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14 novembro 2025
Slides Lição 8, CPAD, Emoções e sentimentos — A batalha do equilíbrio interior, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015
Escrita Lição 8, CPAD, Emoções e sentimentos — A batalha do equilíbrio interior, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 4º Trimestre de 2025
Título: ESPÍRITO, Alma e Corpo — A restauração integral do ser
humano para chegar à estatura completa de CRISTO - Comentarista: Silas
Queiroz
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. O HOMEM, UM SER AFETIVO
1. Propósitos do estudo
2. Afetividade: emoções e sentimentos
3. Principais afetos
4. Inveja, ira e ódio
II. EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE
1. Reação e decisão
2. Emoção e pecado
3. O aspecto positivo das emoções
II. SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS
1. A falsa autonomia humana
2. Obediência, humildade e oração
TEXTO ÁUREO
“E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.” (Fp 4.7).
VERDADE PRÁTICA
Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em DEUS,
único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 10.17-21 JESUS se alegrou no ESPÍRITO
Terça — Gn 4.21 A música é uma das formas de expressão
emocional
Quarta — Nm 12.3; 16.15 Moisés, embora muito manso, teve
momentos de ira
Quinta — Nm 20.10-12 O descontrole de Moisés lhe trouxe
grande prejuízo
Sexta — 2Sm 13.1,2,14,15 O coração humano é sujeito às
paixões perversas
Sábado — Fp 2.1,2 O ESPÍRITO comunica sentimentos comuns
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 4.4-7; Mateus 9.36; João
11.35,36.
Filipenses 4
4 — Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos.
5 — Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto
está o Senhor.
6 — Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas
petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela oração e súplicas, com
ação de graças.
7 — E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.
Mateus 9
36 — E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque
andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
João 11
35 — JESUS chorou.
36 — Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.
HINOS SUGERIDOS - 175, 182 e 299 da Harpa Cristã.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS, REVISTAS E GOOGLE
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Digo, porém: Andai em ESPÍRITO, e não cumprireis a concupiscência
da carne.
Gálatas 5:16
Vivam pelo ESPÍRITO, e
de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. A palavra traduzida por “vivam”,10
significa andar, comportar-se, conduzir a vida. O tempo verbal (presente)
indica uma ação habitual, no sentido geral de “conduta de uma pessoa, ou
seja, da realização de sua vida, é um termo que quase só Paulo e João
utilizam”. Paulo aclara suas exortações com um conceito familiar às
comunidades e que contém uma indicação de como pode ser praticado tal
serviço de amor e liberdade: viver pelo ESPÍRITO. A palavra ESPÍRITO
representa com o verbo viver o que caracteriza esta conduta. ESPÍRITO é o
que possibilita ao homem tal comportamento ou sua causa. Assim, a expressão
representa o fundamento e modo do comportamento.
Viver pelo ESPÍRITO é
ser guiado no ESPÍRITO ou deixar-se guiar pelo ESPÍRITO. Quando Paulo exorta os
gálatas a utilizarem para o amor, não quer dizer outra coisa, senão que
eles deviam vivem a vida diária atendendo e escutando a voz do ESPÍRITO que os
quer guiar. Precisamente este proceder tem a consequência e a promessa de
que, se assim fizerem, não irão satisfazer as obras da carne.
De modo nenhum
satisfarão os desejos da carne. A palavra epithumia, traduzida aqui por desejos
é a concupiscência, o anelo de algo, o desejo por algo, a intenção etc. A
palavra carne a determina como uma concupiscência egoísta. Certamente que
a maioria das vezes epithumia é usada no sentido pejorativo, especialmente
tratando-se dos desejos relacionados à carne. A Epístola aos Gálatas - Germano
Soares (CPAD).
I. O HOMEM, UM SER AFETIVO
O homem é um ser afetivo - Por meio de um processo social de
aprendizagem e influências culturais, os homens são ensinados a ser fortes e
racionais, o que pode criar barreiras para expressar sentimentos, mas não
elimina a sua capacidade inerente de ser afetivo.
·
Influência
cultural: A sociedade frequentemente impõe a ideia de que homens devem
ser fortes e não demonstrar vulnerabilidade, o que inibe a manifestação de
sentimentos, como medo e tristeza.
·
Barreiras
para a expressão emocional: Esses estereótipos podem levar
à repressão de sentimentos, dificultando o desenvolvimento de relações
saudáveis e a comunicação de necessidades, medos e frustrações.
·
Formas
alternativas de expressar afeto: Homens podem expressar afeto
por meio de ações, já que tendem a regular emoções através de atitudes e não
apenas de palavras.
1. Propósitos do estudo
Os transtornos depressivos e de ansiedade estão
entre os problemas de saúde mental que mais crescem no Brasil atualmente. O
país já é líder mundial em casos de ansiedade e um dos primeiros em depressão,
com dados recentes indicando um crescimento alarmante.
Principais dados e tendências:
·
Liderança
Mundial em Ansiedade: O Brasil ocupa o primeiro
lugar no ranking mundial de transtornos de ansiedade, afetando aproximadamente
9,3% da população, o que equivale a cerca de 18,6 milhões de brasileiros.
·
Alta
Prevalência de Depressão: O país também é um dos mais
afetados pela depressão, sendo o quinto com maior prevalência global, com cerca
de 12 milhões de pessoas sofrendo com a doença.
·
Aumento
Pós-Pandemia: Houve um crescimento significativo nos casos de ansiedade e
depressão durante e após a pandemia de COVID-19. Globalmente, a prevalência
aumentou em 25%, e no Brasil, esse aumento foi perceptível, com o tema se
tornando o principal problema de saúde do país na percepção popular.
·
Impacto
no Trabalho: Os afastamentos do trabalho devido à ansiedade e depressão
triplicaram em 10 anos no Brasil, totalizando mais de 307 mil casos em 2024,
segundo o Ministério da Previdência.
·
Crescimento
Contínuo: Dados de atendimentos ambulatoriais do SUS entre janeiro e
outubro de 2024 mostram um aumento de 14,3% nos atendimentos relacionados à
ansiedade em comparação com todo o ano de 2023, evidenciando que a tendência de
crescimento se mantém.
Diversos fatores contribuem para essa realidade, incluindo
desigualdade social, violência urbana, pressão no ambiente de trabalho e falta
de acesso a serviços de saúde mental adequados.
2. Afetividade: emoções e sentimentos
A afetividade engloba o humor, emoções e sentimentos,
mas se distingue deles. Emoções são respostas intensas, de curta duração e com
reações fisiológicas, como o choro ou a taquicardia. Sentimentos são avaliações
subjetivas e mais duradouras, que surgem a partir da interpretação das emoções,
como o amor ou a felicidade. A afetividade é a capacidade geral de expressar
esses estados internos e está ligada à formação humana.
Emoções
·
Definição: Respostas
súbitas e momentâneas a um estímulo.
·
Características: De
curta duração e intensidade; vêm acompanhadas de reações físicas (ex: coração
acelerado, aperto no peito).
·
Exemplo: O
susto de um barulho alto que causa um sobressalto.
Sentimentos
·
Definição: Processos
mentais de avaliação e reflexão sobre as emoções.
·
Características: Mais
duradouros e subjetivos, ou seja, são vivenciados internamente e podem ser
nomeados.
·
Exemplo: A
sensação de felicidade que surge ao interpretar a emoção de euforia.
Afetividade
·
Definição: Termo
abrangente para o conjunto de experiências afetivas (humor, emoções e
sentimentos).
·
Características: É
a capacidade de expressar esses estados, tanto fisicamente (mímica facial, tom
de voz) quanto verbalmente. A afetividade é fundamental para a formação humana,
influenciando o comportamento, o aprendizado e as relações sociais.
3. Principais afetos
Os principais afetos incluem emoções básicas como alegria,
tristeza, raiva, medo, nojo e surpresa, além de afetos positivos (gratidão,
amor) e negativos (inveja, ansiedade). Em psicologia, os afetos são a
experiência subjacente de sentimentos, emoções e humores, que podem ser
classificados em categorias como amplo, restrito, lábil ou inexpressivo.
Afetos básicos
·
Alegría: Sensação
de felicidade e contentamento.
·
Tristeza: Sentimento
de infelicidade e desalento.
·
Raiva: Reação
a algo que é percebido como injusto ou irritante.
·
Medo: Sensação
de perigo ou ameaça.
·
Nojo: Reação
de aversão a algo desagradável.
·
Surpresa: Reação
inesperada a um evento.
Outros tipos de afetos
·
Amplo: A
pessoa sente e expressa uma gama variada de emoções de forma flexível.
·
Positivo: Sentimentos
desejáveis, como alegria, gratidão e amor.
·
Negativo: Sentimentos
indesejáveis, como medo, raiva e ansiedade.
·
Lábile: Mudanças
emocionais rápidas e abruptas.
·
Restrito: Expressão
emocional limitada.
·
Inexpressivo: Incapacidade
de expressar emoções.
·
Ambivalente: Sentimentos
conflitantes ou contraditórios.
·
Rígido: Expressão
emocional com pouca variação.
4. Inveja, ira e ódio
Inveja, ira e ódio são emoções negativas que se manifestam de
formas diferentes: a inveja é um sentimento de tristeza e
frustração pelo que o outro tem, enquanto a ira é uma fúria e
um desejo de vingança quando se sente injustiçado, e o ódio é
uma aversão profunda e completa por alguém ou algo.
Inveja
·
Definição: Um
sentimento de dor psicológica causado pela comparação com o outro, associado ao
desejo de possuir o que o outro tem ou de que o outro perca algo.
·
Características: É
a tristeza pela felicidade alheia e se origina da frustração e da percepção de
que se é inferior ou limitado em relação ao outro.
·
Exemplo: Sentir-se
mal por uma conquista de um amigo porque você também queria ter alcançado o
mesmo sucesso.
Ira
·
Definição: Uma
emoção intensa de hostilidade, aborrecimento ou fúria, que surge de uma
sensação de injustiça ou de ter sido prejudicado.
·
Características: Pode
levar ao desejo de vingança ou de prejudicar o outro. A ira pode ser destrutiva
e pode se manifestar como um sentimento incontrolável.
·
Exemplo: Reagir
com raiva e palavras duras a uma crítica ou uma ação que você considera
injusta.
Ódio
·
Definição: Um
sentimento profundo de aversão, repulsa ou ódio por alguém ou alguma coisa, sem
nenhum outro tom.
·
Características: É
uma emoção mais intensa e completa que o desprezo e está associada a uma forte
hostilidade. O ódio pode levar a um desejo de prejudicar ou destruir o alvo do
ódio.
·
Exemplo: Desejar
que uma pessoa que você odeia perca tudo o que tem, sem sentir empatia por ela.
II. EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE
As emoções são experiências complexas que envolvem aspectos
subjetivos, fisiológicos e comportamentais. A experiência emocional é o
conhecimento direto desses fatos e sentimentos, enquanto o controle emocional
não é a supressão, mas sim a capacidade de compreender e gerenciar essas
experiências para agir de forma mais consciente e equilibrada. Para gerenciar
emoções, é fundamental a autoconsciência, a capacidade de respirar para se
acalmar, a responsabilidade emocional para aceitar os sentimentos sem negá-los
e a reflexão sobre os gatilhos e as histórias que nossas emoções contam.
Experiência emocional
·
Definição: É
uma experiência subjetiva e complexa que envolve a percepção de um estado
psicológico.
·
Componentes:
Inclui uma experiência subjetiva (o sentimento), uma resposta fisiológica
(reações no corpo) e uma resposta comportamental (a ação que tomamos).
·
Origem: As
emoções se originam no cérebro e são processadas de forma rápida e integrada,
gerando respostas automáticas a estímulos.
Controle emocional
·
O
que é: A capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias
emoções para agir de forma mais calculada e razoável, sem ser dominado por
impulsos. Não significa não ter emoções, mas sim lidar com elas de maneira
eficaz.
·
Por
que é importante:
o
Melhora a saúde
mental e o bem-estar.
o
Permite tomar
decisões mais conscientes e calmas.
o
Melhora os
relacionamentos interpessoais, pois permite uma comunicação mais clara e
assertiva, além de maior empatia.
o
Reduz o
estresse e a ansiedade.
·
Como
praticar:
o
Acalme-se:
Respire profundamente para diminuir a intensidade da emoção antes de tomar
decisões.
o
Assuma
a responsabilidade: Não lute contra os sentimentos, mas assuma o
que está sentindo e busque soluções.
o
Reflita:
Pergunte a si mesmo por que está se sentindo de determinada maneira e quais
pensamentos ou gatilhos estão envolvidos.
o
Reframe
pensamentos: Desafie pensamentos negativos ou distorcidos e substitua-os por
outros mais realistas e positivos.
o
Fale
consigo mesmo: Use o diálogo interno em segunda pessoa para se dirigir como se
fosse um amigo.
o
Considere
o tempo: Pense em como a situação será daqui a um dia, semana ou mês para
ter uma perspectiva diferente.
1. Reação e decisão
Reação é uma resposta automática e rápida a um
estímulo simples, enquanto decisão é um processo de escolha
mais complexo e reflexivo entre múltiplas opções. A reação muitas vezes é
instintiva e imediata, baseada em poucos dados, enquanto a decisão envolve
análise de riscos, benefícios e consequências, utilizando mais informações e
cognição.
Reação
·
Definição: Uma
atitude ou resposta a um evento que requer pouca ou nenhuma análise.
·
Características:
o
Rápida e
automática.
o
Frequentemente
instintiva ou emocional.
o
Baseada em
poucas informações ou no que é mais atraente no momento.
·
Exemplo: Desviar-se
rapidamente de um objeto que cai, ou um atleta correr ao ouvir o tiro de
partida.
Decisão
·
Definição: O
processo de escolher entre duas ou mais alternativas para resolver um problema
ou alcançar um objetivo.
·
Características:
o
Processo
cognitivo que envolve percepção, avaliação e ação.
o
Pode ser
influenciada por lógica, emoções e vieses cognitivos.
o
Envolve um
período de reflexão para considerar prós e contras.
·
Exemplo: Escolher
qual faculdade seguir, ou qual estratégia adotar em uma negociação após
analisar as variáveis envolvidas.
Relação entre reação e decisão
·
A decisão pode
ser informada por uma reação, mas uma boa decisão requer mais do que uma reação
simples.
·
É importante
diferenciar a reação instintiva, que pode ser impulsiva, da decisão intuitiva,
que é baseada em experiência e conhecimento prévio.
·
Em situações de
grande estresse, a capacidade de controlar a impulsividade e fazer uma decisão
pensada, em vez de uma simples reação, é fundamental.
2. Emoção e pecado
Emoção e pecado estão interligados, pois as emoções em si não são o
pecado, mas sim o ato de agir sobre elas de forma prejudicial e destrutiva,
como raiva que leva ao ódio ou descontrole. A Bíblia ensina que as emoções são
parte da natureza humana criada por DEUS, mas também aponta que o pecado afetou
a capacidade de gerenciar essas emoções, que podem se tornar confiáveis apenas
quando guiadas pela sabedoria e pela verdade, em vez de serem seguidas
cegamente.
Emoção não é pecado, mas a forma de agir sobre ela pode ser
·
Sentimentos
vs. Ações: Sentir-se com raiva, tristeza ou medo não é
pecado. No entanto, agir sobre esses sentimentos de maneira que resulte em
ódio, vingança ou outros atos destrutivos pode ser considerado pecado.
·
Controle
e sabedoria: A sabedoria espiritual envolve aprender a
gerenciar e governar as emoções, em vez de ser dominado por elas. É um sinal de
maturidade emocional submeter os sentimentos à palavra de DEUS e à verdade, e
não seguir o coração cegamente, como sugere Jeremias 17:9.
·
Exemplos
bíblicos: A Bíblia mostra personagens como o Rei Davi,
que expressava sua dor em salmos, ou JESUS, que chorou a morte de Lázaro,
demonstrando que as emoções são humanas, mas que a forma como são vividas é
importante.
A influência do pecado nas emoções
·
Natureza
afetada: O pecado original afetou a mente e o coração humanos,
influenciando as emoções e as escolhas. Por isso, as emoções por si só não são
confiáveis.
·
Antagonismo: Existe
um conflito constante entre os desejos do corpo e o espírito, o que nos impede
de fazer tudo o que queremos.
·
Desafios: É
um desafio viver uma vida piedosa quando os sentimentos de raiva, inveja ou
impaciência surgem, mas a vitória é possível através da graça e do
autocontrole, orientados pela fé.
Como lidar com as emoções à luz da fé
·
Perdão
e amor: Em vez de ceder à raiva, é preciso buscar o perdão e o amor,
como ensinado em Colossenses 3:13.
·
Submissão
à fé: É necessário buscar orientação espiritual e emocional nas
Escrituras para desenvolver o domínio próprio e superar ansiedade, estresse e
tristeza.
·
Verdade
e oração: A Bíblia sugere apresentar os pedidos a DEUS através da
oração, e não se preocupar com nada, para que a paz de DEUS guarde o coração e
a mente.
3. O aspecto positivo das emoções
O aspecto positivo das emoções é que elas trazem benefícios
para a saúde mental e física, como melhoria do sistema imunológico, redução de
riscos de doenças e fortalecimento dos relacionamentos. Emoções positivas
também aumentam a criatividade, a produtividade e a motivação, impulsionando o
desenvolvimento pessoal e profissional e ajudando a lidar com desafios de forma
mais flexível.
Benefícios para a saúde
·
Melhoria
do sistema imunológico: Emoções positivas podem
fortalecer as defesas do corpo.
·
Redução
de riscos de doenças: Podem diminuir o risco de
doenças cardíacas, depressão e ansiedade.
·
Aumento
da longevidade: Indivíduos com emoções positivas tendem a
ter uma vida mais longa.
Benefícios cognitivos e emocionais
·
Aumento
da criatividade e produtividade: Sentimentos positivos
estimulam a capacidade de pensar e criar soluções novas.
·
Melhora
na atenção e memória: Ajudam a aumentar o foco e a
capacidade de reter informações.
·
Maior
resiliência: Fortalecem a capacidade de lidar com situações adversas e de
se recuperar de obstáculos.
Benefícios sociais e profissionais
·
Fortalecimento
de relacionamentos: Emoções positivas contribuem para
interações sociais mais saudáveis e fortes.
·
Melhor
desempenho profissional: Pessoas que sentem mais
emoções positivas tendem a ter um melhor desempenho no trabalho.
·
Motivação
e proatividade: Emoções como a alegria e a esperança
inspiram e motivam a pessoa a agir e ousar mais.
II. SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS
DEUS valoriza os sentimentos dos seres humanos,
como compaixão, alegria e tristeza, e se importa com eles. A Bíblia sugere
que, embora os sentimentos possam ser distorcidos pelo pecado, a paz de DEUS
pode guardá-los. A forma de lidar com os sentimentos guardados é entregá-los a
Ele, buscando sabedoria e orientação para que as emoções não governem a vida,
mas sim a vontade divina.
A importância dos sentimentos e a ação de DEUS
·
DEUS
se importa: A Bíblia mostra que DEUS não é indiferente às nossas emoções;
Ele expressou sentimentos como tristeza e compaixão, e orientou as pessoas com
gentileza.
·
Validação: JESUS
confortou os que choravam e compartilhou as alegrias dos outros, validando a
expressão emocional.
·
A
fé: A fé em DEUS nos dá forças para enfrentar as adversidades e
ajuda a cultivar a paz e a esperança.
·
Oração: A
oração é um meio de entregar a dor e o ressentimento a DEUS, buscando o Seu
consolo e alívio para a sobrecarga emocional.
Como guardar os sentimentos
·
Vigiar
o coração: "Guarda o teu coração" (Provérbios 4:23) significa
cuidar do interior, para que os sentimentos sejam guiados por DEUS, não pelo
pecado.
·
Não
deixar os sentimentos governarem: Embora seja saudável sentir, é
preciso não deixar que as emoções imediatas guiem as decisões, permitindo que o
poder de governar a vida esteja nas mãos de DEUS.
·
Buscar
a paz: A paz de DEUS é descrita como o meio sobrenatural de guardar
nossos corações e sentimentos.
·
Princípios
sobre sentimentos: É preciso guiar a vida por princípios (a
Palavra de DEUS) em vez de apenas pelos sentimentos momentâneos.
·
Entrega
e confiança: Entregar os sentimentos a DEUS, confiar na Sua sabedoria e
reconhecer que Ele sabe o que é melhor para nós, é fundamental.
1. A falsa autonomia humana
A "falsa autonomia humana" é um conceito que descreve
a ilusão de liberdade e independência em situações onde, na realidade,
as escolhas e ações individuais são fortemente limitadas ou manipuladas por
estruturas externas, como sistemas econômicos, tecnológicos ou
relações de poder.
Em vez de ser genuinamente autodeterminada (onde a pessoa age por
suas próprias leis e vontade, como definido em filosofia e psicologia), essa
"autonomia" é superficial.
Contextos Comuns da "Falsa Autonomia"
·
Relações
de Trabalho e a Uberização: Este é um dos exemplos mais
proeminentes. Empregados de plataformas digitais (como motoristas de
aplicativos e entregadores) são frequentemente descritos como
"empreendedores" ou "parceiros", o que lhes daria autonomia
para definir seus horários. No entanto, eles enfrentam longas jornadas,
rendimentos insuficientes e a ausência de direitos trabalhistas (como férias e
13º salário). O controle, neste caso, é exercido por algoritmos, que ditam a
lógica do trabalho contínuo, transformando a suposta liberdade em precarização
e exploração algorítmica.
·
Ambiente
Corporativo: Em algumas empresas, a "autonomia" é usada como um
discurso para transferir responsabilidades e riscos para o funcionário, sem
oferecer o suporte, as condições reais ou a segurança necessárias. A liberdade
sem apoio pode se tornar abandono, gerando pressão e sentimento de fracasso
quando o trabalhador não atinge expectativas irreais.
·
Tecnologia
e Consumo: No ambiente digital, a autonomia decisional dos usuários pode
ser ameaçada por "padrões obscuros" (dark patterns) e filtros de
conteúdo personalizados (como a "bolha de filtro" ou filter
bubble), que direcionam escolhas de consumo e opiniões, limitando o acesso a
informações diversas e a uma tomada de decisão verdadeiramente livre.
Consequência
A falsa autonomia cria uma ilusão de controle,
mascarando a subordinação e a falta de garantias, o que pode levar ao
adoecimento emocional e psicológico do indivíduo, além de impactar
negativamente a dignidade humana e a justiça social. O debate sobre a falsa
autonomia destaca a importância de criar condições reais para que a liberdade e
a autodeterminação possam, de fato, existir.
A ideia da "falsa autonomia humana sem DEUS" é um
conceito teológico e filosófico que argumenta que a tentativa humana de ser
completamente autônoma, ou seja, de governar a si mesma e encontrar sentido na
vida independentemente de uma realidade divina, é, em última análise, ilusória
ou insuficiente.
Principais Perspectivas sobre a "Falsa Autonomia"
·
Busca
por Sentido e Propósito: De uma perspectiva teológica, a
vida sem DEUS carece de um significado fundamental, valor ou propósito último.
A autonomia humana, nesse contexto, seria "falsa" porque, embora o
ser humano tenha a capacidade de fazer escolhas (livre arbítrio), a ausência de
um Criador ou de um plano divino torna essas escolhas e a própria existência,
em um nível mais profundo, "absurdas" ou sem um referencial
transcendente.
·
Dependência
Fundamental: A autonomia é vista como falsa porque os seres humanos são vistos
como fundamentalmente dependentes de DEUS para sua existência, segurança e
orientação moral. A "autonomia legítima das coisas temporais" (como
defendido em algumas visões teológicas) só é verdadeira quando reconhece essa
dependência e vê a razão humana como uma participação na razão divina, e não
como algo totalmente independente ou oposto a ela.
·
Vazio
Existencial e Insegurança: A tentativa de viver "sem DEUS"
pode levar a um sentimento de vazio, insegurança e fragilidade existencial. A
autonomia, nesse caso, não traria a verdadeira liberdade e felicidade
prometidas, mas sim uma condição de orfandade espiritual.
·
Moralidade
e Ética: Argumenta-se que, sem um fundamento em proposições religiosas ou
na lei divina, a moralidade e a ética podem perder sua base objetiva. A
autonomia humana na definição de valores morais pode ser vista como
insuficiente para estabelecer um sistema de valores universal e inquestionável.
Em resumo, a noção de "falsa autonomia humana sem DEUS"
sustenta que, embora os indivíduos possam buscar a independência, a verdadeira
realização, sentido e segurança dependem, em última instância, de um
relacionamento ou reconhecimento de uma realidade divina superior.
2. Obediência, humildade e oração
Uma oração que combina obediência e humildade busca pedir a DEUS
que retire o orgulho e a soberba, concedendo um coração manso e submisso à Sua
vontade. Exemplos incluem orações que reconhecem as falhas e pedem força
para obedecer aos mandamentos divinos, como a encontrada em Salmos 119:56-65
NTLH.
Exemplo de advertências antes de orar:
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Mateus 11:29
Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o
vosso gozo se cumpra. João 16:24
E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo
que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. João
16:23
Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis
alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não
recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Tiago 4:2,3
Outras formas de expressar obediência e humildade
·
Reconhecimento
e pedido:
Agradecer a DEUS por Sua bondade e reconhecer as próprias falhas e
pecados, pedindo perdão e ajuda para mudar as atitudes.
·
Salmos
e versículos bíblicos:
Meditar em passagens bíblicas como o Salmo 131, que fala sobre a
humildade e a confiança em DEUS, ou o Salmo 119, que afirma que o dever do
cristão é obedecer aos mandamentos de DEUS, como encontrado em Salmos 119:56-65
NTLH.
·
Oração
de submissão:
Buscar uma oração que se submete a DEUS, reconhecendo Sua
autoridade e renunciando ao controle sobre a própria vida.
TIPOS DE ORAÇÃO:
1- ARREPENDIMENTO:
(Confissão, Contrição) 2 Cr 6:27; 1 Jo 1:9; At 11:18; Jó 42:6; Ez
18:32; Mt 4:17; Lc 13:3,15:7
2- AGRADECIMENTO:
(Ação De Graças) Cl 3:15, 4:2; 1 Tm 2:1,2, 4:3,4; Ef 5:20; Fp 4:6;
2 Ts 1:3; Ap 7:12
3- LOUVOR:
(Pelo Que DEUS Fez, Faz E Fará) Sl 100:4; Sl 150:2,6; Sl 67:3; Hb
13:15; At 2:47; Ap 5:12, 19:5
4- ADORAÇÃO:
(Pelo Que DEUS É ) Sl 29:2; Ap 7:11,12; Jo 4:24; Sl 89:9; Sl 93
Todo
5- PETIÇÃO:
(Pedido Por Si Mesmo, COM SÚPLICA) Tg 4:3; 1 Tm 2:1; Lc 11:9; Jo
15:7; Fp 4:6 Vontade DEUS 1 Jo 5:14
6- ENTREGA:
(Lançamento, Transferência De Problemas) Lc 23:46; At 4:34; 1 Pe
5:7
7- CONSAGRAÇÃO:
(A Vontade De DEUS É Perfeita) Lc 22:42; At 4:29; 13:2
8- INTERCESSÃO:
(Orando Pelos Outros, Colocando-Se No Lugar De Outrem, Indo A DEUS
A Favor De E Resistindo A Satanás Que Está Contra). É Um Encontro Com DEUS E Um
Confronto Com Satanás.
A intercessão é tão importante que DEUS quando vai fazer algo que
influencie o quotidiano humano, ELE primeiro fala aos seus servos na terra para
que estes intercedam para que aconteça, caso seja bom, ou intercedam para que
não aconteça, caso seja mau. (2 Rs 24.2; Jr 25.4; Jn ) Amós 3.7 =
Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo
aos seus servos, os profetas.
Exemplo: Quando DEUS quis destruir Sodoma e Gomorra primeiro falou com Abraão
(Gn 18.17), quando DEUS quis destruir o povo hebreu, primeiro falou com Moisés
(Ex 32.9,10), Quando quis enviar libertação do cativeiro primeiro falou com
Daniel (Dn 9.2), quando quis castigar o povo de Israel primeiro falou com seus
profetas (Jr 7.25; 11.7; Jr 25.4; 26.5; 29.19; 35.15; 44.4). Quando quis mandar
o salvador, primeiro falou com os profetas (Dt 18.15; At 28.25; Hb 1.1).
Note que ao pensar em destruir Sodoma e Gomorra, DEUS não se
lembrou de Ló e sua família, mas de Abraão, porque Abraão era um Intercessor
(Gn 19.29).
Quando nosso filho, ou filha, ou mãe, ou pai, ou marido, ou esposa,
ou parente, ou amigo, ou conhecido, ou desconhecido, qualquer pessoa estiver em
perigo, DEUS recorrerá a nós para orarmos intercedendo, isso se nós estivermos
ali na brecha (Ez 22.30), para interceder, ou seja estivermos prontos para orar
costumeiramente todos os dias em favor daqueles que precisam de nossas orações.
VEJA Lc 13.1-9 = É por isso que às vezes cai um avião, ou outra
catástrofe acontece e escapa uma pessoa só, ela tinha um intercessor orando por
ela e os outro não.
Ez 22.30 E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o
muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a
destruísse; mas a ninguém achei.
Is 53:12; Jo 17:9; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Tm 2:1; 1 Sm 19:4,
25:24; Fm 10; Jó 9:32-35; Is 62:6, 59:16; Ez 22:30,31: Se Não Tiver
Intercessor A Igreja Fecha
Exemplo De Abrahão: Gn 18:17, 19:29 – DE MOISÉS: Gn 32:10-14;
32:32, 33:18
HORÁRIO NOSSO de falar com DEUS E HORÁRIO DE DEUS falar conosco.
Podemos falar com DEUS a qualquer momento, porém DEUS tem seu
horário para falar conosco – 4 vigília – entre 3 e 6 da manhã.
1- 18:00 às 21:00h
2- 21:00 às 24:00h
3- 00:00 às 03:00h
4- 03:00 às 06:00h
Na vigília da manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da
nuvem, olhou para o campo dos egípcios, e alvoroçou o campo dos egípcios;
embaraçou-lhes as rodas dos carros, e fê-los andar dificultosamente; de modo
que os egípcios disseram: Fujamos de diante de Israel, porque o Senhor peleja
por eles contra os egípcios. Êxodo 14.24-25
“DEUS está no meio dela, não será abalada; DEUS a ajudará ao
romper da manhã”.
Salmos 46:5
Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã, me
apresentarei a ti, e vigiarei. Salmos 5:3
Ó DEUS, tu és o meu DEUS; de madrugada te buscarei; a minha alma
tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde
não há água
Salmos 63:1
Eu, porém, SENHOR, clamo a ti, e de madrugada te envio a minha
oração.
Salmos 88:13
Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se JESUS para eles,
andando por cima do mar. Mateus 14.25
E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a
noite em oração a DEUS. Lucas 6:12
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. Hebreus 5:7
E Abraão levantou-se aquela mesma manhã de madrugada e foi para
aquele lugar onde estivera diante da face do SENHOR. Gênesis 19.27
E Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela
manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos,
segundo as doze tribos de Israel; Êxodo 24.4
Então, ele lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e
levantou-se Moisés pela manhã de madrugada e subiu ao monte Sinai, como o
SENHOR lhe tinha ordenado; e tomou as duas tábuas de pedra na sua mão. Êxodo
34.4
Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e partiram de Sitim, e
vieram até ao Jordão, ele e todos os filhos de Israel, e pousaram ali antes que
passassem.
Josué 3:1
No sétimo dia levantaram-se bem de madrugada, e da mesma maneira
rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam-na sete vezes. Josué
6:15
E assim sucedeu; porque, ao outro dia, se levantou de madrugada, e
apertou o velo, e do orvalho do velo espremeu uma taça cheia de água. Juízes
6:38
Então, o rei Ezequias se levantou de madrugada, e ajuntou os
maiorais da cidade, e subiu à Casa do SENHOR. 2 Crônicas
29:20
Jó 8.5 Mas, se tu de madrugada buscares a DEUS e ao
Todo-poderoso pedires misericórdia, 6 se fores puro e reto, certamente, logo
despertará por ti e restaurará a morada da tua justiça.
Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
Provérbios 8:17
Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família,
que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. Mateus
20:1
INIMIGOS DA ORAÇÃO
7 PRINCIPAIS
1- SATANÁS – Inimigo, adversário de tudo o que é bom.
2- MUNDO – Concupiscências – Desejos pecaminosos – prisão
tecnológica.
3- OCUPAÇÕES – muita coisa para fazer e muitas até para DEUS, mas
não temos tempo para o DEUS dessas obras.
4- NÓS MESMOS – Preguiça, Desânimo, incredulidade, Valorização da
Oração.
5- TEMPO – Temos tempo para tudo, menos para DEUS.
6- ESPAÇO – Achamos lugar para colocar toda nossa mobília, mas não
achamos espaço para orar em nossa casa.
7- PECADOS NÃO RESOLVIDOS E INIMIZADES. Falta de perdão. Acreditar
no perdão de DEUS.
8- CANSAÇO – Dorme pouco, se alimenta mal, não faz nenhum exercício
físico.
9- PRESSA – Não ter prazer na presença de DEUS.
10- INCREDULIDADE – Não acredita que DEUS ouve.
IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO – FAZER FUMAÇA
Altar de Incenso – Sacerdote colocava fogo para fazer fumaça e todo
o tabernáculo ficar sem visão. Incensário levado para o santo dos santos para
fazer mais fumaça e uma nuvem de fumaça encobrir o altar, a tampa do
propiciatório. Não ver DEUS, mas ser visto por DEUS.
Incenso – orações dos santos.
Quanto mais fumaça menos visão de Satanás para as pessoas pelas
quais estamos orando.
Vamos fazer fumaça para encobrir a nós mesmos e a nossos parentes,
amigos, inimigos, países etc. Todos os que orarmos por eles.
Principal e mais perfeita oração – Em Línguas
AT - 11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a
este povo. 12 Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e
este é o refrigério; porém não quiseram ouvir. 13 Assim, pois, a palavra do
SENHOR lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que
vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos. Isaías
28-11-13
Confere com
MNT - Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras
línguas, e por intermédio de lábios de estrangeiros, falarei a este povo,
todavia, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor. 1 Coríntios 14:21
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo 1
Coríntios 14:4ª
Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora
bem 1 Coríntios 14:14a
com toda a oração e súplica orando em todo tempo no ESPÍRITO
e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os
santos Efésios 6.18
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa
santíssima fé,
orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20
orando no ESPÍRITO SANTO significa – orando em línguas.
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(BEP –
CPAD) Filipenses 4.4
REGOZIJAI-VOS... NO SENHOR. O crente deve regozijar-se e fortalecer-se,
meditando na graça do Senhor, sua presença e promessas (ver 1.4).
4.5 PERTO ESTÁ O
SENHOR. Devemos crer que o Senhor poderá voltar a qualquer momento. A
perspectiva do NT é de que a volta de JESUS é iminente (ver Lc 12.35-40); logo, devemos estar prontos, trabalhando e
vigiando em todo tempo (Mt 24.36; 25.1-13; Rm 13.12-14).
4.6 NÃO ESTEJAIS
INQUIETOS POR COISA ALGUMA. O melhor remédio para a preocupação é a oração, e
isto pelas seguintes razões: (1) Mediante a oração, renovamos nossa confiança
na fidelidade do Senhor, ao lançarmos nossas ansiedades e problemas sobre
aquEle que tem cuidado de nós (Mt 6.25-34; 1 Pe 5.7). (2) A paz de DEUS vem guardar nossos corações e
mentes, como resultado da nossa comunhão com CRISTO JESUS (vv. 6,7; Is 26.3; Cl 3.15). (3) DEUS nos fortalece, para fazermos todas as
coisas que Ele quer que façamos (v. 13; 3.20; Ef 3.16). (4) Recebemos misericórdia, graça e ajuda em
tempos de necessidade (Hb 4.16). (5) Temos certeza de que todas as coisas que DEUS
permite que nos aconteçam concorrerão para o nosso bem (ver v. 11; Rm 8.28).
4.7 A PAZ DE DEUS
GUARDARÁ OS VOSSOS CORAÇÕES. Quando invocamos a DEUS, com um coração posto em CRISTO
e na sua Palavra (Jo 15.7), a paz de DEUS transborda em nossa alma aflita. (1)
Essa paz consiste em uma tranquilidade interior, que o ESPÍRITO SANTO nos
transmite (Rm 8.15,16). Envolve uma firme convicção de que JESUS está
perto, e que o amor de DEUS estará ativo em nossa vida continuamente. (Rm 8.28,32; cf. Is 26.3). (2) Quando colocamos diante de DEUS, em oração, as
nossas inquietações, essa paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de
nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a
esperança em CRISTO (v. 6; Is 26.3,4,12; 37.1-7; Rm 8.35-39; 1 Pe 5.7). (3) Se o medo e a ansiedade retornarem, novamente
a oração, a súplica e a ação de graças nos trarão a paz de DEUS que guarda os
nossos corações. Voltaremos a sentir segurança, e nos regozijaremos no Senhor
(v. 4)
A PAZ DE DEUS (BEP –
CPAD)
Jr 29.7 “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz
transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.”
DEFINIÇÃO DE PAZ. A
palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de
guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude,
firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
(1)
Pode referir-se à tranquilidade nos relacionamentos
internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e.g., 1Sm 7.14; 1Rs 4.24; 1Cr 19.19).
(2)
Pode referir-se, também, a uma sensação de
tranquilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra
civil (2Sm 3.21-23; 1Cr 22.9; Sl 122.6,7).
(3)
Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos
relacionamentos humanos, tanto dentro do lar (Pv 17.1; 1Co 7.15) quanto fora (Rm 12.18; Hb 12.14; 1Pe 3.11).
(4)
Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade
e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4.8; 119.165; cf. Jó 3.26) e com DEUS (Nm 6.26; Rm 5.1).
(5)
Finalmente, embora a palavra shalom não seja
empregada em Gn 1—2, ela descreve o mundo originalmente criado, que
existia em perfeita harmonia e integridade. Quando DEUS criou os céus e a
terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve
declaração: “E viu DEUS tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
A INTERRUPÇÃO DA PAZ.
Quando Adão e Eva deram atenção à voz da serpente, e comeram da árvore proibida
(Gn 3.1-7), sua desobediência introduziu o pecado e se
interrompeu a harmonia original do universo.
(1)
Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela
primeira vez, culpa e vergonha diante de DEUS (Gn 3.8), e uma perda da paz interior.
(2)
O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu
relacionamento harmonioso com DEUS. Antes de comerem daquele fruto, tinham
íntima comunhão com DEUS (cf. 3.8), mas depois esconderam-se “da
presença do SENHOR DEUS, entre as árvores do jardim” (Gn 3.8). Ao invés de sentirem anelo pela conversa com DEUS,
agora tiveram medo da sua voz (Gn 3.10).
(3)
Além disso, interrompeu-se o relacionamento
harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando DEUS começou a
falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva
(Gn 3.12), e DEUS declarou que a rivalidade entre o homem e a
mulher continuariam (Gn 3.16). Assim começou o conflito social que agora é parte
integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no
lar (cf. 1Sm 1.1-8; Pv 15.18; 17.1), até os conflitos e guerras internacionais.
(4)
Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a
unidade entre a raça humana e a natureza.
Antes de Adão pecar,
trabalhava alegremente no jardim do Éden (Gn 2.15), e andava livremente entre os animais, dando nome a
cada um (Gn 2.19,20). Parte da maldição divina após a queda envolvia a
inimizade entre a serpente e Adão e Eva (Gn 3.15), bem como uma nova realidade: o trabalho produziria
suor e labuta (Gn 3.17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o
meio-ambiente, agora luta e conflito de modo que “toda a criação geme e está
juntamente com dores de parto até agora” (ver Rm 8.22).
A RESTAURAÇÃO DA PAZ.
Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a
raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, DEUS planejou a
restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da
redenção em CRISTO.
(1)
Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da
paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e
do seu poder. Por isso, muitas das promessas do AT a respeito da vinda do
Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho
de DEUS governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o
Príncipe da Paz (Is 9.6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que DEUS se
propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do
rei vindouro, declarou: “E este será a nossa paz” (Mq 5.5).
(2)
Por ocasião do nascimento de JESUS, os anjos
proclamaram que a paz de DEUS acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio JESUS veio para destruir as obras do
diabo (1Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que
tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). JESUS deu aos discípulos a sua paz como herança
perpétua antes de ir à cruz (Jo 14.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, JESUS
desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em JESUS CRISTO, se é
justificado mediante a fé e se tem paz com DEUS (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as
boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7).
(3)
Apenas saber que CRISTO veio como o Príncipe da Paz
não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para
experimentar a paz há que se estar unido com CRISTO numa fé ativa. O primeiro
passo é crer no Senhor JESUS CRISTO. Quando assim faz, a pessoa é justificada
pela fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16) e assim tem paz com DEUS (Rm 5.1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência
aos mandamentos divinos a fim de viver-se em paz (Lv 26.3,6). Os profetas do AT declaram frequentemente que não
há paz para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, DEUS
lhes tem dado o ESPÍRITO SANTO, que começa a operar em nós um aspecto do fruto,
que é a paz (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do ESPÍRITO, deve-se orar pedindo a
paz (Sl 122.6,7; Jr 29.7; ver Fp 4.7), deixar que a paz governe o coração (Cl 3.15), buscar a paz e segui-la (Sl 34.14; Jr 29.7; 2Tm 2.22; 1Pe 3.11), e esforçar-se por viver em paz com o próximo (Rm 12.18; 2Co 13.11; 1Ts 5.13; Hb 12.14).
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Várias
Exortações
O apóstolo inicia o
capítulo com exortações sobre alguns deveres cristãos.
I
Para que permaneçam firmes na profissão cristã
(v. 1). Infere-se isso da conclusão do capítulo anterior: Portanto, estai
firmes etc. Sabendo que a nossa cidade está nos céus e que esperamos que o
Salvador venha de lá e nos busque, portanto, estejamos firmes. Observe: A
esperança e perspectiva confiante da vida eterna deveriam motivar-nos a estar
firmes, constantes e resolutos em nossa caminhada cristã. Observe aqui:
1. As saudações são
muito afetuosas: “...meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa”;
e novamente: “...amados”. Assim ele expressa a satisfação que sentia por eles e
a bondade que tinha por eles, para transmitir suas exortações com tanto carinho.
Ele os tinha como irmãos, embora fosse um grande apóstolo. Todos nós somos
irmãos (veja Mt 23.8). Existe diferença entre dons, graças e realizações,
no entanto, sendo renovados pelo mesmo ESPÍRITO, conforme a mesma imagem, somos
irmãos; como filhos dos mesmos pais, embora diferentes em idade, estatura e
aparência. Pelo fato de serem irmãos: (1) Ele os amava, e os amava muito:
amados e mui queridos; e novamente: amados. A afeição cordial deve ser o
sentimento entre ministros e cristãos. O amor fraternal sempre deve vir junto
com o relacionamento fraternal. (2) Ele os amava e tinha saudades deles; ele
ansiava vê-los, ouvir deles e desejava o bem-estar deles. “...DEUS me é
testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de JESUS
CRISTO” (Fp 1.8). (3) Ele os amava e se regozijava neles. Eles eram
sua alegria; ele não tinha alegria maior do que ouvir acerca da saúde e
prosperidade espiritual deles. “Muito me alegro por achar que alguns de teus
filhos andam na verdade” (2 Jo 4; 3 Jo 4). (4) Ele os amava e se gloriava neles. Eles eram
sua coroa e sua alegria. Paulo estava muito orgulhoso e satisfeito com as
evidências da sinceridade da fé e obediência deles. Tudo isso era para preparar
o caminho para um respeito ainda maior.
2. A exortação em si:
“...estai assim firmes no Senhor”. Por estarem em CRISTO, eles precisam estar
firmes nele, ser constantes e resolutos na caminhada com Ele, e íntimos dele e
firmes até o fim. Ou, estai firmes no Senhor significa estar firmes na sua
força e dependentes da sua graça, não confiando em nós mesmos e dispostos a renunciar
a qualquer suficiência da nossa parte. Devemos fortalecer-nos “...no Senhor e
na força do seu poder” (Ef 6.10). “Portanto, estejam firmes, como têm feito até
aqui; estejam firmes até o fim, porque vocês são meus amados e minha alegria e
coroa. Estejam firmes, como aqueles em cujo bem-estar e perseverança estou tão
intimamente interessado.”
II
Ele os exorta à unanimidade e ajuda mútua (vv.
2,3): “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor”. Isso é
dirigido a algumas pessoas específicas. Às vezes, existe a necessidade de
aplicar os preceitos gerais do evangelho a pessoas e casos particulares. Parece
que Evódia e Síntique tinham uma divergência entre si ou com a igreja; é
possível que isso tenha ocorrido em virtude de um motivo civil (pode ser que
estivessem envolvidos em um processo judicial) ou por causa de um motivo
religioso – é possível que tivessem opiniões ou sentimentos diferentes. “Rogo”,
diz ele, “que tenham o mesmo sentimento no Senhor, para manter a paz e viver em
amor, que tenham o mesmo sentimento uma com a outra, não contrariando e
contestando, e que tenham o mesmo sentimento com o restante da igreja, não
agindo de forma hostil com eles”. Então, ele exorta à ajuda mútua (v. 3), e
essa exortação ele dirige a pessoas específicas: “E peço-te também a ti, meu
verdadeiro companheiro”. Não se sabe quem é essa pessoa que ele chama de
verdadeiro companheiro. Alguns pensam ser Epafrodito, que parece ter sido um
dos pastores da igreja dos filipenses. Outros acreditam que era alguma senhora
bondosa, talvez a esposa de Paulo, porque ele exorta seu verdadeiro companheiro
a que “...ajudes essas mulheres que trabalharam comigo”. Quem quer que tenha
sido o verdadeiro companheiro do apóstolo, essa pessoa também precisa ser um
verdadeiro companheiro dos seus amigos. Parece que havia mulheres que
trabalhavam com Paulo no evangelho; não no ministério público (porque o
apóstolo proíbe expressamente isso: “Não permito, porém, que a mulher ensine”, 1 Tm 2.12), mas em acolher os ministros, visitar os doentes,
instruir os não-instruídos e convencer os que estavam errados. Dessa forma, as
mulheres podem ser úteis aos ministros na obra do evangelho. Agora, diz o
apóstolo, ajuda essas mulheres. Aqueles que ajudam os outros devem ser ajudados
quando necessário. “Ajudem-nas, isto é, unam-se a elas, fortaleçam suas mãos,
animem-nas em suas dificuldades”. “...com Clemente, e com os outros
cooperadores”. Paulo amava todos os seus cooperadores; e, como tinha experimentado
o benefício da ajuda deles, deixa claro que eles também sentiriam o conforto de
ter a ajuda de outros. Ele diz o seguinte a respeito dos seus cooperadores:
“...cujos nomes estão no livro da vida”; ou, então, eles eram escolhidos de DEUS
desde a eternidade, ou registrados e inscritos na corporação e sociedade a quem
o privilégio da vida eterna pertence, aludindo aos costumes entre os judeus e
gentios de registrar os habitantes ou os homens livres da cidade. Assim lemos
que os nomes deles estão escritos nos céus (Lc 10.20), e que o Senhor não riscará os seus nomes do livro
da vida (Ap 3.5), e que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro
(Ap 21.27). Observe: Existe, de fato, um livro da vida; há
nomes nesse livro e não somente figuras e condições. Não podemos examinar
aquele livro ou conhecer os nomes que estão escritos lá; mas podemos concluir
que aqueles que trabalharam no evangelho, e são fiéis aos interesses de CRISTO
e das almas, têm seus nomes escritos no livro da vida.
III
Ele exorta à alegria e ao deleite santo em DEUS:
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (v. 4). Toda
nossa alegria deve culminar em DEUS; e nossos pensamentos de DEUS devem ser
pensamentos agradáveis. “...multiplicando-se dentro de mim os meus cuidados
(pensamentos dolorosos e aflitivos), as tuas consolações reanimaram a minha
alma” (Sl 94.19), e a “...minha meditação a seu respeito será suave”
(Sl 104.34). Observe: É nosso dever e privilégio regozijar-nos
em DEUS e regozijar-nos nele sempre; em todos os momentos e em todas as
condições; mesmo quando sofremos por Ele ou somos afligidos por Ele. Não
devemos pensar o pior dele por causa dos sofrimentos que passamos no seu
serviço. Há bastante em DEUS para nos suprir de alegria nas piores
circunstâncias na terra. Ele havia dito isso antes (Fp 3.1): “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no
Senhor”. Aqui ele repete o que havia dito anteriormente: “Regozijai-vos,
sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos”. A alegria em DEUS é um dever
de grande consequência na vida cristã; e os cristãos precisam ser relembrados
disso. Se pessoas íntegras não vivem em constante festa, o problema é com elas.
IV
Somos exortados a ser sinceros e bondosos e a
ter equilíbrio espiritual em relação aos nossos irmãos: “Seja a vossa equidade
notória a todos os homens” (v. 5). “Em situações neutras, não corram para os
extremos; evitem a intolerância e a animosidade; sejam caridosos uns com os
outros”. A palavra to epieikes significa uma boa disposição em relação a outros
homens; e essa moderação é explicada (Rm 14). Alguns entendem tratar-se de suportar com
paciência as aflições ou do desfrutar sóbrio de bens materiais; e assim há uma
concordância com o versículo seguinte. A justificação é: “Perto está o Senhor”.
A consideração da vinda próxima do nosso Mestre, e a nossa prestação de contas
final, deveria guardar-nos de atacar nossos irmãos em CRISTO, animar-nos nos
sofrimentos presentes e moderar nossa paixão em relação às coisas exteriores.
“Ele tomará vingança contra seus inimigos e recompensará sua paciência”.
V
Advertência contra preocupações
desconcertantes e inquietadoras (v. 6): “Não estejais inquietos por coisa
alguma” – meden merimnate. Este mesmo pensamento é encontrado em Mateus 6.25: “...não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”;
isto é, evitai a inquietação ansiosa e pensamentos perturbadores nas
necessidades e dificuldades da vida. Observe: O dever e interesse dos cristãos
é viver sem ansiedade e preocupação. Existe uma inquietação diligente que é
nosso dever, e ela consiste em uma prevenção sábia e uma preocupação devida;
mas existe uma inquietação desconfiada e receosa que se torna pecado e
insensatez, e que somente desconcerta e distrai a mente. “Não estejais
inquietos por coisa alguma, para que em vossa inquietude não desconfieis de DEUS
e vos torneis desqualificados para o seu serviço”.
VI
Como um antídoto soberano contra a inquietação
desconcertante ele recomenda a oração constante: “...antes, as vossas petições
sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela oração e súplicas, com ação de
graças”. Observe: 1. Devemos não somente manter períodos de oração fixos, mas
orar em cada situação crítica que aparece: “...em tudo... pela oração”. Quando
alguma coisa oprime o nosso espírito, devemos aliviar ou tranquilizar a nossa
mente pela oração; quando nossos afazeres estão confusos ou complicados,
precisamos buscar direção e apoio. 2. Devemos acrescentar ações de graças às
nossas orações e súplicas. Não devemos buscar apenas posses e bens, mas ter um
suprimento de misericórdia em nossa vida. O reconhecimento agradecido daquilo
que temos indica uma disposição mental correta e será decisivo para bênçãos
posteriores. 3. Orar significa oferecer nossos desejos a DEUS e fazê-los
conhecidos a Ele: “...as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS”.
Não que seja necessário para DEUS que contemos as nossas necessidades ou
desejos a Ele, porque Ele as conhece melhor do que nós: mas Ele deseja ouvi-los
da nossa boca; dessa forma, mostramos nossa preocupação e interesse e
expressamos nossa estima pela misericórdia dele e mostramos a nossa dependência
dele. 4. O efeito disso será que a “...paz de DEUS... guardará os vossos
corações” (v. 7). A paz de DEUS, isto é, a percepção confortável da nossa
reconciliação com DEUS, o benefício do seu favor, o favor da bem-aventurança
celestial e o desfrutar de DEUS na vida futura, “...que excede todo o
entendimento”, é um bem maior que não pode ser suficientemente valorizado e
devidamente expressado. “Não subiu ao coração do homem” (1 Co 2.9). Essa paz guardará os nossos corações e os nossos
sentimentos em CRISTO JESUS; ela nos guardará de pecar nas dificuldades e de
afundar diante delas. Essa paz nos manterá calmos e serenos, sem aflição e com
uma satisfação interior. “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em
ti” (Is 26.3). Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT –
CPAD
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JESUS Prega
por todo o País
II
Um prefácio ou introdução, para o relato no
capítulo seguinte, do envio, por parte de JESUS, de seus apóstolos. Ele
prestava atenção nas multidões (v. 36), não apenas nos grupos que o seguiam,
mas no vasto número de pessoas com as quais (enquanto Ele passava) observava o
país ser repovoado. Ele notou como as cidades e aldeias eram um formigueiro de
almas, e como eram densamente povoadas. Ele observava a abundância de pessoas
que havia em cada sinagoga, e que as redondezas dos portões eram locais de
grandes ajuntamentos. Quão populosa era a nação agora desenvolvida; este era o
efeito da bênção de DEUS a Abraão. Ao ver isso:
1. Ele teve compaixão
deles, preocupou-se com eles (v. 36). Ele era movido pela compaixão por eles;
não em uma versão transitória, como a compaixão pelos cegos, coxos e doentes,
mas em uma versão espiritual. Ele se compadeceu por vê-los desgarrados e errantes,
e a ponto de serem destruídos pela falta de visão. JESUS CRISTO é um amigo
muito misericordioso para as almas preciosas. Aqui, as suas entranhas, de forma
especial, se enterneceram. Foi a compaixão pelas almas que o trouxe do céu à
terra, e daqui para a cruz. A aflição é o objeto da compaixão; e a aflição das
almas pecaminosas e autodestrutivas é a maior de todas: CRISTO se compadece
daqueles que tem menos compaixão de si mesmos. Nós também devemos proceder
assim. A maior compaixão cristã é a compaixão pelas almas; esta é a
característica que mais nos assemelha a CRISTO.
Veja o que movia essa
compaixão. (1) Eles eram fracos; eles estavam desgarrados, desamparados e
aflitos. Eles eram errantes, pelo menos alguns; desgarrados uns dos outros; os
laços estavam rompidos (Zc 11.14). Eles queriam ajuda para as suas almas, e não
tinham nada à mão que lhes pudesse servir. Os escribas e os fariseus os enchiam
com noções inúteis, os sobrecarregavam com as tradições dos antigos, os iludiam
para que cometessem muitos enganos, ao mesmo tempo em que não eram instruídos
em seus deveres, nem familiarizados com a extensão e a natureza espiritual da
lei divina. Por isso eles desmaiavam de fome. Pois, que saúde, vida espiritual
e vigor podem haver nessas almas, que são alimentadas com cascas e cinzas, ao
invés do pão da vida? Almas preciosas desmaiando de fome quando há trabalho por
fazer, tentações a resistir, aflições a ser suportadas, não sendo alimentadas
com a palavra da verdade. (2) Eles estavam amplamente dispersos, desgarrados,
como ovelhas que não têm pastor. Essa expressão é emprestada de 1 Reis 22.17, e expõe a triste condição daqueles que são
destituídos de um guia confiável para liderá-los nas coisas de DEUS. Nenhuma
criatura é mais sujeita a se perder do que uma ovelha, e, quando está perdida,
mais desesperançada, incapaz e exposta, ou mais inapta para encontrar o caminho
de volta para casa. Almas pecadoras são como ovelhas perdidas; elas precisam
dos cuidados de um pastor para trazê-las de volta. Os professores, os judeus,
fingiam, então, ser pastores; porém CRISTO diz que eles não tinham pastores,
pois tê-los era pior do que não ter nenhum; eram pastores preguiçosos que os
dispersavam ao em vez de trazê-los de volta, e que tosquiavam o rebanho em vez
de alimentá-lo – pastores semelhantes aos descritos em Jeremias 23.1 e Ezequiel 34.2. A situação dessas pessoas é muito lastimável, pois
elas não têm sacerdotes, ou quando têm eles são tão ruins que é como se não
tivessem nenhum; são obreiros que procuram os seus próprios interesses, e não
os interesses de CRISTO e das almas.
2. Ele incitou os seus
discípulos a orar por eles. A sua compaixão fez com que Ele criasse planos para
o bem dessas pessoas. Parece (Lc 6.12,13) que nessa ocasião, antes de enviar seus apóstolos,
Ele próprio passou muito tempo em oração. Nós devemos orar por aqueles por quem
temos compaixão. Tendo orado a DEUS por eles, JESUS se volta para os seus
discípulos e diz:
(1) Como estava a
situação. “A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros”. O povo
desejava uma boa pregação, mas havia poucos pregadores bons. Havia muito
trabalho a ser feito, e igualmente muito bem a ser feito, mas faltavam mãos
para fazê-los. [1] Era um alento que a colheita fosse tão abundante. Não era de
se estranhar que houvesse multidões que precisassem de instrução, mas o
estranho era algo que não acontece com muita frequência: aqueles que dela
necessitavam, a desejavam e estavam ávidos por recebê-la. Aqueles que eram
ensinados de forma imprópria estavam desejosos por serem ensinados de uma
maneira melhor. As expectativas das pessoas haviam subido, e havia uma agitação
tal como se houvesse a promessa de que tudo ficaria bem. É uma bênção ver o
povo apaixonado pela boa pregação. Os vales estão, dessa forma, cobertos com
milho e há esperança de que Ele possa ser bem recolhido. Esta é uma gigantesca
oportunidade que requer cuidado dobrado e diligência para que haja um
aproveitamento eficaz. Um dia de colheita deveria ser um dia atarefado. [2] Era
uma pena que nessa situação os trabalhadores fossem tão poucos; que o milho
caísse, estragasse e apodrecesse sobre o solo por falta de ceifeiros; havia
muitos ociosos, mas pouquíssimos trabalhadores. A igreja pode ser considerada
enferma quando a boa obra não anda ou apenas progride lentamente por falta de
bons obreiros; quando isso ocorre, os obreiros existentes são obrigados a
permanecer ocupados demais. Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT –
CPAD
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BEP – CPAD
- João 11.35 JESUS CHOROU. Neste pequeno versículo da Bíblia, está revelado o profundo pesar de DEUS
pelas tristezas do seu povo. O verbo "chorou" (gr. dakruo), indica
que, a princípio, JESUS derramou lágrimas e a seguir pranteou em silêncio. Que
esse fato seja um consolo para todos aqueles que sofrem. CRISTO sente por você
o mesmo pesar que Ele sentiu pelos parentes de Lázaro. Ele ama você de igual
modo. E note-se que este versículo faz parte do livro da Bíblia que mais
ressalta a divindade de JESUS. Aqui vemos JESUS, o DEUS feito homem, i.e., o
próprio DEUS, chorando. DEUS realmente tem amor profundo, emotivo e compassivo
por você e pelos outros (Lc 19.41).
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João 11.35
JESUS CHOROU
I A gentil compaixão de CRISTO pelos seus amigos
aflitos, e a participação que Ele assumia nos seus sofrimentos, o que era
evidenciado de três maneiras:
1. Pela perturbação e
pelos gemidos internos do seu ESPÍRITO (v. 33): JESUS viu Maria chorando pela
perda de um irmão amado, e também chorando os judeus que com ela vinham, pela
perda de um bom vizinho e amigo. Quando Ele viu que este era um lugar de
enlutados em lágrimas, um bochim, “moveu-se muito em espírito e perturbou-se”.
Veja aqui:
(1) As tristezas dos
filhos dos homens, representadas nas lágrimas de Maria e seus amigos. Que
símbolo havia aqui deste mundo, este vale de lágrimas! A própria natureza nos
ensina a chorar pelos nossos parentes e amigos queridos, quando são removidos
pela morte. A Providência, conseqüentemente, convoca às lágrimas e ao pranto. É
provável que as propriedades de Lázaro fossem transferidas para suas irmãs, e
seriam, assim, um acréscimo considerável às suas fortunas. E em um caso como
este, as pessoas dizem, atualmente, que, embora não possam desejar a morte de
seus parentes (isto é, não dizem que desejam), ainda assim, se estiverem
mortos, não desejam que vivam novamente. Mas estas irmãs, não importando o que
recebessem com a morte do seu irmão, sinceramente desejavam vê-lo vivo
novamente. O Evangelho nos ensina, da mesma maneira, a chorar com aqueles que
choram, como estes judeus choravam com Maria, considerando que nós estamos no
mesmo corpo. Aqueles que amam verdadeiramente seus amigos irão compartilhar com
eles suas alegrias e tristezas, pois o que é a amizade, senão uma comunicação
de afetos? Jó 16.5.
(2) A graça do Filho
de DEUS e sua compaixão por aqueles que estão em sofrimento. “Em toda a
angústia deles foi ele angustiado”, Isaías 63.9; Juízes 10.16. Quando CRISTO viu a todos eles em lágrimas:
[1] Ele “moveu-se
muito em espírito”. Ele permitiu ser tentado (como nós somos, quando
perturbados por alguma grande aflição), mas sem pecado. Isto foi uma expressão,
ou, em primeiro lugar, do seu desprazer com a tristeza desenfreada das pessoas
que estavam ao seu redor, como em Marcos 5.39: “‘Por que vos alvoroçais e chorais?’ Que confusão
há por aqui! Será isto conveniente àqueles que crêem em DEUS, no céu e no outro
mundo?” Ou, em segundo lugar, da sua percepção da condição calamitosa em que se
encontram os seres humanos, e do poder da morte, ao qual o homem caído está
sujeito. Tendo agora que fazer um vigoroso ataque à morte e à sepultura, Ele se
agitou para o encontro, “tomou vestes de vingança por vestidura”, e seu furor o
susteve. E para poder, mais resolutamente, empreender a tarefa de reparar
nossos erros, e curar nossas tristezas, Ele ficou feliz por se sensibilizar
diante da importância da obra, e sob seu peso Ele agora “moveu-se muito em
espírito”. Ou, em terceiro lugar, foi uma expressão da sua bondosa compaixão
pelos seus amigos que sofriam. Aqui havia o ressoar das entranhas e das
misericórdias que a igreja aflita tão fervorosamente solicita, Isaías 63.15. CRISTO não somente parecia preocupado, mas
“moveu-se em espírito”. Ele estava internamente e sinceramente afetado pelo
caso. Os falsos amigos de Davi fingiram compaixão, para disfarçar sua inimizade
(Sl 41.6), mas nós devemos aprender com CRISTO a ter amor e
compaixão sem fingimentos. A comoção de CRISTO era profunda e sincera.
[2] Ele
“perturbou-se”. Ele se perturbou. É isto que a expressão quer dizer, de maneira
muito significativa. Ele tinha todas as paixões e afeições da natureza humana,
pois “convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos”, mas Ele tinha um
perfeito domínio sobre elas, de modo que elas nunca afloravam, exceto quando e
como solicitadas. O Senhor nunca ficava nervoso ou perturbado, exceto quando
Ele se perturbava, quando havia motivo para tal. Ele sempre se controlava em
meio aos problemas, nunca se descompunha ou se descontrolava por eles. Ele era
voluntário, tanto na sua paixão quanto na sua compaixão. Ele tinha poder para
expressar sua tristeza, e poder para refreá-la.
2. A preocupação de JESUS
por eles foi demonstrada pela sua gentil pergunta sobre os pobres restos do seu
amigo falecido (v. 34): “Onde o pusestes?” Ele sabia onde o amigo estava, e
ainda assim perguntou, porque: (1) Desta maneira, Ele se expressava como um
homem, mesmo quando estava prestes a exercer seu poder, na qualidade de DEUS.
Estando na forma de homem, Ele se acomodava aos costumes dos filhos dos homens:
Non nescit, sed quasi nescit – Ele não é ignorante, mas age como os filhos dos
homens, diz Austin aqui. (2) Ele perguntou onde estava a sepultura, pois, se
tivesse ido até lá, com seu próprio conhecimento, os judeus descrentes teriam
oportunidade para suspeitar de uma aliança entre Ele e Lázaro, e um truque na
situação. Muitos intérpretes observam isto, com base em Crisóstomo. (3) Desta
maneira, Ele desejava desviar a tristeza dos seus amigos entristecidos,
despertando suas expectativas de algo grandioso, como se Ele tivesse dito: “Eu
não vim para cá para trazer condolências, para mesclar algumas lágrimas
insignificantes e infrutíferas com as suas. Não. Eu tenho outro trabalho para
fazer. Vamos, vamos até a sepultura fazer o que tenho que fazer ali”. Observe
que uma dedicação séria ao nosso trabalho é o melhor remédio contra a tristeza
desenfreada. (4) Desta maneira, Ele nos evidencia o cuidado especial que tem
com os corpos dos santos, enquanto estão nas sepulturas. Ele tem conhecimento
de onde eles estão, e cuida deles. Não há somente um concerto com o pó, mas ele
é guardado.
3. Isto ficou
evidenciado pelas suas lágrimas. Aqueles que estavam junto dele não lhe
disseram onde o corpo havia sido sepultado, mas desejaram que Ele viesse e
visse, e o conduziram diretamente à sepultura, para que seus olhos pudessem
afetar ainda mais seu coração com a calamidade.
(1) Enquanto ia para a
sepultura, como se estivesse seguindo o cadáver até ali, “JESUS chorou”, v. 35.
Um versículo muito curto, mas que contém muitas instruções úteis. [1] Que JESUS
CRISTO era realmente e verdadeiramente homem, e compartilhava com os filhos,
não somente a carne e o sangue, mas a alma humana, sendo suscetível às
impressões de alegria, e tristeza, e outros sentimentos. CRISTO deu esta prova
da sua humanidade, nos dois sentidos da palavra. Como homem, Ele podia chorar,
e como um homem misericordioso, choraria, antes que desse esta prova da sua
divindade. [2] Que Ele era um homem de dores, e familiarizado com as tristezas,
como tinha sido predito, Isaías 53.3. Nunca lemos que Ele tivesse rido, porém mais de uma
vez nós o vemos em lágrimas. Desta maneira, Ele mostra não somente que um
estado desolado é coerente com o amor de DEUS, mas que aqueles que semeiam no ESPÍRITO
devem semear em lágrimas. [3] Lágrimas de compaixão são bastante apropriadas
aos cristãos, e os tornam mais parecidos com CRISTO. É um alívio para aqueles
que estão sofrendo, ter a compaixão dos seus amigos, especialmente a de um
amigo como seu Senhor JESUS.
(2) Diferentes
interpretações são atribuídas às lagrimas de CRISTO. [1] Alguns interpretam de
uma maneira gentil e justa, e muito natural, (v. 36): “Disseram, pois, os
judeus: Vede como o amava”. Eles parecem admirar-se que Ele tivesse uma afeição
tão forte por alguém que não era seu parente, e com quem não tinha tido uma
longa convivência, pois CRISTO passava a maior parte do tempo na Galiléia,
muito distante de Betânia. É apropriado que nós, seguindo este exemplo de CRISTO,
mostremos nosso amor pelos nossos amigos, tanto vivos quanto mortos. Nós
devemos lamentar pelos nossos irmãos que dormem em JESUS como aqueles que estão
cheios de amor, embora não estejamos sem esperança, como os varões piedosos que
sepultaram Estêvão, Atos 8.2. Embora nossas lágrimas não tragam nenhum benefício
para os mortos, elas conservam a lembrança deles. Estas lágrimas de JESUS eram
sinais do seu amor particular por Lázaro, mas Ele deu provas de uma evidência
nada menor do seu amor por todos os santos ao morrer por eles. Quando Ele
derramou apenas algumas lágrimas por Lázaro, eles disseram: “Vede como o
amava”. Muito mais razão temos nós para dizer isto daquele que deu sua vida por
nós: Veja como Ele nos amou! Ninguém tem maior amor do que este. [2] Outros
fazem uma reflexão irritante e injusta sobre isto, como se estas lágrimas
evidenciassem sua incapacidade de ajudar seu amigo (v. 37): “Não podia ele, que
abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” Aqui há uma
insinuação maliciosa, em primeiro lugar, de que uma vez que a morte de Lázaro
era (como evidenciavam as lágrimas de JESUS) uma grande tristeza para Ele, se
pudesse tê-la evitado, Ele o teria feito, e, portanto, como Ele não o fez, eles
se inclinam a pensar que Ele não podia fazê-lo, da mesma maneira como, quando
Ele estava morrendo, concluíram que Ele não podia se salvar, porque não o fez e
não desceu da cruz. Eles não levaram em consideração que o poder divino é
sempre orientado, nas suas operações, pela sabedoria divina, não meramente de
acordo com sua vontade, mas de acordo com o conselho da sua vontade. A esta,
convém nos sempre aquiescer. Se os amigos de CRISTO, a quem Ele ama, morrem, se
sua igreja, a quem Ele ama, é perseguida e afligida, nós não devemos atribuir
isto a nenhuma falha no seu poder ou amor, mas concluir que isto se deve ao
fato de Ele considerar que é o melhor. Em segundo lugar, que, portanto, poderia
ser questionado, com razão, se Ele realmente tinha aberto os olhos do cego,
isto é, se isto não tinha sido uma simulação. Eles julgaram que o fato de que
Ele não realizasse este milagre era suficiente para invalidar o anterior. Pelo
menos, dava a entender que Ele tinha um poder limitado, e, portanto, não
divino. Ressuscitando Lázaro, o que era o maior milagre, CRISTO logo convenceu
estes murmuradores de que Ele poderia ter evitado sua morte, mas não o fez
porque desejava ser ainda mais glorificado.
II
A aproximação de CRISTO à sepultura, e a
preparação que foi feita para a realização do milagre.
1. CRISTO repete seus
gemidos ao aproximar-se da sepultura (v. 38): “JESUS, pois, movendo-se outra
vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro”: Ele se moveu: (1) Em desagrado pela
descrença daqueles que falavam duvidando do seu poder, e o culpavam por não ter
impedido a morte de Lázaro. Ele estava entristecido pela dureza dos seus
corações. Ele nunca gemeu tanto pelas suas próprias dores e seus próprios
sofrimentos como pelos pecados e pelas loucuras dos homens, particularmente os
de Jerusalém, Mateus 23.37. (2) Tocado pelos novos lamentos, que provavelmente
as irmãs, em pranto, expressaram quando se aproximaram do sepulcro, mais
apaixonadamente e de modo mais comovente do que antes, seu espírito gentil
ficou sensivelmente comovido pelas suas lágrimas. (3) Alguns pensam que Ele se
moveu em espírito porque, para satisfazer o desejo dos seus amigos, Ele devia
trazer Lázaro outra vez, daquele descanso no qual ele tinha acabado de entrar,
para este mundo problemático e pecador. Seria um ato de benignidade para Marta
e Maria, mas para Ele seria como atirar a um mar tempestuoso alguém que tinha
acabado de chegar a um porto seguro e tranquilo. Se Lázaro tivesse sido deixado
em paz, morto, CRISTO rapidamente o teria encontrado no outro mundo. Mas
ressuscitando-o, CRISTO rapidamente o deixou para trás neste mundo. (4) CRISTO
se moveu em espírito como alguém que sentia a situação calamitosa da natureza
humana, sujeita à morte, da qual Ele estava prestes a resgatar Lázaro. Desta
maneira, Ele se apegou fortemente a DEUS, o Pai, na oração que iria fazer,
oferecendo-a “com grande clamor e lágrimas”, Hebreus 5.7. Os ministros, quando são enviados a ressuscitar os
mortos através da pregação do Evangelho, devem se sentir fortemente tocados
pela condição deplorável daqueles a quem pregam e por quem oram, gemendo em
espírito ao pensarem na situação destas pessoas.
2. O sepulcro onde
estava Lázaro é aqui descrito: “era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre
ela”. Os sepulcros das pessoas comuns, provavelmente, eram escavados como são
os nossos. Mas as pessoas de distinção eram, como acontece conosco, sepultadas em
câmaras, como foi Lázaro, e assim era o sepulcro no qual CRISTO foi sepultado.
Provavelmente, este costume era mantido entre os judeus, imitando o costume dos
patriarcas, que sepultavam seus mortos na caverna de Macpela, Gênesis 23.19. Este cuidado com os corpos dos seus amigos
evidencia a expectativa que tinham em relação à sua ressurreição. Eles
consideravam que a solenidade do funeral terminava quando a pedra era rolada à
sepultura, ou, como aqui, sobre ela, como aquela sobre a boca da cova onde
Daniel foi lançado (Dn 6.17), para que o propósito não pudesse ser alterado.
Isto indica que os mortos estão separados dos vivos, e tomaram o caminho do
qual não retornarão. Esta pedra provavelmente era uma lápide, que tinha sobre
si uma inscrição que os gregos chamavam de mnemeion – um lembrete, porque é, ao
mesmo tempo, uma recordação do morto e uma lembrança para os vivos, fazendo com
que se lembrem daquilo de que todos nós devemos nos lembrar. É chamada pelos
latinos de Monumentum, et monendo, porque traz uma advertência.
3. São dadas ordens
para a remoção da pedra (v. 39): “Tirai a pedra”. Ele queria a pedra removida
para que todos os expectadores pudessem ver o corpo colocado morto no sepulcro,
e para que o caminho para sua saída fosse aberto, e para que ele pudesse se mostrar
como um corpo verdadeiro, e não como um fantasma ou espectro. Ele queria que
alguns dos servos a removessem, para que pudessem ser testemunhas, pelo cheiro
da putrefação do corpo, que, portanto, estava verdadeiramente morto. É um bom
passo em direção à ressurreição de uma alma à vida espiritual quando a pedra é
removida, quando os preconceitos são removidos e ultrapassados, e quando se
abre caminho para que a palavra chegue ao coração, para que possa realizar suas
obras ali, e dizer o que tem que ser dito.
4. Uma objeção é
feita, por Marta, contra a abertura do sepulcro: “Senhor, já cheira mal, porque
é já de quatro dias”, tetartaios gar esti, quatriduanus est. Ele já está há
quatro dias no outro mundo. É um cidadão e habitante do sepulcro há quatro
dias. Provavelmente, Marta percebeu que o corpo cheirava mal quando estavam
removendo a pedra, e por isto clamou desta maneira.
(1) É fácil observar
aqui a natureza dos corpos humanos: quatro dias representam apenas um curto
período de tempo, mas uma grande mudança ocorrerá no corpo do homem, se ele
ficar sem se alimentar durante este período. Quanto mais se ficar tanto tempo
sem vida! Os cadáveres (diz o Dr. Hammond), depois de estacionados os fluidos,
o que se conclui em 72 horas, naturalmente tendem à putrefação. E os judeus
dizem que no quarto dia depois da morte o corpo já está tão alterado, que não
se pode ter a certeza de que seja esta ou aquela pessoa, segundo Maimonides, na
obra de Lightfoot. CRISTO ressuscitou ao terceiro dia, porque não deveria ver a
corrupção.
(2) Não é fácil
deduzir qual era o objetivo de Marta ao dizer isto. [1] Alguns pensam que ela
disse isto com carinho, e como ensina a decência para com o corpo. Agora que
ele tinha começado a putrefazer-se, ela não desejava que fosse exibido
publicamente. [2] Outros opinam que ela disse isto com uma preocupação por CRISTO,
para que o cheiro do corpo não fosse ofensivo a Ele. Aquilo que é muito
asqueroso ou nocivo é comparado a um sepulcro aberto, Salmos 5.9. Ela não desejaria que seu Mestre estivesse perto de
alguma coisa asquerosa ou nociva. Mas Ele não era destas pessoas ternas e
delicadas que não podem suportar o mau cheiro. Se fosse, não poderia ter
visitado o mundo da humanidade, que o pecado tinha transformado em um lugar
imundo, completamente asqueroso, Salmos 14.3. [3] Aparentemente, pela resposta de CRISTO, esta
era a linguagem da sua descrença e falta de confiança: “Senhor, é tarde demais
para tentar fazer qualquer ato de bondade a ele. Seu corpo já começou a
apodrecer, e é impossível que esta carcaça podre viva”. Ela acha que o caso do
seu irmão é tão sem esperança quanto inútil, pois não tinha havido nenhum
exemplo, nem recentemente nem antigamente, de qualquer pessoa que fosse
ressuscitada depois de ter começado a ver corrupção. Quando nossos ossos se
secam, nós estamos prontos para dizer: Nossa esperança está perdida. Mas estas
palavras de incredulidade de Marta serviram para tornar o milagre mais evidente
e, ao mesmo tempo, mais ilustre. Com tais palavras, fica claro que ele estava
verdadeiramente morto, e não em transe, pois, embora a postura do cadáver
pudesse ser fingida, o cheiro não poderia. A sugestão de Marta, de que nada
mais poderia ser feito, honra ainda mais o precioso Senhor que realizou o
milagre.
5. A gentil censura
que CRISTO fez a Marta, pela fraqueza da sua fé (v. 40): “Não te hei dito que,
se creres, verás a glória de DEUS?” Estas palavras que CRISTO menciona ter-lhe
dito não tinham sido registradas antes. É provável que Ele tivesse dito estas
palavras quando ela disse (v. 27): “Creio, Senhor”, e é suficiente que isto
esteja registrado aqui, mostrando que o Senhor estava repetindo seu ensino a
ela. Observe: (1) Nosso Senhor JESUS nos deu todas as garantias imagináveis de
que uma fé sincera será, no final, coroada com uma visão abençoada: “Se você
crer, verá as aparições gloriosas de DEUS a você neste mundo, e também no
outro”. Se aceitarmos a palavra de CRISTO, e confiarmos no seu poder e na sua
fidelidade, nós veremos a glória de DEUS, e seremos felizes com a visão. (2)
Nós temos a necessidade de ser lembrados destas graças garantidas com que nosso
Senhor JESUS nos encorajou. CRISTO não dá uma resposta direta ao que Marta
tinha dito, nem faz qualquer promessa especial quanto ao que Ele iria fazer,
mas ordena que ela conserve as garantias gerais que Ele já tinha dado: “Crê
somente”. Nós somos capazes de esquecer o que CRISTO disse, e precisamos que
Ele nos lembre pelo seu ESPÍRITO: “‘Não te hei dito’ isto e aquilo? E tu achas
que Ele retirará o que disse?”
6. A abertura do
sepulcro, em obediência às ordens de CRISTO, apesar da objeção de Marta (v.
41): “Tiraram, pois, a pedra”. Quando Marta ficou satisfeita, e tinha desistido
da sua objeção, eles prosseguiram. Se desejamos ver a glória de DEUS, devemos
permitir que CRISTO tome seu próprio caminho, e não prescrever a Ele, mas
sujeitarmo-nos a Ele. Eles tiraram a pedra, e isto era tudo o que podiam fazer.
Somente CRISTO podia dar a vida. O que o homem pode f azer é apenas preparar o
caminho do Senhor, para encher os vales e abaixar os montes e outeiros, e, como
aqui, remover a pedra.Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT – CPAD
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Lição 4, Resguardando-se de Sentimentos Ruins
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/04/licao-4-resguardando-se-de-sentimentos.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/04/slides-licao-4-resguardando-se-de.html
Vídeo desta Lição - https://youtu.be/L50Xp4Qu54U
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.21-26
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer
que matar será réu de juízo. 22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem
motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que
chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de
louco será réu do fogo do inferno. 23 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao
altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 - deixa
ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão,
e depois vem, e apresenta a tua oferta. 25 - Concilia-te depressa com o teu
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o
adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem
na prisão. 26 - Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali,
enquanto não pagares o último ceitil.
RACA ρακα rhaka
de origem aramaica, cf 7386 ריק;
1) vazio, i.e., sem sentido, pessoa que tem cabeça vazia, cabeça oca - 2)
termo de repreensão usado entre os judeus no tempo de CRISTO
5.21 A fim de ir bem fundo em Sua mensagem, JESUS usou uma
série de contrastes entre o aparente cumprimento da Lei e a motivação interior
desejada por DEUS. Aqui encontramos a aplicação prática do verdadeiro caráter
cristão na vida espiritual. O cristão pode viver acima das exigências da Lei e
das tentações porque tem gravado no íntimo a natureza divina que habita dentro
dele.
5.21 — Ouvistes que foi dito. Refere-se aos ensinamentos de vários rabinos, não
aos de Moisés. JESUS estava questionando a interpretação dos mestres judeus,
não o Antigo Testamento.
5.22-24 — Os escribas e fariseus diziam que, se uma pessoa se referisse a
alguém como raca, que significa cabeça vazia, corria o risco de ser levado
diante do Sinédrio por difamação. JESUS, por outro lado, afirmou que todo
aquele que chamasse o outro de louco teria de prestar contas a DEUS. Isso não
quer dizer que chamar alguém de louco condenará o cristão ao castigo eterno no
inferno. Em vez disso, usando como ilustração a destruição do lixo no vale de
Hinom, JESUS estava dizendo que dizer tais palavras levaria as pessoas a uma
situação muito pior no dia do Juízo (1 Co 3.12-15).
5.25,26 — A melhor coisa é não ter inimigos. Temos de buscar sempre a paz,
porque nossos inimigos podem causar-nos grandes danos.
Reconciliar antes de adorar (5.21-26)
A lei dizia: “Não matarás ”, mas JESUS disse: “Não se ire contra
seu irmão” (v.21-22). A ira é o embrião do homicídio. Por esta razão
os cristãos devem ser rápidos para ajustar as diferenças que surgem
antes que se transformem em ira e processos judiciais. A adoração é
aceitável somente quando somos reconciliados com nossos irmãos
(v.23-26).
Resumo da Lição 4, Resguardando-se de Sentimentos Ruins
I – O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA
1. O que é Antinomismo?
2. A Lei e o Evangelho.
3. Legalismo x Antinomismo.
II – A CÓLERA É O PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO
1. JESUS e o sexto mandamento.
2. A cólera no contexto bíblico.
3. O valor da pessoa humana.
III – A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA
1. A oferta do altar.
2. Evitando a desavença.
COMENTÁRIO BÍBLICO - William Barclay - Novo Testamento -
Mateus 5:21-48 (Com algumas modificações do Pr. Henrique)
Esta porção dos ensinos de JESUS é uma das seções mais importantes
de todo o Novo Testamento. Antes de nos ocuparmos do comentário detalhado de
cada uma de suas partes, há alguns conceitos gerais sobre os quais devemos nos
espraiar.
Aqui JESUS fala com uma autoridade que nenhum outro homem sonhou
jamais reclamar ou ostentar. A autoridade que JESUS assumiu, sempre surpreendia
a quem entrava em contato com Ele. No começo de seu ministério, depois que
ensinou na sinagoga do Cafarnaum, diz-se dos que o ouviram: "E se
admiravam por sua doutrina, porque lhes ensinava como quem tem autoridade, e não
como os escribas" (Mar. 1:22). Mateus conclui sua apresentação do Sermão
da Montanha com as palavras:
"Quando JESUS acabou de proferir estas palavras, estavam as
multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem
autoridade e não como os escribas" (Mateus 7:28-29).
Para nós é muito difícil nos darmos conta de quão chocante deve ter
sido esta autoridade para os judeus que o escutaram. Para o judeu a Lei era
absolutamente santa e divina; seria impossível exagerar o lugar que a Lei
ocupava em sua reverência. "A Lei", disse Aristeas, "é santa e
foi dada Por DEUS." "Somente os decretos do Moisés", disse
Filão, "são eternos, imutáveis e inamovíveis, como se a própria natureza
os tivesse selado com seu selo." Os rabinos diziam: "Os que negam que
a Lei é do céu não têm parte no mundo vindouro." "Se alguém disser
que a Lei é de DEUS, mas excetua este ou aquele versículo de seu texto,
aduzindo que pertence a Moisés, e que não foi pronunciado pela boca de DEUS,
sobre o tal cai o julgamento divino. Desprezou a palavra de seu Senhor e deste
modo manifestou a irreverência que merece a destruição de sua alma." O
primeiro ato do culto sabático de toda sinagoga era tirar os rolos da Lei da
arca onde eram guardados e passeá-los pela congregação, para que esta pudesse
demonstrar sua reverência para com eles.
Isto é o que os judeus pensavam sobre a Lei, e JESUS não menos de
cinco vezes cita a Lei (Mateus 5:21, 27, 33, 38 e 43) para dizer sua real
interpretação imediatamente com seu ensino divino. Exerceu o direito de
interpretar os escritos mais sagrados do mundo, e corrigir o entendimento dos
maiores rabinos de todas a s épocas, partindo de sua pura e exclusiva
sabedoria. Os gregos definiam a autoridade (exousia) como o poder para
"pôr e tirar à vontade".
JESUS alegou possuir esta autoridade até com respeito àquilo que
para os judeus era a imutável palavra de DEUS. E nem sequer discutiu sua
autoridade com eles, nem procurou justificar-se pelo que fazia, nem acreditou
necessário demonstrar seu direito a fazê-lo. Calmamente e sem discussão assumiu
o direito que acreditava ser seu.
Nunca ninguém tinha ouvido nada semelhante. Os mestres do judaísmo
sempre tinham usado frases características que determinavam o caráter de seus
ensinos. Os profetas, por exemplo, diziam "Assim diz o Senhor." Não
pretendiam possuir autoridade pessoal alguma, a única coisa que faziam era
repetir o que tinham ouvido de DEUS. A frase característica dos rabinos e
escribas era "Há um ensino que diz..." O escriba ou o rabino jamais
se atrevia a expressar nem sequer uma opinião própria, a menos que pudesse
sustentá-la com citações dos grandes mestres do passado. A última qualidade que
teriam reclamado para si era a de uma doutrina independente. Mas para JESUS
suas afirmações não necessitavam de outra autoridade fora do fato que era Ele
quem as pronunciava. Ele era sua própria autoridade.
Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, disse: Assim, a lei é santa;
e o mandamento, santo, justo e bom. Romanos 7:12
Evidentemente, a verdade era uma coisa ou outra - ou JESUS era um
louco, ou era único em sua espécie. Ou era um megalomaníaco, ou era o Filho de DEUS.
Nenhum homem comum se atreveu a mexer no que, até o momento de sua vinda, tinha
sido considerado a eterna palavra de DEUS. O mais extraordinário com respeito à
autoridade é que se demonstra a si mesma. Basta alguém se pôr a ensinar para
que saibamos, imediatamente, se tem ou não direito a ensinar. A autoridade é
como a atmosfera que o rodeia. Se a tiver não precisa reclamá-la; é algo que se
possui ou não se possui. As orquestras que tocaram sob a direção do Toscanini,
o grande músico, dizem que assim que subia ao pódio podia sentir-se quase
fisicamente o fluxo da autoridade que emanava dele. Julian Duguid recorda como
em certa oportunidade lhe tocou a sorte de fazer a travessia do Atlântico no
mesmo navio que Sir Wilfrid Grenfell, e diz que quando Grenfell entrava em
qualquer dos salões do navio, não precisava voltar-se para a porta a fim de
saber que ele acabava de entrar, pois daquele homem emanava uma onda de poder e
autoridade. No caso de JESUS, esta qualidade se dava em grau supremo.
JESUS tomou em suas mãos a sabedoria superior dos homens,
corrigiu-a, reajustou-a, e pôde fazê-lo porque era quem era. Não precisava
discutir suas idéias; era suficiente que as comunicasse. Ninguém pode
confrontar honestamente a JESUS e escutar suas palavras sem sentir que está em
presença da última palavra de DEUS, junto à qual todas as outras palavras são
totalmente inadequadas, e qualquer outra sabedoria é antiquada.
A NOVA PAUTA MORAL - Mateus 5:21-48 (continuação)
Mas por desconcertante que fosse o acento de autoridade de JESUS,
mais ainda o eram as pautas morais que propunha aos homens. JESUS disse que aos
olhos de DEUS não somente era criminoso o homem que cometia um assassinato, mas
também aquele que se irava com seu irmão. Disse que aos olhos de DEUS não
somente era culpado o homem que cometia adultério, mas também aquele que
alojava em seu coração pensamentos impuros. Aqui há algo totalmente novo, algo
que mesmo agora os homens não chegaram a compreender totalmente. JESUS ensinou
que não era suficiente não cometer assassinato, era necessário nem sequer ter
desejado jamais a morte de nosso irmão. Ensinou que não era suficiente não
cometer adultério; era necessário incluso não ter desejado adulterar.
É possível que jamais tenhamos batido em alguém; mas quem pode
dizer que jamais desejou bater em alguém? É possível que jamais tenhamos
cometido adultério; mas quem pode dizer que jamais experimentou o desejo da
mulher de outro? O ensino de JESUS era que os pensamentos são tão importantes
como os fatos, e que não era suficiente não cometer um pecado; a única coisa
suficiente é não desejar jamais cometê-lo. O ensino de JESUS era que o ser
humano não será julgado apenas por suas ações, mas sim, e ainda mais, por seus
desejos, embora jamais tenham chegado a transformar-se em ação. Segundo as
pautas morais do mundo uma pessoa é boa se não cometer ações proibidas; o mundo
não tem interesse em julgar os pensamentos. Segundo a pauta moral que JESUS
propõe, ninguém pode ser considerado bom a menos que jamais deseje fazer o
proibido; JESUS Se interessa profundamente pelos pensamentos humanos. Disto
surgem três coisas.
(1) JESUS tinha muita razão, porque sua atitude é a única que pode
garantir a segurança e a felicidade.
Em certa medida todos os seres humanos são personalidades
divididas. Há uma parte de nosso eu que se sente atraída pelo bem, e outra
parte que se sente atraída pelo mal. Na medida em que realmente somos assim, no
interior de cada um de nós se trava uma batalha entre o bem e o mal. Há uma voz
que nos incita a tomar o fruto proibido, e outra que proíbe fazê-lo. Platão
comparava a alma com um carro puxado por dois cavalos. Um dos cavalos, manso e
dócil, obedecia às rédeas e às vozes do condutor. O outro, selvagem, não tinha
sido domesticado, e todo o tempo procurava rebelar-se. O nome do primeiro
cavalo era "razão", o nome do segundo era "paixão". A vida
é sempre um conflito entre as exigências das paixões e o controle da razão.
A razão é a rédea que mantém sob controle as paixões. Mas uma rédea
pode romper-se em qualquer momento. É possível que o domínio próprio baixe a
guarda por um instante. O que ocorre então? Na medida em que exista essa tensão
interior, esse conflito, a vida será permanentemente insegura. Em tais
circunstâncias não pode haver segurança permanente. A única forma de obter a
segurança é erradicar de maneira total de si mesmo o desejo do fruto proibido.
Então, e somente então, poderemos estar seguros.
(2) Sendo isto assim, somente DEUS está em condições de julgar os
homens.
Nós somente podemos ver as ações exteriores dos homens. DEUS é o
único que pode ver o segredo do coração. E haverá muitos cujas ações exteriores
possivelmente sejam um modelo de retidão mas cujos pensamentos mais íntimos
estão sob o juízo de DEUS. Mais de uma pessoa poderá sair-se bem do julgamento
dos homens, que necessariamente será um julgamento superficial, mas verá
desmoronar-se sua bondade ante o olho de DEUS que tudo vê.
(3) E se isto é assim, significa que todos somos pecadores, porque
não há ninguém que possa suportar o julgamento de DEUS.
Embora tenhamos vivido uma vida de perfeição moral no exterior, não
existe quem pode afirmar que jamais experimentou o desejo do proibido. Porque a
perfeição interior é a única coisa que torna possível que alguém possa afirmar
"Eu morri, e CRISTO vive em mim". "Com CRISTO estou juntamente
crucificado", disse São Paulo, "e vivo não mais eu, mas CRISTO vive
em mim" (Gálatas 2:20).
Porém até mesmo Paulo diz não ter alcançado a perfeição: “Não que
já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo
para o que fui também preso por CRISTO JESUS”. Filipenses 3:12
A nova pauta moral elimina toda possibilidade de orgulho, e conduz
a JESUS, o único que pode nos elevar até a altura da pauta que Ele mesmo nos
propôs.
PROIBIÇÃO DA IRA - Mateus 5:21, 22
Aqui temos o primeiro exemplo da nova pauta moral que JESUS
estabelece. A lei antiga dizia: "Não matarás" (Êxodo 20:13); mas JESUS
estabelece que até a irritação contra o irmão está proibido. É de fazer notar
que em algumas versões o homem que é condenado é o que se zanga "sem
causa" ou "loucamente", mas estas palavras não se acham em
nenhum dos grandes manuscritos. A proibição é absoluta. Não basta não bater no
outro - é necessário incluso não desejar bater nele, nem sequer alojar
sentimentos agressivos para com ele em nosso coração.
Nesta passagem JESUS raciocina de maneira muito similar à que teria
feito um rabino. Demonstra que sabe utilizar os métodos de discussão que eram
habituais em sua época. Nesta passagem há uma nítida gradação da ira, e a
correspondente gradação crescente dos castigos.
(1) Primeiro está o homem que se zanga com seu irmão.
Em grego havia duas palavras para descrever a ira. Uma delas, zumós,
significa literalmente o fogo que produz a palha seca. Trata-se da ira que se
inflama repentinamente, mas que com a mesma prontidão se extingue. A outra
palavra é orgué. Neste caso se trata da ira longamente cultivada, a de quem
odeia e seguirá odiando, sem permitir jamais que sua ira diminua. Esta é
palavra usada por JESUS.
Esta ira merece o julgamento dos tribunais. JESUS se refere ao
tribunal que funcionava em qualquer população, das cidades até o menor
vilarejo. Este tribunal estava composto pelos anciãos do lugar e o número de
juízes variava segundo o tamanho da população: eram três nos pequenos povoados,
com menos de cento e cinquenta habitantes, sete nas cidades de província e
vinte e três nas grandes capitais.
De maneira que JESUS condena toda ira egoísta. A Bíblia diz bem
claramente que a ira é um sentimento proibido. "A ira do homem", diz
Tiago, "não produz a justiça de DEUS" (Tiago 1:20). Paulo ordena aos
seus: "despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar..." (Colossenses 3:8).
Também os mais elevados pensadores do paganismo compreenderam a
estupidez da ira. Cícero disse que quando se experimentava ira "nada podia
fazer-se inteligentemente nem de maneira justa". Em uma frase
tremendamente vívida, Sêneca descreveu a ira como "uma loucura
passageira".
De maneira que JESUS proíbe categoricamente a ira rancorosa, a ira
que jamais esquece, a ira que se nega a ser reconciliada e busca a vingança. Se
desejamos obedecê-lo devemos eliminar de nossa vida toda forma de ira,
irritação ou ódio apaixonado, particularmente aqueles que duram muito tempo sem
aplacar-se. É muito importante recordar que ninguém que queira chamar-se
cristão pode "perder os estribos" quando de algum modo foi ofendido
pessoalmente.
(2) A seguir JESUS passa a descrever o caso em que a ira dá lugar
às palavras insultantes.
Os mestres do judaísmo proibiam tal tipo de irritação e tais
palavras. Falavam de "a opressão das palavras" e do "pecado do
insulto". Um de seus ditos sustentava: "Há três classes de homens que
vão à Geena e não retornam jamais - o adúltero, que faz envergonhar abertamente
a seu próximo, e o que insulta a seu semelhante." E a ira que está
proibida tanto no coração do homem como em sua boca.
AS PALAVRAS OFENSIVAS - Mateus 5:21, 22 (continuação)
Em primeiro lugar se condena ao homem que chama raca a seu irmão.
Raca é a palavra que em nossas Bíblias se traduz por
"néscio". É uma palavra quase impossível de traduzir, porque a
gradação de seu significado dependia do tom de voz que se usasse ao
pronunciá-la. A ideia dominante deste insulto é a do desprezo. Chamar a
alguém raca era lhe dizer estúpido, idiota sem miolos, imprestável e nulo. É a
palavra que escutaremos na boca de quem despreza a outro com absoluta
arrogância.
Entre os judeus há uma história de um certo rabino, Simão Ben
Eleazar, que saía da casa de seu professor, sentindo-se exaltado pela
consciência de sua própria sabedoria, erudição e bondade. Nesse momento cruzou
por ele alguém muito pouco favorecido em seu aspecto, quem o saudou. Sem
responder à saudação Ben Eleazar lhe gritou: "Raca! Quão feio você é!
Todos os homens de sua cidade são tão feios como você?" O caminhante lhe
respondeu: "Isso não sei. Vá e diga ao Criador que me fez uma criatura tão
feia como sou." Este foi o modo como se castigou o pecado de desprezo.
O pecado de desprezo é merecedor de um castigo ainda mais sério.
Deverá ser julgado pelo Sinédrio, a corte suprema dos judeus. É
óbvio que isto não deve ser tomado literalmente. É como se JESUS tivesse dito:
"O pecado da ira inveterada é mal, mas o do desprezo é
pior." Não há pecado tão pouco cristão como o do desprezo. Há um desprezo
que se baseia no orgulho da estirpe, e o esnobismo é realmente uma coisa feia.
Há uma atitude de superioridade que obedece à posição e o dinheiro que se têm,
e o orgulho pelas coisas materiais também é algo vil. Há um orgulho dos que
desprezam os que sabem menos que eles, e de todos orgulhos este é o mais
difícil de entender, porque nenhum homem verdadeiramente sábio jamais se sentiu
impressionado por outra coisa senão por sua própria ignorância. Não podemos
olhar depreciativamente a ninguém, porque CRISTO morreu por todos.
(3) A seguir JESUS se refere ao homem que chama morós a seu irmão.
Morós também significa néscio ou tolo, mas o acento está posto na tolice moral.
É o homem que simula ser néscio. O salmista, por exemplo, fala do
néscio que em seu coração diz que não há DEUS (Salmo 14:1). Trata-se, neste
caso, de um retardado moral, do homem que vive de maneira imoral e portanto
desejaria que não houvesse DEUS. Dizer a alguém morós não era criticar sua
capacidade mental, mas pôr em tela de juízo seu caráter moral; equivalia a
manchar seu bom nome e reputação, a qualificá-lo como uma pessoa de vida
dissipada e imoral.
E JESUS diz que aquele que destrói o bom nome de seu irmão e sua
reputação de pessoa honesta e reta deverá enfrentar o juízo mais terrível de
todos, o do fogo do Geena. Geena é um termo com uma longa história. Às vezes é
traduzido, como em nossa citação, diretamente por inferno. Os judeus usavam
esta palavra muito frequentemente (veja-se Mateus 5:22, 29, 30; 10:28;
18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 41. Lucas 12:5; Tiago 3:6). Em realidade, só
se refere ao Vale de Hinom, que estava localizado para o sudoeste de Jerusalém.
Era lembrado como o lugar onde Acaz tinha introduzido o culto a Moloque, um
deus pagão. Este culto tinha como uma de suas características a imolação de
crianças vivas no fogo do altar. "Também queimou incenso no vale do filho
de Hinom e queimou a seus próprios filhos..." (2 Crônicas 28:3). Josias, o
rei reformador, tinha eliminado totalmente esse culto, e ordenando que o lugar
onde era celebrado fosse maldito para sempre. "Também profanou a Tofete,
que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse a seu filho ou
a sua filha como sacrifício a Moloque." (2 Reis 23:10). Em
consequência o vale do Hinom se converteu no depósito de lixo de
Jerusalém. Era uma espécie de imenso incinerador público, no qual sempre havia
algum fogo ardendo, e sobre ele se estendia uma nuvem de fumaça espessa. Nos
desperdícios se criava um tipo especial de verme, que era muito difícil de
matar (Marcos 9:44). De maneira que o Geena era o vale de Hinom, um lugar
identificado na mente do povo judeu com tudo o que era sujo, maldito e
corrompido, o lugar onde se destruíam mediante o fogo todas as coisas inúteis e
insalubres. É por isso que se converteu em sinônimo do poder destruidor de DEUS,
o inferno.
JESUS afirma, pois, que o mais grave é destruir a boa reputação do
próximo e privá-lo de seu bom nome. Não há castigo muito severo para o
fofoqueiro maligno, para as fofocas de intenção iníqua que podem chegar a
assassinar o bom nome de qualquer pessoa. Tal conduta merece, no sentido mais
literal possível, a condenação do inferno. Como já dissemos, esta gradação dos
castigos não deve ser tomada literalmente. JESUS está dizendo o seguinte:
"Na antiguidade se condenava o assassinato; e certamente o assassinato
continua sendo mal. Mas eu lhes digo que não são apenas as ações exteriores do
homem as que merecem ser julgadas; também seus pensamentos mais íntimos estão
sob o olhar escrutinador e o julgamento de DEUS. A ira persistente é má; piores
ainda são as palavras depreciativas, mas o pior de tudo é a malícia que destrói
o bom nome do próximo."
O homem que é escravo de sua ira, que se dirige a outros com um tom
depreciativo, o homem que destrói o bom nome de outros, pode não ter
assassinado a ninguém, mas em seu coração é um assassino.
A BARREIRA INSUPERÁVEL - Mateus 5:23, 24
Quando JESUS disse estas palavras, não fez mais que recordar aos
judeus um princípio que eles conheciam perfeitamente bem, e que jamais devem
ter esquecido. A ideia do sacrifício era muito singela. Se alguém cometia
uma má ação, de algum modo esta perturbava sua relação com DEUS, e o sacrifício
tinha como intenção restabelecer a normalidade destas relações.
Mas é preciso lembrar duas coisas de suma importância.
Em primeiro lugar, nunca se sustentou que os sacrifícios pudessem
expiar os pecados cometidos deliberadamente, aos que os judeus qualificavam de
"pecados de mão elevada".
Se alguém cometia algum pecado sem dar-se conta, se era arrastado
ao pecado em um momento de paixão, perdendo seu domínio próprio, o sacrifício
podia lançar resultados positivos; mas se alguém tinha cometido um pecado de
maneira deliberada, pela dureza de seu coração, perfeitamente consciente do que
estava fazendo, o sacrifício não podia expiar sua falta.
Em segundo lugar, para que o sacrifício fosse eficaz, devia incluir
a confissão do pecado e um verdadeiro arrependimento; e o verdadeiro
arrependimento incluía, por sua vez, o propósito de retificar as
consequências que o pecado produziu.
Todos os anos se celebrava o grande Dia da Expiação, no qual se
ofereciam sacrifícios pelos pecados de todo o povo. Mas os judeus eram
perfeitamente conscientes de que nem sequer os sacrifícios desse dia especial
valiam de nada se antes cada indivíduo não se reconciliasse com o seu próximo.
A divisão entre o homem e DEUS não podia ser restaurada enquanto não se
restabelecesse a união entre o homem e o homem. Se alguém oferecia um
sacrifício com a intenção de expiar um roubo, por exemplo, sabia-se
perfeitamente que o sacrifício não tinha valor algum até que se devolvesse a
coisa roubada; se fosse descoberto que a coisa roubada não tinha sido
devolvida, o sacrifício devia destruir-se como objeto impuro e queimar-se fora
do templo. Os judeus sabiam perfeitamente que a pessoa deve emendar sua vida
antes de tentar reconstruir sua relação com DEUS. Em certo sentido o sacrifício
era substitutivo. O símbolo disto era que no momento da imolação da vítima o
ofertante colocava suas mãos sobre a cabeça do animal devotado, apertando-a
fortemente como se quisesse transferir-lhe o seu pecado. E ao fazê-lo dizia:
"Invoco-te, ó Senhor; pequei, fiz o que havias proibido, rebelei-me;
cometi (e aqui dizia qual tinha sido seu pecado particular); mas volto para ti
arrependido; permite que isto seja minha expiação."
Um sacrifício válido, implicava confissão e restituição.
A imagem que JESUS nos pinta é bem vívida. O ofertante, é obvio,
não fazia seu próprio sacrifício. Levava-o a sacerdote, e este o oferecia em
nome do pecador. Aqui, o ofertante entrou em templo, atravessou os pátios que
rodeiam o lugar santo, o Pátio dos Gentios, o Pátio das Mulheres, o Pátio dos
Homens. Mais à frente estava o Pátio dos Sacerdotes, no qual nenhum leigo podia
entrar. De pé junto ao corrimão, espera que seja a sua vez de entregar sua
oferta ao sacerdote; tem suas mãos sobre a cabeça da vítima, e está a ponto de
confessar o pecado que cometeu; e então recorda que não emendou sua relação
quebrada com o irmão a quem ofendeu. Se quiser que seu sacrifício sirva de
algo, deve voltar a seu irmão, restabelecer a relação com ele, desfazer o mal
que fez. De outro modo não acontecerá nada.
JESUS é bem explícito com respeito a este fato fundamental – não
podemos estar em boa relação com DEUS a menos que mantenhamos boas relações com
os homens. Não podemos esperar ser perdoados enquanto não tenhamos confessado
nosso pecado, não somente a DEUS mas também a nossos irmãos, e tenhamos feito o
melhor possível para eliminar as consequências negativas do mal que
fizemos. Às vezes nos perguntamos por que há uma barreira entre nós e DEUS; ou
por que nossas orações parecem inúteis. É bem possível que nós mesmos sejamos
os que levantamos a barreira, ou porque estamos desgostados com nosso próximo,
ou porque ofendemos a alguém e não temos feito nada por desculpar essa ofensa.
RECONCILIAR-SE A TEMPO - Mateus 5:25-26
Aqui JESUS nos oferece um conselho bem prático. Recomenda evitar
problemas maiores, solucionando as diferenças que tenhamos com outros
quando ainda estamos a tempo de fazê-lo.
JESUS traça o quadro de dois adversários que se dirigem ao tribunal
e fala que se acertem entre si antes de chegar diante do juiz, porque se não o
fazem, e se a lei segue seu curso, será muito pior, o que, pelo menos um dos
dois, deverá enfrentar no futuro. A imagem de dois adversários que se dirigem
juntos ao tribunal poderá nos parecer muito estranho e até improvável, mas era
algo que ocorria com relativa frequência na antiguidade.
Na lei grega havia um procedimento denominado prisão
sumária(apagogi) no qual a parte ofendida podia proceder à prisão de quem o
tinha ofendido. Agarrava-o pela gola de sua túnica, de tal maneira que se
lutasse para escapulir-se podia chegar a estrangular-se. É obvio, as causas que
justificavam este tipo de prisão eram muito poucas. O infrator devia ser
descoberto in fraganti, "com as mãos na massa". Os crimes que
autorizavam a este tipo de prisão eram o assalto, o roubo de roupa (os ladrões
de roupa eram uma praga nos banheiros públicos da antiga a Grécia), o
"carteirismo" e o sequestro (na antiga a Grécia era muito comum
o sequestro de escravos especialmente capacitados e idôneos). Além disso
podia prender-se sumariamente a alguém que procurasse exercer os direitos de
cidadão quando estes lhe tinham sido tirados, ou ao que voltava à sua cidade ou
estado depois de ter sido exilado deles. Em vista deste costume, não era pouco
comum ver em qualquer cidade esta regra de dois litigantes dirigindo-se juntos
para os tribunais.
Mas é evidente que o mais provável é que JESUS estivesse pensando
em termos da prática no judaísmo. Este tipo de situação não era de modo algum
impossível sob as disposições da lei judia. O litígio a que se faz referência
nesta passagem é evidentemente um caso de dívidas impagáveis, quando, de não chegar
a um acordo, "deverá pagar-se até o último centavo". Estes casos eram
julgados sempre pelo conselho local de anciãos. Indicava-se uma hora em que os
litigantes deviam comparecer juntos ante o tribunal, e em qualquer aldeia ou
população pequena, não era difícil que se encontrassem no caminho. Quando se
determinava a culpabilidade de um acusado, ele era entregue ao oficial cuja
responsabilidade era assegurar o cumprimento da sentença. Em caso contrário,
tinha autoridade para encarcerar o rebelde, até que este fizesse o que o
tribunal lhe tinha obrigado fazer. Evidentemente esta era a situação que JESUS
tinha em mente. Suas palavras podem significar duas coisas.
(1) Pode ser simplesmente uma recomendação de ordem prática.
Em repetidas oportunidades a experiência da vida nos ensina que se
não solucionarmos uma diferença a tempo, se não encontrarmos a tempo a paz que
acabe com uma disputa, a situação se fará cada vez mais complicada e difícil de
resolver por bem. Muitas vezes as diferenças entre duas pessoas produziram
diferenças entre suas famílias, que as gerações futuras herdaram, terminando
por dividir uma igreja ou uma comunidade. Se no princípio um dos dois
litigantes tivesse pedido desculpas, ou admitido sua falta, poderiam ter
evitado muitas situações penosas. Se alguma vez nos encontrarmos em desacordo
com outra pessoa, devemos procurar esclarecer as coisas o mais breve possível e
restaurar a paz. Isto pode requerer de nossa parte a humildade necessária para
reconhecer que agimos mal e pedir perdão; pode requerer que, embora nós
tenhamos a razão, demos o primeiro passo reconciliatório.
Quando algo anda mal nas relações pessoais, nove entre cada dez
casos a imediata ação reconciliatória conseguirá solucionar a diferença. Mas se
não se toma esta decisão imediatamente as relações continuarão deteriorando-se,
e o azedume se estenderá cada vez mais, como uma mancha de azeite.
(2) É possível que JESUS tivesse em mente algo muito mais decisivo
que isto.
É possível que o significado de suas palavras fosse: "Acerte
suas diferenças com seu irmão enquanto você vive, porque algum dia - não se
sabe quando - sua vida acabará, e você terá que comparecer ante o tribunal de DEUS,
o Juízo final de todos. "O dia mais importante do calendário judeu
era o dia da Expiação.
Sustentava-se que os sacrifícios deste dia valiam para expiar os
pecados conhecidos e os desconhecidos; mas até este dia tinha suas imitações. O
Talmud diz claramente: "O Dia da Expiação não serve para expiar as ofensas
que o homem tenha cometido contra DEUS. O Dia da Expiação não serve para expiar
as ofensas que o homem tenha cometido contra seu próximo, a menos que o mal
tenha sido reparado previamente."
Aqui nos encontramos novamente com o fato básico, fundamental -
ninguém pode estar em boas relações com DEUS a menos que esteja em boas
relações com seu semelhante. Deve viver a vida de tal maneira que ao chegarmos
ao fim da vida estejamos em paz com todos os nossos semelhantes. É possível que
não seja necessário escolher uma destas duas interpretações das palavras de JESUS.
Possivelmente JESUS pensasse em ambas as coisas quando as pronunciou. Neste
caso seu propósito teria sido nos ensinar o seguinte: "Se você quer ser
feliz neste mundo e na eternidade, nunca cultive o rancor nem deixe sem curar a
divisão entre você e seu irmão. Aja de maneira imediata para eliminar a
barreira que a ira levantou entre vocês." .
COMENTÁRIO - Bíblico Wesleyana - Características do reino ( 5:
21-48 ) (COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO PR. HENRIQUE)
Nesta seção "JESUS leva seis exemplos concretos da antiga Lei, a fim de
ilustrar a nova justiça". Esta justiça envolve todos os aspectos da vida
diária.
A cada uma dessas seis discussões é introduzido 'Ouvistes que foi dito
nos velhos tempos' (vv. 21 , 33 ), 'Ouvistes o
que foi dito' (vv. 27 , 38 , 43 ), ou
simplesmente 'Foi Dito' (v. 31 ). Com esta referência
é feita a fórmula para algum mandamento da lei mosaica (ou, no caso de a última
cláusula do v. 43 , na tradição dos anciãos).
Todos os seis vezes JESUS acrescenta: mas
digo-vos (vv. 22 , 28 , 32 , 34 , 39 , 44 ). Isto
é ainda mais forte no grego do que no inglês ego de lego
hymin. O ego é expresso em grego apenas para grifo nosso, como o
I está incluída no verbo lego , eu digo. Além disso, ele é
colocado em primeiro lugar na cláusula, a posição mais enfática em uma frase
grega. Ou JESUS era um egoísta flagrante, ou Ele era o que Ele afirmava
ser - o Filho eterno de DEUS, que tinha o direito de falar com autoridade
divina absoluta. A ênfase na autoridade real de CRISTO é a principal
característica do Evangelho de Mateus.
1. Peaceableness ( 5: 21-26 )
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e todo
aquele que matar será réu de juízo: 22 mas eu digo-vos que todo
aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem
disser a seu irmão: Raca, será réu do conselho; e quem lhe disser: Tolo,
será réu do fogo do inferno. 23 Se, pois, tu és oferecendo a
tua oferta diante do altar e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai-te,
primeiro se reconciliar com teu irmão, e depois vem apresentar a tua
oferta. 25 Concordo com o teu adversário rapidamente, enquanto
estás com ele no caminho; que nunca se ache o adversário te entregue ao
juiz, eo juiz te entregue ao oficial, e sejas lançado na prisão. 26 Em
verdade eu te digo: Tu não significa sair dali, até que tu não pagares o último
ceitil.
O sexto dos Dez Mandamentos é: Não matarás ( Ex
20:13. ; Dt. 5:17 ). JESUS não revogará essa
comando. Ao contrário, Ele estendeu-a para cobrir a raiva, desprezo e
ódio. Parece haver uma escala ascendente no versículo 22 :
(1) raiva - "Sentimento de raiva sem
palavras"; (2) Raca - "A raiva em si ventilada em
palavras"; (3) Insensato - "raiva de insulto." A
distinção precisa entre os termos raca e tolo não é
conhecido. Pensa-se que o primeiro pode vir de uma raiz que significava
"cuspir". Ambas as palavras expressam desprezo e condenação.
Mais clara é a escala ascendente de
consequências. Acórdão provavelmente se refere ao tribunal
local. Conselho é Sinédrio, o Grande Sinédrio em Jerusalém, a
mais alta corte judaica da justiça. O inferno é Geena , o
lugar de tormento final. Seja em perigo de um significado legal o termo
"é susceptível de". Ou seja, o culpado dessas coisas está sujeito aos
tribunais de justiça ou punição nomeados aqui. Este aviso é seguido por uma
dupla advertência para fazer a reconciliação. Se alguém vem ao santuário e
lembra que ele feriu seu irmão, de qualquer forma, ele deve primeiro ser
conciliada antes de sua adoração será aceitável. Novamente, se um está
sendo levado perante o juiz, ele deve resolver rapidamente fora do
tribunal. Caso contrário, ele será lançado na prisão e manteve
lá até que ele tenha pago o último centavo. Pena de prisão por dívida era
uma prática comum até tempos relativamente recentes.
O ponto que JESUS estava fazendo é que todos devem se apressam a se
reconciliarem com DEUS, a quem todos os homens têm ofendido. Assim, esta
passagem tem um forte cunho evangelístico.
COMENTÁRIO Bíblico - Devocional (NT) (COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO
PR. HENRIQUE)
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás” (Mt 5.21-26). Este
é o primeiro de seis exemplos que JESUS usou para explicar a justiça
inigualável. Todos tinham ouvido a lei do Antigo Testamento que legislava
contra o homicídio. O ato de matar era errado.
Mas JESUS prossegue, explicando que DEUS não está apenas preocupado com o
homicídio. Ele observava a ira que se acendia e levava ao homicídio.
A pessoa justa de fato não é aquela que simplesmente evita cometer
assassinato. É aquela que não reage com ira aos outros.
Neste exemplo, e nos seguintes, JESUS enfatizou a preocupação de DEUS com o
coração. Cumprir a lei sobre não matar não torna ninguém justo. O homem
verdadeiramente justo é aquele que não se ira! Na verdade, esse tipo de justiça
perfeito está além de todos nós. E por isso que devemos nos
tornar cidadãos do Reino de JESUS. Somente a obra de CRISTO em nosso
coração pode nos transformar nas pessoas que DEUS nos chama para ser.
“Deixa ali diante do altar a tua oferta” (Mt5-23,24). Adorar a DEUS é importante?
Sim! Mas JESUS enfatizou a importância do coração puro, dizendo que, se
nos lembrarmos de que alguém tem alguma coisa contra nós, devemos fazer as
correções necessárias, ainda que isso signifique um adiamento da adoração.
Mas o que é mais importante é a frase “Se... teu irmão tem alguma coisa contra
ti”. Não somente somos responsáveis pela nossa própria ira, mas
pela de nosso irmão! Se tivermos feito alguma coisa que aborreceu
alguma pessoa, devemos resolver essa questão imediatamente, para preservar
nosso irmão de uma ira que é inapropriada no Reino de DEUS. Isso
talvez pareça ser demais! Já parece difícil demais cuidar do nosso próprio
relacionamento com DEUS. E a verdade é que é realmente difícil
demais. Mas é o que o nosso Rei espera. Se obedecermos, Ele fará em
nós e nos nossos relacionamentos o que jamais poderíamos fazer sozinhos.
Essa é a glória de viver no Reino de CRISTO. JESUS é o Senhor. E Ele pode
fazer, em nós e nos outros, o que jamais poderíamos fazer sozinhos.
COMENTÁRIOS Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (COM
ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO PR. HENRIQUE)
Continuação do Sermão da Montanha Mateus 5. 21-26
Tendo apresentado estes princípios, de que Moisés e os profetas ainda seriam os
legisladores do povo, mas que os escribas e os fariseus já não mais seriam os
seus governantes, JESUS passa a explicar a lei em alguns exemplos em
particular, e a defendê-la das observações corruptas que aqueles intérpretes
tinham colocado sobre ela. Ele não acrescenta nada novo, somente limita e
restringe algumas permissões que tinham sido excessivas; e, quanto aos
preceitos, mostra a amplitude, a severidade e a natureza espiritual deles,
acrescentando estatutos explicativos para torná-los mais claros e tendendo mais
ao aperfeiçoamento da nossa obediência a eles. Nestes versículos, Ele explica a
lei do sexto mandamento, de acordo com a verdadeira intenção e a sua
abrangência completa.
I
Aqui está apresentado o mandamento (v. 21). Nós o ouvimos, e o recordamos. Ele
fala àqueles que conhecem a lei, que tiveram as palavras de Moisés lidas nas
suas sinagogas todos os sábados: “Ouvistes o que foi dito aos antigos”, ou como
está na observação à margem de algumas versões, “aos seus antepassados”, os
judeus; “Não matarás”. Observe que as leis de DEUS não são leis novas e
surgidas do nada, mas tinham sido entregues aos antigos; são leis antigas, mas
de uma natureza que nunca fica antiquada nem obsoleta. A lei moral está de
acordo com a lei da natureza, com as leis e razões eternas do bem e do mal,
isto é, a retidão da Mente eterna, a Mente de DEUS. Matar aqui é proibido,
matar a nós mesmos, matar a qualquer pessoa, direta ou indiretamente, ou de
qualquer maneira ajudar a fazê-lo. A lei de DEUS, o DEUS da vida, é uma cerca
de proteção ao redor da nossa vida. Este foi um dos preceitos de Noé (Gn
9.5,6). Aqui inclui - Suicídio, Eutanásia, Aborto, Assassinato.
II
A explicação deste mandamento sobre o qual os professores judeus discutiam. O
seu comentário era: “Aquele que matar, correrá o risco do julgamento”. Isto era
tudo o que eles tinham a dizer a este respeito, que os assassinos deliberados
estariam sujeitos à espada da justiça, e os ocasionais estariam sujeitos ao
julgamento de uma das cidades de refúgio. As cortes de julgamento ficavam nos
portões das suas cidades principais. Os juízes, normalmente, eram vinte e três;
eles julgavam, condenavam e executavam os assassinos; assim, qualquer pessoa
que matasse estava sujeita ao seu julgamento. Mas este comentário sobre esse
mandamento era falho, pois ele dava a entender que:
1. A lei do sexto mandamento era apenas externa, e não proibia nada
além do ato de assassinato, e deveria restringir os desejos interiores, dos
quais nascem as guerras e as pelejas. Este era realmente o proton pseudos – o
erro fundamental dos professores judeus, dizer que a lei divina proibia somente
o ato pecaminoso, e não o pensamento pecaminoso; eles estavam inclinados a
haerere in corticeae – descansar na letra da lei, e nunca investigaram o seu
significado espiritual. Paulo, embora sendo um fariseu, não o fez, até que,
pela chave do décimo mandamento, a graça divina o levou ao conhecimento da
natureza divina de todas as demais coisas (Rm 7.7,14).
2. Outro engano era o de que esta lei era meramente política e
cívica, dada por causa deles, e com a intenção de ser uma orientação para os
seus tribunais, e nada mais; como se somente eles fossem o povo de DEUS, e a
sabedoria da lei devesse morrer com eles.
III
A explicação que CRISTO deu deste mandamento. Nós estamos certos de que, de
acordo com a sua explicação, seremos julgados no futuro; portanto, devemos ser
governados agora. O mandamento é extremamente amplo, e não deve ser limitado
pela vontade da carne, ou pela vontade dos homens.
1. CRISTO lhes diz que a ira irrefletida é assassinato no coração (v. 22).
“Qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão” estará
infringindo o sexto mandamento. Aqui, por ”seu irmão” devemos entender qualquer
pessoa, mesmo que se trate de alguém inferior a nós, como uma criança ou um
servo, pois todos nós somos feitos de um único sangue. A ira é uma paixão
natural; existem casos nos quais ela é lícita e salutar; mas é pecaminosa,
quando nos iramos sem motivo. A palavra é eike, que significa sine causae, sine
effectu, et sine modo – sem causa, sem nenhum bom efeito, e sem moderação. Como
consequência, a ira é pecaminosa:
(1) Quando ocorre sem nenhuma provocação justa; seja por nenhuma
causa, ou nenhuma boa causa, ou nenhuma causa justa e adequada; quando nos
iramos com as crianças ou com os servos por aquilo que não pôde ser evitado,
que foi somente uma questão de esquecimento ou de engano, de que nós mesmos
poderíamos ser facilmente culpados, e pelo que não ficaríamos irados conosco;
quando nos iramos devido a suspeitas infundadas ou por ofensas banais que nem
merecem ser mencionadas.
(2) Quando a ira ocorre sem visar nenhuma boa finalidade, meramente
para mostrar a nossa autoridade, para satisfazer uma paixão bruta, para fazer
com que as pessoas conheçam os nossos ressentimentos e para nos motivar à
vingança; nestes casos, a ira é vã, e só se destina a magoar. Se em alguma
ocasião estivermos irados, isto deverá se destinar a despertar o ofensor ao
arrependimento, e a evitar que ele repita outra vez o que fez; para nos
purificar (2 Co 7.11) e para advertir aos outros.
(3) Quando ela ultrapassa os limites. Quando somos duros e teimosos
na nossa ira, violentos e veementes, cruéis e perversos, e procuramos ferir
aqueles que nos desagradaram. Isto representa uma infração ao sexto mandamento,
pois aquele que se ira desta maneira chegaria a matar, se pudesse. Um homem deu
o primeiro passo em direção a isto; quando Caim matou seu irmão, tudo começou
com a ira; ele é um assassino aos olhos de DEUS, que conhece o seu coração;
pois é do coração que procede o assassinato (Mt 15.19).
2. JESUS lhes diz que o uso de uma linguagem ultrajante com o nosso irmão é o
assassinato pela língua (chamá-lo de raca, e chamá-lo de louco). Quando isto é
feito com moderação e com uma boa finalidade, para convencer os outros da sua
vaidade e das suas tolices, não é pecaminoso. Assim, Tiago diz: “Ó homem vão”
(Tg 2.20), e Paulo diz: “Insensato” (1 Co 15.36), e o próprio CRISTO diz: “Ó
néscios e tardos de coração” (Lc 24.25). Mas quando isto nasce da ira e da
maldade interior, é a fumaça daquele fogo que arde no inferno, e se enquadra na
mesma característica.
(1) Raca é uma palavra de desdém, que se origina no orgulho.
“Zombador é o teu nome”, é como Salomão chama aqueles que tratam com indignação
e soberba (Pv 21.24), que desdenham do irmão para equipará-lo aos cães que
possuem. “Esta multidão, que não sabe a lei, é maldita” (Jo 7.49).
(2) “Louco” é uma palavra de rancor, que nasce do ódio;
considerando a pessoa não somente comum e indigna de ser honrada, mas como uma
pessoa odiosa e indigna de ser amada; “Tu, homem iníquo, réprobo”. A primeira
palavra fala de um homem desprovido de razão; ela (em termos das Escrituras)
fala de um homem sem graça; quanto mais a censura tocar a sua condição
espiritual, pior será; a primeira é uma zombaria arrogante do nosso irmão; esta
é uma censura maldosa e uma condenação a ele, como se estivesse abandonado por
DEUS. Esta é uma infração do sexto mandamento; calúnias maldosas e críticas são
veneno, sob a língua, que mata secreta e lentamente. As palavras amargas são
como flechas que matam repentinamente (Sl 64.3), ou como uma espada nos ossos.
O bom nome do nosso próximo, que é melhor do que a vida, é, desta forma,
esfaqueado e assassinado; e esta é uma evidência de uma má intenção para com o
nosso próximo, a ponto de atingirmos a sua vida, se pudéssemos fazê-lo.
3. JESUS lhes diz que não importa o uso que eles façam desses pecados,
certamente eles lhes serão computados. Aquele que se encolerizar com seu irmão
está correndo o risco do juízo e da ira de DEUS; aquele que o chama de raca
estará nas mãos do conselho, passível de ser punido pelo Sinédrio por insultar
um israelita; mas aquele que disser: “Louco, pessoa profana, filho do inferno”,
estará em perigo do fogo do inferno, para o qual ele condena o seu irmão.
Alguns pensam, em alusão às punições usadas nos diversos tribunais de
julgamento entre os judeus, que CRISTO mostra que o pecado da ira irrefletida
expõe os homens a punições mais graves ou menos graves, de acordo com os graus
da sua origem. Os judeus tinham três penas capitais, uma pior que a outra: a
decapitação, que era imposta pelo julgamento; o apedrejamento, pelo conselho ou
pelo Sinédrio; e o fogo no vale de Hinom, que só era usado em casos
extraordinários. Isto significa, portanto, que a ira irrefletida e a linguagem
ofensiva são pecados condenáveis; mas alguns são mais pecaminosos que outros, e,
de maneira correspondente, existe uma condenação mais severa, e uma punição
mais amarga reservada a estes. Assim, ao mostrar a punição mais temível, CRISTO
mostra que pecado é o mais grave.
IV
De tudo isto, pode-se deduzir que nós devemos cuidadosamente preservar o amor e
a paz cristãos com nossos irmãos, e, se alguma vez estes forem rompidos,
devemos lutar por uma reconciliação, confessando a nossa culpa, humilhando-nos
perante o nosso irmão, implorando o seu perdão, e fazendo uma indenização ou
oferecendo uma compensação pelo mal feito através de atos ou palavras, de
acordo com a natureza da situação; e devemos fazê-lo rapidamente, por dois
motivos:
1. Porque, até que isto seja feito, nós estaremos incapacitados para a comunhão
com DEUS (vv. 23,24). O caso suposto é: se “teu irmão tem alguma coisa contra
ti”, ou seja, se você o injuriou e ofendeu, seja isto real ou na percepção
dele. Se você é a parte ofendida, não há necessidade desta demora; se você tem
alguma coisa contra o seu irmão, resolva isto rapidamente. Nada mais precisa
ser feito, a não ser perdoá-lo (Mc 11.25), e perdoar a ofensa. Mas se a disputa
se iniciou no seu lado, e a culpa foi sua, no início ou ao final, de modo que
“teu irmão tem alguma coisa contra ti, vai reconciliar-te primeiro com teu
irmão”, antes de vir fazer a oferta no altar, antes de se aproximar solenemente
de DEUS, nos serviços de oração e louvor, ouvindo a Palavra ou adorando.
Observe:
(1) Quando nos dirigimos a qualquer prática religiosa, é bom que
aproveitemos a ocasião para uma séria reflexão e exame próprio. Há muitas
coisas a serem lembradas quando levamos a nossa oferta ao altar, se o nosso
irmão tiver alguma coisa contra nós; então, se este for o caso, precisaremos
considerar a questão para que façamos um acerto de contas.
(2) As práticas religiosas não são aceitáveis perante DEUS, se
forem realizadas quando sentimos ira. A inveja, a maldade e a falta de caridade
são pecados tão desagradáveis a DEUS, que nada que venha de um coração onde
estas coisas ainda predominem pode agradá-lo (1 Tm 2.8). As orações feitas com
ira são escritas em amargura (Is 1.15; 58.4).
(3) O amor ou a caridade são tão melhores que todos os holocaustos
e sacrifícios, que DEUS deseja que a reconciliação com um irmão ofendido ocorra
antes que a oferta seja feita. Ele se satisfaz por esperar pela oferta, em
lugar de tê-la quando somos culpados e estamos envolvidos em alguma disputa.
(4) Embora estejamos incapacitados para a comunhão com DEUS devido
a uma disputa continuada com um irmão, ainda assim isto não pode ser uma
desculpa para a omissão ou para a negligência em relação ao nosso dever: “Deixa
ali diante do altar a tua oferta”, em outras palavras, “para que, de outra
forma, quando tiver ido embora, você não se sinta tentado a não voltar”. Muitos
expressam este pensamento como a razão pela qual não vêm à igreja ou participam
da Santa Ceia, por estarem com algum problema com o próximo. E de quem é a
culpa? Um pecado jamais irá justificar outro, mas irá dobrar a culpa. A falta
de amor jamais poderá justificar a falta de piedade. O problema pode ser
facilmente superado. Nós devemos perdoar àqueles que nos fizeram mal; e àqueles
a quem nós fizemos mal, devemos compensar, ou pelo menos fazer uma proposta e
desejar a restauração da amizade, para que se a reconciliação não acontecer,
não seja por nossa culpa; e então vir e ser bem recebido, vir e oferecer a
nossa oferta, e ela será aceita. Portanto, não devemos deixar que o sol se
ponha sobre a nossa ira nenhum dia, porque devemos orar antes de dormir. Também
não devemos deixar que o sol nasça sobre a nossa ira em um dia que consagramos
ao Senhor, porque este é um dia de oração e adoração.
2. Porque, até que isto seja feito, estaremos expostos a muitos perigos (vv.
25,26). É arriscado não procurarmos um acordo, e rapidamente, sob dois
aspectos:
(1) Um aspecto temporal. Se a ofensa que causamos ao nosso irmão, ao seu corpo,
aos seus bens ou à sua reputação, for tal que exija alguma ação na qual ele
possa recuperar danos consideráveis, é sábio de nossa parte, e é a nossa
obrigação para com a nossa família, evitar isto por meio de uma submissão
humilde e uma satisfação justa e pacífica, para que, de outra maneira, ele não
recupere os danos pela lei e não nos coloque numa prisão. Em um caso como este,
é melhor entrar em acordo, nas melhores condições que pudermos, do que
suportarmos alguma punição; pois é inútil disputar com a lei, e existe o perigo
de sermos esmagados por ela. Muitos arruínam as suas propriedades e os seus
bens persistindo obstinadamente nas ofensas que fizeram, que poderiam ter sido
resolvidas de modo pacífico, se cedessem em algo, rapidamente, no início do
problema. O conselho de Salomão no caso de responsabilidade é: “Vai,
humilha-te... e livra-te” (Pv 6.1-5). É bom chegar a um acordo, pois a pena da
lei é cara. Embora devamos ser misericordiosos com aqueles sobre os quais
estamos em vantagem, ainda assim devemos ser justos com aqueles que têm
vantagens sobre nós, desde que sejamos capazes. “Concilia-te depressa com o teu
adversário”, em outras palavras, para que ele não se exaspere com a sua
teimosia, e não se sinta provocado a insistir com as máximas exigências, e não
deixe de fazer o abatimento que a princípio teria feito. Uma prisão é um lugar
incômodo para aqueles que são levados a ela pelo seu próprio orgulho e
desperdício de oportunidade, pela sua própria teimosia e tolice.
(2) Um aspecto espiritual. “Vai reconciliar-te... com o teu irmão”, seja justo
com ele, seja amistoso com ele, porque enquanto continuar a disputa, assim como
você estará incapacitado para trazer a sua oferta ao altar, incapacitado para
participar da mesa do Senhor, também estará incapacitado para morrer. Se você
persistir neste pecado, existe o perigo de você ser repentinamente levado pela
ira de DEUS, de cujo julgamento você não poderá escapar nem se isentar. E se
você for o responsável por esta iniquidade, você estará perdido para sempre. O
inferno é uma prisão para todos aqueles que vivem e morrem na maldade e na
falta de amor, pois todos são contenciosos (Rm 2.8), e desta prisão não há
resgate, não há redenção, não há fuga, por toda a eternidade.
Isto se aplica à grande questão da nossa reconciliação com DEUS, por meio de
CRISTO: “Concilia-te depressa com [ele]... enquanto estás no caminho”. Observe
que:
[1] O grande DEUS é um adversário para todos os pecadores,
antidikos – um adversário legal; Ele tem uma controvérsia com eles, uma ação
contra eles.
[2] É nosso interesse estar de acordo com Ele, nos familiarizar com
Ele, para podermos estar em paz (Jó 22.21; 2 Co 5.20).
[3] É prudente fazermos isto rapidamente, enquanto estamos no
caminho. Enquanto estamos vivos, estamos no caminho; depois da morte, será
tarde demais para fazê-lo; portanto, não dê descanso aos seus olhos antes que
isto seja feito.
[4] Aqueles que continuam em uma situação de inimizade com DEUS
estão continuamente expostos à prisão da sua justiça, e aos exemplos mais
temíveis da sua ira. CRISTO é o Juiz, a quem os pecadores impenitentes serão
entregues. Pois todo o julgamento foi confiado ao Filho. Aqueles que o
rejeitarem como Salvador jamais poderão escapar dele como Juiz (Ap 6.16,17). É
atemorizante ser entregue, desta forma, ao Senhor JESUS, quando o Cordeiro se
tornará o Leão. Os anjos são os encarregados a quem CRISTO os entregará (Mt
13.41,42); os demônios também são um tipo de encarregados, tendo o poder de
serem os algozes da morte de todos os incrédulos (Hb 2.14). O inferno é a
prisão em que serão lançados todos aqueles que continuarem em um estado de
inimizade contra DEUS (2 Pe 2.4).
5] Os pecadores condenados continuarão ali por toda a eternidade;
eles não poderão partir porque jamais poderão pagar a dívida por seus pecados.
Mesmo passando a eternidade em tormentos, jamais conseguirão pagá-la
totalmente. A justiça divina só pode ser satisfeita através do sacrifício feito
pelo nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
COMENTÁRIOS - Comentário Bíblico Moody (COM ALGUMAS
MODIFICAÇÕES DO PR. HENRIQUE)
21-26. Primeira ilustração: homicídio. JESUS mostra como esse
cumprimento da Lei é mais profundo que uma simples conformidade exterior. Quem
matar destaca um desenvolvimento tradicional de Êx. 20:13, mas ainda trata do
ato de homicídio.
O julgamento. O tribunal civil judeu,
conforme baseado em Deut. 16:18 (veja também Josefo, Antig. iv. 8.14). Os
melhores manuscritos omitem "sem motivo" ainda que Efésios 4:26
indique a possibilidade de se inferir corretamente alguma restrição.
Insulto. (Raca na ERC.) Provavelmente "cabeça vazia"
(de uma palavra aramaica significando "vazio"). Tolo.
Considerando que esta série exige epítetos progressivamente mais graves, Raca
pode ser um desacato à cabeça do homem, e tolo, ao seu caráter (Exp GT, I,
107).
Inferno de fogo. Literalmente uma referência ao
vale de Hinon nos arredores de Jerusalém, onde o lixo, os restos e as carcaças
de animais abatidos eram queimados e também uma metáfora pitoresca do lugar do
tormento eterno. (A sua história horrível se encontra em Jr. 7:31, 32; II Cr.
28:3; 33:6; lI Reis 23:10). CRISTO localiza a raiz do homicídio no coração do
homem irado, e promete que no Seu reino o julgamento imediato será feito antes
que o homicídio seja cometido.
Ao altar. Indicação do disfarce judaico
deste discurso. Teu irmão tem alguma coisa contra ti, isto é, se você cometeu
uma injustiça contra o seu irmão. Vai primeiro reconciliar-te obriga o adorador
que está a caminho, a prestar satisfações ao ofendido para que a sua oferta
seja aceitável (confirma com Sl. 66:18).
Adversário. Um oponente da lei (confira com Lc.
12:58, 59). Considerando que o juízo está próximo, os ofensores deveriam se
apressar em ajustar contas. Enquanto não pagares. Provavelmente uma situação
literal no reino. Se, entretanto, a prisão é símbolo do inferno, a implícita
possibilidade de pagamento e soltura aplica-se apenas à parábola, não a sua
interpretação. A Escritura é clara ao declarar que aqueles que estão no inferno
ficarão lá para sempre (Mt. 25:41, 46), porque a sua dívida não pode ser paga.
COMENTÁRIOS - NVI (F. F. Bruce) (COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO PR.
HENRIQUE)
O ESPÍRITO dele habita em nós, temos sua interpretação escrita em
nosso coração. Acerca do homicídio (5.21-26)
Cf. 12.57ss. O princípio de que a ira e zombaria aos olhos de DEUS são tão más
quanto o homicídio ao qual podem facilmente conduzir era reconhecido pelos
rabinos, mas JESUS forneceu uma nota adicional de seriedade. Suas
palavras não são facilmente praticadas. A palavra julgamento deve ter o
mesmo sentido nos v. 21,22; provavelmente se refira à corte judaica local
de 23 membros. Depois, o tribunal (v. 22) deve ser o Sinédrio de
71 membros em Jerusalém, a corte suprema, v. 22. qualquer que disser
a seu irmão: Racá: raca, uma palavra aramaica, significa
“cabeça oca”, e é usada com frequência em escritos rabínicos
como um termo comum de insulto; mõre (Louco!) não é um termo grego, e
sim aramaico, e é equivalente a “sujeito ímpio”. JESUS quer dizer que
a corte local deveria julgar a ira tanto quanto o homicídio, enquanto o
fato de um homem negar o seu próprio respeito deveria ser uma causa para a
corte suprema. Negar a posição moral de um homem diante de DEUS é algo tão
sério que somente a corte celestial é competente para lidar com isso.
E verdade, cortes humanas raramente tratam dessas questões, mas isso não
vai impedir que a corte celestial realize a sua tarefa. Dar a outra pessoa um
motivo justo para nos acusar é algo tão sério que resolver
essa situação é mais importante do que a adoração e o culto (v. 23).
Afirmar que os v. 25,26 são uma referência ao relacionamento
da pessoa com DEUS é um exemplo de perversa ingenuidade alegórica.
v. 22. fogo do inferno (geennd): No AT, o lugar dos mortos, tanto bons quanto
maus, é chamado Sheol, traduzido por hades no NT. Com o
desenvolvimento da crença na ressurreição durante o período
inter-testamental, encontramos no livro de Enoque (c. 150-100 a.C.) o
conceito de “inferno” para os pecadores depois do juízo final. Isso em pouco
tempo ficou universalmente conhecido como Ge-Hinnom, abreviação de
Ge-ben-Hinnom, vale (do filho) de Hinnom — em grego ge(h)enna. Literalmente,
esse era o vale ao sul de Jerusalém, em que haviam
ocorrido sacrifícios de crianças durante o reinado de Acaz e
Manassés, e que desde o tempo de Josias havia se tornado o lugar em que o
lixo de Jerusalém era despejado e queimado. No final do século I
d.C., um grupo de fariseus considerou que Geena tinha um papel purificador
para pecadores menos sérios destinados para lá; no século II foi expandido
para ter o significado também de um tipo de purgatório antes do juízo
final (católicos romanos?). Estes últimos usos não são encontrados no NT.
COMENTÁRIO - da Bíblia Diário Vivir (ESP) (COM
ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO PR. HENRIQUE)
5.21, 22 Assassinar é um pecado terrível mas a cólera é um grande
pecado também porque viola o mandato de DEUS de amar. A ira, neste caso,
refere-se à amargura crescente contra alguém. É uma emoção perigosa que pode
levar a perda de domínio próprio, e pode conduzir à violência, ao dano
emocional, a uma tensão mental crescente e a outros resultados destrutivos. A
cólera impede que desenvolvamos um espírito agradável para DEUS. Alguma vez se
há sentido orgulhoso de não ter cometido o engano de dizer o que tinha na
mente? O domínio próprio é bom mas CRISTO quer que dominemos também nossos
pensamentos. JESUS disse que seremos julgados ainda por nossas atitudes.
5.23, 24 Qualquer ruptura de relações pode afetar nossa relação com DEUS. Se
tivermos um problema com um amigo, devemos resolvê-lo o antes possível. Somos
hipócritas se manifestamos ter boas relações com DEUS enquanto não as temos com
outra pessoa. Nossas relações com outros refletem nossa relação com DEUS (1Jo
4:20).
5.25, 26 Nos dias do JESUS, se alguém não podia pagar suas dívidas, ia ao
cárcere até que a dívida fora saldada. A menos que alguém pagasse a dívida, o
prisioneiro morria preso. É um conselho sábio resolver nossas diferenças com
nossos inimigos antes de que sua cólera cause mais problemas (Pro 25:8-10).
Seus desacordos pudessem não levá-lo até o tribunal, mas até os conflitos
pequenos se solucionam mais facilmente se tratarmos de arrumá-los
imediatamente. Em um sentido amplo, estes versículos nos aconselham nos arrumar
com nosso próximo antes de nos apresentar diante de DEUS.
COMENTÁRIO - CB TT W. W. Wiersbe - A JUSTIÇA EM AÇÃO NA VIDA DIÁRIA
(COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO PR. HENRIQUE) - (Mt 5:21-48)
JESUS selecionou seis leis importantes do Antigo Testamento e as
interpretou para o povo à luz da vida nova que veio oferecer. Fez uma
alteração fundamental sem, no entanto, mudar o padrão de DEUS: tratou das
atitudes e intenções do coração, não apenas das ações aparentes. Os
fariseus diziam que a justiça consistia em realizar determinadas ações. JESUS
diz que o cerne da justiça são as atitudes do coração.
O mesmo se aplica ao pecado: os fariseus tinham uma lista de ações
exteriores; consideradas pecado, mas JESUS explicou que o pecado
provém das atitudes do coração. A ira sem motivo é homicídio no coração; a
lascívia é adultério no coração. A pessoa que afirma "viver segundo o
sermão do monte" talvez não perceba que é mais difícil seguir
esses preceitos do que os Dez Mandamentos!
Homicídio (w. 21-26; Êx 20:13). Talvez uma em cada trinta e cinco mortes é por
assassinato, a maior parte delas é "crimes passionais" causados pela
ira descontrolada entre amigos e parentes. JESUS não diz que a
ira conduz ao homicídio, mas sim que a ira é uma forma de homicídio.
Existe uma ira santa contra o pecado (Ef 4:26), mas JESUS refere-se aqui a uma
ira pecaminosa contra as pessoas. A palavra que usa em Mateus 5:22
significa "ira cultivada, malignidade alimentada no ser interior".
JESUS descreve uma experiência pecaminosa constituída de vários
estágios. Primeiro, a manifestação de uma ira sem motivo. Depois, a
explosão dessa ira em palavras, que põe mais lenha na fogueira e, por
fim, leva à condenação: "Seu tolo, seu rebelde obstinado!"
A ira pecaminosa é insensata, pois nos faz destruir em vez de edificar. Tira
nossa liberdade e nos faz prisioneiros. Odiar alguém é cometer homicídio
no coração (1 Jo 3:15).
Isso não significa que devemos matar alguém de fato, uma vez que já o
fizemos intimamente. Por certo, os sentimentos pecaminosos não servem de
desculpa para ações pecaminosas. A ira pecaminosa rompe nossa comunhão com
DEUS e com os irmãos, mas não faz com que sejamos presos como assassinos.
No entanto, não foram poucos os que se tornaram homicidas por não
conseguir controlar seu furor.
A ira deve ser encarada honestamente e confessada diante de DEUS como
pecado. Devemos procurar a pessoa ofendida e colocar as coisas em ordem
sem demora. Quanto mais esperarmos, pior se torna a
escravidão! Quando recusamos a reconciliação, condenamo-nos a uma terrível
prisão. (Para mais conselhos a esse respeito, ver Mt 18:15-20.) Alguém
disse bem que a pessoa que se recusa a perdoar seu irmão está destruindo
a mesma ponte sobre a qual precisa andar.
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 4 - CPAD
SINÓPSE I - O Evangelho não é antinomista, isto é, ele tem normas,
regras e limites claros. O Evangelho também não é legalista, isto é, não está
preso a observâncias rigorosas de datas, dietas e outras práticas religiosas,
esperando algum favor divino.
SINÓPSE II - A cólera é o primeiro passo para a prática do
homicídio.
SINÓPSE III - Antes de ofertar, o seguidor de CRISTO deve reparar qualquer tipo
de desavença.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1
O que o Antinomismo alega?
“Alegam os antinomistas que, salvos pela fé em CRISTO JESUS, já estamos livres
da tutela de Moisés. Ignoram, porém, serem as ordenanças morais do Antigo
Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrustara
na alma de Adão. [...] Todo crente piedoso observa [as ordenanças morais da
Lei]; pois CRISTO não veio revogá-las; veio cumpri-las e sublimá-las.” Amplie
mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Teológico, editado pela CPAD, p.51.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
“A verdadeira batalha pela lei do Reino não está nas simples ações externas ou
efetuação de movimentos, pouco importando quão detalhados sejam; antes, a
batalha é ganha ou perdida no coração, onde reside a vontade. [...] A maioria
dos pecados é premeditada; requerem-se ações anteriores e às vezes drásticas
para evitar que a semente dê raiz e produza uma colheita amarga. Assim, os
remédios de JESUS parecerão extremos, mas a malignidade tem de ser isolada e
removida o quanto antes, para que haja a melhor chance de recuperação. A
prevenção é suprema.
[...] A proibição no versículo 21 não é a matança em geral, mas assassinato,
matança que é contrária à lei. JESUS intensifica a lei indo ao âmago da
questão: a vontade humana. O assassinato começa com a raiva; a pessoa tem de
lidar com a raiva a fim de evitar o assassinato” (ARRINGTON, French L;
STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, p.45).
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ TOP3
“[Mateus] 5.23,24 - Relações rompidas podem dificultar o nosso relacionamento
com DEUS. Se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um amigo, devemos
solucionar o problema o mais breve possível.
[Mateus] 5.25,26 - Na época de JESUS, uma pessoa que não pudesse pagar sua
dívida era lançada na prisão até que o pagamento fosse efetuado. A menos que
alguém pagasse a dívida por ela, provavelmente morreria ali. É um conselho
prático para solucionarmos as diferenças com os nossos inimigos, antes que a
ira deles venha a causar-nos maiores dificuldades (Pv 25.8-10). Você pode não
entrar em uma discordância que o leve aos tribunais, mas até os pequenos
conflitos podem ser mais facilmente resolvidos se as pazes forem feitas logo.
Em um sentido mais amplo, esses versículos nos aconselham a agir rapidamente,
procurando ter a paz com os nossos semelhantes, antes que sejamos obrigados a
apresentar-nos perante DEUS” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio Janeiro:
CPAD, 2004, p.1225).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Que ideia a palavra Antinomismo traz? A palavra traz a ideia de que os
cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento.
2. O que o Antinomismo rejeita? O antinomismo rejeita todo tipo de normas
morais, deixando a pessoa livre para pecar.
3. O Senhor JESUS anulou o sexto mandamento? JESUS não anulou o sexto
mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais
elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo
de homicídio no coração.
4. Qual o imperativo bíblico para a ira? O imperativo bíblico é que a ira não
pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).
5. Qual o ensinamento de nosso Senhor quanto à desavença?
Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução
para a desavença entre irmãos fora do tribunal. É preciso sanar as desavenças
entre nós e, assim, preservarmos o bom testemunho.
HINOS SUGERIDOS: 35, 42, 46 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição mostrará que o Evangelho do Senhor JESUS tem uma dimensão
moral muito bem delimitada. Nesse sentido, essa dimensão moral não abre margem
para que sentimentos hostis ao Evangelho façam parte da vida interior do
crente. Veremos que evitar a cólera é uma atitude sábia para evitar pecados
trágicos como o do homicídio.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor que o Evangelho não é Antinomista; II) Pontuar
que a cólera é o primeiro passo para o homicídio; III) Correlacionar o ato de
ofertar com a desavença.
B) Motivação: Muitas pessoas praticam ações trágicas por causa dos atos
precipitados e impensados. Se houvesse uma pausa, ou se desviasse o pensamento
por alguns instantes, o mal não ocorreria. As consequências da cólera, da ira
estão por todos os lados: trânsito, banco, filas de espera etc.
C) Sugestão de Método: Selecione cenas de agressividade no trânsito ou numa
fila. Apresente essas cenas em classe e solicite os alunos que as analise.
Pergunte-os se vale mesmo a pena desperdiçar energia com coisas que,
geralmente, uma boa e educada conversa resolveria. Contraste sempre essas cenas
com os valores opostos que a lição apresenta.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao final da aula, solicite aos alunos a realizarem uma
autoanálise. Como tem sido o comportamento no trânsito? Quantas vezes no dia
eles perceberam a presença do sentimento de ira ou da cólera? Eles têm
consciência de que esses sentimentos fazem mal a saúde emocional? Por que no
lugar dessas emoções ruins e pesadas, não cultivar sentimentos nobres da
Palavra de DEUS?
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na
edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final da dos tópicos, você encontrará auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula: 1) O auxílio localizado ao final do
segundo tópico traz um aprofundamento da questão tratada no tópico a respeito
do sentimento da raiva; 2) O texto que encontra-se ao final do terceiro tópico
é uma proposta que pode auxiliar você na aplicação da lição, pois ele revela as
dimensões práticas que o seguidor de JESUS deve observar na caminha
cristã.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
NA ÍNTEGRA – COMO NA REVISTA - LIÇÃO
8, CPAD, EMOÇÕES E SENTIMENTOS — A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR, 4TR25
Escrita Lição 8, CPAD, Emoções e sentimentos — A batalha do
equilíbrio interior, 4Tr25, Com. Extras
Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 4º Trimestre de 2025
Título: ESPÍRITO, Alma e Corpo — A restauração integral do ser
humano para chegar à estatura completa de CRISTO
Comentarista: Silas Queiroz
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. O HOMEM, UM SER AFETIVO
1. Propósitos do estudo
2. Afetividade: emoções e sentimentos
3. Principais afetos
4. Inveja, ira e ódio
II. EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE
1. Reação e decisão
2. Emoção e pecado
3. O aspecto positivo das emoções
II. SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS
1. A falsa autonomia humana
2. Obediência, humildade e oração
TEXTO ÁUREO
“E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.” (Fp 4.7).
VERDADE PRÁTICA
Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em DEUS,
único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 10.17-21 JESUS se alegrou no ESPÍRITO
Terça — Gn 4.21 A música é uma das formas de expressão
emocional
Quarta — Nm 12.3; 16.15 Moisés, embora muito manso, teve
momentos de ira
Quinta — Nm 20.10-12 O descontrole de Moisés lhe trouxe
grande prejuízo
Sexta — 2Sm 13.1,2,14,15 O coração humano é sujeito às
paixões perversas
Sábado — Fp 2.1,2 O ESPÍRITO comunica sentimentos comuns
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 4.4-7; Mateus 9.36; João
11.35,36.
Filipenses 4
4 — Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos.
5 — Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto
está o Senhor.
6 — Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas
petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela oração e súplicas, com
ação de graças.
7 — E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.
Mateus 9
36 — E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque
andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
João 11
35 — JESUS chorou.
36 — Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.
HINOS SUGERIDOS - 175, 182 e 299 da Harpa Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
No assunto desta lição, trataremos das emoções e sentimentos
à luz da Palavra de DEUS, compreendendo sua influência sobre nossas decisões e
atitudes. Em um tempo marcado por crises emocionais, esta é uma oportunidade
valiosa para ajudar seus alunos a reconhecerem a ação do ESPÍRITO SANTO como
fonte de equilíbrio interior. Que o ensino desta aula fortaleça a fé, traga
consolo e conduza todos a uma vida emocionalmente saudável e espiritualmente
madura.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar ao aluno a natureza
afetiva do ser humano, reconhecendo a diferença entre emoções e sentimentos e
sua relação com o pensamento e a vontade; II) Ensinar que, embora muitas
emoções sejam instintivas, é responsabilidade do cristão administrar suas
reações com base na Palavra de DEUS; III) Demonstrar que o verdadeiro controle
dos sentimentos não vem apenas de métodos humanos, mas da paz de DEUS, que
guarda os corações dos que creem.
B) Motivação: Temos uma excelente oportunidade de levar os
nossos alunos a compreenderem que emoções e sentimentos fazem parte da criação
de DEUS e devem ser submetidos à direção do ESPÍRITO SANTO. Em um mundo
emocionalmente instável, a Palavra de DEUS oferece equilíbrio, cura e paz
interior.
C) Sugestão de Método: Para reforçar o ensino do segundo
tópico, sugerimos que dê oportunidade aos alunos para compartilharem situações
em que experimentaram emoções fortes (como ira ou medo) e como reagiram a elas.
Utilize as passagens bíblicas de Efésios 4.26,27 e Colossenses 3.5-8 para
fundamentar a reflexão, enfatizando que a emoção em si nem sempre é pecado, mas
a forma como decidimos agir diante dela e se a cultivamos é que pode torná-la
pecaminosa. Aborde o perigo de justificar descontrole emocional com a frase “Eu
sou assim mesmo!” e a importância de permitir que a obra de CRISTO transforme o
coração.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição nos desafia a entregar as
nossas emoções e sentimentos a DEUS, lembrando que a verdadeira paz que excede
todo entendimento guardará nossos corações em CRISTO JESUS, permitindo que o ESPÍRITO
SANTO os domine e guie em toda a vida cristã. Assim, a vontade de DEUS é que
seus filhos tenham bem-estar na área emocional.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa
revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio
à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.40, você encontrará um
subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará
auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Emoções e
Sentimentos”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “O
Homem, um ser afetivo”; 2) O texto “Emoções e Sentimentos protegidos”, ao final
do segundo tópico, aprofunda o assunto “Emoções: Experiência e Controle”.
Palavras-Chave: EMOÇÕES e SENTIMENTOS
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
O homem é,
essencialmente, um ser pensante, afetivo, volitivo (vontade) e livre: pensa,
sente, deseja e age. Na lição anterior estudamos a respeito dos pensamentos.
Vimos como eles podem influenciar os sentimentos e a vontade, e refletir em
nossas decisões. Nesta lição abordaremos a parte afetiva do ser humano,
buscando definir e diferenciar emoções e sentimentos e compreender sua
importância na experiência humana e espiritual.
I. O HOMEM, UM
SER AFETIVO
1. Propósitos
do estudo
Há um evidente
e preocupante agravamento da crise de saúde mental em todo o mundo, inclusive
no Brasil. Transtornos depressivos e de ansiedade são os que mais crescem. Como
já ressaltado, uma compreensão correta do ser humano, à luz da Palavra de DEUS,
é fundamental para uma vida integralmente equilibrada. Isso inclui entender (1)
o que são emoções e sentimentos e como podem e devem ser geridos, (2) qual a
conexão existente entre o que pensamos e o que sentimos e (3) qual a relação
desses fenômenos com a vontade e as decisões humanas: Pensar, sentir, desejar e
agir. Nada em nós deve estar fora do propósito de amar a DEUS, servi-lo e
adorá-lo (Sl 103.1; Mc 12.30).
2. Afetividade:
emoções e sentimentos
De forma
simples, a afetividade é a nossa capacidade de sentir e demonstrar emoções e
sentimentos. Esses processos envolvem tanto o nosso corpo quanto a alma (Sl
31.9), e também o espírito (Jo 13.21; Lc 1.47). A Bíblia nos mostra que somos
seres completos — corpo, alma e espírito — e que nossas emoções e sentimentos
fazem parte da nossa natureza, criada por DEUS. Podemos entender melhor assim:
a) Emoções: são reações rápidas e geralmente acontecem sem a gente pensar, como
por exemplo, quando sentimos medo ou alegria de repente; b) Sentimentos: por
outro lado, são mais duradouros, eles nascem das emoções, mas permanecem por
mais tempo e são percebidos de forma mais consciente, como por exemplo, quando
sentimos gratidão ou solidão.
A principal
diferença é que a emoção passa rápido, tem pouca duração e é intensa; o
sentimento é menos intenso, mas pode perdurar bastante tempo (Mt 26.38; Gn
47.9; Rm 9.2). Como servos de DEUS, precisamos aprender a lidar com nossas
emoções e sentimentos, buscando equilíbrio através da Palavra de DEUS e da ação
do ESPÍRITO SANTO em nossa vida.
3. Principais
afetos
Alegria, medo,
raiva, surpresa, nojo e tristeza são as seis emoções básicas. Quando ocorrem,
provocam alterações corporais, como coração acelerado, respiração ofegante,
tensão muscular, secura na boca e náuseas. Adão expressou alegria ao acordar e
contemplar Eva (Gn 2.23), emoção que se tornou um sentimento igualmente
prazeroso durante a feliz convivência que tiveram, plena de cumplicidade (Gn
2.25). Depois do pecado, experimentaram vergonha e medo, duas emoções negativas
ou desagradáveis. Dentre as reações externas imediatas ocorreram a percepção da
nudez, cobrir o corpo e se esconder de DEUS (Gn 3.7-10). Tristeza e dor se
tornaram sentimentos constantes na vida do primeiro casal (Gn 3.16-18). A
tragédia da expulsão do Éden certamente lhes causou profunda frustração e
angústia (Gn 3.23).
4. Inveja, ira
e ódio
Em Caim também
se observa a presença de emoção e sentimento. Sua ira em relação a Abel ficou
estampada em seu rosto, um claro exemplo de reação fisiológica (Gn 4.6). Mesmo
advertido por DEUS, permitiu que a emoção se transformasse em um sentimento de
ódio e matou o irmão (Gn 4.8). Outros sentimentos negativos, como culpa e medo,
o acompanhariam por toda a vida (Gn 4.10-14).
SINOPSE I - A
afetividade humana, que inclui emoções e sentimentos, é uma capacidade criada
por DEUS, de sentir e demonstrar afetos.
AUXÍLIO DE VIDA
CRISTÃ - “EMOÇÕES E SENTIMENTOS
Um dos grandes
desafios dos tempos atuais é cultivar a harmonia e o equilíbrio das emoções e
dos sentimentos, pois é na desarmonia delas que se encontra a origem da maioria
das enfermidades emocionais. [...] Todo o aparelho social em que estamos
inseridos em contato com nossas emoções, gera uma tensão. Nessa tensão, ocorre
a anulação do pensamento, do processamento do intelecto, acabando por exacerbar
as emoções; então, elas acabam assumindo o comando. Assim, um dos maiores
desafios para nossas emoções e sentimentos tem a ver com cultivar sentimentos e
virtudes que a Palavra de DEUS denomina como Fruto do ESPÍRITO. Não se trata de
uma obra meramente humana, mas desenvolvida pelo ESPÍRITO SANTO de DEUS em nós
(Gl 5.22).” (OLIVEIRA, Marcelo. Alcance um Futuro Feliz e Seguro. 1ª
Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.41).
II. EMOÇÕES:
EXPERIÊNCIA E CONTROLE
1. Reação e
decisão
Como reações
instintivas, muitas emoções estão fora do controle humano. Em casos assim, não
constituem um pecado em si mesmas. Mas é responsabilidade nossa decidir como
agir diante de uma reação emocional. A frase do apóstolo Paulo “Irai-vos e não
pequeis” (Ef 4.26) expõe essa verdade. Paulo aconselha os efésios controlarem a
ira e não deixarem que os dominem, tornando-se um sentimento pecaminoso.
Permanecer irado é dar lugar ao Diabo e abrir caminho para terríveis pecados
(Ef 4.27). A ira, portanto, é uma experiência emocional que deve ser repelida e
jamais cultivada. Em Efésios 4.31 Paulo diz que devemos nos livrar de toda
amargura, ira e cólera. Assim, admite-se a ira como emoção, mas não como
sentimento. O verdadeiro cristão não pode alimentar emoções ruins, como a ira
(Cl 3.5-8). Dizer “Eu sou assim mesmo!” para justificar arroubos emocionais e
permanecer neles é negar a eficácia da obra de CRISTO (Rm 8.13; 2Co 5.17).
2. Emoção e
pecado
O fato de uma
emoção ser instintiva não retira, de forma absoluta, seu caráter pecaminoso.
Raiva, inveja, tristeza e outras emoções reiteradas podem ser expressões de
pecados enraizados no coração. Uma pessoa orgulhosa, por exemplo, é muito
suscetível a reações emocionais negativas, como ira, rejeição e outros
comportamentos hostis às pessoas com quem convive. Nabal era um personagem
assim: soberbo, mal-humorado e ingrato (1Sm 25.10,11). Sua insensatez lhe
custou a vida (1Sm 25.36-38). Um coração altivo é muito propenso a emoções
negativas e sentimentos facciosos (Pv 13.10; 21.24). Como Davi, devemos rogar a
DEUS que nos livre da soberba, para que ela não nos domine e leve a
transgressões (Sl 19.13).
3. O aspecto
positivo das emoções
Mesmo
desagradáveis, certas emoções nos trazem muitos benefícios. O medo é um
exemplo. Quando sentimos esta emoção, o cérebro inicia um processo instantâneo
de descarga de adrenalina, hormônio que põe o corpo em imediato movimento para
luta ou fuga. Serve, portanto, como um ativador de nosso mecanismo de defesa.
Sem essa emoção o corpo ficaria inerte, sem ação, totalmente vulnerável. Nossos
afetos, portanto, podem ser direcionados para o bem ou para o mal. Foi tomado
de uma justa indignação que JESUS expulsou os vendilhões do templo (Mt 21.12).
Muitas outras emoções o Mestre expressou durante sua vida e ministério (Mt
9.36; Jo 11.35,36; Mc 3.5).
SINOPSE II -
Embora as emoções não sejam pecaminosas em si, a decisão de como agir diante
delas é nossa responsabilidade para não dar lugar ao pecado.
AUXÍLIO DE VIDA
CRISTÃ - “EMOÇÕES E SENTIMENTOS PROTEGIDOS
As
emoções e os sentimentos cumprem um papel muito importante em nossa vida em
sociedade. Quando se desequilibram, toda a nossa vida também se desequilibra.
Quando isso acontece, o medo vira pânico; a tristeza vira depressão; a ira vira
cólera — resumindo: o pecado jaz em nossa porta (Gn 4.6,7). Do ponto de vista
bíblico, a melhor forma de equilibrar e proteger nossas emoções, bem como
nossos sentimentos, é tendo as virtudes do ESPÍRITO cuja porta de entrada é o
amor (1Co 13.13; Gl 5.22,23). Trata-se do sentimento mais virtuoso da Bíblia. O
fruto do ESPÍRITO é o antídoto celestial para ordenar nossas emoções. Aqui, a
respeito da questão de lidar com nossas emoções, o domínio próprio — ou
temperança — é uma virtude especialíssima para nosso equilíbrio. [...] Por que
a ênfase na temperança como uma virtude importante? Porque essa virtude ordena
nossas emoções. Quando essa virtude está presente em nossa vida, cuidamos para
não sermos escravizados por emoção ou paixão. [...] Assim, um coração temperado
é um coração protegido.” (OLIVEIRA, Marcelo. Alcance um Futuro Feliz e
Seguro. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.42).
III.
SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS
1. A falsa
autonomia humana
Como em tantas
outras áreas da vida, no aspecto das emoções e dos sentimentos muitos têm
preferido acreditar em sua própria capacidade. O mercado está cheio de
conteúdos sobre inteligência emocional e gestão emocional. São diversas as
técnicas com as quais se promete o reconhecimento, a compreensão e o controle
não somente das próprias emoções, mas também das dos outros. Não podemos negar
alguma eficácia de métodos coerentes de ajuda ao ser humano nesse tão complexo
processo. Todavia, é enganoso e perigoso acreditar no fantástico controle que
alguns “mestres” das emoções prometem. Não raro se surpreendem com seus
próprios fracassos, na inglória empreitada de serem emocionalmente invencíveis
(Jr 17.5,9).
2. Obediência, humildade e oração
Em Filipenses
4.7 Paulo se refere ao processo sobrenatural de guarda de nossos corações e
sentimentos, que ocorre através da paz de DEUS, que excede todo o entendimento.
Mas isso somente acontece quando vivemos em abnegação, obediência e humildade,
no modelo de CRISTO (Fp 2.3-8). O apóstolo exorta os crentes de Filipos a terem
o mesmo amor, o mesmo ânimo e o mesmo sentimento, renunciando os interesses
pessoais (2.2-4). Quando há esta disposição interior e uma permanente confiança
no cuidado divino, demonstrada através de orações e súplicas e um coração
agradecido, cumpre-se o que o apóstolo Paulo anuncia no versículo 7: a paz de DEUS
guarda nossos corações e sentimentos em CRISTO JESUS (Fp 4.7).
SINOPSE III - A
verdadeira guarda dos nossos corações e sentimentos vem da paz de DEUS,
alcançada através da obediência, humildade e oração, em CRISTO JESUS.
CONCLUSÃO
Não somos nós,
com nossa própria capacidade, que dominaremos nossas emoções e sentimentos, mas
sim o próprio DEUS, se vivermos em humildade e fé, sob o domínio do ESPÍRITO
(Gl 5.22).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é afetividade?
De forma simples, a afetividade é a nossa capacidade de sentir e
demonstrar emoções e sentimentos.
2. Qual a diferença básica entre emoção e sentimento?
a) Emoções: são reações rápidas e geralmente acontecem sem a gente
pensar, como por exemplo, quando sentimos medo ou alegria de repente; b)
Sentimentos: por outro lado, são mais duradouros, eles nascem das emoções, mas
permanecem por mais tempo e são percebidos de forma mais consciente, como por
exemplo, quando sentimos gratidão ou solidão.
3. Quais são as seis emoções básicas?
Alegria, medo, raiva, surpresa, nojo e tristeza são as seis emoções
básicas.
4. Quais as reações fisiológicas mais comuns de uma
emoção?
Coração acelerado, respiração ofegante, tensão muscular, secura na
boca e náuseas.
5. Como ter os sentimentos guardados por DEUS?
Em Filipenses 4.7 Paulo se refere ao processo sobrenatural de
guarda de nossos corações e sentimentos, que ocorre através da paz de DEUS, que
excede todo o entendimento. Mas isso somente acontece quando vivemos em
abnegação, obediência e humildade, no modelo de CRISTO (Fp 2.3-8).
SUBSÍDIOS - ENSINADOR CRISTÃO - CPAD
EMOÇÕES E SENTIMENTOS — A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR
Muitas decisões e reflexões são influenciadas por aquilo que
pensamos e temos vontade (Pv 4.23). Mas há também um aspecto da constituição
humana que influencia diretamente nossas decisões, bem como nosso
comportamento. Estamos falando da emoção, a parte afetiva do ser humano, que é
diretamente impactada em função da nossa experiência diária. Lidar com as
emoções não é uma tarefa fácil. Em razão disso, é comum encontrar uma
diversidade de conteúdos sobre este tema na internet. A busca demasiada por
orientações sobre saúde emocional é reflexo de uma sociedade doente
emocionalmente. É crescente o número de pessoas com depressão, transtornos de
ansiedade e fobias, resultados do estilo de vida acelerado e consumista.
Excesso de exposição a telas, uso excessivo de redes sociais e as exigências de
uma sociedade onde as pessoas se sentem na obrigação de mostrar boa aparência
ou sustentar uma imagem de perfeição têm levado muitos a sucumbir
emocionalmente.
Diante desse cenário, a igreja precisa aprender a lidar com a saúde
emocional. Como servos de DEUS, as Escrituras são nossa fonte de conhecimento e
orientação para lidarmos com as escolhas da vida (Fp 4.7). Para compreender
melhor esse tema, pastor Gil Dias aborda o papel da inteligência, faculdade
dada por DEUS, que se direciona em diferentes áreas. Conforme explica em seu
livro Um Alerta Contra a Ansiedade (CPAD), “o psicólogo e consultor
corporativo Richard Griffiths define a inteligência espiritual como: ‘Uma
dimensão mais complexa de inteligência que ativa as qualidades e capacidades do
verdadeiro ‘self’, na forma de sabedoria, compaixão, integridade, alegria,
amor, criatividade e paz. É um senso de significado e propósito, que pode ser
combinado com o desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais’. A
definição de Griffith parte da ideia de que existem três dimensões ou tipos de
inteligência: 1. Inteligência racional: refere-se à capacidade de resolução de
problemas e ao pensamento lógico. Representada pelo Quociente de Inteligência
(QI); 2. Inteligência emocional: capacidade de reconhecer e lidar com as
próprias emoções, além de responder adequadamente às emoções das outras
pessoas. Representada pelo Quociente Emocional (QE); 3. Inteligência espiritual:
capacidade de dar propósito às ações e dar significado à vida. Representada
pelo Quociente Espiritual (QE). As dimensões não estão isoladas umas das outras
no cérebro humano, mas estão interligadas entre si. Uma não existe sem a
outra”. (2025, pp.42,43). O aprendizado contínuo dessas três inteligências é
indispensável para lidarmos melhor com as emoções e encontrarmos o equilíbrio
interior.
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015


















