Slides Lição 6, A Teologia de Elifaz, Só os Pecadores Sofrem

 




































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Lição 6, A Teologia de Elifaz, Só os Pecadores Sofrem?
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
 
 
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Lição 6, A Teologia de Elifaz, Só os Pecadores Sofrem?

Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/11/licao-6-teologia-de-elifaz-so-os.html

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Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=SXnY2vR_J2g

 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.”  (Jó 4.7,8)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Embora transcendente, DEUS tem prazer em se relacionar com o homem terreno.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 4.1-4 Sobre a paciência para ouvir
Terça - Jó 4.4-6 Você tem confiança em DEUS?
Quarta - Jó 4.6-8 O inocente pereceu? Os retos foram destruídos?
Quinta - Jó 15.1-4 O sábio daria respostas vazias?
Sexta - Jó 22.1,2 O homem será de algum proveito para DEUS?
Sábado - Jó 22.3-5 O Todo-Poderoso tem prazer em que você seja justo?
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 4.1-8; Jó 15.1-4; 22.1-5
Jó 4
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras? 3 - Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas. 4 - As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste. 5 - Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas. 6- Porventura, não era o teu temor de DEUS a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?
7 - Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? 8 - Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.
Jó 15
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Porventura, dará o sábio, em resposta, ciência de vento? E encherá o seu ventre de vento oriental, 3- arguindo com palavras que de nada servem e com razões que de nada aproveitam? 4 - E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de DEUS.
Jó 22
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Porventura, o homem será de algum proveito a DEUS? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso. 3- Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos? 4- Ou te repreende pelo temor que tem de ti, ou entra contigo em juízo? 5 - Porventura, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniquidades?


OBJETIVO GERAL
Destacar o pensamento teológico de Elifaz que faz uma defesa contundente da religião tradicional segundo a qual somente os pecadores sofriam.
 

Resumo da Lição 6, A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem?
I – OS PECADORES NO CONTEXTO DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA
1. A lei da semeadura e da colheita.
2. O homem colhe o que plantou.
3. A queixa de Jó.
II – OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA
1. Ortodoxia engessada.
2. Uma ameaça à tradição religiosa.
3. Um defensor celeste.
III – OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO
1. DEUS não se importa com quimeras humanas.
2. DEUS caminha com os homens.
 
 
 
 
 
 
Resumo rápido do Pr Henrique
INTRODUÇÃO
Após Jó dar o seu lamento, Elifaz, seu amigo, é o primeiro a se manifestar. Sua Teologia é retributiva. Segundo esta maneira de pensar, só os pecadores sofrem, enquanto os fiéis naõ passam por problemas. Jó não aceita esta teologia, pois olhando para si mesmo, vê outra situação. A quebra de paradigma ofende ao amigo de Jó, Elifaz, e a sociedade de então.

I – OS PECADORES NO CONTEXTO DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA
Jó 4
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras? 3 - Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas. 4 - As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste. 5 - Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas. 6- Porventura, não era o teu temor de DEUS a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?
7 - Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? 8 - Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.

1. A lei da semeadura e da colheita.
Este é o primeiro discurso de Elifaz (Jó 4.1-8)
Elifaz se preocupa com a saúde de seu amigo, mas não consegue se conter e resolve falar o que acha a respeito da situação de seu amigo. Elifaz defende a teologia tradicional – a justiça retributiva. Ele defende o toma-lá-dê-cá.
2. O homem colhe o que plantou.
É fato que a lei da semeadura está na bíblia. Nisto Elifaz está certo, mas não totalmente certo.
“Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo” (Jó 4.8). O salmista confirma que DEUS é bom e justo e, por isso, recompensa os bons e pune os maus (Sl 1.6).
Não erreis: DEUS não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no ESPÍRITO do ESPÍRITO ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Gálatas 6:7-9
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor JESUS, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. Atos 20:35
“Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, [...] mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males” (1 Pe 3.12).
E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. 2 Coríntios 9:6
Para Elifaz Cabia a Jó, então, assumir a responsabilidade moral de seu pecado. Não havia outra opção.
3. A queixa de Jó.
Jó tem certeza, por experiência própria, que a tradição teológica é falha e não apresenta todas as possibilidades.  Segundo esta tradição o universo é governado por uma lei moral de causa e efeito: Há uma recompensa para os bons e punição para os maus. Elifaz errou por não considerar que este sistema não era o único existente. É uma verdade incompleta. Nada disso se aplicava a Jó. Deveria Elifaz conhecer melhor seu amigo e sua índole.
Jó não aceita a tradição e se preocupa porque não sente DEUS concordar com ele (6.1-7), ele mesmo antes acreditava assim (6.8-13) e seus amigos não concordam com ele agora (6.14-23). Jó de novo procura por apoio de DEUS e Lhe cobra por uma solução (Jó 6.1-13). Sua situação é incompreensível. Se esta teologia tradicional valesse para ele, por que então estava passando por tudo aquilo, sendo ele justo? 
Jó não era upecador contumaz, não vivia na prática do pecado. Jó se queixa a DEUS (Jó 7.11-21), pois, deseja dialogar com Ele. O que importva apara Jó as teorias teológicas antigas? Jó desejava relacionamento direto com o Criador, onde Jó fala com Ele e DEUS fala com Jó. No momento da dor, a melhor coisa a se fazer é se dirigir pessoalmente a DEUS.

II – OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA
Jó 15
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Porventura, dará o sábio, em resposta, ciência de vento? E encherá o seu ventre de vento oriental, 3- arguindo com palavras que de nada servem e com razões que de nada aproveitam? 4 - E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de DEUS.

1. Ortodoxia engessada.
Agora vamos ao segundo discurso de Elifaz (Jó 15.1-35).
Elifaz critica Jó por não aceitar a teologia tradicional - “E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de DEUS” (15.4). Jó, se certo, quebraria o paradigma da religião tradicional - prosperidade dos bons e o sofrimento dos maus.
Jó, com sua nova crença, seria uma ameaça ao odo de pensar até então vigente. Um revolucionário. Para Elifaz Jó tinha perdido toda sua sabedoria, dizia palavras ao vento.
Devido a Jó vislumbrar um mediador para estar entre ele e DEUS sua linguagem era poética, mas também profética - apontava para JESUS.

2. Uma ameaça à tradição religiosa.
 Elifaz não aceita a posição de Jó - “Que sabes tu, que nós não saibamos? Que entendes, que não haja em nós? Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu pai” (15.9,10). Elifaz conhece a teologia aceita por todos. Ele, muito provavelmente era o mais velho dos amigos de Jó devido a ter falado em primeiro lugar, portanto, deveria ser respeitado como sábio e não ser contraditado. O dogma era mais antigo do que Jó e se este insistisse em desconsiderá-lo, estaria desconsiderando a teologia dos mais antigos. Era falta de respeito para com os mais velhos.

3. Um defensor celeste.
Jó pergunta: se eu estivesse em seu lugar e você em meu lugar, será que eu estaria falando a mesma coisa que você? (Jó 16—17). Jó continua acreditando que DEUS o estava destruindo aos poucos. Não sabia o motivo, pois, procurava se lembrar do pecado grave cometido e não encontrava. Nesse texto Jó reclama, mas não blasfema contra DEUS. A teologia tradicional era vista por todos, mas não vivida por todos. Jó esperava em DEUS uma solução, uma resposta pelo menos. Jó procura por um intercessor entre ele e DEUS (Jó 16.18—17.2). É profética sua fé. Sua justificação viria pelo justo advogado, JESUS CRISTO (1 Jo 1.5,7).

III – OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO
Jó 22
1 - Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 - Porventura, o homem será de algum proveito a DEUS? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso. 3- Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos? 4- Ou te repreende pelo temor que tem de ti, ou entra contigo em juízo? 5 - Porventura, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniquidades?

1. DEUS não se importa com quimeras humanas.
Elifaz acusa Jó de estar em pecado, o ataca com mentiras  - Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos? Jó 22:3.
As viúvas despediste vazias, e os braços dos órfãos foram quebrantados. Por isso, é que estás cercado de laços, e te perturbou um pavor repentino, Jó 22:9,10.
Elifaz apela para a transcendência divina ao atacar Jó. (Jó 22), 
A obra de DEUS ao trazer à existência todas as coisas. A passagem definitiva é Gênesis 1.1, sob a qual deve se colocar toda a teologia bíblica. DEUS, o Criador, é uma trindade pessoal, onipotente, onipresente e onisciente. DEUS sozinho é eterno, tanto quanto imanente e transcendente com respeito à sua criação.
 
 
Transcendência significa:
 01, Qualidade ou estado de transcendente.
02, Em Religião, o conjunto de atributos do Criador que lhe ressaltam a superioridade em relação à criatura. Transcendente entre outros, tem este significado: Que transcende; muito elevado; superior, sublime, excelso. Por isso, DEUS é infinitamente superior a nós, ou seja, está muito acima e além de nós, em essência, poder e majestade.

Imanência significa: Qualidade de imanente. Imanente significa: Que existe sempre em um dado objeto e inseparável dele. Mas, a imanência de DEUS não se restringe apenas a esta definição de Aurélio. DEUS não está em nenhuma matéria (mora em nós pelo ESPÍRITO SANTO), nossa matéria também não é DEUS. Contudo, DEUS age junto de nós e em nós. Pela capacidade de DEUS ser, ao mesmo tempo, transcendente e imanente, tem a possibilidade de agir a distâncias astronômicas, sem que essa ação longínqua o impeça de agir particular e concomitantemente em cada um ou em todos nós.
Grosso modo, a transcendência diz respeito ao conjunto de atributos do Criador que ressalta a sua superioridade em relação à criatura. Significa que DEUS está acima da Criação e não é limitado por ela. Realça, portanto, a infinitude divina em contraste com a finitude humana (Jó 22.1-3).
Para Elifaz, Jó havia pecado e sua situação comprovava isto. Ele era grande e não poderia se envolver em quimeras humanas, principalmente nas do pecador Jó. A teologia de Elifaz destaca um DEUS transcendente, porém, distante, que não se importa muito com o que acontece aqui na terra, indiferente às coisas que criou (Jó 22.12). Não adiantava Jó chorar ou reclamar. Ele precisava se arrepender.
A visão distorcida de Elifaz não o deixava se aproximar de DEUS e ter intimidade com O mesmo. A Teologia pode cegar um cristão a ponto de não experimentar nada de DEUS em sua vida.

2. DEUS caminha com os homens.
Jó argumenta contra o pensamento de Elifaz. Jó afirma saber e ser submisso a doutrina da Transcendência de DEUS, mas também defende a imanência de DEUS, pois ouve DEUS falar com ele e fala com DEUS. Admite que DEUS pode qualquer coisa, está em toda parte, sabe todas as coisas, mas também acredita que DEUS pode influenciar na vida humana e pode dialogar com o ser humano. Jó nem sabia, mas já, já saberia muito mais e pessoalmente sobre DEUS e sua intimidade.
 Não devemos temer mais em ficar diante de DEUS, pois o andar com Ele é reto. Em CRISTO JESUS, DEUS caminha com os homens; sendo o Altíssimo transcendente, envolve-se com os seres humanos nos diversos detalhes da vida.
A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus. (2) Deus permite que os seres humanos experimentem as consequências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1—41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20). (3) Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).
Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13; Rm 8.28). A Igreja tem o privilégio de viver em CRISTO que levou sobre Ele nossas doenças, enfermidades e maldições (Is 53 e Gl 3.13).
 

CONCLUSÃO
A lei da semeadura e da colheita é bíblica, mas não é a única lei espiritual contida na bíblia. Realmente o homem colhe o que plantou, mas não quer dizer que seja só nesta vida a colheita. Jó se queixa, pois não fez nada para que merecesse as calamidades que se abateram sobre ele e sua família, para que esta lei valesse em sua vida.
A Ortodoxia de Elifaz estava engessada, não conseguia ver além do que ouvira no passado e se acreditava por tradição. Jó passou a ser uma ameaça à tradição religiosa, pois afirmava não ter pecado e estar sofrendo mesmo assim. Jó clama por um mediador, um defensor celeste (JESUS).
Para Elifaz, DEUS não se importava com quimeras humanas, mas para Jó DEUS caminha com os homens, o que concordamos plenamente.
DEUS é transcendente, mas também imanente. Glória a DEUS
 
 
LIÇÕES ANTIGAS DA CPAD
 
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS E ADULTOS - 1º Trimestre de 2003 - Título: O sofrimento dos justos e o seu propósito - Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 8: Elifaz e a teologia do relacionamento mercantil com DEUS - Data: 23 de Fevereiro de 2003
 
TEXTO ÁUREO
 “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO” (Tt 3.5).
 
VERDADE PRÁTICA
 DEUS não trata seus filhos com base num amor mercantilista e comercial. A base de seu relacionamento para conosco é a sua graça — infinita e inexplicável graça.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 3.3-8.
3 — Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. 4 — Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador, para com os homens, 5 — não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, 6 — que abundantemente ele derramou sobre nós por JESUS CRISTO, nosso Salvador, 7 — para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 8 — Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que creem em DEUS procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
 
PONTO DE CONTATO
A suma do discurso de Elifaz supõe que a justiça, invariavelmente, produz bem-estar; e a injustiça, o infortúnio; e, que existe uma proporção direta entre o pecado e o sofrimento. Esta proposição é falsa ou verdadeira? Ponha este tema em discussão. Converse com seus alunos sobre as diversas formas utilizadas pelas pessoas para receberem benefícios de DEUS. Mostre-lhes a falha de sua atitude demonstrando biblicamente que não há nada que o homem possa fazer para merecer o favor divino. O pensamento de Elifaz era coerente com o teor do discurso de Satanás, o armador de ciladas. Primeiro ele (o Diabo) diz a DEUS: “…toca em tudo quanto tem e verás se não blasfema de ti.” (1.11). Em seguida, apropria-se da boca de Elifaz para confundir Jó de forma contundente: “Quem você pensa que é?” (4.7).
 
SÍNTESE TEXTUAL
Elifaz, como muitas pessoas hoje em dia, não aceitava o sofrimento do justo atribuindo a este alguma falha que pudesse desencadeá-lo. Este episódio nos serve de lição para mostrar como é falível a visão humana. Nunca poderemos entender os desígnios de DEUS, pois nossa visão é terrena e limitada. Devemos, antes, aceitá-los, porque DEUS é soberano e seu domínio se estende por todo o universo e, nada acontece sem sua permissão. O homem é incapaz de justificar-se perante DEUS. O único escape é refugiar-se na graça divina, pois, é ela que nos justifica.
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Envolva seus alunos no processo de aprendizagem. Não os deixe de fora um só momento. Abra a Bíblia e discuta amplamente as questões desta lição.
Foi Elifaz, o mais velho dentre os sábios companheiros de Jó, quem estabeleceu o clima de conselho, apresentando sua teoria sobre o pecado e o sofrimento, aplicando-a ao caso do patriarca. Observe detalhadamente com seus alunos o discurso de Elifaz e tente perceber que estratégia ele usou a fim de convencer Jó de que era culpado pelo seu próprio sofrimento. Atente para o fato de que Elifaz estava induzido por um espírito estranho. Leia Jó 4.15,16.
Analise os seguintes pontos:
1) Elifaz referiu-se ao desânimo de Jó (4.2-11);
2) falou de sua impaciência (4.12-5.7);
3) aconselhou-o a arrepender-se (5.8-27).
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Nesta lição, defrontar-nos-emos com duas teologias: a de Elifaz e a da graça de DEUS. Estarão ambas respondendo a esta pergunta: Por que o justo tem de sofrer? De conformidade com Elifaz, que veio de Temã para consolar a Jó, se este sofria era porque, em algum momento de sua vida, desagradara a DEUS. Logo: houvesse Jó agradado a DEUS, como Ele o requer, nenhuma tribulação teria advindo sobre si.
Estaria correta esta teologia? Não lhe parece isto um mero relacionamento mercantil? Ou um escambo?
O fato de servirmos a DEUS não nos torna imunes às lutas, dificuldades e provações. Pelo contrário! Somos, às vezes, mais atribulados do que os ímpios. Mas, que importa? Se CRISTO está ao nosso lado, haveremos de nos regozijar até nas adversidades. Esta é a obra da graça!
I. QUEM FOI ELIFAZ
O significado de Elifaz, em hebraico, traz um emblema bastante elucidativo: "Meu DEUS é forte". Infere-se daí tenham sido seus pais gente de reconhecida piedade. Doutra forma: jamais colocariam um nome tão especial no filho.
1. A procedência de Elifaz. Além de sua amizade com Jó, a única coisa que de Elifaz sabemos é a sua procedência. Era ele originário de um lugar chamado Temã que, segundo se pode apurar, ficava no território que viria a ser ocupado pelos filhos de Edom. Infere-se, ainda, que os moradores de Temã tinham um razoável conhecimento de DEUS.
2. Elifaz: teólogo ou filósofo? Dos discursos de Elifaz, conclui-se não ter sido ele um teólogo como Enoque, Noé ou Jó. Era mais filósofo que teólogo. O conhecimento que possuía de DEUS não provinha de uma relação experimental com o Todo-Poderoso; era fruto de suas especulações. Não queremos, com isso, desmerecer esse tipo de conhecimento, porque DEUS no-lo deixou, a fim de que nos aproximemos dEle (Rm 1.18-21). Foi o que Paulo disse aos filósofos epicureus e estoicos no Areópago de Atenas (At 17.22-32).
Por não possuir o conhecimento revelado de DEUS, pôs-se Elifaz a condenar a Jó através de uma teologia casuística (Jó 42.7).
II. A TEOLOGIA DE ELIFAZ
1. A perigosa teologia de Elifaz. Detenhamo-nos em alguns trechos de seu discurso: “Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo. Com o hálito de DEUS perecem; e com o assopro da sua ira se consomem” (Jó 4.7-9).
Deste pronunciamento, depreendemos que a teologia de Elifaz tinha como base a ideia de um relacionamento mercantil com DEUS. Ou seja: se lhe formos fiéis e lhe prestarmos a adoração que Ele demanda, seremos certamente abençoados; nenhum mal nos atingirá. Trata-se, pois, de uma simples troca comercial. Em linguagem popular: um toma-lá-dá-cá.
2. Uma teologia sofismática. Usando e abusando dos sofismas, Elifaz erradamente conclui: apenas os que desagradam a DEUS sofrem; se Jó estava sofrendo, logo: cometera ele algum pecado contra o Senhor. Desconhecia ele, por acaso, a história de Abel? (Gn 4.4-8) Ou o drama vivido por Enoque que, por trezentos anos, profetizara num mundo que em nada diferia do inferno? (Gn 5.22-24) Ou por acaso ignorava o fato de o patriarca Noé haver construído a arca sob os impropérios de uma geração que se achava completamente tomada pelo demônio? (2 Pe 2.5) Registra a História Sagrada que homens piedosos, dos quais não era digno o mundo, acabaram perecendo da forma mais inimaginável e repulsiva (Hb 11.37,38).
Então, como pôde Elifaz jogar com as palavras, a fim de atribular ainda mais a Jó? Seus sofismas não resistem ao menor dos exames.
3. Uma teologia perversa. Elifaz ultrapassa todos os limites do bom senso; chega a tratar o patriarca de injusto e louco (Jó 5.1-5). Suas acusações não terminam aí; atingem a própria família do patriarca. Se esta havia perecido, então um só era o culpado: Jó. Como se haver numa situação dessas? Como suportar tão graves incriminações? 
III. A RESPOSTA DE JÓ
Diante de um discurso abusadamente falacioso, responde o patriarca: “Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas” (Jó 6.2,3).
1. Jó pede uma balança. O que requeria o patriarca de seus amigos? Que o ouvissem com atenção, e com justiça lhe pesassem as palavras e as queixas. Reivindicava ele uma balança na qual lhe fosse avaliada a miséria; pois suas palavras haviam sido inconsideradas.
Será que Elifaz desconhecia a justiça de Jó?
2. A Teologia da Aflição. Lemos nos Salmos que muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (Sl 34.19). O próprio CRISTO alertou que, no mundo, teremos aflições, mas que, nem por isso, deveríamos perder o ânimo (Jo 16.33). Escrevendo aos coríntios, afirmou Paulo: “Porque, como as aflições de CRISTO são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de CRISTO” (2Co 1.5).
Não queremos, com isso, lançar as bases de uma teologia da aflição. O que buscamos realçar é a supremacia da graça divina; ela é mais do que suficiente para consolar-nos em todas as agruras.
IV. A GRAÇA DE DEUS — O ANTÍDOTO CONTRA A TEOLOGIA DE ELIFAZ
Elifaz, à semelhança de muitos religiosos de nossos dias, acreditava que o homem, penitenciando-se e tudo fazendo por comprazer a DEUS, jamais será atingido por quaisquer calamidades. Supunha ele ser possível agradar a DEUS com boas obras, e com boas obras levá-lo a afastar de nós as angústias e tribulações desta vida (Rm 8.35-37). O que diz a Bíblia?
1. A imperfeição das obras humanas. Ignorava Elifaz que, por mais perfeitas que nos sejam as obras, jamais poderemos justificar-nos diante de DEUS, pois não passam elas de trapos de imundície (Is 64.6). Em consonância com Isaías, pergunta Miquéias: “Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o DEUS altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?” (Mq 6.6).
Como poderá o homem justificar-se diante de DEUS? É a pergunta que nos faz Jó? (Jó 25.4) Temos aqui uma das mais importantes indagações teológicas. O homem não necessita praticar obra alguma para alcançar o favor divino nem para ser justificado diante de DEUS. Só nos é necessária uma única coisa: aceitar a JESUS e confiar em seus méritos como nosso suficiente salvador. Isto significa que, através de CRISTO, seremos vistos por DEUS como se jamais houvéramos cometido qualquer pecado ou iniquidade. E, assim, seremos declarados justos com base na justiça de CRISTO (Rm 5.1-8).
CONCLUSÃO
Conclui-se, pois, estar totalmente equivocada a teologia mercantilista de Elifaz. Nossa comunhão com DEUS não é um mero e vulgar e imoral toma-lá-dá-cá. Se os homens se contentam com escambos, nosso DEUS, não; Ele não se vende nem se deixa comprar: sua graça é real, eficaz e sempre abundante. Sua graça é mais do que suficiente! Salva-nos e proporciona-nos as mais doces consolações. Isto não significa estejamos imunes às tribulações. Certamente elas virão. Todavia, em tudo e, por tudo, seremos consolados. Aleluia!
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Bibliológico
“Em todo o seu sofrimento, o alívio de Jó consistia no fato de que ele não se desviara do Senhor, nem negou as palavras de DEUS. Desconhecendo qualquer pecado seu, deliberado ou involuntário, Jó afirmou sua inocência no decurso de todo o seu livro (ver 13.23; 16.17; 27.6), convicto de que sempre procurara honrar e obedecer a DEUS. Por isso, ele podia regozijar-se, mesmo na dor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, p.777).
Subsídio Bibliológico
“A graça é a presença, o favor e o poder de DEUS em nossa vida. É uma força, um poder celestial outorgado àqueles que invocam a DEUS. Essa graça descerá sobre o crente fiel que suportar suas fraquezas e dificuldades, por amor ao evangelho (Fp 4.13). (1) Quanto maior a nossa fraqueza e provações ao servirmos a CRISTO, tanto mais graça DEUS nos dará para cumprir sua vontade. Aquilo que Ele nos dará é sempre suficiente para vivermos nossa vida diária, para trabalharmos por Ele e para suportarmos nossos sofrimentos e ‘espinhos’ na carne (cf. 1Co 10.13). Enquanto estivermos perto de CRISTO, Ele nos outorgará a sua força celestial.
(2) Devemos gloriar-nos em nossas fraquezas e ver nelas valor eterno, porque elas fazem com que o poder de CRISTO desça sobre nós e habite em nós, à medida que avançamos nesta vida em direção ao nosso lar celestial” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, pp.1786,1787).
GLOSSÁRIO
Agrura: Dificuldade, obstáculo; dissabor, amargura, aflição.
Areópago: Tribunal ateniense, assembleia de magistrados, sábios, literatos.
Elucidar: Tornar compreensível; esclarecer; explicar, esclarecer.
Emblema: Figura simbólica; insígnia, símbolo.
Escambo: Troca direta de mercadorias, sem interveniência da moeda.
Especulação: Ato ou efeito de especular, investigação teórica; exploração.
Falacioso: Enganador, ardiloso, fraudulento.
Impropério: Ato ou palavra repreensível, ofensiva, vergonhosa; afronta.
Imune: Não atreito, não sujeito; isento, livre.
Inferir: Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio.
Mercantilista: Tendência para subordinar tudo ao comércio, ao interesse, ao lucro, ao ganho.
Originário: Proveniente, oriundo; descendente.
Epicureus e estoicos: Aqueles, sob a influência de Epicuro, ensinavam que o bem soberano identifica-se com o prazer, obtido com a prática da virtude e com o aprimoramento do espírito. Para os estoicos o ideal do sábio é alcançado exclusivamente pela ataraxia (tranquilidade), mediante a austeridade e rigidez moral.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA - Dicionário Teológico. Claudionor de Andrade, CPAD.
 
 
 
MEUS SUBSÍDIOS E COMENTÁRIOS EXTRAS PARA ESTA LIÇÃO EM 2003
 
 
Texto Áureo:
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO” (Tt 3.5).
A LAVAGEM DA REGENERAÇÃO. Isto se refere ao novo nascimento do crente, visto simbolicamente no batismo cristão. A "renovação do ESPÍRITO SANTO" refere-se à outorga constante da vida divina aos crentes à medida que se submetem a DEUS (cf. Rm 12.2)

 Verdade Prática:
DEUS não trata seus filhos com base num amor mercantilista e comercial. A base de seu relacionamento para conosco é a sua graça, infinita e inexplicável graça.
Rm 5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por JESUS CRISTO, nosso Senhor.”
A "justificação de vida" para todas as pessoas é em potencial; ela torna-se real, no homem, à medida que este crê 
em CRISTO e recebe a graça, a vida e o dom da justiça por JESUS CRISTO (v. 17).

Leitura Diária:
Segunda Rm 3.24 A graça é justificadora = 24sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS,
Rm 3.21 A JUSTIÇA DE DEUS. Esta expressão refere-se à ação redentora de DEUS na esfera do pecado humano, mediante a qual, Ele, dentro das normas da sua justiça (v. 26), leva-nos a um relacionamento correto com Ele mesmo e nos liberta do poder do mal (no AT, a operação da salvação e a manifestação da justiça são essencialmente a mesma coisa ver Sl 98.1,2; Is 46.13; 51.5-8; 56.1,2; 62.1; ver Sl 32.2). (1) Essa revelação da justiça de DEUS no evangelho não é algo que ocorreu somente no passado. Como o poder de DEUS para a salvação que acompanha o crente, ela se mantém nova e suficiente . (2) Essa justiça de DEUS é nossa, mediante a fé em JESUS CRISTO (v. 22)3.22 FÉ EM JESUS CRISTO. Vemos aqui que JESUS CRISTO é o real objeto da nossa fé . A fé em JESUS CRISTO como Senhor e Salvador é a única condição que DEUS requer do pecador, para a sua salvação 3.24 JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE... PELA REDENÇÃO. Este versículo contém duas das palavras que Paulo mais usa para expressar a salvação: "justificados" e "redenção" 
3.25 SEU SANGUE. O NT enfatiza várias verdades no tocante à morte de CRISTO em prol da humanidade. (1) Foi um sacrifício, i.e., a oferenda do seu sangue, da sua vida (1 Co 5.7; Ef 5.2). (2) Foi vicária, i.e., ele morreu, não para seu próprio bem, mas para o bem dos outros (5.8; 8.32; Mc 10.45; Ef 5.2). (3) Foi substituinte, i.e., CRISTO padeceu a morte como a penalidade do nosso pecado, como nosso substituto (6.23). (4) Foi propiciatória, i.e., a morte de CRISTO em prol dos pecadores satisfez a lei justa de DEUS, bem como a ordem moral divina. A morte de CRISTO removeu a ira de DEUS contra o pecador arrependido. A integridade de DEUS exigia que o pecado fosse castigado e que fosse feita propiciação junto a Ele, em nosso favor. Pela propiciação no sangue de CRISTO, a santidade de DEUS permaneceu imaculada e Ele pôde manifestar, com toda justiça, a sua graça e amor na salvação (v. 25). Deve ser enfatizado que o próprio DEUS propôs CRISTO como nossa propiciação (v. 25). Ele não precisava ser persuadido a demonstrar misericórdia e amor, pois "DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo" (2 Co 5.19; cf. Jo 3.16; Rm 5.8; 8.3,32; 1 Co 8.6; Ef 4.4-6). (5) Foi expiatória, i.e., um sacrifício para fazer expiação ou reparação pelo pecado. Como expiação, o sacrifício visa a remir a culpa. Pela morte de CRISTO, foram anulados a culpa e o poder do pecado, que fazem separação entre DEUS e o crente. (6) Foi eficaz, i.e., a morte expiatória de CRISTO tem em si o poder de produzir o efeito cabal necessário da redenção, quando esta é buscada pela fé. (7) Foi vitoriosa, i.e., na cruz, CRISTO triunfou na sua luta contra o poder do pecado, de Satanás e de suas hostes demoníacas, que mantinham o ser humano no cativeiro. Sua morte foi a vitória inicial sobre os inimigos espirituais de DEUS e dos homens (8.3; Jo 12.31,32; Cl 2.15). Assim sendo, a morte de 
CRISTO é redentora. Dando sua própria vida como resgate (1 Pe 1.18,19), Ele nos libertou dos inimigos que mantinham a raça humana na escravidão, i.e., o pecado (6.6), a morte (2 Tm 1.10; 1 Co 15.54-57) e Satanás (At 10.38); e nos libertou para servirmos a DEUS (6.18). Todos os benefícios da morte sacrificial de CRISTO, mencionados supra, pertencem, em potencial, a todo ser humano, mas tornam-se realidade somente para aqueles que, pela fé, aceitam JESUS CRISTO e seu sacrifício redentor em lugar deles.

Terça Rm 4.16 A graça nos garante a promessa = 16 Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós
PARA QUE SEJA SEGUNDO A GRAÇA. Se a salvação, a justificação e a justiça que DEUS outorga viessem pela nossa perfeita obediência à Lei, ninguém seria salvo, porque ninguém jamais a cumpriu de modo perfeito. Mas, posto que a salvação é pela fé, mediante a graça, poderão ser salvos todos aqueles que buscam a DEUS. Ele, por sua misericórdia, perdoa os nossos pecados e outorga-nos a sua graça (i.e., seu ESPÍRITO e seu poder), para regenerar nossa vida e nos tornar seus filhos.

Quarta 1 Co 16.23 A graça está sempre conosco = 23 A graça do Senhor JESUS CRISTO seja convosco.
A graça de DEUS é revelada e conquistada somente através da aceitação de JESUS CRISTO como Senhor e Salvador.

Quinta 2 Co 4.15 A graça multiplicada = 15 Porque tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de DEUS.
Através das muitas almas salvas a graça de DEUS era abundantemente multiplicada, gerando muitos louvores a DEUS pela sua salvação sem acepção de pessoas, raças, tribos ou nações; todos se convertiam a JESUS CRISTO.

Sexta 2 Co 6.1 A graça não pode ser recebida em vão = 1 E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de DEUS em vão
NÃO RECEBAIS A GRAÇA DE DEUS EM VÃO. Paulo cria, indubitavelmente, que era possível o crente receber a graça de DEUS e experimentar a salvação (v.2), e depois, por causa de descuido espiritual ou de viver em pecado deliberado, abandonar a fé e a vida do evangelho, e voltar a perder-se. Todos devem ser exortados a se reconciliarem com DEUS e a receber a sua graça (5.20). Aqueles que recebem a graça de DEUS devem ser exortados a não recebê-la em vão (cf. vv. 14-18).

Sábado 2 Co 8.7 A graça pode ser abundante em nós = 7 Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vossa caridade para conosco, assim também abundeis nessa graça.
RIQUEZAS DA SUA GENEROSIDADE. Os princípios e as promessas da contribuição cristã contidos nesses dois capítulos são os seguintes: (1) Pertencemos a DEUS; aquilo que possuímos está confiado às nossas mãos pelo Senhor (v. 5). (2) Devemos tomar a decisão firme, em nosso coração, de que serviremos a DEUS, e não ao dinheiro (v.5; Mt 6.24). (3) A contribuição é feita para ajudar os necessitados (v. 14; 9.12; Pv 19.17; Gl 2.10), para promover o reino de DEUS (1 Co 9.14; Fp 4.15-18), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprendermos a temer ao Senhor (Dt 14.22,23). (4) A contribuição deve ser em proporção ao que ganhamos (vv. 3,12; 1 Co 16.2). (5) A contribuição é considerada uma prova do nosso amor cristão (v.24) e deve ser realizada de modo sacrificial (v.3) e voluntária (9.7). (6) Ao contribuirmos com nossas ofertas para DEUS, semeamos não somente dinheiro, mas também fé, tempo, serviço, e, assim, colhemos mais fé e outras bênçãos (v.5; 9.6,10-12). (7) Quando DEUS nos dá em abundância, é para que multipliquemos as nossas boas obras (9.8; Ef 4.28). (8) Quando contribuímos, isso aumenta a nossa dedicação a DEUS (Mt 6.21) e propicia suas bênçãos sobre nossos assuntos financeiros (Lc 6.38). 
Leitura Bíblica Em Classe:
TITO 3.3-8  3Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.4Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador, para com os homens,5não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO,6que abundantemente ele derramou sobre nós por JESUS CRISTO, nosso Salvador,7para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
8Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em DEUS procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
 
Objetivos: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

Descrever a teologia de Elifaz. 
Tomá-la, Dá-Cá. Teologia da prosperidade
Identificar sua origem familiar.
Temã, Provavelmente no Território de Edom, Família que tinha alguns princípios Bíblicos.
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, defrontar-nos-emos com duas teologias: a de Elifaz e a da graça de DEUS. Estarão ambas respondendo a esta pergunta: Por que o justo tem de sofrer? 
De um lado Elifaz querendo condenar o justo Jó por coisas que ele não fez, mas que poderia explicar os seus sofrimentos, por outro lado Jó se defendendo, pois sabia que não tinha pecado assim contra DEUS, Satanás assoprava na boca de Elifaz, enquanto DEUS aproveitava para fazer de Jó um homem capaz de vencer todas as investidas de Satanás sem nem ao menos o conhecer.

I. QUEM FOI ELIFAZ
O significado de Elifaz, em hebraico, traz um emblema bastante elucidativo: Meu DEUS é forte. Infere-se daí tenham sido seus pais gente de reconhecida piedade. Doutra forma: jamais colocariam um nome tão especial no filho.
Apesar de ter uma boa formação teológica, podemos descobrir que Elifaz só conhecia a linha "Dura" da teologia, ou seja, aquela que é natural aos teólogos que estudam muito, mas não oram nunca, esquecendo-se da graça de DEUS, do amor de DEUS por seus seres, da capacidade infinita de perdoar que ELE tem.

1. A procedência de Elifaz. 
Era de Temã, provável território de Edom, talvez o mais velho dos amigos de Jó, pois falou primeiro e era costume o mais velho falar em primeiro lugar.
2. Elifaz: teólogo ou filósofo?
Em sua busca pelos motivos que levaram Jó a tanto sofrimento Elifaz acaba por deixar a teologia e entrar pela vereda parcial, humana e diabólica da filosofia que tanto tem tentado negar a eficácia da fé. Na verdade a Filosofia seria bem-vinda se ao invés de tentar provar a inexistência de DEUS, procurasse com afinco comprovar não somente a existência como também o amor de DEUS para conosco. Veja o conselho de Paulo aos filósofos Epicureus e Estóicos em At 17.29 = Sendo nós, pois, geração de DEUS, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
Também vemos o que achava Paulo das filosofias humanas em Cl 2.8 = Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo CRISTO;

Epicureus e estóicos
EPICUREUS: Uma seita filosófica grega, da qual alguns partidários, juntamente com os estóicos, discutiram com Paulo em Atenas, At 17,18. Ambas estas escolas mostraram-se tolerantes, levando Paulo ao Areópago para ouvi-lo e examinar as suas doutrinas. A seita dos epicureus tirava seu nome de Epicuro. Este filósofo, de poderosa mentalidade, escreveu numerosos livros e ensinou, na sua escola em Atenas, durante 36 anos, até a sua morte. Ensinava que o prazer é o sumo bem dos homens, que devemos buscar os prazeres e evitar os sofrimentos. Mas esses prazeres não incluem apenas a gratificação das paixões sensuais, mas também os derivados das faculdades morais. 
ESTÓICOS: Os epicureus ensinavam que o prazer é o sumo bem dos homens. Os estóicos, ao contrário, ensinavam que o prazer nunca deve ser o motivo de nossos atos. Zenão, o fundador dessa seita, aconselhava os seus discípulos a dominarem os seus sentimentos, para resistirem  o mais possível todas as influências externas. O estoicismo alcançava um grau de insensibilidade que se assemelhava muitas vezes a dureza. Os principais estóicos foram Cleanto c Crisipo. fundadores da escola com Zenão; Ariston de Cio; Hérilo de Cartago; Diógenes de Selêucia; Sêneca, Epícteto e Marco Aurélio. 

II. A TEOLOGIA DE ELIFAZ
A LEGÍTIMA PROSPERIDADE É SER CANAL DE DEUS PARA AJUDAR OS OUTROS E NÃO PARA ENRIQUECERMOS.
VEJA EXEMPLO DE BARNABÉ que vendeu sua propriedade para abençoar a Igreja e veja seu fim, Diácono respeitado, amigo de Paulo em suas viagens.
E O EXEMPLO DE ANANIAS E SAFIRA que deram para terem posição social. QUAL o fim deles? A morte.
 
Prosperidade  
Prosperidade, no sentido bíblico, é a medida das bênçãos de DEUS, segundo Sua vontade. Não se trata apenas de “ser rico” ou ter “ótima saúde”, mas possuir: sabedoria, dons, bom (boa) esposo (a), filhos obedientes e fiéis a DEUS, honras, paz, segurança, etc. Alguns termos bíblicos que descrevem a prosperidade: “bênçãos”, “bem-aventurado”, “colheita”, “abundância”, “prosperar”.
Ao longo da história humana, DEUS tem usado de pessoas prósperas para abençoar seu povo: Abraão,  Isaque, José (do Egito), Davi, Salomão, etc.
 
·      Como obter prosperidade?
Sendo obediente: Ex 23.25, Dt 7.12-13, 11.13-15, Pv 28.20, Ap 22.7. A obediência á vontade de DEUS leva o homem a gozar par, harmonia, segurança, e usufruir dos benefícios que DEUS tem reservado aqueles que O amam (2 Cr 26.5, Sl 1.3). Exemplo: as promessas feitas aos dizimistas fazem parte da bênção pela obediência (Ml 3.10,11). Isaque foi obediente, ficando em Gerar, e DEUS lhe abençoou muitíssimo (Gn 26.2, 6, 12-14).
·      Podemos pedir prosperidade para DEUS?
Sem dúvida, Ele nos quer abençoar sempre!  (Mt 6.33, Fp 4.19). O que ocorre, com freqüência, que a prosperidade é vista egoisticamente, para o próprio deleite da pessoa que a recebe. Aí então ocorre o engano da “prosperidade sem responsabilidade”.
·      Que é “voto de prosperidade”?
É um voto feito á DEUS, propondo-se a ser um canal de suas bênçãos. O voto é o seguinte: quanto mais bênçãos receber, mais a pessoa dará para outros (At 20.35). Pessoas que fizeram este voto: Abraão (Gl 3.14), Jacó (Gn 28.22), Salomão (1 Rs 3.8-9), etc.
·      A prosperidade pode cessar?
Não de todo. Mas, por motivos especiais, DEUS pode fazer cessar alguma prosperidade em particular. O caso mais conhecido é o de Jó: perdeu bens, família e saúde, para alcançar uma bênção maior: conhecer DEUS de perto! (Jó 42.5). “Todas as coisas cooperam para o bem...” (Rm 8.28).
·      Qual a nossa responsabilidade diante da prosperidade a nós concedida?
Será proporcional ao que recebermos (Mt 25.14-30). Especificamente, aos que receberem bênçãos materiais, estará a responsabilidade de ministrar misericórdia (1 Tm 6.17-19). Aos que receberem grande sabedoria, será cobrado responsabilidade extra pelo seu uso . É propósito de DEUS que haja diligência (cuidado) com o que recebermos: o que pouco recebe, pouco será cobrado, o que muito recebe, muito será exigido (Lc 12.48). Haverá um tribunal especial para nós, cristãos, para avaliar nossa fidelidade em relação àquilo que recebemos de DEUS (“Tribunal de CRISTO”: Rm 14.10, 2 Co 5.10).
   
O QUE FAZER DIANTE DAS ENFERMIDADES?
Não podemos ser acomodados, devemos orar, clamar, buscar, jejuar, insistir, etc.
Contudo, não devemos exigir, reivindicar, questionar a DEUS. DEUS faz com a nossa vida o que ele quiser, Ele manda, Ele é soberano. Rm 9:20,21; 11:33-36.
DEUS é o senhor. Passamos por aflições! Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS e são chamados segundo o SEU propósito. O evangelho da prosperidade não traz consolo, mas frustração e culpa pela incredulidade.
Veja estudo com refutação da Teologia da Prosperidade em http://www.assembleiadedeus-rn.org.br/familia/port/index.htm 

1. A perigosa teologia de Elifaz.
Teoria de que se Jó servisse a DEUS com integridade e lhe adorasse, nunca lhe aconteceria nada de ruim. (nem pobreza, nem enfermidade, nem problema com os filhos e nem no trabalho). O que JESUS nos diz?
Jo 16.33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo
  
2. Uma teologia sofismática. 
Apenas os que desagradam a DEUS, sofrem.
Será que vamos nos esquecer dos servos de DEUS que deram suas vidas pelo evangelho, sofreram todo tipo de perseguição e dor; será que não estavam agradando a DEUS?
Hb 11.35-38 = 
11.35 UNS FORAM TORTURADOS. DEUS permitiu que alguns dos seus filhos fiéis experimentassem grandes sofrimentos e provações. Embora desfrutassem da comunhão com DEUS, Ele não livrou a todos do sofrimento e da morte (vv. 35-39). 
(1) Note que, pela fé, alguns "escaparam do fio da espada" (v. 34) e, também pela fé, alguns foram "mortos a fio de espada" (v. 37). Pela fé, um foi livrado; e também pela fé, outro foi morto (cf. 1 Rs 19.10; Jr 26.23; At 12.2). A fé verdadeira não somente levará os crentes a fazerem grandes coisas para DEUS (vv. 33-35), mas também, às vezes, os levará a sofrimentos, perseguições, aflições e privações (vv. 35-39; cf. Sl 44.22; Rm 8.36; Mt 5.10 nota). 
(2) A fidelidade a DEUS não garante conforto nem livramento da perseguição neste mundo. Ela nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de DEUS em tempos de perseguição, de provações ou de sofrimentos (cf. 12.2; Jr 20.1,7,8; 37.13-15; 38.5; 2 Co 6.9)
11.38 ERRANTES PELOS DESERTOS... CAVERNAS. Os santos fiéis de DEUS recusaram-se a conformar-se com os decadentes padrões do mundo e a desfrutar dos seus prazeres imorais, e, em troca disso, receberam o desprezo e as aflições do mundo. Porque rejeitavam o mundo, eram rejeitados pelo mundo. Embora houvesse bênçãos prometidas aos fiéis no AT (Dt 29.9; Js 1.8), tiveram de suportar aflições e privações (vv. 35-38). No NT, os fiéis são ensinados a esperar adversidades (ver 2 Tm 3.12), a se identificarem com a cruz (ver Mt 10.38; Gl 2.20) 
e seguir o "homem de dores" (Is 53.3; cf. Hb 12.2).

3. Uma teologia perversa. 
Jó não poderia ser responsabilizado pela destruição de seus filhos, veja o que DEUS diz:
 Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
ESTA PARÁBOLA. A parábola em miniatura, do versículo 2, e também em Jr 31.29, é um provérbio com base provavelmente em Êx 20.5 e Dt 5.9, textos nos quais está dito que os filhos são afetados pelos pecados dos pais. Ezequiel deixa claro, porém, que esses textos não visavam ensinar que os filhos devem ser castigados pelos pecados dos pais. Cada um presta conta de seus próprios pecados. Em Rm 6.23 temos esse mesmo princípio, sob as seguintes palavras: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS, nosso Senhor .
 
III. A RESPOSTA DE JÓ
Diante de um discurso abusadamente falacioso, responde o patriarca: “Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas” (Jó 6.2,3).
 
1. Jó pede uma balança.
Seria possível pesar o sofrimento? Jó gostaria de mostrar materialmente toda sua dor, pois seu amigo não podia sentir sua dor e sofrer sua angústia sem que pudesse provar a razão daquilo que não tinha razão.

2. A Teologia da Aflição.
A teologia da Aflição é aquela que tenta convencer aos homens que tudo o que acontece é pagamento de DEUS ao homem pelos seus pecados.

IV. A GRAÇA DE DEUS – O ANTÍDOTO CONTRA A TEOLOGIA DE ELIFAZ
Elifaz, à semelhança de muitos religiosos de nossos dias, acreditava que o homem, penitenciando-se e tudo fazendo por comprazer a DEUS, jamais será atingido por quaisquer calamidades. 

1. A imperfeição das obras humanas. 
PERMISSÕES PARA AÇÕES SATÂNICAS (Por Luciano Subirá)
Encontraremos algumas vezes nas Escrituras, textos que nos mostram permissões divinas para ações satânicas. Quero chamar sua atenção para alguns deles; e começaremos com um dos mais conhecidos (porém mal entendidos) exemplos, o de Jó, que foi duramente atacado pelo diabo. Só que o diabo conseguiu permissão para furar o bloqueio da proteção divina; e quem a deu foi exatamente o Chefe da segurança!
"Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a DEUS e que se desvia do mal.
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a DEUS?
Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.
Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR."
Jó 1:8-12.
Durante muito tempo não aceitei o livro de Jó. Dizem que durante a Reforma Martinho Lutero quis tirar o livro de Tiago da Bíblia, pois sua maior revelação na Palavra havia sido a da justificação pela fé, e as afirmações de Tiago sobre as obras o incomodavam; não sei se isto realmente foi assim, mas eu já tive vontade de que o livro de Jó não estivesse na Bíblia! Como não poderia tirá-lo, tentei arrumar explicações para o porque isto teria acontecido.
Então comecei a ensinar que Jó havia dado brecha ao diabo; dizia que ele era medroso, que era por ter tanto medo dos filhos pecarem, que ele fazia sacrifícios preventivos, e que foi a porta do medo que ele abriu que deixou o adversário entrar, pois ele mesmo admitiu: "Aquilo que temo me sobrevêm, e o que receio me acontece" (Jó 3:25).
Mas Jó disse isto depois das coisas estarem lhe acontecendo; e quanto a dizer que era brecha espiritual, fica difícil ajustar isto ao testemunho que o Senhor dá acerca dele, dizendo ser homem justo e irrepreensível; qualquer um que estivesse dando brecha e lugar ao diabo deveria ser considerado repreensível, mas ele não foi, pois não era este o seu problema. Se Jó somente estivesse colhendo o que ele mesmo autorizou o diabo a fazer, então Satanás nem teria que pedir permissão a DEUS.
Tudo isto é bobagem, são explicações simplistas para que outras doutrinas que formamos fiquem de pé. O fato é que este é um exemplo de uma permissão divina para uma ação satânica. Mas DEUS não dá este espaço ao diabo à toa; foi mais uma sataneira. E no fim Jó teve a restituição de tudo mas, o que é mais importante, ele termina dizendo: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem." (Jó 42:5). No fim das contas, o diabo acabou aproximando Jó ainda mais de DEUS. Isto faz parte do agir invisível de DEUS. O Senhor está agindo mesmo nos momentos e circunstâncias quando parece que nos abandonou. Ele está no controle.
 
 
FÉ E GRAÇA
Rm 5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por JESUS CRISTO, nosso Senhor.”
A salvação é um dom da graça de DEUS, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça
FÉ SALVÍFICA. A fé em JESUS CRISTO é a única condição prévia que DEUS requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a CRISTO como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19; 16.24; Lc 9.23-25; Jo 10.4, 27; 12.26; Ap 14.4).(1) O conceito de fé no NT abrange quatro elementos principais: (a) Fé significa crer e confiar firmemente no CRISTO crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm 1.17). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17; Ef 6.6; Hb 10.22), ou seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a JESUS CRISTO tal como Ele é revelado no NT.(b) Fé inclui arrependimento, i.e., desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At 17.30; 2Co 7.10) e voltar-se para DEUS através de CRISTO. Fé salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2).(c) A fé inclui obediência a JESUS CRISTO e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a DEUS e pela obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO em nós (Jo 3.3-6; 
14.15, 21-24; Hb 5.8,9). É a “obediência que provém da fé” (Rm 1.5). Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26). A fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível.(d) A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a JESUS CRISTO, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de 
abnegação para com CRISTO (cf. Mt 22.37; Jo 21.15-17; At 8.37; Rm 6.17; Gl 2.20; Ef 6.6; 1Pe 1.8).(2) A fé em JESUS como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer (ver Jo 1.12). Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós (Rm 4.25; 8.32; 1Ts 5.9,10), nossa fé deve crescer (Rm 4.20; 2Ts 1.3; 1Pe 1.3-9). A confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.8; 2Co 5.15); nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor JESUS CRISTO (Fp 1.21; 3.8-10; ver Jo 15.4; Gl 2.20).
GRAÇA. No AT DEUS revelou-se como o DEUS da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de DEUS à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9). Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de DEUS em CRISTO JESUS, transmitidos aos crentes pelo ESPÍRITO SANTO, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de DEUS (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15,16). Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.(1) DEUS concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10), a fim de poderem crer no Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).(2) DEUS concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.20, 22), para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21), para orar (Zc 12.10), para crescer em CRISTO (2Pe 3.18) e para testemunhar de CRISTO (At 4.33; 11.23). (3) Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de DEUS (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de DEUS são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm 1.16; 1Co 
1.17,18), orar (Hb 4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16), adorar a CRISTO (Cl 3.16); estar continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO (cf. Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42; ver Ef 2.9).
(4) A graça de DEUS pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4).


CONCLUSÃO
Conclui-se, pois, estar totalmente equivocada a teologia mercantilista de Elifaz. 
Cl 2.8 FILOSOFIAS E VÃS SUTILEZAS... NÃO SEGUNDO CRISTO. Paulo nos adverte a vigiar contra todas as filosofias, religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte de DEUS e de sua revelação escrita. Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o cristianismo bíblico é o "humanismo secular", que se tornou a filosofia de base e a religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo inteiro. 
(1) Que ensina a filosofia do humanismo? (a) Ensina que o homem, o universo e tudo quanto existe é apenas matéria e energia moldadas ao acaso. (b) Afirma que o homem não foi criado por um DEUS pessoal, mas que resultou de um processo evolutivo. (c) Rejeita a crença num DEUS pessoal e infinito, e nega ser a Bíblia a revelação inspirada de DEUS à raça humana. (d) Afirma que não existe conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade, fazendo do ser humano a autoridade máxima neste particular. (e) Procura modificar ou melhorar o comportamento humano mediante educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana. (f) Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, que lhes dá prazer, ou que parece bom para a sociedade, de acordo com os alvos estabelecidos por seus líderes; deste modo, os valores e moralidade bíblicos são rejeitados. (g) Considera que a auto realização do homem, sua autossatisfação e seu prazer são o sumo bem da vida. (h) Sustenta que as pessoas devem aprender a lidar com a morte e com as dificuldades da vida, sem crer em DEUS ou depender dEle. 
(2) A filosofia do humanismo começou com Satanás e é uma expressão da sua mentira de que o homem pode ser igual a DEUS (Gn 3.5). As Escrituras identificam os humanistas como os que "mudaram a verdade de DEUS em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador" (Rm 1.25). 
(3) Todos os dirigentes, pastores e pais cristãos devem envidar seus máximos esforços em proteger seus filhos da doutrinação humanista, desmascarando lhes os erros e instilando nas mentes deles um desprezo santo pela sua influência destrutiva (Rm 1.20-32; 2 Co 10.4,5; 2 Tm 3.1-10; Jd 4-20; ver 1 Co 1.20; 2 Pe 2.19).

Questionário:
Texto Áureo:
1- As obras de justiça que fizemos têm participação como mérito em nossa salvação?
(     ) Sim     (     ) Algumas     (     ) Todas elas     (     ) Não
Verdade Prática:
2- Qual a base do relacionamento de DEUS para conosco?
(     ) Amor e prosperidade financeira     (     ) Amor Comercial     (     ) Sua Graça infinita e inexplicável
Introdução
3- Quais as duas teologias que são defrontadas a nós através de Elifaz e DEUS?
(     ) Teologias da Fé e da Graça     (     ) Teologias da Prosperidade e da Graça     (     ) Teologias da salvação e da consubstanciação.
4- Por que o justo tem de sofrer, segundo a teologia de Elifaz?
(     ) Porque agradara a DEUS     (     ) porque desagradara a DEUS     (     ) Para se purificar
Tópico I - Quem Foi Elifaz
5- De onde provinha Elifaz?
(     ) De Canaã     (     ) Do Egito     (     ) Da Fenícia     (     ) De Temã     (     ) Da Etiópia
6- Por que podemos concluir que Elifaz era mais Filósofo do que Teólogo?
(     ) Porque seus conhecimentos a respeito de DEUS eram meramente especulações
(     ) Porque seus conhecimentos a respeito de DEUS eram puramente experimentais
(     ) Porque seus conhecimentos a respeito de DEUS eram meramente deduções espirituais
7- Quais tipos de filósofos Paulo confrontou em Atenas, dizendo-lhes que deveriam usar suas especulações no sentido de se aproximarem do único e verdadeiro DEUS?
(     ) Tríade Magnífica     (     ) Epicureus e Estóicos     (     ) Gregorianos e 
8- Por que Elifaz pôs-se a condenar Jó através de uma teologia casuística?
(     ) Por possuir um conhecimento avançado de DEUS (     ) Por possuir um conhecimento alternado de DEUS
(     ) Por não possuir um conhecimento revelado de DEUS
Tópico II - A Teologia De Elifaz
9- Na linguagem popular, em que consistia a Teologia de Elifaz?
(     ) Feijão com Arroz     (     ) Toma-lá, dá-cá      (     ) Brinca Com Fogo, Amanhece Molhado
10- Cite pelo menos 03 servos de DEUS que passaram por grandes provações e sofrimentos, mas eram fiéis servos de DEUS, antes da época de Jó?
(     ) Abel, Enoque e Davi     (     ) Adão, Abel e Salomão     (     ) Abel, Enoque e Noé
11- Quais os adjetivos usados por Elifaz contra Jó?
(     ) Justo e Louco     (     ) Injusto e Louco     (     ) Injusto e bobo     (     ) Justo e tolo
12- Segundo Elifaz, por que os filhos de Jó pereceram?
(     ) Por causa do mau tempo     (     ) Por causa da mulher de Jó     (     ) Por causa de seu pai, Jó.
Tópico III - A Resposta De Jó:
13- De que maneira Jó via suas palavras em sua defesa recebidas?
(     ) Eram consideradas como sábias      (      ) Eram inconsideradas     (     ) Eram bem-vindas 
14- Para avaliar a miséria de Jó qual instrumento deveria ser usado?
(     ) Um estetoscópio     (     ) Um Dedal     (     ) Uma Balança     (     ) Uma panela
15- Complete:
"Porque, como as _______________de CRISTO são abundantes em nós, assim também 
a nossa _____________________ sobeja por meio de __________________." ( 2 Co 1.5).
Tópico IV - A Graça De DEUS - O Antídoto Contra A Teologia De Elifaz
16- O que o homem deveria fazer, segundo Elifaz, para que DEUS afastasse o homem de todas as angústias e tribulações dessa vida (mesma opinião aceita por várias religiões atuais)?
(     ) Penitenciar-se e fazer boas obras     (      ) Jejuar e orar     (     ) Ler a Bíblia, Orar e jejuar
17- Para que haja salvação o que representam nossas obras (Is 64.6)?
(     ) Valem muito e decidem nossas salvação     (     ) Representam o próprio JESUS     (     ) Trapos de imundície
18- Jó fez uma das mais importantes indagações (ou perguntas) teológicas, qual foi?
(     ) Quem é DEUS      (     ) Por que sou o que sou     (      ) Como poderá o homem justificar-se perante DEUS?
19- o que é necessário para que alcance, os a justificação diante de DEUS?
(     ) Obras de caridade       (     ) Aceitar a JESUS e confiar em seus méritos de como nosso suficiente salvador
(     ) Obras de perdão e misericórdia
20- Complete de acordo com nossa justificação através de CRISTO:
Seremos vistos por _____________ como se jamais houvéramos cometido qualquer __________________ ou
_____________. E assim seremos declarados ____________com base na justificação de ___________(Rm 5.1-8).
Conclusão:
21- Complete:
A graça de DEUS é real, ____________ e sempre abundante. sua __________________ é mais do que suficiente! Salva-nos e proporciona-nos as mais doces _________________________________.
 
 
Jó 4 - Comentário - NVI (F.F.Bruce) - Elifaz
2) O primeiro ciclo de discursos (4.1—14.22)
a) O primeiro discurso de Elifaz (4.1—
5.27)
Elifaz, como todos os amigos, quer fortalecer Jó no seu sofrimento, e ninguém traz uma mensagem mais confortadora do que esse amigo. A essência do primeiro discurso de Jó é: Você é um homem piedoso, como nós bem sabemos; por isso, não há razão para desanimar, porque os inocentes nunca sofrem no final. Os versículos-chave no seu discurso são 4.6 (Sua vida piedosa não lhe inspira confiança) e 5.8 (apresentaria a ele a minha causa). A sua mensagem para Jó é: Seja paciente.
(1)    Você é um homem piedoso (4.2-6)
A preocupação genuína de Elifaz por Jó
fica evidente nas palavras introdutórias respeitosas e que quase soam como um pedido de desculpas (v. 2a). Enquanto o seu lembrete a Jó de como ele mesmo confortou muitos em situações semelhantes (v. 3,4) poderia ser considerado como zombaria (cf. Mas agora que [você] se vê em dificuldades; v. 5a), é melhor lê-lo como a mais suave das repreensões. A única falha de Jó, nesse momento, de qualquer maneira, é que ele está desanimado (v. 5). Exatamente o fato de ter encorajado outros, como ato de vida piedosa (lit. “temor a DEUS”), já é em Sl razão para crer que DEUS vai restaurá-lo em breve. Elifaz não duvida da vida piedosa de Jó (cf. 1.1, em que a mesma raiz para “irrepreensível” é usada) e crê firmemente na justificação pelas obras (Terrien).
(2)    Os inocentes nunca perecem no final (4.7-11)
A parte o fato de que tanto Elifaz quanto Jó devem ter conhecido pessoas inocentes que pereceram, i.e., morreram antes da hora — a não ser que todos os casos fossem explicados como resultantes de algum pecado escondido —, o encorajamento de Elifaz a Jó falha no sentido de não se dirigir à situação de Jó. O conforto do v. 7 é ótimo para o homem que tem medo de morrer, mas Jó não faz parte desse grupo; ele já queria estar morto! Os v. 8-11 pintam um retrato tradicional (um topos) do destino dos ímpios. Elifaz não está sugerindo que Jó está entre os ímpios; ao contrário, ele é um dos justos, portanto não vai estar entre os que serão destruídos ou perecem (v. 9). Não há necessidade de criticar as convicções de Elifaz, que afinal são um princípio bíblico (cf. Os 10.13; G1
6.7) segundo o qual quem cultiva o mal e semeia maldade, isso também colherá (v. 8); embora sejam fortes como leões (v. 10,11), o sopro de DEUS os consumirá.
(3)    No entanto, nem os piedosos são perfeitos (4.12-21)
Enquanto para Elifaz há uma distinção clara entre os justos e os ímpios, estando Jó do lado dos justos, ele se sente obrigado a reconhecer que nem mesmo os piedosos são perfeitos, e por isso eles precisam contar com o sofrimento disciplinar de tempos em tempos. Cruciais aqui são os v. 17ss: “Pode o homem mortal ser justo diante de DEUS?” (BJ; não é uma questão de ser mais justo do que DEUS [v. 17a]). Essa compreensão, que vai além da sabedoria tradicional das escolas que enxergavam a moralidade completamente em termos de preto e branco, Elifaz recebeu por meios sobrenaturais, por um espírito (v. 15) que lhe apareceu num sonho (v. 13) e lhe transmitiu a sua mensagem secreta (v. 12). Nem os servos celestiais de DEUS, os seus anjos, são infalivelmente confiáveis (v. 18; não há idéia alguma aqui de anjo “mau”); quanto menos são então os homens mortais, que, ao contrário dos anjos, podem morrer em um dia (v. 20a), sem serem notados (v. 20b; Elifaz não quer dizer sem serem notados por DEUS) e sem alcançarem sabedoria completa (v. 21b).
 
 
Jó 15 - Comentário - NVI (FFBruce) - Elifaz
3) O segundo ciclo de discursos (15.1 —21.34)
a) O segundo discurso de Elifaz (15.1
35)
Elifaz não abandonou a posição que assumiu no seu primeiro discurso (caps. 4 e 5), de que Jó é um homem justo (a interpretação de 15.5 é importante aqui), mas agora ele se mostra mais censurador de Jó porque este se nega a aceitar o conselho dos seus amigos (v. 9,10) e a lembrar as bênçãos que DEUS lhe concedeu (v. 11).
(1) A falta de sabedoria de Jó e o seu discurso pecaminoso (15.2-16)
Jó não está agindo como um homem sábio com a sua multidão de palavras cheias de vento — não é a primeira vez que essa repreensão é verbalizada (cf. 11.2). Além disso, ao exigir a justificação por parte de DEUS e ao falar do poder destrutivo de DEUS como ele fez (talvez Elifaz esteja pensando em 12.13-25), Jó está sendo irreverente (você sufoca a piedadev. 4). Aliás, ele está verbalizando ideias que estão concretamente erradas; o v. 5 provavelmente deveria ser traduzido por “a sua boca aumenta os seus erros, e a sua língua escolhe palavras astutas” (cf. Andersen). Elifaz não quer dizer, assim creio eu, que o discurso de Jó somente acrescenta mais sofrimento à sua iniquidade anterior pela qual ele está sofrendo, pois ele não crê que Jó seja um homem essencialmente mau (cf. 4.6); ele quer dizer que a boca, a “língua” (CNBB) e os lábios (v. 5,6) de Jó estão juntos conduzindo-o ao pecado; a sua própria linguagem o condena (ps seus próprios lábios depõem contra você, v. 6).
O mesmo ponto, que alega que Jó não é sábio mas está permitindo que a sua língua o leve a pecar, é destacado na segunda estrofe (v. 7-16). Jó, apesar de toda reivindicação de posse de conhecimento (e.g., 12.3; 13.1,2), não é o primeiro a nascer, o Adão, de cuja sabedoria insuperável temos tradições registradas em outros lugares do AT (cf. Ez 28.12,13); ele também não costuma ouvir o conselho secreto de DEUS (v. 8) como o antigo sábio que estava no monte santo de DEUS (Ez 28.14), ou mesmo como os profetas que assim têm acesso ao conhecimento e aos planos secretos de Javé (Jr 23.18,22); ele também não tem a experiência humana que os seus amigos possuem em virtude de sua idade avançada (v. 9,10). E a falta de sabedoria, Elifaz alega com generosidade, que está conduzindo Jó ao pecado, de forma que ele está dirigindo o seu espírito (sua ira) contra DEUS (v. 13). Elifaz volta a uma afirmação anterior e declara que nenhum homem é totalmente inocente, pois nem mesmo os anjos (seus santos) são perfeitos (v. 15,16); por isso, Jó precisa estar preparado e contar com uma certa medida de sofrimento (cf. 4.17ss).
v. 16. o homem, que é impuro e corrupto: isso não é um insulto pessoal dirigido a Jó, mas uma declaração, talvez extrema, de aplicabilidade geral para os homens em contraste com DEUS.
(2) A vida miserável e o destino temível dos maus (15.17-35)
Não está muito claro por que Elifaz decide desenvolver esse tema. Alguns comentaristas, que entendem que a essa altura Elifaz estava convicto de que Jó era um malfeitor, consideram essa seção uma prognosticação do destino guardado para os maus. Outros, que pensam que Elifaz se sente profundamente ofendido pelas respostas de Jó, consideram esse poema uma advertência lançada contra as declarações de Jó. Mas é possível também entender o poema de forma muito mais empática: Jó não está, Elifaz tem argumentado até aqui, entre os homens verdadeiramente maus, e assim essa descrição é exatamente o que não se aplica a ele. Jó não sofreu, como Elifaz imagina que ocorre com os ímpios, tormentos a vida toda (v. 20) e não está, como eles, maquinando maldade [...] iniquidade e engano (v. 35). Ele deveria reconhecer, então, que não está na “comunidade do ímpio” (BJ, v. 34) e tomar cuidado para não se juntar a eles por meio da sua intransigência e da provocação a DEUS (v. 25). Essa é, no entanto, somente uma leitura possível do poema, e não há dúvida de que na boca de outro amigo teria um significado totalmente diferente.
Independentemente da função exata dessa passagem, ela é um estudo de caráter detalhado dos maus, no qual a primeira seção (v. 20-26) diz respeito à sua angústia interior de viver em constante medo da morte, e a segunda seção (v. 27-35) trata do seu destino final, a sua morte precoce (v. 31,32). Embora Elifaz caracterize isso como o que os sábios declaram (v. 18), devemos admitir que há uma boa medida de ilusões acerca dos dois temas do poema, e essa experiência em geral não serve para dar apoio ao retrato não convincente que Elifaz traça da situação.
 
 
Jó 22 - Comentário - NVI (F.F.Bruce) - Elifaz
a) O terceiro discurso de Elifaz (22.1
30)
(1) Não é grande a sua maldade?
Em um aspecto, a mensagem de Elifaz neste discurso está em harmonia perfeita com o seu primeiro discurso (caps. 4 e 5): ele crê que Jó será liberto graças à pureza [...] nas suas mãos (v. 30). O seu conselho é: “Faça as pazes com DEUS” (v. 21, NTLH). Em outro aspecto, no entanto, Elifaz parece discordar profundamente da sua posição anterior: ele evidentemente acusa Jó de maldade não confessada (v. 5), em particular concernente à injustiça social (v. 6-9). Essas são as palavras mais específicas, mais duras e mais injustas dirigidas a Jó em todo o livro, e é estranho encontrá-las nos lábios de Elifaz. Os pecados que elas retratam são exatamente o tipo de comportamento que Jó condena com tanta veemência nos seus protestos fortíssimos no capítulo 31. A maioria dos comentaristas interpreta as acusações de Elifaz de forma direta e literal, mas talvez seja possível entendê-las de maneira um pouco diferente. Em todas as questões que Elifaz menciona, ele acusa Jó da negligência em relação a alguma responsabilidade social. Seria improvável que Elifaz tivesse feito o discurso dos caps. 4 e 5 se ele cresse que Jó de fato tivesse exigido penhores dos seus irmãos [...] sem motivos (lit. sem uma causa), se ele tivesse despojado das roupas os que quase nenhuma tinham (v. 6), se tivesse negado a água ao sedento e comida ao faminto (v. 7), se tivesse permitido que homens poderosos tomassem a terra de outros (v. 8) e se tivesse rejeitado o clamor das viúvas e dos órfãos (v. 9). Em vez disso, visto que Elifaz crê que Jó está sofrendo por algum motivo — mesmo que esse sofrimento seja temporário (4.5) — e que não se pode encontrar a causa em algum mal que Jó tenha feito, pois parece que ele não fez mal algum, o seu pecado deve estar no que ele deixou de fazer. Dizer que Jó despojou os pobres das suas roupas não precisa significar que ele ativamente tenha feito algo assim, mas que ele deve ter deixado de oferecer roupa a algum necessitado; e assim por diante. Sem dúvida, já que Jó não é completamente perfeito, deve haver pessoas que não foram alcançadas por sua preocupação social; de maneira hiperbólica tipicamente oriental, Elifaz retrata o clamor desses necessitados como falta deliberada de
Jó. Somente assim, ele consegue explicar por que Jó está cercado de armadilhas e por que se vê envolto em escuridão (v. 10,11). Dessa perspectiva, o significado dos v. 2ss se torna claro. Elifaz não menospreza a justiça ou o temor de DEUS, embora pareça estar fazendo isso, mas está dizendo que não é por causa da retidão de Jó — que Elifaz reconhece — que DEUS lhe faz acusações (v. 4), mas por ter deixado de fazer as coisas que precisam ser feitas (v. 6-9). E por essa razão que Elifaz se vê estimulado a perguntar: Não ê grande a sua maldade? (v. 5); deve ser, pois ele não tem outra maneira de explicar o sofrimento de Jó.
(2)    DEUS pode ver o seu pecado secreto
(22.12-20)
Foi Zofar quem inicialmente acusou Jó de ser um pecador secreto (11.5,6), mas agora encontramos Elifaz advertindo Jó de que DEUS deve saber dos seus pecados de omissão que o próprio Elifaz tentou adivinhar na estrofe anterior. Jó não deve nem ter esperança de escapar do olhar penetrante de DEUS que pode julgar através de tão grande escuridão (v. 13). Homens maus não conseguiram escapar do juízo de DEUS; embora temporariamente as casas deles estivessem repletas de bens (v. 18), eles foram levados antes da hora (v. 16), e os justos se regozijam com isso (v. 19, 20). A digressão de Elifaz acerca do destino dos maus funciona aqui como um lembrete a Jó de que nenhum pecado, nem mesmo o de omissão, permanece fora do conhecimento de DEUS.
(3)    Como você pode ser liberto (22.2130)
Aqui Elifaz volta à sua maneira inicial de falar; ele está basicamente do lado de Jó e esperançoso de que este “faça as pazes com DEUS” (v. 21, NTLH) e, assim, fique em paz com ele. Elifaz toma emprestado um tema do primeiro discurso de Bildade (cf. 8.5ss) e exorta Jó a que retorne para o Todo-poderoso (v. 23), i.e., se arrependa, que ache prazer no Todo-poderoso (v. 26), ore a ele e cumpra os seus votos (v. 27). Então todos os seus planos serão bem-sucedidos (v. 28), e Jó vai experimentar a salvação e a libertação por meio da pureza [...] nas suas mãos (v. 29,30; o texto não parece querer dizer que outro homem culpado vai ser liberto por meio da inocência de Jó, como diz a NVI). Ao contrário dos discursos recentes dos amigos, esse discurso de Elifaz conclui num tom animador — ao qual Jó reage com um desespero ainda mais profundo. E interessante observar que é no segundo ciclo, quando a sorte de Jó é associada mais abertamente à dos maus, que ele demonstra alguma vitalidade (especialmente o cap. 19), enquanto a esperança evidentemente mais animadora de um relacionamento renovado com DEUS é o que o lança em desespero mais profundo. Se há alguma coisa nessa inconstância da reação de Jó, ela significa algo que já conhecemos, que Jó não tem dúvida alguma acerca da sua retidão essencial, mas está perturbado pelo rompimento evidente do seu relacionamento com DEUS.
 
 
 
SUBSÍDIOS GERAIS DA LIÇÃO 6 - CPAD - 4º TRIMESTRE DE 2020
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar a defesa de Elifaz acerca da justiça retributiva;
Mostrar a associação de Elifaz a respeito do pecado à quebra da tradição religiosa;
Identificar o abismo que Elifaz diz existir entre o Criador e a criatura.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Neste mundo, só quem comete pecado sofre? Muitos têm uma percepção teológica parecida com a de Elifaz, conforme veremos nesta lição. A justiça retributiva, embora seja uma lei que está presente nas Escrituras Sagradas, nem sempre dá conta de toda a realidade. O Livro de Jó mostrará exatamente isso. O sofrimento que o patriarca passava nada tinha a ver com a consequência de algum pecado cometido no passado. É importante aprendermos essa lição a fim de não proferirmos julgamentos precipitados em relação ao sofrimento de um irmão ou de uma irmã em CRISTO.
 

PONTO CENTRAL - Não só os pecadores sofrem.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Elifaz traz a lei retributiva, da semeadura e da colheita; mas Jó contesta essa lei em relação a si mesmo
SÍNTESE DO TÓPICO II - Diante do novo discurso de Elifaz, Jó reclama, mas não blasfema contra DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Enquanto para Elifaz DEUS não se importava com as quimeras humanas, para Jó Ele caminhava com os homens.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Antes de iniciar o primeiro tópico é importante contextualizar mais uma vez o aluno a respeito da estrutura do Livro de Jó. Informe a ele que a partir desta lição iniciaremos o estudo da parte principal do livro: os diálogos de Jó com os seus amigos Elifaz, Bildade e Zofar (Jó 4.1–25.6). Para facilitar esse processo, leve em conta o seguinte: Há pelo menos três ciclos de diálogo entre Jó e seus amigos; (1) O primeiro (4.1–14.22) está assim organizado: Elifaz e Jó (4.1–7.21), Bildade e Jó (8.1–10.22), Zofar e Jó (11.1–14.22); o segundo ciclo (15.1–21.34) está estruturado assim: Elifaz e Jó (15.1–17.16), Bildade e Jó (18,19), Zofar e Jó (20,21); finalmente, o terceiro ciclo de diálogo (22.1–25.6) está organizado desta forma: Elifaz (22), Jó (23.1–24.25) e Bildade (25.1-6). Exponha essa estrutura aos alunos, pois certamente os ajudará na melhor compreensão desses diálogos.
O patriarca se expressa em linguagem poética, mas sua mensagem é profética.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“Jó também afirmava possuir uma sabedoria igual ou superior à dos seus amigos. Elifaz sarcasticamente pergunta acerca da base de sua afirmação: És tu, porventura, o primeiro homem que foi nascido? (7). Jó havia admitido que a sabedoria vinha com a idade (12.12). Ironicamente Elifaz pergunta se Jó se considerava um ser especial, alguém que ouviu o secreto conselho de DEUS (8) no princípio dos tempos. Ele também pergunta: A ti somente limitaste a sabedoria? A sabedoria aqui referida é a sabedoria divina. Será que Jó, como membro do conselho celestial, tinha acesso ao conhecimento dos mistérios de DEUS? Elifaz responde à pergunta que ele mesmo levantou, concluindo que Jó, na verdade, não é mais sábio do que eles: Que sabes tu, que nós não saibamos? Na verdade, existe alguém no meio deles (seria o próprio Elifaz?) que tem idade para ser pai de Jó (10). Se existe uma relação entre idade e sabedoria, então existe alguém muito mais sábio do que Jó. Elifaz também afirmou em seu primeiro discurso ter recebido sabedoria por meio de revelação divina” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.55).

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“Somente parte desta resposta a Elifaz, de forma semelhante às outras, é dirigida diretamente aos amigos. Jó também se dirige a DEUS, e também há um tipo de conversa introspectiva que Jó tem consigo mesmo. O apelo prévio de Jó a DEUS (13.20-28) permaneceu sem resposta. DEUS aparentemente recusou-se a responder a Jó ou revelar-se a ele. Jó tinha a esperança de que seu apelo honesto aos céus convenceria seus amigos da integridade dele. Em vez disso, ele é acusado do uso astuto das palavras para ocultar o seu pecado (15.5-6). Elifaz tenta convencer Jó de que seus amigos o abandonaram, e Jó reage com ira, movido por profunda dor” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.57).

PARA REFLETIR - A respeito de “A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem?”, responda:
O que se quer dizer com o pensamento teológico tradicional de Elifaz? Elifaz se dirige a Jó com uma defesa contundente do pensamento teológico tradicional – a justiça retributiva.
O que Jó deseja ao abrir uma porta de diálogo com DEUS? Uma conversa sincera através de um relacionamento direto com o Criador onde Jó fala com Ele e DEUS fala com Jó.
Qual o argumento do segundo discurso de Elifaz? No seu segundo discurso (Jó 15.1-35), Elifaz argumenta que as palavras de Jó são uma ameaça ao dogma religioso aceito (15.4).
Segundo a lição, qual consciência Jó tem a respeito da teologia de seu amigo? Ele tem consciência de que a teologia de seu amigo se firmava na terra, mas o homem de Uz apelava aos céus.
O que Jó demonstra e reconhece nos seus argumentos? Ele demonstra que nunca negou a transcendência de DEUS como Elifaz quer dar a entender. Ele reconhece que DEUS é excelso e pode fazer o que intenta.

VOCABULÁRIO
Alienado: Que ou aquele que, voluntariamente ou não, se mantém distanciado das realidades que o cercam.
Sacrílego: Que ou aquele que comete sacrilégio (profanação de lugares, objetos e pessoas que apresentam caráter sagrado).
Quimeras: combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos.
Ortodoxia: Conformidade absoluta com um certo padrão, norma ou dogma.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 83, p. 39. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 
 
Fontes consultadas e alguns comentários inseridos:
1- CD Da CPAD, Revista e BEP, Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
2- Livro Jó - Claudionor De Andrade - CPAD - www.cpad.com.br 
3- Introdução e Comentários de Francis I.Andersen - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - S. Paulo - SP - Comentário - NVI (F.F.Bruce)
2º Impressão 05/1996  -  http://www.vidanova.com.br/