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Escrita, Lição 11, Despertemos para a Vinda do Grande Rei, 4Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 11, Despertemos para a Vinda do Grande Rei
4º Trimestre de 2018 - As Parábolas de JESUS: As Verdades e Princípios Divinos para uma Vida Abundante
Comentarista: Wagner Tadeu Gaby, pastor presidente da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR)
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
AJUDA - Veja
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-ftc-1tr16-o-arrebatamento-da-igreja.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-vigiai-poisnaosabeisquandoviraosenhor.htm
Slides do blog - https://ebdnatv.blogspot.com/2018/12/licao-11-despertemos-para-vinda-do.html
Vídeo - https://ebdnatv.blogspot.com/2018/12/videos-da-licao-11-despertemos-para.html
https://ebdnatv.blogspot.com/2018/12/escrita-licao-11-despertemos-para-vinda.html Escrita


 
 
TEXTO ÁUREO
“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42)
 
 
 
 
VERDADE PRÁTICA
JESUS pode voltar a qualquer momento, por isso temos de estar preparados.
 
 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – At 1.10,11 Não há razão para a desesperança, pois JESUS CRISTO voltará
Terça – Tt 2.11-14 A graça de DEUS trouxe salvação e esperança da Vinda de CRISTO 
Quarta – 1 Ts 5.23 ESPÍRITO, alma e corpo conservados irrepreensíveis na Vinda de JESUS 
Quinta – 2 Ts 2.1-6 Não se alarmar com falsos adventos de CRISTO 
Sexta – 2 Pe 1.16 O apóstolo fala da vinda de JESUS de forma experiencial, não fantasiosa 
Sábado – Mc 13.32-37 Ninguém sabe o dia e nem a hora da Vinda do Senhor JESUS
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.1-13
1 – Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2 – E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. 3 – As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4 – Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. 5 – E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram. 6 – Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro! 
7 – Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. 8 – E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. 9 – Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. 10 – E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. 11 – E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! 12 – E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. 13 – Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.
 
OBJETIVO GERAL
Ressaltar a necessidade de se estar preparado para a vinda do Grande Rei, pois ela pode acontecer a qualquer momento.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Interpretar a parábola das dez virgens;
Repetir a verdade de que a Vinda do Senhor é uma realidade iminente;
Dramatizar o perfil das cinco virgens prudentes
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Apesar de muito conhecida, a parábola das dez virgens é uma das mais difíceis de ser interpretada. Contudo, sua mensagem principal é muito evidente: É urgente estar preparado para encontrar-se com o nosso Noivo! Independentemente do entendimento que se pode ter, escatologicamente falando, acerca das personagens dessa narrativa bem como a dificuldade de encaixá-las nesta ou naquela escola de interpretação escatológica, o aspecto do despertamento é o assunto central a ser passado. Houve uma época que essa mensagem era muito pregada e os crentes tinham temor e ansiavam pela vinda de JESUS. De um tempo a esta parte pouco se ouve acerca desse tema, portanto, aproveite a aula de hoje para destacar essa bendita esperança.
 
PONTO CENTRAL - Precisamos estar preparados para encontrar-se com o Noivo.
 
Resumo da Lição 11, Despertemos para a Vinda do Grande Rei
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
1. O Reino dos céus será semelhante a dez virgens.
2. Duas classes de virgens.
3. O que representa o azeite.
4. A chegada do Noivo.
II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
1. A importância da vinda de JESUS.
2. O significado do Arrebatamento.
3. Quando se dará o Arrebatamento.
III – UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
1. Prontidão e santificação.
2. Estar cheio do ESPÍRITO SANTO é um estilo de vida.
3. Andando em santidade para com todos.

SÍNTESE DO TÓPICO I - Mesmo não sendo fácil interpretá-la em seus detalhes, a mensagem da parábola das dez virgens é claríssima.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A iminência do arrebatamento da Igreja é um convite a estarmos despertados espiritualmente.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A mensagem da parábola das dez virgens é um convite a buscarmos ter uma vida de santidade e cheia do ESPÍRITO SANTO.
 
 
 
 
Resumo rápido do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos a parábola das dez virgens onde somos responsáveis, individualmente, pela nossa condição espiritual. Conforme JESUS, não sabemos o dia e nem a hora de sua volta. Devemos, portanto, estar preparados, ou seja, prontos para o arrebatamento. A vinda do Senhor será na primeira fase de sua segunda vinda e é comparada por JESUS nesta parábola como um banquete de casamento. Desde já a coroa da justiça está guardada para “todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.8). Infelizmente, para muitos será tempo de desengano, julgamento e desespero.
O casamento no Antigo Testamento tinha como início uma refeição na casa do pai da noiva onde o noivo deixava um pendente de ouro como penhor, provando assim, que voltaria para buscar sua noiva. Dali o noivo ia para a casa de seu pai e preparava sua casa para morar com sua noiva que dali em diante seria sua esposa. No dia do casamento iria à casa da noiva acompanhado por seus amigos e se encontraria com o cortejo de virgens, amigas da noiva. Assim o noivo levava sua noiva para sua casa e ali se celebrava as bodas e na câmara nupcial o casamento se consumaria.
Leia João 14:1-6 e compare a promessa de volta de JESUS comparada a um casamento.
Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
 
 
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
1. O Reino dos céus será semelhante a dez virgens.
Devemos saber que em Mateus a expressão “Reino dos céus” (3.2; 4.17; 5.3; 10.7; 11.12; 13.24,31,33,44 etc.) tem o sentido de vida eterna e de Reino plenamente instaurado (5.20; 7.21; 8.11; 11.11; 13.47-50 etc.). Ao se referir a “virgens” JESUS se refere a sábias, irrepreensíveis, simbolizando os crentes cuja vida exteriore interior (como é o caso nesta parábola) era sem qualquer mancha, pois os que seguem a CRISTO são chamados de “virgens” (Ap 14.4; 2 Co 11.2). 
2. Duas classes de virgens.
A parábola menciona dois tipos de virgens: “prudentes” e “loucas” (v.2). As cinco virgens prudentes simbolizam os crentes fiéis, sinceros, constantes e santos. Possuíam “estoque” de chama espiritual em seus corações, eram cheias do ESPÍRITO SANTO continuamente. Eram “luz do mundo” (Mt 5.14).
As outras cinco virgens, eram religiosas, também tinham lâmpadas com azeite, também esperavam o noivo, mas não tinham estoque, ou seja, não eram cheias do ESPÍRITO SANTO. São chamadas “loucas”, pois, pelo que se deduz, eram apenas religiosas, e não possuíam suficiente azeite para levá-las até o lugar onde o noivo estava (v.3). Talvez se sentissem seguras e autossuficientes em sua suposta “santidade”, acharam que suas obras bastassem. Estas, mesmo vendo que suas conservas possuíam azeite em estoque, não foram comprar para si mesmas. Faltou-lhes o óleo da unção. Estas cinco virgens loucas representam os crentes mornos e nominais. Têm o ESPÍRITO SANTO, mas nunca buscaram ser cheios e nunca desejaram serem usados pelo ESPÌRITO SANTO com poder para ganharem almas.
Todas se cansaram e adormeceram (v.5), porém, ao despertarem, as loucas, ao contrário das prudentes, descobriram que não tinham mais azeite e estavam na escuridão da religiosidade vazia (v.11).
3. O que representa o azeite.
O azeite, na Bíblia, é símbolo do ESPÍRITO SANTO, posto que sua missão é ungir, iluminar, purificar, separar, curar, alimentar, etc. (vv.3,4). Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do ESPÍRITO SANTO, aliada à fé verdadeira e à santidade necessárias à salvação (Ef 4.30). Portanto, ter azeite, neste caso, evidencia o permanecer cheio do ESPÍRITO SANTO continuamente para quando chegar nosso Salvador e Senhor possamos estar prontos para subir e morar com ELE para sempre.
E azeite para a luminária, e especiarias para o azeite da unção, e para o incenso aromático. Êxodo 35:8
E o candelabro da luminária, e os seus utensílios, e as suas lâmpadas, e o azeite para a luminária, Êxodo 35:14
Então o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o Senhor; Levítico 14:16
Também o sacerdote derramará do azeite na palma da sua própria mão esquerda. Levítico 14:26
Azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso, Êxodo 25:6
E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás. Êxodo 29:7
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; Lucas 10:34
E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem. Salmos 104:15
E o Senhor, respondendo, disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o azeite, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre os gentios. Joel 2:19
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; Tiago 5:14
4. A chegada do Noivo.
Todo o tempo, os cristãos do início da Igreja viviam na expectativa do retorno de CRISTO ainda em sua geração (1 Ts 5.1-11), e todos os crentes atualmente devem assim viver, pois não sabemos em que hora tal acontecimento se dará (Mc 13.32-37). Nesta parábola, JESUS fala a respeito desta “imprevisibilidade” em relação a sua volta (v.6). O Noivo (JESUS) chegará à meia-noite para quem não está pronto, esperando seu Senhor. Para aqueles que estão cheios do ESPÍRITO SANTO e estão ocupados fazendo a obra de DEUS este dia não os pegará de improviso, não será surpresa, pois já estão esperando o tempo todo seu Senhor.
 
 
 
 
II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
1. A importância da vinda de JESUS.
Existem na Bíblia 1.500 referências no Antigo Testamento e cerca de 300 em o Novo Testamento sobre a vinda de JESUS. O crente só pode viver todo tempo pronto, em santidade, levando a mensagem do Evangelho, se estiver esperando ser arrebatado a qualquer hora.
2. O significado do Arrebatamento.
O Arrebatamento da Igreja (Mt 24.40,41; Jo 14.3) é uma certeza da segunda vinda de JESUS em sua primeira fase. Isso se dará secretamente, nos ares, sobre as nuvens (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-17). Os santos ressuscitados e os vivos transformados, todos serão imediatamente trasladados para o céu por JESUS (Jo 10.28,29; 1 Ts 4.16,17). 
3. Quando se dará o Arrebatamento.
Primeiro se dará o arrebatamento. O noivo jamais deixaria a noiva passar pela maior tribulação que este mundo já viu. O dia e nem a hora ninguém sabe, senão DEUS.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Apocalipse 3:10
De acordo com o que foi ensinado na parábola das dez virgens, é inconcebível que DEUS permita que os redimidos passem pela Grande Tribulação, que culminará com o derramamento da ira santa sobre a civilização pecadora (Ap 15.1). Vimos que todas as dez virgens (as prudentes e as loucas) foram surpreendidas com a chegada inesperada do noivo (vv.5-7), indicando que a parábola das dez virgens refere-se a crentes vivos – fiéis e infiéis –, antes da Grande Tribulação. A chegada do noivo se deu repentinamente, assim como JESUS também voltará de forma inesperada (Mt 24.36,44; Ap 22.12a). Por essa razão, devemos estar preparados, com vestes brancas, porque a volta do Senhor ocorrerá na hora em que menos imaginamos. Quem está pronto, cheio do ESPÍRITO SANTO e ocupado na obra de DEUS não tem o que temer.
 

III – UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE1. Prontidão e santificação.
A parábola das dez virgens ressalta o valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de forma separada das coisas profanas, consagrando a vida a uma única coisa – agradar ao seu Noivo, o Senhor JESUS (Ap 19.7). Os principais conceitos relacionados à santificação são a separação daquilo que é pecaminoso por um lado, e, por outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de DEUS (Lv 19.2; Rm 6.19,22; 2 Co 6.14; Ef 5.3; 1 Ts 5.23; 1 Pe 1.15).
Esteja ocupado fazendo a obra de DEUS.
Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Lucas 12:43
Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Mateus 24:46
Esteja cheio do ESPÍRITO SANTO
Não extingais o ESPÍRITO. 1 Tessalonicenses 5:19
Vós, porém, não estais na carne, mas no ESPÍRITO, se é que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós. Mas, se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele. Romanos 8:9
E vos renoveis no espírito da vossa mente; Efésios 4:23
Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no ESPÍRITO, do ESPÍRITO ceifará a vida eterna. Gálatas 6:8
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO; Efésios 5:18
E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o dia da redenção. Efésios 4:30
2. Estar cheio do ESPÍRITO SANTO é um estilo de vida.
Devemos nos manter cheios do ESPÍRITO SANTO de DEUS e para isso ser possível temos que viver em Santidade. Não é pedir para ser cheio, é buscar ser cheio. A ordem é "Enchei-vos".
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO; Efésios 5:18
A santificação ocorre no momento da conversão, mas é um processo progressivo e contínuo depois que perdura por toda a nossa vida, pois enquanto aqui estivermos, somos pecadores regenerados que precisamos do trabalho diuturno do ESPÍRITO (Rm 8.1-17; 2 Co 3.18; 2 Pe 3.18) e nosso também, combatendo o pecado.
Pense: O meu estilo de vida de santidade agrada a DEUS?
3. Andando em santidade para com todos.
Nossa vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO deve ser consagrada, dedicando-nos a DEUS e ao seu trabalho (Rm 8.14; Ef 5.18). Nosso compromisso é agradar ao Senhor, andando em santidade, de maneira fiel e leal a DEUS.
Uma vida plena e cheia do ESPÍRITO SANTO é para todos os filhos de DEUS, portanto, para todos nós hoje (At 2.38,39).

 
CONCLUSÃOINTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
JESUS diz que o Reino dos céus ( a vida eterna que se inicia no arrebatamento ) será semelhante a dez virgens esperando pelo noivo para o casamento. Duas classes de virgens estão presentes na parábola, cindo prudentes e precavidas e cinco loucas e despreparadas. O ESPÍRITO SANTO na parábola é representado pelo azeite. A chegada do Noivo é aguardada e pode demorar mais do que as noivas esperam.
II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
A importância da vinda de JESUS se deve ao fato de estarmos sempre prontos e em santidade. O Arrebatamento é a vinda súbita de JESUS sobre as nuvens para nos levar para si mesmo.
O Arrebatamento se dará a qualquer momento.
III – UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
Devemos estar em Prontidão e santificação. Estar cheio do ESPÍRITO SANTO é um estilo de vida. Devemos estar andando em santidade para com todos.
 
 
 
COMENTÁRIOS DIVERSOS
 
 (Strong Português) - VIRGENS -  παρθενος parthenos
1) virgem 
1a) virgem núbil, com idade de casar 
1b) mulher que nunca teve relação sexual com um homem 
1c) filha núbil de alguém
2) homem que se absteve de toda sujeira e prostituição presente na idolatria, e assim manteve sua castidade 
2a) alguém que nunca teve relação com mulheres
 
 (Strong Português) - NÉSCIAS -  μωρος moros
1) tolo
2) ímpio, incrédulo, louca

(Strong Português) - PRUDENTES- φρονιμος phronimos
1) inteligente, sábio
2) prudente, i.e., atento aos próprios interesses
 
Lição 12 - Parábolas - VIGIAI, POIS NÃO SABEIS QUANDO VIRÁ O SENHOR - Parábola das Dez Virgens
TEXTO ÁUREO: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13).
VERDADE PRÁTICA: Todo cristão precisa estar alerta para a vinda repentina e inesperada de CRISTO, a fim de não ficar envergonhado naquele grande dia.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MATEUS 25.1-13
1 ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. 3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. 5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. 6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. 7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. 8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. 9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. 10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. 11 E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. 12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
 
Comentários versículo por versículo - LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 25.1-13
1 ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.Reino dos Céus = Reino espiritual, superior, eterno, não visto pelos homens naturais, somente pelos espirituais e perdido pelos carnais.
Semelhante = Não é igual, é semelhante, ou seja, parece-se. Representa.
Dez = Alguns acreditam ser um número que indica perfeição ou totalidade, porém é apenas um número redondo ou par para ser dividido em dois grupos significativos.
Se fosse um número especial os dez mandamentos não seriam reduzidos a dois mandamentos por JESUS: “Amar a DEUS sobre todas as coisas e Amar ao próximo com a ti mesmo”. O número de todos os salvos, que formam o corpo de CRISTO na Terra, A Igreja.
Virgens = Não significa virgindade física, mas sim pureza, santidade, salvação, comunhão com DEUS, separação para DEUS, Salvos em CRISTO que receberam o ESPÍRITO SANTO, a Igreja.
Tomando = Se preparando, aceitando a JESUS ao ouvir o evangelho.
Lâmpadas = Lamparinas feitas de barro ou argila, com orifício para se colocar azeite e lugar para se colocar pedaço de linho fino retorcido para queimar. Representa Nosso corpo físico, Templo para receber o SANTO ESPÍRITO. O fio de linho representa nosso espírito e o azeite o ESPÍRITO SANTO, sendo o fogo a representação de JESUS que acende ou religa-nos a DEUS através do Novo Nascimento, ocorrido no momento de nossa conversão e posterior enchimento total no batismo com o ESPÍRITO SANTO.
Saíram = As virgens que representam a Igreja estão prontas para irem ao encontro do noivo assim como a Igreja está pronta para se encontrar com o noivo JESUS CRISTO nos ares no momento do arrebatamento da Igreja, este desejo de sair ao encontro do noivo deve estar sempre no mais íntimo de nosso ser.
Ao Encontro = O momento tão esperado é chegado, todo o trabalho e paciência agora será recompensado, é o encontro mais desejado depois de tanta espera, assim também a Igreja ama e deseja se encontrar com seu salvador JESUS CRISTO, Neste dia terá valido a pena tanto sofrimento, tanto esforço, tanta expectativa, nos encontremos com o desejado, o amado, o nosso redentor, este é o nosso maior anelo, nosso maior desejo.
 
2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.Cinco = A metade, 50%, representa uma quantidade em meio ao total, JESUS não está querendo dizer aqui que só a metade da denominada “Igreja” será arrebatada.
 Eram prudentes =
PRUDÊNCIA: Virtude que leva o Homem a prever e a evitar os erros e os perigos; cautela; moderação; precaução; circunspecção; tino.
Como vemos a prudência prevê o futuro e se prepara para enfrentá-lo com o devido equipamento necessário.
Assim o crente que estuda a Palavra de DEUS sabe que o Senhor virá e isso é imprescindível para que o mesmo esteja pronto e trabalhando, para que seu Senhor ao chegar o ache fazendo assim, ocupado na obra de DEUS. Somente aqueles que têm em si o temor de DEUS acham a sabedoria para se prevenirem para a hora da volta do noivo (Pv.1:2,4,7).
A comunhão com o ESPÍRITO SANTO nos traz conhecimento do futuro, pois O Mesmo é nosso professor e nos revela as palavras de JESUS a respeito do futuro, nosso arrebatamento e posterior reinado com CRISTO e morada eterna com DEUS; assim é prudente que nos mantenhamos em comunhão com DEUS através do ESPÍRITO SANTO, ou seja, mantenhamos a lâmpada cheia de azeite (símbolo do ESPÍRITO SANTO).
Devemos amar a vinda de nosso salvador:
2Tm 4.8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
 E cinco loucas = Loucas = Que perderam a razão; doidas; alienadas; insensatas; imprudentes; doidivanas; brincalhonas; folgazonas; apaixonadas; indivíduo que perdeu o uso da razão; demente.
Assim estas noivas não tinham a verdadeira noção da importância da vinda do noivo, não previam que o noivo poderia demorar, não tomaram as devidas precauções  para estarem devidamente munidas de azeite em todo o tempo da espera; para elas era apenas uma brincadeira a vinda do noivo, mais um divertimento, não amavam, estavam apenas apaixonadas. Viram suas companheiras com azeite extra, mas não foram comprar para si mesmas antes do noivo chegar. Se achavam abastecidas, eram confiadas emn si mesmas. Se auto-justificavam.
 
3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
As loucas = As despreparadas, representam os crentes carnais, que vivem sem a comunhão com o ESPÍRITO SANTO, mas com o nome de crentes.
Tomando = Pensavam que estavam prontas, ficaram surpresas com a falta de azeite, talvez tenham se esquecido do valor que o noivo daria ao azeite. Chegaram a sair ao encontro do noivo, porém notaram que algo estava errado. Sansão também se levantou pensando que ainda o ESPÍRITO SANTO estva nela, mas não estava mais. “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele. (Juízes 16:20).
Suas Lâmpadas = Estavam bem vestidas, estavam bem adornadas, estavam bem pintadas, estavam no meio das outras, estavam trabalhando como as outras.
Não levaram azeite consigo = Deveriam ter levado azeite sobressalente numa vasilha separada, pois não sabiam a que hora o noivo chegaria e não poderiam esperar no escuro; assim também temos que manter-nos na oração e nos estudo da Palavra de DEUS, em abundância pra não ficarmos no escuro e nem desprovidos de desejo de nos encontrar com JESUS.  A ordem é "Enchei-vos do ESPÍRITO" Efésios 5:18b. As noivas se esqueceram do mais importante, sem azeite não há fogo e sem fogo não há luz e sem luz não há festa e sem festa não há noivo e nem casamento. Sem o ESPÍRITO SANTO não há salvação, não há encontro com JESUS.
 
4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
As Prudentes = As sábias, as preparadas, as prevenidas, representam os crentes que estão em constante oração e em constante trabalho para o Senhor, são os crentes verdadeiros e fiéis que não se cansam de esperar, pois sabem que quem fez a promessa, certamente a cumprirá: Ap 22.20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Respondamos então: Amém. Ora vem, Senhor JESUS!!!!!!!
Levaram azeite em suas vasilhas = Pegaram das vasilhas que levavam e tornaram a encher as lâmpadas. Estavam em comunhão com o ESPÍRITO SANTO e sendo assim é fácil ser cheio novamente.
Com as suas lâmpadas = Lâmpadas providas de azeite e pavio suficientes para esperar o noivo e acompanhá-lo. Representam os crentes que seus corpos são Templo do ESPÍRITO SANTO, são luzes do mundo a iluminar o caminho para CRISTO, pois JESUS disse: Jo 8.12 Falou-lhes, pois, JESUS outra vez, dizendo: Eu sou a [luz do mundo]; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Estavam cheias do ESPÍRITO SANTO continuamente.
 
5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
E, tardando o esposo = Demorando o noivo, agora chamado esposo, pois o futuro era certo, o casamento era certo, pois o noivo nunca falhava em seus compromissos. Assim JESUS também nos convida a sermos a esposa de CRISTO, sabemos que nossa união com Ele é certa e se aproxima o dia.
A demora é vista para os que não estão prontos como algo penoso e que causa desconfiança, porém para os que estão prontos para o encontro (estão todo o tempo esperando e fazendo o que ELE mandou) a demora é pela misericórdia do noivo pelos que ainda não estão prontos. Para quem está pronto, nunca é surpresa a chegada do noivo.
JESUS está voltando e só não voltou ainda devido ao nosso fracasso na evangelização do mundo, é pela misericórdia de tantos excluídos, de tantos que nem sequer uma vez ouviram o maravilhoso nome de JESUS.
Tosquenejaram todas, e adormeceram = O cochilo trouxe o adormecimento, é perigoso o sono do despreparado, pois seu sono é o de condenação, porém para os que dormem o sono da paz e segurança em DEUS, o adormecimento é mais uma prova da comunhão com o ESPÍRITO SANTO. JESUS dormiu no barco em meio a uma tempestade. De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas inundavam o barco. JESUS, porém, dormia. Mateus 8:24.
Também temos aqui a visão do crente que peca, porém se arrepende e corre aos braços do perdoador.
1Jo 1. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Infelizmente as outras dormiram o sono da negligência, o sono da condenação eterna, pois não estavam preparadas para o encontro, embora saibamos que em um dia no passado estiveram prontas, pois não é à toa que eram virgens e estavam esperando o noivo.
 
6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mas à meia-noite = Hora da chegada do noivo. Para nós, hora do arrebatamento, o final da espera, o dia da alegria maior no ESPÍRITO, a hora mais desejada do crente. Findou a luta, a batalha foi ganha, ufa! Chegamos, conseguimos, JESUS eu quero te ver, eu quero te abraçar!!!! “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2Tm 4.8
ouviu-se um clamor = O grito do emissário que vinha gritando pela cidade, como o tocar da trombeta, como a voz de muitos anjos.
1Ts 4.16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro = Olha Ele aí, valeu a pena a espera, valeu a pena ser prevenido, valeu a pena ser fiel. Ele é o salvador, Ele é o Senhor, Ele veio nos buscar, vamos correndo ao seu encontro.
 
7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
Então todas aquelas virgens se levantaram = Todas se levantaram, todas estavam ali reunidas para receberem o noivo, todas caminharam ao encontro do noivo; assim muitos naquele dia vão correr ao encontro do noivo...
E prepararam as suas lâmpadas = Todas tinham lâmpadas, todas empunharam suas lâmpadas; todas acreditaram estarem prontas...
 
8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
 E as loucas disseram às prudentes = Aquelas que não estavam preparadas, agora vão até aquelas que a todo o tempo conferiam seus utensílios para não esquecerem nada.
Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. =
A diferença agora apareceu, 5 tinham azeite e cinco não o tinham, agora foi revelado o segredo, o oculto, até agora eram todas iguais no trabalho, na espera, no sono, porém agora foi descoberta a falta de preparo, a falta de prudência. O apagar das lâmpadas significava falta de azeite e consequente perda de direito a participar do cortejo e posterior festa de casamento. Assim também na hora do arrebatamento muitos que tinham nome de crentes, se vestiam como crentes, tinham bíblia como crentes, faziam obras como crentes, falavam como crentes e até faziam milagres como crentes, serão impedidos de serem arrebatados, pois vivem em iniquidade.
Lc 13.27 E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade.
 
9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós = Não havia outra solução, pois se as prudentes ajudassem às imprudentes ou loucas, elas seriam prejudicadas e também não entrariam nas bodas.
Assim também os crentes não podem participar dos pecados alheios, de falsos crentes irresponsáveis, pois correrão o risco de não subirem no arrebatamento.
1Tm 5.22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
Ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
O conselho das prudentes era para que fossem em busca do mesmo modo que elas foram e conseguiram, porém o mais provável é que não haveria mais tempo para fazê-lo, primeiro devido ao avançado horário quando não havia mais local de venda de azeite aberto e depois porque o noivo não esperaria pessoas que não foram para sua festa preparadas. Assim o conselho das prudentes foi apenas uma maneira de se livrarem das loucas, pois para elas não havia mais solução.
Aprendemos daí que na hora do arrebatamento quem estiver pronto sobe e quem não estiver fica, pois a Igreja vai ser arrebatada e não haverá mais quem pregue o evangelho cheio do ESPÍRITO SANTO e nem quem imponha as mãos sobre outro para que receba o ESPÍRITO SANTO, pois quem o fazia, agora foi arrebatado. O azeite (ESPÍRITO SANTO) será levado da Terra, subirá junto com as lâmpadas (Os crentes). Não há tempo, é num piscar de olhos.
1Co 15. 52 Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
 
10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo = Por incrível que pareça, as néscias ainda foram procurar quem vendesse o azeite, era muita a falta de conhecimento do horário do comércio e da paciência do noivo com pessoas loucas. O esposo chegou, pegou a noiva e partiu para sua casa, não podia esperar por virgens despreparadas.
Temos aqui a advertência de não acreditarmos em falsos  ensinos que dizem que uns nasceram para serem salvos e outros para serem perdidos. Não, a chance é para todos, portanto, estejamos prontos, pois só sobem os prontos e não os que estão se aprontando.
Hb 10. 22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
 
11 E as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
Somente as 5 que estavam preparadas entraram para a festa de casamento, não dava mais tempo, fechou-se a porta.
Somente entrarão para as bodas do cordeiro os salvos, os preparados, os que dão valor e se esforçam por estarem ali antes que as portas se fechem.
 Ap 3.7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:
 
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
Não creio que tenham comprado azeite, mas que tentaram entrar sem lâmpadas, porém não foram recebidas, mesmo que chamassem o noivo de senhor.
Não há jeitinho brasileiro no céu, não há como entrar sem o ESPÍRITO SANTO.
Mt 7.21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
 
12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Não conhecer é dizer que não reconhece no escuro.
Assim JESUS não reconhece como irmão, como filho de DEUS quem vive em trevas, sem a luz que vem da comunhão com o ESPÍRITO SANTO.

13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
Agora o noivo dá um conselho ou uma advertência para todos os que ouviram a parábola:
Estejam preparados, com muita unção do ESPÍRITO SANTO, em comunhão estreita com o mesmo e isto significa ter tudo em comum, ter o desejo maior de estar com CRISTO para sempre!!!!!!!!!
 
LEITURA DIÁRIA:
 
Segunda – 1 Co 12.12,14,27 Os verdadeiros crentes formam um todo na terra
12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é CRISTO também.
14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
27 Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em particular.

Romanos 12 .4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,Efésios 4.4 há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
 16 do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
 1 Coríntios 12 .27 Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em particular.
 Gálatas 3.16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é CRISTO.
 
Terça – Mt 25.10 Os crentes precisam estar preparados
10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.Lucas 13.25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes a estar de fora e a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois,
 
Quarta – Mt 25.1,4; Ef 6.18 Os crentes precisam ter azeite em suas vasilhas
1 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2 E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. 3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas
25.1 A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS. Esta parábola ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de CRISTO num tempo desconhecido e inesperado. Devem perseverar na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora, sejam levados pelo Senhor na sua volta (v. 10). Estar sem comunhão pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino. (1) O que faz a diferença entre o néscio e o sábio é aquele (louco) não reconhecer que o Senhor, ao voltar (ver Jo 14.3), virá num tempo em que não é aguardado, nem precedido de sinais visíveis específicos (v. 13; ver 24.36,44). (2) CRISTO mostra aqui e em Lc 18.8 que uma grande parte dos crentes estará despreparada no momento da sua volta (vv. 8-13). CRISTO deixa, pois, claro que Ele não vai esperar até que todas as igrejas locais estejam preparadas para a sua vinda. (3) Note-se que todas as dez virgens (tanto as prudentes como as loucas) foram surpreendidas, ao vir o noivo (vv. 5-7). Isto indica que a parábola das dez virgens refere-se aos crentes vivos antes da tribulação e não àqueles durante a tribulação, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de CRISTO no final da tribulação.
25.4 AZEITE. JESUS, numa série de ilustrações, ressalta a necessidade de fidelidade e vigilância do crente até que Ele volte. A parábola das dez virgens destaca a urgente necessidade disso, pelo fato de CRISTO vir numa data imprevisível. Na vossa paciência , disse JESUS, possuí a vossa alma (ver Lc 2l.19). O azeite nesta parábola representa no crente a presença permanente do ESPÍRITO SANTO, aliada à fé verdadeira e à santidade. Cinco outras parábolas contendo a lição da perseverança são: O Semeador (Lc 8.4-15); O Servo Vigilante (Lc 12.35-40); O Mordomo Fiel (Lc 12.42-48); O Construtor da Torre (Lc 14.28-30); e O Sal Degenerado (Lc 14.34,35).
 
Quinta – Rm 13.11 O crente descuidado quanto à vinda do Senhor
11 E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque ia nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.1 Coríntios 15.34 Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa. Efésios 5.14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e CRISTO te esclarecerá.
 1 Tessalonicenses 5.5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
 
Sexta – 1 Jo 2.18 O crente deve estar atento aos falsos cristos
18 Filhinhos, ré já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.2.18 MUITOS... ANTICRISTOS. Um anticristo ou falso CRISTO virá, perto do fim dos tempos, para governar o mundo e liderar uma grande rebelião contra CRISTO e a fé cristã (ver Ap 13.1,8,18; 19.20; 20.10;). Mas João também diz que "muitos anticristos" já penetraram na igreja. São crentes professos que amam o mundo e seus prazeres pecaminosos e distorcem o evangelho e sua mensagem da cruz, opondo-se assim a CRISTO e sua justiça
 
Sábado – Ap 21.2 Os santos viverão na Jerusalém celestial
2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.21.2 A NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à terra como a cidade de DEUS, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual DEUS é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16. A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8)
 
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Analisar temas escatológicos fundamentados na parábola.
Identificar os elementos essenciais da parábola.
Explicar os princípios gerais e o sentido espiritual da parábola.
 
PONTO DE CONTATO: Professor, converse com seus alunos sobre a necessidade de estarem preparados para a iminente volta de CRISTO, pois ninguém sabe o dia, a hora ou momento exato de seu glorioso retorno. Será como a vinda do noivo da parábola: inesperadamente.
Crentes verdadeiros, nominais e incrédulos achar-se-ão, num momento, perante o trono do Divino Juiz. Nesta hora, será inútil e impossível depender de quem quer que seja para obter a salvação, como no caso daquelas cinco virgens imprudentes, que apesar de todas as tentativas, não conseguiram emprestado o azeite necessário para acender suas lâmpadas, e assim, acompanhar o noivo e ter o direito de entrar na sala nupcial. Perderam a oportunidade da preparação. Era tarde demais!
SÍNTESE TEXTUAL: A parábola das dez virgens é mais um incentivo à vigilância quanto ao iminente retorno de CRISTO. Aquele “grande dia” será, para os crentes, preparados, prudentes, cheios do ESPÍRITO SANTO, uma ocasião de regozijo imensurável. A Palavra de DEUS diz que a coroa da justiça está guardada para “todos quantos amam a sua vinda” (2 Tm 4.8). Contudo, para os crentes insensatos, fracos, descuidados, negligentes e adormecidos espiritualmente, será tempo de desengano, julgamento e desespero.
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA: Para esta atividade você precisará de cartolina e caneta hidrocor. Desenhe dez lamparinas conforme o modelo abaixo. Solicite a participação de dez alunos. Separe-os em dois grupos de cinco componentes e distribua as lamparinas entre eles: uma para cada aluno. O grupo que representar as virgens prudentes escreverá nas lamparinas características positivas. E o que representar as imprudentes, negativas. Quando todos tiverem concluído esta etapa da atividade, solicite a cada participante que revele uma das características das dez virgens; primeiro das prudentes e depois das loucas. Faça uma reflexão sobre essas características.
Utilize esta dinâmica para concluir a lição.
 
 
COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
É chegada a hora de revelar as coisas futuras, é momento de alertar aos discípulos   sobre o dever de vigiar, pois o inimigo não descansa, antes pelo contrário, busca uma brecha por onde derrubar aqueles que querem seguir a CRISTO.
A parábola das dez virgens é mencionada num contexto judaico, sendo o casamento judaico usado como pano de fundo para uma das mais belas parábolas ensinadas por JESUS.
 
COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE A LIÇÃO:
Na pergunta feita pelos discípulos a respeito da destruição do templo e do fim do mundo, ou das últimas coisas, que JESUS menciona esta parábola (que nada mais é do que uma ilustração a respeito da vigilância e da perseverança do cristão).
Na parábola JESUS diz que o reino dos céus é semelhante a dez virgens que estão na casa de uma determinada noiva que está à espera de seu noivo, porém como sempre utilizado por JESUS, ali também a metade eram pessoas prudentes e a metade pessoas imprudentes ou loucas, pois não tinham juízo ou responsabilidade, ou vigilância suficiente para estarem prontas na chegada do noivo esperado.
Demorando-se o noivo a chegar, talvez fora dos padrões sociais da época, as virgens adormeceram, pois era costume dançarem enquanto esperavam o noivo e com a demora do mesmo se cansaram e adormeceram.
O costume da época dizia que as virgens, ou acompanhantes da noiva deveriam comparecer ao encontro da noiva com o noivo na casa da noiva e saírem num cortejo do até o local do casamento, portando lâmpadas, ou lamparinas, contendo azeite e pavio para queimar e alumiar o caminho por onde iriam, luzes que significavam o brilho da luz divina no caminho futuro do casal.
A luz das lamparinas indica que o crente é luz do mundo, guiando-os para CRISTO, pois JESUS disse "Eu sou a Luz do Mundo, quem me segue, não andará em trevas ."
Perto da meia noite, ou perto do fim da primeira vigília, ouviu-se a voz do proclamador de boas novas (espécie de locutor que fazia o convite a todos aos gritos por toda a cidade), aí vem o noivo!  Nesta hora todas se levantam apressadas e a metade das virgens, as 05 prudentes, acompanham a noiva, porém a outra metade das virgens (05), as imprudentes, ou loucas ou néscias, ou desavisadas, notaram que o azeite em suas lâmpadas havia se acabado, então pediram, ou clamaram às outras virgens que se lhes dessem de seu azeite, porém a resposta que ouviram é de que se lhes dessem do seu azeite ficariam também sem azeite, então a solução apresentada pelas prudentes foi de que fossem ao mercado e comprassem azeite para elas.
O cortejo seguiu em frente até aa casa do noivo e então as portas foram fechadas.
As virgens loucas chegaram correndo, porém encontraram as portas fechadas, então clamaram pelo noivo para que as deixasse entrar, porém a resposta que ouviram foi: “Eu não as conheço”.
 
 O Noivado JUDAICO
 
            Jo 14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.
            DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1-     Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.
2-     O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3-     No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4-     O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)
5-     A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).
6-     O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7-     O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem vestida, modo de falar correto e santo, etc... Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.
Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os seus convidados”.
 
                   
O CASAMENTO NO JUDAÍSMO HOJE
"Não é bom o homem estar só, farei para ele uma companheira" Gênesis, 2:18
HISTÓRICO
O primeiro mandamento dado por DEUS ao homem é o de se casar. Como Adão ainda não tinha uma religião definida, entendemos que isto se estende a todos os povos, raças e religiões.
Para os Judeus, este é o primeiro dos 613 mandamentos da Torá (Bíblia) dos Judeus. A palavra Torá quer dizer "orientação" e consiste nos cinco livros que Moisés recebeu de DEUS no Monte Sinai no ano 2448 desde a criação do mundo. Estamos em 5671. Para os que não são Judeus, este mandamento está incluído nos Sete Mandamentos dos Filhos de Noé, no que refere a manter relações sexuais permitidas pela Torá. Um forte motivo de DEUS ter feito do casamento um mandamento (e não uma opção), se deve ao fato do homem ser extremamente ligado a seus sonhos e conquistas e em muitos casos não deixar espaço para um ente feminino compartir o seu mundo. Naturalmente, todos procuram um companheiro/a para amenizar sua jornada na vida. Mas daí até se comprometer a compartir uma vida a dois, a estrada é longa. Nossos rabinos ensinam como deve ser trilhada esta estrada para obtermos êxito: A primeira história de um encontro com fins matrimoniais é a do patriarca Isaque: Seu pai, Abraão, envia o servo Eliezer para buscar uma esposa em sua terra natal, onde as moças tinham valores culturais semelhantes aos do filho. Eliezer reza para DEUS os ajudar nesta empreitada e faz um sinal para si próprio: A moça que oferecer água para ele e também para seus camelos será a escolhida. Quando Eliezer chega a seu destino, Rebeca está junto ao poço e age desta maneira. Sem dúvida, esta moça tem os valores morais que buscava e é boa para Isaque Então Eliezer entra na tenda de Labão e do pai de Rebeca Betuel e pede sua mão. Betuel e Labão consultam a Rebeca e esta concorda em unir-se a Isaque em matrimônio. Deste episódio nossos rabinos tiram importantes lições: 
O casamento é uma decisão importante e deve ser feita cautelosamente
 Os noivos devem ter o maior número possível de valores em comum
Devem ter as mesmas metas, mas não necessariamente o mesmo caráter
Sempre é bom ter uma opinião objetiva como a dos pais ou casamenteiros
É bom olhar mais se os valores e não as feições da pessoa coadunam conosco
O amor é algo que será construído dentro do esquema do casamento, passo a passo, conforme os noivos vão se dando um ao outro e não é uma premissa básica para se casar, embora o Talmud (ensinamentos e legislação rabínicos) ensine que tem de haver uma atração física básica, embora não essencial.
 É imprescindível que os noivos estejam de acordo com o matrimonio e que este não lhes seja imposto por interesse, pressão da família ou social
Os noivos entendem que o casamento é apenas um começo e não o resultado de um clímax de paixão. Na Torá, Rebeca salvou a vida e conseguiu os direitos de progenitura para seu filho Jacob, que havia sido enganado pelo irmão gêmeo (fraterno) Esaú, tão somente por conhecer mui intimamente a natureza de Isaque, que acabou concordando com a atitude da esposa
As histórias de casamentos são abundantes na Torá e cada uma delas abriga dentro de si importantes lições para todas as gerações.
COSTUMES
A maioria dos Judeus nos dias de hoje são descendentes das tribos de Israel que sobreviveram à destruição do segundo Templo em Jerusalém e hoje são Ashkenazim (da Europa do Leste e Central) ou Sefaradim (Espanha, Norte da África e Países Árabes). Um terceiro grupo veio do Yemen e hoje vivem quase todos em Israel.
Conquanto a legislação judaica já foi delineada pelo Talmud há mais de quinze séculos e é idêntica para todos os Judeus, podem existir algumas variações entre estes grupos no tocante à comida, ordem de entrada das famílias na cerimônia e outros detalhes, mas todos obedecem estes marcos primordiais: A Chupá (procunciamos RRupá ou Jupá em Espanhol) Os noivos se reunem sob um toldo, geralmente de pano, que representa o novo lar. Na maior parte dos casos se faz a Chupá ao ar livre, para ter apenas o Céu (DEUS) acima das cabeças dos noivos como se Ele os estivesse abençoando diretamente. O noivo cobre a cabeça com uma Kipá (solidéu) ou Chapéu enquanto a noiva tem seu rosto coberto por um véu, para que sua tez seja vista pela primeira vez após a cerimônia pelo seu marido. Seguindo um costume do Talmud, ambos costumam jejuar no dia da boda pedindo a DEUS que perdoe seus pecados e abra uma ficha nova para eles no Céu. Sob a Chupá o rabino oficia o casamento lendo a Ketubá para os noivos. A Ketubá é um documento escrito em Aramaico num pergaminho, onde constam as obrigações do noivo para com a noiva, tais como lhe prover moradia, alimentação, vestimenta, presentes e carinho. A noiva tem direito a uma indenização no caso de divórcio, que foi instituído por DEUS na Torá e é oficiado por Cortes Rabínicas. Duas testemunhas devem comparecer à Chupá para atestarem o que foi lido na Ketubá e para identificarem a noiva. Já aconteceu as noivas serem trocadas (Raquel por Léa, no casamento do patriarca Jacob), daí o costume. Os casamentos estritamente dentro das normas da Torá requerem que as testemunhas sejam Judeus observantes. O noivo coloca um anel no dedo do meio da mão da noiva e assim sela o compromisso. É daí que vem o costume de "pedir a mão em casamento" - para colocar o anel. O rabino dá início então às Sete bênçãos, pronunciadas sobre um cálice de vinho casher (com supervisão rabínica), onde DEUS desata a proibição de união sexual existente fora do casamento e permite os noivos um à outra. Após as bênçãos, é costume judaico o noivo quebrar um copo de vidro com o pé para simbolizar a tristeza que sentimos pelo fato de Jerusalém ter sido destruída e causado tanto sofrimento aos Judeus durante a diáspora e mesmo hoje quando Israel se constrói. Logo após, todos emocionados proclamam o Mazel Tov (Boa sorte! Felicidades!) e começa a festa com muita alegria, música e boa comida. É costume judaico convidar estranhos ao casamento principalmente os pobres. A filha de rabi Akiva, um grande rabino de Israel, teve sua vida salva porque convidou um pobre a comer no dia do seu casamento e deu a ele seu próprio prato de comida. Ao chegar em casa com seu marido, a noiva estancou seu pente na parede. No dia seguinte acordou e viu uma cobra venenosa morta, espetada no pente. Seu pai lhe disse que isto foi um milagre de DEUS por ela ter dedicado tanta atenção a um pobre. 

LEGISLAÇÃO
Esta é a parte mais complicada e envolve textos rabínicos complexos e profundos, pois descreve uma infinidade de casos e o que fazer quando houve um engano. Por isto vamos nos deter somente na legislação básica, como está no Torá: Todo filho e filha de mãe judia podem se casar entre si desde que não sejam irmãos, pai e filha, mãe e filho e inúmeros casos parecidos citados em Levítico 17, 18 e 19. Alguns Judeus e Judias não podem se casar entre si: os Cohen (descendentes dos sacerdotes do templo) não podem se casar com mulheres divorciadas. Um convertido/a pode se casar com um judeu/ia se sua conversão for sancionada por um Beit Din (Corte Rabínica) de três juízes e se o casamento não motivou a conversão. O Estado de Israel moderno rege sua legislação matrimonial baseado na Torá.  Paulo Rogério Rosenbaum.
As virgens simbolizam a Igreja embora não sejam noivas, pois CRISTO só tem uma Noiva, uma esposa, que é a Igreja.
Na conclusão da parábola vemos que as virgens entram para as bodas, para a festa, então o importante é estar na festa, é estar no gozo de nosso Senhor.
Nas parábolas DEUS é representado por dono de vinha, dono de campo, etc..., isto não muda o ensino das parábolas, o que importa na parábola é seu ensino central e isso nós podemos compreender facilmente pelo ESPÍRITO SANTO.
Na verdade a noiva é a Igreja e esta é formada por todos os salvos, sendo representados aqui na parábola pelas 05 virgens prudentes que acompanhavam a noiva e a conduziam para o noivo e sua morada.
Podemos dizer que as virgens sábias e prudentes representam a Igreja que subirá no arrebatamento e que as virgens loucas ou despreparadas representam a “igreja” da Grande Tribulação, pois estas foram comprar o azeite e conseguiram comprá-lo, porém chegaram atrasadas para o Tribunal de CRISTO.
Infelizmente nem todas as virgens estavam preparadas para se encontrarem com o noivo naquele momento, talvez mais cedo, ou mais tarde, ou no outro dia; porém, não naquele momento. O azeite é a diferença.
 
Sabemos que haverá o final do dia, pois a noite vem, então enquanto é dia nos preparemos, pois quando a noite chegar não existirá mais a oportunidade de estar com a lâmpada cheia (cheios do ESPÍRITO SANTOI), depois que o noivo JESUS chegar haverá o arrebatamento da Igreja e então será a Grande Tribulação.
Mt 25.1 Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
Saíram ao encontro, quer dizer que se sentiram atraídas pelo noivo, estavam preparadas e desejosas de se encontrarem com o noivo, tomaram a decisão de saírem ao seu encontro porque para isto mesmo estavam a espera; assim a Igreja espera ansiosa o dia e a hora de se encontrar com o noivo, dia e hora, aliás que ninguém sabe, só o Pai.
 
Sabemos que JESUS vem tirar a Igreja de dentro da “igreja”, vem tirar com violência, ou arrebatar a verdadeira, santa e pura Igreja, sua noiva dentre muitos que se dizem igreja e não o são na verdade, pois praticam a iniquidade.
Não podemos afirmar, baseados na parábola, que somente a metade da nominal igreja cristã será salva, porém podemos dizer que nem todos os que dizem “Senhor, Senhor, serão salvos”, pois esta é uma afirmativa do próprio JESUS.
Vemos que na parábola do semeador 25% da terra era boa e nem por isso podemos afirmar que somente 25% das pessoas serão salvas, pois se o fizéssemos estaríamos concordando com a falsa doutrina da predestinação.
Aqui trata-se da divisão entre os querem e os que não querem servir a DEUS, entre os salvos e os perdidos.
 
 PRUDÊNCIA:
Virtude que leva o Homem a prever e a evitar os erros e os perigos;
cautela; moderação; precaução; circunspecção; tino.
Como vemos a prudência prevê o futuro e se prepara para enfrentá-lo com o devido equipamento necessário.
Assim o crente que estuda a Palavra de DEUS sabe que o Senhor virá e isso é imprescindível para que o mesmo esteja pronto e trabalhando, para que seu Senhor ao chegar o ache fazendo assim, ocupado na obra de DEUS. Somente aqueles que têm em si o temor de DEUS acham a sabedoria para se prevenirem para a hora da volta do noivo (Pv.1:2,4,7).
A comunhão com o ESPÍRITO SANTO nos trás conhecimento do futuro, pois O Mesmo é nosso professor e nos revela as palavras de JESUS a respeito do futuro, nosso arrebatamento e posterior reinado com CRISTO e morada eterna com DEUS; assim é prudente que se mantém em comunhão com DEUS através do ESPÍRITO SANTO, ou seja, mantém a lâmpada cheia de azeite (símbolo do ESPÍRITO SANTO)
Devemos amar a vinda de nosso salvador:
2Tm 4.8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
Mesmo que durante nossa caminhada, algum dia dormirmos, mas dormirmos cheios de azeite (Na verdade ainda cometemos pecados de vez em quando, mas corremos aos pés do Senhor e pedimos perdão, pois não pecamos voluntariamente – 1Jo 1.9), seremos arrebatados, pois acordaremos (seremos acordados pelo ESPÍRITO SANTO) com a trombeta tocando: Aí vem o noivo!!!
Vemos no exemplo das virgens loucas que muitos estão a pecar voluntariamente e vivem na iniquidade, sem nenhuma comunhão com o ESPÍRITO SANTO, para estes a palavra é: “Eu não vos Conheço”.
 
VIRGENS LOUCAS
As virgens loucas não foram assim chamadas porque não levaram azeite, mas por não levarem azeite de reserva, ou com suficiência para uma eventual demora do noivo, na verdade, não foram precavidas.
O Azeite
Era usado largamente como material combustível para lâmpadas ou lamparinas, durante a noite, os pavios de linho retorcido eram embebidos em azeite e aceso o fogo duravam bem mais do que nossas modernas lamparinas a querosene.
 
Produto abundante na região e de fácil acesso.
Não se aceitava alguém acompanhar o cortejo nupcial sem estar com uma lâmpada acesa, caso estivesse apagada a lâmpada de alguém, este era colocado fora do cortejo e não entrava para as bodas ou festa de casamento, pois era considerado um tipo de mal presságio ou de desejo de infelicidade para o casal.
O azeite para nós significa a unção do ESPÍRITO SANTO como no Salmo 133. 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Quem tem azeite na lâmpada entra para as bodas do noivo, quem não tem, não entra, então para nós os crentes legítimos têem o ESPÍRITO SANTO e vivem em comunhão com o mesmo, enquanto aqueles que dizem serem crentes, mas não estão em comunhão com o ESPÍRITO SANTO, não são salvos, portanto não participarão do arrebatamento da Igreja (Reunião de salvos, tirados para fora do mundo).
Veja que antes aceitaram a JESUS e receberam o ESPÍRITO SANTO, agora perderam a comunhão com o ESPÍRITO SANTO, devido a sua comunhão com o mundo e conseqüente prática de iniqüidade; assim suas lâmpadas se apagaram o o ESPÍRITO SANTO se entristeceu e não consegue mais convencê-los do pecado para que se arrependam.
 
I. A LIÇÃO DA PARÁBOLA
Esta parábola ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de CRISTO num tempo desconhecido e inesperado. Devem perseverar na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora, sejam levados pelo Senhor na sua volta (v. 10). Estar sem comunhão pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino.
(1) O que faz a diferença entre o néscio e o sábio é aquele (louco) não reconhecer que o Senhor, ao voltar (ver Jo 14.3), virá num tempo em que não é aguardado, nem precedido de sinais visíveis específicos (v. 13; ver 24.36,44).
(2) CRISTO mostra aqui e em Lc 18.8 que uma grande parte dos crentes estará despreparada no momento da sua volta (vv. 8-13). CRISTO deixa, pois, claro que Ele não vai esperar até que todas as igrejas locais estejam preparadas para a sua vinda.
(3) Note-se que todas as dez virgens (tanto as prudentes como as loucas) foram surpreendidas, ao vir o noivo (vv. 5-7). Isto indica que a parábola das dez virgens refere-se aos crentes vivos antes da tribulação e não àqueles durante a tribulação, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de CRISTO no final da tribulação
AZEITE. JESUS, numa série de ilustrações, ressalta a necessidade de fidelidade e vigilância do crente até que Ele volte. A parábola das dez virgens destaca a urgente necessidade disso, pelo fato de CRISTO vir numa data imprevisível. Na vossa paciência, disse JESUS, possuí a vossa alma (ver Lc 2l.19). O azeite nesta parábola representa no crente a presença permanente do ESPÍRITO SANTO, aliada à fé verdadeira e à santidade. Cinco outras parábolas contendo a lição da perseverança são: O Semeador (Lc 8.4-15); O Servo Vigilante (Lc 12.35-40); O Mordomo Fiel (Lc 12.42-48); O Construtor da Torre (Lc 14.28-30); e O Sal Degenerado (Lc 14.34,35).
 
A lição da parábola é: vigiai, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
    É estar alerta, sempre atento, resistindo o diabo, a carne e o mundo, e na doce esperança da Segunda vinda de CRISTO, quem tem nele está esperança, purifica-se a si mesmo. Assim como também Ele é puro.
Resumindo, a grande lição da parábola consiste em alertar aos crentes para a iminente vinda de JESUS, no arrebatamento da Igreja, por isso devem todos estar alertas para os sinais que se manifestam na Terra e também manterem suas vidas santas e irrepreensíveis, em comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
 
 
A VOLTA DE JESUS SERÁ:
Os eleitos:
Entre nuvens: Mt 24.30; 26.64; Ap 1.7
Devem considerá-la como eminente: Rm 13.12; Fp 4.5; 1 Pe 4.7
Na glória de DEUS: Mt 16.27
A Benção de estarem preparados: Mt 24.46; Lc 12.37,39
Na sua própria glória: Mt 25.31
Amam-na: 2 Tm 4.8- Reinarão com Ele: Dn 7.27; 2 Tm 2.12; Ap 5.10; 20.6;22.5
Em fogo: 2 Ts 1.8
Esperam-na: Fp 3.20; Tt 2.13
Com poder: Mt 24.30
Aguardam-na: 1 Co 1.7; 1 Ts 1.10
Acompanhada por anjos: Mt 16.27; 25.31; Mc 8.38; 2 Ts 1.7
Apressam-na: 2 Pe 3.12 - Serão semelhantes a CRISTO: Fp 3.21; 1 Jo 3.2
Com seus santos: 1 Ts 5.2; Jd 14
Oram por ela: Ap 22.20 - Aparecerão com Ele: Cl 3.4
Subitamente: Mc 13.36
Preparados: Mt 24.44; Lc 12.40 - Receberão a coroa: 2 Tm 4.8; 1 Pe 5.4
Inesperada: Mt 24.44; Lc 12.40; 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10; Ap 16.15
Vigilantes: Mt 24.42; Mc 13.35-37; Lc 21.36
Como o relâmpago: Mt 24.27
Aguardam-na pacientemente: 2 Ts 3.5; Tg 5.7,8
Com ressurreição de mortos: 1 Ts 4.16
Preservados: Fp 1.6; 2 Tm 4.18; 1 Pe 1.5; Jd 24
Com arrebatamento: 1 Ts 4.17
Não se envergonham da mesma: 1 Jo 2.28; 1 Jo 4.17
 
O SENHOR JESUS DISSE( João 14:1-3 )
 PAULO APOSTOLO RECEBE A REVELAÇÃO ( I Te 4:13-18 )
Não se turbe v.1 
Não vos entristeçais v.13
Credes v.1
Cremos v.14
DEUS, mim v.1
JESUS, DEUS v.14
Vo-lo teria dito v.1
Dizemo-vos v.15
Vos levarei v.3
Vinda do Senhor v.15
Para mim mesmo v.3
Ao encontrar o Senhor
Onde estiver, estejais vós também v.3
Estaremos sempre com o Senhor v.17
 
 
II. DUAS CLASSES DE CRENTES (MT 25.2-4,8)
Sempre nas parábolas encontramos dois tipos de pessoas, algumas vezes crentes e descrentes, outras vezes, descrentes que querem ser crentes e descrentes que não querem nada com DEUS, outras vezes crentes com descrentes vivendo juntos e ainda outras vezes crentes que estão preparados e outros que ainda estão se preparando para o arrebatamento.
Nesta parábola temos crentes que estavam prontos para o arrebatamento (cortejo até a casa do noivo), pois tinham o ESPÍRITO SANTO (azeite em suas lâmpadas), enquanto que temos também crentes que não estavam prontos e por isso não entraram para o gozo de seu Senhor (casa do noivo).
Aqui são chamados loucos (5 virgens loucas) os que não estão prontos e prudentes (5 virgens prudentes) os que estão prontos.
 
O ESPÍRITO SANTO MANTÉM NOSSA LÂMPADA ACESA
O derramamento pentecostal para a renovação da Igreja tem implicado num renovado e redobrado zelo evangelístico e missionário. Nestes últimos anos da presente década, a Igreja vem sendo despertada pelo ESPÍRITO SANTO para empreender um maciço, profundo e total avanço na conquista de almas para o reino de DEUS, por todos os meios disponíveis, por todos os crentes, em todos os lugares, e entre todos os povos.

1. Precisamos estar abertos para a operação do ESPÍRITO. 
ESPÍRITO SANTO fala quase imperceptível e inaudível ao ser humano, é voz espiritual, é preciso ter sensibilidade espiritual para ouví-Lo. É preciso dar lugar ao ESPÍRITO SANTO para que ELE haja nas circunstâncias adversas de nossa caminhada aqui na terra.
2. O crente cuja lâmpada está acesa.
Lâmpada acesa fala de comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Acesa porque o fogo é resultado da presença de DEUS.
a) É uma vida na expectativa do clamor da meia-noite (Mt 25.6).
Todo o tempo o crente está na expectativa da volta de seu Senhor, mantendo a comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
b) É uma vida que sabe orar conforme a última oração registrada na Bíblia: “Ora, vem, Senhor JESUS!” (Ap 22.20).
Desejar a vinda de JESUS é obrigação e dever de todo o crente, pois quem é que ama e não deseja estar perto? Qual noiva ama e não deseja conhecer mais de seu amado, de estar juntinho dele?
c) É uma vida que espera (Lc 12.36) e ama (2 Tm 4.8) a vinda de JESUS.
Ansiosamente esperamos pelo nosso rapto desta terra e de nossos temores e tremores. Desejamos ardentemente a vinda de nosso Senhor e Mestre para nos levar para morarmos para sempre com ELE.

 QUANDO A NOSSA LÂMPADA ESTÁ ACESA
De que modo as dez virgens foram ao encontro do Senhor? Com suas candeias acesas. Isso simboliza a palavra profética, que deve ser colocada no velador. A exortação do Senhor JESUS é: "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (Lc 12.35-37). De fato, a era da igreja primitiva era fortemente caracterizada pela espera pelo Senhor, como JESUS disse na parábola: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram e encontrar-se com o noivo".

1. Evidências da nossa lâmpada acesa
a. A chama do ESPÍRITO SANTO é chama de santidade. 
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam 
multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.
Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue 
de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).

b. A chama do ESPÍRITO é chama de amor. 
1Co 13 =  O MAIOR... É O AMOR. Este capítulo deixa claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v. 5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30 nota). O amor de DEUS derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).

c. A chama do ESPÍRITO é chama de esperança. 
Os cristãos experimentam o amor de DEUS 
nos seus corações, pelo ESPÍRITO SANTO; especialmente em tempos de aflição. O verbo "derramar" está no tempo pretérito perfeito contínuo, significando que o ESPÍRITO continua a fazer o amor transbordar em nossos corações. É essa experiência sempre presente do amor de DEUS, que nos sustenta na tribulação (v. 3) e nos assegura que nossa esperança da glória futura não é ilusória (vv. 4,5). A volta de CRISTO para nos buscar é certa.

2. Quatro bênçãos de uma lâmpada espiritual acesa.
As virgens prudentes tinham suas lâmpadas bem acesas e brilhantes – elas serviam para iluminar a chegada do noivo. Elas fizeram aquilo que JESUS havia exigido: deixaram suas luzes brilhar e esperavam por Ele. Elas firmaram-se na palavra profética e deram-lhe atenção "como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração".
a. As trevas se dissipam. 
Onde a luz entra, as trevas saem. Diz-se numa historinha infantil que a Caverna um dia convidou ao Sol para conhecer sua escuridão, porém ao entrar na Caverna o Sol perguntou para a mesma: - Onde estão as trevas de que a senhora tanto falava? Com a presença da luz de CRISTO que está no crente não há lugar para as trevas onde quer que estejamos (Mt 5.14).
b. Nossa vida é diferente.
O homem é produto do meio em que vive. Fala o que sempre escuta, se veste de acordo com a moda de onde reside, gosta das músicas de acordo com sua região, come de acordo com os costumes de seu povo e tem a religião de sua maioria; porém o crente é cidadão do céu: - Fala a Palavra de DEUS, Se veste como santo, Ouve hinos de louvor e adoração a DEUS, Não é glutão e só tem JESUS CRISTO como Senhor e Salvador de sua vida, vivendo em comunhão com o ESPÍRITO SANTO, sendo guiado pelo mesmo e é sempre fiel a DEUS onde quer que esteja. 
Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de (a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), (c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e (d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).

c. Temos clara visão das belezas de CRISTO.
O crente é atraído pelas maravilhosas Palavras de seu mestre (Jo 6.63; 7.46), sente o suave perfume de CRISTO  (2Co 2.15)
d. Passamos a ser uma bênção para os outros.
Mt 5.13 Vós sois o sal da terra; le, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.14 Vós sois a luz do mundo; não mse pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;15 nem se acende a candeia ne se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, opara que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
SAL DA TERRA. Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade. (1) As igrejas mornas apagam o poder do ESPÍRITO SANTO e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por DEUS (ver Ap 3.16 nota). (2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).
 
1. As loucas (Mt 25.3).
JESUS as chamou de loucas, néscias, com o intuito de denotar a sua insensatez quanto ao despreparo para a espera e chegada do noivo, pois sabiam que o noivo chegaria, porém não se prepararam devidamente. Elas representam aqueles crentes que vivem descuidados, sem vida e vigor espiritual. Os tais fazem “pouco caso” das responsabilidades espirituais, como filhos e servos de DEUS, quanto à oração (Rm 12.12; 1Ts 5.17); à leitura sistemática da Bíblia (2Tm 3. 15-17); às missões (Ez 3.18,19; Mt 28.19,20; Mc 16.15-17); e ao amor fraternal (1Ts 3.12; 4.9; Rm 12.10).
Crentes que vivem como as virgens loucas demonstram:
a) Insensatez. Não se preocupam em viver uma vida santa e serem cheios do ESPÍRITO (vv.3,8). Ver Ef 5.18; 1Ts 5.19; Ec 9.8.
b) Hipocrisia. Fingimento, falsa espiritualidade e devoção (Mt 25.3,8; 1Pe 2.1; Is 9.17; Ez 33.31,32; 2 Co 5.12). Todas pareciam idênticas; todas faziam parte do cortejo nupcial; todas tinham lâmpadas; todas estavam esperando o noivo para as bodas. O incidente fatal ocorreu no momento do brado (v.6). As virgens imprudentes não estavam preparadas para o importante evento.
2 . As prudentes (Mt 25.4).
 
Estavam vigilantes, apercebidas e preparadas pois sabiam que o noivo chegaria e se preveniram para sua chegada. É a previdência e a vigilância espiritual do crente à espera da volta de JESUS. O crente amoroso e fiel espera não primeiramente o acontecimento da volta de JESUS, mas o retorno da Pessoa que é a razão do grandioso evento: o Senhor JESUS. Três qualidades foram demonstradas pelas virgens prudentes: previdência, sinceridade e vigilância.
a) Previdência. Elas tinham reserva de azeite, isto é, de combustível para as lâmpadas em suas vasilhas (v.4). Não basta ter lâmpadas polidas e brilhantes, mas vazias interiormente (Mt 5.15,16; 1 Sm 16.7). O azeite é símbolo da provisão do ESPÍRITO SANTO na vida do crente e precisa ser renovado continuamente, conforme nos assevera a Bíblia em Ef 5.18 e 2 Rs 4.1-7.
 
b) Sinceridade. Isto significa ter atitudes puras e santas, sem alteração, sem pretextos, sem evasivas e com humildade de espírito. Isso foi demonstrado em parte quando as moças prudentes disseram às outras: “Não seja caso que nos falte a nós e a vós” (Mt 25.9).
 
c) Vigilância. Contínuo estado de alerta, sensibilidade espiritual e prontidão, não permitindo que as coisas deste mundo e desta vida, mesmo legítimas, nos desviem do rumo ao céu e do supremo ideal da Igreja: uma vez terminada a carreira aqui, iremos para estar com o Senhor ali, para sempre (Mt 25.13; Rm 13.11; Fp 3.13,14).
III. A CHEGADA DO ESPOSO (MT 25.10)
1. O clamor da meia noite (Mt 25.6).
Meia-noite significa o limiar do tempo, a urgência de mudança, o encontro com o novo dia esperado e desejado, o fim da expectativa, a recompensa da espera.
Meia-noite significa a consumação de um dia que se finda e ao mesmo tempo o princípio de um novo dia, um novo tempo. À meia-noite é hora de silêncio, quando a noite chega ao seu auge e geralmente todos dormem o sono mais profundo.
Na sua mensagem na parábola, JESUS desperta os seus discípulos para o inesperado momento da sua vinda para buscar a sua noiva – a Igreja, momento esse quando poucos estarão atentos. Como será a bem-aventurança dos salvos no momento em que CRISTO aparecer (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17).
»I TESSALONICENSES [5]1 Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas não necessitais de que se vos escreva: 2 porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; 3 pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. 4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda; 5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas; 6 não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite; 8 mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; 9 porque DEUS não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor JESUS CRISTO, 10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
2. A chegada do noivo (Mt 25.10).
Será precedida por “um clamor” (v.6): grito, brado sobrenatural nas alturas (1 Co 15.51,52; 1Ts 4.15,16). Ele virá para um povo salvo e remido que o espera (Mt 25.13,42,44; 1 Co 15.50-52); que o ama (1 Pe 3.18; 1 Jo 4.19); que reflete a glória do esposo (2 Co 3.18).
1Ts 4.16 Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
 
2Pe 3.9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.
3. As Bodas (Mt 25.10). O lugar do banquete será nas mansões celestiais (Ap 19.1,7; 21.9,10). O esposo é CRISTO e a esposa é a Igreja (Ef 5.22-32). A Igreja purificada pelo sangue do Cordeiro, e preparada pelo ESPÍRITO SANTO para estar com o Senhor no céu (2 Co 11.2; Ap 19.7).
Ap 19.9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de DEUS.
 
CONCLUSÃO
“Um Aviso Necessário
Juntamente com essas primeiras prestações das bênçãos da era vindoura, os crentes podem desfrutar tempos especiais de refrigério pela presença do senhor, sempre que se arrependerem ou mudarem de atitude em relação a Ele (At 3.19). Também devemos nos lembrar de suas advertências. Muitas e muitas vezes JESUS enfatizou a importância de estarmos preparados e vivermos na iminência de sua vinda (Mt 24.42,44,50; 25.13; Lc 35,40; 21.34-36).
JESUS comparou o mundo prevalecente na ocasião de sua vinda com o mundo dos dias de Noé. A despeito dos avisos, da pregação, da construção da arca, da reunião dos animais, as pessoas estavam distraídas e despreparadas. Na realidade, não acreditavam na vinda do julgamento de DEUS. Para essas pessoas, o dia do dilúvio amanheceu como qualquer outro: planejavam suas refeições, seus momentos de lazer, suas festas, seus casamentos. Mas naquele dia o mundo, como conheciam, acabou. Da mesma forma, o mundo dos dias de hoje prosseguirá às cegas, fazendo seus próprios planos. Mas um dia JESUS repentinamente virá (Mt 24.37-39). A subtaneidade de sua vinda é realçada com maiores detalhes em Mateus 24.43-50.
Para enfatizar que sua vinda se dará num dia comum, JESUS disse: “Estando dois [homens] no campo, será levado um e deixado o outro; estando duas [mulheres] moendo no moinho, será levada uma, e deixada [a] outra”(Mt 24.40,41). Quer dizer, as pessoas estarão fazendo suas tarefas normais, do dia-a-dia, quando, repentinamente, haverá uma separação. “Levar” (gr. paralambanetai) significa “levar consigo” ou “receber”. JESUS “levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu”(Mt 26.38). Ele prometeu: “Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo” (Jo 14.3).” (HORTON, Stanley M . O Ensino Bíblico das Últimas Coisas. RJ:CPAD, 2002, p.70-1)
Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 22, pág. 42.
 
 
 
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O ARREBATAMENTO DA IGREJA
 1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”

O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em CRISTO.
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em CRISTO” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6). 
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52). 
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com CRISTO nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4) Estarão literalmente unidos com CRISTO (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).
(5) Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10; 5.9), ou seja: da grande tribulação.
(6) A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
(7) Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).
(8) Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a CRISTO, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1; Lc 12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1), sujeitos à ira de DEUS.
(9) Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de CRISTO, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44).
TEXTO: Mateus 25: 1- 13
 
A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
 
    O reino dos céus será semelhante as dez virgens (v. 1).
    Está parábola tem como material uma cena do casamento oriental, que não sofreu grande alteração com o decurso do tempo. O esposo ou noivo contratado ia à casa da noiva, para dali ser reconduzido em companhia dos amigos, geralmente em número de dez para a ceia nupcial. Dez era o símbolo da perfeição; o número regular de membros de membros da família para a participação da páscoa; condição para organizar-se uma sinagoga, número dos mandamentos do decálogo; o número de amigas no casamento de Booz com Rute. (Rute 4:2).
    Virgens significavam que eram irrepreensíveis, figurando os crentes cuja vida exterior estava sem qualquer mancha. Os que seguem o cordeiro são chamados virgens. (Ap. 14:4).
    Cinco dentre elas eram néscias. (v.2). representam aqueles que vivem, na igreja, professam o nome de CRISTO, porém vivem alienados da palavra de DEUS, vivem de um modo displicente e descompromissados dos valores do reino de DEUS. As prudentes representam aqueles que vivem em harmonia com a palavra de DEUS, que amam e guardam os preceitos do Senhor em seus corações, que vivem a vida cristã em toda a sua plenitude.
    As loucas ao tomarem suas lâmpadas não levaram azeite consigo. (v.3). Lâmpada fala da igreja, quando João teve a visão de CRISTO glorificado, ele o viu entre sete candeeiros de ouro (Ap. 1:12-13). No capítulo 1 verso 20, o próprio CRISTO diz que os candeeiros são as igrejas. O azeite na Bíblia é símbolo do ESPÍRITO SANTO, então nossas lâmpadas precisam se encontrar sempre cheias de azeite. Quando falta azeite do ESPÍRITO SANTO o crente não se exercita na oração, na leitura da bíblia e no trabalho do Senhor. Quando falta o azeite o crente, não exerce vigilância sobre suas afeições, donde procedem as fontes da vida, então a lâmpada corre o risco de se apagar.
    As prudentes, além das lâmpadas levaram azeite nas vasilhas. (v.4). Só se conhece um crente prudente, sensato na ora da provação. É somente na hora do desapontamento imprevisto, da tentação repentina, ou da tristeza inesperada que se revela a profundeza de caráter e quanto a de verdadeira consagração na vida do crente.
    Tardando o noivo, adormeceram (v.5)
    Houve uma demora inesperada, como parece acontecer com a Segunda vinda de CRISTO; e essa demora serviu para revelar a prudência das virgens. O decorrer dos anos descobre em nós o que? Prudência? Insensatez?
    A meia-noite ouviu-se um grito. (v.6), a vinda de CRISTO é possível em qualquer época e não é impossível em nossa época, diz Trench, sendo a incerteza nossa expectativa um motivo para a diligência e santidade. O grito da meia noite, é o grito revelador. É a hora do sono profundo, e por isso menos esperada, é a hora que os homens tem menos esperança e resolvem descansar.
(Lc. 12:20; I Tes. 5:2)
    As néscias disseram as prudentes: Dói-nos da vosso azeite. (v.8)
    No dia da revelação das coisas ocultas, na hora do balanço geral, da prestação de contas, é que as néscias vão com surpresa verificar a falta de azeite, elas também estavam aguardando a chegada do noivo. Tinham as lâmpadas em suas mãos mais faltava o essencial – o azeite. O pedido que as néscias fizeram, não pôde ser atendido.
    Mas as prudentes disseram: não! (v.9), não podemos conceder vossa vida espiritual ao próximo; nem podemos tomar emprestada a graça do irmão. Ide compare Is. 55:1.
    Entraram com ele para as que estavam apercebidas, entraram com eles para as bodas, e fechou-se a porta como se fechou a porta da arca, como se fecharam as portas do templo da cidade de Jerusalém, para a alegria e segurança dos que achavam dentro, e tristeza e exclusão dos que ficaram fora, assim se fechará a porta.
    Chegarão as virgens néscias clamando (v.11)   
    As virgens loucas tentarão buscar azeite de última hora, quando voltarão encontrarão a porta fechada, baterão, clamarão, pedirão que o Senhor abra porém será tarde demais.
    Em verdade vos digo que vos conheço (v.12).
    Muitos dirão naquele dia, Senhor, em teu nome expulsamos demônios, curamos enfermos, ele dirá: Apartai-vos de mim...
   
 
 
CAPÍTULO 25 (AD 33) - EXPOSITOR  BÍBLIA THE WORD
A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS T HEN será o reino dos céus será semelhante a dez (o número "10" na Bíblia fala de perfeição) virgens (representa aqueles que pertencem ao Senhor) , que teve suas lâmpadas (representa a luz de CRISTO em todos os crentes) , e saíram ao encontro do noivo (CRISTO) . 
2 E cinco delas eram prudentes, e cinco eram tolas (indicativo do cristianismo moderno). 
3 Os que eram loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo (começou a viver fora do domínio do ESPÍRITO SANTO) : 
4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas (um fluxo constante do ESPÍRITO dentro de seus corações e vidas, o que só pode acontecer e ser mantida, por sua fé em CRISTO e da Cruz [ Rm 8: 1-2. , 11 ]) . 
5 tardando o noivo, todas tomadas de sono e dormiu (não implica por isso que eles estavam fazendo algo errado) . 
6 Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro (o Arrebatamento da Igreja) . 
7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas (mas sem o óleo, o corte era inútil, é atividade religiosa sem o ESPÍRITO SANTO) . 
8 E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite; porque as nossas lâmpadas estão se apagando (que agora é tarde demais!) . 
9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não é assim, pois de certo não chegaria para nós e você, mas vai você antes aos que o vendem, e comprai-o (proclama a verdade de que a energia espiritual não pode ser derivado de outros) . 
10 E, enquanto eles foram comprar, chegou o noivo; e os que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, ea porta estava fechada (vai chegar um tempo, quando já é tarde demais; hoje é o dia ... [ Hebreus 3:15. ]) . 
11 Depois vieram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos (porque eles eram religiosos, eles achavam que estavam salvos) . 
12 Ele, porém, respondendo, disse: Em verdade vos digo, eu sei que você não (milhões atualmente estão na Igreja, mas não em CRISTO) . 
13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora em que o Filho do homem virá (nossas vidas são para ser vivida como se JESUS viesse hoje) .
 
Notas.M.H.(N.T.)
As circunstâncias da parábola das dez virgens foram tomadas dos costumes das núpcias dos judeus e explica o grande dia da vinda de CRISTO. Veja-se a natureza do cristianismo. Como cristãos professamos atender a CRISTO, honrá-lo e estarmos à espera de sua vinda. Os cristãos sinceros são as virgens prudentes, e os hipócritas são as néscias. São verdadeiramente sábios ou néscios os que assim agem nos assuntos de sua alma. Muitos têm uma lâmpada de profissão em suas mãos, porém em seus corações não têm o conhecimento sadio nem a resolução, que são necessários para levá-los através dos serviços e das provas do estado presente. Seus corações não foram providos de uma disposição santa pelo ESPÍRITO de DEUS que cria de novo. Nossa luz deve brilhar ante os homens em boas obras; mas não é provável que isto se faça por muito tempo, a menos que exista um princípio ativo de fé em CRISTO e amor por nossos irmãos no coração.

Todos tosquenejaram e dormiram. A demora representa o espaço entre a conversão verdadeira ou aparente deste professantes e a vinda de CRISTO, para levá-los pela morte ou para julgar o mundo. Mas ainda que CRISTO demore mais que a nossa época, não demorará mais do tempo devido. As virgens sábias mantiveram ardendo suas lâmpadas, mas não ficaram acordadas. Demasiados são os cristãos verdadeiros que ficam remissos e negligenciam sua atuação. Os que se permitem cabecear, escassamente evitam dormir; portanto tema o começo do deterioro espiritual.

Se ouvir um chamado surpreendente, saiam a recebê-lo; é um chamado para os que estão preparados. A notícia da vinda de CRISTO e o chamado para sair a recebê-lo vão acordá-los. Ainda os que estejam preparados da melhor forma para a morte tem trabalho a fazer para estar verdadeiramente preparados (2 Pedro 3.14). será um dia de busca e de perguntas; nos corresponde pensar como seremos achados então.

Algumas levaram óleo para abastecer suas lâmpadas antes de sair. As que não alcançam a graça verdadeira certamente acharão sua falta em um ou em outro momento. Uma profissão externa pode alumiar a um homem neste mundo, mas as fumaças do vale da sombra da morte extinguirão sua luz. Os que não se preocupam por viver a vida, morrerão de todos modos a morte do justo. Mas os que serão salvos devem ter graça própria; e os que têm mais graça não têm nada que poupar. O melhor necessita mais de CRISTO. enquanto a pobre alma alarmada se dirige, no leito do enfermo, ao arrependimento e à oração com espantosa confusão, vem a morte, vem o juízo, a obra é desfeita, e o coitado pecador é destruído para sempre. Isto provém de ter necessitado sair a comprar óleo quando devíamos queimá-lo, obter graça quando devíamos usá-la. Os que irão ao céu do além, e unicamente eles, estão sendo preparados para o céu aqui. O súbito da morte e da chegada de CRISTO a nós então não estorvará nossa felicidade se nos tivemos preparado.

A porta foi fechada. Muitos procurarão serem recebidos no céu quando seja demasiado tarde. A vã confiança dos hipócritas os levará longe das expectativas de felicidade. A convocatória inesperada da morte pode alarmar o cristão, mas, procedendo sem demora a acender sua lâmpada, suas graças costumam brilhar mais forte; enquanto a conduta do simples professante mostra que sua lâmpada está se apagando. Portanto, vigiem, atendam o assunto de suas almas. Estejam todo o dia no temor do Senhor.
 
Com. Bíblico - Devocional (NT)
“Dez virgens... tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo” (Mt 25.1-13). O costume dos casamentos judeus ditava que o noivo fosse à casa da noiva e a acompanhasse à sua própria casa. As amigas da noiva esperavam que ele viesse.
Ainda que tenham sido apresentadas muitas interpretações fantasiosas desta parábola, o tema principal está claro. O noivo não veio quando era esperado, mas se atrasou. E algumas das jovens que esperavam acompanhar a festa não trouxeram azeite suficiente para suas lâmpadas, e o azeite acabou. Neste conjunto de explicações sobre a espera pela segunda vinda do Salvador (que parecia demorada), essa parábola esclarece um ponto simples.
 
Comentário Básico - BÍBLIA THE WORD
 Dois tipos de noivas (25.1-13)
A importância de estar preparado é reforçada na parábola das dez virgens ou noivas. Estavam todas dormindo quando repentinamente foi anunciado que o noivo estava chegando! As virgens sábias tinham óleo em suas lâmpadas quando saíram para encontrá-lo. As insensatas estavam despreparadas e foram impedidas de irem à festa de casamento. CRISTO, naturalmente, é o Noivo vindo à terra, para a festa de casamento e não para o casamento. As virgens sábias representam os verdadeiros crentes, que vão entrar no Milênio com o Senhor. As insensatas são os crentes falsos, que professam possuir a esperança messiânica, mas não possuem o ESPÍRITO SANTO.
• Os talentos foram dados para serem usados (25.14-30)
A parábola dos talentos ensina que, quando o Rei voltar, Ele vai recompensar o serviço fiel de Seus verdadeiros servos e punir a maldade dos falsos. Os primeiros dois homens receberam quantias diferentes, mas cada um ganhou 100% em retorno e assim, na verdade, receberam a mesma recompensa. O terceiro homem não tinha nada, mas apenas insultos para seu mestre e desculpas para si. O Mestre denunciou-o como mau e preguiçoso e o lançou na escuridão que é o inferno.
• As ovelhas e os cabritos (25.31-46)
Quando CRISTO voltar, Ele vai julgar as nações gentílicas aqui referidas como ovelhas e cabritos. As ovelhas são as nações que alimentaram, vestiram e visitáramos irmãos judeus crentes em JESUS durante o Período da Tribulação. Os cabritos são as nações que, rejeitando o povo de CRISTO, na verdade rejeitaram o próprio CRISTO. As ovelhas são nações que se alegram com o reinado glorioso de CRISTO; os cabritos são as nações que foram expulsas para o castigo eterno.
Isto não deve ser confundido com o julgamento do Grande Trono Branco, que acontecerá no final do Milênio.
 
A Parábola das Dez Virgens - Mateus 25. 1-13 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Nesta passagem:
I
Aquilo que deve ser ilustrado é “o Reino dos céus”, o estado de coisas sob o Evangelho, o reino externo de CRISTO, sua administração e o seu sucesso. Algumas das parábolas de CRISTO nos mostraram como são as coisas agora, na recepção do Evangelho (Mt 13). Esta nos diz como será quando o mistério de DEUS for concluído, e o reino for entregue ao Pai. A administração do governo de CRISTO, com relação aos preparados e aos despreparados no grande Dia, pode ser ilustrada por essa comparação; ou ainda que o reino será estabelecido para os seus próprios súditos. Os que professam o cristianismo serão, então, semelhantes a essas dez virgens, e assim serão distinguidos.
II
Ele é ilustrado por uma solenidade de casamento. Era um costume, às vezes usado entre os judeus daquela época, que o esposo viesse, com os seus amigos, tarde da noite, à casa da esposa, onde ela o esperava, com as suas damas de honra; que, ao receber o aviso da chegada do esposo, deviam sair com lâmpadas nas mãos, para iluminar o caminho dele até a casa, com cerimônia e formalidade, para a celebração das núpcias com grande júbilo. E alguns pensam que nessas ocasiões normalmente havia “dez virgens”; pois os judeus nunca fundavam uma sinagoga, realizavam circuncisão, celebravam a páscoa ou contraíam matrimônio, a menos que houvesse dez pessoas presentes. Boaz, quando se casou com Rute, teve dez testemunhas (Rt 4.2). Nessa parábola:
1. O esposo é o nosso Senhor JESUS CRISTO; assim Ele é representado no Salmo 45, e freqüentemente no Novo Testamento. Isto evidencia o seu amor singular e superlativo à sua esposa, a igreja, e o seu concerto, fiel e inviolável, com ela. Agora os crentes são casados com CRISTO (Os 2.19), mas a solenidade das bodas é reservada para o grande Dia, quando a noiva, a esposa do Cordeiro, já estiver pronta (Ap 19.7,9).
2. As virgens são aqueles que professam a religião, são os membros da igreja; mas aqui são representadas como as suas damas de companhia (Sl 45.14), em outra passagem, como seus filhos (Is 54.1), como seus ornamentos (Is 49.18). Elas devem ser apresentadas como virgens puras a CRISTO (2 Co 11.2). O esposo é um rei; assim sendo, essas virgens são damas de honra, virgens sem número (Ct 6.8), embora aqui esteja dito que são dez.
3. A função dessas virgens é ir encontrar o esposo, o que será tanto sua alegria quanto seu dever. Elas devem servir o esposo quando Ele chegar, e neste ínterim, esperar por Ele. Veja aqui a natureza do cristianismo. Como cristãos, nós professamos que: (1) Somos servos de CRISTO, para honrá-lo, como o Esposo glorioso, para sermos para Ele um nome e um louvor, especialmente quando Ele vier para ser glorificado nos seus santos. Nós devemos segui-lo como os servos honrados fazem com seus mestres (Jo 12.26). Sustentar a nossa adesão ao Nome, e oferecer louvor ao JESUS exaltado; esta é a nossa função. (2) Esperamos a CRISTO, e esperamos pela sua segunda vinda. Como cristãos, nós professamos não apenas crer e buscar, mas também amar e desejar, a volta de CRISTO, e agir levando-a em consideração. A segunda vinda de CRISTO é o centro onde se encontram todas as linhas da nossa fé. Em direção a ela, a totalidade da vida divina tem uma referência e uma tendência constantes.
4. A principal preocupação das virgens é levar as lâmpadas nas mãos quando se unirem ao esposo, desta maneira honrando-o e servindo-o. Observe que os cristãos são filhos da luz. O Evangelho é luz, e aqueles que o recebem devem não apenas ser iluminados por ele, mas devem resplandecer como luzes, e oferecer esta luz (Fp 2.15,16). Isto deve ocorrer de maneira geral.
A respeito dessas dez virgens, podemos observar:
(1) As suas personalidades diferentes, bem como a prova e a evidência deste fato.
[1] “Cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas” (v. 2). E “a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas”, assim disse Salomão, um juiz competente (Ec 2.13). Observe que aqueles que têm a mesma profissão de fé e denominação entre os homens, podem, apesar disto, ter personalidades muito diferentes aos olhos de DEUS. Os cristãos sinceros são as virgens prudentes, e os hipócritas são as virgens loucas, da mesma maneira como, em outra parábola, eles são representados por edificadores prudentes e loucos. Note que são verdadeiramente prudentes ou loucos os que o são nas questões das suas almas. A religião verdadeira é a sabedoria verdadeira; o pecado é loucura, mas especialmente o pecado da hipocrisia, pois os maiores loucos são os que se julgam sábios, e os piores pecadores são os que fingem ser justos. Alguns observam, com base no igual número de virgens prudentes e loucas, o decoro generoso (expressão do arcebispo Tillotson) que CRISTO observa, como se Ele esperasse que o número de crentes verdadeiros fosse aproximadamente igual ao dos hipócritas, ou, pelo menos, nos ensinasse a esperar o melhor, com relação aos que professam a religião, e a pensar neles com uma inclinação generosa. Porém, ao julgarmos a nós mesmos, devemos nos lembrar de que a porta é estreita, e poucos a encontram; ao julgar os outros, devemos nos lembrar de que o Capitão da nossa salvação traz muitos filhos à glória.
[2] A evidência do caráter estava naquilo a que elas deveriam prestar atenção; e é com base nisto que elas são julgadas.
Em primeiro lugar, estavam as loucas, que “tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo” (v. 3). Elas tinham apenas azeite suficiente para que as suas lâmpadas ardessem no presente, para as aparências, como se tivessem a intenção de encontrar o esposo; mas não tinham consigo nenhuma vasilha ou garrafa de azeite para utilizar, caso o esposo demorasse. Essas hipócritas:
1. Não têm princípios. Elas têm uma lâmpada de profissão de fé nas mãos, mas não têm, nos seus corações, aquele estoque de conhecimento sólido, disposições enraizadas e resoluções firmes, que são necessárias para conduzi-las em meio aos serviços e às provações da condição atual. Elas agem sob a influência de estímulos externos, mas não têm vida espiritual; como um comerciante que se estabelece sem um estoque, ou como a semente no solo rochoso, à qual falta a raiz.
2. Elas não têm a perspectiva do que há de vir, nem fazem provisões para isso. Elas traziam as lâmpadas para uma exibição no presente, mas não tinham azeite para uso futuro. Esta negligência é a ruína de muitos que professam a fé; eles só se preocupam em se mostrar elogiosos àqueles que estão à sua volta, com quem conversam hoje, e não em se tornar aprovados por CRISTO, diante de quem deverão comparecer; como se algumas de suas atitudes fossem suficientes, desde que se mostrassem suficientes para o tempo presente. Diga-lhes das coisas que ainda não são vistas, e você será como Ló aos seus genros, considerado um zombador. Elas não fazem provisão para o futuro, como faz a formiga, nem lançam um “fundamento para o futuro” (1 Tm 6.19).
Em segundo lugar, estavam as prudentes, que “levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas” (v. 4). Elas tinham um bom princípio, que conservaria a sua profissão de fé. 1. O coração é a vasilha, com que devemos alimentar a nossa sabedoria; pois, de um bom tesouro, boas coisas devem ser tiradas; mas se a raiz estiver podre, a flor será pó. 2. A graça é o azeite que nós devemos ter nessa vasilha. No Tabernáculo, havia uma constante provisão do azeite para a luminária (Êx 35.14). A nossa luz deve brilhar diante dos homens em forma de boas obras, mas isto não pode acontecer, nem irá durar, a menos que exista um princípio ativo fixo no coração, de fé em CRISTO, e de amor a DEUS e aos nossos irmãos. E com base neste princípio, nós devemos agir em tudo o que fazemos na religião, visando o que está à nossa frente. Aquelas que levavam azeite em suas vasilhas, o fizeram supondo que talvez o esposo pudesse se atrasar. Observe que ao esperar por alguma coisa, é bom preparar-se para o pior, armazenar para um longo cerco. Mas lembre-se de que este azeite que mantém as lâmpadas ardendo é obtido do castiçal de JESUS CRISTO, a grande e boa Oliveira, através dos “canudos de ouro” dos rituais, como foi representado naquela visão (Zc 4.2,3,12), que está explicada em João 1.16: “Todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça”.
(2) A falha de todas, durante o atraso do esposo: “Tosquenejaram todas e adormeceram” (v. 5). Aqui, observe:
[1] O esposo se atrasou, isto é, ele não veio tão cedo como elas esperavam. Aquilo que nós esperamos como algo certo, nos inclinamos a pensar que será muito próximo; muitos, na época dos apóstolos, imaginaram que era chegado o Dia do Senhor, mas não foi assim. Quanto a nós, CRISTO parece se atrasar, mas na verdade Ele “não tardará” (Hc 2.3). Existe uma boa razão para o atraso do Esposo; há muitas deliberações e propostas intermediárias a serem cumpridas, todos os eleitos devem ser convocados, a paciência de DEUS deve se manifestar, e a paciência dos santos deve ser posta à prova, a colheita da terra deve ser feita, e também deve ser feita a colheita do céu. Mas ainda que CRISTO se atrase em relação à nossa forma de considerar o tempo, Ele não se atrasará de fato, e virá no devido tempo.
[2] Enquanto ele demorava, aquelas que esperavam por ele se descuidaram, e se esqueceram do que estavam esperando. Todas elas cochilaram e dormiram, como se tivessem desistido de esperar por ele. “Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Houve alguns que deduziram que se tratava de uma vinda súbita, por ser um fato que ocorreria com toda certeza. Assim, quando as suas expectativas não se concretizaram, passaram a questionar a veracidade da promessa de sua vinda. As virgens prudentes cochilaram, e as loucas adormeceram; assim alguns as distingeum; no entanto, todas elas falharam. As virgens prudentes deixaram as suas lâmpadas ardendo, mas não ficaram acordadas. Observe que muitos bons cristãos, quando já têm muito tempo de fé, tornam-se negligentes quanto aos seus preparativos para a segunda vinda de CRISTO. Eles interrompem as suas preocupações, diminuem o seu zelo, as suas graças não são mais tão vivas, nem as suas obras são perfeitas aos olhos de DEUS. E embora não percam todo o amor que sentem pelo Senhor, perdem o primeiro amor. Se foi difícil para os discípulos vigiar com CRISTO durante uma hora, seria muito mais difícil vigiar com Ele durante a vida toda. “Eu dormia,”, diz a esposa, “mas o meu coração velava”. Observe que, em primeiro lugar, elas cochilaram, e depois adormeceram. Note que um passo descuidado e negligente abre caminho para outro. Aqueles que se permitem cochilar, dificilmente conseguirão deixar de adormecer; por isso, é necessário temer o início da decadência espiritual. Venienti occurrite morbo – Prestem atenção aos primeiros sintomas da doença. Os antigos, em geral, interpretavam o cochilar e o adormecer das virgens como a sua morte; todas morreram, as prudentes e as loucas (Sl 49.10), antes do Dia do Juízo. Assim o interpreta Ferus: Antequam veniat sponsus omnibus obdormiscendum est, hoc est, moriendum – Antes da vinda do Esposo, todos devem adormecer, isto é, morrer, como também Calvino. Mas eu penso que isso deve ser interpretado exatamente como lemos.
(3) A convocação surpreendente que elas ouvem, para se unirem ao esposo (v. 6): “À meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo!” Observe: [1] Ainda que CRISTO demore muito tempo, Ele virá, por fim; ainda que Ele pareça lento, a sua vinda é garantida. Na sua primeira vinda, Ele foi esperado por muito tempo, por aqueles que esperavam a consolação de Israel; mas Ele veio na “plenitude dos tempos”. Também a sua segunda vinda, ainda que pareça demorar muito tempo, não está esquecida; os inimigos de CRISTO irão descobrir, para sua desvantagem, que a abstenção não significa desobrigação; e os seus amigos irão descobrir, para o seu conforto, que “a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá... porque certamente virá, não tardará” (Hc 2.3). O ano dos redimidos está fixado, e virá. [2] A vinda de CRISTO se dará na nossa “meia-noite”, ou seja, quando menos estivermos esperando por Ele, e estivermos mais dispostos a fazer o nosso repouso. A sua vinda para o alívio e consolo do seu povo certamente ocorrerá quando o bem pretendido parecer estar mais longe; e a sua vinda para acertar as contas com os seus inimigos ocorrerá quando eles pensarem que o dia do mal está mais distante de si mesmos. Foi à meia-noite que os primogênitos do Egito foram destruídos, e o povo de Israel, libertado (Êx 12.29). A morte sempre vem quando é menos esperada. A alma é solicitada “esta noite” (Lc 12.20). CRISTO virá quando Ele quiser, para mostrar a sua soberania; e não nos dará a conhecer quando isso acontecerá, para nos ensinar qual é o nosso dever. [3] Quando CRISTO vier, nós deveremos nos apresentar para encontrá-lo. Como cristãos, nós devemos estar atentos a todos os movimentos do Senhor JESUS, e estar sempre em sua presença. Quando Ele vier até nós por ocasião da nossa morte, nós devemos deixar o corpo, deixar o mundo, para encontrá-lo com afetos e obras da alma apropriadas às revelações que então esperaremos que Ele faça sobre si mesmo. “Saí-lhe ao encontro” é uma convocação para aqueles que estão sempre preparados, para que estejam verdadeiramente prontos. [4] A primeira notícia da chegada de CRISTO, e a convocação para ir encontrá-lo, será um despertamento: “Ouviu-se um clamor”. A sua primeira vinda não foi observada, nem disseram: “Eis aqui o CRISTO, ou: Ei-lo ali”; Ele “estava no mundo... e o mundo não o conheceu”; mas a sua segunda vinda terá toda a observação de todo o mundo: “Todo olho o verá”. Haverá um clamor do céu, pois CRISTO descerá com um brado: Ressuscitem, vocês, mortos, e venham para o juízo; e também haverá um brado da terra, um brado “aos montes e aos rochedos” (Ap 6.16).
(4) A reação de todas as virgens em resposta a esta convocação (v. 7): “Todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas”, cortaram a parte queimada dos pavios, e as encheram de azeite, e foram, com toda a prontidão, se colocar na posição adequada para esperar o esposo. Observe que: [1] Isto, no caso das virgens prudentes, evidencia uma verdadeira preparação para a vinda do Esposo. Até mesmo os que estão mais preparados para a morte, têm, com os seus sinais imediatos, algum trabalho a fazer, para verdadeiramente se prepararem, para que possam ser achados em paz (2 Pe 3.14), trabalhando, (Mt 24.46) e não serem achados nus (2 Co 5.3). Será um dia de investigação e de indagações, e nos compete pensarem como seremos encontrados. Quando virmos a aproximação do dia, deveremos nos dedicar à questão da morte com toda a seriedade, renovando o nosso arrependimento pelo pecado, a nossa adesão ao concerto, o nosso adeus ao mundo; e as nossas almas serão levadas em direção a DEUS, da forma mais adequada. [2] No caso das virgens loucas, isto evidencia uma confiança vã, e uma presunção da benevolência da sua condição, e do seu preparo para o mundo por vir. Observe que até mesmo as graças falsas servirão para que um homem faça uma exibição quando vier a morrer, assim como terá feito durante toda a sua vida; as esperanças do hipócrita brilham quando ele está expirando, como um relâmpago antes da morte.
(5) A aflição em que estavam as virgens loucas, por precisarem de azeite (vv. 8,9). Isso evidencia: [1] A apreensão que alguns hipócritas têm pela sua infeliz condição, até mesmo deste lado da morte, quando DEUS abre os seus olhos para verem a loucura dos seus atos, e que eles mesmos estão morrendo com uma mentira na sua mão direita. Ou, por outro lado: [2] a verdadeira infelicidade da sua condição do outro lado da morte, e no juízo; quão distante a sua profissão de fé – bonita, mas falsa – estará de lhes ajudar em qualquer coisa no grande dia; veja o que resulta disso.
Em primeiro lugar, as suas lâmpadas se apagaram. As lâmpadas dos hipócritas sempre se apagam nesta vida; quando aqueles que começaram no espírito, terminam na carne, e a hipocrisia irrompe em uma apostasia aberta e clara (2 Pe 2.20). A profissão murcha, e a sua credibilidade é perdida; as esperanças enfraquecem, e todo o seu consolo se perde. “Quantas vezes sucede que se apaga a candeia dos ímpios?” (Jó 21.17). Muitos hipócritas conservam a sua credibilidade, e o consolo da sua profissão de fé, desta maneira, e até o final. Mas o que acontecerá “quando DEUS lhe arrancar a sua alma?” (Jó 27.8). Se a sua candeia não se apagar diante dele, ela se apagará sobre ele (Jó 18.5,6). Ele jazerá em tormentos (Is 50.11). Os ganhos de uma profissão hipócrita de fé não acompanharão um homem ao julgamento (Mt 7.22,23). As lâmpadas se apagam, quando a esperança do hipócrita prova ser como a teia de aranha (Jó 8.11ss.), e como o expirar da alma (Jó 11.20), como o mulo de Absalão, que o deixou pendurado no carvalho (2 Sm 18.9).
Em segundo lugar, elas precisavam de azeite para as lâmpadas quando saíssem. Note que aqueles que absorvem pouca graça verdadeira, certamente precisarão de mais, em alguma ocasião. Uma profissão exterior de fé que seja bem aceita pode levar longe um homem, mas não o fará ir até o final; pode iluminá-lo neste mundo, mas a umidade do vale da sombra da morte apagará esta fraca luz.
Em terceiro lugar, elas ficariam alegremente agradecidas às virgens prudentes se estas lhes dessem um pouco do conteúdo das suas vasilhas: “Dai-nos do vosso azeite”. Note que está chegando o dia em que os hipócritas carnais gostariam de ser encontrados na condição de verdadeiros cristãos. Aqueles que agora detestam a rigidez da religião, irão, diante da morte e do juízo, desejar os seus sólidos consolos. Existem aqueles que não se preocupam em viver a vida dos justos, mas que querem morrer como morrem os justos. Está chegando o dia em que aqueles que agora olham com desprezo os santos humildes e contritos, irão se interessar alegremente por eles, e valorizarão como seus melhores amigos e benfeitores aqueles que eles agora colocam com os cães do seu rebanho. “Dai-nos do vosso azeite”. “Falem bem de nós”, dizem alguns; mas não haverá lugar para fiadores no grande dia, pois o Juiz conhece qual é o verdadeiro caráter de cada homem. Mas não é bom que eles sejam levadas a dizer: Dai-nos do vosso azeite? Sim; porém: 1. Este pedido é motivado por uma necessidade concreta. Observe que aqueles que não vêem a sua necessidade de graça no presente, quando ela iria santificá-los e governá-los, verão a sua necessidade de graça no futuro, quando ela iria salvá-los. 2. Ele vem tarde demais. DEUS lhes teria dado o azeite, se eles tivessem pedido a tempo; mas não há compra quando o mercado está fechado, não há oferta quando as luzes se apagam.
Em quarto lugar, as companheiras lhes negaram uma parte do seu azeite. É um triste presságio de rejeição, por parte de DEUS, quando são assim rejeitados pelos bons homens. As prudentes responderam: “Não”. Esta negação categórica não está no original consultado, mas foi acrescentada pelos tradutores; estas virgens prudentes preferem dar um motivo, sem uma recusa positiva (como fazem muitos), a dar uma recusa positiva, sem um motivo. Elas estavam inclinadas a ajudar as suas companheiras em aflição, mas: “Nós não devemos, não podemos, não ousamos, fazer isso”, “não seja caso que nos falte a nós e a vós”; a caridade começa em casa; mas “ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós”. Observe: 1. Para ser salvo, é preciso ter a graça. Embora nós nos beneficiemos da comunhão dos santos, e a fé e as orações dos outros possam contribuir para o nosso benefício, ainda assim a nossa própria santificação é indispensavelmente necessária para a nossa salvação. Os justos viverão pela sua fé. Todo homem prestará contas de si mesmo, e, por isso, que cada homem prove a sua própria obra; pois ele não poderá conseguir outro para se apresentar por ele, nesse dia. 2. Aqueles que têm mais graça não têm graça de sobra; tudo o que nós temos mal é suficiente para nós mesmos, para que nos apresentemos diante de DEUS. Os melhores precisam tomar emprestado de CRISTO, mas não têm nada para emprestar a nenhum dos seus companheiros. A igreja de Roma, que sonha com obras realizadas além da obrigação, e a imputação da justiça dos santos, se esquece de que foi prudente que as virgens prudentes compreendessem que elas tinham somente azeite suficiente para si mesmas, e nada para as demais. Mas observe que essas virgens prudentes não censuram as loucas pela sua negligência, nem se vangloriam da sua própria previsão, tampouco as atormentam com sugestões que as levariam ao desespero, mas lhes dão o melhor conselho para a situação: “Ide, antes, aos que o vendem”. Note que aqueles que lidam de modo tolo com as questões das suas almas merecem piedade, e não insultos. Pois quem fez com que você se diferenciasse? Os ministros cuidam daqueles que não se importaram com DEUS ou com a própria alma durante todos os seus dias, mas estão no leito de morte, e como nunca é tarde para o verdadeiro arrependimento, lhes recomendam que se arrependam, e que se voltem para DEUS, e se aproximem de CRISTO. Porém, como o arrependimento tardio raramente é verdadeiro, existem aqueles que apenas agem como essas virgens prudentes agiram com as loucas, procurando fazer o melhor possível em meio a uma situação tão ruim. Os ministros só podem lhes dizer o que deve ser feito, se não for tarde demais, mas a possibilidade de a porta se fechar antes que isto seja feito é um risco indescritível. Este é um bom conselho, que será extremamente proveitoso se for aceito a tempo: “Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós”. Note que aqueles que desejam a graça, devem recorrer aos meios da graça, atentando para eles. Veja Is 55.1.
(6) A chegada do esposo, e o resultado do caráter diferente das virgens prudentes e das loucas. Veja o resultado disso:
[1] “Tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo”. Observe que quanto àqueles que postergam a sua grande obra, deixando-a para o final, há uma probabilidade de mil para um de que eles não terão tempo de fazê-la. A obtenção da graça é uma obra que leva tempo, e não pode ser realizada com pressa. Ainda que a pobre alma desperta se dedique, sobre o leito de morte, ao arrependimento e à oração, em terrível confusão, ela dificilmente saberá por onde começar, ou o que fazer primeiro, e nessa hora vem a morte, vem o juízo e a obra está inacabada, e o pobre pecador está arruinado para sempre. Este é o resultado de ter que ir comprar azeite, quando a pessoa precisaria usá-lo, e de ter que tentar obter a graça, quando precisaria usá-la.
“Chegou o esposo”. Note que o nosso Senhor JESUS virá ao seu povo, no grande Dia, como um esposo. Ele virá vestido com pompa e riqueza, para reunir-se com os seus amigos. Agora que o Esposo nos foi tirado, nós jejuamos (Mt 9.15), mas então haverá um banquete eterno. Então o Esposo levará a sua esposa para estar onde Ele estiver (Jo 17.24), e se alegrará com a sua noiva (Is 62.5).
[2] “As que estavam preparadas entraram com ele para as bodas”. Observe, em primeiro lugar, que ser glorificado eternamente é entrar com CRISTO para as bodas, é estar na sua presença, e na mais íntima comunhão com Ele, em uma condição eterna de repouso, alegria e abundância. Em segundo lugar, que irão para o céu no futuro aqueles que se prepararem aqui para o céu, que forem preparados para isso mesmo, e somente estes estarão ali (2 Co 5.5). Em terceiro lugar, que a característica repentina da morte e da vinda de CRISTO até nós, nesta ocasião, não será obstáculos para a nossa felicidade, se tivermos nos preparado bem.
[3] “Fechou-se a porta”, como é normal quando todos os que podem entrar já chegaram. Fechou-se a porta, em primeiro lugar, para assegurar aqueles que estão do lado de dentro; para que, tendo sido feitos colunas no templo de DEUS, dele nunca mais saiam, Ap 3.12. Adão foi colocado no paraíso, mas a porta ficou aberta, e ele voltou a sair; mas quando os santos glorificados são colocados no paraíso celestial, a porta se fecha para que não saiam. Em segundo lugar, para excluir os que estão do lado de fora. A condição dos santos e dos pecadores, então, será fixada de maneira inalterável, e aqueles que estiverem do lado de fora, nesta ocasião, ficarão do lado de fora para sempre. A porta é estreita, mas está aberta; mas então ela será fechada e trancada, e se abrirá um grande abismo. Isto é semelhante ao caso da porta da arca, que foi fechada depois que Noé entrou. Noé e aqueles que estavam dentro da arca foram, desta maneira, preservados; porém todos os demais foram, finalmente, abandonados.
[4] As virgens loucas chegaram quando era tarde demais (v. 11): “Depois, chegaram também as outras virgens”. Observe, em primeiro lugar, que existem muitos que tentarão entrar no céu quando for tarde demais; como o profano Esaú queria “ainda depois herdar a bênção”. DEUS e a fé que Ele mesmo propôs serão glorificados por essas solicitações tardias, embora os pecadores não sejam salvos por elas. É para a honra do Senhor que, com fervorosa e importuna oração, aqueles que agora a desprezam, em breve correrão para ela, e então não a chamarão de lamuriosa e enganosa. Em segundo lugar, a vã confiança dos hipócritas os levará muito longe nas suas expectativas de felicidade. Eles irão até a porta do céu, e pedirão para entrar, porém isto não lhes será permitido; serão levados até a porta do céu por um conceito irreal que lhes diz que a sua condição é uma boa condição, mas, na realidade, serão lançados no inferno.
[5] Elas foram rejeitadas, como foi Esaú (v. 12): “Digo que vos não conheço”. Observe que todos nós devemos nos preocupar em “buscar ao Senhor enquanto se pode achar”, pois virá um tempo em que Ele não será encontrado. Houve um tempo em que o pedido: “Senhor, Senhor, abra-nos a porta”, teria tido bons resultados, em virtude daquela promessa: “Batei, e abrir-se-vos-á”; mas agora é tarde demais. A sentença está solenemente comprometida com as palavras: “Em verdade, vos digo”, o que significa nada menos do que o Senhor jurar, na sua ira, que eles nunca entrarão no seu repouso. Isto evidencia que Ele decidiu, e que eles foram silenciados diante desta decisão.
Por fim, aqui está uma conclusão prática, que se extrai dessa primeira parábola (v. 13): “Vigiai, pois”. Nós já lemos esta palavra antes (24.42), e aqui ela se repete como a advertência mais necessária. Considere que: 1. A nossa maior obrigação é vigiar e cuidar dos assuntos relativos à nossa alma com a máxima diligência e circunspeção. Estejam despertos, e estejam vigilantes. 2. Uma boa razão para que estejamos vigilantes é o fato de que a ocasião da vinda do nosso Senhor é muito incerta; nós não sabemos nem o dia, nem a hora. Por isso, devemos estar preparados todos os dias, e todas as horas, e não deixar a nossa vigília em nenhum dia do ano, e em nenhuma hora do dia. Temamos ao Senhor todos os dias, e o dia inteiro.
 
 
COMENTÁRIOS Moody
25:1-13. As Dez Virgens. Uma linda história extraída dos costumes relacionados ao casamento daquele tempo, mas interpretados pelos evangélicos de maneiras muito variadas. Alguns explicam as virgens como sendo os membros professos da Igreja à espera da volta de CRISTO. Outros aplicam a parábola aos judeus remanescentes na Tribulação. Embora o tema central, que é a necessidade de se vigiar, aplica-se a qualquer dos grupos, o escritor sente que a última interpretação vai de encontro às exigências do conteúdo e do contexto mais exatamente. 
1. Então coloca a parábola dentro do quadro mencionado em 24:29 e 24:40. O reino dos céus. Conf. com Mt. 3:2; 13:11. 
Dez virgens . . . saíram a encontrar-se com o noivo. O casamento judeu tinha duas fases. Primeiro, o noivo ia à casa da noiva para buscar sua prometida e cumprir com as cerimônias religiosas. Depois levava a noiva para a sua própria casa onde recomeçavam as festividades. A parábola não dá a entender que as virgens (no plural) esperassem casar-se com o noivo. Este não é um casamento polígamo. Antes, no fim da Tribulação, CRISTO retornará à terra (seu domínio) depois de tomar a Igreja por esposa no céu (seu lar durante a Tribulação). Esta explicação se reflete no texto oriental desta passagem, que diz, "para se encontrarem com o noivo e a noiva". Conf. também com Lc. 12:35,36, "que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas". Portanto a Igreja não está aqui como tal. O interesse centraliza-se sobre as virgens que querem participar da festa do casamento, representantes do remanescente judeu professo (Ap. 14:1-4). 
3. As néscias. Estúpidas. Lâmpadas. Tochas, cada uma contendo um pavio e espaço para azeite. Não levaram azeite consigo. Azeite, geralmente símbolo do ESPÍRITO SANTO nas Escrituras (Zc. 4; Is. 61:1). Aqui uma referência à posse do ESPÍRITO SANTO na regeneração (Rm. 8:9). Todas as dez tinham exteriormente a mesma aparência (virgens, lâmpadas, mesma atividade), mas cinco não participavam do ESPÍRITO SANTO, que nessa ocasião foi concedido a Israel para que os judeus estivessem prontos para a vinda do Messias (Zc. 12:10). 
5. Foram tomadas de sono e adormeceram. A parábola não alia culpa a este detalhe. Por isso talvez descreva a certeza do remanescente em esperar o noivo, e não o seu descuido; mas no caso das virgens loucas, era uma certeza falsa. 
6, 7. Prepararam as suas lâmpadas. Limparam os pavios, acenderam-nas e ajustaram as chamas. Uma pessoa caminhando pelas ruas do Oriente à noite precisa carregar uma tocha acesa. Por isso as virgens se prepararam para se juntarem à procissão quando o noivo vinha se aproximando. 
8. As nossas lâmpadas estão se apagando. As virgens tolas, que não se forneceram de azeite, viram seus pavios secos bruxulearem por alguns momentos e depois se apagarem. Insistir que tivessem um pouco de azeite mas não o suficiente contradiz 25:3. Sua estupidez ficou demonstrada porque não providenciaram nenhum azeite. 
9. Comprai-o. Linguagem da parábola. O ESPÍRITO SANTO é um dom gratuito, mas pode ser descrito por essa metáfora (conf. Is. 55:1). Cada pessoa deve obter seu próprio fornecimento. 
10-12. Enquanto as loucas se foram, o noivo chegou e a festa começou. Mais tarde as loucas retomaram, dando-se a entender que não puderam obter nenhum azeite àquela hora . . . vos não conheço. Uma declaração semelhante a 7:23 na importância. CRISTO rejeitará todo o relacionamento com pessoas que são apenas professas. 
 
CB TT W. W. Wiersbe
Testemunhas sábias e testemunhas insensatas (vv. 1-13). Naquele tempo, o casamento era realizado em duas etapas. Primeiro, o noivo e seus amigos iriam até à casa da noiva buscá-la. Em seguida, noiva e noivo voltavam para a casa do noivo onde era realizada a festa de casamento. O texto aqui sugere que o noivo já havia buscado sua esposa e estava voltando para sua casa. No entanto, não devemos forçar a imagem da Igreja como noiva prematuramente, pois a maior parte desse conceito só foi revelada durante o ministério de Paulo (Ef 5:22ss).
A Igreja sabe, há dois mil anos, que JESUS voltará, mesmo assim, muitos cristãos continuam letárgicos e sonolentos. Não estão mais empolgados com a vinda iminente do Senhor. Como resultado, dão pouco testemunho eficaz de que o Senhor está voltando.
O óleo usado para combustível lembra o óleo especial usado nos cultos do taber-náculo (Êx 27:20, 21). O óleo costuma simbolizar o ESPÍRITO de DEUS, mas, a meu ver, esse óleo em particular também parece simbolizar a Palavra de DEUS. A Igreja deveria estar "preservando a Palavra da vida" neste mundo cruel e tenebroso (Fp 2:12-16). Cabe a nós manter a palavra da perseverança (Ap 3:10) e continuar testemunhando sobre a volta de JESUS CRISTO.
Quando o noivo e a noiva apareceram, metade das damas de honra não pôde acender suas lâmpadas, porque não tinha óleo. "Nossas lâmpadas estão se apagando!" disseram. Mas as damas de honra que tinham óleo conseguiram acender suas lâmpadas e mantê-las resplandecentes. Foram elas que entraram na festa de casamento, não as insensatas que ficaram sem óleo. Essa imagem parece indicar que nem todos os cristãos professos entrarão no céu, pois alguns não creram de todo coração no Senhor JESUS CRISTO. Sem o ESPÍRITO de DEUS e sem a Palavra de DEUS, não há salvação verdadeira.
JESUS termina essa parábola com uma advertência que havia dado anteriormente: "Vigiai" (Mt 24:42; 25:13). Isso não significa ficar em pé no alto de uma montanha olhando para o céu (At 1:9-11), mas sim estar desperto e atento (Mt 26:38-41).
 
 
A Parábola das Cinco Moças Insensatas e das Cinco Prudentes - Comentário NT Kestimaker e Hendriksen
25.1. Então o reino do céu será comparável a dez moças que, tomando suas253 lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Uma comparação entre 25.13 e 24.42,44 mostra claramente que existe uma estreita conexão entre essa parábola e a imediatamente precedente. Ambas enfatizam a necessidade de se estar preparado em todo tempo para a vinda do Noivo, JESUS CRISTO. Para o sentido de “comparável a”, ver sobre 20.1. Como as dez “virgens” da parábola tinham a obrigação de estar bem preparadas para encontrar o noivo, assim também todos os que professam JESUS como seu Senhor e Salvador devem estar prontos a recebê-lo quando de seu regresso ele introduzir “o reino do céu” - sobre o qual, ver 4.23; 13.43 - em sua fase final.
No contexto não se explica exatamente como sair ao encontro do noivo se encaixa em todo o quadro de um casamento254 tipicamente judaico. Alguém poderia pergunta, por exemplo: “Quem são essas moças? Damas de honra? Filhas de amigos e vizinhos da noiva? A intenção delas é encontrar o noivo quando este, depois de tomar sua noiva da casa paterna, a conduz à sua própria casa, da qual agora se aproximam, e onde as festividades serão celebradas?255 Onde estão essas jovens quando ouvem o grito: ‘Eis o noivo chegando! Saiam para encontrá-lo’? Em algum lugar ao ar livre, junto ao caminho, onde ficaram dormindo? Na casa da noiva? Ou do noivo? Ou de algum amigo?”
Em defesa de qualquer uma dessas teorias implícitas o leitor pode encontrar pelo menos um comentarista. Seria cansativo considerar todos os prós e contras em cada caso. Portanto, em vez de fazer isso, simplesmente exponho minha posição pessoal. Se porventura alguém optar por teoria diferente, o mesmo é livre para agir assim. O fato de que a Escritura não responde essas perguntas pareceria indicar que as mesmas não são de suprema importância. Ao gastar demasiado tempo com elas, é possível esquecer-se da lição principal: a preparação é essencial, pois vem o tempo quando já não será possível preparar-se; a porta estará fechada.
Com base no fato de que o noivo leva muito tempo para chegar (cf. 24.48; 25.19), e portanto presumivelmente vem de um lugar distante, presumo que as partes interessadas já cuidaram das questões preliminares. Por que terá o noivo ainda de ir buscar a noiva na casa dela? O melhor texto grego nada tem que indique que a noiva está com o noivo na procissão de chegada! A noiva nem sequer é mencionada! Por isso, não é mais razoável pressupor que a noiva já esteja no lugar onde as bodas são celebradas, seja na própria casa de seus pais ou na casa do noivo? Visto que o último caso era mais comum, ficarei com ele.
Com isso em mira, a situação é a seguinte: É noite. Os convidados, a noiva e as moças - se quiser, pode chamá-las “damas de honra” - estão todos reunidos na casa do noivo (quer em sua nova residência ou na de seus pais). Tudo está pronto - exceto que o noivo ainda não chegou!
Por que havia exatamente dez moças não sabemos. Poderia ser esse o costume, ou “dez” pode simplesmente ser um número redondo. Não se comprova a idéia de que ele é um número simbólico e indica “o número completo daqueles que pertencem à igreja na terra”. Além disso, talvez não seja sábio alegorizar de forma tão generosa. Somos, contudo, informados definidamente de que essas jovens levavam suas “lâmpadas”, provavelmente significando: aparelhos equipados com receptáculos para
óleo e pavios, e que eram mantidos suspensos por meio de um mastro de madeira ao estilo característico das procissões (como “tochas”). A afirmação, “e saíram a encontrar o noivo”, deve ser entendida prolepticamente. O assunto é aqui posto em termos sucintos antes de ser descrito detalhadamente. O “saíram’' para encontrar o noivo não é enunciado até chegar ao versículo 10. Até então ele se acha implícito, e, como se verá, estritamente falando se aplica somente a cinco das damas de honra, ainda que originalmente todas as dez tinham a intenção de sair ao encontro do noivo.
As damas de honra são divididas em dois grupos: 2-4. Cinco delas eram insensatas, e cinco, prudentes. Pois as insensatas, havendo tomado suas lâmpadas, não levaram óleo consigo; as prudentes, porém, levaram, juntamente com suas lâmpadas, óleo em seus vasos. As dez são iguais em muitos aspectos. Todas tencionavam encontrar o noivo e escoltá-lo ao lugar onde as festividades deveriam se realizar. Todas possuem lâmpadas. Todas estão esperando o noivo chegar antes que chegue um novo dia, mas nenhuma delas sabe a que hora ele chegará. Todas esperam tomar parte na festa nupcial. Quando o noivo tarda, todas as dez moças adormecem, e desse sono todas despertam (vv. 5 e 6).
Ainda, porém, que as dez sejam semelhantes umas às outras em muitos pontos externos, sua dessemelhança é ainda mais notável. E básica. E o que realmente conta: cinco eram insensatas; cinco eram prudentes. A insensatez do primeiro grupo é considerada no fato de que estavam totalmente despreparadas para o encontro com o noivo; porque, embora tivessem levado suas lâmpadas, não haviam levado óleo. Isso é o que o texto nitidamente indica. Diz A. T. Robertson: “Provavelmente nenhum.” A. Edersheim: “Portanto, a insensatez das cinco virgens consistia... na inteira ausência de preparo pessoal [itálico dele], não havendo trazido nenhum óleo em suas lâmpadas.” Lenski: “As insensatas não levaram nenhum óleo - essa foi sua insensatez.”256 Elas possuíam lâmpadas, mas não óleo. Eram descuidadas, imprevidentes, culpadas de imperdoável e insensível negligência, míopes, desatentas. Os moças prudentes, ao contrário, estavam equipadas com um generoso suprimento de óleo.8]S Estavam plenamente preparadas.
5.    Ora, quando o noivo estava a demorar-se, todas elas ficaram sonolentas e [logo] ferraram no sono. Lançar mão de um sentido alegórico para este versículo é realmente uma tentação, como se houvesse aqui uma referência à debilitação da igreja. Mas não seria melhor seguir o exemplo do Senhor, e esperar pela aplicação, até chegar ao final (v. 13) da história? Não podemos culpar essas moças por terem sentido sono a ponto de cochilarem e por fim adormecerem. Acima de tudo, o excitação causada pelo vestir-se para as bodas, carregar suas lâmpadas, empreender a viagem até à casa onde agora estavam esperando, o indagar a cada instante se o noivo (acompanhado por uma procissão?) apareceria de repente, sendo frustradas repetidas vezes, etc., tudo isso tinha sido exaustivo. Além disso, o esperado estava se demorando demais, muito mais do que se esperava.
Entretanto, é preciso ter em mente que o cochilar e o adormecer ocorreram na mesma casa em que as dez haviam chegado, não do lado de fora, em algum lugar junto ao caminho!
6.    A meia-noite, porém, houve um grito: O noivo está chegando! Saiam ao seu encontro! Não somos informados sobre quem gritou. Poderia ter sido um dos jovens que, suponhamos, acompanhavam o noivo. Ou algum outro dentre os convidados que permaneceram acordados e que, postado em algum lugar escuro dentro ou perto da casa, silenciosamente vigiava a estrada. Teria ele quase perdido a esperança? Já era meia-noite! Quando finalmente se anunciou a aproximação do tão esperado noivo - é possível que ainda estivesse a uma considerável distância da casa - que grito deve ter ecoado! 257
7, 8. Então todas aquelas moças acordaram e preparam suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dê-nos um pouco de seu óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando. Todas as moças, agora totalmente despertas, atiçaram o lume de suas lâmpadas. Tentaram fazê-las brilhar com o máximo de iluminação e beleza. Por um instante tudo parecia bem. Um pavio que não está ainda completamente seco pode arder com intenso brilho por alguns segundos. Não obstante, depois disso, uma vez que as moças insensatas não haviam levado consigo nenhum óleo, suas lâmpadas começaram a tremular, e a crepitar, e a expirar, resultando no agonizante apelo de suas proprietárias dirigido às suas parceiras mais sábias: “Dêem-nos um pouco de seu óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.” Não carece que presumamos que as dez lâmpadas estiveram acesas a noite inteira. No caso das cinco moças insensatas, tal coisa teria sido impossível, pois não haviam levado nenhum óleo consigo. Mas, mesmo concordando que as cinco lâmpadas das moças prudentes ficaram acesas todo esse tempo, no topo de seus suportes, no interior da casa, parece antes ilógico. Além disso, uma casa onde estava para ocorrer uma festa teria sua própria iluminação. Não, no que diz respeita à parábola, pela primeira vez nessa noite há cinco lâmpadas acesas com fulgor, e que estão para ser levadas fora da casa.
A resposta ao pedido patético das moças insensatas é apresentado no versículo 9. As moças prudentes, porém, responderam: Pode ser que não haja bastante para nós e vocês. Em vez de procurar culpa nessas moças em virtude de sua insensibilidade, devemos tentar entender sua situação. As procissões nupciais geralmente se moviam lentamente. Além disso, é meia-noite. As moças não só deviam sair ao encontro do noivo; deviam escoltá-lo de volta à casa com suas lâmpadas ainda brilhando a arder o tempo todo. Portanto, sua resposta não é ilógica. Ao contrário, se coaduna com seu “caráter”, revelando previsão, uma manifestação a mais do mesmo cuidado no planejamento elaborado quando encheram suas lâmpadas com óleo.258
Ora, ao acrescentarem: É melhor que vão aos que [o] vendem, e comprem [um pouco] para vocês mesmas, isso não precisa ser interpretado como uma observação insolente. É possível que tenham realmente imaginado que houvesse por aü algum bazar ainda aberto, ou que possivelmente poderiam acordar o dono do bazar a fim de poderem comprar dele um pouco de óleo. Se qualquer tentativa desse gênero era inteiramente fútil, as próprias moças insensatas teriam de descobrir: 10. Não obstante, quando elas estavam a caminho para comprar, o noivo chegou! As moças que estavam prontas entraram com ele para as bodas, e a porta se fechou. Certas passagens da Escritura estão permeadas de um fundo patético, com um profundo senso de tragédia. Pense, por exemplo, em 2 Samuel 18.33: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão...” Da mesma forma os “nunca mais”, no final das seis linhas de Apocalipse
18.21-23a. E assim aqui: quando o noivo chega, as que estão prontas entram. As outras, nunca mais, pois ao chegarem descobre que a porta está fechada. Cf Lucas 13.25.
Nesse ponto a parábola gradualmente nos deixa e a realidade começa a vir à superfície, até que no versículo 13 a parábola desapareceu completamente, havendo cumprido seu propósito: 11,12. Mais tarde chegaram também as outras moças, dizendo: Senhor, abre a porta para nós. Ele, porém, respondeu: Eu solenemente declaro: Não as conheço.
“Tarde demais, tarde demais, não mais podeis entrar.” Podemos chamar isso realidade. Podemos também descrevê-lo como sendo contrário à realidade. Ambas as coisas são corretas.
E certamente contrário à realidade que um noivo terreno exclua tais moças. Mas é deveras realidade que o Senhor JESUS CRISTO, em sua gloriosa vinda, excluirá todos quantos ainda não se converteram. E a esses que ele dirá: “Não os conheço”, isto é, “não os reconheço como pertencentes ao número daqueles dos quais me agrada chamar meus”. Ver 7.21. “O Senhor conhece aqueles que são seus” (2Tm 2.19). Ele “conhece” Abraão (Gn 18.19), Moisés (Êx 33.12, 17), aqueles que buscam refúgio nele (Na 1.7). Ver também João 10.28, 29; Romanos 8.28, 29. Em virtude de sua graça soberana, o Senhor, desde a eternidade, os reconheceu como sendo seus. Consequentemente, no tempo ele os fez beneficiários de seu especial amor e comunhão (no ESPÍRITO). Aos que não lhe devotaram suas vidas - pois isso é o que significa estar preparado ele diz: “Não os conheço.” Não deve haver delonga, pois uma vez tenha ele voltado, a porta da graça se fecha irrevogavelmente!
Portanto, a lição nitidamente óbvia é esta: 13. Estejam em alerta, pois, porque vocês não sabem o dia nem a hora. Ver sobre 24.36, 42, 44, 50.
Uma vez havendo estudado a parábola e havendo fixado nossa atenção em sua lição principal, isto é, a necessidade de preparação constante, coração e vida sempre consagrados ao Senhor aqui e agora, estamos qualificados a perguntar: “Em consonância com essa aplicação principal, quais são algumas verdades subordinadas ensinadas aqui?” Provavelmente as seguintes:
a.    Todos os que professam crer no Senhor JESUS CRISTO se assemelham em muitos aspectos; especialmente neste: que todos estão em vias de encontrar o Noivo, JESUS CRISTO. Ver Mateus 25.1.
b.    As semelhanças são, não obstante, superficiais. Existe uma diferença essencial. Certamente nem todos os que lêem a Bíblia, assistem e até mesmo pertencem a uma igreja, cantam hinos de salvação, fazem pública profissão de fé, ainda pregam em nome de CRISTO, tomarão parte nas bênçãos do regresso de CRISTO. Alguns são sábios. Religião com eles não é mera máscara e fingimento. Crêem estar preparados pela fé no Salvador e sua vida é dedicada a ele, e portanto ao DEUS Triúno. Outros são insensatos. “Possuem uma forma de piedade, porém negam seu poder” (2Tm 3.5; cf. Mt 7.22,23). E assim, despreparados, viajam ao encontro do Juiz. Ver Mateus 25.2-4.
c.    Transcorrerá um longo período entre a primeira vinda e a segunda. Ver Mateus 25.5; e sobre 24.9, 14; 25.19.
d.    O regresso do Senhor será repentino, visível e audível. Ver Mateus 25.6; e sobre 24.31.
e.    A preparação não é transferível de uma pessoa para outra. Ver Mateus 25.7-9; também Salmo 49.7; Provérbios 9.12; Gálatas 6.3-5,
f.    Para quem não estiver pronto - isto é, para os não-salvos antes de morrerem, e para os que em sua condição de não-salvos sobreviverem na terra até ao regresso de CRISTO - não haverá “segunda chance”. Ver Mateus 25.10-12; também 7.22, 23; 10.32, 33; 24.37-42; 25.34-46; 2 Coríntios 5.9, 10; Gálatas 6.7, 8; 2 Tessalonicenses 1.8, 9; Hebreus 9.27,
g.    Portanto - e em vista do fato de o momento do regresso de CRISTO ser desconhecido requer-se vigilância em todo o tempo. Ver Mateus 25.13; também Salmo 95.7,8; 2 Coríntios 6.2.
Não é certo se o “óleo” nessa parábola tem ou não um sentido simbólico. Se tem, então indicaria o ESPÍRITO SANTO, por meio de cujo poder transformador e capacitador os homens são preparados para receberem o Noivo. Ver Mateus 25.2-4; e cf. Isaías 61.1; Zacarias 4.1 -6; 2 Tessalonicenses 2.13.
CASAMENTO - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD
- Na Bíblia aparece mais a palavra boda, do hebraico “hãtunnã” e do grego “gamos”.
No Evangelho de Mateus, capítulo 25, CRISTO refere-se a um cortejo nupcial, ao mencionar as dez virgens da parábola que vão ao encontro do esposo. JESUS também participou das bodas de Caná, na Galiléia (Jo 2.1-3).
Entre os judeus, podia ser efetuado o casamento desde a idade núbil, isto é, desde os treze anos e um dia para os rapazes e doze anos e um dia para as meninas, porém o costume fixava a idade de dezoito anos. As viúvas ou repudiadas não podiam contrair novo matrimônio antes de se passarem três meses, depois da separação. Os esponsais tinham o mesmo valor legal que o matrimônio; esses esponsais duravam mais ou menos um ano, quando os noivos se comunicavam através de intermediários. Depois do período de noivado, havia a festa, que não trazia nenhuma cerimônia religiosa em si. No sábado seguihte ao início da festa do casamento, os novos esposos eram levados à sinagoga (no tempo do Novo Testamento) e o marido era convidado a fazer a leitura e a exposição de uma passagem bíblica. Depois, o mesmo cortejo que os trouxera à sinagoga levava-os para a casa deles (noivos). O novo casal desfrutava de certas regalias, durante um ano (Dt 24.5).
Acerca dos direitos e deveres dos cônjuges, a esposa podia exigir de marido dez coisas, três das quais estão estipuladas na Lei: o alimento, o vestido e o dever conjugal (Êx 21.10) e as outras sete são prescritas pelos doutores: ajuda na enfermidade, resgate para a remissão do cativeiro, sepultura na morte, permanência ao lado do marido, casa na viuvez, comida para os filhos, uma parte da herança e o dote para os filhos. As obrigações da esposa são: o seu trabalho, sua presença habitual, etc.
Nos dias do Antigo Testamento, o casamento era negociado pelos pais dos noivos. O homem que desejasse uma esposa tinha de comprá-la, e o preço estabelecido, de acordo com o que se lê na Bíblia (Dt 22.29), era de cinqüenta siclos de prata, cujo pagamento podería ser feito em camelos, ovelhas ou em dinheiro. Esse pagamento era chamado “mon-har”.
Se o casamento fosse pacífico, não era tratado diretamente pelo noivo nem pela noiva. Os intermediários no trato do consórcio eram os amigos do noivo. O contato dos intermediários com a família da noiva exigia que estes levassem presentes para a noiva e não podiam ir de mãos vazias. A noiva não tinha a menor interferência nas negociações de seu casamento com o noivo. Não tinha o direito de recusar o homem que lhe escolhessem para marido. Nos tempos do Novo Testamento, era permitido que as jovens de maior idade recusassem uma união que lhes desagradasse, mesmo que tivesse sido combinada pelos pais.
No contrato de casamento não estava a ação de qualquer mulher, nem mesmo da mãe da noiva. Todos os assuntos relacionados com o enlace eram realizados pelo pai da noiva e, na falta deste, pelo irmão mais velho; na falta do irmão, um amigo de confiança ou mesmo um servidor da casa poderia ser o intermediário. Em Gênesis 24, aparece Abraão dando instruções ao seu servo para procurar uma esposa para Isaque. O próprio Isaque desempenhou papel secundário. Convém lembrar que os casamentos desses dias distantes deviam realizar-se entre pessoas da mesma tribo; não se admitiam casamentos com estrangeiros.
Em certas épocas e lugares, o noivo não podia escolher qualquer moça para sua esposa. Se pretendesse casar-se com uma jovem de determinada família, somente podia fazê-lo com a irmã mais velha, quer fosse feia ou bonita, inteligente ou ignorante, dedicada ou desgovernada. Foi o que aconteceu a Jacó, quando pretendeu casar-se com a filha de Labão, fato que está registrado em Gênesis 29.26: “E disse Labão: Não se faz assim no nosso lugar, que a menor se dê antes da primogênita”. Se o matrimônio envolvia pessoas de recursos, então a distribuição entre os pobres de vinho, azeite, figos e nozes fazia parte da cerimônia. Onde as manifestações e regozijo culminavam era no cortejo nupcial que consistia no acompanhamento da noiva da casa de seu pai até a casa do noivo. Desse desfile participavam os amigos dos noivos, as virgens e os mancebos, e todo o povo. O desfile era realizado à noite. Os integrantes do cortejo nupcial levavam lâmpadas que queimavam azeite. Essas lamparinas deviam ser abastecidas antes do desfile. A pressa ou a falta de cuidado dos servidores encarregados de encher de azeite as lamparinas, às vezes, causava embaraços e perturbações, pela falta de luz. Foi baseado nesse costume que JESUS CRISTO apresentou aos homens de seus dias a parábola das dez virgens que foram esperar o noivo, porém, as lâmpadas de algumas não tinham azeite, não estavam preparadas e, quando foram abastecer-se, o noivo apareceu e elas não puderam acompanhá-lo, perdendo o privilégio de recebê-lo (Mt 25.10- 12). Nenhuma pessoa podia aproximar-se do cortejo sem alguma espécie de luz; as luzes eram chamadas de “mesh-als”; a estopa ou farrapos de linho eram muito torcidos e colocados em certos vasos de metal, no topo de um pedaço de madeira. Às vezes, a lâmpada era levada numa das mãos, enquanto que na outra havia um vaso com azeite, para abastecê-la.
As bodas, ordinariamente, duravam sete dias (Gn 29.27; Jz 14.12). Os convidados das duas partes eram chamados de filhos das bodas (Mt 9.15). Havia os companheiros do noivo e as companheiras da noiva (Jz 14.10- 18; Sl 45.9,14,15). As amigas da noiva cantavam o “Epithalamium” ou cântico nupcial, à porta da noiva, antes do casamento. Todos os convidados da festa acompanhavam o noivo, na tarde do primeiro dia, da casa dos pais da noiva à casa do noivo, onde estava preparada a mesa do banquete e a câmara nupcial. Nessa hora a mãe já havia coroado o noivo com um turbante especial (Ct 3.11; Is 62.3).
A esposa era levada ao esposo coberta com um véu (Gn 24.65; 29.25). Enfeitada para o esposo, tendo um cinturão próprio do casamento (Jr 2.32), ela aguardava o esposo no quarto das mulheres, o tálamo nupcial (Jl 2.16). Em grego, os noivos recebem o nome de “nymphios”.
O casamento é uma instituição divina, tendo sido DEUS o primeiro oficiante do enlace matrimonial entre os homens.
JESUS fez referência ao cortejo nupcial, quando descreveu a parábola das dez virgens
 
A Natureza do Casamento - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD1. O casamento faz parte da própria ordem da criação. DEUS revelou ao homem que ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn 3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a mulher (Gn 1.26.27). Desde o início o homem entendeu qne era vontade de DEUS que ele tivesse uma esposa. “Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu. “Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef 5.28,29).
2. O casamento é um sacramento de sociedade. No casamento, assim como na união sexual em particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração exterior daquilo que é uma graça interior. Sacramentado por DEUS (cf. 1 Tm 4.3) ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda comunhão humana, e por isso o próprio DEUS usou o casamento para expressar a incalculável profundidade de seu amor por nós.
3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma mulher dentro de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o amor e a fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de DEUS, ele somente termina com a morte ou então por causa de uma grave infidelidade ou separação de um cônjuge descrente (Mt 5.32; 19.9; Rm 7.2,3; 1 Co 7.15). Esse pacto deve ser celebrado apenas entre duas pessoas que compartilhem o mesmo espírito e fé, pois “que parte tem o fiel com o infiel?״ (2Co 6.14,15). 
4.O casamento é uma vocação, um convite de DEUS para a demonstração, a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl 127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para lhes ensinar a Palavra de DEUS (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los paia serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19,18; 22.15; 23.13; 29.15,17).
Os Propósitos do Casamento
1. A propagação da raça humana. E a forma Divina de desenvolver a espécie chamada humanidade, No caso dos seres angelicais, DEUS criou cada um deles individualmente, mas no caso da hnmanidade, Ele criou um homem e uma mulher e toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. DEUS só poderia ter redimido separadamente cada anjo caído se CRISTO morresse individualmente por cada um deles, mas Ele pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte de CRISTO, pois Ele qstaria representando a raça como um todo. E à luz desse fato que entendemos o significado de 1 Coríntios 15.22. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO”. 
DEUS preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de sua soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade para a verdadeira glória de DEUS.
2. É a maneira de DEUS de criar os filhos. Filhos precisam de um lar, e de pais dentro deste lar. No lar eles recebem abrigo e alimento. Através da vida de seus pais eles aprendem o que significa o verdadeiro amor porque são o objeto do amor dos pais e porque vêem o amor recíproco que existe entre eles. Somente através dos pais eles podem entender plenamente o profundo e duradouro amor conjugal e, dessa forma, ficam preparados para esperar e procurar um amor igual para si mesmos. É nesse ponto que a discórdia conjugal e os lares desfeitos exercem o efeito mais devastador sobre os filhos. O filho que nunca observou a demonstração de um verdadeiro amor em seu lar não está pronto para enfrentar sozinho a vida. DEUS também teve a intenção de que a demonstração de um verdadeiro amor entre pais e filhos fosse a base para o entendimento do amor que Ele mesmo sentiu ao enviar o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (cf. Ef 5.25-32).
3. O casamento é a maneira de DEUS incutir nos filhos os princípios da justiça e da autoridade responsável. Os pais devem tratar os filhos com paciência e justiça (Ef 6.4; Cl 3.21) e lhes ensinar o que é justo e direito. Devem dar exemplo de responsabilidade e autoridade na divinamente ordenada economia do lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12: Tt 1.6). O pai, como o cabeça da esposa e do lar, embora consultando plenamente sua esposa de uma forma realmente democrática, é o responsável por todas as decisões. Isso ensina a submissão à autoridade e um verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).
4. O casamento é o meio pedagógico de DEUS ensinar aos fillios sobre Si mesmo. DEUS se intitula nosso Pai e demonstra que o seu amor é tão maravilhoso como o amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16), tão terno como o amor de uma boa mãe (Is 49.15; 66.13; Mt 23,37), tão íntimo como aquele que existe entre o marido e a esposa (Ef 5.25ss.). Desse modo, todo o relacionamento dentro do casamento e da família transparece na demonstração e nos ensinos daquilo que DEUS é, da natureza do seu amor. Veja Família.
O lugar do Sexo
Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por DEUS gerar filhos para povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos renascidos em DEUS, ele também preenche importantes necessidades pessoais e familiares. O esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque o homem é feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do amor conjugal (1 Co 7.1 -5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas energias criativas tanto na vida do marido como da esposa.
Podemos observar melhor que DEUS fez o homem e a mulher para o verdadeiro prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as intimidades do amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma maravilhosa e pura. No relacionamento sexual todo o amor é expresso através de atos e palavras e é consumado em comunhão e união. E uma expressão de amor que pode ser exercitada com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada um mantém a experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa pessoa. Nesse sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo que deve existir individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual nenhuma outra pessoa ou deus pode ter a permissão de participar (Êx 20.3; cf. Ef 5.25ss.).
Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e equilibrado, desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo amor e não a mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância para os filhos (assim como para o marido e a esposa), porque vêem não só um casamento estável, como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda satisfação. Os filhos, por sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva divina e pode ser verdadeiramente belo e maravilhoso quando usado de acordo com as intenções de DEUS. Os cuidados que DEUS coloca no ato sexual permitem aos filhos aprender com pureza e se conservarem puros, mais tarde usando o sexo de acordo com os propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no casamento reaimente vêem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento (1 Ts 4.3-8; Hb 13.4).
Como DEUS Fala sobre o Casamento
Em primeiro lugar, DEUS usa o casamento como uma metáfora para expressar o relacionamento de CRISTO com a igreja, comparando CRISTO com o noivo e a igreja com a noiva (Ef 5.24-32; Ap 19.7-9). Tanto o crente individualmente como a igreja em geral, sempre são considerados no sentido de ser a noiva em relação a CRISTO (2 Co 11.2). A total submissão da virgem Maria à orientação e capacitação do ESPÍRITO SANTO quando disse, “Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38), representa uma analogia com o relacionamento que deve existir entre o ESPÍRITO SANTO e o cristão. O fruto do ESPÍRITO deve ser introduzido e nascer na vida do crente (Gl 5.22,23) assim como CRISTO foi formado pelo ESPÍRITO no ventre de Maria (Lc 1.42). No Salmo 45, CRISTO é visto em toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva Real, a igreja, para representar a pureza que DEUS deseja de seus filhos. A Noiva é grandemente desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior como interior. Seus trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.
Monogamia
Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela só era permitida como uma medida temporária. Ela negava o princípio do marido e a esposa serem uma única carne (Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas pagãs (2 Sm 5,13; 1 Rs 11.1-3), Somente através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e ilustrar corretamente o relacionamento de CRISTO com o crente (Ef 5.23ss.). Veja Concubina.
Casamento e Divórcio
O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de CRISTO é encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou que era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu uma lei de divórcio e que isso podería verdadeiramente levar ao adultério (Mt 19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de fornicação (Mt 5,31,32; 19,9). Isso significa que um divórcio somente deveria ser permitido quando houvesse uma relação sexual com outra pessoa que não fosse o cônjuge. Mesmo no caso de pessoas comprometidas na etapa do noivado, este deve ser rompido caso um dos dois cometa o ato de fornicação. CRISTO afirmou que o homem, assim como a mulher, podia cometer adultério se forçasse um divórcio injusto. Isso contrariava a opinião dos judeus que viam a mulher como a única culpada possível.
Embora exista uma diferença de opiniões, a maioria das igrejas considera que o divórcio pode ser permitido nos casos de abandono voluntário. Se assim for, existem duas razões bíblicas: fornicação e adultério. Entretanto, as Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos divorciados, isto é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro arrependimento pelo pecado. Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a amava, assim corno DEUS está disposto a perdoar e receber de volta a sua adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). Veja Dívórcio.
R. A. K.
Costumes e Cerimônias Matrimoniais
1. A escolha da noiva: Na Bíblia não existe qualquer restrição relativa à idade mais apropriada para o casamento, mas parece certo que as jovens se casavam muito cedo (Pv 2.17; 5.18), Em Isaías 62,5, ojovem, ao se casar, recebe o nome de bahur, isto é, o melhor, um jovem robusto e decidido na flor de sua capacidade física (cf. 1 Sm 9.2; Is 40.30; Am 8.13); a virgem recebe o nome de bstula, uma jovem atraente e sexualmente pronta para o casamento (cf. Jl 1.8; Jr 2.32). No Talmude, os rabinos estabeleceram 12 anos como idade mínima para as meninas e 13 para os meninos.
2. Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade patriarcal, os pais consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas para seus filhos (Gn 24,3; 38.6). Normalmente, a noiva em perspectiva, assim como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos de acordo com os interesses da família e da lealdade à tribo. Não é de admirar que muitas vezes os pais procurassem o casamento entre primos em primeiro grau, como por exemplo, no caso de Rebeca e Isaque. O casamento com mulheres estrangeiras era desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e mais tarde foi totaímente proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11) pelo perigo de uma volta à prática da idolatria das demais nações. Casamentos mistos eram tolerados apenas no caso dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45; Moisés, Ex 2.21) e dos reis apenas por razões políticas.
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos baseados no namoro. O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). Por exemplo, Mical se apaixonou por Davi (1 Sm 18.20), Na época do AT as mulheres não eram mantidas como reclusas, como nos países muçulmanos, e podiam sair às ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13). Elas cuidavam das ovelhas (Gn 29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1 Sm
9.11) , colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares (Gn 34.1). Dessa maneira, os jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos.
2. O noivado: A escolha da noiva era seguida pelo noivado (q.v.), que era um procedimento formal onde havia um compromisso maior do que no noivado de nossos dias. Os homens que iam se casar com as filhas de Ló jã eram considerados como seus genros (Gn 19.14). Um homem que estava noivo era dispensado do serviço militaT para poder tomar (isto é, casar-se com) sua esposa e viver com ela em sua casa durante um ano (Dt 20.7; 24.5). Qualquer imoralidade sexual com uma jovem noiva era um crime tão grave quanto o adultério (Dt 22.22-27). Inscrições encontradas no Oriente Próximo também indicam que o noivado era um costume reconhecido, que tinha conseqüências legais muito definidas.
Geralmente, o noivado era realizado por um amigo ou representante legal da parte do noivo (1 Sm 25.39ss,), E, no caso da noiva, por seus pais. Era confirmado através de juramentos (Em 1Sm 18.2-16 lemos: “Serás hoje meu genro”). Nessa ocasião era discutida a quantia do “dote” (em hebraico mohar. Veja Dote) com os pais da jovem, e era pago imediatamente à família da moça se a moeda corrente fosse o meio de compensação. 
Tanto na antiga Mesopotâmia como em Israel o casamento era um simples contrato civil, sem qualquer formalização através de uma cerimônia religiosa. Embora o AT não faça uma menção especifica sobre a existência de um contrato de casamento por escrito, tais contratos estavam estipulados no Código de Hamurabi. Existem vários contratos de casamento entre os papiros encontrados na colônia judaica de Elefantine, do século V a.C., e essa prática é mencionada no Livro de Tobias (Tob 7.13). Os Talmudistas do Mishna chamam esse contrato de ketuba e dão minuciosas instruções sobre como usar e guardar o mohar. O termo “concerto” ou “aliança” ib'rit) em Provérbios 2.17 e Malaquias 2.14 podem estar fazendo alusão a um contrato por escrito.
3. Cerimônia de casamento: A essência da cerimônia do casamento ou das festividades era o ato de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa do noivo ou de seu pai. Dessa forma, havia uma verdade literal na expressão hebraica “tomar” uma esposa (por exemplo, Gn 4.19; 12.19; 24.67; 38.2; Nm 12.1; 1 Sm 25.39-42; 1 Rs 3.1; 1 Cr 2.21). Vestindo um turbante imponente (Is 61.10) ou uma coroa nupcial (Ct 3.11) como um ornamento, o noivo partia de sua casa acompanhado por seus amigos (Jo 3.29) ou ajudantes (Mt 9.15) tocando tamborins e também podendo ser acompanhado por uma banda (1 Mac 9.39), Como a procissão nupcial geral- mente se realizava à noite (Ct 3.6-11), muitos portavam tochas ou lanternas (Mt 25.1- 8). A alegria e a felicidade (Jr 7.34; 16.9; 25.10; Ap 18.22ss.) anunciavam sua aproximação à população local que ficava aguardando à porta das casas que ficavam à beira do caminho até a casa da noiva e também quando regressavam à casa do noivo (Mt 25.5,6).
A noiva aguardava lindamente vestida e adornada com jóias (Sl 45.13ss.; Is 61.10; Ap 19.8), Para essa ocasião especial ela usava um véu (Gn 24.65; Ct 4.1,3; 6.7), que somente poderia retirar quanto estivesse sozinha com seu esposo, no escuro, na câmara nupcial (cf. Gn 29.23-25).
O noivo conduzia todos os convidados ao casamento, agora com a presença da esposa e seus acompanhantes (Sl 45.14b), até a casa de seu pai para a “ceia das bodas” (Ap 19.9). Todos os amigos e vizinhos eram convidados à festa do casamento (Gn 29.22; Mt 22.3-10; Lc 14.8; Jo 2.2) que era normalmente oferecida pelo pai do noivo (Mt 22.2). Recusar o convite para uma dessas festas representava uma grave ofensa (Mt 22.5; Lc 14.16-21). Geralmente, as festividades duravam uma semana (Gn 29.27ss.; Jz 14.10-12,17), mas o casamento era consumado na primeira noite ׳ Gn 29.23). O anfitrião presenteava os convidados com vestes apropriadas (Mt 22,11); jogos e outras formas de diversão acrescentavam mais alegria à festividade (Jz 14.12-18). O último ato da cerimônia era conduzir a noiva à câmara nupcial (em hebraico, heder, Jz 15.1; Ct 1.4; Jl 2.16). Nesse quarto havia sido preparado um dossel (em hebraico huppa, Salmo 19.5, “tálamo”; Joel 2.16, um “aposento particular״ ou “recâmara”) sobre o leito ou cama nupcial (Ct 1.16). Em seguida, o noivo “entrava à noiva* (Gn 16.2; 30.3; 38.8) e o lençol manchado de sangue, dessa noite de casamento, era guardado como uma prova da virgindade da noiva (Dt 22.13-21).
4. Estado civil: Em Israel, o estado civil do esposo era revelado pelo fato de que em hebraico ele é chamado de, ba‘al, o mestre ou senhor de sua esposa (Ex 21.22; Dt 21.13; 22.22; 2 Sm 11.26; Pv 12.4; 31.11,23,28). Isso traz a possibilidade de uma dupla interpretação para a profecia de Oséias 2.16, “E acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamarás. Meu marido e não me chamarás mais. Meu Baal”. O fato da esposa aceitar o papel de dependente do marido pode ser visto quando Sara se dirige ao esposo Abraão como “meu senhor” (’adoni, Gn 18.12; 1 Pe 3.6). Para o dever que o homem tinha de gerar um filho com a viúva de seu falecido irmão, veja Casamento, Levirato.
J.R.
Bibliografia. Nathan W. Ackerman, The Psychoaynamics of Family Life, Nova York. Basic Books, 1958. Ray E. Baber, Marriageand the Family, Nova York; McGraw-Hill, 1953. Roland de Vaux, Aneient Israel, trad. por John McHugh, Nova York; McGraw-Hill, 1961, pp. 24-38,521ss. Ralph Heynen, TheSecret of Christian Family Living, GrandRapids. Baker, 1965. Dean Johnson, Marriage and Counselling, Englewood Cliffs. Prentice Hall, 1961. J. Kenneth Morris, Premarital Counselling, Englewood Cliffs. Prentice Hall, 1960. John Murray, Piinciples of Conduet, Grand Rapids. Eerdmans, 1957, pp. 45-81. Marc Oraison, Man and Wife, Nova York; Macmillan, 1958. John R. Rice, The Home, Courtship, Mairiage and Children, Wheaton. Sword of the Lord, 1945. C. W. Shudder, The Family in Christian Perspective, Nashville. Broadman, 1962. Dwight H. Small, Design for Christian Marriage, Westwood, N.J.. Revell, 1959, E. Stauffer, “Gameo, games”, TDNT, I, 648-657, Charles William Stewart, The Minister as Marriage Coun.se/tor, Nova York. 
Abingdon, 1961.
Vida Cotidiana nos tempos bíblicos - Bíblia The Word - Casamento
A Bíblia expressa com clareza as intenções de DEUS para o casamento. DEUS quer que o homem e a mulher se realizem tanto espiritual como sexualmente. Este relacionamento foi desfigurado pela queda da humanidade no pecado. A história de Israel fala das mudanças que afetaram o casamento porque os israelitas preferiram aceitar as práticas degradantes de seus vizinhos ímpios.
JESUS reafirmou o significado do casamento. Ele censurou a atitude dos judeus para com o divórcio, e desafiou os parceiros conjugais a viverem em harmonia.

CASAMENTO
Convém observar as passagens bíblicas que descrevem o propósito do casamento. A Bíblia dá uma visão geral dos privilégios e deveres do vínculo matrimonial.

A. Divinamente estabelecido. No princípio DEUS criou um casal de seres humanos, um homem e uma mulher. Sua primeira ordem a eles foi: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gênesis 1:28). Ao reunir este casal, DEUS instituiu o casamento, a mais fundamental de todas as relações sociais. O casamento capacitava a raça humana a cumprir a ordem de DEUS de encher a terra e sujeitá-la (Gênesis 1:28).
DEUS fez a ambos, o homem e a mulher, à sua imagem, cada qual com um papel especial e cada qual complementado pelo outro. O capítulo 2 de Gênesis diz que DEUS criou primeiro o homem. Depois, usando uma costela do homem, DEUS fez-lhe "uma auxiliadora" (Gênesis 2:18). Quando DEUS trouxe Eva a Adão, ele os uniu e disse: "Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24).
DEUS tencionava que o casamento fosse uma relação permanente. Devia ser uma entrega pactuai única de duas pessoas que excluíam todas as demais de sua intimidade. DEUS proibiu expressamente a quebra dessa união quando ordenou: "Não adulterarás" (Êxodo 20:14). O Novo Testamento reafirma a singularidade do vínculo matrimonial. JESUS disse que O homem e sua mulher "já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6). Paulo comparou lindamente o amor de um homem à sua esposa ao amor de CRISTO à sua Igreja (Efésios 5:25). Ele disse que o amor de CRISTO era tão profundo ao ponto de ele morrer pela igreja, e do mesmo modo o amor do homem à sua esposa deve superar quaisquer imperfeições que ela possa ter.
O casamento é mais do que um contrato que duas pessoas fazem para seu mútuo benefício. Visto que fazem seus votos matrimoniais na presença de DEUS e em seu nome, podem buscar poder de DEUS para cumprir tais votos. DEUS torna-se uma parte sustentadora do casamento. O livro dos Provérbios lembra-nos disto quando diz que DEUS dá sabedoria, discrição e entendimento, de modo que os parceiros matrimoniais possam evitar que sejam induzidos à infidelidade (cf. Provérbios 2:6-16). Os escritores do Novo Testamento entenderam que o casamento cristão é criado e mantido por CRISTO. 

B. Marcado pelo amor. Acima de tudo mais, o amor é o sinal da união. Note-se a simplicidade com que a Bíblia descreve o casamento de Isaque e Rebeca: "[ele] tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou" (Gênesis 24:67). O amor, baseado em verdadeira amizade e respeito, sela e sustenta o laço matrimonial. Pedro conclama os maridos a viverem "a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, por isso que sois juntamente herdeiros da mesma graça de vida" (1 Pedro 3:7). Este tipo de amor entre marido e mulher purifica a relação matrimonial de ambos.
A Bíblia diz que marido e mulher são iguais como pessoas diante de DEUS, visto que ambos foram feitos à imagem de DEUS. Ambos podem ser salvos de seus pecados, mediante JESUS (Gênesis 1:27; Gálatas 3:28; Colossenses 3:10-11). Juntos recebem os dons e as bênçãos de DEUS para seu casamento (Romanos 4:18-21; Hebreus 11:11; 1 Pedro 3:5-7). Quando se unem em casamento, ambos têm obrigações, embora possam ter graus variáveis de capacidade para executar as responsabilidades que partilham.

Procissão matrimonial. procissão matrimonial típica nos tempos bíblicos, mostra o noivo acompanhando o grupo do casamento de volta à sua casa para uma festa. Música e dança eram partes essenciais da celebração, que durava de uma a duas semanas.

C. Realização sexual. Outro fator no relacionamento matrimonial é a união sexual dos parceiros. A união sexual consuma o casamento na base de uma entrega matrimonial mútua. A expressão "coabitou o homem com Eva" ou "conheceu Adão a Eva" (Gênesis 4:1, 25 e outros lugares), é o modo direto de a Bíblia referir-se ao intercurso sexual. Mas a Bíblia trata este ato com dignidade, chamando-o digno de honra e sem mácula (Hebreus 13:4). As Escrituras exigem do povo de DEUS que conserve puras as suas relações sexuais. Não devem usar o sexo para dar vazão a paixões lascivas, como o fazem os ímpios (1 Ts 4:3-7). A Bíblia recomenda ao homem casado deleitar-se na esposa de sua mocidade todos os dias de sua vida (Eclesiastes 9:9). Ele deve embriagar-se "sempre com as suas carícias" (Provérbios 5:15-19).

1. Um dever a cumprir. Quando um israelita comprometia-se a casar, ele não devia permitir que nada o impedisse de cumprir seu propósito. Não devia ir à guerra, para não dar-se o caso de ele morrer e outro homem casar-se com a noiva prometida (Deuteronômio 20:7). Durante o primeiro ano de casamento ele não devia retomar nenhuma tarefa que interferisse em sua presença no lar para promover "felicidade à mulher que tomou" (Deuteronômio 24:5). Paulo disse aos maridos e às esposas que estivessem sexualmente disponíveis um ao outro, sem privar-se um ao outro, de modo que Satanás não pudesse tentá-los a tolerar afeições errantes por lhes faltar domínio ― próprio (1 Coríntios 7:3-5).

2. Promiscuidade e perversão. Paulo diz que o homem que se une "à prostituta, forma um só corpo com ela, porque, como se diz [o homem e a prostituta], serão os dois uma só carne" (1 Coríntios 6:16). O corpo, diz Paulo, é o templo de CRISTO. Uma vez que a união sexual promíscua une a carne de dois indivíduos, ela é uma profanação do templo de CRISTO.
Aqui o termo carne significa mais do que órgãos sexuais ou mesmo o corpo todo. Ele se refere à pessoa integral. A união sexual inevitavelmente envolve a pessoa toda, quer dentro, quer fora do casamento. Quando DEUS exige que seu povo viva vidas santas (1 Pedro 1:15-16), isto inclui a conduta sexual com relação ao casamento (1 Ts 4:3-6). DEUS exigiu santidade correspondente dos israelitas (Levítico 18; 20:10-21). A pessoa na sua totalidade ― corpo não menos do que alma ― é separada para DEUS.
Com o tempo a prostituição religiosa das nações pagas entrou em Israel. A própria presença desta prática profanou o culto do Senhor (1 Samuel 2:22).
A Bíblia proíbe o incesto (Levítico 18:6-18; 20:11-12). Denuncia, também, as relações homossexuais como depravadas e reprováveis aos olhos de DEUS. Na verdade, tais relações acarretavam pena de morte em Israel (cf. Levítico 18:22; 20:13; Deuteronômio 23:18; Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9; 1 Timóteo 1:10).

3. Papéis sexuais próprios. Nos tempos bíblicos, pensava-se no casamento como um estado em que as pessoas naturalmente cumpririam seus respectivos papéis sexuais. Dessa maneira, o homem era o cabeça da família e a esposa devia submeter-se à sua autoridade (Salmo 45:11; 1 Pedro 3:4-6). Este relacionamento de papéis esteve presente desde o começo; a mulher foi feita para ser auxiliadora do homem, adaptada para ele nesse sentido. Por todo o tempo do Antigo Testamento a mulher encontrou seu lugar na sociedade por intermédio do pai, depois mediante o marido, e então por meio do irmão mais velho ou parente resgatador. DEUS usou este relacionamento de papéis para estabelecer harmonia na família e na sociedade toda. A submissão da mulher judia ao marido não lhe depreciava as capacidades nem a reduzia a um lugar secundário na sociedade. A esposa "excelente" do Antigo Testamento (Provérbios 31) gozava da confiança do marido e do respeito dos filhos e vizinhos. Ela desfrutava de muita liberdade para usar suas habilidades econômicas a fim de prover para a família. Era reconhecida como pessoa de sabedoria e graciosa mestra. Estava tão longe quanto possível de ser uma escrava-utensílio, que é como a mulher era considerada em outras culturas do Oriente Próximo.

D. Símbolo espiritual. O casamento simbolizava a união entre DEUS e seu povo. Israel era chamada de esposa do Senhor, e o próprio Senhor disse: "não obstante eu os haver desposado" (Jeremias 31:32; cf. Isaías 54:5). Os profetas declararam que a nação havia cometido "prostituição" e "adultério" quando ela se voltou de DEUS para os ídolos (Números 25:1-2; Juizes 2:17; Jeremias 3:20; Ezequiel 16:17; Oséias 1:2). Disseram que DEUS havia repudiado sua esposa infiel (Isaías 50:1; Jeremias 3:8) ao enviar ele os israelitas para o cativeiro. Não obstante, DEUS teve compaixão de sua "esposa", Israel, e chamou-a de volta para ser fiel (Isaías 54). Como o noivo se alegra na sua noiva (Isaías 62:4-5), assim o Senhor se delicia em fazer de Israel o "povo santo", seus remidos (Isaías 62:12).
O Novo Testamento descreve a igreja como a noiva de CRISTO, preparando-se para a vida no reino eterno (Efésios 5:23). Esta imagem sublinha a verdade de que o casamento deve ser uma união de amor e fidelidade, exclusiva e permanente. Os maridos devem amar as esposas como CRISTO ama à sua noiva resgatada, e as esposas devem submeter-se a seus maridos, como se submetem a CRISTO.

COSTUMES MATRIMONIAIS BÍBLICOS
Nos tempos bíblicos, o primeiro passo no casamento era dado pelo homem ou por sua família (Gênesis 4:19; 6:2; 12:19; 24:67; Êxodo 2:1). Geralmente, as famílias do casal faziam o arranjo do casamento. Assim Hagar, como chefe da família "o casou [Ismael] com uma mulher da terra do Egito" (Gênesis 21:21). Estando Isaque com quarenta anos de idade, era perfeitamente capaz de escolher sua própria esposa (Gênesis 25:20); no entanto, Abraão mandou seu servo a Harã a fim de buscar uma esposa para Isaque (Gênesis 24).
Abraão deu ao servo duas ordens estritas: A noiva não podia ser cananéia, e devia deixar o lar paterno para viver com Isaque na Terra Prometida. Em circunstância alguma devia Isaque voltar a Harã para viver de acordo com o antigo modo de vida da família.
O servo de Abraão encontrou a orientação do Senhor em sua escolha (Gênesis 24:12-32). Então, segundo o costume da Mesopotâmia, ele fez os arranjos com o irmão e a mãe da moça (Gênesis 24:28-29, 33). Ele selou o acordo dando-lhes presentes (um dote) a eles e a Rebeca (Gênesis 24:53). Finalmente, buscaram o consentimento da própria Rebeca (Gênesis 24:57). Este procedimento era muito semelhante às práticas matrimoniais humanas descritas em antigos textos de Nuzi.
Em circunstâncias diferentes, ambos os filhos de Isaque ― Jacó e Esaú ― escolheram suas próprias esposas. A escolha de Esaú causou muita amargura de espírito a seus pais (Gênesis 26:34-35; 27:46; 28:8-9); mas a escolha de Jacó encontrou aprovação.
Jacó foi enviado à casa de Labão, seu tio, em Harã, onde agiu com a autoridade de seu pai no arranjo para casar-se com Raquel. Em vez de dar um dote a Labão, ele trabalhou durante sete anos. Mas não se costumava permitir que a filha mais moça casasse primeiro, e assim Labão enganou Jacó casando-o com Lia, irmã mais velha de Raquel. Jacó aceitou, pois, a oferta de Labão de trabalhar mais sete anos para obter Raquel.
Naquela região, o homem que não tinha filho muitas vezes adotava um herdeiro, dando-lhe a filha como esposai Exigia-se que o filho adotivo trabalhasse na família. Se mais tarde nascesse um filho, o adotivo perdia a herança em favor do herdeiro natural. Talvez Labão tenha tencionado adotar a Jacó; mas então lhe nasceram filhos (Gênesis 31:1). Talvez os filhos de Labão tenham sentido ciúmes de Jacó por temerem que ele pudesse reivindicar a herança. De qualquer maneira, Jacó deixou Harã secretamente para voltar à casa paterna em Canaã.
Raquel levou consigo os deuses do lar que pertenciam ao pai. Visto como a posse desses deuses era uma reivindicação à herança, Labão saiu no encalço dos fugitivos; mas Raquel ocultou os ídolos de modo que Labão não os encontrasse. Para pacificar o tio, Jacó comprometeu-se a não maltratar as filhas de Labão nem tomar outras esposas (Gênesis 31:50).
Deveríamos notar, especialmente, a tradição do Antigo Testamento do "preço da noiva". Conforme vimos, o marido ou sua família pagava ao pai da noiva um preço por ela para selar o acordo de casamento (cf. Êxodo 22:16-17; Deuteronômio 22:28-29).
O preço da noiva nem sempre era pago em dinheiro. Podia ser pago na forma de roupas (Juizes 14:8-20) ou de algum outro artigo valioso. Um preço muitíssimo horrendo foi exigido por Saul, que pediu a Davi prova física de que ele havia matado 100 filisteus (1Samuel 18:25).

O pagamento do preço da noiva não significava que a esposa tinha sido vendida ao marido e agora era sua propriedade. Era reconhecimento do valor econômico da filha. Mais tarde a lei sancionou a prática de comprar uma criada para tornar-se esposa de um homem. Tais leis protegiam as mulheres contra abuso ou maus tratos (Êxodo 21:7-11).
Às vezes, o noivo ou sua família dava presentes à noiva também (Gênesis 24:53). Doutras vezes o pai da noiva também lhe dava um presente de casamento, como fez Calebe (Josué 15:15-19). É interessante notar que Faraó deu a cidade de Gezer como presente de casamento à sua filha, esposa de Salomão (1 Reis 9:16).
A festa fazia parte importante da cerimônia de casamento. Geralmente era dada pela família da noiva (Gênesis 29:22), mas a família do noivo podia oferecê-la também (Juizes 14:10).
Tanto a noiva como o noivo tinham criados para servi-los (Juizes 14:11; Salmo 45:14; Marcos 2:19). Se fosse um casamento real, a noiva dava suas criadas ao esposo para aumentar a glória da corte dele (Salmo 45:14). 
Muito embora a noiva se adornasse com jóias e vestimentas bonitas (Salmo 45:13-15; Isaías 49:18), o noivo era o centro de atenção. O Salmista apresenta, não a noiva (como fazem os modernos ocidentais), mas o noivo como feliz e radiante no dia do casamento (Salmo 19:5).
Em outras nações do Oriente Próximo, o noivo costumeiramente passava a morar com a família da noiva. Mas em Israel, em geral era a noiva que ia para o lar do marido e se tornava parte de sua família. O direito de herança pertencia ao varão. Se um israelita tinha somente filhas e desejava preservar a herança da família, suas filhas tinham de casar-se dentro da própria tribo porque a herança não podia ser transferida para outra tribo (Números 36:5-9).
Um dos mais importantes aspectos da celebração do casamento era o pronunciamento da bênção de DEUS sobre a união. Foi por isto que Isaque abençoou a Jacó antes de enviá-lo a Harã para buscar uma esposa (Gênesis 24:60; 28:1-4).
Embora a Bíblia não descreva uma cerimônia matrimonial, supomos que fosse um acontecimento muito público. JESUS compareceu a, pelo menos, uma cerimônia de casamento e abençoou-a. Em suas lições, ele referiu-se a vários aspectos das festividades de casamento, mostrando assim que a pessoa comum tinha familiaridade com tais cerimônias (Mateus 22:1-10; 25:1-3; Marcos 2:19-20; Lucas 14:8).

A PESSOA SOLTEIRA
Por suas palavras e por sua própria vida de solteiro, JESUS mostrou que o casamento não era um fim em si mesmo, nem essencial à integridade da pessoa. Como servo de DEUS, a pessoa podia não ser chamada para ter um companheiro e filhos. O discípulo cristão podia ter de esquecer pais e possessões por amor do reino de DEUS (Lucas 18:29; cf. Mateus 19:29; Marcos 10:29-30).
Paulo desejava que todos os homens estivessem contentes por viver sem casar-se, como ele (1 Coríntios 7:7-8). Ele encontrava plena liberdade e inteireza em consagrar-se "desimpedidamente, ao Senhor" (1 Coríntios 7:35). Mas reconhecia que a pessoa que não tem o dom do autocontrole nesta área deve casar-se, para que não peque (1 Coríntios 7:9, 36).
 
MATRIMÔNIO - Dicionario Champlin - CPAD
Algumas informações
d.    O noivado era quase tão indissolúvel quanto o próprio matrimónio, e uma noiva já era chamada de «esposa» (ver Gên. 19:21; Deu. 22:23,24; Mat. 1:18,20). Um noivo também era chamado de «esposo» (ver Joel 1:8; Mat. 1:19). A Bíblia não nos dá informações sobre como e sob quais circunstâncias os noivados eram desmanchados. José, noivo de Maria, pensou em dissolver o noivado, e deveria haver algum meio para tanto (ver Mat. 1:19).
e.    Costumes Acerca do Noivado. 1. A escolha de uma esposa. Usualmente isso se fazia mediante um arranjo entre as famílias dos noivos (ver Gên. 21:21 e 38:6). Mesmo que um homem escolhesse a noiva, seus pais é que negociavam o casamento (ver Gên. 34:4,8; Juí. 14:2). So raramente (e por motivo de rebeldia) é que um homem agia contrariamente aos desejos de seus pais (ver Gên. 26:34,35). E os desejos da jovem não eram inteiramente ignorados (ver Gên. 24:58). Raramente eram os pais da jovem que tomavam a iniciativa na questão (ver Rute 3:1,2 e I Sam. 18:21). 2. Presentes eram trocados, e também havia um dote (ver Gên. 34:12; Êxo. 22:17),—e também, havia presentes no caso de uma mulher seduzida (I Sam. 18:25), ou um homem podia trabalhar a fim de obter sua esposa (como no caso de Jacó). O dote usualmente consistia em um presente dado à noiva, embora também pudesse ser ao noivo, por parte do pai da noiva, podendo incluir até mesmo a doação de escravos pare servir ao casal ou à mulher (ver Gên. 24:29,61; 29:24). Também havia dotes sob a forma de terras (ver Juí. 1:15; I Reis 9:16; Tobias 8:21). Um noivo podia receber vestes ou jóias (ver Gên. 24:53).
f.    Cerimónias de Casamento. Havia cerimónias públicas e particulares; isso envolvia vestes especiais (ver Sal. 45:13,14); eram usadas jóias (ver Isa. 61:10); a noiva cobria-se de véus (ver Gên. 24:65): eram usadas flores ou coroas de flores como decoração (ver Isa. 61:10; Efé. 5:27; Apo. 19:8). Faziam-se presentes amigos do noivo e amigas da noiva (ver Sal. 45:14). O noivo tinha um amigo especial, e outros auxiliares (ver Jui. 14:11; Mat. 9:15). O amigo especial era chamado «companheiro» (ver Jui. 14:20 e 15:2), ou talvez «mestre-sala» (ver João 2:8,9). Algumas vezes havia um cortejo honorifico (ver Jer. 7:34; I Macabeus 9:39). Também havia uma festa de casamento, usualmente efetuada na casa do noivo (Mat. 22:1-10: João 2:9). Concorriam muitos amigos e parentes, e o vinho era servido em abundância. O povo hebreu era um povo que se divertia, tomando vinho e dançando, não muito parecido com os evangélicos de hoje, demasiadamente inclinados ao ascetismo. Ver João 2:3,9,10. Rejeitar um convite a um casamento era uma questão séria (ver Mat. 22:7). Vestes festivais eram usadas pelos convidados (ver Mat. 22:1,12). Figuradamente, a união espiritual entre CRISTO e sua noiva (a Igreja) é simbolizada pelas bodas ou casamento do Cordeiro (ver Apo. 19:9).
g.    A Noiva Cobre-se. Trata-se de um costume antiquíssimo, encontrado em várias culturas. A noiva cobria-se com algum tipo de vestuário. Isso simbolizava pelo menos duas coisas: daquele dia em diante, ela seria protegida por ele. Em segundo lugar, o símbolo sexual é óbvio: ele a cobriria de maneira íntima. Entre os beduínos há esse mesmo costume, e quando a mulher é coberta, com suas vestes especiais, o noivo diz: «De agora em diante, somente eu te cobrirei».
h.    A Bênção. Os pais o os amigos bendiziam ao casal (ver Gên. 24:60; Rute 4:11; Tobias 8:13).
i.    A Aliança. O matrimónio envolvia um acordo pessoal e um acordo tribal. A fidelidade era necessária, a fim de assegurar o cumprimento apropriado do propósito do casamento e da família. Sabemos, com base em Tobias 7:14, que havia acordos escritos. Ver também Pro. 2:17; Eze. 16:8 e Mal.2:4.
j.    A Câmara Nupcial. Era preparado um lugar especial para o casal passar os primeiros dias (Tobias 7:16; Sal. 19:5; Joel 2:16).
l.    Consumação do Casamento. Tradicionalmente, o casamento não se consumava enquanto não houvesse o ato sexual. Entre muitos povos, enquanto o casamento não se consumasse, poderia haver anulação do matrimónio, sem necessidade de divórcio. Os hebreus religiosos ofereciam orações antes de consumar o casamento. Ver Tobias 8:4.
m.    Prova de Virgindade. Os hebreus eram fanáticos quanto a isso. Um pano manchado de sangue deveria ser exibido como prova da virgindade da noiva (ver Deu. 22:13-21). Esse costume continua existindo em alguns lugares do Oriente Próximo. Naturalmente, o noivo não precisava mostrar qualquer prova de que ele também era virgem.
n.    Festividades. Os festejos do casamento prosseguiam, talvez tanto quanto uma semana (ver Gên. 29:27). Música, danças e vinho eram importantes elementos desses festejos, juntamente com muita comida. Sansão disse piadas e apresentou enigmas (Juí. 14:12-18),
o.    Foram mudadas algumas leis sobre os impedimentos maritais. Ver a terceira seção, Empecilhos ao Casamento. Quanto ao Matrimónio Levirato, ver o artigo separado, com esse título.
p.    Tendência em Favor da Monogamia. Os intérpretes vêem no Antigo Testamento uma diminuição gradual da poligamia. Os livros de Samuel e de Reis refletem menos a poligamia, exceto no caso dos reis. O livro de Tobias nunca alude a qualquer outro tipo de casamento, exceto o monogâmico. O livro de Oséias (como também o décimo sexto capítulo de Ezequiel) desenvolveu a figura do casamento monogâmico como ilustração da relação entre Yahweh e Israel.
q.    Tempos Pós-Exiiicos. A monogamia parecia ter prevalecido, embora não houvesse leis que a sancionassem. Os babilónios eram essencialmente monógamos, mas os assírios preferiam a poligamia.
r.    Desde o começo, o casamento era considerado o estado normal e certo, para o homem e para a mulher. A virgindade não era exaltada, exceto enquanto a mulher não se casasse. A vida celibatária não tinha prestigio nenhum, talvez sendo até considerada uma aberração.
Bibliografia. AM B BAIL BRA E JE UN WEST Z
 
 
CASAMENTO - Dicionário Davis - John Davis - CPAD
Costume Judaico
A escolha de uma esposa para o filho era ordinariamente feita pelo pai, Gn 21:21; 24:38, 46. Em alguns casos, o filho fazia ele mesmo a sua escolha ficando, ao pai, a missão de dirigir as negociações, Gn 34: 4, 8; Jz 14:1-10. Somente em circunstâncias extraordinárias é que o jovem dirigia todo o negócio, Gn 29:18. Havendo o consentimento do pai ou do irmão da moça preferida, não havia necessidade de consultar a vontade dela, Gn 24:51; 34:31. Ocasionalmente, os pais procuravam um esposo para sua filha, ou a ofereciam em casamento a um indivíduo de sua escolha, Êx 2:21; Jo 15:17; Rute 3:1, 2; 1 Sm 18:27. Os pais, e às vezes, a própria filha recebiam presentes feitos pelo candidato, Gn 24:22, 53; 29:18, 27; 34:12; 1 Sm 18:25. Entre o tempo que decorria entre o noivado e o casamento, todas as comunicações entre as partes eram mantidas por meio de um amigo para esse fim escolhido, que se chamava o amigo do esposo, Jo 3:29. O casamento em si era negócio puramente doméstico, sem nenhuma cerimônia religiosa, apenas ratificado por uma espécie de juramento, Pv 2:17; Ez 16:8; Ml 2:14. Depois do exílio, estabeleceu-se o costume de lavrar um contrato selado (Tob. 7:14). Quando chegava o dia marcado para o casamento, a noiva purificava-se, cp. Judite, 10:3; Ef 5:26, 27, vestia-se de branco, Ap 19:8; Sl 4:13, 14, ornava-se de joias, Is 61:10; Ap 21:2, apertava o cinto, Is 3:24; 49:18; Jr 2:32; cobria-se com um véu, Gn 24:65, e cingia a fronte com uma coroa. O noivo vestia as suas melhores roupas, cobria a cabeça e cingia o diadema, Ct 3:11; Is 61:10, saía de casa para a casa dos pais da noiva acompanhado por seus amigos, Jz 14:11; Mt 9:15, ao som de músicas e de cantos. Se o casamento era de noite, as pessoas que faziam parte do cortejo empunhavam tochas ou lâmpadas com azeite, 1 Mac 9:39; Mt 25:7, comp. Gn 31:27; Gn 7:34. Recebendo a esposa na casa dos pais, com o rosto velado, e acompanhada pelos votos de felicidade dos amigos e pelas bênçãos paternais, Gn 24:59; Rt 6:11; Tob. 7:13, o esposo a conduzia para casa de seu pai, ou para a sua, juntamente com os convidados, ao som de músicas e bailados, Sl 4:15; Ct 3:6-11; 1 Mac 9:37. No caminho para casa, ajuntavam-se à comitiva, pessoas amigas do novo casal, moças virgens portando lâmpadas com azeite, etc., Mt 25:6. Seguia-se o banquete na casa do esposo, ou de seu pai, Mt 22:1-10; Jo 2:1-9. Se a distância da casa era grande, então o banquete se realizava em casa dos pais da noiva, Mt 25:1, à custa destes ou do esposo, Gn 29:22; Jz 14:10; Tob. 8:19. Nesta ocasião é que o noivo se aproximava da esposa pela primeira vez, Jo 3:29. Terminado o banquete, a noiva era conduzida para a câmara nupcial pelos pais, Gn 29:23; Jz 15:1; Tob. 7:16, 17, e o noivo era igualmente acompanhado pelos seus amigos, ou pelos pais da noiva, Tob. 8:1. As festas continuavam no dia seguinte um pouco mais resumidas, e se prolongavam por mais uma ou duas semanas, Gn 29:27; Jz 14:12; Tob. 8:19, 20.

 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 11 - CPAD
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“Mateus dá prosseguimento à última seção pedagógica de JESUS, iniciada no capítulo 24, com outra parábola (só encontrada em Mateus) sobre o tópico da perseverança como condição prévia para a salvação última. Esta parábola está de acordo com o reincidente tema do autor sobre o julgamento e o tempo do fim. Uma de suas expressões favoritas, ‘Reino dos Céus’, também é usada aqui.
“A Parábola das Dez Virgens é um comentário adicional sobre a Parábola dos Dois Servos (Mt 24.45-51). Note como Mateus liga as duas parábolas com o conectivo ‘então’ (tote) usado frequentemente por ele. Na parábola anterior os servos são recompensados ou condenados de acordo com o comportamento íntegro ou abusivo de cada um. Nesta parábola as virgens prudentes e loucas (ou sábias e tolas) são avisadas a perseverar enquanto esperam o noivo. Visto que JESUS tinha parado de condenar os líderes judeus (Mt 23.39), sua intenção tem de ser que as virgens prudentes e loucas sejam seus seguidores. Quando Mateus registra esta parábola décadas depois de JESUS tê-la ensinado, as virgens loucas são os cristãos que pensam que a Vinda de JESUS está tão iminente que eles não estão preparados para ficar esperando.
“Não nos é dito exatamente o que o azeite (ou óleo) representa aqui. São as boas obras referidas na parábola anterior? É evidente que JESUS não criou uma alegoria extensiva com muitos significados ocultos; entretanto o contexto requer que JESUS seja o noivo, tema popular na igreja primitiva (e.g., Mt 9.15; Jo 3.29; 2 Co 11.2; Ef 5.21-33; Ap 21.2,9; 22.17). Não é sem importância o fato de JESUS usar uma imagem que os profetas do Antigo Testamento identificam com o próprio DEUS, sendo Israel identificado com a noiva (Is 54.5; Jr 31.32; Os 2.16). Aqui as virgens na festa de casamento são os membros da Igreja, ao passo que a festa de casamento simboliza o tempo do fim (veja também Mt 22.1-34). Tentar ver mais simbolismo nesta parábola é ler demais o texto ([...]).
“Tradicionalmente o noivo vai primeiro para a casa do pai da noiva, para finalizar o contrato e levá-la a sua casa, para a festa de casamento. As ‘damas de honra’ são uma uma descrição inexata das dez virgens, já que elas não estão na companhia da noiva, mas esperando o retorno do noivo à sua casa. As ‘lâmpadas’ poderiam ser tochas empapadas de óleo usadas para a procissão do casamento; por conseguinte as mulheres prudentes levam jarros de óleo para enchê-las quando necessário. Se as virgens prudentes compartilhassem o óleo, nenhuma delas teria luz para saudar o Senhor. A porta está fechada, e a exclusão da festa é final. Dada a presença da danação eterna nas parábolas paralelas constantes antes e depois desta, é claro que não está em vista uma comutação da pena. Note o paralelo com a Parábola das Bodas em Mateus 22.1-14, onde a pessoa sem roupas adequadas é expulsa da festa de casamento” (SHELTON, James B. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.135).
 
CONHEÇA MAIS
*Classificação da Parábola
“Esta parábola narrativa duplamente indireta também se apresenta como uma síncrise, isto é, uma analogia implícita de exemplos contrastantes. Ela compara a nossa prontidão em participarmos da celebração de um casamento (ou, bodas) à prontidão de participarmos do Reino vindouro. Ela não apresenta uma nimshal interpretativa, embora o v.13 seja um apêndice explicativo.” Para conhecer mais, leia Compreendendo todas as Parábolas de JESUS, CPAD, p.706.
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Despertemos para a Vinda do Grande Rei”, responda:
Quais são as duas classes de virgens da parábola? A parábola fala que havia duas classes de virgens, ou seja, “prudentes” e “loucas”.
O que o azeite representa na parábola? Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do ESPÍRITO SANTO, aliada à fé verdadeira e a santidade necessárias à salvação (Ef 4.30).
Quais são as duas fases da segunda vinda de JESUS? Na primeira fase, JESUS virá secretamente para arrebatar sua Igreja, composta pelos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos serão imediatamente trasladados para o céu por JESUS (Jo 10.28,29; 1 Ts 4.16,17). O arrebatamento terá lugar nas nuvens e somente os salvos o perceberão (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-17). Na segunda fase, JESUS voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras, ou seja, virá publicamente, pois todo o mundo o verá (Mt 25.31-46; Jd 14,15; Ap 19).
Entre tantas lições, o que ressalta a parábola das dez virgens? A parábola das dez virgens ressalta o valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de forma separada das coisas profanas, consagrando a vida a uma única coisa – agradar ao seu Noivo, o Senhor JESUS (Ap 19.7).
Se JESUS arrebatar a Igreja hoje você está preparado? Resposta pessoal.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p41.
SUGESTÃO DE LEITURA - Guia Profético Para o Fim dos Tempos, Agentes do Apocalipse, O Ensino Bíblico das Últimas Coisas
 
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Todas as parábolas da Bíblia - HERBERT LOCKYER - Editora Vida, rua Júlio de Castilhos, 280, São Paulo, SP