3- Controle a 
	sua ira.
	Tiago nos 
	incentiva a ser pessoas que demoram a irar-se. Ele não diz que isso é fácil. 
	Irar-se é uma das coisas mais simples do mundo. Basta que nos deparemos com 
	alguma adversidade que nos impeça de realizar certos planos, ou com alguma 
	situação que aos nossos olhos seja injusta.A ira é uma 
	obra da Carne. Ela tem a tendência de despertar as reações mais terríveis no 
	ser humano. Uma pessoa irada age de uma forma que não agiria se estivesse em 
	seu juízo perfeito.A ira da qual 
	Tiago fala está vinculada com o ato de ouvir e falar: “... todo homem seja 
	pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do 
	homem não opera a justiça de DEUS” (Tg 1.19b, 20). Pessoas que falam muito 
	tendem a errar muito, e pessoas iradas costumam destilar raiva e ódio em 
	suas palavras.Tiago encerra 
	seu pensamento de forma interessante: “A ira do homem não opera a justiça de 
	DEUS”. Além de falar sobre ouvir muito e falar pouco, ele menciona dois 
	elementos a mais em seu discurso: a ira humana e a justiça divina.Esses dois 
	elementos citados no mesmo verso estão extremamente distantes um do outro. A 
	ira do homem pode ser justa aos seus próprios olhos, mas isso não significa 
	que ela é justa aos olhos de DEUS. E um momento de indignação pode colocar 
	muitas coisas a perder na vida de um cristão além de não garantir a bênção 
	de DEUS. O Eterno não se deixa levar pela raiva humana, ainda que essa 
	aparente ser lícita. E se a ira humana fosse o referencial para que DEUS 
	agisse, não faltaria julgamento divino para todas as pessoas. Por qual 
	motivo DEUS não age de acordo com a sua justiça quando somos ofendidos, 
	humilhados ou perseguidos?Primeiro, 
	porque Ele é misericordioso. Mesmo os nossos ofensores podem ser alcançados 
	pela graça de DEUS, da mesma forma que nós fomos alcançados. Segundo, o 
	padrão de justiça divina não é como o nosso. Temos a tendência de ser 
	imediatistas, mas DEUS tem seu próprio tempo para agir em nosso favor e para 
	julgar as injustiças com as quais somos acometidos. E terceiro, DEUS espera 
	que controlemos nossas reações emocionais. DEUS sabe que tendemos à ira, mas 
	Ele espera que não sejamos dominados por ela.Pregadores 
	irados provavelmente não conseguirão alcançar almas para o Reino de DEUS. 
	Professores irados certamente não conseguirão repassar seus ensinos, e 
	crentes iracundos não conseguirão refletir a obra de DEUS em suas vidas. 
	DEUS tem seu próprio senso de justiça, e ele em nada se parece com o nosso. 
	Isso pode nos parecer injusto, mas precisamos aprender a confiar em DEUS e 
	em sua justiça.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 61-62.
	 
	Tg 1.19 Nós 
	também devemos ser tardios para nos irar. A ira fecha as nossas mentes à 
	verdade de DEUS (veja um exemplo em 2 Rs 5.11; veja também Pv 10.19; 13.3; 
	17.28; 29.20). É a ira que explode quando os nossos egos estão inflamados. E 
	exatamente o tipo de ira que nasce quando falamos muito depressa e não 
	ouvimos o suficiente!
	Quando a 
	injustiça e o pecado acontecem, nós devemos ficar irados, porque outros 
	estão sendo feridos. Mas não devemos ficar irados quando deixamos de 
	“ganhar” uma discussão, ou quando nos sentimos ofendidos ou negligenciados. 
	A ira egoísta nunca ajuda ninguém (veja Ec 7.9; Mt 5.21-26; Ef 4.26).
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 668.
 
	Abandone a 
	Ira (1.19d,20)
	A ira quase 
	sempre machuca tanto o nosso próximo como a nós mesmos. A ira carnal sempre 
	machuca. Portanto, todo o homem deve ser tardio [...] para se irar (v. 19). 
	Ele deve abandonar a ira que não opera a justiça de DEUS (v. 20). A justiça 
	de DEUS significa conduta certa, i.e., fazer o que DEUS quer (cf. Mt 6.33). 
	A ira carnal não só nos leva a uma conduta sem amor e a desagradar a DEUS, 
	mas esse comportamento irado em um cristão professo levanta dúvida na mente 
	dos observadores e, dessa forma, diminui o progresso do Reino de DEUS. 
	Poteat comenta: “A única ira que o homem pode ter é uma ira que CRISTO 
	sentiu (cf. Mc 3.5). Esse tipo de ira não é a expressão de uma petulância 
	particular, mas de um ressentimento público contra o comportamento e as 
	ações que levam outros a sofrer sem culpa da pessoa irada”.
	Robertson 
	esboça a verdade do versículo 19 da seguinte forma: 1) Ouvir brilhante (v. 
	19a); 2) Silêncio eloquente (v. 19b); 3) Ira insensível (v. 19c-f).
	A. F. Harper. 
	Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 161-162.
 
	Paralelo a 
	Lucas 19.45 A Purificação do Templo (Mt 21.12-13)
	A purificação 
	do Templo é descrita de forma vívida. JESUS expulsou todos os que vendiam e 
	compravam no templo (12) - hieron, a “Área do Templo”, compreendia cerca de 
	vinte e cinco acres. No Pátio dos Gentios havia um mercado onde ovelhas e 
	bois eram vendidos para os sacrifícios (cf. Jo 2.14). Como a Lei 
	especificava que esses animais deveriam ser “sem mácula” (Ex 12.5) era mais 
	seguro comprá-los no mercado do Templo que era dirigido por parentes do sumo 
	sacerdote. Tudo que fosse comprado ali seria aprovado. Da mesma forma, seria 
	inconveniente para os peregrinos da Galileia trazer animais em uma viagem 
	tão longa. Aqueles que eram demasiadamente pobres para oferecer uma ovelha 
	tinham permissão de substituí-la por uma pomba (Lv 12.8). Todo o dia era 
	realizada uma animada venda desses animais.
	Os cambistas 
	também colhiam seus frutos. Todo judeu adulto tinha que pagar uma taxa anual 
	de meio siclo ao Templo (cf. 17.24). Mas esse pagamento deveria ser feito 
	com a moeda fenícia. Como o dinheiro que os judeus usavam habitualmente era 
	grego ou romano, isso queria dizer que a maioria das pessoas precisava 
	trocar o seu dinheiro. Os sacerdotes tinham permissão de cobrar algo em 
	torno de 15 por cento para fazer essa troca. Edersheim acredita que somente 
	essa taxa poderia alcançar uma soma entre 40.000 a 45.000 dólares por ano, 
	isto é, uma renda exorbitante naquela época.
	JESUS lembrou 
	aos transgressores o que estava escrito nas Escrituras (13): A minha casa 
	será chamada casa de oração (uma citação de Isaías 56.7). Mas vós a tendes 
	convertido em covil de ladrões (citação de Jeremias 7.11) O texto grego diz 
	“uma caverna de salteadores”. Essa frase devia ser muito familiar aos judeus 
	do primeiro século.
	A condenação 
	feita por CRISTO aos comerciantes do mercado do Templo, chamando-os de 
	“ladrões” ou “salteadores” encontra sólido suporte nos escritos rabínicos. 
	Eles falam de “Bazares dos filhos de Anás” - o antigo sumo sacerdote que foi 
	sucedido por cinco dos seus filhos, e cujo genro, Caifás, era o sumo 
	sacerdote nessa época. Edersheim chama atenção para a declaração de que “o 
	Sinédrio, quarenta anos antes da destruição de Jerusalém [isto é, no ano 30 
	d.C., o ano da Crucificação], transferiu seu local de reunião do Pátio das 
	Pedras Lavradas (no lado sul do Pátio dos Sacerdotes) para os Bazares e, em 
	seguida, para a Cidade”.
	Uma leitura 
	cuidadosa dos quatro relatos sobre a purificação do Templo não dará qualquer 
	suporte à ideia de que JESUS usou de violência física contra as pessoas, ou 
	roubou-as de suas posses. Ele simplesmente fez com que os homens - com seus 
	pertences-se retirassem da área sagrada.
	Ralph Earle. 
	Comentário Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 145-146.
 
	Mt 21.12,13 O 
	sumo sacerdote tinha autorizado um mercado com comerciantes e cambistas que 
	funcionava exatamente no pátio dos gentios, o imenso pátio externo do 
	Templo. A taxa de câmbio inflacionada 
	frequentemente enriquecia os cambistas. E os preços exorbitantes dos animais 
	tomavam os comerciantes ricos. Como, tanto aqueles que compravam, quanto 
	aqueles que vendiam, estavam desobedecendo os mandamentos de DEUS com 
	respeito aos sacrifícios, JESUS expulsou todos do Templo. Esta era a segunda 
	vez que JESUS limpava o Templo (veja João 2.13-17). JESUS enfureceu-se 
	porque o lugar de adoração a DEUS tornara-se lugar de extorsão e barreira 
	aos gentios que desejavam adorar.
	JESUS citou 
	Isaías 56.7 e usou essa passagem para explicar que o Templo de DEUS deveria 
	ser uma casa de oração, mas os comerciantes e os cambistas o haviam 
	convertido em um covil de ladrões.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 126.
 
	Lc 19.45 O 
	zelo que JESUS mostrou pela purificação do Templo. Embora ele devesse ser 
	destruído dentro de pouco tempo, não era motivo para que não se cuidasse 
	dele, enquanto isto.
	1. CRISTO o 
	limpou daqueles que o profanavam: “Entrando no Templo, começou a expulsar 
	todos os que nele vendiam e compravam”, v. 45. Com isto (embora Ele fosse 
	representado como um inimigo do templo, e este foi o crime de que Ele foi 
	acusado diante do sumo sacerdote), Ele demonstra que tinha um amor pelo 
	Templo mais verdadeiro do que aqueles que tinham a mesma veneração pelo seu 
	corbã, o seu tesouro, como se fosse algo sagrado, pois a sua glória estava 
	mais na sua pureza do que na sua riqueza. CRISTO deu razões para desalojar 
	os mercadores do Templo, v. 46. O Templo é casa de oração, consagrado para a 
	comunhão com DEUS: os compradores e vendedores fizeram dele um covil de 
	salteadores, pelos negócios fraudulentos que eram realizados ali, o que, de 
	nenhuma maneira, devia ser permitido, pois seria uma distração para aqueles 
	que vinham até ali para orar.
	HENRY. 
	Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição 
	completa. Editora CPAD. pag. 695.
 
	Ef 4.26,27 
	Outra característica da antiga natureza que tem que ser descartada é o mau 
	humor, ou um estilo de vida caracterizado pela ira. As palavras “irai-vos e 
	não pequeis” são tiradas de Salmos 4.4. A Bíblia não diz que não devemos nos 
	irar, mas ela mostra que é importante controlarmos adequadamente a nossa 
	ira. Não devemos ceder aos nossos sentimentos de ira ou permitir que eles 
	nos levem ao orgulho, ódio, ou hipocrisia. JESUS CRISTO enfureceu-se com os 
	mercadores no Templo, mas esta era uma ira justa e não o levou a pecar. Os 
	crentes devem seguir o exemplo de JESUS. Devemos reservar nossa ira para 
	quando vermos DEUS desonrado ou as pessoas tratadas injustamente. Se 
	ficarmos irados, devemos fazê-lo sem pecar. Para fazer isso, devemos lidar 
	com nossa ira antes que o sol se ponha. De acordo com o livro de 
	Deuteronômio, o pôr-do-sol é a hora em que todo o mal contra DEUS e contra 
	os outros deve ser corrigido (Dt 24.13,15).
	A ira que é 
	deixada ardendo lentamente e queimando ao longo do tempo pode, por fim, 
	explodir em chamas e dar um poderoso ponto de apoio para o diabo, fazendo 
	com que as pessoas pequem, ao se tornarem amarguradas e ressentidas. E muito 
	melhor lidar com a situação imediatamente; talvez a admoestação anterior, 
	para se falar a verdade carinhosamente, possa resolver o problema.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 340.
 
	Ef 4.26 Paulo 
	fala sobre a ira (4.26,27). “Quando sentirdes raiva, não pequeis; e não 
	conserveis a vossa raiva até o pôr do sol; nem deis lugar ao Diabo.” Há dois 
	tipos de raiva: a justa (4.26) e a injusta (4.31). Precisamos sentir raiva 
	justa: a ira de Wilberforce contra a escravidão na Inglaterra é um exemplo 
	de raiva justa. A raiva de Moisés contra a idolatria é outro exemplo 
	clássico. A raiva de Lutero contra as indulgências é um dos mais claros 
	exemplos desse ensinamento de Paulo. A raiva de JESUS no templo ao expulsar 
	os cambistas é o exemplo por excelência desse princípio bíblico.
	Se DEUS odeia 
	o pecado, seu povo também deve odiá-lo. Se o mal desperta sua raiva, também 
	deve despertar a nossa (SI 119.53). Ninguém deve ficar raivado a não ser que 
	esteja raivado contra a pessoa certa, no grau certo, na hora certa, pelo 
	propósito certo e no caminho certo.
	Paulo 
	qualifica sua expressão permissiva sentirdes raiva com três negativos: 1) 
	“Não pequeis”. Devemos nos assegurar de que nossa raiva esteja livre de 
	orgulho, despeito, malícia ou espírito de vingança; 2) “Não conserveis a 
	vossa raiva até o pôr do sol”. Paulo não está permitindo a você ficar com 
	raiva durante um dia, ele está exortando a não armazenar a raiva, pois pode 
	virar raiz de amargura; 3) “Nem deis lugar ao Diabo”. O diabo gosta de ficar 
	espreitando as pessoas zangadas para tirar proveito da situação, como fez 
	com Caim.
	Jay Adams, em 
	seu livro O conselheiro capaz, fala sobre duas maneiras erradas de lidar com 
	a raiva: a primeira delas é a ventilação da raiva. Há pessoas que são 
	explosivas, que atiram estilhaços para todos os lados, ferindo as pessoas 
	com seu destempero emocional. A segunda maneira errada de lidar com a raiva 
	é o congelamento dela. O indivíduo não a joga para fora, mas para dentro. O 
	resultado disso é a amargura. A solução para o congelamento da raiva é o 
	perdão. E espremer o pus da ferida até o fim, fazendo uma assepsia da alma, 
	uma faxina da mente, uma limpeza do coração.
	LOPES, 
	Hernandes Dias. EFESIOS Igreja, a noiva gloriosa de CRISTO. Editora Hagnos. 
	pag. 122-123.
 
	Ef 4.26 
	Também a instrução sobre a ira é dada no contexto de uma citação literal do 
	Sl 4.4: “Quando estais irados, não pequeis.” Com essas palavras Paulo 
	lembra, em tom de exortação, a rápida transição da ira para o pecado. A 
	convivência (dentro e fora da igreja) gera múltiplos motivos para a ira (cf. 
	também Tg 1.19s – possivelmente por causa de opiniões opostas na discussão 
	doutrinária). Enquanto o cristão deve ser “tardio para a ira” (Tg 1.19), no 
	caso do perdão é preciso ter pressa: “O sol não se ponha sobre a vossa ira.” 
	A exortação para afastar-se rapidamente do escândalo visa sobretudo combater 
	o efeito devastador de uma briga de longa duração: “Paulo exige que acabemos 
	sem delongas com a ruptura da comunhão. Rancor envelhecido é difícil de 
	apagar. Se para restabelecer a comunhão for necessária uma negociação com o 
	irmão, devemos fazê-la de imediato. Se conseguimos solucionar a questão sem 
	ela, devemos perdoar imediatamente. A mágoa torna-se bem mais perigosa 
	quando é arrastada de um dia para o outro. Também essa frase mostra, da 
	mesma forma como aquela sobre o extermínio da mentira, que para Paulo nessa 
	nossa preocupação central deve ser a comunhão concorde com os irmãos, em 
	relação à qualquer outro interesse passa para o segundo plano.
	Por trás de 
	tudo isso está a reinterpretação do 5º mandamento no Sermão do Monte por 
	JESUS (Mt 5.21ss): segundo ela, “irar-se contra o irmão” (o mesmo termo de 
	Ef 4.26) é uma transgressão da proibição de matar e torna culpado de 
	condenação. Isso é enfatizado pelas ofensas decorrentes da ira (“tolo”, 
	“inútil”), tornando o homem réu do mais alto tribunal humano ou divino 
	(“Sinédrio”, “fogo do inferno”). Paulo, portanto não arrola arbitrariamente 
	instruções éticas, mas argumenta no contexto das premissas dos Dez 
	Mandamentos, que obtiveram a interpretação decisiva nos ensinamentos de 
	JESUS. Da mesma forma como os comentários sobre o oitavo (mentira) e quinto 
	(matar – ira) mandamentos seguem-se, nos v. 28 (roubar) e 5.3 (adultério - 
	devassidão e avidez), exortações ligadas ao sétimo, sexto, nono e décimo 
	mandamentos.
	Eberhard Hahn. 
	Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.
 
	II - 
	PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
	1. 
	Enxertai-vos da Palavra (21).
	Tiago fala 
	que devemos receber com mansidão a Palavra que em nós foi colocada. Mas 
	antes disso ele diz que é preciso rejeitar toda a imundícia e acúmulo de 
	malícia. O que isso significa? Que além de receber a Palavra de DEUS, é 
	preciso rejeitar tudo o que a Palavra de DEUS condena. É uma questão de 
	cumulatividade (recebo a Palavra de DEUS e rejeito o pecado). Nossa 
	tendência é acumular imundícia e malícia por causa de nossa natureza 
	pecaminosa, mas esses dois elementos devem ser substituídos pela Palavra de 
	DEUS e seus efeitos em nossas vidas. A expressão “malícia”, no grego, é 
	kakia, melhor traduzida como “maldade”. Em todo o contexto, a maldade não 
	pode conviver com um coração sábio e dominado pelos princípios da Palavra de 
	DEUS. Ou praticamos o que DEUS diz ou privilegiaremos a maldade e as demais 
	características rejeitadas pelo Senhor.
	A recompensa 
	por essa atitude é a salvação da alma. Aqui encontramos mais uma 
	característica dos escritos de Tiago: a prática que espelha a salvação. Mais 
	uma vez, Tiago mostra que as obras são um reflexo (e não o caminho) da 
	salvação.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 63.
	 
	Tg 1.21 
	Devemos rejeitar toda imundícia e acúmulo de malícia. Segundo o texto grego, 
	esta é uma ação definitiva. Por que devemos fazer isto? O progresso na nossa 
	vida espiritual não pode ocorrer a menos que vejamos o pecado como ele é, 
	deixemos de justificá-lo, e decidamos rejeitá-lo. A imagem das palavras de 
	Tiago aqui nos apresenta livrando-nos dos nossos maus hábitos e atos como 
	quem se despe de roupas sujas. Depois de “nos livrarmos”, precisamos receber 
	com mansidão a palavra de DEUS, procurando viver de acordo com ela, porque 
	ela foi enxertada em nossos corações e se torna parte do nosso ser. DEUS nos 
	ensina desde as profundezas das nossas almas, com o ensino do ESPÍRITO e com 
	o ensino de pessoas orientadas pelo ESPÍRITO. O solo no qual a palavra é 
	plantada deve ser acolhedor, para que ela possa crescer. Para tornar o nosso 
	solo acolhedor, precisamos desistir de quaisquer impurezas nas nossas vidas. 
	A Palavra de DEUS torna-se uma parte permanente de nosso ser, orientando-nos 
	todos os dias. A palavra implantada é suficientemente forte para poder 
	salvar a nossa alma. Quando absorvemos as características ensinadas na 
	Palavra, estas se expressam no nosso modo de viver. As provações e as 
	tentações não podem nos derrotar se estivermos aplicando a verdade de DEUS 
	às nossas vidas.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 668.
 
	Abandone todo 
	o Mal (1.21)
	Pelo que dá a 
	entender que há uma ligação com o texto anterior. Tiago acabou de falar da 
	ira e de sua relação com a vontade de DEUS. Sua mente agora se move agora 
	para o contexto mais amplo da vontade de DEUS e o mal do homem. Toda 
	imundícia e acúmulo de malícia não transmite uma verdade clara para o leitor 
	de hoje. Phillips traduz esse texto da seguinte maneira: “Livrando-se, 
	portanto, de toda impureza e de todo tipo de mal”. ANASB traduz: “Colocando 
	de lado toda imundícia e toda impiedade”. Rejeitando (apothemenoi) está no 
	tempo aoristo e sugere uma clara quebra com tudo que é contrário à vontade 
	de DEUS. Robertson compara o significado deste texto com a figura de Paulo 
	de despojar-se do “velho homem” de pecado e revestir-se do “novo homem” de 
	justiça (Ef 4.2; Cl 3.8). Ele comenta: “Certamente o mal aumenta se não for 
	checado e arrancado pela raiz”. Acúmulo de malícia (kakia, maldade) não deve 
	ser entendido como “mais do que necessário”. A maldade “por ínfima que seja 
	já é excesso”.
	O despojar de 
	todo o mal é a condição para a recepção subsequente da palavra [...] 
	enxertada (melhor, “implantada”, NVI). Moffatt apresenta a figura da semente 
	e do solo. Ele interpreta: “Prepare um solo de modéstia humilde para com a 
	Palavra que lança suas raízes no interior com poder para salvar a sua alma”. 
	Knowling observa que ‘“a palavra’ descrita dessa forma é raramente 
	distinguível do CRISTO que habita em nós”. Essa é a palavra a qual pode 
	salvar a vossa alma. “Ela traz uma salvação presente aqui e agora (Jo 5.34); 
	é uma nova vida de pureza. Ela ajuda na salvação progressiva do homem 
	completo na sua batalha com o pecado e no crescimento na graça (2 Tm 3.15). 
	Ela leva à salvação final no céu com CRISTO em DEUS (1 Pe 1.9). O evangelho 
	é o poder de DEUS para a salvação (Rm 1.16)”.
	A. F. Harper. 
	Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 162.
 
	Tg 1.21 “Por 
	isso, despojai-vos de toda impureza e acúmulo de maldade”: precisamos 
	permitir que “passo a passo” nos seja tirada publicamente a velha natureza e 
	dada a nova. Unicamente na proporção em que estivermos dispostos a abrir mão 
	do antigo, o novo terá espaço. Somente na medida em que os “brotos 
	selvagens” são tirados, terão espaço os “ramos nobres”. Também o acúmulo de 
	conhecimento por meio da palavra de DEUS está relacionado à disposição de 
	obedecer, assim como inversamente a falta de capacidade de entendimento está 
	ligada à falta de obediência (Jo 7.17; Ef 4.18). Hoje (como em certa medida 
	também já em épocas passadas) várias coisas podem se opor à palavra de DEUS 
	nas pessoas, como “tampões de ouvidos”: vínculos com o ocultismo, 
	indisciplina sexual, endeusamento das riquezas. Tudo o que podemos fazer é 
	rogar que também hoje sejam abertos os ouvidos e o coração de muitos (At 
	16.14). – Os citados empecilhos também podem reaparecer ou surgir pela 
	primeira vez em pessoas há muito chamadas por DEUS, impedindo que a nova 
	vida chegue ao devido avanço, fortalecimento e amadurecimento. Por isso 
	também há espaço no seio da igreja, como outrora nos dias de Tiago, para a 
	exortação: “Despi-vos de toda sujeira, e do mal de todo tipo.” “Desmascara 
	tudo e consome o que não for puro em tua luz” (G. Tersteegen).
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança.
 
	2. Praticai a 
	Palavra (22-24).
	Mais do que 
	ter a Palavra em nosso coração, é preciso exteriorizar o evangelho em nossas 
	vidas. É curiosa a observação de Lawrence O. Richards para esta parte do 
	texto bíblico:
	Tiago 
	argumenta que olhar para a Palavra de DEUS e não agir de acordo como que 
	vemos ali significa que o que encontramos ali nas Escrituras não tem 
	significado para nós.
	Essa palavra, 
	“significado”, indica importância. Se lemos e ouvimos a Palavra de DEUS e 
	não praticamos o que ela diz estamos dizendo que o que DEUS falou não tem 
	importância alguma para nossas vidas. Se o que Ele falou não é importante, 
	podemos entender também que Ele mesmo não é importante para nós. Pensemos 
	nisso da próxima vez que formos ler ou ouvir a Palavra de DEUS.
	Tiago nos 
	desafia em seu escrito a ser praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes. 
	Primeiro ouvimos o discurso e depois o praticamos. Não é razoável ler, 
	estudar e ouvir a Palavra de DEUS se não temos o objetivo de seguir o que 
	ela nos apresenta. Se temos respeito pela Palavra, é imperativo obedecê-la.
	Tiago parece 
	um mestre que ensina, lembra e relembra a seus alunos a que tenham uma vida 
	voltada para atitudes que espelham a salvação. É como se a expressão 
	“pratique a Palavra” fosse uma senha para uma questão difícil de uma prova. 
	Para que façamos a diferença neste mundo, pratiquemos a Palavra. Para que 
	aprendamos a domar nossa língua, pratiquemos a Palavra. Para nos afastarmos 
	da maldade e de toda impureza, pratiquemos a Palavra. Para sermos sábios, 
	pratiquemos a Palavra. A prática, como diz um ditado, conduz à perfeição, e 
	no nosso caso, nos aproxima cada vez mais de DEUS.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 64-65.
 
	Tiago 
	enfatiza três verdades vitais aqui.
	Em primeiro 
	lugar, o verdadeiro crente nasce da Palavra de DEUS (1.18). A Palavra de 
	DEUS é a divina semente. Quando ela é aplicada em nosso coração pelo 
	ESPÍRITO SANTO, acontece o milagre do novo nascimento. Nascemos, assim, de 
	cima, de DEUS, do ESPÍRITO. Recebemos, portanto, uma nova natureza, uma nova 
	vida.
	Em segundo 
	lugar, o verdadeiro crente acolhe a Palavra (1.21). Há uma preparação 
	própria para receber a Palavra: “Pelo que, despojando-vos de toda sorte de 
	imundícia e de todo vestígio do mal...”. A Palavra de DEUS é comparada a uma 
	semente, e o coração do homem, a um solo. Antes de lançarmos a semente 
	precisamos preparar a terra. JESUS falou de quatro tipos de solo: o solo 
	endurecido, o superficial, o congestionado e o frutífero (Mt 13.1-23). Antes 
	de acolhermos a Palavra, precisamos remover a erva daninha da impureza e da 
	maldade. Também é requerida uma atitude correta para receber a Palavra: “... 
	recebei com mansidão a palavra em vós implantada...” A mansidão é o oposto 
	da ira (1.19). E necessário adubar o terreno para que a semente frutifique. 
	A Palavra deve ter raízes profundas em nossa vida. Aceitamos de bom grado a 
	transformação que DEUS opera em nós através da Palavra. Tiago fala ainda 
	acerca do resultado da recepção da Palavra: “... a qual é poderosa para 
	salvar as vossas almas”. Quando nascemos da Palavra, ouvimos a Palavra, 
	recebemos a Palavra e praticamos a Palavra, podemos ter garantia da 
	salvação.
	Em terceiro 
	lugar, o verdadeiro crente pratica a Palavra (1.22-25). Não basta ouvir ou 
	ler a Palavra, é preciso praticá-la. Não basta apenas o conhecimento da 
	verdade, é necessário também a prática da verdade. Muitos crentes marcam sua 
	Bíblia, mas a Bíblia não os marca. Há grandes benefícios em se praticar a 
	Palavra.
	Primeiro, 
	quem pratica a Palavra conhece a si mesmo (1.23,24). A Palavra aqui é 
	comparada não com a semente, mas com o espelho. O principal propósito do 
	espelho é o autoexame. Quando você olha para dentro da Palavra e compreende 
	o que ela diz, você conhece a você mesmo: seus pecados, suas necessidades, 
	seus deveres e suas recompensas. Ninguém olha no espelho e logo vai embora 
	sem fazer nada. Você olha no espelho para saber se já penteou o cabelo, se 
	já lavou o rosto ou se a roupa está bem passada. Você olha no espelho para 
	ver as coisas como elas são. Quando você olha no espelho, você descobre que 
	tipo de pessoa você é e como você está.
	Há alguns 
	perigos quanto ao espelho que precisamos evitar: devemos evitar olhar apenas 
	de relance no espelho.  
	Muitas 
	pessoas não estudam a si mesmas quando leem a Bíblia. Muitas pessoas leem a 
	Bíblia todo dia, mas não são lidas por ela, não a observam. Muitos leem por 
	um desencargo de consciência, mas não se afligem por não colocar sua 
	mensagem em prática. Há sempre o perigo de você se ver no espelho e não 
	fazer nada a respeito. Como saber se minha religião é verdadeira - Leia esta história:
	Conta-se a 
	história de um homem idoso bastante míope, que tinha grande orgulho em atuar 
	como crítico de arte. Um dia, ele visitou um museu com alguns amigos e, 
	imediatamente começou a fazer 
	suas críticas sobre vários quadros. Parando diante de um quadro de corpo 
	inteiro, começou a dar a sua opinião. Ele havia deixado seus óculos em casa 
	e não podia ver a pintura com clareza. Com ar de superioridade, ele 
	comentou; ‘A constituição física desse modelo está simplesmente em desacordo 
	com a pintura. O sujeito (um homem) é bastante rústico e está miseravelmente 
	vestido. De fato, ele é repulsivo, e foi um grande erro para o artista 
	selecionar esse modelo de segunda classe para pintar o seu retrato’. O velho 
	camarada foi seguindo em seu caminho, quando sua esposa o puxou para o lado 
	e sussurrou em seu ouvido: ‘Querido, você estava se olhando no espelho’.
	Devemos tomar 
	cuidado para não esquecermos o que vemos no espelho. Muitas vezes lemos a 
	Bíblia tão distraidamente que nem conseguimos ver quem nós somos, como está 
	a nossa aparência. Não temos convicção de pecado.  
	Não sentimos 
	sede de DEUS. Não falamos como Isaías: “Ai de mim!”. Não falamos como Pedro; 
	“Senhor, aparta-te de mim, porque eu sou um pecador”. Não falamos como Jó: 
	“Eu me abomino no pó e na cinza”. Devemos nos acautelar para não 
	fracassarmos em fazer o que o espelho mostra. Não basta ler a Bíblia, é 
	preciso praticá-la. Não basta falar, é preciso fazer. Reunimo-nos muito para 
	conhecer e pouco para praticar. Gastamos os assentos dos bancos e pouco as 
	solas dos sapatos.
	LOPES. 
	Hernandes Dias. TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 
	32-34.
 
	Tg 1.22 
	Apenas ter ou até mesmo estudar a Palavra de DEUS não é benéfico para nós, 
	se não cumprirmos o que ela diz. Nós ouvimos a Palavra de DEUS não apenas 
	para conhecê-la, mas também para realizá-la. Nós estaríamos nos enganando se 
	nos felicitássemos pelo conhecimento das Escrituras e não houvesse nada além 
	disto. O conhecimento valioso é um prelúdio à ação; a Palavra de DEUS só 
	consegue crescer no solo da obediência.
	Para que uma 
	lição faça a diferença na vida de um aluno, ela precisa penetrar no coração 
	e na mente, afetando a sua vida. É importante ouvir a Palavra de DEUS, mas é 
	muito mais importante obedecê-la. Nós podemos avaliar a eficiência do nosso 
	tempo de estudo da Bíblia pelo efeito que ele tem no nosso comportamento e 
	nas nossas atitudes. Será que colocamos em prática aquilo que estudamos?
	Tg 1.23,24 
	Algumas pessoas leem a Palavra de DEUS de uma forma casual, sem permitir que 
	ela afete as suas vidas. É como a pessoa que olha tão rapidamente no 
	espelho, que as imperfeições não são detectadas e nada é mudado. Elas ouvem, 
	mas não agem. A outra abordagem é o olhar atento, o estudo profundo e 
	constante da Palavra de DEUS, que permite que uma pessoa veja as 
	imperfeições e modifique a sua vida de acordo com os padrões de DEUS. O tipo 
	de “espelho” que a Palavra de DEUS fornece é exclusivo. Ele nos mostra a 
	nossa natureza interior da mesma maneira como um espelho normal nos mostra 
	as nossas características externas. Os dois espelhos refletem o que está 
	ali. Quando a Palavra de DEUS nos mostra que algo em nós precisa de 
	correção, nós devemos ouvir e agir.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 668-669.
 
	Tg1.22 1 – 
	“Sede, porém, praticantes da palavra”: o ouvir não pode ser apenas questão 
	dos ouvidos, de nosso pensar e de nosso sentir. A palavra, pela qual é 
	depositada em nós a nova vida, visa tomar forma em nossa vida toda. A 
	palavra propicia ambas as coisas: promessa e orientação, asserção e demanda. 
	Ela proclama e traz o agir misericordioso de DEUS em nosso favor, e visa 
	impelir-nos ao agir. Nosso agir é resposta ao agir de DEUS. DEUS não quer 
	atuar apenas em nós, mas também através de nós. JESUS nos descreveu DEUS 
	como aquele que age (Jo 5.17), como o DEUS que faz história para a salvação, 
	nossa e de todos os seres humanos. Dessa maneira o DEUS vivo se diferencia 
	p.ex. dos deuses gregos, bem como das ideias dos filósofos (e igualmente do 
	DEUS de uma teologia que se deixa condicionar pela respectiva filosofia 
	contemporânea). A história que DEUS faz viabiliza, de fato, a verdadeira 
	história humana. O ser humano que deseja acolher a palavra de DEUS somente 
	em seu pensamento ou sentimento não a compreendeu corretamente, tornando-se 
	retardatário desobediente quando o DEUS que age deseja envolver também a 
	ele. A palavra de DEUS é palavra do Senhor, a qual nos compromete. Com sua 
	afirmação Tiago está junto de seu Senhor na doutrina (Mt 7.21,24-27) e se 
	move nas mesmas balizas do apóstolo Paulo (Rm 6.1,15).
	“Não apenas 
	ouvinte”: não basta o constante “colocar-se sob a palavra”. É necessário 
	obedecer à palavra. Em contraposição, há hoje motivos para enfatizar que não 
	existe prática correta da vontade de DEUS sem o devido ouvir prévio. Aqui 
	nos são dadas orientação e força para esse agir.
	“Do contrário 
	enganais a vós mesmos”: 
	a) Aquele que apenas ouve visa enganar a DEUS: 
	aparenta interessar-se pela vontade de DEUS, mas não se deixa mover para a 
	obediência (também entre pessoas constitui ofensa quando alguém 
	aparentemente se interessa por nossa questão, solicitando que lhe seja 
	exposta largamente, mas depois se afasta sem mexer um dedo sequer). 
	b) Assim 
	uma pessoa também engana seus semelhantes: “correndo” aos cultos, estudos 
	bíblicos, horas de comunhão (e também pelo linguajar cristão), causando em 
	seu entorno a expectativa de que aqui alguém agirá como cristão. Depois 
	percebem que foram enganados. A “baixa audiência” de que os crentes tantas 
	vezes desfrutam em seu entorno pode ser derivada dessa desilusão. 
	c) Não por 
	último, porém – é disso que Tiago está falando – desse modo uma pessoa 
	também engana a si mesma: tranquiliza-se e pensa que, desde que seja 
	insaciável em ouvir a palavra e ler intensamente a Bíblia, tudo estaria bem, 
	e também outros o consideram um cristão favorecido (Ap 3.1). Contudo JESUS 
	diz que o ouvir e saber ainda não resolvem nada (Mt 7.26). Tampouco o falar 
	resolve (Mt 7.21). O conhecimento claro até mesmo pode tornar-se uma 
	acusação para quem não vive de acordo (Lc 12.47).
	2 – Nesse 
	agir está em jogo não apenas o que fazemos a outros, mas o que fazemos a nós 
	para nossa própria evolução. É o que mostram os v. 23-25.
	Tg 1.23 “Se 
	alguém é (apenas) ouvinte da palavra e não (também) praticante, assemelha-se 
	ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural”: aquele que ouve a 
	palavra de DEUS é como alguém que se observa no espelho. Entre as duas capas 
	de nossa Bíblia nos são mostrados o “diagnóstico” e a “terapia” de DEUS após 
	a catástrofe do pecado em relação a cada indivíduo e à humanidade como um 
	todo.
	a) A pessoa, 
	pois, que atenta para a palavra de DEUS, ouve primeiramente o diagnóstico 
	divino. Vê a si mesma com toda a clareza e verdade, como em um espelho, por 
	assim dizer. O espelho não lisonjeia. Vemos o quanto nos sujamos por meio do 
	pecado. O ser humano natural prefere nem sequer observar-se nesse espelho. 
	Esse é um motivo central para o fato de que se “interessa” por tudo o mais, 
	mas de forma alguma pela palavra de DEUS. No entanto, já que não consegue 
	nem quer submeter-se integralmente à palavra, tenta distanciar-se dela e 
	“esquecê-la” o quanto antes, para poder continuar como era (o ser humano 
	esquece o que deseja esquecer).
	Tg 1.24 
	“Pois, após contemplar-se e se retirar, logo se esquece de como era a sua 
	aparência.” É como quando uma dona de casa percebe no espelho que, ao 
	acender o fogão a lenha, sujou o rosto com a mão fuliginosa, mas não limpa 
	de imediato a sujeira porque não tira o devido tempo para isso. Mais tarde 
	se esquece do que não está em ordem com ela. Quando sai para fazer comprar, 
	admira-se de que as pessoas riem ao vê-la. O mesmo ocorre quando o espelho 
	da palavra nos leva a constatar um erro em nós mesmos e não tomamos 
	imediatamente as atitudes cabíveis. Nesse caso o espelho da palavra de DEUS 
	não nos prestou o serviço que poderia ter prestado para a hora em que 
	haveremos de comparecer perante DEUS. Então, muitas coisas boas que ouvimos, 
	e até mesmo dissemos, hão de transformar-se em acusação contra nós.
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança.
 
	
	3. Persevere 
	ouvindo e agindo (v.25).
	Tg 1.25 As 
	pessoas que atentam são aquelas que estudam a lei de DEUS com séria atenção 
	e, a seguir, a escolhem como o seu estilo de vida. Elas estudam com atenção 
	extasiada, e não apenas uma vez, mas continuamente; como resultado, elas se 
	lembram da Palavra de DEUS e a colocam em prática. Esta lei é perfeita, não 
	é possível melhorá-la.
	Esta lei dá 
	liberdade, porque é somente obedecendo à lei de DEUS que a verdadeira 
	liberdade pode ser encontrada (compare com Jo 8.31,32). Como cristãos, nós 
	somos salvos pela graça de DEUS, e a salvação nos liberta do controle do 
	pecado. Como crentes, nós somos livres para viver como DEUS nos criou para 
	viver. Naturalmente, isto não quer dizer que somos livres para fazer o que 
	quisermos (1 Pe 2.16) - agora nós somos livres para obedecer a DEUS.
	A pessoa que 
	atenta para a Palavra de DEUS, faz o que ela diz, não esquece o que ouviu e 
	obedece será bem-aventurada.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 669.
 
	Tg 1:25 Para além de toda dúvida há um sentido em que Tiago tem razão. No 
	cristianismo há uma demanda ética; há uma lei do viver que os cristãos têm 
	que entender, aceitar e tratar de pôr em prática. Esta lei encontra-se 
	primeiro nos Dez Mandamentos, e depois em todos os ensinos éticos de JESUS.
	Tiago chama 
	esta lei de duas maneiras:
	(1) Chama-a a 
	lei perfeita. Existem três razões pelas quais essa lei é perfeita:
	(a) É lei de 
	DEUS, dada e revelada por DEUS. O estilo de vida que JESUS estabeleceu para 
	seus seguidores é o estilo de vida que concorda com a vontade de DEUS.
	(b) É 
	perfeita porque não pode ser melhorada. A lei cristã é a lei do amor, e a 
	demanda de amor nunca pode ser satisfeita. Sabemos bem, quando amamos a 
	alguém, que ainda que lhe déssemos todo o mundo, e ainda que lhe servíssemos 
	toda a vida, mesmo assim não poderíamos satisfazer ou merecer seu amor. A 
	lei cristã é perfeita porque não pode haver lei superior à lei do amor.
	(c) Mas há 
	ainda outro sentido no qual a lei cristã é perfeita. Teleios é a palavra que 
	em nossa versão foi traduzida como perfeita, e teleios quase sempre descreve 
	a perfeição para uma determinada finalidade. É perfeição com algum propósito 
	e uso determinados. Agora, se a pessoa obedecer a lei de CRISTO, 
	compreenderá o propósito de sua condição de homem; cumprirá o propósito pelo 
	qual DEUS o pôs no mundo, será a classe de pessoa que deve ser, fará no 
	mundo a contribuição que deve fazer. Será perfeito no sentido de que, 
	obedecendo a lei de DEUS, cumprirá o propósito para o qual foi enviado a 
	este mundo.
	 
	(2) Chama-a 
	também lei da liberdade. Quer dizer: uma lei que ao cumpri-la o indivíduo 
	encontra sua verdadeira liberdade. Todos os grandes homens estiveram de 
	acordo em que unicamente obedecendo a lei de DEUS pode o ser humano 
	tornar-se autenticamente livre. "Obedecer a DEUS é ser livre", disse Sêneca. 
	"Somente o sábio é livre, e todo néscio é um escravo", afirmavam os estóicos. 
	Filo expressou: "Todos aqueles que estão sob a tirania do ódio, do desejo ou 
	de qualquer outra paixão são totalmente escravos; mas todos os que vivem com 
	a lei são livres." Na medida em que o homem não obedece a não ser as 
	paixões, emoções e desejos não é outra coisa senão um escravo. Quando o 
	homem aceita a vontade de DEUS é quando também se torna realmente livre, 
	porque então fica livre para ser bom, livre para ser o que deve ser. Servir 
	a DEUS é desfrutar de liberdade perfeita, e no fazer a vontade divina está 
	nossa paz.
	BARCLAY. 
	William. Comentário Bíblico. Tiago. pag. 71-73.
 
	Tg 1.25 “Mas 
	aquele que contemplou a lei perfeita da liberdade…” (também é possível 
	traduzir: “Quem observa com precisão, inclinando-se para frente, a lei da 
	liberdade…” Lutero traduz: “Quem, porém, esquadrinha a lei perfeita da 
	liberdade…”): sob a influência do pecado tornamo-nos pessoas amarradas, e 
	pela ação de nosso Senhor tornamo-nos livres (Jo 8.34,36). Essa é a norma de 
	uma vida com nosso Senhor, a maravilhosa norma da verdadeira liberdade: 
	tornamo-nos livres de pecado, do mundo e do diabo e ficamos amarrados ao 
	Senhor. Estar fixos em DEUS e em sua vontade constitui a verdadeira 
	liberdade para nós. Consequentemente somos também livres em relação às 
	pessoas e, a partir de nosso Senhor, livres para as pessoas.
	“E nela 
	persevera”: é preciso viver voltado para o Senhor, também em meio a pessoas 
	com as quais partilhamos orações, e, cônscio da presença dele, “direcionado 
	para ele em pureza” (G. Tersteegen), permanecer na obediência, 
	constantemente ligado a ele e, consequentemente, em verdadeira liberdade.
	“Esse será 
	bem-aventurado no que realizar”: será bem-aventurado na eternidade, mas 
	também desde já! Viver, pois, na comunhão com o Senhor, na consciência de 
	que está conosco, voltado para ele e a serviço dele (cf. Cl 3.23), isso 
	constitui uma felicidade indestrutível, uma vida plena de sentido, até mesmo 
	neste mundo, até mesmo em sofrimentos. “Tempo e hora, que me importa: estou 
	na eternidade, vivendo em JESUS” (August Hermann Francke).
	3 – Na 
	sequência é acrescentada uma palavra fundamental sobre o “culto a DEUS” que 
	abrange nossa vida (essa palavra define simultaneamente a ideia implícita 
	anteriormente no “agir” dos cristãos), ou – como também se pode traduzir – 
	nossa “veneração a DEUS”, i. é, toda a nossa vida como cristãos.
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança.
 
	
	III - A 
	RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
	
	1. A falsa 
	religiosidade.
	A palavra 
	“religião” vem do latim “religare”, e traz a ideia de religar o homem a 
	DEUS. Religião pode ser considerada resumidamente como um conjunto de 
	práticas que os fiéis realizam, dentro de seus cultos.
	Tiago fala da 
	religião pura e verdadeira em contraposição à religião falsa. Salvo melhor 
	juízo, esse texto de Tiago não nos parece indicar uma contraposição 
	apologética contra outras formas de manifestações religiosas não cristãs, 
	como as outras religiões que o mundo possuía na época. Ao que parece, Tiago 
	está associando, dentro da comunidade cristã, a verdadeira religião com 
	práticas adequadas, e mostrando que a fé verdadeira está associada não 
	apenas à fé, mas com o que fazemos para espelhar nossa fé.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 25.
	 
	Tg 1.26 A lei 
	perfeita de DEUS deveria ser posta em prática nas nossas palavras. Aqui 
	Tiago introduz dois temas importantes que ele irá comentar detalhadamente 
	mais adiante: o uso da língua (3.1-12) e o tratamento das pessoas menos 
	favorecidas (por toda a carta). Saber como falar bem - como é o caso de um 
	grande professor - não é, de maneira nenhuma, tão importante como ter o 
	controle das próprias palavras: saber o que dizer, e quando, e onde dizê-lo. 
	Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, 
	engana o seu coração, a religião desse é vã. A maneira pela qual os outros 
	saberão se a nossa fé é ou não real é pelas coisas que decidimos falar e 
	pela maneira como falamos. Tiago irá comentar isto um pouco mais no capítulo 
	3. Ter práticas religiosas que não levam a um modo de vida ético é 
	enganar-se a si mesmo. Até mesmo as nossas práticas religiosas exteriores 
	são inúteis sem a obediência. E não podemos ser obedientes se não pudermos 
	controlar as nossas bocas, Tiago não especifica como a língua ofende, mas 
	podemos imaginar uma série de maneiras pelas quais a nossa língua desonra a 
	DEUS - mexericos, explosões de ira, críticas duras, reclamações, 
	julgamentos. As nossas ações verbais falam mais alto do que os nossos 
	rituais religiosos. Fingir sermos religiosos e convencer-nos de que somos 
	não é apenas enganar os outros, é também enganar-nos a nós mesmos 
	mortalmente. A conversão não tem significado a menos que ela leve a uma vida 
	transformada. Uma vida transformada não leva a lugar nenhum, a menos que 
	sirva aos outros.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 669.
 
	Tg 1.26 Se 
	alguém cuida ser religioso... Noutras palavras, será que determinado crente 
	se julga um bom cristão, muito piedoso? A ênfase está no desempenho 
	religioso, e provavelmente inclui atos de culto como a oração, o jejum e o 
	dízimo. Tiago não condena tais atividades, mas acrescenta o seguinte: e não 
	refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a sua religião é vã. 
	Noutras palavras, as práticas religiosas são ótimas, mas, se não vierem 
	acompanhadas de um modo de viver ético, nada valem, são menos do que 
	inúteis, porque se (Tiago 1:1-27) transformam em autoenganos. O interesse 
	específico de Tiago é o controle da língua, que é sua maneira de referir-se 
	ao controle do palavrório irado, das explosões de raiva, da crítica ferina e 
	das queixas (cf. 1:19; 3:1,13; 4:11-12; e 5:9). O criticismo, o julgamento e 
	o queixume impiedosos revelam corações ainda não submetidos ao mandamento de 
	CRISTO. Trata-se de pessoas cujas práticas religiosas exteriores, conquanto 
	cristãs, são tão salvíficas quanto a idolatria (i.e., nulas), recebendo 
	ainda a alcunha de práticas vãs nas Escrituras (Atos 14:15; 1 Coríntios 
	3:20; 1 Pedro 1:18). Tiago, à semelhança de JESUS (Marcos 12:28-34; João 
	13:34) e os profetas (Oséias 6:6; Isaías 1:1-10; Jeremias 7:21-28), 
	desmascaram sem piedade esse autoengano, de modo tal que seus leitores 
	podem reconhecer sua verdadeira condição antes que seja tarde demais.
	Peter H. 
	Davids. Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 60-61.
 
	Tg 1.26 
	O 
	que destrói nosso culto a DEUS. “Se alguém pensa que serve a DEUS, deixando 
	de refrear a língua,  pelo contrário, está enganando seu coração, seu culto a 
	DEUS é vão.” Em última análise não podemos fabricar essa vida por meio do 
	culto. Ela é obra do ESPÍRITO SANTO, do “CRISTO em nós”. Mas podemos 
	perturbá-lo e destruir sua obra. Então esse culto é “vão”, um nada, “vazio”. 
	Por mais que a engrenagem gire em nossa vida, por mais que sejamos pessoas 
	atarefadas no reino de DEUS – tudo isso não passa de rodar em ponto morto 
	quando damos vazão à natureza carnal natural, que desagrada a DEUS, quando 
	de alguma maneira permitimos que o diabo enfie o pé na fresta da porta. Onde 
	penetra um espírito falso, o ESPÍRITO de DEUS se retira (“Ele concede o 
	ESPÍRITO aos que lhe são obedientes” – At 5.32.) Na sequência Tiago nos diz 
	que nosso falar é um ponto de entrada para esse espírito 
	falso muito pouco considerado. Levamos a sério nosso agir, mas bem menos 
	nossas palavras. Quantas coisas são ditas ou (o que não é menos negativo) 
	sugeridas em conversas, mesmo depois daquilo que chamamos de “culto a DEUS”, 
	e quanta inveja, ciúme e desprezo estão por trás disso! No cap. 3 Tiago nos 
	trará pormenores acerca dessa questão.
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança.
 
	
	2. A 
	verdadeira religião (v.27).
	Aqui há uma 
	expressão que deve nos chamar a atenção: “A religião pura e imaculada para 
	com DEUS...”. O conceito de religião está mais atrelado à ideia de 
	espiritualidade demonstrada dentro de uma comunidade. Tiago, em 
	contraposição, mostra que DEUS se vincula às nossas práticas de amor e 
	misericórdia para com pessoas que estão à margem da sociedade: órfãos e 
	viúvas nas suas tribulações.
	Tiago 
	apresenta uma realidade que está vinculada à prática da verdadeira religião: 
	cuidar daqueles que nos estão próximos. A família, ou membros dela, deveriam 
	ser assistidos sempre. De acordo com Henry Daniel-Rops, os 
	ensinamentos dos rabinos enfatizavam a ideia de que “não cuidar do irmão” 
	era de fato agir como Caim, e elogiavam o exemplo de José, que perdoou os 
	irmãos perversos que tentaram matá-lo, e ao se tornar governador do Egito, 
	recebeu-os bem e estabeleceu-os na terra de Gósen. Era assim que se 
	comportava o verdadeiro israelita.
	A orfandade 
	ocorria quando um dos membros da família com responsabilidade de ser o 
	provedor morria, deixando seus dependentes desassistidos. Filhos sem pais 
	estariam à mercê de tribulações não apenas financeiras, mas também 
	relacionadas à fé.
	A viuvez, 
	como também a orfandade, era advinda igualmente da morte, mas de um dos 
	cônjuges. De acordo com o texto, Tiago não cita viúvos, e sim viúvas. Claro 
	que um homem poderia ficar viúvo, mas não há indicações de que ele deveria 
	ser ajudado da mesma forma que a viúva pela igreja. Isso não significa que 
	um viúvo não devesse ser ajudado, pois a perda de um cônjuge tem efeitos 
	dolorosos no cônjuge sobrevivente. Entretanto, de forma geral, as mulheres 
	geralmente cuidavam da casa e da educação dos filhos, enquanto o homem 
	deveria ser o provedor das necessidades advindas do lar. Uma vez que a morte 
	recolhia o provedor, não raro a viúva ficava desassistida, caso seus filhos 
	não tivessem a idade para se unirem e manterem sua mãe.
	Uma viúva não 
	poderia trabalhar nem mesmo ter herança, pois esta ia para o filho mais 
	velho da família. Se não houvesse socorro dentro de casa, as viúvas 
	acabariam mendigando ou se vendendo como escravas.
	Nesses dois 
	casos, como vimos, os fatores em comum são a morte e as tribulações advindas 
	dela. Um exemplo clássico no Antigo Testamento é o caso da viúva de um 
	profeta nos dias de Eliseu. O esposo dessa mulher frequentava a escola de 
	profetas, mas faleceu e deixou dívidas que precisavam ser quitadas. Como a 
	mulher não tinha bens para adimplir as obrigações contraídas pelo seu 
	esposo, os credores lhe bateram à porta para serem ressarcidos ou levariam 
	os filhos daquele casamento. Aquelas duas crianças órfãs de pai seriam 
	escravas dos credores. 
	DEUS não se 
	esquece dos órfãos e viúvas, e ordena que os cristãos façam o mesmo, ou 
	seja, que sejam usados por DEUS cuidando dessas pessoas. Acima de tudo, o 
	desafio é que a igreja hoje exerça a misericórdia para com as pessoas que 
	justamente não podem retribuir na mesma medida de bondade. Isso mostra não 
	apenas a prática da sabedoria, mas também a concretização daquilo que DEUS 
	deseja de nós.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 65-67.
 
	Tg 1.27 De 
	uma religião que é capaz de argumentar facilmente a favor de qualquer 
	comportamento, Tiago agora se volta para um relacionamento no qual DEUS pode 
	ditar os termos de comportamento - a religião pura e imaculada. Tiago 
	explica a religião em termos de um serviço prático e de pureza pessoal. Os 
	rituais realizados com reverência não são errados; mas, se uma pessoa se 
	recusa a obedecer a DEUS na sua vida diária, a sua “religião” não é aceita 
	por DEUS.
	A religião 
	pura e imaculada não é a observância perfeita de regras; na verdade, é um 
	espírito que se infiltra nos nossos corações e nas nossas vidas (Lv 19.18; 
	Is 1.16,17). Assim como JESUS, Tiago explica a religião em termos de uma fé 
	interior vital, que se expressa na nossa vida cotidiana. O nosso 
	comportamento deve estar de acordo com a nossa fé (1 Co 5.8). Órfãos e 
	viúvas são frequentemente mencionados nas preocupações da igreja primitiva, 
	porque eles eram os mais obviamente “pobres” na Israel do século I. As 
	viúvas, por não terem acesso às heranças na sociedade judaica, estavam 
	praticamente à margem da sociedade. Por esta razão, Paulo teve que organizar 
	um procedimento completo a respeito das viúvas em suas próprias igrejas, 
	como se vê em 1 Timóteo 5. As viúvas não podiam ter empregos, e as suas 
	heranças iam para os seus filhos primogênitos. Era de se esperar que as 
	viúvas fossem sustentadas pelas suas próprias famílias, de modo que os 
	judeus as deixavam com pouquíssimo sustento econômico. A menos que um membro 
	da família estivesse disposto a cuidar delas, elas se viam reduzidas a 
	mendigar, se venderem como escravas, ou passar fome. Ao cuidar destas 
	pessoas desamparadas, a igreja colocava em prática a Palavra de DEUS. Quando 
	doamos sem esperança de receber algo em troca, nós mostramos o que significa 
	servir aos outros.  
	Ainda hoje, a 
	presença de viúvas e órfãos nas nossas comunidades e cidades torna esta 
	orientação de Tiago muito contemporânea. A este grupo, nós também podemos 
	acrescentar aquelas pessoas que realmente se tornaram viúvas e órfãos 
	através da destruição das famílias pelo divórcio. Estas pessoas têm vidas 
	complicadas. As necessidades sempre ameaçam superar os nossos recursos 
	humanos. Cuidar de pessoas magoadas é um trabalho estressante. Ainda assim, 
	nós somos convocados para nos envolver.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 669-670.
 
	27. Precisamos ter em mente 
	que Tiago não está tentando aqui resumir tudo o que envolve a verdadeira 
	adoração a DEUS. Tiago está preocupado 
	com uma super-ênfase no “ouvir”, em detrimento da “prática”. Neste versículo 
	são apresentadas duas outras áreas da vida que devem revelar evidências de 
	nosso “ouvir” reverente da Palavra: preocupação social e pureza moral. O 
	cuidado pelos órfãos e as viúvas é uma ordem do Antigo Testamento como uma 
	forma de imitar o cuidado do próprio DEUS com estas pessoas — ele é o “pai 
	dos órfãos e defensor das viúvas” (SI 68.5; PIB). Num texto que apresenta 
	muitas semelhanças com esta passagem de Tiago, Isaías anuncia que DEUS não 
	mais irá aceitar a adoração que seu povo lhe oferece (a “religião” deles); 
	eles precisam “se lavar... aprender a fazer o bem; atender à justiça, 
	repreender o opressor; defender o direito do órfão, pleitear a causa das 
	viúvas” (Is 1.10-17). O órfão e a viúva tornam-se tipos daqueles que se 
	encontram desamparados neste mundo. Os cristãos que professam uma religião 
	pura irão imitar seu Pai, intervindo para ajudar os desamparados. Aqueles 
	que passam necessidade no Terceiro Mundo, nas cidades; aqueles que estão 
	desempregados e sem dinheiro; aqueles que são precariamente representados no 
	governo ou na justiça — estas são as pessoas que deveriam ver abundantes 
	evidências da “religião pura” dos cristãos.
	Douglas J. 
	Moo. Tiago. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 86.
 
	Tg 1.27 
	a- 
	O 
	que faz parte do culto a DEUS. “Um culto puro e imaculado perante DEUS, o 
	Pai, consiste em visitar órfãos e viúvas em sua aflição e manter a si 
	próprio incontaminado do mundo”: DEUS nos presenteou com seu grande amor, 
	dando-nos seu Filho unigênito como irmão e tornando-se assim pessoalmente 
	nosso Pai e a nós, seus filhos (Rm 5.8; 1Jo 3.1). Agora tudo depende de que 
	nós lhe agrademos, como o Filho primogênito de DEUS (Mt 3.17). Duas coisas 
	são citadas aqui como partes integrantes do verdadeiro culto a DEUS: 
	dirigir-se para dentro do mundo e preservar-se diante do mundo.
	b- 
	“Visitar órfãos e viúvas em sua aflição”: Tiago cita pessoas que naquele 
	tempo eram especialmente carentes de ajuda, bem como de proteção jurídica. 
	Literalmente consta: “olhar por eles”. Isso inclui o cuidado assistencial. 
	Primeiramente ele tinha em mente os co-cristãos na igreja, mas de forma 
	alguma somente a eles (Gl 6.10). É condizente com a intenção de nosso Senhor 
	e vale como dirigido a ele, quando nos dedicamos com toda energia, amor e 
	fantasia às pessoas em torno de nós, perto e longe, em vista de suas mais 
	diversas carências (Mt 25.45; 18.5).
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança.
 
	
	3. 
	Guardando-se da corrupção (v.27)
	Além de 
	visitar órfãos e viúvas nas suas necessidades, é preciso que nos 
	resguardemos da corrupção do mundo. É possível que uma pessoa corrupta faça 
	atos de caridade em prol dos mais desassistidos? Sim. Mas aos olhos de DEUS, 
	guardar-se do sistema deste mundo e de suas tendências corruptas faz parte 
	da demonstração da verdadeira religião aos olhos de DEUS. A corrupção do 
	mundo pode contaminar nossos corações, e por isso devemos ficar distantes 
	dela.
	Assim, é a fé 
	que agrada a DEUS. Mais que cerimônias, DEUS quer de nós atitudes.
	Alexandre 
	Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
	Autêntica. Editora CPAD. pag. 67-68.
	 
	Além disto, 
	aqueles que têm uma religião pura e imaculada se guardarão da corrupção do 
	mundo. Para nos protegermos da corrupção do mundo, precisamos nos 
	comprometer com o sistema ético e moral de CRISTO, e não com o do mundo. Não 
	devemos nos adaptar ao sistema de valores do mundo, baseado no dinheiro, no 
	poder, e no prazer. A verdadeira fé não significa nada se estivermos 
	contaminados com estes valores. Tiago estava simplesmente ecoando as 
	palavras do Senhor JESUS em sua oração que é chamada “oração sumo 
	sacerdotal” (Jo 17), em que JESUS enfatizou que estava enviando os seus 
	discípulos ao mundo, mas esperando que eles não fossem do mundo.
	A medida que 
	nos colocamos à disposição para servir a CRISTO no mundo, precisamos nos 
	colocar continuamente sob a proteção desta oração. A oração afirma duas 
	coisas importantes: (1) nós permanecemos no mundo porque este é o local onde 
	CRISTO quer que estejamos; e (2) nós teremos a proteção de DEUS.
	Comentário do 
	Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 670.
 
	Tg 127b A 
	pureza moral é outra marca da religião pura. O guardar-se incontaminado do 
	mundo significa evitar que pensemos e ajamos de acordo com o sistema de 
	valores da sociedade que nos cerca. Tal sociedade reflete amplamente crenças 
	e práticas não-cristãs ou, quem sabe, ativamente anticristãs. O cristão que 
	vive “no mundo” corre o constante perigo de ter sobre si a mácula do 
	sistema. É importante e instrutivo o fato de Tiago incluir esta última área, 
	pois ela penetra além da ação, chegando às atitudes e crenças das quais a 
	ação brota. A “religião pura” do “cristão perfeito” (v. 4) associa a pureza 
	de coração à pureza de ação.
	Douglas J. 
	Moo. Tiago. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 86.
 
	Tg 1.27b.2 - 
	“E manter a si próprio incontaminado do mundo.” É correto atuar no mundo, 
	mas não se sujar e infeccionar com ele. O Israel do AT foi encorajado 
	repetidamente a não se contaminar com os ídolos das nações em seu redor, ou 
	seja, a não acolhê-los (Jr 2.7; 7.30s; 32.34; Ez 5.11; 20.7,30; 22.3; 37.23; 
	etc.). Também nós podemos, quando entramos no mundo e nos relacionamos com 
	ele – algo necessário – contaminar-nos com os ídolos que predominam em nosso 
	entorno e adotá-los junto com seus parâmetros e seu espírito. Por exemplo, a 
	mentalidade carreirista, o espírito reivindicatório, a indiferença em 
	relação a DEUS e às pessoas, o estresse desnecessário que leva as pessoas a 
	se refugiarem da meditação e no silêncio, a adaptação ao espírito da época 
	no pensar, no trabalho e no lazer, a indisciplina, o espírito de desrespeito 
	e de rebeldia para com pessoas e DEUS, a adoção de uma ideologia que 
	reivindica domínio absoluto sobre o ser humano e o domina em todas as 
	esferas da vida. Em nossa época se exige muitas vezes que cristãos não se 
	distingam em nada do mundo, que a igreja de CRISTO se dissolva na sociedade 
	com seu serviço e suas tarefas. O espírito do anticristo (2Ts 2.3-12; Ap 
	13), o espírito da “meretriz” (Ap 17) tentam nos igualar, como cristãos, com 
	todo o mundo. Nesse caso a única solução é que permaneçamos “nele”, isto é, em 
	contato com ele, em diálogo com ele, dando-lhe atenção, falando com ele, 
	obedecendo-lhe, seguindo-o. Então ele sempre ficará entre nós e o mundo, 
	cujas forças demoníacas tentam se apoderar de nós. “CRISTO, em ti somente, 
	estou seguro em corpo e mente” (cf. Zc 2.9; Pv 18.10).
	Fritz 
	Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica 
	Esperança. 
	ELABORADO: Pb 
	Alessandro Silva 
	
	
	http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
	 - com 
	algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
	 
			
			Questionário 
			da 
			Lição 
			5 – O Cuidado ao falar e a religião pura
			Responda conforme a 
			revista da CPAD do 3º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
	Tema: 
	
	FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica
			Complete os espaços 
			vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as 
			falsas.
 
 
	 
	TEXTO ÁUREO
	1- Complete:
	"[...] Mas todo o 
	__________________________ seja pronto para _________________________, 
	tardio para __________________________, tardio para se 
	_________________________" 
	(Tg 1.19).
	 
	VERDADE PRÁTICA
	2- Complete:
	As nossas 
	_________________________ 
	podem, ou não, 
	_________________________ 
	a 
	_________________________ de DEUS.
	 
	I. PRONTO PARA OUVIR 
	E TARDIO PARA FALAR (Tg 1.19,20)
	3- O que nos ensina 
	Tiago sobre estar pronto para ouvir?
	(    ) Ouvir é um 
	empreendimento prazeroso e, por isso, praticado por muitos.  
	(    ) Para alguns 
	crentes, a pessoa sábia é a que sempre tem algo a falar.  
	(    ) Ouvir é um 
	empreendimento trabalhoso e, por isso, ignorado por muitos.  
	(    ) Diferentemente, 
	as Escrituras admoestam-nos a ser prontos para ouvir.  
	(    ) No versículo 19, 
	Tiago introduz o seu ensino sobre o "ouvir" e o "falar" destacando a 
	expressão sabei isto.  
	(    ) Com essa 
	expressão, ele demonstra a sua preocupação pastoral com os seus leitores.
	
	
	(    ) Outro termo no 
	versículo 19 chama-nos a atenção: pronto.  
	(    ) No grego, a 
	palavra significa "rápido", "ligeiro" e "veloz". 
	 
	(    ) O escritor sacro 
	incentiva-nos a estar disponíveis a ouvir.  
	(    ) É uma atitude que 
	depende de uma disposição e também da decisão em ouvir o outro.  
	(    ) A exemplo do 
	profeta Samuel, que desde a sua infância foi ensinado a ouvir a voz 
divina, o povo de DEUS deve persistir em escutar os desígnios 
	do Pai, pois nesses últimos dias têm Ele falado através do seu Filho, o
 
	Verbo Vivo de DEUS.
	 
	4- O que nos ensina 
	Tiago sobre ser tardio para falar?
	(    ) Quem 
	ouve com atenção adquire a rara capacidade de opinar acerca de qualquer 
	assunto.
	
	
	(    ) É justamente por 
	isso que a Carta de Tiago exorta-nos a ser tardios para falar (v.19).  
	(    ) Uma 
	palavra dita sem pensar, fora de tempo, e sem conhecimento dos fatos, pode 
	provocar verdadeiras tragédias.  
	(    ) Quem nunca se 
	arrependeu de ter falado antes de pensar?  
	(    ) Quem 
	ouve com atenção adquire a capacidade de falar com facilidade.
	
	
	 
	5- Como agiu José 
	diante de Faraó, o imperador do Egito Antigo?
	(    ) O patriarca José 
	aproveitou sabiamente um momento ímpar em sua vida.  
	(    ) Antes de 
	responder às perguntas sobre os sonhos do monarca, José as ouviu e refletiu 
	sobre elas.
	(    ) 
	Orientado pelo Senhor, respondeu sabiamente a seus irmãos.  
	(    ) Orientado pelo 
	Senhor, respondeu sabiamente a Faraó.  
	(    ) Temos de aprender 
	a refletir sobre o que vamos dizer e falar no tempo certo.  
	(    ) Pese bem as 
	palavras, e ore como o rei Davi: "Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; 
	guarda a porta dos meus lábios".
	 
	6- O que nos ensina 
	Tiago sobre o controle da ira?  
	(    ) O versículo 
	11 da 
	carta de Tiago expressa o seguinte: prontos a se irar.  
	(    ) O versículo 19 da 
	carta de Tiago expressa o seguinte: tardios para se irar.  
	(    ) A ira é um 
	profundo sentimento de ódio e rancor contra a outra pessoa.  
	(    ) Uma vez 
	descontrolada, ela não produz a justiça de DEUS, mas uma justiça segundo o 
	critério da pessoa que sofreu o dano: a vingança.  
	(    ) A Palavra de DEUS 
	não proíbe o crente de ficar indignado contra a injustiça.  
	(    ) Ao mesmo tempo, a 
	Bíblia estabelece limites para o nosso temperamento não se achar 
	irrefletido, descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados.  
	(    ) O cristão, templo 
	do ESPÍRITO SANTO, tem de levar a sua mente cativa a CRISTO (2 Co 10.5) e 
	manifestar o fruto do ESPÍRITO SANTO: o domínio próprio.
	
	
	(    ) Fuja da aparência 
	do mal. Tenha autocontrole.
	 
	II. PRATICANTE E NÃO 
	APENAS OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
	7- O que Tiago quis 
	dizer com “Enxertai-vos da Palavra” (21)?
	(    ) A 
	mensagem contida nos livros seculares são guias para os crentes.  
	(    ) A Palavra de DEUS 
	é o guia maior do crente.  
	(    ) Para que a 
	Palavra atinja efetivamente o coração do servo de DEUS, este precisa 
	acolhê-la com pureza e sinceridade. Isto é, firmar uma posição radical 
	rejeitando toda a imundícia e a malícia mundana (v.19); recebendo o  
	Evangelho com mansidão e sobriedade.  
	(    ) Leia os 
	Evangelhos!
	(    ) Persiga em 
	conhecer a mensagem divina de CRISTO JESUS, mas, igualmente, abra o coração 
	para ouvir a voz do Senhor.    
	 
	8- O que Tiago quis 
	dizer com “praticai a Palavra” (22-24)?  
	(    ) Se amar a DEUS e 
	ao próximo são considerados mandamentos únicos, devemos porfiar em 
	vivê-los.  
	(    ) O escritor sacro 
	não tem interesse em que o leitor da epístola apenas acolha a Palavra no 
	coração, antes deseja que o crente a pratique.  
	(    ) Não pode haver 
	incoerência entre o que se "diz" e o que se "faz" para quem é discípulo de 
	JESUS.  
	(    ) Se amar a DEUS e 
	ao próximo são os maiores dos mandamentos, então, devemos porfiar em 
	vivê-los.  
	(    ) Quem acolhe a 
	Palavra rejeita tudo o que é imundo, maligno, perverso, injusto, 
	dissimulado, insincero.
	(    ) Não apenas isso, 
	mas igualmente abre a porta do coração para "tudo o que é verdadeiro, tudo o 
	que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, 
	tudo o que é de boa fama" .  
	(    ) Do contrário, 
	seremos identificados com o homem que contempla a própria imagem no espelho 
	e depois se retira esquecendo-se completamente dela.  
	(    ) Há pessoas que 
	olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memória e perseverança, não dão 
	nenhuma resposta ou sequência ao chamado de JESUS  CRISTO (vv.23,24). DEUS 
	nos livre desse engodo!   
	 
	9- O que Tiago quis 
	dizer com  “persevere 
	ouvindo e agindo” (v.25)?
	(    ) Tiago conclui 
	este ponto da epístola da seguinte maneira: Quem é cuidadoso para com a lei, 
	nela persevera; não apenas ouvindo-a negligentemente, mas praticando-a 
	zelosamente.  
	(    ) Falamos 
	e 
	vivemos o que pregamos! Precisamos analisar nossa vida em amor e sinceridade.  
	(    ) Felicidade plena 
	em tudo é a promessa para quem ousa viver o Evangelho cônscio das 
	implicações espirituais e das consequências materiais.  
	(    ) Alguém, um dia, 
	disse que os evangélicos são poderosos no discurso, mas fracos na prática do 
	mesmo discurso.  
	(    ) Falamos, mas não 
	vivemos! Precisamos analisar nossa vida em amor e sinceridade.  
	(    ) Entremos na 
	presença de DEUS com o rosto descoberto, coração rasgado e alma despida.
	
	
	(    ) No tempo em que 
	vivemos não dá para passar despercebidos na dissimulação, ou seja, fingindo 
	ser algo que na verdade não somos.
	 
	III. A RELIGIÃO PURA 
	E VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
	10- O que é a falsa 
	religiosidade?
	(    )  Apesar de 
	algumas pessoas se considerarem religiosas por frequentarem um templo, as 
	Escrituras revelam o significado da verdadeira religião.  
	(    ) Ela reprova todo 
	o ativismo religioso feito em "nome de DEUS", mas em detrimento do próximo.
	
	
	(    ) A 
	bíblia reprova todo a prática religiosa feita em "nome de DEUS", 
	para o próximo.
	
	
	(    ) Aqui, a língua do 
	crente tem um papel importante. Tiago diz que é possível enganar o próprio 
	coração quando deixamos de refrear a nossa língua.  
	(    ) Ora, o coração é 
	a  sede dos desejos, dos sentimentos e das vontades. E a boca só fala 
	daquilo que o coração está cheio (Mt 12.34).  
	(    ) É incompatível 
	com o Evangelho, viver a graça de DEUS sem mergulhar no Reino dEle.  
	(    ) Quem não se 
	entrega inteiramente ao Senhor pratica uma religião vã e falsa.  
	(    ) Não podemos ser 
	como a pessoa capaz de fazer uma belíssima oração por um faminto, e depois 
	despedi-lo sem lhe dar um único grão de arroz.
	 
	11- O que é a 
	verdadeira religião (v.27)?
	(    ) A religião que 
	agrada a DEUS é aquela cujos discípulos confessam e exaltam o seu nome, 
	congregando sempre.  
	(    ) A religião pura, 
	santa e imaculada, de acordo com o autor sacro, é suprir a necessidade do 
	próximo: "Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações". 
	 
	(    ) O problema hoje é 
	que a nossa atenção, quase sempre, está voltada para o prazer pessoal.
	
	
	(    ) Temos os olhos 
	fechados para os necessitados que na maioria das vezes cultuam a DEUS, 
	assentados, ao nosso lado.  
	(    ) Lembremo-nos da 
	vida de JESUS CRISTO! Ele não apenas olhou para os marginalizados, mas foi 
	até eles e os acolheu em amor.  
	(    ) A religião que 
	agrada a DEUS é aquela cujos discípulos professam e bendizem o seu nome, 
	visitando e acolhendo os necessitados nas aflições.  
	 
	12- O que quer dizer 
	“guardando-se da corrupção” (v.27)? Complete:
	Além de recomendar a 
	__________________________ 
	de visitarmos os órfãos e as viúvas, a Epístola de Tiago menciona outro 
	aspecto da verdadeira religião: guardar-se da v do mundo. A religião falsa 
	está mergulhada no egoísmo, na corrupção e nos interesses maléficos do 
	_________________________ 
	pecaminoso. A igreja deve manter-se longe da _v. Estamos no mundo, mas não 
	fazemos parte do seu 
	_________________________! O Evangelho nada 
	tem com os seus valores e preceitos.
	 
	CONCLUSÃO
	13- Complete:
	Nessa semana aprendemos 
	sobre o cuidado que devemos ter com o 
	_________________________ 
	e o 
	_________________________. 
	Estudamos também acerca da religião __________________________ e imaculada que alegra a DEUS: visitar os 
	órfãos e as viúvas nas tribulações e guardarmo-nos da 
	_____________________ 
	do mundo. Que os nossos ouvidos estejam prontos para 
	_________________________, 
	a nossa 
	_________________________ 
	para falar sabiamente e a nossa vida para 
	__________________________ 
	tudo quanto aprendemos do Evangelho. Embora estejamos em um mundo 
	turbulento, devemos exalar o bom 
	_________________________ de CRISTO por onde formos (2 Co 2.15).
	 
	RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
	 
	Referências Bibliográficas
	
	Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
	Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. 
	Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
	Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e 
	Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
	Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em 
	português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. 
	Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
	BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM 
	CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
	CPAD - http://www.cpad.com.br/ - 
	Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos 
	Pentecostal.
	VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
	
	
	www.ebdweb.com.br
	
	
	www.escoladominical.net
	
	
	www.gospelbook.net
	
	
	www.portalebd.org.br/
	
	
	http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
	- 
	Pb Alessandro Silva