Escrita Lição 10, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 10, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel

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 TEXTO ÁUREO
“E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.”  (Rm 11.26)

  

VERDADE PRÁTICA
A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.

 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 28.13-15 DEUS não deixará Israel até que se cumpra tudo o que disse a Jacó
Terça - Jr 31.17 A restauração de Israel é uma promessa de DEUS
Quarta - Ez 37.21,22 Primeiro vem a restauração nacional, o que já aconteceu, e depois a espiritual
Quinta - Zc 12.10 Esse é o dia em que Israel reconhecerá o Senhor JESUS como o seu Messias
Sexta - Lc 1.32,33 Essa promessa anunciada pelo anjo Gabriel ainda não se cumpriu
Sábado - Hb 8.8-11 A Nova Aliança envolve Israel e o mundo



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 37.1-14
1 - Veio sobre mim a mão do SENHOR; e o SENHOR me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 - e me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos. 3 - E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor JEOVÁ, tu o sabes. 4 - Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5 - Assim diz o Senhor JEOVÁ a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. 6 - E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR. 7 - Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. 8 - E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. 9 - E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor JEO VÁ: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 - E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo. 11 - Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados. 12 - Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. 13 - E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo meu. 14 - E porei em vós o meu ESPÍRITO, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o SENHOR, disse isso e o fiz, diz o SENHOR.



Hinos Sugeridos: 15, 39, 526 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Restauração

 

 

Resumo da Lição 10, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel

I - SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS
1. Os ossos secos (vv. 1,2).

2. O Significado.

3. As promessas de DEUS.

II - SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES
1. As diásporas de Israel e Judá.

2. Renasce Israel.

3. Restauração nacional (vv.6-8).

III - SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX
1. O testemunho de DEUS para o mundo.

2. O status de Jerusalém entre as nações.

3. Restauração espiritual.

 

 

 

 

 COMENTÁRIOS EXTRAS

 

BEP - CPAD

37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do ESPÍRITO SANTO, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: (1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8), e (2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas duas etapas.
37.10 O ESPÍRITO ENTROU NELES, E VIVERAM. A restauração de Israel à vida nos faz lembrar a criação do homem conforme relata Gn 2.7. Adão foi primeiro formado fisicamente, e a seguir, DEUS lhe deu o fôlego da vida . Semelhantemente, a nação morta de Israel deveria primeiramente ser restaurada fisicamente, e depois, DEUS daria aos israelitas o fôlego de vida (i.e., derramaria sobre eles o seu ESPÍRITO).
37.12-14 À TERRA DE ISRAEL. A visão dos ossos vivificados teria seu cumprimento na restauração de Israel, não somente material, mas também espiritual. Essa restauração teve seu início no tempo de Ciro (cf. Ed 1), mas só terá pleno cumprimento quando DEUS congregar os israelitas na sua terra, nos tempos do fim, numa ocasião de grande despertamento espiritual. Muitos judeus crerão em JESUS CRISTO e o aceitarão como seu Messias antes de Ele voltar para estabelecer o seu reino (cf. Rm 11.15,25,26)

 

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ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO (BEP - CPAD)


Rm 9.6 “Não que a palavra de DEUS haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”.


INTRODUÇÃO.

Em Rm 9-11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de DEUS a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.

 


SÍNTESE. Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano divino da salvação.


O primeiro (9.6-29) é um exame da eleição de Israel no passado.

(a) Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de DEUS a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa.

(b) Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que DEUS tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação, se Ele assim decidir.
O segundo elemento (9.30—10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro de não voltar-se para CRISTO, não se deve a um decreto incondicional de DEUS, mas à sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3).
Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em CRISTO. O argumento dele contém vários passos.

(a) DEUS não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele permaneceu fiel ao “remanescente” que permanece fiel a Ele, aceitando a CRISTO (11.1-6).

(b) No presente, DEUS endureceu a maior parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a CRISTO (11.7-10; cf. 9.31—10.21).

(c) DEUS transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de CRISTO) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12, 15).

(d) Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em JESUS CRISTO (11.13-24).

(e) A fé em JESUS CRISTO, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).

(f) O propósito sincero de DEUS é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que crêem em CRISTO (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24).


PERSPECTIVA. Várias coisas se destacam nestes três capítulos.
Esse exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte. Pelo contrário, Paulo está tratando do modo como DEUS lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.e., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.e., quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: DEUS tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.
Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de DEUS para o povo judaico (cf. 10.21; ver Lc 19.41, sobre JESUS chorando por causa de Israel ter rejeitado o caminho divino da salvação). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.


O mais relevante neste assunto é o tema da fé.

O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de DEUS, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em CRISTO (9.33; 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de DEUS, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a DEUS pela fé e se tornaram “filhos do DEUS vivo” (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a fé (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de DEUS.
A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de DEUS são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no dia em que Paulo a escreveu.

As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de CRISTO (ver Is 11.10-12; 24.17-23; 49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm 11.26; Ap 12.6).

 

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Lição 09, A Visão do Vale de Ossos Secos - 1° Trimestre de 2022 - EBD – Betel

 

TEXTO ÁUREO

“E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes.” Ezequiel 37.3

VERDADE APLICADA

A genuína restauração espiritual produz fidelidade e comprometimento com a Palavra de DEUS e um viver para a glória de DEUS.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - EZEQUIEL 37

1- Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2- E me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos. 4- Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. 5- Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. 10- E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Explicar que o plano divino inclui restauração.

Ressaltar que DEUS pode fazer mais do que pensamos.

Mostrar os resultados da restauração divina.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Jó 42.2 DEUS é poderoso para cumprir Sua Palavra.

TERÇA / Mt 7.24-27 É preciso ouvir e praticar as palavras de JESUS.

QUARTA / Lc 1.37 Para DEUS nada é impossível.

QUINTA / Gl 4.4 A plenitude dos tempos.

SEXTA / Ef 1.6, 12 Salvos para louvor e glória da graça de DEUS

SÁBADO / Ef 2.11-19 Em CRISTO, fazemos parte do povo de DEUS.

 

HINOS SUGERIDOS 212, 340, 526

 

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore por cura emocional e graça do Senhor.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– O plano divino inclui restauração

2– O poder de DEUS para fazer mais do que pensamos

3– Resultados da restauração

Conclusão

 

INTRODUÇÃO

Essa visão revela que DEUS é poderoso para levar adiante Seu propósito de ter um povo que viva de acordo com a Sua vontade, para testemunho a todas as nações e a glória do Seu Nome.

 

PONTO DE PARTIDA

O plano de DEUS inclui a restauração do homem.

 

1- O PLANO DIVINO INCLUI RESTAURAÇÃO

É provável que Ezequiel 37 seja um dos mais lidos e usados em pregações, dentre os quarenta e oito capítulos desse livro profético. Além de tantas mensagens denunciando o pecado do povo e o juízo divino, agora o profeta recebe uma mensagem que aponta para o plano divino de restauração. Assim tem sido desde o início da história da humanidade e sua relação com DEUS: pecado, juízo, chamada ao arrependimento e promessa de restauração.

1.1. Ações divinas para restauração. Como visto nas lições anteriores, DEUS revelava o Seu propósito em restaurar o povo de Israel, enquanto anunciava Seu descontentamento com os pecados cometidos e as consequências de o povo ter se afastado dEle [Ez 11.16-20; 14.11; 16.60-63; 17.22-24]. Assim, o estudo de Ezequiel 37 é importante que seja realizado dentro deste contexto, principalmente da mensagem expressa no capítulo 36.16-38, que enfatiza maiores detalhes das diversas ações divinas visando a restauração do Seu povo, dentre outras: trará de volta o povo das nações para a sua terra; purificará das imundícias; dará um coração novo; dará o Seu ESPÍRITO.

Subsídio do Professor: Alguns comentaristas consideram os capítulos 33-39 como “profecias de restauração” ou “a esperança de restauração”. Lawrence Richards: “Somente treze anos após a destruição de Jerusalém foi que Ezequiel assumiu seu ministério de profeta da esperança. O cativeiro não era definitivo. O remanescente certamente retornaria para sua terra. A seu tempo e à sua maneira, DEUS cumpriria as promessas que fizera a Abraão e a Davi.”

1.2. Uma visão da situação espiritual. Mais uma vez DEUS revela ao profeta a situação espiritual do povo (ao longo do livro, isto foi feito por intermédio de várias mensagens metafóricas), agora por intermédio de uma visão de grande impacto: numerosos ossos “sequíssimos” espalhados em um vale [Ez 37.1-2]. Esta visão, como outros textos bíblicos, desperta a nossa mente quanto à relevância da Palavra de DEUS para termos uma consciência mais ampla e profunda acerca da gravidade da situação humana, quando permanece afastada do relacionamento com DEUS, de acordo com a vontade do Senhor – Gênesis 3.9-24 (o desenvolvimento do texto revela a gravidade do pecado de Adão e Eva); Isaías 1.5-6 (uma forte figura de linguagem para retratar a depravação); Apocalipse 3.17 (notar a diferença entre a percepção da igreja e a avaliação divina).

Subsídio do Professor: Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: “A grande quantidade de ossos descrita aqui implica que era o cenário de uma grande catástrofe. A descrição de um grande número de cadáveres que haviam sido privados de um enterro digno remete a muitas cenas de batalha encontradas nos primeiros períodos da história mesopotâmica e egípcia. (…) Uma maldição típica do antigo Oriente Próximo era que o cadáver da vítima amaldiçoada ficasse exposto às intempéries e aos elementos da natureza.”

1.3. Profeta – instrumento de DEUS. Desde o início o plano de DEUS inclui o ser humano, não apenas como alvo de Seu amor e graça salvadora, como, também, sendo instrumento do Senhor para levar adiante Seu propósito de formar um povo para a Sua glória [At 13.14]. Logo no texto de Gênesis 3.15, que contém a primeira promessa que aponta para a vinda do Messias [Gl 4.4], encontramos DEUS revelando que seria através de um ser humano que o Verbo viria e habitaria entre nós [Jo 1.14]. Assim, vemos Ezequiel sendo colocado “no meio de um vale que estava cheio de ossos” e andando ao redor dos mesmos [Ez 37.1-2]. Podemos imaginar o profeta pensando naquela experiência, considerando que era sacerdote e estava proibido de ter contato com “alguma coisa imunda de cadáver” [Lv 22.4]. Porém, foi o Senhor quem o levou, assim como Pedro à casa de Cornélio [At 10]. Os mesmos que são alcançados pela salvação também, vocacionados para anunciá-la [1Pe 2.9-10].

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Shedd: “O objetivo do ato de profetizar é, invariavelmente, fazer alguém escutar a palavra de DEUS [Ez 37.4]. “A fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de CRISTO” [Rm 10.17]. A palavra traduzida por “pregação” é “ouvir”, no original. Fazer alguém ouvir a palavra produz a fé que justifica para a vida eterna [Rm 5.1], e também põe o ouvinte em contato com o ESPÍRITO SANTO, com Sua obra tríplice de inspirar as palavras da Bíblia, converter o homem a CRISTO e santificar o convertido, inculcando-lhe no íntimo o pleno sentido da palavra.”

EU ENSINEI QUE:

O plano de DEUS inclui a restauração do ser humano, e, também, Seu propósito de formar um povo para a Sua glória.

 

2- O PODER DE DEUS PARA FAZER MAIS DO QUE PENSAMOS

Quantas vezes na história humana a manifestação do poder de DEUS e o resultado produzido surpreenderam e superaram as maiores expectativas? DEUS falou a Jeremias: “seria qualquer coisa maravilhosa para mim?” [Jr 32.27]. O anjo disse a Maria que “para DEUS nada é impossível” [Lc 1.37]. Agora, DEUS estava revelando a Ezequiel que o Seu poder é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano [Jó 42.2].

2.1. Há esperança? Após DEUS ter revelado a Ezequiel o real estado espiritual do povo, como abordado nos tópicos 1.2 e 1.3, agora pergunta: “poderão viver estes ossos?” [Ez 37.3]. O próprio povo exilado dizia que os seus ossos estavam secos, sem esperança e aniquilados [Ez 37.11]. Porém, a manifestação do poder de DEUS surpreende tanto aqueles que não têm esperança, como aqueles que têm esperança, porém somente para um futuro distante, como Marta [Jo 11.24]. Ele “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” [Ef 3.20]. Dentre tantas lições a serem extraídas de Ezequiel 37.3, uma pode ser: não permitamos que situações que estejam além do controle humano, ou de sua capacidade de compreender, abafem a fé no poder de DEUS e na Sua Palavra.

Subsídio do Professor: Bíblia Vida Nova – Ezequiel 37.11: “Aqui vem a aplicação imediata da mensagem: os prisioneiros israelitas, sem nenhuma força política, haveriam de formar uma nação; sem nenhuma força moral, iam vencer a idolatria e formar uma religião pura. Isto se faria não por força, nem por poder, porém pelo ESPÍRITO do próprio DEUS [Zc 4.6].”

2.2. O anúncio da Palavra de DEUS. A ordem de DEUS para Ezequiel foi: “dize-lhes: …ouvi a palavra do Senhor” [Ez 37.4]. F. F. Bruce comentou: “A congregação menos promissora a que qualquer pregador já tenha pregado; mas a ideia encontra eco nas palavras do nosso Senhor em João 5.25: “os mortos ouvirão a voz do Filho de DEUS, e aqueles que a ouvirem, viverão””. Em nosso tempo tão repleto de desafios, a ordem é a mesma: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” e “faze a obra de um evangelista” [2Tm 4.2, 5]. Prossigamos no poder do ESPÍRITO SANTO.

Subsídio do Professor: Ênio Mueller sobre 1 Pedro 1.23: “Este poder e o novo nascimento que ele opera são mediados pela palavra de DEUS. Isaías 55.10-11 fala da eficácia da palavra divina, que, enviada à terra, cumpre o propósito que lhe foi destinado. Este “envio” da Palavra é comparado ao envio da chuva que rega a terra, fazendo nela brotar a semente. (…) A Palavra de DEUS tem tal poder porque também ela é “de fora”, não limitada pelas limitações normais deste mundo”. Vide Tiago 1.18 – “nos gerou pela palavra da verdade”.

2.3. Ação do ESPÍRITO SANTO. Muito significativo o fato de Ezequiel 37 apresentar um cenário tão desolador – ossos sequíssimos e, a seguir, descrever uma tremenda mudança a partir da ação conjunta da Palavra de DEUS e do ESPÍRITO SANTO. Tal descrição lembra outro momento na história: “terra sem forma e vazia…trevas…abismo”, mas o “ESPÍRITO de DEUS se movia”. Após este cenário, vem a Palavra de DEUS: “E disse DEUS” [Gn 1.2-3]. Ou seja, o ESPÍRITO estava em movimento, pronto para proporcionar vida a partir da Palavra pronunciada, operando assim, junto com ela.

Subsídio do Professor: Wilf Hildebrandt, em sua obra “Teologia do ESPÍRITO de DEUS no Antigo Testamento”, aborda o fato de ser nítido que em todo o AT a ação do ESPÍRITO nos diversos momentos da história de Israel é bem presente. Um dos livros proféticos onde há ênfase na obra do ESPÍRITO é Ezequiel. Israel estava no cativeiro, pois não tinha conseguido guardar e observar a Palavra de DEUS. Então, DEUS promete operar uma mudança tal que o povo receberá um novo coração, um novo espírito e, ainda, porá sobre eles o Seu ESPÍRITO [Ez 36.26-27], não apenas aos profetas, sacerdotes e líderes, mas sobre todo o povo. Esta promessa é reforçada em Ezequiel 37 com a visão do vale de ossos. A restauração virá pela participação conjunta da Palavra pronunciada e do ESPÍRITO de DEUS.

EU ENSINEI QUE:

O poder de DEUS é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano.

 

3- RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

A obra de restauração inclui vivificação para um novo viver. DEUS disse que abriria as sepulturas e faria o Seu povo sair delas para passar a vivenciar um novo tempo que incluía uma nova vida. Esta nova vida inclui o aspecto da comunidade (viver como povo de DEUS); um viver de acordo com a vontade de DEUS; “concerto perpétuo”; testemunho a todas as nações.

3.1. Um viver como povo de DEUS. Em vários versículos há expressões indicando “povo de DEUS” em Ezequiel 36 e 37 [Ez 36.28; 37.12-13, 23, 27]. DEUS não desistiu de ter “um povo para o seu nome” [At 15.14; Êx 6.7]. Não apenas os judeus, mas DEUS está chamando pessoas de todas as nações para fazer parte do Seu povo. Outros textos do Novo Testamento revelam este propósito de DEUS [1Pe 2.9-10; Ap 21.3]. Em CRISTO JESUS, passamos a fazer parte do povo de DEUS [Ef 2.11-19]. Tal verdade – ser povo de DEUS – envolve algumas verdades, como: exclusividade, comprometimento e propósito.

Subsídio do Professor: Simon Kistemaker – Apocalipse 21.3: “A voz chama a atenção para a união de DEUS e seu povo, expressa na imagem do tabernáculo no Antigo Testamento. João alude a uma conhecida passagem em que DEUS, falando sobre uma aliança eterna com o seu povo, diz: “porei o meu santuário no meio deles para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo” [Ez 37.26-27]. Essa passagem é um fio de ouro que está entretecido na Escritura do início ao fim [Gn 17.7; Êx 6.7; Lv 26.12; Ez 11.20; Zc 2.10-11; 2Co 6.16; Ap 21.3, 7]. É o fio do eterno amor de DEUS pelo povo da aliança.”

3.2. Um viver de acordo com a Palavra de DEUS. O profeta anunciou que o povo restaurado seria fiel às leis e aos princípios divinos e zeloso em praticar os Seus estatutos [Ez 37.24]. Não se trata de uma nova revelação quanto à vontade de DEUS para o Seu povo. Após a libertação do Egito e antes de entrar na Terra Prometida, o povo foi exortado a viver de acordo com a Palavra de DEUS [Lv 18.1-5]. JESUS também falou sobre a relevância de ouvir e praticar as Suas palavras [Mt 7.24-27; 12.50]. Por isso a restauração envolvia um novo coração e a habitação do ESPÍRITO SANTO [Ez 36.26-27].

Subsídio do Professor: Taylor sobre Ezequiel 36.26-27: “A implantação do ESPÍRITO de DEUS dentro deles transformará seus motivos e lhes capacitará a viver de acordo com os estatutos e os juízos de DEUS (27). Jeremias, em passagem semelhante da sua profecia, sobre a qual Ezequiel parece estar baseado [Jr 31.31-34], não faz referência ao dom do ESPÍRITO, mas sua referência a imprimir “as minhas leis” na sua mente, e a inscrevê-las “no coração” claramente produz os mesmos resultados”. Afinal, a Palavra de DEUS é o padrão de conduta do Seu povo.

3.3. Um viver para a glória de DEUS. A restauração também aponta para testemunho a todas as nações acerca de DEUS [Ez 36.21-23; 37.28]. Bíblia Missionária de Estudo: “Assim como a escolha de Israel foi por amor [Dt 7.6-11] e pela honra de seu nome, a restauração também se dá por zelo ao seu santo nome [Ez 36.16-21]. A missão da Igreja visa acima de tudo a proclamação e a manifestação da glória de DEUS”. Nosso testemunho perante esta geração passa por sermos “sal da terra” e “luz do mundo” para que o Pai seja glorificado [Mt 7.13-16]. Devemos ser frutíferos para que o Pai seja glorificado [Jo 15.8]. Fomos salvos para “louvor e glória da sua graça” [Ef 1.6, 12].

Subsídio do Professor: David F. Payne sobre Isaías 60.21: “O v. 21 revela a razão de as promessas do capítulo terem esperado tanto pelo cumprimento; as bênçãos materiais precisam ser acompanhadas de retidão interior, para que haja a manifestação da glória de DEUS”. Também os que são recebidos como filhos de DEUS por meio de CRISTO JESUS [Ef 1.5-6], “devem demonstrar a natureza da graça do Pai e, dessa maneira, glorifica-lo [Ef 5.1; Mt 5.45; Lc 6.35]”, como escreveu Francis Foulkes.

 

EU ENSINEI QUE:

Os resultados da restauração são: um viver como povo de DEUS; um viver de acordo com a Palavra de DEUS; e um viver para a glória de DEUS.

 

CONCLUSÃO

DEUS cumpre Seu plano por intermédio da proclamação do Evangelho e da ação do ESPÍRITO SANTO, restaurando vidas e capacitando-as a viver de acordo com a vontade de DEUS e testemunhar acerca da salvação, para que o Senhor seja glorificado.

 

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Subsídios CPAD - Revista Digital

 

Lição 10 - A RESTAURAÇÃO NACIONAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL

A lição desta semana tem como tema central a restauração de Israel enquanto nação, bem como a restauração da sua condição espiritual diante de DEUS. O juízo divino, profetizado por Ezequiel, veio sobre Judá. A nação entrou em colapso e se iniciou um processo de sofrimento tão doloroso por conta dos seus pecados que a cauterização de entendimento deu lugar a uma completa desesperança. O povo de DEUS que havia sido levado em cativeiro perdeu completamente a expectativa de que o Senhor poderia trazer restauração à nação. É importante observar que, na visão do profeta, o vale de osso secos se refere não apenas a Judá, mas também a Israel. Por esse motivo, a maioria dos oráculos de Ezequiel considera o Reino do Sul como Casa de Israel. Isso significa que, assim como o castigo divino veio sobre os dois reinos (Israel e Judá) a partir de seus respectivos cativeiros (Cativeiro de Israel – 722 a.C.; Cativeiro de Judá – 586 a.C.), a restauração viria também num tempo em que os dois reinos seriam unificados. Isso já aconteceu, pois, a partir de 1948, Israel tornou-se novamente Estado independente, reconhecido pela ONU. O Senhor anunciou aos seus profetas (Zc 12.10; Ez 37.23-28) um novo tempo espiritual para Israel. De acordo com a profecia de Ezequiel 37.17-28, haverá apenas um único povo que jamais será dividido em duas nações, e eles terão um único pastor e andarão nos juízos do Senhor (v. 24). Essa profecia diz respeito ao tempo em que Israel, finalmente, aceitará o Senhor JESUS como seu Messias Prometido. Nesse tempo, o Senhor restaurará completamente a condição espiritual de Israel, e a morte, representada metaforicamente pelo vale de ossos secos, nunca mais fará parte da história do Seu povo. Muitas profecias anunciadas pelos profetas Ezequiel, Daniel, Zacarias e Sofonias apontam para um reino espiritual, regido pelo Messias, ainda neste mundo. Stanley Horton, na obra O Ensino Bíblico das Últimas Coisas, editada pela CPAD, ressalta que “essas profecias só podem ter um cumprimento completo num Reino estabelecido sobre esta terra, e não numa nova terra, como afirmam alguns. CRISTO será o mediador do Reino de DEUS no mundo, pois Ele tem de reinar (1 Co 15.25) [...]. Isto é uma descrição clara de uma nação de verdade e indica situações que se darão no Milênio, e não na nova terra e na Nova Jerusalém” (1998, p. 182). A promessa de DEUS é perfeita e se concretizará no momento certo. A Igreja deve se preparar, pois não estará à margem, mas fará parte do advento que se cumprirá sobre Israel.

 

 

 

 SUBSÍDIOS DA Lição 10, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel - CPAD

 PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃOA visão a respeito do vale de ossos secos é uma das visões mais conhecidas do livro de Ezequiel. Essa imagem traz uma mensagem de restauração nacional e espiritual do povo de Israel. Na presente lição, apresentaremos o significado bíblico da visão do vale dos ossos secos. Também veremos a dispersão dos judeus entre as nações ao longo da história. E, finalmente, constataremos o milagre do século XX representado no povo de Israel. É inegável que DEUS operou por ele.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: Apresentar o significado da visão do vale dos ossos secos; II) Explicar a dispersão dos judeus entre as nações; III) Constatar o milagre do século XX.
B) Motivação: A visão de Ezequiel é uma declaração do poder majestoso de DEUS. Seu poder majestoso se revela no sentido de DEUS estar disposto a recriar, ou seja, estabelecer novamente o seu povo na terra. Ele continua a recriar novas histórias hoje.
C) Sugestão de Método: Finalmente, chegamos na sétima lei do ensino: a lei da recapitulação e da aplicação. Essa lei pode ser sintetizada assim: "a conclusão, a prova e a confirmação do ensino devem ser feitas por meio de revisões". Para aplicar essa lei você pode: 1) Pedir aos alunos que identifique algo que tocou suas vidas; 2) Com base no que aprenderam, peça aos alunos que mencionem três ações específicas que precisam tomar; 3) Peça aos alunos que mencionem uma maneira em que a vida será diferente para eles após a aula.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Apresente uma lição espiritual para a sua classe. A partir da visão do vale dos ossos secos, podemos ensinar o que está patente no ensino do Novo Testamento: o Senhor JESUS restaura as vidas dos pecadores que se arrependem.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSORA) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Interpretação do Vale de Ossos Secos" aprofunda o assunto a respeito do significado da profecia do capítulo 37 do livro de Ezequiel; 2) O texto "Duas restaurações" amplia a perspectiva do renascimento da nação da Israel.

 

 

SINÓPSE I - A restauração de Israel é necessária porque se trata de uma promessa divina.
SINÓPSE II - Israel experimentou duas diásporas, ou seja, duas dispersões. A primeira aconteceu com os assírios e babilônios; a segunda, com os romanos.
SINÓPSE III - O renascimento de Israel como nação soberana é um dos maiores milagres do século XX. Isso é uma prova da fidelidade de DEUS e da veracidade da Bíblia.


AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP1

A Interpretação do Vale de Ossos Secos

“Em todo o Antigo Testamento, a junção do novo concerto com a terra renovada está mais bem explicada em Ezequiel 37. O profeta conta a visão que teve de um vale cheio de ossos secos, os ossos secos de pessoas mortas há muito tempo. O Senhor lhe disse que informasse estes ossos que o ESPÍRITO de DEUS entrará neles e os reavivará de volta à vida. Quando isso acontece, Ezequiel fica espantosamente admirado e, em um instante, os esqueletos se enchem de carne e tendões e um ser vivo – de fato, um exército – se põe de pé. A interpretação é dada. Estes ossos são Israel, morto em pecado e no exílio. O reavivamento é o ato gracioso de DEUS reavivar o povo e estabelecê-lo de volta na Terra Prometida. Este é um povo, Israel e Judá, pois não será apenas Judá que voltará do exílio babilônico (Ez 37.15-17). Quer dizer, este é o Israel escatológico, a nação reunida desde os confins da terra nos últimos tempos (v.21). O povo de Israel se tornará um povo na terra e terá somente um rei, o descente de Davi (v.24). Nunca mais os israelitas cairão na desobediência idólatra, porque são um povo limpo que para sempre permanecerá assim” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.410).

 


AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP2Duas restaurações

“Por meio do ESPÍRITO SANTO, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam ‘toda a casa de Israel’ (v.11), i. e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv.4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: (1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv.7,8), e (2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv.9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv.11-14). Não há menção da duração do tempo entre duas etapas” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1223).

 


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a visão do vale de ossos secos anuncia? Essa revelação é uma profecia que anuncia de antemão a restauração nacional de Israel, depois de muitos séculos de dispersão entre as nações, seguida pela restauração espiritual.

2. O que a palavra profética esclarece sobre a visão de Ezequiel? A palavra profética esclarece que “estes ossos são toda a casa de Israel” (Ez 37.11).

3. Quando iniciou e terminou a Segunda Diáspora? A Segunda Diáspora começou no ano 70 d.C. com a destruição de Jerusalém pelos romanos e terminou com a fundação do Estado de Israel em 1947/1948.

4. Desde quando Israel voltou a ser um Estado soberano? Israel é um Estado soberano desde 1948, uma nação reconhecida pelas Nações Unidas, depois de mais de 18 séculos de diáspora.

5. Quando será a restauração espiritual de Israel? Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28).


LEITURAS PARA APROFUNDAR - Em Defesa de Israel; O Calendário da Profecia

 

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Revista CPAD na Íntegra

Lição 10, CPAD, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel

  

TEXTO ÁUREO
“E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.”  (Rm 11.26)

 

VERDADE PRÁTICA
A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 37.1-14


1 - Veio sobre mim a mão do SENHOR; e o SENHOR me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 - e me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos. 3 - E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor JEOVÁ, tu o sabes. 4 - Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5 - Assim diz o Senhor JEOVÁ a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. 6 - E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR. 7 - Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. 8 - E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. 9 - E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 - E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo. 11 - Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados. 12 - Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. 13 - E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo meu. 14 - E porei em vós o meu ESPÍRITO, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o SENHOR, disse isso e o fiz, diz o SENHOR.

 

 

Revista CPAD na Íntegra - Lição 10, A Restauração Nacional E Espiritual De Israel

 

INTRODUÇÃO
A lição de hoje é um estudo sobre a restauração nacional e espiritual de Israel. A visão que Ezequiel teve do vale de ossos secos descreve, numa linguagem metafórica, como Israel voltará a ser uma nação soberana reconhecida na comunidade internacional, ou seja, a palavra profética contempla uma restauração completa: política e espiritual.


I - SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1. Os ossos secos (vv. 1,2).

O profeta não diz como exatamente DEUS o levou ao vale, mas a expressão “e o SENHOR me levou em espírito” (v.1) se refere à maneira de como DEUS lhe entregou esses oráculos, ou seja, por meio de visão, como já havia acontecido antes (Ez 1.1; 8.3; 11.24). Ele foi conduzido em visão e colocado no meio de um vale cheio de ossos secos, que estavam sequíssimos. Essa revelação é uma profecia que anuncia, de antemão, a restauração nacional de Israel depois de muitos séculos de dispersão entre as nações, seguida pela restauração espiritual.


2. O Significado.

Nos versículos 11-14, DEUS explica a Ezequiel o significado da visão. A palavra profética esclarece que “estes ossos são toda a casa de Israel” (v.11). Muitos dos dispersos haviam perdido a esperança e se sentiam totalmente destruídos: “Os nossos ossos secaram”, expressão que significa ruína definitiva, “e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados”. O discurso não diz quando os oráculos foram entregues ao profeta, mas, com base no versículo 11, podemos afirmar que isso aconteceu logo que Ezequiel recebeu a notícia da destruição de Jerusalém e do Templo (Ez 33.21). Se esse pensamento puder ser confirmado, isso significa que a dispersão já estava concluída (2 Rs 25.10,11; 2 Cr 36.20).


3. As promessas de DEUS.

O mesmo DEUS que fez as feridas Ele mesmo as ligará (Os 6.1). O mesmo DEUS que advertiu o povo, ainda nos dias de Moisés, da diáspora em caso de desobediência aos mandamentos de Javé (Lv 26.33-37; Dt 28.25,36,37), prometeu trazê-lo de volta (Jr 31.17; Ez 11.17). A dispersão de Israel entre as nações é identificada com o vale de ossos secos da visão de Ezequiel. Essa visão serviu para aumentar a esperança do povo durante os séculos de perseguições entre as nações na diáspora. A visão vislumbra a restauração nacional e em seguida a espiritual.


II - SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1. As diásporas de Israel e Judá.

A Primeira Diáspora começou em 605 a.C. quando o rei Nabucodonosor subordinou Jeoaquim, rei de Judá, aos babilônios (2 Rs 24.1,2; Dn 1.1,2). O cativeiro assírio de 722 a.C. faz parte da primeira dispersão (2 Rs 17.23). Mesmo com o fim do cativeiro de Judá por meio do decreto de Ciro, rei da Pérsia, em 538 a.C. (2 Cr 36.20-22; Ed 1.1,2), a maioria dos judeus jamais retornou à terra de Israel. Desde então, eles continuaram por toda parte. Nos tempos do Novo Testamento havia comunidades judaicas nos grandes centros urbanos no vasto império romano. Então, a profecia de Ezequiel se refere a uma diáspora posterior.


2. Renasce Israel.

O retorno dos judeus, a que se refere a profecia, diz respeito à segunda diáspora anunciada de antemão pelo Senhor JESUS (Lc 21.24). Essa dispersão judaica durou mais de 1.800 anos, sendo iniciada no ano 70 d.C. por ocasião da destruição de Jerusalém pelos romanos, e foi concluída com a fundação do Estado de Israel em 27 de novembro de 1947, na primeira Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro, Osvaldo Aranha, quando foi pronunciada por grande maioria de votos (33 x 14) a favor da Partilha da Palestina, com 10 abstenções. Estavam criadas as bases legais para o estabelecimento do Estado de Israel. O dia 14 de maio de 1948 foi a data da publicação do primeiro diário oficial do país, o dia em que as tropas britânicas deixaram o país e Ben Gurion, o primeiro chefe do Estado, como ministro de Israel, assumiu o governo do país. Desde então, Israel se torna uma nação soberana.


3. Restauração nacional (vv.6-8).

Primeiro, a restauração nacional, isto é, quando todos os ossos se juntaram e formaram os nervos, e as carnes recobriram esses ossos, estava, pois, o corpo pronto – a restauração de Israel, em um só dia, e depois das “dores de parto” (Is 66.8). Essa profecia é geralmente interpretada como o sofrimento do povo judeu no período nazista que terminou com o renascimento de Israel. A fundação do Estado de Israel é cumprimento da promessa do retorno (Ez 36.24; 37.21; Am 9.14,15).


III - SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1. O testemunho de DEUS para o mundo.

Israel é uma testemunha contínua de DEUS sobre a Terra. As potências estrangeiras que levaram os filhos de Israel à diáspora, diz o profeta Jeremias, vão desaparecer da Terra. Isso se cumpre hoje (Jr 30.11), mas a promessa garante a existência de Israel até o fim de tudo. Israel está aí, os ossos secos já reviveram, o corpo foi formado “mas não havia neles espírito”, diz a palavra profética (v.8). É isso que falta hoje em Israel.


2. O status de Jerusalém entre as nações.

As potências estrangeiras pressionam o governo de Israel sobre o status de Jerusalém, entre outras coisas. Israel é um Estado soberano desde 1948, uma nação reconhecida pelas Nações Unidas, depois de mais de 18 séculos de diáspora, mas está ainda sob pressão internacional. Jerusalém continua sendo pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem, como anunciou o Senhor JESUS (Lc 21.24).


3. Restauração espiritual.

Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28). A palavra profética vislumbra essa promessa (v.14). É o que falta no momento em Israel. Devemos amar o povo de Israel e orar pela paz de Jerusalém (Sl 122.6).


CONCLUSÃO
Nem mesmo as duas diásporas dos judeus e as constantes perseguições promovidas pelos antissemitas puderam neutralizar as promessas divinas. Israel sobreviveu a todas as intempéries da vida e existe como nação soberana desde 1948. A visão do vale de ossos secos revela a situação dos judeus na diáspora e, ao mesmo tempo, anuncia, de antemão, o poder e a misericórdia de DEUS em restaurar o seu povo Israel e transformá-lo em uma nação soberana e poderosa no meio da Terra.

 

COMENTÁRIOS EXTRAS

 

Lição 09: A Visão do Vale de Ossos Secos | 1° Trimestre de 2022 | EBD – Betel

 

TEXTO ÁUREO

“E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes.” Ezequiel 37.3

VERDADE APLICADA

A genuína restauração espiritual produz fidelidade e comprometimento com a Palavra de DEUS e um viver para a glória de DEUS.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EZEQUIEL 37
1- Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos,
2- E me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos.
4- Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
5- Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.
10- E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Explicar que o plano divino inclui restauração.
Ressaltar que DEUS pode fazer mais do que pensamos.
Mostrar os resultados da restauração divina.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Jó 42.2 DEUS é poderoso para cumprir Sua Palavra.
TERÇA / Mt 7.24-27 É preciso ouvir e praticar as palavras de Jesus.
QUARTA / Lc 1.37 Para DEUS nada é impossível.
QUINTA / Gl 4.4 A plenitude dos tempos.
SEXTA / Ef 1.6, 12 Salvos para louvor e glória da graça de DEUS
SÁBADO / Ef 2.11-19 Em Cristo, fazemos parte do povo de DEUS.

 

HINOS SUGERIDOS 212, 340, 526

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore por cura emocional e graça do Senhor.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– O plano divino inclui restauração
2– O poder de DEUS para fazer mais do que pensamos
3– Resultados da restauração
Conclusão

INTRODUÇÃO

Essa visão revela que DEUS é poderoso para levar adiante Seu propósito de ter um povo que viva de acordo com a Sua vontade, para testemunho a todas as nações e a glória do Seu Nome.

PONTO DE PARTIDA

O plano de DEUS inclui a restauração do homem.

1- O PLANO DIVINO INCLUI RESTAURAÇÃO

É provável que Ezequiel 37 seja um dos mais lidos e usados em pregações, dentre os quarenta e oito capítulos desse livro profético. Além de tantas mensagens denunciando o pecado do povo e o juízo divino, agora o profeta recebe uma mensagem que aponta para o plano divino de restauração. Assim tem sido desde o início da história da humanidade e sua relação com DEUS: pecado, juízo, chamada ao arrependimento e promessa de restauração.

1.1. Ações divinas para restauração. Como visto nas lições anteriores, DEUS revelava o Seu propósito em restaurar o povo de Israel, enquanto anunciava Seu descontentamento com os pecados cometidos e as consequências de o povo ter se afastado dEle [Ez 11.16-20; 14.11; 16.60-63; 17.22-24]. Assim, o estudo de Ezequiel 37 é importante que seja realizado dentro deste contexto, principalmente da mensagem expressa no capítulo 36.16-38, que enfatiza maiores detalhes das diversas ações divinas visando a restauração do Seu povo, dentre outras: trará de volta o povo das nações para a sua terra; purificará das imundícias; dará um coração novo; dará o Seu Espírito.

Subsídio do Professor: Alguns comentaristas consideram os capítulos 33-39 como “profecias de restauração” ou “a esperança de restauração”. Lawrence Richards: “Somente treze anos após a destruição de Jerusalém foi que Ezequiel assumiu seu ministério de profeta da esperança. O cativeiro não era definitivo. O remanescente certamente retornaria para sua terra. A seu tempo e à sua maneira, DEUS cumpriria as promessas que fizera a Abraão e a Davi.”

1.2. Uma visão da situação espiritual. Mais uma vez DEUS revela ao profeta a situação espiritual do povo (ao longo do livro, isto foi feito por intermédio de várias mensagens metafóricas), agora por intermédio de uma visão de grande impacto: numerosos ossos “sequíssimos” espalhados em um vale [Ez 37.1-2]. Esta visão, como outros textos bíblicos, desperta a nossa mente quanto à relevância da Palavra de DEUS para termos uma consciência mais ampla e profunda acerca da gravidade da situação humana, quando permanece afastada do relacionamento com DEUS, de acordo com a vontade do Senhor – Gênesis 3.9-24 (o desenvolvimento do texto revela a gravidade do pecado de Adão e Eva); Isaías 1.5-6 (uma forte figura de linguagem para retratar a depravação); Apocalipse 3.17 (notar a diferença entre a percepção da igreja e a avaliação divina).

Subsídio do Professor: Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: “A grande quantidade de ossos descrita aqui implica que era o cenário de uma grande catástrofe. A descrição de um grande número de cadáveres que haviam sido privados de um enterro digno remete a muitas cenas de batalha encontradas nos primeiros períodos da história mesopotâmica e egípcia. (…) Uma maldição típica do antigo Oriente Próximo era que o cadáver da vítima amaldiçoada ficasse exposto às intempéries e aos elementos da natureza.”

1.3. Profeta – instrumento de DEUS. Desde o início o plano de DEUS inclui o ser humano, não apenas como alvo de Seu amor e graça salvadora, como, também, sendo instrumento do Senhor para levar adiante Seu propósito de formar um povo para a Sua glória [At 13.14]. Logo no texto de Gênesis 3.15, que contém a primeira promessa que aponta para a vinda do Messias [Gl 4.4], encontramos DEUS revelando que seria através de um ser humano que o Verbo viria e habitaria entre nós [Jo 1.14]. Assim, vemos Ezequiel sendo colocado “no meio de um vale que estava cheio de ossos” e andando ao redor dos mesmos [Ez 37.1-2]. Podemos imaginar o profeta pensando naquela experiência, considerando que era sacerdote e estava proibido de ter contato com “alguma coisa imunda de cadáver” [Lv 22.4]. Porém, foi o Senhor quem o levou, assim como Pedro à casa de Cornélio [At 10]. Os mesmos que são alcançados pela salvação também, vocacionados para anunciá-la [1Pe 2.9-10].

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Shedd: “O objetivo do ato de profetizar é, invariavelmente, fazer alguém escutar a palavra de DEUS [Ez 37.4]. “A fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” [Rm 10.17]. A palavra traduzida por “pregação” é “ouvir”, no original. Fazer alguém ouvir a palavra produz a fé que justifica para a vida eterna [Rm 5.1], e também põe o ouvinte em contato com o Espírito Santo, com Sua obra tríplice de inspirar as palavras da Bíblia, converter o homem a Cristo e santificar o convertido, inculcando-lhe no íntimo o pleno sentido da palavra.”

EU ENSINEI QUE:

O plano de DEUS inclui a restauração do ser humano, e, também, Seu propósito de formar um povo para a Sua glória.

2- O PODER DE DEUS PARA FAZER MAIS DO QUE PENSAMOS

Quantas vezes na história humana a manifestação do poder de DEUS e o resultado produzido surpreenderam e superaram as maiores expectativas? DEUS falou a Jeremias: “seria qualquer coisa maravilhosa para mim?” [Jr 32.27]. O anjo disse a Maria que “para DEUS nada é impossível” [Lc 1.37]. Agora, DEUS estava revelando a Ezequiel que o Seu poder é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano [Jó 42.2].

2.1. Há esperança? Após DEUS ter revelado a Ezequiel o real estado espiritual do povo, como abordado nos tópicos 1.2 e 1.3, agora pergunta: “poderão viver estes ossos?” [Ez 37.3]. O próprio povo exilado dizia que os seus ossos estavam secos, sem esperança e aniquilados [Ez 37.11]. Porém, a manifestação do poder de DEUS surpreende tanto aqueles que não têm esperança, como aqueles que têm esperança, porém somente para um futuro distante, como Marta [Jo 11.24]. Ele “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” [Ef 3.20]. Dentre tantas lições a serem extraídas de Ezequiel 37.3, uma pode ser: não permitamos que situações que estejam além do controle humano, ou de sua capacidade de compreender, abafem a fé no poder de DEUS e na Sua Palavra.

Subsídio do Professor: Bíblia Vida Nova – Ezequiel 37.11: “Aqui vem a aplicação imediata da mensagem: os prisioneiros israelitas, sem nenhuma força política, haveriam de formar uma nação; sem nenhuma força moral, iam vencer a idolatria e formar uma religião pura. Isto se faria não por força, nem por poder, porém pelo Espírito do próprio DEUS [Zc 4.6].”

2.2. O anúncio da Palavra de DEUS. A ordem de DEUS para Ezequiel foi: “dize-lhes: …ouvi a palavra do Senhor” [Ez 37.4]. F. F. Bruce comentou: “A congregação menos promissora a que qualquer pregador já tenha pregado; mas a ideia encontra eco nas palavras do nosso Senhor em João 5.25: “os mortos ouvirão a voz do Filho de DEUS, e aqueles que a ouvirem, viverão””. Em nosso tempo tão repleto de desafios, a ordem é a mesma: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” e “faze a obra de um evangelista” [2Tm 4.2, 5]. Prossigamos no poder do Espírito Santo.

Subsídio do Professor: Ênio Mueller sobre 1 Pedro 1.23: “Este poder e o novo nascimento que ele opera são mediados pela palavra de DEUS. Isaías 55.10-11 fala da eficácia da palavra divina, que, enviada à terra, cumpre o propósito que lhe foi destinado. Este “envio” da Palavra é comparado ao envio da chuva que rega a terra, fazendo nela brotar a semente. (…) A Palavra de DEUS tem tal poder porque também ela é “de fora”, não limitada pelas limitações normais deste mundo”. Vide Tiago 1.18 – “nos gerou pela palavra da verdade”.

2.3. Ação do Espírito Santo. Muito significativo o fato de Ezequiel 37 apresentar um cenário tão desolador – ossos sequíssimos e, a seguir, descrever uma tremenda mudança a partir da ação conjunta da Palavra de DEUS e do Espírito Santo. Tal descrição lembra outro momento na história: “terra sem forma e vazia…trevas…abismo”, mas o “Espírito de DEUS se movia”. Após este cenário, vem a Palavra de DEUS: “E disse DEUS” [Gn 1.2-3]. Ou seja, o Espírito estava em movimento, pronto para proporcionar vida a partir da Palavra pronunciada, operando assim, junto com ela.

Subsídio do Professor: Wilf Hildebrandt, em sua obra “Teologia do Espírito de DEUS no Antigo Testamento”, aborda o fato de ser nítido que em todo o AT a ação do Espírito nos diversos momentos da história de Israel é bem presente. Um dos livros proféticos onde há ênfase na obra do Espírito é Ezequiel. Israel estava no cativeiro, pois não tinha conseguido guardar e observar a Palavra de DEUS. Então, DEUS promete operar uma mudança tal que o povo receberá um novo coração, um novo espírito e, ainda, porá sobre eles o Seu Espírito [Ez 36.26-27], não apenas aos profetas, sacerdotes e líderes, mas sobre todo o povo. Esta promessa é reforçada em Ezequiel 37 com a visão do vale de ossos. A restauração virá pela participação conjunta da Palavra pronunciada e do Espírito de DEUS.

EU ENSINEI QUE:

O poder de DEUS é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano.

3- RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

A obra de restauração inclui vivificação para um novo viver. DEUS disse que abriria as sepulturas e faria o Seu povo sair delas para passar a vivenciar um novo tempo que incluía uma nova vida. Esta nova vida inclui o aspecto da comunidade (viver como povo de DEUS); um viver de acordo com a vontade de DEUS; “concerto perpétuo”; testemunho a todas as nações.

3.1. Um viver como povo de DEUS. Em vários versículos há expressões indicando “povo de DEUS” em Ezequiel 36 e 37 [Ez 36.28; 37.12-13, 23, 27]. DEUS não desistiu de ter “um povo para o seu nome” [At 15.14; Êx 6.7]. Não apenas os judeus, mas DEUS está chamando pessoas de todas as nações para fazer parte do Seu povo. Outros textos do Novo Testamento revelam este propósito de DEUS [1Pe 2.9-10; Ap 21.3]. Em Cristo Jesus, passamos a fazer parte do povo de DEUS [Ef 2.11-19]. Tal verdade – ser povo de DEUS – envolve algumas verdades, como: exclusividade, comprometimento e propósito.

Subsídio do Professor: Simon Kistemaker – Apocalipse 21.3: “A voz chama a atenção para a união de DEUS e seu povo, expressa na imagem do tabernáculo no Antigo Testamento. João alude a uma conhecida passagem em que DEUS, falando sobre uma aliança eterna com o seu povo, diz: “porei o meu santuário no meio deles para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo” [Ez 37.26-27]. Essa passagem é um fio de ouro que está entretecido na Escritura do início ao fim [Gn 17.7; Êx 6.7; Lv 26.12; Ez 11.20; Zc 2.10-11; 2Co 6.16; Ap 21.3, 7]. É o fio do eterno amor de DEUS pelo povo da aliança.”

3.2. Um viver de acordo com a Palavra de DEUS. O profeta anunciou que o povo restaurado seria fiel às leis e aos princípios divinos e zeloso em praticar os Seus estatutos [Ez 37.24]. Não se trata de uma nova revelação quanto à vontade de DEUS para o Seu povo. Após a libertação do Egito e antes de entrar na Terra Prometida, o povo foi exortado a viver de acordo com a Palavra de DEUS [Lv 18.1-5]. Jesus também falou sobre a relevância de ouvir e praticar as Suas palavras [Mt 7.24-27; 12.50]. Por isso a restauração envolvia um novo coração e a habitação do Espírito Santo [Ez 36.26-27].

Subsídio do Professor: Taylor sobre Ezequiel 36.26-27: “A implantação do Espírito de DEUS dentro deles transformará seus motivos e lhes capacitará a viver de acordo com os estatutos e os juízos de DEUS (27). Jeremias, em passagem semelhante da sua profecia, sobre a qual Ezequiel parece estar baseado [Jr 31.31-34], não faz referência ao dom do Espírito, mas sua referência a imprimir “as minhas leis” na sua mente, e a inscrevê-las “no coração” claramente produz os mesmos resultados”. Afinal, a Palavra de DEUS é o padrão de conduta do Seu povo.

3.3. Um viver para a glória de DEUS. A restauração também aponta para testemunho a todas as nações acerca de DEUS [Ez 36.21-23; 37.28]. Bíblia Missionária de Estudo: “Assim como a escolha de Israel foi por amor [Dt 7.6-11] e pela honra de seu nome, a restauração também se dá por zelo ao seu santo nome [Ez 36.16-21]. A missão da Igreja visa acima de tudo a proclamação e a manifestação da glória de DEUS”. Nosso testemunho perante esta geração passa por sermos “sal da terra” e “luz do mundo” para que o Pai seja glorificado [Mt 7.13-16]. Devemos ser frutíferos para que o Pai seja glorificado [Jo 15.8]. Fomos salvos para “louvor e glória da sua graça” [Ef 1.6, 12].

Subsídio do Professor: David F. Payne sobre Isaías 60.21: “O v. 21 revela a razão de as promessas do capítulo terem esperado tanto pelo cumprimento; as bênçãos materiais precisam ser acompanhadas de retidão interior, para que haja a manifestação da glória de DEUS”. Também os que são recebidos como filhos de DEUS por meio de Cristo Jesus [Ef 1.5-6], “devem demonstrar a natureza da graça do Pai e, dessa maneira, glorifica-lo [Ef 5.1; Mt 5.45; Lc 6.35]”, como escreveu Francis Foulkes.

EU ENSINEI QUE:

Os resultados da restauração são: um viver como povo de DEUS; um viver de acordo com a Palavra de DEUS; e um viver para a glória de DEUS.

CONCLUSÃO

DEUS cumpre Seu plano por intermédio da proclamação do Evangelho e da ação do Espírito Santo, restaurando vidas e capacitando-as a viver de acordo com a vontade de DEUS e testemunhar acerca da salvação, para que o Senhor seja glorificado.

 

BEP - CPAD

37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do Espírito Santo, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel

como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: (1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8), e (2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas duas etapas.

37.10 O ESPÍRITO ENTROU NELES, E VIVERAM. A restauração de Israel à vida nos faz lembrar a criação do homem conforme relata Gn 2.7. Adão foi primeiro formado fisicamente, e a seguir, DEUS lhe deu o fôlego da vida . Semelhantemente, a nação morta de Israel deveria primeiramente ser restaurada fisicamente, e depois, DEUS daria aos israelitas o fôlego de vida (i.e., derramaria sobre eles o seu Espírito).

37.12-14 À TERRA DE ISRAEL. A visão dos ossos vivificados teria seu cumprimento na restauração de Israel, não somente material, mas também espiritual. Essa restauração teve seu início no tempo de Ciro (cf. Ed 1), mas só terá pleno cumprimento quando DEUS congregar os israelitas na sua terra, nos tempos do fim, numa ocasião de grande despertamento espiritual. Muitos judeus crerão em Jesus Cristo e o aceitarão como seu Messias antes de Ele voltar para estabelecer o seu reino (cf. Rm 11.15,25,26).