Escrita, Lição 2, CPAD, SOMOS CRISTÃOS, Comentários Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita, Lição 2, CPAD, SOMOS CRISTÃOS, 1Tr25, Comentários Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25
I – PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
1. Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)
2. Objetivo da reunião
3. Tito e a circuncisão (v.5)
II – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA
1. O espanto do apóstolo
2. Quem eram os judaizantes (v.4)?
3. O clima de tensão (vv. 3-5) 
III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE
1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)
2. O perigo da doutrina judaizante
3. As práticas judaizantes atuais 
 
TEXTO ÁUREO
“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a DEUS.”  (At 15.19)
 
VERDADE PRÁTICA
O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 9.16 O Cristianismo Judaizante é remendo novo em vestidos velhos
Terça - At 11.26 Ser cristão significa ser discípulo e seguidor de Cristo
Quarta - At 15.1,5 Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei de Moisés
Quinta - Rm 3.28 O ser humano é justificado pela fé, sem as obras da Lei
Sexta - Gl 1.8,9 Paulo chama essa doutrina judaizante de outro evangelho
Sábado - Fp 3.5 O combate à tendência judaizante por uma autoridade de origem judaica
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 2.1-9, 14
1 - Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2 - E subi por uma revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
3 - Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.
4 - E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo JESUS, para nos porem em servidão;
5 - aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.
6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; DEUS não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;
7 - antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão
8 - (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios),
9 - e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;
14 - Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
 
HINOS SUGERIDOS: 205, 379, 430 da Harpa Cristã
  

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25

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RESUMO RÁPIDO DO Pr Henrique

I – PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

Havia um desejo de escravizar os novos convertidos gregos para que os falsos mestres judaicos tivessem proeminência entre eles.

1. Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)

Paulo, logo após sua conversão foi a Jerusalém onde se encontrou com Pedro e Tiago. Barnabé o conduziu a eles. Anos mais tarde volta a Jerusalém com Barnabé e Tito para levar ajuda aos necessitados conforme vaticinado pelo profeta Ágabo (por revelação)

2. Objetivo da reunião

Paulo explica que estava pregando o evangelho por toda parte, principalmente na Síria e Cilícia e haviam muitas conversões por catorze anos (vv.1,2). Sabia que recebeu esse Evangelho de DEUS e isso lhe foi revelado por JESUS na estrada para Damasco e confirmado por Simão numa casa, na rua direita, em Damasco. Estava em Jerusalém para, juntamente com Barnabé, trazer ajuda aos necessitados, como revelado pelo profeta Ágabo.

3. Tito e a circuncisão (v.5)

Paulo não circuncidou Tito porque ele era grego. Se o fizesse seria um desastre para o evangelho pregado entre os gregos que ouviram de sua boca que a salvação era pela graça (JESUS e sua obra de salvação concretizada na cruz), mediante a fé daqueles que ouviam tal pregação (Ef 1.13, 2.8). Não a guarda da lei (Sábados, comidas e circuncisão).

II – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA

Os judeus convertidos em Jerusalém já eram circuncidados e vivam debaixo da lei quando se converteram a JESUS. Novos convertidos que se achavam mestres saíram ensinando que também aqueles que se convertessem, mesmo sendo gentios, deveriam guardar a lei para serem salvos.

1. O espanto do apóstolo

Paulo se espantou com a rapidez com que os Gálatas, novos convertidos, receberam o falso evangelho pregado por esses falsos mestres e deixaram o verdadeiro evangelho pregado a eles por ele.

2. Quem eram os judaizantes (v.4)?

Os judaizantes eram falsos mestres que ensinavam heresias (falso evangelho debaixo da lei) como se fossem enviados pelos apóstolos de Jerusalém, o que não era verdade. Além de falsos eram mentirosos.

3. O clima de tensão (vv. 3-5) 

Parece que esses falsos mestres tinham livre acesso aos apóstolos e até penetraram na reunião de Paulo, Barnabé e Tito com os apóstolos. Queriam que Paulo circuncidasse Tito, o que ele não fez. Paulo parece ter até discutido com eles e os apóstolos deram apoio a Paulo.

III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE

1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)

Só há um evangelho que prega que JESUS executou o plano de DEUS para nossa salvação morrendo por nós na cruz – quem ouvir este evangelho e crer será salvo.

Esse era o Evangelho de Pedro e o de Paulo.

Como Pedro era judeu e morava em Jerusalém, o Evangelho que pregava era chamado por Paulo de “o evangelho da Circuncisão”, pois era de mais fácil penetração entre os judeus por intermédio da pregação de Pedro e dos demais apóstolos do primeiro colegiado apostólico de JESUS CRISTO.

Como Paulo morava em Antioquia, embora fosse também judeu, o Evangelho que pregava era chamado pelo mesmo Paulo de evangelho da Incircuncisão, ou seja, salvação sem necessidade de viver debaixo da lei e seus preceitos.

Assim Pedro tinha maior penetração entre os judeus e Paulo maior penetração entre os Gentios.

Gálatas 2.7-9.

Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão (pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios) e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão

 

Paulo foi constituído, por DEUS, apóstolo e doutor dos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não judeus (Rm 11.13).

 

2. O perigo da doutrina judaizante

Havia através desses falsos mestres com suas heresias a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica (o que acabou ocorrendo após a morte dos apóstolos e dos demais pais da igreja, assim chamados).

Os judaizantes, apesar de terem se convertido, não compreenderam o verdadeiro evangelho e  alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9).

 

3. As práticas judaizantes atuais 

Hoje temos como mais destacado grupo judaizante os adventistas do Sétimo dia - Eles exigem como condição para salvação basicamente a guarda do sábado e a observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as leis dietéticas do judaísmo).

Algumas denominações deste mesmo falso evangelho exigem a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito de chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o uso do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça.

 

Conclusão

São raríssimos os judeus que se convertem hoje em dia.

Tomemos cuidado para não sermos enredados por esses falsos cristãos (estão por toda parte, principalmente nos programas de TV).

Uma coisa em comum aos judaizantes – eles não recebem o batismo com o ESPÍRITO SANTO com evidência do falar em línguas como nós.

 

 

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O EVANGELHO DE SAULO

 

Quando alguém se converte a Cristo de modo tão inesperado e radical quanto Saulo, passa a sentir de imediato um forte desejo de partilhar sua experiência com todos. Diante de um testemunho como o seu não há como disfarçar as emoções. A experiência de um homem que viu a glória divina nos aquece o coração.

Saído de um ambiente tão rígido como o do farisaísmo, o choque que Saulo recebeu foi enorme. Seu modo de pensar modificara-se tão rapidamente, que ele precisava de tempo para descansar e refletir. Queria repensar o passado, observar lógica e tranquilamente o futuro, e preparar-se para a grande obra a que Deus o chamara. O Senhor não dissera que ele devia levar o nome de Cristo diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel?

Saulo era um pensador profundo. Não tomava nenhuma atitude sem antes raciocinar e pesar as consequências. Algumas pessoas a tudo analisam; outras, não se preocupam com nada. A mente de Saulo era analítica; teve necessidade de refletir para ajustar-se aos fatos que lhe abalaram a estrutura existencial.

Ao despedir-se dos cristãos de Damasco, isolou-se na Arábia a fim de concentrar-se nesta nova etapa de sua vida. Ele foi  ali buscar falar diretamente com JESUS, como Moisés fez no Monte Horebe. Ali estava a cordilheira do Sinai e o Monte Horebe na Terra de Midiã, para onde se dirigiu. Se Moisés foi chamado e falou com DEUS ali, ele Paulo, também foi chamado por JESUS, e com certeza falaria com seu Senhor ali.

Na Epístola aos Gálatas, Saulo revela que, depois de sua conversão, não se dirigiu aos apóstolos em Jerusalém, ou para quaisquer outros, a fim de se inteirar do Evangelho que mais tarde pregaria. O Evangelho foi-lhe revelado diretamente por Deus. Em várias ocasiões, apóstolo o enfatizou: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei" (1 Co 11.23).

 

Na Arábia

No deserto, longe do burburinho da vida urbana, com as rochas e areias ardentes durante o dia, e as estrelas silentes à noite, despojou-se Saulo das amarras de uma vida inteira, libertando-se da Lei e da tradição judaicas. Na quietude da Arábia, andou com Deus. Aqui, o Senhor revelou a Saulo as grandes verdades que viriam a ser as âncoras de sua pregação. Creio que aqui, no Monte Horebe, teve um real encontro com JESUS e obteve suas maiores revelações (Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão... 1 Co 11.12.23).

 Foi aqui também que reestudou as Escrituras, e meditou sobre as grandes doutrinas que iria em breve ensinar em todas as igrejas. Aprendeu o valor da comunhão com Deus, tornando-se-lhe sensível à vontade.

Foi no deserto que Moisés veio a encontrar Deus. E foi num momento de desespero, que Elias procurou a quietude do deserto. No deserto, o maná alimentou o povo de Deus por quarenta anos. Que lugar seria mais propício para Saulo reencontrar-se com o Senhor? Onde poderia ser alimentado diariamente pelo pão do céu senão aqui?

Para se obter vinho se espreme uvas, Para se obter azeite, se espreme azeitonas, para se obter revelações se ora e jejua.

É impossível saber os detalhes daqueles dias de consagração. Mas de uma coisa não temos dúvida: Saulo deixou o deserto plenamente convicto e preparado para apresentar as razões de sua fé. Ele sabia que, no exato momento em que abrisse os lábios na sinagoga, os fariseus opor-se-lhe-iam amargamente, tachando-o de hipócrita, traidor. Por isso, deveria estar preparado a fim de apresentar tanto a sua defesa quanto a de Jesus com toda a sua força e poder.

Na defesa da fé, seria imprescindível que tivesse idéias muito claras acerca da salvação oferecida por Cristo. Falar de uma experiência é simples, mas debater com os filósofos e defensores de outras religiões exige um conhecimento bem definido e pontos de vista sólidos. Além de justificar a morte de Cristo conforme predita nas Escrituras, Saulo teria de explicar porque isso foi necessário e por que Deus o exigiu.

Ao pensar no propósito da vida e na felicidade de que ora desfrutava, Saulo concluiu: o que aprendera na escola rabínica era de fato uma poderosa verdade, emboara sem revelação alguma na época. Bastou um encontro pessoal com JESUS para entender claramente as escrituras. O supremo propósito do ser humano é receber o favor divino. Mas a única maneira de se obter tal favor é submeter-se à justiça de Deus. Somente Ele pode conceder-nos a paz.

 

Entendendo o Dom da Justiça de Deus

A história do homem sempre foi o relato do desvio da justiça divina e do deliberado afastamento de Deus. Muitos são os que, embora se julguem justos e condenem os outros, jamais sentiram comunhão com Deus. Outros, como os judeus, dependem de sua obediência à Lei para obter o favor divino e nisso mesmo se condenam. Saulo viveu desse modo até encontrar a Jesus. Mas agora, podia ver quão vazia era a vida dos judeus: por não haverem recebido a Jesus, achavam-se na mesma condição dos gentios.

Os gentios falharam em sua busca pela justiça. Não porque Deus haja se ocultado deles, pois Ele lhes dera suficiente conhecimento para que viessem a ser conduzidos pela justiça. Eles porém não quiseram seguir a luz; tentaram extingui-la. E já que não alcançaram o favor de Deus, fizeram-se filhos da ira. Quanto aos judeus, gabavam-se de suas muitas vantagens sobre o resto do mundo. Possuíssem embora a Lei e os Profetas, não tiraram proveito deles.

O que importa diante de Deus não é saber o que é certo, mas praticar o que é justo. Antes, Saulo acreditava que guardar a Lei era a única maneira de se agradar a Deus. (Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.

Filipenses 3:6 ).

Isso, porém, jamais lhe havia proporcionado satisfação espiritual. Por outro lado, estava ciente de que, como depositário da Lei de Deus, tinha mais responsabilidades espirituais do que os gentios. Agora, contudo, já não podia ignorar: tanto os judeus como os gentios, haviam falhado na busca da justiça divina; encontravam-se ambos expostos à ira de Deus.

Nem os judeus nem os gentios eram bons, por haverem ambos herdado a natureza pecaminosa de Adão. Tal natureza torna a pessoa fraca demais para ser justa. A Lei, por descrever claramente o pecado, teria sido um precioso guia para conduzir-nos à vida santa. Mas como curar uma natureza tão enferma? Aquilo que queremos fazer, não o fazemos; e aquilo que não queremos, isso o fazemos. Deus outorgou a Lei com o propósito de mostrar-nos qual o padrão de sua justiça e para que não a cumprindo,  e merecendo o juízo de DEUS, procurássemos por um salvador (JESUS).

Todos esses pensamentos formavam-se na mente de Saulo à medida que o Senhor lhe transmitia gradualmente a mensagem que deveria ensinar em todas as igrejas. Seu dia mais ditoso foi aquele em que Deus ofereceu-lhe um plano de salvação que não dependia de se guardar a Lei. Foi aí que compreendeu que jamais alcançaria a justiça divina por seu próprio esforço.

Com o passar dos dias, Saulo começou a entender mais claramente todo o quadro da salvação oferecida por Deus. E essa revelação, obtida na Arábia, foi mencionada repetidamente por ele como "o meu evangelho". Saulo não a obteve mediante estudo ou leitura, nem a recebera de homem algum. Foi por intermédio de Jesus que chegou ao conhecimento de tais fatos. O evangelho de Paulo se encontra basicamente na Carta aos romanos.

 

O Verdadeiro Significado da igreja

O retrato completo da Igreja apareceu mais vividamente a Saulo, durante sua estada no deserto. Ele foi o primeiro apóstolo a compreender que a Igreja não era uma seita judaica, mas uma irmandade universal que se estendia a todas as raças e nações. Tempos depois, travaria muitas batalhas com os que não estavam dispostos a admitir os gentios na Igreja.

Saulo considerava a Igreja um edifício, cujas pedras todas achavam-se bem ajustadas, tendo a Cristo como a pedra angular. A seguir, viu-a como um corpo bem coordenado. E os membros todos desse corpo - braços, pernas, pés, dedos, olhos e ouvidos - eram os cristãos em particular que, ligados uns aos outros, constituíam-se num só organismo, tendo a Cristo por cabeça. A figura ajudou-o a compreender a unidade da Igreja e a sua dependência em relação ao Senhor Jesus. Saulo fora chamado por Cristo para deixar de lado as regras, tradições e todo o passado do qual tanto se gloriara. Outros já o haviam feito e tiveram de enfrentar oposição. O futuro não lhe seria fácil. Ele pensa em Estêvão e como fora este poderoso no Evangelho, ele viu JESUS em sua glória antes de morrer apedrejado pelos companheiros de Paulo, ele ouviu a última oração em favor de seus inimigos. Se Saulo tivesse aberto os olhos antes, quantas centenas de vidas de crentes não teriam sido poupadas! Mas ele tomaria o lugar de Estêvão, e quem sabe, faria para Cristo uma obra ainda maior. Uma vez mais Saulo delibera ser fiel à visão celestial, e passar o resto de sua vida pregando o Evangelho aos judeus e gentios.

 

O Mundo, um Campo Missionário

Saulo começa a refletir sobre o mundo que o rodeava. Embora só o conhecesse parcialmente, sabia que o Império Romano estendia-se para além dos Portões da Cilícia, em direção ao ocidente. Em suas fronteiras, havia milhões de pessoas.

Que mundo de trevas era aquele!

Os ídolos eram adorados por toda a parte. As cidades encontravam-se repletas de estátuas, altares e templos. Tateando, as pessoas andavam à procura de algo real. Seus corações estavam vazios; seus olhos, voltados para os grandes blocos de granito e mármore. Se os gentios pudessem enxergar o vazio de seus templos! Se soubessem que somente Cristo podia satisfazê-los!

Saulo compreende que será mais fácil convencer os gentios do que os judeus. Ele alegra-se por ter sido escolhido pelo Senhor para levar o Evangelho da graça salvadora de Deus aos gentios. Para pregar aos Sábios e entendidos DEUS escolhe Pedro, o ignorante e iletrado. Para pregar aos ignorantes e sem noção sobre DEUS, ELE escolhe Paulo, o sábio e teólogo formado aos pés do grande mestre Gamaliel.

23 Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.

1 Coríntios 1.24 Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 26 Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. 27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; 28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;

 

Ao fazer um retrospecto de sua vida, Saulo percebe que deveria estar louco e cego ao imaginar que o seu ódio e crueldade pudessem reconduzir os convertidos ao Judaísmo. Na Arábia, Deus forçou-o a abandonar os seus métodos e a aprender um pouco do grande Espírito que estava em Estêvão, quando este orava por seus inimigos.

Não se sabe quanto tempo Paulo permaneceu na Arábia. Ele voltou para Damasco depois de algum tempo e depois foi a Jerusalém. Sabemos, porém, que três anos se passaram entre a sua conversão e a sua volta a Jerusalém. Mesmo depois desse período, ele ainda não sabia o suficiente sobre Jesus. Mas, pelo menos, já tivera tempo de organizar seus pensamentos, e agora estava pronto a pregar o Evangelho com todas as suas forças, pois sentia-se em débito para com os judeus e gregos.

De qualquer forma, Saulo achava-se melhor preparado para, sinceramente, lutar pela fé. Em cada sinagoga, os fariseus se lhe opunham, zombando de sua mudança de vida e chamando-o de mentiroso. Ele era obrigado a, todo o instante, a defender o Evangelho a que se habituara a chamar de "meu evangelho", não por ser diferente do de Pedro, ou de qualquer outro dos discípulos, mas porque Deus o entregara diretamente a ele. Barnabé foi importante no discipulado de Paulo, sua mentoria lhe foi muito proveitosa tanto em Jerusalém, como em Antioquia.

Mas, por ora, já sabia o suficiente para começar a pregar a Jesus como o Cristo das Escrituras, por cujo intermédio podia-se alcançar a justiça divina.

Com as palavras do Senhor no coração, avançaria na pregação por toda parte. Se em sua ignorância prendera e até matara, agora ofereceria a sua vida por Cristo. Afinal, Jesus não vencera a morte levantando-se a sepultura? Sua mente já estava apaziguada e cultivada pelos ministérios de Deus.

 

O REGRESSO A DAMASCO

Saulo foi cordialmente recebido pelos irmãos de Damasco. Todos ansiavam por sua volta, pois somente ele poderia enfrentar os judeus que se opunham ao Evangelho. Lembravam-se todos de como Saulo silenciara os rabinos antes de partir para a Arábia. Com um poder muito maior, Saulo retoma o trabalho nas sinagogas. A oposição judaica contra si já se havia transformado em ódio. A sua determinação de pregar a Jesus Cristo, contudo, em nada diminuíra.

Durante o período em que esteve em Damasco com os nazarenos, homens e mulheres aceitavam diariamente a Cristo ao ouvir-lhe a pregação. O conselho da sinagoga fez o máximo para tapar os ouvidos de seus congregados. Mas como a mensagem de Saulo tivesse como base as próprias Escrituras, ninguém era capaz de resistir-lhe as palavras. Até os rabinos temiam proibir o acesso de alguém com tamanho conhecimento da Tora na sinagoga.

 

Atos 26.19 Por isso, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.

20 Antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.

 

A cada discussão com Saulo os rabinos mais se enfureciam. E já instigavam o conselho da sinagoga contra Saulo, pois mais de uma vez ele os suprepujara. Em seu ódio, queriam fazer dele um exemplo público.

 

Atos 9.20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus. 21 E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes? 22 Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo. 23 E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaram conselho entre si para o matar. 24 Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo; e como eles guardavam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem tirar-lhe a vida, 25 Tomando-o de noite os discípulos o desceram, dentro de um cesto, pelo muro. 26 E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. 27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.

 

Saulo foi introduzido numa comunhão mais profunda com o Cristo e com os que foram chamados a sofrer pela fé.

Agora, pregava a Cristo com mais vigor e intensidade. O conselho reuniu-se então em segredo, e chegaram a esta conclusão: "Só há um meio de calar a Saulo - tirar-lhe a vida".

Os judeus favoráveis aos nazarenos, alertaram a Saulo sobre a decisão do conselho. Ele pois escondeu-se de modo a que não pudessem encontrá-lo. Cada sinagoga era vigiada, mas o acusado não aparecia. Seus inimigos finalmente descobriram que ele sabia da conspiração. Saulo fugiu da cidade dentro de um cesto, pelo muro.

Os soldados passaram a vigiar os portões da cidade, observando as caravanas que saíam de Damasco. Como a cidade só possuísse quatro portões, os rabinos julgavam que, em breve, o prenderiam.

Sempre atentos a qualquer movimento, os judeus pretendiam acabar com a seita que os perturbava, livrando-se de seu novo líder. Diante disso, os amigos de Saulo perceberam que só havia um meio de salvar-lhe a vida: tirá-lo da cidade.

Os velhos muros eram tão largos em determinados lugares que casas haviam sido construídas sobre eles. Numa dessas casas, com janelas salientes, morava um nazareno. Quando a noite caiu sobre a cidade, Saulo foi levado a essa casa. Então, amarraram uma corda a um grande cesto que foram baixando pelo muro até que pousasse em segurança. Ato contínuo, o passageiro deixou rapidamente o cesto, embrenhando-se na escuridão.

 

A viagem de Saulo a Jerusalém

Fazia exatamente três anos desde que deixara Jerusalém com uma guarnição e uma ordem de prisão contra os nazarenos. Nessa época, representava o Templo, os sacerdotes e os fariseus em toda a sua oposição a Cristo. Agora, representava  a Jesus, e estava voltando justamente para dar testemunho do Salvador. Saulo encontrara a Cristo - o Caminho, a Verdade e a Vida - e estava mui feliz.

A permanência de Saulo em Jerusalém foi curta. Depois de duas semanas, o vigor de sua mensagem irritou tanto aos judeus que estes procuraram matá-lo. Quando Saulo retornou à Cidade Santa, esta não o recebeu como antes, com amizade e esplendor. Agora, mostrava-se fria e nada acolhedora. Não teve permissão para visitar a escola de Gamaliel ou o palácio do sumo sacerdote. Era agora conhecido e odiado nas sinagogas, e a única coisa que pode fazer foi procurar os nazarenos. Saulo sabia que numerosos discípulos reuniam-se na casa de Maria, mãe de Marcos, e foi então para lá, esperando ter notícias dos demais cristãos de Jerusalém. Na casa de Maria, Barnabé, Primo de Marcos, imediatamente o reconheceu e acolheu.

Barnabé era um judeu originário da ilha de Chipre. Homem rico, dono de grandes propriedades, fora também um levita do Templo. Em virtude de sua formação, tornou-se um dos líderes da igreja em Jerusalém.

Ouvindo a história de Saulo, Barnabé comoveu-se. De imediato, ofereceu-lhe a destra, tratando-o de irmão. Mas os outros nazarenos agiram de modo diferente; suspeitavam de alguma traição; não podiam acreditar na conversão de Saulo. E se fosse mentira? Aquele homem perseguira de tal forma a Igreja, que muitos crentes haviam sido expulsos da cidade; famílias haviam sido separadas por sua causa. Embora friamente recepcionado, Saulo aceitou a tudo graciosamente. Pelo menos, tinha a Barnabé por amigo.

O respeitado líder levou-o aos apóstolos que, ao lhe ouvirem a história, creram e receberam-no como um deles. Quando Pedro soube que Saulo havia ido a Jerusalém especialmente para vê-lo, acolheu-o em sua casa. Durante duas semanas, o jovem, que sentara aos pés de Gamaliel, agora achava-se aos pés do pescador que, nesse curto espaço de tempo, lhe ensinaria mais sobre as Palavras da Vida do que todo o tempo em que fora aluno do afamadíssimo rabino.

Cada vez que Pedro falava em Jesus, seus olhos brilhavam. Ele descreveu-lhe o Cristo sem pecado que pregara como homem algum jamais o fizera. Os detalhes da vida do Salvador eram vivos e recentes para Pedro. Pois fazia agora seis anos que Jesus havia sido crucificado no Calvário.

Pedro discorreu-lhe sobre os grandes milagres e ensinos de Jesus. Discorreu-lhe ainda acerca do Reino de Deus e como os homens, em toda parte, jamais haviam conseguido opor-se à sabedoria do Rei. Contou-lhe como Jesus fora rejeitado, traído e crucificado, e como o maior de todos os milagres ocorrera três dias após a crucificação - o milagre da ressurreição de Cristo. Pedro também falou-lhe, em termos exaltados, a respeito das muitas vezes em que o Salvador aparecera aos discípulos, e especialmente da ocasião em que Ele, chamando-o à parte, conversou consigo depois da ressurreição.

"A cada dia, Pedro desenhava-lhe uma figura diferente do Cristo que, viajando pela Galileia, ensinava as multidões. Agora, Saulo já se sentia tão seguro do seu conhecimento acerca de Jesus, que tinha a impressão de haver convivido pessoalmente com o Salvador. Ele já tinha, pois, plenas condições de anunciar o Evangelho às mais distantes regiões.

 

A Perseguição de Saulo em Jerusalém

Embora haja ficado apenas duas semanas em Jerusalém, Saulo, à semelhança de Estevão, foi às sinagogas helenísticas e, ali, declarou corajosamente a todos que era agora um nazareno. Muitos lembravam-se dele como o perseguidor dessa seita. Mas agora estavam surpresos ao ouvi-lo conclamar os judeus ao arrependimento por haverem rejeitado a Jesus.

Entre outras coisas, disse-lhes que a vida eterna não é conquistada obedecendo à Lei, mas confiando no Filho de Deus que, graciosamente, nos concede o dom da salvação. Homens de grande zelo e habilidade rabínica opunham-se-lhe e o debate ficava a dia mais acalorado. Em Jerusalém, os rabinos lançaram-lhe em rosto os argumentos que antes ele usara para combater os nazarenos. O próprio Saulo não dissera que Jesus era um impostor e que havia merecido a morte?

A batalha foi breve. Saulo tinha agora tantos inimigos, que um movimento surgiu para livrar a religião judaica dessa maldição. Por que não fazer com ele o que haviam feito com Estêvão? Ele merecia morrer; era um impostor, um blasfemador e um traidor! Pior ainda, fora treinado como rabino, mas passara a odiar o sistema que o nutrira.

 

Sabendo dos planos para silenciar a Saulo, seus amigos, disfarçados por causa da segurança, conduziram-no a salvo para fora dos muros da cidade. A Jerusalém dos seus sonhos acabara por ser-lhe uma decepção. Muitos de seus velhos amigos agora o odiavam e teriam-no apedrejado em nome da Lei de Moisés. Até os nazarenos, seus novos amigos, mostravam-se reservados quanto à sua conversão. Barnabé e Pedro, contudo, aceitaram-no abertamente. Eles viam em Saulo de Tarso um defensor da fé, e alguém que nos anos vindouros seria usado por Deus para defender o Evangelho.

Saulo deixou Jerusalém apenas quinze dias depois de sua chegada. De volta para casa, tomou a estrada costeira em direção a Cesaréia, capital romana da Palestina.

 

A Volta de Saulo a Tarso

Como as coisas haviam mudado desde a época em que tinha poder e achava-se armado com a autoridade do sumo sacerdote! Não passava agora de um fugitivo, expulso de cidade em cidade, perseguido e odiado, tendo de disfarçar-se, e quase sem amigos. Mas, no seu coração, havia uma leveza e alegria que não conhecera antes. Era a alegria de Cristo.

 

 

“Depois fui para as partes da Síria e da Cilícia”

Paulo vai pregar o evangelho na Síria e Cilícia e depois retorna a Tarso, sua cidade natal.

 

Chamada de Paulo para ensinar a Palavra de DEUS em Antioquia. Barnabé novamente é canal de DEUS para que Paulo trabalhasse para JESUS.

 

Atos 11.25 E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.26 E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. 27 E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.

28 E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. 29 E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. 30 O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.

 

Esta era a segunda vez que Paulo ia a Jerusalém após sua conversão, agora por uma revelação dada por DEUS ao profeta Ágabo sobre uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.

 

25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

 

Gálatas 2.1 Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.

E subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.

Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;

E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porém em servidão;

Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.

E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;

Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão

(Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios),

E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;

10 Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.

11 E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.

12 Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.

13 E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.

14 Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?

15 Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.

16 Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.

 

O Chamado de Paulo para evangelizar e abrir igrejas

Atos 13.1 E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.

E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

 

O Chamado para Pregar aos Gentios

Certo dia, Saulo achava-se no Templo para orar, e enquanto suplicava a orientação e a sabedoria do Senhor em relação ao seu futuro e quanto à abertura de uma porta a fim de que pregasse aos judeus ali, no centro de sua adoração, teve ele uma experiência que lhe determinaria o caminho a ser tomado. Numa visão, o Senhor lhe disse: "Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho acerca de mim" (At 22.18). Saulo respondeu imediatamente:

Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o matavam (At 22. 19,20)

Saulo tinha consciência de sua dívida. Por isso, em profunda agonia, confessava repetidamente o seu pecado ao Senhor por haver perseguido a Igreja. Mas Jesus falou-lhe novamente numa visão: "Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe" (At 22.21).

 

 

 

 

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O ANONIMATO DO APÓSTOLO PAULO APÓS A SUA CONVERSÃO

 

Texto Base: " Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito. " Gl 2:1

 

DEUS não forma homens da noite para o dia para realizar a sua obra! Ex.:

 

- Moisés, foi preparado durante 40 ANOS no deserto para se tornar líder dos hebreus. Pense nisso! Ele não avistou a sarça ardente senão aos oitenta anos. Isso mesmo, o-i-t-e-n-t-a !;

 

- Davi, após ser ungido rei assumiu o trono aos 30 anos após cerca de 13 anos. Sim! Treze anos vivendo como Musicista, Escudeiro, General, fugitivo, caçado e Perseguido por Saul;

- José do Egito, após ser vendido como escravo pelos seus irmãos aos 17 anos só foi governador do Egito aos 30 anos. Isso mesmo! 13 anos de espera, vivendo como escravo, mordomo e presidiário;

 

- João Batista, antes de começar o seu ministério foi treinado durante Pelo Menos 13 anos no Deserto Comendo Gafanhoto e Mel;

 

- JESUS, iniciou o seu ministério com 30 ANOS de idade sendo cheio do ESPÍRITO SANTO, guiado por este para o deserto, passou 40 dias jejuando, sofreu perseguição religiosa por 3 anos e meio e foi assassinado por dois povos, romanos e judeus (gentios e judeus);

 

COM O APÓSTOLO PAULO NÃO PODERIA SER DIFERENTE...

 

O que a Bíblia registra sobre o tempo do anonimato do apóstolo Paulo é o seguinte (Gl 1 e 2):

 

- Paulo ficou algum tempo na Arábia e voltou a Damasco (3 anos); (Gl 1:17);

 

- Depois desses 3 anos foi para Jerusalém e ficou 15 dias (conheceu somente Pedro e Tiago, irmão de JESUS); (Gl 1:17 e 18);

 

- Voltou para sua terra natal (Tarso na Cilícia) e Síria; (Gl 1:21);

 

- Barnabé foi até Tarso convidá-lo para ensinar em Antioquia da Síria (Atos 11.25-26);

 

- Estando em Antioquia ensinando os gentios por alguns anos, chega um profeta por nome Ágabo e profetiza uma grande fome durante o período do imperador Cláudio, por esta razão a igreja dos gentios comissionou Barnabé e Paulo para levarem a ajuda aos irmãos de Jerusalém (At 11.27-30 e Gl. 2.1-2 por revelação) por volta do ano 47-48 d.C. Isso aconteceu 14 anos depois, provavelmente, do seu encontro com o Senhor JESUS no caminho de Damasco; (Gl 2:1);

 

- Voltando de Jerusalém foi que DEUS os comissionou (Paulo e Barnabé) para pregarem as viagens missionárias e para fundarem as igrejas. (At. 13);

 

- Depois da fundação de várias igrejas é que eles foram para o Concílio de Jerusalém conforme Atos 15.

 

RESUMINDO: Quando DEUS chamou a Paulo, no caminho de Damasco, ele foi  inicialmente DESPREZADO... pois era um perseguidor. Ficou cerca de 14 anos sendo preparado pelo ESPÍRITO SANTO.

 

Importante ressaltar que, por certo, haviam muitas dúvidas na mente de Paulo com relação a figura de JESUS Cristo no Velho Testamento, e era atribuição do ESPÍRITO de DEUS aproveitar todo o conhecimento teológico que Paulo tinha para lhe revelar o cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo... (Ap 13:8). Paulo foi preparado pelo E.S. no anonimato!

A respeito da afirmação que Paulo fez em Gálatas 1:15 à 17, Charles R. Swindoll, em sua série intitulada HERÓIS DA FÉ, especificamente no livro Sobre PAULO, UM HOMEM DE CORAGEM E GRAÇA, faz o seguinte questionamento:

" Se não consultou outros cristãos, nem seus líderes em Jerusalém, de onde obteve todo o seu discernimento sobre a natureza do chamado de DEUS, a realidade do evangelho e sua comissão direta de Cristo? Estou convencido de que recebeu tudo isso e muito mais durante aquele período de solidão, silêncio e obscuridade, em que "partiu" para um lugar  que chama de Arábia

Arábia aqui é na cordilheira do Sinai – Monte Horebe, mesmo local onde DEUS falara com Moisés – Paulo estava convicto de que lá também veria DEUS pessoalmente. 

" ... Estou convencido de que foi ali, naquele lugar estéril e obscuro, que Paulo desenvolveu sua teologia. Ele encontrou DEUS, íntima e profundamente. Em silêncio e sozinho, penetrou nos mistérios insondáveis da soberania, da eleição, da divindade de Cristo, do poder miraculoso da ressurreição, da igreja e das coisas futuras. Aquele foi um curso intensivo sobre a sã doutrina, do qual surgiria uma vida inteira de pregação, ensino e escritos. Mais que isso, foi ali que Paulo jogou fora seus troféus brilhantes e trocou seu currículo de credenciais religiosas por uma revelação vibrante com o Cristo ressurreto."

 

Foi tão usado pelo ESPÍRITO SANTO que depois de JESUS Cristo não houve outro pregador como Paulo...

 

Porém, vale ressaltar que DEUS chamou Paulo para revelar algo novo e nem por isso ele fundou uma nova denominação, nem contrariou os demais apóstolos de Jerusalém e nunca saiu em missões por conta própria. Ele foi enviado pela igreja de Antioquia, tinha cartas de recomendação de Jerusalém conforme Atos 13.3. Paulo não era um aventureiro.

 

APLICAÇÃO PRÁTICA DESTE ESTUDO PARA OS NOSSOS DIAS:

 

Você hoje, pode estar na mesma situação de Paulo após a sua conversão: NO ANONIMATO! pois você era um perseguidor da igreja... as pessoas possivelmente podem olhar para você com desprezo por conta do que você era. Aprenda 3 (três) princípios para confiar em DEUS nas sombras do anonimato:

Primeiro, quando DEUS nos prepara para o ministério eficaz, ele inclui o que gostaríamos de omitir - um período de espera. Isso cultiva a paciência;

Segundo, à medida que DEUS nos faz esperar escondendo-nos nas sombras do anonimato, ele nos mostra que não somos indispensáveis. Isso nos torna humildes; e

Terceiro, quando DEUS finalmente decidir usar-nos, o chamado sempre chega quando menos se espera, quando nos sentimos menos qualificados. Isso nos torna mais efetivos. 

 

Não importa quanto tempo você está no anonimato! Pois você hoje não pode ser reconhecido pelos homens... MAS DEUS TE CONHECE MEU IRMÃO!

 

A Palavra de DEUS nos mostra exemplos de pessoas que foram grandemente usadas por DEUS, mas que inicialmente foram rejeitadas por seus familiares, amigos e pelo seu próprio povo: Davi, Gideão, Jeremias...

 

Por derradeiro, infelizmente, há muitos hoje que são conhecidos pelos homens, MAS NÃO POR DEUS... Ex. Mt 7:22 e 23:

 

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Escrita, Lição 2, CPAD, SOMOS CRISTÃOS, Comentários Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25

I – PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

1. Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)

2. Objetivo da reunião

3. Tito e a circuncisão (v.5)

II – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA

1. O espanto do apóstolo

2. Quem eram os judaizantes (v.4)?

3. O clima de tensão (vv. 3-5) 

III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE

1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)

2. O perigo da doutrina judaizante

3. As práticas judaizantes atuais 

 

TEXTO ÁUREO

“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a DEUS.”  (At 15.19)

 

VERDADE PRÁTICA

O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 9.16 O Cristianismo Judaizante é remendo novo em vestidos velhos

Terça - At 11.26 Ser cristão significa ser discípulo e seguidor de Cristo

Quarta - At 15.1,5 Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei de Moisés

Quinta - Rm 3.28 O ser humano é justificado pela fé, sem as obras da Lei

Sexta - Gl 1.8,9 Paulo chama essa doutrina judaizante de outro evangelho

Sábado - Fp 3.5 O combate à tendência judaizante por uma autoridade de origem judaica

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 2.1-9, 14

1 - Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.

2 - E subi por uma revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.

3 - Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.

4 - E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo JESUS, para nos porem em servidão;

5 - aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.

6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; DEUS não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;

7 - antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão

8 - (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios),

9 - e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;

14 - Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?

 

HINOS SUGERIDOS: 205, 379, 430 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos o processo de transição entre as ideias e práticas judaicas para a doutrina do Evangelho da graça. Os primeiros cristãos precisaram de sabedoria divina para lidar com essa mudança de perspectiva introduzida pelos ensinamentos de Cristo. Eles não deveriam confundir a Lei de Moisés com a graça. Por essa razão, os apóstolos foram desafiados a estabelecer os limites entre o Judaísmo e o Cristianismo, principalmente o apóstolo Paulo, a fim de que os novos cristãos judeus e gentios recebessem a orientação devida para o exercício da fé cristã.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Apontar a tendência judaizante predominante entre os primeiros cristãos; II) Elencar as pressões sofridas pelos apóstolos por parte dos judaizantes que se opunham ao Evangelho da graça; III) Mostrar de que forma a doutrina judaizante se faz presente entre os cristãos atualmente.

B) Motivação: Assim como no início da Igreja, os apóstolos tiveram de enfrentar ameaças à liberdade cristã, bem como distorções dos ensinamentos apostólicos. Na atualidade, os cristãos devem estar atentos às investidas contra a ortodoxia da fé cristã. Há a necessidade de se fazer uma profunda reflexão sobre a qualidade da pregação que predomina no meio evangélico em nossos dias e averiguar se, de fato, tais ensinamentos são fiéis à doutrina bíblica ou se são tentativas de desviar a fé dos indoutos.  

C) Sugestão de Método: A diversidade de interpretações do conceito de Evangelho é a marca dos dias atuais. Muitos querem pregar "outro evangelho" diferente daquele introduzido por Nosso Senhor JESUS e endossado pelo colégio apostólico. Aproveite a ocasião e inicie uma roda de conversa com seus alunos a respeito das verdades inegociáveis da fé cristã que não podem ser abandonadas, sem as quais, não podemos ser identificados como cristãos.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Em cada época a Igreja é ameaçada por tentativas diabólicas de desviá-la da verdadeira fé. Que a partir do estudo fiel das Sagradas Escrituras, possamos rejeitar os falsos ensinamentos e preservar a unidade doutrinária e a ortodoxia da fé cristã.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Outro Evangelho", localizado depois do primeiro tópico, ressalta a natureza do Evangelho anunciado aos galátas, isto é, um Evangelho sem misturas; 2) O texto "Seja Anátema", ao final do segundo tópico, endossa que todo aquele que altera a mensagem original de Cristo e dos apóstolos está sob maldição.

 

PALAVRA-CHAVE - EVANGELHO

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

A Igreja herdou dos judeus muitas ideias e práticas no campo teológico e ético, visto que a jornada histórica da Igreja começou em Jerusalém no dia de Pentecostes numa comunidade judaica. E esses pontos de interseção levaram alguns a confundir a Lei de Moisés com a Graça. Nesta lição, veremos que Gálatas 2 é um relato de um dos debates que mostram o limite entre Judaísmo e Cristianismo, e os apóstolos, principalmente Paulo, tiveram muita dificuldade de mostrar isso aos judaizantes.

 

 

I – PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

1. Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)

Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo sobe pela segunda a vez a Jerusalém. Essa segunda visita foi por revelação (v.2; At 11.27-30), não sendo uma convocação pelos apóstolos para prestação de contas. Não podemos confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concílio de Jerusalém, registrado em Atos 15. Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido Concílio, pois não há menção dele na carta, visto que o Concílio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6). Somando os anos mencionados em Gálatas, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua Primeira Viagem Missionária.

 

2. Objetivo da reunião

É bom lembrar que essa reunião não foi um concílio nem um sínodo. É possível que essa segunda visita, por meio de revelação (v.2), tenha ligação com Ágabo, pois a missão de Paulo, pelo que parece, foi levar donativos para os irmãos pobres da Judeia (At 11.27-30). Aproveitando a ocasião, o apóstolo expôs o Evangelho que vinha pregando aos gentios há catorze anos (vv.1,2). Ele tinha convicção de que recebeu esse Evangelho de DEUS e estava consciente de que a sua subida a Jerusalém era em obediência a uma ordem divina.

 

3. Tito e a circuncisão (v.5)

Barnabé era judeu (At 4.36) e seu nome aparece três vezes nesse capítulo (vv.1,9,13); sua presença na reunião em Jerusalém não seria um problema. Tito, no entanto, sendo grego, foi um risco que Paulo correu, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Encontramos no Novo Testamento a compreensão e a tolerância de Paulo com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo, mas ele era judeu, pois sua mãe era judia (At 16.3); no entanto, nessa reunião em Jerusalém, onde expôs o Evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora” (v.5). Isso por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO - “A DEFESA DE PAULO

À medida que os debates se acirravam entre gentios cristãos e os judaizantes, Paulo considerou necessário escrever às igrejas da Galácia. Os judaizantes tentavam enfraquecer a autoridade de Paulo e ensinavam um falso evangelho. Em reposta, Paulo defendeu sua autoridade como apóstolo e a verdade de sua mensagem.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1633.

 

SINÓPSE I - A tendência judaizante era uma ameaça à Verdade do Evangelho e ao futuro do próprio Cristianismo.

 

AUXILIO BIBLIOLÓGICO - OUTRO EVANGELHO

“Em grego allos significa outro do mesmo tipo. Heteros significa outro de um tipo diferente. O evangelho que estes judaizantes tinham apresentado aos gálatas era um evangelho heteros: um evangelho essencialmente diferente do evangelho de DEUS. Paulo disse que este evangelho: ‘Não há outro’. Por quê? Porque o evangelho é ‘Boa-Nova’. Qualquer mensagem que nos diga ‘se esforce mais’, mesmo se recebemos um livro de regras, não é absolutamente uma boa-nova. Não importa o quanto você e eu possamos tentar, jamais seremos bons o bastante para escaparmos das cadeias do ‘presente século mau’. Somente a graça de DEUS, entrando na história, na pessoa de JESUS Cristo, e fazendo por nós o que jamais poderíamos fazer sozinhos, é verdadeiramente o evangelho, ‘Boas-Novas’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 843).

 

II – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA

1. O espanto do apóstolo

Tão logo Paulo retornou de sua viagem, ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam vivendo outro evangelho, e isso deixou o apóstolo estarrecido e atônito pela rapidez do desvio deles (Gl 1.6). O verbo grego metatithesthe, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”, que o apóstolo emprega nessa passagem, era usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou se rebelava contra ele. Isso significa também mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles irmãos gálatas estavam abandonando a fé.

 

2. Quem eram os judaizantes (v.4)?

O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizō, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14). Eles eram os opositores de Paulo identificados também como “falsos irmãos” (v.4). São reconhecidos no capítulo anterior (Gl 1.7) como os que se apresentavam como enviados por Jerusalém, a igreja-mãe. Na verdade, esses homens saíram de Jerusalém por sua própria conta. Tiago negou formalmente as declarações deles, dizendo que não os havia enviado (At 15.24). Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao Senhor JESUS, ensinavam que os gentios deveriam observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).

 

3. O clima de tensão (vv. 3-5) 

Não é necessário muito esforço para perceber o quanto Paulo e Barnabé foram pressionados pelos judaizantes diante dos demais apóstolos de Jerusalém. À luz do versículo 9, parece que somente João, Pedro e Tiago estavam presentes. Os outros apóstolos deviam estar em plena atividade missionária em outras regiões. Os judaizantes chamados de “falsos irmãos” conseguiram “furar o bloqueio” e entraram sem serem convidados à reunião (v.4). Eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo. O pior de tudo é que essas pessoas estavam infiltradas na igreja, e conseguiam até entrar em reuniões apostólicas.

 

SINÓPSE II - Os judaizantes eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo.

 

AUXILIO BIBLIOLÓGICO - SEJA ANÁTEMA

“A palavra ‘anátema’ (gr. anathema) significa que a pessoa caiu sob a maldição de DEUS, está condenada à destruição e receberá o juízo de DEUS, a punição eterna e a separação permanente de DEUS: 1. Paulo expressa a atitude inspirada pelo ESPÍRITO SANTO de ira justificada e juízo para aqueles que tentam distorcer o evangelho original de Cristo (v. 7) e modificam a verdade revelada na Palavra de DEUS. Esta mesma atitude estava evidente em JESUS Cristo (Mt 23.13), Pedro (2 Pe 2), João (2 Jo 7–11) e Judas (Jd 3-4, 12-19) e será encontrada no coração de cada seguidor de Cristo que ama e defende a verdade de Cristo revelada na Palavra de DEUS. Isto se deve ao fato de o povo fiel de DEUS estar convencido de que a mensagem de Cristo é as boas-novas de salvação, indispensáveis para um mundo que está espiritualmente perdido e separado de DEUS devido aos seus caminhos pecaminosos e rebeldes (veja Rm 1.16; 10.14-15); 2. Entre os que estão condenados se incluem todos os que pregam um evangelho contrário à mensagem que Paulo pregava, que lhe fora revelada por Cristo (vv. 11-12; veja o v. 6). Qualquer pessoa que acrescente algo ou remova algo da mensagem original e fundamental de Cristo e dos apóstolos (isto é, aqueles que foram pessoalmente encarregados por JESUS para estabelecer a sua mensagem na Igreja Primitiva) estará sob a maldição de DEUS: ‘DEUS tirará a sua parte da árvore da vida’ (Ap 22.18-19); 3. DEUS ordena que todos os seguidores de JESUS defendam a fé (Jd 3), que tenham uma atitude de amor quando em confronto com outras pessoas (2 Tm 2.26-26) e que se separem de professores, ministros e outras pessoas na igreja que neguem as verdades fundamentais ensinadas por JESUS e pelos apóstolos (vv. 8-9; Rm 16.17-18; 2 Co 6.17; At 14.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal – Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 2153-54).

 

III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE

1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)

O Evangelho é um só, não há dois. O Evangelho de Pedro e o de Paulo, também chamado respectivamente de Evangelho da Circuncisão e da Incircuncisão, são meras formas de apresentação, pois o conteúdo é o mesmo. Ambos receberam uma incumbência da parte de DEUS, mas com audiências diferentes. O compromisso de Paulo era com os gentios, ele foi constituído, por DEUS, apóstolo e doutor dos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não judeus (Rm 11.13); o de Pedro era com os judeus, mas a mensagem é a mesma.

 

2. O perigo da doutrina judaizante

Os apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios: ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica. Os cristãos judaizantes alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9). Na verdade, quem tem o ESPÍRITO SANTO vive pelo ESPÍRITO. Então, contra a tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do ESPÍRITO e não da Lei, lutando contra os vícios da carne e buscando as virtudes do fruto do ESPÍRITO.

 

3. As práticas judaizantes atuais 

Elas são basicamente a guarda do sábado, a observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as leis dietéticas do judaísmo), a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito de chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o uso do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça.

a) Os judeus. Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Isso acontece simplesmente para preservar a identidade cultural deles e tem amparo neotestamentário: “É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado” (1 Co 7.18a). Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura.

b) Os não judeus. Da mesma forma: “É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide” (1 Co 7.18b). Ou seja, ele não precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar o Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).

 

SINÓPSE III - Contra a tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do ESPÍRITO e não da Lei.

 

CONCLUSÃO

O resultado da reunião foi desfavorável aos judaizantes. Só o fato de os apóstolos, sendo judeus, concordarem com a explicação sobre a especificidade de cada grupo dada por Paulo, já apontava o engano desses legalistas sobre a obra salvífica em Cristo. Esse resultado serviu tanto aos gálatas como a todo o Cristianismo nesses mais de vinte séculos de história. Assim, a diferença entre os judeus messiânicos e os cristãos judaizantes atuais é que os judeus estão preservando uma cultura hereditária do seu povo e os judaizantes colocando “remendo novo em pano velho” (Mt 9.16).

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, o que se infere da Epístola aos Gálatas?

Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido Concílio, pois não há menção dele na carta, visto que o Concílio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6).

2. Por que Paulo não cedeu nem um pouco na circuncisão de Tito?

Por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.

3. O que significa “judaizante”?

O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizō, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14).

4. Quem eram os judaizantes e o que eles queriam dos gentios?

Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao Senhor JESUS, ensinavam que os gentios deveriam observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).

5.  Qual a diferença hoje entre judeus messiânicos e cristãos judaizantes?

Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura. No caso do não judeu convertido ao cristianismo, ele não precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar o Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).

 

VOCABULÁRIO

Interseção: o encontro entre dois planos, duas linhas de ideias; cruzamento.

Concílio: reunião de dignitários eclesiásticos para deliberar sobre questões de fé, costumes, doutrina ou disciplina eclesiástica.

Sínodo: assembleia regular de párocos convocada pelo bispo.

Solidéu: pequeno barrete usado pelos judeus (em certas ocasiões, como na sinagoga).