Escrita Lição 6, Central Gospel, Alegria Abundante No Sofrimento, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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PIX 99991520454 (tel) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 6 / ANO
2- N° 6
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/escrita-licao-6-central-gospel-alegria.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/slides-licao-6-central-gospel-alegria.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
1.1. No sofrimento
1.1.1. Vivendo sob a vontade de DEUS
1.2. No amor
1.3. Na glorificação
1.3.1. Alegria indizível
1.3.2. O juízo na casa de DEUS
2. LIDERANÇA AUTÊNTICA
2.1. A postura do verdadeiro líder
2.2. Marcas da liderança cristã
3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS
3.1. Sejam humildes
3.2. Abandonem a ansiedade
4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 4.1,2,8-10; 5.1-3,5-7
1 Pedro 4.1- Ora, pois, já que CRISTO padeceu por nós na carne,
armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já
cessou do pecado, 2- para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de DEUS. 8- Mas,
sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a
multidão de pecados, 9- sendo hospitaleiros uns para os outros, sem
murmurações. 10- Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de DEUS.
1 Pedro 5.1- Aos presbíteros que estão entre
vós, admoesto eu (...):
2- apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; 3- nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de
exemplo ao rebanho. 5- Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos;
e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque DEUS
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6- Humilhai-vos, pois, debaixo
da potente mão de DEUS, para que, a seu tempo, vos exalte, 7- lançando sobre
ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
TEXTO ÁUREO
"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições
de CRISTO, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e
alegreis."
1 Pedro 4.13
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 4.12,13; Apocalipse 3.10 Suporte as provas;
DEUS guarda os fiéis na tribulação
3ª feira - Hebreus 13.2; Romanos 12.13 Pratique a
hospitalidade; acolha com amor
4ª feira - 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16 Sofrimentos são
momentâneos, mas a glória é eterna
5ª feira - 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6 O juízo começa pela casa
de DEUS
6ª feira - João 21.15-17 Ame a CRISTO e apascente Suas ovelhas
Sábado - 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27 Resista ao diabo
e permaneça firme na fé
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico,
o aluno deverá:
compreender que a reflexão sobre o sofrimento de CRISTO
prepara para a luta contra o pecado;
reconhecer a gloriosa promessa de alegria perene para aqueles
que aceitam sofrer injustamente por amor a CRISTO;
entender que a humildade é a marca essencial de todo líder
cristão.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao conduzir esta
lição, incentive os alunos a refletirem sobre o sofrimento de JESUS como
inspiração para sua própria jornada de fé, destacando a importância da
mortificação, do amor fraternal e da esperança gloriosa em CRISTO, nosso
Senhor.
Se houver espaço em seu plano de aula, divida a
turma em pequenos grupos e peça que cada equipe identifique e compartilhe
situações práticas em que possam demonstrar perseverança, amor ao próximo e
confiança em DEUS diante das adversidades. Conclua com um momento de oração,
reforçando o esplendor da glória eterna que aguarda os salvos.
Boa aula!
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SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO. REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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COMENTÁRIOS BEP
– CPAD
1 Pedro 4
4.1 AQUELE QUE
PADECEU. Aqueles que voluntariamente sofrem em prol da causa de CRISTO, acham
mais fácil resistir ao pecado e fazer a vontade de DEUS. Estão unidos a CRISTO
e compartilham da sua cruz. Como resultado, a atração do pecado torna-se algo
insignificante, ao passo que a vontade de DEUS torna-se algo supremo (v. 2).
Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer crente. Obedecer a DEUS,
mesmo que isso importe em sofrimento, zombaria, ou rejeição fortalecerá moral e
espiritualmente o crente, que receberá da parte de DEUS graça ainda maior (v.
14).
4.6 AOS MORTOS. Esta
expressão deve ser entendida como uma alusão aos que ouviram o evangelho
enquanto viviam na terra, porém agora mortos, quando Pedro escreveu. Ouviram o
evangelho e creram, e, embora tenham morrido (i.e., "julgados segundo os
homens na carne"), agora vivem com DEUS. O versículo pode ser parafraseado
assim: "o evangelho foi pregado àqueles que creram e posteriormente
morreram, a fim de que tivessem a vida eterna com DEUS".
4.7 ESTÁ PRÓXIMO O FIM
DE TODAS AS COISAS. Devemos considerar a nossa vida presente, à luz da vinda
iminente de CRISTO e do fim do mundo (cf. Hb 10.25; Tg 5.8,9; 1 Jo 2.18). Para Pedro, isso nos importa os seguintes
compromissos: (1) orar a DEUS com fervor todos os dias (ver At 10.9 .; 12.5 .; Cl
4.2,12 notas); (2) amar uns aos outros com sinceridade e
fervor de coração (v. 8; cf. 1.22; Mt 22.37-39; 1 Ts 4.9,10; 2 Pe 1.7); (3) ser hospitaleiro e generoso com os
necessitados (v. 9); (4) servir aos demais crentes mediante os dons espirituais
que nos foram concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (v. 10; ver DONS ESPIRITUAIS PARA
O CRENTE – 1 Co 12); (5)
testemunhar de CRISTO e servir a DEUS no poder do ESPÍRITO SANTO (v. 11; At 1.5-8); (6) louvar a DEUS (v. 11); e (7) permanecer leal a
CRISTO no meio das provações (vv. 12-19)
4.12 A ARDENTE PROVA.
O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta tribulações e aflições
neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao evangelho. Aqueles que se
dedicam a JESUS CRISTO com uma fé firme e leal, que andam segundo o ESPÍRITO e
que amam a verdade do evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na
realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de que nossa devoção a CRISTO
é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do crente podem
ser um sinal de que ele está agradando a DEUS e sendo-lhe fiel. As aflições frequentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o
pecado, o mundo ímpio e Satanás (1.6-9; Ef 6.12). Através de severas provas, o Senhor permite que o
crente compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter
que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece fiel a CRISTO, é
considerado bem-aventurado, porque sobre você "repousa o ESPÍRITO da
glória de DEUS" (ver v.14 .; cf. 2.21)
O SOFRIMENTO DOS
JUSTOS
Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a
Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
E Jó, tomando um
pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”
A fidelidade a DEUS
não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos
nesta vida (ver At 28.16 .). Na realidade, JESUS ensinou que tais coisas
poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 .). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que
passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó,
Jeremias e Paulo.
POR QUE OS CRENTES
SOFREM? São diversas as razões por que os crentes sofrem.
O crente experimenta
sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou
no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte
sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver .). Realmente, a totalidade da criação geme sob os
efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça,
fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).
Certos crentes sofrem
pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o
homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com
imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos
comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas
de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra
de DEUS e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de DEUS.
O crente também sofre,
pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por
toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e
angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8 .). É nosso dever orar a DEUS para que Ele suplante
vitoriosamente o poder do pecado.
Os crentes enfrentam
ataques do diabo. (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o
deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19 .; cf. Gl
1.4; Hb
. Ele recebe permissão
para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a DEUS, foi
atormentado por Satanás por permissão de DEUS (ver principalmente Jó_
1—2). JESUS afirmou
que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos
(cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era
“um mensageiro de Satanás, para
me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra
“os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por
isso, DEUS nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11 .) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de DEUS
e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a
força que Ele nos dá. (b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir
os crentes. Os que amam ao Senhor JESUS e seguem os seus princípios de verdade
e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento
por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a CRISTO (ver
Mt 5.10 .). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também
são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar
firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).
De um ponto de vista
essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de CRISTO”
(ver 1Co 2.16 .). Ser cristão significa estar em CRISTO, estar em
união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21 .). Por exemplo, assim como CRISTO chorou em agonia
por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a
arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41 .), também devemos chorar pela pecaminosidade e
condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por
amor a CRISTO (2Co 11.23-32; ver 11.23 .) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara:
“quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não
me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que
amamos em CRISTO deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que
choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de CRISTO
é uma condição para sermos glorificados com CRISTO (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a DEUS, pois, assim como
os sofrimentos de CRISTO são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).
DEUS pode usar o
sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento
espiritual. (a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado,
para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de
Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa
vida para ver se há alguma coisa que desagrada o ESPÍRITO SANTO. (b) DEUS, às
vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis
a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé”
(Tg 1.3; ver 12 .); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em
CRISTO (ver Dt 8.3 .; 1Pe
1.7 .). É nosso
dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória
na revelação de JESUS CRISTO” (1Pe 1.7). (c) DEUS emprega o sofrimento, não somente para
fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter
cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, DEUS quer que
aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós
mesmos e mais de DEUS e da sua graça (ver Rm 5.3 .; 2Co
12.9 .). É nosso
dever estar afinados com aquilo que DEUS quer que aprendamos através do
sofrimento. (d) DEUS também pode permitir que soframos dor e aflição para que
possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 .). É nosso dever usar nossa experiência advinda do
sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.
Finalmente, DEUS pode
usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu
plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos
seus irmãos e dos
egípcios faziam parte
do plano de DEUS “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em
vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de CRISTO,
“o SANTO e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte
para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime
da iniquidade aqueles
que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como DEUS pode usar o sofrimento
dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.
O RELACIONAMENTO DE
DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE. (1) O primeiro fato a ser lembrado é este: DEUS
acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode
afligir um filho de DEUS pela vontade permissiva de DEUS (cf. 1—2). DEUS
promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que
podemos suportar (1Co 10.13). (2) Temos também de DEUS a promessa que Ele
converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e
obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 .). José verificou esta verdade na sua própria vida de
sofrimento (cf. Gn 50.20),
e o autor de Hebreus demonstra como DEUS usa os tempos de apertos da nossa vida
para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5 .). (3) Além disso, DEUS promete que ficará conosco na
hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is
43.2).
A PROVIDÊNCIA DIVINA
Gn 45.5 “...não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos
olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida,
DEUS me enviou diante
da vossa face.”
Depois de o Senhor DEUS
criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo
contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. DEUS
não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar
essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida
daquilo que criou. O constante cuidado de DEUS por sua criação e por seu povo é
chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.
ASPECTOS DA
PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.
Preservação. DEUS,
pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara:
“A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande
abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de DEUS manifesta-se através
do seu filho JESUS CRISTO, conforme Paulo declara em Cl 1.17: CRISTO “é antes de todas as coisas, e todas as
coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de CRISTO, até mesmo as minúsculas
partículas de vida mantêm-se coesas. (2) Provisão. DEUS não somente preserva o
mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas.
Quando DEUS criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento
aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a
terra, DEUS renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a
terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e
noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de DEUS
em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g.,
Sl 104; 145). O mesmo DEUS revelou a Jó seu poder de criar e de
sustentar (Jó 38—41), e JESUS asseverou em termos bem claros que DEUS cuida das
aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29. Seu cuidado abrange, não somente as necessidades
físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que DEUS manifesta um amor e
cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima
(e.g., Sl 91; ver Mt 10.31 .). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de
Filipos: “O meu DEUS, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas
necessidades em glória, por CRISTO JESUS” (ver Fp 4.19 .). De conformidade com o apóstolo João, DEUS quer que
seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2 .). (3) Governo. DEUS, além de preservar sua criação e
prover-lhe o necessário, também governa o mundo. DEUS, como Soberano que é,
dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e
seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu
propósito redentor. Mesmo assim, até DEUS consumar a história, Ele tem limitado
seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é
“o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era
maligna (ver 1Jo 5.19 .; Lc
13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso
ao poder regente de DEUS, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por
Satanás. Note, porém, que essa autolimitação da parte de DEUS é apenas
temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará
Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20).
A PROVIDÊNCIA DIVINA E
O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de DEUS
não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e
decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e
daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do
seu lugar nos assuntos de DEUS. (2) DEUS permite que os seres humanos
experimentem as consequências do pecado
que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu
muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como
escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37;
39). Vivia no Egito uma vida temente a DEUS, quando foi injustamente acusado de
imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos
(40.1—41.14). DEUS pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do
próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira
que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, DEUS estava
agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5;
50.20). (3) Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o
pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do
culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão
física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes
envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e
daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O sofrimento também ocorre no mundo
porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de
cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que
passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição
mental (e.g., Mc 5.1-14)
ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).
PODER SOBRE SATANÁS E
OS DEMÔNIOS
Mc 3.27 “Ninguém pode
roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o
valente; e, então, roubará a
sua casa”.
Um dos destaques
principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de JESUS: derrotar
Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como “manietar o
valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua casa” (i.e., libertar os escravos de
Satanás). O poder de JESUS sobre Satanás fica claramente demonstrado na
expulsão de demônios (gr. daimonion) ou espíritos malignos.
OS DEMÔNIOS. (1) O NT
menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de
Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o
conflito de JESUS com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve
muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13;
7.25-30; 9.17-29; 16.17.
Os demônios são seres
espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos
de DEUS e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade
de Satanás (ver Mt 4.10 .).
Os demônios são a
força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é
praticamente o mesmo que adorar demônios (ver 1Co 10.20 - A IDOLATRIA E SEUS MALES).
O NT mostra que o
mundo está alienado de DEUS e controlado por Satanás (ver Jo 12.31 .; 2Co
4.4; Ef 6.10-12).
O RELACIONAMENTO ENTRE
O CRENTE E O MUNDO deve ser santo). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de
lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 .).
Os demônios podem
habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas.
Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à
destruição.
Os demônios podem
causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades
procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).
Aqueles que se
envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos
malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
Os espíritos malignos
estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo,
imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de DEUS e a sã doutrina
(Mt 24.24; 2Co 11.14,15; 1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá
através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).
JESUS E OS DEMÔNIOS.
(1) Nos seus milagres, JESUS frequentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo (e.g., Mc
1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar
Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc
4.18).
JESUS derrotou
Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua
morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e
restaurou o poder do reino de DEUS.
O REINO DE DEUS
Mt 12.28: “Mas, se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS,
é conseguintemente chegado a vós o Reino de DEUS.”
A NATUREZA DO REINO. O
reino de DEUS (ou dos céus), no presente, significa DEUS intervindo e
predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas
prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo.
Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é DEUS revelando-se com poder
na execução de todas as suas obras.
O reino é antes de
tudo uma demonstração do poder divino em ação. DEUS inicia seu domínio
espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste (Jo 14.23; 20.22). Ele entra no mundo com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1Co 4.20). Não se trata de poder no sentido material ou
político, e sim, espiritual. O reino não é uma teocracia relígio-política; ele
não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reinos
deste mundo (Jo 18.36). DEUS não pretende atualmente redimir e reformar o
mundo através de ativismo social ou político, da força, ou de ação violenta
(26.52; ver Jo 18.36, .). O mundo, durante a presente era, continuará
inimigo de DEUS e do seu povo (Jo 15.19; Rm 12.1,2; Tg 4.4; 1Jo 2.15-17; 4.4). O governo de DEUS mediante o juízo direto e à
força só ocorrerá no fim desta era (Ap 19.11-21).
Quando DEUS se
manifesta com poder sobre o mundo, este entra em crise. O império do diabo fica
totalmente alarmado (12.28,29; Mc 1.23,24), e todos encaram a decisão de
submeter-se ou não ao governo de DEUS (3.1,2; 4.17; Mc 1.14,15). A condição necessária e fundamental para se entrar
no reino de DEUS é: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).
O fato de DEUS
irromper no mundo com poder, abrange: (a) seu poder divino sobre o governo e
domínio de Satanás (12.28; Jo 18.36); a chegada do reino é o começo da destruição do
domínio de Satanás (Jo 12.31; 16.11) e do livramento da humanidade das forças demoníacas
(Mc 1.34,39; 3.14,15; At 26.18) e do pecado (Rm 6); (b) poder para operar milagres e curar os enfermos
(4.23;_ 9.35; At 4.30; 8.7); (c) a pregação do evangelho, que produz a
convicção do pecado, da justiça e do juízo (11.5; Jo 16.8-11; At 4.33); (d) a salvação e a santificação daqueles
que se arrependem e crêem no evangelho (ver Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2Co
18;); e (e) o batismo
no ESPÍRITO SANTO, com poder, para testemunhar de CRISTO (ver At 1.8 notas; 2.4
notas).
Uma evidência máxima
de que a pessoa está vivendo o reino de DEUS é viver uma vida de “justiça, e
paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17).
O reino de DEUS tem um
aspecto tanto presente como futuro. É uma realidade presente no mundo hoje (Mc 1.15; Lc 18.16,17; Cl 1.13; Hb 12.28), mas o governo e o poder de DEUS não predominam
plenamente em todos e em tudo. A obra e a influência de Satanás e dos homens
maus continuarão até o fim desta era (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-5; Ap 19.19 — 20.10). A manifestação futura da
glória de DEUS e do
seu poder e reino ocorrerá quando JESUS voltar para julgar o mundo (24.30; Lc 21.27; Ap 19.11-20; 20.1-6). O estabelecimento total do reino virá, quando CRISTO
finalmente triunfar sobre todo o mal e oposição e entregar o reino a DEUS Pai (1Co 15.24-28; Ap 20.7-21.8; ver também Mc 1.15, . a respeito das várias manifestações do reino na
história da redenção).
O PAPEL DO CRENTE NO
REINO. O NT contém abundante ensino sobre a missão do crente no reino de DEUS,
na sua presente manifestação.
É responsabilidade do
crente buscar incessantemente o reino de DEUS, em todas as suas manifestações,
tendo fome e sede pela presença e pelo poder de DEUS, tanto na sua vida como no
meio da sua comunidade cristã (ver 5.10 .; 6.33 .).
Em 11.12, JESUS revela
novos fatos sobre a natureza dos membros do reino. Ali Ele disse que somente
quem se esforça apodera-se do reino de DEUS. Os tais, movidos por DEUS,
resolvem romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a CRISTO,
a sua Palavra e seus justos caminhos. Não importando o preço a pagar, esses,
resolutamente, buscam o reino com todo o seu poder. Noutras palavras, pertencer
ao reino de DEUS e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforço sincero e
constante — um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás,
ao pecado e à sociedade perversa em que vivemos.
Não conhecerão o reino
de DEUS aqueles que raramente oram, que transigem com o mundo, que negligenciam
a Palavra e que têm pouca fome espiritual. É para crentes como José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estêvão (At 6.8; 7.51)
e Paulo (Fp 3.13,14); inclusive mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14,15,40).
O inferno (gr.
Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47;
Mt 10.28; 18.9.
O CRENTE E OS
DEMÔNIOS. (1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem
habita o ESPÍRITO SANTO, pode ficar endemoninhado; i.e.: o ESPÍRITO e os
demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 .). Os demônios podem, no entanto, influenciar os
pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do ESPÍRITO
SANTO (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
JESUS prometeu aos
genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos
depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e
sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do ESPÍRITO SANTO
(ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das
trevas.
Segundo a parábola em
Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a)
declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de DEUS (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele
tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da
Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c)
apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e
entregando-os a DEUS para que recebam perdão e santificação mediante a fé em CRISTO
(Lc 11.22; At 26.18).
Seguem-se os passos
que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não
estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais
do mal (Ef 6.12).
Viver diante de DEUS
uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef
. (c) Crer que o poder
de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais
poderosas dadas por DEUS para a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude
do ESPÍRITO SANTO (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo
direto, pela fé no nome de JESUS (At 16.16-18), ao usar a Palavra de DEUS (Ef 6.17), ao orar no ESPÍRITO (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 .; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1 .; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 87; 16.18; 19.12).
SINAIS DOS CRENTES
Mc 16.17,18: “E estes
sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes;
se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos
e os curarão”.
As Escrituras ensinam
claramente que CRISTO quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o
evangelho do reino de DEUS (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2 .; 10.17; Jo 14.12 .).
Estes sinais (gr.
semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do
evangelho é genuína, que o reino de DEUS chegou à terra com poder e que o
Senhor JESUS vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através
deles (ver Jo 10.25; At 10.38).
Cada um destes sinais
(exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva: (a) falar novas
línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14; FALAR EM LÍNGUAS e
orar em línguas é essencial); (b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12); (c) escapar da
morte por picada de serpente (At 28.3-5); e (d) curar os enfermos (At 3.1-7;
87; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).
Essas manifestações
espirituais devem continuar na igreja até a volta de JESUS. Conforme vemos nas
Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à
ascensão de JESUS (ver 1Co 1.7 .; Gl
3.5).
Os discípulos de CRISTO
não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que
crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de DEUS, como fez JESUS
(At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.
JESUS deixa claro, em
Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns
crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a CRISTO,
dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.
A ausência desses
“sinais” na igreja, hoje, não significa que CRISTO falhou no cumprimento de
suas promessas. A falta, conforme JESUS declara, está na vida dos seus
seguidores (ver Mt 17.17 .).
CRISTO prometeu que
sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra
o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado
pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do
poder do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 10.1 .; Mc 16.16;20;
At 4.31-33).
(f) Orar,
principalmente, para que o ESPÍRITO SANTO convença os perdidos, no tocante ao
pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações
do ESPÍRITO, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas
(At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).
Dizer que DEUS permite
o sofrimento não significa que DEUS origina o mal que ocorre neste mundo, nem
que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. DEUS nunca é o
instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e
impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito
seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem
daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13 .; Rm
8.28).
O RELACIONAMENTO DO
CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados
providenciais de DEUS em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a
Bíblia revela. (1) Ele deve obedecer a DEUS e à sua vontade revelada. No caso
de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a DEUS, mediante sua vida
de obediência, DEUS o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23).
Semelhantemente, para o próprio JESUS desfrutar do cuidado divino
protetor ante as
intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a DEUS
e fugir para o Egito (ver Mt 2.13 .). Aqueles que temem a DEUS e o reconhecem em todos
os seus caminhos têm a promessa de que DEUS endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7). (2) Na sua providência, DEUS dirige os assuntos da
igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante
harmonia com a vontade de DEUS para a sua vida, servindo-o e ajudando outras
pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24). (3) Devemos amar
a DEUS e submeter-nos a Ele pela fé em CRISTO, se quisermos que Ele opere para
o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28 .).
Para termos sobre nós
o cuidado de DEUS quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé
perseverante. Pela oração e confiança em DEUS, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de
necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6 .). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor
ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3).
A VONTADE DE DEUS
Is 53.10 “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o
enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua
posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua
mão”.
DEFINIÇÃO DA VONTADE
DE DEUS. De modo geral, a Bíblia refere-se à vontade de DEUS em três sentidos
diferentes.
A vontade de DEUS é
outra maneira de se identificar a Lei de DEUS. Davi, por exemplo, forma um
paralelo entre a frase “tua lei” e “tua vontade” no Sl 40.8. Semelhantemente, o apóstolo Paulo considera que,
conhecer a DEUS é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm 2.17,18). Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos
instrui no caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a
vontade de DEUS”. “Lei” significa essencialmente “instrução”, e inclui a
totalidade da Palavra de DEUS.
Também se emprega a
expressão “a vontade de DEUS” para designar qualquer coisa que Ele
explicitamente quer. Pode ser corretamente designada de “a perfeita vontade” de
DEUS. E a vontade revelada de DEUS é que todos sejam salvos (1Tm 2.4; 2Pe 3.9) e que nenhum crente caia da graça (ver Jo 6.39 .). Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas
apenas que DEUS deseja a salvação de todos.
Finalmente, a “vontade
de DEUS” pode referir-se àquilo que DEUS permite, ou deixa acontecer, embora
Ele não deseje especificamente que ocorra. Tal coisa pode ser corretamente
chamada “a vontade permissiva de DEUS”. De fato, muita coisa que acontece no
mundo é contrária à perfeita vontade de DEUS (e.g., o pecado, a concupiscência,
a violência, o ódio, e a dureza de coração), mas Ele permite que o mal continue
por enquanto. A chamada de Jonas para ir a Nínive fazia parte da perfeita
vontade de DEUS, mas sua viagem na direção oposta estava dentro de sua vontade
permissiva (ver Jn 1). Além disso, a decisão de muitas pessoas
permanecerem sem salvação é permitida por DEUS. Ele não impõe a fé aos que
recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas aflições e
males que nos acometem são permitidos por DEUS (1Pe 3.17;, mas não é desejo seu que soframos (ver 1Jo 5.19; 5.20).
A INTERCESSÃO
Dn 9.3 "E eu dirigi o meu rosto ao Senhor DEUS, para o
buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.”
Pode-se definir a
intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante
a qual o crente suplica a DEUS em favor de outra pessoa ou pessoas que
extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é
uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de
Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de CRISTO
e do ESPÍRITO SANTO, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do
novo concerto.
A INTERCESSÃO DE
CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO.
JESUS, no seu
ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da
cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente
(ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na
cruz (Lc 23.34).
Um aspecto permanente
do ministério atual de CRISTO é o de interceder pelos crentes diante do trono
de DEUS (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 .); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com
o Pai” (ver 1Jo 2.1 .). A intercessão de CRISTO é essencial à nossa
salvação (cf. Is
. Sem a sua graça,
misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos
desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado.
O ESPÍRITO SANTO
também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos
de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos
inexprimíveis” (Rm 8.26 .). O ESPÍRITO SANTO, através do espírito do crente,
intercede “segundo DEUS” (Rm 8.27). Portanto, CRISTO intercede pelo crente, no céu, e
o ESPÍRITO intercede dentro do crente, na terra.
A INTERCESSÃO DO
CRENTE. A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e
registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.
No AT, os líderes do
povo de DEUS, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs
18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em
prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de
Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT,
quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou
intensamente para DEUS alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor
declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os
israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, DEUS falou a Moisés
que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração
e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, DEUS lhe disse: “Conforme à
tua palavra, lhe perdoei” (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5;. Outros poderosos intercessores do AT são Elias
(1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).
A ORAÇÃO EFICAZ
lRs 18.42b-45 “Elias
subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os
seus joelhos. E disse ao seu moço:
Sobe agora e olha para
a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse:
Não há nada. Então,
disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui
uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele:
Sobe e dize a Acabe:
Aparelha o teu carro e
desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se
enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro
e foi para Jezreel”.
A oração é uma
comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como
“oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a DEUS (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de DEUS (Hb 10.22).
MOTIVOS PARA A ORAÇÃO.
A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de DEUS orar.
Antes de tudo, DEUS
ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor JESUS (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). DEUS aspira a comunhão conosco; mediante a oração,
mantemos o nosso relacionamento com Ele.
A oração é o elo de
ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o
cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse
princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO
SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus
seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até
o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At
2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas
autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o ESPÍRITO SANTO lhes conceder
ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado,
moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO
e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua
obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode
receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).
DEUS, no seu plano de
salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no
processo da redenção. Em certo sentido, DEUS se limita às orações santas, de fé
e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de DEUS
se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11 .). Por exemplo: DEUS quer enviar obreiros para
evangelizar. CRISTO ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da
plenitude do propósito de DEUS sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao
Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de DEUS para cumprir
muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do
seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a
execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como
indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.
REQUISITOS DA ORAÇÃO
EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.
Nossas orações não
serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. JESUS declarou
abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis”
(Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é
possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim:
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”
(Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando
(Tg 1.6; cf. 5.15).
Além disso, a oração
deve ser feita em nome de JESUS. O próprio JESUS expressou esse princípio ao
dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a
pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13 .).
A oração só poderá ser
eficaz se feita segundo a perfeita vontade de DEUS. “E esta é a confiança que
temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”
(1Jo 5.14).Uma das petições da oração modelo de JESUS, o Pai
Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no
céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio JESUS no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de DEUS,
porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda
oração realmente baseada nas promessas de DEUS constantes da sua Palavra. Elias
tinha certeza de que o DEUS de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo
e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor
(18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o
Senhor DEUS de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).
Não somente devemos
orar segundo a vontade de DEUS, mas também devemos estar dentro da vontade de DEUS,
para que Ele nos ouça e atenda. DEUS nos dará as coisas que pedimos, somente se
buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33 .). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que
lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e
fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22 .). Obedecer aos mandamentos de DEUS, amá-lo e
agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações.
Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que
foi justificada pela fé em CRISTO, quanto à pessoa que está a viver uma vida
reta, obediente e temente a DEUS — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. DEUS tornou claro
que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu
relacionamento obediente com o
Senhor e da sua
lealdade a Ele (ver Êx 33.17 .). Por outro lado, o salmista declara que se
abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 .). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia
as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de DEUS arrepender-se e voltar-se
dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus
pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc
. Note que a oração do
sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não
seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado
(ver Êx 26.33).
Finalmente, para uma
oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da
parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 .). A instrução de JESUS: “Pedi... buscai... batei”,
ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 .). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança
na oração (Cl 4.2 .; 1Ts 5.17 .). Os santos do AT também reconheciam esse princípio.
Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos
erguidas a DEUS, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas
(ver Êx 17.11 .). Depois de Elias receber a palavra profética de que
ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa
ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para DEUS
devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi
atendida (17J7-23).
PRINCÍPIOS E MÉTODOS
BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.
Quais são os
princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e
adorar a DEUS com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual
importância, vem a ação de graças a DEUS (Sl 100.4; Mt
25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é
vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) DEUS também nos ensina a pedir de acordo com
as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as
coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos
injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp
. (e) Devemos orar de coração pelos
outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19;Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).
Como devemos orar? JESUS
acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração
simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm
ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou
usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou
podemos orar através do ESPÍRITO (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e.,
sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o ESPÍRITO levará a DEUS esses pedidos
inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes,
acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 .).
Qual a posição
apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl
, curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).
EXEMPLOS DE ORAÇÃO
EFICAZ. A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e
eficazes.
Moisés fez numerosas
orações intercessórias às quais DEUS atendeu, mesmo depois de Ele dizer a
Moisés que ia proceder de outra maneira.
Sansão, arrependido,
orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar
os filisteus; DEUS atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para
derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos
seus deuses (Jz 16.21-30).
DEUS respondeu às
orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas
redundaram em glória ao DEUS de Israel (17-18; Tg 5.17,18).
O rei Ezequias adoeceu
e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam
incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a DEUS para que
prolongasse sua vida. DEUS mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a
cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).
Não há dúvida de que
Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por
eles, e DEUS atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).
Os cristãos primitivos
oraram incessantemente a DEUS pela libertação de Pedro da prisão, e DEUS enviou
um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5 .). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e
encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios
delineados na Bíblia
O NT apresenta mais
exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os
pais e outras pessoas intercediam com JESUS em favor dos seus entes queridos.
Os pais rogavam a JESUS para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que JESUS abençoasse seus
filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo
(Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de JESUS
em favor deles (Mt 20.20,21).
A igreja do NT
intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém
reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A
igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At
13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos
enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg 5.16; cf. Hb
13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em
favor de todos (1Tm
2.1-3).
O apóstolo Paulo,
quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas,
discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e
indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações
intercessórias (e.g., Ef
1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas
por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério
terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).
PROPÓSITOS DA ORAÇÃO
INTERCESSÓRIA. Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de DEUS
intercediam para que DEUS sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8). Os intercessores também oravam para que o poder do
ESPÍRITO SANTO viesse sobre os crentes (At 17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At
28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para DEUS dar capacidade às pessoas
investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp
11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a DEUS (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita
vontade de DEUS para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração
intercessória.
FAZENDO A VONTADE DE
DEUS. O ensino bíblico a respeito da vontade de DEUS não expressa apenas uma
doutrina. Afeta a nossa vida diária como crentes.
Primeiro, devemos
descobrir qual é a vontade de DEUS, conforme revelada nas Escrituras. Como os
dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável
vontade de DEUS (Ef 5.17).
Uma vez que já sabemos
como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos ao cumprimento
da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a DEUS que lhe ensine a “fazer a
tua vontade” (Sl 143.10). Ao pedir, igualmente, que o ESPÍRITO o guie “por
terra plana”, indica que, em essência, está rogando a DEUS a capacidade de
viver uma vida de retidão. Semelhantemente, Paulo espera que os cristãos
tessalonicenses sigam a vontade divina, evitando a imoralidade sexual, e
vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.3,4). Noutro lugar, Paulo ora para que os cristãos
recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina, a fim de viverem
“dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).
Os crentes são
exortados a orarem para que a vontade de DEUS seja feita (cf. Mt 6.10; 26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a perfeita
vontade de DEUS, e ter o propósito de cumprí-la em nossa vida e na vida de
nossa família (ver Mt 6.10 .). Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos
total confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai
(cf. At 18.21; 1Co 4.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa vida, e
rebelião contra a sua Palavra, DEUS não atenderá as nossas orações. Não
poderemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não
ser que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.
Finalmente, não
podemos usar a vontade de DEUS como desculpa pela passividade, ou
irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a
mornidão espiritual. É Satanás, e não DEUS, o culpado por essa era maligna, com
a sua crueldade, maldade e injustiça (ver 1Jo 5.19 .). É também Satanás quem causa grande parte da dor e
sofrimento no mundo (cf. Jó
1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7). Assim como JESUS veio para destruir as obras do
diabo (1Jo 3.8, assim também é da vontade explícita de DEUS que
batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do ESPÍRITO SANTO (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8).
VITÓRIA SOBRE O
SOFRIMENTO PESSOAL. Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para
triunfar sobre tal situação?
Primeiro: examinar as
várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver em que
sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão específica,
você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.
Creia que DEUS se
importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas
circunstâncias (ver Rm 8.36 .; 2Co 1.8-10 .; Tg
5.11 .; 1Pe 5.7 .). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que DEUS
não lhe ama, nem rejeitá-lo como seu Senhor e Salvador.
Recorra a DEUS em
oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua
aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).
Confie que DEUS lhe
dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13;
2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e
sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (ver
2Co 4.7 .).
Leia a Palavra de DEUS,
principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11;
16; 23; 27; 40; 46;
_61; 91; 121; 125; 138).
Busque revelação e
discernimento da parte de DEUS referente à sua situação específica — mediante a
oração, as Escrituras, a iluminação do ESPÍRITO SANTO ou o conselho de um santo
e experiente irmão.
Se o seu sofrimento é
de natureza física, atente para os passos expostos no estudo A CURA DIVINA
ABAIXO.
A CURA DIVINA
Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos
endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a
todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo
profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as
nossas doenças. ”
A PROVISÃO REDENTORA
DE DEUS. (1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente
vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda.
Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em
termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas
espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas
causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e
espiritual do homem (e.g., Jo
5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25;
Lc 13.11: At 19.11,12).
A provisão de DEUS
através da redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda. Para o pecado, DEUS provê o perdão; para a
morte, DEUS provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, DEUS
provê a cura (cf. Sl
103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, JESUS ter tido
um tríplice ministério: ensinar a Palavra de DEUS, pregar o arrependimento (o
problema do pecado) e as bênçãos do reino de DEUS (a vida) e curar todo tipo de
moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).
A REVELACÃO DA VONTADE
DE DEUS SOBRE A CURA. A vontade de DEUS no tocante à cura divina é revelada de
quatro maneiras principais nas Escrituras.
A declaração do
próprio DEUS. Em Êx 15.26 DEUS prometeu saúde e cura ao seu
povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26, .). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma
das enfermidade porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b)
“Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]”. DEUS continuou sendo o Médico
dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se
dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).
O ministério de JESUS.
JESUS, como o Filho encarnado de DEUS, era a exata manifestação da natureza e
do caráter de DEUS (Hb 1.3; cf. Cl
1.15; 2.9). JESUS, no seu ministério terreno (4.23,24;
16; 9.35; 15.28; Mc
1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de DEUS na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no
propósito de DEUS curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
A provisão da expiação
de CRISTO. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de CRISTO foi um ato perfeito e
suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo.
Assim como o pecado e
a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o
ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos
irmanadas, destinadas por DEUS para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e
apropriar-se da plena provisão da expiação de CRISTO, inclusive a cura do
corpo.
O ministério contínuo
da igreja. JESUS comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como
parte da sua proclamação do reino de DEUS (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos
para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura
divina que JESUS iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como
parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10;
19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de DEUS e
a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc
16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do
enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg
16); e (c) os dons
espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem
cuidar desta “oração da fé”.
IMPEDIMENTOS À CURA.
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:
(1) pecado não
confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje
(Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à
oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons
de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68;
8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas
santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da
persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, DEUS resolve levar seus amados
santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).
O QUE DEVEMOS FAZER
QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA.
O que deve fazer o crente quando ora pela cura
divina para si?
Ter a
certeza de que está em plena comunhão com DEUS e com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7 .).
Buscar a presença de JESUS
na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para
a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20, . sobre a fé verdadeira).
Encher sua
mente e coração da Palavra de DEUS (Jo 15.7; Rm 10.17).
Se a cura não ocorre,
continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que
mudanças DEUS quer efetuar na sua pessoa.
Pedir as
orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).
Cultuar a
DEUS nos cultos em que há alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura
divina (cf. Atos 5.15,16; 8.5-7).
Ficar na
expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de CRISTO (7.8; 19.26).
Regozijar-se
caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).
Saber que a demora de DEUS
em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, DEUS
tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória
(cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).
Reconhecer que,
tratando-se de um crente dedicado, DEUS nunca o abandonará, nem o esquecerá.
Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia
reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).
No sofrimento,
lembre-se da predição de CRISTO, de que você terá aflições na sua vida como
crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “DEUS
limpará de seus olhos
toda lágrima, e não
haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4).
4.13 ALEGRAI-VOS... DE
SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de DEUS
que o sofrimento pela causa de CRISTO faz aumentar a medida da alegria que o
crente desfruta no Senhor (ver Mt 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34; ver a próxima .). Daí, não se deve invejar os que sofrem pouco ou
nada pelo Senhor.
4.14 O ESPÍRITO DA
GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a CRISTO são
bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o ESPÍRITO SANTO estará com eles de modo
especial. Suas vidas estarão cheias da presença do ESPÍRITO SANTO para neles
operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da glória do céu
(cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).
4.17 QUE COMECE O
JULGAMENTO PELA CASA DE DEUS.
O JULGAMENTO DO CRENTE
2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO,
para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou
mal.”
A Bíblia ensina que os
crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de CRISTO”, de todos
os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a
esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.
Todos os crentes serão
julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14 .).
Esse julgamento
ocorrerá quando CRISTO vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 .; cf. 1Ts
4.14-17).
O juiz desse julgamento é CRISTO (Jo 5.22, cf.
“todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).
A Bíblia fala do
julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este
a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2
Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou
condenação. É um julgamento de obras.
Tudo será conhecido. A
palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou
publicamente”. DEUS examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade,
(a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d) nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos (1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e (h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).
Em suma, o crente terá
que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a DEUS (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a
graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).
As más ações do
crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo
eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa:
“Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec
12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por
DEUS e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer”
(Ef 6.8).
Os resultados
específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de
alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe
1.7).
A perspectiva de um
iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).
1 Pedro 4.1,2,8-10; 5
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Um dos
aspectos, ou atributos, ou qualidades do Fruto do ESPÍRITO é a Alegria
concedida pelo ESPÍRITO SANTO que em nós mora.
A alegria
abundante que vem de DEUS pode ser encontrada mesmo em meio ao
sofrimento. Não se trata de uma alegria superficial ou baseada em
circunstâncias favoráveis, mas sim de uma alegria profunda e duradoura,
fundamentada na fé e na confiança em DEUS. Essa alegria pode ser cultivada
através da gratidão, da busca por propósito em meio às dificuldades e da
certeza de que DEUS age em todas as coisas para o bem daqueles que o
amam.
Alegria e
Sofrimento: Uma Perspectiva Bíblica
A Bíblia nos
ensina que a alegria verdadeira não é a ausência de sofrimento, mas sim a
presença de DEUS em nossas vidas, mesmo quando enfrentamos provações. O
apóstolo Paulo, em suas cartas, fala sobre se alegrar sempre, mesmo em meio a
perseguições e dificuldades. Ele mesmo experimentou a alegria de DEUS em
situações de sofrimento, como quando estava preso e louvava a DEUS.
Como Encontrar
Alegria no Sofrimento:
1. Foco em
DEUS:
Alegria
verdadeira é uma consequência da nossa relação com DEUS e não das
circunstâncias.
2. Gratidão:
Mesmo em meio
ao sofrimento, podemos encontrar motivos para agradecer a DEUS pelas bênçãos
que já temos e reconhecer que há um propósito para tudo.
3. Propósito:
Acreditar que DEUS
age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e que há um propósito em
cada provação pode trazer consolo e alegria.
4. Comunhão:
Compartilhar a
dor e buscar apoio em comunidades de fé e em amigos pode trazer um senso de
esperança e alegria.
5. Perdão:
O perdão, tanto
de si mesmo quanto dos outros, pode ser um caminho para a cura e a
alegria.
A Alegria
Abundante de DEUS:
A alegria
abundante que DEUS oferece não é apenas um sentimento passageiro, mas uma força
que nos capacita a enfrentar as dificuldades da vida com esperança e
confiança. É uma alegria que transcende as circunstâncias e nos permite
encontrar significado e propósito mesmo em meio ao sofrimento.
Em resumo, a
alegria abundante de DEUS é uma realidade acessível a todos que buscam Nele,
mesmo em meio ao sofrimento. Ela se manifesta através da gratidão, do
propósito, da comunhão e da certeza de que DEUS está conosco em todos os
momentos.
SOFRIMENTO - Enciclopédia Ilúmina Gold
ENTENDENDO O SOFRIMENTO
LEITURA BÍBLICA: Mateus 16:21-28
VERSÍCULO CHAVE: Desde então começou JESUS
CRISTO a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a
Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes,
e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. (Mateus 16:21)
NEM SEMPRE O SOFRIMENTO E EVITÁVEL
Pedro, o amigo de JESUS e seguidor
devotado, tentou protegê-lo do sofrimento que tinha sido profetizado. No
entanto, se JESUS não tivesse sofrido e morrido, Pedro (e nós) teríamos morrido
em NOSSO pecado. Tenha cuidado com conselhos de amigos que dizem, "com
certeza DEUS não quer que você passe por isso." Geralmente as nossas
tentações mais difíceis vêm daqueles que nos amam e tentam nos proteger de todo
perigo e desconforto.
LEITURA BÍBLICA: Marcos 9:1-13
VERSÍCULO CHAVE: Respondeu-lhes JESUS: Na
verdade Elias havia de vir primeiro, a restaurar todas as coisas; e como é que
está escrito acerca do Filho do homem que ele deva padecer muito a ser
aviltado? Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo quanto
quiseram, como dele está escrito. (Marcos 9:12-13)
DEUS NÃO É IMUNE AO SOFRIMENTO
Era difícil para os discípulos entenderem
a ideia que o seu Messias teria que sofrer. Os judeus que estudaram as
profecias do Velho Testamento esperavam que o Messias fosse um grande rei como
Davi, que destruiria o seu inimigo, Roma. Sua visão era limitada ao seu próprio
tempo e experiência. Eles não conseguiam entender que os valores do reino
eterno de DEUS eram diferentes dos valores do mundo. Eles queriam um alívio de
seus problemas presentes. Mas a libertação do pecado é muito mais importante do
que a libertação do sofrimento físico ou opressão política. O nosso
entendimento e a nossa apreciação por JESUS tem que ir além o que ele pode
fazer por nós aqui e agora.
LEITURA BÍBLICA: João 9:1-41
VERSÍCULO CHAVE: "Perguntaram-lhe os
seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu JESUS: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se
manifestem as obras de DEUS."(João 9:2-3)
O SOFRIMENTO NEM SEMPRE É RESULTADO DO
PECADO
Havia uma crença comum na cultura judaica
que dizia que a calamidade e o sofrimento eram resultado de algum grande
pecado. No entanto, JESUS usou o sofrimento de um homem para ensinar sobre fé e
para glorificar a DEUS. Nós vivemos num mundo caído que o bom comportamento nem
sempre é recompensado e o mau comportamento não é sempre castigado. Portanto,
às vezes pessoas inocentes sofrem. Se DEUS tirasse o sofrimento sempre que
pedíssemos, nós o seguiríamos pelo conforto e pela conveniência, e não por amor
e devoção. Apesar das razões de nossos sofrimentos, JESUS tem o poder de nos
ajudar a lidar com ele. Quando você sofre de uma doença, uma tragédia ou uma
deficiência, tente não perguntar "Porque que isso aconteceu comigo?"
ou "O que que eu fiz de errado?" Ao invés disso, peça a DEUS para que
Ele te dê força para continuar e uma perspectiva mais clara sobre o que está
acontecendo E CONFIAR EM SUA PROVIDÊNCIA E CURA.
LEITURA BÍBLICA: 1Tessalonicenses 3:1-8
VERSÍCULO CHAVE: "Pelo que, não
podendo mais suportar o cuidado por vós, achamos por bem ficar sozinhos em
Atenas, e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de DEUS no evangelho de CRISTO,
para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé; para que ninguém seja
abalado por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos
destinados;" (1 Tessalonicences 3:1-3)
DEUS USA O SOFRIMENTO
Alguns acreditam que problemas são sempre
causados por pecado ou por falta de fé. Julgamentos podem ser uma parte do
plano de DEUS para aqueles que crêem. Passar por problemas e perseguições pode
construir o caráter (Thiago 1:2-4), a paciência (Romanos 5:3-5) e a sensibilidade para com outros que
também que também estão encarando problemas (2 Coríntios 1:3-7). Problemas são inevitáveis para o povo
de DEUS. Seus problemas podem ser um sinal de vivência cristã efetiva.
DEUS NÃO ESPERA QUE NÓS GOSTEMOS DO
SOFRIMENTO
Após somente alguns dias depois de JESUS
falar aos seus discípulos que orassem para que eles escapassem da perseguição, JESUS
em si pediu a DEUS que o livrasse da agonia da cruz, se essa fosse a vontade de
DEUS (Lucas 22:41-42). É anormal alguém querer sofrer, mas
como seguidores de JESUS nós temos que estar prontos para sofrer se isso for
ajudar a construir o reino de DEUS. Nós temos duas promessas maravilhosas para
nos ajudar enquanto sofremos: DEUS sempre estará conosco (Mateus 28:20) e ele um dia nos resgatará e nos dará a
vida eterna (Apocalipse 21:1-4).
LEITURA BÍBLICA: Hebreu 2:5-18
VERSÍCULO CHAVE: "Porque naquilo que
ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." (Hebreus 2:18)
ATRAVÉS DE SEU SOFRIMENTO, JESUS SE
IDENTIFICA COMPLETAMENTE CONOSCO
Como que JESUS se aperfeiçoou através do
sofrimento? O sofrimento de JESUS o fez um grande líder, ou pioneiro, de nossa
salvação. JESUS não precisava sofrer por sua própria salvação, pois ele era DEUS
na forma de humano. Sua obediência perfeita (que o levou a sofrer) demonstra
que ele era o sacrifício completo por nós. Através do sofrimento JESUS
completou-se a obra necessária para a nossa própria salvação. O nosso
sofrimento pode nos fazer servos mais sensíveis de DEUS. Pessoas que conheceram
o sofrimento conseguem ajudar com mais compaixão as pessoas que estão sofrendo.
Se você já sofreu, pergunte a DEUS como que a sua experiência pode ajudar aos
outros.
JESUS ENTENDE O NOSSO SOFRIMENTO
Saber que CRISTO sofreu dor e encarou
tentações nos ajuda a encarar os nossos próprios problemas. JESUS entende a
nossa luta porque ele as encarou como ser humano. Podemos confiar que CRISTO
vai nos ajudar a sobreviver o sofrimento e vencer a tentação. Quando você
estiver enfrentando problemas, vá a JESUS para conseguir força e paciência. Ele
entende suas necessidades e é apto para ajudar (veja Hebreus 4:14-16).
Hebreus 5:1-10
"ainda que era Filho, aprendeu a
obediência por meio daquilo que sofreu;" (Hebreus 5:8)
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SOFRIMENTO - Dicionário Bíblico Wycliffe
A Realidade do Sofrimento
Na Bíblia Sagrada, tanto o homem como toda a criação física são
mencionados como sofredores. O homem sofre de calamidades físicas que resultam
de alguma maldição - como tempestades, secas, calor, frio, guerras, escassez,
doenças etc. - assim como dos efeitos de seus próprios pecados individuais. A
criação sofre, como nos ensina Paulo, da maldição que DEUS colocou no mundo por
causa do pecado do homem (Gn 3.14-19). Ele diz: "Porque a ardente
expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de DEUS", e a
"adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"(Rm8.19ss.).
Isso acontecerá quando os santos receberem o seu corpo ressuscitado
por ocasião da vinda de CRISTO para os seus no arrebatamento (Rm 8.18-23; 1 Ts
4.14-18; 1 Co 15.20-55). Isaías prenunciou o que isso significaria para a
natureza, particularmente para os animais, no milênio (Is 11.6-9; 65.25).
Causas do Sofrimento
Pecado. O pecado trouxe incontáveis sofrimentos à humanidade, assim
como a toda a criação. Quando o homem pecou, toda sua natureza tornou-se
completamente corrupta, levando àqueles sofrimentos que atingem o homem como
resultado de sua natureza pecaminosa (Rm 7.15ss.). Além disso, os pecados
individuais levam a complexos de culpa (SI 32; 51) e a dolorosos ataques de
remorso revelados em vários Salmos (28; 32; 77), onde Davi descreve sua
angústia e arrependimento. Muitos se deixam dominar pelo temor por causa de
seus imperdoáveis pecados, e isso pode levar a consequências muito graves para
a saúde do indivíduo na forma de doenças psicossomáticas, isto é, doenças
físicas provocadas por dificuldades psicológicas e emocionais.
A maldição. Esta foi lançada por DEUS contra a terra por causa do
pecado do homem. Tudo que DEUS havia feito era bom, como ficou provado pelo
fato de que Ele reviu sua obra seis vezes e, em cada uma delas, considerou-a
boa (Gn 1.4,10,12,18,21,25). O Senhor, então, colocou o homem sobre a terra e
considerou que tudo era "muito bom" (Gn 1.31). A queda do homem
trouxe enfermidades, corrupção e morte. Ela também levou a perturbações e
desordens no reino animal, que aguardam sua eliminação por ocasião da segunda
vinda de CRISTO, segunda fase (Is 11.6-9; 65.25; Rm 8.18-23) e iniciação do
milênio. O esforço e a lida enfadonha são as consequências da maldição que pesa
sobre o homem e seu trabalho para obter o alimento e se vestir (Gn 3.18,19).
Enfermidades. Uma das coisas a ser removida quando o homem receber
sua plena redenção será o sofrimento causado pelas enfermidades. Isso ocorrerá
primeiramente com aqueles que receberem o corpo ressuscitado no arrebatamento,
como foi revelado em 2 Coríntios 4.16-5.4; Filipenses 3.20,21; Romanos 8.18,23.
Esta será a porção de todos os redimidos no novo céu e na nova terra (Ap 22.2;
cf. Ez 47.12).
O Propósito de DEUS ao Permitir o Sofrimento
O sofrimento suportado pela criação. De acordo com Romanos 8.18-23,
DEUS sujeitou a natureza à desgraça e ao sofrimento causados pela maldição
"em esperança", isto é, como um meio para se alcançar um verdadeiro
objetivo primeiramente no Milénio e, em seguida, no novo céu e na nova terra.
O propósito direto de DEUS para o homem.
O sofrimento pode ser uma advertência de que o homem está
desobedecendo às leis estabelecidas por DEUS. Tudo que o homem semear, isto ele
colherá (Gl 6.7-9). Ao mesmo tempo, o homem pode colocar-se em uma posição de
desafio e rebeldia para com as leis, assim como Israel fez tantas vezes (Hb
3.7-15).
O sofrimento pode ser o resultado do castigo de DEUS por causa do
pecado do homem.
Davi sofreu muito quando experimentou o castigo de DEUS pelos seus
pecados de adultério e homicídio, depois que tomou a esposa de Urias, o heteu,
e mandou matá-lo (2 Sm 12.7-12). Israel sofreu junto com o seu rei quando DEUS
castigou Davi por causa de sua desobediência ao contar o povo (2 Sm 24.1-17; 1
Cr 21.8-17).
Punição.
A punição faz parte do treinamento de um filho, particularmente de
um filho de DEUS. Todos os crentes a quem DEUS ama devem sofrer punição e
disciplina (Hb 12.5-11; cf. 1 Co 11.31,32; 1 Pe 4.16,17).
Para desenvolver o caráter.
Paulo diz: "A tribulação produz a paciência; e a paciência, a
experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão,
porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO
que nos foi dado" (Rm 5.3-5). Dessa forma, o sofrimento é enviado ao
crente para o desenvolvimento de seu caráter. Muitas vezes pensamos apenas
naquilo que podemos fazer pelo Senhor como seus servos e ganhadores de almas, e
nos esquecemos daquilo que precisamos que Ele faça em nossa vida para desenvolver
o nosso caráter. Portanto, o sofrimento é usado por DEUS para desenvolver a fé,
a humildade, a paciência e outras virtudes. DEUS reservou tarefas eternas para
os seus redimidos, mas o crente pode participar delas desde que esteja
suficientemente amadurecido em seu caráter através das punições e sofrimentos
(Jó 23.10; Tg 1.2-12).
O eterno valor do sofrimento.
Os sofrimentos de cada cristão fazem parte dos sofrimentos de CRISTO
(Fp 3.10. Cl 1.24; 1 Pe 4.13), pois cada um deles é parte de seu Corpo, isto é,
da Igreja, que foi destinada a muitos sofrimentos. Esse sofrimento não tem o
caráter de um sacrifício conciliatório, como se a cruz tivesse sido
insuficiente, mas uma natureza purificadora e refinadora (1 Pe 1.7; 4.1; 5.10).
Os sofrimentos de CRISTO e dos cristãos não só glorificam a DEUS no presente (1
Pe 1.7), mas também trazem ao Senhor uma glória eterna (1 Pe 1.11; Rm 8.17,18).
O sofrimento paciente de uma dor injustamente infligida agrada a DEUS (1 Pe
2.19,20). CRISTO continua sofrendo através de nosso sofrimento, pois somos
corpo de CRISTO na Terra.
O Mistério do Sofrimento
Embora as causas e o propósito do sofrimento tenham sido
analisados, ainda existem muitos mistérios a esse respeito. Os sofrimentos, aos
quais cada cristão está sujeito, representam um mistério para cada um no
sentido de não conseguir entender porque foi escolhido para sofrer mais, ou de
forma diferente dos outros. Às vezes, ele não consegue entender as imperfeições
que DEUS está procurando corrigir. Em outras ocasiões, ele não entende os
objetivos que DEUS está procurando fazer com que ele alcance na vida. Ninguém
conhece as tarefas específicas para as quais o Senhor o está preparando, para a
consecução de Sua Própria glória. A experiência de Jó é um exemplo clássico.
Seus amigos tentaram racionalizar seus sofrimentos e colocar a culpa sobre ele,
mas isso não serviu como resposta. Finalmente, Jó enxergou a mão de DEUS em
cada detalhe na exposição de sua natureza fraca e pecaminosa (Jó 40.4) e
submeteu-se à suprema autoridade e sabedoria de DEUS, da mesma forma que Paulo:
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de DEUS!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus
caminhos!" (Rm 11.33). No caso de Jó, a fé era a resposta, assim como
aconteceu com Abraão e Paulo. A medida que DEUS revelou-se a Jó, a fé de Jó foi
crescendo a ponto de ele exclamar: "Ainda que ele me mate, nele
esperarei" (Jó 13.15, 16). Da mesma maneira, depois de anos de sofrimento,
José pôde dizer a seus irmãos: "DEUS o tornou em bem" (Gn 50.20).
Os Sofrimentos de CRISTO
A fim de ser um sacrifício suficiente para satisfazer a justiça
divina, o Senhor JESUS CRISTO precisava obedecer perfeitamente à lei de DEUS em
sua vida, ser "um que, como nós, em tudo foi tentado, mas, sem
pecado" (Hb 4.15), passar por toda sorte de testes, oposições e rejeições
para, finalmente, suportar cruéis açoites, agressões e zombarias em seu
julgamento perante Caifás, Pôncio Pilatos e Herodes. Depois Ele precisou morrer
a mais dolorosa das mortes ao ser pregado em uma cruz de madeira, sentindo seu corpo
torturado pela dor, sua boca pela sede e sua alma pelos insultos e pela
zombaria. No entanto, tudo isso tinha um propósito, pois sobre aquela cruz Ele
carregava o castigo da lei que os homens haviam descumprido, e também os
pecados de cada ser humano em seu próprio corpo. Portanto, Paulo podia
escrever: "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de DEUS" (2 Co 5.21).
Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são
santificados. Hebreus
10:14
E o DEUS de toda a graça, que em CRISTO JESUS nos chamou à sua
eterna glória, depois de havermos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe,
confirme, fortifique e estabeleça.
1 Pedro 5:10
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de CRISTO. 2 Coríntios 12:9
Suportar a Cruz
Esta expressão refere-se àquele sofrimento individual e particular
que CRISTO espera que cada crente possa suportar, à medida este morre para si
mesmo e para os seus próprios desejos e vontades a fim de viver como CRISTO
deseja que ele viva. O Senhor JESUS disse: "Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia sua cruz, e siga-me" (Lc 9.23; cf. Mt
16.24). Isso deve ser feito diariamente, isto é, todas as vezes que a tentação
de sucumbir venha à sua mente. O crente deve negar sua "carne", ou
sua antiga natureza egoísta, e seguir o caminho que CRISTO lhe ordenou com o
seu sofrimento peculiar, que é o que dá uma forma especial àquela cruz.
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Lição 4,
Alegria, Aspecto do Fruto do ESPÍRITO
1º Trimestre de
2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o
crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.
Comentarista:
Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)
Figuras da
Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-4-alegria-fruto-do.html
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez
digo: regozijai-vos.” (Fp 4.4)
Regozijar -
χαιρω chairo
1) regozijar-se, estar contente
2) ficar extremamente alegre
3) estar bem, ter sucesso
4) em cumprimentos, saudação!
5) no começo das cartas: fazer saudação, saudar
A
alegria, fruto do ESPÍRITO, não depende de circunstâncias.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - João 16.20-24
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós
chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas
a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 - A mulher, quando está para dar
à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à
luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um
homem no mundo. 22 - Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas
outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém
vo-la tirará. 23 - E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade
vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
24 - Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa
alegria se cumpra.
O crente
tem a alegria do ESPÍRITO apesar das circunstâncias.
ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
1. A alegria do Senhor.
2. A fonte da nossa alegria.
3. A bênção da alegria.
A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
2. Alegria no servir.
3. Alegria no contribuir.
O que é a
alegria do ESPÍRITO?
A alegria do ESPÍRITO é um estado de graça e de bem-estar espiritual que
resulta da comunhão com DEUS.
Qual é a fonte de nossa real alegria?
DEUS é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos.
VÁRIOS
COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Henrique
Nossa
verdadeira e humilde atitude deveria ser:
Eu não tenho
conseguido me entregar ao ESPÍRITO SANTO de maneira que as qualidades do
ESPÍRITO SANTO apareçam em meu caráter.
Eu vejo em mim
todas as obras da carne e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO tenho lutado contra
essas e algumas vezes reconheço que tenho perdido a batalha, pois deixei de
seguir a orientação do ESPÍRITO. Porém, em CRISTO, sou mais doque vencedor.
Mantendo íntima comunhão com DEUS venço todas as batalhas que me são impostas.
Alegria
– regozijo - Dicionário Bíblico Wycliffe
A alegria está irreparavelmente ligada à vida do povo de DEUS no AT e no NT (Dt 12.6,12; Fp 4.4). Ela caracteriza as hostes celestiais
diante do trono de DEUS (Ap 19.6,7), e a vida consagrada dos cristãos na
terra com a sua esperança da futura glória (1 Pe 4.13).
No AT, a alegria é revelada por numerosos
sinônimos, significando uma transbordante adoração na presença de DEUS,
particularmente nos louvores. Muitas vezes, esse exuberante prazer é
demonstrado pelos gritos, pelas palmas e pela dança. DEUS é a fonte e o motivo
desta alegria (Sl 35.9,10). Especialmente nos Salmos, essa
exultante satisfação é enfatizada pela proximidade de DEUS (Sl 16.11), pelo seu perdão (Sl 51.8,15), pelo seu constante amor (Sl 31.7), pela sua Palavra (Sl 119.14) e pelas suas promessas (Sl 106.5). A alegria deve ser a característica da
Era Messiânica e do cumprimento da esperança de Israel (Is 35; 55.12; 65.18,19).
As principais palavras do NT (gr. chara e
chairo) vêm da mesma raiz de “graça” (charis). O ministério do Senhor JESUS é
descrito como a alegria do noivo juntamente com os seus amigos (Jo 3.29; cf. Mc 2.19). Ele mesmo transmite a sua profunda
alegria interior ao crente (Jo 15.11; 16.24; 17.13). Sua alegria representava a constante
satisfação de se fazer a vontade de DEUS (Sl 40.8), o seu absoluto auto sacrifício dedicado
a DEUS Pai. Lucas enfatiza particularmente a alegria no ministério do Senhor JESUS
(Lc 10.17; 13.17; 15.5,6,10; 19.37), e também na pregação do Evangelho
(“boas novas” ou “novas de grande alegria”) com as suas conversões (At 8.8; 13.48,52; 15.3). Paulo lista a alegria na descrição do
fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22), e a descreve como o resultado da
proximidade de DEUS com aqueles a quem Ele graciosamente justificou em CRISTO (Rm 5.20). Ela se expressa constantemente em
relação aos outros (Fp 1.26; 2.2), na feliz obediência que se origina do
amor que está presente na comunhão da igreja.
Dessa maneira, a alegria vem da presença
do ESPÍRITO SANTO que habita no interior de cada crente na comunidade cristã, e
é uma característica básica do reino de DEUS (Rm 14.17; cf. 15.13; 1 Ts 1.6). A alegria cristã é duradoura porque
está baseada em um correto relacionamento com DEUS, através de JESUS CRISTO.
Entretanto, a sua expressão mais notável ocorre nos momentos de sofrimento por
amor a CRISTO (Mt 5.12; At 5.41; Rm 12.12; Cl 1.24; 1 Pe 4.13). Ele foi à cruz pelo gozo (alegria) que
lhe estava proposto (Hb 12.2). O NT é iniciado com coros angelicais
que cantam alegremente pelo nascimento de CRISTO, e termina com uma alegre
exclamação que demonstra a exaltação de seu reino. Na versão KJV em inglês, o
verbo grego kauchaomai, que significa “exultar, vangloriar”, é traduzido muitas
vezes como “alegrar” (Rm 5.11) ou “regozijar” (Rm 5.2; Fp 3.3; Tg 1.9; 4.16) e os substantivos kauckema e kauchesis
como “regozijo”, Essa raiz sugere alegria no sentido de uma orgulhosa confiança
(2 Co 1.12) ou ainda “glorificar” ou “vangloriar” (2 Co 7.4; 8.24 etc.). F. P.
Alegria
A segunda
manifestação do fruto do
ESPÍRITO é alegria . Chara ( alegria ) é
utilizado cerca de 70 vezes no Novo Testamento, sempre para significar um
sentimento de felicidade que é baseado em realidades espirituais. Alegria é
o deep-down, sensação de bem-estar sendo que habita no coração da pessoa que
sabe que tudo está bem entre ele e o Senhor. Não é uma experiência que vem
de circunstâncias favoráveis ou até mesmo uma emoção humana que é divinamente
estimulados. É um presente de DEUS para os crentes. Como Neemias,
declarou: "A alegria do Senhor é a vossa força" (Ne
8:10). Alegria é uma parte da própria natureza e de
DEUS ESPÍRITO que Ele se manifesta em seus filhos.
Falando de como
nos sentimos a respeito do Senhor JESUS CRISTO, Pedro escreveu: "Ainda que
você não O tenha visto, você o ama, e ainda que você não O veja agora, mas
acredita Nele, exultais com alegria indizível e cheia de glória" (1 Pe.
1:8). Alegria é o excesso inevitável de receber JESUS CRISTO como
Salvador e do crente de conhecer a Sua presença contínua.
Alegria não
só não vem de circunstâncias humanas favoráveis, mas às vezes é maior quando
essas circunstâncias são as mais dolorosas e graves. Pouco antes de sua
prisão e crucificação, JESUS disse aos seus discípulos: "Em verdade, em
verdade vos digo que, que vocês vão chorar e lamentar, mas o mundo se alegrará;
vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria" (João
16:20). Para ilustrar essa verdade JESUS comparou a
divina alegria para uma mulher em trabalho de parto. "Ela
tem tristeza, porque é chegada a sua hora; mas quando ela dá à luz a criança,
ela não se lembra da angústia mais, por causa da alegria que trazer uma criança
ao mundo. Por isso vocês agora também tendes tristeza;. Mas eu vou estar com
vocês novamente, e seus corações se alegrarão, e ninguém tirará essa
alegria de vocês" (vv. 21-22).
A alegria de
DEUS é completa, completa em todos os sentidos. Nada de humano ou
circunstancial pode completá-la ou afastar-se dela. Mas não é cumprida na
vida de um crente, exceto através da dependência e obediência ao Senhor. "Pedi
e recebereis", JESUS passou a explicar, "que a vossa alegria seja
completa" (João 16:24). Uma das motivações de João ao escrever sua
primeira epístola foi ensinar que nossa alegria pode "ser feita
completa" (1 João 1:4).
O próprio JESUS
é mais uma vez o nosso exemplo supremo. Ele era "um homem de dores, e
experimentado no sofrimento" (Isaías 53:3; cf. Lc 18:31-33), mas, assim
como Ele havia prometido para seus discípulos, Sua tristeza se transformou em
alegria. "Para o gozo que lhe [Ele], suportou a cruz, desprezando a
ignomínia, e está assentado à destra do trono de DEUS" (Heb
12:2). Apesar do mal-entendido, a rejeição, o ódio e a dor que Ele
suportou dos homens, enquanto encarnado entre eles, o Senhor nunca perdeu a sua
alegria no relacionamento que teve com seu pai. E que alegria Ele dá a
cada um de Seus seguidores.
Apesar
da alegria ser um dom de DEUS através de Seu ESPÍRITO para
aqueles que pertencem a CRISTO, ela também é um mandamento para
nós. "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez eu vou dizer: alegrem-se!
“Paulo ordena (Fp 4:4; cf. 3:1). Porque a alegria vem como um
presente dEle, o comando, obviamente, não é para os crentes fabricarem ou
tentar imitá-la. O comando é aceitar com gratidão e deleitar-se com esta
grande bênção que já possuem. "Porque o reino de DEUS não é comida
nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO" (Rom
14:17).
RESUMO RÁPIDO
DO Pr. HENRIQUE
Existe alegria
da alma e do ESPÍRITO. A alegria que vem do fruto do ESPÍRITO é espiritual,
portanto, sobrepõe a alegria da alma, sobrepõe os sentimentos, sobrepõe as
aflições, angústias e todas as circunstâncias adversas que possam ocorrer.
ALEGRIA,
FELICIDADE INTERIOR
A alegria do Senhor.
A alegria,
qualidade ou virtude do fruto do ESPÍRITO, independe do que está acontecendo a
nossa volta. O crente pode estar alegre mesmo estando preso numa cadeia, como
aconteceu com Paulo, quando escreveu aos filipenses. essa alegria é provinda da
comunhão e intimidade com o ESPÍRITO SANTO. O crente que está alegre
espiritualmente não se entristece com as circunstâncias a sua volta. A situação
moral, espiritual ou material dos outros não pode abalar sua alegria com DEUS.
A alegria da certeza da salvação e da viva esperança do arrebatamento não podem
ser subjugadas pelos problemas da vida.
A fonte da
nossa alegria.
ALEGRIA DO
ESPÍRITO - Milagre de DEUS, vem de DEUS, é sobrenatural, é pura, é perfeita.
Tiago nos revela que DEUS é a fonte de todas as dádivas que recebemos (Tg
1.17).
É um milagre de
DEUS - Vem do ESPÍRITO SANTO, não é nossa, não vem de nós - DEUS é a fonte da
Alegria Verdadeira.
Tg 1.17
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes,
em quem não há mudança nem sombra de variação.
A bênção da
alegria.
Segredos
conhecidos, mas pouco praticados para se ter uma vida alegre com DEUS - oração,
a leitura da Palavra, o jejum e o evangelismo.
Dois tipos de
alegria - da alma e do ESPÍRITO.
ALEGRIA DA ALMA
- Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16.11; Rm 14.17).
חדוה chedvah
1) alegria, contentamento
Dicionário
Português - Qualidade de alegre. 2. Contentamento. 3. Tudo o que alegra. 4.
Divertimento, festa.
Ne 8.10
Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções
aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso
Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa
força.
ALEGRIA DO
ESPÍRITO
χαρα chara
1) alegria, satisfação
1a) a alegria recebida de você
1b) causa ou ocasião de alegria
Rm 14.17 Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no ESPÍRITO SANTO.
A ALEGRIA DO
ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
A alegria no
viver.
Seja alegre
todo tempo e em todo tempo. A alegria vem em abundância sobre aqueles que estão
em comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Estão ocupados na obra de DEUS. praticam a
oração em abundância, bem como o estudo da Palavra de DEUS, o jejum e o
evangelismo.
Alegria no
servir.
JESUS é o
modelo de serviço a todos e principalmente a DEUS. Por isso mesmo o PAI também
se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17).
Servir a DEUS e
a nosso próximo é dever de todos nós, pois o amor de DEUS nos constrange a
isto. Representamos JESUS aqui na terra e devemos fazer as mesmas obras que ELE
fez e até maiores.
Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e
as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12
Alegria no
contribuir.
Nunca escolha o
pior para DEUS, isso é o que fazem os tolos. Na hora de contribuir com suas
ofertas, escolhem as piores notas ou até mesmo moedas para ofertarem. Querem
muito de DEUS, mas dão para DEUS o seu pior. A oferta deve ser dada com alegria
e agradecimento a DEUS que nos deu de tudo o que necessitávamos.
Quem não dizima
(tendo condição de fazê-lo) e nem oferta não deveria nem entrar num templo onde
se louva e adora a DEUS e se recebe de DEUS. Tudo ali foi construído com o
dinheiro dos dízimos e das ofertas.
CONCLUSÃO
A alegria é uma
felicidade interior, é a alegria do senhor que é a nossa fonte de onde jorra
alegria e nos abençoa com a alegria de DEUS.
A alegria do ESPÍRITO
é para ser vivida, é a alegria no servir e no contribuir, é a alegria da
comunhão com DEUS. Seja feliz e alegre, você é filho(a) de DEUS.
Obra da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
ALEGRIA - chara
χαρα - Alegria Do Viver
Somente quando
estudamos detalhadamente o Novo Testamento descobrimos quão importante livro de
alegria ele é.
No Novo
Testamento o verbo chairein, que significa alegrar-se, ocorre setenta e duas
vezes, e a palavra chara, que significa alegria, aparece sessenta vezes. O Novo
Testamento é o livro da alegria.
A saudação
grega normal, tanto na conversa quanto nas cartas, é a palavra chairein, e é
geralmente traduzida simplesmente por “Saudações!”
Assim é usada
na carta de Felix a respeito de Paulo, dirigida ao oficial romano Claudio
Lisias (Atos 23.26). Se fossemos dar a chairein sua tradução integral e
literal, teríamos: “A alegria seja contigo!” , e há certas ocasiões no Novo
Testamento em que somente a tradução integral é correta.
Quando a Igreja
cristã resolveu no Concilio de Jerusalém que a porta da Igreja seria aberta aos
gentios, os líderes da Igreja enviaram aos cristãos gentios na Síria, Antioquia
e Cilicia uma carta informando-os a respeito daquela grande decisão, e a carta
começa com: “Chairein” - a alegria seja convosco! (Atos 15.23). Estava aberta a
porta a alegria cristã. Quando Tiago estava escrevendo aos cristãos dispersos
pelo mundo, e quando estava pensando neles como exilados da eternidade, começa
sua carta: “A alegria esteja convosco!” (Tiago 1.1). Uma das últimas palavras
que Paulo escreveu aos seus amigos em Corinto foi: “A alegria seja convosco,
irmãos!” (2 Co 13.11). Há dois belíssimos usos desta palavra chairein em
conexão com a vida de JESUS. Quando o anjo veio a Maria, a fim de contar-lhe a
respeito do filho ao qual havia de dar a luz, a sua saudação foi: “A alegria
seja contigo!” (Lc 1.28). E na manhã da ressurreição a saudação do CRISTO
ressurreto às mulheres que tinham vindo para lamentar foi: “A alegria seja
convosco” (Mt 28.9). Esta grande saudação ressoa de modo triunfante pelas
páginas do Novo Testamento. Examinemos, portanto, esta alegria cristã conforme
nos mostra o Novo Testamento.
(i) Devemos
começar notando que a alegria é a atmosfera distintiva da vida cristã. Podemos
expressá-la da seguinte maneira — sejam quais forem os ingredientes da vida
cristã, e as proporções em que forem misturados, a alegria é um deles. Na vida
cristã, a alegria sempre permanece como um fator constante. “Alegrai-vos no
Senhor,” escreve Paulo aos seus amigos filipenses, e passa a repetir a sua
ordem: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Fp 3.1;
4.4). “Regozijai-vos sempre,” escreve aos tessalonicenses (I Ts 5.16). Já foi
dito que “alegrai-vos!” é sempre a ordem do dia para o crente.
Na carta aos
colossenses há uma passagem muito relevante. Paulo diz aos colossenses que está
orando por eles, pedindo a DEUS para que transbordem do pleno conhecimento da
Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual, a fim de viverem de
modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, frutificando em toda a boa
obra, e crescendo no pleno conhecimento de DEUS. Continua, então: “ sendo
fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a
perseverança e longanimidade” — e então vem as palavras finais: “com alegria”
(Cl 1.9-11).
Toda virtude e
conhecimento devem ser irradiados com alegria; até mesmo a paciência e a
perseverança, que podem ser coisas áridas e repugnantes, devem ser iluminadas
com a alegria. “O reino de DEUS não é comida, nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no ESPÍRITO” escreveu Paulo aos romanos (Rm 14.17).
Não há virtude
na vida cristã que não se torne radiante com a alegria; não há circunstância e
ocasião que não sejam iluminadas com a alegria.
Uma vida sem
alegria não é uma vida cristã, porque a alegria é um ingrediente constante na
receita para a vida cristã.
Quando
examinamos as referências a alegria no Novo Testamento, com toda a sua
variedade e multiplicidade, elas enquadram-se num certo padrão, e nos falam
acerca de certas esferas em que a alegria cristã deve ser descoberta de modo
especial.
(a) Há a
alegria da comunhão cristã. O Novo Testamento está cheio da alegria daquilo que
pode ser chamado de “ fraternidade” . É uma alegria até semelhante à comunhão.
Paulo escreve a Filemom dizendo-lhe da alegria e conforto que recebeu do amor
de Filemom e ao ver o modo pelo qual os santos foram reanimados pelos cuidados
amorosos dele (Fm 7). Num famoso ditado, os pagãos olhavam para a Igreja cristã
e diziam: “Vede como estes cristãos amam-se mutuamente.” Nunca deve-se esquecer
de que uma das maiores influências na evangelização do mundo é a visão da
verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras a evangelização é a
visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída. É uma alegria
ainda maior gozar da comunhão cristã. Alegra o coração de Paulo o fato de seus
amigos em Filipos terem se lembrado dele com suas dádivas (Fp 4.10). Ver a
comunhão cristã é algo glorioso, estar envolvido nela é mais glorioso ainda. É
uma alegria ver a comunhão cristã restaurada. Quando Tito voltou da igreja perturbada
em Corinto com a notícia de que o problema havia sido sanado e a comunhão
restaurada, Paulo regozijou-se (2 Co 7.7,13). É uma alegria experimentar a
comunhão cristã restaurada. O Novo Testamento mostra a alegria de alguém ao
reencontrar-se com amigos. João espera que se encontrará outra vez com seus
amigos, e então sua alegria será completa (2 Jo 12).
No Novo
Testamento, não existe vestígios da religião que isola o homem do seu próximo.
O Novo Testamento mostra vividamente a alegria de fazer amigos, conservá-los e
reencontrá-los, porque a amizade e a reconciliação entre um homem e outro
refletem a comunhão e a reconciliação que há entre o homem e DEUS;
(b) Há a
alegria do evangelho. Há a alegria da nova descoberta e pode ser dito que a
história do evangelho começa e termina em alegria.
Foram novas de
grande alegria que os anjos trouxeram aos pastores (Lc 2.10), e os sábios se
alegraram quando viram a estrela que lhes contou sobre o nascimento do rei (Mt
2.10). Assim, houve alegria no início. Na manhã da Ressurreição as mulheres
voltaram do túmulo após seu encontro com o Senhor Ressurreto, em temor e grande
alegria (Mt 28.8). Os discípulos nem podiam acreditar nas boas novas, por causa
de tanta alegria (Lc 24.41).
Quando JESUS
colocou-se no meio deles, os discípulos se alegraram ao verem o Senhor (Jo
20.20). E bem no fim, conforme Lucas narra a história, após a Ascensão, os
discípulos voltaram para Jerusalém com grande alegria (Lc 24.52). A história do
evangelho começa, continua e termina com grande alegria. Há alegria de receber
o evangelho. Foi com alegria que Zaqueu recebeu JESUS em sua casa (Lc 19.6). Os
tessalonicenses receberam a palavra com alegria (1 Ts 1.6).
Repetidas vezes
Atos fala a respeito da alegria que veio aos homens quando o evangelho chegou
entre eles. A pregação de Filipe trouxe alegria para Samaria (At 8.8); depois
do seu batismo, o eunuco etíope foi seguindo o seu caminho, cheio de jubilo (At
8.39). Havia alegria em Antioquia da Pisidia quando os gentios ouviram que o
evangelho estava para sair da sinagoga e chegar a eles (At 13.48). O Novo
Testamento torna claro que a conversão deve ser uma das experiências mais
felizes de todo o mundo.
Há a alegria de
crer. A oração de Paulo pelos cristãos em Roma é para que o DEUS da esperança
os encha de todo gozo e paz em sua crença (Rm 15.13). Paulo deseja aumentar a
alegria de sua fé para os filipenses (Fp 1.25). O Novo Testamento torna claro
que a crença cristã é seguida pela alegria. Sempre existem aqueles que tem
feito da sua religião uma agonia. Mas para o Novo Testamento, a fé e a alegria
andam juntas.
Há uma certa
severidade nesta alegria cristã. É uma alegria que se regozija até mesmo na
disciplina e na provação. Tiago ordena que seus leitores se alegrem quando são
provados (Tg 1.2). A alegria cristã é como a alegria de uma mulher de quem as
dores de parto já se foram, e cujo filho chegou (Jo 16.21, 22).
É notável quão
frequentemente no Novo Testamento a alegria e a aflição andam lado a lado. A
despeito da perseguição, os cristãos em Antioquia ficam cheios do ESPÍRITO
SANTO e de gozo (Ato 13.52).
O cristão pode
ter tristezas mas também estar se regozijando (2 Co 6.10). O evangelho trouxe
tribulação a Tessalônica mas também trouxe alegria (1 Ts 1.6).
Esta alegria na
tribulação pode ser uma coisa muito maravilhosa, e a maravilha dela acha-se no
fato de ser suportada e empreendida por amor a JESUS CRISTO. Pedro e João
deixaram o Sinédrio e as suas ameaças, regozijando-se por terem sido
considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de JESUS (Ato 5.41). Pedro
encoraja os seus leitores, dizendo-lhes que quando sofrem estão compartilhando
dos sofrimentos do próprio CRISTO (1 Pe 4.13).
A passagem mais
estarrecedora no Novo Testamento acha-se em Cl 1.24 onde Paulo diz que se
regozija nos seus sofrimentos. “Preencho o que resta das aflições de CRISTO, na
minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja.” Como é que algo pode
faltar, ou restar, dos sofrimentos de JESUS CRISTO? Façamos uma analogia. É
possível que um cientista, um cirurgião ou um médico, no seu laboratório,
centro cirúrgico ou sala de pesquisas, trabalhe com esforço e sofrimento,
correndo perigo, arriscando e destruindo sua própria saúde para achar a cura ou
alguma ajuda para as dores e enfermidades dos homens. Mas a sua descoberta
permanece inútil a não ser que seja tirada do laboratório e colocada à
disposição dos homens em todas as partes do mundo. E é bem possível que aqueles
que levam a descoberta até aos homens tenham de suar, labutar, sofrer e fazer
sacrifícios para torná-la disponível. É pode-se dizer com exatidão e
propriedade que os sofrimentos deles para tornar a dádiva disponível aos homens
preenchem e completam os sofrimentos do grande homem que fez a descoberta
original. A obra de JESUS CRISTO foi realizada e completada. Mas ainda falta
torná-la disponível aos homens. Repetidas vezes na história, os homens têm
labutado, sofrido e morrido para contar aos outros aquilo que JESUS CRISTO fez
por eles. E em seus sofrimentos podemos dizer que estão completando os
sofrimentos do próprio JESUS CRISTO. Aqui está o grande pensamento inspirador
afirmando que, se em qualquer tempo nosso serviço e lealdade a Ele nos custarem
alguma coisa, isto quer dizer que estamos completando os sofrimentos de JESUS
CRISTO. Que privilégio e mais sublime do que este? Se assim for, a alegria não
poderá ser retirada de nós (Jo 16.22).
(c) Há a
alegria da obra e do testemunho cristãos, Há alegria ao ver DEUS em ação. Os
Setenta voltaram com alegria, porque os demônios foram derrotados no nome de JESUS
CRISTO (Lc 10.17). Diante das obras maravilhosas de JESUS o povo se regozijou
por causa das coisas gloriosas que estavam sendo feitas por Ele (Lc 13.17;
19.37). Há alegria ao ver o evangelho sendo anunciado.
Barnabé ficou
alegre quando viu os gentios sendo trazidos para a fé em Antioquia (Ato 11.23).
O relato da propagação do evangelho trouxe muita alegria aos irmãos (Ato 15.3).
O evangelho é a última coisa que algum cristão deveria guardar para si mesmo.
Quanto mais o evangelho se propaga, e quanto maior for o número de pessoas que
compartilham dele, maior será a sua alegria.
Há a alegria do
mestre e do pregador no progresso cristão do seu povo. A notícia da obediência
dos cristãos em Roma propagou-se e Paulo está alegre por causa deles (Rm
16.19). A unidade da congregação é a alegria do pastor (Fp 2.2). Mesmo em sua
ausência, Paulo regozija-se na firmeza dos cristãos em Colossos e com o
progresso dos cristãos de Tessalônica (Cl 2.5; 1 Ts 3.9). João se alegra quando
seus filhos andam na verdade (2 Jo 4). “Não tenho maior alegria do que esta,”
diz ele, “a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4).
Nunca devemos
nos esquecer de que, segundo o Novo Testamento, o objetivo de toda a pregação
cristã é trazer alegria aos homens. “Tenho-vos dito estas coisas,” disse JESUS,
“para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.11). O
objetivo de JESUS ao falar aos Seus discípulos era que tivessem o Seu gozo
cumprido em si mesmos (Jo 17.13).
O alvo de João
ao escrever aos seus conhecidos era que a alegria deles e a sua fossem
completas (1 João 1.4). O desejo de Paulo para os coríntios era de que pudesse
cooperar com eles visando a alegria (2 Co 1.24).
Paulo gostaria
de ser poupado por um pouco mais de tempo a fim de que ajudasse os filipenses
no seu progresso e gozo da fé (Fp 1.25).
Pode ser que um
pregador tenha de despertar tristeza e arrependimento no seu povo; é possível
que tenha de colocar temor nos seus corações; pode ser que tenha de levá-lo a
ter auto repugnância e a se humilhar.
Mas nunca um
sermão cristão pode parar aí. O sermão que deixa o homem nas trevas do
desespero não é um sermão cristão, porque depois da vergonha e da humilhação do
arrependimento deve haver a alegria do perdão recebido e do amor de DEUS que
foi experimentado. Ninguém deve, em ocasião alguma, levantar-se no fim de um
culto cristão sem a possibilidade de a alegria arder e flamejar diante dele.
É bem possível
que, no final, a maior alegria será a alegria nas pessoas que trouxemos para
JESUS CRISTO.
Para Paulo, os
filipenses e os tessalonicenses são sua alegria e coroa (Fp 4.1; 1 Ts 2.19,
20). O escritor aos Hebreus conclama aqueles que estão colocados numa posição
de liderança e autoridade a serem fiéis a sua vocação, de modo que possam
prestar contas, no fim da jornada, não com tristeza mas com alegria (Hb 13.17).
E assim
chegamos ao fim, porque esta alegria é a alegria do próprio DEUS; e a alegria
de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas perdidas
(Lc 15.5, 7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que estava
perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para casa
(Lc 15.32).
Tanto para o
homem como para DEUS, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor
renascido e restaurado, é a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa
senão a alegria de DEUS.
Alegrar-Se, (Dicionário
Vine Antigo e Novo Testamento)
שמח samach
שמחה simchah
שמה sameach
ALEGRAR-SE
A. Verbo.
sãmah (שפה):
“alegrar-se. regozijar-se”. Este verbo também ocorre no ugarítico (onde seus
radicais são sh-m-h) e talvez no aramaico-siríaco. Aparece em todos os períodos
do hebraico e por volta de 155 vezes na Bíblia.
O termo sãmah
diz respeito a uma emoção espontânea ou felicidade extrema que é expressa de
maneira visível e/ou externa. Não representa um estado permanente de bem-estar
ou sentimento. Esta emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de
casamento, de colheita, a derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes.
Os homens de Jabes-Gileade irromperam com alegria quando souberam que seriam
libertos dos filisteus (1 Sm 11.9).
A emoção
manifesta no verbo sãmah encontra expressão visível. Em Jr 50.11. os
babilônicos são denunciados por "se alegrarem’' e saltarem de prazer com a
pilhagem de Israel. Sua emoção é revelada externamente por terem inchado como
bezerra gorda e relinchando como garanhões. A emoção representada no verbo é
concretizada no substantivo .· ir-ihãh é acompanhada às vezes por dança, canto
e instrumentos musicais. Este era o sentido quando Davi foi aclamado pelas
mulheres de Jerusalém quando ele voltava vitorioso das batalhas contra os
filisteus (1 Sm 15.6). Esta emoção é descrita como produto de uma situação,
circunstância ou experiência exterior, como a encontrada na primeira ocorrência
bíblica de sãmah. DEUS disse a Moisés que Arão estava vindo para encontrá-lo e,
־‘vendo-te, se alegrará em seu coração” (Êx 4.14). Esta passagem
fala do sentimento interno que é expresso visivelmente. Quando Arão viu Moisés,
ele foi vencido pela alegria e o beijou (Êx 4.27).
O verbo sãmah
sugere três elementos: 1) Um sentimento espontâneo e descontinuado de júbilo,
um sentimento tão forte que encontra expressão em um ato exterior e 3) um
sentimento provocado por um incentivo exterior e não sistemático.
Este verbo é
usado 110 vezes no modo intransitivo com o significado de que a ação é enfocada
no sujeito (cf. 1 Sm 11.9). DEUS é, às vezes, o sujeito, aquele que "se
alegra e se regozija”: “A glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor
em suas obras!" (SL 104.31). Quanto aos justos: “Alegrai-vos no SENHOR e
regozijai-vos; [...] e cantai alegremente” (SL 32.11). No lugar que o Senhor
escolher, Israel deve “alegrar-se” em tudo o que o Senhor o abençoar (Dt 12.7).
Usado neste modo, o verbo sãmah descreve um estado no qual a pessoa se coloca
sob determinadas circunstâncias. Tem o sentido adicional e técnico de descrever
tudo o que se faz ao preparar uma festa perante DEUS: Έ ao primeiro dia
tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmas, ramos de árvores
espessas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR, vosso
DEUS, por sete dias” (Lv 23.40).
Em alguns
casos, o verbo descreve um estado contínuo. Em 1 Rs 4.20, o reinado de Salomão
é resumido assim: "Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, como a areia
que está ao pé do mar em multidão, comendo, e bebendo, e alegrando-se".
Substantivo.
simehãh (שסחח):
“alegria, regozijo”. Este substantivo, que também aparece no ugarítico, é
encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo sinfhãh é termo técnico
para designar a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência
bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11) e é uma representação do sentimento ou
conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro uso técnico, este
substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante DEUS:
"Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a
fazer grandes festas [literalmente, “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).
O substantivo
apanha a nuança concreta do verbo. como em Is 55.12: "Porque, com alegria,
saireis; [...] os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa
face e todas as árvores do campo baterão palmas".
Adjetivo.
sãmeah (riçrj:
“alegre, contente". Este adjetivo ocorre 21 vezes no Antigo Testamento. A
primeira ocorrência bíblica está em Dt 16.15: ‘ Sete dias celebrarás a festa ao
SENHOR, teu DEUS no lugar que o SENHOR escolher, porque o SENHOR, teu DEUS te
há de abençoar; [...] pelo que te alegrarias certamente”.
ALEGRIA
(Dicionário Teológico)
[Do lat. alacer
] Satisfação, contentamento, júbilo. De conformidade com as Sagradas
Escrituras, a alegria do crente independe das circunstâncias. Como dom de DEUS
e fruto do ESPÍRITO SANTO, pode ser desfrutada sob as mais adversas condições
(Gl 5,22).
Eis as palavras
hebraicas mais usadas no Antigo Testamento para expressar alegria: simhã -
gozo, riso; gûl - saltar, ser alegre; e: sãmeah - brilhar, estar contente. No
Novo Testamento, temos os seguintes vocábulos: chara - gozo; chairo -
regozijar-se. Esta alegria pode manifestar-se até mesmo em meio às perseguições
e às mais impensáveis provas (Mt 5.12; 2 Co 12.9). A graça de CRISTO faz-nos
assentar nos lugares celestiais.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO6, Alegria Abundante no
Sofrimento NA INTEGRA, COMO NA REVISTA
Lição6, Central Gospel, Alegria Abundante no Sofrimento, 3Tr25,
Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 6 / ANO
2- N° 6
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
1.1. No sofrimento
1.1.1. Vivendo sob a vontade de DEUS
1.2. No amor
1.3. Na glorificação
1.3.1. Alegria indizível
1.3.2. O juízo na casa de DEUS
2. LIDERANÇA AUTÊNTICA
2.1. A postura do verdadeiro líder
2.2. Marcas da liderança cristã
3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS
3.1. Sejam humildes
3.2. Abandonem a ansiedade
4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 4.1,2,8-10; 5.1-3,5-7
1 Pedro 4.1- Ora, pois, já que CRISTO padeceu por nós na carne,
armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já
cessou do pecado, 2- para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de DEUS. 8- Mas,
sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a
multidão de pecados, 9- sendo hospitaleiros uns para os outros, sem
murmurações. 10- Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de DEUS.
1 Pedro 5.1- Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu
(...):
2- apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; 3- nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de
exemplo ao rebanho. 5- Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos;
e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque DEUS
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6- Humilhai-vos, pois, debaixo
da potente mão de DEUS, para que, a seu tempo, vos exalte, 7- lançando sobre
ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
TEXTO ÁUREO
"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições
de CRISTO, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e
alegreis." 1 Pedro 4.13
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 4.12,13; Apocalipse 3.10 Suporte as provas;
DEUS guarda os fiéis na tribulação
3ª feira - Hebreus 13.2; Romanos 12.13 Pratique a
hospitalidade; acolha com amor
4ª feira - 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16 Sofrimentos são
momentâneos, mas a glória é eterna
5ª feira - 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6 O juízo começa pela casa
de DEUS
6ª feira - João 21.15-17 Ame a CRISTO e apascente Suas ovelhas
Sábado - 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27 Resista ao diabo
e permaneça firme na fé
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico,
o aluno deverá:
compreender que a reflexão sobre o sofrimento de CRISTO
prepara para a luta contra o pecado;
reconhecer a gloriosa promessa de alegria perene para aqueles
que aceitam sofrer injustamente por amor a CRISTO;
entender que a humildade é a marca essencial de todo líder
cristão.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao conduzir esta
lição, incentive os alunos a refletirem sobre o sofrimento de JESUS como
inspiração para sua própria jornada de fé, destacando a importância da
mortificação, do amor fraternal e da esperança gloriosa em CRISTO, nosso
Senhor.
Se houver espaço em seu plano de aula, divida a
turma em pequenos grupos e peça que cada equipe identifique e compartilhe
situações práticas em que possam demonstrar perseverança, amor ao próximo e
confiança em DEUS diante das adversidades. Conclua com um momento de oração,
reforçando o esplendor da glória eterna que aguarda os salvos.
Boa aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Ao analisar a primeira carta de Pedro, é imprescindível considerar o
sofrimento de CRISTO (1 Pe 2.21) como o eixo central de sua mensagem. O texto
apresenta certa complexidade interpretativa, uma vez que o apóstolo transita
rapidamente entre diferentes assuntos, compondo uma estrutura mais temática do
que linear, característica de sua abordagem pastoral e exortativa.
Nesta lição, serão abordados quatro grandes temas: a identificação do
crente com CRISTO em diversas áreas da vida; a importância de uma liderança
espiritual autêntica (1 Pe 5.1-4); instruções para os jovens (1 Pe 5.5-7); e
por fim, a orientação sobre como resistir aos ardis do adversário (1 Pe
5.8-12).
1. IDENTIFICAÇÃO
COM CRISTO
Desde o primeiro capítulo de sua primeira carta, Pedro introduz o tema do
sofrimento como uma preparação para os desafios maiores que os cristãos viriam
a enfrentar. No quarto capítulo, ele convoca os leitores a se identificarem com
CRISTO em três aspectos: sofrimento, amor e glorificação.
1.1. No
sofrimento
A vida terrena é breve comparada à eternidade; por essa razão, Pedro
encoraja os cristãos a adotarem a disposição de CRISTO em suportar o sofrimento
(1 Pe 4.1), destacando a importância do sacrifício de mortificação como parte
essencial da jornada cristã.
O sofrimento é a evidência de que o crente está crucificado com CRISTO e
possui a capacidade de vencer a carne e suas paixões. Paulo reforça esse
princípio: E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências (Gl 5.24).
1.1.1. Vivendo
sob a vontade de DEUS
O prazer legítimo é uma dádiva, desde que respeite os limites
estabelecidos por DEUS em aspectos como sexo, alimentação, descanso e
lazer. O texto bíblico apresenta três tipos de vontade: a da carne (1 Pe
4.2a), a de DEUS (1 Pe 4.2b,19) e a do mundo (= pagãos ou gentios, cf. 1
Pe 4.3,4). Diante do crente, a escolha é clara: viver segundo as paixões
humanas ou submeter-se à vontade do Senhor (1 Pe 4.2).
O chamado à santidade conduz naturalmente a um distanciamento dos padrões
mundanos, o que pode causar perplexidade e até escárnio por parte dos ímpios (1
Pe 4.4). No entanto, cada pessoa prestará contas diante de DEUS (1 Pe 4.5).
Para os descrentes, essa advertência é uma oportunidade de arrependimento; para
os salvos, um convite à sobriedade e à vigilância contínua na oração, como
expressão de confiança e esperança no Senhor (1 Pe 4.7).
1.2. No amor
O amor cristão deve ser demonstrado em atitudes concretas, não em
palavras vazias. Esse tipo de amor, descrito com o termo grego ektenê, deve ser
intenso e constante, forte o suficiente para relevar ofensas: O amor cobrirá a
multidão de pecados (1 Pe 4.8). Nos versículos 7 a 11, Pedro apresenta
sete orientações práticas, introduzindo o conceito de mordomia cristã. Observe:
• Sejam
sóbrios — é fundamental manter a mente clara e o autocontrole para viver
com discernimento (1 Pe 4.7).
• Vigiem em
oração — é requerida uma atitude constante de oração e vigilância, como
expressão de dependência de DEUS (1 Pe 4.7).
• Tenham
ardente amor uns para com os outros — é indispensável demonstrar amor
fervoroso, que cobre multidões de pecados e promove unidade (1 Pe 4.8).
• Sejam
hospitaleiros, sem murmurações — essa prática era comum na Igreja
primitiva e herança cultural do judaísmo (Hb 13.2). No Antigo Testamento, a
hospitalidade obedecia à Lei; no Novo, tornou-se expressão de amor
cristão (1 Pe 4.9).
• Sejam
mordomos dos dons de DEUS — é necessário administrar os dons recebidos
para a edificação do Corpo de CRISTO, reconhecendo que todo crente possui pelo
menos um dom (1 Pe 4.10; cf. Ef 4.11,12; 1 Co 12.7).
• Falem de
acordo com os oráculos de DEUS — é imperativo proclamar a verdade com
fidelidade, seja na pregação, profecia ou fala cotidiana, evitando palavras que
desagradem a DEUS (1 Pe 4.11; cf. Is 50.4; Ef 4.29).
• Administrem
segundo o poder de DEUS — é crucial servir com zelo e disposição para
beneficiar o próximo, conforme a força que DEUS concede (1 Pe 4.11; cf. Rm
12.6-8).
1.3. Na
glorificação
Pedro reconhece que o sofrimento faz parte da jornada rumo ao lar
celestial. Alguns o veem como uma prova necessária; outros, como obra
maligna. Contudo, as provações devem ser encaradas como um meio pelo qual DEUS
mede e aperfeiçoa a fé (1 Pe 1.7). Assim como existe o amor ardente (1 Pe 4.8),
há também a prova ardente (1 Pe 4.12). Nessas situações, o cristão é
chamado a resistir com coragem e altruísmo, sabendo que o fim está próximo e
que, em breve, a recompensa eterna será concedida.
1.3.1. Alegria
indizível
A alegria cristã não é um consolo passageiro, mas um vislumbre antecipado
da glória futura. Pedro orienta: Alegrai-vos por serdes participantes das
aflições de CRISTO, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis
(1 Pe 4.13). O sofrimento por CRISTO nos une ainda mais a Ele e nos faz
participantes de Sua vitória. Como afirmou John Piper: "DEUS é mais
glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos com Ele."
1.3.2. O juízo
na casa de DEUS
Pedro também adverte sobre a necessidade de viver o evangelho com
dignidade, pois nem mesmo a casa de DEUS está livre de julgamento (1 Pe 4.17).
Esse juízo começa pela Igreja, com o propósito de purificá-la e fortalecê-la (1
Pe 4.18; cf. Pv 11.31; Rm 11.22).
OBSERVAÇÃO 1
Aquele que
sofre deve confiar sua alma ao Senhor (1 Pe 4.19). No sofrimento, é comum temer
o futuro. Contudo, há uma garantia: CRISTO, que passou pelo abandono na cruz
(Mt 27.46), sabe exatamente como confortar e fortalecer os que atravessam
momentos difíceis (Hb 2.18). Ele é o fiel guardião do salvo.
2. LIDERANÇA
AUTÊNTICA
A verdadeira liderança é legitimada pelo serviço, não pela posição
ocupada. No exercício do ministério, a dedicação está intrinsecamente ligada ao
sofrimento, exigindo entrega e disposição genuína, mesmo em meio às
adversidades.
2.1. A postura
do verdadeiro líder
Mesmo sendo apóstolo de JESUS, Pedro não reivindica sua posição
apostólica, embora tivesse autoridade para fazê-lo. Em vez disso, revela
humildade ao se equiparar aos demais líderes, apresentando-se como presbítero
(1 Pe 5.1). Pedro reconhecia que, assim como os demais, também era uma ovelha
do rebanho de CRISTO (1 Pe 2.25; cf. Jo 21.15-17).
Dirigindo-se aos presbíteros, Pedro relembra suas experiências ao lado do
Mestre (1 Pe 5.1), sendo uma testemunha ocular dos Seus sofrimentos — não
apenas no Calvário, mas durante todo o Seu ministério (At 2.22,23). Ao se
declarar participante da glória que se há de revelar (1 Pe 5.1b), o apóstolo
destaca duas verdades importantes:
• a
participação na glória futura não era garantida por seu título
apostólico nem por ter caminhado pessoalmente com JESUS, mas pelo fato de
ser salvo;
• a experiência
do sofrimento não é um sinal de abandono, mas a evidência
de que uma recompensa gloriosa aguarda os que perseveram.
2.2. Marcas da
liderança cristã
Na sequência, Pedro exorta os presbíteros a apascentarem o rebanho de DEUS
e define a forma adequada de exercer esse pastoreio (1 Pe 5.2-4). Os obreiros
não devem pastorear:
• por
obrigação — não como forçados ou constrangidos a cuidar das ovelhas, mas
por voluntariedade, movidos por amor a CRISTO e pelo desejo de servir.
Diferentemente dos mercenários, que cuidam por interesse pessoal, o verdadeiro
pastor age por devoção (1 Pe 5.2);
• por
cobiça — não devem ser guiados pelo lucro vergonhoso ou interesses
materiais (At 20.28-35). A liderança deve ser marcada por zelo, entusiasmo e
sincero desejo de edificação (1 Pe 5.2);
• com
tirania — as ovelhas pertencem a JESUS, não aos ministros. O povo de DEUS
é, simultaneamente, Seu rebanho e Sua herança (1 Pe 5.2,3);
• sem
perspectiva da recompensa eterna — o Sumo Pastor retornará para avaliar
cada ministério e conceder a incorruptível coroa de glória àqueles que
exerceram sua vocação com fidelidade (1 Pe 5.4).
3. INSTRUÇÕES
PARA OS JOVENS
O presbítero Pedro, como ele mesmo se apresenta, dedica atenção especial
aos jovens. Com uma abordagem afetuosa, ele os encoraja à vitória sobre o
príncipe deste mundo.
3.1. Sejam
humildes
O sentimento de autossuficiência é comum em alguns, levando ao
desinteresse pelos conselhos dos mais experientes. No entanto, a sujeição
recomendada por Pedro deve ser praticada não apenas em relação aos anciãos, mas
também no convívio entre os próprios jovens.
OBSERVAÇÃO 2
A expressão "revesti-vos de humildade" (1 Pe 5.5a) remete à
imagem de um escravo que se cingia com um avental para servir. Esse quadro traz
à memória a atitude de CRISTO ao tomar uma toalha e lavar os pés dos
discípulos, demonstrando Seu caráter de servo (Jo 13.4,5). Para reforçar a
importância dessa virtude, Pedro cita Provérbios 3.34, lembrando que DEUS
concede graça aos humildes.
3.2. Abandonem
a ansiedade
Pedro orienta os crentes a humilharem-se sob a poderosa mão de DEUS,
lançando sobre Ele todas as suas ansiedades (1 Pe 5.7). A palavra ansiedade
(gr. merimnan) transmite a ideia de "estrangulamento". É necessário
estar vigilante para que essa carga emocional não sufoque a alma, abrindo
brechas para a atuação do inimigo (1 Pe 5.8a).
4. VIGILÂNCIA
CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
A batalha espiritual entre o mundo das trevas e os salvos em CRISTO é uma
realidade constante. Paulo trata desse conflito com clareza, orientando os
crentes sobre a natureza dessa luta e apresentando as armas espirituais para
que possam resistir e permanecer firmes (Ef 6.10-18).
4.1.
Sobriedade, vigilância e firmeza
Pedro alerta que Satanás anda em derredor, bramando como leão e buscando
a quem possa devorar (1 Pe 5.8,9). Esse bramido representa uma estratégia
de intimidação, suscitando temor e instabilidade, mesmo sem um ataque direto. O
objetivo é paralisar a Igreja e impedir seu avanço na obra do Reino.
Na batalha espiritual, três elementos são indispensáveis:
•
sobriedade — o termo grego nêpsate indica "autocontrole",
ressaltando a importância de manter a calma e a clareza de pensamento nos
embates (1 Pe 5.8a);
•
vigilância — refere-se a estar atento e espiritualmente alerta, com os
sentidos apurados para discernir a ação do inimigo (1 Pe 5.8b);
•
firmeza — Pedro exorta os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.9a) e
na graça (1 Pe 5.12), destacando a perseverança como condição
essencial para resistir.
CONCLUSÃO
O
apóstolo encerra sua carta com uma doxologia, exaltando a DEUS e mencionando
Silvano (Silas ARA) como seu amanuense e Marcos, seu filho na fé, como
colaborador (1 Pe 5.11-13).
A mensagem de Pedro exorta à perseverança diante das provações,
reafirmando que o sofrimento por CRISTO nunca é em vão. A glória eterna é a
recompensa prometida àqueles que permanecem fiéis.
Identificar-se com CRISTO, no amor e na dor, conduz à verdadeira vitória:
a glorificação com o Senhor na eternidade.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual deve ser a atitude do crente diante das investidas de
Satanás?
R.: O crente deve resistir firmemente na fé, mantendo vigilância,
sobriedade e confiança no Senhor, que concede vitória e restauração (1 Pe 5.9).
Fonte: Revista Central Gospel