Escrita Lição 10, Central Gospel, Pedro, um Líder Atípico, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 10, Central Gospel, Pedro, um Líder Atípico, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar – PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 


Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/05/escrita-licao-10-central-gospel-pedro.html 
Slides 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- PEDRO, O PRIMEIRO

1.1. O primeiro a declarar a messianidade de JESUS

1.2. O primeiro a definir JESUS como único

1.3. O primeiro a ser informado sobre a ressurreição de JESUS

2- PEDRO, UM LÍDER ÀS AVESSAS

2.1. O grande líder não teme questionar

2.2. O grande líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado

2.3. O grande líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o

2.3.1. O erro

2.3.2. O reconhecimento do erro

2.3.3. A reparação do erro

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Lucas 22.54-62

54 - Então, prendendo-o, o levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.

55 - E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.

56 - E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.

57 - Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.

58 - E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.

59 - E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.

60 - E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.

61 - E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.

62 - E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.

João 21.17

17 - Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. JESUS disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

 

 

TEXTO ÁUREO

Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO. Filipenses 1.6

 

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))

SUBSÍDIOS DIVERSOS

))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

PEDRO

Um dos primeiros e mais proeminentes discípulos do Senhor JESUS. Vários nomes lhe são dados: o hebraico Simeão (At 15.14) e o grego Simão, um filho de Jacó cujos descendentes tornaram-se uma das tribos de Israel; Cefas (Jo 1.43) e Pedro, ambos significando “pedra”. Veja Simeão; Simão; Cefas.

Origem e Início de sua Vida

A cidade original de Pedro era Betsaida, uma aldeia de pescadores na costa norte do mar da Galileia, não muito longe de Cafarnaum (Jo 1.44). Seu pai, Jonas, era provavelmente um pescador (Jo 1.42), uma ocupação seguida por Pedro e seu irmão André. De acordo com os padrões atuais, sua educação era limitada, mas podia ler e escrever o aramaico. Falava um pouco de grego, um idioma muito usado nas cidades de Decápolis, embora com um sotaque gutural galileu (Mt 26.73). Pedro e André eram companheiros de Zebedeu e de seus filhos Tiago e João (Lc 5.7,10) no negócio de pesca. Durante sua associação com o Senhor JESUS, Pedro fez de Cafarnaum seu lar (Mc 1.21,29). O apóstolo Pedro era casado (Mc 1.30), e mais tarde sua esposa o acompanhou em suas viagens ministeriais (1 Co 9.5).

Pedro e seus companheiros discípulos eram seguidores de João Batista — que foi o primeiro a dirigir a atenção deles ao Senhor JESUS. Quando Pedro foi apresentado a JESUS por seu irmão André, o Senhor o chamou de Cefas (em aramaico) ou Pedro (em grego), que quer dizer “pedra”, significando que ao invés de ter o temperamento violento e inconstante de um Simeão/Simão (Gn 49.5-7), ele tomar-se-ia firme como uma rocha (Jo 1.42).

Pedro e os outros discípulos acompanharam o Senhor JESUS da cena do ministério de João Batista até a volta a Cafarnaum (Jo 2.1, 2,12). Com toda a probabilidade, eles retornaram à pescaria por um curto período, embora os Evangelhos não o afirmem tão diretamente. Os Evangelhos Sinóticos indicam que eles foram chamados nos seus barcos de pesca, para acompanhar o Senhor JESUS em sua viagem pela Galileia, a fim de treiná-los como seus assistentes (Mc 1.16-20). A narrativa de Lucas em particular, descreve a chamada como uma crise espiritual para Pedro, que estava profundamente consciente do seu pecado e incerto de sua habilidade de seguir ao Senhor. JESUS o encorajou, e a partir daí Pedro dedicou-se totalmente a servir a CRISTO.

A partir do grande número de discípulos que seguiam JESUS, Ele escolheu 12 para serem seus companheiros mais chegados. Nas 4 listas que foram feitas (Mc 3.16-19; Lc 6.14- 16; Mt 10.2-4; At 1.13,14), o nome de Pedro sempre aparece primeiro. Ele atuava como pregador do grupo, expressando seus problemas e esperanças. Sua grande resposta, “Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo” (Mt 16.13-20), e o paralelo em João 6.67-69, cristalizaram a atitude dos discípulos em relação ao Senhor JESUS, enquanto se encaminhavam para a estrada que os levaria até à cruz.

Os motivos que levaram Pedro a seguir JESUS eram inicialmente tanto pessoais quanto espirituais. Sabendo que JESUS era recomendado por uma figura tão influente quanto João Batista, e vendo nele um Messias em potencial para a nação, talvez Pedro, humanamente falando, possa ter sentido o desejo de elevar seu próprio nível unindo-se a Ele. Pedro comentou com o Senhor JESUS que ele e os outros haviam deixado suas casas e negócios para segui-lo (Me 10.28; Lc 18.281, e que esperavam ser devidamente recompensados pelo seu sacrifício. Até na última ceia ainda discutiam sobre os lugares de honra no reino vindouro (Lc 22.24).

A educação de JESUS é ilustrada por vários episódios. A grande crise da carreira de Pedro foi o desafio de JESUS, quando indagou seus discípulos se eles o amavam. Quando Pedro respondeu: ״Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo”, JESUS o abençoou, assegurando- o de que a revelação daquela verdade viera de DEUS para ele. JESUS informou a Pedro que Ele lhe daria as chaves do reino dos céus, o direito de admitir os homens no reino dos céus quando proclamasse a verdade (Mt 16.13-20). Pedro foi o primeiro a pregar a nova mensagem aos judeus no dia de Pentecostes (At 2.14), e aos gentios da família de Cornélio (10.34ss.). A promessa de JESUS continha um jogo de palavras: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". CRISTO não edificou a Igreja sobre Pedro, mas sobre a solidez da natureza regenerada que Ele cria em seus discípulos.

JESUS começou a ensinar a Pedro um novo modo de vida. Em resposta à pergunta de Pedro com relação ao pagamento da taxa do Templo, JESUS assegurou-o de que os verdadeiros israelitas deveriam ser livres de taxação, e então deu o dinheiro suficiente para pagar por si e também por Pedro. Quando Pedro perguntou a JESUS se deveria perdoar um inimigo mais de 7 vezes, JESUS respondeu que deveria perdoar 70 vezes 7 (Mt 18.21,22) - uma imposição que Pedro acharia difícil de obedecer. Pela surpresa de Pedro com a figueira seca, percebe-se alguma incredulidade acerca do poder de JESUS, que imediatamente o lembrou de que precisava de mais fé (Mc 11.20-22).

Pedro destacou-se especialmente nas últimas horas da vida de JESUS. Ele e João estavam incumbidos da tarefa de organizar a última ceia em Jerusalém (Lc 22.8), provavelmente JESUS os considerava os mais fiéis e estáveis dos discípulos. Pedro recusou- se a deixar que JESUS lavasse seus pés, mas quando o Senhor lhe disse que esta era uma condição necessária para sua comunhão, Pedro revelou sua verdadeira condição pedindo até mesmo um banho. Ele não queria ser separado de CRISTO (Jo 13.6-9). Quando JESUS anunciou a traição iminente, Pedro perguntou a João a identidade do traidor, e talvez se ele soubesse naquela hora, Judas não teria sobrevivido para completar sua barganha maligna com os sacerdotes. Pedro foi um dos três escolhidos para vigiar com JESUS no Getsêmani, mas dormiu de cansaço e tristeza (Mt 26.37-46; Mc 14.33- 42; Lc 22.45). Quando os guardas chegaram, Pedro tentou defender JESUS com armas, e foi repreendido severamente (Jo 18.10,11). Desconcertado pela resposta incomum de JESUS, e talvez magoado pela repreensão enquanto deveria esperar um agradecimento por arriscar sua vida, Pedro fugiu do jardim com os outros discípulos.

Após recuperarem alguma tranquilidade, Pedro e João entraram na sala do sumo sacerdote depois de seguirem os guardas à distância (Jo 18.15). Após serem admitidos no pátio, Pedro aquecia-se na fogueira quando um dos servos perguntou se ele era um dos discípulos de JESUS. Alarmado pela hostilidade latente à sua volta, ele negou veementemente por 3 vezes qualquer ligação com JESUS (Mt 26.58,69-75; Mc 14.66- 72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27). Ao ser instantaneamente convencido de seu fracasso pelo olhar de JESUS, ele deixou a casa do sumo sacerdote e arrependeu-se amargamente. Ele deve ter testemunhado a crucificação (1 Pe 2.21-24; 5.1), embora os Evangelhos não mencionem sua presença no Calvário.

Quando Maria Madalena contou, na manhã da ressurreição, que o túmulo estava vazio, Pedro e João correram para investigar e notaram que as roupas do túmulo ainda estavam no lugar, embora o corpo estivesse ausente (Jo 20.1-10). Mais tarde, no mesmo dia, JESUS apareceu para Pedro (1 Co 15.5; Lc 24.33,34). Quando os discípulos retornaram para a Galileia, Pedro propôs a retomada do negócio da pesca, e quando o Senhor apareceu de novo e repetiu o milagre da pesca (Lc 5.5-8), Pedro foi o primeiro a saudá-lo (Jo 21.7). JESUS respondeu com prazer, e o encarregou novamente da liderança da sua obra (Jo 21.15-19).

Pedro em Jerusalém

Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado ficasse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).

Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1- 10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retomou a Jerusalém para participai do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO.

O Ministério de Pedro Fora de Jerusalém

Quando houve a perseguição contra a igreja depois da controvérsia sobre Estêvão, Pedro estendeu seu ministério a novos campos. Foi juntamente com João até Samaria, e Filipe reuniu um grande número de novos convertidos, instruindo-os sobre a obra do ESPÍRITO SANTO. Ele serviu nas cidades costeiras de Lida e Jope, onde curou Enéias e ressuscitou Dorcas, que havia morrido (At 9.3243־), e pregou por toda a planície marítima de Sarom. Em resposta à visão que recebera em sua estadia em Jope, iniciou a evangelização dos gentios pregando na casa de Cornélio, um centurião romano estabelecido em Cesaréia (At 10.1-45). Foi criticado pelo partido judeu, na Igreja, por entrar na casa de um gentio. E foi obrigado a justificar sua conduta quando retornou a Jerusalém (At 11.1-18).

O Final do Ministério de Pedro

O Concílio de Jerusalém marcou o ponto médio do século f (aprox. 48-50 d.C.). Se o episódio registrado em Gálatas 2.11-21 pertence a este período do desenvolvimento da Igreja, podemos concluir que Pedro visitou Antioquia antes do Concílio. Sua discordância com Paulo foi resolvida, pois eles permaneceram juntos no Concílio, e mais tarde Pedro referiu-se a ele como “nosso amado irmão” (2 Pe 3.15).

Entre 50 d.C. e o final do período do NT, pouco foi dito sobre Pedro. Paulo faz alusão às suas viagens (1 Co 9.5); e o fato de um grupo na Igreja de Corinto ter dito: “Eu sou de Cefas” (1 Co 1.12), aparentemente indica que ele era conhecido pessoalmente ali. O destino de 1 Pedro 1.1 indica que ele provavelmente pregou nas sinagogas da Dispersão no norte da Ásia Menor, e a segunda epístola deixa uma pista de que ele previu uma morte súbita e talvez violenta (2 Pe 1.12-15), de acordo com a previsão do Senhor JESUS (Jo 21.18-19).

Em 1 Pedro, ele refere-se a si mesmo como o presbítero responsável por apascentar o rebanho de DEUS(1 Pe 5.1-2). Suas epístolas mostram que ele foi ativo na pregação até a hora da sua morte, e que exerceu um amplo ministério no mundo romano.

Se Pedro chegou a alcançar Roma ou não, é motivo de debate. Não há qualquer evidência da declaração da igreja Romana de que ele fundou a Igreja ali e a serviu por um quarto de século até seu martírio. Se ele tivesse vivido em Roma entre os anos 55 e 65 d.C., poderíamos considerar inconcebível que Paulo tenha escrito aos romanos sem mencioná-lo. A ausência de alguma alusão à sua presença em Atos, se ele estivesse na cidade quando Paulo estava ali, também seria inconcebível.

A tradição de que Pedro foi o primeiro bispo de Roma não é sustentada por nenhum texto bíblico, e até mesmo seu martírio em Roma baseia-se em um testemunho expresso muitos anos após sua morte. Irineu (aprox. 180 d.C.) disse que Pedro e Paulo pregaram em Roma e colocaram os alicerces da Igreja {Adv. Haereses III. 1.1). Tertuliano (200 d.C.) refere-se ao martírio de Pedro e Paulo em Roma (De Praescriptione XXXVI), mas em uma linguagem que soa como se ele estivesse citando mais a tradição do que citando uma evidência documentária. Orígenes afirmou que Pedro finalmente visitou Roma e foi crucificado de cabeça para baixo (Eusébio, História Ecclesiae III 1.2). Uma análise cuidadosa destas tradições mostra que embora possa existir alguma razão para se acreditar que Pedro esteve em Roma, ele não fundou a Igreja nem foi Seu bispo durante um período considerável; nem se pode afirmar, sem gerar controvérsias, onde ele foi sepultado. É possível que os patriarcas da Igreja do tempo de Irineu em diante simplesmente tenham repetido a lenda central de que ele morreu em Roma, fazendo alguns acréscimos, sem terem investigado as evidências de forma independente.

A Personalidade de Pedro

Pedro foi claramente um tipo rural - vigoroso, forte, impulsivo, direto, e extrovertido. Ele era normalmente falador e curioso, de certo modo emotivo, sanguíneo, leal aos seus amigos e violento contra seus inimigos, e totalmente autoconfiante. Possuía uma grande capacidade natural de liderança por causa da sua natureza entusiasmada e calorosa. Sua disposição precipitada, em particular, o levou a instabilidades e excentricidades, que por fim o levavam a se desculpar ou a se arrepender. Sua pregação mostra que ele era mais um encorajador do que alguém cujo pensamento estava voltado à lógica. Sua natureza carinhosa, sua completa devoção a CRISTO, e seu corajoso ministério, fizeram dele um líder de destaque nos primeiros anos de existência da Igreja. Dicionário Bíblico Wycliffe

Bibliografia. Oscar Cullmann, “Petros, Kephas”, TDNT, VI, 100-112. E. Schuyler English, The Life and Letters of St. Peter, Nova York. Our Hope Publications, 1942. F. J. Foakes-Jackson, Peter. Prince of Apostles, Nova York. George H. Doran Co., 1927. W. H. Griffith Thomas, The Apostle Peter, Grand Rapids. Eerdmans, 1946. M.C. T.

 

))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro

  

 

TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.”  (At 2.14)

 


VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.

 


LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca
Terça - Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por JESUS
Quarta - At 10.45,46 Línguas e magnificação a DEUS no ESPÍRITO
Quinta - At 19.1-6 Batismo no ESPÍRITO SANTO e imposição de mãos
Sexta - 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor
Sábado - 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.14-24
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;
19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;
21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
22 - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.



HINOS SUGERIDOS: 24, 249, 470 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Ministério

 

 

Resumo da Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro.
2. Pedro nega JESUS três vezes.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1. Pedro batizado no ESPÍRITO SANTO.
2. Pedro e a cura do coxo.
3. Pedro avivado em outras ocasiões.
III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A Igreja atual e o Pentecostes.
2. Tempos de multiplicação da iniquidade.
3. A Igreja será arrebatada.

 

 

 

PEDRO πετρος Petros
Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
um dos doze discípulos de JESUS

 

 

 

Vejamos alguns fatos importantes na vida de Pedro:

1- Pedro encontro com JESUS: João 1.35-42

 No seu primeiro encontro com JESUS, Simão foi chamado de Cefas (aramaico) ou Pedro (grego) que significa rocha.

2- Chamado ministerial de Pedro: Lucas 5.1-11

Depois de uma pescaria frustrada, JESUS operou o milagre da pesca maravilhosa e Pedro se prostrou diante de CRISTO o reconhecendo como Senhor.

3- Pedro vacila sobre o mar: Mateus 14.22.32

Quando JESUS anda sobre as águas, Pedro primeiro demonstra fé ao pedir para andar também, mas depois teve medo e duvidou.

4- Pedro confessa que deseja continuar seguido a JESUS: João 6.66-69

Após o sermão de JESUS, quando muitos o deixavam, Pedro declarou que queria seguir a CRISTO como único caminho.

5- Pedro confessa e nega em seguida: Mateus 16.13-23

JESUS pergunta quem os discípulos pensam Dele e Pedro confessa que é o Filho de DEUS, mas depois é usado pelo inimigo para intentar JESUS a não enfrentar a cruz.

6- Pedro se alegra no momento da transfiguração: Marcos 9.2-10

Quando JESUS foi transfigurado Pedro ficou tão feliz que nem queria ir embora e propôs fazer tendas para ficar no monte.

7- Pedro indeciso e arrogante no Lava pés: João 13.4-9

JESUS foi lavar os pés dos discípulos e Pedro não queria deixar, mas JESUS lhe constrangeu a isso.

8- Timidez de Pedro na Santa Ceia: João 13.21-26

Quando JESUS disse que haveria um traidor, Pedro teve vergonha de perguntar quem seria.

9- Pedro afirma que morreria por CRISTO: João 13.36-38

Pedro prometeu que nunca abandonaria JESUS e que até morreria junto com CRISTO.

10- Pedro é avisado de que negaria JESUS: Marcos 14.29-31

JESUS avisou Pedro que negaria sua fé e mesmo assim ele resistiu e não reconheceu sua fraqueza.

11- Pedro dorme no Getsêmani: Mateus 26.40

JESUS chama os discípulos para orar, mas eles dormem.

12- Corta a orelha do soldado Malco: João 18.7-11

No Getsêmani Pedro tenta defender JESUS cortando a orelha de um soldado.

13- Pedro segue JESUS, mas de longe: Marcos 14.54

Depois que JESUS foi preso, Pedro foi seguindo JESUS de longe com medo de ser reconhecido.

14- Pedro nega JESUS três vezes e fica triste: Marcos 14.66-72

Assim como foi profetizado, negou a JESUS três vezes e o galo cantou.

15- Pedro confessa triplamente a JESUS: João 21.15-17

JESUS lhe deu a oportunidade de confessar três vezes que o ama.

16- Pedro recebe o ESPÍRITO SANTO e faz sua pregação no Pentecostes: Atos 2.14-19

No Pentecostes Pedro se mostra um homem determinado e cheio do poder de DEUS.

17- Afirma ser a Pedra que JESUS lhe disse que seria: I Pedro 2.4-10

Pedro declara que somos as “pedras vivas” na Igreja de CRISTO.

Seja constante!

CONCLUSÃO

Me arrisco a dizer que Pedro foi o discípulo que mais CONFESSOU a JESUS. Em muitas situações fez declarações lindas de fé. E no momento da prisão de JESUS ele negou, mas os outros discípulos fugiram de tal maneira que não se tem registro do que fizeram ou falaram. Certamente eles também negaram. Mas Pedro teve a nobreza de contar o que fez e confessar seu pecado testemunhando sua conversão.

 https://www.esbocosermao.com/2011/01/estudo-altos-e-baixos-na-vida-do.html

 

 

 

Pedro - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Um dos primeiros e mais proeminentes discípulos do Senhor JESUS. Vários nomes lhe são dados: o hebraico Simeão (At 15.14) e o grego Simão, um filho de Jacó cujos descendentes tornaram-se uma das tribos de Israel; Cefas (Jo 1.43) e Pedro, ambos significando “pedra”. Veja Simeão; Simão; Cefas.
Origem e Início de sua Vida
A cidade original de Pedro era Betsaida, uma aldeia de pescadores na costa norte do mar da Galileia, não muito longe de Cafarnaum (Jo 1.44). Seu pai, Jonas, era provavelmente um pescador (Jo 1.42), uma ocupação seguida por Pedro e seu irmão André. De acordo com os padrões atuais, sua educação era limitada, mas podia ler e escrever o aramaico. Falava um pouco de grego, um idioma muito usado nas cidades de Decápolis, embora com um sotaque gutural galileu (Mt 26.73). Pedro e André eram companheiros de Zebedeu e de seus filhos Tiago e João (Lc 5.7,10) no negócio de pesca. Durante sua associação com o Senhor JESUS, Pedro fez de Cafarnaum seu lar (Mc 1.21,29). O apóstolo Pedro era casado (Mc 1.30), e mais tarde sua esposa o acompanhou em suas viagens ministeriais (1 Co 9.5).
Pedro e seus companheiros discípulos eram seguidores de João Batista — que foi o primeiro a dirigir a atenção deles ao Senhor JESUS. Quando Pedro foi apresentado a JESUS por seu irmão André, o Senhor o chamou de Cefas (em aramaico) ou Pedro (em grego), que quer dizer “pedra”, significando que ao invés de ter o temperamento violento e inconstante de um Simeão/Simão (Gn 49.5-7), ele tomar-se-ia firme como uma rocha (Jo 1.42).
Pedro e os outros discípulos acompanharam o Senhor JESUS da cena do ministério de João Batista até a volta a Cafarnaum (Jo 2.1, 2,12). Com toda a probabilidade, eles retornaram à pescaria por um curto período, embora os Evangelhos não o afirmem tão diretamente. Os Evangelhos Sinóticos indicam que eles foram chamados nos seus barcos de pesca, para acompanhar o Senhor JESUS em sua viagem pela Galileia, a fim de treiná-los como seus assistentes (Mc 1.16-20). A narrativa de Lucas em particular, descreve a chamada como uma crise espiritual para Pedro, que estava profundamente consciente do seu pecado e incerto de sua habilidade de seguir ao Senhor. JESUS o encorajou, e a partir daí Pedro dedicou-se totalmente a servir a CRISTO.
A partir do grande número de discípulos que seguiam JESUS, Ele escolheu 12 para serem seus companheiros mais chegados. Nas 4 listas que foram feitas (Mc 3.16-19; Lc 6.14- 16; Mt 10.2-4; At 1.13,14), o nome de Pedro sempre aparece primeiro. Ele atuava como pregador do grupo, expressando seus problemas e esperanças. Sua grande resposta, “Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo” (Mt 16.13-20), e o paralelo em João 6.67-69, cristalizaram a atitude dos discípulos em relação ao Senhor JESUS, enquanto se encaminhavam para a estrada que os levaria até à cruz.
Os motivos que levaram Pedro a seguir JESUS eram inicialmente tanto pessoais quanto espirituais. Sabendo que JESUS era recomendado por uma figura tão influente quanto João Batista, e vendo nele um Messias em potencial para a nação, talvez Pedro, humanamente falando, possa ter sentido o desejo de elevar seu próprio nível unindo-se a Ele. Pedro comentou com o Senhor JESUS que ele e os outros haviam deixado suas casas e negócios para segui-lo (Me 10.28; Lc 18.281, e que esperavam ser devidamente recompensados pelo seu sacrifício. Até na última ceia ainda discutiam sobre os lugares de honra no reino vindouro (Lc 22.24).
A educação de JESUS é ilustrada por vários episódios. A grande crise da carreira de Pedro foi o desafio de JESUS, quando indagou seus discípulos se eles o amavam. Quando Pedro respondeu: ״Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo”, JESUS o abençoou, assegurando- o de que a revelação daquela verdade viera de DEUS para ele. JESUS informou a Pedro que Ele lhe daria as chaves do reino dos céus, o direito de admitir os homens no reino dos céus quando proclamasse a verdade (Mt 16.13-20). Pedro foi o primeiro a pregar a nova mensagem aos judeus no dia de Pentecostes (At 2.14), e aos gentios da família de Cornélio (10.34ss.). A promessa de JESUS continha um jogo de palavras: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". CRISTO não edificou a Igreja sobre Pedro, mas sobre a solidez da natureza regenerada que Ele cria em seus discípulos.
JESUS começou a ensinar a Pedro um novo modo de vida. Em resposta à pergunta de Pedro com relação ao pagamento da taxa do Templo, JESUS assegurou-o de que os verdadeiros israelitas deveriam ser livres de taxação, e então deu o dinheiro suficiente para pagar por si e também por Pedro. Quando Pedro perguntou a JESUS se deveria perdoar um inimigo mais de 7 vezes, JESUS respondeu que deveria perdoar 70 vezes 7 (Mt 18.21,22) - uma imposição que Pedro acharia difícil de obedecer. Pela surpresa de Pedro com a figueira seca, percebe-se alguma incredulidade acerca do poder de JESUS, que imediatamente o lembrou de que precisava de mais fé (Mc 11.20-22).
Pedro destacou-se especialmente nas últimas horas da vida de JESUS. Ele e João estavam incumbidos da tarefa de organizar a última ceia em Jerusalém (Lc 22.8), provavelmente JESUS os considerava os mais fiéis e estáveis dos discípulos. Pedro recusou- se a deixar que JESUS lavasse seus pés, mas quando o Senhor lhe disse que esta era uma condição necessária para sua comunhão, Pedro revelou sua verdadeira condição pedindo até mesmo um banho. Ele não queria ser separado de CRISTO (Jo 13.6-9). Quando JESUS anunciou a traição iminente, Pedro perguntou a João a identidade do traidor, e talvez se ele soubesse naquela hora, Judas não teria sobrevivido para completar sua barganha maligna com os sacerdotes. Pedro foi um dos três escolhidos para vigiar com JESUS no Getsêmani, mas dormiu de cansaço e tristeza (Mt 26.37-46; Mc 14.33- 42; Lc 22.45). Quando os guardas chegaram, Pedro tentou defender JESUS com armas, e foi repreendido severamente (Jo 18.10,11). Desconcertado pela resposta incomum de JESUS, e talvez magoado pela repreensão enquanto deveria esperar um agradecimento por arriscar sua vida, Pedro fugiu do jardim com os outros discípulos.
Após recuperarem alguma tranquilidade, Pedro e João entraram na sala do sumo sacerdote depois de seguirem os guardas à distância (Jo 18.15). Após serem admitidos no pátio, Pedro aquecia-se na fogueira quando um dos servos perguntou se ele era um dos discípulos de JESUS. Alarmado pela hostilidade latente à sua volta, ele negou veementemente por 3 vezes qualquer ligação com JESUS (Mt 26.58,69-75; Mc 14.66- 72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27). Ao ser instantaneamente convencido de seu fracasso pelo olhar de JESUS, ele deixou a casa do sumo sacerdote e arrependeu-se amargamente. Ele deve ter testemunhado a crucificação (1 Pe 2.21-24; 5.1), embora os Evangelhos não mencionem sua presença no Calvário.
Quando Maria Madalena contou, na manhã da ressurreição, que o túmulo estava vazio, Pedro e João correram para investigar e notaram que as roupas do túmulo ainda estavam no lugar, embora o corpo estivesse ausente (Jo 20.1-10). Mais tarde, no mesmo dia, JESUS apareceu para Pedro (1 Co 15.5; Lc 24.33,34). Quando os discípulos retornaram para a Galileia, Pedro propôs a retomada do negócio da pesca, e quando o Senhor apareceu de novo e repetiu o milagre da pesca (Lc 5.5-8), Pedro foi o primeiro a saudá-lo (Jo 21.7). JESUS respondeu com prazer, e o encarregou novamente da liderança da sua obra (Jo 21.15-19).
Pedro em Jerusalém
Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado ficasse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1- 10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retomou a Jerusalém para participai do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO.
O Ministério de Pedro Fora de Jerusalém
Quando houve a perseguição contra a igreja depois da controvérsia sobre Estêvão, Pedro estendeu seu ministério a novos campos. Foi juntamente com João até Samaria, e Filipe reuniu um grande número de novos convertidos, instruindo-os sobre a obra do ESPÍRITO SANTO. Ele serviu nas cidades costeiras de Lida e Jope, onde curou Enéias e ressuscitou Dorcas, que havia morrido (At 9.3243־), e pregou por toda a planície marítima de Sarom. Em resposta à visão que recebera em sua estadia em Jope, iniciou a evangelização dos gentios pregando na casa de Cornélio, um centurião romano estabelecido em Cesaréia (At 10.1-45). Foi criticado pelo partido judeu, na Igreja, por entrar na casa de um gentio. E foi obrigado a justificar sua conduta quando retornou a Jerusalém (At 11.1-18).
O Final do Ministério de Pedro
O Concílio de Jerusalém marcou o ponto médio do século f (aprox. 48-50 d.C.). Se o episódio registrado em Gálatas 2.11-21 pertence a este período do desenvolvimento da Igreja, podemos concluir que Pedro visitou Antioquia antes do Concílio. Sua discordância com Paulo foi resolvida, pois eles permaneceram juntos no Concílio, e mais tarde Pedro referiu-se a ele como “nosso amado irmão” (2 Pe 3.15).
Entre 50 d.C. e o final do período do NT, pouco foi dito sobre Pedro. Paulo faz alusão às suas viagens (1 Co 9.5); e o fato de um grupo na Igreja de Corinto ter dito: “Eu sou de Cefas” (1 Co 1.12), aparentemente indica que ele era conhecido pessoalmente ali. O destino de 1 Pedro 1.1 indica que ele provavelmente pregou nas sinagogas da Dispersão no norte da Ásia Menor, e a segunda epístola deixa uma pista de que ele previu uma morte súbita e talvez violenta (2 Pe 1.12-15), de acordo com a previsão do Senhor JESUS (Jo 21.18-19).
Em 1 Pedro, ele refere-se a si mesmo como o presbítero responsável por apascentar o rebanho de DEUS(1 Pe 5.1-2). Suas epístolas mostram que ele foi ativo na pregação até a hora da sua morte, e que exerceu um amplo ministério no mundo romano.
Se Pedro chegou a alcançar Roma ou não, é motivo de debate. Não há qualquer evidência da declaração da igreja Romana de que ele fundou a Igreja ali e a serviu por um quarto de século até seu martírio. Se ele tivesse vivido em Roma entre os anos 55 e 65 d.C., poderíamos considerar inconcebível que Paulo tenha escrito aos romanos sem mencioná-lo. A ausência de alguma alusão à sua presença em Atos, se ele estivesse na cidade quando Paulo estava ali, também seria inconcebível.
A tradição de que Pedro foi o primeiro bispo de Roma não é sustentada por nenhum texto bíblico, e até mesmo seu martírio em Roma baseia-se em um testemunho expresso muitos anos após sua morte. Irineu (aprox. 180 d.C.) disse que Pedro e Paulo pregaram em Roma e colocaram os alicerces da Igreja {Adv. Haereses III. 1.1). Tertuliano (200 d.C.) refere-se ao martírio de Pedro e Paulo em Roma (De Praescriptione XXXVI), mas em uma linguagem que soa como se ele estivesse citando mais a tradição do que citando uma evidência documentária. Orígenes afirmou que Pedro finalmente visitou Roma e foi crucificado de cabeça para baixo (Eusébio, História Ecclesiae III 1.2). Uma análise cuidadosa destas tradições mostra que embora possa existir alguma razão para se acreditar que Pedro esteve em Roma, ele não fundou a Igreja nem foi seu bispo durante um período considerável; nem se pode afirmar, sem gerar controvérsias, onde ele foi sepultado. É possível que os patriarcas da Igreja do tempo de Irineu em diante simplesmente tenham repetido a lenda central de que ele morreu em Roma, fazendo alguns acréscimos, sem terem investigado as evidências de forma independente.
A Personalidade de Pedro
Pedro foi claramente um tipo rural - vigoroso, forte, impulsivo, direto, e extrovertido. Ele era normalmente falador e curioso, de certo modo emotivo, sanguíneo, leal aos seus amigos e violento contra seus inimigos, e totalmente autoconfiante. Possuía uma grande capacidade natural de liderança por causa da sua natureza entusiasmada e calorosa. Sua disposição precipitada, em particular, o levou a instabilidades e excentricidades, que por fim o levavam a se desculpar ou a se arrepender. Sua pregação mostra que ele era mais um encorajador do que alguém cujo pensamento estava voltado à lógica. Sua natureza carinhosa, sua completa devoção a CRISTO, e seu corajoso ministério, fizeram dele um líder de destaque nos primeiros anos de existência da Igreja.
Bibliografia. Oscar Cullmann, “Petros, Kephas”, TDNT, VI, 100-112. E. Schuyler English, The Life and Letters of St. Peter, Nova York. Our Hope Publications, 1942. F. J. Foakes-Jackson, Peter. Prince of Apostles, Nova York. George H. Doran Co., 1927. W. H. Griffith Thomas, The Apostle Peter, Grand Rapids. Eerdmans, 1946. M. C. T.

 

 

A Primeira Epístola de Pedro

Autoria
A Primeira Epístola de Pedro não apenas traz o nome do apóstolo, mas também reflete em certo nível seu temperamento e experiência. O autor intitula-se “apóstolo de JESUS CRISTO” (1.1) e presbítero (5.1). Ele recorda a nova esperança que lhe foi dada pela ressurreição (1.3) e sofrimentos de CRISTO (1.11; 2.21-24; 3.18; 4.13); sua linguagem transmite a ordem do Senhor, “Apascenta as minhas ovelhas” (5.2; Jo 21.16). Algumas das frases desta epístola ecoam na Epístola de Policarpo aos Filipenses (aprox. 125 d.C.), na Epístola de Barnabé (aprox. 135 d.C.), e nos escritos de Justino Mártir (aprox. 150 d.C.), A Segunda Epístola de Pedro pressupõe a existência de uma epístola anterior (2 Pe 3.1) que bem pode ser esta. Desde a época de Irineu (aprox. 170 d.C,), a autenticidade de 1 Pedro parece ter sido bem aceita na Igreja.
Data
Em 1 Pedro, são mencionados Silvano (5.12) e Marcos (5.13), indicando que a epístola foi provavelmente escrita depois que os dois destacaram-se na Igreja. Se eles são os mesmos que estavam associados a Paulo, ela pertence ao período em que Silvano (Silas) deixou Paulo, e antes de Marcos ter se juntado a eles durante a primeira prisão em Roma (Cl 4.10; Fm 24); a menos que Marcos estivesse junto com Pedro antes da segunda prisão de Paulo (2 Tm 4.11). A epístola não poderia ter sido escrita antes da última parte da sexta década, nem depois da metade da sétima década do primeiro século, quando Pedro foi martirizado. Provavelmente uma data segura para 1 Pedro seja aprox. 63/64 d.C.
Local
A epístola foi enviada da Babilônia (5.13), mas os estudiosos ainda discutem se esta era a Babilônia literal do rio Eufrates, onde havia claramente um grande assentamento judeu, ou se a Babilônia era uma designação simbólica para Roma (cf. Ap 17.5; 18.10). É mais provável que Pedro tenha encontrado Silvano e Marcos em Roma do que na Mesopotâmia.
Destinatários
Pedro escreveu aos cristãos da fronteira do norte da Asia Menor, onde Paulo não havia pregado. Embora tenha dirigido a epístola aos membros da Dispersão, que eram judeus,
O apóstolo se refere ao passado em que tinham feito “a vontade dos gentios” (4.3), como se estivesse indicando que eles, ou pelo menos alguns deles, fossem gentios. Talvez ele estivesse se referindo aos prosélitos que, na companhia dos judeus, se tornaram crentes.
Esboço
I. Ação de Graças pela Revelação do Amor de DEU sem CRISTO, 1.1-12
II. O Dever de Viver com Santidade, 1.13-2.10.
III. Ética Cristã na Família, 2.11-3.12
IV. Um Bom Testemunho, uma Defesa Contra as Calúnias, 3.13-4.11
V. Conselho para a Igreja, 4.12-19
VI. Conselho para os Presbíteros, 5.1-9
VII. Bênção e Saudação, 5.10-14
Propósito
A Primeira Epístola de Pedro foi escrita para encorajar a Igreja que foi ameaçada pela perseguição (4.12-19). Assim, a ideia central da epístola é a relação do sofrimento com a salvação. O sofrimento, disse Pedro, é inevitável; mas não é anormal, porque este é o caminho que leva à perfeição (5.10).
Bibliografia. Francis W. Beare, The First Epistle of Peter, 2* ed. rev., Nova York. Macmillan, 1959. Charles Bigg, Commentary on the Epistles of St. Peter and St. Juáe, ICC, Edinburgh. T. & T. Clark, 1901. George H. Cramer, First and Second Peter, EBC, Chicago. Moody Press, 1967. Bo Reicke, The Epistles of James, Peter, and Jude, Anchor Bible, Garden City. Doubleday, 1964. Edward G. Selwyn, The First Epistle of St. Peter, 2“ ed., Londres. Macmillan, 1947. Alan
M. Stibbs, The First Epistle General of Peter, TNTC, Grand Rapids.
Eerdmans. 1959.
M. C. T.

 

 

A Segunda Epístola de Pedro

Esta carta teve o objetivo de advertir seus leitores contra o perigo da apostasia, assim como 1Pedro foi uma preparação para o sofrimento. Como a primeira epístola, ela leva o nome de Pedro e faz referência a uma carta anterior do mesmo autor, que pode muito bem ser 1 Pedro (2 Pe 3.1).
Autoria
A evidência externa para a autoria de 2 Pedro é muito inferior à de 1 Pedro. Há referências ocasionais na obra O Pastor de Hermas (de aprox. 140 d.C.) e na obra O Ensino dos Dose Apóstolos (de aprox. 150 d.C.) que se parecem com ela, mas não há uma referência direta a 2 Pedro na literatura sub apostólica até Orígenes (de aprox. 220 d.C.), que advertiu que haveria alguma dúvida com relação à autoria de 2 Pedro. Eusébio de Cesaréia, o grande historiador da Igreja do século IV, classificou-a entre os disputados livros do cânon, e não entre aqueles de origem apostólica não questionada.
A favor de sua breve aceitação, entretanto, está sua forma de inclusão em P72 (publicado pela primeira vez em 1959). Este manuscrito que contém 1 e 2 Pedro e Judas, foi copiado pelos cristãos cópticos no Egito no final do século III. O escriba adicionou uma borda decorativa em volta do título anexo a 2 Pedro, que não foi usada nos outros dois livros. Marchant A. King concluiu que este cuidado extra indica que 2 Pedro estava em uso e era muito respeitada no século III (',Notes on the Bodmer Manus- cript” BS, CXXI [1964], 54-57).
A evidência interna para a autoria de Pedro é mais forte do que a evidência externa. O escritor refere-se a si mesmo como “Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO” (1.1). Ele afirma ter testemunhado a transfiguração de CRISTO (1.16,17), um evento em que Pedro estava presente (Mc 9.5-7), declara que o Senhor previu sua morte (1.14; cf. Jo 21.18,19), e identifica-se como um dos apóstolos do Senhor (3.2). Ao referir-se aos escritos de Paulo, ele o chama de “nosso amado irmão”, um título de familiaridade que provavelmente seria usado apenas por um companheiro contemporâneo (3.15).
A semelhança de 2 Pedro 2 com a epístola de Judas é tão próxima, que o relacionamento literal entre os dois dificilmente poderia ser acidental. Um escritor deveria ter conhecimento do trabalho do outro. Embora a brevidade e a concisão de Judas possam ser usadas como um argumento para sua prioridade, sua referência aos "apóstolos de nosso Senhor JESUS CRISTO” (Jd 17) mostra que ele estava seguindo a direção de um ou vários escritores apostólicos. Visto que o autor de 2 Pedro afirma ser um apóstolo (2 Pe 1.1), é mais provável que Judas tenha sido estimulado a compor sua epístola pela missiva de Pedro, e não que um documento pseudônimo tenha sido copiado de Judas e publicado com o nome de Pedro. O fato de 2 Pedro profetizar a apostasia (2.1), enquanto Judas anuncia que a decadência já havia começado (Jd 4), pode indicar que 2 Pedro pertence a um estágio anterior na história da igreja apostólica. Veja Judas, Epístola de.
O vocabulário e estilo de 2 Pedro diferem de 1Pedro, mas ao escrever a primeira epístola, Pedro teve a ajuda de Silvano, que foi secretário de Paulo (1 Pe 5.12; 1 Ts 1.1), apesar de mais tarde em sua vida o apóstolo provavelmente não ter tido nenhuma assistência. A segunda epístola é bem menos parecida com a de Paulo em sua estrutura, e mais parecida, em sua expressão, com a franqueza rude de Pedro.
Data e Lugar
Visto que 2 Pedro foi escrita quase no final da vida do apóstolo Pedro, ela foi provavelmente composta entre 64 e 68 d.C. De acordo com a tradição, Pedro morreu em Roma, e a epístola pode ter sido escrita ali.
Destinatários
Considerando que o autor se referia a uma carta anterior enviada ao mesmo grupo (3.1), é mais provável que 2 Pedro fosse endereçada às igrejas das províncias da Ásia Menor (1 Pe 1.1). No intervalo entre as duas cartas, as condições mudaram. Pedro previu que o advento dos agitadores religiosos que perverteriam a vida moral da Igreja constituiria uma ameaça maior do que a perseguição. Sua imoralidade (2 Pe 2.2), avareza (2.3), concupiscências de imundícia (2.10), palavras arrogantes de vaidade (2.18), e promessas de falsa liberdade (2.19) colocariam em risco a própria existência da Igreja. Pedro esforçou-se para advertir sobre o perigo de tais líderes enganadores.
Esboço
Saudações, 1.1,2
I. A Natureza do Verdadeiro Conhecimento. 1.3-21
1. Um dom de Deus, 1.3,4
2. Um crescimento em experiência, 1.5- 11
3. Os fundamentos deste conhecimento, 1.12-21
a. Experiência e testemunho de Pedro, 1.12-18

b. Palavra profética, 1.19-21
II. O Risco de Abandonar o Verdadeiro Conhecimento, 2.1-22
1. A invasão de falsos mestres, 2.1-3a
2. O julgamento de DEUS sobre os falsos mestres, 2.36-10a
3. Os excessos dos falsos mestres, 2.106-17
4. O perigo dos falsos mestres, 2.18-22
III. A Esperança que Pertence ao Verdadeiro Conhecimento, 3.1-18a
1. A sustentação da promessa contra os escarnecedores, 3.1-7
2. A promessa como desafio para os crentes, 3.8-13
3. As exortações em vista da esperança futura, 3.14-18a Doxologia, 3.186
Conteúdo
A ideia central de 2 Pedro é o conhecimento. As palavras conhecer e conhecimento aparecem 16 vezes nos 3 capítulos, 6 das quais se referem ao conhecimento de CRISTO. Em contraste com o conhecimento vazio oferecido pelos apóstatas libertarianos, Pedro enfatizou o conhecimento por experiência pessoal que traria graça e paz (1.2), frutificação (1.8), liberdade (2.20), e oportunidade para o crescimento (3.18).
A epístola pode ser dividida convenientemente por capítulos. O primeiro capítulo trata da suficiência e confiabilidade da revelação de DEUS em CRISTO e nas Escrituras, que fornecem o padrão para a conduta moral e esperança escatológica. O segundo capítulo possuí um aviso contra os falsos profetas que corromperão a Igreja pelos seus ensinos destrutivos. O terceiro capítulo repete a promessa da vinda de CRISTO, assegurando aos leitores que o “Senhor não retarda sua promessa... não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (3.9).
Toda força desta epístola pode ser resumida nas palavras de Pedro em 1,10,11.
Bibliografia. E. M. B. Green, 2 Peter Re- considered, Londres. Tyndale, 1961. Donald Guthrie, New Testament Introduction, Downers Grove, 111., Inter-Varsity Press, 1970, pp. 814-863. EI Robson, Studies in the Second Epistle ofSt. Peter, Cambridge. Univ. Press, 1915. B. B. Warfield, “The authority and Canonicity of Second Peter”, Southern Presbyterian Review, XXXIII (1882), 45-75. M. C. T.

 

 

 

Mt 14.37 VIGIAR UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e oração.
Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).

 

Mt 14.71 IMPRECAR E A JURAR. Pedro afirmou com juramento aquilo que estava dizendo, e invocou contra si mesmo a maldição divina, caso suas declarações fossem falsas.

 

Lc 9.29 TRANSFIGUROU-SE. Na sua transfiguração, JESUS foi transformado na presença de três discípulos, que viram a sua glória celestial, conforme Ele realmente era: DEUS em corpo humano. A experiência da transfiguração foi: (1) um alento para JESUS ante a sua iminente morte de cruz (cf. Mt 16.21); (2) um comunicado aos discípulos de que JESUS teria de sofrer na cruz (v.31); e (3) uma confirmação, por DEUS, que JESUS era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir a raça humana (v.35). Ali estava Pedro.

 

 

Pedro acompanhou tudo sobre a prisão e julgamento de JESUS

26.57 PRENDERAM JESUS. Um estudo dos acontecimentos que vão da prisão de CRISTO à sua crucificação é de grande proveito. A ordem dos eventos é a seguinte: (1) a prisão (Mt 26.47-56, Mc 14.43-52; Lc 22.47-53; Jo 18.2-12); (2) o julgamento religioso perante Anás (Jo 18.12-14, 19-24) e perante Caifás (Mt 26.57,59-68; Mc 14.53, 55-65; Lc 22.54, 63-65; Jo 18.24); (3) a negação de Pedro (26.58, 69-75; Mc 14.54, 67-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18, 25-27); (4) a condenação pelo sinédrio (27.1; Mc 15.1; Lc 22.66-71); (5) o suicídio de Judas (27.3-10); (6) o julgamento civil perante Pilatos (27.2, 11-14; Mc 15.2-5; Lc 23.1-5; Jo 18.28 38); (7) o julgamento perante Herodes (Lc 23.27-30), que o devolveu a Pilatos (27.11-26; Mc 15.6-15; Lc 23.11-25; Jo 18.28 19.1, 4-16); (8) o escárnio no palácio do governador (27.27-30; Mc 15.16-19; Jo 19.2,3), depois disso Ele foi açoitado e a seguir conduzido para ser crucificado (27.31); (9) a caminhada até o Gólgota (27.32-34; Mc 15.20-23; Lc 23.26-33; (10) a crucificação (27.35).

 

 

Lc 22.62 PEDRO... CHOROU AMARGAMENTE. Foi por fraqueza, e não por iniquidade, que Pedro negou o Senhor, pois nunca cessara de amar seu Mestre e de crer nEle. Pedro estava espiritualmente fraco e incapaz de resistir uma grande tentação, porque ele, assim como os demais discípulos, ainda não tinha recebido o ESPÍRITO SANTO com sua graça regeneradora no sentido pleno do Novo Concerto. Foi somente no dia da ressurreição que receberam a presença do ESPÍRITO SANTO para habitar neles (ver Mc 14.50).

 

 

PEDRO sem entender

Jo 13.5 LAVAR OS PÉS DOS DISCÍPULOS. O ato comovente de JESUS haver lavado os pés dos discípulos teve lugar na última noite da sua vida terrena. Ele assim fez (1) para demonstrar a seus discípulos quanto os amava; (2) para prefigurar o sacrifício de si mesmo na cruz; e (3) para comunicar a seus discípulos a verdade de que Ele os estava chamando para servirem uns aos outros em humildade. A ânsia de grandeza tinha sempre inquietado os discípulos (Mt 18.1-8; 20.20-27; Mc 9.33-37; Lc 9.46-48). CRISTO queria que eles percebessem que o desejo de ser o primeiro ? ser maior e receber mais honra que outros crentes ? é contrário ao espírito do seu Senhor (ver Lc 22.24-30 nota; Jo 13.12-17, 1 Pe 5.5).
13.8 SE EU TE NÃO LAVAR. Estas palavras falam da purificação espiritual do pecado mediante a cruz! Sem tal purificação ninguém pode pertencer a CRISTO (1 Jo 1.7)

 

 

Pedro voltando a velha profissão - fuga

Jo 21.3 VOU PESCAR. O plano dos discípulos de irem pescar não significa que estavam abandonando sua dedicação a CRISTO e a sua vocação de pregar o evangelho. Sabiam que JESUS ressuscitara da sepultura, mas não sabiam o que fazer naquele momento específico. Ainda não tinham recebido a ordem de esperar em Jerusalém até que o ESPÍRITO SANTO viesse sobre eles com grande poder (At 1.4,5). Pescar era uma necessidade, pois esses homens ainda precisavam ganhar o sustento para eles e as suas famílias.
21.6 LANÇAI A REDE À DIREITA DO BARCO. É essencial recebermos orientação do Senhor em todo o nosso trabalho. Sem a presença de CRISTO e sem sua mão orientadora, aquilo que fazemos torna-se um fracasso total e um esforço inútil.
21.7 CINGIU-SE COM A TÚNICA. Trata-se de uma roupa externa. A expressão "estava nu", neste versículo, significa "em trajes menores", i.e., uma espécie de tanga ou túnica leve, sem mangas.
21.15 AMAS-ME? A pergunta mais importante que Pedro já teve de responder foi se ele tinha amor devotado ao seu Senhor. (1) Aqui, "amor" traduz duas palavras diferentes em grego. A primeira, agapao, significa o amor inteligente e com propósito; sobretudo, da mente e da vontade. A segunda, phileo, envolve a afeição calorosa e natural das emoções e, portanto, um amor mais pessoal e afetivo. Com o emprego dessas duas palavras, JESUS indica que o amor de Pedro não deve ser somente da vontade, mas também do coração; amor este que brota tanto da determinação, quanto do afeto pessoal. (2) A pergunta que JESUS dirigiu a Pedro é a sua grande pergunta para todos os crentes. Todos nós devemos ter amor e devoção pessoal e de coração a JESUS (João 14.15; 16.27; Mt 10.37; Lc 7.47; 1 Co 16.22; 2 Co 5.14; Gl 5.6; Ef 6.24; Tg 1.12; 1 Pe 1.8; Ap 2.4).
21.16 APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. A descrição que JESUS faz dos crentes, como cordeiros (v. 15) e ovelhas (v. 16), subentende três coisas: (1) Precisamos de cuidados pastorais contínuos. (2) Precisamos alimentar-nos constantemente da Palavra. (3) Posto que as ovelhas tendem a desgarrar-se para o perigo, precisamos de orientação, proteção e correção, repetidamente.
21.17 AMAS-ME?... APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. JESUS considera o nosso amor por Ele como a qualificação básica para o serviço cristão. Outras qualificações são necessárias (1 Tm 3.1-13), mas o amor a CRISTO e ao próximo é indispensável (cf. 1 Co 13.1-3).
21.18 ESTENDERÁS AS MÃOS. Estas palavras referem-se ao tipo de morte com que Pedro glorificaria a DEUS. Segundo a tradição, Pedro foi crucificado em Roma, no reinado de Nero, aproximadamente na mesma data do martírio de Paulo (cerca de 67/68 d.C.), e que, mediante seu próprio pedido, foi crucificado de cabeça para baixo, porque se considerava indigno de ser crucificado da mesma maneira que seu Senhor.

 

 

Pedro e o discurso para 3 mil almas

Atos 2.14-40 O DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor, arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv. 38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de DEUS (ver Jl 2.28,29 notas).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS (At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não pode ser limitado unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39 nota).
2.33 PELA DESTRA DE DEUS. O derramamento do ESPÍRITO SANTO por JESUS comprova que Ele é de fato o Messias exaltado e que agora está à destra de DEUS, intercedendo pelos seus representantes na terra (Hb 7.25). (1) Desde o batismo de JESUS até o dia de Pentecoste, o ESPÍRITO estava sobre o CRISTO (i.e., o Ungido de DEUS; cf. Lc 3.21,22; 4.1,14,18,19). Estando JESUS agora à direita de DEUS, vive para derramar o mesmo ESPÍRITO sobre aqueles que nEle crêem. (2) Ao derramar o ESPÍRITO, a intenção de JESUS é que o Consolador transmita sua presença aos crentes e lhes conceda poder para continuarem a fazer tudo aquilo que Ele mesmo fazia enquanto estava na terra
2.38 ARREPENDEI-VOS, E CADA UM DE VÓS SEJA BATIZADO. O arrependimento, o perdão dos pecados e o batismo são condições prévias para o recebimento do dom do ESPÍRITO SANTO. Mesmo assim, o batismo em água antes do recebimento da promessa do Pai (cf. At 1.4,8) não deve ser tido como condição prévia absoluta para a plenitude do ESPÍRITO SANTO; assim como o batismo no ESPÍRITO não é uma consequência automática do batismo em água. (1) Na situação em apreço, Pedro exigiu o batismo em água antes do recebimento da promessa, porque na mente dos seus ouvintes judaicos, o rito do batismo era pressuposto como parte de qualquer decisão de conversão. O batismo em água, contudo, não precedeu o batismo no ESPÍRITO nas ocasiões registradas em At 9.17,18 (o apóstolo Paulo) e 10.44-48 (os da casa de Cornélio). (2) Cada crente, depois de se arrepender dos seus pecados e de aceitar JESUS CRISTO pela fé, deve receber (At 2.38; cf. Gl 3.14) o batismo pessoal no ESPÍRITO. Vemos no livro de Atos o dom do ESPÍRITO SANTO sendo conscientemente desejado, buscado e recebido (At 1.4,14; 4.31; 8.14-17; 19.2-6); a única exceção possível à regra, no NT, foi o caso de Cornélio (At 10.44-48). Daí, o batismo no ESPÍRITO não deve ser considerado um dom automaticamente concedido ao crente em CRISTO.
2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; a todos os que estão longe à terceira geração e às subsequentes. (1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. (2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).

 

 

Pedro imitando JESUS

Atos 3.6 EM NOME DE JESUS...ANDA. A cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de CRISTO operando através dos apóstolos. JESUS disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que JESUS exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de JESUS CRISTO (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro (ver 1 Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem meditar nestas palavras de Pedro. Muitas igrejas dos nossos dias já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de dizer: Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno , levanta-te e anda .
3.19 ARREPENDEI-VOS, POIS, E CONVERTEI-VOS. DEUS determinou que abençoará o seu povo com o derramamento do ESPÍRITO SANTO sob as condições prévias de arrependimento, i.e., de se desviarem do pecado e da geração perversa ao seu redor, e se converterem: voltar-se para DEUS, ouvir tudo quanto CRISTO, o Profeta, lhes diz (vv. 22,23), e sempre progredir na obediência sincera a CRISTO (cf. At 2.38-41; 5.29-32).
3.19 TEMPOS DO REFRIGÉRIO. No decurso de toda a presente era, e até à volta de CRISTO, DEUS enviará tempos do refrigério (i.e., o derramamento do ESPÍRITO SANTO) a todos aqueles que se arrependerem e se converterem. Embora tempos perigosos venham perto do fim desta era, acompanhada da apostasia da fé (2 Tm 3.1; 2 Ts 2.3), DEUS ainda promete enviar reavivamento e tempos de refrigério aos fiéis. A presença de CRISTO, a bênção espiritual, milagres e derramamento do ESPÍRITO SANTO virão sobre os remanescentes que fielmente o buscarem e vencerem o mundo, a carne e o domínio de Satanás (cf. At 26.18).
3.21 TEMPOS DA RESTAURAÇÃO. Os tempos da restauração de tudo é uma referência ao tempo da volta de CRISTO para debelar a iniquidade e estabelecer o reino de DEUS na terra, livre de todo o pecado. No fim, todas as coisas cuja restauração foi prometida no AT serão restauradas (cf. Zc 12; 13; 14; Lc 1.32,33). CRISTO redimirá ou renovará, a totalidade da Natureza (Rm 8.18-23) e reinará pessoalmente na terra (ver Ap 20; 21). Note que não serão os seres humanos da terra, mas CRISTO, com os seus exércitos celestiais, que realizará o triunfo de DEUS e do seu reino (Ap 19.11 21).
3.22 UM PROFETA. A predição de Moisés em Dt 18.17,18: Então o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu... , foi uma profecia a respeito de JESUS CRISTO. De que maneira foi JESUS semelhante a Moisés? (1) Moisés foi ungido pelo ESPÍRITO (Nm 11.17); o ESPÍRITO do Senhor estava sobre JESUS na pregação do evangelho (Lc 4.18,19). (2) DEUS usou Moisés para introduzir a antiga aliança; JESUS introduziu a nova aliança. (3) Moisés conduziu Israel, tirando-o do Egito para o Sinai, e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com DEUS; CRISTO redimiu seu povo do pecado e da escravidão de Satanás, e estabeleceu um novo e vivo pacto com DEUS, por meio do qual seu povo pudesse entrar na sua própria presença. (4) Moisés, nas leis do AT, referiu-se ao sacrifício de cordeiros para prover em figura a redenção; o próprio CRISTO tornou-se o Cordeiro de DEUS para prover salvação a todos quantos o aceitarem. (5) Moisés conduziu o povo à lei, mostrando-lhe a sua obrigação em cumprir seus estatutos para ter a bênção divina; CRISTO chamava o povo a si mesmo e ao ESPÍRITO SANTO, como a maneira de DEUS cumprir a sua vontade, e dos fiéis receberem a bênção divina e a vida eterna.
3.26 DESVIASSE, A CADA UM, DAS VOSSAS MALDADES. Pedro volta a enfatizar que crer em CRISTO e receber o ESPÍRITO SANTO depende de renunciarmos ao pecado e separar-nos da iniquidade (ver At 2.38,40 notas; At 3.19 nota; At 8.21 nota). Na mensagem apostólica original, toda bênção prometida requeria santidade.

 

 

Testemunho de Pedro

4.8 PEDRO, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Pedro continua no enchimento do ESPÍRITO SANTO que lhe traz repentina inspiração, sabedoria e ousadia para que proclamasse a verdade de DEUS. É teologicamente relevante que a plenitude do ESPÍRITO não foi uma experiência ocorrida uma única vez, mas, sim, constante. Este fato é um cumprimento da promessa de JESUS em Lc 12.11,12; outras ocorrências de novo enchimento do ESPÍRITO acham-se em At 7.55 e At 13.9.
4.12 EM NENHUM OUTRO HÁ SALVAÇÃO. Os discípulos tinham convicção de que a maior necessidade de cada indivíduo era a salvação do pecado e da ira de DEUS, e pregavam que esta necessidade não poderia ser satisfeita por nenhum outro, senão JESUS CRISTO. Isto revela a natureza exclusiva do evangelho e coloca sobre a igreja a pesada responsabilidade de pregar o evangelho a todas as pessoas. Se houvesse outros meios de salvação, a igreja poderia ficar despreocupada. Mas, segundo o próprio CRISTO (Jo 14.6), não há esperança para ninguém, fora da salvação em CRISTO (cf. 10.43; 1 Tm 2.5,6). Este é o fundamento do imperativo missionário.
4.20 NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR. O ESPÍRITO SANTO criou nos apóstolos um desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o ESPÍRITO impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (At 1.8; 2.14-41; 3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4).
4.29 CONCEDE AOS TEUS SERVOS ... OUSADIA. Os discípulos precisavam de renovação em sua coragem para testemunhar e falar de CRISTO. Durante a vida cristã, nós também precisamos nos aproximar de DEUS em oração a fim de vencer o medo de passar vergonha, rejeição, críticas, ou perseguição. A graça de DEUS, através da renovação do ESPÍRITO SANTO, ajudar-nos-á a falar com ousadia a respeito de JESUS (cf. Mt 10.32).
4.30 CURAR... SINAIS E PRODÍGIOS. Pregação e milagres devem andar juntos (At 3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; At 15.12; 20.7ss). Milagres são sinais acompanhantes mediante os quais CRISTO confirma a palavra de suas testemunhas (At 14.3; cf. Mc 16.20 ). (1) Sinais geralmente se refere a atos miraculosos realizados para demonstrar a existência do poder divino de advertir ou encorajar a fé. (2) Prodígios se refere a eventos extraordinários que causam pasmo ao espectador. Note neste versículo a igreja orando pela realização de curas, sinais e maravilhas. A igreja dos nossos dias precisa interceder ferventemente em oração para DEUS confirmar o evangelho com grande poder, milagres e graça abundante (v. 33). Somente quando o evangelho é proclamado com poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para CRISTO.
4.31 TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Várias verdades importantes destacam-se aqui. (1) A expressão batizados com ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5) descreve a obra de consagração do ESPÍRITO SANTO capacitando inicialmente o crente com poder divino para testemunhar. Os termos cheios , revestido e com autoridade descrevem essa sua capacitação para trabalhar (At 2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9,52). Conforme a necessidade, o enchimento do ESPÍRITO pode ser renovado. (2) As expressões do meu ESPÍRITO derramarei (At 2.17,18; 10.45), veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (At 19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os crentes são cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 9.17). (3) Todos os crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (At 2.4), foram novamente cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos enchimentos com o ESPÍRITO SANTO fazem parte da vontade e provisão de DEUS para todos os que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. At 4.8 nota; At 13.52). Devemos esperá-los e buscá-los. (4) Aqui, o ESPÍRITO visita uma congregação inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de DEUS quanto a igreja, não somente indivíduos devem ser cheios do ESPÍRITO (4.8; 9.17; 13.9), mas também congregações inteiras (At 2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do ESPÍRITO SANTO face às necessidades e desafios especiais. (5) A atuação de DEUS sobre toda a congregação, com um novo enchimento do ESPÍRITO SANTO, resulta em ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).
4.31 ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS O poder interior do ESPÍRITO e a realidade da presença de DEUS que vêm da plenitude do ESPÍRITO libertam o crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação para falar de DEUS
4.33 COM GRANDE PODER. Era poder divino manifesto no mais alto grau que operava nos apóstolos. O grego diz aqui mega dunamis. Grande poder é a característica distintiva da pregação e do testemunho apostólicos (cf. At 1.8), por três razões: (1) O testemunho apostólico baseava-se na Palavra de DEUS (v. 29) e na convicção de que ela fora dada pela inspiração do ESPÍRITO SANTO (ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). (2) Os discípulos tinham certeza de terem sido enviados e comissionados pelo próprio JESUS CRISTO, o Senhor ressurreto (v. 33). (3) O grande poder do ESPÍRITO SANTO operando nos discípulos (v. 31), efetuava grande convicção nos ouvintes do evangelho quanto ao pecado de cada um, a justiça de CRISTO e o juízo divino (ver Jo 16.8 nota). Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas se o ESPÍRITO operar poderosamente.

 

 

Pedro - Ananias e Safira

5.3 MENTISSES AO ESPÍRITO SANTO. A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. DEUS considerou um delito grave essas mentiras contra o ESPÍRITO SANTO. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de DEUS para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note, também, que mentir ao ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que mentir a DEUS, logo, o ESPÍRITO SANTO também é DEUS (vv. 3,4; ver Ap 22.15)
5.4 POR QUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO...? A raiz do pecado de Ananias e de Safira era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isto os fez tentar o ESPÍRITO SANTO (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1 Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar e servir a DEUS (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
5.5 ANANIAS... CAIU E EXPIROU. DEUS feriu com severidade a Ananias e Safira (vv. 5,10), para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no reino de DEUS. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de DEUS no tocante ao nosso relacionamento com CRISTO, trabalho para Ele, e a dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de CRISTO para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de CRISTO (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor (vv. 5,11) e de respeito e honra ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), e merece o justo juízo de DEUS.
5.11 HOUVE UM GRANDE TEMOR EM TODA A IGREJA O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um DEUS santo. Sem o devido temor do DEUS santo e da sua ira contra o pecado, o povo de DEUS voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do ESPÍRITO e a presença milagrosa de DEUS e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia.
5.16 TODOS ERAM CURADOS. Os apóstolos fizeram aquilo que seu Senhor fazia: libertavam os atormentados de espíritos imundos (ver Mc 1.34). Tratava-se de um sinal supremo de que o reino de DEUS viera sobre o povo com grande poder. Não é errado orar para que, mediante o ESPÍRITO SANTO, possamos praticar o bem e curar os oprimidos pela enfermidade e por Satanás (4.30)
5.29 MAIS IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS. A grande pergunta que paira ante todo cristão não é: É conveniente, seguro, agradável popular entre os homens? , mas: O que está certo diante de DEUS? (cf. Gl 1.10).
5.32 O ESPÍRITO SANTO... ÀQUELES QUE LHE OBEDECEM. Se não houver verdadeira obediência a CRISTO (v. 32), nem busca sincera da justiça do seu reino (Mt 6.33; Rm 14.17), é falsa a afirmação de quem diz ter a plenitude do ESPÍRITO SANTO. O Pentecoste sem o senhorio de CRISTO é impossível (cf. 2.38-42), porque o ESPÍRITO SANTO é dado somente àqueles que vivem na obediência da fé (Rm 1.5).

 

Pedro em Samaria no avivamento com Filipe

8.16 SOBRE NENHUM DELES TINHA AINDA DESCIDO. O ESPÍRITO ainda não tinha descido sobre nenhum deles, da mesma maneira que descera sobre os crentes no dia de Pentecoste (2.4). Ainda não descera sobre eles de conformidade com a promessa do Pai (1.4) e conforme CRISTO predissera: vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO (1.5; ver vv. 5-24 nota; v. 18).
8.17 RECEBERAM O ESPÍRITO SANTO. Mediante a imposição das mãos dos apóstolos, os samaritanos recebem o ESPÍRITO SANTO de modo idêntico ao batismo do dia de Pentecoste (At 1.8; 2.4). A experiência dos samaritanos em duas etapas, ou seja: primeiramente crer e depois ser cheio do ESPÍRITO, demonstra que a experiência em duas etapas dos crentes, do dia de Pentecoste não foi anômala. As experiências tanto de Paulo em At 9.5-17, como a dos discípulos efésios em At 19.1-6, foram iguais à dos samaritanos. Aceitaram CRISTO como Senhor e depois foram cheios do ESPÍRITO. Não tem que haver um longo tempo de espera entre a salvação e o batismo no ESPÍRITO, conforme demonstra o caso dos gentios em Cesaréia (At 10).
8.18 SIMÃO, VENDO. A descida do ESPÍRITO sobre os samaritanos foi acompanhada de manifestações externas visíveis notadas até por Simão, o mágico. É razoável concluir que as manifestações visíveis eram semelhantes às dos primeiros discípulos no dia de Pentecoste, i.e., falar noutras línguas (ver 2.4; 10.45,46 nota; 19.6). Assim, tanto os samaritanos como os apóstolos tiveram um sinal confirmador da descida do ESPÍRITO SANTO sobre aqueles novos crentes
8.21 O TEU CORAÇÃO NÃO É RETO. O batismo no ESPÍRITO SANTO através do livro de Atos ocorre somente entre os salvos por JESUS CRISTO. (1) Simão, que queria o poder e o dom do ESPÍRITO SANTO, bem como autoridade para transmitir o dom (v. 19), foi rejeitado por DEUS por ser ímpio, em laço de -iniquidade (vv. 22,23), não tendo um coração reto diante de DEUS (v. 21). O dom genuíno do ESPÍRITO SANTO será derramado somente sobre quem o teme e faz o que é justo (At 10.35, cf. 44-48; ver também At 5.32). (2) Antes e depois do dia do Pentecoste os discípulos de CRISTO viviam para o Senhor ressurreto (At 1.2-14; 2.32) e oravam continuamente (At 1.14; 6.4). Suas vidas eram separadas do pecado e do mundo (At 2.38-40) e observavam o ensino dos apóstolos (At 2.42; 6.4). Novos derramamentos do ESPÍRITO eram concedidos a crentes que tinham largado seus pecados e seus maus caminhos, para viverem para JESUS CRISTO (cf. At 2.42; 3.1,19,22-26; 4.8,19-35; 5.29-32; 6.4; 8.14-21; 9.1-19; 10.34-47; 19.1-6; 24.16). Andar no ESPÍRITO e ser guiado por Ele são sempre condições para alguém ser cheio do ESPÍRITO (ver Gl 5.16-25; cf. Ef 5.18). (3) Qualquer experiência sobrenatural, tida como o batismo no ESPÍRITO SANTO, ocorrida em quem continua nos caminhos pecaminosos da carne, não é de CRISTO (cf. 1 Jo 4.1-6). Pelo contrário, é um falso batismo no ESPÍRITO, e que pode ser acompanhado de poderes demoníacos (Mt 7.21-23; 2 Ts 2.7-10).

 

 

Pedro ressuscita Dorcas

9.36 DORCAS... CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro para curar (vv. 33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava através de Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor para ajudar os necessitados são tanto uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, quanto o são os milagres, os sinais e os prodígios. Paulo enfatizou essa verdade em 1 Co 13 (cf. 1 Pe 4.10,11).

 

 

Pedro vai a Cesareia a casa de Cornélio

10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (At 1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2). (1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos (At 6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (At 16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.). (2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente. (3) Não seria do agrado de DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)? (4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente, no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (At 8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. At 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19 nota; Lc 24.47 nota).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade, linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles, dentre todas as nações, que abandonam o pecado, crêem em CRISTO, temem a DEUS e vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO. Ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14). (1) DEUS imediatamente derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (At 11.15,17). (3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46 nota; cf. At 11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO. Para uma abordagem das dimensões principais da atividade do ESPÍRITO SANTO na vida do crente.
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes judeus.

 

 

Explicação de Pedro aos Judeus sobre o batismo dos gentios.

11.15 CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO. O derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (At 2.4) foi um padrão para o recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no testemunho (At 2.4; 4.31; 8.15-19; 10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO (cf. At 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas, estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece como uma experiência percebida somente pela fé (ver At 8.12,16; 19.6).

 

 

Pedro na prisão e a intercessão da Igreja

12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária. (1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6 nota). (2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão. (4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18). (5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12) (6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17). (7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20 nota). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15). (8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17). (9) A igreja manterá a humildade,
reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15). (10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15 nota; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8 nota). (12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8). (13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18). (14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). (15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). (16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros (ver o estudo A IGREJA, para mais exame da doutrina bíblica da igreja)
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14).
12.7 O ANJO. Os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14; ver At 1.13).

 

 

Pedro no primeiro concílio em Jerusalém

15.8 DEUS, QUE CONHECE OS CORAÇÕES. O conhecimento que DEUS tinha dos corações dos gentios (i.e., de Cornélio e dos seus familiares) diz respeito à fé salvífica que Ele viu neles. DEUS deu testemunho da autenticidade da fé que tinham: (a) ao purificar seus corações mediante a obra interior da regeneração pelo ESPÍRITO SANTO (v. 9), e (b) ao batizá-los no ESPÍRITO SANTO imediatamente, com o sinal acompanhante de falar em línguas (At 10.44-46; 11.15-18).
15.11 PELA GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO. A questão essencial da conferência de Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei de Moisés eram necessárias à
salvação em CRISTO. Os representantes que se reuniram ali, chegaram à conclusão de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor JESUS, que lhes perdoara os pecados e deles fizera novas criaturas (ver o estudo FÉ E GRAÇA). A graça é concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em CRISTO como Senhor e Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de DEUS capacita a pessoa a receber o poder de tornar-se filho de DEUS (Jo 1.12)
15.14 PARA TOMAR DELES UM POVO. O plano de DEUS para a presente era é tirar dentre todas as nações um povo para si, para o seu nome. Esse corpo de CRISTO, constituído daqueles que largaram o presente sistema mundano, ora prepara-se na qualidade de noiva de CRISTO (Ap 19.7,8).
15.16 O TABERNÁCULO DE DAVI. Tiago indica que a missão redentora de CRISTO abrange tanto os judeus quanto os gentios. A tenda de Davi, que caiu (ver Am 9.11-15 nota), refere-se a um remanescente de Israel que sobrevive ao juízo divino. (1) A profecia de Amós declara o seguinte: (a) DEUS julgará com destruição a nação pecaminosa de Israel, porém não totalmente. (b) Ele destruirá todos os pecadores da casa de Jacó (Am 9.8-10). (c) Depois da destruição dos judeus ímpios, DEUS a edificará como nos dias da antiguidade (cf. Am 9.11). (2) A salvação desse remanescente purificado dentre os judeus, levará as nações a buscarem o Senhor (v. 17). Noutros textos, Paulo diz a mesma coisa, referindo-se à bênção dos gentios como resultado do remanescente judaico de reconciliar-se com DEUS (ver Rm 11.11-15, 25,26).
15.28 PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO. A conferência de Jerusalém foi dirigida pelo ESPÍRITO SANTO. JESUS prometera que o ESPÍRITO SANTO guiaria os fiéis em toda a verdade (Jo 16.13). As decisões da igreja não devem ser tomadas pelo homem apenas; este deve buscar a direção do ESPÍRITO, mediante oração e jejum e a fidelidade à Palavra de DEUS até que a vontade divina seja claramente discernida (cf. At 13.2-4). A igreja, para ser realmente a igreja de CRISTO, deve ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas locais (cf. Ap 2.7).
15.29 QUE VOS ABSTENHAIS. O ESPÍRITO SANTO (v. 28) estabeleceu certos limites que possibilitam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e seus irmãos gentios. Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus (v. 29). Uma das maneiras de medir a maturidade do cristão é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que certos cristãos consideram certas e outros consideram erradas (ver o ensino bíblico por Paulo, em 1 Co 8.1-11).
15.39 CONTENDA. Às vezes, surgem divergências entre crentes que amam ao Senhor e que também amam uns aos outros. Quando elas não podem ser solucionadas, é melhor desistirem de convencer um ao outro e deixar que DEUS opere a sua vontade na vida de todos os envolvidos. Diferenças de opiniões que levam à separação, como no caso de Paulo e Barnabé, nunca devem ser acompanhadas de amarguras e hostilidades. Tanto Paulo quanto Barnabé continuaram seus trabalhos na causa de DEUS, com sua bênção e graça.

 

 

Pedro é repreendido por Paulo

2.11 RESISTI-LHE NA CARA. Qualquer pastor ou outro obreiro que se torna culpado de erro e hipocrisia (v. 13), deve ser confrontado e repreendido (cf. 1 Tm 5.19). Isso, sem favoritismo; até mesmo uma pessoa de destaque como o apóstolo Pedro, que foi grandemente usado por DEUS, necessitou de uma repreensão corretiva (vv. 11-17; cf. 1 Tm 5.20,21). As Escrituras indicam que Pedro reconheceu a sua falta e aceitou a repreensão de Paulo, de modo humilde e arrependido. Posteriormente, ele refere-se a Paulo como "nosso amado irmão Paulo" (2 Pe 3.15).
2.12 TEMENDO OS... DA CIRCUNCISÃO. Os "da circuncisão" eram cristãos judeus, principalmente da igreja de Jerusalém, que criam que o sinal da circuncisão do AT era necessário a todos os crentes da Nova Aliança. Ensinavam, ainda, que os crentes judaicos não deviam comer com crentes gentios não circuncidados e que não observassem os costumes e as restrições sobre os alimentos dos judeus. Pedro, embora soubesse que DEUS aceitava os crentes gentios sem parcialidade (At 10.34,35), opôs-se a suas próprias convicções por medo das críticas e da possível perda de autoridade na igreja judaico-cristã em Jerusalém. Seu afastamento da comunhão com os crentes gentios, nas refeições, favoreceu a doutrina errônea de que havia dois corpos de CRISTO, o judaico e o gentio.

 

 

COMENTÁRIOS BEP - CPAD

 

2.14-40 O DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor, arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv. 38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de DEUS (ver Jl 2.28,29).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7).
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS (At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não pode ser limitado unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39).

 

 

A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO. ”
A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). JESUS agora cumpre aquela promessa.
Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).
O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17). Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39).
Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.

 

 

16.18 AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO.

As portas do inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de JESUS CRISTO.
(1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma igreja local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio JESUS predisse que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé neotestamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino (Mt 24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1 nota; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). A promessa do versículo 18 não se aplica àqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas. (2) O que CRISTO quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no reino de DEUS, a igreja não será destruída. DEUS, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de CRISTO e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de CRISTO e o poder do ESPÍRITO SANTO. Como o povo genuíno de DEUS, esses crentes demonstrarão o poder do ESPÍRITO SANTO contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir
16.18 PEDRO, A PEDRA E A IGREJA

O significado desta passagem é que CRISTO edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que JESUS é o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (v. 16; At 3.13-26). JESUS emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro. (1) É JESUS CRISTO que é a pedra, i.e., o único e grande alicerce da igreja (1 Co 3.11). Pedro declara que JESUS é a pedra viva... eleita e preciosa... a pedra que os edificadores reprovaram (1 Pe 2.4, 6, 7; At 4.11). Pedro e os demais discípulos são pedras vivas , como parte da estrutura da casa espiritual (a igreja) que DEUS está edificando (1 Pe 2.5). (2) Em lugar nenhum as Escrituras declaram que Pedro seria a autoridade suprema e infalível sobre todos os demais discípulos (cf. At 15; Gl 2.11). Nem está dito, também, na Bíblia que Pedro teria sucessores infalíveis, representantes de CRISTO e cabeças da igreja. Tais idéias são injunções do homem e não a verdade das Escrituras. No estudo A IGREJA, acha-se uma exposição da doutrina da igreja, como aparece aqui e noutras partes da Bíblia
16.19 AS CHAVES DO REINO.

As chaves representam a autoridade que DEUS delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são usadas para: (1) repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica (18.15-18); (2) orar de modo eficaz em prol da causa de DEUS na terra (18.19,20); (3) dominar as forças demoníacas e libertar os cativos (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS); (4) anunciar a culpa do pecado, o padrão divino da justiça e o juízo vindouro (At 2.23; 5.3,9); e (5) proclamar a salvação e o perdão dos pecados para todos quantos se arrependem e crêem em CRISTO (Jo 20.23; At 2.37-40; 15.7-9)

 

LIÇÃO DA REVISTA COMPLETA

Lição 6, O Avivamento No Ministério De Pedro

 

 

TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.”  (At 2.14)

 


VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.

 


LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca
Terça - Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por JESUS
Quarta - At 10.45,46 Línguas e magnificação a DEUS no ESPÍRITO
Quinta - At 19.1-6 Batismo no ESPÍRITO SANTO e imposição de mãos
Sexta - 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor
Sábado - 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.14-24
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;
19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;
21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
22 - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.



HINOS SUGERIDOS: 24, 249, 470 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Ministério


INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de JESUS CRISTO, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no ESPÍRITO SANTO, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e espiritualmente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro. .
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro. Certo dia, JESUS perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que JESUS era João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. A partir dessas respostas, JESUS indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo. E JESUS, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17). Certamente, Pedro se sentiu gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de JESUS a seu respeito diante dos outros discípulos.
Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de JESUS. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Em seguida, o mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22). De pronto, JESUS o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.
2. Pedro nega JESUS três vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o Senhor e JESUS lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com JESUS (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou CRISTO diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74). Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nosso Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois DEUS pode restaurar o espiritualmente fraco.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1. Pedro batizado no ESPÍRITO SANTO. Após ser batizado no ESPÍRITO SANTO, Pedro tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de DEUS proferida pelo profeta Joel: “do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).
"A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe, a respeito do que deveriam fazer.”
A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em nome de JESUS CRISTO para receberem “o dom do ESPÍRITO SANTO” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).
2. Pedro e a cura do coxo. Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio do ESPÍRITO SANTO, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse “em nome de JESUS CRISTO”. Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a DEUS. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de CRISTO, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de JESUS (At 3.16).
3. Pedro avivado em outras ocasiões. O avivamento do ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a CRISTO como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1-4). Esse fato teve repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus. Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de JESUS CRISTO”, a quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão, Pedro e João reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31).
Em Lida, houve um grandioso avivamento. Quando Pedro ali chegou, orou por um homem chamado Eneias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9.34-35); por sua oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9.36-42).
III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A Igreja atual e o Pentecostes. O Senhor JESUS previu que, antes da sua volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[...] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO como no Dia de Pentecostes (At 2.1).
2. Tempos de multiplicação da iniquidade. JESUS alertou aos seus discípulos para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor JESUS também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1-5), a igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando desempenhou seu ministério em Atos.
3. A Igreja será arrebatada. A Parábola das dez virgens (Mt 25. 1-13), mais especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a DEUS, ungida pelo ESPÍRITO SANTO. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). É a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.
CONCLUSÃO
O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder de DEUS. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de DEUS, de unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por JESUS aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério avivado sob o poder do ESPÍRITO SANTO.

  

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a), nesta lição veremos o avivamento espiritual na vida do apóstolo Pedro após o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Antes do Dia de Pentecostes, os Evangelhos revelam características de um homem impulsivo, de caráter volúvel e indisciplinado. Após reencontrar o Senhor ressuscitado e receber a missão de apascentar as suas ovelhas, Pedro assume papel proeminente na liderança da igreja primitiva. Mas para o exercício pleno de seu ministério, bem como de todos os demais discípulos de CRISTO, faltava-lhe experimentar o revestimento de poder do Alto. Esse poder transformador capacitou o apóstolo, não apenas a operar milagres, como também a testemunhar a fé em JESUS por meio de uma mudança de caráter. A partir da experiência do apóstolo Pedro, sua classe aprenderá importantes lições no tocante às mudanças que o avivamento espiritual provoca no caráter do crente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Destacar as características do apóstolo Pedro antes da experiência do Pentecostes; II) Compreender o impacto do Batismo no ESPÍRITO SANTO no caráter do apóstolo Pedro; III) Ressaltar a importância do avivamento espiritual para a igreja dos dias atuais mediante a experiência do Batismo no ESPÍRITO SANTO.
B) Motivação: O apóstolo Pedro experimentou uma mudança significativa de caráter porque permitiu que o Batismo no ESPÍRITO SANTO não se resumisse a uma experiência espiritual do Dia de Pentecostes e, sim, que se tornasse um avivamento contínuo em seu ministério. Para termos êxito no exercício de nosso ministério cristão, semelhantemente, precisamos permitir que a ação do ESPÍRITO SANTO esteja permanente em nossas vidas. Para tanto, é necessário que a reflexão sobre os princípios bíblicos, adicionada a busca contínua pelo poder do Alto, gere mudanças expressivas em nossa forma de pensar e agir. Nesta ocasião, reflita com seus alunos a respeito da relação entre a experiência do Batismo no ESPÍRITO e o testemunho cristão.
C) Sugestão de Método: Professor(a), realize um "estudo de caso" com seus alunos. Descreva a experiência vivenciada pelos apóstolos no Dia de Pentecostes (At 2.1-13), explique a natureza daquele evento e como ocorreu entre os crentes daqueles dias. Em seguida, análise com seus alunos quais foram as mudanças que o revestimento de poder do Alto trouxe para o relacionamento entre os crentes da igreja primitiva. Ao final, relacione a importância desse mesmo avivamento para a igreja dos dias atuais.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após estudar o impacto do Batismo no ESPÍRITO SANTO na vida do apóstolo Pedro, faça a seguinte pergunta: que mudanças o ESPÍRITO SANTO tem provocado na sua conduta? Além de experimentar os dons espirituais e ministeriais, você tem produzido o Fruto do ESPÍRITO? Ressalte a importância dessa reflexão para a vida cristã, haja vista que o poder do Alto deve ser compreendido como uma experiência que potencializa a nossa vida espiritual.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o primeiro tópico, o texto "Pedro em Jerusalém" apresenta a trajetória do apóstolo Pedro após a ascensão de CRISTO até o momento em que ele assume o papel de liderança proeminente na igreja primitiva; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto "O propósito do Pentecostes" destaca o propósito da experiência do derramamento do ESPÍRITO no dia de Pentecostes. A nova vida em CRISTO se expressa não somente por meio do poder e do dom do ESPÍRITO para o exercício do ministério, mas envolve também o compromisso com os novos irmãos comprometidos com CRISTO e uns com os outros.

  

SINÓPSE I - O ESPÍRITO SANTO transformou o Pedro, até então espiritualmente fraco, em apóstolo do Evangelho de CRISTO.
SINÓPSE II - O avivamento do ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro foi notório em muitas ocasiões.
SINÓPSE III - O avivamento espiritual é uma necessidade imediata da Igreja que aguarda esperançosa pelo grande Dia do Arrebatamento.


Auxílio Teológico TOP1
Pedro em Jerusalém
“Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado fosse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1-10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retornou a Jerusalém para participar do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1492).

  

Auxílio Teológico TOP2
O propósito do Pentecostes
“No âmago do resultado da nova vida do ESPÍRITO não estão somente o poder e o dom do ESPÍRITO para o ministério, mas o que nós poderíamos chamar (na linguagem de Paulo) de ‘fruto’ do ESPÍRITO. Os crentes empoderados pelo ESPÍRITO amavam-se tanto que valorizavam uns aos outros mais do que valorizavam as suas propriedades. [...] Em Lucas-Atos, a verdadeira conversão envolve arrependimento e compromisso com um novo Senhor. Tal compromisso com o novo Senhor também envolve compromisso com os novos irmãos na nova comunidade (11.30; 12.25). À medida que Atos avança, fica claro que essa nova comunidade não pertencerá a uma só cultura, sua comunhão à mesa circunscrita por hábitos alimentares sagrados (10.28; 16.34; 27.35,36). Algumas vezes, os cristãos em Atos realmente se mostram relutantes em cruzar tais fronteiras (10.28; 11.3; cf. Gl 2.11-14), exatamente como os fariseus fizeram por ocasião da comunhão de JESUS à mesa com pecadores em arrependimento no primeiro livro de Lucas (e.g., Lc 5.30; 7.34; 15.2); mas DEUS não alivia até fazê-los cruzar essas fronteiras humanas. DEUS empodera seu povo com o ESPÍRITO para cruzar as barreiras culturais, para adorar a DEUS e para formar uma nova comunidade multicultural de adoradores comprometidos com CRISTO e uns com os outros” (KEENER, Craig S. Entre a História e a Igreja. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp. 252, 253).
Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento.”

 

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Diante de quem Pedro negou JESUS três vezes? Diante das duas criadas e perante várias pessoas.
2. Qual foi o impacto dos ouvintes com a pregação de Pedro? A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer.
3. Qual foi o tema da pregação de Pedro após o milagre do coxo? Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de CRISTO, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de JESUS (At 3.16).
4. Como pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes? Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO como no Dia de Pentecostes (At 2.1).
5. O que o Senhor JESUS previu que aconteceria antes de sua volta? O Senhor JESUS previu um sinal altamente positivo que, antes da sua volta, o Evangelho seria pregado em todo o mundo.


LEITURAS PARA APROFUNDAR
Pedro: O Primeiro Pregador Pentecostal; Fundamentos da Vida Cristã.

 

 

 

 

))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

A História do Apóstolo Pedro (Daniel Conegero)

O apóstolo Pedro foi o primeiro discípulo escolhido por JESUS. Pedro também é chamado na Bíblia de Cefas, Simeão e Simão. Neste estudo bíblico conheceremos mais sobre a história de Pedro, apóstolo do Senhor JESUS.

 

A História de Pedro

O apóstolo Pedro era natural de Betsaida, na época uma aldeia de pescadores não muito distante de Cafarnaum e que ficava na região costeira do mar da Galileia (João 1:44). Pedro também tinha casa em Cafarnaum, na Galileia (Marcos 1:21s). Alguns sugerem que sua residência realmente fosse em Cafarnaum, e Betsaida apenas sua aldeia de origem.

O apóstolo Pedro era irmão do apóstolo André, um pescador de profissão assim como ele. É bem provável que seu pai, Jonas, também fosse um pescador (João 1:42). O apóstolo Pedro era casado, tendo sido sua sogra curada por JESUS (Marcos 1:30). Além disso, é possível que sua esposa frequentemente o acompanhasse em viagens ministeriais na Igreja Primitiva (1 Coríntios 9:5).

Pedro possuía uma educação considerada limitada e falava o aramaico com forte sotaque da região da Galileia (Mateus 26:73; Marcos 14:70); idioma que também utilizava para ler e escrever. No entanto, Pedro também falava um pouco de grego, muito provavelmente por conta de sua profissão que exigia constante contato com gentios. O grego era muito utilizado na época, sobretudo nas cidades de Decápolis.

Pedro, Cefas, Simão e Simeão

Como já foi dito, o apóstolo Pedro é chamado por outros nomes na narrativa bíblica. Possivelmente seu nome original era o hebraico Simeão, utilizado originalmente em alguns textos de Atos 15:14 e 2 Pedro 1:1; e talvez ele tenha adotado o grego “Simão” com pronúncia semelhante.

Quando ele se encontrou com JESUS, o Senhor o chamou de Cefas, do aramaico Kefa’, que significa “rocha” ou “pedra”, que em sua forma grega é Petros, ou seja, Pedro (João 1:42). O significado desse título se refere ao fato de que Pedro se tornaria firme como uma rocha, ao invés de uma pessoa com temperamento inconstante.

Assim, a narrativa do Novo Testamento designa o apóstolo Pedro por essa variedade de nomes. O apóstolo Paulo o chamava de Cefas (1 Coríntios 1:12; 15:5; Gálatas 2:9); o apóstolo João geralmente o chamava de Simão Pedro; e Marcos o chamou de Simão até o capítulo 3 de seu livro e depois passou a designá-lo como Pedro.

 

A personalidade do apóstolo Pedro

Considerando todas as referências sobre o apóstolo Pedro disponíveis não apenas nos quatro Evangelhos, mas em todo Novo Testamento, os estudiosos entendem que ele foi um típico homem do campo, uma pessoa simples, direta e impulsiva.

Parece que ele também possuía uma aptidão natural para exercer liderança, talvez por ser caloroso, vigoroso e normalmente comunicativo. Em algumas ocasiões, sobretudo no episódio que envolveu a traição de JESUS no Getsêmani, Pedro se mostrou emotivo, sanguíneo e autoconfiante.

 

A escolha do apóstolo Pedro como discípulo de JESUS

O Evangelho de João relata um primeiro contato entre JESUS e Pedro, por intermédio de seu irmão, o apóstolo André (João 1:41). Esse contato ocorreu antes do início do ministério público do Senhor na Galileia. Depois disto, Pedro e André continuaram com a pescaria durante um período, até que receberam um convite consequente de JESUS enquanto estavam pescando no mar da Galileia (Marcos 1:16s).

Mais tarde JESUS escolheu doze homens entre aqueles que o seguiam para serem seus discípulos mais próximos. Assim, o apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, e era um dos três que sempre estavam mais próximos do Senhor (Marcos 5:37; 9:2; 14:33). Nas listas que trazem a relação dos doze discípulos de JESUS, o nome do apóstolo Pedro sempre aparece primeiro (Marcos 3:16-19; Lucas 6:14-16; Mateus 10:2-4; Atos 1:13,14).

 

O apóstolo Pedro durante o ministério de JESUS

O apóstolo Pedro teve uma participação muito ativa e significante durante o ministério de JESUS. Como já foi dito, ele foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, estava entre os três mais próximos de JESUS, e em muitas ocasiões agiu como porta-voz dos Doze (Mateus 15:15; 18:21; Marcos 1:36s; 8:29; 9:5; 10:28; 11:21; 14:29; Lucas 12:41).

Pedro foi o discípulo que pediu para encontrar JESUS andando sobre as águas (Mateus 14:28). Foi ele também, juntamente com Tiago e João, que estiveram com JESUS no episódio da transfiguração (Mateus 17:1-8).

O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, precipitadamente, tentou repreender JESUS diante do anúncio de sua morte iminente no Calvário (Mateus 16:22).

Quando JESUS perguntou aos seus discípulos quem eles achavam que Ele era, o apóstolo Pedro foi o primeiro a responder confessando que Ele era o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (Mateus 16:16). O próprio JESUS atribuiu a resposta de Pedro como uma revelação de DEUS que foi dada a ele.

Nessa mesma ocasião JESUS pronunciou a famosa frase “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Essa frase é alvo de intensos debates, deste muito tempo.

Pelo jogo de palavras que envolve o significado do nome “Pedro”, surgiram muitas interpretações. Duas delas são as mais antigas e conhecidas: alguns sugerem que a “pedra” seria o próprio Pedro; enquanto outros defendem que a “pedra” seria diretamente a verdade que foi declarada por Pedro, isto é, o CRISTO, o Filho do DEUS vivo.

O apóstolo Pedro ouviu diretamente de JESUS a ordem “apascenta minhas ovelhas” (João 21:17). Numa determinada ocasião, Pedro questionou JESUS sobre a situação dele e dos demais que haviam deixado tudo o que tinham para segui-lo, e ouviu do Senhor a promessa das bênçãos do reino de DEUS(Marcos 10:28; Lucas 18:28).

O apóstolo Pedro também aparece de forma bastante ativa durante a narrativa dos últimos momentos do Senhor JESUS antes da crucificação. Juntamente com o apóstolo João, Pedro recebeu a incumbência de organizar a última ceia em Jerusalém (Lucas 12:8).

Inicialmente ele também se recusou a deixar que JESUS lhe lavasse os pés, mas quando foi advertido sobre a importância e a necessidade daquele ato do Senhor, ele pediu até mesmo um banho (João 13).

O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, conforme JESUS havia dito, o negou três vezes antes que o galo cantasse duas vezes na ocasião que envolve a prisão e crucificação do Senhor. Na verdade essa sua negação contrasta diretamente com o comportamento valente e violento que ele demonstrou ao cortar a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, durante a prisão do Senhor. Diante do olhar de JESUS, ao lembrar-se das palavras do Mestre, Pedro se arrependeu profundamente (Mateus 26:34-75; Marcos 14:30-72; Lucas 22:34-62; João 18:27).

É possível que o apóstolo Pedro tenha testemunhado a crucificação, apesar dos Evangelhos não o mencionarem (cf. 1 Pedro 5:1). CRISTO ressurreto apareceu pessoalmente ao apóstolo Pedro (Lucas 24:33,34; 1 Coríntios 15:5).

 

O ministério do apóstolo Pedro na Igreja Primitiva

O apóstolo Pedro foi o primeiro a pregar o Evangelho no dia de Pentecostes. Cerca de 3 mil pessoas se converteram naquela ocasião (Atos 2:14). Até o capítulo 13 do livro de Atos dos Apóstolos, Pedro aparece com bastante destaque. Durante os primeiros anos ele foi o líder da igreja em Jerusalém, mas vale lembrar que o apóstolo Tiago, por sua vez, foi quem liderou o Concílio de Jerusalém onde importantes decisões foram tomadas concernentes à participação dos gentios na Igreja (Atos 15:1-21).

Pedro foi quem fez a exposição da necessidade da escolha de outro homem para o lugar deixado por Judas e Matias foi o escolhido (Atos 1). Durante o ministério do apóstolo Pedro ocorreram grandes milagres, sendo que até mesmo os doentes eram colocados de uma forma com que, ao passar, sua sombra os cobrisse (Atos 3:1-10; 5:12-16).

Foi o apóstolo Pedro quem disse as conhecidas palavras: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3:6). Dentre esses milagres também se destaca a ressurreição de Dorcas (Atos 9:36-41). Saiba mais sobre os milagres no período apostólico da Igreja Primitiva.

O apóstolo Pedro também foi quem disciplinou os perversos e mentirosos Ananias e Safira (Atos 5:1-11). Por conta do pecado que praticaram, ambos foram mortos de forma sobrenatural.

Na época da forte perseguição em Jerusalém após a morte de Estêvão, o apóstolo Pedro também estendeu sua atuação ministerial a outros lugares, como em Samaria em decorrência da grande evangelização de Filipe ali, nas cidades costeiras de Lídia, Jope e Sarona. É possível que nesse período Tiago então tenha assumido a liderança em Jerusalém.

O apóstolo Pedro também foi o responsável por anunciar as boas novas à família de Cornélio em Cesaréia (Atos 10:1-45). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo informa que Pedro também esteve em Antioquia (Gálatas 2:11). Na verdade é nesse relato que encontramos a referência sobre o conflito entre os apóstolos Paulo e Pedro, quando Pedro agiu dissimuladamente se associando aos cristãos gentios e depois se afastando deles ao temer a pressão do “grupo da circuncisão” que aceitava os gentios na Igreja desde que estes se submetessem ao cerimonial da Lei de Moisés.

O comportamento do apóstolo Pedro acabou influenciando até mesmo Barnabé. Então Paulo o repreendeu publicamente pelo comportamento, considerado por ele, como hipocrisia. No entanto, essa situação foi completamente resolvida, e o próprio apóstolo Pedro mais tarde se referiu a Paulo como “nosso amado irmão” (2 Pedro 3:15).

Na Epístola aos Coríntios, também somos informados da divisão que havia em tal igreja. Um dos grupos divididos ali alegava seguir o apóstolo Pedro, enquanto outros diziam ser de Paulo, Apolo e CRISTO. Isso indica que provavelmente em algum momento ele esteve pessoalmente visitando aquela igreja.

A morte do apóstolo Pedro e o final de seu ministério

Após 50 d.C. não temos tantas informações detalhadas sobre o apóstolo Pedro. Considerando suas duas epístolas, sabemos que ele permaneceu ativo na pregação da Palavra de DEUS e no pastoreio do rebanho do Senhor até a hora de sua morte (1 Pedro 5:1,2).

Existe um grande debate se o apóstolo Pedro chegou a fixar residência em Roma ou não. O que é certo é que a igreja em Roma não foi fundada por ele; até porque seria muito improvável que Paulo escrevesse uma epístola àqueles irmãos sem mencioná-lo.

Na verdade não há qualquer base bíblica de que ele tenha sido o primeiro bispo de Roma; nem há indícios de que ele tenha sido líder da igreja na cidade por um período considerável. A tradição que afirma tal coisa é bastante questionável. Saiba mais sobre a igreja em Roma no panorama da Carta aos Romanos.

Apesar disto, é muito provável que ele tenha estado em Roma em algum momento próximo ao final de sua vida, e que tenha escrito suas duas epístolas desta cidade. Em 1 Pedro 5:13 o apóstolo escreve dizendo estar na “Babilônia”. Essa informação tem sido entendida pela maioria dos estudiosos como uma referência à cidade de Roma. A presença de Marcos na ocasião também favorece essa interpretação.

Existe uma tradição muito antiga e uniforme dentro do cristianismo de que o apóstolo Pedro tenha sido martirizado em Roma por volta de 68 d.C., assim como foi Paulo. Tertualiano (200 d.C.) defendeu tal informação, e Orígenes afirmou que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, uma informação também presente em alguns livros apócrifos.

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Lição 9: Pedro, um discípulo sincero e dinâmico - 3º Trimestre de 2007

Data: 02 de Setembro de 2007

 

TEXTO ÁUREO

“Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).

 

VERDADE PRÁTICA

O ESPÍRITO SANTO transforma o caráter do crente que a Ele se entrega Incondicionalmente.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Rm 8.9-11 O ESPÍRITO SANTO renova a vida do crente

Terça – Rm 8.14-16 O ESPÍRITO SANTO orienta o crente em suas ações

Quarta – 1 Pe 1.22,23 A verdade alimenta o caráter

Quinta – Sl 101.6 O crente deve buscar a retidão

Sexta – 1 Pe 3.10-12 Retidão, princípio da comunhão com Deus

Sábado – Lc 19.8-10 JESUS, saúde para o caráter

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23; 2.1-3.

1 Pedro 1

3 – Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos,

4 – para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós

18 – sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,

19 – mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

22 – Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;

23 – sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.

1 Pedro 2

1 – Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

2 – desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,

3 – se é que já provastes que o Senhor é benigno.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a mudança do nome de Simão para Pedro.
Descrever o chamado e restauração de Pedro.
Reconhecer que JESUS vocaciona os homens a despeito de suas falhas.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, nesta lição, estudaremos a biografia de um dos apóstolos mais dinâmicos do Novo Testamento. Pedro é proeminente nos Evangelhos e nos doze primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos. Escreveu duas importantes epístolas e foi o primeiro a pregar o evangelho aos gentios. Na classe, destaque o caráter e temperamento do apóstolo Pedro. Discuta com os educandos a mudança significativa entre os nomes Simão e Pedro, bem como as características do caráter e temperamento designados por esses nomes. Ressalte a mudança efetuada pelo ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro.

 

 

 

 

Palavra-Chave - Sincero: Virtude mediante a qual a pessoa, em palavras e atos, se conduz sem a intenção de enganar.

 

COMENTÁRIO

introdução

Pedro é, sem dúvida alguma, um dos principais personagens do Novo Testamento. Os Evangelhos e o livro de Atos biografam-no com admirável riqueza de detalhes. Neles, o apóstolo é apresentado como um homem impulsivo, porém, sincero e dinâmico.

 

I. PEDRO, PESCADOR DE HOMENS (Lc 5.8-10)

1. Simão, o pescador.

Simão Pedro e seu irmão André eram pescadores e companheiros de outros dois irmãos, também pescadores: João e Tiago, filhos de Zebedeu (v.10). Pedro era de Betsaida, uma aldeia que ficava ao norte do mar da Galileia (Jo 1.44). Porém, estabelecera sua residência em Cafarnaum, noroeste do lago. Com ele residia sua esposa, sogra e André (Mc 1.21,29).

 

2. Pedro, pescador de homens.

Após o encontro com JESUS, Simão retornou imediatamente à pesca (Lc 4.38,39; 5.1-3 cf. Mt 4.18-22; Mc 1.16-20; Jo 1.42).

Certo dia, Simão e seus companheiros passaram uma noite inteira pescando e nada apanharam.

Aquela longa e malsucedida vigília fez com que retornassem à praia mais cedo (Lc 5.5). Ao chegarem, depararam-se com JESUS que ensinava à multidão. O Mestre, vendo dois barcos à beira do lago, entrou no que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Sentou-se, e de lá continuou seus ensinamentos (Lc 5.3). Acabando de falar, ordenou a Simão que lançasse a rede em águas mais profundas. O pescador da Galileia relutou em obedecer ao Filho de Deus, mas, logo depois, decidiu confiar em suas palavras (Lc 5.5). A Bíblia afirma que, naquele dia especial, “pescaram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se lhes a rede” (v.6). Simão ficou tão espantado com o milagre que imediatamente prostrou-se aos pés de CRISTO confessando-lhe os pecados (Lc 5.8,9). Então, o Mestre Divino asseverou-lhe: “Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens” (v.10).

 

3. JESUS muda o nome de Simão.

Simão é uma abreviatura de Simeão, um dos doze filhos de Jacó (Gn 29.33). Esse patriarca não ficou conhecido exatamente pelo significado de seu nome, “formoso”, mas pelo seu comportamento impulsivo (Gn 49.5-7). Foi em Betânia (Jo 1.42) que JESUS mudou o nome de Simão para Pedro (grego) ou Cefas (aramaico). A partir daí, houve uma profunda renovação de seu caráter e temperamento, como aconteceu com Jacó (Gn 32.28). Simão, que antes era impulsivo e volúvel, tornara-se Pedro, ponderado, constante e firme como pedra (Mt 16.18; Mc 3.16; Lc 6.14; Jo 1.42).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Simão era pescador, casado, discípulo de João, chamado por JESUS para ser pescador de homens e teve seu nome mudado para Pedro.

 

II. O CARÁTER DE PEDRO

1. JESUS conhecia seus discípulos (Jo 2.25).

O Mestre conhecia perfeitamente a personalidade, o temperamento e o caráter de cada um dos discípulos.

JESUS sabia exatamente o que estava fazendo quando escolheu Pedro, cujo caráter precisava de aperfeiçoamento. Ao chamá-lo à sua seara, o Mestre enxergara além de suas fraquezas, pois conhecia suas potencialidades (Mt 16.15-19). Pedro demonstrou seu potencial convincentemente no Dia de Pentecostes, quando cheio do ESPÍRITO SANTO (At 1.13,15; 2.4) pregou a Palavra, e quase três mil almas aceitaram a CRISTO como Salvador (At 2.14-41).

 

2. Pedro nega a JESUS (Mt 26.69-75).

Pedro fora à casa de Caifás a fim de acompanhar o desdobramento da prisão de JESUS (Mt 26.58). Sentado ao pátio, foi prontamente reconhecido por uma criada. Pedro, porém, negou a JESUS. Isso se repetiria por mais duas vezes (vv.71-74). Arrependido, o apóstolo chorou amargamente (v.75; cf. Lc 22.61).

 

3. Procurado por JESUS ressurreto.

JESUS amava tanto Pedro que lhe deu o privilégio de vê-lo ressurreto (Lc 24.34; 1 Co 15.5). Noutra ocasião, deixou-lhe uma mensagem para que se reunisse aos outros discípulos na Galileia (Mc 16.5-7; Mt 28.10; Lc 24.12). Na terceira aparição, o Mestre perguntou a Pedro por três vezes: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” (Jo 21.15-17). Na última reunião com os discípulos, JESUS não se referiu mais a Pedro. Apenas orientou-os a não se ausentarem de Jerusalém e esperarem a promessa do Pai (At 1.4-9).

 

4. Pedro no Pentecostes (At 2.14-36).

O primeiro sermão de Pedro fora feito cinquenta dias após a ressurreição de CRISTO, ocasião em que também foi batizado no ESPÍRITO SANTO (At 1.8), no Dia de Pentecostes. Pedro, que outrora negara o Senhor JESUS diante de simples serviçais, agora, confessa-o na presença de grandes autoridades.

 

5. Pedro após o Pentecostes.

Dois elementos marcaram o ministério de Pedro: graça para resistir à perseguição e zelo pela integridade da Igreja.

a) Resistindo à perseguição.

Certa vez, após curarem um coxo em nome do Senhor (At 3.1-9), Pedro e João foram presos e conduzidos ao Sinédrio para serem interrogados (At 3). Pedro não era mais aquele discípulo de caráter inconstante e inseguro. Agora, regozijava-se por ser considerado digno de sofrer pelo nome do Senhor (At 5.42).

b) Zelando pela integridade.

A igreja recém-formada seguia triunfante, entusiasmada e disposta ao sacrifício. Todavia, nem tudo era perfeito. Ananias e Safira, por exemplo, venderam voluntariamente sua propriedade a fim de que o dinheiro fosse doado aos apóstolos para a realização de obras sociais. Porém, em vez de entregarem o valor combinado, guardaram para si uma parte do dinheiro. Eles mentiram acerca do valor do imóvel. Pedro, pelo ESPÍRITO SANTO, logo percebeu o que havia acontecido. Era um caso explícito de desonestidade! O apóstolo repreendeu-os severamente, e sobreveio-lhes imediata condenação divina (At 5.1-10).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

JESUS conhecia perfeitamente cada um de seus discípulos. Porém, convocou Pedro, a despeito de suas falhas, pois conhecia suas potencialidades, muito bem demonstradas após o Pentecostes.

 

CONCLUSÃO

A exemplo de Pedro, todos precisamos aperfeiçoar nosso caráter. O Senhor JESUS continua trabalhando na vida daqueles que se entregam a Ele de todo o coração, capacitando-os para toda a boa obra.

 

VOCABULÁRIO

Biografia: Descrição ou história da vida de uma pessoa.
Temperamento: O conjunto dos traços de uma pessoa que lhe determinam as reações emocionais, os estados de humor, o caráter.
Volúvel: Inconstante, mudável, instável; volátil.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

CABRAL, E. A síndrome do canto do galo. RJ: CPAD, 2000.
KENDRICK, M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. RJ: CPAD, 1999.

 

EXERCÍCIOS

1. Comente sobre a vida de Simão, o pescador.

R. (Livre). Simão era de Betsaida e pescador. Era casado e teve seu nome mudado para Pedro.

2. Descreva o que você entendeu sobre a mudança do nome de Simão para Pedro.

R. (Livre). Foi em Betânia (Jo 1.42) que JESUS mudou o nome de Simão para Pedro. Simão, antes volúvel, tornou-se Pedro, firme como pedra.

3. Por que JESUS convocou Pedro, embora conhecesse suas fraquezas?

R. Porque o Mestre conhecia suas potencialidades.

4. O que aconteceu a Pedro na terceira aparição de JESUS, após a ressurreição?

R. O Mestre perguntou três vezes a Pedro se ele o amava. Com essas indagações, Pedro refletiu sobre seu passado, presente e futuro.

5. Quais os dois elementos que marcaram o ministério de Pedro?

R. A graça para resistir à perseguição e o zelo pela integridade da Igreja.

 

Subsídio Devocional

“Pastoreando suas ovelhas (Jo 21.17)

Muita coisa tem sido feita da pergunta que JESUS fez a Pedro três vezes: ‘Amas-me?’ Alguns pastores e professores falam sobre como essa pergunta cria intencionalmente um paralelo com as três negações de Pedro sobre CRISTO. Outros enfatizam as diferentes palavras gregas traduzidas por amor nessa passagem. Quase esquecida em todas essas discussões está a ênfase que JESUS colocou sobre ministrar aos outros.

‘Pastoreia as minha ovelhas’, JESUS disse cada vez que Pedro afirmou seu amor por Ele. ‘Se você realmente me ama, cuidará daqueles que me pertencem’. Observe que em nenhuma vez JESUS perguntou se Pedro amava as ovelhas. A motivação fundamental para o ministério era e é o amor por JESUS CRISTO e uma disposição para agir. Há outra mensagem aqui também. ‘Mesmo que você tenha fracassado’, JESUS parece estar dizendo, ‘Eu ainda posso usá-lo na vida dos outros’.

E quanto à sua vida? Você ama JESUS? Está provando seu amor por Ele servindo aos outros? Sua motivação em ministrar é para demonstrar seu amor por CRISTO? Qualquer coisa menor não vai ‘aguentar’.

Será que os fracassos do passado estão perseguindo você e impedindo-o de buscar a CRISTO? Olhe para a lição de Pedro e descubra que DEUS ainda deseja que você seja um servo frutífero para Ele. Se amamos a JESUS, ministraremos aos outros”.

(KENDRICK, M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. RJ: CPAD, 1999, p.276.)

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Nosso temperamento, embora inato, pode e deve ser controlado pelo ESPÍRITO SANTO. Uma vez que o temperamento, a personalidade e o caráter fazem parte integral do ser humano, o homem que deseja ser guiado por DEUS deve entregá-los completa e totalmente ao ESPÍRITO do Senhor: “Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14). Ser guiado em tudo! No sentir, pensar e agir! Quão maravilhoso é para o crente ter o seu temperamento controlado pelo ESPÍRITO SANTO! “Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO” (Gl 5.25).

 

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

 

Lição 10, Central Gospel, Pedro, um Líder Atípico, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar – PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- PEDRO, O PRIMEIRO

1.1. O primeiro a declarar a messianidade de JESUS

1.2. O primeiro a definir JESUS como único

1.3. O primeiro a ser informado sobre a ressurreição de JESUS

2- PEDRO, UM LÍDER ÀS AVESSAS

2.1. O grande líder não teme questionar

2.2. O grande líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado

2.3. O grande líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o

2.3.1. O erro

2.3.2. O reconhecimento do erro

2.3.3. A reparação do erro

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Lucas 22.54-62

54 - Então, prendendo-o, o levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.

55 - E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.

56 - E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.

57 - Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.

58 - E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.

59 - E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.

60 - E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.

61 - E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.

62 - E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.

João 21.17

17 - Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes

tudo; tu sabes que eu te amo. JESUS disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

  

TEXTO ÁUREO

Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em

vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO. Filipenses 1.6

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Mateus 10.2 Pedro, o primeiro do grupo

3ª feira – Mateus 16.22 O homem que ousou questionar JESUS

4ª feira – Mateus 19.27 O homem que ousou cobrar de JESUS

5ª feira – Mateus 16.17 Uma revelação divina

6ª feira – João 6.68 Uma escolha acertada

Sábado – 1 Pedro 1.1 Pedro, apóstolo de JESUS CRISTO

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:

- o Senhor jamais erra nas suas escolhas;

- as fraquezas humanas são superadas quando a pessoa se coloca nas mãos de Deus;

- o Senhor transforma nossos defeitos em virtudes.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, a liderança é algo surpreendente; nem

todos os líderes famosos da História procederam de berços nobres — muitos, aliás, vieram de lares humildes, tiveram uma vida sacrificada, de poucos privilégios. Alguns não chegaram, sequer, a frequentar escolas; no entanto, prestaram ao mundo grande contribuição, por sua capacidade de influenciar pessoas para o bem. Assim foi Pedro, apóstolo de JESUS, que, mais tarde, tornou-se um dos primeiros líderes da Igreja de CRISTO. Nesta lição, procure focar as características singulares da liderança de Pedro, que podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não teme questionar; em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado; erra, mas reconhece o seu erro e repara-o. Boa aula!

 

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Nesta lição, analisaremos algumas peculiaridades da

vida de Pedro, focando suas limitações — seus atos impulsivos (algumas vezes inoportunos), sua simplicidade e desconhecimento dos fatos — e qualidades — como um simples pescador foi trabalhado pelo Mestre ao ponto de tornar-se um

grande pregador, conselheiro, escritor e, sobretudo, um dos primeiros líderes da Igreja. Pedro teve de superar muitos obstáculos para transformar-se em uma das mais proeminentes personalidades na História do cristianismo.

  

1- PEDRO, O PRIMEIRO

Simão Pedro era filho de Jonas (Mc 1.16-20; Jo 1.42) e irmão de André (Mt 4.18; Jo 6.8). Era casado e, ao que tudo indica, sua esposa o acompanhava em suas viagens (Mt 8.14; 1 Co 9.5). Pedro recebeu o chamado para seguir a CRISTO em um dia muito difícil, no exercício da sua profissão de pescador. Depois de JESUS mandá-lo ao mar para pescar outra vez, Pedro voltou com dois barcos cheios de peixes. Pedro e seus colegas, entusiasmados com o feito de JESUS, levaram os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram (Lc 5.1-11). Este filho de Jonas tornou-se um grande destaque no colégio apostólico, sendo mencionado em primeiro lugar na lista de apóstolos apresentada por Mateus, Marcos e Lucas, nos evangelhos sinóticos. Pedro não se tornou líder depois do Pentecostes; sua liderança já era reconhecida no grupo de apóstolos, desde o início do seu chamado. No entanto, Pedro ainda precisava ser lapidado por JESUS, até tornar-se o líder que o Senhor esperava que ele fosse. Há de se destacar, no entanto, que suas atitudes, ainda que impulsivas — e às vezes precipitadas —, demonstram a força que ele exercia no meio do grupo.

  

SUBSÍDIO 1

JESUS cercou-se de doze homens, aos quais iria

preparar para serem Seus apóstolos. Dos doze, havia

um grupo de três, que eram mais íntimos: Pedro, Tiago e João. No grupo dos três, Pedro sempre é mencionado em primeiro lugar.

  

1-1- O primeiro a declarar a messianidade de JESUS

JESUS tinha muito cuidado em ser reconhecido como Messias pelo povo judeu, porque tal informação poderia prejudicar o Seu ministério e antecipar a Sua morte, e Ele tinha uma agenda a cumprir — tanto é que, quando chegou a hora, Ele mesmo reconheceu (Jo 17.1). No evangelho de Marcos, o segredo messiânico é bem perceptível: a expressão “vá e não conte nada a ninguém”, depois que JESUS realizava algum milagre, é repetida várias vezes (Mc 1.34,44; 5.43; 7.36; 8.26). Mas, com Seus mais próximos seguidores teria de ser diferente: eles precisavam saber a quem estavam seguindo. Assim, quando JESUS estava reunido com os discípulos em Cesareia de Filipe, interrogou-os sobre o que as pessoas diziam Dele. E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas. JESUS, então, quis saber o que eles pensavam a Seu respeito. Diz o texto bíblico que Simão Pedro respondeu: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (Mt 16.13-16). Após a declaração de Pedro, o Senhor o exaltou, dizendo: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16.17). A declaração de Pedro revela a mais absoluta verdade acerca da pessoa de JESUS: Ele é o Messias.

  

SUBSÍDIO 1-1

O termo CRISTO é a versão grega do vocábulo hebraico Messias, que significa Ungido. Era pelo Ungido que os judeus aguardavam — como ainda hoje aguardam,

porque não acreditaram que JESUS fosse o Prometido de Israel.

  

1-2- O primeiro a definir JESUS como único

No dia seguinte à multiplicação de pães e peixes, que alimentaram uma multidão de cinco mil homens, fora mulheres e crianças (Mc 6.1-14), JESUS sofreu uma grande decepção. Toda aquela gente voltou até Ele, na esperança de reviver a experiência do dia anterior (Jo 6.26). Mas, em vez de repetir o milagre, JESUS apresentou a Si mesmo como o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (Jo 6.48-51). Muitos, dentre os judeus, tinham grande dificuldade em compreender abstrações. Para estes, as manifestações messiânicas deveriam ser concretas, visíveis e palpáveis. Por essa razão, entender as minudências contidas em revelações espirituais era tarefa difícil para boa parte dos ouvintes de JESUS. Quando, por exemplo, o Salvador disse a Nicodemos que era preciso nascer da água e do ESPÍRITO, ele pensou que tivesse de voltar ao ventre materno (Jo 3.4). Alguém, dentre a multidão, começou a reclamar do discurso de JESUS, dizendo: Duro é este discurso; quem o pode ouvir (Jo 6.60)? Cada um que ouvia tal declaração repetia a frase e, um a um, retirava-se, até sobrarem apenas JESUS e os Doze (Jo 6.61-66). Vendo que teria de começar tudo de novo, JESUS convidou os Doze a se retirarem também (Jo 6.67). Mas, ouviu-se uma resposta, que saiu do meio deles: Para quem iremos nós? Só o Senhor tem as palavras que dão a vida eterna (Jo 6.68; Viva). Quem disse isso foi Pedro!

  

1-3- O primeiro a ser informado sobre a ressurreição de JESUS

Pedro foi o primeiro discípulo a ser chamado, e o primeiro listado no grupo apostólico; ele também foi o primeiro a ter destaque no aviso sobre a ressurreição do Senhor: Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse (Mc 16.7).

  

2- PEDRO, UM LÍDER ÀS AVESSAS

O grupo de seguidores mais próximos de JESUS era

composto por doze homens. Como seria natural esperar, cada um deles possuía um temperamento próprio, e todos apresentavam comportamentos distintos. João era amoroso; André, prestativo; Filipe, cauteloso; e assim por diante. JESUS levou em conta o perfil de cada um. A Bíblia não esconde as aparentes limitações de Pedro.

  

2-1- O grande líder não teme questionar

Observe a sequência de eventos a seguir: Pedro não temia questionar, quando a resposta não lhe parecia tão óbvia assim:

- Quando JESUS disse que um dos discípulos haveria de traí-lo, Pedro pediu a João, que estava reclinado sobre o Seu peito, para perguntar ao Mestre, quem seria o traidor (Jo 13.21-24).

- Pedro questionou JESUS acerca do perdão (Mt 18.21).

- Pedro perguntou a JESUS o que ele e os demais discípulos receberiam em troca de terem deixado tudo para o seguirem (Mt 19.27).

- Pedro pediu explicação acerca de uma parábola proposta por JESUS (Mt 15.15).

  

2-2- O grande líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado

Observe a sequência de eventos a seguir.

- Pedro era um tanto imprevisível; quando menos se esperava, ele tinha uma reação diferente daquela manifesta por seus pares.

- Quando JESUS anunciou que seria morto pelas mãos dos anciãos, dos sacerdotes e dos escribas, Pedro reagiu veementemente (Mt 16.21-23).

- Após celebrar a última ceia com Seus discípulos, JESUS tomou uma toalha e uma bacia e começou a lavar-lhes os pés. Pedro recusou-se a ter os pés lavados pelo Messias (Mt 13.1-9).

- JESUS caminhava sobre as águas. Pedro pediu para ir ao Seu encontro. JESUS o autorizou e ele foi, mas um vento forte o amedrontou e ele começou a afundar. Achando que ia morrer, Pedro pediu socorro (Mt 14.27-30).

-Quando JESUS foi preso no jardim do Getsêmani, Pedro cortou a orelha de Malco. JESUS colocou a orelha de Malco no lugar e repreendeu Pedro (Jo 18.10; Lc 22.49-51).

- Moisés e Elias apareceram para JESUS no monte da

Transfiguração, em um ambiente de glória, a ponto de

o semblante de JESUS brilhar como sol (Mt 17.1-13). O

momento era solene e exigia a mais absoluta reverência, Pedro, no entanto, não temeu dar a sua opinião sobre o que achava correto fazer naquele momento: (...) se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias (Mt 17.4).

  

2-3- O grande líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o

Pedro reconheceu em uma de suas epístolas que Paulo recebera maior instrução do que ele próprio (2 Pe 3.15,16); entretanto, Pedro foi preparado pelo Senhor, pessoalmente, em toda sua singeleza.

 

2-3-1- O erro

À véspera de Sua morte, JESUS chamou Pedro para informá-lo que Satanás pedira para cirandá-lo como trigo. Inconformado com o que ouvira, Pedro rebateu dizendo: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte (Lc 22.33). O Senhor deu-lhe um sinal: Não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces (Lc 22.31-34). No pátio da casa do sumo sacerdote, onde JESUS estava sendo julgado, Pedro negou três vezes que era discípulo de JESUS, até que o galo cantou (Lc 22.54-60). Pedro estava ao alcance dos olhos de JESUS, que olhou para ele, e isso bastou para que se lembrasse do que o Salvador lhe dissera. Pedro saiu de lá e chorou amargamente (Lc 22.61,62).

  

2-3-2- O reconhecimento do erro

Após ressuscitar, JESUS reencontrou-se com Seus discípulos à beira do mar de Tiberíades, onde alguns deles estavam pescando sem sucesso. JESUS, então, mandou que jogassem a rede do lado direito, e eles pescaram 153 grandes peixes. Pedro reconheceu JESUS. Assim, antes que o barco voltasse, ele apressou-se para encontrar-se com o Mestre. Certamente, Pedro estava constrangido (Jo 21.1-14). JESUS perguntou a Pedro, por três vezes: Pedro, tu me amas? E três vezes a resposta foi: Sim, Senhor (Jo 21.15-17). A didática de JESUS com Pedro envolvia o número de vezes que ele o negara, para que ele pudesse chegar ao entendimento de que somente quem ama é capaz de dar a sua vida por alguém. A cada resposta de Pedro, JESUS pedia a ele que pastoreasse o Seu rebanho: (...) Apascenta os meus cordeiros; (...) apascenta as minhas ovelhas; (...) apascenta as minhas ovelhas (Jo 21.15-17).

  

2-3-3- A reparação do erro

Era isso que o Senhor projetava para Pedro, um discípulo marcado por idiossincrasias (comportamento diferente do usual das pessoas). No dia de Pentecostes, onde quase 120 irmãos estavam assentados, aguardando o cumprimento da promessa do Pai, o ESPÍRITO SANTO veio sobre todos os presentes,

que começaram a falar outras línguas (At 2.4). O discurso de Pedro revela que ele já havia adquirido

conhecimento. Ele pregou com autoridade e grande poder; assim, quase três mil almas se agregaram à Igreja que nascia naquele dia.

  

CONCLUSÃO

O designativo de pedra, enunciado no nome Pedro, servia para indicar firmeza de caráter e de propósito. Como grande líder, depois de haver recebido do Senhor JESUS a incumbência de apascentar o Seu rebanho, Pedro exorta os pastores a apascentarem com muito cuidado o rebanho de Deus, para que recebam a recompensa devida pelo sumo Pastor (1 Pe

5.1-4). É notório, na Bíblia, que Pedro é um dos primeiros líderes da Igreja. Ele andou com JESUS de maneira muito próxima, sendo testemunha ocular de Seus ensinos e realizações. A influência, o empenho e o grande amor de Pedro para com o rebanho de DEUS são fatos inquestionáveis. Seu ministério foi exercido na força do ESPÍRITO SANTO em demonstração de poder

e operação de milagres. Com Pedro aprendemos que, em Deus, todas as nossas limitações podem ser superadas, porque mais importante que cair é entender que CRISTO pode nos levantar (Mt 14.30,31).

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Qual foi a primeira igreja pastoreada por Pedro?

R.: Jerusalém.