ELABORADO:
Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/)
com
algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
Questionário da
Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias
Responda conforme a
revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE. Comentário: Pr.
Elienai Cabral
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as
falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E o reino, e o ____________________________, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao
___________________________ dos santos do Altíssimo; o seu reino será um
reino eterno, e todos os __________________________ o servirão, e lhe obedecerão" (Dn
7.27).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Enquanto os__________________________ humanos
__________________________, o Reino de DEUS se
__________________________
através de JESUS CRISTO.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- Qual a mudança de narrativa no capítulo sete de Daniel? Quais as
principais diferenças entre as narrativas anteriores e as do capítulo
sete?
( ) Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta.
( ) É o "apocalipse do Antigo Testamento" apresentando quatro
impérios simbolizados por quatro animais.
( ) A visão do capítulo dois foi dada a um rei
que se converteu, Nabucodonosor,
enquanto que a do capítulo sete, a um profeta de DEUS, o profeta Daniel.
( ) A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Nabucodonosor,
enquanto que a do capítulo sete, a um servo de DEUS, o profeta Daniel.
( ) Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado político dos
impérios apresentados como uma grande estátua.
( ) Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e
espiritual desses impérios.
( ) Os fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm
finalidades distintas.
( ) No capítulo sete, DEUS revela a Daniel o fim dos quatro impérios
e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.
I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
4- Quando Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais?
( ) No primeiro ano do rei Nabucodonor, que era regente da Babilônia.
( ) No primeiro ano do rei Belsazar, que era co-regente com o seu
pai, Nabonido da Babilônia.
( ) No primeiro ano do rei Ciro, que era
regente da Babilônia e do reino da Média e da Pérsia.
5- Como foi a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3)? Complete:
a) O "__________________________ com asas de águia"
(v.4). Animal semelhante ao __________________________
com asas de águia. Asas do __________________________ eram arrancadas. Animal foi erguido
da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um
coração humano. O___________________________ representava o império da
__________________________. b) O ___________________________ (v.5).
Figura semelhante a um ____________________________. Erguido de um lado
e tinha em sua boca três __________________________. "Levanta-te, devora
muita carne". O ________________ simbolizava o império __Medo-Persa__.
c) O __________________________ com quatro asas (v.6). Este possuía
quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado
domínio. O __________________________ simbolizava o império da
___________________________. d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). "Terrível, espantosa e
extremamente forte”. Ela tinha enormes dentes de
__________________________, comia e triturava o que encontrasse pelo
caminho. Em sua cabeça havia ainda dez ___________________________.
Enquanto Daniel prestava atenção nos dez __________________________, um
______________________ pequeno surgiu entre os dez; mas três dos
primeiros dez ________________________ foram arrancados pela raiz. No
________________________ pequeno havia também olhos como "olhos humanos"
e uma boca que proferia "palavras arrogantes". O animal, aqui descrito,
simbolizava o império _______________________.
6- O bloco dos versículos 9 a 14 revelam mais duas figuras. Quais são?
( ) A do anticristo e a do Filho do Homem.
( ) A do Ancião e a do Filho do Homem.
( ) A do Anjo do Senhor e a do Filho do Homem.
7- Qual a interpretação dos animais dada a ele ainda na mesma visão
(vv.15-27)?
( ) As figuras dos animais. Significam quatro reis que se
levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa,
o rei da Grécia e o rei de Roma.
( ) A ênfase no quarto animal. Roma foi o império mais
devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e
eficácia administrativa, mas frágil (barro).
( ) A ênfase no quinto animal. Roma foi o império mais
devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e
eficácia administrativa, mas frágil (barro).
( ) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez chifres prefiguravam
dez reis advindos do antigo império romano. outro rei, representado pelo
pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três
primeiros. Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na
pessoa de Antíoco Epifânio.
II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
8- O que significa Tronos, "ancião de dias" e juízo divino (vv.9-14), na
segunda parte da visão de Daniel?
( ) Aqui trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz:
"foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou".
( ) Aqui trata do julgamento no
Tribunal de CRISTO. O versículo nove nos diz:
"foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou".
( ) A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e
justiça.
( ) A profecia nos fala que o juiz do julgamento é o "ancião de
dias", isto é, DEUS é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido
de branco. ("Juiz de toda a terra” visto por Abraão em Gn 18.25).
( ) O tribunal demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que
DEUS julgará "o pequeno chifre" e decretará a sentença final contra o
quarto animal (Roma).
( ) Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo
julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!
9- O que significa a expressão "Filho do Homem" (vv.13,14)?
( ) JESUS CRISTO (filho do homem ) virá pela
terceira vez e instaurará
o governo literal de DEUS no mundo, o reino milenial.
( ) A expressão "filho do homem" aparece mais de 80 vezes no livro de
Ezequiel.
( ) A fórmula é regularmente traduzida como "homem" ou "ser humano",
pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas.
( ) Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, "filho do homem" refere-se a
um ser humano distinto que recebe de DEUS a soberania celestial.
( ) Posteriormente, os santos apóstolos de CRISTO identificaram
"filho do homem" com a pessoa de JESUS de Nazaré.
( ) Em o Novo Testamento, JESUS (filho do homem) introduziu o Reino
de DEUS no mundo como o próprio verbo divino feito carne, a plena
revelação de DEUS.
( ) Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre
a Terra.
( ) JESUS CRISTO (filho do homem ) virá pela segunda vez e instaurará
o governo literal de DEUS no mundo, o reino milenar.
10- Como será a Grande Tribulação (vv.24,25) e qual a atuação do
Anticristo e de CRISTO ai?
( ) Segundo a visão conservadora, tradicional e evangélica, estamos
diante de um texto que aponta para um tempo de grande sofrimento no
mundo, especialmente em relação à nação de Israel.
( ) O Anticristo será afastado e uma
parte do Reino de DEUS será
estabelecida por um período de tempo.
( ) "O chifre pequeno", advindo da região do quarto império, Roma,
promoverá engano e assombro no planeta.
( ) Na linguagem neotestamentária, ele é o "Anticristo", o
blasfemador de DEUS e dos seus preceitos.
( ) Por "um tempo, e tempos, e metade de um tempo", o "Anticristo"
terá autoridade no mundo.
( ) Esse período equivale a "três anos e meio", ou "quarenta e dois
meses" ou "mil e duzentos e sessenta dias".
( ) Ele compreende a metade dos sete anos finais prescritos como a
Grande Tribulação e o fim do "tempo dos gentios".
( ) Nos primeiros "três anos e meio" o Anticristo fará acordos com
Israel, mas não os cumprirá.
( ) Este é o período de grande poder e influência política desse
líder mundial sobre o mundo e os judeus.
( ) O Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira.
( ) O Anticristo será condenado e a plenitude do Reino de DEUS será
estabelecida para sempre!
III. A VINDA
DO FILHO DO HOMEM
11- Como será a vinda do filho do homem, no final da Grande Tribulação?
( ) O reino de CRISTO será temporário,
por um período curto, mas jamais perecerá.
( ) O versículo 13 de Daniel afirma que o "filho do homem" voltará
nas nuvens do céu.
( ) Este é o entendimento remontado em Atos 1.9-11 quando da
afirmação dos anjos sobre a volta do CRISTO de DEUS: "E, quando dizia
isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu,
ocultando-o a seus olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões
galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós
foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes
ir".
( ) Da mesma forma o apóstolo João escreveu no Apocalipse uma
mensagem recebida do próprio JESUS: "Eis que vem com as nuvens, e todo
olho o verá, até os mesmos que o traspassaram".
( ) O reino de CRISTO será eterno, único e jamais perecerá.
12- Quem são os “Os santos do Altíssimo” (v.18)?
( ) Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os
santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que
fazia parte da Grande Tribulação.
( ) Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os
santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que
estava em cativeiro.
( ) Entretanto, de modo mais abrangente, e de acordo com Apocalipse
7.9-17, e a partir da revelação progressiva da Palavra de DEUS ao longo
da história bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes
advindos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tribos e
nações, que tiveram as suas roupas lavadas no sangue do Cordeiro.
13- Como será a “destruição do Anticristo” (v.26,27)?
( ) DEUS intervirá na história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo.
( ) DEUS não intervirá na história dos judeus
por causa do juízo que eles trouxeram sobre eles devido à sua idolatria.
( ) Este será julgado e condenado para sempre.
14- A Igreja de CRISTO, lavada e remida no sangue do Cordeiro, passará
pela Grande Tribulação?
( ) Sim. Mas não passará pelo grande sofrimento
que virá sobre todos no final, mas será logo tirada do mundo para estar para sempre com o Senhor.
( ) Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de
CRISTO será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.
CONCLUSÃO
15- Complete:
Lamentavelmente, devido à multiplicação da "doutrina" da
______________________, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o
"aqui e agora", a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado.
Outros caem no erro de ensinar que as _______________________ de Daniel
e do Apocalipse são ______________________ e produtos de um tempo e de
uma cultura sem conexão com a era atual. Estudemos a Palavra de DEUS
para não nos acharmos _______________________, deleitosos e não sejamos,
pois, a ________________________ contemporânea (Ap
3.14-22)!
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada.
Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em
português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes.
Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM
CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
-
Pb Alessandro Silva
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP. @PrHenrique
20 novembro 2014
Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias - 2 parte
Lição 8 - Os Impérios Mundiais E O Reino Do Messias - 2 parte
II – O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14).
A escatologia está sendo abandonada por muitas igrejas e
pregadores, porque entendem que a igreja não deve se preocupar com Israel,
nem com o seu futuro. Algumas igrejas e pregadores preferem uma teologia
horizontalizada que se preocupa, essencialmente, com “o aqui e agora”, com o
“hoje”. Ensinam alguns que as profecias de Daniel e Apocalipse têm um
caráter apenas alegórico e que pode ser descartado por temas atuais.
Entretanto, não podemos descartar a importância dessas profecias que apontam
para o futuro.
A visão de Tronos e do Juízo de DEUS (7.9-14)
O texto diz: “foram postos uns tronos”(7.9).A partir do
versículo 9, Daniel vê uma cena de juízo da parte de DEUS contra o quarto
animal, ou seja, a quarta Besta que aparece na visão com um vislumbre
escatológico para o Anticristo. Esses tronos, no plural, indicam vários
juízos aplicados nos dias da Grande Tribulação. E interessante notarmos que
os tronos de juízo aparecem simultaneamente com a aparição do “chifre
pequeno” indicando todos aqueles juízos revelados na visão do Apocalipse a
João na Ilha de Patmos. Esses tronos vistos na visão de Daniel indicam
tribunais em que alguns personagens especiais se assentam para julgar. O
texto lembra um tribunal como a Suprema Corte que reúne juízes para julgar.
O próprio DEUS, Juiz Supremo, se assenta no seu Trono, acompanhado de seu
Conselho Celestial para julgar (1 Rs 12.19; Jó 1.6). “o ancião de dias”
(7.9-12). Esse personagem, o “ancião de dias”, ganha destaque na visão de
Daniel. É uma figura humana que ilustra o respeito pelo que DEUS é,
naturalmente, muito mais que “um ancião de dias”; muito mais que alguém
respeitado pela idade, porque DEUS é o Supremo Juiz, que aparece como um
“ancião de dias” numa referência a cultura humana de respeito às pessoas
idosas, por causa da experiência e a sabedoria. As palavras hebraicas atiz e
yomin que se traduz por “ancião de dias” é uma designação do DEUS Todo
poderoso como Juiz supremo, que derramará seus juízos contra os reinos
do mundo que tenham se associado com o Anticristo. Por isso, essa figura do
“ancião de dias” é utilizada para identificar a DEUS como aquEle que tem
autoridade e poder para julgar, especialmente, contra o personagem daquele
“pequeno chifre”.
A sua “veste branca como a neve” (7.9) fala de pureza e
santidade. DEUS é SANTO (Is 6.1-4) e está rodeado de anjos santos.
“ Um rio de fogo manava e saía de diante dele” (7.10). Como
vislumbrar a glória que envolve a majestade divina? A figura do fogo ilustra
o que DEUS é: santo, puro, iluminador, purificador. A visão do profeta
Isaías no capítulo 6 do livro seu livro ilustra a glória do fogo diante do
Trono de DEUS. O versículo 10 fala da santidade do “ancião de dias” que é o
Pai Celestial e a relação do seu trono com o fogo que manava do Trono para
falar de pureza e justiça. As “rodas do trono” indicam que DEUS não é uma
figura estática como os promulgará a sentença final contra o quarto animal
(Roma) e o Chifre Pequeno, representado como o grande opositor dos
interesses de DEUS para com Israel (7.11,12).
“milhares de milhares o serviam diante dele” (7.10). Daniel
percebe que o fogo que manava e saía de diante dEle é identificado com os
anjos celestiais que o servem. Os anjos são seres espirituais que podem
tomar muitas formas, porque não possuem forma que se possa identificá-los.
Na visão de Daniel eles são chamas de fogo que se diversificam em milhares
de seres que servem ao Trono do Supremo DEUS.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 107-108.
Três coisas muito encorajadoras são aqui reveladas:
I- Que há um julgamento por vir, e DEUS é o Juiz. Agora os
homens têm o seu dia, e todo embusteiro acredita que deveria ter o seu dia,
e luta por isso. Mas Aquele que se senta no céu ri deles, pois vê que vem
chegando o seu dia (SI 37.13). “Eu olhei” (v. 9) até que os tronos foram
derrubados, não somente os tronos desses animais, mas todo governo,
autoridade, poder, que são estabelecidos em oposição ao reino de DEUS entre
os homens (1 Co 15.24): assim são os tronos dos reinos do mundo, em
comparação com o reino de DEUS. Aqueles que os vêem estabelecidos precisam
esperar apenas pouco tempo, e os verão derrubados. Eu olhei até que os
tronos foram postos (assim se pode ler este texto). O trono de CRISTO e o
trono de DEUS Pai. Um dos rabinos confessa que esses tronos são
estabelecidos, um para DEUS, outro para o Filho de Davi. E o julgamento que
está instalado aqui (v. 10). Assim sendo:
1. O objetivo é proclamar o sábio
e justo governo do mundo por DEUS através de sua providência. Há algo que
proporciona uma satisfação indizível a todos os homens bons em meio às
convulsões e às agitações dos estados e dos reinos: que o Senhor tenha
preparado o seu trono nos céus, que o seu reino domine sobre tudo (SI
103.19), e que verdadeiramente há um DEUS que julga na terra (SI 58.11).
2.
Ele possivelmente aponta para a destruição trazida pela providência de DEUS
sobre o império da Síria, ou de Roma, por sua opressão ao povo de DEUS. Mas:
3. O episódio parece principalmente planejado para descrever o último
julgamento, pois embora não suceda imediatamente depois do domínio do quarto
animal, e embora ainda esteja por vir daqui a muitas eras, ainda assim fora
planejado para que em todas as gerações o povo de DEUS se encorajasse
mesmo sob as suas dificuldades, através da convicção e da
perspectiva de um evento tão importante quanto este julgamento. Enoque, o
sétimo depois de Adão, profetizou sobre isso (Jd 14). A boca do inimigo fala
grandiosamente (v. 8). Mas aqui estão coisas muito maiores, ditas pela boca
do Senhor. Muitas das predições do Novo Testamento sobre o julgamento que
virá contêm uma clara alusão a essa visão, e nesse sentido podemos mencionar
especialmente a visão de João (Ap 20.11,12).
(1) O juiz é o próprio Ancião
de dias, DEUS Pai. A glória da sua presença é descrita aqui. Ele é chamado
de Ancião de dias, porque Ele é DEUS de eternidade a eternidade. Entre os
homens se acredita que com o ancião esteja a sabedoria, e que o tempo
julgará. Não deverá, então, toda carne ficar em silêncio diante Daquele que
é o Ancião de dias? A glória do Juiz é demonstrada aqui por sua vestimenta,
que era branca como a neve, simbolizando o seu esplendor e a sua pureza em
todas as aplicações da sua justiça. E os seus cabelos eram limpos e brancos,
como a pura lã, para que, tal como a cabeça grisalha dos mais velhos, Ele
mostre que é altamente venerável.
(2) O trono é esplêndido. E como a chama
ardente, terrível para os maus que serão intimados a comparecer diante dela.
E sendo o trono móvel sobre rodas, ou ao menos a carruagem na qual ele
percorria o trajeto, suas rodas são como o fogo ardente, para devorar os
adversários. Pois o nosso DEUS é um fogo consumidor, e com Ele estão as
labaredas eternas (Is 33.14). Isso é detalhado no versículo 10. Para todos
os seus amigos fiéis, procede do trono de DEUS e do Cordeiro um rio puro de
água da vida (Ap 22.1), do mesmo modo como para todos os seus implacáveis
inimigos emana de seu trono uma torrente flamejante, uma torrente de enxofre
(Is 30.33), um fogo que devorará diante dele. Ele é uma testemunha veloz, e
a sua palavra é uma palavra que se move sobre rodas.
(3) Os servos são
numerosos e muito admiráveis. A Shekiná está sempre acompanhada por anjos. E
assim aqui (v. 10): Milhares de milhares o servem, e dez mil vezes dez mil
estão diante dele. E para a sua glória que tenha tais servos, mas é uma
glória ainda maior não precisar deles, nem tirar proveito deles. Veja como
são numerosos os exércitos do céu (há milhares de milhares de anjos), e quão
dispostos a servir estão - eles se postam diante de DEUS, prontos para se
encarregarem de suas missões e agir ao primeiro sinal de sua vontade e
agrado. Eles serão especialmente utilizados como ministros da sua justiça no
último dia, no julgamento final, quando o Filho do homem chegar, e com Ele
todos os santos anjos. Enoque profetizou que o Senhor viria com miríades de
seus santos.
(4) O processo é justo e irrepreensível: O julgamento será
estabelecido, pública e abertamente, para que todos possam recorrer a ele. E
os livros serão abertos. Assim como nos tribunais de julgamento entre os
homens, os procedimentos são colocados por escrito e sob registro, sendo
expostos quando a causa chega à audiência. O interrogatório das testemunhas
é realizado, e os depoimentos lidos, para esclarecer os fatos, e os
estatutos e a lei comum são consultados para se saber como é a lei. Da mesma
forma, no julgamento do grande dia, a equidade da sentença será tão
incontestavelmente evidente como se houvessem livros abertos para
justificá-la.
II- Que os orgulhosos e cruéis inimigos da igreja de DEUS
certamente terão que sofrer o acerto de contas, e serão destruídos no devido
tempo (w. 11,12). Isto nos é aqui representado:
1. Na destruição do quarto
animal. A desavença de DEUS com esse animal se deve à voz das grandes
palavras que a ponta emitia, oferecendo resistência ao Céu, e prevalecendo
sobre tudo o que é sagrado. O comportamento orgulhoso do inimigo ofende a
DEUS mais do que qualquer outra coisa (Dt 32.27). Por essa razão, o faraó
deve ser humilhado, porque disse: Quem é o Senhor? E também porque disse: Eu
perseguirei, Eu alcançarei. Enoque profetizou que por isso o Senhor viria
para julgar o mundo, para que pudesse condenar a todos os que são ímpios,
por suas duras palavras (Jd 15). Note que as palavras pronunciadas com
arrogância são apenas palavras inúteis, pelas quais os homens terão que
prestar contas no grande dia. E veja o que resta desse animal que fala tão
alto: Ele está morto, e seu corpo destruído e entregue para ser queimado
pelo fogo. O império sírio, depois de Antíoco, foi destruído. Ele próprio
morreu vítima de uma doença deplorável. Sua família foi exterminada. O reino
foi destruído pelos partos e armênios, e, por fim, foi transformado por
Pompeu em uma província do império romano. E o próprio império romano (se o
considerarmos como o quarto animal), depois que começou a perseguir o
cristianismo, declinou e definhou, e a sua sociedade foi destruída. “Assim
perecerão todos os teus inimigos, O Senhor! E serão mortos diante de Ti”.
2.
Na degradação e no enfraquecimento dos outros três animais (v. 12): Eles
tiveram seu domínio retirado, e então ficaram impossibilitados de provocar
os danos que haviam causado à igreja e ao povo de DEUS. Mas uma prolongação
de vida lhes foi dada, até um tempo e uma época, uma hora marcada, cujos
limites eles não podem ultrapassar. O poder dos reinos anteriores estava
completamente aniquilado, mas o seu povo ainda permanecia em uma condição
pobre, frágil e baixa. Podemos fazer referência a isso descrevendo os
resíduos do pecado nos corações das pessoas boas. Elas, cujas vidas são
prolongadas, possuem em si corrupções, de forma que não estão completamente
livres do pecado, mas o domínio deste foi retirado, de modo que o pecado não
reine em seus corpos mortais. E, dessa maneira, DEUS lida com os inimigos de
sua igreja. Algumas vezes Ele quebra os dentes deles (SI 3.7). Quando Ele
não lhes quebra o pescoço, reprime a perseguição, como também retarda a
punição aos perseguidores, para que eles possam ter um tempo para se
arrepender. E é justo que DEUS, ao realizar a sua obra, faça-o no seu
próprio ritmo, e à sua própria maneira.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD.
pag. 869-870.
Dn 7.9: “ O presente versículo, e os que seguem, encontram
paralelos nos de Ap 1.13 a 16, onde cena similar está em foco. Ali o Senhor
JESUS é o filho do “Ancião de dias”, e por essa razão tem a mesma natureza
do Pai. E aquele que morreu com trinta e três (33) anos de idade. Depois de
levar os nossos pecados na cruz e suportar uma eternidade de dores; tem
cabelos brancos como a neve. Entre o povo de DEUS, a “coroa de honra são as
cãs” (Pv 16.31). Certamente a alvura dos cabelos na pessoa de CRISTO provém,
em parte, da intensidade de glória celestial, e em parte da sua sabedoria e,
sobretudo, da sua idoneidade moral. No “ancião” do texto em foco, a brancura
dos cabelos não significa velhice, antes sugere a eternidade, indicando
também pureza e divindade.
Dn 7.10: “... milhões de milhões” (de anjos). O presente
versículo tem seu paralelo em Ap 5.11, onde lemos que “milhões de milhões e
milhares de milhares” de anjos estavam ao redor do trono de DEUS. Os anjos
são mencionados em toda a extensão das Escrituras Sagradas, onde são vistos
por mais de 273 vezes, e, no caso do texto em foco, encontramos “milhões de
milhões e milhares de milhares”. A angelologia do Antigo Testamento afirma
que os anjos são tão numerosos, que o seu número é incalculável para a
habilidade humana. O doutor Bancroft, citando Gabelein diz que “em Hb 12.22
os anjos são indicados como uma inumerável companhia, literalmente,
miríades. De acordo com Lc 2.13, multidões de anjos apareceram na noite do
nascimento de CRISTO; claramente foram vistos cruzando o céu da Palestina,
clamando de alegria em vista do início da nova criação, como tinham feito no
princípio da primitiva criação. Quão vasto é o número deles! somente o sabe
aquele cujo nome é Jeová-Sabaote, o Senhor dos Exércitos”.
Dn 7.11: "... o seu corpo desfeito, e entregue para ser
queimado...” O presente versículo tem seu cumprimento literal em Ap 19.20,
onde lemos: “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que, diante
dela, fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de
fogo e de enxofre”, O Anticristo e o seu falso profeta serão lançados vivos
no ardente lago de fogo, no juízo, pois mereceram. O fato de que os dois
serão lançados “vivos” no lago de fogo significa, para alguns eruditos, que
não poderão ser homens ordinários, e, sim, seres demoníacos, que se
apresentarão como homens. Mas a verdade é que serão homens, embora possuídos
por Satanás. O texto em foco diz que o corpo da terrível fera será queimado.
A besta e o falso profeta, serão os dois agentes diretos do dragão,
preparados como “filhos da perdição”. Eles inaugurarão o ardente lago de
fogo. Isso se coaduna realmente com sua natureza: ela (a Besta) saiu do
abismo (Ap 11.7) e irá à perdição (Ap 17.8), seu destino final.
Dn 7.12: “Foi-lhes tirado o domínio”. O texto em foco prediz
a ruína dos três primeiros impérios mundiais: Babilônico, Medo-persa e o
Greco-macedônio. Mas a palavra divina dizia, ao mesmo tempo, que eles
continuariam a existir, mas sem o poder de governar. A sua continuação de
existência deve relacionar-se com a vinda do tempo determinado por DEUS. As
grandes dinastias do mundo tiveram seus períodos áureos na história, mas
depois declinaram; alguns destes exemplos podemos deduzi-los, tanto das
profecias como da própria história. O Egito dos Faraós, a Grande Babilônia
dos caldeus e a Roma dos Césares, foram, em verdade, verdadeiros impérios de
ferro que subjugaram, mataram, destruíram e reduziram nações inteiras à
escravidão. Mas, com o passar do tempo, DEUS, pouco a pouco, foi-lhes
tirando o domínio; hoje os impérios babilônicos, Medo-persa, Greco-macedônio
e Romano, não mais existem, e os países situados nos seus antigos
territórios não têm projeção mundial como potências.
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 138-140.
Juízo das Nações (7.9-13). Aqui temos uma previsão dos juízos
do Apocalipse, culminando no Juízo das Nações, na vinda do Filho do homem
(v. 13). (Ler aqui Mateus 25.31-46 e Apocalipse 19.11 ss.) O "Ancião de
Dias" (vv. 13,22) é DEUS. (Ver Isaías 57.15 - Aquele "que habita a
eternidade".) O versículo 13 também mostra que JESUS e o Pai Eterno são duas
pessoas distintas. Logo a seguir vemos JESUS recebendo o reino (v. 14): "O
reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu CRISTO, e ele reinará
pelos séculos dos séculos" (Ap 11.15).
Antônio Gilberto.
DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias.
Editora CPAD.
2. O “Filho do Homem” (vv.13,14).
FILHO DO HOMEM
I. Sentido da Expressão e Algumas Estatísticas
II. Origem Veterotestamentâria
III. Uso da Expressão no Novo Testamento
I. Sentido da Expressão e Algumas Estatísticas
No hebraico, ben-adam (Sal. 8:4; 80:17; Dan. 7:13; Eze.
2:1-3). No grego, o uiõs toü anthrôpou (em Mateus, 32 vezes; em Marcos, 14
vezes; em Lucas, 26 vezes; em João, 12 vezes; em Atos, 7 vezes; em Hebreus,
uma vez; no Apocalipse, duas vezes – um total de noventa e quatro vezes no
Novo Testamento, sempre nos lábios do próprio Senhor JESUS, exceto em João
12:34, Atos 7:56; Heb. 2:6; Apo, 1:13 e 14:14).
No hebraico a idéia é a de alguém que pertence à raça de
Adão; no grego, a idéia é a de alguém que pertence à raça humana.
Tradicionalmente, essa expressão, «Filho do homem..,
designaria a humilde humanidade de JESUS CRISTO, fazendo contraste com sua
natureza divina. Esse sentido está envolvido na expressão; mas, quando
examinamos o que a Bíblia tem a dizer a respeito, vemos que uma significação
muito mais profunda é transmitida nas Escrituras Sagradas.
II. Origem Veterotestamentâria
- O texto de Salmos 8:4, ...que , o homem, que dele te
lembres? e o filho do homem, que o visites parece aplicar-se tanto aos
homens mortais quanto a JESUS CRISTO, em sua encarnação, quando ele se
identificou com os homens. Em Salmos 80:17, encontramos o desejo expresso,
durante um período de declínio nacional em Israel, pelo aparecimento de
algum herói nacional que redimisse a Israel. Essas foram idéias iniciais que
ajudaram a formar a consciência judaica acerca da necessidade do
aparecimento do Messias. Ele seria o Homem por excelência, que serviria de
modelo a todos os homens. Em Ezequiel 2:1-3, a expressão «Filho do homem»,
que nesse livro aparece por um total de quarenta e cinco vezes, designa «um
filho de Adão por motivo de descendência». Porém, a mais importante
ocorrência da expressão «Filho do homem», no Antigo Testamento, encontra-se
em Daniel 7:13. Muitos estudiosos estão certos de que ali a expressão alude,
primariamente, à personificação do Israel ideal, ou então dos santos do
Altíssimo; porém, com um sentido mais profundo, está em foco a figura do
Messias prometido, contemplado já em sua glória futura. Lemos ali: «Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do
céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram
chegar até ele. Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos,
nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio
eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído... Um homem a
quem cabia uma glória que só a DEUS pode ser atribuída, não poderia ser um
mero homem. De fato, à proporção que avança a revelação bíblica sobre o
Messias, mais claro vai se tomando que ele não seria apenas um homem
extraordinário, ou algum grande guerreiro salvador de Israel de seus
inimigos, mas seria o DEUS homem, um figura ímpar e multifacetada. O que nos
deixa admirados é que o povo judeu não tenha entendido isso, nem antes do
aparecimento de CRISTO, quando só havia expectações messiânicas, e nem
quando do aparecimento de CRISTO. Mas, se o povo judeu em geral não
compreendeu quem era JESUS CRISTO (como também não o entendem todos os
gentios que permanecem na incredulidade), o remanescente eleito compreendeu.
Quando JESUS estava no mundo, exclamou: «Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu
e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as
revelaste aos pequeninos. Sim, ó pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo
me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém
conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar» (Mat.
11:25-27). Compreender a verdade espiritual que cerca a figura do Filho do
homem, JESUS CRISTO, é uma questão de revelação divina, e não de perspicácia
humana. O conceito do «Filho do homem>> começa no Antigo Testamento, embora
cautelosamente, ainda que inequivocamente. E só no Novo Testamento chega à
sua plena fruição.
Mas, voltando ao Antigo Testamento, em Daniel 10:16, o
profeta refere-se a «...uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou
os lábios», E, dois versículos adiante: «Então me tomou a tocar aquele
semelhante a um homem, e me fortaleceu». No hebraico, a expressão envolvida
é «semelhante a Adão», Sim, 'aquela figura ainda não era um Adão, um homem,
porque ainda não se encarnara, O termo hebraico enosh, «homem», algumas
vezes é usado como sinônimo de ben-adam ; «filho do homem» (ver, por
exemplo, Jó 25:6; Sal. 8:4; 90:3; 144:3). Essa palavra hebraica ocorre por
um total de quarenta vezes no Antigo Testamento. O termo hebraico geber,
«poderoso», empregado por cerca de setenta vezes no Antigo Testamento, foi
usado por Jeremias de modo especial, quando disse: ..Porque o Senhor criou
coisa nova na terra: a mulher infiel virá a requestar um homem (Jer, 31:22).
Mas literalmente, essa passagem diria «uma fêmea envolverá um poderoso»,
cf. Isa. 7:14.
III. Uso da Expressão no Novo Testamento
Já vimos que das noventa e quatro ocorrências da expressão
«Filho do homem», no Novo Testamento, apenas por cinco vezes não foi JESUS
quem a usou. - Portanto veremos abaixo as razões e o uso que JESUS faz; da
expressão, e depois examinaremos aquelas cinco ocorrências da expressão,
usada por escritores do Novo Testamento.
1. RaziIeI de JESUS no Uso da expressão Filho do Homem
A primeira razão, naturalmente, que JESUS estava cônscio de
que era o Messias. Daniel usa a mesma em um inequívoco sentido messiânico,
Portanto quando JESUS se chamou de «Filho do homem» (o que fez por oitenta e
nove vezes), isso era o equivalente a dizer: «Eu sou o Messias... A segunda
razão é que esse titulo permitia-lhe ocultar-se quanto à sua verdadeira
identidade. O povo judeu não estava preparado para recebê-lo como o Messias.
De fato, apenas por uma vez, nos evangelhos, JESUS declara-se abertamente o
Messias. Isso ocorreu por ocasião de seu diálogo com a mulher samaritana:
Lemos: "Eu sei, respondeu a mulher, que há de Vir o Messias, chamado
CRISTO; quando ele vier nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe JESUS: Eu o
sou, eu que falo contigo» (João 4:25,26). A mulher samaritana aceitou JESUS
como o Messias, ou CRISTO, prometido. Quando ela foi falar com seus
conterrâneos, indagou: «Vinde comigo, e vede um homem que me disse tudo
quanto tenho feito. Será este, porventura, o CRISTO» (João 4:29). Nunca mais
JESUS deu a si mesmo o titulo profético de Messias. Mas fazia-o
disfarçadamente, sempre que se intitulava ..Filho do homem... Essas
considerações permitem que concluamos que o títulos «Messias.. «Filho do
homem e «CRISTO» são os mesmos perfeitos. Quando entendemos isso, então toda
aura de mistério que circunda a expressão "Filho Do homem" desaparece. Só
para exemplificar isso, consideremos o diálogo entre certos Judeus
incrédulos e JESUS. Perguntaram eles: «Até quando nos deixarás a mente em
suspenso? Se tu és o CRISTO, dlze-o francamente. Respondeu-Ihes JESUS: Já
vô-Io disse, e não credes. As obras que eu faço em nome do meu Pai,
testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas
ovelhas João 10:24-26).
O efeito da pergunta, sobre JESUS, teria sido o mesmo, se os
judeus tivessem perguntado se ele era o Messias ou o Filho do homem. A
resposta de JESUS foi afirmativa mas ele também mostrou que não tinha
ilusões a respeito deles. JESUS sabia que só as suas ovelhas, os seus
escolhidos, chegam a crer nessa profunda verdade.
Uma terceira razão de JESUS, quando usou a
expressão «Filho do homem», é que assim ele se identificava
com a humanidade dependente (Mat.
8:20: Luc. 9:58). Essa idéia reflete Sal. 8:4: «...que é o
homem, que dele te lembres? e o filho do homem, que o
visites? .. Temos ai a base do ensino da kenosis, ou humilhação de CRISTO,
quando de sua encarnação, e que Paulo se encarrega de desdobrar e explicar
melhor. Ver Fil. 2:5-8. Nessa .passagem aprendemos que a encarnação não fez
com que o Filho de DEUS deixasse de ser DEUS, somente porque agora era
também o Filho do homem. O que sucedeu, porém, é que JESUS se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tomando-se em semelhança de homem; e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou... » Por essa razão é
que JESUS viveu na dependência e na orientação do ESPÍRITO SANTO. Esse estado de apequenamento, pois, JESUS exprimia com o
uso da expressão «Filho do homem».
Uma quarta razão é que a expressão «Filho do homem» indicava
a sua missão remidora (Mat. 9:6 e Luc. 19:10). Sem importar como entendam
«as chaves do reino (Mat. 16:19), DEUS determinara exclusivamente para o
Filho do homem a autoridade de perdoar pecados sobre a terra. Em outras
palavras, DEUS só se tomou Salvador dos homens quando se tomou homem, na
pessoa de JESUS CRISTO e o que lemos em Hebreus 2:14: «Visto, pois, que os
filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou..
Uma quinta razão é que a expressão «Filho. Do homem» indicava
a completa vitória de JESUS CRISTO como nosso Redentor (João 3:14). O Filho
do homem não seria vencido nem na cruz e nem no sepulcro, porquanto haveria
de ressuscitar dentre os mortos. E então como homem perfeito, ele seria o
nosso Medidor. Não ê precisamente isso que nos diz Paulo? «Porquanto há um
só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens, CRISTO JESUS, homem (I Tim.
2:5).
Finalmente, a sexta razão pela qual JESUS lançou mão da
expressão «Filho do homem», é que a mesma aponta para o Senhorio universal
de JESUS CRISTO (Mar. 14:62). Sendo JESUS o Filho dó homem, uma vez
ressuscitado, pouco antes de sua ascensão, ele exprimiu esse senhorio
mediante uma palavra de ordem: «Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra. Ide, portanto, fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as
causas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século. (Mat. 28:18-20).
Cumpre-nos notar que o âmago da mensagem apostólica era
precisamente o senhorio universal de CRISTO. A palavra «Senhor», quando
aplicada a CRISTO, é usada por cento e dez vezes somente no livro de Atos.
Na qualidade de Senhor, o Filho do homem é o Juiz de todos os homens (Mat.
13:41,42; 19:28). As qualificações de JESUS, para operar como Juiz de todos
os homens é que ele era DEUS encarnado, vitorioso sobre todos os adversários
e sobre a própria morte, e se identificara perfeitamente com o gênero
humano, ao ponto de conferir sua natureza divina aos homens que o
aceitassem como Salvador. João retratou vividamente o desempenho do Filho
do homem, no dia do juízo, em Apocalipse 20:11-15.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos.
pag.742-743.
FILHO DO HOMEM - Uma tradução do aramaico bar'enas e do grego
huios tou anthropou. A expressão tem vários significados nas Escrituras,
dependendo do contexto. Em Salmos 8.4, significa "homem" em geral; em
Ezequiel 2.1, enfatiza a diferença entre o profeta humano e o Senhor que
fala com ele e por meio dele; em Daniel 7.13, a expressão refere-se a uma
figura semelhante a um ser humano, mas também sobrenatural, líder dos santos
do Altíssimo (Dn 7.18); enquanto no Novo Testamento a expressão é
normalmente usada como um título para o Senhor JESUS (exceto em Apocalipse
1.13; 14.14).
O título aparece mais de 80 vezes no Novo Testamento, todas
nos Evangelhos, exceto uma (veja Atos 7.56, a única passagem em que não é
usada por nosso Senhor; João 12.34 não é uma exceção verdadeira, porque aqui
é usada como uma citação das palavras do Senhor JESUS). Alguns autores
descobrem outros três significados para a expressão: 1) como uma descrição
daquele que virá (escatológica, Mt 24.27); 2) como referência ao sofrimento
e à morte do Senhor JESUS (Mc 8.31); e 3) como uma descrição do seu
ministério de ensino e cura na terra (Mc 2.10,28). Outros diferenciam duas
categorias: 1) as palavras escatológicas; e 2) as palavras que se referem à
missão do Senhor JESUS na terra.
Um recente estudo de J. M. Ford (JBL, LXXXVII [1968],
257-266) argumenta que o Senhor JESUS usava o título como um eufemismo para
"o Filho de DEUS", pois na Palestina a última expressão poderia soar como
uma blasfêmia perante um público semita. Quando o cristianismo espalhou-se
pelo mundo gentílico, a última expressão foi utilizada, e é notável que a
expressão "o Filho do homem" nunca apareça nas cartas do Novo Testamento. O
que foi original no uso do título pelo Senhor JESUS? W. Barclay (The Mind of
JESUS, p. 155) argumenta que foi o fato de que Ele conectava o título com os
seus sofrimentos e a sua morte. Porém outros consideram que essa ideia já
esteja presente em Daniel 7, ou seja, que é por meio do sofrimento que
"aqueles que são como o Filho do homem" (aqui identificados com os "santos
do Altíssimo") são absolvidos e glorificados. Por que o Senhor usa um título
tão enigmático como este? Talvez ao menos por duas razões: 1) o título era
suficientemente genérico para incluir todos os aspectos da sua pessoa e da
sua obra, quer presentes ou escatológicos; e 2) tomava de surpresa os seus
ouvintes, chamava a atenção deles e os obrigava a perguntar: "Quem é esse
Filho do Homem?" (Jo 12.34).
Embora alguns negassem que o Senhor JESUS tivesse usado esse
título para si mesmo, a igreja palestina o atribuiu a Ele (por exemplo,
Bornkamm, JESUS of Nazareth, p. 230), e a maioria dos autores da atualidade
o aceitam como uma autodesignação genuína, na verdade a mais notável das
autodesignações do nosso Senhor (como Hunter, Barclay, Klausner, Cullmann).
E. Stauffer (New Testament Theology, p. 108) chega a escrever: "Mas a
contribuição da história das religiões nos ensinou mais do que isso. 'Filho
do Homem' é simplesmente a mais audaciosa autodescrição que qualquer homem
no antigo Oriente poderia ter usado".
PFEIFFER .Charles
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 800.
3. A Grande Tribulação (vv.24,25).
“tempo, tempos e metade de um tempo” (7.25). Esse texto
aponta, literalmente, o período de tempo em que ocorrerá um grande
sofrimento no mundo, especialmente, contra Israel. Será o período quando “o
chifre pequeno”, e na linguagem do Novo Testamento o “anticristo”, firmará o
concerto com Israel por “uma semana” (Dn 9.27). Esse período ganha uma
linguagem metafórica quando fala de “um tempo, e tempos, e metade de um
tempo”(v. 25). Esse período equivale a “três anos e meio”, ou a “42 meses”,
ou “a 1260 dias” (Dn 12.7; 9.27; Mt 24.21,22; Ap 7.14). E interessante notar
que a primeira metade da semana de três dias e meio será de artifícios
políticos do Anticristo simulando um tipo de paz nas relações de Israel com
as nações. Até que o Anticristo quebre o pacto e comece a pressionar e
perseguir a Israel, atraindo o apoio das nações contra Israel. Então se
inicia a segunda metade da semana prescrita da Grande Tribulação. “O tempo
dos gentios” será, literalmente, o tempo do ódio mundial contra Israel. Na
primeira metade dos sete anos (três anos e meio) o Anticristo fará acordos
com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder
e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto
feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as
nações para guerrear contra Israel para destruí-lo.
A Grande Tribulação não será para a Igreja de CRISTO. A
igreja será, antes da Grande Tribulação, arrebatada para o céu e os mortos
em CRISTO serão ressuscitados gloriosamente (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-18).
Portanto, o Messias virá para Israel e para o mundo e a igreja não estará na
terra. O Messias virá para cumprir o sonho desejado e profetizado para
intervir no “poder dos gentios” sob o comando do Anticristo e assumirá o
Reino sobre a terra.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 112.
Dn 7.24 O presente versículo e outros correlatos mostram a
ascendência e desenvolvimento, e consumação do Império Romano. Mas, a
profecia diz que daquele mesmo reino, no futuro, “se levantarão dez reis”.
Isso significa que durante o período sombrio da Grande Tribulação, se
levantarão dez reis dentro dos limites do antigo Império Romano. São eles as
dez pontas que João contemplou na cabeça da Besta que subiu do mar (Ap
13.1). Em Ap 17.12, o anjo celestial faz a interpretação para João daqueles
chifres, dizendo: "... os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não
receberam ó reino, mas receberão o poder como reis, por uma hora, juntamente
com a besta”. Esses dez monarcas escatológicos serão dez agentes de Satanás,
que, auxiliados por ele, ajudarão o Anticristo em sua política sombria pela
conquista do mundo. (Comp. Ap 17.13).
Dn 7.25 "... um tempo, e tempos, e metade dum tempo”. O texto
em foco, tem seu paralelo em Dn 12.7 e 14. O famoso comentador G. H. Pember
diz que o sentido é: “um ano, dois anos, e metade de um ano”. Então, porque
se diz “tempo, e tempos, e metade de um tempo, em vez de três tempos e meio?
Parece que não é sem razão, pois, segundo o modo judaico de calcular, três
anos juntos precisariam o acréscimo de um mês. De maneira que o período
seria 1.290 dias em vez de 1.260, mas referindo-se a um dos anos,
separadamente, evita-se este resultado. Isto é confirmado em Ap 11.2, 3 (diz
Geo Lang) quando a cidade de Jerusalém será pisada pelos gentios pelo espaço
de tempo de 42 meses.
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 146-147.
O que é
essa ponta que por enquanto levará a melhor sobre os santos?” A isso, o seu
intérprete responde (w. 23-25) que esse quarto animal é um quarto reino que
devorará toda a terra, ou (como deve ser entendido) a terra inteira. As dez
pontas são dez reis, e a pequena ponta é outro rei que subjugará três reis,
e será muito agressivo contra DEUS e o seu povo. Ele agirá: (1) Muito
impiedosamente em relação a DEUS. Ele falará grandiosamente contra o
Altíssimo, desafiando tanto a Ele quanto a sua autoridade e a sua justiça.
(2) Muito arrogantemente para com o povo de DEUS. Ele enfraquecerá os santos
do Altíssimo. Ele não os liquidará imediatamente, mas os debilitará através
de longas opressões e uma série interminável de sofrimentos impostos a eles,
arruinando suas propriedades e enfraquecendo as suas famílias. O plano de
Satanás era destruir os santos do Altíssimo, para que o precioso e bendito
Senhor não se lembrasse mais deles. Mas a tentativa foi em vão, pois,
enquanto o mundo existir, DEUS terá nele uma igreja. Ele pensará em mudar os
tempos e as leis, para abolir as práticas e as instituições da igreja,
visando levar todos a falar e agir exatamente como ele desejava que
fizessem. Ele pisoteará as leis e as práticas humanas e divinas. Diruit,
aedificut, mutat quadrata rotundis - Ele destrói, ele constrói ele
transforma quadrado em circulo, como se pretendesse alterar até mesmo os
próprios regulamentos do céu. E nessas ousadas tentativas ele progredirá e
terá sucesso por algum tempo. Eles lhe serão entregues nas mãos por um
tempo, tempos e metade de um tempo (isto é, por três anos e meio), aquela
famosa medida de tempo profética com a qual nos deparamos no Apocalipse, que
algumas vezes é chamada de quarenta e dois meses, e às vezes 1260 dias, que
é o mesmo período. Mas ao término desse tempo, o julgamento será instaurado, e o seu domínio
será tirado (v. 26).
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD.
pag. 872.
III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13, 14).
“e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem”
(7.13,14). Nestes dois versículos, Daniel chega ao clímax das
visões e revelações. A Palavra de DEUS nunca se contradiz nem submerge com
contradição. Pelo contrário, ela se complementa, se interpreta e se aplica a
si mesma conforme as necessidades dos que servem a DEUS. No versículo 13
está escrito literalmente que o Filho do homem “vinha nas nuvens do céu”.
Esta profecia é repetida em Atos 1.9-11, onde os anjos anunciavam que o
JESUS que subiu gloriosamente ao céu haveria de vir. Posteriormente, na
revelação que JESUS deu ao seu amado apóstolo João, a mensagem é repetida:
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o
traspassaram”(Ap 1.7). Daniel, em sua visão, viu esse personagem que vinha
nas nuvens do céu e se identificava como “o filho do homem”, o qual se
dirigiu ao Ancião de DEUS. Não há dúvida que se tratava de JESUS, a segunda
pessoa da Trindade. Este “filho do homem” recebeu a concessão de poder e
domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio
seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído. O
título “filho do homem” tem um sentido messiânico, porque se refere,
primeiramente, à vida terrena de JESUS. Porém, esse mesmo JESUS que foi
rejeitado pelos judeus em sua primeira vinda e que se manifestou como “o
filho do homem”, virá gloriosamente e com a aparência de “filho do homem”
para desfazer o reino do Anticristo e tomar o reino de Israel e se assentar
no Trono de Davi (Zc 14.1-4). Ele receberá o poder, a glória e o domínio
sobre a terra quando descer para instalar o reino milenial na terra. Ao
introduzir o Reino de DEUS na terra, em sua vida terrena, como o Verbo
divino feito carne (Jo 1.1,14) JESUS CRISTO, virá a segunda vez, e
inaugurará uma nova fase do governo de DEUS na terra, instalando um reino de
mil anos (Ap 20.2,6).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 109-110.
Dn 7.13 "... um como o Filho do homem”. Filho do homem é um
título que freqüentemente é aplicado à pessoa de CRISTO (Mt 16.13). Ele é declarado “Filho
de Davi segundo a carne” (Rm 1.3). Ele se tornou o “Filho do homem” para que
nós, humanos, nos tornássemos filhos de DEUS” (Jo 1.12).
Dn 7.14 "... foi-lhe dado o domínio”. O presente versículo
coloca em foco o Milênio de CRISTO, o Ungido do Senhor. Isso acontecerá
diante do toque da sétima trombeta escatológica de Apocalipse 11.15. Esse
toque de trombeta assinala o tempo em que “O mistério” de DEUS deve ser
cumprido, “no Céu e na Terra”. Na Bíblia temos uma série de mistérios, mas o
que está em foco, fala do “mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em CRISTO
todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos [o Milênio?], tanto
as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ver Ef 1.9 a 10). O
domínio e reino do presente texto, para que todos os povos, nações e línguas
o servissem, é o estabelecimento do Reino de DEUS sobre a terra, que
começará com o reino milenar de CRISTO (Ap 20.1-6). O reino de DEUS e de
CRISTO é um só. Em Ef 5.5, encontramos menção do “reino de CRISTO e de DEUS”.
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 140-141.
“Quanto tempo?” (8.13-14). DEUS revelou a Daniel por meio da
conversa de seres santos que o tempo do mal não seria prolongado. A pergunta
era: Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão
assoladora, para que seja entregue o santuário e o exército, a fim de serem
pisados? (13). E a resposta veio: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;
e o santuário será purificado (14). De que maneira devemos entender essa
simbologia de números? Jerônimo apresenta uma interpretação muito simples e
sensata:
Se lermos os livros dos Macabeus e a história de Josefo,
vamos encontrar registrados lá que [...] Antíoco entrou em Jerusalém e,
depois de provocar uma devastação geral, voltou novamente no terceiro ano e
ergueu a estátua de Júpiter no Templo. Até o tempo de Judas Macabeu [...]
Jerusalém ficou devastada por um período de seis anos, e por três anos o
Templo ficou maculado — totalizando dois mil e trezentos dias mais três
meses.
Roy E. Swim.
Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 530.
A cena não estava terminada. Outros elementos de alta valia
estavam ainda por surgir e Daniel confessa que, nas suas visões da noite,
depois de todo o cenário já descrito, viu vindo, com as nuvens do céu, UM
como o Filho do Homem e que dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar
até ele (v. 13). A vinda com as nuvens do céu desperta em nossa mente um
simbolismo evanescente e sublime, pois é UM que tem os ares como sua morada,
e não conta com elementos terrestres para se conduzir. Quando JESUS se
apresentava como o Filho do Homem tinha este simbolismo como base e também é
o que Ezequiel apresenta em sua longa profecia.
A vinda deste UM, Filho do Homem, indica que o julgamento não
ficou concluído, pois a Ele restava a palavra final. Não temos qualquer
dúvida quanto a este Filho do Homem (não filho do homem), figura singular
lídimo representante da raça humana, e que domina sobre todos os reinos
simbolizado nas quatro eras. A ele pertencem o Reino e a majestade, a honra
e a glória. O reino universal é dele, e não dos reinos simbolizados nas
quatro feras.
Daniel diz claramente: Foi-lhe dado domínio e glória, e o
reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; e
seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será
destruído (v. 14). Como Daniel nos informa, esta inigualável figura
celestial, escoltada por miríades de miríades de seres angelicais, foi
levada até onde estava o Juiz supremo, e o reino eterno lhe foi entregue.
Reino que não será jamais destruído. É assim o reino de CRISTO. Um quadro
mais perfeito do governo e domínio de CRISTO não poderíamos esperar de uma
visão profética. Só o Apocalipse tem figuras iguais. Somos gratos a DEUS
que, lá dos confins da história, nos vem esta alegoria tão perfeita quanto
seria possível, nos domínios humanos, a respeito de nosso Senhor JESUS
CRISTO.
Mesquita. Antônio
Neves de,. Livro de Daniel. Editora JUERP.
2. “Os santos do Altíssimo” (v.18).
Dn 7.18 Este versículo e outros correlatos do livro de
Daniel, apontam em sentido profético, para o Milênio de CRISTO. Nessa época,
todos “os reinos do mundo virão a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO, e Ele
reinará para todo o sempre” (Ap 11.15), e os santos recebê-lo-ão como algo
que lhes será confiado pelo “Filho do homem”, e o possuirão para sempre. O
presente capítulo apresenta o “Filho do homem” como uma figura central na
posse do Reino.
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 143.
Dn 7.18 - Os “santos do Altíssimo" são o verdadeiro Israel, o
povo governado pelo Messias. JESUS CRISTO deu o reino ao novo Israel, sua
Igreja, que é composta por todos os crentes fiéis. Sua vinda prenunciava o
Reino de DEUS. cujos cidadãos são todos os crentes (ver também 7.22.27).
Apesar de DEUS permitir a perseguição por um tempo, o destino de seus
seguidores é possuir o reino e estar com Ele para sempre.
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1104.
Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o
reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade (18). O fim da
história não deverá ocorrer em decorrência de uma explosão atômica ou da
destruição do que é bom. O alvo do projeto de DEUS é o reino de DEUS e a
consumação e preservação de tudo o que é bom e belo e verdadeiro e santo.
Roy E. Swim.
Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 527.
3. Destruição do Anticristo (vv.26,27).
Dn 7.26 O Apóstolo Paulo fala a seu filho Timóteo, na segunda
carta, cap. 4.1 o que segue: “Conjuro-te pois diante de DEUS, e do Senhor
JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda [parousia]
e no seu reino [Milênio]...” O texto em foco diz, de fato, o que acontecerá
na vinda de CRISTO com poder e grande glória. A Besta e seus agentes serão
julgados naquele grande dia da ira de DEUS e do Cordeiro. (Ver 2 Ts 2.8 e Ap
19.20). O supremo juízo de DEUS desfará todo e qualquer império do mal; o
reino será estabelecido para que os santos do Altíssimo reinem e o Senhor
JESUS CRISTO reine sobre eles. Esses acontecimentos terão lugar sete anos
após o arrebatamento da igreja, aqui na terra. Todo o domínio das trevas
será aniquilado ante a face do Senhor em glória, e todo o domínio e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do
Altíssimo.
Dn 7.27 O presente versículo terá sua consumação em Ap 11.15,
onde lemos: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes
vozes que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu
CRISTO, e ele reinará para todo o sempre”. Ali haverá, após a grande vitória
de CRISTO no vale do Armagedom, o estabelecimento do reino milenar, então o
domínio, e a majestade dos reinos do mundo serão dados ao povo dos santos do
Altíssimo. Em Ap 10.7, é previsto este grande acontecimento, e em 11.15,
a sua consumação. Este grande “segredo de DEUS” mencionado na
passagem anterior, é, sem dúvida, o estabelecimento do reino de DEUS na
terra, que começará com o reino milenar de CRISTO, como pode ser depreendido
do texto em foco, de Daniel. O reino de DEUS e de CRISTO é um só. Em Ef 5.5,
encontramos menção do “reino de DEUS e de CRISTO”.
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 147-148.
Obs.: Ev. Luiz Henrique - Satanás, após o
milênio e sua total derrota para CRISTO, será lançado no lago de fogo. os
seguidores de Satanás terão a mesma sorte que seu líder.
E a besta foi presa, e com ela o falso
profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam
o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos
no lago de fogo que arde com enxofre. Apocalipse
19:20
E o diabo, que os enganava, foi lançado
no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e
de noite serão atormentados para todo o sempre.
Apocalipse 20:10
E aquele que não foi achado escrito no
livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 20:15

19 novembro 2014
Vídeos da Lição 8 - Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias, 5 partes, 4Tr14, Ev Henrique, EBD NA TV

11 novembro 2014
Lição 7 - Integridade em Tempos de Crise, 1 parte
Lição 7 - Integridade em Tempos de Crise, 1 parte
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD
- Para jovens e adultos
Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O
Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje.
Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO
"Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar
ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou
culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem
culpa" (Dn 6.4).
VERDADE PRÁTICA
A integridade deve ser a nossa marca, compreendendo
igualmente coração, mente e vontade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 7.8 DEUS julga-nos conforme nossa integridade
Terça - Jó 1.1; 2.3 Jó era homem íntegro
Quarta - 1 Rs 9.4 Integridade é símbolo de inteireza
Quinta - Mt 6.19-24 JESUS ensinou sobre a integridade
Sexta - 2 Cr 25.2; 1 Rs 9.4 Integridade em tudo
Sábado - 1 Jo 2.15-17 Integridade é não dividir o coração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 6.3-5, 10, 11, 15, 16, 20
Daniel 6.3 Então, o
mesmo Daniel se distinguiu desses príncipes e presidentes, porque nele havia
um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino. 4
Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel
a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque
ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa. 5 Então, estes
homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a
procurarmos contra ele na lei do seu DEUS.
Daniel 6.10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu DEUS, como também antes costumava fazer. 11 Então, aqueles homens foram juntos e acharam Daniel orando e suplicando diante do seu DEUS.
Daniel 6.15 Então, aqueles homens foram juntos ao rei e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar. 16 Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu DEUS, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
Daniel 6.20 E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do DEUS vivo! Dar-se-ia o caso que o teu DEUS, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
INTERAÇÃO Daniel viveu em uma sociedade pagã, porém ele manteve-se fiel e temente ao Senhor. Foi um importante profeta e estadista que fez a diferença diante dos reis a quem serviu. A vida deste servo de DEUS não foi nada fácil. Ele experimentou terríveis provas, como a cova com leões famintos, mas em todas elas agiu como um vencedor. Embora exercendo importantes funções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não permitiu que um edito real o tirasse da presença de DEUS. Tem você, professor, também uma vida devocional como Daniel? Não permita que dificuldade alguma o impeça de se achegar a presença de DEUS em oração. Jamais espere que uma situação difícil chegue para lhe ensinar a respeito da oração. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Saber que Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido. Analisar o caráter íntegro de Daniel. Compreender porque Daniel foi parar na cova dos leões. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, reproduza o quadro da página abaixo de maneira que cada aluno tenha o seu. Utilize-o para introduzir a lição. Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste servo de DEUS, mesmo estando em um meio político corrupto. Explique que a fé de Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável. A nossa fé em DEUS nos livra das investidas de nossos inimigos e nos leva a ter uma vida íntegra.
Resumo da
Lição 7
– Integridade Em Tempos De Crise
I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO
POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)
1. Dario reorganiza o governo e delega
autoridade administrativa (Dn 6.1-3).
2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn
6.4,5).
3. O perigo das confabulações políticas.
II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO
TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS (Dn 6.10-16)
1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o
seu hábito devocional de oração (Dn 6.10).
2. A momentânea vitória dos conspiradores.
3. Preservando a integridade (Dn 6.18-22).
III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)
1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de
um edito maligno (Dn 6.16,17).
2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de
DEUS (Dn 6.22,23).
3. DEUS mais uma vez foi glorificado através da
vida de Daniel (Dn 6.22,23,25-28).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Mesmo vivendo em uma
sociedade pagã, corrompida pelo pecado, Daniel se manteve íntegro.
SINOPSE DO TÓPICO (2) A fé de Daniel contribuiu
para que ele tivesse uma vida devocional bem-sucedida.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Daniel não se dobrou
diante de um edito maligno. Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio
Bibliológico
"Os males da inveja (6.4)
Os companheiros de cargo de Daniel, movidos por
amarga inveja, tinham más intenções contra o servo de DEUS.
Todos têm de vigiar contra este monstro
destruidor: a inveja. Ainda neste versículo vemos outra virtude de Daniel:
integridade de caráter 'nenhum erro nem culpa'. O plano diabólico de matar
Daniel seria executado através dos dirigentes do povo, e da vaidade do rei.
Em Daniel 2.12, o Diabo, em seu plano anterior de matar Daniel, agiu através
da ira do rei Nabucodonosor. Agora ele usou outro rei e outras armas: a
presunção, a vaidade, o orgulho, a vanglória pessoal.
O Diabo percebeu que Daniel seria o homem que
intercederia junto a DEUS, com oração e jejum, para que os cativos de Israel
retornassem à sua terra.
Por movido de orgulho e vaidade, o rei assinara o decreto de morte (v. 9).
Ainda hoje, muitos decretos, leis, estatutos, resoluções, decisões, votações
e reuniões são feitas para prejudicar os outros" (GILBERTO, Antonio. Daniel
& Apocalipse: Como entender o plano de DEUS para os últimos dias. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p.38).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio
Bibliológico
"Avanço Político de Daniel (6.1-3)
Na reorganização do governo, Dario seguiu a
política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração.
A nomeação de 120 presidentes, sobre os quais foram colocados três
príncipes, pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta
regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A
breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses
presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E
Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender sua
autoridade sobre todo o reino.
Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez
se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado diversas crises políticas.
Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento
dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos
governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar.
Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de DEUS estava pronto para
servir onde fosse necessário.
Um homem de fidelidade e honestidade é
desconcertante para maquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber
uma promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os
presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer
custo. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez
buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte, sua religião e a lei
do seu DEUS.
O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos
inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e
persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração do
povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um
mês, assim, assinou esta escritura e edito" (PRICE, Ross E.; GRAY, Paul C.
(Eds.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, pp.518-9).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 5 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
INTEGRIDADE EM
TEMPOS DE CRISE
É possível ser
íntegro em meio à corrupção? É possível sujeitar-se a DEUS quando ao nosso
redor estamos cercados de exemplos contrários ao ideal divino? Estas são as
perguntas norteadoras desta sétima lição.
Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. A história O capítulo seis de Daniel revela que o profeta fora colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do império Medo-Persa da seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes constituídos nas províncias do império (w. 1,2). Daniel era um dos príncipes. Mas entre os três o profeta se destacara. Os príncipes e os presidentes armaram uma cilada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel. O plano: durante trinta dias quem dirigisse uma prece a DEUS ou a um homem seria lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e também prostravam-se como diante de DEUS). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel condenado a cova dos leões. (122 homens conspiraram contra Daniel). Política e Religião A história da humanidade registra testemunhos contundentes acerca da mistura entre a religião e a política. A exemplo dos inimigos de Daniel, muitos usaram a religião para se beneficiarem politicamente. Eles não criam em nada: no culto que praticavam e no deus que diziam servir. Apenas usavam e abusavam desses expedientes da religião com o fim de colocar os seus interesses políticos em primeiro lugar. A história da igreja confirma a tragédia do Corpo Institucional de CRISTO quando se misturou o poder temporal e o espiritual. "O meu Reino não é deste mundo" disse JESUS. A Igreja Católica Romana perdeu-se no caminho por se achar detentora do poder temporal do "Sacro Império Romano". Algumas Igrejas Protestantes se amalgamaram com o Estado. Vide a divisão da Anglicana, Luterana e Reformada na Europa! O que dizer das igrejas brasileiras envolvidas com a política partidária? Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. Observação minha - Ev. Henrique - Dario, o medo - Existem várias interpretações sobre a origem do rei Dario, o medo. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido pelos gregos por outro nome. Isso significaria que ele era neto de Ciaxeres, o grande aliado medo de Nabucodonosor. Podemos considerar que este Dario poderia ser o líder dos medos, um tal Gubaru que é chamado de “Governador da Babilônia e do Distrito Além do Rio”. O certo é que o governo da Babilônia começou com um "medo" e depois passou a pertencer a ao império medo-persa governado por Ciro.
COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES
INTRODUÇÃO
O relato do
capítulo 6 de Daniel é uma história que obedece a organização cronológica na
cabeça do escritor, por isso, os fatos dessa história acontecem dentro do
segundo império depois da Babilônia, de Nabucodonosor. Assume o reino o novo
império, com dois aliados da Média e da Pérsia e passou identificado como o
reino medo-persa, inicialmente, com Dario, o medo, de 522 a 486 a.C. Neste
tempo, Daniel não era um jovem quando iniciou-se o governo do novo reino. Já
haviam se passado, aproximadamente, 60 anos e Daniel estava com
aproximadamente 80
anos de idade e ainda gozava de prestígio e confiança no novo reino.
Porém, a história
do capítulo 6 é um testemunho pessoal de Daniel. É uma história que destaca
o valor da integridade moral e espiritual em meio à corrupção que dominava o
coração de alguns políticos do novo reino medo-persa. Daniel era um ancião
respeitado, não só pela idade avançada, mas pela história de fidelidade aos
demais monarcas, desde Nabucodonosor. Desde jovem, quando fora como exilado
judeu para a Babilônia até o início do novo império (medo-persa) haviam se
passado uns 60 anos. Durante todo esse tempo Daniel foi leal aos reis que
passaram e nunca se descuidou de sua relação com o seu DEUS.
Diferente dos
outros homens do palácio, Daniel era um homem que tinha a lealdade como um
princípio de vida. Sabia ser fiel e leal aos seus chefes sem trair seus
valores morais e espirituais. Sua integridade moral chamava a atenção e
causava inveja dos outros príncipes dentro do palácio. “A vida de Daniel
prova que um homem pode ser íntegro tanto na adversidade como na
prosperidade”, como escreveu Hernandes Dias Lopes, em seu Comentário de
Daniel. O sábio Salomão citou um provérbio que retrata a pessoa de Daniel,
quando diz: “A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma
falsidade os destrói”(Pv 11.3 —ARA).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 89-90.
“A lição desta
história é a lição da lealdade aos mandamentos de DEUS sobre a fé religiosa.
Ele sempre honrará os que observarem fielmente esses preceitos. A religião
consiste não somente nas observâncias públicas, mas também nas devoções
particulares. No cativeiro, os judeus tinham poucas oportunidades de
realizar a parte pública de suas práticas cúlticas. Portanto, as devoções
pessoais e particulares tiveram de ocupar o lugar da devoção pública (e
JESUS nos ensina sobre entrar para dentro de nosso quarto e orar a DEUS, em
secreto).
Potentados poderosos, ou mesmo grupos de pessoas, que manobravam o Estado
ocasionalmente esforçaram-se por interferir na fé particular... Antioco
Epifânio fez precisamente isso (ver I Macabeus 1.42; II Macabeus 6.6). No
entanto, DEUS pode intervir e realmente intervém em favor dos que permanecem
fiéis. Ele pode humilhar e realmente humilha governantes poderosos” (Arthur Jeffery, in loc.).
Este relato
bíblico também tem por finalidade assegurar-nos que os judeus, embora
oprimidos, foram ajudados por Yahweh e exaltados a despeito dos ataques
pagãos. Os deuses e a idolatria pagã não podiam igualar tais feitos, pelo
que o paganismo saiu derrotado, enquanto o judaísmo (Observação minha - Ev.
Henrique - a fé dos hebreus no verdadeiro DEUS foi exaltada), foi exaltado por meio
das seis histórias do autor sagrado (Dan. 1-6).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Hagnos. pag. 3397.
A INTEGRIDADE
parece ser uma virtude em extinção. Vivemos uma crise de integridade sem
precedentes no mundo. Mudam os governos, mudam os partidos, mudam as leis,
mas a corrupção continua instalada em todos os segmentos da política
nacional e internacional. As CPIs destampam os esgotos nauseabundos de
contínuos atos de corrupção nos corredores do poder, em que transitam
desavergonhadamente as ratazanas esfaimadas que mordem sem piedade o erário
público. Os escândalos se multiplicam. Políticos sem escrúpulo se abastecem
das riquezas da nação e deixam os pobres de estômago vazio. (Observação
minha - Ev. Henrique - incluindo aqui a maioria dos políticos evangélicos?)
Há falta de
integridade na família.
A fidelidade
conjugal está ameaçada. A multiplicação dos divórcios por motivos banais é
proclamada como uma conquista. O Brasil realizou, com ufanismo, a maior
parada gay do mundo, com 1,5 milhão de pessoas, em São Paulo, no ano de
2004, sob os aplausos de eminentes políticos da nossa nação.
Há falta de
integridade moral nos vários segmentos da sociedade. A integridade está
ausente na escola, no namoro, no casamento, no comércio, na vida financeira,
nas palavras e nos acordos firmados, nos palácios e até nas igrejas. Rui
Barbosa chegou mesmo a vaticinar que chegaria
o tempo em que os homens teriam vergonha de ser honestos. Esse tempo chegou.
A história,
porém, nos mostra que em meio à corrupção há pessoas que se mantêm íntegras.
O homem não é produto do meio como pensava o filósofo John Locke. Há
abundantes exemplos dignos de serem seguidos nessa área da integridade. O
jovem José, do Egito, foi íntegro ao preferir a prisão à liberdade do
pecado. O profeta Jeremias preferiu a prisão à popularidade. João Batista, o
precursor de JESUS, por ser íntegro, preferiu perder a cabeça a perder a
honra. (Observação minha - Ev. Henrique - Aqui no livro de Daniel vemos
Daniel, Hananias, Misael e Azarias preferindo morrer do que deixar a
fidelidade a DEUS).
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 79-80.
O versículo final
do capítulo 5 e o primeiro versículo do capítulo 6 nos introduzem ao novo
governo. Embora Ciro fosse o conquistador, Dario, o medo, é apresentado como
o monarca no poder na Babilônia. Parece que a política de Ciro era deixar a
administração do governo nas mãos de outros, enquanto seguia em frente com
novas conquistas.
Durante muitos
anos um dos problemas cruciais do livro de Daniel tem sido a identidade de
Dario, o medo (5.31; 9.1). A história secular não
fornece nenhum tipo de ajuda para solucionar esse problema. O mesmo se podia
dizer de Belsazar, até que as inscrições cuneiformes começaram a revelar
seus segredos. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido
pelos gregos por outro nome. Isso significaria que ele era neto de Ciaxeres, o grande aliado medo de Nabucodonosor.
Alguns têm
tentado identificar Dario com Gobrias, o general do exército de Ciro que
venceu a Babilônia. Acredita-se que seu reinado foi breve. Mas, sua morte
dentro de dois meses após a captura da Babilônia dificilmente apoiaria essa
teoria.
Em seu livro
Darius the Mede (Dario, o medo), John C. Whitcomb oferece fortes indícios
que identificam Dario, o medo, com um Gubaru, cujo nome estava separado nos
registros cuneiformes. Esse Gubaru é chamado de “Governador da Babilônia e
do Distrito Além do Rio”. Debaixo da autoridade de Ciro, Gubaru nomeou
governadores para governar com ele na ausência de Ciro, que residia por
longos períodos em sua capital em Ecbatana. Gubaru recebeu um poder
praticamente ilimitado sobre a imensa satrapia da Babilônia. Mesmo no
governo de Cambises, o filho de Ciro, Gubaru continuou a exercer sua
autoridade.
Roy E. Swim.
Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 518.
I - DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn
6.1-6)
Depois da
conquista medo-persa, Dario, era um tipo de vice-rei de Ciro, da Pérsia.
Entretanto, foi Dario, um rei sobre o reino, especialmente, sobre os
caldeus. O poder de mando era maior com Ciro, da Pérsia que era rei sobre
todo o império, e vários textos bíblicos comprovam esse fato (Is 44.21—45.5;
2 Cr 36.22,23; Ed 1.1-4). Independente da discussão sobre quem reinava, de
fato, é o nome de Dario que aparece no início do capítulo 6.
Mais de 60 anos
já se haviam passado desde que Daniel e seus companheiros foram levados para
o Palácio da Babilônia. Eram jovens que, naquela época, demonstraram
integridade na sua crença no DEUS Vivo e não se corromperam com as ofertas
palacianas. Agora, com 80 anos, aproximadamente, já era um ancião
experimentado que tinha ganhado a confiança dos reis que passaram por aquele
reino. Estava agora, no início do segundo Império, o medo-persa, sob o
comando desses dois reis, Dario, o medo e Ciro, da Pérsia. Daniel, por
alguma razão especial continuou a gozar da confiança do novo rei,
especialmente, na Babilônia.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 90.
1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade
administrativa (Dn 6.1-3).
“Pareceu bem a
Dario” (6.1). Coube a Dario a tarefa de governar o Império Babilônico que
estava em crise política desde os tempos
de
Belsazar. Dificuldades administrativas enormes se avolumavam e Dario,
inteligentemente, colocou os negócios do império nas mãos de 120 “sátrapas”,
ou seja, 120 homens especiais que cuidariam de vários assuntos do império.
Esses sátrapas
eram, de fato, presidentes nomeados e delegados para dirigir os negócios do
reino, e Dario os submeteu à liderança de três príncipes, entre os quais,
Daniel (6.2).
Logo Daniel se
destacou entre todos porque Dario percebeu que havia nele “um espírito
excelente”(6.3). Daniel gozava da confiança do rei e estava apto a servir os
interesses do reino com lealdade. De algum modo, os outros presidentes
souberam que Dario pretendia constituí-lo com autoridade sobre todo o reino
(Dn 6.3). Essa possibilidade causou ciúmes e invejas dos demais que se
fizeram inimigos de Daniel.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 90-91.
Dn 6.1 Pareceu
bem a Dario constituir sobre o reino. O autor sacro recupera aqui o fio de
Dan. 5.31, e agora nos diz como Dario, o medo, perpetrou um ato abominável
contra o profeta Daniel, instigado pelas classes governantes invejosas do
“cativo de Judá" que tinha subido tão alto no favor divino. Foi Dario I quem
estabeleceu satrapias (isto é, províncias), cada qual com seu governador.
Mas Dario aqui é o medo referido em 5.31.
Em Dan. 5.31 existem os problemas históricos que circundam o Dario
deste texto.
A divisão do pais
em satrapias foi descrita por Heródoto [Hist. III.89-94), que afirmou que
Dario I dividiu o reino em vinte divisões. Essa mesma informação figura em
inscrições da época. As tradições judaicas, no entanto, aumentam esse número
para 127 divisões (ver Est. 1.1; 8.9). Josefo então aumentou o número das
satrapias para 1201 (A ntiq. X.11.4). É provável que os judeus usassem o
termo
“satrapias” em um sentido mais amplo do que faziam os persas. Note o leitor
que o vs. 1 deste capítulo dá o número judaico de 120 satrapias.
Dn 6.2,3 E sobre
eles três presidentes. “Uma das primeiras responsabilidades de Dario foi
reorganizar o reino da Babilônia recentemente conquistado. Ele nomeou 120
sátrapas (cf. Dan. 3.2) para governar o reino e colocou-os sob as ordens de
três administradores, um dos quais era Daniel. Os sátrapas eram responsáveis
diante dos três presidentes ou administradores, talvez 40 sátrapas para cada
presidente. Daniel foi um administrador extraordinário, em parte por causa
de sua experiência de 39 anos sob Nabucodonosor (ver Dan. 2.48). Assim
sendo, Dario planejava torná-lo responsável pela administração do reino
inteiro. Isso, naturalmente, criou atrito entre Daniel e os outros
administradores e os 120 sátrapas" (J. Dwight Pentecost, in loc.).
Daniel tinha um
“espírito excelente”, provável alusão a como o espírito dos deuses (segundo
a terminologia pagã) estava com ele (ver Dan. 4.8,9,18). Cf. Dan. 5.12, que
nos transmite a mesma mensagem. Daniel era "preferido acima de outros
administradores, ou, literalmente, brilhava mais do que eles”.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Hagnos. pag. 3397-3398.
Avanço Político
de Daniel (6.1-3)
Na reorganização
do governo, Dario seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a
responsabilidade da administração. A nomeação de 120 presidentes , sobre
os quais foram colocados três príncipes, pode ter sido um arranjo
temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e manter um sistema
de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do versículo 2 parece
indicar isso: aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não
sofresse dano.
Dos três
presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito
excelente e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino.
Daniel devia ter
em torno de 80 anos. Ele tinha passado
por diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e
honesto chegara ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes
tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite
fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem
de DEUS estava pronto para servir onde fosse necessário.
Roy E. Swim.
Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 518.
Um homem íntegro
num meio encharcado de corrupção (Dn 6.1-6)
A Babilônia tinha
caído, um novo império tinha se levantado, mas os homens que subiram ao
poder continuavam corruptos. O absolutismo do rei no império babilônico
mudou para a descentralização do poder no império medo-persa. O regime de
governo mudou, mas não o coração dos homens. É um grande engano pensar que
as coisas vão mudar para melhor em virtude das mirabolantes promessas dos
políticos. Mudam-se os partidos. Mudam-se as figuras, mas o espírito e a
cultura do aproveitamento são os mesmos.
O rei Dario
estava preocupado com o problema da corrupção, por isso, constituiu 120
prefeitos e três governadores. Constituiu fiscais do erário público. Mas
aqueles que deveriam vigiar e fiscalizar se corromperam.
As riquezas
caíram no ralo dos desvios. A corrupção estava instalada dentro do palácio,
nas rodas mais altas do governo de Dario.
Nesse mar de
lama, floresce um lírio puro. A vida de Daniel nos mostra que é possível ser
íntegro mesmo cercado por um mar de lama de corrupção. Daniel mantém-se
íntegro a despeito do ambiente. O homem não é produto do meio. Daniel não
vende sua consciência. Ele não negocia os seus valores absolutos. Ele não se
corrompe. A base de sua integridade é sua fidelidade a DEUS. Concordo com a
afirmação de Stuart Olyott: “A espiritualidade de Daniel é o alicerce de sua
fidelidade diante dos homens”. Sua fé é a pedra de esquina de sua moralidade
privada e pública. Os amigos de Daniel apagaram as chamas do fogo pela fé.
Agora, Daniel fecha a boca dos leões pela fé.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 80-81.
Dn 6.1: “E
pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte presidentes,
que estivessem sobre todo o reino”.
"... pareceu bem
a Dario...” Daniel menciona quatro reis da Babilônia e da Pérsia: -
Nabucodonosor; Belsazar; Dario, o Medo, e Ciro. O primeiro é bem conhecido,
O segundo é citado em Daniel como sendo filho de Nabucodonosor. Heródoto, o historiador
(185-188) registra que Belsazar era filho de Nabonido. As inscrições
recentes, encontradas, declaram que o exército persa, sob Gobrias, tomou
Babilônia sem luta; que foi morto o filho do rei; e que Ciro entrou mais
tarde. Sob o reinado de Dario, Daniel foi lançado à cova dos leões, isso não
é mencionado nas inscrições, mas é evidenciado no capítulo em foco. Pensa-se
que ele foi o Gobrias, referido nas placas babilônicas, ou, como diz Josefo,
Ciaxares, medo, sogro de Ciro. Seja como for, Dario comandou também os
exércitos que conquistaram Babilônia; enquanto Ciro se ocupava em suas
guerras, no Norte e no Oeste, Dario reinava em seu lugar. Fora predito que
os medos seriam os conquistadores de Babilônia. (Ver Is 13.17; Jr 5 1.11,
29). Até Ciro assumir o poder, a ordem era “medos e persas” (5.28 e 6.8).
Depois, falava-se “persas e medos” (Et 1.14,18,19 etc..). (Ver 5.31).
Dn 6.2: “E sobre
eles três príncipes, dos quais Daniel era um, aos quais, estes presidentes
dessem conta, para que o rei não sofresse dano”.
“E sobre eles
três príncipes, dos quais Daniel era um”. O presente versículo é
continuidade do versículo primeiro desta série de 28 que este capítulo
contém. Dario nomeou 120 “sátrapas” ou “protetores do reino” para cuidar do
novo país conquistado. O texto em foco nos informa que, desde que Daniel se
distinguiu em sua posição, a inveja apareceu entre os outros e procuravam um
meio de destruí-lo.
Dn 6.3: “Então o
mesmo Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque nele havia
um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino”.
"... um espírito
excelente”. O espírito humano representa a natureza suprema do homem, e
nessa peculiaridade rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o
espírito torna-se atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem permitir
que o orgulho o domine, ele tem um “espírito altivo” (Pv 16.18). Conforme as
influências respectivas que dominem, o homem pode ter: um espírito perverso
(Is 19.14); um espírito rebelde (SI 106.33); um espírito impaciente (Pv
14.29); um espírito perturbado (Gn 41.18). Pode estar dominado por um
espírito de servidão (Rm 8.15), ou ser impelido pelo espírito de inveja, (Nm
5.14). Essa é a lista negra daqueles que não dominam seu espírito; porém, é
evidente que, aqueles que, como Daniel, têm “um espírito excelente”, devem:
dominar seu espírito (Pv 16.32); guardar seu espírito (Ml 2.15); pelo
arrependimento, criar um novo espírito (Ez 18.31) e, finalmente, confiar em
DEUS, para que Ele transforme seu espírito (Ez 11.19). Daniel era possuidor
de todas essas qualidades em grau supremo (v. 2).
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
109-111.
2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5).
Dario, distinguiu
três presidentes para tratarem dos negócios do reino com autoridade
sobre os demais. Daniel, um dos três presidentes, se destacou entre todos
pela sabedoria, prudência, fidelidade e integridade. O rei chegou a pensar
em estabelecer Daniel como líder sobre todo o reino (v. 3). Essa
possibilidade encheu de inveja e ciúme os demais presidentes, os quais não
queriam a Daniel com tão importante posição uma vez que isso o faria
superior a todos os demais e seria o representante mais próximo do Rei
Dario. Aqueles homens não tinham outros motivos para afastá-lo dessa posição
de destaque. Eles não tinham do que acusar a Daniel por qualquer deslize
político ou moral contra o imperador. Ele não era inimigo de nenhum deles,
mas era um dos poucos que viera dos antigos oficiais e logo conquistou a
confiança e o respeito de Dario, e posteriormente, de Ciro, o persa.
A integridade e a
lealdade de Daniel eram tão pungentes que eles não encontravam nada de que
pudessem acusá-lo. Então tramaram alguma coisa que prejudicasse as relações
de Daniel com o rei e com o reino. Mas o quê? Nada relacionado com dinheiro,
ou com uso indevido de propriedades do reino, ou alguma desobediência às
ordens do rei, nem mesmo qualquer tipo de vício (6.4).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 91.
Dn 6.4 Então os
presidentes e os sátrapas. Daniel voava alto demais; as coisas corriam
bem
demais; o homem precisava ser submetido a teste. Ele era um
administrador
bom demais para que seus rivais encontrassem falhas nele. Portanto, a
solução foi levantar o antigo espírito de perseguição religiosa. O
homem
sustentava sua fé judaica em meio à idolatria pagã; seus inimigos
manipulariam isso para vantagem própria, e fá-lo-iam ser executado
oficialmente pelo Estado, por meio de Dario, o medo, naturalmente. Era
preciso, porém, encontrar motivos para acusar Daniel com uma
‘illah, ou seja, uma acusação legal. Eles não queriam apenas diminuir o
ritmo de Daniel. Queriam vê-lo morto. E buscaram encontrar alguma talha
(no
hebraico, shehithah, “ação incorreta”) ou erro (no hebraico, shalu,
algum
“deslize” ou “remissão”), mas Daniel e seu trabalho mostravam-se
imaculados.
Cf. Esd. 4.22 e 6.9, onde temos as idéias de negligência ou relaxamento
na
execução das ordens oficiais. Daniel, porém, estava acima dessas
pequenas
falhas humanas.
Dn 6.5 Disseram, pois, estes
homens. Daniel era conhecido
pelos frutos que produzia tanto em sua vida profissional como em sua vida
pessoal. Seus oponentes haveriam de distorcer as coisas, colocando-o em uma
situação perigosa. Tentariam desacreditá-lo e livrar-se dele, o que é o abc
da política. Eles diriam a “grande mentira', o instrumento mais usado pelos
políticos. Por outra parte, “a vida correta é mais importante que o rótulo
correto. O público, entretanto, por muitas vezes anela escolher o rótulo
acima da realidade” (Gerald Kennedy, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Hagnos. pag. 3398.
A vida de Daniel
nos prova que um homem pode permanecer íntegro mesmo quando é vítima de
conspiração (Dn 6.4-5). O versículo 4 nos informa que eles procuravam uma
“ocasião” para acusar Daniel. Essa palavra significa aqui que eles buscavam
um pretexto, um motivo. Procuraram também uma brecha na vida de Daniel.
Assim, tentaram pegá-lo em seu ponto forte. As circunstâncias adversas não
alteraram as convicções de Daniel. A promoção e a honra dos íntegros
incomodam as pessoas invejosas. A Bíblia diz: “Cruel é o furor, e impetuosa
é a ira; mas quem pode resistir à inveja?” (Pv 27.4).
Porque Daniel era
fiel a DEUS, ele era fiel ao seu senhor terreno. Porque era diferente dos
outros líderes foi perseguido, e conspiraram contra ele para matá-lo. Os
inimigos de Daniel queriam afastá-lo do caminho deles. Mas como? Nada
encontraram para atacar em sua vida moral, assim, conspiraram contra ele por
intermédio de sua religião.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 81-82.
Dn 6.4: “Então os
príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito
do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel,
e não se achava nele nenhum vício nem culpa”.
"... ele era
fiel. Hodge, declara: “A grande exigência básica para o ofício dos
despenseiros é a fidelidade. Um ministro (político ou religioso) deve, acima
de tudo, primar pela fidelidade. Daniel foi exemplo durante a sua vida
naquela corte. No campo religioso, o despenseiro é um servo e, como tal,
deve ser fiel ao seu Senhor. Na qualidade de um discípulo, deve ser fiel
àquele que o supervisiona. O despenseiro não deve mostrar-se negligente ao
distribuir o alimento; não deve adulterá-lo nem substituí-lo por um
inferior. Assim também se dá no caso dos ministros da Palavra”. Os servos
infiéis se empenham mais em servirem-se a si mesmos: esquecem-se das
verdadeiras funções de um servo de DEUS, que consiste em anunciar a mensagem
do Senhor, dedicando-se inteiramente a Ele. Daniel era fiel em tudo que
fazia, tanto para o rei como para DEUS. Por isso foi perseguido, mas
triunfou!
Dn 6.5: “Então
estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se
não a procurarmos contra ele na lei do seu DEUS”.
“Nunca acharemos
ocasião...” O espírito de inveja é, sem dúvida alguma, um espírito
destruidor. O rei Saul era um rei poderoso, mas a inveja o destruiu. Ele,
após o grande triunfo do jovem guerreiro Davi, ao invés de agradecer o que
ele fez, quis matá-lo (1 Sm cap. 18). O jovem José era justo e santo e seus
irmãos o venderam como escravo para o Egito (At 7.9). Em toda a extensão da
Bíblia, encontramos sempre a inveja associada à traição. Evidentemente, o
invejoso é um traidor. Judas Iscariotes traía a JESUS e, por essa razão,
“buscava oportunidade para entregá-lo sem alvoroço” (Lc 22.1-6). O
verdadeiro obreiro pode ter sido no passado até um Pedro (precipitado), mas
nunca um Judas (traidor). Daniel, em sua missão de estadista naquela corte,
foi sempre traído, mas nunca foi traidor!
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
111-112.
3. O perigo das confabulações políticas.
“e não se achava
nele nenhum vicio ou culpa” (6.4) Os políticos cristãos que exercem suas atividades nas câmaras municipais,
estaduais e federais, precisam estar atentos para não negociarem a fé. Por
causa da fé, são desafiados com leis injustas e que afrontam os princípios
divinos. Para serem fiéis a DEUS, essas pessoas tornam-se alvo de calúnias,
mentiras para serem prejudicadas. No mundo político, há possibilidade de
confabulações que denigrem a imagem moral daqueles que lutam por justiça e
moralidade. Daniel foi alvo dessa maldade dos seus pares dentro do palácio
da Babilônia. Aqueles homens se tornaram inimigos de Daniel, sem que ele
tivesse ofendido a qualquer um deles. Confabularam contra Daniel buscando
alguma falha moral, material e mesmo religiosa, mas foram frustrados pela
integridade dele (Dn 6.4,5). Osvaldo Litz escreveu em seu livro: “A estátua
e a Pedra” que “o sucesso sempre exige um tributo. Também o sucesso
conseguido através da fidelidade e do esmero. A intenção do rei de promover
a Daniel para o posto de maior poder no governo suscitou a inveja dos outros
presidentes. Eles seriam passados para trás e um estrangeiro teria poder
sobre eles”. A integridade moral e política de Daniel para com o rei eram
incontestáveis. Porém, destacava-se, também, a fidelidade de Daniel para com
o seu DEUS que era conhecida pelos seus inimigos.
“Nunca acharemos
ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do
seu DEUS” (6.5) A armadilha preparada para que Daniel caísse deveria ser
pela sua fidelidade ao seu DEUS, e não por qualquer transgressão. Nossos
políticos cristãos são constantemente desafiados na sua fé para fazerem
concessões e desonrarem a DEUS.
Uma proposta para
afetar a vida religiosa de Daniel (6.6-9)
Elaboraram uma
trama contra Daniel e falsamente exploraram a vaidade do Rei apresentando
uma proposta. A proposta seria um decreto real que expressava o apoio
unânime dos proponentes. Naturalmente, Daniel não sabia de nada porque
agiram de forma que todos os subordinados do reino, “presidentes, prefeitos,
conselheiros e governadores” concordaram com a proposta levada a Dario, o
rei (6.7). A falsidade desse grupo
explorou a vaidade e o ego do rei para que, por 30 dias, ninguém fizesse
oração a outro deus que não fosse a Dario. A ideia falsa e mentirosa era o
fortalecimento do poder real do rei. Ora, a ideia agradou ao rei que
desejava ser a corporificação da deidade, recebendo adoração dos seus
súditos. Daniel não havia sido consultado sobre o edito. O
rei caiu na trama daqueles inimigos de Daniel que ficaram na espreita para
encontrá-lo orando e, desse modo, ter de que acusar a Daniel diante do Rei.
Entretanto, Daniel continuou do mesmo modo, cumprindo seus deveres
políticos, bem como o seu tradicional costume de orar três vezes por dia ao
seu DEUS (Dn 6.10).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 92-93.
Dn 6.6 Então
estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei. Aqueles réprobos formaram
uma conspiração. Todos estavam na mesma equipe (pelo momento) porque tinham
um inimigo comum, ao qual queriam derrubar. E apresentaram ao rei Dario, o
medo, a questão que tinham planejado. Aproximaram-se do rei com o louvor
usual, incluindo a costumeira saudação “Vive para sempre!” (ver Dan. 2.4).
O vs. 21 deste
capítulo mostra Daniel a dizer a mesma coisa. Essa saudação fazia parte da
“etiqueta da corte” .
Dn 6.7 Todos os
presidentes do reino. A Ridícula Conspiração. O fraco e vacilante monarca
tomar-se-ia o único deus pelo espaço de 30 dias. Nem mesmo Bel (Marduque)
receberia atenção durante esse tempo, assim como Yahweh, o DEUS dos judeus.
Haveria uma maravilhosa lei de 30 dias, reforçada por um decreto real.
Podemos entender que os reis medo-persas já estavam levando-se
demasiadamente a sério, pensando em si mesmos como se fossem deuses, pelo
que ser o único deus por um curto tempo parecia ser algo lógico e elogioso.
Ademais, isso apelava para a vaidade e o orgulho ridículo de Dario,
fraquezas típicas dos políticos. O conluio era ridículo, e seria necessário
um homem absurdo para cair diante dele. Mas o que o rei fez foi cair.
Qualquer pessoa que desobedecesse seria entregue aos leões famintos, os
quais, inocentemente, cumpririam os desejos dos conspiradores.
Seja lançado na
cova dos leões. Um surpreendente número de antigos monarcas (incluindo
Salomão) tinha jardins zoológicos particulares para os quais traziam toda a
espécie de criaturas exóticas a fim de admirá-las. Note o leitor a imagem do
profeta, em Eze, 19.1-9, onde um leão é posto em uma gaiola e levado para a
Babilônia. Dario tinha alguns leões de estimação. O termo aqui traduzido por
“cova” corresponde à palavra hebraica traduzida por “cisterna” , pelo que
devemos pensar em uma espécie de buraco que formava a cova dos leões.
Nenhuma pessoa que caísse naquela cova poderia esperar voltar dali.
Desde os tempos
mais remotos, na Mesopotâmia, os reis vinham sendo apodados de divinos e
eram adorados.
Dn 6.8 Agora,
pois, ó rei, sanciona o interdito. O rei, em sua vaidade e agindo de acordo
com os costumes, recebeu bem a sugestão e imediatamente a implementou. O
decreto saiu: durante 30 dias, o único deus seria Dario, o medo. Para a
população em geral, não faria diferença qual dos deuses receberia atenção
especial durante um mês. Havia tantas divindades e os cultos eram tão
variegados que uma variação a mais não perturbaria a paz de ninguém, exceto,
naturalmente, uma pessoa como Daniel, que rejeitava toda a falta de bom
senso dos pagãos. Temos aqui uma lei escrita e, conforme todos sabemos, a
lei dos medos e persas não se alterava. Essa parte do versículo tornou-se
famosa e muito repetida, como um provérbio que indica coisas imutáveis. Ver
os vss. 12 e 15, onde a afirmação é reiterada. Isso deve ser contrastado com
o Brasil, a terra das novas leis. Em Est. 1.19 e 8.8 também encontramos a
lei imutável daquele povo. O rei Dario foi infalível por 30 dias. O mito da
infalibilidade humana é outra mentira que até pessoas bem-intencionadas
gostam de promover,
Dn 6.9 Por esta
causa o rei Dario assinou a escritura e o interdito. Dario assinou a lei que
os governadores tinham traçado, pelo que ali estava ela, escrita e fixa.
Diodoro Sículo (XVII.30) diz-nos que Dario III chegou a reconhecer a lei
como perigosa e errada, mas até mesmo um rei não tinha poder para alterar
uma lei decretada.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Hagnos. pag. 3398.
A vida de Daniel
nos ensina que a mesma pessoa que bajula é aquela que também maquina o mal
contra os justos (Dn 6.5-9). Sabiam que Daniel era um homem de oração,
bajularam o rei Dario, elevando-o ao posto de divindade por um mês. O
projeto trazia como isca a exaltação e a lealdade ao rei. Mas a intenção era
outra. O rei tornou-se refém de seu próprio orgulho e, por conseguinte, de
seu próprio decreto. E assim, sentenciaram à morte o homem de confiança do
rei.
Além da
bajulação, usaram a mentira (v. 7). Atingiram Daniel com essa manobra em que
ele era o alvo e a vítima.
A vida de Daniel
prova que um homem pode ser íntegro tanto na adversidade como na
prosperidade. Muitos fraquejam quando passam pelo teste da adversidade.
Daniel foi integro quando chegou a Babilônia como escravo. Ele resolveu
firmemente não se contaminar. Agora ele passa pelo teste da prosperidade.
Foi o primeiro ministro da Babilônia e agora e um governador do reino
medo-persa. Sua integridade é a mesma. Ele não se deixa seduzir pela fama
nem pela riqueza. Ele é um homem absolutamente confiável. A integridade nem
sempre nos ajuda a granjear amigos. Gente íntegra é uma ameaça ao sistema de
corrupção. Daniel incomodava a equipe de governo de Dario. Um funcionário
honesto é uma ameaça para o sistema viciado pela corrupção. Uma jovem que
não transige em seu namoro é vista como alguém antiquado. Um comerciante
íntegro é uma ameaça para o sistema de propinas.
A vida de Daniel
prova que a integridade implica em você fazer o que é certo quando ninguém
olha ou mesmo quando todos transigem. Uma pessoa íntegra procura agradar a
DEUS mais que aos homens. Ela não depende de elogios nem muda sua rota por
causa das críticas. Uma pessoa íntegra cumpre com a palavra empenhada e seu
aperto de mão vale mais que um contrato. Daniel mantém-se íntegro apesar de
haver uma debandada geral no governo de Dario. Ele sabia que sua integridade
o tornava impopular diante dos outros líderes, mas sua consciência era
cativa ao Senhor e comprometida com a verdade. Os opositores de Daniel
odiaram-no não porque ele praticara o mal, mas porque ele praticara o bem.
Eles bajularam e se tornaram hipócritas para alcançar o fim que desejavam, a
morte de Daniel. Eles agiram em surdina, maquinaram nos bastidores, tramaram
na escuridão.
Por ser fiel,
você pode ser perseguido com maior rigor. As trevas aborrecem a luz. Os que
andam na verdade perturbam os que vivem no engano. O íntegro é uma ameaça
aos corruptos.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 82-83.
Dn 6.6: “Então
estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: Ó
rei Dario, vive para sempre!
"... foram juntos
ao rei”. O presente versículo, nos lembra o Salmo dois (2), onde o furor das
nações se levanta contra o Senhor e contra o seu ungido. O poema representa
o mundo organizado contra o Senhor, deliberadamente contra o seu governo.
Historicamente, o objeto do ataque dos ímpios era o ungido do Senhor, Davi.
(Ver 1 Sm 24.6). Profeticamente falando, era o Messias, JESUS. (Ver At
4.25-27). Porém, quanto ao campo prático da vida, podemos aplicar isso à
vida de Daniel, na corte de Babilônia; ele também foi vítima de ataques
mortais da disputa ruidosa daqueles que imaginavam coisas vãs, isto é, que
se rebelaram contra a fidelidade daquele servo fiel. Eles se “mancomunaram”
e juntos compactuaram contra Daniel. Ainda hoje muitos servos de DEUS têm
sofrido as mesmas injustiças. Só o DEUS de Daniel, que é nosso DEUS, nos pode socorrer destes
golpes mortais!
Dn 6.7: “Todos os
príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, os capitães e governadores,
tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este
mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a
qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, á rei, seja lançado na cova
dos leões”.
"... uma petição
a qualquer deus... e não a ti”. A sugestão, tomada de maneira falsa, tinha
como objetivo envaidecer o ego do rei e dar uma expressão à sua nova
autoridade. Tal mostra de lealdade da parte dos seus funcionários civis
seria muito bem-vinda, sem dúvida, para aquele que durante sua vida vivia da
própria glória. Os antigos Césares arrogavam também para si adoração divina
e sob pena de morte que sofreria aquele que se recusasse a adorá-los. O
Anticristo invocará também para si essa mesma prática, durante seu sombrio
governo, “de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo
parecer DEUS”. (Ver 2 Ts 2.4). O rei Dario, segundo nos parece, assinou
aquele edito para beneficiar-se a si mesmo, sem se lembrar de que, por trás
disso havia um inocente a ser condenado. Seus vassalos bem o sabiam. E é
evidente que o rei só teve conhecimento da tragédia horas depois.
Dn 6.8: “Agora
pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja
mudada, conforme a lei dos medos e dos pensas, que se não pode revogar.
“O rei, confirma
o edito e assina a escritura”. O doutor Leon J. Wood, descreve o que segue:
“Na qualidade de cristãos, precisamos ficar avisados contra a lisonja.
Satanás usa essa ferramenta para realizar o seu trabalho maldoso. A lisonja
já causou a queda de muitos dos servos do Senhor.
A última parte
do pedido - para que o rei sancionasse o decreto - seria a segurança de que
não poderia ser mudado. Quando os decretos persas e medos eram sancionados e
assinados pelo rei, tornavam-se irrevogáveis. Passavam a fazer parte da
imutável lei dos medos e dos persas. (Ver Et 1.19; 8.8, etc.). A lisonja
fizera a sua obra, e o rei concordou em assinar. Seu orgulho levou-o a ser
enganado por aqueles que alegavam querer honrá-lo.
Dn 6.9: “Por esta
causa o rei Dario assinou esta escritura e edito”.
“Por esta causa”.
O texto em foco, dá continuidade à narrativa. Depois de organizada a
conspiração contra o grande servo de DEUS, os homens se aproximaram do rei.
Vocês leitores são capazes de imaginar como fizeram, elogiando-o
exageradamente para fazê-lo crer que realmente desejavam honrá-lo! Depois
apresentaram o pedido de forma mentirosa, declarando que todos os
presidentes, governadores, príncipes, conselheiros e prefeitos desejavam que
o decreto proposto fosse assinado. Mas a justiça divina não falha! O profeta
Isaias, assim descreveu em seu livro, capítulo 10.1, 2: “‘Ai dos que
decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidade, para
prejudicarem os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do
meu povo...” Este “ai” vem da parte de DEUS e recai sobre aqueles inimigos
de Daniel; eles nos versículos que se seguem, foram colhidos por suas
próprias armadilhas. (Ver Ec 10.8).
Severino Pedro da
Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
112-114.
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm



Daniel 6.10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu DEUS, como também antes costumava fazer. 11 Então, aqueles homens foram juntos e acharam Daniel orando e suplicando diante do seu DEUS.
Daniel 6.15 Então, aqueles homens foram juntos ao rei e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar. 16 Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu DEUS, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
Daniel 6.20 E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do DEUS vivo! Dar-se-ia o caso que o teu DEUS, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
INTERAÇÃO Daniel viveu em uma sociedade pagã, porém ele manteve-se fiel e temente ao Senhor. Foi um importante profeta e estadista que fez a diferença diante dos reis a quem serviu. A vida deste servo de DEUS não foi nada fácil. Ele experimentou terríveis provas, como a cova com leões famintos, mas em todas elas agiu como um vencedor. Embora exercendo importantes funções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não permitiu que um edito real o tirasse da presença de DEUS. Tem você, professor, também uma vida devocional como Daniel? Não permita que dificuldade alguma o impeça de se achegar a presença de DEUS em oração. Jamais espere que uma situação difícil chegue para lhe ensinar a respeito da oração. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Saber que Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido. Analisar o caráter íntegro de Daniel. Compreender porque Daniel foi parar na cova dos leões. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, reproduza o quadro da página abaixo de maneira que cada aluno tenha o seu. Utilize-o para introduzir a lição. Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste servo de DEUS, mesmo estando em um meio político corrupto. Explique que a fé de Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável. A nossa fé em DEUS nos livra das investidas de nossos inimigos e nos leva a ter uma vida íntegra.

Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. A história O capítulo seis de Daniel revela que o profeta fora colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do império Medo-Persa da seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes constituídos nas províncias do império (w. 1,2). Daniel era um dos príncipes. Mas entre os três o profeta se destacara. Os príncipes e os presidentes armaram uma cilada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel. O plano: durante trinta dias quem dirigisse uma prece a DEUS ou a um homem seria lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e também prostravam-se como diante de DEUS). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel condenado a cova dos leões. (122 homens conspiraram contra Daniel). Política e Religião A história da humanidade registra testemunhos contundentes acerca da mistura entre a religião e a política. A exemplo dos inimigos de Daniel, muitos usaram a religião para se beneficiarem politicamente. Eles não criam em nada: no culto que praticavam e no deus que diziam servir. Apenas usavam e abusavam desses expedientes da religião com o fim de colocar os seus interesses políticos em primeiro lugar. A história da igreja confirma a tragédia do Corpo Institucional de CRISTO quando se misturou o poder temporal e o espiritual. "O meu Reino não é deste mundo" disse JESUS. A Igreja Católica Romana perdeu-se no caminho por se achar detentora do poder temporal do "Sacro Império Romano". Algumas Igrejas Protestantes se amalgamaram com o Estado. Vide a divisão da Anglicana, Luterana e Reformada na Europa! O que dizer das igrejas brasileiras envolvidas com a política partidária? Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. Observação minha - Ev. Henrique - Dario, o medo - Existem várias interpretações sobre a origem do rei Dario, o medo. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido pelos gregos por outro nome. Isso significaria que ele era neto de Ciaxeres, o grande aliado medo de Nabucodonosor. Podemos considerar que este Dario poderia ser o líder dos medos, um tal Gubaru que é chamado de “Governador da Babilônia e do Distrito Além do Rio”. O certo é que o governo da Babilônia começou com um "medo" e depois passou a pertencer a ao império medo-persa governado por Ciro.


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