Escrita Lição 13, A Humildade e o Amor Desinteressado, 4Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 13, A Humildade e o Amor Desinteressado
4º Trimestre de 2018 - As Parábolas de JESUS: As Verdades e Princípios Divinos para uma Vida Abundante
Comentarista: Wagner Tadeu Gaby, pastor presidente da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR)
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
AJUDA - Veja http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-fhc-3tr13-jesus-omodeloidealdehumildade.htm
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-l6NZVeE0RCM65k2bEdqSs (Em Vídeo)
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ldc-amoravirtudesuprema.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-1cj-oamoradeuseaoproximo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-salvacao-oamoreaesenciadavidacrista.htm
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TEXTO ÁUREO
“Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Lc 14.11)
 
 
 

VERDADE PRÁTICA
JESUS apresenta, a partir de seu próprio exemplo, o caminho da humildade e do amor altruísta como indispensável aos que querem servi-lo.
 
 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Fp 2.3 Considerar os outros superiores a nós mesmos 
Terça – Rm 12.3 Não ter um conceito elevado de si mesmo 
Quarta – Pv 22.4 O prêmio da humildade são riquezas, honra e vida 
Quinta – Ef 4.1,2 Andar em humildade é uma posição digna da nossa vocação
Sexta – 1 Pe 5.6 Humilhar-se debaixo da potente mão de DEUS
Sábado – Pv 18.12 A humildade vem sempre antes da honra
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 14.7-14
7 – E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes: 8 – Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar, para que não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu, 9 – e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. 10 – Mas, quando fores convidado, vai e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, assenta-te mais para cima. Então, terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. 11 – Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. 12 – E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. 13 – Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos 14 – e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos justos.
 
OBJETIVO GERAL - Expressar o valor da humildade e do amor desinteressado.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Interpretar a parábola dos primeiros lugares e dos convidados;
Sublinhar as grandes lições da parábola e a inversão da lógica humana;
Distinguir a recompensa da humildade e do altruísmo.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORFindamos mais um trimestre e com ele encerramos o ano de 2018. Além do que ainda temos a aprender com esta última lição, recebemos, ao longo deste trimestre, valiosos esclarecimentos para a nossa caminhada cristã. A revista não poderia terminar melhor, pois estamos diante de mais uma lição essencialmente prática. Para além das importantes questões concernentes à vida espiritual, a presente lição é uma aula de etiqueta e de como comportar-se em sociedade e em ambientes específicos onde o exercício do bom senso e da discrição só faz bem. Aproveitemos uma vez mais essa oportunidade de aprendizado para melhorarmos nosso comportamento e forma de relacionar-se. Uma excelente aula e término de trimestre.

PONTO CENTRAL - Humilhar-se e praticar o amor sem esperar nada em troca são posturas cristãs. 
Resumo da Lição 13, A Humildade e o Amor Desinteressado
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS 
1. O dia, a ocasião e o local.
2. A parábola.
3. Os grandes ensinamentos da parábola.
II – AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA LÓGICA HUMANA
1. A primeira grande lição da parábola.
2. A segunda grande lição da parábola.
3. A lógica do Reino é diferente da humana.
III – A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
1. Humildade e altruísmo.
2. Amor, a palavra-chave do altruísmo.
3. A recompensa.
 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A interpretação da parábola dos primeiros lugares e dos convidados ensina-nos grandes verdades prático-espirituais.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Humildade e amor desinteressado são as grandes lições ensinadas nesta parábola que também desafia a lógica humana.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A humildade e o altruísmo não devem ser praticados por causa de reconhecimento, mas sua prática com motivações corretas trará recompensa da parte de DEUS.
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS DIVERSOS
 
A Humildade É Recomendada - Lucas 14. 7-14 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NTO nosso Senhor JESUS nos dá um exemplo de discurso útil e edificante em nossas mesas, quando estamos na companhia dos nossos amigos. Descobrimos que quando Ele está apenas na companhia de seus discípulos, que eram a sua própria família, à mesa, a sua conversa com eles era boa, e servia para a edificação. E não somente isto, mas, quando estava em companhia de estranhos, e até mesmo com inimigos que o observavam, o Senhor aproveitava a ocasião para reprovar neles o que via de errado, e para instruí-los. Embora os ímpios estivessem diante dele, o Senhor não se calava acerca do bem (como fez Davi, Salmos 39.1,2), porque, apesar da provocação, Ele não tinha o coração quente dentro de si, nem o seu espírito estava perturbado. Não podemos permitir qualquer comunicação corrupta em nossas mesas, como também a conversa dos escarnecedores hipócritas em banquetes. Devemos ir além de uma conversa inofensiva e comum, aproveitando a ocasião da bondade de DEUS que nos é oferecida em nossas mesas para falarmos bem dele, e aprendermos a espiritualizar as coisas comuns. Os lábios dos justos devem alimentar a muitos. Nosso Senhor JESUS estava entre pessoas de qualidade. Entretanto, como alguém que não respeitava a aparência das pessoas:I
Ele aproveita a ocasião para reprovar os convidados por lutarem para conseguir os primeiros assentos, e assim nos dá uma lição de humildade.
1. O Senhor observou como estes doutores da lei e fariseus tinham uma predileção pelos primeiros assentos, próximos da cabeceira da mesa, v. 7. Ele havia repreendido este tipo de comportamento (Lc 11.43). Aqui, o Senhor repreende pessoas específicas, porque CRISTO dará a cada um o que lhe pertence. Ele reparou como eles escolhiam os primeiros assentos. Todo homem, ao entrar, chegava-se o mais perto possível dos melhores assentos. Note bem que, mesmo nas ações comuns da vida, o olhar de CRISTO está sobre nós. E Ele observa o que fazemos, não só em nossas reuniões religiosas, mas em nossas mesas. E faz observações sobre isso.
2. Ele observou como aqueles que estavam aspirando as melhores posições, freqüentemente, expunham-se, e saíam com uma crítica. Ao passo que, aqueles que eram modestos, e se assentavam nos últimos assentos, ganhavam freqüentemente respeito por esta atitude. (1) Aqueles que, quando entram, assumem os primeiros lugares, podem talvez ser rebaixados, e forçados a descer para dar lugar a pessoas mais dignas, vv. 8,9. Observe que isto deve nos fazer parar para avaliar a estima elevada que temos de nós mesmos, e pensar em quantos há que são mais dignos do que nós, não só em respeito às dignidades terrenas, mas aos méritos e conquistas pessoais. Em vez de ficarmos orgulhosos de que tantos dêem o lugar a nós, devemos nos manter humildes por haver tantos a quem devamos dar o nosso lugar. O Senhor das bodas colocará em ordem seus convidados, e não tolerará que o mais digno seja mantido fora do lugar que lhe é devido. Portanto, Ele ousará colocar mais para baixo aquele que o usurpou. Dê o lugar a este homem; e isto será uma desgraça diante de toda a companhia para aquele que seria considerado mais digno do que realmente é. Note bem, o orgulho trará vergonha, e por fim trará a queda. (2) É provável que, aqueles que se contentam com os lugares menos elevados, sejam os mais dignos e honrados (v. 10): “Vai e assenta-te no derradeiro lugar, como que tendo a certeza de que o teu amigo, que te convidou, tem convidados a chegar que são de posição e qualidade superiores às suas. Mas, talvez, isto não seja assim, e então será dito a ti. Amigo, assenta-te mais para cima. O Senhor das bodas será, assim, justo para contigo e não te deixará na extremidade inferior da mesa, porque foste modesto ao te assentares ali”. Observe que o caminho para subir bem alto é começar de baixo, e isto recomenda um homem àqueles que estão ao seu redor: “Tu terás honra e respeito diante daqueles que se assentam contigo. Eles verão a ti como um homem honrado, além daquilo que eles a princípio pensavam; e a honra parecerá mais brilhante vindo da obscuridade. Eles igualmente verão a ti como um homem humilde, que é a maior honra de todas. O nosso Salvador aqui faz referência ao conselho de Salomão (Pv 25.6, 7), Não te ponhas no lugar dos grandes; porque é melhor que te digam: Sobe para aqui. Do que seres humilhado. O Dr. Lightfoot cita uma parábola dos rabinos, um pouco semelhante a esta: “Três homens,” ele disse, “foram convidados para um banquete. Um sentou-se no lugar mais alto, dizendo, eu sou um príncipe. Outro se sentou a seu lado dizendo: eu sou um homem sábio. O outro no lugar mais baixo, dizendo, eu sou um homem humilde. O rei colocou o homem humilde assentado no lugar mais alto, e colocou o príncipe no lugar mais baixo.”
3. O Senhor aplicou este exemplo de uma forma geral, e queria que todos nós aprendêssemos a não nos importarmos com as coisas elevadas, mas nos contentarmos com as coisas simples, tanto por outras razões, como por esta, porque o orgulho e a ambição são vergonhosos diante dos homens: “porque qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado”; mas a humildade e a renúncia pessoal são realmente honrosas: “Aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”, v. 11. Vemos em outros exemplos que o orgulho de um homem o abaterá, mas a honra exaltará o humilde de espírito. E antes da honra, está a humildade.
II
Ele aproveita a ocasião para reprovar o senhor da ceia por convidar tantas pessoas ricas, que tinham recursos para jantar muito bem em casa, quando ele deveria, antes, ter convidado os pobres, ou, o que seria bom, ter enviado porções àqueles para quem nada foi preparado, e que não poderiam se dar ao luxo de uma boa refeição. Veja Neemias 8.10. O nosso Salvador aqui nos ensina que o uso do que temos em obras de caridade é melhor, e terá um proveito melhor do que o uso em obras de generosidade e em serviços domésticos grandiosos.
1. “Não ambiciones banquetear os ricos. Não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos ricos”, v. 12. Isto não proíbe que se agrade a estes. Pode haver ocasião para isso, para o cultivo de amizade entre parentes e vizinhos. Mas: (1) “Não faças disso um hábito comum. Gasta nisso o mínimo que puderes, para que não possas incapacitar-te a ti mesmo para gastardes teus recursos de modo muito melhor, dando esmolas. Oferecer um banquete a pessoas ricas é algo muito caro e incômodo. O que se gasta com uma ceia para os ricos pode proporcionar muitas refeições para os pobres”. Salomão disse: O que dá ao rico certamente empobrecerá, Provérbios 22.16. “Dá” (disse Plínio, Epist.) “aos teus amigos. Mas que sejam os teus amigos pobres, e não aqueles que não precisam de ti.” (2) “Não tenhas orgulho disso”. Muitos fazem banquetes apenas para se exibir, como fez Assuero (Et 1.3,4), e não é nenhuma reputação a eles, pensam, se não tiverem pessoas de qualidade para jantar com eles, e assim roubam suas famílias, para satisfazer a sua extravagância. (3) “Não tenhas como meta ser recompensado com a mesma moeda”. Isto é o que nosso Salvador classifica como erro ao se fazerem tais banquetes: “Fazes isto geralmente na esperança de serdes convidado por eles, e, assim, uma recompensa te será dada. Tu serás gratificado com tantas guloseimas e variedades quanto serviste aos teus amigos. E isto alimentará a tua sensualidade e luxúria, e tu realmente não ganharás nada no final.”
2. “Anseie aliviar os pobres (vv. 13,14): Quando fizeres convite, em vez de proveres a ti mesmo com o que é raro e bom, enche a tua mesa com abastança de alimentos simples e saudáveis, que não serão tão caros, e convide os pobres e aleijados, os quais não têm nada com que viver, nem são capazes de trabalhar para sustentarem-se. Estes são objetos de caridade; eles são necessitados; dê a eles, e eles te recompensarão com orações; eles irão louvar as tuas provisões, que os ricos, talvez, desprezem. Eles partirão, e agradecerão a DEUS por ti; quando os ricos forem embora, te criticarão. Não digas que tu és um perdedor, porque eles não podem te recompensar, ou que tiveste prejuízo; não, isto é planejado em benefício do teu melhor interesse, e tem a melhor garantia, porque tu serás recompensado na ressurreição dos justos”. Haverá uma ressurreição dos justos, um estado futuro dos justos. Há um estado de felicidade reservado para estes no outro mundo; e podemos estar certos de que o caridoso será lembrado na ressurreição dos justos, porque as esmolas são obras de justiça. As obras de caridade talvez possam não ser recompensadas neste mundo, porque as coisas deste mundo não são as melhores coisas. Portanto, DEUS não retribui aos melhores homens com estas coisas; mas eles de forma alguma perderão sua recompensa; eles serão recompensados na ressurreição. Será descoberto que as viagens mais longas trazem os retornos mais ricos, e que os caridosos não serão perdedores, mas ganhadores indescritíveis que terão sua recompensa adiada até à ressurreição.
 
 
HUMILDADE
AMA - Tradução dos termos 'ama e shipha denotando uma mulher escrava ou serva. Esse termo era às vezes usado para exprimir humildade e submissão (1 Sm 25.24; 2 Sm 14.12; Lc 1.38).
O marido deve exercer a liderança do lar como é seu dever, com toda a humildade, gentileza e amor, reconhecendo que CRISTO, como seu Cabeça, lhe concedeu autoridade (1 Co 11.3).
Aos convidados e hóspedes era dada água para que lavassem os pés (Gn 18.4; Jz 19.21; Lc 7.44). Havia um criado para desempenhar esta tarefa (1 Sm 25.41); daí o significado do exemplo de humildade de JESUS (Jo 13.1-10; 1 Tm 5.10).
Inclinar a cabeça era sinal de humildade e reverência (Is 58.5).
Quando um rei "cavalgava sobre um jumento", isso significava um ato de humildade(cf. Zc 9.9).
As cinzas simbolizavam profunda humildade, como quando Abraão suplicou por Sodoma (Gn 18.27); ou mesmo humilhação, como quando Jó diz que se tornara "semelhante ao pó e à cinza" (Jó 30.19).
O Senhor JESUS CRISTO é também o nosso padrão de humildade (Fp 2.5-8), de não agirmos para satisfazer a nós mesmos (Rm 15.2,3), de mansidão e bondade (2 Co 10.1) e de liberalidade (2 Co 8.9)"Esconder o rosto" ou "cobrir o rosto" expressava humildade e reverência (Êx 3.6; Is 6.2), e era um sinal de luto (2 Sm 19.4).
 
 
HUMILDADE 
1. O termo aparece apenas uma vez na versão KJV em inglês (Cl 3.12), e nenhuma vez na versão RSV em inglês, porém aparece 11 vezes na versão ARC em português. A palavra gr. tapeinophrosyne é usada outras seis vezes e traduzida na versão KJV em inglês como "humildade" de pensamento (Fp 2.3; Ef 4.2), e como "humildade" (At 20.19; Cl 2.18,23; 1 Pe 5.5). Várias versões o traduzem, de forma geral, como "humildade" (Fp 2.3; At 20.19; 1 Pe 5.5; Ef 4.2; Cl 2.18,23). 
2. Uma característica cristã, resumida em Romanos 12.3: "Porque... digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber". A humildade (gr. tapeinophrosyne, 1 Pe 5.5) é uma atitude mental de inferioridade (Ef 4.2; Fp 2.3), o oposto do orgulho (q.v.). 
É aquela graça específica desenvolvida no cristão pelo ESPÍRITO de DEUS, em que ele sinceramente reconhece que tudo o que tem e é deve-se ao DEUS Trino, que opera de forma dinâmica a seu favor. Ele então se submete voluntariamente à mão de DEUS (Tg 4.6-10; 1 Pe 5.5-7). Assim, a humildade não deve ser equiparada a um piedoso complexo de inferioridade. Ela pode ser fingida pelos falsos mestres (Cl 2.18,23) por meio de atos de auto-humilhação. 
Esta qualidade é louvada no AT (Pv 15.33; 18.12; 22.4). O termo heb. 'anawa (de 'anah, "ser afligido") sugere que a humildade de espírito é freqüentemente o resultado da aflição. A vida de muitos reis de Judá e de Israel foram avaliadas de acordo com esta característica (1 Rs 21.29; 2 Cr 32.26; 33.23; 34.27; 36.12). Humilhar-se é o primeiro passo para o verdadeiro avivamento (2 Cr 7.14; cf. Mq 6.8). O próprio DEUS, que é sublime e grandioso, deleita-se em habitar com aquele que tem um espírito contrito e humilde, a fim de avivá-lo (Is 57.15). 
JESUS CRISTO, como o supremo exemplo de humildade (Mt 11.29), forneceu aos seus discípulos uma demonstração visível de humildade ao lavar-lhes os pés (Jo 13.3-16). Uma importante passagem cristológica no NT (Fp 2.5-11) encontra seu ponto-chave no cultivo desse traço de JESUS CRISTO por parte do crente.
CRISTO "humilhou-se", do termo tapeinoo, vv. 7,8); às atitudes do Senhor JESUS CRISTO, que demonstraram sua humildade de pensamento (tapeinophrosune, v.3) e consideração pelos outros (v.4); e às emoções (amor, compaixão e misericórdia, vv. 1,2).
As atitudes corretas semelhantes às de CRISTO, que os apóstolos exortam cada crente a manter, envolvem: a humildade (Rm 12.3,16; Fp 2.3,5,8), unidade, cooperação e harmonia 
com seus irmãos, pela causa comum do evangelho (Fp 1.27; 2.2; 4.2; Rm 15.5; 2 Co 13.11; 1 Pe 3.8); a disposição de morrer ou sofrer por CRISTO (1 Pe 4.1); a preocupação com os outros (Fp 4.10); e a espiritualidade (Rm 8.5-7; Cl 3.2). Todas essas atitudes são o oposto de uma atitude carnal e auto-indulgente (Fp 3.19; cf Mt 16.23).
Naturalmente os apóstolos enfrentavam dificuldades na área da própria humildade até serem capazes de aceitar a interpretação do ministério do Senhor e se ajustar a ele.
Mas foi uma lição difícil de entender. Pouco antes daquelas sagradas horas finais da Ceia, ainda estavam disputando entre si quem seria o maior (Lc 22.24). Mas vendo o Senhor inclinar-se para lavar os pés de cada um, ouvindo-o falar mansamente sobre seu grande amor por eles, e sua oração para que fossem um nele, e depois de vê-lo submeter-se tranquilamente à prisão por seus algozes, e se dispor a beber do cálice que o Pai lhe havia oferecido - tudo isso lhes causou uma profunda impressão. Juntamente com a tristeza pelas suas numerosas fraquezas, inclusive pela deserção na hora da 
crise, estava seu pesar pela prisão, crucificação e sepultamento do Mestre. Mas desse abismo de penitência e pesar veio o renascimento da alegria e um novo senso de prestação de serviços ao seu Senhor, quando o acompanharam em sua ascensão. A eles restou serem cheios com o ESPÍRITO SANTO a fim de serem preparados para a obra apostólica. JESUS havia sido pai e amigo, mestre e também crítico. Agora que Ele deveria ser reconhecido como o Senhor universal, a fidelidade e a paciência demonstradas pelo Senhor nos dias do treinamento se avolumavam na mente dos discípulos. Que privilégio é servir a alguém como Ele!
Judas (irmão do Senhor) era caracterizado, pela humildade, reivindicando ser apenas o irmão de Tiago e um servo (lit.) de JESUS CRISTO; pela diligência (v. 3), que pode ter sido uma razão pela qual o ESPÍRITO SANTO o escolheu; por um conhecimento da verdade revelada (w. 5-7,11,17), e por ter sido escolhido como vaso da verdade não registrada anteriormente pela pena da inspiração (w. 9,14,15).
Freqüentemente, o rasgar as roupas e vestir-se com sacos representavam pesar e humildade (1 Rs 21.27; Et 4.1; Jr 4.8). Pó ou cinzas eram colocados sobre a cabeça (Js 7.6; Lm 2.10; Ez 27.30). A barba e os cabelos da cabeça eram arrancados (Ed 9.3) ou cortados (Is 15.2; Jr 7.29). Observava-se o jejum (2 Sm 1.12; Ne 1.4; Zc 7.5).
A lavagem dos pés dos discípulos por JESUS (Jo 13.1-17) teve um profundo significado. Sua admoestação a Pedro, "O que eu faço não o sabes agora" mostrou que a intenção do Senhor ia além do costume bem conhecido. Muitos defendem que JESUS estava dando uma lição de humildade por meio de seu exemplo. A humildade era certamente mostrada por aquele que lavava. Contudo, JESUS 
disse que se Ele não realizasse este ato, seria Pedro e não Ele que estaria em falta.
Maria, embora tenha se assombrado quando o anjo lhe anunciou que ficaria grávida antes de conhecer o esposo José, ela aceitou essa assustadora dignidade com humildade (Lc 1.38).
O fariseu e o publicano (Lc 21.28-32). Novamente, JESUS atinge os farisaicos interlocutores que se consideravam justos, através da justiça própria que demonstravam.O publicano foi justificado porque se apresentou com humildade, reconhecendo seus pecados e confiando na divina provisão.
A palavra grega ptochos, ou "pobre", significa estar reduzido à mendicância, humildade e falta de alguma coisa, como na expressão "pobres de espírito" em Mateus 5.3.
Em nenhum sentido JESUS esvaziou-se da sua Divindade, nem deixou de ser DEUS. Paulo mencionou a auto-humilhação de CRISTO aqui para apoiar uma exortação: os crentes deveriam exercitar a humildade uns para com os outros.
Muitas palavras gregas e hebraicas significam o ato de dobrar os joelhos e reverenciar, com humildade diante de um superior.
O sofrimento é usado por DEUS para desenvolver a fé, a humildade, a paciência e outras virtudes. DEUS reservou tarefas eternas para os seus redimidos, mas o crente pode participar delas desde que esteja suficientemente amadurecido em seu caráter através das punições e sofrimentos (Jó 23.10; Tg 1.2-12). Os sofrimentos de cada cristão fazem parte dos sofrimentos de CRISTO (Fp 3.10. Cl 1.24; 1 Pe 4.13), pois cada um deles é parte de seu Corpo, isto é, da Igreja, que foi destinada a muitos sofrimentos. Esse sofrimento não tem o caráter de um sacrifício conciliatório, como se a cruz tivesse sido insuficiente, mas uma natureza purificadora e refinadora (1 Pe 1.7; 4.1; 5.10). Os sofrimentos de CRISTO e dos cristãos não só glorificam a DEUS no presente (1 Pe 1.7), mas também trazem ao Senhor uma glória eterna (1 Pe 1.11; Rm 8.17,18). O sofrimento paciente de uma dor injustamente infligida agrada a DEUS (1 Pe 2.19,20).
Paulo exorta os crentes de Filipos a alcançarem a unidade cristã "tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa" (Fp 2.2). Isso se torna possível quando cada um de nós assume a atitude de humildade que é característica de CRISTO (Fp 2.3-5).
A humildade faz com que consideremos os outros como melhores ou superiores a nós mesmos (Fp 2.3).
 
 
 
 
Os convidados: - falsa POPULARIDADE (Lc 14:7-11)
De acordo com especialistas em gestão de pessoas, quase todo mundo usa uma placa invisível que diz: "Por favor, faça com que eu me sinta importante". Se conseguirmos ler essa placa, nosso sucesso nos relacionamentos estará garantido. Se, porém, dissermos ou fizermos algo que leve os outros a se sentirem insignificantes, o fracasso também é certo. As pessoas reagirão com raiva e ressentimento, pois todos desejam ser notados e querem sentir-se importantes.
As coisas não eram diferentes nos dias de JESUS. Havia certos "símbolos de status" que ajudavam a elevar e proteger a posição social elevada dos indivíduos. Quem fosse convidado para "as casas certas" e chamado para se assentar "nos lugares certos", te-ria sua importância reconhecida. A ênfase recaía sobre a reputação, não sobre o caráter. Era mais importante assentar-se no lugar certo do que viver do jeito certo.
No tempo do Novo Testamento, quanto mais próximo do anfitrião, mais elevada seria a posição social do indivídio e mais atenção (e convites) recebería de outros. Assim, quando as portas de uma casa se abriam em uma ocasião social, uma porção de gente corria para "a cabeceira" da mesa, a fim de obter essa proeminência.
Esse tipo de atitude é sintomático de um conceito equivocado de sucesso. "Procure ser um indivíduo de valor", disse Albert Einstein, "em lugar de se esforçar para ser alguém de sucesso". Salvo algumas exceções, normalmente quem tem valor, mais cedo ou mais tarde, é reconhecido e devidamente honrado. O sucesso resultante da autopromoção é temporário e pode terminar com um convite vergonhoso para que a pessoa se coloque em seu devido lugar (Pv 25:6, 7).
Quando JESUS aconselhou os convidados a procurar os lugares mais humildes, não lhes ensinou um "truque" para garantir a promoção. A falsa humildade que busca posições inferiores apenas como artifício para se dar bem é tão detestável a DEUS quanto o orgulho que procura o lugar mais elevado. DEUS não se impressiona com nosso status na sociedade nem na igreja. Não é influenciado pelo que dizem ou pensam a nosso respeito, pois vê o que há por trás das motivações de nosso coração (1 Sm 16:7). DEUS continua a humilhar os arrogantes e a exaltar os humildes (Tg 4:6).
O filósofo e estadista inglês Francis Bacon comparou a fama a um rio que carrega facilmente "coisas leves e infladas", mas que submerge tudo o que é "pesado e sólido". É interessante folhear edições antigas de enciclopédias e ver quanta "gente famosa" do passado hoje está "esquecida".
A humildade é uma graça fundamental para a vida cristã e, no entanto, também é fugidia; quem descobre que a tem, acabou de perdê-la! Alguém disse bem que humildade não consiste em cultivar pensamentos modestos a nosso respeito, mas simplesmente em deixar de pensar em nós mesmos. JESUS é o maior exemplo de humildade, e devemos pedir que o ESPÍRITO
SANTO nos capacite a ser seus imitadores (Fp 2:1-16).
3. O anfitrião: falsa hospitalidade (Lc 14:12-14)
JESUS sabia que o anfitrião havia convidado os presentes por dois motivos: (1) para retribuir convites anteriores; e (2) para que ficassem em dívida com ele e continuassem a convidá-lo para outros banquetes. Esse tipo de hospitalidade não é uma expressão de amor e graça, mas sim uma demonstração de orgulho e de egoísmo. Estava "comprando" o reconhecimento dos convidados.
JESUS não proíbe convites a familiares e a amigos para visitar nossa casa, mas adverte a não receber somente familiares e amigos. Esse tipo de "comunhão" acaba se degenerando e criando um "grupo de admiração mútua", no qual cada um tenta se sobressair, e ninguém ousa romper o círculo vicioso. Infelizmente, muitas atividades sociais da igreja encaixam-se nessa descrição.
Nossa motivação para compartilhar deve ser o louvor de DEUS, não o aplauso das pessoas; devemos buscar a recompensa eterna no céu, não um reconhecimento temporário aqui na Terra. Um pastor amigo meu costuma lembrar-me: "Não se recebe a recompensa duas vezes!", e ele está certo (ver Mt 6:1-18). No dia do julgamento, muitos que hoje ocupam os primeiros lugares, aos olhos dos homens, ficarão nos últimos lugares, aos olhos de DEUS, e muitos que estão em último lugar, aos olhos dos homens, ocuparão os primeiros lugares, aos olhos de DEUS (Lc 13:30).
No tempo de )esus, não era considerado apropriado convidar pessoas pobres e aleijadas para banquetes públicos. (As mulheres também não podiam participar!) JESUS, porém, ordenou que os necessitados fossem colocados no topo da lista de convidados, pois não têm como retribuir. Se o coração estiver em ordem diante de DEUS, o Senhor providenciará para que a pessoa seja devidamente recompensada. No entanto, obter algo de DEUS não deve, em momento algum, ser a motivação para a generosidade. Quem serve ao semelhante com desprendimento acumula tesouros no céu (Mt 6:20) e se torna "rico para DEUS" (Lc 12:21).
Em nosso mundo moderno competitivo, é fácil o povo de DEUS preocupar-se cada vez mais com lucros e prejuízos e menos com sacrifício e serviço. "O que ganho com isso?" pode facilmente se tornar a pergunta mais importante da vida (Mt 19:27ss). É preciso esforço para manter a atitude de desprendimento que JESUS CRISTO demonstrou e para compartilhar com outros o que temos.
4. Os judeus: falsa segurança (Lc 14:15-24)
Quando JESUS mencionou a "ressurreição dos justos", um dos convidados empolgou-se e exclamou: "Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de DEUS!" O povo judeu imaginava o reino vindouro como um grande banquete, tendo Abraão, Isaque, Jacó e os profetas como convidados de honra (Lc 13:28; ver Is 25:6). Esse convidado anônimo estava certo de que, um dia, estaria presente no "banquete do reino" com eles! JESUS respondeu contando-lhe uma parábola que revelou as tristes conseqüências dessa falsa segurança.
No tempo de JESUS, quando alguém era convidado para jantar, avisava-se o dia, porém não a hora exata da refeição. O anfitrião precisava saber quantos convidados compareceríam, a fim de abater o número certo de animais e de preparar comida suficiente. Pouco antes de o banquete começar, o anfitrião enviava os servos à casa de cada um dos convidados para avisar que estava tudo pronto e que era hora de ir (ver Et 5:8; 6:14). Em outras palavras, cada um dos convidados dessa parábola já havia confirmado sua presença no banquete. O anfitrião esperava que comparecessem.
Porém, em vez de se apressarem para a festa, todos os convidados insultaram o anfitrião recusando-se a comparecer e apresentando desculpas esfarrapadas para sua mudança de planos.
O primeiro convidado desculpou-se dizendo que precisava ver um pedaço de terra que havia comprado. No Oriente, a compra de uma propriedade era, com frequência, um processo longo e complicado, de modo que aquele homem provavelmente teve várias oportunidades de avaliar o terreno que estava comprando. Qualquer um que compra uma propriedade sem nunca tê-la visto está, sem dúvida alguma, correndo um grande risco. Uma vez que a maioria dos banquetes era realizada à noite, o homem teria apenas poucos momentos de claridade, insuficientes até para uma vistoria superficial.
O segundo homem havia comprado dez bois e estava ansioso para experimentá-los. Mais uma vez, quem compraria tantos animais sem sequer avaliá-los antes? Não são muitos os consumidores em nosso mundo moderno que iriam adquirir um carro usado sem fazer um test drive. Além disso, como esse homem pretendia experimentar os bois no final da tarde? Sua declaração "vou experimentá-los!" dá a entender que estava a caminho de seu sítio quando o servo veio dar o último aviso para o jantar.
O terceiro convidado não tinha qualquer desculpa. Uma vez que envolviam preparativos elaborados, os casamentos judaicos não eram um compromisso de última hora, de modo que esse homem sabia há muito tempo que se casaria. Assim sendo, deveria ter recusado logo de início o convite para o banquete. Tendo em vista que apenas os homens eram convidados para tais ocasiões, o anfitrião não esperava mesmo que a esposa desse sujeito comparecesse. Um homem recém-casado recebia uma licença militar (Dt 24:5), mas não era liberado de compromissos sociais.
Claro que todas essas explicações eram apenas desculpas. Creio que foi Billy Sunday quem definiu uma desculpa como "um invólucro de motivos recheado de mentiras". Quem sabe inventar desculpas normalmente não sabe fazer muitas coisas mais. Esses três convidados, na verdade, esperavam receber outro convite, mas no final das contas, isso não aconteceu.
Uma vez que havia preparado um banquete para muitos convidados, o anfitrião não desejava desperdiçar toda aquela comida. Assim, mandou o servo reunir outro grupo e levá-o ao salão de banquetes. Que tipo de gente ficaria nas ruas e becos da cidade ou por caminhos e atalhos? Os párias da sociedade: os vagabundos, os sem-teto, os indesejáveis, o tipo de pessoa que lesus veio salvar (Lc 15:1, 2; 19:10). Talvez houvesse até alguns gentios no meio dessa gente!
O único motivo que poderíam ter para não aceitar o convite era o fato de não estarem preparados para um jantar tão sofisticado. Portanto, o servo convenceu-os a comparecer (ver 2 Co 5:20). Ninguém tinha desculpas. Os pobres não tinham como ir comprar bois; os cegos não tinham condições de examinar uma propriedade; e os miseráveis, coxos e cegos dificilmente se casavam. Seria um grupo de solitários e famintos felizes por "filar uma bóia".
O anfitrião não só chamou outros para tomar o lugar dos convidados como também fechou as portas para que os primeiros convidados não pudessem entrar, caso mudassem de idéia (ver Lc 13:22-30). A verdade é que o anfitrião estava irado. Dificilmente imaginamos DEUS expressando sua ira justa contra os que rejeitam seus convites amáveis, mas versículos como Isaías 55:6 e Provérbios 1:24-33 advertem com severidade a não tratar com descaso os convites de DEUS.
Essa parábola tem uma mensagem especial para os judeus presunçosos, tão certos de que "[comeríam] pão no reino de DEUS". Em poucos anos, o evangelho seria rejeitado pelos líderes religiosos oficiais, e a mensagem de boas-novas seria levada aos samari-tanos (At 8) e aos gentios (At 10; 13ss).
Porém, a mensagem dessa parábola também se aplica a todos os pecadores hoje. DEUS ainda diz: "Vinde, porque tudo já está preparado". Não é mais preciso fazer coisa alguma para ter a alma salva, pois JESUS CRISTO consumou a obra de redenção quando morreu na cruz e ressuscitou. O banquete está na mesa, o convite é gratuito, e somos todos convidados.
Hoje em dia, é cometido o mesmo erro que o dos convidados da parábola: protelar para atender ao convite, contentando-se com menos. Claro que não há nada de errado em ter uma propriedade, em examinar algo que compramos ou em passar tempo com a esposa. Mas se essas coisas boas servem de empecilho para participarmos de coisas melhores, então se tornam coisas ruins. Aos olhos de seus amigos, as pessoas que inventaram desculpas eram bem-sucedidas, mas aos olhos de JESUS CRISTO, eram fracassadas.
A vida cristã não é um funeral, mas sim um banquete, e estamos todos convidados. Cada um deve sair pelo mundo e proclamar a mensagem: "Vinde, porque tudo já está preparado!" DEUS quer ver sua casa cheia, e "ainda há lugar". Ele deseja que vamos para casa (Mc 5:19), que passemos por ruas e becos (Lc 14:21), por caminhos e atalhos (Lc 14:23) e por todo o mundo (Mc 16:15) com o evangelho de JESUS CRISTO.
Foi sobre essa parábola que D. L. Moody escreveu seu último sermão, chamado "Desculpas". Ele o pregou no dia 23 de novembro de 1899, em Kansas City, quando já estava bastante enfermo. "Preciso alcançar almas em Kansas City", disse aos alunos de sua escola em Chicago. “Nunca senti um desejo tão ardente de levar homens e mulheres a CRISTO como agora!"
Com o coração disparado e apoiando-se em um órgão para não cair, Moody pregou o evangelho com grande coragem, e cerca de cinqüenta pessoas entregaram a vida a JESUS naquela ocasião. No dia seguinte, Moody voltou para casa, onde veio a falecer um mês depois. Até o último instante, Moody estava "compelindo as pessoas a entrar".
5. As multidões: falsas expectativas (Lc 14:25-35)
Quando JESUS saiu da casa do fariseu, foi seguido por grandes multidões, mas não se impressionou com seu entusiasmo. Sabia que a maioria não estava nem um pouco interessada em coisas espirituais. Uns queriam apenas ver milagres, outros ficaram sabendo que JESUS alimentava os famintos, alguns esperavam que ele depusesse o governo romano e estabelecesse o reino prometido de Davi. Suas expectativas estavam erradas.
JESUS voltou-se para toda aquela gente e pregou um sermão com o objetivo deliberado de "peneirar" esses seguidores. Deixou claro que, em se tratando de discipulado pessoal, estava mais interessado em qualidade do que em quantidade. Em se tratando de salvar almas perdidas, deseja que sua casa fique cheia (Lc 14:23); mas no que se refere a discipulado pessoal, quer apenas os que estão dispostos a pagar o preço.
"Discípulo" é um aprendiz, alguém que acompanha o mestre a fim de aprender um ofício ou uma disciplina. Talvez o equivalente atual mais próximo seja o "estagiário", que aprende observando e fazendo. O termo discípulo era a designação mais comum para os seguidores de JESUS CRISTO e é usado 257 vezes nos Evangelhos e no Livro de Atos.
JESUS parece fazer uma distinção entre salvação e discipulado. A salvação é oferecida a todos os que desejem aceitá-la pela fé, enquanto o discipulado é reservado a cristãos dispostos a pagar um preço. Salvação significa ir até a cruz e crer em JESUS CRISTO, enquanto discipulado significa tomar a cruz e seguir a JESUS CRISTO. JESUS deseja salvar o maior número possível de pecadores ("para que fique cheia a minha casa"), mas adverte sobre a necessidade de levar o discipulado a sério e, nessas três parábolas, deixa claro que há um preço a ser pago.
Em primeiro lugar, devemos amar a CRISTO acima de todas as coisas, mais até do que a nossos familiares (Lc 14:26, 27). O termo odiar não significa antagonismo verdadeiro, mas sim "amar menos" (ver Gn 20:30, 31; Ml 1:2, 3; Mt 10:37). Nosso amor por CRISTO deve ser tão intenso que, comparadas a ele, todas as outras afeições pareçam ódio. Na verdade, devemos odiar a própria vida e estar dispostos a carregar a cruz e segui-lo.
O que significa "carregar a cruz"? Significa identificar-se diariamente com CRISTO na vergonha, no sofrimento e na entrega à vontade de DEUS. Significa morrer para si mesmo, para os próprios planos e ambições e estar disposto a lhe servir conforme sua direção (Jo 12:23-28). A "cruz" é algo aceito espontaneamente como parte da vontade de DEUS para a vida de cada um. O cristão que afirmou que seus vizinhos barulhentos são a "cruz" que deve carregar com certeza não entendeu o significado de morrer para si mesmo.
JESUS apresenta três parábolas para explicar por que exige tanto de seus seguidores. Fala de um homem construindo uma torre, de um rei lutando numa guerra e do sal que perdeu o sabor. Costuma-se interpretar que o construtor da torre e o rei na guerra são os cristãos. Cada um deve "calcular o preço" antes de começar, a fim de não se propor a fazer algo que não seja capaz de terminar. Mas concordo com Campbell Morgan, que interpreta o construtor e o rei não como os cristãos, mas sim como JESUS CRISTO. Foi lesus quem "calculou o preço", a fim de garantir que tivéssemos o tipo de material adequado para edificar a Igreja e para lutar contra o inimigo. Não é possível fazer isso com seguidores titubeantes, que se recusam a pagar o preço.
Enquanto escrevo este capítulo, vejo nas prateleiras de minha biblioteca centenas de biografias e de autobiografias cristãs, histórias de homens e de mulheres piedosos, que contribuíram grandemente para a edificação da Igreja e para a luta contra o inimigo. Essas pessoas dispuseram-se a pagar o preço e foram abençoadas e usadas por DEUS. Tiveram "sal" em seu caráter.
JESUS já dissera a seus discípulos que deveriam ser o "sal da terra" (Mt 5:13). Quando o pecador aceita JESUS CRISTO como Salvador, ocorre um milagre, e o "barro" é transformado em "sal". O sal era um bem precioso naquele tempo; tanto que parte do soldo dos militares era pago em sal (daí o termo "salário").
O sal é um conservante, e o povo de DEUS contribui para refrear o mal e a corrupção no mundo. O sal também é purificador, agindo como anti-séptico. Pode arder quando toca uma ferida, mas ajuda a combater a infecção. O sal dá sabor aos alimentos e, mais importante ainda, faz as pessoas ficarem com sede. Por meio de nosso caráter e conduta, devemos fazer os outros terem sede de CRISTO e da salvação que somente ele pode dar.
O sal moderno é puro e não perde o sabor, mas no tempo de JESUS, o sal era impuro e podia perder o sabor, especialmente quando entrava em contato com a terra. Uma vez perdida a salinidade, não havia como recuperá-la, e o sal era jogado no meio da rua. Quando um discípulo perde seu caráter cristão, torna-se imprestável e envergonha o nome de CRISTO.
O discipulado é algo extremamente sério. Sem verdadeiros discípulos, JESUS não poderá construir a torre nem lutar na guerra. Como escreveu Oswald Chambers: "Há sempre um se ligado ao discipulado, deixando implícito que não é preciso ser discípulo, a menos que o indivíduo assim deseje. Em momento algum se vê coerção; JESUS não obriga pessoa alguma a segui-lo. Há somente uma forma de ser um discípulo: consagrar-se a JESUS".
Se você disser a JESUS que deseja tomar a cruz e segui-lo como seu discípulo, ele vai querer ter certeza de que você sabe onde pisa. CRISTO não quer falsas expectativas, ilusões nem barganhas. Ele deseja usar as vidas como pedras para edificar sua Igreja, como soldados para combater seus inimigos e como sal para melhorar o mundo: e está em busca de qualidade.
Afinal, quando proferiu essas palavras, JESUS estava a caminho de Jerusalém, e veja o que aconteceu com ele quando chegou lá! Não quer que façamos por ele coisa alguma que ele mesmo já não tenha feito por nós.
Para alguns, JESUS diz: "Não podeis ser meus discípulos". Tais pessoas não estão dispostas a deixar tudo por ele, a suportar vergonha e opróbrio por amor a ele e a se deixar controlar pelo amor dele. Pior para elas. Você está disposto a ser discípulo de JESUS?
 
 
SUBSÍDIOS DA REVISTA DA CPAD
SUBSÍDIO EXEGÉTICO

“A parábola é, na verdade, uma repreensão de muitos à mesa de jantar. Na maioria das culturas, há lugares de muita e de poucas honras numa refeição (Bratcher, 1982, p.244). Pessoas de posição social mais alta têm lugares mais próximos do anfitrião. Para ensiná-los a ordem das coisas de DEUS, JESUS começa exortando-os a que, se são convidados a um casamento, tomem os lugares mais baixos. Uma pessoa de mais destaque que eles pode ter sido convidada. Se um convidado chegar antes dessa pessoa e tomar o assento mais próximo do anfitrião, ele corre o risco de ser humilhado. O anfitrião pedirá àquele que está num lugar de honra a sair. O convidado presunçoso talvez descubra que a maioria dos lugares está ocupado, o que o forçará a ocupar um lugar menos desejável. Sua autopromoção o levou à vergonha e humilhação.
“JESUS não recomenda a prática da falsa humildade, mas o convidado que, de começo, toma o lugar mais humilde não se arrisca a passar vexame. De fato, quando o anfitrião o vir sentado em lugar humilde, ele o convidará a se sentar mais para cima. Isto lhe dá honra aos olhos de todos os convidados no casamento.
“JESUS se dirigiu aos convidados. Agora Ele se volta para o anfitrião. O que Ele lhe diz também se aplica aos líderes religiosos. Os fariseus excluíam os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos da plena participação da vida religiosa. Para contornar esta prática, JESUS indica que a hospitalidade deve ser estendida a todos e adverte contra incluir somente os amigos, os parentes, os ricos e os famosos.
“A tentação é entreter só o nosso grupo. Quando um anfitrião convida outros para jantar em sua casa, ele deve incluir aqueles que não lhe podem devolver o favor. Se ele sente que os convidados vão retribuir-lhe o convite, o que ele deu? Nada! É apenas comércio, sem ter generosidade. Sua hospitalidade é motivada por desejo de recompensa. Mas a verdadeira hospitalidade e generosidade ocorrem quando não há possibilidade de retribuição. Aqueles que querem agradar a DEUS devem alcançar os pobres e os que sofrem de incapacidade física ou mental. JESUS não proíbe que convidemos os que podem nos retribuir o convite, mas proíbe que esqueçamos os que não estão em posição de retribuir. A generosidade e a bondade não devem ser usadas para ganhar poder sobre os outros e a colocá-los em dívida para conosco. A verdadeira hospitalidade, instigada por amor genuíno, não tem restrições” (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.415,416).
 
SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL
“Na época de JESUS, o costume judaico em um jantar era dispor os assentos em forma de U com uma mesa baixa diante deles. Os convidados se apoiariam no cotovelo esquerdo, e estariam sentados de acordo com a sua posição social, sendo o lugar de honra o assento no centro do U. Quanto mais distante do lugar de honra, menor o status. Se alguém se colocasse no primeiro lugar e então chegasse outro convidado mais digno, lhe pediriam que passasse para um lugar inferior. Mas a esta altura o único lugar vago seria o derradeiro, no final da mesa” (Comentário do Novo Testamento. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.417-18).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Partir o pão com os necessitados e os inválidos nunca passará sem ser percebido pelo Pai divino. Embora eles não possam nos oferecer recompensa, DEUS pode e recompensa. O que os pobres e os que sofrem de incapacidade física ou mental não podem fazer por nós, Ele fará ‘na ressurreição dos justos’. Quer dizer, no dia em que os justos ressuscitarem, DEUS dará uma recompensa esplêndida àqueles que foram generosos com os necessitados e os fracos. Tais indivíduos mostram por seu serviço amoroso que aprenderam a viver a vida do Reino na terra, e eles serão recompensados com justiça no tempo do fim” (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.416).

PARA REFLETIR - A respeito de “A Humildade e o Amor Desinteressado”, responda:
Cite os três pontos importantes para se entender essa parábola.
O dia, a ocasião e o local onde essa parábola foi contada são três pontos importantes para se entender sua importância.
Quais eram os dois objetivos do Senhor ao contar essa parábola?
Primeiro, Ele procurava ensinar aos convidados e, ao mesmo tempo, os seus discípulos e a todos os que o aceitam, acerca de não se buscar lugares de honra, pois no Reino de DEUS servir é mais importante do que ocupar uma posição. Segundo, ao curar o hidrópico, JESUS instruía ao anfitrião, e a todos nós, que não devemos ser seletivos quanto aos convidados para uma ocasião especial, pois assim como DEUS aceita a todos, devemos ser prestativos e servir a todos, pois se atendermos pessoas abastadas, elas vão querer nos retribuir, e isso será a nossa recompensa.
Segundo a parábola, a quem devemos convidar quando formos realizar algum evento?
CRISTO ensina nesta parábola que se formos dar um jantar devemos convidar e acolher os menos favorecidos.
Quais são as características indispensáveis ao verdadeiro cristão e que são ensinadas nesta parábola? 
Nesta parábola CRISTO nos ensina o cultivo da humildade e do desprendimento também conhecido como amor desinteressado ou altruísmo, como características indispensáveis ao verdadeiro cristão.
Diante do que aprendemos hoje, você acredita que tem sido humilde e altruísta?
Resposta pessoal.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p42.
 
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Todas as parábolas da Bíblia - HERBERT LOCKYER - Editora Vida, rua Júlio de Castilhos, 280, São Paulo, SP
 
 

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