Escrita, Lição 2, CPAD, SOMOS CRISTÃOS, 1Tr25,
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Silva
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-2-cpad-somos-cristaos-1tr25-pptx/274491293 ESBOÇO DA LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25I –
PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE1. Subindo
outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)2. Objetivo
da reunião3. Tito e a
circuncisão (v.5)II – A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA1. O
espanto do apóstolo2. Quem
eram os judaizantes (v.4)?3. O clima
de tensão (vv. 3-5) III - A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE1. O mesmo
Evangelho (vv.7-9)2. O perigo
da doutrina judaizante3. As
práticas judaizantes atuais TEXTO ÁUREO“Pelo que julgo que
não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a DEUS.” (At 15.19) VERDADE
PRÁTICAO Cristianismo é uma
religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto
de regras e ritos. LEITURA
DIÁRIA LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Gálatas 2.1-9, 141 - Depois, passados
catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo
Tito.2 - E subi por uma
revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente
aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não
tivesse corrido em vão.3 - Mas nem ainda
Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.4 - E isso por causa
dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a
nossa liberdade que temos em Cristo JESUS, para nos porem em servidão;5 - aos quais, nem
ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho
permanecesse entre vós.6 - E, quanto àqueles
que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; DEUS
não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa,
nada me comunicaram;7 - antes, pelo
contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado,
como a Pedro o da circuncisão8 - (porque aquele que
operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou
também em mim com eficácia para com os gentios),9 - e conhecendo
Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me
havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que
nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;14 - Mas, quando vi
que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a
Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não
como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? HINOS SUGERIDOS: 205,
379, 430 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS
PARA A LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25
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RESUMO
RÁPIDO DO Pr Henrique
I –
PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
Havia um desejo de escravizar
os novos convertidos gregos para que os falsos mestres judaicos tivessem
proeminência entre eles.
1. Subindo
outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)
Paulo, logo após sua
conversão foi a Jerusalém onde se encontrou com Pedro e Tiago. Barnabé
o conduziu a eles. Anos mais tarde volta a Jerusalém com Barnabé e Tito para
levar ajuda aos necessitados conforme vaticinado pelo profeta Ágabo (por
revelação)
2. Objetivo
da reunião
Paulo explica que estava pregando o evangelho por
toda parte, principalmente na Síria e Cilícia e haviam muitas
conversões por catorze anos (vv.1,2). Sabia que recebeu esse Evangelho de DEUS e
isso lhe foi revelado por JESUS na estrada para Damasco e confirmado por Simão
numa casa, na rua direita, em Damasco. Estava em Jerusalém para, juntamente com
Barnabé, trazer ajuda aos necessitados, como revelado pelo profeta Ágabo.
3. Tito e a
circuncisão (v.5)
Paulo não circuncidou
Tito porque ele era grego. Se o fizesse seria um desastre para o evangelho
pregado entre os gregos que ouviram de sua boca que a salvação era pela graça (JESUS
e sua obra de salvação concretizada na cruz), mediante a fé daqueles que ouviam
tal pregação (Ef 1.13, 2.8). Não a guarda da lei (Sábados, comidas e
circuncisão).
II – A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA
Os judeus convertidos
em Jerusalém já eram circuncidados e vivam debaixo da lei quando se converteram
a JESUS. Novos convertidos que se achavam mestres saíram ensinando que também
aqueles que se convertessem, mesmo sendo gentios, deveriam guardar a lei para
serem salvos.
1. O
espanto do apóstolo
Paulo se espantou com a
rapidez com que os Gálatas, novos convertidos, receberam o falso evangelho
pregado por esses falsos mestres e deixaram o verdadeiro evangelho pregado a
eles por ele.
2. Quem
eram os judaizantes (v.4)?
Os judaizantes eram
falsos mestres que ensinavam heresias (falso evangelho debaixo da lei) como se
fossem enviados pelos apóstolos de Jerusalém, o que não era verdade. Além de
falsos eram mentirosos.
3. O clima
de tensão (vv. 3-5)
Parece que esses
falsos mestres tinham livre acesso aos apóstolos e até penetraram na reunião de
Paulo, Barnabé e Tito com os apóstolos. Queriam que Paulo circuncidasse Tito, o
que ele não fez. Paulo parece ter até discutido com eles e os apóstolos deram
apoio a Paulo.
III - A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE
1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)
Só há um evangelho que prega que JESUS executou o
plano de DEUS para nossa salvação morrendo por nós na cruz – quem ouvir este
evangelho e crer será salvo.
Esse era o Evangelho de Pedro e o de Paulo.
Como Pedro era judeu e morava em Jerusalém, o
Evangelho que pregava era chamado por Paulo de “o evangelho da Circuncisão”,
pois era de mais fácil penetração entre os judeus por intermédio da pregação de
Pedro e dos demais apóstolos do primeiro colegiado apostólico de JESUS CRISTO.
Como Paulo morava em Antioquia, embora fosse também judeu,
o Evangelho que pregava era chamado pelo mesmo Paulo de evangelho da Incircuncisão,
ou seja, salvação sem necessidade de viver debaixo da lei e seus preceitos.
Assim Pedro tinha maior penetração entre os judeus e
Paulo maior penetração entre os Gentios.
Gálatas 2.7-9.
Antes, pelo
contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como
a Pedro o da circuncisão (pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o
apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios)
e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram
reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a
fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão
Paulo foi constituído, por DEUS, apóstolo e doutor
dos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não judeus (Rm 11.13).
2. O perigo da doutrina judaizante
Havia através desses falsos mestres com suas heresias
a ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera
seita judaica (o que acabou ocorrendo após a morte dos apóstolos e dos demais
pais da igreja, assim chamados).
Os judaizantes, apesar de terem se convertido, não
compreenderam o verdadeiro evangelho e alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam
a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato,
“outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9).
3. As práticas judaizantes atuais
Hoje temos como mais destacado grupo judaizante os
adventistas do Sétimo dia - Eles exigem como condição para salvação basicamente
a guarda do sábado e a observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as
leis dietéticas do judaísmo).
Algumas denominações deste mesmo falso evangelho
exigem a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito de
chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o uso
do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça.
Conclusão
São raríssimos os judeus que se convertem hoje em
dia.
Tomemos cuidado para não sermos enredados por esses
falsos cristãos (estão por toda parte, principalmente nos programas de TV).
Uma coisa em comum aos judaizantes – eles não recebem
o batismo com o ESPÍRITO SANTO com evidência do falar em línguas como nós.
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O EVANGELHO
DE SAULO
Quando alguém se
converte a Cristo de modo tão inesperado e radical quanto Saulo, passa a sentir
de imediato um forte desejo de partilhar sua experiência com todos. Diante de
um testemunho como o seu não há como disfarçar as emoções. A experiência de um homem
que viu a glória divina nos aquece o coração.
Saído de um ambiente
tão rígido como o do farisaísmo, o choque que Saulo recebeu foi enorme. Seu
modo de pensar modificara-se tão rapidamente, que ele precisava de tempo para
descansar e refletir. Queria repensar o passado, observar lógica e tranquilamente
o futuro, e preparar-se para a grande obra a que Deus o chamara. O Senhor não
dissera que ele devia levar o nome de Cristo diante dos gentios, dos reis e dos
filhos de Israel?
Saulo era um pensador
profundo. Não tomava nenhuma atitude sem antes raciocinar e pesar as
consequências. Algumas pessoas a tudo analisam; outras, não se preocupam com
nada. A mente de Saulo era analítica; teve necessidade de refletir para
ajustar-se aos fatos que lhe abalaram a estrutura existencial.
Ao despedir-se dos
cristãos de Damasco, isolou-se na Arábia a fim de concentrar-se nesta nova
etapa de sua vida. Ele foi ali buscar
falar diretamente com JESUS, como Moisés fez no Monte Horebe. Ali estava a
cordilheira do Sinai e o Monte Horebe na Terra de Midiã, para onde se dirigiu.
Se Moisés foi chamado e falou com DEUS ali, ele Paulo, também foi chamado por
JESUS, e com certeza falaria com seu Senhor ali.
Na Epístola aos
Gálatas, Saulo revela que, depois de sua conversão, não se dirigiu aos
apóstolos em Jerusalém, ou para quaisquer outros, a fim de se inteirar do
Evangelho que mais tarde pregaria. O Evangelho foi-lhe revelado diretamente por
Deus. Em várias ocasiões, apóstolo o enfatizou: "Porque eu recebi do
Senhor o que também vos ensinei" (1 Co 11.23).
Na Arábia
No deserto, longe do
burburinho da vida urbana, com as rochas e areias ardentes durante o dia, e as
estrelas silentes à noite, despojou-se Saulo das amarras de uma vida inteira,
libertando-se da Lei e da tradição judaicas. Na quietude da Arábia, andou com
Deus. Aqui, o Senhor revelou a Saulo as grandes verdades que viriam a ser as
âncoras de sua pregação. Creio que aqui, no Monte Horebe, teve um real encontro
com JESUS e obteve suas maiores revelações (Porque
eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus,
na noite em que foi traído, tomou o pão... 1 Co 11.12.23).
Foi aqui também que reestudou as Escrituras, e
meditou sobre as grandes doutrinas que iria em breve ensinar em todas as
igrejas. Aprendeu o valor da comunhão com Deus, tornando-se-lhe sensível à
vontade.
Foi no deserto que
Moisés veio a encontrar Deus. E foi num momento de desespero, que Elias
procurou a quietude do deserto. No deserto, o maná alimentou o povo de Deus por
quarenta anos. Que lugar seria mais propício para Saulo reencontrar-se com o
Senhor? Onde poderia ser alimentado diariamente pelo pão do céu senão aqui?
Para se obter vinho se
espreme uvas, Para se obter azeite, se espreme azeitonas, para se obter
revelações se ora e jejua.
É impossível saber os
detalhes daqueles dias de consagração. Mas de uma coisa não temos dúvida: Saulo
deixou o deserto plenamente convicto e preparado para apresentar as razões de
sua fé. Ele sabia que, no exato momento em que abrisse os lábios na sinagoga,
os fariseus opor-se-lhe-iam amargamente, tachando-o de hipócrita, traidor. Por
isso, deveria estar preparado a fim de apresentar tanto a sua defesa quanto a
de Jesus com toda a sua força e poder.
Na defesa da fé, seria
imprescindível que tivesse idéias muito claras acerca da salvação oferecida por
Cristo. Falar de uma experiência é simples, mas debater com os filósofos e
defensores de outras religiões exige um conhecimento bem definido e pontos de
vista sólidos. Além de justificar a morte de Cristo conforme predita nas
Escrituras, Saulo teria de explicar porque isso foi necessário e por que Deus o
exigiu.
Ao pensar no propósito
da vida e na felicidade de que ora desfrutava, Saulo concluiu: o que aprendera
na escola rabínica era de fato uma poderosa verdade, emboara sem revelação
alguma na época. Bastou um encontro pessoal com JESUS para entender claramente
as escrituras. O supremo propósito do ser humano é receber o favor divino. Mas
a única maneira de se obter tal favor é submeter-se à justiça de Deus. Somente
Ele pode conceder-nos a paz.
Entendendo
o Dom da Justiça de Deus
A história do homem
sempre foi o relato do desvio da justiça divina e do deliberado afastamento de
Deus. Muitos são os que, embora se julguem justos e condenem os outros, jamais
sentiram comunhão com Deus. Outros, como os judeus, dependem de sua obediência
à Lei para obter o favor divino e nisso mesmo se condenam. Saulo viveu desse
modo até encontrar a Jesus. Mas agora, podia ver quão vazia era a vida dos
judeus: por não haverem recebido a Jesus, achavam-se na mesma condição dos
gentios.
Os gentios falharam em
sua busca pela justiça. Não porque Deus haja se ocultado deles, pois Ele lhes
dera suficiente conhecimento para que viessem a ser conduzidos pela justiça.
Eles porém não quiseram seguir a luz; tentaram extingui-la. E já que não alcançaram
o favor de Deus, fizeram-se filhos da ira. Quanto aos judeus, gabavam-se de
suas muitas vantagens sobre o resto do mundo. Possuíssem embora a Lei e os
Profetas, não tiraram proveito deles.
O que importa diante
de Deus não é saber o que é certo, mas praticar o que é justo. Antes, Saulo
acreditava que guardar a Lei era a única maneira de se agradar a Deus. (Segundo
o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
Filipenses 3:6 ).
Isso, porém, jamais
lhe havia proporcionado satisfação espiritual. Por outro lado, estava ciente de
que, como depositário da Lei de Deus, tinha mais responsabilidades espirituais
do que os gentios. Agora, contudo, já não podia ignorar: tanto os judeus como
os gentios, haviam falhado na busca da justiça divina; encontravam-se ambos
expostos à ira de Deus.
Nem os judeus nem os
gentios eram bons, por haverem ambos herdado a natureza pecaminosa de Adão. Tal
natureza torna a pessoa fraca demais para ser justa. A Lei, por descrever
claramente o pecado, teria sido um precioso guia para conduzir-nos à vida santa.
Mas como curar uma natureza tão enferma? Aquilo que queremos fazer, não o
fazemos; e aquilo que não queremos, isso o fazemos. Deus outorgou a Lei com o
propósito de mostrar-nos qual o padrão de sua justiça e para que não a
cumprindo, e merecendo o juízo de DEUS,
procurássemos por um salvador (JESUS).
Todos esses
pensamentos formavam-se na mente de Saulo à medida que o Senhor lhe transmitia
gradualmente a mensagem que deveria ensinar em todas as igrejas. Seu dia mais
ditoso foi aquele em que Deus ofereceu-lhe um plano de salvação que não
dependia de se guardar a Lei. Foi aí que compreendeu que jamais alcançaria a
justiça divina por seu próprio esforço.
Com o passar dos dias,
Saulo começou a entender mais claramente todo o quadro da salvação oferecida
por Deus. E essa revelação, obtida na Arábia, foi mencionada repetidamente por
ele como "o meu evangelho". Saulo não a obteve mediante estudo ou
leitura, nem a recebera de homem algum. Foi por intermédio de Jesus que chegou
ao conhecimento de tais fatos. O evangelho de Paulo se encontra basicamente na
Carta aos romanos.
O
Verdadeiro Significado da igreja
O retrato completo da
Igreja apareceu mais vividamente a Saulo, durante sua estada no deserto. Ele
foi o primeiro apóstolo a compreender que a Igreja não era uma seita judaica,
mas uma irmandade universal que se estendia a todas as raças e nações. Tempos
depois, travaria muitas batalhas com os que não estavam dispostos a admitir os
gentios na Igreja.
Saulo considerava a
Igreja um edifício, cujas pedras todas achavam-se bem ajustadas, tendo a Cristo
como a pedra angular. A seguir, viu-a como um corpo bem coordenado. E os
membros todos desse corpo - braços, pernas, pés, dedos, olhos e ouvidos - eram
os cristãos em particular que, ligados uns aos outros, constituíam-se num só
organismo, tendo a Cristo por cabeça. A figura ajudou-o a compreender a unidade
da Igreja e a sua dependência em relação ao Senhor Jesus. Saulo fora chamado
por Cristo para deixar de lado as regras, tradições e todo o passado do qual
tanto se gloriara. Outros já o haviam feito e tiveram de enfrentar oposição. O
futuro não lhe seria fácil. Ele pensa em Estêvão e como fora este poderoso no
Evangelho, ele viu JESUS em sua glória antes de morrer apedrejado pelos
companheiros de Paulo, ele ouviu a última oração em favor de seus inimigos. Se
Saulo tivesse aberto os olhos antes, quantas centenas de vidas de crentes não
teriam sido poupadas! Mas ele tomaria o lugar de Estêvão, e quem sabe, faria
para Cristo uma obra ainda maior. Uma vez mais Saulo delibera ser fiel à visão
celestial, e passar o resto de sua vida pregando o Evangelho aos judeus e
gentios.
O Mundo, um
Campo Missionário
Saulo começa a
refletir sobre o mundo que o rodeava. Embora só o conhecesse parcialmente,
sabia que o Império Romano estendia-se para além dos Portões da Cilícia, em
direção ao ocidente. Em suas fronteiras, havia milhões de pessoas.
Que mundo de trevas
era aquele!
Os ídolos eram
adorados por toda a parte. As cidades encontravam-se repletas de estátuas,
altares e templos. Tateando, as pessoas andavam à procura de algo real. Seus
corações estavam vazios; seus olhos, voltados para os grandes blocos de granito
e mármore. Se os gentios pudessem enxergar o vazio de seus templos! Se
soubessem que somente Cristo podia satisfazê-los!
Saulo compreende que
será mais fácil convencer os gentios do que os judeus. Ele alegra-se por ter
sido escolhido pelo Senhor para levar o Evangelho da graça salvadora de Deus
aos gentios. Para pregar aos Sábios e entendidos DEUS escolhe Pedro, o
ignorante e iletrado. Para pregar aos ignorantes e sem noção sobre DEUS, ELE
escolhe Paulo, o sábio e teólogo formado aos pés do grande mestre Gamaliel.
23 Mas nós pregamos a Cristo
crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
1 Coríntios 1.24 Mas para os que são chamados,
tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de
Deus. 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os
homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 26 Porque,
vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne,
nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. 27 Mas
Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus
escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; 28 E
Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são,
para aniquilar as que são;
Ao fazer um
retrospecto de sua vida, Saulo percebe que deveria estar louco e cego ao
imaginar que o seu ódio e crueldade pudessem reconduzir os convertidos ao
Judaísmo. Na Arábia, Deus forçou-o a abandonar os seus métodos e a aprender um
pouco do grande Espírito que estava em Estêvão, quando este orava por seus
inimigos.
Não se sabe quanto
tempo Paulo permaneceu na Arábia. Ele voltou para Damasco depois de algum tempo
e depois foi a Jerusalém. Sabemos, porém, que três anos se passaram entre a sua
conversão e a sua volta a Jerusalém. Mesmo depois desse período, ele ainda não sabia
o suficiente sobre Jesus. Mas, pelo menos, já tivera tempo de organizar seus
pensamentos, e agora estava pronto a pregar o Evangelho com todas as suas
forças, pois sentia-se em débito para com os judeus e gregos.
De qualquer forma,
Saulo achava-se melhor preparado para, sinceramente, lutar pela fé. Em cada
sinagoga, os fariseus se lhe opunham, zombando de sua mudança de vida e
chamando-o de mentiroso. Ele era obrigado a, todo o instante, a defender o
Evangelho a que se habituara a chamar de "meu evangelho", não por ser
diferente do de Pedro, ou de qualquer outro dos discípulos, mas porque Deus o
entregara diretamente a ele. Barnabé foi importante no discipulado de Paulo,
sua mentoria lhe foi muito proveitosa tanto em Jerusalém, como em Antioquia.
Mas, por ora, já sabia
o suficiente para começar a pregar a Jesus como o Cristo das Escrituras, por
cujo intermédio podia-se alcançar a justiça divina.
Com as palavras do
Senhor no coração, avançaria na pregação por toda parte. Se em sua ignorância
prendera e até matara, agora ofereceria a sua vida por Cristo. Afinal, Jesus
não vencera a morte levantando-se a sepultura? Sua mente já estava apaziguada e
cultivada pelos ministérios de Deus.
O REGRESSO
A DAMASCO
Saulo foi cordialmente
recebido pelos irmãos de Damasco. Todos ansiavam por sua volta, pois somente
ele poderia enfrentar os judeus que se opunham ao Evangelho. Lembravam-se todos
de como Saulo silenciara os rabinos antes de partir para a Arábia. Com um poder
muito maior, Saulo retoma o trabalho nas sinagogas. A oposição judaica contra
si já se havia transformado em ódio. A sua determinação de pregar a Jesus
Cristo, contudo, em nada diminuíra.
Durante o período em
que esteve em Damasco com os nazarenos, homens e mulheres aceitavam diariamente
a Cristo ao ouvir-lhe a pregação. O conselho da sinagoga fez o máximo para
tapar os ouvidos de seus congregados. Mas como a mensagem de Saulo tivesse como
base as próprias Escrituras, ninguém era capaz de resistir-lhe as palavras. Até
os rabinos temiam proibir o acesso de alguém com tamanho conhecimento da Tora
na sinagoga.
Atos 26.19 Por isso, ó rei Agripa, não fui
desobediente à visão celestial.
20 Antes anunciei primeiramente aos que
estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios,
que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de
arrependimento.
A cada discussão com
Saulo os rabinos mais se enfureciam. E já instigavam o conselho da sinagoga
contra Saulo, pois mais de uma vez ele os suprepujara. Em seu ódio, queriam
fazer dele um exemplo público.
Atos 9.20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo,
que este é o Filho de Deus. 21 E todos os que o ouviam estavam
atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam
este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos
sacerdotes? 22 Saulo, porém, se esforçava muito mais, e
confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.
23 E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaram conselho
entre si para o matar. 24 Mas as suas ciladas vieram ao
conhecimento de Saulo; e como eles guardavam as portas, tanto de dia como de
noite, para poderem tirar-lhe a vida, 25 Tomando-o de noite os
discípulos o desceram, dentro de um cesto, pelo muro. 26 E,
quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos
o temiam, não crendo que fosse discípulo. 27 Então Barnabé,
tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele
vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de
Jesus.
Saulo foi introduzido
numa comunhão mais profunda com o Cristo e com os que foram chamados a sofrer
pela fé.
Agora, pregava a
Cristo com mais vigor e intensidade. O conselho reuniu-se então em segredo, e
chegaram a esta conclusão: "Só há um meio de calar a Saulo - tirar-lhe a
vida".
Os judeus favoráveis
aos nazarenos, alertaram a Saulo sobre a decisão do conselho. Ele pois
escondeu-se de modo a que não pudessem encontrá-lo. Cada sinagoga era vigiada,
mas o acusado não aparecia. Seus inimigos finalmente descobriram que ele sabia
da conspiração. Saulo fugiu da cidade dentro de um
cesto, pelo muro.
Os soldados passaram a
vigiar os portões da cidade, observando as caravanas que saíam de Damasco. Como
a cidade só possuísse quatro portões, os rabinos julgavam que, em breve, o
prenderiam.
Sempre atentos a
qualquer movimento, os judeus pretendiam acabar com a seita que os perturbava,
livrando-se de seu novo líder. Diante disso, os amigos de Saulo perceberam que
só havia um meio de salvar-lhe a vida: tirá-lo da cidade.
Os velhos muros eram
tão largos em determinados lugares que casas haviam sido construídas sobre
eles. Numa dessas casas, com janelas salientes, morava um nazareno. Quando a
noite caiu sobre a cidade, Saulo foi levado a essa casa. Então, amarraram uma
corda a um grande cesto que foram baixando pelo muro até que pousasse em
segurança. Ato contínuo, o passageiro deixou rapidamente o cesto,
embrenhando-se na escuridão.
A viagem de Saulo a
Jerusalém
Fazia exatamente três
anos desde que deixara Jerusalém com uma guarnição e uma ordem de prisão contra
os nazarenos. Nessa época, representava o Templo, os sacerdotes e os fariseus
em toda a sua oposição a Cristo. Agora, representava a Jesus, e estava voltando justamente para dar
testemunho do Salvador. Saulo encontrara a Cristo - o Caminho, a Verdade e a
Vida - e estava mui feliz.
A permanência de Saulo
em Jerusalém foi curta. Depois de duas semanas, o vigor de sua mensagem irritou
tanto aos judeus que estes procuraram matá-lo. Quando Saulo retornou à Cidade
Santa, esta não o recebeu como antes, com amizade e esplendor. Agora, mostrava-se
fria e nada acolhedora. Não teve permissão para visitar a escola de Gamaliel ou
o palácio do sumo sacerdote. Era agora conhecido e odiado nas sinagogas, e a
única coisa que pode fazer foi procurar os nazarenos. Saulo sabia que numerosos
discípulos reuniam-se na casa de Maria, mãe de Marcos, e foi então para lá,
esperando ter notícias dos demais cristãos de Jerusalém. Na casa de Maria,
Barnabé, Primo de Marcos, imediatamente o reconheceu e acolheu.
Barnabé era um judeu
originário da ilha de Chipre. Homem rico, dono de grandes propriedades, fora
também um levita do Templo. Em virtude de sua formação, tornou-se um dos
líderes da igreja em Jerusalém.
Ouvindo a história de
Saulo, Barnabé comoveu-se. De imediato, ofereceu-lhe a destra, tratando-o de
irmão. Mas os outros nazarenos agiram de modo diferente; suspeitavam de alguma
traição; não podiam acreditar na conversão de Saulo. E se fosse mentira? Aquele
homem perseguira de tal forma a Igreja, que muitos crentes haviam sido expulsos
da cidade; famílias haviam sido separadas por sua causa. Embora friamente
recepcionado, Saulo aceitou a tudo graciosamente. Pelo menos, tinha a Barnabé
por amigo.
O respeitado líder
levou-o aos apóstolos que, ao lhe ouvirem a história, creram e receberam-no
como um deles. Quando Pedro soube que Saulo havia ido a Jerusalém especialmente
para vê-lo, acolheu-o em sua casa. Durante duas semanas, o jovem, que sentara aos
pés de Gamaliel, agora achava-se aos pés do pescador que, nesse curto espaço de
tempo, lhe ensinaria mais sobre as Palavras da Vida do que todo o tempo em que
fora aluno do afamadíssimo rabino.
Cada vez que Pedro
falava em Jesus, seus olhos brilhavam. Ele descreveu-lhe o Cristo sem pecado
que pregara como homem algum jamais o fizera. Os detalhes da vida do Salvador
eram vivos e recentes para Pedro. Pois fazia agora seis anos que Jesus havia
sido crucificado no Calvário.
Pedro discorreu-lhe
sobre os grandes milagres e ensinos de Jesus. Discorreu-lhe ainda acerca do
Reino de Deus e como os homens, em toda parte, jamais haviam conseguido opor-se
à sabedoria do Rei. Contou-lhe como Jesus fora rejeitado, traído e crucificado,
e como o maior de todos os milagres ocorrera três dias após a crucificação - o
milagre da ressurreição de Cristo. Pedro também falou-lhe, em termos exaltados,
a respeito das muitas vezes em que o Salvador aparecera aos discípulos, e
especialmente da ocasião em que Ele, chamando-o à parte, conversou consigo
depois da ressurreição.
"A cada dia,
Pedro desenhava-lhe uma figura diferente do Cristo que, viajando pela Galileia,
ensinava as multidões. Agora, Saulo já se sentia tão seguro do seu conhecimento
acerca de Jesus, que tinha a impressão de haver convivido pessoalmente com o
Salvador. Ele já tinha, pois, plenas condições de anunciar o Evangelho às mais
distantes regiões.
A
Perseguição de Saulo em Jerusalém
Embora haja ficado
apenas duas semanas em Jerusalém, Saulo, à semelhança de Estevão, foi às
sinagogas helenísticas e, ali, declarou corajosamente a todos que era agora um
nazareno. Muitos lembravam-se dele como o perseguidor dessa seita. Mas agora
estavam surpresos ao ouvi-lo conclamar os judeus ao arrependimento por haverem
rejeitado a Jesus.
Entre outras coisas,
disse-lhes que a vida eterna não é conquistada obedecendo à Lei, mas
confiando no Filho de Deus que, graciosamente, nos concede o dom da salvação.
Homens de grande zelo e habilidade rabínica opunham-se-lhe e o debate ficava a
dia mais acalorado. Em Jerusalém, os rabinos lançaram-lhe em rosto os
argumentos que antes ele usara para combater os nazarenos. O próprio Saulo não
dissera que Jesus era um impostor e que havia merecido a morte?
A batalha foi breve.
Saulo tinha agora tantos inimigos, que um movimento surgiu para livrar a
religião judaica dessa maldição. Por que não fazer com ele o que haviam feito
com Estêvão? Ele merecia morrer; era um impostor, um blasfemador e um traidor!
Pior ainda, fora treinado como rabino, mas passara a odiar o sistema que o
nutrira.
Sabendo dos planos
para silenciar a Saulo, seus amigos, disfarçados por causa da segurança,
conduziram-no a salvo para fora dos muros da cidade. A Jerusalém dos seus
sonhos acabara por ser-lhe uma decepção. Muitos de seus velhos amigos agora o
odiavam e teriam-no apedrejado em nome da Lei de Moisés. Até os nazarenos, seus
novos amigos, mostravam-se reservados quanto à sua conversão. Barnabé e Pedro,
contudo, aceitaram-no abertamente. Eles viam em Saulo de Tarso um defensor da
fé, e alguém que nos anos vindouros seria usado por Deus para defender o
Evangelho.
Saulo deixou Jerusalém
apenas quinze dias depois de sua chegada. De volta para casa, tomou a estrada
costeira em direção a Cesaréia, capital romana da Palestina.
A Volta de
Saulo a Tarso
Como as coisas haviam
mudado desde a época em que tinha poder e achava-se armado com a autoridade do
sumo sacerdote! Não passava agora de um fugitivo, expulso de cidade em cidade,
perseguido e odiado, tendo de disfarçar-se, e quase sem amigos. Mas, no seu
coração, havia uma leveza e alegria que não conhecera antes. Era a alegria de
Cristo.
“Depois fui para as partes da Síria e da Cilícia”
Paulo vai pregar o
evangelho na Síria e Cilícia e depois retorna a Tarso, sua cidade natal.
Chamada de Paulo para
ensinar a Palavra de DEUS em Antioquia. Barnabé novamente é canal de DEUS para
que Paulo trabalhasse para JESUS.
Atos 11.25 E partiu Barnabé para Tarso, a buscar
Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.26 E sucedeu que
todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia
foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. 27 E
naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.
28 E, levantando-se um deles, por nome
Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o
mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. 29 E os
discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos
irmãos que habitavam na Judéia. 30 O que eles com efeito
fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.
Esta era a segunda vez que Paulo ia a Jerusalém após sua conversão,
agora por uma revelação dada por DEUS ao profeta Ágabo sobre uma grande fome em
todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado
aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha
por sobrenome Marcos.
Gálatas 2.1 Depois, passados catorze anos, subi outra vez a
Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2 E subi por uma revelação, e lhes
expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que
estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse
corrido em vão.
3 Mas nem ainda Tito, que estava
comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;
4 E isto por causa dos falsos irmãos
que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que
temos em Cristo Jesus, para nos porém em servidão;
5 Aos quais nem ainda por uma hora
cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.
6 E, quanto àqueles que pareciam ser
alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a
aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me
comunicaram;
7 Antes, pelo contrário, quando viram
que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da
circuncisão
8 (Porque aquele que operou
eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em
mim com eficácia para com os gentios),
9 E conhecendo Tiago, Cefas e João,
que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada,
deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos
aos gentios, e eles à circuncisão;
10 Recomendando-nos somente que nos
lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.
11 E, chegando Pedro à Antioquia, lhe
resisti na cara, porque era repreensível.
12 Porque, antes que alguns tivessem
chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se
foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.
13 E os outros judeus também
dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua
dissimulação.
14 Mas, quando vi que não andavam bem e
direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de
todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que
obrigas os gentios a viverem como judeus?
15 Nós somos judeus por natureza, e não
pecadores dentre os gentios.
16 Sabendo que o homem não é
justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido
em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras
da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.
O Chamado de
Paulo para evangelizar e abrir igrejas
Atos 13.1 E na
igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor, e
jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
que os tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo
sobre eles as mãos, os despediram.
O Chamado
para Pregar aos Gentios
Certo dia, Saulo
achava-se no Templo para orar, e enquanto suplicava a orientação e a sabedoria
do Senhor em relação ao seu futuro e quanto à abertura de uma porta a fim de
que pregasse aos judeus ali, no centro de sua adoração, teve ele uma
experiência que lhe determinaria o caminho a ser tomado. Numa visão, o Senhor
lhe disse: "Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém, porque não
receberão o teu testemunho acerca de mim" (At 22.18). Saulo respondeu imediatamente:
Senhor,
eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam
em ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu
estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o
matavam (At 22. 19,20)
Saulo tinha
consciência de sua dívida. Por isso, em profunda agonia, confessava
repetidamente o seu pecado ao Senhor por haver perseguido a Igreja. Mas Jesus
falou-lhe novamente numa visão: "Vai, porque hei de enviar-te aos gentios
de longe" (At 22.21).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O ANONIMATO DO APÓSTOLO PAULO APÓS A SUA CONVERSÃO
Texto Base: " Depois, passados catorze anos,
subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito. " Gl
2:1
DEUS não forma homens da noite para o dia para realizar a sua obra! Ex.:
- Moisés, foi preparado durante 40 ANOS no deserto para
se tornar líder dos hebreus. Pense nisso! Ele não avistou a sarça ardente senão
aos oitenta anos. Isso mesmo, o-i-t-e-n-t-a !;
- Davi, após ser ungido rei assumiu o trono aos 30 anos após cerca
de 13 anos. Sim! Treze anos vivendo como Musicista,
Escudeiro, General, fugitivo, caçado e Perseguido por
Saul;
- José do Egito, após ser vendido como escravo pelos seus irmãos aos 17 anos só
foi governador do Egito aos 30 anos. Isso mesmo! 13 anos de espera, vivendo
como escravo, mordomo e presidiário;
- João Batista, antes de começar o seu ministério foi treinado
durante Pelo Menos 13 anos no Deserto Comendo Gafanhoto e Mel;
- JESUS, iniciou o seu ministério com 30 ANOS de
idade sendo cheio do ESPÍRITO SANTO, guiado por este para o deserto, passou 40
dias jejuando, sofreu perseguição religiosa por 3 anos e meio e foi assassinado
por dois povos, romanos e judeus (gentios e judeus);
COM O APÓSTOLO PAULO NÃO PODERIA SER DIFERENTE...
O que a Bíblia registra sobre o tempo do anonimato do apóstolo
Paulo é o seguinte (Gl 1 e 2):
- Paulo ficou algum tempo na Arábia e voltou a Damasco (3 anos);
(Gl 1:17);
- Depois desses 3 anos foi para Jerusalém e ficou
15 dias (conheceu somente Pedro e Tiago, irmão de JESUS); (Gl 1:17 e 18);
- Voltou para sua terra natal (Tarso na Cilícia) e Síria; (Gl
1:21);
- Barnabé foi até Tarso convidá-lo para ensinar em
Antioquia da Síria (Atos 11.25-26);
- Estando em Antioquia ensinando os gentios por
alguns anos, chega um profeta por nome Ágabo e profetiza uma grande fome
durante o período do imperador Cláudio, por esta razão a igreja dos gentios
comissionou Barnabé e Paulo para levarem a ajuda aos irmãos de Jerusalém
(At 11.27-30 e Gl. 2.1-2 por revelação) por volta do ano 47-48 d.C. Isso
aconteceu 14 anos depois, provavelmente, do seu encontro com
o Senhor JESUS no caminho de Damasco; (Gl 2:1);
- Voltando de Jerusalém foi que DEUS os comissionou (Paulo e
Barnabé) para pregarem as viagens missionárias e para
fundarem as igrejas. (At. 13);
- Depois da fundação de várias igrejas é que eles foram para o
Concílio de Jerusalém conforme Atos 15.
RESUMINDO: Quando DEUS chamou a Paulo, no
caminho de Damasco, ele foi inicialmente DESPREZADO... pois era um
perseguidor. Ficou cerca de 14 anos sendo preparado pelo ESPÍRITO
SANTO.
Importante ressaltar que, por certo, haviam muitas dúvidas na mente
de Paulo com relação a figura de JESUS Cristo no Velho Testamento, e era
atribuição do ESPÍRITO de DEUS aproveitar todo o conhecimento teológico que
Paulo tinha para lhe revelar o cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo... (Ap 13:8). Paulo foi preparado pelo E.S. no
anonimato!
A respeito da afirmação que Paulo fez em Gálatas 1:15 à 17, Charles R.
Swindoll, em sua série intitulada HERÓIS DA FÉ, especificamente no
livro Sobre PAULO, UM HOMEM DE CORAGEM E GRAÇA, faz o seguinte questionamento:
" Se não consultou outros cristãos, nem seus líderes em Jerusalém, de
onde obteve todo o seu discernimento sobre a natureza do chamado de DEUS, a
realidade do evangelho e sua comissão direta de Cristo? Estou
convencido de que recebeu tudo isso e muito mais durante aquele período de
solidão, silêncio e obscuridade, em que "partiu" para um lugar
que chama de Arábia"
Arábia aqui é na cordilheira do Sinai – Monte Horebe, mesmo local
onde DEUS falara com Moisés – Paulo estava convicto de que lá também veria DEUS
pessoalmente.
" ... Estou convencido de que foi ali, naquele lugar estéril e obscuro,
que Paulo desenvolveu sua teologia. Ele encontrou DEUS, íntima e profundamente.
Em silêncio e sozinho, penetrou nos mistérios insondáveis da soberania, da
eleição, da divindade de Cristo, do poder miraculoso da ressurreição, da igreja
e das coisas futuras. Aquele foi um curso intensivo sobre a sã
doutrina, do qual surgiria uma vida inteira de pregação, ensino e
escritos. Mais que isso, foi ali que Paulo jogou fora seus troféus
brilhantes e trocou seu currículo de credenciais religiosas por uma revelação
vibrante com o Cristo ressurreto."
Foi tão usado pelo ESPÍRITO SANTO que depois de JESUS Cristo não
houve outro pregador como Paulo...
Porém, vale ressaltar que DEUS chamou Paulo para revelar algo novo
e nem por isso ele fundou uma nova denominação, nem contrariou os
demais apóstolos de Jerusalém e nunca saiu em missões por conta própria.
Ele foi enviado pela igreja de Antioquia, tinha cartas de recomendação de
Jerusalém conforme Atos 13.3. Paulo não era um aventureiro.
APLICAÇÃO PRÁTICA DESTE ESTUDO PARA OS NOSSOS DIAS:
Você hoje, pode estar na mesma situação de Paulo após a sua
conversão: NO ANONIMATO! pois você era um
perseguidor da igreja... as pessoas possivelmente podem olhar para você com
desprezo por conta do que você era. Aprenda 3 (três) princípios para confiar em
DEUS nas sombras do anonimato:
- Primeiro, quando DEUS nos prepara para o ministério eficaz, ele
inclui o que gostaríamos de omitir - um período de espera. Isso cultiva a
paciência;
- Segundo, à medida que DEUS nos faz esperar escondendo-nos nas
sombras do anonimato, ele nos mostra que não somos indispensáveis.
Isso nos torna humildes; e
- Terceiro, quando DEUS finalmente decidir usar-nos, o chamado
sempre chega quando menos se espera, quando nos sentimos menos qualificados.
Isso nos torna mais efetivos.
Não importa quanto tempo você está no anonimato! Pois
você hoje não pode ser reconhecido pelos homens... MAS DEUS TE
CONHECE MEU IRMÃO!
A Palavra de DEUS nos mostra exemplos de pessoas que foram
grandemente usadas por DEUS, mas que inicialmente foram rejeitadas por
seus familiares, amigos e pelo seu próprio povo: Davi, Gideão,
Jeremias...
Por derradeiro, infelizmente, há muitos hoje que são
conhecidos pelos homens, MAS NÃO POR DEUS... Ex.
Mt 7:22 e 23:
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA
ÍNTEGRA
Escrita, Lição 2, CPAD, SOMOS CRISTÃOS,
Comentários Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 2 CPAD 1Tr25
I –
PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
1. Subindo
outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)
2. Objetivo
da reunião
3. Tito e a
circuncisão (v.5)
II – A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA
1. O
espanto do apóstolo
2. Quem
eram os judaizantes (v.4)?
3. O clima
de tensão (vv. 3-5)
III - A
TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE
1. O mesmo
Evangelho (vv.7-9)
2. O perigo
da doutrina judaizante
3. As
práticas judaizantes atuais
TEXTO ÁUREO
“Pelo que julgo que
não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a DEUS.” (At 15.19)
VERDADE
PRÁTICA
O Cristianismo é uma
religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto
de regras e ritos.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Mt 9.16 O Cristianismo Judaizante é remendo novo em vestidos
velhos
Terça - At 11.26 Ser cristão significa ser discípulo e seguidor de
Cristo
Quarta - At 15.1,5 Os judaizantes condicionavam a salvação à
observância da Lei de Moisés
Quinta - Rm 3.28 O ser humano é justificado pela fé, sem as obras da
Lei
Sexta - Gl 1.8,9 Paulo chama essa doutrina judaizante de outro
evangelho
Sábado - Fp 3.5 O combate à tendência judaizante por uma autoridade
de origem judaica
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 2.1-9, 14
1 - Depois, passados
catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo
Tito.
2 - E subi por uma
revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente
aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não
tivesse corrido em vão.
3 - Mas nem ainda
Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.
4 - E isso por causa
dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a
nossa liberdade que temos em Cristo JESUS, para nos porem em servidão;
5 - aos quais, nem
ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho
permanecesse entre vós.
6 - E, quanto àqueles
que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; DEUS
não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa,
nada me comunicaram;
7 - antes, pelo
contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado,
como a Pedro o da circuncisão
8 - (porque aquele que
operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou
também em mim com eficácia para com os gentios),
9 - e conhecendo
Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me
havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que
nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;
14 - Mas, quando vi
que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a
Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não
como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
HINOS SUGERIDOS: 205,
379, 430 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o
processo de transição entre as ideias e práticas judaicas para a doutrina do
Evangelho da graça. Os primeiros cristãos precisaram de sabedoria divina para
lidar com essa mudança de perspectiva introduzida pelos ensinamentos de Cristo.
Eles não deveriam confundir a Lei de Moisés com a graça. Por essa razão, os
apóstolos foram desafiados a estabelecer os limites entre o Judaísmo e o
Cristianismo, principalmente o apóstolo Paulo, a fim de que os novos cristãos
judeus e gentios recebessem a orientação devida para o exercício da fé cristã.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apontar a tendência judaizante predominante entre os primeiros cristãos; II)
Elencar as pressões sofridas pelos apóstolos por parte dos judaizantes que se
opunham ao Evangelho da graça; III) Mostrar de que forma a doutrina judaizante
se faz presente entre os cristãos atualmente.
B) Motivação: Assim
como no início da Igreja, os apóstolos tiveram de enfrentar ameaças à liberdade
cristã, bem como distorções dos ensinamentos apostólicos. Na atualidade, os
cristãos devem estar atentos às investidas contra a ortodoxia da fé cristã. Há
a necessidade de se fazer uma profunda reflexão sobre a qualidade da pregação
que predomina no meio evangélico em nossos dias e averiguar se, de fato, tais
ensinamentos são fiéis à doutrina bíblica ou se são tentativas de desviar a fé
dos indoutos.
C) Sugestão de Método:
A diversidade de interpretações do conceito de Evangelho é a marca dos dias
atuais. Muitos querem pregar "outro evangelho" diferente daquele
introduzido por Nosso Senhor JESUS e endossado pelo colégio apostólico.
Aproveite a ocasião e inicie uma roda de conversa com seus alunos a respeito
das verdades inegociáveis da fé cristã que não podem ser abandonadas, sem as
quais, não podemos ser identificados como cristãos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em cada
época a Igreja é ameaçada por tentativas diabólicas de desviá-la da verdadeira
fé. Que a partir do estudo fiel das Sagradas Escrituras, possamos rejeitar os
falsos ensinamentos e preservar a unidade doutrinária e a ortodoxia da fé cristã.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100,
p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "Outro Evangelho", localizado depois do primeiro
tópico, ressalta a natureza do Evangelho anunciado aos galátas, isto é, um
Evangelho sem misturas; 2) O texto "Seja Anátema", ao final do
segundo tópico, endossa que todo aquele que altera a mensagem original de
Cristo e dos apóstolos está sob maldição.
PALAVRA-CHAVE -
EVANGELHO
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
A Igreja herdou dos judeus muitas ideias e práticas
no campo teológico e ético, visto que a jornada histórica da Igreja começou em
Jerusalém no dia de Pentecostes numa comunidade judaica. E esses pontos de
interseção levaram alguns a confundir a Lei de Moisés com a Graça. Nesta lição,
veremos que Gálatas 2 é um relato de um dos debates que mostram o limite entre
Judaísmo e Cristianismo, e os apóstolos, principalmente Paulo, tiveram muita
dificuldade de mostrar isso aos judaizantes.
I – PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
1. Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2)
Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo
sobe pela segunda a vez a Jerusalém. Essa segunda visita foi por revelação
(v.2; At 11.27-30), não sendo uma convocação pelos apóstolos para prestação de
contas. Não podemos confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concílio de
Jerusalém, registrado em Atos 15. Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi
escrita antes do referido Concílio, pois não há menção dele na carta, visto que
o Concílio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6). Somando os anos mencionados em
Gálatas, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua Primeira Viagem
Missionária.
2. Objetivo da reunião
É bom lembrar que essa reunião não foi um concílio
nem um sínodo. É possível que essa segunda visita, por meio de revelação (v.2),
tenha ligação com Ágabo, pois a missão de Paulo, pelo que parece, foi levar
donativos para os irmãos pobres da Judeia (At 11.27-30). Aproveitando a
ocasião, o apóstolo expôs o Evangelho que vinha pregando aos gentios há catorze
anos (vv.1,2). Ele tinha convicção de que recebeu esse Evangelho de DEUS e
estava consciente de que a sua subida a Jerusalém era em obediência a uma ordem
divina.
3. Tito e a circuncisão (v.5)
Barnabé era judeu (At 4.36) e seu nome aparece três
vezes nesse capítulo (vv.1,9,13); sua presença na reunião em Jerusalém não
seria um problema. Tito, no entanto, sendo grego, foi um risco que Paulo
correu, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos
judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Encontramos no Novo
Testamento a compreensão e a tolerância de Paulo com os fracos na fé, a ponto
de circuncidar Timóteo, mas ele era judeu, pois sua mãe era judia (At 16.3); no
entanto, nessa reunião em Jerusalém, onde expôs o Evangelho que pregava aos
gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora” (v.5). Isso por duas
razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o
futuro do próprio Cristianismo.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO - “A DEFESA DE PAULO
À medida que os debates se acirravam entre gentios
cristãos e os judaizantes, Paulo considerou necessário escrever às igrejas da
Galácia. Os judaizantes tentavam enfraquecer a autoridade de Paulo e ensinavam
um falso evangelho. Em reposta, Paulo defendeu sua autoridade como apóstolo e a
verdade de sua mensagem.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1633.
SINÓPSE I - A tendência judaizante era uma ameaça à
Verdade do Evangelho e ao futuro do próprio Cristianismo.
AUXILIO BIBLIOLÓGICO - OUTRO EVANGELHO
“Em grego allos significa outro do mesmo tipo.
Heteros significa outro de um tipo diferente. O evangelho que estes judaizantes
tinham apresentado aos gálatas era um evangelho heteros: um evangelho
essencialmente diferente do evangelho de DEUS. Paulo disse que este evangelho:
‘Não há outro’. Por quê? Porque o evangelho é ‘Boa-Nova’. Qualquer mensagem que
nos diga ‘se esforce mais’, mesmo se recebemos um livro de regras, não é
absolutamente uma boa-nova. Não importa o quanto você e eu possamos tentar,
jamais seremos bons o bastante para escaparmos das cadeias do ‘presente século
mau’. Somente a graça de DEUS, entrando na história, na pessoa de JESUS Cristo,
e fazendo por nós o que jamais poderíamos fazer sozinhos, é verdadeiramente o
evangelho, ‘Boas-Novas’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da
Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 843).
II – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA
1. O espanto do apóstolo
Tão logo Paulo retornou de sua viagem, ficou sabendo
que os irmãos da Galácia estavam vivendo outro evangelho, e isso deixou o
apóstolo estarrecido e atônito pela rapidez do desvio deles (Gl 1.6). O verbo
grego metatithesthe, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a
casaca”, que o apóstolo emprega nessa passagem, era usado na antiguidade quando
alguém desertava do exército ou se rebelava contra ele. Isso significa também
mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles
irmãos gálatas estavam abandonando a fé.
2. Quem eram os judaizantes (v.4)?
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizō,
“viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez
no Novo Testamento (Gl 2.14). Eles eram os opositores de Paulo identificados
também como “falsos irmãos” (v.4). São reconhecidos no capítulo anterior (Gl
1.7) como os que se apresentavam como enviados por Jerusalém, a igreja-mãe. Na
verdade, esses homens saíram de Jerusalém por sua própria conta. Tiago negou
formalmente as declarações deles, dizendo que não os havia enviado (At 15.24).
Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses
judeus, convertidos ao Senhor JESUS, ensinavam que os gentios deveriam observar
a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).
3. O clima de tensão (vv. 3-5)
Não é necessário muito esforço para perceber o quanto
Paulo e Barnabé foram pressionados pelos judaizantes diante dos demais
apóstolos de Jerusalém. À luz do versículo 9, parece que somente João, Pedro e
Tiago estavam presentes. Os outros apóstolos deviam estar em plena atividade
missionária em outras regiões. Os judaizantes chamados de “falsos irmãos”
conseguiram “furar o bloqueio” e entraram sem serem convidados à reunião (v.4).
Eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo.
O pior de tudo é que essas pessoas estavam infiltradas na igreja, e conseguiam
até entrar em reuniões apostólicas.
SINÓPSE II - Os judaizantes eram inimigos da
liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo.
AUXILIO BIBLIOLÓGICO - SEJA ANÁTEMA
“A palavra ‘anátema’ (gr. anathema) significa que a
pessoa caiu sob a maldição de DEUS, está condenada à destruição e receberá o
juízo de DEUS, a punição eterna e a separação permanente de DEUS: 1. Paulo
expressa a atitude inspirada pelo ESPÍRITO SANTO de ira justificada e juízo
para aqueles que tentam distorcer o evangelho original de Cristo (v. 7) e
modificam a verdade revelada na Palavra de DEUS. Esta mesma atitude estava
evidente em JESUS Cristo (Mt 23.13), Pedro (2 Pe 2), João (2 Jo 7–11) e Judas
(Jd 3-4, 12-19) e será encontrada no coração de cada seguidor de Cristo que ama
e defende a verdade de Cristo revelada na Palavra de DEUS. Isto se deve ao fato
de o povo fiel de DEUS estar convencido de que a mensagem de Cristo é as
boas-novas de salvação, indispensáveis para um mundo que está espiritualmente
perdido e separado de DEUS devido aos seus caminhos pecaminosos e rebeldes
(veja Rm 1.16; 10.14-15); 2. Entre os que estão condenados se incluem todos os
que pregam um evangelho contrário à mensagem que Paulo pregava, que lhe fora
revelada por Cristo (vv. 11-12; veja o v. 6). Qualquer pessoa que acrescente
algo ou remova algo da mensagem original e fundamental de Cristo e dos
apóstolos (isto é, aqueles que foram pessoalmente encarregados por JESUS para
estabelecer a sua mensagem na Igreja Primitiva) estará sob a maldição de DEUS:
‘DEUS tirará a sua parte da árvore da vida’ (Ap 22.18-19); 3. DEUS ordena que
todos os seguidores de JESUS defendam a fé (Jd 3), que tenham uma atitude de
amor quando em confronto com outras pessoas (2 Tm 2.26-26) e que se separem de
professores, ministros e outras pessoas na igreja que neguem as verdades
fundamentais ensinadas por JESUS e pelos apóstolos (vv. 8-9; Rm 16.17-18; 2 Co
6.17; At 14.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal – Edição Global. Rio de Janeiro:
CPAD, 2022, pp. 2153-54).
III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE
1. O mesmo Evangelho (vv.7-9)
O Evangelho é um só, não há dois. O Evangelho de
Pedro e o de Paulo, também chamado respectivamente de Evangelho da Circuncisão
e da Incircuncisão, são meras formas de apresentação, pois o conteúdo é o
mesmo. Ambos receberam uma incumbência da parte de DEUS, mas com audiências
diferentes. O compromisso de Paulo era com os gentios, ele foi constituído, por
DEUS, apóstolo e doutor dos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não
judeus (Rm 11.13); o de Pedro era com os judeus, mas a mensagem é a mesma.
2. O perigo da doutrina judaizante
Os apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios:
ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita
judaica. Os cristãos judaizantes alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam
a Lei como complemento da obra que JESUS efetuou no Calvário. Era, de fato,
“outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9). Na
verdade, quem tem o ESPÍRITO SANTO vive pelo ESPÍRITO. Então, contra a
tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do ESPÍRITO e não
da Lei, lutando contra os vícios da carne e buscando as virtudes do fruto do ESPÍRITO.
3. As práticas judaizantes atuais
Elas são basicamente a guarda do sábado, a
observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as leis dietéticas do
judaísmo), a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito
de chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o
uso do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça.
a) Os judeus. Os judeus messiânicos, principalmente
em Israel, seguem a tradição judaica. Isso acontece simplesmente para preservar
a identidade cultural deles e tem amparo neotestamentário: “É alguém chamado,
estando circuncidado? Fique circuncidado” (1 Co 7.18a). Ou seja, na conversão a
Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura.
b) Os não judeus. Da mesma forma: “É alguém chamado,
estando incircuncidado? Não se circuncide” (1 Co 7.18b). Ou seja, ele não
precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e
no dia a dia para imitar o Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação
em que foi chamado” (1 Co 7.20).
SINÓPSE III - Contra a tendência judaizante é preciso
aprender a viver na dependência do ESPÍRITO e não da Lei.
CONCLUSÃO
O resultado da reunião foi desfavorável aos
judaizantes. Só o fato de os apóstolos, sendo judeus, concordarem com a
explicação sobre a especificidade de cada grupo dada por Paulo, já apontava o
engano desses legalistas sobre a obra salvífica em Cristo. Esse resultado
serviu tanto aos gálatas como a todo o Cristianismo nesses mais de vinte
séculos de história. Assim, a diferença entre os judeus messiânicos e os
cristãos judaizantes atuais é que os judeus estão preservando uma cultura
hereditária do seu povo e os judaizantes colocando “remendo novo em pano velho”
(Mt 9.16).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a
lição, o que se infere da Epístola aos Gálatas?
Infere-se que a
Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido Concílio, pois não há menção
dele na carta, visto que o Concílio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6).
2. Por que Paulo não
cedeu nem um pouco na circuncisão de Tito?
Por duas razões: Tito
era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio
Cristianismo.
3. O que significa
“judaizante”?
O termo judaizante vem
do verbo grego ioudaizō, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”,
e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14).
4. Quem eram os
judaizantes e o que eles queriam dos gentios?
Eram legalistas dentre
os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao
Senhor JESUS, ensinavam que os gentios deveriam observar a Lei de Moisés como
condição para salvação (At 15.1).
5. Qual a diferença hoje entre judeus
messiânicos e cristãos judaizantes?
Os judeus messiânicos,
principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Ou seja, na conversão a
Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura. No caso do não
judeu convertido ao cristianismo, ele não precisa se judaizar. É erro o não
judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar o
Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co
7.20).
VOCABULÁRIO
Interseção: o encontro
entre dois planos, duas linhas de ideias; cruzamento.
Concílio: reunião de
dignitários eclesiásticos para deliberar sobre questões de fé, costumes,
doutrina ou disciplina eclesiástica.
Sínodo: assembleia
regular de párocos convocada pelo bispo.
Solidéu: pequeno
barrete usado pelos judeus (em certas ocasiões, como na sinagoga).