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Escrita Lição 8, Betel, Não Adulterarás: Uma Obrigação Moral Para A Santidade E A Preservação Da Família, 4Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita, Lição 8, BETEL, Não Adulterarás: Uma obrigação Moral para a Santidade e a Preservação da Família, 4Trr24, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar
PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista
Editora Betel, 4° Trimestre De 2024,| Tema, OS DEZ MANDAMENTOS, Estabelecendo Princípios e Valores
Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola
Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- ASPECTOS DO
SÉTIMO MANDAMENTO
1.1. Uma
definição de adultério.
1.2. A natureza
do mandamento.
1.3. A punição
do mandamento.
2- A ABORDAGEM
DE JESUS ACERCA DO ADULTÉRIO
2.1. O
adultério não acontece por acaso.
2.2. A unidade
do casamento.
2.3. Zelando
pelo Matrimônio.
3- O OBJETIVO
DO MANDAMENTO
3.1. Guardar a
santidade do casamento.
3.2. Guardar a
santidade do lar.
3.3. Guardar a
estabilidade das sociedades.
TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, vos
digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração
cometeu adultério com ela.” Mateus 5.28
VERDADE
APLICADA
O sétimo
mandamento trata da santidade e da fidelidade entre os cônjuges. Ele visa
proteger a sagrada instituição da família.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
Mostrar aspectos essenciais do sétimo mandamento.
Expor a abordagem feita por JESUS acerca do adultério.
Explicar o objetivo do sétimo mandamento.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - DEUTERONOMIO 22.22-24
22- Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então
ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim tirarás o
mal de Israel.
23- Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na
cidade e se deitar com ela.
24- Então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis com pedras,
até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto
humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Êx 20.14 Não adulterarás.
TERÇA | MI 2.10-17 O divórcio é ilícito.
QUARTA | 1Co 6.16 Relação conjugal fora do casamento é pecado.
QUINTA | 1Ts 5.22 É preciso abster-se da aparência do mal.
SEXTA | Hb 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio.
SÁBADO | Tg 1.14-15 Atraídos e engodados por nossa cobiça.
HINOS SUGERIDOS: 334, 363, 432
A MOTIVO DE
ORAÇÃO
Ore pela
santidade no seu lar.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO 8
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ANTES DE SE
COMENTAR QUALQUER COISA É PRECISO APRENDER CORRETAMENTE SOBRE PROSTITUIÇÃO,
ADULTÉRIO E DIVÓRCIO COM JESUS
Hb 13.4
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se
dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral
e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual.
O Senhor os fez
um só
2.16 ABORRECE O
REPÚDIO. DEUS odeia o divórcio. Quem pratica o divórcio, assemelha-se
"aquele que encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos
olhos de DEUS, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato
(ver Mt 19.9)
Mt 19.9 A NÃO
SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele
seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe
(vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita
uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), (era a descoberta
por parte do marido de que sua esposa não era mais virgem quando se casou com
ele). Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer,
e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo:
Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; Deuteronômio
22:13,14
O divórcio,
portanto, deve ser permitido SOMENTE EM CASO DE PROSTITUIÇÃO DA MULHER ANTES DO
CASAMENTO e o marido se recusar a perdoar.
(1) Quando JESUS censura o divórcio em Mt 19.8,9, estava referindo-se à
separação por causa de prostituição da mulher antes do casamento, como
permitido no AT em casos de prostituição pré-nupcial, constatada pelo marido
após a cerimônia do casamento (Dt 24.1 - Quando o marido descobria que sua
noiva não era mais virgem). A vontade de DEUS em tais casos era que os dois
permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por causa da
prostituição da mulher pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas
que não queriam perdoar(vv. 7,8).
JESUS foi
categórico no proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO
CASAMENTO POR PARTE DA MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme
Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
(2) No caso de
infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do
casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt
22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de
novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova
Aliança, os privilégios do crente não são menores. Vale também o caso de se
descobrir que o cônjuge não era mais virgem. O descrente pode desejar se
apartar e o crente deve permitir, mas, nesse caso, só poderá se casar com um
crente depois (1 Co 7.27,28).
Adultério no NT
– Moicheia
μοιχευω moicheuo
SEMPRE A
PALAVRA PARA ADULTÉRIO É ESSA NO GREGO
1) cometer adultério
1a) ser um adúltero
1b) cometer adultério com, ter relação ilícita com a mulher de outro
1c) da mulher: permitir adultério, ser devassa
1d) Uma expressão idiomática hebraica, a palavra é usada daqueles que, pela
solicitação de uma mulher, são levados à idolatria, i.e., a comer de coisas
sacrificadas a ídolos
Prostituição no
NT – Porneia
πορνεια porneia
1) relação
sexual ilícita
1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com
animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10.11-12
2) metáf. adoração de ídolos
2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer
sacrifícios oferecidos aos ídolos
Coisa Feia –
Coisa Indecente - falta de virgindade
Ìervah
1) nudez,
vergonhas, partes pudendas
1a) partes pudendas (com sentido implícito de exposição vergonhosa)
1b) nudez de algo, indecência, conduta imprópria (NÃO SER MAIS VIRGEM)
1c) exposto, desprotegido (fig.)
COISA
FEIA - ערוה - Ìervah -
indecência, conduta imprópria, coisas escandalosas - SABIA QUE ENCONTRARIA
OS VERSÍCULOS PROVANDO QUE "COISA FEIA", MENCIONADA EM DEUTERONÔMIO
24.1, ERA A MULHER NÃO SER MAIS VIRGEM - Quando um homem tomar mulher, e,
entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas (NÃO SER MAIS
VIRGEM), e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei
a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os
sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, à
porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este
homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas,
dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de
minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os
anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em
cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama
sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não
a poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não
achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da
sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel,
prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti.
Deuteronômio 22:13-21
Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa,
for e se casar com outro homem, e se este último homem a aborrecer, e lhe fizer
escrito de repúdio, e lho der na sua mão, e a despedir da sua casa ou se este
último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu
primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la para que seja sua
mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor ; assim
não farás pecar a terra que o Senhor , teu DEUS, te dá por herança.
Deuteronômio 24:1-4
QUEM SABE SE NOSSOS PASTORES TIVESSEM ACHADO ESSA MENÇÃO NÃO
TERIAM APROVADO
DIVÓRCIO NA CONVENÇÃO EM 2011?
JESUS NUNCA
APROVOU DIVÓRCIO DE PESSOAS CASADAS, NEM MESMO SE HOUVESSE ADULTÉRIO – A ORDEM
É PERDOAR.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 9 - Não
Adulterarás
Lições Bíblicas
- 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ
MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança
Comentários:
Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
Resumo da Lição
9 - Não Adulterarás
I. O SÉTIMO
MANDAMENTO
1. Abrangência.
2. Objetivo.
3. Contexto.
II. INFIDELIDADE
1. Adultério.
2. Sexo antes do casamento.
3. Fornicação.
III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. Estupro.
2. Incesto.
3. Bestialidade.
IV. O ENSINO DE JESUS
1. O sétimo mandamento nos Evangelhos.
2. O problema dos escribas e fariseus.
3. A concupiscência.
TEXTO ÁUREO
"Eu,
porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu
coração cometeu adultério com ela." (Mt 5.28)
VERDADE PRÁTICA
O sétimo mandamento diz respeito à pureza
sexual e à proteção da sagrada instituição da família, assim como o mandamento
anterior fala sobre a proteção à vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.21-24 O casamento foi instituído
por DEUS antes da queda no Éden
Terça - Pv 6.32,33 O adultério destrói a reputação e deixa cicatrizes
indeléveis
Quarta - Jr 29.20-23 O adultério é uma prática insana com consequências
funestas
Quinta - Ml 2.14 DEUS exige fidelidade entre marido e mulher
Sexta - Mt 19.4-6 O plano divino desde o princípio era monogâmico
Sábado - Mc 10.11,12 No NT, adultério é qualquer relação sexual extraconjugal
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Êxodo 20.14; Deuteronômio 22.22-30
Êxodo 20.14 Não
adulterarás.
Deuteronômio 22.22 Quando um homem for achado deitado com mulher casada com
marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher;
assim, tirarás o mal de Israel. 23 Quando houver moça virgem, desposada com
algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, 24 então,
trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que
morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a
mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti. 25 E, se algum
homem, no campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com
ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela; 26 porém à moça não farás
nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra
o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio. 27 Pois a achou no
campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse. 28 Quando um homem
achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com
ela, e forem apanhados, 29 então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da
moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por mulher;
não a poderá despedir em todos os seus dias. 30 Nenhum homem tomará a mulher de
seu pai, nem descobrirá a ourela de seu pai.
OBJETIVO GERAL
Apresentar o sétimo mandamento, ressaltando o
intento de DEUS em favor da família.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos
que o professor deve atingir em cada tópico.
Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.
Mostrar o real significado da infidelidade.
Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina.
Analisar o ensino de JESUS acerca do sétimo mandamento.
PONTO CENTRAL -
O adultério e a impureza sexual maculam a família.
SÍNTESE DO
TÓPICO I - O sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família,
estabelecendo uma sociedade moral e espiritualmente sadia.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A infidelidade conjugal quebra a aliança assumida pelo
casal diante de DEUS e dos homens.
SÍNTESE DO TÓPICO III - DEUS abomina o estupro, o incesto e a bestialidade.
SÍNTESE DO TÓPICO IV - O Senhor JESUS reiterou o princípio do sétimo
mandamento.
PARA REFLETIR -
Sobre o sétimo mandamento:
O adultério destrói a família. Por quê?
Sim. Ele destrói a família porque quebra a aliança assumida pelo casal diante
de DEUS e da sociedade. A infidelidade destrói a harmonia no lar e
desestabiliza a família.
O adultério refere-se apenas ao envolvimento sexual de pessoas casadas?
Não. Refere-se também ao relacionamento sexual entre uma pessoa solteira e uma
casada.
Por que o adultério é destrutivo para a família?
Porque é uma loucura que compromete a honra e a reputação do casal.
Por que o casamento é uma instituição divina?
Porque foi planejado e criado pelo Senhor.
Qual o limite entre o "simples olhar" e o "olhar malicioso"?
O olhar malicioso é o que cobiça com o desejo de possuir o outro.
VOCABULÁRIO
Endogamia -
Estado de endógamo, isto é, aquele que só se casa com membros da sua classe ou
tribo.
SUGESTÃO DE
LEITURA
A Família
Cristã e os
Ataques do
Inimigo
Manter a
família com princípios e valores cristãos é um desafio na pós-modernidade. Para
obter sucesso, não só é preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas também colocar
seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a
família podem ser identificadas e refutadas.
Sábios
Conselhos para
um Viver
Vitorioso
Um estudo
sistematizado
sobre os livros
de Provérbios de Salomão e Eclesiastes. Esta obra tem um capítulo que trata a
respeito da infidelidade conjugal. DEUS tem um plano para o matrimônio cristão
e sua Palavra é poderosa para orientar os casais.
Integridade
Moral e Espiritual
Sem dúvida, o
livro de Daniel revela fatos e acontecimentos os quais se evidenciam na
atualidade. Na verdade, nenhum outro livro profético se ajusta tão
perfeitamente às evidências atuais como o livro de Daniel. Nele, vemos a
integridade espiritual e moral de um servo de DEUS.
Comentários
de diversos livros com algumas alterações e adições do Pr. Luiz Henrique
NÃO ADULTERARÁS
Quando um
membro comete o pecado de adultério contra o cônjuge geralmente é redigido no
Livro da Ata da Assembleia Geral da igreja local, assim: "pecou contra o
sétimo mandamento".
Adultério e
sétimo mandamento tornaram-se sinônimos na maioria das igrejas. Com adultério,
nos referimos ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou
solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento.
Quando DEUS o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da
atual sociedade ocidental.
Era comum, em
Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de
DEUS para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram
preteridas por quaisquer desculpas: "Quando um homem tomar uma mulher e se
casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela
achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a
despedirá da sua casa" (Dt 24.1). A expressão "achar coisa feia"
foi responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O
resultado: por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres.
Na sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois
destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes.
No Novo
Testamento, JESUS retomou o ideal de DEUS para a humanidade e denunciou a
covardia dos homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo:
"Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém,
vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu
coração cometeu adultério com ela" (Mt 5.27,27). Note que a expressão
"achar coisa feia", de Deuteronômio 24.1, perdeu todo o sentido
agora. O nosso Senhor estava falando aos homens nestes termos: vocês não têm o
direito de repudiar as suas mulheres para ficar com outras mais novas. Assim
JESUS asseverou: "Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez
macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem" (Mt 19.4-6).
O adultério
viola por completo o princípio de DEUS para com os seres humanos. Os
destinatários das palavras de JESUS eram os homens da sua época. Por quê? Ora,
eles determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como
nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás!
Revista
ensinador. Editora CPAD Ano 16 - N° 61. pag. 40.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
O sétimo
mandamento continua atual porque o mundo está às avessas, dizendo
"não" a tudo aquilo que DEUS diz "sim” na sua Palavra, e
"sim" a tudo o que a Bíblia diz "não". O resultado é o caos
na família e na sociedade.
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 99.
A atitude de
JESUS em relação à mulher surpreendida em situação de adultério, como foi
registrado em João 8.1-11, tem sido questionada com o argumento de que essa
passagem está ausente do antigo e melhor manuscrito e, onde ela realmente
aparece, suas interpretações são extremamente variadas. Entretanto, "está
fora de qualquer dúvida que ela faz parte da tradição autêntica da igreja"
(A. J. MacLeod, "John", NBC). O Senhor JESUS CRISTO não foi conivente
com o pecado da mulher, nem a condenou à morte por apedrejamento como seus
acusadores haviam sugerido. "A verdade, que estava nele, repreendeu a
mentira dos escribas e fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia
que estava nela" Mission and Message of JESUS, p. 795) e Ele disse à
mulher que partisse e que não voltasse a pecar. Não apresentaram o homem e isso
tornava o julgamento ilegal.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 35.
Assim como os
filhos devem honrar seus pais (Êx. 20.12), e como os pais devem honrar seus
filhos (Ef. 6.4), assim também os cônjuges devem honrar-se mutuamente. Isso faz
parte de uma estrutura social que prospera, pelo que faz parte da segunda tábua
dos Dez Mandamentos. Desse modo fica salvaguardada a solidariedade da família.
A poligamia sempre fez parte da sociedade hebreia, pelo que ter mais de uma
esposa, ou ter uma esposa e várias concubinas não era algo proibido pelo sétimo
mandamento. Antes, o que era condenado era a sedução da esposa de outro homem,
ou (em casos mais raros) a sedução, por parte de uma mulher, do marido de outra
mulher.
O trecho de
Mateus 5.27 ss. elabora aquilo que constituí o adultério, mostrando- nos que
está envolvido mais do que atos sexuais ilícitos. Existe aquele adultério da
mente, de que nenhum homem ou mulher escapa. Ver também Heb. 13.4 e Lev. 20.10.
O que está
implícito no adultério ou no sétimo mandamento? O Grande Catecismo de
Westminster, respondendo à pergunta 139, elabora:
“o adultério, a
formicação, o estupro, o incesto, a sodomia, as paixões desnaturais, a
imaginação impura, a impureza nos propósitos e nos afetos, a linguagem Imoral,
os olhares sensuais, o comportamento imodesto, as vestes imodestas, os
casamentos ilegítimos, a tolerância de bordéis ou de qualquer tipo de
prostituição, o indevido adiamento no casamento, o divórcio, a separação ou
deserção do cônjuge, a preguiça, a glutonaria, o alcoolismo, as gravuras, as
danças, as peças teatrais e qualquer outra coisa que excita ou promova
pensamentos impuros”.
Ό sétimo
mandamento trata a família como uma unidade social. Seu real interesse é a
sacralidade do matrimônio. Somente por implicação envolve a gama inteira da
moralidade sexual” (J. Edgar Park, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 393.
Adultério (vv.
27-30; Êx 20:14). (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I -
Warren W . Wiersbe)
Para o povo
judeu daquela época, o noivado equivalia ao casamento - exceto pelo fato de que
o homem e a mulher não coabitavam. Os noivos eram chamados de "marido e
esposa", e, ao fim do período de noivado, o casamento era consumado. Se
uma mulher que estava noiva ficava grávida, isso era considerado adultério (ver
Dt 22:1321).
Porém, José não pediu nenhuma punição nem o divórcio quando descobriu que Maria
estava grávida, pois o Senhor havia lhe revelado a verdade. Todas essas coisas
cumpriram Isaías 7:14.
os fariseus
tinham uma lista de ações exteriores consideradas pecado, mas JESUS explicou
que o pecado provém das atitudes do coração. A ira sem motivo é homicídio no
coração; a lascívia é adultério no coração. A pessoa que afirma "viver
segundo o sermão do monte" talvez não perceba que é mais difícil seguir
esses preceitos do que os Dez Mandamentos!
JESUS assevera
a pureza da lei de DEUS e, em seguida, explica que a intenção dessa lei é
revelar a santidade do sexo e a pecaminosidade do coração humano. DEUS criou o
sexo e protege essa criação. Tem autoridade para determinar como deve ser usado
e para punir os que se rebelam contra suas leis. DEUS não estabeleceu regras
para o sexo porque deseja nos controlar, mas sim porque deseja nos abençoar.
DEUS sempre diz "não" para poder dizer "sim". A impureza
sexual nasce dos desejos do coração. Mais uma vez, JESUS não está dizendo que
desejos lascivos são a mesma coisa que práticas lascivas e, portanto, que a
pessoa pode aproveitar e cometer adultério de fato, uma vez que já o fez em
pensamento. O desejo e a prática não são idênticos, mas, em termos espirituais,
são equivalentes. O "olhar" que JESUS menciona não é apenas casual e
de relance; antes, é um olhar fixo e demorado com propósitos lascivos. É
possível um homem olhar de relance para uma mulher, constatar que ela é linda,
mas não ter pensamentos lascivos depois disso. O homem que JESUS descreve olha
para a mulher com o propósito de alimentar seus apetites sexuais interiores,
como um substituto para o ato sexual em si. Não é uma situação acidental, mas
um ato planejado. Como vencer essas tentações? Pela purificação dos desejos do
coração (o apetite conduz à ação) e pela disciplina das ações do corpo. Claro
que JESUS não está falando literalmente de realizar uma cirurgia, pois isso não
resolveria o problema do coração. Em se tratando dos pecados sexuais, os olhos
e as mãos são geralmente os dois grandes "culpados"; portanto, são
eles que devem ser disciplinados. JESUS diz: "trate o pecado de maneira
imediata e decisiva! Não pense num tratamento gradual. A remoção deve ser
radical!" A cirurgia espiritual é mais importante do que a cirurgia
física, pois os pecados do corpo podem levar ao julgamento eterno.
Convém refletir sobre passagens como Colossenses 3:5 e Romanos 6:13; 12:1, 2;
13:14. (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W .
Wiersbe)
I. O
SÉTIMO MANDAMENTO
1. ABRANGÊNCIA.
Pedofilia,
Masturbação, Sexo antes do casamento, Sexo anal, Sexo com animais, lesbianismo,
Homossexualidade,
O adultério é a
relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e
vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de DEUS
declara: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além
da cópula extraconjugal. É a proibição de toda a forma de prostituição; é DEUS
dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais, imaginações e
pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28).
O quinto
mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo
mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher.
É isso o que DEUS espera de todos os casais. Na verdade, são ideais
provenientes da criação (Gn 2.24).
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 100.
No A.
Testamento. Contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que
não seja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com uma mulher que não
fosse sua esposa.
Todavia, o
concubinato era extremamente comum no Antigo Testamento por parte de ímpios
(Israel copiou muitas vezes), pelo que um homem casado podia ter muitas
mulheres, contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos apropriados,
sob forma escrita, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento
deveria ocorrer. Outrossim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria
(vários maridos para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e
nos costumes dos judeus. Os versículos que proíbem o adultério incluem Êx,
20:14; Lv. 18:20; Mt. 19:3-12; Gl. 5:19-21.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 65-66.
Êxo 20.14. Não
adulterarás. A Lei jamais permitiu poliandria (caso em que uma mulher tem
vários maridos simultaneamente). O fato de um homem ter relações sexuais com a
esposa de outro homem era considerado um pecado hediondo tanto contra DEUS como
contra o homem, já bem antes da lei, ao tempo dos patriarcas (Gn 39:9). Talvez
este mandamento esteja relacionado ao “ furto” e à “ cobiça” proibidos nos dois
mandamentos seguintes, já que a esposa pertencia a outrem.
R. Alan Cole,
Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 154.
Êxo 20:14 Não
adulterar O sétimo mandamento, não adulterarás, diz respeito à profanação da
santidade do casamento pelo adultério (20:14). No AT, esse ato é considerado,
primeiramente, um pecado contra o próximo. o homem adúltero peca contra sua
esposa e o marido enganado, e a mulher adúltera peca contra seu marido e a
esposa enganada. A descrição feita por José do adultério como um pecado “contra
DEUS” (Gn 39:9 - mulher de Potifa) mostra que, de longa data, esse ato era
considerado uma transgressão da vontade de DEUS.
Cometer
adultério corresponde a quebrar uma aliança e uma promessa e, portanto, é um
sinal de desrespeito por todas as alianças e promessas. Assim, é significativo
que o mandamento seja dado no contexto das prescrições da aliança que define o
compromisso entre DEUS e seu povo (cf. 20:1-17).
O castigo para
o adultério é estipulado em outras passagens do Pentateuco (cf. Lv 20:10; Dt
22:22 no contexto do casamento; cf. Dt 22:13-21 quando a mulher não é casada).
Em geral, o termo “adultério” se refere a uma relação sexual envolvendo
infidelidade conjugal.
Tokunboh
Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag.
114.
2.
OBJETIVO.
O objetivo
deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por
DEUS por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24 – um Adão para uma
Eva, Um Macho para uma Fêmea). A santidade desse relacionamento familiar deve
ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a pureza sexual e evitar
as práticas da cultura egípcia, onde os israelitas estiveram e saíram, e da
cultura Cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão
descritos com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21).
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 100.
O mandamento
para se abster de cometer adultério (Ex 20.14) tem, em seu cerne, a proteção do
relacionamento marital e da família oriunda deste; todavia, como o
relacionamento sexual humano também serve metaforicamente para descrever o
relacionamento de Israel com o Senhor, o mandamento tem ramificações que
ultrapassam a mera relação interpessoal. Na esfera humana, essa estipulação,
como a que ordena o devido respeito aos pais, é crucial por causa do papel da
família na implementação do desígnio do Reino de DEUS. O homem ou a mulher que
traem seu parceiro — aquele sem o qual não está completo — contribuem para a
ruptura do modelo hierárquico do domínio do Reino para o qual foram criados
como seres complementares (cf. Gn 2.18). Por essa razão, o adultério não é
apenas um ato privado e isolado; ele causa profundo efeito na comunidade
imediata e até mesmo universal dos que constituem o Reino de DEUS na terra. Se
um homem ou mulher não consegue viver em fidelidade marital, que esperança
podem ter para os compromissos do reino em outras esferas, incluindo os
compromissos com o grande Rei mesmo?
Pelo fato de a
aliança de DEUS com Israel, às vezes, ser descrita como um casamento (cf. Is
54.5,6; Jr 3.14,20; 31.32; Ez 16.32; Os 2.16), a infidelidade nesse
relacionamento, por parte de Israel, não era nada menos que adultério (cf. Os
4.15; 7.4; Jr 3.8; 5.7; 9.2; 13-27; Ez 6.9; 16.32; 23.37-45).
Nesse caso, o
outro parceiro são os ídolos e deuses das nações com os quais Israel flertava e
para os quais, vez após outra, ela sucumbiu através de sua história. Jeremias
registra o triste lamento do Senhor que pergunta: “Você viu o que fez Israel, a
infiel? Subiu todo monte elevado e foi para debaixo de toda árvore verdejante
para prostituir-se” (Jr 3.6). Contudo, Judá não era melhor e, depois de ver o
comportamento adúltero de sua irmã, “também se prostituiu, sem temor algum. E
por ter feito pouco caso da imoralidade, Judá contaminou a terra, cometendo
adultério com ídolos de pedra e madeira” (v. 8,9).
O mandamento
para evitar o adultério foi designado não só para manter a família humana e seu
papel de manifestar os princípios do Reino intatos; mas também tinha relevância
direta para o papel de Israel entre as nações como a semente por intermédio da
qual DEUS as abençoa. Uma Israel infiel não poderia realizar sua missão como
reino de sacerdotes mais que uma esposa infiel poderia cumprir a sua como o
instrumento sem o qual seu marido fica incompleto.
Veja também
Ezequiel 16.1-63.
Eugene H.
Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações.
pag. 335-336.
A fim de
preservar a santidade do lar (Êx, 20:14; Dt. 5:18). Também está envolvida a
questão da herança da família (a terra pertencia a cada família) e a
preservação da pureza tribal (só podiam se casar na mesma tribo). Finalmente, o
próprio ato era considerado um crime sério, um ato de contaminação (Lev.
18:20). Por esse motivo, era imposta a pena de morte, envolvendo a execução de
ambos os culpados (Êx, 20:14; Lv. 20:1 ss ).
Injunções
similares podem ser achadas no código babilônico de Hamurabi (129), e,
opcionalmente, na primitiva lei romana (Dion. Hal. Antiguidades Romanas). A
pena de morte mostra que as sociedades antigas encaravam o adultério não
meramente como um ato privado errado, mas que ameaçava o arcabouço do lar e da
sociedade. O fato de que o homem e a mulher se tornam uma carne no matrimônio
(Gn. 2:24; Ef. 5:31,32) sugere uma comunicação mística de energias vitais
físicas e espirituais, e isso deve acontecer somente entre duas pessoas. No
adultério, o indivíduo é furtado de sua identidade, e a união mística de seres é
perturbada, talvez assemelhando-se ao homicídio, embora certamente com menores consequências
morais.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 66.
O sétimo
mandamento diz respeito à nossa própria castidade, bem como à do nosso vizinho:
“Não adulterarás”, v. 14. Este mandamento é colocado antes do sexto pelo nosso
Salvador (Mc 10.19): “Não adulterarás. Não matarás”. Pois a nossa castidade nos
deve ser tão importante quanto a nossa vida, e nós devemos ser tão temerosos
daquilo que profana o corpo como daquilo que o destrói. Este mandamento proíbe
todos os atos de impureza, como aquelas luxurias carnais que produzem estes
atos e guerreiam contra a alma, e todos aqueles costumes que alimentam e
entusiasmam estas luxúrias carnais, como, por exemplo, olhar para cobiçar.
CRISTO nos diz que tais atitudes são proibidas por este mandamento, Mateus
5.28.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 295-296.
3.
CONTEXTO.
Nunca vivemos
uma época de tantos casos de pecados sexuais dentro da igreja. Os escândalos
sexuais de líderes vão se amontoando e escandalizando milhares de neófitos
espirituais.
O sétimo
mandamento proíbe o adultério. Base original da monogamia. O trecho de Mt.
19:4-8 registra as declarações de JESUS em favor da monogamia e contra o
divórcio. Ele alicerçou o Seu ensino na narrativa da criação do homem. Podemos
supor, pois, que, apesar da permissividade do Antigo Testamento em relação ao
concubinato e à poligamia (para os homens somente era normal na cultura geral,
embora DEUS tenha colocado no coração de homens fiéis o que era certo, muitos O
desobedeceram – Abraão desobedeceu e Jacó, mas Isaque obedeceu, ele
representava JESUS CRISTO com uma só esposa – A IGREJA), a monogamia é o ideal
espiritual.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 66.
A poligamia,
como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e concubinas a ele
subordinadas, era permitida na época do AT por ímpios, embora alguns hebreus
famosos a tenham adotado, copiando o mundo, mas proibida no NT (por exemplo, 1
Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério para os ímpios e DEUS
tolerou entre alguns líderes, embora tivesse lhes advertido (escrito para ser
obedecido pelos Reis -Tampouco multiplicará para si mulheres, para que o seu
coração não se desvie; nem multiplicará muito para si a prata e o ouro. Dt
17.17).
Apesar das
rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em
diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto
cananeu de adoração aos Baalins, que incluía a prostituição
"sagrada". Indicações de uma lassidão moral são encontradas em
referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5-22; Jeremias 23.10-14.
O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos inimigos de DEUS ocasião
para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu
durante o NT e pode ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1
Coríntios 6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no
NT ao conceito de fornicação (porneia, porneuo, porne, pomos).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 35-36.
Êx 20.14.
adultério, como definido por nossas leis, é de dois tipos; dupla quando
entre duas pessoas casadas; único, quando uma das partes é casado e outra
solteiro. Uma parte principal da criminalidade de adultério consiste na sua
injustiça.
1. Ele rouba um
homem santo, tomando-lhe a afeição de sua esposa.
2. Ele faz dele
um falso pai e o obriga a manter em sua própria prole um falso filho um que não
é seu. O ato em si, e cada coisa que conduz ao ato, é proibido por este
mandamento. O Senhor diz: Mesmo aquele que olhar para uma mulher para a
cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração. E não só o adultério (o
sexo ilegal entre duas pessoas casadas) é proibido aqui, mas também a
prostituição e todo tipo de impureza mental e sensual. Todos os impuros filmes,
livros, fotos, músicas, pinturas, que tendem a inflamar e corromper a mente,
são contra esta lei, bem como uma outra espécie de impureza, por conta de que o
leitor é referido.
Para saber
sobre fornicação foi incluído esta ideia em Mateus, veja Mateus 15:19, onde o
nosso Salvador exprime o sentido dos mandamentos dando a eles uma ordem
diferente do pentateuco, pois quando ele fala do sétimo usa duas palavras, para
expressar o seu significado, e depois vai para o oitavo, assim mostrando
evidentemente que a prostituição foi entendida para ser compreendido sob o
mandamento, "Tu não cometerás adultério."
Quanto à
palavra adultério, adulterium, ele provavelmente foi derivado das palavras ad
alterius torum, para outro na cama, pois está indo para a cama de outro homem
que constitui o ato e o crime. Adultério muitas vezes significa idolatria na
adoração de DEUS.
ADAM
CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
Il.
INFIDELIDADE
1. ADULTÉRIO.
O verbo
hebraico nã’ph, "adulterar, cometer adultério", não apresenta
problema linguístico neste mandamento, diferentemente do que pensam alguns
expositores bíblicos. O termo aparece trinta e quatro vezes no Antigo
Testamento, nove vezes em Jeremias, sete em Ezequiel, seis em Oseias, seis no
Pentateuco e quatro na literatura sapiencial. O verbo ocorre no Decálogo,
em Êxodo e em Deuteronômio como lo ’ tinã ’ph,'m "Não
adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). As outras quatro vezes aparece em
Levítico, que traz de maneira clara e inconfundível a definição de adultério no
contexto da época: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro,
havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e
a adúltera" (Lv 20.10). Esse conceito é aprofundado no Novo Testamento. O
cristianismo restaura a monogamia originalmente estabelecida pelo Criador,
visto que a estrutura da sociedade do Antigo Testamento era polígama. A lei se
aplica se o ato envolver uma mulher casada ou comprometida (Dt 22.22-26). Mas,
se a mulher for solteira, o homem será obrigado a se casar com ela e nunca mais
poderá se divorciar, além de pagar uma indenização ao pai da moça (Dt 22.28,
29). Na nova aliança, não há nada disso; o sétimo mandamento é adaptado à
graça, e o assunto é levado à esfera espiritual e não jurídica ou legal (Jo
8.1-11). Os adúlteros contumazes e inveterados perdem o direito à vida eterna
no céu (1 Co 6.10; Ef 5.5;Ap 22.15).
Os termos
hebraicos para adultério são ni’uph, que só aparece duas vezes no Antigo
Testamento (Jr 13.27; Ez 23.43) e na’ãphüph, que só aparece uma vez (Os 2.2
[4]). Essas três ocorrências estão no plural. A Septuaginta traduz as duas
palavras por moicheia, o mesmo termo usado no Novo Testamento grego, onde só
aparece três vezes (Mt 15.19; Mc 7.22; Jo 8.3).
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 100-101.
Na Bíblia
Sagrada, o termo adultério (em hebraico na'aph e em grego moicheia) é muitas
vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou apostasia da
nação e do povo comprometido com DEUS. Exemplos disso podem ser encontrados em
Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13; Mateus 12.39; Tiago 4.4. Esse
uso está baseado na analogia do relacionamento entre DEUS e o seu povo, que é
semelhante ao relacionamento entre o marido e a sua esposa, uma característica
comum tanto do AT (Jr 2.2; 3.14; 13.27; Os 8.9) como do NT (Jo 3.29; Ap 19.8,9;
21.2,9). O casamento, que envolve ao mesmo tempo um pacto legal e um vínculo de
amor, representa um símbolo muito adequado do relacionamento entre CRISTO e a
sua igreja (Ef 5.25-27).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 35.
ADULTÉRIO. O
termo adultério é empregado nas Escrituras para designar relação sexual, com
consentimento mútuo, entre um homem, casado ou solteiro, e a esposa de outro
homem. Semelhantemente, o termo é usado para descrever o relação sexual, com
consentimento mútuo, entre uma mulher casada e um homem que não seja seu
marido.
O termo
usado no NT para descrever o conceito expresso pelo termo nã’aph, ou
“adultério” no AT. No antigo Israel, o significado primário do termo era o ato
físico de infidelidade conjugal. Entretanto, gradualmente o termo foi empregado
para designar adoração idólatra e falta de fidelidade para com DEUS. O
significado do ato e as conotações do termo parece ter-se aprofundado e
ampliado com o tempo.
No antigo
Israel, o adultério era expressamente proibido (Ex 20.14; Dt 5.18) e era
punível com a morte (Lv 18.20; 20.20; Dt 22.22-24). Em poucas nações, tais como
a França, a legislação, mesmo no século 20, prescreve que o adultério seja
considerado crime. Em 1955, o Instituto Americano de Leis decidiu não incluir a
infidelidade conjugal em seu modelo de código penal.
Nos primórdios
da história de Israel, o ato físico do adultério era severamente condenado. A
morte, aparentemente por apedrejamento, era a punição prescrita, tanto para
homens como para mulheres apanhados em adultério. A pena de morte era aplicada
no caso de adultério cometido não somente pelas mulheres casadas, mas também as
que fossem noivas ou comprometidas (Lv 20.10; Dt 22.22-25).
A legislação
judaica requeria que o adultério fosse claramente comprovado (Jo 8.4 e a Mishna
Sota I, 4; V, 1 e VI, 1 e 25). Se uma esposa fosse acusada de adultério, tinha
de provar sua inocência, mediante o ritual da “água amarga” (Nm 5.11-30 e
Mishna Sota I, 4 e VI, 25). Esse ritual não era prescrito para todas as
mulheres acusadas de adultério em Israel, mas somente para as israelitas
legítimas. No ritual, a mulher tinha de beber uma porção inócua de água
purificada, misturada com o pó do chão do Templo (ou tabernáculo) e com a tinta
usada para escrever o juramento recitado pela mulher durante o ritual. Se a
acusada fosse inocente, supostamente a ingestão da poção não lhe causaria
nenhum dano. Este processo era realizado diante do Sinédrio (Sotah I, 4);
exigia-se a presença de duas testemunhas do suposto ato de adultério, antes da
mulher ser convocada. Se a mulher fosse considerada culpada com base em provas
circunstanciais, o marido era compelido a se divorciar e a acusada perdia todos
os direitos provenientes do casamento. Além do mais, a adúltera não tinha
permissão de casar com o amante {Sotah, V, 1). Originalmente, esse tipo de
julgamento era destinado a mulheres culpadas, mas aos poucos foi sendo abolido
devido ao relaxamento moral entre a população masculina de Israel.
ANTES DE SE
COMENTAR QUALQUER COISA É PRECISO APRENDER CORRETAMENTE SOBRE PROSTITUIÇÃO,
ADULTÉRIO E DIVÓRCIO COM JESUS
Hb 13.4
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se
dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral
e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual.
O Senhor os fez
um só
2.16 ABORRECE O
REPÚDIO. DEUS odeia o divórcio. Quem pratica o divórcio, assemelha-se
"aquele que encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos
olhos de DEUS, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato
(ver Mt 19.9)
Mt 19.9 A NÃO
SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele
seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe
(vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita
uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), (era a descoberta
por parte do marido de que sua esposa não era mais virgem quando se casou com
ele). Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer,
e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo:
Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; Deuteronômio
22:13,14
O divórcio,
portanto, deve ser permitido SOMENTE EM CASO DE PROSTITUIÇÃO DA MULHER ANTES DO
CASAMENTO e o marido se recusar a perdoar.
(1) Quando JESUS censura o divórcio em Mt 19.8,9, estava referindo-se à
separação por causa de prostituição da mulher antes do casamento, como
permitido no AT em casos de prostituição pré-nupcial, constatada pelo marido
após a cerimônia do casamento (Dt 24.1 - Quando o marido descobria que sua
noiva não era mais virgem). A vontade de DEUS em tais casos era que os dois
permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por causa da
prostituição da mulher pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas
que não queriam perdoar(vv. 7,8).
JESUS foi
categórico no proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO
CASAMENTO POR PARTE DA MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme
Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
(2) No caso de
infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do
casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt
22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de
novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova
Aliança, os privilégios do crente não são menores. Vale também o caso de se
descobrir que o cônjuge não era mais virgem. O descrente pode desejar se
apartar e o crente deve permitir, mas, nesse caso, só poderá se casar com um
crente depois (1 Co 7.27,28).
Adultério no NT
– Moicheia
Prostituição no
NT – Porneia
Coisa Feia –
Coisa Indecente - falta de virgindade
Por volta do
ano 30 d. C., a pena de morte por adultério caiu em Israel, juntamente com
outras formas de pena capital.
Além disso, o
primeiro significado do termo adultério foi usado no AT para descrever o culto
idólatra e apostasia da religião (Is 57.3; Jr 3.8,9; Ez 23.43). Oséias
descreveu Israel como a mulher adúltera de Yahweh, devido à sua apostasia
religiosa (Os 2.2).
No NT, CRISTO
enfatizou o ensino de que o pensamento pecaminoso ou adúltero era equivalente
ao ato do adultério (Mt 5.17).
CRISTO também
ensinou que, sob certas circunstâncias, o casamento dissolvido pelo divórcio
culminava em adultério (5.27-32). O adultério é mencionado no NT como um dentre
vários pecados, que, na falta de arrependimento, excluiriam o indivíduo do
Reino de DEUS (I Co 6.9; G1 5.19-21). O adultério foi proibido por CRISTO (Mt
19.3-12; Jo 8.4) e pela Igreja Primitiva. Advertências severas eram feitas aos
ofensores, para que tais práticas não se repetissem (I Co 5.6). Além disso, o
adultério espiritual, ou a conformação do cristão com o sistema do mundo, ou de
religiões não cristãs, é claramente proibido no NT (Tg 4.4; Ap 2.20-23).
Tanto no
Antigo, como no Novo Testamento, o adultério é expressamente proibido, no
sentido físico e espiritual.
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag.
132-133.
ANTES DE SE
COMENTAR QUALQUER COISA É PRECISO APRENDER CORRETAMENTE SOBRE PROSTITUIÇÃO,
ADULTÉRIO E DIVÓRCIO COM JESUS
Hb 13.4
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se
dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral
e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual.
O Senhor os fez
um só
2.16 ABORRECE O
REPÚDIO. DEUS odeia o divórcio. Quem pratica o divórcio, assemelha-se
"aquele que encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos
olhos de DEUS, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato
(ver Mt 19.9)
Mt 19.9 A NÃO
SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele
seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe
(vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita
uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), (era a descoberta
por parte do marido de que sua esposa não era mais virgem quando se casou com
ele). Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer,
e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo:
Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; Deuteronômio
22:13,14
O divórcio,
portanto, deve ser permitido SOMENTE EM CASO DE PROSTITUIÇÃO DA MULHER ANTES DO
CASAMENTO e o marido se recusar a perdoar.
(1) Quando JESUS censura o divórcio em Mt 19.8,9, estava referindo-se à
separação por causa de prostituição da mulher antes do casamento, como
permitido no AT em casos de prostituição pré-nupcial, constatada pelo marido
após a cerimônia do casamento (Dt 24.1 - Quando o marido descobria que sua
noiva não era mais virgem). A vontade de DEUS em tais casos era que os dois
permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por causa da
prostituição da mulher pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas
que não queriam perdoar(vv. 7,8).
JESUS foi
categórico no proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO
CASAMENTO POR PARTE DA MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme
Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
(2) No caso de
infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do
casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt
22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de
novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova
Aliança, os privilégios do crente não são menores. Vale também o caso de se
descobrir que o cônjuge não era mais virgem. O descrente pode desejar se
apartar e o crente deve permitir, mas, nesse caso, só poderá se casar com um
crente depois (1 Co 7.27,28).
Adultério no NT
– Moicheia
Prostituição no
NT – Porneia
Coisa Feia –
Coisa Indecente - falta de virgindade
2.
SEXO ANTES DO CASAMENTO.
Embora a palavra
sexo não seja mencionada na Bíblia, o tema ocupa um espaço muito amplo nessa
coleção de documentos, e tudo o que há de bom e de ruim relacionado a isso é
descrito de forma explícita. Os hebreus não eram um povo puritano. Na verdade,
eram um povo do vinho, das mulheres e da canção. Confinar o sexo dentro do
casamento exigia a instituição do concubinato, que, de modo geral, tinha regras
muito frouxas, portanto o ideal (da Criação) de um homem para uma mulher na
prática quase nunca teve efeito (viviam em rebelião constante com DEUS,
imitando as nações idólatras a sua volta). Apenas as mulheres estavam limitadas
a um único homem. O ideal original de Gn. 1.26-28 era que houvesse uma união
entre um homem e uma mulher e que essa união tivesse o propósito da procriação,
pois era obrigação deles “frutificar e multiplicar”.
JESUS aprovou o
plano original (Mt. 19.4.8).
A virgindade
antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas
aparentemente não era respeitada para homens, pois viviam desobedecendo a lei
quanto a este assunto. Isso ajudava a evitar a confusão das linhagens
familiares e, em sua essência, servia aos mesmos propósitos das leis contra o
adultério.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6.
Editora Hagnos. pag. 192
Virgem no
Antigo Testamento
O termo
hebraico bethulah, "virgem” é cognato do ugarítico btit, um termo, com
frequência, usado como um dos títulos da deusa Anate. Em outras línguas também
havia cognatos, como o acádico batultu e o no assírio, batussu. Esse era o
termo específico para a ideia de “virgem intacta”, da mulher que não
tivesse tido seu hímen violado em um primeiro contato sexual.
A virgindade é
uma virtude na ordem da criação dos seres vivos, especialmente no caso da
mulher, por três razões básicas:
a. a relação
matrimonial precisava ser mantida inviolável, dentro do sistema de casamentos
monógamos (um homem e uma mulher) (ver Êx. 22).
b. O casamento
de um homem com uma mulher virgem garantia a pureza da herança, que era
fundamentalmente importante ao ofício sacerdotal de grupos específicos dentro
da nação de Israel (ver Lv. 21:14).
c. A
virgindade, por si mesma, era reputada como uma condição desejável (ver Et.
2:2). Esse ponto de vista é refletido até no Novo testamento, nos escritos
paulinos, onde ele diz: “E assim quem casa a sua filha virgem faz bem; quem não
a casa faz melhor” (1 Co. 7:38).
De acordo com
essa atitude judaica, a perda da virgindade deveria ocorrer dentro das relações
matrimoniais. Qualquer perda de virgindade, por ato de violência, era
duplamente lamentada (ver, por exemplo, II Sam. 13:13,14). Em Gênesis 24:16,
encontramos um detalhe interessante. Lemos ali: “A moça era mui formosa de
aparência, virgem, a quem nenhum homem havia possuído. O detalhe é que além de
Rebeca ser declarada virgem, foram acrescentadas as palavras a quem nenhum
homem havia possuído, como segurança para se entender que não havia qualquer
dúvida quanto à virgindade dela, embora ela fosse classificada como virgem (no
hebraico, bethulah).
No Antigo
Testamento, por várias vezes a palavra “virgens” era usada para indicar a
comunidade das “virgens”, como representante de um estado ou nação.
Geralmente, as
virgens formavam o grupo humano mais protegido e recluso da nação. É, por isso
mesmo, a felicidade delas (ver Ct. 6:8), o escárnio com que fossem tratadas
(ver II Reis 19:21; Is. 37:22) ou a miséria delas (ver Is. 46: 11) indicavam a
rigidez e a segurança do povo a que pertenciam. Assim é que a posição de
virgindade, por muitas vezes, é comparada com a pureza da adoração a Yahweh,
por parte do povo de Israel. Esse conceito tem o seu devido reflexo no Novo
Testamento, na ideia de que a Igreja é a pura Noiva de CRISTO (A Igreja - Noiva
Virgem). Por outro lado, a idolatria do povo de Israel, sempre que se
manifestou, é retratada no Antigo Testamento como as raias da depravação
sexual.
Virgem no Novo
Testamento - Conforme já demos a entender, todos os ensinamentos acerca da
virgindade e da moralidade, que há no Antigo Testamento, passam intactos e até
são elaborados no Novo Testamento. Em nenhuma das quinze ocorrências do termo
grego párthenos, "virgem”, há qualquer menção a outra coisa senão a
virgens.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6.
Editora Hagnos. pag. 666.
Atos 21.9 Tinha este quatro filhas donzelas (virgens), que profetizavam
(Filipe).
Dt 22.28,29 —
Esta lei advertia os jovens homens de que eles eram os responsáveis por suas
atitudes. Uma moça virgem não estava disponível a alguém só porque não era
comprometida.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H.
Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora
Central Gospel. pag. 343.
Se uma donzela
não comprometida fosse dessa forma tratada com violência, aquele que dela
abusou deveria ser multado, o pai deve receber a multa, e, se ele e a donzela
realmente consentiram, ele deve ser obrigado a se casar e jamais se divorciar
dela, não importa o quanto ela estivesse abaixo do nível dele, e o quão
desagradável ela pudesse ser para ele posteriormente, como Tamar foi para Amom
depois que ele a possuiu à força, v. 28,29. Isto servia para dissuadir os
homens de práticas tão cruéis, que são desonras sobre as quais é necessário que
leiamos e escrevamos.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 629.
Se uma moça
fosse estuprada antes de ficar noiva, o homem devia pagar uma multa ao pai da
moça e se casar com ela, e não era permitido que pedisse o divórcio
posteriormente (22: 28-29). Essa prescrição protegia tanto a mulher quanto o
filho nascido de um estupro.
A ênfase na
responsabilidade sexual contida nessas passagens contrasta com a frequente
casualidade com que se encara a violência sexual principalmente na África hoje,
que destrói a vida de tantas mulheres no continente. A igreja precisa ser mais
incisiva com relação a esse tema.
Tokunboh
Adeyemo. COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag.
241.
3.
FORNICAÇÃO.
O verbo
hebraico zãnãh, "cometer fornicação, praticar prostituição", designa
primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal. O particípio
do verbo zãnãh é zonãh, e se refere à mulher que se entrega a tal prática. A
isso comumente se chama "fornicação", mas se um dos envolvidos
tiver já assumido união formal com outra pessoa este ato será considerado
adultério. O verbo zãnãh e os substantivos derivados zenumm, zenut, e taznüt,
"fornicação, prostituição", são sinônimos quase perfeitos. Zenüním
aparece onze vezes (Gn 38.24; 2 Rs 9.22; Ez 23.11 [duas vezes]; 23.29; Os 1.2
[duas vezes]; 2.3[4], 4[6]; 4.12; 5.4; Na 3.4 [duas vezes]; zenüt ocorre nove
vezes (Nm 14.33; Jr 3.2, 9; 13.27; Ez 23.27; 43.7, 9; Os 4.11; 6.10) e taznüt
só aparece em dois capítulos de Ezequiel: no capítulo 16, nove vezes, e, no
capítulo 23, onze vezes. A Septuaginta emprega o termo pornê, em
"prostituta, meretriz".
O substantivo
porneia e o verbo porneuõ aparecem na Bíblia para designar orgia (Nm 25.1; 1 Co
10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia, às
vezes, aparece junto com adultério e, outras vezes, como sinônimo, mas é um
termo genérico e indica "prostituição, incastidade, fornicação, adultério,
imoralidade, práticas homossexuais", ao passo que moicheia é usado
especificamente para adultério e nunca se aplica à prostituição.
O Antigo
Testamento emprega todos esses termos também de forma metafórica para descrever
a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu DEUS. O profeta Ezequiel,
no capítulo 16, descreve a apostasia de Israel como prostituição e revela a
diferença entre nã ’ph e zãnãh.
A
"meretriz", zonãh, substantivo derivado do verbo zãnãh, é a mulher
que recebe pagamento por favores sexuais (Ez 16.31b). Esse conceito é reiterado
nos versículos 33 e 34. A "mulher adúltera", é a que recebe estranhos
em vez do marido (Ez 16.32). O Antigo Testamento nunca emprega naph para
designar a prostituta profissional. Essa diferença é verificada em Provérbios,
quando afirma que a zonãh é a mulher que se oferece por um pedaço de pão,
"prostituta" (Pv 6.26), ao passo que no ’êph, "adúltera", é
a mulher que tem marido mas se entrega a outro homem (Pv 6.32-34).
O sétimo
mandamento inclui também a proibição da prática homossexual. É o próprio DEUS
quem chama o comportamento homossexual de abominação, e a lei aplica a pena de
morte contra os que cometerem tal pecado (Lv 18.22; 20.13). Era a prática do
culto cananeu que envolvia a chamada "prostituição sagrada" (1 Rs
24.24; 15.12). O sodomita e a rameira são colocados na mesma categoria (Dt
23.17). A prática é proibida em toda a Bíblia (Rm 1.24-28; 1 Tm 1.10), mas a
nova aliança leva o assunto para a esfera espiritual, implicando a salvação e
não a pena capital (1 Co 6.10). O ensino de JESUS é: "Vai-te e não peques
mais" (Jo 8.11).
O apóstolo
Paulo afirma que o poder do evangelho resultou em uma mudança desse estilo de
vida especificamente na cidade de Corinto (1Co 6.11). No Brasil, o homossexual
que precisar de ajuda para abandonar esse estilo de vida não poderá contar com
ajuda de psicólogos. Estes são autorizados a ajudar a quem deseja ser
homossexual, mas são constantemente ameaçados pelas autoridades se ajudarem
quem pretende abandonar tal prática. São leis iníquas como essas que afrontam a
DEUS e ameaçam os fundamentos da família. JESUS e Paulo estariam hoje em
dificuldades diante da justiça brasileira.
O Senhor JESUS
anunciou de antemão os dias de Sodoma e Gomorra para o fim dos tempos, antes da
sua vinda (Lc 17.28-30). Atualmente, é grande a pressão das autoridades civis e
da mídia contra a Igreja, pois elas estão institucionalizando a iniquidade como
já tem acontecido em alguns países. Devemos tomar cuidado, pois o alvo desse
movimento está mais além: cercear a liberdade religiosa. A solução é orar a
DEUS para que o Estado respeite nossas crenças, princípios e tradições, razão
pela qual devemos respeitar o direito dos outros. É o mínimo que se espera num
estado democrático de direito, pois os direitos de César terminam onde começam
os de DEUS (Mt 22.21; At 5.29).
Igreja não é
Estado: a Igreja é regida pelo ESPÍRITO SANTO por meio da Palavra de DEUS, e o
Estado é regido por sua constituição. Não somos um Estado teocrático nem é
papel do cristão impor a Bíblia à legislação do país. "O mundo inteiro jaz
no Maligno" (1 Jo 5.19, ARA). Nosso dever é pregar o evangelho para a
salvação de toda a sorte de pecadores e não nos envolver em passeatas e
manifestos (Mt 28.19, 20).
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 102-104.
Fornicação. A
relação sexual entre um homem e uma mulher solteira (zemt) era proibida e os
pais eram especialmente proibidos de permitir que suas filhas se tomassem
prostitutas (Lv 19.29), “para que a terra não se prostitua, nem se encha de
maldade” (a vida sexual dos indivíduos era considerada como capaz de afetar
profundamente a prosperidade da comunidade toda, ao invés de ser um
assunto meramente privado). Nenhuma penalidade padrão foi estabelecida para a
fornicação. Ao que parece, um israelita que não fosse um sacerdote, podia se
casar com uma meretriz arrependida e corrigida - Veja o caso da meretriz Raabe
que fez parte da família de onde viria JESUS (visto que isto foi expressamente
proibido apenas aos sacerdotes, 21.7). A fornicação era um crime capital para a
filha de um sacerdote; ela devia ser queimada no madeiro (21.9) como alguém que
havia “profanado seu pai”. Devemos observar que DEUS elogiou Finéias, o neto de
Arão, por matar um israelita que tomou uma prostituta midianita em sua tenda
(Nm 25.7-15) em conexão com o episódio de Baal-Peor.
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag.
1226-1227.
Se uma donzela
fosse noiva, e não casada, ela estava sob a vigilância de seu futuro marido e,
portanto, tanto ela como a sua castidade estava sob a proteção especial da lei.
1. Se a sua
castidade fosse violada com o seu próprio consentimento, ela deveria ser morta,
junto com aquele que com ela cometeu adultério, w. 23,24. E seria presumido que
ela consentiu, se isto ocorresse na cidade, ou em qualquer lugar onde, caso
tivesse gritado, alguma ajuda poderia aparecer rapidamente para evitar o mal
intentado contra ela. Qui tacet, consentire videtur - Quem cala, consente. Note
que pode-se presumir que desejem ceder à tentação (a despeito do que quer que
aleguem) aqueles que não utilizam os meios e ajudas com os quais podem ser
aparelhados para evitá-la e vencê-la. Além disso, o fato de ser encontrada na
cidade, um lugar de companhia e diversão, quando deveria ser mantida sob a
proteção da casa de seu pai, era uma evidência contra ela de que não tinha
receio do pecado e do risco dele, que convinha a uma mulher recatada. Note que
aqueles que, sem necessidade, se expuserem à tentação, com justiça padecerão
pela mesma, se, estando antecipadamente conscientes, forem surpreendidos e apanhados
por ela. Diná perdeu a sua honra devido ao desejo de satisfazer a sua
curiosidade, quando foi ver as filhas da terra. Através desta lei, a Virgem
Maria estava em perigo de se tornar um exemplo público, ou seja, de ser
apedrejada até à morte. Porém DEUS, através de um anjo, esclareceu aquela
situação para José.
2. Se ela fosse
forçada, e nunca houvesse consentido, aquele que cometeu o estupro deveria ser
morto, porém a donzela deveria ser inocentada, vv. 24-27. Se o fato acontecesse
no campo, longe dos ouvidos dos vizinhos, seria presumido que ela gritou, porém
não houve ninguém para salvá-la; além disso, a sua ida ao campo, um local
de solidão, não a exporia tanto. Assim sendo, através desta lei nos é sugerido:
(1) Que sofreremos apenas pela perversidade do que fazemos, e não pelo que nos
é feito. Aquilo que é feito sem a intenção de pecar, não é pecado.
(2) Que nós
devemos presumir o melhor a respeito de todas as pessoas, a menos que realmente
se mostre o contrário. Não apenas a caridade, mas também a justiça nos ensina a
agir assim. Embora ninguém a ouvisse gritar, mesmo assim, porque ninguém podia
ouvir se ela o tivesse feito, deve ser tomado como certo que ela o fez. Devemos
nos guiar por esta regra, ao avaliarmos as pessoas e os atos: crer no melhor, e
esperar o melhor.
(3) Que a nossa
castidade nos deve ser tão cara quanto a nossa vida, a tal ponto que se ela for
atacada, não será de maneira alguma impróprio gritar: assassinato, assassinato,
pois, assim como quando um homem se levanta contra o seu próximo para lhe tirar
a vida, assim é este caso.
(4) Através
desta alusão, perceba o que devemos fazer quando Satanás nos ataca com as suas
tentações: onde quer que estejamos, clamemos em voz alta aos céus por ajuda
(Succurre, Domine, vim patior - Ajuda-me, Senhor, pois estou sofrendo
violência), e podemos ter a certeza de que seremos ouvidos e atendidos,
como aconteceu com o apóstolo Paulo: A minha graça te basta.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 628-629.
Dt 22.23 E um
homem a achar na cidade. Os vss. 13-30 deste capítulo apresentam seis leis
acerca da conduta sexual. Temos aqui a terceira dessas leis. Uma jovem,
prometida ou noiva de um homem, embora o casamento não se tivesse ainda
consumado, era tratada em Israel como mulher casada, visto que já pertencia ao
homem, de conformidade com a lei mosaica. Assim, se tal mulher mantivesse
contato sexual com outro homem, isso seria classificado como adultério. O
versículo dá a entender que o caso não tinha sido de estupro, mas, antes, que a
mulher havia consentido com o ato. Nesse caso, os versículos 23 e 24 deste
capítulo são iguais ao versículo 22, e a mulher e o homem eram apedrejados, tal
como se viu no caso anterior. O estupro é descrito nos vss. 23-25 deste
capítulo; mas essa já é uma situação totalmente diferente.
Obtenção de uma
Esposa.
Três modos eram
empregados:
1. Pagando
certa importância em dinheiro à mulher.
2. Assinando um
documento diante de testemunhas.
3. Fazendo sexo
com a mulher, com o consentimento dela. Essa terceira maneira era válida,
embora não fosse muito aprovada em Israel (Mishna. Kiddushin, cap. 1, sec. 1).
Dt 22.24 Então
trareis ambos à porta. Visto que tanto o homem quanto a mulher estiveram
envolvidos no ato de adultério, e visto que o adultério era um crime público,
seriam executados publicamente, por apedrejamento. Casos legais eram resolvidos
nos portões da cidade, onde também eram efetuadas outras importantes
negociações. As execuções ali feitas eram uma questão pública, e representantes
da comunidade participavam do lançamento de pedras. Desse modo, o mal era
eliminado da comunidade, em Israel, o que também é dito quanto aos versículos
21 e 22. Se uma mulher fosse assaltada sexualmente, sem dúvida protestaria em
altos brados, para atrair a atenção de outras pessoas. Na cidade seus gritos
presumivelmente seriam ouvidos. Mas se o ataque ocorresse no campo, então o
provável é que ninguém a ouviria. Em tal caso, ela deveria ser considerada
inocente, e o que tivesse sido cometido estava consumado.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 839.
III.
OUTROS PECADOS SEXUAIS
1.
ESTUPRO.
Sedução e
Violação. A sedução é uma espécie de violação, embora reconhecida como menos
séria que "a violação forçada, ou estupro. Contudo, a sedução também
envolve violência, embora do tipo mental e psicológico. Algumas vezes, envolve
o poder do dinheiro, ou alguma vantagem qualquer, capaz de convencer a mulher a
ceder (Exemplo – Patrões e empregados). Porém, também se reconhece que uma mulher
pode querer ser seduzida, embora nunca o declare. Outrossim, as mulheres
convidam à sedução mediante a maneira como se vestem e agem. Ademais,
algumas vezes a mulher é que seduz o homem. Por causa dessa variedade de
fatores, a sedução é considerada menos séria que a violação. Porém, a sedução
contra uma mulher casada era considerada adultério, pelo que ambos os
envolvidos estavam sujeitos à pena de morte. A violação era punida com a morte
do homem culpado (Deu. 22:25-27). Se um homem seduzisse uma virgem (que não
estivesse noiva) que consentisse com o ato, então ele poderia corrigir o erro
casando-se com ela legalmente, além de pagar uma multa a seu pai. Se o pai não
permitisse o casamento, a jovem não se casava, e o culpado tinha de pagar uma
importância adicional. Se um sedutor se casasse com a jovem a quem seduzira,
nunca poderia divorciar-se dela (Deu. 22:29).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 968-969.
Estupro e sedução. Se um homem violasse forçosamente uma mulher
solteira fora de casa (longe da proteção da casa), ele devia ser morto, sem
qualquer pena sendo atribuída à mulher (Dt 22.25-27).
O estupro de uma mulher que era casada ou noiva era considerado
como adultério e, portanto, sujeito à pena de morte. Se um homem seduzisse uma
virgem com o consentimento dela, não sendo ela noiva, então ele devia pagar ao
pai dela uma alta indenização de cinquenta moedas de prata, e levá-la para sua
casa como sua esposa legal, a menos que o pai se recusasse completamente permitir que
ele se casasse com ela (Êx 22.16,17; Dt 22.28,29).
Neste caso a esposa não estava sujeita ao divórcio até o fim de sua
vida (22.29).
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 1227.
Dt 22.25-27
descrevem o caso de estupro de uma mulher que estava noiva, o que, sem dúvida,
cobre o caso de uma mulher casada que foi estuprada, pois ambas as situações
eram legalmente idênticas. Um campo era considerado um lugar onde, mais
provavelmente, ocorreria um caso de estupro, pois, em uma cidade (vs. 23),
outras pessoas poderiam ouvir os gritos de socorro e acudir a mulher. Mas, no
campo, a mulher poderia gritar à vontade, que ninguém a ouviria, e o ato de
violação acabaria sendo consumado. O homem que fizesse tal coisa deveria ser
executado, presumivelmente por meio de apedrejamento, tal como foi ordenado nos
outros casos em foco (vss. 21 e 24). Ό estupro era considerado um crime tão
sério quanto o assassinato, razão pela qual era punido com a morte” (Jack S.
Deere, in loc.). Adam Clarke informa-nos que em seus dias (século XVIII), na
Inglaterra, esse crime também era punido com a morte.
Dt 22.26,27 A
mulher violentada não era considerada culpada, presumindo-se que ela tivesse
feito tudo ao seu alcance para evitar o estuprador, e pelo menos tivesse
gritado por socorro. Ela era uma vítima, tal como uma pessoa assassinada, não
sendo culpada de crime algum. Este versículo classifica o estupro juntamente
com o homicídio voluntário.
O Targum de
Jonathan informa-nos que um homem podia divorciar-se de sua mulher que tivesse
sido estuprada, sem a necessidade de nenhuma indagação. O noivo ou marido dela
tinha esse direito.
“Privar uma
mulher de sua castidade é como tirar a vida de um ser humano. Com base nessa
passagem, Maimônides conclui que as impurezas sexuais, os incestos e os
adultérios são idênticos ao homicídio” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 839-840.
2.
INCESTO.
Incesto. Todas
as variedades de incesto requeriam a pena de morte (Lev. 20:11). Relações
sexuais com a própria sogra ou com a mãe de uma concubina eram punidas com a
execução na fogueira.
Irmão e irmã,
sobrinho e tia, cunhado e cunhada são outros casos especificamente mencionados.
Ver as referências abaixo, onde são mencionados os vários casos: Lev.
20:11,12,17; 19:21 e Deut.27:33. Entretanto, um homem podia casar-se com a
viúva de um seu irmão e até mesmo estava nessa obrigação, se seu irmão e aquela
mulher não tivessem tido filhos.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 969.
Incesto. A
tentativa de casamento ou relação sexual entre parentes próximos constituía um
crime capital; Levíticos 20.11 assim específica no caso de um filho que se
deitasse com a esposa de seu pai, ou um sogro com a esposa do filho. A morte
pelo fogo era indicada para o que dormiu com a mãe de sua esposa (ou amante, Lv
20.14); todos os três deviam ser assim executados. Também incluídos como
incesto estão: irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada (Lv
20.11,12,17,19-21 — exceto no caso do casamento levirato (onde um irmão
sobrevivente se casa com a esposa sem filhos do irmão morto — Dt 25.5-10).
Semelhantemente incestuosa é a união entre um homem e sua sogra (Dt 27.23) e,
aparentemente, também o casamento de duas irmãs (Lv 18.18 — uma passagem que
alguns consideram como uma proibição a toda poligamia, entendendo “irmã” como
equivalente a “outra mulher”, de acordo com um uso hebraico comum). As uniões
entre mãe ou madrasta e o filho, entre avós e netos, entre um homem e sua
meio-irmã, são adicionadas à lista (18.7-18).
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 1227.
I Cor 5.1 Um
relatório tinha sido entregue a Paulo com relação à imoralidade
sexual que estava acontecendo entre os crentes em Corinto. A igreja
coríntia tinha se mostrado indisposta a disciplinar este homem. Paulo prefaciou
o seu pronunciamento do conhecimento desta situação dizendo que o
problema era tal, que nem ainda entre os gentios havia algo
semelhante - esta era uma grande condenação para estes crentes.
A maioria destes crentes já sabia daquele relacionamento pecaminoso, mas
aparentemente eles não estavam dispostos a admiti-lo, de forma
que Paulo descreveu o pecado de forma categórica: um homem na igreja estava
vivendo em pecado com a mulher de seu pai. Este homem estava tendo um caso; já
se tratava de um ato pecaminoso que merecia uma disciplina. Mas a sua atividade
sexual fora do casamento tinha ocorrido com a “mulher de seu pai”
(provavelmente a sua madrasta). Não está claro se este homem havia
seduzido esta mulher longe de seu pai, ou se a mulher era divorciada ou
viúva. Seja qual for o caso, até mesmo os pagãos teriam estremecido
devido a tal situação, mas os membros da igreja estavam tentando
ignorar o fato.
1Cor 5.2 O
problema da arrogância na igreja coríntia tinha se espalhado a ponto de eles
tolerarem um pecado tão escandaloso. Em vez de se orgulharem de si
mesmos, eles deveriam estar chorando em tristeza e vergonha.
Então, eles
deveriam ter tirado o homem da comunhão. A igreja deve disciplinar o pecado
flagrante entre os seus membros — tais pecados, se deixados impunes, podem
dividir e paralisar uma igreja. Esta “remoção” da pessoa não tinha
a intenção de ser uma vingança, mas de ajudar a produzir a cura.
Hoje, a
tolerância tem se tornado um grito de guerra tanto na mídia quanto nos círculos
políticos e educacionais, e isto tem afetado até mesmo a igreja. É muito
difícil disciplinar o pecado nos membros da igreja, porque
todos estão tentando ser aceitos pelos outros. As pessoas dizem:
“Quem sou eu para julgar? Eu também tenho pecados em minha vida”.
Assim, eles
querem que todos os pecados sejam desculpados, incluindo os seus próprios. Não
devemos permitir que os baixos padrões dos dias de hoje
determinem o que é verdadeiro e certo para a igreja.
I Cor 5.3-5
Enquanto aqueles que faziam parte da igreja coríntia tinham falhado em fazer
alguma coisa sobre o pecado deste homem, o próprio Paulo lhes diria o que
deveria ser feito. Paulo tinha avaliado o problema e havia julgado. Como
um apóstolo e pai espiritual desta igreja (4.15), Paulo tinha a autoridade
para lidar com o assunto, e ele compreendia o perigo que haveria para a igreja
se o pecado permanecesse impune. Paulo disse à igreja, em termos bastante
claros, que deveria ser convocada uma reunião de toda a congregação, para
que testemunhassem e apoiassem a ação. Quando eles se reunissem, ele
estaria presente no espírito, porque tinha a autoridade como um apóstolo,
e o poder do Senhor JESUS também estaria com eles quando se reunissem. Toda
a situação estava sob o poder soberano que o Senhor JESUS tem
para lidar com o espírito do homem e trazê-lo ao arrependimento.
Paulo explicou
a disciplina que deveria ser executada: expulsar o homem da igreja e entregá-lo
nas mãos de Satanás. Isto significaria excluí-lo
da comunhão dos crentes (veja 1Tm 1.20). Sem o apoio espiritual
dos cristãos, este homem seria deixado sozinho com seu pecado e
Satanás, e esperava-se que este vazio o levasse ao arrependimento. A igreja não
poderia entregá-lo a Satanás em um sentido completamente destrutivo, porque
somente DEUS pode entregar uma pessoa para o juízo eterno. O que se pretendia
era obrigá-lo a enxergar as consequências do pecado, através de sua vivência na
esfera de influência de Satanás - o mundo separado de CRISTO e da igreja. “Para
destruição da carne” significava que a exclusão da comunhão ajudaria o homem a
encarar a sua natureza (carne) pecadora e egoísta, a se arrepender, e a voltar
para a igreja.
Paulo queria
que este pecador experimentasse a crucificação de sua natureza pecadora (Rm
7.5,6; Gl 5.24). Tais medidas drásticas podem ser necessárias para lidar com a
natureza pecaminosa, mas para o homem era muito mais importante encarar isto e
arrepender-se, a fim de, no final, ser salvo. Paulo esperava que esta severa
ação disciplinar pudesse trazer um benefício eterno para o homem.
Hoje, as
igrejas precisam de determinação espiritual para lidar com pecados como estes,
que afetam a igreja como um todo. Esta deve ser uma ação do corpo da igreja,
e não apenas de uma ou duas pessoas. O seu propósito deve
ser remissivo e restaurador, e não vingativo ou justificativo.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 126-127.
1Cor 5.1 ss - A
Igreja deve disciplinar o pecado flagrante entre seus membros. Tais pecados
desenfreados podem polarizar e paralisar uma igreja. A correção, porém, nunca
deve ser vingativa. Em vez disso, deve ser dada de modo que ajude a trazer a
cura. O Senhor nos diz para não tolerarmos o pecado flagrante e voluntário,
porque permiti-lo trará um efeito danoso sobre os demais crentes (5.6).
1Cor 5.5 -
Entregar tal homem a Satanás significava excluí-lo da comunhão. Sem o apoio
espiritual dos cristãos, esse homem seria abandonado a seu pecado e a Satanás.
Talvez isso o levasse ao arrependimento. A expressão “para destruição da
carne" [ou natureza pecaminosa] se refere à esperança de que a experiência
o levaria a DEUS que destruiria sua natureza pecaminosa pelo seu afastamento do
pecado. A natureza pecaminosa poderia significar tanto seu corpo como sua
carne. Essa tradução alternativa supõe que Satanás afligiria o pecador
fisicamente, e isso o levaria a DEUS. Expulsar alguém da igreja deve ser o
último recurso de uma ação disciplinar. Não deve ser um ato de vingança, mas de
amor, da mesma maneira que os pais castigam os filhos para corrigi-los e
restaurá-los. O papel da igreja deve ser o de ajudar, não magoando nem
ofendendo, motivando as pessoas a se arrependerem de seus pecados e retornarem
à comunhão.
BÍBLIA
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag.
1588.
3.
BESTIALIDADE.
Um vocábulo que
indica a prática de contato sexual entre seres humanos e outras formas de vida
animal. O Antigo Testamento condena a prática, chamando-a de «abominação. (Lev.
18:23; Deu. 27:21). O épico de Gilgamés retrata Enkidu, o caçador de feras, a praticar
atos sexuais com as feras. É possível que a expressão usada por Paulo em Rom.
1: 18-27, «imundícia», inclua tais práticas antinaturais,
1. Práticas
Modernas. O famoso relatório Kinsey, que estudou estatisticamente o
comportamento sexual do povo norte-americano, afirma que entre quarenta e
cinquenta por cento dos varões daquele pais, que residem em áreas rurais, têm
contatos sexuais ocasionais, não-habituaís, com animais das fazendas.
Entre as
mulheres. a porcentagem é menor que dois por cento. Nas cidades, a porcentagem
de varões envolvidos na prática cai para cerca de quatro por cento. Tal prática
é proibida por lei em 49 dos 50 estados norte-americanos. Se fôssemos fazer um
estudo semelhante no Brasil, provavelmente as taxas encontradas não seriam
muito diferentes disso.
2. A Moralidade
Cristã. A Igreja cristã sempre assumiu a posição do Antigo Testamento,
condenando tal prática. Os psicólogos afirmam que o senso de culpa que os
culpados adquirem é algo muito injurioso ao bem-estar e a tranquilidade deles.
3. Um uso
sinônimo do termo «bestialidade» indica qualquer ato cruel, degradante e vil,
,praticado por indivíduos que agem como se fossem irracionais. (H PRI
WA)
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 514-515.
A punição para
quem praticasse sexo com animais era a execução capital. Ver Lev. 20.15,16 e
Êxo. 22.19. O método de execução mais provável era por apedrejamento, quer o
culpado fosse homem, quer fosse mulher. Esse pecado repelente é chamado aqui de
confusão, ou seja, uma desordem na natureza. Hilchot issure Biah, c. 1 see. 16
da Mishnah comenta sobre esse preceito bíblico. John Gill adjetivou esse ato
por uma série de descrições negativas: detestável, chocante, horrível,
espantoso.
A despeito da
repulsa que esse ato provoca na maioria das pessoas, sempre foi uma prática
popular.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 548.
Os desejos
anormais de sodomia e bestialidade (pecados que não devem ser mencionados sem
horror) deviam ser punidos com a morte, assim como o são hoje, segundo a lei da
nossa nação, v. 13,15,16. Até mesmo o animal que fosse maltratado com este
pecado devia ser morto com o pecador, ao qual consequentemente cabia a maior
vergonha. E a infâmia era assim representada no grau mais execrável e
abominável, devendo ser eliminadas todas as oportunidades para que ela fosse
lembrada ou mencionada.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag.
416.
IV,
O ENSINO DE JESUS
1. O
SÉTIMO MANDAMENTO NOS EVANGELHOS.
O Senhor JESUS,
no Sermão do Monte, depois de falar sobre o sexto mandamento, seguiu a mesma
ordem do Decálogo, mencionando a proteção da vida e a preservação da família.
Ele reiterou o que DEUS disse no princípio da criação sobre o casamento, que se
trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio DEUS (Mt
19.4-6).
"Não adulterarás"
é citado no Sermão do Monte e para o moço rico (Mt 5.27; 19.18; Mc 10.19; Lc
18.20). JESUS corrigiu com autoridade e muita propriedade o pensamento
equivocado dos líderes religiosos dos seus dias. Os escribas e fariseus haviam
reduzido o mandamento "Não adulterarás” ao próprio ato físico e,
desconhecendo o espírito da lei, apegavam-se à letra da lei (2 Co 3.6). Assim,
como é possível cometer assassinato sem o ato concreto, mas apenas com a cólera
ou palavras insultuosas, da mesma forma é possível cometer adultério só no
pensamento. Parece que os rabis daquela época não davam a devida atenção ao
décimo mandamento que ordena não cobiçar a mulher do próximo.
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 106-107.
O mandamento é
apresentado aqui (v. 27): “Não cometerás adultério”, o que inclui uma proibição
de todos os outros atos de impureza, e o desejo deles; mas os fariseus, em suas
interpretações deste mandamento, tornaram a sua abrangência limitada somente ao
ato do adultério, sugerindo que se o pecado somente fosse considerado no
coração, e não passasse disso, DEUS não o ouviria, não o consideraria (SI
66.18), e, portanto, eles pensavam que isto era suficiente para que pudessem
dizer que não eram adúlteros (í.c 18,11).
Aqui está
explicada a severidade, em três aspectos, que agora podem parecer novos e
estranhos àqueles que sempre foram governados pela tradição dos anciãos e que
assumiam o que eles ensinavam como sendo palavras de oráculo.
1. Aprendemos
que existe ó adultério no coração, os pensamentos e tendências adúlteros, que
nunca dão origem ao ato do adultério ou da fornicação; e talvez a impureza que
eles causam à alma, que aqui está tão claramente declarada, não estivesse
incluída no sétimo mandamento, mas tinha sentido e objetivo em muitas das
profanações cerimoniais sujeitas à lei, pelas quais eles deviam lavar as roupas
e a sua carne na água. Qualquer pessoa que olhasse para uma mulher (não somente
a esposa de outro homem, como alguns interpretam, mas qualquer mulher) para
cobiçá-la, teria cometido adultério com ela em seu coração (v. 28). Este
mandamento proíbe não apenas os atos de fornicação e adultério, mas: (1) Todos
os apetites impuros, toda a cobiça do objeto proibido. Este é o início do
pecado, a concepção da concupiscência (Tg 1.15); é um mal passo em direção ao
pecado. E onde se aprova e se lida com a cobiça, e o desejo devasso é tratado
pela língua como algo doce, ali está a comissão do pecado, até onde o coração
pode tê-la – não faltando nada - a não ser uma oportunidade conveniente para o
próprio pecado. Adtdtera mens est - A mente ê corrupta, Ovídio. A cobiça é
frustrada ou influenciada pela consciência: influenciada, se ela não diz nada
sobre o pecado; frustrada, se ela não comanda o que diz. (2) Todas as
abordagens deste caso. Alimentar os olhos com a visão do fruto proibido; não
apenas procurando o que eu possa cobiçar, mas olhando até que eu cobice
realmente, ou procurando gratificar a cobiça, onde nenhuma satisfação adicional
possa ser obtida.. Os olhos são, ao mesmo tempo, a entrada e a saída de uma
grande quantidade de pecados deste tipo, como testemunham a mulher que tentou
José (Gn 39.7), a mulher que se entregou a Sansão (Jz 16.1), e a amante de Davi
(2 Sm 11.2). Há olhos cheios de adultério que não cessam de pecar (2 Pe 2.14).
Que necessidade temos nós, portanto, como o santo Jó, de fazer um concerto com
os nossos olhos, de fazer este acordo com eles, para que tenham o prazer de
contemplar a luz do sol e as obras de DEUS, com a condição de que nunca se
fixem ou residam sobre qualquer coisa que possa provocar imaginações ou desejos
impuros! E, sob esta penalidade, pelo que eles fizessem, precisariam sofrer com
lágrimas penitentes! (Jó 31.1). Para que temos a pálpebra sobre os olhos, a não
ser para restringir os olhares corruptos e para evitar as impressões que possam
nos contaminar? Aqui também se proíbe o uso de qualquer outro dos nossos
sentidos para provocar a cobiça.
Se os olhares
sedutores são frutos proibidos, muito mais o são as palavras impuras e os
galanteios devassos, o combustível e o fole deste fogo infernal. Estes
preceitos são limites sobre a lei da pureza do coração (v. 8). E se olhar é
cobiçar, aqueles que se vestem e se enfeitam, e se exibem, com o desejo de
serem vistos e desejados (como Jezabel, que pintou o rosto, enfeitou a cabeça,
e olhou pela janela) não são menos culpados. Os homens pecam, mas os demônios
tentam ao pecado.
2. Tais olhares
e tais galanteios são tão perigosos e destrutivos para a alma, que é melhor
perder o olho e a mão que assim pecam do que abrir caminho ao pecado e perecer
eternamente nele. Isto nos é ensinado aqui (w. 29,30), A natureza corrupta logo
objetaria contra, a proibição do adultério no coração, dizendo que ela é algo
impossível de se controlar: “São palavras duras, quem pode suportá-las? A carne
e o sangue não podem evitar olhar com prazer para uma mulher bonita, e é
impossível se abster de cobiçar e flertar com algo assim”. Desculpas como estas
dificilmente serão vencidas pela razão, e, portanto, devem ser atacadas com os
terrores do Senhor; e é assim que são atacadas aqui. (1) Aqui é descrita uma
operação severa para a prevenção desses desejos carnais. Se o teu olho direito
te escandalizar, ou ofender outra pessoa, com olhares devassos a coisas
proibidas; se a tua mão direita te escandalizar, ou ofender outra pessoa com
flertes devassos; e se for realmente impossível, como se diz, controlar o olho
e a mão, e eles estiverem tão acostumados a estes procedimentos pecaminosos, a
ponto de não poder evitá-los; se não existir outra maneira de restringi-los (o
que, bendito seja DEUS, por meio da sua graça, existe), é melhor para nós
arrancar o olho e cortar a mão (ainda que sejam o olho direito e a mão direita,
os mais dignos de honra e os mais úteis) do que tolerar que eles pequem para a
ruína da alma. E se isto tiver que ser contido – diante desta ideia,
a natureza estremece - devemos nos determinar ainda mais a controlar o
corpo e a conter estas coisas. Viver uma vida de mortificação e de autonegação;
manter constante vigilância sobre os nossos próprios corações; suprimir o
surgimento de qualquer desejo e corrupção ali; evitar as oportunidades de
pecados, resistir aos seus estímulos e recusar a companhia daqueles que são uma
armadilha para nós, ainda que sejam muito agradáveis; ficar afastados do
caminho do mal e reduzir o uso das coisas lícitas, quando descobrirmos que são
tentações para nós; buscar a DEUS, buscar a sua graça: confiar diariamente na
sua graça, e desta maneira andar no ESPÍRITO, para não satisfazermos os desejos
da carne - isto será tão eficiente quanto cortar a mão direita ou arrancar o
olho direito; e talvez igualmente eficiente em oposição à carne e ao sangue;
esta é a destruição do velho homem.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 54-55.
A lei judaica
restringia o termo «adultério» às relações sexuais com a esposa ou noiva de um
judeu. O uso de JESUS é mais lato, e provavelmente inclui as relações sexuais
ilícitas de qualquer sorte, e certamente Paulo fala sobre isso com linguagem
clara (I Ts. 4:3). No vs. 28 vemos que o adultério pode ser mental, e há
paralelos disso nos escritos do filósofo estóico Epicteto (Discursos Lc18.15) e
também em vários escritos rabínicos, embora isso
talvez não represente a maioria da opinião do judaísmo. Cobiçar
a mulher do próximo é explicitamente proibido pelo décimo mandamento (Ex. 20:17
e Deut. 5:21). Os rabinos geralmente criam que as boas intenções de um homem
lhe eram lançadas na conta como se as tivesse realizado, mas que suas—más
intenções—só seriam lançadas em seu débito se chegasse a cumpri-las.
Olhar...com
intenção impura». Quem olha é casado. A mulher a quem olha é casada, mas não
com ele, ou é solteira. O olhar não é casual, mas persistente, motivado
por desejo ilegítimo (assim diz a maior parte dos intérpretes. Mas Lutero
insiste que o impulso momentâneo do desejo (mesmo que não seja persistente),
também é adultério no coração. Os que preferem a interpretação mais suave
mostram que o trecho de 6:1 traz a mesma expressão, «com o fim de serdes
vistos» (equivalente a «com intenção»—a expressão tem a mesma forma no grego, a
despeito da tradução não indicar isso). O que a expressão indica é o intento da
vontade, e não o desejo involuntário, passageiro. Se esse fosse o caso, ainda
assim não ficaria provado que o desejo passageiro também não é pecado.
Naturalmente
desejaríamos saber a opinião de JESUS. Conhecendo sua moral estrita, quase
podemos dizer que ele concordaria com a interpretação mais severa, como Lutero.
Lutero fazia distinção entre a culpa inerente no olhar com desejo persistente e
o desejo involuntário. Provavelmente JESUS também faria tal diferença.
«Já adulterou».
O sétimo mandamento indica mais do que o ato manifesto; mostra a intenção do
coração—se houver intenção de cometer adultério, é adultério. Alguns rabinos, é
claro, ensinavam a mesma coisa, percebendo o espírito da lei, mas a maior parte
das autoridades religiosas dos judeus não sentiu o sentido mais profundo deste
e de outros mandamentos. Quando a lei fala em não matar, subentende mais do que
o homicídio literal; assim também, adulterar é mais do que praticar o ato.
Ambos assumem a forma de meras atitudes, de condições do coração. Esse é o
espírito da lei.
Alguns
intérpretes indicam que o sétimo mandamento inclui qualquer tipo
de formicação, entre solteiros ou casados, porque o sexo ilegítimo,
por sua própria natureza, é adultério ante a lei de DEUS. Provavelmente JESUS
concordaria com essa opinião, apesar do fato de que o texto fala
principalmente, ou mesmo exclusivamente, da relação que um homem casado possa
ter com mulher que não seja sua esposa;. Paulo escreveu: «Esta é a vontade de
DEUS, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição» (I Tes. 4:3).
Nesta citação as Escrituras se referem a qualquer pecado de ordem sexual, entre
casados ou solteiros.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag.312.
2. O
PROBLEMA DOS ESCRIBAS E FARISEUS.
O adultério
começa na mente contaminada pela cobiça e termina no corpo pela prática física
(Mt 15.34; Tg 1.15). O ensino de JESUS é mais profundo e vai à raiz do
problema. Ele disse que nem é preciso o homem se deitar com uma mulher para
cometer adultério; basta olhar e cobiçar uma mulher que não seja sua esposa, e
já cometeu adultério com ela (Mt 5.28). É o adultério da mente que é consumado
no corpo; não se restringe somente à prática do ato, mas também ao pensamento.
E a sanção contra o referido pecado é de caráter espiritual e se distingue do
sistema mosaico.
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 107.
Mt 5:27-30 - O
sétimo mandamento é: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14; Deuteronômio 5:18). Agora
JESUS nos ensina que um olhar lascivo é uma forma de adultério. Ao identificar
a lascívia com a ação, CRISTO rejeita “a distinção muito bem desenvolvida pelos
escribas entre intenção e ação” (Stendhal, p. 776). Embora o ato de adultério
possa produzir consequências sociais muito mais sérias (a penalidade de acordo
com a lei, em Levítico 20:10 era a morte para ambos os infratores), o desejo
intencional de despertar a luxúria é igualmente pecaminoso aos olhos de DEUS.
Não existem limites bem definidos entre o desejo e a ação.
Robert H.
Mounce. Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 57.
27-30. Segunda
ilustração: adultério. JESUS indica que o pecado descrito em Êx. 20:14 tem raízes
mais profundas que o ato declarado. Qualquer que olhar caracteriza o homem cujo
olhar não está controlado por uma santa reserva e que forma o desejo impuro de
concupiscência por determinada mulher. O ato será consumado quando houver
oportunidade.
Charles F.
Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular. Mateus.
pag. 24.
3. A
CONCUPISCÊNCIA.
Não é proibido
olhar para uma mulher e vice-versa, pois há diferença entre olhar e cobiçar. O
pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de DEUS, desde que
dentro do casamento, nunca fora dele. A Palavra de DEUS ressalta:
"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb
13.4). O termo grego para "venerado" é tímios, "honrado". A
Versão Almeida Atualizada traduz por: "Digno de honra"; e a Tradução
Brasileira por: "Seja honrado". Que os votos de fidelidade do
casamento sejam mantidos e da mesma maneira seja puro o relacionamento
matrimonial. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para
procriação, mas também para o prazer e a felicidade dos seres humanos. JESUS
não está tratando disso, não está questionando o sexo, mas combatendo a
impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O ensino dele é que qualquer
prática imoral no ato é igualmente condenada no olhar, no pensamento e na
imaginação (Mt 5.27). JESUS disse que os adultérios procedem do coração humano
(Mt 15.19).
Cabe aqui uma
breve reflexão sobre o divórcio. Trata-se de um dos temas mais polêmicos da
Igreja. Essas controvérsias já existiam mesmo antes do nascimento de JESUS. O
divórcio permitido por Moisés previa novas núpcias, e a base para a sua
legitimidade nunca ficou clara no Antigo Testamento:
Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa,
for e se casar com outro homem... (Dt 24.1,2).
O "escrito
de repúdio" significa "termo de divórcio" (ARA). A mulher não
era considerada adúltera se contraísse novo casamento, mesmo tendo o seu
primeiro marido encontrado nela "coisa feia". Não se sabia o que a
lei queria dizer com tal expressão "coisa feia" ou
"indecente" (ARA). Havia muita discussão entre as principais escolas
rabínicas no período de Herodes, o Grande, Hillel e Shammai. O primeiro era
liberal, e o segundo, conservador. Para Hillel e seus seguidores, "coisa
feia" era qualquer coisa que o marido considerasse como tal. Mas, para
Shammai e seus discípulos, o termo se referia aos pecados sexuais.
Os fariseus
levaram o assunto a JESUS. Eles não perguntaram sobre o divórcio, mas sobre as
bases para a sua legitimidade: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo?" (Mt 19.3). Essa era a escola de Hillel. Os fariseus
queriam saber qual escola JESUS apoiava. Mas o Senhor JESUS se dirigiu à
Palavra. O casamento é indissolúvel, foi a sua conclusão sobre Gênesis 2.24,
"o que DEUS ajuntou não separe o homem" (Mt 19.6). O que fazer com o
mandamento de Moisés?, perguntaram a JESUS (Mt 19.7). Moisés não deu esse
mandamento; era uma interpretação precipitada, pois uma leitura cuidadosa em
Deuteronômio 24.1-4 mostra que não se trata de uma ordem. Por isso, JESUS disse
que Moisés "permitiu", e isso "por causa da dureza do vosso
coração" (Mt 19.8). Moisés só permitiu o divórcio por causa do pecado
humano; portanto, trata-se de um instituto contrário à vontade de DEUS. A
Bíblia não ensina, não encoraja, não aconselha nem incentiva o divórcio. É um
remédio extremamente amargo para uma solução inglória.
Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 107-110.
CONCUPISCÊNCIA
Precisamos
levar em conta três palavras hebraicas e quatro palavras gregas, a saber:
1. Nephesh,
«alma», «respiração», «desejo». Essa palavra hebraica é de ocorrência comum,
mas com o sentido de «concupiscência» aparece somente por duas vezes: Êx. 15:9;
Sl. 78:18.
2. Sheriruth,
«teimosia», «inimizade», «imaginação». Palavra hebraica usada por dez vezes,
embora apenas por uma vez com o sentido de «concupiscência»: Sl. 81:12.
3. Taavah,
«objeto de desejo». Palavra hebraica usada por quinze vezes. Por exemplo: Sl.
78:29,30; 112:10; Pv. 10:24; 21:15; Is. 26:8.
4. Epithumía,
«desejo forte», «concupiscência». Palavra grega usada por trinta e sete vezes.
Alguns exemplos são: Mc. 4:19; Lc. 22:15; Jo 8:44; Rm. 1:24; Gl. 5:16,24; Ef.
2:3; Fl. 1:23; Cl.3:5.
5. Hedoné,
«prazer», «doçura». Palavra grega usada por cinco vezes: Lc. 8:14; Tt 3:3; Tg.
4:1,3; II Pe. 2:13. É desse termo que nos vem o vocábulo português «hedonismo»
(que vide).
6. Óreksis,
«desejo ansioso». Palavra grega usada por somente uma vez: Rm. 1:27.
7. Páthos,
«sofrimento», «afeto». Palavra grega usada por três vezes: Rm. 1:26; Cl. 3:5; I
Ts. 4:5.
O pecado da
concupiscência é combatido no Decálogo de várias maneiras. Os pecados sexuais
são proibidos pelo sétimo mandamento (Êx. 20:14), e a cobiça de todas as formas
é proibida em Êx 20:17. Porém, nenhuma outra atitude e ação é
mais comum entre os homens do que a concupiscência e a cobiça. Isso
harmoniza-se bem com a natureza basicamente egoísta do homem. Todavia, há
palavras hebraicas e gregas que podem ser usadas em sentido negativo ou em
sentido positivo. Quanto ao termo grego epithumía («desejo forte»,
«concupiscência».), tão importante no Novo Testamento, ele é usado em sentido
positivo em Lc. 22:15 e I Ts. 2:17. Assim, JESUS desejou comer a Páscoa com os
seus discípulos; e Paulo tinha o grande desejo de visitar os crentes de
Tessalônica. Mas o sentido negativo é muito mais frequente no Novo Testamento.
Os pagãos tinham desejos impuros, que os corrompiam (Rm. 1:24). Os jovens
mostram a tendência de experimentar os desejos pecaminosos. Por esse motivo,
Timóteo foi aconselhado a evitar as paixões da juventude (II Tm. 2:22). Paixões
e maus desejos precisam ser mortificados pelos crentes (Cl. 3:5). As
concupiscências carnais precisam ser evitadas (I Pe. 2:11). Esses desejos
distorcidos produzem toda a espécie de males e corrupções neste mundo (II Pe.
1:4; 2:10) que impedem o desenvolvimento da alma.
Os estóicos
procuravam anular os desejos, mostrando que o indivíduo cai em um ciclo louco
por causa dos mesmos. Primeiramente, a pessoa deseja; então obtém aquilo que
quer; tendo obtido o que quer, deseja algo mais e quanto mais deseja, mais
obtém, e mais deseja, ad infinitum. O resultado final desse ciclo vicioso é a
frustração, porquanto tal ciclo não pode ser interrompido, e nem satisfaz,
realmente. O estoicismo [escola de filosofia helenística (grega)] recomendava a
apatia, a fim de substituir os desejos. Mas o cristianismo recomenda o cultivo
de desejos espirituais, em substituição aos desejos carnais.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 838.
«A má
concupiscência é fecundada, isto é, obteve o domínio sobre a vontade do
indivíduo». (Oosterzee, in loc.). O simbolismo mostra que o pecado obteve um
total domínio sobre o homem; ele permitiu que o mesmo tivesse pleno curso;
tornou-se escravo completo do pecado.
«...gera a
morte...» A morte física se deriva do pecado, pois essa foi
a maldição proferida contra o mesmo; *mas é mais provável que o autor
sagrado aluda ao juízo, à separação entre a alma humana e DEUS, que é a segunda
morte. Ver Ap. 20:14. Não está em pauta a aniquilação, e, sim, a condição de
separação de DEUS, que não permite ao indivíduo participar do tipo de vida que
foi antecipado para os homens. É experimentada uma existência inferior, à qual
são aplicadas as chamadas da punição dos perdidos, bem como tudo quanto
nisso está envolvido. (Ver 1 Pe. 3:18-20 e 4:6 e Ver Col. 3:6 sobre a «ira de
DEUS»). A morte faz violento contraste com a «coroa da vida», referida no
décimo segundo versículo, da mesma maneira que aqueles que são vitimados pelo
pecado e experimentam toda a sua gama, fazem vivido contraste com aqueles que
resistem à tentação e são vencedores. A «morte» é o oposto do bem-aventurado
estado da «vida», que é prometido aos vencedores.
O versículo
ensina que o pecado começa como coisa sem importância, como um embrião. Mas se
desenvolve rapidamente, pois suas células se multiplicam com grande presteza;
finalmente, vem à luz um monstro que continua a crescer assustadoramente. Esse
monstro, finalmente, mata aquele que o concebeu.
O autor falava
de indivíduos que tinham sido vencidos pelo pecado, porquanto permitiram que o
mesmo tivesse início, sem oferecer-lhe resistência.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 24.
A Tentação Vem
de Dentro (1.14)
Tiago conhecia
os poderes sobrenaturais do mal que agiam no mundo (cf. 3.6), mas aqui ele
procura ressaltar o envolvimento e a responsabilidade pessoal do homem ao
cometer pecados. O engodo do mal está em nossa própria natureza. Ele está de
alguma forma entrelaçado com a nossa liberdade. A questão é: “Será que eu
preferiria ser livre, tentado e ter a possibilidade de vitória ou ser um ‘bom’
robô?” O robô está livre de tentação, mas ele também não conhece a dignidade da
liberdade ou o desafio do conflito e não conhece nada acerca da imensa alegria
quando vencemos uma batalha.
Tiago diz que
cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Essa palavra
epithumia (“desejo”, RSV) pode ter um significado neutro, nem bom nem mal.
Assim, H. Orton Wiley escreve: “Todo apetite é instintivo e sem lógica. Ele não
identifica o erro, mas simplesmente anela pelo prazer. O apetite nunca se
controla, mas está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: ‘Antes,
subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’ (1 Co 9.27)”. Este talvez
seja o sentido que Tiago emprega aqui.
No entanto, na
maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações maléficas. Se
for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho reto, isso
ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: “Este versículo, na
verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente teria
concordado com a declaração de que ‘a imaginação do coração do homem é má desde
a sua meninice’ (Gn 8.21).
Desejos
concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são
pecaminosos mesmo quando ainda não se concretizaram em ações lascivas”.13 Se
essa interpretação for verdadeira, há aqui mais uma dimensão na origem da
tentação. Desejos errados podem ser errados não somente porque são
incontrolados, mas porque, à parte da presença santificadora do ESPÍRITO, eles
são carnais.
A. F. Harper.
Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag.159-160.
Alessandro
Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/), com algumas modificações e
adaptações do Pr. Luiz Henrique.
Questionário da Lição
9 - Não Adulterarás
Lições Bíblicas
- 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ
MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança
Comentários:
Pr. Esequias Soares
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras
e com "F" as Falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Eu,
porém, vos digo que qualquer que __________________________________ numa mulher
para a ________________________________ já em seu coração cometeu
_______________________________ com ela." (Mt 5.28)
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O sétimo
mandamento diz respeito à ____________________________________ sexual e à
proteção da sagrada instituição da ____________________________________, assim
como o mandamento anterior fala sobre a ____________________________________ à
vida.
I. O SÉTIMO
MANDAMENTO
3- Qual a abrangência do sétimo mandamento?
(
) Trata de um tema muito abrangente, que envolve sexo e casamento num contexto
social santo e livre de pecado.
(
) Trata de um tema muito abrangente, que envolve sexo e casamento num contexto
social contaminado pelo pecado.
(
) O mandamento consiste em uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de
maneira simples em duas palavras: "não adulterarás".
(
) Sua regulamentação para os israelitas pode ser encontrada nos livros de
Levítico e Deuteronômio, que dispõem contra os pecados sexuais, a prostituição
e toda forma de violência sexual com suas respectivas sanções.
4- Qual o objetivo do sétimo mandamento?
(
) O Decálogo segue uma lógica.
(
) Primeiro aparece a proteção do lar, em seguida vem a vida e depois os bens e
a honra.
(
) Primeiro aparece a proteção da vida, em seguida vem a família e depois os
bens e a honra.
(
) O mandamento "não adulterarás" veio para proteger o lar e dessa
forma estabelecer uma sociedade moral e espiritualmente sadia.
(
) A proibição aqui é contra toda e qualquer imoralidade sexual, expressa de
maneira genérica, mas especificada em diversos dispositivos na lei de Moisés.
5- Qual o contexto em que o sétimo mandamento foi promulgado?
(
) A lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que permitia a poligamia.
(
) A lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que só permitia a monogamia.
(
) Nesse contexto social, o adultério na lei de Moisés consistia no fato de um
homem se deitar com uma mulher casada com outro homem, independentemente de ser
ele casado ou solteiro.
(
) Os infratores da lei deviam ser mortos, tanto o homem quanto a mulher.
II. INFIDELIDADE
6- O que significa Adultério?
(
) É traição e falsidade.
(
) Significa relacionar-se conjugalmente e sexualmente com duas mulheres ao
mesmo tempo.
(
) É a quebra de uma aliança assumida pelo casal diante de DEUS e da sociedade,
uma infidelidade que destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.
(
) A tradição judaico-cristã leva o assunto a sério e considera o adultério um
pecado Grave.
(
) Trata-se de uma loucura que compromete a honra e a reputação de qualquer
pessoa, independentemente de sua confissão religiosa ou status social.
7- Qual a atualidade do sexo antes do casamento e qual era sua penalidade na
época da lei ser instituída?
(
) Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada
ou comprometida, eram condenados à morte.
(
) Esta prática está muito em voga na sociedade moderna, mas nunca teve a
aprovação divina, e por isso os jovens devem evitar essas coisas.
(
) Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada
ou comprometida, não eram condenados à morte.
(
) A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a moça, pagar
uma indenização por danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar
dela.
(
) Hoje, esse tipo de pecado requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem
sempre o casamento deles é a solução.
8- O que é fornicação?
(
) A "moça virgem, desposada com algum homem" diz respeito, no
contexto atual, à noiva que ainda não se casou, mas está comprometida em
casamento, mas praticou sexo com outro.
(
) Trata-se do pecado sexual de fornicação praticado com consentimento somente
de uma das partes.
(
) Trata-se do pecado sexual de fornicação praticado com consentimento mútuo.
(
) A pena da lei é a morte por apedrejamento, como no caso de envolvimento com
uma mulher casada.
(
) A razão desta pena vai além do simples ato, pois se trata da quebra de
fidelidade, "porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o
mal do meio de ti".
III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
9- Quais as leis referentes ao estupro?
(
) A lei contrasta a cidade com o campo para deixar clara a diferença entre
estupro e ato sexual consentido.
(
) A lei contrasta a cidade com o campo para deixar clara a diferença entre
estupro violento e estupro consentido.
(
) Os versículos 25-27 tratam do caso de violência sexual, pois no campo a
probabilidade de socorro era praticamente nula, e a moça era forçada a praticar
o ato.
(
) Neste caso, somente o estuprador era morto, acusado de crime sexual, mas a
moça era inocentada.
10- A lei estabelece a lista de parentesco em que deve e não deve haver
casamento, para evitar a endogamia e o incesto. Como a lei prescreve as penas
de cada grupo desses pecados?
(
) "Nenhum homem tomará a concubina de seu pai".
(
) "Nenhum homem tomará a mulher de seu pai".
(
) A lei dispõe contra a prática sexual execrável de abusar da madrasta.
(
) É o pecado que desonra o pai, invade e macula o seu leito. Quem pratica tal
abominação está sob a maldição divina.
(
) Na lei, o assunto pertence ao campo jurídico e a condenação prevista é a
morte. Entretanto, estamos debaixo da graça, e por essa razão o tema é levado à
esfera espiritual, cuja sanção se restringe à perda da comunhão da Igreja.
(
) A sábia decisão apostólica é a base para o princípio disciplinar que as
igrejas aplicam hoje.
11- O que é bestialidade?
(
) É a prática da zoofilia, zoosexualidade. Sexo entre animais de diferentes
espécies.
(
) É uma aberração sexual, tanto masculina como feminina, contra a qual a lei
dispõe tendo como sanção a pena de morte, seja para o homem, seja para a mulher
e também para o animal, que devia ser morto.
(
) Bestialidade e homossexualismo desonram a DEUS e eram práticas cananeias,
razão pela qual os cananeus foram vomitados da terra.
IV. O ENSINO DE
JESUS
12- Como JESUS se referiu ao sétimo mandamento nos Evangelhos?
(
) O Senhor JESUS reiterou o que DEUS disse no princípio da criação sobre o
casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo
próprio DEUS.
(
) Ele também se referiu ao tema do sétimo mandamento de maneira direta e
indireta.
(
) Direta ao fazer uso das palavras "não adulterarás" ou "não
cometerás adultério" no Sermão do Monte, na questão do moço rico e nas
passagens paralelas.
(
) Indireta quando fala acerca do casamento mixto, entre pessoas de diferentes
religiões, tema pertinente ao sétimo mandamento.
(
) Indireta quando fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo
mandamento.
13- Qual problema dos escribas e fariseus em relação ao sétimo mandamento?
(
) Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao ato físico de
uma mulher solteira com algum homem casado.
(
) Mais uma vez Ele corrige o pensamento equivocado das autoridades religiosas
de Israel.
(
) Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao próprio ato
físico, pois desconheciam o espírito da lei, apegavam-se à letra dela.
(
) Assim, como é possível cometer assassinato com a cólera ou palavras
insultuosas, sem o ato físico, da mesma forma é possível também cometer
adultério só no pensamento.
14- O que JESUS ensinou sobre a concupiscência do adultério?
(
) Há diferença entre olhar e cobiçar.
(
) O pecado é o olhar displicente.
(
) O pecado é o olhar concupiscente.
(
) O sexo é santo aos olhos de DEUS, desde que dentro do casamento, nunca fora
dele.
(
) O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para
procriação, mas para o prazer e a felicidade dos seres humanos.
(
) JESUS não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo
ilícito, a prostituição.
(
) O Senhor JESUS disse que os adultérios procedem do coração humano.
CONCLUSÃO
15- Complete:
Cremos que DEUS
sabe o que é _____________ e o que é errado para a vida humana. A Bíblia é o
manual divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele. A sanção contra
os que violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da
_____________________ da Igreja e, em alguns casos, do caos na família. Mas o
julgamento divino é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites, e a
única ____________________________ é JESUS (At 16.31; 17.31).
RESPOSTAS DO
QUESTIONÁRIO abaixo na lição completa e original CPAD
Lição
9, Não adulterarás
Lições Bíblicas
CPAD – Adultos - 1º Trimestre de 2015
Título: A
Lei de DEUS — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança -
Comentarista: Esequias Soares
TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, vos
digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração
cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).
VERDADE PRÁTICA
O sétimo
mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da
família, assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Êxodo 20.14; Deuteronômio 22.22-30.
Êxodo 20
14 - Não
adulterarás.
Deuteronômio 22
22
- Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então,
ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o
mal de Israel.
23
- Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar
na cidade e se deitar com ela,
24
- então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com
pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem,
porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.
25 - E, se
algum homem, no campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se
deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela;
26 - porém
à moça não farás nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que
se levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio.
27 - Pois
a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse.
28
- Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar
nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,
29
- então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta
siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá
despedir em todos os seus dias.
30
- Nenhum homem tomará a mulher de seu pai, nem descobrirá a ourela de seu
pai.
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
O sétimo
mandamento condena o adultério e a impureza sexual com o objetivo de proteger a
família. A Bíblia não condena o sexo; a santidade dele é inquestionável dentro
do padrão divino, mas sua prática ilícita tem sido um dos maiores problemas do
ser humano ao longo dos séculos. O sétimo mandamento é tratado de uma maneira
na lei, e de outra na graça. Um olhar no episódio da mulher adúltera (Jo
8.1-11) mostra que tal preceito foi resgatado pela graça e adaptado a ela, e
não à lei.
PONTO CENTRAL -
O adultério e a impureza sexual maculam a família.
I. O SÉTIMO
MANDAMENTO
1.
Abrangência. Trata de um tema muito abrangente, que envolve sexo e
casamento num contexto social contaminado pelo pecado. O mandamento consiste em
uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de maneira simples em duas
palavras: “não adulterarás” (Êx 20.14; Dt 5.18). Sua regulamentação para os
israelitas pode ser encontrada nos livros de Levítico e Deuteronômio, que
dispõem contra os pecados sexuais, a prostituição e toda forma de violência
sexual com suas respectivas sanções.
2.
Objetivo. O Decálogo segue uma lógica. Primeiro aparece a proteção da
vida, em seguida vem a família e depois os bens e a honra. O mandamento “não
adulterarás” veio para proteger o lar e dessa forma estabelecer uma sociedade
moral e espiritualmente sadia. A proibição aqui é contra toda e qualquer
imoralidade sexual, expressa de maneira genérica, mas especificada em diversos
dispositivos na lei de Moisés.
3.
Contexto. A lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que permitia a
poligamia. Nesse contexto social, o adultério na lei de Moisés consistia no
fato de um homem se deitar com uma mulher casada com outro homem,
independentemente de ser ele casado ou solteiro. Os infratores da lei deviam
ser mortos, tanto o homem quanto a mulher (Dt 22.22; Lv 20.10).
II.
INFIDELIDADE
1.
Adultério. É traição e falsidade. É a quebra de uma aliança assumida pelo
casal diante de DEUS e da sociedade, uma infidelidade que destrói a harmonia no
lar e desestabiliza a família. A tradição judaico-cristã leva o assunto a sério
e considera o adultério um pecado grave. Trata-se de uma loucura que compromete
a honra e a reputação de qualquer pessoa, independentemente de sua confissão
religiosa ou status social (Jr 29.23; Pv 6.32,33).
2. Sexo antes
do casamento. Esta prática está muito em voga na sociedade moderna, mas
nunca teve a aprovação divina, e por isso os jovens devem evitar essas coisas
(Sl 119.9). Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não
fosse casada ou comprometida, não eram condenados à morte. A pena era menos
rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a moça, pagar uma indenização por
danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar dela (Dt 22.28,29).
Hoje, esse tipo de pecado requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem
sempre o casamento deles é a solução.
3. Fornicação. A
“moça virgem, desposada com algum homem” (Dt 22.23) diz respeito, no contexto
atual, à noiva que ainda não se casou, mas está comprometida em casamento.
Trata-se do pecado sexual de fornicação praticado com consentimento mútuo. A
pena da lei é a morte por apedrejamento, como no caso de envolvimento com uma
mulher casada (Dt 22.24). A razão desta pena vai além do simples ato, pois se
trata da quebra de fidelidade, “porquanto humilhou a mulher do seu próximo;
assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 22.24b).
III. OUTROS
PECADOS SEXUAIS
1.
Estupro. A lei contrasta a cidade com o campo para deixar clara a
diferença entre estupro e ato sexual consentido. Os versículos 25-27 tratam do
caso de violência sexual, pois no campo a probabilidade de socorro era
praticamente nula, e a moça era forçada a praticar o ato (22.25). Neste caso,
somente o estuprador era morto, acusado de crime sexual, mas a moça era
inocentada (Dt 22.26,27).
2.
Incesto. A lei estabelece a lista de parentesco em que deve e não deve
haver casamento, para evitar a endogamia e o incesto (Lv 18.6-18). Mais
adiante, a lei prescreve as penas de cada grupo desses pecados (Lv 20.10-23).
“Nenhum homem tomará a mulher de seu pai” (Dt 22.30). A lei dispõe contra a
prática sexual execrável de abusar da madrasta. É o pecado que desonra o pai,
invade e macula o seu leito. Quem pratica tal abominação está sob a maldição
divina (Dt 27.20). Na lei, o assunto pertence ao campo jurídico e a condenação
prevista é a morte (Lv 20.11). Entretanto, estamos debaixo da graça, e por essa
razão o tema é levado à esfera espiritual, cuja sanção se restringe à perda da
comunhão da Igreja (1Co 5.1-5). A sábia decisão apostólica é a base para o
princípio disciplinar que as igrejas aplicam hoje.
3.
Bestialidade. É uma aberração sexual, tanto masculina como feminina,
contra a qual a lei dispõe tendo como sanção a pena de morte, seja para o
homem, seja para a mulher e também para o animal, que devia ser morto (Lv
20.15,16). Bestialidade e homossexualismo desonram a DEUS e eram práticas
cananeias, razão pela qual os cananeus foram vomitados da terra (Lv 18.23-28).
IV. O ENSINO DE
JESUS
1. O sétimo
mandamento nos Evangelhos. O Senhor JESUS reiterou o que DEUS disse no
princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina,
uma união estabelecida pelo próprio DEUS (Mt 19.4-6). Ele também se referiu ao
tema do sétimo mandamento de maneira direta e indireta. Direta ao fazer uso das
palavras “não adulterarás” ou “não cometerás adultério” no Sermão do Monte (Mt
5.27), na questão do moço rico (Mt 19.18) e nas passagens paralelas (Mc 10.19;
Lc 18.20). Indireta quando fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo
mandamento (Mt 19.9; Mc 10.11,12).
2. O problema
dos escribas e fariseus. Mais uma vez Ele corrige o pensamento equivocado
das autoridades religiosas de Israel. Os escribas e fariseus haviam reduzido o
sétimo mandamento ao próprio ato físico, pois desconheciam o espírito da lei,
apegavam-se à letra dela (2Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato
com a cólera ou palavras insultuosas, sem o ato físico (Mt 5.21,22), da mesma
forma é possível também cometer adultério só no pensamento (Mt 5.27,28).
3. A
concupiscência. Há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar
concupiscente. O sexo é santo aos olhos de DEUS, desde que dentro do casamento,
nunca fora dele. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas
para procriação, mas para o prazer e a felicidade dos seres humanos. JESUS não
está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a
prostituição. O Senhor JESUS disse que os adultérios procedem do coração humano
(Mt 15.19).
CONCLUSÃO
Cremos que DEUS
sabe o que é certo e o que é errado para a vida humana. A Bíblia é o manual
divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele. A sanção contra os que
violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da disciplina da
Igreja e, em alguns casos, o caos na família. Mas o julgamento divino é tão
certo quanto a sucessão dos dias e das noites, e a única salvação é JESUS (At
16.31; 17.31).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição
10, Central Gospel, o divórcio e a quebra de uma aliança, 4Tr23, Pr Henrique,
EBD NA TV
Para me
ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
https://youtu.be/wkqOmN784_g?si=EzGRrsRcUZIJpNF9 Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/escrita-licao-10-central-gospel-o.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/slides-licao-10-central-gospel-o.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O DIVÓRCIO E
AS ESCRITURAS
1.1. Moisés e o
divórcio
1.2. JESUS e o
divórcio
1.3. Paulo e o
divórcio
1.4. Pontos
fundamentais nos ensinos de Moisés, JESUS e Paulo
2. A PRÁTICA DO
DIVÓRCIO HOJE
2.1. As causas
do divórcio
2.2. A questão
enfrentada com amor
3. O CASAMENTO
E A NECESSIDADE DE REAFIRMAR SEU VALOR
3.1. O desejo
por mudanças
3.2. O resgate
de boas práticas
3.3. A
intervenção divina
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Mateus 19.1-11
1 - E aconteceu
que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos
confins da Judeia, além do Jordão.
2 - E
seguiram-no muitas gentes e curou-as ali.
3 - Então,
chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem
repudiar sua mulher por qualquer motivo?
4 - Ele, porém,
respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez
macho e fêmea
5 - e disse:
Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa
só carne?
6 - Assim não
são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o
homem.
7 -
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la?
8 - Disse-lhes
ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa
mulher; mas, ao princípio, não foi assim.
9 - Eu vos
digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
10 -
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à
mulher, não convém casar.
11 - Ele,
porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem
foi concedido.
TEXTO ÁUREO
Assim não são
mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que
DEUS ajuntou não separe o homem. Mateus 19.6
SUBSÍDIOS PARA
O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira –
Gênesis 2.21-25 Divórcio é como um corte profundo
3ª feira –
Deuteronômio 22.13-19; 28,29 Proibições específicas relativas ao divórcio
4ª feira –
Isaías 50.1,2; Jeremias 3.1-10 DEUS perdoou o adultério do povo de Israel
5ª feira –
Malaquias 2.10-16 DEUS aborrece o repúdio
6ª feira –
Oseias 3.1 O profeta perdoou o adultério de sua mulher
Sábado – 1
Coríntios 7.10-15 Paulo e a prática do divórcio
OBJETIVOS
Ao término do
estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- conhecer o
posicionamento bíblico a respeito do divórcio;
- analisar as
causas do divórcio, a maneira como o tema é tratado nos dias de hoje e os males
decorrentes dele;
- crer que DEUS
pode transformar água em vinho, isto é, Ele tem poder para restaurar qualquer
casamento.
IMPORTANTÍSSIMO
PARA SE ENTENDER A LIÇÃO
MATEUS
19:3 Então
chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem
repudiar sua mulher por qualquer motivo?
19:4 Ele,
porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez,
19:5 E disse:
Portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa
só carne?
19:6 Assim não
são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que DEUS ajuntou não o separe o
homem.
19:7
Disseram-lhe eles: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e
repudiá-la?
19:8 Disse-lhes
ele: Moisés por causa da dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar
vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.
19:9 Eu vos
digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
19:10
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à
mulher, não convém casar.
19:11 Ele,
porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem
foi concedido.
19:12 Porque há
eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados
pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos
céus. Quem pode receber isto, receba-o.
PARA APRENDER
ESTA LIÇÃO PRECISA MUITO COMPREENDER ESSES
VERSÍCULOS A
SEGUIR.
¹³ Quando um
homem tomar mulher e, depois de coabitar com ela, a desprezar, ¹⁴ E lhe
imputar coisas escandalosas (indecentes, coisa feia), e contra ela
divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher, e me cheguei a ela, porém não a
achei virgem; ¹⁵ Então o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade
da moça, e levá-los-ão aos anciãos da cidade, à porta; ¹⁶ E o pai da moça dirá
aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a despreza;
¹⁷ E eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem a tua
filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E estenderão a
roupa diante dos anciãos da cidade. ¹⁸ Então os anciãos da mesma cidade tomarão
aquele homem, e o castigarão. ¹⁹ E o multarão em cem siclos de prata, e os
darão ao pai da moça; porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E
lhe será por mulher, em todos os seus dias não a poderá despedir. ²⁰ Porém se
isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça, ²¹ Então
levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a
apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa
de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21
¹ Quando um
homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça
em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente (escandalosas,
coisa feia),, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a
despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
PARA APRENDER
ESTA LIÇÃO PRECISA MUITO COMPREENDER O SIGNIFICADO ORIGINAL DAS PALAVRA USADAS
POR JESUS, A SEGUIR.
PROSTITUIÇÃO -
πορνεια PORNEIA (GREGO)
1) relação
sexual ilícita ANTES DO CASAMENTO
1a) fornicação,
homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
ADULTÉRIO - μοιχευω moicheuo (GREGO)
1) cometer adultério
1a) ser um adúltero (a)
Traição ao
cônjuge
³² Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por
causa de PROSTITUIÇÃO, faz que ela cometa ADULTÉRIO, e qualquer que
casar com a repudiada comete ADULTÉRIO. Mateus 5:32
LEMBRE-SE DE
QUE PROSTITUIÇÃO É ANTES DO CASAMENTO.
O MARIDO AO SE
CASAR DESCOBRIA QUE A MULHER NÃO ERA MAIS VIRGEM E LHE DAVA CARTA DE DIVÓRCIO,
ISSO ERA PERMITIDO POR LEI (VEJA ACIMA Dt 22 E Dt 24).
FORA DISSO NÃO
HÁ PERMISSÃO ALGUMA DA PALAVRA DE DEUS PARA DIVÓRCIO, PELO CONTRÁRIO – DEUS
ODEIA O DIVÓRCIO.
"Eu odeio
o divórcio", diz o Senhor, o DEUS de Israel, "e também odeio homem
que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o Senhor dos
Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis. Ml 2.16
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS PARA
A LIÇÃO
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 4, A
Sutileza da Normalização do Divórcio
Preciso muito
da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 20,00. Quem puder ajudar, envie por uma
das contas abaixo, em nome de JESUS.
PIX -
33195781620 meu CPF também (Banco Bradesco, Imperatriz, MA)
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 - poupança 013 - 00056421-6 variação
- 1288 - conta 000859093213-1
Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2
Luiz Henrique de Almeida Silva - PIX - 33195781620 meu CPF
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 variação 51
Edna Maria Cruz Silva - PIX 90971221120 CPF
TEXTO ÁUREO
“Assim não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o
homem.” (Mt 19.6)
VERDADE PRÁTICA
O padrão
bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e
indissolúvel.
Ajuda
Lição 12, A
Conduta do Crente em Relação à Família, comp-1h, 2Tr20, Pr Henrique, EBD NA TV - Vídeo - https://youtu.be/Zxue7nwYE0g
https://ebdnatv.blogspot.com/2020/06/escrita-licao-12-conduta-do-crente-em.html
https://ebdnatv.blogspot.com/2020/06/slides-licao-12-conduta-do-crente-em.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2022/07/slides-licao-4-sutileza-da-normalizacao.html
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2022/07/escrita-licao-4-sutileza-da.html
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn
1.27,28; 2.22-25 A natureza do casamento é monogâmica e vitalícia
Terça - Mt 19.4-6 A indissolubilidade do casamento
Quarta - Ml 2.15 O aspecto moral do divórcio
Quinta - Ml 2.16 DEUS odeia o divórcio
Sexta - Dt 24.1-4 O divórcio como permissão no AT
Sábado - Mt 5.32; 1 Co 7.10,11 As cláusulas de exceção no divórcio segundo o
Novo Testamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 19.1-9
1 - E aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e
dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão. 2 - E seguiram-no muitas
gentes e curou-as ali. 3 - Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e
dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 -
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o
Criador os fez macho e fêmea 5 - e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e
se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 - Assim não são mais dois,
mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. 7 -
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la? 8 - Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração,
vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. 9 - Eu
vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
COMENTÁRIOS BEP
- CPAD (Com modificações do Pr. Henrique)
19.9 A NÃO SER
POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO.
A vontade de
DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja
único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14).
Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia
- Mt 5.32; 19.9). O divórcio, portanto, só pode ser permitido se ao se casar o
homem descobre que sua esposa já havia se prostituído antes - Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
A vontade de
DEUS em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu
o divórcio, por prostituição pré-nupcial, por causa da dureza de coração das
pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o
AT determinava a dissolução do casamento com a execução a morte das duas partes
culpadas (Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido,
então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim,
tirarás o mal de Israel. Deuteronômio 22:22).
(3) Sob a Nova
Aliança, continua a mesma verdade valendo. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO. Porque o
Senhor, o DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que cobre de
violência as suas roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, tenham cuidado e
não sejam infiéis; Malaquias 2:16. Portanto, o que DEUS ajuntou, não o separe o
homem; Marcos 10:9 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
DEUS ajuntou não separe o homem. Mateus 19:6.
HINOS SUGERIDOS: 176, 213, 252 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Divórcio
Resumo
da Lição 4, A Sutileza da Normalização do Divórcio
I – O DIVÓRCIO NO CONTEXTO BÍBLICO
1. O divórcio no contexto do Antigo Testamento.
2. O divórcio
no contexto do Novo Testamento.
II – A SUTILEZA
DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO
1. O divórcio no seu aspecto legal.
2. O divórcio
no seu aspecto moral.
III – O
DIVÓRCIO E A PRÁTICA PASTORAL
1. A pessoa do divorciado.
2. O divorciado
como cristão.
OBSERVAÇÃO DO
Pr. HENRIQUE
COISA
FEIA - ערוה - Ìervah -
indecência, conduta imprópria
- PROVANDO QUE
"COISA FEIA", MENCIONADA EM DEUTERONÔMIO 24.1, É A MULHER NÃO SER
MAIS VIRGEM AO SE CASAR E O ESPOSO DESCOBRE ISSO NA PRIMEIRA NOITE.
- Quando um
homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas
escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me
cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão
os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade,
à porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este
homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas,
dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de
minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os
anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em
cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama
sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não
a poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não
achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da
sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel,
prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti.
Deuteronômio
22:13-21
Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa,
for e se casar com outro homem, e se este último homem a aborrecer, e lhe fizer
escrito de repúdio, e lho der na sua mão, e a despedir da sua casa ou se este
último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu
primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la para que seja sua
mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor ; assim
não farás pecar a terra que o Senhor , teu DEUS, te dá por herança.
Deuteronômio 24:1-4
QUEM SABE SE NOSSOS PASTORES TIVESSEM ACHADO ESSA MENÇÃO NÃO
TERIAM APROVADO
DIVÓRCIO NA CONVENÇÃO EM 2011?
Aí está o que é
"COISA FEIA" mencionada em Dt 24.1.
Isso prova que
divórcio só era permitido se no primeiro dia de casados o homem descobrisse que
a mulher não era mais virgem.
Tinha um
costume em Israel de colocar o lençol na porta da tenda ao amanhecer do outro
dia após a noite se núpcias com a mancha do sangue da virgindade que tinha sido
rompida pelo marido
Quando JESUS
Explicou Sobre O Casamento E Seu Compromisso Aos Seus Discípulos Eles Disseram
Que Era Melhor Não Casar Então. JESUS Lhes Disse Que Nem Todos Suportariam
Ficarem Sem Se Casar. Falou Dos Tipos De Eunucos, Ou Seja, Os Que Não Se
Casavam (Por Nascerem Eunucos, Ou Seja, Não Se Interessarem Por Sexo, Outros
Por Serem Castrados Ou Outros Por Decisão De Se Dedicarem Exclusivamente A
DEUS, Como Paulo).
Porque há
eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados
pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos
céus. Quem pode receber isso, que o receba. Mateus 19:12
Mateus 19.1 - E
aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se
aos confins da Judeia, além do Jordão. 2 - E seguiram-no muitas gentes e
curou-as ali. 3 Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e
dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 Ele,
porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os
fez macho e fêmea 5 e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à
sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 Assim não são mais dois, mas uma só
carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. 7 Disseram-lhe
eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? 8
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu
repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. 9 Eu vos digo, porém,
que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e
casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério. 10 Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem
relativamente à mulher, não convém casar. 11 Ele, porém, lhes disse: Nem
todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram
castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do
Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba.
JESUS aqui se
refere a lei que permitia o divórcio caso o marido descobrisse, no primeiro dia
de casado, que sua recém esposa não era mais virgem, ou seja, estava em posição
de prostituição (prática de sexo de pessoa solteira antes do casamento).
O que JESUS
condena, portanto, é o esposo deixar sua esposa sem ser por este motivo e mesmo
assim lhe dar carta de divórcio. Nesse caso este homem se viesse a se casar com
outra pessoa estaria cometendo adultério e que se casasse com este homem também
estaria cometendo adultério.
Só há uma
possibilidade de alguém casado se divorciar e casar de novo - se ao se casar
descobrisse que a mulher não era mais virgem. Aí sim, estaria liberado para se
casar de novo e contrair novas núpcias com outra mulher.
Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
Só a morte de
um dos cônjuges, ou dos dois, é que o casamento é desfeito.
1 Coríntios 7.2
Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada
pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. 3 De sorte que,
vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o
marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.
1 Coríntios
7.39 “A mulher está ligada pela lei todo tempo que o marido viver; mas, se
falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contando que seja
no Senhor”.
Em nenhum
momento você vai encontrar na Bíblia que você não será tentado, ou seja: em
algum momento do seu casamento, você terá dificuldades e será tentado a pecar,
sentir desejo por outra pessoa, isso acontecerá sim! Mas DEUS também deixou
qual recurso você deve usar para se safar deste pecado. Fugir da aparência do
mal, diz a Palavra de DEUS em 1 Coríntios 10:13- Não vos sobreveio nenhuma
tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, o qual não deixará que sejais tentados
acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída,
para que a possais suportar.( João Ferreira de Almeida). Esta é a receita única
e exclusiva para viver um casamento até que a morte os separe, passo esta
receita à todas as minhas noivas que DEUS me dá a oportunidade.
**"Porneia"**
(grego) significa prostituição e só está em prostituição uma mulher solteira
que executou o ato sexual fora do casamento. Quando é casada não é
prostituição, mas adultério e era apedrejada até a morte. Levítico 20:10
**"Porneia"**
(grego) também significa Adultério e só está em Adultério uma mulher casada que
executou o ato sexual fora do casamento. Quando é casada é adultério e deveria
ser apedrejada até a morte, ela e o adúltero. Levítico 20:10
Também o homem
que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu
próximo, **certamente morrerá o adúltero e a adúltera**. Levítico 20:10
(Os sacerdotes)
Não tomarão mulher prostituta ou infame, nem tomarão mulher **repudiada** de
seu marido, pois o sacerdote santo é a seu DEUS. Levítico 21:7
Viúva, ou
**repudiada, ou desonrada, ou prostituta**, estas não tomarás, mas virgem dos
seus povos tomará por mulher. Levítico 21:14
Venerado seja
entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à
prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará. Hebreus 13:4
Quando um homem
for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem
que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel. Quando
houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e
se deitar com ela, então, trareis ambos à porta daquela cidade e os
apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na
cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o
mal do meio de ti. E, se algum homem, no campo, achar uma moça desposada, e o
homem a forçar, e se deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou
com ela; porém à moça não farás nada; a moça não tem culpa de morte; porque,
como o homem que se levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é
este negócio. Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem
a livrasse. Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e
pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados, então, o homem que se
deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a
humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.
Deuteronômio 22:22-29
Jeremias 3.8 E,
quando por causa de tudo isso, **por ter cometido adultério**, a rebelde Israel
despedi e lhe dei carta de **divórcio**, vi que a aleivosa Judá, sua irmã, não
temeu; mas foi-se e também ela mesma se prostituiu. (Veja que o casamento de DEUS
com Israel só ocorrerá no fim dos tempos, após o milênio. A Igreja e Israel
serão um só povo salvo mornado com DEUS para sempre). Israel é considerada a
esposa que estava em prostituição (idolatria - amando deuses) e não consumou o
casamento vindo a receber repúdio e carta de divórcio.
ADULTÉRIO
- נאף na’aph – hebraico
1) cometer
adultério
1a) (al)
1a1) cometer
adultério
1a1a)
geralmente de homem
1a1a1) sempre
com a esposa de outro
1a1b) adultério
(de mulheres) (particípio)
1a2) culto
idólatra (ig.)
1b) (iel)
1b1) cometer
adultério
1b1a)
referindo-se ao homem
1b1b) adultério
(de mulheres) (particípio)
1b2) culto
idólatra (fig.)
DIVÓRCIO
- כריתות k ̂eriythuwth
- hebraico
1) divórcio,
demissão, separação
απολυω apoluo -
REPÚDIO - NÃO PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) libertar
2) deixar ir,
despedir, (não deter por mais tempo)
2a) um
requerente ao qual a liberdade de partir é dada por um resposta decisiva
2b) mandar
partir, despedir
3) deixar
livre, libertar
3a) um cativo
i.e. soltar as cadeias e mandar partir, dar liberdade para partir
3b) absolver
alguém acusado de um crime e
colocá-lo em
liberdade
3c)
indulgentemente conceder a um prisioneiro partir
3d) desobrigar
um devedor, i.e. cessar de exigir pagamento, perdoar a sua dívida
4) usado para
divórcio, mandar embora de casa, repudiar. A esposa de um grego ou romano podia
pedir divórcio de seu esposo.
5) ir embora,
partir
αποστασιον apostasion - DIVÓRCIO – PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) divórcio,
repúdio
2) uma carta de
divórcio
Prostituição,
Adultério - (Strong Português)
-
πορνεια porneia (a mesma palavra tem vários
sentidos)
1) relação sexual ilícita
1a) adultério,
fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação
sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10.11-12
2) metáf.
adoração de ídolos
2a) da impureza
que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios
oferecidos aos ídolos
Lição 5: O
casamento é para sempre (Com modificações do Pr. Henrique)
LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2022
Título: Os
valores do Reino de DEUS — A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de
CRISTO
Comentarista: Osiel
Gomes - Data: 1 de Maio de 2022
Mateus 5.27-32.
27
— Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28
— Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar
já em seu coração cometeu adultério com ela. 29 — Portanto, se o teu
olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é
melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no
inferno. 30 — E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e
atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do
que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 31 — Também foi dito:
Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. 32
— Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por
causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a
repudiada comete adultério.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
No Sermão do
Monte, em que JESUS evidencia a justiça e o caráter do discípulo acima da
postura dos escribas e fariseus, a preservação do casamento foi muito bem
destacada. Ao evocar o sétimo mandamento, “não adulterarás” (Êx 20.14), a
intenção do Mestre é colocar o casamento no seu devido lugar, como foi
designado pelo próprio DEUS (Gn 2.24).
Na continuidade
do seu ensino, JESUS expressa que tudo começa no coração. Assim, cai por terra
as teorias quanto ao divórcio, as evasivas criadas por aqueles que pensam em se
separar de seu cônjuge, visto que, os que realmente são dominados pelos valores
ensinados por CRISTO, procuram, em tudo, a preservação da pureza, da vida
conjugal (Hb 13.4) e do verdadeiro lar cristão. Em Mateus 5.27-32, JESUS
esclarece que não há espaço para uma moral dupla, como deseja uma sociedade
degenerada.
Palavra-Chave:
CASAMENTO
I. A CONDENAÇÃO
DO ADULTÉRIO
1. Definição de
adultério. No grego temos o verbo moichéuo, “cometer adultério”, “ser
um adúltero”, “ter relação ilícita com a mulher de outro”; da mulher: “permitir
adultério, ser devassa”. Biblicamente, o adultério é definido como uma relação
sexual que um homem casado tem com uma mulher que não é sua esposa ou
vice-versa. A idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8,9; Ez
23.37).
Jamais se deve
pensar que as ordens divinas em relação ao adultério fossem pesadas demais; na
verdade, por meio dessas prescrições da Lei, o que se colimava era preservar o
casamento, a fidelidade conjugal, a família. O mandamento “não adulterarás”
trata-se de um dique que preserva a fidelidade conjugal e a família, a célula
mater da sociedade.
2. A posição de
JESUS quanto ao adultério. Para JESUS, a gênese do adultério está no
coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos impuros que levam à
prática sexual ilícita. O posicionamento do Mestre vai além de tudo o que, no
Antigo Testamento, era permitido ao homem: divorciar-se de sua mulher,
"caso esta não fosse virgem ao se casar" (Dt 24.1 observação minha -
Pr. Henrique)! CRISTO vai ao cerne da questão, e fala de um coração profano e
contaminado, capaz de olhar cobiçosamente para uma mulher e, sem motivo, dar
carta de divórcio à esposa.
No seu Sermão,
JESUS evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos
impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é dessa forma que se
consegue manter a pureza em três níveis: sexual, moral e social. Precisamos ter
a consciência de que, perante DEUS, como bem expressou CRISTO, uma intenção
errada é tão pecaminosa quanto um ato, por isso, devemos sempre buscar
pensamentos puros e bons (Fp 4.8).
3. Os males do
adultério. O adultério sempre é prejudicial para a estrutura familiar, e
qualquer infidelidade no relacionamento a dois sempre será ruim, pois gera
desconfiança, feridas emocionais, desvalorização, desrespeito, fraqueza e queda
na vida espiritual. Por isso, é importante evitar tanto a prática do ato como
os pensamentos indevidos.
Além disso, os
prejuízos espirituais são ainda maiores. Não havendo pureza em seus
pensamentos, nem havendo lealdade com seu cônjuge, o relacionamento entra em
perigo e deturpa a mente do cristão que, tendo a mente de CRISTO, só deve
pensar coisas boas (1Co 2.16). O adultério deve ser evitado a todo custo, pois
suas consequências são devastadoras; além de ser pecado, fere a santidade de
DEUS (Pv 5.3-8).
SINOPSE I - O
Senhor JESUS condena
claramente a
prática do adultério.
Portanto, o que
DEUS ajuntou, não o separe o homem. Marcos 10:9
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
JESUS e a
dimensão prática do divórcio
No
subsequente estado adúltero da mulher que se casa com novo companheiro, a falta
é colocada aos pés do primeiro homem que, de acordo com JESUS, obtém um
divórcio frívolo. Ele precipita um estado adúltero da mulher que se casa outra
vez (que então pode não ter tido voz ativa no segundo matrimônio, dado seu
estado social). Mais tarde, quando JESUS insistiu nesta visão estrita do
divórcio, os fariseus perguntaram: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta
de divórcio e repudiá-la?’. Ele respondeu que Moisés tolerou esta prática ‘por
causa da dureza do vosso coração’.
JESUS manteve a
posição anterior exarada pela lei natural quando instruiu o povo que o Criador
designou que o marido e a esposa fossem uma só carne e nunca se separassem (Mt
19.4-11). Na passagem em foco, JESUS diz que o homem que se divorcia da esposa
por qualquer razão, exceto por prostituição (Dt 24.1), e se casa com outra
mulher, comete adultério. A vontade de DEUS é a permanência do matrimônio nesta
terra. Assim Malaquias escreve que DEUS diz que o casal é uma carne e que Ele
‘aborrece o repúdio [ou odeia o divórcio]’, sobretudo por causa dos efeitos
sobre os filhos (Ml 2.14-16).” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, pp.46,47).
II. O QUE REGE
O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO
1. O que
procede do coração. O pecado não está restrito apenas ao ato, mas também a
pensamentos impuros, malignos, cuja fonte é o coração (Mt 15.19). Do hebraico,
“coração”; lebab, fala do homem interior, mente, vontade, alma,
inteligência. Trata-se do lugar dos desejos, das emoções e paixões. No seu
aspecto figurativo, o coração refere-se ao caráter moral. Um cristão que tem o
coração transformado tem um viver totalmente diferente, visto que seu coração é
regido pela Palavra (Cl 3.16).
2. O homem é o
que pensa. É sabido por todos que o homem é o que ele pensa ou sente. Os
pensamentos e ideias que estão no seu “homem interior” são os motores que
colocam em ação todo o seu corpo e são determinantes para sua conduta. Desse
modo, o homem colherá aquilo que semear (Gl 6.7). O que semeia o pensamento da
cobiça, desejando outra mulher, não demorará para que concretize isso na
prática. A cobiça é algo que começa no coração, é como uma pequena semente
plantada que vai gerar o fruto do pecado. Cada um é engodado por sua própria
cobiça, a qual dará luz ao pecado, que sendo consumado, leva à morte (Tg
1.14,15).
O Senhor JESUS
falou que aquilo que rege o coração se evidenciará no viver diário de uma
pessoa por meio de seus atos (Mt 15.19; Lc 6.45), o que foi muito bem explicado
por Paulo, quando chamou de obras da carne as ações produzidas por um coração
pecaminoso (Gl 5.19-21 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais
são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de DEUS.).
Ninguém está
isento de tentações, mas é preciso revestir-se do novo homem interior produzido
por CRISTO para jamais cometer os atos pecaminosos por meio do corpo (Ef 4.24;
Rm 6.12,13). A saída é pedir para JESUS fazer a transformação e nos dar um novo
coração (Ez 11.19; 18.31).
3. Sujeitando o
corpo ao ESPÍRITO SANTO. O caminho para que o cristão possa dominar bem o
corpo é viver na dependência do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.16). JESUS fez uso de
figuras de linguagem e de modo hiperbólico para mostrar como se deve fazer para
vencer os instintos sexuais.
Ao sugerir “Se
o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti”
(Mt 5.29a), CRISTO não tinha a intenção de incitar alguém a praticar a
mutilação dos membros do corpo. O uso aqui é totalmente metafórico, dando
ênfase de como o cristão pode crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o
seu corpo ao ESPÍRITO para que não seja instrumento do pecado (Gl 5.24; Tt
3.3-5). JESUS não estava falando de cortar algum membro do corpo, pois nada
disso valeria enquanto o coração ainda estivesse cheio de pecado. Um coração
transformado pelo poder de CRISTO mostrará atitudes de sacrifício que visam
glorificar a DEUS (Rm 12.1; 1Co 6.20).
SINOPSE II - O
que procede do coração e permeia o pensamento do homem determinarão seu
comportamento.
Porque do
coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos e blasfêmias. Mateus 15:19
III. A
INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. O casamento
na perspectiva bíblica. Sabemos que o casamento é a mais fundamental de
todas as instituições sociais (Gn 1.28; 2.24). Na perspectiva divina, o
casamento deve ser uma união permanente, em que homem e mulher entram em uma
aliança a fim de construir uma união única na mais perfeita intimidade.
Não querendo
jamais que os votos do casamento fossem quebrados, DEUS deu a ordem: “Não
adulterarás” (Êx 20.14). A singularidade dessa maravilhosa união foi destacada
por CRISTO quando falou do vínculo conjugal, expressando que não são mais dois,
mas uma só carne (Mt 19.6). Paulo via essa união de maneira tão cândida que
comparou o amor de CRISTO, que se sacrificou pela Igreja, ao amor do marido
para com a sua esposa (Ef 5.25).
2. O que fazer
para que o casamento seja para sempre? Um casal que vive a vida a dois, em
amor, irá construir a mais bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas e
reveses nesta vida. O casamento deve ser construído com base em respeito,
amizade, bom tratamento, carinho, dignidade, entre outros. Como bem disse o
apóstolo Pedro (1Pe 3.7), se tudo isso estiver presente no casamento ele irá
até o fim da vida de um ou dos dois. O casal cristão tem conhecimento de que no
aspecto espiritual de salvação ambos são iguais (Gn 1.27; Gl 3.28; Cl 3.10,11),
e na vida a dois há obrigações distintas e específicas a serem cumpridas (1Co
7.3).
A união sexual
é outro fator preponderante que deve ser levado em consideração no casamento.
Ele deve ser desfrutado pelo homem e pela mulher, casados, em uma intimidade
mais profunda. O verbo “coabitar” fala de relação sexual dentro do casamento
(Gn 4.25), tratada pela Bíblia como algo digno (Hb 13.4) e prazerosa (Desfruta
a vida com a mulher amada em todos os dias desta vida paradoxal que DEUS te
concede debaixo do sol; uma vida ilusória e sem sentido! Pois essa é a tua
recompensa na vida pelo teu árduo trabalho debaixo do sol. Eclesiastes 9.9).
O casal cristão
é consciente de que jamais deve usar o sexo como fazem os ímpios, sem amor,
carinho, respeito, tão somente para dar vazão às suas lascívias (1Ts 4.3-7).
Portanto, o casal que deseja que seu casamento dure até a morte, deve estar em
comunhão com DEUS, e ter uma união marcada pelo amor e uma vida sexual regrada
e sadia.
3. Casamento:
uma união indissolúvel. Na discussão de JESUS com os líderes religiosos,
Ele destacou os ideais divinos sobre o casamento, isto é, como DEUS o havia
projetado a fim de que fosse permanente (Mc 10.9).
Há exegetas que
gastam tempo e muitas letras para provar que o divórcio era permitido; buscam
elementos históricos nas duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel, sendo que
a primeira destacava a questão da impureza no aspecto mosaico a partir da
prostituição, permitindo a carta de divórcio. A segunda era mais liberal, e
dizia que qualquer desagrado da parte do marido poderia dissolver o casamento.
Contudo, o melhor seria que tais estudiosos gastassem mais o tempo para falar
do casamento conforme o propósito eterno, atentando para o princípio de tudo.
Estudos de Judeus NÃO salvos e NÃO cheios do ESPÍRITO SANTO, não podem ser base
de referência para nossa vida cristã (Obs. minha - Pr. Henrique).
Para JESUS, o
casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao
divórcio, não era um mandamento de Moisés, mas sim uma concessão devido à
fraqueza humana, por causa do pecado (Mt 19.8), pela falta de perdão e
misericórdia e amor, pelo padrão baixo e desmoralizante em que muitos estavam
vivendo. Enquanto a Lei permitia o divórcio por causa da prostituição praticada
antes do casamento (Dt 24.1-3), JESUS salienta que isso significava legalizar o
adultério.
Sempre é
dolorido falar sobre divórcio, visto que já se trata da destruição de um
casamento. Porém, como servos de DEUS, precisamos dizer que a comunidade de
salvos que quer viver o padrão do Reino de DEUS, com suas bem-aventuranças,
precisa entender que o ideal divino é a indissolubilidade da vida a dois, tanto
física como espiritualmente, seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão
uma só carne (Gn 2.23,24).
SINOPSE III -
Na perspectiva bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
DEUS ODEIA O
DIVÓRCIO. Porque o Senhor , o DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio e
também aquele que cobre de violência as suas roupas, diz o Senhor dos
Exércitos. Portanto, tenham cuidado e não sejam infiéis; Malaquias 2:16.
Portanto, o que
DEUS ajuntou, não o separe o homem; Marcos 10:9
Assim não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.
Mateus 19:6.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
Para restringir
a falta grave
“JESUS aborda
novamente um dos Dez Mandamentos e afirma sua maior autoridade para
interpretá-lo.
Como alguns dos
seus contemporâneos Ele vai às minúcias para restringir esta falta grave.
Alguns fariseus fechariam os olhos ou andariam com a cabeça inclinada para não
olhar uma mulher. Mas JESUS identifica o coração como a principal parte
ofendida do ser humano, pois o coração é a sede da vontade, da imaginação e da
intenção da pessoa, embora os olhos tenham sua parte. JESUS não está condenando
a atração sexual natural, mas a luxúria ou desejo lúbrico (Lascivo; definido
pela luxúria ou despertado por ela - v.28). A mensagem de JESUS é clara:
Se a pessoa tratar da intenção do coração, então os olhos cuidarão de si
mesmos” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
CONCLUSÃO
Pela
Palavra de DEUS, compreendemos que o casamento é até que a morte separe os
cônjuges, mas sua construção depende de uma vivência com DEUS em um
relacionamento marcado pelo amor. Frente aos problemas que possam surgir, o
caminho não é o divórcio. Os cônjuges devem agir com boa vontade e sacrifícios,
buscando sabedoria divina para que se volte à verdadeira harmonia, com a
presença de JESUS.
VOCABULÁRIO
Cândida: que
apresenta pureza e inocência.
Colimava: tinha
em vista; visava a; objetivava, pretendia.
Hiperbólico: ênfase
expressiva resultante do exagero da significação linguística; exagerado.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
O CASAMENTO É
ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE
A presente
lição traz um estudo sobre a perenidade do casamento cristão. Certamente esse é
um dos maiores desafios para uma pessoa da sociedade atual aceitar as
implicações morais da fé cristã. Essa é uma questão tão difícil que o autor
cristão, C. S. Lewis, em sua clássica obra, Cristianismo Puro e Simples,
mais especificamente no capítulo em que trata a respeito da moralidade sexual
cristã, disse que o casamento cristão é uma das doutrinas mais impopulares da
fé cristã. No Cristianismo, segundo o propósito moral de DEUS para o homem e a
mulher, só há duas possibilidades: se casar e ser fiel até a morte ou optar
pelo dom do celibato (ficar solteiro(a) para sempre). O autor britânico diz que
há apenas uma realidade entre duas possibilidades a respeito da moral sexual: o
cristianismo é mentiroso ou há algo muito errado com a natureza humana. É claro
que há algo muito errado com a natureza humana porque o pecado original pode
ser demonstrado de maneira concreta na dificuldade que O ser humano tem em
obedecer aos preceitos de DEUS quanto à perenidade do casamento.
Coragem -
Infelizmente, em muitos lugares o divórcio tem sido banalizado. Mas DEUS nos
chamou para viver a perenidade do casamento, ainda que essa doutrina seja
impopular em muitos lugares. Por isso, tenha coragem em expor o maravilhoso
plano de amor, companheirismo, respeito mútuo, parceria e carinho dentro de uma
união que reflete o grande compromisso de fidelidade no casamento, feito no
altar, diante de DEUS e da Igreja, para viver até que a morte os separe.
No ensino do
Sermão do Monte, mais uma vez o que está na vida interior rege a questão da
durabilidade do casamento. O teólogo James Shelton ressalta que “JESUS
identifica o coração como parte ofendida do ser humano, pois o coração é a sede
da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa”. O que pode minar o
celestial preceito da perenidade do casamento é quando a vontade, a imaginação
e a intenção pessoal foram sobrepostas por outras que nada têm a ver com os
valores do Reino de DEUS. ENTENDA-SE "CORAÇÃO" COMO SEDE DO
INTELECTO, DOS DESEJOS E DAS VONTADES - A ALMA.
Divórcio e
Discipulado ( 19: 1-12 ) - Comentário Bíblico Wesleyana (Com
modificações do Pr. Henrique)
1. Divórcio
( 19: 1-12 )
1 E
aconteceu que, concluindo JESUS estas palavras, saiu da Galileia, e foi para os
confins da Judéia, além do Jordão; 2 e grandes multidões o
seguiam; e curou-os ali. 3 E aproximou-se dele os fariseus,
tentando-o, e dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo? 4 E ele, respondendo, disse: Não tendes lido
que aquele que fez -los desde o início fez macho e
fêmea, 5 e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se
unirá à sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim
que eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS uniu,
não o separe o homem. 7 Eles disseram-lhe: Por que, então
comandar fez Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la
embora ? 8 Ele lhes disse: Moisés, por causa da dureza do
vosso coração sofrido vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o início
que não tem sido assim. 9 E eu vos digo que qualquer que
repudiar sua mulher, não por causa de fornicação (PORNEIA - PROSTITUIÇÃO), e
casar com outra, comete adultério; e aquele que casar com ela quando ela a
repudiada comete adultério. 10 Os discípulos disseram-lhe: Se o
caso do homem é assim com sua esposa, não é conveniente
casar-se. 11 Mas ele lhes disse: Nem todos podem receber esta
palavra, mas para quem é dado. 12 Porque há eunucos que assim
nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há
eunucos, que fizeram eunucos para o reino de amor de DEUS. Aquele que é
capaz de recebê-lo, que o receba.
JESUS partiu da Galileia , provavelmente pela última vez, e começou
sua viagem final a Jerusalém. Mas primeiro ele foi para os confins
da Judéia, além do Jordão . Esta área era conhecida como Perea,
no lado leste do rio Jordão. Peregrinos da Galileia preferiu vir para o
lado leste do rio Jordão, para evitar passar por "impuros" e hostil
Samaria. Aqui em Perea JESUS realizada em um ministério de cura
(v. 2 ).
Mais uma vez os fariseus vieram para testá-lo. Desta vez, o tema foi o
divórcio - TEMA já discutido por CRISTO no Sermão da Montanha ( 5:
31-32 ). Eles perguntaram se era lícito ao homem repudiar sua
mulher por qualquer motivo (v. 3 ).
JESUS começou a
Sua resposta, chamando a atenção para o plano original de DEUS na criação, um
homem e uma mulher. Ele citou Gênesis 2:24 . Um homem
deve deixar seus pais e unir à sua mulher
(v. 5 ). Estes são fortes verbos no grego. Literalmente
eles querem dizer "deixar para trás" e "ser colado." Uma
das causas da dificuldade doméstica é que alguns maridos e esposas realmente
não deixam seus pais. Somos tentados a orar: ". DEUS nos dê
mais cola no casamento moderno".
A última cláusula do versículo 5 e na primeira frase do
versículo 6 indicam que existe união física, bem como
espiritual. Isso é o que faz do casamento algo sagrado, algo diferente de
qualquer outro contrato ou associação na vida. É por esta razão que o
verdadeiro casamento é indissolúvel.
Os fariseus
perguntaram por que era, então, que Moisés tinha ordenado a dar uma certidão de
divórcio e se separar da esposa (v. 7 ; cf. Dt 24:
1-4. ). JESUS respondeu que se tratava de uma concessão à dureza dos
seus corações, mas que não era da vontade de DEUS desde a criação.
Deve-se
reconhecer que Moisés não estava aqui incentivando divórcio. O oposto foi
o caso: ele estava colocando restrições sobre casamento para impedir o divórcio
fácil. O muçulmano hoje só precisa dizer a sua esposa por três vezes,
"Eu me divorcio de ti", e isso é feito de forma legal. Moisés
insistiu que um homem deve procurar um escriba e têm papéis jurídicos
elaborados. Isso tendia a desencorajar o divórcio (até o lençol da
primeira noite era apresentado como prova de que a mulher não era mais virgem
para se poder dar carta de divórcio).
Os fariseus
tinham perguntado: por qualquer motivo ? JESUS disse:
"Apenas por causa
da fornicação "(v. 9 ). Para obter um divórcio
por qualquer outro motivo e, em seguida, voltar a casar é cometer adultério. Aquele
que se casa com uma pessoa não biblicamente divorciada também é culpada de
adultério.
A pergunta dos
fariseus (v. 3 ) reflete a disputa contemporânea entre as duas
escolas de Hillel e Shammai. Ele girava em torno da interpretação de uma
cláusula em Deuteronômio 24: 1 - "se ela não achar graça em seus
olhos." Samai considerou que esta se referia a prostituição antes do
casamento como em Dt 22 e 24. Hillel era muito mais liberal. Ele
permitia que um homem se divorciasse de sua esposa por ela fazer alguma coisa
que ele não gostava; por exemplo, se ela queimou sua comida quando
cozinhava. JESUS se revoltava contra toda essa tramoia.
JESUS
colocou-se abertamente do lado da Palavra de DEUS como está em Dt 22 e 24, se
referindo a prostituição da moça antes de se casar. (com correções do Pr.
Henrique).
¹³ Quando um
homem tomar mulher e, depois de coabitar com ela, a desprezar, ¹⁴ E lhe
imputar coisas escandalosas (indecentes, coisa feia), e
contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher, e me cheguei a ela,
porém não a achei virgem; ¹⁵ Então o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da
virgindade da moça, e levá-los-ão aos anciãos da cidade, à porta; ¹⁶ E o pai da
moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a
despreza; ¹⁷ E eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei
virgem a tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E
estenderão a roupa diante dos anciãos da cidade. ¹⁸ Então os anciãos da mesma
cidade tomarão aquele homem, e o castigarão. ¹⁹ E o multarão em cem siclos de
prata, e os darão ao pai da moça; porquanto divulgou má fama sobre uma virgem
de Israel. E lhe será por mulher, em todos os seus dias não a poderá despedir.
²⁰ Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça,
²¹ Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a
apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa
de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21
¹ Quando um
homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça
em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente (escandalosas,
coisa feia),, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a
despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
Os discípulos
comentaram que se as coisas seriam assim tão rigorosas então era melhor não se
casar (v. 10 ). Eles ainda se mostraram filhos de seus tempos e
mal na necessidade de o ESPÍRITO de CRISTO.
JESUS pegou
esta observação insensível e elevou a ideia para um nível superior. Para
alguns, o celibato era o melhor caminho, mas somente para aqueles que
poderiam receber este estado corretamente
(v. 11 ). Ele então passou a (v. 12 ) indicar três
classes de eunucos (a palavra vem diretamente do
grego). Primeiro foram os que nasceram com um defeito. O segundo
grupo foi composto por esses eunucos castrados por
homens. Originalmente era um eunuco "guardião do quarto de dormir em
qualquer harém Oriental ..., um escritório de ciúmes, o que poderia ser
confiada apenas aos que foram emasculados ...". Em terceiro lugar, alguns
tinham se feito eunucos por amor do reino de DEUS, como no caso de
Paulo. Eles foram eunucos eticamente, em vez de fisicamente. Apenas
alguns foram capazes receber esta mensagem ; ou seja, adotar a
vida celibatária para fins de serviço mais elevados sem
distrações (cf. 1 Cor. 7: 32-35 ).
O ensino de
JESUS acerca do casamento e do divórcio (19.1-12) - Comentário - NVI (FFBruce)
Comentário de 5.31,32 e de Mc 10.1 (Com modificações do Pr. Henrique)
12. Um ponto fraco comum na exposição se origina na ideia de que os
fariseus eram um corpo unido e bem ajustado. Não há razão para
pensarmos que os fariseus envolvidos nesse incidente eram mais hostis do
que os de 22.35 ou de Lc 10.25. E permitido ao homem divorciar-se de sua
mulher por qualquer razão?-. Essa pergunta mostra que os questionadores
pertenciam a um dos dois grupos rivais de Hillel e Shammai e esperavam
poder citar JESUS a favor deles.
Os discípulos
acharam, assim como muitas pessoas hoje, que a resposta de JESUS era desumana.
Ele deixou claro que não era um novo legislador, mas que estava se atendo
a um ideal espiritual. No caso de alguns homens e mulheres, a sua
constituição física é tal que para eles o casamento, na melhor
das hipóteses, é uma conveniência social. Outros não casam porque foram
castrados ou colocados em circunstâncias, e.g., de escravidão, onde o
casamento é impossível. Ainda outros serão elevados acima da urgência material
e física de casar. Caso eles casem, não vão considerar impossível nem
difícil o ideal de JESUS. Não há percepção suficiente na igreja de
que muitos — talvez a maioria — dos casamentos entre cristãos são
realizados num nível principalmente físico. Para esses, a execução e
prática do ensino de JESUS podem ser muito difíceis.
A LEI ORIGINAL
DA CRIAÇÃO - CB TT W. W. Wiersbe - (Mt 19:3-6) - (Com
modificações do
Pr. Henrique)
Além de voltar
a Deuteronômio 24.1, JESUS voltou a Gênesis (Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
Gênesis 2:24). Aquilo que DEUS fez quando instituiu o primeiro casamento
ensina, por afirmação, o que ele imaginava para um homem e uma mulher. Ao
construir um casamento segundo o padrão ideal de DEUS, não é preciso
preocupar-se com o divórcio.
Os motivos para o casamento. A única coisa que não foi considerada
"boa" na criação foi o fato de o homem estar sozinho (Gn 2:18).
A mulher foi criada para suprir essa necessidade. Adão não poderia ter
comunhão com os animais. Precisava de uma companheira que fosse sua igual
e com a qual pudesse experimentar a plenitude.
O casamento
permite a perpetuação da raça humana. "Sede fecundos,
multiplicai-vos" (Gn 1:28) foi o mandamento de DEUS ao primeiro
casal. Desde o começo, DEUS ordenou que o sexo fosse praticado
dentro da relação comprometida do casamento. Fora do casamento, o
sexo torna-se uma força destrutiva, mas dentro do compromisso amoroso do
matrimônio, pode ser criativo e construtivo.
O casamento é uma das formas de evitar pecados sexuais (1 Co 7:1-6). É evidente
que um homem não deve se casar apenas para legalizar sua concupiscência!
Aquele que se entrega aos desejos lascivos antes do casamento,
certamente, continuará a fazer o mesmo depois. Esse tipo de pessoa não
deve ter a ilusão de que o casamento resolverá todos os seus problemas
pessoais com a lascívia. No entanto, o casamento é a forma que DEUS
criou para o homem e a mulher além de procriarem, desfrutarem, a dois, os
prazeres físicos do sexo.
As características do casamento. Ao retornar à lei original do Éden, JESUS lembra seus ouvintes das verdadeiras características do casamento. Se mantivermos vivas na memória essas características, saberemos como construir um casamento mais feliz e duradouro.
É uma união instituída por DEUS. DEUS instituiu o casamento, assim somente ele pode controlar seu caráter e suas leis. Não há legislação ou tribunal capaz de anular aquilo que DEUS instituiu.
É uma união física. O homem e a mulher tornam-se "uma só carne". Apesar de ser importante que o marido e a esposa tenham uma só mente e coração, a união fundamental do casamento é física. Se um homem e uma mulher se tornassem "um só espírito" no casamento, a morte não poderia dissolver o casamento, pois o espírito nunca morre. Mesmo se um homem e uma mulher discordam, são "incompatíveis" e não conseguem entender-se, continuam sendo casados, pois a união é física.
É uma união permanente. A intenção original de DEUS era que um homem e uma mulher passassem a vida juntos. A ideia de "morar juntos para ver se dá certo" não faz parte da lei original de DEUS, pois ele exige que o marido e a esposa se comprometam irrestritamente com a união do casamento.
É uma união entre um homem e uma mulher. DEUS não criou dois homens e duas mulheres, ou duas mulheres e um homem, somente dois homens ou somente duas mulheres. Não importa o que psicólogos e juristas digam, a poligamia, a união entre gays e outras variações são contrárias à vontade de DEUS.
Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é; Levítico 18:22
Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de DEUS. 1 Coríntios 6:10
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD - Mt 19.1-12 - (Com modificações do Pr. Henrique)
CRISTO Deixa a Galileia e Entra na Judéia - Mateus 19.1,2
Aqui temos um relato da mudança de CRISTO. Observe que:
1. Ele deixou a Galileia. Ali Ele tinha sido criado. Ali, naquela remota e desprezível parte do país, Ele havia passado a maior parte de sua vida; apenas por ocasião das comemorações que Ele ia para Jerusalém, e se manifestava ali; e podemos supor que, não tendo ali residência fixa quando chegou, suas pregações e milagres eram mais perceptíveis e mais aceitos. Mas isso foi um exemplo de sua humilhação, e nisso, como em outras coisas, Ele apareceu em um estado de humildade. Ele viria como um galileu, um homem do norte, a parte menos educada e refinada da nação. Até aqui, a maioria dos sermões de CRISTO e a maioria de seus milagres haviam sido realizados na Galileia; mas agora, “concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia”, e este foi o seu último adeus; porque (a menos que a sua passagem “pelo meio de Samaria e da Galileia”, Lucas 17.11, tenha ocorrido depois disso, o que, contudo, era apenas uma visita in transitu – o enquanto Ele atravessava o país). Ele nunca mais veio para a Galileia novamente até depois da sua ressurreição, o que torna essa transição extraordinária. CRISTO não partiu da Galileia até que houvesse encerrado o seu trabalho ali. Note que os fiéis ministros de CRISTO não são afastados de nenhum lugar, até que tenham terminado o seu testemunho naquela localidade; eles também não são levados deste mundo enquanto não concluem a sua missão (Ap 11.7). É muito confortável para aqueles que seguem não a sua própria vontade, mas a providência de DEUS, em suas mudanças, saber que concluirão seus discursos antes de partirem. E quem desejaria continuar em qualquer lugar por mais tempo do que o necessário para realizar ali a obra de DEUS?
2. Ele se dirigiu “aos confins da Judéia, além do Jordão”, para que os habitantes dali pudessem ter seu dia de visitação da mesma forma que a Galileia, pois eles também pertenciam às “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas CRISTO ainda se manteve naquelas partes de Canaã que se estende em direção a outras nações: a Galileia é chamada de “Galileia das nações”, e os sírios habitavam além do Jordão. Assim, CRISTO insinuava que, embora se mantivesse dentro dos limites da nação judaica, Ele tinha em vista os gentios, e o seu Evangelho estava se encaminhando em direção a eles, pois esse era um de seus objetivos.
3. “Seguiram-no muitas gentes”. Onde estiver Siló, ali se congregarão os povos. Os “remidos do Senhor” são os que “seguem o Cordeiro” para onde quer que vá (Ap 14.4). Quando CRISTO parte, é melhor que o sigamos. O fato de CRISTO ter sido constantemente seguido por uma multidão, para onde quer que fosse, era uma amostra de respeito a CRISTO, embora fosse um problema constante. Mas Ele não procurava a sua própria comodidade, considerando quão má e desprezível essa turba era (como alguns os chamariam), nem fazia muita questão da sua própria glória, aos olhos do mundo. Ele “andou fazendo o bem”; e assim se segue que Ele curou a multidão “ali”. Isso mostra porque eles o seguiam: para ter suas enfermidades curadas; e eles o julgavam tão capaz e pronto para ajudar aqui como havia sido na Galileia. Pois, onde quer que esse “Sol da justiça” surgisse, traria “curas nas suas asas” (Ml 4.2, versão TB). Ele os curou ali, para que não o seguissem até Jerusalém, o que causaria escândalo. Ele “não contenderá, nem clamará”.
A Lei do Divórcio Mateus 19. 3-12 (Dt 24.1)
Nós temos aqui a lei de CRISTO no caso do divórcio, ocasionada, como algumas outras manifestações da sua vontade, por uma discussão com “os fariseus”. Ele suportou tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as transformou em instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui:
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. Henrique
I O caso proposto pelos fariseus (v. 3): “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Os fariseus lhe perguntaram isso para provocá-lo, e não porque desejassem ser ensinados por Ele. Algum tempo atrás, Ele havia, na Galileia, manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que era uma prática comum (Mt. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse agora contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo desse país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse diminuir a liberdade de que eles tanto gostavam. Os fariseus esperavam que Ele perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer um dos seus preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa forma: se Ele dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como um inimigo da lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo de boa reputação. Alguns pensam que, embora a lei de Moisés permitisse o divórcio no caso específico de prostituição da noiva ates do casamento, ou seja, não era mais virgem (Dt 24.1), ainda que houvesse uma causa justa, havia uma controvérsia entre os próprios fariseus, e eles desejavam saber o que CRISTO diria sobre isso. Com o tempo o divórcio deixou de ser como permitia a lei de Moisés (Dt 24.1), para se tornar algo corriqueiro e por motivos banais. Causas matrimoniais têm sido numerosas, e algumas vezes intrincadas e confusas; elas se tornam assim não por causa da lei de DEUS, mas pelos desejos e pela loucura dos homens. Nesses casos, as pessoas frequentemente decidem o que vão fazer, antes de perguntarem qual seria a melhor solução. Sem se importarem com a opnião do criador.
A pergunta dos fariseus foi a seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher por qualquer motivo? O divórcio só era permitido por DEUS por prostituição da mulher antes do casamento (Dt 24.1), mas o divórcio era praticado, como acontecia geralmente, por pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele poderia ser praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado (embora fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou desagrado? A tolerância, nesse caso, permitia isso: “Se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio” (Dt 24.1). Eles interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que sem motivo, poderia se tornar a base para um divórcio.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. Henrique
II A resposta de CRISTO para essa pergunta. Embora ela fosse apresentada para tentá-lo, mesmo sendo um caso de consciência, e de consciência pesada, Ele deu uma resposta satisfatória. Não foi uma resposta direta, mas foi eficaz, afirmando os bons princípios, como prova inegável de que os divórcios arbitrários que estavam sendo praticados, que tornavam os laços matrimoniais tão precários, não eram de forma alguma legítimos. O próprio CRISTO não daria a regra sem uma razão, nem declararia o seu julgamento sem uma prova nas Escrituras para apoiá-lo. Seu argumento é este: “Se estão, marido e mulher, pela vontade e desígnio de DEUS, ligados pela mais rígida e íntima união, então eles não devem ser, levianamente e em qualquer ocasião, separados; se a ligação for consagrada, não poderá ser facilmente desfeita”. Para provar que existe tal união entre marido e mulher, Ele ressalta três pontos.
1. A criação de Adão e Eva. No que se refere a isso, Ele apela para o próprio conhecimento que eles tinham das Escrituras: “Não tendes lido?” Há alguma vantagem em discutir, tratar com aqueles que possuem e têm lido as Escrituras. Vocês têm lido (mas não têm considerado) “que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea” (Gn 1.27; 5.2). Note que será de grande utilidade para nós pensarmos frequentemente sobre nossa criação, como e por quem, por que e para que, fomos criados. Ele os criou macho e fêmea, uma fêmea para um macho; de modo que Adão não poderia se divorciar de sua esposa, e tomar outra, porque não existia nenhuma outra para ser tomada. Isso, da mesma forma, sugeria uma união inseparável entre eles. Eva era uma costela tirada de Adão, de modo que ele não podia repudiá-la, porque não devia remover um pedaço de si mesmo, contradizendo as manifestas indicações da criação dela. CRISTO faz uma breve alusão a isso, mas, recorrendo ao que eles tinham lido, Ele os remete ao registro original, onde é observado que, muito embora o restante das criaturas vivas tenha sido criadas macho e fêmea, ainda assim isso não é dito no que se refere a nenhuma delas, mas apenas no que concerne à raça humana; porque a conjunção entre homem e mulher é racional, e planejada para propósitos mais nobres do que meramente a satisfação dos sentidos e a preservação da semente. E ela é, portanto, mais íntima e sólida do que aquela que existe entre macho e fêmea entre os animais, que não são capazes de se ajudar mutuamente como Adão e Eva. Por conseguinte, a forma de expressão é um tanto singular (Gn 1.27): “E criou DEUS o homem à sua imagem, macho e fêmea os criou”; algumas traduções da Bíblia em inglês trazem os pronomes “ele” e “eles” (singular e plural) de uma forma alternada. O singular é utilizado no princípio da criação, antes que se tornassem dois. Porém, mais tarde, eles se tornam novamente um, através de uma aliança de casamento, uma união que só poderia ser íntima e indissolúvel.
2. A lei fundamental do casamento é: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” (v. 5). A relação entre marido e mulher é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos; então, se a relação filial não pode ser facilmente rompida, muito menos pode a relação de casamento ser rompida. Pode um filho abandonar seus pais, ou pode um pai ou mãe abandonar seus filhos, por qualquer motivo, seja ele qual for? Não, de modo nenhum. Muito menos pode um marido repudiar a sua esposa. Entre marido e esposa, a relação é mais íntima, e o laço da união é mais forte, do que entre pais e filhos – embora não por natureza, mas por desígnio divino. Observe que a relação pais-filhos é, em grande medida, substituída pelo casamento quando um homem deixa os seus pais para se unir à sua esposa. Veja aqui o poder de uma instituição divina. O resultado dela é uma união mais forte do que aquela que resulta das obrigações mais elevadas da natureza.
3. A natureza do contrato matrimonial. Esta é uma união de pessoas; os cônjuges “serão dois numa só carne”, de modo que (v. 6) “já não serão dois, mas uma só carne”. Os filhos de um homem são partes dele mesmo; mas a sua esposa é ele mesmo. Assim como a união conjugal é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos, ela também é, até certo ponto, equivalente àquela união que existe entre um membro e outro no corpo natural. Uma vez que esta é uma razão pela qual os maridos devem amar suas esposas, também é uma razão pela qual eles não devem repudiá-las, pois “nunca ninguém aborreceu a sua própria carne”, ou a separou de si, “antes, a alimenta e sustenta”, e faz tudo o que pode para preservá-la. Os dois serão um; por isso deve haver apenas uma esposa, pois DEUS fez apenas uma Eva para um Adão (Ml 2.15).
A partir daí, o Senhor deduz: “O que DEUS ajuntou não separe o homem”. Note que:
(1) Marido e mulher são uma união de DEUS; synezeuxen – Ele os colocou sob um mesmo jugo, assim é a palavra, e é muito significativa. O próprio DEUS instituiu o relacionamento entre marido e mulher no estado de inocência. O casamento é a mais antiga instituição . Embora o casamento não seja exclusivo da igreja, mas comum para o mundo, mesmo sendo caracterizado por uma instituição divina, que é aqui ratificada pelo nosso Senhor JESUS, ele deve ser conduzido como uma união sagrada, e santificado pela Palavra de DEUS, e pela oração. Um respeito consciencioso para com DEUS nessa instituição teria uma boa influência sobre o dever, e, consequentemente, sobre a tranquilidade e o conforto do relacionamento.
(2) Marido e mulher, sendo unidos pela lei de DEUS, não podem ser separados por qualquer lei humana. Homem nenhum deve separá-los; nem o próprio marido, nem alguém designado por ele; nem mesmo o magistrado, pois DEUS jamais lhe deu autoridade para fazer isso. “O Senhor, DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio” (Ml 2.16). O homem não deve tentar separar aquilo que DEUS uniu. Esta é uma regra geral.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. Henrique
III Uma objeção levantada pelos fariseus contra o dever do homem não separar o que DEUS ajuntou – uma objeção não destituída de plausibilidade (v. 7): “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” JESUS utilizou as Escrituras para argumentar contra o divórcio; os fariseus, por sua vez, alegam a autoridade das Escrituras para defendê-lo. Note que as aparentes contradições na Palavra de DEUS são grandes obstáculos para homens de mente corrompida. É verdade, Moisés era fiel àquele que o designou, e não ordenou nada além daquilo que recebeu do Senhor; mas, nesse caso, o que eles chamam de mandamento era apenas uma concessão (Dt 24.1), planejada mais para conter os excessos do que para encorajar o divórcio em si. Os próprios doutores judeus observam tais limitações naquela lei; o divórcio não podia ser concedido sem uma grande deliberação. Uma razão particular deve ser apontada: o atestado de divórcio deveria ser escrito, e, como uma ação judicial, deveria ter todas as suas formalidades executadas e registradas. Ele deveria ser entregue nas mãos da própria esposa (o que obrigaria os homens, se eles tivessem alguma consideração, a refletir), e os cônjuges eram expressamente proibidos de se juntar novamente. O processo era longo e custoso para que desse tempo para reflexão. O marido não mais poderia ter a mulher de volta. Tudo isso faria com que o marido voltasse atrás em sua decisão.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. Henrique
IV A resposta de CRISTO a essa objeção.
1. Ele retifica o erro dos fariseus com relação à lei de Moisés. Eles a chamaram de um mandamento, CRISTO a chama somente de permissão, uma tolerância. Corações carnais tomarão o braço se lhes dermos a mão. A lei de Moisés, nesse caso, era uma lei política que DEUS concedeu como o Governante daquele povo; e o divórcio era tolerado por razões de Estado. Sendo o rigor da união matrimonial o resultado de uma lei não-natural, mas formal, em alguns casos a sabedoria de DEUS prescindia dela através do divórcio, sem qualquer depreciação de sua santidade.
Mas CRISTO diz aos fariseus que havia uma razão para essa tolerância – e esta não se devia, de modo algum, a algum mérito deles: “Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher”. Moisés se queixou do povo de Israel em seu tempo, pois o coração do povo estava endurecido (Dt 9.6; 31.27), endurecido contra DEUS; naquela ocasião, a permissão para o divórcio se devia ao fato de eles estarem endurecidos contra o próximo; os homens eram geralmente violentos e ultrajantes, qualquer que fosse o caminho que seguissem tanto em seus desejos como em suas paixões. E então, se a eles não tivesse sido permitido repudiar suas esposas quando descobrissem que não eram mais virgens, eles as teriam tratado com crueldade, teriam agredido e abusado delas, e talvez as matassem. Note que não há maior crueldade no mundo do que um homem ser rude e áspero com a sua própria esposa. Os judeus, ao que parece, eram abomináveis por isso, e então lhes foi permitido repudiá-las; melhor divorciar-se delas do que fazer pior, do que cobrir “o altar do Senhor de lágrimas” (Ml 2.13). Também o divórcio evitaria que a esposa não fosse apedrejada por sua prostituição, ficando livre para se casar novamente (quem sabe este não foi o caso da mulher samaritana?)
OBSERVAÇÃO DO Pr. Henrique
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem, e se este último homem a aborrecer, e lhe fizer escrito de repúdio, e lho der na sua mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor ; assim não farás pecar a terra que o Senhor , teu DEUS, te dá por herança. Deuteronômio 24:1-4
QUEM SABE SE NOSSOS PASTORES TIVESSEM ACHADO ESSA MENÇÃO NÃO
TERIAM APROVADO DIVÓRCIO NA CONVENÇÃO EM 2011?
Aí está o que é "COISA FEIA" mencionada em Dt 24.1.
Isso prova que divórcio só era permitido se no primeiro dia de casados o homem descobrisse que a mulher não era mais virgem.
Tinha um costume em Israel de colocar o lençol na porta da tenda ao amanhecer do outro dia após a noite se núpcias com a mancha do sangue da virgindade que tinha sido rompida pelo marido.
Uma pequena complacência para satisfazer a vontade de um louco, ou de um homem que delira, pode evitar um dano maior. Leis formais podem ser prescindidas em prol da preservação da lei da natureza, pois “DEUS quer misericórdia e não sacrifício”. Entretanto, aqueles que tornaram isso necessário são infelizes, são perdidos que possuem um coração endurecido. E ninguém pode desejar ter a liberdade do divórcio, sem virtualmente confessar a dureza de seu coração. JESUS diz: “por causa da dureza do vosso coração”, não apenas daqueles que viviam naquela época, mas de toda a sua semente. DEUS não apenas vê, mas também antevê a dureza do coração dos homens. Ele adaptou os mandamentos e a providência do Antigo Testamento ao temperamento daquela gente, e o fez através do medo. Observe também: a lei de Moisés considerava a dureza do coração dos homens, mas o Evangelho de CRISTO, a cura; e sua graça tira do homem o coração de pedra e lhe dá um coração de carne. Através da lei, vinha o conhecimento do pecado; mas através do Evangelho, ele é derrotado.
2. JESUS os leva de volta à instituição original: “Mas, ao princípio, não foi assim”. Note que as perversões que se insinuam em qualquer lei de DEUS devem ser expurgadas recorrendo-se à instituição original. Se a cópia estiver incorreta, ela deverá ser examinada e retificada pelo original. Desse modo, o apóstolo Paulo, ao corrigir as transgressões da igreja de Corinto em relação à Santa Ceia, recorreu ao que aconteceu naquela reunião (1 Co 11.23): “Porque eu recebi do Senhor”. A verdade estava disponível desde o princípio; nós devemos então perguntar “pelas veredas antigas, qual é o bom caminho” (Jr 6.16), e devemos fazer as devidas correções, não pelos padrões recentes, mas pelas regras antigas.
3. JESUS define a questão através de uma lei explícita: “Eu vos digo” (v. 9), e isso está de acordo com que Ele havia dito antes (Mt 5.32). Naquela ocasião, isso foi dito em um sermão; aqui, em uma discussão. Mas é a mesma Palavra, pois CRISTO não muda. Entretanto, em ambas as passagens:
(1) Ele permite o divórcio em caso de prostituição da mulher antes do casamento; sendo que a razão da lei contra o divórcio consiste na máxima: “Serão dois numa só carne”. Se a esposa se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero, a razão da lei cessa, e também a lei. A prostituição era punida com a morte pela lei de Moisés (Dt 22.22). Então, o nosso Salvador suaviza o seu rigor, e determina que o divórcio seja a penalidade. O Dr. Whitby entende isso não como adultério (porque o nosso Salvador usa a palavra porneia – fornicação), mas como a impureza cometida antes do casamento, que é descoberta no dia do casamento, seria um pecado capital se o esposo não desse o divórcio.
(2) O Senhor desaprova isso em todos os outros casos: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mateus 19:9”. Essa foi uma resposta direta para a pergunta dos fariseus, e que não estava de acordo com a lei. E nisso, como em outras coisas, o tempo do evangelho é “tempo de correção” (Hb 9.10). A lei de CRISTO tende a restabelecer o homem em sua integridade primitiva; a lei do amor, do amor conjugal, não é um novo mandamento, mas era desde o princípio. Se considerarmos quantos danos às famílias e países, quantas confusões e desordens resultariam de divórcios arbitrários, entenderemos o quanto essa lei de CRISTO é para o nosso próprio benefício, e que amigo o cristianismo é para nossos interesses seculares.
A lei de Moisés, que permite o divórcio por causa da dureza do coração dos homens, e a lei de CRISTO, que o proíbe, sugerem que estando os cristãos sob a dispensação do amor e da liberdade, pode-se, legitimamente, esperar uma brandura de coração entre eles, pois eles não serão desumanos como os judeus, pois “DEUS chamou-nos para a paz”. Não haverá oportunidade para divórcios se os cônjuges forem indulgentes um com o outro, e perdoarem um ao outro no amor, como aqueles que são, e esperam ser, perdoados, e que descobriram que DEUS não nos repudiará (Is 50.1). Não há necessidade de divórcios se os maridos amarem suas esposas, se as esposas forem obedientes a seus maridos, e se ambos viverem juntos como herdeiros da graça da vida: e estas são as leis de CRISTO. Não encontramos uma lei como essa em todas as leis de Moisés.
V Aqui está uma sugestão dos discípulos contra essa lei de CRISTO (v. 10): “Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar”. Parece que os próprios discípulos estavam relutantes em renunciar à liberdade do divórcio, considerando-a como um bom expediente para preservar o bem-estar na condição de casado; e então, como crianças mal-humoradas, se eles não tivessem o que queriam ter, jogariam fora aquilo que tinham. Se a eles não for permitido repudiar suas esposas quando lhes aprouver, eles não terão esposas de modo nenhum. Entretanto, desde o princípio, quando o divórcio não era permitido, DEUS disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e os abençoou, declarando como abençoados aqueles que fossem, dessa forma, completamente unidos; no entanto, a menos que possam ter a liberdade do divórcio, os discípulos acham que é melhor o homem não se casar. Note que: 1. A natureza corrupta não tolera o controle e as restrições, e de bom grado romperia os laços de CRISTO ao meio para obter a liberdade para a sua própria luxúria. 2. É uma atitude tola e impertinente para os homens, abandonar os confortos desta vida por causa das cruzes que habitualmente os acompanham, como se precisássemos necessariamente sair do mundo por não termos todas as coisas que desejamos; ou precisássemos assumir uma ocupação ou uma condição improdutiva, porque a sobrevivência nele se tornou a nossa obrigação. Não. Qualquer que seja a nossa condição, devemos direcionar nossas mentes para isso: ser agradecidos pelos nossos confortos, obedientes às nossas cruzes, sabendo que quando pensarmos nos nossos dias, deveremos ter em mente que “DEUS fez este em oposição àquele”, e assim fazermos o melhor com o que tivermos (Ec 7.14). O fato de não podermos desfazer os laços do casamento a nosso bel-prazer não significa que não devamos nos submeter a eles; mas que quando nos submetermos, deveremos decidir nos comportar de acordo por amor, submissão, e paciência, o que tornará o divórcio a coisa mais desnecessária e indesejável que pode existir.
1. Ele reconhece que é bom para alguns não se casar: Aquele que é capaz de receber essa palavra, que a receba – “Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido”. CRISTO consentiu com o que os discípulos disseram, “não convém casar”; não como uma objeção contra a proibição do divórcio, como eles o pretendiam, mas dando-lhes uma regra (talvez não menos desagradável para eles): que aqueles que têm a dádiva da abstinência, e não sentem qualquer necessidade de casar-se, fazem melhor se continuarem solteiros (1 Co 7.1); pois aqueles que não estão casados têm a oportunidade, se tiverem disposição, de se preocupar mais com as “coisas do Senhor, em como hão de agradar ao Senhor” (1 Co 7.32-34), sendo menos comprometidos com os cuidados desta vida, e tendo uma maior disponibilidade de tempo e pensamento para preocupar-se com coisas melhores. O crescimento da graça é melhor do que o crescimento da família, e a comunhão com o Pai e com o seu Filho JESUS CRISTO deve ser preferida a qualquer outra comunhão.
2. Ele desaprova, como absolutamente prejudicial, proibir o casamento, porque “nem todos podem receber esta palavra”; realmente poucos podem – é preferível que as cruzes da condição de casado sejam carregadas do que esses homens caírem em tentação para evitá-las; “é melhor casar do que abrasar-se” (1 Coríntios 7:9).
CRISTO fala aqui de uma dupla incapacidade para o casamento.
(1) Aquela que é uma calamidade pela providência de DEUS; tal como a daqueles que nascem eunucos, ou se tornam assim através dos homens, e que, sendo incapazes de corresponder a uma finalidade do casamento, não devem se casar. Mas que lhes seja permitido compensar essa calamidade com a oportunidade que existe na condição de solteiro – servir melhor a DEUS.
(2) Aquela que é uma virtude pela graça de DEUS; como é a daqueles que se fizeram eunucos “por causa do Reino dos céus”. Essa é uma incapacidade para o casamento, não no corpo (e alguns, por erro de interpretação dessa Escritura, prejudicaram a si mesmos de forma tola e perniciosa), mas na mente. Aqueles que se tornaram eunucos alcançando um sagrado desinteresse por todos os prazeres da condição de casado, têm uma decisão estabelecida, na força da graça de DEUS, de se privar completamente deles; e por jejum, e outros exemplos de mortificação, subjugaram todos os desejos voltados a eles. Estes são aqueles que podem receber esta palavra; além disso, não devem obrigar a si mesmos, através de voto, a nunca se casar. Eles só devem entender que, da forma como pensam agora, pretendem não se casar.
Então: [1] Essa simpatia pela condição de solteiro deve ser concedida por DEUS; pois ninguém pode recebê-la, exceto “aqueles a quem foi concedido”. Note que a abstinência é um dom especial de DEUS para alguns, e não para outros; e quando um homem, na condição de solteiro, descobre por experiência que tem esse dom, ele pode resolver permanecer solteiro, e (como o apóstolo diz, 1 Coríntios 7.37) ficar “firme em seu coração, não tendo necessidade”, mas tendo poder sobre a sua própria vontade para se manter assim. Mas os homens, nesse caso, devem tomar cuidado para não se gabarem de um falso dom (Pv 25.14).
[2] A condição de solteiro deve ser escolhida por amor ao Reino dos céus. Pois naqueles que resolvem nunca se casar apenas para que possam economizar nas despesas, ou para satisfazer um temperamento mal-humorado e egoísta, ou ainda para ter uma maior liberdade para servir a outros desejos e prazeres, isto está muito longe de ser uma virtude – é um vício perverso. Mas quando é por amor à religião – não sendo um ato meritório em si mesmo (em que os papistas o transformaram), mas apenas como um meio para manter a mente mais aplicada e mais direcionada aos serviços da religião, e para que, não tendo família para sustentar, a pessoa possa fazer mais obras de caridade –, isto é aprovado e aceito por DEUS. Note que essa condição é melhor para nós. E ser escolhido e comportar-se adequadamente, que é o melhor para a nossa alma, nos leva a nos prepararmos mais e a nos preservarmos para o Reino dos céus.
(3) Havia ainda os que eram castrados por seus patrões devido a terem que cuidar de seus haréns ou de alguma esposa solitária.
COMENTÁRIOS BEP - CPAD - PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se à abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. (a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré-maritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3). (b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9, sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18). (c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos num casamento, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19). (d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28).
SEXO SÓ NO CASAMENTO - DEUS ODEIA O DIVÓRCIO (Ml 2.16) - SEXO ANAL É
ABOMINAÇÃO DIANTE DE DEUS (Lev 18:22; 20:13; 1Co 6.10).
SUBSÍDIOS DA Lição 4, A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO - 3º TRIMESTRE DE 2022 - CPAD
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição trata o divórcio de acordo com o contexto bíblico do Antigo e Novo Testamento. Outro ponto interessante é que a lição aborda dois aspectos a respeito do divórcio: o legal e o moral. E, finalmente, conclui com uma importante reflexão acerca da prática pastoral com pessoas divorciadas ou em processo de divórcio.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor o divórcio no contexto bíblico; II) Pontuar os aspectos legal e moral do divórcio; III) Refletir a respeito da prática pastoral com pessoas em situação de divórcio.
B) Motivação: O divórcio é um desafio em toda a igreja cristã. Mais desafiador ainda é não banalizar a prática do divórcio e, ao mesmo tempo, cuidar de maneira evangélica das pessoas que sofreram com o divórcio.
C) Sugestão de Método: Estamos na quarta lição. Sugerimos que você faça uma revisão de pelo menos cinco minutos a respeito dos temas vistos até agora: As Sutilezas de Satanás contra a Igreja; A Sutileza da Banalização da Graça; A Sutileza da Imoralidade Sexual. Em seguida, apresente o assunto do divórcio como uma extensão da lição anterior a respeito da imoralidade sexual. Procure contextualizar a classe com o tema.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Vimos que o padrão bíblico para o casamento tem a ver com a sua indissolubilidade. Entretanto, é possível que em sua classe haja problemas na área do casamento. Por isso, ao final da aula, faça uma oração, apresentando a vida conjugal de seus alunos. Reserve esse momento para apresentar a DEUS as demandas conjugais da classe.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto "Contextualização da questão do divórcio em Mateus 19" amplia a exposição bíblica do divórcio; 2) O texto "A Interpretação de JESUS CRISTO", localizado após o segundo tópico, traz uma conclusão a respeito do aspecto doutrinário do divórcio.
SINÓPSE I - O divórcio está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
SINÓPSE II - O divórcio se dá na esfera legal e, ao mesmo tempo, moral.
SINÓPSE III - É preciso cuidar das pessoas divorciadas, dando-lhes auxílios espiritual e psicológico
AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
“A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe [...]. Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a ‘prostituição’ (gr. porneia), palavra esta que no original inclui adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1427.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
CONTEXTUALIZAÇÃO DA QUESTÃO DO DIVÓRCIO EM MATEUS 19
“A questão do divórcio teve um papel importante no primeiro século, da mesma forma que hoje. JESUS discutiu essa questão no Sermão do Monte (5.31,32). Agora ela reapareceu [Mt 19.3-9]. [...] O conflito se originou a partir da interpretação de Deuteronômio 24.1 – ‘Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e despedirá da sua casa’. Shammai afirmava que ‘coisa feia’ significa fornicação: ‘Um homem não se divorciaria de sua mulher, a não ser que tivesse encontrado nela um motivo de vergonha’. Seu colega Hillel (cerca de 60.d.C. – 20 d.C.), que era muito mais liberal, enfatizava a primeira frase: ‘Ela não encontrou favor em seus olhos’. Ele permitiria a um homem divorciar-se da esposa se ela fizesse alguma coisa que o desagradasse, até mesmo se queimasse o alimento ao cozinhá-lo” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.135)
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
A INTERPRETAÇÃO DE JESUS CRISTO
“CRISTO se colocou claramente a favor da estrita interpretação de Deuteronômio 24.1. Ele só permitia uma razão para o divórcio – exceto por causa de prostituição (9). Essa cláusula acrescentada ocorre apenas em Mateus (aqui [Mt 19.10] e em 5.32). Embora alguns estudiosos tenham assumido a posição de que essas palavras não teriam sido pronunciadas por JESUS, a opinião deles rejeita a inspiração de Mateus. O adultério representa a negação do voto do casamento e, nesse caso, a posição de JESUS é bastante sólida. Marcos e Lucas enfatizam, ainda mais do que Mateus, a divina aversão ao divórcio. No plano de DEUS, o casamento deve ser uma união permanente” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.136).
VOCABULÁRIO
Alienação parental: Processo em que a criança, ou a adolescente, é induzida, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, a destruir os seus vínculos afetivos com um dos genitores (pai ou mãe).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual era o plano de DEUS na Antiga Aliança em relação ao casamento? Na Antiga Aliança, o plano de DEUS para a raça humana é que o casamento fosse monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25).
2. Qual é o plano original de DEUS para o casamento em Mateus 19? No texto de Mateus capítulo 19, JESUS mostra que o plano original de DEUS é que o casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6).
3. Quais são os dois aspectos do divórcio tratados na lição? Legal e moral.
4. Quais são os dois aspectos do divórcio que envolvem a prática pastoral? A pessoa divorciada e o divorciado como cristão.
5. O que as Escrituras contêm a respeito dos relacionamentos? As Escrituras contêm princípios e preceitos que moldam os relacionamentos humanos.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Casamento Divórcio e Sexo à Luz da Bíblia;
Segredos de um Casamento Duradouro.
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Escrita Lição 10, Central Gospel, o divórcio e a quebra de uma aliança, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O DIVÓRCIO E AS ESCRITURAS
1.1. Moisés e o divórcio
1.2. JESUS e o divórcio
1.3. Paulo e o divórcio
1.4. Pontos fundamentais nos ensinos de Moisés, JESUS e Paulo
2. A PRÁTICA DO DIVÓRCIO HOJE
2.1. As causas do divórcio
2.2. A questão enfrentada com amor
3. O CASAMENTO E A NECESSIDADE DE REAFIRMAR SEU VALOR
3.1. O desejo por mudanças
3.2. O resgate de boas práticas
3.3. A intervenção divina
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 19.1-11
1 - E aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão.
2 - E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali.
3 - Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
4 - Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea
5 - e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
6 - Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.
7 - Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
8 - Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim.
9 - Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
10 - Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.
11 - Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
TEXTO ÁUREO
Assim não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. Mateus 19.6
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Gênesis 2.21-25 Divórcio é como um corte profundo
3ª feira – Deuteronômio 22.13-19; 28,29 Proibições específicas relativas ao divórcio
4ª feira – Isaías 50.1,2; Jeremias 3.1-10 DEUS perdoou o adultério do povo de Israel
5ª feira – Malaquias 2.10-16 DEUS aborrece o repúdio
6ª feira – Oseias 3.1 O profeta perdoou o adultério de sua mulher
Sábado – 1 Coríntios 7.10-15 Paulo e a prática do divórcio
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- conhecer o posicionamento bíblico a respeito do divórcio;
- analisar as causas do divórcio, a maneira como o tema é tratado nos dias de hoje e os males decorrentes dele;
- crer que DEUS pode transformar água em vinho, isto é, Ele tem poder para restaurar qualquer casamento.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, o tema desta lição é delicado. É importante que você utilize as palavras certas, a fim de não entristecer ninguém. Busque a direção de DEUS para sua aula, para que ela tenha consistência teológica e seja guiada pela sabedoria divina. Ao longo da semana, leia as referências bíblicas, analise os textos e medite naquilo que foi lido e estudado. Isso trará segurança e firmeza a você na hora da ministração. Cláudio Duarte
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
Além da mudança cultural, as leis brasileiras sofreram alterações em relação ao divórcio, que, antes, não era permitido no país. Isso mudou a partir de 1977, com a promulgação da Lei do Divórcio (Lei nº 6.515, de 26 de dezembro de 1977). No entanto, o grande facilitador para a sua consumação veio com a Emenda Constitucional nº 66, de 13 de julho de 2010. Desde então, não havendo litígio, o divórcio pode ser concedido sem
separação prévia. Não é mais necessário separar e esperar determinado tempo para divorciar-se.
O que a Bíblia ensina sobre o divórcio? Como a igreja deve comportar-se em relação a esse tema? Quais as causas do divórcio? É possível ter o casamento restaurado? Essas e outras questões serão abordadas nesta lição.
1. O DIVÓRCIO E AS ESCRITURAS
A dureza de coração não era um privilégio do homem israelita. O divórcio era uma prática antiga. O Código de Hamurabi, por exemplo, já legislava
sobre o tema. Mesmo sendo um direito majoritariamente do homem no mundo antigo, as leis romanas previam direitos das mulheres ao solicitar o divórcio. Somente Marcos, escrito para
os romanos, cita a possibilidade do divórcio pedido pela mulher (Mc 10.12).
SUBSÍDIO 1
Segundo Walter A. Elwell, um acadêmico teológico
evangélico, o termo divórcio em hebraico relaciona-se à amputação de algo. O sentido é de “cortar árvores, decapitar, cortar o que foi, no princípio, uma união viva”. Isso revela a seriedade do tema. O significado comum dessa palavra, no entanto, é o rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil. Além de romper os laços matrimoniais, o divórcio permite a realização de
um segundo casamento (ou mais).
1.1. Moisés e o divórcio
A união permanente e íntima entre um homem e uma mulher é desenvolvida na Bíblia, desde o Antigo Testamento, como o propósito perfeito de DEUS. Em decorrência do pecado de Adão e da dureza de coração, a separação entre casais vem marcando a história de muitas famílias. Foi com o objetivo de minimizar essa situação que Moisés
estabeleceu algumas diretrizes. O divórcio seria permitido (tolerado) se houvesse coisa indecente (possivelmente questões de natureza sexual) na mulher. Então, o marido daria a ela uma carta de repúdio (documento por escrito) e a despediria de sua casa. Essa carta concedia à mulher o direito de casar--se novamente com outra pessoa e possibilitava-lhe livrar-se do estigma do divórcio e da rejeição social. Muitos, porém, interpretavam a expressão “coisa indecente” como qualquer coisa fora do agrado do marido (Dt 24.1-4), inclusive não gostar da comida feita pela esposa. Foi com esse
sentido que os fariseus perguntaram a JESUS se era permitido dar carta de divórcio por qualquer motivo (Mt 19.3). Outros, no entanto, limitavam a expressão “coisa indecente” aos casos de infidelidade conjugal.
1.2. JESUS e o divórcio
Ao longo de Seu ministério, JESUS teve inúmeros embates contra os religiosos da época. O texto básico da lição descreve um desses conflitos. Nessa ocasião, os fariseus perguntaram--lhe se era lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo (Mt 19.3). Essa pergunta foi extremamente maliciosa. Se JESUS lhes respondesse “sim”, estaria opondo-se aos ensinamentos contidos na Torá (Pentateuco) sobre a indissolubilidade do casamento. Se lhes dissesse “não”, JESUS se colocaria contra Moisés, que havia permitido o divórcio mediante carta de repúdio.
Havia, nos tempos de JESUS, duas escolas rabínicas famosas: a do Rabi Shammai, que interpretava Deuteronômio 24 apenas para casos de adultério; e a do Rabi Hillei, que ensinava, a partir dessa passagem, a possibilidade de divorciar-se por qualquer motivo. Já o Senhor JESUS declarou em resposta aos fariseus (Mt 19.3):
- As características do casamento ideal (conforme Lição 1)
— princípio da monogamia (macho e fêmea); ato público com dimensões sociais (deixará pai e mãe); união física heterossexual (e se unirá à sua mulher); e indissolubilidade do casamento (serão dois numa só carne). Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem (Mt 19.6).
- A causa primária do divórcio — a dureza do coração humano. Mas, ao princípio, não foi assim (Mt 19.8). A separação nunca esteve no coração de DEUS.
- A causa secundária do divórcio — em casos de prostituição (relações sexuais ilícitas, adultério; conf. Mt 5.31,32; 19.9).
Nessa situação, JESUS reconheceu a possibilidade de um novo casamento. Mesmo quando ocorre infidelidade, a primeira opção é o perdão. DEUS, enquanto marido, sempre esteve disposto a perdoar o povo israelita (Is 50.1,2; Jr 3.1-10). Ele, inclusive, ordenou ao profeta Oseias que perdoasse sua esposa (Os 3.1).
1.3. Paulo e o divórcio
Paulo não tratou o tema do divórcio de modo exaustivo. Quando indagado pela igreja de Corinto sobre o assunto, ele reproduziu os ensinos de CRISTO e acrescentou mais um ponto que viabilizaria o divórcio: o crente abandonado pelo cônjuge
descrente (1 Co 7.10-16).
1.4. Pontos fundamentais nos ensinos de Moisés, JESUS e Paulo
É importante que alguns pontos nos ensinos de Moisés, JESUS e Paulo sejam salientados. Os três:
- ensinaram sobre o propósito original do casamento, isto é, a união permanente e exclusiva entre os sexos masculino e o sexo feminino como bênção de DEUS.
- trataram o casamento com a seriedade devida, buscando respostas aos problemas reais.
- não ignoraram os problemas decorrentes do divórcio.
- mesmo que minimamente, apresentaram possibilidades para o divórcio. Por quê? Porque eles trataram o problema de maneira real e em um contexto humano.
Esses pontos demonstram como o divórcio é um tema polêmico e controverso. Cada caso deve ser analisado dentro de suas especificidades e seus contextos. Moisés, JESUS e Paulo não abordaram, por exemplo, casos de violência física, de
humilhação extrema ou que dificultam a vida a dois. Por isso, a igreja precisa de sabedoria e, sobretudo, de amor, pois, sem amor, o Corpo de CRISTO pode transformar-se em uma agência
legalista, deixando, assim, de manifestar a graça de DEUS. É fundamental ressaltar que o único pecado imperdoável é o cometido contra o ESPÍRITO SANTO e que não se deve ignorar as pessoas que sofreram a dor causada pelo divórcio.
2. A PRÁTICA DO DIVÓRCIO HOJE
A influência que os canais midiáticos podem exercer sobre os casamentos é enorme. Novelas, séries e filmes apresentam um mundo de possibilidades, com relações disponíveis e casamentos prontos para serem desfeitos. Normalmente, a melhor solução apresentada nesse tipo de entretenimento para os problemas enfrentados pelo casal é, exatamente, o divórcio. A naturalidade com que é tratada a separação faz com que muitos casais não busquem solução para superar suas crises conjugais. Esse cenário, aliado à negação dos princípios bíblicos e à superficialidade dos relacionamentos, é o resultado de uma geração que está perdendo o temor a
DEUS e o zelo por Sua Palavra.
SUBSÍDIO 2
Infelizmente, a prática do divórcio tem-se tornado
um estilo de vida. Há incompatibilidade? A comida está salgada? Ele não gosta de banho? Solução: separa e arruma outro(a)!
2.1. As causas do divórcio
Antes do casamento, as pessoas normalmente enfatizam os pontos semelhantes que possuem em relação aos seus futuros cônjuges, ignorando, muitas vezes, os pontos divergentes que existem no relacionamento. No entanto, passado um tempo, surgem os conflitos e, em seguida, os rancores. Conflitos no lar são normais, fazem parte de qualquer convivência humana. A questão, na verdade, é o que fazer para superar esses desentendimentos. Eis algumas causas de
problemas conjugais:
- Ignorar as lições de Gênesis 2.24. Há três comandos nessa passagem: deixar pai e mãe; apegar-se (unir-se) à sua mulher e ser uma só carne. As ordens recaem nas ações do homem, mas refletem-se em ambos os cônjuges. O ato de deixar aponta para rupturas, renúncias e a decisão
de assumir responsabilidades (sair da tutela dos pais). Casamento implica mudança de vida. Muitos se casam e querem levar, equivocadamente, uma vida de solteiro. Apegar-se tem o sentido de “colar”. Ao tentar separar duas folhas coladas, as duas se rasgam! O ideal do casamento é que haja união e completude, um vivendo em prol do outro e buscando a felicidade do outro. Ser uma só carne envolve, também, vida sexual ativa. Sexo não é tudo, mas também não pode ser classificado como
“nada”. Paulo orientou a pagar a devida benevolência (1 Co 7.1-5). Quando esse tripé é ignorado, as bases do casamento são abaladas.
- Dar lugar à soberba. Em um conflito conjugal, ninguém está cem por cento certo ou cem por cento errado. A autocrítica é necessária, bem como a vontade de mudança comportamental e a decisão de não ofender o outro. No entanto, atitudes soberbas e arrogantes não permitem a constatação de equívocos. A culpa é sempre da serpente (Gn 3.13)! Em Provérbios 16.18, está escrito: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
- Desconsiderar a unidade. Os ruídos na comunicação impedem o estabelecimento da comunhão e da harmonia, assim como os propósitos antagônicos e divergentes. Não é bom que cada um busque apenas seus próprios interesses, nem que haja competição e falta de companheirismo. O diálogo, portanto, é fundamental, pois toda casa dividida não subsiste (Mt 12.22-27).
2.2. A questão enfrentada com amor
Evidentemente, o antídoto para vencer as dificuldades que surgem no casamento é o amor. Sem ele, não há solução. É oportuno lembrar que amar é um mandamento. JESUS ordenou a sua prática: Mestre, qual é o grande mandamento
da lei? (...) Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.36,39). Logo, amar só depende de uma decisão. Quando alguém ama, deve aprender a renunciar, a perdoar e a entregar sua própria vida (1 Co 13).
3. O CASAMENTO E A NECESSIDADE DE
REAFIRMAR SEU VALOR
Nesse tempo, a igreja precisa reafirmar o valor do casamento, e os membros do Corpo de CRISTO devem buscar ajuda para superar as crises.
3.1. O desejo por mudanças
Como experimentar coisas novas fazendo as mesmas coisas? A motivação é importantíssima para provocar uma transformação em qualquer área da vida humana. Mudanças não acontecem se uma pessoa não as desejar, pois elas são frutos
de atitudes tomadas diante das demandas da vida.
Portanto, se há motivos no coração de alguém para restaurar o casamento, se existe o desejo de desfrutar do favor de DEUS e de vivenciar um novo tempo no relacionamento, então é tempo de buscar o Senhor, pois Ele sabe, como ninguém,
transformar água em vinho e proporcionar alegria ao casal (Jo 2.1-12).
3.2. O resgate de boas práticas
Às vezes, os cônjuges acomodam-se com a rotina, e determinadas práticas passam a ser consideradas normais. No entanto, é essencial a busca por renovação. O primeiro passo é resgatar ações simples, mas positivas, como, por exemplo, dizer “eu te amo”, telefonar ao longo do dia para
a esposa, comprar algo para alegrá-la e dizer palavras que trazem alegria ao cônjuge. Também é necessário que o casal abandone atitudes que ofendem, que traumatizam.
3.3. A intervenção divina
Toda ajuda é indispensável, como ministrações e conselhos pastorais, orientações de terapeutas e outros. Tudo isso colabora com o relacionamento conjugal. Contudo, é imprescindível que o casal permita a intervenção divina. DEUS é o especialista por excelência e, além disso, está disposto a restaurar e abençoar as famílias (Sl 127; 128). Adão e Eva, mesmo depois de pecarem, não foram abandonados por Ele: E chamou o Senhor DEUS a Adão e disse-lhe: Onde estás (Gn 3.9).
CONCLUSÃO
O divórcio não nasceu no coração de DEUS. Ao formar a mulher, Ele estabeleceu o casamento para ser fonte de bênçãos e de felicidade para o casal. O diabo, porém, que veio para roubar, matar e destruir, busca atacar as famílias com um propósito principal: destruir a sociedade. A ruína da sociedade antediluviana, por exemplo, foi antecedida por casamentos realizados fora do padrão divino: Viram os filhos de DEUS que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem (Gn 3.2,3). Por esse motivo, a igreja do Senhor diz “não” a todos os ataques contra a família, uma instituição criada pelo próprio DEUS.
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. Como o tema divórcio era tratado na Antiguidade? Por que Moisés permitiu a carta de divórcio e o repúdio à mulher?
R.: O divórcio era uma prática antiga; o Código de Hamurabi, por exemplo, já legislava sobre o tema. Moisés permitiu a carta de divórcio, por causa da dureza do coração humano
— o que não era um privilégio do homem israelita.
2. Considerando o que foi exposto nesta lição, cite algumas causas de problemas conjugais:
R.: Ignorar as lições de Gênesis 2.24 (deixar pai e mãe; apegar-se [unir-se] à sua mulher e ser uma só carne); dar lugar à soberba; e desconsiderar a unidade.
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11 características que toda moça deve analisar em um rapaz
1º Relacionamento com DEUS
2º Sacerdócio
3ª Atitude
4º Relacionamento com os pais
5º Respeito
6ª Bondade
7ª Paciência,
8ª Sabedoria
9º Trabalhador
10ª Visão
11º Direcionamento
1º Relacionamento com DEUS: a primeira coisa que você deve analisar em um rapaz é o comprometimento e o amor que ele possui para com DEUS! Se um homem não consegue amar um DEUS perfeito com todas as suas forças, conseguirá amar você que possui inúmeros defeitos?
2º Sacerdócio: Como ele saberá te amar da maneira como a Bíblia ordena se ele não a lê e nela não medita?
Seu futuro marido será sacerdote do seu lar, é essencial que ele (e não só ele, mas também você) saiba direcionar uma família espiritualmente falando!
3ª Atitude: não adianta ter as qualidades acima se não tiver atitude. Aprendam, homem tem que ser homem, tomar a frente, liderar!
4º Relacionamento com os pais: se ele não respeita a própria família que o teve e a conhece a vida inteira, como irá respeitar você que surgiu agora na vida dele?
5º Respeito: escolha um homem respeitoso, que te olhe e veja em você a filha amada de um DEUS poderoso!
Sinais de violência, física e verbal servem de alerta sobre o que virá com um possível namoro e casamento!
E lembre-se, um homem que vai além do beijo, não é um homem apaixonado, é um homem desrespeitoso.
6ª Bondade,
7ª Paciência,
8ª Sabedoria: essas três características devem andar lado a lado! Não é impossível de se encontrar, ainda existem homens assim no mundo, basta persistir na espera!
9º Trabalhador: o homem deve ser o provedor do seu lar, não significa que você não poderá trabalhar, significa que a responsabilidade de prover estará sobre os ombros dele, escolha sabiamente!
10ª Visão: um homem sem visão de futuro é um pardal conformado em revirar restos no chão. Ele será o cabeça, deverá pensar por vocês e para vocês!
11º Direcionamento: não escolha alguém que te faça se aproximar mais de DEUS, escolha alguém que vá com você até Ele. Alguém que saiba que JESUS deverá ser a base do relacionamento, o centro, e que o namoro e casamento não são um benefício próprio mas uma forma de glorificar a Ele!
Bianca Fontes - Instagram: @biancafontessilva
10 características que todo rapaz deve analisar em uma moça
1º Relacionamento com DEUS
2ª Sabedoria
3º Relacionamento com os pais
4ª Submissão
5ª Bondade
6º Apoio ao ministério
7º Lar
8ª Visão
9ª Exigência
10º Foco
1 º Relacionamento com DEUS: a primeira coisa que você deve analisar em uma moça é o comprometimento e o amor que ela possui para com DEUS! Se uma mulher não consegue amar um DEUS perfeito com todas as suas forças, conseguirá amar você que possui inúmeros defeitos?
2ª Sabedoria: a mulher sábia edifica, a mulher tola destrói! Uma mulher sábia é conhecedora da palavra, temente a DEUS e possui ousadia para falar e fazer aquilo que o Senhor colocou em suas mãos!
3º Relacionamento com os pais: se ela não respeita a própria família que a teve e a conhece a vida inteira, como irá respeitar você que surgiu agora na vida dela?
4ª Submissão: entenda, ela não tem obrigação e nem deve ser submissa a você durante o namoro, mas você deve se atentar aos sinais, se ela não te vê como um bom líder, um homem sábio, se ela não te respeita e não te admira, não irá te ver como o cabeça do futuro lar de vocês!
5ª Bondade: uma mulher bondosa mostra sua característica além das palavras. As ações e o olhar demonstram o que há em seu coração.
6º Apoio ao ministério: sua futura esposa pode firmar ou abalar teu ministério, nenhum homem consegue crescer ministerialmente sozinho, escolha alguém que vê o seu potencial, que te incentive, que te dê apoio.
7º Lar: entenda que sua futura esposa poderá trabalhar sim, mas o prover é sua obrigação e a dela é o lar. E isso não significa que você não poderá ajudar ela em casa (da mesma forma que ela poderá ajudar a você trabalhando), mas significa que é uma tarefa que deve vir dela, se sua namorada não gosta, não sabe fazer nada, tenho uma má notícia pra você…
8ª Visão: tanto ela quanto você devem ter visão. O conformismo tem o infeliz hábito de destruir sonhos e projetos.
9ª Exigência imposta e suprida: encontre uma mulher que busque ser melhor a cada dia, exigente na escolha mas que também esteja a altura da sua exigência.
10º Foco: queira uma moça focada em DEUS de maneira que o namoro venha a ser um complemento na vida dela, não um todo. Uma moça que saiba que já é inteira em CRISTO!
Bianca Fontes - Instagram: @biancafontessilva
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1- ASPECTOS DO SÉTIMO MANDAMENTO
1.1. Uma definição de adultério.
1.3. A punição do mandamento.
2- A ABORDAGEM DE JESUS ACERCA DO ADULTÉRIO
2.1. O adultério não acontece por acaso.
2.2. A unidade do casamento.
2.3. Zelando pelo Matrimônio.
3- O OBJETIVO DO MANDAMENTO
3.1. Guardar a santidade do casamento.
3.2. Guardar a santidade do lar.
3.3. Guardar a estabilidade das sociedades.
“Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5.28
O sétimo mandamento trata da santidade e da fidelidade entre os cônjuges. Ele visa proteger a sagrada instituição da família.
Mostrar aspectos essenciais do sétimo mandamento.
Expor a abordagem feita por JESUS acerca do adultério.
Explicar o objetivo do sétimo mandamento.
Explicar o objetivo do sétimo mandamento.
22- Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim tirarás o mal de Israel.
23- Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela.
24- Então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.
23- Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela.
24- Então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.
SEGUNDA | Êx 20.14 Não adulterarás.
TERÇA | MI 2.10-17 O divórcio é ilícito.
QUARTA | 1Co 6.16 Relação conjugal fora do casamento é pecado.
QUINTA | 1Ts 5.22 É preciso abster-se da aparência do mal.
SEXTA | Hb 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio.
SÁBADO | Tg 1.14-15 Atraídos e engodados por nossa cobiça.
QUARTA | 1Co 6.16 Relação conjugal fora do casamento é pecado.
QUINTA | 1Ts 5.22 É preciso abster-se da aparência do mal.
SEXTA | Hb 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio.
SÁBADO | Tg 1.14-15 Atraídos e engodados por nossa cobiça.
HINOS SUGERIDOS: 334, 363, 432
Ore pela santidade no seu lar.
A banalização do casamento tem sido cada vez mais notória na sociedade, tentando dizer que a infidelidade conjugal é uma prática normal. No entanto, a Bíblia nos ensina que o adultério é um pecado repudiado por DEUS [Êx 20.14].
O sétimo mandamento diz respeito à preservação e estabilidade da instituição familiar e, por extensão, da sociedade humana em geral, pois trata da santidade e da fidelidade entre os cônjuges.
Havia um grande contraste entre Israel e as demais nações com a forma de como a questão do adultério era abordada. Nas civilizações orientais da época, não era novidade punir o adultério com a morte, para Israel sim. Quando duas pessoas eram encontradas em ato de adultério, se a mulher fosse casada, apenas a mulher era condenada à morte, pois a mulher era considerada propriedade do marido. Ao homem era geralmente imposto outros tipos de penalidades. Enquanto isso, em Israel, se duas pessoas fossem encontradas em ato de adultério, ambos morriam [Lv 20.10; Ez 16.38-40]. Ambos deveriam ser apedrejados até a morte pela população. Não porque a mulher ou o homem tinha um sentimento de pertencimento ao seu cônjuge, mas porque o ato de adultério era uma séria afronta a DEUS, porque Ele havia constituído a estrutura do casamento [Gn 2.24].
Mesmo numa sociedade patriarcal onde a poligamia era costumeira, contrariamente ao plano original de DEUS, tanto os homens quanto as mulheres tinham de compreender que havia limites muito marcados no que se refere ao respeito que se devia ter nas relações conjugais, mesmo quando um homem tomava mais do que uma esposa. Com isso, se controlava a promiscuidade sexual. Os relacionamentos só eram permitidos no contexto do casamento. Para a maioria das culturas era por razão do sentido de propriedade do homem sobre a mulher. No caso de Israel, foi por causa da aliança estabelecida por DEUS com eles [Lv 20.10]. Se um homem cometesse adultério com a esposa de seu próximo, o adúltero e a adúltera inevitavelmente seriam mortos. Sendo uma ação que violasse uma das condições do pacto, DEUS e o povo responsabilizavam ambas as partes, ambas deveriam morrer dessa maneira para erradicar a perversão dentro da nação [Dt 22.21-22].
O sétimo mandamento trata da santidade e da fidelidade entre os cônjuges.
Da mesma forma que o assassinato nasceu como produto das intenções do coração, CRISTO também considerou o adultério como uma intenção claramente perversa do coração que, quando alimentada, leva à própria ação [Mt 15.18].
A Bíblia nos ensina que somos atraídos e engodados por nossa própria cobiça [Tg 1.14-15]. JESUS amplia o mandamento ao afirmar que ao haver o desejo de cobiça no coração, o adultério já aconteceu [Mt 5.28]. A ação do adultério surge primeiro no seio de um coração adúltero, coração que cobiça a mulher alheia motivado e estimulado por desejos carnais desenfreados e que anulam sua capacidade de discernir o bem do mal. Aqui o Senhor usa uma linguagem figurada para ilustrar a seriedade do pecado do adultério. Renunciar ao adultério ao nível da carne é doloroso porque implica abrir mão do que produz prazer e satisfação, mas o Senhor fala claramente que esse comportamento e tudo o que o estimula deve ser erradicado com urgência como se um membro do corpo fosse arrancado [Mt 5.29-30].
O Novo Testamento define o casamento como uma representação de nossa relação com JESUS CRISTO [Ef 5.32]. A união entre marido e mulher exemplifica a união entre CRISTO e a Igreja. Essa definição nos ajuda a entender que para nós todo o ato de imoralidade sexual é um tipo de profanação espiritual e um atentado contra o Filho de DEUS. Paulo chega a afirmar que cada relação sexual ilícita é um casamento. O corpo não é para a prostituição [1 Co 6.13-20]. Para o cristão, unir-se sexualmente com alguém que não é seu cônjuge é violar a santidade de sua união com JESUS CRISTO. Somos alertados a fugir da prostituição. Uma vez que nosso corpo foi comprado por CRISTO e se tornou uma moradia para o ESPÍRITO SANTO, além de desonrar nosso cônjuge, afetamos diretamente nossa comunhão com o DEUS Trino.
DEUS criou o casamento e o sacramentou para que a união não fosse somente de pensamentos, mas também de corpos. A Bíblia Sagrada refere-se a essa união como coabitar, ou seja, a convivência harmoniosa entre o casal, especialmente no relacionamento íntimo conjugal, sendo uma bênção para o casamento e dignificado por DEUS: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal, que deve ser conservado puro; pois DEUS julgará os imorais e os adúlteros.” [Hb 13.4]. A preservação e conservação do leito conjugal geram grande poder no vínculo matrimonial. Sua importância é tal que, mesmo ao evitar a coabitação, o casal deve fazê-lo em consenso e não prolongar muito esse período de privação [1Co 7.3-5]. A palavra de DEUS ensina que um tempo prolongado sem coabitação pode abrir brechas para que Satanás atue. Portanto, a coabitação protege o casamento e é uma obrigação mútua entre marido e mulher [Hb 13.4]. A união física sela o amor entre o casal e fortalece a comunhão espiritual. A ideia cristã de casamento se fundamenta nas palavras de JESUS, que afirmam que o homem e a mulher devem ser considerados um único corpo, sem espaço para uma terceira pessoa [Mt 19.6].
A união entre marido e mulher exemplifica a união entre CRISTO e a Igreja.
Por ser o sexo uma dádiva do Criador, o relacionamento sexual de acordo com a Palavra de DEUS está debaixo da bênção divina, mas, quando este relacionamento afronta o mandamento divino, torna-se um relacionamento prejudicial, principalmente para a comunhão com DEUS [Pv 26.2].
Infelizmente, em nossos dias, o adultério tem causado a desintegração de muitas famílias. Ele é uma potente arma que ao longo do tempo tem devastado a estabilidade dos núcleos familiares e, portanto, a estabilidade das sociedades. Na igreja, o adultério acabou com a vida de pastores, pregadores, líderes e até igrejas inteiras. Guardar a santidade do casamento é vital para a sustentação da relação conjugal. Devemos descartar tudo aquilo que ponha em risco a segurança de nossos casamentos. Toda instituição que deriva de DEUS tem uma ligação direta com seu caráter, portanto, devemos perceber o matrimônio como santo, puro e fiel.
Os lares baseados no enfoque bíblico são a unidade básica da sociedade e o baluarte que fortalece as nações. Um lar estável tem um efeito profundo nos filhos. Lares estáveis baseados na Palavra de DEUS geralmente (porque há exceções) resultarão em filhos e filhas fortes e entes produtivos e úteis para os propósitos mais elevados de uma sociedade. Filhos que não estão cobertos com a segurança de um lar solidamente constituído, em geral (porque aqui também há exceções) resulta em pessoas inseguras, improdutivas e problemáticas. Os resultados da desintegração dos lares por adultério são tristes e alarmantes. Por esse motivo urge a necessidade de guardarmos a santidade em nossos lares [Jó 11.14-15; Pv 5.15; Hb 13.4].
Famílias fortes produzem cidadãos estáveis e isso fortalece as sociedades [Sl 127; 128]. A sociedade atual tem sido atacada pelo flagelo da perversão sexual, que é consumida em todos os níveis: música, cinema, televisão, leitura etc. Lares com casamentos estáveis e com pais preocupados com a saúde emocional de seus filhos podem orientar mais eficazmente para neutralizar os efeitos dessa perversão [Lc 6.47-48]. Um casamento temente a DEUS é um escudo eficaz contra os ataques à consciência e ao pensamento dos filhos. Casas com casamentos fortes geralmente resultam em filhos e filhas com profundas bases morais e bom discernimento para distinguir entre o certo e o errado [Mt 22.29].
É preciso guardar a santidade em nosso lar.
Manter a família com princípios e valores cristãos é um desafio na pós-modernidade. Não é só preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas também, com o auxílio do ESPÍRITO SANTO, colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a família podem ser identificadas e refutadas [Mt 7.24].