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Escrita, Lição 6, O Filho É Igual Com O Pai, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita, Lição 6, O Filho É Igual Com O Pai, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
1. Ideia de filho
2. Significado teológico
3. O Filho é DEUS
II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO
1. Orígenes
2. No período pré-niceno
3. Métodos usados pelos subordinacionistas
III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE
1. No contexto islâmico
2. O movimento das Testemunhas de Jeová
TEXTO ÁUREO
“Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)
VERDADE PRÁTICA
O termo teológico “Filho de DEUS” é título, sendo assim, a
existência de JESUS é desde a eternidade junto ao Pai.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl
8.4 O termo "filho" na Bíblia indica, muitas vezes, "a
mesma espécie"
Terça - Am
7.14 A expressão bíblica "os filhos dos profetas" equivale a
expressão "os profetas"
Quarta - Mt
23.30, 31 A palavra "filho" indica também "a mesma
índole"
Quinta - Jo
5.18 JESUS falava da sua divindade quando se disse Filho de DEUS
Sexta - Jo
16.28 JESUS como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e
natureza do Pai
Sábado - 1 Jo
4.15 Quem confessa que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS está nele
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 10.30-38
30 - Eu e o Pai somos um.
31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o
apedrejarem.
32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por
alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti
mesmo.
34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse:
sois deuses?
35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS
foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 - àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?
37 - Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para
que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.
HINOS SUGERIDOS: : 154, 277,
400 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 6, CPAD, 1TR25
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JESUS igual a DEUS
A afirmação "JESUS é igual a DEUS" é uma crença
fundamental no Cristianismo, especialmente dentro das tradições católica,
ortodoxa e protestante (ou evangélica). Segundo a doutrina da Trindade, DEUS é
uno em essência, mas existe em três pessoas distintas: DEUS Pai, DEUS Filho (JESUS
CRISTO) e DEUS ESPÍRITO SANTO. Esta doutrina afirma que JESUS é completamente
divino, compartilha da mesma essência de DEUS Pai e é igualmente eterno e
todo-poderoso.
No entanto, outras religiões e denominações podem ter diferentes
interpretações sobre a relação entre JESUS e DEUS. O Islã, por exemplo,
respeita JESUS como um grande profeta, mas não o iguala a DEUS. Os Testemunhas
de Jeová o identificam como um deus.
A doutrina bíblica da relação entre JESUS CRISTO, o Filho, e DEUS,
o Pai, é um tema central no Cristianismo. Esta doutrina é frequentemente
explorada para entender a natureza de JESUS e sua relação com DEUS Pai.
1. Ideia de Filho: No pensamento judaico, o
conceito de filho implica igualdade com o pai. Na Bíblia, a ideia de
"filho" muitas vezes indica "a mesma espécie" ou "a
mesma índole". Por exemplo, JESUS referiu-se a si mesmo como Filho de DEUS,
indicando sua divindade e igualdade com DEUS Pai.
2. Significado Teológico: Teologicamente,
ser chamado de Filho de DEUS significa que JESUS compartilha da mesma essência
e natureza de DEUS Pai. JESUS afirmou: "Eu saí e vim de DEUS" (Jo
8.42) e "Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o
Pai" (Jo 16.28). Essas declarações sublinham que JESUS é de mesma
substância que DEUS Pai.
3. O Filho é DEUS: A expressão "Filho de DEUS"
revela a divindade de CRISTO. A Bíblia afirma claramente que JESUS é DEUS. Por
exemplo, Hebreus 1.8 cita Salmos 45.6-7, onde DEUS é referido como ungindo a si
mesmo como DEUS, o que é explicado como uma referência a JESUS. Isso mostra a
unidade e a pluralidade de DEUS.
4. A Heresia do Subordinacionismo: O
Subordinacionismo é uma doutrina que afirma que o Filho é subordinado ao Pai,
sendo um deus secundário. Essa visão foi defendida por Orígenes e outros, mas é
considerada herética porque nega a igualdade absoluta de JESUS com DEUS Pai. A
Bíblia, no entanto, revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Pai, Filho
e ESPÍRITO SANTO).
5. Unidade na Trindade: A
doutrina da Trindade afirma que DEUS é uno em essência, mas existe em três
pessoas distintas: DEUS Pai, DEUS Filho (JESUS CRISTO) e DEUS ESPÍRITO SANTO.
Essa doutrina enfatiza a plena harmonia e igualdade de essência e autoridade
entre as pessoas da Trindade.
O subordinacionismo é uma doutrina teológica herética que sugere
que Jesus Cristo é subordinado a Deus Pai, ou seja, que Ele não é igual a Deus
Pai em natureza e essência. Hoje, essa heresia ainda é combatida por muitas
denominações cristãs, especialmente aquelas que defendem a doutrina da
Trindade, que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas
distintas, mas de mesma essência e substância divina.
O subordinacionismo pode se apresentar de várias formas, como em
algumas interpretações de passagens bíblicas ou em certas práticas e crenças
dentro de algumas denominações ou movimentos religiosos. É importante que os
cristãos estejam cientes dessas interpretações para manter a integridade da
doutrina da Trindade.
22-30. Comentários Adicionais sobre a Identidade de Jesus.
Provavelmente um intervalo de cerca de dois meses separavam esta
ocasião da precedente. A Festa dos Tabernáculos pertencia à estação do Outono,
e a Festa da Dedicação vinha no inverno. Esta celebração era em recordação da
purificação e rededicação do Templo feita por Judas Macabeus depois do
sacrilégio cometido por Antíoco Epifânio. O ano foi de 165 a.C. Jesus foi
assediado por alguns judeus quando andava pelo alpendre de Salomão, que ficava
na parte oriental do Pátio dos Gentios, o pátio maior na área do Templo, que
rodeava os pátios interiores e o templo propriamente dito. Sua pergunta foi
muito direta. Até quando nos deixará a mente (alma) em suspenso? Literalmente.
Em outras palavras, eles queriam uma resposta direta. Era ou não era o Cristo?
Nosso Senhor colocou seu dedo na dificuldade. Não era falta de informação,
mas falta de vontade de crer. Seu próprio testemunho teria sido suficiente; se
não fosse, como no caso deles, então Suas obras testificavam dEle (cons.
14:11). Não havia falta de clareza neste caso; o problema permanecia com eles.
Evidentemente não lhe pertenciam, uma vez que não tinham vontade de segui-lo.
Eles percebiam que o ensinamento do Seu pastor tinha um novo sentido, e não
estavam preparados a deixar o Judaísmo que conheciam e ao qual se apegavam. Mas
a nova ordem oferecia bênçãos e segurança que não poderiam chegar a conhecer no
seu farisaísmo.
Cristo oferecia a vida eterna como um presente (10:28; cons. v.
10). Ao dizer que jamais perecerão se pertencessem ao seu rebanho, Jesus usou a
mais forte expressão conhecida na língua. Essa certeza era possível porque a
vida oferecida fundamentava-se no Seu dom (Rm. 11:29) e não em consecuções
humanas. Suas ovelhas também estavam a salvo de influências estranhas – ninguém
as arrebatará da minha mão. As ovelhas pertenciam a Cristo porque eram
presentes do Pai para Ele (10:29). Naturalmente o Pai tinha interesse na sua
preservação. Considerando que Ele é supremo – maior do que tudo – não se pode
imaginar que algum poder seja capaz de arrancá-las de Sua protetora mão (cons.
Rm. 8:38, 39). A conclusão do assunto é que nenhuma separação pode ser feita
entre o Pai e o Filho. Eles são mais do que colaboradores; são um na essência
(a palavra um não está no masculino – um indivíduo – mas no neutro, um ser).
31-33. Pela segunda vez Jesus foi ameaçado com apedrejamento da
parte dos seus oponentes (cons. 8:59).
A provocação aqui foi a sua declaração de ser um com o Pai, uma
blasfêmia aos olhos dos judeus, que negavam a origem celeste de Jesus. Para
enfrentar sua posição o Senhor não dependia da repetição de Suas declarações ou
da ampliação das mesmas, mas voltava-se de Suas palavras para as Suas obras.
Eram mais fáceis de serem compreendidas e apreciadas.
Muitas obras boas. A atenção foi focalizada principalmente sobre
algumas, mas essas representavam as outras que não foram contadas (20:30). Eram
boas obras, as quais eram de se esperar emanarem do Pai. Pensariam os judeus
seriamente em apedrejar um homem por causa de boas obras? Em resposta, os
judeus puseram de lado toda e qualquer referência às obras; as quais não podiam
negar, e retornaram à questão das palavras de Jesus, as quais eles se sentiam
obrigados a negar alegando blasfêmia. Para eles Jesus era um homem que se
atrevia a passar por Deus. Com base nisso quiseram matá-lo imediatamente e o
procurariam fazer mais tarde (19:7).
34-38. Neste impasse a única esperança de encontrar base para
discussão adicional consistia em apelar para a lei (há forte testemunho
documentário favorável à omissão da palavra vossa), uma vez que os judeus a
aceitavam.
Lei, aqui, foi usada no amplo sentido referindo-se às Escrituras do
V.T. As palavras em questão, Sois deuses, ocorre em Salmo 82:6, com referência
aos juízes hebreus. A palavra de Deus concedeu-lhes um certo "status"
de divindade na qualidade de seus representantes. Uma vez que a Escritura (com
especial referência à passagem em questão) não pode falhar, com o fim de
permitir que os homens rejeitassem seus ensinamentos, como se podia levantar
objeções contra Ele a quem o Pai especialmente separara e enviara ao mundo?
Pois se Cristo dissesse menos do que afirmar que era o Filho de Deus estaria
dizendo uma mentira. Afirmar sua filiação não era blasfêmia (Jo. 10:36). Se os
judeus não podiam testar suas declarações verbais, pelo menos podiam julgá-lo
com base nas obras (vs. 37, 38; cons. vs. 25, 32). Seria possível progredir
através das obras até a fé na pessoa. Essa é também a verdade contida em 20:30,
31.
39-42. A repetida afirmativa de unidade com o Pai causou uma ameaça
de violência uma vez mais.
Era tempo do Senhor ausentar-se da cidade. Encontrou refúgio em
Betânia, além do Jordão, onde João estivera antes batizando (v. 40)22-30.
Comentário Bíblico
Moody - Charles F. Pfeiffer | Everett F. Harrison
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DIVINDADE
DE JESUS: Características:
Como
Criador (Cl.1:16; Hb.1:3);
Seus
desígnios (Rm.11:33-36);
Se
fez homem (Lc.1:26-35);
Ressuscitou
(Lc.24:36-53;At.1:3; At.2:22-39;
At.3:13-26; At.4:10;
At.5:30-32; At.10:39-42; At.13:30-32; At.13:37; Rm.1:4; 1Co.6:14;
1Co.15:15; Cl.2:12; Cl.3:1; 1Ts.4:14-16; Hb.13:20; 1Pe.1:2-3; 1Pe.1:21; 1Pe.3:21-23; Ap.5:6-10; Ap.20:6; );
Tem
todo o poder (Mt.28:18; Fp.2:9-11); Poder para perdoar
pecados (Mt.9:6; Mc.2:1-12; Lc.5:24);
É
sobre todos (At.10:36; Rm.9:1-5).
Ele
é o resplendor da Glória de Deus (Hb.1:3);
Imagem
de si (Hb.1:3; Cl. 1:15-19).
Jesus
é diferente dos líderes; único que convence que é Deus a uma parte do mundo- escárnios
pagãos testemunham da adoração a Cristo;
Impecabilidade:
nas palavras e obras de Jesus há ausência completa de conhecimento ou confissão
de pecado(Jo.8:46;Hb.4:15; Hb.9:28);
Ele
se afirmava como Deus: Igualdade com o Pai:
(Jo.10:30;Jo.8:58) (viola o sábado)(Jô.5:18; Jô.9:16);enviado
(Jo.20:21);defende sua honra divina
(Jo.5:23); Conhecer (Jo.8:19); Crer (Jo.14:1); Ver (Jo.14:9)
Aceita
reverência a Ele, como adoração divina:(prostrar-se) Jo.4:20-22; At.8:27; Jo.4:24; Mt. 4:10 e Lc. 4:8; leproso (Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33; Jo.20:27). Anjos e meros homens não
aceitaram essa reverência para si:(At.10:25-26 e Ap.19:10). Referências Bíblicas: (Jo.5:18; Jo.8:42;Jo.8:54;Jo.10:35-36;Jo.13:3;Jo.13:31-32; Jo.16:27; Jo.20:17);
Outras
Provas:
Sua
igreja o adora por quase 2.000 anos;
mudou
a história (AC e DC)
Emanuel(Deus
conosco)-(Mt.1:23);
Quem
estava tentado era Jesus-Deus (Mt.4:7;Lc.4:12;);
Jesus
foi adorado e servido como Deus pelos anjos (Mt.4:10- 11;Lc.4:8;Hb.1:6;);
demônios
o reconheceram como divino (Mt.8:29; Mc.1:24; Mc.3:11; Mc.5:7; Lc.4:34; Lc.4:41; Lc.8:28; Tg.2:19);
adorado
e reconhecido pelos homens (Mt.14:33; Mt.16:16;Mt.27:54; Mc.15:39; Mc.16:19;Lc.2:26-38; Lc.7:16; Lc.9:20; Jo.9:33; Jo.11:27; Jo.16:30; Jo.20:28; At.7:55-56; Paulo (Fil.2:9;Tito 2:13); João Batista (Lc.3:2);Pedro (Mt.16:15 e At.3:26); Tomé (Jo.20:28);Escritor (Hb.1:8); Estevão (At.7:9); leproso
(Mt.8:2); cego (Jo.9:35); discípulos (Mt.14:33;Jo.20:27);
No
julgamento: Condenação de Jesus foi por sua confissão induzida, onde “tu o
disseste” é uma maneira educada judaica de responder(Mt.26:64; Mc.14:62; Lc.22:70; Lc.23:42);
reconhecido
por anjos (Mc.1:35; Lc.2:12; Jo.10:33);
Ensinos
absolutos(não retrata, acha ou muda nada), autoridade suprema” Em verdade,...;
Confirmado
por explicações teológicas bíblicas gerais que explicam a Jesus como Deus
(inclusive passagens declaratórias de que Ele é Deus): (Jo.1:1-2; Jo.1:12-13; Jo.1:18; Jo.1:29; Jo.1:34; Jo.1:36; Jo.1:49;
Jo.3:16-21; Jo.3:36; Jo.6:69; Jo. 17:3; Jo.20:31; At.20:28; Rm.5:10;
Rm.6:23;Rm.8:3; Rm.8:34; Rm.9:5; 1Co.1:9; 1 Co.1:24; 1 Co.1:30; 1 Co.6:11; 1 Co.8:6; 2 Co.4:6; 2 Co.15:19; 2 Co.13:13; Ef.1:3; Fp.2:6-11; Cl. 1:13-15; 1 Tm.2:5; 1 Tm.3:6; 2 Tm.4:1; Tt.2:13; Hb.1:1; Hb.1:8-9; Hb.2:9; Hb.2:17; Hb.4:14; Hb.7:3;Hb.9:14; Hb.9:24; Hb.10:12; 1 Pe.3:18; 2 Pe.1:1; 2 Pe.1:17; 1 Jo.4:9; 1 Jo.5:9-13; 1 Jo.5:20; 2 Jo.1:9; Jd.1:4; Ap.14:2; Ap.19:10).
10)JESUS
COMO VERBO: No Grego logov logos- (preexistente-anterior à Criação do homem,
intimamente ligado Deus no seio do Pai, não que Jesus seja idêntico Deus-Pai,
mas no mesmo caráter, essência, qualidade e ser de Deus). Jesus é tão
perfeitamente o mesmo que Deus em mente, coração e essência (Jo.1:14;Jo.14:9).
(EU
SOU):Antigo testamento hyh hayah hyh hayah (EU SOU O QUE SOU) - (Ex.3:14);
Novo
testamento egw ego eimi eimi (Mt.20:15; Mt.20:22; Lc.22:70; Jo.8:24; Jo.8:28; Jo.8:58;Jo.13:19;At.18:10; Ap.2:23);
Outras
Referências Bíblicas: O PÃO(Jo:6:35; Jo.6:41; Jo.6:48; Jo.6:51); A LUZ (Jo.8:12;Jo.12:46;); ENVIADO (Jo.8:18); DO CÉU (Jo.8:26) A PORTA (Jo.10:7; Jo.10:9); O BOM PASTOR (Jo.10:11;Jo.10:14);A RESSURREIÇÃO E A VIDA (Jo.11:25); O CAMINHO, A VERDADE E A
VIDA (Jo.14:6); A VIDEIRA VERDADEIRA (Jo.15:1; Jo.15:5) REI (Jo.18:37); SENHOR
(At.9:5;At.22:8;At.26:15;);
SANTO (1 Pe.1:16); ALFA E ÔMEGA
(ETERNO)
(Ap. 1:8,11,17,18; Ap.21:6; Ap.22:13); RAIZ E GERAÇÃO DE DAVI E
ESTRELA DA MANHÃ (Ap.22:16);
JESUS
COMO A PALAVRA DE DEUS (expressando seu poder, inteligência e vontade, imagem
revelada de Deus ) Referências bíblicas: (Lc.4:32; Lc.4:36; Jo.2:22; Jo.5:24; Jo.8:31; Jo.8:51; Jo.12:48; Jo.14:23-24; Jo.15:3; At.10:36; 1 Co.1:18; 2 Co.2:17; 2 Co.5:19; Ef.1:13; Fp.2:16; Cl.3:16; 1 Tm.1:15; 1 Jo.5:7; Hb.1:3; Ap.1:9; Ap.3:8; Ap.3:10; Ap.6:9; Ap.12:11; Ap.19:13; Ap.20:4).
Expressão
“uiov huios yeov theos” significa” nascido de Deus”. Título proclama deidade.,
num sentido único que mantém relação divina não participada por nenhuma
criatura do universo:
Consciência
de si mesmo - Com 12 anos, Jesus sabia 2 coisas:
1a)
uma revelação especial de Deus a quem chama de seu Pai;
2a)
uma missão especial na terra “negócios do Pai”. Ele tinha consciência de sua
identidade, adquirida no estudo das Escrituras sobre o Messias e o Espírito
Santo revelou intimamente que Ele é o Eterno filho de Deus e não, apenas, de
Maria. Ele ouviu a voz do Pai no batismo (Mt.3:17),resistiu à tentação do
diabo p/duvidar do fato(Mat.4:3)e falou Abba
(paizinho),na cruz.
Mt.27:54; Mc.1:1; Mc.3:11; Mc.15:39; Lc.1:35;Lc.4:41; Lc.22:70;
Jo.1:34;Jo.1:49; Jo.3:18; Jo.5:25; Jo.10:36; Jo.11:4; Jo.11:27;Jo.19:7; Jo.20:31; At.8:37;At.9:20; Rm.1:4; 2Co.1:19; Gl.2:20; Ef.4:13-14; Hb.6;6; Hb.7:3; Hb.10:29; 1Jo.3:8; 1Jo.4:15; 1Jo.5:5; 1Jo.5:10-13; 1Jo.5:20; Ap.2:18).
13)
SENHOR: Expressão kuriov kurios
(grego-kurios)-
(supremacia)-
título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos
tratavam seus senhores; título dado: a Deus, ao Messias:(Lc.24:3; Jo.21:7; At.1:21;At.2:36; At.4:33;
At.7:59; At.9:17; At.9:29; At.10:36; At.11:7; At.15:11; Rm.10:12; 1Co.12:3; Fp.2:11; 2Jo.1:3; Jd.1:17; Jd.1:21; Ap.22:20-21). Indica:
deidade-
transmitia aos judeus e gentios, o pensamento de divindade(equivale a Jeová);
Exaltação
- Na terra, Jesus merecidamente é Senhor porque morreu e ressuscitou para
salvar os homens;
Soberano
- No AT, se revelou como redentor e salvador de Israel e no Sinai, como Rei (Êxodo 20:2)-2 Cr.13:5; Fp.2:9; Fp.3:14).
Profecias
do A.T.: Ex.15:2; Dt.26:19; 1Sm.2:1; 1Sm.2:10;
2Sm.22:47; 1Cr.29:11; Sl.7:6; Sl.18:46; Sl.21:13; Sl.46:10; Sl.57:5; Sl.57:11; Sl.66:17; Sl.97:9; Sl.99:5; Sl.99:9; Sl.107:32; Sl.108:5; Sl. 113:4; Sl.118:16; Sl. 118:28; Sl.145:1; Sl.148:13; Is.5:16; Is.26:11; Is.33:3;5;10; Is.52:13;
Cumprimento: (At.2:33; Fp.2:9); Agora Cristo nos redime da
destruição
do pecado e tem o direito de ser o Senhor de nossas vidas, que nos comprou (1 Co.6:20; 2 Co.5:15).
FILHO
DO HOMEM: Expressão hebraica “Nb bem Mda ‘adam aw- dawm ou grega uiov huios
anyrwpov anthropos (humanidade)-
designação
enfática p/o homem, em seus atributos característicos de debilidade e
impotência.(Nm.23:19;Jó.16:21). No AT, a expressão
denota debilidade e mortalidade, incentivo à vocação profética. No NT, denota-o
como participante da natureza e qualidades humanas, sujeito às fraquezas
humanas; Também, denota sua deidade porque nEle, significa pessoa celestial , identificado
como representante e salvador, em 3 fases:
vida
terrena (Mt.27:63; Lc.24:5; Mc.2:10; Lc.24:23; Jo.6:57; Jo.6:69; Jo.14:19;At.25:19 );
sofrimentos
expiatórios (Hb.2:17; Mc.8:31; 1 Pe.1:11) e
exaltação
e domínio sobre a humanidade (Mt.25:31;Dn.7:14). Cristo, homem em
sofrimento, debilidade e morte, mas divino em contato com Pai, perdoando
pecados acima da religião. O filho de Deus veio a ser o filho do homem pela encarnação,
concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo.
Encarnação
não significa que Deus se fez homem, mas permanecendo como Deus, tomou natureza
nova(humana). O filho de Deus , permanecendo Deus, se uniu de tal forma a do
homem, que constituiu uma pessoa, Jesus; assim, o filho de Deus , verdadeiro
Deus desde a eternidade, no curso do
tempo se fez verdadeiro homem, em uma pessoa, Jesus Cristo, constituído de duas
naturezas, a humana e a divina.(Lc.24:39; Jo.1:14; Jo.6:51-56; Jo.17:2; At.2:30; At.2:31; Rm.1:3; Rm.8:3; Rm.9:5; 2Co.3:3; 2Co.5:16; Ef.2:15; Cl.1:22; 1 Tm.3:16; Hb.5:7; Hb.10:20; 1Pe.3:18; 1Pe.4:1; 1Jo.4:2-3; 2Jo.1:7).
TEOLOGIA SISTEMÁTICA –
Govaski
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João 10.30-38
30 - Eu e o Pai somos um.
31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o
apedrejarem.
32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por
alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti
mesmo.
34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse:
sois deuses?
35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS
foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 - àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?
37 - Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para
que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.
Propósito do Quarto Evangelho
O Evangelho de João é o único entre os evangelhos canônicos que
traz claramente sua declaração de propósito:
Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais
que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome – João 20.30-31
Nesse verso podemos encontrar ao menos quatro declarações de
propósito do autor: (1) Propósito Evangelístico; (2) Propósito de Incentivar a
Perseverança; (3) Propósito Teológico; (4) Propósito Apologético. Abaixo,
passamos a observar como cada um desses se relaciona com o Evangelho como um
todo.
A. Propósito Evangelístico
A relação entre a fé e vida eterna é claramente exposta na teologia
Joanina. No terceiro capítulo encontramos: “para que todo o que nele crê
tenha a vida eterna” (v.15); “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (v.16); “Por isso, quem crê no Filho tem a
vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a
vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (v.36; cf. Jo.5.24;
6.35, 40, 47; 11.25). Essa característica é muito encontrada na literatura
joanina: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida
eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de
Deus” (1Jo.5.13).
É fundamental ressaltar que tal conceito também é testemunhado
pelos milagres (sinais; gr. semeion) realizados por Cristo e registrados
por João: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros
sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram
registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).
Sinais, prodígios e maravilhas permeiam todo o evangelho de JESUS CRISTO
e início da Igreja.
Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias
maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com
eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos
16:20
As ações milagrosas de Cristo relatadas no Evangelho têm por motivo
apresentar sua Real Pessoa para Seus expectadores; para que compreendam sua
Divindade e Messianidade e para que possam depositar sua fé Nele. E isso é
visto em vários dos seus milagres: “Com este, deu Jesus princípio a seus sinais
em Caná da Galileia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos
creram nele” (Jo.2.11); “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da
Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome”
(Jo.2.23) “Com isto, reconheceu o pai ser aquela precisamente a hora em que
Jesus lhe dissera: Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa”
(4.53); “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (9.38).
“Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que
fizera Jesus, creram nele” (11.45)
Entretanto, assim como seus ensinos seus atos milagrosos estavam
sujeitos a avaliação e rejeição. Já no início do seu ministério a incredulidade
já estava anunciada: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa,
muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome, mas o
próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos”
(Jo.2.23-24). Em outras ocasiões, o milagre promoveu completa rejeição. No caso
da cura da aleijado do tanque de Betesda, por realizar no sábado o milagre, os
fariseus passaram a prossegui-lo (Jo.5.16). Tal rejeição torna-se discussão e
Jesus deixa clara a opinião dos fariseus a Seu respeito: “Porque, se,
de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto
ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos,
como crereis nas minhas palavras?” (Jo.5.46-47). No caso da cura do
cego de nascença a incredulidade é clarividente, pois pesquisam para saber se
aquele que se dizia cego o era de fato: “Não acreditaram [criam] os
judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os
pais” (Jo.9.18). Outro exemplo interessante desse fato é visto entre os judeus
descrentes: “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não
creram nele” (Jo.12.37). A interpretação que João tem desses fatos é que
eles são cumprimento profético: “para se cumprir a palavra do profeta Isaías,
que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado
o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse
ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com
os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados”
(Jo.12.38-40).
Assim, ainda que os milagres tivessem claro papel evangelístico,
também funcionaram como problema para a compreensão sobre a verdadeira pessoa
de Cristo. Aliás, esse é um dos muito motivos pelos quais a pessoa de Cristo
continua sob suspeita.
B. Propósito de Incentivar a Perseverança
Como já temos mencionado, existe uma importante variante textual em
Jo.20.31 que sugere que o propósito do livro é fortalecer os cristãos na
manutenção da sua fé em Cristo. Observe como poderia ser traduzido o verso: “Na
verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão
escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que continuais
a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome”
Embora contextualmente deslocada, a sentença pode ser muito bem
compreendida como um convite a manutenção da Fé. Já temos dito que essa leitura
parece aceitável pelo fato de que todos os livros do NT foram primeiramente
escritos para cristãos, o que nos leva a crer que João teria feito o mesmo com
seu evangelho.
É importante lembrar o leitor que apenas uma das leituras variantes
é a original e, portanto, apenas uma das conclusões sobre o propósito do livro
está correta. Entretanto, mantemos aqui essa declaração, pois os mais
conceituados textos críticos optaram por manter as duas leituras, por serem
consistentes externa e internamente.
Um detalhe que chama a atenção é que a relação de variante entre o
aoristo subjuntivo e o presente subjuntivo do verbo crer acontece mais algumas
vezes no evangelho. Observe:
ἀπεκρίθη ᾿Ιησοῦς καὶ εἶπεν αὐτοῖς· τοῦτό ἐστι τὸ ἔργον τοῦ Θεοῦ, ἵνα
πιστεύσητε εἰς ὃν ἀπέστειλεν ἐκεῖνος – [Segunda pessoa do plural do
Aoristo Subjuntivo Ativo] – 6.29
Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele
que por ele foi enviado – 6.29
Nesse texto o mesmo fenômeno acontece: A leitura variante atesta o
mesmo verbo (πιστεύω) só que no Presente Subjuntivo Ativo, o que faria com que
o texto fosse entendido assim:
ἀπεκρίθη ᾿Ιησοῦς καὶ εἶπεν αὐτοῖς· τοῦτό ἐστι τὸ ἔργον τοῦ Θεοῦ, ἵνα
πιστεύητε εἰς ὃν ἀπέστειλεν ἐκεῖνος – [Segunda pessoa do plural do
Presente Subjuntivo Ativo] – 6.29
Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que continueis
a crer naquele que por ele foi enviado – 6.29
Essa leitura nesse discurso parece consistente com o público a quem
se dirige o Senhor nessa sentença, e favorece a ideia de que esse evangelho
tenha sido escrito com esse propósito. Mas, é importante demonstra que o mesmo
fato acontece em quase todas as ocasiões em que se encontra o verbo crer no
aoristo subjuntivo ativo (13.19; 19.35; 20.31).
Atos dos Apóstolos foi escrito para mostrar o que JESUS continuou a
fazer, seus sinais, prodígios e maravilhas continuaram a acontecer, agora através
de apóstolos e discípulos. JESUS continuou sua missão.
É digno de atenção, que uma simples nota de João no relato da
crucificação de Cristo, favorece a ideia de um Evangelho primeiramente escrito
para cristãos com o objetivo de fortalecer a fé, observe:
καὶ ὁ ἑωρακὼς μεμαρτύρηκε, καὶ ἀληθινὴ αὐτοῦ ἐστιν ἡ μαρτυρία, κἀκεῖνος
οἶδεν ὅτι ἀληθῆ λέγει, ἵνα καὶ ὑμεῖς πιστεύσητε
Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho;
e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. 19.35
καὶ ὁ ἑωρακὼς μεμαρτύρηκε, καὶ ἀληθινὴ αὐτοῦ ἐστιν ἡ μαρτυρία, κἀκεῖνος
οἶδεν ὅτι ἀληθῆ λέγει, ἵνα καὶ ὑμεῖς πιστεύητε
Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho;
e ele sabe que diz a verdade, para que também vós continueis a crer.
19.35
Essa declaração do autor para o leitor sugere que ele tem os olhos
na manutenção da fé, e não da promoção da mesma. Em todos os casos a disputa
textual é acirrada e as preferências voltam-se para muitos lados, entretanto, é
fundamental que se diga que são variantes possíveis e em nada desmerecem o
Evangelho, muito pelo contrário, demonstram o propósito do evangelho de um modo
pertinente ao ambiente em que era primeiramente escrito.
C. Propósito Teológico
No que se refere a teologia, João assegura que os milagres
registrados atestam que Jesus é o Filho de Deus: “Na verdade, fez Jesus diante
dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes,
porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).
A designação Filho de Deus atesta a divindade de Cristo: “Quem nele
crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no
nome do unigênito Filho de Deus” (Jo.3.18). O uso da expressão unigênito Filho
de Deus (gr. tou monogenous uiou tou theou) é uma das formas pelas quais
João apresenta Cristo como divino, e essa definição é uma exigência para
salvação. Ou seja, ainda que as opiniões sobre Cristo fossem divergentes já
nessa ocasião, é certo para João que Jesus é Deus. Aliás, a linguagem de João
aqui parece trazer a tona uma referência ao gnosticismo incipiente e sua
desconexão da pessoa de Cristo e Deus Pai (1Tm.1.4).
A designação de Filho assumida por Cristo expressa uma
relação familiar com o Deus Pai. Tal ênfase é explicitamente
majoritária em João, pois enquanto os sinóticos atestam esse fato em
aproximadamente 24 ocasiões, em João encontramos cento e seis vezes. Esse fato
é visto desde o prólogo do evangelho: “E o Verbo se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito
do Pai” (Jo.1.14). João Batista também atesta o mesmo fato: “Pois eu, de
fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (Jo.1.34).
Uma situação que pode testificar a Pessoa de Cristo como Filho de
Deus é encontrada no encontro de Natanael com Cristo (Jo.1.44-51). No exercício
de sua onisciência, Jesus demonstra que o que Felipe disse a Seu respeito é
verdadeiro, e Natanael afirma: “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és
o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo.1.49). Ao ouvir isso, Jesus
garante que Natanael veria sinais mais evidentes de que Ele o é (Jo.1.50). A
cena que segue a esse diálogo nos conta seu primeiro milagre (sinal;
gr. semeion), com o qual Ele manifestou sua Glória (Jo.2.11).
Ao ter conhecimento dos atos de Cristo, o próprio Nicodemos atesta:
“Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus;
porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver
com ele” (Jo.3.2). Esse reconhecimento é fundamental para compreender alguns
dos milagres de Cristo narrados em João, como por exemplo a cura do filho do
oficial do Rei (Jo.4.46-54). Nessa ocasião, apenas o declara a cura do filho do
oficial à distância foi suficiente para que ele fosse curado. O fato de que o
texto narra a expressão de pontualidade da cura (v.53) demonstra que Aquele que
realizara o Milagre é Filho de Deus. E esse teria sido apenas o seu segundo
milagre (sinal; gr. semeion) narrado no evangelho.
D. Propósito Apologético
Carlos Osvaldo, sobre o assunto, atesta:
Infelizmente, a maioria dos comentaristas têm enfatizado este
propósito evangelístico do evangelho sem atentar para o propósito apologético
ou polêmico, em que João enfatiza a glória do Verbo (cf. 1.14; 17.1, 5) e a
realidade de sua encarnação.
João também atesta a Messianidade de Jesus quando o chama de Cristo
(ungido, messias): “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros
sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).
Aliás, essa ênfase é muito forte na literatura joanina:
“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo?
Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo.2.22).
A preocupação com a apresentação da Messianidade de Cristo também é vista na
reação das pessoas que estavam próximas a Ele. O convite de Felipe a Natanael
deixa isso transparecer, quando diz: “Achamos aquele de quem Moisés
escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno,
filho de José” (Jo.1.45). A resposta de Natanael também testifica isso:
“Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (v.49).
A frequente negativa de João Batista em relação a sua identidade
com o Messias, também sugere que João intencionava levar seus leitores a
conhecer o Verdadeiro Cristo na pessoa de Jesus e rejeitar a suposta autoridade
que João pudesse exercer. Note que João deixa isso evidente no evangelho, desde
o seu início: “Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de
Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu? Ele
confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo” (1.19-20). Pouco à
frente os fariseus o questionam: “E perguntaram-lhe: Então, por que
batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?” (1.25).
Isso acontece no mesmo capítulo em que o Evangelista testifica a superioridade
de Cristo sobre Moisés (1.17) e que os primeiros discípulos o encontram e o
chamam de Messias, que traduzido quer dizer Cristo (1.41ss). Pouco à frente,
João mesmo demonstra sua consciência de que não apenas não é o Cristo, mas lhe
é apenas um precursor: “Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu
não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor” (3.28).
É válido demonstrar que por quase todo o evangelho a pergunta sobre
a Messianidade de Jesus aparece na voz de diferentes pessoas. A mulher
samaritana tem certa consciência de quem é o Messias esperado e sobre ele
atesta: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado
Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas”. Pouco após seu
rápido encontro com Jesus vai à cidade e declara: “Vinde comigo e vede um homem
que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!”.
Diante de sua própria convicção de quem é o Messias, essa mulher convida outras
pessoas a verificarem se isso é de fato verdade.
No capítulo sete uma complicada situação arma-se diante do diálogo
de Jesus os fariseus e a reação da multidão, e em grande parte a pergunta que
se faz é se esse é o Messias, ou se ele se considera como tal sem o ser
(7.26-42). É interessante notar a crescente rejeição da Messianidade de Jesus
pelos judeus, observe: “Eis que ele fala abertamente, e nada lhe dizem.
Porventura, reconhecem verdadeiramente as autoridades que este é, de
fato, o Cristo? Nós, todavia, sabemos donde este é; quando, porém,
vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é” (7.26-27); “outros
diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o
Cristo virá da Galileia?” (7.41).
Essa rejeição tornou-se em retaliação àqueles que viessem a
confessar que Jesus era o Messias: “Isto disseram seus pais porque estavam com
medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém
confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga” (9.22). Mas,
ainda assim, entre os seguidores de Jesus, não eram poucos os que o
confessavam, a despeito do risco de se assumir isso (11.27).
Considerando a hostilidade dos judeus para com a compreensão de
Jesus como Cristo, é justo pensar que João escreve um tratado apologético no
sentido de defender a completa e perfeita Messianidade de Cristo.
Há indícios de que João queria esvaziar um gnosticismo incipiente,
de tendências docéticas, enfatizando a encarnação e a realidade da natureza
humana de Jesus. Ele relata como atividades de Jesus comer, chorar e sentir-se
cansado, bem como oferece o testemunho importantíssimo do tórax perfurado, do
qual fluíram sangue e água (19.34-35). Outro elemento polêmico no quarto
evangelho é sua quase-obsessão com a verdade e a verificação objetiva por meio
de testemunho. Isto se vê pelo uso frequente de ἀληθεία (aletheia) e seus
cognatos (55 vezes) e de μαρτυρία (marturia) e seus cognatos (47 vezes). –
Carlos Osvaldo Pinto, Teologia Bíblica do Novo Testamento – Material
não publicado.
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João 10.30-38
30 - Eu e o Pai somos um.
31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o
apedrejarem.
32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por
alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti
mesmo.
34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse:
sois deuses?
35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS
foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 - àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?
37 - Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para
que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.
Cristo tinha sentido
pessoalmente o poder do seu Pai, sustentando-o e fortalecendo-o, e por isto
coloca também todos os seus seguidores na mão do seu Pai. Aquele que assegurou
a glória do Redentor irá assegurar a glória dos redimidos. Para garantir ainda
mais a segurança, para que as ovelhas de Cristo possam ter um consolo ainda
mais forte, Ele declara sua união com Deus, o Pai: “‘Eu e o Pai somos um’,
e nos encarregamos, juntamente e separadamente, da proteção dos santos e da sua
perfeição”. Isto indica que havia mais do que harmonia, consentimento e bom
entendimento entre o Pai e o Filho na obra da redenção do homem. Todo homem bom
é tão unido a Deus, a ponto de estar de acordo com Ele. Portanto, o fato de
serem um só em essência, e iguais em poder e glória, deve ser o significado da
unicidade da natureza do Pai e do Filho. Os patriarcas da igreja enfatizaram
isto, tanto contra os sabelianos, para provar a distinção e a
pluralidade das pessoas, que o Pai e o Filho são duas pessoas, como contra os arianos,
para provar a unidade da natureza, que o Pai e o Filho são um só. Se nós nos
calássemos a respeito do profundo significado destas palavras, até mesmo as
pedras que os judeus pegaram para o apedrejar iriam falar abertamente, pois os
judeus consideravam que Ele se fazia Deus (v. 33), e Ele não negou isto. Ele
prova que ninguém poderia arrancá-las das suas mãos, porque não poderia
arrancá-las da mão do Pai, o que não teria sido um argumento conclusivo, se o
Filho não tivesse o mesmo poder todo-poderoso com o Pai, e, consequentemente,
não fosse um só com Ele, em essência e operação.
A ira, a fúria, dos
judeus contra Ele, devido a estas palavras: “Os judeus pegaram, então, outra
vez, em pedras para o apedrejarem”, v. 31. Estas não são as palavras que foram
usadas anteriormente (Jo 8.59),
mas ebastasan lithous – eles pegaram pedras, grandes pedras, pedras que eram
pesadas, como as que usavam no apedrejamento de malfeitores. Eles as tinham
trazido de algum lugar distante, como se estivessem preparando as coisas para a
execução de Jesus, sem qualquer processo judicial; como se Ele fosse condenado
de blasfêmia com a notória evidência do fato, sem a necessidade de um
julgamento.
O absurdo
deste insulto que os judeus fizeram a Cristo ficará evidente, se considerarmos:
1. Que eles,
imperiosamente, para não dizer insolentemente, o tinham desafiado para que lhes
dissesse claramente se era o Cristo ou não, e mesmo agora, que Ele não somente
dizia que era o Cristo, mas provava ser, eles o condenavam como a um malfeitor.
Se os pregadores da verdade a propõem modestamente, são tachados como covardes;
se a propõem ousadamente, como insolentes. Mas “a sabedoria é justificada por
seus filhos”.
2. Que, quando eles
tinham, anteriormente, feito uma tentativa similar, tinha sido inútil. Ele
“ocultou-se… passando pelo meio deles” (Jo 8.59). Mas, ainda assim,
eles repetiram sua tentativa frustrada. Os pecadores atrevidos atirarão pedras
ao céu, ainda que elas retornem sobre suas próprias cabeças. Estes iníquos
procurarão se fortalecer contra o Todo-Poderoso, embora nenhum daqueles que tentaram
se fortalecer contra Ele tenha prosperado.
A terna censura que
Cristo lhes faz, por ocasião da demonstração desta fúria (v. 32): Jesus
respondeu ao que eles fizeram, pois não vemos que eles tivessem dito nada, a
menos, talvez, que tivessem incitado a multidão que havia se reunido ao redor
dele, para que se unissem a eles, gritando: “Apedreja-o, apedreja-o”, da mesma
maneira como fizeram posteriormente: “Crucifica-o, crucifica-o”. Quando Ele
poderia ter respondido a eles com o fogo do céu, mansamente replicou:
“Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas
obras me apedrejais?” Palavras tão ternas, que se poderia pensar que teriam
derretido um coração de pedra. Ao lidar com seus inimigos, Ele ainda
argumentava com base nas suas obras (os homens mostram o que são com o que
fazem), suas boas obras – kala erga, obras excelentes e eminentes. Opera eximia
vel praeclara. A expressão quer dizer grandes obras, como também boas obras.
1. O poder divino das
suas obras os condenava da infidelidade mais absoluta. Estas eram obras do seu
Pai, tão acima do alcance e do curso da natureza, a ponto de provar que quem as
fazia era enviado de Deus, e que agia comissionado por Ele. Ele lhes mostrou
estas obras. Ele fez isto abertamente, diante do povo, e não às escondidas, em
um canto. Suas obras suportariam o teste, e se submeteriam ao testemunho dos
espectadores mais investigativos e imparciais. Ele não mostrou suas obras à luz
de velas, como aqueles que se preocupam somente com as aparências, mas as
mostrou à luz do meio-dia, diante do mundo, Jo 18.20. Veja Salmos 111.6. Suas obras
demonstravam, de maneira inegável, que eram uma demonstração incontestável da
validade da sua comissão.
2. A graça divina das
suas obras os condenava da mais vil ingratidão. As obras que Ele realizava
entre eles não eram apenas milagres, mas misericórdias. Não somente prodígios,
para maravilhá-los, mas obras de amor e gentileza, para fazer o bem a eles, e,
desta maneira, torná-los bons, e tornar-se querido por eles. Ele curava os
enfermos, purificava os leprosos, expulsava demônios, coisas que eram favores,
não somente para as pessoas envolvidas, mas para o público. Estas obras, Ele
tinha repetido e multiplicado: “‘Por qual dessas obras me apedrejais?’ Vós não
podeis dizer que Eu vos tenha feito nenhum mal, nem vos feito qualquer
provocação justa. Se, portanto, iniciais uma discussão comigo, deve ser por
causa de alguma boa obra, alguma boa obra feita a vós. Dizei-me qual é”.
Observe que:
(1) A horrível
ingratidão que existe nos nossos pecados contra Deus e Jesus Cristo é um grande
agravamento dos nossos próprios pecados, e os exibe terrivelmente pecaminosos.
Veja como Deus argumenta a este respeito, Deuteronômio 32.6; Jeremias 2.5; Miquéias 6.3.
(2) Não devemos julgar
estranho se nos encontramos com aqueles que não somente nos odeiam sem causa,
mas que são nossos adversários pelo nosso amor, Salmos 35.12; 41.9. Quando Ele pergunta:
“Por qual dessas obras me apedrejais?”, assim como evidencia a abundante
satisfação que Ele tem na sua própria inocência, que dá coragem a um homem em
um dia de sofrimento, também faz com que seus perseguidores considerem qual era
a verdadeira razão da sua inimizade, e se perguntem, como deveriam fazer todos
aqueles que criam problemas para seus vizinhos: “Por que o perseguimos?” Como
Jó aconselha que seus amigos façam, Jó 19.28.
A defesa que tentaram fazer de si mesmos,
quando acusaram o Senhor Jesus Cristo, e a causa sobre a qual fundamentam sua
acusação, v. 33. Que pecadores optarão por folhas de figueira para se cobrir,
quando até mesmo os sanguinários perseguidores do Filho de Deus podiam
encontrar algum argumento para se defender?
1. Eles não seriam
considerados tão terríveis inimigos da sua nação por perseguirem a Jesus devido
a uma boa obra: “Não te apedrejamos por alguma obra boa”. Pois, na verdade,
eles dificilmente admitiram que alguma das suas obras fosse boa. A cura do homem
paralítico (Jo 5) e do cego
(Jo 9) estavam tão longe de
serem reconhecidas como bons serviços à cidade, e beneméritos, que se somavam à
quantidade dos seus crimes, porque tinham sido realizadas no sábado. Mas, se
Ele tinha feito alguma obra boa, eles não reconheceriam que o apedrejavam por
causa dela, embora estas fossem realmente as coisas que mais os exasperavam, Jo 11.47. Assim, por mais
absurdo que parecesse, eles não podiam ser levados a reconhecer seus próprios
absurdos.
2. Eles seriam
considerados amigos de Deus e da sua glória ao acusar Jesus de blasfêmia:
“Porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. Aqui temos:
(1) Um falso zelo pela
lei. Eles pareciam extremamente preocupados com a honra da majestade divina, e
dominados por um horror religioso com aquilo que eles imaginavam ser uma
censura a ela. “Aquele que blasfemar… certamente morrerá”, Levítico 24.16. Esta lei,
pensavam eles, não somente justificava, mas santificava o que eles tentavam
fazer, como em Atos 26.9.
Observe que os costumes mais vis são frequentemente encobertos por pretextos
plausíveis. Assim como nada é mais corajoso do que uma consciência bem
informada, também nada é mais ultrajante do que uma equivocada. Veja Isaías 66.5; Jo 16.2.
(2) Uma verdadeira
inimizade pelo Evangelho, ao qual eles não podiam fazer afronta maior do que
representar a Cristo como um blasfemo. Não é novidade que as piores
características sejam atribuídas aos melhores homens, por aqueles que decidem
dar a eles o pior tratamento. [1] O crime do qual Ele é acusado é blasfêmia, ou
seja, falar de maneira reprovável e maldosa sobre Deus. O próprio Deus está
fora do alcance do pecador, e não é suscetível de receber nenhuma ofensa real,
e, portanto, a inimizade com Deus lança seu veneno sobre seu nome, e assim
mostra sua má intenção.
A prova do crime:
“Sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. Assim como é glória de Deus o fato
de que Ele é Deus, e nós a roubamos dele quando o fazemos como um de nós,
também é sua glória o fato de que, além dele, não existe outro, e nós a
roubamos dele quando nos equiparamos, ou a qualquer criatura, a Ele. Agora, em
primeiro lugar, até aqui, eles tinham razão, pois o que Cristo tinha dito a seu
respeito era isto, que Ele era Deus, pois Ele tinha dito que era um só com o
Pai, e que daria a vida eterna. E Cristo não nega isto, o que poderia ter feito
se tivesse havido uma conclusão indevida das suas palavras. Mas, em segundo
lugar, eles estavam muito enganados quando o consideravam como um mero homem, e
julgavam que a divindade que Ele reivindicava era uma usurpação, e da sua
própria invenção. Eles julgavam absurdo e ímpio que alguém como Ele, que surgia
com a aparência de um homem pobre, humilde e desprezível, ousasse professar ser
o Messias, e afirmasse ter o direito às honras confessadamente devidas ao Filho
de Deus.
Observe que:
1. Aqueles que dizem
que Jesus é um mero homem, e somente um Deus fabricado, como dizem os
socinianos, na verdade o acusam de blasfêmia, mas provam que os blasfemos são
eles mesmos.
2. Aquele que, sendo
um homem, um homem pecador, se faz um deus, como o Papa, que afirma ter poderes
e prerrogativas divinas, é inquestionavelmente um blasfemo e anticristo.
A resposta de Cristo à
acusação feita a Ele (pois a defesa dos judeus era uma acusação a Cristo), e a
confirmação daquelas reivindicações que eles diziam que eram blasfemas (v.
34ss.), onde Ele prova não ser blasfemo, com dois argumentos:
1. Com um argumento
extraído da Palavra de Deus. Ele recorre ao que estava escrito na lei dos
judeus, isto é, no Antigo Testamento. Quem quer que se oponha a Cristo, saiba
que seguramente Ele terá as Escrituras do seu lado. Está escrito (Sl 82.6): “Eu disse: sois
deuses”. É um argumento a minore ad majus – do menor para o maior. “Se eles
eram deuses, quanto mais Eu o sou”. Observe:
(1) Como Ele explica o
texto (v. 35): Ele “chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida
(e a Escritura não pode ser anulada)”. A palavra da comissão de Deus tinha
vindo sobre eles, indicando-os para serem seus oficiais, como juízes, e, por
essa razão, são chamados de deuses, Êxodo 22.28. A alguns, a
palavra de Deus foi dirigida imediatamente, como a Moisés; a outros, sob a
forma de uma ordenança instituída. A magistratura é uma instituição divina, e
os magistrados são representantes de Deus, e, portanto, as Escrituras os chamam
de deuses, e nós temos certeza de que as Escrituras não podem ser anuladas, nem
se pode introduzir nada a elas, nem se pode encontrar falhas nelas. Toda
palavra de Deus está correta. O estilo e a linguagem das Escrituras são
irrepreensíveis, e não devem ser corrigidos, Mateus 5.18.
(2) Como Ele o aplica.
De modo geral, é fácil concluir que aqueles que condenavam a Cristo como
blasfemo, somente por dizer que era o Filho de Deus, eram muito imprudentes e
irracionais, quando eles mesmos chamavam assim seus príncipes, e isto as
Escrituras lhes permitiam. Mas o argumento vai mais além (v. 36): Se os
magistrados eram chamados deuses, porque eram comissionados para administrar
justiça à nação, “àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas”? Aqui temos duas questões a respeito do Senhor Jesus:
[1] A honra que seu
Pai lhe concedeu, na qual, com razão, Ele se glorifica: o Pai o santificou e
enviou ao mundo. Os magistrados eram chamados de filhos de Deus, embora a
palavra de Deus fosse apenas dirigida a eles, e o espírito de governo tenha
vindo a eles por medida, como sobre Saul. Mas nosso Senhor Jesus era, Ele
mesmo, a Palavra, e tinha o Espírito sem medida. Eles eram constituídos para
uma região, cidade ou nação em particular, mas Ele era enviado ao mundo,
revestido de uma autoridade universal, como Senhor de tudo. Eles eram mandados,
como pessoas distantes. Ele era enviado, como tendo estado com Deus desde a
eternidade. O Pai o santificou, isto é, o designou e consagrou para o ofício de
Mediador, e o qualificou e capacitou para este ofício. Santificá-lo significa a
mesma coisa que selá-lo, Jo
6.27. Observe que o Pai santifica a quem envia. Aquele que Ele designa para
propósitos santos, Ele prepara com santos princípios e disposições. O Deus
santo só irá empregar e recompensar aqueles que Ele julgar santos, ou aqueles
que Ele santificar. O ato de o Pai santificar e enviar o Senhor Jesus Cristo é
aqui certificado como a permissão suficiente para que Ele se declarasse Filho
de Deus, pois, por Ele ser santo, foi chamado de Filho de Deus, Lucas 1.35. Veja Romanos 1.4.
[2] A desonra que os
judeus lhe fizeram, da qual Ele reclama com razão – que eles tinham dito de
maneira ímpia sobre Ele, a quem o Pai tinha dignificado desta forma, que Ele
era um blasfemo, porque tinha dito ser Filho de Deus: “Vocês dizem isto dele?
Vocês ousam dizer isto? Vocês ousam direcionar suas bocas contra os céus? Vocês
têm coragem suficiente para dizer ao Deus da verdade que Ele está mentindo, ou
condenar aquele que é justo e poderoso? Olhem-me nos olhos, e digam se podem
fazer isto. O que! Vocês dizem, do Filho de Deus, que Ele é um blasfemo?” Se os
demônios, que Ele veio para condenar, tivessem dito isto a seu respeito, não
teria sido tão estranho. Mas o fato de estes homens, aos quais Ele tinha vindo
ensinar e salvar, dizerem isto dele, era algo pelo que os céus poderiam pasmar.
Veja qual é a linguagem de uma incredulidade obstinada. Na verdade, ela chama o
santo Jesus de blasfemo. É difícil dizer com que devemos nos espantar mais, com
o fato de que homens que respiram o ar de Deus ousassem dizer estas coisas, ou
com o fato de que homens que dissessem tais coisas ainda tivessem permissão
para respirar o ar de Deus. A maldade do homem e a paciência de Deus disputam
entre si qual será a mais surpreendente.
2. Com um argumento
que Ele extrai das suas próprias obras, vv. 37,38. Anteriormente, Ele apenas
respondeu à acusação de blasfêmia com um argumento ad hominem – voltando o
argumento de um homem contra si mesmo. Mas aqui Ele apresenta suas próprias
reivindicações, e prova que Ele e o Pai são um só (vv. 37,38): “Se não faço as
obras de meu Pai, não me acrediteis”. Embora o Senhor pudesse, com razão, ter
abandonado estes blasfemos infelizes, como casos incuráveis, Ele ainda concorda
em argumentar com eles. Observe:
(1) A partir de que
Ele argumenta – de suas obras, que Ele sempre apresentava como suas
credenciais, e provas da sua missão. Assim como Ele provava ser enviado de Deus
pela divindade das suas obras, também nós devemos nos provar aliados de Cristo
pelo cristianismo das nossas. [1] O argumento é muito convincente, pois as
obras que Ele realizava eram as obras do seu Pai, que somente o Pai poderia
fazer, e que não poderiam ser feitas no curso ordinário da natureza, mas
somente pelo poder soberano e predominante do Deus da natureza. Opera Deo
propria – Obras peculiares de Deus, e Opera Deo Digna – Obras dignas de Deus,
as obras de um poder divino. Aquele que pode prescindir das leis da natureza,
repeli-las, alterá-las e anulá-las da maneira como desejar, pelo seu próprio
poder, certamente é o príncipe soberano que primeiro instituiu e promulgou tais
leis. Os milagres que os apóstolos realizassem em seu nome, pelo seu poder, e
para a confirmação da sua doutrina, corroborariam este argumento, e
continuariam sendo sua evidência, quando Ele tivesse partido.
[2] Este argumento é
proposto de modo tão correto quanto se poderia desejar, e utilizado em prol de
um resultado breve. Em primeiro lugar: “Se não faço as obras de meu Pai, não me
acrediteis”. Ele não exige uma fé cega e implícita, nem uma concordância com
sua missão divina além das provas que Ele oferece. Ele não desejou ganhar o
afeto do povo, nem os adulou com insinuações dissimuladas, nem se aproveitou da
sua credulidade com afirmações ousadas, mas, com a mais imaginável correção,
eliminou todas as exigências da sua fé, além de oferecer justificativas para
estas exigências. Cristo não é um mestre difícil, que espera colher
concordâncias onde não plantou argumentos. Ninguém perecerá por não crer
naquilo que não lhe foi proposto com motivos suficientes para credibilidade, e
a própria Sabedoria Infinita será o juiz. Em segundo lugar: “Mas se faço ‘as
obras de meu Pai’, se realizo milagres inegáveis para a confirmação de uma
doutrina sagrada, e vocês não crêem em mim, embora sejam tão escrupulosos a
ponto de não aceitar minha palavra, creiam nas obras. Creiam nos seus próprios
olhos, na sua própria razão. As coisas falam por si mesmas, de maneira
suficientemente clara”. Assim como as coisas invisíveis do Criador são
claramente vistas pelas suas obras de criação e providência comum (Rm 1.20), também as coisas
invisíveis do Redentor eram vistas pelos seus milagres, e por todas as suas
obras, tanto de poder quanto de misericórdia, de modo que todos aqueles que não
se convenceram por estas obras não tinham justificativa.
(2) Para que Ele
argumenta – “que conheçais e acrediteis”, inteligentemente, e com total
satisfação, “que o Pai está em mim, e eu, nele”, que é o mesmo que Ele tinha
dito (v. 30): “Eu e o Pai somos um”. O Pai estava tanto no Filho, que nele
residia toda a plenitude da Divindade, e era por um poder divino que Ele
realizava seus milagres. O Filho estava tanto no Pai, que estava perfeitamente
familiarizado com a plenitude da sua vontade, não por comunicação, mas por
consciência, tendo estado no seu seio. Isto nós devemos saber, não saber e
explicar (pois não podemos, investigando, descobrir com perfeição), mas
conhecer e crer, reconhecer e adorar a profundidade, quando não pudermos
encontrar o fundo.
Com. Bíblico - Matthew
Henry (Exaustivo) AT e NT
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Ensinamentos falsos
sobre a dupla natureza de Cristo
O mistério das duas
naturezas de Cristo tornou-se motivo de controvérsia entre certos grupos
cristãos a partir do primeiro século. Apareceram no seio do cristianismo certos
ensinamentos que foram posteriormente condenados e rejeitados tanto pelos
apóstolos como pelos pais da igreja.
Cnóstícos. E provável
que o gnosticismo tenha surgido como um segmento cristão, no Egito, entre o fim
do século I e o início do século II. Muitos escritos do gnosticismo do segundo
século foram encontrados, incluindo o chamado Evangelho Segundo Tomé.
Os gnósticos
formularam três conceitos diferentes:
1)
Negavam a realidade do “corpo humano” de Cristo.
Ensinavam que Cristo apareceu na pessoa de Jesus, mas que este nunca foi
realmente um ser humano. Tal “Cristologia” é conhecida por docetismo (gr. dokeo,
“aparecer” ou “parecer”). Para eles, Jesus apenas se parecia com o homem. Toda
a sua existência na terra teria sido uma farsa; Ele teria fingido ser carne e
sangue, visando ao bem dos discípulos.
2)
Afirmavam que Cristo tinha um “corpo real”, mas
negavam que fosse material.
3)
Ensinavam uma “Cristologia” dualista, pela qual
“Cristo” teria entrado em “Jesus” no batismo e o abandonado pouco antes de sua
morte. “Cristo” teria, por exemplo, usado as cordas vocais de “Jesus” para
ensinar os discípulos, porém nunca foi realmente um ser humano. Afirmava,
portanto, que “Jesus” e “Cristo” eram duas pessoas distintas.
Há menções indiretas
ao gnosticismo nas epístolas de João: “Porque já muitos enganadores entraram no
mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne [como homem]. Este
tal é o enganador e o anticristo” (2 Jo v.7). Como e por que essa falácia
surgiu entre os cristãos são perguntas sem respostas concretas.
Alguns estudiosos
acreditam que Pedro também teria feito menção dos gnósticos ao falar dos falsos
mestres, que introduziriam, de modo sutil, heresias de perdição no meio do povo
de Deus. Tais enganadores (gnósticos?), naqueles dias, após convencerem
cristãos a seguirem às suas dissoluções, exigiam deles que fizessem uma
confissão pública, a fim de negarem “o Senhor que os resgatou” (2 Pe 2.1,2).
Os gnósticos
acreditavam na existência de Deus, mas, ao mesmo tempo, afirmavam não ser
possível conhecer a existência e a natureza divinas. Aceitavam a idéia da
emanação — ou platomsmo —, doutrina pela qual diziam que tudo quanto existe
derivou-se do “Ser Supremo”, representado pelo Sol, cuja emanação mais forte é
o Filho. Um pouco mais distantes estão os seres angelicais; depois, os
homens... Enfim, Deus é mabordável. Por isso, não existia um mediador que
pudesse conduzir o homem a Ele.
Eles eram também
liberais; não aceitavam a autoridade de Cristo. Estudavam a Bíblia como um
livro qualquer. Até certo ponto aceitavam o sobrenatural, mas de acordo com a
sua maneira de pensar. Eram, ainda, triteístas: viam Jesus como “Deus”, porém,
de modo paradoxal, rejeitavam a sua deidade.
As Escrituras mostram
que eles estavam enganados (Jo
1.1; Fp 2.6; Ap 1.8; Hb 1.8). E o Credo Atanasiano
deixa claro que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus:
“NestaTrindade nada é antes ou depois, nenhum é maior ou menor: mas as três
pessoas são co-eternas, unidas e iguais. As pessoas não são separadas, mas
distintas. A Trindade é composta de três Pessoas unidas sem existência
separada, tão completamente unidas, que formam um só Deus”.
Agnósticos. O termo
“agnóstico” provém de duas palavras gregas: a, “não”, tgnosís, “conhecimento”.
Empregado pela primeira vez porT. H. Huxley (1825-1895), indicava literalmente
“não-conhecimento”, numa oposição ao gnosticismo.
Os agnósticos
procuravam negar a Deus e a sua existência, dizendo que não se pode conhecê-lo.
Ensinavam que a mente humana não podia conhecer a realidade; negavam, pois, a
Deus e o sacrifício redentor de Jesus Cristo pela humanidade perdida.
Muitos cristãos dos
primeiros séculos deram ouvidos às doutrinas agnósticas — e também às
gnósticas —, apesar de o Espírito Santo tê-los advertido por meio dos
escritores do Novo Testamento. Alguns estudiosos sugerem que as religiões da
Índia conseguiram iludir alguns cristãos egípcios, ou que estes teriam sido
influenciados pelas idéias sincréticas vigentes à época.
Nitidamente, o
objetivo do agnosticismo e do gnosticismo era diminuir o Filho de Deus,
negando, aberta ou encobertamente, a sua deidade. Gnósticos e agnósticos,
certamente, faziam parte dos “muitos an ti cristos” (I Jo 2.18), uma vez que a sua
filosofia e os seus ensinamentos continham algo daquilo que os falsos cristos
procuravam ensinar.
Ebionitas. Os
ebionitas — “pobres” ou “indigentes” — surgiram no começo do século II. Eram
judeus-cristãos que não abriram mão das cerimônias mosaicas. Segundo Justino e
Orígenes, havia dos tipos de ebionitas, os brandos e rígidos.
Os brandos, chamados
de nazarenos, não denunciavam os crentes gentios que rejeitavam a circuncisão e
os sábados judaicos. Já os rígidos (sucessores dos judaizantes dos tempos de
Paulo) afirmavam que Jesus havia promulgado a Lei de uma forma rígida;
ensinavam que, quando ao ser batizado no Jordão, Ele foi agraciado com poderes
sobrenaturais. Mas todos eles negavam a realidade da natureza divina de Cristo,
considerando-o como mero homem sobrenaturalmente encarnado.
Para os ebionitas, a
crença na deidade de Cristo lhes parecia incompatível com o monoteísmo. Um
outro ponto discordante entre eles eram as epístolas de Paulo, porque, nelas,
este apóstolo reconhecia os gentios convertidos como cristãos e, portanto,
integrantes do corpo de Cristo.
Maniqueus. De origem
persa, foram assim chamados em razão de seu fundador, Mani, morto no ano de 276
por ordem do governo da Pérsia. O ensino deles dava ênfase ao fato de o
Universo compor-se dos reinos das trevas e da luz, bem como ambos lutarem pelo
domínio da natureza e do próprio homem. Recusavam Jesus; criam num “Cristo
Celestial”.
Severos quanto à
obediência e ao ascetismo, renunciavam ao casamento. O apóstolo Paulo
profetizou acerca do surgimento dos maniqueus em I Timóteo 4.3: “Proibindo o
casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os
fiéis...” Eles foram perseguidos tanto por imperadores pagãos, como pelos
primitivos cristãos. Agostinho, em princípio, era maniqueu. Entretanto, depois
de sua conversão, escreveu contra o maniqueísmo.
Arianos. Ario foi
presbítero de Alexandria, nascido por volta de 280, na Africa do Norte, onde
está atualmente a Líbia — não muitos detalhes de sua vida na História. Os seus
seguidores diziam que Cristo é o primeiro dos seres criados, através de quem
todas as outras coisas são feitas. Por antecipação, devido à glória que haveria
de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho, o Unigênito.
Segundo os arianos,
Jesus pode ser chamado de Deus, apesar de não possuir a deidade no sentido
pleno. Ele estaria limitado ao tempo da criação, ao contrário do que diz a
Palavra de Deus: “... ele [Jesus] é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele” (Cl 1.17).
As heresias de Ario
foram rejeitadas pelos cristãos de seu tempo. E um bispo de Alexandria chamado
Alexandre convocou um sínodo, em 321, depondo-o do presbitério e o excluindo da
comunhão da igreja. Em 325, no Concilio de Nicéia, o arianismo foi condenado, e
o ex-presbítero Ario, juntamente com dois de seus amigos, banidos para a Ilína.
Apolinarianos.
Apolinário, bispo de Laodicéia a partir de 361, ensinou que a pessoa única de
Cristo possuía um corpo humano, mas não uma mente ou espírito humanos. Além
disso, para ele, a mente e o espírito de Cristo provinham da sua natureza
divma.
As idéias de
Apolinário foram rejeitadas pelos líderes da igreja. Eles perceberam que não
somente o corpo humano necessitava de redenção; a mente e o espírito
(espírito+alma) humanos também. Nesse caso, Cristo tinha de ser plena e
verdadeiramente homem a fim de nos salvar de modo igualmente pleno (Hb 2.17). Por isso, o
apolinarianismo foi rejeitado pelos concílios, desde o de Alexandria, em 362,
ao de Constantinopla, em 381.
Nestorianos. Ê a
doutrina que ensinava a existência de duas pessoas separadas no mesmo Cristo,
uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só Pessoa. Nestor — ou
Nestório, como aparece em outras versões — nasceu em Antioquia. Ali, tornou-se
um pregador popular em sua cidade natal. Em 428, tornou-se bispo de
Constantinopla.
Embora ele mesmo nunca
tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome, em razão de uma
combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de política
eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos,
condenados.
Não há nas Escrituras
a indicação de que a natureza humana de Cristo seja outra pessoa, capaz de
fazer algo contrário à sua natureza divina. Não existe uma indicação sequer de
que as naturezas humana e divina conversavam uma com a outra, ou travavam uma luta
dentro de Cristo.
Ao contrário, vemos
uma única Pessoa agindo em sua totalidade e unidade, e em harmonia com o Pai (Jo 10.30; 14.23). A Bíblia não diz que
Ele “por meio da natureza humana fez isto” ou “por meio de sua natureza divina
fez aquilo”, mas sempre fala a respeito do que a Pessoa de Cristo realizou.
Eutiquistas. A idéia
do eutiquismo acerca de Cristo é chamada de monofisis- mo — idéia de que Cristo
possuía uma só natureza (gr. monos, “uma”, e physis, “natureza”). O primeiro
defensor dessa idéia foi Êutico (378-454), líder de um mosteiro em
Constantinopla. Ele opunha-se ao nestorianismo, negando que as naturezas humana
e divina em Cristo tivessem permanecido plenamente humana e plenamente divina.
Êutico asseverava que
a natureza humana de Cristo foi tomada e absorvida pela divina, de modo que
ambas foram mudadas em algum grau, resultando em uma “terceira natureza”. Uma
analogia ao eutiquismo pode ser vista quando pingamos uma gota de tinta em um copo
de água. A mistura resultante não é nem pura tinta nem pura água, mas uma
terceira substância.
Para Êutico, Jesus era
uma “mistura dos elementos divinos e humanos”, na qual ambas as naturezas
teriam sido, em algum sentido, modificadas para formar uma nova natureza.
Assim, Cristo não era nem verdadeiramente Deus nem verdadeiramente homem; não
poderia, pois, representar-nos como Homem nem como Deus.
O que a Bíblia diz. O
ensino bíblico a respeito da plena divindade e plena humanidade de Cristo é
claro, mediante as muitas referências bíblicas. O entendimento exato de como a
plena divindade e a plena humanidade se combinavam em uma só Pessoa tem sido
ensinado desde o início pela igreja, mas só alcançou a forma final na Definição
de Calcedônia, em 451.
Antes desse período,
diversas posições doutrinárias inadequadas quanto às naturezas de Cristo foram
propostas e rejeitadas. Primeiro, pelos apóstolos. Depois, pelos chamados pais
da igreja. No caso do gnosticismo — que surgiu ainda quando o Novo Testamento
estava sendo escrito —, alguns livros o refutaram, de alguma forma: João,
Efésios, Colossenses, I e 2 Timóteo, Tito,
2
Pedro, I, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.
Com a finalidade de
resolver os problemas levantados pelas tais controvérsias, um grande concilio
eclesiástico foi convocado em Calcedônia, em 451, chamado de a Definição de
Calcedônia. Ela foi considerada a definição padrão da ortodoxia sobre a Pessoa
de Cristo pelos grandes ramos do cristianismo: catolicismo, protestantismo e
ortodoxia oriental.
Diz a Definição de
Calcedônia:
Fiéis aos santos pais,
todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e
mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade e perfeito
quanto à humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de
alma racional e de corpo; consubstanciai (“homoousios”) ao Pai, segundo a
divindade, e consubstanciai a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas
semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado, segundo a divindade, antes dos
séculos pelo Pai e, segundo a humanidade; por nós e para nossa salvação, gerado
da Virgem Maria, por parte de Deus (“theotókos
Um só e mesmo Cristo,
Filho, Senhor; Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas,
inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis. A distinção de
naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as
propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma
só pessoa e substância Ç‘hypostasisnão dividido ou separado em duas pessoas,
mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os
profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos
ensinou e o credo que país da igreja nos transmitiu.2
Alguns estudiosos
encontram dificuldades para entenderem a combinação da divindade e da
humanidade de Jesus Cristo. A maturidade cristã, o andar com Deus e a livre
ação do Espírito Santo são vitais aqui. Este assunto, evidentemente, é mais
ligado ao campo da revelação do que mesmo o da explicação. Contudo, quando bem
analisado do ponto de vista investigativo e teológico, existe uma certa
facilidade de ser entendido pela mente natural. Examinando o Novo Testamento e
observando a cada detalhe, veremos como a humanidade e a divindade de Cristo se
harmonizam.
O Homem-Deus e os seus
atributos
A questão maior entre
os pensadores liga-se aos atributos naturais da divindade e as limitações de
Jesus:
Onipotência. Nas
Escrituras é apresentado o supremo poder pessoal do Filho de Deus,
evidenciando-se os seus atributos naturais e morais, próprios de Deus Pai. Em
várias passagens, menciona-se a onipotência do Senhor Jesus. Em Isaías são
citados cinco nomes de Cristo em uma mesma passagem; um deles (Deus forte)
refere-se à onipotência de Cristo: “Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz” (Is 9.6).
Onipresença. “Como
Jesus continuou onipresente se, ainda na Terra, estava limitado pelo tempo e o
espaço, ocupando apenas um só lugar ao mesmo tempo?” Como Filho do homem (sua
humanidade), Ele estava limitado às dimensões geográficas: quando estava na
Galiléia, não se encontrava, é claro, na Judeia. No entanto, como Filho de Deus
(sua divindade), sempre esteve presente em todo o lugar (Mt 28.20).
O próprio Senhor Jesus
disse aos seus discípulos: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18.20).
E ainda: “Se alguém me
ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos
nele morada” (Jo 14.23).
Como Filho do homem, estava no mundo (Jo 1.10); como Filho de Deus,
disse: “Eu já não estou no mundo” (Jo 17. II).
Como Homem, o Senhor
estava na Terra; como Deus, podia estar no Céu, ao mesmo tempo: “Ora ninguém
subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). Depois de sua
ressurreição, Ele declarou: “... estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos” (Mt
28.20).
Onisciência. “Se Jesus
é onisciente, por que confessou, em certa ocasião, não saber o dia nem a hora
de sua Segunda Vinda?” Como coexistiam Deus e Homem numa mesma Pessoa, sabemos
que “toda a plenitude” da divindade encontrava-se em Jesus Cristo. Daí o
profeta Isaías ter afirmado profeticamente que Ele seria possuidor da
septiforme sabedoria divina: “E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o
espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2).
Cristo é uma das
Pessoas da Santíssima Trindade. Sendo igual a Deus em seus atributos, pôde
administrar sem nenhum empecilho as naturezas divina e humana. As expressões
ditas por Ele que mostram certas limitações estão ligadas à sua humanidade.
Mas, quando preciso, Ele fez valer os seus atributos divinos.
Quando Jesus disse:
“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o Pai” (Mac 13.32), fê-lo como Homem, não se valendo do seu
atributo divino da onisciência. Ao dizer “nem o Filho”, expressou a sua
humilhação e o seu esvaziamento decorrentes de sua encarnação (Fp 2.6-8).
A despeito disso, a
Ele foi dado todo o poder no Céu e na Terra; neste “todo” está incluído o
atributo da onisciência (Mt
28.18; Jo 16.30; 21.17), que Ele nunca
perdeu, em potencial (cf. Jo
6.61), mas dele abriu mão parcialmente e em alguns momentos em que agiu
como Homem.
Outros atributos
naturais. Além dos atributos acima existem outros em Cristo: unicidade (Jo 3.16; At 4.12); verdade (Jo 14.6); infinidade (Mq 5.2; Hb 1.12); imensidade (At
10.36); ubiqüidade (Mt 18.20;
28.20); eternidade (Is 9.6); inteligência (Lc 2.47); sabedoria (Mt 23.34; Lc 11.49; I Co 1.24); amor (Ef 3.19); justiça (Jr 23.6); retidão (2Tm 4.8); presciência (Jo 2.24-25; 6.64); providência (Mc
16.20); vontade (Mt 8.3);
misericórdia (Hb
4.15-16).
Atributos morais de
Cristo. Ele era e é: santo (Lc
1.35); justo (Ato 3.14); manso (Mt 11.29); humilde (Mt 11.29); inocente (Hb 7.26); obediente (Fp 2.8); imaculado (Hb 7.26); amoroso (Jo 13.1). Em tudo foi
tentado, mas sem pecado (Hb
4.15).
A ENCARNAÇÃO DE CRISTO
“E o Verbo se fez
carne, e habitou entre nós...” (Jo I.14). Devemos observar aqui vários aspectos
da vida de Cristo, envolvendo tanto o contexto divino como o humano:
Sua concepção virginal
A concepção de Jesus foi um ato miraculoso de Deus. A promessa divina de que
isso aconteceria foi feita pelo próprio Deus: “Eis que uma virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14b). Paulo disse que a
encarnação de Cristo foi um milagre e a chamou de “mistério da piedade” (I Tm 3.16).
Existem os que
sustentam a “virgindade perpétua de Maria”, dizendo que permaneceu ela virgem
antes, durante e depois do parto. Mas essa doutrina não tem apoio nas
Escrituras nem se coaduna com a história do nascimento de Jesus, que se
processou de forma natural. Quanto à sua concepção pelo Espirito Santo no
ventre da virgem, essa, sim, foi miraculosa e sobrenatural.
A preservação da
“virgindade perpétua de Maria” procura isentá-la de ter sido mãe de outros
filhos. Essa doutrina forma a base dos argumentos que explicam erroneamente a
negação dos “irmãos de Jesus”, que aparecem em vários lugares das Escrituras.
Através do tal ensino falso afirma-se que os irmãos de Jesus eram, na verdade,
primos.
Parece razoável que
uma doutrina dessa natureza, caso tivesse tanta importância como alguns
afirmam, pelo menos fosse apoiada por uma pequena afirmação bíblica nesse
sentido. Pelo contrário, o Novo Testamento afirma que Jesus tinha uma família
do ponto de vista humano, a princípio pequena, formada por José, Maria e Jesus.
Depois, mencionam-se os seus irmãos, Tiago, José, Judas e Simão, bem como suas
irmãs (Mc 6.3). Há inúmeras
referências à família biológica de Jesus nas Escrituras (Sm 69.8; Mt 12.46-50; Mac 3.21,31-35; Lc 8.19-21; Jo 7; Ato 1.13,14; I Co 9.5; Gl 1.19;Tg 1.1; Jd v.1; etc.).
Jesus nasceu na
plenitude dos tempos
A Era Cristã. E um
período que marca sistemas, computa intervalos de tempo determinados, com base
em princípios astronômicos. Os calendários são baseados em unidades de tempo
heterogêneas: as resoluções da Lua ou a translação aparente do Sol, conforme
são apresentados pela ciência moderna. A escolha das unidades de tempo para
periodizar a História é lógica em alguns casos e resultado do hábito em outros.
A utilização da Era Cristã (E.C.) é um hábito entre escritores do Ocidente.
Definições de tempos e
períodos. A fim de que entendamos o que significa a expressão “plenitude dos
tempos”(Gl 4.4), faremos
algumas definições.
Na Antigüidade, a
datação dos anos partia do início de certos reinados. Os romanos contavam os
anos a partir da fundação de Roma. Os gregos usavam como referência os Jogos
Olímpicos. A cronologia cristã firmou-se, definitivamente, no fim da Idade
Média. Mas não é a única que existe. Os árabes contam os anos a partir da
Hégira, fuga de Muhamad (vulgarmente, Maomé) para Medina, em 16 de julho de 622
da E.C.
A aceitação universal
da cronologia cristã fez com que os anos anteriores ao nascimento de Cristo
passassem a ser contados de trás para frente (e.g. 10 a.C.).
1)
Geração. Um período de 25 a trinta anos corresponde a
uma geração, tempo em que os indivíduos passam a constituir família e gerar
filhos. Um século engloba quatro gerações. Entre os teólogos, existem opiniões
de que uma geração cobre um período de quarenta anos; para os judeus, a palavra
“geração” podia mdicar a sucessão do pai por um filho (cf. Mt 1.1-17; Lc 3.23-38).
2)
Idade e época. Idade é um espaço de tempo durante o
qual ocorreram fatos notáveis (Idade Média, Idade do Bronze, Idade do Ferro,
etc.). Êpoca é um período miciado por fato importante (Êpoca do Dilúvio, Epoca
do Renascimento).
3)
Período e etapa. Período é o espaço de tempo entre
dois acontecimentos ou duas datas; certo número de anos que mede o tempo de
modo diverso para cada nação (o período tinita, o período ático). Etapa é parte
de um processo que se realiza de uma só vez.
4)
Fase e tempo. Fase é um estado transitório, menor que
a etapa ou o período. Tempo divide-se em três partes: passado, presente e
futuro. O tempo sem o movimento não seria tempo. Seria eternidade. O tempo é,
pois, uma espécie de números. Mas não é um número descontínuo; é um número
contínuo e fluente.
5)
Dispensação. É um período de tempo em que o homem é
experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da
vontade divina. A frase vem do latim dispensatio e significa “dispensar”,
“distribuir”.
6)
Eternidade. E um atributo que decorre da
imutabilidade. O termo denota, com efeito, aquilo que não muda e não pode
mudar de maneira alguma. A eternidade é diferente do tempo. O tempo corresponde
ao que muda, ao que comporta a sucessão e o vir-a-ser. A eternidade é uma
duração, quer dizer, uma permanência de ser, sem nenhuma sucessão; sem começo
nem fim.
Jesus nasceu em Belém.
A profecia de Miquéias dizia que o Messias prometido aos filhos de Israel,
nasceria em Belém, que, mesmo pequena em dimensões, tornou-se notória pelo
nascimento e pela infância de Davi, que
nela nasceu e cresceu.
Contudo, o que mais imortalizou o seu nome foi sem dúvida o nascimento de
Cristo.
A palavra “belém”
significa “casa de pão” (hb.) e “casa de carne” (ar.). A cidade de Belém está
localizada cerca de nove quilômetros ao sul de Jerusalém, sobre uma colina
rochosa, com uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Seu nome
primitivo era Efrata (Gn 35.19).
Belém aparece pela
primeira vez ligada a morte e sepultamento de Raquel, esposa de Jacó (Gn 35.19). Posteriormente,
tornou-se famosa pela história de Rute, bisavó de Davi, nascida ali. Foi essa
cidade escolhida por Deus para que nela Maria desse à luz ao seu primogênito: o
Senhor Jesus (Mq 5.2; Mt 2.1-6). Por isso,
José, que era da casa e família de Davi, veio a Belém para se alistar com
Maria, sua mulher (Lc
2.4-5). Desde esse acontecimento, que marcou a transição entre o Antigo e o
Novo Testamentos, essa cidade se fez imortal.
Atualmente, há em
Belém duas pequenas entradas que conduzem a uma gruta, a da Natividade, que tem
forma retangular e é iluminada por candelabros. Uma estrela de ouro, com a
inscrição em latim Hic de Mana Virgine Jesus Chrístus natus este (“Aqui nasceu
Jesus da Virgem Maria”), assinala o lugar do nascimento de Cristo. Uma
manjedoura está situada à direita.3
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita, Lição 6, O Filho É Igual Com O Pai, 1Tr25, Comentários
Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
1. Ideia de filho
2. Significado teológico
3. O Filho é DEUS
II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO
1. Orígenes
2. No período pré-niceno
3. Métodos usados pelos subordinacionistas
III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE
1. No contexto islâmico
2. O movimento das Testemunhas de Jeová
TEXTO ÁUREO
“Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)
VERDADE PRÁTICA
O termo teológico “Filho de DEUS” é título, sendo assim, a
existência de JESUS é desde a eternidade junto ao Pai.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl
8.4 O termo "filho" na Bíblia indica, muitas vezes, "a
mesma espécie"
Terça - Am
7.14 A expressão bíblica "os filhos dos profetas" equivale a
expressão "os profetas"
Quarta - Mt
23.30, 31 A palavra "filho" indica também "a mesma
índole"
Quinta - Jo
5.18 JESUS falava da sua divindade quando se disse Filho de DEUS
Sexta - Jo
16.28 JESUS como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e
natureza do Pai
Sábado - 1 Jo
4.15 Quem confessa que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS está nele
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -
João 10.30-38
30 - Eu e o Pai somos um.
31 - Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o
apedrejarem.
32 - Respondeu-lhes JESUS: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33 - Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por
alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes DEUS a ti
mesmo.
34 - Respondeu-lhes JESUS: Não está escrito na vossa lei: Eu disse:
sois deuses?
35 - Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de DEUS
foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 - àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas, porque disse: Sou Filho de DEUS?
37 - Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 - Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para
que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.
HINOS SUGERIDOS: : 154, 277,
400 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Aproveite a oportunidade desta aula para esclarecer alguns termos
teológicos que surgem em face do tema estudado, como por exemplo:
Subordinacionismo, Trindade, Consubstancialidade etc. Para isso, recomendamos
que você tenha e, se possível, sempre leve para a classe um bom Dicionário
Bíblico. Por meio de atividades de pesquisa, seus alunos têm a sede de
conhecimento aguçada, além de aprenderem a como utilizar ferramentas de busca
confiáveis para melhor estudar e compreender a Palavra de DEUS.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mostrar a doutrina bíblica da relação
entre DEUS Pai e o Filho Unigênito; II) Refutar biblicamente a heresia do
Subordinacionismo; III) Exemplificar como o Subordinacionismo está presente na
atualidade.
B) Motivação: Desde os tempos mais remotos, conhecer o Criador é um
anseio do coração humano. Há inúmeros registros históricos, por diversas
civilizações, ao longo dos séculos, atestando isso. JESUS disse que aprouve ao
Pai ocultar dos sábios e instruídos sua grandeza e revelá-la aos pequeninos.
Pois que, "ninguém conhece o Filho, se não o Pai; e ninguém conhece o Pai,
senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar" (Mt 11.27). Aprofundemo-nos,
portanto, nessa infinita graça e riqueza de conhecer o DEUS Todo-Poderoso, por
meio do Filho, nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
C) Sugestão de Método: Previamente, providencie pelo menos três
dicionários, de preferência bíblicos, ou mesmo comuns da Língua Portuguesa.
Dada a profundidade e complexidade do tema, sugerimos a leitura do significado
de alguns termos a fim de clarificar e aprofundar o entendimento; tais como:
Autoridade, Essência, Filho, Subordinacionismo, Trindade, Unigênito etc. Deixe
tais palavras destacadas e peça que alguns voluntários as leiam em
momentos-chave da lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em toda a Sagrada Escritura observamos a perfeita
unidade na pluralidade de DEUS Pai, DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO. Essa
plena harmonia, igualdade de essência e autoridade entre as pessoas da
Trindade, é enfatizada no Novo Testamento, funcionando, inclusive, como modelo
de comunhão para a Igreja de CRISTO, na qual cada membro está ligado uns aos
outros.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 100, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Filiação de CRISTO",
logo após o primeiro tópico, dá um panorama das interpretações teológicas
acerca da natureza do Filho de DEUS; 2) O texto "A Palavra na
Eternidade", ao final do segundo tópico, aprofunda a natureza eterna de JESUS
CRISTO, o Filho de DEUS.
PALAVRA-CHAVE - UNIDADE
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Essa porção bíblica do Evangelho de João é uma das mais
contundentes em mostrar que o Filho é igual ao Pai. Afirmar que JESUS é o Filho
de DEUS, mas não o próprio DEUS, é uma contradição em si mesma. O embate de JESUS
com os religiosos do templo de Jerusalém revela essa verdade. É isso que a
presente lição pretende mostrar e explicar com sólidos fundamentos
escriturísticos.
I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
1. Ideia de filho
O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o
pai (Mt 23.29-31). Uma das ideias de filho na Bíblia é a identidade de
natureza, isso pode ser visto no paralelismo poético do salmista: “que é o
homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?”
(Sl 8.4). Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta diz algo e em seguida
repete esse pensamento em outras palavras. A ideia de “homem mortal” é repetida
em “filho do homem”. Outro exemplo encontramos nas palavras de JESUS: “Assim,
vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt 23.31).
Isso porque os escribas e fariseus consideravam os matadores dos profetas como
seus pais (Mt 23.29,30).
2. Significado
teológico
Indica
igualdade de natureza, ou seja, mesma substância. É o que acontece com JESUS,
Ele é chamado Filho de DEUS no Novo Testamento porque Ele é DEUS e veio de DEUS.
JESUS mesmo disse: “eu saí e vim de DEUS” (Jo 8.42); “Saí do Pai e vim ao
mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16.28). Quando JESUS
declarou: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17), estava
declarando que DEUS é seu Pai; no entanto, os seus interlocutores entenderam
com clareza meridiana que JESUS estava reafirmando a sua deidade, pois: “dizia
que DEUS era seu próprio Pai, fazendo-se igual a DEUS” (Jo 5.18).
3. O Filho é DEUS
Filho de DEUS é uma expressão bíblica para
referir-se à relação única do Filho Unigênito com o Pai. A expressão “Filho de DEUS”
revela a divindade de CRISTO. Essa verdade está mais clara na Bíblia que o sol
do meio-dia. Por isso, é estranho como pode haver tantos debates sobre o tema.
O texto sagrado: “Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos
séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hb 1.8) é o
mais crucial, pois é uma citação direta de Salmos 45.6,7. É importante prestar
melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes: “O teu trono, ó DEUS,
é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a
justiça e aborreces a impiedade; por isso, DEUS, o teu DEUS, te ungiu com óleo
de alegria, mais do que a teus companheiros” (Sl 45.6,7). Que história é essa
de o DEUS do versículo 7 estar ungindo o DEUS do versículo 6? Isso tem
intrigado alguns rabinos desde a antiguidade. Mas, a Epístola aos Hebreus traz
a explicação e revela que DEUS nessa passagem é uma referência a JESUS. A
explicação está em Hebreus 1.8, trata-se do relacionamento entre o Pai e o
Filho e que a unidade de DEUS é plural.
SINÓPSE I - A
doutrina bíblica mostra a relação de unidade entre DEUS Pai e seu Filho
Unigênito.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO - “FILIAÇÃO DE CRISTO
Três principais
pontos de vista são apresentados quanto à filiação de CRISTO:
1. Criação em
uma época passada
Esse foi o
ponto de vista de Ário ao argumentar que JESUS CRISTO foi criado em uma época
passada, à semelhança de DEUS Pai, e é homoioitsios com Ele (isto é, de
substância similar) [...].
2. Geração
eterna
Orígenes e
outros que sustentaram essa opinião consideravam a palavra grega monogenes como
derivada de gennao, ‘gerar’ (vários tradutores seguiram os seus passos), e
traduziram o termo como “Unigénito” (Jo
1.14,18; 3.16,18; Hb
11.17; 1 Jo
4.9). No entanto, trata-se na verdade de um derivado de genos e,
portanto, significa ‘único’ ou ‘único do seu género’. Por causa disso, a Bíblia
Francesa o traduz como ‘Son Fils Unique’, o que significa ‘o seu único Filho’
(veja NASB marg. em João
3.16,18). Em
Hebreus
11.17, com referência a Isaque, monogenes deve significar “único”,
porque Abraão teve outros filhos (Ismael e os filhos de Quetura).
3. O Filho
Único de DEUS
Esta opinião
tem o apoio dos argumentos acima. Exemplos de tal uso podem ser encontrados na
expressão hebraica do Antigo Testamento: ‘filhos de...’, que significa ‘da
ordem de...’ em frases como ‘filhos dos profetas’ (1 Rs
20.35; 2 Rs
2.3,5,7,15; 4.38; 5.22
etc.); ‘filho de um dos boticários’ (Ne
3.8); ‘filhos dos cantores’ (Ne
12.28). A partir daí pode-se compreender como os contemporâneos do
Senhor JESUS CRISTO no Novo Testamento entenderam a sua declaração de que Ele
era o Filho de DEUS, significando que Ele afirmava ser igual a DEUS, ou o
próprio DEUS. O Evangelho de João mostra que este é o caso” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.802).
II – A HERESIA
DO SUBORDINACIONISMO
1. Orígenes
O
Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao Pai ou
um deus secundário ou menos divino que o Pai. Os monarquianistas dinâmicos, ou
adocionistas, e os arianistas são os principais representantes dessa heresia.
Mas Orígenes (185-254), foi o seu principal mentor. Há, na vastíssima e
complexa produção literária de Orígenes, ideias de acordo e contrárias à
ortodoxia da igreja, como também ideias neoplatônicas e obscuras de modo que,
desde a antiguidade, os estudiosos do assunto estão divididos. Ele exerceu
grande influência no Oriente por mais de 100 anos. Nas controvérsias em Niceia,
havia os que apoiavam Ário usando Orígenes como base; como também os que
apoiavam Alexandre, opositor de Ário, também se baseando no mesmo Orígenes. Segundo
seus críticos, parece que a Trindade defendida por ele era subordinacionista: o
Filho subordinado ao Pai e o ESPÍRITO SANTO subordinado ao Filho. No entanto, a
Bíblia revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
2. No período
pré-niceno
O
Subordinacionismo foi, nos Séculos II e III, uma tentativa, ainda que
equivocada, de preservar o monoteísmo, mas que negou a divindade absoluta de JESUS.
Seus expoentes consideravam CRISTO como Filho de DEUS, inferior ao Pai. Eles
afirmavam que o próprio CRISTO declarava a sua inferioridade, e isso eles o
faziam com base numa exegese ruim e numa interpretação fora do contexto de
algumas passagens dos Evangelhos.
3. Métodos
usados pelos subordinacionistas
Já estudamos,
até agora, o ensino bíblico sobre JESUS como o verdadeiro homem e ao mesmo
tempo o verdadeiro DEUS. Somente Ele é assim, e ninguém mais no céu e na terra
possui essa característica (Rm 1.1-4; 9.5). No entanto, os subordinacionistas
pinçam as Escrituras aqui e ali se utilizando das passagens do Novo Testamento
que apresentam o Senhor JESUS como homem e descartam e desconsideram as que
afirmam ser JESUS o DEUS igual ao Pai.
SINÓPSE II - O
Subordinacionismo afirma ser o Filho subordinado ao Pai, sendo, portanto, um deus secundário.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO - “A PALAVRA NA ETERNIDADE (1.1-5)
Os versículos 1
a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como Ele agia no plano eterno de DEUS.
‘No princípio’ (v.1a)
fala da existência eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes
expressam a divindade de JESUS e sua relação com DEUS Pai. Esta relação é uma
dinâmica na qual constantemente são trocadas comunicação e comunhão dentro da
deidade. O versículo
2 resume o versículo
1 e prepara para a atividade divina fora da relação da deidade no versículo
3. No
versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’ informa o
leitor com precisão que o Criador original era DEUS Pai que criou todas as
coisas pela Palavra. Os verbos que João usa nestes versículos fazem distinção
entre o Criador não-criado, a Palavra (o Verbo) e a ordem criada. Numa boa
tradução, a ARC observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas ‘todas as
coisas foram feitas. O versículo
4 conta várias coisas para o leitor: 1) A Palavra divina, como DEUS
Pai, tem vida em si mesma, vida inchada (ou seja, é a fonte da vida eterna). 2)
Esta vida revelou a pessoa e natureza de DEUS para todas as pessoas. 3) ‘Luz’
neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de DEUS […]’”
(ARRINGTON, F. L; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário
Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p.496).
III – COMO O
SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE
1. No contexto
islâmico
O Islamismo não
considera JESUS como o Filho de DEUS, mas como messias e profeta, e coloca
Maomé acima dele. Nenhum cristão tem dificuldade em detectar o erro de doutrina
(Ef 1.21; Fp 2.8-11). O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o
Filho de DEUS, isso com base numa péssima interpretação, pois significaria uma
relação íntima conjugal entre DEUS e Maria. O mais grave é que seus líderes
afirmam que os cristãos pregam esse absurdo (Jd 10). Lamentamos dizer que até
mesmo Satanás e os seus demônios reconhecem que JESUS é o Filho do DEUS
Altíssimo (Mc 5.7). A expressão “Filho de DEUS” no Novo Testamento significa a
sua origem e a sua identidade (Jo 8.42) e não segue o mesmo padrão de
reprodução humana. JESUS foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 1.18, 20; Lc
1.35).
2. O movimento
das Testemunhas de Jeová
Este confessa
publicamente que crê na existência de vários deuses: o DEUS Todo-poderoso,
Jeová; depois o deus poderoso, JESUS; e em seguida outros deuses menores,
incluindo bons e maus. Mas a fé cristã não admite a existência de outros
deuses. É verdade que a Bíblia faz menção de deuses falsos. Se são falsos, não
podem ser DEUS (Gl 4.8). Declara o apóstolo Paulo: “todavia, para nós há um só DEUS,
o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, JESUS CRISTO,
pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6). Eis uma boa pergunta
que incomoda as Testemunhas de Jeová: “JESUS CRISTO é uma divindade falsa ou
verdadeira?” Se a resposta for positiva, elas são obrigadas a reconhecer a
divindade de JESUS e a Trindade; mas, se a reposta delas for negativa, elas
estão admitindo que são seguidoras de um deus falso.
SINÓPSE III - O
Subordinacionismo se apresenta no contexto islâmico e das Testemunhas de Jeová.
CONCLUSÃO
O termo “filho”
em relação a JESUS tem sido assunto de debate teológico desde o período dos
Pais da Igreja. A interpretação bíblica que se faz é: JESUS é Filho Unigênito
não porque foi gerado, mas sim porque é da mesma substância do Pai.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Por que JESUS é chamado “Filho de DEUS” no Novo Testamento?
JESUS é chamado Filho de DEUS no Novo Testamento porque Ele é DEUS
e veio de DEUS.
2. O que revela a expressão
“Filho de DEUS” em relação a JESUS?
A expressão “Filho de DEUS” revela a divindade de CRISTO.
3. O que é Subordinacionismo?
O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho
subordinado ao Pai ou um deus secundário ou menos divino que o Pai.
4. Por que o Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o
Filho de DEUS?
O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que JESUS é o Filho de DEUS,
isso com base numa péssima interpretação,
pois significaria uma relação íntima conjugal entre DEUS e Maria.
5. Qual a pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová?
Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “JESUS CRISTO
é uma divindade falsa ou verdadeira?”