Slides Lição 13, A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã, 1Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 
































Escrita Lição 13, A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã, 1Tr22, Pr. Henrique, EBD NA TV

 Lição 13, A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2022 - CPAD - Para adultos
Tema: A Supremacia das Escrituras, a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de DEUS
Comentário: Pr. Douglas Baptista (Pr. Pres. Assembleia de DEUS Missão, Brasília, DF)
Complementos, ilustrações, questionário e vídeos: Pr. Henrique
   
 


Lição 13, A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã
 
 
TEXTO ÁUREO
“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.” (1 Tm 4.13)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A leitura e o estudo da Bíblia fortalecem a fé e a comunhão com DEUS.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.16 O estudo da Bíblia deve instruir o crente, expor e corrigir o erro
Terça - 1 Pe 1.25 A Bíblia é a fonte de autoridade permanente
Quarta - Mt 28.19,20 A Bíblia nos ordena a evangelizar e a ensinar
Quinta - Sl 1.2 O cristão deve ler diariamente a Bíblia
Sexta - Ef 4.13 A leitura da Bíblia conduz o crente a tornar-se parecido com CRISTO
Sábado - Jo 14.26 O ESPÍRITO SANTO abre o entendimento para compreensão da Bíblia

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Timóteo 4.6-16
6 - Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de JESUS CRISTO, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. 7 - Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade. 8 - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir. 9 - Esta palavra é fiel e digna de toda a aceitação. 10- Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no DEUS vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis. 11 - Manda estas coisas e ensina-as. 12 - Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. 13 - Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. 14 - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 15 - Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. 16 - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.



 
  
Exortação à Piedade. Exortação aos Deveres Ministeriais. Orientações a respeito da Disciplina - 1 Timóteo 4:6-16 - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (Com algumas modificações do Pr. Henrique)

O apóstolo queria que Timóteo instilasse na mente dos cristãos sentimentos tais que pudessem impedi-los de serem seduzidos pelos mestres judaizantes. Observe: Os bons ministros de JESUS CRISTO são diligentes no seu trabalho; não esses que estudam para desenvolver novas noções, mas que propõe estas coisas aos irmãos que receberam e ouviram. Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais (2 Pe 1.12). E, em outro texto: Desperto com exortação o vosso ânimo sincero (2 Pe 3.1). O apóstolo Judas diz: Mas quero lembrar-vos (Jd 5). Observe que os apóstolos e os homens apostólicos consideravam uma importante parte de seu trabalho lembrar seus ouvintes, visto que somos inclinados a esquecer e lentos em aprender e lembrar as coisas de DEUS. Criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Observe:
1. Os próprios ministros têm necessidade de crescer no conhecimento de CRISTO e na sua doutrina: eles precisam ser criados com as palavras da fé.
2. A melhor maneira para os ministros crescerem no conhecimento e na fé é despertar nos irmãos a lembrança; enquanto ensinamos aos outros, ensinamos a nós mesmos.
3. As pessoas que os ministros ensinam são irmãos e devem ser tratados como tais. Porque os ministros não são senhores da herança de DEUS.
I
A piedade é encorajada a ele e a outros: rejeita as fábulas profanas e de velhas (vv. 7,8).
As tradições judaicas, pelas quais algumas pessoas se interessam, não têm nada que ver com elas. Exercita-te a ti mesmo em piedade, isto é, dedique-se à religião prática. Esses que desejam ser piedosos precisam exercitar-se na piedade. Ela requer constante exercício. O motivo é tirado do ganho da piedade; o exercício corporal para pouco aproveita, ou por pouco tempo. A abstinência de carnes e do casamento, e coisas semelhantes, embora sejam entendidas como ato de mortificação e abnegação, na verdade traz pouco proveito. Que proveito teremos se mortificarmos o corpo e não mortificarmos o pecado? Observe:
1. A piedade pode nos trazer muito ganho. Ela nos será útil a vida toda, porque tem a promessa da vida presente e da que há de vir (tribunal de CRISTO).
2. O ganho da piedade está muito ligado à promessa: e as promessas feitas a pessoas piedosas estão relacionadas à vida de agora, mas especialmente à vida futura. No Antigo Testamento, as promessas eram quase sempre bênçãos temporais, mas no Novo Testamento, são bênçãos espirituais e eternas. Se as pessoas piedosas recebem apenas poucas coisas boas na vida atual, receberão tanto mais na vida que há de vir.
3. Havia fábulas profanas e de velhas nos dias dos apóstolos. E Timóteo, embora um homem excelente, não estava acima de uma palavra de conselho como essa: Rejeita as fábulas etc.
4. Não é suficiente rejeitar fábulas profanas e de velhas, mas precisamos exercitar-nos na piedade. Precisamos não somente deixar de fazer o mal, mas aprender a fazer o bem (Is 1.16,17). E precisamos tornar um hábito exercitar-nos na piedade.
5. Esses que de fato são verdadeiramente piedosos não serão perdedores no final, independentemente do que aconteça com aqueles que se satisfazem com o exercício corporal, porque a piedade tem a promessa etc.
II
O encorajamento de que temos de continuar nos caminhos da piedade, e exercitar-nos nela, apesar das dificuldades e desânimos que encontramos no caminho.
O apóstolo disse (v. 8) que a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente. Mas a pergunta é: Será que o ganho compensará a perda? Se isso não acontecer, não é ganho. Sim, estamos certos de que a piedade será proveitosa. Aqui está mais uma palavra fiel de Paulo, digna de toda a aceitação – que todo o nosso trabalho e perdas no serviço de DEUS e o trabalho da religião será abundantemente recompensado. De modo que, embora possamos perder por causa de CRISTO, não perderemos com Ele. Para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no DEUS vivo (v. 10). Observe:
1. Pessoas piedosas devem trabalhar e esperar lutas. Elas devem fazer o bem, e mesmo assim esperar ao mesmo tempo sofrimento: labuta e dificuldades devem ser esperadas por nós neste mundo, não somente como pessoas, mas como santos.
2. Esses que trabalham e lutam no serviço de DEUS e na obra da religião dependem do DEUS vivo para que não saiam perdendo.
Que isso possa servir de ânimo: esperamos no DEUS vivo. A consideração de que o DEUS que se incumbiu de ser o nosso pagador é o DEUS vivo, que vive para sempre e é a fonte da vida a todos que o servem, deveria encorajar-nos em todos os nossos serviços e em todos os nossos sofrimentos por Ele, especialmente considerando que Ele é o Salvador de todos os homens.
(1) Por suas providências Ele protege as pessoas e prolonga a vida dos filhos dos homens.
(2) Ele deseja a salvação eterna de todas as pessoas, não desejando que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. Ele não deseja a morte dos pecadores. Ele é o Salvador de todas as pessoas a tal ponto que ninguém é deixado na mesma condição desesperadora em que se encontram os anjos caídos. Ora, se Ele é esse tipo de Salvador para todas as pessoas, podemos inferir que será muito mais o galardoador daqueles que o buscam e o servem. Se ele tem boa vontade tão grande por suas criaturas, quanto mais não fará pelas novas, que nasceram outra vez! Ele é o Salvador de todos os homens, mas, principalmente, dos fiéis. E a salvação que tem em depósito para aqueles que crêem é suficiente para recompensá-los por todos os seus serviços e sofrimentos. Aqui vemos:
[1] A vida do cristão é uma vida de trabalho e sofrimento: trabalhamos e lutamos (ou, trabalhamos e sofremos censura, versão inglesa KJV).
[2] O melhor que se pode esperar em nossa luta na vida presente é censura pelo nosso bom procedimento, por nossa obra de fé e trabalho de amor.
[3] Verdadeiros cristãos confiam no DEUS vivo. Pois, maldito é o homem que confia no homem, ou em alguém que não seja DEUS. E esses que confiam nele nunca serão envergonhados. Confiai nele em todo o tempo (veja Sl 62.8).
[4] DEUS é o Salvador geral de todos os homens, à medida que os colocou em condições de serem salvos; mas Ele é, de uma maneira particular, o Salvador dos verdadeiros crentes; há, portanto, uma redenção geral e uma redenção especial.
3. No Tribunal de CRISTO receberemos gaçardão e nossas obras serão gratificadas. "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal." 2 Coríntios 5:10
III
Ele conclui o capítulo com uma exortação a Timóteo:

1. Para mandar e ensinar estas coisas que o apóstolo tinha acabado de ensinar a ele. “Ordena-os a exercitar-se na piedade, ensina-os a tirar proveito dela; e, caso sirvam a DEUS, estarão servindo a alguém que certamente os apoiará”.
2. Para conduzir-se com a sobriedade e prudência que lhe trará respeito, apesar da sua mocidade: “Ninguém despreze a tua mocidade. Isto é, não permitas que alguém despreze a tua mocidade”. A mocidade das pessoas não será desprezada se não se tornarem desprezíveis por meio da vaidade e insensatez. E isso, pessoas idosas podem fazer, que podem, portanto, culpar-se a si mesmas se forem desprezadas.
3. Para confirmar sua doutrina por meio de um bom exemplo: Sê o exemplo dos fiéis etc. Observe: Esses que ensinam a doutrina devem ensinar por meio da sua vida, caso contrário, eles derrubam com uma mão o que construíram com a outra: eles devem ser exemplos tanto na palavra quanto no trato. A conversa deles deve ser edificante, e isso será um bom exemplo: a conduta deles deve ser cuidadosa, e isso será um bom exemplo: eles devem ser exemplos na caridade, ou no amor a DEUS e às pessoas boas; exemplos no espírito, isto é, na inclinação espiritual, na adoração espiritual; na fé, isto é, na profissão da fé cristã; e na pureza ou castidade.
4. Ele o incumbiu de estudar muito: Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá (v. 13). Embora Timóteo tivesse dons extraordinários, ele precisava usar seus conhecimentos aprendidos de Paulo também. A leitura pública das Escrituras para exortar, isto é, ler e expor, ler e imprimir neles o que leu; ele deve expor o texto tanto por meio da exortação quanto por meio da doutrina; ele deve ensiná-los naquilo que devem fazer e naquilo que devem crer. Observe: (1) Os ministros devem ensinar e ordenar as coisas que eles mesmos foram ensinados e ordenados a fazer; eles devem ensinar as pessoas a observar todas as coisas que CRISTO mandou (Mt 28.20). (2) A melhor maneira de os ministros evitarem ser desprezados é ensinar e praticar as coisas pelas quais são responsáveis. Não é de admirar se os ministros são desprezados quando não ensinam essas coisas, ou que, em vez de serem exemplos do bem para os crentes, agem de maneira diretamente contrária à doutrina que pregam; pois os ministros devem ser exemplos para o seu rebanho. (3) Mesmo os ministros mais preparados para o seu trabalho devem dedicar-se aos estudos, para que possam crescer no conhecimento. E devem dedicar-se ao seu trabalho; também devem dedicar-se à leitura, à exortação, à doutrina, ao jejum, a oração e à evangelização.
5. Ele o incumbe a guardar-se da negligência: Não desprezes o dom que há em ti (v. 14). Os dons de DEUS vão murchar se forem negligenciados. Aqui pode ser entendido tanto o ofício no qual estava envolvido, quanto as suas qualificações para esse ofício; caso seja o primeiro, foi a ordenação de uma maneira ordinária; se foi o último, isso ocorreu de maneira extraordinária. Parece ter sido o primeiro, porque ela ocorreu com a imposição das mãos etc. Veja aqui a ordenação de acordo com as Escrituras: ela ocorria com a imposição das mãos, ou seja, a imposição das mãos do presbitério. Observe: Timóteo foi ordenado por homens que estavam no ofício. Lemos em outro texto que um dom extraordinário foi conferido a ele pela imposição das mãos de Paulo, mas ele foi investido no ofício do ministério pela imposição das mãos do presbitério. (1) Podemos observar: O ofício do ministério é um dom, é o dom de CRISTO (Efésios 4.11); quando Ele subiu ao alto, recebeu dons para os homens e deu uns para apóstolos, outros para pastores e doutores (Ef 4.8,11), e esse foi um dom muito especial para sua igreja. Os dons ministeriais são capacitados pelos dons do ESPÍRITO SANTO (1 Co 14). (2) Os ministros não devem negligenciar ou desprezar o dom concedido a eles, quer por dom, que aqui entendemos como o ofício do ministério, quer pelas qualificações para esse ofício; nem um nem outro deve ser negligenciado. (3) Embora houvesse a profecia no caso de Timóteo (o dom foi dado por profecia), ela foi acompanhada pela imposição de mãos pelo presbitério, isto é, um determinado número de presbíteros. Dons do ESPÍRITO SANTO também são dados com imposição de mãos. O ofício foi transmitido a ele dessa forma; e eu penso que aqui há uma garantia ou justificação suficiente para a ordenação por presbíteros, visto que não parece que Paulo estava preocupado com a ordenação de Timóteo. É verdade, dons extraordinários foram conferidos a ele pela imposição de mãos do apóstolo (2 Tm 1.6), mas, se ele estivesse interessado na sua ordenação, o presbitério não foi excluído, motivo pelo qual parece bastante evidente que o presbitério tem o poder inerente da ordenação.
6. Pelo fato de esse trabalho ser confiado a Timóteo, ele precisa dedicar-se inteiramente a ele: “Dedica-te a estas coisas, para que o teu aproveitamento seja manifesto”. Sem a demonstração do sobrenatural o ministério de Timóteo estava em perigo, pois além de ser jovem estava negligenciando seu dom espiritual. Ele era um homem sábio e instruído, e, mesmo assim, devia continuar progredindo, e mostrar que de fato cresceu no conhecimento. Observe: (1) Os ministros precisam separar muito tempo para a oração, leitura e meditação da Bíblia. Eles precisam considerar antecipadamente como e o que devem falar. Eles precisam meditar na grande responsabilidade confiada a eles, na importância e valor de almas imortais, e na prestação de contas que terão de apresentar no final. (2) Os ministros devem dedicar-se inteiramente nessas coisas; eles devem considerar essas coisas como seu trabalho principal. (3) Dessa forma, o progresso será manifesto em todas as coisas, bem como para todas as pessoas; essa é a maneira de eles fazerem progresso no conhecimento e na graça, e também de fazerem os outros progredir. "Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra." Atos 6:4
7. Ele o exorta a ser muito cuidadoso:
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; reflete acerca do que pregas; persevera nestas coisas, nas verdades que recebeste; dessa forma, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. Observe: (1) Os ministros devem estar empenhados em uma obra salvadora, o que a torna uma boa obra. (2) O cuidado dos ministros deveria ser em primeiro lugar em salvar a si próprios: “Salve a você mesmo em primeiro lugar, assim você será um instrumento para salvar aqueles que o ouvem”. (3) Os ministros na pregação devem buscar a salvação daqueles que os ouvem logo após a salvação da sua própria alma. (4) A melhor maneira de resolver esses dois fins é termos cuidado de nós mesmos etc.
 
O papel de Timóteo (4.6-16) - Comentário - NVI (F F Bruce)
Tendo colocado diante de Timóteo as dificuldades que ele possivelmente vai ter de enfrentar, Paulo agora lhe dá conselhos acerca da sua vida pessoal e suas responsabilidades espirituais. Ele precisa se empenhar em enfrentar as heresias, mas isso deve ser feito com um espírito de mansidão e humildade. Mais tarde, Paulo lhe ordena que fale com autoridade (v. 11), mas a expressão "Se você transmitir essas instruções aos irmãos" sugere conselho oferecido, e não a promulgação categórica da lei.
No caso dele, era essencial que fosse nutrido com as verdades da fé. Proeminência considerável é dada nas Epístolas Pastorais à palavra de DEUS como agente na conversão e como fator controlador na vida e no serviço. Aqui o uso do particípio presente em grego lembra Timóteo de que, embora ele as tenha seguido no passado, ele ainda precisa nutrir a sua alma constantemente com as verdades da fé e da boa doutrina. Ele precisa evitar deliberadamente ser desviado desses aspectos centrais. Os hereges se concentram nas fábulas profanas e tolas, e Paulo, reconhecendo o perigo constante, adverte o servo de DEUS para que não se afunde em ensinos que, sem fundamento adequado, se mostram fúteis nos seus resultados. Em vez disso, diz o apóstolo, continuando num tom positivo, exercite-se na piedade. E introduzida aqui uma metáfora predileta. Aos rigores do treinamento atlético, é comparada a autodisciplina exigida de quem faz da piedade o seu alvo, assim como é contrastado também o valor passageiro do exercício físico com os benefícios muito mais extensos e duradouros que provêm da piedade. Os efeitos para o bem permeiam todos os âmbitos e são experimentados tanto aqui quanto no porvir.
Os comentaristas parecem estar divididos entre atribuir a conhecida fórmula “esta é uma afirmação digna de confiança”, do v. 9, ao v. 8 ou ao v. 10. Ou um ou outro certamente estava na mente do apóstolo, mas, visto que é praticamente impossível discernir exatamente qual, não parece injusto ressaltar que a expressão pode ser adequadamente aplicada a ambos e, em especial, ao clímax de cada versículo.
Mais uma vez, Paulo usa a metáfora da seção anterior, trabalhamos e lutamos fala de fadiga suportada e intensos esforços empreendidos. O segredo da perseverança dessa qualidade de persistência pode ser encontrado na esperança que está no DEUS vivo. Ele é o Criador e Sustentador de todos os homens, aliás, ele provê e oferece vida por meio da sua obra salvífica a todos. Mas aqueles que creem conhecem e experimentam essas coisas de maneira especial.
O parágrafo final do capítulo (v. 11-16) assume uma característica mais pessoal. Se, ao responder aos hereges, Timóteo tem de adotar uma forma tranquila e comedida, ao ensinar as verdades anunciadas há pouco ele precisa ordenar: ordene e ensine estas coisas. Por natureza tímido, não muito forte fisicamente, ele precisa ser encorajado a ensinar com autoridade. Sua idade relativamente jovem (deveria estar próximo dos 40, ou menos) talvez leve algumas pessoas a tratá-lo com certa desconfiança, se não com desprezo. Ele não pode se deixar intimidar. Mas, como C. K. Barrett destaca: “Um ministro garante o respeito não pelo uso arbitrário da autoridade, mas ao se tornar exemplo” (op. cit., p. 71). As críticas são silenciadas de forma satisfatória somente pela conduta, e a verdadeira autoridade no âmbito espiritual não surge meramente de anos que passam, mas da piedade genuína. Isso precisa expressar-se na palavra e no procedimento, ambos sendo governados por “amor, fidelidade e piedade” (NEB). Essas são as três grandes características exigidas na vida do ministro de CRISTO JESUS. O v. 13 recomenda três atividades às quais Timóteo deveria se dedicar. A primeira é a leitura pública da Escritura. Isso havia sido uma parte essencial da adoração na sinagoga (Lc 4.16; At 13.15, 27; 15.21) e deveria formar um componente igualmente importante na adoração dos cristãos. Disso viria a exortação (paraklêsis) e o ensino (didaskalia). O ministério seria constituído de exortação prática e de instrução doutrinária. Para o exercício dessas responsabilidades, deve haver um preparo adequado — dedique-se à...; mas para a sua correta realização nada menos do que um dom divinamente concedido seria suficiente. Esse dom, Timóteo já tinha recebido. A recepção desse dom estaria para sempre associada na sua mente à ocasião solene quando o apóstolo e os presbíteros da sua igreja-mãe tinham confirmado publicamente a sua comunhão com ele, quando ele partiu com Paulo para a obra para a qual DEUS o havia chamado. Esse passo tinha sido o tema de uma mensagem profética (cf. 1.18), e foi, sem dúvida, isso que lhes deu a segurança de se identificarem com Timóteo por meio da imposição de mãos. Paulo, provavelmente, tinha tomado a iniciativa nesse ato (2Tm 1.6). Além do ato significando identificação, parece que o momento foi também o da concessão do dom do ESPÍRITO SANTO. As referências à imposição de mãos no AT, nos Evangelhos e em Atos parecem combinar com frequência as duas idéias de identificação e transferência, embora dificilmente seja necessário dizer que em nenhum lugar se conclui que está nas capacidades humanas efetuar essa transferência, seja de pecados, seja de bênção. A imposição de mãos foi acompanhada de oração (At 6.6; 8.15ss; 13.3). Nesse caso, a bênção buscada e subsequentemente concedida por DEUS foi um dom adequado para a tarefa que precisava ser realizada. Ao lembrar Timóteo desse evento, Paulo o exorta a não negligenciar o seu dom. Ele tem de ser desenvolvido (cf. 2Tm 1.6), e isso vai exigir que ele seja diligente nessas coisas. Aliás, diz o apóstolo, dedique-se inteiramente a elas. Esse esforço concentrado vai resultar num progresso evidente. O v. 16 está em forma de resumo. Timóteo é lembrado de que precisa manter sob cuidado constante tanto o que ele mesmo é quanto o que ele ensina. Somente assim o poder salvífico de DEUS vai ser realizado na sua vida, e somente assim ele vai conduzir outros à mesma alegria também.
 
 
PALAVRA-CHAVE - Estudo
 
Resumo da Lição 13,  A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã
I – A BÍBLIA É O LIVRO TEXTO DA ESCOLA DOMINICAL
1. O currículo adotado.
2. A prática pedagógica.
3. O padrão ético e moral.
II – A EDUCAÇÃO CRISTÃ E A FORMAÇÃO DE LEITORES DA BÍBLIA
1. Conceito de Educação Cristã.
2. Objetivos da Educação Cristã.
3. A capacitação dos alunos.
III – É PRECISO LER A BÍBLIA DIARIAMENTE
1. A leitura e a disciplina cristã.
2. A leitura e o aprendizado.
3. A leitura e o devocional.
 
 
EDUCAÇÃO - Dicionário Bíblico Wycliffe
A palavra grega paideia, “treinamento infantil”, “instrução”, *alimentação”, é usada três vezes no NT. Ela abrange todo o cultivo da mente e da moral de uma criança, e o emprego de ordens e admoestações, censura e castigo, com a finalidade de atingir este objetivo (Ef 6.4). Quando aplicada a adultos, ela fala daquilo que desenvolve a alma, corrigindo erros e controlando paixões através da “instrução” na justiça (2 Tm 3.16). Quando aplicada a crianças, tem o sentido de treinamento infantil ou “castigo" (Hb 12.5,7,11; cf. Pv 3.11,12; 15.5).
 
Educação na Mesopotâmica
A educação Mesopotâmia envolvia o árduo processo da aprendizagem da escrita cuneiforme. Os estudantes geralmente pertenciam a classes privilegiadas da sociedade. Em raras ocasiões as garotas recebiam educação conforme evidência de algumas poucas escribas do sexo feminino.
As primeiras escolas estavam provavelmente associadas a templos, mas a famosa escola em Mari localizava-se no palácio. Aqui foram encontradas fileiras de bancos junto com uma coleção de materiais de escrever. Esta escola era chamada de e-dubba, “a casa das tábuas”. O ummia, “diretor”, tinha sob si assistentes especializados, tais como dubskar nishid, “o escriba dos cálculos”, o dubshar kengira, “o escriba do Sumério" etc. A maior parte da supervisão geral ficava por conta de um estudante mais velho, o sheshgal, “irmão mais velho”.
Os alunos aprendiam vários símbolos cuneiformes copiando tábuas preparadas pelo professor, escrevendo com um buril em uma tábua de argila úmida. Depois, eles copiavam partes de textos literários e estudavam matemática e a divisão da terra. Depois do segundo milênio a.C., quando o sumério não era mais uma língua utilizada, os escribas tinham que memorizar listas bilíngues de palavras sumérias e de seu equivalente em acádio.
Os alunos acordavam cedo, com medo de se atrasarem, e levavam consigo dois rolos de pão para o almoço. A disciplina era rígida. Um rapaz em um teste lembra-se como recebeu sete sovas de sete diferentes membros da equipe por escrever mal, por falar sem permissão etc. As punições mais severas incluíam ficar preso por dois meses.

Educação Egípcia - Dicionário Bíblico Wycliffe
A educação egípcia preparava uma classe de escribas que eram servidores civis. Alunos de origem humilde podiam ter sucesso em posições eminentes, em virtude de sua educação. Além disso, os professores sempre lembravam os seus alunos de que uma posição como esta significava uma vida livre de impostos, de pobreza e de trabalho físico.
As escolas localizavam-se em templos nos arredores, tal como Ramesseum. Eles eram supervisionados por altos oficiais dos departamentos para os quais os alunos estavam sendo treinados. A criança ia para a escola dos quatro ou cinco até os dezesseis anos de idade.
Ela aprendia a copiar com precisão os hieróglifos pictográficos. Seus primeiros esforços eram feitos em lascas de pedra calcária pautada ou em fragmentos de cerâmica. Só mais tarde é que ela aprenderia a escrever nos papiros, e primeiramente em palimpsestos, isto é, papiros que já haviam sido usados e apagados.
Era necessário aprender um vocabulário específico relativo à sua futura profissão, incluindo, por exemplo, noventa e seis nomes de cidades egípcias, e quarenta e oito tipos de assados diferentes. Se planejasse trabalhar com o exército, ele tinha que aprender a geografia da Palestina, a organização de uma campanha militar, e a distribuição de provisões. No período do Novo Reino, o escriba também tinha que aprender nomes semíticos, cretenses, e outros nomes estrangeiros.
As aulas tinham a duração da metade de um dia. Quando o meio dia era anunciado, as crianças saíam da escola "gritando de alegria”. O almoço consistia em três rolos de pão e uma jarra de cerveja.
A palavra egípcia para educação era altaelim e se origina da raiz, ״castigar”, “punir”, O lema do professor era: “O ouvido do jovem está em suas costas, ele só ouve o homem que bate nele”. Um estudante recorda como foi preso no templo da escola por três meses. Apesar das recompensas da carreira de escriba, havia delinquentes. Um professor lamentou por um ex-aluno: “Bem soube que você quer escrever, e dar prazer a si próprio... você senta-se em casa e as moças o rodeiam... uma guirlanda de flores está pendurada em seu pescoço, e um tambor em sua barriga”.

Educação Judaica - Dicionário Bíblico Wycliffe
A educação judaica era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Êx 12.26,27; Dt 4.9; 6.7).
Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel, Em Isaías 28,10, “mandamento e mais mandamento” é literalmente “s após s, e q após q”, uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: “E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar״. O homem jovem de Juizes 8.14 ״escreveu" os nomes dos anciãos da cidade.
O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a.C.) fala de uma “casa de aprendizagem” (gr. otkos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a.C.), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1Mac 1.14; 2Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional.
Simon ben Shetah (aprox. 75 a.C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63- 65 a.C., de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade.
De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a.C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade — aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos.
As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no “Magnificat” de Maria, Lc 1.46-55).
A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, ‘am-ha’arets, “pessoas da terra” (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tomarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade.
As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos.
A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra hebraica para educação, musar, origina-se da raiz ysr, “castigar, disciplinar”. O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas.
A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a.C.). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. Act 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho.

Educação Grega - Dicionário Bíblico Wycliffe
A educação grega ou paideia (no Novo Testamento a palavra tem um sentido de “correção” em passagens como Hebreus 12.5, 7,8,11) era primeiramente aristocrática ou atlética. Depois de aprox. 450 a.C, os sofistas que ensinavam retórica recebendo um pagamento por isto, revolucionaram a educação. No século IV a.C., as grandes escolas filosóficas de Platão e Aristóteles estavam estabelecidas em dois ginásios nos subúrbios de Atenas; a academia e o liceu.
No período Helenístico, o estabelecimento de ginásios em cada cidade fundada pelos gregos no Oriente Próximo serviu como o principal meio de preservação da tradição helenística, e de assimilação do helenismo pelas sociedades que não eram helenistas.
A educação espartana era um fenômeno por si. Diferente da situação em outras cidades, a educação em Esparta era paga pelo Estado. As garotas recebiam treinamento atlético para se tornarem mães robustas. Com sete anos de idade, os garotos eram separados de seus lares para viverem em barracas, estando sujeitos a uma severa disciplina para que se tornassem soldados fortes e obedientes. Os espartanos aprendiam apenas os rudimentos da leitura e da escrita, e eram considerados incultos pelos atenienses.
Em Atenas, as garotas aprendiam as artes domésticas em casa. Os garotos iam à escola com sete anos, A verdade evidente era que os meninos ricos chegavam à escola mais cedo e saíam mais tarde do que as crianças pobres. A maioria das famílias tinha paidagogos, geralmente um escravo mais velho, que carregava o equipamento dos meninos, acompanhava-os até a escola, e auxiliava nos deveres de casa. Ele era uma combinação de “enfermeiro, lacaio, acompanhante e tutor” (cf. 1 Co 4.15; Gl 3.24,25).
A educação grega enfatizava a gymnasia (1 Tm 4.8) para o corpo e a “música” - um termo que incluía a literatura - para a alma, A instrução padrão era conduzida em palestras particulares, ou “arenas de luta” sob a orientação de um puidotribes, literalmente, “fricção de meninos”, devido à prática de esfregar o corpo com óleo e pó antes dos exercícios. A corrida e o arremesso de dardos eram praticados nos ginásios públicos. Estes ginásios também continham salões onde os professores, como, por exemplo, Sócrates, ministravam as suas aulas.
Todos os rapazes tinham que aprender a cantar e a tocar lira. Eles aprendiam a stoichea, isto é, o ABC ou os rudimentos do ensino fundamental (cf. Hb 5.12). Seu texto principal era Homero, seguido pelos dramaturgos e poetas líricos.
Os alunos iam à escola ao nascer do dia acompanhados por seus pedagogos, que carregavam a lamparina nas manhãs escuras de inverno. As escolas tinham de sessenta a cento e vinte alunos. Estes se sentavam em bancos com suas tábuas de escrever de cera em seus joelhos. O professor sentava-se em uma cadeira em uma plataforma. Os pedagogos, geralmente, também se sentavam na sala de aula. Pelas ilustrações em cerâmica podemos ver que as crianças levavam seus animais de estimação como gatos, cães e até leopardos!
Da Mímica de Herondas (século III a.C) podemos constatar o que acontecia com os garotos preguiçosos ou faltantes. Uma mãe reclama que seu filho deveria brincar ao invés de ir à escola. Ele não é capaz de escrever a partir de um ditado, e só consegue ler com hesitação. Quando o criticam, corre para sua avó. Ela, por conseguinte, faz com que o professor açoite seu filho até que sua pele fique tão mosqueada quanto a de uma cobra d’água.
Quando o garoto chega aos dezoito anos e se torna maior de idade, fica livre dos cuidados restritivos de seu pedagogo. No período dos dezoito aos vinte, os jovens de Atenas, chamados epkebes, eram submetidos a um custo de treinamento militar e atlético compulsório. Na época helenística, os que se formavam nos treinos adultos, passavam a fazer parte da alta classe de cidadãos helenísticos. Na época dos romanos, a instituição de efebos em Atenas formava a base da universidade.

Educação Romana - Dicionário Bíblico Wycliffe
Mesmo antes que a Grécia se tornasse uma província romana em 146 a.C., sua influência cultural era sentida em Roma. A história registra que Cato, o ancião (234-149 a.C.), que se opunha a o aprendizado do grego, aprendeu o grego no final de sua vida.
Os romanos imitaram os gregos no uso de pedagogos para seus filhos, frequentemente empregando escravos gregos. O grande Cícero (106-43 a.C.) era bem versado tanto em grego como em latim, tendo sido educado em Rodes (assim como César e Antônio) e em Atenas. Quintiliano (40-118 d.C.), a grande autoridade da Educação Romana, dizia que as crianças romanas deveriam aprender o grego antes do Latim. O satirista Marcial (40-104 d.C.) e seu colega Juvenal reclamaram que as mulheres passaram a fazer até mesmo amor em grego!
A visão pragmática romana introduziu algumas diferenças notáveis. Matemática, Geometria e música eram ensinadas somente à medida que tivessem aplicações práticas. A retórica, e não a filosofia, era a matéria classificada como a mais importante em estudos de nível superior. Os romanos não gostavam muito da nudez dos atletas gregos, eles preferiam as corridas de cavalos no hipódromo e os jogos de gladiadores no coliseu.
As meninas frequentavam a escola primária com os meninos. Além disso, algumas mulheres tinham conhecimento da literatura por si próprias, a ponto de Juvenal reclamar: “Como eu as odeio. As mulheres, que sempre voltam às páginas da Gramática de Palaemon, mantendo todas as regras e são pedantes o suficiente para citar versos que nunca ouvi”.
As aulas eram às vezes ministradas em uma pérgula, ou “abrigo", em frente a uma casa separada do público por uma fina divisória. Os alunos sentavam-se em bancos, enquanto o professor sentava-se em uma cadeira. Para escrever, eles começavam com tábuas de cera; depois, usavam papiros ou mesmo pergaminhos de manuscritos sem importância. Para aritmética, o aluno usava o ábaco com calculo, e seixos.
As crianças frequentavam a escola primária, que era chamada de ludus on “jogo”, dos sete aos dez ou onze anos de idade. O professor primário era conhecido como ludi magister. Os pais exigiam muito dele, mas pagavam pouco e, às vezes, somente por ordem dos tribunais. Era tarefa dele ensinar “os três R”. Para ensinar a ler, eles usavam textos das fábulas de Esopo, que eram muito populares.
As aulas começavam cedo - cedo demais para Marcial, que reclamava que a repreensão do professor o impedia de dormir. Apressado para a escola sem sequer poder tomar o café da manhã, o jovem comprava um pequeno bolo quando passava por uma padaria. Na chegada ele diria: “Bom dia para todos! Permitam-me tomar meu lugar. Apertem um pouquinho”. Depois de suas aulas matinais, ele ia para casa almoçar pão branco, azeitonas, figos secos, e nozes. Então voltava para a escola, onde o mestre, examinando suas cópias, dizia, “Você merece ser açoitado! Tudo hem, desta vez eu deixarei passar...” Disciplina era sinônimo de educação. A frase manum subducere ferulae, “abandonar a vara”, significava deixar a escola. Quintiliano protestou contra a prática universal de açoites. Ele pensava que os elogios, o espírito de competição, e até mesmo os jogos, eram melhores do que o medo.
Os meninos tinham férias de Julho a Outubro, no verão, e extensos feriados em Dezembro e Março. A cada oito dias também havia um dia de folga. Isto não era suficiente para algumas crianças, que fingiam estar doentes, esfregando os olhos com azeite de oliva ou usando cominho paia se fingirem de pálidos e poderem ausentar-se.
Dos doze aos quinze ou dezesseis anos de idade, quando o jovem romano atingia a maioridade, e vestia sua toga virilis branca, ele passava a frequentar a escola secundária (ou a escola de gramática). Esta era chamada de ludus litterarius, e o professor era chamado de litteratus ou de grammaticus. As matérias principais eram a gramática técnica e a literatura, principalmente Homero e outros textos gregos. Somente depois do ano 25 a.C é que os textos em latim, tais como Virgílio e Cícero, também foram introduzidos.
Além da escola de gramática até os dezoito ou vinte anos, os rapazes recebiam treinamento em retórica. Quando Roma passou de república a império, com a consequente restrição de liberdade política, o treinamento em retórica tornou-se cada vez mais artificial. Era exigido que os alunos declamassem a obra suasória, que propunha alguma ação, como por exemplo: “Deveria Agamenon sacrificar sua filha?” ou a obra controvérsia, que lidava com alguns casos fictícios que envolviam conflitos de leis.
Várias formas de discurso e figuras de linguagem eram ensinadas. Paulo usa cerca de trinta tipos diferentes de figuras retóricas em seus escritos. F. W. Farrar sugere que ele pode ter recebido algum tipo de treinamento rudimentar de retórica em Tarso. Por outro lado, a escassez de alusões clássicas (At 17.28; 1 Co 15.33; Tt 1.12) e a qualidade de seu grego mostram que o apóstolo evitou os excessos para que sua mensagem fosse a mais direta e inteligível para todos os tipos de leitores, não utilizando todo o seu conhecimento clássico recebido na afamada instituição em que estudou. Ele foi provavelmente enviado a Jerusalém antes de completar treze anos. Alguns estudiosos têm discutido o fato da palavra anatethrammenos, “criado”, em Atos 22.3, significar que Paulo já vivia em Jerusalém até mesmo antes desta idade. Embora tenha tido um grande treinamento, Paulo repudia (1 Co 2.1) o uso da linguagem retórica elaborada e pomposa tão comumente usada pelos oradores de sua época para ganhar o aplauso dos ouvintes (por exemplo, Tértulo, Atos 24.1-8). Nem mesmo os escritores romanos estavam satisfeitos. Petrônio, um contemporâneo de Paulo, escreveu: “Ninguém se importaria com este artifício se apenas colocasse os nossos alunos no caminho da verdadeira eloquência... Ação ou linguagem são a mesma coisa: grandes frases como bolas de mel, cada sentença parecendo ter caído e se enrolado em sementes de papoula e gergelim”. E. M. Y.
 
ESCOLA - Dicionário Bíblico Wycliffe -  A única passagem em que esta palavra aparece na Bíblia Sagrada é Atos 19.9, onde foi dito que Paulo deixou a sinagoga em Éfeso e continuou seu ministério na “escola de um certo Tirano”. Esta palavra vem do termo grego schole, que significa lazer ou tempo livre, e indica o local onde os homens dedicavam algum tempo para ouvir e aprender por meio de discussões. Na época, isto não era o que geralmente entendemos por uma escola; assim sendo, talvez a tradução “classe* da versão NEB em inglês possa ser considerada uma boa tradução.
 
ESCOLA JUDAICA - Dicionário Bíblico Wycliffe - Embora não haja vestígios de escolas para a instrução pública na antiga nação de Israel, a instrução religiosa das crianças era uma responsabilidade dos próprios pais (Gn 18.19; Dt 6.7). Ler, escrever e aprender um pouco de matemática, eram também aparentemente parte das instruções oferecidas em casa (Dt 6.9; 11.20). Também eram criadas algumas oportunidades para a instrução religiosa do povo na época das grandes festas, que eram, por si mesmas, os meios para tal instrução (Dt 31.10-13; 31.19,30; 32.1-43; Ne 8.1-8,18). Muitos negócios e a maior parte das ações legais eram realizados em locais públicos, como por exemplo, o portão da cidade e as ruas das vilas. Assim o povo recebia um grande número de instruções, de forma constante, através do processo de observação.
Mais tarde, os profetas prestaram uma assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profetas em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gibeá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo. Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de Eli e seus filhos, e novamente durante a monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1; 9.1), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa.
Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, existiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época. Devem ter existido alguns ensinos e treinamentos ligados a eles, mas nada como um currículo formal. Deve-se notar que, no entanto, o cultivo da música pode ter sido resultado destas atividades dos profetas (1 Sm 10.51).
Presume-se que, no tempo de Esdras, as instruções religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). Associadas ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação primária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se compulsória, conforme revelado no Talmude (Bab. Bath. 21, a)
Teoricamente, os pais ainda eram os responsáveis pela educação de seus filhos; mas, na prática, é provável que o que os pais faziam, de uma forma geral, era ensinar o Shema a seus filhos (Dt 6.4,5), deixando as matérias mais técnicas para a escola primária, quando o menino completava cinco ou seis anos de idade. A educação das filhas e em alguns casos, dos filhos, ficava quase que totalmente sob a responsabilidade da mãe, uma vez que os rabinos não aprovavam que as meninas tivessem o mesmo volume ae instrução que era dada aos meninos. Além das tarefas do lar, as meninas aprendiam a lei escrita, mas não as leis orais (2 Tm 1.5).
A tradição testifica a existência de uma escola nas situações em que havia mais de 25 crianças para o aprendizado, de 120 famílias residindo em um local. Esperava-se que um professor adicional fosse fornecido, cada vez que o número de alunos aumentasse, chegando a mais 25. Era proibido que a família enviasse seus filhos para escolas fora de sua própria cidade, aparentemente com a intenção de assegurar-se o suporte necessário para a escola local, elevando o padrão de educação.
De uma forma geral, a escola primária estava ligada à sinagoga, e o professor era geralmente um ministro da sinagoga. O salário do professor vinha da congregação e, somente em circunstâncias muito raras, lhe era permitido receber algum dinheiro extra dos pais dos alunos que ele ensinava. Todos os outros gastos eram pagos pelas contribuições voluntárias. O professor tinha uma posição socialmente respeitável, embora humilde, e era chamado de “Rabi” pelos seus alunos. Não se empregava nenhum professor solteiro. Em questões de disciplina, o professor estava autorizado a punir o aluno com uma correia, porém nunca com ou vara. Se o professor fosse ineficiente ou inadequado, ele poderia ser removido de sua posição, e nada era mais valioso para uma escola do que a experiência de tal pessoa. O professor tinha duas responsabilidades básicas: prover a educação moral, e transmitir informações. O dia escolar era uniformemente limitado, sempre das dez horas da manhã até às três horas da tarde, exceto no verão, uma época em que o período das instruções era reduzido para quatro horas diárias por causa do calor intenso.
O professor geralmente sentava-se de pernas cruzadas em uma plataforma com uma prateleira baixa diante de si, na qual ficavam os pergaminhos que seriam utilizados nos ensinos do dia.
Os alunos sentavam-se no chão, em um semicírculo de frente para o professor. A maior parte das instruções era transmitida sob a forma de perguntas e respostas. Depois que o professor falasse sobre o assunto, os alunos tinham permissão para fazer perguntas. Geralmente, empregava-se o processo inverso, no qual o professor levantava a questão e os alunos sugeriam as respostas.
A participação em tais escolas para meninos de seis a dezesseis anos de idade (cf. 2 Tm 3.15) tomou-se compulsória em aprox. 75 a.C., com exceção daqueles que eram muito ricos e que empregavam escravos e outros como tutores para os seus filhos. Embora considerada um exagero, a história dos judeus diz que Jerusalém possuía 480 escolas organizadas de acordo com este padrão no tempo de sua destruição. Esta informação fornece uma indicação da importância da educação para os judeus nos tempos greco-romanos.
Alunos iniciantes eram confrontados com o alfabeto, que era ensinado por meio da escrita das letras em uma tabuinha até que a criança as memorizasse. Assim que a criança aprendia as letras, passava a trabalhar com as palavras. Além de soletrá-las, ela também tinha que aprender a pronunciar as palavras com reverência e de forma correta. Na época do NT, a língua hebraica, com a qual o treinamento nas escolas começava, era estranha aos alunos porque em casa eles falavam o aramaico. O hebraico era imprescindível para a sinagoga, mas os professores ensinavam os alunos a identificar palavras individuais das passagens das Escrituras que já tivessem sido memorizadas em casa. A língua grega do mercado, que os judeus podiam usar em diferentes graus de intensidade, não era ensinada nas escolas das sinagogas.
O livro de Levítico era o ponto em que iniciavam o estudo das Escrituras, provavelmente porque acreditavam que era necessário que todos os judeus conhecessem seu conteúdo, para que pudessem adequar sua vida e assim tornarem-se aceitáveis diante de DEUS. Depois de Levítico, eles estudavam os outros livros do Pentateuco. Depois deste estudo vinham os Profetas, e depois os Hagiógrafos (os Salmos e os demais livros do AT). Por volta dos dez anos de idade, os alunos mais adiantados tinham seus estudos divididos em duas seções, estudando o AT e a Mishna. A Mishna só foi escrita por volta de 200 d.C., mas a forma oral jé era uma matéria de estudo para os alunos, muito tempo antes disso. Aos 15 anos de idade o estudo do Talmude era adicionado; assim fazia-se uma divisão tríplice das ênfases dos estudos diários do aluno.
Depois de aprender a ler, o aluno iniciante era introduzido à escrita, provavelmente tanto no hebraico como no aramaico. Também eram dados alguns trabalhos de matemática. O estudo de línguas estrangeiras tinha sido até mesmo declarado ilegal, e por esta razão não fazia parte do currículo. Apesar da admoestação aos pais para que ensinassem os meninos a nadar, os exercícios de ginástica foram banidos, sem dúvida por causa da ênfase dos gentios e das práticas associadas a eles.
As escolas superiores e as escolas para escribas estavam à disposição dos estudantes mais talentosos. As principais estavam em Jerusalém (antes de 70 d.C.) e na Babilônia, embora existissem instituições similares em algumas outras cidades estrangeiras habitadas por judeus. Os professores de teologia mais famosos atraíam alunos de longe. Além da teologia, as instituições de ensino da Babilônia desenvolveram outras ciências e foram consideradas pelos judeus do leste como iguais, se não superiores, às da Palestina. De um modo geral, no entanto, os melhores professores estavam em Jerusalém. Eles trabalhavam com a lei escrita, as tradições orais e a interpretação de outros estudiosos. Estes foram os professores que estabeleceram os padrões para os judeus de todos os lugares. Na época do NT, os melhores e mais conhecidos destes estudiosos eram Hillel e Samai, que foram contemporâneos de Herodes o Grande. O nome do famoso Gamaliel (q.v.) que era um neto de Hillel, está associado a Paulo. Muitos dos ensinos destes grandes homens foram expressos em público, nos pórticos e câmaras do templo, tendo assim um efeito ainda mais amplo e significativo. H. L. D.
 
 
ENSINAS, MESTRE, ENSINA - Dicionário Bíblico Wycliffe
No Antigo Testamento
Terminologia. Em várias versões, 12 termos hebraicos são traduzidos por alguma forma da palavra “ensinar” e seus derivados. As mais importantes são as seguintes:
1. O heb. ’alap, “familiarizar-se com” (Jó 33.33; 35.11), O verbo é usado quatro vezes no AT e é traduzido em Provérbios 22.25 como “aprender”, e em Jó 15.5 pelo verbo “declarar” ou “ensinar”.
2. O heb. bin ocorre 125 vezes no AT com o sentido geral de “entender”. Em dois casos o tempo causativo foi traduzido nas várias versões como “ensinou” ou “ensinavam” (2 Cr 35.3; Ne 8.9).
3. O heb, dabar. Aparecendo aproximadamente 1.500 vezes em suas várias formas no AT, é traduzido 814 vezes como “falar”, e 119 vezes como “dizer”. As várias versões traduzem o verbo em Jeremias 28.16 e em Jeremias 29.32 como ensinar, falar e pregar. O mesmo ocorre em Deuteronômio 13.5.
4. O heb. yada' ocorre mais de 940 vezes e é traduzido 662 vezes pelo verbo “saber”. A forma causativa do verbo é traduzida com o sentido de ensinar em nove casos na versão KJV em inglês (Dt 4.9; Jz 8.16; 2 Cr 23.13; Jó 32.7; 37.19; Sl 90.12; Pv 9.9; Is 40.13; e Ed 7.25 onde está representado o cognato aramaico y*da‘). Além disso, a palavra “ensinar” ou “conhecer” é a tradução do tempo causativo em Salmos 51.6; 78.5; 143.8.
5. O heb. yasar, “disciplinar, corrigir, instruir”, em um caso é traduzido como o verbo “ensinar” (Pv 31.1).
6. O heb. sakal, “ter conhecimento profundo", é traduzido com o sentido de ensino em 2 Crônicas 30,22 e de mestre em Provérbios 16.23.
7. O heb. hakam, “ser sábio", é o causativo em Provérbios 5.13 (“mestres”), e é traduzido no Salmo 105.22 com o sentido de “ensinar a sabedoria".
8. O heb. yam, “guiar, ensinar, instruir”. A forma causativa do verbo é corretamente traduzida mais de 40 vezes em várias versões por alguma forma do verbo “ensinar”.
9. O heb. lamad é traduzido 57 vezes na versão KJV em inglês por alguma forma da palavra “ensinar”. Além disso, a versão RSV em inglês utiliza a palavra “ensinou” para traduzir o verbo em Isaías 50.4, onde ele ocorre duas vezes.
Podemos perceber claramente que algumas das palavras hebraicas mencionadas acima são traduzidas - utilizando-se perífrases - por alguma forma da palavra “ensinar”, a fim de dar sentido à nuance da passagem específica. No entanto, yara e lamad são basicamente os termos hebraicos que podem ser geralmente equiparados com a palavra “ensinar” e seus cognatos.
DEUS como mestre. DEUS é o mestre incomparável (Jó 36.22). Ninguém pode lhe ensinar o conhecimento (Jó 21.22; Is 40.14). Ao contrário, é Ele quem ensina ao homem o conhecimento (Sl 94.10), e ao lavrador a arte da agricultura (Is 28.24-26). DEUS ensinou a Moisés o que dizer e fazer (Ex 4.12,15), e Israel com respeito à lei e aos mandamentos (Êx 24.12). Éle prometeu ensinar aos herdeiros davídicos reais sua aliança e seus testemunhos (Sl 132.12) e como Israel poderia beneficiar-se (Is 48.17). Até mesmo a apóstata Judá, disse Jeremias, foi persistentemente ensinada pelo Senhor, mas sem nenhum proveito (Jr 32.33). Nos últimos dias, o Senhor será buscado pelas nações a fim de serem ensinadas por Ele (Is 2.3; Mq 4.2; cf. Is 30.20; 54.13).
Mas DEUS ensina o indivíduo bem como a nação. Ele ensina o humilde e o pecador em seu caminho (Sl 25.8,9); o salmista em sua mocidade quanto à lei (Sl 71.17; 94.12); e aquele que o teme no caminho que deve escolher (Sl 25.12). O salmista louva ao Senhor por ter lhe ensinado os seus estatutos (Sl 119.171), e por causa de seu ensino ele não se apartou das ordenanças (Sl 119.102). Podemos pedir a DEUS que nos ensine os seus estatutos (Sl 119.12,64,68,124,135), o bom juízo e o conhecimento (Sl 119.66), e como fazer sua vontade (Sl 143.10).
O homem como mestre. Moisés ensinou a Israel os estatutos, os mandamentos e as ordenanças (Dt 4.1,5,14; 5.31; 6.1; 11.19). Os pais, por sua vez, foram instruídos a ensinar estas coisas a seus filhos (Dt 4.10; 11.19). A ordem levítica era ensinar a Israel todos os estatutos, ordenanças e a lei do Senhor (Lv 10.11; Dt 33.10). O ministério de um sacerdote mestre foi mencionado (2 Cr 15.3; cf. Ml 2.6,7).
O cântico de Moisés deveria ser ensinado ao povo (Dt 31.19,22). Davi ensinou ao povo de Judá o lamento sobre Saul e Jônatas (2 Sm 1.18; cf. Jr 9.20 e o título do Salmo 60). Os juizes deveriam ensinar as instruções relacionadas às decisões (Dt 17.11). No pronunciamento que fez antes de entregar o governo do povo ao jovem rei Saul, Samuel prometeu continuar a ensinar Israel no caminho bom e reto (1 Sm 12.23). Josafá ordenou aos levitas que ensinassem as leis nas cidades de Judá (2 Cr 17,7,9), enquanto Esdras, por sua vez, ensinou ao povo os estatutos e as ordenanças do Senhor (Ed 7.10). O rei assírio solicitou ao monarca da Judéia que um dos sacerdotes israelitas ensinasse a lei do DEUS da terra aos imigrantes assírios em Samaria (2 Rs 17.27ss.).
Davi convidou seus filhos a ouvi-lo enquanto ele os ensinava sobre o temor ao Senhor (Sl 34.11); mais tarde, ele fez um voto de que se o Senhor lhe concedesse uma renovação moral, ele ensinaria aos transgressores os caminhos de DEUS (Sl 51.13). Davi também se propôs a ensinar ao penitente o caminho que deveria seguir (Sl 32.8).
Na literatura voltada à sabedoria, o pregador ensinou ao povo o conhecimento, pesando, estudando e arranjando provérbios com grande cuidado (Ec 12.9). Salomão revelou que seu pai lhe havia ensinado a adesão à instrução paterna (Pv 4.4), enquanto em outra passagem o escritor afirma que ensinou a seu filho ou discípulo o caminho da sabedoria (Pv 4.11). Jó rogou a seus amigos que lhe ensinassem qual havia sido seu erro (Jó 6.24). Bildade recomendou a Jó a experiência das épocas passadas como uma fonte de ensino autorizada (Jó 8.10). Jó indicou que até mesmo a fauna e a flora unem-se para instruir o homem (Jó 12.7,8), e se propôs a ensinar aos seus amigos o que era concernente à mão de DEUS (Jó 27.11). Jeremias profetizou que o conhecimento do Senhor não seria ensinado nos dias da nova aliança porque todos o conheceriam pessoalmente (Jr 31.34; cf. Hb 6.11 eis 54.13).
Infelizmente, porém, é possível ensinar coisas más bem como as coisas boas. As cidades capturadas deveriam ser colocadas sob condenação para que não ensinassem a Israel as suas abominações pagãs (Dt 20.18).
O juízo é predito contra o profeta que ensina mentiras (Is 9.15) bem como sobre os sacerdotes que ensinam unicamente por interesses materiais (Mq 3.11). Uma pessoa indigna é representada ensinando (ou apontando) de forma insolente ou maliciosa com seu dedo (Pv 6.13). Os idólatras são expostos ao ridículo por sua crença de que os ídolos de madeira e pedra são capazes de ensinar algo aos seus devotos (Hc 2.19).
Educação. A educação principal ocorria em casa (Dt 4.10; 11.19). Os pais uniam-se neste treinamento inicial da criança (Pv 4.4,11; 31.1; Ct 8.2). Líderes da nação, sacerdotes, profetas, salmistas e sábios contribuíam para a educação geral de Israel. Além disso, alguns tiveram sem dúvida alguma a vantagem da instrução especializada na escola do palácio ou em outros locais de aprendizado, particularmente na história mais recente de Israel (por exemplo, Pv 1.1- 4; 1 Cr 25.7ss.). Daniel frequentou a academia real da Babilônia e foi ensinado no idioma e na literatura dos caldeus (Dn 1.4). As características de alguém que foi ensinado são a receptividade em relação à instrução, e a habilidade de incorporá-la e expressá-la (Is 50.4).
No Novo Testamento
Terminologia. Alguma forma da palavra “ensinar” é usada em várias versões para traduzir cinco termos gregos, quatro dos quais são precisamente traduzidos pela versão RSV em inglês.
1. O grego matheteuo, “ser” ou “fazer um discípulo” (Mt 28.19; At 14.21).
2.O grego paideuo, “educar” ou “treinar” (At 22.3; Tt 2.12).
3. O grego katecheo, “instruir” (1 Co 14.19; Gl 6.6 duas vezes).
4.O grego kataggello, “proclamar” (At 16.21; RSV “advogar”).
5. O grego sopkronizo, “encorajar”, “aconselhar” (Tt 2.4).
A versão RSV em inglês traz o termo “ensino” em Lucas 10.39 como a tradução do termo logos.
A ideia transmitida pela palavra “ensinar”, por seus cognatos e compostos reside inteiramente sobre alguma forma do verbo didasko.
DEUS como mestre. Paulo afirmou que sua pregação não consistia de palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas pelo ESPÍRITO (1 Co 2.13). O apóstolo absteve-se de falar sobre o amor fraterno aos tessalonicenses, porque afirmou que eles foram instruídos por DEUS a amarem-se uns aos outros (1Ts 4.9). O Senhor JESUS encorajou seus discípulos a não se preocuparem com o que deveriam dizer nas ocasiões de perigo e perseguição, porque naquela mesma hora o ESPÍRITO SANTO lhes ensinaria o que deveriam dizer (Lc 12.12). O ESPÍRITO SANTO, disse o nosso Senhor, viria como um Paracleto e ensinaria todas as coisas aos seus discípulos (Jo 14.26). A unção do ESPÍRITO é o tutor perpétuo do crente (1 Jo 2.27).
O Senhor JESUS como mestre. O ministério de JESUS por toda a Palestina é descrito como sendo essencialmente de ensino, seja para as multidões casuais ou para os seus próprios discípulos; quer nas sinagogas, nos lugares públicos, ou na audiência dos líderes religiosos (Lc 5.17). O efeito sobre suas reuniões era impressionante e reforçava a convicção de que Ele ensinava não como os escribas, mas como alguém que possuía autoridade (Mt 7.28ss.; 13.54; Mc 1.22; 6.2; cf. Lc 4.32). O Senhor JESUS afirmou que as palavras que Ele falava lhe haviam sido ensinadas por DEUS Pai (Jo 8.28), e que seu ensino vinha do Pai (Jo 7.16ss.). Seu ensino foi caracterizado pelo uso frequente de parábolas (Mc 4.2).
Nicodemos reconheceu que JESUS era um mestre vindo de DEUS, e que isto fora atestado por obras poderosas (Jo 3.2). Os principais dos sacerdotes e escribas o interrogaram quanto à fonte de sua autoridade de ensino (Mt 21.23; cf. Jo 18.19). Até mesmo os seus adversários admitiram francamente que o Senhor ensinava o caminho de DEUS imparcialmente, independente do temor ou do favor do homem (Mc 12.14; Lc 20.21; Mt 22.16; cf. Jo 18.19). Certamente, todos estavam admirados com seu ensino (Mt 7.28; 13.54; 22.33; Mc 1.22; 11.18) e perguntaram se era um novo ensino (Mc 1.27), Em seu circuito inicial na Galileia, CRISTO foi glorificado por todos devido ao seu ensino (Lc 4.15). Nos últimos dias de seu ministério, Ele estava diariamente no templo ensinando (Lc 19.47; 20.1; cf. Mc 14,49; Jo 18.20). Seu ministério foi caracterizado pela atividade que os judeus - entendendo mal algumas de suas declarações - questionavam, não sabendo se Ele iria ensinar a Diáspora e os gentios (Jo 7.35).
A reputação do Senhor JESUS CRISTO como mestre rapidamente lhe trouxe o respeitoso título de rabi (q.v.), ou raboní (“meu senhor”, um extraordinário título para um mestre distinto) por parte de seus discípulos (Mc 9.5; 11.21; Jo 1.49), daqueles que o ouviam (Mc 12,14; Jo 3.2), e até mesmo de seus inimigos (Lc 10.25; 11,45; 19.39; 20.28). Este título aramaico às vezes é deixado sem uma tradução, às vezes é interpretado, porém é mais frequentemente traduzido pela palavra grega didaskalos (“mestre” ou “professor"), que embora não seja uma tradução literal é verdadeira no sentido do contexto original. O Senhor JESUS aceitou este título como indicativo do verdadeiro relacionamento existente entre si mesmo, como mestre, e os seus seguidores, como discípulos (Jo 13.13; Lc 6.40; Mt 10.24ss.).
O tema central no ensino do Senhor JESUS era o reino de DEUS (Mt 5.2; 9.35). Lucas descreveu o relato de seu Evangelho como pertencendo a tudo o que JESUS começou tanto a fazer como a ensinar (At 1.1). Dentre as muitas lições que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos, os evangelistas escolheram várias para as suas menções particulares; por exemplo, o Sermão do Monte (q.v.); o pedido de seus discípulos para que lhes ensinasse a orar (Lc 11.1); sua rejeição, morte e ressurreição em Jerusalém (Mc 8.31; 9.31); e sua segunda vinda (Mt 24-25; Mc 13; Lc 17.20-27; 21).
Os apóstolos como mestres. Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar (Mc 6.30). Mais tarde, o Senhor mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois ao Pentecostes, que ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram, ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos mortos (At 4.2). O Concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar e pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) até que toda Jerusalém estivesse repleta de seu ensino (At 5.28).
Barnabé e Paulo ensinaram durante um ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor JESUS (Act 13.12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de casa em casa durante sua estada em Éfeso (At 20.20). Apoio, embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor (At 18,25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At 21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja. Paulo refere-se repetidamente à sua designação como mestre dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes ele declarou que o recebeu pela revelação de JESUS CRISTO (Gl 1.12). O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a sabedoria para que todo homem pudesse tomar- se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se tornarem pastores e doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos, profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou mais longo. E provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo permanente mente em Antioquia.
O papel do mestre na igreja era designado e desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28), A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a mestre é solenemente advertido de que esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso (Tg 3.1).
Mas embora existam aqueles que são especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja. Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2; cf 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6).
Outros usos. O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei no templo (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de mestre de Israel (Jo 3.10 etc.). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
Falso ensino. Entre os cristãos na Judéia havia aqueles que ensinavam a necessidade da circuncisão para a salvação, uma doutrina mais tarde repudiada pelo Concílio de Jerusalém (At 15.1). Paulo faz menção dos preceitos e ensinos humanos que prescrevem regulamentos rituais aos quais os cristãos não devem submeter-se (Cl 2,20-22), Ele adverte Timóteo que nos anos futuros alguns iriam afastar-se da fé dando ouvidos a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1), enquanto outros reuniriam em tomo de si mestres que se adequassem aos seus próprios desejos (2 Tm 4.3). Em outras passagens está previsto que os falsos mestres trarão heresias destrutivas à igreja (2 Pe 2.1).
Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
O autor da epístola aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que não permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24). E. R. D.
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA BIBLÍCA DOMINICAL
O crescimento na vida cristã não é algo automático. É necessário empenho no estudo da Bíblia. “Portanto, deixemos de lado os ensinos elementares a respeito de CRISTO e avancemos para a maturidade” (Hb 6.1). “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador” (2Pd 3.18). Por isso, o cristão tem o dever de ler e estudar a Palavra.
Na Escola Bíblica Dominical todos terão a oportunidade de estudar profundamente as Escrituras Sagradas. O estudo da Bíblia é necessário por vários motivos. Podemos citar dez deles:
1. Estudar a Bíblia nos prepara para toda boa obra: “Toda Escritura é inspirada por DEUS e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de DEUS seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17).
2. Sem estudo bíblico não somos verdadeiros discípulos de CRISTO. “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (Jo 8.31).
3. Estudar a Bíblia nos torna pessoas mais fortes e bem-aventuradas (Sl 1.1-3).
4. Estudar a Bíblia nos dá certeza da salvação: “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de DEUS” (1Jo 5.13).
5. Estudar a Bíblia nos dá confiança e poder na oração: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).
6. Estudar a Bíblia nos purifica e nos adverte contra o pecado: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3); “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
7. Estudando a Bíblia não caímos em armadilhas: “Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de DEUS!” (Mt 22.29).
8. Estudar a Bíblia nos dá alegria: “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.11).
9. Estudar a Bíblia nos orienta nas decisões importantes da vida: “A tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119.105).
10. Estudar a Bíblia é um dever: “Habite, ricamente, em vós a palavra de CRISTO” (Cl 3.16).
Neste ano estude a Bíblia a fundo conosco na Escola Bíblica Dominical e desfrute dessas maravilhosas promessas do Senhor.
 
 
Manual da Escola Dominical - Pr. Antonio Gilberto
I. O que é a Bíblia
É a revelação de DEUS à humanidade. Seu Autor é DEUS mesmo. Seu real intérprete é o ESPÍRITO SANTO. Seu assunto central é o Senhor JESUS CRISTO. Esta atitude para com a Bíblia é de capital importância para o êxito no seu estudo. Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com DEUS. Sendo a Bíblia a revelação de DEUS, ela expressa a vontade de DEUS. Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade. Certo autor anônimo corretamente declarou: “A Bíblia é DEUS falando ao homem; é DEUS falando através do homem; é DEUS falando como homem; é DEUS falando a favor do homem; mas) fé sempre DEUS falando!”
 
II. Porque devemos estudar a Bíblia
Dentre as muitas razões destacaremos algumas: A. Porque ela ilumina o caminho para DEUS (SI 119.105,130).
B. Porque ela é alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15.16; 1 Pe 2.1,2). Sabemos que a boa saúde aguça o apetite. Tens apetite pela Bíblia? Se só tens apetite por leituras sem proveito, terás fastio pela Bíblia, o que é um mau sinal. Cuida disso...
C. Porque ela é o instrumento que o ESPÍRITO SANTO usa na sua operação (Ef 6.17). Se queres que o ESPÍRITO SANTO opere em ti, inclusive no ministério da oração (Jd v.20), procura ter 0 instrumento que Ele utiliza — a Palavra de DEUS. E que na oração precisamos apoiar nossa fé nas promessas de DEUS, e essas promessas estão na Bíblia! D. Porque ela nos vivifica (SI 119.107).
 
III. Como devemos estudar a Bíblia
Dentre as várias formas destacamos algumas.
A. Leia a Bíblia conhecendo seu Autor: DEUS (Is 34.16; Jr 1.12). Assim sendo, Ele mesmo no-la revelará (Lc 24.45; 1 Co 2.10,12,13). Ninguém pode melhor explicar um livro do que o seu autor. A Bíblia é um livro de compreensão fácil e ao mesmo tempo difícil, mas, se conhecermos o seu Autor a compreensão torna-se mais fácil.
B. Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19). Fazendo assim, alimentar-te-ás diretamente na mesa divina. O crente que não lê sua Bíblia, só recebe este alimento quando alguém o põe em sua boca... Considera perdido o dia em que não leres tua Bíblia.
C. Leia a Bíblia com oração (SI 119.18; Ef 1.16,17). Na presença do Senhor em oração, as coisas ocultas são reveladas. Quando lemos a Bíblia, DEUS fala conosco; quando oramos falamos com DEUS. A Bíblia e a oração completam-se.
D. Leia a Bíblia aplicando-a a si próprio. Há pessoas que na leitura da Bíblia, tudo que é bênção, conforto, promessas, elas aplicam a si; tudo o que é ameaça, exortação, aviso, aplicam aos outros. Leia a Bíblia na atitude de Josué para com o Senhor, manifesto como varão (um dos casos de teofania do Antigo Testamento), conforme está narrado em Josué 5.14b: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” Não devemos “importar” mensagens para a Bíblia e sim “exportar” dela. Muitos não recebem nada da Bíblia, porque já se acercam dela com suas próprias idéias, sua própria “teologia”, querendo enxertar tudo isso na revelação divina. Cheguemos à Bíblia de mente limpa e coração aberto e receptivo à sua divina mensagem e seremos abençoados.
E. Leia a Bíblia toda. Na Bíblia, nada é dito de uma vez, nem uma vez por todas. Conclusão: se você não ler a Bíblia toda, não pode conhecer a verdade divina completa. Não esperes compreender a Bíblia toda (Dt 29.29). É evidente que DEUS sabe infinitamente mais que todos os homens juntos. A Bíblia sendo um livro divino é inesgotável. Não existe entre os homens ninguém “formado” na Bíblia. Como o irmão pensa entender um livro que nem sequer o leu todo ainda?
 
IV. Como podemos entender a Bíblia Isto é, condições para entendermos a Bíblia. Aqui estão algumas:
A. Crendo nós no que ela ensina, sem duvidar. A dúvida é um empecilho à compreensão das Escrituras (Lc 24.21,25).
B. Lendo-a por amor e prazer e com fome de aprender as coisas de DEUS (Pv 2.3-5; Me 12.37; 1 Pe 2.2). O irmão já notou a fome que têm os recém-nascidos? As mães que o digam!!! Como está o seu apetite espiritual pela Palavra de DEUS? Com a mente devemos aprender e memorizar a Bíblia, e com o coração amá-la (Hb 10.16). Há pessoas que sabem quase a Bíblia toda de memória. Isso é louvável. Contudo, é melhor um versículo no coração, sendo amado e obedecido, do que dez apenas na cabeça. “Ponde no coração” (Dt 6.6). É de admirar haver pessoas que acham tempo para ler, ouvir e ver tudo, menos a Palavra de DEUS. Resultado: comem tanto outras coisas que perdem o apetite pela Palavra de DEUS. E justo e próprio ler boas coisas; melhor ainda é nos ocuparmos com a Bíblia. E também de estarrecer o fato que muitos líderes de igrejas não levam seu povo a ler a Bíblia. Ao crente não basta assistir aos cultos, ouvir sermões e testemunhos, assistir a estudos bíblicos, ler boas obras de cultura bíblica em geral. E preciso a leitura bíblica individual, pessoal, diuturna e seguida.
C. Crescendo sempre espiritualmente. DEUS não pode revelar uma coisa para a qual você não tem estatura espiritual (Me 4.33; Hb 5.13,14). Criancinhas só podem comer coisas leves. Procure aprofundar-se na sua vida espiritual. Nossa compreensão da Bíblia depende em grande parte da profundidade da nossa comunhão com DEUS. A planta da parábola definhou e morreu porque o terreno era raso (Mt 13.5,6). Sim, a Palavra de DEUS deve ser estudada, ao mesmo tempo em que o DEUS da Palavra deve ser amado e adorado.
D. Sendo cheio do ESPÍRITO SANTO. Ele conhece as coisas profundas de DEUS (1 Co 2.10). E. Sendo humilde (Tg 1.21). DEUS revela seus segredos aos humildes (Mt 11.25), isto é, os submissos ao Senhor e obedientes à sua Palavra. Quanto maior for a nossa comunhão com DEUS, mas humildes seremos. Numa árvore frutífera os galhos mais carregados são os que se abaixam mais. A graça de DEUS está reservada aos humildes (1 Pe 5.5). Quando chove, os terrenos mais baixos são os primeiros que recebem água com abundância...
F. Disposição de agradar a DEUS. Estando disposto a obedecer à verdade revelada (SI 119.33; Pv 2.1,2,5; Jó 7.17; 13.17). Para isso, ao leres a Bíblia, aplica-a primeiro a ti mesmo. Evita ser apenas curioso e especulador. G. Participando de reuniões de estudo bíblico. DEUS tem vasos escolhidos não só para pregar mas também para ensinar (1 Co 12.28). Há crentes que gostam de todos os tipos de reuniões, menos as de estudo bíblico. Devemos querer ser de Apoio — o pregador, mas também de Paulo — o mestre (1 Co 3.4).
 
V. Observações úteis e práticas no manuseio e estudo da Bíblia
A. Quanto ao manuseio da Bíblia
1. Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de DEUS. A nossa memória falha com o tempo. Distribua seus apontamentos por assuntos previamente escolhidos e destacados uns dos outros. Use um livro de folhas soltas (livro de argola) com projeções e índice, para isso. Se não houver organização nos apontamentos, eles não prestarão serviço algum.
2. Aprenda a ler e escrever referências bíblicas. Um sistema simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras, sem ponto abreviativo, para cada livro da Bíblia. Entre capítulo e versículo põe-se apenas um ponto. No índice das Bíblias editadas pela SBB pode ver-se a lista dos livros assim abreviados. Exemplos de referências por esse sistema: 1 Jó 2.4 (1 João, capítulo 2, versículo 4). Jó 2.4 (Jó, capítulo 2, versículo 4). Jn 2.4 (Jonas, capítulo 2, versículo 4). 1 Pe 5.5 (1 Pedro, capítulo 5, versículo 5). Fp 1.29 (Filipenses, capítulo 1, versículo 29). Fm v. 14 (Filemom, versículo 14). O sistema tradicional adota dois pontos (:) entre capítulo e versículo, não tendo padronização na abreviatura dos livros.
3. Diferença entre texto, contexto, referência, e inferência.
a. Texto. São as palavras contidas numa passagem.
b. Contexto. É a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro, como é o caso do livro de Provérbios.
c. Referência. É a conexão direta entre determinado assunto. Além de indicar livro, capítulo e versículo, a referência pode levar outras indicações; depende da clareza que se queira dar, como: • Indicação da parte inicial de um versículo: Rm 11.17a.
• Indicação da parte final de um versículo: Rm 11.17b.
• Indicação de versículos que se seguem ou não até o fim do capítulo em estudo: Rm 11.17ss.
• Recomendação para não se deixar de ler o texto indicado no momento: “qv”. Vem da expressão latina quod vide = que veja.
• Recomendação para que se compare; confira ou confronta o texto indicado: “cf’. Vem do latim confere. As referências podem ser verbais ou reais, estas também chamadas autênticas. Referência verbal é um paralelismo de palavras; a real, dá idéias. Se isto não for levado em consideração pelo professor, pode conduzir a graves erros de compreensão e interpretação do texto bíblico. As verbais nem sempre tratam do mesmo assunto. Por exemplo: o vocábulo Fé tem vários sentidos nas Escrituras. Outro exemplo é o vocábulo Lei, que só na Epístola aos Romanos aparece com vários sentidos. Também “sabedoria” em Provérbios refere-se à divina. Em Eclesiastes, à humana. A referência verbal pode ser de nomes próprios, como por exemplo em Esdras 8.16, onde temos num mesmo versículo mais de uma pessoa com o mesmo nome. Cuidado, pois! Já as referências reais ou autênticas tratam sempre do mesmo assunto. Por exemplo: Zacarias 14.4,5 e Judas v. 14 são referências reais sobre a volta de CRISTO em glória, quando seus pés tocarão o monte das Oliveiras. Outras do mesmo grupo são: Mateus 25.31; 2 Tessalonicenses 2.8; Apocalipse 1.7; 19.11ss.
d. Inferência. É uma conexão indireta entre assuntos; uma ilação ou conclusão que se faz.
4. Manuscritos bíblicos e versões da Bíblia. Manuscritos são cópias dos originais. Versões são traduções de manuscritos. Quanto aos manuscritos originais, disso falaremos no capítulo seguinte.
5. Siglas das diferentes versões em vernáculo. O uso dessas siglas poupa tempo e facilita o trabalho do professor ou estudante da Bíblia. ARC: Almeida Revista e Corrigida. É a Bíblia antiga de Almeida, que vem sendo impressa desde longa data pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Sociedade Bíblica do Brasil, e outras agências publicadoras como a CPAD. ARA: Almeida Revista e Atualizada. E a Bíblia de Almeida, revista e publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil, completa, a partir de 1958. FIG: Antonio Pereira de Figueiredo. Impressa pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, Londres. SOARES: Matos Soares. Versão popular dos católicos brasileiros (Edições Paulinas). CBSP: Centro Bíblico de São Paulo. Edição católica popular da Bíblia, São Paulo. TR BR: Tradução Brasileira, publicada pela primeira vez em 1917. VIBB: Versão da Imprensa Bíblica Brasileira. Para detalhes dessas versões ver o Cap. II. ECA: Edição Contemporânea de Almeida, publicada pela Editora Vida. SBT: Versão de Almeida, da Sociedade Bíblica Trinitariana.
6. O tempo cronológico antes e depois de CRISTO. É indicado pelas letras: a.C. = Antes de CRISTO. São as iniciais dessas duas palavras. d.C. = Depois de CRISTO. Esta abreviatura ou redução, corresponde noutros idiomas a AD, do latim Anno Domini, isto é, ano do Senhor, em alusão ao nascimento de JESUS.
7. Manuseio do volume sagrado. Obtenha completo domínio do manuseio da Bíblia, a fim de encontrar com rapidez qualquer referência bíblica. JESUS tinha essa habilidade. Em Lucas 4.17 diz que Ele “achou o lugar onde estava escrito”. Ora, naquele tempo, isso era muito mais difícil do que hoje com o progresso da indústria gráfica, visto que naquele tempo os livros tinham a forma de rolos. Não era tão fácil achar a passagem que se queria.
 
B. Quanto ao estudo da Bíblia
1. Conhecemos a DEUS, de fato, não primeiramente estudando a Bíblia, mas amando-0 de todo o coração e crescendo em comunhão com Ele (Jó 14.21,23; 1 Jó 4.7).
2. A Bíblia é destinada ao coração (para ser amada), e à mente (para ser estudada, entendida — Hb 10.16).
3. É nulo o conhecimento espiritual destituído de fé (Hb 4.2).
VI. Fontes de consulta O professor precisa ter sua biblioteca particular. O grande apóstolo Paulo tinha suas fontes de consulta (2 Tm 4.13). Sempre houve muitos livros no mundo. Salomão no seu tempo já dizia: “Não há limite para fazer livros” (Ec 12.12). Não se trata de ter muitos livros, mas tê-los bons, abrangendo cultura secular e cultura bíblica em geral. Livros há que só servem para alimentar o fogo (At 19.19). Aqui estão algumas boas fontes de consulta: - A Bíblia. Se possível, todas as legítimas versões em português. - Dicionário de Português - Dicionário Bíblico - Gramática da Língua Portuguesa - Concordância Bíblica, para localizar versículos. - Chave Bíblica, para resumo dos livros. - Comentários Bíblicos - Manuais de Doutrina - Atlas Bíblico - Didática Aplicada - Apontamentos individuais (caderno, fichário, etc.) Observações sobre fontes de consulta
• Os litros comuns podem ser bons, mas não são substitutos da Bíblia. Leia e estude primeiramente a Bíblia e depois os outros livros.
• Há pessoas que após lerem determinado livro, passam a ser um mero ecoou reflexo dele. Devemos ser cautelosos nisso.
• Há divergência entre autores de livros, dado as diferentes escolas e correntes teológicas; mas na Bíblia não há divergência! Portanto ela é sempre a autoridade suprema e principal; a pedra de toque.
• Devemos estudar a Bíblia não pela luz deste ou daquele teólogo, mas pela luz do ESPÍRITO de DEUS, sentindo sempre seu toque, direção e prumo.
• Não devemos levar mais tempo com os livros comuns, do que com a Bíblia mesma.
• E notável que o Novo Testamento inicia com o vocábulo livro (Mt 1.1). Os que não gostam de livros como se situarão aqui?!
 
Questionário
1. Que é a Bíblia, em resumo?
2. Qual o assunto central da Bíblia?
3. Dê três razões por que devemos estudar a Bíblia. Acrescente referências bíblicas.
4. Dê três maneiras como devemos estudar a Bíblia. Acrescente referências bíblicas.
5. Dê três condições como podemos entender a Bíblia. Acrescente referências bíblicas.
6. Como fazer apontamentos de meditações na Palavra?
7. Qual o sistema mais simples e rápido de escrever referências bíblicas? Dê exemplo.
8. Em se tratando do texto bíblico, qual a diferença entre: texto, contexto, referência e inferência?
9. Que é referência verbal?
10. Que é referência real ou autêntica?
11. Indique abreviadamente por siglas, as diferentes versões da Bíblia em português.
12. Como podemos crescer no conhecimento de DEUS? Dê referências.
13. A Bíblia é destinada à mente humana — para quê? E, ao coração, para quê? Cite a competente referência.
14. Em que resulta o conhecimento das coisas espirituais destituído de fé? Dê a referência estudada.
 
 
A Bíblia como o Palavra de DEUS - Bíblia Através dos Séculos - Pr. Antônio Gilberto da Silva
Em resumo, notam-se na Bíblia duas coisas: o Livro e a Mensagem. No capítulo anterior, estudamos a Bíblia como livro; agora a estudaremos como a palavra ou mensagem de DEUS. O estudo da Bíblia tem por finalidade precípua o conhecimento de DEUS. Isso é visto desde o primeiro versí­culo dela, do qual se nota que tudo tem o seu centro em DEUS. Portanto, a causa motivante de ensinar a Bíblia aos outros deve ser a de levá-los a conhecer a DEUS. Se chegar­mos a conhecer o Livro e falharmos em conhecer a DEUS, erramos no nosso propósito, e também o propósito de DEUS por meio do seu Livro seria baldado.
Que as Escrituras são de origem divina é assunto resol­vido. DEUS, na sua palavra, é testemunha concernentemente a si mesmo. Quem tem o ESPÍRITO de DEUS deposita toda a confiança nela como a Palavra de DEUS, sem exigir provas nem argumentos. Portanto, sob o ponto de vista le­gal, a Bíblia não pode estar sujeita a provas e argumentos. Apresentamos algumas provas da Bíblia como a Palavra de DEUS, não para crermos que ela é divina, mas porque cremos que ela é divina. É satisfação para nós, crentes na Bíblia, podermos apresentar evidências externas daquilo que cremos internamente, no coração.
O presente século é caracterizado por ceticismo, racionalismo, materialismo e outros "ismos" sem conta. A Bíblia, em meio a tais sistemas, sempre sofre grandes ameaças. Até há pouco tempo, a luta do Diabo visava des­truir o próprio Livro, mas vendo que não conseguia isso, mudou de tática e agora procura perverter a mensagem do Livro. Seitas e doutrinas falsas proliferam por toda parte coadjuvadas pelo fanatismo e ignorância prevalecentes em muitos lugares. Nossa crença na Bíblia deve ser convicta, sólida e fundamental; não deve ser jamais um eco ou refle­xo dos outros. Se alguém lhe perguntar, leitor: "Por que você crê que a Bíblia é a Palavra de DEUS?" - saberá você responder adequadamente? Muitos crentes têm sua crença na Bíblia desde a infância, através dos pais, etc, mas nun­ca fizeram um estudo profundo e acurado para verificarem a realidade da origem divina da Bíblia. Apresentamos ago­ra algumas provas da origem divina da Bíblia, as quais evi­denciam esse Livro como a Palavra de DEUS.

I. A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA (1ª prova)
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de DEUS. (Ver 2 Timóteo 3.16 no original.) - Que vem a ser "inspiração divina"? - Para melhor compreen­são, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisio­lógico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que temos fôlego para falar. Daí o di­tado "Falar é fôlego". Quando estamos falando, o ar é ex­pelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, DEUS, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu ESPÍRITO! Portanto, inspira­ção divina é a influência sobrenatural do ESPÍRITO SANTO como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.
A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de DEUS, pois a expressão "Assim diz o Senhor", como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes. Foi o ESPÍRITO de DEUS quem falou através dos escritores. (Ver 2 Crônicas 20.14; 24.20; Ezequiel 11.5). DEUS mesmo dá tes­temunho da sua Palavra. (Ver Salmo 78.1; Isaías 51.15,16; Zacarias 7.9,12). Os escritores, por sua vez, evidenciam ter inspiração divina. (Ver 2 Reis 17.13; Neemias 9.30; Mateus 2.15; Atos 1.16; 3.21; 1 Coríntios 2.13; 14.37; Hebreus 1.1; 2 Pedro 3.2.)
Teorias falsas da inspiração da Bíblia
Quanto à inspiração da Bíblia, há várias teorias falsas, que o estudante não deve ignorar. Umas são muito antigas, outras bem recentes, e ainda outras estão surgindo por aí afora. Nalgumas delas, para maior confusão, a verdade vem junto com o erro, e muitos se deixam enganar. Veja­mos as principais teorias falsas da inspiração da Bíblia.
a. A teoria da inspiração natural, humana, ensina que a Bíblia foi escrita por homens dotados de gênio e força inte­lectual especiais, como Milton, Sócrates, Shekespeare, Camões, Rui, e inúmeros outros. Isto nega o sobrenatural. É um erro fatal de consequências imprevisíveis para a fé. Os escritores da Bíblia reivindicam que era DEUS quem fa­lava através deles (2 Sm 23.2 com At 1.16; Jr 1.9 com Ed 1.1; Ez 3.16,17; At 28.25, etc.)
b. A teoria da inspiração divina comum ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia é a mesma que hoje nos vem quando oramos, pregamos, cantamos, ensinamos, an­damos em comunhão com DEUS, etc. Isto é errado, porque a inspiração comum que o ESPÍRITO nos concede: a) Admite gradação, isto é, o ESPÍRITO SANTO pode conceder maior co­nhecimento e percepção espiritual ao crente, à medida que este ore, se consagre e procure a santificação, ao passo que a inspiração dos escritores na Bíblia não admite graus. O escritor era ou não era inspirado, b) A inspiração comum pode ser permanente (1 Jo 2.27), ao passo que a dos escri­tores da Bíblia era temporária. Centenas de vezes encon­tramos esta expressão dos profetas: "E veio a mim a pala­vra do Senhor", indicando o momento em que DEUS os to­mava para transmitir a sua mensagem.
c. A teoria da inspiração parcial ensina que algumas partes da Bíblia são inspiradas, outras não; que a Bíblia não é a Palavra de DEUS, mas apenas contém a Palavra de DEUS. - Se esta teoria fosse verdadeira, estaríamos em grande confusão, por que quem poderia dizer quais as par­tes inspiradas e quais as não-inspiradas? A própria Bíblia refuta isso em 2 Timóteo 3.16 (ARA). Também em Marcos 7.13, o Senhor aplicou o termo "A Palavra de DEUS" a todo o Antigo Testamento. (Quanto ao Novo Testamento, ver João 16.12 e Apocalipse 22.18,19.)
d. A teoria do ditado verbal ensina a inspiração da Bíblia só quanto às palavras, não deixando lugar para a atividade e estilo do escritor, o que é patente em cada li­vro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de fa­tos conhecidos (Lc 1.4). Esta falsa teoria faz dos escritores verdadeiras máquinas, que escreveram sem qualquer no­ção de mente e raciocínio. DEUS não falou pelos escritores como quem fala através de um alto-falante. DEUS usou as faculdades mentais deles.
e. A teoria da inspiração das idéias ensina que DEUS inspirou as idéias da Bíblia, mas não as suas palavras. Es­tas ficaram a cargo dos escritores. - Ora, o que é a palavra na definição mais sumária, senão "a expressão do pensa­mento"? Tente o leitor agora mesmo formar uma ideia sem palavras... Impossível! Uma ideia ou pensamento inspira­do só pode ser expresso por palavras inspiradas. Ninguém há que possa separar a palavra da ideia. A inspiração da Bíblia não foi somente "pensada"; foi também "falada". (Ver a palavra "falar" em 1 Coríntios 2.13; Hebreus 1.1; 2 Pedro 1.21.) Isto é, as palavras foram também inspiradas (Ap 22.19). Dum modo muito maravilhoso, vemos a inspi­ração das palavras da Bíblia, não só no emprego da pala­vra exata, mas também na ordem em que elas são empre­gadas; no original, é claro. Apenas três exemplos: Jó 37.9 e 38.19 (a palavra precisa); 1 Coríntios 6.11 (ordem das pala­vras no seu emprego).
A teoria correta da inspiração da Bíblia é a chamada Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espíri­to de DEUS que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, po­rém sob uma influência tão poderosa do ESPÍRITO SANTO, que o que eles escreveram foi a Palavra de DEUS. Explicar como DEUS agiu no homem, isso é difícil! Se, no ser huma­no, o entrosamento do espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamen­to do ESPÍRITO de DEUS com o espírito do homem! Ao acei­tarmos JESUS como Salvador, aceitamos também a Palavra escrita como a revelação de DEUS. Se o aceitamos, aceita­mos também a sua Palavra. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento. Depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer servo de DEUS pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.
Diferença entre "revelação" e "inspiração" (no tocante à Bíblia)
Revelação é a ação de DEUS pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas, o que o homem, por si só, não podia saber. Exemplos: Daniel 12.8; 1 Pedro 1.10,11. (Quanto à inspiração, já foi dada a sua definição no início deste capítulo.) A inspiração nem sempre implica em reve­lação. Toda a Bíblia foi inspirada por DEUS, mas nem toda ela foi dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspira­do a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evan­gelho que traz o seu nome. (Ver Lucas 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presen­ciara, como relata o Pentateuco.
Exemplos de partes da Bíblia que foram dadas por re­velações:
a. Os primeiros capítulos de Gênesis. Como escreveria Moisés sobre um assunto anterior a si mesmo? Se não foi revelação, deve ter lançado mão de escritores existentes. Há uma antiga tradição hebraica que declara isto.
b. José interpretando os sonhos de Faraó (Gn 40.8; 41.15,16,38,39).
c. Daniel declarando ao rei Nabucodonosor o sonho que este havia esquecido, e em seguida interpretando-o (Dn 2.2-7,19,28-30).
d. Os escritos do apóstolo Paulo. Ora, Paulo não andou com o Senhor JESUS. Ele creu por volta do ano 35 d.C, po­rém, em suas epístolas, conduz-nos a profundezas de ensino doutrinário sobre a Igreja, inclusive no que tange à escatologia. Assuntos de primeira grandeza sobre a regenera­ção, justificação, paracletologia, ressurreição, glorificação, etc, são abordados por ele. - Como teve Paulo conheci­mento de tudo isso? Ele mesmo no-lo diz em Gálatas 1.11,12 e Efésios 3.3-7: por revelação! Nos seus escritos, há passagens onde essa revelação é bem patente, como em 1 Coríntios 11.23-26, onde ele diz: "Porque eu recebi do Se­nhor o que também vos ensinei..." Por sua vez, o capítulo 15 de 1 Coríntios, também por ele escrito, é a passagem mais profunda e completa da Bíblia sobre a ressurreição. Diferença entre declarações da Bíblia e registro de de­clarações
A Bíblia não mente, mas registra mentiras que outros proferiram. Nesses casos, não é a mentira do registro que foi inspirada, e sim o registro da mentira. A Bíblia registra que o insensato diz no seu coração "Não há DEUS" (SI 14.1). Esta declaração "Não há DEUS" não foi inspirada, mas inspirado foi o seu registro pelo escritor. Outro exem­plo marcante é o do caso da morte do rei Saul. Este morreu lançando-se sobre sua própria espada (1 Sm 31.4); no en­tanto, o amalequita que trouxe a notícia de sua morte, mentiu, dizendo que fora ele quem matara Saul (2 Sm 1.6-10). Ora, o que se deu aí foi apenas o registro da declaração do amalequita, mas não significa que a Bíblia minta. Há muitos desses casos que os inimigos da Bíblia aproveitam para desfazer dos santos escritos. A Bíblia registra, inclusi­ve, declarações de Satanás. Suas declarações não foram inspiradas por DEUS, e sim o registro delas. Sansão mentiu mais de uma vez a Dalila; a Bíblia não abona isso, apenas registra o fato (Jz cap. 16). Durante a leitura bíblica, é pre­ciso verificar: quem está falando, para quem está falando, para que tempo está falando, e em que sentido está falan­do.

II. A PERFEITA HARMONIA E UNIDADE DA BÍBLIA (2ª prova)
A existência da Bíblia até os nossos dias só pode ser ex­plicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Esses homens, na maior parte dos casos, não se conhece­ram. Viveram em lugares distantes de três continentes, es­crevendo em duas línguas principais. Devido a estas cir­cunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, séculos depois, um outro completa­va-o, com tanta riqueza de detalhes, que somente um livro vindo de DEUS podia ser assim. Uma obra humana, em tais circunstâncias, seria uma babel indecifrável!
Consideremos alguns pormenores dessa harmonia.
a. Os escritores foram homens de todas as atividades da vida humana, daí a diversidade de estilos encontrados na Bíblia. Moisés foi príncipe e legislador, além de general. Josué foi um grande comandante. Davi e Salomão, reis e poetas. Isaías, estadista e profeta. Daniel, chefe de estado. Pedro, Tiago e João, pescadores. Zacarias e Jeremias, sa­cerdotes e profetas. Amos era homem do campo: cuidava de gado. Mateus, funcionário público. Paulo, teólogo e eru­dito, e assim por diante. Apesar de toda essa diversidade, quando examinamos os escritos desses homens, sob tantos estilos diferentes, verificamos que eles se completam, tra­tando de um só assunto! O produto da pena de cada um deles não gerou muitos livros, mas um só livro, poderoso e coerente!
b. As condições. Não houve uniformidade de condições na composição dos livros da Bíblia. Uns foram escritos na cidade, outros no campo, no palácio, em ilhas, em prisões e no deserto. Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias pa­ragens do deserto. Jeremias, nas trevas e sujidade da masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escre­veu muitas de suas epístolas nas prisões. João, no exílio, na ilha de Patmos. Apesar de tantas diferentes condições, a mensagem da Bíblia é sempre única. O pensamento de DEUS corre uniforme e progressivo através dela, como um rio que, brotando de sua nascente, vai engrossando e au­mentando suas águas até tornar-se caudaloso. A mensa­gem da Bíblia tem essa continuidade maravilhosa!
c. Circunstâncias. As circunstâncias em que os 66 livros foram escritos também são as mais diversas. Davi, por exemplo, escreveu certas partes de seus trabalhos no calor das batalhas; Salomão, na calma da paz... Há profetas que escreveram em meio a profunda tristeza, ao passo que Jo­sué escreveu durante a alegria da vitória. Apesar da plura­lidade de condições, a Bíblia apresenta um só sistema de doutrinas, uma só mensagem de amor, um só meio de sal­vação. De Gênesis a Apocalipse há uma só revelação, um só pensamento, um só propósito.
d. A razão dessa harmonia e unidade. Se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inex­plicável. Suponhamos que 40 dos melhores escritores atuais, providos de todo o necessário, fossem isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada um com a missão de escrever uma obra sua. Se no final reuníssemos todas as obras, jamais teríamos um conjunto uniforme. Seria a pior miscelânea imaginável! - Concorda o leitor? Pois bem, imagine isto acontecendo nos antigos tempos em que a ve­lha Bíblia foi escrita... A confusão seria muito maior! Não havia meios de comunicação, nem facilidades materiais, mas dificuldades de toda a sorte. IMAGINE O QUE SE­RIA A BÍBLIA SE NÃO FOSSE A MÃO DE DEUS!
Não há na Bíblia contradição doutrinária, histórica ou científica. Uma coisa maravilhosa é que esta unidade não jaz apenas na superfície; quanto mais profundo for o estu­do, tanto mais ela aparecerá. Há, é certo, na Bíblia, apa­rentes contradições. Seus inimigos sustentam haver erros nela em grande quantidade. Mas o que acontece é que es­tando alguém com uma trave no olho (Mt 7.3-5), sua visão fica deformada. Um espírito farisaico, cepticista e orgulho­so, sempre achará falhas na Bíblia, geralmente porque já se dirige a ela com idéias preconcebidas e falsas.
Há uma história interessante de uma senhora que esta­va falando das roupas amarelas que sua vizinha punha a secar no varal, porém, na semana seguinte, lavando ela sua vidraça e olhando para fora, disse - a vizinha mudou muito; suas roupas estão alvas agora... Mas eram suas vi­draças que estavam sujas! A diferença estava aí.
Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação aos sentidos do texto, etc. Portanto, quan­do encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, NÃO PENSEMOS LOGO QUE É ERRO! Saibamos refletir como Agostinho, que disse: "Num caso desses, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original, ou então -sou eu mesmo que não consigo entender..."
Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo como os 66 livros se encontraram e se agruparam num só volume. Isto foi obra de DEUS! Sabemos que os es­critores não escreveram os 66 livros de uma vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num só volu­me, mas em intervalos, durante 16 séculos, e, em lugares que vão da Babilônia a Roma!
Finalizando o estudo desta prova da Bíblia como Pala­vra de DEUS, reiteramos que a perfeita harmonia desse li­vro é, para a mente humilde e sincera, uma prova incon­testável da sua origem divina. É uma prova de que uma única mente via tudo e guiava os escritores.
Suponhamos que, na cidade onde moramos, um edifí­cio fosse ser construído com pedras a serem preparadas em várias partes do Brasil. Chegadas as pedras, ao serem colo­cadas, encaixavam-se perfeitamente na construção, satis­fazendo todos os detalhes e requisitos da planta. - Que di­ria o leitor se tal fato acontecesse? - Que apenas um arqui­teto dirigira os operários nas diversas pedreiras, dando mi­nuciosas instruções a cada um deles. É o caso da Bíblia - O Templo da verdade de DEUS. As "pedras" foram prepara­das em tempos e lugares remotos, mas ao serem postas juntas, combinaram-se perfeitamente, porque atrás de cada elemento humano estava em operação a mente infini­ta de DEUS!

III. A APROVAÇÃO DA BÍBLIA POR JESUS (3ª Prova)
Inúmeras pessoas sabem quem é JESUS; crêem que Ele fez milagres; crêem em sua ressurreição e ascensão, mas... não crêem na Bíblia! Essas pessoas precisam conhecer a atitude e a posição de JESUS quanto à Bíblia. Ele leu-a (Lc 4.16-20); ensinou-a (Lc 24.27); chamou-a "A Palavra de DEUS" (Mc 7.13); e cumpriu-a (Lc 24.44).
A última referência citada (Lc 24.44) é muito maravi­lhosa, porque aí JESUS põe sua aprovação em todas as Es­crituras do Antigo Testamento, pois Lei, Salmos e Profetas eram as três divisões da Bíblia nos dias do Novo Testa­mento.
JESUS também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17). Viveu e procedeu de conformidade com elas (Lc 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo ESPÍRITO SANTO (Mc 12.35,36). No deserto, ao derrotar o grande ini­migo, fê-lo com a Palavra de DEUS (Dt 6.13,16; 8.3).
Nota - O título "Sagradas Escrituras" ou "Escrituras" pode vir no plural ou singular, porém sempre com letra maiúscula. Exemplos no plural: Mateus 21.42; Lucas 24.32; João 5.39. No singular: João 7.38,42; 19.36,37; 20.9; Atos 8.32. No singular e com minúscula refere-se a uma passagem particular: Marcos 12.10; Lucas 4.21; Atos 1.16 -(todas no ARC: a ARA põe tudo em maiúsculas). "Sagra­das Escrituras", ou "A Sagrada Escritura", é o nome sa­grado da revelação divina, assim como "Testamento" é o seu nome de compromisso, e "Bíblia", seu nome como li­vro.
O leitor poderá dizer: - "Tratamos do Antigo Testa­mento, e, do Novo?" - Bem, quanto ao Novo Testamento, em João 14.26, o Senhor JESUS, antecipadamente, pôs o selo de sua aprovação divina ao declarar: "O ESPÍRITO San­to... vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". Assim sendo, o que os apósto­los ensinaram e escreveram não foi a recordação deles mes­mos, mas, a do ESPÍRITO SANTO. No mesmo Evangelho, capítulo 16.13,14, o Senhor disse ainda que o ESPÍRITO San­to os guiaria em "toda a verdade"; portanto, no NT temos a essência da revelação divina. No versículo 12 do citado capítulo, JESUS mostrou que seu ensino aqui foi parcial, de­vido à fraqueza dos discípulos, mas ao mesmo tempo de­clarou que o ensino deles, sob a ação do ESPÍRITO SANTO, se­ria completo e abrangeria toda a esfera da verdade divina.
Diante de tudo que acabamos de dizer, quem aceita a autoridade de CRISTO, aceita também as Escrituras como de origem divina, tendo em vista o testemunho que delas dá o Senhor JESUS. - Quem pode apresentar argumentos? 40

IV. O TESTEMUNHO DO ESPIRITO SANTO DENTRO DO CRENTE, QUANTO À BÍBLIA (4ª prova)
Em cada pessoa que aceita JESUS como Salvador, o ESPÍRITO SANTO põe em sua alma a certeza quanto à autori­dade da Bíblia. É uma coisa automática. Não é preciso ninguém ensinar isso. Quem de fato aceita JESUS, aceita também a Bíblia como a Palavra de DEUS, sem argumen­tar. Em João 7.17, o Senhor JESUS mostra como podemos ter dentro de nós o testemunho do ESPÍRITO SANTO quanto à autoria divina da Bíblia: "Se alguém quiser fazer a vonta­de de DEUS..." Assim como o ESPÍRITO SANTO testifica que nós, os crentes, somos filhos de DEUS (Rm 8.16), testifica-nos também que a Bíblia é a mensagem de DEUS para nós mesmos. Esse testemunho do ESPÍRITO SANTO no interior do crente, no tocante às Escrituras, é superior a todos os argu­mentos humanos! É aqui que labora em erro a Igreja Ro­mana, ao afirmar que, para se crer na origem divina da Bíblia é preciso decisão da referida igreja, como se a verda­de de DEUS dependesse da opinião de homens, como bem o disse o teólogo e reformador Calvino.

V. O CUMPRIMENTO FIEL DAS PROFECIAS DA BÍBLIA (5ª prova)
O Antigo Testamento é um livro de profecias (Mt 11.13). O Novo Testamento, em grande parte, também o é. Referimo-nos aqui, evidentemente às profecias no sentido preditivo. Há, no Antigo Testamento, duas classes dessas profecias: as literais, e as expressas por tipos e símbolos. Destas há inúmeras no Tabernáculo (Hb 10.1). Muitas profecias da Bíblia já se cumpriram no passado, em senti­do parcial ou total; muitas outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras ainda se cumprirão no futuro. As pro­fecias sobre o Messias, proferidas séculos antes de seu nas­cimento, cumpriram-se literalmente e com toda a precisão quanto a tempo, local e outros detalhes. Por exemplo: Gê­nesis 49.10; Salmo 22; Isaías 7.14; 53 (todo); Daniel 9.24-. 26; Miquéias 5.2; Zacarias 9.9 etc. Outro ponto saliente nas profecias bíblicas é o referente à nação israelita. A Bíblia prediz sua dispersão, seu retorno, sua restauração e seu progresso material e espiritual. Exemplos: Levítico 26.14,32,33; Deuteronômio 4.25-27; 28.15,64; Isaías 60.9; 61.6; 66.8; Jeremias 23.3; 30.3; Ezequiel 11.17; 36; 37.
Em Ezequiel 37, está uma das mais claras profecias sobre o despertamento nacional e espiritual do povo israe­lita. O cumprimento dessas profecias está em marcha pe­rante nossos olhos. Há inúmeros outros casos de famosas profecias bíblicas. Ciro, o monarca persa, DEUS chamou-o pelo nome através do profeta Isaías, 150 anos antes do seu nascimento! (Is 44.28). Josias, rei de Judá, também foi chamado pelo nome 300 anos antes do seu nascimento. (Ver 1 Reis 13.2 com 2 Reis 23.15-18.) Os últimos quatro impérios mundiais - Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, são admiravelmente descritos muitos anos antes de eles surgi­rem no horizonte do cenário mundial. (Ver Daniel capítulo 2 e 7). Também, com uma precisão incrível, a história de toda a raça humana é descrita em forma profética (isto é, a história no sentido natural), em Gênesis 9.25-27.
O cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina. O que DEUS disse sucederá (Jr 1.12). Graças a DEUS por tão sublime e glorioso Livro!

VI. A INFLUÊNCIA BENÉFICA DA BÍBLIA NAS PESSOAS E NAÇÕES (6? prova)
O mundo hoje é melhor devido à influência da Bíblia. Mesmo os próprios inimigos da Bíblia admitem que ne­nhum livro em toda história da humanidade teve tamanha influência para o bem; eles reconhecem o seu efeito sadio na civilização. Milhões de pessoas antes de conhecerem, amarem e obedecerem a este Livro, eram escravos do peca­do, dos vícios, da idolatria, do medo, das superstições, da feitiçaria. Eram mundanas, vaidosas, iracundas, descon­fiadas, etc. Mas, depois que abraçaram este Livro, foram por ele transformadas em criaturas salvas, alegres, liber­tas, felizes, santificadas. Abandonaram todo o mal em que antes viviam e tornaram-se boas pessoas para a família, para a sociedade e para a pátria. Mostrem-me, se for possí­vel, outro livro com o poder de influenciar e transformar beneficamente, não só indivíduos, mas regiões e nações in­teiras, conduzindo-os a DEUS!
Disse o grande comentador devocional da Bíblia, Dr. F. B. Meyer: "O melhor argumento em favor da Bíblia é o ca­ráter que ela forma".
Vejamos um pouco da condição moral de alguns povos sem a Bíblia:
a. Os gregos. Dentre os povos antigos, os gregos foram os mais cultos e doutos nas letras. Seus filósofos e literatos foram os maiores de todos os tempos. No entanto, a grande cultura grega e seus livros sem conta, nunca detiveram a onda de licenciosidade, impureza e idolatria que sempre prevaleceu no mundo grego. Em Corinto, por exemplo, ha­via, no templo de Vênus, mil mulheres devotas que tra­ziam ao seu tesouro os lucros de sua impureza. Sócrates fa­zia da moral o assunto único da sua filosofia, e mesmo as­sim, recomendava a adivinhação, e ele próprio se entrega­va à fornicação. Platão, o grande discípulo de Sócrates, en­sinava que mentir era coisa honrosa. A sabedoria deles e seus milhares de livros não os conduziu à salvação desses e outros males. Estes dois, Platão e Sócrates, foram homos­sexuais ativos, como relata o historiador romano Suetônio.
b. Os romanos foram os mais famosos como legislado­res, guerreiros, oradores e poetas. Sua legislação, em parte, era boa, porque em parte veio de Moisés (o maior legisla­dor). Muitas das leis brasileiras vêm das leis portuguesas, que, por sua vez, vieram das romanas, hauridas, como já dissemos, do Pentateuco. No entanto, o padrão dos costu­mes e da moral, foi dos mais baixos em Roma, como bem registra a História. Mesmo entre as famílias abastadas, ci­vilizadas e regularmente constituídas, as descobertas ar­queológicas, gravuras e descrições revelam fatos que o re­cato proíbe enumerar. Cícero, o maior orador romano, um espécime de excelência dentre os romanos, defende a forni­cação, e a recomenda, e, por fim, pratica o suicídio. Catão, o Censor, tido como o mais perfeito modelo de virtude, foi réu da prostituição e embriaguez; advogou, e, mais tarde, praticou o suicídio.
Júlio César tinha encontros amorosos com o rei Nicomedes da Bitínia. O imperador Calígula (37-41 d.C.) viveu amasiado com sua irmã Drusila (Suetônio). Nero, o fami­gerado imperador romano, viveu com sua irmã Agripina. Viveu depois amasiado com dois eunucos; o primeiro cha­mado Sporus, e o segundo Doríphorus (Suetônio). Messalina, a imperatriz, esposa de Cláudio, imperador de 41-54 d.C. foi extremamente depravada (Juvenal).
Se isto era assim entre a classe alta, o que não aconte­cia na classe baixa?
É somente a Bíblia que nos faz ser diferentes desses po­vos. Sem ela, nós nos tornaríamos semelhantes a eles. O nosso mundo orgulha-se hoje de ter atingido os píncaros do saber e de haver produzido os mais importantes e melhores livros, entretanto a onda de pecado e mal avassala a hu­manidade como um rolo compressor. Comparemos tudo isso com o caráter, a formação, a personalidade ideal dos verdadeiros seguidores da Bíblia!
Todo homem que vive a Bíblia, pautando sua vida pe­los seus santos ensinos, também ama a DEUS e vive para Ele. Por outro lado, todos os que se opõem à Bíblia e rejei­tam sua autoria divina, vivem para si mesmos; são obsti­nados, cruéis, desumanos, instáveis, prepotentes; ímpios, acima de tudo. Em suma, quanto mais o homem crê em DEUS, mais aproxima-se da Bíblia. É como disse certa se­nhora crente a um moço, nos Estados Unidos: "Este livro te guardará do pecado, ou o pecado te guardará deste li­vro!"
Quanto à educação, não há filosofia educacional segura se não for alicerçada sobre os ensinos fundamentais da Bíblia. A educação moderna reconhece que a formação do caráter é a suprema finalidade de seu trabalho, mas, isto não irá muito longe, a menos que se reconheça que a única base do verdadeiro caráter é a Bíblia. Fé na Bíblia é a maior força de qualquer moço ou moça na prossecução da vida e da carreira educacional. A mocidade precisa saber disso. A tragédia é que, professores aos milhares em todo o mundo, saturados e narcotizados por falsa dialética e filo­sofia vil, desencaminham os jovens, desde a mais tenra idade. Saiba-se, portanto, que a Bíblia é o livro mais ma­ravilhoso do mundo, e que seus ensinos tão simples e ao mesmo tempo profundos, servirão de guia para a sua vida mais feliz e mais bem sucedida, sendo sempre a base segu­ra e única para encontrarmos o nosso Criador na eternida­de.
Considerando tudo que acabamos de dizer quanto à in­fluência poderosa da Bíblia e seu poder transformador, evidenciado tanto nos indivíduos como em nações inteiras, perguntamos: - Donde vem tal livro, senão de DEUS?

VII. A BÍBLIA É SEMPRE NOVA E INESGOTÁVEL (7ª prova)
O tempo não afeta a Bíblia. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem não pôde melhorá-la... Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que em dois milênios, ela de há muito estaria desatualizada. Uma vez que o homem mo­derno se jacta de tanto saber, era de esperar que já tivesse produzido uma Bíblia melhor! Realmente isto é uma evi­dência da Bíblia como a Palavra de DEUS! Tendo em vista o vasto progresso alcançado pelo homem, especialmente nos dois últimos séculos, só podemos dizer que, se ele não produziu um livro melhor, para substituir a Bíblia, é por­que não pôde. Muitos também reclamam por não ser estri­tamente científica a linguagem da Bíblia. Ora, a Bíblia trata primeiramente da redenção da humanidade. Além disso, termos científicos mudam ou ficam para trás, à me­dida que a ciência avança. Sempre temos termos novos na Ciência.
A Bíblia nunca se torna um livro antigo, apesar de ser cheio de antigüidades. Ela é tão hodierna como o dia de amanhã. Sua mensagem milenar tanto satisfaz a criança como o ancião encanecido. A Bíblia pode ser lida vezes sem conta sem se poder encontrar suas profundezas e sem que o leitor perca por ela o interesse. - Acontece isso com os demais livros?! Quem já se cansou de ler Salmo 23; João 3.16; Romanos 12; 1 Coríntios 12? É que cada vez que le­mos essas passagens (para não falar nas demais), descobri­mos coisas que nunca tínhamos visto antes. Depois de qua­se 2.000 anos de escrito o último livro da Bíblia, a impressão que se tem é que a tinta do original está ainda secan­do...
Até o fim dos tempos o velho e precioso Livro continua­rá a ser a resposta às indagações da humanidade a respeito de DEUS e do homem. Nos seus milhares de anos de leitura, a Bíblia nunca foi esgotada por ninguém.

VIII. A BÍBLIA É FAMILIAR A CADA POVO OU INDIVÍDUO EM QUALQUER LUGAR (8ª prova)
Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita di­retamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como li­vro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como pos­sessão sua. Por exemplo, ao lermos "O Peregrino" sabemos que ele é inglês; ao lermos "Em Seus passos que Faria Je­sus?" sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. - É assim com a Bíblia? - Não! Nós a recebemos como "nossa". Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro "dos outros". Isto prova que ela procede de DEUS - o Pai de to­dos!
- Qual a pessoa que, ao ler o Salmo 23, acha que ele foi escrito para os judeus? Aos que vivemos no Brasil, a im­pressão que temos é que ele foi escrito diretamente para nós. A mesma coisa dirão os irmãos dos demais países. A mensagem da Bíblia é a mesma em todas as línguas. Nisto vemos que ela é diferente de todos os demais livros do mundo. Se fosse produto humano, não se ajustaria às línguas de todas as nações. Nenhum outro livro pode igua­lar-se à Bíblia nessa parte. É mais uma prova da sua ori­gem divina.

IX. A SUPERIORIDADE DA BÍBLIA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS LIVROS, QUANTO À COMPOSIÇÃO (9ª prova)
É muito interessante comparar nalguns pontos os ensi­nos da Bíblia com os de Zoroastro, Buda, Confúcio, Sócrates, Sólon, Marco Aurélio e muitos outros autores pagãos. Os ensinos da Bíblia superam os desses homens em todos os pontos imagináveis. Só dois pontos vamos destacar des­sa superioridade.
a. A Bíblia contém mais verdades que todos os demais livros juntos. Ajuntem, se possível, todos os melhores pen­samentos de toda a literatura antiga e moderna; retirem o imprestável; ponham toda a verdade escolhida num volu­me, e verão que este jamais substituirá a Bíblia! Entretan­to, a Bíblia não é um volume grande. Pode ser conduzida no bolso do paletó. Todavia, há mais verdades neste pe­queno livro do que em todos os outros que o homem produ­ziu em todos os séculos. - Como se pode explicar isso? - Há somente uma resposta racional e judiciosa: este livro não veio do homem: veio de DEUS!
b. A Bíblia só contém verdade. Se há mentiras, não são dela; apenas nela foram registradas. Ao passo que os de­mais livros contêm verdade misturada com mentira ou er­ro. Reconhecemos que há joias preciosas nos livros dos ho­mens, mas, é como disse certa vez Joseph Cook: "São joias retiradas da lama!" Qualquer verdade encontrada em tra­balhos humanos, seja do ponto de vista moral ou espiri­tual, acha-se em essência no velho Livro. Comparemos al­guns dos melhores ensinos desses famosos homens, espe­cialmente dos decantados filósofos, com os da Bíblia. De fato, seus ensinos contêm joias de real valor, mas, estas, quer saibam eles quer não, são joias roubadas, e do Livro que eles ridicularizam!
Poderíamos incluir aqui também a superioridade da Bíblia quanto aos demais livros, no que tange à sua preser­vação em meio a tantos ataques, em todos os tempos.

X. A IMPARCIALIDADE DA BÍBLIA (10ª prova)
Se a Bíblia fosse um livro originado do homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Os homens ja­mais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá toda a glória a DEUS e mostra a fraqueza do homem (Jó 14; 17.1; 27; SI 50.21,22; 51.5; 1 Co 1.19-25). A Bíblia tanto diz que Davi era um homem segundo o coração de DEUS (At 13.22), como também revela seus pecados, como vemos nos livros de Reis, Crônicas e Salmos. É também o caso da embriaguez de Noé, da dissimulação de Abraão, de Ló, da idolatria e luxúria de Salomão. Nada disto está escrito para nossa imitação, mas para nossa admoestação e para provar a imparcialidade da Bíblia. É ela o único livro as­sim.
Só a Bíblia ensina que o homem está em condições físi­cas, mentais e morais decadentes e que, se deixado só, de­cairá cada vez mais. Os livros humanos ensinam o oposto. Dizem que há no homem uma "Força residente" que cons­tantemente procura elevá-lo. Este ensinamento é agradá­vel ao homem, porque o homem adora crer que se está de­senvolvendo às suas custas, apesar dos milhares de sepul­turas que são acrescentadas diariamente aos cemitérios. O homem jamais escreveria um livro como a Bíblia, que põe em relevo as suas fraquezas e defeitos.

Conclusão sobre a origem da Bíblia
DEUS é o único que pode ter sido o autor da Bíblia, por­que:
a) Homens ímpios jamais iriam produzir um livro que sempre os está condenando.
b) Homens justos e piedosos jamais cometeriam o cri­me de escreverem um livro e depois fazerem o mundo crer que esse livro é obra de DEUS.
c) Os judeus - guardiães da Bíblia, jamais poderiam ser os autores dela, pois ela sempre condena suas transgres­sões, pondo seus defeitos a descoberto. Também se eles ti­vessem podido mexer nela, teriam apagado todos esses males, idolatrias e rebeliões contra DEUS, nela registrados.

QUESTIONÁRIO
1. Quais as duas coisas que, em resumo, notam-se na Bíblia?
2. Qual a finalidade precípua do estudo da Bíblia?
3. Qual deve ser a causa motivante do ensino da Bíblia aos outros?
4. Se as provas que apresentamos da Bíblia como a Pala­vra de DEUS não são para crermos que ela é divina, por que as apresentamos então?
5. O que acontece à Bíblia em meio aos "ismos" sem con­ta, prevalecentes em nossos dias?
6. Quais as duas táticas apresentadas, usadas pelo Diabo contra as Sagradas Escrituras?
7. Como deve ser a nossa crença na Bíblia? e como não deve ser?
8. Que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo? Cite uma referência bíblica.
9. Por que é a Bíblia chamada "A Palavra de DEUS"?
10. Como diz literalmente o original em 2 Timóteo 3.16: "Toda a Escritura é inspirada por DEUS"?
11. Que é "inspiração" no sentido fisiológico?
12. Dê a definição de "inspiração divina"
13. Que revela a expressão "Assim diz o Senhor", tão co­mum através da Bíblia?
14. Mencione as 5 teorias falsas, estudadas, da inspiração da Bíblia.
15. Dê a súmula de cada uma das 5 teorias falsas apresen­tadas.
16. Como é conhecida a teoria correta da inspiração da Bíblia? Descreva essa teoria.
17. Cessou ou continua a "inspiração plenária"? Se cessou, quando ocorreu isso?
18. Mostre a diferença entre "revelação" e "inspiração" no tocante à Bíblia.
19. Mostre a diferença entre declarações da própria Bíblia e registros de declarações de ou trem.
20. Considerando a prova da perfeita harmonia e unidade da Bíblia, teça considerações sobre:
a) os seus escritores,
b) as condições em que escreveram,
c) as circunstâncias em que escreveram,
d) a razão da harmonia e unidade das Escrituras.
21. Se falhas forem encontradas na Bíblia, donde proce­dem? Mencione algumas dessas possíveis falhas.
22. Quanto à prova da "Aprovação da Bíblia por JESUS", mencione três atitudes ou posições dele sobre a Bíblia.
23. Qual a referência bíblica de Lucas, onde JESUS põe sua autenticação divina em todo o Antigo Testamento?
24. Qual a passagem de João onde JESUS, antecipadamen­te, aprovou todo o Novo Testamento?
25. A que é superior o testemunho do ESPÍRITO SANTO no crente, no tocante à Bíblia como a Palavra de DEUS?
26. Quais as duas classes de profecias preditivas? Cite pelo menos 4 casos.
27. Qual a influência da Bíblia naqueles que a aceitam? Cite exemplos entre os povos que a desconhecem, mes­mo os mais adiantados como foram os gregos, romanos e babilônicos.
28. Mostre como o tempo não afeta a Bíblia.
29. Quanto ao tempo, qual a impressão que se tem ao ler a Bíblia?
30. Dê a súmula da prova que apresenta a Bíblia como fa­miliar a cada povo ou indivíduo que a aceita, em qual­quer lugar.
31. Dê a súmula da superioridade da Bíblia em relação a todos os demais livros, nos dois pontos apresentados.
32. Descreva como se manifesta a imparcialidade da Bíblia como prova de sua origem divina, isto é, como a Palavra de DEUS.


ENSINO BÍBLICO PARA O CRENTE - BEP - CPAD
2Tm 2.2 “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem
os outros
A igreja tem a responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.
A Bíblia menciona as seguintes razões para o ensino bíblico, ou teológico, quer no lar, na igreja ou na escola: (a) transmitir o evangelho de CRISTO a crentes fiéis, para que conheçam (2Tm 3.15; ver Jr 2.8 nota), guardem (2Tm 1.14), e ensinem a verdadeira fé bíblica (1Tm 4.6,11; 2Tm 2.2) e a santidade de vida (ver Rm 6.17; 1Tm 6.3); (b) demonstrar aos estudantes a necessidade primacial de “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (ver Jd 3), e dar-lhes os meios pelos quais possam defendê-la contra todas as teologias falsas (ver At 20.31; Gl 1.9; 1Tm 4.1; 6.3-4; Tt 1.9); (c) guiar os estudantes ao crescimento contínuo no caráter mediante “a doutrina que é segundo a piedade” (1Tm 6.3; cf. Js 1.8; Sl 1.2,3; 119.97-100; Mt 20.28; Jo 17.14-18; 1Ts 4.1; 1Tm 1.5; 47,16; 2Tm 3.16); (d) preparar os estudantes para fortalecer outros crentes e levá-los à maturidade espiritual de modo que juntos possam refletir a imagem de CRISTO no lar, na igreja local e no corpo de CRISTO em geral (Ef 4.11-16);
levar os estudantes a uma compreensão e experiência mais profunda do reino de DEUS na terra e seu conflito contra o poder de Satanás (Ef 6.10-18); (f) motivar os estudantes através das verdades eternas do evangelho, a dedicar-se sem reservas à evangelização dos perdidos e à pregação do evangelho a todas as nações no poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20); (g) aprofundar a experiência que os estudantes têm do amor de CRISTO, da comunhão pessoal com Ele e do dom do ESPÍRITO SANTO (Jo 17.3,21,26; Ef 3.18,19), exortando-os a seguir a orientação do ESPÍRITO SANTO que neles habita (Rm 8.14), a levá-los ao batismo no ESPÍRITO SANTO (ver At 2.4), e ensinando-os a orar (Mt 6.9), a jejuar (Mt 6.16) e a adorar, enquanto aguardam o bendito aparecimento de JESUS CRISTO com o fervor espiritual dos santos do NT (2Tm 4.8; Tt 2.13).
Esses propósitos do ensino bíblico deixam claro que ele deve ser administrado somente por aqueles que em tudo são leais às Escrituras como a Palavra de DEUS plenamente inspirada (2Tm 13,14; ver Ed 7.10), bem como ao ESPÍRITO SANTO e seu ministério de verdade, de justiça e de poder (L14).
Note-se que o autêntico ensino bíblico enfatiza um viver santo (i.e., conhecer a santidade, ser santo e proceder santamente), e não apenas ter uma mera compreensão das verdades ou fatos
bíblicos. As grandes verdades reveladas nas Escrituras são verdades redentoras e não acadêmicas; são questões que envolvem a vida ou a morte, exigem uma resposta e decisão pessoal, tanto do mestre quanto do discípulo (Tg 2.17; ver Fp 1.9).
 

DISCÍPULO - Dicionário Bíblico Wycliffe
A palavra gr. mathetes empregada para discípulo é usada aproximadamente 270 vezes nos Evangelhos e no livro de Atos. Ela denota um pupilo que se submete aos processos de aprendizado sob a responsabilidade de um professor. Esta palavra grega entrou nas línguas inglesa e portuguesa como o termo matemática (em inglês mathematics), que significa literalmente, “disposto a aprender . Na prosa ática, notadamente em Platão, ela faz alusão ao estudante treinado por um filósofo ou orador retórico. O conceito prevaleceu no AT e é exemplificado pelos “filhos dos profetas”, que foram os aprendizes que mais tarde substituíram Samuel, Elias e Eliseu. Algo semelhante ocorre mais tarde, no caso de Paulo, que foi “criado... aos pés de Gamaliel”. No NT, o termo é usado como uma alusão aos discípulos de João Batista (Mt 9.14), dos fariseus (Mc 2.18) e de Moisés, indicando os adeptos contemporâneos de seus ensinos (Jo 9.28).
Nas epistolas, o termo tnimetes, “seguidor", “imitador”, ocorre em exortações para seguir o modelo de vida proposto por DEUS (Ef 5.1), descreve o escritor como um apóstolo (1 Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; 2 Ts 3,7,9), e se refere ainda a outros crentes (Hb 6.12; 13.7). Veja Exemplo.
Em um sentido amplo, JESUS usou a palavra “discípulo" como descrição de todos os seus seguidores vindo sob a influência de seu ensino, esforçando-se para conformar-se aos seus princípios. Lucas refere-se a “toda a multidão dos discípulos” (19.37). Em Atos 6.2, ele declara que os Doze convocaram a multidão dos discípulos. JESUS disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31). Os discípulos de JESUS naqueles dias, e sempre, são aqueles que respondem ao seu convite, “Aprendei de mim” (Mt 11.29).
Em um sentido restrito, discípulo (também apóstolo) aplica-se ao círculo interno dos Doze, chamados em meio a um grupo maior para que pudessem estar com CRISTO, ouvi- o expor os mistérios do reino que foram reservados para um grupo seleto, testemunhar e posteriormente operar sinais e maravilhas que serviriam como uma autenticação, e proclamar o Evangelho ao mundo.
Os doze eram os seguintes: Simão Pedro, André, Tiago de Zebedeu, João, Filipe, Natanael (também conhecido como Bartolomeu), Tomé, Mateus (chamado Levi), Tiago filho de Alfeu, Simão o zelote ou cananeu, Judas o irmão de Tiago e, às vezes, chamado Tadeu, e Judas Iscariotes.
Embora carecessem de uma educação mais elevada, como hebreus estes homens tinham uma base completa das doutrinas e da história de sua fé. Sua obtusidade tentou mas nunca exauriu a paciência de JESUS, que não é menos tolerante para com as nossas limitações em seu serviço. A lentidão da compreensão destes homens constitui uma apologia à validade histórica daquilo que os Evangelhos relatam a respeito de JESUS. O Dr. A B. Bruce disse: “Eles eram pessoas de mente lenta; muito honestos, mas muito inaptos para receber novas idéias... Sabemos que nada além dos fatos poderia fazer com que tais homens cressem naquilo quê, atualmente, alguns lhes acusam de ter inventado”. G. H. T.
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 13,  A Leitura Da Bíblia E A Educação Cristã
 
SINÓPSE I - A Escola Dominical é um espaço de incentivo ao estudo e prática das Sagradas Escrituras. Portanto, um local de crescimento espiritual tanto individual quanto coletivo.
SINÓPSE II - No Novo Testamento, JESUS CRISTO é chamado por mais de dez vezes de Rabi. Nosso grande Mestre nos ensina continuamente sobre a importância da educação, exortação e instrução na Palavra de DEUS.
SINÓPSE III - Quem deseja ter JESUS como Mestre precisa se portar como um disciplinado aluno. A prática diária da leitura bíblica é uma disciplina primordial ao genuíno discípulo de CRISTO.
 

AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ TOP2
“O que é a meditação bíblica?
O verdadeiro objetivo da meditação bíblica não é ajudar ninguém a fugir da angústia ou do dissabor de uma doença grave, escondendo-se em um mundo fantasioso. Pelo contrário, a verdadeira meditação nos ajuda a aplicar a verdade bíblica a circunstâncias difíceis ou estressantes.
Algumas palavras descrevem a meditação cristã da Escritura: refletir, ponderar e até ruminar. Assim como a vaca primeiro engole a comida para mais tarde regurgitá-la e mastigá-la outra vez; também o crente, em seu momento de reflexão, alimenta a memória com a Palavra de DEUS e depois a traz de volta a seu consciente, quantas vezes forem necessárias. Cada nova ‘mastigação’ produz ainda mais nutrientes para o sustento da vida espiritual.
A meditação, portanto, nada mais é que o processo de revolver a verdade bíblica na mente sem parar, de forma a obtermos maior revelação do seu significado e certificarmo-nos de que a aplicamos a nossas vidas diárias. [...] [Um estudioso] certa vez disse que ‘meditar é despertar a mente, repensar e demorar-se sobre um assunto, aplicar a si próprio tudo que se sabe sobre a obra, os caminhos, os propósitos e as promessas de DEUS’” (HODGE, K. A mente renovada por DEUS. Rio Janeiro: CPAD, 2002, pp.85,86).


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ TOP3
“Porque estudar a Bíblia?
Certo autor anônimo corretamente declarou: ‘A Bíblia é DEUS falando ao homem; é DEUS falando através do homem; é DEUS falando como homem; é DEUS falando a favor do homem; mas é sempre DEUS falando!’
II. Por que devemos estudar a Bíblia?
Dentre as muitas razões destacaremos algumas:
A. Porque ela ilumina o caminho para DEUS (Sl 119.105,130).
B. Porque ela é alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15.16; 1 Pe 2.1,2). Sabemos que a boa saúde aguça o apetite. Tens apetite pela Bíblia? Se só tens apetite por leituras sem proveito, terás fastio pela Bíblia, o que é um mau sinal. Cuida disso...
C. Porque ela é o instrumento que o ESPÍRITO SANTO usa na sua operação (Ef 6.17). Se queres que o ESPÍRITO SANTO opere em ti, inclusive no ministério da oração (Jd v. 20), procura ter o instrumento que Ele utiliza — a Palavra de DEUS. É que na oração precisamos apoiar nossa fé nas promessas de DEUS, e essas promessas estão na Bíblia!
D. Porque ela nos vivifica (Sl 119.107)” (GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.22).
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nosso objetivo nesta lição é mostrar a importância da Bíblia como uma ferramenta de ensino-aprendizagem para a vida. Como praticar a Palavra de DEUS sem antes compreendê-la? Por isso, mais do que ler, é vital estudar as Sagradas Escrituras, que é apta para ensinar, para redarguir, para corrigir e para nos instruir em toda a justiça (Cf. 2 Tm 3.16). Que os nossos alunos compreendam que, independente do seu tempo de conversão, precisamos continuar aprendizes do Mestre dos mestres por toda a caminhada cristã, através do estudo de sua Palavra. Portanto, a Escola Dominical é, além de uma dádiva e privilégio, uma necessidade para todo cristão.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Frisar que o crente precisa estudar a Bíblia até a volta de CRISTO; II) Evidenciar que a busca do ESPÍRITO SANTO é primordial para a compreensão correta das Sagradas Escrituras; III) Enfatizar a importância da Escola Dominical para todo cristão e Explicar que a leitura bíblica deve ser uma disciplina diária na vida do crente.
B) Motivação: DEUS se revela gloriosamente através da sua Palavra. Quem deseja conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor precisa estudar a Bíblia e buscar o ESPÍRITO SANTO que a inspirou, pois sem Ele todo conhecimento é vão.
C) Sugestão de Método: Escolha uma pessoa com um testemunho marcante envolvendo a relevância da Escola Dominical em sua caminhada cristã. Pode ser a respeito de uma experiência de conversão, batismo no ESPÍRITO SANTO, evangelização, libertação, alguma descoberta que, através do estudo em classe, a libertou do jugo de um pecado ou acusação. As possibilidades são inúmeras. Conclua reforçando a importância deste espaço de aprendizado e crescimento espiritual que DEUS nos proporciona através da Escola Dominical.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Encoraje sua classe a iniciar um estudo bíblico devocional. Além, evidentemente, de esforçar-se para nunca faltar à Escola Dominical. Inclusive, você também pode propor um grupo de apoio ou resgate aos irmãos que não têm conseguido ser assíduos às aulas. Reforce que o tempo de igreja ou quantidade de vezes que já lemos a Bíblia não nos isenta de permanecermos estudantes das Sagradas Escrituras. Jamais podemos perder a humildade e a capacidade de sermos aprendizes do Mestre dos mestres, JESUS.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O que é a meditação bíblica?", que aprofunda o primeiro tópico, nos traz a reflexão do quanto a Palavra de DEUS é uma fonte inesgotável de aprendizado, requerendo leitura e meditação constante até o fim da nossa jornada terrena; 2) O texto "Porque estudar a Bíblia", expande o terceiro tópico, enfatizando que devemos estudar a Bíblia regularmente, pois ela é a voz de DEUS para nós.


VOCABULÁRIO
Intrínseca: Natureza de algo; próprio de algo; inerente.

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é o livro base da Escola Dominical? A Bíblia Sagrada.
2. O que é importante no contexto da Escola Dominical? Observar a metodologia, bem como o objetivo a ser alcançado em cada lição. Desse modo, torna-se indispensável que o texto bíblico seja o referencial permanente da prática pedagógica.
3. Em que a Educação Cristã se fundamenta? A Educação Cristã se fundamenta na revelação divina, seu livro texto é a Bíblia e a sua ocupação é o ensino sistemático e contínuo das doutrinas bíblicas.
4. Quais os objetivos da Educação Cristã? Três principais objetivos da Educação Cristã são: Ganhar almas para JESUS (2 Co 12.15); Desenvolver a espiritualidade e o caráter cristão (Gl 5.22); Treinar o cristão para o serviço do Mestre (2 Tm 2.15).
5. Como o aprendizado deve ultrapassar a teoria? O aprendizado deve ultrapassar a teoria ao ser aplicado na vida diária, nos tornando mais parecidos com CRISTO.