20 agosto 2025

Escrita Lição 9, Betel, A Triunidade Divina – O PAI e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 9, Betel, A Triunidade Divina – O PAI e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (cpf) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Bíblica Dominical 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O AMOR DO PAI É VISTO NO FILHO

1.1. O Filho Unigênito de DEUS. Unigênito ou filho único. 

1.2. A vontade do Filho é a mesma do PAI. 

1.3. O Filho foi enviado para fazer as Obras do PAI. 

2- O FILHO REVELA O PAI

2.1. O Filho de DEUS na Criação

2.2. O Filho de DEUS é Divino 

2.3. O Filho de DEUS é eterno

3- PAI E FILHO SÃO IGUAIS

3.1. O Filho de DEUS é Onipotente 

3.2. O Filho de DEUS é Onipresente

3.3. O Filho de DEUS é Onisciente 

 

TEXTO ÁUREO

“E quem me vê a mim vê aquele que me enviou”, João 12.45

 

VERDADE APLICADA

JESUS CRISTO é a plena e definitiva revelação do PAI.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Compreender que, em JESUS, DEUS manifestou o Seu amor.
Ressaltar que o Filho e o PAI são um
Identificar no Filho os atributos do PAI.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA – Jo 5.19-20; 20; 22-23; 26-27

João 5
19 Mas JESUS respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por
si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao PAI, porque tudo quanto ele
faz, o Filho o faz igualmente.
20 Porque o PAI ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
22 E também o PAI a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
23 Para que todos honrem o Filho, como honram o PAI. Quem não honra o Filho, não honra o PAI que o enviou.
26 Porque, como o PAI tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Jo 1.18 JESUS CRISTO, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 JESUS é o Filho de DEUS.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o PAI são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 JESUS se declara o Filho de DEUS.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o PAI.
SÁBADO | Jo 5.30 O PAI enviou o Filho.


HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que creiam que JESUS está no PAI e o PAI está em JESUS.

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

REVISTAS ANTIGAS E LIVROS

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"DEUS é espírito" significa que DEUS não é uma entidade material, física ou limitada a um corpo como os seres humanos. A Bíblia, em João 4:24, afirma que DEUS é espírito, e que os seus adoradores devem adorá-lo em espírito (ESPÍRITO SANTO no crente salvo) e em verdade (Palavra, JESUS CRISTO como Salvador e Senhor). Isso implica que a adoração a DEUS deve vir do interior, do coração, e não apenas de práticas externas ou rituais. 

Elaborando:

·        ESPÍRITO:

A declaração "DEUS é espírito" não significa que Ele é uma energia impessoal ou uma força, mas sim que Ele não está limitado à matéria ou às dimensões físicas do mundo. 

·        Adoração em espírito e verdade:

A adoração a DEUS deve ser genuína, vinda do coração, da alma e do espírito do adorador , tudo unido ao ESPÍRITO SANTO, TENDO JESUS COMO ÚNICO Salvador e Senhor, e não apenas de atos externos. 

·        Invisibilidade de DEUS:

A natureza espiritual de DEUS implica que Ele é invisível aos olhos humanos, como diz 1 João 4:12. Quando deseja ser visto materialmente para ser melhor compreendido,  vem em forma humana, o que chamamos Teofania.

·        JESUS como revelação:

JESUS CRISTO, sendo a encarnação de DEUS, tornou visível o que era invisível, revelando o PAI à humanidade. Foi, enquanto ser humano, canal do PAI para realizar o plano de salvação, ou redenção.

 

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Escrita, Lição 6, CPAD, O Filho É Igual Com O PAI, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 

https://youtu.be/M94tPadu5Vg?si=-Fc6wMWY_HSAvs0O Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/escrita-licao-6-o-filho-e-igual-com-o.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/slides-licao-6-cpad-o-filho-e-igual-com.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-cpad-o-filho-e-igual-com-o-pai-1tr25-pptx/275101354  

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI

1. Ideia de filho

2. Significado teológico

3. O Filho é DEUS

II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO

1. Orígenes

2. No período pré-niceno

3. Métodos usados pelos subordinacionistas

III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE

1. No contexto islâmico

2. O movimento das Testemunhas de Jeová

 

TEXTO ÁUREO

“Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)

 

VERDADE PRÁTICA

O termo teológico “Filho de DEUS” é título, sendo assim, a existência de JESUS é desde a eternidade junto ao PAI.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 8.4 O termo "filho" na Bíblia indica, muitas vezes, "a mesma espécie"

Terça - Am 7.14 A expressão bíblica "os filhos dos profetas" equivale a expressão "os profetas"

Quarta - Mt 23.30, 31 A palavra "filho" indica também "a mesma índole"

Quinta - Jo 5.18 JESUS falava da sua divindade quando se disse Filho de DEUS

Sexta - Jo 16.28 JESUS como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e natureza do PAI

Sábado - 1 Jo 4.15 Quem confessa que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS está nele

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  João 10.30-38

30 - Eu e o PAI somos um.

31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.

32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu PAI; por qual dessas obras me apedrejais?

33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo.

34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?

35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),

36 - àquele a quem o PAI santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?

37 - Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis.

38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o PAI está em mim, e eu, nele.

 

HINOS SUGERIDOS:  : 154, 277, 400 da Harpa Cristã

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 6, CPAD, 1TR25

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Escrita, Lição 4, DEUS É Triúno, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

https://youtu.be/rL5UnpVtFhQ?si=CXMLA8ItKMCDS73u Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/escrita-licao-4-cpad-deus-e-triuno.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/01/slides-licao-4-cpad-deus-e-triuno-1tr25.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-4-cpad-deus-e-triuno-1tr25-pr-hernqiue-pptx/274844410

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 4, CPAD, 1TR25

I – COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão

2. Evidência no Antigo Testamento

3. Revelada no Novo Testamento

II – AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

1. O Unicismo

2. A verdade bíblica

III – UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE

1. O problema

2. Uma reflexão bíblica

3. A posição oficial

 

TEXTO ÁUREO

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.” (Mt 28.19)

 

VERDADE PRÁTICA

Desde a eternidade DEUS é PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO e essa verdade está em toda a Bíblia.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1 Os primeiros vislumbres da Trindade

Terça - Is 63.8-10 Javé, o Anjo de sua face e o ESPÍRITO de sua santidade são distinguíveis como três pessoas

Quarta - 1 Co 12.4-6 O DEUS Triúno presente na distribuição dos dons espirituais

Quinta - 2 Co 13.13 A Santíssima Trindade presente na bênção apostólica

Sexta - Ef 4.4-6 Três pessoas: PAI é PAI, Filho é Filho e ESPÍRITO SANTO é ESPÍRITO SANTO

Sábado - 1 Pe 1.2 A Trindade atua na obra da salvação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 3.15-17; 28.19,20

Mateus 3

15 - JESUS, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.

16 - E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele.

17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Mateus 28

19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;

20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

 

HINOS SUGERIDOS: 185, 307, 553 da Harpa Cristã

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 4, CPAD, 1TR25

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A Santíssima Trindade: um só DEUS em três Pessoas

 

 

TEXTO ÁUREO
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO." (Mt 28.19)

 


VERDADE PRÁTICA
Cremos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO iguais em substância, glória, poder e majestade.
 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1 O nome hebraico Elohim, "DEUS", é plural, e isso vislumbra a Trindade
Terça - Gn 1.26 A doutrina da Trindade está implícita no Antigo Testamento desde o princípio
Quarta - Fp 2.11 A Bíblia ensina que o PAI é DEUS
Quinta - Jo 1.1 As Escrituras afirmam que o Filho é DEUS
Sexta - At 5.3,4 A Palavra de DEUS mostra a deidade do ESPÍRITO SANTO
Sábado - Dt 6.4 O nome "DEUS" ou "SENHOR" se aplica ao DEUS Trino e Uno


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13
1 Co 12.4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.
5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.
2 Co 13.13 - A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos. Amém!
 

OBJETIVO GERAL

Saber que cremos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Explicar as construções bíblicas trinitárias;

Mostrar que DEUS é trino e único;

Conhecer algumas crenças inadequadas a respeito da Trindade;

Apresentar algumas respostas às objeções acerca da Trindade.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito de uma das mais importantes e cruciais doutrinas do pensamento cristão, a Trindade. Não cremos na existência de três deuses, mas em um só que subsistente em três pessoas distintas, eternas e que criaram todas as coisas. É importante que você procure, no decorrer da lição, enfatizar que embora não conste na Bíblia a palavra Trindade, vamos encontrar tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, evidências desta relevante doutrina. Veremos na lição como o conceito de Trindade foi formulado. Segundo Stanley Horton, "historicamente, a Igreja formulou a doutrina da Trindade em razão do grande debate a respeito do relacionamento entre JESUS de Nazaré e o PAI".
Que o DEUS Trino e Uno abençoe sua aula e seus alunos de modo que eles possam compreender e confessar ao mundo a fé em um só DEUS, existente em si mesmo como PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO.

 

PONTO CENTRAL - Cremos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas.
 

 

Resumo da Lição 3, A Santíssima Trindade: um só DEUS em três Pessoas

I - CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITÁRIAS
1. A unidade na Trindade (1 Co 12.4-6).

2. A bênção apostólica (2 Co 13.13).

3. O DEUS trino e uno revelado (Ef 4.4-6).

II - O DEUS TRINO E UNO

1. Uma questão crucial.

2. A Trindade.

III - AS CRENÇAS INADEQUADAS

1. Os monarquianistas dinâmicos.

2. Os monarquianistas modalistas.

3. O arianismo.

IV - RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE

1. Esclarecimento.

2. A definição de Tertuliano.

3. Formulação definitiva da Trindade.

 

  

PARA REFLETIR - A respeito da Santíssima Trindade: Um só DEUS em três pessoas, responda:
Qual a passagem bíblica mais contundente em favor da Trindade? Mateus 28.19.
O que significa ser "unicista"? Significa crer na doutrina unicista que nega a doutrina da Trindade.
O que é arianismo? É a doutrina formulada por Ário e o movimento que ele fundou em Alexandria, Egito. Ário ensinava que o Senhor JESUS não era da mesma substância do PAI.
Quem criou o termo Trindade no mundo Ocidental? Tertuliano.
Quando e onde a formulação trinitária se definiu? A formulação trinitária só aconteceu no Concílio de Constantinopla em 381.
 

 

Cremos (Confissão de Fé) - POR FAVOR, LEIA PARA A IGREJA

1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);

2. Em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);

3. No Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);

4. No ESPÍRITO SANTO, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o PAI e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de DEUS e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de JESUS CRISTO podem restaurá-lo a DEUS (Rm 3.23; At 3.19);

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO e pelo poder atuante do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);

7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por JESUS CRISTO em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);

8. Na Igreja, que é o corpo de CRISTO, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo ESPÍRITO SANTO para seguir a CRISTO e adorar a DEUS (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Senhor JESUS CRISTO (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do ESPÍRITO SANTO, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de JESUS CRISTO (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);

11. No batismo no ESPÍRITO SANTO, conforme as Escrituras, que nos é dado por JESUS CRISTO, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo ESPÍRITO SANTO à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);

13. Na segunda vinda de CRISTO, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);

14. No comparecimento ante o Tribunal de CRISTO de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de CRISTO na Terra (2 Co 5.10);

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4).

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por DEUS e ratificado por nosso Senhor JESUS CRISTO como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

 

 

Resumo rápido do Pr. Henrique - A Santíssima Trindade: um só DEUS em três Pessoas

 

 

INTRODUÇÃO

Para estudarmos DEUS usamos a trindade, pois está bem clara esta doutrina na Bíblia. Porém DEUS é um só. O homem é 3 em 1, espírito (letra minúscula), alma e corpo. O Pastor estuda seu espírito, o psiquiatra estuda sua alma e o médico em anatomia estuda seu corpo. Assim, para estudarmos DEUS precisamos estudar o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Se para estudarmos o ser humano o dividimos em 3 partes, para estudarmos DEUS consideramos suas 3 pessoas, Mas de maneira nenhuma separamos o ser humano para estudá-lo, pois ele morreria se separássemos uma de suas partes. Assim também DEUS existe em 3 pessoas inseparáveis. O ser humano estudado é um ser só - existindo em uma tricotomia (espirito, alma e corpo - 1 Ts 5.23) - DEUS é um DEUS só coexistindo em uma Trindade (PAI, o FILHO e ESPÍRITO SANTO - Mt 28.19).

Quando o homem aceita a JESUS como Salvador e Senhor recebe o ESPÍRITO SANTO em seu interior, ai passa a ser nova criatura, com seu espírito recriado, ligado a DEUS. Continua sendo uma tricotomia, pois não tem domínio sobre o ESPÍRITO SANTO que é uma pessoa que fala, se alegra, se entristece, sente, decide, age por conta própria. Este homem passa a ser então Templo do ESPÍRITO SANTO - morada de DEUS na Terra. Se der espaço, se der liberdade ao ESPÍRITOI SANTO, este o levará à comunhão com DEUS e a ser instrumento de DEUS na Terra para grandes obras de salvação e milagres.

 

DEUS deixou a trindade subentendida dentro de nós pela tricotomia.

nós somos espírito, possuímos uma lama e moramos em um corpo. Eu sou uma pessoa com 3 partes distintas, mas que não podem sobreviver separadas uma da outra. o problema da tricotomia é que o espírito pode desejar uma coisa diferente do que a alma deseja e do que o corpo deseja.

Exemplo: pela manhã, no Domingo, o espírito pode desejar ir para a EBD aprender a Palavra de DEUS, a alma pode desejar assistir TV e o corpo desejar dormir mais. O poder de decisão está na alma, por isso mesmo "a alma que pecar, esta morrerá" (estará afastada de DEUS).

na Trindade não existe diferença de desejo entre as 3 pessoas. O PAI pensa e deseja do jeito do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Os três são um, como diz a Palavra de DEUS e concordam num, como diz a mesma  Palavra.

1 João 5.6-9 - PAI, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO - Trindade

1 João 5.6-9 - Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, JESUS CRISTO; não só por água, mas por água e por sangue. E o ESPÍRITO é o que testifica, porque o ESPÍRITO é a verdade. Porque três são os que testificam no céu: o PAI, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o ESPÍRITO, e a água e o sangue; e estes três concordam num.
Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de DEUS é maior; porque o testemunho de DEUS é este, que de seu Filho testificou.
JESUS entrou na Terra através de um nascimento físico - parto tem água e sangue -

Água e sangue têm sido interpretados pelo menos de quatro formas: (1) como o batismo e a morte de JESUS; (2) como Sua encarnação; (3) como a água e o sangue que fluíram de Seu flanco na cruz; e (4) como o batismo do cristão e a ceia do Senhor. Mas o correto é a entrada no mundo em seu nascimento físico - parto - filho de uma mulher (Jo 10 - .Entrou pela porta no curral).

este é o testemunho de que ELE nasceu aqui na terra como homem. Quando morreu saiu de seu lado água e sangue, este é o testemunho de morreu realmente aqui na Terra. O ESPÍRITO SANTO dá testemunho porque esteve o tempo todo com JESUS aqui na Terra.

No céu A trindade dá Testemunho colocando JESUS como a Palavra viva e mostra lá presente dando testemunho da trindade também o PAI e o ESPÍRITO SANTO.

Na terra a Trindade dá Testemunho no batismo nas águas de JESUS.

 

HOMEM =  CORPO - ALMA - ESPÍRITO

Morada - decisão - comunhão

Casa - livre arbítrio - reino espiritual

Corpo - σωμα soma - o corpo de seres humanos - corpo sem vida ou cadáver  - aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si. Entrada ou não para o pecado pelos 5 sentidos. Seus desejos mais ardentes são: comida, bebida, sexo e dormir. Deve ser dominado para que não vá ao extremo em uma dessas coisas. O jejum é importante.

Alma - ψυχη psuche - lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma etc.) A alma considerada como um ser moral designado para vida eterna - distinta de outras partes do corpo. Conhecimento do reino material. deve ser dominada pela Leitura a e meditação na Bíblia para que não tome decisões contrária à Palavra de DEUS.

ESPÍRITO - πνευμα pneuma - a palavra Pneuma aqui se refere a um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação, conhecimento do reino espiritual. deve ser dominado pela oração para que não se enlace com o outro lado espiritual que é o de Satanás e suas artimanhas.

DEUS - TRINDADE - UM DEUS só - 3 pessoas

DEUS PAI - planejou nossa salvação.

DEUS Filho JESUS - executou o plano de DEUS PAI - É o Verbo - A ação. ELE morreu por nós na cruz.

DEUS ESPÍRITO SANTO - Dá poder para realização do Plano de DEUS PAI e execução de DEUS Filho, JESUS e revela isto à humanidade.

 

Não havia nenhuma necessidade de se ter confeccionado um livro de doutrinas bíblicas ou de confissão de fé ou de um cremos, pois tudo isso está na Bíblia, nossa única regra de fé e prática. A Assembleia de DEUS cresceu e se tornou a maior igreja do Brasil sem precisar de uma declaração de Fé, pois a Bíblia sempre esteve entre nós como o livro dos livros e sempre foi suficiente para nos guiar a toda verdade. Porém isso veio em boa hora para que tivéssemos sintetizadas em um livro nossas principais regras de fé e prática e pudéssemos comparar isso com algumas denominações que se infiltram muitas vezes em nossos cursos de teologia, como é o caso dos seguidores do Calvinismo.

Muitos professores de teologia em faculdades teológicas das Assembleias de DEUS no Brasil são calvinistas e até alguns de nossos alunos se tornaram calvinistas ou pelo menos se simpatizam com o calvinismo. Mal sabem eles que estão ofendendo e entristecendo o ESPÍRITO SANTO com tal atitude, pois o calvinismo é contrário ao batismo no ESPÍRITO SANTO com evidência do falar em línguas, na atualidade, bem como contrário às manifestações dos dons espirituais na atualidade. Além do mais, são adeptos da graça irrestível e da predestinação incondicional, doutrinas antibiblicas e contrárias às nossa crenças.

 

As três religiões monogâmicas e a Trindade
Cristianismo - A maioria dos crentes não entende direito a trindade. Dentre os chamados cristãos, a maioria é idólatra e adora pessoas ao invés de adorarem a DEUS. Maria é a principal fonte de adoração no catolicismo romano, por exemplo que se diz cristão.
Judaísmo - Os judeus nos consideram idólatras não só por causa de JESUS que para eles não é DEUS, mas também dizem que a doutrina da Trindade ensina adorar a 3 deuses. Não há salvação no judaísmo pois não aceitam a JESUS como Salvador e Senhor. Não adianta dizer para eles as passagens no At sobre a pluralidade do nome de DEUS, pois para eles nem JESUS veio ainda e quando falamos sobre trindade é como se estivéssemos falando sobre 3 deuses.
Islamismo - Apesar de terem seu deus falso Alá, nos consideram idólatras tanto por adorar a JESUS que não é DEUS para eles, como por adotar a doutrina da trindade que para eles é adorar a 3 deuses. Por isso entram em países e matam seus habitantes e obrigam outros a se tornarem muçulmanos. Para eles, estão cumprindo as ordens de Alá e o que determinou o alcorão. Até a maneira de matar os cristãos está identificada no Alcorão: Pela crucificação ou pela degola. Acreditam que vão para o paraíso quando assim procederem e lá terão 7 virgens e muita orgia.
TÁTICA DE EVANGELISMO ISLÂMICO - Adotam a tática de terem muitos filhos em países com baixa natalidade, como é o Brasil na atualidade. Podem ter 4 esposas e procuram ter pelo menos 4 filhos com cada uma delas. Assim, em poucos anos são maioria populacional neste país e vão dominar a sociedade, muitas vezes pela violência. 

 

 

Os três principais apóstolos do Novo Testamento (Pedro - João e Paulo) já adotavam o ensino da Trindade nos primórdios da Igreja -

1 Pedro 1:1,2 - Pedro, apóstolo de JESUS CRISTO, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; Eleitos segundo a presciência de DEUS PAI, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: Graça e paz vos sejam multiplicadas.

João 14:23 - JESUS respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu PAI o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. - Plural

PAI, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO - Trindade

1 João 5.6-9 - Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, JESUS CRISTO; não só por água, mas por água e por sangue. E o ESPÍRITO é o que testifica, porque o ESPÍRITO é a verdade. Porque três são os que testificam no céu: o PAI, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o ESPÍRITO, e a água e o sangue; e estes três concordam num.
2 Coríntios 13:14  A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com todos vós. Amém
 

OS CONCÍLIOS DE NICEIA E DE CONSTANTINOPLA ERAM DA LEGÍTIMA IGREJA?

O ÚNICO CONCÍLIO QUE PODEMOS AFIRMAR VERDADEIRAMENTE QUE FOI REALIZADO PELA IGREJA LEGITIMA DE JESUS CRISTO E COM AUTORIZAÇÃO DESTE FOI O DE ATOS DOS APÓSTOLOS CAPÍTULO 15.

Precisamos entender que os concílios de Niceia e o de Constantinopla eram para líderes religiosos da época que se diziam representantes das Igreja de CRISTO na Terra. esses líderes já estavam quase que em sua totalidade corrompidos pelo poder político e pelo poder religioso e idólatra, como a igreja católica apostólica romana.

Os crentes verdadeiros e salvos desta época não tinham problemas para aceitar a trindade e a deidade de JESUS e do ESPÍRITO SANTO, pois já estava contida nos ensinos apostólicos e constava nas bíblias. No concílio havia um monte de católicos e políticos sem compromisso com DEUS e com a liderança de imperadores idólatras e corruptos que usaram a religião para atrair todos a si mesmos e não a DEUS.

 

TRINDADE - TRÊS EXTREMOS

1- TRITEISTAS - Para eles existem três deuses. O que é Triteísmo? O bispo Marcelo de Ancira, pai desta doutrina considerada herética, numa tentativa de defender o Monoteísmo, afirmava que havia em DEUS três pessoas e três naturezas distintas, e duas forças, que saiam de DEUS e a Ele retornavam. É uma perversão da doutrina cristã da trindade (cristianismo) que pode ser vista como uma espécie de politeísmo. Essa doutrina visa DEUS como três deuses iguais e distintos.O Triteísmo, como o Modalismo, nega a morte de CRISTO, porque é dito que os três Seres divinos são exatamente iguais e nenhum deles poderia morrer ou poderia separar-se um do outro.

 

2- UNICISTAS - Para eles só JESUS existe (conjunto Voz da Verdade por exemplo - http://www.cacp.org.br/igreja-voz-da-verdade-uma-seita-unicista/ )

 Aqui eles dizem haver só JESUS, se apresentando como PAI às vezes e às vezes como ESPÍRITO SANTO.

 

- UNITARISMO  - Aqui podem assumir a posição de só DEUS PAI sendo DEUS. JESUS para eles não é DEUS e nem o ESPÍRITO SANTO é DEUS.

 

SABELIANISMO - unicista - Só DEUS (Para eles não há uma segunda pessoa chamada Filho, nem uma terceira chamada o ESPÍRITO SANTO) - Ramificação moderna desta doutrina tem adotado apenas JESUS como DEUS, se tronando unicistas, colocando JESUS em manifestações como PAI ou como Espirito. É como se JESUS colocasse uma máscara de PAI e se manifestasse assim. Também é como se colocasse uma máscara de ESPÍRITO SANTO e se manifestasse assim, Porém é só JESUS para eles.

 

Principais grupos unicistas modernos
-Igreja Evangélica Voz da Verdade (IEVV); -Igreja Só JESUS; -Igreja Local (Witness Lee) -Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes; -Tabernáculo da Fé. -A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
- Ministério Internacional Creciendo en Gracia -Igreja CRISTO Vive (do apostolo Miguel Ângelo) - Pentecostal Novo Nascimento em CRISTO e outras…

 

OS ESPÍRITAS CARDECISTAS COMBATEM A DOUTRINA DA TRINDADE (LIVRO CRISTIANISMO E ESPIRITISMO - PAG 73).

 

OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ COMBATEM A DOUTRINA DA TRINDADE COM MAIS VEEMÊNCIA - DIZEM QUE SATANÁS DEU ORIGEM A DOUTRINA DA TRINDADE. REVISTA SENTINELA - ENSINAM QUE MIGUEL E JESUS SÃO A MESMA PESSOA E QUE O ESPÍRITO SANTO É APENAS UMA FORÇA ATIVA.

 

3- ARIANISMO - doutrina de Ário, padre cristão de Alexandria (Egito), que afirmava ser CRISTO a essência intermediária entre a divindade e a humanidade, negava-lhe o caráter divino e ainda desacreditava a Santíssima Trindade. Ário foi expuklso da igreja junto com seus seguidores no concílio de Constantinopla. A doutrina de JESUS sendo DEUS e a doutrina da trindade prevaleceram. posteriormente a doutrina do ESPÍRITO SANTO sendo DEUS seria adotada também.

 

AS TRÊS PESSOAS RECEBEM OS MESMOS ATRIBUTOS DIVINOS:
* Eternidade: PAI (Sl 90.12); Filho (Ap 1.8,17; Jo 1.2; Mq 5.2); ESPÍRITO SANTO (Hb 9.14).
* Poder infinito: PAI (1Pe 1.5); Filho (2Co 12.9); ESPÍRITO SANTO (Rm 15.19).
* Onisciência: PAI (Jr 17.10); Filho (Ap 2.23); ESPÍRITO SANTO (1Co 2.11).
* Onipresença: PAI (Jr 23.24); Filho (Mt 18.20); ESPÍRITO SANTO (Sl 139.7).
* Santidade: PAI (Ap 15.4); Filho (At 3.14); o ESPÍRITO é chamado de ESPÍRITO SANTO, foi por isso que os anjos clamaram: “SANTO, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3).
* Verdade: PAI (Jo 7.28); Filho (Ap 3.17); ESPÍRITO SANTO (1Jo 5.6).
* Benevolentes: PAI (Rm 2.4); Filho (Ef 5.25); ESPÍRITO SANTO (Ne 9.20).
* Comunhão: PAI (1Jo 1.3); Filho (idem); ESPÍRITO SANTO (2Co 13.14).

 

POR QUE A TRINDADE É DE UMA MESMA SUBSTÂNCIA?

 - Hb.. 1:3, é dito que JESUS é a ”representação” exata da substância de DEUS ou natureza: hypostaseos de tes de charakter).

O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;

Hebreus 1:3  απαυγασμα apaugasma - - brilho refletido - de CRISTO que reflete perfeitamente a majestade de DEUS - fulgor

χαρακτηρ charakter - instrumento usado para esculpir ou gravar - marca estampada sobre aquele instrumento ou trabalhado sobre ele - marca ou figura cauterizada (Lev 13:28) ou selada sobre, impressão - expressão exata (imagem) de alguém ou algo, semelhança marcada, reprodução precisa em todos os aspectos

Expressa imagem da sua pessoa - υποστασις hupostasis - Dicionário Strong
1) ato de colocar ou estabelecer sob 
1a) algo colococado sob, base, fundação
2) aquilo que tem um fundamento, é firme 
2a) aquilo que tem existência atual 
2a1) substância, ser real 
2b) qualidade substancial, natureza, de um pessoa ou coisa 
2c) a estabilidade de mente, firmeza, coragem, resolução 
2c1) confidência, forte confiança, segurança

 

I - CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITÁRIAS
1. A unidade na Trindade (1 Co 12.4-6).

A unidade de DEUS não contradiz a doutrina da Trindade porque DEUS não é uma unidade absoluta, e sim uma unidade composta e dinâmica. Seu relacionamento com o Filho e o ESPÍRITO SANTO é desde a eternidade.7 O nome Elohim, plural de Eloah, “DEUS” em hebraico, revela os primeiros vislumbres da Trindade no Antigo Testamento. É o nome que aparece na declaração: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim, “DEUS”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “Então, disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua” (Gn 11.7). Essa pluralidade na unidade é vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6.8). Mas o Novo Testamento tornou explícito o que antes estava implícito no Antigo Testamento, mostrando clara e diretamente as três pessoas associadas em unidade e igualdade, como a fórmula batismal em Mateus 28.19 e em outras passagens: “Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (1 Co 12.4- 6); e na bênção apostólica: “A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13). Essa unidade de natureza reaparece mais

adiante: “Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.4-6); e na obra da redenção: “Eleitos segundo a presciência de DEUS PAI, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1.2). Assim, o que estava implícito no Antigo Testamento é revelado explicitamente no Novo Testamento e fica confirmado que a pluralidade na divindade é tríplice, como JESUS deixou claro ao ordenar o batismo “em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19).

 

PASSAGENS BÍBLICAS QUE COMPROVAM A DOUTRINA DA TRINDADE

No Antigo Testamento

Vemos no Shemá a trindade.
Deuteronômio 6.4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso DEUS [ é ] o único SENHOR. Em Gênesis 2.24 aparece a mesma palavra para unidade composta (Gênesis 2.24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne - Ambos é uma unidade composta).

A palavra hebraica aqui empregada para Um - "echad" significa uma unidade composta e, portanto, não excluí o conceito cristão de uma Trindade de Pessoas dentro daquela unicidade. A palavra hebraica que expressa unidade absoluta é "yachid".

 

Gênesis 1.26 E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. 27 E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.

עשה Ìasah -  fazer, manufaturar, realizar, fabricar - está no Plural.

 

Gênesis 3.22 Então, disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente,

Um de nós - indicando a pluralidade de DEUS.

 

Gênesis 11.7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Plural.

Isaías 6. 3 - E clamavam uns para os outros, dizendo: SANTO, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.

Compare com João 12.41 Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e dele falou.

Isaías 6.8a Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Plural.

 

Isaías 48.16 Chegai-vos a mim e ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e, agora, o Senhor JEOVÁ me enviou o seu ESPÍRITO.

João 1:1-3 - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS.
Ele estava no princípio com DEUS.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

 

PASSAGENS BÍBLICAS QUE COMPROVAM A DOUTRINA DA TRINDADE

No Novo Testamento

EU SOU

João 8.58 - Disse-lhes JESUS: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.

Êxodo 3.14 - E disse DEUS a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.

 

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o PAI, JESUS CRISTO, o Justo.

O Paráclito no evangelho é o ESPÍRITO SANTO, “o Consolador”, ao passo que na epístola esse título, que não se encontra em nenhum outro lugar no Novo Testamento, é aplicado a JESUS CRISTO o justo, que é o nosso Advogado no céu, não na terra. Mas estes conceitos não se contradizem, nem se excluem um ao outro. Por que se deveria julgar impossível que a Segunda e a Terceira Pessoas da Trindade exercem um ministério de socorro e de advocacia, o ESPÍRITO na terra e o filho no céu? Além disso, se JESUS chamou o ESPÍRITO de “outro Paráclito” (14:16), quem é o primeiro?

 

João 10:30 - Eu e o PAI somos um. - Somos - Plural. E unidade.

 Mateus 28:19 - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;

 Lucas 3.22 - E o ESPÍRITO SANTO desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.
Mateus 3:16,17 - E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
João 14.26 - Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o PAI enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16:13,14 - Mas, quando vier aquele ESPÍRITO de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.

 2 Coríntios 13:14  A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com todos vós. Amém
1 Pedro 1:1,2 - Pedro, apóstolo de JESUS CRISTO, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; Eleitos segundo a presciência de DEUS PAI, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: Graça e paz vos sejam multiplicadas.

 João 14:23 - JESUS respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu PAI o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. - Plural

 João 15.26 Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do PAI vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO de verdade, que procede do PAI, ele testificará de mim.

 1 Coríntios 12.4 Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.

 Efésios 4.1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

 

Muitas pessoas não conseguem enxergar na Bíblia a doutrina da trindade. Incrível que não percebam uma doutrina tão clara que foi ensinada tanto por JESIUS quanto pelos apóstolos e também é vista no Antigo Testamento. O apóstolo Paulo ensina a Trindade até mesmo na despedida de suas cartas. O mesmo apóstolo ensina sobre a Trindade de DEUS em uma mesma essência e substância, em diversidade de manifestações de cada Pessoa distinta. E declara que o ESPÍRITO é o mesmo, o Senhor é o mesmo e o DEUS PAI é o mesmo. É a unidade na diversidade.

 

2. A bênção apostólica (2 Co 13.13).

Era tão natural citar a Trindade na igreja que Paulo a usava até mesmo na despedida dos irmãos ao final dos cultos. Não creio que no princípio da igreja havia divergências quanto à existência da trindade de DEUS, mas com o passar dos anos e o comprometimento de muitos cristãos com o império romano e a idolatria houve o crescimento de seitas e heresias e dai então a Trindade começou a ser confundida no meio da chamada igreja, mas não no meio dos verdadeiros e fiéis crentes.

A fonte da graça do Senhor JESUS é o amor de DEUS no ESPÍRITO SANTO. É uma saudação trinitária.

Esta carta maravilhosamente humana termina com a mais sublime de todas as doxologias. A epístola começa (cons. 1:2) e termina com uma afirmação da divindade de CRISTO que é remanescente de Mt. 28:19. Os genitivos nesta doxologia são provavelmente subjetivos – a graça que vem do Senhor JESUS CRISTO; o amor que DEUS concede; a comunhão que o ESPÍRITO SANTO engendra. (Moody).

A bênção final em 2 Coríntios 13:13 é uma das prediletas das igrejas. Enfatiza a Trindade (ver Mt 28:19) e as bênçãos que podemos receber pelo fato de pertencermos a DEUS. A graça do Senhor JESUS CRISTO nos traz à memória sua morte em nossos lugar (Is 53). O amor de DEUS nos leva ao Calvário, onde DEUS deu seu Filho como sacrifício por nossos pecados (Jo 3:16). A comunhão do ESPÍRITO SANTO nos lembra Pentecostes, quando o ESPÍRITO de DEUS veio e formou a Igreja (At 2).

Os cristãos de Corinto, naquela época, e todos os cristãos hoje precisam encarecidamente das bênçãos da graça, do amor e da comunhão. Os judaizantes daquela época, assim como as seitas de hoje, enfatizavam a Lei em vez da graça, a exclusividade em vez do amor e a independência em vez da comunhão.

Devemos pedir a DEUS que nos transforme em cristãos desse tipo. Sejamos encorajados e encorajemos a outros! (Comentários Bíblicos TT W. W. Wiersbe)

A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO estejam com todos vós. ( 13:14 )

Para pronunciar uma bênção é invocar solenemente uma bênção, e Paulo freqüentemente o fizeram em suas epístolas (por exemplo, um Rom:. 7 ; 16:20 ; 1 Cor 1: 3. ; 16:23 ; Gálatas 1: 3-4. ; 6:18 ; Efésios 1: 2. ; 6: 23-24 ; Fl 1. 2 ; 4:23 ; Col. 1: 2 ; . 1 Tessalonicenses 1: 1 ; 5:28 ; 2 Tessalonicenses 1: 2. ; 03:18 ; . Filemon 3 ). Nenhuma bênção no Novo Testamento, no entanto, é teologicamente rica e profunda como esta. É o único que menciona as três pessoas da Santíssima Trindade. Duas características importantes deste magnífico chamada bênção para um exame mais detalhado.

Primeiro, como mencionado acima, é uma bênção trinitária, refletindo uma verdade que é central para a fé cristã. Paulo não dá aqui uma exposição formal, sistemático da doutrina da Trindade; esta declaração trinitária apenas fluiu de forma natural e desinibida dele, como todas as bênçãos na vida cristã brota do DEUS trino.

Obviamente, a doutrina da Trindade é essencial para a fé cristã. Aqueles que negam que cometer idolatria, adorando um deus falso inexistente, e, assim, perde a possibilidade de salvação. Enquanto ele não contém uma declaração teológica formal, precisa da doutrina da Trindade, em um comunicado, a Escritura, no entanto, clara e inequivocamente ensina que o único e verdadeiro DEUS existe eternamente em três pessoas co-iguais e co-eternas. A prova bíblica para a doutrina da Trindade pode ser resumido em um silogismo simples: A Bíblia ensina que há um só DEUS. No entanto, ele chama três pessoas DEUS.Portanto, as três pessoas são o único DEUS.

Que há um só DEUS é o ensino inegável das Escrituras. DEUS mesmo declarou em Deuteronômio 32:39 , "Vede agora que eu, eu o sou, e não há outro deus além de mim." "Você é o único DEUS", exclamou Davi ( Sl. 86:10 ). Por meio do profeta Isaías, DEUS deixou claro que não existe agora, nunca foi, e nunca será qualquer outro deus: "Tu és meu testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi, para que você pode saber e crer em Mim e entender que eu sou aquele. Antes de mim não foi formado nenhum DEUS, e não haverá ninguém depois de mim "( Is. 43:10 ). Para a igreja de Corinto, rodeada por idolatria pagã, Paulo escreveu: "Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que não existe tal coisa como um ídolo no mundo, e que não há senão um só DEUS" ( 1 Cor . 8: 4 ). (Veja também Deut 04:35. , 39 ; 6: 4 ; . 1 Sam 2: 2 ; 2 Sm 07:22. ; 22:32 ; 1 Reis 08:23 , 60 ; 2 Reis 19:15 , 19 ; 2 Chron 06:14. ; Ne 9: 6. ; . Ps 18:31 ; Isa 37:16. , 20 ; 44: 6 , 8 ; 45: 5-6 , 21 ; 46: 9 ; Joel 2:27 ).

A Bíblia chama DEUS PAI em passagens como 1 Coríntios 15:24 ; Gálatas 1: 1 , 3 ; Efésios 6:23 ; Filipenses 1: 2 ; e Judas 1 , como poucos discutam.

Mas, apesar dos ensinamentos de vários cultos demoníacos em contrário, o Filho também é chamado de DEUS. João abriu seu evangelho com uma poderosa afirmação da divindade de CRISTO: "No princípio era o Verbo [JESUS CRISTO; v. 14 ], e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS "( João 1: 1 ). O ex-Tomé cético ( João 20:25 ) gritou quando viu o CRISTO ressuscitado, ("Meu Senhor e meu DEUS!" 28 v.). Romanos 9: 5 descreve JESUS como "DEUS bendito eternamente", enquanto Tito 2: 13 e 2 Pedro 1: 1 se referem a Ele como DEUS, o PAI chama o DEUS Filho em "nosso DEUS e Salvador." Hebreus 1: 8 , dizendo-lhe: "O teu trono, ó DEUS, é para todo o sempre, e os justos cetro é o cetro do seu reino. "

O ESPÍRITO SANTO também é chamado de DEUS. Em Atos 5: 3 Pedro perguntou Ananias ", por que encheu Satanás o teu coração a mentir para o ESPÍRITO SANTO?" Mas no versículo seguinte, ele lhe disse: "Você não mentiu aos homens, mas a DEUS." II Coríntios 3:18 se refere ao ESPÍRITO SANTO como "o Senhor, o ESPÍRITO".

Assim, a Escritura ensina claramente a profunda realidade, incompreensível de DEUS uno e trino (cf. 48:16 Isa. ; Mt 28:19. ; Lucas 3: 21-22 ; 1 Cor 12: 4-6. ).

Mas essa bênção não é trinitário só mas também redentora. É na salvação que a Trindade é mais evidente. O amor de DEUS , o PAI fez com que Ele planeja redenção e escolher aqueles que seriam salvos (João 3:16 ; Rm 5: 8-10. ). Foi através da graça do Senhor JESUS CRISTO ao morrer como um sacrifício pelos pecados que a salvação foi efetuada para os remidos ( Rm 5: 6. ; 1 Cor. 15: 3 ; 1 Pedro 3:18 ; 1 João 2: 2 ) . Como resultado da salvação, os crentes são levados a comunhão do ESPÍRITO SANTO, como Ele os habita ( Rm 8: 9. , 11 ; 1 Cor 6:19. ; Gl 4: 6. ) e coloca-los no corpo de CRISTO ( 1 Cor. 12:13 ).

A bênção de Paulo forma uma conclusão adequada para esta epístola, que apesar de toda a sua severa repreensão da loucura e do pecado do Corinthians termina com uma nota de bênção. Era desejo do apóstolo que a igreja de Corinto se colocasse em uma posição de experimentar todas as bênçãos que a salvação traz. Foi com esse objetivo em mente que ele defendeu sua comissão e sua mensagem, e que ele repreendeu, incentivado, e orou por eles. Não pode haver maior objetivo de qualquer pastor fiel do que o seu povo se conhecer as riquezas completas que DEUS lhes concede através da redenção. (Comentário Bíblico - John Macarthur)

 

3. O DEUS trino e uno revelado (Ef 4.4-6).

Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só DEUS e PAI de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. (4: 4-6)

Tudo o que diz respeito à salvação, a igreja, e o reino de DEUS está baseado no conceito de unidade, que se refletem no uso de Paulo de sete um 's nestes três versos. A causa, ou base, de unidade externa é a unidade interior. Unidade prática é baseada na unidade espiritual. Para enfatizar a unidade do ESPÍRITO, Paulo recita as características de unidade que são pertinentes para a nossa doutrina e da vida.

Paulo não desenvolve as áreas específicas de unidade, mas apenas as listam : corpo, espírito, esperança, Senhor, a fé, o batismo, e DEUS e PAI . Seu foco é sobre a unicidade desses e todos os outros aspectos da natureza, o plano de DEUS, e do trabalho como base para o nosso compromisso de viver como um só. É óbvio que o versículo 4 fala sobre o ESPÍRITO SANTO, o versículo 5 sobre o Filho, e no versículo 6 sobre o PAI.

Unidade no ESPÍRITO

Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; (4: 4)

Há apenas um corpo de crentes, a Igreja, que é composto por todos os santos que confiou ou vai confiar em CRISTO como Salvador e Senhor. Não há corpo denominacional, geográfica, étnica ou racial. Não há Gentil, masculino, feminino, escravo ou homem livre corpo judeu. Há somente o corpo de CRISTO, e da unidade do corpo é o coração do livro de Efésios.

Obviamente um só ESPÍRITO, o ESPÍRITO SANTO de DEUS, que mora em cada crente e que é, portanto, a força unificadora interior no corpo de CRISTO. Os crentes são templos individuais do ESPÍRITO SANTO (1 Cor. 3: 16-17), que são coletivamente "bem ajustados e vão crescendo em um templo santo no Senhor, ... que está sendo construído em conjunto em uma habitação de DEUS no ESPÍRITO "(Ef. 2: 21-22). O ESPÍRITO "é dado como penhor da nossa herança, tendo em vista a redenção da possessão de DEUS, para o louvor da sua glória" (Ef. 1:14). Ele é o anel de noivado divino (penhor), por assim dizer, que garante que todos os crentes estarão na ceia das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19: 9).

Se todos os cristãos estivessem andando em obediência e no poder do ESPÍRITO SANTO, em primeiro lugar a nossa doutrina e, em seguida, nossos relacionamentos seriam purificados e unificados. A unidade espiritual que já existe em qualidade baixa seria praticamente manifestada em completa harmonia entre o povo de DEUS.

Os crentes também são unificados na uma só esperança da sua vocação . Nosso chamado para a salvação é em última análise, um chamado para refletirmos CRISTO em perfeição e eterna glória. Em CRISTO, temos diferentes dons, ministérios, lugares e serviço, mas apenas um ... Chamado , o chamado para "sermos santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1: 4.) e "para sermos conformes à imagem de Seu Filho "(Rm 8:29.), isso ocorrerá quando virmos o CRISTO glorificado (1 João 3: 2). É o ESPÍRITO que nos colocou no único Corpo, a igreja e que garante o nosso futuro de glória.

Unidade no Filho

um só Senhor, uma só fé, um só batismo, (4: 5)

Assim como, obviamente, não há senão um só Senhor , JESUS CRISTO, nosso Salvador. "Não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12). Paulo disse aos Gálatas: "Mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema" (Gálatas 1: 8.)Em verdadeiro cristianismo só existe uma só fé , "a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" e para o qual estamos a lutar (Judas 3.). Nossa única fé é o conteúdo da Palavra de DEUS revelada. Falta de estudo fiel e cuidadosa de Sua Palavra, a tradição não examinada, as influências mundanas, inclinações carnais, e muitas outras coisas fará a doutrina fragmentar em muitas variáveis ​​e até mesmo em contraditórias formas. A Palavra de DEUS contém muitas verdades, mas suas verdades individuais são apenas facetas do harmonioso de sua única verdade, que é a nossa única fé .

Não há senão um só batismo entre os crentes. O batismo espiritual, pelo qual todos os crentes são colocados no corpo pelo ESPÍRITO SANTO, está implícita no versículo 4. A um só batismo do versículo 5 é melhor tomar para se referir ao batismo com água, o comum Novo Testamento significa de um crente confessando publicamente JESUS como Salvador e Senhor. Este é o preferido por causa da maneira como Paulo falou especificamente de cada membro da Trindade, em sucessão. Este é o verso de que o Senhor JESUS CRISTO, por assim dizer.

O batismo na água foi extremamente importante na igreja primitiva, e não como um meio de salvação ou bênção especial, mas como um testemunho de identidade com e unidade em JESUS CRISTO. Os crentes não foram batizados em nome de uma igreja local, um evangelista de destaque, um ancião líder, ou até mesmo um apóstolo, mas apenas em nome de CRISTO (ver 1 Cor. 1: 13-17). Aqueles que por um só Senhor estão em uma só fé testemunhar que a unidade em um só batismo .

Unidade no PAI

um só DEUS e PAI de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. (4: 6)

A doutrina básica do judaísmo sempre foi: "O Senhor é o nosso DEUS, é o único Senhor!" (Deut. 6: 4; ver também 4:35; 32:39; Isa 45:1446: 9.), E unicidade de DEUS é tão fundamental para o Cristianismo (ver 1 Cor. 8: 4-6Ef. 4: 3-6Tiago 2:19). No entanto, também o Novo Testamento revela a verdade mais completa que é a trindade - o único DEUS está em três Pessoas - PAI , Filho e ESPÍRITO SANTO (Mt 28:19João 6:2720:28Atos 5: 3-4.).

DEUS o PAI é frequentemente usado na Escritura como o título divino mais abrangente e inclusivo, embora seja claro em muitos textos do Novo Testamento que Ele nunca está separado na natureza ou no poder do Filho ou o ESPÍRITO SANTO. O argumento de Paulo aqui não é o de separar as pessoas da Divindade, mas observar seus papéis originais e ainda se concentrar em sua unidade em relação uns aos outros e em relação ao nos vários aspectos diferentes mencionados nestas três versos manifestados - igreja.

O nosso único DEUS e PAI , juntamente com o Filho e o ESPÍRITO SANTO, é sobre todos, e por todos e em todos . Essa declaração coloca pontos abrangentes para o divino, a unidade gloriosa e eterna que o PAI dá aos crentes pelo Seu ESPÍRITO e por meio do Filho. DEUS criou, DEUS amou, DEUS salvou, DEUS gerou. DEUS controla, DEUS sustenta, DEUS enche, DEUS é bendito. Somos um povo de um soberano ( sobre tudo ), onipotente ( por tudo ) e onipresente ( em todos ) DEUS. (Comentário Bíblico - John Macarthur).

 

II - O DEUS TRINO E UNO

1. Uma questão crucial.

A Palavra Divina (João 1: 1-5)

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada surgiu que tem vindo a ser. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. (1: 1-5)

A seção do evangelho de João abertura expressa a verdade mais profunda no universo nos termos mais claros. Embora facilmente compreendida por uma criança, inspirados pelo ESPÍRITO as palavras de João transmitem uma verdade além da capacidade das maiores mentes da história humana de entender: o DEUS infinito eterno tornou-se um homem na pessoa do Senhor JESUS CRISTO. O glorioso, verdade incontestável que, em JESUS o divino "Verbo se fez carne" (1,14) é o tema do evangelho de João.

A divindade do Senhor JESUS CRISTO é um princípio essencial, inegociável da fé cristã. Diversas linhas de evidência bíblica fluem juntos para provar conclusivamente que Ele é DEUS.

Em primeiro lugar, as declarações diretas das Escrituras afirmam que JESUS é DEUS. De acordo com sua ênfase sobre a divindade de CRISTO, João registra várias dessas declarações. O verso do seu evangelho abertura declara: "a Palavra [JESUS] era DEUS" No evangelho de João JESUS repetidamente assumiu para si o nome divino "Eu sou" (cf. 4:26; 8:24, 28, 58; 13: 19: 18: 5, 6, 8). Em 10:30, Ele alegou ser um em natureza e essência com o PAI (que os judeus incrédulos reconheceu isso como uma reivindicação de divindade resulta da sua reação no v 33;. Cf. 5:18). Nem JESUS corrigiu Tomé quando se dirigiu a ele como "meu Senhor e meu DEUS!" (20:28); na verdade. A reação de JESUS seria inexplicável se Ele não fosse DEUS.

Aos Filipenses Paulo escreveu: "[JESUS], subsistindo em forma de DEUS", possuindo "igualdade com DEUS" absoluto (Fp 2: 6.). Em Colossenses 2: 9, ele declarou: "Porque nele toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea." Romanos 9: 5 se refere a CRISTO como "DEUS bendito eternamente"; Tito 2:13 e 2 Pedro 1: 1 o chamam de "nosso DEUS e Salvador." DEUS PAI dirigida ao Filho como DEUS em Hebreus 1: 8: "O teu trono, ó DEUS, é para todo o sempre, e o cetro justo é o cetro do seu reino." Em sua primeira epístola João se referiu a JESUS CRISTO como "o verdadeiro DEUS" (1 João 5:20).

Em segundo lugar, JESUS CRISTO recebe títulos em outros lugares nas Escrituras dadas a DEUS. Como observado acima, JESUS tomou para si o nome divino "Eu sou." Em João 12:40 João citou Isaías 06:10, uma passagem que na visão de Isaías se refere a DEUS (cf. Is 6: 5.). No entanto, no versículo 41 João declarou: "Estas coisas Isaías disse porque viu a sua [de CRISTO;. 36, 37, 42 cf. vv] glória, e ele falou Dele." Jeremias profetizou que o Messias seria chamado de "O Senhor [ YHWH ] nossa justiça "(Jer. 23: 6).

DEUS e JESUS são ambos chamados Pastor (Sl. 23: 1-João 10:14); Juiz (Gen. 18: 25-2 Tim. 4: 18); Um SANTO (Is. 10:. 16:10 20-Ps; Atos 2:273:14); Primeiro e último (Is 44: 6; 48:. 12-Rev 01:1722:13.);Light (Sl 27: 1-João 8:12.); Senhor do sábado (Ex 16:2329; Levítico 19:... 3 Mateus 12: 8); Salvador (Is. 43: 11-Atos 4:12Tito 2:13); Pierced One:; (Zc 12 10 João 19:37). Poderoso DEUS (Is 10: 21-Isa. 9: 6.); Senhor dos senhores; (Deut 10 17-Rev 17:14..) Alpha e Omega (Apocalipse 1: 8-Rev 22:13.); Senhor da Glória (Sl 24: 10-1 Cor. 2: 8.); e Redentor (Is 41:1448:17; 63:. 16 Ef. 1: 7Hb 9:12.).

Em terceiro lugar, JESUS CRISTO possui os atributos incomunicáveis ​​de DEUS, aqueles única para ele. A Escritura revela que CRISTO seja eterno (Miquéias 5: 2Isa. 9: 6.), Onipresente (Mat. 18:2028:20), onisciente (Mat. 11:27João 16:3021:17) , onipotente (Filipenses 3:21.), imutável (Hebreus 13: 8.), soberano (Mateus 28:18.), e gloriosa (João 17: 51 Cor. 2:. 8; cf. Is 42: 8 ; 48:11, onde DEUS diz que Ele não vai dar a Sua glória para outra).

Em quarto lugar, JESUS CRISTO faz as obras que só DEUS pode fazer. Ele criou todas as coisas (João 1: 3Colossenses 1:16), sustenta a criação (Colossenses 1:17Heb. 1: 3), ressuscita os mortos (João 05:2111: 25-44), perdoa o pecado (Marcos 2:10; cf. v. 7), e a sua palavra permanece para sempre (Mateus 24:35; cf. Is. 40: 8.).

Em quinto lugar, JESUS CRISTO recebeu adoração (Matt 14:3328: 9.; João 9:38Phil 02:10Heb. 1: 6.). -embora Ele ensinou que só DEUS deve ser adorado (Mt 4 : 10). Escritura também registra que os dois homens SANTO (Atos 10: 25-26) e dos santos anjos (Apocalipse 22: 8-9) recusou a adoração.

Por fim, JESUS CRISTO recebeu a oração, que só deve ser dirigida a DEUS (João 14: 13-14Atos 7: 59-601 João 5: 13-15).

Os versículos 1-18, o prólogo de apresentação de João da divindade de CRISTO, são uma sinopse ou visão geral de todo o livro. João definido claramente seu objetivo ao escrever seu evangelho em 20: 31-que seus leitores "creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome." João revelou JESUS CRISTO como "o Filho de DEUS", a segunda pessoa da Trindade eterna. Ele se tornou um homem, o "CRISTO" (Messias), e se ofereceu como sacrifício pelos pecados. Aqueles que colocam a sua fé n'Ele "terá vida em seu nome", enquanto que aqueles que rejeitam serão julgados e condenados à punição eterna.

A realidade que JESUS é DEUS, introduzido no prólogo, é exposta ao longo do livro por uma seleção cuidadosa de João de reivindicações e milagres que selam o caso. Os versículos 1-3 do prólogo ensina que JESUS é co-igual e co-eterno com o PAI; versículos 4-5 relacionar a salvação que Ele trouxe, que foi anunciado pelo seu arauto, João Batista (vv 6-8.); versículos 9-13 descrevem a reação da raça humana a Ele, ou rejeição (. vv 10-11) ou aceitação (vv 12-13.); versículos 14-18 resumir todo o prólogo.

O prólogo também apresenta vários termos-chave que aparecem ao longo do livro, incluindo a luz (3: 19-21; 8:12; 9: 5; 12: 35-36, 46), as trevas (3:19; 08:12; 12 : 35, 46), vida (3: 15-16, 36; 04:14, 36; 05:21, 24, 26, 39-40; 6:27, 33, 35, 40, 47-48, 51, 53-54, 63, 68; 08:12; 10:10, 28; 11:25; 12:25, 50; 14: 6; 17: 2, 3; 20:31), testemunha (ou testemunhar; 2: 25; 03:11; 05:31, 36, 39; 7: 7; 08:14; 10:25; 12:17; 15: 26-27; 18:37), glória (02:11; 05:41 , 44; 07:18; 08:50, 54; 11: 4, 40; 12:41; 17: 5, 22, 24) e mundial (3: 16-17, 19; 04:42; 06:14 , 33, 51; 7: 7; 08:12, 23, 26; 9: 5, 39; 10:36; 11:27; 12:19, 31, 46-47; 13: 1; 14:17, 19 , 22, 27, 30-31; 15: 18-19; 16: 8, 11, 20, 28, 33; 17: 5-6, 9, 11, 13-16, 18, 21, 23-25; 18 : 36-37).

Desde os primeiros cinco versículos do evangelho prólogo de João fluir três evidências da divindade do Verbo encarnado, JESUS CRISTO: Sua preexistência, Seu poder criador, e sua auto-existência.

A preexistência da Palavra

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. (1: 1-2)

Arche ( início ) pode significar "fonte" ou "origem" (cf. Cl 1:18Apocalipse 3:14); ou "regra", "autoridade" "governante", ou "uma autoridade" (cf. Lc 0:11; 20:20; Rom. 08:381 Cor 15:24;.. Ef 1:213 : 1006:12;Colossenses 1:162:1015Tito 3: 1). Ambas as conotações são verdadeiros de CRISTO, que é o Criador do universo (v 3; Colossenses 1:16Heb. 1: 2.). E seu regente (Col. 2:10Efésios 1: 20- . 22Filipenses 2: 9-11). Mas Arche refere-se aqui para o início do universo descrito em Gênesis 1: 1.

JESUS CRISTO foi já existente, quando os céus e a terra foram criados; Assim, ele não é um ser criado, mas existiu desde toda a eternidade. (Desde o início dos tempos, com a criação do universo físico, o que quer que existia antes que a criação é eterna.) "O Logos [Palavra] não veio em seguida, começar a ser, mas naquele ponto em que tudo começou a ser, ele já era. No início, um lugar onde você pode, a Palavra já existia. Em outras palavras, o Logos é antes do tempo, eterno. " (Marcus Dods, "João" em W. Robertson Nicoll, ed. Comentário Bíblico os expositores ' [Reprint; Peabody Mass .: Hendrickson, 2002], 1: 683 ênfase no original..). Essa verdade fornece a prova definitiva da divindade de CRISTO, pois só DEUS é eterno.

Descrição de João da Palavra atingiu o seu auge na terceira cláusula deste verso de abertura. Não só a Palavra existe desde toda a eternidade, e ter comunhão face-a-face com DEUS, o PAI, mas também o Verbo era DEUS. Essa declaração simples, apenas quatro palavras em Inglês e Grego ( theos en ho logos ), é talvez a declaração mais clara e direta da divindade do Senhor JESUS CRISTO para ser encontrado em qualquer lugar na Escritura.

Mas, apesar de sua clareza, grupos heréticos quase desde o momento que João escreveu estas palavras têm torcido o seu significado para apoiar suas doutrinas falsas sobre a natureza do Senhor JESUS CRISTO.Notando que theos ( DEUS ) é anarthrous (não precedido pelo artigo definido), alguns argumentam que é um substantivo indefinido e traduzem erroneamente a frase, "a Palavra era divina" (ou seja, a simples posse de algumas das qualidades de DEUS) ou, ainda mais terrível, "o Verbo era um deus ".

De acordo com as regras da gramática grega, quando o predicado nominal ( DEUS nesta cláusula) precede o verbo, não pode ser considerada indefinida (e, portanto, traduzida como "um deus" em vez de DEUS) simplesmente porque ele não tem o artigo. Que o termo DEUS é definitivo e se refere ao verdadeiro DEUS é óbvio por várias razões. Primeiro, theos aparece sem o artigo definido outras quatro vezes no contexto imediato (vv 6, 12, 13, 18; cf. 3:.. 2, 21; 09:16; Mt 5: 9). Não tradução das Testemunhas de Jeová até mesmo distorcida da Bíblia torna os anartros theos "um deus" nesses versículos. Em segundo lugar, se o significado de João era que a Palavra era divina, ou um deus, havia maneiras que ele poderia ter formulado isso para se fazer inequivocamente claro. Por exemplo, se ele queria dizer que a Palavra era meramente em algum sentido divino, ele poderia ter usado o adjetivo theios (cf. 2 Pedro 1: 4). Deve ser lembrado que, como Robert L. Reymond, observa que "não há padrão Greek Lexicon" divino "como um dos significados de ofertas theos (e nem o substantivo tornou um adjetivo quando 'lança' seu artigo " JESUS, o Messias Divino [Phillipsburg, NJ:.. Presb & Ref, 1990], 303). Ou se ele queria dizer que a Palavra era um deus, ele poderia ter escrito ho logos en theos . Se João tinha escrito ho theos en ho logos , os dois substantivos ( theos e logos ) seriam intercambiáveis, e DEUS, e o Verbo seria idêntico. Isso teria significado que o PAI era o Verbo, que, como mencionado acima, seria negar a Trindade. Mas, como Leon Morris pergunta retoricamente: "De que outra forma [com excepção theos en ho logos ] em grego seria um dizer: 'o Verbo era DEUS "? ( O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979]., 77 n 15).

Sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, João escolheu o texto exato que transmite com precisão a verdadeira natureza da Palavra, JESUS CRISTO. "Ao theos sem o artigo, João não indica, por um lado, a identidade da pessoa com o PAI, nem ainda, por outro lado, qualquer natureza mais baixa do que a do próprio DEUS "(HAW Meyer, Crítica e Exegetical manual ao o Evangelho de João [Reprint; Winona Lake, Ind .: Alpha, 1979], 48).

A verdade da divindade e de plena igualdade de JESUS CRISTO com o PAI é um elemento inegociável da fé cristã. Em 2 João 10 João advertiu: "Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino [o ensino bíblico a respeito de CRISTO;. Cf. vv 7, 9], não deve recebê-lo em sua casa, e não dar-lhe uma saudação . " Os crentes não devem ajudar os falsos mestres heréticos de qualquer forma, inclusive dando aqueles que blasfemam contra CRISTO alimentação e alojamento, uma vez que a pessoa que faz isso "participa de [seus] más ações" (v. 11). Tal comportamento aparentemente sem caridade é perfeitamente justificada em direção falsos mestres que negam a divindade do nosso Senhor e do evangelho, uma vez que eles estão sob a maldição de DEUS:

Há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de CRISTO. Mas mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho ao contrário do que já vos pregamos, ele deve ser amaldiçoado! Como já dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que você recebeu, ele deve ser amaldiçoado! (Gal. 1: 7-9)

Enfatizando o perigo mortal, tanto Paulo (Atos 20:29) e JESUS (Mat. 7:15) descrito falsos mestres como lobos disfarçados. Eles não estão a ser recebidos no aprisco das ovelhas, mas guardado contra e evitado.

A confusão sobre a divindade de CRISTO é imperdoável, porque o ensino bíblico a respeito é clara e inequívoca. JESUS CRISTO é a Palavra eternamente preexistente, que goza de plena comunhão face-a-face e vida divina com o PAI, e é o próprio DEUS.

O poder criador da Palavra

Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada surgiu que tem vindo a ser. (1: 3)

Mais uma vez João expressa uma verdade profunda em linguagem clara. JESUS CRISTO, o Verbo eterno, criou tudo o que . surgiu João ressaltou que a verdade, repetindo-lo negativamente, sem ele nada (lit., "nem mesmo uma coisa") passou a existir que tem vindo a ser.

 

“porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (1Co 3.16); e é também Senhor:

(Strong Português) Plenitude πληρωμα pleroma
plenitude, abundância, cumprimento, realização.

Divindade habita em forma corpórea. Só ele tem o poder de salvar. Pleroma (plenitude ) é o mesmo termo usado em 1:19 . Paulo insiste em que toda a plenitude da Divindade, não uma parte dela, habita em CRISTO. Katoikeō ( mora ) significa "para se acalmar e ficar em casa." O tempo presente indica que a essência da divindade permanece continuamente em casa, em CRISTO. Divindade é uma palavra enfatizando natureza divina. Que a natureza de DEUS, que se firmou continuamente em JESUS CRISTO não era uma luz divina que apenas acendeu por um tempo, mas era a sua. Ele é totalmente DEUS para sempre. E como Aquele que possui toda a plenitude da divindade, CRISTO é a cabeça de todo poder e autoridade. Ele não era um de uma série de seres menores que emanam de DEUS, como os falsos mestres ensinavam. Ao contrário, Ele é o próprio DEUS e, portanto, a cabeça de todo o reino angélico. (Comentário Bíblico - John Macarthur).

 

2. A Trindade.

Antes de sua ascensão ao céu, JESUS mandou que os discípulos batizassem “em nome do PAI, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19). Essa é a passagem bíblica mais contundente em favor da Trindade.

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do PAI e do Filho e do ESPÍRITO SANTO, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei; (28: 19-20a)

Elemento da missão da igreja é a obediência ao mandamento do Senhor, que se torna possível somente quando as atitudes de disponibilidade, adoração e submissão caracterizam a vida do crente.

Foi à luz de sua autoridade absoluta, soberana que JESUS ordenou: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações." A palavra de transição é , portanto. "Porque eu sou o Senhor soberano do universo," JESUS estava dizendo: "Eu tenho tanto a autoridade para mandar você para ser minhas testemunhas e o poder de permitir que você a obediência ao meu comando. "

Mathēteuō ( fazei discípulos ) é o verbo principal e do comando central dos versículos 19-20, que formam a frase final do evangelho de Mateus.

Mathēteuō carrega uma bela combinação de significados. Neste contexto, refere-se aqueles que depositam sua confiança em JESUS CRISTO e O seguem na vida de aprendizado contínuo e da obediência. "Se vós permanecerdes na minha palavra", disse JESUS, "então você serão verdadeiramente meus discípulos" (João 8:31). Deve-se notar que alguns discípulos não eram verdadeiros (ver João 6:66).

A Grande Comissão é um comando para trazer os incrédulos em todo o mundo a um conhecimento salvífico de JESUS CRISTO, e o termo que o Senhor usa nesta comissionamento é fazer discípulos. O verdadeiro convertido é um discípulo, uma pessoa que aceitou e submeteu-se a JESUS CRISTO, o que isso pode significar ou demanda. A pessoa verdadeiramente convertida está cheio do ESPÍRITO SANTO e dada uma nova natureza que anseia a obedecer e adorar ao Senhor que o salvou. Mesmo quando ele é desobediente, ele sabe que está vivendo na contramão de sua nova natureza, que é a de honrar e agradar ao Senhor. Ele ama a justiça e odeia o pecado, incluindo o seu próprio.

Ao longo do livro de Atos, o batismo é mostrado na associação mais próxima possível com a conversão. Os três mil almas convertidas em Pentecostes foram imediatamente batizado (Atos 2:41). Assim que o etíope acreditava em CRISTO, ele parou o seu carro para que ele pudesse ser batizado (08:38). Assim que Paulo recebeu de volta sua visão depois de sua conversão, ele foi batizado (09:18). Quando Cornélio e sua família foram salvos, Pedro "ordenou que fossem batizados em nome de JESUS CRISTO" (10:48). Como descrentes em Corinto estavam sendo ganhas para JESUS CRISTO, eles também estavam sendo batizados (18: 8). Quando Paulo encontrou alguns discípulos de João em Éfeso que só haviam sido batizados para o arrependimento, ele disse-lhes sobre JESUS, o único para quem João estava apenas preparando o caminho, e quando eles acreditavam que "eles foram batizados em nome do Senhor JESUS" (19: 1-5).

O batismo é para ser feita em nome do PAI e do Filho e do ESPÍRITO SANTO. JESUS não estava dando uma fórmula ritual, embora aquela bela frase dos lábios de nosso Senhor tem sido comumente utilizado e de forma adequada nos serviços batismais ao longo da história da igreja. Em nome de não é uma fórmula sacramental, como pode ser visto no fato de que o livro de Atos relata para novos convertidos sendo batizados com essas palavras precisas. Essas palavras são um pouco uma declaração rica e abrangente da união maravilhosa que os crentes têm com toda a Divindade.

Em seu depoimento aqui sobre o batismo, JESUS novamente se colocou claramente em um nível igual com DEUS , o PAI e com o ESPÍRITO SANTO. Ele também enfatiza a unidade da Trindade, ao declarar que o batismo deve ser feito em seu único nome (singular), não em seus nomes separados. Como acontece em muitas partes das Escrituras, a frase o nome aqui encarna a plenitude de uma pessoa, que engloba tudo o que ele é, tem, e representa. Quando ele é batizado, o crente se identifica com tudo o que DEUS é, tem, e representa.

O pronome JESUS usa aqui ( eis , em ) também pode ser traduzida como "em" ou "até". Aqueles que ensinam a regeneração batismal a crença de que o batismo com água é essencial para a salvação, insistem que deve aqui ser traduzida como "em". Mas isso é uma tradução completamente arbitrária e, em qualquer caso, não pode levantar-se contra as muitas outras passagens que comprovam o batismo não tem parte na regeneração, mas é sim um ato exterior, após a regeneração, que atesta a sua tendo ocorrido.

Batismo não coloca um crente em unidade com a Trindade, mas significa que, pela graça de DEUS trabalhando através de sua fé em JESUS CRISTO, o crente já foi feito um com o PAI, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO.

O terceiro requisito para fazer discípulos de todas as nações é o de ensinar-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. A missão da Igreja não é simplesmente para converter, mas para ensinar. O convertido é chamado a uma vida de obediência ao Senhor, e de forma a obedecer-Lhe é obviamente necessário para saber o que Ele exige. Como já mencionado, um discípulo é, por definição, um aprendiz e seguidor. Portanto, estudar, entender e obedecer "todo o propósito de DEUS" (Atos 20:27) é a tarefa ao longo da vida de todo verdadeiro discípulo. (Comentário Bíblico - John Macarthur).

 

III - AS CRENÇAS INADEQUADAS

Duas notórias heresias opuseram-se à Igreja quanto à doutrina da Trindade: sabelianismo e arianismo.

Admitimos ser a Trindade um mistério; um mistério mui profundo: não pode ser compreendido pela mente humana. Mas o ESPÍRITO da Verdade ajuda-nos em nossa fraqueza e incapacidade (1 Co 2.13-16). Adoramos o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO.Reconhecemos-Ihes suas respectivas personalidades por suas atuações descritas pela Bíblia. Por conseguinte, humildemente reconhecemos serem Eles Um em comunhão, propósito e substância.

O termo “trindade” não aparece nas Escrituras Sagradas; é uma formulação posterior. O fato de a nomenclatura vir depois do fechamento do cânon sagrado não significa que a doutrina da Trindade não exista ou que não seja bíblica. De caráter teológico, a palavra em apreço foi atribuída à divindade, no final do segundo século, por Tertuliano de Cartago, ao escrever contra o unicismo:

Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, PAI,

Filho e ESPÍRITO SANTO; três contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma, não em poder; mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só DEUS que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO (Contra Práxeas U).

Depois da metade do segundo século, surgiu um movimento em tomo do monoteísmo cristão, o monarquianismo. Seus defensores dividiam-se em dois grupos: os dinâmicos (diziam que CRISTO era Filho de DEUS por adoção); e os modalistas (ensinavam que CRISTO apenas era uma forma temporária da manifestação do único DEUS). Tertuliano chamou-os de monarquianistas — gr. monarchia, “governo exercido por um único soberano”. (A DOUTRINA DE DEUS -Teologia Sistemática Pentecostal)

 

1. Os monarquianistas dinâmicos.

Monarquianismo dinâmico. Os principais representantes da cristologia dinâmica ou adocionista foram Teodoro de Bizâncio e Paulo de Samosata. Teodoro, “o curtidor”, discípulo dos alogoi, grupo que rejeitava a doutrina do Logos e aceitava o Evangelho de João com certa ressalva, foi o primeiro monarquianista dinâmico de importância. Chegou a Roma, em 190, e foi ex-comungado em 198.

Para os monarquianistas dinâmicos, JESUS era apenas um homem de vida santa que nasceu de uma virgem, sobre o qual desceu o ESPÍRITO SANTO, por ocasião do seu batismo, no rio Jordão. Alguns de seus discípulos rejeitavam qualquer direito divino em JESUS, enquanto outros afirmavam que Ele teria se tomado divino, em certo sentido, por ocasião da sua ressurreição. Hipólito (170-236) rebateu todas essas falaciosas crenças (.Refutação de Todas as Heresias, VII, 23).

O mais famoso monarquianista dinâmico foi Paulo de Samosata, bispo de Antioquia entre 260 e 272. Descrevia o Logos como atributo impessoal do PAI. Eusébio de Cesaréia disse que ele “nutria noções inferiores e degradadas de CRISTO, contrárias à doutrina da igreja, e ensinava que quanto à natureza Ele [JESUS] não passava de homem comum” (História Eclesiástica, 7, XXVII).

Eis o que Paulo de Samosata afirmava:

O Logos e o ESPÍRITO eram qualidades divinas e não pessoas. Eram poderes ou potencialidades de DEUS, mas não pessoas no sentido de seres independentes. JESUS era um homem inspirado pelos poderes de cima. O poder do Logos habitara JESUS como num vaso, como nós habitamos nossas casas. A unidade que JESUS tinha com DEUS era da vontade e do amor; não de natureza.

Suas idéias foram examinadas por três sínodos, entre 264 e 269, e o último excomungou-o. (A DOUTRINA DE DEUS -Teologia Sistemática Pentecostal)

 

2. Os monarquianistas modalistas.

Monarquianismo modalista. Não negava a divindade do Filho nem a do ESPÍRITO SANTO, mas, sim, a distinção dessas Pessoas, o que é diametralmente oposto aos ensinos do Novo Testamento, que assevera que há uma unidade composta de DEUS em três Pessoas distintas. Os modalistas pregavam a unidade absoluta de DEUS, coisa que nem mesmo o Antigo Testamento ensina. Para apoiar tal ensino, “mutilaram” textos neotestamentários.

Seus principais representantes foram: Noeto, Práxeas e Sabélio. Segundo Hipólito, Noeto era natural de Esmima e ensinava que CRISTO era o próprio PAI, e que o próprio PAI nasceu, sofreu e morreu (Contra Todas as Heresias, 10.23). Cipriano, bispo de Cartago, chamou tal heresia de patripassionismo (Epístolas, 72.4), do latim Pater, “PAI”, e passus de patrior, “sofrer”.

Práxeas foi discípulo de Noeto, e o seu principal opositor foi Tertuliano. Em Contra Práxeas L, Tertuliano disse: “Práxeas fez duas obras do demônio em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; afugentou o Parácleto e crucificou o PAI”.

Dessa última escola destacou-se o bispo Sabélio, que se tomou um grande líder desse movimento (por isso, os seus seguidores foram chamados de sabelianistas ou sabelianos). Por volta de 215, Sabélio já ensinava suas doutrinas em Roma.

PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO são nomes, são “prosopa” (semblantes, faces), e não seres independentes. São reais em energias consecutivas; um vem depois do outro, aparecendo o mesmo DEUS em faces diferentes. Trata-se do mesmo DEUS agindo na História por meio de três semblantes. O “prosopon” do PAI aparece na sua obra criadora, como doador da lei. O “prosopon” do Filho aparece do

nascimento à ascensão de JESUS. A partir da ascensão de JESUS surge o semblante do Espirito, doador da vida.81

Hipólito, em Contra Todas as Heresias, refutou essas idéias, que hoje são defendidas pelos unicistas. (A DOUTRINA DE DEUS -Teologia Sistemática Pentecostal)

 

3. O arianismo.

Arianismo. E o nome da doutrina formulada por Ário e do movimento que ele fundou em Alexandria, no Egito, na primeira metade do quarto século. Ario era presbítero em Alexandria, no ano 318, quando a controvérsia começou. Sua doutrina contrariava a crença ortodoxa seguida pela da igreja.

A controvérsia girava em torno da eternidade de CRISTO. Atanásio (296-373), o inimigo implacável da doutrina de Ario, dizia que o Filho é eterno e da mesma substância do PAI; ou seja, homoousios, “da mesma substância; consubstanciai; o termo central para o argumento de Atanásio contra Ario e a solução do problema trinitariano oferecido no Concilio de Nicéia (325 d.C.)”.82

Ario, por outro lado, dizia que o Senhor JESUS não era da mesma natureza do PAI; era criatura, criado do nada, uma classe de natureza inferior à do PAI, nem divina e nem humana — uma terceira classe entre a deidade e a humanidade.83

Segundo Ario, “Somente DEUS PAI seria eterno e não gerado. O Logos, o CRISTO pré-existente, seria mera criatura. Criado a partir do nada, nem sempre existira”.84 Os seus seguidores usavam a palavra anomoios— “dessemelhante; um termo usado pelos arianistas extremistas da metade do quarto século, os assim chamados anomoianos, para argüir que a essência do PAI é totalmente dessemelhante da do Filho”.85

Depois do Concilio de Nicéia, a controvérsia continuou, mas havia um grupo intermediário, semi-niceno, meio-atanasiano e meio-ariano, que afirmava ser o Filho de natureza similar ou igual, e não da mesma natureza ou substância do PAI. Apoiavam-se no termo bomoiousios— “de substância similar, aparência”;86 “de substância semelhante; um termo usado para descrever a relação do PAI para o Filho pelo partido não atanasiano, não ariano na igreja, seguindo o Concilio de Nicéia”.87

Essa discussão chamou a atenção do povo e também ganhou conotação política, considerada, hoje, como a maior controvérsia da história da igreja cristã. O imperador romano Constantino enviou mensageiros, com o propósito de uma conciliação, porém foi tudo em vão.

Constantino, então, convocou um concilio na cidade de Nicéia, na Bitínia, Ásia Menor — hoje Ismk, na Turquia —, aberto em 19 de junho de 325, com a participação de 318 bispos provenientes do Oriente e do Ocidente, mas apenas vinte apoiaram a causa arianista, não obstante a sua grande popularidade.88

Em Nicéia, o credo aprovado era decisivamente anti-arianista; apenas dois bispos não o assinaram. Até Eusébio da Nicomédia, arianista, assmou o credo elaborado nesse concilio. Depois, os pais capadócios Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa se encarregaram de “elucidar, definir e defender a doutrina trinitariana”.89

A formulação da doutrina da Trindade é o resultado dessas controvérsias cristológicas, na tentativa de harmonizar o monoteísmo com a deidade absoluta do Filho.

Como uma doutrina, ela é uma indução humana das afirmações da Escritura; mas a indução, por ser feita com justeza, é tão parte do ensino de DEUS em sua palavra como ê qualquer uma das doutrinas que têm sido formalmente enunciadas ali.90

O Credo Niceno. Este, como vimos, veio do Concilio de Nicéia, que tratou da controvérsia arianista. Seu conteúdo enfatiza a divindade de JESUS CRISTO e é, ao mesmo tempo, uma resposta à cristologia de Ario:

Cremos em um sé DEUS, PAI Onipotente, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Em um só Senhor JESUS CRISTO, Verbo de DEUS, DEUS de DEUS, Luz de Luz; Vida de Vida, Filho Unigênito, Primogênito de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação e viveu entre os homens, e sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao PAI e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só ESPÍRITO SANTO.

O Credo de Atanásio ou Atanasiano, Depois do Concilio de Nicéia, em 325, muitos documentos circulavam nas igrejas sobre o assunto. O credo que hoje chamamos de Atanasiano expressa o pensamento de Atanásio e tudo o que defendeu durante toda a sua vida, conquanto não haja indícios confiáveis de que o texto seja de sua autoria.

Esse credo não foi mencionado no Concilio de Éfeso, em 431, nem no da Calcedônia, em 451, tampouco no de Constantinopla, em 381.91 “O credo popularmente atribuído a Atanásio é, de modo geral, considerado um cântico eclesiástico de autoria desconhecida, do século IV ou V”.92

Assim declara o Credo Atanasiano:

A fé universal é esta: que adoremos um DEUS em trindade, e trindade em unidade; (ff)

Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. (5) Pois existe uma única Pessoa do PAI, outra do Filho, e outra do ESPÍRITO SANTO. (6) Mas a deidade do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO ê toda uma só: glória é igual e a majestade é coeterna. (7)

Tal como é o PAI, tal é o Filho e tal é o ESPÍRITO SANTO. (8) O PAI é incriado, o Filho é incriado, e o ESPÍRITO SANTO incriado. (9) O PAI é imensurável, o Filho é imensurável o ESPÍRITO SANTO é imensurável. (10) O PAI é eterno, o Filho é eterno, o ESPÍRITO SANTO ê eterno. (I l) E, no entanto, não são três eternos, mas há apenas um eterno. (Z 2) Da mesma forma não há três incriados, nem três imensuráveis, mas um só incriado e um imensurável. (13) Assim também o PAI é onipotente, o Filho é onipotente e o ESPÍRITO SANTO é onipotente. (14) No entanto, não há três onipotentes, mas sim, um onipotente.

(15) Assim, o PAI é DEUS, o Filho é DEUS, e o ESPÍRITO SANTO é DEUS. (16) No entanto, não há três Deuses, mas um DEUS. (I 7) Assim o PAI é Senhor, o Filho é Senhor, e o ESPÍRITO SANTO ê Senhor. (18) Todavia não há três Senhores, mas um Senhor. (19)

Assim como a veracidade cristã nos obriga a confessar cada Pessoa individualmente como sendo DEUS e Senhor; (20) Assim também ficamos privados de dizer que haja três Deuses ou Senhores. (21) O PAI não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado; (22) o Filho procede do PAI somente, não foi feito, nem criado, mas gerado. (23) O ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.

(24) Há, portanto, um PAI, e não três Pais; um Filho, e não três Filhos; um ESPÍRITO SANTO, não três Espíritos Santos. (25) E nessa trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. (26) Mas as três Pessoas são coetemas, são iguais entre si mesmas;

(27) de sorte que por meio de todas, como acima foi dito, tanto a unidade na trindade como a trindade na unidade devem ser adoradas.

Mais longo que o Niceno, trata-se de um credo que enfatiza, de modo mais pormenorizado, a Trindade. Durante a Idade Média, dizia-se que Atanásio o escrevera no seu exílio, em Roma, e ofereceu-o ao bispo de Roma, Júlio I, para servir como confissão de fé. Desde o século IX se atribui o credo a Atanásio.

Na verdade, o Credo Atanasiano traz esse nome porque Atanásio defendeu tenazmente a ortodoxia cristã; no entanto, o autor do tal credo é desconhecido. Mencionado pela primeira vez em um sínodo, realizado entre 659-670,93 o credo em apreço serve como teste da ortodoxia desde o século VII, para os catolicismos romano e ortodoxo, bem como para o protestantismo.94

Bases bíblicas da Trindade

O Credo Atanasiano afirma: “Adoramos um DEUS em trindade e trindade em unidade. Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. No trinitarianismo — que honra as Escrituras — JESUS é DEUS Todo-poderoso. No unicismo, DEUS é JESUS. Os modalistas e unicistas de hoje confundem as Pessoas da Trindade. Mas a Palavra de DEUS não nos deixa em dúvida, como já vimos: as três Pessoas são distintas.

No batismo de JESUS, o ESPÍRITO SANTO veio sobre Ele, e o PAI falou desde o Céu, como lemos em Mateus 3.16,17:

E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (A DOUTRINA DE DEUS -Teologia Sistemática Pentecostal)

 

VEJA ESTES EXEMPLOS:

Jo 15.26 Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do PAI vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO de verdade, que procede do PAI, ele testificará de mim.

1 Co 12.4 Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.

Ef 4.1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

 

Embora o termo "trindade" não seja encontrado em nenhum lugar da Bíblia, há numerosas passagens que lhe fazem alusão. Um vívido exemplo é visto de maneira clara nos eventos que cercam o batismo de JESUS no rio Jordão: -Batizado JESUS, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é meu FILHO amado, em quem me comprazo" (Mt 3.16,17).

 

IV - RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE

1. Esclarecimento.

ATANÁSIO

 É comum ouvir representantes das seitas antitrinitarianas dizerem que a doutrina da Trindade é de origem pagã e foi imposta por um imperador pagão no Concílio de Niceia em 325. Esses argumentos das  organizações contrárias à fé trinitária são falsos. O Concílio de Niceia não tratou da Trindade; a

controvérsia foi em torno da identidade JESUS de Nazaré. Os credos anteriores ao século IV eram de caráter local e estavam relacionados ao batismo na preparação catequética; sua autoridade procedia

da igreja local de onde o documento se originou. São os chamados credos sinodais. O Credo Niceno é a primeira fórmula publicada por um concílio ecumênico e a primeira a possuir status de valor universal em sentido legal. O documento é resultado da chamada controvérsia ariana, que começou no ano 318 em Alexandria, no Egito. O confronto girava em torno da identidade do Senhor JESUS CRISTO e a questão era sobre a sua deidade e igualdade com o PAI.

O documento aprovado em Niceia tornou-se ponto de partida, ao invés de ponto de chegada. A controvérsia prosseguiu por duas razões principais: a volta do arianismo e a indefinição sobre a identidade do ESPÍRITO SANTO. O Concílio de Constantinopla em 381 reconheceu e ampliou o texto da fórmula teológica aprovada em Niceia em 325. O tema do Concílio de Niceia será analisado no capítulo seguinte.

Atanásio (300-373) foi um dos principais defensores da fé nicena nos anos que se seguiram ao Concílio de Niceia. Ele polemizou com os arianos em defesa da divindade do Filho; sua discussão era cristológica em sua obra Contra os arianos; e ele refutou também os tropicianos e os pneumatomacianos, em defesa da divindade do ESPÍRITO SANTO, em Epístolas a Serapião sobre o ESPÍRITO SANTO. A cristologia de Atanásio estava enraizada no homoousianismo, termo grego derivado de homooúsios, que significa ser da “mesma substância”, da “mesma essência”, usado no Credo Niceno ao declarar que o Filho “é consubstancial

com o PAI” ou “da mesma substância do PAI”, homooúsion tō patrí, em grego. Na época de Atanásio, o pensamento neoplatônico e origenista estava bem sedimentado no Oriente, de modo que essas ideias aparecem na teologia atanasiana, mas o seu conceito de Trindade era nos termos de consubstancialidade e sem o subordinacionismo de Orígenes (Epístola a Serapião, livro I 14.4, 28.1).

Atanásio foi claro e direto ao afirmar que o ESPÍRITO SANTO é consubstancial com o PAI e com o Filho. Cirilo de Jerusalém (315-386), contemporâneo de Atanásio, refutava as heresias de sua geração em favor da Trindade (Catequese, XVI.3).

 

2. A definição de Tertuliano.

TERTULIANO DE CARTAGO

Tertuliano de Cartago, uma cidade do norte da África (155-224), advogado romano de formação intelectual estoica convertido ao cristianismo, tornou-se conhecido como o “PAI do cristianismo latino”. Ele refutou os monarquianistas modalistas, um grupo que não negava a divindade do Filho nem a do ESPÍRITO SANTO, mas, sim, a distinção destas Pessoas, de modo diametralmente contrário ao ensino das igrejas desde os dias apostólicos. Seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio.

Noeto era natural de Esmirna e ensinava que “CRISTO era o próprio PAI, e o próprio PAI nasceu, sofreu e morreu”. Cipriano (200-258 d.C.), bispo de Cartago, chamou a heresia de Noeto, num tom jocoso, de “patripassionismo” (Epístola 73), do latim Pater, “PAI”, e passus, de patrior, “sofrer”.

Práxeas foi discípulo de Noeto, e a sua doutrina reacendeu no norte da África em 213, através de um dos discípulos de Práxeas, quando Tertuliano começou a sua refutação em Contra Práxeas, texto contendo capítulos. Tertuliano polemizou com esses monarquianistas, dizendo: “Práxeas fez duas obras do diabo em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; afugentou o Paracleto e crucificou o PAI” (Contra Práxeas, I). O bispo Sabélio foi o principal expoente do modalismo; ele ensinava que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO não eram três Pessoas distintas, mas apenas três aspectos do DEUS único. Nos tempos do Antigo Testamento, o PAI se manifestou como Legislador. Nos tempos do Novo Testamento, este PAI era o mesmo Filho encarnado e também fazia o papel de ESPÍRITO SANTO como inspirador dos profetas.

 

3. Formulação definitiva da Trindade.

Foi no combate ao sabelianismo que Tertuliano trouxe uma formulação trinitária melhor e mais compreensível. É dele o termo “Trindade”, trinitas em latim. Ele “foi responsável pela criação de 509 novos substantivos, 284 novos adjetivos e 161 verbos na língua latina” (McGRATH, 2005, p. 375).

Sua explicação sobre o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO em uma só divindade preserva o monoteísmo sem comprometer a deidade absoluta das três Pessoas da Trindade. É a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da   dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO; três contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é

de um só DEUS que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO (Contra Práxeas, II – Grifo é nosso).

Três autem non statu sed gradu, nec substantia sed forma, nec potestate sed specie, unius autem substabtiae et unius status et unius potestatis, quia unus DEUS ex quo et gradus isti et formae et species in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti deputantur (Adversus Praxean, II).

Tertuliano apresenta aqui uma breve interpretação da natureza divina conforme revelada nas Escrituras e no testemunho das igrejas desde a era apostólica. É a primeira fórmula, trinitária que atravessou os séculos. O que ele escreveu aqui vale ainda hoje, apesar das diversas pontas soltas que precisaram ser amarradas posteriormente, mas a sua estrutura da Trindade na unidade e da unidade na Trindade é mantida em Orígenes, Atanásio, nos pais capadócios, em Hilário de Poitiers e em Agostinho de Hipona, entre outros. O termo mostra o esforço de Tertuliano para provar que a tríplice manifestação revelada na história salvífica é compatível com a unidade substancial de DEUS. O PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são da mesma substância, mas essa essência divina é uma só; a diferença está nas formas, graus e aspectos. Ele emprega o termo latino, unus, ou o seu derivado, unicus, para o verdadeiro DEUS do cristianismo. Faz isso na tentativa de afastar a ideia de triteísmo, acusação feita por seus opositores monarquianistas. Ele usa ainda outra palavra, unitas, derivado do verbo unire, que “significa a unidade interna e orgânica da natureza divina... Unitas, portanto, é o abstrato do termo unus, ou seja, ‘um por natureza’, ‘uniforme’, ‘unificado’, sem necessidade de ser reduzido à unidade aritmética” (MORESCHINI, 2008, pp. 205, 206). Assim, a unidade na Trindade e a Trindade na unidade são uma defesa do monoteísmo judaico-cristão.

Essa primeira formulação trinitária foi muito útil, e as igrejas do Ocidente se valeram dela por muito tempo sem alteração do texto, apesar de suas limitações. É inegável a contribuição de Tertuliano para a época, mas muitas perguntas que ficaram sem respostas foram solucionadas no Oriente a partir de Atanásio e dos pais capadócios.

Tertuliano escreveu em latim. A substância, substantia em latim, significa em si “substância, ser, realidade de uma coisa, essência”. Isso quer dizer “coisa subjacente, material ou espiritual, de coisas, aquilo que existe” (MULLER, 1993, p. 290). O seu equivalente grego é hipóstase ou ousía. Hipóstase é a “forma de existir”; o termo vem de duas palavras gregas: hypo, “sob”, e istathai, “ficar”. E ousía significa “essência, ser”. A essência é a “qualidade do ser, o qual faz o ser precisamente o que ele é. Exemplo: a essência de Pedro, Paulo e João é sua humanidade; a essência de DEUS é deidade ou divindade” (MULLER, 1993, pp. 105, 106). Mas a palavra latina usada para “essência” nessa declaração de Tertuliano é status, “condição,

qualidade”. Todos esses termos filosóficos aparecem nas controvérsias cristológicas, trinitárias e pneumatológicas, e a grande dificuldade de compreensão está na falta de precisão na definição dessas palavras. O que Tertuliano chama aqui de “graus, formas e aspectos”, ele passa a chamar de persona, “Pessoa”, ou personae, no plural, mais adiante (Contra Práxeas, XII), ao mostrar a unidade na Trindade no relato da Criação (Gn 1.26, 3.22).

 

 

Tertuliano foi o primeiro a usar o termo “Pessoa” para os membros da Trindade. Uma substância e três Pessoas. O vocábulo “Pessoa” é inadequado para aplicar às três identidades distintas da Trindade. Os pais capadócios evitaram usar esse termo para identificar o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO na Trindade. Em vez de falar em três Pessoas da Trindade, eles as identificavam como três hipóstases.

 

No concilio de Constantinopla a Trindade é definitivamente reconhecida.

 

CONCLUSÃO

As construções bíblicas trinitárias se baseiam na unidade na trindade (1 Co 12.4-6).  A bênção apostólica (2 Co 13.13) é um grande exemplo da doutrina da trindade no Novo Testamento. O DEUS trino e uno é revelado em Ef 4.4-6. O DEUS trino e uno é uma questão crucial na doutrina bíblica da trindade. As crenças antigas e inadequadas dos monarquianistas dinâmicos e dos monarquianistas modalistas ainda hoje perturbam a muitas denominações heréticas e ainda existem aqueles que seguem o  arianismo. Em resposta às objeções acerca da trindade houveram esclarecimentos nos concílios onde Atanásio e Tertuliano defenderam a Trindade e a formulação definitiva da trindade foi reconhecida.

A Doutrina da Trindade está bem clara na Bíblia. Não é porque não tem o nome trindade na Bíblia que a doutrina deixará de existir. não tem na Bíblia a Palavra avivamento, mas devemos buscar e desejar esse avivamento tanto em nossa vida particular como na vida da igreja.

 

 

A UNIÃO DAS DUAS NATUREZAS DE CRISTO - (CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO)

Essa doutrina é chamada de Hipóstase. Esse vocábulo vem de duas palavras gregas hypo, “sob”, e istathai, “ficar”. Nas discussões teológicas sobre a doutrina da Trindade, na era da patrística, era usada como sinônimo de ousia, “essência, ser”. Com relação a JESUS, significa a união das duas naturezas de CRISTO: divina e humana. Os elementos próprios da natureza humana na vida de CRISTO já foram apresentados anteriormente.

Os evangelhos não estabelecem a fronteira entre as naturezas humana e divina de JESUS durante o seu ministério terreno (1 Tm 3.16). Apresentam com clareza meridiana a natureza humana de JESUS durante seu ministério e não poderiam ser mais claros. Isso fazia parte do ensino apostólico “que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3); “dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne” (Rm 9.5); “JESUS CRISTO, homem” (1 Tm 2.5); “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” (Hb 5.7); “e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS” (1 Jo 4.3).

Os evangelhos, contudo, registram que diversas vezes JESUS declarou-se DEUS e agiu como tal. Ele aceitou adoração por diversas vezes (Mt 8.29.1814.3315.25Jo 9.38), algo que o apóstolo Pedro recusou de Cornélio e até repreendeu o centurião, por isso dizendo “...Levanta-te, que eu também sou homem” (At 10.25, 26); o mesmo aconteceu com o anjo, diante do qual o apóstolo João se prostrou para adorar: “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de JESUS; adora a DEUS” (Ap 19.10). Mais adiante o apóstolo tentou outra vez, mas a reação do anjo foi a mesma (Ap 22.89). JESUS perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados...” (Mc 2.10) e várias vezes igualou-se a DEUS, ele disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim” (Jo 14.1). Isso é exigir nele a mesma fé que se tem em DEUS.

Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.6- 8).

Até hoje, em nosso meio, às vezes, aparece alguém ensinando o kenotismo, ou kenosis, “esvaziamento”. O nome vem do verbo grego κενόω (kenoō), “esvaziar, aniquilar, destruir” ((BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2995), que aparece apenas uma vez no Novo Testamento: “aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7), a ARA e a TB empregam o verbo “esvaziar”. Essa doutrina afirma que JESUS se esvaziou a si mesmo de sua divindade durante a encarnação, afirmando possuir apenas a natureza humana, com isso nega a divindade de JESUS enquanto esteve na terra. Porém, tal pensamento não se sustenta, pois esse esvaziamento não é de sua divindade:

JESUS não deixou de ser DEUS durante a encarnação. Pelo contrário, abriu mão apenas do exercício independente dos atributos divinos. Ele ainda era plena Deidade no seu próprio ser, mas cumpriu o que parece ter sido imposto pela encarnação: limitações humanas reais, não artificiais (HORTON, 1996, p. 326, 327).

É inaceitável a idéia de ter deixado sua divindade no céu para recuperá-la depois da ressurreição. Quem perdoou os pecados do paralítico de Cafarnaum, ou ainda, quem foi adorado durante seu ministério terreno, foi o JESUS homem ou o JESUS DEUS? Claro que foi o JESUS DEUS! Diante do exposto, torna evidente a falácia da doutrina kenótica.

 

 

COMENTÁRIOS  DE ALGUNS LIVROS E DICIONÁRIOS

 

CAPÍTULO III. SOBRE A TRINDADE - Pequeno resumo - Livro Declaração de Fé - CPAD

1. A unidade na Trindade

2. Negação ao unicismo, unitarismo e triteísmo

3. A função das três Pessoas da Trindade

4. O DEUS PAI

5. O DEUS Filho

6. O DEUS ESPÍRITO SANTO

 

CAPÍTULO III. SOBRE A TRINDADE

CREMOS, professamos e ensinamos o monoteísmo bíblico, que DEUS é uno em essência ou substância, indivisível em natureza e que subsiste eternamente em três pessoas — o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO, iguais em poder, glória e majestade e distintas em função, manifestação e aspecto: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19). As Escrituras Sagradas claramente revelam que a Trindade é real e verdadeira. Uma só essência, substância, em três pessoas. Cada pessoa da santíssima Trindade possui todos os atributos divinos — onipotência,1 onisciência,2 onipresença,3 soberania4 e eternidade.5 A Bíblia chama textualmente de DEUS cada uma delas;6 as Escrituras Sagradas, no entanto, afirmam que há um só DEUS e que DEUS é um: “Todavia para nós há um só DEUS” (1 Co 8.6); “mas DEUS é um” (Gl 3.20); “um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.6).

1. A unidade na trindade. A unidade de DEUS não contradiz a doutrina da Trindade porque DEUS não é uma unidade absoluta, e sim uma unidade composta e dinâmica. Seu relacionamento com o Filho e o ESPÍRITO SANTO é desde a eternidade.7 O nome Elohim, plural de Eloah, “DEUS” em hebraico, revela os primeiros vislumbres da Trindade no Antigo Testamento. É o nome que aparece na declaração: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim, “DEUS”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “Então, disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua” (Gn 11.7). Essa pluralidade na unidade é vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6.8). Mas o Novo Testamento tornou explícito o que antes estava implícito no Antigo Testamento, mostrando clara e diretamente as três pessoas associadas em unidade e igualdade, como a fórmula batismal em Mateus 28.19 e em outras passagens: “Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (1 Co 12.4- 6); e na bênção apostólica: “A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13). Essa unidade de natureza reaparece mais

adiante: “Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.4-6); e na obra da redenção: “Eleitos segundo a presciência de DEUS PAI, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1.2). Assim, o que estava implícito no Antigo Testamento é revelado explicitamente no Novo Testamento e fica confirmado que a pluralidade na divindade é tríplice, como JESUS deixou claro ao ordenar o batismo “em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19).

2. Negação ao unicismo, unitarismo e triteísmo. Negamos o unicismo sabelianista e moderno, ou seja, que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO sejam três modos de uma mesma pessoa divina, porque está escrito que as três pessoas são distintas.8 Negamos também o unitarismo, pois essa doutrina afirma que somente o PAI é DEUS, negando, assim, a divindade do Filho e do ESPÍRITO SANTO, ao passo que as Escrituras Sagradas ensinam a divindade do Filho e do ESPÍRITO SANTO.9 Também negamos o triteísmo, ou seja, que existam três deuses separados, pois a Bíblia revela a existência de um único DEUS verdadeiro: “há um só DEUS e que não há outro além dele” (Mc 12.32); “todavia, para nós há um só DEUS” (1 Co 8.6). Essa doutrina monoteísta tem implicação para a salvação: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (Jo 17.3). Cremos que a doutrina da santíssima Trindade é uma verdade bíblica, conforme definida no Credo de Atanásio: “A fé universal é esta: que adoremos um DEUS em trindade, e trindade em unidade; não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. Os triteístas acreditam em mais de um DEUS, os unicistas confundem as pessoas, e os unitaristas separam a substância. São crenças inadequadas que estão em desacordo com a fé cristã bíblica e histórica, razão pela qual nós as 24 rejeitamos. Há um só DEUS que subsiste em três pessoas distintas, definidas e identificadas com a mesma natureza divina.

3. A função das três Pessoas da Trindade. É possível um membro da Trindade subordinar-se voluntariamente a um ou aos dois outros membros, mas isso não significa ser inferior em essência. Há uma absoluta igualdade dentro da Trindade, e nenhuma das três Pessoas está sujeita, por natureza, à outra, como se houvesse uma hierarquia divina. Existe, sim, uma distinção de serviço. O PAI possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade.10 O Filho é gerado do PAI,11 e o ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do Filho.12A paternidade é o papel da primeira pessoa da Trindade que opera por meio do Filho e por meio do ESPÍRITO SANTO.13 O PAI proclamou as palavras criadoras,14 e o Filho executou-as.15 O PAI planejou a redenção,16 e o Filho, ao ser enviado ao mundo, realizou-a.17 Quando o Filho retornou ao céu, o ESPÍRITO SANTO foi enviado pelo PAI e pelo Filho para ser o Consolador e Ensinador.18 A subordinação do Filho não compromete a sua deidade absoluta e, da mesma forma, a subordinação do ESPÍRITO SANTO ao ministério do Filho e ao PAI não é sinônimo de inferioridade. Quando o Senhor JESUS disse: “o PAI é maior do que eu” (Jo 14.28) — pois Ele fez-se servo,19 como consequência da encarnação — não quis dizer, com essa declaração, que se tornou, em substância, menor que o PAI, e sim que se subordinou funcionalmente à vontade do PAI: “porque não busco a minha vontade, mas a vontade do PAI, que me enviou” (Jo 5.30); “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38); “Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS, a tua vontade” (Hb 10.9). A submissão do Filho foi uma condição voluntária para o seu messiado: “também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que DEUS seja tudo em todos” (1 Co 15.28). Isso não compromete a deidade absoluta

do Filho: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9), nem a igualdade de essência e de substância das três Pessoas da Trindade.

4. O DEUS PAI. O PAI já é identificado como DEUS com abundante frequência nas Escrituras: “porque a este o PAI, DEUS, o selou” (Jo 6.27); “e por DEUS PAI [...] da parte de DEUS PAI” (Gl 1.1,3). O PAI possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade. Isso está mais do que evidente na fórmula batismal: “em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19).

5. O DEUS Filho. O Senhor JESUS CRISTO é, desde a eternidade, o único Filho de DEUS e possui a mesma natureza do PAI, como afirmam os credos: “consubstancial com o PAI”, em grego, homooúsion to patrí, que significa “da mesma substância com o PAI”, qualifica a unidade de essência do PAI e do Filho. JESUS disse: “Eu e o PAI somos um” (Jo 10.30). Ele é a segunda pessoa da Trindade e que foi enviado pelo PAI ao mundo.20 Ensinamos que o Filho se fez carne, possuindo agora duas naturezas, a divina e a humana21, sendo verdadeiro DEUS e verdadeiro homem.22 Acreditamos em sua concepção sem pecado no ventre da virgem Maria.23 Negamos que tenha sido criado ou passado a existir somente depois que foi gerado por obra do ESPÍRITO SANTO.24 Confessamos que o Filho é autoexistente: “Porque, como o PAI tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26); “Disse-lhes JESUS: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58) e eterno,25 que voluntariamente se sujeita ao PAI.26 Que, em obediência ao plano do PAI, morreu e ressuscitou para que o mundo fosse salvo. 27 Que, vitorioso, ascendeu ao céu, assentando-se à direita de DEUS PAI.28 Que o Filho é o único mediador entre DEUS e os seres humanos,29 o propiciador,30 o único salvador,31 o nosso sumo sacerdote e intercessor.32

6. O DEUS ESPÍRITO SANTO. O DEUS ESPÍRITO SANTO possui a mesma essência do DEUS PAI e do DEUS Filho; Ele é a terceira pessoa da Trindade e foi enviado ao mundo pelo PAI e pelo Filho; Ele é “o ESPÍRITO que provém de DEUS” (1 Co 2.12) e penetra até as profundezas de DEUS.33 Negamos que o ESPÍRITO SANTO seja apenas um atributo da divindade porque Ele é DEUS e Senhor.34 A obra do ESPÍRITO SANTO é dar prosseguimento ao plano de salvação idealizado por DEUS PAI e executado pelo DEUS Filho.35 Ensinamos que o ESPÍRITO SANTO possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher36 e que é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.37 Quem concede a segurança da redenção38 e capacita o salvo para o serviço cristão;39 que guia, dirige e conduz o povo 25 de DEUS;40 quem inspirou os profetas e apóstolos bíblicos,41 reparte os dons espirituais42 e produz nas pessoas as virtudes que refletem o caráter de DEUS, denominado fruto do ESPÍRITO: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22,23).

1 Onipotência: o PAI – “E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.19); o Filho – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1.8); o ESPÍRITO SANTO – “pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do ESPÍRITO de DEUS; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de JESUS CRISTO” (Rm 15.19).

2 Onisciência: o PAI – “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Sl 139.1-4); o Filho – “Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de DEUS” (Jo 16.30); o ESPÍRITO SANTO – “Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de DEUS, senão o ESPÍRITO de DEUS” (1 Co 2.10,11).

3 Onipresença: o PAI – “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13); o Filho – “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20); o ESPÍRITO SANTO – “Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Sl 139.7-10).

4 Soberania: o PAI - “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13); o Filho – “acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1.21); o ESPÍRITO SANTO – “Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e, onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 – Versão Almeida Atualizada).

5 Eternidade: o PAI – “O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade” (Sl 93.2); o Filho – “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, DEUS Forte, PAI da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6); o ESPÍRITO SANTO – “quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a  DEUS, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo?” (Hb 9.14).

6 DEUS: o PAI – “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (Jo 17.3); o Filho – “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS” (Jo 1.1); o ESPÍRITO SANTO – “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS” (At 5.3,4). 

7 “E, agora, glorifica-me tu, ó PAI, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5).

8 “E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17).

9 “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS” (Jo 1.1); “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS” (At 5.3, 4).

10 “Eu e o PAI somos um” (Jo 10.30); “Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de DEUS, senão o ESPÍRITO de DEUS” (1 Co 2.10,11).

11 “Assim, também CRISTO não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei” (Hb 5.5).

12 “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do PAI vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO da verdade, que procede do PAI, testificará de mim” (Jo 15.26); “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22).

26 13 “Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (1 Co 12.4-6); “Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.4-6).

14 “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.9); “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3).

15 “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada que foi feito se fez” (Jo 1.3); “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1.16).

16 “Em esperança da vida eterna, a qual DEUS, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2).

17 “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4); “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb 5.9).

18 “Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o PAI enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).

19 “Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6,7).

20 “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.16,17); “Nisto se manifestou o amor de DEUS para conosco: que DEUS enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (1 Jo 4.9).

21 “Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS CRISTO é o Senhor, para glória de DEUS PAI” (Fp 2.6-11).

22 “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS [...]. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do PAI, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.1,14); “acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos, — JESUS CRISTO, nosso Senhor” (Rm 1.3,4); “dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5).

23 “E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO” (Mt 1.20); “Quem dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?” (Jo 8.46); “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2.22); “E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado” (1 Jo 3.5).

24 “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16,17).

25 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, DEUS Forte, PAI da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6); “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2); “JESUS CRISTO é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8).

26 “JESUS disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34); “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38).

27 “Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17); “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15); “E vimos, e testificamos que o PAI enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1 Jo 4.14).

28 “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS” (Mc 16.19); “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do 27 seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3).

29 “Porque há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem” (1 Tm 2.5).

30 “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).

31 “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é CRISTO, o Senhor” (Lc 2.11); “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).

32 “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.24-27).

33 “Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de DEUS, senão o ESPÍRITO de DEUS” (1 Co 2.10,11).

34 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS” (At 5.3,4); “Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e, onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 – Versão Almeida Atualizada).

35 “E eu rogarei ao PAI, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (Jo 14.16,17).

36 “E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo ESPÍRITO do nosso DEUS” (1 Co 6.11); “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO” (Tt 3.5).

37 “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.7,8).

38 “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para louvor da sua glória” (Ef 1.13, 14).

39 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu PAI; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).

40 “Mas, quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (Jo 16.13).

41 “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO” (2 Pe 1.20,21).

42 “Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.8-11).

 

A DOUTRINA DA TRINDADE - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

No estudo dos atributos de DEUS, vimos a sua unidade. Ao discorrer sobre os seus nomes, analisamos o sentido do plural de majestade no nome divino Elohim. Tendo isso em mente, podemos afirmar, à luz da Palavra de DEUS, que a doutrina da Trindade não compromete a unidade de DEUS.

Nessa última parte da Teologia (ou Teontologia), trataremos da história, do conceito e dos fundamentos bíblicos da doutrina da Trindade. Não há contradi­ção entre o monoteísmo do Antigo Testamento e a Trindade cristã, haja vista o mesmo e único DEUS subsistir eternamente em três Pessoas. Ele é um só Senhor em três Pessoas, e não três Deuses.

Cada Pessoa da Trindade é DEUS. A Palavra do Senhor descarta a idéia de triteísmo (três Deuses) e de unicismo. A Trindade pode ser definida como a união de três Pessoas — o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO — em uma só divindade. Tais Pessoas, embora distintas, são iguais, eternas e da mesma substância. Ou seja, DEUS é cada uma dessas Pessoas.

As Escrituras Sagradas ensinam que há um só DEUS, e que Ele é um só. Elas ensinam que o PAI é DEUS pleno, com todos os atributos da divindade (I Co 8.6); e que o Filho é DEUS, e não apenas parte da divindade: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). E elas também asseveram que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, como lemos em Atos 5.3,4:

Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.

A Trindade no tetragrama YHWH. A Palavra de DEUS afirma que a Trindade é DEUS. Vemo-la no tetragrama YHWH. Nesse caso, quando lemos o nome “DEUS” ou “Senhor”, nas Escrituras, precisamos entender que esses termos podem ser aplicados à Trindade, isoladamente ou da mesma maneira, ao PAI, ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO.

Analisemos algumas passagens bíblicas que revelam a unidade na Trindade:

“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar” (J1 2.32). Neste texto, o tetragrama, segundo o Novo Testamento, é uma referência ao Senhor JESUS (Rm 10.13).

“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o ESPÍRITO de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10). Temos, nesta passagem, uma profecia escatológica; o DEUS Jeová de Israel promete proteger Jerusalém e seus moradores.

Observe a expressão: “e olharão para mim, a quem traspassaram”. Quem foi ao Céu traspassar a Jeová? Trata-se, naturalmente, de uma referência a JESUS, quando foi traspassado no Gólgota: “E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram” (Jo 19.37).

“E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele” (Jz 16.20). O contexto desta referência mostra que YHWH se refere ao ESPÍRITO SANTO (Jz 15.14).

Esses dados da revelação nos parecem complexos, mas essa aparente com­plexidade não é sinônima de contradição. Não há, na verdade, contradição nas Escrituras; estamos lidando com um Ser que é infinito. Como escreveu Chafer: “A doutrina como apresentada nas Escrituras é, portanto, aceitável ainda que não explicável”.

Deuteronômio 6.4. “Ouve, Israel, o Senhor, nosso DEUS, é o único Senhor”. E evidente que esta passagem bíblica refere-se ao DEUS Trino, à Trindade — como veremos abaixo. Nela, temos tanto o termo “DEUS” como o tetragrama YHWH. A sua ênfase é o monoteísmo, que se tornou ao longo dos séculos a confissão de fé dos judeus.

Ainda hoje, os judeus religiosos recitam esse versículo três vezes ao dia. O termo hebraico usado para “único” Çehact) indica unidade composta:

No famoso Shemá de Deuteronômio... a questão da diversidade dentro da unidade tem implicações teológicas. Alguns eruditos têm pensado que, embora “um” esteja no singular, o uso da palavra abre espaço para a doutrina da Trindade. 5

A expressão hebraica YHWH ’ehad traduz-se também por “Jeová é um”; esta construção hebraica aparece em Zacarias 14.9: "naquele dia um só será Jeová, e um só o seu nome” (Tradução Brasileira). A palavra apropriada hebraica para “unidade absoluta” é yahid, que traz a idéia de “solitário, isolado”,79 mas não é esse é o termo usado em Deuteronômio.

Em Gênesis 2.24, a palavra ’ebad é usada para dizer que o marido e a mulher são ambos “uma só carne”. O Novo Testamento não contradiz o Antigo, porém torna explícito o que dantes estava implícito: a unidade de DEUS não é absoluta; e sim composta. O Antigo Testamento revela a unidade na Trindade, ao passo que o Novo revela a Trindade na unidade.

A doutrina da Trindade não neutraliza nem contradiz a doutrina da unidade; nem esta anula a da Trindade, que, conforme pregada pelos cristãos que seguem a Palavra do Senhor, consiste em um só DEUS em três Pessoas, e não três Deuses; isso seria apenas uma tríade, e não a Trindade.

 

O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DOUTRINA DA TRINDADE

O termo “trindade” não aparece nas Escrituras Sagradas; é uma formulação posterior. O fato de a nomenclatura vir depois do fechamento do cânon sagrado não significa que a doutrina da Trindade não exista ou que não seja bíblica. De caráter teológico, a palavra em apreço foi atribuída à divindade, no final do segundo século, por Tertuliano de Cartago, ao escrever contra o unicismo:

Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, PAI,

Filho e ESPÍRITO SANTO; três contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma, não em poder; mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só DEUS que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO (Contra Práxeas II). Depois da metade do segundo século, surgiu um movimento em tomo do monoteísmo cristão, o monarquianismo. Seus defensores dividiam-se em dois grupos: os dinâmicos (diziam que CRISTO era Filho de DEUS por adoção); e os modalistas (ensinavam que CRISTO apenas era uma forma temporária da manifestação do úni­co DEUS). Tertuliano chamou-os de monarquianistas — gr. monarchia, “governo exercido por um único soberano”.

Monarquianismo dinâmico. Os principais representantes da cristologia di­nâmica ou adocionista foram Teodoro de Bizâncio e Paulo de Samosata. Teodoro, “o curtidor”, discípulo dos alogoi, grupo que rejeitava a doutrina do Logos e aceitava o Evangelho de João com certa ressalva, foi o primeiro monarquianista dinâmico de importância. Chegou a Roma, em 190, e foi ex-comungado em 198.

Para os monarquianistas dinâmicos, JESUS era apenas um homem de vida santa que nasceu de uma virgem, sobre o qual desceu o ESPÍRITO SANTO, por ocasião do seu batismo, no rio Jordão. Alguns de seus discípulos rejeitavam qualquer direito divino em JESUS, enquanto outros afirmavam que Ele teria se tomado divino, em certo sentido, por ocasião da sua ressurreição. Hipólito (170-236) rebateu todas essas falaciosas crenças (.Refutação de Todas as Heresias, VII, 23).

O mais famoso monarquianista dinâmico foi Paulo de Samosata, bispo de Antioquia entre 260 e 272. Descrevia o Logos como atributo impessoal do PAI. Eusébio de Cesaréia disse que ele “nutria noções inferiores e degradadas de CRISTO, contrárias à doutrina da igreja, e ensinava que quanto à natureza Ele [JESUS] não passava de homem comum” (História Eclesiástica, 7, XXVII).

Eis o que Paulo de Samosata afirmava:

O Logos e o ESPÍRITO eram qualidades divinas e não pessoas. Eram poderes ou potencialidades de DEUS, mas não pessoas no sentido de seres independentes. JESUS era um homem inspirado pelos poderes de cima. O poder do Logos habitara JESUS como num vaso, como nós habitamos nossas casas. A unidade que JESUS tinha com DEUS era da vontade e do amor; não de natureza.80

Suas idéias foram examinadas por três sínodos, entre 264 e 269, e o último excomungou-o.

Monarquianismo modalista. Não negava a divindade do Filho nem a do ESPÍRITO SANTO, mas, sim, a distinção dessas Pessoas, o que é diametralmente oposto aos ensinos do Novo Testamento, que assevera que há uma unidade composta de DEUS em três Pessoas distintas. Os modalistas pregavam a unidade absoluta de DEUS, coisa que nem mesmo o Antigo Testamento ensina. Para apoiar tal ensino, “mutilaram” textos neotestamentários.

Seus principais representantes foram: Noeto, Práxeas e Sabélio. Segundo Hipólito, Noeto era natural de Esmima e ensinava que CRISTO era o próprio PAI, e que o próprio PAI nasceu, sofreu e morreu (Contra Todas as Heresias, 10.23). Cipriano, bispo de Cartago, chamou tal heresia de patripassionismo (Epístolas, 72.4), do latim Pater, “PAI”, e passus de patrior, “sofrer”.

Práxeas foi discípulo de Noeto, e o seu principal opositor foi Tertuliano. Em Contra Práxeas L, Tertuliano disse: “Práxeas fez duas obras do demônio em Roma: ex­pulsou a profecia e introduziu a heresia; afugentou o Parácleto e crucificou o PAI”.

Dessa última escola destacou-se o bispo Sabélio, que se tomou um grande líder desse movimento (por isso, os seus seguidores foram chamados de sabelianistas ou sabelianos). Por volta de 215, Sabélio já ensinava suas doutrinas em Roma.

PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO são nomes, são “prosopa” (semblantes, faces), e não seres independentes. São reais em energias consecutivas; um vem depois do outro, aparecendo o mesmo DEUS em faces diferentes. Trata-se do mesmo DEUS agindo na História por meio de três semblantes. O “prosopon” do PAI aparece na sua obra criadora, como doador da lei. O “prosopon” do Filho aparece do

nascimento à ascensão de JESUS. A partir da ascensão de JESUS surge o semblante do Espirito, doador da vida.81

Hipólito, em Contra Todas as Heresias, refutou essas idéias, que hoje são defen­didas pelos unicistas.

Arianismo. E o nome da doutrina formulada por Ário e do movimento que ele fundou em Alexandria, no Egito, na primeira metade do quarto século. Ario era presbítero em Alexandria, no ano 318, quando a controvérsia começou. Sua doutrina contrariava a crença ortodoxa seguida pela da igreja.

A controvérsia girava em torno da eternidade de CRISTO. Atanásio (296-373), o inimigo implacável da doutrina de Ario, dizia que o Filho é eterno e da mesma substância do PAI; ou seja, homoousios, “da mesma substância; consubstanciai; o termo central para o argumento de Atanásio contra Ario e a solução do problema trinitariano oferecido no Concilio de Nicéia (325 d.C.)”.

Ario, por outro lado, dizia que o Senhor JESUS não era da mesma natureza do PAI; era criatura, criado do nada, uma classe de natureza inferior à do PAI, nem divina e nem humana — uma terceira classe entre a deidade e a humanidade.83

Segundo Ario, “Somente DEUS PAI seria eterno e não gerado. O Logos, o CRISTO pré-existente, seria mera criatura. Criado a partir do nada, nem sempre existira”.84 Os seus seguidores usavam a palavra anomoios — “dessemelhante; um termo usado pelos arianistas extremistas da metade do quarto século, os assim chamados anomoianos, para argüir que a essência do PAI é totalmente dessemelhante da do Filho”.85

Depois do Concilio de Nicéia, a controvérsia continuou, mas havia um grupo intermediário, semi-niceno, meio-atanasiano e meio-ariano, que afir­mava ser o Filho de natureza similar ou igual, e não da mesma natureza ou substância do PAI. Apoiavam-se no termo bomoiousios— “de substância similar, aparência”;86 “de substância semelhante; um termo usado para descrever a relação do PAI para o Filho pelo partido não atanasiano, não ariano na igreja, seguindo o Concilio de Nicéia”.87

Essa discussão chamou a atenção do povo e também ganhou conotação po­lítica, considerada, hoje, como a maior controvérsia da história da igreja cristã. O imperador romano Constantino enviou mensageiros, com o propósito de uma conciliação, porém foi tudo em vão.

Constantino, então, convocou um concilio na cidade de Nicéia, na Bitínia, Ásia Menor — hoje Ismk, na Turquia —, aberto em 19 de junho de 325, com a participação de 318 bispos provenientes do Oriente e do Ocidente, mas apenas vinte apoiaram a causa arianista, não obstante a sua grande popularidade.88

Em Nicéia, o credo aprovado era decisivamente anti-arianista; apenas dois bispos não o assinaram. Até Eusébio da Nicomédia, arianista, assumiu o credo elaborado nesse concilio. Depois, os pais capadócios Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa se encarregaram de “elucidar, definir e defender a doutrina trinitariana”.

A formulação da doutrina da Trindade é o resultado dessas controvérsias cristológicas, na tentativa de harmonizar o monoteísmo com a deidade absoluta do Filho.

Como uma doutrina, ela é uma indução humana das afirmações da Escritura; mas a indução, por ser feita com justeza, é tão parte do ensino de DEUS em sua palavra como ê qualquer uma das doutrinas que têm sido formalmente enunciadas ali.90

O Credo Niceno. Este, como vimos, veio do Concilio de Nicéia, que tratou da controvérsia arianista. Seu conteúdo enfatiza a divindade de JESUS CRISTO e é, ao mesmo tempo, uma resposta à cristologia de Ario:

Cremos em um sé DEUS, PAI Onipotente, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Em um só Senhor JESUS CRISTO, Verbo de DEUS, DEUS de DEUS, Luz de Luz; Vida de Vida, Filho Unigênito, Primogênito de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação e viveu entre os homens, e sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao PAI e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só ESPÍRITO SANTO.

O Credo de Atanásio ou Atanasiano, Depois do Concilio de Nicéia, em 325, muitos documentos circulavam nas igrejas sobre o assunto. O credo que hoje chamamos de Atanasiano expressa o pensamento de Atanásio e tudo o que defendeu durante toda a sua vida, conquanto não haja indícios confiáveis de que o texto seja de sua autoria.

Esse credo não foi mencionado no Concilio de Éfeso, em 431, nem no da Calcedônia, em 451, tampouco no de Constantinopla, em 381.“O credo popularmente atribuído a Atanásio é, de modo geral, considerado um cântico eclesiástico de autoria desconhecida, do século IV ou V”.

Assim declara o Credo Atanasiano:

A fé universal é esta: que adoremos um DEUS em trindade, e trindade em unidade; (ff)

Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. (5) Pois existe uma única Pessoa do PAI, outra do Filho, e outra do ESPÍRITO SANTO. (6) Mas a deidade do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO ê toda uma só: glória é igual e a majestade é coetema. (7)

Tal como é o PAI, tal é o Filho e tal é o ESPÍRITO SANTO. (8) O PAI é incriado, o Filho

íncríado, e o ESPÍRITO SANTO íncríado. (9) O PAI é imensurável, o Filho é imensurável o ESPÍRITO SANTO é imensurável. (10) O PAI é eterno, o Filho é eterno, o ESPÍRITO SANTO ê eterno. (I l) E, no entanto, não são três eternos, mas há apenas um eterno. (Z 2) Da mesma forma não há três íncríados, nem três imensuráveis, mas um só íncríado e um imensurável. (13) Assim também o PAI é onipotente, o Filho é onipotente e o ESPÍRITO SANTO é onipotente. (14) No entanto, não há três onipotentes, mas sim, um onipotente.

(15) Assim, o PAI é DEUS, o Filho é DEUS, e o ESPÍRITO SANTO é DEUS. (16) No entanto, não há três Deuses, mas um DEUS. (I 7) Assim o PAI é Senhor, o Filho é Senhor, e o ESPÍRITO SANTO ê Senhor. (18) Todavia não há três Senhores, mas um Senhor. (19)

Assim como a veracidade cristã nos obriga a confessar cada Pessoa individualmente como sendo DEUS e Senhor; (20) Assim também ficamos privados de dizer que haja três Deuses ou Senhores. (21) O PAI não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado; (22) o Filho procede do PAI somente, não foi feito, nem criado, mas gerado. (23) O ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.

(24) Há, portanto, um PAI, e não três Pais; um Filho, e não três Filhos; um ESPÍRITO SANTO, não três Espíritos Santos. (25) E nessa trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. (26) Mas as três Pessoas são coetemas, são iguais entre si mesmas;

(27) de sorte que por meio de todas, como acima foi dito, tanto a unidade na trindade como a trindade na unidade devem ser adoradas.

Mais longo que o Niceno, trata-se de um credo que enfatiza, de modo mais pormenorizado, a Trindade. Durante a Idade Média, dizia-se que Atanásio o escrevera no seu exílio, em Roma, e ofereceu-o ao bispo de Roma, Júlio I, para servir como confissão de fé. Desde o século IX se atribui o credo a Atanásio.

Na verdade, o Credo Atanasiano traz esse nome porque Atanásio defendeu tenazmente a ortodoxia cristã; no entanto, o autor do tal credo é desconhecido. Mencionado pela primeira vez em um sínodo, realizado entre 659-670,93 o credo em apreço serve como teste da ortodoxia desde o século VII, para os catolicismos romano e ortodoxo, bem como para o protestantismo.

Bases bíblicas da Trindade

O Credo Atanasiano afirma: “Adoramos um DEUS em trindade e trindade em unidade. Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. No trinitarianismo — que honra as Escrituras — JESUS é DEUS Todo-poderoso. No unicismo, DEUS é JESUS. Os modalistas e unicistas de hoje confundem as Pessoas da Trindade. Mas a Palavra de DEUS não nos deixa em dúvida, como já vimos: as três Pessoas são distintas.

No batismo de JESUS, o ESPÍRITO SANTO veio sobre Ele, e o PAI falou desde o Céu, como lemos em Mateus 3.16,17:

E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Há inúmeras referências nos Evangelhos em que JESUS deixou claro que é uma Pessoa, e o PAI outra: “E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o PAI, que me enviou” (Jo 8.17,18). A Bíblia apresenta as três Pessoas em condições de igualdade (Mt 28.19). JESUS disse: “Eu e o PAI somos um” (Jo 10.30).

No Antigo Testamento. “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 1.1). A Trindade está implícita no nome divino Elohim — isso já foi antecipado no estudo sobre os nomes de DEUS. O nome hebraico usado para DEUS é Elohim, onde vemos os primeiros vislumbres da Trindade. O verbo está no singular bara, “criou”, e o sujeito, no plural, Elohim, “DEUS”, o que revela a unidade de DEUS na Trindade.

Na criação do homem, a Trindade está presente, como lemos em Gênesis 1.26:

E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.

As três Pessoas da Trindade atuaram em conjunto. O Filho criou todas as coisas e também o homem (Jo 1.1-3Cl 1.16); da mesma forma, o ESPÍRITO SANTO (Jó 33.4Sm 104.30) e o PAI (Pv 8.22-30). Ou seja, quando falamos do Criador, devemos ter em mente a Trindade, pois as três Pessoas agiram juntas na gloriosa obra da criação de todas as coisas.

Então, disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente (Gn 3.22).

Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro (Gn 11.1).

Ora, por que “um de nós”, se DEUS é único? Porque essa unidade é, na ver­dade, uma triunidade. Da mesma forma, encontramos isso em Gênesis 11.7. Por que “desçamos e confundamos”, e não “vou descer e confundir”? Se a Trindade não fosse uma verdade bíblica, que fazer com essas passagens? Dizer que DEUS estava falando com os anjos é admitir que os anjos são divinos. Fica, pois, clara e patente a realidade da Trindade nessas passagens mencionadas.

“E clamavam uns para os outros, dizendo: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.3). Outro ponto igualmente importante é essa visão do profeta Isaías, através da qual ele viu o “Senhor”, hb. Aionaí (v.I).

Esse mesmo DEUS disse: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” (v.8). Notemos, novamente, a pluralidade presente na unidade divina. Mas outro de­talhe que não devemos perder de vista, ainda na passagem em apreço, é o fato de o profeta, inspirado pelo ESPÍRITO, dizer que a Terra está cheia da glória de Jeová dos Exércitos. Ora, isso está associado ao que retrata o Novo Testamento acerca de JESUS, em João 12.39-41:

Por isso, não podiam crer, pelo que Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos e endureceu- lhes o coração, afim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele.

Ainda em Isaías 6 lemos, nos versículos Isaías 6.8,10:

Depois disso, ouvi a voz do Senhor; que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.

O texto sagrado mostra que é o DEUS de Israel quem fala por meio do profeta. No entanto, o apóstolo Paulo, sob a inspiração divina, afirma que é o ESPÍRITO SANTO quem fala, conforme lemos em Atos 28.25-27:como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra:

Bem falou o ESPÍRITO SANTO a nossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo e dize: De ouvido, ouvireis e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis e de maneira nenhuma percebereis. Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure.

Isso significa que o ESPÍRITO SANTO é o mesmo DEUS de Israel. E isso é uma evidência de que a visão de Isaías revela a Trindade. Essa doutrina, portanto, embora não tenha sido bem esclarecida nos tempos dos patriarcas, reis e profetas hebreus, para não confundir o povo com os deuses das religiões politeístas das nações vizinhas de Israel, está implícita no Antigo Testamento.

No Novo Testamento. A Trindade só pôde ser ensinada explicitamente com o advento do Filho, o Senhor JESUS, e com a manifestação do ESPÍRITO SANTO, como veremos a partir de agora.

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19). Apesar de a Bíblia ensinar que há a unidade de DEUS, convém-nos nunca perder de vista que “a Bíblia também ensina que DEUS não é uma mônada estéril, mas existe eternamente em três pessoas”.93 Esse relacionamento das três Pessoas é visto em Gênesis 1.263.2211.7Isaías 6.8; e João 17.5.

A expressão “em nome” está no singular. O unicismo afirma que esse “nome” é JESUS; portanto, o nome dEle, segundo esse falacioso movimento moderno, é “PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO”. Esta interpretação não honra a Palavra de DEUS.

No singular, a palavra “nome” é distributiva, como no texto hebraico de Rute 1.2. Embora apareça no plural, na ARC — “e os nomes de seus dois fi­lhos, Malom e Quiliom” —, no hebraico, está no singular, shem, “nome” (veshem shene-banav, “e o nome dos dois filhos”). O mesmo ocorre na Septuaginta: onoma, “nome” (kaí onoma tois dysín buioís, “e o nome dos dois filhos”).

Observe que o nome, na passagem acima, refere-se tanto a Malom quanto a Quiliom; essa é a mesma construção de Mateus 28.19, “e não faz confusão entre eles. Se tivesse sido empregado o plural, ‘nomes’, a Bíblia precisaria dar mais de um nome a cada”.96 O texto sagrado menciona, por conseguinte, três Pessoas distintas em uma só divindade. “Em nome” quer dizer em nome de DEUS, do único DEUS que subsiste eternamente em três Pessoas.

Essa declaração de JESUS, na fórmula batismal, tem como base o conceito da triunidade de DEUS. JESUS não disse: “Em nome do PAI, em nome do Filho e em nome do ESPÍRITO SANTO”. Isso porque Ele mencionou um só nome: o nome do DEUS Todo-poderoso, subsistente em três Pessoas. O Filho e o ESPÍRITO SANTO estão igualados nessa passagem. A. T. Robertson afirmou: “O batismo no (eis) nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, no nome da Trindade”.9,

“Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (I Co 12.4-6). Aqui o apóstolo Paulo mostra o aspecto trinitáno. Como, na Trindade, não existe primeiro e último (as três Pessoas são iguais), são mencionadas, nessa passagem, na ordem inversa em relação à constante de Mateus 28.19 .

A passagem de I Coríntios 12 a 14 trata dos dons do ESPÍRITO SANTO. O termo “Senhor” (12.5) se refere ao Filho, e “DEUS” (12.6), ao PAI. O nome “DEUS”, tbeos, no Novo Testamento grego, quando vem acompanhado do artigo e sem outra qualificação, refere-se sempre ao PAI.98 O culto cristão é adoração a DEUS, e DEUS, portanto, é quem opera no culto.

Há um só corpo e um só Espirito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos Ef 4.4-6).

Novamente, encontramos, no texto acima, a fórmula trinitária: o DEUS-PAI, o DEUS-Filho e o DEUS-ESPÍRITO. Cada uma das três Pessoas desempenha um papel na igreja. Essa verdade, ensinada primeiramente aos crentes de Éfeso, consta também do Credo de Atanásio — não se deve confundir as Pessoas; PAI é PAI, Filho é Filho, e ESPÍRITO SANTO é ESPÍRITO SANTO. Um só PAI, um só Filho e um só ESPÍRITO SANTO.

Há, portanto, um PAI, não três Pais; um Filho, não três Filhos; um Espirito SANTO, não três Espíritos Santos. E nesta trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. Mas as três Pessoas são co-eternas, são iguais entre si mesmas; de sorte que por meio de todas, como acima foi dito, tanto a unidade na trindade como a trindade na unidade devem ser adoradas.

As três Pessoas estão presentes, atuando cada uma na sua esfera de atuação, em perfeita harmonia e perfeita unidade: “A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos” (2 Co 13.13). Esta é a mais bela bênção das epístolas paulinas, conhecida como a “bênção apostólica”, que poderia também ser chamada de “bênção trinitariana”.

No Antigo Testamento, também há uma bênção tríplice, a sacerdotal; nela DEUS aparece três vezes. Ele determinou que o sacerdote assim abençoasse os filhos de Israel: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26).

Como se vê, existe harmonia entre os dois Testamentos quanto à doutrina da Trindade. Há outras inúmeras passagens bíblicas que mostram textualmente que cada uma dessas Pessoas é DEUS absoluto, além de enfatizarem os seus atributos divinos e as suas operações e obras, as quais serão mencionadas no fim deste capítulo.

 

As três Pessoas da Trindade

As Escrituras Sagradas afirmam que existe um só DEUS; e DEUS é um só. O PAI é o DEUS-Jeová, da mesma forma que o Filho e o ESPÍRITO SANTO são, igual­mente, o mesmo DEUS-Jeová. Trata-se, não de três Deuses, e sim de um só DEUS que subsiste em três Pessoas.

Por mais que tentemos explicar a Trindade, ela é um mistério. “Verdadei­ramente tu és o DEUS que te ocultas, o DEUS de Israel, o Salvador” (Is 45.15), ou: “tu és DEUS misterioso” (ARA). Se o Todo-Poderoso pudesse ser sondado e esquadrinhado pela mente humana, seria limitado e deixaria de ser DEUS.

O termo “Pessoa”, empregado para definir as três identidades distintas da Trindade, em certo sentido é inadequado. Daí os pais da igreja evitarem o seu uso para identificar o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO na Trindade. O vocábulo, do grego prosopon, significa “rosto, face, expressão” — literalmente, “aquilo que aparece diante dos olhos”, “aparência”, “aspecto”, “manifestação”.

“Pessoa” é “um termo menos técnico que hipostasis ou subsístentia, usados para se referir às Pessoas da Trindade ou à Pessoa de CRISTO”.99 Seu equivalente latino é persona, termo empregado por Tertuliano com o sentido de “máscara”, a fim de refutar as heresias dos sabelianistas. A conotação, no caso, era com as máscaras que os atores usavam para representar personagens no teatro grego.100

Aplicando o termo em análise ao que chamamos de Pessoas da Trindade, alguém poderia ser induzido a crer no sabelianismo ou no modalismo. Por essa razão, os pais da igreja preferiam chamar as Pessoas divinas de bomoousios, “um ser” ou hipostasis.

Hipóstase significa “forma de ser ou de existir”,101 que vem de duas palavras gregas hypo, “sob”; e istathai, “ficar”. Nas discussões teológicas sobre a doutrina da Trindade, na era patrística, tal palavra foi aplicada como sinônimo de ousia, “essência, ser”.102 O reformador protestante Calvino preferia chamá-la de Subsistentia.103

A palavra “pessoa” diz respeito à parte consciente do homem que pensa, decide e sente; constitui o caráter, a identidade e a individualidade. Por isso, não devemos confundir pessoa com homem. No caso deste, a sua pessoa é o seu “eu”. E até possível o uso alternativo de pessoa e homem como ser, indivíduo, sujeito, personalidade, identidade, caráter, mas isso nunca deve acontecer quando o assunto diz respeito às três Pessoas da Trindade.

No caso do DEUS trino, é necessário haver restrição. Não são três seres, indi­víduos ou sujeitos, e sim três identidades conscientes. A natureza de DEUS é uma, enquanto as Pessoas divinas, três. A Trindade é a união de três identidades pessoais em um só Ser ou Indivíduo — trata-se, pois, de uma só existência ou essência.

 

A DIVINDADE E OS ATRIBUTOS DIVINOS DO FlLHO

As Escrituras enfatizam textualmente, de maneira inconfundível, a divindade do Senhor JESUS CRISTO e os seus atributos divinos, como lemos em Isaías 9.6:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS Forte,

PAI da Eternidade, Príncipe da Paz.

Na profecia messiânica acima mencionam-se o nascimento e o ministério de JESUS. Dos nomes apresentados, um mostra expressamente que Ele é DEUS Forte, e o outro revela um atributo incomunicável exclusivo da deidade, a eternidade — PAI da Eternidade.

Analisemos outras passagens:

Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro: e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor Justiça Nossa (Jr 23.5,6).

O nome “O Senhor Justiça Nossa” é, em hebraico, YHWHTsidkenu. Temos, pois, outra profecia messiânica pela qual são mencionados atributos e títulos de JESUS: Re­novo de Davi, Renovo justo, Rei de toda a Terra, Salvador de Israel. Tais descrições estão reveladas no Novo Testamento na Pessoa de JESUS (Rm 1.3; At 3.14; 4.12; Ap19.16. Por fim, o Renovo de Davi, o Messias, é chamado de Jeová Justiça Nossa.

E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azei) efugims assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo, ó Senhor (Zc 14.5).

A profecia acima é escatológica e fala do grande livramento de Jerusalém, por ocasião da Segunda Vinda de JESUS. O Messias é chamado de “Jeová, meu DEUS”, com todos os santos com Ele. Comparemos a profecia de Zacarias com a citada em Judas v. 14: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos”.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez Qo 1.1-3).

Na segunda parte do primeiro versículo, em grego, aparece o artigo defini­do antes do nome de DEUS, ton theon, “o DEUS”. E já vimos, anteriormente, que theos, no Novo Testamento grego, quando acompanhado de artigo e sem outra qualificação, refere-se sempre ao DEUS-PAI.

O nome theos, na terceira cláusula da passagem, é predicativo do sujeito, ante­posto ao verbo e sem o artigo definido: kai theos en ho logos, “e o Verbo era DEUS”. Segundo Martinho Lutero, “a falta de um artigo é contra o sabelianismo e a ordem da palavra é contra o arianismo”.104 Portanto, o Senhor JESUS CRISTO é DEUS e tem todos os atributos do PAI, conquanto não seja a primeira Pessoa da Trindade.

Em Romanos 9.5, está escrito: “Dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém”. Há, neste texto, em português, um problema de pontuação. Como na antiguidade não havia sinal gráfico para pontuar, a construção apresentada na versão Almeida Revista Atualizada (ARA) e na Tradução Brasileira é natural.

Acerca desse emprego Robertson afirmou:

Esta é a maneira natural de tomar o sentido da oração, cuja pontuação própria e literal é a seguinte: “O qual é sobre todas as coisas DEUS bendito pelos séculos... ”

A interposição de um ponto e seguido depois de “sarka’’ (ou de um ponto e vírgula) e a iniciação de uma nova oração para a doxología tem um resultado mui brusco e forçado.

O termo sarka, de sarx, é a palavra grega para “carne”. A pontuação pode, por conseguinte, mudar o sentido da mensagem.

Que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS (Fp 2.6).

O texto sagrado acima afirma que o Senhor JESUS não considerou usurpação o ser exatamente igual a DEUS, e isso ensina a deidade absoluta de JESUS CRISTO. O verbo grego traduzido por “sendo” é hyparcho, “ser, estar em existência”106. Portanto, “tem o sentido de um estado permanente: CRISTO existia e existe eter­namente na forma de DEUS”.,

Vine afirmou:

Assim, em Fp 2.6, a expressão: '‘que sendo (sic) [hyparchon] em forma de DEUS” implica sua deidade preexistente, anterior ao seu nascimento e sua deidade que continua depois.

A palavra expressa a continuação de um estado ou condição anterior.109

Outra palavra que devemos considerar, nessa passagem, diz respeito ao substantivo morphe, que significa “forma”, na sua essência, e não simplesmente aparência. Morphe “denota ‘a forma ou traço especial ou característico’ de uma pessoa ou coisa. E usado com significado particular no Novo Testamento, somente acerca de CRISTO, em Fp 2.6, nas frases: ‘sendo em forma de DEUS’ e ‘tomando a forma de servo’.”110

O substantivo morphe aparece apenas três vezes no Novo Testamento gre­go (Fp 2.6,7Marcos 16.12). Contrasta-se com schema, que significa “forma”, no sentido de aparência externa, e não como essência e natureza, como acontece com o primeiro.

“Que, sendo em forma de DEUS” mostra que JESUS era DEUS antes da sua en­carnação, assim como 2 Coríntios 8.9, onde o apóstolo usa a mesma construção: “que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre”. È correto afirmar que JESUS não era rico antes de sua encarnação? Não, absolutamente! No texto de Filipenses encontramos a mesma coisa: “sendo em forma de DEUS (...) tomou a forma de servo”. O verdadeiro DEUS tornou-se verdadeiro Homem.

A passagem enfatiza a humildade. Evidentemente, os cristãos devem imitar a CRISTO, não disputando com os irmãos os seus privilégios, pois Ele, sendo DEUS, não fez uso de suas prerrogativas, mas assumiu a forma de Servo, mantendo-se fiel até a morte. Da mesma maneira, os cristãos devem seguir tal exemplo de humildade e fidelidade. A ênfase do texto, pois, não indica que eles sejam “em forma de DEUS”.

O termo grego harpagmon, traduzido por “usurpação”, significa “apoderar-se, arrancar violentamente”.

F. Bruce declarou:

Não existe a questão de CRISTO tentar arrebatar ou apoderar-se da igualdade com DEUS: ele ê igual a DEUS; porque o fato de ele ser igual a DEUS, não é usurpação; CRISTO é DEUS em sua natureza. Tampouco existe a questão de CRISTO tentar reter essa igualdade pela força. A questão fundamental é, antes, que CRISTO não usou sua igualdade com DEUS como desculpa para autoafirmação, ou autopromoção; ao contrário, ele a usou como ocasião para renunciar a todas as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como oportunidade para auto-empobreamento e auto sacrifício sem reservas.

“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). As palavras “divindade” e “deidade” no texto grego é theotes, que só aparece uma vez no Novo Testamento grego. Essa essência divina ou deidade absoluta, disse o apóstolo Paulo, habita corporalmente em CRISTO — DEUS-Homem e Homem-DEUS.

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO (Tt 2.13).

Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO; aos que conosco alcançaram é igualmente preciosa pela justiça do nosso DEUS e Salvador JESUS CRISTO (2 Pe l.l).

O apóstolo Paulo empregou um só artigo tou, que significa “do”, para o “grande DEUS e nosso Salvador CRISTO JESUS”. O doutor Robertson afirma que a presença de um só artigo, nessas passagens — e a mesma coisa acontece em 2 Pedro 1.1 —, revela a menção de uma só Pessoa.112 O texto sagrado apresenta, pois, de maneira direta e inconfundível que JESUS é o “grande DEUS”, o “nosso DEUS e Salvador”.

Além de todos os textos que ensinam explicitamente que o Senhor JESUS é DEUS, en­contramos os atributos incomunicáveis (exclusivos) da divindade do PAI no Filho.

JESUS CRISTO é: Eterno (Is 9.6Mq 5.2; Jo I.I-3; 8.58; Hb 13.8); Onipotente (Mt 28.18; Ef I.2I); Onipresente (Mt 18.2028.20); Onisciente (Jo 2.242516.3021.17Cl 2.2,3); e Criador (Jo I.I-3; Cl 1.16-18Hb 1.2,10).

 

Divindade e atributos divinos do ESPÍRITO SANTO

As Escrituras revelam textualmente, de maneira inconfundível, a divindade do ESPÍRITO SANTO, além de seus atributos divinos, iguais aos do PAI e do Filho. O divi­no Consolador é igual em poder às outras Pessoas da Trindade, tendo também um nome: “em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO” (Mt 28.19). Diante desta passagem, seria um absurdo se o ESPÍRITO SANTO não fosse DEUS!

O ESPÍRITO do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o DEUS de Israel\ a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens; que domine no temor de DEUS (2 Sm 23.2,3).

Sucedeu, pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e 05 anciãos de Judá, assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor JEOVA caiu sobre mim... E estendeu a forma de uma mão c me tomou pelos cabelos da minha cabeça; e o ESPÍRITO me levantou entre a terra e o céu e me trouxe a Jerusalém em visões de DEUS, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de DEUS Ez 8.1,3).

O profeta Ezequiel afirmou que “a mão do Senhor JEOVÁ” caiu sobre ele; em seguida, declarou que “o ESPÍRITO me levantou entre a terra e o céu”. Isso revela que o DEUS de Israel é o mesmo ESPÍRITO SANTO.

Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS (Atos 5.3,4).

De acordo com a passagem supramencionada, a quem Ananias mentiu, ao ESPÍRITO SANTO ou a DEUS? Observe que DEUS e o ESPÍRITO SANTO são uma mesma divindade.

Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e, onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o ESPÍRITO (2 Co 3.11,18).

Além de todos os textos que ensinam explicitamente que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, encontramos também na Palavra de DEUS todos os atributos da divindade.

O Consolador é: Eterno (Gn 1.2Hb 9.14); Onipotente (Zc 4.6Lc 1.35Rm 15.13,19); Onipresente (Sm 139.7-10I Co 3.16Jo 14.17); Onisciente (Ez 11.5Rm 8.26,27I Co 2.10,11Lc 2.26I Tm 4.1I Pe 1.11; e Criador (Jó 26.1333.4Sm 104.30).

As obras de cada Pessoa da Trindade

Para concluir este capítulo, citaremos algumas referências que corroboram o estudo sobre a Trindade. É muito importante que o estudioso do assunto leia todas as passagens abaixo.

Cada uma das três Pessoas da Trindade é autora do novo nascimento: o PAI (Jo 1.13), o Filho (I Jo 2.29) e o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.56); e cada uma delas ressuscitou JESUS: o PAI (At 2.24; I Co 6.14), o próprio Filho (Jo 2.1910.18) e o ESPÍRITO SANTO (I Pe 3.18).

De acordo com as Escrituras, cada Pessoa da Trindade habita nos fiéis: o PAI (Jo 14.23I Co 14.252 Co 6.16Ef 4.6I Jo 2.54.12-16), o Filho (Jo 17.23;

II Co 13.5GL 2.20Ef 3.17I Jo 3.24Ap 3.20) e o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.17Rm 8.11I Co 3. 166.19; 2Tm I.I4;Tg 4.5). Além disso, cada uma dá a vida eterna: o PAI (I Jo 5.11), o Filho (Jo 10.28) e o ESPÍRITO SANTO (GL 6.8).

 

O PAI, o Filho e o ESPÍRITO deram aos apóstolos poder para operar milagres:

O PAI (Atos 15.12; I9.I I; Hb 2.4), o Filho (Atos 4.103016.18) e o ESPÍRITO SANTO (Atos 2.2-410.44-4619.6Rm 15.19); e falaram pelos profetas e apóstolos: o PAI (Jr 1.9Lc 1.70Atos 3.21), o Filho (Lc 21.15;2 Co 13.3I Pe 1.11) e o ESPÍRITO SANTO (2 Sm 23.2Mt 10.20; Marcos 13.11).

Cada uma delas inspirou as Escrituras: o PAI (Ex 4.122Tm 3.16; Hb I.I), o Filho (2 Co 13.3I Pe 1.11) e o ESPÍRITO SANTO (2 Sm 23.2Marcos 12.36; Atos

28; 2 Pe 1.21); e guiou o povo de DEUS: o PAI (Dt 32.12Sm 23.273.24; Is, o Filho (Mt 16.24Jo 10.4I Pe 2.21) e o ESPÍRITO SANTO (SI 143.10; Is 63.14Rm 8.14Gl 5.18).

Não há dúvidas, à luz da Palavra do Senhor, quanto à Trindade, pois cada uma das Pessoas, ainda, distribui os dons espirituais: o PAI (I Co 12.6Hb 2.4), o Filho (I Co 12.5) e o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.26I Co 12,8-11); e santifica os fiéis: o PAI (Jo 14.23I Co 14.252 Co 6.16Ef 4.6I Jo 2.54.I2-I6), o Filho (Jo 17.232 Co 13.5; G12.20; Ef 3.17I Jo 3.24) e o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.17Rm 8.11I Co 3.16; 2Tm I.I4;Tg 4.5).

Finalmente, cada uma delas dá missão aos profetas; envia os apóstolos e mi­nistros: o PAI (Is 48.16Jr 25.4I Co 12.28; Gl I.I), o Filho (Mc 16.15; 2 Co 5.20Gl 1.1Ef 4.11) e o ESPÍRITO SANTO (Is 48.16Atos 13.2,416.6-720.28); e ensina os fiéis: o PAI (Is 48.1754.13Jo 6.45), o Filho (Lc 21.15Jo 15.15Ef 4.21Gl 1.12) e o ESPÍRITO SANTO (Lc 12.12Jo 14.26I Co 2.13). Aleluia!

 

 

LIÇÃO 5 - A SANTÍSSIMA TRINDADE – UMA VERDADE INCONTESTÁVEL - Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos

TEMA – As Verdades Centrais da Fé Cristã - Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correia de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto - Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

  

 

A SANTÍSSIMA TRINDADE – UMA VERDADE INCONTESTÁVEL

 

 

LEITURA BÍBLICA MATEUS 3.13-17

 13 Então, veio JESUS da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.

 14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?

 15 JESUS, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.

 16 E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele.

 17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu FILHO amado, em quem me comprazo.

 

3.13 O BATISMO DE JESUS. JESUS foi batizado por João pelas seguintes razões:

(1) Para cumprir toda a justiça (v. 15; cf. Lv 16.4; Gl 4.4,5). CRISTO, mediante o batismo, consagrou-se publicamente a DEUS, e assim cumpriu a justa exigência de DEUS.

(2) Para identificar-se com os pecadores embora o próprio JESUS não precisasse de arrependimento de pecado (2 Co 5.21; 1 Pe 2.24).

(3) Para associar-se com o novo movimento da parte de DEUS, pelo qual Ele chamava todos ao arrependimento. Este movimento teve início com João Batista como o precursor do Messias (Jo l.23,32,33).

3.16 O ESPÍRITO DE DEUS DESCENDO... SOBRE ELE. Tudo quanto JESUS fez sua pregação, seu sofrimento, sua vitória sobre o pecado Ele o fez pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Se JESUS nada podia fazer sem a operação do ESPÍRITO SANTO, quanto precisa o povo de DEUS da capacitação do ESPÍRITO SANTO! (cf. Lc 4.1,14, 18; Jo 3.34; At 1.2; 10.38). O ESPÍRITO veio sobre JESUS para dotá-lo de poder para efetuar a obra da redenção (ver Lc 3.22). O próprio JESUS posteriormente iria batizar seus seguidores com o ESPÍRITO SANTO a fim de que eles também tivessem a capacitação do ESPÍRITO (ver 3.11; At 1.5,8; 2.4).

3.17 ESTE É O MEU FILHO AMADO. O batismo de JESUS é uma grandiosa manifestação da realidade da Trindade.

(1) JESUS CRISTO, declarado igual a DEUS (Jo 10.30), é batizado no Jordão.

(2) O ESPÍRITO SANTO, que também é igual ao PAI (At 5.3,4), desce sobre JESUS em forma de pomba.

(3) O PAI declara que se compraz em JESUS. Temos, portanto, neste ato três pessoas divinas iguais. Contraria a integridade das Escrituras explanar este evento de qualquer outra maneira. A doutrina da Trindade mostra que as três pessoas divinas subsistem em tal unidade que constituem o DEUS uno (ver Mc 1.11, sobre a Trindade; cf. Mt 28.19; Jo 15.26; 1 Co 12.4-6; Ef 2.18; 1 Pe 1.2).

 

VOZ:

Isaías 40.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso DEUS.

Marcos 1.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. 

Lucas 3.4 segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.

João 1.23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto:  Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Lucas 1.76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,

 

ESPÍRITO:

Isaías 4.4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,

Isaías 44.3 Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu ESPÍRITO sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.

Malaquias 3.2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.

Atos dos Apóstolos 2.3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.4 E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

1 Coríntios 12.13 Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer Judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO.

 

A TRINDADE (Willian W.Menzies e Stanley M.Horton - Doutrinas Bíblicas - CPAD - 1995 - RJ)

Um grande mistério está à nossa espreita: há somente um DEUS, e uma só Trindade (ou "triunidade"). Para desvendar tal mistério, não dispomos de analogias ou comparações adequadas. Mas a realidade da Palavra de DEUS aí está: o Supremo Ser subsiste numa unidade de três pessoas igualmente divinas e distintas.

 

Por mais difícil que nos seja compreender toda essa verdade, temos aí, não obstante, uma doutrina vital e urgente. A história eclesiástica traz dramáticos relatos de grupos cristãos que teimaram em não fazer caso da Trindade.

 

A oração familiar e cotidiana dos judeus, extraída de Deuteronômio 6.4, enfatiza a suprema grandeza da unidade divina: "Ouve, Israel, o Senhor nosso DEUS é o único Senhor". A palavra "único", aqui usada, corresponde ao hebraico, "echad", que pode representar uma unidade composta ou complexa. Embora o hebraico possua uma palavra que signifique "somente um" ou "o único", "yachid", esta jamais é usada em relação a DEUS.

 

Paralelamente a unidade de DEUS, deparamo-nos com o conceito de sua personalidade. A personalidade envolve o conhecimento (ou inteligência), os sentimentos (ou afetos) e a vontade. O PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, cada um de per si, revelam tais características à sua própria maneira.

 

O ESPÍRITO SANTO, por exemplo, faz coisas que o mostram realmente como uma pessoa distinta, e não como mero poder impessoal (At 8.29; 11.12; 13.2,4; 16.6,7; Rm 8.27; 15.30; 1Co 2.11; 12.11). A personalidade também requer comunhão. Todavia, antes da existência do Universo, onde estava a possibilidade de comunhão? A resposta jaz no complexo arranjo dentro da deidade.

 

A unidade de DEUS não exclui a possibilidade de nela haver personalidades compostas. Há três personalidades distintas, cada qual inteiramente divina, mas encontram-se tão harmonicamente inter-relacionadas que resultam numa única essência. Como se vê, seria totalmente errado afirmar que na Trindade haja três deuses e Uma maneira de se desvendar as distinções das pessoas, na divindade, consiste em se observar as funções atribuídas especificamente a cada uma delas.

 

Exemplificando: DEUS PAI é relacionado à obra da criação; DEUS FILHO é o principal agente da obra de redenção da humanidade; e DEUS ESPÍRITO SANTO é a garantia de nossa herança futura. Esta tríplice distinção é esboçada no primeiro capítulo de Efésios.

 

Contudo, não devemos pressionar tais distinções, pois há abundante testemunho bíblico quanto à cooperação do FILHO e do ESPÍRITO SANTO na obra da criação: o PAI criou através do FILHO (Jo 1.3); o ESPÍRITO SANTO pairava gentilmente sobre a terra, preparando-a para os seis dias da criação (Gn 1.2). O PAI enviou o FILHO ao mundo para efetuar a redenção (Jo 3.16), e o próprio FILHO, em seu ministério, veio "no poder do ESPÍRITO" (Lc4.14).

 

O PAI e o FILHO, de igual modo, tomam parte no ministério do ESPÍRITO SANTO, que consiste em santificar o crente. A Trindade é uma comunhão harmoniosa dentro da deidade. Essa comunhão é amorosa, porque DEUS é amor. Mas esse amor é expansivo, e não auto centralizado.

 

Ele requeria que, antes da criação, houvesse mais de uma Pessoa dentro do Divino Ser. Um importante vocábulo para se guardar, no tocante à doutrina da Trindade, é "subordinação". Há uma espécie de subordinação na ordem das relações das pessoas da Trindade, mas sem qualquer implicação quanto à natureza de cada uma delas.

 

O FILHO e o ESPÍRITO são declarados como "procedentes" do PAI. É uma subordinação, pois, quanto às relações, mas não quanto à essência. O ESPÍRITO, por sua vez, é declarado procedente do PAI e do FILHO. Esta é a declaração ortodoxa da Igreja Ocidental, adotada por ocasião do Concílio de Nicéia, em 325 d.C, e incorporada em diversos credos.

 

Duas notórias heresias opuseram-se à Igreja quanto à doutrina da Trindade: sabelianismo e arianismo.

 

Por volta do século III, Sabélio, numa tentativa de evitar a possibilidade de que se ensinasse a existência de três deuses, promoveu a ideia de que há apenas um DEUS. Embora, segundo ele, possua o Ser Supremo uma única personalidade, manifesta-se de três diferentes modos. Primeiramente, há o DEUS PAI, o Criador. que, posteriormente, manifestou-se como o FILHO, o Redentor. E, finalmente, veio Ele a se revelar como o ESPÍRITO SANTO. Para Sabélio, DEUS estava apenas exibindo-se sob três "máscaras" diferentes. Uma modalidade dessa heresia irrompeu nos círculos pentecostais por volta de 1915, assumindo o epíteto de "JESUS Somente" ou de "Unidade". Usualmente apontam eles para o fato de que a palavra "nome", em Mateus 28.19, é singular, e arrematam, dizendo que esse "nome" é JESUS. Entretanto, nos tempos bíblicos, o substantivo "nome" incluía tanto os nomes pessoais como os títulos (Lc 6.13), e somente era usado no singular quando dado a uma pessoa - como em Rute 1.2, onde "nome" aparece no singular hebraico. Notemos ainda que, em Mateus 28.19, o mandamento foi, literalmente, batizar os convertidos "no nome", que era a maneira de se referir à adoração e serviço do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Todavia, em Atos 2.38, há uma forma diferente usada no original grego, e que significa "no nome de JESUS": era a maneira de se realçar a expressão "sob a autoridade de JESUS"; autoridade esta expressa em Mateus 28.19. Lucas usou igual terminologia para distinguir o batismo de CRISTO do batismo de João Batista. Essa espécie de unitarismo simplifica demasiadamente a Trindade.

 

Os defensores dessa posição usam a seguinte ilustração: O Dr. William Jones é tratado por seu título, Dr. Jones, em seu consultório. No bairro, os amigos chamam-no por seu nome pessoal, William. Em casa, seus filhos chamam-no de pai ou papai. O problema com tal ilustração é que William Jones, numa reunião na sede comunitária de seu bairro, não irá ao telefone falar com o pai Jones, em casa, ou para com o Dr. Jones, em seu consultório. E, no entanto, JESUS orou ao PAI, e o PAI declarou: "Tu és o meu FILHO amado, em ti me comprazo" (Lc 3.22).

 

A simplificação unitarista, pois, arrasta DEUS para o nível humano. Ora, no nível humano só há uma pessoa para cada ser. Sem importar qual seja a parte de uma pessoa (vontade, emoções etc) que esteja agindo, ela deverá dizer: "Eu fiz isso". No nível divino, porém, há três pessoas para um só Ser. A maioria dos que seguem a doutrina do "JESUS Somente", ensinam que só pode considerar-se salvo o que é batizado no ESPÍRITO SANTO, e fala línguas estranhas. Tal confusão deriva-se de sua falha em não distinguir entre a redenção operada por CRISTO e a unção que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO.

 

Outra heresia que tem afligido periodicamente certos segmentos da Igreja é o arianismo.

Em 325 d.C., Ario descambou para um outro extremo. Ele enfatizou de tal forma a distinção entre as pessoas da divindade, que acabou por dividi-la em três essências distintas. E o resultado foi a subordinação não só entre as relações pessoais, mas também quanto à natureza do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Semelhante arremedo doutrinário esvaziou a divindade tanto de CRISTO quanto do ESPÍRITO SANTO. Ario negava a eterna filiação de CRISTO, sugerindo ter Ele começado a existir nalgum ponto do tempo após o PAI. Além disso, declarou que o ESPÍRITO SANTO teria vindo à existência através da operação do PAI e do FILHO, tornando-lhe a deidade inferior à deidade do FILHO. Há vários grupos hoje que negam igualmente a divindade do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Tais grupos consideram-se herdeiros espirituais de Ário.

 

Eis algumas passagens que refutam a tal subordinação: Jo 15.26; 16.13; 17.1,18,23; 1 Co12.4,6; Ef 4.1,6 e Hb 10.7,17.

 

VEJA ESTES EXEMPLOS:

Jo 15.26 Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do PAI vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO de verdade, que procede do PAI, ele testificará de mim.

1 Co 12.4 Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos.

Ef 4.1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só DEUS e PAI de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

 

Embora o termo "trindade" não seja encontrado em nenhum lugar da Bíblia, há numerosas passagens que lhe fazem alusão. Um vívido exemplo é visto de maneira clara nos eventos que cercam o batismo de JESUS no rio Jordão: -Batizado JESUS, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é meu FILHO amado, em quem me comprazo" (Mt 3.16,17).

 

Admitimos ser a Trindade um mistério; um mistério mui profundo: não pode ser compreendido pela mente humana. Mas o ESPÍRITO da Verdade ajuda-nos em nossa fraqueza e incapacidade (1 Co 2.13-16). Adoramos o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Reconhecemos-Ihes suas respectivas personalidades por suas atuações descritas pela Bíblia. Por conseguinte, humildemente reconhecemos serem Eles Um em comunhão, propósito e substância.

 

SÍNTESE TEXTUAL

Entendemos, mediante a Doutrina da Trindade, que a divindade subsiste eterna e plenamente em três pessoas: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Não são três Deuses como falsamente afirmam os hereges, mas um só DEUS. Uma é a pessoa do PAI, outra, a do FILHO, e outra, a do ESPÍRITO SANTO. O PAI não é maior do que o FILHO. O FILHO não é maior do que o ESPÍRITO SANTO, e assim respectivamente. O PAI não é o FILHO. O FILHO não é o ESPÍRITO SANTO. E o ESPÍRITO SANTO não é nenhuma das Pessoas anteriores. Todavia, a divindade pertence a cada uma das três pessoas, constituindo um só DEUS. Conforme afirmou Atanásio de Alexandria: “Adoramos um só DEUS na Trindade, a Trindade na Unidade, sem confusão de pessoas, e sem separação de substância”.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

 Prezado professor, a doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade incontestável. As Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, atestam a veracidade desse ensinamento. No estudo desta semana, devemos evitar dois erros:

1) o erro do modalismo – afirma que o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO são a manifestação da mesma pessoa;

2) o erro do subordinacionismo – afirma que o PAI é maior do que o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, e que tanto o FILHO quanto o ESPÍRITO SANTO, estão subordinados ao PAI. Todavia, sabemos que a Trindade é Una, pois só há uma deidade; e Trina, pois são três distintas pessoas que participam da mesma deidade.

O triângulo equilátero é uma excelente figura para facilitar a compreensão da Trindade. Reproduza-o conforme os recursos disponíveis.

 

 

COMENTÁRIO RESUMO

INTRODUÇÃO 

Nesta lição, estudaremos um dos capítulos mais importantes da teologia. Se para constatar a existência de DEUS, é-nos suficiente a fé e a razão; para compreender a Trindade, carecemos, conjuntamente, da revelação divina que só encontramos na Bíblia Sagrada. Não é algo que se aprende através da luz natural da razão; e, sim, da iluminação espiritual que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO na Palavra de DEUS.

  

 

III. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO

 É no Novo Testamento que encontramos as mais claras e explícitas manifestações da Santíssima Trindade: no batismo de JESUS, em seu ministério e em sua ressurreição e ascensão e, de forma abundante, na vida da Igreja Primitiva.

1. No batismo de JESUS(Mt 3.16,17).

2. No ministério de JESUS(Lc 4.18,19).

3. Na ressurreição e na ascensão de JESUS.

4. Na vida da Igreja Primitiva.

 

CONCLUSÃO 

 A doutrina da Santíssima Trindade não é um mero exercício intelectual; é uma verdade consoladora: ensina-nos diversas coisas vitais para a nossa vida cristã. Em primeiro lugar, com a ascensão de Nosso Senhor, não fomos deixados órfãos. Ele rogou ao PAI que, amorosa e prontamente, enviou-nos o Consolador. E este, com inexprimíveis gemidos, intercede por nós e testifica que somos filhos de DEUS através dos méritos de Nosso Senhor JESUS CRISTO.

Quão consoladora é a doutrina da Santíssima Trindade. 

 

A TRINDADE DIVINA - As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD

A doutrina da Trindade consiste num dos grandes mistérios da fé cristã. Em suas confissões indaga Agosti­nho: "Quem compreende a Trindade Onipotente? E quem não fala dela ainda que não a compreenda? É rara a pessoa que ao falar da Santíssima Trindade saiba o que diz. Con­tendem e discutem. E contudo ninguém contempla esta visão sem ter paz interior". As Escrituras ensinam que DEUS é um, e que além dele não existe outro DEUS (Is 37.16). Contudo, a unidade divina é uma unidade composta de três pessoas distintas e divinas, que são: DEUS PAI, DEUS Filho, e DEUS ESPÍRITO SANTO. Não se trata de três deuses independentemente. São três pessoas, mas um só DEUS. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são um. O PAI cria, o Filho redime, e o ESPÍRITO santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações os três estão presentes.

 

1. A Trindade na Bíblia

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, título divinos são atribuídos, distintamente, às três pessoas da Trindade. Deste modo a Bíblia diz que o PAI é DEUS (Ex 20.2), que o Filho é DEUS (Jo 20.28),e que o ESPÍRITO também é DEUS (At 5.3,4). Cada pessoa da Trindade é descrita na Bíblia, como sendo:

 

A Trindade

O PAI

O Filho

O ESPÍRITO SANTO

Onipresente

Jr 23.24

Ef 1.20-23

Sl 139.9

Onipotente

Gn 17.1

Ap 1.8

Rm 15.19

Onisciente

At 15.18

Jo 21.17

1 Co 2.10

Criador

Gn 1.1

Jo 1.3

Jó 33.4

Eterno

Rm 16.16

Ap 22.13

Hb 9.14

SANTO

Ap 4.8

At 3.16

1 Jo 2.20

Salvador

2 Ts 2.13

Tt 3.4-6

1 Pd 1.2

 

2. DEUS PAI

Nas Escrituras o nome "PAI" nem sempre designa DEUS num mesmo sentido. Por exemplo, a Bíblia o apre­senta como:

a)PAI de toda a Criação (1 Co 8.6; Ef 3.14,15; Hb 12.9).

b)PAI de Israel(Dt 32.6; Is 63.16; Jr 3.4; Ml 1.6).

c) PAI dos crentes (Mt 5.45; 6.6; 1 Jo 3.1).

d)PAI de JESUS CRISTO (Mt 3.17; Jo 1.14; 8.54).

Do Universo DEUS é PAI por criação; de Israel Ele é PAI por eleição; do crente Ele é PAI por adoção; e de JESUS CRISTO Ele é PAI por geração.

 

3. DEUS Filho

Das três pessoas da Trindade, a única revelada corporalmente aos homens foi a segunda, o Senhor JESUS CRISTO. Muitas afirmações feitas a respeito do Senhor Jeová no Antigo Testamento são interpretadas no Novo Testa­mento, referindo-se profeticamente a JESUS CRISTO. Com­parando algumas citações do Antigo Testamento com ou­tras do Novo, haveremos de notar a identidade de JESUS CRISTO como DEUS. Veja isto comparando as seguintes pas­sagens das Escrituras:

Isaías 40.3,4..................   com..........   Lucas 1.68,69, 79

Êxodo 3.14....................   com..........   João 8.56-58

Jeremias 17.10...............   com..........   Apocalipse 2.26

Isaías 60.19...................   com..........   Lucas 2.32

Isaías 6.10.....................   com.......... João 12.37-41

Isaías 8.12,13................   com.......... 1 Pedro 3.14,15

Números 21.6,7.............   com..........   1 Coríntios 10.9

Salmo 23.1....................   com..........   João 10.11

Ezequiel 34.11,12...........   com.......... Lucas 19.10

Deuteronômio 6.16.........   com..........   Mateus 4.10

 

4. DEUS ESPÍRITO SANTO

O PAI e o Filho dão testemunho de si mesmos; o ESPÍRITO SANTO, porém, jamais dá testemunho de si próprio; contudo, a Bíblia o apresenta como um Ser dotado de per­sonalidade. Isto é, o ESPÍRITO SANTO possui em si os elemen­tos de existência pessoal, em contraste com a existência impessoal. A Bíblia mostra a personalidade do ESPÍRITO SANTO quando diz que Ele cria e dá vida, nomeia e comissiona ministros, dirige onde os ministros devem pregar, instrui o que os ministros devem pregar, falou através dos profetas, contende com os pecadores, reprova, consola, nos ajuda em nossas fraquezas, ensina, guia, santifica, testifica de CRISTO, tem poder próprio, sonda tudo, age segundo a sua vontade, pode ser entristecido e envergonhado, pode sofrer resistência (Jó 33.4; Is 48.16; At 13.2; 20.28; 16.6,7; 1 Co 2.13; At 1.16; 1 Pd 1.11,12; 2 Pd 1.21). O nome do ESPÍRITO SANTO aparece associado aos no­mes do PAI e do Filho, na comissão apostólica, Mt 28.19 na opera­ção dos dons espirituais na Igreja, (1 Co 12.4-6) e na bênção apostóli­ca (2 Co 13.13).

  

TRINDADE - TEOLOGIA SISTEMÁTICA - Govaski

 TRIUNO DEUS (TRINDADE) -nome significa união de três partes ou expressões em uma só. Expressão usada a primeira vez por Tertuliano Séc. II DC Ex. Água nos 3 estados num mesmo recipiente.

Ex. (1Jo. 5:7- Porque três são os que testificam no céu: o PAI, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um.

1 Jo.5:8 - E três são os que testificam na terra: o ESPÍRITO, e a água e o sangue; e estes três concordam num. DEUS é um.

O monoteísmo é uma verdade e a divindade do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO é uma verdade.

A Unidade Divina é uma Unidade Composta, onde há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a unidade, mas cada um é consciente das outras duas, em comunhão.

Não é o caso de haver três deuses independentes com existência própria.

Os três cooperam unidos no mesmo propósito. (Eu e o PAI somos um- Jo.10:30 e não, Eu Sou o PAI.)O pai cria (o filho e o ESPÍRITO São cooperadores); o filho redime (0 PAI e o ESPÍRITO enviam o filho a redimir) e o ESPÍRITO SANTO santifica (PAI e filho cooperam nesta Obra).

A trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção do homem, tornou sua manifestação histórica.

A Doutrina da trindade é uma doutrina revelada e não concebida pela razão humana. (1Co.2:16).

Essa Palavra não aparece na Bíblia, mas encontra-se na Bíblia, provas de sua existência.

E muito difícil achar termos humanos para expressar a unidade da Divindade e a distinção das Pessoas.

(Não são três deuses, nem três aspectos ou manifestações de DEUS, como prega o TRITEISMO).

Não é uma pessoa apenas, apesar de ser um Só DEUS, como prega o SABELIANISMO. O PAI ama e envia o filho; o filho veio do PAI e voltou para o PAI. O PAI e o filho enviam o ESPÍRITO; O ESPÍRITO intercede junto ao PAI. (Jo.17:1).Para combater estas duas heresias, a doutrina da trindade foi preservada através de dogma Credo de Atanásio Séc. V: ‘Adoramos um DEUS em trindade, trindade em unidade.”

As três pessoas que compõe o ser único de DEUS - o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO - são chamados de a Trindade.

A palavra "Trindade" não aparece na bíblia. (Onisciente, Teocracia e muitas outras palavras também não, mas a doutrina está lá).

Os estudiosos criaram-na para descrever as três pessoas que constituem DEUS.

Através da bíblia, DEUS está presente como sendo o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO - não são três "deuses", mas sim três pessoas do único DEUS (veja, por exemplo, Mateus 28:191Coríntios 16:23-242 Coríntios 13:13).

As Escrituras apresentam o PAI como a fonte da criação, o que dá a vida e DEUS de todo o universo (veja João 5:261 Coríntios 8:6Efésios 3:14-15

 

O Filho é retratado mais como a imagem do DEUS invisível, a representação exata do seu ser e de sua natureza e o Messias redentor (veja Filipenses 2:5-6Colossenses 1:14-16Hebreus 1:1-3).

O ESPÍRITO é DEUS agindo, DEUS alcançando as pessoas - influenciando-as, mudando-as internamente, enchendo-as e guiando-as (veja João 14:26 ; 15:26Gálatas 4:6Efésios 2:18).

Todos os três formam uma trindade, vivendo dentro do outro e trabalhando juntos para cumprir seu plano divino para o universo (veja João 16:13-15).

A união das três pessoas -- PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO -- formando um só DEUS. DEUS é ao mesmo tempo uno e trino (Mt 3.13-1728.192Co 13.13).

 

PROVAS DA TRINDADE NA BÍBLIA:

Nome de DEUS em hebraico (indica plural) - Elohyim (Gn. 1:1); Verbo no plural Façamos... (Gn.1:26);

Expressão como um de nós (plural) - (Gn.3:22);

Verbo no plural Desçamos (Gn.11:7);

Aparições de JESUS no AT antes de nascer por Maria: (Reconhecido como DEUS e como homem): DEUS teria aparência de homem e homem teria aparência divina (Gn. 1:27);

DEUS e Abraão (Gn.18:2);

DEUS e Jacó (Gn.32:24);

DEUS e Josué (Js.5:13);

DEUS e Israel (Jz.2:4);

DEUS e Gideão (Jz.6:21);

DEUS e Manoá (Jz.13:3-6);

DEUS e deuses? (Sl.82:1);

DEUS e homem (Sl.82:6-7);

DEUS tem um filho (Pv. 30:4);

DEUS fala que olharão para Ele, que é aquele (JESUS) que traspassaram (Zc.12:10);

O Senhor diz que o (outro) Senhor repreenda? 2 Senhores? (Zc.3:2); DEUS Forte se fez menino (Is.9:6);

Por isso DEUS, o teu DEUS... (Sl. 45:7);

O Eterno, o Senhor, o Criador (3 substantivos seguidos de artigo; 3 pessoas) - (Is.40:28);

 

SETE SIGNIFICADOS DE IMPORTÂNCIA DA TRINDADE:

1.     Confere a compreensão acerca da natureza de DEUS - porque somos formados por uma alma, um corpo e um espírito, onde o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS.

2.     DEUS é triúno, com cada pessoa divina com função e propósito; o homem combina os 3 aspectos (material, espiritual e sentimental).

3.     DEUS opera em sua Criação-DEUS PAI planeja, o Filho é o agente e o ESPÍRITO SANTO realiza;

4.     Tira a ideia de Estagnação - DEUS é dinâmico e Ele é a própria plenitude da vida;

5.     Conceito nega o deísmo - afinal, DEUS age na criação, Ele quer conduzir homens ao seu seio familiar (Rm.8:29);

6.     Subentende unidade na adversidade-CRISTO é o centro de tudo, mas os homens não perdem identidade;

7.     Limita rivais ao seu poder- falsos, supostos deuses.

Analise os comparativos:

PAI testifica do Filho (Mt.3:17); Filho Testifica do PAI (Jo.5:19); Filho Testificou do ESPÍRITO (Jo.14:26); ESPÍRITO Testificou do Filho (Jo. 15:26).

Atributos Divinos da trindade: PAI FILHO E. SANTO:

Onipresença: Jr.23:24Mt.28:20; SI.139:7;

Onipotência: Gn.17:1Mt.28:18Lc.1:35;

Onisciência: 1Pe.1:2Jo.21:171Co. 2:10;

Criador: Gn. 1:1Jo. 1:3Jó. 33:4;

Eternidade: Rm. 16:26Ap.22:13Hb. 9:14;

Santidade: Ap. 4:8; At. 3:14; 1 Jo. 2:20;

Santificador: Jo. 10:36Hb. 2:111 Pe. 1:2;

Salvador: Is. 43:112 Tm.1:1O TI. 3:5;

 

Livro do Trimestre – Livro de apoio: A Razão da Nossa Fé - Pr. Esequias Soares - CPAD

 

Trindade é a união de três Pessoas – o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO – em uma só Divindade, sendo iguais, eternas e da mesma substância, embora distintas, sendo DEUS cada uma dessas Pessoas. Essa doutrina é um mistério porque vai além da razão, mas não contra a razão, como disse acertadamente Norman Geisler: “É conhecida apenas pela revelação divina, portanto não é assunto da teologia natural,   mas da revelação” (GEISLER, 2001, p. 834). A Bíblia declara textualmente que existe um só DEUS verdadeiro e, ao mesmo tempo, afirma com a mesma clareza e de maneira direta que JESUS é DEUS,  mostrando nele todos os títulos divinos, com seus atributos, funções e obras de DEUS. E, com o ESPÍRITO SANTO não é diferente; a Bíblia revela a sua divindade plena. Houve no passado quem defendesse o triteísmo, mas a Igreja nunca reconheceu tal ensino; antes, refutou e combateu essa ideia. O mistério consiste também no fato de o DEUS dos cristãos revelado nas Escrituras ser trino e uno sem comprometer o monoteísmo judaico-cristão.

 

AS DECLARAÇÕES ESCRITURÍSTICAS

A Trindade é uma doutrina com sólidos fundamentos bíblicos e, mesmo sem conhecer essa terminologia, os cristãos do período apostólico reconheciam essa verdade. Essa doutrina está implícita no Antigo  Testamento, pois há declarações que indicam claramente a pluralidade na unidade de DEUS (Gn 1.26; 3.22; 11.6, 7; Is 6.8). Apesar da ênfase da doutrina monoteísta como o shemá: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso DEUS, é o único SENHOR” (Dt 6.4) reafirmada pelo Senhor JESUS (Mc 12.29), o Antigo Testamento mostra que a unidade de DEUS não é absoluta. O Novo Testamento revela que essa pluralidade se restringe ao PAI, ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19; 1 Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; 1 Pe 1.2).

Há ainda várias passagens tripartidas no Novo Testamento que revelam a Trindade (Lc 24.49; Rm 1.1-4; 5.1-5; 14.17, 18; 15.16, 30; 1 Co 6.11; 2 Co 1.20, 21; Gl 3.11-14; Ef 1.17; 2.18-22; 3.3-7, 14-17; 1 Ts 5.18). Além das declarações bíblicas apresentadas aqui, há outras evidências contundentes que fundamentam essa doutrina. Cada uma dessas Pessoas é chamada individualmente de DEUS e Senhor. O DEUS do  cristianismo é um (Gl 3.20), mas as Escrituras ensinam também que o PAI é DEUS, o Filho é DEUS e o

ESPÍRITO SANTO é DEUS. A Bíblia aplica o nome “DEUS” ao PAI sozinho (Fp 2.11), da mesma forma ao Filho (Jo 1.1) e ao ESPÍRITO SANTO (At 5.3, 4); e, na maioria das vezes, com referência à Trindade (Dt 6.4). Isso também ocorre com o Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino YHWH), que se aplica ao PAI sozinho (Sl 110.1), ao Filho (Is 40.3; Mt 3.3) e ao ESPÍRITO SANTO (Ez 8.1,3). No entanto, aplica-se também à Trindade (Sl 83.18). Salta à vista de qualquer leitor da Bíblia a divindade plena e absoluta de cada uma dessas Pessoas. Foi assim que o ESPÍRITO revelou a unidade na Trindade.

As palavras de JESUS sobre a sua própria identidade e as suas ações revelam a sua deidade absoluta. O mesmo pode ser dito sobre as obras e as declarações a respeito do ESPÍRITO SANTO. O DEUS revelado nos evangelhos é trino e uno. A maneira como essa verdade é revelada em Mateus, Marcos, Lucas e João era perfeitamente compreendida pela geração apostólica. Por essa razão, não havia questionamento sobre a triunidade de DEUS. Quando o Senhor JESUS apaziguou a tempestade, seus discípulos questionaram:  Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc 4.41). Eles sabiam que somente DEUS possui esse poder (Sl 65.7; 89.9).

O ensino do Senhor JESUS e de seus apóstolos expressava a fé em um só DEUS, mas ao mesmo tempo eles ensinavam a deidade absoluta do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO. A Bíblia revela a triunidade de DEUS sem necessitar de definições teológicas, e o destinatário imediato de cada texto bíblico compreendia com clareza meridiana a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.

Não havia ainda necessidade na época de uma confissão de fé elaborada, pois essa linguagem era suficiente para a compreensão dos primeiros cristãos. Até mesmo os opositores da fé cristã, às vezes, entendiam esse discurso. JESUS disse certa vez: “Meu PAI trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Os judeus incrédulos entenderam essa mensagem e por essa razão procuraram matar a JESUS, porque “dizia que DEUS era seu próprio PAI, fazendo-se igual a DEUS” (Jo 5.18). Esse modo de pensar dos apóstolos era compreensível aos primeiros cristãos e não havia necessidade de explicações adicionais. Não há evidência no Novo Testamento de alguém questionando essa verdade. A expansão do cristianismo no vasto império romano era geográfica e intelectual (Rm 15.19; Cl 1.6). A pregação do  evangelho passou a se defrontar com as diversas tradições gregas e romanas (At 16.21; 17.18-22). Mas a

maneira de pensar desses movimentos culturais e intelectuais exigia formulações teológicas precisas e racionais na comunicação da verdade cristã, somando-se a isso o surgimento de seitas e heresias como ebionitas, gnósticos, monarquianistas e arianistas, entre outros. E a simples repetição de passagens

bíblicas já não era mais suficiente. Isso exigia da liderança da Igreja definições teológicas racionais.

 

OS APOLOGISTAS

No que diz respeito à Trindade, os pais da Igreja nos séculos 2 e 3 não tinham uma ideia clara sobre a doutrina, exceto Tertuliano. O conceito trinitariano de Orígenes mostrou-se insatisfatório. Havia muitos conceitos diversificados sobre o Logos,3 e a doutrina do ESPÍRITO SANTO nem sequer entrou nos debates antes de Niceia.

Os primeiros pais da Igreja que antecederam o Concílio de Niceia sabiam pelos escritos do Novo Testamento e pela experiência das igrejas, a maioria fundada pelos apóstolos ou por alguém vinculado a eles ou mesmo seus sucessores, que os primeiros cristãos cultuavam a JESUS e reconheciam o senhorio de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO. Suas explicações não eram muito claras, pois os primeiros escritores cristãos após o período apostólico não tinham uma compreensão mais avançada sobre a essência divina.

Os apologistas e os escritores do século II não discutem a Trindade em seus escritos, embora a fórmula PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO, de forma vaga e imprecisa, apareça com frequência. Justino, o Mártir (100-165), diz que o ministro de culto “louva e glorifica ao PAI do universo através do nome de seu Filho e do ESPÍRITO SANTO, e pronuncia uma longa ação de graças” (I Apologia 65.3). Atenágoras de Atenas, numa apologia em favor dos cristãos acusados de ateísmo, dirigida ao imperador Marco Aurélio em 177, apresenta as primeiras articulações teológicas da Trindade: “Quem não se surpreenderá ao ouvir chamar de ateus indivíduos que admitem um DEUS PAI, um DEUS Filho e um ESPÍRITO SANTO, que mostram seu poder na unidade e sua distinção na ordem?” (Petição em Favor dos Cristãos, I.10).

Irineu de Lião, falecido no ano 202, foi discípulo de Policarpo de Ismirna, por sua vez discípulo do apóstolo João. A regula fidei, “regra de fé”, o credo usado na Igreja de Lião (uma cidade na atual França) no tempo de Irineu, diz o seguinte: “Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra  recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só DEUS, PAI onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só JESUS CRISTO, Filho de DEUS, encarnado para a nossa salvação; e no ESPÍRITO SANTO” (Contra as heresias, livro I 10.1). Mais adiante, ele declara: “Sua Palavra e sua Sabedoria, seu Filho e seu ESPÍRITO, estão sempre junto dele... Sua Sabedoria, isto é, o ESPÍRITO, estava com ele antes que o mundo fosse feito” (Contra as heresias, livro IV 20.1, 3). Irineu diz ainda em outra

obra: “Sem o ESPÍRITO SANTO é impossível ver o Verbo de DEUS e sem o Filho ninguém pode aproximar-se do PAI, porque o Filho é o conhecimento do PAI e o conhecimento do Filho se obtém por meio do ESPÍRITO SANTO. Mas o Filho, segundo a vontade do PAI, ministra e dispensa o ESPÍRITO a quem quer, conforme, como o PAI quer” (Demonstración de la Predicación Apostólica, 7).

Justino, o Mártir, e Irineu de Lião evitam afirmar de maneira explícita que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, mas  reconhecem a sua divindade, como se vê nos exemplos citados. Nenhum deles escreveu sobre o ESPÍRITO SANTO, mas este é mencionado com frequência ao lado do PAI e do Filho. Nessas construções trinitárias, o ESPÍRITO SANTO aparece no mesmo nível do PAI e do Filho e com qualificações divinas plenas, sem,  contudo, afirmar de maneira direta que ele é DEUS. O que é comum a todos os pais da Igreja, nesse período, é a crença na triunidade de DEUS. Todos eles defendiam uma fé trinitariana, ainda que o

conceito desse trinitarianismo não seja satisfatório.

 

TERTULIANO DE CARTAGO

Tertuliano de Cartago, uma cidade do norte da África (155-224), advogado romano de formação intelectual estoica convertido ao cristianismo, tornou-se conhecido como o “PAI do cristianismo latino”. Ele refutou os monarquianistas modalistas, um grupo que não negava a divindade do Filho nem a do ESPÍRITO SANTO, mas, sim, a distinção destas Pessoas, de modo diametralmente contrário ao ensino das igrejas desde os dias apostólicos. Seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio.

Noeto era natural de Esmirna e ensinava que “CRISTO era o próprio PAI, e o próprio PAI nasceu, sofreu e morreu”. Cipriano (200-258 d.C.), bispo de Cartago, chamou a heresia de Noeto, num tom jocoso, de “patripassionismo” (Epístola 73), do latim Pater, “PAI”, e passus, de patrior, “sofrer”.

Práxeas foi discípulo de Noeto, e a sua doutrina reacendeu no norte da África em 213, através de um dos discípulos de Práxeas, quando Tertuliano começou a sua refutação em Contra Práxeas, texto contendo capítulos. Tertuliano polemizou com esses monarquianistas, dizendo: “Práxeas fez duas obras do diabo em Roma: expulsou a profecia e introduziu a heresia; afugentou o Paracleto e crucificou o PAI” (Contra Práxeas, I). O bispo Sabélio foi o principal expoente do modalismo; ele ensinava que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO não eram três Pessoas distintas, mas apenas três aspectos do DEUS único. Nos tempos do Antigo Testamento, o PAI se manifestou como Legislador. Nos tempos do Novo Testamento, este PAI era o mesmo Filho encarnado e também fazia o papel de ESPÍRITO SANTO como inspirador dos profetas.

Foi no combate ao sabelianismo que Tertuliano trouxe uma formulação trinitária melhor e mais compreensível. É dele o termo “Trindade”, trinitas em latim. Ele “foi responsável pela criação de 509 novos substantivos, 284 novos adjetivos e 161 verbos na língua latina” (McGRATH, 2005, p. 375).

Sua explicação sobre o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO em uma só divindade preserva o monoteísmo sem comprometer a deidade absoluta das três Pessoas da Trindade. É a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da   dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO; três contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é

de um só DEUS que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO (Contra Práxeas, II – Grifo é nosso).

Três autem non statu sed gradu, nec substantia sed forma, nec potestate sed specie, unius autem substabtiae et unius status et unius potestatis, quia unus DEUS ex quo et gradus isti et formae et species in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti deputantur (Adversus Praxean, II).

Tertuliano apresenta aqui uma breve interpretação da natureza divina conforme revelada nas Escrituras e no testemunho das igrejas desde a era apostólica. É a primeira fórmula, trinitária que atravessou os    séculos. O que ele escreveu aqui vale ainda hoje, apesar das diversas pontas soltas que precisaram ser amarradas posteriormente, mas a sua estrutura da Trindade na unidade e da unidade na Trindade é mantida em Orígenes, Atanásio, nos pais capadócios, em Hilário de Poitiers e em Agostinho de Hipona, entre outros. O termo mostra o esforço de Tertuliano para provar que a tríplice manifestação revelada na história salvífica é compatível com a unidade substancial de DEUS. O PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são da mesma substância, mas essa essência divina é uma só; a diferença está nas formas, graus e aspectos. Ele emprega o termo latino, unus, ou o seu derivado, unicus, para o verdadeiro DEUS do cristianismo. Faz isso na tentativa de afastar a ideia de triteísmo, acusação feita por seus opositores monarquianistas. Ele usa ainda outra palavra, unitas, derivado do verbo unire, que “significa a unidade interna e orgânica da natureza divina... Unitas, portanto, é o abstrato do termo unus, ou seja, ‘um por natureza’, ‘uniforme’, ‘unificado’, sem necessidade de ser reduzido à unidade aritmética” (MORESCHINI, 2008, pp. 205, 206). Assim, a unidade na Trindade e a Trindade na unidade são uma defesa do monoteísmo judaico-cristão.

Essa primeira formulação trinitária foi muito útil, e as igrejas do Ocidente se valeram dela por muito tempo sem alteração do texto, apesar de suas limitações. É inegável a contribuição de Tertuliano para a época, mas muitas perguntas que ficaram sem respostas foram solucionadas no Oriente a partir de Atanásio e dos pais capadócios.

Tertuliano escreveu em latim. A substância, substantia em latim, significa em si “substância, ser, realidade de uma coisa, essência”. Isso quer dizer “coisa subjacente, material ou espiritual, de coisas, aquilo que existe” (MULLER, 1993, p. 290). O seu equivalente grego é hipóstase ou ousía. Hipóstase é a “forma de existir”; o termo vem de duas palavras gregas: hypo, “sob”, e istathai, “ficar”. E ousía significa “essência, ser”. A essência é a “qualidade do ser, o qual faz o ser precisamente o que ele é. Exemplo: a essência de Pedro, Paulo e João é sua humanidade; a essência de DEUS é deidade ou divindade” (MULLER, 1993, pp. 105, 106). Mas a palavra latina usada para “essência” nessa declaração de Tertuliano é status, “condição,

qualidade”. Todos esses termos filosóficos aparecem nas controvérsias cristológicas, trinitárias e pneumatológicas, e a grande dificuldade de compreensão está na falta de precisão na definição dessas palavras. O que Tertuliano chama aqui de “graus, formas e aspectos”, ele passa a chamar de persona, “Pessoa”, ou personae, no plural, mais adiante (Contra Práxeas, XII), ao mostrar a unidade na Trindade no relato da Criação (Gn 1.26, 3.22).

 

 

Tertuliano foi o primeiro a usar o termo “Pessoa” para os membros da Trindade. Uma substância e três Pessoas. O vocábulo “Pessoa” é inadequado para aplicar às três identidades distintas da Trindade. Os pais capadócios evitaram usar esse termo para identificar o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO na Trindade. Em vez de falar em três Pessoas da Trindade, eles as identificavam como três hipóstases.

 

ORÍGENES

Orígenes é o principal representante no Oriente, antes de Niceia. Por que não dizer que ele foi o fundador da teologia oriental? Orígenes nasceu em 185, em Alexandria, Egito, e morreu em Tiro, onde foi torturado até a morte em 254, por causa de sua fé em JESUS. Alexandria já era um grande centro cultural mesmo antes do surgimento da Igreja. O cristianismo prosperou nessa cidade, que veio a ser um dos importantes centros cristãos da Antiguidade. A escola de Alexandria foi fortemente influenciada pelo neoplatonismo, escola filosófica fundada por Amônio Saccas (175-242), de quem Orígenes foi discípulo.

Orígenes foi um grande defensor da fé cristã, mas o seu pensamento teológico, sobretudo sobre a  Trindade, apresenta forte afinidade com a filosofia neoplatônica defendida por Plotino, principal expoente do neoplatonismo, discípulo de Saccas e colega de classe de Orígenes. O próprio Orígenes admite essa influência quando afirma que a ideia da existência de um PAI e de um Filho de DEUS era comum também a muitos pagãos, sendo que o ESPÍRITO SANTO é exclusividade dos cristãos (Tratado sobre os Princípios, livro I 3.1). O que Tertuliano veio chamar de personae (ou pessoas) da Trindade, Orígenes chamava de hipóstase. Esse termo foi consagrado posteriormente pelos pais capadócios para identificar o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO individualmente. Como Tertuliano, Orígenes também discordava dos modalistas no fato de confundir as três Pessoas da Trindade.

O que é mais grave no trinitarianismo de Orígenes é a ideia da condição de inferioridade do Filho em relação ao PAI. Ele afirma que “o Filho e o ESPÍRITO SANTO também são divinos” (Patrologia grega 2.3.20), mas diz em outro lugar que essa divindade é “secundária” (Contra Celso 5.39) e considera o ESPÍRITO SANTO criatura do Logos: “o mais honorável de todos os seres trazidos à existência pela Palavra, o   principal em ordem de importância, dentre todos os seres que tiveram origem no PAI por meio de CRISTO” (In Johan 2.10.75 apud KELLY, 2009, p. 95). Segundo os críticos de Orígenes, ele ensinava que “o poder do PAI é maior do que o do Filho e do ESPÍRITO SANTO, e o poder do Filho é maior do que o do ESPÍRITO SANTO”. Isto está numa carta endereçada a Mena, patriarca de Constantinopla (536-552). Essa informação aparece numa epístola de Jerônimo a Avito. Orígenes exerceu grande influência no Oriente por mais de 100 anos. Observe-se que o historiador da Igreja, Eusébio de Cesareia foi influenciado pelo pensamento de Orígenes. Ele mesmo fundou uma escola teológica nessa cidade de Cesareia e permaneceu lá durante 20 anos. Eusébio assimilou também essa doutrina subordinacionista de Orígenes, pois escreveu: “Como os oráculos dos hebreus classificam o ESPÍRITO SANTO em terceiro lugar depois do PAI e do Logos” (Preparatio Evangelica, XI.21.1).

 

ATANÁSIO

 É comum ouvir representantes das seitas antitrinitarianas dizerem que a doutrina da Trindade é de origem pagã e foi imposta por um imperador pagão no Concílio de Niceia em 325. Esses argumentos das  organizações contrárias à fé trinitária são falsos. O Concílio de Niceia não tratou da Trindade; a

controvérsia foi em torno da identidade JESUS de Nazaré. Os credos anteriores ao século IV eram de caráter local e estavam relacionados ao batismo na preparação catequética; sua autoridade procedia

da igreja local de onde o documento se originou. São os chamados credos sinodais. O Credo Niceno é a primeira fórmula publicada por um concílio ecumênico e a primeira a possuir status de valor universal em sentido legal. O documento é resultado da chamada controvérsia ariana, que começou no ano 318 em Alexandria, no Egito. O confronto girava em torno da identidade do Senhor JESUS CRISTO e a questão era sobre a sua deidade e igualdade com o PAI.

O documento aprovado em Niceia tornou-se ponto de partida, ao invés de ponto de chegada. A controvérsia prosseguiu por duas razões principais: a volta do arianismo e a indefinição sobre a identidade do ESPÍRITO SANTO. O Concílio de Constantinopla em 381 reconheceu e ampliou o texto da fórmula teológica aprovada em Niceia em 325. O tema do Concílio de Niceia será analisado no capítulo seguinte.

Atanásio (300-373) foi um dos principais defensores da fé nicena nos anos que se seguiram ao Concílio de Niceia. Ele polemizou com os arianos em defesa da divindade do Filho; sua discussão era cristológica em sua obra Contra os arianos; e ele refutou também os tropicianos e os pneumatomacianos, em defesa da divindade do ESPÍRITO SANTO, em Epístolas a Serapião sobre o ESPÍRITO SANTO. A cristologia de Atanásio estava enraizada no homoousianismo, termo grego derivado de homooúsios, que significa ser da “mesma substância”, da “mesma essência”, usado no Credo Niceno ao declarar que o Filho “é consubstancial

com o PAI” ou “da mesma substância do PAI”, homooúsion tō patrí, em grego. Na época de Atanásio, o pensamento neoplatônico e origenista estava bem sedimentado no Oriente, de modo que essas ideias aparecem na teologia atanasiana, mas o seu conceito de Trindade era nos termos de consubstancialidade e sem o subordinacionismo de Orígenes (Epístola a Serapião, livro I 14.4, 28.1).

Atanásio foi claro e direto ao afirmar que o ESPÍRITO SANTO é consubstancial com o PAI e com o Filho. Cirilo de Jerusalém (315-386), contemporâneo de Atanásio, refutava as heresias de sua geração em favor da Trindade (Catequese, XVI.3).

 

OS PAIS CAPADÓCIOS

A Capadócia aparece no Novo Testamento (1 Pe 1.1). Os pais capadócios deram continuidade à defesa da ortodoxia nicena. Eles, como Atanásio, escreveram em grego. São eles Basílio de Cesareia, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo. Eles contribuíram de maneira especial na formulação definitiva da Trindade. E precisaram definir os termos flutuantes ousía e hipóstases na linguagem trinitária. Empregavam o mesmo termo “hipóstase” empregado por Orígenes para designar as Pessoas da Trindade. Em vez de usar “substância divina única”, falavam em “uma ousía em três hipóstases”. A essência da doutrina deles “é que a única Divindade existe simultaneamente em três modos de ser ou hipóstases” (KELLY, 2009, p. 199). Como Atanásio, eles defendiam o homooúsios do Filho e do ESPÍRITO

SANTO. Neles está o clímax do desenvolvimento da doutrina da Trindade.

Basílio de Cesareia (330-379), cidade da Capadócia, hoje na Turquia, combateu os antigos arianos, os neoarianos, os semiarianos e os pneumatomacianos. Escreveu no ano 373 uma refutação aos argumentos do maior expoente do arianismo radical, o arianista anomoeano de nome Eunômio: Contra Eunômio; escreveu também Sobre o ESPÍRITO SANTO, uma defesa a doxologia: “Glória seja ao PAI, com o Filho, juntamente com o ESPÍRITO SANTO”. Como Atanásio, Basílio também colocava o ESPÍRITO SANTO no mesmo nível do PAI e do Filho na fórmula batismal de Mateus 28.19.

Evitando termos filosóficos, procurava usar uma linguagem próxima da linguagem bíblica. Ele não emprega o termo homooúsios, mas defende a Trindade em outras palavras: “Como o PAI é um e um é o Filho, assim também é um o ESPÍRITO SANTO” (Tratado sobre o ESPÍRITO SANTO, 18.45).

Gregório de Nissa (335-394) era o irmão mais moço de Basílio. Ele escreveu Sobre a Trindade, continuação da obra Contra Eunômio, de autoria de seu irmão. Gregório de Nissa refutou a doutrina triteísta do heresiarca Ablábio na obra Sobre Não Três Deuses. Ablábio considerava o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO três Deuses. Gregório de Nissa, como os seus companheiros, defendia a ideia de “que a unidade daousía, ou Divindade, procede da unidade da ação divina desvendada na revelação”

(KELLY, 2009, p. 201). Do rico epistolário de Basílio, contendo 366 epístolas, na de número 189, Gregório de Nissa, seu irmão, escreve: “Uma atividade individual do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO, em nenhum aspecto diferente para qualquer que seja a Pessoa, somos obrigados a inferir uma unidade de natureza a partir da identidade de atividade; pois o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO cooperam na santificação, na vivificação, na consolação, e assim por diante”.

Gregório de Nazianzo (329-389) combateu os mesmos opositores de seus companheiros Basílio e seu irmão Gregório de Nissa: Eunômio e os pneumatomacianos. Escreveu com elegância e clareza sobre a Trindade e, especialmente, sobre o ESPÍRITO SANTO, por meio de epístolas, poemas e sermões. As Orações Teológicas ou Discursos Teológicos são numerados de 27 a 31, que correspondem respectivamente da primeira à quinta Oração. Para ele, a divindade existe indivisa em Pessoas divididas (Discurso 31.14). Gregório de Nazianzo dizia que o PAI se distingue por não ter sido gerado, agennēsía, “ingênito, não-gerado”; o Filho, por ter sido gerado, e o ESPÍRITO SANTO por ser enviado, procedente (Discursos, 31.8). Ele defende a doutrina da Trindade com muita propriedade e vigor e ao mesmo tempo responde aos sabelianistas e aos triteístas (Discurso 31.9).

Gregório de Nazianzo defendia a ideia de que as Escrituras aplicavam todos os títulos e atributos pertencentes a DEUS Filho e ao ESPÍRITO SANTO. E não somente isso, mas também chamou a atenção para o fato de que a palavra “santo” aplicada ao ESPÍRITO não era resultado de nenhuma fonte externa, mas

era algo próprio de sua natureza. Segundo Paul Tillich, foi Gregório de Nazianzo quem criou a fórmula definitiva da doutrina da Trindade (TILLICH, 2004, p. 92). Mas esses teólogos capadócios deixaram ainda uma ponta solta, a questão da filioque, a dupla processão do ESPÍRITO SANTO.

 

AGOSTINHO DE HIPONA

Agostinho (354-432) é reconhecido como um dos maiores gênios teológicos de todos os tempos. Hipona era uma cidade do norte da África. J. D. N. Kelly disse que Agostinho “deu à tradição ocidental sua expressão madura final” (KELLY, 2009, p. 205). Ele escreveu entre 399 e 419 De Trinitate, “Sobre

a Trindade”, obra contendo 15 capítulos produzidos em 16 anos, 209 sobre o tema no qual meditou a vida inteira. Agostinho respondia às indagações sobre o assunto que as pessoas lhes traziam. No livro I, capítulo 7, de A Trindade, citando alguns exemplos, ele explica o significado das palavras de JESUS: “o PAI é maior do que eu” (Jo 14.28), e no capítulo seguinte, ele esclarece as palavras do apóstolo Paulo sobre a sujeição do Filho ao PAI (1 Co 15.28).

O bispo de Hipona resgata a fórmula básica de Tertuliano sobre a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Nos livros I-IV, ele defende a sua consubstancialidade com base nas Escrituras. A doutrina das relações das Pessoas da Trindade, umas das características peculiaridade de Agostinho aparece nos livros V-VIII. Em seguida, nos livros IX-XIV, ele argumenta que se pode conhecer algo da natureza divina pela compreensão da verdade e pelo conhecimento do sumo bem pelo amor à justiça. O livro XV é a conclusão de seu pensamento.

Agostinho preserva a consubstancialidade do Filho e do ESPÍRITO SANTO com o PAI e a unidade nas três hipóstases: “O PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO perfazem uma unidade divina pela inseparável igualdade de uma única e mesma substância” (Trindade, livro I 4.7). A expressão grega usual nos pais capadócios é mían ousían, treis hypostáseis,6 “uma ousía, três hipóstases”, mas Agostinho não via diferença entre ousía e hipóstase. Assim preferia o uso de uma substância, três Pessoas, mesmo reconhecendo a limitação da linguagem humana para descrever a revelação (Trindade, livro V 9.10b).

Na doutrina de Agostinho o subordinacionismo fica descartado e a unidade da santíssima Trindade em três Pessoas distintas é mantida: “Não são, portanto, três deuses, mas um só DEUS, embora o PAI tenha gerado o Filho, e assim, o Filho não é o que é o PAI. O Filho foi gerado pelo PAI, e assim, o PAI não é o que o Filho é. E o ESPÍRITO SANTO não é o PAI nem o Filho, mas somente o ESPÍRITO do PAI e do Filho e pertence à unidade da Trindade” (Trindade, livro I 4.7b). Isso foi estruturado em forma de credo  posteriormente, no chamado Credo de Atanásio. Esse credo é agostiniano “de ponta a ponta” (KELLY, 2009, p. 206). Isso se evidencia ainda mais em sua obra (A Doutrina Cristã, I.5).

O trinitatismo de Agostinho apresenta algumas dificuldades como tem acontecido também nos demais pais da Igreja que escreveram antes dele. Alguns desses pontos são comentados por um intelectual russo da igreja Ortodoxa, que analisa também as principais ideias trinitárias e pneumatológicas da patrística. Seu nome é Sergui Bulgákov.7 Ele analisa também o trinitariasmo de Agostinho. O Oriente e o Ocidente sempre tiveram as suas diferenças: “A teologia do Ocidente, no século IV, segue seu próprio caminho, paralelo ao Oriente, ainda que independente deste. Por outro lado, suas relações, a causa de uns conhecimentos linguísticos insuficientes e de razões históricas gerais, foram remotas. Por essa razão não é de estranhar que seus caminhos divirjam justamente a partir do século IV” (BULGÁKOV, 2014, p. 85).

As críticas a Agostinho são várias, entre elas o fato de o bispo de Hipona não proceder a partir da   Trindade das hipóstases como os capadócios, senão da unidade da ousía, ou essência. Paul Tillich diz que Agostinho “interessouse muito mais pela unidade de DEUS do que pelas diferentes hipostáseis,

pelas três pessoas, em DEUS. Ele é um desses responsáveis pela inclinação contemporânea para aplicar o termo pessoa a DEUS, em vez de aplicá-lo individualmente ao PAI, ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO” (TILLICH,

2004, p. 129). Bulgákov afirma que “a unidade da Santíssima Trindade nas três hipóstases está garantida justamente por essa unidade de substância” (2014, p. 85).

A outra crítica é ao fato de Agostinho considerar a Trindade como o amor; trata-se de uma análise que ele faz entre a Trindade e a vida pessoal humana: “Estão as três realidades (amans, quod amatur et amor), ‘aquele que ama, o que é amado e amor’” (Trindade, livro VIII 10.14). Bulgákov diz que essa ideia original de Agostinho é completamente estranha à teologia oriental: “Esta imagem trinitária do amor, aplicada à Santíssima Trindade, a complica mais introduzindo nela o elemento mente, pois em Agostinho a Trindade é análoga à memória, inteligência e vontade” (2014, p. 88). Ele “emprega o conceito da Trindade para descrever DEUS analogicamente como Pessoa. Sendo Pessoa, portanto, unidade, todos os atos de DEUS para fora (ad extra) são sempre atos da Trindade toda, até mesmo a encarnação” (TILLICH, 2004, p. 129). Essa talvez seja a contribuição mais original de Agostinho.

Sobre o sujeito das teofanias registradas no Antigo Testamento, segundo Agostinho, elas podem ser atribuídas às vezes ao PAI, ora ao Filho e também ao ESPÍRITO SANTO, ou ainda aos três (Trindade, livro II caps. 14-34). Bulgákov (2014) argumenta que teólogos orientais como Gregório de Nazianzo se negam a aceitar nessas teofanias hipóstases separadas, mas como manifestações do único DEUS que está na santíssima Trindade. Agostinho diz que as diferenças não estão em seu ser, mas nas relações que se expressam nos nomes de cada Pessoa. Bulgákov apresenta nas suas observações a questão da filioque, a qual Agostinho parece ser favorável. O termo vem do latim e significa “e do Filho”, com respeito à  processão do ESPÍRITO SANTO. As igrejas orientais sustentam que esse termo, que aparece no Credo Niceno-Constantinopolitano e no Credo de Atanásio, não é autêntico, mas uma glosa inserida posteriormente no texto que resultou no primeiro Cisma da Igreja, ruptura do Oriente com o Ocidente em 1054.

 

O CREDO DE ATANÁSIO OU ATANASIANO

O Credo de Atanásio contém 44 artigos de fé, e a sua data é cerca do ano  500. É também conhecido como Quicunque, “quem quer que seja, todo aquele”, expressão latina com a qual o Cedo começa: Quincunque vult salvus esse, “Todo aquele que quer ser salvo”. Os antigos manuscritos e fragmentos que vão do século 7 ao 9, dos quais Kelly enumera 14 (KELLY, 1964, p. 16), apresentam títulos variados e entre eles: Fides sancti Athanasii episcopi Alexandriae, “A fé do santo Atanásio bispo de Alexandria”. O texto foi redigido por um autor anônimo no sul da França por volta do ano 500. O nome de Atanásio está vinculado à obra porque ela expressa o pensamento que Atanásio manifestou durante a sua vida em defesa da fé nicena. Citamos aqui apenas os seis primeiros artigos.

1 Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo, deve professar a fé cristã.8

2 A qual é preciso que cada um guarde perfeita e inviolada ou terá com certeza de perecer para sempre.

3 A fé cristã é esta: que adoremos um DEUS em trindade, e trindade em unidade.

4 Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância.

5 Pois existe uma única Pessoa do PAI, outra do Filho, e outra do ESPÍRITO SANTO.

6 Mas a deidade do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO é toda uma só: glória é igual e a majestade é coeterna. Os credos ecumênicos são trinitários na sua forma, estrutura e conteúdo, mas o Credo de Atanásio emprega o termo Trindade de maneira direta: “que adoremos um DEUS em Trindade, e Trindade em unidade (artigo 3); “nessa Trindade, não existe primeiro nem último” (artigo 25); “tanto a unidade na

Trindade como a Trindade na unidade deve ser adorada” (artigo 27); “quem quiser ser salvo, deve pensar assim a respeito da Trindade” (artigo 28). Esse Credo é o mais longo de todos os credos ecumênicos. A estrutura do texto está dividida em cinco partes: a) introdução (artigos 1, 2); b) definição e exposição da doutrina da Trindade (artigos 3-27); c) afirmação de que todo aquele que quiser ser salvo precisa aceitar a visão de um DEUS trino e uno conforme definição do Credo (artigos 28, 29); d) fala sobre a encarnação do

Verbo, enfatizando particularmente o ensino da Igreja sobre JESUS como perfeitamente divino e perfeitamente humano (artigos 30-37); e) reafirmação do ensino dos credos anteriores, como o Credo dos Apóstolos e o Credo Niceno-Constantinopolitano dos apóstolos. Em resumo, retoma a linguagem do

Credo Niceno-Constantinopolitano sobre a esperança cristã (artigos 30-43) e finaliza reafirmando a introdução: “Esta é a fé universal: a menos que um homem creia fiel e firmemente, não pode ser salvo” (artigo 44). Os artigos 3-6 parecem uma contradição quando falam em não confundir as Pessoas e ao mesmo tempo defendem essa ideia, concluindo que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO possuem uma mesma deidade. Isso é uma resposta aos sabelianistas, que confundem as Pessoas, e aos arianistas, que separam as Pessoas. Na atualidade, a resposta se dirige aos movimentos Voz da Verdade e Tabernáculo da Fé, entre outros, que também confundem as Pessoas; e também às testemunhas de Jeová, que separam a substância.

  

 

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 Lição 3, A Santíssima Trindade: um só DEUS em três Pessoas

3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos, assim Vivemos

Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiai, SP

Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454

 

 

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A TRINDADE

16 de novembro de 2017 Matt Slick

DEUS é uma trindade de pessoas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. O PAI não é a mesma pessoa que o Filho; o Filho não é a mesma pessoa que o ESPÍRITO SANTO e o ESPÍRITO SANTO não é a mesma pessoa que o PAI. Eles são pessoas distintas; ainda assim, são todos o mesmo único DEUS. Eles estão em perfeita harmonia consistindo de uma única substância. Eles são co-eternos, co-iguais e co-poderosos. Se qualquer deles fosse retirado, então não haveria DEUS. (Veja também, “Mais a Respeito da Trindade”)

Existe, aparentemente, uma separação de algumas funções entre os membros da divindade. Por exemplo: o PAI escolhe quem será salvo (Ef 1:4); o Filho os redime (Ef 1:7); e o ESPÍRITO SANTO os sela (Ef 1:13).

Um ponto que é necessário esclarecer é que DEUS não é uma pessoa, o PAI, com JESUS sendo uma criação e o ESPÍRITO SANTO uma força de DEUS (Testemunhas de Jeová). Nem é uma pessoa que adquiriu três formas consecutivas, isto é, o PAI tornou-se o Filho que, depois, tornou-se o ESPÍRITO SANTO (Unicistas). Nem é a Trindade uma associação de três deuses separados (Mormonismo).

O quadro a seguir ajudará você a ver como a doutrina da Trindade originou-se das Escrituras.

A lista não é exaustiva, somente ilustrativa. O primeiro passo é estabelecer quantos deuses existem: UM! (Is 43:10Is 44:6Is 45:14,18,21,22Is 46:5,9).

“Eu sou o SENHOR e fora de mim não há DEUS” (Is 45:5).

 

A Trindade

 

 

PAI

FILHO

ESPÍRITO SANTO

Chamado de DEUS

Fp 1:2

Jo 1:1,14; Cl 2:9

At 5:3-4

Criador

Is 64:8; Is 44:24

Jo 1:3; Cl 1:15-17

Jó 33:4; Jó 26:13

Ressurreto

1 Ts 1:10

Jo 2:19; Jo 10:17

Rm 8:11

Habita em nós

2 Co 6:16

Cl 1:27

Jo 14:17

Onipresente

1 Re 8:27

Mt 28:20

Sl 139:7-10

Onipotente

1 Jo 3:20

Jo 16:30

1 Co 2:10-11

Santifica

1 Ts 5:23

Hb 2:11

1 Pe 1:2

Dá vida

Gn 2:7

Jo 1:3; Jo 5:21

2 Co 3:6,8

Tem Comunhão

1 Jo 1:3

1 Co 1:9

2 Co 13:14

Eterno

Sl 90:2

Mq 5:1-2

Rm 8:11

Tem Vontade

Lc 22:42

Lc 22:42

1 Co 12:11

Fala

Mt 3:17

Lc 5:20; Lc 7:48

At 8:29; At 11:12; At 13:2

Ama

Jo 3:16

Ef 5:25

Rm 15:30

Sonda os corações

Jr 17:10

Ap 2:23

1 Co 2:10

Nós lhe pertencemos

Jo 17:9

Jo 17:6

. . .

Salvador

1 Tm 1:1; 1 Tm 2:3; 1 Tm 4:10

2 Tm 1:10; Tt 1:4; Tt 3:6

. . .

Nós o servimos

Mt 4:10

Cl 3:24

. . .

Devemos crer nEle

Jo 14:1

Jo 14:1

. . .

Dá alegria

. . .

Jo 15:11

Rm 14:7

Julga

Jo 8:50

Jo 5:21,30

. . .

 

 

·        Se Maria era sem pecado, por que ela estava impura e teve que oferecer um sacrifício? E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor Lc 8.22

 

 

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TRINDADE

A palavra Trindade não está na bíblia!

 3 de junho de 2020

Alguns críticos da doutrina da Trindade afirmam que, como a palavra “trindade” não é encontrada na Bíblia, isso não é verdade. Além disso, alguns afirmam que, se DEUS quisesse que acreditássemos na Trindade, ele teria declarado a doutrina claramente.

Antes de tudo, é ilógico afirmar que, uma vez que a palavra “Trindade” não é encontrada na Bíblia, seu conceito não é ensinado nela. Esse tipo de objeção geralmente demonstra um preconceito contra o ensino da Trindade. Em vez disso, a pessoa deve olhar para a palavra de DEUS para ver se ela é ensinada ou não.

Segundo, existem muitos conceitos bíblicos nas quais as pessoas acreditam que não têm uma palavra específica que os descreva usada na Bíblia. Por exemplo, a palavra “bíblia” não é encontrada na Bíblia, mas a usamos de qualquer maneira para descrever a Bíblia. Da mesma forma, as palavras “onisciência”, que significa “todo o saber”, “onipotência”, que significa “todo poderoso” e “onipresença”, que significa “presente em todos os lugares”, também não são encontradas na Bíblia, mas usamos eles para descrever os atributos de DEUS. Não precisamos ver uma palavra específica na Bíblia para que o conceito descrito seja verdadeiro.

 

A seguir estão outras palavras que a Bíblia não usa, mas os conceitos são mencionados.

·        Ateísmo é o ensino de que não há DEUS. “O tolo disse em seu coração:” DEUS não existe “(Salmo 14:1).

·        Divindade, Que significa qualidade divina ou caráter divino. No entanto, falamos da qualidade divina do Senhor DEUS. Veja Salmo 139.

·        Encarnação, Que significa a palavra (DEUS) que se tornou carne. No entanto, isso é definitivamente ensinado na Bíblia (João 1:1 ,14).

·        O monoteísmo é o ensino de que existe apenas um DEUS (Isaías 43:10 ; 44:8).

·        O arrebatamento é o ensinamento de que os cristãos que estão vivos quando JESUS voltar serão arrebatados para encontrá-lo no ar (1 Tes. 4:16-18).

 

Então, dizer que a Trindade não é verdadeira porque a palavra não está na Bíblia é um argumento inválido. Além disso, dizer que, se DEUS quisesse que acreditássemos na Trindade, Ele claramente a teria ensinado nas escrituras, também é um argumento inválido. Algo não precisa ser claramente formulado na Bíblia para ser válido. Nem todas as coisas ensinadas na Bíblia são perfeitamente claras. Dê uma olhada no livro de Apocalipse. Ele contém muitas coisas enigmáticas que devem ser interpretadas após o exame de toda a Bíblia. Mesmo assim, há divergências quanto ao significado de algumas coisas. No entanto, sabemos que as verdades são verdadeiras, independentemente de as descobrirmos ou não.

No entanto, existem escrituras que demonstram um aspecto trinitário:

Ide, pois, e ensina todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO: (Mateus 28:19)

A graça do Senhor JESUS CRISTO, o amor de DEUS e a comunhão do ESPÍRITO SANTO, estejam com todos vocês. Amém. (2 Co 13:14)

Existe um corpo e um ESPÍRITO, assim como sois chamados em uma esperança do vosso chamado; Um Senhor, uma fé, um batismo, Um DEUS e PAI de todos, que está acima de tudo, e através de todos, e em todos vocês. Mas a cada um de nós é dada graça de acordo com a medida do dom de CRISTO. (Ef 4: 4-7 )

Amados, porém, edificando-se na sua santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, mantenha-se no amor de DEUS, procurando a misericórdia de nosso Senhor JESUS CRISTO para a vida eterna. ( Judas 1: 20-21 )

https://defendendoafe.com.br/a-palavra-trindade-nao-esta-na-biblia/

 

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Pericorese, o que é, e é bíblico?

8 de outubro de 2020Matt Slick4915 visualizações

Editado por David Brito.

A palavra Pericorese é um termo cristão que faz referência a união das três pessoas da Trindade, a saber; PAI, Filho, ESPÍRITO SANTO. É derivado do grego περιχώρησις, pericorese que significa “girar, rotação”. O termo foi usado por “João de Damasco (falecido em 749) para ajudar a descrever a Doutrina da Trindade.

A pericorese lida com a relação intra-trinitária na essência do ser de DEUS, na qual há comunhão dos três membros da Divindade que inclui amor, harmonia e conhecimento mutuamente exaustivo, etc. É também uma defesa da unidade da Divindade. DEUS é uma substância, uma essência, não três partes inter-relacionadas e mescladas. Há no três uma unidade de essência sem coalescência. Pode-se dizer que cada membro da Divindade permeia o outro, habita no outro, está relacionado com o outro e, ainda assim, cada um também mantém sua distinção.

No contexto da Trindade, pericorese se aplica à natureza de DEUS e é apenas sobre ele. Nenhum outro ser existente tem pericorese. Pessoas diferentes, por exemplo, podem compartilhar uma natureza comum, mas são indivíduos e seres distintos. Embora cada um dos membros da Trindade compartilhe a mesma natureza (divindade), existe dentro da Trindade uma qualidade única de habitação mútua de cada membro da Trindade, à medida que a distinção dos membros é mantida. 

 

Pericorese Cristológica

JESUS é uma única pessoa com duas naturezas distintas (União Hipostática). A pericorese de CRISTO é sobre como essas naturezas se relacionam umas com as outras enquanto estão em união e se interpenetram, mas também permanecem distintas. Vemos que os atributos de ambas as naturezas de JESUS são atribuídos à única pessoa (comunicatio idiomatum). Mas como exatamente as duas naturezas se relacionam em uma pessoa? Nós não temos certeza. Diferentes pontos de vista foram propostos.

·        “Lutero afirmava que a exaltada humanidade de CRISTO participava da onipresença de sua divindade de maneira a comunicar sua presença na Ceia do Senhor.” 

·        “Jürgen Moltmann recentemente refletiu bastante sobre essa questão em relação à cruz. Ele afirma que, por causa da pericorese do divino no humano, pode e deve ser afirmado que DEUS sofreu na morte de CRISTO.” 4

·        “Gunton emprega pericorese como um transcendental enraizado na Trindade.” 

Versos usados ​​para apoiar a pericorese

 

Trinitariano

·         

o   Salmo 2:7, “Certamente direi o decreto do Senhor: Ele me disse: ‘Tu és meu Filho, hoje eu te gerei.’

o   João 13:3, “JESUS, sabendo que o PAI tinha entregue todas as coisas em suas mãos, e que saíra de DEUS e voltaria para DEUS”,

o   João 14:11, “Acredite que Eu estou no PAI e que o PAI está em Mim; caso contrário, creia por causa das próprias obras.”

o   João 15:26, “Quando vier o Ajudador, que eu enviarei da parte do PAI, que é o ESPÍRITO da verdade que procede do PAI, Ele testificará de mim”,

Cristológico

·         

o   João 8:42, “JESUS disse-lhes: “Se DEUS fosse vosso PAI, vós me amaríeis, porque eu procedi e vim da parte de DEUS, pois nem mesmo vim por minha própria iniciativa, mas Ele me enviou”.

o   João 14:11, “Acredite que Eu estou no PAI e que o PAI está em Mim; caso contrário, creia por causa das próprias obras.”

o   João 16:14, Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.”.

o   João 16:28, “Eu vim do PAI e vim ao mundo; estou deixando o mundo novamente e vou para o PAI.”

o   João 17:8, “porque as palavras que Tu me deste, tenho dado a eles; e eles as receberam e verdadeiramente compreenderam que eu saí de ti, e eles creram que tu me enviaste.”

o   João 17:21, “para que todos sejam um; assim como tu, PAI, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.”

 

Citações de várias fontes que tratam da pericorese

“Um termo usado na teologia da Trindade para indicar a união íntima, habitação mútua ou interpenetração mútua dos três membros da Trindade entre si. Também usado para a relação das duas naturezas de CRISTO.” McKim, Donald K. O Dicionário de Termos Teológicos de Westminster. Segunda edição, revisada e expandida. Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2014

“Pericorese é usada no contexto da Santíssima Trindade para denotar uma interpenetração das pessoas do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO. Cada pessoa permanece distinta das outras, mas participa plenamente em seu Ser e ação como um.” Thiselton, Anthony C. The Thiselton Companion to Christian Theology. Grand Rapids, MI; Cambridge, Reino Unido: William B. Eerdmans Publishing Company, 2015.

“Um termo usado na teologia da Trindade para indicar a união íntima, habitação mútua ou interpenetração mútua dos três membros da Trindade entre si. Também usado para a relação das duas naturezas de CRISTO.” McKim, Donald K . The Westminster Dictionary of Theological Terms, Second Edition: Revised and Expanded. Westminster John Knox Press. Edição Kindle.

“Como a essência da Divindade é comum a várias pessoas, elas têm uma inteligência, vontade e poder comuns. Não há em DEUS três inteligências, três vontades, três eficiências. Os três são um DEUS e, portanto, têm uma mente e vontade. Esta união íntima era expressa na Igreja grega pela palavra perichoresis, que as palavras latinas inexistentia, habitatio e intercommunio eram usadas para explicar.” Hodge, Charles. Teologia Sistemática, Completa; Vol. 1: Introdução, vol. 2: Parte 1, Teologia adequada; Parte 2, Antropologia; Parte 3, Soteriologia; Vol. 3: Parte 4, Escatologia (com índice ativo). Edição Kindle.

 

PARA UM FÁCIL ENTENDIMENTO

Pericorese é uma palavra antiga usada para definir uma brincadeira de roda de crianças, a qual uma criança fica no meio e as outras giram ao seu redor, e depois de um certo momento, a criança que estava no meio sai do centro e volta para roda, sendo substituída por outra da roda que vai para o centro.

O mesmo se dá com a Trindade, ora JESUS está no centro e o ESPÍRITO SANTO e DEUS PAI estão ao redor lhe apoiando e assim sucessivamente.  Em cada momento um está no “centro da roda”.

Podemos assim dizer que, hoje é o ESPÍRITO SANTO que está no centro até a Volta de CRISTO.

https://defendendoafe.com.br/pericorese-o-que-e-e-e-biblico/

 

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A Trindade e a unidade na distinção sem separação

 

27 de agosto de 2024 Matt Slick

 

Um dos argumentos que os muçulmanos levantam contra a Trindade é que há um problema com a unidade e a distinção. O argumento é assim. Na Trindade, cada pessoa (PAI, ​​Filho e ESPÍRITO SANTO) tem essência idêntica (divindade) e atributos idênticos (santidade, onisciência, onipresença etc.). Portanto, cada pessoa é idêntica à outra em essência e atributos. Se cada pessoa é idêntica à outra em essência e atributos, então não há distinção. Se não há distinção, então a Trindade é falsa, pois afirma que há três pessoas distintas. Este argumento falha de duas maneiras

1.     Unidade e Distinção podem coexistir no mesmo objeto (explicado abaixo)

2.     Falta o entendimento de que as pessoas da Trindade compartilham a mesma essência divina, mas sua distinção se deve ao seu relacionamento, não à ontologia.

 

Definindo Termos

O que é a Trindade?

“O termo “trindade” é a doutrina de que DEUS existe como uma unidade de três pessoas distintas e simultâneas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. Cada uma das pessoas é distinta da outra em relação (Trindade Econômica), mas cada uma é idêntica em essência (Trindade Ontológica). A Trindade não é composta de partes – como nas três pessoas sendo três partes de DEUS.

Em vez disso, há um ser, DEUS. Chamamos isso de Simplicidade Divina. DEUS é uma coisa, uma substância, uma essência. Portanto, porque há apenas um DEUS, há apenas uma vontade. No entanto, a partir das Escrituras, percebemos a Trindade como três pessoas simultâneas e distintas: PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO. Além disso, a distinção das pessoas é devida às suas propriedades relacionais (por exemplo, o PAI gera o Filho (João 1:14), o Filho é gerado (João 3:16), e o ESPÍRITO SANTO procede do PAI (João 15:26) 1sem implicar separação.”

 

Unidade e distinção juntos

Na metafísica (o estudo do ser), podemos distinguir entre diferentes propriedades de um objeto, seja ele concreto ou abstrato.

1.     Objetos concretos são coisas físicas, como cadeiras e árvores, que têm localizações específicas no espaço e no tempo.

2.     Objetos abstratos não têm localização física no espaço e no tempo, mas existem como um tipo de coisa. Exemplos seriam números, conceitos universais como vermelho.

Um exemplo de unidade e distinção coexistindo em objetos, neste caso um objeto abstrato, seria com o tempo: o progresso da existência e eventos no passado, presente e futuro. O tempo é uma coisa onde o passado, presente e futuro exibem propriedades idênticas, pois todos compartilham a natureza do tempo – uma progressão conceitual da existência. No entanto, eles são distintos em sua relação um com o outro. O passado ocorreu. O presente está ocorrendo. O futuro ocorrerá. Racionalmente, o passado precede o presente e o futuro. O presente é depois do passado e antes do futuro. O futuro é depois do passado e do presente. Então, podemos ver que a unidade de essência e distinção em relacionamentos pode coexistir sem violação lógica.

Então, na Trindade (um objeto abstrato), temos o ensinamento de que DEUS é um ser divinamente simples que não é composto de partes. Isso é chamado de Simplicidade Divina – Unidade. A única substância de DEUS é uma Trindade, que ensina que DEUS é três pessoas distintas, simultâneas e coeternas: O PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. Além disso, na Trindade, a essência das três pessoas é idêntica, mas seus relacionamentos entre si não são (por exemplo, o PAI gera o Filho, o Filho é gerado e o ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do Filho). Portanto, há unidade e distinção simultaneamente dentro da Trindade.

 

Conclusão

O argumento contra a Trindade usando unidade e distinção falha porque unidade e distinção podem coexistir dentro de objetos (mesmo o objeto abstrato conhecido como Trindade). As três pessoas da Trindade compartilham a mesma essência divina (santidade, onisciência, onipresença, etc.), mas existem em distinção em seu relacionamento entre si: o PAI gera o Filho, o Filho é gerado, e o ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do Filho. Então, na Trindade, a essência das três pessoas é idêntica, mas seus relacionamentos entre si não são. Não há contradição.

https://defendendoafe.com.br/a-trindade-e-a-unidade-na-distincao-sem-separacao/

 

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יהוה Y ̂ehovah SENHOR – YHWH - Hebraico
Javé = “Aquele que existe”
o nome próprio do único DEUS verdadeiro, nome impronunciável, a não ser com a vocalização

 

אחד ’echad ÚNICO (Hebraico)
cada, cada um
um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um
primeiro

עשה Ìasah Façamos (Hebraico) Gênesis 1.26
fazer, manufaturar, realizar, fabricar - trabalhar, fabricar, produzir - lidar (com)
agir, executar, efetuar -  preparar, atender a, pôr em ordem, observar, celebrar,
adquirir (propriedade), determinar, ordenar, instituir, usar, gastar, passar, 
pressionar, espremer

 

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NOSSO CREDO – CREMOS (ASSEMBLEIAS DE DEUS – BRASIL)

 

- Cremos na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (II Tm 3:14-17);

- Em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt.6:4; Mt.28:19; Mc.12:29; Gn1:1; 2:7; Hb.11:3 e Ap.4:11);

- No Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo.3:16-18; Rm.1:3,4; Is.7:14; Mt.1:23; Hb.10:12; Rm.8:34 e At.1:9);

- No ESPÍRITO SANTO, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o PAI e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (II Cor.13:13; II Cor.3:6,17; Rm.8:2; Jo.16:11; Tt.3:5; II Pe 1:21 e Jo.16:13);

- Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de DEUS e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de JESUS CRISTO podem restaurá-lo a DEUS (Rm.3:23; At.3:19);

- Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO e pelo poder atuante do ESPÍRITO santo para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo.3:3-8; Ef.2:8,9);

- No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por JESUS CRISTO em nosso favor (At.10:43; Rm.10:13; 3:24-26; Hb.7:25; 5:9);

- Na Igreja, que é o corpo de CRISTO, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e de todos os lugares, chamados do mundo pelo ESPÍRITO SANTO para seguir a CRISTO e adorar a DEUS (I Cor.12:27; Jo.4:23; I Tim.3:15; Hb.12:23 e Ap.22:17);

- No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Senhor JESUS CRISTO (Mt.28:19; Rm.6:1-6; Cl. 2:12);

- Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do ESPÍRITO SANTO, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de JESUS CRISTO (Hb.9:14; I Pe 1:15);

- No batismo no ESPÍRITO SANTO, conforme as Escrituras, que nos é dado por JESUS CRISTO, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At.1:5; 2:4; 10:44-46; 19:1-7);

- Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo ESPÍRITO SANTO à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (I Co.12:1-12);

- Na segunda vinda de CRISTO, em duas fases distintas: a primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda – visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (I Ts.4:16,17; I Co.15:51-54; Ap.20:4; Zc.14:5 e Jd.1:14);

- No comparecimento ante o Tribunal de CRISTO de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de CRISTO na Terra (II Co.5:10);

- No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios; desde a Criação até o fim do Milênio, os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na Eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt.25:46; Is.65:20; Ap.20:11-15; 21:1-4);

- Cremos, também, que o casamento foi instituído por DEUS e retificado por nosso Senhor JESUS CRISTO como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn.2:18; Jo.2:1,2; Gn.2:24; 1:27).

 

 

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MOVIMENTOS UNICISTAS MODERNOS

"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS Verdadeiro e a  JESUS CRISTO, a quem enviaste" (João 17.3).

 

Há uma diferença básica entre os unicistas atuais e os modalistas da antigüidade. Embora os unicistas de hoje não ensi­nem os modos ou funções de cada uma das três Pessoas da Trin­dade, todavia negam a existência de mais de uma Pessoa na Dei­dade, negando assim a Trindade bíblica, o conceito trinitariano encontrado no Credo Atanasiano.

 

O MOVIMENTO "SÓ JESUS"

O sabelianismo ganhou espaço por mais ou menos cem anos em Roma, Ásia Menor, Síria e Egito. Em 263, Dionísio de Alexandria, enfrentou o próprio Sabélio derrotando o sabelianismo. Depois disso, o Cristianismo passou a repudiar o sabelianismo e o combate à essa heresia continuou até que ela desaparecesse com­pletamente da história. Depois de muitos séculos, essa heresia foi trazida de volta, das profundezas do inferno, por John G. Schepp, fundador da seita "Só JESUS", em 1913. Os movimentos unicistas são um desdobramento da antiga heresia modalista. Há muita coi­sa em comum entre os unicistas modernos e os antigos modalistas, mas não são exatamente iguais.

Fundada por John S. Schepp em 1913. Esse movimento pro­vocou muitas divisões nas igrejas evangélicas. Ela mesma depois se dividiu em várias facções, dentre elas a Igreja Pentecostal Uni­da do Brasil, presente também em outros países, que também é unicista e batiza só em nome de JESUS. (Não confundir com a Igre­ja Unida). Seus adeptos não seguem a fórmula batismal de Mateus 28.19: "Em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO".

 

O MOVIMENTO "TABERNÁCULO DA FÉ"

Origem e história

Movimento unicista fundado por William Marrion Branham, nascido em Kentucky, Indiana, Estados Unidos, em 1909. Dizia que em 1916, aos 7 anos de idade, recebeu a sua primeira visão. Os se­guidores desse movimento afirmam que a revelação mais importante Branham recebeu em 1946. Um anjo teria aparecido a ele numa ca­verna e teria dito que ele seria um evangelista com o dom de curar.

Converteu-se a fé cristã na Igreja Batista e em 1933 pregou numa tenda em Jeffersonville, Indiana, EUA, para cerca de 3 mil pessoas. Seu contato com os unicistas foi em Mishawaka, no mes­mo estado, depois da morte de sua esposa em 1937 e de sua filhi­nha, ainda um bebê. Ele interpretou essa perda de seus entes que­ridos como castigo de DEUS por não ministrar aos unicistas. Profetizou que em 1947 todas as igrejas cristãs se reunificariam e também a destruição dos Estados Unidos com uma explosão em 1977.

Branham considerava a si mesmo como o mensageiro do Apocalipse. Segundo ele, as sete igrejas do Apocalipse seriam sete dispensações da Igreja. Começando com a suposta dispensação de Efeso até a suposta dispensação de Laodicéia. Dizia que o após­tolo Paulo foi mensageiro dessa primeira dispensação. A de Laodicéia, que seria a última de 1909, ano de seu nascimento, até 1977, data que Branham marcou para a segunda vinda de CRISTO, sendo o próprio Branham o mensageiro dessa dispensação.

Ele, entretanto, foi assassinado por um motorista embriagado em 1965, antes do fim dessa suposta dispensação. Dizia ser ele mesmo o profeta Elias enviado conforme Malaquias 4.5. Quando foi assassinado, seus adeptos esperavam que ele ressuscitasse. Eles, ainda hoje exibem uma foto de Branham, com uma auréola sobre ele, que supostamente apareceu numa campanha em Houston, no Texas, em 1950. Ainda há muitos desses seguidores branhanistas que acreditam que ele era DEUS em figura humana.

Suas crenças

 

Outro ensino exótico desse movimento é que Branham dizia que Eva teve relações sexuais com o diabo no jardim do Eden, e dessa cópula nasceu Caim, é a doutrina conhecida como "Semente da Serpente". No livro intitulado Uma Exposição das Sete Eras da Igreja afirma que a árvore da ciência do bem e do mal é Satanás e que a árvore da vida é JESUS. Além disso ensina que comer do fruto dessa primeira árvore significa a relação sexual. Com isso ensinava que alguns seres humanos estão predestinados ao inferno.

Vale lembrar que o conceito de inferno nesse movimento foge à ortodoxia, não é o mesmo sustentado pelo cristianismo histórico-ortodoxo, conforme ensinado na Bíblia. E os nascidos de DEUS são seus adeptos, segundo sua teologia, são os herdeiros da vida eterna. Basta uma leitura nos capítulos 2 e 3 de Gênesis para des­moronar essa interpretação. A Bíblia diz textualmente que Caim nasceu de Adão e Eva. Veja Gênesis 4.1.

O movimento ainda hoje é unicista e como tal nega a doutri­na bíblica da Trindade. Branham afirmava que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são simplesmente títulos e não nomes. Com essa explicação fundamentava o batismo nas águas só em nome do Senhor JESUS CRISTO, "porque é um nome, não um título".

 

O MOVIMENTO "VOZ DA VERDADE"

A Igreja Voz da Verdade foi fundada em 05/01/1984, na cidade de SANTO André, S. Pau­lo. Ela é hoje conhecida em nossas igrejas por causa do Conjunto de mesmo nome. Essa Igreja é unicista, batiza em nome de JESUS e é contra as demais igrejas evangélicas, afirma que o batismo efetuado pelas igrejas trinitarianas são sem valor bíblico e "forjado pelo homem". O interesse de­les por nossas igrejas é porque naquela época vendiam muitos discos, fitas e CDs para disseminai" seus ensinos.

O unicismo deles vêem à tona

A lição 5 da revista da Escola Dominical, intitulada Seitas Modalistas, do segundo trimestre de 1997, mencionou o con­junto Voz da Verdade juntamente com sua Igreja na lista das seitas unicistas. Foi citado em apenas um parágrafo e todo tex­to girava em torno de dois pontos doutrinários: as seitas modalistas negam a doutrina da Trindade e têm problema com o batismo nas águas.

Mas isso foi o suficiente para a reação do pastor da Igreja Voz da Verdade, que me telefonou ameaçando levar o caso à justiça. Qual a causa dessa irritação? O movimento dele era ou não unicista? Estaria eu mentindo nessa lição da Escola Domi­nical? Isso mostra que eles não queriam que nossas igrejas sou­bessem disso.

Uma vez vindo à tona o unicismo deles, eles produziram um CD, distribuído gratuitamente para os crentes, com três estudos bíbli­cos defendendo o unicismo. Agora não podem mais ocultar sua dou­trina, resolveram se revelar, mas procurando persuadir os crentes de que estamos errados e que eles estão com a verdade. As citações bíblicas são manipuladas, fora do contexto, e pode confundir qual­quer crente mediano sem muitos conhecimentos da Palavra de DEUS.

Eles são unicistas e batizam em nome de JESUS e são contra as demais igrejas evangélicas. Apesar de tudo isso, temos visto em muitas cidades que seus hinos ainda continuam sendo cantados livremente em nossas igrejas. Já aconteceu de o próprio conjunto ser convidado para fazer apresentações sendo seu pastor o pregador. Por isso que cada vez que trazemos à tona os ensinos desses grupos unicistas, eles reagem como se tivessem se sentindo violados em seus direitos.

Existe mensagem ocultista em suas músicas?

O Conjunto e seu pastor além de irreverentes em seus shows e nada ortodoxos em suas apresentações, para o padrão das As­sembléias de DEUS, apresentam em algumas de suas músicas men­sagens estranhas, que parecem comprometidas com o ocultismo, presença sutil de louvores a deuses estranhos.

No dia 11 de maio de 1993, o CLC (Centro de Literatura Cristã) enviou uma carta para o Ministério Voz da Verdade sus­pendendo a distribuição do seu material, até que o referido ex­plicasse essa possível evidência de louvores a deuses estranhos. A resposta foi dada pelo pastor da Voz da Verdade cinco dias depois dizendo que não precisava do CLC e que seria um favor o CLC não adquirir seu material: "Não precisamos do Centro de Literatura Cristã; vocês não fazem diferença; vocês e nada são a mesma coisa!". Pôs-se como perseguido por servir a JESUS.

Se realmente não há qualquer envolvimento deles com o ocultis­mo por que o pastor não procurou explicar a carta enviada pelo CLC? Essa indignação e descortesia do pastor da Igreja Voz da Verdade deixa seu Conjunto sob suspeita, uma vez que deveria esclarecer as dúvidas.

Na música Sabedoria de DEUS, terceira faixa do CD intitulado Vem Buscar, o cantor diz: "Quando vem o INFERNO" e não: "Quando vem o inverno". Embora sejam palavras muito parecidas, apenas uma letra faz a diferença, provocando o risco de uma possível confusão. Mas a palavra na referida música é mesmo "inferno". É realmente uma mensagem oculta que caracteriza comprometimento com o ocultismo?

Na música Glória, segunda faixa do CD Um Grito de Liber­dade, o coro parece dizer "Glória, Maria", em vez de "glória... gló­ria", como parece à primeira vista. Uma maneira sutil de glorificar a Maria? Na música Palavra da Vida, sexta faixa do mesmo CD, diz "Azulu!", em vez de "haja luz!". Na música JESUS, o Messias, últi­ma faixa do CD intitulado Magnífico, aparece a palavra "exunealogia" e também outra mensagem ocultista "contra Israel".

 

IGREJA LOCAL

O que é o  Expolivro

O Expolivro é um projeto de caráter cultural, social e educacional que visa estimular o hábito da leitura saudável. Cremos que a leitura da Bíblia e de livros espirituais é capaz de transformar a vida das pessoas e, consequentemente, das famílias e da sociedade.

O Expolivro tem o objetivo de levar as pessoas a conhecerem o plano que DEUS tem para as suas vidas.

Nosso sentimento é o sentimento de DEUS: salvar as pessoas, para que o aflito encontre paz, o perdido seja achado e salvo e os dispersos reunidos. Que todos possam ouvir o chamado de DEUS, encontrá-Lo e ser grandemente abençoados.

Ao fazer parada em uma cidade, a carreta fica aberta ao público, todos os dias, durante 1 mês aproximadamente. Suas atividades de biblioteca livraria, teatros infantis, palestras, show musicais, encontros e trabalhos sociais são extremamente aceitas pela população. As visitas de escolas e outras instituições são feitas mediante agendamento.

O Expolivro é uma iniciativa cristã do Instituto Vida para Todos (IVPT) que é uma entidade sem fins lucrativos e conta com o apoio da Editora Árvore da Vida (livros), do Bookafé (espaço interno), do Ceape (voluntários) e 288 (apresentações musicais). Parabéns IVPT por esse magnifico projeto de incentivo a leitura, cultura e educação!

https://www.linkedin.com/pulse/projeto-expolivro-alexandre-soares/

 

Conhecida por seu ônibus "Expolivro" e por seu Jornal Ár­vore da Vida. É a que mais causa problema em nossas igrejas, por causa de seu proselitismo sectário e desleal. Eles perturbam nos­sas igrejas, pois se parecem muito como o nosso povo e por isso se camuflam facilmente em nosso meio, por causa do seu mondus vivendi. Dizem que não são modalistas porque Sabélio dizia que PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO são três aspectos temporários da Di­vindade, ao passo que a Igreja Local diz que são três aspectos eternos da Divindade. O que há de comum entre eles é que ambos afirmam que a Divindade é uma só Pessoa. Como Sabélio, usam com frequência a palavra "pessoa" para cada Pessoa da Trindade, mas com outro sentido. Usam até o nome Trindade, mas não é o mesmo trinitarianismo do Credo Atanasiano.

 

 

O MOVIMENTO DAS TESTEMUNHAS DE YEHOSHUA

Fundado em 1987, em Curitiba (PR), por Ivo Santos de Camargo, o qual afirma nunca haver pertencido a uma igreja evangélica, mas que já visitou algumas delas. Diz que recebeu uma re­velação de DEUS sobre a pronúncia exata do Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino [YHWH] e que esse é o mesmo nome do Salvador). O que há de comum entre seus membros e os demais grupos religiosos heterodoxos é que negam a doutrina bíblica da Trindade e são exclusivistas, além de sua marca distintiva, o nome Yehoshua em lugar do nome JESUS.

Suas Crenças

Crêem que o nome "JESUS" ou "JESUS CRISTO" é o número 666 da besta do Apocalipse e uma abominação, dizem que é o paganis­mo do catolicismo romano. O nome que veio do céu, afirmam, é Yehoshua, que teria sido substituído por JESUS. Um deles afirmou numa entrevista telefônica "ser filho direto da revelação", dizendo com isso que recebeu sua ordenação diretamente de DEUS.

Outro deles assume a autoridade sui generis acima dos outros homens e chegou a dizer que DEUS falou em sonhos dizendo: "Eu te constitui profeta entre as nações". Acha que o mundo inteiro está preocupado com ele e suas doutrinas ao afirmar: "por causa de mi­nhas palavras o mundo inteiro poderá se levantar contra mim". Como os demais adeptos de grupos religiosos heterodoxos, foi acometido do que chamamos de síndrome de perseguição.

Não crêem na Bíblia. Afirmam que a Bíblia foi falsificada e que o original foi destruído pela Igreja Católica. Alegam que nossas versões da Bíblia, até os manuscritos gregos do Novo Testamento, foram adulterados e modificados, e propõem um texto que, segundo eles, seja inspirado, autêntico, que apre­sente o nome Yehoshua ou Yehoshua ha 'Machiach no lugar de JESUS ou JESUS CRISTO. Doutrina dos muçulmanos, que afirmam que a Bíblia foi corrompida, mas que nunca puderam apresen­tar um exemplar desse suposto texto autêntico e nem quando essa suposta falsificação aconteceu. Antes o contrário, temos inúmeras e irrefutáveis provas da autenticidade da Bíblia Sa­grada.

Eles são unicistas, negam a doutrina da Trindade, embora de­fendam a deidade absoluta de JESUS, como os movimentos da Voz da Verdade, Tabernáculo da Fé, Só JESUS e outros. São sabatistas, defendem a guarda do sábado, como os adventistas do sétimo dia. Desconhecem a doutrina da salvação pela fé em JESUS, pregam que o homem é salvo através do conhecimento do nome Yehoshua. Dis­para sua metralhadora giratória contra todas religiões e principal­mente contra as igrejas evangélicas.

Apesar de o movimento ser tão novo, outros grupos sur­giram dele. Esses dissidentes, que também se identificam como Testemunhas de Yehoshua, defendem os mesmos princípios do fundador, indo mais além: negam a autoridade do evange­lho de Mateus, pois ensinam que tal evangelho é uma inven­ção da Igreja Católica para apoiar a doutrina de que JESUS é o Filho de DEUS, negando o nascimento virginal de JESUS, ale­gam que só após a ressurreição é que JESUS "tornou-se" Filho de DEUS.

Sobre os nomes "JESUS" e Yehoshua

Respondendo a essas objeções, devemos esclarecer que o nome JESUS vem do hebraico Yehoshua, "Josué", que significa "Iavé" ou "Jeová é salvação". Depois do cativeiro de Babilônia, o nome Yehoshua passou a ser conhecido também por Yeshua, sua forma abreviada.

O fato de ser uma forma abreviada não significa que deixou de ser nome, como eles pregam. O nome aparece no Velho Testamento hebraico como nome alternativo entre Yehoshua e Yeshiia. A Septuaginta usou o nome lesous (o ditongo grego "ou" se pronuncia "u") para Yehoshua, portanto lesous é a forma grega do nome Yehoshua, ou Yeshua. Isso já foi comentado antes, reveja o capítulo 5, § 4-7.

Sobre o Anjo de Êxodo 23.20,21

Afirmam que a pronúncia correta do Tetragrama é Yehoshua. Procuram justificar essa "descoberta" em Êxodo 23.20,21, que diz: "Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira; porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele". Segun­do a sua interpretação, esse Anjo é Josué, com base na expressão: "o meu nome está nele". Como o nome "Josué", em hebraico, é Yehoshua, afirmam que esse é o mesmo nome do DEUS de Israel, revelado no Velho Testamento, e da mesma forma o nome do Mes­sias, que deve ser invocado por "Yehoshua" e não por "JESUS".

O primeiro problema dessa interpretação, para não dizer in­venção, é que a pronúncia Yehoshua não comporta no Tetragrama, as consoantes hebraicas equivalentes a YHWH, do nome "Jeová" ou "Iavé". Basta ver as letras desses dois nomes para se certificar da confusão dessa doutrina.

O segundo é que a Bíblia diz que DEUS pôs o seu nome sobre os filhos de Israel, sobre o templo de Jerusalém e sobre a cidade

Santa. Nem por isso é correto afirmar que os filhos de Israel, ou o templo de Jerusalém sejam o mesmo DEUS Jeová. Veja Números 6.27; 2 Crônicas 7.15.

O Anjo nesta passagem é um ser sobrenatural que haveria de proteger Israel até a total extinção dos amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus e jebuseus. A fortaleza dos jebuseus só foi con­quistada por Davi, mais de 350 anos depois da morte de Josué. Outros afirmam que esse anjo era JESUS pré-encarnado. Não há consistênca bíblica para afirmar que esse anjo seja Josué. Veja Êxodo 23.23; 2 Samuel 5.6-9.

Sobre o número 666

Alegam que a expressão "JESUS CRISTO Filho de DEUS" equi­vale ao número 666, isso para consubstanciar sua teoria de que o nome "JESUS" é satânico. Antes de tudo, convém salientar que com um pouco de criatividade é possível tomar o nome de qualquer personagem e adaptar com seus títulos selecionados até que se chegue ao número 666. Isso é possível fazer com os nomes dos próprios líderes do movimento Testemunhas de Yehoshua.

Quando se quer rotular alguém de 666 há muitas maneiras de fazê-lo. Se não funcionar em caracteres latinos, pode-se usar caracteres hebraicos. Se um título não encaixar, substitui por ou­tro, ou adiciona mais um adjetivo. Se mesmo assim não for possí­vel, basta criar cálculos cabalísticos.

Outro ponto importante é que não existe na Vulgata Latina a expressão correspondente a "JESUS CRISTO Filho de DEUS". Essa cons­trução não é bíblica. A Bíblia ensina inúmeras vezes que JESUS é o

Filho de DEUS, mas não com essa construção. Colocar essa constru­ção em latim para depois adaptar ao número 666 é um artifício falacioso para atacar o cristianismo bíblico.

É verdade que nome próprio não se traduz?

 

Outro argumento deles é que nome próprio não se traduz, sendo assim, consideram o nome de JESUS uma tradução, e por isso o nome seria falso. É verdade que nomes próprios nem sem­pre são traduzidos, e outras vezes são transliterados conforme a índole de cada língua. Os nomes Eva, David e outros que levam a letra wav, "v" em hebraico, aparecem como Eua, Dauid, nos tex­tos gregos. No grego moderno a letra beta, o nosso b na antigüida­de, hoje é v. Hoje se escreve Dabid para David e Eba para Eva.

Há nomes que permanecem inalteráveis em outras línguas, mas não são todos. O nome "João", por exemplo, é Yohanan, em hebraico; Ioannes, em grego; John, em inglês; Jean, em francês; Giovani, em italiano, Juan, em espanhol; Johannes, em alemão. Outro exemplo podemos ver no nome de Jacó, que em hebraico é Yaakov; em grego, Iakobo (Tiago). Na língua francesa é Jacques, em italiano Giácomo, em inglês, Jacob.

Há nomes que mudam substancialmente de uma língua para outra. Eliazar, em hebraico, é Lázaro em grego. Elisabete é a forma hebraica do nome grego Isabel. Maria é a forma grega do nome Miriam. Baruch, em hebraico, deu origem ao nosso Benedito, em português, que significa "bendito, abençoado".

Os líderes desse movimento procuram fugir dessa realidade e escondem essas informações, apresentando simplesmente os nomes que não sofrem alterações de uma língua para a outra. O argumen­to, portanto, de que o nome que deve ser preservado na forma origi­nal, em todas as línguas, é inconsistente, sem apoio bíblico.

Além disso, estão partindo do princípio de que a língua hebraica é sagrada e a salvação do homem depende do conhecimento da palavra hebraica e não da Pessoa Augusta do Filho de DEUS e isso não é cristianismo. O hebraico é a língua do Velho Testamento, mas a Bíblia não a considera língua sagrada. Ao longo dos séculos, des­de os tempos do Velho Testamento até à atualidade, DEUS sempre se comunicou com os seus servos na sua língua materna, e não em hebraico. DEUS não falou com Adão e nem com Noé em hebraico, pois essa língua é um dos ramos da língua cananita e não existia antes de Abraão. Em que língua DEUS falou com o Faraó, do Egito e com Nabucodonosor, rei de Babilônia? Hebraico? A evidência parece dizer que não!

As línguas tidas como sagradas estão estagnadas, como o árabe clássico, do Alcorão, o sânscrito, antiga língua da índia e outras. Se é, pois, sagrada a língua hebraica, logo não se pode acrescentar palavras ao seu vocabulário, e no próprio Velho Testa­mento hebraico pode ser visto o desenvolvimento dessa língua e o aumento de seu vocabulário.

Sobre o Evangelho de Mateus

Os dissidentes desse movimento, além de negarem a Trindade, recusam aceitar a autoridade do evangelho de Mateus. A Trindade está em toda a Bíblia e não meramente em Mateus. Na verdade, não são apenas os dissidentes desse movimento que negam o evangelho de Mateus, pois todos eles negam todo o Novo Testamento e todos os manuscritos gregos, como já vimos anteriormente.

Eles recusam o evangelho de Mateus chamando-o de "Evange­lho Duvidoso", pois se diz que foi escrito originalmente em hebraico e depois traduzido para o grego. Nessa tradução, segundo eles, o texto foi coiTompido. Alegam que é o único dos evangelhos que têm o ba­tismo em nome da Trindade, PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO, permissão para o divórcio, salvação pelas obras, substancia o papado e que con­sidera o nascimento virginal de JESUS, o cumprimento de Isaías 7.14.

Ainda não está confirmado que Mateus escreveu o seu evangelho em hebraico ou aramaico. Apesar dos fortes testemunhos da patrística, desde o segundo século, contudo nada há no conteúdo deste evangelho que confirme essa versão. Antes, o contrário, a expressão encontrada nele: "Que traduzido é: DEUS conosco" (Mt 1.23) mostra que não have­ria necessidade de se traduzir o significado de "Emanuel", uma vez que o texto já estava em hebraico. Outro ponto interessante é que há duas formas gregas de se escrever o nome "Jerusalém": Ierosolyma, grega e Ierusalem, a hebraica. Mateus usa a forma grega, o que seria estranho para uma obra escrita originalmente em hebraico.

Nenhum cristão está autorizado a rejeitar certos livros da Bí­blia pelas suas peculiaridades. O fato de Mateus ser o único a registrar a fórmula batismal não significa que o texto seja espúrio, pois cada livro da Bíblia têm as suas peculiaridades. Marcos foi o único que registrou o moço desnudo que fugiu por ocasião de prisão de JESUS. Lucas foi o único que registrou a origem de João Batista, a infância de JESUS, a parábola do filho pródigo, as passa­gens do Rico e Lázaro e do Bom Samaritano. João foi o único que registrou o milagre de Caná da Galileia, transformando água em vinho, a ressurreição de Lázaro, o lava pés, etc. Isso, por si só, destrói completamente a interpretação das Testemunhas de Yehoshua.

Negar, portanto, o nascimento virginal de JESUS é negar o pró­prio Cristianismo e considerar o Senhor JESUS igual aos outros ho­mens. O Senhor JESUS veio de DEUS e o meio que DEUS usou para que seu Filho assumisse a forma humana foi a concepção pelo ESPÍRITO SANTO e o seu nascimento virginal, de acordo com João 1.1, 14; Lucas 1.35. Reveja o capítulo 5 § 15-18.

 

CONCLUSÃO

É verdade que a maioria dessas seitas unicistas se diz pentecostal. Os católicos carismáticos também se consideram pentecostais. Con­vém lembrai" que ninguém está autorizado a fundar doutrinas sobre experiências humanas. Isso porque a emoção caiu com a natureza humana no Eden: "Enganoso é o coração, mas do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jr 17.9). Sentimentos, emoções e convicções não são instrumentos para aferir a verdade bíblica.

Mesmo que as experiências sejam sobrenaturais, a Bíblia diz que Satanás se transfigura em anjo de luz e seus ministros em ministros de justiça, portanto pode oferecer experiências espirituais falsas. JESUS disse que os falsos profetas são reconhecidos pelos frutos e não pelo sobrena­tural. Somente a Bíblia é a única fonte de autoridade e as experiências pessoais devem estar de acordo com as Escrituras Sagradas.

Manual de Apologética Cristã - Ezequias Soares – CPAD

 

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O MODALISMO

"E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o PAI, que me enviou " (João 8.17,18).

 

O Modalismo é uma crença muito antiga, que surgiu e logo desapareceu da história do Cristianismo. Esse movimento inspi­rou os atuais movimentos unicistas. O Modalismo defende a di­vindade absoluta de JESUS, prém, nega a doutrina bíblica da Trin­dade. Aqui vamos estudar a origem, história e desenvolvimento do Modalismo e sua refutação bíblica.

 

ORIGEM

A Igreja saiu ilesa da batalha contra o gnosticismo, mas dei­xou como saldo a preocupação dos cristãos sobre a divindade do Logos e o monoteísmo. Se JESUS é DEUS absoluto como fica o monoteísmo judaico-cristão? Por outro lado havia outra questão: se o Logos é subordinado ao PAI, isso não compromete a divinda­de absoluta de JESUS? Havia na época os alogoi e os ebionitas, que eram as seitas do segundo século que negavam a deidade abso­luta de JESUS.

Nessa época surgiram os que Tertuliano chamou de monarquianistas (do grego monarchia — governo exercido por uma única pessoa). Na tentativa de salvar o monoteísmo sem com­prometer a deidade absoluta de JESUS, surgiram muitas interpreta­ções cristológicas e algumas até bizarras.

Os monarquianistas dinâmicos, do grego dynamis, "força, po­der", diziam que DEUS deu força e poder a JESUS, adotando-o como Filho, negando assim a divindade absoluta de JESUS, e também a Trindade. Essa doutrina dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizâncio, Artemão e Paulo de Samosata, bispo de Antioquia.

O adocionismo ensinava que JESUS foi originalmente homem e que por decreto especial de DEUS nasceu de uma virgem e rece­beu poderes sobrenaturais ao vir sobre ele o ESPÍRITO SANTO por ocasião do seu batismo nas águas, no rio Jordão. Em virtude de seu caráter sem mácula e de seus feitos extraordinários, ele foi recompensado com a ressurreição e foi adotado na esfera da dei­dade. Podia ser reconhecido como divino, mas não igual ao PAI e o ESPÍRITO SANTO.

Segundo um deles, chamado Paulo de Samosata, o ESPÍRITO SANTO seria mero atributo impessoal de DEUS. Essa doutrina era o prenún­cio do arianismo, que no início do séc. IV negava a eternidade de JESUS, considerando CRISTO um deus de segunda categoria. Doutrina similar é defendida ainda hoje pelas Testemunhas de Jeová.

Por outro lado, os monarquianistas modais ensinavam que as três Pessoas da Divindade se manifestavam por vários modos, daí o nome modalista. Defendiam o monoteísmo, a divindade absoluta de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO, mas confundiam as três Pessoas da Trindade. Segundo essa doutrina, DEUS não seria três Pessoas, mas três modos. Os pais da Igreja Hipólito, Tertuliano e Origines refuta­ram com veemência essa doutrina.

Um desses unicistas, chamado Noeto, dizia que o PAI nasceu, sofreu e morreu, e que JESUS, portanto era o PAI. Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do latim Pater "PAI" e passus de patrior "sofrer" — O PAI se encarnou em CRISTO e sofreu com Ele). Como disse Tertuliano: "Práxeas fez voar o Parácleto e crucificou o PAI".

No Oriente eram chamados sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Sabélio defendia uma forma inadequada da Trindade ensinando que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO eram apenas três aspectos da Divindade, sendo, portanto, uma mesma Pessoa, ou seja, PAI, Fi­lho e ESPÍRITO SANTO seriam nomes diferentes de uma mesma Pes­soa. Essa doutrina do bispo Sabélio é hoje chamada de sabelianismo.

O bispo Sabélio usava a palavra "pessoa" para cada Pessoa da Divindade, mas para ele essa "pessoa" tinha o sentido de más­cara ou de manifestações diferentes de uma mesma Pessoa Divi­na. Na sua concepção o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são nomes de três estágios ou fases diferentes. Ele era PAI na criação e na promulgação da lei, Filho na encarnação e ESPÍRITO SANTO na rege­neração. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Práxeas, quando pela primeira vez o apologista Tertuliano usa o termo Trinitas ("Trindade") para a Divindade.

Nestório foi bispo de Constantinopla entre 428-431 e desen­volveu a teologia do seu mestre Teodoro de Mopsuéstia. Ilustrava as duas naturezas de CRISTO como sendo marido e mulher "uma só carne", sem contudo, deixarem de ser duas pessoas e duas nature­zas separadas. Dizia que a divindade de CRISTO residia nele assim como o ESPÍRITO SANTO reside no cristão, a diferença seria apenas de grau entre a residência de DEUS em CRISTO e nos crentes. Assim os nestorianos ensinavam que as duas naturezas de CRISTO eram duas pessoas e que essas eram tão íntimas que poderiam ser cha­madas uma só pessoa, como no caso de marido e mulher serem "uma só carne" (Gn 2.24).

 

REFUTANDO O MODALISMO

Há quatro pontos fundamentais em que os unicistas modernos diferem dos evangélicos, os quais foram defendidos pelos sabelianistas da antiguidade, a saber: a natureza de DEUS, a natureza de CRISTO, a fórmula batismal e o significado do batismo. Tudo isso é contrário à ortodoxia cristã universal e em particular à nossa dou­trina. O unicismo moderno tem suas raízes no antigo Modalismo.

O nosso Cremos, publicado em cada edição do jornal Mensa­geiro da Paz, órgão oficial da Convenção Geral das Assembleias de DEUS do Brasil — CGADB, diz no primeiro artigo de fé: "Cre­mos em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO" Dt 6.4; Mt 28.19; Marc 12.29. E mais adiante afirma o nosso Cremos: "No batismo bíblico efetua­do por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do PAI, do Filho e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Se­nhor JESUS CRISTO" (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12).

Cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade é DEUS pleno, em toda sua plenitude, não se trata de uma parte de DEUS. As três Pessoas são da mesma natureza, essência, substância, pois são um só DEUS. O fato de o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO serem um só e mesmo DEUS, não significa que os membros da Trindade sejam uma só Pessoa. A Trindade, portanto, como já vimos à luz da Bí­blia, é a união de três Pessoas distintas em uma só Divindade, e não em uma só Pessoa, pois a unidade de DEUS é composta e não absoluta. Isso não é triteísmo, está enfatizando a existência de um só DEUS em três Pessoas. Veja o capítulo 4.

O Credo Atanasiano, no seu quarto artigo de fé, afirma: "Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância". Os unicistas confundem as Pessoas mutilando a personalidade do PAI e do Filho, com a doutrina das "manifestações", que é uma maneira camuflada de negar JESUS como o Filho de DEUS. A Bíblia diz que negar o PAI e o Filho traz a condenação: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que JESUS é o CRISTO? E o anticristo esse mesmo que nega o PAI e o Filho. Qualquer que nega o Filho também não tem o PAI; e aquele que confessa o Filho tem também o PAI" (1 Jo 2.22, 23).

O PAI e o Filho são Pessoas distintas

Há inúmeras passagens bíblicas que mostram de maneira irrefutável a distinção dessas Pessoas. JESUS disse: "Na verdade bebereis o meu cálice, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu PAI o tem preparado" (Mt 20.23). As Testemunhas de Jeová gostam muito de citar essa passagem bíblica para justificar sua crença de que JESUS não é DEUS, pois ele mesmo, segundo as Testemunhas de Jeová, afirmou que há algo que compete ao PAI e não ao Filho.

JESUS disse que esses cargos pleiteados pelos filhos de Zebedeu já foram estabelecidos na eternidade passada por DEUS, é que JESUS usou a expressão "meu PAI" para dizer "DEUS", e que não cabia ao Filho mudar o que já está firmado. Isso não altera em nada a deidade absoluta do Filho como DEUS. O que o texto sagrado deixa claro é que o PAI e o Filho são duas Pessoas distintas, o que destrói por completo as teorias unicistas.

Lemos ainda: "Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o PAI" (Marc 13.32). Essa é outra passagem que as Testemunhas de Jeová usam com muita frequência para provar que o Senhor JESUS não é DEUS. Ar­gumentam que, se há coisas que só o PAI sabe, logo o Filho é inferior a ele. Não somente isso, eles vão mais além, se existe uma Trindade, onde está o ESPÍRITO SANTO, ele também não sabe o dia da volta do Senhor JESUS.?

Se a expressão "ninguém sabe" abrange também o ESPÍRITO, deveria também abranger o PAI na passagem de Apocalipse 19.12, onde afirma que o Filho traz um nome "que ninguém sabia, senão ele mesmo". Será que isso faz o PAI ser inferior ao Filho? De ma­neira nenhuma. JESUS não sabia naquele momento, pois manifes­tava a sua natureza humana.

A Bíblia ensina em outro lugar que JESUS é onisciente: "Ago­ra, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de DEUS" (Jo 16.30). Pedro disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo" (Jo 21.17). Em CRISTO "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2.3). O texto sagrado de Marcos 13.32 mostra de maneira clara que o PAI é uma Pessoa e o Filho outra.

A quem JESUS pagou o preço da nossa redenção? A Bíblia responde: "E, clamando JESUS com grande voz, disse: PAI, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou" (Lc 23.46). O texto sagrado mostra que JESUS entregou o seu espírito a outra Pessoa, ao PAI, não é possível entender diante duma passa­gem bíblica dessa que JESUS pagou o preço da redenção a si mes­mo, usando a expressão: "PAI, nas tuas mãos entrego o meu espíri­to", se o PAI não fosse realmente outra Pessoa.

Essa distinção de Pessoas fazia parte dos ensinos, diálogos e discussões de JESUS com seus discípulos e com as autoridades religi­osas. Ele disse: "E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o PAI, que me enviou" (Jo 8.17,18). Alei estabelecia que para qualquer julgamento seriam necessárias duas ou três pessoas: "pela boca de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o negócio" (Dt 19.15). Isso reaparece no Novo Testamento: "Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda a palavra" (2 Co 13.1). Veja ainda Números 35.30 e Deuteronômio 17.6.

O Senhor JESUS evocou essa lei para provar sua missão e origem divina. Essa analogia que o Senhor fez revela com clareza as falácias do unicismo. Essa passagem joanina, aqui discutida, é tida como tex­to clássico contra o unicismo. O próprio Dionísio Alexandre a usou contra Sabélio no debate de Alexandria em 263. JESUS disse: "pois, que eu saí e vim de DEUS; não vim de mim mesmo, mas ele me en­viou" (Jo 8.42). Como pode alguém afirmar que o PAI e o Filho são uma mesma Pessoa? O Senhor JESUS afirmou que veio do PAI e que voltava para o PAI. Veja ainda João 16.5,28; 17.3,8.

Outra vez JESUS disse: "Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o PAI, porque o PAI é maior do que eu" (Jo 14.28). Essa é outra passagem bíblica citada muitas vezes pelas Testemu­nhas de Jeová e pelos muçulmanos para contestarem a deidade absoluta de JESUS.

O texto sagrado está falando da função do Filho como Mes­sias durante seu ministério terreno e não da sua natureza, pois ambos são de uma mesma natureza, essência ou substância, pois ele disse: "Eu e o PAI somos um" (Jo 10.30). "O PAI é maior do que eu" foi a condição que o Filho se submeteu para o seu messiado.

A Bíblia ensina que na condição de Messias ele se sujeitou a José e Maria: "e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito" (Lc 2. 52). Fez-se inferior aos anjos: "vemos coroado de glória aquele JESUS que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte" (Hb 2.9). A expressão: "... vou para o PAI, por­que o PAI é maior do que eu" mostra com clareza que PAI e Filho não são a mesma Pessoa. Não é necessário muito esforço para entender isso.

"Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a DEUS, ao PAI, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força" (1 Co 15.24). Quem vai entregar o reino ao PAI? O Filho. Então ambos não podem ser uma mesma Pessoa.

"Portanto, se já ressuscitastes com CRISTO, buscai as coisas que são de cima, onde CRISTO está assentado à destra de DEUS" (Cl 3.1). Como eu posso me sentar à minha destra? A Bíblia fala mui­tas vezes que JESUS assentou-se à destra de DEUS. Não é possível uma pessoa se sentar à sua própria destra. Logo o PAI não pode ser Filho do próprio PAI, como ensinam os unicistas. Veja ainda Ro­manos 8,34; Hebreus 1.3; 10.12; 1 Pedro 3.22.

 

A distinção entre Filho e o ESPÍRITO SANTO e das três Pessoas

 

A Bíblia condena o unicismo. JESUS é "o Filho do PAI" (2 Jo 3) e não o próprio PAI. Basta uma leitura simples da Palavra de DEUS, principalmente nos quatro evangelhos para se descobrir o absurdo dessa doutrina unicista. No batismo de JESUS são manifestas as três Pessoas distintas da Trindade: o PAI falando do céu, o Filho saindo das águas do Jordão, e o ESPÍRITO SANTO repousando sobre ele. Como os três podem ser uma só Pessoa? Nos evangelhos encontramos com frequência JESUS fazendo menção do seu PAI como outra Pessoa. Muitas vezes se dirigia ao PAI em oração (João 17). Afirmar que PAI e Filho são uma mesma Pessoa é um disparate. Veja Mateus 3.16,17.

Da mesma forma acontece com relação ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO. Eis algumas provas bíblicas: "E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO não lhe será perdoado" (Lc 12.10). Quem pecar contra o Filho, pode receber perdão, mas quem pecar contra o ESPÍRITO SANTO não terá perdão. Isso mostra que se trata de duas Pessoas distintas.

Quem ungiu a JESUS? O DEUS-PAI: "como DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fa­zendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele" (Act 10.38). Quem é o ESPÍRITO SANTO? A Pessoa que o PAI usou para ungir a JESUS. O texto menciona as três Pesso­as da Trindade de maneira distinta.

"E eu rogarei ao PAI, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,... Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o PAI enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.16,26). Essa passagem mostra a distinção das três Pessoas da Trindade, o Filho roga ao PAI, logo ambos não podem ser a mesma Pessoa, sobre a vinda do Consolador, a terceira Pessoa. Trata-se do relacionamento eu, tu, ele.

"Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do peca­do, e da justiça, e do juízo" (Jo 16.7, 8). Se o Filho não retornar para o PAI o ESPÍRITO SANTO não poderá vir. Um precisa ir para o outro vir, como podem ser ambos uma mesma Pessoa? E inaceitá­vel o ensino unicista, não podem ser ambos a mesma Pessoa.

 

TEXTOS BÍBLICOS SELECIONADOS PELOS UNICISTAS

Os argumentos dos unicistas atuais são basicamente os mes­mos dos sabelianistas do passado. Todos eles pinçam a Bíblia aqui e ali em busca de subsídios para consubstanciar suas heresias, para assim poderem dar às suas doutrinas uma roupagem bíblica. A expressão "PAI da eternidade" (Is 9.6) é usada por eles para provar que PAI é Filho e Filho é PAI. Mas a expressão "PAI da eternidade" não é a mesma coisa que DEUS-PAI, além disso, JESUS é "o Filho do PAI" (2 Jo 3). Ser "Filho do PAI" não pode ser o próprio PAI do mesmo Filho. No pensamento hebraico, também no árabe, "pai" significa a fonte da coisa designada. O Filho tem em si mesmo a eternidade, é isso que significa "PAI da eternidade".

Costumam citar João 10.30: "Eu e o PAI somos um". O texto prova que JESUS é DEUS absoluto igual ao PAI, mas não a mesma Pessoa do PAI. "Um" no grego, aqui, neste versículo, está no neutro hen e não no masculino, que seria heis, isso mostra duas Pessoas numa só Deidade, nessa passagem. Além disso, o verbo está no plural "somos" e não no singular "sou"; não pode, portanto, PAI e Filho serem uma mesma Pessoa. Além isso, todo o contexto bíblico mostra com clareza a distinção das três Pessoas da Trindade.

JESUS disse a Filipe: "Quem me vê a mim vê o PAI" (Jo 14.8,9). Isso foi usado pelo próprio Sabélio para consubstanciar o seu unicismo. Esta passagem, como a de João 10.30, é ainda hoje usa­da pelos modernos sabelianistas para justificar a sua doutrina. O versículo seguinte destrói completamente os argumentos sabelianistas: "As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o PAI, que está em mim, é quem faz as obras" (v. 10). Novamente o Senhor menciona o PAI como outra Pessoa.

 

O BATISMO EM NOME DE JESUS

Os adeptos dos movimentos unicistas defendem o batismo só em nome de JESUS. Alegam que a expressão "em nome do PAI, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28.19), indica que o nome de DEUS é JESUS. Justificam essa interpretação pelo fato de a palavra "nome" aparecer no singular. Veja que jamais um ser humano poderá che­gar a tal conclusão simplesmente pela leitura da Bíblia. Eles vão além do que está escrito. Chegar a uma conclusão dessa nos pare­ce interpretação esotérica ou cabalista do texto sagrado.

A palavra "nome", no singular, é distributiva como no texto hebraico de Rute 1.2. Embora apareça no plural na Versão Almeida Corrida: "e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom", no entanto, no hebraico e na Septuaginta está no singular. Em Gênesis 48.16 encontramos a mesma situação: "seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque". Se o vocábulo "nome", onoma, no original grego, fosse empregado no plural seria necessário dar mais um nome a cada uma dessas Pessoas. O texto sagrado de Mateus 28.19 está falando de três Pessoas distintas em uma só Divindade. "Em nome" quer dizer em nome de DEUS, do único DEUS que subsiste eternamente em três Pessoas.

Como explicai- as quatro passagens no livro de Atos que fa­zem menção do batismo em nome de JESUS? Eles se valem dessas passagens para consubstanciar sua prática. A inconsistência dessa doutrina unicista é que essas passagens bíblicas não estão nos dando a fórmula batismal. Estão mostrando que essas pessoas foram batizadas na autoridade do nome de JESUS, pela fé em seu nome. A prova disso é que em Atos 2.38 diz: "Em nome de JESUS CRISTO"; 8.16: "Em nome do Senhor JESUS"; 10.48: "Em nome de JESUS CRISTO"; 19.5: "Em nome do Senhor JESUS".

Apenas Atos 8.16 e 19.5 usam exatamente a mesma expres­são. As versões que seguiram o texto grego de Erasmo de Rotterdã, Textus Receptus, trazem Atos 10.48: "Em nome do Senhor", como a Versão Almeida Corrigida. Dessas quatro passagens três são di­ferentes, ou duas, dependendo da versão. Se elas revelassem a fór­mula batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Isso mostra que não se trata de uma fórmula batismal. Essa prática unicista foge à ortodoxia, é um desvio da Palavra de DEUS. A fór­mula determinada por JESUS foi em nome do PAI, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando- as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28.19).

Nos quatro primeiros séculos da Era Cristã, os pais da igreja registraram a fórmula como os cristãos foram batizados. O Didache (palavra grega que significa "ensino"), pronuncia-se "didaquê", também chamado "Ensino dos Doze Apóstolos", documento en­contrado em Constantinopla em 1785 e datado de 150 d.C, que juntamente com todos os Pais da Igreja falam do batismo em nome do PAI, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO. Reconhecemos que a Bí­blia é a Palavra final. A Patrística pode, às vezes, servir como jurisprudência. Longe de fundamentar nossa doutrina em outra fonte que não seja a Palavra de DEUS. Essas citações servem para mostrar que a Bíblia é confirmada pela história da Igreja.

Irineu, um dos Pais da Igreja martirizado em 202 d.C., escre­veu: "Temos recebido o batismo ... em nome de DEUS o PAI, no nome de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS que se encarnou, morreu e ressusci­tou e em nome do ESPÍRITO SANTO de DEUS". Justino, o Mártir, apologista cristão executado pelo prefeito Rusticus, de Roma, em 165 d. C., escreveu: "São trazidos a um lugar onde há águas e recebe de nós o batismo nas águas em Nome do PAI, Senhor de todo o universo, e de nosso Salvador JESUS CRISTO, e do ESPÍRITO SANTO". Da mesma forma escreveram Cipriano, martirizado em 258, e Basílio (329-379).

 

HERESIA OU QUESTÕES SECUNDÁRIAS?

Há quem afirme que se trata de uma questão meramente se­cundária, isso de ambas as partes. Nos Estados Unidos os unicistas são numerosos no sul, Texas, Oklahoma e sudoeste da Califórnia. Tanto lá como aqui, os unicistas são agressivos e não hesitam em chamar os evangélicos de diabólicos. No Brasil eles são muito pouco em relação aos Estados Unidos. Lá, os mais moderados diziam que Myer Pearlmann podia estar com o coração bem com DEUS, mas que a cabeça estava cheia de confusão.

Do nosso lado, há os que acham que esse problema não é grave, dizendo que o ESPÍRITO SANTO não está preocupado com sistema teoló­gico, com o trinitarianismo e nem com o unicismo. Discordamos dessa posição, pois é o mesmo que dizer que o ESPÍRITO SANTO não está preo- cupado com a verdade. A Bíblia chama o ESPÍRITO SANTO de "ESPÍRITO da verdade" (Jo 14.16,17; 15.26) e "o ESPÍRITO é a verdade"(l Jo 5.6). Os dois sistemas teológicos, unicismo e trinitarianismo, são excludentes. Não é possível conciliar os dois. Um desses sistemas não é verdadeiro.

A doutrina de DEUS é o primeiro de todos os mandamentos, é uma questão de vida ou morte, não é, portanto, mensagem alternativa. A Bí­blia diz que negai- o PAI e o Filho, traz a condenação. Os unicistas muti­lam a personalidade do PAI e do Filho, com a doutrina das "manifesta­ções", que é uma maneira camuflada de negar JESUS como o Filho de DEUS. Veja Marcos 12.29,30; João 17.3; 1 João 2.22,23; 5.5,9.

Não é difícil entender porque tal doutrina implica na salvação do homem. Uma cristologia errônea implica numa salvação errônea. Quem adora um DEUS errado está seguindo um JESUS errado e vai parar num céu errado. JESUS disse do alto da cruz: "PAI, nas tuas mão entrego o meu espírito" (Lc 24.46). Para quem JESUS ofereceu o sacrifício de nossa redenção? A Bíblia diz que pecamos contra DEUS e que estáva­mos em inimizade com ele. JESUS é apresentado como o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo. Veja Romanos 3.23; 5.9; João 1.29.

JESUS é o nosso advogado e a propiciação de nossos pecados. Isso mostra que o advogado não pode ser ao mesmo tempo juiz. O advogado defende o réu diante do juiz. O unicismo toma a doutrina da redenção, como diz Stanley M. Horton, numa "charada teológica". Veja 1 João 2.1,2.

 

CONCLUSÃO

O modalismo ou sabelianismo foge à ortodoxia. Suas crenças sobre DEUS não podem ser confirmadas nas Escrituras. Essa doutri­na foi rejeita pela patrística e continua sendo rejeitada hoje, pois há inúmeros movimentos atuais que adotaram essa crença, ainda que com leve modificação. É o assunto do capítulo seguinte.

Manual de Apologética Cristã - Ezequias Soares – CPAD

 

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA CPAD 1Trimestre de 2025

 

Escrita, Lição 4, DEUS É Triúno, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 4, CPAD, 1TR25

I – COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão

2. Evidência no Antigo Testamento

3. Revelada no Novo Testamento

II – AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

1. O Unicismo

2. A verdade bíblica

III – UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE

1. O problema

2. Uma reflexão bíblica

3. A posição oficial

 

TEXTO ÁUREO

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.” (Mt 28.19)

 

VERDADE PRÁTICA

Desde a eternidade DEUS é PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO e essa verdade está em toda a Bíblia.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1 Os primeiros vislumbres da Trindade

Terça - Is 63.8-10 Javé, o Anjo de sua face e o ESPÍRITO de sua santidade são distinguíveis como três pessoas

Quarta - 1 Co 12.4-6 O DEUS Triúno presente na distribuição dos dons espirituais

Quinta - 2 Co 13.13 A Santíssima Trindade presente na bênção apostólica

Sexta - Ef 4.4-6 Três pessoas: PAI é PAI, Filho é Filho e ESPÍRITO SANTO é ESPÍRITO SANTO

Sábado - 1 Pe 1.2 A Trindade atua na obra da salvação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 3.15-17; 28.19,20

Mateus 3

15 - JESUS, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.

16 - E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele.

17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Mateus 28

19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do PAI, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;

20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

 

HINOS SUGERIDOS: 185, 307, 553 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Embora a palavra "Trindade" não esteja escrita na Bíblia, o seu conceito é evidenciado por toda a Escritura; desde o início da Criação, narrado no Antigo Testamento, até a revelação das últimas coisas, presente no Apocalipse. Dessa forma sabemos que essa doutrina não é irrelevante.  

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Demonstrar como a Bíblia apresenta a Trindade; II) Indicar as principais heresias sobre a doutrina da Trindade; III) Explicar os perigos do Unicismo na atualidade.   

B) Motivação: Por mais elaborada e robusta que seja a explicação teológica sobre o DEUS que é PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO - diferentes, mas iguais em majestade e poder; três, porém, um -, o Criador continuará a transcender o entendimento da criatura. 

C) Sugestão de Método: DEUS é transcendente; os seus pensamentos estão muito acima de nossa compreensão, quiçá a sua essência. Por isso, ao introduzir esta aula, compartilhe com a classe essa reflexão, a partir de 1 Coríntios 13.12, mostrando que agora vemos em parte, mas um dia o conheceremos como somos conhecidos.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Foi do agrado do DEUS Todo-Poderoso se revelar aos pequeninos com todo esplendor de sua natureza triúna. Portanto, não percamos a oportunidade de nos relacionar com o DEUS PAI, com o nosso Salvador JESUS CRISTO, o Filho, e o ESPÍRITO SANTO Consolador.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O conceito do DEUS Trino e Uno", localizado depois do segundo tópico, ressalta a distinção na unidade das três pessoas da Trindade; 2) O texto "Negação ao unicismo, unitarismo e triteísmo", ao final do terceiro tópico, aprofunda a explicação apresentada, refutando-a biblicamente.

 

PALAVRA-CHAVE – TRINDADE

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

O Novo Testamento mostra que os cristãos do período apostólico reconheciam o seu DEUS como triúno sem precisar de formulação teológica, recurso a que a igreja mais tarde precisou recorrer para responder às ideias equivocadas sobre DEUS. A Trindade é uma doutrina com sólidos fundamentos bíblicos e, mesmo sem conhecer essa terminologia, a “Trindade”, os cristãos do período apostólico reconheciam essa verdade

 

I – COMO A BÍBLIA APRESENTA A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. A Trindade e o monoteísmo judaico-cristão

As Escrituras ensinam que o DEUS de Israel, revelado nas Escrituras dos judeus (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6; Sl 83.18; 86.10), é o mesmo DEUS do Novo Testamento (Mc 12.29-32).

a) Cada uma das três pessoas é chamada “DEUS”. A mesma Bíblia que ensina haver um só DEUS, e que DEUS é um só, ensina também que o PAI é DEUS, o Filho é DEUS e o ESPÍRITO SANTO é DEUS. O nome “DEUS” se aplica ao PAI sozinho (Fp 2.11), da mesma forma ao Filho (Cl 2.9) e ao ESPÍRITO SANTO (At 5.3,4).

b) Cada uma das três pessoas é cada “Senhor”. Isso também ocorre com o Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino Yhwh), “Senhor”, pois aplica-se ao PAI sozinho (Sl 110.1), ao Filho (Is 40.3; Mt 3.3), e ao ESPÍRITO SANTO (Ez 8.1,3). No entanto, aplica-se à Trindade (Dt 6.4; Sl 83.18).

c) O monoteísmo bíblico não contradiz a Trindade. “Ouve, Israel, o Senhor, nosso DEUS, é o único Senhor” (Dt 6.4). Essa é a confissão de fé no Judaísmo. A palavra hebraica ’echad, traduzida como “único”, indica uma unidade composta, é o mesmo termo usado para afirmar que marido e mulher são ambos “uma só carne” (Gn 2.24). O termo ’echad, em Deuteronômio 6.4, indica que o monoteísmo judaico-cristão não contradiz a Trindade.

 

2. Evidência no Antigo Testamento

Essa doutrina está implícita desde o Antigo Testamento, pois há declarações que indicam claramente a pluralidade na unidade de DEUS: “E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “e o Senhor disse: ... Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (Gn 11.6,7). E, não para por aí, em Isaías 63.8-14, o ESPÍRITO SANTO aparece alternadamente com Javé e com o “Anjo de sua face”.

 

3. Revelada no Novo Testamento

A Trindade bíblica, ou seja, a Trindade em si mesma, pregada pelos cristãos, consiste em um só DEUS que subsiste eternamente em três Pessoas distintas.

a) A Trindade em si mesma. A base bíblica da Trindade salta à vista de qualquer leitor do Novo Testamento a começar pela Grande Comissão (Mt 28.19), na distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6), na bênção apostólica, também conhecida como bênção trinitária (2 Co 13.13), na unidade da igreja (Ef 4.4-6), na obra da salvação (1 Pe 1.2). Além das inúmeras passagens tripartidas que revelam a Trindade (Fp 3.3).

b) A Trindade dos credos. A Trindade é a união de três Pessoas: o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO em uma só Divindade, iguais em poder, glória, majestade e eternidade, da mesma substância, embora distintas.

 

SINÓPSE I - Embora o termo “Trindade” não esteja nas Escrituras, seu conceito e doutrina são demonstrados por toda a Bíblia.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“A TRINDADE: É POSSÍVEL QUE DEUS SEJA, AO MESMO TEMPO, UM E TRÊS?

A crença de que um DEUS único exista eternamente em três pessoas é conhecida como a doutrina da Trindade. E esta doutrina tem um importante papel na fé cristã. Na verdade, a doutrina da encarnação — que afirma que JESUS, como DEUS, tornou-se um homem, e que Ele é, portanto, plenamente divino e plenamente humano — pressupõe essa crença. Esta última doutrina está no âmago da fé cristã.” Amplie mais o conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Apologia Cristã, editada pela CPAD, p.1535.

 

II – AS HERESIAS CONTRA A DOUTRINA DA TRINDADE

São duas as principais heresias contra a Trindade: o Unicismo e o Unitarismo. Ambas são contrárias à Bíbia, condenadas pelas igrejas antigas e rejeitadas pelos principais ramos do Cristianismo. Nesta lição, trataremos do Unicismo. 

 

1. O Unicismo

Esse movimento desde a sua origem no século 3 é conhecido como monarquianismo, modalismo, patripassianismo e sabelianismo. Os principais heresiarcas representantes desse movimento foram Noeto, Práxeas e Sabélio. O Unicismo não nega a deidade absoluta do Filho e nem a do ESPÍRITO SANTO, mas negam a Trindade, pois confundem as pessoas. A heresia consiste em negar a Trindade, pois ensina ser o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO uma única pessoa e não três pessoas distintas em uma só divindade. A Bíblia ensina o monoteísmo, ou seja, a existência de um só e único DEUS eternamente subsistente em três pessoas distintas (Mt 3.16,17; 1 Pe 1.2). É como afirma o nosso Cremos em nossa Declaração de Fé.

 

2. A verdade bíblica

Ninguém no mundo chega à conclusão unicista simplesmente pela leitura da Bíblia, pelo contrário, salta à vista de qualquer leitor a distinção dessas três pessoas da Trindade, a começar pelo batismo de JESUS (Mt 3.16). Diversas vezes JESUS deixou claro que Ele é uma Pessoa e o PAI outra (Jo 8.16, 17; 17.3), embora sejam Eles o mesmo DEUS (Jo 10.30). Com frequência, Ele se dirigia ao PAI como outra Pessoa (Mt 20.23; Mt 26.39, 42); também, nos seus discursos (Jo 5.18-23; 8.19; 10.18; 11.41, 42); e, na oração sacerdotal em João 17. Trata-se de um relacionamento do tipo eu, tu, ele. Quando JESUS anuncia a vinda do Consolador, Ele emprega a terceira pessoa (Jo 14.16,26). A Bíblia ensina que JESUS é “o Filho do PAI” e não o próprio PAI (2 Jo 3). Isso significa que não pode ser o próprio PAI do mesmo Filho.

 

SINÓPSE II - O Unicismo e o Unitarismo são duas das principais heresias sobre a Trindade, condenadas biblicamente.

 

Auxílio Teológico - “O CONCEITO DO DEUS TRINO E UNO

Acha-se somente na tradição judaico-cristã. Esse conceito não surgiu mediante a especulação dos sábios deste mundo, mas através da revelação outorgada passo a passo na Palavra de DEUS. Em todos os escritos dos apóstolos, a Trindade é implícita e tomada como certa (Ef 1.1-14; 1Pe 1.2). Fica claro que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO existem eternamente como três Pessoas distintas, mas as Escrituras também revelam a unidade dos três membros da Deidade.

As Pessoas da Trindade têm vontades separadas, porém nunca conflitantes (Lc 22.42; 1Co 12.11). O PAI fala ao Filho, empregando o pronome da segunda pessoa do singular: ‘Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido’ (Lc 3.22). Declara que veio ‘não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou’ (Jo 6.38)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.162-63).

 

III – UNICISMO: UMA HERESIA ANTIGA NA ATUALIDADE

1. O problema

Na atualidade, existem alguns movimentos evangélicos pentecostais que são unicistas e ensinam a respeito de um DEUS diferente.  De forma sutil e por meio da música, esses unicistas ensinam esse desvio doutrinário sobre DEUS. Isso não é um mero jogo de palavras. JESUS disse que a vida eterna implica esta distinção: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (Jo 17.3).  Essa passagem mostra que a salvação envolve duas pessoas distintas e que esse conhecimento não é cognoscível, mas místico, espiritual, que implica comunhão, fé, obediência, adoração. Conhecer a DEUS é o mesmo que conhecer a CRISTO, em virtude da unidade de natureza do PAI e do Filho (Jo 10.30). JESUS disse que ninguém conhece o Filho sem o PAI e vice-versa (Mt 11.27).

 

2. Uma reflexão bíblica

O que dizer de pessoas convertidas por meio do ministério dessas músicas unicistas? O poder é da Palavra, e não do tal movimento, a Palavra de DEUS é a semente, mesmo sendo semeada por mãos enfermas e infeccionadas, a semente vai germinar. JESUS falou sobre isso no Sermão do Monte (Mt 7.21-23). Alguns podem dizer que se sentem bem ao ouvir tais músicas. Assim, convém lembrar que ninguém está autorizado a fundar doutrinas com base em experiências humanas. As emoções caíram com a natureza humana no Éden (Jr 17.9), e não servem como instrumento aferidor da doutrina. A Bíblia é a única fonte de doutrina e não as nossas emoções, pois somos norteados pela Palavra na direção do ESPÍRITO (2 Pe 1.19; Jo 16.13).

 

3. A posição oficial

O Unicismo é condenado na Bíblia, considerado heresia pelas igrejas desde a sua origem e rejeitado pelos principais ramos do cristianismo e pela nossa Declaração de Fé (III.2). Temos um manifesto oficial contra o Unicismo e o uso de músicas de grupos unicistas em nossas igrejas. A maioria de nossa liderança tem se posicionado contra essa heresia. A importância dessa decisão é para evitar que se adore a outro JESUS, um JESUS falso, diferente do revelado no Novo Testamento (2 Co 11.4). Mas devemos destacar que não somos contra os unicistas, mas contra o unicismo, a doutrina desviante. Devemos manter contato respeitoso no nosso dia a dia com essas pessoas, embora discordando de suas crenças com mansidão (2 Jo 10,11).

 

SINÓPSE III - O Unicismo, embora seja uma heresia antiga, também está presente na atualidade.

 

AUXÍLIO DOUTRINÁRIO - “NEGAÇÃO AO UNICISMO, UNITARISMO E TRITEÍSMO.

Negamos o unicismo sabelianista e moderno, ou seja, que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO sejam três modos de uma mesma pessoa divina, porque está escrito que as três pessoas são distintas.

Negamos também o unitarismo, pois essa doutrina afirma que somente o PAI é DEUS, negando, assim, a divindade do Filho e do ESPÍRITO SANTO, ao passo que as Escrituras Sagradas ensinam a divindade do Filho e do ESPÍRITO SANTO.

Também negamos o triteísmo, ou seja, que existam três deuses separados, pois a Bíblia revela a existência de um único DEUS verdadeiro: ‘há um só DEUS e que não há outro além dele’ (Mc 12.32); ‘todavia, para nós há um só DEUS’ (1 Co 8.6). Essa doutrina monoteísta tem implicação para a salvação: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único DEUS verdadeiro e a JESUS CRISTO, a quem enviaste” (Jo 17.3)’” (Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.41).

 

CONCLUSÃO

A introdução do Credo de Atanásio resume a doutrina da Trindade: “Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo, deve professar a fé cristã. A qual é preciso que cada um guarde perfeita e inviolada ou terá com certeza de perecer para sempre. A fé cristã é esta: que adoremos um DEUS em trindade, e trindade em unidade; Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. O problema é que os Unitaristas separam a substância e os Unicistas confundem as pessoas, e assim creem num DEUS distinto do que é apresentado pela Bíblia.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que indica o termo ’echad em Deuteronômio 6.4?

O termo ’echad, em Deuteronômio 6.4, indica que o monoteísmo judaico-cristão não contradiz a Trindade.

2. Cite quatro evidências no Antigo Testamento em favor da Trindade.

“Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1.26); “Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “desçamos e confundamos ali a sua língua...” (Gn 11.6,7, o ESPÍRITO SANTO aparece alternadamente com Javé e com o “Anjo de sua face” (Is 63.8-14).

3. Quais as passagens do Novo Testamento mais contundentes em favor da Trindade?

A Grande Comissão (Mt 28.19), a distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6), a bênção trinitariana (2 Co 13.13), a unidade da igreja (Ef 4.4-6), a obra da salvação (1 Pe 1.2).

4. Em que consiste o Unicismo e quais os principais heresiarcas dessa heresia?

A heresia consiste em negar a Trindade. Os principais heresiarcas representantes desse movimento foram Noeto, Práxeas e Sabélio.

5. O que João 17.3 mostra em relação a salvação?

Essa passagem mostra que a salvação envolve duas pessoas distintas e que conhecimento não é cognoscível, mas místico, que implica comunhão, fé, obediência, adoração.

 

VOCABULÁRIO

Cognoscível: que pode ser conhecido.

 

 

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JESUS igual a DEUS

A afirmação "JESUS é igual a DEUS" é uma crença fundamental no Cristianismo, especialmente dentro das tradições católica, ortodoxa e protestante (ou evangélica). Segundo a doutrina da Trindade, DEUS é uno em essência, mas existe em três pessoas distintas: DEUS PAI, DEUS Filho (JESUS CRISTO) e DEUS ESPÍRITO SANTO. Esta doutrina afirma que JESUS é completamente divino, compartilha da mesma essência de DEUS PAI e é igualmente eterno e todo-poderoso.

No entanto, outras religiões e denominações podem ter diferentes interpretações sobre a relação entre JESUS e DEUS. O Islã, por exemplo, respeita JESUS como um grande profeta, mas não o iguala a DEUS. Os Testemunhas de Jeová o identificam como um deus.

 

A doutrina bíblica da relação entre JESUS CRISTO, o Filho, e DEUS, o PAI, é um tema central no Cristianismo. Esta doutrina é frequentemente explorada para entender a natureza de JESUS e sua relação com DEUS PAI.

1. Ideia de Filho: No pensamento judaico, o conceito de filho implica igualdade com o pai. Na Bíblia, a ideia de "filho" muitas vezes indica "a mesma espécie" ou "a mesma índole". Por exemplo, JESUS referiu-se a si mesmo como Filho de DEUS, indicando sua divindade e igualdade com DEUS PAI.

2. Significado Teológico: Teologicamente, ser chamado de Filho de DEUS significa que JESUS compartilha da mesma essência e natureza de DEUS PAI. JESUS afirmou: "Eu saí e vim de DEUS" (Jo 8.42) e "Saí do PAI e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o PAI" (Jo 16.28). Essas declarações sublinham que JESUS é de mesma substância que DEUS PAI.

3. O Filho é DEUS: A expressão "Filho de DEUS" revela a divindade de CRISTO. A Bíblia afirma claramente que JESUS é DEUS. Por exemplo, Hebreus 1.8 cita Salmos 45.6-7, onde DEUS é referido como ungindo a si mesmo como DEUS, o que é explicado como uma referência a JESUS. Isso mostra a unidade e a pluralidade de DEUS.

4. A Heresia do Subordinacionismo: O Subordinacionismo é uma doutrina que afirma que o Filho é subordinado ao PAI, sendo um deus secundário. Essa visão foi defendida por Orígenes e outros, mas é considerada herética porque nega a igualdade absoluta de JESUS com DEUS PAI. A Bíblia, no entanto, revela a igualdade das três pessoas da Trindade (PAI, Filho e ESPÍRITO SANTO).

5. Unidade na Trindade: A doutrina da Trindade afirma que DEUS é uno em essência, mas existe em três pessoas distintas: DEUS PAI, DEUS Filho (JESUS CRISTO) e DEUS ESPÍRITO SANTO. Essa doutrina enfatiza a plena harmonia e igualdade de essência e autoridade entre as pessoas da Trindade.

 

O subordinacionismo é uma doutrina teológica herética que sugere que JESUS CRISTO é subordinado a DEUS PAI, ou seja, que Ele não é igual a DEUS PAI em natureza e essência. Hoje, essa heresia ainda é combatida por muitas denominações cristãs, especialmente aquelas que defendem a doutrina da Trindade, que afirma que o PAI, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são três pessoas distintas, mas de mesma essência e substância divina.

O subordinacionismo pode se apresentar de várias formas, como em algumas interpretações de passagens bíblicas ou em certas práticas e crenças dentro de algumas denominações ou movimentos religiosos. É importante que os cristãos estejam cientes dessas interpretações para manter a integridade da doutrina da Trindade.

 

22-30. Comentários Adicionais sobre a Identidade de JESUS.

Provavelmente um intervalo de cerca de dois meses separavam esta ocasião da precedente. A Festa dos Tabernáculos pertencia à estação do Outono, e a Festa da Dedicação vinha no inverno. Esta celebração era em recordação da purificação e rededicação do Templo feita por Judas Macabeus depois do sacrilégio cometido por Antíoco Epifânio. O ano foi de 165 a.C. JESUS foi assediado por alguns judeus quando andava pelo alpendre de Salomão, que ficava na parte oriental do Pátio dos Gentios, o pátio maior na área do Templo, que rodeava os pátios interiores e o templo propriamente dito. Sua pergunta foi muito direta. Até quando nos deixará a mente (alma) em suspenso? Literalmente. Em outras palavras, eles queriam uma resposta direta. Era ou não era o CRISTO?

Nosso Senhor colocou seu dedo na dificuldade. Não era falta de informação, mas falta de vontade de crer. Seu próprio testemunho teria sido suficiente; se não fosse, como no caso deles, então Suas obras testificavam dEle (cons. 14:11). Não havia falta de clareza neste caso; o problema permanecia com eles. Evidentemente não lhe pertenciam, uma vez que não tinham vontade de segui-lo. Eles percebiam que o ensinamento do Seu pastor tinha um novo sentido, e não estavam preparados a deixar o Judaísmo que conheciam e ao qual se apegavam. Mas a nova ordem oferecia bênçãos e segurança que não poderiam chegar a conhecer no seu farisaísmo.

CRISTO oferecia a vida eterna como um presente (10:28; cons. v. 10). Ao dizer que jamais perecerão se pertencessem ao seu rebanho, JESUS usou a mais forte expressão conhecida na língua. Essa certeza era possível porque a vida oferecida fundamentava-se no Seu dom (Rm. 11:29) e não em consecuções humanas. Suas ovelhas também estavam a salvo de influências estranhas – ninguém as arrebatará da minha mão. As ovelhas pertenciam a CRISTO porque eram presentes do PAI para Ele (10:29). Naturalmente o PAI tinha interesse na sua preservação. Considerando que Ele é supremo – maior do que tudo – não se pode imaginar que algum poder seja capaz de arrancá-las de Sua protetora mão (cons. Rm. 8:38, 39). A conclusão do assunto é que nenhuma separação pode ser feita entre o PAI e o Filho. Eles são mais do que colaboradores; são um na essência (a palavra um não está no masculino – um indivíduo – mas no neutro, um ser).

31-33. Pela segunda vez JESUS foi ameaçado com apedrejamento da parte dos seus oponentes (cons. 8:59).

A provocação aqui foi a sua declaração de ser um com o PAI, uma blasfêmia aos olhos dos judeus, que negavam a origem celeste de JESUS. Para enfrentar sua posição o Senhor não dependia da repetição de Suas declarações ou da ampliação das mesmas, mas voltava-se de Suas palavras para as Suas obras. Eram mais fáceis de serem compreendidas e apreciadas.

Muitas obras boas. A atenção foi focalizada principalmente sobre algumas, mas essas representavam as outras que não foram contadas (20:30). Eram boas obras, as quais eram de se esperar emanarem do PAI. Pensariam os judeus seriamente em apedrejar um homem por causa de boas obras? Em resposta, os judeus puseram de lado toda e qualquer referência às obras; as quais não podiam negar, e retornaram à questão das palavras de JESUS, as quais eles se sentiam obrigados a negar alegando blasfêmia. Para eles JESUS era um homem que se atrevia a passar por DEUS. Com base nisso quiseram matá-lo imediatamente e o procurariam fazer mais tarde (19:7).

34-38. Neste impasse a única esperança de encontrar base para discussão adicional consistia em apelar para a lei (há forte testemunho documentário favorável à omissão da palavra vossa), uma vez que os judeus a aceitavam.

Lei, aqui, foi usada no amplo sentido referindo-se às Escrituras do V.T. As palavras em questão, Sois deuses, ocorre em Salmo 82:6, com referência aos juízes hebreus. A palavra de DEUS concedeu-lhes um certo "status" de divindade na qualidade de seus representantes. Uma vez que a Escritura (com especial referência à passagem em questão) não pode falhar, com o fim de permitir que os homens rejeitassem seus ensinamentos, como se podia levantar objeções contra Ele a quem o PAI especialmente separara e enviara ao mundo? Pois se CRISTO dissesse menos do que afirmar que era o Filho de DEUS estaria dizendo uma mentira. Afirmar sua filiação não era blasfêmia (Jo. 10:36). Se os judeus não podiam testar suas declarações verbais, pelo menos podiam julgá-lo com base nas obras (vs. 37, 38; cons. vs. 25, 32). Seria possível progredir através das obras até a fé na pessoa. Essa é também a verdade contida em 20:30, 31.

39-42. A repetida afirmativa de unidade com o PAI causou uma ameaça de violência uma vez mais.

Era tempo do Senhor ausentar-se da cidade. Encontrou refúgio em Betânia, além do Jordão, onde João estivera antes batizando (v. 40)22-30.

Comentário Bíblico Moody - Charles F. Pfeiffer | Everett F. Harrison

 

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DIVINDADE DE JESUS: Características:

 

Como Criador (Cl.1:16Hb.1:3);

Seus desígnios (Rm.11:33-36);

Se fez homem (Lc.1:26-35);

Ressuscitou (Lc.24:36-53;At.1:3; At.2:22-39; At.3:13-26; At.4:10;

At.5:30-32; At.10:39-42;         At.13:30-32;         At.13:37;     Rm.1:4;          1Co.6:14;

1Co.15:15Cl.2:12Cl.3:11Ts.4:14-16Hb.13:201Pe.1:2-31Pe.1:21; 1Pe.3:21-23; Ap.5:6-10Ap.20:6; );

Tem todo o poder (Mt.28:18Fp.2:9-11); Poder para perdoar pecados (Mt.9:6Mc.2:1-12Lc.5:24);

É sobre todos (At.10:36; Rm.9:1-5).

Ele é o resplendor da Glória de DEUS (Hb.1:3);

Imagem de si (Hb.1:3Cl. 1:15-19).

 

 

JESUS é diferente dos líderes; único que convence que é DEUS a uma parte do mundo- escárnios pagãos testemunham da adoração a CRISTO;

Impecabilidade: nas palavras e obras de JESUS há ausência completa de conhecimento ou confissão de pecado(Jo.8:46;Hb.4:15Hb.9:28);

Ele se afirmava como DEUS: Igualdade com o PAI:

(Jo.10:30;Jo.8:58) (viola o sábado)(Jô.5:18;   Jô.9:16);enviado

(Jo.20:21);defende sua honra divina (Jo.5:23); Conhecer (Jo.8:19); Crer (Jo.14:1); Ver (Jo.14:9)

Aceita reverência a Ele, como adoração divina:(prostrar-se) Jo.4:20-22; At.8:27; Jo.4:24Mt. 4:10 e Lc. 4:8; leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33Jo.20:27). Anjos e meros homens não aceitaram essa reverência para si:(At.10:25-26 e Ap.19:10). Referências Bíblicas: (Jo.5:18Jo.8:42;Jo.8:54;Jo.10:35-36;Jo.13:3;Jo.13:31-32Jo.16:27Jo.20:17);

Outras Provas:

Sua igreja o adora por quase 2.000 anos;

mudou a história (AC e DC)

Emanuel(DEUS conosco)-(Mt.1:23);

Quem estava tentado era JESUS-DEUS (Mt.4:7;Lc.4:12;);

JESUS foi adorado e servido como DEUS pelos anjos (Mt.4:10- 11;Lc.4:8;Hb.1:6;);

demônios o reconheceram como divino (Mt.8:29; Mc.1:24; Mc.3:11Mc.5:7Lc.4:34Lc.4:41Lc.8:28Tg.2:19);

adorado e reconhecido pelos homens (Mt.14:33Mt.16:16;Mt.27:54; Mc.15:39; Mc.16:19;Lc.2:26-38Lc.7:16Lc.9:20Jo.9:33Jo.11:27Jo.16:30Jo.20:28; At.7:55-56; Paulo (Fil.2:9;Tito 2:13); João Batista (Lc.3:2);Pedro (Mt.16:15 e At.3:26); Tomé (Jo.20:28);Escritor (Hb.1:8); Estevão (At.7:9); leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33;Jo.20:27);

No julgamento: Condenação de JESUS foi por sua confissão induzida, onde “tu o disseste” é uma maneira educada judaica de responder(Mt.26:64; Mc.14:62; Lc.22:70Lc.23:42);

reconhecido por anjos (Mc.1:35; Lc.2:12Jo.10:33);

Ensinos absolutos(não retrata, acha ou muda nada), autoridade suprema” Em verdade,...;

Confirmado por explicações teológicas bíblicas gerais que explicam a JESUS como DEUS (inclusive passagens declaratórias de que Ele é DEUS): (Jo.1:1-2Jo.1:12-13Jo.1:18Jo.1:29Jo.1:34Jo.1:36Jo.1:49;

Jo.3:16-21Jo.3:36Jo.6:69Jo. 17:3Jo.20:31; At.20:28; Rm.5:10;

Rm.6:23;Rm.8:3Rm.8:34Rm.9:51Co.1:91 Co.1:241 Co.1:301 Co.6:111 Co.8:62 Co.4:62 Co.15:19; 2 Co.13:13Ef.1:3Fp.2:6-11Cl. 1:13-151 Tm.2:51 Tm.3:62 Tm.4:1Tt.2:13Hb.1:1Hb.1:8-9Hb.2:9Hb.2:17Hb.4:14Hb.7:3;Hb.9:14Hb.9:24Hb.10:121 Pe.3:182 Pe.1:12 Pe.1:171 Jo.4:91 Jo.5:9-131 Jo.5:202 Jo.1:9Jd.1:4Ap.14:2Ap.19:10).

10)JESUS COMO VERBO: No Grego logov logos- (preexistente-anterior à Criação do homem, intimamente ligado DEUS no seio do PAI, não que JESUS seja idêntico DEUS-PAI, mas no mesmo caráter, essência, qualidade e ser de DEUS). JESUS é tão perfeitamente o mesmo que DEUS em mente, coração e essência (Jo.1:14;Jo.14:9).

(EU SOU):Antigo testamento hyh hayah hyh hayah (EU SOU O QUE SOU) - (Ex.3:14);

Novo testamento egw ego eimi eimi (Mt.20:15Mt.20:22Lc.22:70Jo.8:24Jo.8:28Jo.8:58;Jo.13:19;At.18:10; Ap.2:23);

Outras Referências Bíblicas: O PÃO(Jo:6:35; Jo.6:41Jo.6:48Jo.6:51); A LUZ (Jo.8:12;Jo.12:46;); ENVIADO (Jo.8:18); DO CÉU (Jo.8:26) A PORTA (Jo.10:7Jo.10:9); O BOM PASTOR (Jo.10:11;Jo.10:14);A RESSURREIÇÃO E A VIDA (Jo.11:25); O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA (Jo.14:6); A VIDEIRA VERDADEIRA (Jo.15:1;        Jo.15:5) REI (Jo.18:37); SENHOR

(At.9:5;At.22:8;At.26:15;); SANTO (1 Pe.1:16); ALFA E ÔMEGA

(ETERNO) (Ap. 1:8,11,17,18Ap.21:6Ap.22:13); RAIZ E GERAÇÃO DE DAVI E ESTRELA DA MANHÃ (Ap.22:16);

JESUS COMO A PALAVRA DE DEUS (expressando seu poder, inteligência e vontade, imagem revelada de DEUS ) Referências bíblicas: (Lc.4:32Lc.4:36Jo.2:22Jo.5:24Jo.8:31Jo.8:51Jo.12:48Jo.14:23-24Jo.15:3; At.10:36; 1 Co.1:182 Co.2:172 Co.5:19Ef.1:13Fp.2:16Cl.3:161 Tm.1:151 Jo.5:7Hb.1:3Ap.1:9Ap.3:8Ap.3:10Ap.6:9Ap.12:11Ap.19:13Ap.20:4).

JESUS COMO O FILHO DE DEUS:

Expressão “uiov huios yeov theos” significa” nascido de DEUS”. Título proclama deidade., num sentido único que mantém relação divina não participada por nenhuma criatura do universo:

CONFIRMANDO A VERDADE:

Consciência de si mesmo - Com 12 anos, JESUS sabia 2 coisas:

1a) uma revelação especial de DEUS a quem chama de seu PAI;

2a) uma missão especial na terra “negócios do PAI”. Ele tinha consciência de sua identidade, adquirida no estudo das Escrituras sobre o Messias e o ESPÍRITO SANTO revelou intimamente que Ele é o Eterno filho de DEUS e não, apenas, de Maria. Ele ouviu a voz do PAI no batismo (Mt.3:17),resistiu à tentação do diabo p/duvidar do fato(Mat.4:3)e falou Abba (paizinho),na cruz.

Mt.27:54;    Mc.1:1;       Mc.3:11;     Mc.15:39;   Lc.1:35;Lc.4:41;          Lc.22:70;

Jo.1:34;Jo.1:49Jo.3:18Jo.5:25Jo.10:36Jo.11:4Jo.11:27;Jo.19:7Jo.20:31; At.8:37;At.9:20; Rm.1:42Co.1:19Gl.2:20Ef.4:13-14Hb.6;6Hb.7:3Hb.10:291Jo.3:81Jo.4:151Jo.5:51Jo.5:10-131Jo.5:20Ap.2:18).

13) SENHOR:     Expressão kuriov kurios (grego-kurios)-

(supremacia)- título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores; título dado: a DEUS, ao Messias:(Lc.24:3Jo.21:7; At.1:21;At.2:36; At.4:33; At.7:59; At.9:17; At.9:29; At.10:36; At.11:7; At.15:11; Rm.10:121Co.12:3Fp.2:112Jo.1:3Jd.1:17Jd.1:21Ap.22:20-21). Indica:

deidade- transmitia aos judeus e gentios, o pensamento de divindade(equivale a Jeová);

Exaltação - Na terra, JESUS merecidamente é Senhor porque morreu e ressuscitou para salvar os homens;

Soberano - No AT, se revelou como redentor e salvador de Israel e no Sinai, como Rei (Êxodo 20:2)-2 Cr.13:5Fp.2:9Fp.3:14).

Profecias do A.T.:         Ex.15:2Dt.26:19;         1Sm.2:1;          1Sm.2:10;

2Sm.22:47; 1Cr.29:11; Sl.7:6Sl.18:46Sl.21:13Sl.46:10Sl.57:5Sl.57:11Sl.66:17Sl.97:9Sl.99:5Sl.99:9Sl.107:32Sl.108:5Sl. 113:4Sl.118:16Sl. 118:28Sl.145:1Sl.148:13Is.5:16Is.26:11Is.33:3;5;10Is.52:13;

Cumprimento:     (At.2:33; Fp.2:9); Agora CRISTO nos redime da

destruição do pecado e tem o direito de ser o Senhor de nossas vidas, que nos comprou (1 Co.6:202 Co.5:15).

 

 

FILHO DO HOMEM: Expressão hebraica “Nb bem Mda ‘adam aw- dawm ou grega uiov huios anyrwpov anthropos (humanidade)-

designação enfática p/o homem, em seus atributos característicos de debilidade e impotência.(Nm.23:19;Jó.16:21). No AT, a expressão denota debilidade e mortalidade, incentivo à vocação profética. No NT, denota-o como participante da natureza e qualidades humanas, sujeito às fraquezas humanas; Também, denota sua deidade porque nEle, significa pessoa celestial , identificado como representante e salvador, em 3 fases:

vida terrena (Mt.27:63Lc.24:5Mc.2:10Lc.24:23Jo.6:57Jo.6:69Jo.14:19;At.25:19 );

sofrimentos expiatórios (Hb.2:17; Mc.8:31; 1 Pe.1:11) e

exaltação e domínio sobre a humanidade (Mt.25:31;Dn.7:14). CRISTO, homem em sofrimento, debilidade e morte, mas divino em contato com PAI, perdoando pecados acima da religião. O filho de DEUS veio a ser o filho do homem pela encarnação, concebido no ventre de Maria pelo ESPÍRITO SANTO.

Encarnação não significa que DEUS se fez homem, mas permanecendo como DEUS, tomou natureza nova(humana). O filho de DEUS , permanecendo DEUS, se uniu de tal forma a do homem, que constituiu uma pessoa, JESUS; assim, o filho de DEUS , verdadeiro DEUS desde a eternidade, no  curso do tempo se fez verdadeiro homem, em uma pessoa, JESUS CRISTO, constituído de duas naturezas, a humana e a divina.(Lc.24:39Jo.1:14Jo.6:51-56Jo.17:2; At.2:30; At.2:31; Rm.1:3Rm.8:3Rm.9:52Co.3:32Co.5:16Ef.2:15Cl.1:221 Tm.3:16Hb.5:7Hb.10:201Pe.3:181Pe.4:11Jo.4:2-32Jo.1:7).

TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Govaski

 

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João 10.30-38

30 - Eu e o PAI somos um.

31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.

32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu PAI; por qual dessas obras me apedrejais?

33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo.

34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?

35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),

36 - àquele a quem o PAI santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?

37 - Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis.

38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o PAI está em mim, e eu, nele.

 

Propósito do Quarto Evangelho

 

O Evangelho de João é o único entre os evangelhos canônicos que traz claramente sua declaração de propósito:

Na verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome – João 20.30-31

Nesse verso podemos encontrar ao menos quatro declarações de propósito do autor: (1) Propósito Evangelístico; (2) Propósito de Incentivar a Perseverança; (3) Propósito Teológico; (4) Propósito Apologético. Abaixo, passamos a observar como cada um desses se relaciona com o Evangelho como um todo.

 

A. Propósito Evangelístico

A relação entre a fé e vida eterna é claramente exposta na teologia Joanina. No terceiro capítulo encontramos: “para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (v.15); “Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (v.16); “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de DEUS” (v.36; cf. Jo.5.24; 6.35, 40, 47; 11.25). Essa característica é muito encontrada na literatura joanina: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de DEUS” (1Jo.5.13).

É fundamental ressaltar que tal conceito também é testemunhado pelos milagres (sinais; gr. semeion) realizados por CRISTO e registrados por João: “Na verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

Sinais, prodígios e maravilhas permeiam todo o evangelho de JESUS CRISTO e início da Igreja.

Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4

E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:20

As ações milagrosas de CRISTO relatadas no Evangelho têm por motivo apresentar sua Real Pessoa para Seus expectadores; para que compreendam sua Divindade e Messianidade e para que possam depositar sua fé Nele. E isso é visto em vários dos seus milagres: “Com este, deu JESUS princípio a seus sinais em Caná da Galileia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele” (Jo.2.11); “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome” (Jo.2.23) “Com isto, reconheceu o pai ser aquela precisamente a hora em que JESUS lhe dissera: Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa” (4.53); “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (9.38). “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera JESUS, creram nele” (11.45)

Entretanto, assim como seus ensinos seus atos milagrosos estavam sujeitos a avaliação e rejeição. Já no início do seu ministério a incredulidade já estava anunciada: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome, mas o próprio JESUS não se confiava a eles, porque os conhecia a todos” (Jo.2.23-24). Em outras ocasiões, o milagre promoveu completa rejeição. No caso da cura da aleijado do tanque de Betesda, por realizar no sábado o milagre, os fariseus passaram a prossegui-lo (Jo.5.16). Tal rejeição torna-se discussão e JESUS deixa clara a opinião dos fariseus a Seu respeito: “Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (Jo.5.46-47). No caso da cura do cego de nascença a incredulidade é clarividente, pois pesquisam para saber se aquele que se dizia cego o era de fato: “Não acreditaram [criam] os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais” (Jo.9.18). Outro exemplo interessante desse fato é visto entre os judeus descrentes: “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele” (Jo.12.37). A interpretação que João tem desses fatos é que eles são cumprimento profético: “para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados” (Jo.12.38-40).

Assim, ainda que os milagres tivessem claro papel evangelístico, também funcionaram como problema para a compreensão sobre a verdadeira pessoa de CRISTO. Aliás, esse é um dos muito motivos pelos quais a pessoa de CRISTO continua sob suspeita.

 

B. Propósito de Incentivar a Perseverança

Como já temos mencionado, existe uma importante variante textual em Jo.20.31 que sugere que o propósito do livro é fortalecer os cristãos na manutenção da sua fé em CRISTO. Observe como poderia ser traduzido o verso: “Na verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que continuais a crer que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”

Embora contextualmente deslocada, a sentença pode ser muito bem compreendida como um convite a manutenção da Fé. Já temos dito que essa leitura parece aceitável pelo fato de que todos os livros do NT foram primeiramente escritos para cristãos, o que nos leva a crer que João teria feito o mesmo com seu evangelho.

É importante lembrar o leitor que apenas uma das leituras variantes é a original e, portanto, apenas uma das conclusões sobre o propósito do livro está correta. Entretanto, mantemos aqui essa declaração, pois os mais conceituados textos críticos optaram por manter as duas leituras, por serem consistentes externa e internamente.

Um detalhe que chama a atenção é que a relação de variante entre o aoristo subjuntivo e o presente subjuntivo do verbo crer acontece mais algumas vezes no evangelho. Observe:

ἀπεκρίθη ᾿Ιησοῦς καὶ εἶπεν αὐτοῖς· τοῦτό ἐστι τὸ ἔργον τοῦ Θεοῦ, ἵνα πιστεύσητε εἰς ὃν ἀπέστειλεν ἐκεῖνος – [Segunda pessoa do plural do Aoristo Subjuntivo Ativo] – 6.29

Respondeu-lhes JESUS: A obra de DEUS é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado – 6.29

Nesse texto o mesmo fenômeno acontece: A leitura variante atesta o mesmo verbo (πιστεύω) só que no Presente Subjuntivo Ativo, o que faria com que o texto fosse entendido assim:

ἀπεκρίθη ᾿Ιησοῦς καὶ εἶπεν αὐτοῖς· τοῦτό ἐστι τὸ ἔργον τοῦ Θεοῦ, ἵνα πιστεύητε εἰς ὃν ἀπέστειλεν ἐκεῖνος – [Segunda pessoa do plural do Presente Subjuntivo Ativo] – 6.29

Respondeu-lhes JESUS: A obra de DEUS é esta: que continueis a crer naquele que por ele foi enviado – 6.29

Essa leitura nesse discurso parece consistente com o público a quem se dirige o Senhor nessa sentença, e favorece a ideia de que esse evangelho tenha sido escrito com esse propósito. Mas, é importante demonstra que o mesmo fato acontece em quase todas as ocasiões em que se encontra o verbo crer no aoristo subjuntivo ativo (13.19; 19.35; 20.31).

Atos dos Apóstolos foi escrito para mostrar o que JESUS continuou a fazer, seus sinais, prodígios e maravilhas continuaram a acontecer, agora através de apóstolos e discípulos. JESUS continuou sua missão.

É digno de atenção, que uma simples nota de João no relato da crucificação de CRISTO, favorece a ideia de um Evangelho primeiramente escrito para cristãos com o objetivo de fortalecer a fé, observe:

καὶ ὁ ἑωρακὼς μεμαρτύρηκε, καὶ ἀληθινὴ αὐτοῦ ἐστιν ἡ μαρτυρία, κἀκεῖνος οἶδεν ὅτι ἀληθῆ λέγει, ἵνα καὶ ὑμεῖς πιστεύσητε

Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. 19.35

καὶ ὁ ἑωρακὼς μεμαρτύρηκε, καὶ ἀληθινὴ αὐτοῦ ἐστιν ἡ μαρτυρία, κἀκεῖνος οἶδεν ὅτι ἀληθῆ λέγει, ἵνα καὶ ὑμεῖς πιστεύητε

Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós continueis a crer. 19.35

Essa declaração do autor para o leitor sugere que ele tem os olhos na manutenção da fé, e não da promoção da mesma. Em todos os casos a disputa textual é acirrada e as preferências voltam-se para muitos lados, entretanto, é fundamental que se diga que são variantes possíveis e em nada desmerecem o Evangelho, muito pelo contrário, demonstram o propósito do evangelho de um modo pertinente ao ambiente em que era primeiramente escrito.

 

C. Propósito Teológico

No que se refere a teologia, João assegura que os milagres registrados atestam que JESUS é o Filho de DEUS: “Na verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

A designação Filho de DEUS atesta a divindade de CRISTO: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de DEUS” (Jo.3.18). O uso da expressão unigênito Filho de DEUS (gr. tou monogenous uiou tou theou) é uma das formas pelas quais João apresenta CRISTO como divino, e essa definição é uma exigência para salvação. Ou seja, ainda que as opiniões sobre CRISTO fossem divergentes já nessa ocasião, é certo para João que JESUS é DEUS. Aliás, a linguagem de João aqui parece trazer a tona uma referência ao gnosticismo incipiente e sua desconexão da pessoa de CRISTO e DEUS PAI (1Tm.1.4).

A designação de Filho assumida por CRISTO expressa uma relação familiar com o DEUS PAI. Tal ênfase é explicitamente majoritária em João, pois enquanto os sinóticos atestam esse fato em aproximadamente 24 ocasiões, em João encontramos cento e seis vezes. Esse fato é visto desde o prólogo do evangelho: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do PAI” (Jo.1.14). João Batista também atesta o mesmo fato: “Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de DEUS” (Jo.1.34).

Uma situação que pode testificar a Pessoa de CRISTO como Filho de DEUS é encontrada no encontro de Natanael com CRISTO (Jo.1.44-51). No exercício de sua onisciência, JESUS demonstra que o que Felipe disse a Seu respeito é verdadeiro, e Natanael afirma: “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de DEUS, tu és o Rei de Israel!” (Jo.1.49). Ao ouvir isso, JESUS garante que Natanael veria sinais mais evidentes de que Ele o é (Jo.1.50). A cena que segue a esse diálogo nos conta seu primeiro milagre (sinal; gr. semeion), com o qual Ele manifestou sua Glória (Jo.2.11).

Ao ter conhecimento dos atos de CRISTO, o próprio Nicodemos atesta: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de DEUS; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não estiver com ele” (Jo.3.2). Esse reconhecimento é fundamental para compreender alguns dos milagres de CRISTO narrados em João, como por exemplo a cura do filho do oficial do Rei (Jo.4.46-54). Nessa ocasião, apenas o declara a cura do filho do oficial à distância foi suficiente para que ele fosse curado. O fato de que o texto narra a expressão de pontualidade da cura (v.53) demonstra que Aquele que realizara o Milagre é Filho de DEUS. E esse teria sido apenas o seu segundo milagre (sinal; gr. semeion) narrado no evangelho.

 

D. Propósito Apologético

Carlos Osvaldo, sobre o assunto, atesta:

Infelizmente, a maioria dos comentaristas têm enfatizado este propósito evangelístico do evangelho sem atentar para o propósito apologético ou polêmico, em que João enfatiza a glória do Verbo (cf. 1.14; 17.1, 5) e a realidade de sua encarnação.

João também atesta a Messianidade de JESUS quando o chama de CRISTO (ungido, messias): “Na verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

Aliás, essa ênfase é muito forte na literatura joanina:

“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que JESUS é o CRISTO?

Este é o anticristo, o que nega o PAI e o Filho” (1Jo.2.22).  A preocupação com a apresentação da Messianidade de CRISTO também é vista na reação das pessoas que estavam próximas a Ele. O convite de Felipe a Natanael deixa isso transparecer, quando diz: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: JESUS, o Nazareno, filho de José” (Jo.1.45). A resposta de Natanael também testifica isso: “Mestre, tu és o Filho de DEUS, tu és o Rei de Israel!” (v.49).

A frequente negativa de João Batista em relação a sua identidade com o Messias, também sugere que João intencionava levar seus leitores a conhecer o Verdadeiro CRISTO na pessoa de JESUS e rejeitar a suposta autoridade que João pudesse exercer. Note que João deixa isso evidente no evangelho, desde o seu início: “Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu? Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o CRISTO” (1.19-20). Pouco à frente os fariseus o questionam: “E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o CRISTO, nem Elias, nem o profeta?” (1.25). Isso acontece no mesmo capítulo em que o Evangelista testifica a superioridade de CRISTO sobre Moisés (1.17) e que os primeiros discípulos o encontram e o chamam de Messias, que traduzido quer dizer CRISTO (1.41ss). Pouco à frente, João mesmo demonstra sua consciência de que não apenas não é o CRISTO, mas lhe é apenas um precursor: “Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o CRISTO, mas fui enviado como seu precursor” (3.28).

É válido demonstrar que por quase todo o evangelho a pergunta sobre a Messianidade de JESUS aparece na voz de diferentes pessoas. A mulher samaritana tem certa consciência de quem é o Messias esperado e sobre ele atesta: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado CRISTO; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas”. Pouco após seu rápido encontro com JESUS vai à cidade e declara: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o CRISTO?!”. Diante de sua própria convicção de quem é o Messias, essa mulher convida outras pessoas a verificarem se isso é de fato verdade.

No capítulo sete uma complicada situação arma-se diante do diálogo de JESUS os fariseus e a reação da multidão, e em grande parte a pergunta que se faz é se esse é o Messias, ou se ele se considera como tal sem o ser (7.26-42). É interessante notar a crescente rejeição da Messianidade de JESUS pelos judeus, observe: “Eis que ele fala abertamente, e nada lhe dizem. Porventura, reconhecem verdadeiramente as autoridades que este é, de fato, o CRISTO? Nós, todavia, sabemos donde este é; quando, porém, vier o CRISTO, ninguém saberá donde ele é” (7.26-27); “outros diziam: Ele é o CRISTO; outros, porém, perguntavam: Porventura, o CRISTO virá da Galileia?” (7.41).

Essa rejeição tornou-se em retaliação àqueles que viessem a confessar que JESUS era o Messias: “Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser JESUS o CRISTO, fosse expulso da sinagoga” (9.22). Mas, ainda assim, entre os seguidores de JESUS, não eram poucos os que o confessavam, a despeito do risco de se assumir isso (11.27).

Considerando a hostilidade dos judeus para com a compreensão de JESUS como CRISTO, é justo pensar que João escreve um tratado apologético no sentido de defender a completa e perfeita Messianidade de CRISTO.


Há indícios de que João queria esvaziar um gnosticismo incipiente, de tendências docéticas, enfatizando a encarnação e a realidade da natureza humana de JESUS. Ele relata como atividades de JESUS comer, chorar e sentir-se cansado, bem como oferece o testemunho importantíssimo do tórax perfurado, do qual fluíram sangue e água (19.34-35). Outro elemento polêmico no quarto evangelho é sua quase-obsessão com a verdade e a verificação objetiva por meio de testemunho. Isto se vê pelo uso frequente de ἀληθεία  (aletheia) e seus cognatos (55 vezes) e de μαρτυρία (marturia) e seus cognatos (47 vezes). – Carlos Osvaldo Pinto, Teologia Bíblica do Novo Testamento – Material não publicado.

 

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João 10.30-38

30 - Eu e o PAI somos um.

31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.

32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu PAI; por qual dessas obras me apedrejais?

33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo.

34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?

35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),

36 - àquele a quem o PAI santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?

37 - Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis.

38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o PAI está em mim, e eu, nele.

 

 

CRISTO tinha sentido pessoalmente o poder do seu PAI, sustentando-o e fortalecendo-o, e por isto coloca também todos os seus seguidores na mão do seu PAI. Aquele que assegurou a glória do Redentor irá assegurar a glória dos redimidos. Para garantir ainda mais a segurança, para que as ovelhas de CRISTO possam ter um consolo ainda mais forte, Ele declara sua união com DEUS, o PAI: “‘Eu e o PAI somos um’, e nos encarregamos, juntamente e separadamente, da proteção dos santos e da sua perfeição”. Isto indica que havia mais do que harmonia, consentimento e bom entendimento entre o PAI e o Filho na obra da redenção do homem. Todo homem bom é tão unido a DEUS, a ponto de estar de acordo com Ele. Portanto, o fato de serem um só em essência, e iguais em poder e glória, deve ser o significado da unicidade da natureza do PAI e do Filho. Os patriarcas da igreja enfatizaram isto, tanto contra os sabelianos, para provar a distinção e a pluralidade das pessoas, que o PAI e o Filho são duas pessoas, como contra os arianos, para provar a unidade da natureza, que o PAI e o Filho são um só. Se nós nos calássemos a respeito do profundo significado destas palavras, até mesmo as pedras que os judeus pegaram para o apedrejar iriam falar abertamente, pois os judeus consideravam que Ele se fazia DEUS (v. 33), e Ele não negou isto. Ele prova que ninguém poderia arrancá-las das suas mãos, porque não poderia arrancá-las da mão do PAI, o que não teria sido um argumento conclusivo, se o Filho não tivesse o mesmo poder todo-poderoso com o PAI, e, consequentemente, não fosse um só com Ele, em essência e operação.

 

A ira, a fúria, dos judeus contra Ele, devido a estas palavras: “Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem”, v. 31. Estas não são as palavras que foram usadas anteriormente (Jo 8.59), mas ebastasan lithous – eles pegaram pedras, grandes pedras, pedras que eram pesadas, como as que usavam no apedrejamento de malfeitores. Eles as tinham trazido de algum lugar distante, como se estivessem preparando as coisas para a execução de JESUS, sem qualquer processo judicial; como se Ele fosse condenado de blasfêmia com a notória evidência do fato, sem a necessidade de um julgamento.

O absurdo deste insulto que os judeus fizeram a CRISTO ficará evidente, se considerarmos:

1. Que eles, imperiosamente, para não dizer insolentemente, o tinham desafiado para que lhes dissesse claramente se era o CRISTO ou não, e mesmo agora, que Ele não somente dizia que era o CRISTO, mas provava ser, eles o condenavam como a um malfeitor. Se os pregadores da verdade a propõem modestamente, são tachados como covardes; se a propõem ousadamente, como insolentes. Mas “a sabedoria é justificada por seus filhos”.

2. Que, quando eles tinham, anteriormente, feito uma tentativa similar, tinha sido inútil. Ele “ocultou-se… passando pelo meio deles” (Jo 8.59). Mas, ainda assim, eles repetiram sua tentativa frustrada. Os pecadores atrevidos atirarão pedras ao céu, ainda que elas retornem sobre suas próprias cabeças. Estes iníquos procurarão se fortalecer contra o Todo-Poderoso, embora nenhum daqueles que tentaram se fortalecer contra Ele tenha prosperado.

 

A terna censura que CRISTO lhes faz, por ocasião da demonstração desta fúria (v. 32): JESUS respondeu ao que eles fizeram, pois não vemos que eles tivessem dito nada, a menos, talvez, que tivessem incitado a multidão que havia se reunido ao redor dele, para que se unissem a eles, gritando: “Apedreja-o, apedreja-o”, da mesma maneira como fizeram posteriormente: “Crucifica-o, crucifica-o”. Quando Ele poderia ter respondido a eles com o fogo do céu, mansamente replicou: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu PAI; por qual dessas obras me apedrejais?” Palavras tão ternas, que se poderia pensar que teriam derretido um coração de pedra. Ao lidar com seus inimigos, Ele ainda argumentava com base nas suas obras (os homens mostram o que são com o que fazem), suas boas obras – kala erga, obras excelentes e eminentes. Opera eximia vel praeclara. A expressão quer dizer grandes obras, como também boas obras.

1. O poder divino das suas obras os condenava da infidelidade mais absoluta. Estas eram obras do seu PAI, tão acima do alcance e do curso da natureza, a ponto de provar que quem as fazia era enviado de DEUS, e que agia comissionado por Ele. Ele lhes mostrou estas obras. Ele fez isto abertamente, diante do povo, e não às escondidas, em um canto. Suas obras suportariam o teste, e se submeteriam ao testemunho dos espectadores mais investigativos e imparciais. Ele não mostrou suas obras à luz de velas, como aqueles que se preocupam somente com as aparências, mas as mostrou à luz do meio-dia, diante do mundo, Jo 18.20. Veja Salmos 111.6. Suas obras demonstravam, de maneira inegável, que eram uma demonstração incontestável da validade da sua comissão.

2. A graça divina das suas obras os condenava da mais vil ingratidão. As obras que Ele realizava entre eles não eram apenas milagres, mas misericórdias. Não somente prodígios, para maravilhá-los, mas obras de amor e gentileza, para fazer o bem a eles, e, desta maneira, torná-los bons, e tornar-se querido por eles. Ele curava os enfermos, purificava os leprosos, expulsava demônios, coisas que eram favores, não somente para as pessoas envolvidas, mas para o público. Estas obras, Ele tinha repetido e multiplicado: “‘Por qual dessas obras me apedrejais?’ Vós não podeis dizer que Eu vos tenha feito nenhum mal, nem vos feito qualquer provocação justa. Se, portanto, iniciais uma discussão comigo, deve ser por causa de alguma boa obra, alguma boa obra feita a vós. Dizei-me qual é”. Observe que:

(1) A horrível ingratidão que existe nos nossos pecados contra DEUS e JESUS CRISTO é um grande agravamento dos nossos próprios pecados, e os exibe terrivelmente pecaminosos. Veja como DEUS argumenta a este respeito, Deuteronômio 32.6Jeremias 2.5Miquéias 6.3.

(2) Não devemos julgar estranho se nos encontramos com aqueles que não somente nos odeiam sem causa, mas que são nossos adversários pelo nosso amor, Salmos 35.1241.9. Quando Ele pergunta: “Por qual dessas obras me apedrejais?”, assim como evidencia a abundante satisfação que Ele tem na sua própria inocência, que dá coragem a um homem em um dia de sofrimento, também faz com que seus perseguidores considerem qual era a verdadeira razão da sua inimizade, e se perguntem, como deveriam fazer todos aqueles que criam problemas para seus vizinhos: “Por que o perseguimos?” Como Jó aconselha que seus amigos façam, Jó 19.28.

 

 A defesa que tentaram fazer de si mesmos, quando acusaram o Senhor JESUS CRISTO, e a causa sobre a qual fundamentam sua acusação, v. 33. Que pecadores optarão por folhas de figueira para se cobrir, quando até mesmo os sanguinários perseguidores do Filho de DEUS podiam encontrar algum argumento para se defender?

1. Eles não seriam considerados tão terríveis inimigos da sua nação por perseguirem a JESUS devido a uma boa obra: “Não te apedrejamos por alguma obra boa”. Pois, na verdade, eles dificilmente admitiram que alguma das suas obras fosse boa. A cura do homem paralítico (Jo 5) e do cego (Jo 9) estavam tão longe de serem reconhecidas como bons serviços à cidade, e beneméritos, que se somavam à quantidade dos seus crimes, porque tinham sido realizadas no sábado. Mas, se Ele tinha feito alguma obra boa, eles não reconheceriam que o apedrejavam por causa dela, embora estas fossem realmente as coisas que mais os exasperavam, Jo 11.47. Assim, por mais absurdo que parecesse, eles não podiam ser levados a reconhecer seus próprios absurdos.

2. Eles seriam considerados amigos de DEUS e da sua glória ao acusar JESUS de blasfêmia: “Porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo”. Aqui temos:

(1) Um falso zelo pela lei. Eles pareciam extremamente preocupados com a honra da majestade divina, e dominados por um horror religioso com aquilo que eles imaginavam ser uma censura a ela. “Aquele que blasfemar… certamente morrerá”, Levítico 24.16. Esta lei, pensavam eles, não somente justificava, mas santificava o que eles tentavam fazer, como em Atos 26.9. Observe que os costumes mais vis são frequentemente encobertos por pretextos plausíveis. Assim como nada é mais corajoso do que uma consciência bem informada, também nada é mais ultrajante do que uma equivocada. Veja Isaías 66.5Jo 16.2.

(2) Uma verdadeira inimizade pelo Evangelho, ao qual eles não podiam fazer afronta maior do que representar a CRISTO como um blasfemo. Não é novidade que as piores características sejam atribuídas aos melhores homens, por aqueles que decidem dar a eles o pior tratamento. [1] O crime do qual Ele é acusado é blasfêmia, ou seja, falar de maneira reprovável e maldosa sobre DEUS. O próprio DEUS está fora do alcance do pecador, e não é suscetível de receber nenhuma ofensa real, e, portanto, a inimizade com DEUS lança seu veneno sobre seu nome, e assim mostra sua má intenção.

A prova do crime: “Sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo”. Assim como é glória de DEUS o fato de que Ele é DEUS, e nós a roubamos dele quando o fazemos como um de nós, também é sua glória o fato de que, além dele, não existe outro, e nós a roubamos dele quando nos equiparamos, ou a qualquer criatura, a Ele. Agora, em primeiro lugar, até aqui, eles tinham razão, pois o que CRISTO tinha dito a seu respeito era isto, que Ele era DEUS, pois Ele tinha dito que era um só com o PAI, e que daria a vida eterna. E CRISTO não nega isto, o que poderia ter feito se tivesse havido uma conclusão indevida das suas palavras. Mas, em segundo lugar, eles estavam muito enganados quando o consideravam como um mero homem, e julgavam que a divindade que Ele reivindicava era uma usurpação, e da sua própria invenção. Eles julgavam absurdo e ímpio que alguém como Ele, que surgia com a aparência de um homem pobre, humilde e desprezível, ousasse professar ser o Messias, e afirmasse ter o direito às honras confessadamente devidas ao Filho de DEUS.

Observe que:

1. Aqueles que dizem que JESUS é um mero homem, e somente um DEUS fabricado, como dizem os socinianos, na verdade o acusam de blasfêmia, mas provam que os blasfemos são eles mesmos.

2. Aquele que, sendo um homem, um homem pecador, se faz um deus, como o Papa, que afirma ter poderes e prerrogativas divinas, é inquestionavelmente um blasfemo e anticristo.

 

A resposta de CRISTO à acusação feita a Ele (pois a defesa dos judeus era uma acusação a CRISTO), e a confirmação daquelas reivindicações que eles diziam que eram blasfemas (v. 34ss.), onde Ele prova não ser blasfemo, com dois argumentos:

1. Com um argumento extraído da Palavra de DEUS. Ele recorre ao que estava escrito na lei dos judeus, isto é, no Antigo Testamento. Quem quer que se oponha a CRISTO, saiba que seguramente Ele terá as Escrituras do seu lado. Está escrito (Sl 82.6): “Eu disse: sois deuses”. É um argumento a minore ad majus – do menor para o maior. “Se eles eram deuses, quanto mais Eu o sou”. Observe:

(1) Como Ele explica o texto (v. 35): Ele “chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)”. A palavra da comissão de DEUS tinha vindo sobre eles, indicando-os para serem seus oficiais, como juízes, e, por essa razão, são chamados de deuses, Êxodo 22.28. A alguns, a palavra de DEUS foi dirigida imediatamente, como a Moisés; a outros, sob a forma de uma ordenança instituída. A magistratura é uma instituição divina, e os magistrados são representantes de DEUS, e, portanto, as Escrituras os chamam de deuses, e nós temos certeza de que as Escrituras não podem ser anuladas, nem se pode introduzir nada a elas, nem se pode encontrar falhas nelas. Toda palavra de DEUS está correta. O estilo e a linguagem das Escrituras são irrepreensíveis, e não devem ser corrigidos, Mateus 5.18.

(2) Como Ele o aplica. De modo geral, é fácil concluir que aqueles que condenavam a CRISTO como blasfemo, somente por dizer que era o Filho de DEUS, eram muito imprudentes e irracionais, quando eles mesmos chamavam assim seus príncipes, e isto as Escrituras lhes permitiam. Mas o argumento vai mais além (v. 36): Se os magistrados eram chamados deuses, porque eram comissionados para administrar justiça à nação, “àquele a quem o PAI santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas”? Aqui temos duas questões a respeito do Senhor JESUS:

[1] A honra que seu PAI lhe concedeu, na qual, com razão, Ele se glorifica: o PAI o santificou e enviou ao mundo. Os magistrados eram chamados de filhos de DEUS, embora a palavra de DEUS fosse apenas dirigida a eles, e o espírito de governo tenha vindo a eles por medida, como sobre Saul. Mas nosso Senhor JESUS era, Ele mesmo, a Palavra, e tinha o ESPÍRITO sem medida. Eles eram constituídos para uma região, cidade ou nação em particular, mas Ele era enviado ao mundo, revestido de uma autoridade universal, como Senhor de tudo. Eles eram mandados, como pessoas distantes. Ele era enviado, como tendo estado com DEUS desde a eternidade. O PAI o santificou, isto é, o designou e consagrou para o ofício de Mediador, e o qualificou e capacitou para este ofício. Santificá-lo significa a mesma coisa que selá-lo, Jo 6.27. Observe que o PAI santifica a quem envia. Aquele que Ele designa para propósitos santos, Ele prepara com santos princípios e disposições. O DEUS santo só irá empregar e recompensar aqueles que Ele julgar santos, ou aqueles que Ele santificar. O ato de o PAI santificar e enviar o Senhor JESUS CRISTO é aqui certificado como a permissão suficiente para que Ele se declarasse Filho de DEUS, pois, por Ele ser santo, foi chamado de Filho de DEUS, Lucas 1.35. Veja Romanos 1.4.

[2] A desonra que os judeus lhe fizeram, da qual Ele reclama com razão – que eles tinham dito de maneira ímpia sobre Ele, a quem o PAI tinha dignificado desta forma, que Ele era um blasfemo, porque tinha dito ser Filho de DEUS: “Vocês dizem isto dele? Vocês ousam dizer isto? Vocês ousam direcionar suas bocas contra os céus? Vocês têm coragem suficiente para dizer ao DEUS da verdade que Ele está mentindo, ou condenar aquele que é justo e poderoso? Olhem-me nos olhos, e digam se podem fazer isto. O que! Vocês dizem, do Filho de DEUS, que Ele é um blasfemo?” Se os demônios, que Ele veio para condenar, tivessem dito isto a seu respeito, não teria sido tão estranho. Mas o fato de estes homens, aos quais Ele tinha vindo ensinar e salvar, dizerem isto dele, era algo pelo que os céus poderiam pasmar. Veja qual é a linguagem de uma incredulidade obstinada. Na verdade, ela chama o santo JESUS de blasfemo. É difícil dizer com que devemos nos espantar mais, com o fato de que homens que respiram o ar de DEUS ousassem dizer estas coisas, ou com o fato de que homens que dissessem tais coisas ainda tivessem permissão para respirar o ar de DEUS. A maldade do homem e a paciência de DEUS disputam entre si qual será a mais surpreendente.

2. Com um argumento que Ele extrai das suas próprias obras, vv. 37,38. Anteriormente, Ele apenas respondeu à acusação de blasfêmia com um argumento ad hominem – voltando o argumento de um homem contra si mesmo. Mas aqui Ele apresenta suas próprias reivindicações, e prova que Ele e o PAI são um só (vv. 37,38): “Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis”. Embora o Senhor pudesse, com razão, ter abandonado estes blasfemos infelizes, como casos incuráveis, Ele ainda concorda em argumentar com eles. Observe:

(1) A partir de que Ele argumenta – de suas obras, que Ele sempre apresentava como suas credenciais, e provas da sua missão. Assim como Ele provava ser enviado de DEUS pela divindade das suas obras, também nós devemos nos provar aliados de CRISTO pelo cristianismo das nossas. [1] O argumento é muito convincente, pois as obras que Ele realizava eram as obras do seu PAI, que somente o PAI poderia fazer, e que não poderiam ser feitas no curso ordinário da natureza, mas somente pelo poder soberano e predominante do DEUS da natureza. Opera Deo propria – Obras peculiares de DEUS, e Opera Deo Digna – Obras dignas de DEUS, as obras de um poder divino. Aquele que pode prescindir das leis da natureza, repeli-las, alterá-las e anulá-las da maneira como desejar, pelo seu próprio poder, certamente é o príncipe soberano que primeiro instituiu e promulgou tais leis. Os milagres que os apóstolos realizassem em seu nome, pelo seu poder, e para a confirmação da sua doutrina, corroborariam este argumento, e continuariam sendo sua evidência, quando Ele tivesse partido.

[2] Este argumento é proposto de modo tão correto quanto se poderia desejar, e utilizado em prol de um resultado breve. Em primeiro lugar: “Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis”. Ele não exige uma fé cega e implícita, nem uma concordância com sua missão divina além das provas que Ele oferece. Ele não desejou ganhar o afeto do povo, nem os adulou com insinuações dissimuladas, nem se aproveitou da sua credulidade com afirmações ousadas, mas, com a mais imaginável correção, eliminou todas as exigências da sua fé, além de oferecer justificativas para estas exigências. CRISTO não é um mestre difícil, que espera colher concordâncias onde não plantou argumentos. Ninguém perecerá por não crer naquilo que não lhe foi proposto com motivos suficientes para credibilidade, e a própria Sabedoria Infinita será o juiz. Em segundo lugar: “Mas se faço ‘as obras de meu PAI’, se realizo milagres inegáveis para a confirmação de uma doutrina sagrada, e vocês não crêem em mim, embora sejam tão escrupulosos a ponto de não aceitar minha palavra, creiam nas obras. Creiam nos seus próprios olhos, na sua própria razão. As coisas falam por si mesmas, de maneira suficientemente clara”. Assim como as coisas invisíveis do Criador são claramente vistas pelas suas obras de criação e providência comum (Rm 1.20), também as coisas invisíveis do Redentor eram vistas pelos seus milagres, e por todas as suas obras, tanto de poder quanto de misericórdia, de modo que todos aqueles que não se convenceram por estas obras não tinham justificativa.

(2) Para que Ele argumenta – “que conheçais e acrediteis”, inteligentemente, e com total satisfação, “que o PAI está em mim, e eu, nele”, que é o mesmo que Ele tinha dito (v. 30): “Eu e o PAI somos um”. O PAI estava tanto no Filho, que nele residia toda a plenitude da Divindade, e era por um poder divino que Ele realizava seus milagres. O Filho estava tanto no PAI, que estava perfeitamente familiarizado com a plenitude da sua vontade, não por comunicação, mas por consciência, tendo estado no seu seio. Isto nós devemos saber, não saber e explicar (pois não podemos, investigando, descobrir com perfeição), mas conhecer e crer, reconhecer e adorar a profundidade, quando não pudermos encontrar o fundo.

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

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Ensinamentos falsos sobre a dupla natureza de CRISTO

O mistério das duas naturezas de CRISTO tornou-se motivo de controvérsia entre certos grupos cristãos a partir do primeiro século. Apareceram no seio do cristianismo certos ensinamentos que foram posteriormente condenados e rejeitados tanto pelos apóstolos como pelos pais da igreja.

 

Gnóstícos. E provável que o gnosticismo tenha surgido como um segmento cristão, no Egito, entre o fim do século I e o início do século II. Muitos escritos do gnosticismo do segundo século foram encontrados, incluindo o chamado Evangelho Segundo Tomé.

Os gnósticos formularam três conceitos diferentes:

1)    Negavam a realidade do “corpo humano” de CRISTO. Ensinavam que CRISTO apareceu na pessoa de JESUS, mas que este nunca foi realmente um ser hu­mano. Tal “Cristologia” é conhecida por docetismo (gr. dokeo, “aparecer” ou “parecer”). Para eles, JESUS apenas se parecia com o homem. Toda a sua existência na terra teria sido uma farsa; Ele teria fingido ser carne e sangue, visando ao bem dos discípulos.

2)    Afirmavam que CRISTO tinha um “corpo real”, mas negavam que fosse material.

3)    Ensinavam uma “Cristologia” dualista, pela qual “CRISTO” teria entrado em “JESUS” no batismo e o abandonado pouco antes de sua morte. “CRISTO” teria, por exemplo, usado as cordas vocais de “JESUS” para ensinar os dis­cípulos, porém nunca foi realmente um ser humano. Afirmava, portanto, que “JESUS” e “CRISTO” eram duas pessoas distintas.

Há menções indiretas ao gnosticismo nas epístolas de João: “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne [como homem]. Este tal é o enganador e o anticristo” (2 Jo v.7). Como e por que essa falácia surgiu entre os cristãos são perguntas sem respostas concretas.

Alguns estudiosos acreditam que Pedro também teria feito menção dos gnósticos ao falar dos falsos mestres, que introduziriam, de modo sutil, heresias de perdição no meio do povo de DEUS. Tais enganadores (gnósticos?), naqueles dias, após convence­rem cristãos a seguirem às suas dissoluções, exigiam deles que fizessem uma confissão pública, a fim de negarem “o Senhor que os resgatou” (2 Pe 2.1,2).

Os gnósticos acreditavam na existência de DEUS, mas, ao mesmo tempo, afirmavam não ser possível conhecer a existência e a natureza divinas. Aceitavam a idéia da emanação — ou platomsmo —, doutrina pela qual diziam que tudo quanto existe derivou-se do “Ser Supremo”, representado pelo Sol, cuja emanação mais forte é o Filho. Um pouco mais distantes estão os seres angelicais; depois, os homens... Enfim, DEUS é mabordável. Por isso, não existia um mediador que pudesse conduzir o homem a Ele.

Eles eram também liberais; não aceitavam a autoridade de CRISTO. Estudavam a Bíblia como um livro qualquer. Até certo ponto aceitavam o sobrenatural, mas de acordo com a sua maneira de pensar. Eram, ainda, triteístas: viam JESUS como “DEUS”, porém, de modo paradoxal, rejeitavam a sua deidade.

As Escrituras mostram que eles estavam enganados (Jo 1.1Fp 2.6Ap 1.8Hb 1.8). E o Credo Atanasiano deixa claro que o PAI é DEUS, o Filho é DEUS e o ESPÍRITO SANTO é DEUS: “Nesta Trindade nada é antes ou depois, nenhum é maior ou menor: mas as três pessoas são co-eternas, unidas e iguais. As pessoas não são separadas, mas distintas. A Trindade é composta de três Pessoas unidas sem existência separada, tão completamente unidas, que formam um só DEUS”.

Agnósticos. O termo “agnóstico” provém de duas palavras gregas: a, “não”, tgnosís, “conhecimento”. Empregado pela primeira vez por T. H. Huxley (1825-1895), indicava literalmente “não-conhecimento”, numa oposição ao gnosticismo.

Os agnósticos procuravam negar a DEUS e a sua existência, dizendo que não se pode conhecê-lo. Ensinavam que a mente humana não podia conhecer a realidade; negavam, pois, a DEUS e o sacrifício redentor de JESUS CRISTO pela humanidade perdida.

Muitos cristãos dos primeiros séculos deram ouvidos às doutrinas agnós­ticas — e também às gnósticas —, apesar de o ESPÍRITO SANTO tê-los advertido por meio dos escritores do Novo Testamento. Alguns estudiosos sugerem que as religiões da Índia conseguiram iludir alguns cristãos egípcios, ou que estes teriam sido influenciados pelas idéias sincréticas vigentes à época.

Nitidamente, o objetivo do agnosticismo e do gnosticismo era diminuir o Filho de DEUS, negando, aberta ou encobertamente, a sua deidade. Gnósticos e agnósticos, certamente, faziam parte dos “muitos an ti cristos” (I Jo 2.18), uma vez que a sua filosofia e os seus ensinamentos continham algo daquilo que os falsos cristos procuravam ensinar.

Ebionitas. Os ebionitas — “pobres” ou “indigentes” — surgiram no começo do século II. Eram judeu-cristãos que não abriram mão das cerimônias mosaicas. Segundo Justino e Orígenes, havia dos tipos de ebionitas, os brandos e rígidos.

Os brandos, chamados de nazarenos, não denunciavam os crentes gentios que rejeitavam a circuncisão e os sábados judaicos. Já os rígidos (sucessores dos judaizantes dos tempos de Paulo) afirmavam que JESUS havia promulgado a Lei de uma forma rígida; ensinavam que, quando ao ser batizado no Jor­dão, Ele foi agraciado com poderes sobrenaturais. Mas todos eles negavam a realidade da natureza divina de CRISTO, considerando-o como mero homem sobrenaturalmente encarnado.

Para os ebionitas, a crença na deidade de CRISTO lhes parecia incompatível com o monoteísmo. Um outro ponto discordante entre eles eram as epístolas de Paulo, porque, nelas, este apóstolo reconhecia os gentios convertidos como cristãos e, portanto, integrantes do corpo de CRISTO.

Maniqueus. De origem persa, foram assim chamados em razão de seu fundador, Mani, morto no ano de 276 por ordem do governo da Pérsia. O ensino deles dava ênfase ao fato de o Universo compor-se dos reinos das trevas e da luz, bem como ambos lutarem pelo domínio da natureza e do próprio homem. Recusavam JESUS; criam num “CRISTO Celestial”.

Severos quanto à obediência e ao ascetismo, renunciavam ao casamento. O apóstolo Paulo profetizou acerca do surgimento dos maniqueus em I Timóteo 4.3: “Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que DEUS criou para os fiéis...” Eles foram perseguidos tanto por imperadores pagãos, como pelos primitivos cristãos. Agostinho, em princípio, era maniqueu. Entretanto, depois de sua conversão, escreveu contra o maniqueísmo.

Arianos. Ario foi presbítero de Alexandria, nascido por volta de 280, na África do Norte, onde está atualmente a Líbia — não muitos detalhes de sua vida na História. Os seus seguidores diziam que CRISTO é o primeiro dos seres criados, através de quem todas as outras coisas são feitas. Por antecipação, devido à glória que haveria de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho, o Unigênito.

Segundo os arianos, JESUS pode ser chamado de DEUS, apesar de não possuir a deidade no sentido pleno. Ele estaria limitado ao tempo da criação, ao contrário do que diz a Palavra de DEUS: “... ele [JESUS] é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).

As heresias de Ario foram rejeitadas pelos cristãos de seu tempo. E um bispo de Alexandria chamado Alexandre convocou um sínodo, em 321, depondo-o do presbitério e o excluindo da comunhão da igreja. Em 325, no Concilio de Nicéia, o arianismo foi condenado, e o ex-presbítero Ario, juntamente com dois de seus amigos, banidos para a Ilína.

Apolinarianos. Apolinário, bispo de Laodicéia a partir de 361, ensinou que a pessoa única de CRISTO possuía um corpo humano, mas não uma mente ou es­pírito humanos. Além disso, para ele, a mente e o espírito de CRISTO provinham da sua natureza divina.

As idéias de Apolinário foram rejeitadas pelos líderes da igreja. Eles per­ceberam que não somente o corpo humano necessitava de redenção; a mente e o espírito (espírito+alma) humanos também. Nesse caso, CRISTO tinha de ser plena e verdadeiramente homem a fim de nos salvar de modo igualmente pleno (Hb 2.17). Por isso, o apolinarianismo foi rejeitado pelos concílios, desde o de Alexandria, em 362, ao de Constantinopla, em 381.

Nestorianos. Ê a doutrina que ensinava a existência de duas pessoas separadas no mesmo CRISTO, uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só Pessoa. Nestor — ou Nestório, como aparece em outras versões — nasceu em Antioquia. Ali, tornou-se um pregador popular em sua cidade natal. Em 428, tornou-se bispo de Constantinopla.

Embora ele mesmo nunca tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome, em razão de uma combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de política eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos, condenados.

Não há nas Escrituras a indicação de que a natureza humana de CRISTO seja outra pessoa, capaz de fazer algo contrário à sua natureza divina. Não existe uma indicação sequer de que as naturezas humana e divina conversavam uma com a outra, ou travavam uma luta dentro de CRISTO.

Ao contrário, vemos uma única Pessoa agindo em sua totalidade e unidade, e em harmonia com o PAI (Jo 10.3014.23). A Bíblia não diz que Ele “por meio da natureza humana fez isto” ou “por meio de sua natureza divina fez aquilo”, mas sempre fala a respeito do que a Pessoa de CRISTO realizou.

Eutiquistas. A idéia do eutiquismo acerca de CRISTO é chamada de monofisis- mo — idéia de que CRISTO possuía uma só natureza (gr. monos, “uma”, e physis, “natureza”). O primeiro defensor dessa idéia foi Êutico (378-454), líder de um mosteiro em Constantinopla. Ele opunha-se ao nestorianismo, negando que as naturezas humana e divina em CRISTO tivessem permanecido plenamente humana e plenamente divina.

Êutico asseverava que a natureza humana de CRISTO foi tomada e absorvida pela divina, de modo que ambas foram mudadas em algum grau, resultando em uma “terceira natureza”. Uma analogia ao eutiquismo pode ser vista quando pingamos uma gota de tinta em um copo de água. A mistura resultante não é nem pura tinta nem pura água, mas uma terceira substância.

Para Êutico, JESUS era uma “mistura dos elementos divinos e humanos”, na qual ambas as naturezas teriam sido, em algum sentido, modificadas para formar uma nova natureza. Assim, CRISTO não era nem verdadeiramente DEUS nem verdadeiramente homem; não poderia, pois, representar-nos como Homem nem como DEUS.

O que a Bíblia diz. O ensino bíblico a respeito da plena divindade e plena huma­nidade de CRISTO é claro, mediante as muitas referências bíblicas. O entendimento exato de como a plena divindade e a plena humanidade se combinavam em uma só Pessoa tem sido ensinado desde o início pela igreja, mas só alcançou a forma final na Definição de Calcedônia, em 451.

Antes desse período, diversas posições doutrinárias inadequadas quanto às naturezas de CRISTO foram propostas e rejeitadas. Primeiro, pelos apóstolos. Depois, pelos chamados pais da igreja. No caso do gnosticismo — que surgiu ainda quando o Novo Testamento estava sendo escrito —, alguns livros o refutaram, de alguma forma: João, Efésios, Colossenses, I e 2 Timóteo, Tito, 2Pedro, I, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.

Com a finalidade de resolver os problemas levantados pelas tais controvérsias, um grande concilio eclesiástico foi convocado em Calcedônia, em 451, chamado de a Definição de Calcedônia. Ela foi considerada a definição padrão da ortodo­xia sobre a Pessoa de CRISTO pelos grandes ramos do cristianismo: catolicismo, protestantismo e ortodoxia oriental.

Diz a Definição de Calcedônia:

Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor JESUS CRISTO, perfeito quanto à divindade e perfeito quanto à humanidade, verdadeiramente DEUS e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo; consubstanciai (“homoousios”) ao PAI, segundo a divindade, e consubstanciai a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pelo PAI e, segundo a humanidade; por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, por parte de DEUS (“theotókos

Um só e mesmo CRISTO, Filho, Senhor; Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis. A distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e substância Ç‘hypostasisnão dividido ou separado em duas pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, DEUS Verbo, JESUS CRISTO Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo JESUS CRISTO nos ensinou e o credo que país da igreja nos transmitiu.2

Alguns estudiosos encontram dificuldades para entenderem a combinação da divindade e da humanidade de JESUS CRISTO. A maturidade cristã, o andar com DEUS e a livre ação do ESPÍRITO SANTO são vitais aqui. Este assunto, evidentemente, é mais ligado ao campo da revelação do que mesmo o da explicação. Contudo, quando bem analisado do ponto de vista investigativo e teológico, existe uma certa facilidade de ser entendido pela mente natural. Examinando o Novo Testa­mento e observando a cada detalhe, veremos como a humanidade e a divindade de CRISTO se harmonizam.

O Homem-DEUS e os seus atributos

A questão maior entre os pensadores liga-se aos atributos naturais da divin­dade e as limitações de JESUS:

Onipotência. Nas Escrituras é apresentado o supremo poder pessoal do Filho de DEUS, evidenciando-se os seus atributos naturais e morais, próprios de DEUS PAI. Em várias passagens, menciona-se a onipotência do Senhor JESUS. Em Isaías são citados cinco nomes de CRISTO em uma mesma passagem; um deles (DEUS forte) refere-se à onipotência de CRISTO: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS forte, PAI da eternidade, Príncipe da paz” (Is 9.6).

Onipresença. “Como JESUS continuou onipresente se, ainda na Terra, estava limitado pelo tempo e o espaço, ocupando apenas um só lugar ao mesmo tempo?” Como Filho do homem (sua humanidade), Ele estava limitado às dimensões geográficas: quando estava na Galileia, não se encontrava, é claro, na Judeia. No entanto, como Filho de DEUS (sua divindade), sempre esteve presente em todo o lugar (Mt 28.20).

O próprio Senhor JESUS disse aos seus discípulos: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18.20).

E ainda: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu PAI o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo 14.23). Como Filho do homem, estava no mundo (Jo 1.10); como Filho de DEUS, disse: “Eu já não estou no mundo” (Jo 17. II).

Como Homem, o Senhor estava na Terra; como DEUS, podia estar no Céu, ao mesmo tempo: “Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). Depois de sua ressur­reição, Ele declarou: “... estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20).

Onisciência. “Se JESUS é onisciente, por que confessou, em certa ocasião, não saber o dia nem a hora de sua Segunda Vinda?” Como coexistiam DEUS e Homem numa mesma Pessoa, sabemos que “toda a plenitude” da divindade encontrava-se em JESUS CRISTO. Daí o profeta Isaías ter afirmado profeticamente que Ele seria possuidor da septiforme sabedoria divina: “E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2).

CRISTO é uma das Pessoas da Santíssima Trindade. Sendo igual a DEUS em seus atributos, pôde administrar sem nenhum empecilho as naturezas divina e humana. As expressões ditas por Ele que mostram certas limitações estão ligadas à sua humanidade. Mas, quando preciso, Ele fez valer os seus atributos divinos.

Quando JESUS disse: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o PAI” (Mac 13.32), fê-lo como Homem, não se valendo do seu atributo divino da onisciência. Ao dizer “nem o Filho”, expressou a sua humilhação e o seu esvaziamento decorrentes de sua encarnação (Fp 2.6-8).

A despeito disso, a Ele foi dado todo o poder no Céu e na Terra; neste “todo” está incluído o atributo da onisciência (Mt 28.18Jo 16.3021.17), que Ele nunca perdeu, em potencial (cf. Jo 6.61), mas dele abriu mão parcialmente e em alguns momentos em que agiu como Homem.

Outros atributos naturais. Além dos atributos acima existem outros em CRISTO: unicidade (Jo 3.16; At 4.12); verdade (Jo 14.6); infinidade (Mq 5.2Hb 1.12); imensidade (At 10.36); ubiquidade (Mt 18.2028.20); eternidade (Is 9.6); inte­ligência (Lc 2.47); sabedoria (Mt 23.34Lc 11.49I Co 1.24); amor (Ef 3.19); justiça (Jr 23.6); retidão (2Tm 4.8); presciência (Jo 2.24-256.64); providência (Mc 16.20); vontade (Mt 8.3); misericórdia (Hb 4.15-16).

Atributos morais de CRISTO. Ele era e é: santo (Lc 1.35); justo (Ato 3.14); manso (Mt 11.29); humilde (Mt 11.29); inocente (Hb 7.26); obediente (Fp 2.8); imaculado (Hb 7.26); amoroso (Jo 13.1). Em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).

 

A ENCARNAÇÃO DE CRISTO

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (Jo I.14). Devemos observar aqui vários aspectos da vida de CRISTO, envolvendo tanto o contexto divino como o humano:

Sua concepção virginal A concepção de JESUS foi um ato miraculoso de DEUS. A promessa divina de que isso aconteceria foi feita pelo próprio DEUS: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14b). Paulo disse que a encarnação de CRISTO foi um milagre e a chamou de “mistério da piedade” (I Tm 3.16).

Existem os que sustentam a “virgindade perpétua de Maria”, dizendo que permaneceu ela virgem antes, durante e depois do parto. Mas essa doutrina não tem apoio nas Escrituras nem se coaduna com a história do nascimento de JESUS, que se processou de forma natural. Quanto à sua concepção pelo Espirito SANTO no ventre da virgem, essa, sim, foi miraculosa e sobrenatural.

A preservação da “virgindade perpétua de Maria” procura isentá-la de ter sido mãe de outros filhos. Essa doutrina forma a base dos argumentos que explicam erroneamente a negação dos “irmãos de JESUS”, que aparecem em vários lugares das Escrituras. Através do tal ensino falso afirma-se que os irmãos de JESUS eram, na verdade, primos.

Parece razoável que uma doutrina dessa natureza, caso tivesse tanta importân­cia como alguns afirmam, pelo menos fosse apoiada por uma pequena afirmação bíblica nesse sentido. Pelo contrário, o Novo Testamento afirma que JESUS tinha uma família do ponto de vista humano, a princípio pequena, formada por José, Maria e JESUS. Depois, mencionam-se os seus irmãos, Tiago, José, Judas e Simão, bem como suas irmãs (Mc 6.3). Há inúmeras referências à família biológica de JESUS nas Escrituras (Sm 69.8; Mt 12.46-50Mac 3.21,31-35Lc 8.19-21Jo 7Ato 1.13,14I Co 9.5Gl 1.19;Tg 1.1; Jd v.1; etc.).

JESUS nasceu na plenitude dos tempos

A Era Cristã. E um período que marca sistemas, computa intervalos de tempo determinados, com base em princípios astronômicos. Os calendários são base­ados em unidades de tempo heterogêneas: as resoluções da Lua ou a translação aparente do Sol, conforme são apresentados pela ciência moderna. A escolha das unidades de tempo para periodizar a História é lógica em alguns casos e resultado do hábito em outros. A utilização da Era Cristã (E.C.) é um hábito entre escritores do Ocidente.

Definições de tempos e períodos. A fim de que entendamos o que significa a expressão “plenitude dos tempos”(Gl 4.4), faremos algumas definições.

Na Antiguidade, a datação dos anos partia do início de certos reinados. Os romanos contavam os anos a partir da fundação de Roma. Os gregos usavam como referência os Jogos Olímpicos. A cronologia cristã firmou-se, definitivamente, no fim da Idade Média. Mas não é a única que existe. Os árabes contam os anos a partir da Hégira, fuga de Muhamad (vulgarmente, Maomé) para Medina, em 16 de julho de 622 da E.C.

A aceitação universal da cronologia cristã fez com que os anos anteriores ao nascimento de CRISTO passassem a ser contados de trás para frente (e.g. 10 a.C.).

1)      Geração. Um período de 25 a trinta anos corresponde a uma geração, tempo em que os indivíduos passam a constituir família e gerar filhos. Um século engloba quatro gerações. Entre os teólogos, existem opiniões de que uma geração cobre um período de quarenta anos; para os judeus, a palavra “geração” podia indicar a sucessão do pai por um filho (cf. Mt 1.1-17Lc 3.23-38).

2)      Idade e época. Idade é um espaço de tempo durante o qual ocorreram fatos notáveis (Idade Média, Idade do Bronze, Idade do Ferro, etc.). Época é um período miciado por fato importante (Época do Dilúvio, Época do Renascimento).

3)      Período e etapa. Período é o espaço de tempo entre dois acontecimentos ou duas datas; certo número de anos que mede o tempo de modo diverso para cada nação (o período tinita, o período ático). Etapa é parte de um processo que se realiza de uma só vez.

4)      Fase e tempo. Fase é um estado transitório, menor que a etapa ou o período. Tempo divide-se em três partes: passado, presente e futuro. O tempo sem o movi­mento não seria tempo. Seria eternidade. O tempo é, pois, uma espécie de números. Mas não é um número descontínuo; é um número contínuo e fluente.

5)      Dispensação. É um período de tempo em que o homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade divina. A frase vem do latim dispensatio e significa “dispensar”, “distribuir”.

6)      Eternidade. E um atributo que decorre da imutabilidade. O termo deno­ta, com efeito, aquilo que não muda e não pode mudar de maneira alguma. A eternidade é diferente do tempo. O tempo corresponde ao que muda, ao que comporta a sucessão e o vir a ser. A eternidade é uma duração, quer dizer, uma permanência de ser, sem nenhuma sucessão; sem começo nem fim.

JESUS nasceu em Belém. A profecia de Miquéias dizia que o Messias pro­metido aos filhos de Israel, nasceria em Belém, que, mesmo pequena em dimensões, tornou-se notória pelo nascimento e pela infância de Davi, que

nela nasceu e cresceu. Contudo, o que mais imortalizou o seu nome foi sem dúvida o nascimento de CRISTO.

A palavra “Belém” significa “casa de pão” (hb.) e “casa de carne” (ar.). A cidade de Belém está localizada cerca de nove quilômetros ao sul de Jerusalém, sobre uma colina rochosa, com uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Seu nome primitivo era Efrata (Gn 35.19).

Belém aparece pela primeira vez ligada a morte e sepultamento de Raquel, esposa de Jacó (Gn 35.19). Posteriormente, tornou-se famosa pela história de Rute, bisavó de Davi, nascida ali. Foi essa cidade escolhida por DEUS para que nela Maria desse à luz ao seu primogênito: o Senhor JESUS (Mq 5.2Mt 2.1-6). Por isso, José, que era da casa e família de Davi, veio a Belém para se alistar com Maria, sua mulher (Lc 2.4-5). Desde esse acontecimento, que marcou a transição entre o Antigo e o Novo Testamentos, essa cidade se fez imortal.

Atualmente, há em Belém duas pequenas entradas que conduzem a uma gruta, a da Natividade, que tem forma retangular e é iluminada por candelabros. Uma estrela de ouro, com a inscrição em latim Hic de Mana Virgine JESUS Chrístus natus este (“Aqui nasceu JESUS da Virgem Maria”), assinala o lugar do nascimento de CRISTO. Uma manjedoura está situada à direita.3

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Escrita, Lição 6, O Filho É Igual Com O PAI, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI

1. Ideia de filho

2. Significado teológico

3. O Filho é DEUS

II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO

1. Orígenes

2. No período pré-niceno

3. Métodos usados pelos subordinacionistas

III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE

1. No contexto islâmico

2. O movimento das Testemunhas de Jeová

 

 

TEXTO ÁUREO

“Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)

 

VERDADE PRÁTICA

O termo teológico “Filho de DEUS” é título, sendo assim, a existência de JESUS é desde a eternidade junto ao PAI.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 8.4 O termo "filho" na Bíblia indica, muitas vezes, "a mesma espécie"

Terça - Am 7.14 A expressão bíblica "os filhos dos profetas" equivale a expressão "os profetas"

Quarta - Mt 23.30, 31 A palavra "filho" indica também "a mesma índole"

Quinta - Jo 5.18 JESUS falava da sua divindade quando se disse Filho de DEUS

Sexta - Jo 16.28 JESUS como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e natureza do PAI

Sábado - 1 Jo 4.15 Quem confessa que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS está nele

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  João 10.30-38

30 - Eu e o PAI somos um.

31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.

32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu PAI; por qual dessas obras me apedrejais?

33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo.

34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?

35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),

36 - àquele a quem o PAI santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?

37 - Se não faço as obras de meu PAI, não me acrediteis.

38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o PAI está em mim, e eu, nele.

 

HINOS SUGERIDOS:  : 154, 277, 400 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Aproveite a oportunidade desta aula para esclarecer alguns termos teológicos que surgem em face do tema estudado, como por exemplo: Subordinacionismo, Trindade, Consubstancialidade etc. Para isso, recomendamos que você tenha e, se possível, sempre leve para a classe um bom Dicionário Bíblico. Por meio de atividades de pesquisa, seus alunos têm a sede de conhecimento aguçada, além de aprenderem a como utilizar ferramentas de busca confiáveis para melhor estudar e compreender a Palavra de DEUS.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Mostrar a doutrina bíblica da relação entre DEUS PAI e o Filho Unigênito; II) Refutar biblicamente a heresia do Subordinacionismo; III) Exemplificar como o Subordinacionismo está presente na atualidade.   

B) Motivação: Desde os tempos mais remotos, conhecer o Criador é um anseio do coração humano. Há inúmeros registros históricos, por diversas civilizações, ao longo dos séculos, atestando isso. JESUS disse que aprouve ao PAI ocultar dos sábios e instruídos sua grandeza e revelá-la aos pequeninos. Pois que, "ninguém conhece o Filho, se não o PAI; e ninguém conhece o PAI, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar" (Mt 11.27). Aprofundemo-nos, portanto, nessa infinita graça e riqueza de conhecer o DEUS Todo-Poderoso, por meio do Filho, nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.  

C) Sugestão de Método: Previamente, providencie pelo menos três dicionários, de preferência bíblicos, ou mesmo comuns da Língua Portuguesa. Dada a profundidade e complexidade do tema, sugerimos a leitura do significado de alguns termos a fim de clarificar e aprofundar o entendimento; tais como: Autoridade, Essência, Filho, Subordinacionismo, Trindade, Unigênito etc. Deixe tais palavras destacadas e peça que alguns voluntários as leiam em momentos-chave da lição.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Em toda a Sagrada Escritura observamos a perfeita unidade na pluralidade de DEUS PAI, DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO. Essa plena harmonia, igualdade de essência e autoridade entre as pessoas da Trindade, é enfatizada no Novo Testamento, funcionando, inclusive, como modelo de comunhão para a Igreja de CRISTO, na qual cada membro está ligado uns aos outros.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Filiação de CRISTO", logo após o primeiro tópico, dá um panorama das interpretações teológicas acerca da natureza do Filho de DEUS; 2) O texto "A Palavra na Eternidade", ao final do segundo tópico, aprofunda a natureza eterna de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS.

 

PALAVRA-CHAVE - UNIDADE

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Essa porção bíblica do Evangelho de João é uma das mais contundentes em mostrar que o Filho é igual ao PAI. Afirmar que JESUS é o Filho de DEUS, mas não o próprio DEUS, é uma contradição em si mesma. O embate de JESUS com os religiosos do templo de Jerusalém revela essa verdade. É isso que a presente lição pretende mostrar e explicar com sólidos fundamentos escriturísticos.

 

 

I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI

1. Ideia de filho

O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai (Mt 23.29-31). Uma das ideias de filho na Bíblia é a identidade de natureza, isso pode ser visto no paralelismo poético do salmista: “que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” (Sl 8.4). Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta diz algo e em seguida repete esse pensamento em outras palavras. A ideia de “homem mortal” é repetida em “filho do homem”. Outro exemplo encontramos nas palavras de JESUS: “Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt 23.31). Isso porque os escribas e fariseus consideravam os matadores dos profetas como seus pais (Mt 23.29,30).

 

2. Significado teológico

Indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância. É o que acontece com JESUS, Ele é chamado Filho de DEUS no Novo Testamento porque Ele é DEUS e veio de DEUS. JESUS mesmo disse: “eu saí e vim de DEUS” (Jo 8.42); “Saí do PAI e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o PAI” (Jo 16.28). Quando JESUS declarou: “Meu PAI trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17), estava declarando que DEUS é seu PAI; no entanto, os seus interlocutores entenderam com clareza meridiana que JESUS estava reafirmando a sua deidade, pois: “dizia que DEUS era seu próprio PAI, fazendo-se igual a DEUS” (Jo 5.18).

 

3. O Filho é DEUS

 Filho de DEUS é uma expressão bíblica para referir-se à relação única do Filho Unigênito com o PAI. A expressão “Filho de DEUS” revela a divindade de CRISTO. Essa verdade está mais clara na Bíblia que o sol do meio-dia. Por isso, é estranho como pode haver tantos debates sobre o tema. O texto sagrado: “Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hb 1.8) é o mais crucial, pois é uma citação direta de Salmos 45.6,7. É importante prestar melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes: “O teu trono, ó DEUS, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, DEUS, o teu DEUS, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” (Sl 45.6,7). Que história é essa de o DEUS do versículo 7 estar ungindo o DEUS do versículo 6? Isso tem intrigado alguns rabinos desde a antiguidade. Mas, a Epístola aos Hebreus traz a explicação e revela que DEUS nessa passagem é uma referência a JESUS. A explicação está em Hebreus 1.8, trata-se do relacionamento entre o PAI e o Filho e que a unidade de DEUS é plural.

 

SINÓPSE I - A doutrina bíblica mostra a relação de unidade entre DEUS PAI e seu Filho Unigênito.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - “FILIAÇÃO DE CRISTO

Três principais pontos de vista são apresentados quanto à filiação de CRISTO:

1. Criação em uma época passada

Esse foi o ponto de vista de Ário ao argumentar que JESUS CRISTO foi criado em uma época passada, à semelhança de DEUS PAI, e é homoioitsios com Ele (isto é, de substância similar) [...].

2. Geração eterna

Orígenes e outros que sustentaram essa opinião consideravam a palavra grega monogenes como derivada de gennao, ‘gerar’ (vários tradutores seguiram os seus passos), e traduziram o termo como “Unigénito” (Jo 1.14,183.16,18Hb 11.171 Jo 4.9). No entanto, trata-se na verdade de um derivado de genos e, portanto, significa ‘único’ ou ‘único do seu género’. Por causa disso, a Bíblia Francesa o traduz como ‘Son Fils Unique’, o que significa ‘o seu único Filho’ (veja NASB marg. em João 3.16,18). Em Hebreus 11.17, com referência a Isaque, monogenes deve significar “único”, porque Abraão teve outros filhos (Ismael e os filhos de Quetura).

3. O Filho Único de DEUS

Esta opinião tem o apoio dos argumentos acima. Exemplos de tal uso podem ser encontrados na expressão hebraica do Antigo Testamento: ‘filhos de...’, que significa ‘da ordem de...’ em frases como ‘filhos dos profetas’ (1 Rs 20.352 Rs 2.3,5,7,154.385.22 etc.); ‘filho de um dos boticários’ (Ne 3.8); ‘filhos dos cantores’ (Ne 12.28). A partir daí pode-se compreender como os contemporâneos do Senhor JESUS CRISTO no Novo Testamento entenderam a sua declaração de que Ele era o Filho de DEUS, significando que Ele afirmava ser igual a DEUS, ou o próprio DEUS. O Evangelho de João mostra que este é o caso” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.802).

 

II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO

1. Orígenes

O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao PAI ou um deus secundário ou menos divino que o PAI. Os monarquianistas dinâmicos, ou adocionistas, e os arianistas são os principais representantes dessa heresia. Mas Orígenes (185-254), foi o seu principal mentor. Há, na vastíssima e complexa produção literária de Orígenes, ideias de acordo e contrárias à ortodoxia da igreja, como também ideias neoplatônicas e obscuras de modo que, desde a antiguidade, os estudiosos do assunto estão divididos. Ele exerceu grande influência no Oriente por mais de 100 anos. Nas controvérsias em Niceia, havia os que apoiavam Ário usando Orígenes como base; como também os que apoiavam Alexandre, opositor de Ário, também se baseando no mesmo Orígenes. Segundo seus críticos, parece que a Trindade defendida por ele era subordinacionista: o Filho subordinado ao PAI e o ESPÍRITO SANTO subordinado ao Filho. No entanto, a Bíblia revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Mt 28.19; 2 Co 13.13).

 

2. No período pré-niceno

O Subordinacionismo foi, nos Séculos II e III, uma tentativa, ainda que equivocada, de preservar o monoteísmo, mas que negou a divindade absoluta de JESUS. Seus expoentes consideravam CRISTO como Filho de DEUS, inferior ao PAI. Eles afirmavam que o próprio CRISTO declarava a sua inferioridade, e isso eles o faziam com base numa exegese ruim e numa interpretação fora do contexto de algumas passagens dos Evangelhos.

 

3. Métodos usados pelos subordinacionistas

Já estudamos, até agora, o ensino bíblico sobre JESUS como o verdadeiro homem e ao mesmo tempo o verdadeiro DEUS. Somente Ele é assim, e ninguém mais no céu e na terra possui essa característica (Rm 1.1-4; 9.5). No entanto, os subordinacionistas pinçam as Escrituras aqui e ali se utilizando das passagens do Novo Testamento que apresentam o Senhor JESUS como homem e descartam e desconsideram as que afirmam ser JESUS o DEUS igual ao PAI.

 

SINÓPSE II - O Subordinacionismo afirma ser o Filho subordinado ao PAI,  sendo, portanto, um deus secundário.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO - “A PALAVRA NA ETERNIDADE (1.1-5)

Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como Ele agia no plano eterno de DEUS. ‘No princípio’ (v.1a) fala da existência eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de JESUS e sua relação com DEUS PAI. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade. O versículo 2 resume o versículo 1 e prepara para a atividade divina fora da relação da deidade no versículo 3. No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’ informa o leitor com precisão que o Criador original era DEUS PAI que criou todas as coisas pela Palavra. Os verbos que João usa nestes versículos fazem distinção entre o Criador não-criado, a Palavra (o Verbo) e a ordem criada. Numa boa tradução, a ARC observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas ‘todas as coisas foram feitas. O versículo 4 conta várias coisas para o leitor: 1) A Palavra divina, como DEUS PAI, tem vida em si mesma, vida inchada (ou seja, é a fonte da vida eterna). 2) Esta vida revelou a pessoa e natureza de DEUS para todas as pessoas. 3) ‘Luz’ neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de DEUS […]’” (ARRINGTON, F. L; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p.496).

 

III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE

1. No contexto islâmico

O Islamismo não considera JESUS como o Filho de DEUS, mas como messias e profeta, e coloca Maomé acima dele. Nenhum cristão tem dificuldade em detectar o erro de doutrina (Ef 1.21; Fp 2.8-11). O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o Filho de DEUS, isso com base numa péssima interpretação, pois significaria uma relação íntima conjugal entre DEUS e Maria. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pregam esse absurdo (Jd 10). Lamentamos dizer que até mesmo Satanás e os seus demônios reconhecem que JESUS é o Filho do DEUS Altíssimo (Mc 5.7). A expressão “Filho de DEUS” no Novo Testamento significa a sua origem e a sua identidade (Jo 8.42) e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. JESUS foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 1.18, 20; Lc 1.35).

 

2. O movimento das Testemunhas de Jeová

Este confessa publicamente que crê na existência de vários deuses: o DEUS Todo-poderoso, Jeová; depois o deus poderoso, JESUS; e em seguida outros deuses menores, incluindo bons e maus. Mas a fé cristã não admite a existência de outros deuses. É verdade que a Bíblia faz menção de deuses falsos. Se são falsos, não podem ser DEUS (Gl 4.8). Declara o apóstolo Paulo: “todavia, para nós há um só DEUS, o PAI, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, JESUS CRISTO, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6). Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “JESUS CRISTO é uma divindade falsa ou verdadeira?” Se a resposta for positiva, elas são obrigadas a reconhecer a divindade de JESUS e a Trindade; mas, se a reposta delas for negativa, elas estão admitindo que são seguidoras de um deus falso.

 

SINÓPSE III - O Subordinacionismo se apresenta no contexto islâmico e das Testemunhas de Jeová.

 

CONCLUSÃO

O termo “filho” em relação a JESUS tem sido assunto de debate teológico desde o período dos Pais da Igreja. A interpretação bíblica que se faz é: JESUS é Filho Unigênito não porque foi gerado, mas sim porque é da mesma substância do PAI.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Por que JESUS é chamado “Filho de DEUS” no Novo Testamento?

JESUS é chamado Filho de DEUS no Novo Testamento porque Ele é DEUS e veio de DEUS.

2.  O que revela a expressão “Filho de DEUS” em relação a JESUS?

A expressão “Filho de DEUS” revela a divindade de CRISTO.

3. O que é Subordinacionismo?

O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao PAI ou um deus secundário ou menos divino que o PAI.

4. Por que o Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o Filho de DEUS?

O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o Filho de DEUS, isso com base numa péssima interpretação,

pois significaria uma relação íntima conjugal entre DEUS e Maria.

5. Qual a pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová?

Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “JESUS CRISTO é uma divindade falsa ou verdadeira?”

 

 

 

 

 

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LIÇÃO 9, BETEL, A TRIUNIDADE DIVINA NA ÍNTEGRA 2025

 

Escrita Lição 9, Betel, A Triunidade Divina – O PAI e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (cpf) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Bíblica Dominical 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O AMOR DO PAI É VISTO NO FILHO

1.1. O Filho Unigênito de DEUS. Unigênito ou filho único. 

1.2. A vontade do Filho é a mesma do PAI. 

1.3. O Filho foi enviado para fazer as Obras do PAI. 

2- O FILHO REVELA O PAI

2.1. O Filho de DEUS na Criação

2.2. O Filho de DEUS é Divino 

2.3. O Filho de DEUS é eterno

3- PAI E FILHO SÃO IGUAIS

3.1. O Filho de DEUS é Onipotente 

3.2. O Filho de DEUS é Onipresente

3.3. O Filho de DEUS é Onisciente 

 

 

TEXTO ÁUREO

“E quem me vê a mim vê aquele que me enviou”, João 12.45

 

VERDADE APLICADA

JESUS CRISTO é a plena e definitiva revelação do PAI.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Compreender que, em JESUS, DEUS manifestou o Seu amor.
Ressaltar que o Filho e o PAI são um
Identificar no Filho os atributos do PAI.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA – Jo 5.19-20; 20; 22-23; 26-27

João 5
19 Mas JESUS respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao PAI, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
20 Porque o PAI ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
22 E também o PAI a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
23 Para que todos honrem o Filho, como honram o PAI. Quem não honra o Filho, não honra o PAI que o enviou.
26 Porque, como o PAI tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Jo 1.18 JESUS CRISTO, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 JESUS é o Filho de DEUS.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o PAI são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 JESUS se declara o Filho de DEUS.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o PAI.
SÁBADO | Jo 5.30 O PAI enviou o Filho.


HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que creiam que JESUS está no PAI e o PAI está em JESUS.

 

INTRODUÇÃO

O Evangelho de João relata fatos que mostram o DEUS PAI na vida do DEUS Filho (Jo 5.19). O próprio JESUS descreve que ver o Filho era como ver o PAI (Jo 14.9). Paulo escreve que, através do Filho, o PAI visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa perspectiva, JESUS é a revelação plena e definitiva do PAI (Mt 11.27).

 

1- O AMOR DO PAI É VISTO NO FILHO

 O Filho de DEUS possui a mesma natureza e essência de DEUS: “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna’; Jo 3.16. Este versículo admirável aponta para a dimensão do Amor de DEUS por nossa vida. Somente por JESUS podemos receber a adoção como filhos de DEUS (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz que o amor do PAI por nós é tão grande que somos chamados de filhos de DEUS, e nós somos de fato Seus filhos (1 Jo 3.1).

 

1.1. O Filho Unigênito de DEUS. Unigênito ou filho único. 

O Filho Unigênito de DEUS provém de DEUS PAI, de Quem tem a mesma natureza ( Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes nos escritos de João, todas elas relacionadas a JESUS (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. O apóstolo Paulo descreve CRISTO como o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de geração, mas de natureza e caráter. O
Unigênito de DEUS tem familiaridade única com o PAI. JESUS, como o Filho de DEUS, é Eterno (Cl 1.15-17), por isso Isaías O chama de PAI da Eternidade (Is 9.6).

 

Ralph Earle & Joseph Mayfield (2019, p.32): “Uma palavra precisa ser dita sobre a expressão o Unigênito do PAI: Comparada a Colossenses 1.15, onde CRISTO é descrito como o primogênito de toda a criação; a frase apresenta a filiação de CRISTO sob aspectos complementares. A primeira marca a sua relação com DEUS como absolutamente sem paralelos; e a outra marca a sua relação com a criação como preexistente e soberana’. O significado é claro e poderoso:

A glória do Verbo encarnado era como a glória que o Filho eterno derivaria dele, e assim a poderia exibir aos fiéis”.

 

1.2. A vontade do Filho é a mesma do PAI. 

  

Como implicação da importância da unidade entre o PAI e o Filho, observamos a integração de interesses e causas. Vejamos o que JESUS disse a esse respeito: “(…) o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao PAI, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente”, Jo 5.19. JESUS assim falou em razão da opinião que os judeus tinham a respeito dEle (Jo 5.16-18). O foco narrativo de CRISTO nos faz ver que Ele não fazia nada contra a própria vontade porque a vontade do Filho é a mesma do PAI. O Filho, em certa ocasião, fez uma declaração que fortalece essa verdade: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; (…) porque não busco a minha vontade, mas a vontade do PAI, que me enviou”; Jo 5.30.

 

Comentário MacArthur – Gênesis a Apocalipse (2019, p.1330): “Em resposta à hostilidade dos judeus quanto às implicações de suas afirmações de igualdade com DEUS, JESUS tornou-se ainda mais destemido, contundente e enfático. JESUS vinculou diretamente ao PAI suas ações de cura no sábado. O Filho nunca assumiu um ato independente que o colocasse contra o PAI, pois o Filho apenas fazia aquelas coisas, coincidiam e coexistiam com tudo o que o PAI faz. Assim JESUS deu a entender que o único que poderia fazer o que o PAI faz deve ser tão grande quanto o PAI”

 

1.3. O Filho foi enviado para fazer as Obras do PAI. 

   

O Filho foi enviado para nos revelar a vontade do PAI: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”; Jo 9.4. JESUS jamais teve vaidade em Seu coração; Ele tinha o entendimento de que as Suas obras eram as obras do PAI (Fp 2.5,6). O Filho de DEUS nos ensina a nos empenhar em promover os interesses do PAI e, assim como Ele, ter a convicção de que não podemos fazer nada de nós mesmos (Jo 5.30). Devemos nos sujeitar ao PAI, buscando reconhecer a vontade dEle para nossa vida.

 

Bíblia de Estudo NAA (2021, p.1925): “Enquanto é dia se refere ao tempo em que JESUS está aqui, em seu ministério terreno, pois ele é a luz do mundo (8.12; 9.5), cuja presença torna dia' a tudo, noite’ então seria o tempo da crucificação e morte de JESUS. Ele mostra uma intensa convicção da necessidade de cumprir tudo aquilo que o PAI o enviou para realizar durante o Seu ministério terreno; façamos (nós) indica que ele está envolvendo também seus discípulos nessa Obra”.

 

EU ENSINEI QUE:

O Filho Unigênito de DEUS provém de DEUS PAI, de Quem tem a mesma natureza.

 

2- O FILHO REVELA O PAI

   

João revela que o Verbo tornou DEUS conhecido (Jo 1.18). JESUS disse que ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o PAI; e ninguém sabe quem é o PAI, a não ser o Filho e aqueles a quem Ele quiser mostrar o PAI (Mt 11.27).

 

2.1. O Filho de DEUS na Criação

     

Logo no início do Evangelho de João, lemos que todas as coisas foram feitas pelo Verbo e, sem Ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). O autor da Carta aos Hebreus corrobora com esse pensamento ao dizer que foi mediante CRISTO, a Quem constituiu herdeiro de tudo, que DEUS criou o Universo e fez o mundo (Hb 1.2). João Batista afirmou que JESUS já existia antes dele, mesmo ele tendo nascido antes de JESUS (Jo 1.15), dando a entender que JESUS já existia eternamente como DEUS. Sob esta perspectiva, JESUS é o próprio DEUS Criador, que habitou entre nós (Jo 1.14).

 

César Roza de Melo (2021, L.13): “Um dos pontos-chave a ser destacado é a preexistência de JESUS, ou seja, JESUS era um com DEUS na eternidade. Estava na criação do homem, a palavra usada em Gênesis 1.26 é clara ao dizer “façamos”. Paulo deixa relatado que, na plenitude dos tempos, DEUS enviou Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4). Em Lucas 10.18, encontramos JESUS dizendo que viu Satanás como um raio caindo do céu. Como diz Paulo, a revelação de JESUS como Filho de DEUS veio no tempo certo, porém, JESUS já existia antes da fundação do mundo, sendo assim, Ele é eterno”.

 

2.2. O Filho de DEUS é Divino 

    

A mente limitada e mortal do ser humano não é capaz de compreender o grande segredo da cristologia quando João diz que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O PAI e o Filho aparecem na Bíblia no mesmo grau de divindade (Gl 1.1; 1Tm 6.13; 2Tm 4.1). Essas revelações evidenciam que o PAI e o Filho são o mesmo DEUS e têm a mesma autoridade; todavia, são distintos como Pessoas e nas manifestações, não em poder e esplendor.

 

Dilmo dos Santos (2012, L.01): “João define que `o verbo era DEUS: Tal pensamento vai permear todo o seu Evangelho, em que o próprio JESUS faz várias declarações, utilizando-se da expressão “Eu sou”: Coisa que um judeu em sã consciência não faria jamais. Pois essa expressão apenas se aplica a DEUS. (…) João apresenta JESUS como o próprio DEUS, uma revelação que mais tarde os apóstolos também vão confirmar, porque não houve como negar que CRISTO é a representação visível do DEUS invisível (Cl 1.15).

 

2.3. O Filho de DEUS é eterno

   

A expressão “Filho de DEUS’; nas Escrituras, indica claramente a natureza divina de JESUS, que sempre existiu, sendo reconhecidamente o PAI da Eternidade (Is 9.6). DEUS PAI identifica JESUS como Seu Filho (Mc 1.11). Como João registra em seu Evangelho: o Verbo Eterno, o Filho Unigênito de DEUS, participou da natureza humana, mas sem pecado (Jo 1.14). O próprio Senhor JESUS, na oração registrada em João 17, menciona Sua comunhão com o PAI “antes que o mundo existisse” (Jo 17.5,24).

 

Dilmo dos Santos (2012, L.01): “João 1.1 começa de modo semelhante ao primeiro livro do AT Gênesis 1.1: No princípio’: É uma indicação de que o Verbo’ já existia na eternidade. Para comprovar sua tese, com ousadia e a criatividade, João escreveu apelando para os textos do AT contrastando os judeus que pensavam serem os verdadeiros herdeiros do Reino de DEUS. João faz alusão a Gênesis 1.1, `no princípio, período que iniciava a história da primeira criação, mas, em João 1.1, inicia-se a história da nova criação, o agente é a Palavra de DEUS’.

 

EU ENSINEI QUE: Antes do mundo existir, JESUS já existia, pois Ele é eterno.

 

3- PAI E FILHO SÃO IGUAIS

   

Quando o Senhor JESUS declarou “Eu e o PAI somos um” (Jo 10.30), os judeus queriam apedrejá-lO. Foi uma declaração impactante. O versículo 33 diz que os judeus estavam revoltados, pois JESUS estava se apresentando como DEUS. JESUS já tinha feito outras declarações (Jo 5.18,23). As Escrituras revelam que o PAI e o Filho possuem os mesmos atributos.

 

3.1. O Filho de DEUS é Onipotente 

   

O Filho veio ao mundo em forma humana para revelar o PAI (Jo 1.14-18). JESUS pode todas as coisas, de maneira completa e plena (Jo 1.51). Assim como o PAI, o Filho tem todo o poder em Suas mãos (Jo 1.14). o Filho tem o mesmo poder do PAI, já que Ele é DEUS. No Livro do Apocalipse, João escreveu: “(…) e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”, Ap 1.18. A relação harmoniosa e amorosa entre o PAI e o Filho fez com que o PAI entregasse todas as coisas nas mãos do Filho (Jo 3.35). JESUS tem poder para libertar da ignorância espiritual (Jo 8.32, 36), oferecer perdão aos pecadores (Jo 4.25-30; 8.3-11) e curar os doentes (Jo 4.50-51; 5.6-8; 9.6-7).

 

EF Bruce (1990, p.94): “Duas vezes neste Evangelho lemos que o PAI ama o Filho, aqui (v.35) e em (5.20). O verbo aqui é agapaõ; na outra passagem é phileõ. A alternância destes dois verbos em afirmações idênticas ilustra a propensão do evangelista em diversificar sua escolha de sinônimos. O versículo 35 é uma contrapartida para a frase de JESUS no relato sinótico: “Tudo me foi entregue por meu PAI” (Mt 11.27; Lc 10.22). O Filho é o enviado plenipotenciário do PAI, seu porta voz e revelador perfeito.

 

3.2. O Filho de DEUS é Onipresente 

   

Quando falamos que o Filho de DEUS é Onipresente, estamos nos referindo ao poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, assim como o PAI (Jo 20.19). O Filho de DEUS vai além dos limites dos seres humanos, como afirma Myer Pearlman: “Imensidade é a presença de DEUS em relação ao espaço, enquanto onipresença é Sua presença em relação às criaturas’: JESUS garantiu que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome, ali Ele estaria (Mt 18.20). JESUS estava dizendo que, assim como PAI, o Seu poder não está limitado ao espaço geográfico. Ele está presente em todos os lugares (Jo 4.48-53; Mt 28.20).

 

Valdir Alves de Oliveira (2021. L. 12): “DEUS é transcendente: além dos limites cosmológicos, além dos limites humanos (…). Está nas profundezas, está ao nosso nível e está nas alturas. Para que ao nome de JESUS se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra’ (Fp 2.10);Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz’ (Dn 2.22); `E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar’ (Hb 4.13)”.

 

3.3. O Filho de DEUS é Onisciente 

 

A Onisciência do Filho de DEUS O faz conhecedor de todas as coisas. Vemos isso quando JESUS revelou a Natanael que o viu embaixo de uma árvore (Jo 1.48) e quando falou à mulher samaritana que o homem com quem ela se relacionava não era seu marido (Jo 4.16-18). JESUS também sabia até o lado do barco de Pedro e seus amigos que tinham peixes (Jo 21.6). Como disse Paulo, em CRISTO estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3).

 

Comentário MacArthur – Gênesis a Apocalipse (2019, p.1312): “Eu o vi. Isso fornece um breve vislumbre do conhecimento sobrenatural de JESUS. Não só o breve resumo de JESUS sobre Natanael foi preciso (v.47), como também revelou informações que só poderiam ser conhecidas pelo próprio Natanael. Talvez Natanael tivesse alguma experiência significativa ou extraordinária de comunhão com DEUS no local e, então, foi capaz de reconhecer a alusão de JESUS a isso’.

 

EU ENSINEI QUE: A Onisciência do Filho de DEUS 0 faz conhecedor de todas as coisas.

 

CONCLUSÃO

O PAI e o Filho são iguais em essência, poder e glória (Jo 10.30). O Filho veio do PAI e retornou a Ele (Jo 16.28), demonstrando a relação eterna e inseparável entre ambos. Embora sejam Pessoas distintas dentro da Trindade, possuem a mesma natureza divina e operam em perfeita unidade. A missão do Filho foi tornar visível o PAI ao mundo, ensinando, curando e manifestando Seu amor e justiça, cumprindo assim o Plano Divino de Salvação.