Escrita Lição 13, Betel, As bênçãos incomparáveis de viver os planos de DEUS, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 13, Betel, As bênçãos incomparáveis de viver os planos de DEUS, Pr. Henrique, EBD NA TV

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TEXTO ÁUREO

“Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” Gênesis 50.20a

  

VERDADE APLICADA

Um relacionamento com o Senhor conforme as Escrituras faz a diferença na vivência de todas as situações da vida.

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- DEUS REVELA O QUE ESTÁ PARA FAZER

1.1. Os sonhos de Faraó. 

1.2. José: posto sobre toda a terra do Egito. 

1.3. O propósito providencial de Deus. 

2- VIVENDO SEGUNDO OS PLANOS DE DEUS

2.1. A preservação do povo da aliança.

2.2. Exaltado por um propósito. 

2.3. O príncipe abençoando o rei. 

3- QUANDO UMA PESSOA SE SUBMETE AOS PLANOS DE DEUS

3.1. Abençoando o menor. 

3.2. Jacó abençoa seus netos: Deus está atento a cada um.

3.3. Um homem separado e preservado para ser canal de bênção. 

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - GÊNESIS 48

11 E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também.
12 Então José os tirou de seus joelhos e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, fê-los chegar a ele.
14 Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos avisadamente, ainda que Manassés era o primogênito.

 

 

 

SUBSÍDIOS DIVERSOS

 

επαγγελια epaggelia - Promessa
1) proclamação, anúncio
2) promessa
2a) o ato de prometer, uma promessa dada ou para ser dada
2b) bem ou bênção prometida

 

Embora se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico da palavra “promessa” nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão que, em uma crescente clareza de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (Jl 2.28ssJ, a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.17; 66.22).

Paulo demonstra que a “promessa de Deus” tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa, livre do legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16-18; cf. Hb 11.40).

O termo técnico epangelia, portanto, designa o bondoso compromisso cie Deus, expresso especialmente a Abraão, de realizar de forma completa sua obra de redenção através do Messias, em quem “todas quantas promessas hão de Deus são nele sim; e por ele o Amém" (2 Co 1.20).

Bibliografia. Otto Miehel, "Homologeo etc.”, TDNT, V. 199-220. Paul S. Minear, “Promise”, IDB, III, 893-896, J. Schniewind e J. Friedrich, “Èpaggelo etc.”, TDNT, II, 576- 586. Wilbur M Smith, "Promise”, BDT, pp. 422ss. M.A. K.

 

As promessas feitas a Abraão, personificadas no pacto de Abraão, aparecem primeiramente em Gênesis 12.1-3, seguidas por três importantes confirmações e aplicações (Gn 13.14-17; 15.1-7; 17.1-19). As promessas a Abraão, a princípio, diziam respeito somente a ele (q.v.). A ele foi prometida uma grande bênção pessoal, seu nome seria grande e ele mesmo seria uma fonte de bênçãos para os demais.

Em segundo lugar, as promessas de Abraão estavam relacionadas com seus descendentes. Ele seria o pai de uma grande nação (Gn 12.2) com uma numerosa posteridade, que poderia ser comparada ao pó da terra e às estrelas do céu (Gn 13.16; 15.5). Sua descendência incluiria pessoas famosas, inclusive reis, e mais do ,que apenas uma grande nação (Gn 17.6). É bastante significativo lembrar que todas essas promessas já foram literalmente cumpridas.

Em terceiro lugar, a promessa do título da terra à qual Deus havia dirigido Abraão, foi assegurada à sua posteridade como posse “perpétua” (Gn 17.7,8). Os extensos limites de suas propriedades são fornecidos com minuciosos detalhes (Gn 15.18-21) e confirmados através de um pacto solene selado com sangue (Gn 15.8-17). As implicações de que a nação existiria para sempre, de acordo com o título da terra, foram posteriormente confirmadas em Jeremias (Jr 31.35-37). Foram acrescentadas, a essas extensas promessas, previsões detalhadas tais como a peregrinação no Egito (Gn 15.13,14) e a ênfase no fato e que somente uma parte da semente de Abraão herdaria todas as promessas.

E, em quarto lugar, através de Abraão "todas as famílias da terra” seriam abençoadas. Essa promessa foi além da descendência física de Abraão e diz respeito a todas as nações. Ela cumpriu-se na vinda de Jesus Cristo e em sua provisão para os pecados do mundo todo. Também através da posteridade de Abraão foram escritas as Escrituras nas quais Deus fala a toda a humanidade. O antagonismo entre os gentios e Israel foi antecipado em Gênesis 12.3 pela afirmação de que Deus abençoaria àqueles que abençoassem a semente de Abraão e amaldiçoaria àqueles que a amaldiçoassem. Os estudiosos têm discordado quanto ao fato das promessas de Abraão deverem ser consideradas literalmente ou não. A interpretação não literal considera a semente de Abraão como a comunidade divina ou como o corpo de crentes através de todas as eras, e a promessa da terra é espiritualizada para representar a promessa do céu.

Abraão, entretanto, considerou como literal a promessa feita à sua semente e isso foi confirmado pela recusa de Deus de reconhecer o servo de Abraão, Ismael, (Gn 15.2- 4; 17.15-22). A promessa específica à semente de Abraão foi, primeiramente, limitada a Isaque, mais tarde a Jacó e, através de Jacó, dirigida aos doze patriarcas, filhos de Jacó. A promessa da terra também foi interpretada literalmente ao longo do AT. A promessa da terra foi não só confirmada a Isaque (Gn 26.1-5) e depois a Jacó (Gn 28.13-15), mas também foi feita a Moisés (Dt 30.1-5) e Josué (Josué 1.3,4). O povo de Israel foi assegurado de que, embora dispersos, eles iriam ao final recuperar sua terra para nunca mais se dispersar novamente (Amós 9.14,15).

O NT parece justificar o conceito de que existe um sentido pelo qual todos os crentes são filhos de Abraão. Os versos 6-9 em Gálatas 3 afirmam que “os que são da fé são filhos de Abraão”. Entretanto, de acordo com Gálatas 3.8, o aspecto particular das referidas promessas a Abraão não está relacionado com Israel, mas com aquele aspecto do pacto que, originalmente, pertencia aos gentios, a saber, “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. O fato de o NT usar a expressão “filhos de Abraão”, para incluir aqueles que não são descendentes físicos de Abraão, mas que como ele creram em Deus (Gl 3.9), não cancela as promessas feitas a Israel como nação, nem a promessa de que lhes seria concedida uma terra.

As promessas feitas a Abraão incluíam a restauração da terra de Israel, como fora prometido em Gênesis 15.18-21, e numerosas outras profecias do AT (Is 11.11,12; 12.1-3; 27.12,13; 43.1-7; 48.8-17; 66.20-22; Jr 16.14- 16; 23.3-8; 30.10,11; 31.8,31-37; Ez 11.17-21; 20.33-38; 34.11-16; 39.25-29; Os 1.10,11; Am 9.11-15; Mq 4.4-7; Sf 3.14-20). Portanto, as promessas feitas a Abraão representam declarações fundamentais dos propósitos de Deus, começando nos dias de Abraão e encontrando seu cumprimento ao longo da história da humanidade. Dicionário Bíblico Wycliffe

 

 

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Gênesis 48

48.5 OS TEUS DOIS FILHOS... SÃO MEUS. Jacó considerou os dois filhos de José como se fossem dele mesmo, e assim garantiu a José uma porção dupla de herança. Efraim e Manassés, portanto, iam ter os mesmos direitos e posição dos demais filhos de Jacó, tais como Rúben e Simeão. Os descendentes de Efraim e de Manassés, respectivamente, formaram duas tribos distintas.

48.15 O DEUS QUE ME SUSTENTOU, DESDE QUE EU NASCI. Jacó deixou aos seus filhos um exemplo de fé perseverante em Deus e um testemunho de que Deus o sustentou (lit., em hb. pastoreou) durante toda sua vida, livrando-o de todo mal. O livro aos Hebreus aponta o ato de Jacó, ao abençoar Efraim e Manassés, como uma evidência suprema da sua fé resoluta em Deus (Hb 11.21). A coisa mais grandiosa que um pai pode legar aos seus filhos é sua fé em Deus e a sua dedicação a Ele e aos seus caminhos. Não há herança maior do que essa.

48.19 O SEU IRMÃO MENOR SERÁ MAIOR QUE ELE. Note-se que em diversas ocasiões na história do AT, Deus escolheu o filho mais novo em vez do mais velho. Escolheu Isaque em vez de Ismael (Gn 21.12), Jacó em vez de Esaú (Gn 25.23), José em vez de Rúben (vv. 21,22; Gn 49.3,4), Efraim em vez de Manassés (vv. 14-20), Gideão em vez dos irmãos dele (Jz 6.11-16) e Davi em vez dos irmãos dele (1 Sm 16). Isso evidencia o fato de que ter primazia entre os seres humanos não significa ter primazia com Deus. Deus escolhe as pessoas à base da sinceridade, pureza e amor, e não da sua posição na família (ver Mt 19.30; 20.26; 1 Co 1.27,28; Tg 2.5).

Bíblia de Estudo Pentecostal BEP

 

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A Última Enfermidade de Jacó - Gênesis 48. 1-7

Aqui:

I

 José, ao ser informado da doença de seu pai, vai vê-lo. Embora ele fosse um homem de honra e ocupado, ainda assim não iria deixar de mostrar este devido respeito pelo seu idoso pai, v. 1. É nosso dever visitar os doentes, com os quais temos obrigações, ou aos quais podemos ter a oportunidade de fazer o bem, seja para o corpo ou para a alma. O leito da enfermidade é um lugar apropriado, tanto para dar consolo e conselhos a outros, como também para se receber instruções. José levou consigo seus dois filhos, para que pudessem receber uma bênção de seu avô moribundo, e para que aquilo que pudessem ver nele, e ouvir dele, pudesse provocar uma impressão permanente na vida deles. Observe: 1. É bom familiarizar os jovens que estão chegando ao mundo com os idosos servos de Deus, que estão saindo dele, e cujo último testemunho à bondade de Deus, e à abundância dos caminhos da sabedoria, pode ser um grande encorajamento para a geração futura. Manassés e Efraim (eu me atrevo a dizer) nunca se esqueceriam do que aconteceu nesta ocasião. 2. Os pais piedosos desejam uma bênção, não somente para si mesmos, mas para seus filhos. “Oh, para que possam viver diante de Deus!” José tinha sido bom para seu pai, mais do que todos os seus irmãos, e por isto tinha razões para esperar um favor especial dele.

II

 Jacó, com a notícia da visita de seu filho, preparou-se tão bem quanto pôde para recebê-lo, v. 2. Ele fez o que pôde para reavivar o seu espírito, e para despertar o dom que nele havia. Do pouco de força física que lhe havia sobrado, ele extraiu o máximo, e se sentou na cama. Observe que é muito bom que as pessoas idosas e doentes sejam tão vivazes e alegres quanto puderem, para que não desfaleçam no dia da adversidade. Fortalece-te, como Jacó aqui, e Deus irá fortalecer-te. Encoraja-te e ajuda-te, e Deus irá ajudar-te e incentivar-te. Que o espírito te sustente em meio à enfermidade.

III

 Em recompensa a José, por todas as suas atenções a ele, Jacó adotou seus dois filhos. Nesta carta de adoção, temos: 1. Uma exposição particular da promessa de Deus a ele, à qual foi feita uma importante referência: Deus me abençoou (v. 3), e que esta bênção seja transmitida a eles. Deus lhe tinha prometido duas coisas: uma prole numerosa, e Canaã, como herança (v. 4). E os filhos de José, de acordo com isto, deveriam, cada um deles, se multiplicar em uma tribo, e cada um deles teria uma parte distinta de Canaã, igual à dos filhos do próprio Jacó. Veja como ele os abençoou, pela fé naquilo que Deus lhe tinha dito, Hebreus 11.21. Observe que em todas as nossas orações, tanto por nós mesmos quanto pelos nossos filhos, nós devemos ter em vista, e em nossa lembrança, as promessas que o Deus precioso nos fez. 2. Uma acolhida expressa dos filhos de José na sua família: “Os teus dois filhos... são meus” (v. 5), não somente como meus netos, mas como meus próprios filhos. Embora nascidos no Egito, e o seu pai estivesse, então, separado de seus irmãos, o que poderia parecer tê-los arrancado da herança do Senhor, ainda assim Jacó os recebe, e os reconhece como membros visíveis da igreja. Ele explica isto no versículo 16: “Seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais”. Como se ele tivesse dito: “Que não sucedam a seu pai, no seu poder e grandeza, aqui no Egito, mas que sucedam a mim, na herança daquela promessa feita a Abraão”, que Jacó considerava muito mais valiosa e honrosa, e desejava que eles valorizassem e ambicionassem adequadamente. Assim, este idoso e moribundo patriarca ensina estes jovens, agora que já eram adultos (tendo aproximadamente vinte e um anos de idade), a não considerarem o Egito como o seu lar, e a não se associarem aos egípcios, mas a aceitarem a sua sorte com o povo de Deus. Esta foi a atitude de Moisés, posteriormente, que viveu uma tentação semelhante, Hebreus 11.24-26. E, para incentivá-los, porque seria uma renúncia para eles, que tinham tal preferência no Egito, unir-se aos desprezados hebreus, Jacó constitui, a cada um deles, como chefe de uma tribo. Observe que são merecedores de dupla graça aqueles que, pela graça de Deus, superam as tentações da riqueza terrena e da promoção terrena, para aceitar a religião, mesmo que esta venha em desprezo e pobreza. Jacó desejava que Efraim e Manassés cressem que é melhor ser humilde e estar na igreja, do que ser nobre e estar fora dela, é melhor ser chamado pelo nome do pobre Jacó do que pelo nome do rico José. 3. Uma condição inserida a respeito dos filhos que ele pudesse ter, posteriormente. Eles não seriam considerados chefes de tribos, como seriam Efraim e Manassés, mas se envolveriam com um ou outro de seus irmãos, v. 6. Não parece que José teria outros filhos. No entanto, era prudente que Jacó desse esta orientação, para evitar disputas e má administração. Observe que ao fazer arranjos, é bom pedir conselhos, e prover para tudo o que possa acontecer, embora não possamos prever o que irá acontecer. A nossa prudência deve servir à providência de Deus. 4. É feita menção à morte e ao sepultamento de Raquel, a mãe de José, e a esposa mais amada de Jacó (v. 7), com a lembrança daquela história, Gn 35.19. Observe que: (1) Quando estivermos prestes a morrer, é bom que nos lembremos da morte de nossos parentes e amigos queridos, que morreram antes de nós, para que a morte e a sepultura se tornem mais familiares a nós. Veja Números 27.13. Aqueles que foram para nós, como as nossas próprias almas, estão mortos e enterrados. E nós julgaremos que é demais, segui-los no mesmo caminho? (2) A separação dos parentes queridos é uma aflição, cuja recordação não pode deixar de permanecer em nós por muito tempo. A lembrança dos fortes afetos que desfrutamos juntos, causam longos sofrimentos quando os perdemos.

 

Jacó Abençoa os Filhos de José. A Profecia de Jacó à beira da Morte

Gênesis 48. 8-22

Aqui temos:

I

 A bênção com a qual Jacó abençoou os dois filhos de José, que é ainda mais notável porque o apóstolo faz menção particular a ela (Hb 11.21), ao passo que ele nada diz a respeito da bênção que Jacó proferiu sobre os seus demais filhos, embora também fosse feita em fé. Observe aqui:

1. Jacó estava cego pela idade, v. 10. Esta é uma das doenças comuns da velhice: “Se escurecerem os que olham pelas janelas”, Eclesiastes 12.3. É tolice andar na visão dos nossos olhos, e permitir que nossos corações os acompanhem, quando nós sabemos que a morte em breve os fechará, e não sabemos que incidente entre nós e a morte, pode vir a escurecê-los. Jacó, como seu pai antes dele, quando estava velho, enxergava mal. Observe que: (1) Aqueles que têm a honra da velhice devem contentar-se em carregar o peso dela. (2) Os olhos da fé podem ser muito claros, mesmo quando os olhos do corpo estão muito enevoados.

2. Jacó tinha muito carinho pelos filhos de José: Ele “beijou-os e abraçou-os”, v. 10. É comum que as pessoas de idade tenham um afeto especial por seus netos, talvez maior do que tiveram por seus próprios filhos, quando eram pequenos, fato para o qual Salomão fornece uma razão (Pv 17.6): “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos”. Com que satisfação Jacó diz aqui (v. 11): “Eu não cuidara ver o teu rosto (tendo, por muitos anos, considerado que José tivesse perecido). E eis que Deus me fez ver a tua semente também”. Veja aqui: (1) Como estes dois bons homens reconhecem a Deus em seus consolos. José diz (v. 9): “Eles são meus filhos, que Deus me tem dado – e, para engrandecer a graça, acrescenta – aqui”, neste lugar do meu exílio, da minha servidão e da minha prisão. Aqui Jacó diz, Deus me fez ver a tua semente. Nossos consolos são duplamente doces para nós, quando os vemos como vindos das mãos de Deus. (2) Com que frequência Deus, nas Suas misericordiosas providências, supera as nossas expectativas, desta maneira engrandecendo enormemente as Suas graças. Ele não somente impede os nossos temores, mas supera as nossas expectativas. Podemos aplicar isto à promessa que é feita a nós, e aos nossos filhos. Não poderíamos ter pensado que deveríamos, nós mesmos, ter sido levados ao concerto com Deus, considerando quão culpados e corruptos somos. E ainda assim, eis que Deus nos mostrou a nossa semente também em uma aliança com Ele.

3. Antes de transmitir a sua bênção, Jacó conta as suas experiências da bondade de Deus para com ele. Ele tinha falado (v. 3) da aparição de Deus a ele. Estas visitas particulares da graça divina, e a comunhão especial que às vezes tivemos com Deus, nunca devem ser esquecidas. Mas (vv. 15,16), ele menciona o cuidado constante que a divina Providência teve com ele, todos os seus dias. (1) O precioso Deus o sustentou, durante toda a sua longa vida, até este dia, v. 15. Observe que enquanto vivermos neste mundo, teremos a contínua experiência da bondade de Deus para conosco, fornecendo o sustento para a nossa vida natural. Nossos corpos pedem o alimento cotidiano, e não nos é dado pouco. Nunca nos falta o alimento de que precisamos. Aquele que nos alimenta durante toda a nossa vida, certamente não nos abandonará no final. (2) O Senhor, por intermédio do seu Anjo, o havia redimido de todo o mal, v. 16. Ele tinha conhecido uma grande quantidade de dificuldades em seus dias, mas Deus graciosamente o tinha livrado do mal dos seus problemas. Agora que estava morrendo, ele se considerava redimido de todo o mal, e dava um último adeus ao pecado e à tristeza. Cristo, o Anjo do concerto, é aquele que nos livra de todo o mal, 2 Timóteo 4.18. Observe que: [1] Convém aos servos de Deus, quando estiverem velhos e próximos da morte, testemunhar a favor do Senhor nosso Deus, mostrando que o consideram gracioso. [2] As nossas experiências relativas à bondade de Deus por nós são aprimoráveis, tanto para o incentivo de outros, para que sirvam a Deus, quanto para o nosso encorajamento. Assim devemos abençoá-los e orar por eles.

4. Quando ele concede a bênção e o nome de Abraão e Isaque aos filhos de José, ele lhes recomenda o padrão e o exemplo de Abraão e Isaque, v. 15. Ele chama o Senhor Deus de “Deus em cuja presença andaram os seus pais Abraão e Isaque”, isto é, o Deus em quem eles creram, a quem eles observaram e obedeceram, e com quem mantiveram comunhão em ordenanças instituídas, segundo a condição do concerto. “Anda em minha presença”, Gn 17.1. Observe: (1) Aqueles que desejam herdar a bênção de seus santos ancestrais, e ter o benefício do concerto de Deus com eles, devem trilhar os passos da sua piedade. (2) O fato de Deus ser o Deus dos nossos pais deve nos recomendar a religião e o serviço a Deus. Além disso, os nossos pais se sentiam satisfeitos por andar na preciosa presença do Senhor.

5. Ao abençoá-los, Jacó cruza as mãos. José os posicionou de modo que a mão direita de Jacó fosse colocada sobre a cabeça de Manassés, o mais velho, vv. 12,13. Mas Jacó desejou colocá-la sobre a cabeça de Efraim, o mais jovem, v. 14. Isto desagradou a José, que desejava manter a reputação do seu primogênito, e por tanto tentou remover as mãos de seu pai, vv. 17,18. Mas Jacó lhe deu a entender que sabia o que estava fazendo, e que não o fazia por engano, nem por capricho, nem por um afeto parcial a um, mais que a outro, mas pelo Espírito de profecia, de acordo com os conselhos divinos. Manassés seria grande, mas, na verdade, Efraim seria ainda maior. Quando as tribos foram contadas no deserto, a de Efraim era mais numerosa que a de Manassés, e recebeu o estandarte daquele esquadrão (Nm 1.32,33,35; 2.18,20), e é mencionado em primeiro lugar, Salmos 80.2. Josué pertenceu àquela tribo, e também Jeroboão. A tribo de Manassés foi dividida, uma parte de um lado do rio Jordão, e a outra parte do outro lado, o que a fez menos poderosa e considerável. Prevendo isto, Jacó cruzou suas mãos. Observe que: (1) Deus, ao conceder as suas bênçãos ao seu povo, dá mais a uns que a outros, mais dons, graças e consolos, e mais das boas coisas desta vida. (2) Ele frequentemente dá mais àqueles que têm menos probabilidades. Ele escolhe as coisas fracas do mundo. Levanta os pobres do pó. A graça não observa a ordem da natureza, nem Deus prefere aqueles que nós julgamos mais adequados para serem preferidos, mas Ele faz como lhe compraz. Devemos observar a frequência com que Deus, pelos favores distintos do seu concerto, promoveu o mais jovem acima do mais velho, Abel acima de Caim. Sem acima de Jafé. Abraão acima de Naor e Harã. Isaque acima de Ismael. Jacó acima de Esaú. Judá e José tiveram preferência acima de Rúben, Moisés acima de Arão, Davi e Salomão acima de seus irmãos mais velhos. Veja 1 Samuel 16.7. Ele obrigou os judeus a observarem o direito da primogenitura (Dt 21.17), mas Ele nunca se obrigou a observá-lo. Alguns entendem que isto é típico da preferência dada aos gentios, acima dos judeus. Os convertidos gentios foram muito mais numerosos que os dos judeus. Veja Gálatas 4.27. Assim, a graça livre torna-se mais admirável.

II

 Os sinais particulares do seu favor a José. 1. Ele o deixou com a promessa da sua saída do Egito, como algo sagrado que lhe era confiado: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco e vos fará tornar”, v. 21. Da mesma maneira, José, ao morrer, deixou a mesma palavra com seus irmãos, Gn 50.24. Esta certeza lhe foi dada, e cuidadosamente preservada entre eles, para que não amassem demais o Egito quando ele os favorecia, nem o temessem demais quando ele os censurasse. Estas palavras de Jacó nos fornecem consolo com referência à morte de nossos amigos: Eles morrem. Mas Deus será conosco, e a sua graciosa presença é suficiente para compensar a perda: eles nos deixam, mas Ele nunca nos deixará. Além disto, Ele nos trará à terra dos nossos pais, a Canaã celestial, para onde os nossos santos pais foram antes de nós. Se Deus estiver conosco enquanto permanecermos neste mundo, e nos receber, em breve, para estarmos com aqueles que foram antes de nós a um mundo melhor, não devemos lamentar como aqueles que não têm esperança. 2. Ele lhe deu um pedaço de terra maior do que o dos seus irmãos, v. 22. As terras legadas são descritas como sendo as que ele tirou da mão dos amorreus com sua espada, e com seu arco. Ele as comprou primeiro (Js 24.32), e, aparentemente, viu-se destituído delas pelos amorreus, mas as retomou pela espada, repelindo a força pela força, e recuperando o seu direito pela violência, quando não poderia recuperá-lo de outra maneira. Estas terras ele concedeu a José: esta concessão é mencionada em João 4.5. Em consequência, esta parte de terra foi dada à tribo de Efraim como seu direito, e nunca se lançaram sortes sobre ela. E nela foram enterrados os ossos de José, o que talvez José desejasse mais do que qualquer outra coisa. Observe que, pode, às vezes, ser tanto justo como prudente, dar a alguns filhos uma herança maior que a dos outros. Mas uma sepultura é aquilo que mais podemos considerar como algo nosso, nesta terra.

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

 

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No livro do profeta Jeremias vemos uma das promessas mais lindas da Bíblia: a de

que Deus tem bons planos para nossas vidas. Vejo que o senhor disse sou eu que

conheço os planos que tenho para vocês diz o senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano; planos de dar-lhes esperança e um futuro. Os planos de Deus para nós são incomparáveis e não há nada mais gratificante e maravilhoso do que fazer parte deles, porém não é fácil esperar enquanto os planos do Senhor não se

cumpra em nossa vida; na verdade nós ficamos ansiosos, desanimados e muitas vezes até achamos que Deus se esqueceu da promessa que ele nos fez. Por isso para viver tudo aquilo que o senhor sonhou para nós precisamos de duas coisas essenciais: fé e a obediência. Em primeiro lugar temos que crer que se o sonho é de Deus ele é fiel e Poderoso para realizá-lo. O que ouvir a voz do senhor e obedecer à

sua palavra independente do tempo.

Aqui quatro coisas que devemos fazer enquanto esperamos os planos de Deus se

cumprirem em nossas vidas:

A primeira atitude que você deve tomar é espera em Deus com paciência. Você não pode querer apressar o cumprimento dos planos de Deus na sua vida pois ele já determinou um tempo certo para que ele se realize. Por exemplo, o senhor prometeu a Moisés tirar o povo hebreu do deserto e levá-lo a terra prometida, mas demora 40 anos para se concretizar.

Da mesma forma José teve que esperar 13 anos para sair da condição de escravo e

presidiário para assumir o cargo de governador do Egito e ele passou por momentos muito difíceis durante esse tempo de espera, momentos de luta e de humilhação, de sentimento de abandono, mas ele se fortaleceu no Senhor e perseverou até o fim além deles. Davi, Abraão e até Jesus tiveram que esperar a hora certa para que o poder de DEUS começasse a se manifestar em sua vida. O mesmo se aplica a cada um de nós. O senhor já planejou seu futuro e ele irá realizar cada um dos seus planos, mas isso só acontecerá no tempo dele e não há nada que possamos fazer para adiantar isso. A melhor coisa a se fazer é ter paciência e dizer: tudo bem senhor, está

sendo difícil esperar pelas suas promessas porque a minha luta tem sido grande e eu não tenho mais forças e eu vou fazer exatamente o que o senhor manda e eu vou me manter firme nos seus propósitos. Se cada um de nós fizer isso Deus vai se agradar da sua fé e obediência, ele vai te ajudar a suportar as dificuldades que costumam

surgir durante o tempo da espera até o cumprimento das promessas do senhor.

O salmista disse no Salmo 37: o senhor firma os passos de um homem quando a conduta deste O agrada e ainda que tropece não cairá Pois o senhor o toma pela mão. Já fui jovem e agora sou velho mas nunca vi o justo desamparado nem seus filhos mendigando o pão.

A segunda atitude que se deve tomar é: ouça somente a voz de DEUS.

No Salmo 34 a Bíblia nos encoraja a engrandecer o nome do senhor e isso significa tornar Deus maior em nossas vidas e fazer com que a voz dele seja maior do que a voz da dúvida e do Medo do Inimigo.

Imagine só se Noé tivesse permitido que a voz das pessoas próximas a ele fossem

maior que a voz de Deus quando ele decidiu obedecer ao Senhor e construir a arca.

Imagina os parentes e amigos dele dizendo: porque você não arruma emprego normal como todo mundo e deixa esse barco para lá. Está todo mundo dizendo que você é maluco. Mas Noé não se importou com a voz das pessoas, ele se lembrou do que a voz de Deus havia dito e seguiu o seu plano até o fim e o Senhor então o recompensou poderosamente. Por isso fez dele e da sua família os únicos sobreviventes do Grande Dilúvio. Da mesma forma se você quer ver os planos de Deus realizados na sua vida você precisa ignorar todas as vozes exteriores e interiores que querem te convencer a desistir e você deve se concentrar apenas na voz de DEUS. Busque o senhor e ouça o que ele diz ao seu coração.

A terceira atitude que você deve tomar para que os planos de Deus se cumpram:

Não seja guiado pela aparência - Um dos grandes desafios da nossa vida é lutar contra a tentação de prestar mais atenção aquilo que parece bom e impressionante. Por fora, aquilo que está oculto aos nossos olhos muitas vezes não é o que é realmente.

Quando o Rei Saul virou as costas para Deus e quis governar Israel do jeito que

ele bem entendia o senhor pediu para que o profeta Samuel fosse até a casa de

Jessé e ungisse um dos seus filhos para ser o futuro Rei daquela nação, então o profeta cumpriu aquela ordem e foi até Belém e quando ele já estava na casa de Jessé viu o filho mais velho e pensou: Com certeza é este que o senhor quer ungir,  pois aquele rapaz era alto forte e tinha uma ótima aparência, mas a resposta de Deus veio a Samuel logo em seguida: Eu disse: não Considere a sua aparência nem a sua altura pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem vê. O homem vê a aparência, mas o senhor vê o coração. Então Jessé chamou todos os outros

filhos que estavam na casa, mas DEUS rejeitou o cada um deles. Então Samuel já

não estava entendendo direito o que o senhor queria, então ele decidiu perguntar ao dono da casa: Esses são todos os filhos que você tem? Jessé respondeu: ainda tem um Caçula, mas ele está cuidando das ovelhas. Samuel disse: traga-o aqui, pois não nos sentaremos para comer até que ele chegue. Então Jessé mandou chamá-lo e ele veio. Ele era ruivo, de Belos olhos e de boa aparência. Então o senhor disse a Samuel: é este, levante-se e o unja.  Essa passagem marca a unção de Davi como rei de Israel e nos mostra que não devemos acreditar apenas no que vemos. Se tudo não está indo bem e se os problemas só crescem diante dos seus olhos, você não pode crer que essas coisas vão determinar o seu futuro assim como Samuel. Você precisa olhar para o interior, prestar atenção nas coisas ocultas que Deus está mostrando o seu coração. Você precisa confiar naquilo que é invisível aos seus olhos mas que já é

visível aos olhos da fé.

Tudo que você deve fazer para que os planos de Deus se cumpram é entender que o precisa definir seu objetivo.

A forma como lidamos com as situações da vida quando estamos esperando pelo

cumprimento das promessas de Deus vai definir o nosso resultado final.

 

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EBD – Lição 13: Gênesis 41 a 50 – José, o Governador do Egito | 1° Trimestre De 2022 | Pecc

OBJETIVOS

• Saber que nada atrapalha os planos de Deus.
• Praticar e oferecer o perdão sempre.
• Agir abençoando e ajudando as pessoas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Gênesis 41 a 50 há 337 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gênesis 45.1-28 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Olá, professor(a)! Nesta lição, veremos novamente quanto nosso Deus é atuante na história. Durante anos um jovem foi provado, testado nas piores situações, para que viesse a cumprir os propósitos divinos de transformar sua própria vida e a vida de sua família. A vida cristã exige fé convicta para superar adversidades, assim aprendemos a olhar para Deus antes de acre­ditar em nós mesmos. Só quando reconhecemos nossa dificuldade para resistir ao pecado, corremos finalmente para Deus. É assim que aprendemos que nosso irmão tam­bém pode pecar e que, como Deus nos perdoa, também precisamos perdoar. Bênçãos sem medida são derramadas sobre uma igreja na qual há perdão, reconciliação, fé e amor genuínos.

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), que tal você co­meçar estimulando os alunos a contarem experiências pessoais? Todos já vivemos situações em que nada saiu como queríamos, mas ao final percebemos que foi melhor assim. Agora, faça uma comparação com a história de José para concluir com a certeza de que Deus é o melhor condutor das nossas vidas do que nós mesmos. Sabendo disso, precisamos lembrar que não devemos desejar vingança nem cultivar ódio, pois Deus está agindo na vida do irmão assim como agiu nas nos­sas vidas.

LEITURA ADICIONAL

Quando Cristo se manifesta ao seu povo, anima-o a aproximar-se dEle com um coração sincero. José procede deste modo, mostrando que independente do que fora planejado contra ele, Deus o utilizará para fazer o bem. Os pecadores devem doer-se e irar-se contra si mesmos, ainda que Deus tire algo bom dos pecados deles. É algo de grande impacto a concordância de toda esta situação com o caso do pecador, quando Cristo se manifesta à sua alma. Neste relato não se tem o pecado como um mal menor, mas como um mal maior; e, de todo modo, está tão armado contra o desespero que chega a regozijar-se na obra de Deus, enquanto treme pensando nos perigos e na ruína da qual escapou. José promete cuidar de seu pai e de toda a sua família. É dever dos filhos que, se for requerido pela necessidade de seus pais a qualquer momento, os mantenham e deem-lhes o melhor que possam; isto é mostrar a piedade em sua própria casa (1 Tm 5.4).

Após José ter abraçado Benjamim, abraçou a todos eles e, em seguida, os seus irmãos conversaram livremente com ele sobre todos os assuntos referentes à casa de seus pais. Após os sinais da verdadeira reconciliação com o Senhor Jesus Cristo, segue-se a doce comunhão com Ele. […] Por sermos irmãos, todos nós temos o mesmo pai. somos todos culpáveis e, ao invés de pelejamos uns contra os outros, temos motivos para estarmos irados cada um consigo mesmo. Somos ou esperamos ser perdoados por Deus, a quem todos temos ofendido e, portanto, deveríamos estar prontos a perdoarmos uns aos outros. Estamos “no caminho”, um caminho pela terra do Egito, onde temos muitos olhares voltados para nós, que procuram aproveitar-se de nós, mas também um caminho que leva à Canaã celestial, onde esperamos estar para sempre em perfeita paz.

Livro: Comentário bíblico de Matthew Henry (4° ed. – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pgs. 119-120). 

TEXTO ÁUREO

“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” Gn 45.5

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Gênesis 45.1-28

VERDADE PRÁTICA

Deus está trabalhando mesmo quando não fazemos a menor ideia do que Ele está fazendo.

INTRODUÇÃO
I- JOSÉ TORNA-SE GOVERNADOR Gn 41.16-50
1- Os sonhos de Faraó Gn 41.16
2– Governador do Egito Gn 41.44
3– Esposa e filhos no Egito Gn 41.50
II- JOSÉ PERDOA SEUS IRMÃOS Gn 42.23-45.8
1– Fome e confrontação Gn 42.23
2– Revelação e reconciliação Gn 45.3
3– A Teologia da Providência Gn 45.8
III- OS ÚLTIMOS DIAS DE JACÓ E DE JOSÉ Gn 46.3-50.25
1- Jacó no Egito Gn 46.3
2– A generosidade de José Gn 50.21
3– Morrendo na esperança Gn 50.25
APLICAÇÃO PESSOAL

Hinos da Harpa: 33-410

INTRODUÇÃO

Aprenderemos que um caráter perdoador e sem rancor é o cami­nho para a excelência.

I- JOSÉ TORNA-SE GOVERNADOR (Gn 41.16-50)

Todos gostamos dessa parte da vida de José, mas ela é resultado do que veio antes. Os anos de humilha­ção produziram nele o caráter e as condições necessárias para que não se afogasse, ludibriado pelo poder.

1- Os sonhos de Faraó (Gn 41.16) “Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a Faraó.”

Dois anos depois que o copeiro-mor havia saído da prisão, Deus mexe com as circunstâncias novamente e o copeiro, então, se lembra de José. Mais uma vez nos deparamos com sonhos. Agora, é Faraó quem os tem, e mesmo os experientes adivinhos não enten­dem o que eles significam (41.8). Não havia neles falas, apenas imagens, figuras e eventos (41.17-36). José não interpretava sonhos a partir de técnicas rígidas, era o Espírito Santo que mostrava a ele o significado (41.28).

O autor de Hebreus diz que, no passado, Deus falou de muitas maneiras. Aqui, o fez por meio de sonhos. Claro que Deus fala como quer, inclusive hoje, mas não igno­remos o valor e importância da Palavra de Deus, a qual é muito mais segura, mais fácil de entender e disponível a todos os homens. A Palavra de Deus é o coador e o filtro pelo qual precisa passar toda e qualquer revelação, sonho ou profecia. Lem­bremos disso, sem nunca desprezar ou tentar engessar o agir de Deus.

2- Governador do Egito (Gn 41.44) “Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, contudo sem a tua ordem ninguém levantará mão ou pé em toda a terra do Egito.”

O Egito antigo ainda hoje fas­cina o mundo por ter sido uma grande potência militar, científica e econômica da época. José sairia da masmorra e do cárcere para governar o mais poderoso império que existia. Como isso seria possível a não ser pela mão de Deus? Descer do trono para a pri­são é difícil, mas não improvável; o contrário, no entanto, somente por uma ação direta e poderosa de Deus. Martin L. King disse que “a verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsias e desafios”. José fora aprovado e chegará o tempo de Deus usá-lo de outra maneira. Aquele que havia sido fiel na escassez será fiel na abun­dância. Sua lealdade às pessoas e sua fidelidade ao Deus dos seus pais o talharam para esse momento.

3- Esposa e filhos no Egito (Gn 41.50) “Antes de chegar à fome, nasceram dois filhos a José, os quais lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.”

No Egito, Deus dá uma linda fa­mília para José. Família é um recur­so de Deus para alegria e completude do homem. A esposa, Asenate, vem da alta e prestigiada classe sacerdotal egípcia. José, agora, estava no topo da hierarquia social, mas não se deixou corromper. Tivemos mais crentes fiéis e íntegros nas altas esferas de decisões do nosso país, muita coisa seria diferente. Dois filhos nasceram no Egito. O primeiro é Manasher, “Deus me fez esquecer”. O segundo é Ephrayn, “Deus me fez crescer”. Os dois nomes são proféticos.

O nome do primeiro alude ao seu sofrimento anterior, agora superado. Ele poderia “virar a página”. O nome do segundo mostra como Deus pode usar todas as cir­cunstâncias, mesmo as piores, para nosso crescimento e maturidade. Seus irmãos quiseram matá-lo, mas agora ele tem filhos, será perpetuado. Sua memória não será apagada da face da terra. A lição central aqui é que Deus cicatriza nossas feridas. Erra quem diz que o tempo é o me­lhor remédio. Não, não é. Às vezes, o tempo até amplia nossas feridas. Deus é o melhor remédio.

II- JOSÉ PERDOA SEUS IRMÃOS (Gn 42.23-45.8)

Quando os anos de escassez e seca se iniciaram e estrangeiros começaram a vir ao Egito para comprar mantimentos, os sonhos que José tivera na adolescência tornam-se claros. Ele sabia que a qualquer momento seus irmãos também chegariam.

1- Fome e confrontação (Gn 42.23) “Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por intérprete.”

Finalmente, após 22 anos no Egito, havendo decorrido os sete anos de fartura e dois anos de “va­cas magras”, os irmãos de José são enviados ao Egito para comprar comida. A jornada, além de longa (aproximadamente 400 Km), também era perigosa. Em 42.6-9, o sonho de José se cumpre. Seus irmãos, sem saberem de sua identidade, estão inclinados à sua frente, mas ainda faltava o mais novo. Até o final de Gênesis, esse ato se repetirá cinco vezes. Eles não sabiam que José os entendia, pois lhes falava usando um intérprete. José os acusa de espiões e prende Simeão, deixando os demais retornarem a Canaã levando alimentos, mas com a missão de retornarem levando Benjamim ao Egito. O refém seria solto quando o mais novo chegasse. Que drama comovente! Os versos 21 a 23 mostram como a lembrança do que fizeram a José os atormenta­va mesmo decorrido tanto tempo. Ninguém foge de uma consciência culpada.

2- Revelação e reconciliação (Gn 45.3) “E disse a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele.”

Após um jogo esquisito de gato e rato, José se dará a conhecer aos ir­mãos. Numa leitura precipitada, po­demos concluir que José agiu mal ou foi cruel com seus irmãos pela forma como os tratou. Mas José calculou cada passo sabiamente, como um habilidoso cirurgião. Facilmente vemos que não havia maldade nas suas ações, pois a leitura que ele fez é que Deus conduzirá de modo soberano e misterioso todo aquele enredo. Na verdade, ele queria que a recon­ciliação fosse eficaz e permanente, trazendo cura definitiva para todos. Para isso, seus irmãos precisavam estar verdadeiramente arrependidos. O comovente e sincero discurso de Judá (44.16-24) convence José de que eles realmente mudaram. É quando se dá a conhecer, “pois não se podia conter” (45.1).

3- A Teologia da Providência (Gn 45.8) “Assim, não fostes vós que me en­viastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.”

Infelizmente, para muitos, providência e soberania parecem estar associadas apenas como uma maneira de explicar coisas ruins, trágicas. Mas a providência de Deus também está associada aos dias bons e de re­frigério. Providência não é o mesmo que fatalismo ou determinismo. A Teologia da Providência é a compreensão de que todas as coisas estão sob a direção e a autoridade do Deus Todo-poderoso e nada, ab­solutamente nada, acontece fora do Seu governo, sem que isso anule a responsabilidade humana ou ab­solva o malfeitor de sua culpa. Até mesmo a maldade pode ser usada soberanamente por Deus sem que, com isso, Ele a esteja aprovando ou inocentando os culpados.

Por isso é que José, diferente de muitos de nós, nunca caiu na armadilha de culpar Deus pelas tragédias da sua vida. Como é confortador saber que Deus pode usar qualquer coisa, mesmo as ruins (às quais ele reprova), para Sua glória. Deus não é responsável pelos infortúnios, tragédias ou maldades do mundo. Elas são resultados das escolhas e cons­truções humanas, mas Deus pode, misteriosamente, tornar o mal em bem (50.20). Ele escreve certo em linhas igualmente certas. O único torto é o coração do homem.

III- OS ÚLTIMOS DIAS DE JACÓ E DE JOSÉ (Gn 46.3-50.25)

Através de José, Deus salvou a nação de Israel e abençoou o Egi­to. Posteriormente Ele levantaria outro maior do que José, sem pe­cado, para salvar o mundo da con­denação.

1- Jacó no Egito (Gn 46.3) “Então, disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação.”

Deus garante a Jacó que ele po­deria seguir confiantemente ao Egito. O encontro de José com seu pai alquebrado e idoso é um dos momentos mais emocionantes dessa história. Eles choraram por longo tempo (46.29). Para um pai que acreditava nunca mais poder ver o filho novamente, poder abraçá-lo é algo indescritível. Agora, toda a família eleita estava segura no Egito. A história de José, diferente do que dizem os neopentecostais, não é uma alegoria de como podemos ficar ricos depois de experimentar a pobreza. Estava em jogo um propósito muito maior do que a própria vida de José. O objetivo divino ao levá-lo ao Egito era, através dele, preservar a família eleita da qual viria o Messias. Em segundo lugar, tempos de prosperidade e abundância devem servir para abençoar os outros também, e não apenas para o desfrute pessoal (47.12).

2- A generosidade de José (Gn 50.21) “Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração.”

Os irmãos admitem que pecaram, que cometeram uma trans­gressão. José estava no topo da hierarquia egípcia, tendo poder de vida e morte, por isso seus irmãos estavam apreensivos, mesmo depois de ele lhes dizer que fora Deus que o enviara ao Egito (45.7). Com a morte do pai, Jacó, eles pensaram: “agora José vai se vingar de nós, não fez antes porque papai estava vivo”. Mas José não tinha nada escondido. A espi­ritualidade dele não dependia de o pai estar vivo ou morto, pois ele não desejava a vingança. Vingança é algo sedutor, mas é terrível em seus efeitos. Vingança não conforta o nosso coração.

Perdão é matéria-prima de uma vida vitoriosa e livre. Perdão não é uma opção, na verdade é a única atitude eficaz para quem busca uma vida plena. Perdoar não muda o passado, mas torna o futuro uma terra frutífera. A graça de Deus faz isso. Todos nós somos feridos em algum momento da vida, ninguém escapa disso. É como reagimos a esta experiência que fará toda a diferença. Um autor desconhecido disse algo que resume o assunto: “Perdoe, não porque o seu inimigo merece perdão, mas porque você merece paz”.

3- Morrendo na esperança (Gn 50.25) “José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui.”

José viveu mais de 90 anos no Egito. Antes de morrer, aos 110 anos, ele dá ordens sobre seus os­sos. Ele sabia que não pertencia ao Egito. Seu coração nunca esteve lá. Sabia também que seus descendentes um dia sairiam daquela terra. Ele tem roupa de egípcio, tem aparência de egípcio, fala egípcio, tem esposa egípcia, mas sua identidade era hebreia. José era cidadão de Canaã. Seus ossos foram guardados no Egito por 400 anos e depois transportados por mais 40 anos no deserto, para um dia des­cansar na sua terra (Js 24.32). Muita gente esquece de Deus na abundância e prosperidade, mas José se manteve fiel.

Ele chamou o Egito de “terra da minha aflição”. Mesmo tendo cargo elevado, alto salário e conforto, ele sabia que não estava em casa. O Egito não era seu lar permanente, embora nunca mais tenha voltado para Canaã. Seu desejo de voltar nunca cessou e, um dia ele voltará, embora não nesta vida. Ele prefere se identificar com seu povo, mesmo tendo sofrido com eles e por causa deles. Somos assim? Nos identificamos com o povo de Deus ou com aqueles que não andam com Deus? Nunca negocie sua fé, mesmo se a prosperidade bater à sua porta. Toda circunstância é passageira, somente o propósito e o plano de Deus são eternos.

APLICAÇÃO PESSOAL

Muitas vezes não entendemos o agir de Deus em nossas vidas e acha­mos que fomos abandonados. Melhor seria se apenas confiássemos. Ele jamais abandona os seus.

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RESPONDA

Marque C para certo e E para errado nas afirmativas abaixo:
1) [C] Providencialmente, o copeiro-mor se esqueceu de José na prisão e dele só se
lembrou dois anos depois, quando ouviu os sonhos de Faraó.
2) [E] Ao ser pai pela primeira vez, José disse: “Deus se esqueceu de mim”.
3) [C] No final da sua vida, José previu a saída do povo de Israel do Egito e pediu que levasse seus ossos para sepultá-los em Canaã.

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Lição 13, Betel, As bênçãos incomparáveis de viver os planos de DEUS, Pr. Henrique, EBD NA TV

 

 TEXTO ÁUREO

“Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” Gênesis 50.20a

  

VERDADE APLICADA

Um relacionamento com o Senhor conforme as Escrituras faz a diferença na vivência de todas as situações da vida.

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- DEUS REVELA O QUE ESTÁ PARA FAZER

1.1. Os sonhos de Faraó. 

1.2. José: posto sobre toda a terra do Egito. 

1.3. O propósito providencial de Deus. 

2- VIVENDO SEGUNDO OS PLANOS DE DEUS

2.1. A preservação do povo da aliança.

2.2. Exaltado por um propósito. 

2.3. O príncipe abençoando o rei. 

3- QUANDO UMA PESSOA SE SUBMETE AOS PLANOS DE DEUS

3.1. Abençoando o menor. 

3.2. Jacó abençoa seus netos: Deus está atento a cada um.

3.3. Um homem separado e preservado para ser canal de bênção. 

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 48

11 E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também.
12 Então José os tirou de seus joelhos e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, fê-los chegar a ele.
14 Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos avisadamente, ainda que Manassés era o primogênito.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que Deus tem o controle de todas as coisas.
Ensinar que precisamos ver Deus em nossa dor.
Falar que Deus tem sempre coisas melhores para nós.

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Gn 45.5-8 Deus enviou José para conservação da vida.
TERÇA / Sl 76.7-10 Deus é um Deus terrível.
QUARTA / Sl 105.19-22 Deus guardou Seu pacto com os patriarcas.
QUINTA / Sl 149.1-4 Louvai ao Senhor um cântico novo.
SEXTA / Sf 2.1-3 Ser escondido no dia da ira do Senhor.
SÁBADO / At 3.13-15 Jesus, o Príncipe da vida.

 

HINOS SUGERIDOS: 259, 291, 355

  

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que possamos olhar para os infortúnios da vida com esperança em Deus.

  

INTRODUÇÃO

Veremos que a vida de José é um exemplo de postura que deve ser adotada pelos discípulos de Cristo diante de realidades adversas e favoráveis. Ele demonstrou uma visão de mundo baseada na sua fé em Deus, nas promessas e nos propósitos do Senhor na sua vida e dos seus.

  

PONTO DE PARTIDA

Ser abençoado é abençoar outras vidas.

 

 1- DEUS REVELA O QUE ESTÁ PARA FAZER

Em Sua soberania e como parte de Seu plano, Deus revela a Faraó, em sonhos, o que estava para acontecer e capacitou José para interpretar os sonhos [Gn 41.15-16, 28]. Tais relatos revelam o pano de fundo sobre a ida de Israel e sua família para o Egito e o testemunho sobre o Deus Todo-Poderoso em pleno território marcado pelo politeísmo.

  

1.1. Os sonhos de Faraó. 

Os sonhos de Faraó, assim como no caso de José, não eram sonhos comuns, mas revelações de Deus sobre um futuro breve. Deus estava dando ao monarca do mundo o saber sobre o que o próprio Deus estava para fazer [Gn 41.28], mas isso não sem Seu pequeno servo que se encontra em sua masmorra. Que ironia. O homem mais poderoso do mundo depender seu destino e do seu reino da sabedoria, piedade e boa vontade de um dos seus prisioneiros esquecido [Gn 40.23]. Os sonhos de Faraó eram revelações sobre sete anos de abundância seguidos por sete de extrema fome [Gn 41.1-7]. José não apenas recebeu de Deus a palavra de conhecimento (ele discerniu a revelação) [Gn 41.25-32], como a palavra de sabedoria (ele apresentou uma sábia solução) [Gn 41.33-36]. Esta atuação especial de José vai colocá-lo no topo do Egito ao lado de Faraó [Gn 41.37-45].

 

Subsídio do Professor: 

Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “Os dois sonhos do faraó haviam sido providenciados por Deus. Os sonhos em Gênesis 40.5 ocorreram a fim de que José posteriormente fosse reconhecido como um bom intérprete e fosse chamado para interpretar os sonhos do faraó, que cooperariam para que os dois sonhos que Deus concedeu a José também se tornassem realidade [Gn 37.5-9].

  

1.2. José: posto sobre toda a terra do Egito. 

A presença e participação de José não salvou apenas o Egito. Salvou também todos os povos menores que vieram buscar mantimentos no Egito. Incluindo a família de José [Gn 42.1-5]. Este é o momento de vermos as desgraças na vida de José do lado avesso. O que parecia que estava dando tudo errado, na verdade para Deus estava dando tudo certo. Como nós insistimos em esquecer desta lição. A vida dos escolhidos de Deus e tudo mais que acontece na vida deles, nunca é resultado do acaso, prevalência do diabo ou meras consequências de maus atos humanos. Se somos de Deus, tudo o que acontece conosco está sob o controle soberano dEle. E o fim sempre é glorioso e maior que nós mesmos.

  

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “A capacidade de José de interpretar sonhos também lhe fornece a capacidade profética de interpretar a Providência [Gn 45.5-8; 50.20]. A ele pertence autoridade e poder mais elevados que o próprio faraó [Gn 40.8; 41.16, 25, 28, 32]. Isto relanceia outra dimensão da realidade que revela o governo de Deus, confirmando seu controle e supervisão sobre todas as coisas. Como porta-voz de Deus, o intérprete de sonhos fala as novas querigmáticas de vida e morte. Ele fala escatologicamente, revelando a resolução vindoura de Deus das questões humanas.”

 

 1.3. O propósito providencial de Deus. 

José deveria ser um homem amargurado com a vida por olhar para trás e ver tudo o que teve que passar para chegar aonde chegou. Mas ele adquiriu uma visão transcendente da própria vida e da própria dor. Quando ele não pode mais esconder sua identidade de seus irmãos e se revela a eles, eles ficam paralisados de medo, na certeza de que seriam destruídos por José [Gn 45.1-4]. Mas a resposta de José mostra como ele entendeu que sua vida, com toda dor que ele passou, tinha um propósito [Gn 45.5]. José não nega a responsabilidade cruel dos seus irmãos. Mas ele entende que o Deus dele é soberano e conduz tudo em sua vida. Isso o fez lidar com a injustiça de forma triunfante.

  

Subsídio do Professor:

Quando nós sofremos, podemos tentar criar muitas explicações e visões sobre o nosso sofrimento. Podemos simplesmente culpar as pessoas que nos fazem mal e viver em eterna amargura pela injustiça sofrida. Principalmente quando o mal vem de pessoas que esperamos o bem, como foi o caso de José. Mas também podemos mergulhar no cinismo e ignorar o pecado dos outros. Neste caso, podemos tentar encontrar na gente uma razão para sofrer. Quando isso acontece, também podemos afundar na culpa sem motivo. Mas quando temos este tipo de visão bíblica; que há um Deus soberano que é Senhor na nossa vida, isso muda completamente a forma como lidamos com o sofrimento, pois entendemos que Ele tem propósitos maiores que nós. Isso faz com que a gente se descentralize.

  

EU ENSINEI QUE:

É consolador saber que há um Deus soberano que é Senhor na nossa vida, isso muda completamente a forma como lidamos com o sofrimento, pois entendemos que Ele tem propósitos maiores do que nós.

  

2- VIVENDO SEGUNDO OS PLANOS DE DEUS

A forma como José lidou com suas crises carrega uma perspectiva de fé que precisamos aprender ter. Para ele Deus estava operando em todo o tempo. Não só no livramento. E crer nisso faz diferença.

  

2.1. A preservação do povo da aliança.

José está com a mente nas promessas feitas por Deus aos seus antepassados, Abraão e Isaque [Gn 45.7]. Ele sabe que Deus tem um povo dele em sua família, e propósitos gloriosos com eles, e que, por isso, este povo não pode extinguir-se. Isso fez ele entender que tudo o que lhe aconteceu, era Deus em Sua sabedoria fazendo o que precisava para este projeto maior. Os sonhos que José teve quando tinha seus dezessete anos nunca foram apagados da sua memória e coração. Ele sabia que, mesmo passando por qualquer situação difícil, Deus iria preservá-lo para através dele preservar o povo da aliança.

  

Subsídio do Professor: 

Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Em cada época anterior, e também nesta, todos os principais membros da família escolhida permaneceram como remanescentes no mundo. Só mais tarde, no oitavo século, os profetas declararam que podia ser que nem todo o Israel fosse preservado, mas só um remanescente dentre esse povo [Am 3.12; 5.1 e ss.; Is 1.9; 6.13].”

  

2.2. Exaltado por um propósito. 

Não apenas a humilhação de José foi providência de Deus, mas também sua exaltação [Gn 45.8]. José entende que Deus abate ou exalta segundo a Sua vontade e de acordo com o Seu propósito. E isso, como fica claro no caso de José, não tem necessariamente a ver com punição aos maus ou recompensa aos bons. Tem a ver com propósitos maiores e além das decisões humanas. As decisões más dos irmãos de José foram usadas soberanamente por Deus para Seus propósitos. As atitudes boas de José foram usadas por Deus para colocá-lo onde Deus queria. Deus é soberano!

  

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “José prefere a perspectiva celestial de que Deus está operando através dele para concretizar o que é bom [Rm 8.28]. Isto o capacita a perdoar e encorajar seus irmãos a fazerem o mesmo. O pecado deve ser visto dentro do contexto do sólido e eterno propósito de Deus. O crente pode considerar Deus como concretizando seu bom desejo independentemente do que as pessoas maquinem. Através dos sofrimentos de José, o Senhor preserva o sonho inspirado de Abraão. A santa semente sobrevive à grande fome, como Noé sobrevivera ao grande dilúvio.”

  

2.3. O príncipe abençoando o rei. 

Jacó havia sofrido o luto por José [Gn 37.31-35]. Mas assim como Abraão teve Isaque de volta pela intervenção de Deus, Jacó pode rever seu filho “ressurreto”, e nesta alvescera notícia, ele também reviveu [Gn 45.25-28; 48.11]. Era plano de Deus que Jacó fosse ao Egito com sua família [Gn 46.2-7]. O propósito de Deus era que o próprio Jacó, o guerreiro de Deus, abençoasse o grande Faraó [Gn 47.7-10]. Deus não apenas havia exaltado José no Egito diante de Faraó, mas o próprio Israel, abençoando um grande monarca por meio de um camponês insignificante para os homens. Mas para Deus, Jacó era o verdadeiro príncipe. O seu príncipe. Podemos não ser nada para os homens aqui da terra. Mas pode ter certeza de que Deus sabe quem somos para Ele!

  

Subsídio do Professor: 

Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “É interessante vermos como Jacó abençoou ao Faraó. Sem dúvida, os hebreus deviam favores, e o Faraó merecia ser abençoado. Contudo, é curioso ver como aquele idoso hebreu, por assim dizer, assumiu uma posição de superioridade sobre a autoridade máxima do Egito, e, então, o tratou como um filho, e não como um superior. (…) Jacó havia atingido uma idade que lhe emprestava grande dignidade. Pois, para os egípcios, cento e vinte anos era o limite máximo da longevidade. Agora Jacó estava com cento e trinta anos de idade, e o Faraó tratou-o com imenso respeito, aceitando por duas vezes a sua bênção.”

  

EU ENSINEI QUE:

Deus tanto abate quanto exalta, segundo Sua própria vontade e propósito.

  

3- QUANDO UMA PESSOA SE SUBMETE AOS PLANOS DE DEUS

Os últimos capítulos de Gênesis mostram uma reviravolta na vida de José, aquele que sofreu tanto. Deus, porém, sempre teve para ele coisas melhores. Assim como tem para nós.

  

3.1. Abençoando o menor. 

Os israelitas prosperam no Egito [Gn 47.27], mas Jacó não quer ser sepultado no Egito e, sim, na terra de Canaã, numa caverna em Macpela, onde estavam sepultados Abraão e Isaque com suas respectivas mulheres [Gn 49.29-33]. Mas antes disso Jacó abençoa os filhos de José e todos os seus doze filhos. Os dois filhos de José nascidos no Egito, Manassés e Efraim, seriam a partir deste momento como pertencentes a Jacó, e teriam participação nas bênçãos na mesma altura das doze tribos [Gn 48.5-6]. Jacó já está quase cego [Gn 48.10]. E José posiciona seus filhos na ordem da bênção. O mais velho à direita de Jacó para uma bênção maior e o mais novo à esquerda para uma bênção inferior [Gn 48.10-13]. Porém, mesmo com olhos fracos, Jacó cruza os braços e dá uma bênção maior ao filho mais novo [Gn 48.14].

  

Subsídio do Professor: 

Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “Jacó inverteu o direito dos netos. Ele também disse que os filhos de José eram tão seus quanto Rúben e Simeão, os mais velhos [Gn 29.32-33]. Por causa das ultrajantes atitudes de Rúben [Gn 35.22] e de Simeão [Gn 34.25], ambos perderam seus benefícios. Levi também participou do ultraje de Simeão [Gn 34.25]. Desta forma, os direitos e os privilégios do primogênito foram passados diretamente a outros dois filhos: Judá [Gn 49.8-12] e José [Gn 49.22-26].”

  

3.2. Jacó abençoa seus netos: Deus está atento a cada um.

Nas bênçãos que declara sobre os seus netos, Jacó os inclui nas bênçãos de Abraão e Isaque [Gn 48.15-16]. José não concorda nem gosta deste desfecho [Gn 48.17-18]. Mas dar a proeminência a Efraim não era um desejo de Jacó. Era um desígnio de Deus [Gn 48.19-20]. Como em quase toda a história bíblica, fugindo dos padrões culturais e de força, Deus prova que eleva, fortalece e usa aquele que Ele quer. Isso deve encher de esperança os pequenos, insignificante e desprezíveis para os homens. Deus tem seus próprios caminhos para exaltar Seu nome de forma grande usando os pequenos. Seu poder usando os fracos. Sua santidade usando os falhos. Para que somente a Ele seja dada a glória, a honra e o poder.

  

Subsídio do Professor: 

Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “Jacó abençoa como fizera seu pai ao abençoá-lo [Gn 27.27-29]. Na bênção a ser impetrada, a perspectiva de Jacó muda das bênçãos miraculosas de Deus sobre ele no Egito, permitindo-o ver seu filho favorito [Gn 45.28; 46.30], para a grande bênção por vir sobre os filhos de José quando voltarem à terra ajuramentada. Ao tornarem-se parte da família pactual, Efraim e Manassés se tornam herdeiros de todas as suas bênçãos divinas de progênie e proteção. As bênçãos são sumariadas por dois epítetos de Deus: Pastor e Anjo.”

  

3.3. Um homem separado e preservado para ser canal de bênção. 

Gênesis 50.20 é umas das declarações teológicas mais poderosas do Antigo Testamento. Para preservar um grande povo, Deus separou José de sua terra e família; permitiu que fosse rejeitado pelos seus; vendido como escravo; dado como morto; caluniado; preso; e esquecido. Tal realidade nos faz trazer à memória a passagem de Jesus nesta terra. Sem anular a culpa dos que trouxeram o sofrimento a Jesus, o Novo Testamento ensina que o próprio Deus o levou ao sofrimento, à cruz e à morte. E isso para salvar um grande povo [Jo 11.49-53]. E assim como José ressuscitou das correntes da morte e da humilhação, Deus ressuscitou a Jesus do túmulo e lhe deu o Nome que é sobre todo o nome [Fp 2.5-11].

 

 Subsídio do Professor: 

Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “José falou abertamente de como via os acontecimentos de sua vida [Gn 45.4-8]. Deus transformará as atitudes perversas daqueles homens em uma obra extraordinariamente boa. José não apenas teve a oportunidade de salvar muitas vidas no mundo antigo, como também testemunhou o poder e a benevolência do Deus vivo. O Senhor fez com que Sua boa obra fosse realizada a despeito dos planos maléficos das pessoas. Até os piores acontecimentos podem ser usados pela divina Providência para que sejam convertidos em bem. O maior e mais impressionante exemplo que temos disso é a morte de Jesus.”

  

EU ENSINEI QUE:

As providências amargas de Deus como suas doces bênçãos servem a um propósito maior: a glória de Deus.

  

CONCLUSÃO

A narrativa de Gênesis, a partir da história dos primeiros seres humanos até José, nos ensina que em nossa caminhada cristã precisamos buscar em Deus o necessário discernimento para vivenciar os bons e os maus momentos, pois ambos fazem parte do desenvolvimento do plano divino e do processo de aperfeiçoamento do povo de Deus.

 

 

Vídeo Lição 13, Betel, As bênçãos incomparáveis de viver os planos de DEUS, 2T...

Slides Lição 13, Betel, As bênçãos incomparáveis de viver os planos de DEUS, 2Tr23, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV,