10 agosto 2025

Escrita Lição 6, Central Gospel, Alegria Abundante No Sofrimento, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 6, Central Gospel, Alegria Abundante No Sofrimento, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99991520454 (tel) Luiz Henrique de Almeida Silva



ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 6 / ANO 2- N° 6

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/escrita-licao-6-central-gospel-alegria.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/slides-licao-6-central-gospel-alegria.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-central-gospel-alegria-abundante-no-sofrimento-3tr25-pptx/282332949

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
1.1. No sofrimento
1.1.1. Vivendo sob a vontade de DEUS
1.2. No amor
1.3. Na glorificação
1.3.1. Alegria indizível
1.3.2. O juízo na casa de DEUS
2. LIDERANÇA AUTÊNTICA
2.1. A postura do verdadeiro líder
2.2. Marcas da liderança cristã
3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS
3.1. Sejam humildes
3.2. Abandonem a ansiedade
4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza
 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 4.1,2,8-10; 5.1-3,5-7

1 Pedro 4.1- Ora, pois, já que CRISTO padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado, 2- para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de DEUS. 8- Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados, 9- sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações. 10- Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de DEUS.

1 Pedro 5.1- Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu (...):

2- apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3- nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. 5- Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6- Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de DEUS, para que, a seu tempo, vos exalte, 7- lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

 

TEXTO ÁUREO

"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de CRISTO, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis."

1 Pedro 4.13

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Pedro 4.12,13; Apocalipse 3.10 Suporte as provas; DEUS guarda os fiéis na tribulação

3ª feira - Hebreus 13.2; Romanos 12.13 Pratique a hospitalidade; acolha com amor

4ª feira - 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16 Sofrimentos são momentâneos, mas a glória é eterna

5ª feira - 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6 O juízo começa pela casa de DEUS

6ª feira - João 21.15-17 Ame a CRISTO e apascente Suas ovelhas

Sábado - 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27 Resista ao diabo e permaneça firme na fé

 

OBJETIVOS

        Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

compreender que a reflexão sobre o sofrimento de CRISTO prepara para a luta contra o pecado;

reconhecer a gloriosa promessa de alegria perene para aqueles que aceitam sofrer injustamente por amor a CRISTO;

entender que a humildade é a marca essencial de todo líder cristão. 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

      Prezado professor, ao conduzir esta lição, incentive os alunos a refletirem sobre o sofrimento de JESUS como inspiração para sua própria jornada de fé, destacando a importância da mortificação, do amor fraternal e da esperança gloriosa em CRISTO, nosso Senhor.

    Se houver espaço em seu plano de aula, divida a turma em pequenos grupos e peça que cada equipe identifique e compartilhe situações práticas em que possam demonstrar perseverança, amor ao próximo e confiança em DEUS diante das adversidades. Conclua com um momento de oração, reforçando o esplendor da glória eterna que aguarda os salvos.

    Boa aula!

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO. REVISTAS ANTIGAS E LIVROS

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COMENTÁRIOS BEP – CPAD

1 Pedro 4

 

4.1 AQUELE QUE PADECEU. Aqueles que voluntariamente sofrem em prol da causa de CRISTO, acham mais fácil resistir ao pecado e fazer a vontade de DEUS. Estão unidos a CRISTO e compartilham da sua cruz. Como resultado, a atração do pecado torna-se algo insignificante, ao passo que a vontade de DEUS torna-se algo supremo (v. 2). Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer crente. Obedecer a DEUS, mesmo que isso importe em sofrimento, zombaria, ou rejeição fortalecerá moral e espiritualmente o crente, que receberá da parte de DEUS graça ainda maior (v. 14).

 

4.6 AOS MORTOS. Esta expressão deve ser entendida como uma alusão aos que ouviram o evangelho enquanto viviam na terra, porém agora mortos, quando Pedro escreveu. Ouviram o evangelho e creram, e, embora tenham morrido (i.e., "julgados segundo os homens na carne"), agora vivem com DEUS. O versículo pode ser parafraseado assim: "o evangelho foi pregado àqueles que creram e posteriormente morreram, a fim de que tivessem a vida eterna com DEUS".

 

4.7 ESTÁ PRÓXIMO O FIM DE TODAS AS COISAS. Devemos considerar a nossa vida presente, à luz da vinda iminente de CRISTO e do fim do mundo (cf. Hb 10.25; Tg 5.8,9; 1 Jo 2.18). Para Pedro, isso nos importa os seguintes compromissos: (1) orar a DEUS com fervor todos os dias (ver At 10.9 .; 12.5 .; Cl 4.2,12 notas); (2) amar uns aos outros com sinceridade e fervor de coração (v. 8; cf. 1.22; Mt 22.37-39; 1 Ts 4.9,10; 2 Pe 1.7); (3) ser hospitaleiro e generoso com os necessitados (v. 9); (4) servir aos demais crentes mediante os dons espirituais que nos foram concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (v. 10; ver DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE – 1 Co 12); (5) testemunhar de CRISTO e servir a DEUS no poder do ESPÍRITO SANTO (v. 11; At 1.5-8); (6) louvar a DEUS (v. 11); e (7) permanecer leal a CRISTO no meio das provações (vv. 12-19)

 

4.12 A ARDENTE PROVA. O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta tribulações e aflições neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao evangelho. Aqueles que se dedicam a JESUS CRISTO com uma fé firme e leal, que andam segundo o ESPÍRITO e que amam a verdade do evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de que nossa devoção a CRISTO é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do crente podem ser um sinal de que ele está agradando a DEUS e sendo-lhe fiel. As aflições frequentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e Satanás (1.6-9; Ef 6.12). Através de severas provas, o Senhor permite que o crente compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece fiel a CRISTO, é considerado bem-aventurado, porque sobre você "repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS" (ver v.14 .; cf. 2.21)

 

O SOFRIMENTO DOS JUSTOS

Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.

E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”

A fidelidade a DEUS não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 .). Na realidade, JESUS ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 .). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.

 

POR QUE OS CRENTES SOFREM? São diversas as razões por que os crentes sofrem.

O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver .). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).

Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de DEUS e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de DEUS.

O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8 .). É nosso dever orar a DEUS para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

Os crentes enfrentam ataques do diabo. (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19 .; cf. Gl 1.4; Hb

. Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a DEUS, foi atormentado por Satanás por permissão de DEUS (ver principalmente Jó_

1—2). JESUS afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para

me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, DEUS nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11 .) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de DEUS e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá. (b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor JESUS e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a CRISTO (ver Mt 5.10 .). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).

De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de CRISTO” (ver 1Co 2.16 .). Ser cristão significa estar em CRISTO, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21 .). Por exemplo, assim como CRISTO chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41 .), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a CRISTO (2Co 11.23-32; ver 11.23 .) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em CRISTO deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de CRISTO é uma condição para sermos glorificados com CRISTO (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a DEUS, pois, assim como os sofrimentos de CRISTO são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).

DEUS pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. (a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o ESPÍRITO SANTO. (b) DEUS, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 12 .); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em CRISTO (ver Dt 8.3 .; 1Pe 1.7 .). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de JESUS CRISTO” (1Pe 1.7). (c) DEUS emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, DEUS quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de DEUS e da sua graça (ver Rm 5.3 .; 2Co 12.9 .). É nosso dever estar afinados com aquilo que DEUS quer que aprendamos através do sofrimento. (d) DEUS também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 .). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

Finalmente, DEUS pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos

egípcios faziam parte do plano de DEUS “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de CRISTO, “o SANTO e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como DEUS pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

 

O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE. (1) O primeiro fato a ser lembrado é este: DEUS acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de DEUS pela vontade permissiva de DEUS (cf. 1—2). DEUS promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13). (2) Temos também de DEUS a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 .). José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como DEUS usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5 .). (3) Além disso, DEUS promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA

Gn 45.5 “...não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida,

DEUS me enviou diante da vossa face.”

Depois de o Senhor DEUS criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. DEUS não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de DEUS por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

 

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

Preservação. DEUS, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de DEUS manifesta-se através do seu filho JESUS CRISTO, conforme Paulo declara em Cl 1.17: CRISTO “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de CRISTO, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas. (2) Provisão. DEUS não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando DEUS criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, DEUS renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de DEUS em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g.,

Sl 104; 145). O mesmo DEUS revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38—41), e JESUS asseverou em termos bem claros que DEUS cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29. Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que DEUS manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31 .). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS” (ver Fp 4.19 .). De conformidade com o apóstolo João, DEUS quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2 .). (3) Governo. DEUS, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. DEUS, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor. Mesmo assim, até DEUS consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo 5.19 .; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de DEUS, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa autolimitação da parte de DEUS é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20).

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de DEUS não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de DEUS. (2) DEUS permite que os seres humanos experimentem as consequências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a DEUS, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1—41.14). DEUS pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, DEUS estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20). (3) Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).

 

PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS

Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará a

sua casa”.

Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de JESUS: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de JESUS sobre Satanás fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou espíritos malignos.

 

OS DEMÔNIOS. (1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de JESUS com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.

Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de DEUS e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver Mt 4.10 .).

Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (ver 1Co 10.20 - A IDOLATRIA E SEUS MALES).

O NT mostra que o mundo está alienado de DEUS e controlado por Satanás (ver Jo 12.31 .; 2Co 4.4; Ef 6.10-12).

 

O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO deve ser santo). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 .).

Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição.

Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).

Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).

Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de DEUS e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15; 1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).

 

JESUS E OS DEMÔNIOS. (1) Nos seus milagres, JESUS frequentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc

4.18).

JESUS derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de DEUS.

 

O REINO DE DEUS

Mt 12.28: “Mas, se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS, é conseguintemente chegado a vós o Reino de DEUS.”

 

A NATUREZA DO REINO. O reino de DEUS (ou dos céus), no presente, significa DEUS intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo. Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é DEUS revelando-se com poder na execução de todas as suas obras.

O reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. DEUS inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste (Jo 14.23; 20.22). Ele entra no mundo com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1Co 4.20). Não se trata de poder no sentido material ou político, e sim, espiritual. O reino não é uma teocracia relígio-política; ele não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reinos deste mundo (Jo 18.36). DEUS não pretende atualmente redimir e reformar o mundo através de ativismo social ou político, da força, ou de ação violenta (26.52; ver Jo 18.36, .). O mundo, durante a presente era, continuará inimigo de DEUS e do seu povo (Jo 15.19; Rm 12.1,2; Tg 4.4; 1Jo 2.15-17; 4.4). O governo de DEUS mediante o juízo direto e à força só ocorrerá no fim desta era (Ap 19.11-21).

Quando DEUS se manifesta com poder sobre o mundo, este entra em crise. O império do diabo fica totalmente alarmado (12.28,29; Mc 1.23,24), e todos encaram a decisão de submeter-se ou não ao governo de DEUS (3.1,2; 4.17; Mc 1.14,15). A condição necessária e fundamental para se entrar no reino de DEUS é: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).

O fato de DEUS irromper no mundo com poder, abrange: (a) seu poder divino sobre o governo e domínio de Satanás (12.28; Jo 18.36); a chegada do reino é o começo da destruição do domínio de Satanás (Jo 12.31; 16.11) e do livramento da humanidade das forças demoníacas (Mc 1.34,39; 3.14,15; At 26.18) e do pecado (Rm 6); (b) poder para operar milagres e curar os enfermos (4.23;_ 9.35; At 4.30; 8.7); (c) a pregação do evangelho, que produz a convicção do pecado, da justiça e do juízo (11.5; Jo 16.8-11; At 4.33); (d) a salvação e a santificação daqueles que se arrependem e crêem no evangelho (ver Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2Co

18;); e (e) o batismo no ESPÍRITO SANTO, com poder, para testemunhar de CRISTO (ver At 1.8 notas; 2.4 notas).

Uma evidência máxima de que a pessoa está vivendo o reino de DEUS é viver uma vida de “justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17).

O reino de DEUS tem um aspecto tanto presente como futuro. É uma realidade presente no mundo hoje (Mc 1.15; Lc 18.16,17; Cl 1.13; Hb 12.28), mas o governo e o poder de DEUS não predominam plenamente em todos e em tudo. A obra e a influência de Satanás e dos homens maus continuarão até o fim desta era (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-5; Ap 19.19 — 20.10). A manifestação futura da

glória de DEUS e do seu poder e reino ocorrerá quando JESUS voltar para julgar o mundo (24.30; Lc 21.27; Ap 19.11-20; 20.1-6). O estabelecimento total do reino virá, quando CRISTO finalmente triunfar sobre todo o mal e oposição e entregar o reino a DEUS Pai (1Co 15.24-28; Ap 20.7-21.8; ver também Mc 1.15, . a respeito das várias manifestações do reino na história da redenção).

 

O PAPEL DO CRENTE NO REINO. O NT contém abundante ensino sobre a missão do crente no reino de DEUS, na sua presente manifestação.

É responsabilidade do crente buscar incessantemente o reino de DEUS, em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de DEUS, tanto na sua vida como no meio da sua comunidade cristã (ver 5.10 .; 6.33 .).

Em 11.12, JESUS revela novos fatos sobre a natureza dos membros do reino. Ali Ele disse que somente quem se esforça apodera-se do reino de DEUS. Os tais, movidos por DEUS, resolvem romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a CRISTO, a sua Palavra e seus justos caminhos. Não importando o preço a pagar, esses, resolutamente, buscam o reino com todo o seu poder. Noutras palavras, pertencer ao reino de DEUS e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforço sincero e constante — um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás, ao pecado e à sociedade perversa em que vivemos.

Não conhecerão o reino de DEUS aqueles que raramente oram, que transigem com o mundo, que negligenciam a Palavra e que têm pouca fome espiritual. É para crentes como José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estêvão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13,14); inclusive mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14,15,40).

 

O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.

 

O CRENTE E OS DEMÔNIOS. (1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o ESPÍRITO SANTO, pode ficar endemoninhado; i.e.: o ESPÍRITO e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 .). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do ESPÍRITO SANTO (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).

JESUS prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do ESPÍRITO SANTO (ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.

Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de DEUS (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a DEUS para que recebam perdão e santificação mediante a fé em CRISTO (Lc 11.22; At 26.18).

Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12).

Viver diante de DEUS uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef

. (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por DEUS para a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do ESPÍRITO SANTO (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de JESUS (At 16.16-18), ao usar a Palavra de DEUS (Ef 6.17), ao orar no ESPÍRITO (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 .; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1 .; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 87; 16.18; 19.12).

 

SINAIS DOS CRENTES

Mc 16.17,18: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes;

se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.

As Escrituras ensinam claramente que CRISTO quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de DEUS (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2 .; 10.17; Jo 14.12 .).

Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de DEUS chegou à terra com poder e que o Senhor JESUS vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38).

Cada um destes sinais (exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva: (a) falar novas línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14; FALAR EM LÍNGUAS e orar em línguas é essencial); (b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12); (c) escapar da morte por picada de serpente (At 28.3-5); e (d) curar os enfermos (At 3.1-7; 87; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).

Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de JESUS. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de JESUS (ver 1Co 1.7 .; Gl 3.5).

Os discípulos de CRISTO não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de DEUS, como fez JESUS (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.

JESUS deixa claro, em Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a CRISTO, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.

A ausência desses “sinais” na igreja, hoje, não significa que CRISTO falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme JESUS declara, está na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17 .).

CRISTO prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 10.1 .; Mc 16.16;20;

At 4.31-33).

 

(f) Orar, principalmente, para que o ESPÍRITO SANTO convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do ESPÍRITO, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).

Dizer que DEUS permite o sofrimento não significa que DEUS origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. DEUS nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13 .; Rm 8.28).

 

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados providenciais de DEUS em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela. (1) Ele deve obedecer a DEUS e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a DEUS, mediante sua vida de obediência, DEUS o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23). Semelhantemente, para o próprio JESUS desfrutar do cuidado divino

protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a DEUS e fugir para o Egito (ver Mt 2.13 .). Aqueles que temem a DEUS e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que DEUS endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7). (2) Na sua providência, DEUS dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de DEUS para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24). (3) Devemos amar a DEUS e submeter-nos a Ele pela fé em CRISTO, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28 .).

Para termos sobre nós o cuidado de DEUS quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em DEUS, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6 .). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3).

 

A VONTADE DE DEUS

Is 53.10 “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão”.

 

DEFINIÇÃO DA VONTADE DE DEUS. De modo geral, a Bíblia refere-se à vontade de DEUS em três sentidos diferentes.

A vontade de DEUS é outra maneira de se identificar a Lei de DEUS. Davi, por exemplo, forma um paralelo entre a frase “tua lei” e “tua vontade” no Sl 40.8. Semelhantemente, o apóstolo Paulo considera que, conhecer a DEUS é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm 2.17,18). Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos instrui no caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a vontade de DEUS”. “Lei” significa essencialmente “instrução”, e inclui a totalidade da Palavra de DEUS.

Também se emprega a expressão “a vontade de DEUS” para designar qualquer coisa que Ele explicitamente quer. Pode ser corretamente designada de “a perfeita vontade” de DEUS. E a vontade revelada de DEUS é que todos sejam salvos (1Tm 2.4; 2Pe 3.9) e que nenhum crente caia da graça (ver Jo 6.39 .). Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que DEUS deseja a salvação de todos.

Finalmente, a “vontade de DEUS” pode referir-se àquilo que DEUS permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje especificamente que ocorra. Tal coisa pode ser corretamente chamada “a vontade permissiva de DEUS”. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária à perfeita vontade de DEUS (e.g., o pecado, a concupiscência, a violência, o ódio, e a dureza de coração), mas Ele permite que o mal continue por enquanto. A chamada de Jonas para ir a Nínive fazia parte da perfeita vontade de DEUS, mas sua viagem na direção oposta estava dentro de sua vontade permissiva (ver Jn 1). Além disso, a decisão de muitas pessoas permanecerem sem salvação é permitida por DEUS. Ele não impõe a fé aos que recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas aflições e males que nos acometem são permitidos por DEUS (1Pe 3.17;, mas não é desejo seu que soframos (ver 1Jo 5.19; 5.20).

 

A INTERCESSÃO

Dn 9.3 "E eu dirigi o meu rosto ao Senhor DEUS, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.”

Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a DEUS em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO.

JESUS, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

Um aspecto permanente do ministério atual de CRISTO é o de interceder pelos crentes diante do trono de DEUS (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 .); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com o Pai” (ver 1Jo 2.1 .). A intercessão de CRISTO é essencial à nossa salvação (cf. Is

. Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado.

O ESPÍRITO SANTO também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26 .). O ESPÍRITO SANTO, através do espírito do crente, intercede “segundo DEUS” (Rm 8.27). Portanto, CRISTO intercede pelo crente, no céu, e o ESPÍRITO intercede dentro do crente, na terra.

 

A INTERCESSÃO DO CRENTE. A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.

No AT, os líderes do povo de DEUS, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para DEUS alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, DEUS falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, DEUS lhe disse: “Conforme à tua palavra, lhe perdoei” (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5;. Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).

 

A ORAÇÃO EFICAZ

lRs 18.42b-45 “Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço:

Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse:

Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe:

Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”.

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a DEUS (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de DEUS (Hb 10.22).

 

MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de DEUS orar.

Antes de tudo, DEUS ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor JESUS (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). DEUS aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.

A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o ESPÍRITO SANTO lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).

DEUS, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, DEUS se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de DEUS se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11 .). Por exemplo: DEUS quer enviar obreiros para evangelizar. CRISTO ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de DEUS sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de DEUS para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

 

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. JESUS declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”

(Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).

Além disso, a oração deve ser feita em nome de JESUS. O próprio JESUS expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13 .).

A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de DEUS. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14).Uma das petições da oração modelo de JESUS, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio JESUS no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de DEUS, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de DEUS constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o DEUS de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor DEUS de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).

Não somente devemos orar segundo a vontade de DEUS, mas também devemos estar dentro da vontade de DEUS, para que Ele nos ouça e atenda. DEUS nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33 .). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22 .). Obedecer aos mandamentos de DEUS, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em CRISTO, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a DEUS — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. DEUS tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o

Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17 .). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 .). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de DEUS arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc

. Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33).

Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 .). A instrução de JESUS: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 .). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 .; 1Ts 5.17 .). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a DEUS, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11 .). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para DEUS devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17J7-23).

 

PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a DEUS com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a DEUS (Sl 100.4; Mt

25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) DEUS também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp

.         (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19;Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).

Como devemos orar? JESUS acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm

ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do ESPÍRITO (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o ESPÍRITO levará a DEUS esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 .).

Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl

,         curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).

 

EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ. A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.

Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais DEUS atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.

Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; DEUS atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).

DEUS respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao DEUS de Israel (17-18; Tg 5.17,18).

O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a DEUS para que prolongasse sua vida. DEUS mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).

Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e DEUS atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).

Os cristãos primitivos oraram incessantemente a DEUS pela libertação de Pedro da prisão, e DEUS enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5 .). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia

 

O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com JESUS em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a JESUS para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que JESUS abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de JESUS em favor deles (Mt 20.20,21).

A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm

2.1-3).

O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

 

PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA. Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de DEUS intercediam para que DEUS sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8). Os intercessores também oravam para que o poder do ESPÍRITO SANTO viesse sobre os crentes (At 17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para DEUS dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp

11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a DEUS (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de DEUS para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.

 

FAZENDO A VONTADE DE DEUS. O ensino bíblico a respeito da vontade de DEUS não expressa apenas uma doutrina. Afeta a nossa vida diária como crentes.

Primeiro, devemos descobrir qual é a vontade de DEUS, conforme revelada nas Escrituras. Como os dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável vontade de DEUS (Ef 5.17).

Uma vez que já sabemos como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a DEUS que lhe ensine a “fazer a tua vontade” (Sl 143.10). Ao pedir, igualmente, que o ESPÍRITO o guie “por terra plana”, indica que, em essência, está rogando a DEUS a capacidade de viver uma vida de retidão. Semelhantemente, Paulo espera que os cristãos tessalonicenses sigam a vontade divina, evitando a imoralidade sexual, e vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.3,4). Noutro lugar, Paulo ora para que os cristãos recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina, a fim de viverem “dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).

Os crentes são exortados a orarem para que a vontade de DEUS seja feita (cf. Mt 6.10; 26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a perfeita vontade de DEUS, e ter o propósito de cumprí-la em nossa vida e na vida de nossa família (ver Mt 6.10 .). Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos total confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai (cf. At 18.21; 1Co 4.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa vida, e rebelião contra a sua Palavra, DEUS não atenderá as nossas orações. Não poderemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não ser que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.

Finalmente, não podemos usar a vontade de DEUS como desculpa pela passividade, ou irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a mornidão espiritual. É Satanás, e não DEUS, o culpado por essa era maligna, com a sua crueldade, maldade e injustiça (ver 1Jo 5.19 .). É também Satanás quem causa grande parte da dor e sofrimento no mundo (cf. Jó 1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7). Assim como JESUS veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8, assim também é da vontade explícita de DEUS que batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do ESPÍRITO SANTO (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8).

 

VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL. Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para triunfar sobre tal situação?

Primeiro: examinar as várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.

Creia que DEUS se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (ver Rm 8.36 .; 2Co 1.8-10 .; Tg 5.11 .; 1Pe 5.7 .). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que DEUS não lhe ama, nem rejeitá-lo como seu Senhor e Salvador.

Recorra a DEUS em oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).

Confie que DEUS lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13;

2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (ver 2Co 4.7 .).

Leia a Palavra de DEUS, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11;

16; 23; 27; 40; 46; _61; 91; 121; 125; 138).

Busque revelação e discernimento da parte de DEUS referente à sua situação específica — mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do ESPÍRITO SANTO ou o conselho de um santo e experiente irmão.

Se o seu sofrimento é de natureza física, atente para os passos expostos no estudo A CURA DIVINA ABAIXO.

 

A CURA DIVINA

Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. ”

A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS. (1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11: At 19.11,12).

A provisão de DEUS através da redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda. Para o pecado, DEUS provê o perdão; para a morte, DEUS provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, DEUS provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, JESUS ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de DEUS, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de DEUS (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).

 

A REVELACÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA. A vontade de DEUS no tocante à cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.

A declaração do próprio DEUS. Em Êx 15.26 DEUS prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26, .). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidade porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]”. DEUS continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).

O ministério de JESUS. JESUS, como o Filho encarnado de DEUS, era a exata manifestação da natureza e do caráter de DEUS (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). JESUS, no seu ministério terreno (4.23,24;

16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de DEUS na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de DEUS curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.

A provisão da expiação de CRISTO. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de CRISTO foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo.

Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por DEUS para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de CRISTO, inclusive a cura do corpo.

O ministério contínuo da igreja. JESUS comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de DEUS (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que JESUS iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de DEUS e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg

16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta “oração da fé”.

 

IMPEDIMENTOS À CURA. Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:

(1) pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, DEUS resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).

 

O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA.

 O que deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?

Ter a certeza de que está em plena comunhão com DEUS e com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7 .).

Buscar a presença de JESUS na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20, . sobre a fé verdadeira).

Encher sua mente e coração da Palavra de DEUS (Jo 15.7; Rm 10.17).

Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças DEUS quer efetuar na sua pessoa.

Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).

Cultuar a DEUS nos cultos em que há alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. Atos  5.15,16; 8.5-7).

Ficar na expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de CRISTO (7.8; 19.26).

Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).

Saber que a demora de DEUS em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, DEUS tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).

Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, DEUS nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).

Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).

 

No sofrimento, lembre-se da predição de CRISTO, de que você terá aflições na sua vida como crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “DEUS limpará de seus olhos

toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4).

 

4.13 ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de DEUS que o sofrimento pela causa de CRISTO faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver Mt 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34; ver a próxima .). Daí, não se deve invejar os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.

 

4.14 O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a CRISTO são bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o ESPÍRITO SANTO estará com eles de modo especial. Suas vidas estarão cheias da presença do ESPÍRITO SANTO para neles operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da glória do céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).

 

4.17 QUE COMECE O JULGAMENTO PELA CASA DE DEUS.

O JULGAMENTO DO CRENTE

2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”

A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de CRISTO”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.

Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14 .).

Esse julgamento ocorrerá quando CRISTO vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 .; cf. 1Ts

4.14-17).

 O juiz desse julgamento é CRISTO (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).

A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.

Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. DEUS examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade, (a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d) nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos (1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.234.1) e (h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).

Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a DEUS (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).

As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por DEUS e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).

Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).

A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).

1 Pedro 4.1,2,8-10; 5

 

 

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Um dos aspectos, ou atributos, ou qualidades do Fruto do ESPÍRITO é a Alegria concedida pelo ESPÍRITO SANTO que em nós mora.

 

A alegria abundante que vem de DEUS pode ser encontrada mesmo em meio ao sofrimento. Não se trata de uma alegria superficial ou baseada em circunstâncias favoráveis, mas sim de uma alegria profunda e duradoura, fundamentada na fé e na confiança em DEUS. Essa alegria pode ser cultivada através da gratidão, da busca por propósito em meio às dificuldades e da certeza de que DEUS age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam. 

Alegria e Sofrimento: Uma Perspectiva Bíblica

A Bíblia nos ensina que a alegria verdadeira não é a ausência de sofrimento, mas sim a presença de DEUS em nossas vidas, mesmo quando enfrentamos provações. O apóstolo Paulo, em suas cartas, fala sobre se alegrar sempre, mesmo em meio a perseguições e dificuldades. Ele mesmo experimentou a alegria de DEUS em situações de sofrimento, como quando estava preso e louvava a DEUS. 

Como Encontrar Alegria no Sofrimento:

1. Foco em DEUS:

Alegria verdadeira é uma consequência da nossa relação com DEUS e não das circunstâncias. 

2. Gratidão:

Mesmo em meio ao sofrimento, podemos encontrar motivos para agradecer a DEUS pelas bênçãos que já temos e reconhecer que há um propósito para tudo. 

3. Propósito:

Acreditar que DEUS age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e que há um propósito em cada provação pode trazer consolo e alegria. 

4. Comunhão:

Compartilhar a dor e buscar apoio em comunidades de fé e em amigos pode trazer um senso de esperança e alegria. 

5. Perdão:

O perdão, tanto de si mesmo quanto dos outros, pode ser um caminho para a cura e a alegria. 

A Alegria Abundante de DEUS:

A alegria abundante que DEUS oferece não é apenas um sentimento passageiro, mas uma força que nos capacita a enfrentar as dificuldades da vida com esperança e confiança. É uma alegria que transcende as circunstâncias e nos permite encontrar significado e propósito mesmo em meio ao sofrimento. 

Em resumo, a alegria abundante de DEUS é uma realidade acessível a todos que buscam Nele, mesmo em meio ao sofrimento. Ela se manifesta através da gratidão, do propósito, da comunhão e da certeza de que DEUS está conosco em todos os momentos. 

 

SOFRIMENTO - Enciclopédia Ilúmina Gold

ENTENDENDO O SOFRIMENTO

LEITURA BÍBLICA: Mateus 16:21-28

VERSÍCULO CHAVE: Desde então começou JESUS CRISTO a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. (Mateus 16:21)

 

NEM SEMPRE O SOFRIMENTO E EVITÁVEL

Pedro, o amigo de JESUS e seguidor devotado, tentou protegê-lo do sofrimento que tinha sido profetizado. No entanto, se JESUS não tivesse sofrido e morrido, Pedro (e nós) teríamos morrido em NOSSO pecado. Tenha cuidado com conselhos de amigos que dizem, "com certeza DEUS não quer que você passe por isso." Geralmente as nossas tentações mais difíceis vêm daqueles que nos amam e tentam nos proteger de todo perigo e desconforto.

 

LEITURA BÍBLICA: Marcos 9:1-13

VERSÍCULO CHAVE: Respondeu-lhes JESUS: Na verdade Elias havia de vir primeiro, a restaurar todas as coisas; e como é que está escrito acerca do Filho do homem que ele deva padecer muito a ser aviltado? Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo quanto quiseram, como dele está escrito. (Marcos 9:12-13)

 

DEUS NÃO É IMUNE AO SOFRIMENTO

Era difícil para os discípulos entenderem a ideia que o seu Messias teria que sofrer. Os judeus que estudaram as profecias do Velho Testamento esperavam que o Messias fosse um grande rei como Davi, que destruiria o seu inimigo, Roma. Sua visão era limitada ao seu próprio tempo e experiência. Eles não conseguiam entender que os valores do reino eterno de DEUS eram diferentes dos valores do mundo. Eles queriam um alívio de seus problemas presentes. Mas a libertação do pecado é muito mais importante do que a libertação do sofrimento físico ou opressão política. O nosso entendimento e a nossa apreciação por JESUS tem que ir além o que ele pode fazer por nós aqui e agora.

 

LEITURA BÍBLICA: João 9:1-41

VERSÍCULO CHAVE: "Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu JESUS: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de DEUS."(João 9:2-3)

 

O SOFRIMENTO NEM SEMPRE É RESULTADO DO PECADO

Havia uma crença comum na cultura judaica que dizia que a calamidade e o sofrimento eram resultado de algum grande pecado. No entanto, JESUS usou o sofrimento de um homem para ensinar sobre fé e para glorificar a DEUS. Nós vivemos num mundo caído que o bom comportamento nem sempre é recompensado e o mau comportamento não é sempre castigado. Portanto, às vezes pessoas inocentes sofrem. Se DEUS tirasse o sofrimento sempre que pedíssemos, nós o seguiríamos pelo conforto e pela conveniência, e não por amor e devoção. Apesar das razões de nossos sofrimentos, JESUS tem o poder de nos ajudar a lidar com ele. Quando você sofre de uma doença, uma tragédia ou uma deficiência, tente não perguntar "Porque que isso aconteceu comigo?" ou "O que que eu fiz de errado?" Ao invés disso, peça a DEUS para que Ele te dê força para continuar e uma perspectiva mais clara sobre o que está acontecendo E CONFIAR EM SUA PROVIDÊNCIA E CURA.

LEITURA BÍBLICA: 1Tessalonicenses 3:1-8

VERSÍCULO CHAVE: "Pelo que, não podendo mais suportar o cuidado por vós, achamos por bem ficar sozinhos em Atenas, e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de DEUS no evangelho de CRISTO, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé; para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos destinados;" (1 Tessalonicences 3:1-3)

 

DEUS USA O SOFRIMENTO

Alguns acreditam que problemas são sempre causados por pecado ou por falta de fé. Julgamentos podem ser uma parte do plano de DEUS para aqueles que crêem. Passar por problemas e perseguições pode construir o caráter (Thiago 1:2-4), a paciência (Romanos 5:3-5) e a sensibilidade para com outros que também que também estão encarando problemas (2 Coríntios 1:3-7). Problemas são inevitáveis para o povo de DEUS. Seus problemas podem ser um sinal de vivência cristã efetiva.

DEUS NÃO ESPERA QUE NÓS GOSTEMOS DO SOFRIMENTO

Após somente alguns dias depois de JESUS falar aos seus discípulos que orassem para que eles escapassem da perseguição, JESUS em si pediu a DEUS que o livrasse da agonia da cruz, se essa fosse a vontade de DEUS (Lucas 22:41-42). É anormal alguém querer sofrer, mas como seguidores de JESUS nós temos que estar prontos para sofrer se isso for ajudar a construir o reino de DEUS. Nós temos duas promessas maravilhosas para nos ajudar enquanto sofremos: DEUS sempre estará conosco (Mateus 28:20) e ele um dia nos resgatará e nos dará a vida eterna (Apocalipse 21:1-4).

LEITURA BÍBLICA: Hebreu 2:5-18

VERSÍCULO CHAVE: "Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." (Hebreus 2:18)

ATRAVÉS DE SEU SOFRIMENTO, JESUS SE IDENTIFICA COMPLETAMENTE CONOSCO

Como que JESUS se aperfeiçoou através do sofrimento? O sofrimento de JESUS o fez um grande líder, ou pioneiro, de nossa salvação. JESUS não precisava sofrer por sua própria salvação, pois ele era DEUS na forma de humano. Sua obediência perfeita (que o levou a sofrer) demonstra que ele era o sacrifício completo por nós. Através do sofrimento JESUS completou-se a obra necessária para a nossa própria salvação. O nosso sofrimento pode nos fazer servos mais sensíveis de DEUS. Pessoas que conheceram o sofrimento conseguem ajudar com mais compaixão as pessoas que estão sofrendo. Se você já sofreu, pergunte a DEUS como que a sua experiência pode ajudar aos outros.

 

JESUS ENTENDE O NOSSO SOFRIMENTO

Saber que CRISTO sofreu dor e encarou tentações nos ajuda a encarar os nossos próprios problemas. JESUS entende a nossa luta porque ele as encarou como ser humano. Podemos confiar que CRISTO vai nos ajudar a sobreviver o sofrimento e vencer a tentação. Quando você estiver enfrentando problemas, vá a JESUS para conseguir força e paciência. Ele entende suas necessidades e é apto para ajudar (veja Hebreus 4:14-16).

 

Hebreus 5:1-10

"ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu;" (Hebreus 5:8)

 

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SOFRIMENTO - Dicionário Bíblico Wycliffe

A Realidade do Sofrimento

Na Bíblia Sagrada, tanto o homem como toda a criação física são mencionados como sofredores. O homem sofre de calamidades físicas que resultam de alguma maldição - como tempestades, secas, calor, frio, guerras, escassez, doenças etc. - assim como dos efeitos de seus próprios pecados individuais. A criação sofre, como nos ensina Paulo, da maldição que DEUS colocou no mundo por causa do pecado do homem (Gn 3.14-19). Ele diz: "Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de DEUS", e a "adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"(Rm8.19ss.).

Isso acontecerá quando os santos receberem o seu corpo ressuscitado por ocasião da vinda de CRISTO para os seus no arrebatamento (Rm 8.18-23; 1 Ts 4.14-18; 1 Co 15.20-55). Isaías prenunciou o que isso significaria para a natureza, particularmente para os animais, no milênio (Is 11.6-9; 65.25).

 

Causas do Sofrimento

Pecado. O pecado trouxe incontáveis sofrimentos à humanidade, assim como a toda a criação. Quando o homem pecou, toda sua natureza tornou-se completamente corrupta, levando àqueles sofrimentos que atingem o homem como resultado de sua natureza pecaminosa (Rm 7.15ss.). Além disso, os pecados individuais levam a complexos de culpa (SI 32; 51) e a dolorosos ataques de remorso revelados em vários Salmos (28; 32; 77), onde Davi descreve sua angústia e arrependimento. Muitos se deixam dominar pelo temor por causa de seus imperdoáveis pecados, e isso pode levar a consequências muito graves para a saúde do indivíduo na forma de doenças psicossomáticas, isto é, doenças físicas provocadas por dificuldades psicológicas e emocionais.

 

A maldição. Esta foi lançada por DEUS contra a terra por causa do pecado do homem. Tudo que DEUS havia feito era bom, como ficou provado pelo fato de que Ele reviu sua obra seis vezes e, em cada uma delas, considerou-a boa (Gn 1.4,10,12,18,21,25). O Senhor, então, colocou o homem sobre a terra e considerou que tudo era "muito bom" (Gn 1.31). A queda do homem trouxe enfermidades, corrupção e morte. Ela também levou a perturbações e desordens no reino animal, que aguardam sua eliminação por ocasião da segunda vinda de CRISTO, segunda fase (Is 11.6-9; 65.25; Rm 8.18-23) e iniciação do milênio. O esforço e a lida enfadonha são as consequências da maldição que pesa sobre o homem e seu trabalho para obter o alimento e se vestir (Gn 3.18,19).

 

Enfermidades. Uma das coisas a ser removida quando o homem receber sua plena redenção será o sofrimento causado pelas enfermidades. Isso ocorrerá primeiramente com aqueles que receberem o corpo ressuscitado no arrebatamento, como foi revelado em 2 Coríntios 4.16-5.4; Filipenses 3.20,21; Romanos 8.18,23. Esta será a porção de todos os redimidos no novo céu e na nova terra (Ap 22.2; cf. Ez 47.12).

 

O Propósito de DEUS ao Permitir o Sofrimento

O sofrimento suportado pela criação. De acordo com Romanos 8.18-23, DEUS sujeitou a natureza à desgraça e ao sofrimento causados pela maldição "em esperança", isto é, como um meio para se alcançar um verdadeiro objetivo primeiramente no Milénio e, em seguida, no novo céu e na nova terra.

 

O propósito direto de DEUS para o homem.

O sofrimento pode ser uma advertência de que o homem está desobedecendo às leis estabelecidas por DEUS. Tudo que o homem semear, isto ele colherá (Gl 6.7-9). Ao mesmo tempo, o homem pode colocar-se em uma posição de desafio e rebeldia para com as leis, assim como Israel fez tantas vezes (Hb 3.7-15).

 

O sofrimento pode ser o resultado do castigo de DEUS por causa do pecado do homem.

Davi sofreu muito quando experimentou o castigo de DEUS pelos seus pecados de adultério e homicídio, depois que tomou a esposa de Urias, o heteu, e mandou matá-lo (2 Sm 12.7-12). Israel sofreu junto com o seu rei quando DEUS castigou Davi por causa de sua desobediência ao contar o povo (2 Sm 24.1-17; 1 Cr 21.8-17).

 

Punição.

A punição faz parte do treinamento de um filho, particularmente de um filho de DEUS. Todos os crentes a quem DEUS ama devem sofrer punição e disciplina (Hb 12.5-11; cf. 1 Co 11.31,32; 1 Pe 4.16,17).

 

Para desenvolver o caráter.

Paulo diz: "A tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado" (Rm 5.3-5). Dessa forma, o sofrimento é enviado ao crente para o desenvolvimento de seu caráter. Muitas vezes pensamos apenas naquilo que podemos fazer pelo Senhor como seus servos e ganhadores de almas, e nos esquecemos daquilo que precisamos que Ele faça em nossa vida para desenvolver o nosso caráter. Portanto, o sofrimento é usado por DEUS para desenvolver a fé, a humildade, a paciência e outras virtudes. DEUS reservou tarefas eternas para os seus redimidos, mas o crente pode participar delas desde que esteja suficientemente amadurecido em seu caráter através das punições e sofrimentos (Jó 23.10; Tg 1.2-12).

 

O eterno valor do sofrimento.

Os sofrimentos de cada cristão fazem parte dos sofrimentos de CRISTO (Fp 3.10. Cl 1.24; 1 Pe 4.13), pois cada um deles é parte de seu Corpo, isto é, da Igreja, que foi destinada a muitos sofrimentos. Esse sofrimento não tem o caráter de um sacrifício conciliatório, como se a cruz tivesse sido insuficiente, mas uma natureza purificadora e refinadora (1 Pe 1.7; 4.1; 5.10). Os sofrimentos de CRISTO e dos cristãos não só glorificam a DEUS no presente (1 Pe 1.7), mas também trazem ao Senhor uma glória eterna (1 Pe 1.11; Rm 8.17,18). O sofrimento paciente de uma dor injustamente infligida agrada a DEUS (1 Pe 2.19,20). CRISTO continua sofrendo através de nosso sofrimento, pois somos corpo de CRISTO na Terra.

 

O Mistério do Sofrimento

Embora as causas e o propósito do sofrimento tenham sido analisados, ainda existem muitos mistérios a esse respeito. Os sofrimentos, aos quais cada cristão está sujeito, representam um mistério para cada um no sentido de não conseguir entender porque foi escolhido para sofrer mais, ou de forma diferente dos outros. Às vezes, ele não consegue entender as imperfeições que DEUS está procurando corrigir. Em outras ocasiões, ele não entende os objetivos que DEUS está procurando fazer com que ele alcance na vida. Ninguém conhece as tarefas específicas para as quais o Senhor o está preparando, para a consecução de Sua Própria glória. A experiência de Jó é um exemplo clássico. Seus amigos tentaram racionalizar seus sofrimentos e colocar a culpa sobre ele, mas isso não serviu como resposta. Finalmente, Jó enxergou a mão de DEUS em cada detalhe na exposição de sua natureza fraca e pecaminosa (Jó 40.4) e submeteu-se à suprema autoridade e sabedoria de DEUS, da mesma forma que Paulo: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de DEUS! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" (Rm 11.33). No caso de Jó, a fé era a resposta, assim como aconteceu com Abraão e Paulo. A medida que DEUS revelou-se a Jó, a fé de Jó foi crescendo a ponto de ele exclamar: "Ainda que ele me mate, nele esperarei" (Jó 13.15, 16). Da mesma maneira, depois de anos de sofrimento, José pôde dizer a seus irmãos: "DEUS o tornou em bem" (Gn 50.20).

 

Os Sofrimentos de CRISTO

A fim de ser um sacrifício suficiente para satisfazer a justiça divina, o Senhor JESUS CRISTO precisava obedecer perfeitamente à lei de DEUS em sua vida, ser "um que, como nós, em tudo foi tentado, mas, sem pecado" (Hb 4.15), passar por toda sorte de testes, oposições e rejeições para, finalmente, suportar cruéis açoites, agressões e zombarias em seu julgamento perante Caifás, Pôncio Pilatos e Herodes. Depois Ele precisou morrer a mais dolorosa das mortes ao ser pregado em uma cruz de madeira, sentindo seu corpo torturado pela dor, sua boca pela sede e sua alma pelos insultos e pela zombaria. No entanto, tudo isso tinha um propósito, pois sobre aquela cruz Ele carregava o castigo da lei que os homens haviam descumprido, e também os pecados de cada ser humano em seu próprio corpo. Portanto, Paulo podia escrever: "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Co 5.21).

Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. Hebreus 10:14

E o DEUS de toda a graça, que em CRISTO JESUS nos chamou à sua eterna glória, depois de havermos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça.  

 

1 Pedro 5:10

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de CRISTO. 2 Coríntios 12:9

 

Suportar a Cruz

Esta expressão refere-se àquele sofrimento individual e particular que CRISTO espera que cada crente possa suportar, à medida este morre para si mesmo e para os seus próprios desejos e vontades a fim de viver como CRISTO deseja que ele viva. O Senhor JESUS disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia sua cruz, e siga-me" (Lc 9.23; cf. Mt 16.24). Isso deve ser feito diariamente, isto é, todas as vezes que a tentação de sucumbir venha à sua mente. O crente deve negar sua "carne", ou sua antiga natureza egoísta, e seguir o caminho que CRISTO lhe ordenou com o seu sofrimento peculiar, que é o que dá uma forma especial àquela cruz.

 

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Lição 4, Alegria, Aspecto do Fruto do ESPÍRITO

1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)

Figuras da Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-4-alegria-fruto-do.html

 “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.” (Fp 4.4)

Regozijar - χαιρω chairo
1) regozijar-se, estar contente
2) ficar extremamente alegre
3) estar bem, ter sucesso
4) em cumprimentos, saudação!
5) no começo das cartas: fazer saudação, saudar

  A alegria, fruto do ESPÍRITO, não depende de circunstâncias.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 16.20-24
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 - A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. 22 - Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará. 23 - E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. 24 - Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.

 O crente tem a alegria do ESPÍRITO apesar das circunstâncias.

ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
1. A alegria do Senhor.

2. A fonte da nossa alegria.

3. A bênção da alegria.

A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA

1. A alegria no viver.

2. Alegria no servir.

3. Alegria no contribuir.

 

O que é a alegria do ESPÍRITO?
A alegria do ESPÍRITO é um estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com DEUS.
Qual é a fonte de nossa real alegria?
DEUS é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos.
  

VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Henrique

 Nossa verdadeira e humilde atitude deveria ser:

Eu não tenho conseguido me entregar ao ESPÍRITO SANTO de maneira que as qualidades do ESPÍRITO SANTO apareçam em meu caráter.

Eu vejo em mim todas as obras da carne e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO tenho lutado contra essas e algumas vezes reconheço que tenho perdido a batalha, pois deixei de seguir a orientação do ESPÍRITO. Porém, em CRISTO, sou mais doque vencedor. Mantendo íntima comunhão com DEUS venço todas as batalhas que me são impostas.

 

 Alegria – regozijo - Dicionário Bíblico Wycliffe

A alegria está irreparavelmente  ligada à vida do povo de DEUS no AT e no NT (Dt 12.6,12; Fp 4.4). Ela caracteriza as hostes celestiais diante do trono de DEUS (Ap 19.6,7), e a vida consagrada dos cristãos na terra com a sua esperança da futura glória (1 Pe 4.13).

No AT, a alegria é revelada por numerosos sinônimos, significando uma transbordante adoração na presença de DEUS, particularmente nos louvores. Muitas vezes, esse exuberante prazer é demonstrado pelos gritos, pelas palmas e pela dança. DEUS é a fonte e o motivo desta alegria (Sl 35.9,10). Especialmente nos Salmos, essa exultante satisfação é enfatizada pela proximidade de DEUS (Sl 16.11), pelo seu perdão (Sl 51.8,15), pelo seu constante amor (Sl 31.7), pela sua Palavra (Sl 119.14) e pelas suas promessas (Sl 106.5). A alegria deve ser a característica da Era Messiânica e do cumprimento da esperança de Israel (Is 35; 55.12; 65.18,19).

As principais palavras do NT (gr. chara e chairo) vêm da mesma raiz de “graça” (charis). O ministério do Senhor JESUS é descrito como a alegria do noivo juntamente com os seus amigos (Jo 3.29; cf. Mc 2.19). Ele mesmo transmite a sua profunda alegria interior ao crente (Jo 15.11; 16.24; 17.13). Sua alegria representava a constante satisfação de se fazer a vontade de DEUS (Sl 40.8), o seu absoluto auto sacrifício dedicado a DEUS Pai. Lucas enfatiza particularmente a alegria no ministério do Senhor JESUS (Lc 10.17; 13.17; 15.5,6,10; 19.37), e também na pregação do Evangelho (“boas novas” ou “novas de grande alegria”) com as suas conversões (At 8.8; 13.48,52; 15.3). Paulo lista a alegria na descrição do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22), e a descreve como o resultado da proximidade de DEUS com aqueles a quem Ele graciosamente justificou em CRISTO (Rm 5.20). Ela se expressa constantemente em relação aos outros (Fp 1.26; 2.2), na feliz obediência que se origina do amor que está presente na comunhão da igreja.

Dessa maneira, a alegria vem da presença do ESPÍRITO SANTO que habita no interior de cada crente na comunidade cristã, e é uma característica básica do reino de DEUS (Rm 14.17; cf. 15.13; 1 Ts 1.6). A alegria cristã é duradoura porque está baseada em um correto relacionamento com DEUS, através de JESUS CRISTO. Entretanto, a sua expressão mais notável ocorre nos momentos de sofrimento por amor a CRISTO (Mt 5.12; At 5.41; Rm 12.12; Cl 1.24; 1 Pe 4.13). Ele foi à cruz pelo gozo (alegria) que lhe estava proposto (Hb 12.2). O NT é iniciado com coros angelicais que cantam alegremente pelo nascimento de CRISTO, e termina com uma alegre exclamação que demonstra a exaltação de seu reino. Na versão KJV em inglês, o verbo grego kauchaomai, que significa “exultar, vangloriar”, é traduzido muitas vezes como “alegrar” (Rm 5.11) ou “regozijar” (Rm 5.2; Fp 3.3; Tg 1.9; 4.16) e os substantivos kauckema e kauchesis como “regozijo”, Essa raiz sugere alegria no sentido de uma orgulhosa confiança (2 Co 1.12) ou ainda “glorificar” ou “vangloriar” (2 Co 7.4; 8.24 etc.). F. P.

 

Alegria 

A segunda manifestação do fruto do ESPÍRITO é alegria . Chara ( alegria ) é utilizado cerca de 70 vezes no Novo Testamento, sempre para significar um sentimento de felicidade que é baseado em realidades espirituais. Alegria é o deep-down, sensação de bem-estar sendo que habita no coração da pessoa que sabe que tudo está bem entre ele e o Senhor. Não é uma experiência que vem de circunstâncias favoráveis ​​ou até mesmo uma emoção humana que é divinamente estimulados. É um presente de DEUS para os crentes. Como Neemias, declarou: "A alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8:10). Alegria é uma parte da própria natureza e de DEUS ESPÍRITO que Ele se manifesta em seus filhos.

Falando de como nos sentimos a respeito do Senhor JESUS CRISTO, Pedro escreveu: "Ainda que você não O tenha visto, você o ama, e ainda que você não O veja agora, mas acredita Nele, exultais com alegria indizível e cheia de glória" (1 Pe. 1:8). Alegria é o excesso inevitável de receber JESUS CRISTO como Salvador e do crente de conhecer a Sua presença contínua.

Alegria não só não vem de circunstâncias humanas favoráveis, mas às vezes é maior quando essas circunstâncias são as mais dolorosas e graves. Pouco antes de sua prisão e crucificação, JESUS disse aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo que, que vocês vão chorar e lamentar, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria" (João 16:20). Para ilustrar essa verdade JESUS comparou a divina alegria para uma mulher em trabalho de parto. "Ela tem tristeza, porque é chegada a sua hora; mas quando ela dá à luz a criança, ela não se lembra da angústia mais, por causa da alegria que trazer uma criança ao mundo. Por isso vocês agora também tendes tristeza;. Mas eu vou estar com vocês novamente, e seus corações se alegrarão, e ninguém tirará essa alegria  de vocês" (vv. 21-22).

A alegria de DEUS é completa, completa em todos os sentidos. Nada de humano ou circunstancial pode completá-la ou afastar-se dela. Mas não é cumprida na vida de um crente, exceto através da dependência e obediência ao Senhor. "Pedi e recebereis", JESUS passou a explicar, "que a vossa alegria seja completa" (João 16:24). Uma das motivações de João ao escrever sua primeira epístola foi ensinar que nossa alegria pode "ser feita completa" (1 João 1:4).

O próprio JESUS é mais uma vez o nosso exemplo supremo. Ele era "um homem de dores, e experimentado no sofrimento" (Isaías 53:3; cf. Lc 18:31-33), mas, assim como Ele havia prometido para seus discípulos, Sua tristeza se transformou em alegria. "Para o gozo que lhe [Ele], suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de DEUS" (Heb 12:2). Apesar do mal-entendido, a rejeição, o ódio e a dor que Ele suportou dos homens, enquanto encarnado entre eles, o Senhor nunca perdeu a sua alegria no relacionamento que teve com seu pai. E que alegria Ele dá a cada um de Seus seguidores.

Apesar da alegria ser um dom de DEUS através de Seu ESPÍRITO para aqueles que pertencem a CRISTO, ela também é um mandamento para nós. "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez eu vou dizer: alegrem-se! “Paulo ordena (Fp 4:4; cf. 3:1). Porque a alegria vem como um presente dEle, o comando, obviamente, não é para os crentes fabricarem ou tentar imitá-la. O comando é aceitar com gratidão e deleitar-se com esta grande bênção que já possuem. "Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO" (Rom 14:17).

 

RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE

Existe alegria da alma e do ESPÍRITO. A alegria que vem do fruto do ESPÍRITO é espiritual, portanto, sobrepõe a alegria da alma, sobrepõe os sentimentos, sobrepõe as aflições, angústias e todas as circunstâncias adversas que possam ocorrer.

ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
A alegria do Senhor.

A alegria, qualidade ou virtude do fruto do ESPÍRITO, independe do que está acontecendo a nossa volta. O crente pode estar alegre mesmo estando preso numa cadeia, como aconteceu com Paulo, quando escreveu aos filipenses. essa alegria é provinda da comunhão e intimidade com o ESPÍRITO SANTO. O crente que está alegre espiritualmente não se entristece com as circunstâncias a sua volta. A situação moral, espiritual ou material dos outros não pode abalar sua alegria com DEUS. A alegria da certeza da salvação e da viva esperança do arrebatamento não podem ser subjugadas pelos problemas da vida.

 

A fonte da nossa alegria.

ALEGRIA DO ESPÍRITO - Milagre de DEUS, vem de DEUS, é sobrenatural, é pura, é perfeita. Tiago nos revela que DEUS é a fonte de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17).

É um milagre de DEUS - Vem do ESPÍRITO SANTO, não é nossa, não vem de nós - DEUS é a fonte da Alegria Verdadeira.

 Tg 1.17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.

 

A bênção da alegria.

Segredos conhecidos, mas pouco praticados para se ter uma vida alegre com DEUS - oração, a leitura da Palavra, o jejum e o evangelismo.

Dois tipos de alegria - da alma e do ESPÍRITO.

ALEGRIA DA ALMA - Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16.11; Rm 14.17).

חדוה chedvah
1) alegria, contentamento

Dicionário Português - Qualidade de alegre. 2. Contentamento. 3. Tudo o que alegra. 4. Divertimento, festa.

Ne 8.10 Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.

 

ALEGRIA DO ESPÍRITO

χαρα chara
1) alegria, satisfação
1a) a alegria recebida de você
1b) causa ou ocasião de alegria
Rm 14.17 Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO.

 

A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA

A alegria no viver.

Seja alegre todo tempo e em todo tempo. A alegria vem em abundância sobre aqueles que estão em comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Estão ocupados na obra de DEUS. praticam a oração em abundância, bem como o estudo da Palavra de DEUS, o jejum e o evangelismo.

 

Alegria no servir.

JESUS é o modelo de serviço a todos e principalmente a DEUS. Por isso mesmo o PAI também se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17).

Servir a DEUS e a nosso próximo é dever de todos nós, pois o amor de DEUS nos constrange a isto. Representamos JESUS aqui na terra e devemos fazer as mesmas obras que ELE fez e até maiores.

Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12

 

Alegria no contribuir.

Nunca escolha o pior para DEUS, isso é o que fazem os tolos. Na hora de contribuir com suas ofertas, escolhem as piores notas ou até mesmo moedas para ofertarem. Querem muito de DEUS, mas dão para DEUS o seu pior. A oferta deve ser dada com alegria e agradecimento a DEUS que nos deu de tudo o que necessitávamos.

Quem não dizima (tendo condição de fazê-lo) e nem oferta não deveria nem entrar num templo onde se louva e adora a DEUS e se recebe de DEUS. Tudo ali foi construído com o dinheiro dos dízimos e das ofertas.

 

CONCLUSÃO

A alegria é uma felicidade interior, é a alegria do senhor que é a nossa fonte de onde jorra alegria e nos abençoa com a alegria de DEUS.

A alegria do ESPÍRITO é para ser vivida, é a alegria no servir e no contribuir, é a alegria da comunhão com DEUS. Seja feliz e alegre, você é filho(a) de DEUS.

 

Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay

ALEGRIA - chara χαρα - Alegria Do Viver

Somente quando estudamos detalhadamente o Novo Testamento descobrimos quão importante livro de alegria ele é.

No Novo Testamento o verbo chairein, que significa alegrar-se, ocorre setenta e duas vezes, e a palavra chara, que significa alegria, aparece sessenta vezes. O Novo Testamento é o livro da alegria.

A saudação grega normal, tanto na conversa quanto nas cartas, é a palavra chairein, e é geralmente traduzida simplesmente por “Saudações!”

Assim é usada na carta de Felix a respeito de Paulo, dirigida ao oficial romano Claudio Lisias (Atos 23.26). Se fossemos dar a chairein sua tradução integral e literal, teríamos: “A alegria seja contigo!” , e há certas ocasiões no Novo Testamento em que somente a tradução integral é correta.

Quando a Igreja cristã resolveu no Concilio de Jerusalém que a porta da Igreja seria aberta aos gentios, os líderes da Igreja enviaram aos cristãos gentios na Síria, Antioquia e Cilicia uma carta informando-os a respeito daquela grande decisão, e a carta começa com: “Chairein” - a alegria seja convosco! (Atos 15.23). Estava aberta a porta a alegria cristã. Quando Tiago estava escrevendo aos cristãos dispersos pelo mundo, e quando estava pensando neles como exilados da eternidade, começa sua carta: “A alegria esteja convosco!” (Tiago 1.1). Uma das últimas palavras que Paulo escreveu aos seus amigos em Corinto foi: “A alegria seja convosco, irmãos!” (2 Co 13.11). Há dois belíssimos usos desta palavra chairein em conexão com a vida de JESUS. Quando o anjo veio a Maria, a fim de contar-lhe a respeito do filho ao qual havia de dar a luz, a sua saudação foi: “A alegria seja contigo!” (Lc 1.28). E na manhã da ressurreição a saudação do CRISTO ressurreto às mulheres que tinham vindo para lamentar foi: “A alegria seja convosco” (Mt 28.9). Esta grande saudação ressoa de modo triunfante pelas páginas do Novo Testamento. Examinemos, portanto, esta alegria cristã conforme nos mostra o Novo Testamento.

(i) Devemos começar notando que a alegria é a atmosfera distintiva da vida cristã. Podemos expressá-la da seguinte maneira — sejam quais forem os ingredientes da vida cristã, e as proporções em que forem misturados, a alegria é um deles. Na vida cristã, a alegria sempre permanece como um fator constante. “Alegrai-vos no Senhor,” escreve Paulo aos seus amigos filipenses, e passa a repetir a sua ordem: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Fp 3.1; 4.4). “Regozijai-vos sempre,” escreve aos tessalonicenses (I Ts 5.16). Já foi dito que “alegrai-vos!” é sempre a ordem do dia para o crente.

Na carta aos colossenses há uma passagem muito relevante. Paulo diz aos colossenses que está orando por eles, pedindo a DEUS para que transbordem do pleno conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual, a fim de viverem de modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no pleno conhecimento de DEUS. Continua, então: “ sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade” — e então vem as palavras finais: “com alegria” (Cl 1.9-11).

Toda virtude e conhecimento devem ser irradiados com alegria; até mesmo a paciência e a perseverança, que podem ser coisas áridas e repugnantes, devem ser iluminadas com a alegria. “O reino de DEUS não é comida, nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO” escreveu Paulo aos romanos (Rm 14.17).

Não há virtude na vida cristã que não se torne radiante com a alegria; não há circunstância e ocasião que não sejam iluminadas com a alegria.

Uma vida sem alegria não é uma vida cristã, porque a alegria é um ingrediente constante na receita para a vida cristã.

Quando examinamos as referências a alegria no Novo Testamento, com toda a sua variedade e multiplicidade, elas enquadram-se num certo padrão, e nos falam acerca de certas esferas em que a alegria cristã deve ser descoberta de modo especial.

(a) Há a alegria da comunhão cristã. O Novo Testamento está cheio da alegria daquilo que pode ser chamado de “ fraternidade” . É uma alegria até semelhante à comunhão. Paulo escreve a Filemom dizendo-lhe da alegria e conforto que recebeu do amor de Filemom e ao ver o modo pelo qual os santos foram reanimados pelos cuidados amorosos dele (Fm 7). Num famoso ditado, os pagãos olhavam para a Igreja cristã e diziam: “Vede como estes cristãos amam-se mutuamente.” Nunca deve-se esquecer de que uma das maiores influências na evangelização do mundo é a visão da verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras a evangelização é a visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída. É uma alegria ainda maior gozar da comunhão cristã. Alegra o coração de Paulo o fato de seus amigos em Filipos terem se lembrado dele com suas dádivas (Fp 4.10). Ver a comunhão cristã é algo glorioso, estar envolvido nela é mais glorioso ainda. É uma alegria ver a comunhão cristã restaurada. Quando Tito voltou da igreja perturbada em Corinto com a notícia de que o problema havia sido sanado e a comunhão restaurada, Paulo regozijou-se (2 Co 7.7,13). É uma alegria experimentar a comunhão cristã restaurada. O Novo Testamento mostra a alegria de alguém ao reencontrar-se com amigos. João espera que se encontrará outra vez com seus amigos, e então sua alegria será completa (2 Jo 12).

No Novo Testamento, não existe vestígios da religião que isola o homem do seu próximo. O Novo Testamento mostra vividamente a alegria de fazer amigos, conservá-los e reencontrá-los, porque a amizade e a reconciliação entre um homem e outro refletem a comunhão e a reconciliação que há entre o homem e DEUS;

(b) Há a alegria do evangelho. Há a alegria da nova descoberta e pode ser dito que a história do evangelho começa e termina em alegria.

Foram novas de grande alegria que os anjos trouxeram aos pastores (Lc 2.10), e os sábios se alegraram quando viram a estrela que lhes contou sobre o nascimento do rei (Mt 2.10). Assim, houve alegria no início. Na manhã da Ressurreição as mulheres voltaram do túmulo após seu encontro com o Senhor Ressurreto, em temor e grande alegria (Mt 28.8). Os discípulos nem podiam acreditar nas boas novas, por causa de tanta alegria (Lc 24.41).

Quando JESUS colocou-se no meio deles, os discípulos se alegraram ao verem o Senhor (Jo 20.20). E bem no fim, conforme Lucas narra a história, após a Ascensão, os discípulos voltaram para Jerusalém com grande alegria (Lc 24.52). A história do evangelho começa, continua e termina com grande alegria. Há alegria de receber o evangelho. Foi com alegria que Zaqueu recebeu JESUS em sua casa (Lc 19.6). Os tessalonicenses receberam a palavra com alegria (1 Ts 1.6).

Repetidas vezes Atos fala a respeito da alegria que veio aos homens quando o evangelho chegou entre eles. A pregação de Filipe trouxe alegria para Samaria (At 8.8); depois do seu batismo, o eunuco etíope foi seguindo o seu caminho, cheio de jubilo (At 8.39). Havia alegria em Antioquia da Pisidia quando os gentios ouviram que o evangelho estava para sair da sinagoga e chegar a eles (At 13.48). O Novo Testamento torna claro que a conversão deve ser uma das experiências mais felizes de todo o mundo.

Há a alegria de crer. A oração de Paulo pelos cristãos em Roma é para que o DEUS da esperança os encha de todo gozo e paz em sua crença (Rm 15.13). Paulo deseja aumentar a alegria de sua fé para os filipenses (Fp 1.25). O Novo Testamento torna claro que a crença cristã é seguida pela alegria. Sempre existem aqueles que tem feito da sua religião uma agonia. Mas para o Novo Testamento, a fé e a alegria andam juntas.

Há uma certa severidade nesta alegria cristã. É uma alegria que se regozija até mesmo na disciplina e na provação. Tiago ordena que seus leitores se alegrem quando são provados (Tg 1.2). A alegria cristã é como a alegria de uma mulher de quem as dores de parto já se foram, e cujo filho chegou (Jo 16.21, 22).

É notável quão frequentemente no Novo Testamento a alegria e a aflição andam lado a lado. A despeito da perseguição, os cristãos em Antioquia ficam cheios do ESPÍRITO SANTO e de gozo (Ato 13.52).

O cristão pode ter tristezas mas também estar se regozijando (2 Co 6.10). O evangelho trouxe tribulação a Tessalônica mas também trouxe alegria (1 Ts 1.6).

Esta alegria na tribulação pode ser uma coisa muito maravilhosa, e a maravilha dela acha-se no fato de ser suportada e empreendida por amor a JESUS CRISTO. Pedro e João deixaram o Sinédrio e as suas ameaças, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de JESUS (Ato 5.41). Pedro encoraja os seus leitores, dizendo-lhes que quando sofrem estão compartilhando dos sofrimentos do próprio CRISTO (1 Pe 4.13).

A passagem mais estarrecedora no Novo Testamento acha-se em Cl 1.24 onde Paulo diz que se regozija nos seus sofrimentos. “Preencho o que resta das aflições de CRISTO, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja.” Como é que algo pode faltar, ou restar, dos sofrimentos de JESUS CRISTO? Façamos uma analogia. É possível que um cientista, um cirurgião ou um médico, no seu laboratório, centro cirúrgico ou sala de pesquisas, trabalhe com esforço e sofrimento, correndo perigo, arriscando e destruindo sua própria saúde para achar a cura ou alguma ajuda para as dores e enfermidades dos homens. Mas a sua descoberta permanece inútil a não ser que seja tirada do laboratório e colocada à disposição dos homens em todas as partes do mundo. E é bem possível que aqueles que levam a descoberta até aos homens tenham de suar, labutar, sofrer e fazer sacrifícios para torná-la disponível. É pode-se dizer com exatidão e propriedade que os sofrimentos deles para tornar a dádiva disponível aos homens preenchem e completam os sofrimentos do grande homem que fez a descoberta original. A obra de JESUS CRISTO foi realizada e completada. Mas ainda falta torná-la disponível aos homens. Repetidas vezes na história, os homens têm labutado, sofrido e morrido para contar aos outros aquilo que JESUS CRISTO fez por eles. E em seus sofrimentos podemos dizer que estão completando os sofrimentos do próprio JESUS CRISTO. Aqui está o grande pensamento inspirador afirmando que, se em qualquer tempo nosso serviço e lealdade a Ele nos custarem alguma coisa, isto quer dizer que estamos completando os sofrimentos de JESUS CRISTO. Que privilégio e mais sublime do que este? Se assim for, a alegria não poderá ser retirada de nós (Jo 16.22).

(c) Há a alegria da obra e do testemunho cristãos, Há alegria ao ver DEUS em ação. Os Setenta voltaram com alegria, porque os demônios foram derrotados no nome de JESUS CRISTO (Lc 10.17). Diante das obras maravilhosas de JESUS o povo se regozijou por causa das coisas gloriosas que estavam sendo feitas por Ele (Lc 13.17; 19.37). Há alegria ao ver o evangelho sendo anunciado. 

Barnabé ficou alegre quando viu os gentios sendo trazidos para a fé em Antioquia (Ato 11.23). O relato da propagação do evangelho trouxe muita alegria aos irmãos (Ato 15.3). O evangelho é a última coisa que algum cristão deveria guardar para si mesmo. Quanto mais o evangelho se propaga, e quanto maior for o número de pessoas que compartilham dele, maior será a sua alegria.

Há a alegria do mestre e do pregador no progresso cristão do seu povo. A notícia da obediência dos cristãos em Roma propagou-se e Paulo está alegre por causa deles (Rm 16.19). A unidade da congregação é a alegria do pastor (Fp 2.2). Mesmo em sua ausência, Paulo regozija-se na firmeza dos cristãos em Colossos e com o progresso dos cristãos de Tessalônica (Cl 2.5; 1 Ts 3.9). João se alegra quando seus filhos andam na verdade (2 Jo 4). “Não tenho maior alegria do que esta,” diz ele, “a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4).

Nunca devemos nos esquecer de que, segundo o Novo Testamento, o objetivo de toda a pregação cristã é trazer alegria aos homens. “Tenho-vos dito estas coisas,” disse JESUS, “para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.11). O objetivo de JESUS ao falar aos Seus discípulos era que tivessem o Seu gozo cumprido em si mesmos (Jo 17.13).

O alvo de João ao escrever aos seus conhecidos era que a alegria deles e a sua fossem completas (1 João 1.4). O desejo de Paulo para os coríntios era de que pudesse cooperar com eles visando a alegria (2 Co 1.24).

Paulo gostaria de ser poupado por um pouco mais de tempo a fim de que ajudasse os filipenses no seu progresso e gozo da fé (Fp 1.25).

Pode ser que um pregador tenha de despertar tristeza e arrependimento no seu povo; é possível que tenha de colocar temor nos seus corações; pode ser que tenha de levá-lo a ter auto repugnância e a se humilhar.

Mas nunca um sermão cristão pode parar aí. O sermão que deixa o homem nas trevas do desespero não é um sermão cristão, porque depois da vergonha e da humilhação do arrependimento deve haver a alegria do perdão recebido e do amor de DEUS que foi experimentado. Ninguém deve, em ocasião alguma, levantar-se no fim de um culto cristão sem a possibilidade de a alegria arder e flamejar diante dele.

É bem possível que, no final, a maior alegria será a alegria nas pessoas que trouxemos para JESUS CRISTO. 

Para Paulo, os filipenses e os tessalonicenses são sua alegria e coroa (Fp 4.1; 1 Ts 2.19, 20). O escritor aos Hebreus conclama aqueles que estão colocados numa posição de liderança e autoridade a serem fiéis a sua vocação, de modo que possam prestar contas, no fim da jornada, não com tristeza mas com alegria (Hb 13.17).

E assim chegamos ao fim, porque esta alegria é a alegria do próprio DEUS; e a alegria de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas perdidas (Lc 15.5, 7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para casa (Lc 15.32).

Tanto para o homem como para DEUS, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado, é a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa senão a alegria de DEUS.

 

Alegrar-Se, (Dicionário Vine Antigo e Novo Testamento)

שמח samach

שמחה simchah

שמה sameach

 

ALEGRAR-SE

A. Verbo.

sãmah (שפה): “alegrar-se. regozijar-se”. Este verbo também ocorre no ugarítico (onde seus radicais são sh-m-h) e talvez no aramaico-siríaco. Aparece em todos os períodos do hebraico e por volta de 155 vezes na Bíblia.

O termo sãmah diz respeito a uma emoção espontânea ou felicidade extrema que é expressa de maneira visível e/ou externa. Não representa um estado permanente de bem-estar ou sentimento. Esta emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de casamento, de colheita, a derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes. Os homens de Jabes-Gileade irromperam com alegria quando souberam que seriam libertos dos filisteus (1 Sm 11.9).

A emoção manifesta no verbo sãmah encontra expressão visível. Em Jr 50.11. os babilônicos são denunciados por "se alegrarem’' e saltarem de prazer com a pilhagem de Israel. Sua emoção é revelada externamente por terem inchado como bezerra gorda e relinchando como garanhões. A emoção representada no verbo é concretizada no substantivo .· ir-ihãh é acompanhada às vezes por dança, canto e instrumentos musicais. Este era o sentido quando Davi foi aclamado pelas mulheres de Jerusalém quando ele voltava vitorioso das batalhas contra os filisteus (1 Sm 15.6). Esta emoção é descrita como produto de uma situação, circunstância ou experiência exterior, como a encontrada na primeira ocorrência bíblica de sãmah. DEUS disse a Moisés que Arão estava vindo para encontrá-lo e, ־‘vendo-te, se alegrará em seu coração” (Êx 4.14). Esta passagem fala do sentimento interno que é expresso visivelmente. Quando Arão viu Moisés, ele foi vencido pela alegria e o beijou (Êx 4.27).

O verbo sãmah sugere três elementos: 1) Um sentimento espontâneo e descontinuado de júbilo, um sentimento tão forte que encontra expressão em um ato exterior e 3) um sentimento provocado por um incentivo exterior e não sistemático.

Este verbo é usado 110 vezes no modo intransitivo com o significado de que a ação é enfocada no sujeito (cf. 1 Sm 11.9). DEUS é, às vezes, o sujeito, aquele que "se alegra e se regozija”: “A glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!" (SL 104.31). Quanto aos justos: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos; [...] e cantai alegremen­te” (SL 32.11). No lugar que o Senhor escolher, Israel deve “alegrar-se” em tudo o que o Senhor o abençoar (Dt 12.7). Usado neste modo, o verbo sãmah descreve um estado no qual a pessoa se coloca sob determinadas circunstâncias. Tem o sentido adicional e técnico de descrever tudo o que se faz ao preparar uma festa perante DEUS: Έ ao primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmas, ramos de árvores espessas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR, vosso DEUS, por sete dias” (Lv 23.40).

Em alguns casos, o verbo descreve um estado contínuo. Em 1 Rs 4.20, o reinado de Salomão é resumido assim: "Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, como a areia que está ao pé do mar em multidão, comendo, e bebendo, e alegrando-se".

Substantivo.

simehãh (שסחח): “alegria, regozijo”. Este substantivo, que também aparece no ugarítico, é encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo sinfhãh é termo técnico para designar a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11) e é uma representação do sentimento ou conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro uso técnico, este substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante DEUS: "Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas [literalmente, “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).

O substantivo apanha a nuança concreta do verbo. como em Is 55.12: "Porque, com alegria, saireis; [...] os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face e todas as árvores do campo baterão palmas".

Adjetivo.

sãmeah (riçrj: “alegre, contente". Este adjetivo ocorre 21 vezes no Antigo Testamento. A primeira ocorrência bíblica está em Dt 16.15: ‘ Sete dias celebrarás a festa ao SENHOR, teu DEUS no lugar que o SENHOR escolher, porque o SENHOR, teu DEUS te há de abençoar; [...] pelo que te alegrarias certamente”.

 

ALEGRIA (Dicionário Teológico)

[Do lat. alacer ] Satisfação, contentamento, júbilo. De conformidade com as Sagradas Escrituras, a alegria do crente independe das circunstâncias. Como dom de DEUS e fruto do ESPÍRITO SANTO, pode ser desfrutada sob as mais adversas condições (Gl 5,22).

Eis as palavras hebraicas mais usadas no Antigo Testamento para expressar alegria: simhã - gozo, riso; gûl - saltar, ser alegre; e: sãmeah - brilhar, estar contente. No Novo Testamento, temos os seguintes vocábulos: chara - gozo; chairo - regozijar-se. Esta alegria pode manifestar-se até mesmo em meio às perseguições e às mais impensáveis provas (Mt 5.12; 2 Co 12.9). A graça de CRISTO faz-nos assentar nos lugares celestiais.

 

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LIÇÃO6,  Alegria Abundante no Sofrimento NA INTEGRA, COMO NA REVISTA

 

Lição6, Central Gospel, Alegria Abundante no Sofrimento, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 6 / ANO 2- N° 6

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO

1.1. No sofrimento

1.1.1. Vivendo sob a vontade de DEUS

1.2. No amor

1.3. Na glorificação

1.3.1. Alegria indizível

1.3.2. O juízo na casa de DEUS

2. LIDERANÇA AUTÊNTICA

2.1. A postura do verdadeiro líder

2.2. Marcas da liderança cristã

3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS

3.1. Sejam humildes

3.2. Abandonem a ansiedade

4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO

4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 4.1,2,8-10; 5.1-3,5-7

1 Pedro 4.1- Ora, pois, já que CRISTO padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado, 2- para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de DEUS. 8- Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados, 9- sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações. 10- Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de DEUS.

1 Pedro 5.1- Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu (...):

2- apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3- nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. 5- Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6- Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de DEUS, para que, a seu tempo, vos exalte, 7- lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

 

TEXTO ÁUREO

"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de CRISTO, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis." 1 Pedro 4.13

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Pedro 4.12,13; Apocalipse 3.10 Suporte as provas; DEUS guarda os fiéis na tribulação

3ª feira - Hebreus 13.2; Romanos 12.13 Pratique a hospitalidade; acolha com amor

4ª feira - 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16 Sofrimentos são momentâneos, mas a glória é eterna

5ª feira - 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6 O juízo começa pela casa de DEUS

6ª feira - João 21.15-17 Ame a CRISTO e apascente Suas ovelhas

Sábado - 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27 Resista ao diabo e permaneça firme na fé

 

OBJETIVOS

        Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

compreender que a reflexão sobre o sofrimento de CRISTO prepara para a luta contra o pecado;

reconhecer a gloriosa promessa de alegria perene para aqueles que aceitam sofrer injustamente por amor a CRISTO;

entender que a humildade é a marca essencial de todo líder cristão. 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

      Prezado professor, ao conduzir esta lição, incentive os alunos a refletirem sobre o sofrimento de JESUS como inspiração para sua própria jornada de fé, destacando a importância da mortificação, do amor fraternal e da esperança gloriosa em CRISTO, nosso Senhor.

    Se houver espaço em seu plano de aula, divida a turma em pequenos grupos e peça que cada equipe identifique e compartilhe situações práticas em que possam demonstrar perseverança, amor ao próximo e confiança em DEUS diante das adversidades. Conclua com um momento de oração, reforçando o esplendor da glória eterna que aguarda os salvos.

    Boa aula!

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

     Ao analisar a primeira carta de Pedro, é imprescindível considerar o sofrimento de CRISTO (1 Pe 2.21) como o eixo central de sua mensagem. O texto apresenta certa complexidade interpretativa, uma vez que o apóstolo transita rapidamente entre diferentes assuntos, compondo uma estrutura mais temática do que linear, característica de sua abordagem pastoral e exortativa.

    Nesta lição, serão abordados quatro grandes temas: a identificação do crente com CRISTO em diversas áreas da vida; a importância de uma liderança espiritual autêntica (1 Pe 5.1-4); instruções para os jovens (1 Pe 5.5-7); e por fim, a orientação sobre como resistir aos ardis do adversário (1 Pe 5.8-12).

 

1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO

    Desde o primeiro capítulo de sua primeira carta, Pedro introduz o tema do sofrimento como uma preparação para os desafios maiores que os cristãos viriam a enfrentar. No quarto capítulo, ele convoca os leitores a se identificarem com CRISTO em três aspectos: sofrimento, amor e glorificação.

 

1.1. No sofrimento

     A vida terrena é breve comparada à eternidade; por essa razão, Pedro encoraja os cristãos a adotarem a disposição de CRISTO em suportar o sofrimento (1 Pe 4.1), destacando a importância do sacrifício de mortificação como parte essencial da jornada cristã.

    O sofrimento é a evidência de que o crente está crucificado com CRISTO e possui a capacidade de vencer a carne e suas paixões. Paulo reforça esse princípio: E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências (Gl 5.24).

 

1.1.1. Vivendo sob a vontade de DEUS

    O prazer legítimo é uma dádiva, desde que respeite os limites estabelecidos por DEUS em aspectos como sexo, alimentação, descanso e lazer. O texto bíblico apresenta três tipos de vontade: a da carne (1 Pe 4.2a), a de DEUS (1 Pe 4.2b,19) e a do mundo (= pagãos ou gentios, cf. 1 Pe 4.3,4). Diante do crente, a escolha é clara: viver segundo as paixões humanas ou submeter-se à vontade do Senhor (1 Pe 4.2).

    O chamado à santidade conduz naturalmente a um distanciamento dos padrões mundanos, o que pode causar perplexidade e até escárnio por parte dos ímpios (1 Pe 4.4). No entanto, cada pessoa prestará contas diante de DEUS (1 Pe 4.5). Para os descrentes, essa advertência é uma oportunidade de arrependimento; para os salvos, um convite à sobriedade e à vigilância contínua na oração, como expressão de confiança e esperança no Senhor (1 Pe 4.7).

 

1.2. No amor

    O amor cristão deve ser demonstrado em atitudes concretas, não em palavras vazias. Esse tipo de amor, descrito com o termo grego ektenê, deve ser intenso e constante, forte o suficiente para relevar ofensas: O amor cobrirá a multidão de pecados (1 Pe 4.8). Nos versículos 7 a 11, Pedro apresenta sete orientações práticas, introduzindo o conceito de mordomia cristã. Observe:

• Sejam sóbrios — é fundamental manter a mente clara e o autocontrole para viver com discernimento (1 Pe 4.7).

• Vigiem em oração — é requerida uma atitude constante de oração e vigilância, como expressão de dependência de DEUS (1 Pe 4.7).

• Tenham ardente amor uns para com os outros — é indispensável demonstrar amor fervoroso, que cobre multidões de pecados e promove unidade (1 Pe 4.8).

• Sejam hospitaleiros, sem murmurações — essa prática era comum na Igreja primitiva e herança cultural do judaísmo (Hb 13.2). No Antigo Testamento, a hospitalidade obedecia à Lei; no Novo, tornou-se expressão de amor cristão (1 Pe 4.9).

• Sejam mordomos dos dons de DEUS — é necessário administrar os dons recebidos para a edificação do Corpo de CRISTO, reconhecendo que todo crente possui pelo menos um dom (1 Pe 4.10; cf. Ef 4.11,12; 1 Co 12.7).

• Falem de acordo com os oráculos de DEUS — é imperativo proclamar a verdade com fidelidade, seja na pregação, profecia ou fala cotidiana, evitando palavras que desagradem a DEUS (1 Pe 4.11; cf. Is 50.4; Ef 4.29).

• Administrem segundo o poder de DEUS — é crucial servir com zelo e disposição para beneficiar o próximo, conforme a força que DEUS concede (1 Pe 4.11; cf. Rm 12.6-8).

 

1.3. Na glorificação

    Pedro reconhece que o sofrimento faz parte da jornada rumo ao lar celestial. Alguns o veem como uma prova necessária; outros, como obra maligna. Contudo, as provações devem ser encaradas como um meio pelo qual DEUS mede e aperfeiçoa a fé (1 Pe 1.7). Assim como existe o amor ardente (1 Pe 4.8), há também a prova ardente (1 Pe 4.12). Nessas situações, o cristão é chamado a resistir com coragem e altruísmo, sabendo que o fim está próximo e que, em breve, a recompensa eterna será concedida.

 

1.3.1. Alegria indizível

    A alegria cristã não é um consolo passageiro, mas um vislumbre antecipado da glória futura. Pedro orienta: Alegrai-vos por serdes participantes das aflições de CRISTO, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis (1 Pe 4.13). O sofrimento por CRISTO nos une ainda mais a Ele e nos faz participantes de Sua vitória. Como afirmou John Piper: "DEUS é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos com Ele."

 

1.3.2. O juízo na casa de DEUS

    Pedro também adverte sobre a necessidade de viver o evangelho com dignidade, pois nem mesmo a casa de DEUS está livre de julgamento (1 Pe 4.17). Esse juízo começa pela Igreja, com o propósito de purificá-la e fortalecê-la (1 Pe 4.18; cf. Pv 11.31; Rm 11.22).

 

OBSERVAÇÃO 1

Aquele que sofre deve confiar sua alma ao Senhor (1 Pe 4.19). No sofrimento, é comum temer o futuro. Contudo, há uma garantia: CRISTO, que passou pelo abandono na cruz (Mt 27.46), sabe exatamente como confortar e fortalecer os que atravessam momentos difíceis (Hb 2.18). Ele é o fiel guardião do salvo.

 

2. LIDERANÇA AUTÊNTICA

    A verdadeira liderança é legitimada pelo serviço, não pela posição ocupada. No exercício do ministério, a dedicação está intrinsecamente ligada ao sofrimento, exigindo entrega e disposição genuína, mesmo em meio às adversidades.

 

2.1. A postura do verdadeiro líder

    Mesmo sendo apóstolo de JESUS, Pedro não reivindica sua posição apostólica, embora tivesse autoridade para fazê-lo. Em vez disso, revela humildade ao se equiparar aos demais líderes, apresentando-se como presbítero (1 Pe 5.1). Pedro reconhecia que, assim como os demais, também era uma ovelha do rebanho de CRISTO (1 Pe 2.25; cf. Jo 21.15-17).

    Dirigindo-se aos presbíteros, Pedro relembra suas experiências ao lado do Mestre (1 Pe 5.1), sendo uma testemunha ocular dos Seus sofrimentos — não apenas no Calvário, mas durante todo o Seu ministério (At 2.22,23). Ao se declarar participante da glória que se há de revelar (1 Pe 5.1b), o apóstolo destaca duas verdades importantes:

• a participação na glória futura não era garantida por seu título apostólico nem por ter caminhado pessoalmente com JESUS, mas pelo fato de ser salvo;

• a experiência do sofrimento não é um sinal de abandono, mas a evidência de que uma recompensa gloriosa aguarda os que perseveram.

 

2.2. Marcas da liderança cristã

    Na sequência, Pedro exorta os presbíteros a apascentarem o rebanho de DEUS e define a forma adequada de exercer esse pastoreio (1 Pe 5.2-4). Os obreiros não devem pastorear:

• por obrigação — não como forçados ou constrangidos a cuidar das ovelhas, mas por voluntariedade, movidos por amor a CRISTO e pelo desejo de servir. Diferentemente dos mercenários, que cuidam por interesse pessoal, o verdadeiro pastor age por devoção (1 Pe 5.2);

• por cobiça — não devem ser guiados pelo lucro vergonhoso ou interesses materiais (At 20.28-35). A liderança deve ser marcada por zelo, entusiasmo e sincero desejo de edificação (1 Pe 5.2);

• com tirania — as ovelhas pertencem a JESUS, não aos ministros. O povo de DEUS é, simultaneamente, Seu rebanho e Sua herança (1 Pe 5.2,3);

• sem perspectiva da recompensa eterna — o Sumo Pastor retornará para avaliar cada ministério e conceder a incorruptível coroa de glória àqueles que exerceram sua vocação com fidelidade (1 Pe 5.4).

 

3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS

    O presbítero Pedro, como ele mesmo se apresenta, dedica atenção especial aos jovens. Com uma abordagem afetuosa, ele os encoraja à vitória sobre o príncipe deste mundo.

 

3.1. Sejam humildes

    O sentimento de autossuficiência é comum em alguns, levando ao desinteresse pelos conselhos dos mais experientes. No entanto, a sujeição recomendada por Pedro deve ser praticada não apenas em relação aos anciãos, mas também no convívio entre os próprios jovens.

 

OBSERVAÇÃO 2

    A expressão "revesti-vos de humildade" (1 Pe 5.5a) remete à imagem de um escravo que se cingia com um avental para servir. Esse quadro traz à memória a atitude de CRISTO ao tomar uma toalha e lavar os pés dos discípulos, demonstrando Seu caráter de servo (Jo 13.4,5). Para reforçar a importância dessa virtude, Pedro cita Provérbios 3.34, lembrando que DEUS concede graça aos humildes.

 

3.2. Abandonem a ansiedade

    Pedro orienta os crentes a humilharem-se sob a poderosa mão de DEUS, lançando sobre Ele todas as suas ansiedades (1 Pe 5.7). A palavra ansiedade (gr. merimnan) transmite a ideia de "estrangulamento". É necessário estar vigilante para que essa carga emocional não sufoque a alma, abrindo brechas para a atuação do inimigo (1 Pe 5.8a).

 

4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO

    A batalha espiritual entre o mundo das trevas e os salvos em CRISTO é uma realidade constante. Paulo trata desse conflito com clareza, orientando os crentes sobre a natureza dessa luta e apresentando as armas espirituais para que possam resistir e permanecer firmes (Ef 6.10-18).

 

4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza

    Pedro alerta que Satanás anda em derredor, bramando como leão e buscando a quem possa devorar (1 Pe 5.8,9). Esse bramido representa uma estratégia de intimidação, suscitando temor e instabilidade, mesmo sem um ataque direto. O objetivo é paralisar a Igreja e impedir seu avanço na obra do Reino.

    Na batalha espiritual, três elementos são indispensáveis:

• sobriedade — o termo grego nêpsate indica "autocontrole", ressaltando a importância de manter a calma e a clareza de pensamento nos embates (1 Pe 5.8a);

• vigilância — refere-se a estar atento e espiritualmente alerta, com os sentidos apurados para discernir a ação do inimigo (1 Pe 5.8b);

• firmeza — Pedro exorta os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.9a) e na graça (1 Pe 5.12), destacando a perseverança como condição essencial para resistir.

 

CONCLUSÃO

    O apóstolo encerra sua carta com uma doxologia, exaltando a DEUS e mencionando Silvano (Silas ARA) como seu amanuense e Marcos, seu filho na fé, como colaborador (1 Pe 5.11-13).

    A mensagem de Pedro exorta à perseverança diante das provações, reafirmando que o sofrimento por CRISTO nunca é em vão. A glória eterna é a recompensa prometida àqueles que permanecem fiéis.

    Identificar-se com CRISTO, no amor e na dor, conduz à verdadeira vitória: a glorificação com o Senhor na eternidade.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Qual deve ser a atitude do crente diante das investidas de Satanás?

R.: O crente deve resistir firmemente na fé, mantendo vigilância, sobriedade e confiança no Senhor, que concede vitória e restauração (1 Pe 5.9).

 

Fonte: Revista Central Gospel