Escrita Lição 4, CPAD, O Encontro De Rute Com Boaz, 3Tr24, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV



ESBOÇO DA LIÇÃO 3
I – BOAZ, O REMIDOR
1. Um homem próspero.
2. “Goel” e “Levir”.
3. Temor e respeito.
II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE
1. A pureza não exclui a ternura.
2. DEUS estava agindo.
3. Sensível e espiritual.
III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA
1. A lei da semeadura.
2. Os “acasos” de DEUS.
3. O resultado da colheita.
 
 
TEXTO ÁUREO
“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”  (Rt 2.12)
 
 
VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de DEUS.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 38.6-11; Dt 25.5-10  O costume do casamento conforme a Lei
Terça - Mt 5.13-16 A importância do testemunho pessoal em todas as áreas da vida
Quarta - Mc 2.15-17; Jo 4.3-27 JESUS, o homem puro que interagia com todos
Quinta - Mt 11.19 Humildade e mansidão como virtudes cristãs essenciais
Sexta - 2 Co 9.6; Gl 6.7 A inflexível lei da semeadura na vida
Sábado - Jó 14.7-9 Quando a esperança brota em meio às tormentas da vida
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 2.1-4; 11,12,14
1 - E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente  e  poderoso, da geração de Elimeleque; e  era  o seu nome Boaz. 
2 - E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha. 
3 - Foi, pois, e chegou, e apanhava  espigas  no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que  era  da geração de Elimeleque. 
4 - E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O  Senhor  seja  convosco. E disseram-lhe eles: O  Senhor  te abençoe.   
11 - E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste. 
12 - O  Senhor  galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do  Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.   
14 - E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do  trigo  tostado, e comeu e se fartou, e  ainda  lhe sobejou.
 
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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COMENTÁRIOS BEP – CPAD
Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque. Rute 2:3
 
2.2 APANHAREI ESPIGAS. Na lei de Moisés, DEUS ordenara que Israel permitisse aos pobres e necessitados recolher os grãos deixados nos campos depois da colheita (Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19). DEUS quer que aqueles que têm em abundância compartilhem com os necessitados (2 Co 8.13-15)
 
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”
Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, frequentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.
 
O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
(1) DEUS tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos. (1) O Senhor DEUS é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso DEUS, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). DEUS, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, DEUS impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).
(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em consequência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14; 2.2).
 
A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS.
No NT, DEUS também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
(1) Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).
(2) JESUS espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de CRISTO para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).
(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do ESPÍRITO SANTO, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de DEUS e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).
(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em CRISTO. JESUS equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do ESPÍRITO SANTO, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). DEUS quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em CRISTO.
 
 
2.4 BOAZ. A saudação de Boaz em forma de oração, e seu cuidado por Rute e Noemi (vv. 8-12) demonstram que ele era um crente fiel no Senhor.
 
 
2.12 O SENHOR... SOB CUJAS ASAS TE VIESTE ABRIGAR. Este é o versículo-chave do livro de Rute. Mesmo em meio à grande apostasia durante o período dos juízes, DEUS estava atento àqueles que o buscavam com sinceridade e fé firme (Sl 17.8; 36.7; 63.7). A história de Rute diz respeito à providência de DEUS na vida dos que nEle confiam e andam nos seus caminhos. Assim como Abraão correspondeu com fé ao chamado do Senhor, assim também a confiança que Rute teve no Senhor levou-a a deixar sua pátria e parentela para cumprir sua parte no divino propósito redentor (Gn 12.1-4).
 
 
2.20 O SENHOR, QUE AINDA NÃO TEM DEIXADO A SUA BENEFICÊNCIA. Noemi começou a compreender que DEUS não a abandonara e que seu amor e bondade para com ela deveras continuavam. A atitude dela mudara em relação a idéia anterior, de que DEUS estava contra ela.
 
 
2.20 NOSSO PARENTE... UM DENTRE OS NOSSOS REMIDORES. Boaz, como parente próximo de Noemi e de Rute, tinha o dever, segundo a lei de Moisés, de prover as necessidades das suas parentas (cf. Lv 25.25-28,47-49; Dt 25.5-10). Boaz cumpriu essa obrigação ao casar-se com Rute e ao comprar as terras do pai do falecido marido de Noemi (2.20-4.14).
 
 
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BOAZ CONHECE RUTE                                                                                                                                                                                                                 Boaz e Rute formam um dos casais mais notáveis da Bíblia, e sua história é repleta de significado e lições valiosas. Vamos explorar alguns aspectos dessa bela narrativa:
O Contexto:
A história de Boaz e Rute está registrada no livro de Rute, que faz parte do Antigo Testamento.
Noemi, uma mulher israelita, e sua nora Rute, uma moabita, enfrentam dificuldades após a morte de seus maridos. Noemi decide voltar para Belém, sua terra natal, e Rute insiste em acompanhá-la.
Boaz, o Resgatador:
Boaz era um homem justo, generoso e fiel a DEUS.
Ele era parente de Noemi e, portanto, tinha o direito de ser o resgatador de Rute, conforme a lei de Israel (Levítico 25:25-28).
Quando Rute vai colher espigas no campo de Boaz, ele fica impressionado com sua dedicação e bondade.
A Providência Divina:
A história de Boaz e Rute revela a providência divina em ação.
DEUS guia os passos de Rute até o campo de Boaz, onde ela encontra proteção e provisão.
O relacionamento entre Boaz e Rute resulta em casamento, e eles se tornam ancestrais do rei Davi e, posteriormente, de JESUS CRISTO.
Lições Valiosas:
Fidelidade: Boaz e Rute demonstram fidelidade a DEUS e aos outros.
Generosidade: Boaz permite que os pobres colham nas suas terras, seguindo a lei de DEUS.
Redenção: Boaz é um tipo de redentor, assim como JESUS é nosso Redentor espiritual.
Em resumo, a história de Boaz e Rute nos ensina sobre a importância da fidelidade, da bondade e da confiança na providência divina. É uma história de amor, redenção e esperança que ecoa através das gerações.
CONSULTAS
1: História de Boaz: 5 Lições Valiosas 2: Quem foi Boaz na Bíblia - Respostas Bíblicas 3: Perguntas Bíblicas - Quem foi Boaz? 4: Rute e Boaz: Uma bela história de amor com significado poderoso
 
 
COMENTÁRIOS BEP – CPAD – REMIDOR – COMPRADOR – RESGATADOR
גאל ga’al REMIDOR – RESGATADOR – LÊ-SE: GANN (Strong dicionário)
1) redimir, agir como parente resgatador, vingar, reivindicar, resgatar, fazer a parte de um parente
1a) (Qal)
1a1) agir como parente, cumprir a parte de parente mais próximo, agir como parente resgatador
1a1a) casando com a viúva do irmão a fim de lhe conceber um filho para ele, redimir da escravidão, resgatar terra, realizar vingança
1a2) redimir (através de pagamento)
1a3) redimir (tendo DEUS como sujeito)
1a3a) indivíduos da morte
1a3b) Israel da escravidão egípcia
1a3c) Israel do exílio
1b) (Nifal)
1b1) redimir-se
1b2) ser remido
 
Levítico 25.5 Quando teu irmão empobrecer e vender alguma parte da sua possessão, então virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que vendeu seu irmão. 26 E se alguém não tiver resgatador, porém conseguir o suficiente para o seu resgate, 27 Então contará os anos desde a sua venda, e o que ficar restituirá ao homem a quem a vendeu, e tornará à sua possessão. 28 Mas se não conseguir o suficiente para restituir-lha, então a que foi vendida ficará na mão do comprador até ao ano do jubileu; porém no ano do jubileu sairá, e ele tornará à sua possessão.
 
25.8-34 O ANO DO JUBILEU. Três características distinguiam o ano do Jubileu (ano este, que ocorria a cada cinquenta anos). (1) Todos os escravos israelitas eram libertados. (2) Toda propriedade dos ascendentes que tivesse sido vendida era devolvida à família original. (3) A terra permanecia em repouso, sem cultivo. O propósito de DEUS ao instituir esse ano especial era garantir a justiça e impedir os ricos de acumular riquezas e adquirir terras às custas dos pobres.
 
 
25.23 A TERRA É MINHA. DEUS disse aos israelitas que eles não eram os verdadeiros donos da terra, pois ela lhe pertencia; eles eram simplesmente administradores da terra. Semelhantemente, os bens materiais dos crentes do NT pertencem ao Senhor. Fomos nomeados encarregados para administrar todos os nossos bens de modo justo, para DEUS, para nós mesmos e para o próximo (cf. Mt 25.14-27; Lc 16.10-12; 1 Co 4.1-7).
 
 
25.36 NÃO TOMARÁS DELE USURA. Ver Êx 22.25.
 
 
25.44 DELES COMPRAREIS ESCRAVOS. A escravidão era uma realidade comum nos tempos bíblicos. DEUS permitindo a Israel comprar escravos das nações pagãs vizinhas, era uma bênção para esses escravos comprados, porque DEUS ordenou que seu povo tratasse os escravos com muito mais dignidade, em relação à sua própria pátria (cf. Êx 20.10). OBS Pr Henrique - É MAIS UMA MANEIRA DE EVANGELIZAR. MODERNAS AGÊNCIAS DE MISSÕES COMPRAM MENINAS AINDA CRIANÇAS QUE SÃO ESCRAVAS SEXUAIS EM MUITOS PAÍSES E AS LIBERTAM LOGO A SEGUIR, NÃO SEM ANTES SEREM EVANGELIZADAS E CUIDADAS. ELAS CONHECEM DEUS CHEIO DE AMOR E MISERICÓRDIA.
 
 
COMENTÁRIOS BEP – CPAD – LEVIRATO
יבם yabam LEVIRATO – LÊ-SE: IAVAMM (Strong dicionário)
uma raiz primitiva de significado duvidoso; DITAT - 836; v
1) (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
1a) a tarefa em decorrência da morte de um irmão sem filhos - casar com a viúva e gerar um filho em seu nome
 
Gênesis 38.1 E aconteceu no mesmo tempo que Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa de um homem de Adulão, cujo nome era Hira, 2 E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu. 3 E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er. 4 E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã. 5 E continuou ainda e deu à luz um filho, e chamou-lhe Selá; e Judá estava em Quezibe, quando ela o deu à luz. 6 Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar. 7 Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, por isso o Senhor o matou. 8 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. 9 Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão,  e derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. 10 E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.
 
Gn 38.2 FILHA DE UM VARÃO CANANEU. As Sagradas Escrituras registram essa história vergonhosa de Judá, por quatro razões, pelo menos.
(1) Mostra o relaxamento moral daqueles dias, em contraste com a pureza de José, a qual, diante desse fato, se destaca nitidamente. Note o contraste entre Judá desceu (i.e., por livre e espontânea vontade, v.1), e, José foi levado (Gn 39.1).
(2) Demonstra por que era necessário que a família de Israel (Jacó) saísse de Canaã e fosse para o Egito. Se Jacó tivesse permanecido entre os cananeus, seus descendentes teriam perdido a sua identidade, devido aos casamentos mistos (vv. 1,2). No Egito, os descendentes de Jacó foram isolados dos egípcios, e assim puderam tornar-se um povo nitidamente separado, dedicado exclusivamente a DEUS (ver Gn 46.34).
(3) Ilustra o fato que os pecados de todos, até mesmo de pessoas de destaque no plano divino da redenção, acabarão sendo conhecidos.
(4) Demonstra que a liderança do povo de DEUS é entregue àqueles que são moralmente puros. José era fiel a DEUS e às suas leis, ao passo que Judá era um fracasso. O NT requer idênticos padrões morais para aqueles que exercem liderança espiritual.
 
 
38.6 TAMAR. Quando morreu o marido de Tamar (Er, filho de Judá, vv. 3,7), a viúva ficou sem filhos. Ansiava por um filho para perpetuar o nome da sua família e prover-lhe descendentes (v. 8).
38.9 ONÃ. As leis antigas do Oriente Próximo determinavam que um irmão devia casar-se com a viúva dum seu irmão que morresse, caso ela não tivesse filhos; assim, haveria um filho em nome do falecido (v. 8; Dt 25.5-10 - LEVIRATO). O pecado de Onã foi recusar-se a cumprir tal responsabilidade. DEUS ceifou a sua vida porque recusou-se a dar um filho a Tamar (v. 10). OBS Pr Henrique - Usou para isso meio ilícito de evitar filho (Filhos são bênçãos do Senhor - Sl 127.3-5).
 
 
38.15 TEVE-A POR UMA PROSTITUTA. Tamar pecou, mas o pecado de Judá foi maior, com sua conduta hipócrita e corrupta (v. 26). Nos tempos antes da vinda de CRISTO, DEUS suportou certos males até que a plena redenção se efetuasse em CRISTO (At 17.30; 14.16; Rm 3.25). Suportar não é permitir e nem dar apoio. Isaque e José não caíram nesse pecado porque jamais desagradariam a DEUS. Judá havia perdido a percepção do que agrada a DEUS e do que o desagrada.
 
 
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REMISSÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
1. Na antiga nação de Israel, a remissão era um instrumento para controlar a escravidão e a dívida pessoal (Dt 15.1-3,9; 31.10). Em todo sétimo ano (Ex 21.2) o escravo deveria ser liberto, e caso escolhesse não ser liberto, sua orelha era furada como um sinal de servidão perpétua (Êx 21.5ss.). Semelhantemente, no sétimo ano o devedor deveria ser liberto, e a dívida não deveria ser cobrada de modo algum de um vizinho ou irmão (Dt 15.2). O pagamento da dívida só poderia ser “exigido” de estrangeiros, para que não houvesse nenhum pobre entre os israelitas (Dt 15.3,4). Isto claramente indica o controle de injunção sobre a dívida pessoal e o abuso das dívidas para se impor a escravidão.
OBS.: Pr Henrique - VEMOS CLARAMENTE QUE COM O PASSAR DOS ANOS ISSO SÓ PASSOU MESMO A SER ADOTADO NO ANO DO JUBILEU (50 EM 50 ANOS).
 
2.       O rei persa Assuero fez uma “remissão” (as várias versões trazem, por exemplo, os termos alívio, repouso e feriado) para toda a província em homenagem ao seu casamento com Ester, provavelmente declarando como nulas certas dívidas ou impostos, e libertando certos prisioneiros (Et 2.18).
3.       No NT, a única “remissão” mencionada é a de Barrabás, que foi libertado no lugar de CRISTO (Jo 18.39,40). H. G. S.
 
REMISSÃO - PECADO
A doutrina do perdão, proeminente tanto no AT quanto no NT, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável. Central à doutrina do AT está o conceito de cobrir o pecado da vista de DEUS, representado pela palavra heb. kapar (Salmos 78.38; cf. Dt 21.8; Jr 18.23). Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como “apaziguar”, “ser misericordioso”, “fazer reconciliação”, e o uso mais proeminente na expressão “fazer expiação,” que ocorre 70 vezes na versão KJV em inglês. Em Levítico 4.20, ela é agrupada com uma outra palavra proeminente do AT empregada para perdão, com o significado de “enviar ou deixar partir”. Consequentemente, em Levítico 4.20 está declarado: “O sacerdote por eles fará propiciação [de kapar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado”. Uma terceira palavra heb., na’sa’r ocorre frequentemente com a ideia de “levantar” ou “dispersar" o pecado (Gn 50.17; Ex 10.17).
Destas passagens fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo pecado. Os sacrifícios do AT proporcionaram tipicamente e profeticamente uma expectativa do sacrifício final de CRISTO (cf. Atos 17.30; Rm 3.25). O perdão como um relacionamento entre DEUS e o homem depende dos atributos divinos de justiça, amor e misericórdia, e é baseado na obra de DEUS ao providenciar um sacrifício apropriado (Expiação).
A doutrina do perdão antecipada no AT tem sua plena revelação no NT. Aqui, três palavras principais são usadas no original: (1) aphíemi e aphesis, significando “despedir", “remissão” (Mt 6.12,14,15; 9.2,5,6 etc.); (2) ckarizomai, significando “ser misericordioso” (Lc 7.43; Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13); e (3)qpoluo, significando “soltar” (Lc 6.37). No NT, o perdão faz parte do programa total da salvação, proporcionado para aqueles que crêem em CRISTO. No perdão, a culpa pelo pecado é perdoada e substituída pela justificação, através da qual o pecador é declarado justo. O perdão está sempre incluído em toda a obra de DEUS pelo pecador; ele é basicamente judicial, e provê a remissão ao pecador.( Justificação; Reconciliação).
Um outro aspecto grande e importante da revelação do NT diz respeito aos cristãos que pecam. Embora judicialmente todos os pecados sejam perdoados quando o pecador é salvo pela graça, através da fé (Jo 3.18; 5.24; Cl 2.13; Rm 8.1), se o pecado entrar na vida de um cristão, ele afetará o relacionamento deste com o Pai Celestial. O perdão e a restauração da comunhão que se fazem necessários são efetuados com a confissão dos pecados (1 Jo 1.9) e o arrependimento (Lc 17.3,4; 24.47; Atos 5.31). O lado divino é zelado pela eficiência e pela eficácia da morte e intercessão de CRISTO (1 Jo 2.1); CRISTO roga ao Pai a favor do pecador com base em seu próprio sacrifício.(Confissão; Arrependimento).
Dois casos especiais relacionados ao perdão são citados no NT: (1) o pecado para a morte, isto é, o pecado não confessado e arrependido (1 Jo 5.16; cf. 1 Co 11.30- 32); (2) O pecado imperdoável, que ocorre quando alguém atribui o miraculoso poder de CRISTO a Satanás, ao invés de atribuí-lo ao ESPÍRITO SANTO (Mt 12.22-32; Mc 3.22-30). Entende-se que aqueles que cometeram um pecado imperdoável não têm consciência de assim terem procedido. Portanto, aqueles que sentem alguma preocupação, perguntando a si mesmos ou ao Senhor se pecaram desta maneira, podem sentir-se seguros de que não o fizeram. No entanto, todo pecado torna-se imperdoável se o indivíduo passar desta vida para a eterna sem se beneficiar da graça divina, pois o perdão é concedido durante a nossa vida neste mundo.
O perdão também é uma obrigação no relacionamento entre os homens, e os crentes são exortados a perdoarem-se uns aos outros (Ef 4.32; cf. Mt 6.13,14).
Bibliografia. J. O. Buswell, Jr,, A Systematic Theology of the Christian Religion, Grand Rapids. Zondervan, 1962, II, 74-77, 128-131. Hugh R. Mackintosh, The Christian Experience of Forgiveness, Londres. Nisbet, 1947. W. C, Morro, “Forgiveness”, ISBE, II, 1132-1135, Leon Morris, “Forgiveness”, NBD, 435ss. John Owen, The Forgiveness of Sin, Nova York. American Tract Society, s.d., Vincent Taylor, Forgiveness and Reconciliation, Londres. Macmillan, 1958, J.         F. W.
 
 
 
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Rute 2:1-3 – Comentário Bíblico Matthew Henry - CPAD
Rute nos Campos de Boaz
 
Noemi tinha agora encontrado um lugar para morar em Belém, entre seus antigos amigos. Este capítulo traz o seguinte:
I
 Um relato de um parente rico, chamado Boaz. Ele era homem valente e poderoso, v. 1. A versão dos Caldeus traz: poderoso na lei. Caso tenha sido poderoso nos dois aspectos, essa era uma combinação excelente e rara, ou seja, ser poderoso no que tange à prosperidade e em relação às Escrituras. Pessoas assim são realmente poderosas. Ele era neto de Naassom, príncipe da tribo de Judá no deserto, filho de Salomão, que provavelmente era um dos filhos mais moços de Raabe, prostituta de Jericó. Ele traz poder em seu nome: Boaz — nele existe força. Ele pertencia à família de Elimeleque, a família que agora estava reduzida e humilhada.
Observe: 1. Boaz, embora fosse homem rico e famoso, tinha relacionamentos frágeis. Nem todos os ramos de uma árvore estão no topo dela. Os famosos no mundo não devem se envergonhar da sua linhagem desprezada e inferior, para que não se tornem orgulhosos, zombadores e desnaturados. 2. Noemi, embora fosse viúva pobre e desprezível, tinha relacionamentos preciosos, dos quais não se orgulhou, nem lhe foi muito pesado. Ela não esperava nenhum benefício deles na sua angustiante volta a Belém. As pessoas que têm relacionamentos preciosos, embora elas próprias sejam pobres, precisam saber que é a sábia providência de DEUS que faz a diferença. Orgulhar-se desses relacionamentos pode se tornar um sério pecado, e confiar neles pode acabar se tornando uma grande loucura.
II
 Um relato da sua pobre nora, Rute. 1. Sua condição era bastante humilde e pobre. Isso pode ter sido uma grande provação para a fé e constância dessa jovem prosélita. Os belemitas teriam agido bem se tivessem convidado Noemi e sua nora inicialmente para uma casa agradável e então para outra (isso, certamente, teria servido de grande apoio para uma viúva idosa e de grande encorajamento para uma nova convertida); mas, em vez de provar as delícias de Canaã, elas não tiveram outra forma de obter o alimento necessário se não apanhar espigas. Caso contrário, por incrível que isso possa parecer, elas poderiam ter morrido de fome. Observe: DEUS escolheu aos pobres deste mundo (Tg 2.5). Provavelmente eles serão pobres, porque, embora DEUS os tenha escolhido, pessoas ordinárias geralmente os negligenciam. 2. Seu caráter, nessa condição, foi admirável, v. 2: Ela não disse a Noemi: “Permita-me agora voltar para a terra de Moabe, porque não existe sustento aqui. Aqui está em falta, mas na casa de meu pai têm abundância de pão”. Não, ela não se lembra do país de onde saiu; caso contrário, teria uma ocasião justa para retornar. O DEUS de Israel será o seu DEUS, e, mesmo que a mate, ela continuará confiando nEle e nunca O abandonará. Mas, o seu pedido é o seguinte: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas. Aqueles que nasceram em meio à abundância e cresceram com fartura não conhecem as dificuldades pelas quais poderão passar, nem o tipo de trabalho desprezível que serão obrigados a realizar para obter o seu pão (Lm 4.5). Quando o seu caso for tão deprimente, lembre-se do grande exemplo da Rute: (1) Rute é um notável exemplo de humildade. Quando a Providência a tornou pobre, ela não disse: “Tenho vergonha de apanhar espigas que, na verdade, significa mendigar”. Pelo contrário, ela alegremente se curva para a vileza das suas circunstâncias e se ajusta à sua sorte. Espíritos elevados podem mais facilmente morrer de fome do que curvar-se. Rute não era assim. Ela não disse à sua mãe que não tinha sido criada para viver de migalhas. Embora não tivesse sido criada para viver nessas condições, ela é humilhada e não está apreensiva com o fato. Isso ocorre devido ao seu próprio impulso, não por causa da ordem da mãe. A humildade é um dos ornamentos mais esplendorosos da mocidade, e um dos melhores presságios. Antes de Rute ser honrada, ela foi humilhada. Observe a sua humildade ao falar de si mesma, na expectativa de apanhar espigas: Permita-me recolher espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. Ela não diz: “Irei apanhar espigas e, certamente, ninguém me impedirá de fazê-lo”, mas: “Irei apanhar espigas, na esperança de que alguém me permita fazê-lo”. Observe: Pessoas pobres não devem exigir bondade como dívida, mas pedir com humildade, recebê-la como favor, mesmo que seja algo insignificante. Convém ao pobre usar de súplica. (2) Rute é um notável exemplo de diligência. Ela não diz à sogra: “Permita-me agora visitar as mulheres da cidade ou caminhar pelos campos para respirar o ar puro e me alegrar. Não posso ficar o dia inteiro sentada lastimando-me com a senhora”. O seu coração não visava à diversão, mas ao trabalho: “Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas, que isso será para uma boa causa”. Ela era uma dessas mulheres virtuosas que não gostava de comer o pão da preguiça (Pv 31.27), mas gostava de trabalhar arduamente. As pessoas jovens deveriam aprender com esse exemplo. Elas precisam aprender a trabalhar cedo e, tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças. Uma disposição para a diligência é importante tanto para esse mundo quanto para o próximo. Não ame o sono, o divertimento, a vagueação, mas ame o trabalho. Também é um exemplo para as pessoas pobres trabalharem para o seu sustento, e não mendigar aquilo que são capazes de obter através do trabalho. Não devemos ficar envergonhados de aceitar qualquer emprego honesto, embora seja simples: ergon ouden oneidos — Nenhum trabalho é um opróbrio. O pecado é uma coisa abaixo de nós, mas não devemos pensar em outra coisa, a não ser para o que a Providência nos chamar. (3) Rute é um notável exemplo para sua mãe. Embora Noemi fosse apenas sua sogra e, embora Rute estivesse livre da lei pela morte do marido, ela poderia facilmente considerar-se livre da lei do marido de sua mãe; no entanto, ela respeitosamente procura cuidar dela. Ela faz questão de não sair de casa sem o conhecimento de sua mãe. Os jovens deveriam mostrar esse tipo de respeito aos seus pais e governantes. Eles merecem esse tipo de honra. Ela não disse: “Mãe, se você for comigo, irei recolher espigas. A senhora deseja vir comigo?” mas: “Fique em casa e descanse; vou sair para trabalhar”. Juniores ad labores — Os jovens deveriam trabalhar. Os jovens também deveriam receber conselhos dos mais velhos, e não fatigá-los. (4) Rute serve de exemplo em relação a uma completa dependência da Providência, ao dizer: apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. Ela não sabe qual caminho trilhar, mas confia na Providência para levantar um protetor ou alguém que seja amável com ela. Vamos sempre procurar manter pensamentos positivos acerca da providência divina e crer que enquanto fazermos o bem, ela fará bem a nós. E a providência divina fez bem a Rute; porque, quando saiu sozinha para apanhar espigas, sem um guia ou companheira, caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, v. 3. Para Rute parecia ser apenas casual. Ela não sabia a quem pertencia aquele campo. Ela também não tinha motivo algum para dirigir-se àquele campo específico; por isso lemos que isso caiu-lhe em sorte. Mas a Providência dirigiu seus passos para esse campo. Observe: DEUS, de forma sábia, ordena pequenos acontecimentos; e esses que parecem totalmente acidentais servem para a sua própria glória e para o bem do seu povo. Muitos acontecimentos importantes acabam ocorrendo com uma pequena mudança de curso, que parece fortuito para nós, mas que foi dirigido pela Providência com um propósito definido.
 
Rute 2:4-16
O Grande Favor que Boaz Mostrou a Rute
 
Agora o próprio Boaz aparece em sua carruagem e mostra grande decoro aos seus servos e a essa pobre estrangeira.
I
 Boaz mostrou-se benevolente para com seus servos e aqueles que foram empregados por ele para colher seu trigo. Tempo de colheita é um tempo bastante atarefado. São necessárias muitas mãos neste trabalho. Boaz, que tinha em abundância, sendo um homem rico, tinha muito o que fazer e, conseqüentemente, muitos trabalhadores que trabalhavam sob suas ordens e que dependiam dele. À medida que os bens aumentam também aumentam as pessoas que se alimentam deles; e que prazer maior para o dono do que observar isso com seus próprios olhos? Boaz é um bom exemplo de um bom senhor.
1. Ele tinha um moço encarregado sobre todos os segadores, v. 6. Em grandes famílias é necessário que haja uma pessoa que supervisione o restante dos servos e designe a cada um sua porção tanto do trabalho quanto do alimento. Os ministros são esse tipo de servo na casa de DEUS, e é necessário que sejam sábios e fiéis e mostrem ao seu Senhor todas as coisas, como é o caso aqui, v. 6.
2. Mesmo assim, ele próprio veio ao campo, para ver como o trabalho estava avançando. Caso encontrasse algo errado, ele corrigiria o erro; além disso, daria ordens adicionais quanto ao que precisava ser feito. Essa supervisão era para o seu próprio bem (aquele que deixa seu negócio totalmente nas mãos de terceiros terá grandes chances de vê-lo mal-feito; o olho do patrão engorda o gado) e também era para o encorajamento dos seus servos, que continuariam trabalhando com mais ânimo. Os senhores que vivem confortavelmente deveriam pensar com ternura naqueles que labutam por eles e levam os fardos e suportam o calor do dia.
3. Saudações afáveis e piedosas eram trocadas entre Boaz e seus segadores. (1) Ele disse a eles: O SENHOR seja convosco; e eles responderam: O SENHOR te abençoe, v. 4. [1] Eles expressam seu respeito mútuo — Boaz em relação a eles como bons servos, e eles em relação a Boaz como bom senhor. Quando Boaz se aproximava, não ralhava com eles, como se viesse somente para encontrar alguma falta e exercer a sua autoridade, mas orou por eles: “O SENHOR seja convosco, os faça prosperar e dê a vocês saúde e força e os preserve de qualquer infortúnio”. Eles também não o amaldiçoavam, assim que tivesse partido, como faziam alguns servos maus, que odiavam seu senhor. Eles retribuíram sua cortesia: “O SENHOR te abençoe e torne o nosso trabalho útil para a sua prosperidade”. As coisas tendem a dar certo em uma casa em que existe tanta benevolência como havia entre esse senhor e seus servos. [2] Eles manifestam sua dependência mútua na providência divina. Eles expressam benevolência um para o outro ao orar uns pelos outros. Eles não somente mostram sua cortesia, mas também sua piedade, e o reconhecimento de que todas as coisas boas vêm da presença e bênção de DEUS. Portanto, deveremos valorizar e desejar essas coisas acima de qualquer outra coisa, tanto para nós mesmos como para os outros. (2) Desse exemplo podemos aprender a usar [1] saudações corteses, como expressões de uma boa vontade para com os nossos amigos. [2] Exclamações piedosas, elevando nosso coração a DEUS por causa do seu favor, por meio de orações breves como essas. Todavia, precisamos prestar atenção para que essas orações não degenerem em mera formalidade, para não tomarmos o nome do SENHOR, nosso DEUS, em vão; mas, se orarmos com seriedade, poderemos manter nossa comunhão com DEUS e alcançar misericórdia e graça nele. Parece que era um costume da época desejar as bênçãos aos segadores (Sl 129.7,8).
4. Boaz recebeu um relato dos seus segadores referente a uma estrangeira que encontrou no campo e deu as ordens necessárias com relação a ela. Eles não deveriam tocá-la, v. 9, nem repreendê-la, v. 15. Os senhores devem cuidar, não somente para não se ferirem, mas para que não permitam que os seus servos e aqueles debaixo deles firam outros. Ele também ordena para que sejam bondosos com ela e deixem cair alguns punhados. Embora seja conveniente que os senhores controlem e repreendam o desperdício dos servos, eles não deveriam impedi-los de ser caridosos, mas dar-lhes a permissão para tal, com orientações prudentes.
II
 Boaz foi muito gentil com Rute e mostrou-lhe grande favor, influenciado pelo relato que recebeu dela e o que ele observou nessa dama. É claro que DEUS também inclinou o seu coração para favorecê-la. Quando Boaz apareceu no meio dos seus segadores, observou essa estrangeira no meio deles, e recebeu informações do seu mordomo em relação a mulher. Lemos então um relato muito particular em relação a Rute.
1. O mordomo deu a Boaz um relato muito favorável acerca dela, apropriado para recomendá-la ao seu favor, vv. 6,7. (1) Que era estrangeira e, portanto, uma daquelas que pela lei de DEUS poderia colher as espigas caídas da sega (Lv 19.9,10). Ela é a moça moabita. (2) Que era sua parenta. Ela havia voltado com Noemi, esposa de Elimeleque, parente de Boaz. (3) Que era uma prosélita, porque veio do país de Moabe para estabelecer-se no país de Israel. (4) Que era muito modesta e que não tinha apanhado espigas antes de pedir permissão. (5) Que era muito laboriosa e tinha continuado a trabalhar desde cedo até aquela hora. Os pobres que são laboriosos e dispostos a sofrer estão preparados a ser encorajados. Agora, no calor do dia, ela permaneceu um pouco na casa ou cabana que havia sido armada no campo para abrigar-se do tempo e descansar um pouco. Alguns sugerem que Rute provavelmente se retirou ali para fazer a sua devoção. Mas, ela logo voltou ao trabalho e, com exceção desse pequeno intervalo, continuou diligente no seu trabalho o dia todo, embora não estivesse acostumada a esse tipo de trabalho. Os servos deveriam ter cuidado com o relato que dão ao seu senhor, prestando atenção para não deturpar qualquer pessoa, nem desencorajar, sem causa, a caridade do seu senhor.
2. Depois disso, Boaz foi extremamente cortês com ela em diversas situações. (1) Ele a orientou a seguir aos seus segadores em cada campo em que eles recolhiam as espigas e a não colhê-las em outro campo, porque Rute não deveria ir a nenhum outro lugar para ser mais bem-servida, v. 8: aqui te ajuntarás com as minhas moças; porque elas seriam a companhia mais adequada para ela. (2) Ele ordenou a todos os servos que fossem muito amáveis com essa dama e a respeitassem. Certamente eles estavam dispostos a agir dessa forma com alguém que era tratado com tanta benevolência pelo seu senhor. Rute era uma estrangeira e provavelmente sua língua, vestimenta e aparência eram diferentes das deles; mas Boaz passa ordens para que não a afrontem de forma alguma nem sejam abusivos, pois como servos rudes estavam acostumados a agir assim com os estrangeiros. (3) Ele a convidou a participar da hospitalidade que tinha provido para os seus próprios servos. Boaz mandou que ela não somente bebesse da água que era tirada para eles, v. 9, da famosa fonte de Belém, que ficava no portão — água pela qual Davi anelava (2 Sm 23.5), mas na hora de comer [...] comesse do pão deles, v. 14; e ela também foi convidada para tomar do molho: Venha e molha o teu bocado no vinagre, que tornaria o pão saboroso. DEUS não somente nos concede alimento nutritivo, mas também saboroso, não somente para a nossa necessidade, mas também para o nosso deleite. E, para o encorajamento de Rute e instrução aos seus servos, Boaz se fez presente quando os segadores se assentavam para comer e lhe deu do trigo tostado para comer. Não é um menosprezo para a pessoa mais distinta estender as mãos ao necessitado (Pv 31.20) e se dedicar em servir os pobres. Observe: Boaz não era mesquinho em sua provisão para os segadores, mas enviou abundância de alimento. Havia alimento de sobra para os trabalhadores, até mesmo para uma estrangeira. Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais (Pv 11.24). (4) Ele a elogiou pelo seu respeito zeloso à sogra dela, da qual, embora não a conhecesse pessoalmente, tinha ouvido falar, v. 11: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra. Observe: Aqueles que agem de maneira favorável deveriam receber o devido louvor. Mas ele a louvou especialmente pelo fato de ter deixado o seu próprio país e se tornado prosélita da religião judaica. A versão dos Caldeus traz o seguinte: “Você se tornou prosélita e veio habitar no meio de um povo que não conhece”. Aqueles que abandonam tudo para seguir a verdadeira religião são dignos de dupla honra. (5) Ele orou por Rute, v. 12: O SENHOR galardoe o teu feito. O forte carinho dela pela nação de Israel, da qual era uma estranha de nascimento, certamente foi obra da graça divina; por isso a dama foi coroada com uma recompensa por Aquele sob cujas asas veio se abrigar. Observe: Aqueles que pela fé se colocam sob as asas da graça divina, e têm uma satisfação e confiança completa nessa graça, podem estar certos de receber uma recompensa completa pelo seu feito. Com base nessa expressão, os judeus descrevem uma prosélita como alguém que está ajuntada debaixo das asas da majestade divina. (6) Boaz a animou a continuar com a sega e não ofereceu que descansasse desse trabalho, porque a maior benevolência que podemos prover aos nossos parentes pobres é auxiliar e encorajá-los no seu esforço. Boaz deu ordens aos seus auxiliares para deixá-la apanhar espigas mesmo entre as gavelas (feixes), onde outros recolhedores não tinham permissão para colher. Ele também deixou claro que não deviam repreendê-la por causa disso, isto é, não chamá-la ladra, ou suspeitar que estivesse apanhando mais do que era permitido, v. 15. Tudo isso mostra que Boaz era um homem de espírito generoso e alguém que, de acordo com a lei, considerava o coração de um estrangeiro.
3. Rute recebeu seus favores com profunda humildade e gratidão e comportava-se com a mesma decência na sua posição como Boaz na dele, não imaginando que em breve seria a ama do campo no qual estava colhendo espigas. (1) Ela o respeitou e o honrou, de acordo com os costumes do país, v. 10: ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra. Observe: Boas maneiras são um bom parâmetro para a religião; e devemos conferir honra a quem merece receber honra (Rm 13.7). (2) Ela humildemente reconheceu ser indigna dos seus favores: “sou uma estrangeira, v. 10 e não como uma das tuas criadas, v. 13, não tão bem-vestida nem tão bem-instruída, não tão esmerada nem tão hábil”. Observe: Seria proveitoso que cada um de nós se humilhasse e reparasse nas coisas que nos diminuem, considerando os outros mais do que a nós mesmos. (3) Ela gratamente reconheceu a bondade dele. Embora não custasse muito para Boaz, não muito mais do que ele era obrigado pela lei divina, mesmo assim Rute exalta e admira sua generosidade: Por que achei graça em teus olhos, v. 10. (4) Ela pede a continuidade de sua benevolência: Ache eu graça em teus olhos, v. 13 e reconhece que suas palavras foram cordiais para ela: pois me consolaste e falaste ao coração da tua serva. Aqueles que são famosos e estão em posições elevadas não sabem o bem que podem fazer aos seus inferiores por meio de um olhar bondoso ou uma palavra amiga. Isso custa tão pouco para eles, que não deveriam fazê-lo de má vontade, quando é visto como um ato de caridade. (5) Quando Boaz serviu-lhe a refeição com seus segadores, ela somente comeu o suficiente, deixando o que sobrou, e imediatamente levantou-se para continuar a colher espigas, vv. 14,15. Rute não comeu mais do que o conveniente, sob o pretexto de sua necessidade ou do seu trabalho, nem tanto a ponto de não ter condições de trabalhar no período da tarde. A moderação é amiga da assiduidade. Devemos comer e beber para fortalecer-nos para o trabalho, e não nos indispor com ele.
 
Rute 2:17-23
O Retorno de Rute à sua Sogra
 
Aqui:
I
 Rute termina seu dia de trabalho, v. 17. 1. Ela cuidou para não perder tempo, porque colheu até o entardecer. Não devemos nos cansar de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos (Gl 6.9). Ela não procurou uma desculpa para ficar sentada ou ir para casa, até o entardecer. Convém que façamos as obras daquele que nos enviou, enquanto é dia (Jo 9.4). Ela quase não usou, muito menos abusou, da bondade de Boaz; porque, embora ordenasse aos seus servos para deixar cair alguns punhados para Rute, a dama continuou colhendo as espigas espalhadas. 2. Ela cuidou para não perder aquilo que havia colhido, mas debulhou para que fosse mais fácil levá-lo para casa e estivesse pronto para ser usado. O preguiçoso não assará a sua caça e, assim, perderá o benefício dela, mas o bem precioso do homem é ser diligente (Pv 12.27). Rute colheu espiga por espiga e, quando ajuntou tudo, percebeu que colheu um efa de cevada, ou seja, quase 25 quilos. De uma porção à outra se enche o tonel. É encorajador que em todo trabalho, mesmo o de colher espigas, existe um ganho, mas a palavra dos lábios só encaminha para a pobreza (Pv 14.23). Quando a mulher conseguiu colocar a cevada no menor recipiente possível, o levantou e levou para a cidade. Caso tivesse pedido, é provável que alguns dos servos de Boaz teriam levado a cevada para a jovem dama. Devemos procurar ser o menor incômodo possível para aqueles que são bondosos conosco. Rute não considerou ser pesado ou humilhante demais levar a cevada para a cidade. Na verdade, ela estava muito satisfeita com o que tinha alcançado com o próprio esforço e cuidadosa em protegê-lo. Vamos cuidar para que não percamos o que temos ganhado (2 Jo 1.8).
II
 Ela respeitou sua sogra, indo direto para casa, e não conversou com os servos de Boaz. Rute mostrou a Noemi o que tinha apanhado, deixando claro que não fora preguiçosa.
1. Rute entregou a Noemi o que havia sobejado de sua boa refeição que Boaz tinha dado. Ela deu a Noemi o que tinha reservado, depois de fartar-se, v. 18, de acordo com o versículo 14. Se ela recebesse algo melhor, sua mãe precisava fazer parte disso. Assim, depois de demonstrar diligência fora de casa, mostrou piedade em casa. Lemos em 1 Timóteo 5.4 que os filhos devem exercer piedade aos seus pais; isso faz parte da honra que os filhos devem prestar aos pais, de acordo com o quinto mandamento (Mt 15.6).
2. Rute deu um relado a Noemi do seu dia de trabalho e como a providência divina a havia favorecido, tornando o dia muito confortável para ela. As espigas que um justo recolhe valem mais do que a colheita de muitos ímpios (Sl 37.16). (1) Noemi perguntou onde ela esteve: Onde colheste hoje? Observe: Os pais deveriam se preocupar em perguntar acerca dos caminhos dos filhos, como, onde e em qual companhia eles passaram seu tempo. Isso pode prevenir muitos excessos em que os filhos acabam incorrendo, que trazem vergonha para si mesmos e para os pais. Se não somos guardadores dos nossos irmãos, certamente o somos dos nossos filhos: conhecemos os caminhos de Adonias, pelo fato de nunca ter sido repreendido. Os pais devem examinar seus filhos, não para amedrontá-los nem para desencorajá-los, a ponto de detestarem ficar em casa, ou serem tentados a contar uma mentira, mas de elogiá-los quando se comportarem bem, e de repreendê-los e adverti-los com brandura quando agirem de forma errada. Deveríamos nos perguntar no final de cada dia: “Onde colhi hoje? Que progresso fiz na área do conhecimento e da graça? O que tenho feito ou obtido que resultará em um bom relato?” (2) Rute relatou a Noemi acerca da bondade que havia experimentado de Boaz, v. 19, e sua esperança em relação às futuras benevolências de seu senhor, ao dar ordens para ficar trabalhando com os servos dele até o final da colheita, v. 21. Observe: Os filhos necessitam saber que precisam prestar contas aos pais e àqueles que estão acima deles, e não achar que é uma desfeita quando são examinados por eles. Que façam o que é bom e recebam o devido louvor. Rute contou à sua mãe acerca da bondade de Boaz, para que pudesse na devida oportunidade reconhecer e devolver sua gratidão; mas ela não contou como Boaz a havia elogiado, v. 11. A humildade nos ensina não somente a não nos vangloriarmos, mas também a não alardearmos os elogios dos outros a nós. (3) Lemos então acerca da reação de Noemi: [1] Ela orou fervorosamente por aquele que tinha sido o benfeitor de sua filha, mesmo antes de saber quem era, v. 19: Bendito seja aquele que te reconheceu, atirando a seta de oração ao acaso. Mas, mais particularmente quando soube quem era esse benfeitor, v. 20: Bendito seja do SENHOR. Observe: Os pobres devem orar e ser generosos para aqueles que são bondosos e lhes retribuir dessa forma, quando não têm condições de dar-lhes qualquer outro tipo de retribuição. Que os lombos dos pobres abençoem aqueles que os refrescam (Jó 29.13; 30.20). Espera-se que aquele que ouve o clamor dos pobres contra seus opressores (Êx 22.27) ouça as orações dos pobres em favor dos seus benfeitores. Noemi agora se lembra da bondade passada que Boaz tinha mostrado ao seu marido e filhos e as une a esta: ele não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Quando generosamente mostrarmos bondade mesmo àqueles que parecem ter esquecido nossos favores passados, talvez isso ajude a despertar a memória mesmo daqueles que parecem enterrados. [2] Noemi informa Rute do parentesco que sua família tinha com a de Boaz: Este homem é nosso parente chegado. Parece que ela ficou tanto tempo em Moabe que se esqueceu do seu parentesco na terra de Israel, mas, pela providência divina, ela se lembrou disso. Pelo menos, Noemi não tinha contado a Rute acerca dele, embora pudesse ter servido de encorajamento para uma jovem prosélita. Existem muitas pessoas que agem de forma diferente do que a humilde Noemi. Apesar de estarem em ruínas, estão continuamente se vangloriando dos seus famosos parentes. Além disso, observe a corrente de pensamento aqui, e nela uma corrente de providências, mostrando aquilo que tinha sido destinado à Rute. Rute cita Boaz como alguém que tinha sido gentil com ela. Noemi reflete quem essa pessoa poderia ser e se lembra dele: “Este homem é nosso parente chegado; agora que ouvi o seu nome, lembro-me muito bem”. Esse pensamento gera outro: “Ele é nosso parente próximo, nosso goel, que tem o direito de redimir nossas propriedades que foram hipotecadas e, portanto, dele podemos esperar outras benevolências. Ele é o homem mais provável em toda Belém a nos levantar”. Dessa forma, DEUS traz coisas à nossa mente, às vezes repentinamente, que mostram ter uma tendência maravilhosa para o nosso bem. [3] Noemi pediu a Rute que continuasse indo aos campos de Boaz, vv. 22: “Melhor é, filha minha, que saias com as suas moças, para que noutro campo não te encontrem, porque isso poderá ser interpretado como desprezo da sua cortesia”. Nosso abençoado Salvador é nosso Goel; Ele tem o direito de redimir. Se esperamos algum benefício dele, precisamos segui-Lo de perto, bem como os seus campos e sua família. Não vamos ir ao mundo e aos seus campos para aquilo que devemos buscar somente nele. O Senhor me tem feito muito bem (Sl 13.6). Que não sejamos encontrados em outro campo, nem busquemos a felicidade e satisfação em outra criatura. Os comerciantes não gostam quando pessoas que estão registradas em seus livros vão para outra loja. Perdemos favores divinos quando os menosprezamos. Alguns comentaristas acham que Noemi repreendeu sutilmente a sua nora. Rute tinha falado que Boaz disse que ela deveria ajuntar-se com os moços, v. 21. “Não”, disse Noemi, v. 22, “melhor é, filha minha, que saias com as suas moças. Elas são companhia mais conveniente para você do que os moços”. Mas esses comentaristas são críticos demais. Rute falou dos moços porque eles eram os trabalhadores principais, e a eles Boaz tinha dado orientações em relação a ela; e Noemi tomou por certo que, enquanto seguisse os moços, sua companhia seriam as moças, como era o costume da época; Rute respeitosamente cumpriu as instruções da mãe. Ela continuou colhendo espigas até o fim da colheita, não somente da colheita da cevada, mas também da colheita do trigo, que a seguia. Assim ela teria condições de ajuntar comida para o inverno (Pv 6.6-8). Ela também se ajuntou às moças de Boaz, com quem mais tarde se familiarizou e que poderiam servir-lhe de ajuda, v. 23. Mas ela regularmente voltava para sua mãe à noite, como convém a uma mulher virtuosa, que trabalha durante o dia e não se diverte à noite. E quando a colheita terminou (conforme o bispo Patrick), ela não perambulou pela cidade, mas fazia companhia em casa à sua idosa mãe. Diná saiu para observar as filhas da terra e sabemos na desgraça que a sua vaidade resultou. Rute manteve-se em casa e ajudou a sustentar sua mãe e não saiu para outra missão a não ser buscar provisão para ela. Mais tarde percebemos a promoção que a sua humildade e diligência trouxeram a ela. Viste um homem diligente na sua obra? (Pv 22.29). A honra está diante dele.
 
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LIÇÃO NA ÍNTEGRA
 
Escrita Lição 4, CPAD, O Encontro De Rute Com Boaz, 3Tr24, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 3
I – BOAZ, O REMIDOR
1. Um homem próspero.
2. “Goel” e “Levir”.
3. Temor e respeito.
II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE
1. A pureza não exclui a ternura.
2. DEUS estava agindo.
3. Sensível e espiritual.
III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA
1. A lei da semeadura.
2. Os “acasos” de DEUS.
3. O resultado da colheita.
  
TEXTO ÁUREO
“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”  (Rt 2.12)
  
VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de DEUS.
  
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 38.6-11; Dt 25.5-10  O costume do casamento conforme a Lei
Terça - Mt 5.13-16 A importância do testemunho pessoal em todas as áreas da vida
Quarta - Mc 2.15-17; Jo 4.3-27 JESUS, o homem puro que interagia com todos
Quinta - Mt 11.19 Humildade e mansidão como virtudes cristãs essenciais
Sexta - 2 Co 9.6; Gl 6.7 A inflexível lei da semeadura na vida
Sábado - Jó 14.7-9 Quando a esperança brota em meio às tormentas da vida
  
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 2.1-4; 11,12,14
1 - E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente  e  poderoso, da geração de Elimeleque; e  era  o seu nome Boaz. 
2 - E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha. 
3 - Foi, pois, e chegou, e apanhava  espigas  no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que  era  da geração de Elimeleque. 
4 - E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O  Senhor  seja  convosco. E disseram-lhe eles: O  Senhor  te abençoe.   
11 - E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste. 
12 - O  Senhor  galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do  Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.   
14 - E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do  trigo  tostado, e comeu e se fartou, e  ainda  lhe sobejou.
 
 
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PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição tem como tema o encontro de Boaz com Rute. Boaz aparece no capítulo dois do livro como um homem próspero e respeitado por todos. Ele tratou Rute como muito respeito. Nesse encontro, percebemos como DEUS estava agindo para solucionar um problema familiar e, ao mesmo, configurar todo um plano de salvação que seria plenamente revelado em JESUS CRISTO, o nosso Salvador.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a proposta de Noemi; II) Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra; III) Refletir a respeito da lei da semeadura na colheita de Rute.  
B) Motivação: O encontro de Boaz com Rute revela a preciosa soberania de DEUS conduzindo a história de uma mulher. Muitas vezes não compreendemos os caminhos que encontramos na vida. Entretanto, sabemos que tudo contribui para o bem dos que amam a DEUS. A vontade de DEUS é perfeita e agradável. 
C) Sugestão de Método: No segundo tópico, temos um contraste muito interessante. Uma postura verdadeira de homem, acompanhada por ternura e respeito. Nesse sentido, enfatize o subtópico "a pureza não exclui a ternura". Mostre, principalmente, aos homens da classe a Bíblia ensina que o homem deve exercer liderança e, ao mesmo tempo, transmitir carinho à esposa e aos filhos, de maneira gentil e generosa. Numa família, é importante corrigir e, igualmente, demonstrar afeto ao cônjuge e aos filhos. Isso traz segurança e equilíbrio a todos.    
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição desta semana nos ensina a depender de DEUS, a confiar nos seus desígnios. Com respeito e sensibilidade espiritual, devemos viver a nossa vida cristã honrando a DEUS e esperando que o seu propósito e desígnios se revelem em nossas vidas.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Boaz", localizado após o primeiro tópico, destaca o perfil e o caráter desse personagem; 2) O texto "O Contexto Histórico do Trabalho de Rute", localizado após o último tópico, apresenta detalhes sobre o labor na colheita.
  
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Na lição anterior, o assunto central foi a amizade entre Noemi e Rute; sogra e nora. Nesta, um novo personagem entra em cena: Boaz, o parente remidor. Veremos como o DEUS da providência recompensa os que se doam a bons relacionamentos.
 
 
PALAVRA-CHAVE - ENCONTRO
  
I – BOAZ, O REMIDOR
1. Um homem próspero
O capítulo 2 de Rute nos apresenta Boaz, um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Os termos “valente” e “poderoso” referem-se ao caráter íntegro e à influência de Boaz, além de seu poder econômico. Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23). Reunia qualificações e condições para cumprir o papel de remidor.
  
2. “Goel” e “Levir”
A expressão “da geração de Elimeleque” não nos permite saber o grau de parentesco entre Boaz e o marido de Noemi. Segundo uma tradição rabínica, era sobrinho. Como parente próximo, poderia ser o “goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3), como também poderia cumprir o costume antigo do casamento (Gn 38.6-11). Eram duas prescrições distintas contidas na Lei de Moisés. A do resgatador previa que quando um israelita ficasse pobre e precisasse vender suas terras, seu parente mais próximo tinha o dever de comprá-las de volta e restituir-lhe. E se o hebreu fosse comprado como escravo por um estrangeiro, um parente tinha o dever de resgatá-lo (Lv 25.25-28; 47-59). Já a lei do levirato previa que o irmão do cunhado (“levir”) se casasse com a viúva e suscitasse descendência ao falecido (Dt 25.5-10; Mt 22.24-48). Tudo indica que essa prática foi ampliada, seguindo uma ordem de parentesco mais abrangente, semelhante à do resgatador (Lv 25.48,49). No caso de Boaz, havia um remidor “mais chegado” que ele (Rt 3.12).
  
3. Temor e respeito
A saudação de Boaz a seus empregados demonstra que ele temia a DEUS. A invocação a Jeová (“O Senhor seja convosco”), dirigida a todos os segadores, indica, também, seu respeito aos que com ele trabalhavam. Os empregados lhe retribuem com uma saudação também amistosa e piedosa: “O Senhor te abençoe” (Rt 2.4). Patrões e empregados devem se tratar com mútua consideração, reconhecendo a posição e o papel próprios de cada um na relação de trabalho (Ef 6.5-9; Cl 3.22 – 4.1).
 
 
SINÓPSE I - Boaz era um homem próspero e respeitado por todos que o cercavam.
 
 
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“BOAZ
Os heróis são mais fáceis de se admirar do que de definir. Eles raramente percebem seus instantes de heroísmo, e outras pessoas não podem reconhecer seus atos como heróicos. Eles simplesmente fazem a coisa certa no momento certo, quer percebam ou não o impacto causado por sua ação. Talvez a qualidade que compartilham seja uma tendência a pensar nas outras pessoas antes de si mesmos. Boaz era um herói.
Ao lidar com as pessoas, era sempre sensível às suas necessidades. Suas palavras para com seus empregados, parentes e outros eram generosas. Ele oferecia ajuda abertamente, não de má vontade. Quando descobriu quem era Rute, tomou várias atitudes para ajudá-la porque ela fora útil à sua sogra Noemi. Quando Noemi aconselhou Rute a pedir sua proteção, ele estava pronto a casar-se com ela, caso as implicações legais pudessem ser solucionadas” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).
  
II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE
1. A pureza não exclui a ternura
Logo que chegou ao campo, Boaz notou a presença de uma moça diferente entre os que respigavam (Rt 2.5). Informado de que era Rute, dirigiu-se a ela de forma carinhosa. Chamando-a de filha, deu liberdade para continuar catando espigas em sua plantação e lhe assegurou de que seria tratada com o devido respeito: “não dei ordem aos moços, que te não toquem?” (Rt 2.9). Boaz se preocupou com a segurança de Rute. Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida. Boaz era um cavalheiro, muito educado com todos. Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses (2 Rs 4.8,9). JESUS, o mais puro dos homens, convivia com todos (Mc 2.15-17; Jo 4.3-27).
  
2. DEUS estava agindo
A atitude de Boaz surpreendeu Rute. Como estrangeira e pobre, certamente ela tinha receio de como seria tratada. Agia com educação e muita discrição (Rt 2.7). Impressionada com o gesto de Boaz, inclinou-se ao chão e, de forma humilde, reconheceu ser indigna do tratamento que recebeu (Rt 2.10). Havia uma motivação especial na conduta de Boaz: ele já conhecia a bela história de Rute (Rt 2.11). Um bom testemunho nos abre muitas portas.
  
3. Sensível e espiritual
Boaz conciliava firmeza moral e sensibilidade; ternura e espiritualidade. O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute (Rt 2.12). Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o DEUS dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas. E como servo de Yahweh, estava sendo usado para abençoar uma piedosa moabita. Suas palavras tocaram profundamente o coração de Rute e lhe deram grande conforto (Rt 2.13).
“Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida. [...] Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses.”
  
SINÓPSE II - Boaz tratou Rute com ternura, respeito e sensibilidade espiritual.
  
III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA
1. A lei da semeadura
Uma cosmovisão secular produz a ilusão de que vivemos em um mundo “dos homens”, apartados de DEUS e não afetados por Ele. Isso é fruto de uma incredulidade crescente (Lc 18.1-8; 1 Tm 4.1). Essa visão dualista em nada condiz com as Escrituras e com a realidade dos que confiam no Senhor da providência. Rute decidiu servir ao DEUS de Israel, em vez de Quemós, o deus dos moabitas, cuja adoração incluía o sacrifício de crianças (Nm 21.29; 1 Rs 11.7; 2 Rs 3.26,27). Agora, ela começava a experimentar a mão invisível de Jeová-Jireh agindo graciosamente em seu favor. A lei da semeadura funciona integralmente (2 Co 9.6; Gl 6.7).
  
2. Os “acasos” de DEUS
O primeiro sinal da ação de DEUS foi a escolha aparentemente aleatória que Rute fez, indo apanhar espigas no campo de Boaz (Rt 2.3). Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. DEUS tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam (Rm 8.28). Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação (Rt 2.20). Uma esperança brotou no coração da pobre viúva (Jó 14.7-9).
“Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. DEUS tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam.”
  
3. O resultado da colheita
Alguns frutos de nossas ações são colhidos de imediato. Outros levam tempo para aparecer. Pela forma graciosa como era tratada, Rute colhia cereais em abundância diariamente nos campos de Boaz (Rt 2.17,21). A colheita garantia sua sobrevivência e de sua sogra. O trabalho árduo durou toda a estação: entre março e abril colheu cevada; e de abril a junho, trigo. Concluído o trabalho, ficou com a sogra (Rt 2.23). Uma “colheita” ainda maior seria feita por ela em tempo oportuno (Ec 3.1). Nosso DEUS trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64.4).
  
SINÓPSE III - A história de Rute com Boaz revela a validação da lei da semeadura e o bom plano de DEUS em sua vida e no mundo.
  
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“O CONTEXTO HISTÓRICO DO TRABALHO DE RUTE
Quando o trigo e a cevada estavam prontos para serem colhidos, os ceifeiros eram contratados para cortar os talos e juntá-los em feixes. A lei israelita mandava que as laterais dos campos fossem deixadas de lado. Além disso, os grãos que caíam ficavam no chão para as pessoas pobres, que os apanhavam (ato de respigar) e usavam como alimento (Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19). O propósito desta lei era alimentar o pobre e impedir que os donos os armazenassem. Esta legislação fazia parte do programa de bem-estar em Israel. Por ser uma viúva sem meios de sustentar a si própria, Rute foi ao campo de Boaz apanhar estes grãos.
Rute foi para uma terra estranha. Ao invés de depender de Noemi ou esperar que algo de bom acontecesse, tomou a iniciativa e foi trabalhar. Não titubeou em admitir sua necessidade e buscou meios para supri-la. Quando saiu ao campo, DEUS proveu-lhe todas as coisas. Se você espera pela provisão do Senhor, considere isto. Provavelmente Ele aguarda o seu primeiro passo, o qual demonstrará a importância de sua necessidade.
O trabalho de Rute, embora servil, cansativo e talvez degradante, foi feito fielmente. Qual é a sua atitude quando sua tarefa não corresponde com o seu verdadeiro potencial?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).
  
CONCLUSÃO
A atitude de fé de Rute estava sendo recompensada. Sua prontidão em cuidar da sogra levou-a a encontrar conforto e proteção naquele que seria o resgatador de toda a família e que a incluiria na genealogia do Redentor da humanidade. O DEUS de Rute é o nosso DEUS. Ele continua agindo por aqueles que decidem se abrigar debaixo de suas asas. Confiar nEle e viver fazendo o que lhe agrada é o meio infalível de alcançar sua misericórdia e favor.
 
 REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quem era Boaz?
Um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23).
 
2. Qual o significado de “goel” e “levir”?
“Goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). “Levir”, o irmão do cunhado.
 
3. Qual o versículo-chave do livro de Rute?
O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar” (2.11).
 
4. O que motivou Boaz a tratar Rute com tanta generosidade?
Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o DEUS dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.
 
5. Qual a reação de Noemi quando Rute lhe informou sobre Boaz?
Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação: “Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos [...]: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidores” (Rt 2.20).
 
VOCABULÁRIO
 Respigavam: apanhavam no campo as espigas que ali ficavam; colhiam.
Laboral: Relativo ao trabalho.
Cosmovisão: Visão de mundo; forma de viver.