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Escrita Lição 3, CPAD, A Encarnação Do Verbo, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 3, CPAD, A Encarnação Do Verbo, 1Tr25,
Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 3 CPAD 1Tr25
I – HERESIAS QUE NEGAM A CORPOREIDADE
DE CRISTO
1. O que é Docetismo?
2. O que os docetas ensinavam sobre JESUS?
3. O que os principais docetas diziam sobre
JESUS?
II – A AFIRMAÇÃO APOSTÓLICA DA
CORPOREIDADE DE JESUS
1. “O que era desde o princípio” (Jo 1.1)
2. A reafirmação apostólica (v.1b)
3. Uma crença herética (1 Jo 4.2,3)
III - COMO ESSAS HERESIAS SE REVELAM HOJE
1. Quanto ao nascimento virginal de JESUS
2. Quanto à morte e à ressurreição de CRISTO
3. Confirmação histórica
TEXTO ÁUREO
“E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
VERDADE
PRÁTICA
A vinda do Filho de DEUS
em forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a
negação da sua historicidade não se sustenta.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Lc 2.40,52 O desenvolvimento físico, intelectual e espiritual de
JESUS
Terça - Rm 1.3 O Filho de DEUS nasceu da descendência de Davi
segundo a carne
Quarta - Rm 8.3 DEUS enviou o seu Filho em semelhança da carne
Quinta - Fp 2.5-8 JESUS se fez semelhante aos homens
Sexta - 1 Tm 3.16 O próprio DEUS se manifestou em carne
Sábado - Hb 4.15 JESUS participou da natureza humana, mas viveu sem
pecado entre os homens
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - 1 João 1.1-3; 4.1-3; 2 João 7
1 João 1.1 - O que era desde o princípio, o que vimos com os
nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da
vida
2 - (porque a vida foi
manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida
eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada),
3 - o que vimos e
ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a
nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho JESUS CRISTO.
1 João 4.1 - Amados, não creiais em todo espírito, mas provai
se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado
no mundo.
2 - Nisto conhecereis
o ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é
de DEUS;
3 - e todo espírito
que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS; mas este é o
espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no
mundo.
2 João.7 - Porque já muitos enganadores entraram no mundo,
os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne. Este tal é o enganador e
o anticristo.
HINOS SUGERIDOS: 20, 139, 255 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS
EXTRAS DA LIÇÃO 3, 1Tr25, CPAD
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Para provar
que JESUS era realmente homem e que morreu como homem na cruz, assim diz a Palavra
de DEUS:
Quando
JESUS nasceu estavam presentes água e sangue – quando Ele morreu estavam
presentes água e sangue.
Quando JESUS nasceu
estavam presentes água (Líquido amniótico) e sangue (Placenta).
Quando JESUS morreu
estavam presentes água (Pericárdio ao ser furado por lança) e sangue (Feridas
nas costas, na cabeça, nas mãos e pés e Peito).
João 19.32-33 Mas,
vindo a JESUS e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo,
um dos soldados lhe furou o lado com uma
lança, e logo saiu sangue e água.
João 20.24 Ora,
Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.
25 Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 E oito dias depois estavam outra vez
os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou JESUS, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu
dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas
incrédulo, mas crente.
28 E Tomé respondeu, e disse-lhe:
Senhor meu, e DEUS meu!
1 João 5.6 Este é aquele que veio por água
e sangue,
isto é, JESUS CRISTO; não só por água, mas por água e por sangue.
E o ESPÍRITO
é o que
testifica, porque o ESPÍRITO é a verdade. 7 Porque três são os que testificam
no céu: o Pai, a Palavra e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um. 8 E
três são os que testificam na terra: o ESPÍRITO, e a água, e o sangue;
e estes três concordam num.
Hebreus
9.18 Pelo que também o
primeiro não foi consagrado sem sangue; 19 porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo
a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes,
com água, lã purpúrea e hissopo, e
aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, 20 dizendo: Este é o sangue do
testamento que DEUS vos tem mandado. 21 E semelhantemente aspergiu com
sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério. 22 E quase todas as
coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue
não há remissão.
23 De sorte que era bem necessário que as figuras das
coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas
celestiais, com sacrifícios melhores do que estes.
24 Porque CRISTO não entrou num
santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora
comparecer, por nós, perante a face de DEUS; 25 nem também para a si
mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no
Santuário com sangue alheio. 26 Doutra maneira, necessário lhe fora
padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos
séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si
mesmo. 27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo,
depois disso, o juízo, 28 assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez,
para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
esperam para a salvação.
O espírito
do anticristo, o falso mestre é identificado por esta doutrina que professa.
1João 4.1 Amados, não creiais a todo o espírito,
mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo.
2 Nisto conhecereis o ESPÍRITO de DEUS:
Todo o espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS;
3 E todo o espírito que não confessa
que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do
anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no
mundo.
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Tomé, mesmo sem o saber, foi o primeiro docentista da história
humana.
João 20.24 Ora,
Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.
25 Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 E oito dias depois estavam outra vez
os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou JESUS, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu
dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas
incrédulo, mas crente.
28 E Tomé respondeu, e disse-lhe:
Senhor meu, e DEUS meu!
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O Senhor JESUS CRISTO - David R. Nichols - TEOLOGIA SISTEMÁTICA
STANLEY M. HORTON - CPAD
O Senhor JESUS CRISTO é a figura central de toda a realidade
cristã. Por isso, as verdades a seu respeito são centrais para o Cristianismo.
A teologia que depreciar CRISTO, preferindo a humanidade como centro, não
poderá declarar, em última análise, a plenitude dos ensinos bíblicos. JESUS é o
cumprimento de muitas profecias do Antigo Testamento e o autor dos ensinos do
Novo. Os cristãos entendem que Ele é o Cordeiro que foi morto desde a fundação
do mundo, bem como o Rei vindouro (Ap 13.8; 19.11-16).
A negação da existência física de JESUS foi a primeira precursora
da heresia docética que acossava a Igreja nos séculos I, II e III.
Nos tempos dos pais da Igreja, existiam diferenças, nas duas
ramificações da Igreja, quanto ao modo de interpretar as Escrituras. A escola
de Alexandria enfatizava a abordagem alegórica. Esses cristãos apegavam-se à
defesa da divindade de CRISTO, às vezes deixando sua plena humanidade em
segundo plano. A escola de Antioquia enfatizava a abordagem literal à
interpretação das Escrituras. Defendiam bem a doutrina da humanidade de CRISTO,
mas às vezes o faziam às custas da sua plena divindade.
Devemos ressaltar que a banalização do conceito de heresia,
frequente em nos dias de hoje, não deve ser atribuída aos tempos antigos que
estamos estudando. Os pais da Igreja encaravam com a máxima seriedade as suas
controvérsias contra os hereges, porque entendiam que os próprios alicerces do
Cristianismo estavam em jogo nessas questões. Além de serem zelosos pela
compreensão correta das Escrituras, os pais da Igreja também eram orientados
pela convicção de que a suprema questão em jogo era a própria salvação. Muitas
vezes, nessas controvérsias, chegava-se a questionar se o CRISTO, como era
apresentado, poderia realmente ser o sacrifício pelo pecado do mundo.
O docetismo
Os docetistas negavam a realidade da humanidade de CRISTO, dizendo
que seu sofrimento e sua morte foram aparentes. Erravam ao permitir que a
filosofia gnóstica ditasse o significado dos dados bíblicos. Em última análise,
o CRISTO descrito pelos docetistas não poderia salvar ninguém, pois a sua
morte, num corpo humano, era a condição prévia para destruir o domínio de
Satanás sobre a humanidade (Hb 2.14).
O Ebionismo
A heresia ebionita desenvolveu-se de uma ramificação do
cristianismo judaico, que tentava explicar JESUS CRISTO conforme ideias
judaicas preconcebidas sobre a natureza de DEUS. Para alguns desses cristãos
primitivos, o monoteísmo significava que somente o Pai era DEUS. A presença dos
fariseus entre os crentes é atestada em Atos 5.1,2,5. E os fariseus ebionitas
começaram a ensinar que JESUS era mero homem, gerado por José e Maria. Alguns
ensinavam que JESUS foi feito Filho de DEUS ao ser batizado por João Batista.
Este ensino, chamado adocionismo, obviamente não concordava com as declarações
de João e Paulo no tocante às origens de CRISTO.
Considerações Sistemáticas na Cristologia
No estudo disciplinado de JESUS CRISTO, certos elementos
apresentados pelo texto bíblico requerem análise e síntese teológica além da
exegese do texto. A exegese deve ser realizada em primeiro lugar, controlando
os significados que atribuímos às palavras da Bíblia. Mas há quatro elementos
na doutrina de JESUS CRISTO que precisam ser relacionados entre si num
arcabouço teológico que faça sentido.
O primeiro elemento é o nascimento virginal, conforme ensinado nos
evangelhos segundo Mateus e Lucas. Esta doutrina nos mostra a fase inicial de JESUS
como DEUS e homem ao mesmo tempo.
A segunda doutrina é a de que JESUS, na sua Pessoa única, é
plenamente divino e plenamente humano. Embora este elemento leve aos limites da
capacidade cognitiva humana, devemos aplicar-nos rigorosamente à investigação
da sua terminologia e significados.
A terceira área teológica é a posição de JESUS na Trindade. Para
que a entendamos corretamente, é essencial sabermos como é o relacionamento do
Filho com o Pai, e as atribuições de JESUS como Doador do ESPÍRITO SANTO. Esse
aspecto já foi muito bem estudado no capítulo 5.
O quarto elemento dessa seção encontra-se numa área um tanto
negligenciada, pelo menos no âmbito da teologia sistemática. Quando falamos de JESUS
como aquEle que batiza no ESPÍRITO SANTO, devemos reconhecer que as promessas
desse derramamento, dadas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, têm o seu
cumprimento na atividade de JESUS CRISTO.
O Nascimento Virginal
Provavelmente, nenhuma doutrina cristã é submetida a tão extenso
escrutínio quanto a do nascimento virginal, e isto por duas razões principais.
Primeiro, esta doutrina depende, para a sua própria existência, da realidade
do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes últimos dois séculos, têm
desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e esse preconceito tem
influenciado seu modo de analisar o nascimento de JESUS. A segunda razão para
a crítica do nascimento virginal é que a história do desenvolvimento de sua
doutrina nos leva para muito além dos simples dados que a Bíblia fornece. A própria
expressão "nascimento virginal" reflete essa questão. O nascimento
virginal significa que JESUS foi concebido quando Maria era virgem, e que ela
ainda era virgem quando Ele nasceu (e não que as partes do corpo de Maria
tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso natural de um
nascimento humano) .
Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a origem
do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de
paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres
humanos, na literatura grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes
da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de Isaías 7, em
Mateus
1.
Isaías
7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do
conceito do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do
termo hebraico 'almah, conforme usado em Isaías 7.14. A
palavra é usualmente traduzida por "virgem", embora algumas versões a
traduzam por "jovem". No Antigo Testamento, sempre que o contexto
oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para
casamento.
Então, ele [Isaías] disse: Ouvi, agora, ó casa de Davi! Pouco vos é
afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu DEUS?
Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem [ 'almah]
conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel (Is 7.13,14).
Parece que, no contexto dos capítulos 7 e 8 de Isaías, a profecia a
respeito de 'almah tinha um significado bastante importante para a época do
profeta. Em primeiro lugar, a profecia não fora direcionada somente ao rei
Acaz, mas à totalidade da casa de Davi. O rei Acaz estava enfrentando a ameaça
militar dos exércitos combinados da Síria e do Reino do Norte (7.1-9). Numa
tentativa de assegurar-lhe que a ameaça não se concretizaria, Isaías o desafiou
a pedir qualquer sinal espiritual que quisesse - mas Acaz recusou. Em seguida,
o Senhor prometeu um sinal sobrenatural, não para Acaz, mas a toda a casa de
Davi, sinal este que manteria sua importância no decurso da História.63 Note
que o nome do menino seria Emanuel, "DEUS conosco".
O uso de Isaías
7.14, em Mateus 1.18-22,
indica sua grande importância para a compreensão do nascimento do Senhor JESUS CRISTO.
Nesse texto, a concepção virginal de JESUS CRISTO e seu nascimento são tratados
com respeito e dignidade.
O evangelho de Mateus relata que a gravidez de Maria foi causada
pela ação do ESPÍRITO SANTO sobre ela, quando então concebeu JESUS no seu
ventre. José, noivo de Maria, não o acreditou, até o anjo informar-lhe a
respeito. Uma vez ocorrida a concepção, estava claro que se tratava do cumprimento
da profecia de Isaías
7.14.
Outra característica das narrativas do nascimento de JESUS nos
evangelhos é o enfoque adotado por Mateus e Lucas, individualmente. Mateus
focaliza o papel de José na história. Descreve as aparições do anjo e as ações
corretas de José, em obediência às ordens recebidas. Lucas, por outro lado,
parece contar a história da perspectiva de Maria. E por meio de Lucas que somos
informados acerca dos eventos que envolveram Zacarias e Isabel e do grau de
parentesco entre esta e Maria. Lucas descreve também a aparição do anjo Gabriel
a Maria (Lc 1.26-31)
e a bela resposta de Maria no seu cântico [Magnificat] (Lc 1.46-55).
Tanto Mateus quanto Lucas empregam a palavra grega parthenos para
descrever Maria como uma jovem solteira e sexualmente pura. Em Mateus 1.23,
essa palavra grega é a tradução do termo hebraico 'almah, no texto citado de Isaías 7.14.
Transmite um claro significado contextual que indica a virgindade física de
Maria, que passou então a ser a mãe de nosso Senhor JESUS.
A União Hipostática
A união hipostática descreve a união entre as naturezas humana e
divina na Pessoa única de JESUS. Entender adequadamente esta doutrina depende
da completa compreensão de cada uma das duas naturezas e de como se constituem
na única Pessoa.
O ensino bíblico acerca da humanidade de JESUS revela-nos que, na
encarnação, Ele tornou-se plenamente humano em todas as áreas da vida, menos na
prática de um eventual pecado.
Uma das maneiras de nos convencermos da completa humanidade de JESUS
é esta: os mesmos termos que descrevem aspectos diferentes da humanidade
também descrevem o próprio JESUS. Por exemplo, o Novo Testamento frequentemente
usa a palavra grega pneuma ("espírito") para descrever o espírito do
homem; e a mesma palavra é empregada para JESUS. Ele mesmo aplicou a si o
pneuma, quando, na cruz, entregou o seu espírito ao Pai e expirou (Lc 23.46).
No contexto, a palavra "espírito" (pneuma) forçosamente
indica o aspecto da existência humana que continua na eternidade, depois da
morte. Este fato é muito importante, porque foi como ser humano que JESUS
morreu. Como DEUS Filho, Ele vive eternamente com o Pai. Na experiência que JESUS
teve da morte, temos uma das comprovações mais poderosas de que a sua
humanidade foi completa. Ele era tão humano que sofreu a morte de um criminoso.
O JESUS encarnado possuía também alma humana. Empregava a palavra
grega psuchê para descrever o que ocorria no seu íntimo e as suas emoções, em Mateus
26.36-38:
Então, chegou JESUS com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a
seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo
Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se
muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte;
ficai aqui e vigiai comigo.
JESUS era capaz de sentir em profundidade as emoções humanas.
Conforme vemos nos evangelhos, Ele sentia dor, tristeza, alegria e esperança.
Assim acontecia porque Ele compartilhava conosco a realidade da alma humana.
Finalmente, JESUS possuía um corpo humano, igual ao nosso. O sangue
corria nas suas veias enquanto um coração o bombeava, sustentando assim a vida
humana em seu corpo. Hebreus 2.14-18
claramente indica este fato. Nessa poderosa passagem, temos que a existência
corpórea de JESUS na Terra possibilitou recebermos a expiação. Por ser Ele
carne e sangue, sua morte poderia derrotar a morte e nos levar a DEUS. O corpo
de JESUS, na encarnação, era exatamente como o de cada um de nós. Seu corpo
humano foi colocado num túmulo depois da sua morte (Mc 15.43-47).
Outra confirmação da completa humanidade de JESUS é a sua
participação na fraqueza humana. Embora fosse DEUS, Ele humilhou-se a si mesmo,
assumindo a forma humana. Em João 4.6,
vemos o singelo fato de um JESUS cansado, à semelhança de qualquer pessoa que
tivesse feito uma longa viagem a pé. Está claro, em Mateus 4.2,
que JESUS era passível de sentir fome, como um ser humano normal: "Tendo
jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome". JESUS também
expressou claramente uma limitação em seus conhecimentos. Falando da data de
sua segunda vinda, em Marcos 13.32,
declara: "Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no
céu, nem o Filho, senão o Pai". Certamente, Ele mesmo aceitou essa
limitação, que a encarnação lhe impunha, mas nem por isso deixava de ser , uma limitação humana.
O peso cumulativo dessas passagens leva-nos à conclusão de que JESUS
era plenamente humano. Era igual a nós em todos os aspectos, exceto que nunca
pecou. Ao rebaixar-se à posição de servo, como homem, Ele pôde reunir condições
para nos redimir do pecado e da maldição da Lei.
Os escritores do Novo Testamento atribuem divindade a JESUS em
vários textos importantes. Em João 1.1, JESUS,
como o Verbo, existia como o próprio DEUS. E difícil imaginar uma afirmação
mais clara do que esta acerca da divindade de CRISTO. Baseada na linguagem de Gênesis 1.1,65
eleva JESUS à ordem eterna de existência com o Pai.
Em João
8.58, temos outro testemunho poderoso da divindade de CRISTO. JESUS
assevera, a respeito de si mesmo, uma existência contínua como a do Pai.
"EU SOU" é a bem conhecida revelação que DEUS fez de si mesmo a
Moisés na sarça ardente (Ex 3.14).
Ao dizer: "Eu sou", JESUS estava colocando à disposição o
conhecimento da sua divindade, para quem quisesse crer.
Paulo também oferece um testemunho claro da divindade de JESUS:
"Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS, que,
sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens" (Fp
2.5-7). O texto grego emprega uma linguagem muito enfática. O
particípio huparchõn é mais forte que eimi, além de se constituir em uma
declaração dramática do estado da existência de CRISTO. A declaração hos en
morphê theou huparchõn (v. 6a) deve ser interpretada como "que, existindo
em forma de DEUS". A declaração einai isa theõ (v. 6b) deve ser
interpretada como "ser igual a DEUS". Paulo nos informa aqui a
existência de JESUS em um estado de igualdade com DEUS. Mesmo assim, Ele não
ficou agarrado a esse estado, mas abriu mão dele, tornando-se um servo e morrendo
na cruz por nós.
As informações do Novo Testamento a respeito desse assunto
levam-nos a reconhecer que JESUS não deixou de ser DEUS durante a encarnação.
Pelo contrário, abriu mão apenas do exercício independente dos atributos
divinos. Ele ainda era plena Deidade no seu próprio ser, mas cumpriu o que
parece ter sido imposto pela encarnação: limitações humanas reais, não
artificiais.
A despeito dessas nítidas declarações bíblicas da divindade de JESUS,
a erudição crítica anti-sobrenatural tem sido muito relutante em aceitar o
conceito canónico da divindade de JESUS. Alguns estudiosos alegam detectar um
desenvolvimento da cristologia na história da Igreja Primitiva, sendo que a
Divindade, na opinião encarnacionista, fica no fim de um processo de reflexão
apostólica e eclesiástica a respeito de JESUS, ao invés de existir desde o
princípio e no decurso da história.
A opinião de John Knox representa a posição sustentada por alguns,
de que a cristologia passou de um adocionismo primitivo para o kenoticismo, e
daí para o encarnacionismo. O adocionismo primitivo declara que JESUS foi
adotado pelo Pai como Filho, sem nenhuma consideração da preexistência ou
esvaziamento de JESUS. O kenoticismo significa, conforme ensina Paulo em Filipenses 2,
que JESUS se esvaziou de sua glória celeste, visando os propósitos da salvação,
não necessariamente mediante a encarnação. A suposta terceira etapa desse
desenvolvimento é o encarnacionismo, no qual o Filho preexistente torna-se
homem ao assumir a carne humana.
C. F. D. Moule afirma, no entanto, que o encarnacionismo está
presente na totalidade do Novo Testamento e que JESUS cumpriu a sua divindade
por meio da humilhação. Dizendo assim,
Moule reduz a aguda nitidez dos conceitos levantados por Knox e outros. Mas
parece apropriado, à luz dos evangelhos sinóticos, observar que a divindade de JESUS
está presente em todas as correntes literárias do Novo Testamento, embora seja
mais marcante nos escritos de Paulo e de João.
Claramente, a Bíblia apresenta amplas evidências de suas afirmações
sobre a humanidade e a divindade de JESUS. Falta, agora, estabelecer como essas
duas naturezas podem coexistir em uma só Pessoa.
O Concílio de Calcedônia, que se reuniu em 451 d.C, é considerado
definitivo na história da cristologia. Sendo o ponto culminante da luta contra
uma longa fileira de heresias cristológicas, declarou que a fé ortodoxa no
Senhor JESUS CRISTO se focaliza nas suas duas naturezas, a divina e a humana,
unidas na sua Pessoa única.
O Concílio de Calcedônia tem um contexto histórico. A separação das
naturezas de JESUS, proposta por Nestório, havia sido repudiada pelo Concílio
de Éfeso, em 431 d.C. A harmonização entre as duas naturezas, proposta por
Eutíquio, foi refutada em Calcedônia. Nesse clima de controvérsia teológica,
dois escritos tiveram profunda influência sobre os resultados do Concílio da
Calcedônia. O primeiro foi a carta de Cirilo a João de Antioquia, que declara:
Por isso confessamos que nosso Senhor JESUS CRISTO, o Filho
unigénito de DEUS, é DEUS completo e ser humano completo, com uma alma racional
e um corpo. Ele foi gerado pelo Pai antes de todas as eras, quanto à sua
divindade, mas no fim dos dias Ele nasceu, por amor a nós e para a nossa
salvação, da Virgem Maria, quanto à sua humanidade. Ele mesmo é coessencial com
o Pai, quanto à sua divindade, e coessencial conosco, quanto à sua humanidade,
pois ocorreu uma união entre duas naturezas, em consequência da qual
confessamos um só CRISTO, um só Filho, um só Senhor.
A contribuição dessa carta à cristologia ortodoxa é o conceito de
que duas naturezas completas foram unidas na Pessoa do Senhor JESUS. A parte
divina era idêntica à divindade do Pai. A parte humana, idêntica à nossa.
O outro escrito de grande influência sobre Calcedônia foi a carta
de Leão I a Flaviano de Constantinopla, que declara:
Este nascimento no tempo não diminuiu em nada o nascimento divino e
eterno, e a ele nada acrescentou. Seu significado inteiro concretizou-se na
restauração da humanidade, que se havia desviado. Aconteceu a fim de que a
morte fosse vencida e que o diabo, que antes exercia a soberania da morte,
fosse destruído pelo seu poder, pois não poderíamos vencer o autor do pecado e
da morte a não ser que aquEle, a quem o pecado não podia manchar nem a morte podia
agarrar, assumisse a nossa natureza e a tornasse sua própria.
A ênfase aqui recai sobre a humanidade de JESUS, que tornou
possível a derrota de Satanás, que Ele realmente levou a efeito na cruz. A
morte somente poderia ser derrotada pela morte - a do Cordeiro perfeito.
O conjunto das decisões finais de Calcedônia constitui-se num
documento bastante longo. O Concílio de Nicéia - com sua formulação homoousia
do relacionamento entre o Pai e o Filho - foi afirmado, juntamente com as
conclusões do Concílio de Constantinopla. A essência da cristologia de
Calcedônia pode ser apreciada na citação abaixo:
Seguindo, portanto, os santos pais, confessamos o único e
mesmíssimo Filho, que é nosso Senhor JESUS CRISTO, e todos concordamos em
ensinar que esse mesmíssimo Filho é completo na sua divindade e completo - o
mesmíssimo - na sua humanidade, verdadeiramente DEUS e verdadeiro ser humano,
sendo que este mesmíssimo é composto de uma alma racional e um corpo,
coessencial com o Pai quanto à sua divindade, e coessencial conosco - o
mesmíssimo - quanto à sua humanidade, sendo semelhante a nós em todos os
aspectos menos o pecado... reconhecendo-se que Ele existe inconfundível,
inalterável, indivisível e inseparavelmente em duas naturezas, posto que a
diferença entre as naturezas não é destruída por causa da união, mas pelo
contrário, o caráter de cada natureza é preservado e vem junto em uma só pessoa
e uma só hipóstase, não dividida nem rasgada em duas pessoas, mas um só e o
mesmo Filho.
Logo, a Pessoa do Senhor JESUS consiste em duas realidades
distintas: a divina e a humana. Pelo fato de Calcedônia situar a união na
Pessoa de CRISTO com o emprego da palavra grega hupostasis, a doutrina é
frequentemente chamada a união hipostática.
Vemos que a natureza divina e a natureza humana estão juntas na
Pessoa única de JESUS CRISTO. Ao falarmos de temas qualitativamente diferentes,
como o de uma natureza divina e uma humana existindo em união, devemos
inevitavelmente levar a sério a questão da contradição e do paradoxo. Na
maneira normal de se entender as coisas, DEUS é DEUS e humanidade é humanidade,
e há uma distinção qualitativa entre ambos. Ao afirmar que CRISTO é DEUS-homem,
reunimos categorias que normalmente se negam. Existem duas maneiras de
corresponder a esse dilema. A primeira é providenciar ajustes à natureza
humana de JESUS, para fazê-la encaixar logicamente com sua natureza divina. A
segunda é asseverar que a união entre as duas naturezas é um paradoxo. Nesse
caso, a inconsistência lógica de DEUS ser homem não é resolvida.
Duas abordagens ao problema da natureza humana de CRISTO têm sido
seguidas em tempos recentes. Ambas tomam por certa a veracidade da sua natureza
divina, de modo que a questão passa a ser uma delineação clara da natureza
humana.
Os textos bíblicos que nos forçam a levar em conta essa questão
parecem ser Hebreus
2.16-18 e 4.15:
Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência
de Abraão. Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de DEUS, para expiar os
pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode
socorrer aos que são tentados.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Os dois textos acima insistem na identificação das tentações de JESUS
com as nossas próprias. Tal insistência deve ser tratada com o devido respeito,
ao se formular um meio de entender a humanidade de JESUS.
Millard Erickson elaborou uma versão moderna da teologia
encarnacionista, na qual procura solucionar o problema da natureza humana de CRISTO
na união hipostática. Ele acredita que a solução se considerar a humanidade de JESUS
como a ideal, ou a humanidade conforme ela virá a ser. Em outras palavras,
metodologicamente, não começamos com a aguda dificuldade de DEUS tornar-se
homem com todas as diferenças qualitativas entre as naturezas humana e divina.
Erickson, pelo contrário, pretende iniciar com a humanidade essencial (ou
seja, a que DEUS criou originalmente), porque, presumidamente, assemelha-se
muito mais a DEUS que a humanidade caída, que hoje observamos: "Pois a
humanidade de JESUS não era a humanidade de seres humanos pecaminosos, mas a
humanidade possuída por Adão e Eva desde a sua criação e antes da sua
queda".
Em perspectiva, talvez pareça que Erickson esteja oferecendo uma
teoria correta e ortodoxa sobre a humanidade de JESUS. Várias questões podem
ser levantadas, no entanto:
Em primeiro lugar, por que é errado começar com as diferenças entre
DEUS e o homem? Mesmo se nos concentrássemos na humanidade de Adão e de Eva
antes da Queda, onde há indicações, na Bíblia, de que Adão facilmente (ou a ,
longo prazo) poderia tornar-se um DEUS-homem? O próprio Erickson (em diálogo
com Davis) reconhece que a divindade é necessária, eterna, onipotente,
onisciente e incorpórea, ao passo que a humanidade é contingente, finita,
não-onipotente, não-onisciente e corpórea. Tais diferenças existem, quer
consideremos a humanidade antes ou depois da Queda.
Em segundo lugar, quando Erickson declara que obtemos nosso
entendimento da natureza humana de "uma investigação de nós mesmos, bem
como de outros seres humanos conforme os achamos em nosso redor", indica
apenas parte do problema. Nosso conceito de humanidade deve advir primeiramente
das Escrituras, e depois de nossas próprias observações. Esta verdade é mais
importante do que talvez pareça. Erickson diz que, na nossa presente condição,
somos "vestígios inutilizados e quebrados da humanidade essencial, e é
difícil imaginar esse tipo de humanidade unido com a divindade". Mas seria
esse um quadro correto da humanidade com que Maria contribuiu à concepção
virginal de JESUS? Lemos em Lucas 1.28-30:
E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o
Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se
muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe,
então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de DEUS.
A lição das narrativas do nascimento, conforme o anjo declara a
Maria nos versículos que se seguem, é que JESUS será o Filho de DEUS e também o
filho de Maria. Portanto, se adotarmos uma perspectiva teológica que não seja a
da humanidade e do pecado, poderemos deixar, metodologicamente falando, que as
contradições quanto à encarnação fiquem sem resposta. Ficaríamos dependendo do
poder revelador de DEUS para juntar as coisas que, segundo a lógica, parecem
não poder coexistir. Em última análise, a verdade da encarnação não depende da
nossa capacidade de processá-la segundo a lógica, mas sim do fato de que DEUS a
revelou de modo sobrenatural.
Outra questão que pode ser levantada é: até que ponto JESUS
participou da nossa condição humana? A maldição pronunciada contra Adão, como
resultado de sua rebelião contra DEUS, está registrada em Gênesis 3.17-19. A
maldição parece ter três partes componentes: (1) a maldição contra a terra;
(2) a labuta dos seres humanos para conseguir alimentos; e (3) a morte física.
Note que JESUS participou de todas essas coisas nos dias da sua carne. A
maldição contra a terra não foi anulada em favor de JESUS; Ele trabalhava como
carpinteiro; Ele se mantinha com alimentos; e, mais relevante ainda, Ele
morreu. Na sua humanidade, JESUS participou dos resultados não-morais do pecado
(de Adão e Eva) sem que Ele mesmo se tornasse pecaminoso. Esse modo de compreender
a situação está em harmonia com vários versículos bíblicos importantes a
respeito do assunto (por exemplo, 2 Co 5.21; 1 Pe 2.22).
Finalmente, pouca coisa precisa ser dita a respeito das diferenças
entre a humanidade essencial (ou ideal) - conforme criada por DEUS - e a
humanidade existencial - experimentada pelas pessoas na vida cotidiana.
Erickson não acha correto definir a humanidade de JESUS do ponto de vista da
humanidade existencial, e que somente a humanidade essencial serve a este fim.
Mas nossa análise dos versículos bíblicos supra parecem indicar que JESUS se
enquadrava nos dois aspectos ao mesmo tempo. Ele experimentou a existência
linear e corpórea do homem que podia morrer, e morreu mesmo. Neste sentido,
parecia viver a humanidade existencial. Ele era, ainda, impecável - e nunca
houve outro ser humano assim - e foi ressuscitado pelo Pai à incorrupção. A
humanidade essencial de JESUS parece ter estado presente nessas realidades. A
revelação de DEUS Filho na carne realmente pode ser um desafio capaz de
esgotar todas as nossas tentativas de explicá-la. No entanto, para nós, é
fundamental crermos que JESUS era completamente humano, semelhante a nós.
JESUS e o ESPÍRITO SANTO
JESUS está em profundo relacionamento com a terceira Pessoa da
Trindade. Já de início, o ESPÍRITO SANTO leva a efeito a concepção de JESUS no
ventre de Maria (Lc 1.34,35).
O ESPÍRITO SANTO veio sobre JESUS no seu batismo (Lc 3.21,22).
Nessa ocasião, o relacionamento entre ambos assume um novo aspecto, que
somente pela encarnação seria possível. Lucas 4.1
deixa claro que esse revestimento do ESPÍRITO SANTO preparou JESUS para
enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério terrestre.
O batismo de JESUS tem desempenhado um papel crucial na
cristologia, e devemos examiná-lo em profundidade. James Dunn argumenta que JESUS
foi adotado como o Filho de DEUS no seu batismo. Por isso, para Dunn, o
significado do batismo é a iniciação de JESUS na filiação divina. Mas será que Lucas 3.21,22 -
onde uma voz do céu declara: "Tu és meu Filho amado" - ensina assim?
Há um reconhecimento geral de que Salmos 2.7 é
citado nesse texto. A questão é saber por que a segunda parte da declaração -
"Eu hoje te gerei" - encontrada naquele salmo, foi omitida. Se o
propósito da Voz do céu e de Lucas era ensinar que JESUS passava a ser o Filho
de DEUS a partir daquele momento, não faria sentido excluírem a segunda parte
declaração, pois esta seria a comprovação desse ensino. A declarada filiação
de JESUS, portanto, é mais provavelmente um reconhecimento de um fato. E
especialmente importante observar que Lucas 1.35
declara: "O SANTO, que de ti há de nascer, será chamado Filho de DEUS".
Howard Ervin resume bem essa questão: "JESUS é o Filho de DEUS pela sua
própria natureza. Ele nunca foi, não é e jamais será outra coisa senão o Filho
de DEUS... Não há nenhum sentido em JESUS 'somente ter-se tornado' Messias e
Filho no Jordão".
Finalmente, JESUS é a figura chave no derramamento do ESPÍRITO SANTO.
Depois de levar a efeito a redenção mediante a cruz e a
ressurreição, JESUS subiu ao Céu. De lá, juntamente com o Pai, Ele derramou e
continua derramando o ESPÍRITO SANTO em cumprimento à promessa profética de Joel 2.28,29
(cf. At 2.23). Essa é uma das maneiras mais importantes de hoje conhecermos JESUS:
na sua qualidade de Doador do ESPÍRITO.
A força cumulativa do Novo Testamento é bastante relevante. A
cristologia não é apenas uma doutrina para o passado. E a obra sumo-sacerdotal
de JESUS não é único aspecto da sua realidade presente. O ministério de JESUS,
e, de ninguém mais, é propagado pelo ESPÍRITO SANTO no tempo presente. A chave
para o avanço do Evangelho no tempo presente é o reconhecimento de que JESUS
pode ser conhecido, à medida que o ESPÍRITO SANTO capacita os crentes a
revelá-lo.
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HERESIAS SOBRE A PESSOA DE JESUS
CRISTO
Grandes Doutrinas - Raimundo de Oliveira - CPAD
Um dos pontos relevantes da doutrina Cristológica, consiste da
afirmação, segundo a qual JESUS CRISTO possui dupla natureza, o que o faz cem
por cento DEUS e cem por cento homem. Apesar disto, não poucas vozes, ao longo
dos séculos, se têm levantado contra esta verdade. Dentre os movimentos que no
decorrer da história da Igreja se insurgiram contra a doutrina das duas
naturezas de CRISTO, se destaca a seguinte:
O Docetismo
O docetismo afirmava que o corpo de CRISTO não passava de um
fantasma; que seus sofrimentos e morte eram meras aparências. Deste modo
pontificavam os apóstolos do docetismo: "Ou [CRISTO] sofria e então não
podia ser DEUS; ou era verdadeiramente DEUS e então não podia sofrer. "O
docetismo assumiu várias formas: ou negava a verdadeira humanidade de CRISTO
empregando teorias sobre corpo fantasmagórico, ou então escolhia certos
aspectos da vida terrena de CRISTO, como sendo potencialmente verídicos,
enquanto negava o restante dos relatos bíblicos através de suas explicações.
Estava em frontal oposição à declaração joanina: "Nisto conhecereis o ESPÍRITO
de DEUS: todo o espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS;
e todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO não veio em carne não é de DEUS;
mas este é o espírito do anticristo..."(1 Jo 4.2,3).
Cerinto, habitante da Ásia Menor, defendia a opinião de que JESUS
fora unido a CRISTO, o Filho de DEUS, por ocasião do seu batismo, e que CRISTO
abandonou o JESUS terreno antes da crucificação. Acreditava que o sofrimento e
a morte de JESUS eram incompatíveis com a divindade de CRISTO.
Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu
um engano: que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de CRISTO, escapando
JESUS, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A –
Pág18).
Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou
Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. Quanto ao docetismo, aos crentes seus
contemporâneos, escreveu ele: "Torna-te surdo quando te falam de um JESUS CRISTO
fora daquele que foi da família de Davi, filho de Maria, nasceu autenticamente,
comeu e bebeu, padeceu verdadeiramente sob o poder de Pôncio Pilatos, foi
crucificado e morreu verdadeiramente... De que me valeria estar em cadeias, se
CRISTO sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não
passam de meras aparências" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp –
Pág.68).
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A MORTE VICÁRIA DE JESUS
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares
PORQUE PRIMEIRAMENTE VOS ENTREGUEI O QUE TAMBÉM RECEBI: QUE CRISTO
MORREU POR NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS
A morte de JESUS deve ser estudada como fato histórico com suas
relevantes implicações teológicas no plano divino da redenção humana. A morte
não foi acidente de percurso, estava previsto nas Escrituras Sagradas, e esse
acontecimento afetou e ainda afeta a vida de todos os humanos. Não se trata
apenas da morte de um justo, mas de um sacrifício como oblação pelos nossos
pecados, que DEUS recebeu e propôs como propiciação pelas nossas ofensas (Rm 3.25). O aspecto histórico
está nos evangelhos, o teológico, em Atos, nas epístolas e em Apocalipse.
A MORTE DE JESUS NO PLANO DIVINO
No capítulo sete, JESUS, Sacerdote Eterno, falou-se sobre o
sacrifício como tema central do Antigo Testamento e que esse sistema
sacrificial implicava expiação, redenção, perdão e castigo vicário. O primeiro
anúncio da vinda do Messias já vinculava a sua morte: “esta te ferirá a cabeça,
e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn
3.15). Isso fala de seu sofrimento e, também, de sua glória. Os detalhes
são revelados progressivamente no transcorrer do tempo. Depois do dilúvio, DEUS
escolheu o patriarca Abraão e prometeu suscitar dentre os seus descendentes o
Redentor, pois a promessa divina feita a Abraão era: “À tua semente darei esta
terra” (Gn 12.7). Segundo o
apóstolo Paulo, é uma profecia messiânica, pois essa Semente diz respeito ao
Messias (Gl
3.16). Dentre os filhos de Jacó, DEUS escolheu Judá, para ser um dos
progenitores da Semente da Mulher (Gn 49.10). Judá é o pai de
Perez (Gn 38.26-30),
dele descendeu o rei Davi (Rt 4.18-22). A
partir daí, os profetas apresentaram detalhes da obra e da identidade de JESUS.
A morte física de JESUS aconteceu “segundo as Escrituras” (1 Co 15.3),
isso significa que estava prevista no Antigo Testamento por figuras e tipos, a
começar pelo ritual do tabernáculo, e de maneira direta pelos profetas. A
descrição do cordeiro da Páscoa, desde o êxodo do Egito, aponta para CRISTO e o
seu sacrifício: “não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis
osso” (Êx
12.46). Os soldados quebraram as pernas dos dois malfeitores que foram
crucificados ao lado do Senhor JESUS, mas não quebraram as pernas do Mestre:
“Mas, vindo a JESUS e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas... para que
se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado” (Jo 19.33, 36).
O altar do sacrifício é outro tipo significativo. É identificado
como altar dos holocaustos, altar de bronze ou de ofertas queimadas. Era uma
caixa de mais ou menos 2,50m de comprimento e a mesma medida a sua largura, sua
altura de aproximadamente 1,75m, de madeira de cetim e revestida de bronze ou
cobre (a palavra hebraica é a mesma para esses metais), com quatro pontas, uma
em cada canto (Êx
29.1, 20).
As pontas eram aspergidas com sangue na consagração de sacerdotes (Êx 29.12),
no dia da expiação (Lv
16.18) e na oferta pelo pecado, quando o pecador apresentava o
substituto para o sacrifício (Lv 4.18, 25, 34).
As marcas de sangue nas quatro pontas do altar apontam para as quatro marcas de
sangue na cruz: na parte superior proveniente da coroa de espinhos, os cravos
nos braços direito e esquerdo e o dos pés: o altar do sacrifício, onde o Filho
de DEUS morreu em nosso lugar. Não há necessidade de se apresentar mais
exemplos para mostrar os tipos e as figuras do sacrifício do Calvário.
O salmo
22 começa com as palavras que JESUS pronunciou do alto da cruz: “DEUS
meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). A passagem
paralela do evangelho de Marcos, a citação está em aramaico: “Eloí, Eloí, lemá
sabactâni? Isso, traduzido, é: DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34),
mas o Targum de Jonathan usa “Eli”, igual ao hebraico, no salmo 22.1
[22.2]. O salmo é profético e descreve alguém abandonado, mas com uma fé
inabalável em DEUS. O versículo 8 cumpriu-se na crucificação: “Confiou no
SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer” (Cf Mt 27.43);
da mesma forma, o 18: “Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre
a minha túnica” (Cf Mc
15.24; Lc
23.34; Jo
19.23, 24). Isaías 53
descreve a cena do Calvário com abundância de detalhes. Segundo Alfred
Edersheim, o Targum de Jonathan e o Targum de Jerusalém “adotam com franqueza a
interpretação messiânica destas profecias” (EDERSHEIM, 1997, p. 90). O profeta
Zacarias anunciou de antemão que o Messias seria traspassado por uma espada
(12.10 Cf Jo 19.34, 37).
JESUS afirmou que a Lei de Moisés e os Profetas se convergem nele,
sendo sua paixão e morte o cumprimento das Escrituras Sagradas (Lc 24.26, 27;
44-46). Os quatro evangelhos apontam essa morte como cumprimento das Escrituras
dos Profetas (Mt 27.35; Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.24, 36, 37). O
sacrifício de JESUS é a conclusão lógica dos ensinamentos do Antigo Testamento.
A CRUCIFICAÇÃO
O relato da execução de JESUS está registrado nos quatro evangelhos
sinóticos. Eles devem ser entendidos como uma narrativa completa. Há apenas um
evangelho descrito e apresentado em quatro maneiras. Há muita coisa em comum
neles, mas há também muitas coisas peculiares que só aparecem em cada um deles,
havendo muito mais coisas em comum e semelhantes do que diferenças. Quando se
fala da harmonia dos evangelhos isso quer dizer, mediante fatos e provas, que
os evangelhos não se contradizem. Nenhum deles é completo, o que falta em um,
aparece no outro. De modo que as aparentes discrepâncias são, na verdade,
complementos dessas narrativas, formando um só evangelho, narrando a vida de JESUS
CRISTO. Muitas coisas que JESUS fez e ensinou não foram escritas (Jo 21.25). DEUS
permitiu que fosse registrado apenas o suficiente para a salvação da
humanidade. Todos eles tinham como meta apresentar em ordem a narrativa do
nascimento, ministério, paixão e ressurreição de JESUS.
Somente Mateus mencionou a abertura dos sepulcros e a ressurreição
dos mortos quando JESUS morreu (27.50-53), apenas Lucas registrou o
arrependimento de um dos dois malfeitores crucificados ao lado do Senhor JESUS
(23.40-43). João foi o único a escrever que JESUS carregou, ele mesmo, às
costas, a cruz (19.17), que falou com Maria, sua mãe, desde o alto da cruz
(19.26, 27) e que ele foi traspassado por uma espada (19.34). Das sete palavras
da cruz, as frases proferidas por CRISTO do alto da cruz, uma foi registrada
por Mateus e Marcos: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46; Mc 15.34);
três por Lucas: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (23.34), “Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (v 43), “Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito” (v. 46) e as outras três por João: “Mulher, eis aí o
teu filho... Eis aí tua mãe” (19.26, 27), “Tenho sede” (v. 28) e “Está
consumado” (v. 30). Esses são alguns exemplos de detalhes de cada narrativa.
JESUS esteve na cruz durante seis horas, depois de uma longa noite
de interrogatório e de uma sessão de tortura. Quando o prenderam no Getsêmani,
ele foi conduzido à casa do sumo sacerdote para o primeiro interrogatório (Lc 22.54), ali mesmo começou
a tortura física e a zombaria: “E os homens que detinham JESUS zombavam dele,
ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe,
dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?” (Lc 22.63, 64).
Pela manhã cedo, ele foi conduzido ao sinédrio (Lc 22.66), onde a sessão de
interrogatório prosseguiu e de lá para o governador romano da Judéia, Pôncio
Pilatos (Lc 23.1), que logo
o remeteu de volta a Herodes, mas antes, em sua presença, foi zombado e
ultrajado, em seguida foi devolvido para Pilatos (Lc 23.7, 11).
Então, foi torturado, recebeu uma coroa de espinhos, um bastão real e um manto
de púrpura (Mt 27.29; Jo 19.2),
escarnecendo-se dele, pois dizia ser o rei dos judeus. Foi crucificado às nove
horas da manhã: “E era a hora terceira, e o crucificaram” (Mc 15.25).20[1]
A injustiça era tanta que até a natureza se revoltou, o sol negou a sua luz em
pleno dia, houve trevas em toda a terra desde um pouco antes do meio-dia até às
três horas das tarde (Lc
23.44-46).
Somente Lucas registrou as palavras ipsis litteris de JESUS, ao
entregar o espírito ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Era uma oração
registrada no livro dos Salmos: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito” (31.5
ARA[2]),
que as crianças judias recitavam como oração ao anoitecer. O relato de Lucas
mostra de maneira inconfundível que JESUS se entregou por nós, ele deu sua vida
pelos pecadores, como ele mesmo havia prometido, “a minha vida”, disse “ninguém
ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou” (Jo 10.18). JESUS
entregou o espírito com “grande brado” (Mc 15.37) ou
com “grande voz” (v. 46; Mt 27.50). O
termo “está consumado” (Jo 19.30),
tanto em grego τετέλεσται (tetelestai), como em aramaico משַׁלַּם (moshallam), é uma só palavra. O brado de JESUS no alto da cruz
declara haver concluído a obra da redenção entregando ao Pai o seu espírito
indica triunfo, e não mero “está acabado” como um derrotado. Ele foi
crucificado, mas vitorioso, cumpriu a sua missão com sucesso, aleluia!
O “véu do templo” era a cortina que separava o lugar santo do lugar
santíssimo, ou santo dos santos, lugar da presença de DEUS onde somente o sumo
sacerdote entrava uma vez por ano, no dia da expiação (Êx 26.33; 30.10; Lv 16.15). O
véu rasgado mostra que a morte de JESUS abriu a todos os seres humanos o
caminho para DEUS (Hb
6.19, 20; 10.19, 20).
A morte de JESUS causou o maior impacto de toda a sua vida. O
centurião reconheceu haver crucificado um homem justo, e a multidão “voltava
batendo nos peitos” (Lc 23.48)
como gesto de aturdimento. Estava ali participando de um espetáculo de
zombaria, de repente, as palavras de JESUS com a reação da natureza despertaram
a consciência daquelas pessoas que voltavam para casa batendo dos peitos como
gesto de lamentação pelo horrendo crime, sem precedente na História, era uma
sensação coletiva de culpa e vergonha. Essa estranha reação foi um preparativo
para o povo receber a mensagem do evangelho, pregado pelo apóstolo Pedro, no
dia de Pentecostes (At 2.23).
O SACRIFÍCIO VICÁRIO
A Bíblia ensina que “todos pecaram e destituídos estão da glória de
DEUS” (Rm 3.23) e que o
homem é completamente incapaz de salvar-se a si mesmo (Is 64.6),
de ir ao céu pela sua própria força, justiça e bondade. Assim, DEUS proveu a
salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10). O
sacrifício de JESUS satisfez toda a justiça da lei e dos profetas. O Antigo
Testamento não somente anuncia a vinda de JESUS com sua paixão e morte como
também apresenta a importância do sangue, no sacrifício, apontando para o
Calvário: “... é o sangue que fará expiação...” (Lv 17.11).
Isso é confirmado no Novo Testamento... sem derramamento de sangue, não há
remissão” (Hb
9.22). “Expiação”, portanto, significa reconciliação, é a restauração
de uma relação quebrada. Na cruz fomos reconciliados com DEUS (2 Co 5.19; Ef
2.23-26).
O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa “o que faz
as vezes de outro, substituto” (SARAIVA, 2000, p. 1273). Morte vicária
significa morte substitutiva, pois JESUS morreu em nosso lugar (1 Co 15.3; Gl 2.20).
Os apóstolos entenderam o significado teológico na morte de JESUS, pois DEUS
propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2.1,2).
Os muçulmanos negam peremptoriamente a morte de JESUS. O Alcorão
ensina textualmente que JESUS não morreu. Essa é a mais grotesca negação do
cristianismo, pois os céticos sempre têm questionando o significado de eventos
ligados aos ensinos e às obras de CRISTO. Porém, rechaçar a História, afirmando
que JESUS não morreu, é um disparate, pois toda a estrutura bíblica gravita em
torno desse acontecimento: a paixão e a morte de JESUS é contada como parte de
sua vida terrena nos quatro evangelhos, sendo as evidências externas sólidas e
indestrutíveis.
Há inúmeras referências à morte de CRISTO no Antigo Testamento,
alguns exemplos foram citados acima. O próprio JESUS predisse, várias vezes, a
sua morte; dois exemplos são suficientes para confirmar esse fato:
Desde então, começou JESUS a mostrar aos seus discípulos que
convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos
sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia ... E,
subindo JESUS a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos e, no
caminho, disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do Homem será
entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e condená-lo-ão à morte”
(Mt 16.21; 20.17, 18).
Historiadores judeus e romanos atestaram a morte de JESUS. O fato
foi registrado por Josefo:
Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que
podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras.
Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido
não somente por muitos judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO.
Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este
ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o
abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro
dia, como os santos profetas haviam
predito, dizendo que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos,
os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome (Antiguidades, Livro 18.4.772).
Josefo não era cristão e por isso muitos críticos duvidam da
autenticidade da menção de JESUS em sua obra. Porém, nada há nos manuscritos
que justifiquem tal suspeita, ela é fundamentada apenas nos adjetivos que o
historiador aplicou a JESUS.21[3]
A literatura judaica antiga menciona a morte de JESUS, o Talmud
Babilônico declara a morte de JESUS na véspera da Páscoa (Sanh. 43a). Tácito, o
historiador romano, afirma: “CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo
procurador Pôncio Pilatos” (Anais XV.44.2,3). Luciano de Samosata, satirista
grego e zombador dos cristãos, por volta de 170 escreveu: “Os cristãos, como
todos sabem, adoram um homem até hoje – o distinto personagem que iniciou seus
novos rituais – foi crucificado por causa disso” (MCDOWELL, 1995, p. 60). A
confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. A
verdade é que a cruz de CRISTO sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23).
O homem precisava e precisa de JESUS, ele que se tornou o nosso
sacrifício, morreu em nosso lugar para abrir o caminho ao céu. O que é tão
ofensivo na cruz? O orgulho do homem faz com que se rebele contra a sentença de
DEUS. O incrédulo ofende-se porque DEUS não aceita seus esforços pessoais! O
sacrifício de JESUS CRISTO mostra que o homem é completamente incapaz de ir ao
céu, à presença de DEUS, pela própria bondade e força. JESUS deixou isso claro:
“Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim” (Jo
14.6); “sem mim, nada podeis
fazer” (Jo
15.5).
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Gnosticismo
O termo gnosticismo vem do grego γνώσις (gnosis), que significa
“conhecimento” (LIDDELL & SCOTT, 1990, p. 355). Os membros desse movimento
ensinavam a salvação por meio de um conhecimento místico, e não pela fé em JESUS.
Eles eram grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar
para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das
filosofias pagãs nas doutrinas vitais do cristianismo. Negavam o cristianismo
histórico, pois segundo essa doutrina, o Senhor JESUS não teve um corpo, isto
é, não veio em carne, o seu corpo seria uma mera aparência, que chamavam de
corpo docético. Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas o gnosticismo já
dava trabalho às igrejas da época dos apóstolos. O apóstolo João enfatiza que
“o Verbo se fez carne” (Jo 1.14), e
que “todo o espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS...”
(1 Jo
4.3). É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro
século e que foram escritos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia menor, de
onde surgiu o gnosticismo.
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O Islamismo Nega a Crucificação de CRISTO
6 de dezembro de 2019Matt
Slick 1237 visualizações O alcorão, O Alcorão afirmam que JESUS não
morreu na cruz.
Por Luke Wayne
Tradução David Brito
O Alcorão afirma que JESUS não morreu na cruz. Insiste em que DEUS
fez parecer àqueles que tentam matar a JESUS que eles O crucificaram, mas que
Ele realmente não foi para a cruz e, em vez disso, foi arrebatado para DEUS.
Tudo isso vem de apenas uma breve passagem no capítulo 4 (Sura):
Textos do Alcorão em vermelho/ Textos da Bíblia em azul
“E por dizerem: Matamos o Messias, JESUS, filho de
Maria, o Mensageiro de DEUS, embora não sendo, na
realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram,
senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que
discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não
possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente
em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram.
Outrossim, DEUS fê-lo ascender até Ele
Poderoso, Prudentíssimo,” (Sura 4:157-158).
Essa passagem contradiz a história, a profecia divina e até as
próprias palavras de JESUS. Também mostra uma clara dependência dos mitos
gnósticos que se desenvolveram muito depois da vida de JESUS. Tais razões são
mais que suficientes para rejeitar estas palavras do Alcorão. Há outro assunto,
no entanto, que o muçulmano deve também fazer uma pausa para considerar
seriamente. Esses versículos apresentam ao Islã um dilema teológico que exige
uma resposta cuidadosa.
A passagem parece implicar que apenas aqueles que procuraram matar JESUS
foram obrigados a ver JESUS como crucificado. Isso, no entanto, não faz sentido
porque os seguidores de JESUS se convenceram de que Ele havia morrido na cruz e
ressuscitado dos mortos. Esses versículos explicam por que aqueles que queriam
matar JESUS acreditavam ter conseguido, mas isso não explica a ascensão do
cristianismo entre as testemunhas oculares judias que amavam e acreditavam em JESUS.
Por que eles estavam convencidos de que JESUS havia morrido e ressuscitado
novamente? De fato, por que eles estavam tão convencidos que estavam dispostos
a morrer e apostar toda a sua eternidade nessa realidade?
De fato, vamos dizer por um momento que o Alcorão, enquanto apenas
explicitamente mencionando os judeus que pensaram ter matado JESUS, significa
dizer que foi feito para aparecer a todos que JESUS morreu na cruz, até mesmo
os discípulos de JESUS e aqueles que creram e seguiu os ensinamentos de JESUS.
Se é assim, significa que DEUS enviou JESUS com uma mensagem, mas
intencionalmente minou essa mensagem, enganando milagrosamente as próprias
pessoas que abraçaram aquela mensagem, acreditando na morte e ressurreição de JESUS.
De fato, foi apenas esse milagre enganoso que deu origem ao cristianismo entre
os seguidores que ouviram e acreditaram nos ensinamentos de JESUS.
Se a afirmação islâmica fosse verdadeira, isso significaria que
Allah saiu do seu caminho para desfazer tudo o que ele havia enviado JESUS para
realizar e, em vez disso, Allah convenceu todos os seguidores de JESUS que JESUS
era um salvador crucificado e ressuscitado. Os líderes judeus que queriam JESUS
morto continuaram a rejeitá-lo da mesma forma, de modo que esse truque não fez
diferença nem uma para eles. Seu único efeito foi fazer com que os seguidores
judeus de JESUS acreditassem que JESUS morreu por seus pecados e ressuscitou.
Se aceitássemos o relato do Alcorão, teríamos que concluir que o único
resultado significativo do milagre de Allah era dar origem à própria religião
que o Islã veio ao mundo, 600 anos depois, denunciar como um excesso pecaminoso!
Muitos muçulmanos com quem conversei tentaram explicar isso dizendo
que Allah tinha que fazer isso porque ele não podia permitir que seu profeta
sofresse tal indignidade. “DEUS não permitiria que seu profeta fosse morto por
seus inimigos“, dizem eles. Esta explicação tem dois problemas. A primeira é
que o próprio Alcorão discorda dele. O Alcorão frequentemente aponta que muitos
dos profetas foram injustamente mortos por seus inimigos. Por exemplo, o
Alcorão repreende os judeus em palavras como:
“...e assassinaram injustamente os profetas. E também porque
se rebelaram e foram agressores….” (Sura 2:61).
“Quando lhes é dito: Crede no que DEUS revelou! Dizem:
Cremos no que nos foi revelado. E rejeitam o que está
além disso (Alcorão), embora seja a verdade corroborante
da que já tinham. Dize-lhes: Por que, então, assassinastes
os profetas de DEUS, se éreis fiéis?‘” (Sura 2:91).
“Alerta aqueles que negam os versículos de DEUS,
assassinam iniquamente os profetas e matam os
justiceiros, dentre os homens, de que terão um
doloroso castigo,” (Sura 3:21).
“…Estarão na ignomínia onde se encontrarem, a menos
que se apeguem ao vínculo com DEUS e ao vínculo com o
homem. E incorreram na abominação de DEUS e foram
vilipendiados, por terem negado os Seus versículos, morto
iniquamente os profetas, bem como por terem
desobedecido e transgredido os limites,” (Sura 3:112).
“Havíamos aceito o compromisso dos israelitas, e lhes
enviamos os mensageiros. Mas, cada vez que um
mensageiro lhes anunciava algo que não satisfazia os seus
interesses, desmentiam uns e assassinavam outros,” (Sura 5:70).
Uma passagem particularmente digna de nota afirma que:
“DEUS, sem dúvida, ouviu as palavras daqueles que
disseram: DEUS é pobre e nós somos ricos. Registramos o que disseram, assim
como a iníquo matança dos profetas, e lhes diremos: Sofrei o tormento da
fogueira. Isso vos ocorrerá, por obra das vossas próprias mãos. DEUS não é
injusto para com Seus servos São aqueles que disseram: DEUS nos comprometeu a
não crermos em nenhum mensageiro, até este nos apresente uma oferenda, que o
fogo celestial consumirá. Dize-lhes: Antes de mim, os mensageiros vos
apresentaram as evidências e também o que descreveis. Por que os matastes,
então? Respondei, se estiverdes certos.?‘” (Sura 3:181-183).
Mesmo de acordo com o Alcorão, o fato de que Allah “não é injusto
para com Seus servos” não significa que esses servos nunca sejam mortos nesta
vida. Em vez disso, significa que haverá recompensa na vida por vir.
Ironicamente, mencionando especificamente o profeta que validou seu status
profético chamando fogo celestial para consumir uma oferta e depois contando
esse profeta entre aqueles que os judeus mataram, esta passagem realmente nega
a libertação de Elias, um profeta que a Bíblia explica que foi arrebatado para
o céu vivo sem enfrentar a morte! Claramente, o Alcorão não ensina que DEUS
libertará todos os seus profetas da morte nas mãos de seus inimigos. Em outra
Sura, lemos:
“Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele enviamos muitos
mensageiros, e concedemos a JESUS, filho de Maria, as evidências, e o
fortalecemos com o ESPÍRITO da Santidade. Cada vez que vos era apresentado um
mensageiro, contrário aos vossos interesses, vós vos ensoberbecíeis!
Desmentíeis uns e assassináveis outros,” (Sura 2:87).
Esta passagem não afirma, é claro, que o próprio JESUS foi morto,
mas inclui JESUS entre os profetas, um dos quais foi morto. Não coloca JESUS em
um status especial de profetas que Alá nunca permitiria ser morto. De fato,
apenas dois versos antes da Sura 4: 157, a passagem que nega que JESUS morreu,
lemos:
“…...por matarem iniquamente os profetas, e por dizerem: Nossos
corações estão insensíveis! Todavia, DEUS lhes obliterou os corações...” (Sura
4:155).
Portanto, não há nada no Alcorão que diga que Alá nunca permitiria
que um profeta fosse envergonhado e morto nesta vida. De fato, o Alcorão deixa
claro que muitos profetas foram injustamente mortos. A justiça de DEUS para
isso é futura e eterna. Os profetas não têm promessa de libertação nesta vida.
De fato, de acordo com a tradição islâmica, Muhammad (supostamente o maior de
todos os profetas) foi envenenado até a morte. Se Alá permitir que até mesmo
Maomé seja assassinado por seus inimigos, os muçulmanos não têm uma boa razão
para dizer que Alá jamais permitiria que JESUS morresse na cruz.
Mas, por uma questão de argumento, digamos que fosse verdade.
Digamos que Allah nunca permitiria que JESUS fosse envergonhado e morto. Por
que Ele simplesmente não derrubou os inimigos de JESUS ou levou JESUS vivo para
o céu sem fingir sua morte? Qualquer uma dessas opções teria vindicado a JESUS
sem levar seus discípulos (e incontáveis outros através de suas pregações) a
supostos erros e excessos.
Não, é insuficiente afirmar que DEUS enganou o mundo só porque Ele
não queria que JESUS morresse. Então, por que isso aconteceu? Por que todos os
seguidores de JESUS passaram a acreditar que Ele havia morrido na cruz por seus
pecados? Por que DEUS permitiu que eles acreditassem e pregassem isso se tudo
fosse um mal-entendido baseado em um milagre destinado apenas a enganar os
inimigos de JESUS?
A melhor explicação é que os profetas do Velho Testamento e os
seguidores de JESUS estavam certos e que o autor do Alcorão está errado. DEUS
não minou o ensino de JESUS ao enganar Seus discípulos. Ele validou JESUS ao
ressuscitá-lo dos mortos! Assim como os primeiros cristãos repetidamente
afirmaram:
“Homens israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, homem
aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por
ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi
entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS, prendestes,
crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual DEUS ressuscitou,
soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela,”
(Atos 2:22-24).
“Porque também CRISTO padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a DEUS; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo ESPÍRITO,” (1 Pe 3:18).
“Assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados
de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para
salvação.,” (Hb 9:28).
O próprio JESUS referiu-se a “Porque isto é o meu sangue, o sangue
do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”
(Mateus 26:28) e predito explicitamente que “O Filho do Homem deve sofrer
muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e escribas,
e ser morto e ser ressuscitado no terceiro dia “(Lucas 9:22). Os
seguidores de JESUS acreditavam que JESUS morreu e ressuscitou porque Ele disse
a eles que iria morrer e eles então viram acontecer. DEUS não os enganou, ao
contrário, DEUS os preparou para entender essas coisas e se converterem de seus
pecados.
O cristianismo não é um erro ou excesso que DEUS criou
acidentalmente ou maliciosamente através de milagres enganosos. O cristianismo
é a verdade. Sura 4: 157 está errada.
Todas as citações do Alcorão neste artigo são da versão Sahih
International e https://alcorao.com.br
Matt Slick
Matt Slick é o
presidente e fundador do Christian Apologetics and Research Ministry. Formado
em Ciências sociais pelo Concordia University, Irvine, CA, em 1988. Bacharel em
ciências da religião e mestre em apologética pelo Westminster Theological
Seminary in Escondido, Califórnia
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DEZ Evidências Concisas da morte e Ressurreição de JESUS
21 abril, 2020 | George Sinclair - Reitor da
Church of the Messiah, no centro da cidade de Ottawa, Canadá.
Para sua consideração, o que se segue é uma declaração concisa das
evidências da real, verdadeira e histórica ressurreição do Messias JESUS.
1. Há quatro biografias antigas de JESUS. Todas foram escritas por
testemunhas oculares e/ou baseadas em testemunhas oculares. Foram escritas
e circularam enquanto muitas outras testemunhas ainda estavam vivas. Todas
estas biografias dizem que JESUS ressuscitou dos mortos. Estas biografias são
complementadas por cartas escritas por testemunhas oculares enquanto muitas
outras testemunhas ainda estavam vivas. Estas cartas antigas afirmam que JESUS
morreu por crucificação e que ao terceiro JESUS ressuscitou dos mortos.
2. Escritores pagãos e judeus relatam que os cristãos criam que JESUS
ressuscitou dos mortos.
3. Muitas das principais testemunhas oculares da ressurreição de JESUS,
morreram por alegarem que JESUS havia ressuscitado. Suas vidas
provavelmente teriam sido poupadas se eles tivessem se retratado. Isto é muito
significativo. Sabemos que pessoas morrerão por uma causa. Mas aqueles homens e
mulheres morreram por um conjunto de fatos. Escolheram ir para o túmulo ao
invés de dizer que aqueles fatos eram falsos. Morreram por dizerem que os fatos
da crucificação e da ressurreição de JESUS eram verdadeiros.
4. A história narrada pela testemunha ocular João é muito
importante. Muitas pessoas hoje afirmam que a história de João (tal como outras
histórias de testemunhas oculares) deve ser entendida como uma história
simbólica e metafórica. No entanto, sabemos que João entendia claramente a
diferença entre fazer um relato histórico e contar uma história transbordando
de símbolos e metáforas. Por que? Porque ele escreveu dois livros, um que
claramente afirma ser histórico (que conhecemos como O Evangelho de João) e um
livro que é claramente todo cheio de símbolos e metáforas (que conhecemos como
O Livro do Apocalipse). Portanto, João é uma testemunha importante do que
aconteceu na morte e ressurreição de JESUS.
5. A evidência histórica demonstra que: a sepultura estava vazia;
as roupas sepulcrais estavam cuidadosamente arrumadas; a pedra que lacrava o
túmulo havia sido movida; o corpo de JESUS jamais foi encontrado; a sepultura
tinha sido guardada por soldados romanos; e ninguém jamais alegou ter roubado o
corpo. A presença das roupas sepulcrais são significativas. Eram as
especiarias colocadas nas vestes que tinham valor. Caso alguém houvesse
removido o corpo para fins lucrativos ou por maldade, teria levado o corpo
embrulhado e separado a valiosa mistura oportunamente. Na verdade, a disposição
das roupas no túmulo, tal como a posição da pedra, se encaixam perfeitamente
com a ressurreição ser a sua causa, e não alguma ação humana.
6. Há (sem contar Paulo), onze momentos registrados em que JESUS
apareceu às pessoas provando que havia ressuscitado. Tais aparições foram
para: homens e mulheres, indivíduos, casais, grupos e pelo menos uma multidão.
As aparências ocorreram em locais fechados e ao ar livre, em diferentes lugares
e em diferentes momentos do dia. Ele foi tocado fisicamente, ouvido
audivelmente, visto e comeu na presença de testemunhas. Nenhuma destas
testemunhas cria que JESUS ressuscitaria dos mortos antes de Ele ter ressuscitado
dos mortos. Todos o conheciam antes de Sua morte, portanto sabiam que Ele era o
mesmo JESUS que morreu na cruz.
7. No mesmo lugar onde JESUS morreu e foi enterrado, houve uma
explosão de crescimento do movimento cristão — que estava centrado na afirmação
de que a sepultura estava vazia e que JESUS tinha realmente
ressuscitado. Esta explosão de crescimento aconteceu poucas semanas após a
morte e ressurreição de JESUS no lugar onde Ele morreu. O crescimento ocorreu
diante da hostilidade, oposição e perseguição de líderes civis e religiosos.
8. A morte e ressurreição de JESUS não foi um evento aleatório. JESUS
havia previsto que morreria crucificado, seria enterrado e ressuscitaria dos
mortos. Sua previsão de que morreria crucificado é muito significativa.
Ele não podia controlar isso. A crucificação era um meio de morte reservado às
autoridades imperiais romanas. JESUS alegou, razoavelmente, que Sua morte por
crucificação e Sua ressurreição ao terceiro dia seriam um “sinal” que
confirmaria quem Ele era, aquilo que ensinava e aquilo que Sua morte e
ressurreição iriam trazer como resultado.
9. A morte e ressurreição de JESUS também ocorreu num contexto de
séculos de profecia que tal Messias viria da parte de DEUS, morreria e
ressuscitaria. O próprio JESUS afirmou que Sua vida, morte e ressurreição
eram o cumprimento destas profecias.
10. Há mais ainda. A morte e ressurreição de JESUS ocorreu no
contexto de uma história abrangente com profundos e poderosos insights sobre a
condição humana. Sua vida, morte e ressurreição ocorreram no contexto de
um conjunto de escritos que há milênios provaram serem sábios e perspicazes
quanto à condição humana. Tais escritos serviram como base para o
desenvolvimento da ciência, dos direitos humanos e do bom governo. A vida, a
morte e a ressurreição de JESUS realizaram-se no contexto de uma visão de mundo
insuperável na sua amplitude, profundidade, coerência, consistência e poder
emocional e racional.
Amigos, considerem a JESUS, o Salvador Crucificado e Ressurreto, o
Senhor amoroso. Venham a Ele com humilde confiança.
Traduzido por Vittor Rocha.
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Docetismo (do grego δοκέω [dokeō],
"para parecer") é uma doutrina cristã do século
II, considerada herética pela Igreja
primitiva.
Antecedente do gnosticismo,
acreditavam que o corpo de JESUS
CRISTO era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas
aparente. Não existiam "docetas" enquanto seita ou
religião específica, mas como uma corrente de pensamento que atravessou
diversos estratos da Igreja. O docetismo acreditava que JESUS CRISTO era um
espectro, logo, este apesar de ter uma aparência humana, não possuía carne e
nem sangue.
Serapião,
bispo de Antioquia, visitou, por volta de 199 d.C, a
comunidade cristã de Rosso, que usava um evangelho atribuído a Pedro. Inicialmente, ele permitiu seu uso, mas
depois foi informado sobre dúvidas quanto à autenticidade do texto. Ao
lê-lo, Serapião percebeu
que ele poderia ser interpretado de forma a apoiar o docetismo. Assim, ele
condenou o evangelho por suas passagens suscetíveis a interpretações heréticas.
Esta doutrina é refutada pela Igreja com base no Evangelho de São João,
onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne".
Autores cristãos posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu
de Lião deram os contributos teológicos mais
importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na
sua obra Adversus Haereses defendeu as ideias
principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do CRISTO
centrismo, a recapitulação em CRISTO do
Homem caído em pecado e a união entre a criação, o pecado e
a redenção.
A origem do docetismo é geralmente atribuída a correntes gnósticas para
quem o mundo material era mau e corrompido e que tentavam aliar, de forma
racional, a Revelação disposta
nas escrituras à filosofia grega. Esta doutrina viria a ser condenada como
heresia no Concílio Ecumênico de Calcedônia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Docetismo
VEJA MAIS
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Cerinto
Cerinto (c 100)
foi um dos primeiros líderes do antigo Gnosticismo que foi
reconhecido como um "Heresiarca" pelos primeiros Cristãos devido
aos seus ensinamentos sobre JESUS CRISTO e suas interpretações sobre
o Cristianismo. Ao contrário dos ensinamentos da Cristandade ortodoxa,
a escola gnóstica de Cerinto seguia a lei Judaica, usava o Evangelho
dos Hebreus, negava que o deus supremo tinha feito o mundo físico e negava a
divindade de JESUS. Na interpretação de Cerinto, o espírito de "CRISTO"
veio a JESUS no momento do seu batismo, guiando-lhe em todo o seu
ministério, mas abandonando-o momentos antes de sua crucificação.
Tudo o que sabemos sobre Cerinto vem dos escritos de seus
oponentes.
Biografia
A data de seu nascimento e sua morte são desconhecidas. Na província Romana na Ásia,
ele fundou uma escola Gnóstica e acumulou discípulos. Nenhum dos escritos de
Cerinto sobreviveu e é improvável que eles fossem muito conhecidos. Como é o
mais usual, nós conhecemos seus escritos através do que os seus inimigos
mais ortodoxos relataram. Os ensinamentos de
Cerinto são mais conhecidos devido a obra do bispo Epifânio,
do Século IV, todos rumores de segunda ou de
terceira-mão e cuja confiabilidade é questionável (Cf. notas da enciclopédia Católica de
1910).
Crenças
O relato mais antigos que sobreviveu sobre Cerinto é a refutação ao
Gnosticismo de Ireneu, que foi escrito aproximadamente em 170. De
acordo com ele, Cerinto era um homem educado na sabedoria dos egípcios e cuja
inspiração viria dos anjos.
Cerinto, assim como os ebionitas,
usava apenas uma versão do evangelho de Mateus como escritura, rejeitando os
demais escritos, principalmente os do apóstolo
Paulo, por o considerarem um apóstata da Lei. Esforçava-se para se
sujeitar aos usos e costumes da lei judaica e à maneira de viver dos judeus.
Venerava a cidade de Jerusalém como se fosse a casa de DEUS.
Cerinto ensinou numa época em que a relação do Cristianismo com
o Judaísmo e com a Filosofia
grega não estavam ainda muito claras. Em sua associação com a Lei
Mosaica e sua visão modesta de JESUS, ele era muito similar aos Ebionitas e
outros judeu-cristãos. Já ao definir o criador do mundo como Demiurgo,
ele combinou a filosofia dualista grega
e antecipou os gnósticos.
Sua descrição de CRISTO como um espírito sem corpo que residiu temporariamente
no homem JESUS combina com o futuro gnosticismo de Valentim.
A tradição Cristã antiga descreve Cerinto como um contemporâneo e
oponente do apóstolo João, o Evangelista, que escreveu a Primeira Epístola de João e
a Segunda Epístola de João para
avisar aos menos amadurecidos na fé e doutrina sobre as mudanças que ele estava
fazendo nos Evangelhos originais
Epistula Apostolorum, um texto pouco conhecido do século
II, que é contemporâneo com o trabalho de Ireneu, parece ter sido escrito como
um refutação direta dos trabalhos de Cerinto.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerinto
VEJA MAIS
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Saturnino de
Antioquia
Saturnino de
Antioquia ou Satornilo (século II), renomado teólogo, foi também
um grande cabalista e profundo conhecedor do Zendavestá e do Gnosticismo. Papus confessa
haver tomado muitas de suas fórmulas. Ele ensinou a seus discípulos a
Sobriedade e a Castidade. A tradição o coloca como discípulo de Menandro,
que por sua vez foi discípulo de Simão Samaritano (em seus bons
tempos) e autor do "Os Atos de João ou "O Livro Sereto de
João". Saturnino, foi um dos representantes do gnosticismo sírio.
A ele se imputa a introdução da Gnose sírio, ou, pelo menos o seu grande
propagador. Ele apareceu em Antioquia, pela primeira vez, por volta do ano
de 125. Seu sistema doutrinário foi o resultado de um desenvolvimento
rigoroso do dualismo com a negação de todo o significado judaico na
liberação do bem e do mal, como o docetismo e o ascetismo.
Traços de sua gnose ou Doutrina Secreta, pregada nas Escolas
Iniciáticas ou Escolas de Mistérios da antiguidade, igualmente
se percebem em outros escritores e místicos, tais como Basilides, Carpocrates, Valentim, Tertuliano, Agostinho de Hipona, Ambrósio de Milão, Marcião
do Ponto, Clemente de Alexandria, Empédocles,
etc e etc. Seus seguidores foram chamados de saturnionistas e sua
escola de saturnionismo.
Conceitos
Saturnino ensinava dois princípios: O bem, ou DEUS, o Criador de
anjos, arcanjos, poderes e domínios, os sete anjos principais responsável pela
criação do macro e do micro-cosmos,
do onde adveio a inclinação para o mal, o que resultou em uma má geração (o
segundo princípio ou dualidade). Assim, para por fim ao reino do princípio do
ruim (o Mal), DEUS (o Bem) enviou à terra o CRISTO,
que, manifestando-se através de um corpo carnal, destruiu o reino inclinação
para o mal e, apara as almas bondosas, ele abriu o caminho para DEUS. Aqueles
que desejam retornar a DEUS deve abandonar todos os prazeres dos sentidos. Os
seguidores de Saturnino eram em um número bastante reduzido e, alguns dos
quais, posteriormente, juntaram-se a outros grupos como, por exemplo, os Marcionitas.
Saturnino foi mestre de Basilides e Basilides o foi de Valentim.
Seus ensinamentos, por vezes são relacionados ao Docetismo,
quando verificada a semelhança entre a doutrina ensinada por ele e a ensinada
por Docetas, cuja ênfase maior se dava na realidade do CRISTO
Interior, existente dentro de cada um de nós, dando uma nova visão ao
Nascimento, Paixão e Ressurreição do CRISTO pessoal.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saturnino_de_Antioquia
VEJA MAIS
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Marcião de
Sinope
Marcião de
Sinope - ou Marcion - (em grego: Μαρκίων Σινώπης; c. 85 – 160)
foi um dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo
primitivo. A sua teologia chamada marcionismo propunha dois
deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo
Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e ele foi excomungado.
Curiosamente esta separação será posteriormente adaptado pela igreja e
utilizada a partir de Tertuliano, assim como a sua rejeição de muitos
livros que seus contemporâneos consideravam como parte das escrituras mostrou
à Igreja antiga a urgência do desenvolvimento de um cânon
bíblico.
Vida
Hipólito relata que Marcião era filho de um bispo
na cidade de Sinope, na província romana do Ponto (atualmente
na Turquia). Seu contemporâneo Tertuliano o
descreve como um proprietário de barcos. Marcião provavelmente foi
consagrado bispo, provavelmente um assistente ou um sufragâneo de seu pai em Sinope
Quando encontrou-se com ele, Policarpo de Esmirna chamou-o
de "primogênito de satanás" segundo Jerônimo. Epifânio afirma que após um começo como um asceta,
ele seduziu uma virgem e foi excomungado por seu pai, fazendo com que ele
deixasse a sua cidade natal. Este relato já foi contestado por estudiosos,
que o consideraram como "fofoca maliciosa". Mais recentemente, Bart
D. Ehrman sugeriu que esta "sedução de uma virgem" seria
uma metáfora para a sua corrupção da Igreja cristã,
sendo esta a virgem não deflorada.
Marcião viajou para Roma em 142-143 d.C. Nos anos seguintes,
Marcião desenvolveu seu sistema
teológico e atraiu um grande grupo de seguidores. Ele fez uma notável
doação de 200 000 sestércios para
a Igreja.
Quando os conflitos com os bispos
de Roma começaram, Marcião organizou seus seguidores em uma comunidade separada. Ele foi consequentemente
excomungado pela Igreja
de Roma e sua doação foi devolvida. Após sua excomunhão, ele retornou
para a Ásia Menor, onde continuou a propalar o marcionismo.
Ensinamentos
Teologia
O estudo das Escrituras
judaicas juntamente com outros escritos que circulavam na época da
igreja nascente (a maioria foi eventualmente incorporada no Cânone do Novo Testamento)
levaram Marcião a concluir que muitos dos ensinamentos de JESUS CRISTO eram
incompatíveis com as ações de DEUS no Antigo
Testamento. A resposta dele para este paradoxo foi o desenvolvimento de um
sistema dualista por volta do ano 144 d.C. Esta noção dual
de DEUS permitiu que Marcião reconciliasse as supostas contradições entre a
teologia da Antiga
Aliança e a mensagem de Boas
Novas.
Marcião afirmava que JESUS CRISTO era o salvador enviado por DEUS
Pai, com Paulo como
seu principal apóstolo. Ao
contrário da nascente igreja, Marcião declarava que o Cristianismo era distinto
e oposto ao Judaísmo.
Marcião, contrário ao que muitos acreditam, não afirmou que a Bíblia e as
escrituras judaicas eram falsas. Ele acreditava e argumentava que ela deveria
ser lida de maneira absolutamente literal, provando assim que YHWH não
era o mesmo DEUS a quem JESUS se referia. Um exemplo: no Gênesis,
quando YHWH está andando no jardim
do Éden perguntando onde estava Adão,
Marcião interpretava isso como se YHWH tivesse literalmente andando através do
jardim em alguma forma de corpo físico e que literalmente não sabia onde estava
Adão «DEUS Jeová chamou ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás?» (Gênesis 3:9).
Ele argumentava que isso provaria que YHWH poderia habitar um corpo físico e
que YHWH também era capaz de ser ignorante, algo completamente diferente do Pai
a quem JESUS se referia.
O DEUS do Antigo Testamento, o Demiurgo,
a Divindade criadora do mundo material seria então
uma divindade tribal invejosa
dos judeus, cuja Lei representaria
a justiça recíproca legalista e
que pune a humanidade por seus pecados com sofrimento e morte. Já o DEUS a quem
JESUS se refere seria um ser completamente diferente, um DEUS universal de
compaixão e amor e que olha para a humanidade com compaixão e piedade.
Marcião afirmava que JESUS era
o filho do DEUS Pai, mas entendia a encarnação de
maneira docética,
ou seja, de que o corpo de CRISTO era apenas uma imitação de um corpo material.
Ele acreditava que CRISTO na crucificação pagou
a dívida de pecado que humanidade tinha, absolvendo-a e permitindo que ela
então herdasse a vida eterna.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marci%C3%A3o_de_Sinope
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Evangelhos sinópticos ou evangelhos sinóticos são
os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, assim
referidos por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, narradas na
mesma sequência, às vezes com as mesmas frases. Considera-se que tal grau de
paralelismo, em termos de conteúdo - narrativa, linguagem e estrutura de frases
- somente pode ocorrer em uma literatura interdependente. Muitos estudiosos
acreditam que esses evangelhos compartilham o mesmo ponto de vista e
são claramente ligados entre si.
Desde que a exegese começou a ser aplicada à Bíblia,
ainda no século XVIII, os exegetas os chamaram de "evangelhos
sinópticos" pois se aperceberam que, dos quatro evangelhos, os três
primeiros apresentavam grandes semelhanças entre si, de tal forma que, se
colocados em três grelhas paralelas – donde vem o nome sinóptico, do grego συν,
"syn" («junto») + oοψις, "opsis" («ver») –, os assuntos
neles abordados correspondiam quase inteiramente. Ou seja, são classificados
assim, por fazerem parte de uma mesma visão ou um mesmo ponto de vista.
Por parecer que teriam bebido na mesma fonte, os primeiros grandes
exegetas alemães designaram essa fonte como Q,
abreviatura de Quelle, que significa precisamente 'fonte', em alemão.
Adicionalmente, Mateus e Lucas também
incluíram um material de duas outras fontes exclusivas, designadas como Fonte M e Fonte
L respectivamente.
Quanto ao quarto Evangelho canônico, o Evangelho segundo João,
este relata a história de JESUS de
um modo substancialmente diferente, razão por que não se enquadra nos
sinópticos. Desta maneira, há quatro evangelhos canônicos, dos quais três são
sinópticos.
Enquanto que os evangelhos sinópticos apresentam JESUS como humano
(que se destaca dos comuns por suas ações milagrosas) e são fontes de
informações históricas sobre JESUS
CRISTO, o Evangelho de João descreve JESUS como o Messias,
isto é, com o caráter divino de quem traz a redenção absoluta ao mundo. O
evangelho de João sugere que ele próprio tivesse conhecimento dos Evangelhos
Sinópticos, nos quais já existia informação suficiente sobre a vida de JESUS
como homem, incumbindo-se João de mostrar, em seu Evangelho, os atributos de JESUS
como DEUS.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhos_sin%C3%B3pticos
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Pôncio Pilatos
Pôncio Pilatos, também conhecido simplesmente
como Pilatos (em latim: Pontius
Pilatus; em grego: Πόντιος
Πιλᾶτος), foi governador ou
prefeito (em latim: praefectus) da província romana da Judeia entre
os anos 26 e 36. Na tradição cristã, é conhecido por ter sido o juiz que
não interveio contra os fariseus na condenação
de JESUS CRISTO a morrer
na cruz. A importância de Pilatos no Cristianismo moderno é enfatizada por
seu lugar proeminente tanto no Credo dos Apóstolos quanto no de Niceia.
Devido ao retrato dos Evangelhos de Pilatos como relutante em executar JESUS,
a Igreja Etíope acredita
que Pilatos se tornou um cristão e o venera como um mártir e santo, uma crença
historicamente compartilhada pela Igreja Copta.
Embora seja o governador mais atestado da Judeia, poucas fontes
sobre seu governo sobreviveram. Ele parece ter pertencido à bem atestada
família Pôncio de origem samnita, mas
nada se sabe ao certo sobre sua vida antes de se tornar governador da Judeia,
nem sobre as circunstâncias que levaram à sua nomeação para o governo.
O historiador judeu Flávio
Josefo e o filósofo Fílon de Alexandria mencionam incidentes
de tensão e violência entre a população judaica e a administração de Pilatos.
Muitos deles o envolvem agindo de maneira que ofendeu a sensibilidade religiosa
dos judeus. Os Evangelhos Cristãos registram que Pilatos ordenou a crucificação de JESUS em
algum momento de seu mandato; Josefo e o historiador romano Tácito também
parecem ter registrado essa informação. Segundo Josefo, a sua destituição
ocorreu porque ele reprimiu violentamente um movimento samaritano armado
no Monte Gerizim. Ele foi enviado de volta a Roma
pelo legado da Síria para
responder por isso a Tibério,
que, no entanto, havia morrido antes de sua chegada. Nada se sabe ao certo
sobre o que aconteceu com ele depois disso. Com base em uma menção feita pelo
filósofo pagão do século II Celso e pelo apologista cristão Orígenes, a
maioria dos historiadores modernos acredita que Pilatos simplesmente se
aposentou após sua demissão.
Os historiadores modernos têm avaliações diferentes de Pilatos como
um governante eficaz; enquanto alguns acreditam que ele foi um governador
particularmente brutal e ineficaz, outros argumentam que seu longo tempo no
cargo significa que ele deve ter sido razoavelmente competente. De acordo com
uma teoria proeminente do pós-guerra, ele foi motivado pelo antissemitismo em
seu tratamento com judeus, mas essa teoria foi quase totalmente abandonada.
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B4ncio_Pilatos
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União hipostática
União hipostática (do grego: ὑπόστασις hypóstasis, composto
por duas palavras ὑπό, "por, sob" e ιστημι, "causar ou fazer
ficar de pé, estabelecer, firmar") é um termo técnico na Teologia Cristã empregado
principalmente na Cristologia com
referência à encarnação para
descrever a união das naturezas divina e humana de CRISTO em uma pessoa.
As Escrituras dão testemunhos, de diversas maneiras, da humanidade
de JESUS CRISTO. Ele era “Pilho de Abraão” (Mt 1.1); “da descendência de
Davi segundo a carne” (Rm 1.3), concebido pela virgem
Maria (Lc 1.31), “nascido
de mulher (Gl
4.4), nascido de Maria (Mt
1.25; 2.11; Lc 2.7),
“se fez carne” (Jo
1.14; cf. Rm
1.3; 1 Tm
3.16). Ele foi um bebê (Mt
2.11,14,20,21; Lc 2.7,16),
Ele “crescia em sabedoria, e em estatura” (Lc 2.52), trabalhou como
carpinteiro (Mc
6.3), teve fome (Mt 4.2;
Mc
11.12), teve sede (Jo 4.7; 19.28),
viveu as emoções da alegria e da tristeza (Lc 10.21; Jo 12.27),
foi crucificado, morreu, e ressuscitou dos mortos. Ele é claramente chamado de
homem (Jo
1.30; At
17.31; Rm
5.15; 1 Co
15.21,47; 1 Tm 2.5; Hb 2.6-9).
Quatro caracterizações resumem a doutrina da humanidade de CRISTO.
1. A realidade deve ser
enfatizada em oposição a qualquer ponto de vista que afirme ou implique em mera
aparência ou semelhança. Foi essa heresia que João foi obrigado a combater,
dizendo que ela era do anti cristo (1 Jo 4.1-3).
No entanto, existem maneiras mais sutis, com as quais a realidade da humanidade
de CRISTO pode ser comprometida. A natureza humana é finita e, portanto,
existem limitações inseparáveis da humanidade de JESUS. O significado de muitas
das suas palavras e ações no tempo em que Ele estava em carne estarão perdidas,
se não forem levadas em conta as suas palavras e ações em termos de sua
natureza nu mana, e desta forma com as limitações correspondentes a estas. Evidente
a esse respeito é o texto em Mateus 24.36,
onde, sem representar um problema, é um indicador claro do conhecimento
limitado que a sua consciência humana possuía, e da sua dependência das
revelações para enfrentar tudo o que viria em seu raio de ação.
2. A integridade da
humanidade de CRISTO quer dizer que Ele possuía todas as qualidades essenciais
à humanidade. Ele era corpo e espírito. Tinha conhecimento, sentimento e
vontade humanos, que não estavam submersos nas qualidades da Divindade que Ele
também possuía. O zelo com que a igreja deve manter essa integridade aparece
naquilo que era central em sua missão. Ele sofreu e morreu em uma natureza
humana. Seria uma infração contra a realidade da expiação tentar enfraquecer,
de qualquer maneira, a inteireza com que Ele agiu, em termos de sua natureza
humana.
3. A pureza de JESUS
(que jamais pecou) distingue a sua natureza humana da de todos os demais. As
limitações não devem ser comparadas com fraquezas de pecados nem com a
falibilidade. Desde a sua concepção, Ele foi gerado de modo santo (Lc 1.35); nascido de uma
virgem. Ele foi santo, inocente, imaculado e separado dos pecadores (Hb 7.26), e
ninguém poderia condená-lo por algum pecado (Jo 8.46).
Embora tentado de todas as maneiras, como nós também o somos, ainda assim é o
adjetivo “sem pecado” que lhe confere a capacidade de compadecer-se e conceder
a sua graça e a sua virtude incomparáveis (Hb 4.15).
4. Â continuidade da Sua
humanidade é indispensável para o cumprimento do seu ministério celestial. Na
morte, o corpo e o espírito foram separados, o corpo permaneceu no sepulcro e o
espírito partiu para junto do Pai. Mas o corpo e o espírito se reuniram na
ressurreição. Na integridade da natureza humana, constituída tanto física
quanto mentalmente, Ele subiu aos céus, e continua o seu ministério mediador
até que no seu segundo advento Ele retorne com essa mesma natureza humana, para
julgar o mundo e consuma o reino de DEUS.
Encarnação
Um termo derivado da versão latina de João 1.14. A
encarnação refere-se exclusivamente à ação pela qual o Filho de DEUS,
frequentemente citado como a Segunda Pessoa da Divindade, tornou-se homem. Isto
pressupõe a divindade essencial e a eterna filiação da Pessoa que se tornou
encarnada. A doutrina torna-se pervertida se for concebida como o início da
existência daquele que é, de forma inigualável, o Filho de DEUS. Quando João
escreve: “E o Verbo se fez carne” (Jo 1.14), o
Verbo já havia sido identificado como eternamente subsistente, como eternamente
com DEUS, e sendo o próprio DEUS (Jo 1.1-3).
Quando Paulo diz que CRISTO JESUS “aniquilou-se a si mesmo... fazendo-se
semelhante aos homens” (Fp 2.7),
ele quer dizer que esta Pessoa era originalmente em forma de DEUS e, portanto,
era igual a DEUS (Fp
2.6).
O fato. A encarnação é um fato estupendo; ê o mistério da
Divindade, o grande milagre da fé cristã. Aquele que nunca começou a ser, mas
que existia eternamente, e que continuou a ser o que eternamente foi, começou a
ser o que eternamente não foi. Este foi um evento que ocorreu no tempo, com
referência Àquele que foi e continua sendo eterno. Existem, portanto, os
contrastes sustentados: o Eterno entrou no tempo e tornou-se sujeito às suas
condições; o Infinito tornou- se finito; o Imutável tornou-se mutável; o
Invisível tornou-se visível; o Todo-Poderoso tornou-se fraco e fragilizado; o
Criador tornou-se a criatura; DEUS tomou-se homem. Teria sido uma humilhação
para o Filho de DEUS tomar-se homem sob as condições terrenas mais ideais, por
causa da discrepância entre a majestade de DEUS, o Criador, e a humilde posição
da criação mais dignificada. Mas não foi a um mundo ideal que Ele veio; foi a
este mundo de pecado, de miséria, e de morte. O fato de Ele ter entrado em um
mundo assim, indica a peculiaridade da humilhação sofrida, e o propósito
redentor criado. Ele veio, portanto, “em semelhança da carne do pecado” (Rm 8.3), à relação mais
estreita possível com a humanidade pecadora, sem, desse modo, tornar-se Ele
mesmo pecador. Veja CRISTO, Humilhação de. O modo. O modo é geralmente citado
como o nascimento virginal. CRISTO de fato nasceu de uma virgem, porque Maria
ainda não havia conhecido um homem. O modo foi, portanto, sobrenatural. Três
considerações mostram o caráter sobrenatural.
1. JESUS não foi
concebido pela conjunção de homem e mulher. Ele foi gerado no ventre de Maria
pelo poder do Espirito SANTO (Mt
1.20; Lc
1.35). O milagre aparece em primeiro lugar em uma procriação
sobrenatural. A este respeito não é rigorosamente correto dizer que JESUS foi
concebido pelo ESPÍRITO SANTO. Foi Maria que concebeu e a nossa atenção é
expressamente atraída para este fato (Lc 1.31). Isto é dito de Maria
e também é dito de Isabel (Lc
1.24,36).
Mas Maria só concebeu porque o ESPÍRITO SANTO havia gerado JESUS em seu ventre
e, consequentemente, o nascimento foi virginal. Paulo reflete esta doutrina em Gálatas 4.4
quando escreve: “DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher”. A profecia de Isaías 7,14
predisse a maneira sobrenatural do nascimento de JESUS. Veja Virgem.
2. Não foi um mero bebê
que fora concebido por Maria. Foi o Eterno Filho de DEUS. Somente no que diz
respeito à sua natureza humana Ele foi formado no ventre; mas se tratava dele
mesmo, em sua identidade imutável. O aspecto mais estupendo do sobrenatural foi
a concepção desta Pessoa sobrenatural e eterna. Dessa forma não há nenhum ponto
no qual o sobrenatural não esteja presente, e não é apenas no fato da
procriação sobrenatural que o milagre aparece. É somente quando este fato é
examinado, que a dificuldade com a doutrina do nascimento virginal é levada em
consideração. A geração natural seria incongruente, enquanto a geração
sobrenatural está perfeitamente de acordo com o caráter sobrenatural da Pessoa.
3. O dogma da concepção
imaculada de Maria é um embuste: não há garantia dos dados da revelação (veja
Maria). O sobrenatural é evidente na preservação do menino JESUS da
contaminação que fazia parte de sua mãe humana. A geração sobrenatural foi
necessária para preservar a imunidade da depravação hereditária, porque “o que
é nascido da carne é carne” (Jo 3.6).
Contudo, isto não parece ser de per si uma explicação adequada da pureza
imaculada de JESUS. Ele era um descendente de Davi, segundo a carne. Esta
semente era corrupta. Mas JESUS era santo, puro, e separado dos pecadores.
Esta grande verdade da coexistência tanto da divindade como da humanidade em uma única Pessoa divina foi expressa no credo de Calcedônia em 451 d.C., como se segue: “Nós, então... todos de comum acordo, ensinamos os homens a confessarem o único e o mesmo Filho, nosso Senhor JESUS CRISTO... a ser reconhecido em duas naturezas, inconfundivelmente, imutavelmente, indivisivelmente e inseparavelmente; sendo a distinção das naturezas de modo algum separadas pela união, mas, antes, a propriedade de cada natureza sendo preservada, e coincidindo em uma única Pessoa... não separada ou dividida em duas pessoas, mas um único e o mesmo Filho, e unigênito, DEUS o Verbo, o Senhor JESUS CRISTO”.
Uma grande discussão mais recente foi dedicada a esta questão. O homem JESUS deve ser considerado como uma pessoa humana? A ortodoxia católica, seguindo o credo de Calcedônia, defendeu que JESUS era uma pessoa, e uma vez que era divino, Ele era uma pessoa divina. Isto significa que sua natureza humana não deve ser considerada como pessoal. Isto não deve negar a realidade e a integridade da sua natureza humana, mas sim insistir que o centro da personalidade em seu caso foi a divindade. Esta doutrina reflete o testemunho do NT.
Nas várias situações registradas nos Evangelhos, JESUS sempre reconheceu a si mesmo como mantendo uma relação única com DEUS Pai. Isto significa que Ele estava ciente da sua identidade divina. E mesmo quando as suas limitações, em virtude da sua natureza humana, estavam mais em evidência (cf. Mt 24.36), Ele identificou-se em termos de seu relacionamento divino. Quando os escritores do NT referem-se a estas ações de JESUS, que eram executadas na natureza humana, tais como a morte na cruz, eles sempre dizem que Ele próprio fez estas obras (cf. Fp 2.7,8; Hb 1.3; 1Pe 2 .24); e o pronome pessoal, como é aplicado a Ele, tem sempre em vista sua identidade divina, e esta jamais poderia ser considerada como meramente humana.
Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD
"No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galileia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente,
EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, JESUS, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR.
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-sentenca-de-cristo/121939674 VEJA MAIS
Os mórmons, ou Santos dos Últimos Dias, são um grupo religioso e cultural relacionado ao mormonismo. Os mórmons são os membros de A Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias, fazendo parte de um grupo religioso restauracionista surgido no século XIX nos Estados Unidos e liderado inicialmente por Joseph Smith Jr., definido pelos seus seguidores e fiéis como primeiro profeta desta época ou "Profeta da Restauração".
Total de membros: 15.082.028
Missões: 405
Missionários: 80.000
Centros de Treinamento Missionário: 15
Templos: 143
Congregações: 29.253
Escolas e Universidades: 4
Estudantes do Seminário: 361.993
Estudantes do Instituto: 337.237
Centros de História da Família: 4.645
Países que possuem Centro de história da família: 134
Edições notáveis da Igreja: 166
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%B3rmon VEJA MAIS (06-01-2025)
A Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial ou popularmente conhecido como Igreja da Unificação é um novo movimento religioso, criado pelo coreano falecido Sun Myung Moon, conhecido como Reverendo Moon, fundado em Seul, na Coreia do Sul.
A teologia da Igreja da Unificação é baseada no livro Princípio Divino. A Igreja da Unificação crê que DEUS, através de JESUS, escolheu o jovem Sun Myung Moon, na Páscoa de 1935, na Coreia, para representá-lo nesta terra a fim de resolver as questões fundamentais da vida humana e do universo.
Origem
Sun Myung Moon fundou a igreja em Seul em 1 de maio de 1954. Ela se expandiu rapidamente na Coreia do Sul e no final de 1955 tinha 30 centros em todo o país e se expandiu em todo o mundo com a maioria dos membros vivendo na Coreia do Sul, Japão, Filipinas e outras nações do leste da Ásia.
Moon fundou a Associação do ESPÍRITO SANTO para a Unificação do Cristianismo Mundial em Seul em 1º de maio de 1954. Ela se expandiu rapidamente na Coréia do Sul e até o final de 1955, tinha 30 centros em todo o país. A HSA-UWC expandiu-se por todo o mundo, com a maioria dos membros vivendo na Coreia do Sul, Japão, Filipinas e outras nações do Leste Asiático.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Unifica%C3%A7%C3%A3o VEJA MAIS
Escrita Lição 3, CPAD, A Encarnação Do Verbo, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
I – HERESIAS QUE NEGAM A CORPOREIDADE
DE CRISTO
1. O que é Docetismo?
2. O que os docetas ensinavam sobre JESUS?
3. O que os principais docetas diziam sobre
JESUS?
II – A AFIRMAÇÃO APOSTÓLICA DA
CORPOREIDADE DE JESUS
1. “O que era desde o princípio” (Jo 1.1)
2. A reafirmação apostólica (v.1b)
3. Uma crença herética (1 Jo 4.2,3)
III - COMO ESSAS HERESIAS SE REVELAM HOJE
1. Quanto ao nascimento virginal de JESUS
2. Quanto à morte e à ressurreição de CRISTO
3. Confirmação histórica
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
A vinda do Filho de DEUS em forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a negação da sua historicidade não se sustenta.
Segunda - Lc 2.40,52 O desenvolvimento físico, intelectual e espiritual de JESUS
3 - o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho JESUS CRISTO.
1 João 4.1 - Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
3 - e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.
2 João.7 - Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
1. INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como finalidade apresentar a doutrina bíblica sobre a humanidade de JESUS. Desde o início da Igreja houve tentativas de negar a deidade absoluta de CRISTO, bem como a sua ressurreição. Esses grupos céticos tinham a pretensão de desconstruir o testemunho e a autoridade apostólica acerca de JESUS. Nesta lição, veremos como essas heresias se revelam atualmente. Perceberemos que os movimentos heréticos não são novidades. Por isso, importa que a igreja destes dias prossiga firme em seu compromisso de reafirmar a verdade sobre CRISTO.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Elencar as heresias que negam a corporeidade de CRISTO; II) Descrever a afirmação apostólica da corporeidade de JESUS; III) Relacionar como as heresias que negam a humanidade e deidade de CRISTO se revelam atualmente.
B) Motivação: É muito importante que a Igreja saiba discernir quais são os objetivos e as implicações desses grupos heréticos ao tentarem negar a verdade sobre JESUS. Não podemos contestá-los se não soubermos o que eles, de fato, pensam e argumentam. Conhecer o que os inimigos da fé pensam sobre nós é muito importante para o exercício da defesa da fé.
C) Sugestão de Método: Desde os tempos da Igreja Primitiva, muitos grupos ou pessoas surgiram com visões distorcidas a respeito da deidade ou da encarnação de CRISTO. Atualmente, as heresias continuam surgindo como forma de negar a fé em CRISTO ou enganar a muitos que não conhecem as Escrituras Sagradas. Aproveite a ocasião e pergunte à classe em quais seitas ou religiões de nossos dias podemos encontrar esses falsos ensinamentos.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: DEUS convida seus servos em todas as épocas a assumir o compromisso com a verdade bíblica que atesta a realidade da divindade de CRISTO. Desse modo, como Igreja de CRISTO, que preza pela verdade do Evangelho, devemos reafirmar com afinco a declaração de CRISTO de que Ele e o Pai, juntamente com o ESPÍRITO SANTO, constituem uma unidade perfeita.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A União Hipostática", localizado depois do segundo tópico, ressalta a união entre as naturezas humana e divina na Pessoa única de JESUS.; 2) O texto "A Teologia Liberal e a Bíblia", ao final do terceiro tópico, destaca o contraste entre a Teologia Liberal e a Teologia Bíblica Tradicional.
DE CRISTO
1. O que é Docetismo?
O termo vem do grego dokeo, que significa “ter aparência”. O Docetismo é a mais antiga heresia da história da igreja e consiste em negar que JESUS tivesse tido corpo físico humano, sua humanidade era simplesmente uma aparência, como um fantasma.
Os seguidores dessa heresia ensinavam muitas coisas fora das Escrituras e contrárias à Palavra de DEUS. O nosso enfoque destaca a humanidade de JESUS, como o verdadeiro homem. Lucas descreve um começo muito humano. JESUS teve parentes e amigos, Zacarias e Isabel (Lc 1.5), José e Maria (Lc 2.4,5), vizinhos e primos (Lc 1.36,58), pastores (Lc 2.8), Simeão, Ana (Lc 2.25,37). Isso sem contar o relato sagrado de sua infância, que enfoca o seu desenvolvimento físico, intelectual e espiritual (Lc 2.40,52).
JESUS?
Três dos principais heresiarcas negavam que JESUS CRISTO tivesse vindo em carne. Cerinto negava o nascimento virginal de JESUS CRISTO e ensinava o Docetismo. Ele foi contemporâneo do apóstolo João em Éfeso. Saturnino, o principal representante do Gnosticismo sírio, ensinava que JESUS CRISTO não nasceu, não teve forma e nem corpo, foi simplesmente visto de forma humana em mera aparência. Marcião é outro heresiarca que negava ser CRISTO verdadeiramente humano, mas quanto ao seu corpo, não se sabe se na opinião dele era apenas uma aparência ou de substância etérea. No entanto, a Bíblia declara de maneira direta que JESUS nasceu, mencionando até mesmo local, em Belém da Judeia (Mt 2.1; Lc 2.11), e época, no reinado de César Augusto, imperador romano (Lc 2.1). A Bíblia fala também do corpo físico de JESUS (Jo 2.21).
CORPOREIDADE DE JESUS
1. “O que era desde o princípio” (Jo 1.1)
Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, denominados de Evangelhos Sinóticos, apresentam JESUS, ressaltando seus aspectos humanos, ao passo que João reforça o aspecto divino. Os três Evangelhos expõem JESUS exteriormente, ao passo que João o revela interiormente. Pode-se dizer que o Evangelho de João é uma interpretação de JESUS. A expressão “O que era desde o princípio” é uma reiteração daquilo que o apóstolo afirma na introdução do Evangelho que leva o seu nome: “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1), isso significa que o Verbo já existia mesmo antes da criação (Gn 1.1). Mas João nunca perde de vista que “o Verbo se fez carne”. Não se contenta apenas com isso, mas apresenta detalhes importantes, é que o Verbo não somente se fez carne, para não deixar dúvida alguma, “e habitou entre nós”, mas também foi visto pelas pessoas (Jo 1.14).
O apóstolo reitera o que afirma na introdução do seu Evangelho: “o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida”. Isso pode parecer até uma redundância, “vimos com os nossos olhos”, mas o propósito é mostrar com muita ênfase, sem deixar dúvida alguma, que o Senhor JESUS veio em carne ao mundo, e que pôde ser tocado pelos que com Ele conviveram (Jo 20.27). Veja que a presença do nome de Pilatos no Credo dos Apóstolos o posiciona nos acontecimentos passados. Ele “sofreu sob Pôncio Pilatos”, ou seja, padeceu nas mãos de um personagem da história, logo, o Senhor JESUS só pode também ser alguém da história (Rm 1.3).
João viveu seus últimos dias na cidade de Éfeso, que era a cidade de Cerinto, o doceta. Os escritos do apóstolo João, o Evangelho, as três Epístolas e o Livro de Apocalipse, foram produzidos na última década do primeiro século. Nessa época, o docetismo já se difundia entre os cristãos. Por isso, o apóstolo esclarece, e de maneira direta, que todo aquele que nega que JESUS veio em carne não é de DEUS (1 Jo 4.3). Veja a gravidade dessa heresia, pois se JESUS não teve corpo físico real, Ele também não morreu, e se não morreu, também não ressuscitou, se não ressuscitou, logo não há esperança de salvação (1 Co 15.1-3,17,18). Por essa razão, o apóstolo João foi contundente contra os docetas. Os expoentes de tal crença são chamados de “enganadores” (2 Jo 7).
Uma das maneiras de nos convencermos da completa humanidade de JESUS é esta: os mesmos termos que descrevem aspectos diferentes da humanidade também descrevem o próprio JESUS. Por exemplo, o Novo Testamento frequentemente usa a palavra grega pneuma (espírito) para descrever o espírito do homem; e a mesma palavra é empregada para JESUS. Ele mesmo aplicou a si o pneuma, quando, na cruz, entregou o seu espírito ao Pai e expirou (Lc 23.46)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 324, 325)
HOJE
1. Quanto ao nascimento virginal de JESUS
Há movimentos que negam o nascimento virginal de JESUS, como os mórmons, a Igreja da Unificação, e ensinam que Ele não foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO. Negar a concepção e o nascimento virginal de JESUS é uma das marcas desses movimentos. É o ensino moderno de Cerinto e seus seguidores. A Bíblia anuncia de antemão a concepção e nascimento virginal de JESUS desde o Antigo Testamento (Is 7.14) e seu cumprimento histórico no Novo Testamento. JESUS foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 1.18,20); o anjo Gabriel disse a Maria: “Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1.35).
O heresiarca gnóstico do Egito, Basilides, negava a crucificação de CRISTO, dizia que Simão, o cirineu, transfigurou-se e foi equivocadamente crucificado, e que o populacho o tomou por JESUS. Assim sendo, CRISTO apenas presenciou a crucificação de Simão, seu suposto sósia. O Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos e sua principal fonte de autoridade espiritual, declara que o Senhor JESUS não foi crucificado, que tudo não passou de uma simulação (Alcorão 4.157). Nas notas explicativas de rodapé nas edições do Alcorão, eles afirmam que um sósia de JESUS foi levado à cruz. Isso se parece com a ideia de Basilides. Essa doutrina contraria todo o pensamento bíblico e os fatos históricos. A Bíblia ensina que JESUS morreu e ressuscitou dentre os mortos (1 Co 15.3,4).
A confirmação bíblica e histórica da morte de JESUS é fato incontestável. Historiadores não cristãos, judeus e romanos, atestaram a morte de JESUS. Flávio Josefo, historiador judeu (37-100 d.C.), disse: “acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte”. O historiador romano Tácito (55-117 d.C.) escreveu: “Aquele de quem levavam o nome, CRISTO, foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos”. A Bíblia declara que JESUS “depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (At 1.3).
As expressões “o Verbo se fez carne” e “JESUS CRISTO veio em carne” significam uma resposta aos docetas. Os Evangelhos revelam vários atributos característicos do JESUS ser humano. Ele foi revestido do corpo físico porque o pecado entrou no mundo por um homem, e pela justiça de DEUS tinha de ser vencido por um ser humano. JESUS se encarnou. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem.
1. Como o Docetismo pode ser definido?
O Docetismo é a mais antiga heresia da história da igreja e consiste em negar que JESUS tivesse tido corpo físico humano, sua humanidade era simplesmente uma aparência, como um fantasma.
2. Quais os três principais heresiarcas docetas?
Cerinto, Saturnino e Marcião.
3. Qual a gravidade do Docetismo?
A gravidade dessa heresia está em afirmar que JESUS não teve corpo físico real. Então, Ele também não morreu, e se não morreu, também não ressuscitou, se não ressuscitou, logo não há esperança de salvação (1 Co 15.1-3,17,18).
4. O que o apóstolo reitera na introdução do Evangelho de João?
O apóstolo reitera o que afirma na introdução do seu Evangelho: “o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida”.
5. Quem, na antiguidade e atualidade, nega a crucificação do Senhor JESUS?
O heresiarca gnóstico do Egito, Basilides, negava a crucificação de CRISTO, dizia que Simão, o cirineu, transfigurou-se e foi equivocadamente crucificado, e que o populacho o tomou por JESUS. Atualmente, o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos e sua principal fonte de autoridade espiritual, declara que o Senhor JESUS não foi crucificado, que tudo não passou de uma simulação (Alcorão 4.157).