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21 abril 2025
Escrita Lição 5, Betel, Compaixão, atitude de quem ama a DEUS, 2Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 5, Betel, Compaixão, atitude de quem ama a DEUS,
2Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel | 2° Trimestre De 2025 | Tema, MORDOMIA CRISTÃ – A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que DEUS nos Confiou | Escola Bíblica Dominical
Vídeo https://youtu.be/5uyhMJrT5LI?si=oc3RLxLL5e0SP1x3
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/escrita-licao-5-betel-compaixao-atitude.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/slides-licao-5-betel-compaixao-atitude.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-5-betel-compaixao-atitude-de-quem-ama-a-deus-2tr25-pptx/278238747
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A BENEVOLÊNCIA DE DEUS
1.1. DEUS abençoa o abençoador
1.2. Socorrendo o aflito
1.3. DEUS não se esquece dos que socorrem o próximo
2- ABENÇOANDO PARA SER ABENÇOADO
2.1. Abençoar o outro é assemelhar-se a CRISTO
2.2. Sendo imitadores de CRISTO
2.3. A atitude que agrada a DEUS
3- AUXILIANDO O PRÓXIMO
3.1. Cuidando dos mais próximos
3.2. De coração e olhos abertos
3.3. Empatia, um sentimento nobre
TEXTO ÁUREO
“Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o
seu benefício”, Provérbios 19.17.
VERDADE APLICADA
O autêntico discípulo de CRISTO tem consciência de que foi chamado
para abençoar e fazer o bem, movido pelo amor a DEUS e ao próximo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer a importância da benevolência.
Ressaltar que socorrer o próximo é um princípio do amor cristão.
Saber que a compaixão atrai as bênçãos de DEUS.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Isaías 58.7-10
7 Porventura não é também que repartes o teu pão com o faminto e recolhas em
casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas da tua
carne?
8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a
tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua
retaguarda.
9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui;
se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade;
10 E se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita; então a tua luz
nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Dt 15.11 Abra o coração para o próximo.
TERÇA | Mt 5.16 Que brilhe a sua luz diante dos homens.
QUARTA | Mt 5.42 Não menospreze o seu próximo.
QUINTA | Lc 3.10-11 Aprenda a repartir com quem nada tem.
SEXTA | Lc 6.38 Abençoar atrai bênçãos.
SÁBADO | Tg 2.14-17 Esteja disponível para auxiliar os necessitados.
HINOS SUGERIDOS: 93, 141, 224
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja seja misericordiosa, conforme a orientação de
CRISTO.
PONTO DE PARTIDA: Devemos amparar o nosso próximo.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 5
LIÇÕES ANTIGAS E LIVROS DIVERSOS
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COMPAIXÃO OU MISERICÓRDIA
No NT, a palavra
“misericórdia” é a tradução da palavra grega eleos, ou “piedade, compaixão,
misericórdia” (veja seu uso em Lucas 10.37; Hebreus 4.16), e oiktirmos, isto é, “companheirismo em meio ao
sofrimento” (veja seu uso em Fp 2.1; Cl 3.12; Hb 10.28).
No AT, este termo
representa duas raízes distintas: rehem, (que pode significar maciez), “o
ventre”, referindo-se, portanto, à compaixão materna (1 Rs 3.26, “entranhas”), e hesed, que significa força
permanente (Sl 59.16; 62.12; 144.2) ou ‘mútua obrigação ou solidariedade das partes
relacionadas” - portanto, lealdade. A primeira forma expressa a bondade de DEUS,
particularmente em relação àqueles que estão em dificuldades (Gn 43.14; Êx 34.6), A segunda expressa a fidelidade do Senhor, ou os
laços pelos quais “pertencemos” ou “fazemos parte” do grupo de seus filhos. Ser
permanente e imutável com o amor aí subentendido, e se expressa através do
termo berit,, que significa “aliança” ou “testamento” (Ex 15.13; Dt 7.9; Sl 136.10-24)..
Bibliografia. R.
Bultmann, “Eleos etc.״, TDNT, II, 477-487. J. Barton Payne,
"The Theology of íke Older Testament”, Grand Rapids. Zondervan, 1962, pp.
161-164.
O termo grego
eusphlan- chnos que é utihzado para misericordiosos em Efésios 4.32 significa literalmente “vísceras gentis” e daí
“misericordioso”. Uma expressão parecida, splanchnaeleous, em Lucas 1.78 significa “entranhas de misericórdia ou bondade”. As
entranhas são consideradas como a fonte da bondade e do desejo nas Escrituras (Gn 43.30; 1 Rs 3.26; Lm 1.20; 2.11; Fm 7,12, 20; Fp 1.8). Em Tiago 5.11 o termo grego oiktirmon que vem de oiktos, “pena” é
traduzido como “misericordioso e piedoso” (cf. Rm 12.1). As duas palavras gregas são combinadas na
expressão “entranhas de misericórdia” (Cl 3.12) e “entranhas de compaixão” (Fp 2.1).
A palavra usual do AT
para entranhas é k'layot, que é usada primeiramente nos livros poéticos e em
Jeremias. Eia se refere aos rins (q.v.) e, figurativamente, ao interior, às
partes secretas e aos sentimentos da alma. No NT a palavra aparece em Apocalipse 2.23 como “mente”. A palavra gr. é nephros, usada na LXX
para traduzir k’layot, e pode ser presumido que ela tenha a mesma abrangência
geral de significado. A designação “entranhas” é uma maneira mais típica do AT
de expressar a ideia de emoções, do que a palavra “coração” (q.v.).
BONDADE
O termo grego
“philadelphia” foi traduzido com este sentido tanto em 2 Pedro 1.7 quanto em outras passagens (1 Pe 1.22; Rm 12.10; 1 Ts 4.9; Hb 13.1). A conotação bíblica de "philadelphia"
não é simplesmente a do amor pelos irmãos de sangue, como em todos os escritos
pagãos primitivos, mas de amor por uma fraternidade mais ampla, a dos
verdadeiros crentes (cf. Arndt). Aqueles que, através da fé em CRISTO, foram
adotados passando a ter uma filiação Divina (Jo 1.12) tornam-se, necessariamente, irmãos em seu
relacionamento mútuo (Mt 23.8; Rm 8.17; Ef 4.15,16; considere o sentido de “vizinho” ou “próximo” no
AT, por exemplo, em Lv 19.17). Assim, o amor fraternal se toma um elemento
indispensável (1 Jo 4.20) no crescimento cristão na santificação (2 Pe 1.7) que se mostra com harmonia (Act 2.46; Rm 12.16), sinceridade (1 Pe 1.22), afeição e estima pelos seus companheiros
discípulos (Rm 12.10; cf. Gl 6.10; e em Lv 19.34 para outros também), e é mantido com zelo (Hb 13.1; 1 Pe 1.22). Ao testemunhar essa especial abnegação, os pagãos
podiam apenas exclamar, "Vejam como eles amam uns aos outros!” (Tertuliano
, Apologéticus, cf. Jo 13.35).
No AT, o termo heb.
hesed é usado tanto para os homens como para DEUS. Quando empregado em relação
aos homens pode significar: (1) benignidade no sentido de fazer favores em
cumprimento a um pacto ou obrigações de aliança (Gn 20.13; 21.23; Js 2.12; 1 Sm 20.15; 2 Sm 9.1); (2) misericórdia ou compaixão estendida aos
necessitados (Jó 6.14; Pv 20.28); (3) afeição e lealdade de aliança em relação a DEUS
(Jr 2.2); e (4) beleza (Is 40.6). Quando usada em relação a DEUS, a palavra
descreve: (1) um de seus atributos (Ne 9.17; Jl 2.13); e, (2) também seus atos de benignidade ou
misericórdia (Gn 19.19; Sl 31.21; Is 54.8,10). No NT, o termo “benignidade”, às vezes, traduz a
palavra chrestotes que é empregada em dois sentidos. Em um, ela tem o sentido
de integridade (“bem”, Rm 3.12) e, em várias passagens, ela é usada no sentido de
benignidade ou generosidade (2 Co 6.6; Ef 2.7; Cl 3.12; Tt 3.4).
Dicionário Bíblico
Wycliffe - CPAD
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Lição 11, A Mordomia das Obras de Misericórdia
3º Trimestre de 2019 - Tempos, Bens e Talentos - Sendo Mordomo Fiel
e Prudente com as coisas Que DEUS nos tem dado - Comentarista CPAD - Elinaldo
Renovato de Lima
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Vídeo desta Lição 11 - https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_RLfKV2bmwTeVafpAXzOvC
Ajuda para a lição
Estudos escritos sobre Fé e Obras no Livro de Tiago -
LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2014- Jovens e Adultos -
CPAD - FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica -
TEXTO ÁUREO
“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e
a misericórdia triunfa sobre o juízo.”(Tg 2.13)
VERDADE PRÁTICA
O cristão tem o privilégio de exercer a misericórdia junto aos necessitados
como expressão do amor de DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 103.8 DEUS é misericordioso
Terça – Tg 4.17 Devemos fazer o bem
Quarta – Tt 3.8 Devemos nos aplicar às boas obras
Quinta – Jn 4.11 DEUS teve misericórdia dos animais
Sexta – Ez 33.11 DEUS tem misericórdia do ímpio
Sábado – Mt 5.44 JESUS nos ordena a amar o inimigo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 4.32-35; Lucas 10.30,36,37
Atos 4
32 - E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que
coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram
comuns. 33 - E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição
do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça. 34 - Não havia, pois,
entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas,
vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos
apóstolos. 35 - E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um
tinha.
Lucas 10
30 - E, respondendo JESUS, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e
caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se
retiraram, deixando-o meio morto. 36 - Qual, pois, destes três te parece que
foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? 37 - E ele disse: O
que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, JESUS: Vai e faze da mesma
maneira.
OBJETIVO GERAL - Mostrar que o cristão tem o privilégio de executar obras de
misericórdias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar a palavra misericórdia;
Discorrer sobre a mordomia da misericórdia cristã;
Pontuar os cuidados na prática das boas obras.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
DEUS usou de misericórdia conosco, por isso, devemos usar de misericórdia com o
próximo. Uma das características marcantes da Igreja Primitiva era o seu
altruísmo. Fazer obras de misericórdias era um mandamento levado a sério pela
igreja. O livro de Atos mostra isso ao narrar a ressurreição de uma mulher
chamada Dorcas, que era conhecida pelas suas “boas obras e esmolas que fazia”
(9.36). As obras de misericórdia, ou obras de caridade, nos mostra a
disponibilidade de desprendermo-nos do egoísmo e servir o próximo
deliberadamente. Essa é a vontade de DEUS!
PONTO CENTRAL - As obras de misericórdia são a expressão do amor de
DEUS.
Resumo da Lição 11, A Mordomia das Obras de Misericórdia
I – SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA
1. Definição.
2. Misericordioso.
II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
1. Obras de misericórdia na prática.
2. Somos criados para as boas obras.
2.1. Na área das necessidades humanas.
2.2. Na área das necessidades espirituais.
2.3. Na área da evangelização e das missões.
2.4. A falta de misericórdia pelos pecadores.
III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
1. As boas obras devem glorificar a DEUS.
2. As obras de misericórdia são obras de amor.
3. Obras de quem é salvo.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Quem exerce a misericórdia revela que serve a
um DEUS misericordioso, longânimo e benigno.
SÍNTESE DO TÓPICO II - As obras de misericórdia podem ser
executadas nas esferas das necessidades humanas, espirituais, evangelização e
missões.
SÍNTESE DO TÓPICO III - As boas obras devem glorificar a DEUS,
expressar o seu amor e caracterizar o salvo.
INTRODUÇÃO
Quando nos convertemos recebemos em nós o Fruto do ESPÍRITO SANTO.
Ele contém 9 aspectos, ou qualidades, sendo o primeiro deles, o amor. Daí o
restante deve se aflorar de acordo com nosso desejo de intimidade com o
ESPÍRITO SANTO. Como DEUS é misericordioso, nós devemos replicar este amor ao
nosso próximo.
a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está
derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. Romanos 5:5
Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é
misericordioso. Lucas 6:36
Os filhos de DEUS devem se parecer com o PAI -
“Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (Sl
103.8).
I – SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA
1. Definição.
No Latim, língua-mãe do Português, a palavra “misericórdia” é a
junção de duas palavras miseratio (compaixão) + cordis (coração). e significa
“compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”.
MISERERE, “sentir piedade, sentir compaixão”, mais COR, “coração”.
Em todo o tempó DEUS é misericordioso. “Certamente que a bondade e
a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do
Senhor por longos dias” (Sl 23.6).
MISERICÓRDIA NO HEBRAICO
Misericórdia - רחם racham - amar, amar profundamente, ter
misericórdia, ser compassivo, ter afeição terna, ter compaixão
1a) (Qal) amar
1b) (Piel)
1b1) ter compaixão, ser compassivo
1b1a) referindo-se a DEUS, ao homem
1c) (Pual) ser objeto de compaixão, ser compassivo
רחם racham - ventre
Quando Moisés viu DEUS de costas, ele também ouviu uma proclamação
que definia o DEUS de Israel como Misericordioso: “Senhor, o Senhor DEUS,
misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade;
Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a
transgressão e o pecado…” (Ex. 34:6). No entanto, sempre que observamos as
raízes das palavras em Hebraico, podemos encontrar conexões incríveis! Por
exemplo, o verbo LeRachem (לרחם), que significa ter misericórdia ou pena,
está conectado com outras palavras, como “querido” ou “amado” (Rachim – רחים), que claro significa
que para o povo semita alguém que você ama é caracterizado pela misericórdia.
Você não pode amar sem ser misericordioso. O mais intrigante é que a raiz da
palavra misericórdia também está conectada com a gravidez. Em Hebraico,
o útero, órgão que abriga o embrião desde a sua concepção até o nascimento, é
chamado de Rechem (רחם).
Então o milagre da concepção e proteção do embrião é definido em termos de
misericórdia. http://www.cacp.org.br/qual-e-o-significado-de-misericordia-em-hebraico/
Vemos isso em José apressou-se, porque as suas entranhas
comoveram-se por causa do seu irmão, e procurou onde chorar; e entrou na
câmara, e chorou ali. Gênesis 43:30
No AT, este termo representa duas raízes distintas: rehem, (que
pode significar maciez), “o ventre”, referindo-se, portanto, à compaixão
materna (1 Rs 3.26, “entranhas”), e hesed, que significa força permanente (Sl
59.16; 62.12; 144.2) ou ‘1mútua obrigação ou solidariedade das partes
relacionadas” - portanto, lealdade. A primeira forma expressa a bondade de DEUS,
particularmente em relação àqueles que estão em dificuldades (Gn 43.14; Êx
34.6), A segunda expressa a fidelidade do Senhor, ou os laços pelos quais
“pertencemos” ou “fazemos parte” do grupo de seus filhos. Sen permanente e
imutável amor está subentendido, e se expressa através do termo berit,, que
significa “aliança” ou “testamento” (Ex 15.13; Dt 7.9; Sl 136.10-24).
Bibliografia. R. Bultmann, “Eleos etc.״, TDNT, II, 477-487. J. Barton Payne,
"The Theology of íke Older Testament”, Grand Rapids. Zondervan, 1962, pp.
161-164. Dicionário Bíblico Wycliffe
2. Misericordioso.
Em Grego, no Novo Testamento, a Palavra Misericórdia é:
σπλαγχνιζομαι splagchnizomai
Ser movido pelas entranhas; daí, ser movido pela compaixão; ter compaixão (pois
se achava que as entranhas eram a sede do amor e da piedade).
Vemos isso em JESUS:
Mt 14:14 E JESUS, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de
íntima compaixão para com ela, sarou os seus enfermos.
Mt 20:34 Então, JESUS, movido de íntima compaixão, tocou-lhes os
olhos, e logo seus olhos deles receberam a vista, e seguiram-o.
Lc 7:13 E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe:
Não chores.
JESUS falou sobre isto:
Mt 18:27 Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão,
soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Lc 10:33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o,
moveu-se de íntima compaixão.
Lc 15:20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe,
viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao
pescoço, e o beijou
No NT também temos a palavra a grega eleos, ou “piedade, compaixão,
misericórdia” (veja seu uso em Lucas 10.37; Hebreus 4.16), e oiktirmos, isto é,
“companheirismo em meio ao sofrimento” (veja seu uso em Fp 2.1; Cl 3.12; Hb
10.28).
O termo grego eusphlan- chnos que é utihzado para misericordiosos em Efésios
4.32 significa literalmente “vísceras gentis” e daí “misericordioso”. Uma
expressão parecida, splanchnaeleous, em Lucas 1.78 significa “entranhas de
misericórdia ou bondade”. As entranhas sâo consideradas como a fonte da bondade
e do desejo nas Escrituras (Gn 43.30; 1 Rs 3.26; Lm 1.20; 2.11; Fm 7,12, 20; Fp
1.8). Em Tiago 5.11 o termo grego oiktirmon que vem de oiktos, “pena” é
traduzido como “misericordioso e piedoso” (cf. Rm 12.1). As duas palavras gregas
são combinadas na expressão “entranhas de misericórdia” (Cl 3.12) e “entranhas
de compaixão” (Fp 2.1). Dicionário Bíblico Wycliffe
II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
A misericórdia é o amor em ação, ou em prática. Dizer "obras
de misericórdia" ou “boas obras” é a mesma coisa. Todo salvo deve
praticar.
1. Obras de misericórdia na prática.
Na parábola do Bom Samaritano - Próximos: imitando o
Senhor (Lc 10:25-37)
Esperava-se que os rabinos debatessem questões teológicas em
público, e a pergunta que esse escriba (advogado) fez costumava
ser discutida com frequência entre os judeus. Foi uma boa pergunta
feita por um péssimo motivo, pois o escriba queria fazer JESUS
cair numa armadilha. Mas o "feitiço virou contra o
feiticeiro", por assim dizer.
JESUS remeteu-o de volta à Lei, não porque a Lei nos salva (Gl
2:16, 21; 3:21), mas porque a Lei mostra que precisamos ser salvos. Não é
possível haver conversão verdadeira enquanto não estivermos convencidos de que
somos pecadores; a Lei é o instrumento de DEUS para convencer
do pecado (Rm 3:20).
O escriba deu a resposta certa, mas não a aplicou a si mesmo nem
reconheceu a própria falta de amor tanto para com DEUS quanto para
com seu próximo. Assim, em vez de ser justificado, colocando-se à
mercê de DEUS (Lc 18:9-14), tentou justificar-se e escapar de sua
situação difícil. Usou a velha tática de debate: "Defina esses
termos. O que você quer dizer com 'o próximo'? Quem é meu
próximo?"
JESUS não disse que essa história é uma parábola, de modo que é
possível tratar-se do relato de um acontecimento real. JESUS corria
grande risco ao contar uma história em que os judeus eram apresentados
de modo negativo e os samaritanos de modo positivo, e seu relato
poderia ser usado contra ele. Um exemplo desse tipo não seria verossímil o
suficiente para servir de parábola, de modo que seus ouvintes, inclusive o
escriba, entenderam que o fato realmente havia ocorrido. De qualquer modo,
trata-se de uma narração realista.
A pior coisa que se pode fazer com qualquer parábola, especialmente
esta, é transformá-la numa alegoria em que tudo representa alguma outra coisa.
A vítima torna-se o pecador perdido, quase morto (fisicamente vivo, mas
espiritualmente morto), abandonado à beira da estrada da vida. O sacerdote
e o levita representam a lei e os sacrifícios, ambos incapazes de
salvar o pecador. O samaritano é JESUS CRISTO, que salva o homem, paga suas
contas e promete voltar. A hospedaria é a Igreja, que cuida dos cristãos.
A estrada de Jerusalém para Jerico era, de fato, perigosa. Uma vez
que os funcionários do templo a usavam com tanta frequência, seria de se
imaginar que os judeus ou os romanos tomassem providências
para torná-la mais segura. No entanto, é muito mais fácil manter um
sistema religioso do que fazer melhorias na vizinhança.
Não é difícil pensar em justificativas para a atitude do sacerdote
e do levita. (Talvez nós mesmos já tenhamos usado algumas delas!) O
sacerdote havia servido a DEUS no templo a semana inteira e sentia-se
ansioso por voltar para casa. Talvez houvesse bandidos por lá e estivessem
usando a vítima como "isca". Por que se arriscar? De qualquer
modo, não era culpa dele que o homem tivesse sido atacado. Por ser uma
estrada movimentada, alguém acabaria ajudando o homem. O sacerdote
deixou a responsabilidade para o levita que, por sua vez, não fez coisa
alguma! O mau exemplo de um homem religioso tem grande poder.
Ao usar o samaritano como o herói, JESUS desconcertou os judeus,
pois judeus e samaritanos eram inimigos (Jo 4:9; 8:48). Não foi um judeu
que ajudou um samaritano; antes, um samaritano ajudou um judeu que havia
sido ignorado por seus compatriotas! O samaritano demonstrou amor por aqueles
que o odiavam, arriscou a própria vida, gastou seu dinheiro (o equivalente
ao salário de dois dias de um trabalhador) e, tanto quanto sabemos,
jamais foi publicamente reconhecido nem honrado.
O gesto do samaritano ajuda a entender o que significa "usar
de misericórdia" (Lc 10:37) e ilustra o ministério de JESUS CRISTO. O
samaritano identificou a necessidade do homem desconhecido e se
compadeceu dele. Não havia qualquer motivo lógico para que mudasse
seus planos e gastasse seu dinheiro só para ajudar um "inimigo"
necessitado, mas a misericórdia não precisa de motivos. Por ser especialista na
Lei, o escriba certamente sabia que DEUS exigia que seu povo tivesse
misericórdia de estrangeiros e de inimigos (Êx 23:4, 5; Lv 19:33, 34; Mq
6:8).
Observe como JESUS "virou a mesa" de modo tão sábio em
sua conversa com o escriba. Numa tentativa de fugir a suas
responsabilidades, o escriba havia perguntado "quem é meu
próximo?". JESUS, porém, perguntou: "qual desses três foi o próximo
da vítima?". A grande pergunta - "a quem posso demonstrar
misericórdia?" - não tem relação alguma com geografia, cidadania ou
raça. Onde quer que precisem de nós, podemos nos mostrar disponíveis
e, como JESUS CRISTO, usar de misericórdia.
O escriba quis discutir sobre o "próximo" de modo geral,
mas JESUS forçou-o a considerar um homem específico em necessidade. Como é
fácil falar de ideais abstratos e deixar de resolver problemas concretos!
Podemos discutir coisas como "pobreza" e "oportunidades de
trabalho" e, ainda assim, jamais auxiliar pessoalmente a alimentar
uma família com fome nem ajudar alguém a arrumar emprego.
É claro, o escriba queria manter a discussão em nível complexo e
filosófico, mas JESUS tornou-a simples e prática. Mudou o tópico do dever
para o do amor, o debate para a ação. Com certeza, o Senhor não estava
condenando debates e discussões, mas só alertando contra o uso de
desculpas para não fazer nada. Eleger uma comissão para resolver um
assunto nem sempre resolve!
É possível ler essa passagem e pensar apenas no "alto preço de
se importar com o semelhante", mas esse preço é muito mais alto
se não nos importarmos. O sacerdote e o levita perderam muito mais com sua
negligência do que o samaritano com sua preocupação. Perderam a oportunidade
de aprimorar seu caráter e de ser bons mordomos do que DEUS lhes dera.
Poderiam ter sido uma boa influência num mundo mal, mas escolheram
ser um péssimo exemplo. Esse único gesto de misericórdia do samaritano tem
inspirado o ministério assistencial em todo o mundo. Jamais se deve
considerar tal ministério um desperdício! DEUS nunca permite que um
ato de serviço feito com amor e em nome de CRISTO se perca.
Tudo depende da maneira de encarar a situação. Para os ladrões, o
viajante judeu era uma vítima a ser explorada, de modo que o
atacaram. Para o sacerdote e o levita, era um incômodo a ser evitado, de
modo que o ignoraram. Mas para o samaritano, era alguém necessitando
de amor e de ajuda, de modo que cuidou dele. Hoje, JESUS diz o mesmo que
falou ao escriba: "Vá e proceda continuamente de igual modo"
(tradução literal).
2. Somos criados para as boas obras.
“porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de
vós; é dom de DEUS. [...] Porque somos [...] criados em CRISTO JESUS para as
boas obras, as quais DEUS preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8,10).
“...para as boas obras”. O apóstolo Paulo mostra que a salvação é
pela graça, mediante a fpé, mas não desvaloriza as boas obras, pois, após
sermos salvos, devemos produzir boas obras como resultado de uma vida guiada
pelo ESPÍRITO SANTO. DEUS mesmo nos preparou e designou para boas obras. Fomos
“...criados em CRISTO JESUS para as boas obras”. DEUS nos capacita e derrama
seu amor em nós para boas obras. “...as quais DEUS preparou”.
“...para que andássemos nelas”, ou permanecêssemos em DEUS, na
comunhão com o ESPÍRITO SANTO, realizando as obras de DEUS, ou seja, praticando
o amor. Colocando o amor em ação.
“[...] os que creem em DEUS procurem aplicar-se às boas obras;
estas coisas são boas e proveitosas aos homens” (Tt 3.8).
Dentre as boas obras, podemos listar algumas obras de misericórdia:
2.1. Na área das necessidades humanas.
Quem faz obras de misericórdia em prol dos carentes, necessitados e
vulneráveis sociais está fazendo ao próprio CRISTO (Mt 25.35,36), pois assim as
Escrituras afirmam: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que,
quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt
25.40).
Uma das maiores necessidades humanas na atualidade é a saúde física
e psíquica. São milhões de pessoas prisioneiras nas drogas, na prostituição, na
depressão, ansiedade, doenças e enfermidades.
Devemos orar para que as pessoas sejam curadas de suas doenças e
enfermidades, tanto físicas como psicológicas..
2.2. Na área das necessidades espirituais.
As necessidades espirituais do homem são tão urgentes, que DEUS
enviou o seu Filho para salvá-lo de sua miséria (Jo 3.16). Esse ato nos lembra
quando o profeta Jonas se entristeceu por causa da compaixão de DEUS pelo povo
de Nínive. Eis, porém, o que o Senhor lhe respondeu: “[...] e não hei de eu ter
compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil
homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e
também muitos animais?” (Jn 4.11). Isso prova, conforme as palavras de Tiago,
que “a misericórdia triunfa no juízo” (Tg 2.13).
2.3. Na área da evangelização e das missões.
As Escrituras Sagradas mostram que a obra de evangelização e
missões é central no Evangelho: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até
que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as
terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35; cf Mc 6.34). É muito clara
a necessidade espiritual do mundo. Infelizmente, o investimento na obra
missionária ainda é muito pequeno. De um modo geral, gastamos mais com outros
empreendimentos e objetos pessoais do que investimos em missões e na
evangelização das almas perdidas.
2.4. A falta de misericórdia pelos pecadores.
Há uma negligência flagrante, por parte de muitas igrejas, na
pregação do Evangelho. Isso é falta de misericórdia. A Bíblia mostra que DEUS
“amou o mundo”, e não um grupo seleto e privilegiado. Ele quer salvar a todos
em JESUS CRISTO. O nosso DEUS é amor, longânimo e misericordioso. Ele não tem
“prazer na morte do ímpio” (Ez 33.11). A ordem do Senhor JESUS é muito clara:
“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15; cf. Pv
24.11).
A maior dádiva da misericórdia é a salvação. Temos que levar as
pessoas à salvação. Não há maior prova de nossa misericórdia do que levarmos
alguém a ouvir o evangelho e ser salvo.
III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
1. As boas obras devem glorificar a DEUS.
Quando as pessoas nos vêem fazendo boas obras, sabem que as fazemos
devido a estarmos unidos a DEUS, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está
nos céus” (Mt 5.16 – grifo meu). As nossas boas obras impelem a todos a
glorificar a DEUS, pois antes de conhecermos a DEUS não as fazíamos ou as
fazíamos por interesse pessoal.
Em 1 Co 10:31 a Palavra de DEUS nos orienta - "Portanto, quer
comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de
DEUS". DEUS deve sempre ser glorificado por nossas ações de misericórdia.
“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti,
como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados
pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.2).
Nossa recompensa está no céu, no Tribunal de CRISTO as veremos.
1 Co 4:5 - Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor
venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os
desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de DEUS o louvor.
Ef 6:8 - sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que
fizer, seja servo, seja livre.
1 Pe 1:17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de
pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da
vossa peregrinação
1 Co 3:13-15 a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a
declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra
de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá
galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será
salvo, todavia como pelo fogo.
2. As obras de misericórdia são obras de amor.
Amar é sempre fazer o bem - 3 Jo 1:11 Amado, não sigas o mal, mas o
bem. Quem faz bem é de DEUS; mas quem faz mal não tem visto a DEUS.
Devemos amar com ações de amor e misericórdia - 1 Pe 1:22
Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não
fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
Devemos ajudar até nossos inimigos - “Portanto, se o teu inimigo
tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo
isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rm 12.20).
Somente com a graça de DEUS, e na força do ESPÍRITO SANTO, o
cristão pode cumprir o mandamento de amar o inimigo.
3. Obras de quem é salvo.
Tiago diz que as obras dos salvos devem ser a expressão da fé, a
qual, sem elas, de nada aproveita. Ele exemplifica esse ensino referindo-se ao
caso de um irmão ou irmã, carentes, sendo despedidos de mãos vazias. Neste
caso, nenhum proveito se materializa. E conclui: “Assim também a fé, se não
tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17; cf. 2.14-20; Mt 5.16). Segundo
Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.
A Assistência social sem a ação social não é cristã. A igreja não é
uma agência de indicação de profissionais, mas um hospital de pessoas em sua
existência tricotômica - espírito, alma e corpo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Ao final da exposição de toda a lição, proponha aos alunos uma atividade
prática de obras de misericórdia. As possibilidades são inúmeras: (1) arrecadar
alimentos para quem precisa; (2) doar sangue; (3) arrecadar roupas para quem
precisa; (4) visitar os enfermos no hospital e nas casas; (5) identificar a
necessidade concreta de um irmão ou uma irmã, e mobilizar uma ação a fim de
resolver tal necessidade. Enfim, essas são algumas sugestões, mas as
necessidades e as possibilidades de fazer a diferença na vida das pessoas são
de perder de vista. O importante, que após a aula, seus alunos sintam-se
mobilizados a agir. Lembre-se que na perspectiva cristã, o amor não deve ser
demonstrado somente por palavras, mas principalmente, pelas obras.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“[...] Em Efésios 2.10, Paulo se refere às boas obras como indispensáveis à salvação – ‘não como sua razão ou seus meios, no entanto, mas como sua [necessária] consequência e evidência’. Tito 2.14 apresenta o melhor comentário: CRISTO ‘se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras’. Assim como em CRISTO fomos predestinados à adoção (1.4), também em CRISTO fomos predestinados a fazer boas obras.
Em Efésios 2.1-10, o texto termina com a frase ‘para que andássemos nelas’. Esse parágrafo começa com pessoas ‘andando’ (peripateo) na morte das transgressões e do pecado (2.1-2) e estas terminam ‘andando’ (peripateo) nas boas obras que, antecipadamente, DEUS planejou para todos os que foram redimidos em CRISTO. Assim o forte contraste entre uma vida sem CRISTO e uma vida em CRISTO está completo. É um contraste entre duas formas de vida (no pecado ou pela graça), e entre dois senhores (Satanás ou DEUS)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1217-218).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“As Obras São a Evidência da Fé [Tiago] (2.14-19). Nesse ponto, Tiago apresenta seu segundo exemplo da necessidade de existir uma consistência entre palavras e obras e, nesse processo, introduz o argumento da inseparabilidade entre a ‘fé’ e as ‘obras’ que, necessariamente, deve se originar dessa consistência. Ele abre essa seção com duas perguntas retóricas (v.14): ‘Meus irmãos, que aproveita [ou, qual é o benefício] se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?’ Fica claro que Tiago tem em vista dois ‘benefícios’ especiais que deveriam se originar da ‘fé’. O primeiro é apresentado na sua segunda pergunta retórica: ‘Porventura, a fé pode salvá-lo? A fé deveria ser capaz de proporcionar o benefício da salvação àquele que a possui; se não o fizer, então essa fé é, de certo modo, defeituosa (mas não uma falsa fé). Porém, a fé deveria também ter uma segunda finalidade: beneficiar os semelhantes mostrando a bondade de DEUS para com eles (vv.15,16).
Essa dupla preocupação por tudo de ‘bom’ que a fé deveria proporcionar representa uma importante lembrança para a nossa cultura individualista. Fé não é apenas salvar a alma individual do julgamento eterno, mas também construir comunidades a fim de mostrar o amor de DEUS não só no meio dos próprios crentes, mas também no mundo em que vivem” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1672-73).
PARA REFLETIR - A respeito de “A Mordomia das Obras de Misericórdia”, responda:
Que significa a palavra “misericórdia”? A palavra “misericórdia” significa “compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”.
Acerca das obras de misericórdia, além de não ser apenas um “sentimento”, o que ela deve ser? Uma ação diretiva: “Vai e faze da mesma maneira”.
Cite pelos menos duas áreas em que devemos praticar as obras de misericórdia. Na área das necessidades humanas e das necessidades espirituais.
Como as obras de misericórdia devem ser feitas? As obras de misericórdia devem ser feitas com humildade e sem buscar a glória para quem as prática.
Segundo Tiago, o que são as boas obras? Segundo Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 79, p41.
SUGESTÃO DE LEITURA - Dicionário Bíblico Wycliffe; Dicionário Vine e Dicionário do Movimento Pentecostal.
LIÇÃO 12 - AJUDA AOS NECESSITADOS (CPAD)
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009
1Coríntios - Os Problemas da Igreja e Suas Soluções
Comentários do Pr. Antônio Gilberto
Complementos e questionários: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
RESUMO DA REVISTA DA CPAD
LIÇÃO 12 - AJUDA AOS NECESSITADOS
INTRODUÇÃO
Ênfase sobre a ação social em forma de socorro aos necessitados da
igreja em Jerusalém; tema recorrente na segunda Epístola capítulos 8 e 9.
I. A IMPORTÂNCIA DA AJUDA AOS NECESSITADOS (1 Co 16.1-4)
1. Paulo expôs em detalhes o dever da contribuição na igreja.
2. Paulo falou claramente das necessidades dos irmãos.
3. Paulo pedia oferta para os santos (v. 1).
II. PRINCÍPIOS GERAIS ACERCA DA CONTRIBUIÇÃO (1 CO 16.1-4)
1. Contribuir com regularidade.
2. Contribuir individualmente.
3. As contribuições conforme a prosperidade individual.
4. Os recursos do Senhor devem ser bem cuidados (vv. 3,4).
III. COMO DEVE SER A NOSSA CONTRIBUIÇÃO
1. Devemos contribuir com abundância.
2. Devemos contribuir com alegria.
3. Devemos contribuir com fé, renúncia e desprendimento.
4. Devemos contribuir confiantes no Senhor.
CONCLUSÃO
Somos privilegiados por DEUS nos constituir seus mordomos.
Que sejamos todos mordomos fiéis (Lc 12.42)
TEXTO ÁUREO
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).
VERDADE PRÁTICA
Ajudar aos necessitados é uma grande responsabilidade, e um alto privilégio que DEUS concede a cada crente.
LEITURA DIÁRIA
Segunda |
1 Cr 29.6-9 |
Devemos ofertar do melhor que possuímos |
Terça |
Ml 3.10 |
A contribuição deve ser entregue na Casa do Senhor |
Quarta |
Mc 12.44 |
A oferta deve ser dada com fé |
Quinta |
2 Co 9.7 |
A contribuição deve ser voluntária e com alegria |
Sexta |
2 Co 9.8,9 |
O retorno da contribuição |
Sábado |
2 Co 9.10,11 |
As bênçãos dos que contribuem |
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 9.6-12.
6 E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará.7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria.8 E DEUS é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra,9 conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça;11 para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a DEUS.12 Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a DEUS,
9.6 POUCO... CEIFARÁ. O cristão pode contribuir generosamente, ou com avareza. DEUS o recompensará de acordo com o que ele lhe dá (Mt 7.1,2). Para Paulo, a contribuição não é uma perda, mas uma forma de economizar; ela trará benefícios substanciais para quem contribui (ver 8.2; 9.11). Paulo não fala primeiramente da quantidade ofertada, mas da qualidade dos desejos e dos motivos do nosso coração ao ofertarmos. A viúva pobre deu uma oferta pequena, mas DEUS a considerou uma quantia grande por causa da proporção da dádiva e pela dedicação total que ela revelou ter (ver Lc 21.1-4; cf. Pv 11.24,25; 19.17; Mt 10.41,42; Lc 6.38).
9.8 ABUNDAR EM VÓS TODA GRAÇA. O crente que contribui com o que pode, para ajudar os necessitados, verá que a graça de DEUS suprirá o suficiente para suas próprias necessidades, e até mais, a fim de que possa ser fecundo em toda boa obra (cf. Ef 4.28).
9.11 EM TUDO ENRIQUEÇAIS. Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em: (1) suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres; (2) louvor e ações de graças a DEUS (v.12) e (3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda (v.14).
Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por DEUS a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de DEUS (2 Co 8.1-8; Ef 4.28).
Com liberalidade. AV: "Com simplicidade". NEB: "De todo o seu coração" .
O Amor De DEUS Derramado Em Nossos Corações É Que Nos Impulsiona A Trabalhar, A Fazer Algo Em Prol De DEUS E Sua Obra, De Ajudar Aos Outros, Pois É Natural, É Espiritual, Que Façamos Algo Para Melhorar A Vida De Quem Amamos, Então, Como Somos Representantes De DEUS Na Terra, Amamos A Todos Indistintamente, Como DEUS Ama.
DEUS Fornece Todas As Ferramentas Para Nosso Trabalho, É Só Nos Colocarmos À Sua Disposição.
Todo serviço no Reino de DEUS deve ser feito à base de verdadeira fé. É o Senhor que habilita o crente, mediante dotação especial, a realizar sua obra da melhor maneira possível. É dele que provém toda a ciência, capacidade e dons ministeriais e espirituais. Por isso, não podemos fazer a obra de DEUS com espírito de competição. O único objetivo do nosso labor deve ser o desenvolvimento e o bem-estar do corpo de CRISTO.
SERVIÇO - É a disposição, ou capacidade, concedida por DEUS, para o crente servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja. Este dom se manifesta em toda forma de ajuda que os cristãos possam prestar uns aos outros, em nome de JESUS. Os que possuem este dom têm prazer em ministrar aos santos as coisas materiais que lhes são necessárias. O dom do serviço, como qualquer outro, é essencial para o bom funcionamento do corpo de CRISTO. Quem o tem deve exercê-lo empregando toda a sua energia, no temor do Senhor.
SERVIR É ESPIRITUAL, SERVIR É AMAR, SERVIR É DEIXAR DEUS AGIR, SERVIR É A FUNÇÃO BÁSICA DE TODO O CRENTE, POIS ASSIM ENSINARAM JESUS E PAULO:
Lc 22.27 Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.
ATOS 20.35 Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor JESUS, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Atos 2
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e
singeleza de coração.
32 – E era um coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhe eram comuns. 34 – Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. 35 – E repartia-se a cada um, segunda a necessidade que cada um tinha. 36 – Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé(que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, 37 – possuindo uma herdade, vendeu-a e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.
Ajuda extra:
Atos 2.42-46 e 47
42. Lucas registra como viviam os novos convertidos. Alistam-se quatro atividades das quais participavam. Geralmente, são consideradas como quatro coisas separadas, mas também é possível argumentar que são, na realidade, os quatro elementos que caracterizavam uma reunião cristã na igreja primitiva e, de modo geral, é este o ponto de vista preferível.
Em segundo lugar, havia comunhão; a palavra significa "co-participação", e, embora pudesse referir-se à distribuição dos bens conforme a descrição nos vv. 44 e 45, é mais provável que aqui se refira a uma refeição em comum ou a uma experiência religiosa da qual todos participavam.
Em terceiro lugar, havia o partir do pão. Este é o termo que Lucas emprega para aquilo que Paulo chama de "Ceia do Senhor". Refere-se ao ato que dava início a uma refeição judaica, e que passara a ter um significado especial para os cristãos, tendo em vista a ação de JESUS na Última Ceia, e também quando alimentou as multidões (Lc 9:16; 22:19; 24:30; At 20:7, 11). Alguns alegam que o que háem mira aqui não passa de mera refeição de convívio, talvez uma continuação das refeições feitas com o Senhor ressurreto, sem qualquer relação específica à Última Ceia ou à forma paulina da Ceia do Senhor, que celebrava a Sua morte; é muito mais provável, no entanto, que Lucas aqui está empregando um nome antigo palestiniano para a Ceia do Senhor no sentido rigoroso.
Finalmente, mencionam-se as orações. Caso não se trate de uma referência a parte de uma reunião cristã, então trata-se da maneira dos cristãos observarem as horas de oração marcadas pelos judeus (3:1). Estes são os quatro elementos essenciais na prática religiosa da igreja cristã.
43. Um dos efeitos do crescimento da igreja, ainda na sua infância, era o sentimento de reverência ou temor da parte do povo. Lucas quer dizer que a população não-cristã sentia uma certa apreensão diante de um grupo em cujo meio aconteciam eventos sobrenaturais (cf. 5:5, 11; 19:17). Prodígios e sinais - as palavras são aquelas que foram empregadas para descrever as obras poderosas de JESUS (2:22) - estavam sendo operados pelos apóstolos, e Lucas passaria em breve a relatar exemplos específicos.
46. A devoção religiosa dos cristãos primitivos era assunto de todos os dias. Reuniam-se em espírito de unanimidade no templo. Esta expressão talvez signifique que empregavam o átrio do templo como lugar de reunião (cf. 5 :12), mas também subentende-se que participavam do culto diário do templo (3:1). Visto que os cristãos primitivos acreditavam que tinham um relacionamento verdadeiro com DEUS através do Messias, era natural que participassem do culto a DEUS conforme o modo comumente aceito. É provável que ainda não lhes tivessem ocorrido as questões teológicas acerca da substituição dos sacrifícios do templo pelo sacrifício espiritual de JESUS. Além disto, as autoridades religiosas não excluíram os cristãos do templo. Ao mesmo tempo, porém, os cristãos se reuniam para seus próprios ajuntamentos religiosos. Reuniam-se de casa em casa, nos lares uns dos outros,e juntamente partiam o pão num espírito de gozo intenso e sincero. A idéia é que faziam refeições em comum, as quais também incluíam o partir do pão; podemos comparar a descrição que Paulo deu da refeição em conjunto na igreja em Corinto, que incluía a celebração da Ceia do Senhor (1 Co 11 :17-34). A grande alegria que caracteriza estes encontros era, sem dúvida, inspirada pelo ESPÍRITO (13:52) e talvez se associasse com a convicção de que o Senhor JESUS estava presente com eles (cf. 24 :35).
47. A estrutura da frase talvez indique que os discípulos comessem juntos no templo bem como nos seus lares. Ao fazerem assim, louvavam a DEUS; esta é uma das poucas referências em Atos à adoração que os cristãos prestavam a DEUS no sentido de renderem graças a Ele. Um comentário final nota que a atividade evangelizadora da igreja continuava diariamente. Na medida em que os cristãos eram vistos e ouvidos pelo restante do povo em Jerusalém, suas atividades formavam uma oportunidade para o testemunho. Mais uma vez, Lucas se refere ao processo de tornar-se cristão como o ser salvo, i. é, salvo de pertencer ao povo pecaminoso em derredor que está sob o julgamento divino por ter rejeitado ao Messias (2:40, cf. 2:21).
Atos 4.32-37
Outro resumo da vida da igreja primitiva (4:32-37).
A seqüela à história anterior começa em 5:12. O espaço de tempo entre os dois incidentes que diziam respeito à prisão dos apóstolos por terem pregado preenche-se eficientemente com a narrativa de outro evento dos dias primitivos da igreja. Recebemos mais um resumo da vida interior da igreja e tira-se um contraste entre as atitudes de Barnabé e de Ananias com sua esposa Safira, quanto à praxe de compartilhar dos bens em prol dos pobres. O maior espaço ocupado pela história de Ananias e Safira não deve levar à conclusão de que é este o incidente importante, sendo a sessão anterior uma mera introdução para fixar-lhe o ambiente; pelo contrário, é mais provável que 4:32-35 descreve o padrão normal da vida cristã, que passa então a ser seguido por duas ilustrações, uma positiva e uma negativa, daquilo que aconteceu na prática.
A passagem mostra considerável paralelismo com o resumo anterior em 2:4347. Representa a atitude em comum dos discípulos, bem como a sua generosidade na sua vida em conjunto. Esta comunhão estreita acompanhava a pregação dos apóstolos. Haenchen sugere que Lucas estava querendo enfatizar que o dom do ESPÍRITO
(v. 31) levava não somente à pregação inspirada como também à comunhão e à generosidade cristãs.
32. Dois fatos caracterizavam a vida da comunidade cristã. A escolha da palavra multidão reflete o crescimento no tamanho do grupo cristão. A despeito do seu tamanho, tinha uma mentalidade e um propósito em comum; noutras palavras, era unida na sua devoção ao Senhor (para a expressão que se empregou, ver 1 Cr 12:38). O outro fato foi que ninguém considerava que seus bens estavam sujeitos ao seu próprio controle, mas, sim, dispunha-se a deixá-los para o emprego da comunidade como um todo, Este modo de expressar a situação ressalta o fato que as coisas que cada um possuía claramente ficavam sendo sua propriedade até que ficasse necessário vendê-las para o bem comum. As duas características assim descritas correspondem, de modo lato, aos dois grandes mandamentos do amor (ou devoção) a DEUS e do amor ao próximo. Foi notado, outrossim, que a fraseologia que se emprega para descrevê-las relembra a do filósofo grego Aristóteles para expressar os ideais para a vida humana na comunidade. Os ideais cristãos não são menos cristãos por também serem reconhecidos pelos moralistas seculares.
33. Entrementes, os apóstolos, como aqueles que foram especialmente chamados para serem testemunhas da ressurreição de JESUS, continuavam a testificar com grande poder a despeito da proibição dos judeus contra a sua pregação. O essencial é que falavam de tal modo, sob a orientação do ESPÍRITO, que suas palavras foram eficazes em levar outras pessoas a crerem em JESUS. (A pregação cheia do ESPÍRITO também pode levar ao endurecimento da oposição contra quem fala, como em 6:10-11; 7:55-58. O importante é que semelhantes declarações não podem ser desconsideradas pelos ouvintes, mas, sim, os forçam a uma decisão, ou a favor do evangelho, ou contra ele). Em todos eles havia abundante graça talvez signifique que a graça de DEUS operava poderosamente através deles (6:8; Lc 2:40); atividade da graça de DEUS não era vista meramente na pregação, mas também no modo segundo o qual os membros da igreja eram libertos da falta material.
34-35. A promessa feita no Antigo Testamento ao povo de DEUS, no sentido de que não haveria pobre entre eles (Dt 15 :4) foi cumprida na igreja pela generosidade dos membros mais prósperos. Aqueles que tinham propriedades ou casas as vendiam, e traziam os valores correspondentes aos apóstolos, que então os distribuíam aos necessitados. A referência aos pés dos apóstolos (4:37; 5:2) sugere algum tipo de transferência jurídica expressa em linguagem formal; é desnecessário acompanhar a sugestão de Stahlin de que os apóstolos se sentavam em cadeiras altas, os protótipos dos tronos eclesiásticos posteriores. Agora, incidentalmente, percebemos por que a pregação dos apóstolos se mencionou em v. 33. Tinham, também, o fardo adicional de administrar os fundos coletivos da igreja; e, embora esta tarefa talvez não fosse pesada logo de inicio, dentro em breve foram necessários planos novos (6:1-6).
36. O exemplo da generosidade de Barnabé é destacado para menção especial, possivelmente por ser de vulto excepcional, e certamente porque Barnabé aparecerá mais tarde na história como líder cristão que era conspícuo pela sua pura bondade (11 :24). Seu nome, se supõe, refletia o seu caráter. Não fica clara a conexão entre "Barnabé" e "filho de exortação", e há várias explicações do nome. Um "Filho de encorajamento" era uma pessoa que encorajava os outros, e Barnabé certamente fazia assim (9:27; 11 :23; 15:37). Era levita de nascimento, membro da tribo judaica da qual se tirava alguns dos funcionários menos importantes do templo (Lc 10:32; Jo 1 :19), mas a sua fama decerto migrara para Chipre, onde havia uma população judaica de certo vulto (cf. 11 :19; 13:4-5).
37. A lei antiga que proibia aos levitas a propriedade de terras (Nm 18:20; Dt 109) parece ter caído em desuso (Jr 32:7 e segs.). Não fica claro se o campo que pertencia a Barnabé ficava em Chipre ou na Palestina; presume-se que era neste último lugar, pois v. 35 indica apenas que Barnabé nascera em Chipre.
2 Coríntios 9.1 Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, 2 porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós, para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde o ano passado, e o vosso zelo tem estimulado muitos. 3 Mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nessa parte; para que (como já disse) possais estar prontos, 4 a fim de, se acaso os macedônios vierem comigo e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos, vós) deste firme fundamento de glória. 5 Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que, primeiro, fossem ter convosco e preparassem de antemão a vossa bênção já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção e não como avareza. 6 E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. 7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria. 8 E DEUS é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, 9 conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; 11 para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a DEUS. 12 Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a DEUS, 13 visto como, na prova desta administração, glorificam a DEUS pela submissão que confessais quanto ao evangelho de CRISTO, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos, 14 e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de DEUS que em vós há. 15Graças a DEUS, pois, pelo seu dom inefável.
No início do capítulo 8, Paulo usou o exemplo dos macedônios para incentivar a liberalidade dos coríntios. Agora, ele disse que usou, também, o exemplo dos coríntios para estimular os macedônios! Devemos estimular uns aos outros em amor e boas obras (veja Hebreus 10:24).
Paulo enviou os irmãos citados no fim do capítulo 8 para evitar algum constrangimento mais tarde. Eles ajudariam os coríntios a preparar a oferta, para que não se envergonhassem com a chegada de outros irmãos depois.
9:6-15
Paulo incentiva os coríntios a darem generosamente. Ele cita um princípio bem conhecido nas Escrituras: ceifamos o que semeamos.
A oferta é voluntária, segundo a decisão de cada um para dar com alegria.
**Obs.: É obrigação contribuir? Aqui, Paulo diz que a oferta não deve ser feita por necessidade, mas 1 Coríntios 16:1-2 aborda o mesmo assunto como ordem. Podemos entender assim: é a responsabilidade de cada cristão contribuir, mas não devemos fazê-lo só por causa da obrigação. Devemos entender o propósito da oferta e participar com alegria, reconhecendo o privilégio de participar do trabalho do Senhor.
Ao invés de segurar o nosso dinheiro, recusando utilizá-lo para servir a outros, devemos lembrar que todas as nossas bênçãos e a nossa capacidade de dar vêm do Senhor.
**Obs.: O versículo 9 é uma citação de Salmo 112:9. O Salmo 112 inteiro fala sobre a importância da bondade e fidelidade do servo para ser abençoado por DEUS.
A generosidade dos gentios em ajudar os santos necessitados de Jerusalém teve outros benefícios:
-Além de ajudar aqueles santos, demonstrou gratidão para com DEUS.
-Além de ajudar aqueles santos, demonstrou comunhão com todos os santos.
Por outro lado, os outros santos oravam em favor dos coríntios.
Quem merece a gratidão e a glória é o próprio DEUS.
Rm 12.13 comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; 14 abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos.
As Responsabilidades da Igreja (Discípulos Agindo Coletivamente)
"Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade" (Atos 2:44-45).
"Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade" (Atos 4:32-35).
"Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de DEUS para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do ESPÍRITO e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra" (Atos 6:1-4).
"Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio. Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo" (Atos 11:27-30).
"Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém" (Romanos 16:25-26).
"Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes" (1 Coríntios 16:1-3).
"...pedindo_nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos" (2 Coríntios 8:4).
"Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos....Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a DEUS, visto como, na prova desta ministração, glorificam a DEUS pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de CRISTO e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos" (2 Coríntios 9:1,12-13).
O que podemos aprender desses trechos? Quais são os limites colocados por DEUS em relação ao trabalho benevolente da igreja? Observamos no Novo Testamento que:
Esses versículos falam sobre pessoas necessitadas. A assistência aos santos não é para fornecer luxo ou fazer de todos ricos. JESUS falou em Mateus 6:25-33 que devemos buscar o reino de DEUS e confiar no Senhor para nos dar as coisas necessárias (o que comer, o que beber, com que nos vestir). Uma das maneiras como ele cuida das necessidades dos santos é através da benevolência da igreja, satisfazendo as necessidades dos irmãos pobres.
As pessoas ajudadas pela igreja são os próprios santos, ou irmãos em CRISTO. Algumas pessoas podem estranhar lendo os relatos do Novo Testamento, porque muitas igrejas nos últimos dois séculos se transformaram em grandes agências sociais oferecendo ajuda material para todas as pessoas, cristãs ou não. Os nomes de algumas denominações aparecem com mais freqüência em hospitais e orfanatos do que em casas de oração e louvor. Mas as tendências históricas não mudam os fatos bíblicos. As igrejas do Senhor no Novo Testamento ajudaram os santos necessitados. Como já observamos, cristãos ajudaram outros individualmente e não sobrecarregaram a igreja com tais obras sociais.
O dinheiro da igreja foi usado ou para ajudar os necessitados na própria congregação, ou enviado de uma congregação para outra para ajudar os santos pobres no outro lugar. Nisso encontramos um padrão definido de cooperação entre congregações, onde as mais ricas enviaram dinheiro para suprir as necessidades das congregações mais pobres. O trabalho de benevolência foi feito pelas igrejas quando a necessidade surgiu. O trabalho principal da igreja, o ensinamento da palavra de DEUS, nunca pára. Mas as igrejas nesses exemplos bíblicos não alocaram fundos de rotina a algum trabalho de benevolência. Quando a necessidade surgiu, não mediram esforços para ajudar os irmãos.
Podemos ver que a ajuda sempre foi dada, não emprestada. A prática de muitas igrejas de oferecer empréstimos que serão pagos de volta à igreja é mais um exemplo da desobediência de homens que seguem opiniões humanas e não respeitam a palavra de DEUS (veja Provérbios 14:12; Isaías 55:8-9; Jeremias 10:23). A igreja não é banco.
Tomando Decisões Sábias
Como seguidores de CRISTO, temos que aceitar nossa responsabilidade para usar o dinheiro da igreja numa maneira que agrada a DEUS. Devemos sempre agir segundo os princípios ensinados por JESUS em Mateus 22:37-39: "Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." O amor ao próximo exigirá sacrifícios (Tiago 2:15-16; 2 Coríntios 8:2-4). O amor ao Senhor exigirá cuidadosa adesão ao padrão dele, respeitando os limites que ele nos deu. Por exemplo, pessoas que amam a DEUS não tolerarão a preguiça de homens que desrespeitam a palavra de DEUS: "se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2 Tessalonicenses 3:10).
Colocando a palavra de DEUS acima das nossas próprias opiniões, jamais acrescentaremos ao trabalho da igreja algo que DEUS não mandou. A igreja não tem autorização de DEUS para dar ajuda benevolente aos cristãos que não têm necessidade. O papel da igreja é suprir as necessidades da vida diária (Atos 6:1). Ela não pode sustentar os preguiçosos (2 Tessalonicenses 3:10).
Uma vez que o trabalho da igreja é espiritual, especialmente o de ensinar a palavra, ela não deve negligenciar esse aspecto do trabalho em relação aos irmãos necessitados. Presbíteros, evangelistas e outros professores devem orientar irmãos sobre as próprias responsabilidades. O irmão necessitado pode precisar de comida hoje, mas não devemos deixar de ajudá-lo a saber como cuidar de si mesmo amanhã. Devemos ensinar sobre a responsabilidade de cada irmão em relação a sua família (1 Timóteo 5:8). Ele deve trabalhar (2 Tessalonicenses 3:10). Deve procurar viver dentro das suas condições (Lucas 3:14; Atos 20:33-34; 1 Timóteo 6:8). Numa época em que muitas pessoas se afogam em dívidas, devemos exortar os nossos irmãos a falar sempre a verdade (Efésios 4:25; Mateus 5:37). Comprar a prazo quando não se tem condições para pagar é uma maneira de mentir, e pode até chegar a ser fraude.
Enquanto cada irmão deve procurar suas próprias soluções através de trabalho honesto e de boa administração dos seus bens, existem casos de necessidade verdadeira entre cristãos. Devemos praticar o amor não fingido, mostrando a compaixão digna dos filhos de DEUS. Cada um de nós deve ler com freqüência as instruções importantíssimas de Romanos 12:9-16: "O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos."
O AMOR É A ESSÊNCIA DA VIDA CRISTÃ
Individualismo e amor. Os dois vocábulos sobressaem não em função de suas correspondências, mas de seus contrastes. A visão individualista é unidimensional, isto é, de uma única dimensão - o próprio individuo. O amor, entretanto, é pluridimensional, ou seja, possui várias dimensões - DEUS, o indivíduo e o próximo. Em razão de esta lição tratar do amor, apresente aos alunos a visão unidimensional do individualismo, segundo a tabela abaixo.
Observações
Como se coloca a questão da ação social hoje? De múltiplas maneiras. Não há uma só forma de atuar. Do ponto de vista da relação com a missão da igreja, há diferentes aspectos em jogo. Fazer para dentro ou para fora (priorizando os membros de igreja ou qualquer pessoa que precise)? Com quem fazer (referência eclesial ou como “fermento na massa”, sozinhos ou em redes e parcerias)? Com que objetivo ou horizonte de mudança (imediato, de médio e longo prazo, local, regional, nacional, assistencial, transformador)?
Do ponto de vista das modalidades de atuação, há também diferentes possibilidades:
1. desenvolvimento de uma consciência e crítica profética diante da situação social, aprendendo a compreender os fenômenos sociais para além de impressões, prejulgamentos, preconceitos, ou de leituras puramente espirituais ou religiosas dos mesmos;
2. realização da filantropia, nos casos em que é preciso atender às necessidades emergenciais ou àqueles setores mais pobres entre os pobres, mais discriminados socialmente, ou incapacitados para o trabalho ou para cuidarem de si mesmos, que precisam de constante apoio e provisão;
3. atuação profissional, pondo a serviço dos setores excluídos da sociedade o saber e a experiência que existem no meio evangélico e que muitas vezes só são exercidos em proveito próprio (melhorar de vida, ganhar mais dinheiro, consumir mais);
4. envolvimento em ações coletivas, participando de iniciativas de auto-organização da comunidade, da vizinhança, de uma categoria social, de um grupo de pessoas que se sentem discriminadas ou excluídas de alguma maneira; tomando a iniciativa e oferecendo recursos humanos e institucionais da igreja para a organização ou mobilização desses grupos; dando apoio público a movimentos desse tipo, quando solicitada ou quando sentir-se solidária com as demandas ou questões defendidas;
5. atuação política, em nível supra-partidário, ou, em se tratando de indivíduos, pequenos grupos ou movimentos de cristãos, partidariamente, no apoio a projetos que visem a transformar a sociedade no sentido da liberdade, da igualdade e da solidariedade;
6. desenvolvendo uma espiritualidade do serviço e da libertação, que integre na experiência de fé dos membros das igrejas, inclusive daqueles que não atuam diretamente na ação social, a compreensão de DEUS que nos ensina a falar, orar, agir com vistas à transformação de toda a humanidade e das pessoas como seres integrais (corpo e espírito), bem como de toda a criação, obra das mãos de DEUS.
A prática social da Igreja pode ser um testemunho da sua missão integral. Há muitos e não pequenos desafios a enfrentar. E como em muitas outras situações na história da igreja, não é possível esperar pela maioria para tomar a iniciativa. O importante é tentar sensibilizá-la para ser fiel ao chamado integral de DEUS à sua igreja. Se e onde isso não acontecer, sejamos movidos por nossa convicção de estar sendo fiéis a DEUS e, mesmo compreendendo em amor as resistências, não cedamos, não nos dobremos a elas. O conservadorismo de maioria, ao longo da história, nem sempre foi testemunha de fidelidade, equilíbrio e compromisso com a paz e a justiça. Houve e há horas em que temos que nos erguer e assumir a responsabilidade, diante de DEUS e dos outros ao nosso redor, de ser agentes de mudança na produção de sinais do Reino de DEUS.
Com os atributos morais de DEUS podemos aprender um pouco mais sobre a missão social da Igreja.
ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS.
Muitas características do DEUS único e verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora DEUS e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como DEUS ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de DEUS (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.
(1) DEUS é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto DEUS criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18, 21, 25, 31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9); Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17). DEUS é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20).
(2) DEUS é amor (1Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, JESUS, para morrer em lugar dos pecadores (1Jo 4.9,10). Além disso, DEUS tem amor paternal especial àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de JESUS (ver Jo 16.27).
(3) DEUS é misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8; Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a ser recebido pela fé em JESUS CRISTO.
(4) DEUS é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. DEUS, por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, JESUS, o Filho de DEUS, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34).
(5) DEUS é paciente e lento em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1Tm 1.16). DEUS expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E DEUS continua demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).
(6) DEUS é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). JESUS chamou-se a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da verdade” (Jo 14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque DEUS é absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (2Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).
(5) DEUS é paciente e lento em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1Tm 1.16). DEUS expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E DEUS continua demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).
(6) DEUS é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). JESUS chamou-se a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da verdade” (Jo 14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque DEUS é absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (2Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).
VERDADE: DEUS NÃO É HOMEM PARA QUE MINTA. TUDO QUE DEUS FALA É VERDADE.
(7) DEUS é fiel (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). DEUS fará aquilo que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas, quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; 2 Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33; ver 2Tm 2.13). A fidelidade de DEUS é de consolo inexprimível para o crente, e grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem crerem no Senhor JESUS (Hb 6.4-8; 10.26-31).
(8) Finalmente, DEUS é justo (Dt 32.4; 1Jo 1.9). Ser justo significa que DEUS mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de DEUS de castigar com a morte os pecadores (Rm 5.12), procede da sua justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17); sua ira contra o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; ver Jz 10.7). Ele revela a sua ira contra todas as formas da iniqüidade (Rm 1.18), principalmente a idolatria (1Rs 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn 3.36) e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4; Am 2.6,7). JESUS CRISTO, que é chamado o “Justo” (At 7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal (ver Mc 3.5; Rm 1.18; Hb 1.9). Note que a justiça de DEUS não se opõe ao seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a sua justiça que Ele enviou JESUS a este mundo, como sua dádiva de amor (Jo 3.16; 1Jo 4.9,10) e como seu sacrifício pelo pecado em lugar do ser humano (Is 53.5,6; Rm 4.25; 1Pe 3.18), a fim de nos reconciliar consigo mesmo (ver 2Co 5.18-21). A revelação final que DEUS fez de si mesmo está em JESUS CRISTO (cf. Jo 1.18; Hb 1.1-4); noutras palavras, se quisermos entender completamente a pessoa de DEUS, devemos olhar para CRISTO, porque nEle habita toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
Dê uma passadinha pelo departamento de assistência social de sua congregação (se é que tem) e faça uma pesquisa de como estão de suprimentos: remédios, agasalhos, material escolar, alimentos etc.
Com quanto e com o que você contribuiu neste ano para a assistência social de sua congregação?
A obra de DEUS é feita com ações e não apenas com palavras, chegou a hora de praticar a Palavra e não ser apenas ouvinte.
Muitos vizinhos nossos podem estar desempregados, doentes ou vivendo miseravelmente. Ajude, mostre JESUS a eles.
Como estão vivendo nossos irmãos? Quantos são os excluídos de nosso bairro. Podemos ter uma congregação cheia de novos ouvintes no próximo Domingo, se pudermos praticar o evangelho em nosso próprio quintal.
"Ação Social: Compromisso de uma igreja
Porque falar em ação social da igreja quando estamos discursando sobre a Igreja Viva? Porque cremos ser esta, sem dúvida, uma das manifestações mais convincentes de que a vida de DEUS está no meio de seu povo.
1. Avivamento e ação social: equilíbrio. O avivamento espiritual, que é tanto a causa como o produto de uma Igreja Viva, precisa abranger a igreja como um todo, se não queremos um organismo aleijado ou disforme. Não se pode falar de um avivamento que priorize apenas um aspecto da totalidade do ser humano como, por exemplo, o destino de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e social.
Não nos interessa uma comunidade apenas voltada para o futuro, em prejuízo do hoje, pois isso implica em negligenciar as necessidades imediatas e urgentes do ser humano. O homem vive na dimensão do aqui e agora. Tem fome, frio, doença, sofre injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz. Nossa missão, pois, é socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança. O projeto de JESUS é para o homem todo e para todos os homens. Fugir dessa verdade é desobediência e rebelião contra aquEle que nos comissionou.
Um verdadeiro avivamento trará de volta ao crente brasileiro o amor pelos quase 50 milhões de irmãos pátrios que vivem na pobreza absoluta. O estilo de vida de uma igreja avivada não se presta a esquisitices humanas, mas à formação de personalidades de acordo com o caráter de CRISTO, que não negligenciam o amor ao próximo."
(ClDACO, J. Armando. Um grito pela vida da igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.87-8.)
INTERAÇÃO
Quatro motivações para a contribuição dos crentes.
1- Como dever;
2- Para experimentar a autossatisfação;
3- Para ganhar prestígio e honra;
4- Porque é constrangido pelo amor.
Pergunte a seus alunos qual dos quatro motivos é o correto, segundo os ensinamentos da Palavra de DEUS?
OBJETIVOS - Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
DEUS se agrada de quem contribui com tristeza ou por obrigação? DEUS aceita as ofertas baseadas em legalismo? Qual deve ser a motivação de nossa generosidade? A igreja atual trata a oferta como um serviço a DEUS ou um ministério sagrado conforme Rm 15.26, 27 e Fp 2.17?
Palavra Chave: Oferta: Dádiva, donativo, doação.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Devemos ajudar aos necessitados, especialmente aos domésticos na fé, em suas dificuldades, carências, perdas e expectativas frustradas.
REFLEXÃO
"O importante para DEUS não é a quantia da oferta, mas o grau de sacrifício e desprendimento." (Mc 12.41-44)
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Contribuir com regularidade e individualmente, conforme a prosperidade pessoal e cuidar bem dos recursos do Senhor são princípios gerais acerca da contribuição ensinados por Paulo.
REFLEXÃO
"Além do recolhimento dos dízimos e das ofertas nos cultos, toda a igreja tem seus meios e métodos adicionais para receber contribuições para a santa causa do Senhor."
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Devemos contribuir com abundância, alegria, fé, renúncia, desprendimento e confiança no Senhor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"As ofertas
Ao ofertarmos com boa vontade e alegria, a graça da contribuição traz muitos resultados bons para nossa própria vida. Em primeiro lugar, encontraremos grande felicidade na nossa vida de serviço ao Senhor e aos nossos semelhantes. As ofertas aumentarão e muitas necessidades serão supridas. DEUS é louvado e os laços de fraternidade cristã se estreitam ainda mais. Daí, oramos uns pelos outros, e aqueles que dão, recebem bênçãos recíprocas. 'Aquilo que o homem semear, isso também ceifará' (Gl 6.7). Essa é uma das leis universais de DEUS. Vigora na agricultura e nas ações humanas, podendo-se aplicar aos bens materiais, à saúde, à vida social e à condição espiritual. Afeta até o destino eterno das pessoas, como vemos no caso de Esaú e Judas Iscariotes, respectivamente (Hb 12.16,17; At 1.18,19). Paulo encerra a sua mensagem com o princípio de semear e ceifar. Moisés proclamou que a obediência a DEUS traria bênçãos materiais, ao passo que a desobediência acarretaria sofrimento (Dt 28.1,2,15). O rei Salomão, em sua sabedoria, aplica o mesmo princípio à contribuição (Pv 11.24,25). JESUS disse: 'Dai e dar-se-vos-à' (Lc 6.38)."
(HOOVER, T. R. Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.196)
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HOOVER, T. R. Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios. RJ: CPAD, 1999.SAIBA MAIS EM Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 38, p.42.
APLICAÇÃO PESSOAL
Nossa atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Não temos que nos envergonhar se pudermos dar apenas uma pequena contribuição. DEUS está interessado na maneira como ofertamos, a partir dos recursos que temos. Quando investimos na obra de DEUS com os recursos que Ele nos dá, Ele nos supre com muito mais para que possamos continuar a ofertar.
Escrita Lição 5, Betel, Compaixão, atitude de quem ama a DEUS, 2Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
1- A BENEVOLÊNCIA DE DEUS
1.1. DEUS abençoa o abençoador
1.2. Socorrendo o aflito
1.3. DEUS não se esquece dos que socorrem o próximo
2- ABENÇOANDO PARA SER ABENÇOADO
2.1. Abençoar o outro é assemelhar-se a CRISTO
2.2. Sendo imitadores de CRISTO
2.3. A atitude que agrada a DEUS
3- AUXILIANDO O PRÓXIMO
3.1. Cuidando dos mais próximos
3.2. De coração e olhos abertos
3.3. Empatia, um sentimento nobre
“Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício”, Provérbios 19.17.
O autêntico discípulo de CRISTO tem consciência de que foi chamado para abençoar e fazer o bem, movido pelo amor a DEUS e ao próximo.
Reconhecer a importância da benevolência.
Ressaltar que socorrer o próximo é um princípio do amor cristão.
Saber que a compaixão atrai as bênçãos de DEUS.
7 Porventura não é também que repartes o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas da tua carne?
8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui; se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade;
10 E se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.
SEGUNDA | Dt 15.11 Abra o coração para o próximo.
TERÇA | Mt 5.16 Que brilhe a sua luz diante dos homens.
QUARTA | Mt 5.42 Não menospreze o seu próximo.
QUINTA | Lc 3.10-11 Aprenda a repartir com quem nada tem.
SEXTA | Lc 6.38 Abençoar atrai bênçãos.
SÁBADO | Tg 2.14-17 Esteja disponível para auxiliar os necessitados.
HINOS SUGERIDOS: 93, 141, 224
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja seja misericordiosa, conforme a orientação de CRISTO.
Nesta lição, abordaremos tópicos importantes para despertar e reforçar nos discípulos de CRISTO a responsabilidade de andar nas boas obras (Ef 2.10); ser um agente abençoador (Rm 12.14); e perseverar em fazer o bem (Gl 6.9), movidos pelo amor a DEUS e ao próximo.
Os crentes fiéis procuram cumprir as palavras de JESUS em toda a Sua plenitude (Jo 14.21), enquanto os ímpios a abominam e ignoram (Sl 37.21). JESUS ensinou que abençoar o próximo é uma prática importante. Embora eles não tenham com que nos recompensar, o Senhor promete que seremos recompensados na ressurreição dos justos (Lc 14.13,14). Segundo o Apóstolo João (1Jo 3.17), quem possui bens materiais, e não ajuda o irmão, não pode dizer que ama a DEUS. Como disse o salmista: “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal”, Sl 41.1.
Os que necessitam do socorro do Senhor não serão esquecidos (Sl 9.18); do mesmo modo, DEUS também não se esquece dos que abençoam o próximo. Ο autor da Carta aos Hebreus ressalta que DEUS não é injusto: Ele não se esquece nem do trabalho nem do amor de quem socorre os santos (Hb 6.10). O profeta Isaías declarou que uma mãe pode até se esquecer do seu filho, mas o Senhor nunca se esquece dos Seus (Is 49.15).
O profeta Isaías declarou que uma mãe pode até se esquecer do seu filho, mas o Senhor nunca se esquece dos Seus (Is 49.15).
O abençoador que reparte sua comida com os pobres será abençoado (Pv 22.9). DEUS se alegra com o crente que abençoe o irmão e demonstrar amor pelos menos favorecidos (2Co 9.8), porque essas atitudes honram o Nome do Senhor.
Abençoar o próximo nos torna mais parecidos com CRISTO. Muitas vezes, DEUS cumpre os Seus propósitos por meio da vida de Seus servos, ou seja, dos crentes que amam a DEUS e obedecem aos Seus mandamentos. Como nos ensina JESUS, o segundo maior Mandamento é amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22.39b).
O Apóstolo Paulo disse: “Sede meus imitadores, como também eu, de CRISTO”, 1Co 11.1. Isso significa que devemos imitar as atitudes de JESUS, que JESUS andou por toda parte fazendo o bem (At 10.38). Portanto, fazer o bem a todos, principalmente abençoando os necessitados, é imitar a CRISTO. Não devemos deixar de dar a quem precisa aquilo que temos: “Não digas ao teu próximo: Vai e torna, e amanhã te darei, tendo-o tu contigo”, Pv 3.28.
Quem tem necessidade de cuidados não pode esperar, como nos ensina a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.33-35). Imaginar-se no lugar do outro é um bom exercício para compreender a urgência de quem tem fome ou passa por maus tratos, por exemplo. Será que suportaríamos? Diante disso, devemos ter compaixão do próximo, dos que não têm a quem recorrer, sendo rápidos e liberais quando se trata de socorrer os necessitados.
Devemos ter compaixão do próximo, socorrendo os necessitados com liberalidade.
O cristão deve ter atitudes de amor ao próximo (Rm 13.8), como o bom samaritano, estendendo a mão aos que necessitam de ajuda (Pv 31.20) e tendo mais alegria em dar do que em receber (At 20.35). Assim, nossos gestos de amor agradam a DEUS e alegram o coração do necessitado.
O Apóstolo Paulo ressaltou para Timóteo, seu filho na fé, que devemos ser cuidadosos com a nossa família, porque “se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”, 1Tm 5.8. O apóstolo também ressaltou que é preciso fazer o bem a todos, especialmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Para Paulo, portanto, cuidar do próximo é ser generoso com aqueles que nos cercam.
Muitas pessoas se apegam tanto aos bens materiais que vivem para acumular riquezas, mas a Bíblia nos ensina a partilhar o pão com o pobre (Pv 22.9). Os crentes da Igreja Primitiva eram solidários uns com os outros, e ninguém tinha falta de nada (At 2.43-47). Que possamos ter um coração generoso, da maneira que agrada a DEUS, para auxiliar os que necessitam de ajuda.
A Palavra de DEUS nos exorta a agir com empatia, isto é, a perceber a dor do próximo como se doesse em nós mesmos. JESUS nos convida a olhar para o outro com amor (Mc 8.2), como Neemias ao se sensibilizar com a situação de Israel (Ne 1.4). Sentir a dor de seu povo fez com que ele logo se disponibilizasse para restaurar os muros de Jerusalém, trabalhando pelo bem da cidade onde viveram seus pais (Ne 2.3).
Nossos gestos de amor agradam a DEUS e alegram o coração do necessitado.
DEUS é bom, por isso a bondade deve ser uma característica do cristão. Quem reparte com os necessitados tem os passos guiados por DEUS no caminho da bondade, da justiça e da verdade.