Escrita Lição 12, CPAD, O Papel Da Pregação No Culto, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, CPAD, O Papel Da Pregação No Culto, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO
1. A pregação como Proclamação
2. O caso emblemático de Lídia (At 16.14)
3. A pregação como instrução
II – O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA
1. A edificação da igreja
2. Formação de valores
3. Resistindo diante de uma cultura sem DEUS III – O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO
1. Deve ser cristocêntrico
2. Deve ser bíblico
 
 
TEXTO ÁUREO
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Pregar a Palavra de DEUS é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.23 A proclamação da Palavra de DEUS
Terça – Mt 5.1,2 A disposição em ensinar a Palavra de DEUS
Quarta – 1 Tm 4.13 Perseverando em exortar com a Palavra de DEUS
Quinta – At 8.5 Pregando a CRISTO em todo tempo e lugar
Sexta – At 2.40 A pregação como resposta a uma geração sem DEUS
Sábado – At 8.35 As Escrituras como a base da pregação
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 4.1-5
1 - Conjuro- te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 - Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
 
4.3,4 NÃO SOFRERÃO A SÃ DOUTRINA. No decurso da história da igreja sempre houve aqueles que não amam a sã doutrina. À medida que o fim se aproxima, a situação nesse sentido tornar-se-á pior (cf. 3.1-5; 1 Tm 4.1). (1) "Não sofrerão a sã doutrina" (v. 3). Muitos professarão ser cristãos, frequentarão as igrejas e mostrarão que servem a DEUS, mas não aceitarão a fé apostólica original do NT, nem as exigências bíblicas ordenando que o crente separe-se da injustiça (3.5; cf. Rm 1.16). (2) "Desviarão os ouvidos da verdade" (v. 4). A autêntica pregação bíblica de um homem de DEUS não mais será aceita por muitas igrejas. Os desviados da verdade desejarão sermões que apresentem um evangelho menos exigente (cf. 2.18; 3.7,8; 1 Tm 6.5; Tt 1.14). Já não aceitarão trechos da Palavra de DEUS que tratam de arrependimento, pecado, perdição, necessidade da santidade e de separação do mundo (cf. 2Tm 3.15-17; Jr 5.31; Ez 33.32). (3) "Amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (v. 3). Esses falsos crentes não quererão pastores segundo os padrões da Palavra de DEUS (cf. 1.13,14; 1 Tm 3.1-10), mas buscarão os que toleram seus desejos egoístas e mundanos. Escolherão pregadores com dons de oratória, com a habilidade de divertir o povo e com uma mensagem que lhes assegure que é possível ser crente e continuar vivendo segundo a carne (cf. Rm 8.4-13; 2 Pe 2). (4) O ESPÍRITO SANTO adverte todos que permanecem fiéis a DEUS e se submetem à sua Palavra, que lhes aguardam perseguição e sofrimento, por amor à justiça (2Tm 3.10-12; Mt 5.10-12). Além disso, devem separar-se das pessoas, das igrejas e das instituições que negam o poder de DEUS para a salvação, e que pregam um evangelho modificado (3.5; ver Gl 1.9; 1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1; Jd 3; Ap 2.24). Devemos sempre ser leais ao evangelho do NT e aos fiéis ministros de DEUS que o proclamam. Assim, poderemos ter certeza de estreita comunhão com CRISTO (Ap 3.20-22) e de tempos de refrigério pela presença do Senhor (At 3.19,20)
4.4 À VERDADE. A Palavra de DEUS deve ser nosso supremo guia quanto à verdade e norma de vida. (1) Devemos ter a Palavra de DEUS, dada pelo ESPÍRITO SANTO, como nosso guia único e suficiente, no julgamento daquilo que cremos e fazemos. (2) A tendência de certas igrejas de formular doutrinas, práticas ou novas verdades, partindo de experiências subjetivas, de milagres, do sucesso, dos alvos centralizados nos homens, sem sólida autenticidade bíblica, será um dos meios principais de Satanás semear engano durante a apostasia dos últimos dias (ver Mt 24.5,11; 2 Ts 2.11)
 
 
Hinos Sugeridos: 499, 505, 559 da Harpa Cristã
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Pregação
O motivo comum, presente em todas as referências bíblicas sobre a pregação, diz respeito a uma proclamação pública. A palavra mais característica no NT é kerusso (mais de 60 vezes), que significa “proclamar como um arauto”. No mundo da Antiguidade o arauto era a figura principal para transmitir informações oficiais e todos os decretos reais. Uma segunda palavra, euaggelizomai (mais de 50 ocorrências) enfatiza a boa qualidade da mensagem (da primitiva palavra eus) e das boas notícias.
A natureza da pregação bíblica depende de seu conteúdo específico e da audiência à qual ela é dirigida. Considera-se que, normalmente, o conteúdo da pregação das epístolas seja o “evangelho” (Rm 1.15; 15.20; 1 Co 1.17) com algumas variações, como “CRISTO” (1 Co 15.12), “CRISTO crucificado” (1 Co 1.23) ou a “palavra da fé” (Rm 10.8), que são mensagens para o mundo não cristão.
Entretanto, Paulo e seus companheiros também pregavam para assembleias de crentes e essa pregação consistia de uma mistura de instruções e discipulado, exortação ética e encorajamento escatológico. Nos estudos bíblicos atuais esse último tipo de discurso público é chamado didaehe (ensino), que se distingue, de forma um pouco categórica, de kerygma (pregação). Embora essa diferenciação seja válida, ela não deve ser levada a extremos. Os Sinóticos mostram uma superposição de termos (cf. Mt 4.23, com seus paralelos), e em Atos 15.21 Tiago faz referência a uma leitura semanal da Torá, na Sinagoga, como pregação.
Talvez fosse de maior utilidade subdividir a pregação em termos de audiência. Quando um pregador coloca-se à frente de seus ouvintes ele proclama a morte, ressurreição e exaltação de CRISTO. Esta é uma resposta à definição de C.H. Dodd sobre pregação como “a proclamação pública do cristianismo para o mundo não cristão” (The Apostolic Preaching and Ita Deuelopments, Nova York. Harper, 1949, p. 7), que atualmente corresponde ao que chamamos de “pregação evangélica”. Mas, quando o pregador coloca-se ao lado de seus ouvintes, sua mensagem toma a forma do habitual sermão das manhãs de domingo.
De acordo com esse princípio, o primeiro tipo tem poucos antecedentes no AT sendo que, em um certo sentido, os oráculos proféticos contra os inimigos de Israel (por exemplo, Obadias) e o ministério de Jonas em Nínive foram seus precursores.
A pregação, no sentido de instrução e exortação, pode ser traçada até Esdras, que lia as Escrituras e, em seguida, expressava uma livre interpretação para que as pessoas pudessem entender (Ne 8.8). Na época do NT essa prática havia se transformado em uma parte importante do serviço da Sinagoga. Filo informa que o conteúdo de tais sermões era “o que havia de melhor e certo, e comprovadamente aproveitável”, e que seu propósito era “fazer com que a vida como um todo crescesse e se tornasse algo melhor” (de spectalibus legibus, ii.62). O sermão de JESUS de Nazaré (Lc 4.16ss.) foi proclamado em uma ocasião semelhante, como aconteceu com muitos sermões de Paulo (cf. At 13.14ss.).
Um dos avanços mais importantes do recente estudo do NT foi a cristalização da proclamação apostólica primitiva - do kerygma, como agora é chamado (a transliteração do grego não deve nos levar à interpretação errada de que kerygma tenha sido seu nome técnico naqueles tempos). O professor Dodd, de Cambridge, abriu-nos o caminho. Acompanhando sua abordagem (comparando os primeiros discursos de Atos com os fragmentos pré-paulinos embutidos nas epístolas), mas alterando ligeiramente sua ênfase, entendemos o kerygma apostólico, como “a proclamação da morte, ressurreição e exaltação de JESUS que levou a uma avaliação de sua pessoa, tanto como Senhor quanto como o CRISTO, confrontou o homem com a necessidade do arrependimento e prometeu o perdão dos pecados” (R. H. Mounce, The Essential Nature of New Testament Preaching, Grand Rapids. Eerdmans, 1960, p. 84).
Essa proclamação, feita dentro de um sentido de urgência (1 Co 9.16), apelava para a consciência de cada homem através de uma clara afirmação da verdade (2 Co 4.2) que, na maioria das vezes, encontrou uma certa oposição (cf. 2 Co 11.23-28). Como ela exigia a fé por parte do ouvinte, tomava o cuidado de não obscurecer sua mensagem pelo uso de palavras arrogantes, ou por uma eloquente sabedoria (1 Co 1.17; 2.1-4).
O kerygma, ou mensagem do evangelho do NT, surgiu conforme o que poderíamos chamar de três estágios. Primeiro, apareceu em cena João Batista como um arauto messiânico proclamando; “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.2), A ele coube a tarefa de preparar a nação para a vinda daquele que batiza com o ESPÍRITO SANTO (Mc 1.8). Depois veio o Senhor JESUS proclamando a chegada do reino de DEUS. Aquele momento tão aguardado, previsto pelos profetas de antigamente, havia agora repentinamente irrompido na história. O “ano aceitável do Senhor” (Lc 4.19) havia chegado, e o reino já era uma realidade presente (Lc 11.20; 16.16). Essa verdade básica representava o fundamento de todos os ensinos do Senhor JESUS.
Podemos observar uma mudança na terminologia quando passamos dos Evangelhos para o livro de Atos e para as epístolas. A mensagem do “reino de DEUS”, de repente, transforma-se em “CRISTO crucificado” (1 Co 1.23; 15.12) ou “CRISTO JESUS, o Senhor” (2 Co 4.5). Entretanto, a continuidade dessa mensagem permanece imperturbável porque CRISTO é o reino. E é dentro e através desse grande ato de redenção, centrado em JESUS CRISTO, que DEUS estabeleceu a sua soberania na história. Embora esse reino agora exista sob uma forma espiritual, chegará o dia em que ele manifestar-se-á abertamente a toda criação (Fp 2.9-11). Por isso, somos incentivados a orar (Mt 6.10).
Esse grande evento ainda representa a responsabilidade da pregação bíblica. Não será um desmistificado kerygma que trará a redenção, mas a proclamação do seu CRISTO motivada e dirigida pelo ESPÍRITO. A fidelidade a essa mensagem essencial caracteriza o verdadeiro arauto de DEUS em nosso cenário contemporâneo.
No AT, a palavra “pregador” ou “pregar” é empregada com dois sentidos: (1) Em Eclesiastes 1.2, ela é a tradução de uma palavra que significa “agrupador”, isto é, aquele que se dirige a uma assembleia pública, (2)         Em Neemias 6.7, Sambalate acusa Neemias: “Puseste profetas para pregarem de ti em Jerusalém”; esta expressão significa divulgar ou proclamar Neemias como rei. Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
 
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2 Timóteo 4.1-5
1 - Conjuro- te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 - Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
 
Os Deveres Ministeriais. A Expectativa Alegre do Apóstolo
2 Timóteo 4:1-5 (Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT)
Observe:
I Quão solenemente essa ordem é introduzida (v. 1): Conjuro-te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino. Observe: Os melhores homens precisam ter um grande temor na execução do seu dever. O trabalho de ministro não é uma coisa indiferente, mas absolutamente necessária. Ai daquele que não anunciar o evangelho (1 Co 9.16). Para levá-lo à fidelidade, ele deve considerar:
1. Que o olho de DEUS e de JESUS CRISTO estava sobre ele: Conjuro-te diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO; isto é, “como tu guardas o favor de DEUS e JESUS CRISTO; como tu buscas ser aprovado por DEUS e por JESUS CRISTO, tanto pelas obrigações da religião natural quanto da religião revelada; como tu darás retorno ao DEUS que te criou e ao Senhor JESUS CRISTO te redimiu”.
2. Ele o conjura já que terá de responder a isso no grande dia, lembrando-o do julgamento vindouro, que é confiado ao Senhor JESUS. Ele julgará os vivos e os mortos na sua vinda e no seu Reino, ou seja, quando Ele aparecer no seu Reino. Isso interessa a todos, tanto aos ministros quanto às pessoas. Eles devem considerar seriamente a prestação de contas que terão de dar em breve a JESUS CRISTO de todos os depósitos colocados neles. CRISTO há de julgar os vivos e os mortos, isto é, aqueles que no último dia estarão vivos e aqueles que serão ressuscitados dos seus túmulos. Observe: (1) O Senhor JESUS CRISTO julgará os vivos e os mortos. DEUS deu ao Filho todo o juízo e o constituiu juiz dos vivos e dos mortos (At 10.42). (2) Ele aparecerá; Ele virá a segunda vez; será uma aparição gloriosa, como a palavra epifaneia indica. (3) Então o seu Reino aparecerá em sua glória: na sua vinda e no seu Reino; porque Ele então virá no seu Reino, sentado em um trono, para julgar o mundo.
II O assunto da conjuração (vv. 2-5).
1. Ele é conjurado a pregar a palavra. Essa é a função dos ministros: uma revelação é confiada a eles. Não são as suas próprias ideias e concepções que devem pregar, mas a pura e clara Palavra de DEUS; e eles não a devem corromper, mas com sinceridade falam de CRISTO, como de DEUS na presença de DEUS (2 Co 2.17).
2. Ele é conjurado a instar o que pregava e a instilar a Palavra com toda seriedade nos seus ouvintes: “Insta a tempo e fora de tempo, redargue, repreende, exorta; faz esse trabalho com todo fervor de espírito. Insiste com aqueles que estão debaixo da tua responsabilidade a tomarem cuidado com o pecado e a cumprirem o seu dever: insiste para que se arrependam, creiam e vivam uma vida santa, a tempo e fora de tempo. A tempo, quando estiverem livres para ouvir a ti, quando alguma oportunidade especial se apresentar de falar a eles. Não somente isso, mas faze-o fora de tempo, mesmo quando não há a aparente probabilidade para despertá-los para o evangelho, porque tu não sabes, mas o ESPÍRITO de DEUS pode fazer isso neles; porque o vento sopra onde quer; e pela manhã, semeamos a nossa semente e, à tarde, não retiramos a nossa mão” (Ec 11.6). Devemos fazê-lo a tempo, isto é, não deixar escapar a oportunidade; e fazê-lo fora de tempo, isto é, não esquivar-nos do dever, com o pretexto de que é fora de tempo.
3. Ele deve falar às pessoas a respeito das suas faltas: “Redargue, repreende. Convence as pessoas perversas do mal e do perigo dos seus caminhos perversos. Procura esforçar-te, lidando claramente com elas, para levá-las ao arrependimento. Repreende-as com seriedade e autoridade, em nome de CRISTO, para que tomem o seu desagrado como uma indicação do desagrado de DEUS”.
4. Ele deve orientar, encorajar e estimular aqueles que começaram bem. “Exorta (persuada a permanecer firme e perseverar até o fim) com toda a longanimidade e doutrina”. (1) Ele deve fazê-lo com muita paciência: com toda a longanimidade. “Se você não vir o resultado dos seus esforços no presente, não entregue os pontos; não se dê o luxo de ficar cansado e desanimado em falar com eles”. Enquanto DEUS mostra a eles toda longanimidade, os ministros devem exortar com toda longanimidade. (2) Ele deve fazê-lo racionalmente, não com paixão, mas com doutrina, ou seja: “Para submetê-los às boas práticas, instile neles bons princípios. Ensine-os a verdade em JESUS, submeta-os a uma fé firme. Isso será um meio de tirá-los do mal e trazê-los para o bem”. Observe: [1] O trabalho do ministro tem várias partes: ele deve pregar a palavra, redarguir, repreender e exortar. [2] Ele deve ser muito diligente e cuidadoso. Ele deve instar a tempo e fora de tempo. Ele não deve poupar esforços, mas deve ser insistente com eles para cuidar da alma e dos interesses eternos deles.
5. Ele deve ser sóbrio em tudo. “Procure uma oportunidade para fazer-lhes o bem; não deixe escapar a oportunidade, por meio da sua negligência. Esteja atento ao seu trabalho. Esteja atento contra as tentações de Satanás, para não ser distraído. Zele pelas almas daqueles que foram confiados a você”.
6. Ele deve contar com as aflições, suportá-las e tirar o máximo proveito delas. Kakopatheson, suporta com paciência. “Não desanime diante das dificuldades, mas suporte-as com uma serenidade de espírito. Habitue-se às privações”.
7. Ele deve conservar na memória o seu ofício e realizar as suas tarefas: Faze a obra de um evangelista. O ofício dos evangelistas era, como representante dos apóstolos, regar as igrejas que os apóstolos tinham plantado. Eles não eram pastores estabelecidos, mas, por algum tempo moravam em determinado local e supervisionavam as igrejas que os apóstolos haviam plantado, até que estivessem estabelecidas debaixo de um ministério estável. Esse era o trabalho de Timóteo.
8. Ele deve cumprir o seu ministério: Cumpre o teu ministério. Havia uma grande confiança depositada nele, e, portanto, ele deve corresponder a essa confiança e realizar todas as partes do seu ofício com diligência e cuidado. Observe: (1) Um ministro deve contar com aflições no cumprimento fiel do seu dever. (2) Ele deve suportá-las com paciência, como um herói cristão. (3) Essas aflições não devem desanimá-lo em seu trabalho, porque ele deve fazer o seu trabalho, e cumprir o seu ministério. (4) A melhor maneira de cumprir o nosso ministério é realizá-lo integralmente, em todas as suas partes com o trabalho apropriado.
III Os motivos para reforçar a ordem.
1. Porque erros e heresias estavam sendo introduzidos na igreja, por meio dos quais a mente de muitos cristãos professos seria corrompida (vv. 3,4): “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina. Portanto, aproveita o tempo presente, quando suportarão a sã doutrina. Procura esforçar-se agora, porque é época de plantio; quando os campos estão brancos para a colheita, lança a foice, porque o vento presente da oportunidade logo acabará.
Não sofrerão (suportarão) a sã doutrina. Haverá aqueles que amontoarão para si doutores e desviarão os ouvidos da verdade; portanto, segura tantos quantos puderes, para que, quando essas tempestades e tumultos surgirem, eles estejam bem firmados e a apostasia deles seja impedida”. As pessoas devem ouvir, e ministros devem pregar, para o tempo futuro, e guardá-los das injúrias que provavelmente surgirão no futuro, embora ainda não tenham surgido. Eles desviarão os ouvidos da verdade. Eles se cansarão do verdadeiro evangelho de CRISTO, e, então, se voltarão às fábulas e terão prazer nelas, e DEUS os entregará à operação do erro, porque não receberam a verdade em amor (2 Ts 2.11,12). Observe: (1) Esses doutores foram amontoados por eles e não foram enviados por DEUS, mas eles os escolheram para satisfazer as suas concupiscências e as cócegas dos seus ouvidos. (2) As pessoas agem assim quando não suportam a sã doutrina, a pregação perscrutadora, clara e com propósito e aí escolhem seus próprios doutores. (3) Há uma grande diferença entre a Palavra de DEUS e a palavra desses doutores; uma é a sã doutrina, a palavra da verdade, a outra é formada apenas de fábulas. (4) Esses que se voltam às fábulas, primeiro afastam seus ouvidos da verdade, porque não conseguem ouvir e prestar atenção nas duas coisas, da mesma forma que não podem servir a dois senhores. Por isso, lemos: voltando às fábulas. DEUS, de maneira justa, permite que aqueles que se cansaram da verdade se voltem às fábulas e os entrega para que sejam desviados da verdade pelas fábulas.
 
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2 Timóteo 4.1-5
1 - Conjuro- te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 - Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
 
INSTRUÇÕES FINAIS (4.1-22) - Comentário - NVI (F.F.Bruce)
 
1) Uma exortação solene (4.1-5)
Paulo tem algumas palavras finais de exortação a Timóteo. O simples fato de que são dirigidas por alguém que está esperando o martírio a um colega jovem sobre o qual em breve recairão pesadas responsabilidades lhes confere um tom grave. Seu tom solene é destacado ainda pela forma da sua introdução — eu o exorto (diamartpromaj cf. 1Tm 5.21). Não é uma expressão que Paulo coloca de forma leviana nos seus lábios, ele a pronuncia na presença de DEUS e de CRISTO JESUS. Ele fala como alguém que é responsável pelas suas palavras e faz referência ao julgamento. Timóteo, também, precisa reconhecer que são ordens dadas com a autoridade do céu e que CRISTO JESUS, que há de julgar os vivos e os mortos vai pedir conta dele com relação ao cumprimento dessas obrigações. Paulo fortalece ainda mais o seu apelo ao lembrar Timóteo da manifestação do Salvador e do seu Reino que ela vai consumar. A vida precisa ser vivida, e o serviço precisa ser realizado com vistas a esses gloriosos eventos.
Na tarefa quíntupla de Timóteo, transmitida a ele em concisos imperativos, Pregue ou anuncie a palavra é fundamental. Tão essencial é isso que ele não pode considerar ocasião alguma como inoportuna. Ele precisa adotar uma abordagem variada — repreenda, corrija, exorte -, assim, como tem sido sugerido com frequência, dirigindo-se à razão, à consciência e à vontade. Os homens às vezes são
lentos para aprender, provocativos na sua reação contrária à mensagem. Ele precisa mostrar toda a paciência -, sua pregação não pode estar divorciada da instrução meticulosa (doutrina).
A situação vislumbrada pelo apóstolo (v. 3,4) conduz à realização dessas orientações duplamente importantes. A sã doutrina será rejeitada, sendo grandes demais suas exigências. Em vez disso, sentindo coceira nos ouvidos e desejando simplesmente ser entretidas, as pessoas juntarão 'mestres que lhes dirão somente o que querem ouvir. A verdade ainda será ensinada, mas elas se recusarão a dar ouvidos a ela, preferindo voltar-se para os mitos (cf. 1Tm 1.4; 4.7; Tt 1.4).
Voltando-se para Timóteo novamente (v. 5a; cf. 3.10,14), Paulo lhe ordena que não se deixe levar por esse estado de coisas; antes, ele precisa ser firme e estar disposto a sofrer se houver necessidade. Sua responsabilidade é fazer a obra de um evangelista. Aqui está sendo usado como um dom específico da lista de Ef 4.11, a exortação consiste em mais do que a responsabilidade que está sobre todos os cristãos de difundir o evangelho. Uma ordem breve mas abrangente — cumpra plenamente o seu ministério — conclui o parágrafo (COM MODIFICAÇÃO DO Pr. Henrique).
 
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A PALAVRA DE DEUS (Estudos Doutrinários – BEP - CPAD)
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
 
A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS.
A expressão “a palavra de DEUS” (também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias aplicações na Bíblia.
(1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo quanto DEUS tem falado diretamente. Quando DEUS falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16.17; Gn 3.9-19). o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de DEUS. De modo semelhante. Ele se dirigiu a Abraão (e.g.. Gn 12.1-3). a Isaque (e.g.. Gn 26.1-5). a Jacó (e.g.. Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g.. Êx 3-4). DEUS também falou à totalidade da nação de Israel. no monte Sinai. ao proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras de DEUS. (2) Além da fala direta. DEUS ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de DEUS. assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”. ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando. portanto. os israelitas ouviam as palavras do profeta. ouviam. na verdade. a palavra de DEUS. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”. o que falavam e proclamavam era. verdadeiramente. a palavra de DEUS. O sermão de Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41). por exemplo. criou tamanha comoção que. “no sábado seguinte. ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de DEUS” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos tessalonicenses que. “havendo recebido de nós a palavra da pregação de DEUS. a recebestes. não como palavra de homens. mas (segundo é. na verdade) como palavra de DEUS” (1Ts 2.13; cf. At 8.25). (4) Além disso. tudo quanto JESUS falava era palavra de DEUS. pois Ele. antes de tudo. é DEUS (Jo 1.1.18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas. escritor do terceiro evangelho. declara explicitamente que. quando as pessoas ouviam a JESUS. ouviam na verdade a palavra de DEUS (Lc 5.1). Note como. em contraste com os profetas do AT. JESUS introduzia seus ditos: Eu “vos digo...” (e.g.. Mt 5.18.20.22.23.32.39; 11.22.24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras. Ele tinha dentro de si mesmo a autoridade divina para falar a palavra de DEUS. É tão importante ouvir as palavras de JESUS. pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). JESUS, na realidade, está tão estreitamente identificado com a palavra de DEUS que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1.14; 1Jo 1.1; Ap 19.13-16; ver Jo 1.1). (5) A palavra de DEUS é o registro do que os profetas. apóstolos e JESUS falaram. i.e.. a própria Bíblia. No NT. quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”. “Davi disse”, “o ESPÍRITO SANTO diz”. ou “DEUS diz”. nenhuma diferença fazia (ver At 3.22; Rm 10.5.19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava escrito na Bíblia era. sem dúvida alguma. a palavra de DEUS. (6) Mesmo não estando no mesmo nível das Escrituras. a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas. na igreja de hoje. pode ser chamada a palavra de DEUS. (a) Pedro indicou que. a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação. era palavra de DEUS (1Pe 1.25). e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação. porém. não pode existir independentemente da Palavra de DEUS.
Na realidade. o teste para se determinar se a palavra de DEUS está sendo proclamada num sermão. ou mensagem. é se ela corresponde exatamente à Palavra de DEUS escrita (b) O que se diz de uma pessoa que recebe uma profecia. ou revelação. no âmbito do culto de adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo. ou não. a palavra de DEUS? A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à avaliação por outros profetas. Todavia. há a possibilidade de tais profecias não serem palavra de DEUS (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas. hoje. falam sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31).
 
O PODER DA PALAVRA DE DEUS.
A palavra de DEUS permanece firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24.25). Não é. porém. estática; é dinâmica e poderosa (cf. Hb 4.12). pois realiza grandes coisas (55.11). (1) A palavra de DEUS é criadora. Segundo a narrativa da criação. as coisas vieram a existir à medida que DEUS falava a sua palavra (e.g.. Gn 1.3.4.6.7.9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33.6. 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé. entendemos que os mundos. pela palavra de DEUS. foram criados”(Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De conformidade com João. a Palavra que DEUS usou para criar todas as coisas foi JESUS CRISTO (Jo 1.1-3). (2) A palavra de DEUS sustenta a criação. Nas palavras do escritor aos Hebreus. DEUS sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora. essa palavra relaciona-se com JESUS CRISTO segundo Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [JESUS]” (Cl 1.17). (3) A palavra de DEUS tem o poder de outorgar vida nova. Pedro testifica que nascemos de novo “pela palavra de DEUS. viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio JESUS é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1). (4) A palavra de DEUS também libera graça. poder e revelação. por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a JESUS CRISTO. Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem. assim a palavra que sai da boca de DEUS nos leva a crescer espiritualmente (55.10.11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que. ao bebermos do leite puro da palavra de DEUS. crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2). (5) A palavra de DEUS é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf. Ap 19.13-15). JESUS derrotou Satanás. pois fazia uso da Palavra de DEUS: “Está escrito” (i.e.. “consta como a Palavra infalível de DEUS”; cf. Lc 4.1-11; ver Mt 4.1-11). (6) Finalmente. a palavra de DEUS tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio JESUS assegurou que a sua palavra condenará os que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de DEUS julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de DEUS. acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.
 
NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS.
A Bíblia descreve. em linguagem clara e inconfundível. como devemos proceder quanto a palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1.2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar. no Senhor. a palavra de DEUS (Sl 56.4.10). amá-la (Sl 119.47.113). e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16.47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13). ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11). confiar nela (Sl 119.42). e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74.81.114; 130.5). Acima de tudo. devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17.67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames. DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15 e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
 
 
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LIÇÃO 12 1Tr24 NA ÍNTEGRA
 
Escrita Lição 12, CPAD, O Papel Da Pregação No Culto, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
 
 
TEXTO ÁUREO
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Pregar a Palavra de DEUS é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.23 A proclamação da Palavra de DEUS
Terça – Mt 5.1,2 A disposição em ensinar a Palavra de DEUS
Quarta – 1 Tm 4.13 Perseverando em exortar com a Palavra de DEUS
Quinta – At 8.5 Pregando a CRISTO em todo tempo e lugar
Sexta – At 2.40 A pregação como resposta a uma geração sem DEUS
Sábado – At 8.35 As Escrituras como a base da pregação
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 4.1-5
1 - Conjuro- te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 - Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a importância da pregação da Palavra de DEUS no culto cristão. Vamos refletir a respeito do Ministério da Palavra e de seu propósito no culto. Perceberemos que a pregação da Palavra de DEUS traz edificação ao Corpo de CRISTO, bem como atua na formação de valores do povo de DEUS. Nesse sentido, veremos que o Ministério da Palavra deve ser exercido de maneira cristocêntrica e, sobretudo, fundamentado na Bíblia.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar o Ministério da Palavra e seu propósito; II) Enfatizar a importância do Ministério da Palavra; III) Explicitar a fundamentação do Ministério da Palavra.
B) Motivação: A pregação da Palavra de DEUS é o antídoto divino para formar os cristãos, edificar a Igreja de CRISTO e influenciar os crentes a terem vidas mais piedosas. Por isso, desde os primórdios da Igreja, o Ministério da Palavra teve primazia no culto cristão.  
C) Sugestão de Método: Ao iniciar o terceiro tópico, peça aos alunos exemplos de pregações que não seja cristocêntricas nem bíblicas. Pergunte a eles que consequências essas pregações podem trazer para a vida da igreja. Após ouvi-los atenciosamente, exponha o tópico enfatizando a importância de a pregação cristã estar fundamentada em CRISTO e, ao mesmo tempo, ser devidamente bíblica.  
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A pregação da Palavra de DEUS tem o propósito de edificar a Igreja de CRISTO, formar os valores do crente em JESUS e, ao mesmo tempo, estabelecer uma defesa diante de uma cultura sem DEUS. 
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Uma Mensagem Pentecostal”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do propósito do Ministério da Palavra; 2) O texto “O ESPÍRITO SANTO é a Fonte”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão da importância da pregação.
 
 
PALAVRA-CHAVE - Pregação
 
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de DEUS, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar DEUS e educar a igreja. Por isso, podemos afirmar que o Ministério da Palavra é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de DEUS não tem a primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos.
 
 
I – MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU
PROPÓSITO
1. A pregação como Proclamação
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar DEUS às pessoas.  Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”. O verbo grego kerysssô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8). Nesse aspecto, a pregação tem o propósito de revelar DEUS às pessoas (1 Co 1.21). Esse fato por si só mostra a grandiosidade da pregação: trazer o conhecimento de DEUS.
 
 
2. O caso emblemático de Lídia (At 16.14)
Enquanto Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração. A pregação foi o instrumento que DEUS usou para se revelar àquela mulher e o resultado disso foi a sua conversão. DEUS é glorificado na revelação de sua Palavra. Esse fato é destacado por Paulo na sua Carta aos Romanos: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS” (Rm 10.17). Assim, devemos nos conscientizar de que a pregação da Palavra de DEUS é mais do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado; ela é o canal pelo qual DEUS se revela ao coração endurecido.
 
 
3. A pregação como instrução
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas. É significativo o fato de que o ministério de JESUS tenha o ensino como um dos fundamentos: “E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas” (Mt 4.23). No sermão do Monte, JESUS também “ensinava” seus discípulos (Mt 5.2). Assim também o apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes (At 18.11). Paulo chegou mesmo a exigir de alguém que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (1 Tm 3.2). Tudo isso mostra a importância do ministério do ensino e a responsabilidade de quem o exerce.
 
 
SINÓPSE I
O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução.
 
 
Auxílio Teológico
“UMA MENSAGEM PENTECOSTAL
A igreja pentecostal conhecida como Assembleia de DEUS é um movimento que começou sobrenaturalmente, em resultado do poderoso derramamento do ESPÍRITO SANTO. Desde o seu início, DEUS tem abençoado esse movimento, porque é dependente dEle; é guiado pelo ESPÍRITO SANTO, orientado pela Palavra de DEUS e usado para alcançar este mundo necessitado de JESUS CRISTO. Desde o nosso começo temos sido abençoados com poderosos sinais e maravilhas. Humildemente agradecemos a DEUS por isso.
[...] Os primeiros cristãos foram perseguidos por causa da mensagem que anunciavam e por aquilo que eram. Também seremos perseguidos. Eles foram mal compreendidos pela sociedade em que viviam. Também seremos mal compreendidos. Os outros grupos religiosos os rejeitaram, por causa da posição dogmática de que JESUS CRISTO é o Senhor ressurreto e está ativamente envolvido nos assuntos da igreja. Nós também seremos rejeitados” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.99).
 
 
II – O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA
IMPORTÂNCIA
1. A edificação da igreja
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o ESPÍRITO SANTO traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola. Às vezes isso pode vir em um tom de elogio (1 Co 11.2) ou em uma forte repreensão (1 Co 11.17). O termo grego paraklésis, traduzido como “exortar” e “consolar”, significa um “chamado para “ajudar” e “encorajar”. Ele ocorre com muita frequência no Novo Testamento, sendo a maioria das vezes no contexto da igreja. Assim, vemos Paulo solicitando a Timóteo que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (1 Tm 4.13) e Lucas destacando que a igreja andava na “consolação do ESPÍRITO SANTO” (At 9.31). Em ambos os textos se pressupõe o ministério da Palavra como instrumento de exortação e edificação.
 
 
2. Formação de valores
A pregação é importante instrumento para formação de uma consciência cristã. A guerra cultural travada nos últimos anos contra a fé cristã mostrou a necessidade de a igreja firmar cada vez mais os seus valores. Isso, contudo, só pode acontecer de forma eficaz por meio da formação de uma consciência cristã fundamentalmente bíblica. Isso significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo. Uma visão que seja diferente à da cultura secular. Esta, por sua vez, sempre se mostrou hostil ao povo de DEUS. Do contrário, não seremos capazes de resistir a inversão de valores por ela disseminada.
 
 
3. Resistindo diante de uma cultura sem DEUS
JESUS censurou seus discípulos, chamando-os de “geração perversa” porque os viu agindo com incredulidade (Mt 17.17). A influência de uma cultura sem DEUS havia atingido negativamente os que andavam com JESUS. Por sua vez, no Pentecostes, Pedro também exortou seus ouvintes a salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40). Assim também Paulo escreveu que Demas, um amigo de Ministério, havia amado aquela presente era e o abandonou (2 Tm 4.10). Esse mesmo apóstolo exortou os crentes de Roma a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). Nas duas últimas referências, a palavra grega aion, traduzida como “era” ou “século”, é uma referência clara a uma cultura sem DEUS.
 
 
SINÓPSE II
O Ministério da Palavra traz edificação à Igreja, forma os valores do crente e levanta uma resistência diante de uma cultura sem DEUS.
 
 
Auxílio Teológico
“O ESPÍRITO SANTO É A FONTE
JESUS disse: ‘O ESPÍRITO é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida’ (Jo 6.63). Essa é a verdade poderosa a ser compreendida. Não é minha responsabilidade dar vida. Como pastor, não preciso fazer com que algo aconteça em um culto. Como crente, não preciso estar sob a pressão de ter de realizar algo para obter resultados espirituais. A mágica não está envolvida nos sinais e maravilhas de DEUS. O ESPÍRITO SANTO se move quando a Palavra de DEUS é pregada, e dEle dependemos para os resultados. A igreja não precisa de demonstrações da carne; precisa de uma demonstração do ESPÍRITO SANTO. Os crentes se desviam quando a carne se manifesta em nossas igrejas. Há algo poderoso, dinâmico, maravilhoso e glorioso, quando as pessoas chegam à presença de JESUS CRISTO. O ESPÍRITO torna o ambiente vivo e o enche de poder e expectativa do que DEUS está fazendo. Quando temos o privilégio de estar em tal ambiente, o ESPÍRITO SANTO é o agente acelerador. ‘O mesmo ESPÍRITO SANTO que dirigiu os escritores da Bíblia também deseja dirigir-nos hoje, de modo que venhamos a entender. Sem o ESPÍRITO SANTO, a Bíblia é como um oceano que não pode ser sondado, como o céu que não pode ser inspecionado, como uma mina que não pode ser explorada e como um mistério além da compreensão. Devemos — temos de — render-nos à liderança do ESPÍRITO SANTO’” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.103).
 
 
 
III – O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA
 FUNDAMENTAÇÃO
1. Deve ser cristocêntrico
A Bíblia diz que “descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO” (At 8.5). A pregação precisa ser cristocêntrica. CRISTO é o centro da Bíblia (Lc 24.27), o centro da mensagem dos profetas: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o ESPÍRITO de CRISTO, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a CRISTO haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe 1.11). Assim, o alvo da pregação é revelar CRISTO. Apolo, por exemplo, era conhecido por sua eloquência e capacidade de mostrar que o CRISTO prometido nas Escrituras hebraicas era JESUS de Nazaré: “Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que JESUS era o CRISTO” (At 18.28). Dizendo isso, precisamos destacar que a forma e os métodos usados para a exposição das Escrituras são importantes. Contudo, o mais importante é a revelação do seu conteúdo, CRISTO JESUS.
 
 
2. Deve ser bíblico
Vivemos em um tempo em que a pregação em muitos espaços virou um modismo. Parece que temos “pregadores” em demasia, mas o que se passa por pregação na maioria das vezes não o é. Na verdade são mensagens de autoajuda com um verniz de pregação. Esse tipo de mensagem é atraente porque amacia o ego e geralmente consegue muitos seguidores nas redes sociais para quem se vale dessa técnica. Contudo, não são pregações de verdade porque não há nelas uma exposição de um conteúdo bíblico. A ênfase está na performance, forma ou modo de se exibir a temática a ser abordada. O objetivo quase sempre é financeiro (Fp 3.19; 1 Tm 6.9). A doutrina do pecado, o apelo por uma vida separada do mundo e dedicada a DEUS são esquecidos (2 Co 6.17). Essa modalidade de pregação opõe-se ao verdadeiro Evangelho de CRISTO. É uma mensagem sem cruz (Gl 6.14-16). Na verdade, esse tipo de pregação glorifica os homens que são amantes de si mesmos (2 Tm 3.1-5).
 
SINÓPSE III
O Ministério da Palavra deve ser fundamentalmente cristocêntrico e, ao mesmo tempo, bíblico.
 
 
CONCLUSÃO
Após a exposição desta lição, constatamos que a igreja precisa manter-se fiel ao ministério da Palavra. Isso só pode ser feito por meio de uma pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do Reino de DEUS. Para isso, não há atalhos. Numa cultura cada vez mais hostil à fé cristã, a igreja necessita proclamar as verdades do Reino por meio da poderosa pregação da Palavra de DEUS.
 
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Em que fato o propósito mais sublime da Igreja está amparado?
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar DEUS às pessoas.
2. O que as pessoas, que foram alcançadas pelo Evangelho, precisam fazer?
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas.
3. Qual é a função da Palavra na igreja?
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o ESPÍRITO SANTO traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola.
4. O que a igreja precisa mostrar de forma bem didática?
O que significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo.
5. De acordo com a lição, qual é o alvo da pregação?
O alvo da pregação é revelar CRISTO.
 
 
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Pregação Bíblica, Pregação em Crise