Escrita Lição 4, BETEL, Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em vão, 4Tr24, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

 Escrita Lição 4, BETEL, Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em vão. A Santidade e a Honra ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, Tema, OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical 

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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CONHECENDO O TERCEIRO MANDAMENTO
1.1. A importância do mandamento 
1.2. O nome sagrado de DEUS 
1.3. O tetragrama
2- A AUTORIDADE DE UM NOME
2.1. O significado de um nome 
2.2. Um nome sem igual 
2.3. Revelação de DEUS em Seus nomes 
3- RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE
3.1. Freando a profanação 
3.2. Honrando o nome de DEUS 
3.3. Crucificando o velho homem 
 
Mostrar a relação entre o nome de DEUS e Sua pessoa

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Explicar que devemos honrar esse poderoso nome.
33- Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.
34- Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de DEUS;
35- Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
36- Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.
TERÇA | 1 Sm 25.17-25 Aprenda a não errar com o erro dos outros.
QUARTA | Is 46.9-10 Não há outro DEUS.
QUINTA | Ef 2.19 Somos concidadãos dos Santos.
SEXTA | 1 TS 5.22 Devemos nos abster de toda aparência do mal.
SÁBADO | Tg 5.12 Que a nossa palavra seja sim, sim e não, não.
HINOS SUGERIDOS: 154, 327, 526
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
"Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso DEUS. Eu sou o SENHOR." (Lv 19.12)
  
O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional e incomum.
 
Segunda - Dt 6.13 O cuidado do juramento em nome de DEUS
Terça - Gn 14.18-20 O DEUS de Melquisedeque era o mesmo DEUS de Abraão
Quarta - 1 Pe 1.15, 16 DEUS é santo e exige santidade de seu povo
Quinta - Mt 6.9 É dever do cristão santificar o nome divino
Sexta - Ec 5.2-5 O cuidado antes de fazer um voto a DEUS
Sábado - Tg 5.12 A linguagem do cristão deve ser sim, sim e não, não
 
Interpretar corretamente o mandamento "Não tomarás o nome do Senhor em vão".
Ao lado, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Mostrar como eram usados os nomes no Antigo Testamento.
Apontar o problema da pronúncia do nome de DEUS.
Elencar as modalidades dos juramentos no Antigo Testamento.
Apresentar a perspectiva de JESUS sobre o juramento
1. O nome.
2. Nomes genéricos.
3. Nomes específicos.
II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
1. A pronúncia do nome divino.
2. Jeová ou Javé?
3. O significado.
III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O terceiro mandamento (Êx 20.7; Dt 5.11).
2. Juramento e perjúrio.
3. Modalidades de juramentos.
IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
1. Objetivo do terceiro mandamento.
2. A proibição absoluta.
3. A proibição relativa.
A linguagem do cristão deve ser sim, sim ou não, não. Não há necessidade de jurar, pois o testemunho, como crente em JESUS, fala por si mesmo. Se alguém precisa jurar para que se acredite em suas palavras, tal pessoa precisa fazer uma revisão de sua vida espiritual. Por essa razão, devemos viver o que pregamos e pregar o que vivemos.
SÍNTESE DO TÓPICO I - No Antigo Testamento, o nome de uma pessoa tinha a função de mostrar o caráter ou a índole de um indivíduo.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A pronúncia do tetragrama, YHWH, o que seria o nome exato de DEUS, perdeu-se no tempo.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O terceiro mandamento corresponde a usar o nome de DEUS de forma superficial, em conversas triviais, fúteis e insignificantes
SÍNTESE DO TÓPICO IV A linguagem do cristão deve ser usada na perspectiva de JESUS: sim, sim ou não, não.
 
  
 

TEXTO ÁUREO

“Não tomarás o nome do Senhor, teu DEUS, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7

 

VERDADE APLICADA

Nosso viver em todas as áreas deve estar de acordo com nossa identidade de discípulos de CRISTO, para que DEUS seja glorificado.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar a importância do terceiro mandamento

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - MATEUS 5

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o nome de DEUS seja honrado em nossas vidas.

 

PONTO DE PARTIDA: O nome de DEUS é santo

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 4

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Lição 5 - Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos

Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança

Comentários: Pr. Esequias Soares

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.7; Mateus 5.33-37; 23.16-19

Êxodo 20.7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

 

Mateus 5.33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. 34 Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, 35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, 36 nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.

 

Mateus 23.16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. 17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o templo, que santifica o ouro? 18 E aquele que jurar pelo altar, isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. 19 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?

  

Resumo da Lição 5 - Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão

I

NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO

Será que este mandamento se refere a apenas dominarmos a nossa língua para não misturarmos o nome de DEUS em expressões banais, tais como: "Meu DEUS do Céu", "DEUS é brasileiro", "Ai meu DEUS" ou "Por DEUS"? Ou ainda "Se DEUS quiser", "Que DEUS te ajude e a mim não desampare"? Será mesmo que o terceiro mandamento se refere exclusivamente a esses ditados populares que sequer existiam na época em que ele foi proferido por DEUS?

Quando estudamos a natureza da religião egípcia dirigida por Faraó, percebemos que o rei fazia tudo em nome do seu deus. Muitos eram os deuses do Egito: deuses Rá, Osíris, Amon, Serápis e muitos outros. Faraó se declarava o dono da terra, das suas colheitas e, em nome do seu deus, ele se via o dono do povo egipciano.

As guerras e os roubos das nações eram feitos em nome desses deuses. O culto aos deuses egípcios encobria as maldades, perversidades, riquezas palacianas, mentiras e a escravidão da realeza. Tudo era legitimado pelo culto prestado a tais divindades. Uma prática normal que, mais tarde, influenciou as nações da região de Canaã. O problema de legitimar todas as práticas de Faraó em nome de um deus é que o rei não estava interessado em saber qual era a real vontade desta suposta divindade, mas apenas usar o seu nome para legitimar todo o seu projeto de poder real. Com o DEUS de Israel, o seu nome não poderia ser tomado em vão.

O povo de Israel não poderia usar o nome de DEUS para reproduzir o mesmo modelo enganador de Faraó. O Criador não estava interessado que o Seu nome fosse usado para legitimar interesses de autoridades reais, mas que, de fato, colocassem em prática a sua suprema vontade. Ele não estava disposto a servir aos interesses do povo, mas o povo deveria viver os Seus interesses.

DEUS revelou o Seu nome a Moisés: "EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós [...] o DEUS de vossos pais, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaac e o DEUS de Jacó me enviou até vós. Este é o meu nome eternamente" (Êx 3.14,15). Ele é o EMANUEL, o DEUS conosco. Mais tarde os líderes usaram o nome de DEUS em vão, sistematicamente, colocando sobre o povo uma carga que nem eles aguentavam (Mt 23.4). Proposições que em nada tinham a ver com a vontade de DEUS, a sua justiça, misericórdia e amor (Mt 23.23-24). Eles banalizaram o nome de DEUS! Mas JESUS é o santo nome, o DEUS Conosco, a plena revelação da divindade. O nome que revela amor, justiça e misericórdia.

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.39.

 

 

Observação do Pr. Luiz Henrique:

Não nos esqueçamos de que o hebraico não possui vogais, ou seja, não possui elementos diacríticos, ou complementares para que se pronuncie qualquer palavra, porém foram colocados esses elementos diacríticos muito depois de CRISTO, pelos massoretas, para preservar a linguagem e para que outros povos pudessem ler corretamente o que se escrevia em hebraico.

 

Exemplo para compreendermos: A palavra você possui essas 4 letras V - O - Ç - Ê

Na linguagem da internet usamos simplesmente VC e todos compreendem. Assim as letras O e E são dispensáveis para quem usa a internet, são diacríticas. Porém para quem não usa a internet isso é incompreensível, essas pessoas não compreenderiam VC como você escritos em um jornal ou revista. Dedução lógica: O que é diacrítico para uns, é indispensável para outros.

 

Para que os que que leem hebraico pudessem compreender os fonemas da língua hebraica e para que a língua original fosse preservada, foram acrescentados os diacríticos pelos massoretas. Para quem sabe o hebraico esses diacríticos são desnecessários, são dispensáveis.

 

O nome de DEUS segundo as letras do Tetragrama seria, aproximadamente, em português: IUD-REI-VAV-REI. Saibamos que nunca é certo afirmar que essa é a tradução correta já que os judeus há mais de 2500 anos não o pronunciam.

 

Curiosidades (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_de_DEUS_no_juda%C3%ADsmo):

O nome Ehyeh (hebraico: אֶהְיֶה) vem da frase אהיה אשר אהיה "ehyeh-asher-ehyeh" (Êxodo 3:14), geralmente traduzida como Eu sou o que sou.

 

HaShem (no hebraico: השם) significa O Nome, e é utilizado durante as ocasiões normais da vida cotidiana, enquanto Adonai é utilizado no contexto religioso. Este termo não é bíblico, aparecendo a primeira vez nos Rishonim (autoridades rabínicas medievais).

 

 

Comentários de vários autores com algumas observações do Pr. Luiz Henrique

INTRODUÇÃO

As informações sobre cada um dos dez mandamentos do Decálogo são fornecidas ao longo do Pentateuco e em muitos casos em toda a Bíblia, e aqui não é diferente. O texto não expressa de maneira explícita, mas deixa claro que diz respeito a tudo o que se refere ao nome de DEUS. Há expositor que exagera ao dizer que não é possível saber o que este mandamento quer dizer com as palavras: "Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20.7; Dt 5.11). O contexto bíblico esclarece o que DEUS está nos ensinando e mostra a abrangência do referido mandamento. Fala sobre o uso de modo trivial do nome divino, proibindo o perjúrio e toda a forma de profanação e blasfêmia do nome de Javé.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 49.

 

Gestos e Atos Acompanhantes (dos Juramentos)

As palavras, por mais solenes que sejam, não eram consideradas suficientes, por aqueles que faziam juramentos. Certo ritual desenvolveu-se em tomo dos juramentos, conforme se vê nos cinco pontos abaixo:

1. A mão era estendida (Eze. 17:18).

2. A mão era erguida para o céu, como que apelando para DEUS como testemunha (Deut. 32:40).

Nesse caso, quem jurava erguia sua mão direita (Dan, 12:7; Apo. 10:5,6). O próprio DEUS aparece fazendo esse gesto (Isa. 62:8), o que é um puro antropomorfismo.

3. Aquele que recebia o juramento punha a mão sob os órgãos genitais de quem jurava. Como eufemismo, é usada a palavra «coxa» (Gên. 24:2; 47:29). Alguns intérpretes pensam que isso já representa um exagero!

4. Aquele que proferia o juramento podia reforçá-lo dando um presente àquele a quem era feita a promessa (Gen. 21:25-32).

5. Sacrifícios de animais podiam ser oferecidos, para solenizar ainda mais os juramentos (Gên. 15:9,10).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag.674.

 

 

I. O NOME DIVINO.

1. O NOME.

Os nomes de DEUS (YHWH)

O hebraico não tem vogais e estas foram acrescentadas ao longo dos anos, exatamente para se permitir a pronúncia. Em virtude disto, as variações que surgiram fazem com que se tenham diferentes formas para o nome. Com relação ao nome de DEUS, então, como os judeus não o pronunciam, não houve, por parte deles, qualquer interesse em fazê-lo. De qualquer modo, a forma mais antiga e considerada mais próxima da realidade é Javé, embora, repitamos, a forma impronunciável seja a única aceita pelos judeus. A forma Jeová, entretanto, é bem mais recente e foi utilizada como um estratagema para se permitir a pronúncia do nome impronunciável de DEUS, utilizando-se das vogais do nome "Adonai", que quer dizer Senhor. Portanto, Jeová não é, em absoluto, o nome originariamente dado ao tetragrama, residindo aí, até, um dos grandes equívocos dos seguidores de Charles Russell.

‘El Shaddai: DEUS todo poderoso e protetor." QUE NOS TOMA EM SEUS BRAÇOS E NOS PROTEGE" (FIGURA DE UMA GALINHA CHOCANDO SEUS PINTINHOS, MÃE QUE AMAMENTA E NUTRE SEU FILHO)

 

CONHECENDO A DEUS

 OSÉIAS 4. 6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu DEUS, também eu me esquecerei de teus filhos. 6.6 Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de DEUS, mais do que os holocaustos.

ROMANOS 1. 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de DEUS, DEUS, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;

             Para se conhecer uma pessoa precisamos andar com essa pessoa, falar com a mesma, ouvi-la e analisá-la; mas para conhecermos a DEUS, precisamos de fé, pois DEUS é ESPÍRITO, sendo discernido e compreendido somente espiritualmente, pela fé.

            Os nomes de DEUS revelam algumas de suas qualidades, pois nunca poderíamos compreender tudo a respeito d`ELE:

 

Os nomes de DEUS em relacionamento com o ser humano:

‘El Shaddai: “DEUS todo poderoso”

‘El Elyon: “DEUS Altíssimo”

‘El Ròi: “O DEUS que vê”

‘El Olam: “O DEUS eterno”

‘El Elohe Yisráel: “DEUS, o DEUS de Israel”

Yawehw-Ropheka: “O Senhor teu médico”

Yaweh- Nissi: “O Senhor minha bandeira”

Yaweh- Shalon: “O Senhor é minha paz”  

Yaweh Rafá: "O senhor que Sara (ou cura)"

Yaweh- Ròi: “O Senhor é o meu pastor”

Yaweh- Tsidkenu: “O Senhor justiça nossa”

Yaweh- Shammah: “O Senhor está ali”

Yaweh- Sabaoth: “O Senhor dos exércitos”

Qedosh Yisráel: “O santo de Israel”

Tsur: “Rocha”

Abba: “Pai” ou “O Pai”

Melek: “Rei”

Gòel: “Redentor”

Rishoh Wa-Acharon: “O 1º e o último”

Elohe ‘Emeth: “O Verdadeiro”

EL = DEUS

 

Títulos dados ao Criador (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_de_DEUS_no_juda%C3%ADsmo)

Avinu Malkeinu- Pai Nosso, Rei Nosso

Boreh - O Criador

Elohei Avraham, Elohei Yitzchak ve Elohei Ya`aqov — "DEUS de Abraão, DEUS de Isaque e DEUS de Jacó"

El ha-Gibbor — "DEUS Forte".

Emet — "Verdade".

E'in Sof — "Infinito", nome cabalístico de DEUS.

Ro'eh Yisrael — "Pastor de Israel".

Ha-Kaddosh, Baruch Hu — "O SANTO, Bendito Ele".

Kaddosh Yisrael — "SANTO de Israel".

Melech ha-Melachim — "O Rei dos Reis".

Magen Avraham — "Escudo de Abraão".

 

Os atributos de DEUS revelam alguns aspectos d`ELE que não são vistos em nenhum outro ser:

Soberania: DEUS É Supremo, Chefe, Dono.

Eternidade: Sem Princípio E Sem Fim. Sempre Existiu E Sempre Existirá.

Onisciência: Sabe De Tudo, Todas As Coisas; Sabe Quantos Fios De Cabelo Tem Em Nossa Cabeça, Sabe O Que Precisamos Antes De Pedirmos.

Onipresença: Está Em Toda Parte Ao Mesmo Tempo, Ninguém Se Esconde De DEUS; Sabe O Nosso Deitar E Levantar.

Onipotência: Pode Tudo, É Autossuficiente, Cria O Que Quer E Destrói O Que Quer; Ele Mesmo Faz A Ferida E Ele Mesmo A Sara.

Imutável: O Mundo Vai Ser Destruído, Mas A Palavra De DEUS Permanece Para Sempre; DEUS Sempre Foi Esse Mesmo DEUS, Ele Nunca Mudará; O Que DEUS Pensava Há 5.000 Anos, Ele Pensa Hoje Do Mesmo Jeito E Vai Continuar Pensando Pela Eternidade, Por Isso A Bíblia É Sempre Atual.

 

No relacionamento de DEUS conosco também conhecemos mais d`ELE: 

Retidão: DEUS Nunca Erra.

Justiça: DEUS Jamais É Desonesto.

Amor: DEUS Ama Com Amor Desinteressado, Puro.

Amor Agape = Amor De DEUS. Veja 1 Coríntios 13

Verdade: DEUS Não É Homem Para Que Minta. Tudo Que DEUS Fala É Verdade. 

Os Judeus Não Pronunciam O Impronunciável Nome De DEUS, Pois Por Mais Que Coloquemos Adjetivos Ao Nome De DEUS, Nunca Conseguiremos Chegar À Totalidade De Bondade, Amor, Misericórdia, Poder Etc..., De DEUS.

    Só O Vocábulo "El" Já Quer Dizer "O Todo Poderoso".

 

7 nomes de DEUS - ou melhor - Contatos de DEUS com o homem que O denominou assim (betel@beteldomincal.com.br)

DEUS se revela através de sete nomes redentores, demonstrando assim Sua natureza Sétupla (sete é o número perfeito e completo nas Sagradas Escrituras) que transmite à nossa vida Suas bênçãos sétuplas quando nós O recebemos.

Os Sete nomes redentores de Jeová são:

Yaweh-TSIDKENU – “O Senhor é a nossa Justiça” (Jr. 23:6) - este nome de Yaweh aparece em uma profecia referente a futura restauração e conversão de Israel, então Israel O clamará como Yaweh-TsidKenu o Senhor Nossa Justiça.

Yaweh-SHALOM – “O Senhor nossa paz” ou “O Senhor envia paz” (Jz 6:23 e 24). Quase todo o Ministério de Yaweh encontra expressão  e ilustração neste capítulo. Yaweh odeia e julga o pecado.

Yaweh-RAAH – “DEUS é nosso Guia” ou Pastor (Sl. 23:1) - O Senhor é meu pastor e nada me faltará.

Yaweh-RAFÁ – “DEUS é nosso médico ou aquele que cura” (Êxodo 15:26). O Contexto mostra que se refere à cura física, mas está implícita a cura mais profunda da enfermidade da alma.

Yaweh-JIRÉ – “DEUS é nosso provedor”  ou fonte (Gn. 22:14) - O Senhor proverá, isto é, proverá para si o holocausto ou o sacrifício, Abraão viu o dia do Senhor.

Yaweh-SHAMÁ – “DEUS está sempre presente” (Ez. 48:35) - O Senhor está sempre presente, este nome significa a presença permanente do Senhor Jeová no meio do Seu povo.

Yaweh-NISSI – “DEUS é nossa vitória” (Êx. 17:15) - O Senhor é a nossa bandeira; o nome é interpretado pelo contexto. De maneira um pouco familiar, depois da derrota dos amalequitas, Moisés ergueu um altar e o denominou de Yhweh Nissi o senhor é a minha bandeira. Esses, entretanto não são nomes de DEUS; mas, apenas, comemoram certos acontecimentos .

 

Uma lista dos vários nomes de DEUS a partir das Escrituras.

DEUS (el, elah,elohim, eloah)

Jeová (Yahweh)

DEUS (tsur — ‘rocha’) (Is 44.8)

DEUS (theos) (NT)

Senhor (kurios) (NT) (acionai) (AT) Divindade (theotes) (Cl 2.9)

(theios) (At 17.29)

(theiotes) (Rm 1.20)

Altíssimo (elion) (SI 18.13, etc.)

(Impsistos) (Mt 21.9, etc.)

SANTO (de Israel) (qadosh) (SI 71.22, etc.) Poderoso {el) (SI 50.1)

(gibbor) (Dt 10.17, etc.)

DEUS dos deuses (Dt 10.17)

Senhor dos senhores (Dt 10.17)

Doador de luz (Maor) (Gn 1.16)

Pai (ab) (AT: SI 89.26, etc.)

(pater) (NT: Jo 5.17, etc.)

Juiz (shafat) (Gn 18.25, etc.)

Redentor (gaal) (Jó 19.25)

Salvador (yasha) (AT: Is 43.3)

(soler) (NT: Lc 1.47)

Libertador (palat) (SI 18.2, etc.)

Escudo (magen) (SI 3.3, etc.)

(também Broquel, SI 18.30)

Força (eyaluth) (SI 22.19)

Todo-poderoso (shaddai) (Gn 17.1, etc.) DEUS que vê (el roi) (Gn 16.13)

Justo (tsaddiq) (SI 7.9, etc.)

Senhor dos exércitos

(elohim tsebhaoth) (Jr 11.20)

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 125.

 

Respeito pelo Nome Divino. Acima de todos os outros povos, os hebreus respeitavam e temiam a DEUS. Por essa razão, não usavam o nome de DEUS frivolamente. Eles pronunciavam os nomes de DEUS com alterações que lhes permitiam não terem de verbalizar os sons exatos desses nomes. Os escribas registravam os nomes de DEUS lavando frequentemente as mãos. Um dos mandamentos mosaicos, o terceiro, proibia o uso frívolo do nome divino (Êxo. 20.7). Sabemos que as culturas antigas acreditavam no poder espiritual dos nomes. Saber qual o nome de uma divindade, ou de um demônio, supostamente dava à pessoa certo poder sobre essa divindade ou demônio, em momentos de necessidade. No caso dos demônios, o conhecimento dos nomes deles poderia ser um meio de expeli-los. Esses fatos demonstram o respeito que algumas pessoas tinham pelos nomes, e talvez esse fosse um dos motivos pelo extremo respeito que os judeus tinham pelo nome divino. No judaísmo posterior, encontramos o uso espiritual de nomes; mas não temos evidências a esse respeito quanto à primitiva cultura judaica, embora isso deva ter existido em algum grau e de alguma maneira.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.

 

É característico do sistema hebraico-cristão o uso dos nomes para a deidade como instrumentos para a revelação divina. Os vários nomes, simples e compostos, empregados tanto no AT quanto no NT, não são meras construções ou designações humanas. Antes, são instrumentos reveladores, aparecendo como pontos centrais na carreira do povo israelita, e refletindo a autorrevelação de DEUS.

A simpatia de Israel por nomes refletia a atitude geral para com a nomenclatura que era comum aos povos antigos. Com eles o nome de uma pessoa não era apenas uma designação de uma relação familiar — não uma simples posse — mas algo distintivamente pessoal. Embora não haja nenhuma evidência de que no uso israelita dos nomes estes eram considerados (como em algumas culturas) por conter poderes espirituais, todavia os nomes eram vistos com muito respeito. Isto era verdadeiro acerca dos nomes pessoais; e a mesma seriedade é aparente no emprego das designações para a divindade entre os povos do AT.

Na cultura semita, os nomes eram frequentemente usados para designar uma característica da pessoa nomeada. O sentimento parece ter sido o de nominar sua personalidade. Um exemplo deste tipo de uso é encontrado no caso do nome de Jacó, que significa “suplantador”, cujo sujeito era de fato uma pessoa astuta e egocêntrica.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag.123. 

 

2. NOMES GENÉRICOS.

O nome Elohim apresenta os primeiros vislumbres da Trindade. A declaração de Gênesis 1.1; traz o verbo no singular, "criou", e o sujeito no plural Elohim, "DEUS", o que revela a unidade de DEUS na Trindade. Construção similar aparece em várias partes do Antigo Testamento: "E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26); "Então disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem é como um de nós" (Gn 3.22); "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua" (Gn 11.7). A Trindade é vista em Elohim à luz do contexto bíblico. O Novo Testamento explicitou o que antes estava implícito no Antigo Testamento. Quando Elohim refere-se às divindades falsas traz no plural o verbo, o pronome ou o adjetivo, representando a multiplicidade. Quando, porém, aplicado ao DEUS de Israel, o verbo e o seus complementos vêm geralmente no singular.

Os rabinos reconheceram a pluralidade neste nome, mas, como o judaísmo é uma religião que defende o monoteísmo absoluto, e não admite JESUS CRISTO como o Messias de Israel, fica difícil para eles entenderem essa pluralidade. Para explicá-la, argumentam ser um plural de majestade, mas isso é uma determinação rabínica posterior. A definição de plural de majestade ou de excelência, como disse, foi dada pelo rabinato posterior. Disse Shlomo ibn Yitschaki, conhecido pela sigla RASHI, grande rabino e erudito judeu (nascido em 1040): "O plural de majestade não significa haver mais de uma pessoa na divindade". Essa declaração serviu para o judaísmo prosseguir sua marcha mantendo o monoteísmo absoluto sem JESUS e sem o ESPÍRITO SANTO.

No relato da criação e em muitas outras passagens do Antigo Testamento, Elohim é nome próprio usado como forma alternativa de Javé. Segundo Umberto Cassuto, esse nome é usado para se referir à ideia obscura e mais abstrata da deidade, de um DEUS universal e Criador do mundo, indicando a transcendência da natureza de DEUS; ao passo que Javé aparece quando as características estão claras e concretas e sugere um DEUS pessoal que se relaciona diretamente com o povo.

No capítulo um de Gênesis, DEUS aparece como o Criador do universo físico e como o Senhor do mundo, exercendo domínio sobre todas as coisas. Tudo quanto existe veio à existência por causa exclusiva de Seu fiat (poder criador), sem qualquer contato direto entre Ele e a natureza. Portanto, aplicando-se aquelas regras, aqui cabe o uso do nome Elohim (CASSUTO, 1961, p. 32).

Elohim é um dos nomes próprios de DEUS, mas aparece como apelativo no Antigo Testamento quando se refere a divindades falsas, por exemplo os deuses do Egito (Êx 12.2) e de outras nações (Dt 13.7,8; Jz 6.10). A palavra é usada com relação às imagens dos cultos pagãos (Êx 20.23). As Escrituras fazem uso irregular de Elohim em referência a seres sobrenaturais (1 Sm 28.13) e juízes (SI 82.6). Aparece também, cerca de 20 vezes, com relação às divindades pagãs individuais.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 51-53.

 

1. El, um termo para indicar DEUS (deus), ou seja, a deidade verdadeira ou falsa, ou mesmo um ídolo que os homens chamem de «deus» (Gên. 35:2), como o DEUS de Betel (Gên. 31:13). El era o nome do deus supremo da religião Cananéia, cujo filho era Baal. O plural de El é Elohim, palavra que também pode significar deuses, ou que pode ser usada como um aumentativo para referir-se a um elevado poder, o DEUS supremo. O sentido básico de El, é «força».

2. Elyon, El Elyon, o DEUS Altíssimo, título usado em conexão com a adoração de Melquisedeque (ver Núm. 24:16). Em Salmos 7:17 a palavra aparece composta com Yahweh. Em Daniel 7:22,25 há um plural aramaico dessa palavra.

3. Elohim, embora seja plural, podendo ser traduzida por «deuses», essa palavra pode indicar o Ser supremo, sendo usado o plural para enobrecer a palavra, e não para que pensemos no verdadeiro plural. A própria palavra é um plural de El e retém, por isso mesmo, o sentido básico de «força», «poder». A presença desse nome, na narrativa da criação (no plural), tem dado origem à interpretação trinitariana da palavra, ali; mas isso é uma cristianização da passagem, e não uma verdadeira interpretação. Gênesis 1-1 faz com que esse seja o primeiro nome de DEUS na Bíblia.

4. Eloah, uma forma singular de Elohim, e com o mesmo sentido de El. Essa forma variante encontra-se principalmente na linguagem poética, pelo que aparece, com mais frequência, no livro de Jó.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.

 

O nome El é uma das mais antigas designações para deidade no mundo antigo. Ele forma o componente básico do termo geral para DEUS na Babilônia e na Arábia, assim como com o povo israelita. É evidente que os conceitos que algumas vezes estavam vinculados ao termo El, no mundo da antiguidade, eram indignos do DEUS da Bíblia, mas isto não diminui a importância da ocorrência do termo no tronco racial do Oriente Médio. É um termo muito antigo, e muitos consideram razoável deduzir que o termo foi conservado como revelação primitiva, um Uroffenbarung (revelação original).

O termo El parece sugerir poder e autoridade. Nesta conexão, John P. Lange diz: Poder, grandeza, imensidão, altura, de acordo com o que eles representam pelas concepções do dia, levados até a extensão mais completa permitida pelo conhecimento do dia; este é o ideal de El e Elohim, como visto na congruência etimológica dos epítetos ligados àqueles de Gênesis. (Commentary on the Holy Scriptures, I, 109n.)

Assim, o significado original de El pode ter sido: (a) ser forte; (b) ter aumentado as esfera de controle; ou (c) possuir força de ligação. Walther Eichrodt sugere que: é válido observar que qualquer um destes significados que adotamos enfatiza a distância entre DEUS e o homem. Nisto eles estão em conformidade básica com a característica básica do conceito semita de DEUS, a saber, aquilo que é de primeira importância não é o sentimento de parentesco com a deidade, mas o temor e tremor em face a sua majestade irresistível. Um outro ponto que é necessário observar é que eles não identificam a Divindade como algum objeto natural, mas o descreve como o poder que fica por trás da Natureza, ou a vontade dominante manifesta nela (Theology of the OT, p. 179).

O nome El, quando aplicado a DEUS, é geral e inclusivo, e inclui o significado primário de poder ou capacidade (Gn 17.1; 28.3; 35.11; Js 3.10; 2Sm 22.31,32; Ne 1.5; 9.32; Is 9.6; Ez 10.5). Muitos se sentem justificados ao concluir que o seu emprego e a vasta ocorrência testemunha em favor um monoteísmo primitivo, do qual o politeísmo representou um desvio. Certa atenção será dada posteriormente ao uso frequente da forma plural, Elohim. no AT. Agora, é necessário dizer que o nome El carrega não apenas a conotação de poder, mas também a ideia da transcendência da Deidade.

Se o nome El era um termo geral para a divindade no pensamento dos antigos povos das Terras Bíblicas e do Oriente Médio da antiguidade, o nome Yahweh (transliterado Jeová) era um nome especificamente israelita para DEUS. O significado básico do termo parece ser: “Aquele que é” ou “Aquele que está verdadeiramente presente.”

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 2. pag. 124.

 

O termo genérico. DEUS (Elohim). O livro de Genesis imediatamente atribui a criação do universo e do homem a Elohim, (um nome genérico para divindade, cujo equivalente é theos em grego, DEUS em latim, e DEUS também em português). O substantivo plural ('eloah, 'elohim) no uso pagão significava a pluralidade de deuses, ao passo que o Antigo Testamento exclui o politeísmo de uma forma bastante específica: (a) Na prosa, a forma plural elohim era normalmente usada para divindade (monoteísta ou politeísta), e a rara forma singular eloah era especialmente reservada para a poesia (cf. Jó, onde eloah aparece mais frequentemente do que em todo o resto do Antigo Testamento), (b) Exceto quando usada em relação a deuses pagãos (por exemplo, em Gn 31.30; Êx 12.12), a forma plural elohim é uniformemente usada no Antigo Testamento, mas, com um adjetivo no singular, para excluir a má interpretação politeísta. A intenção, ou o conteúdo é, portanto, mais importante do que a etimologia ou a derivação para determinar o significado. (c) A narrativa da criação no livro de Genesis atribui a criação do universo e, especialmente do homem, a Elohim, cuja atividade criadora o diferencia dos mitos pagãos de divindades múltiplas que competem entre si. (d) Embora algumas vezes a doutrina da Trindade tenha sido atribuída à forma plural Elohim, é mais provável que o termo seja uma expressão hebraica que sugere pluralidade de majestade, ou plenitude de poder, em vista da criação de DEUS e da sua soberania sobre o homem e o mundo. Quando, no Antigo Testamento, elohim traz a ideia da pluralidade de pessoas, a referência é ao politeísmo pagão, e não às distinções pessoais dentro de uma única divindade. Sem outras indicações no Antigo Testamento, e sem os ensinos explícitos do Novo Testamento, o Trinitarismo dificilmente poderia ser subentendido a partir do termo elohim. (e) Como resultado das suas associações com o Antigo Testamento, elohim não continua sendo simplesmente um termo genérico para divindade, mas se torna também um nome próprio.

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 540.

 

3. NOMES ESPECÍFICOS.

O Antigo Testamento emprega outros nomes para identificar o DEUS Javé de Israel. São eles: ‘elyôn, "Altíssimo"; shadday, "Todo-poderoso" e ’ãdhonãy, "Senhor".

O nome composto ’êl ‘elyôn significa "DEUS Altíssimo". Elion designa DEUS como o Alto e Excelente, o DEUS Glorioso. É um dos nomes genéricos porque ele também é aplicado a governantes, mas nunca vem acompanhado de artigo quando se refere ao DEUS de Israel. Abraão adorava a El Shadai, "DEUS Todo-Poderoso" (Gn 17.1); e Melquisedeque, rei e sacerdote de Salém, era adorador de El Elion (Gn 14.19-20). Quando Abraão se encontrou com Melquisedeque, descobriu que seu DEUS era o mesmo de Melquisedeque, apenas conhecido por um nome diferente (Êx 6.3). Em Gênesis 14.19-20, esse nome vem acompanhado de "El", mas, às vezes, aparece sozinho (Is 14.14).

O DEUS de Israel é também identificado como ’êl shadday, "DEUS Todo-Poderoso". Shadai é o "nome de uma deidade" (KO- EHLER BAUMGARTNER, vol. II, 2001, p. 1420). Segundo Holaday, é o nome de deidade identificado com Javé (2010, p. 514); e, de acordo com Gesenius, "mais poderoso, Todo-poderoso, um epíteto de Jeová, às vezes com El" (1982, p. 806). Aparece 48 vezes no texto hebraico das Escrituras, sete delas antecedido de El.

Esse era um nome apropriado para o período patriarcal, durante o qual os patriarcas viviam numa terra estranha e estavam rodeados pelas nações hostis. Eles precisavam saber que o seu DEUS era o Todo-poderoso (Gn 17.1). O termo aparece com frequência na era patriarcal; só no livro de Jó ocorre 31 vezes. Êxodo 6.3 nos mostra que DEUS era conhecido pelos patriarcas por esse nome. DEUS se revelou primeiro aos patriarcas do Gênesis com nome El Shadai e, após o Sinai, os hebreus identificaram o seu libertador Javé com o El Shadai dos seus antepassados.

As duas formas do nome hebraico ’ãdhonay ou ’ãdhônay , "o Senhor, Adonai", aparecem no Antigo Testamento com "o" breve e com "o" longo (Is 6.1; Jz 13.8). O termo ocorre quase 450 vezes no Antigo Testamento, 310 vezes em conexão com o tetragrama e 134 vezes sozinho. É um nome próprio e significa literalmente "meu senhor" e, segundo Gesenius, é "somente usado para DEUS" (1982, p. 12); forma "reservada como uma designação para Javé" (JENNI & WESTERMANN, vol. 1, 2001, p. 24). Adonai, "Senhor", é um nome divino e expressa a soberania de DEUS no Universo. A desinência -ay indica plural, como acontece com o nome Elohim; o judaísmo considera Adonai como pluralis excellentiae. É diferente de ’ãdhôn, "senhor, dono", referindo-se geralmente a homens, ou com o sufixo ’ãdhõní, "meu senhor", forma pela qual Sara se dirigia a Abraão e Ana se dirigia a Eli (Gn 18.12; 1 Sm 1.15, 26).

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 53-55.

 

Nomes próprios. El Elyon, El Shaddai, Yahweh. A reviravolta notável na teologia bíblica é a de que o DEUS vivo é progressivamente conhecido por meio dos acontecimentos históricos reais, nos quais Ele revela tanto a si mesmo quanto os seus objetivos. Com isso, os termos genéricos para divindade ganham um conteúdo mais específico, tornam-se nomes próprios e, sucessivamente, abrem caminho para designações posteriores que refletem mais plenamente a natureza de DEUS, que é progressivamente revelada. A palavra El, termo mais comum para divindade, nas línguas semitas (mas que não é a palavra usual no Antigo Testamento), vem frequentemente associada a um substantivo ou a um adjetivo (cf. 'el 'elyon, "DEUS Altíssimo", ou 'el shaddai, "DEUS Todo-Poderoso"). Como consequência, tornou-se um nome próprio de DEUS.

El Shaddai tornou-se o nome patriarcal característico para Divindade, como consequência do concerto divino com Abraão. Enquanto Elohim representa DEUS especialmente na função do Criador, Formador e Preservador do homem e do mundo, El Shaddai se concentra nos limites divinos dos processos naturais para os propósitos da sua graça. O nascimento de Isaque, o filho prometido, na ausência de qualquer possibilidade natural, mostra DEUS como materializando de forma onipotente o seu objetivo de graça em uma criação finita e pecadora, decaída. Na LXX e no Novo Testamento, El Shaddai é traduzido como pantokrator, "O Todo-Poderoso", "O Onipotente" (cf. 2 Co 6.18; Ap 1.8; 4.8).

Com a evolução da história religiosa hebraica, os primeiros nomes de DEUS passaram para um plano secundário em vista da autorrevelação de DEUS que ocorria. Mesmo assim, o nome El Shaddai não substitui completamente Elohim, uma vez que os hebreus conservam todas as designações de Divindade, algumas vezes intercambiando-as, conforme as circunstâncias possam sugerir um ou outro. O uso literário de nomes divinos, portanto, não fornece uma indicação inequívoca do desenvolvimento literário e da autoria dos escritos sagrados. O nome por excelência para o DEUS de Israel é Jeová (Yahweh), encontrado 6.823 vezes no Antigo Testamento. Por meio da libertação de Israel da escravidão no Egito, de sua adoção como uma nação, e de sua condução até a Terra Prometida, o DEUS Redentor é especialmente conhecido por esse nome. O DEUS auto revelado se revela de maneira redentora de uma forma especial (EU SOU O QUE SOU, Êx 3.14). Veja Eu Sou. O DEUS vivo, que havia anteriormente se manifestado aos patriarcas como El Shaddai (Êx 6.2ss.), não era totalmente desconhecido deles como Jeová, sendo esse nome encontrado frequentemente em Genesis e pronunciado pelo próprio Senhor DEUS, e mesmo na bênção de Jacó (que nenhum redator teria alterado!). A partir de Abraão, o nome de Jeová aparece periodicamente nos registros sagrados. Mas com o resgate de Israel e com o estabelecimento da teocracia, Jeová torna-se o nome inconfundível no Antigo Testamento para o DEUS vivo, que não apenas adapta a natureza pecadora à graça, mas também molda um novo tipo de graça em meio a este curso natural das coisas. Consequentemente, o nome Jeová (uma reconstrução artificial em português para a palavra hebraica YHWH, originalmente pronunciada Yahweh ou Yahveh) enfatiza, em particular, a atividade redentora de DEUS. Devido às superstições, os hebreus chegaram a evitar pronunciar a palavra de quatro letras YHWH, substituindo-a por Adonai. Nos séculos mais recentes, Jeová tem servido como o equivalente a Yahweh na literatura, nos hinos e nas traduções da Bíblia em português. A Bíblia de Jerusalém adotou o nome Yahweh. Sobrepondo uma estrutura de desenvolvimento naturalista sobre a Bíblia, a crítica elevada diz que os múltiplos nomes de DEUS, particularmente Elohim e Yahweh, refletem fontes literárias divergentes. Esta suposição foi, durante muito tempo, um alicerce da hipótese JEDP, agora desacreditada, que reduz o Pentateuco (q.v) a fontes originais conflitantes. A tentativa de explicar o nome composto Yahweh-Elohim por meio da combinação de documentos provou ser insustentável, e a hipótese JEDP é cada vez mais reconhecida como um grupo de fontes artificialmente projetadas (em um contexto preciso, sobre o qual os próprios críticos não entraram em acordo).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 540-541.

 

II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL

1. A PRONÚNCIA DO NOME DIVINO.

O tetragrama YHWH (Yahweh) era considerado sagrado demais para ser pronunciado. As vogais de Adonai (meu Senhor) foram combinadas com as consoantes YHWH, e o resultado foi a forma Jeová. Não se trata, realmente, de um nome de DEUS, mas de uma corruptela do nome, a fim de que pudesse ser proferido, sem nenhum temor pelos judeus. Mas nunca aparece, com essa forma, no original hebraico da Bíblia. Tal forma só começou a aparecer no século XII D.C. Antes disso, —cada vez que aparecia YHWH, os judeus pronunciavam «Adonai».

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.

 

Os esforços para se determinar o significado do tetragrama (YHWH) mediante a investigação histórica têm sido dificultados pela escassez de dados relacionados com as várias formas do nome ya nas fontes históricas fora do AT. Por esta razão, a investigação geralmente tem seguido linhas filosóficas. G. R. Driver sugeriu que a forma ya era originalmente um grito de exclamação "emitido em momentos de empolgação ou êxtase, um precedente de ya(h)wá(h), ya(h)wá(h)y ou coisa semelhante". Sugeriu, ainda mais, que o nome Javé surgiu da consonância de uma extensão deya com o "tempo imperfeito de um verbo defectivo". Deste modo, ele viu a origem do nome numa etimologia popular e asseverou que a sua forma original foi esquecida (ZAW46.24).

Mowinckel propôs a teoria de que o tetragrama deve ser entendido como palavra composta do elemento de exclamação e o pronome da terceira pessoa, hü’, com o significado de "Ó Ele!"

Outra abordagem do problema é ver no tetragrama uma forma de paronomásia. Este conceito leva em conta a representação geral do nome ya nas culturas extrabíblicas do segundo milênio a. C. O nome Javé é entendido, portanto, como uma forma quadrilateral, e o relacionamento entre o nome hãyâ ("ser"), em Ex 3.14-15, não deve ser de etimologia mas, sim, de paronomásia.

O ponto de vista mais comum é de que 0 nome é uma forma de um verbo trilateral, hwy. É geralmente considerado um imperfeito da raiz Qal, na terceira pessoa, ou um verbo também na terceira pessoa do imperfeito de uma raiz causativa. Outra sugestão é de que se trata de um particípio causativo com um y pré-formante que deve ser traduzido "Sustentador, Mantenedor, Estabelecedor".

Com relação ao ponto de vista de que o tetragrama é urna forma alongada de um grito de exclamação, pode ser indicado que os nomes próprios semíticos tendem a abreviar-se; normalmente não são prolongados.

A teoria de que o nome é paronomástico é atraente, mas quando se apela às ocorrências das formas de ya ou yw ñas culturas antigas, surgem vários problemas. E difícil explicar como a forma original poderia se ter prolongado até chegar à estrutura familiar quadrilateral. A sugestão de Mowinckel é atraente, porém especulativa. Além disso, é difícil compreender como o nome Javé poderia ter conotações de unicidade tão forte no AT se é urna forma de um nome divino representada em várias culturas no segundo milênio a. C.

A derivação do tetragrama de uma raiz verbal também está comprometida com certas dificuldades. A raiz hwy, sobre a qual o tetragrama seria baseado segundo este ponto de vista, não é atestada nas línguas semíticas ocidentais antes dos tempos de Moisés. e a forma do nome não está de acordo com as regras que regem a formação de ver- bos lamed he’, conforme nós os conhecemos.

Fica evidente que o problema é difícil. É melhor concluir que o uso da etimologia para determinar o conteúdo teológico do nome Javé é tênue. Para se compreender o significado teológico do nome divino, é necessário que se determine o contexto teológico de que o nome era revestido na religião hebraica.

Jah, Yah. Esta forma mais curta de Javé ocorre duas vezes em Êxodo (15.2 e 17.15). A primeira destas passagens é refletida em Is 12.2 e SI 118.14. Ocorre também numerosas vezes na fórmula haPIõyâ ("louvai a yah"). Seu emprego nas passagens poéticas antigas e mais recentes e sua função de fórmula nos Salmos Halel sugerem que esta forma de Javé é um dispositivo do estilo poético.

A forma composta de yah com Javé, em Is 12.2 [yah YHWH), indica uma função separada para a forma yah e, ao mesmo tempo, sua identificação com Javé.

Walter A. Elwell. Enciclopédia Histórico-Teológica Da Igreja Cristã. Vol 1. Editora Vida Nova. pag. 445-446.

 

2. JEOVÁ OU JAVÉ?

Observação do Pr. Luiz Henrique - O melhor seria não usar nenhum desses dois nomes, pois todos dois estão incorretos.

 

Javé, o nome pessoal do DEUS de Israel, é escrito pelas quatro consoantes YHWH — o tetragrama. A escrita hebraica foi usada durante todo o período do Antigo Testamento sem as vogais. Elas nada mais são do que sinais gráficos diacríticos, criados pelos rabinos entre os séculos 5 e 9, e que são colocados sobre, sob e no meio de cada consoante. Até hoje, esses sinais ajudam muito na leitura de qualquer texto hebraico; todavia, quem já conhece a língua não precisa mais deles.

Êxodo 3.14 revela que DEUS é o que tem existência própria, ou seja, existe por si mesmo. É o imutável, o que causa todas as coisas, é autoexistente, aquele que é, que era e o que há de vir, o eterno. Até hoje, os judeus religiosos preferem chamar DEUS de "O ETERNO", como se encontra na edição de 1988 da Bíblia na Linguagem de Hoje e na edição da Sêfer da Bíblia Hebraica em lugar do tetragrama. Aqui, DEUS explicou a Moisés o significado do nome Iavé.

Desde o patriarca Abraão até ao período do reino dividido, era costume invocar a Javé mediante o uso do seu nome (Gn 12.8; 13.4; 21.33; 1 Rs 18.24). Era necessário conhecer o nome para que se pudesse estabelecer um relacionamento de comunhão. O que Jacó perguntou ao anjo com quem lutava? O seu nome (Gn 32.29). Manoá, o pai de Sansão, fez a mesma pergunta com o propósito de estabelecer um relacionamento espiritual (Jz 13.11- 17). Com Moisés, não foi diferente:

Então, disse Moisés a DEUS: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes disser: O DEUS de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse DEUS a Moisés: EU SOU O QUE SOU.

Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. E DEUS disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o DEUS de vossos pais, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração (Êx 3.13-15).

Javé estabeleceu um memorial ao seu nome, anunciado aqui, mas concretizado por ocasião da promulgação da lei, quando foi oficializado o concerto do Sinai (Êx 20.24). Aqui está a base do tetragrama YHWH. No texto hebraico, encontramos a frase ’ehyeh asher 'ehyeh; "EU SOU O QUE SOU". A substituição do “y” de ‘ehyeh pelo w do tetragrama vem de hãwãh, forma arcaica e sinônimo de hãyâh, "ser, estar, existir, tornar-se, acontecer", cuja primeira pessoa do imperfeito é ‘ehweh, e cuja terceira pessoa é YHWEH.

Na poesia hebraica, usa-se com frequência a forma reduzida Yah. "Já é o seu nome; exultai diante dele" (Sl 68.4, TB). Isso pode explicar a presença da letra "a" no nome Yahweh. "Parece provável que a pronúncia original tenha sido YaHWeH, tanto por causa da forma verbal correspondente, o imperfeito de hãwãh, arcaicamente escrito Yahweh, como de representações mais recentes desse nome em grego pelas palavras iaoue e iabe" (HAR- RIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 346).

A partir de 300 a.C. o nome Adonai passou gradualmente a ser mais usado que o tetragrama até que o nome Javé se tornou completamente impronunciável pelos judeus. Para evitar a vulgarização do nome e para que a forma não fosse tomada em vão, eles pronunciavam por reverência ’ãdhonãy cada vez que encontravam o tetragrama no texto sagrado, na leitura da sinagoga. Na Idade Média, os rabinos inseriram no tetragrama as vogais de adhonay (HARRIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 347).

As vogais de 'HS ( adõnãy) são (,=«);( = o) e (., = ã). Elas foram inseridas no tetragrama sagrado, resultando na seguinte forma: nin\ O resultado disso é a pronúncia "YeHoWaH". Mas os judeus ainda hoje pronunciam "Adonai" para lembrar na leitura bíblica na sinagoga que esse nome é inefável. Esse enxerto no tetragrama resultou no nome híbrido YEHOWAH, que a partir de 1520 os reformadores difundiram como "Jeová". A forma híbrida "Jeová" não é bíblica, mas foi assim que o nome passou para a cultura ocidental; aos poucos, contudo, esse nome vem sendo substituído pela forma Iavé ou Javé.

Os nomes Adonai e Javé são tão sagrados para os judeus que eles evitam pronunciá-los na rua ou no cotidiano. O segundo nem mesmo nas sinagogas é pronunciado, e no dia a dia eles chamam DEUS de há-shêm, "o Nome" (Lv 24.11, TB; 2 Sm 6.2).

Nos manuscritos da Septuaginta, encontramos kyrios, "dono, senhor, o Senhor" (BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2437), no lugar de ’ãdõnã(y) e yhvh. Alguns fragmentos gregos de origem judaica apresentam o tetragrama, mas outros usam kyrios. Isso não é novidade. Jerônimo (347-420) "conhece a prática de, em manuscritos gregos, inserir o nome de DEUS (Yahweh) com caracteres hebraicos" (WÜRTHWEIN, 2013, p. 262). A Septuaginta, como tradução, foi submetida a revisões e recensões e, por isso, até hoje ninguém sabe qual foi exatamente o texto original ou o que foi alterado no transcorrer dos séculos. Uns afirmam que o nome kyrios é original: "Assim, no contexto de uma revisão arcaizante e hebraizante, o tetragrama parece ter sido inserido na tradução antiga no lugar de Kyrios" (op. cit., p. 262). Mas, para outros, é de origem cristã ou teria vindo dos judeus. O certo é que ambos foram usados desde a origem da tradução.

Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 55-58.

 

Uma variação non-sense do nome Yahweh. Outra variação é Javé. Ver o artigo geral sobre DEUS, Nomes Bíblicos de, onde estão incluídas muitas informações sobre esse nome particular.

Yahweh era o nome pessoal do DEUS de Israel. Que a forma Yahweh é a forma correta, pode-se provar mediante transcrições para o grego. Quando, pela primeira vez, foram inseridos sinais representando fonemas vogais, na Bíblia hebraica, já no século VII d.C., as letras vogais da palavra hebraica ADONAY, «Senhor», foram escritas intercaladas com as consoantes YHWH, produzindo assim o nome artificial Jeová. Esse não era, realmente, um nome divino; mas muitos, temendo pronunciar Yahweh, como apelativo por demais sagrado, passaram a usar Jeová como um substituto aceitável. Portanto, Jeová é um híbrido sem base bíblica nenhuma, que começou a ser usado de modo geral, como um dos nomes de DEUS, no século XIV d.C. Isso ocorreu porque os eruditos cristãos da época não reconheceram a natureza híbrida da forma Jeová.

Esse nome hebraico de DEUS também aparece com as formas abreviadas de Yah (Êxo. 15:2, etc; em português, «Já») e Yahu ou Yeho. Estas duas últimas formas aparecem em inscrições hebraicas e assírias, e nos papiros escritos em aramaico. Mas o nome abreviado original parece ter sido Yaw, que tem sido identificado com um dos nomes divinos pagãos encontrados nos documentos de Eras Shamra (vide), provenientes do norte da Fenícia, do século XV a.C. Alguns especialistas supõem que o nome Yahweh não foi cunhado por Moisés, e nem por qualquer dos demais autores bíblicos; antes, seria um nome pré-mosaico, como um antigo nome de DEUS que Moisés usou, tal como a moderna palavra portuguesa «DEUS» é apenas o aportuguesamento do termo latino DEUS, que como é óbvio, antecede ao uso português por muitos e muitos séculos. Os trechos de Êxo. 3:13-15 e 6:4 parecem indicar que esse nome começou a ser usado no Antigo Testamento como se tivesse havido uma revelação especial do nome. Gên. 4:26, por sua vez, parece dar a entender uma origem não hebreia, ou seja, quando esse nome começou a ser usado pelos hebreus, teria sido tomado por empréstimo de alguma fonte extrabíblica. Seja como for, a raiz do nome, sem dúvida, é antiquíssima, sendo provável que aparecesse entre os nomes de divindades mesopotâmicas. Alguns supõem que Moisés chegou a adorar Yahweh, mediante seu casamento com a filha de um queneu, em Midiã (Êxo. 3:1 ss; 18:12-24). A isso se chama de teoria quenita, o que, como é óbvio, é uma teoria rejeitada por muitos intérpretes conservadores, pois não querem aceitar a ideia de que os nomes de DEUS, na Bíblia, possam ter tido origem pagã. Seja como for, a forma mais longa, YHWH, é confirmada desde o século IX a.C., como na pedra Moabita. De acordo com uma etimologia popular, essa palavra estaria ligada ao verbo hebraico ser (ver Êxo. 3:14), pelo que se referiria ao ser eterno de DEUS, que é a fonte originária de todos os seres, não dependendo de qualquer outro ser para a sua vida e continuação em existência. Em termos teológicos isso aponta para a vida independente e necessária. DEUS não deriva de outrem a sua forma de vida, e a sua forma de vida não pode deixar de existir. Todas as demais formas de vida dependem de sua vida, e todas as outras formas de vida, se excluirmos o fator da graça divina, são vidas não-necessárias. Em outras palavras, as demais vidas podem deixar de existir. A verdadeira imortalidade, para a alma humana, ocorre mediante a transformação segundo a imagem do Filho, que compartilha da forma de vida do Pai, que é independente e necessária, conforme já dissemos. Um grande mistério! Ver Rom. 8:29; Col. 2:10;

II Cor. 3:18 e o artigo intitulado Transformação Segundo a Imagem de CRISTO.

O General Abraham Ramiro Bentes, historiador brasileiro, de origem judaica, de cultura judaica bem reconhecida, autor de vários livros, diz o seguinte acerca do nome Yahweh: «...tendo o tempo inacabado, no semítico, o valor do futuro e do presente, assim traduzimos (o mesmo): «Eu Serei Sempre Quem Era». Os velhos comentários tinham uma compreensão neste sentido». (Das Ruínas de Jerusalém à Verdejante Amazônia, Edições Bloch, pág. 3). De conformidade com esse abalizado parecer, o nome Yahweh, pois, apontaria para a eternidade e a imutabilidade da pessoa de DEUS.

Objeções dos Eruditos Conservadores. Alguns eruditos, relutando em admitir qualquer origem pagã para os nomes divinos na Bíblia, supõem que o trecho de Êxo. 6:3, que diz: «...mas pelo meu nome, O Senhor (no hebraico, Yahweh), não lhes fui conhecido», não subentende que os hebreus não conhecessem e nem usassem esse nome, até que foi adotado para ser usado, nos dias de Moisés e, sim, que os judeus, então, começaram a ter um conhecimento experimental desse nome , em suas vidas espirituais. Esse conhecimento experimental lhes foi dado mediante o livramento da servidão ao Egito. Antes disso, como pastores na Palestina, Abraão, Isaque e Jacó conheciam DEUS com o nome de El Shaddai, «o Todo Poderoso». Naturalmente, sabemos que El (com várias combinações) era um antigo nome mesopotâmico para DEUS, que certamente já era usado antes do tempo de Abraão. Assim, no caso desse nome, também temos um uso pré-hebreu. Seja como for, o argumento, na realidade, não faz sentido. O que importa é a nossa experiência com o Ser Divino, e não as palavras e suas origens, que usamos como nomes de DEUS.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4521.

 

Uma nova ênfase e significado foram dados através de Moisés (Êx 3.15,16; 6.3,6; cp. Gn 12.8) além do que foi compreendido por Abraão quando ele construiu seu altar entre Betel e Ai (Gn 12.8). Yahweh foi revelado como um nome intensamente pessoal. Foi indicado, ortograficamente, pelo tetragrama YHWH e as transliterações correntes fornecem vogais variadas.

Se for corretamente compreendido que o nome era conhecido antes do nascimento de Enos (Gn 4.26) e que Abraão tinha conhecimento disto, segue-se então que a revelação a Moisés, em Êxodo, representava um uso mais profundo e personalizado do nome. É possível que revelações mais antigas do nome tenham sido em grande parte obscurecidas ou até mesmo perdidas.

O uso mosaico do termo (incluindo o novo significado adicionado a ele) estabeleceu o modelo para o pensamento hebraico subsequente. Com Moisés, o nome parece ter ganho uma circulação geral e uma aceitação específica; mas mais importante ainda é que ele se tomou intimamente associado à vida de Israel como um povo. Isto é, ele tomou-se o símbolo de uma autorrevelação especial e crucial de DEUS a um povo especial — uma revelação que uniu os atos poderosos envolvidos no Êxodo com a consciência de Israel de si mesmo como uma nação. Por sua vez, esses atos prepararam o caminho para o envolvimento íntimo de Israel com Yahweh no Sinai.

Assim, o nome Yahweh estava inseparavelmente ligado à consciência de Israel e estava inevitavelmente envolvido no relacionamento único da aliança de Israel com a Deidade. Vital para isso foi o fato de que Yahweh havia tomado a iniciativa, e havia entrado visível e inconfundivelmente nos afazeres da nação de Israel.

É significativo que o uso deste nome para DEUS era único com os israelitas. Os outros povos semitas parecem não tê-lo conhecido ou ao menos não o usavam em referência à Deidade, exceto quando o contato com o povo hebreu que o trazia à sua atenção. Era a propriedade especial do povo da aliança.

Também é importante observar que o nome veio a ter tanta importância que os escribas evitavam pronunciá-lo. O uso escriba envolvia circunlóquios e também o uso de nomes alternativos. Isto testemunha não apenas da importância do nome como base para o sentimento de nacionalidade, mas também do respeito que as pessoas sentiam pela fonte sobrenatural de sua história.

Esta é uma outra maneira de dizer que o nome Yahweh era, na consciência israelita, colocado sobre tudo que era meramente naturalista. Isto não implica necessariamente que os hebreus viram um significado metafísico (como, por exemplo, a fórmula de Aristóteles de “essência igual a existência”) no nome “EU SOU O QUE SOU” de Êxodo 3.13, mas antes, que eles entenderam Yahweh como sendo existente e ativo aqui e agora. Em relação a isto, Eichrodt sugere que o nome Yahweh vai muito além dos nomes divinos atualmente usados em sua ênfase sobre a proximidade concreta e realidade irruptiva de DEUS, e contrasta vivamente, por esta razão, com as afirmações generalizadas (nomes antigos) sobre o governo e orientação, no engrandecimento e na eternidade do divino. (Op. Cit.,p. 191)

Parece claro que a revelação e a compreensão do nome Yahweh pelo povo israelita estabeleceu um marco na consciência espiritual e na experiência religiosa nacional. Com o Êxodo, a Deidade assumiu, na mentalidade de Israel, um papel específico de redenção. Seus “atos poderosos” eram atos especificamente salvadores, e entendidos assim. Na libertação no Mar Vermelho, Yahweh dirigiu as forças naturais para servirem aos objetivos da graça, e fez seu poder manifestar-se sobre a nação em tempos de emergência e crise histórica.

É compreensível, à luz disso, que os acontecimentos do Êxodo formaram a essência do kerigma hebraico: “Eu sou o Senhor teu DEUS que te tirou da terra do Egito da casa da servidão” (Êx 20.2). Aqui está enfatizada a qualidade especializada da autorrevelação de DEUS ao povo hebreu. Sem contar que objeções têm sido levantadas à especificidade que é sugerida aqui. Pensadores como Douglas Clyde Macintosh sustentam que para DEUS ter se revelado a si mesmo especial e exclusivamente ao povo hebreu teria sido um pensamento indigno dele, e extremamente imoral. É neste ponto que uma nítida antítese entre o ato meramente humano e o discernimento bíblico aparecem.

O discernimento do AT é que DEUS tomou a iniciativa de restaurar o vínculo do conhecimento que existia entre DEUS e o homem caído, um vínculo que foi quebrado na queda. E foi através da sua revelação a Israel sob o nome de Yahweh ou Jeová que a história da salvação se desdobrou e tomou-se visível. O desvendamento da natureza de DEUS pela entrega deste nome a Israel foi de um significado supremo para todo o sistema bíblico.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 2. pag. 124-125.

 

3. O SIGNIFICADO.

EU SOU. O nome que DEUS deu a si mesmo quando encarregou Moisés de libertar os israelitas do Egito (Êx 3.14). DEUS é o único Ser independente, inteiramente auto subsistente no Universo. Tudo o que existe depende dele (Gn 1.1; cf. Cl 1.17; Hb 1.3,10). Ele não precisa de ninguém ou de nada, visto que Ele possui em si mesmo todos os relacionamentos possíveis - o Eu-ele ou o sujeito-objeto, o Eu-vocês ou o encontro pessoal, e o nós-você ou o relacionamento social. Tudo o que existe foi criado por Ele para sua própria glória. CRISTO declarou ser Ele mesmo o grande "EU SOU". Em João 8 Ele afirma que diz a verdade, e apoia isto declarando que está dizendo o que ouviu (v. 26), viu (v. 38), e foi ensinado pelo Pai (v. 28), e pode corroborar com Ele em qualquer momento (v. 29). Ele conclui seu argumento usando a expressão "Eu Sou" (v. 58). Quando Ele disse: "Antes que Abraão existisse, Eu Sou", os judeus perceberam que isto era uma reivindicação de divindade, particularmente porque Ele estava retornando ao "Eu Sou" do v. 24. "Se não crerdes que eu sou [a palavra 'Ele' não consta no texto grego], morrereis nos vossos pecados". Foi por isso que eles pegaram em pedras para o matar. Eles perceberam que Ele estava identificando-se com o "EU SOU O QUE SOU" de Êxodo 3.14. Theodor Zahn encontrou expressões similares de "Eu Sou" em João 4.26; 9.9; 18.5; Mateus 14.27; Marcos 13.6; 14.62; Lucas 22.70; 24.39. Greijdanus objetou que nestas outras passagens um atributo é dado ou sugerido. No entanto, ao menos em Mateus 14.27, quando CRISTO veio até os discípulos andando sobre as águas agitadas pela tempestade, Ele se anunciou dizendo: "Sou eu" (Gr. ego eimi). E novamente em Marcos 13.6 Ele usa o termo sem qualquer atributo, dizendo, "Muitos virão em meu nome, dizendo. Eu sou o CRISTO [o texto gr. omite a palavra CRISTO]; e enganarão a muitos". Por outro lado, Lucas 22.70 tem um atributo sugerido e, embora em Lucas 24.39, CRISTO diga novamente "Sou Eu", Ele deixa claro que está simplesmente se identificando aos discípulos ao acrescentar a palavra autos, que significa "o mesmo", "Eu mesmo".

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 708-709.

 

Êxo 3.14 Eu sou o que sou. O Targum de Jonathan interpreta aqui: “Eu sou Aquele que é e que será”. O que é indiscutível é que esse nome está alicerçado sobre o verbo ser (no hebraico, hayah). Mas o texto hebraico comporta mais de uma interpretação. Alguns dizem: “Eu sou porque sou”, dando a entender a vida independente ou necessária de DEUS, em contraste com a vida de todos os seres criados, que é derivada e dependente. Ou então DEUS é exatamente o que Ele é, o Poder Supremo, Imutável. Naturalmente, o tetragrama dos hebreus, YHWH (Yahweh), vem da mesma raiz. Assim, o nome deste versículo seria uma espécie de manipulação dessa raiz. Esse nome indicaria o Ser eterno e pessoal de DEUS, além de Sua atuação e presença no mundo. Talvez a manipulação daquela raiz tivesse tido o propósito de ficar ambígua, visto que o nome Yahweh, por si mesmo, inspira admiração e espanto. Cf. Apo. 1.4,8; 4.8; 11.17.

Atributos ou condições de DEUS, implícitos nesse nome: auto existência; eternidade; imutabilidade; constância; fidelidade. No templo de Apoio, em Delfos, foi encontrada uma inscrição que dizia: eimi (no grego, “eu sou”). O trecho de João 8.58 alude ao presente texto, e isso refere-se à eternidade do Logo e à Sua união com DEUS Pai. “Eu sou... e além de mim não há DEUS” (Isa. 44.6). Temos aí uma declaração contrária ao politeísmo, o que provavelmente também está entendido no Eu Sou do presente texto. Seja como for, o Novo Nome de DEUS indicava uma nova revelação. O projeto de DEUS estava por trás dessa nova revelação.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 315.

 

DEUS prontamente lhe dá instruções completas a esse respeito. DEUS agora seria conhecido por dois nomes:

Um nome que denota o que Ele é em si mesmo (v. 14): Eu sou o que sou. Isto explica o seu nome Jeová, e significa:

(1) Que DEUS é autoexistente; Ele tem a sua existência em si mesmo, e não depende de ninguém. O maior e melhor homem do mundo deve dizer: “Pela graça de DEUS, sou o que sou”. Mas DEUS diz de uma forma absoluta - pois Ele é mais do que qualquer criatura, homem ou anjo, e só Ele pode dizer - “Eu sou o que sou”. Sendo autoexistente, só Ele pode ser autossuficiente, e, portanto, todo-suficiente, a fonte inesgotável de vida e alegria.

(2) Que DEUS é eterno e imutável, e sempre o mesmo, ontem, hoje, e eternamente; Ele pode ser aquilo que quiser ser. Ele é, Ele era, e Ele há de vir. Veja Apocalipse 1.8.

(3) Que não podemos, investigando, descobri-lo. Este é um nome que censura todas as indagações ousadas e curiosas a respeito de DEUS, e na verdade diz: Não pergunte o meu nome, visto que é segredo, Juízes 13.18; Provérbios 30.4. Perguntamos o que DEUS é? E suficiente para nós sabermos que Ele é o que é, o que Ele sempre foi, e sempre será. Quão pouco é o que temos ouvido dele! Jó 26.14.

(4) Que Ele é fiel e verdadeiro em todas as suas promessas, imutável em sua palavra assim como em sua natureza, e não um homem que mente. Que Israel saiba disso: EU SOU me enviou a vós.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 235.

 

 

III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO

1. O TERCEIRO MANDAMENTO.

Abusos contra o nome de DEUS. Vários desses abusos eram e continuam sendo possíveis:

1. O trivial. Até mesmo crentes exclamam, descuidadamente: “Ó meu DEUS!” E até mesmo crentes piedosos falam de modo frívolo acerca do Senhor, como se Ele fosse apenas um bichinho de estimação. Combato essa forma ridícula de teísmo de acordo com a qual qualquer pensamento ou ato trivial é lançado na conta do Senhor. Trata-se de uma forma de auto exaltação. Pois se o grande DEUS está conosco em questões tão pequenas, então quão importantes nós somos. Em contraste com isso, os israelitas piedosos nem ao menos pronunciavam o nome divino Yahweh, mas corrompiam-no de alguma forma, para não se tornarem culpados de estarem tomando o nome de DEUS em vão.

2. Nas artes mágicas e nos juramentos. Como nas conjurações e nos ritos pagãos. Ver Gên. 32.27,29. O nome de Yahweh não podia ser usado em tais atividades.

3. O nome de Yahweh não podia ser misturado com os nomes de divindades pagãs, como se fizesse parte de algum panteão gentílico.

4. A proibição do uso do nome divino incluía a ideia de empregar o nome de DEUS para invocar os mortos. O nome de Yahweh não podia ser misturado à bruxaria.

5. O nome de Yahweh não podia ser usado nos juramentos falsos, como se a veracidade de uma pessoa pudesse ser apoiada pelo grande DEUS (Lev. 19.12).

6. Embora o texto sagrado não o diga especificamente, temos aqui um mandamento contra toda espécie de profanação por meio de palavras, incluindo ou não os nomes divinos. O texto por certo subentende o uso devido da língua, em questões tanto sagradas quanto seculares.

“Maldições e juramentos devem-se ao desejo de impressionar os outros. A maneira mais fácil de chocar outra pessoa e chamar sua atenção é o uso de alguma coisa sagrada ou nome santo. Mas o efeito desgasta-se quase imediatamente, e a blasfêmia passa a ser apenas um hábito inconveniente, expressando impotência e fraqueza de caráter” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.).

Ameaças. Nenhuma punição é imposta aqui aos faltosos, mas fica entendido que o homem que usasse indevidamente o nome de Yahweh não escaparia do devido castigo.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.

 

O terceiro mandamento (Êx 20.7), embora não transgrida o segundo em seu conceito e intento, revela a importante ideia ideológica do Antigo Testamento de que DEUS pode se manifestar e se manifesta ou apresenta-se por meios que preservam sua temível e altiva transcendência ao mesmo tempo em que possibilita que a humanidade o encontre de formas relevantes. Nesse caso, o nome do Senhor quase se torna o alter ego dele, outra forma de falar dele e de sua proximidade.

O texto literal do mandamento é: “Não tomarás em vão o nome do Senhor”. Ou seja, o nome do Senhor, bem como ele mesmo, não pode ser usado para garantir ganho pessoal nem vantagem para si mesmo. Isso degrada o nome do Senhor a ponto de se tornar um xibolete ou um: “Abre-te Sésamo”, que transforma quem o pronuncia em mestre sobre a coisa, subvertendo, assim, o papel de soberano e de servo que suporta o relacionamento da aliança.

Já observamos que, no Oriente Próximo da Antiguidade e no Antigo Testamento, os nomes indicavam as circunstâncias de nascimento do indivíduo, algum traço de caráter que se manifestara depois ou alguma mudança radical na circunstância de vida que justificava a mudança de nome. Por isso, o nome do indivíduo era precioso e cheio de sentido, e não devia ser revogado nem alterado sem reflexão. O que era verdade no plano humano era infinitamente mais na esfera divina. Os vários nomes e epítetos de DEUS revelavam sua natureza e indicavam o que ele fizera ou faria no futuro. Eles eram poderosos, e seus nomes, quando invocados com temor e reverência por quem o conhecia, podiam fornecer conforto, alegria, libertação, redenção e qualquer outra coisa que fosse necessária para satisfazer a necessidade do homem. Contudo, entender o nome de DEUS como um mero mecanismo, um meio ex opere operato (por força do ato) e o usar estupidamente para promover um programa pessoal representava violar a aliança e revelar culpa diante do Senhor.

O texto, por sua vez, tem o cuidado de não dizer que o nome do Senhor nunca poderia ser usado de forma alguma por qualquer razão. Já em Gênesis 4, “começou-se a invocar o nome do Senhor” (v. 26). No sentido real, já havia a consciência de que o nome era um substituto para a pessoa mesma do Senhor. Mais tarde, Abraão chamou-o pelo nome (Gn 12.8; 13.4; 21.33), como também o fizeram Isaque (26.25) e Jacó (31.53). Em um interessante encontro noturno entre Jacó e um estranho anônimo, o último pediu a Jacó que revelasse seu nome, e quando este o fez, o estranho nomeou-o de Israel porque, conforme disse, “você lutou com DEUS e com homens e venceu” (Gn 32.28). A seguir, Jacó perguntou o nome do estranho, mas este se recusou a revelá-lo e, em vez de fazer isso, pronunciou uma bênção sobre Jacó. Mas Jacó entendeu, por meio do poder do estranho e sua autoridade para abençoar, que ele não era outro se não uma manifestação de DEUS (cf. Os 12.3,4). Por isso, Jacó chamou o lugar de Peniel (“face de DEUS”), dizendo: “Vi a DEUS face a face e, todavia, minha vida foi poupada” (Gn 32.30). Na verdade, é claro que ele não viu a DEUS, mas chegou a reconhecer seu antagonista como uma manifestação de DEUS, apesar da relutância deste em revelar seu nome.

Antes de anunciar o terceiro mandamento, examinemos o envolvimento de Moisés com o Senhor na sarça ardente e, depois, no Egito, pois esse fato fornece o dado mais útil para a reflexão teológica sobre os nomes de DEUS. Vendo a sarça arder, mas não ser consumida pelo fogo e, depois, ouvindo a ordem de que devia guiar seu povo para fora do Egito, Moisés sentiu um impulso esmagador de saber o nome daquele que podia executar tal fenômeno e despertar tal autoridade. O povo quereria conhecer esse nome, disse Moisés, e o que diria a eles? O epíteto DEUS não era suficiente, pois era muito carregado do ponto de vista ontológico e, ao mesmo tempo, muito genérico para transmitir o que ele estava para fazer. Apenas um nome com conteúdo teológico preciso forneceria discernimento e segurança para o povo em seu momento e circunstância específicos. Esse nome era Iavé (Senhor), o mesmo nome do Criador da humanidade (Gn 2) e o mesmo nome pelo qual clamavam os patriarcas. Eles o conheciam, em especial, pelo nome de El-Shaddai (Ex 6.3), mas Iavé, de acordo com o testemunho bíblico, também era familiar a eles (cf. Gn 9.26; 14.22; 15.2,8; 16.2; 21.33; 22.14; 24.12; etc.).22 Contudo, eles nunca precisaram dele para o que ele estava para fazer por Israel, a saber, para a redenção e a libertação. Assim, era importante que Moisés soubesse e usasse o nome apropriado para a situação histórica.

Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 330-331.

 

Tomar o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão é “recorrer ao irrealismo, ou seja servir-se do nome de DEUS para apelar ao que não é expressão do caráter divino”. Tal uso profano do nome de DEUS ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este mandamento não obsta o uso do nome de DEUS em juramentos verdadeiros e solenes.”

DEUS odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de CRISTO, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são culpados diante de DEUS (7) e só recebem misericórdia depois de se arrependerem. Os justos veneram o nome de DEUS por ser santo e sagrado.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag. 190.

 

2. JURAMENTO E PERJÚRIO.

I. Definição e Sentidos

Um juramento é uma solene confirmação em apoio a alguma declaração, ou então, uma promessa, reforçada por um apelo a DEUS, a alguma coisa sagrada, a alguma elevada autoridade, a alguma testemunha, que garanta a sinceridade e a intenção de quem jurou que cumprirá a sua declaração. Nos tribunais, tal confirmação da veracidade de uma declaração torna a pessoa passível de punição por perjúrio, se ficar provado que uma declaração importante sua é falsa. Um juramento também pode ser uma imprecação que, presumivelmente, tenha o poder de prejudicar àquele contra quem a imprecação é proferida. Utiliza-se um juramento para afirmar a veracidade de uma declaração qualquer, quando não há evidências presentes com esse propósito. A credibilidade de uma assertiva é fomentada por um juramento (ver Êxo. 22:10,11, Núm. 5:16 ssj). Um juramento submete aquele que jura ao escrutínio de DEUS. Presume-se que ninguém juraria e mentiria, ao mesmo tempo. A Bíblia ensina-nos que DEUS sempre tem consciência de nossos atos e de nossas palavras, e um juramento torna-nos responsáveis diante de DEUS, ainda com mais força.

Não jurarás falso (Lev. 19:12 e Êxo. 20:7) «...não tardarás em cumpri-lo...» (Deu. 23:22; ver Núm. 30:1-16). O costume de jurar era mais antigo que a lei. Foi adotado pela lei civil como algo necessário (Êxo. 22:11). O que JESUS condena não é a simples ideia da lei, e, sim, como nos casos do sexto e do sétimo mandamentos, os abusos ao princípio. Os judeus classificavam os juramentos, e alguns eram reputados mais importantes, de acordo com o objeto sobre o qual o juramento era feito. Juravam pelo céu, pela terra, por cidades como Jerusalém, por partes do corpo humano, como a cabeça, pela sinagoga, pelo templo, e muitas vezes pelo nome de DEUS (ou por respeito ao nome de DEUS), modificando o som, às vezes fazendo o nome de DEUS significar outra coisa, pelo modo de sua pronúncia. As vezes usavam os nomes dos deuses dos gentios em seus juramentos. Até hoje, em questão de profanação e juramentos, não há povo como os orientais. As formas de juramento e profanação são infinitas. Os judeus consideravam que só o juramento feito em nome de DEUS era importante e exigia cumprimento. Maimônides disse: «Se quis jurat per coelum, per terra, per solem, non est juramentum». (Se alguém jura pelo céu, pela terra, pelo sol, não é juramento). Filo também mostra a atitude dos judeus quando afirma que os juramentos pela terra, pelo céu, e outros tantos juramentos, não eram obrigatórios. O desenvolvimento do costume de juramentos debilitou a moral da honestidade e da sinceridade entre o povo. A multiplicação de juramentos criou um espírito superficial, inclinado à mentira. Foi principalmente isso que JESUS censurou.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4598-4599.

 

A manter uma consideração muito reverente ao santo nome de DEUS (v. 12), e não o conclamar como testemunha, seja: 1. De uma mentira: “[Não] jurareis falso pelo meu nome”. Já é ruim dizer uma mentira, porém jurar é muito pior. Ou: 2. De uma brincadeira, e impertinências: “Pois profanaríeis o nome do vosso DEUS” - usando-o com qualquer outro propósito diferente daquele para o qual deve ser religiosamente usado.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 410.

 

Na verdade, jurar pelo Seu nome (e não pelo de qualquer outro deus) era um sinal de que tal pessoa era um adorador de YHWH (Jr 4:2), e por isso era algo digno de louvor.

Uma razão mais profunda para tal proibição pode ser vista no fato de que DEUS era a única realidade viva para a mentalidade israelita. É por isso que Seu nome era sempre envolvido nos votos e juramentos, normalmente na fórmula “ tão certo como vive o Senhor” (2 Sm 2:27).

Usar tal frase e depois deixar de cumprir o voto era questionar a realidade da própria existência de DEUS.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 151.

 

3. MODALIDADES DE JURAMENTOS.

«De modo algum jureis». Provavelmente Tia. 5:12 foi diretamente copiado desse texto. Quatro são as interpretações dessa expressão. 1. Não jurar, se o juramento não estiver de acordo com a reverência devida a DEUS. 2. Não jurar de maneira superficial, como os judeus. 3. Não jurar de maneira superficial, como os judeus, ficando excluídos, entretanto, os juramentos civis, neste ensino. 4. Trata-se de uma proibição absoluta para qualquer tipo de juramento, sob qualquer circunstância.

COMO IDEAL mais elevado, provavelmente Seria melhor não jurar, especialmente na comunidade cristã. O homem honesto, aprovado por DEUS e que vive no espírito da lei, jamais teria necessidade de jurar, bastando o simples sim ou não. JESUS interpreta o espírito da lei, o ideal da humanidade. Lembrando-nos disso, pode-se afirmar que a simples interpretação das palavras de JESUS, seria exatamente esta: «De modo algum jureis, nem pelo céu...» etc. Contudo, infelizmente a sociedade não-regenerada não pode atingir tal ideal perfeito, porque há grande número de indivíduos indignos de confiança, e não seriam suficientes as simples palavras «sim» ou «não» para inspirar ,e garantir confiança nos tribunais de justiça. Assim, posto que a sociedade humana é imperfeita, tornam-se necessários os juramentos. JESUS não insistiria, por exemplo, para que o indivíduo que se irasse contra outrem fosse morto (vs. 22) e nem que o homem que cobiçasse outra mulher que não a sua arrancasse (literalmente) o seu olho direito. Assim sendo, JESUS também não proibiria juramentos exigidos pela lei, que fazem parte do costume legal em muitos lugares. CRISTO proíbe o espírito imprudente e orgulhoso com que faziam grandiosas mas falsas declarações em nome de DEUS, em nome do lugar onde DEUS habita (os céus), ou em nome de algum lugar associado ao seu nome, como o templo de Jerusalém. DEUS não é obrigado a apoiar esses juramentos imprudentes, e o homem santo não pode esperar que DEUS o faça. O emprego do nome de DEUS, nessas condições, não passa de uma forma de profanação. Como ideal perfeito, a proibição absoluta contra qualquer forma de juramento deve ser a interpretação correta; mas esse ideal não impediria o fato de ser esse o costume dos tribunais, que trata com homens malfeitos e desonestos. Provavelmente CRISTO expunha o ideal para o indivíduo, não incluindo os costumes próprios dos tribunais, isto é, não estava legislando.

Alguns comentaristas mostram que o próprio JESUS respondeu sob juramento (ver Mat. 26:63,64). E os apóstolos usaram juramentos nas Escrituras (Gál. 1:20; II Cor. 1:23; Rom. 1:9; Fl. 1:8; I Cor. 15:31). O Anjo do Senhor também jurou (Apo. 10:6). Essas referências mostram que a lei dos juramentos não é norma absoluta para todas as circunstâncias.

«Nem pelo céu». Não podemos jurar pelo céu, porque está associado ao nome e à pessoa de DEUS. O juramento pelo céu; portanto, é uma maneira de jurar pelo nome de DEUS. Tal juramento foi e ainda pode ser uma forma de profanação. DEUS não está obrigado a cumprir os desejos só porque usam o seu nome, especialmente quando profanam o seu nome.

«Nem pela terra». Porque a terra também está diretamente ligada a DEUS, por ser o «estrado de seus pés». (Ver Is. 66:1).

>>Pela cidade de Jerusalém>> Jerusalém é a cidade do grande Rei, isto é, DEUS. (Ver Sal. 48:2). Jurar por Jerusalém, pois, é uma maneira indireta de jurar pelo nome de DEUS. JESUS diria que o cumprimento de todos esses juramentos seria obrigatório porque estão vinculados ao nome de DEUS; mas também diria que, especificamente, o homem não tem o direito de usar o nome de DEUS para garantir a validade de qualquer juramento. Outrossim, o homem honesto não tem necessidade de confirmar o juramento com qualquer outro nome além do seu.

•Nem jures pela tua cabeça». Esse juramento provavelmente não era reputado como vinculado a DEUS; por isso era usado como meio de jurar sem cometer profanação. Mesmo assim alguns opinam que tal juramento inclui profanação do nome de DEUS, por ser o homem uma criatura feita por DEUS à sua própria imagem. Essa é uma verdade, mas o restante do versículo mostra que não foi por essa razão que JESUS destacou esse juramento como exemplo. CRISTO ilustra que o juramento feito pela própria cabeça constitui uma forma de profanação, apesar de não usar o nome de DEUS, pois em realidade ninguém exerce controle sobre a própria vida e não pode mudar, pela sua vontade, nem mesmo a cor de seus cabelos. Se o homem não pode nem ao menos mudar a cor de seus cabelos, como seria possível a ele confirmar ou garantir qualquer juramento feito por sua cabeça? Portanto, isso é uma tolice. Não podemos tratar de coisas sérias, como os juramentos, de maneira superficial (e a despeito do fato que alguém pode pensar não se tratar de questão séria). Além disso, a simples palavra do homem honesto deve ser suficiente. A cor de seus cabelos está fora do controle do homem, e por isso não pode servir de base para juramento algum.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 314.

 

Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, “jurar falsamente” - no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas JESUS disse: De maneira nenhuma jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça (34- 36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de DEUS vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: “Como o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os conclamou como testemunhas”. JESUS defendeu que DEUS está sempre presente quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente.

O mandamento de CRISTO foi: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não (37)

- ou, como Beck apresenta: “Simplesmente diga: ‘Sim, sim; não, não’ ’’.Apropria prática de jurar é um triste reflexo do caráter humano. JESUS exige honestidade o tempo todo, esteja um homem sob juramento ou não. Não há um padrão duplo para o cristão.

Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 60-61.

 

Mt 23.16-19 JESUS destacou a hipocrisia dos líderes com relação ao poder e à obrigatoriedade gerada pelos juramentos feitos a DEUS, tanto para a consagração ao serviço, como para as contribuições ligadas às posses. Os líderes deveriam ter sido guias para os cegos, mas em lugar disto eles mesmos eram cegos. São dados dois exemplos dos limites ridículos até onde o sistema excessivamente legalista tinham ido: jurar pelo Templo ou pelo ouro, e jurar pelo altar ou pela oferta. Em um caso o juramento não poderia ser quebrado, no outro sim.

JESUS exemplificou as minuciosas (e ridículas) diferenças.

Mt 23.20-22 JESUS tinha explicado que os seus seguidores não precisavam fazer nenhum juramento, pois fazer isto implicaria que não se poderia confiar na sua palavra (5.33-37). Os líderes, tentando criar diferenças nos juramentos, tinham perdido de vista o fato de que todos os juramentos são feitos diante de DEUS e deveriam ser igualmente obrigatórios. Em outras palavras, nenhum juramento deveria ser feito com uma brecha.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 137.

 

IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?

1. OBJETIVO DO TERCEIRO MANDAMENTO.

O Ideal. Como ideal mais elevado, provavelmente seria melhor não jurar, especialmente na comunidade cristã. O homem honesto, aprovado por DEUS e que vive no espírito da lei, jamais teria necessidade de jurar, bastando o simples sim ou não. JESUS interpreta o espírito da lei, o ideal da humanidade. Lembrando-nos disso, podemos afirmar que a simples interpretação das palavras de JESUS seria exatamente esta: «De modo algum jureis, nem pelo céu...» etc. Contudo, infelizmente a sociedade não-regenerada não pode atingir tal ideal perfeito, porque há grande número de indivíduos indignos de confiança, e não seriam suficientes as simples palavras «sim» ou «não» para inspirar e garantir confiança nos tribunais de justiça. Assim, posto que a sociedade humana é imperfeita, tornam-se necessários os juramentos. JESUS não insistiria, por exemplo, para que o indivíduo que se irasse contra outrem fosse morto (vs. 22) e nem que o homem que cobiçasse outra mulher que não a sua arrancasse (literalmente) o seu olho direito. Assim sendo, JESUS também não proibiria juramentos exigidos pela lei, que fazem parte do costume legal em muitos lugares. CRISTO proíbe o espírito imprudente e orgulhoso com que faziam grandiosas mas falsas declarações em nome de DEUS, em nome do lugar onde DEUS habita (os céus), ou em nome de algum lugar associado ao seu nome, como o templo de Jerusalém. DEUS não é obrigado a apoiar esses juramentos imprudentes, e o homem santo não pode esperar que DEUS o faça. O emprego do nome de DEUS, nessas condições, não passa de uma forma de profanação. Como ideal perfeito, a proibição absoluta contra qualquer forma de juramento deve ser a interpretação correta; mas esse ideal não impediria o fato de ser esse o costume dos tribunais, que trata com homens imperfeitos e desonestos. Provavelmente CRISTO expunha o ideal para o indivíduo, não incluindo os costumes próprios dos tribunais, isto é, não estava legislando.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4599-4600.

 

Sim, sim... não, não». A repetição da palavra é a confirmação ou não da verdade. A garantia da honestidade do indivíduo deve ser a confiança na sua simples palavra. Provavelmente JESUS insistiria que tal honestidade deve ser inspirada pela consciência da presença de DEUS e a relação do homem para com o Senhor. O homem cônscio da presença de DEUS e que sente responsabilidade para com DEUS, não mente. Tal honestidade não requer a confirmação de qualquer juramento. É o juramento feito—pelo homem desonesto—que não tem valor. A desonestidade de nossa natureza se expressa não apenas na tendência em nos desviarmos da verdade pura, mas também na esperança de que nossos semelhantes façam a mesma coisa. A prática dos juramentos apenas agrava essa situação, porque o próprio juramento é usado para enganar, confirmando de maneira séria uma desonestidade.

«Vem do maligno:». Alguns interpretam *do diabo», que é o ser maligno (Eut., Zig., Cris., Teof., Beza, Zwinglio, Fritzche, Meyer e outros). Ninguém negaria que, segundo as idéias básicas do N.T., todo mal tem origem na pessoa do diabo, direta ou indiretamente; mas a referência aqui é à perversidade dos homens que empregam o juramento com o fito de enganar e cumprir propósitos desonestos, profanando o nome de DEUS nesse processo. Dificilmente tais homens usam de juramentos sem algum tipo de maldade. O próprio juramento tende a provocar a maldade. Não jures. Aquele que jura, mente. Aquele que mente, rouba. Que mais não faria o homem?

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 316.

 

De acordo com JESUS, na vida diária não há necessidade nenhuma de juramento para asseverar e confirmar a verdade. Somente a sinceridade total, sem um juramento de garantia, assegura a verdadeira fraternidade. É que os escribas também recorriam, a toda hora, aos juramentos, inclusive para assuntos da vida cotidiana (p. ex., juro que almocei).

JESUS afirma: Vocês sequer devem jurar, i.é, vocês não devem fazer uso de todos esses juramentos de corroboração e juramentos compromissivos e não compromissivos. Vocês se enganam se pensam que, com essas artimanhas, podem escapar da maldição divina.

Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança.

 

2. A PROIBIÇÃO ABSOLUTA.

Esta passagem conclui com o mandamento de que quando alguém deve dizer sim, tem que dizer sim, e nada mais; e quando deve dizer não, tem que dizer não, e somente não.

O ideal é que ninguém precise de juramentos para garantir a verdade ou dar prova de sua vontade de cumprir uma promessa. O caráter da pessoa deveria fazer com que os juramentos fossem totalmente desnecessários. Sua garantia e suas testemunhas deveriam ser sua própria integridade. Sócrates, o grande orador e mestre grego, disse: "Deveríamos viver de tal maneira que nossas ações inspirassem mais confiança em nós que qualquer juramento." Clemente de Alexandria sustentava que os cristãos deveriam viver de tal modo e ser de tal caráter que ninguém jamais sonhasse sequer em pedir-lhes um juramento. A sociedade ideal seria aquela em que a palavra de qualquer indivíduo não necessitasse de juramento algum para garantir sua verdade, e as promessas não precisassem de juramentos para garantir seu cumprimento.

Proíbem estas palavras de JESUS que os cristãos jurem em situações tais como quando vai dar testemunho em um processo legal, ou no juramento à bandeira? Tem havido dois grupos que se negaram categoricamente a toda forma de juramento. Os primeiros foram os essênios, uma antiga seita judia. Josefo escreve a respeito deles: "São eminentes por sua fidelidade e são ministros de paz. Algo que digam é tão firme como um juramento. Evitam todo juramento, e o têm em mais baixa estima ainda que o perjúrio. Porque afirmam que quem não pode ser de confiança se não jurarem, já estão condenados."

E também estão, ainda em nossos dias, os quackers. Os quackers se negam rotundamente, qualquer que seja a situação em que se encontrem, a pronunciar juramentos. George Fox, um dos fundadores desta seita, o máximo que chegava era aceitar o uso da palavra "verdadeiramente". Escreveu: "Nunca enganei a ninguém durante toda aquela época (a que passou ocupado em negócios). Em todas as minhas transações importantes usava a palavra ‘verdadeiramente’." E muitos diziam: "Quando George Fox diz ‘verdadeiramente’ não há maneira de que mude." Na antiguidade os essênios não tinham pronunciado nenhum juramento, e até nossos dias, os tais estão na mesma postura.

Têm estes razão ao assumir esta atitude? Houve ocasiões nas quais o apóstolo Paulo jurou, como quando afirma: "Eu, porém, por minha vida, tomo a DEUS por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto" (2 Cor. 1:23). "Ora, acerca do que vos escrevo", diz na epístola aos Gálatas, "eis que diante de DEUS testifico que não minto" (Gál. 1:20). Nestes casos Paulo se está colocando sob juramento. O próprio JESUS não protestou quando o sumo sacerdote o pôs sob juramento: "Conjuro-te pelo DEUS vivo" – ponho-te sob juramento em nome de DEUS – "que nos digas se és o CRISTO, o Filho de DEUS" (Mateus 26:63).

Qual é então a situação?

Voltemos para a última parte do versículo 37. As versões correntes dizem: "O que disto passar vem do maligno." O que significam estas palavras? Somente podem significar duas coisas.

(a) Se for necessário pedir a alguém que jure, a necessidade surge do mal que se aninha no coração do homem. Se não houvesse mal no homem os juramentos seriam desnecessários. Em outras palavras, o fato de que seja necessário às vezes tomar juramento é uma demonstração da persistência do mal na natureza humana.

(b) O fato de que às vezes seja necessário pôr as pessoas sob juramento obedece a que o mundo em que vivemos é mau. Em um mundo perfeito, no Reino de DEUS, jamais seria necessário prestar juramento de nenhuma espécie. Faz-se necessário somente a causa do mal que há no mundo.

O que JESUS afirma é: o homem verdadeiramente bom não precisará jurar para que outros confiem nele; a veracidade de suas palavras e a firmeza de suas intenções não necessitam de tal garantia. Mas o fato de que ainda seja necessário às vezes tomar juramento das pessoas se deve ao fato de que os homens não são bons e este mundo tampouco o é.

Interpretado deste modo, a afirmação de JESUS nos obriga de duas maneiras. Obriga-nos a viver de tal maneira que, vendo nossa transparente bondade, ninguém creia necessário exigir que juremos para poder confiar em nossa palavra; e nos põe na obrigação de fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para que o mundo seja um lugar tal que não haja capacidade nele para a falsidade e a infidelidade, ao ponto de que possa abolir-se toda forma de juramento.

BARCLAY. William. Comentário Bíblico. FILIPENSES. pag. 173-175.

 

Mt 5.33-37. Quarta ilustração: juramentos. O alicerce do V.T, é Lv. 19:12 e Dt. 23:21 (confira com Êx. 20:7). Jurarás falso. Jurar em falso. O abuso que os judeus faziam dos juramentos, levou JESUS a dizer, de modo nenhum jureis. É difícil achar uma brecha nesta diretiva (veja também Tiago 5:12). Assim, o crente não deveria jurar para autenticar suas declarações. Até mesmo o Estado deveria geralmente permitir uma afirmação em lugar do juramento exigido. Pelo céu. Os judeus usavam a sua engenhosidade para classificar os diversos juramentos, e geralmente perdoavam aqueles que não mencionassem DEUS especificamente. JESUS mostrou que tal raciocínio enganosamente sutil era falso, pois DEUS continua implicado quando os homens invocam os céus, a terra, ou Jerusalém; e até quando se jura pela própria cabeça está implicado Aquele que tem poder sobre a mesma. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Uma solene afirmação ou negação é o suficiente para o crente. O que passa disto. Acrescentando juramentos às nossas declarações, ou admitimos que não se pode confiar em nossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundo mentiroso, que vem do maligno. Confira com Jo. 8:44.

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular. Mateus. pag. 25-26.

 

De maneira nenhuma jureis (34). É a proibição contra qualquer juramento. A lei mosaica introduziu o juramento, sob condições bem definidas, como proteção contra a desonestidade do coração humano. Mas o Senhor veio transformar o coração do homem, de sorte que o juramento não é mais necessário. Ele pode restaurar o quinhão primitivo e, assim, proíbe por completo o juramento e cumpre plenamente o propósito da lei.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Mateus. pag. 25.

 

3. A PROIBIÇÃO RELATIVA.

Mt 5.34. De maneira nenhuma, jureis é a tradução correta (ordem indireta e infinitivo aoristo). Claro que JESUS não proíbe juramentos em tribunais, porque ele mesmo respondeu a Caifás sob juramento (Mt 26.63,64). Paulo fez apelos solenes a DEUS (1 Co 15.31; 1 Ts 5.27). JESUS proíbe todas as formas de profanação. Os judeus eram mestres na arte de perder-se em minúcias sobre juramentos permissíveis ou formas de profanação, exatamente como fazem os cristãos de hoje sob o pretexto de uma grande variedade de “palavras de baixo calão”.

A. T. ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 74.

 

A determinação de CRISTO sobre este assunto é:

1. Que não devemos jurar, de maneira nenhuma, exceto quando estivermos devidamente obrigados a isto, e quando a justiça ou a caridade para com o nosso irmão, ou o respeito pela comunidade tornarem necessário o juramento para o fim da contenda (Hb 6.16). O magistrado civil deve ser, normalmente, o juiz desta necessidade.

Nós podemos ser jurados, mas não devemos jurar; podemos ser intimados, e desta maneira estar obrigados ao juramento, mas não devemos nos atirar a ele em busca de alguma vantagem terrena.

2. Que não devemos jurar superficial e irreverentemente, nas conversas comuns. E um pecado muito grande fazer um apelo absurdo à gloriosa Majestade do céu, que, sendo sagrada, sempre deve ser muito séria. E uma grande profanação do santo nome de DEUS, e uma das coisas sagradas que os filhos de Israel santificam ao Senhor. Este é um pecado que não tem disfarce; não há desculpa para ele, e, portanto, é um sinal de um coração desprovido da graça do Senhor, onde reina a inimizade contra DEUS: “Os teus inimigos tomam o teu nome. em vão” .

3. Que devemos, de uma maneira especial, evitar juramentos ao fazer alguma promessa, dos quais CRISTO particularmente fala aqui, pois estes juramentos devem ser cumpridos. A influência de um juramento afirmativo cessa imediatamente quando descobrimos fielmente a verdade e toda a verdade; mas um juramento de promessa compromete por tanto tempo, e pode ser rompido de tantas maneiras, pela surpresa e pela força de uma tentação, que não deve ser usado, exceto em algum caso de grande necessidade. O uso frequente de juramentos se reflete sobre os cristãos, que deveriam ter uma fidelidade reconhecida a ponto das suas palavras sóbrias serem tão sagradas quanto os seus juramentos solenes.

4. Que não devemos jurar por nenhuma outra criatura.

Parece que havia alguns que, como cortesia (pensavam eles) ao nome de DEUS, não fariam uso dele nos juramentos, mas juravam pelo céu, ou pela terra etc. Isto CRISTO proíbe aqui (v. 34), e mostra que não há nada por que possamos jurar, mas que isto está de uma maneira ou de outra relacionada com DEUS, que é a origem de todos os seres, e, portanto, é igualmente perigoso jurar por eles, quanto jurar pelo próprio DEUS. E a veracidade da criatura que é posta em jogo: isto não pode ser um instrumento de testemunho, mas tem relação com DEUS que é a Verdade principal.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 56-57.

 

De maneira nenhuma jureis (v. 34). A própria existência de um voto introduz um padrão de duplicidade. Fica implícito que a palavra da pessoa poderia nada valer, a menos que se fizesse acompanhar de algum tipo de garantia verbal.

Segundo a tradição judaica, os juramentos sob o nome de DEUS eram válidos, tinham força, mas os que excluíssem o nome de DEUS nada valiam.

JESUS agora nos ensina que os dois preceitos são enganosos, visto que necessariamente DEUS se envolve em cada transação — o céu é o seu trono, a terra é o estrado de seus pés, a cidade de Jerusalém é a cidade do grande Rei, e nós não conseguimos controlar nem mesmo a cor de nossos cabelos. (Barclay, vol. 1, pp. 159-60). Os que os seguidores de JESUS devem fazer é simplesmente dizer sim ou não, e honrar a palavra empenhada. Schweizer escreve: “Quando a palavra humana se deteriora de tal modo que sob certas circunstâncias sim pode significar não, e não sim, a comunidade está destruída” (p. 128). Estar sob o governo de DEUS (isto é, em seu reino) é ser digno de confiança absoluta e honesto de modo transparente. Afastar-se desse princípio é cair sob a influência do maligno.

Por toda a história da igreja tem havido crentes que acham que é errado fazer juramentos, sejam eles de que natureza forem. Entretanto, JESUS permitiu ao sumo-sacerdote que o colocasse sob juramento (Mateus 26:62-64), e Paulo invocou a DEUS, para que lhe servisse de testemunha (2 Coríntios 1:23; cp. Gaiatas 1:20). O assunto sob consideração em Mateus não é tanto a questão de se fazer um juramento, mas a necessidade de se falar a verdade em todas as ocasiões. E inevitável que JESUS penetre a fundo na legislação, para chegar aos princípios essenciais que ela pretende ensinar. Codificar o ensino de CRISTO é o mesmo que O destruir. As “regras” do Senhor vão muito mais longe do que toda nossa habilidade para regulamentar o exterior de modo satisfatório. Os princípios de JESUS nada exigem senão a entrega interior, total, aos propósitos e à natureza de DEUS.

Peter H. Davids. Comentário Bíblico Contemporâneo. Mateus. Editora Vida. pag. 58-59.

 

ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.

  

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ALIANÇA (PACTO, MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO) Pr. Henrique – 99-99152-0454
 
 
Sem o conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e entender o plano de redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento.
 
Sl 25.14 "O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz saber o seu pacto (aliança, ou concerto)"
 
Hb 10.19 "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;"     
 
***Somos um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17),
***Somos íntimos do senhor, como vimos acima,
Portanto, podemos conhecer a sua aliança, senão, vejamos:
A aliança pode ser feita por diversos motivos (guerras, amizade, amor, casamento, etc...).
 
 
A maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à obediência, enquanto a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento estão baseadas em sua graça.
 
ALIANÇA - (Strong Português) -  ברית b ̂eriyth
1) acordo, aliança, compromisso 
1a) entre homens 
1a1) tratado, aliança, associação (homem a homem) 
1a2) constituição, ordenança (do monarca para os súditos) 
1a3) acordo, compromisso (de homem para homem) 
1a4) aliança (referindo-se à amizade) 
1a5) aliança (referindo-se ao casamento) 
1b) entre DEUS e o homem 
1b1) aliança (referindo-se à amizade) 
1b2) aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
2) (expressões) 
2a) fazer uma aliança 
2b) manter a aliança 
2c) violação da aliança
 
***B ÊRYTH (Aliança Em Hebraico) = A Aliança Anterior É Feita Em Base De Igualdade, É Uma Troca, Um Acordo Em Que DEUS Me Dá E Eu Tenho Que Dar Para DEUS O Mesmo. É Condicional.
Existem leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as bênçãos da aliança alcancem seus aliançados.
O auge dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino de Israel na Terra (milênio).
 
***DIATHEKE (Aliança Em Grego) = A Nova Aliança É Diferente, É Superior, Pois DEUS Me Dá Tudo O Que Preciso Não Exigindo Nada Em Troca, A Não Ser Fé. É Incondicional.
Eu Não Tinha Nada De Bom A Oferecer, Só De Ruim: Pecado E Iniquidade; Mesmo Assim, DEUS Me Recebe Como Cabeça De Aliança E Me Dá A Salvação E Todas As Bênçãos Provindas Daí : Batismo Com ESPÍRITO SANTO, Dons Do ESPÍRITO SANTO, Participação No Ministério etc. 
 ***DEUS Faz Aliança Conosco, Em CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = Maior Sinal
 Não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, na fé em CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós.
 
São várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos destacar, aqui as duas mais importantes:
A aliança Abrahâmica (com H) e a nova aliança de DEUS conosco em CRISTO JESUS.
DEUS escolheu vir a nós através da aliança de sangue, costume antigo e muito utilizado pelos chefes de tribos e patriarcas não só naquela época, mas também nos dias de hoje, principalmente pelos ciganos e índios na África. No satanismo também é muito usado, pois satanás imita as coisas de DEUS e sabe quanto vale o sangue no reino espiritual. (Satanás usa sangue de galinha preta, de bodes, etc...)
 
Hb 9.22 "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt 23.34; 26.28; Jo 19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22
 
 
1- ALIANÇA ABRAHÂMICA
 
***São nove os requisitos (ou normas, ou leis) exigidos para se fazer aliança com alguém :
 
1.1-    TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS)
 
Exemplo: Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo."
 
Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."
 
1.2-    TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro tópico.
 
Exemplo: Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra"
 

 
Outro exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."
 
1.3-   CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com. Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis, através de uma faca de pedra (circuncisão).
 
Exemplo: Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós."
 
Outro exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário.
 
1.4-    SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era complemento do  tópico 3.
 
Exemplo: Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós."
 
Outro exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara."
 
1.5-    TROCA DE NOMES:  significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome.
 
Exemplo: Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;"
 
A partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim.
 
DEUS também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se apresenta como o DEUS de Abrahão.
Gn 26.24 "E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o DEUS de Abrahão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abrahão."
 
Gálatas 3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome, ABRAHÃO,  (recebe o H = ESPÍRITO, pela fé).
 
 

 
 
1.6-     TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18).
 
Em Dt 28 temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento, prometeu a teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. 13 E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu DEUS, que eu hoje te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, e não andando após outros deuses, para os servires."
 
Em Dt 28 temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira, de que não possas curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de coração. 29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e não haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não te será restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve."
  

 
 AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITAS ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.
 
 
1.7-     REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão. 
 

 
Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
 
 

 
 
1.8-     MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir.
 
Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender que:
***Este sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna.
***Daí a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim.
 
Jr 34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto (aliança, concerto), e não cumpriram as palavras do pacto (aliança, concerto) que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções.
Gênesis 15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas. 13 Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia. 17 Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades. 18 Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto (aliança, concerto) com Abrão, dizendo: Â tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates;
 
Interpretação:
a) Três animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO.
b) Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra, entre DEUS e homens.)
c) Uma rolinha e um pombinho voam, são do céu, significa que o PAI e o ESPÍRITO SANTO vão para o céu, JESUS fica para o sacrifício. O cordeiro é animal terreno, JESUS se torna homem, o cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 12.24 = se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas, se morrer dá muito fruto(Jo 1.36)
d) Fogo fumegante representa o modo como DEUS PAI apareceu no monte Sinai e sobre a tenda da congregação, bem como em outras manifestações.(Êx 19.18 "Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia fortemente".)
e) Tocha de fogo representa CRISTO ( Eu sou a luz do mundo - Jo 8.12 "Então JESUS tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.")
f) O Pai representando DEUS e o Filho representando o homem; assim a aliança foi feita entre DEUS  e os homens, em CRISTO, pois é pecador é fraco e não conseguiria afastar Satanás e vencê-lo.
 
1.9-     ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para servir de memorial) :
SEGUNDO MEMORIAL:
- Abrahão plantou um bosque. (E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do Senhor, DEUS eterno. Gênesis 21:33)
- Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, devem se lembrar da aliança.
 
Plantar árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13 "Entre os teus utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora, então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes). É o cuidado que DEUS tem com a natureza e com a saúde de seus filhos.
 
(No sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas).
 
 Gn 21.33 "Abraão plantou uma tamargueira em Berseba, e invocou ali o nome do Senhor, o DEUS eterno".
 
NOTE QUE A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE LEMBROU DO FILHO DE JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO COMO SEU INIMIGO.
2 Sm 4.4,6,8,10   Ora, Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Este era da idade de cinco anos quando chegaram de Jezreel as novas a respeito de Saul e Jônatas; pelo que sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo. O seu nome era Mefibosete. 
6 E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo.  
8 Então Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?  
10 Cultivar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa...
 
DAVI FOI LEAL À ALIANÇA QUE TINHA COMO O PAI DE MEFIBOSETE - DEUS TAMBÉM O LIVROU DE VER SEU REINO DIVIDIDO EM SEUS DIAS.
 
VEREMOS AGORA A NOVA ALIANÇA FEITA POR JESUS CRISTO COM O PAI, PELOS HOMENS, EM LUGAR DOS HOMENS, SUBSTITUINDO OS HOMENS PECADORES, SENDO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS HOMENS E DEUS PAI.
 
 
2-    NOVA ALIANÇA
 
***BHÊRITE (ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO.
 
***DIATEKE (ALIANÇA EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ.
EU NÃO TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQÜIDADE; MESMO ASSIM, DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO, PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO etc. 
 
***DEUS CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL
 
 
***JESUS CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA:
 
1. TROCA DE CINTO: 
- Ef 6.10-18 ARMAS.
Toda a armadura de DEUS - cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados nos pés na preparação do evangelho da paz; o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS, orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
 
- II Co 10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) -
 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de DEUS, e levando cativo todo entendimento à obediência de CRISTO,
 
2. TROCA DE TÚNICA: 
Fl 2.6-11 / Jo 10.17 / Cl 3.8-10; Mt 17:2; Apocalipse 3:5  - VESTES DE SANTIDADE E DE SALVAÇÃO.
Fl 2.6 que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Jo 10.17 Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.]
8 Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.
Mateus 17:2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. 
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. 
 
3. CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: 
Jo 20.25-29; Lc 2.21, 39; 1 Pd 1.18, 19
-Circuncisão interior.
Rm 2.28 "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. 29 Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de DEUS."
Lc 2.21 E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de JESUS, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18)
 
4. CICATRIZ: 
Jo 20.27; 1 Co 6:20; Ef 1.13
Jo 20.27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
 
Significa que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe de que lá no céu JESUS CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos comprou e que temos com ELE uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou com seu sangue.
 
1 Co 6.19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, o qual possuís da parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo."
NA EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS, PAULO FALA DO SELO.  
Ef 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa;
 
5. TROCA DE NOMES: 
Lc 5.24; Rm 8.16; Ef 1.13
JESUS gostava de se chamar "filho do homem", nós gostamos de ouvir o ESPÍRITO SANTO testificar com nosso espírito que somos filhos de DEUS. 
Lucas 5:24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS;" 
Ef 1.13 "No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para o louvor da sua glória." (Recebemos o "H" de DEUS)

6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA: 
Condições para entrar = Mt 10.32; Rm 10.8; Ef 2.8; Gl 3.13; Gl 5:4
NÃO é por merecimento, mas pela graça de DEUS mediante a fé: 
 
Ef 2.8,9 - 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie."
 
 Leis Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus. Bem-Aventuranças.
Ex.:Mt 5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
 
- Só tem bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se creres verás a glória de DEUS. (Rm 5.1,2; Hb 10.16).
Todas as maldições JESUS já levaram na cruz do calvário. Gl 3.13  
Gl 3:13 CRISTO nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 
 
QUEM ESTÁ NA LEI - DA GRAÇA CAIU
Gl 5:4 Separados estais de CRISTO, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.
 
7. REFEIÇÃO DA ALIANÇA: 
Ceia com os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA CEIA (Lc 22.7-23; Jo 6.51-54; 1 Co 11.26)
 
Lc 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
Jo 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
 
8. MORTE DE UM ANIMAL: 
Jo 1.29; Jo 19.30; Rm 6.88; 8.10; 1 Pd 1.18, 19
JESUS é o cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado do mundo.
Jo 1.29 No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo.
 
Lembrando que no batismo nas águas nós morremos.
Rm 6.88 Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos,
  
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO.
 
  
 
9. ARVORE MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) : 
Mt 26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7
 
Cruz ensanguentada no calvário.
Mt 26:28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
 
Palavra fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14)
Rm 12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional.
Cl 2:14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Fp 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Hb 9.14 quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo?
1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado.  
 
***MAIOR SINAL DA ALIANÇA:
CRISTO, NUM CORPO DE HOMEM NO CÉU; AQUI O ESPÍRITO SANTO MORANDO DENTRO DE NÓS, NA TERRA.
HÁ UM HOMEM (JESUS) LÁ EM CIMA E DEUS (ESPÍRITO SANTO) AQUI NA TERRA.**
 
 
 
DISPENSAÇÕES E ALIANÇAS:
 
DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA
Homem colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de amor, temor e amizade, sendo advertido das consequências da desobediência; a mulher é enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação satânica, o orgulho prevalece (1 Tm 2.14).
A aliança Edêmica prepara o plano de salvação do homem, agora o homem teria novas normas:
a) Encher a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a semente pecaminosa de adão.
b) Subjugar a terra para subsistência.
c) Lutar pelo domínio sobre toda a criação.
d) Comer ervas e frutos com suor e fadiga.
e) Zelar pelo jardim.
f) Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
 
 
DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA
O homem passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e amaldiçoado.
A aliança Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para que se chegue a DEUS.
a) Satanás, através da serpente é amaldiçoado.
b) Ouve-se a primeira promessa de um Redentor. (vv 15)
c) A condição da mulher mudada (vv 16) para concepção multiplicada e com dor e sujeição ao homem, devido à necessidade de governo. (1 Co 11.7-9)
d) A terra amaldiçoada por causa do homem (vv 17)
e) O inevitável cansaço da vida (vv 17)
f) O trabalho instituído no Éden (Gn 2.15)
g) A morte física decretada (vv 19)
 
DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA.
Governo do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS
A aliança com Noé tem como base:
a) Confirmação de relação homem-terra.
b) Confirmação de ordem da natureza.
c) Estabelecimento do governo humano.
d) Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris).
e) De Cão procederia raça inferior e servil.
f) Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO.
g) Declaração profética de que Jafé  seria de raça dilatada, ou seja inteligente.
 
DISPENSAÇÃO DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA
A promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl 3.8-16)
A aliança Abraâmica tem oito partes distintas:
a) Farei de ti uma grande nação, em um sentido natural e espiritual.
b) Abençoar-te-ei, em dois sentidos, materialmente e espiritualmente.
c) Engrandecerei o teu Nome.
d) Serei teu escudo e galardão.
e) Tu serás uma benção.
f) Abençoarei os que te abençoarem.
g) amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
h) Por meio de ti serão benditas todas as  famílias da terra.
 
DISPENSAÇÃO DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA
Foi dada para mostrar o pecado Rm 3.20.  Do Sinai ao calvário, do Êxodo à Cruz. Terminou, envelheceu, durou até João Batista Hb 8.13; Mt 11.13; Lc 16.16;
Veja:
5.1- O estado do homem no começo (Ex 19.1-3).
5.2- Sua responsabilidade (Êx 19.5,6).
5.3- Seu fracasso (II Rs 17.7-17).
5.4- O julgamento (II Rs 14.1-6,20)
 
A lei foi dada verbalmente em Êx 20.1-17, depois foi escrita por DEUS em tábuas de pedra e entregues a Moisés  que as quebra devido à idolatria do povo (Êx 34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na presença de DEUS  (Êx 34.1,28,29).
 
*** A aliança Mosaica constitui-se de :
a) Os mandamentos (Êx 20.1-26)
b) Os Juízos (Êx 21.1 a 24.11)
c) As ordenanças (Êx 24.12-31.18)
Lembrando de que o SENHOR JESUS resumiu toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27)
 
***A aliança Palestiniana  foi  feita com os Israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta anos, devido à sua rebeldia para com DEUS. Era na realidade um preparação para que entrassem na terra prometida e era ao mesmo tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25)
 
***A aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34) Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando JESUS governará pessoalmente a Israel terrestre.
 
DISPENSAÇÃO DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA  E  A NOVA ALIANÇA
Aqui a palavra-chave é “graça”. Da crucificação até a volta de JESUS em duas etapas, uma no arrebatamento e outra no final da grande tribulação. Na dispensação da graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS CRISTO e não pelas obras. Ef 2.8.
A nova aliança é feita com base em melhores promessas, pois não só nos oferece a possessão de terra ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas acima de tudo isso oferece-nos a salvação, a vida eterna com DEUS, no céu onde não há traça e nem ferrugem, mas paz, gozo e alegria eternos, no espírito, coisas superiores portanto, pois são eternas.
Na nova aliança temos como único mediador JESUS CRISTO (1Tm 2.5), a velha aliança perdeu seu valor, pois  esta é superior (Rm 10.4); Lembramos sempre dessa nova aliança ao cearmos (Lc 22.20; Mc 14.24; 1Co 11.23-32)
 
DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU  DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA MILÊNICA
JESUS CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e senhor dos senhores literalmente, seu reino será literal em cumprimento à promessa feita a Davi. Mt 19.28.
Neste tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2), Os crentes reinarão com CRISTO nessa época (Ap 20.4).
A primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e início do milênio.(Ap 20.5)
Satanás será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15)
 
***Algumas promessas para quem for fiel a essa aliança:
 »APOCALIPSE [21]
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de DEUS, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de DEUS está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e DEUS mesmo estará com eles.
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6 Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida.
7 Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu filho.
Agora pegue a bíblia em Mateus, capítulo 1, versículo 1, segure aí e pegue em Apocalipse 22.21 – tudo isso são bênçãos de DEUS para nós, aproveite e leia tudo; AMÉM?
 
ALIANÇA. Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto" como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Alianças Bíblicas Específicas
1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois DEUS era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8).
As partes desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo. Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque DEUS trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de DEUS (Gn 11.4-9). O Resultado era a promessa de que DEUS nunca mais destruiria a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que DEUS iria manter esta aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco-íris (9.12-17).
2. Aliança Abraâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem qualquer condição a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Genesis 17.1: "Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito"; e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Genesis 22.16ss., quando DEUS diz, "Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei".
As partes desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada por DEUS a Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de DEUS de oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados foram: a promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em uma grande nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tornando-a numerosa como a areia do mar (Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates. Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado através da sua descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por sua vez dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande aliança era o juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16; Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn 15.9,10,17).
3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
 
O CONCERTO DO SINAI.
Aliança Mosaica ou do Sinai.
Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos.
(1) Um preâmbulo: "Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Ex 20.2a), identificava o autor da aliança, e correspondia a cada introdução como "Estas são as palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho favorito do deus do trovão etc..." (ANET, p. 203).
(2) Um prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura..."Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub permaneça leal ao rei da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais ninguém" (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26.
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: "Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra" (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado nos textos extrabíblicos" esta é a conclusão de Gene M. Tucker ("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu DEUS, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tornar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimónia de ratificação da aliança, para representar a "morte" das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo.
(5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js 24.22).
(6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js 8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época:
(a) DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200 a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a. C. não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.).
(6) A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro mandamentos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e não a mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão "faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita a mesma aplicação da lei: "Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e dos cristãos.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-odm-1tr15-deus-da-sua-lei-ao-povo-de-israel.htm
 
A Aliança de DEUS Conosco por Intermédio de CRISTO é Indestrutível e Eterna
“Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios”. Sl.89.34
DEUS onipotente, Criador, o Alfa e o ômega, firmou uma aliança eterna conosco! Tudo de que precisamos – redenção, força, saúde, prosperidade – foi previsto, providenciado e garantido nessa aliança PODEROSA E INDESTRUTÍVEL.
Para entender com clareza esse pacto, você precisa compreender plenamente o tipo de aliança que DEUS fez conosco e o que significa firmar uma aliança.
A palavra hebraica para aliança é extraída da raiz brith, que significa “ligar”. O termo usado junto a essa palavra no contexto da aliança é karath, que quer dizer “cortar”. Refere-se ao corte cerimonial dos animais do sacrifício, que faz parte do ritual da aliança. Isso na verdade apontava para o sacrifício de sangue – a expiação no Antigo Testamento – que selava a Aliança.
A palavra grega para “aliança” significa “um contrato”, “um testamento”. No novo Testamento, a mesma palavra usada para “aliança” é usada para “testamento”. Colocando de maneira bem simples, a nossa aliança com DEUS é o “TÍTULO DE PROPRIEDADE” de nossa herança. É um contrato, um acordo com implicação legal entre DEUS e nós. Várias formas de “cortar uma aliança” eram praticadas na antiguidade. E, em algumas partes do mundo, ainda são observadas. Embora essas várias maneiras de estabelecer uma aliança sejam formas corrompidas do conceito original de DEUS, elas nos permitem uma compreensão mais profunda da extensão da aliança que Ele fez conosco.
As alianças entre DEUS e o homem contêm basicamente os seguintes elementos:
Uma declaração dos termos e das promessas do acordo;
Um juramento, de cada parte, de que os termos do acordo serão observados;
Uma maldição sobre a parte que romper o acordo;
O “selo” da aliança por algum ato externo, como o sacrifício de sangue – o seu derramamento sobre as partes envolvidas ou uma refeição sacrifical.
Você deve conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que possa posicionar-se e enfrentar o inimigo com autoridade e poder.
DEUS falou por meio de Isaías: “‘Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem será removida a minha aliança de paz’, diz o Senhor, que tem compaixão de você”. Is.54.10.
https://andrekerigma.wordpress.com/estudos/a-alianca-de-deus-conosco-por-intermedio-de-cristo-e-indestrutivel-e-eterna/
 
Bibliografia: A Bíblia Explicada, S.E.Mcnair;
Conhecendo as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman;
Bíblia de Estudo Pentecostal, Apostila FAETEL módulo VI
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/01/estudo-alianca-de-sangue-pr-henrique.html
 
ALIANÇA - DICIONÁRIO Wycliffe
Embora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan, que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da adoração ao sexo praticada por Canaã, então DEUS, por meio de Moisés, procurou isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33; 34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de DEUS sobre eles tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué, não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe, Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro. A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no estabelecimento de uma frota mercante, mas DEUS não se agradou com isso e a frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17). 
Em hebraico, uma “aliança״ é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’ ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto “pacto”como “último desejo e testamento”), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Profecia - As alianças abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de CRISTO, e o seu reinado milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos relacionados ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A maneira como estas duas correntes de profecia deve ser interpretada determina finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial, A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada passagem bíblica sobre escatologia.

 

 

 

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Referências Bibliográficas (outras estão acima)

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.

Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.

BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.

www.ebdweb.com.br

www.escoladominical.net

www.gospelbook.net

www.portalebd.org.br/

http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm

 

 

 

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REVISTA BETEL 4TR24, NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 4, BETEL, Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em vão. A Santidade e a Honra ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, Tema, OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- CONHECENDO O TERCEIRO MANDAMENTO

1.1. A importância do mandamento 

1.2. O nome sagrado de DEUS 

1.3. O tetragrama

2- A AUTORIDADE DE UM NOME

2.1. O significado de um nome 

2.2. Um nome sem igual 

2.3. Revelação de DEUS em Seus nomes 

3- RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE

3.1. Freando a profanação 

3.2. Honrando o nome de DEUS 

3.3. Crucificando o velho homem 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Não tomarás o nome do Senhor, teu DEUS, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7

 

VERDADE APLICADA

Nosso viver em todas as áreas deve estar de acordo com nossa identidade de discípulos de CRISTO, para que DEUS seja glorificado.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar a importância do terceiro mandamento
Mostrar a relação entre o nome de DEUS e Sua pessoa
Explicar que devemos honrar esse poderoso nome.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - MATEUS 5
33- Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.
34- Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de DEUS;
35- Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
36- Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Lv 19.12 Não devemos profanar o nome de DEUS.
TERÇA | 1 Sm 25.17-25 Aprenda a não errar com o erro dos outros.
QUARTA | Is 46.9-10 Não há outro DEUS.
QUINTA | Ef 2.19 Somos concidadãos dos Santos.
SEXTA | 1 TS 5.22 Devemos nos abster de toda aparência do mal.
SÁBADO | Tg 5.12 Que a nossa palavra seja sim, sim e não, não.


HINOS SUGERIDOS: 154, 327, 526

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o nome de DEUS seja honrado em nossas vidas.

 

PONTO DE PARTIDA: O nome de DEUS é santo

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o terceiro dos Dez Mandamentos, que trata acerca da responsabilidade e reverência para com o nome de DEUS, de acordo com as Sagradas Escrituras.

 

1- CONHECENDO O TERCEIRO MANDAMENTO

O terceiro mandamento trata da reverência para com o santo nome de DEUS. Fala acerca da responsabilidade de não usar Seu nome em vão, ou de maneira leviana, porque DEUS não terá por inocente quem assim o fizer.

 

1.1. A importância do mandamento 

DEUS não nos deu mandamentos apenas como ordenanças. A finalidade desses mandamentos é sempre nos conduzir a uma vida melhor, mais pura, e nos afastar dos pecados que o mundo oferece. Eles mostram tanto o que devemos fazer, quanto o que devemos evitar para ir mais adiante [1Ts 5.22]. O primeiro mandamento nos mostra qual deve ser a atitude do nosso coração para com DEUS, o segundo revela que devemos adorar a DEUS conforme o Seu querer. O terceiro mandamento ensina sobre a relevância do respeito e da reverência por parte de todo aquele que faz uso do Nome do Senhor. O terceiro mandamento não é apenas um mandamento sobre como devemos falar, mas, sim, um mandamento sobre como devemos andar. O terceiro mandamento defende a honra do nome de DEUS. Não tomar o nome de DEUS em vão requer mais de nós do que nossas palavras [Ex 20.7].

 

No Antigo Testamento, o nome representava muito mais que a distinção entre uma pessoa e outra, o nome era a representação do que uma pessoa expressava, era o caráter e a índole do indivíduo. O nome de DEUS é santo e o terceiro mandamento lembra aos judeus e a todos nós que DEUS é por demais grandioso para que Seu nome seja pronunciado em vão. Por tradição, os judeus não usam jamais Seu nome, mas falam em Adonai (o Senhor) ou Hashem (O Nome).

 

1.2. O nome sagrado de DEUS 

No encontro com Moisés diante de uma sarça ardente, DEUS aparece a Moisés como verdadeiramente é, e como deseja ser conhecido de todos nós. Moisés tinha um problema, sabia que havia muitos deuses no Egito, mas como distinguir o DEUS verdadeiro dos demais? Moisés, então, Lhe afirma que, quando chegasse diante dos filhos de Israel e dissesse que o DEUS de seus pais o havia enviado, eles iriam perguntar Seu nome, então disse a DEUS: Que lhes direi? [Ex 3.13]. E o Senhor lhe disse: “EU SOU O QUE SOU” [Êx 3.14]. R. Alan Cole (Êxodo Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 67), comenta: “Possivelmente “Eu serei o que serei”. Esta frase sugestiva é uma referência clara ao nome YHWH. “Yahweh”, provavelmente, é considerado uma abreviação da frase toda, como se todas as palavras fossem colocadas juntas formando uma só.” É conhecido como o “tetragrama”. Encontramos em outro texto bíblico a identificação do tetragrama como o “nome glorioso e terrível” [Dt 28.58].”. Esse nome O apresenta como a origem de tudo o que tem origem. Como a fonte da vida, aquele que é por Si mesmo, a causa primordial [At 17.28].

 

O Tetragrama “YHWH” descrito aqui em Êxodo 3.14 aparece em três tempos verbais: passado, presente e futuro (“foi, serei e sou”). Quando o medo do futuro assola, devemos olhar para o passado e ver que Ele foi conosco; no presente não devemos temer porque Ele está conosco, e no futuro não devemos nos preocupar porque Ele estará conosco. DEUS não se limita apenas a existir, Ele existe e age a todo tempo em nosso favor [Is 46.9-10].

 

1.3. O tetragrama

O tetragrama consiste em quatro letras hebraicas: yodh, he, waw e he. Algumas versões da Bíblia traduzem o tetragrama como “Yahweh” ou “Jeová”. O nome Jeová é o resultado de palavras, alfabetos e línguas diferentes. Devido ao medo de acidentalmente tomar o nome de DEUS em vão [Lv 24.16], os judeus basicamente pararam de dizer isso em voz alta. Em vez disso, ao ler as Escrituras em voz alta, os judeus substituíram o tetragrama “YHWH” pela palavra Adonai (“Senhor”). Mesmo na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), os tradutores substituíram por Kurios (“Senhor”) o Nome Divino. Eventualmente, as vogais de Adonai (“Senhor”) ou Elohim (“DEUS”) encontraram seu caminho entre as consoantes de YHWH, formando assim YaHWeH. Mas até hoje não se sabe a pronúncia correta do tetragrama.

 

Jeová é, na verdade, uma variante muito posterior (provavelmente do século 16). A palavra Jeová vem de uma versão de três sílabas de YHWH, YeHoWeH. O Y foi substituído por um J (embora o hebraico nem tenha som de J) e o W por um V, mais a vogal extra no meio, resultando em JeHoVaH. Essas vogais são as formas abreviadas do tempo imperfeito, a forma participial e o tempo perfeito do verbo hebraico “ser”. Assim, o significado de Jeová pode ser entendido como “Aquele que será, é e foi” [Êx 3.14].

 

EU ENSINEI QUE:

O terceiro mandamento trata da reverência para com o nome de DEUS.

 

2- A AUTORIDADE DE UM NOME

Nosso Senhor JESUS, em oração pelos Seus discípulos, disse que tinha revelado o Nome de DEUS Pai àqueles que lhes foram dados [Jo 17.6]. Revelar o nome de DEUS é tornar conhecido o Seu caráter. O profeta Isaías já tinha anunciado centenas de anos antes que o povo do Senhor iria conhecer o Seu nome [Is 52.6]. Assim, o nome de DEUS aponta para, entre outros aspectos, o Seu caráter, Seus atributos, Sua autoridade, Sua honra e glória.

 

2.1. O significado de um nome 

O nome na cultura bíblica é muito mais do que uma palavra com a qual chamamos uma pessoa. Quando se falava do nome de alguém, estava incluído ali tudo o que aquela pessoa era como pessoa, pois toda a sua reputação estava encerrada ali naquele nome. Temos como bom exemplo o nome de Nabal, o marido de Abigail. Mas por que se chamava por esse nome? Porque ele era um homem mau e irredutível. Ninguém conseguia conversar com ele [1Sm 25.17]. Curiosamente o nome Nabal no hebraico é uma palavra para “louco”. Os intérpretes dizem que o significado do nome Nabal transmite o sentido de um vazio que expressa a loucura da impiedade interior [1Sm 25.25]. É possível entender pela Escritura que Nabal era uma verdadeira personificação da loucura.

 

Nabal, esposo de Abigail, é apresentado pela Escritura como um homem impiedoso e inconsequente. Não existe nenhum outro registro ou informação biográfica sobre sua pessoa, a não ser esse. Nabal é descrito pelo significado de seu nome [1Sm 25.25]. Vemos que Nabal não agiu da forma que agiu por pura tolice, mas porque ele era insensível e cruel. Ele não tinha qualquer consideração pelas questões éticas ou religiosas.

 

2.2. Um nome sem igual 

Uma das primeiras responsabilidades de um pai é a de escolher um nome para dar aos filhos. Não é uma tarefa fácil, às vezes são colocados nomes para a escolha numa lista, algum ente querido ou de sucesso da família pode ser homenageado, ou escolher um nome significativo que represente algo para o bebê (Pv 22.1]. A grande verdade é que nomes “são dados”, nunca escolhidos. Os seres humanos não dão nomes a si mesmos porque dar um nome é uma questão de autoridade. A primeira maneira dos pais exercerem autoridade é dando nome a uma criança. O interessante é que no caso de DEUS ninguém lhe deu um nome, Seu nome foi escolhido e revelado por Ele mesmo [Êx 3.14]. Este é o sinal de sua autoridade. Seu nome existe antes de todos os demais existirem [Êx 15.3; Is 46.9-10]. Não podemos dizer a DEUS quem Ele é. Ele nos diz.

 

Sabemos que o nome de DEUS é muito mais do que um nome, é Sua própria identidade. Um nome pode dar forma e limite às coisas, mas quando se trata de DEUS e de Seu nome as coisas podem ser muito complexas porque Seu nome não é simplesmente uma forma de nos dirigirmos a Ele, Seu nome é Sua própria reputação. Assim, devemos usar Seu nome numa perspectiva santa. Esse cuidado deve se aplicar à Sua Palavra, à oração, nossa forma de comunicação com Ele.

 

2.3. Revelação de DEUS em Seus nomes 

DEUS adverte em Sua Palavra que não terá por inocente aquele que tomar o Seu nome em vão. Portanto, devemos concentrar nossa atenção no significado do nome de DEUS nas Escrituras. O nome do Senhor é santo, assim como Ele é santo. O nome do Senhor é uma representação de Sua glória, Sua majestade e Sua suprema divindade [Hc 3.3]. Assim como no passado, toda a reputação de uma pessoa estava concentrada em seu nome, com DEUS acontece do mesmo modo. O nome de DEUS é uma revelação de Si mesmo como Criador e Redentor, de modo que exaltar Seu nome é exaltar ao próprio DEUS, bem como menosprezá-lo e tomá-lo como algo sem valor implica em menosprezo da própria pessoa de DEUS. Portanto, o fato de termos sidos adotados por DEUS e poder chamá-Lo de Pai, não nos isenta do cuidado, respeito e da reverência devidos ao SANTO Nome de DEUS.

 

Na cultura dos tempos bíblicos, um nome era muito mais do que uma palavra para designar, para chamar ou identificar uma pessoa. O terceiro mandamento nos adverte a que nos aproximemos de DEUS e das coisas que a Ele pertencem com toda a reverência possível [Ex 20.7]. Entendemos que o foco desse mandamento é a honra, a reputação, a majestade, a glória de DEUS e o temor reverente que tudo isso deve produzir em nós.

 

EU ENSINEI QUE:

O nome de DEUS aponta para, entre outros aspectos, o Seu caráter, Seus atributos, Sua autoridade, Sua honra e glória.

 

3- RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE

O primeiro pedido na oração que JESUS ensinou aos Seus discípulos é: “Santificado seja o teu nome” [Mt 6.9]. Portanto, o terceiro mandamento aponta para o dever do povo DEUS de não desprezar o Nome do Senhor, seja por pensamentos, conduta ou pela fala, mas “tratado como santo”, dando-Lhe a devida honra em nosso viver diário.

 

3.1. Freando a profanação 

Por causa da grandeza do nome de DEUS, qualquer uso do Seu nome que traga desonra a Ele ou ao Seu caráter é tomar o Seu nome em vão. Salmo 111.9 diz que Seu nome é “santo e tremendo”, e a oração do Senhor revela que a reverência a DEUS deve ser a nossa prioridade máxima [Mt 6.9]. O terceiro mandamento tem como objetivo colocar um freio na mentira, restringir os juramentos e dessa maneira evitar a profanação do nome divino [Lv 19.12; Tg 5.12]. Tomar o nome de DEUS em vão é usá-lo em conversas triviais, fúteis e insignificantes. A palavra hebraica para “vão” deriva de uma raiz que significa “estar vazio”, no sentido de não ter valor ou substância. Invocar o nome de DEUS de forma superficial ou de pouca importância, equivale a tomar o nome de DEUS em vão.

 

Kevin DeYoung (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 67): “A pior coisa que pode não ser autêntica a nosso respeito somos nós mesmos. Esse pode ser o caso de alguns de nós. Vamos à igreja, cantamos músicas. Dizemos as coisas certas. Mas isso não é a realidade de nossas vidas. Escute, se somos chamados pelo santo nome de DEUS, não devemos manchar esse nome vivendo como se nossa conduta não dissesse respeito a Ele nem a Sua glória.”

 

3.2. Honrando o nome de DEUS 

Qual seria o valor do nome de DEUS para nós? Quando não vivemos à altura do nosso compromisso cristão, nós representamos mal a DEUS. Arrastamos na lama o nome da família [Ef 2.19]. O apóstolo Paulo falou de algumas pessoas que faziam isso nos seus dias, declarando: “o nome de DEUS é blasfemado entre os gentios por causa de vós” [Rm 2.24]. Também representamos mal a DEUS quando usamos o sagrado nome de maneira leviana e frívola ou o empregamos em expressões vulgares e obscenas [Ef 5.4]. Quando fazemos isso, dizemos a todos que o nome de DEUS não é santo, que não tem valor nem importância para nós. Seria ainda mais grave usar o nome de DEUS para afirmar algo que é falso, ou deixar de cumprir uma promessa que fizemos em Seu nome [Dt 5.20].

 

Kevin DeYoung (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 67): “Se você quiser um simples resumo do terceiro mandamento uma exortação do Novo Testamento traduzindo em linguagem positiva tudo o que ele exige de nós aqui está: “Tudo o que vocês fizerem, em palavras ou ações, façam em nome do Senhor JESUS, dando graças ao DEUS Pai por meio dele” [Cl 3.17]. Obedecemos ao terceiro mandamento vivendo como cristãos, falando e fazendo tudo de acordo com o nome da família. Pois, quando fazemos tudo o que fazemos – e fazemos em CRISTO, por CRISTO e para CRISTO, mostramos que esse é o nome que valorizamos, o nome que amamos e o nome que está acima de todos os nomes.”

 

3.3. Crucificando o velho homem 

Para aquele que é compromissado com o Senhor, mandamento algum é pesado ou impossível de se cumprir, porque a nova vida em CRISTO nos remete a certeza de que Ele sempre nos fortalecerá, sempre virá em nosso auxílio. A mudança que ocorre quando entregamos a vida a CRISTO é tão grande que não é exagero falar dela como uma “morte” ou mesmo uma “crucificação”. É a execução da pessoa pecadora que costumávamos ser [Rm 6.6-11]. Quando somos transformados pela renovação do nosso entendimento [Rm 12.2], desaparecem os velhos padrões de pensamento desordenados e destrutivos. Novos gostos e novos valores assumem o comando. Nossos motivos e alvos são tão diferentes que se pode realmente afirmar que a pessoa que éramos morreu e uma nova nasceu.

 

Comentário Bíblico Moody – Volume 1 (Imprensa Batista Regular, 1984, p. 90): “O terceiro mandamento proíbe o uso do nome de DEUS “a serviço da incredulidade e mentira”. Consubstanciar nossa falsidade apelando para DEUS provoca juízo certo. Aqui também se pode descobrir o poder moral para a injunção feita aos cristãos, “que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” [Ef 4.1], isto é, não tomar o nome de CRISTO em vão.”

 

EU ENSINEI QUE:

O terceiro mandamento aponta para o dever do povo DEUS de não desprezar o nome do Senhor.

 

CONCLUSÃO

Considerando que aguardamos confiantes desfrutar da “glória que em nós há de ser revelada” [Rm 8.18], dependemos em todo tempo da Palavra de DEUS e da ação do ESPÍRITO SANTO, bem como do contínuo cultivo de uma vida de oração e vigilância, para que nosso viver seja de acordo com a vontade de DEUS e, assim, seja “tudo para a glória de DEUS” [1Co 10.31].