'E quando orarem', diz Ele, 'não sejam como os hipócritas; porque eles amam orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para que eles possam ser vistos pelos homens'. – 'Não sejam como os hipócritas'. Hipocrisia, então, ou insinceridade, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar nas orações. Precavenham-se de não falarem o que vocês não pretendem. Orar é erguer o coração a DEUS: todas as palavras da oração, sem isto, são mera hipocrisia. Portanto, quando forem empreender orar, vejam que seja objetivo de vocês, conversarem intimamente com DEUS, elevarem seus corações a ele, derramarem suas almas diante Dele; não como os hipócritas que amam, ou estão habituados, 'a orar de pé nas sinagogas', casas de câmbio, ou mercados, 'e nas esquinas das ruas', onde quer que a maioria das pessoas esteja, 'para que eles possam ser vistos pelos homens': Este é o único objetivo, o motivo e finalidade das orações que eles repetiram. 'Verdadeiramente, eu digo a vocês que eles não terão suas recompensas'. – Eles não poderão esperar coisa alguma do Pai que está no céu.
2. Mas não se trata apenas de ter um olho para o louvor de homens, que elimina qualquer recompensa no céu: que não nos deixa espaço para esperar a bênção de DEUS sobre as nossas obras, se de devoção ou misericórdia. Pureza de intenção e igualmente destruída, visando-se alguma recompensa temporal qualquer que seja. Se nós repetimos nossas orações; se nós atendemos à oração pública de DEUS; se nós aliviamos o pobre, com vista a algum ganho ou interesse, não será, nem um pouco, mais aceitável para DEUS, do que se estivéssemos fazendo com o objetivo do louvor próprio. Qualquer visão temporal; qualquer motivo desse lado da eternidade; qualquer objetivo, a não ser aquele de promover a glória de DEUS, e a felicidade de homens, por amor a DEUS, tornam toda a ação, não obstante, quão justa ela possa parecer aos homens, uma abominação junto ao Senhor.
3. 'Mas, quando vocês orarem, entrem em seus aposentos, e, quando vocês fecharem a porta, orem ao seu Pai que está em secreto'. – Existe um momento em que vocês devem glorificar a DEUS, abertamente; orarem e louvarem a ele, na grande congregação. Mas, quando vocês desejam mais largamente, e mais particularmente fazerem seus pedidos conhecidos junto a DEUS, quer seja à tarde, ou de manhã, ou ao meio-dia, 'entrem em seus aposentos, e fechem a porta'. Usem de toda privacidade que puderem. (Apenas não a deixem sem ser feita, quer tenham algum quarto, alguma privacidade, ou não. Orem a DEUS, se for possível, quando ninguém está vendo, a não ser Ele; caso contrário, orem a DEUS) assim, 'orem ao Pai que está em secreto'; derramem seus corações diante dele, 'e o Pai que está em secreto, irá recompensá-los abertamente'.
4. 'Mas quando vocês orarem', mesmo em secreto, 'não usem de repetições vãs, como os pagãos o fazem'. Não usem de abundância de palavras, sem qualquer significado. Não diga a mesma coisa, repetidas vezes; não pensem que o fruto de suas orações depende da extensão delas, como os pagãos; que 'pensam que eles serão ouvidos, por muito falarem'.
A coisa aqui reprovada não é simplesmente a extensão, mais do que a brevidade de nossas orações; -- mas, Primeiro, extensão, sem significado; falando muito, e significando pouco ou nada; o uso (não todas as repetições; porque o próprio nosso Senhor orou três vezes, repetindo as mesmas palavras, mas) vãs repetições, como os pagãos fazem; recitando os nomes de seus deuses, repetidas vezes, como eles fazem, em meio aos cristãos, (vulgarmente assim chamados), e não entre os papistas (católica romana - terço) apenas, que dizem repetidas vezes a mesma sequência de orações, sem nunca sentirem o que estão falando: -- Em Segundo lugar, pensarmos que seremos ouvidos, por nosso muito falar; imaginarmos DEUS medindo as orações, por sua extensão, e mais satisfeito com aquelas que contém a maioria das palavras, que soam mais longas aos seus ouvidos. Estes são os tais exemplos da superstição e insensatez, como todos os que são chamados pelo nome de CRISTO deixariam aos pagãos; a eles em quem a luz gloriosa do Evangelho nunca brilhou.
5. 'Não sejam, portanto, como eles'. –Vocês que testaram da graça de DEUS, em JESUS CRISTO, estão totalmente convencidos de que 'seu Pai sabe quais as coisas de que precisam, antes que peçam'. De maneira que a finalidade de suas orações não é informar a DEUS, como se ele já não soubesse de suas necessidades; mas, antes, informar a vocês; fixar o sentido daquelas necessidades mais profundamente, em seus corações; e o sentido de sua contínua dependência Dele, único capaz de suprir tudo que precisam. Não é mais importante sensibilizar a DEUS, que está sempre mais pronto a dar do que a pedir, quanto sensibilizar vocês mesmos de que vocês podem estar desejosos e prontos para receber as boas coisas que Ele tem preparado para vocês.
 
 
Continuação do Sermão da Montanha. Esmolas, Oração, Jejum - Mateus 6. 1-4 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT) - (Com algumas modificações do Pr. Henrique)

Assim como devemos fazer melhor que os escribas e fariseus, evitando os pecados do coração, o adultério do coração, e o assassinato do coração, devemos igualmente manter e seguir a religião do coração, fazendo o que fazemos a partir de um princípio interior e vital, para que possamos ser aprovados por DEUS, e não para sermos aplaudidos pelos homens. Isto é, devemos vigiar contra a hipocrisia, que era o fermento dos fariseus, bem como contra sua doutrina (Lc 12.1). Esmolas, oração e jejum são os três grandes deveres cristãos, e os três fundamentos da lei. Por eles, honramos e servimos a DEUS com os nossos três interesses principais; através da oração, honramos e servimos ao Senhor com as nossas almas; através do jejum, honramos e servimos ao Senhor com os nossos corpos; através das esmolas, honramos e servimos ao Senhor com os nossos bens. Portanto, não só devemos nos afastar do mal, mas precisamos fazer o bem, e fazê-lo corretamente, e assim habitaremos com Ele para sempre.
Nestes versículos, somos advertidos contra a hipocrisia no ato de dar esmolas. “Guardai-vos”. O fato de sermos solicitados a nos guardar indica que isso é pecado.
1. Estamos em grande perigo. Este é um pecado sutil; a vanglória se introduz no que fazemos aos outros para nos exaltar antes que possamos estar cientes dela.
2. É um pecado no qual estamos em grande perigo. Guarde-se da hipocrisia, porque se ela reinar em você, vai destruí-lo. Uma mosca morta estraga um frasco inteiro de um perfume precioso.
Supõem-se duas coisas aqui:
I
Dar esmolas é um grande dever, e um dever no qual todos os discípulos de CRISTO, de acordo com a sua capacidade, devem cumprir de modo abundante. Este dever está prescrito na lei da natureza e na lei de Moisés, e os profetas dão grande ênfase a ele. Diversas cópias antigas aqui, em lugar de ten eleemosynen – vossas esmolas, trazem ten dikaiosynen – vossas justiças, pois esmolas são justiças (Sl 112.9; Pv 10.2). Os judeus chamavam a caixa de esmolas para os pobres de “caixa da justiça”. Diziam que era dever deles dar esmolas aos pobres (Pv 3.27). A obrigação é algo muito importante, e pode ser considerada necessária e excelente; porém, pode ser utilizada pelos hipócritas para servir ao seu orgulho. Os papistas supersticiosos atribuíram um mérito às obras de caridade, porém esta não pode ser uma desculpa para protestantes cobiçosos que são estéreis em tais boas obras. É verdade que as nossas esmolas não merecem o céu; mas também é verdade que não podemos ir para o céu sem demonstrar o fruto da nossa salvação. Essa é a religião pura e imaculada (Tg 1.27), e será o teste no grande dia. CRISTO aqui tem como certo que os discípulos dêem esmolas e façam boas obras; e aqueles que não o fizerem, não pertencerão a Ele.
II
Que este é um dever que tem ligado a si uma grande recompensa – recompensa que será perdida, se ele for desempenhado com hipocrisia. Ele é, às vezes, recompensado com a abundância de coisas temporárias (Pv 11.24,25; 19.17); com a segurança de não passar necessidades (Pv 28.27; Sl 37.21,25); com o socorro na angústia (Sl 41.1,2); com a honra e um bom nome, que segue aqueles que praticamente não o cobiçam (Sl 112.9). No entanto, ele será recompensado na ressurreição dos justos (Lc 14.14), com as riquezas eternas.
Quas dederis, solas semper habebis, opes.
As riquezas que você reparte formam a única riqueza que você sempre reterá. – Marcial.
Isto posto, observe agora:
1. Qual era a prática dos hipócritas em relação a esta obrigação? Eles certamente a faziam, mas não com base em qualquer princípio de obediência a DEUS, ou de amor ao homem, mas por orgulho e vanglória; não por compaixão pelos pobres, mas puramente por ostentação, para que pudessem ser exaltados como homens bons, e assim pudessem ganhar algo mais na consideração das pessoas, junto às quais eles sabiam como servir em causa própria, e para receberem muito mais do que deram. De acordo com esta intenção, eles escolhiam dar as suas esmolas nas sinagogas e nas ruas, onde havia um grande fluxo de pessoas para observá-los – pessoas que aplaudiam a sua liberalidade porque viam estas atitudes; mas eram, na verdade, ignorantes, porque não discerniam o orgulho abominável que motivava estas ações. Eles provavelmente faziam coletas para os pobres nas sinagogas, mas os pedintes comuns andavam pelas ruas e estradas, e eles escolhiam dar esmolas nestes lugares públicos. Não que seja ilegal dar esmolas quando os homens estão nos vendo; podemos fazer isso; mas não para que os homens possam nos ver; devemos, antes, escolher aqueles objetos de caridade que são menos observados. Os hipócritas, se dessem esmolas para as suas próprias casas, soariam uma trombeta, sob o pretexto de ajuntar os pobres para serem servidos. Mas na realidade teriam a intenção de proclamar a sua caridade, e o fariam para que isso fosse notado e para que passasse a ser um tema de discurso.
A condenação de CRISTO a esta atitude é bem observável: “Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”. À primeira vista, isso parece uma promessa. Se eles têm o seu galardão, eles já têm o suficiente, mas duas palavras no versículo tornam a recompensa uma ameaça.
(1) É um galardão, mas é um galardão de homens; não o galardão que DEUS lhes promete e que faz bem, mas o galardão que eles mesmos prometem, e que é pobre. Eles dão esmolas para serem vistos pelos homens, e são vistos pelos homens. Eles escolheram as suas próprias desilusões com as quais enganam a si mesmos, e terão o que escolheram. Os professores carnais tentam impor diante de DEUS a sua suposta dignidade, honra, riqueza, e terão os seus ventres cheios dessas coisas (Sl 17.14); mas que eles não esperem mais; estas coisas são a sua consolação (Lc 6.24), os seus bens (Lc 16.25), e eles serão despedidos com eles. “Não ajustaste tu comigo um dinheiro?” Assim, cada um deve se contentar com o pagamento previamente combinado.
(2) É um galardão, mas é um galardão para o presente; e não há nenhum galardão reservado para eles no estado futuro. Eles agora têm tudo o que podem ter da parte de DEUS. Eles possuem o seu galardão aqui, e não têm nenhum galardão por que esperar no futuro. Apechousi ton misthon. Isto significa um recibo completo. As recompensas que os cristãos têm nesta vida são apenas parte do pagamento; há ainda mais, muito mais; mas os hipócritas têm todas as suas recompensas nesta vida, e esta será para eles a condenação; eles mesmos decidiram isto. O mundo tem a finalidade de prover para os santos; é aqui que gastam o seu dinheiro. Mas ele é o pagamento dos hipócritas, é a sua porção.
2. O preceito de nosso Senhor JESUS sobre isto (vv. 3,4). Ele, que foi um exemplo de humildade, exigiu esta qualidade dos discípulos como algo absolutamente necessário para a aceitação de suas obras. “Quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita”. Talvez isso se refira ao estabelecimento do Corbã, a caixa do homem pobre, ou o baú no qual eram lançadas as ofertas voluntárias, à direita da passagem para o Templo – para que eles colocassem as suas ofertas dentro dela com a mão direita. Dar esmolas com a mão direita também pode sugerir presteza e resolução; faça de modo direito, não de forma desajeitada, nem com uma intenção sinistra. A mão direita pode ser usada para ajudar os pobres, erguendo-os, escrevendo para eles, tratando de seus ferimentos, e outras maneiras além de lhes dar esmolas. Mas, “não deixe que a tua mão esquerda saiba de qualquer bem que a tua mão direita fizer aos pobres: esconda o quanto for possível; diligentemente mantenha isso em segredo. Faça isso porque é uma boa obra, e não porque lhe conferirá uma boa reputação”. “Em todas as nossas ações, devemos ser influenciados pela consideração ao objeto, e não ao observador” (Cic. de Fin.). É sugerido: (1) Que não devemos deixar que os outros saibam o que fazemos; não, não aqueles que ficam à nossa esquerda, que estão muito perto de nós. Em vez de aproximar-se deles com isso, esconda deles a ação, se for possível; no entanto, aparente ter o desejo de ocultar estas ações deles, como por educação. Mesmo que observem, eles podem fazer parecer que não perceberam nada, e assim guardarão o fato que testemunharam para si mesmos, sem divulgá-lo. (2) Que nós mesmos não devemos observar muito a ação: a mão esquerda faz parte de nós mesmos; não devemos, dentro de nós mesmos, notar demais as boas ações que fazemos, não devemos aplaudir e admirar a nós mesmos. Vaidade e autocomplacência, e uma adoração da nossa própria sombra, são ramos de orgulho, tão perigosos quanto a vanglória e a ostentação diante dos homens. Encontramos aqueles que tiveram as suas boas obras lembradas em sua honra, mesmo tendo se esquecido delas: “Quando te vimos com fome, ou com sede?”
3. A promessa feita àqueles que são sinceros e humildes ao darem as suas esmolas: Dá “a tua esmola… ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. Note que quando damos pouca atenção às boas obras que fazemos, DEUS dá muita atenção a elas. Do mesmo modo como DEUS ouve as coisas erradas que fazem contra nós, quando não as ouvimos (Sl 38.14,15), assim Ele vê as coisas boas feitas por nós, quando não as vemos. O fato de DEUS ver todas as coisas em secreto é um terror para os hipócritas, mas é um conforto para os cristãos sinceros. Mas isso não é tudo. Não são só a observação e o louvor que pertencem a DEUS: a recompensa também é dele. Ele mesmo nos recompensará abertamente. Note que os hipócritas, ao darem esmolas, buscavam aprovar a si mesmos diante de DEUS, voltando-se a Ele simplesmente como o seu Pagador. Os hipócritas tentam agarrar as sombras, mas o homem reto mantém a essência das coisas. Observe como isto é expresso enfaticamente: Ele mesmo recompensará, Ele mesmo é o Galardoador (Hb 11.6). Que o próprio Senhor expresse a bondade, pois Ele, e somente Ele, é a sua fonte; e mais ainda, Ele mesmo será o galardão (Gn 15.1), nosso grandíssimo galardão. Ele nos recompensará como o nosso Pai, não como um senhor que dá ao seu servo somente o que ele ganha como pagamento e nada mais, mas como um pai que dá abundantemente mais, e sem restrição, ao seu filho que o serve. E mais ainda, Ele nos recompensará abertamente; se não nos dias atuais, com certeza no grande dia. Então todo homem deve louvar a DEUS, com um louvor aberto. Você será confessado diante dos homens. Se a obra não for manifesta, o galardão o será; e isto é ainda melhor.
 
 
Acerca da verdadeira religião (6.1-18) - Comentário - NVI (F F Bruce)
O caráter descrito no cap. 5 se expressa em ações exteriores, que coletivamente chamamos de “religião” (Tg 1.26,27) ou “obras de justiça” (v. 1, dikaiosynê, lit., justiça). A qualidade dessas ações não depende de os homens as verem, mas de serem feitas para que os homens as vejam; os que JESUS estava repreendendo, indubitavelmente estavam fazendo-as para DEUS também.
Recompensa (v. 1). Para muitos hoje, a dificuldade principal gerada pelo Sermão do Monte é o destaque dado às recompensas, que são citadas nove vezes. Mas esse é um elemento encontrado em todo o NT; e.g., Mt 10.41,42; Jo 4.36; l Co 3.8,14; 9.17,18; Hb 11.6; 2Jo 8; Ap 11.18; 22.12. Algumas pessoas reagem à graça mais prontamente que outras, e “DEUS não é injusto; ele não se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os santos e continuam a ajudá-los” (Hb 6.10). Embora os judeus tendessem a elaborar uma relação matemática entre obras e recompensas, mesmo assim reconheciam que estas eram essencialmente uma expressão da graça de DEUS (SB IV, p. 487ss).
Esmola (v. 2ss). Dar esmolas era considerado pelos judeus o principal ato de piedade. A necessidade foi criada pelo grande número de pessoas física e psiquicamente incapazes para o trabalho. Havia também muitos desprovidos de terra, que não podiam ter a expectativa de manter suas famílias por meio do seu trabalho ocasional (cf. Mt 20.116 e também Tg 2.14ss; l Jo 3.17). No nosso contexto moderno, é, muitas vezes, do nosso tempo que eles precisam, e não muito do nosso dinheiro.
A maior parte dos atos de caridade era exercida pela sinagoga como representante da comunidade. Isso tornava a mendicância menos necessária e ajudava a manter os pobres no anonimato. Assim, a ostentação condenada aqui não está no dar aos indivíduos, mas na proclamação pública das somas dadas à comunidade para esse propósito (com trombetas é uma hipérbole muito ilustrativa). Acerca de hipócritas não há sugestão alguma de que aqui (ou nos v. 5,16; 7.5) os escribas ou fariseus estejam sob ataque especial. Essas práticas não eram exclusivas deles, sua plena recompensa. Era o elogio dos homens; assim, a recompensa de DEUS, de que eles abriram mão, é o elogio de DEUS, o seu “Muito bem”, mão esquerda [...] mão direita. Uma expressão ilustrativa sugerindo segredo absoluto. O judaísmo insistia em que a caridade fosse mantida em segredo para não envergonhar o pobre; deve ser algo tão secreto que nós mesmos esquecemos que o ajudamos quando o encontrarmos novamente.
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 8, Sendo Verdadeiros - 2Tr22 - CPAD
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação do nosso coração? Essas são as perguntas que a presente lição busca responder. O coração do seguidor de JESUS tem de estar sempre com a verdade. A nossa motivação tem de ser sempre a melhor, nobre e sincera no Reino de DEUS. Essa consciência de Reino protege-nos da hipocrisia.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia; II) Colaborar no auxílio ao próximo sem alarde; III) Concluir que DEUS contempla o bem que realizamos.
B) Motivação: Sempre é importante sondar o coração para ter a consciência de sua verdadeira motivação. Pergunte: Por que emprego energia em determinado objeto? É preciso procurar saber a razão de fazer o que estamos fazendo.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula perguntando o que é hipocrisia. Ouças os alunos com atenção. Deixe que expressem suas opiniões livremente por cerca de cinco minutos. Em seguida, explique a palavra hipocrisia de acordo com o tópico da lição, enfatizando o contexto que JESUS apresenta no Sermão do Monte. A ideia é que a exposição do tema unifique bem as informações e os alunos tenham um entendimento satisfatório do assunto.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Você pode sugerir uma campanha de ajuda assistencial a partir da assimilação do conteúdo estudado. Iniciar um projeto desses com plena consciência a respeito do que o Sermão do Monte ensina sobre o assunto, sem dúvida, é uma excelente oportunidade de aplicar o ensino assimilado.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto localizado ao final do primeiro tópico aprofunda a reflexão a respeito do perigo da hipocrisia; 2) O texto localizado ao final do segundo tópico traz uma reflexão a respeito de praticar a justiça diante dos homens.
 
 
SINÓPSE I - Os atos de ofertar, jejuar e orar têm na prática da discrição a boa recomendação de JESUS CRISTO.
SINÓPSE III - As palavras dos seguidores de JESUS devem apresentar retidão e honestidade.
SINÓPSE II - O Sermão do Monte nos estimula a estar plenamente conscientes a respeito da motivação do coração no ato de ajudar o próximo.
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
Sua admoestação aqui é contra dar aos pobres pelos motivos errados. A razão que JESUS apresenta para fazer caridade sem ser visto, é que generosidade ostentosa não resulta em recompensa “do vosso Pai, que está nos céus”.
JESUS chama ‘hipócritas’ (hypocrites) os que dão pelos motivos errados. Este é linguajar forte para descrever as atividades dos seus inimigos, ainda que anteriormente Ele tivesse advertido contra tais epítetos indiscriminados (Mt 5.22). Atividades auto-ilusórias atraem acentuada crítica de JESUS, e Ele acha necessário chamar a atenção das pessoas para o perigo” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.59,60).
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
“John Wesley, que era um cuidadoso estudante do texto grego e surpreendentemente ciente da importância da crítica textual,43 traduziu a primeira parte deste versículo [Mt 6.1] como se segue: ‘Atentem para não praticarem a vossa justiça perante os homens, para serem vistos por eles’. Traduções mais recentes apresentam: ‘Tenham cuidado para não fazerem as suas boas obras publicamente para serem notados pelo povo’ (Berkeley); ‘Cuidado ao fazerem as suas boas ações à vista dos homens, para atraírem seus olhares’ (Weymouth); ‘Tenham cuidado para não fazerem uma exibição de sua religião diante dos homens’ (NEB); ‘Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros’ (NTLH). A tradução mais simples é: 'não ostentem a sua piedade’. JESUS não disse que não deveríamos deixar que alguém visse as nossas boas obras. Ele já havia admoestado os seus discípulos: ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus’ (5.16). É com o motivo que Ele está lidando aqui. A frase significativa é: para serdes vistos por eles. Devemos buscar a glória de DEUS, não a nossa própria” (CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.63).
 
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que caracteriza a palavra “hipócrita” no Evangelho de Mateus?
Uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os observadores (6.1-3,16-18); cujo foco está nos enfeites, e não nas questões centrais da fé; e cuja conversa espiritual esconde motivos corruptos.
2. Quais são os três grandes deveres cristãos?
JESUS deixa claro que nesse serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o jejum.
3. De acordo com o ensino de JESUS, qual é a nossa forma correta de ofertar?
Quanto à forma correta de se ofertar, JESUS disse que isso deve ser de duas maneiras: primeiro, sem alarde público; segundo, essa doação deve ser voluntária e discreta.
4. Quais são as partes essenciais da religião pura para com DEUS?
A beneficência e generosidade são atos piedosos praticados como partes essenciais da religião pura para com DEUS, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27; Mt 25.36; 1 Tm 5.2).
5. Qual atributo divino foi destacado na lição?
Onisciência.
 

LEITURAS PARA APROFUNDAR - Teologia Sistemática – Eurico Bergstén, Em Contato com DEUS – Charles Stanley.

Slides Lição 8, Sendo Verdadeiros, 2Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV