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Lição 9, O Reinado de Joás
Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
Lição 9, O Reinado de Joás
 
 
TEXTO ÁUREO
“Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de DEUS e dos homens.” (Pv 3.3,4)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Para ter uma vida de constante comunhão com DEUS é necessário abandonar todo tipo de idolatria, e confiar nEle inteiramente.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 16.20-22 Quem confia no Senhor e aceita sua palavra, encontra vida
Terça – Sl 1.1 Bem-aventurado é aquele que não ouve maus conselhos
Quarta – 1 Tm 6.11 O Senhor nos orienta a nos mantermos firmes na fé e na justiça
Quinta – Pv 13.13 Há esperança para os que ouvem e obedecem aos sábios conselhos da Palavra
Sexta – Rm 15.4 A Bíblia é a base para se manter a constância e a esperança
Sábado – 2 Co 13.11 A unidade contribui para o amor e a paz
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 11.1-3; 12.1-5,17-21
2 Reis 11
1 - Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real. 2 - Mas Jeoseba, filha do rei Jeorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs, a ele e à sua ama, na recâmara, e o escondeu de Atalia, e assim não o mataram. 3 - E Jeoseba o teve escondido na Casa do SENHOR seis anos; e Atalia reinava sobre a terra.
2 Reis 12
1 - No ano sétimo de Jeú, começou a reinar Joás e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba. 2 - E fez Joás o que era reto aos olhos do SENHOR todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia. 3 - Tão-somente os altos se não tiraram; porque ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos. 4 - E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à Casa do SENHOR, a saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente para a Casa do SENHOR, 5 - os sacerdotes o recebam, cada um dos seus conhecidos; e eles reparem as fendas da casa, segundo toda fenda que se achar nela.
17 - Então, subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate, e a tomou; depois, Hazael resolveu marchar contra Jerusalém. 18 - Porém, Joás, rei de Judá, tomou todas as coisas santas que Josafá, e Jeorão, e Acazias, seus pais, reis de Judá, consagraram, como também todo o ouro que se achou nos tesouros da Casa do SENHOR e na casa do rei; e os mandou a Hazael, rei da Síria; e este, então, se retirou de Jerusalém. 19 - Ora, o mais dos atos de Joás e tudo quanto fez mais, porventura, não estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Judá? 20 - E levantaram-se os seus servos, e conspiraram contra ele, e feriram Joás na casa de Milo, que desce para Sila. 21 - Porque Jozacar, filho de Simeate, e Jozabade, filho de Somer, seus servos, o feriram, e morreu; e o sepultaram com seus pais na Cidade de Davi; e Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.
 

COMENTÁRIOS DA BEP - CPAD
11.1 ATÁLIA... DESTRUIU TODA A DESCENDÊNCIA REAL. Atália, foi o único regente não davídico da história de Judá. Seu reinado de terror sobre Israel durou seis anos. Essa filha do casal ímpio, Acabe e Jezabel, casara-se com Jorão, filho do rei Josafá de Judá. Quando o rei Acazias (9.27), filho único de Jorão e Atália, foi morto no expurgo que Jeú fez na casa de Acabe numa visita ao norte, a traiçoeira Atália assumiu o trono de Judá e tentou eliminar da sucessão todos os descendentes de Davi, inclusive todos os seus próprios netos. Mas Jeoseba, esposa do sumo sacerdote Joiada, escondeu o filho menor de Acazias, chamado Joás, e assim preservou a linhagem davídica, da qual nasceria o Messias (vv. 2,3; 2 Sm 7.11,16; 1 Rs 8.25; cf. Mt 1.8,9).
 
12.2 JOÁS. Enquanto o sumo sacerdote Joiada foi seu conselheiro, Joás serviu ao Senhor. Morto Joiada, Joás abandonou o Senhor e começou a servir aos ídolos (2 Cr 24.17,18). Multiplicou seus pecados ao mandar assassinar Zacarias, filho de Joiada, que o repreendera por ter abandonado o Senhor (2 Cr 24.20-22). Como justa recompensa, Joás foi morto por seus próprios servos, por cometer esse assassinato (v. 20; 2 Cr 24.25). Joás começou bem como rei, mas terminou arruinado espiritualmente (Mt 24.13; Gl 3.3; Ap 2.10).
 
12.20 FERIRAM JOÁS. A conspiração contra Joás ocorreu por ele rejeitar ao Senhor, começar a adorar outros deuses e matar o sumo sacerdote Zacarias (2 Cr 24.17-22,25).
 
 
OBJETIVO GERAL - Afirmar que o pecado leva o homem à ruína.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar o livramento de Joás das mãos de Atalia;
Assinalar a restauração do Templo;
Caracterizar a idolatria de Joás e a decadência de seu reinado
 

Resumo da Lição 9, O Reinado de Joás
I – O LIVRAMENTO DE JOÁS
1. As tramas reais.
2. A coragem do sacerdote Joiada.
3. A estratégia bem-sucedida.
II – O REINADO DE JOÁS E A REPARAÇÃO DO TEMPLO
1. A arrecadação para reparar o templo.
2. A fidelidade dos tesoureiros.
3. Fidelidade, um atributo que enobrece.
III - A CONSPIRAÇÃO CONTRA JOÁS
1. O declínio do reinado.
2. Conspiração e morte no reino.
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
E fez Joás o que era reto aos olhos do Senhor todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia. 2 Reis 12:2
Joiada ensinava Joás a Palavra de DEUS, ensinava a orar, a adorar a DEUS, o guiava em todas sua decisoes
- Saiu Joiada, se perdeu o rei
 - Joiada é um tipo do ESPÍRITO SANTO na vida do crente.
E o ESPÍRITO do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor. 1 Samuel 16:14
E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele. Juízes 16:20
Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu ESPÍRITO SANTO. Salmos 51:11
Se alguém destruir o templo de DEUS, DEUS o destruirá; porque o templo de DEUS, que sois vós, é santo. 1 Coríntios 3:17 Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós? 1 Coríntios 3:16
E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o templo do DEUS vivente, como DEUS disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo.
2 Coríntios 6:16
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19
 
 
ATALIA - Seu pai, Acabe, foi o sétimo rei do reino do norte de Israel; sua mãe, Jezabel, a mulher fenícia de Acabe. Seu marido foi Jeorão, o quinto rei de Judá que, evidentemente sob a influência de sua mulher, matou seus seis irmãos e restaurou a adoração a Baal que seu pai Josafá havia suprimido. O casamento parece ter ocorrido por um desejo político de trazer Judá para o controle de Israel. Aparentemente até mesmo a não-adesão ao sistema cronológico de Israel foi adotada por Judá nesta época. Após a morte de Jeorão em 841 a.C., os árabes mataram todos os seus filhos exceto Acazias, que se tornou rei sob a direção de Atalia. Atalia encarregou-se de que seu filho promovesse o baalismo e cooperou totalmente com Jorão, rei de Israel. Mas Acazias foi morto juntamente com Jorão naquele mesmo ano por Jeú, um dos generais de Jorão, quando uma expedição conjunta contra os siros fracassou.
Tirando vantagem do fato de que nenhum dos filhos de Acazias tinha idade suficiente para assumir o trono, Atalia usurpou o poder e passou a exterminar a casa real de Judá. No entanto, o menino Joás foi salvo pela irmã de Acazias, Jeoseba. Desconhecido de Atalia, Joás foi escondido no Templo por seis anos por Jeoseba e seu marido Joiada, o sacerdote (2 Rs 11.1-3; 2 Cr 22.10- 12). Atalia promoveu um reinado de terror contra todos os seus adversários, e instalou o baalismo como a religião de Judá. Ela fez do sumo sacerdote Matã o seu sacerdote pessoal no culto a Baal.
Em um tempo oportuno, Joiada publicamente proclamou Joás como o novo rei de Judá no pátio do Templo com o apoio da guarda do Templo. Quando Atalia ouviu a celebração que se seguiu à cerimônia de coroação, correu para a área do Templo exclamando: “Traição! Traição!” Mas ninguém apareceu em seu auxílio. Então ela foi capturada e morta perto da Porta dos Cavalos do palácio (2 Rs 11.12-20; 2 Cr 23.11-15). Seu reinado data de 841-835 a.C.G. H. L.
 
 
 ÌAthalyah ou עתליהו ÌAthalyahuw -  (Strong Português)
Atalia(s) = “aflita(o) do Senhor” n. pr. m.
a filha de Acabe e Jezabel e esposa do rei Jorão, de Judá; assassina de todos os membros da família real de Judá, com excessão de um menino de tenra idade chamado Joás que foi escondido por sua tia e colocado no trono pelo sacerdote Joiada, aos sete anos, o próprio Joiada liderou a revolta para conduzir Joás ao trono, depondo e mandando matar Atalia.
 
 
JOÁS - Dicionário Bíblico Wycliffe
Dois diferentes nomes hebraicos aparecem como Joás. O primeiro, yo’ash, significa “dado por Jeová” e é uma forma abreviada de Jeoás (q.v.). Pelo menos seis pessoas trazem esse nome hebraico no AT.  O outro nome hebraico é yo‘ask, que significa “Jeová ajudou” ou “Jeová sustenta”. Um nome com a mesma ortografia também aparece nos fragmentos de cerâmica de Samaria.
Um filho de Acazias, rei de Judá, e sua esposa Zíbia (2 Rs 11.2; 12.1; 2 Cr 24.1); também chamado de Jeoás. Nasceu durante um período de excessivo derramamento de sangue real em Judá. Seu avô Jeorão havia mandado matar seis de seus irmãos (2 Cr 21.2-4), enquanto seus outros filhos foram mortos pelos árabes. Apenas Acazias ficou vivo, e reinou durante um ano (2 Cr 21.16ss.; 22.1ss.). Quando Acazias foi assassinado por Jeú, do Reino do Norte (2 Rs 9.27ss.), a rainha mãe, Atalia, aproveitou a oportunidade para usurpar o trono mandando matar todos os filhos de Acazias. Entretanto, o infante herdeiro Joás foi salvo por sua tia Jeoseba, esposa do sumo sacerdote Joiada. Essa criança foi escondida durante seis anos no Templo, até ser estabelecida uma boa resistência à cruel rainha. No sétimo ano (835 a.C.), Joiada organizou uma conspiração com súditos leais à família de Davi que, com bastante sucesso, proclamaram Joás como rei e condenaram Atalia à morte (2 Rs 11.1-16; 2 Cr 22.10-23.15).
Sob a liderança de Joiada, o reino de Joás foi bom e seguiu princípios de fidelidade ao Senhor. A adoração a Baal foi destruída, o Templo foi reparado e o retorno a Jeová difundido entre o povo.
Com a morte de Joiada, que era um homem de DEUS, Joás mudou radicalmente. Influenciado pelos príncipes mundanos, ele se esqueceu do Senhor e se voltou à idolatria e à adoração aos aserins. Chegou a mandar apedrejar até à morte, no pátio do Templo, o seu primo Zacarias, filho de seu salvador Joiada, porque ele o havia censurado. Mas o castigo de DEUS caiu sobre ele rapidamente. Os sírios, sob a liderança de Hazael, invadiram suas terras, tomaram Gate, e somente foram convencidos a não destruir Jerusalém em troca do imenso tesouro do Templo (2 Rs 12.17-18). Mais tarde, Hazael entrou em Jerusalém, massacrou os príncipes e feriu gravemente o rei Joás (2 Cr 24.23,24). Seus próprios servos conspiraram contra Joás e o assassinaram. Em um derradeiro gesto de desprezo, recusaram-se a enterrá-lo junto aos reis (2 Cr 24.23-25). Ambos os nomes, Joás e Jeoás, são usados de modo intercambiável em 2 Reis 11-12 e 2 Crônicas 23-24. Ele também é um dos três reis omitidos da genealogia real em Mateus 1.
 
 
 Y ̂ehow’ash -  (Strong Português)
Joás = “dado pelo Senhor”
filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
 
JOIADA - O sumo sacerdote durante a época em que Atalia usurpou o trono de Judá. Ele a removeu Atalia do trono e estabeleceu o jovem rei Joás (2 Rs 11.4-21). Joiada fez uma aliança entre o Senhor e o rei de Judá (2 Rs 11.17), o que levou a algumas reformas religiosas e o capacitou a servir como conselheiro do rei. A esposa de Joiada era filha do rei Jorão e irmã do rei Acazias. Assim, o sacerdote era tio do jovem rei a quem ajudou. Joiada viveu até os 130 anos, e foi homenageado por seu serviço à nação através de seu sepultamento entre os reis de Judá na antiga cidade de Davi (2 Cr 24.15,16). Sem a valiosa influência de um homem temente e obediente ao Senhor, Joás rapidamente inclinou-se para a idolatria, e matou o filho de Joiada (2 Cr 24.1,17-22), por isso foi morto e Judá atacada e destruída por exércitos inimigos.
Depois dos patriarcas somente um homem viveu mais de 120 anos -E envelheceu Joiada e morreu farto de dias; era da idade de cento e trinta anos quando morreu. 2 Crônicas 24:15
 
 
יהוידע Y ̂ehowyada Ì -  (Strong Português)
Joiada = “Javé sabe”
sumo sacerdote na época em que Atalia usurpou o trono de Judá; escondeu Joás, o filho do rei, por seis anos e depois o recolocou no trono de Judá
 
Assim, o rei Joás não se lembrou da beneficência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera; porém matou-lhe o filho, o qual, morrendo, disse: O Senhor o verá e o requererá. 2 Crônicas 24:22 NO ANTIGO TESTAMENTO ERA ASSIM.
NOVO TESTAMENTO É ASSIM QUE O SERVO DE DEUS FAZ - E dizia JESUS: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. Lucas 23:34
E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. Atos 7:60
 
 
COMENTÁRIOS
2 Reis 11:1-3 - Joás é Preservado do Ataque de Atalia - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

DEUS tinha assegurado a Davi a continuidade de sua família, o que é chamado de preparar uma lâmpada para o seu ungido. E isso só pode aparecer como uma grande coisa, agora que lemos sobre o completo extermínio de tantas famílias reais, uma depois da outra. Agora aqui nós temos a lâmpada prometida a Davi quase extinta e ainda milagrosamente preservada.
I
Ela foi quase extinta pela bárbara maldade de Atalia, a rainha-mãe, que, quando ficou sabendo que seu filho Acazias fora morto por Jeú, levantou-se e destruiu toda a descendência real (v. 1), todos os que ela sabia serem aparentados à coroa. Seu marido Jeorão tinha matado a todos os seus irmãos, os filhos de Josafá (2 Cr 21.4). Os árabes tinham matado a todos os filhos de Jeorão exceto Acazias (2 Cr 22.1). Jeú tinha matado a todos os seus filhos (2 Cr 22.8) e ao próprio Acazias. Com certeza o sangue real nunca fora derramado tão profusamente. Feliz o homem de nascimento inferior, que vive fora do alcance da cobiça e da emulação! Mas, como se tudo isso fosse um assunto de pouca importância, Atalia destruiu a todos os que restaram da descendência real. Era estranho que alguém do sexo frágil pudesse ser tão bárbara, que alguém que tinha sido, ela mesma, filha de um rei, a esposa de um rei e a mãe de um rei, pudesse ser tão bárbara para com uma família real, e uma família na qual ela mesma fora enxertada. Mas ela o fez:
1. Motivada por um espírito de ambição. Ela desejava o governo e pensou que não poderia alcançá-lo de nenhuma outra forma. Para que ninguém reinasse com ela, ela assassinou até as crianças e lactentes para que não reinassem depois dela. Por temer um concorrente, não se deveria reservar ninguém para seu sucessor.
2. Motivada por um espírito de vingança e ódio contra DEUS. A casa de Acabe sendo completamente destruída e o filho de Atalia, Acazias, entre o resto, porque ele era aparentado da casa de Acabe, ela decidiu, por assim dizer, como retaliação, destruir a casa de Davi e cortar a sua linhagem, em desafio à promessa de DEUS de perpetuá-la — uma tentativa tola e infrutífera, pois quem pode anular o que DEUS propôs? As avós têm sido imaginadas como sendo mais amigáveis para com seus netos do que eram consigo mesmas. Mas a mãe de Acazias é a mais selvagem assassina dos próprios filhos de Acazias, e na infância deles também, quando ela foi obrigada, acima de qualquer outro, a alimentá-los e cuidar deles. Bem podia ela se chamar Atalia a ímpia (2 Cr 24.7), a filha da própria Jezabel. Mas, com isso, DEUS foi justo e visitou a iniqüidade de Jorão e de Acazias, aqueles ramos degenerados da casa de Davi, sobre os filhos deles.
II
Ela foi milagrosamente preservada pelo cuidado piedoso de uma das filhas de Jorão (que era esposa de Joiada, o sacerdote), que roubou um dos filhos do rei, de nome Joás, e o escondeu (vv. 2,3). Esse foi um tição tirado do fogo. Não temos informação do número dos que foram mortos, mas, parece, estando essa criança nos braços da ama, não se perdeu, não foi procurada posteriormente, ou pelo menos não foi encontrada. A pessoa que o salvou era sua própria tia, a filha do ímpio Jeorão. Pois DEUS levanta protetores para aqueles a quem Ele quer proteger. O lugar da segurança dele foi a Casa do Senhor, uma das câmaras pertencentes ao templo, um lugar onde Atalia raramente causava problemas. Sua tia, por trazê-lo ali, o colocou sob a proteção especial de DEUS, e assim o escondeu pela fé, como Moisés fora escondido. Agora as palavras de Davi se se cumpriam para alguém da sua semente (Sl 27.5): No oculto do seu tabernáculo me esconderá. Com bom motivo esse Joás, quando cresceu, se prontificou a reformar a casa do Senhor, pois ela tinha sido um refúgio para ele. Agora estava a promessa feita a Davi limitada a uma só pessoa, mas mesmo assim ela não falhou. Assim, ao filho de Davi, DEUS, de acordo com a sua promessa, assegurará uma semente espiritual, que, embora às vezes reduzida a um pequeno número, diminuída e aparentemente perdida, será perpetuada até o fim dos tempos, às vezes escondida e não percebida, mas escondida no pavilhão de DEUS e ilesa. Foi uma providência especial que Jeorão, embora um rei, um rei ímpio, casasse sua filha com Joiada, um sacerdote, e um sacerdote piedoso. Alguns talvez pensassem que fosse uma depreciação casar uma filha com um clérigo, mas isso se mostrou um casamento feliz e a salvação da família real da ruína. Pois a influência que Joiada tinha no templo deu a ela uma oportunidade de preservar a criança, e a influência dela na família real deu a ele a oportunidade de colocá-lo no trono. Veja a sabedoria e o cuidado da Providência e como ela prepara para aquilo que planeja. E veja que bênçãos aqueles que casam seus filhos com pessoas que são sábias e boas armazenam no estoque para suas famílias.
 
 
2 Reis 12:1-3 - Joás Praticou o Bem Enquanto Joiada Viveu - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

O relato geral que aqui é dado de Joás é:
1. Que ele reinou quarenta anos. Como ele começou o seu reinado quando era muito jovem, podia, na ordem natural das coisas, ter continuado muito mais, pois ele foi morto quando tinha apenas quarenta e sete anos (v. 1).
2. Que ele fez aquilo que era reto enquanto Joiada viveu para instruí-lo (v. 2). Muitos jovens têm atingido uma posição elevada muito cedo — têm tido riquezas, poder e liberdade, antes de saberem como usá-los — e isso tem trazido más conseqüências para eles. Mas contra esse perigo Joás estava bem guardado ao ter um guia tão bom como era Joiada, tão sábio, experiente e fiel a ele, e ao ter tanta sabedoria a ponto de se deixar guiar e instruir mesmo depois de crescido. Note: É um grande favor para os jovens, e principalmente para os jovens príncipes, e todos os jovens de influência, estarem sob boa direção, e terem ao seu redor aqueles que os instruem a fazer o que for reto aos olhos do Senhor. E então eles agem sabiamente e bem para si mesmos quando estiverem dispostos a serem aconselhados e dirigidos por tais pessoas. O rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe, mas um menino entregue a tal instrução pode trazer honra e conforto para si mesmo.
3. Que os altos se não tiraram (v. 3). Em todo o país eles tinham altares para sacrifício e incenso, apenas em honra ao DEUS de Israel, mas em competição com, e pelo menos em implícito desprezo pelo, seu altar em Jerusalém. Talvez esses altares particulares tivessem sido mais usados nos maus reinados posteriores do que nos antigos, porque não era seguro subir a Jerusalém, nem era realizado o serviço do templo como devia ter sido. E pode ser que Joiada fosse conivente com eles porque algumas pessoas bem intencionadas estivessem satisfeitas com eles quando não podiam ter algo melhor, e ele esperava que a reforma do templo, e o fato de colocar as coisas em ordem ali, afastasse as pessoas gradualmente de seus lugares altos e que eles decaíssem por si mesmos. Ou talvez nem o rei nem o sacerdote tivessem zelo suficiente para levarem a sua reforma tão longe, nem coragem e força suficientes para combaterem um costume tão inveterado.
 
 
2 Reis 12:4-5- Joás Foi Bastante Diligente na Reforma do Templo - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

Aqui nós temos um relato da reforma do templo no reinado de Joás.
I
Parece que fazia muito tempo que o templo não passava por uma reforma. Embora Salomão o construísse muito resistente, com os melhores materiais e da melhor forma, mesmo assim ele decaiu com o tempo, e havia fendas nele (v. 5), nos telhados, ou nas paredes, no chão, no teto, nos revestimentos de madeira, ou nas janelas, ou nas divisões dos pátios. Até os próprios templos se desgastam com o uso. Mas o templo celestial jamais envelhecerá. Mas não foram apenas os dentes do tempo que fizeram essas fendas, os filhos de Atalia tinham arruinado a Casa de DEUS (2 Cr 24.7), e, por causa da inimizade com o culto do templo, tinham danificado seus edifícios, e os sacerdotes não tinham tomado o cuidado de consertar as brechas a tempo, de maneira que ficaram pior. Indignos foram aqueles agricultores que tiveram essa vinha valiosa alugada para eles sob termos tão fáceis e que não puderam manter o lagar de maneira devida e em um estado que se pudesse arrendar, (Mt 21.33). Com razão, seu grande Senhor os processou por esse desperdício permissivo, e por seus julgamentos, recuperou locum vastatum — por dilapidação (como diz a lei), quando esse templo negligenciado foi posto abaixo.
II
O próprio rei foi (como parece) o primeiro e o mais solícito homem que cuidou da reforma do templo. Nós não lemos que os sacerdotes reclamaram dela ou que o próprio Joiada esteve ativo nela, mas o rei foi zeloso no negócio:
1. Porque ele era rei, e DEUS espera e exige daqueles que têm o poder que o usem para a manutenção e suporte da religião, o socorro de injustiças e a restauração da deterioração, para o estímulo e o emprego de ministros para fazerem a sua parte e o povo a sua.
2. Porque o templo tinha sido seu berçário e seu santuário, quando ele era uma criança, em cuja grata lembrança ele agora parecia zeloso pela honra dessa Casa. Aqueles que têm experimentado o conforto e o benefício de assembléias religiosas farão da vergonha delas o seu fardo (Zc 3.18), a manutenção delas a sua preocupação e a prosperidade delas a sua principal alegria.
III
Foi ordenado aos sacerdotes que coletassem dinheiro para esses reparos, e que cuidassem para que a obra fosse feita. O rei tinha de se preocupar com os negócios de seu reino, e não podia inspecionar os trabalhos pessoalmente, mas empregou os sacerdotes para que administrassem isso, as pessoas mais adequadas, e as mais apropriadas, pensaria alguém, para se envolverem com o projeto.
1. Ele lhes deu ordens para a coleta do dinheiro das coisas dedicadas. Eles não deviam parar até que ele fosse depositado, ao contrário, eles deviam pedir por ele onde sabiam que fosse conveniente, em seus respectivos distritos, como dinheiro de resgate (por virtude da lei, Êxodo 30.12), ou como dinheiro de avaliação (por virtude da lei, Levítico 27.2,3), ou como uma oferta voluntária (v. 4). Isso eles deviam juntar, cada homem de seu conhecido, e se supõe que não houvesse homem que não tivesse conhecimento com um ou outro dos sacerdotes. Note: Nós devemos aproveitar a oportunidade que DEUS nos dá de estimular aqueles com quem temos alguma familiaridade para aquilo que é bom.
2. Ele lhes ordenou que empregassem o dinheiro que tinham arrecadado no reparo das fendas da casa (v. 5).
 
 
2 Reis 12:17-21 - Joás Morreu de Forma Inglória Depois de um Acordo Desprezível com Hazael - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

Quando Joás se apartou de DEUS e se tornou tanto um idólatra quanto um perseguidor, a mão do Senhor se voltou contra ele e o seu último estado foi pior do que o primeiro.
I
Sua prosperidade e honra tornaram-se presa fácil para seus vizinhos. Quando Hazael afligiu Israel (10.32), ameaçou da mesma forma a Judá e Jerusalém, tomou Gate, uma cidade forte (v. 17) e dali quis marchar com suas forças contra Jerusalém, a cidade real, a cidade santa, mas cuja defesa, por conta da sua pecaminosidade, tinha se afastado dela. Joás não tinha nem ânimo nem força para resistir a ele, ao contrário, lhe deu todas as coisas consagradas, e todo o ouro que foi encontrado tanto em seu tesouro público quanto nos tesouros do templo (v. 18), para suborná-lo para que marchasse por outro caminho. Se foi legítimo fazer isso para a segurança pública, melhor que aconteça com o tesouro do templo do que expor o próprio templo. Mas:
1. Se ele não tivesse abandonado a DEUS, e perdido a sua proteção, seus negócios não teriam sido levados a esse extremo, e ele podia ter forçado Hazael a se retirar.
2. Ele se diminuiu e se fez muito baixo, perdeu a honra de um príncipe e de um soldado, e também de um israelita, ao entregar as coisas dedicadas.
3. Ele se empobreceu e a seu reino. E:
4. Ele tentou Hazael a voltar, quando ele pôde levar para casa um despojo tão rico sem desferir um golpe. E isso teve esse efeito, pois no ano seguinte o exército da Síria subiu contra Jerusalém, destruiu os príncipes e saqueou a cidade (2 Cr 24.23,24).
II
Sua vida se tornou uma presa fácil de seus próprios servos. Eles conspiraram contra ele e o mataram (vv. 20,21), não com o objetivo de lhe tomar o reino, pois eles não se opuseram a que seu filho lhe sucedesse, mas para vingar algum crime que ele tinha cometido. E nós somos informados em Crônicas que o motivo foi o de ele assassinar o profeta, filho de Joiada. Nisso, por mais injustos que eles foram (a vingança não era deles, nem cabia a eles retribuir), DEUS foi justo. E essa não foi a única vez em que Ele deixou até reis saberem que era um risco para eles tocar em seus ungidos e fazer mal aos seus profetas, e que, quando Ele vier para cobrar o sangue derramado, cobrará muito caro pelo sangue dos profetas. Assim caiu Joás, que começou no espírito e terminou na carne. DEUS geralmente estabelece limites de seu desprazer sobre os apóstatas, até nesta vida. Pois eles, entre todos os pecadores, mais afrontam o Senhor.
 
 
Joás reina em Judá (11.1—12.21) - Comentário - NVI (F.F. Bruce)
11.1. Atalia, mãe de Acazias foi motivada não somente por ira maternal, mas também por oportunismo político. Ela quase conseguiu exterminar a linhagem de Davi e, alienada dos parceiros do Norte, não se intimidou com a prometida estabilidade da dinastia de Judá (cf. o uso mais brando da vitória por parte de Jeoás em 14.13). v. 2. Jeoseba (provavelmente filha do rei Jeorão com outra esposa) tinha sobrevivido a uma calamidade (2Cr 22.1) e agora assumiu o risco de desafiar a violenta rainha-mãe. Ela pegou Joás e o escondeu no templo do Senhor (v. 3). Segundo Crônicas 22.11 diz que ela era mulher de Joiada e assim viveu com o seu protegido, sem suspeitas, no templo. Atalia governava o país com impotência furiosa; abriu mão de gerar filhos e não tinha ninguém da linhagem de Acabe para importar de Israel, visto que Jeú matara todos. v. 4. No sétimo ano\ quando Joiada concluiu que era a época certa, o rei escondido foi trazido a público, cários (mercenários da Cilicia): Joiada fez com eles um acordo [...] com juramento, e eles viram o filho do rei. O tempo escolhido foi o sábado (v. 5) quando a escala das três companhias dos guardas faria que todos estivessem disponíveis e que todos pudessem se deslocar para as suas posições de defesa sem serem notados. Era também uma época (possivelmente de festa) em que todo o povo (v. 14; outras versões acrescentam “da terra” que está no heb.) estava presente — os proprietários de terras do interior que perfaziam a “maioria silenciosa” de ja-vistas nominais, v. 10. as lanças e os escudos que haviam pertencido ao rei Davi pode ser uma referência ao ritual de lRs 14.28. Espectadores iriam esperar que uma visita do rei do palácio ao templo seguisse esses preparativos.
Os guardas [...] posicionaram-se [...] desde o lado sul até o lado norte do templo (v. 11), em um semicírculo, para que fosse seguro Joiada trazer a público o filho do rei (v. 12). A coroação é relatada em detalhes. Depois de colocarem nele a coroa (nezer, da raiz “separar”, i.e., o símbolo da consagração para o serviço de DEUS e do povo) e lhe darem uma cópia da aliança (obrigando o novo rei a se submeter à aliança nacional no espírito de Dt 17.18), eles o proclamaram rei, ungindo-o, e o povo aplaudia e gritava: “Viva o rei!”. O novo rei estava em pé, junto à coluna (uma das colunas dinásticas de Jaquim e Boaz na entrada do templo; v. comentário de lRs 7.21), conforme o costume (v. 14). Atalia percebeu tarde demais o que estava acontecendo e caminhou para a sua morte. v. 17. Então Joiada fez uma aliança (o termo heb. “a aliança” sugere que isso também fazia parte do costume; cf 1Sm 12.14): entre o Senhor, o ré e o povo e também entre o ré e o povo. Assim, o governo tirânico sob Atalia foi substituído pelo conceito hebreu tradicional do “rei submisso a Javé”. v. 18. O templo de Baal foi derrubado, e Matã, o sacerdote de Baal, morto, o que ocorreu mais (infelizmente) em virtude de um acesso de frenesi nacionalista de destruir símbolos da tirania odiada do que de repúdio genuíno à adoração à natureza (v. comentário de 12.3). Mesmo assim, o banho de sangue foi apenas simbólico, comparado com o massacre que ocorreu no Norte (que também foi superficial). O novo rei então foi conduzido ao palácio e ocupou seu lugar no trono real (v. 19), o ato final da cerimônia (cf. lRs 1.46). v. 20. todo o povo se alegrou porque os seus antigos direitos haviam sido restaurados. Tinham sido dias de grandes riscos, mas a cidade acalmou-se.
 
 
Os defensores do antigo regime palaciano perceberam que tinham sido vencidos. 12.2. Joás fez o que o Senhor aprova durante todos os anos em que o sacerdote Joiada o orientou (2Cr 24.17-25 conta a triste história do declínio depois que essa influência piedosa cessou), v. 3. altares idólatras (v. comentário de lRs 3.2): várias versões trazem aqui “lugares altos” (BJ); ou “altos” (ARA). Esses “lugares altos” não eram considerados ilegais nessa época, mas eram constantes armadilhas. Era fácil demais escorregar para os rituais da natureza e da fertilidade que os cananeus haviam praticado durante séculos nesses santuários. As reformas no templo nem sempre se traduziam em monoteísmo ético nos santuários espalhados pelo país.
O templo é restaurado (12.4-16)
Joás se aproveitou da lentidão dos sacerdotes e assumiu as finanças do templo. Em primeiro lugar, instruiu os sacerdotes a que fizessem a reforma do templo (v. 5) com o dinheiro que era trazido de votos pessoais e o que foi trazido voluntariamente ao templo (v. 4); isso mostra a variedade das origens. A RSV segue uma emenda textual: “de quem cada homem é cobrado”, o que sugere uma organização mais formal. Se as contribuições eram feitas em dinheiro, em vez de em espécie, era necessário concordar no valor. O TM traz simplesmente “o dinheiro que é trazido...”), v. 5. Cada sacerdote recolha a prata de um dos tesoureiros-. Gray sugere “cada um de seu exa-tor/cobrador” para corresponder à emenda anterior e evitar qualquer restrição em relação à família ou conhecido. No entanto, no vigésimo terceiro ano eles ainda não tinham feito as reformas (v. 6), e Joás assumiu o controle da situação, v. 8. Os sacerdotes concordaram em não mais receberem o dinheiro e não serem mais os encarregados dessas reformas, v. 9. Foi feita então uma caixa para receber o dinheiro, e o secretário real e o sumo sacerdote vinham e pesavam a prata-, um exemplo antigo de segurança burocrática que era executada pelos honestos trabalhadores, de quem não se exigia prestação de contas [...] pois agiam com honestidade, uma virtude simples que lhes deu uma reputação permanente, embora não expressa. Os sacerdotes não tinham permissão para usar o dinheiro na confecção de utensílios de ouro ou prata (v. 13), o que poderia proporcionar um meio para fraudes, mas mantiveram o direito sobre o dinheiro das ofertas pela culpa e das ofertas pelo pecado (v. 16; cf. Lv 5.16; ofertas agora em dinheiro, e não em espécie). A história não contribui para a boa reputação dos sacerdotes, embora o rei talvez não tenha sido totalmente franco na sua reação.
 

A invasão de Hazael e a morte de Joás (12.17-21)
v. 17. Hazael tinha feito investidas contra o território de Israel sob o reinado de Jeú (10.32,33) e agora estava fortalecendo a sua retaguarda antes de confrontar os assírios na sua fronteira norte. A sua incursão contra Jerusalém parece tíbia, e ele é facilmente “subornado” (v. 18). Segundo Crônicas 24.17-25 associa a morte de Joás a esse incidente e a eventos resultantes dele, mas aqui o texto não apresenta nenhuma causa para a conspiração. v. 20. seus oficiais devem ter sido agentes de algum inimigo dentro do Estado, que, no entanto, não foram capazes de derrubar a casa real (v. 14.5), e, assim, sem filho Amazias foi o seu sucessor (v. 21).
 
 
 
O período das reformas (24.1-14) - Comentário - NVI (F.F. Bruce)
A história do reinado segue a sua fonte em 2Rs 12 em termos gerais, mas com uma série de variações significativas que sugerem fontes adicionais. A mais importante delas está relacionada à apostasia do rei depois da morte de Joiada, que não é mencionada em Reis, a profecia de Zacarias e o relato da guerra contra a Síria e a morte do rei. O cronista afirma que Joás fez o que o Senhor aprova enquanto viveu o sacerdote Joiada (v. 2), enquanto 2Rs 12.2 afirma que ele fez o que era certo durante todo o seu reinado em conse-qüência da base sólida na verdadeira fé que Joiada havia provido.
O relato da restauração do templo (v. 4-14) segue a narrativa de 2Rs 12.9-16 nos aspectos principais, mas com variações suficientes para sugerir que o cronista estava usando mais uma fonte. O apelo por fundos para restaurar o templo ocasionado pela negligência de Atalia e de sua corja (v. 7) foi colocado como fundamento para o imposto determinado por Moisés (Ex 30.12-16; 38.25-28) para a tenda da arca da aliança (v. 6). Esse ponto não é citado no relato de Reis, que também não menciona a lentidão dos primeiros cobradores de impostos. A resposta à situação foi uma proclamação transformando o que parece ter sido um imposto semivoluntário em um tributo obrigatório (v. 9). Isso deu o resultado esperado, e o povo trouxe as suas contribuições ao templo, colocando-as na caixa preparada para esse fim. E interessante observar que o cronista mudou a caixa de “ao lado do altar” (2Rs 12.9) para o “lado de fora, à entrada do templo”, sem dúvida para adequar a história aos regulamentos mais rigorosos do seu tempo. A cada dia, quando a caixa estava cheia, era esvaziada. As contribuições foram suficientes para cobrir todas as despesas da obra de restauração, e ainda houve uma sobra (não mencionada em Reis) usada para os utensílios (v. 14).
b) A apostasia e a queda de Joás (24.15-27)
A situação ideal apresentada no v. 14 chegou ao fim com a morte de Joiada na idade avançada de cento e trinta anos (v. 15), supostamente um número simbólico indicando o favor de DEUS. O povo também o honrou e o sepultou com os reis na Cidade de Davi, em atenção ao bem que havia feito em Israel (mais uma vez usado aqui para se referir a Judá, o verdadeiro Israel).
Sob instigação dos líderes de Judá (v. 17), há uma volta no tempo e um retorno à adoração às divindades fenícias que haviam sido tão proeminentes durante o domínio de Ata-lia. Esses oficiais da corte provavelmente fizeram parte do antigo regime, e é digno de observação que as tendências para a pagani-zação do judaísmo geralmente se originavam na corte, e não entre o “povo da terra”, que parece prover uma força de equilíbrio e uma influência conservadora. O resultado dessa apostasia é a ira de DEUS (v. 18); isso é na essência a expressão do princípio divino da retribuição.
O rei continua no seu caminho mau, apesar do fato de DEUS ter enviado profetas ao povo (v. 19) culminando com o oráculo de Zacarias filho do sacerdote Joiada (v. 20). Sobre a observação significativa o ESPÍRITO de DEUS apoderou-se de Zacarias, v. comentário de lCr 12.18. O princípio das palavras Já que abandonaram o Senhor, ele os abandonará (v. 20) reaparece no NT (Rm 1.28). Em vez de receber atenção e respeito, Zacarias é morto por ordem expressa do rei (v. 21). A natureza abominável desse ato é intensificada em vista da bondade de Joiada para com Joás. O termo “bondoso” usado aqui não é suficientemente forte para traduzir hesed\ ele significa um elo forte de lealdade, é a palavra usada para expressar o “amor da aliança” de Javé pelo seu povo. O assassinato de Joiada dentro do templo é provavelmente o incidente a que faz alusão Lc 11.51 e Mt 23.35.
A queda de Joás não demorou e ocorreu em conseqüência da guerra contra os arameus (v. 23-26). Há diferenças marcantes entre esse relato e 2Reis, e é certo que o cronista está usando uma outra fonte aqui — talvez as anotações (mieirãs) dos livros dos reis (v. 27). O exército sírio atacou na virada do ano (v. 23), i.e., na primavera, e com poucos homens derrotou o exérdto muito maior de Judá (v. 24). A derrota foi um resultado direto da desobediência do povo. Os principais pontos de contraste com o relato de Reis são a investida contra Jerusalém e o fato de o rei ter sido ferido (v. 25). O próprio Joás se torna vítima de uma conspiração e é assassinado por dois estrangeiros. A sua morte é retratada como resultado direto da culpa pela morte de Zacarias.
A história do reinado de Joás, mostrando “como um bom rei, dirigido sabiamente, pode cair tão facilmente sob a má influência e se tornar apóstata” (P. R. Ackroyd), é um bom exemplo do propósito do cronista em usar a história para evidenciar as suas lições espirituais e morais.
 
 
 
 Atalia, de Judá (11:1-21; II Crôn. 22:10-12) - COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )

Atalia era filha de Acabe com Jezabel e herdou todas as boas e más qualidades dos pais. Em 8:26 ela é dada como filha de Onri que foi o fundador da dinastia de Acabe. Casou-se com Jeorão de Judá, e do casamento nasceu Acazias que foi morto por Jeú. Pela morte do filho ela se vingou matando todos de descendência real, menos o menino Joás que foi furtado por Jeoseba, mulher do sacerdote Jeoiada, que o escondeu no templo até a idade de sete anos. Desta forma usurpou o trono que pertencia a outros filhos. Acredita-se que a mãe de Joás seria uma esposa de menor influência na corte, de maneira que, na confusão de "salve-se quem puder", não teria sido difícil esconder um menor. Ali ficou com sua ama, até o momento de ser proclamado rei. Não havendo sucessor a Acazias, morto, estava o trono assegurado à filha de Acabe. Uma história destas só é possível num harém, onde há filhos de diversas mulheres.

A história da coroação de Joás é nos dada completamente em II Crônicas 23:1-15. Parecia que tudo estava calmo, mas por baixo do monturo da política de Atalia minava a influência dos sacerdotes e levitas, que não podiam concordar com uma mulher de origem estrangeira no trono de Judá. Quando o menino atingiu sete anos, Jeoiada entrou em aliança com os capitães do templo, que foram comissionados a percorrer Judá e confabular com os levitas de todas as cidades, para virem a Jerusalém (II Crôn. 23:2). Jeoiada mostrou-se um articulador de primeira plana e o seu plano deu certo. Dividiu as forças do templo em três contingentes; uma terça parte que entrava no templo no sábado ficaria de guarda ao rei e quem se aproximasse seria morto; outro terço das forças ficaria no portão Sur; e a outra terça parte, por detrás da guarda. Os dois grupos que eram rendidos no sábado permaneceriam de guarda do rei futuro. Tudo disposto assim, contavam com a cobertura dos caritas, que eram os guardas do palácio real, soldados mercenários que vendiam o seu braço a quem melhor pagasse (v. 4). Era uma conspiração completa e nada ficou faltando. Nesta conspiração parece não estarem incluídas as forças levíticas de II Crônicas 23:8, que eram de emergência. Tudo pronto, trouxeram o menino-rei para fora e o puseram no meio da multidão, com a coroa na cabeça, o livro do Testamento (Deut. 17:18-20), o Pentateuco, e Jeoiada o ungiu e todos gritaram: Viva o rei! A nossa ignorância da situação do templo e do palácio real leva-nos a sentir certas dificuldades para conhecermos bem os detalhes da conspiração; mas isso também não é de suma importância. Crônicas concorda literalmente com II Reis 11:13 (II Crôn. 23:12). Atalia, quando ouviu o barulho das cornetas, as palmas do povo, veio para onde estava a multidão, na Casa do Senhor. Olhou e eis que o menino rei estava de coroa na cabeça, junto à coluna, segundo o costume, e os capitães e os trombetas junto do rei, e o povo gritando. Ela rasgou os vestidos e clamou: Traição! Traição! O sacerdote Jeoiada mandou que a retirassem dali e não a matassem no templo; mas se alguém a seguisse fosse logo morto. Lançaram mão dela e a levaram pelo caminho dos cavalos e dali à casa real, onde a mataram. A casa do rei ficava contígua ao templo, mas nem mesmo a descrição dada por Salomão nos ajuda muito a entender a posição da casa junto ao templo. Estava liquidada mais uma etapa na conturbada história de Judá.
 
 
 Joás, de Judá (11:21-12:21; Il Crôn. 24:1-7) - COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )

Temos então um rei de sete anos. Os textos de Reis e Crônicas nos revelam que o povo estava sofrendo em silêncio, à espera de uma oportunidade de se livrar de um governo usurpador. Atalia não tinha direito ao trono, pois não descendia de rei de Judá, e a sua investida ao poder, que parece foi aceita sem maiores conseqüências, era apenas uma amostra de que o povo sem armas é fraco por algum tempo. Com Joás não se dava isso, pois era filho de rei. Agora, tão jovem, sem experiência de governo, sem qualquer iniciação de vida, teve em Jeoiada um admirável conselheiro e adjutor. O futuro se encarregou de mostrar que foi o homem para o lugar, pois foi um dos melhores reis de Israel e um dos que reinaram por mais tempo.

Os textos nos falam em diversos lugares do pulo da terra. Para alguns, eram apenas os peões, os lavradores, uma espécie de gente sem lei e sem rei; para outros, eram o povo comum das cidades, o povo que sustentava o culto, mas não tinha qualquer parte na direção dos negócios públicos; nem por isso, porém, estava desinteressado dos assuntos da sua terra. No incidente que estamos estudando, o povo da terra tomou parte ativa e inteligente em todos os lances que terminaram na morte de Atalia. Diversos profetas usam esta mesma frase ao se referirem ao povo comum. Nós o classificamos como o povo que pagava impostos, mas não tinha parte nos negócios, que eram assuntos dos líderes políticos e religiosos. Não havia eleições nem assembléias regulares, a que comparecessem e dessem opinião, embora não estivessem desinteressados dos assuntos do seu governo.

Joás, como já se disse, tinha sete anos quando começou a reinar. Jeú estava no seu sétimo ano de revolução do Reino do Norte, e nos parece que a situação estável desse reino influiu muito nos destinos do reinado de Joás. Durante os reinados anteriores, o templo caiu em decadência, pelo que nos sugerem os textos sagrados. Naturalmente, com um governo ateu no poder, não haveria estímulo nem meios de manter o culto de Jeová. Foi, pois, a primeira medida do rei e seu coadjutor reformar o templo. A norma era: todo dinheiro da taxa pessoal do resgate dos primogênitos, e todas as ofertas voluntárias seriam destinados ao custeio das obras, de modo que o dinheiro do culto fosse poupado. Aconteceu que, vinte e três anos depois, pouco ou nada haviam feito. Os sacerdotes ainda não tinham realizado os reparos necessários (v. 6). O templo levou sete anos para ser construído e durante vinte e três anos não fizeram nenhum reparo. Isso indica que os mesmos sacerdotes ou comiam o dinheiro ou lhe davam outro destino. O rei a este tempo, já com 30 anos, homem feito, não concordou com a situação e chamou tanto Jeoiada como os demais sacerdotes às falas.

Houve nova ordem para a reforma. Os sacerdotes foram proibidos de receber o dinheiro do povo sob qualquer pretexto, e o sacerdote Jeoiada fez uma caixa com um buraco na tampa, para que toda oferta aí fosse depositada. Ora, em pouco tempo havia tanto dinheiro que bastava para fazer os reparos, o que vem mostrar que os sacerdotes não estavam sendo honestos na sua mordomia. A partir dali, havia uma escrita. O escrivão do rei, que nós chamaríamos Ministro da Fazenda, com assistência do sumo sacerdote, pesava o dinheiro e ensacava-o, e dava nas mãos dos que faziam a obra (v. 11,12). Esta gente era tão honesta que nem se lhes pedia contas do dinheiro que recebiam (v. 13,14). O dinheiro referente a ofertas pelo pecado era entregue aos sacerdotes para sua manutenção, pois era dinheiro destinado especialmente ao culto. Tem sido levantada a idéia de que os dízimos dos crentes devem ser destinados ao sustento do pastor; entretanto, se isso fosse praticado entre nós, em muitos casos o pastor não teria o que comer, e em outros ficaria muito rico. Vale dizer que o princípio muito louvável e bom não tem aplicação nas igrejas cristãs.

Então subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate e a tomou (v. 17). Já vimos que este pirata conquistou toda Gileade, até o Arnom, e tinha tomado muitas cidades no norte de Israel. Foi isso que Eliseu viu quando se encontrou com ele em Damasco (8:11-12). Satisfeitas as suas ambições no norte, foi ao sul e com a tomada de Gate ficava cortada a via do comércio de Judá, para o sul, pois esta cidade tinha sido, desde tempos antigos, a porta de entrada na Palestina, vindo do oeste. Joás era homem de paz e não quis meter-se em guerra. Reuniu todo ouro que havia nos cofres, raspou tudo e mandou um presente a Hazael. Com isso ele se retirou de Judá, ou mais propriamente de Jerusalém, que era o alvo da sua cobiça. O texto de II Crônicas 24:25 diz que Joás foi deixado muito doente, não se sabendo que doença seria, pois parece que não entrou na guerra contra os sírios. Este ataque dos sírios estava em ordem porque Joás, depois da morte de Jeoiada, se virou para os ídolos, e DEUS se retirou dele. A sua doença e os ataques dos sírios foram a conseqüência do seu desvio. Para nós parece incrível um rei que por tantos anos foi fiel a DEUS, logo que morre o seu conselheiro, cai no mundanismo da idolatria. II Crônicas 24:17 e 18 é muito significativo! Vieram os príncipes de Judá e pediram-lhe que se voltasse para os !dolos. Então Joás os ouviu, e esta foi a sua desgraça. Por esta sua culpa veio grande ira sobre Judá e Jerusalém (II Crôn. 24:18). O escritor de II Crônicas dá-nos muitas e úteis informações que Reis omite; todavia estamos estudando Reis e só em casos especiais nos voltamos para Crônicas, que merecerá um estudo à parte.

A derrota com os siros, a doença que não sabemos o que fosse, e o abandono de DEUS, deram fim a Joás, que começou tão bem e terminou tão mal. Aprenda-se a lição. Foi morto por seus próprios serviçais, na ambição de um deles ganhar o poder, como ganhou. Amazias, seu filho, subiu ao poder, na conjura dos serviçais do palácio. Julgam alguns comentaristas que os conspiradores foram os mesmos que o elevaram ao trono (veja II Crôn. 24:17,18), movidos pelo desgosto de o verem, depois de tantos anos, voltado para os !dolos. Não há segurança nesta posição. Uma coisa é certa: o fim foi trágico por causa do seu desvio da religião de Jeová.
 
 
Joás Começa a Reinar (24:1-27; II Reis 12:1-16) - COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )

Não sabemos quantos anos passaram até Joás tomar mesmo as rédeas do governo, mas admitimos uns 18 a 20 anos. Se assim foi, então a menoridade do rei durou 11 a 13 anos, quando a nação soube como era bom servir ao Senhor. Daí em diante não temos muitas notícias sobre as atividades de Jeoiada, senão que ia ficando velho (v. 15). Admitimos que todo este tempo tivesse constituído um capítulo feliz da vida do povo judaíta. O cronista não se demorou em descrever detalhes, apenas os lances fundamentais lhe interessavam, pois a sua meta era descrever os destinos dos israelitas e de seus reis.

Joás Inicia as Reformas do Templo (24:4-16)

Já homem feito e casado, com filhos e filhas (v. 3), decidiu consertar o Templo, que estava abandonado desde os dias de Jeosafá. Censurou Jeoiada por não ter tomado providências quanto ao imposto devido ao Templo (v. 6), e ordenou aos levitas que saíssem pelas cidades de Judá e Benjamim, de maneira que se fizesse como Moisés ordenara no deserto (v. 6). Tudo estava arruinado: a casa do Senhor e os utensílios do Templo, sendo estes usados a serviço de Baal (v. 7). Publicado o decreto, baseado na lei de Moisés (Êx. 30:11-16), fizeram um cofre e o colocaram à entrada do Templo, onde se punha o imposto devido pelo resgate e pelas expiações pelo pecado. Havia uma comissão real para apurar a contribuição, tudo devidamente escriturado pelos escrivãos do Templo e do rei (v. 11), e assim fizeram, até se concluir a obra. Acabada a obra, verificou-se, haver sobrado dinheiro, e então, com o resto, fizeram utensílios para a casa do Senhor. Está aqui um bom modelo para os pastores seguirem na construção dos templos para suas igrejas.

Jeoiada, pelo que entendemos, era o superintendente das obras, pois foi a ele que prestaram contas, conforme o verso 14. Podemos dar largas à nossa imaginação - um homem, que já não seria muito jovem quando da coroação de Joás, com o encargo do Estado e da religião durante a interinidade do rei e mesmo depois disso. Com cento e trinta anos morreu e foi sepultado no cemitério dos reis de Judá, pois tinha feito bem a Israel (do Sul) e tinha sido fiel a seu DEUS (v. 16).

Zacarias É Morto no Templo (24:17-22; Mat. 23:35; Luc. 11:51)

Morto Jeoiada, os nobres de Judá e Jerusalém vieram a Joás com bajulação e propuseram uma volta ao triste passado. Voltaram a adorar os Ídolos, que tinham infelicitado a nação. O texto é muito ambíguo, mas diz o bastante para entendermos que o povo desejava a volta aos ídolos, e o rei o ouviu (v. 17). Estes fatos não entendemos. Uma nação próspera e feliz, com o seu rei e o sumo sacerdote à frente dos negócios do Templo e do Estado, e agora deseja voltar ao baalismo. Este povo não tinha juízo. Assim, eles, abandonando a casa do Senhor DEUS de seus pais, serviram aos aserins e aos ídolos (v. 18). Quando nós, nestas humildes notas, profligamos o baalismo como uma desgraça nacional, não fazemos nada demais, pois era a deserção não apenas da religião, mas do seu DEUS. DEUS, paciente, mandou-lhes profetas (v. 19), e o ESPÍRITO de DEUS se apoderou de Zacarias, filho de Jeoiada, o qual, de pé perante o povo, procurou trazê-lo de volta ao bom senso. Todavia, rei e povo já estavam de mentes pervertidas, e apedrejaram o profeta no Templo por mandado do rei, sendo morto entre o Templo e o altar, na linguagem de JESUS (Mt. 23:35; Lc. 11:51). Joás não se lembrou das beneficências de Jeoiada, pai de Zacarias, matando-lhe o filho (v. 22). Antes de morrer Zacarias avisa que DEUS viu e tomará providências.

A Colheita da Incredulidade (24:23-27; II Reis 12:17-20:21)

Antes de findar um ano, Hazael, rei da Síria, que já vinha de há muito fazendo as suas incursões no norte, tomando o território de Ramote-Gileade, veio a Jerusalém, mandado por DEUS, e destruiu, dentre o povo, todos os seus nobres e príncipes, levando os seus bens para Damasco. O interessante é que poucos soldados sírios vieram a Jerusalém, contra um poderoso exército judaíta; mas quando DEUS está fora do jogo, não há exército válido. Joás ficou gravemente ferido na luta, e os seus servos acabaram de liquidá-lo, por causa do sangue de Zacarias e seus irmãos. Morto, foi sepultado, mas não nos sepulcros reais, pois não merecia esta dignidade. Em seu lugar reinou Amazias, que tinha 25 anos de idade. Foi assim que terminou a vida de um rei menino, posto no trono ainda impúbere, gozando das beneficências de um grande sacerdote. Tudo isto ele esqueceu logo, levado pelas influências palacianas. A tradição rabínica considera a destruição de Jerusalém por Nabucodonozor como uma conseqüência da iniqüidade praticada contra um profeta que falava em nome de DEUS. Possivelmente, esta foi uma das grandes causas da destruição, mas não a única. Uma coisa parece certa: daí em diante a nação marcha aceleradamente para o seu fim. Se JESUS se referiu especificamente ao crime da morte de Zacarias, quando houve tantos outros crimes, é natural que fosse mesmo qualquer tragédia fora dos limites da maldade humana. O silêncio do livro de Reis, sobre este crime, é tido como um ato de misericórdia da parte do escritor sagrado.
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 9, O Reinado de Joás- Revista - 3º Trimestre de 2021
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Há momentos em que o perigo nos cerca sem que o percebamos. São nessas horas que o Senhor intervém nos concedendo escape e proteção.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Aqueles que administram os bens destinados para a obra de DEUS devem fazê-lo com dedicação, verdade e amor.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A desobediência a DEUS e a confiança na força do próprio braço nos levam a escolhas ruins que afetam o destino de nossas vidas.
 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Enquanto Joás seguiu os passos do sumo-sacerdote Joiada, fez o que era reto diante do Senhor. Eliminou o baalismo, renovou a Aliança e restaurou o culto a Yahweh, reparou o Templo etc. Todavia, depois da morte do homem de DEUS, Joás se deixou seduzir pelos príncipes do povo, e mergulhou na impiedade, injustiça e idolatria. O castigo divino foi implacável! Seu reino foi invadido pela Síria, seus próprios servos voltaram-se contra ele e o mataram. Converse com seus alunos sobre o perigo de não se ter um caráter firme e depender da boa ou má influência dos outros.
 

PONTO CENTRAL - Quando pecamos, nos afastamos de DEUS, tomamos decisões ruins e perdemos tudo o que conquistamos.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Um elemento importante para se conseguir e conservar a atenção é o envolvimento pessoal dos alunos. Qualquer tempo gasto sem que o aluno esteja profundamente envolvido na lição é tempo perdido. O que fazer para se obter esse interesse? Primeiro precisamos conhecer bem as necessidades básicas de cada aluno, e os problemas que aparecem em cada área da vida deles. O que os motiva? De que gostam? Nós professores não temos obrigação de criar a atenção, mas de captá-la, de tornar cativante até mesmo a situação mais desinteressante. Temos que fazer o aluno envolver-se na lição.
 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOP2
“A religião de Baal, introduzida por Atalia, havia ocasionado uma séria negligência em relação aos serviços e a adoração no Templo. A rainha, de fato, era a responsável por uma considerável destruição do ambiente sagrado e de seus objetos, e pelo confisco de ofertas destinadas a DEUS, que ela reverteu para a causa de Baal (2 Cr 24.7).
Joás confia aos sacerdotes a tarefa de reparar o Templo (12.4-8). Os recursos destinados aos sacerdotes e a manutenção do Templo normalmente provinham de três origens: (a) o dinheiro daquele que passa (4), isto é, o dinheiro da análise do censo (Êx 30.13); (b) o dinheiro de cada uma das pessoas, o dinheiro da alma ou da redenção (cf. Nm 18.15,16); e, (c) o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente, as ofertas espontâneas. Os sacerdotes deveriam utilizar esses recursos para reparar o Templo. O fato de terem deixado de fazer esses reparos quando Joás já tinha chegado aos vinte e três anos não indica necessariamente que houve uma apropriação indébita. Parece, antes, que os proventos esperados, através das fontes naturais, não eram tão elevados quanto ao necessário, e que os sacerdotes talvez não tivessem sido muito cuidadosos a respeito da apropriação do dinheiro para seu uso pessoal, como deveriam ser. ‘Conhecidos’ (5,7) significa ‘eleitores’ ou ‘apoiadores’” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.358,359).
 

CONHEÇA MAIS TOP2
“Sob a influência direta de Joiada, Joás foi um rei piedoso e humilde, muito aplicado às coisas pertencentes a DEUS. Cedo em sua vida olhou para o estado do templo de DEUS arruinado durante o ímpio reinado de Atalia e providenciou com todo o ardor de sua juventude piedosa os reparos que deveriam ser feitos na casa do Senhor. [...] O interesse que demonstrava nesse serviço, e o modo como o executou, demonstram o quanto ele se inclinava para DEUS sob a liderança de Joiada.” Para saber mais leia: Coleção Lições Bíblicas. Vol. 05. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 432.
 

SUBSÍDIO HISTÓRICO TOP3
“As razões da conspiração contra Joás não foram explicadas nos livros dos Reis. Podemos supor, com base em 2 Crônicas 24.15-22, que ele havia contrariado os interesses da religião quando se voltou para o culto a Baal depois da morte do sumo sacerdote. Ao ser condenado devido a esse ato por Zacarias, filho de Joiada, ordenou que este fosse apedrejado. A expressão casa de Milo (20) possivelmente seja uma referência a uma estrutura construída sobre uma plataforma de terra batida, provavelmente localizada na região noroeste da cidade de Davi. O local chamado Sila não pode ser identificado; talvez esta seja uma referência a um bairro da cidade” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.359).
 

PARA REFLETIR - A respeito de “O Reinado de Joás”, responda:
Por quanto tempo Joás ficou escondido? Por 6 anos.
Quem aconselhava Joás no início do seu reinado? O sacerdote Joiada.
O que a fidelidade ao Senhor produz? A fidelidade a DEUS enobrece a alma e traz respeito para quem a pratica.
Como se comportou Joás após a morte do sacerdote Joiada? Após a morte de Joiada, Joás não conseguiu manter-se inteiramente fiel ao Senhor, passou a adorar ídolos (2 Cr 24.18) e a confiar em suas próprias forças (2 Rs 12.17-18).
Qual foi a consequência da desobediência de Joás? Seu reino entrou em decadência e ele acabou assassinado por dois de seus servos.
 

SUGESTÃO DE LEITURA
Faces do Antigo Testamento
Viaje Através da Bíblia
Manual da Bíblia Aplicação Pessoal


CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 40.